Abril de 2014

Edição nº5

 Como lidar com os Dobres do Stayman e Transfer;  BridgeMate II;  Torneio da Primavera;  Caderneta de Cromos – 1447;  Vencedores de Fevereiro;  Calendário de Março;

 Hall of Fame – Meckwell;  Pick your brain!.

1. Como lidar com os Dobres do Stayman e Transfer

Uma desvantagem da utilização de vozes artificiais é a oportunidade que dá aos adversários de dobrarem, indicando uma boa saída ao parceiro. Estas situações são bastante comuns, por isso convêm ter bons métodos que tirem o melhor proveito destes dobres. O dobre de Stayman ou do Transfer após uma abertura em sem-trunfo são duas das situações para as quais muitos pares não têm nada combinado. Normalmente ignoram o dobre não aproveitando devidamente as possibilidades que este lhes dá. O que se segue são duas hipóteses para lidar com este tipo de situações que poderão, obviamente, ser depois desenvolvidas e melhoradas conforme as preferências de cada parceria.

Quando nos dobram o Stayman Nesta situação o objectivo é detectar a defesa a paus e posicionar devidamente o carteio, ou seja, pôr a mão que tem pega a paus a cartear quando se jogar num rico. Se o abridor tiver defesa a paus responde ao Stayman normalmente, ficando ele a cartear quando houver fit num dos ricos. Quando não tiver defesa, este deverá passar, dando a possibilidade ao parceiro de redobrar, repondo o Stayman, de marcar 2 com o tricolor fraco curto a paus, ou 2 com o bicolor rico de desistência. Após o redobre, o abridor em sem-trunfo deverá responder ao Stayman marcando o rico que não têm, mantendo-se a voz de 2 para quando não tiver nenhum rico de 4 cartas. Desta forma, visto que o abridor já negou defesa a paus, o declarante será o respondente protegendo uma eventual figura desse naipe. Pela mesma razão, após a resposta em 2 em que o abridor não tem 4 cartas de nenhum dos ricos, o Smolen deverá ser natural, ou seja, 3 com 5 copas e 4 espadas e 3 com 5 espadas e 4 copas.

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Resumindo: 1ST – P – 2 – X ?

– Passe: nega defesa a paus; - XX: repõe o Stayman. - 2 : nega ricos de 4 cartas; - 3 : 5 copas e 4 espadas; - 3 : 5 espadas e 4 copas; - 2 : 4 cartas de espadas; - 2 : 4 cartas de copas; - 2 : tricolor curto a paus, desistência; - 2 : ricos, desistência; - 2 / / : respostas naturais com defesa a paus.

Quando nos dobram o Transfer Neste caso o objectivo é similar, detectar a defesa no naipe em questão, a existência de fit e pôr a mão certa a cartear. Para este efeito o abridor em sem- trunfo deverá:  Passar sem fit, podendo ainda ter defesa. O respondente sem valores no naipe perigoso poderá redobrar, repondo o transfer, investigando depois através de um cue-bid se o abridor tem pega no naipe relevante, podendo até jogar de 7 em linha caso não haja defesa. Com 6 ou mais cartas e figuras no naipe dobrado o respondente deverá marcar o seu naipe ao nível que entender;

 Redobrar com fit, quando prefere que seja o parceiro a cartear (por exemplo com cartas vis ou com o ás do naipe perigoso). O respondente com figuras no naipe perigoso deverá marcar o contrato ao nível apropriado, convidar marcando ao nível 3 ou marcar outro naipe com

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tentativas de cheleme. Caso não tenha figuras no naipe relevante, poderá fazer retransfer se assim o entender.

 Completar o Transfer com fit e com defesa. Neste caso o leilão seguirá naturalmente.

Resumindo: 1ST – P – 2 - X ?

- Pass: sem fit, com ou sem defesa; - XX: repõe transfer; - 2 : para jogar, com pega a ouros; - 3 : convite, 6+ cartas e pega a ouros; - 4 : para jogar, 6+ cartas e pega a ouros.

- XX – com fit e prefere que o parceiro carteie (com cartas vis no naipe em causa ou com o ás por exemplo); -2 : para jogar; -3 : retransfer; - 3 : convite e prefere cartear; - 4 : para jogar e prefere cartear.

- 2 : com fit e defesa.

Um esquema análogo pode ser adoptado após uma abertura em 2ST, ou noutras situações semelhantes.

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2. BridgeMate II

Já conhece as novas BridgeMate? Além de mais leves e atractivas têm um conjunto de novas funcionalidades que permite aos jogadores uma experiência mais divertida:

 Feedback dos resultados dos adversários (travellers e frequências);

 Classificação no torneio (em torneios de Pares);

 Guia de movimento com nomes dos jogadores: aviso em caso de fantasma e informação sobre para que mesa cada parceria irá;

 Ecrã maior e mais intuitivo.

