Assunto Para Criança: Como O Desenho Animado Steven Universe Subverte Normas Sociais De Gênero E Identidade Sexual1

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Assunto Para Criança: Como O Desenho Animado Steven Universe Subverte Normas Sociais De Gênero E Identidade Sexual1 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 Assunto para Criança: como o desenho animado Steven Universe subverte normas sociais de gênero e identidade sexual1 Carina Schröder WASCHBURGER2 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS RESUMO Este artigo faz uma breve análise de como Steven Universe, um desenho animado exibido pelo canal Cartoon Network, apresenta em sua narrativa diferentes identidades de gênero e sexualidade, subvertendo as normas sociais que são consideradas padrão. A partir de como as personagens e seus relacionamentos são retratados no desenho, podemos enxergar uma forma de representar positivamente as identidades de jovens LGBTQ+. O objetivo deste trabalho é analisar as narrativas apresentadas no desenho, abordando como ele encontrou novas maneiras de dialogar com o seu público, crianças, a fim de criar uma identificação com personagens e histórias que vão além dos padrões tradicionais de uma sociedade heterossexual e masculina. PALAVRAS-CHAVE: estudos de gênero e sexualidade; desenhos animados; Steven Universe; infância; identidade. Introdução Desde pequenos, somos introduzidos ao mundo da animação - nossos primeiros contatos com o mundo audiovisual vêm em forma de histórias lúdicas de princesas, monstros e embates entre o bem e o mal. À medida que crescemos, os desenhos que assistimos se tornam mais complexos, com ideias mais envolventes e personagens melhores desenvolvidos. Em algum momento da nossa vida, a participação dos mundos lúdicos e fantásticos dos cartoons perde uma posição que antes era principal no nosso dia a dia. Se assistimos desenhos quando adultos, eles devem ser direcionados para nós - precisam ser sérios ou falar sobre “assuntos de adulto”. No seu artigo, A infância e seus destinos no contemporâneo, Lucia Rabello de Castro discute a ideia da morte da infância e a sua construção perante a sociedade que vivemos hoje. A autora pontua que é necessário reavaliar a narrativa da inocência e fragilidade infantil, construída para que 1 Trabalho apresentado no GP Estéticas, Políticas do Corpo e Gêneros XVIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Mestranda do Curso de Comunicação Social da PUCRS, e-mail: [email protected]. 1 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 as crianças não tivessem acesso à “idade da razão” e, consequentemente, a capacidade de compreender assuntos que por muitas vezes também dizem respeito a elas. A mídia por muitas vezes é criticada por sua falta de representação de pessoas reais - diferentes gêneros, nacionalidades, sexualidades, tipos de corpos, etc. Os desenhos animados, com seus recursos disponíveis para criação de estórias e a liberdade de criarem o mundo que desejarem, muitas vezes deixam a desejar quando precisam representar pessoas na variedade em que elas existem. O que acabamos encontrando nesses desenhos é apenas mais do mesmo que já é propagado em todos os outros lugares: personagens limitados pelos padrões normatizados na nossa sociedade ocidental. Um estudo realizado por Shumaila Ahmed e Juliana Abdul Wahab em 2013 para a Asian Social Science, Animation and Socialization Process: Gender Role Portrayal on Cartoon Network, mostrou que 67,4% dos personagens dos desenhos mais populares da grade da emissora eram do gênero masculino, enquanto apenas 32,6% eram do gênero feminino. Em contrapartida às representações que a mídia nos habituou a conceber como padrão, encontramos a série de desenho animado Steven Universe, que, como será analisado neste trabalho, apresenta personagens de diferentes gêneros com personalidades que divergem do senso comum esperado pela mídia e seu público – em geral, homens fortes, corajosos e inteligentes, e mulheres frágeis, emocionais e atraentes. A série, lançada em maio de 2013 pelo Cartoon Network e criada por Rebecca Sugar, primeira mulher a criar independentemente uma série para a emissora, conta a história de Steven, um menino que vive com as Crystal Gems Pearl, Garnet e Amethyst, formas humanóides alienígenas de pedras preciosas (Gems). Steven é meio humano e meio Gem e vive aventuras com as Crystal Gems, ajudando-as a proteger a Terra de outras Gems que desejam destruir o planeta, 2 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 FIG. 1 – As Crystal Gems da esquerda para direita: Pearl, Lion, Connie, Bismuth, Steven, Amethyst, Lapis, Peridot e Garnet Fonte: Steven