Revista do TRE/RS

Ano II — Número 2 — Janeiro a abril de 1997

Pleno do Tribunal Regional Eleitoral/RS Composição em fevereiro de 1997

Presidente Des. Tupinambá Miguel Castro do Nascimento

Vice-Presidente e Corregedor Des. Celeste Vicente Rovani

Membros Efetivos Dr. Norberto da Costa Caruso Mac-Donald Dr. Leonel Tozzi Dr. Gilson Langaro Dipp Dr. Marco Aurélio Heinz Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco

Procuradora Eleitoral Dra. Vera Maria Nunes Michels

Substitutos Des. Élvio Schuch Pinto Des. Luiz Gonzaga Pila Hofmeister Dr. Manoel Volkmer de Castilho Dr. Carlos Rafael do Santos Júnior Dr. Abade Pereira Bulhões Dr. Rolf Hansen Madaleno

Procurador Eleitoral Substituto Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino

Diretor-Geral da Secretaria Dr. Antônio Augusto Portinho da Cunha Expediente

Comissão Editorial Des. Celeste Vicente Rovani - Presidente Dr. Antônio Augusto Portinho da Cunha Dr. Josemar dos Santos Riesgo Dr. Marco Antônio Duarte Pereira Jorn. Joabel Pereira

Equipe de Edição Coordenação-Geral e Editoração Eletrônica: Assessoria Especial Capa: Gabinete da Secretaria de Informática Indexação: Coordenadoria de Jurisprudência e Documentação Colaboração: Assessoria de Comunicação Social Coordenadoria de Taquigrafia e Acórdãos Gabinete da Corregedoria Regional Eleitoral

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Revista do TRE / Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. - Ano II, n. 2 (jan./abr. 1997)- . - Porto Alegre : TRE/RS, 1997-

Quadrimestral

1. Direito Eleitoral - Periódicos. I. Rio Grande do Sul. Tribunal Regional Eleitoral.

CDU 342.8(816.5)(05)) Sumário

• Apresentação Des. Celeste Vicente Rovani - Presidente da Comissão Editorial do TRE...... 9 • Doutrina Substituição de candidatos Dr. Joel José Cândido ...... 13 Da não-recepção do art. 109, § 2º, e do art. 111 do Código Eleitoral pela atual Constituição Federal Dr. Ricardo Luiz da Costa Tjäder ...... 22 O sistema proporcional e sua inserção na Constituição Federal de 1988: conse- qüências Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco...... 28 • Resolução e Provimento Resolução nº 97/96 - TRE/RS - Estabelece procedimentos relativos à suspensão dos direitos políticos ...... 37 Provimento nº 04/96 - CRE/RS - Consolida as orientações normativas da Correge- doria...... 38 • Parecer Candidaturas de mulheres e de cegos às eleições de 1996 (apelação criminal - Proc. Cl. XIII, nº 44/96) Dra. Vera Maria Nunes Michels...... 47 • Acórdãos Cl. XI, nº 77/96 - Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac-Donald ...... 53 Cl. IX, nº 185/96 - Rel. Dr. Leonel Tozzi ...... 58 Cl. I, nº 14/96 - Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp...... 66 Cl. IX, nº 165/96 - Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco ...... 69 Cl. XVII, nº 33/96 - Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz...... 78 Cl. XIII, nº 11/95 - Rel. Dr. Manoel Volkmer de Castilho...... 81 Cl. VII, nº 21/96 - Rel. Dr. Rolf Hanssen Madaleno ...... 85 Cl. I, nº 121/96 - Rel. Dr. Dr. Carlos Rafael dos Santos Júnior...... 87 • Ementário Mandado de segurança (Cl. I) ...... 93 Filiação partidária (Cl. II) ...... 104 Registro de candidaturas (Cl. III)...... 105 Propaganda eleitoral (Cl. XVII)...... 119 Demais classes...... 128 • Diversos Discurso por ocasião da entrega da medalha Moysés Vianna Des. Celeste Vicente Rovani...... 149 Municípios do Rio Grande do Sul: eleitorado e população ...... 154 Prefeitos e vice-prefeitos eleitos em 1996 ...... 170 • Índice ...... 191

Apresentação

Apresentação É com muita satisfação que verificamos a receptividade alcançada pelo primeiro número desta nova fase da Revista do TRE. O Direito Eleitoral, lamentavelmente, ainda não se firmou em nosso país como campo de largo interesse jurídico, destarte ser um dos pilares da democracia, o que resulta em uma produção literária de volume muito inferior ao que mereceria, ainda mais se levarmos em conta as constantes mutações resultantes da legislação ca- suística da área. Neste contexto, as revistas são ainda mais raras. Por isso, apraz- nos proporcionar aos estudiosos e demais interessados em Direito Eleitoral esta modesta contribuição para os auxiliar em suas pesquisas e mantê-los atualizados, com artigos de doutrina e acórdãos com as orientações mais recentes. Agradou-nos saber, especialmente, que a Revista tornou-se parte integrante das bibliotecas de gabinetes de muitos diplomados por este TRE. Consideramos nossa maior recompensa saber que os partidos políticos e seus integrantes estão consul- tando-a, podendo inclusive adotar uma postura preventiva em relação a fatos que, por desconhecimento - circunstância comum, repetimos, em relação à colcha de retalhos em que se constitui o Direito Eleitoral -, poderiam gerar-lhes demandas ju- diciais. Em última análise, esta singela Revista poderá até refletir em alguma diminuição no volume de processos na Justiça Eleitoral, assoberbada pelos feitos de prestação de contas dos partidos políticos, entre muitos outros. Colocamo-nos à disposição para sugestões, sempre bem-vindas, bem como para a divulgação, na medida do possível, das contribuições que nos chegarem. Des. Celeste Vicente Rovani, Presidente da Comissão Editorial do TRE/RS.

Doutrina 12 Revista do TRE/RS Revista do TRE/RS 13 ração de convenção, matéria de Direito Partidário, ou um caso de sucessão a Substituição de candidato eleito, que é um instituto de Direito Eleitoral absolutamente diverso candidatos do que aqui nos propomos a analisar. Dr. Joel J. Cândido1 Diz o dispositivo legal acima citado: Sumário: 1. Introdução. 2. Natureza ju- "Art. 17 - É facultado ao partido rídica do instituto da substituição. 3. A político ou coligação que requerer o titularidade dos Partidos Políticos ou registro de candidato considerado Coligações. 4. Casos legais de substi- inelegível dar-lhe substituto, mesmo tuição. 5. Outras hipóteses de substitui- que a decisão passada em julgado ção. 6. Candidato substituto. 7. Decisão tenha sido proferida após o termo fi- passada em julgado. 8. Prazo para o nal do prazo de registro, caso em novo registro e sua limitação temporal. que a respectiva Comissão Executiva 9. Limites e peculiaridades das substi- do partido fará a escolha do candida- tuições. 10. Escolha do substituto pela to. " Comissão Executiva do Partido Político. Este art. 17 tem que ser interpretado A substituição de candidatos é tema conjuntamente com o art. 101, e seus que, invariavelmente, vem a debate na parágrafos, do Código Eleitoral, à medi- época dos pleitos eleitorais, envolvendo da em que ambos, por tratarem de as- os aplicadores da lei e, não raro, tra- sunto idêntico, estão indissoluvelmente zendo complexidades e surpresas. A correlacionados 4. base legal do instituto da substituição Não é verdadeira a alegação de que situa-se, fundamentalmente, no art. 17 o art. 17, por constar de lei comple- da Lei Complementar nº 64, de 18 de mentar, versar sobre a mesma matéria maio de 1990, conhecida como "Lei das e ser posterior, teria derrogado o art. Inelegibilidades". 101, § 5º, do Código Eleitoral, vedando Por "substituição de candidatos" se substituição de candidato por morte ou haverá de entender a troca de um nome renúncia, só permitindo em caso de aspirante a qualquer mandato eletivo, inelegibilidade, única hipótese que seu por outro, do mesmo partido ou coliga- texto previu. Não. Permanecem todas 2 ção , com as mesmas condições legais, as possibilidades de substituição que ocorrida após a formulação do pedido havia antes da LC nº 64/90, já que, para 3 de registro de candidatura e até a vés- se falar em derrogação, a lei comple- pera da eleição, exclusivamente, se se mentar teria que ter fechado todo o le- tratar de turno único; ou mesmo durante que de possibilidades que o Código o interregno dos turnos, no caso de Eleitoral abriu, e isso não ocorreu. existir segundo turno. O art. 17 é genérico, até mesmo Fora desses limites temporais, te- pela abrangência do conceito de inele- remos uma simples alteração de delibe- gibilidade; o art. 101 é mais específico e casuístico e não há comandos antagô-

1 Advogado, Professor de Direito Eleitoral, Conferencista e Doutrinador 4Aliás, o TSE já decidiu que o art. 101 do 2 JTSE, 6(2)419-421. Relator: Min. Torquato Código Eleitoral permanece em vigor, a des- Jardim. peito de disposições como o art. 13 da Lei nº 3JTSE, 7(1)306-310. Relator designado: Min. 8.713/93. Vide JTSE, 6(4)363-373. Relator: Marco Aurélio. Min. Diniz de Andrada 14 Revista do TRE/RS nicos em ambos os preceitos. Ao con- derá ser sufragado pelo eleitor, na for- trário, eles se completam e deles se ex- ma do art. 175, § 3º, do Código Eleito- trai o caminho a ser trilhado pelos parti- ral. O voto será parcialmente válido dos ou coligações nos casos de morte, apenas na hipótese do § 4º, do mesmo renúncia, desistência, cancelamento, artigo de lei. inelegibilidade e, também, de perda ou 3. A titularidade dos Partidos Polí- suspensão dos direitos políticos de seus ticos ou Coligações. Como não há candidatos. Todas estas hipóteses ge- mais, no Brasil, candidatura "avulsa" - ram a mesma conseqüência, permitindo ou seja, candidatura independente e a substituição, razão pela qual, dora- desvinculada de qualquer sigla partidá- vante, apesar de mencionarmos só o ria -, para nenhum mandato eletivo (CE, termo "inelegibilidade", a preleção que art. 87, caput), o registro só pode ser sustentamos vale para todas elas. efetuado pelo Partido Político ou pela 2. Natureza jurídica do instituto da coligação, quando for o caso. Assim, fiel substituição. O dispositivo em tela de- ao princípio de que "quem põe dispõe", corre do princípio de que o partido ou só esse partido ou coligação, exclusi- coligação só apresenta candidato, num vamente, poderá indicar o substituto ao pleito, se quiser, e de que, embora os candidato considerado inelegível. mandatos eletivos sejam acessíveis a A possibilidade de o próprio candi- todos, ninguém é obrigado a eles con- 5 dato requerer o seu registro, por omis- correr . Logo, o artigo sob comento só são do partido ou coligação, o que vem podia, mesmo, encerrar uma faculdade, sendo permitido pela legislação tempo- ou seja, um direito que têm os partidos rária6, não invalida o que dissemos aci- e coligações, e não uma obrigação. Há, ma. O candidato pode desistir ou re- aqui, uma "facultas agendi". A mesma nunciar ao direito de concorrer, inde- liberdade de que desfrutam de concor- pendentemente da aquiescência parti- rer, ou não, em um pleito, os partidos e dária; a eventual indicação de seu coligações dispõem, aqui, de exercer, substituto, porém, é prerrogativa exclu- ou não, a substituição do candidato ful- siva do partido ou da coligação. Uma minado pela inelegibilidade, e por situação é o registro de candidato, que aquelas outras hipóteses que acima nos ele pode fazer sozinho; outra, diversa, é referimos. a filiação partidária, obrigatória para Declarado inelegível o candidato, e concorrer, como condição de elegibili- silente o partido ou coligação no prazo dade7. Assim, mesmo que o próprio legal (sobre o qual trataremos adiante), candidato tenha requerido o seu registro a agremiação perde o direito e não con- (omisso o partido ou a coligação), correrá àquela eleição, para aquele car- mesmo assim a indicação de eventual go eletivo, embora não fiquem prejudi- substituto a seu nome é prerrogativa de cadas as demais candidaturas (a não seu partido ou coligação, a ela não po- ser que se trate de candidatura que, in- dendo se opor o excluído, nem o Mi- dissolúvel, em chapa única, fique in- nistério Público, muito menos terceiros completa, como a do vice em relação ao estranhos ao binômio partido-coligação. candidato a prefeito, e vice-versa, nas ou infelizmente, no Brasil, o eleições ditas "casadas", v.g.). Não se monopólio das candidaturas é dos par- revalida, de modo algum, o registro de candidato excluído. Seu nome não po- 6Lei nº 8.713/93, de 30.9.93, art. 11, § 2º e Lei nº 9.100, de 29.9.95, art. 12, § 2º. 5CF, art. 5º, II. 7CF, art. 14, § 3º, V. Revista do TRE/RS 15 tidos políticos8 e chega a esse ponto. E ca, não significa que ela as proíba, uma esse monopólio se efetiva também para vez que as vedações, nesta matéria de o registro originário, como para os ca- direitos políticos, devem ser expressas, sos de substituição dele derivada. específicas e inequívocas. 4. Casos legais de substituição. A E, por último, porque se é possível questão mais difícil que este artigo en- substituição em caso de inelegibilidade, cerra, a nosso ver, é saber se ele incide onde, em tese, há culpa do candidato, só nos casos de inelegibilidade ou em do partido, e, às vezes, até de ambos, outros, como a morte, renúncia, desis- com muito mais razão é de se admiti-la tência, cancelamento ou de perda ou nos casos em que a culpa é incogitável, suspensão dos direitos políticos, permi- como no caso de morte, v.g. No contrá- tindo, também neles, a substituição. rio, a exegese atropelaria a lógica e po- Pensamos que sim. Caso não inci- deria beneficiar eventual infrator. disse, como ficaria a ordem jurídica 5. Outras hipóteses de substitui- ocorrendo uma dessas hipóteses ? ção. A morte. A morte de uma pessoa Em primeiro lugar, a regra em tela é é um fenômeno natural, incerto no tem- "asseguradora de direitos", e não "regra po, a princípio não querido e que põe de proibição". Destarte, dela não se fim à vida humana, extinguindo-se, pode extrair comando de vedação al- também, com ela, por força de lei, a 9 gum, pois, se se fizer, a finalidade al- existência da pessoa natural . Ela, seja mejada pelo legislador não terá sido al- real, seja presumida, enseja a substitui- cançada. Logo, conclui-se que o termo ção na forma deste artigo, mesmo em "inelegibilidade" dela constante é me- caso de suicídio, aqui absolutamente ir- ramente exemplificativo, e não "clausu- relevante. Prova-se a morte, a princípio, lus", admitida a inclusão de outras hi- com a certidão de óbito do Registro Ci- póteses. vil, mas pode-se aceitar qualquer outro meio idôneo e induvidoso de prova, Como se viu, deu-se, aqui, num pri- para estes fins. Sendo ela fato público e meiro momento, uma interpretação te- notório (o que, como tal, se caracteriza leológica, e, no passo seguinte, uma com freqüência, em época de eleições interpretação extensiva. municipais, no âmbito das respectivas Em segundo, as interpretações pre- Zonas Eleitorais, ou em se tratando de judiciais, em matéria de direitos políti- candidato conhecido), nenhuma prova cos, devem ser restritas, e não amplas. se precisará fazer10, afora a alegação. Aqui, ao não se admitir outros casos Alguém, mesmo sem ter visto a certidão como possíveis de substituição - fora o de óbito, duvida da veracidade da morte de inelegibilidade stricto sensu -, estar- do piloto Ayrton Senna ou do ex- se-ia dando uma interpretação ampla, presidente Tancredo Neves? criando uma proibição, o que não é A base legal para a substituição por possível. Ademais, o fato de a lei permi- morte está no art. 101, § 5º, do Código tir a substituição em casos de inelegibi- Eleitoral que, como já vimos, não se al- lidade, silente quanto às demais hipóte- terou com o advento deste art. 17, com ses ocorrentes na vida de relação políti- o qual deve ser interpretado, com o qual se completa e com o qual dá supedâ- 8Esse monopólio vem desde o Decreto-Lei nº 7.586, de 26.5.45, conforme Walter Costa 9 Porto, "Dicionário do Voto", Editora Giorda- CC, art. 10. no, São Paulo, SP, 1995, p. 74. 10CPC, art. 334, I. 16 Revista do TRE/RS neo à substituição desta hipótese em não basta é que a Justiça Eleitoral te- questão. nha só a manifestação do Partido Políti- Não há falar em sucessão hereditá- co, pois a ele, para isso, falta legitimi- ria pela morte de um candidato, regis- dade. A substituição é direito da sigla trado ou não. Pode até ocorrer venha partidária; a renúncia é privativa do ele a ser substituído por um descen- candidato. dente ou cônjuge, o que é muito co- Desistência. A desistência também mum, mas por mero aproveitamento é uma manifestação de vontade pesso- político do nome, ou por "herança políti- al, livre, cabal e negativa em relação a ca", o que é incensurável; jamais, po- uma situação que está em curso e que rém, pela invocação de algum eventual se quer interromper. Difere da renúncia direito sucessório. Assim mesmo, isso porque aquela (a desistência) se dá, ao só poderá se dar preenchidos todos os contrário desta (a renúncia), antes de requisitos legais. deferido o registro em definitivo, ou Renúncia. A renúncia é negócio ju- seja, no curso do processo; a renúncia rídico unilateral11, volitivo e incondicio- se dá após deferido o registro em defi- nal, implicando na livre manifestação de nitivo. A pessoa desiste de vir a ser vontade de um "não-querer". Ocorre candidato e não tendo, ainda, recebido quando o registro já estiver definitiva- o deferimento do registro, em definitivo, mente deferido e o que se renuncia é à candidato ainda não é. condição de candidato. Deve, aqui, ser Em resumo: 1. renúncia - após o formal e expressa, não devendo se trânsito em julgado da decisão deferin- aceitar jamais renúncia tácita, presumi- do o registro; 2. desistência - antes do da ou condicional. Se o desejo de con- trânsito em julgado da decisão deferi- correr deve ser expresso e formal (CE, mento o registro, ou nos casos de in- art. 94, § 1º, II e § 2º), a renúncia deve, deferimento do registro. também, por corolário lógico, e com Afora esse aspecto, no mais a de- muito mais razão, se expressar com a sistência processa-se de modo igual à mesma clareza e solenidade. renúncia: deve também ser expressa, Pode ser que para alguns a renúncia incondicional, clara, de autoria induvi- seja o instrumento da desistência: quer dosa e provir do candidato. dizer, se desiste através da renúncia. Perda ou suspensão dos Direitos Seja ou não, quer o documento a ser Políticos. Pode parecer incrível, mas firmado pelo candidato se denomine não temos uma lei específica para tratar "renúncia", quer se chame de "desistên- dos direitos políticos, no Brasil, com to- cia", verdade é que se nele ficar ex- das as suas variadas implicações. Te- presso, certo e inequívoco o desejo de mos, há anos, uma Lei das Inelegibili- não mais concorrer, deve ele ser aceito. dades12, que é um instituto jurídico de Não será necessário o reconhecimento de firma, se ficar extreme de dúvidas que a assinatura é do candidato. O do- 12A primeira disposição legal sobre inelegibi- cumento deve vir do candidato ao juiz lidades, após a Independência do Brasil, se ou tribunal, diretamente, ou, indireta- deu com a Constituição Imperial de 1824 mente, via partido ou coligação. O que (art. 93). Após, o Decreto nº 842, de 19.9.1855 e a Lei nº 3.029, de 9.1.1881, também dispuseram sobre o instituto. Na República, tanto as constituições, como os 11 JTSE, 7(1)367-372. Relator: Min. Antônio códigos eleitorais e as leis ordinárias, trouxe- de Pádua Ribeiro. ram normas específicas de inelegibilidades. Revista do TRE/RS 17 menor conseqüência e expressão, mas possibilita a substituição, e, por isso, o nenhum diploma legal versa, especifi- termo (que é equívoco e não unívoco) camente, sobre os direitos políticos. deveria ter sido evitado pelo legislador Isso é ruim e muitos problemas já ocor- do já longínquo ano de 1965. Qualquer reram exclusivamente por causa dessa das duas causas oriundas da vontade lacuna que está a desafiar a urgente do candidato - renúncia ou desistência - preocupação de quem deve ou pode gera, como conseqüência, o cancela- solucionar as deficiências legislativas de mento do pedido de registro e, daí, nosso ordenamento jurídico. pode ocorrer a substituição. Não é o Neste art. 17, se dúvida pode surgir cancelamento que gera a renúncia ou quanto à inclusão, na égide de seu pre- desistência, mas estas que dão causa ceito, das hipóteses de morte, renúncia, àquele. Candidato que pede o cancela- desistência, como capazes de propiciar mento é candidato que, antes, está de- a substituição de candidato, de parte sistindo ou renunciando, conforme o dos partidos ou coligações, já não surgi- caso, e que, por ter tido aceito seu pe- rá, por certo, no que se refere à perda dido de desistência ou de renúncia, teve ou suspensão dos direitos políticos. seu processo de registro cancelado. Ocorrendo qualquer dos casos do art. Exemplo típico de situação onde o 15, III, da Constituição Federal, em ca- termo cancelamento poderia, aqui, ser ráter definitivo, a pessoa não estará no empregado sem censura seria, p. ex., pleno gozo de seus direitos políticos, no caso de expulsão do candidato pelo que estarão perdidos ou suspensos, partido, na forma prevista em seu res- conforme o caso. Logo, não poderá ser pectivo Estatuto e com base no art. 22, candidato. Falta-lhe uma condição de III, da Lei nº 9.096, de 19.9.9515. Esse elegibilidade13. O registro ainda não fato implicaria na perda da filiação parti- concedido deve ser negado; o deferido dária, condição de elegibilidade consti- pode ser atacado, oportunamente, pelo tucional 16. 14 RCD , mecanismo processual para isso A candidatura, daí, restaria inviável. adequado. O mesmo, e pelos mesmos funda- Não podendo ser candidato, pre- mentos, se diga da infidelidade partidá- sente estará a possibilidade de substi- ria17, que poderá ser outra hipótese de tuição, que se efetivará exatamente na cancelamento da filiação, prevista gene- forma e na época como das demais hi- ricamente no art. 22, IV, da Lei dos Par- póteses ensejadoras do instituto aqui tidos Políticos. Cancelada a filiação, por despretensiosamente analisado.