Venha experimentá-las jogando um torneio no Centro de Bridge de Lisboa!

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3. Torneio de Equipas da Primavera

A 15 de Abril regressa o Torneio de Equipas da Primavera, o maior torneio de equipas de Lisboa, que será jogado na fase inicial no formato todos contra todos.

As inscrições estão abertas no site do Centro de Bridge de Lisboa (centrodebridge.pt), e as equipas poderão inscrever-se até à meia- noite do dia 13 de Abril.

Para mais informações consulte o Regulamento da Prova, também disponível no site.

Inscreva já a sua equipa!

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4. Caderneta de Cromos – 1447

1 - Há quanto e como começaste a jogar bridge? Comecei a ter contacto com o jogo em finais dos anos 80, princípios de 90. O jogo foi-me dado a conhecer pelo Sérgio Rosa, (que entretanto desapareceu das "lides bridgisticas) no bar do C1 da FCL (onde proliferavam vários jogos de cartas - king, sueca, lerpa, poker sintético, etc.). Rapidamente através do Sérgio apareci no CBL, (filiei-me como praticante da FPB em 1991) onde fiquei "asilado" até finais 2012.

2 - Desde há alguns anos és tu que duplicas os jogos, portanto jogas muito menos. Tens saudades de jogar? Duplico desde do início de 2013 (altura em que a FPB adquiriu a máquina). Anteriormente, acompanhava o Jaime nas duplicações e ainda antes disso transportava os jogos quando o Tó Eanes os duplicava. Portanto já lá vão uns anos sem jogar a "sério". Quanto às saudades...

3 - Qual o teu maior feito bridgístico? Muito poucos, venci o Festival do Hotel Dom Pedro Lisboa em 1999 (na sua única edição) com o Raúl, e alguns Campeonatos de 2ªs Categorias.

4 - De certo que há pessoas que ainda desconhecem o teu maior talento: decorar os números de federado de todos os jogadores... andas a treinar há muitos anos? Como é que isso começou? Isso decorre do facto de eu introduzir desde 2006 as classificações dos torneios para homologação. E ao fim de alguns anos, mal seria se eu não conseguisse fixar(o nº) pelo menos aqueles que andam mais a jogo.

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5 - Tens alguma história a engraçada que queiras partilhar connosco?

Nos meus tempos de iniciado, joguei uma duplicata a parceiro do saudoso Xis Calheiros, com decorrer de algumas mãos jogadas, pergunta-me ele, já visivelmente "agitado": - Sabes o que é um psíquico? Respondi - Não, não tenho Conhecimentos para isso. Na verdade eu não fazia ideia do que era um psíquico e tentei dar uma resposta politicamente correcta, dentro da minha ignorância. Seguiu-se a habitual gargalhada geral dos jogadores presentes na duplicata.

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5. Vencedores de Março

Campeonato Nacional de Clubes – 1ª Divisão

1º - Clube de Bridge do Baleal;

2º - Academia de Bridge de Lisboa;

3º - Academia Viviane G. Pereira.

Campeonato Nacional de Clubes – 2ª Divisão

1º - Núcleo de Bridge do CPB;

2º - Núcleo de Bridge do CBL;

3º - CDUL.

3º Bridge com Todos Campeonato Nacional de Equipas 2ªas Categorias 1º - António Peixoto / Mª José Marques; 1º - CDUL – José A. Oliveira; 2º - Paulo Cruz / Helena Caldeira; 2 º - NB CPB – João P. Ferreira; 3º - Herculano Ferreira / Joaquina Ferreira. 3º - CBB – Pedro Matias.

I Torneio do 3º Challenger VGP

1º - Jorge M. Santos / Acácio Figueiredo;

2 º - Jorge Cruzeiro / Manuel Oliveira;

3º - António Debonnaire / Emília Burguete.

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6. Calendário de Abril

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado Domingo

31 1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 1 2 3 4

4, 5 e 6 de Abril – Apuramento Regional Pares por IMPs;

11 de Abril – IV Torneio do Circuito Bridge com Todos;

18 de Abril – II Torneio do 3º Challenger VGP;

20 de Abril – Páscoa – ENCERRADO;

22 a 27 de Abril – Grande Prémio de Portugal – Estoril;

29 de Abril – 1ª sessão do Torneio da Primavera de Equipas.