Universe Wiki Apesar das Gems utilizarem pronomes femininos ao referirem a si mesmas, elas não possuem um gênero definido, fluindo entre padrões femininos, masculinos ou nenhum dos dois (não-binários). Em um AMA (Ask Me Anything) no Reddit, a criadora Rebecca Sugar afirma que “Steven é a primeira e única Gem do gênero masculino, porque ele é meio humano! Tecnicamente, não existem Gems do gênero feminino! Existem apenas Gems!”3. Independentemente se as Gems são lidas pelo público como “agênero” ou do gênero feminino, é importante notar que um dos desenhos mais proeminentes da grade de um canal como Cartoon Network apresenta uma maioria de personagens que não são masculinos. E, além disso, essas personagens são representadas em formas distintas dos padrões aos quais estamos acostumados tanto em sua forma quanto em sua maneira de agir. Em Steven Universe, não vemos apenas personagens femininas com corpos de ampulheta, frágeis e indefesas, as personagens que vemos representadas na série são diversas não somente em suas personalidades, mas também na forma como são representadas fisicamente - baixas, altas, magras, gordas, femininas ou não. Além disso, a animação ainda apresenta o conceito de “fusão”, quando duas (ou às vezes mais) Gems se unem para criar um outro ser maior e mais poderoso. A partir desse conceito, será realizada uma análise da fusão Garnet, composta por Ruby e Sapphire e da importância da forma como este relacionamento é representado na série, buscando compreender como a diversidade de gênero e sexualidade é apresentada para o público. Além disso, serão levadas em consideração as informações da Wiki oficial do desenho, alimentada diariamente por fãs e pelos próprios criadores, a fim de levantar como assuntos que por muito tempo não eram considerados “adequados” para crianças, são apresentados no desenho. Tomando como base conceitos da teórica feminista Judith 3 Steven is the first and only male Gem, because he is half human! Technically, there are no female Gems! There are only Gems! 3 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Joinville - SC – 2 a 8/09/2018 Butler a respeito da construção e desconstrução de gênero, sexualidade e seus padrões na nossa sociedade, a questão da identidade de Stuart Hall, a fim de compreendermos a importância de narrativas que provoquem a identificação do público com um produto da mídia e os conceitos de infância explorados por Lucia Rabello de Castro, realizaremos uma análise da narrativa de Steven Universe e seus personagens. Sexo, gênero e identidade Por muito tempo entendido como algo binário com o qual você nasce e é diretamente associado ao seu sexo biológico, gênero na verdade é um conceito muito mais complexo e fluído. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “sexo”, se refere a características biológicas e psicológicas, que definem homens e mulheres, enquanto que “gênero” se refere a papéis, comportamentos, atividades e atributos construídos socialmente de acordo com o que uma sociedade considera “apropriado” para determinado gênero. Apesar de por muitos anos termos sido educados por um padrão binário das sociedades contemporâneas ocidentais, a existência de mais de dois gêneros não é algo novo em outras culturas, como os Hijras, grupo religioso do sul da Índia, onde pessoas do sexo masculino se vestem como mulheres e adoram a deusa Bahuchara Mata, uma de muitas versões da Deusa-mãe. O surgimento dos campos de estudo de gênero e teorias queer e feminista nos auxiliaram em uma melhor compreensão dos papéis de gênero na nossa vida em sociedade, questionando os padrões binários já conhecidos e buscando um maior aprofundamento a respeito de conceitos que estão fora dos padrões estabelecidos. A teórica feminista Judith Butler levanta em seu livro Problemas de Gênero a ideia de que um sistema binário encerra nossa crença numa relação mimética entre gênero e sexo, onde gênero reflete o sexo, ou é restrito por ele. Quando a construção do gênero é trazida independente do sexo, o gênero se torna um “artifício flutuante”, onde homem e masculino, e mulher e feminino, podem significar tanto um corpo feminino como um masculino. A partir dessa hipótese, ela discorre sobre como gênero é, não somente construído, como performativo, uma identidade construída pelas próprias expressões do indivíduo. Butler entra também nas questões relacionadas à sexualidade, e como uma estrutura binária para gênero também o impõe para o sexo, em uma tentativa de regular, consolidar e naturalizar regimes de opressão masculina e heterossexual. Ora, se há a 4 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
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