Cancelamento. O Código Eleitoral 15 É a atual Lei Orgânica dos Partidos Políti- usou, indevidamente, o termo cancela- cos que, para alguns, chama-se, somente, mento do registro (art. 101, caput e § "Lei dos Partidos Políticos". 3º) ao tratar das substituições. Cance- 16CF, art. 14, § 3º, V. Nesta parte, dá gosto lamento não é causa, mas conseqüên- ler a preleção do culto Torquato Jardim: "A fi- cia de um dos institutos jurídicos que liação partidária como condição de elegibili- dade (Const., art. 14, § 3º, V) torna inequívo- co seu papel duplo de poder intermediário Hoje, além da Constituição Federal, vigora entre a sociedade civil e o Estado, de en- só a LC nº 64/90, que expressamente revo- quadrar os eleitores e os eleitos." In, "Direito gou a LC nº 5/70. Eleitoral Positivo", Brasília Jurídica, Brasília, 13CF, art. 14, § 3º, II. DF, 1996, p. 89. 14Referimo-nos ao Recurso Contra a Diplo- 17Um exemplo legal de infidelidade partidária mação: CE, art. 262. está no art. 15, § 1º, II, da Lei nº 9.100/95. 18 Revista do TRE/RS este motivo, ausente estaria o pressu- pleitos passados, já se deferiu pedido posto constitucional indicado, o que de registro de candidato substituto sem também tornaria insustentável a candi- o preenchimento das condições legais datura. para tanto, em decorrência da precarie- Ocorrendo esses casos, opera-se o dade das condições para se instaurar cancelamento do pedido de registro, ou corretamente o devido processo, atro- do registro já concedido, e, conse- pelada que fica a Justiça Eleitoral com a qüentemente, abre-se, também, a exigüidade de tempo decorrente da pro- oportunidade para a substituição do ximidade da eleição. candidato. As resoluções do TSE, na verdade, 6. Candidato substituto. O substi- não têm dado a este assunto o cuidado tuto é um candidato como os demais e que ele merece. dele se haverá de exigir todas as condi- 7. Decisão passada em julgado. A ções de elegibilidade, assim como dele redação do dispositivo pode levar a crer se haverá de cobrar não tenha nenhu- que para se operar a substituição haja ma causa de inelegibilidade. Faltando necessidade de decisão definitiva inde- qualquer uma das primeiras, ou tendo ferindo o registro do candidato originá- qualquer das últimas, não poderá ser rio, entendimento este que não é cor- candidato. Nova substituição, e com as reto. Não precisa. Na verdade, não há mesmas condições, daí, poderá ser in- necessidade nem de processo, e o juízo tentada. de conveniência da substituição é, tam- Operada a substituição, as condi- bém, exclusivo do candidato, do partido ções de elegibilidade e as causas de ou da coligação. O que o partido deve é inelegibilidade podem ser questionadas respeitar a deliberação da convenção pelos legitimados - demais candidatos, que indicou o candidato originário, que partidos políticos, coligações e Ministé- permanece hígida até o final, e, se o rio Público18 - e isso só pode ser feito candidato não quiser se afastar antes através do devido processo legal. Não do trânsito em julgado de eventual pro- basta só o exame, oficial e obrigatório, cesso, aguardar esse momento. Contu- de parte do juiz ou do tribunal, sem se do, com a aquiescência do candidato, abrir os prazos para eventual impugna- pode substituí-lo antes do término do ção, observado o respectivo processo. processo. Nesse caso, se o fundamento Deste modo, o pedido de registro do da substituição não for a inelegibilidade substituto deve ser processado de for- que ainda não se caracterizou pela au- ma idêntica a dos candidatos originá- sência da "res judicata", poderá ser a rios, apresentada toda a documentação renúncia ou a desistência. E a razão de prevista no art. 94 do Código Eleitoral, ser dessa possibilidade é preservar, ao ou na lei especial para o pleito, ou, ain- menos em parte, os demais candidatos, da, nas resoluções do Tribunal Superior o partido e o próprio candidato, num Eleitoral a ele relacionadas, abrindo-se momento politicamente delicado da vida o prazo do art. 3º da LC nº 64/90. Em partidária. Afinal, o processo de argüi- ção de inelegibilidade de um candidato, mormente se for pessoa politicamente 18Quanto aos legitimados para essa impug- proeminente dentro do partido, afeta nação, estamos na confortável e honrosa toda a agremiação, os demais candi- companhia de Pedro Henrique Távora Niess: datos e seus respectivos interesses "Direitos Políticos - Condições de Elegibili- eleitorais no pleito. dade e Inelegibilidades", Edipro, São Paulo, SP, 1994, p. 101. Operada a substituição, porém, o Revista do TRE/RS 19 processo instaurado contra o candidato dele. originário não fica abortado, devendo Destarte, como com a substituição prosseguir até o final, posto que dele de candidato ocorre um novo registro, poderá surgir conseqüências que se temos, neste art. 17 da LC nº 64/90, efetivarão além daquele pleito para o uma exceção à regra geral de que ne- qual estava registrado. Ademais, o con- nhum pedido de registro será aceito trário seria uma forma de impedir ou de após o prazo final para ele estipulado. burlar a aplicação da lei eleitoral, que é Com essa exceção fica aberta a possi- sempre de ordem pública, o que - sa- bilidade de um novo pedido de registro bemos - não é possível. se dar até mesmo dentro dos 90 dias 8. Prazo para o novo registro e que antecedem ao pleito. E, por isto, a sua limitação temporal. O prazo final lei não merece críticas. para o registro de candidatos é até às A exceção pode ocorrer com todas 18 horas do 90º (nonagésimo) dia ante- as hipóteses que ensejam a substitui- rior à data marcada para a eleição e é ção (morte, renúncia, desistência, etc.,) dado pelo art. 93, caput, do Código e não só com aquelas que dependem Eleitoral. Trata-se de um prazo genéri- de decisão passada em julgado. Na co, programático, um verdadeiro termo prática, isto quer dizer que é perfeita- "ad quem" que impera à medida em que mente possível, em tese, uma renúncia lei especial não disponha de modo di- ou desistência mesmo a menos de 90 verso. Entendemos que as resoluções dias do pleito, com a substituição do do TSE não podem estipular para mais candidato originário. a duração do prazo previsto no Código Há limites, porém, para essa subs- Eleitoral; poderão, porém, fazê-lo para tituição. menos. Nas últimas eleições, à guisa de 9. Limites e peculiaridades das exemplos, esse prazo ficou assim: substituições. Para se entender os li- mites temporais das substituições, tem- 1. eleição geral de 1994 - foi até às se que ter presente o art. 101 e seus 19 horas do dia 10.6.94, conforme o art. parágrafos do Código Eleitoral. Desses 11, caput, da Lei nº 8.713/93 (mais de dispositivos, o caput, o § 1º, o § 3º e o § 90 dias, portanto); e, 2. eleição munici- 5º se referem a ambas as eleições, pal de 1996 - foi até às 19 horas do dia tanto majoritária como proporcional; o § 5.7.96, conforme o art. 12, caput, da Lei 2º só se refere à eleição majoritária e, nº 9.100/95 (menos de 90 dias do plei- 19 finalmente, o § 4º só se dirige à eleição to) . proporcional. Esse prazo é peremptório, fatal, Não se tendo presente a destinação dado em horas pelo legislador, sinal específica dos dispositivos, as conclu- mais do que evidente de que é impositi- sões poderão sair equivocadas. vo e de que não pode ser descumprido. Trata-se de prazo decadencial e esti- Os limites são os seguintes: pula a regra geral de que nenhum pedi- a) para eleição proporcional: do de registro será admitido depois - Não é possível substituição se o fato (qualquer um deles) ocorrer dentro dos 60 dias que antecedem o pleito: 19Em ambos os pleitos, esse prazo se pror- CE, art. 101, § 1º, in fine. rogava por mais 48 horas se o registro fosse - É possível substituição se o fato feito pelo próprio candidato: arts. 11, § 2º e 12, § 2º, respectivamente. ocorrer antes dos 60 dias que antece- 20 Revista do TRE/RS dem o pleito. Nesse caso, como não há tamente para tentar evitar ter que reim- mais possibilidade de se sortear um primi-las, ou para que não contenham número para o substituto, eis que já nomes de candidatos que não estejam houve a convenção do partido que é o efetivamente concorrendo. momento em que os números são sor- 10. Escolha do candidato pela teados, ele concorrerá com o número Comissão Executiva do partido. O art. anteriormente dado ao candidato subs- 17 ora em comento abriu, aqui, ao que tituído, computando-se para si os votos parece, uma grande e importante exce- a esse número sufragados pelo eleitor. ção ao tradicional e comum princípio de b) para eleição majoritária: Direito Eleitoral e de Direito Partidário - Até o dia da véspera do pleito, é segundo o qual "todo o candidato a possível, em tese, a substituição, seja mandato eletivo deve ser escolhido pela qual for o motivo que tenha atingido o convenção de seu Partido Político". É candidato originário (não só a morte ou de se recordar que a convenção era, ao 20 renúncia, mas, também, como já vimos, tempo das leis partidárias anteriores - a desistência, a inelegibilidade, a perda e ainda é, agora, mesmo sob a égide da ou suspensão dos direitos políticos, o Lei nº 9.096, de 19.9.95 - o órgão má- cancelamento): CE, art. 101, § 2º e LC ximo de deliberação do partido. nº 64/90, art. 17. Se, todavia, o Estatuto Mesmo assim, aqui, necessaria- do partido tiver regra que, de qualquer mente, ele não atua. Essa exceção se forma (previsão de prazo maior para a justifica pela premência de tempo que Comissão Executiva indicar outro can- ocorre, invariavelmente, nos casos de didato, v.g.), inviabilizar a indicação de substituição de candidatos. Sabemos véspera, ela não será possível. que há requisitos mínimos a serem pre- - No dia do pleito, mesmo que ainda enchidos para a convocação válida de não haja começado a captação de votos uma convenção, o que nem sempre é (que começa às 8 horas, conforme o possível cumprir nas hipóteses de art. 143, caput, do Código Eleitoral), não substituição. Daí, a lei complementar é mais possível a indicação de substi- autorizar a Comissão Executiva a es- tuto, independentemente do que dispu- colher o substituto do candidato originá- ser o Estatuto do partido interessado. A rio. normalidade, a tranqüilidade e a segu- Legitimidade concorrente da con- rança da eleição, de seus resultados e venção. Entendemos, porém, que se os de seu elevado escopo dão fundamento estatutos do partido viabilizarem, e ha- o bastante para esta conclusão. vendo tempo hábil, a convocação regu- - Havendo substituição deferida lar da convenção para a escolha do (mesmo sem trânsito em julgado) até 30 substituto, sem prejuízo à agremiação, dias antes do pleito, serão confec- o partido pode - e deve - escolher o cionadas novas cédulas, com o nome candidato via convenção. Isso quer di- do substituto; caso contrário, este con- zer que, para nós, não há uma obriga- correrá com o nome do substituído, a ção legal de a escolha ser feita pela ele, contudo, se computando os votos Comissão Executiva, exclusivamente, dados ao candidato anteriormente re- embora esta possa, independentemente gistrado. da eventual viabilidade fática de convo- Os tribunais têm - corretamente - retardado ao máximo o serviço de im- 20 pressão das cédulas, nos pleitos, exa- Lei nº 4.740, de 15.7.65 e Lei nº 5.682, de 21.7.71. Revista do TRE/RS 21 car a convenção, efetuar a escolha. quismo" e "estrelismo" político campeia Legalmente, então, não há a obriga- à solta em quase todas as agremiações. ção; politicamente, porém, por óbvias Esse - naturalmente - é uma campo fér- razões, há a conveniência. til para se alijar um correligionário "in- conveniente" ou para se endossar um Comissão Executiva. Como os nome que venha beneficiar os interes- partidos gozam, agora, de "autonomia ses dos poderosos momentâneos dos para definir sua estrutura interna, orga- partidos. nização e funcionamento"21, seus esta- tutos dirão quem compõe a Comissão Assim, não seria perigosa a outorga Executiva, como e quando ela se reúne desse poder legal à Comissão Executi- e a forma pela qual edita as suas deci- va do partido ? Entendemos que embo- sões. A composição mínima de uma ra haja alguns riscos, ela é a solução Comissão Executiva costuma ser de um para não deixar o partido sem candida- Presidente, um Vice-Presidente, um to, hipótese possível se assim não fos- Secretário e de um Tesoureiro, depen- se. Esta é a razão pela qual defende- dendo da área de sua atribuição e da mos que a Comissão Executiva só deve maior ou menor proeminência do Parti- usar esta faculdade legal quando, deci- do Político. didamente, não for possível, sem pre- juízo efetivo ao partido, convocar a con- A Comissão Executiva do partido venção para a escolha do novo candi- está autorizada por lei complementar a dato. Por outro lado, tranqüiliza-nos, na escolher o substituto do candidato, o solução deste impasse, e em defesa do que significa que para a consecução que optou o legislador, saber que o desse mister pode suprir requisito for- candidato originário só deixará de con- mal de sua convocação, mas só se isso correr por livre vontade, por força maior for óbice para sua tempestiva instalação ou por efeitos da coisa julgada, após regular (como o atendimento de certo ampla defesa em processo regular. prazo de antecedência para a comuni- cação da reunião aos demais membros, Comissão Executiva e coligação. v.g.). Não poderá, porém, deixar de Quando for o caso de coligação, não cumprir requisito material para deliberar, nos parece certo que a Comissão Exe- como, p. ex., o de "quorum" entre seus cutiva de um só partido (do candidato integrantes. originário), unilateralmente, escolha substituto que, diretamente, interessa a Escolhido o candidato substituto todos os demais coligados. Há muito, pela Comissão Executiva, deve ela for- vimos sustentando que nessa hipótese malizar a escolha em documento (na a substituição não deva possuir contor- praxe, se faz uma ata) que, embora nos unilaterais, devendo haver a anu- sumário, deve ser claro e conter os in- ência dos coligados, ao novo nome es- formes mínimos sobre os motivos e fi- colhido22. nalidade do que se decidiu. O art. 14, § 2º, da Lei nº 9.100/95, já Garantia do substituto. Não se adotou o entendimento por nós esposa- deve ignorar que, muitas vezes, as dife- do. renças e querelas dentro de um partido são piores e mais severas do que a natural luta contra os próprios adversá- 22 rios políticos. Isso não é raro e o "caci- Joel J. Cândido, "Direito Eleitoral Brasilei- ro", Edipro, SP, 6ª ed., 1996, p. 107-108. A posição do autor é a mesma desde a 1ª edi- 21 Lei nº 9.096, de 19.9.95, art. 3º. ção, em março de 1992. 22 Revista do TRE/RS própria definição do que era eleição Da não-recepção do art. pelo sistema proporcional. 109, § 2º, e do art. 111 Entretanto, com a edição da atual Constituição Federal, algumas mudan- do Código Eleitoral ças ocorreram nesta área. O sistema pela atual proporcional que era previsto para elei- ções para os legislativos federal (com Constituição Federal exclusão do Senado), estaduais e mu- 23 Dr. Ricardo Luiz da Costa Tjäder nicipais, apenas em legislação ordiná- Estabelece o parágrafo 2º, do art. ria, passou a ser previsto na própria 109 do Código Eleitoral que “Só pode- Constituição Federal. E, como já afirmei rão concorrer à distribuição dos lu- em outra oportunidade (Enfoques Jurí- gares os partidos que tiverem obtido dico-Políticos das Trocas de Partidos, in o quociente eleitoral.” Anais do I Seminário Brasileiro de Di- reito Eleitoral), Estou plenamente convencido de “ao ser alçada a cate- que esta norma legal não foi recepcio- goria de disposição constitucional, nada pela atual Constituição Federal. indiscutivelmente aumentou consi- Ocorre que antes da edição de nossa deravelmente seu grau de relevân- atual Carta Magna eram do mesmo ní- cia”. vel legal as normas que estabeleciam A determinação de que estas elei- que nas eleições para a Câmara dos ções deverão obrigatoriamente seguir o Deputados, Assembléias Legislativas e sistema proporcional está prevista nos Câmaras Municipais seria obedecido ao arts. 45 (Câmara Federal) e 27, pará- princípio da representação proporcional grafo 1º, (que manda aplicar ao man- (Art. 84 do Código Eleitoral) e a que dato dos Deputados Estaduais as re- estabelecia a exclusão da distribuição gras que a Constituição estabeleceu de lugares do partido que não tivesse sobre sistema eleitoral, e o que estabe- atingido o quociente eleitoral (a acima leceu foi o sistema proporcional para a reproduzida), que integravam o mesmo eleição de Deputados Federais, que diploma legal, o Código Eleitoral. Além deve, então, ser o aplicado também da mesma graduação legal entre as du- para as eleições de Deputados Estadu- as normas, pertenciam elas ao mesmo ais). Observo que em relação à eleição diploma legal, o que exigia uma inter- para os legislativos municipais não es- pretação integrativa das duas normas, tabeleceu a Constituição Federal, de especialmente porque havia expressa modo expresso, qual o sistema eleitoral previsão de que a mesma lei (o Código que deveria ser seguido, mas em aten- Eleitoral) estabeleceria o que era princí- ção ao princípio da simetria, deve-se pio da representação proporcional, por- entender que a eleição em nível munici- que ao seu final dizia o Art. 84 que pal segue o mesmo sistema adotado aquelas eleições obedeceriam ao prin- em nível federal e estadual (o que, ali- cípio da representação proporcional, na ás, tem sido entendido sem nenhuma forma desta lei. Assim sendo , à épo- discussão em todas as eleições munici- ca, podia ser considerada que a exclu- pais realizadas posteriormente à Cons- são dos partidos que não tivessem atin- tituição). gido o quociente eleitoral, integrava a Mas, o que muda com a circunstân- cia de a eleição pelo sistema proporcio- nal ter sido previsto na Constituição Fe- 23 Juiz de Direito em Cruz Alta deral e não mais na legislação ordiná- Revista do TRE/RS 23 ria? que façam com que ele não seja, na Em primeiro lugar, o que não é o prática, efetivamente proporcional, pois que interessa à espécie, passou a ser isto atentaria contra o disposto de forma mais difícil a sua substituição por outro literal na Constituição, e também, no sistema eleitoral (sistema distrital, por espírito das referidas normas, que quer exemplo), pois agora é necessário a que as representações dos partidos edição de Emenda Constitucional para sejam efetivamente proporcionais. Não afastar a incidência deste sistema nas é dado a legislação ordinária estabele- eleições, com o necessário e difícil quó- cer exceções ao respeito puro e abso- rum qualificado de 3/5 dos membros da luto ao sistema da representação pro- Câmara e do Senado. porcional. Além disto, ao estabelecer o sistema Ocorre, entretanto, que o parágrafo proporcional nas eleições legislativas, 2º, do Art. 109 do Código Eleitoral, que disse a Constituição Federal que tem agora é norma de hierarquia inferior em que haver na representação legislativa relação a estes disciplinamentos cons- o respeito à proporcionalidade; que titucionais, causa, em verdade, uma cada partido tenha direitos ao número ruptura no sistema proporcional, pois de representantes populares demons- faz ela com que apesar de o sistema trada pela sua força eleitoral na propor- ser denominado de proporcional, cause ção da força eleitoral dos demais parti- ele representações não proporcionais dos participantes do pleito. Assim sen- entre os partidos, pois impede a partici- do, transformando em exemplo prático, pação de alguns partidos no cálculo da que quem fez 10% dos votos tenha 10% representação e favorece, em níveis in- das vagas no respectivo Poder Legisla- críveis, outros partidos (normalmente os tivo, que quem fez 20% dos votos tenha mais fortes), que serão representados direito a 20% das vagas e assim por di- com uma representação maior do que a ante. correspondente à proporcionalidade dos seus votos totais. Esta exigência de representação segundo a proporção de votos tem ca- No quadro anexo, apresento alguns ráter extremamente democrático, pois exemplos destas discrepâncias, verifi- dá amplamente ao povo o direito de de- cadas em eleições municipais do estado cidir a força que cada partido deverá ter do Rio Grande do Sul, nas eleições de no Poder Legislativo respectivo e tam- 1988 e 1992. Estas discrepâncias che- bém porque valoriza todos os votos, gam a ser tão grandes que muitas ve- mesmo os que não forem dados aos zes, alteram a maioria parlamentar na candidatos campeões de votação, pois casa legislativa. Em alguns casos, par- poderão no mínimo influenciar na pro- tidos que atingiram aproximadamente porcionalidade, bem como os votos da- 40% dos votos, conseguem em virtude dos apenas à legenda. O eleitorado, e da exclusão dos partidos que não atingi- somente ele, decide a proporção que ram o quociente eleitoral, fazer mais de deseja que haja entre os vários partidos 50% da representação popular. Não que participaram do pleito. podemos nos esquecer que o número de vagas de cada partido deve corres- Tendo em vista a inserção do siste- ponder ao efetivo percentual de votos ma proporcional da Constituição Fede- que os eleitores deram para cada parti- ral, esta, não poderá nenhuma norma do nas urnas e não a outra quantia de hierarquia legislativa inferior, esta- qualquer. Se assim não for, representa- belecer regras do sistema proporcional, ção proporcional não será. 24 Revista do TRE/RS Observo, ainda, que pode parecer titucional que estabeleceu que determi- que deve mesmo ser excluído da repre- nadas eleições deverão obrigatoria- sentação parlamentar o partido que não mente seguir o sistema proporcional e tiver atingido o quociente eleitoral, por para valorizar de maneira mais ampla não ter ele representação popular. todos os votos válidos dados pelos Ocorre, que muitas vezes, a quantidade eleitores, sem exclusão de alguns (os de votos que faltou para ele atingir o dados a partidos que não atingiram o quociente eleitoral foi ínfima, extrema- quociente eleitoral), advogo que não mente pequena e se ele participasse do pode ser considerado como norma legal cálculo das quebras, que define as va- válida e utilizável a prevista pelo pará- gas, que não são preenchidas direta- grafo 2º, do Art. 109 do Código Eleitoral, mente pelo cálculo do quociente eleito- entendendo que não foi ela recepciona- ral, atingiria ele quociente partidário su- da pelas normas constitucionais que perior ao de partido que já está dispu- estabelecem que estas referidas elei- tando vaga a mais além das que já con- ções seguirão o sistema proporcional, quistou com o quociente eleitoral. não participando mais aquela norma le- Existem casos em que um partido gal da definição do que seja sistema que não atingiu o quociente eleitoral proporcional. conseguiu mais de 10% dos votos Situação também tipicamente ca- quando necessitava de 11,1% (eleição racterizadora de descumprimento à em pequeno município com 9 vagas de obediência devida à norma constitucio- vereador), mas, no sistema atual ficará nal, está prevista no Art. 111 do Código com 0% de representação popular, Eleitoral, que estabelece que “Se ne- transferindo-se quase que num golpe de nhum partido alcançar o quociente mágica este percentual, de forma gra- eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até tuita e artificial, para a representação de serem preenchidos todos os lugares, seus concorrentes no pleito, que se os candidatos mais votados.” fortalecem sem que isto fosse a efetiva Ocorre que atendendo-se a esta demonstração da vontade dos eleitores. norma, ter-se-á muitas vezes, repre- Esta visão de maior valorização da sentações absolutamente desproporci- proporcionalidade entre os partidos, não onais dos partidos que participaram da- quer dizer também que os partidos que quele pleito específico, pois que a or- não atingiram o quociente eleitoral de- dem de votação dos candidatos não verão sempre ter representação parla- tem efetiva e direta relação com a pro- mentar, mas sim apenas quando o seu porção de votos recebidos pelo seu número de votos for suficientemente partido. Quantas vezes já ocorreu que alto para superar o quociente partidário algum candidato a cargo eletivo incluiu- dos demais partidos participantes do se entre os candidatos mais votados e pleito, que é calculado de acordo com o não teve direito a nenhuma vaga, por- inciso I do Art. 109 do Código Eleitoral. que o seu partido não teve direito a ne- Quando for ele inferior ao quociente de nhuma vaga. Isto ocorreu, por exemplo, outros partidos, continuará ele sem ne- na eleição municipal de 1988, na cidade nhuma representação parlamentar, mas de Porto Alegre, quando a candidata isto justamente devido à pequena pro- mais votada em toda a cidade, a hoje porção de seu eleitorado em relação ao Deputada Estadual Jussara Cony, não todo. teve direito à uma vaga na vereança, Assim sendo, como uma maneira de pois seu partido não fez um total de valorar adequadamente a norma cons- votos que na proporção total dos votos Revista do TRE/RS 25 dados aos vários partidos, fizesse jus a ; 24 - Quaraí (alterou a ocupar uma das vagas daquele legisla- maioria); 25 - ; 26 - Roque tivo, naquela oportunidade. Gonzales; 27 - (alterou a Mas, se for seguida a disciplina do maioria); 28 - Santa Maria; 29 - Santia- artigo 111 ocorrerão muitas vezes de go; 30 - (alterou a maioria); partidos que não teriam direito a ne- 31 - São Borja; 32 - São Gabriel; 33 - nhuma vaga no sistema proporcional, São Leopoldo (alterou a maioria); 34 - ou teriam direito a menos vagas, con- São Pedro do Sul; 35 - ; 36 - seguirem uma ou mais por terem candi- Serafina Corrêa; 37 - ; 38 - datos muito bem votados, enquanto que (alterou duas vagas); 39 - Te- partidos que teriam vagas pela propor- nente Portela (alterou a maioria); 40 - cionalidade ficarão sem vaga nenhuma ; 41 - Três Arroios; 42 - ou com menos vagas do que o que era Tucunduva (alterou a maioria); 43 - indicado pela efetiva proporcionalidade. ; 44 - e 45 - . Assim, o art. 111 do Código Eleitoral também deve ser entendido como não II - Eleições de 1992 recepcionada pela Constituição Federal, 1 - ; 2 - Alpestre; 3 - Alvora- pois estabelece forma não proporcional da; 4 - (alterou a maioria); 5 - de representação popular em eleições Áurea; 6 - (alterou a maio- legislativas, contraponde-se à obrigato- ria); 7 - Caibaté (alterou a maioria); 8 - riedade estabelecida pela Constituição ; 9 - Capão do Leão; 10 de que o sistema seguido para a defini- - ; 11 - ; 12 - Cer- ção da representação popular seja o ro Largo (alterou a maioria); 13 - Cha- sistema proporcional. pada; 14 - Constantina (alterou a maio- QUADRO GERAL ria); 15 - ; 16 - Dezes- seis de Novembro; 17 - Dois Irmãos; 18 Esta forma de representação não - ; 19 - (alterou du- proporcional, ditada pelo entendimento as vagas); 20 - ; 21 - Jabo- que valoriza e considera ainda em vigor ticaba; 22 - Júlio de Castilhos; 23 - Libe- o parágrafo 2º, do Art. 109 do Código rato Salzano (alterou a maioria); 24 - Eleitoral, resultou em representações Mato Leitão; 25 - Minas do Leão; 26 - desproporcionais, nas eleições munici- ; 27 - ; pais dos anos de 1988 e 1992 de muni- 28 - ; 29 - Portão (alterou a cípios do Estado do Rio Grande do Sul: maioria); 30 - Porto Alegre; 31 - ; I - Eleições Municipais de 1988 32 - Sananduva (alterou a maioria); 33 - 1 - Água Santa; 2 - Alto Alegre; 3 - São José das Missões; 34 - São Pedro ; 4 - ; 5 - do Butiá (alterou a maioria); 35 - Sinim- Bom Princípio (alterou a maioria); 6 - bu; 36 - ; 37 - Tiraden- ; 7 - Caibaté (alterou duas tes do Sul (alterou a maioria); 38 - Tor- vagas e a maioria); 8 - ; 9 - Cruz res; 39 - Uruguaiana (alterou duas va- Alta; 10 - ; 11 - Esmeralda gas) e 40 - Vila Maria. (alterou a maioria); 12 - Estação (alterou FONTE DOS RESULTADO ELEI- a maioria); 13 - Guaporé; 14 - Horizonti- TORAIS na; 15 - Ibirapuitã; 16 - Ijuí (alterou duas 1) ELEIÇÕES 1988/89, 2 volumes, vagas ); 17 - Jaboticaba; 18 - ; Tribunal Regional Eleitoral do Estado do 19 - (alterou a maio- Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1989. ria); 20 - (alterou a maio- ria); 21 - Nova Bréscia; 22 - ; 23 - 2) ELEIÇÕES MUNICIPAIS 1992, 2 26 Revista do TRE/RS volumes, Tribunal Regional Eleitoral do Quociente eleitoral: 3.471 Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1995. Votações e Número de Vereadores: PMDB 23.281 votos (31,9% do total) QUADRO DE EXEMPLOS 9 vagas (42,9% do total) - 1º EXEMPLO Quociente partidário: 2.587 Município de Ibarama - Eleição de 1992 PDT 22.286 votos (30,6% do total) Total de votos válidos: 3116 8 vagas (38,1% do total) - Quociente Eleitoral: 346 Quociente partidário: 2.786 Votações e número de vereadores: PSDB 3.061 votos (4,2% do total) PMDB 1562 votos (50,1% do total) 0 vagas (0% do total) - 7 vagas (77,7% do total) - Quociente partidário: 3.061 quociente partidário: 223 PSB 3.011 votos (4,1% do total) PDT 548 votos (17,6% do total) 0 vagas (0% do total) - 2 vagas (22,2% do total) - Quociente partidário: 3.011 quociente partidário: 274 Esta divisão não é proporcional. Ob- PDS 344 votos (11,04% do total) serve que os quocientes partidários do 0 vagas (0% do total) - PMDB e do PDT são inferiores aos do quociente partidário: 344 PSDB e PSB e que aqueles dois parti- PRN 334 votos (10,7% do total) dos juntos tem uma representação 8% 0 vagas (0% do total) - maior do que a quantidade de votos quociente partidário: 334 conseguida. A proporção correta seria a Esta divisão de vagas evidente- seguinte: mente não é proporcional. Observe-se PMDB 23.281 votos (31,9% do total) que os partidos que não participaram do 8 vagas (38,1% do total) - cálculo das quebras por não terem atin- Quociente partidário: 2.910 gido o quociente eleitoral (PDS e PRN) PDT 22.286 votos (30,6% do total) têm quociente partidários superior ao 7 vagas (33,3% do total) - dos partidos que participaram (PMDB e Quociente partidário: 3.183 PDT). A divisão proporcional seria a que PSDB 3.061 votos (4,2% do total) aceitasse a participação dos partidos 1 vaga (4,8% do total) - que não atingiram o quociente eleitoral, Quociente partidário: 3.061 que ficaria assim: PSB 3.011 votos (4,1% do total) PMDB 1562 votos (50,1% dos votos) 1 vaga (4,8% do total) - 5 vagas (55,5% do total) - Quociente partidário: 3.011 Quociente partidário: 321 PDT 348 votos (17,6% dos votos) 3º EXEMPLO 2 vagas (22% do total) - Município de Taquara-Eleição de 1988 Quociente partidário: 274 Total de votos válidos: 20.866 PDS 344 votos (11,04% dos votos) Quociente Eleitoral: 1.392 1 vaga (11,1% do total) - Votações e Número de Vereadores: Quociente partidário: 344 PDS 6.947 votos (33,3% do total) PRN 334 votos (10,7% dos votos) 6 vagas (40% do total) - 1 vaga (11,1% do total) - Quociente partidário: 1.158 Quociente partidário: 334 PMDB 3.998 votos (19,1% do total) 2º EXEMPLO 4 vagas (26,7% do total) - Município: São Leopoldo - Eleição de Quociente partidário: 999,5 1988 PL 1,288 votos (6,2% do total) Total de votos válidos: 72.884 0 vagas (0% do total) - Revista do TRE/RS 27 Quociente partidário: 1.288 Quociente Eleitoral: 921 PDT 1.232 votos (5,9% do total) Votações e Número de Vereadores: 0 vagas (0% do total) - PDS/PTB 3.874 (46,8% do total) Quociente partidário: 1.232 5 vagas (55,5% do total) - Esta representação não é proporci- Quociente partidário: 775 onal. A representação que seria propor- PT 833 (10,1% do total) cional seria a seguinte: 0 vagas (0% do total) - PDS 6.947 votos (33,3% do total) Quociente partidário: 833 5 vagas (33,3% do total) - Esta divisão não é proporcional. Ob- Quociente partidário: 1.389 serve que o PDS/PTB passa a ter a PMDB 3.998 votos (19,1% do total) maioria das vagas de vereadores quan- 3 vagas (20% do total) - do não atingiu a maioria dos votos váli- Quociente partidário: 1.331 dos. A proporção correta seria a se- PL 1.288 votos (6,2% do total) guinte, que inclusive retira a maioria ar- 1 vaga (6,7% do total) - tificial da referida coligação: Quociente partidário: 1.288 PDS/PTB 3.874 (46,8% do total) PDT 1.232 votos (5,9% do total) 4 vagas (44,4% do total) - 1 vaga (6,7 do total) - Quociente partidário: 968,5 Quociente partidário: 1.232 PT 833 (10,1% do total) 1 vaga (11,1 do total) - 4º EXEMPLO Quociente partidário: 833 Município: Portão-Eleição de 1992 Total de votos válidos: 12.285 Quociente eleitoral: 1.365 Votações e número de vagas: PMDB 4.890 (40% do total) 5 vagas (55,5% do total) - Quociente Partidário: 978 PDS 1.344 (10,9% do total) 0 vagas (0% do total) - Quociente Partidário: 1.344 Esta representação não é proporci- onal e faz com que passe a ter maioria na Câmara dos Vereadores partido que não conquistou a maioria dos votos (maioria nitidamente artificial). A repre- sentação proporcional seria a seguinte: PMDB 4.890 (40% do total) 4 vagas (44,4% do total) - Quociente Partidário: 1.223 PDS 1.344 (10,9% do total) 1 vaga (11,1% do total) - Quociente Partidário: 1.344

