Macedo de Cavaleiros Trilho Quercus

Aves aquáticas do Azibo A albufeira do Azibo, que resulta da incluem o mergulhão-pequeno construção de uma barragem no final (Tachybaptus ruficollis), o pato-real Área protegida dos anos 70, para abastecimento das (Anas platyrhynchos), a garça-real (Ardea cinerea), o corvo-marinho (Phalacrocorax Paisagem Protegida da áreas agrícolas do concelho, foi sendo colonizada por diversas espécies animais, carbo) e o guarda-rios (Alcedo atthis). Albufeira do Azibo em particular aves, que fizeram deste local zona de nidificação e refúgio, reconhecido No percurso, existem dois observatórios Localização pela classificação como Paisagem que podem ser utilizados para promover Barragem do Azibo, Protegida da Albufeira do Azibo. a observação de aves, sem perturbar esta impressionante riqueza natural. Macedo de Cavaleiros As aves aquáticas são o tema de visita proposto, com particular destaque para o O Trilho Quercus pode ser visitado ao mergulhão-de-crista (Podiceps cristatus), longo de todo o ano. O início da primavera ex-líbris e símbolo da Paisagem Protegida. é o melhor período para a observação de O mergulhão-de-crista distingue-se, mergulhões-de-crista em período nupcial. especialmente na época de reprodução, O outono e inverno são os períodos pela espetacular plumagem e imperdíveis em que a albufeira apresenta maior ‘danças’ nas paradas nupciais. É uma ave diversidade de aves aquáticas. O percurso que raramente sai da água, construindo deve, preferencialmente, ser efetuado pela ninhos em plataformas flutuantes manhã, por ser o melhor período para a de vegetação. Obtém o alimento observação de aves. mergulhando, o que justifica o nome.

A riqueza de aves da albufeira vai para além desse vistoso habitante. Neste local ocorrem ainda dezenas de outras espécies aquáticas, incluindo várias espécies de patos, garças, mergulhões, aves limícolas, entre muitas outras. Além do mergulhão- de-crista, algumas das mais frequentes

3 Fauna

O Trilho Quercus desenvolve-se numa das viperina (Natrix maura), esta última, muito • Das 200 espécies descritas para zonas mais interessantes para a biodiversidade comum nas zonas pouco profundas junto aos a albufeira do Azibo cerca de três da região. Para a albufeira do Azibo estão observatórios de aves. A lontra (Lutra lutra), quartos são de aves descritas aproximadamente 200 espécies de uma das mais emblemáticas, está presente animais vertebrados. • As populações reprodutoras um pouco por toda a albufeira. de milhafre-real (Milvus milvus) Das espécies presentes destacam-se, estão classificadas como obviamente, as associadas ao ambiente No percurso, a diversidade de animais Criticamente em Perigo de aquático, particularmente as aves (temática vai muito além das espécies aquáticas e Extinção em deste percurso), mas também os múltiplos semiaquáticas. Muitas surgem associadas a anfíbios, répteis e mamíferos que surgem áreas agrícolas, agroflorestais e principalmente associados a esse habitat. à grande mancha de sobreiral que rodeia grande parte do percurso. Das espécies menos dependentes do meio aquático destaca-se a multiplicidade de aves, desde o cada vez mais raro milhafre- real (Milvus milvus), até espécies comuns e particularmente apelativas, como o chapim- azul (Cyanistes caeruleus), o tentilhão (Fringilla coelebs), o papa-figos (Oriolus oriolus) e a toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla).

Em especial o sobreiral, mas também as Pela sua abundância salientam-se espécies restantes áreas, são ainda habitadas por como a rã-verde (Pelophylax perezi) e a diversos mamíferos, bem mais discretos rela-comum (Hyla molleri). Esta última é um pequeno anfíbio, semelhante a uma e difíceis de observar. Ainda assim, rã, particularmente abundante em alguns ocasionalmente, podem ser observadas locais da margem da albufeira, normalmente espécies particularmente interessantes, como RELA-COMUM (Hyla molleri) associada à vegetação das margens. o corço (Capreolus capreolus), o texugo (Meles Destacam-se ainda o cágado-mediterrânico meles), a geneta (Genetta genetta) e a raposa MILHAFRE-REAL (Mauremys leprosa) e a cobra-de-água- (Vulpes vulpes). (Milvus milvus)

