Boletim IG, Instituto de Geociências, USP, V. 12: 55 -70,1981

o ALTO ESTRUTURAL DE - NNW DO ESTADO DE

SAMIR FEUGO BARCHA NELSON ELLERT Dept

RESUMO

Com base em dados de poços profundos, os autores constataram a existência de um alto estru­ tural, no topo dos derrames basálticos, localizado no trecho entre Tanabi e , noroeste do Estado de São Paulo. A presença desta estrutura, ligada a fenômenos tectonicos de idade pré- e responsáveis pelo modelado do substrato basáltico, exerceu uma profunda influência na sedimentação do Grupo Bauru, sendo responsável pelas variações da espessura, do comportamento espacial e das proprieda­ des hidrogeológicas dos sedimentos na área.

ABSTRACf

Based on deep well data, the authors determined the existence of a strutural high on the sununit of basaltic flows located in the strech between Tanabi and Votuporanga in the northwestern region of the State of São Paulo . The presence of this struture, connected to tectonic phenomena of pre-Bauru age and respon­ sible for the contours of basaltic substratum, exercised a profound influence on the sedimentation of the Bauru Group, being responsible for the variations of thickness, spatial behavior and the hydro­ logical properties of the sediments of the area.

L INTRODUÇÃO os quais, somados aos conhecimentos até então obtidos, possibilitaram o estabelecimento de A crescente importância atribuida ao Gru­ um quadro histórico mais completo do Bauru po Bauru, nos últimos anos, tem sido causa de no Estado de São Paulo. numerosos estudos detalhados que permitiram Com efeito, a própria elevação da Forma­ melhor compreensão dos seus múltiplos aspec­ ção Bauru para Grupo Bauru, com a admissão tos, geológicos, sedimento lógicos, paleontológi• da Formação Caiuá nesse contexto, e a criação cos e estratigráficos. de novas Formações como Santo Anastácio, Modernas técnicas de mapeamento regio­ e Marília (Soares et alli, 1980), nal, aliadas a intensas pesquisas de recursos hí• representam uma concepção mais ampla, com dricos subterrâneos contribuiram para a obten­ o estabelecimento de episódios marcantes e ção de um volume muito grande de novos dados, decisivos na história geológica do Grupo, capa-

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zes de salientar as variações ambientais ocorri­ Uva de se estabelecer um modelo para a sedi­ das durante as diversas etapas de deposição de mentação das fases iniciais do Bauru na porção todo o pacote sedimentar. Norte da Bacia Bauru. Assim pois, parece hoje mais ou menos estabelecida toda uma seqüência sedimentar caracterizada por segmentos defmidos e refle­ 2. FISIOGRAFIA DA ÁREA xos de ciclos sedimentares distintos que se sucederam através do Caiuá até o Man1ia na A área estudada é parte da região Norte­ seqüência anteriormente mencionada. Além Ocidental do Estado de São Paulo, compreen­ disso, têm-se procurado estabelecer também dida entre os rios Preto, Turvo, Grande e o as relações entre os episódios sedimentares ini­ Alto São José dos Dourados, cortada pelo ciais com a natureza morfológica e o compor­ paralelo de 200 e 30' de Latitude Sul e pelo tamento tectônico do substrato basáltico. Meridiano de 500 de Longitude Oeste. (Ver Numerosas evidências atestam a irregu­ figo I) laridade desse substrato, representada por altos Seu relevo é uniforme, representado por e baixos de natureza erosiva ou estrutural ape­ elevações suaves, de perfis convexos e de grande nas, ou decorrente de ambos os processos, de raio de curvatura, topografia pouco movimen­ magnitudes variáveis, mas sempre interferindo tada, onde as mais altas cotas não ultrapassam na sedimentação posterior. 600m de altitude e as mais baixas variam ao No presente trabalho os autores procura­ redor de 350m. Constitui o interflúvio dos ram, através de estudo regional de detalhe, re­ grandes rios anteriormente mencionados, sendo gistrar a ocorrência de um alto estrutural do recoberto pelas rochas do Grupo Bauru, aflo­ substrato basáltico, situado na área de Tanabi, rando os basaltos da Formação Serra Geral ex­ Cosmorama e Votuporanga, na Região Norte­ clusivamente nas partes mais baixas do vale dos Ocidental do Estado de São Paulo , bem corno principais rios. discutir os aspectos geológicos, geohidrológico No topo desse mterflúvio afloram as ro­ e estratigráfico a ele relacionados, na tenta- chas da litofácies São José do Rio Preto - For-

o 10 20 30Km !