5º EXEMPLO Município: Cerro Largo-Eleições de 1992 Total de votos válidos: 8.285 28 Revista do TRE/RS quorum qualificado; b) respeito à força O sistema proporcional e eleitoral dos partidos, demonstrada na eleição, respeitada a proporção obtida sua inserção na pelos demais partidos no mesmo pleito, Constituição Federal de ou seja, quem faz 10% dos votos tenha 10% das vagas, quem faz 30% dos vo- 1988: conseqüências tos tenha 30% das vagas e assim por Dr. Nelson Antonio diante. Monteiro Pacheco24 Assim, segundo essa linha de pen- O presente e despretensioso traba- samento, adotar o sistema proporcional lho tem por objetivo cumprir aquilo que previsto no art. 109, § 2º, do Código foi pedido pelo eminente Des. Celeste Eleitoral, seria atentar contra as novas Vicente Rovani, na época Corregedor disposições constitucionais, porquanto Regional Eleitoral, ao votar no Recurso ocasionaria uma ruptura no sistema nº 78/96, Classe XI, de Tramandaí, jul- proporcional, beneficiando os partidos gado pelo e. Tribunal Regional Eleitoral mais fortes. Por outro lado, a exigência na sessão de 11/12/96. Objetiva anali- do atingimento do quociente eleitoral sar o verdadeiro alcance do princípio pelos partidos mais fracos para garantir insculpido nos arts. 45 e 27, § 1º, da vaga nas Casas Legislativas materiali- Carta Política da República, chamado zava também inconstitucionalidade, u- por parte da doutrina de sistema pro- ma vez que bastava-lhe atingir o quoci- porcional puro, cujo esboço começou ente partidário (art. 109, I, do Código a ser traçado a partir de artigo do Dr. Eleitoral). Por fim, a distribuição das va- Ricardo da Costa Tjäder, publicado in gas na forma do art. 111 daquele Di- Caderno de Direito Constitucional e ploma também ofenderia a nova ordem Eleitoral do Estado de São Paulo, de vigente, uma vez que não se respeitaria 1990, sob o título Enfoques Jurídicos proporcionalidade alguma ao distribuir das trocas de Partidos. Naquela ocasi- as vagas entre os candidatos mais vo- ão, teve o articulista a oportunidade de tados. enfatizar que: “É voz autorizada também De plano, proclamo minha posição apontado para a constitucionalização do de que os princípios constitucionais, sistema proporcional que não pode ser mesmo os agora incluídos na nossa afastado por nenhum tipo de subterfú- Carta Política, mas há décadas conhe- gio”. cidos no ordenamento infraconstitucio- Seguindo o raciocínio para bem si- nal, não podem ser interpretados isola- tuar a relevância do problema, lembro damente, tal como foi feito no caso em que se disse que a CF-88, ao determi- exame. Consoante escreveu muito bem nar que as eleições respeitem o sistema Eros Roberto Grau, “não se interpreta a proporcional para a Câmara dos Depu- Constituição em tiras, aos pedaços”. tados e Assembléias legislativas quis Com efeito, a interpretação mais ade- mesmo adotar um sistema proporcio- quada impõe ao intérprete, “sempre, em nal puro, além de pretender dois outros qualquer circunstância, o caminhar pelo efeitos: a) tornar mais difícil a substitui- percurso que se projeta a partir dela da ção do sistema proporcional por outro norma até a Constituição”. (A Ordem qualquer, em vista da necessidade de Econômica na Constituição de 1988, Interpretação Crítica, RT, 2ª Edição, p. 181). 24 Juiz do TRE Santi Romano, citado pelo mesmo Revista do TRE/RS 29 Eros Grau, já afirmava que a melhor na sua plenitude, sem que antes haja interpretação possível era aquela que todo um conjunto de regras aptas a se fazia não a partir de uma norma iso- concretizá-lo, ou buscadas no sistema lada, mas a que era feita levando em já existente, ou criadas a partir do novo consideração todo o ordenamento jurí- texto, por meio da legislação comple- dico. Isto significa que “o que efetiva- mentar, quando necessária, ou da le- mente se interpreta é esse ordena- gislação ordinária. mento, e, como conseqüência, a norma De outra parte, é aqui conveniente singular” . (Fragmentos de un Dicionario lembrar que, em direito, os princípios se Jurídico, p. 211). Na mesma linha Her- constituem em normas secundárias, ou mann Heller, que afirmou que “o pre- seja, aquelas destinadas a orientar o le- ceito particular somente pode ser funda- gislador na confecção de outras nor- mentalmente concebido, de modo ple- mas, portanto, provisoriamente tidas no, quando se parta da totalidade da como inquestionáveis e não deduzidas Constituição Política”. (Teoria del Esta- de outras de seu igual teor, sendo lídi- do, p. 274). ma representação da vontade política Ao concluir esta parte do raciocínio, do legislador no campo social, econô- convém transcrever novamente as pa- mico, administrativo, político e etc. José lavras do ilustre professor paulista, que, Afonso da Silva os chama de normas de modo invulgar, sintetizou a melhor de princípio intuitivo, porquanto se forma de compreender a interpretação compõem no esquema geral de organi- jurídica: zação e estruturação das instituições. A “A interpretação jurídica sempre há aplicação de determinado princípio, de ser desenvolvida no âmbito de três mesmo expressamente incluído na distintos contextos - o lingüístico, o sis- Carta Política, exige dois passos indis- têmico e o funcional. pensáveis do intérprete: o primeiro, que parte da aplicação do próprio princípio e A primeira pauta enunciada eviden- procura identificar todo o conjunto de cia a importância do contexto sistêmico regras que os concretizam, a respeito como campo no qual se processa a in- sendo conveniente trazer novamente o terpretação. No contexto lingüístico é magistério de Eros Roberto Grau, que distinguida a semântica dos enunciados louvado nos ensinamentos de Ronald normativos. Mas o significado normativo de cada enunciado somente é detectá- Dworkin e Jean Boulanger, escreveu: vel no momento em que se toma como “as regras jurídicas, não comportando inserido no contexto do sistema para exceções, são aplicáveis de modo com- após afirmar-se, plenamente, no con- pleto ou não o são, de modo absoluto, não se passando o mesmo com os prin- texto funcional”. (Ob. cit., p. 182). cípios; é que os princípios possuem Reconheço que as formulações são uma dimensão - a dimensão de peso e áridas, dificultando a sua compreensão da importância que não comparece nas e aplicação prática, razão por que a ci- normas jurídicas”. Por outro lado, “a re- tação de exemplos me parece relevan- gra é geral porque estabelecida para te, o que farei em seguida. um número indeterminado de atos ou Por outro lado, não é possível apa- fatos; não obstante ela é especial na nhar determinado princípio, mesmo in- medida em que não regula senão tais serido deliberadamente na Constituição atos ou tais fatos: é editada para ser Federal para mudar toda a sistemática aplicada a uma situação determinada. até então vigente, e querer que vigore Já o princípio comporta uma série inde- 30 Revista do TRE/RS finida de aplicações”. E Eros Grau con- “Eduardo Couture, eminente jurista clui seu raciocínio por afirmar, calcado uruguaio, ensina-nos que ‘o direito não em tais e indiscutíveis premissas, que é um fim, mas um meio. Na escala dos “os princípios configuram a causa, o valores, não aparece o direito. Aparece, critério e a justificação de regras. Cons- no entanto, a justiça, que é um fim em tituem direito positivo não como regras si, e a respeito da qual o direito é tão- imanentes e autônomas, porém como somente um meio de atingi-la’ , acres- condição imanente do ter e do funcionar centando que o dever do intérprete, do das regras”. (RDP 97/73). Dessarte, o aplicador, do advogado, é lutar pelo di- intérprete tem o dever de identificar o reito: porém, quando encontrares o di- princípio que quer aplicar à situação reito em conflito com a justiça, luta pela concreta que lhe foi posta para exame, justiça” . mas imediatamente deve buscar na le- (...) gislação infraconstitucional vigente o “Isto não quer dizer que o órgão conjunto de regras que o concretizem, aplicador possa substituir-se ao legisla- sem o que a operação estará irremedia- dor, criando as normas que acha justas, velmente condenada ao fracasso, não mas, sim, que possa interpretar, integrar lhe sendo dado, como se verá em se- e corrigir o direito com base no próprio guida, criar ao seu bel talante normas sistema jurídico, de forma eqüitativa e que permitam a sua aplicação; o se- coerente com os anseios sociais”. (Re- gundo, determina que o intérprete, ao vista dos Tribunais, Caderno de Direito surpreender conflito na aplicação dos Constitucional e Ciência Política. nº 4, princípios ou mesmo entre os conjuntos p. 56). Por isso, não adianta sustentar de regras existentes no sistema infra- no plano jurídico que o legislador quis constitucional , deve partir para a sua estabelecer direito novo, por intermédio solução. Não há método estabelecido da constitucionalização de determinado de modo expresso no nosso ordena- princípio, e, a partir daí querer aplicá-lo mento para a resolver a situação. Por aos casos trazidos à análise, se não isso, a solução para tal impasse foi houver no ordenamento regras aptas a enunciada por Fábio Bauab Boschi da torná-lo exeqüível. Aqui o valor justiça seguinte forma: “quando o intérprete não está em jogo, mas antes apenas a não encontra meios para solucionar busca eficaz de conjunto de regras co- uma questão dentro do ordenamento ju- nhecidas e passíveis de imediata apli- rídico, deverá procurar a resposta den- cação, ou seja, o direito. tro do sistema jurídico que adota, no nosso caso quando o subsistema nor- Vamos aos exemplos: mativo não resolve um problema deve- 1) - Muito ainda se discute sobre o mos passar para o subsistema axiológi- fato gerador (rectius: hipótese de inci- co ou valorativo. dência) do ICMS na importação. Até a No nosso caso, o ordenamento jurí- vigência da CF-88 não havia dúvida de dico não tem um critério apto a nos tirar que o imposto só era exigível quando a da posição de insustentabilidade (inde- mercadoria ingressava no estabeleci- cibilidade) gerada pelo conflito de nor- mento do importador, em vista das dis- mas constitucionais, no entretanto, nos- posições do art. 1º, II, do Decreto-Lei nº so sistema jurídico pode nos dar o ca- 406/68, editado com base na norma minho, determinando que o maior valor constitucional do art. 23, § 11, da CF- do direito é a justiça. Assim, onde falha 67, com a redação da EC nº 01-69, ver- o direito, deve prevalecer a justiça”. bis: O imposto a que se refere o item Revista do TRE/RS 31 II incidirá, também, sobre a entrada, 2) - O segundo exemplo foi a criação em estabelecimento comercial, industri- do Adicional do Imposto de Renda, ins- al ou produtor, de mercadoria impor- tituído no art. 155, II, da CF-88 e regu- tada do exterior por seu titular, inclu- lamentado em nível estadual pela Lei nº sive quando se tratar de bens desti- 8.792, de 30/12/88. Nosso Tribunal de nados a consumo ou ativo fixo do es- Justiça chegou a reconhecer a sua tabelecimento. Com a vigência da CF- constitucionalidade, uma vez que criado 88 a situação pareceu alterar-se, uma pela Carta Política, foi imediatamente vez que a redação do seu art. 155, § 2º, regulamentado pelos Estados-membros IX, letra "a", indicava que o simples de- e o Distrito Federal, que utilizaram a sembaraço no porto, aeroporto ou adu- prerrogativa do art. 34, § 8º, ADCT, CF- ana era suficiente para demarcar a hi- 88, para legislarem sobre o tema. En- pótese de incidência do tributo, aban- tretanto, o Supremo Tribunal Federal donando o legislador definitivamente o terminou por reconhecer sua inconstitu- aspecto físico da entrada no estabele- cionalidade, apesar de todo o arcabou- cimento. O que sucedeu então: a colen- ço legislativo infraconstitucional que o da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Jus- sustentava, justamente pela ausência tiça interpretou o novo dispositivo cons- de lei complementar que o disciplinasse titucional e foi buscar no Convênio (ADIn nº 618-5/600, aforada pela Con- ICMS nº 66/88 as regras para a sua federação Nacional das Profissões Libe- concretização, reconhecendo como le- rais contra o Governador do Estado do gítima a pretensão do Estado de cobrar Rio Grande do Sul e sua Assembléia o imposto no ato de desembaraço da Legislativa, aresto de 06/10/93, publica- mercadoria importada; já a 2ª Câmara do no DOU de 08/10/93). Aqui, um di- Cível interpretava diferentemente. Dava reito novo, perfeitamente configurado na como recepcionado o DL 406/68 pela Carta Política, regulamentado a tempo e nova ordem estabelecida em 1988 e modo oportunos pelos Estados- continuava dizendo que a entrada da membros e Distrito Federal, não pode mercadoria no estabelecimento do im- ser aplicado pela ausência de lei com- portador era o momento exato em que plementar. se caracterizava a hipótese de incidên- Nos dois casos, o intérprete hauriu cia. A celeuma foi grande, o egrégio diretamente do texto da Carta Política Superior Tribunal de Justiça chegou a os princípios que definiam de modo se posicionar de modo quase uniforme novo a hipótese de incidência do ICMS sufragando a mesma posição da 2ª na importação e a cobrança do AdIR, Câmara Cível, mas terminou o Supremo mas foi primeiro na legislação infra- Tribunal Federal, no RE 193.817-RJ, constitucional especialmente naquela rel. Min. Ilmar Galvão, julgado em criada depois da vigência da CF-88, ou 23/10/96, dizendo que era mesmo no naquela que estava em vigor e que re- desembaraço a hipótese de incidência, gulava o Sistema Tributário anterior abandonando o aspecto físico da entra- buscar os fundamentos para sua aplica- da no estabelecimento do importador ção. Não bastava só dizer, por exemplo, como balizamento, o que demonstra que o Adicional do Imposto de Renda que um direito novo estabelecido na estava previsto no art. 155, II, da CF-88, CF-88, aparentemente com toda a cla- para justificar sua cobrança. Era preciso reza, precisa sim de toda a base legis- encontrar no sistema infraconstitucional lativa infraconstitucional para ter plena o conjunto de regras necessário para vigência. concretizar a plena vigência do novo tri- 32 Revista do TRE/RS buto, o que afinal não foi possível por tem sucedâneo conhecido. O preceito força da decisão do STF. Exemplo mais constitucional que para alguns contém o gritante e controvertido é aquele da li- sistema de representação proporcional mitação dos juros prevista no art. 192, § na sua acepção pura simplesmente não 3º, da CF-88, e o esforço do mundo ju- tem correspondência legislativa no nos- rídico em encontrar no próprio ordena- so sistema eleitoral capaz de permitir mento disposições que o concretizas- sua aplicação. A propósito, José Afonso sem, apesar da posição sólida em con- da Silva escreveu o seguinte: trário na mais alta Corte do país. Tam- “Pode surgir indagação quanto a sa- bém convém recordar a matéria dos li- ber se o sistema proporcional é a mes- mites da pensão previdenciária e a in- ma coisa que sistema de representação terpretação do art. 40, § 5º, da CF-88, proporcional. Achamos que sim, até também a questão da isonomia e a de- porque a Constituição menciona a re- pendência do marido em relação à mu- presentação proporcional em relação à lher para efeitos previdenciários e assim representação partidária em outro dis- tantos outros exemplos do que afirmo. positivo, art. 58, §§ 1º e 4º, mas há mo- O que basicamente quis demonstrar dalidades de representação proporcio- com esse raciocínio foi que não basta nal aí possibilitadas como, por exemplo, ao intérprete identificar um princípio a de eleição proporcional por votação novo inserido da Constituição e, a partir distrital; repele, porém, o sistema distri- disso, querer aplicá-lo de forma indis- tal misto e mesmo o proporcional misto criminada aos casos que lhe chegam ao tipo alemão. conhecimento, sem que antes identifi- Como não existe experiência de ou- que o conjunto de regras aptas a torná- tro sistema proporcional, que não o de lo exeqüível. representação proporcional, é deste que Voltando à situação em exame, tor- vamos cuidar aqui”. (Curso de Direito no a gizar que a inserção do princípio Constitucional Positivo, Malheiros Edito- da representação nas eleições propor- res, 10ª ed., p.354) cionais para a Câmara dos Deputados e Foi por isso que o Tribunal Superior as Assembléias Legislativas foi novida- Eleitoral, ao regulamentar os pleitos de de realmente introduzida pela CF-88, 1990, 1992, 1994 e 1996, continuou repito, nos seus arts. 45 e 27, § 1º, mas adotando o sistema proporcional do já era conhecido entre nós há várias Código Eleitoral, onde o quociente elei- décadas. Seus contornos definitivos toral desempenha a sua conhecida du- surgiram com o art. 94 do Código Eleito- pla função, porquanto não há outro sis- ral de 1935, passaram depois pelo art. tema qualquer disponível na legislação 59, § 2º, do Código Eleitoral de 1950 e infraconstitucional. Se o legislador que- terminaram no art. 109, § 2º, do vigente ria mesmo o sistema de representação CE, datado de 1965. Constituiu-se - e puro, que regulamentasse os dispositi- ainda agora se mantém assim - no ver- vos constitucionais insertos em 1988 e dadeiro Sistema Eleitoral Republicano chance para isso não faltou, tantas e do Brasil, expressão do professor Hél- tão repetidas foram no período as leis gio Trindade, na sua obra Reforma ordinárias que presidiram os diversos Eleitoral e Representação Política, Edi- pleitos. tora da Universidade Federal do Rio Também o nosso Tribunal Regional Grande do Sul, 1990, p. 213. Eleitoral, ao responder a Consulta nº O sistema de representação tal 44/96, rel. Dr. Norberto da Costa Caru- como foi posto no Código Eleitoral não Revista do TRE/RS 33 so Mac-Donald, em 12/06/96, teve oca- nos arts. 105 a 113 do Código Eleitoral. sião de afirmar. Provimento negado”. “Eleição de 1996. Possibilidade de Portanto, fechando este trabalho, assunção de vaga em Câmara Munici- estou convencido acerca da plena vi- pal por parte de candidato a Vereador, gência do sistema proporcional estabe- por agremiação partidária que não ob- lecido no art. 109, § 2º, do Código Elei- teve o quociente eleitoral. Resposta ne- toral, com os indispensáveis comple- gativa ao teor do parágrafo 2º do art. mentos constantes do título I, do capí- 109 do Código Eleitoral”. tulo IV, daquele Diploma, recepcionado Idêntica orientação seguiu no Re- integralmente pela vigente Constituição curso nº 78/96, Classe XI, julgado em da República, não havendo no nosso 11.12.96, cuja ementa foi a seguinte: ordenamento base para a aplicação do “Recurso. Impugnação. Cálculos chamado sistema proporcional puro. para a distribuição de vagas em Câma- Institutos do quociente eleitoral, com a ra de Vereadores. cláusula de exclusão; quociente partidá- rio, sobras e etc que são ínsitos ao Preliminares rejeitadas. Sistema Eleitoral Republicano que vigo- A elevação do princípio da repre- ra no Brasil há décadas e não foi subs- sentatividade a preceito constitucional, tituído eficazmente. pela Constituição Federal de 1988 (art. 45), não revoga o regramento previsto Resolução e Provimento Revista do TRE/RS 35 vigor na data de sua aprovação, revo- Resolução nº gadas as disposições em contrário. Sala de Sessões do Tribunal Regio- 97/96 - TRE/RS nal Eleitoral do Rio Grande do Sul, em Estabelece instruções quanto aos Porto Alegre, aos vinte e cinco dias do procedimentos administrativos rela- mês de novembro do ano de mil nove- tivos à suspensão dos direitos políti- centos e noventa e seis. cos dos eleitores com condenação Des. Tupinambá Miguel Castro do Nas- criminal transitada em julgado e dá cimento outras providências. Presidente O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Des. Celeste Vicente Rovani Grande do Sul, de conformidade com o Vice-Presidente e Corregedor Regional disposto no artigo 30, inciso XVI, do Eleitoral Código Eleitoral, e Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- CONSIDERANDO a jurisprudência Donald pacífica do Supremo Tribunal Federal e Dr. Leonel Tozzi Tribunal Superior Eleitoral, com relação a auto-aplicabilidade do art. 15, inc. III, Dr. Gilson Langaro Dipp da Constituição Federal, que trata da Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco suspensão dos direitos políticos; e Dr. Marco Aurélio Heinz CONSIDERANDO que o c. TSE, no Drª Vera Maria Nunes Michels Recurso Eleitoral nº 13.890, definiu, Procuradora Regional Eleitoral com referência ao tema, que tal disposi- tivo é de eficácia plena e imediata, con- sectário da decisão penal, não sendo necessário processo autônomo, RESOLVE: Art 1º - As comunicações das con- denações criminais transitadas em jul- gado dos eleitores desta Circunscrição, por se constituírem procedimento de natureza administrativa, deverão ser processadas, preferencialmente, pela Secretaria de Informática deste Tribu- nal. Art. 2º - Demais providências deve- rão ser adotadas pela Corregedoria Re- gional Eleitoral, dentre as quais o escla- recimento às Corregedorias dos Tribu- nais com jurisdição no Estado, de que o levantamento da suspensão dos direitos políticos igualmente decorrerá de prévia comunicação da extinção dos eleitos da condenação, por parte da autoridade judiciária competente. Art. 3º - Esta Resolução entra em 36 Revista do TRE/RS nal Eleitoral para a propaganda eleito- Provimento nº ral, no período compreendido entre 60 (sessenta) dias antes das eleições até 04/96 - CRE/RS 30 (trinta) dias após. O Excelentíssimo Senhor Desem- § 1º. Na Capital, a distribuição dos bargador CELESTE VICENTE ROVANI, processos criminais de natureza eleito- Corregedor Regional Eleitoral do Estado ral e de cartas precatórias será efetuada do Rio Grande do Sul, no uso de suas pela Corregedoria Regional Eleitoral, e, atribuições legais e de conformidade no interior do Estado, pela Zona Eleito- com o disposto nos artigos 20, inc. VI, e ral mais antiga. 24 do Regimento Interno do Tribunal, e § 2º. As precatórias devem ser ex- CONSIDERANDO a necessidade de traídas com cópia, servindo esta de consolidar as orientações normativas mandado, para cumprimento. desta Corregedoria Regional Eleitoral, SEÇÃO II - DOS LIVROS consubstanciadas em ofícios circulares e provimentos, com o propósito de uni- Art. 2º. As Zonas Eleitorais desta formizar os serviços dos cartórios eleito- Circunscrição deverão ter, obrigatoria- rais nesta Circunscrição, mente, os seguintes livros: CONSIDERANDO os estudos reali- a) Protocolo Geral; zados pela Comissão designada para b) Tombo Único; este fim, nomeada pela Portaria P nº c) Registro de Multas Eleitorais; 416/96, de 21/10/96, d) Rol de Culpados; CONSIDERANDO as sugestões en- e) Protocolo de Entrega de Corres- caminhadas pelas Zonas Eleitorais pondência e Carga de Processos; desta Circunscrição, em atenção à soli- citação contida no Ofício-circular CRE f) Registro Histórico; nº 52/96, de 24/10/96, g) outros, a critério das respectivas RESOLVE: Zonas. SEÇÃO I - DA DISTRIBUIÇÃO § 1º. Nos municípios do interior com DOS FEITOS mais de uma Zona Eleitoral, haverá, também, o Livro de Distribuição, que Art. 1º. Nas cidades-sede com mais será aberto e encerrado pela mais anti- de uma Zona Eleitoral, a distribuição ga. dos feitos obedecerá aos seguintes cri- térios: § 2º. Os livros serão substituídos por sistema informatizado, a ser im- a) os feitos de natureza criminal, ao plantado segundo diretrizes da Corre- disposto no art. 69, incs. II, III, V e VI, gedoria Regional Eleitoral. do Código de Processo Penal; Art. 3º. No Protocolo Geral, serão b) para os feitos relativos a domicílio registrados todos os documentos que eleitoral, filiação partidária e demais in- ingressarem em Cartório, devendo cidentes referentes ao Cadastro Geral constar o número de protocolo, data, de Eleitores, será competente o Juízo hora e nome do servidor responsável Eleitoral do domicílio do eleitor; pelo seu recebimento. c) as precatórias de qualquer natu- Art. 4º. No Tombo Único, serão re- reza serão distribuídas igualitariamente gistrados os processos-crime eleitorais, entre as Zonas Eleitorais do Município, inquéritos policiais, notícias-crime, re- salvo a designada pelo Tribunal Regio- Revista do TRE/RS 37 presentações criminais, cartas precató- dos Chefes de Cartório; rias, infrações eleitorais, buscas e apre- c) os resultados e atas de diploma- ensões, mandados de segurança, ex- ção relativas a eleições municipais; e pedientes administrativos, bem como outros cuja autuação for determinada d) consultas plebiscitárias. pelo Juiz Eleitoral. SEÇÃO III - DAS MULTAS ELEI- Parágrafo único - A numeração refe- TORAIS rida neste artigo será constituída por 09 Art. 9º. As multas eleitorais, previs- (nove) algarismos, obedecendo à se- tas nos arts. 7º, 8º, 9º, 124, 146, 159, guinte composição: 164, 184, 198, 279 e 286 do Código I - o primeiro módulo, composto por Eleitoral, deverão ter como parâmetro 4 (quatro) algarismos, corresponde à para sua fixação a equivalência esta- ordenação numérica seqüencial cres- belecida pelo Tribunal Superior Eleito- cente dos processos; ral, de 33,02 (trinta e três e dois centé- simos) Unidades Fiscais de Referência - II - o segundo módulo, composto por UFIRs. 3 (três) algarismos, corresponde ao número da Zona Eleitoral; e § 1º. A multa prevista para o eleitor que não esteja quite com a Justiça III- o terceiro e último módulo, com- Eleitoral ou para o inscrito intempesti- posto por 2 (dois) algarismos, indica o vamente deverá ser, no máximo, de ano em que o processo foi registrado. 33,02 (trinta e três e dois centésimos) Art. 5º. No Registro de Multas Eleito- UFIRs, de conformidade com o disposto rais, serão lançadas todas as multas no art. 7º, combinado com o art. 367, § eleitorais determinadas no âmbito ad- 2º, do Código Eleitoral. ministrativo ou decorrentes de sentença § 2º. Fica estabelecido como um dos criminal transitada em julgado. critérios para a cobrança da multa o Art. 6º. No Rol de Culpados, serão grau de escolaridade do eleitor que não registrados os nomes dos réus conde- tenha se alistado ou apresentado justifi- nados com sentença criminal transitada cativa à ausência de voto no prazo le- em julgado na respectiva Zona Eleitoral, gal: sem prejuízo do encaminhamento do I - até o primeiro grau completo - 10 Formulário de Acompanhamento da Si- (dez) UFIRs; tuação do Eleitor - FASE, à Secretaria de Informática. II - até o segundo grau completo - 20 (vinte) UFIRs; Art. 7º. No Protocolo de Entrega de Correspondência e Carga de Proces- III - terceiro grau completo ou in- sos, constarão o registro de entrega de completo - 30 (trinta) UFIRs. todos os documentos e carga dos pro- § 3º. Na imposição e cobrança de cessos para o Juiz, Ministério Público e multa eleitoral, deverá ser levada em Advogados. conta a condição econômica do eleitor, Art. 8º. No Livro Histórico, serão re- nos termos da Lei nº 1.060, de 5 de fe- gistrados: vereiro de 1950, com as alterações posteriores. a) os termos de instalação da Zona Eleitoral, indicando sua jurisdição, bem § 4º. Para fins de comprovação de como seu desmembramento, se houver; residência e pobreza, fica dispensada a apresentação de prova documental, que b) os termos de assunção dos Juí- será substituída por declaração do inte- zes, Promotores e Escrivães Eleitorais e 38 Revista do TRE/RS ressado, conforme modelo (Anexo I), Art. 11. O Cartório Eleitoral, na hi- nos termos do disposto na Lei nº 7.115, pótese de pedido de desfiliação apre- de 29 de agosto de 1983. sentado pelo eleitor, deverá exigir com- § 5º. O primeiro e o segundo turno provante de prévia ciência à agremia- de votação, para fins de aplicação de ção partidária. multa, são considerados uma eleição. SEÇÃO V - DOS CANCELAMEN- § 6º. O pagamento da multa será TOS ELEITORAIS feito na rede bancária arrecadadora, Art. 12. As comunicações das con- através de guia Documento de Arreca- denações criminais transitadas em jul- dação de Receitas Federais - DARF -, gado dos eleitores desta Circunscrição conforme modelo (Anexo II) a ser adqui- deverão ser processadas, preferencial- rido pelo eleitor. mente, pela Secretaria de Informática § 7º. A guia DARF, devidamente da- deste Tribunal. tilografada ou manuscrita em letra de Parágrafo único. Aplica-se também forma, sem emenda ou rasura, será o disposto no caput deste artigo ao le- preenchida em 3 (três) vias, utilizando- vantamento da suspensão dos direitos se o código 3471, destinando-se a ter- políticos, que decorrerá de prévia co- ceira via, devidamente autenticada pelo municação da extinção dos efeitos da estabelecimento bancário credenciado, condenação por parte da autoridade ju- ao Cartório Eleitoral. diciária competente. § 8º. Até o 5º (quinto) dia útil de Art. 13. O Cartório Eleitoral, ao re- cada mês, o Juiz Eleitoral deverá co- ceber dos Cartórios de Registro Civil os municar, à Diretoria-Geral do Tribunal, o mapas de certidão de óbitos, após digi- montante das multas impostas e arre- tado o FASE de cancelamento para os cadadas, a teor do art. 14, § 6º, da Re- eleitores pertencentes à respectiva solução nº 19.585/96 - TSE. Zona, nos termos do art. 71 do Código § 9º. Na hipótese de ausência do Eleitoral, remeterá à Secretaria de In- número do Cadastro de Pessoa Física - formática cópia dos mapas relativos aos CPF - do eleitor, deverá ser informado falecidos remanescentes. no “campo 3” da guia DARF o número § 1º. Caberá à Secretaria de Infor- 00509.018/0001-13, que corresponde mática, após identificar a Zona de ori- ao Cadastro Geral de Contribuintes - gem dos eleitores falecidos remanes- CGC - do Tribunal Superior Eleitoral. centes, remeter à Zona correspondente SEÇÃO IV - DAS FILIAÇÕES PAR- cópia dos mapas, para o devido cance- TIDÁRIAS lamento. Art. 10. O Juiz Eleitoral, antes do § 2º. Na Capital, os mapas referidos cancelamento de filiação por duplicida- no caput deste artigo serão enviados di- de, deverá proceder à notificação do retamente à Secretaria de Informática, eleitor e dos partidos políticos envolvi- para adoção do procedimento previsto dos para que estes apresentem com- no parágrafo anterior, relativamente a provação da filiação partidária do elei- todos os eleitores falecidos. tor, consubstanciada na sua assinatura SEÇÃO VI - DO POSTO DE ALIS- em documento de controle de filiados, TAMENTO ELEITORAL prevista pelo estatuto partidário, e para Art. 14. Por iniciativa do Juiz Eleito- que aquele se manifeste no prazo de ral, ou a pedido do Município-termo de lei. Zona Eleitoral, poder-se-á instalar, em Revista do TRE/RS 39 caráter permanente, Posto de Alista- des inerentes à Justiça Eleitoral na sede mento Eleitoral - PAE - na referida loca- da Zona Eleitoral que o jurisdiciona. lidade, devendo o Poder Público Muni- § 4º. Poderá ser instalado, em ca- cipal firmar declaração expressa que ráter transitório, Posto de Alistamento proporcionará a infra-estrutura e os Eleitoral em Município-sede de Zona meios necessários ao pleno funciona- Eleitoral, desde que a finalidade seja de mento, fornecendo: proceder à revisão do eleitorado, cam- a) espaço físico (sala ou prédio) panha de alistamento eleitoral ou reca- destinado à sua instalação, apresentan- dastramento eleitoral. do planta com memorial descritivo ou Art. 15. No Município-termo, ficam mesmo desenho das dimensões do lo- dispensadas as condições referidas no cal, ficando estipulada a cedência do lo- artigo anterior, se os titulares dos cartó- cal em caráter permanente ou indeter- rios extrajudiciais se dispuserem a ofe- minado, sem ônus para a Justiça Eleito- recer a infra-estrutura e os meios ne- ral, ficando, também, de responsabili- cessários para a efetivação desta inicia- dade do Município, as despesas refe- tiva, cabendo-lhes a responsabilidade rentes ao imóvel, tais como luz, água, pelas atividades do Posto. imposto predial, seguros, condomínios e outros; SEÇÃO VII - DO EXPEDIENTE NOS CARTÓRIOS ELEITORAIS b) todo material permanente e de consumo indispensável ao funciona- Art. 16. O expediente dos Cartórios mento do Posto; Eleitorais é o estabelecido na Resolu- ção nº 80/95 - TRE/RS. c) recursos humanos, através da cedência de, pelo menos, um funcioná- § 1º. É estendido o recesso da Jus- rio público municipal, que ficará vincula- tiça Eleitoral às Zonas Eleitorais, que do à Zona Eleitoral que jurisdiciona o manterão plantão, com a devida divul- Município. gação e comunicação à Corregedoria Regional Eleitoral. § 1º. Deverá a solicitação, se provier do Município, ser entregue na Zona § 2º. Nos municípios com mais de Eleitoral que o jurisdiciona, para mani- uma Zona Eleitoral, os plantões pode- festação do Juiz Eleitoral sobre o cum- rão ser realizados pelo sistema de rodí- primento dos requisitos elencados no zio. item anterior, bem como sobre a conve- § 3º. Nas Zonas Eleitorais da Capi- niência e oportunidade da instalação do tal, durante os meses de janeiro e feve- Posto, cabendo ao Magistrado aprovar reiro, será observado o horário de ex- o nome de servidor a ser cedido para pediente externo da Secretaria do Tri- prestar serviços à Justiça Eleitoral. bunal Regional Eleitoral, ficando a ado- § 2º. Aprovada a instalação do PAE, ção deste, para as Zonas Eleitorais do deverá ser informado à Corregedoria interior, a critério do Juiz Eleitoral. Regional Eleitoral, para os devidos fins, § 4º. Deverão os Juízes Eleitorais o nome de servidor que prestará serviço despachar na sede do Cartório Eleitoral, à Justiça Eleitoral. pelo menos uma vez por semana. § 3º. Providenciará o Posto de Alis- SEÇÃO VIII - DOS SERVIDORES tamento Eleitoral a inscrição, transfe- DE CARTÓRIO ELEITORAL rência, segunda via e revisão dos dados Art. 17. Incumbe ao Escrivão Eleito- cadastrais do eleitorado do Município- ral o exercício das atribuições de titular termo, mantendo-se as demais ativida- 40 Revista do TRE/RS de Ofício de Justiça, tais como, autuar e transferência, segunda via e alteração processar os feitos de natureza judicial dos dados cadastrais não poderá ultra- e administrativa no Cartório Eleitoral, passar o prazo de 20 (vinte) dias, a expedir, privativamente, certidões, in- contar do preenchimento do Formulário clusive de efetividade do Juiz Eleitoral e de Alistamento Eleitoral - FAE -, nas dos servidores da Zona Eleitoral, bem Zonas Eleitorais da Capital, e de 40 como exercer outras atividades deter- (quarenta) dias, nas Zonas Eleitorais do minadas pelo Juiz. Interior. Parágrafo único - Prestará, obrigato- § 1º. Deverão os Cartórios Eleitorais riamente, o Escrivão Eleitoral expedi- da Capital encaminhar à Secretaria de ente na sede do Cartório Eleitoral, pelo Informática os disquetes com os FAEs e menos duas vezes por semana. FASEs, pelo menos uma vez por sema- Art. 18. Incumbe ao Chefe de Cartó- na, e os do Interior, uma vez por quin- rio Eleitoral planejar, organizar, orientar, zena. controlar e supervisionar as atividades § 2º. Deverá o alistamento eleitoral administrativas do Cartório Eleitoral, ser, preferencialmente, efetuado através bem como exercer outras atividades de programa informatizado para tal fim, que forem determinadas pelo Juiz Elei- substituindo-se o preenchimento manu- toral. al do Formulário FAE pela inserção dos § 1º. Incumbe, outrossim, ao Diretor dados do eleitor diretamente no siste- de Cartório Eleitoral da Capital, sem ma. prejuízo das atividades previstas no ca- § 3º. Inseridos os dados e impresso put, as atribuições do Escrivão Eleitoral. o espelho do FAE, assinará o eleitor no Art. 19. Cumprirão o Diretor e o campo próprio, sendo-lhe entregue o Chefe de Cartório Eleitoral, bem como devido comprovante. os servidores do Quadro da Secretaria Art. 22. Ficam dispensadas a comu- do Tribunal lotados nas Zonas Eleito- nicação de deferimento de transferência rais, jornada de trabalho de 40 (qua- e a solicitação de quitação do eleitor. renta) horas semanais. Art. 23. Será obrigatória a utilização Parágrafo único. Cumprirão os ser- de carimbo de protocolo de recebimento vidores cedidos ou requisitados jornada de documentos com número, data, hora de trabalho estabelecida no seu órgão e Zona Eleitoral, bem como indicação de origem. de nome do servidor que o receber, Art. 20. Não poderão os servidores conforme modelo em anexo (Modelo da Justiça Eleitoral, sob pena de demis- III). são, filiar-se a partido político (CE, art. Art. 24. Deverá ser arquivada em 366). pasta própria, toda correspondência en- Parágrafo único. A inobservância dereçada à Zona Eleitoral, após despa- desse preceito implica, para os servido- chada pelo Juiz, salvo a de natureza re- res públicos cedidos ou requisitados servada. lotados nas Zonas Eleitorais, a devolu- Art. 25. Deverão também ser guar- ção imediata ao seu órgão de origem. dadas, de forma adequada, no recinto SEÇÃO IX - DAS DISPOSIÇÕES do próprio Cartório, todas as publica- GERAIS ções da Justiça Eleitoral, que passam a constituir acervo seu. Art. 21. A entrega de título ao eleitor, decorrente de pedido de inscrição, Art. 26. Deverá o servidor certificar a Revista do TRE/RS 41 hora do cumprimento do ato processual, vigor a partir de 1º de fevereiro de 1997, inclusive mandado, cujo prazo de reali- revogados os Provimentos anterior- zação seja fixado em horas por texto de mente expedidos por esta Corregedoria lei ou decisão judicial. Regional Eleitoral. Art. 27. A primeira via do Termo de Publique-se. Carga do material tombado no Cartório Comunique-se. Eleitoral, depois de devidamente confe- rido, atestado pelo Escrivão e visado Dê-se ciência a todos os servidores pelo Juiz, deverá ser remetida à Coor- do Cartório Eleitoral. denadoria de Material e Patrimônio do Afixe-se no Cartório Eleitoral, no lu- Tribunal, para os devidos fins. gar de costume. § 1º. Todo o material permanente Cumpra-se. desnecessário deverá ser colocado à Porto Alegre, 18 de dezembro de disposição do Tribunal Regional Eleito- 1996. ral. Desembargador CELESTE VICENTE § 2º. O material em carga deverá ROVANI, permanecer, exclusivamente, nas de- Corregedor Regional Eleitoral. pendências do Cartório Eleitoral. Art. 28. Este Provimento entrará em 42 Revista do TRE/RS Parecer

Revista do TRE/RS 45 culino, a vereadores, no proc. Candidaturas de nº459/74/96, pelo partido PTB de Laje- mulheres e de cegos ado do Bugre, por entender descumpri- do o disposto no § 3º do art. 11 da Lei às eleições de 1996 nº 9.100/95. 25 Dra. Vera Michels Sustenta o Parquet Eleitoral, nas ra- PROC. Nº 11/96 - Classe III. zões de fls.112/119, que os 9 (nove) RECURSO - REGISTRO DE CAN- pedidos de registro de candidaturas à DIDATOS. vereança [não exclui do indeferimento de Ari Appelt], todos do sexo masculino, Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO formulado pelo PTB de Lajeado do Bu- ELEITORAL e ARI APPELT. gre, devem ser indeferidos porque “o Recorrido: PTB DE LAJEADO DO partido teve, desde a promulgação da BUGRE e JUIZ ELEITORAL 32ª ZONA- Lei 9.100, em 29 de setembro de 1995, PALMEIRA DAS MISSÕES. cerca de nove meses para providenciar RELATOR: JUIZ NORBERTO DA nas candidaturas femininas, que já se COSTA CARUSO MAC DONALD. sabiam exigíveis, até pela ampla expo- sição que houve na mídia sobre o as- P A R E C E R. sunto, quedando-se inerte”. 1 - O fato de não existir pedido de O PTB de contra- registro de candidaturas do sexo fe- arrazoa o recurso, fl.129, requerendo a minino, não implica no indeferimento manutenção da decisão do Juízo a quo, de registro de candidaturas do sexo porque os 20% de vagas referentes à masculino, desde que as candidatu- candidaturas de mulheres foram reser- ras masculinas não adentrem nos vados e observados pelo partido, não 20% de vagas reservadas para candi- tendo os registros de candidaturas daturas de mulheres. Exegese do art. masculinas adentrado nesse percentual 11, caput e § 3º da Lei nº 9.100/95. de 20% reservado às mulheres e que 2 - Preenchido todos os requisi- não seria justo alijar o partido do pleito tos legais, não pode o cego, que apenas porque não houve candidaturas possui identidade civil, ter indeferido femininas. o seu registro de candidatura, ape- II - ARI APPELT recorre, às fls. nas porque não foi reconhecida por 131/132, do indeferimento de seu pedi- Tabelião a sua assinatura aposta na do de registro à candidatura ao cargo autorização de que trata o art.12, § 1º, de vereador pelo PTB de Lajeado do inciso II da Lei nº9.100/95. Bugre, sustentando que não reconhe- Trata-se de recurso interposto pelo ceu a sua firma na autorização porque Promotor Eleitoral, na forma do art. 8º, “é pessoa cega, como é de conheci- caput, da Lei Complementar nº64/90 e mento público e o cartório não reconhe- art. 28 da Resolução TSE nº 19.509/96, ce firma de pessoa cega embora saiba inconformado com a sentença do Juiz ler e escrever pelo método braile”. Eleitoral da 32ª Zona - Palmeira da Mis- COLENDA CORTE. sões que deferiu Registro de Candidatu- I - Preliminarmente, quanto aos ra de 8 (oito) candidatos do sexo mas- pressupostos de admissibilidade do re- curso, deve referir que o recurso do 25 Promotor Eleitoral é tempestivo, pois Procuradora da República da 4ª Região e que a sentença recorrida foi proferida Procuradora Regional Eleitoral 46 Revista do TRE/RS em 12/JUL/96 e o recurso foi ajuizado do de forma irrestrita. Sob o ângulo em 15/JUL/96, dentro dos 3 (três) dias da insuficiência de candidatas mu- da prolação da sentença, como deter- lheres, sempre situado em campo mina o disposto no art. 8º, caput, da Lei nebuloso, subjetivo, não se pode co- Complementar nº 64/90 e art. 28 da Re- gitar do preenchimento por candida- solução TSE nº19.509/96. tos homens. Contudo, o recurso ajuizado por IVO Voto: APPELT não foi recebido pelo Juízo a ... quo, por intempestivo, pois ajuizado em 17/JUL/96, conforme se vê na fl.131. O caput do art. 11 sinaliza que o número máximo de candidatos, esti- II -No mérito, quanto ao recurso do Promotor Eleitoral entendo que melhor pulado em cento e vinte por cento do sorte não assiste ao seu inconformismo. número de lugares a preencher, res- tou ditado pela reserva prevista no § Isto porque, antes de examinarmos 3º do mesmo artigo, ou seja, os vinte o § 3º do art. 11 da Lei nº 9.100/95, de- por cento excedentes aos cem por vemos entender o caput do art. 11 que cento visaram a proporcionar a parti- dispõe sobre o número máximo de re- cipação feminina sem prejuízo do gistro de candidatos à Câmara Munici- que normalmente ocorreria diante da pal, estipulando em 120% o número de liberdade de indicação de candida- lugares a ser preenchido. tos. Sob esta ótica, não há como se E o § 3º desse art. 11, nada mais faz entender que, inexistentes candida- do que reservar 20% dos 120% estipu- tas femininas no percentual de vinte lado no caput, para preenchimento ex- por cento, cabe a inclusão de candi- clusivo por candidaturas de mulheres. datos do sexo masculino. A norma Contudo, não dispõe esse art. 11 e tem objeto específico, não cabendo, seus parágrafos, em nenhum momento, no âmbito desta consulta, sequer que se não houver candidaturas de apreciar possível choque com a Car- mulheres os 100% não poderão ser ta Política da República. Mostra-se preenchidos por candidatos homens ! imperativa, no que revela, que dos Ora, a reserva é apenas de 20% ! cento e vinte por cento, a percenta- A exegese feita pelo Promotor de gem de vinte por cento há de ser Justiça está em desacordo, inclusive, preenchida por candidaturas de mu- com a Resolução do TSE nº 19.448, de lheres. É de ressaltar que, em face 29/FEV/96, que deixou bem claro ape- até mesmo da impossibilidade de nas que, se os 20% reservados às mu- aferir-se, de forma objetiva, a inexis- lheres pelo § 3º do art. 11 da Lei nº tência das candidaturas, a resposta 9.100/95 não forem preenchidos por positiva implicaria o esvaziamento, candidatas mulheres, não poderá sê-lo numa sociedade machista como a por candidatos homens, verbis: brasileira, de preceito da lei. A asser- “ Ementa: tiva sobre a inexistência de candida- turas femininas servia de pretexto ao ... afastamento da norma legal. A subs- CANDIDATOS - PARTICIPAÇÃO tituição sugerida na consulta não é FEMININA. O limite mínimo de vinte possível, razão pela qual a resposta por cento previsto no § 3º do art. 11 da Lei nº 9.100/95 há de ser observa- Revista do TRE/RS 47 mostra-se negativa.”26 servadas para preenchimento por can- Mais recentemente, o TSE, em res- didatas do sexo feminino, mas jamais o posta a consulta formulada pela Depu- indeferimento de candidatos do sexo tada Marta Teresa Suplicy, dissipou masculino que encontrem-se dentro do qualquer dúvidas por ventura ainda percentual de 100% a ser preenchido existentes a respeito, ao expedir a Re- para a Câmara Municipal, penso que solução nº19.564, de 23/MAI/96, em totalmente despropositado o recurso que foi Rel. o MIN.WALTER MEDEI- interposto. ROS, que diz: III -Quanto ao recurso de IVO “Ementa: APPELT, inobstante seja intempestivo, pois os prazos no pleito eleitoral são pe- CANDIDATURA FEMININAS (Lei remptórios, entendo que como não hou- 9.100, de 29.9.95, art. 11, § 3º). Se não ve impugnação alguma à sua candida- se preencherem os 20% das vagas tura, mas o Juiz Eleitoral de ofício en- destinadas às candidaturas femini- tendeu de indeferir o registro porque a nas, a chapa poderá ser registrada, autorização de fl.07 não veio com a sua ainda que incompleto aquele percen- assinatura reconhecida por Tabelião, tual de mulheres. O que não se admi- nos termos do disposto no art.12, § 1º, te, conforme entendimento firmado inciso II da Lei nº9.100/95, entendo que por esta Corte, é que a diferença seja essa Corte, também, de ofício, deva co- preenchida por candidatos homens nhecer da questão, para sanar, segun- (Consulta nº54, Min. Marco Aurélio).” do penso, essa flagrante injustiça. Assim, penso que o raciocínio de- É a segunda vez que o recorrente senvolvido pelo Promotor Eleitoral está tem indeferido seu registro de candida- totalmente fora do que dispõe a lei, pois tura. A 1ª vez porque era analfabeto e entender-se como ele pretende, seria nessa 2ª vez porque não veio a assi- alijar os partidos de concorrerem ao natura da autorização reconhecida por pleito municipal, quando estes não tive- Tabelião, nos termos do previsto no art. rem candidaturas femininas. O que a lei 12, § 1º, II da Lei nº9.100/96. quis, ao fazer a reserva para candidatu- Nós vivemos num país democrático ras do sexo feminino, foi estimular a e, segundo penso, é salutar que pesso- maior participação feminina no campo as portadoras de deficiências físicas político e não inviabilizar candidaturas participem da vida política do país. masculinas, acaso inexistentes candi- daturas femininas, o que, diga-se de No presente caso, inclusive, ser passagem, seria um absurdo ! cego não impede de forma alguma a prática de todos os atos como cidadão Desta forma, sendo a lei clara e as e, se realmente o Tabelião se negou a Resoluções citadas não deixando dúvi- reconhecer a assinatura do recorrente, das quanto à única hipótese de indefe- porque cego, agiu fora das disposições rimento de registro de candidaturas do legais pertinentes. sexo masculino, que seria no caso do número de candidatos do sexo masculi- Aliás, o recorrente é portador, inclu- no ter adentrado nos 20% de vagas re- sive, da Carteira de Identidade Civil nº5051270196, expedida pela SSP-RS em 21/12/95, constante de fl.09, que 26 TSE - Resolução nº19.448, Rel. MIN. possui a assinatura do recorrente, o que MARCO AURÉLIO, decisão unânime, profe- segundo entendo, supre para todos os rida em 29/FEV/96, à consulta feita pelo De- efeitos a sua identificação, o que deve- putado Federal Nilson Gibson. 48 Revista do TRE/RS ria, também, ser considerado pelo Juízo candidatura foi procedido ex-officio pelo a quo antes de pura e simplesmente in- Juiz e, considerando que essa irregula- deferir o registro da candidatura do re- ridade poderia ser facilmente sanada, corrente. Aliás, teria agido com tremen- através de mera determinação, pelo do bom senso e espírito de cidadania, o Magistrado, ao Tabelião e, sobre tudo, Juiz a quo, se tivesse determinado que levando em conta que o recorrente pre- o Tabelião reconhecesse a assinatura enche todos os requisitos para ter defe- do recorrente. rida a sua candidatura, entendo que Ademais, penso que poderia haver essa Corte, de ofício, deva considerar indeferimento de registro, sim, se o re- irrelevante essa formalidade -- face o corrente não tivesse pura e simples- recorrente ser cego e ser portador de mente apresentado a declaração exigi- carteira de identidade civil -- e deferir o da pelo art. 12, § 1º, II da Lei registro da candidatura de ARI, à veren- nº9.100/95, mas no caso concreto, até ça, pelo partido PTB de Lajeado do Bu- porque trata-se de pessoa cega, que gre. possui identidade civil, não poderia o Pelo exposto, esta Procuradora Re- Magistrado a quo, indeferir o registro gional Eleitoral opina pelo improvimento apenas por falta do reconhecimento por do recurso do Promotor Eleitoral e, de Tabelião da assinatura do recorrente, ofício, essa Corte defira o registro de na autorização, uma vez que preenchi- ARI APPELT como candidato a verea- dos, pelo recorrente, todos os demais dor pelo PTB do Lajeado do Bugre. requisitos para candidatar-se ao pleito É o parecer. de 3/OUT/96. Porto Alegre, 24 de julho de 1996. Assim, como não houve qualquer VERA MARIA NUNES MICHELS, impugnação à candidatura do ora recor- Procuradora Regional Eleitoral. rente, mas o indefederimento da sua Revista do TRE/RS 49