4 Flora e vegetação Geologia

Ao longo deste carvalho-negral (Quercus pyrenaica) e • Betónica-bastarda é uma planta O Trilho Quercus, inserido no Geoparque • No percurso é possível observar percurso é possível o carvalho-cerquinho (Quercus faginea medicinal usada no tratamento Terras de Cavaleiros, constitui uma boa diferentes tipos de xistos, observar diversos subsp. faginea). Dentro destes bosques é de infeções respiratórias amostra da diversidade geológica de Trás- rochas de origem magmática e tipos de bosques possível observar diversas espécies raras em os-Montes. No local, além da diversidade sedimentos de vertente característicos Portugal, tais como Hypericum montanum, • A folhagem dos freixos era geológica e geomorfológica, também se desta região, tais a pulmonária (Pulmoria longifolia) e a usada como alimento para o realçam vestígios de atividade mineira • Os vales alinhados e traçados de gado no verão, em periodos de ribeira bem definidos, observáveis como os bosques betónica-bastarda (Melittis melissophyllum). (património arqueológico-mineiro). escassez de alimento ao longo do percurso, revelam de freixo (Fraxinus importantes zonas de falha angustifolia), muito Existem muitas plantas interessantes Observam-se diferentes rochas xistentas, geológica comuns nas margens ao longo do percurso, mas as mais raras desde xisto clorótico, xisto borra-de-vinho dos lameiros em encontram-se na parte do trilho junto a (com tons arroxeados) e xisto pelítico Trás-os-Montes. Salselas. Lysimachia ephemerum é uma (cinza-acastanhado). Pontualmente, esta Atualmente, erva alta muito rara em Portugal, que cresce sequência metamórfica é interrompida algumas espécies em zonas húmidas de solos básicos ricos por intrusões magmáticas ácidas, que se de flora típicas de em iões. Dactylorrhiza insularis é uma das destacam das demais rochas pelas suas orlas destes freixiais orquídeas mais raras da flora portuguesa, tonalidades claras. prosperam, tais com que apenas cresce aqui e em algumas a verónica-de-faces- serras calcárias do centro de Portugal. Sucedem-se os contactos geológicos rosadas (Veronica ao longo do percurso, e um dos mais micrantha), uma importantes ocorre no seu início, entre xistos planta protegida por pelíticos e depósitos de vertente. legislação europeia. Em termos geomorfológicos destaca-se No local onde o rio Azibo se transforma na o intenso retalhado do relevo marcado albufeira, observam-se comunidades de por vales encaixados e declives bastante vegetação anfíbia de águas paradas junto acentuados. aos bosques de amieiro (Alnus glutinosa). VESTÍGIOS DE INTRUSÃO Contudo, os bosques mais comuns neste O grande espelho de água da albufeira do MAGMÁTICA ÁCIDA DACTYLORRHIZA INSULARIS percurso são os de sobreiro (Quercus suber). Azibo pronuncia a grande riqueza hídrica da AMOSTRA DE XISTO BORRA-DE- Os sobreirais crescem aqui em contacto região, a qual é abastecida pelo rio Azibo e VINHO COM VEIOS DE EXSUDAÇÃO com bosques de carvalhos, tais como o LYSIMACHIA EPHEMERUM pelas ribeiras do Reguengo e Azibeiro. METAMÓRFICA

6 7 Percurso Dificuldade (Altitude mínima/máxima) (Altitude Dificuldade -Moderada (602m/ 698m) Duração aproximada -4horas Distância Época aconselhada -Primavera /Outono eInverno Tipo de percurso -Linear (coordenadaChegada defim) -Praia fluvialda Fraga da Pegada / (41°34’53.27”N 6°53’58.62”W) Partida (coordenada deinício)-Núcleo central daPPAA /6°53’3.96”W) (41°33’28.32”N Temática -TrilhoNome Quercus - Aves doAzibo aquáticas - 8,1 km 8 Início Ponto deinteresse

Altitude (m) 600 610 620 630 640 650 660 670 680 690 Não abandone lixo,Não leve-o até derecolha hajaserviço umlocalonde façaNão lume recolhaNão plantas,animais,rochas ou artefactos àdistância incomodeNão osanimais,observe-os Evite apaz local barulhos eatitudesqueperturbem Siga somente pelostrilhos sinalizados SOS (+351) 112 Proteção àfloresta (+351) 117 GNR (+351) 278 421 611 Bombeiros (+351) 278 428 530 Posto deTurismo (+351) 278 099166 Câmara Municipal (+351) 278 420 420 Contactos úteis Atenção 0 Distância (m) Distância o mesmo nome, promovido nome, o mesmo pelomunicípiodeMacedo deCavaleiros O Trilho Quercus étotalmente coincidente com opercurso MDCPR2,com 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 9 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 As Terras de Trás-os-Montes apresentam no classificadas a nível nacional e europeu para a Trilho Quercus contexto nacional e europeu um valor natural conservação da natureza. Aves aquáticas do Azibo - único, com extraordinário potencial ecológico Macedo de Cavaleiros e ecoturístico ainda pouco conhecido. Na Em cada passo, propomos um percurso região são inúmeras as áreas protegidas, as cuidadosamente selecionado para dar a Próximos passos espécies raras e os incríveis espetáculos que a conhecer temas naturais específicos, que, natureza tem para nos oferecer. de uma forma ou de outra, caracterizam e Percurso do Sabor Lagos do Sabor - Alfândega da fé marcam as áreas naturais onde se inserem. O projeto Nove Passos tem por objetivo dar Percurso do Carvalho a conhecer este incrível património natural, O Trilho Quercus é um desses passos naturais Veados - Bragança através da divulgação de 9 percursos, que propomos. Venha conhecer todos e promovendo simultaneamente a conservação carimbe o seu passaporte natural. Percurso de São João das Arribas Abutres - dos principais valores naturais da região. Visite estes 9 temas de biodiversidade, Percurso de Vale de Lobo Propomos assim uma aventura completa, geologia e paisagem e torne-se num Bosques de sobreiro e zimbro - realizada em 9 passos, um por município, especialista nas Terras de Trás-os-Montes. todos integralmente realizados em áreas Percurso da Cascata da Faia da Água Alta Cascata da Faia da Água Alta -

Percurso Vilarinho das Azenhas a Ribeirinha Galerias ripícolas do rio Tua -

Percurso do Castelo de Algoso Fauna do rio Angueira -

Percurso Biospots (Alto da Ciradelha) Borboletas e outros invertebrados -

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