W;:;]- Fm.Adamantina Fig. 1- Mapa Geológico da Região norte - ocidental 0- Fm.Sto .Anastácio do Estado de são Paulo. (Seg.Barcha, 1980 a).

~ ~ - Fm. Serra Geral

-56- o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO mação Adamantina e a partir da cota de mais Em razão das diferenças de cotas ebser­ ou menos 400m, em direção aos grandes rios. vadas entre os pontos amostrados, o alto estrutu­ afloram os arenitos vermelhos característicos ral chega a se manifestar de maneira notável espe­ da Formação Santo Anastácio (Barcha, 1980b cialmente quando se compararn áreas como Bál­ samo e Tanabi, entre as quais se observa uma dife­ e Soares et alii). rença de cotas da ordem de 48 metros, ao longo de uma distância horiwntal de pouco 2.1. Morfologia do Substrato Basáltico mais de 11 km. Entre Bálsamo e Eng. Balduino, numa distância horizontal de 13 km, verifica-se Numerosos são os trabalhos sobre a mor­ uma diferença de cotas da ordem de 51 m. Entre fologia do substrato basáltico no Estado de São Eng. Balduino e Monte Aprazível, ao longo de Paulo. Frangipani (1961-62) demonstrou exis­ 10km, observa-se uma diferença de 33m (Ta­ tência de um mergulho regional para Sudoeste bela 1). com uma componente para Oeste, na direção da calha do Rio Paraná. Arid (1967) registrou a 3. GRUPO BAURU existência de uma superfície irregular pré-Bauru esculpida ou por processos erosivos ou por cau­ O estudo do Grupo Bauru na área foi fei­ sas tectônicas, como confirma o adernamento to com base em testemunhos de sondagens rea­ para oeste e sobretudo para sudoeste, do subs­ lizadas para fins de captação de água subter­ trato basáltico na região Norte da Bacia Bauru. rânea. Foram selecionados perfis completos Novos dados são acrescentados aos já existentes de toda a seqüência sedimentar de poços que por Arid et alii (1970), por Barcha (1973 e atingiram o basalto nas seguintes localidades: 1980 a), Barcha e Arid (1975). Merecem desta­ Tanabi, Cosmorama, Sirnonsen, Engenheiro que, ainda, as valiosas contribuições resultantes Balduino, Bálsamo, Monte Aprazível e Destila­ dos levantamentos efetuados na área pelo ria Água Limpa (Mte. Aprazível). DAEE (1976) e Instituto Geológico (1978), Os dados da Tabela 1 mostram que a quando, pela primeira vez. é mencionado o espessura da coluna de sedimentos na área alto estrutural de Tanabi (DAEE op. cit.), compreendida pelo alto estrutural varia ao re­ objeto do presente estudo. dor de 100 metros, pouco mais, pouco menos, Merece destaque, também, a ocorrência exceção feita âs localidades de Sirnonsen e de zonas deprimidas do substrato, registradas Eng. Balduino, cujos valores são bem maiores. por aquelas lnstitutições nos aludidos levanta­ Representam, naturalmente, o resultado da ero­ mentos geológicos. Destaca-se a fossa ao sul de são diferencial, fato muito comum e responsá­ Marinópolis, onde as cotas do topo do basalto vel pela escultura da topografia moderna do caem para 200m, e a fossa de , com Bauru na porção norte da Bacia. cotas de 250m. Esse alto estrutural de Tanabi, Em todos os perfis estudados (Figs. 7 -10) Votuporanga. bem como a fossa de Auriflama os sedimentos se mostram ricos em estuturas foram registrados por Barcha (1980 b). hidrodinâmicas, exibindo estratificação cruza­ da de pequeno e de médio porte, estratificação 2.2 Alto Estrutural de Tanabi-Votuporanga cruzada planar e laminação horizontal bem de­ finidas. É comum a ocorrência de estruturas de O alto estrutural de Tanabi-Votuporanga corte e preencltimento, bem como de peque­ abrange a área das localidades de Tanabi, Enge­ nas discordâncias do tipo diastema. nheiro Balduino, Ecatu, Cosmorama, Simonsen São frequentes ainda lentes de arenito e Votuporanga. Representa uma região em que com estrutura maciça de espessura variável des­ as cotas do topo do basalto situam-se acima do de meio metro até 3 a 4 metros. nível de 410m, contrastando com as cotas de A análise granulométrica mostrou predo­ zonas vizinhas, inferiores a 380m. (Tabela I). minância dos termos arenosos ao longo de toda Sua detecção pôde ser feita graças a numerosos a coluna, sendo os arenitos, em geral, de granu­ poços tubulares perfurados na região para ex­ lação variável, desde muito fina a grosseira (Bar­ ploração de água subterrânea. cha e Arid 1977).