Acórdãos 50 Revista do TRE/RS Revista do TRE/RS 51

1996. Acórdãos Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Proc. Cl. XI, nº 77/96 Donald, Relator. () o Recursos. Decisão que indeferiu pe- PROCESSO N 77/96 CLASSE XI dido de cassação dos direitos políticos e Sessão de 16.12.96 afastamento do cargo de vereador. O RELATOR: Dr. Norberto da Costa controle dos direitos políticos dos cida- Caruso Mac-Donald dãos não é da competência da Justiça Relatório Eleitoral. Só o será se, no curso do pro- cesso eleitoral e em função dele, houver Adoto como relatório parcial o do pa- necessidade de, incidentalmente, co- recer da Dra. Procuradora Regional nhecer de matéria relacionada com Eleitoral: (lê às fls. 98/100). inelegibilidade. Com base nisso, vêm os partidos e Recorrentes: Ministério Público da pedem a exclusão do nome do recorrido 125ª Zona, PMDB, PDT, PSDB e PT da listagem de votação do próximo pleito - o pedido foi formulado em Recorrido: Otávio Pedro Leichtweis 18.09.96 - e, após cumpridas as forma- A C Ó R D Ã O lidades legais, a cassação dos direitos Vistos, etc. políticos do Sr. Otávio Pedro Leichtweis, ACORDAM os Juízes do Tribunal determinando-se, conseqüentemente, o Regional Eleitoral, apreciando o pre- afastamento imediato do mesmo do sente feito, por maioria, ouvida a Procu- exercício das funções de vereador. radoria Regional Eleitoral e nos termos Entendo, e já adianto no relatório, das notas taquigráficas inclusas, anular que esse pedido de inelegibilidade esta- a sentença, por incompetência absoluta ria superado, porque, quando o recorri- do Juiz Eleitoral, e determinar a remes- do pretendeu candidatar-se ao pleito de sa do processo à Justiça Comum de 1º 1996, sua candidatura foi impugnada, o grau, prejudicado o recurso dos partidos que foi acolhido pelo Juiz Eleitoral, e ele políticos, vencido o eminente Dr. Marco não concorreu. Penso que temos que Aurélio Heinz, que afirmava a compe- nos fixar no que diz o recurso dos parti- tência da Justiça Eleitoral e provia o re- dos, porque o do Ministério Público diz curso dos partidos. respeito mais a aspectos processuais. CUMPRA-SE. O recurso dos partidos que entraram com o pedido de cassação de direitos Participaram do julgamento, além do políticos e afastamento do cargo de ve- signatário, os eminentes Desembarga- reador explicita o seguinte (fl. 86): dores Tupinambá Miguel Castro do Nascimento - Presidente - e Celeste Vi- No que pese ter sido nominada a cente Rovani e Drs. Leonel Tozzi, ação interposta como Cassação de Di- Gilson Langaro Dipp, Antônio Carlos reitos Políticos, tem ela a finalidade úni- Antunes do Nascimento e Silva e Marco ca e exclusiva de afastar o Sr. Otávio Aurélio Heinz, bem como a Dra. Vera Pedro Leichtweis do exercício do man- Maria Nunes Michels, Procuradora Re- dato de vereador, eis que está a exercer indevidamente, pelas razões já aventa- gional Eleitoral. das. Porto Alegre, 16 de dezembro de 52 Revista do TRE/RS Portanto, o pedido - e isso está ex- Houve contra-razões, também pela plícito no recurso dos que formularam a manutenção da sentença. petição inicial - se resume ao afasta- Nesta instância, a Dra. Procuradora mento do vereador do exercício do Regional Eleitoral opina pelo conheci- mandato, o que, até esta altura, não se mento e improvimento dos recursos, reveste de maior importância, dado que para que seja integralmente mantida a ele já cumpriu a quase totalidade do sentença recorrida. mandato, que se encerrará no dia 31 de dezembro. Esclareço, ainda, que há, em aten- dimento à promoção do Ministério Pú- A sentença, considerando a Justiça blico de 1º grau, uma certidão da Câma- Eleitoral incompetente para julgar a ra de Vereadores (fl. 52), informando matéria, também esclarece que não é que o recorrido, (...) vereador pelo PPB, caso de remessa dos autos à Justiça reassumiu sua cadeira na Câmara Mu- Comum, eis que esta também seria in- nicipal de Vereadores, no dia 1º de competente para apreciar pedido de março de 1.996, em virtude de haver afastamento de parlamentar do exercí- cumprido a pena de dois anos, iniciada cio das suas funções. Por isso é que a em 28.02.94. Portanto, eles concluíram sentença assim concluiu, à fl. 75: que, em 28.02.96, com o cumprimento (...) indefiro a peça incoativa, deter- da pena, cessaram os efeitos da con- minando a remessa das cópias solicita- denação. E, assim, o recorrido reassu- das pelo Ministério Público. No que res- miu. peita à remessa dos autos à Justiça É o relatório, Sr. Presidente. Comum, que considero imprópria pelas razões exaradas, para evitar perda de Des. Tupinambá Miguel Castro do tempo com eventual recurso, por esta Nascimento: só razão, em havendo insistência do ór- Gostaria de informar à Corte que a gão ministerial, remetam-se. tese do Min. Marco Aurélio é de que se E o dispositivo destaca: aplica o art. 55 - aquele que exige que a Câmara venha a decidir se a sentença Ante o exposto, rejeito a preliminar e com trânsito em julgado importa em indefiro o pedido inicial, ressaltando, no perda ou não do mandato. Mas ele está que diz respeito à competência, a ob- vencido no TSE. Trânsito em julgado si- servação constante na parte final do gnifica perda de mandato. item 7. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Portanto, como a sentença deixou Donald: de remeter os autos à Justiça Comum, e como ela indeferiu o pedido inicial, Um esclarecimento a V. Exa.: no houve recurso tanto do Ministério Públi- caso, a suspensão dos direitos políticos co - que suscita a preliminar de incom- ocorreu e repercutiu, porque o recorrido petência só da Justiça Eleitoral, dizendo foi afastado do cargo de vereador; só que competente é a Justiça Comum - retornando ao mesmo depois que ces- como também dos partidos interessa- saram os efeitos da condenação. O que dos, recurso este no qual explicitam que se alega agora é que, embora os direi- seu interesse prende-se ao fato de o tos políticos não estejam mais suspen- pedido tratar do afastamento do verea- sos, ele seria inelegível por mais três dor do exercício do cargo, embora o te- anos, porque cometeu crime eleitoral. nham denominado de cassação dos di- Então, a pergunta é se a inelegibilidade reitos políticos. tem o efeito de impedir que exerça ele mandato e se seria competente a Justi- Revista do TRE/RS 53 ça Eleitoral ou a Justiça Comum para te. A Justiça Eleitoral considerou-se declarar a perda do mandado de verea- competente e pronunciou-se sobre a dor. inelegibilidade do recorrido, mas isso O pedido era mais extenso, mas, ao enquanto ele era pretendente a candi- recorrer, os partidos que formularam o dato, pois registrou sua candidatura a pedido inicial deixaram claro que (fl. 86): vereador para estas eleições. O registro da candidatura foi impugnado e acolhi- No que pese ter sido nominada a do pela Justiça Eleitoral. Assim, ele não ação interposta como Cassação de Di- pôde concorrer porque inelegível. reitos Políticos, tem ela a finalidade úni- ca e exclusiva de afastar o Sr. Otávio Continua o trabalho do Dr. Teori: Pedro Leichtweis do exercício do man- Nesses casos, porém, a existên- dato de vereador, eis que está a exercer cia dos direitos políticos é funda- indevidamente, pelas razões já aventa- mento para a decisão, jamais seu das. objeto. É que a elegibilidade, ou seja, Há um trabalho que foi publicado por a aptidão para ser votado, é apenas este Tribunal, Direitos Políticos, Perda, um dos atributos dos direitos políti- Suspensão e Controle Judicial, de auto- cos, já que, a estes, outros atributos ria do Dr. Teori Zavascki, que tece al- e faculdades são inerentes, e não gumas considerações que gostaria de apenas os relacionados com eles trazer a V. Exas. e que me parecem eleições (direito de votar e ser vota- muito esclarecedoras. Trata dos atos de do), e sim os que dizem respeito ao improbidade, que resultam também na status civitatis no seu mais amplo sen- suspensão dos direitos políticos. Aplica- tido. Portanto, a perda ou suspensão se à espécie, que, embora não configu- dos direitos políticos traz aos cida- re caso de improbidade, mas de conde- dãos atingidos conseqüências muito nação criminal, trata de situação análo- mais abrangentes que as relaciona- ga. À pág. 8, lê-se o seguinte: das com eventual e episódica parti- Muito embora a penalidade seja a cipação em determinado pleito elei- suspensão dos direitos políticos e a toral”. perda do cargo eletivo, se for o caso, a Aqui se sustenta, e me parece que ação não é de competência da Justiça com razão, que a perda dos direitos po- Eleitoral, já que a matéria não tem natu- líticos, no caso de condenação criminal reza eleitoral. Em voto no TRE/RS sus- - como V. Exa. há pouco disse -, é uma tentamos que “o controle dos direitos decorrência automática da condenação. políticos dos cidadãos, em princípio, Há outros casos, como esses de impro- refoge à competência eleitoral. Só o bidade administrativa, em que a conse- será, se, no curso do processo elei- qüência também é a suspensão dos di- toral e em função dele, houver ne- reitos políticos, que não seria automáti- cessidade de, incidentalmente, co- ca. Mas, no caso, a competência é da nhecer de matéria relacionada com Justiça Comum, e não da Justiça Eleito- inelegibilidade. É o que ocorre quan- ral, a não ser quando, como disse o Dr. do do pedido de registro de candida- Teori, na Justiça Eleitoral, episodica- turas ou de diplomação de eleitos, mente, em algum fato ligado à eleição, onde a elegibilidade (e, portanto, se por exemplo, alguém que teve suspen- for o caso, a existência dos direitos sos os direitos políticos pretenda regis- políticos) deve ser examinada. trar a sua candidatura. Tem-se que É o que aconteceu no caso presen- examinar se está com os direitos políti- 54 Revista do TRE/RS cos em vigor ou não. do parlamentar só se tornou viável ante Mais adiante, diz o mesmo ex-juiz a prévia licença dos seus pares para a desta Corte: instauração da ação penal (CF, art. 53, § 1º). O gozo dos direitos políticos é con- dição indispensável à elegibilidade, Aqui no caso, como diz o recurso como faz expresso o art. 14, § 3º, II, da textualmente: (lê à fl. 86). A razão já CF. É, igualmente, requisito para o aventada, à qual o recurso alude, seria exercício de cargos não-eletivos de na- o fato de o Sr. Otávio ter sido condena- tureza política, tais como os de Minis- do por crime eleitoral, o que o tornaria tros de Estado, Secretários Estaduais e inelegível por três anos, mesmo cessa- Municipais (CF, art. 87). dos os efeitos da condenação. Assim, o que se está pedindo aqui, - no recurso, E continua: pelo menos - é o afastamento do recor- Aos agentes políticos - titulares de rido do exercício do mandato de verea- cargos eletivos ou não -, exige-se, por- dor. Penso que, para essa questão, não tanto, o pleno gozo dos direitos políti- somos competentes - e vou mais além: cos, não apenas para habilitar-se a in- nem a Justiça Comum o é. vestir-se no cargo, mas, igualmente, Tem razão o Dr. Teori, quando afir- para nele permanecer. Assim, a super- ma que é a Casa Legislativa que tem veniente perda ou suspensão dos di- competência para tanto. Dir-se-á: mas reitos de cidadania implicará, automati- isso implicaria em excluir a questão de camente, a perda do cargo. Há, porém, apreciação pelo Judiciário. Ocorre que, uma exceção: a do parlamentar que so- nos autos, há, apenas, a referida certi- frer condenação criminal. O trânsito em dão dizendo que, em vista de o Sr. Otá- julgado da condenação acarreta, como vio ter cumprido a pena, de terem ces- já se viu, a suspensão, ipso iure, dos di- sado os efeitos da perda dos direitos reitos políticos (CF, art. 15, III), mas não políticos, ele retornou ao exercício do extingue, necessariamente o mandato mandato. Não há nada que diga que te- eletivo. Ao contrário das demais hipóte- nha havido algum pedido de afasta- ses de perda ou suspensão dos direitos mento do vereador na Câmara, através políticos, que geram automática perda dos seus componentes. Quer dizer, os do mandato (art. 55, IV, da CF), “perda partidos dirigiram-se, desde logo, ao que será declarada pela Mesa da Casa Judiciário. respectiva...” (art. 55, § 3º), em caso de condenação criminal a perda do man- Entendo que cabe estabelecer uma dato (art. 55, VI) “...será decidida pela distinção. Se houvesse um ato da Câ- Câmara dos Deputados ou pelo Senado mara negando o afastamento, talvez Federal, por voto secreto e maioria ab- fosse caso de mandado de segurança, soluta...” (CF, art. 55, § 2º). Ou seja: que seria de competência da Justiça não havendo cassação do mandato Comum. Mas, no caso dos autos, os pela Casa a que pertencer o parlamen- partidos entraram logo na Justiça Eleito- tar, haverá aí hipótese de exercício de ral, pedindo o afastamento do vereador mandato eletivo, por quem não está no do exercício do cargo. gozo dos direitos de cidadania. Essa Fica a questão processual, a res- estranha exceção poderá representar, peito da qual gostaria de ouvir os Cole- quem sabe, um mecanismo de defesa gas: se nos considerarmos incompe- contra o exacerbado rigor do art. 15, III, tentes - e penso que a Justiça Eleitoral da Constituição Federal, mas é curioso é incompetente -, declinaríamos da que assim seja, dado que a condenação Revista do TRE/RS 55 competência para a Justiça Comum? toral vai só até a diplomação; depois, é Des. Tupinambá Miguel Castro do da Justiça Comum. No caso, interessa- Nascimento: nos saber se ele pode ou não continuar desempenhando o seu mandato, e aí Eminente Colega: não é mais competência da Justiça Na 1ª Câmara Cível, a que perten- Eleitoral. cemos, tranqüilamente entenderíamos Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- ser da nossa competência e examinarí- Donald: amos o pedido. Agora, o problema seria decidir quanto à solução. Em primeiro lugar, temos que distin- guir a perda ou suspensão dos direitos Dr. Gilson Langaro Dipp: políticos, do afastamento do mandato Se o Juiz de primeiro grau, embora eletivo. Li trecho do trabalho de autoria reconhecendo a incompetência desta do Dr. Teori, em que ele faz bem essa Justiça especializada, examinou o pedi- distinção: a suspensão dos direitos polí- do na qualidade de Juiz Eleitoral, é caso ticos é automática em virtude de conde- de nulidade da sentença. Essa é a pri- nação criminal. Agora, tratando-se de meira hipótese. crime eleitoral ou de um daqueles ou- Dr. Marco Aurélio Heinz: tros crimes contemplados no art. 1º da Lei Complementar nº 64/90, embora o No meu sentir, o Magistrado julgou cidadão recupere os direitos políticos, bem. No trabalho do Dr. Teori mencio- ele continua inelegível por três anos. nado pelo Relator, ele se refere muito Mas isso acarreta a perda, ou a sus- ao inciso IV do art. 55 da Constituição pensão, ou o afastamento do exercício Federal. Mas o inciso V do mesmo arti- do mandato eletivo? O Dr. Teori diz que go dá competência à Justiça Eleitoral não; para o afastamento, seria preciso o para decretar a perda ou a suspensão pronunciamento da Câmara. do mandato: Dr. Marco Aurélio Heinz: Art. 55 - Perderá o mandato o De- putado ou Senador: Penso que se trata da hipótese pre- V - quando o decretar a Justiça vista no art. 15, III, da CF, referente a Eleitoral, nos casos previstos nesta condenação criminal. E se a Justiça Constituição. Eleitoral é competente para decretar a perda dos direitos políticos em qualquer E um dos casos previstos na Cons- outro caso previsto na Constituição, não tituição é o do art. 15. seria competente para declará-la? Dr. Leonel Tozzi: Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Se V. Exa. me permite, não estamos Donald: discutindo a perda dos direitos políticos, Se o fato for ligado a eleições. O mas sim o retorno ou não do Vereador presente caso já foi examinado aqui, e a para o desempenho do mandato para o Justiça Eleitoral se pronunciou. Quando qual foi eleito. ele pretendeu se candidatar em 96, foi Dr. Marco Aurélio Heinz: impugnada a candidatura e se reconhe- Mas qual é o objeto da demanda? É ceu que ele estava inelegível. declarar suspensos os direitos políticos Votos ou a sua perda. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Dr. Leonel Tozzi: Donald: Mas a competência da Justiça Elei- Sr. Presidente: 56 Revista do TRE/RS Temos dois recursos, basicamente. Acompanho o eminente Relator. Um deles, o recurso dos partidos, penso Decisão (Proc. Cl. XI, nº 77/96) que fica superado, porque os recorren- tes querem que afastemos o vereador Anularam a sentença por incompe- do cargo. Quanto a esse recurso, im- tência absoluta do Juiz Eleitoral, e de- provejo. A minha dúvida é quanto ao re- terminaram a remessa do processo à curso do Ministério Público. O que quer Justiça Comum de 1º grau, prejudicado ele? Que a Justiça Eleitoral reconheça o recurso dos partidos políticos, vencido sua incompetência e decline para a o Dr. Marco Aurélio, que afirmava a Justiça Comum. competência da Justiça Eleitoral e pro- via o recurso dos partidos. O recurso do MP, que levantou a ilegitimidade, diz: (lê à fl. 78). Penso que a solução mais adequa- Proc. Cl. IX, nº 185/96 da é esta: reconhecemos que a Justiça Xangri-lá (Capão da Canoa) Eleitoral é incompetente, cassamos a Recurso. Decisão que julgou impro- sentença - porque o Juiz Eleitoral é in- cedente pedido de recontagem de vo- competente - e remetemos o feito à tos. Preliminar rejeitada. Matéria preclu- Justiça Comum. sa por ausência de impugnação junto à É o voto. mesa receptora de votos. Inexistência Dr. Leonel Tozzi: de qualquer indício de fraude que possa ensejar nova contagem de votos. Con- É assim que voto também. junto de alegações produzidas pela re- Dr. Gilson Langaro Dipp: corrente insubsistentes para sustentar o De acordo. pedido. Dr. Antonio Carlos do Nascimento e Provimento negado. Silva: Recorrente: Coligação Aliança por Acompanho. Xangri-lá (PDT, PMDB e PFL) Dr. Marco Aurélio Heinz: Recorrido: Partido Trabalhista Bra- sileiro Sr. Presidente: A C Ó R D Ã O Tenho as minhas dúvidas. Penso que a Justiça Eleitoral é competente Vistos, etc. para declarar a suspensão e a perda ACORDAM os Juízes do Tribunal dos direitos políticos, em casos previs- Regional Eleitoral, à unanimidade, ouvi- tos na Constituição. Como entendo que da a Procuradoria Regional Eleitoral e a Constituição, no art. 15, prevê o caso nos termos das notas taquigráficas in- de perda ou suspensão dos direitos po- clusas, rejeitada preliminar de cercea- líticos, penso que a Justiça Eleitoral é mento de defesa, negar provimento ao competente. presente recurso. Voto no sentido de reconhecer a CUMPRA-SE. competência da Justiça Eleitoral para o Participaram do julgamento, além do caso em apreço, de perda ou suspen- signatário, os eminentes Desembarga- são dos direitos políticos em razão de dores Tupinambá Miguel Castro do condenação criminal. É o voto. Nascimento - Presidente - e Celeste Vi- Des. Celeste Vicente Rovani: cente Rovani e Drs. Norberto da Costa Sr. Presidente: Caruso Mac-Donald, Gilson Langaro Revista do TRE/RS 57 Dipp, Nelson Antonio Monteiro Pacheco uma eleição quer saber que perdeu e Marco Aurélio Heinz, bem como a bem. Ao final, postula o recebimento do Dra. Vera Maria Nunes Michels, Procu- recurso e o seu provimento, para obter radora Regional Eleitoral. a recontagem dos votos. Porto Alegre, 11 de novembro de O Partido Trabalhista Brasileiro, em 1996. contra-razões (fls. 146/151), refuta inte- Dr. Leonel Tozzi, gralmente as assertivas da recorrente, afirmando que “todas as alegações da Relator. recorrentes são infundadas e totalmente o PROCESSO N 185/96 CLASSE IX carecedoras de provas. Demonstram Sessão de 11.11.96 puramente uma irresignação com um resultado democraticamente obtido, RELATOR: Dr. Leonel Tozzi embora com pequena diferença de vo- Dr. Leonel Tozzi: tos”. Ao final, postula o improvimento do A Coligação Aliança por Xangri-lá recurso. (PDT, PMDB e PFL), inconformada com Neste egrégio Tribunal, a eminente a decisão da MM. Junta Eleitoral da Procuradora Eleitoral opina pelo conhe- 150ª Zona que indeferiu o pedido de re- cimento e improvimento do recurso (fls. contagem de votos da eleição majoritá- 159/161). ria do município de Xangri-lá, de vez É o relatório. que não configurada nenhuma das hi- póteses que autorizam a recontagem, (Produziram sustentação oral, pela apresentou as razões de recurso de fls. recorrente, o Bel. Uiraçaba Machado, e, 68/72. pela recorrida, o Bel. Antônio Augusto Mayer dos Santos.) Sustenta a Coligação recorrente, sinteticamente, o seguinte: I) obstaculi- Des. Tupinambá Miguel Castro do zação da fiscalização do escrutínio; II) Nascimento: não-oportunização de conferência e as- A Dra. Procuradora está com a pa- sinatura dos boletins de urna na seção lavra. nº 22; III) haverem sido encontradas Dra. Vera Maria Nunes Michels: cédulas-modelo no interior da urna; IV) divergência, na seção nº 49, entre o O parecer está vazado nos seguin- número de eleitores - 287 - e o de votos tes termos: (lê às fls. 159/161). encontrados - 289; V) ainda na seção nº Acrescento que entendo, quanto à 49, divergência no número de votos alegada irregularidade de não- para o candidato a vereador do Partido assinatura dos BUs pelos fiscais, que a dos Trabalhadores entre os quadros assinatura é facultativa, e não obrigató- 213 e 300; VI) divergência entre o re- ria. A Resolução inclusive prevê que o sultado oficial e as divulgações da Rá- Comitê Interpartidário os assinará, e o dio Horizonte com as anotações dos fis- art. 179, § 1º, do Código Eleitoral diz cais da coligação. que serão assinados pelos fiscais, se Conclui a recorrente que os fatos assim o desejarem. relacionados, isoladamente, não têm Des. Tupinambá Miguel Castro do força para denegrir o pleito, mas juntos Nascimento: comprometem a credibilidade da elei- O eminente Relator pode proferir o ção. O que se deseja é que o resultado voto. tenha credibilidade, independentemente Dr. Leonel Tozzi: do vencedor. Qualquer um que perde 58 Revista do TRE/RS Sr. Presidente: que serão decididas de plano pela Jun- A característica peculiar do proces- ta. so eleitoral é a dinâmica e a celeridade O mesmo dispositivo está expresso dos seus procedimentos, e no Direito no art. 20 da Resolução nº 19.540. Eleitoral impera o princípio da preclu- Portanto, o recorrente deixou transcor- são, que vem a ser uma sanção à inér- rer in albis o momento de apresentar in- cia e ao descaso do agente ativo do conformidade. processo, impedindo, assim, a renova- A alegação de que foram encontra- ção de questões. das, no interior da urna, cédulas- Portanto, no processo eleitoral, a ir- modelo, e que estas teriam sido valida- resignação ou a impugnação deve ser das, o que anularia o processo de vota- exercida pelos partidos ou coligações, ção por ter havido fraude, não tem sub- através de seus lídimos representantes, sistência. no momento certo e preciso, sob pena Primeiramente, esta Corte já tem de, não o exercitando, decaírem deste como pacífico o entendimento consa- direito. grado no Precedente nº 11, que pres- Assim, na hipótese sub judice, a re- creve: corrente afirma que tivera dificuldade de O fato do encontrar-se dentro da fiscalizar o escrutínio dos votos e que cédula oficial, no momento da apura- também não tivera acesso a alguns bo- ção, modelo de voto distribuído pelos letins de urna, para apor suas assinatu- partidos, de que se serviu o eleitor, não ras. importa quebra de sigilo ou identificação Tais ocorrências são consideradas da cédula. Voto válido. incidentes que comumente acontecem Portanto, em princípio, a existência durante a apuração; entretanto, na mai- da cédula-modelo no interior da urna oria das vezes, são resolvidas através pode representar uma mera irregulari- de conversações com os componentes dade, nunca uma nulidade. da Junta Apuradora. Aliás, o douto Entretanto, se o recorrente anteviu Promotor Eleitoral, em sua manifesta- algo mais que uma simples irregularida- ção à fl. 55, textualmente, afirma que de, a tal ponto que prescreveu fraude à “por ocasião da contagem dos votos, se eleição, deveria, de imediato, impugnar os escrutinadores estivessem se opon- a urna, nos termos estabelecidos pelo do a uma efetiva fiscalização, os fiscais art. 171 do Código Eleitoral, ou seja: e os delegados deveriam ter apresenta- do imediato protesto ou à Junta ou ao Art. 171. Não será admitido recurso Ministério Público Eleitoral, que a situa- contra a apuração, se não tiver havido ção seria prontamente resolvida”. impugnação perante a Junta, no ato da apuração, contra as nulidades argüidas. Porém, ad argumentadum, se a si- tuação não fosse resolvida suasoria- Também nesta oportunidade o re- mente, a legislação eleitoral confere corrente não exerceu o seu direito de possibilidade de impugnar o escrutínio, impugnar, como lhe confere a legislação ao dispor, no art. 169 do Código Eleito- vigente. ral, o seguinte: Outro argumento do recorrente se Art. 169. À medida que os votos fo- refere à divergência no número de votos rem sendo apurados, poderão os fiscais para o candidato a vereador do Partido e delegados de partidos, assim como os dos Trabalhadores entre os quadros candidatos, apresentar impugnações 213 e 300 do boletim, na Seção nº 49. Revista do TRE/RS 59 Quanto a esta afirmação, a MM. Junta, Incoincidência entre o número de em seu decisum (fl. 62), esclarece per- cédulas constantes da urna e o consig- feitamente a questão, ao descrever: nado na ata como de votantes. Aplica- (...) não há divergência entre os ção do disposto no art. 166, § 1º, do quadros 213 e 300 do BU da seção 49. Código Eleitoral (art. 17, § 1º, da Reso- Na página 4, consta o número de votos lução nº 19.540). que o candidato Cláudio Cassaccia (PT) Assim sendo, onde está a fraude recebeu (quatro); na página 2 do bole- devidamente comprovada? tim de urna, consta o número de votos Trata-se, indubitavelmente, na pior que o candidato “Boto” recebeu (um). das hipóteses, de erro material, como Assim, no quadro Resumo da Eleição muito bem asseverou a MM. Junta, e, Proporcional, para o Partido dos Tra- nestas condições, não existe invalidade. balhadores, aparecem 5 (cinco) votos. Assim, não há erro. Para encerrar o elenco de irregulari- dades apontadas pela recorrente, vale Portanto, também este argumento referir que a alegada utilização de cé- não procede. dulas com erro de impressão não pro- Impõe-se, ainda, enfrentar a argu- cede, pois todas as cédulas foram con- mentação de que, na Seção nº 49, ha- feccionadas de acordo com as instru- via divergência entre o número de elei- ções estabelecidas na Resolução nº tores, 287, e os votos encontrados, 289. 19.516 do colendo TSE, como se vê da Esta afirmação não resiste a uma sim- afirmação de fl. 63 da MM. Junta Eleito- ples conferência da Ata da Eleição, ral. como demonstrou, à saciedade, a MM. Ademais, onde está a prova desta Junta Eleitoral, quando, ao analisar a cédula que a recorrente diz existir? Não assertiva, assim declarou (fl. 62): está nos autos. No que diz respeito ao item E, de fl. Outra irregularidade apontada é a 3, a Seção tem 385 eleitores e houve falta de assinaturas dos fiscais da recor- 289 votos, conforme boletim de urna. rente nos boletins de urna, por força das Na própria ata consta 289 eleitores que dificuldades apresentadas pelos escru- compareceram para votar. Mesmo que tinadores. Esta assertiva já foi demons- tivessem comparecido 287 eleitores, trado que improcede, de vez que basta- não haveria invalidade da urna, pois va uma simples reclamação verbal à mero erro material no preenchimento da Junta. Ademais, o art. 37, § 1º, da Re- ata não indica a existência de fraude. solução nº 19.540 dispõe: Correta a decisão da MM. Junta, Os boletins de urna serão assinados pois a mesma encontra respaldo no pelo Presidente e membros da Junta próprio texto legal. O art. 166, § 1º, do Eleitoral, pelos fiscais de partido ou co- Código Eleitoral dispõe: ligação que o desejarem (art. 179, § 1º, Art. 166. § 1º. A incoincidência entre do Código Eleitoral). o número de votantes e o de cédulas Ainda, a divergência entre as afir- oficiais encontradas na urna não cons- mações sobre o resultado da apuração tituirá motivo de nulidade da votação, transmitidas pela Rádio Horizonte e desde que não resulte de fraude com- aquelas decorrentes da Junta Apurado- provada. ra, com o maior respeito, não merece Também esta Corte, ao emitir o maiores comentários, já que a emissora Precedente nº 17, assim entendeu: de rádio não possui representatividade para transmitir resultado oficial do pleito, 60 Revista do TRE/RS mesmo que parcial. Assim, também não há como aceitar E, por último, examino o pedido de esta argumentação. juntada dos documentos de fls. Por fim, Sr. Presidente e Srs. Juí- 143/144, no qual três eleitores declaram zes, mesmo que toda esta fundamenta- que, ao se apresentarem na seção ção recursal tivesse procedência, a re- eleitoral, receberam para votar cédulas corrente não alcançaria o seu deside- oficiais que estavam previamente mar- rato, pois não exerceu o seu direito de cadas em alguns quadriláteros. impugnação no momento próprio, con- Primeiramente, tal juntada é intem- forme dispõe o art. 181 do Código Elei- pestiva, porque requerida após a inti- toral: mação da recorrida para se manifestar (...) a recontagem de votos só pode- sobre as razões do recurso; segundo, rá ser deferida pelos Tribunais Regio- porque estas declarações foram feitas nais em recurso interposto imediata- em data muito posterior ao dia da elei- mente após a apuração de cada urna. ção, ou seja, dia 9 de outubro de 1996, Portanto, a matéria indiscutivel- e sem o mínimo autenticação. mente está preclusa, por absoluta inér- Porém, para não deixar sem res- cia da coligação recorrente. posta tais afirmações, é mister que se Imperioso se faz, ainda, enfrentar a diga que o Código Eleitoral, no seu art. pretensão da recorrente sob o prisma 146, inciso XIII, e a Resolução nº da Lei nº 9.100/95, art. 28 e incisos, e 19.514, no art. 32, inciso IX, prescrevem da Resolução nº 19.540, arts. 24 e 25, qual a atitude a ser tomada na ocorrên- que prevêem, excepcionalmente, a re- cia de fato semelhante. Assim dispõem: contagem de votos, independentemente Se o eleitor, ao receber a cédula, ou de prévia impugnação, fundamentada- ao recolher-se à cabine de votação, ve- mente. rificar que a cédula se acha estragada Os fundamentos do pedido de re- ou, de qualquer modo, viciada ou assi- contagem expressos nos aludidos di- nalada (...), poderá pedir outra ao Pre- plomas legais compreendem, especifi- sidente da seção eleitoral, restituindo, camente: a evidência de votos atribuí- porém, a primeira, a qual será imedia- dos a candidatos inexistentes, o não- tamente inutilizada (...) fechamento da contabilidade da urna e Nenhuma providência foi tomada a apresentação de totais de votos nulos, pelos referidos eleitores, que somente brancos ou válidos destoantes da média se manifestaram sobre o aludido fato geral verificada nas demais seções do após o resultado do pleito. mesmo município ou zona eleitoral. Ainda uma vez mais, falharam os Destarte, como ficou exaustiva- fiscais e o delegado da Coligação recor- mente demonstrado, a recorrente, em rente, pois, se verdadeiros os fatos ale- nenhum momento, abordou, em suas gados e se deles tiveram conhecimento, razões de recurso, qualquer dessas hi- por que não impugnaram a votação no póteses elencadas nos dispositivos le- momento próprio, como lhes faculta o gais mencionados. art. 149 do Eleitoral? Portanto, ainda por estes argumen- Art. 149. Não será admitido recurso tos, improcede a pretensão de reconta- contra a votação se não tiver havido im- gem. pugnação, perante a Mesa Receptora, Na verdade, o que se depreende no ato da votação, contra as nulidades das razões recursais é uma grande in- argüidas. Revista do TRE/RS 61 conformidade com o resultado da elei- Por esses motivos, Sr. Presidente, ção, que foi desfavorável à Coligação estou acompanhando o Relator, negan- recorrente por uma diferença de apenas do provimento ao recurso. onze (11) votos, o que é perfeitamente Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- compreensível, mas não é o bastante co: para o deferimento de um pedido de re- contagem. Sr. Presidente, Por todos os argumentos expendi- Srs. Juízes, dos e acolhendo o judicioso parecer da Sra. Procuradora: eminente Procuradora Eleitoral, mante- A minha posição já é conhecida. Di- nho integralmente a decisão da MM. virjo radicalmente do Dr. Tozzi na inter- Junta Eleitoral e, por conseqüência, pretação que dá ao instituto da preclu- nego provimento ao recurso. são, porque foi afastada, sim, a preclu- É como voto. são, por vontade política clara do legis- Dr. Gilson Langaro Dipp: lador de 1995, como já havia sido afas- tada em 1992 e em 1994, para os casos Sr. Presidente: de recontagem. Peço que a Corte aceite Acompanho o Relator, apenas com toda aquela argumentação que deduzi a ressalva de que, na sua linha de ra- no Processo Cl. IX, nº 165/96, de Morri- ciocínio em relação ao instituto da pre- nhos do Sul. Lá fiz o estudo e a longa clusão no que se refere à recontagem análise dessa matéria, dizendo - como de votos, penso de maneira diversa - disse o Dr. Dipp, com propriedade - que aliás, que já explanei na última sessão não é só a fraude - como diz a Dra. do Tribunal e não voltarei mais a referir. Procuradora -, nem só aqueles três ca- Penso que o art. 28, inciso I, abriu uma sos elencados no art. 28, inciso III, da exceção ao sistema do Código Eleitoral, Lei nº 9.100 - como sustenta o Relator - prevendo a possibilidade de reconta- que ensejam a recontagem, mas sim gem de votos independentemente de todo motivo relevante. prévia impugnação, desde que haja Neste caso concreto, no entanto, o fundamento plausível, concreto, solene, único motivo relevante que me parecia para que isso possa ocorrer, além dos existir seria a decisão da Junta Eleitoral outros fundamentos explicitados no in- de dificultar as assinaturas dos fiscais ciso III, quais sejam: a evidência de nos boletins de urna; mas isso o Relator atribuição de votos a candidatos ine- afastou, dizendo que, se não assina- xistentes, o não-fechamento da conta- ram, foi por uma questão de conveniên- bilidade da urna, bem como a apresen- cia e oportunidade, sem terem apre- tação de totais de votos nulos, brancos sentado qualquer reclamação a tempo e ou válidos destoantes da média geral. modo oportunos. Afastada esta assertiva de preclusão, o eminente Relator teve, no entanto, o A questão das cédulas-modelo, o cuidado de examinar minuciosamente, Relator enfocou de uma forma e, na tri- caso a caso, os argumentos invocados buna, foi trazida outra versão. A cédula- pelo recorrente no sentido de justificar o modelo teria sido contada como um pedido de recontagem, e, em nenhum voto válido, mas disso também não há desses casos, sequer se vislumbra prova. Pelo que o Relator colocou, nada qualquer fundamento concreto, plausí- de concreto foi trazido a esse respeito. vel ou viável para que a recontagem As alegações que foram feitas no dia 09 possa ser deferida. de outubro, muito tempo depois, de que 62 Revista do TRE/RS foram encontradas cédulas oficiais já sérios como os de que os eleitores re- assinaladas, não correspondem ao ar- ceberam cédulas viciadas; só depois, gumento utilizado na tribuna: ou é cé- quando perdido o pleito por uma dife- dula oficial ou é cédula-modelo. rença pequena, vem isso à baila. Isto Portanto, porque o Relator examinou me impressiona e me faz concluir que aprofundadamente todas as hipóteses faltaria seriedade para a argumentação. trazidas pela recorrente, afastando uma Então, Sr. Presidente, como enten- a uma as alegações, estou em acom- do que o art. 28 não exige a prévia im- panhá-lo, mesmo divergindo de S. Exa. pugnação - não é matéria preclusiva, quanto à interpretação que deu ao ins- pode ser trazida a qualquer momento - , tituto da recontagem e à preclusão tem- o que não encontro é prova de funda- poral estabelecida no Código, que foi mento, entre todos aqueles levantados, efetivamente excepcionada. por escrito ou da tribuna, para servir de Dr. Marco Aurélio Heinz: base para um pedido de recontagem. Por essa razão, penso que o em. Rela- Sr. Presidente: tor, mesmo entendendo a matéria pre- Fiquei impressionado com a linha clusiva, muito bem afastou um a um os argumentativa da recorrente e com os fundamentos invocados, e entendo, fatos garimpados como irregulares, ca- como ele, que não há qualquer prova a pazes de desestabilizar a harmonia do fundamentar as alegações da recor- pleito e a sua lisura, em especial quanto rente. às cédulas já marcadas e cédulas- Acompanho o Relator quanto à pre- modelo consideradas como válidas. liminar levantada da tribuna, sobre o Isso me parece um fundamento que se eventual cerceamento de defesa, e conteria dentro do art. 28, para autorizar também quanto ao mérito, Sr. Presi- uma recontagem. Mas entendo que os dente. argumentos alinhados não vêm funda- mentados em prova, e até chamo a Des. Celeste Vicente Rovani: atenção para o fato de que as declara- Sr. Presidente: ções de eleitores que receberam essas Depois de meditar longamente sobre cédulas viciadas - que, ao meu sentir, o assunto da preclusão, convenci-me de contaminariam toda a apuração - só vie- que a maioria, data venia do eminente ram à baila no dia 9, fazendo-me sentir Relator, tem toda a razão. O instituto da que, se não houvesse a recorrente per- preclusão foi totalmente modificado pela dido a eleição, conviveria com essas Lei nº 9.100, foi abrandado longamente. declarações e aquelas cédulas viciadas Por isso me parece que, desde que o não seriam capazes de gerar a nulidade recurso seja longamente fundamentado, agora apontada. pode ser interposto nas 48 horas se- Digo tudo isso porque também en- guintes ao encerramento do pleito. tendo que não é preclusiva a falta de No caso presente, também não en- impugnação, mas a sua ausência me contro motivo relevante para permitir a faz sentir a falta de fundamento para o recontagem, como foi bem salientado pedido de recontagem, porque se dei- pelo eminente Relator e por todos os xou transcorrer toda uma apuração ma- demais Colegas que me antecederam, nual, com todo aquele aparato, e não se e, por isso, rejeito a preliminar e nego fez qualquer impugnação à fiscalização, provimento ao recurso. ao preenchimento dos BUs; não se ale- garam, no momento da apuração, fatos Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Revista do TRE/RS 63 Donald: Nos municípios instalados, o número Sr. Presidente: de vereadores será o fixado na respec- tiva lei orgânica ou, na omissão desta, o Como sabe V. Exa., também me filio fixado pela Justiça Eleitoral para as úl- ao entendimento que aqui foi sistemati- timas eleições. zado pelo Dr. Nelson Pacheco, a res- peito da desnecessidade de prévia im- É dever dos juízos eleitorais apreci- pugnação para o pedido de reconta- ar, no processo de registro, simples- gem, desde que se apresentem os fun- mente os aspectos de sua competência, damentos previstos no art. 28 da Lei, não sendo eles competentes para argüir repetidos nos arts. 24 e 25 da Resolu- a inconstitucionalidade da fixação irre- ção do TSE pertinente à apuração. Es- gular do número de vereadores, nem tes dispositivos legais não deixam dúvi- tendo havido argüição, por quem de di- da, ao meu ver, a esse respeito. reito, até o pedido de registro de candi- datos. No caso concreto, como ressaltado pelos eminentes pares que me antece- Reconhece-se a autonomia dos mu- deram, a análise minuciosa que o Re- nicípios para a delimitação do número lator fez a respeito dos fatos que fun- de vereadores, respeitados os limites damentariam o pedido de recontagem e mínimos e máximos estabelecidos na que possibilitariam a incidência do dis- Constituição Federal. posto no art. 28 da Lei nº 9.100 permite Concessão da segurança. concluir que eles não estão presentes Impetrante: Diretório Municipal do ou, pelo menos, não foram comprova- PMDB de dos. Impetrada: Justiça Eleitoral Por isso, acompanho integralmente o voto do eminente Relator. A C Ó R D Ã O Vistos, etc. Decisão (Proc. Cl. IX, nº 185/96 ) ACORDAM os Juízes do Tribunal Rejeitada a preliminar de cercea- Regional Eleitoral, apreciando o pre- mento de defesa, improveram. Unâni- sente mandamus, à unanimidade, ouvi- me. da a Procuradoria Regional Eleitoral e nos termos das notas taquigráficas in- Proc. Cl. I, nº 14/96 clusas, conceder a segurança. São Jerônimo CUMPRA-SE. Mandado de segurança com pedido Participaram do julgamento, além do de liminar. signatário, os eminentes Desembarga- dores Tupinambá Miguel Castro do Decisão do juízo a quo que rejeitou Nascimento - Presidente - e Celeste Vi- lista de partido político, bem como a de cente Rovani e Drs. Norberto da Costa coligação que integra, por não se ade- Caruso Mac-Donald, Leonel Tozzi, Nel- quar ao número legal de vereadores son Antonio Monteiro Pacheco e Marco para a Câmara Municipal. Aurélio Heinz, bem como a Dra. Vera Liminar deferida para suspender a Maria Nunes Michels, Procuradora Re- decisão de primeiro grau, permitindo a gional Eleitoral. propaganda eleitoral dos candidatos à Porto Alegre, 28 de agosto de 1996. vereança do impetrante e respectiva co- ligação partidária. Dr. Gilson Langaro Dipp, Relator. 