1 Fernando David Sánchez Mora CARACTERIZAÇÃO E SELEÇÃO
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1 Fernando David Sánchez Mora CARACTERIZAÇÃO E SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE GOIABEIRA-SERRANA (Acca sellowiana [O. Berg] Burret) PARA FINS DE MELHORAMENTO E DE CULTIVO Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Federal de Santa Catarina como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Doutor em Ciências, área de concentração em Recursos Genéticos Vegetais. Orientador Prof. Dr. Rubens Onofre Nodari Florianópolis, SC 2019 2 3 4 5 AGRADECIMENTOS Ao Ser Supremo, Nosso Pai Celestial pela oportunidade da vida e ter colocado no meu caminho pessoas essenciais que me permitiram chegar onde nunca tinha imaginado. Seguidamente quem merece todo meu agradecimento é minha companheira, amiga e amada esposa Liliana Garcia, por ter confiado, suportado, compreendido e apoiado minha preparação profissional. Assim como as nossas lindas crianças quem sem estar cientes fizeram grande sacrifícios também. Sem dúvida foi uma experiência maravilhosa em família. Também aproveito para agradecer infinitamente a minha bela família MORA YELA, porque são causa do que eu sou agora, em especial a Don Raúl Mora Suarez (in memorian) e a Sra. Elvira Yela Ruiz, por ter me ajudado e incentivado sempre. Agradeço também à família GARCIA RUIZ por todo o apoio nesta etapa da minha vida, em especial a Don Plutarco Garcia e a Sra Aura Ruiz por todo seu amor, e inestimável ajuda. A minha mãe Nidia Rocio Mora Yela, A minha irmã, Zoila Soraida Sánchez Mora. Minhas tias e tios Carmen, Gisela (in memorian), Lusitania, Nina, Norma, Bolivar, Valentin e Cesar, e todas as pessoas que se alegram por meus logros. Muito obrigado por ser parte da minha vida. Agradeço ao meu orientador Rubens Onofre Nodari pela oportunidade, confiança, apoio nas decisões e sempre me incentivar a dar o melhor. Além de ser Professor, tem sido meu amigo, graças a você tenho chegado onde nunca imaginei chegar, por isso sou muito grato. Luciano Saifert meu amigo, meu irmão brasileiro, quantas experiências juntos temos meu camarada, todas aqueles dias de laboratório, campo e viagens, cheias de conversas profundas sobre os sonhos da vida, desejos profissionais de superação. Meu amigo obrigado pela sua grande amizade, você vale ouro. Agradeço ao Prof. Miguel Pedro Guerra, por todas as conversas que tivemos em relação a pesquisa da goiabeira-serrana. Agradeço também a: Luciane Malinovski pelas conversas e ajuda no estudo de fenologia, ao Prof. Eduardo Giehl pelas classes de R e todas as ajudas brindadas quando já não dava mais com os scripts, ao Virgílio Uarrota e Daniel Holderbaum por ter-me auxiliado em inquietudes referentes as análise dos dados, a Bernadete Ribas pela ajuda em todos os tramites, documentos logística do programa. 6 Agradeço também aos Professores/Pesquisadores Aparecido Lima da Silva, Joel Donazzolo, Juliano Garcia Bertoldo membros da banca de tese que aceitaram ler este trabalho e por todas suas oportunas contribuições. Ao Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal (LFDGV) pela oportunidade de aprender dentro dele, junto com grande amigos como: Juan, Lido, Tiago, Johan, Josiane. A cada um dos amigos que colocaram mão na massa na avaliação dos experimentos e dos frutos: Luciano, Anyela, Vanessa, Morgana, Gregório, Giulia, Caroline, Lido, Edison, Ihangika, Joana, Juan, Sebastian, Rafael, Bruna. Assim também, aos amigos do NPFT em especial ao Prof. Dr. Maurício Sedrez dos Reis, Miguel, Alison, Rafael, Marcia, Juan Carlos, Tiago e a todos professores e amigos do Programa de Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais (UFSC) pelo tempo e conversas compartilhadas. Meu imenso agradecimento à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais (RGV) e as fontes de financiamento na minha preparação professional e tornar este trabalho possível: à Secretaria Nacional de Educación Superior, Ciencia, Tecnología e Innovación – Ecuador (SENESCYT), FAPESC, CNPq. O presente trabalho também foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. Agradeço à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e aos pesquisadores do programa de melhoramento da goiabeira-serrana pela ajuda brindada nas atividades no Banco Ativo de Germoplasma da goiabeira-serrana, em especial Marlise Ciotta, Humberto Ribeiro. Agradeço também à Creche Waldemar da Silva Filho e à Escola Pública Estadual Hilda Teodoro Vieira por ter ensinado as primeiras letras aos meus filhos Larissa e Raúl quando estivemos em Florianópolis. I am grateful to Prof. Barry Tillman from University of Florida - Institute of Food and Agricultural Sciences (UF/IFAS) for give me an opportunity to training six months in your breeding program and read my dissertation to suggestions in my final document. Mostly I would like to express my appreciation for Mr. Mark Gomillion, for your friendship and all help that offert me when I spent time in USA, for teach me about the peanuts breeding program. 