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Tabela 1 - Altitude de localidades situadas na área do alto estrutural Tanabi-Votuporanga e área vizinhas, espessuras do Bauru e cotas do topo do basalto nesses pontos.

Loca1idades Altitudes Espessura Cotado do sedimento topo do basalto (m) (m) (m)

Tanabi 525 105 420 508 99 409 520 107 413

Ecatu 539 116 423

Cosmorama 523 104 419

Simonsen 535 127 408

Votuporanga 512 97 415

Eng. Balduino 566 154 412

Bálsamo 520 148 372

Meridiano (Sítio Morandi) 474 88 385

Mte. Apazível Dist. Água Limpa 500 84 416

Mte. Aprazível (Cidade) 469 90 379

Esses corpos arenosos repetem-se ao lon­ de até 30%. Raríssimos são os casos- em que o go do perfIl, intercalados por lentes de argilitos carbonato está ausente e quando isso acontece, e siltitos, menos frequentes e de pequena espes­ geralmente se refere a amostras próximas da su­ sura, desde alguns milímetros até 50-60cm. ~ perfície submetidas à lixiviação. também muito comum a ocorrência de conglo­ É comum também a ocorrência de carbo­ merados de seixos de argilito em diversos ní• nato na forma de nódulos, em diferentes pro­ veis da coluna. fundidades e tamanhos variáveis. A predominância absoluta dos termos are­ Não se observou qualquer distribuição re­ nosos determina a existência de razões de elás­ gular desse carbonato, quer como cimento, quer ticos elevadas, sendo sempre superiores a 10 como nódulo, ao longo da profWldidade, ~ mbora (Barcha, 1980 a). exista certa preferência por determinados tipos Em todos os casos, o sedimento mostrou de estruturas sedimentares (Arid e Barcha, 1978). grau de seleção de bom a muito bom (0,50 a Essas características sedimentológicas são 0,60), de acordo com Folk e Ward (1957). conspícuas em toda a área abrangida pelo alto Com relação à cor, a predominância é estrutural em estudo e, de resto, para toda a das cores rósea, marrom-claro, cinza, cinza-creme área norte da Bacia Bauru (Barcha, 198Oa). e branco-acinzentado para os arenitos; os siltitos Assim sendo, na localidade da Bálsamo (Figura variam de creme a creme-chocolate e os argili­ 7) essas características ocorrem até a profundi­ tos mostram sempre cores chocolate. dade de 118 metros, abaixo da qual tanto a tex­ O carbonato na forma de cimento é variá­ tura, quanto as estruturas e a cor variam consi­ vel, podendo ocorrer excepcionalmente teores deravelmente , caracterizando um sedimento