64 Revista do TRE/RS PROCESSO No 14/96 CLASSE I que a petição inicial não contemplava o Sessão de 28.08.96 pedido de liminar, pedia apenas a cas- sação da decisão do Juiz de São Jerô- RELATOR: Dr. Gilson Langaro Dipp nimo; mas, a posteriori, quando solicitei Relatório as informações, veio uma petição, pe- Trata-se de mandado de segurança dindo que fosse deferida a liminar, para impetrado pelo Diretório Municipal do permitir a retomada da propaganda que PMDB de Charqueadas, inconformado tinha sido suspensa pelo Juiz Eleitoral. com a decisão do Juiz Eleitoral da 50ª Deferi a liminar, para suspender a deci- Zona - São Jerônimo - que rejeitou a são de 1º grau, permitindo a propagan- lista da Coligação Movimento Popular da eleitoral dos candidatos à vereança Charqueadense, por não se adequar ao do impetrante, bem como da coligação número legal de 11 vereadores para a partidária que integra. Câmara Municipal. O Juiz Eleitoral presta informações, Sustenta o impetrante que a fixação aduzindo que o fato, conforme salienta- do número de vereadores compete à do, além de ferir preceito constitucional Lei Orgânica do Município, nos termos expresso no art. 16 da Constituição Fe- do art. 29, inc. IV, da Constituição Fede- deral, haja vista que a alteração do nú- ral, estabelecendo que o número de ve- mero de vereadores se deu a pouco readores nos municípios com até um tempo, ou seja, 19 de janeiro de milhão de habitantes deverá observar 1996 (...) Anexa às informações o pro- os limites mínimos de 9 (nove) e máxi- cedimento administrativo que originou a mo de 21 (vinte um), e que, portanto, a presente impetração (documentos de norma municipal não ofende a Consti- fls. 73/149). tuição, tendo em vista que, para o ano Nesta instância, a eminente Procu- de 1996, está estimado pelo IBGE, no radora Regional deu parecer pela con- Município de Charqueadas, que, para cessão da segurança. 17.000 eleitores, haverá uma população É o relatório. de 34.000. Votos Sustenta, também, que a população de Charqueadas sofreu um significativo Dr. Gilson Langaro Dipp: aumento por ocasião da anexação do Sr. Presidente: Horto Florestal ao seu território, pas- O que ocorreu de fato foi o seguinte: sando de 73,5 km² para 216,31 km². a Emenda nº 01/96 à Lei Orgânica do O impetrante ajuíza, à fl. 66, petição Município de Charqueadas, de requerendo a concessão de medida li- 19.01.96, alterou a referida lei no to- minar com exeqüibilidade imediata, face cante ao número de vereadores, pas- o fumus bonus juris, tendo em vista a sando de 11 para 13, conforme o art. constitucionalidade da Emenda à Lei 29, inc. IV, da Constituição Federal, Orgânica do Município e a incompetên- com mandato de 4 anos. Isto foi comu- cia do Juiz Eleitoral para declarar in- nicado ao Juiz Eleitoral e a outras auto- constitucionalidade incidentalmente, ridades. bem como a existência do periculum in O PMDB e a Coligação que ele inte- mora, face à proibição dos candidatos a gra apresentaram lista de candidatos vereadores pelo PMDB de participação em número proporcional às vagas esta- de todos os atos da campanha eleitoral. belecidas pela Lei Orgânica. Os outros À fl. 68, deferi a liminar. Esclareço partidos não o fizeram, pelo menos não Revista do TRE/RS 65 consta dos autos. à situação anterior do número de 13 ve- O Promotor Eleitoral provocou o juí- readores para a Câmara Municipal de zo nesse sentido, assim como a Escrivã Charqueadas. Eleitoral, que promoveu uma diligência, Como não houve pedido de liminar, dizendo ao Juiz que o PMDB e a Coli- determinei que viessem as informações. gação que integra haviam apresentado Mas nesse ínterim, dando-se conta, o uma lista de candidatos com número Diretório de Charqueadas, até talvez superior a onze, isto é, de acordo com a pelo acompanhamento diligente dos Lei Orgânica Municipal antes da modifi- procuradores do PMDB nessa Corte, cação da emenda. adentraram com um pedido de liminar, Face a isto, em alentada decisão, o postulando que fosse restabelecida a Juiz, declarando a inconstitucionalidade propaganda eleitoral que havia sido da Emenda nº 01/96 à Lei Orgânica do suspensa. Município de Charqueadas, determinou Aí proferi o despacho do seguinte “aos partidos do PMDB, PL e PPB que teor: (lê fl. 68). ajustem suas listas ao número legal de Vieram as informações, e o Juiz re- onze vereadores para a Câmara Muni- meteu também o dossiê encaminhado cipal de Charqueadas, rejeitando, por- pelo Ministério Público Eleitoral, amplo, tanto, as listas apresentadas pela Coli- bem elaborado, justificando, com a có- gação Movimento Popular Charquea- pia da sua sentença, a decisão proferi- dense quando excederem o parâmetro da. previsto em lei ora fixada como aplicá- vel ao processo eleitoral em curso” (fl. O meu voto, Sr. Presidente, é no 58). sentido de ratificar a liminar, agora com a decisão mais ampla. Já em 27.02.96, Ele faz longas digressões, dizendo em Ofício-circular nº 11/96 deste Tribu- que não houve aumento populacional, nal Regional Eleitoral, o Des. Melíbio adentrando no exame de toda aquela Machado, então Presidente da Corte, parafernália de dados técnicos em rela- enviou uma circular aos Juízes, dizen- ção à possibilidade de aumento do nú- do: Em virtude das dúvidas suscitadas mero de vereadores. E mais: ele sus- por diversas zonas eleitorais a respeito pendeu a propaganda eleitoral dos par- da fixação do número de vereadores tidos que excederam, em Charqueadas, para as eleições municipais do corrente o número legal ora fixado de candida- ano, tenho a esclarecer o que segue: 1) tos, ou seja, o patamar compatível com municípios instalados (é o caso de a existência de onze vagas para verea- Charqueadas; depois há uma explica- dores, até que se apresentem listas cor- ção para os municípios novos) - o nú- retas. mero de vereadores será o fixado na O Diretório Municipal do PMDB en- respectiva lei orgânica ou, na omissão trou com este mandado de segurança, desta, o fixado pela Justiça Eleitoral insurgindo-se contra essa decisão; trou- para as últimas eleições (Resoluções xe decisões do TSE, referindo que a TSE nº 18.045/92 e 18.083/92). competência é da Câmara Municipal, e O Tribunal Superior Eleitoral tem que a Emenda nº 01/96 à Lei Orgânica decidido sobre a matéria, e a Dra. Pro- é perfeitamente lícita; que, além de curadora juntou vários precedentes. Por tudo, houve um aumento de população exemplo, temos o Acórdão nº 12.989/92 no Município de Charqueadas; e pede a do TSE: (lê à fl. 22), que refere a Reso- cassação da decisão anterior, voltando lução nº 18.206/92: 66 Revista do TRE/RS Dever da Justiça Eleitoral apreciar, tra “a”, e criou a esdrúxula - como até no processo de registro, simplesmente hoje digo nas minhas sentenças - ação os aspectos de sua competência, não declaratória de constitucionalidade de sendo ela competente para argüir a in- lei ou ato normativo federal; eu ainda, constitucionalidade da fixação irregular, teimosamente, continuo entendendo, do número de Vereadores, nem tendo apesar disso, que as leis se presumem havido argüição, por quem de direito, constitucionais, até que os tribunais até o pedido de registro de candidatos. competentes digam que não o são. Ainda há um acórdão que reformou Portanto, essa emenda promulgada uma decisão antiga do nosso Tribunal, pela Câmara Municipal de Charqueadas que diz o seguinte: é constitucional, até que o tribunal com- Pacífica jurisprudência da Corte no petente diga que não é constitucional ou sentido de reconhecer a autonomia dos que essa matéria venha em ação de municípios para a fixação dos números conhecimento e discutida, incidenter de vereadores, respeitados os limites tantum, a constitucionalidade. Fora des- mínimos e máximos estabelecidos na ses casos, no juízo de registro essa Constituição Federal. matéria não é possível de ser discutida. Se houve alguma irregularidade, Sr. Portanto, com este pequeno co- Presidente, não foi argüida a tempo e mentário, acompanho o Relator. modo oportunos. (Todos os demais de acordo.) Então, o meu voto é no sentido de Decisão (Proc. Cl. I, nº 14/96) conceder a segurança, para permitir Concederam a segurança. Unânime. que o impetrante - PMDB de Charquea- das -, bem como a Coligação que inte- gra, Coligação do Movimento Popular Proc. Cl. IX, nº 165/96 Charqueadense, possam ajustar suas listas de candidatos à Câmara de Vere- Torres adores ao mínimo de 13 cadeiras, fixa- Recurso. Recontagem de votos. do pela Emenda nº 01/96 à Lei Orgâni- Não mais existe a recontagem au- ca do Município de Charqueadas, res- tomática de votos, caso contrário olvi- tabelecendo, pois, a propaganda eleito- dar-se-ia a aplicação do princípio cons- ral suspensa por força da liminar deferi- titucional que tutela a autonomia do ato da. jurisdicional, conduzindo à ruptura do Portanto, concedo a segurança. sistema que obriga o Poder Judiciário a fundamentar suas decisões (art. 93, Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- inc. IX, da Constituição Federal). co: Os casos de recontagem devem ser Sr. Presidente: buscados exclusivamente na Lei Eu só faço um pequeno adendo, nº 9.100/95. Contudo, o art. 28 do refe- embora vá acompanhar o Relator, mas rido diploma legal não acabou com o só para deixar bem marcada a minha instituto da preclusão, ao qual o Código posição. Eleitoral empresta relevância no trato Apesar da força que o Poder Legis- dos temas recursais, principalmente no lativo faz para desprestigiar as leis tocante às apurações. neste País, quando, por exemplo, na Petição recursal eivada de subjetivi- Emenda Constitucional nº 03, de dade, com ausência de fatos que pos- 17.03.93, alterou o art. 102, inciso I, le- sam servir de fundamento objetivo para Revista do TRE/RS 67 o deferimento da pretensão da recor- todos os procedimentos eleitorais, má- rente. xime aqueles ligados à apuração (arts. Provimento negado. 169 e 171 do Código Eleitoral), sendo verdadeiramente princípio geral, poden- Recorrente: Coligação “União por do ser dispensado pelo intérprete quali- ” (PDT e PPB) ficado pelo dever de prestar a jurisdição Recorrida: Coligação “Frente Popu- somente nos casos expressos em lei, lar de Morrinhos do Sul” (PMDB e PT) tal como o ilustre Dr. Tozzi teve oportu- A C Ó R D Ã O nidade de repetir nos votos que proferiu na sessão do dia 30OUT96, inclusive Vistos, etc. com a citação do magistério de Tor- ACORDAM os Juízes do Tribunal quato Jardim, extraído do Direito Eleito- Regional Eleitoral, à unanimidade, ouvi- ral Positivo, Brasília Jurídica, p. 127. da a Procuradoria Regional Eleitoral e Parece que o legislador, no entanto, nos termos das notas taquigráficas in- não tem tido muito cuidado com a maté- clusas, negar provimento ao presente ria, pois que a cada novo pleito introduz recurso. regras tendentes a criar a chamada re- CUMPRA-SE. contagem automática de votos, olvidan- Participaram do julgamento, além do do a aplicação do princípio constitucio- signatário, os eminentes Desembarga- nal que tutela a autonomia do ato juris- dores Tupinambá Miguel Castro do dicional e conduz à inexorável ruptura Nascimento - Presidente - e Celeste Vi- do sistema que obriga o Poder Judiciá- cente Rovani e Drs. Norberto da Costa rio a fundamentar suas decisões (art. Caruso Mac-Donald, Leonel Tozzi, Ma- 93, IX, da CF-88). noel Volkmer de Castilho e Marco Auré- Firmado esse primeiro ponto, pro- lio Heinz, bem como a Dra. Vera Maria clamo que a análise do art. 28 da Lei nº Nunes Michels, Procuradora Regional 9.100/95 leva o intérprete a constatar a Eleitoral. presença de três espécies distintas de Porto Alegre, 31 de outubro de exceções abertas ao princípio da pre- 1996. clusão temporal das decisões das Jun- tas Eleitorais, que merecem tratamento Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- diferenciado, quer pela literalidade de co, certos dispositivos que impedem dúvi- Relator. das sobre seu verdadeiro alcance, quer PROCESSO No 165/96 CLASSE IX pelo choque com o princípio geral da preclusão e a já destacada necessidade Sessão de 31.10.96 de fundamentação das decisões. RELATOR: Dr. Nelson Antonio A primeira delas refere-se ao inciso I Monteiro Pacheco do referido art. 28. onde está prevista a (Relatório e parecer constantes nas possibilidade de recontagem quando fls. 49/50 e 45/47 dos autos, respecti- haja pedido fundamentado de partido vamente.) político, formulado em 48 horas após a Votos divulgação da totalização dos votos do Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- município, independentemente de pré- co: via impugnação, podendo atingir ape- nas a urna de determinada seção ou O instituto da preclusão é realmente toda a votação da zona eleitoral. indispensável à celeridade e êxito de A segunda hipótese refere-se, apa- 68 Revista do TRE/RS rentemente, à recontagem automática contabilidade à força do martelo, pelo de votos (o inciso III alude ao vetado in- acréscimo ou redução arbitrários e arti- ciso II, que a previa), quando haja sim- ficiais do número de votos brancos e/ou ples alegação de atribuição de votos a nulos, é prática que só a fiscalização candidatos inexistentes, ou do não- pode coibir, não sendo caso próprio de fechamento da contabilidade da urna, recontagem. A incongruência dos re- ou, ainda, apresentação de totais de sultados com a média das demais se- votos nulos, brancos ou mesmo válidos ções também envolve juízo de valor e é destoante da média geral verificada nas matéria que depende de prova, por- demais seções. De plano deve-se quanto em locais de concentração de afastar a interpretação de que aqui se analfabetos, por exemplo, aumentará o está diante de recontagem obrigatória, número de votos nulos, sem que aí seja vezo da inconstitucionalidade que levou possível identificar situação que leve ao ao veto do inciso II que se repetiria, deferimento da recontagem. Entretanto, apesar de eu, particularmente, não ter quando em zona de analfabetos não dúvidas acerca da verdadeira motivação ocorrerem votos brancos ou nulos, aí que levou o legislador a disciplinar a está sinal de alerta para eventual irre- matéria dessa forma: o legislador quis, gularidade. sim, recontagem obrigatória nas hipóte- A terceira e última hipótese envolve ses do inciso III, só que não contava outros casos não exemplificados no in- com o veto presidencial do inciso II, e ciso III, conduzindo sempre à decisão acabou não conseguindo seu intento, pela maioria dos membros da Junta por esse detalhe. A Junta Eleitoral, Eleitoral, sempre de modo fundamenta- portanto, tem a atribuição de examinar do, repito, inclusive levando em conta o as alegações e decidir pelo deferimento princípio da preclusão e afastando ou não do pedido de recontagem, mas aqueles casos onde a impugnação voto- sempre de modo fundamentado. Gizo a-voto era indispensável, mas não olvi- que as três causas são de difícil confi- dando, por exemplo, da possibilidade da guração. Sabido, por exemplo, que os hipótese tão freqüente do erro humano, BUs vêm impressos com os números ensejadora de lamentáveis prejuízos. somente dos candidatos cujos registros Serve esse inciso IV, ademais, para foram deferidos, razão por que dificil- demonstrar que a enumeração contida mente a turma apuradora poderia atri- no inciso III é meramente exemplificati- buir votos a candidato inexistente e, va, abstraída agora a recontagem obri- mesmo assim, conseguir o fechamento gatória, inicialmente pretendida pelo le- das colunas do BU pelo meio eletrônico. gislador para aquelas três hipóteses, fi- O que é comum, e isso a lei não con- cando a pretensão submetida ao exame templa, cabendo à fiscalização dos par- subjetivo da Junta Eleitoral. tidos controlar, é a hipótese oposta, ou seja, a atribuição de votos inexistentes Aqui cumpre recordar conceitos bá- a candidatos existentes - aliás, como sico de interpretação, que não podem aconteceu em larga escala em impor- ser olvidados quando se cuida de pedi- tante Estado da Federação no pleito de dos de recontagem fundados em dispo- 1994. O fechamento da contabilidade sições da Lei nº 9.100/95, argumentos da urna envolve situação mais comple- deduzidos a partir das disposições so- xa, mas que dificilmente se materializa- bre preclusão previstas no Código Elei- ria pela mesma forma de fechamento do toral que são de díficil sustentação. BU, em colunas horizontais e verticais. Com efeito, é praxe legislativa, tantas Aqui também a prática de fechar a vezes já criticada por esta Corte, a edi- Revista do TRE/RS 69 ção de leis temporárias para regular o ano, um grande número de pedidos de pleito do ano. Princípio do tempus regit recontagem de votos. Tal incidência, actum que determina que tais diplomas superior à constatada em pleitos anteri- tenham vigor sobre todos os atos eleito- ores, seguramente é atribuível à Lei nº rais durante a sua vigência, termo a 8.214/91, cujo art. 25 ampliou o leque quo fixado pela própria Carta Política de situações viabilizadoras desta provi- da República (art. 16) e termo ad quem dência antes submetida aos estritos li- fixado por aquelas mesmas leis, ao li- mites ditados pelos arts. 178 a 181 do mitarem sua vigência às eleições do Código Eleitoral. ano. Não tenho dúvidas, dessarte, em O Tribunal já deferiu alguns pedidos, afirmar que a Lei nº 9.100/95, como su- baseado nesse novo dispositivo legal, cedeu com todas as demais que a ante- em especial no seu par. 2º, casos nos cederam na tarefa casuística de disci- quais os fatos demonstrados docu- plinar as eleições pretéritas, é lei espe- mentalmente convenceram da real pos- cial e, por isso, quando não revoga (ex- sibilidade da ocorrência de erro. pressamente) as leis ordinárias, preva- Do debate travado nesses freqüen- lece de modo temporário sobre elas, ou tes julgamentos, dois princípios avulta- simplesmente lhes acrescenta regras, ram em regime de consenso, ambos sempre circunscritas ao tempo de sua com aplicação na espécie ora enfrenta- vigência, à matéria de seu conteúdo e da: de que, por força do contido na ao processo que lhe aproveita, materia- parte final do caput do art. 25, todas as lização aqui do princípio da lex expeci- postulações devem ser cumpridamente alis revogat lege generale. fundamentadas, e o de que o pedido de Portanto, insisto no argumento de recontagem não se presta como subs- que os casos de recontagem devem ser tituto dos recursos voto a voto ou dos buscados exclusivamente na Lei nº recursos contra os números de fecha- 9.100/95. Quando ali houver regra apli- mento dos boletins de urna, se não in- cável, não é possível contrapor disposi- terpostos no momento próprio. tivos do Código Eleitoral que com ela Consagrou-se, assim, na Corte, ao estejam em conflito. Isso leva à neces- contrário do que sustentam alguns co- sidade de exame sempre dos casos ar- mentadores da nova Lei, o entendi- ticulados pelos partidos autores do pe- mento de que o art. 25 não acabou com dido de recontagem. Contudo, isso o instituto da preclusão, ao qual sempre também não significa que se faça tábula o Código Eleitoral emprestou especial rasa do princípio da preclusão, já tantas relevância no trato dos temas recursais, vezes referido, tendo inteira razão o Dr. principalmente no tocante às apura- Roberto Laux, quando votou, no Pro- ções. cesso nº 1.320/92, da Classe IX, julga- Não podem, destarte, os partidos do em 06NOV92, quando tinha, diante políticos deixar de exercer o direito de de si, regra em vigor que levava à re- fiscalização ou executá-lo de modo me- contagem obrigatória, neste ano pru- nos efetivo, confiando em que o poste- dentemente vetada. Disse aquele ilustre rior pedido de recontagem vá ter o po- magistrado, ao fazer retrospectiva da der de zerar todo o trabalho realizado e avalanche de recursos que foram apre- determinar o seu refazimento. sentados por força do casuísmo de en- tão: Comparando-se o texto do art. 25 da Lei nº 8.214/91, que regulou o penúltimo Esta Corte tem apreciado, pertinen- pleito municipal, com o atual texto do temente à eleição municipal do corrente 70 Revista do TRE/RS art. 28 da Lei nº 9.100/95, observam-se pulação esperava a recontagem. A re- diferenças apenas formais, mas pouca corrida demonstrou que ao menos 50% modificação de conteúdo, pelo que to- da população havia comemorado o re- das as observações então lançadas no sultado e não queria recontagem algu- caso de Lajeado valem para o pleito ma, não servindo de parâmetro fatos travado em Morrinhos do Sul, apenas acontecidos em outras Zonas Eleitorais com a diferença significativa de que e noticiados pela imprensa da Capital, então havia a malsinada recontagem porquanto são desconhecidos os fun- automática e agora ela não existe. damentos que levaram as Juntas Eleito- Voltando-se ao caso examinado, ve- rais ao deferimento da recontagem. rifica-se que o argumento central do re- O certo é que o empate não é causa corrente, que sensibilizou sobremodo o suficiente, por si só, para permitir o de- agente do PARQUET que funciona junto à ferimento do pedido de recontagem 85ª Zona - Torres -, reside no empate preconizada pela recorrente; se fosse, a que houve entre os candidatos, cons- lei não se preocuparia em definir os truindo, a partir daí, com características critérios de desempate, fatais, no caso plenas de subjetividade, certamente na concreto, para as pretensões de seu ausência de fatos que pudessem servir candidato; praticamente a recontagem de fundamento objetivo para o deferi- se institucionalizaria, especialmente nos mento de sua pretensão, suas teses; a municípios menores e/ou nas eleições primeira delas, a da incerteza em co- proporcionais, onde as diferenças, via munidade marcada pelo conservado- de regra, são de poucos votos. rismo, que o resultado igual havia cau- Não é possível, também, acolher a sado; a segunda, não compreendendo a fundamentação deduzida pelo Dr. Tha- resistência da Junta Eleitoral em deferir les Volcato Pereira, Promotor Eleitoral a recontagem, porquanto isso só viria que funcionou na origem, toda centrada em prol da segurança, acusando-a de no eventual cansaço das turmas apura- assim estar patrocinando “constrangi- doras e na possibilidade de erro daí de- mento, perplexidade e desconfiança corrente, pois que disse, com todas as ainda maior”, enfatizando, ademais, que letras, o seguinte: o universo de votos a serem recontados era pequeno (2.588), o que tomaria cer- É verdade que não houve impugna- ca de uma hora de serviço. ções na contagem dos votos e, inclusi- ve, destaca-se o excelente trabalho rea- O que cabe fazer agora é lamentar lizado pela Junta Eleitoral da 85ª Zona, essa espécie de comportamento que bem como dos escrutinadores nomea- ainda se observa entre os derrotados. dos (...) Se a diferença existente entre Abdicaram claramente da fiscalização os candidatos existisse, mesmo peque- eficaz; pois que, se tivessem impugna- na, este órgão do Ministério Público do um único voto, em qualquer das ur- opinaria pela denegação do recurso, já nas escrutinadas, teriam agora motivo que acompanhou todo o processo de para postular a reversão do quadro. contagem dos votos e não vislumbrou Toda a petição recursal, como frisei, qualquer irregularidade (fls. 22 e 23). está eivada de subjetividade. Nada de Novamente, veredas que trilham o irregular afirmou ter acontecido no de- caminho da subjetividade, com meras senrolar do escrutínio e na divulgação suposições que são inaceitáveis para os dos resultados, erigindo o seu castelo efeitos pretendidos. de cartas a partir de falsas premissas, como aquela de afirmar que toda a po- Assim, Sr. Presidente, pedindo es- Revista do TRE/RS 71 cusas por ter-me alongado, mas escla- tagem; seria necessário que viesse, ao recendo que este voto balizará o meu menos, a prova de um fato que alteras- posicionamento daqui em diante, voto se a lisura da apuração, contra a qual, pelo improvimento do recurso. em nenhum momento, o recorrente Dr. Marco Aurélio Heinz: opõe qualquer objeção. O próprio Par- quet que oficia no 1º grau louva a forma Sr. Presidente: como a Junta apurou e permitiu o livre Reconhecendo o árduo trabalho do acesso da fiscalização. eminente Relator, em especial a pes- Tenho que o recurso não tem fun- quisa que trouxe à baila, além dos ante- damento para o pedido de recontagem cedentes desta Corte, penso que o fun- pretendido, daí por que improvejo o re- damento do pedido de recontagem é curso, acompanhando o Relator. mero fato; o fundamento seria a even- tualidade ou a possibilidade de erro Des. Celeste Vicente Rovani: humano, diante do inusitado que as ur- Sr. Presidente: nas demonstraram: o empate, coisa Sem restringir, como fez o eminente que, se não digo excepcional, parece- Relator profundamente, argumentando me única, sem registro na história elei- o instituto da preclusão, também enten- toral do Rio Grande do Sul. Confesso do que, no caso presente, descabe to- que, a princípio, sensibilizo-me com talmente a recontagem requerida. Hou- este fundamento, diante do extraordiná- ve correta fiscalização, não houve im- rio. O empate seria uma razão extraor- pugnação de voto algum. Um empate dinária, que em tese se incluiria no inci- não é motivo suficiente para a reconta- so IV do art. 28. Ocorre que essa gem de uma urna ou de toda uma Zona eventualidade do erro humano, a possi- Eleitoral. Deve haver motivo forte, con- bilidade de uma contagem errônea, de vincente, para que se recontem votos, apenas um voto, poderia fazer desapa- porque o instituto da preclusão é muito recer esse empate técnico. sério, é o instituto da harmonia social, Acontece que o recorrente, como político-partidária; se não fosse atendi- em toda matéria fática, deveria apontar do, iríamos contar votos toda a vida, com precisão, e não com mera espe- porque nunca haverá contentamento culação, onde residiu esse erro capaz por parte de todos. Termina a reconta- de gerar o fundamento para o pedido de gem de um, haverá recurso de outro recontagem. Não há, em nenhum mo- partido, e assim ad infinitum. mento do recurso, qualquer increpação Portanto, Sr. Presidente, digo no- de falta de fiscalização; não houve, du- vamente, sem abraçar a restrição do rante todo o processo de apuração, instituto da preclusão do eminente Re- qualquer impugnação, sequer um recur- lator, acompanho o seu voto em relação so referente a um voto, que poderia até ao mérito. dar azo a um reexame do juízo da Junta Apuradora. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Donald: Diante dessas circunstâncias, mes- mo reconhecendo que é dispensável a Sr. Presidente: prévia impugnação para o deferimento Depois da manifestação dos emi- do pedido de recontagem, tenho que o nentes Colegas que me antecederam, pedido não está fundamentado, porque nada mais teria a acrescentar para o fato extraordinário do empate, por si acompanhar o brilhante voto do Relator. só, não gera a possibilidade de recon- Aliás, concordo com S. Exa. a respeito 72 Revista do TRE/RS da interpretação que apresentou do art. vés dos seus fiscais e delegados, pos- 28 da Lei nº 9.100/95 quanto às possibi- suem um vigoroso meio de fiscalizar, lidades de recontagem. Essa interpreta- que se chama impugnação. Tal é a for- ção, ademais, é a oficial que foi dada ça da impugnação, que pode ser forma- pelo egrégio Tribunal Superior Eleitoral lizada mesmo verbalmente e com toda e que está consignada nos artigos 22, a informalidade possível, devendo ser 24, 25 e 26 da Resolução nº 19.540. A admitida pela Junta e, de imediato, por Resolução é clara quando diz, no art. ela decidida. Mas esta impugnação 22, que: deve ser exercida no momento certo e Salvo o disposto nos arts. 24, 25 e aprazado, que é o exato instante em 38, § 7º destas Instruções, não será que o voto está sendo apurado pelos admitido recurso contra a apuração, se escrutinadores. Porém, uma vez elabo- não tiver havido impugnação perante a rado o Boletim de Urna e assinado, pre- Junta Eleitoral, no ato da apuração, clui o direito de impugnar, e fecham-se, contra as nulidades argüidas. em definitivo, as portas para o recurso sobre aqueles votos, já que a interposi- Ressalva, expressamente, que, na- ção da impugnação tempestiva é pres- queles casos previstos nos arts. 24, 25 suposto básico e imprescindível para e 38, § 7º, não é necessária a prévia recorrer das decisões do órgão apura- impugnação. dor sobre o escrutínio dos votos. Este é No art. 25, a Resolução se reporta o ensinamento legado pelo emérito co- ao art. 24, dizendo “na forma do artigo nhecedor da matéria eleitoral, Dr. Joel anterior”, enquanto a Lei diz: “na forma José Cândido em sua obra Direito Elei- do inciso anterior”, que foi vetado pelo toral Brasileiro, 5ª edição, p. 197/198. Poder Executivo. Mas essa redação Portanto, com base nos dispositivos dada pelo TSE, através da Resolução, do Código Eleitoral, arts. 169 a 172, re- está a indicar que, como muito bem sa- produzidos nos arts. 20 e 22 da Resolu- lientou o eminente Relator, também na- ção nº 19.540, do colendo TSE, não quelas hipóteses contempladas no inci- será admitido recurso contra a apura- so III do art. 28, é necessária a funda- ção, se não tiver havido impugnação mentação. perante a Junta Eleitoral contra as nuli- Por essas razões, acompanho inte- dades argüidas. Esta é, indubitavel- gralmente o voto do eminente Relator. mente, a regra geral e basilar do pro- Dr. Leonel Tozzi: cesso eleitoral em matéria pertinente à Sr. Presidente: apuração de votos. Entretanto, a Lei nº 9.100, art. 28 e seus incisos, e a Re- Considerando o brilhante voto do solução nº 19.540, arts. 24 e 25, excep- eminente Relator e a referência elogio- cionaram o recebimento de recursos de sa que fez aos votos que ontem proferi, pedido de recontagem de votos, inde- peço vênia para também me posicionar pendentemente de prévia impugnação, com referência à interpretação do art. desde que esses pedidos venham fun- 28 da Lei nº 9.100 e dos arts. 24 e 25 damentadamente. Esses fundamentos da Resolução nº 19.540, para firmar po- estão perfeitamente elencados no art. sição. 28, inciso III, da Lei nº 9.100 e 24 e 25 Entendo, Sr. Presidente e Srs. Juí- da Resolução nº 19.540, quais sejam: zes, que, no processo eleitoral, especi- “ficar evidenciada a atribuição de votos almente na apuração e escrutínio dos a candidatos inexistentes, o não- votos, os partidos ou coligações, atra- fechamento da contabilidade da urna, Revista do TRE/RS 73 bem como a apresentação de totais de não há respaldo de sustentação à as- votos nulos, brancos ou válidos desto- sertiva que aponta a expressão contida antes da média geral verificada nas na parte inicial do inciso III do art. 28 do demais seções do mesmo município ou aludido diploma legal, ou seja: zona eleitoral.” Será também assegurada a recon- Aqui, com a devida vênia, discordo tagem dos votos na forma do inciso do eminente Relator, quando diz se anterior. tratar de elenco exemplificativo. Enten- Tal expressão deve ser banida do do que não, que é exaustivo. São esses texto legal e ser tida como inexistente, os fundamentos, sem os quais não ha- pelo simples fato de que o inciso anteri- verá pedido fundamentado. or é o inciso II, que foi vetado. Quando Destarte, fora desses fundamentos, muito, pode ser referência ao inciso I, e não há como deferir o pedido de re- este dispositivo, expressamente, diz: contagem, a não ser que tenha havido requerer fundamentadamente. expressa impugnação no exato mo- Face ao exposto, com a máxima vê- mento do escrutínio sobre as alegadas nia daqueles que admitem tese contrá- nulidades. ria, tenho plena convicção de que, com Impõe-se refutar o acolhimento do fundamento nos princípios basilares do pedido de recontagem, sem demonstra- Código Eleitoral, só é admissível recur- ção de prejuízos resultantes das fun- so contra a apuração quando houver damentações previstas nos dispositivos sido impugnado, durante o escrutínio, o mencionados e, com muito mais razão, voto-a-voto ou, mesmo, imediatamente quando o pedido é formulado como de- após a contagem, a urna. Fora dessas corrência do resultado do pleito. Aliás, o condições, somente pelos fundamentos inciso II do art. 28 da Lei nº 9.100 foi expressamente delineados nos arts. 28, vetado e, esse sim, determinava re- inciso III, da Lei nº 9.100, e 24 e 25 da contagem automática no prazo de 48 Resolução nº 19.540. horas, quando formulado o pedido pela O inciso IV dispõe: maioria dos partidos, mesmo que imoti- vadamente. O maior fundamento do Nos casos não enquadrados no inci- veto está expresso na afirmação que so anterior, caberá à Junta Apuradora, por maioria, decidir sobre os recursos. segue: Não vejo como decidir favoravel- Pleito de recontagem que implique mente a um recurso que não vem fun- deferimento automático com base ape- nas no número dos partidos requeren- damentado. Este inciso não quer dizer tes, sem que estes justifiquem suficien- que a Junta deverá acolher um recurso temente o pedido, constitui-se em fla- não fundamentado. Entendo que o fun- grante inconstitucionalidade, violando a damento é imprescindível em qualquer autonomia do ato jurisdicional e condu- manifestação de recurso. zindo a uma ruptura do sistema proces- Portanto, Sr. Presidente, no caso sual em vigor, o qual exige a funda- concreto, acompanho integralmente o mentação, em qualquer decisão, como eminente Relator, porque, na hipótese pressuposto da sua executoriedade (art. sub judice, não foi, em nenhum mo- 93, inciso IX, da Constituição Federal). mento, provada a impugnação voto-a- Portanto, inconstitucional o mencio- voto ou o resultado de urna. nado inciso II, por conduzir à ruptura do Com esses argumentos, Sr. Presi- sistema processual vigente. Ademais, dente, pedindo vênia por ter me esten- 74 Revista do TRE/RS dido, acompanho o eminente Relator. extrair desta cláusula uma conseqüên- Dr. Manoel Volkmer de Castilho: cia diferente. Aqui, no entanto, e penso que o eminente Relator deixou absolu- Sr. Presidente: tamente patente, a fundamentação tra- No meu modo de ver, o regime geral zida não é de porte a afastar a conclu- de preclusão do Código Eleitoral está são a que a Junta Eleitoral chegou. claramente excepcionado no art. 28 da Penso que os argumentos trazidos, ain- Lei nº 9.100, e isso é uma ilação legíti- da que possam ser importantes para os ma a partir do próprio texto do art. 22 da eleitores, e até para os candidatos, não Resolução expedida pelo Superior Tri- configuram o extraordinário: o empate é bunal Eleitoral, que é o encarregado de uma hipótese prevista na lei e não é interpretar a legislação e as coisas do uma coisa extraordinária, porque, se Direito Eleitoral, quando diz: existe o número par, necessariamente, Salvo o disposto nos arts. 24, 25 e pode existir o empate, a não ser que os 38, inciso VII, destas Instruções, será eleitores só fossem admitidos em núme- admitido recurso contra a apuração, se ro ímpar, o que não é possível. não tiver havido impugnação perante a Por essas circunstâncias, Sr. Presi- Junta Eleitoral. dente, e pelas demais razões que o A leitura que faço do dispositivo é a eminente Relator e os que o acompa- mesma que faz o Relator. Faço apenas nharam já desenvolveram, também te- algumas considerações para marcar nho como improcedente o recurso. posição, já que é a primeira vez que o É assim que voto. Tribunal enfrenta este tema. Decisão (Proc. Cl. IX, nº 165/96) O segundo ponto que me parece Improveram. Unânime. necessário consignar, Sr. Presidente, é que essa impugnação que se diz ne- cessária em alguns votos, no meu modo de ver, se não se exige - porque a leitu- ra que faço, coincidente com a do emi- nente Relator, a dispensa -, não posso valorizar sua ausência no exame da fundamentação do pedido, porque, se assim o fizesse, estaria, obliquamente, a dar valor a uma falta de impugnação que eu mesmo digo que é desnecessá- ria para o ajuizamento do recurso. Afastando essa consideração que foi feita em alguns votos, que me parece desnecessária, porque impertinente neste caso, limito-me a examinar a fun- damentação. Ora, quando o art. 28 diz fundamentadamente, dá a entender que se pode trazer, para dentro desta cláu- sula legal, todo um conjunto de vivên- cias da realidade, e não propriamente conceitos de pura natureza jurídica. Mas isso eu digo apenas para ressalvar a oportunidade de, em casos futuros, Revista do TRE/RS 75 Proc. Cl. XVII, nº 33/96 Procuradora Regional Eleitoral. Porto Alegre, 05 de setembro de Cruz Alta 1996. Recurso. Decisão do juízo monocrá- Dr. Marco Aurélio Heinz, primeiro tico que julgou improcedente represen- voto vencedor e prolator do acórdão. tação por propaganda eleitoral irregular o interposta pelo recorrente. PROCESSO N 33/96 CLASSE XVII Inconformidade tempestiva, nos Sessão de 05.09.96 termos do art. 65, § 4º, da Lei nº RELATOR: Dr. Nelson Antonio 9.100/95, c/c o art. 125, § 4º, do Código Monteiro Pacheco Civil. Relatório O Código Eleitoral, através do art. O Partido dos Trabalhadores enca- 35, incisos IV e XVII, confere ao Juiz o minhou representação ao Juiz Eleitoral poder de polícia, o qual foi devidamente da 17ª Zona, acusando a Coligação exercido para a pronta solução do pro- União Democrática Progressista - UDP - blema, razão por que indeferida a dila- , coligação formada pelo PPB, PFL, ção probatória pretendida. PTB e PSDB, e seus candidatos Fúlvio Provimento negado. Berwanger e Érico Pereira da Veiga, Recorrente: Partido dos Trabalhado- que também são dirigentes partidários, res de terem, na manhã do dia 27 de julho de 1996, às dez horas, promovido, no Recorridos: Coligação União Demo- calçadão de Cruz Alta, em frente ao crática Progressista (PPB, PFL, PTB e estabelecimento comercial denominado PSDB), Fúlvio Berwanger e Érico Perei- Suzi Esporte, um verdadeiro comício, ra da Veiga. com todo um aparato, desde cabo elei- A C Ó R D Ã O torais, pessoas ligadas a candidaturas, Vistos, etc. utilizando equipamentos de som (mi- ACORDAM os Juízes do Tribunal crofone, caixas de som, amplificadores, Regional Eleitoral, ouvida a Procurado- etc.), dentro do estabelecimento comer- ria Regional Eleitoral e nos termos das cial e em frente ao calçadão, aprovei- notas taquigráficas inclusas, rejeitar a tando que era manhã de sábado e lá preliminar de intempestividade, à una- havia uma grande afluência de público nimidade; e, no mérito, por maioria, ne- no local. gar provimento ao presente recurso, Concluiu pedindo, expressamente, vencidos os eminentes Drs. Nelson “a condenação dos infratores à pena Antonio Monteiro Pacheco - Relator - e cominada no artigo 334 do Código Manoel Volkmer de Castilho. Eleitoral”. CUMPRA-SE. O expediente foi recebido pelo Juiz Participaram do julgamento, além do Eleitoral, e foi ordenada vista à União signatário, os eminentes Desembarga- Democrática Progressista, que apre- dor Tupinambá Miguel Castro do Nas- sentou defesa. Disse que houve o ato cimento - Presidente - e Drs. Norberto eleitoral, mas que se tratou de uma da Costa Caruso Mac-Donald, Leonel passeata silenciosa, sem manifestação Tozzi, Manoel Volkmer de Castilho e da parte do candidato a Prefeito Fúlvio Nelson Antonio Monteiro Pacheco, bem Berwanger, que não estava no local; como a Dra. Vera Maria Nunes Michels, que lá apareceu o Juiz Eleitoral e man- dou suspender todos os atos, e que não 76 Revista do TRE/RS havia nenhuma irregularidade, neste nados e aturdidos e foram procurar o particular; que tudo foi solucionado pela Juiz Eleitoral para fazer cessar a mani- intervenção oficial do Juiz Eleitoral, e festação. que, portanto, não procedia a repre- O recorrente arrolou as testemunhas sentação. que teriam presenciado os fatos. Disse Interveio o Ministério Público Eleito- que a defesa da UDP não desconstituiu ral, opinando pelo indeferimento. nada do que ele havia narrado ao Juiz A sentença do Dr. Paulo Ivan Alves Eleitoral e, por isso, pediu a este Tribu- Medeiros, Juiz Eleitoral da 17ª Zona, nal que, sopesados todos os argumen- está à fl. 22: tos, se dignasse “tornar sem efeito a sentença de 1º grau, determinando, no O fato objeto da presente reclama- caso, a reabertura do processo, para ção está corretamente descrito na certi- que o PT possa fazer prova que tem em dão de fl. 20. Não se encontrava no lo- seu poder e repassá-la à apreciação da cal o candidato a Prefeito Fúlvio Justiça”. Berwanger. Quando este Juiz ali com- pareceu, deparou-se com um grupo de O recurso foi firmado por advogado, pessoas reunidas usando bonés com e há procuração nos autos. legendas da UDP na frente da loja Suzi A UDP apresentou contra-razões, Esportes. O Dr. Moisés Renato Preve- pedindo que a sentença fosse mantida dello, representante da coligação re- e alegando, preliminarmente, a intem- clamada, foi alertado da impossibilidade pestividade do recurso, preliminar esta de utilização de equipamentos de som que a Dra. Procuradora acabou não naquele horário, sendo acatada a de- acolhendo. terminação deste Juízo. O Dr. Promotor Eleitoral não se ma- Assim, as providências legais foram nifestou na origem. Os autos subiram a tomadas no momento adequado, não se esta Corte, e a Drª Procuradora opinou justificando a aplicação de sanções pre- pelo conhecimento do recurso, sem vistas na legislação que regula a propa- destacar qualquer preliminar e, no mé- ganda eleitoral, uma vez que a mani- rito, pediu a confirmação da sentença. festação foi suspensa imediatamente. Este é o relatório, Sr. Presidente. Pelo exposto, julgo prejudicada a re- Votos clamação. