28. Dureza de grãos de cultivares de trigo da Embrapa.

Guarienti, E.M. 1,* ; Miranda, M.Z. de 1; Só e Silva, M. 1; Scheeren, P.L. 1; Caierão, E. 1; Nascimento Junior, A. 1; Eichelberger, L. 1; Sousa, C.N.A. de 2; Del Duca, L. de J.A. 2; Linhares, A.G. 2; (1) Embrapa Trigo – Rodovia BR 285, km 294, Caixa Postal 451, Passo Fundo, RS, [email protected], *Apresentadora; (2) Eng. Agr., Pesquisadores aposentados da Embrapa Trigo.

Países grandes produtores e exportadores de trigo, como os Estados Unidos e Canadá, usam o teste de dureza de grãos para classificar as cultivares e lotes comerciais de trigo. O objetivo do presente estudo foi realizar classificação prévia de cultivares de trigo da Embrapa indicadas para plantio no Brasil. As amostras usadas no teste de dureza de grãos foram obtidas em ensaios de pesquisa conduzidos em oito estados brasileiros e no Distrito Federal, nos seguintes municípios: Cachoeira do Sul, Cândido Godói, Ibirubá, Inhacorá, Muitos Capões, Passo Fundo, Santa Rosa, Santo Augusto, São Borja, Tapera e Vacaria, no Rio Grande do Sul; Abelardo Luz, Canoinhas e Campos Novos, em Santa Catarina; Boa Esperança, Boa Ventura, Braganel, Cafelândia, Campo Mourão, Candói, , Clevelândia, , Cruzmaltina, Fênix, , , Luiziânia, Mamboré, , Marechal Cândido Rondon, Mauá da Serra, , Palotina, Pato Branco, Pitanga, , Rolândia, São Domingos, São Pedro, Toledo, Tupanssi, no Paraná; Mineiros, Montividio, Rio Verde e Vianópolis, em Goiás; Alto Taquari e Primavera do Leste, no Mato Grosso; Cândido Mota, Itaberá e Manduri, em São Paulo; Perdizes, São Gotardo e Uberlândia, em Minas Gerais; Dourados, Indápolis, Maracajú, Naviraí, Ponta Porã e Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul; Cristalina e Goiânia, em Goiás, e em Planaltina, no Distrito Federal. A determinação da dureza de grãos foi realizada no equipamento “Single Kernel Characterization System”, modelo 4100, marca Perten, de acordo com o método nº 55-31, da American Association of Cereal Chemistry (AACC). Os resultados relativos às cultivares de trigo geraram uma classificação preliminar, apresentada na Tabela 1. Verificou-se grande variação intergenotípica, permitindo a classificação preliminar de trinta e uma cultivares de trigo criadas pela Embrapa, e, atualmente em cultivo no Brasil, conforme segue: Grão Mole - BRS 120 e BRS Figueira; Grão Semimole - BRS Angico, Embrapa 40, BRS 177, BRS Canela, BRS Louro, BRS 194 e BRS Umbu; Grão Semiduro - BRS 179, BRS Guatambu, BRS Camboatá e BRS Tarumã; Grão Duro - BRS Buriti, BR 18 – Terena, BRS 193, BRS 254, BRS 264, BRS 248, BRS 229 e BRS Guamirim; Grão Muito Duro - BRS 208, BRS Tangará, BRS Guabiju, BRS 210, BRS Camboim, BRS 220, BRS 209, BRS Pardela e BRS Timbaúva, e Grão Extraduro - BRS 249. Tabela 1. Média e classificação preliminar de dureza de grãos de cultivares de trigo da Embrapa.

Cultivar Média de Dureza de grãos Classificação de dureza* BR 18 - Terena 72,56 Duro BRS 120 25,07 Mole BRS 177 36,92 Semimole BRS 179 50,34 Semiduro BRS 193 74,78 Duro BRS 194 39,04 Semimole BRS 208 81,21 Muito duro BRS 209 88,48 Muito duro BRS 210 85,25 Muito duro BRS 220 88,06 Muito duro BRS 229 76,76 Duro BRS 248 76,00 Duro BRS 249 92,32 Extraduro BRS 254 75,42 Duro BRS 264 75,72 Duro BRS Angico 35,07 Semimole BRS Buriti 71,63 Duro BRS Camboatá 56,20 Semiduro BRS Camboim 85,42 Muito duro BRS Canela 37,23 Semimole BRS Figueira 34,24 Mole BRS Guabiju 82,97 Muito duro BRS Guamirim 80,43 Duro BRS Guatambu 53,52 Semiduro BRS Louro 38,67 Semimole BRS Pardela 89,25 Muito duro BRS Tangará 82,61 Muito duro BRS Tarumã 57,18 Semiduro BRS Timbaúva 89,92 Muito duro BRS Umbu 39,32 Semimole Embrapa 40 36,53 Semimole * Dureza de grãos: Grão mole (25 a 34); semimole (35 a 44); semiduro (45 a 64); duro (65 a 80); muito duro (81 a 90) e extraduro (maior que 90).