-58- o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULo' bem diferente . Trata-se de sedimento com pre ­ Soares et alii (1980), procedendo a um dominância absoluta dos termos arenosos, de mapeamento regional sugeriram um modelo es­ granulação mais grosseira, com menor teor de tratigráfico para o Bauru no Estado de São Pau­ matriz argilosa, a qual geralmente é inferior a lo , assinalando, para a região em estudo, a ocor­ 10%. rência das Formações Santo Anastácio, na base Os corpos arenosos apresentam estrutura do Bauru, e a Adamantina, mais acima, esta maciça quase que exclusivamente, sendo rara a constituída pelas litofácies São José do Rio Pre­ intercalação de corpos lamíticos. O sedimento é to e . menos selecionados que o superior, uma vez Quando se comparam esses dois modelos que a seleção varia de boa a regular. de comportamento espacial do Bauru na área A cor é, exclusivamente, vermelha a arro­ estudada, verifica-se que a unidade Bl - Bauru xeada, em razão de forte pigmentação de óxido inferior, corresponde à Formação Santo Anastá­ de ferro dos grãos. cio, enquanto que a unidade B2 corresponde à O comportamento e o teor de cimento e litofácies São José do Rio Preto da Formação dos nódulos carbonáticos não revelam diferen­ Adamantina. ças em relação ao sedimento do pacote superior. Desta forma, na área compreendida pelo Em razão destas características é possível alto estrutural de Tanabi-Votuporanga, registra­ assinalar, na sondagem de Bálsamo, como tam­ se apenas a ocorrência da Formação Adamanti­ bém em outras localidades fora desse alto estru­ na, representada pela litofácies São José do Rio tural (S . J. Rio Preto , Macedónia, Nova Grana­ Preto ; nas áreas adjacentes não abrangidas por da, etc) a ocorrência de duas unidades sedimen­ essa estrutura, como é o caso de Bálsamo, a tares distintas, e apenas uma nos pontos situa­ secção registra inclusive a Formação Santo dos na área compreendida por essa estrutura. Anastácio (Fig. 2.). Consequentemente os perfís estratigráfi­ Esse comportamento estratigráfico do cos representativos destas duas situações dife­ Bauru revela uma forte influência do substrato rem sobremaneira, fato que traduz a influência basáltico sobre as fases iniciais da sedimenta­ do alto estrutural sobre os primeiros ciclos da ção. Em se tratando de uma área elevada na deposição Bauru na região . época da sedimentação Santo Anastácio, o alto estrutural de Tanabi-Votuporanga exerceu efe­ tiva ação na deposição e distribuição desses se­ dimentos, determinando a expressão de sua 4. INFLUÊNCIA DO ALTO ESTRUTURAL área de ocorrência através do controle do ní• NA SEDIMENTAÇÃO vel de base da sedimentação. Desta forma, ao controlar a deposição dos sedimentos, condi­ Barcha (1980 b), estudando o comporta­ c~nou a presença da Formação Santo Anas­ mento espacial do Grupo Bauru na região Nor­ tácio, bem como a natureza do contacto in­ te-Ocidental do Estado de São Paulo, assinalou ferior da Formação Adamantina que ora se a ocorrência de duas unidades sedimentares faz com o basalto, no alto estrutural, ora com distintas e superpostas, às quais denominou os próprios sedimentos da fase anterior. B 1 - Bauru inferior e B2 - Bauru superior. Esse comportamento pode servir como Essas unidades constituem o interflúvio modelo de um processo mais amplo, porém que separa a Bacia do Rio Grande da Bacia do igualmente característico, com recorrência no São José dos Dourados, onde B2 representa as âmbito da Bacia Bauru, na fase inicial do seu porções mais elevadas do espigão, com altitu­ preenchimento. É razoável supor a existência de des sempre superiores a 400 metros e não ultra­ um substrato basáltico com uma superfície irre­ passando 600m, e Bl representa a litologia mais guiar, condicionada por processos tectônicos e próxima do vale dos rios, cujas altitudes são acentuada pela ação erosiva, formada por pa­ sempre inferiores a 4OOm. Parece haver uma leo-vales, por blocos elevados representando al­ concordância entre a passagem de B2 para B1 tos estruturais. Grandes extensões desse substra­ com a quebra da topografia na cota 400m ± 10m, to foram preenchidas na fase Santo Anastácio fato já assinalado por Barcha (1980 b). durante a qual os processos de distribuição des-

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F71 u- Fm.Adamantina 0- Fm.Sto .Anastácio ~- Fm.Serra Geral

Fig.2 - Secções Estratigráficas do Grupo Bauru mostrando o Alto Estrutural de Tanabi-Votuporanga.

ses sedimentos foram responsáveis pela homoge­ ca os diferentes valores de espessura encontra­ neização e regularização da superfície pré-Bau­ dos para a Formação Santo Anastácio, na parte ru, criando, no fInal desse ciclo, uma superfície Norte e Nordeste da Bacia Bauru, os quais va­ regular, a superfície Santo Anastácio, perfura­ riam desde 20m até 50 e 6Om. Os valores cres­ da aqui e alí pelos altos estruturais do substra­ cem para Sul e Sudoeste do Estado, onde possi­ to não totalmente recobertos. Com isso, as fos­ velmente se localiza o depocentro dessa Forma­ sas ou baixos estruturais receberam grande quan­ ção (Fig. 3). tidade de sedimentos cuja espessura dependeu Evidências detalhadas dessa superfície San­ da profunidade da própria estrutura. Isso expli- to Anastácio foram estudadas na área da cidade