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- Contra esta decisão é que se in- co: conforma o PT de Cruz Alta, trazendo basicamente, à apreciação desta Corte, Sr. Presidente: a mesma matéria, dizendo que a infra- Desacolho a preliminar suscitada ção foi grave; que havia todo um apa- pela recorrida em contra-razões, porque rato montado para um comício naquele a intimação foi procedida, de forma dia e naquele horário, em pleno sábado pessoal, em 14 de agosto, e o recurso é de manhã, no principal centro comercial tempestivo. da cidade, com o Sr. Fúlvio Berwanger Quanto ao mérito, fiquei em dúvida usando o microfone e fazendo discurso; ao ler a representação, porque real- e dizendo que tinha prova a produzir, mente o que o recorrente pretendia, na que tinha uma fita de vídeo gravada, origem, era a aplicação de uma sanção relativamente aos fatos narrados, que penal. Ele se travestiu de Promotor de causaram tal embaraço na cidade, que Justiça e pediu, inclusive, a condenação os correligionários do PT ficaram indig- da Coligação e dos candidatos às pe- Revista do TRE/RS 77 nas reservadas por esse artigo de lei reclamação, tenho que os fatos não que ele mencionou na representação. passaram de questões sobre propagan- Mas acontece que o fato que ele narrou, da irregular. Diferentemente do que in- em princípio, pode ter caracterizado o terpretou o ilustre Relator, tenho que abuso do poder econômico por parte não se cogitou, na inicial e na reclama- desta coligação e de seu candidato, que ção, de abuso do poder econômico. utilizou toda uma parafernália de equi- Cogitou-se sempre de propaganda pamentos de som, de movimentação de eleitoral, e o Juiz de Direito bem resol- cabos eleitorais, em pleno centro de veu a questão com uma ação imediata. Cruz Alta, num sábado pela manhã, tal- Como chamou atenção a Drª Procu- vez para aproveitar o movimento. radora, não se pode, na espécie, ir além Ora, isto é matéria disciplinada no do que a parte quer. O recorrente quei- art. 22 da Lei Complementar nº 64/90. xou-se acerca de um problema num O Juiz não poderia, antes de colher a determinado local, que se referia espe- prova, de ver a fita e de ouvir as teste- cificamente a propaganda eleitoral. E o munhas, dizer que, pela sua presença Dr. Juiz, sob esse ângulo e na forma do no local e pelo desativar de toda a mo- pedido, resolveu a questão. vimentação - porque houve o tempo ne- Daí por que entendo que a sentença cessário para que tudo fosse desativado deve ser mantida exatamente como quando o recorrente foi ao Juiz e pediu prolatada, lembrando, em especial o re- que ele fosse lá e verificasse o que es- gistro de que o candidato indigitado não tava acontecendo. Estas circunstâncias estava presente. Então, neste passo di- que levaram o Juiz a dizer que tudo virjo do ilustre Relator, no sentido de ser estava superado parece-me que não mantida integralmente a sentença. eram suficientes, e ele antes deve per- mitir essa dilação probatória, porque é Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- do Juiz Eleitoral, na forma do artigo 24 Donald: da mesma Lei Complementar, a tarefa, Peço vênia ao eminente Relator numa Eleição Municipal, que seria do para acompanhar o Dr. Marco Aurélio, Corregedor Regional Eleitoral, se a elei- tendo presentes também os fundamen- ção fosse Estadual ou Federal. tos invocados pela Drª Procuradora Re- Portanto, estou em prover o recurso gional. e determinar que esta representação Dr. Leonel Tozzi: prossiga, devendo o Juiz permitir ao re- Também, Sr. Presidente, com a vê- corrente que apresente as suas provas nia do eminente Relator entendo que o e enfrente essa questão da investigação Juiz exerceu seu poder de polícia, judicial da matéria que foi levada ao seu quando se trata exclusivamente de pro- conhecimento. Que julgue, então, im- paganda: inclusive verificou, pessoal- procedente, se se convencer que não mente, e afirmou por escrito que o can- houve nenhum abuso. Mas que julgue didato que a representação acusa não procedente, se o recorrente provar que estava. houve abuso. O recorrente diz que tem Assim, fico também com a decisão prova disto. de 1º grau porque parece-me suficiente. Este é o voto Sr. Presidente. Dr. Manoel Volkmer de Castilho: Dr. Marco Aurélio Heinz: Com a vênia da maioria, vou acom- Sr. Presidente: panhar o eminente Relator, porque me Nos termos em que foi proposta a impressionam as circunstâncias em que 78 Revista do TRE/RS os fatos se deram e como aconteceram. Vistos, etc. Parece-me que, salvo engano, é teme- ACORDAM os Juízes do Tribunal rário antecipar uma conclusão a res- Regional Eleitoral, por maioria, ouvida a peito de um fato que ainda não foi in- Procuradoria Regional Eleitoral e nos vestigado. Nesta linha, o eminente Re- termos das notas taquigráficas inclusas, lator foi perfeito: apontou a dificuldade, suspender o julgamento do processo, que é de natureza procedimental mais nos termos do art. 89 da Lei nº do que de mérito. Acompanho o emi- 9.099/95, devendo, em 1º grau, pronun- nente Relator. ciar-se o Ministério Público a respeito Decisão (Proc. Cl. XVII, nº 33/96) da matéria, vencidos os eminentes Drs. Rejeitada a preliminar de intempes- Marco Aurélio Heinz e Norberto da tividade recursal à unanimidade, impro- Costa Caruso Mac-Donald. veram, vencidos os eminentes Relator e CUMPRA-SE. Dr. Castilho. Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Desembarga- dor Tupinambá Miguel Castro do Nas- Proc. Cl. XIII, nº 11/95 cimento - Presidente - e Drs. Norberto da Costa Caruso Mac-Donald, Leonel Apelação criminal: decisão que Tozzi, Nelson Antonio Monteiro Pache- acolheu denúncia fundamentada no art. co e Marco Aurélio Heinz, bem como a 299 do Código Eleitoral, condenando os Dra. Vera Maria Nunes Michels, Procu- réus consoante o disposto no preceito radora Regional Eleitoral. secundário da norma penal incriminado- Porto Alegre, 5 de setembro de ra. 1996. Incidência da Lei nº 9.099/95, que Dr. Manoel Volkmer de Castilho, criou os juizados especiais cíveis e cri- Relator. minais, em face do que estabelece o o art. 89 do referido diploma legal. Tal re- PROCESSO N 11/95 CLASSE XIII gra aplica-se retroativamente aos de- Sessão de 05.09.96 nunciados, uma vez que mais favorável RELATOR: Dr. Manoel Volkmer de aos réus; é uma disposição que tem Castilho natureza eminentemente material ou (Relatório e parecer constantes, penal, caso em que o princípio constitu- respectivamente, nas fls. 174 e 163/164 cional faz retroagir as normas mais fa- dos autos.) voráveis, ainda que os fatos tenham ocorrido antes da lei nova. (Produziu sustentação oral, pelos apelantes Valdemar Moraes Dias e Jor- Sustação do julgamento do recurso, dão Moreira da Costa, o Dr. Bayard com baixa dos autos ao Ministério Pú- Pelegrini de Azevedo.) blico de 1ª instância para que ajuíze da conveniência ou não de propor a sus- Dra. Vera Maria Nunes Michels: pensão do processo. O parecer do Dr. Leiria está vazado Apelantes: João Luiz Pasqualotto da nos seguintes termos: (lê fls. 163/164). Paixão, Valdemar Moraes Dias e Jordão Verifico que este parecer não exa- Moreira da Costa mina a questão da fixação da pena, que Apelada: Justiça Eleitoral o advogado levantou da tribuna. Não examinei estes autos, mas, pelo que A C Ó R D Ã O Revista do TRE/RS 79 ouvi, entendo que, no momento em que 15 dias-multa. De acordo com o art. o Juiz de 1º grau aplicou a pena, ainda nº 284, sempre que o Código não indi- não haviam transcorrido 5 anos do car o grau mínimo, será ele de 15 dias cumprimento da pena, que ele cumpriu para a pena de detenção e de um ano em 1991. Neste momento, contudo, para a de reclusão. entendo que não é de se condenar o Em princípio, portanto, a pena mí- réu a cumprir a pena em regime fecha- nima em abstrato, no caso da acusação do, por um ano, e sim de aplicar o sur- imputada aos réus, é de um ano. Ora, é sis ao réu Jordão. possível compreender essa hipótese É o parecer. como abrangida pela Lei nº 9.099/95, Des. Tupinambá Miguel Castro do que criou os juizados especiais cíveis e Nascimento: criminais, porque, no art. 89, estabele- ceu: Com a palavra o eminente Relator. Art. 89. Nos crimes em que a pena Dr. Manoel Volkmer de Castilho: mínima cominada for igual ou inferior a Sr. Presidente: um ano abrangidas ou não por esta Lei, Tenho duas questões que merecem o Ministério Público, ao oferecer a de- exame antes do mérito. A primeira delas núncia, poderá propor a suspensão do é que o apelante Jordão Moreira da processo por dois a quatro anos, desde Costa está aguardando julgamento em que o acusado não esteja sendo pro- liberdade, por deferimento de liminar cessado ou não tenha sido condenado num habeas corpus. Esse habeas cor- por outro crime, presentes os demais pus, todavia, não foi julgado pelo mérito, requisitos que autorizariam a suspensão ainda, de modo que a apelação que vai condicional da pena. se examinar está, eventualmente, de- É evidente que essa avaliação será pendendo do seu julgamento. Por outro feita pelo Ministério Público de 1º grau, lado, como o julgamento da apelação a quem compete denunciar e, portanto, pelo mérito, pode importar - como é de fazer a proposta, mas, em princípio, o se esperar pelo parecer e pela tendên- crime imputado aos denunciados estaria cia dos fatos - em deferimento, termi- alcançado pela Lei. nando com o provimento do recurso, A peculiaridade está em que o pro- pelo menos em parte, para se alterar o cesso se iniciou antes da Lei. Os ape- regime prisional que a sentença impôs, lantes foram denunciados e condena- é possível que se faça o julgamento in- dos antes dela. A questão a saber, en- tegrado. Desse modo, se se der provi- tão, é se essa regra do art. 89 da Lei nº mento à apelação, fica automatica- 9.099 aplica-se retroativamente a eles, mente prejudicado o habeas corpus. denunciados, embora tenham sido acu- Penso que não é um procedimento or- sados por um crime com a pena mínima todoxo, mas não é desarrazoado agir-se de um ano. desse modo. Essa primeira objeção, eu mesmo suscito e afasto desse modo. Em um caso que examinei, consul- tando a doutrina, convenci-me de que A segunda, Sr. Presidente, que, de essa é uma disposição mais favorável certo modo, tem uma relação com a ao réu; é uma disposição que tem natu- primeira, é que o crime que se imputou reza eminentemente material ou penal, aos ora apelantes é o do art. 299 do e, aí, o princípio constitucional faz retro- Código Eleitoral, cuja pena é de reclu- agir as disposições mais favoráveis, são até 04 anos e pagamento de 05 a ainda que acontecidas antes da lei 80 Revista do TRE/RS nova. Parece-me que esta é uma tese daqui para frente, aos processos que razoável em direito penal - as disposi- vierem a se iniciar; e as regras de natu- ções mais favoráveis retroagem, para reza material, de natureza penal, que beneficiar o réu. beneficiem o réu, seriam aplicadas re- Se é verdade que a disposição favo- troativamente, sem ofensa ao princípio rece os denunciados, depois condena- constitucional. Parece-me ser essa a dos, e se é verdade que a hipótese se interpretação mais razoável, mais ade- enquadra no art. 89, seria, então, o quada, até porque a Lei nº 9.099, com caso de se aplicar retroativamente esse essas inovações, buscou, dentro de um dispositivo, e, por conseqüência, sustar programa geral de despenalização, o julgamento da apelação e baixar os afastar do cárcere, afastar da condena- autos ao Ministério Público, para que ção, afastar do peso da pena, aqueles ele ajuíze da conveniência ou não de delitos de menor potencial ofensivo; e, fazer a proposta. Para isso há um pro- dentro disso, essa medida do art. 89 cedimento próprio - ele terá de pedir ao trabalha no mesmo sentido. Juiz que intime os réus, para compare- No caso presente, sendo a pena ceram a uma audiência -, que deverá mínima de um ano, e as hipóteses do ser definido em 1º grau. art. 89 a ele “retroatíveis”, e não haven- Há uma dificuldade adicional, que do a objeção do art. 90, pela perspecti- seria a da redação do art. 90 da Lei nº va apontada, suscito a questão da apli- 9.099, que diz assim: cação, neste caso, da Lei nº 9.099, em seu art. 89, cujo resultado será a sus- Art. 90. As disposições desta Lei pensão do processo, ou melhor, a para- não se aplicam aos processos penais lisação do julgamento, com baixa dos cuja instrução já estiver iniciada. autos ao Ministério Público, para que, Esta é uma regra que está causan- perante o Juiz Eleitoral da 4ª Zona, faça do muita polêmica, porque, indireta- ou não a proposta. O Juiz, inclusive, mente, estaria a inviabilizar a aplicação pode não aceitar, ou mesmo não aceitar retroativa do art. 89, que é de natureza uma parte. Resolvido esse incidente, os penal e que deve retroagir, por força do autos, ou voltam ao Tribunal, para pros- princípio constitucional. Dir-se-ia, então, seguir o julgamento, ou, se aceita pelas que o art. 90 é inconstitucional. partes a suspensão do processo, a pu- À parte a discussão, que é séria, o nibilidade será extinta e, portanto, ficam Supremo Tribunal Federal já tem dado prejudicados os atos que tiverem acon- algumas indicações de que este dispo- tecido no processo. sitivo, mesmo inconstitucional, não está Esta é a questão que, preliminar- sofrendo a acusação de inconstitucio- mente, suscito. nalidade. O Supremo não aplica o art. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- 90 - já fez isso em duas ou três oportu- co: nidades -, embora não afirme que é in- constitucional. Isso tem sido, no meu Este Tribunal já se posicionou, no modo de ver, uma indicação de que a ano passado, relativamente à aplicação inconstitucionalidade que eventual- da Lei nº 9.099 nos crimes eleitorais, e, mente exista pode ser afastada por in- então, por maioria, entendeu-se que, terpretação. Ou seja, este art. 90 pode naquele caso concreto, de que o ser interpretado no sentido da Constitui- Dr. Leonel Tozzi foi o Relator, processo ção, de modo que só as regras de natu- oriundo de São Borja, não se aplicaria a reza puramente processual se apliquem Lei nº 9.099 para condenação por crime Revista do TRE/RS 81 eleitoral já prolatada em 1º grau, pela os réus já condenados. Não há como, a sua repercussão em relação à inelegibi- teor do art. 90, aplicar-se as disposições lidade do condenado, na forma da Lei da Lei nº 9.099 no caso específico. Complementar nº 64/90, art. 1º, inc. I, Lembro ainda que, quanto a um réu, alínea “e”. Mas os argumentos do Dr. a aplicação seria completamente inó- Castilho são ponderáveis. A visão da cua, porque se discute, na espécie, uma Lei nº 9.099 vem evoluindo. Há uma condenação anterior; então, quanto a discussão nacional ampla, que deveria um dos recorrentes, é taxativamente ter sido feita antes da vigência da Lei, inoperante essa volta à origem, porque, mas, como sói acontecer no Brasil, está até se o Ministério Público quisesse, se desenvolvendo depois. Hoje, tenho não poderia propor a suspensão do que a posição mais correta é esta que o processo. Dr. Castilho defendeu. Penso que a dis- O meu voto é no sentido de, diver- posição do art. 89 é benéfica aos réus. gindo do Relator e não acolhendo as A regra constitucional manda que, aí, ponderações do defensor, entender tenha efeito retroativo, e não tenho ne- que, na espécie, é inaplicável o art. 89 nhuma dúvida a esse respeito; cabe ao da Lei nº 9.099/95, porque já há sen- Ministério Público, na origem, avaliar a tença e instrução concluídas. conveniência e a oportunidade de pro- por essa medida; e, ao Juiz de 1º grau, Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- avaliar se isso é ou não cabível, inclusi- Donald: ve em relação a Jordão, condenado à Sr. Presidente: pena de um ano e dois meses de reclu- Ouvi atentamente a exposição do são e considerado reincidente, tese que em. Relator e considerei os argumentos está sendo agitada, ainda agora, com agora levantados em face da decisão base no decurso do tempo e nos efeitos anterior que nós tínhamos tomado neste da não-reabilitação. Tribunal. Tendo em conta, porém, os Levando tudo isso em consideração, argumentos trazidos pelo Dr. Marco Au- reformulo a posição que adotei naquela rélio, não estou ainda convencido, ape- época e acompanho o Relator. sar do brilho e da solidez dos argu- Dr. Marco Aurélio Heinz: mentos invocados, para alterar aquela posição anteriormente adotada. Primeiramente, quero referir que não compreendi a manifestação da defesa Por isso, peço vênia ao Relator e em não querer que o processo vá no- acompanho o Dr. Marco Aurélio. vamente ao 1º grau para a discussão Dr. Leonel Tozzi: sobre a suspensão do processo. Sob Sr. Presidente: certo aspecto, entendo que existiria uma falta de interesse do acusado e Na oportunidade em que acompa- seu defensor, mas tenho que é aplicável nhei a maioria, disse que não tinha for- o art. 90. No estágio em que está o pro- mado convicção a respeito da aplicabili- cesso, estou em discordar do Relator, dade da Lei nº 9.099, mas, agora, com não por causa da manifestação do de- os argumentos brilhantes do em. Rela- fensor dos réus; até antevejo, na pro- tor, cheguei à conclusão de que ela é posta do Dr. Castilho, algumas vanta- aplicável e benéfica aos condenados na gens para os réus, já condenados. Vejo hipótese, já que existe uma condena- também que é impossível se aplicar ção. essa retroatividade benéfica aos réus, A transação, segundo o conheci- porque a instrução já está concluída e mento popular, é sempre melhor do que 82 Revista do TRE/RS uma ação tramitando. Acredito que a judicial. oportunidade da transação vai trazer às Interessada: Prefeitura Municipal de partes em litígio um benefício. Por isso, Augusto Pestana sou sempre favorável ao acordo e à transação antes de qualquer processo. A C Ó R D Ã O Por essa razão, convicto, agora, da Vistos, etc. aplicabilidade da Lei nº 9.099, acompa- ACORDAM os Juízes do Tribunal nho o em. Relator. Regional Eleitoral, à unanimidade, ouvi- da a Procuradoria Regional Eleitoral e Decisão (Proc. Cl. XIII, nº 11/96) nos termos do voto do Relator, cons- Suspenderam o julgamento do pro- tante nas notas taquigráficas inclusas, cesso, nos termos do art. 89 da Lei nº responder afirmativamente à primeira 9.099/95, devendo, em 1º grau, se pro- pergunta da presente consulta; à se- nunciar o Ministério Público a respeito gunda, conforme a ementa supra; e à da matéria, vencidos os Drs. Marco Au- terceira, negativamente. rélio e Mac-Donald. CUMPRA-SE. Participaram do julgamento, além do Proc. Cl. VII, nº 21/96 signatário, os eminentes Desembarga- dores Tupinambá Miguel Castro do Augusto Pestana Nascimento - no exercício da Presidên- Eleições 1996. Consulta: a) inelegi- cia - e Celeste Vicente Rovani e Drs. bilidade de ex-prefeito municipal cujas Leonel Tozzi, Gilson Langaro Dipp, Nel- contas e atos executivos receberam pa- son Antonio Monteiro Pacheco e Marco recer desfavorável do Tribunal de Con- Aurélio Heinz, bem como a Dra. Vera tas do Estado e foram rejeitados pela Maria Nunes Michels, Procuradora Re- Câmara Municipal; b) em caso afirmati- gional Eleitoral. vo, termo inicial e duração do prazo de Porto Alegre, 13 de maio de 1996. inelegibilidade; c) possibilidade de can- didatura, a cargo executivo municipal, Dr. Rolf Hanssen Madaleno, de ex-prefeito com débitos junto ao Te- Relator. souro Municipal, referente a condena- PROCESSO Nº 21/96 CLASSE VII ções de devoluções ou multas instituí- Sessão de 13.05.96 das pelo TCE. Resposta afirmativa à primeira indagação. A inelegibilidade RELATOR: Dr. Rolf Hanssen Ma- tem vigência nas eleições que se reali- daleno zarem nos cinco anos seguintes, conta- Dr. Rolf Hanssen Madaleno: dos a partir da decisão do órgão legisla- Eminente Desembargador Presi- tivo municipal que não rejeitou por dois dente, terços o parecer do Tribunal de Contas (CF, art. 31, § 2º), ou do trânsito em jul- Srs. Juízes: gado da decisão judicial, em sendo a O Prefeito Municipal de Augusto matéria posta sob o crivo do Poder Ju- Pestana consulta se: diciário. Resposta negativa à terceira 1) Ex-Prefeito Municipal cujas con- indagação, se as condenações, orde- tas e atos executivos receberam pare- nadas por decisão irrecorrível da Câma- cer desfavorável do Tribunal de Contas ra Municipal, estiverem relacionadas à do Estado e também foram rejeitadas prática de irregularidades insanáveis, e pela Câmara Municipal de Vereadores, a matéria não estiver sob apreciação está inelegível? Revista do TRE/RS 83 2) Sendo inelegível, a partir de que pal, o controle se dá por parecer do Tri- data passa a contar e por qual período, bunal de Contas do Estado, que preva- ficam suspensos os seus direitos políti- lece por decisão de 2/3 dos membros cos quando referente a sua inelegibili- da Câmara Municipal (art. 31, § 2º da dade? CF). 3) Ex-Prefeito com débitos junto ao Municiado destes dispositivos, é Tesouro Nacional, referentes a conde- possível responder à consulta nestes nações de devoluções ou multas insti- termos: tuídas pelo TCE, pode candidatar-se a 1) Está inelegível o ex-Prefeito cujas cargo Executivo Municipal? contas foram rejeitadas por irregularida- Feito instrumentado pela Seção de de insanável, em decisão irrecorrível da Legislação e Jurisprudência desta Cor- Câmara Municipal, de 2/3 de seus te, teve vista da Procuradoria Regional membros, desde que a questão não Eleitoral, que promoveu percuciente pa- esteja sendo apreciada pelo Poder Ju- recer, que respondeu à consulta. diciário, como já sumulado pelo TSE É o relatório. (Súmula nº 1: “Proposta a ação para desconstituir a decisão que rejeitou as Des. Tupinambá Miguel Castro do contas anteriormente à impugnação, Nascimento: fica suspensa a inelegibilidade”). A Dra. Procuradora está com a pa- 2) A inelegibilidade tem vigência nas lavra. eleições que se realizarem nos cinco Dra. Vera Maria Nunes Michels: anos seguintes, contados a partir da O parecer está vazado nos seguin- decisão do órgão legislativo municipal tes termos: (lê às fls. 33/36). que não rejeitou por 2/3 o parecer do Des. Tupinambá Miguel Castro do Tribunal de Contas (CF, art. 31, § 2º), Nascimento: conforme Acórdão nº 12.214 do TSE, ou trânsito em julgado da decisão judi- O eminente Relator pode proferir o cial, em sendo a matéria posta concre- voto. tamente sob o crivo do Poder Judiciário, Dr. Rolf Hanssen Madaleno: independentemente de liminar - e neste Para responder à consulta, há que ponto discordo do ilustrado parecer da se dissecar a estrutura jurídica do artigo douta Procuradora Regional Eleitoral, já 1º, inciso I, letra “g”, da Lei Comple- que a letra “g” do inciso I, do art. 1º da mentar nº 64/90. Lei Complementar nº 64/90 não condi- ciona a elegibilidade ao deferimento de Conforme prevê o dispositivo citado, liminar judicial. será inelegível, para qualquer cargo, nos próximos cinco anos, quem, no 3) Não pode ser candidato a cargo exercício de cargo ou função pública: do Executivo Municipal, para os próxi- mos cinco anos (vide resposta nº 2), ex- 1) teve suas contas rejeitadas; Prefeito incurso em improbidade admi- 2) por irregularidade insanável; nistrativa, por condenação de devolu- 3) em decisão irrecorrível, do órgão ções e multas instituídas pelo TCE, se competente; elas estiverem relacionadas com irre- 4) e que também não estejam, estas gularidades insanáveis do ex-Prefeito; contas, sob apreciação do Poder Judi- ordenadas por decisão irrecorrível da ciário. Câmara Municipal, salvo se a matéria estiver sob a apreciação do Poder Judi- Em se tratando de executivo munici- 84 Revista do TRE/RS ciário. Dr. Carlos Rafael dos Santos Júnior, É o voto. Relator. (Todos de acordo.) PROCESSO No 121/96 CLASSE I Decisão (Proc. Cl. VII, nº 21/96) Sessão de 28.02.97 Responderam, nos termos do voto RELATOR: Dr. Carlos Rafael dos do Relator e à unanimidade: à primeira Santos Júnior pergunta, positivamente; à segunda, da (Relatório e parecer constantes, decisão irrecorrível da Câmara e por respectivamente, nas fls. 93/95 e 89/91 cinco anos; à terceira, negativamente. dos autos.) Votos Proc. Cl. I, nº 121/96 Dr. Carlos Rafael dos Santos Jú- Guaíba nior.: Mandado de segurança. Decisão Sr. Presidente, que obstou a diplomação de candidato. Sr. Corregedor-Geral, Liminar deferida. Ocorrência de grava- me ao direito líquido e certo do impe- Eminentes Juízes: trante, consistente em, uma vez pro- Em sede de pressupostos de ad- clamado eleito, ver-se diplomado. missibilidade da ação mandamental, Ordem concedida. conheço da impetração, haja vista ter sido manejada dentro do prazo do art. Impetrante: Valdo Nóbrega Ribeiro 18 da Lei nº 1.533/51 e não ferir, a meu Impetrada: Juíza Eleitoral da 90ª juízo, o disposto no art. 5º, inciso II, do Zona mesmo Diploma Legal, sumulado pelo A C Ó R D Ã O Supremo Tribunal Federal no verbete nº 267. Vistos, etc. No particular, ocorre que, embora ACORDAM os Juízes do Tribunal seja certo que contra a decisão liminar Regional Eleitoral, à unanimidade, ouvi- que, em sede de recurso contra a di- da a Procuradoria Regional Eleitoral e plomação, suspendeu a própria diplo- nos termos das notas taquigráficas in- mação do impetrante, caberia recurso clusas, conceder a ordem requerida no para esta Corte, também é verdadeiro, presente mandamus. a meu juízo, que o referido recurso não CUMPRA-SE. teria a capacidade de, com a rapidez do Participaram do julgamento, além do mandamus, evitar, de fato, o dano irre- signatário, os eminentes Desembarga- parável que seria, em tese, a não- dores Tupinambá Miguel Castro do diplomação do impetrante. Nascimento - Presidente - e Élvio Lembra-se, aqui, que os recursos Schuch Pinto e Drs. Norberto da Costa eleitorais, nos termos exatos do art. 257 Caruso Mac-Donald, Rolf Hanssen Ma- do Código Eleitoral, não têm efeito sus- daleno e Nelson Antonio Monteiro Pa- pensivo. checo, bem como a Dra. Vera Maria Ademais, nos termos do art. 29, in- Nunes Michels, Procuradora Regional ciso III, da Constituição Federal, os ve- Eleitoral. readores eleitos no pleito de 03 de ou- Porto Alegre, 28 de fevereiro de tubro de 1996 tomaram posse no dia 1º 1997. de janeiro do corrente ano. Revista do TRE/RS 85 Portanto, se mesmo o remédio he- mou de recurso contra a diplomação do róico utilizado, de tramitação expedita candidato Valdo Nóbrega Ribeiro, ora por natureza, somente hoje, dia 28 de impetrante. fevereiro, está sendo julgado por esta Certo é que não ocorrera a diploma- Corte, induvidosamente a interposição ção, pelo que, como bem sustenta o do recurso ordinário estaria a gerar irre- impetrante, não havia ainda sequer ini- parável dano ao impetrante, caso vitori- ciado o prazo para a interposição do re- osa sua tese que somente a liminar curso pretendido. concedida pelo eminente Presidente da Casa pôde, até aqui, evitar. Por outro lado, a decisão hostilizada fundou-se em dois motivos: o exercício De salientar, ainda, a circunstância do cargo de Delegado de Polícia no de que a suspensão da diplomação do município de , vizinho a impetrante havia sido deferida liminar- Guaíba, durante a campanha eleitoral, e mente, por despacho da digna Juíza sua utilização, através da concessão de Eleitoral ao receber o recurso contra a carteiras de habilitação de motoristas diplomação, antes, portanto, da ouvida como forma da captação da vontade do do impetrante ou de sua notificação, o eleitor; e a não-aprovação das contas que foi lembrado, com muita proprieda- da campanha do impetrante. de, pela ilustre Procuradora Regional Eleitoral. Há notícia, é bem verdade, de que as contas do candidato, de fato, não fo- Nesta ótica, tenho, para mim, que o ram aprovadas e até de que esta deci- mandado de segurança era mesmo o são teria transitado em julgado, mas único remédio, suficiente e necessário, disso inexiste a prova devida, qual seja, para garantir a diplomação e posse a a competente certidão passada pela tempo do impetrante, especialmente serventia. porque, na verdade, de recurso contra a diplomação não se tratava, posto que Por outro lado, a prova do abuso esta sequer havia ainda ocorrido. econômico alegadamente praticado pelo impetrante, data venia, careceria, Conheço, portanto, da impetração. para a medida drástica da negativa de Destaco. diplomação, de ter sido examinada, em (Todos de acordo.) sede judicial, com foro de definitividade, Des. Tupinambá Miguel Castro do isto é, por decisão transitada em julga- Nascimento: do. O eminente Relator pode prosseguir. Finalmente, o exercício do cargo de Delegado de Polícia na cidade vizinha, Dr. Carlos Rafael dos Santos Júnior: se por si só fosse causa de inelegibili- No mérito, tenho, para mim, que a dade, desafiaria, também, já que não há segurança merece ser concedida, agora notícia de impugnação na forma do art. definitivamente. 3º da Lei Complementar nº 64/90, o re- É que, após a homologação pela curso do art. 262 do Código Eleitoral, e Junta Eleitoral de Guaíba dos resulta- igualmente em sede definitiva. dos da eleição levada a efeito naquele Assim, não tendo havido impugna- município no dia 03 de outubro de ção ou recurso contra a diplomação, 1.996, com sua proclamação regular, o pelo menos noticiado nos autos, em Ministério Público Eleitoral, na mesma face do exercício do cargo de Delegado data em que se daria a diplomação dos de Polícia no município de Eldorado do candidatos eleitos, interpôs o que cha- Sul pelo impetrante; não tendo se dado 86 Revista do TRE/RS a diplomação terminus ad quo do prazo função, não está pagando vencimentos; para o oferecimento de recurso contra a daí os mandados de segurança na Fa- mesma; carecendo a conclusão do uso zenda Pública. Para os delegados que abusivo do poder econômico de decisão se mantiveram na função, como é o judicial transitada em julgado para fun- caso deste, que se elegeu vereador no dar a não-diplomação, estou convenci- município vizinho, veio recurso contra a do de que ocorreu gravame ao direito diplomação. Então é o caso “preso por líquido e certo do impetrante, consis- ter cão, preso por não ter cão”. Eles fi- tente em, uma vez proclamado eleito, cam numa situação muito difícil. ver-se diplomado, pelo que concedo a Por este fundamento, estou acom- segurança postulada, para o fim de panhando o eminente Relator. A dis- desconstituir a decisão liminar que, nos cussão é ampla. A norma da Lei Com- autos do recurso contra a diplomação plementar nº 64/90, que determina a do impetrante, suspendeu-a. Em con- desincompatibilização, não é clara. O seqüência, torno definitiva a liminar povo sabe que o delegado de uma ci- concedida. dade às vezes substitui na cidade vizi- É o voto, Sr. Presidente. nha e tem atribuições na circunscrição, Dr. Nelson Antonio Monteiro Pache- e isso é muito difícil de dimensionar. co: Mas, de qualquer forma, penso que aí não há motivo suficiente para a conces- Sr. Presidente, são de uma antecipação tão drástica Srs. Juízes: como essa que impede a diplomação. Gostaria de fazer alguns breves co- Com relação à não-aprovação das mentários, porque está havendo confli- contas de Valdo Nóbrega em relação à tos entre autoridades da Segurança Pú- provável presidência do CONSEPRO, blica com o Estado do Rio Grande do fico numa situação difícil, porque, como Sul, nas varas da Fazenda Pública, disse o Relator, não há elementos, nos justamente pelo problema da desin- autos. A Juíza indeferiu as contas que o compatibilização. Tivemos aqui um cé- impetrante apresentou, disse agora o lebre caso - se não me engano, foi de Relator, em razão da prestação de , e o Dr. Dipp foi o Relator contas na campanha eleitoral; mas isso - de um Secretário Municipal da Saúde também está sujeito a recurso. Temos de Passo Fundo, cargo em comissão, inúmeros casos, que vão entrar em que pretendia saber da Corte se preci- pauta nos próximos dias, de candidatos sava ou não se desincompatibilizar para que não tiveram suas contas aprovadas concorrer no município vizinho. Discuti- e que vão ter a chance de ver este Tri- mos muito, e o voto do Dr. Dipp, que bunal proclamar se essa desaprovação não me recordo se foi o vencedor, foi no das contas foi ou não legítima. sentido de que, naquele caso, pela in- Lembro, além disso, que a Lei nº fluência que o Secretário teria no muni- 9.100, volto a insistir no tema, proposi- cípio vizinho, deveria se desincompati- tadamente deixou sem punição a não- bilizar. Para o Delegado de Polícia, aprovação das contas, e até a não- contudo, a situação não é a mesma: apresentação das contas, o que é mais este é funcionário público de carreira, grave. de provimento efetivo. O que está fa- zendo o Estado do Rio Grande do Sul? Ora, como conceder, então, em Para os delegados que se desincompa- sede de antecipação da tutela, uma tibilizaram, que saíram do exercício da medida tão drástica quanto a de impedir Revista do TRE/RS 87 a diplomação de um candidato eleito, dessa natureza. quando não há, na lei, sanção precisa? Portanto, Sr. Presidente, com esses A lei fala em abuso do poder econômi- acréscimos, estou em acompanhar o co; quem não presta contas pode co- eminente Relator. meter abuso do poder econômico, mas isso só se prova no curso de uma (Todos os demais de acordo com o - instrução e sabemos o quanto é difícil Relator.) essa prova - e depois de uma sentença, Decisão (Proc. Cl. I, nº 121/96) de preferência transitada em julgado, Concederam. Unânime. para a concessão de um provimento Ementário