2ªs e 5ªs Feiras – 21h – Simultâneos Nacionais;

3ªs Feiras – 15h30 – Tardes de Bridge;

4ªs e 6ªs Feiras– Torneio da Academia (excepto em dias de eventos especiais – No dia

25 de Abril o torneio irá realizar-se).

7. Hall of Fame – Meckwell

Jeff Meckstroth e (1957) formam “Meckwell”, uma das parceiras com mais sucesso de todos os tempos, formada nos anos 70. São dois dos dez jogadores do mundo que ganharam a chamada “Triple Crown of Bridge”: prémio atribuído por terem vencido o , o Campeonato Mundial de Pares Open e as Olimpíadas Mundiais por Equipas.

Jeff Meckstroth nasceu em 1956 em Ohio, e vive actualmente na Flórida com a sua mulher e dois filhos. Foi um dos primeiros a quem foi atribuída uma bolsa de estudo “King of Bridge” quando tinha apenas 18 anos. O seu hobbie favorito é o golf e joga bridge profissionalmente, sendo actualmente o número 6 do ranking mundial.

Eric Rodwell nasceu em 1957 no Indiana e, tal como o seu parceiro, mudou-se para a Flórida onde vive com a sua esposa e dois filhos. Licenciou-se na Purdue University e é um pianista realizado, gostando de ouvir e compor música para relaxar. Também profissional de Bridge é hoje o número 8 do ranking mundial.

São conhecidos por jogarem um sistema agressivo e lotado de detalhes intitulado “RM Precision” (Rodwell-Meckstroth), do qual Rodwell é o principal autor e teórico. Apesar de ter aprendido Precision básico aos 14 anos, Rodwell só começou a desenvolver a sério a sua versão em 1982, depois de já ter ganho diversos campeonatos com Meckstroth. Como teórico de leilão, Rodwell criou várias convenções, entre as quais os “Dobres de Apoio”. Apesar de não ser um objectivo pessoal de Rodwell, é um dos jogadores com mais “” da “American League”, e ganhou o “Barry Crane Trophy” por ter ganho o maior número destes em 2004.

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Possivelmente um dos maiores feitos Bridgísticos de Meckwell teve lugar no Outono de 2008, onde dos quatro Grandes Campeonatos a serem contestados a dupla ganhou três: “Open -a-Match Teams”, “Blue Ribbon Pairs” e “ Teams”. No “Life Masters Open Pairs” Meckstroth alcançou apenas o 17º lugar, enquanto Rodwell terminou em 2º, jogando com John Diamond.

Como são estes jogadores à mesa de jogo?

No livro de Zia “Ask Zia – Your Top 50 Bridge Questions Answered”, a segunda questão é “Será má etiqueta discutir uma mão de bridge depois desta ser jogada?”- Como parte da resposta, Zia diz que se observarmos a grande parceira Meckwell a jogar nunca iremos ouvi-los trocar uma única palavra durante todo o período de jogo. Eles não agradecem quando o morto se expõe, não pedem desculpa nas raras ocasiões em que cometem um erro, nem sequer dizem “bem jogado”. Eles acreditam que esta postura lhes dá uma vantagem competitiva: se os nossos adversários nos ouvem a pedir desculpa um ao outro isso dá-lhes força e aumenta a sua confiança por terem obtido um bom resultado. Por outro lado, se nos ouvem a felicitar após um bom jogo, isso irá aumentar a sua determinação para jogar melhor na mão seguinte, no sentido de nos tirar o sorriso da cara. Ou seja, quando nos mantemos em silêncio durante todo o tempo conseguimos criar uma aura de omnipotência e invulnerabilidade à nossa volta, o que só irá funcionar a nosso favor.

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8. Pick your brain!

Qual a melhor linha de jogo?

Contrato: 3ST

Saída: 5

D 10 4 2 R 8 7 6 5 4 9 7 3

N

O E

S R 8 4 2

A D V 10 9

A D A R

[Retirado de “Virtual European Championship” // Krzystof Martens]

A solução estará disponível na Newsletter de Maio.

Solução do Problema de Março

Se o A estiver à nossa esquerda cumpriremos facilmente o contracto. Porém, devemos tentar proteger-nos para o caso de ele estar mal colocado.

Após Oeste baldar na 2ª volta de trunfo e sabendo que tem 5 cartas de espadas devemos tirar o A e colocar Este em mão jogando o 2 . Não terá hipótese: ou ataca debaixo o A , se o tiver, ou vira-se para R e J .

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Av. António Augusto Aguiar, 163, 4º dto

910 790 655

Editorial

Maria Helena Pinheiro e colaboradores;

Com agradecimento especial ao federado nº 1447 por ter todo o gosto em fazer parte da nossa Caderneta de Cromos!

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