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[JJ - Frn.Adarnantina 0- Frn.Sto.Ana$tácio 0- Frn.Serra Geral Fig. 3 - Secções Estratigráficas do Grupo Bauru ao Sul do Rio são Jose dos Dourados. (Seg_Barcha, 1980 a).

-60- o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO de São José do Rio Preto , onde se obteve um determinadas a altitude da boca do poço, a grande volume de dados graças à enorme den­ cota do topo de basalto, a espessura total do sidade de poços tubulares nela perfurados. Grupo Bauru, a espessura das Formações Ada­ Em mais de uma dezena desses poços dis­ mantina e Santo Anastácio, bem como a cota tribuídos no perímetro urbano (Fig . 4) foram do topo da formação Santo Anastácio (Tabela 2).

, ...... ------Perímetro Urbano , /' 1 eD eD- Sondagens me cânicas " ,, .- Sondagens elétricas O 1,5 Km zeD

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F ig. 4 - Planta da c i dade de S.J.Rio Pr e t o e l ocalização das s andagens.

Tabela 2 - Dados obtidos atravé~ de sondagens mecânicas efetuadas no perímetro urbano de São José do Rio preto

N9 Altitude Topo do Bauru Fm. St9 Anastácio Fm. Adamantma LOCAL de basalto Esp.TQtaI Exp. Topo Esp. Ordem (m) (m) (m) (m) (m) (m)

J. Jaguaré 1 505 365 140 34 399 106 IBILCE 2 510 361 150 39 402 111 Chácara Giglio 3 472 363 109 42 405 *67 Jardim Bordon 4 515 373 142 32 405 110 Maceno 5 505 362 143 41 403 102 E.T.A. 6 468 351 117 49 400 68 Centro Social 7 468 351 114 49 400 65 J. Urano 8 545 349 196 51 400 145 Cidade Nova 9 545 357 188 43 405 14<; Redentora 10 518 348 170 60 408 110 Coca-Cola 11 528 *344 *184 60 404 *1 24 Monte Líbano 12 518 359 159 39 398 120 I.P. A. 13 496 342 154 58 400 96 Recanto dos Passáros 14 550 353 196 46 400 150

* Dados obtidos por estimativa, considerando-se sondagens próximas.