7 E eu, o Senhor Deus, formei o homem do pó da Terra e soprei em suas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se uma alma vivente, a primeira carne na Terra, também o primeiro homem; não obstante, todas as coisas foram criadas antes; mas espiritualmente foram elas criadas e feitas de acordo com minha palavra. Livro de Moisés 3: 7 (A Pérola de Grande Valor, pp.6). 8 A minha esposa Liliana Mercedes Garcia Ruiz Aos meus filhos Raúl Fernando Sánchez Garcia Larissa Suzeli Sánchez Garcia Alejandro David Sánchez Garcia DEDICO 9 RESUMO A goiabeira-serrana ou feijoa (Acca sellowiana [O. Berg] Burret, sinônimo de Feijoa sellowiana), é uma árvore nativa do sul do Brasil e norte do Uruguai, cujo cultivo comercial no país ainda é incipiente, decorrente tanto de tentativas dispersas de caráter experimental ou de iniciativas dos próprios agricultores, em particular na Região Serrana de São Joaquim (SC). A produção dos pomares comerciais ainda está formada por materiais experimentais em estudo ou por plantas oriundas de seedlings e não por variedades comerciais, produzindo frutos de distintos sabores e qualidade, o que pode comprometer a comercialização. Desta maneira, surge a necessidade de continuar avaliando germoplasma genético para desenvolver novas variedades, que apresentem características agronômicas desejáveis e oferecer um leque de opções aos produtores rurais, para que assim, está espécie se constitui-a numa alternativa para a agricultura familiar em maior escala. Este trabalho está dividido em capítulos que visam estudar as características fenológicas, físico-química dos frutos e o sistema de auto-incompatibilidade dos acessos de goiabeira-serrana no Banco Ativo de Germoplasma da EPAGRI, Estação São Joaquim. Os dados climáticos foram obtidos da estação meteorológica EPAGRI/CIRAM. Na fenologia verificou-se que em média o início da brotação dos acessos do BAG São Joaquim iniciam no segundo decênio de setembro estendendo-se até finais do mês de outubro (25/10). Foi constatado também que somente 10,9% dos acessos brotam em setembro e o restante no mês de outubro. A floração acontece a partir de outubro (8,5%), sendo estes os mais precoces, prosseguindo no mês de novembro para a maioria dos acessos estudados (91,5%). Verificou-se também que a colheita começa no mês de março, com uma grande quantidade de acessos (54%); enquanto outros estão maduros em abril (42,6%) e em maio (3,4%), porém com um número reduzido de acessos. Os valores de temperatura-base para seis estádios fenológicos da goiabeira-serrana foram estimados pelo método da menor variabilidade, sendo encontrada a Tb= 10,6 °C desde a brotação até a colheita para os acessos de goiabeira-serrana. Em média os acessos do BAG São Joaquim requereram uma soma térmica de 1050,4, variando de 812,5 até 1276,5 graus-dias (GD). Além do mais, encontrou-se que acessos precoces na maturação do fruto precisam de menos graus-dias para completar seu ciclo produtivo em comparação aos acessos de maturação tardia. Na avaliação das características físico-químicas de frutos dos 10 acessos de goiabeira-serrana encontrou-se uma grande diversidade fenotípica, assim como, um efeito de anos estatisticamente significativo que representou o maior quadrado médio para todas as características do fruto avaliadas, exceto para comprimento de fruto. Desta maneira, nem todos os acessos com maior peso do fruto foram os que obtiveram maior rendimento de polpa, confirmando que as variáveis espessura de casca e tamanho do fruto estão diretamente relacionadas com o rendimento. As características de peso total do fruto, diâmetro do fruto e espessura da casca estão fortemente relacionadas com o rendimento de polpa (%). Em relação ao sistema de auto-incompatibilidade, foram realizados dois estudos: o primeiro avaliou a presença ou ausência da auto- incompatibilidade nos acessos do BAG, por meio da autopolinização. O segundo baseou-se na frutificação efetiva como resultado de cruzamentos realizados entre cinco acessos auto-incompatíveis. Do total de acessos do BAG avaliados, 53,3% dos acessos foram registrados como auto-incompatíveis, enquanto que 46,7% mostraram-se como auto-compatíveis com diferentes graus de auto-compatibilidade. Os cruzamentos entre acessos auto-incompatíveis mostram diferentes comportamentos na formação de frutos. Acessos auto-incompatíveis são possíveis de ser cruzados entre si, mais eles mostram diferentes graus de eficiência entre os recíprocos em termos de fruit set. Associações significativas