Revista do TRE/RS 90 de liminar, contra ato judicial que não Mandado de recebeu recurso eleitoral, por considerá- lo intempestivo e mal-endereçado. Limi- segurança nar deferida. Recurso tempestivo e cor- retamente endereçado. Mandamus co- 01. Mandado de segurança, com pedido nhecido. Ordem concedida. (Proc. Cl. I, de liminar. Impetrante portador de defi- nº 09/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; ciência visual total. Impetração objeti- 11.07.96; impetrantes: Antonio Ari vando a prestação de prova em concur- Schafer e outros; impetrada: Justiça so público para provimento de cargos Eleitoral da 152ª Zona). do TRE, mediante auxílio de um ledor e 05. Mandado de segurança preventivo. fiscal, encarregado de ler as questões e Pretensão dos autores de serem manti- preencher o cartão-resposta. Prova já dos no exercício das funções de comu- realizada. Mandamus julgado prejudica- nicador-radialista até sessenta dias an- do. (Proc. Cl. I, nº 26/95; Rel. Dr. Gilson tes do pleito deste ano. Receio de se- Langaro Dipp; 07.02.96; impetrante: rem afastados antes do prazo aludido, João Luiz Pinto Costa (em causa pró- por ordem da autoridade apontada pria); impetrado: Presidente do Tribunal como coatora, em virtude da orientação Regional Eleitoral do Rio Grande do deste TRE (Proc. Cl. VII, nº 18/96). Li- Sul). minar indeferida. Interpretação do artigo 02. Mandado de segurança que objetiva 64, inciso IV, da Lei nº 9.100/95, combi- dar seguimento a agravo de instrumen- nado com o seu caput, fixando o afas- to. Interposição não-recebida pela auto- tamento a partir de 1º de julho de 1996. ridade coatora. Existência de coisa jul- Ordem denegada. (Proc. Cl. I, nº 11/96; gada e cabimento de ação rescisória. Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 05.08.96; Feito não-conhecido. (Proc. Cl. I, nº impetrante: Otávio Martins Soares e 04/96; Prolator do acórdão: Dr. Gilson outros; impetrado: Juiz Eleitoral da 60ª Langaro Dipp; 16.05.96; impetrante: Zona). Jorge Romeu Fonseca da Silva; impe- 06. Mandado de segurança - Aprecia- trado: Juiz Eleitoral da 124ª Zona). ção de liminar. Filiação partidária do im- 03. Habeas corpus, com pedido de limi- petrante declarada nula. Impetração nar. Paciente réu em processo-crime objetivando garantir a referida filiação, eleitoral. Punibilidade extinta pela pres- bem como o preenchimento de requisi- crição. Impetração objetivando evitar a tos para fins de apreciação de pedido cassação dos direitos políticos do paci- de registro de candidatura às eleições ente, conforme informação por ele re- de 1996. Mandamus conhecido. Exis- cebida de Cartório Eleitoral. Liminar tência de periculum in mora, tendo em deferida. Ameaça de lesão a direito es- vista o prazo para o registro de candi- gotada, eis que revogado ofício com datos. Presença de fumus boni juris, eis informação equivocada e definitiva- que o nome do impetrante constou de mente decidida a extinção da punibili- lista regular e tempestivamente encami- dade. Feito julgado prejudicado. (Proc. nhada à Justiça Eleitoral pela agremia- Cl. I, nº 08/96; Rel. Dr. Marco Aurélio ção partidária à qual se filiou por último, Heinz; 27.06.96; impetrante: Jucemara tendo ele, também, comprovadamente, Beltrame; impetrada: Justiça Eleitoral; comunicado sua desfiliação ao partido paciente: Ubirajara Pereira da Silva). de sua primeira filiação tanto ao Cartó- rio Eleitoral, quanto à própria agremia- 04. Mandado de segurança, com pedido ção. Liminar deferida. (Proc. Cl. I, nº Revista do TRE/RS 91 12/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- nar. Paciente réu em ação penal eleito- so Mac-Donald; 04.07.96; impetrante: ral pela prática, em tese, do delito tipifi- José Olavo Pereira Crespo; impetrada: cado no art. 347 do Código Eleitoral Juíza Eleitoral de Cristal). (desobediência e resistência eleitoral). 07. Mandado de segurança. Habeas Impetração objetivando, liminarmente, a corpus visando o trancamento de pro- declaração de nulidade do decreto de cesso- crime eleitoral. Ausência de justa prisão preventiva, por carência de fun- causa para trancamento de investiga- damentação, com a revogação da me- ção criminal eleitoral, quando os fatos dida, e, no mérito, a confirmação da li- descritos estiverem emoldurados por minar. Liminar confirmada. Ordem con- tipo legal de crime eleitoral. Incabível cedida definitivamente. (Proc. Cl. I, nº exame de provas na via estreita do writ. 16/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; Ordem denegada. (Proc. Cl. I, nº 13/96; 08.08.96; impetrante: Augusto Borges Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- Berthier e Cláudio Heitor Saft; impetra- checo; 01.08.96; impetrante: Ana Rita da: Justiça Eleitoral; paciente: Saulo Ribeiro Serpa; impetrado: Juiz Eleitoral Assis Stefanello). da 5ª Zona; paciente: Joel Antonio Bes- 11. Mandado de segurança, com pedido sa Ferreira). de liminar. Decisão judicial determinan- 08. Recurso regimental. Pedido de re- do a suspensão de divulgação, através consideração de não-concessão de li- de emissora de televisão, de material minar em mandado de segurança, vez publicitário de administração pública que a decisão guerreada manteve a municipal. Recurso contra a menciona- proibição do juízo monocrático que veda da decisão não recebido, por alegada- a transmissão radiofônica das sessões mente intempestivo. Impetração objeti- da Câmara de Vereadores. O uso dos vando a devolução, ao Município, do meios de comunicação por edis candi- prazo recursal. Representações contra datos fere a isonomia. Configurada a vi- propaganda irregular sujeitas ao pro- olação às normas do princípio igualitário cesso sumário disciplinado no art. 65 e da propaganda, o que justifica a não- parágrafos da Lei nº 9.100/95. Presun- concessão da liminar. Provimento ne- ção de ocorrência, na espécie, da notifi- gado (Proc. Cl. I, nº 15/96; Rel. Dr. Ger- cação prevista no parágrafo 2º do aludi- ci Giaretta; 31.07.96; recorrente: Câma- do art. 65, em face da falta de esclare- ra de Vereadores; recorrida: Justiça cimento, nos autos, bem como de qual- Eleitoral). quer alegação, pela recorrente, no to- cante ao referido ato processual. Inevi- 09. Mandado de segurança com pedido dência de fumus boni juris e periculum de liminar. Mesma impetrante dirigiu-se in mora. Liminar indeferida. (Proc. Cl. I, diretamente ao egrégio TSE, onde ob- nº 17/96; Rel. Dr. Norberto da Costa teve a liminar que pleiteava. Destarte, o Caruso Mac-Donald; 01.08.96; impe- julgamento do presente processo deve trante: Prefeitura Municipal de Cruz ser suspenso, aguardando a decisão de Alta; impetrado: Juiz Eleitoral da 17ª mérito do mandamus, para evitar pres- Zona). tações jurisdicionais conflitantes, ense- jadoras de possível perplexidade. (Proc. 12. Mandado de segurança. Decisão Cl. I, nº 15c/96; Rel. Dr. Marco Aurélio que proibiu a transmissão de programa Heinz; 09.09.96; impetrante: Câmara de Câmara de Vereadores. Liminar in- Municipal; impetrada: Justiça Eleitoral). deferida. Comprovação de uso do es- paço radiofônico em favor de apenas 10. Habeas corpus, com pedido de limi- alguns candidatos. Infrigência do artigo Revista do TRE/RS 92 14, inciso IV, da Resolução nº 16. Mandado de segurança. Decisão ju- 19.512/96. Ordem denegada. (Proc. Cl. dicial determinando a suspensão das I, nº 18/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; transmissões radiofônicas das sessões 16.09.96; impetrante: Carlos Renato de da Câmara de Vereadores, que não po- Lima Costa; impetrado: Juiz Eleitoral da derão ser transmitidas, transcritas e 5ª Zona). comentadas. Liminar deferida. Prelimi- 13. Mandado de segurança. Decisão nar rejeitada. Inaplicabilidade das sú- que determinou a redução de número mulas 267 e 268 do Supremo Tribunal de candidatos à vereança. Liminar defe- Federal em relação a terceiros que não rida. Preliminar rejeitada. Permanecem integraram a lide. Contratação de pro- os efeitos da medida liminar do Supre- grama de rádio estabelecido há vários mo Tribunal Federal, concedendo efeito anos, não só no período eleitoral. Inca- suspensivo ao recurso extraordinário bível o cerceamento amplo da divulga- interposto na mesma Corte. Manuten- ção dos trabalhos legislativos. Ordem ção da Resolução da Câmara de Vere- concedida. (Proc. Cl. I, nº 25b/96; Rel. adores que ampliou a composição do Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Poder Legislativo Municipal. Ordem Donald; 23.09.96; impetrante: Câmara concedida. (Proc. Cl. I, nº 21b/96; Rel. Municipal de Giruá; impetrada: Juíza Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; Eleitoral da 127ª Zona). 16.09.96; impetrante: Partido do Movi- 17. Mandado de segurança: apreciação mento Democrático Brasileiro: Juiz de liminar. Decisão judicial determinan- Eleitoral da 110ª Zona). do a sustação da propaganda política 14. Mandado de segurança com pedido da impetrante, pelo uso indevido de slo- de liminar. Não-comprovação da inter- gan. Caracterizada burla ao art. 89 da posição do recurso cabível contra a de- Lei nº 9.100/95. Liminar indeferida. cisão do juízo a quo, nos termos do art. (Proc. Cl. I, nº 26/96; Rel. Dr. Nelson 258 do Código Eleitoral. Ademais, não Antonio Monteiro Pacheco; 26.08.96; se admite a impetração do writ constitu- impetrante: Coligação Aliança Capo- cional para substituir recurso previsto nense (PMDB, PPB e PTB); impetrada: em lei, como afirma a Súmula 267 do Justiça Eleitoral). Pretório Excelso. Feito não conhecido. 18. Recurso. Utilização de slogan por (Proc. Cl. I, nº 23/96; Rel. Dr. Leonel coligação partidária. Feito julgado pre- Tozzi; 25.09.96; impetrante: Gaspar judicado. (Proc. Cl. I, nº 26b/96; Prolator Cardoso Paines e Luiza Maria da Silvei- do acórdão: Dr. Marco Aurélio Heinz; ra; impetrada: Justiça Eleitoral). 23.09.96; impetrante: Aliança Caponen- 15. Mandado de segurança: apreciação se (PMDB, PTB e PPB); impetrada: Juí- de liminar. Decisão judicial determinan- za Eleitoral da 150ª Zona). do a suspensão das transmissões radi- 19. Mandado de segurança. Não evi- ofônicas das sessões da Câmara de denciados, na peça vestibular, os requi- Vereadores, que não poderão ser sitos básicos para propositura de tal transmitidas, transcritas e comentadas. ação. Aplicação da Súmula nº 267 do Ausência de informações suficientes Supremo Tribunal Federal. Petição ini- para conceder o pedido de liminar. Ino- cial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 27/96; corrência de periculum in mora. Liminar Prolator do acórdão: Des. Celeste Vi- indeferida. (Proc. Cl. I, nº 25/96; Rel. Dr. cente Rovani; 24.08.96; impetrante: Co- Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; ligação União por Pinhal; impetrado: 15.08.96; impetrante: Câmara Munici- Juiz Eleitoral da 110ª Zona). pal; impetrada: Justiça Eleitoral). Revista do TRE/RS 93 20. Mandado de segurança. Impetração dio constitucional. Feito julgado prejudi- objetivando obter medida liminar defe- cado. (Proc. Cl. I, nº 31/96; Rel. Dr. rindo registro de candidatura. Feito jul- Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; gado prejudicado. (Proc. Cl. I, nº 28/96; 07.10.96; impetrante: Associação Gaú- Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- cha de Emissoras de Rádio e Televisão checo; 31.08.96; impetrante: Miguel da - AGERT; impetrada: Justiça Eleitoral). Paz Xavier Órci; impetrada: Justiça 24. Mandado de segurança. Decisão Eleitoral). que determinou a suspensão da trans- 21. Mandado de segurança. Inexiste missão de programa radiofônico de mu- motivo ensejador da suspensão de pro- nicípio. Liminar deferida. Não evidenci- grama radiofônico, pois não há interfe- ada qualquer propaganda eleitoral ou rência direta na propaganda eleitoral. promoção pessoal. Ordem concedida. Cabível a propositura do writ contra ato (Proc. Cl. I, nº 33b/96; Rel. Dr. Marco administrativo inerente ao poder de po- Aurélio Heinz; 07.10.96; impetrante: lícia do juízo monocrático apontado com Município de Santa Vitória do Palmar; autoridade coatora. Ademais, não res- impetrado: Juiz Eleitoral da 43ª Zona). tou positivada a propaganda irregular ou 25. Mandado de segurança com pedido o abuso de direito capaz de autorizar a de liminar. A via do mandamus não se suspensão do programa. Ordem conce- presta para ser substitutivo de recurso dida. (Proc. Cl. I, nº 29/96; Prolator do próprio. Inicial indeferida. (Proc. Cl. I, nº acórdão: Dr. Marco Aurélio Heinz; 34/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- 27.09.96; impetrante: Município de Ca- so Mac-Donald; 05.09.96; impetrante: maquã; impetrada: Juíza Eleitoral da Dario Arsenio da Rosa Candido; impe- 12ª Zona Eleitoral). trada: Justiça Eleitoral). 22. Mandado de segurança. Impetração 26. Mandado de segurança com pedido objetivando a manutenção do nome do de liminar. Mandamus reconhecido impetrante no rol de candidatos en- como cabível, pois se trata de ato me- quanto tramita recurso no TSE. Indefe- ramente administrativo, durante a pro- rimento da inicial, uma vez que o TRE é paganda eleitoral, mesmo que praticado autoridade coatora e não pode decidir por Juiz Eleitoral. O § 3º do art. 58 da sobre a matéria. Ausência de especifi- Lei nº 9.100/95 autoriza ao partido a cação quanto à ilegalidade suposta- cessão de parte do tempo de que dis- mente cometida. Aplicação da Súmula puser a candidatos do mesmo partido nº 267 do Supremo Tribunal Federal, registrados em outros municípios, como não admitindo interposição de mandado no caso em tela. Deferida, em definitivo, de segurança de ato judicial passível de a ordem requerida na inicial. (Proc. Cl. I, recurso. Ordem denegada. (Proc. Cl. I, nº 35/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; nº 30/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Mon- 18.09.96; impetrante: Partido Liberal; teiro Pacheco; 02.09.96; impetrante: impetrada: Juíza Eleitoral da 90ª Zona). Miguel da Paz Xavier Órci; impetrado: Tribunal Regional Eleitoral do Rio Gran- 27. Mandado de segurança. Impetração de do Sul). objetivando a não-realização de debate entre candidatos ao pleito municipal. 23. Mandado de segurança. Vencidas Liminar deferida. Informações e docu- as etapas do processo eleitoral nas mentação juntadas aos autos evidenci- quais o decisum de instância superior am a má-fé dos demandantes. Revoga- geraria os seus efeitos. Não havendo ção de liminar. Ordem denegada. (Proc. segundo turno nestas eleições, ocorre a Cl. I, nº 37/96; Rel. Dr. Nelson Antonio conseqüente perda de objeto do remé- Revista do TRE/RS 94 Monteiro Pacheco; 28.09.96; impetran- Donald; 12.09.96; impetrante: PPB de te: Coligação Frente Pró Imbé e Coliga- ; impetrada: Juíza Eleitoral de ção por Amor a Imbé; impetrado: Juiz Sapiranga). Eleitoral da 110ª Zona). 32. Pedido de providências relacionado 28. Habeas corpus: apreciação de limi- a decisão anterior do TRE que indeferiu nar. Instauração de simples inquérito petição inicial de mandado de seguran- policial não constitui constrangimento ça, e objetivando a publicação de pes- ilegal. Inexistência de justa causa para quisa eleitoral em órgão de imprensa seu trancamento. Liminar indeferida. local, tendo em vista a determinação, (Proc. Cl. I, nº 39/96; Rel. Dr. Gilson pelo juízo eleitoral monocrático, de sus- Langaro Dipp; 11.09.96; impetrante: pensão da referida publicação. A aludi- Partido Progressista Brasileiro; impetra- da decisão indeferitória não abordou o da: Juíza Eleitoral da 15ª Zona; pacien- mérito da questão. Eventual providência te: Aylton de Jesus F. Magalhães). relativa à suspensão da publicação é de 29. Ação cautelar inominada, com pedi- ser tomada em primeiro grau. Pedido do de liminar. Pedido indeferido in limi- indeferido. (Proc. Cl. I, nº 42b/96; Rel. ne, por ser fática e juridicamente impos- Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- sível. (Proc. Cl. I, nº 40/96; Rel. Dr. Donald; 19.09.96; requerente: PDT de Marco Aurélio Heinz; 11.09.96; reque- Sapiranga). rente: José Adão Alves Moreira; reque- 33. Embargos de declaração. Manifes- rido: Juiz Eleitoral da 27ª Zona). tação meramente protelatória, repetindo 30. Mandado de segurança. A via do as alegações já deduzidas no mandado mandamus não se presta para o exame de segurança. Inexistência de qualquer de metodologia, de critérios de pesqui- omissão a ser suprida. Embargos rejei- sa, a não ser que haja ilegalidade fla- tados. (Proc. Cl. I, nº 44/96; Rel. Dr. grante, constatada desde o início. Segu- Gilson Langaro Dipp; 10.10.96; embar- rança denegada. (Proc. Cl. I, nº 41/96; gante: Gerson de Barros Galvão Filho; Prolator do acórdão: Dr. Gilson Langaro embargada: Justiça Eleitoral). Dipp; 30.09.96; impetrante: Coligação 34. Mandado de segurança. Falta de "Experiência e Modernidade" (PTB e instrumento procuratório, contrariando o PSDB); impetrada: Juíza Eleitoral da disposto no art. 36 do Código de Pro- 55ª Zona). cesso Civil e, também, o art. 37 do 31. Mandado de segurança, com pedido mesmo diploma legal, pois não houve de liminar. Impetração objetivando a protesto pela juntada da procuração no sustação da publicação de pesquisa prazo de lei. Perda de objeto do writ. eleitoral. Os motivos alegados para a Feito julgado prejudicado. (Proc. Cl. I, nº medida pleiteada implicam análise e 45b/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 25.11.96; comprovação de dados relativos à pes- impetrante: Coligação "Frente Popular quisa, incabíveis em sede de manda- Trabalhista" (PDT e PT); impetrada: mus. A pretensão à sustação da publi- Juíza Eleitoral da 55ª Zona). cação não encontra amparo nos dispo- 35. Mandado de segurança com apreci- sitivos constitucionais e legais perti- ação de liminar. Candidato impetrante, nentes à matéria, os quais asseguram a inconformado com multa que lhe foi liberdade de informação, acompanhada aplicada pelo juízo singular face a pro- da correspondente responsabilidade. paganda eleitoral irregular, ingressou Inicial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 42/96; com recurso que já foi julgado pelo juízo Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- de 2º grau, o qual pronunciou-se pelo Revista do TRE/RS 95 improvimento da irresignação interpos- Signatário identificado, nos autos, como ta. Em que pese haver sido negado advogado de coligação partidária, me- provimento ao recurso, o impetrante diante certidão exarada por Escrivã pleiteia a concessão de liminar para Eleitoral. Impetração contra a decisão suspender os efeitos da intimação, com indeferitória da referida solicitação. Le- o não-pagamento da multa imposta, e, gitimidade do impetrante para postular no mérito, peticiona a segurança. Man- em nome próprio, ausente o instru- damus julgado prejudicado. (Proc. Cl. I, mento de procuração. Caráter público nº 46/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; do processo de registro de candidatura. 23.09.96; impetrante: Artur Paulo de Liminar deferida. (Proc. Cl. I, nº 54/96; Araújo Zanella; impetrada: Justiça Elei- Prolator do acórdão: Dr. Nelson Antonio toral). Monteiro Pacheco; 23.09.96; impetran- 36. Mandado de segurança: apreciação te: Fernando Bartholomay; impetrado: de liminar. Impossibilidade de utilização Juiz Eleitoral da 40ª Zona). de tal via para enfrentar decisão judicial 40. Mandado de segurança. Liminar transitada em julgado. Petição inicial in- anteriormente deferida teve caráter sa- deferida. (Proc. Cl. I, nº 48/96; Rel. Dr. tisfativo, eis que prosperou o entendi- Nelson Antonio Monteiro Pacheco; mento de que há o caráter público no 19.09.96; impetrante: Terezinha de processo de registro de candidatura. Jesus Porto da Silva; impetrado: Juiz Concessão, em definitivo, da seguran- Eleitoral da 110ª Zona). ça, confirmando a medida liminar. (Proc. 37. Mandado de segurança. Vencidas Cl. I, nº 54b/96; Rel. Dr. Norberto da as etapas do processo eleitoral nas Costa Caruso Mac-Donald; 25.11.96; quais o decisum de 2º grau geraria os impetrante: Fernando Bartholomay; im- seus efeitos, com a conseqüente perda petrado: Juiz Eleitoral da 40ª Zona). de objeto do remédio constitucional. 41. Mandado de segurança. Violação do Feito julgado prejudicado. (Proc. Cl. I, nº disposto no art. 65, § 2º, da Lei nº 51/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 07.10.96; 9.100/95, e no art. 28, inciso II, da Re- impetrante: Rádio Municipal São Pe- solução TSE nº 19.512/96, além da drense; impetrada: Justiça Eleitoral). não-observância da garantia constitu- 38. Recurso regimental: decisão que in- cional insculpida no art. 5º, inciso LV, da deferiu inicial de mandado de seguran- Magna Carta. Mandamus concedido, ça impetrado contra ato judicial que ratificando-se a liminar ab initio deferida. determinou a suspensão de propaganda (Proc. Cl. I, nº 55/96; Rel. Dr. Marco Au- eleitoral. Inexistência de direito líquido e rélio Heinz; 07.10.96; impetrante: Coli- certo a ser protegido pelo referido man- gação "Juntos por " (PMDB e damus. Descabimento deste, eis que PTB); impetrada: Justiça Eleitoral). impetrado contra decisão passível de 42. Mandado de segurança, com pedido recurso não interposto. Provimento ne- de liminar: decisão judicial que indeferiu gado. (Proc. Cl. I, nº 52/96; Rel. Dr. pedido de registro de pesquisa eleitoral. Marco Aurélio Heinz; 25.09.96; recor- O art. 48 da Lei nº 9.100/95, interpreta- rente: Marlene dos Santos Wingert; re- do em consonância com dispositivos corrida: Justiça Eleitoral). constitucionais que vedam a censura a 39. Mandado de segurança, com pedido qualquer espécie de informação, não de liminar. Requerimento, a Juiz Eleito- constitui empecilho para a publicação ral, de cópia reprográfica de declaração de pesquisa eleitoral, mas elemento a de bens de candidato a cargo eletivo. propiciar aos interessados o eventual di- reito à reparação de danos. Liminar Revista do TRE/RS 96 deferida. (Proc. Cl. I, nº 58/96; Rel. Dr. diense; impetrado: Juiz Eleitoral da 83ª Nelson Antonio Monteiro Pacheco; Zona). 25.09.96; impetrante: União Florense 47. Mandado de segurança. Indeferi- pelo Progresso - UFP (PDT-PPB-PTB); mento da liminar anteriormente postula- impetrado: Juiz Eleitoral da 68ª Zona). da, sendo que a decisão atacada já 43. Mandado de segurança, com pedido deve ter produzido os efeitos legais dela de liminar: decisão judicial que indeferiu decorrentes. No recurso interposto pela pedido de registro de pesquisa eleitoral. ora impetrante em processo já referido, Liminar deferida. Pedido de registro en- houve provimento integral. Perda de caminhado por fac-símile não ratificado. objeto do presente writ. Feito julgado Ilegitimidade ativa da impetrante. Or- prejudicado. (Proc. Cl. I, nº 60b/96; Rel. dem denegada. (Proc. Cl. I, nº 58b/96; Dr. Leonel Tozzi; 25.09.96; impetrante: Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- Emissora Sarandiense; impetrado: Juiz checo; 01.10.96; impetrante: União Flo- Eleitoral da 83ª Zona). rense pelo Progresso - UFP (PDT-PPB- 48. Mandado de segurança, com pedido PTB); impetrado: Juiz Eleitoral da 68ª de liminar. Decisão judicial nos autos de Zona). representação eleitoral, reformando 44. Embargos de declaração. Recurso despacho anterior, em que era ordena- interposto por quem não é parte no pro- da a apresentação de documentos cesso. Feito não conhecido. (Proc. Cl. I, contábeis de coligação eleitoral. Impe- nº 58c/96; Rel. Dr. Nelson Antonio tração contra o referido decisum. Distin- Monteiro Pacheco; 28.09.96; embar- ção entre prestação de contas de cam- gante: PMDB de ; em- panha eleitoral, disciplinada no art. 42 bargada: Justiça Eleitoral). da Lei nº 9.100/95, e apresentação de 45. Mandado de segurança com pedido balancetes, prevista no § 3º do art. 32 de liminar. Existência de fumus boni ju- da Lei nº 9.096/95. Liminar indeferida. ris consistente na aparência de que a (Proc. Cl. I, nº 61/96; Rel. Dr. Nelson pesquisa eleitoral seguiu tramitação re- Antonio Monteiro Pacheco; 26.09.96; gular. Irresignação interposta perante o impetrante: Coligação Frente Popular juízo monocrático deve ser recebida Muda Tramandaí; impetrados: Juiz como recurso inominado, a teor do que Eleitoral da 110ª Zona e Coligação Uni- dispõe o art. 258 do Código Eleitoral, ão por Tramandaí (PMDB/PPB). determinando-se a subida ao juízo ad 49. Mandado de segurança: apreciação quem. Liminar deferida, em parte, nes- de liminar. Concessão de medida limi- ses termos. (Proc. Cl. I, nº 59/96; Rel. nar em ação cautelar inominada, que Dr. Marco Aurélio Heinz; 26.09.96; im- determinou a suspensão da transmis- petrante: Editora Ibiá Ltda.; impetrada: são de propaganda eleitoral gratuita. Justiça Eleitoral). Não-atendimento dos requisitos do arti- 46. Mandado de segurança, com pedido go 7º, inciso II, da Lei nº 1.533/51. Limi- de liminar. Impetração objetivando a nar indeferida. (Proc. Cl. I, nº 62/96; atribuição de efeito suspensivo a recur- Rel. Dr. Manoel Volkmer de Castilho; so contra decisão condenatória em re- 26.11.96; impetrante: Partido do Movi- presentação eleitoral. Inexistência de di- mento Democrático Brasileiro; impetra- reito líquido e certo. Liminar indeferida. do: Juiz Eleitoral da 60ª Zona). (Proc. Cl. I, nº 60/96; Prolator do acór- 50. Mandado de segurança: apreciação dão: Dr. Manoel Volkmer de Castilho; de liminar. Inexistência de fumus boni 26.09.96; impetrante: Emissora Saran- iuris e periculum in mora que sustentem Revista do TRE/RS 97 a pretensão. Petição inicial indeferida. za Eleitoral manifestamente ilegal, pois (Proc. Cl. I, nº 63/96; Rel. Dr. Nelson a edição jornalística apreendida não Antonio Monteiro Pacheco; 27.09.96; continha qualquer infração à Lei nº impetrantes: Partido Progressista Bra- 9.100/95. Concessão, em definitivo, da sileiro e Antônio Carlos Cardoso Go- segurança, confirmando a medida limi- mes; impetrada: Juíza Eleitoral da 44ª nar. (Proc. Cl. I, nº 69b/96; Rel. Dr. Zona). Marco Aurélio Heinz; 25.11.96; impe- 51. Mandado de segurança, com pedido trante: Empresa Jornalística O Canguçu de liminar, objetivando a suspensão de Ltda.; impetrada: Juíza Eleitoral da 14ª decisão que concedeu direito de res- Zona). posta, até final julgamento de recurso 55. Mandado de segurança: apreciação interposto contra o referido decisum. de liminar. Decisão que deferiu exercí- Inexistência de manifesta ilegalidade na cio de direito de resposta sem obser- decisão hostilizada. Efeito suspensivo vância dos princípios do devido proces- não previsto pela lei eleitoral. Incidência so legal e do contraditório. Incidência do do art. 8º da Lei nº 1.533/51 Petição ini- artigo 59 da Resolução TSE cial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 64/96; nº 19.512/96, reduzindo pela metade os Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 28.09.96; prazos legais. Liminar deferida para impetrante: Coligação Juntos por Igreji- anular a decisão. (Proc. Cl. I, nº 71/96; nha (PMDB/PTB); impetrado: Juiz Elei- Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- toral da 149ª Zona - Igrejinha). checo; 28.09.96; impetrante: Valdomiro 52. Habeas corpus, com pedido de limi- Rocha Lima; impetrado: Juíza Eleitoral nar, objetivando o trancamento de in- da 163ª Zona). quérito policial. Sendo a autoridade 56. Mandado de segurança: apreciação apontada como coatora não o Juiz, mas de liminar. Decisão que condenou a Promotora Eleitoral, não cabe ao TRE emissora de rádio à pena de multa e de apreciar o feito. Petição inicial indeferi- suspensão de sua programação. A exe- da. (Proc. Cl. I, nº 65/96; Rel. Dr. Leonel cução de pena deve aguardar o trânsito Tozzi; 28.09.96; impetrante/paciente: em julgado da decisão. Liminar deferi- Carlos Renato de Lima Costa; impetra- da. (Proc. Cl. I, nº 73/96; Rel. Dr. Nel- da: Promotora Eleitoral da 5ª Zona - son Antonio Monteiro Pacheco; Alegrete). 30.09.96; impetrante: Rádio São Roque 53. Mandado de segurança: apreciação Ltda.; impetrado: Juiz Eleitoral da 119ª de liminar. Decisão que suspendeu pu- Zona). blicação de toda a edição de jornal e 57. Mandado de segurança. Decisão apreendeu os seus exemplares. Alega- que condenou emissora de rádio à pena ção de que haveria publicação prévia de multa e de suspensão de sua pro- dos resultados da eleição de 03 de ou- gramação. Liminar deferida. Inexistên- tubro. Autorização para divulgar nor- cia de tratamento privilegiado entre malmente o periódico com conteúdo candidatos. Vedação constitucional a idêntico ao das cópias juntadas aos qualquer restrição à plena liberdade de autos. Liminar deferida. (Proc. Cl. I, nº informação jornalística. Ordem concedi- 69/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; da. (Proc. Cl. I, nº 73b/96; Rel. Dr. Nel- 28.09.96; impetrante: Empresa Jorna- son Antonio Monteiro Pacheco; lística O Canguçu Ltda.; impetrado: Juiz 28.10.96; impetrante: Rádio São Roque Eleitoral da 14ª Zona). Ltda.; impetrado: Juiz Eleitoral da 119ª 54. Mandado de segurança. Ato da Juí- Zona). Revista do TRE/RS 98 58. Mandado de segurança, com pedido ferida, para autorizar os impetrantes a de liminar. Perda de objeto. Petição ini- votarem em separado. (Proc. Cl. I, nº cial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 75/96; 103/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 30.09.96; 02.10.96; impetrante: Ricardo Pia- impetrante: Coligação Ano cheski, Silvia Regina de Oliveira Pia- 2000; impetrado: Juiz Eleitoral da 20ª cheski; impetrado: Juiz Eleitoral da 133ª Zona - Erechim). Zona). 