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Verificou-se que o su bstrato basál tico do por causas tectônicas e, posteriormente ho­ mergulha para SSW e que as irregularidades lo­ mogeneizado local ou mesmo regionalmente , cais foram preenchidas inicialmente pelos sedi­ pela fase Santo Anastácio . mentos da Formação Santo Anastácio , cuja Sobre essa superfície regularizada, inter­ espessura depende da própria magnitude dessas rompida, às vezes, por altos estruturais, iniciou­ irregularidades. se a fase Adamantina, com a deposição das suas Muito embora a espessura dessa Forma­ diferentes litofácies, Taciba e São José do Rio ção varie de lugar para lugar, dependendo da Preto. Apenas esta última ocorre na área em es­ magnitude da irregularidade preenchida, seu tudo, com espessura até 160m. Na região norte topo é relativamente uniforme para toda a área da Bacia Bauru, essa superfície Santo Anastácio da cidade, com isóbatas variando em torno de foi regularizada segundo uma cota de 400m ± 4oom. Os valores pouco maiores da tabela de­ 10m, o que explica a coincidência da passagem vem ser atribuídos a erros resultantes na deter­ de uma para outra Formação com a quebra da minação ou da cota da boca do poço ou da al­ topografia regional que também se verillca nes­ tura da passagem da Formação Adamantina pa­ sa altit ude . ra a Formação Santo Anastácio. Nos pontos A e B da Fig. 4, separados en­ 5. OOMPORfAMENlO HIDROGEOLOGICO tre si pelo córrego Piedade e por distância não superior a SOOm, foram realizadas duas sonda­ Barcha (1980 a) determinou a porosidade gens elétricas. O objetivo era o de se verificar o e a permeabilidade do Bauru, I)a região norte­ comportamento do substrato basáltico, uma vez ociden tal do Estado, através de ensaios de labo­ que a drenagem mostra evidências de controle ratório em amostras de profundidade . Verillcou estrutural. Foram encontrados os seguintes valores variáveis dependendo da orientação da resultados: estrutura sedimentar, da textura da rocha, do Topo do Bauru em A = SISm teor e do comportamento do cimento carboná­ Topo de Bauru em B = 482m tico da amostra. Espessura do Bauru em A = 156m De um modo geral, os arenitos Santo Espessura do Bauru em B = 140m Anastácio da área em estudo representam exce­ Diferença das cotas do topo do basalto lentes aquíferos pela elevada porosidade média entre os dois pontos = 17m. que apresentam (em torno de 25%) e pela boa Com a perfuração de poço tubular no permeabilidade que possuem (os valores foram Clube Monte Llbano, 100m a norte da Sonda­ obtidos em logarítmos da permeabilidade - gem A, pôde-se estabelecer um confronto com log o K = 2,5 a 3,0 - o que equivale a valores de o poço localizado no Instituto Penal Agrícola 350 a I.OOU milidarcies) . . (IPA - 13, Tab. 2), próximo da sondagem B. Além disso, o teór de cimento carbonáti­ A diferença entre as cotas do topo do basalto, co é baixo, raramente superior a 10%, e a ma­ assim obtida, foi de 20m; a espessura da Forma­ triz argilosa é inferior a esse valor. Por outro la­ ção Santo Anastácio no poço IPA-13 é de S8m, do , os arenitos formam corpos maciços, sem a in ­ e no Clube Monte Líbano-12, é de 39m. Portan­ tercalação de lamltos que, quando presentes, di­ to, uma diferença de quase 20m, exatamente o fIcultam sobremaneira a migração da água no correspondente ao rejeito de uma possível fa­ interior da rocha. lha que separa ambos os pontos, confIrmando A litofácies São José do Rio Preto, por os resultados das sondagens elétricas. sua vez, apresenta também ótimos valores de Analisando-se a Tab. 2 verifica-se ainda porosidade e de permeabilidade. Tais valores, uma correspondência direta entre as cotas do no entanto, ocorrem dentro de uma ampla fai­ topo do basalto e a espessura da Formação xa de dispersão, constítuida também por valo­ Santo Anastácio. Quanto mais deprimida é res menos expressivos, mostrando condições a área, maior a espessura desses sedimentos, hidrogeológicas muito heterogêneas e diversas. acumulados até um nível comum. Esse largo espectro de variação se deve à ocor­ Tais fatos evidenciam a existência de um rência irregular do carbonato que, às vezes, se relevo irregular pré-Bauru, fortemente modela- concentra em grandes quantidades em alguns

-62- o AL TO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO mvels da coluna, à ocorrência de lamitos em devem-se debitar também as diferenças de va­ diversas profundidades (lentes de siltitos e de zões que se verificam quando se comparam argilito, muitas vezes com até I metro de espes­ poços perfurados sobre a estrutura (Tanabi, Si­ sura) e, finalmente, à própria variação textural monsen, Votuporanga) e fora dela (Bálsamo, dos arenitos, onde os mais grosseiros podem São Jo~ do Rio Preto, etc). estar intercalados pelos de granulação fma a Essa constatação reveste-se de grande inr muito fma. portância diante da crescente exploração dos Na litofácies Taciba, que ocorre a oeste recursos hídricos subterrâneos a que é submeti­ da região estudada, a partir da localidade de J a­ do o Grupo Bauru atualmente. Assim sendo, o les, essas condições são ainda mais desfavorá­ conhecimento da natureza morfológica e o veis dada a riqueza de lamitos que se registra na comportamento tectônico do substrato basálti­ coluna. co poderá permitir a delimitação de novas áreas Em razão de tais fatos, à interferência similares na Bacia, ou então de outras áreas de­ deste alto estrutural na sedimentação das pri­ primidas onde a espessura dos sedimentos aí meiras fases do Bauru na região norte da ba­ acumulados venha a ser um fator de desempe­ cia e, mais especificamente, na área em estudo, nho geohidrológico favorável.

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600 ...... ;:3 .' \ til " \ M \ o \ \'J 500 CIl \ . \Q)'" Q) ç...... co co 'J .u i;~\~" .. 400 til '--'-""rr-".... ~ .'

v v" .. .., .., 300 v v ~,v v o 10 20 Km ~- Fm.Adamantina

c=J- Fm.Sto.Anastácio

Iv.., ~vl- Fm.Serra Geral

Fig. 5 - Secções Estratigráficils do Grupo Bauru ao Norte do Rio são Jose dos Dourados. (Seg.Barcha, 1980 a). o ....~ ::l '''0 OO...-l 600 c:: co ~j:Q -- -- 500 --- : '. ------'. '.

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300 r: ... :<:.:~] - Frn.Adamantina I'" v v 1- Frn. Serra Geral

D-Frn.Sto.Anastácio (?) o

Fig.6 - Secções Estratigráficas do Grupo Bauru ao longo do Alto Estrutural Tanabi-Votuporanga na direção NNE. -64- o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI . NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECÇÃO ESTRATIGRÁFICA - BÁLSAMO ALTITUDE - 520 m

H·IO Arenito duro, maciço, cinza·daro, de granulação fIna.

I -.J"'t'::::>Oilo.lllo.l Arenito fIno, médio e grosseiro, amarelo-tijolo, ora avermelhado, com Iam. cruzada com seixos de argilito. Terminando por lentes de argilito cinza.

Arenito grosseiro, friável, amarelo-tijolo, com Iam. cruzada. A cor muda pa- 4e'!:::;;;~ ra cimza-claro e a Iam. cruzada é rica em seixos de argilito.

Arenito conglomerático bem c1acífero, cinza com seixos de argilito. Inter· caladamente ocorre lente de argilito.

1 O O. .; Arenito grosseiro, cinza-escuro, bem ca1cífero .

' .. 105 Arenito fino, bem ca1cífero, com fIna camada de argilito intercalada. Segue­ . . se arenito friável, de granulação média a grosseira passando a conglomerado com sixos de argilito. 1 1 O "",. . 0. Segue-se novamente arenito fmo, frável, vermelho-marron, maciço . I 1 5

I 2 O ' Q'" Arenito de granulação média a grosseira, vermelho escuro, maciço, com nó• 1 2 5 dulos esparços de carbonato. Segue-se arenito de idênticas características, porém sem nódulos mas com 1 3 O Iam. cruzada.

1 3 5 Arenito médio a grosseiro, vermelho-escuro. 1 4 O Segue-se lente de conglomerado de seixos de argilito verde.

1 4 5 '" Brecha de basalto e basalto.

- 65- BARCHA, S.F. e ELLERT, N. BOL.IG., V.12:55-70,1981

SECÇÃO ESTRATIGRÁFICA - TANABI ALTITUDE - 508 m M. 0.---. ~ Solo

Arenito cinza-<:reme ou escuro cf Iam . horizontal cruzada planar e maciço, com granulação fma a grosseira.

Arenito cinza a róseo, fmo a médio, maciço e estratificado, com altos teores de carbonato, especialmente associados à Iam . horizontal.

Arenito fino, cinza-<:reme, cf Iam. cruzada e horizontal e maciço. O teor de carbonato é um pouco mais baixo que os casos anteriores.

Arenito muito fmo e grosseiro, creme , rico em Iam. cruzada de pequeno por· te. Elevados teores de cabornato, até 10% aos 59m.

A litologia é bastante semelhante à anterior.

Arenito muito fmo e grosseiro, creme, cinza-<:reme cf estratificação e macio ço. Elevado teor de carbonato (23%).

Arenito grosseiro , estratificado seguido de lentes de argilito (Im) e banco de siltito cinza (6m).

Arenito muito fino, predominante maciço, cinza a cinza~scuro . . . .. 1 O O ".. Ao Basalto. A

-66 - o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECÇÃO ESTRATIGRÁFICA - COSMORAMA ALTITUDE - 523 m

M. c=J Solo

2 O Arenito fino, médio, conglomerático, cinza~reme, branco cinzento, maci­ .~.:,- ço e com Iam. horizontal e cruzada, às vezes muito duros, cf intercalação de lente de argilito (± 1,8Om). 2 5 .. _.

. ' 3 O '" '. •• .;"".. Arenito maciço, predominantemente fmo a muito fino, creme-avermelha­ 3 5 do, intercalado com arenito médio, conglomerático, com seixos de argilito, e Iam. cruzada. , 4 O o. • ..' 4 5 ... .. • ... ~. Arenito fino, médio a grosseiro, com seixos de argilito, creme-rÓ8eo, ma­ ciço ou com Iam. horizontal e cruzada. 5 O

6 O ~;, ...... ~' ..,,~'~ Conglomerado de seixos de argilito, arenito maciço fmo, duro, ora lentes 6 5 com Iam. horizontal, ora ~ruzada. ' .. : 7 O

'. 7 5

8 O

Arenito maciço, cinza~reme, róseo, fmo, às vezes, com lam_ horizontal e 8 5 cruzada, e com granulação média a grosseira. Por vezes, conglomerados com seixos de argilito. 9 O

9 5

1 O O ArenIto fmo, maciço, branco~inzento, e após brecha de basalto. ,,!,~': 1 O 5 .. " "'"

- 67- BARCHA, S.F. e ELLERT, N. BOL. IG., V. 12: 55-70, 1981

SECÇÃO ESfRATIGRÁFICA - DESfILARIA ÁGUA LIMPA

H. ALTITUDE - 500 m o 10 ~ Solo Arenito cinza-branco, maciço e lente de argilito vermelho. 1 5 -i:==,=,d Arenito fino, Iam. horizontal e cruzada, cinza a branco e muitos minerais 2 Ot!!!::J!!!!!!IB escuro. Lente argilosa. Arenito maciço. cinza

Arenito compacto, fmo, cinza

Arenito con~lomerático, passando a fmo, maciço, de cor avermelhada e nódulos de·cafbonato.

Segue-se também lente de argilito . 55•. . ..- ...

7 O . . : :: :: Arenito fmo, maciço, creme, com Iam. horizontal e com núdulos de carbo­ nato, seguido de fase relativamente mais grosseira com iam. horizontal bem calcífera.

Arenito mais grosseiro que o anterior, róseo, no fmal ocorre arenito aver­ melhado com ia. horizontal seguido de lente de argilito vermelho.

Arenito maciço, grosseiro, cinza, às vezes conglomerático. Muda para areni­ to fmo, cinza, c/ Iam. horizontal, ora maciço e laminação cruzada.

Arenito cinza, com Iam. horizontal e cruzada, fases conglomeráticas. Segue-se lentes de argilito arroxeado. Arenito cinza; c/ Iam. horizontal e cruzada e fases conglomeráticas c/ 1 1 seixos de argilito e lente de siltito. Siltito creme, maciço e arenito creme, fino cf Iam. cruzada. Novamente len tes de sil tito e argilito. Arenito maciço, cinza

-68 - o ALTO ESTRUTURAL DE TANABI - NNW DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECÇÃO ESTRATIGRÁFICA - DESTILARIA ÁGUA LIMPA

ALTITUDE - 500 m M. o r:::.::;;;:::;: So lo

Arenito cor creme, c/Iam, cruzada às vezes maciça com lentes de argilito.

Arenito creme, esbranquiçado, e lentes c/Iam, horizontal e cruzada, maciça e de argilito. 25

3 O Arenito friável. branco-cinzen to, Iam. horizontal ca1cífero, conglomerático e núdulos carbonáticos,

3 5 Arenito branco c/Iam. cruzada e horizontal e rico em núdulos carbonáticos. 4 O Segue-se arenito maciço.

45 Arenito maciço e arenito com la. cruzada rico em ferramagnesianos.

5 O Arenito maciço entremeado por lentes de argilito, Segue-se arenito com 55 Iam . cruzada, grosseira, cinzento, rico em carbonato, e arenito c/Iam. cru­ zada planar, 6 O Arenito maciço. cinza-creme, c/Iam. horizontal e cruzada planar. Ocorrem 65 também arenito finíssimo, siltitos creme-chocolate,

7 O -,,-" . =---- .. Arenito cinzento, com Iam . cruzada festonada, ora planar, seguida de Iam .

' , horizontal. 75 '-,-, " Arenito fmíssimo, sl1tico, de cor creme-chocolate, maciço, às vezes esver­ -,-,, 8 O deada, em contacto c/o substrato basáltico.

"-,,, 8 5 '" 1\ " Basalto.