59. Mandado de segurança: apreciação 63. Mandado de segurança. Liminar de liminar. Ato judicial que não configu- anteriormente deferida teve caráter sa- ra abusividade ou ilegalidade flagrantes. tisfativo, uma vez que os impetrantes Inicial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 76/96; obtiveram o direito de votar em separa- Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- do. Concessão, em definitivo, da segu- checo; 30.09.96; impetrante: Coligação rança, confirmando a medida liminar. PMDB/PL; impetrada: Juíza Eleitoral da (Proc. Cl. I, nº 103b/96; Rel. Dr. Gilson 163ª Zona). Langaro Dipp; 06.11.96; impetrante: Ri- 60. Mandado de segurança. Apreciação cardo Piacheski, Silvia Regina de Olivei- de liminar. Embora o competente recur- ra Piacheski; impetrado: Juiz Eleitoral so tenha sido interposto, não foram da 133ª Zona). juntadas as razões respectivas. Inicial 64. Mandado de segurança. Funda- indeferida. (Proc. Cl. I, nº 96/96; Rel. Dr. mentos que levaram ao deferimento da Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; liminar, que era satisfativa, são sufici- 01.10.96; impetrante: Partido Progres- entes para embasar um juízo de valor sista Brasileiro; impetrado: Juiz Eleitoral no sentido de que a abertura e o movi- da 18ª Zona). mento da sede do partido político não 61. Mandado de segurança. Apreciação constitui propaganda eleitoral a ser re- de liminar. Direito de resposta concedi- primida por ato de poder de polícia do do já veiculado, não mais havendo Juiz Eleitoral. Concessão, em definitivo, oportunidade de manifestação por parte da segurança, confirmando a medida do impetrante. Ademais, inexiste prova liminar. (Proc. Cl. I, nº 104b/96; Rel. Dr. de haver sido interposto recurso da de- Marco Aurélio Heinz; 25.11.96; impe- cisão de primeira instância. Inicial inde- trante: Coligação "União por Osório" ferida. (Proc. Cl. I, nº 97/96; Rel. Dr. (PMDB e PFL); impetrada: Juíza Eleito- Nelson Antonio Monteiro Pacheco; ral da 77ª Zona). 02.10.96; impetrante: Partido Democrá- 65. Mandado de segurança: apreciação tico Trabalhista; impetrado: Juiz Eleitoral de liminar. Decisão que determinou a da 107ª Zona). proibição de uso de bandeiras, pelos 62. Mandado de segurança com pedido eleitores, e camisetas e bonés, pelos de liminar. Matéria de fato que suscita fiscais de partidos políticos. Incidência dúvidas deve ser preterida em face da do artigo 57, caput, e parágrafo 3º, da necessidade de resguardar o direito de Resolução TSE nº 19.512/96, autori- votar, previsto constitucionalmente. Ha- zando a utilização dos aludidos símbo- vendo incerteza, há que se resguardar los e emblemas. Liminar deferida. (Proc. esse direito insculpido na Lei Maior, Cl. I, nº 105/96; Rel. Dr. Marco Aurélio pois prevalece o interesse público. Inci- Heinz; 02.10.96; impetrante: Frente Po- dência de preceitos de ordem constitu- pular (PT, PSB, PPS e PSTU); impetra- cional, c/c os arts. 72 do Código Eleito- da: Juíza Eleitoral da 51ª Zona). ral e 73 da Lei nº 9.100/95. Liminar de- 66. Mandado de segurança. Eleitor não Revista do TRE/RS 99 constante da lista de votantes, com o 70. Mandado de segurança, com pedido título cancelado por erro humano ou fa- de liminar. Impetração objetivando o lha do sistema. Impossibilidade de con- acesso a dados relativos às eleições ceder a medida liminar por impedimento proporcionais. Petição inicial indeferida, material - de acordo com a legislação eis que o pedido não satisfaz os requi- eleitoral, o limite de horário para votar é sitos legais. (Proc. Cl. I, nº 111/96; Rel. dezessete (17) horas. Feito julgado Dr. Marco Aurélio Heinz; 14.10.96; im- prejudicado. (Proc. Cl. I, nº 108/96; Rel. petrante: PL - Diretório Municipal de Des. Tupinambá Miguel Castro do Nas- Guaíba; impetrado: Juiz Eleitoral da 90ª cimento; 03.10.96; impetrante: Luiz Zona - Guaíba). Carlos Goulart de Miranda; impetrado: 71. Mandado de segurança. Apreciação Juiz Eleitoral da 1ª Zona). de liminar. Prazo para pedido de re- 67. Mandado de segurança. Decisão de contagem de votos é de três (03) dias, e junta eleitoral relativa à fiscalização do é feito pela interposição de recurso, escrutínio. Liminar deferida. A conces- sendo que o mandamus não pode ser são da medida liminar exauriu o proces- utilizado como sucedâneo da irresigna- so e a própria pretensão. Ordem conce- ção. Ausência de ato manifestamente dida. (Proc. Cl. I, nº 109/96; Prolator do violador de direito líquido e certo. Inicial acórdão: Des. Celeste Vicente Rovani; indeferida. (Proc.Cl. I, nº 112/96; Rel. 25.11.96; impetrante: Coligação União Dr. Marco Aurélio Heinz; 17.10.96; im- por (PDT, PTB, PFL e PL); petrante: Partido Liberal; impetrado: Juiz impetrado: Juiz Eleitoral da 124ª Zona). Eleitoral da 90ª Zona). 68. Mandado de segurança: apreciação 72. Mandado de segurança. Apreciação de liminar. Nenhuma das hipóteses pre- de liminar. A Justiça Eleitoral não pode vistas na legislação eleitoral que permi- interferir na autonomia dos Municípios, tiriam a recontagem dos votos se en- tampouco na estrutura interna de funci- contram presentes. Liminar deferida. onamento do Poder Legislativo. Liminar (Proc. Cl. I, nº 110/96; Rel. Dr. Gilson deferida. (Proc. Cl. I, nº 114/96; Rel. Dr. Langaro Dipp; 07.10.96; impetrante: Gilson Langaro Dipp; 23.10.96; impe- Partido da Frente Liberal; impetrado: trante: Câmara de Vereadores; impetra- Juiz Eleitoral da 41ª Zona). da: Juíza Eleitoral da 154ª Zona). 69. Mandado de segurança. O pedido 73. Mandado de segurança. Interposi- de recontagem de votos não se enqua- ção objetivando a sustação da decisão dra em nenhuma das hipóteses previs- que aumentou, após a eleição, o núme- tas na Lei nº 9.100/95 e Resolução TSE ro de vagas na Câmara Municipal. Limi- nº 19.540/96. Apesar do que dispõe a nar deferida. Conversão do julgamento Súmula 267 do STF, o mandamus pode em diligência para citação dos litiscon- ser apreciado quando o ato judicial ata- sortes passivos. (Proc. Cl. I, nº 114b/96; cado é manifestamente ilegítimo, ou Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 25.11.96; proferido com abuso do poder, ou de impetrante: Câmara Municipal de Vere- autoridade, ou sem fundamentação. adores de Salto do Jacuí; impetrado: Concessão, em definitivo, da seguran- Juiz Eleitoral da 154ª Zona - Arroio do ça, confirmando a medida liminar. (Proc. Tigre). Cl. I, nº 110b/96; Rel. Dr. Gilson Langa- 74. Mandado de segurança. Interposi- ro Dipp; 27.11.96; impetrante: Partido ção objetivando a sustação de decisão da Frente Liberal; impetrado: Juiz Eleito- judicial que aumentou, após a eleição, o ral da 41ª Zona). número de vagas na Câmara Municipal. Revista do TRE/RS 100 Liminar deferida. Conversão de julga- Eleitoral). mento em diligência para citação dos li- 78. Mandado de segurança. Decisão ju- tisconsortes passivos. Preliminares re- dicial que negou seguimento a recurso. jeitadas. A alteração do número de ve- Inexistência de direito líquido e certo. readores deve ser fixada por ato interna Ordem denegada. (Proc. Cl. I, nº corporis do Legislativo Municipal, em 118/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- período anterior às eleições. Manuten- ruso Mac-Donald; 19.12.96; impetrante: ção do processo eleitoral estabelecido Partido Democrático Trabalhista; impe- pela Lei nº 9.100/95 e Resolução TSE trada: Juíza Eleitoral da 72ª Zona Eleito- nº19.509/96. Ordem concedida. (Proc. ral). Cl. I, nº 114c/96; Rel. Dr. Gilson Langa- ro Dipp; 19.12.96; impetrante: Câmara 79. Mandado de segurança. Ausentes Municipal de Vereadores de Salto do os requisitos da ação mandamental, Jacuí; impetrada: Juíza Eleitoral da 154ª previstos no artigo 8º da Lei nº Zona). 1.533/51. Inicial indeferida. (Proc. Cl. I, nº 119/96; Rel. Dr. Nelson Antonio 75. Habeas Corpus preventivo. Não Monteiro Pacheco; 11.12.96; impetran- constitui qualquer constrangimento ile- te: Júlio Tadeu Batista Machado; impe- gal o Juiz Eleitoral, que integra a Justiça trados: Membros da Junta Eleitoral da Eleitoral, requisitar funcionários de 124ª Zona). qualquer órgão público, para ajudar no serviço eleitoral, que é obrigatório e 80. Mandado de segurança. Decisão prefere a qualquer outro. Exegese do que obstou a diplomação de candidato. art. 365 do Código Eleitoral. Ordem de- Liminar deferida. Ocorrência de grava- negada. (Proc. Cl. I, nº 115/96; Rel. Dr. me ao direito líquido e certo do impe- Leonel Tozzi; 21.11.96; impetrante: Ma- trante, consistente em, uma vez pro- ria de Lourdes Ferreira da Rosa Ribeiro; clamado eleito, ver-se diplomado. Or- impetrada: Juíza Eleitoral da 171ª Zona; dem concedida. (Proc. Cl. I, nº 121/96; paciente: Leandro Tavares Viegas). Rel. Dr. Carlos Rafael dos Santos Júni- or; 28.02.97; impetrante: Valdo Nóbrega 76. Mandado de segurança: apreciação Ribeiro; impetrada: Juíza Eleitoral da de liminar. Inadequação deste remédio 90ª Zona) jurídico para examinar questões que . dependam de dilação probatória. Apli- cação do artigo 8º da Lei nº 1.533/51. Petição inicial indeferida. (Proc. Cl. I, nº Filiação 116/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- ro Pacheco; 11.11.96; impetrante: Eli- partidária seu Alfredo Brixner; impetrado: Juiz 01. Recurso: decisão que declarou a Eleitoral da 157ª Zona). nulidade de filiação partidária. Inexis- tência de dupla filiação. Recurso provi- 77. Mandado de segurança: apreciação de liminar. Decisão que indeferiu pedido do. (Proc. Cl. II, nº 12/96; Rel. Dr. no sentido de que fiscais de coligação Gilson Langaro Dipp; 27.05.96; recor- partidária utilizem camisetas com sím- rente: Ruy Prestes Gabriel; recorrida: bolo designativo de agremiação política. Justiça Eleitoral). Feito julgado prejudicado. (Proc. Cl. I, nº 02. Recurso: decisão que declarou a 117/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- nulidade de filiações partidárias. Preli- ro Pacheco; 11.11.96; recorrente: Coli- minar de nulidade de sentença rejeita- gação Frente Democrática (PMDB, da. Exegese do art. 58, parágrafo único, PSDB, PL e PFL); recorrida: Justiça da Lei nº 9.096/95 e do art. 64, pará- Revista do TRE/RS 101 grafo 1º, da Resolução nº 19.406 do Eleitoral). Tribunal Superior Eleitoral. Recurso 07. Recurso. Duplicidade de filiação. provido. (Proc. Cl. II, nº 14/96; Rel. Dr. Preliminar rejeitada. Manifestação ine- Leonel Tozzi; 16.05.96; recorrente: Ge- quívoca de vontade de permanência da túlio Correa dos Santos; recorrido: filiação a um dos partidos políticos. Pre- PSDB de Estrela). cedentes deste Tribunal nesse sentido. 03. Recurso. Decisão que indeferiu pe- Recurso provido. (Proc. Cl. II, nº 38/96; dido de inclusão de eleitor na listagem Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- de filiados. Jurisprudência pacificada Donald; 29.07.96; recorrente: Armando neste Tribunal. Incidência do art. 19, § Severo; recorrido: Justiça Eleitoral). 2º, da Lei 9.096/95 e do art. 36, § 5º, da 08. Recurso. Duplicidade de filiação. Resolução 19.406/95 do TSE Inclusão Efetuada comunicação de desfiliação a do eleitor na nominata de filiados. Re- um dos partidos políticos. Recurso pro- curso provido (Proc. Cl. II, nº 18/96; Rel. vido. (Proc. Cl. II, nº 39/96; Rel. Dr. Dr. Leonel Tozzi; 13.06.96; recorrente: Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; PPB; recorrida: Justiça Eleitoral). 29.07.96; recorrentes: Florisbelo Felipe 04. Recurso: decisão que, apreciando e PL; recorrida: Justiça Eleitoral). pedido de revisão da situação de ex- 09. Recurso - Duplicidade de Filiação. filiados de partido político, declarou a Ambas as filiações efetuadas no regime nulidade de filiações partidárias. Ine- da Lei nº 9.096/95. Ausência de comu- xistência de dupla filiação. Recurso pro- nicação de desfiliação. Provimento ne- vido. (Proc. Cl. II, nº 24/96; Rel. Dr. gado. (Proc. Cl. II, nº 64/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 27.05.96; recor- Gilson Langaro Dipp; 29.07.96; recor- rentes: Gilberto Fensterseifer, Pedro Ari rentes: Neusa Vieira Bouchaton e PT; Pedroso e Hedo Thies; recorrida: Justi- recorrida: Justiça Eleitoral). ça Eleitoral; requerente: PMDB de Es- trela). 10. Recurso - Duplicidade de Filiação. Ambas as filiações efetuadas no regime 05. Recurso. Duplicidade de filiação. da Lei nº 5.682/71, devendo prevalecer Decisão que declarou a nulidade de fili- a mais recente. Recurso provido. (Proc. ações partidárias. Exegese do disposto Cl. II, nº 65/96; Rel. Dr. Nelson Antonio no art. 58, parágrafo único, da Lei nº Monteiro Pacheco; 29.07.96; recorren- 9.096/95, e no art. 64, parágrafo 1º, da tes: PMDB e João Lopes Pens; recorri- Resolução nº 19.406/95, do TSE. Re- da: Justiça Eleitoral). curso provido. (Proc. Cl. II, nº 33/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- 11. Recurso. Pedido de inclusão de fili- Donald; 15.07.96; recorrentes: PMDB e ados. O cidadão eleitor não pode ser Domitial Santos da Silva; recorrida: Jus- prejudicado com a omissão de seu tiça Eleitoral). nome na lista de filiados, remetida à Justiça Eleitoral em 15 de dezembro de 06. Recurso. Decisão que declarou a 1995 pelo Diretório Municipal, se a essa nulidade de filiações partidárias. Ine- data já estava inscrito no partido. Apli- xistência de prova que caracterize a du- cação do § 2º do art. 19 da Lei nº 9.096, plicidade de filiação. Prevalência da lis- de 19.09.1995. Recurso provido. (Proc. tagem de eleitores que foi entregue Cl. II, nº 72/96; Rel. Dr. Marco Aurélio tempestivamente. Recurso provido. Heinz; 26.08.96; recorrentes: Juraci (Proc. Cl. II, nº 34/96; Rel. Des. Celeste Rosa da Silva e Cenilda de Fátima Ca- Vicente Rovani; 31.07.96; recorrente: margo Cassol; recorrida: Justiça Eleito- Denise Job Dequi; recorrida: Justiça ral). Revista do TRE/RS 102 Heinz; 05.08.96; recorrente: João Dilmar Meller Domenighi; recorrida: Justiça Registro de Eleitoral). 04. Recurso. Registro de candidatura. candidaturas Requerimento de registro apresentado 01. Recurso: número de candidatos cinco dias depois de transcorrido o pra- concorrentes a Câmara Municipal. Pu- zo estabelecido pela legislação perti- blicação de edital de deferimento de re- nente (artigo 12, § 2, da Lei nº 9.100/95 gistro, especificando o prazo para recor- e art. 11, parágrafo único, da Resolução rer. Aplicação à espécie do disposto no nº 19.509/96 do TSE.). Recurso impro- artigo 9º, combinado com o artigo 8º, da vido. (Proc. Cl. III, nº 25/96; Rel. Dr. Lei Complementar nº 64/90, e no artigo Gilson Langaro Dipp; 07.08.96; recor- 29, em combinação com o artigo 28 da rente: Leonel Godinho da Silva; recorri- Resolução nº 19.509/96 do TSE. Prazo da: Justiça Eleitoral). para interposição de recurso é de 3 05. Recurso: decisão que indeferiu pe- (três) dias após a publicação do edital. dido de registro de candidatura, por Feito não-conhecido. (Proc. Cl. III, nº entender ausente prova de filiação par- 02/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; tidária. Presença, nos autos, de docu- 31.07.96; recorrente: PTB; recorridos: mentos comprobatórios da referida filia- PDT, PFL e PL). ção: ficha de filiação partidária, conferi- 02. Recurso. Decisão que indeferiu re- da pelo Escrivão Eleitoral, e certidão do gistro de candidatura. Ausência do Cartório Eleitoral. Recurso provido. nome da candidata na listagem entre- (Proc. Cl. III, nº 28/96; Rel. Dr. Gilson gue no cartório eleitoral em 15.12.95. Langaro Dipp; 01.08.96; recorrente: Pe- Superveniente inclusão na lista deposi- dro Fernando Sacramento; recorrida: tada em 05.05.96; portanto, no prazo Justiça Eleitoral). dos arts. 19, caput, da Lei nº 9.096/95, 06. Recurso: decisão que indeferiu pe- e 36 da Resolução TSE nº 19.406/95, dido de registro de candidatura, por falta mas com data de filiação de 18.12.95. A de filiação partidária e duplicidade de fi- prova de filiação deve ser efetuada em liação. Impossibilidade de ser o eleitor consonância com o art. 36, § 3º, da Re- prejudicado pela desídia do partido, solução 19.406/95. Não estando a can- que, na espécie, admite, de forma ex- didata filiada no prazo estipulado pela pressa, que se omitiu ao não incluir o legislação, não pode concorrer. Recurso nome do recorrente na sua primeira lista improvido. (Proc. Cl. III, nº 09/96; Rel. de filiados. Presença, nos autos, de fi- Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; cha de filiação devidamente assinada 31.07.96; recorrente: PTB; recorrida: pelo recorrente e visada pelo Cartório Justiça Eleitoral; interessada: Maria de Eleitoral em dia anterior à data-limite Lurdes Blum). para a filiação. Recurso provido. (Proc. 03. Recurso. Decisão que indeferiu pe- Cl. III, nº 29/96; Rel. Dr. Gilson Langaro dido de registro de candidatura. Aplica- Dipp; 01.08.96; recorrente: Jari Ramires ção da Súmula nº 9 do TSE: a suspen- da Silva; recorrida: Justiça Eleitoral). são de direitos políticos decorrentes de 07. Recurso: registro de candidatura. condenação criminal transitada em jul- Não comprovada a duplicidade de filia- gado cessa com o cumprimento ou ex- ção. Aplicação do art. 19 da Lei nº tinção da pena. Recurso provido. (Proc. 9.096/95. Recurso provido. (Proc. Cl. III, Cl. III, nº 21/96; Rel. Dr. Marco Aurélio nº 31/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; Revista do TRE/RS 103 07.08.96; recorrente: Osmar Terres An- Decisão já retratada pelo Juízo de 1º drade; recorrida: Justiça Eleitoral). grau. Prova de comunicação, pelo re- 08. Recurso. Registro de candidatura. corrente, de desfiliação de um dos par- Inexistente qualquer prova de filiação tidos políticos. Recurso provido. (Proc. partidária. Recurso improvido (Proc. Cl. Cl. III, nº 40/96; Rel. Dr. Gilson Langaro III, nº 32/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 07.08.96; recorrente: Renato Mar- Dipp; 07.08.96; recorrente: Zeli Cava- tins Pinto; recorrida: Justiça Eleitoral). lheiro da Silva; recorrida: Justiça Eleito- 14. Recursos - registro de candidaturas: ral). a) alegada inobservância do dispositivo 09. Recurso. Registro de candidatura. do § 3º do art. 11 da Lei nº 9.100/95, Omissão que ocasionou o indeferimento que prevê a reserva de 20% de vagas a do registro suprida pelo recorrente. candidatas mulheres; b) indeferimento Aplicação do art. 18 da Resolução de registro, por falta do requisito de fili- nº 19.509/96 do TSE. Recurso provido. ação partidária. a) A inexistência ou a (Proc. Cl. III, nº 33/96; Rel. Dr. Gilson insuficiência de candidatas mulheres Langaro Dipp; 07.08.96; recorrente: não implica o indeferimento de registro Paulo Brasil do Amaral; recorrida: Justi- de candidaturas masculinas, desde que ça Eleitoral). estas não adentrem os referidos 20% de vagas. Jurisprudência do TSE nesse 10. Recurso. Registro de candidatura. sentido (Resoluções nºs 19.448/96 e Lapso do partido político que omitiu o 19.564/96). Provimento negado. b) O nome do recorrente. Prova de filiação recebimento, pelo Cartório Eleitoral, em partidária feita pela segunda relação de 15.12.95, de lista de filiados na qual filiados. Preenchidos os requisitos do constava o nome da recorrente compro- art. 12, § 1º, inciso III, da Lei nº va que esta, na referida data, ou anteri- 9.100/95 e pelo art. 13, inciso III, da Re- ormente, estava filiada ao partido. Re- solução nº 19.509/96 do TSE. Recurso curso provido. (Proc. Cl. III, nº 46/96; provido. (Proc. Cl. III, nº 35/96; Rel. Dr. Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Gilson Langaro Dipp; 07.08.96; recor- Donald; 31.07.96; recorrentes: Ministé- rente: Wineton Ferreira Vaz; recorrida: rio Público e Clecy Salete Blau; recorri- Justiça Eleitoral). da: Justiça Eleitoral; interessada: Coli- 11. Recurso. Registro de candidatura. gação Frente Progressista Democrática Filiado que, por erro formal, não cons- (PPB e PDT). tou na lista de filiação. Comprovado o 15. Recurso: decisão que indeferiu pe- vínculo partidário por outros meios de dido de registro de candidatura, por au- prova. Recurso provido. (Proc. Cl. III, nº sência de desincompatibilização tem- 36/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; pestiva. A Lei Complementar nº 64/90, 07.08.96; recorrente: Lair de Mattos; re- ao determinar o afastamento de Secre- corrida: Justiça Eleitoral). tário Municipal no período de quatro 12. Recurso. Registro de candidatura. meses anteriores ao pleito, visa a coibir Desatendidos os requisitos do artigo 13 o uso indevido da máquina administrati- da Resolução nº 19.509/96 do TSE. va. Não será um ato isolado, através do Recurso improvido. (Proc. Cl. III, nº qual a recorrente sequer auferiu benefí- 39/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; cio algum, que será capaz de alijá-la do 07.08.96; recorrente: PPB; recorrida: pleito de 03 de outubro de 1996. Não Justiça Eleitoral; interessado: Hugo Hu- existe nos autos prova de que a recor- ckembeck). rente tenha desempenhado qualquer 13. Recurso. Registro de candidatura. outro ato administrativo após a exone- Revista do TRE/RS 104 ração, nem mesmo impugnação por TSE -, bem como a publicação da sen- parte dos concorrentes. Recurso provi- tença por edital, nos termos do caput do do. (Proc. Cl. III, nº 50/96; Rel. Dr. Leo- art. 29 do referido diploma legal. Valida- nel Tozzi; 07.08.96; recorrentes: PPB e de, nessas condições, da intimação Maria Elisabeth Hermes; recorrida: Jus- como termo inicial do prazo recursal. tiça Eleitoral). Preliminar de intempestividade rejeita- 16. Recurso: decisão que indeferiu pe- da. Primeira filiação ocorrida ainda na dido de registro de candidatura, por ine- vigência da antiga LOPP. Segunda filia- xistência de prova de filiação partidária. ção efetuada após a edição da nova le- Argumentos recursais sem um mínimo gislação partidária, devendo, por isso, de conforto probatório que propicie a ser considerada como primeira na vi- comprovação da adesão do recorrente gência da nova lei. Recurso provido. à agremiação partidária. Recurso Im- (Proc. Cl. III, nº 99/96; Rel. Dr. Gilson provido. (Proc. Cl. III, nº 52/96; Rel. Dr. Langaro Dipp; 19.08.96; recorrente: Leonel Tozzi; 08.08.96; recorrente: Sér- Partido dos Trabalhadores; recorrida: gio José Ferreira; recorrida: Justiça Justiça Eleitoral; interessado: Ernani Eleitoral). Felipe Rieth). 17. Recurso: decisão que indeferiu pe- 19. Recurso. Registro de candidatura. dido de registro de candidatura, diante Decisão do juízo monocrático que in- da inelegibilidade do filiado interessado, deferiu pedido de registro de candidatu- ex vi do art. 1º, inciso II, alínea “i”, da ra, por não haver prova de filiação parti- Lei Complementar nº 64/90. Existência dária regular. Eleitor filiado a dois parti- de contrato individual de trabalho cele- dos políticos, não constando, no Cartó- brado com trabalhador especializado, rio Eleitoral, comunicação de desfiliação mediante remuneração mensal fixa, à primeira agremiação partidária esco- para desempenhar serviço por tempo lhida ou à Justiça Eleitoral. Infringência determinado. Situação que se enquadra ao disposto no art. 22, parágrafo único, na disposição do art. 1º, inciso II, alínea da Lei nº 9.096/95. Recurso improvido. “l”, da Lei Complementar nº 64/90; o re- (Proc. Cl. III, nº 100/96; Rel. Dr. Nor- corrente, enquanto em vigor o contrato berto da Costa Caruso Mac-Donald; firmado com a administração, é um ser- 21.08.96; recorrente: PDT de Vila Nova vidor público contratado. Inocorrência do Sul; recorrida: Justiça Eleitoral; inte- de causa ensejadora da alegada inele- ressado : José Oseas Lopes). gibilidade do recorrente. Recurso provi- 20. Recurso. Registro de candidatura. do. (Proc. Cl. III, nº 78/96; Rel. Dr. Leo- Decisão do juízo monocrático que in- nel Tozzi; 12.08.96; recorrente: Cleto deferiu pedido de registro de candidatu- Ziem; recorrido: PMDB de Capitão). ra, eis que não teria havido filiação par- 18. Recurso: decisão que indeferiu pe- tidária tempestiva. Irresignação é tem- dido de registro de candidatura, por du- pestiva, uma vez que deveria haver pu- plicidade de filiação partidária. Apelo blicação de edital para conhecimento interposto três dias após a intimação dos interessados, pois o juízo singular formal da sentença ao procurador do não proferiu a sentença no prazo legal, partido recorrente e ao interessado. In- após a conclusão dos autos. Ausente a comprovada, nos autos, a data da con- referida publicação, tem-se que o recor- clusão do processo ao Juiz - impossibi- rente conheceu da sentença no dia em litando, assim, a comprovação da ob- que manifestou seu inconformismo. No servância ao prazo referido no caput do mérito, assiste razão ao apelante, pois o art. 28 da Resolução nº 19.509/96, do original da ficha de filiação partidária Revista do TRE/RS 105 satisfaz os requisitos previstos pelo art. recorrente: Valdemar Ferreira Fonseca; 12, § 1º, inciso III, da Lei nº 9.100/95, e recorrida: Justiça Eleitoral). pelo art. 13, inciso III, da Resolução 23. Recurso: decisão que indeferiu pe- TSE nº 15.509/96, que dispõe que o dido de registro de candidatura, por não pedido de registro de candidatura deve- ser o requerente filiado ao partido políti- rá ser instruído com a “prova de filiação co pelo qual postula a referida candi- partidária”, o que ocorreu até a data- datura. Comprovada, nos autos, a for- limite de 15.12.95. Recurso provido. malização do desligamento do recor- (Proc. Cl. III, nº 101/96; Rel. Dr. Marco rente do aludido partido, tanto diante do Aurélio Heinz; 21.08.96; recorrente: representante da agremiação partidária, Celso Forsin Charão; recorrida: Justiça quanto do Juiz Eleitoral. Irresignação Eleitoral). recursal apresentada contra prova do- 21. Recurso. Registro de candidatura. cumental cristalina e claramente desfa- Decisão do juízo monocrático que jul- vorável ao recorrente. Provimento ne- gou improcedente pedido de impugna- gado, mantida a sentença recorrida. ção ao registro de candidatura. Inexis- (Proc. Cl. III, nº 119/96; Rel. Dr. Gilson tente a preliminar de “cerceamento de Langaro Dipp; 19.08.96; recorrente: Ho- provas”, pois, tratando-se de matéria nório José Peres Bicca; recorrido: Juiz apenas de direito, tem aplicação o art. Eleitoral de ). 5º da Lei Complementar nº 64/90. A 24. Recurso. Registro de candidatura. prova testemunhal perseguida é irrele- Decisão do juízo a quo que deferiu pe- vante, face à existência de farta e sufi- dido de registro de candidatura à vere- ciente prova documental. Inocorre, ou- ança. a) Preliminar de intempestividade trossim, a inelegibilidade lastreada na superada por intimação do parecer e da rejeição de contas do apelado, pois o sentença constante dos autos, seguida mesmo ajuizou ação cautelar inominada da irresignação dentro do tríduo legal. cumulada com ação anulatória, estando b) No tocante à preliminar de ilegitimi- a questão submetida à apreciação do dade do partido para recorrer da deci- Poder Judiciário (art. 1º, inciso I, alínea são, a mesma não prospera, uma vez “g”, da Lei Complementar nº 64/90). que o juízo singular exarou despacho Ademais, a ventilada ação criminal em no qual deixa de receber a notícia como curso não produz o efeito de tornar o impugnação, porém determina sua jun- candidato inelegível, o que somente tada ao processo de registro de candi- ocorreria após o trânsito em julgado de datura e abre vistas ao órgão do par- sentença condenatória . Recurso provi- quet para manifestação, o que supra a do. (Proc. Cl. III, nº 103/96; Rel. Dr. ilegitimidade. c) Quanto ao mérito, im- Gilson Langaro Dipp; 21.08.96; recor- procedente a alegação de que a candi- rente: PDT; recorrida: Justiça Eleitoral). data não teria se desincompatibilizado 22. Recurso. Registro de candidatura. em tempo hábil, pois a alínea “l”, inciso Decisão do juízo monocrático que in- II, art. 1º, da Lei Complementar nº deferiu pedido de registro de candidatu- 64/90, dispõe que o prazo de afasta- ra, diante de problemas de filiação par- mento do cargo de servidores públicos tidária. Preliminares trazidos à lume re- é de 3 (três) meses anteriores ao pleito. jeitadas. Ausência do requisito legal de Ademais, não restou comprovada nos filiação a partido político, a tempo e autos a incidência da hipótese em que a modo oportunos. Recurso improvido. servidora exerça funções que se en- (Proc. Cl. III, nº 106/96; Rel. Dr. Nelson quadrem na alínea “d”, inciso II, art. 1º, Antonio Monteiro Pacheco; 19.08.96; do mesmo diploma legal, quando o pra- Revista do TRE/RS 106 zo de desincompatibilização de servido- ção do disposto no art. 15, inciso III, da res públicos para concorrer à vereança Lei Maior. Provimento negado. (Proc. passa para 6 (seis) meses. Provimento Cl. III, nº 149/96; Rel. Dr. Nelson Anto- negado. (Proc. Cl. III, nº 123/96; Rel. Dr. nio Monteiro Pacheco; 31.08.96; recor- Gilson Langaro Dipp; 29.08.96; recor- rente: José Luiz Netto; recorrida: Justiça rente: PDT; recorrida: Justiça Eleitoral; Eleitoral). impugnada: Marlene Hermes Seibert). 29. Recurso. Registro de candidatura. 25. Recurso. Registro de candidatura. Decisão do juízo a quo que indeferiu Decisão do juízo monocrático que jul- pedido de registro de candidatura, eis gou improcedente impugnação apre- que o recorrente não teria se afastado, sentada contra registro de candidatura à tempestivamente, de suas funções de vereança. Nada mais há a discutir, uma membro do CONSEPRO. A desincom- vez que a sentença do juízo a quo con- patibilização faz-se necessária em de- siderou filiados os eleitores, havendo a corrência das atividades desempenha- referida decisão transitado em julgado. das pelo ocupante do respectivo cargo, Ocorrência do fenômeno da coisa julga- obedecido o prazo de 4 (quatro) meses da. Recurso improvido. (Proc. Cl. III, nº para concorrer a Prefeito ou Vice Pre- 129/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- feito, ou 6 (seis) meses para concorrer a ruso Mac-Donald; 21.08.96; recorrente: vereador, como in casu, nos termos da PFL de Ciríaco; recorrida: Justiça Eleito- Lei Complementar nº 64/90, art. 1º, inci- ral). so II, alínea “d”. Inocorrência de desin- 26. Recurso: decisão que indeferiu pe- compatibilização tempestiva, acarre- dido de registro de candidatura, por falta tando a inelegibilidade do recorrente. de comprovação de filiação partidária. Recurso improvido. (Proc. Cl. III, nº Recurso provido. (Proc. Cl. III, nº 151/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 130/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 28.08.96; recorrente: Darci José Knob; 21.08.96; recorrente: Eduarda Escobar recorrida: Justiça Eleitoral). Silveira - candidata a vereadora; recor- 30. Recurso. Registro de candidatura. rida: Justiça Eleitoral). Decisão do juízo a quo que julgou pro- 27. Recurso. Candidato que indicou, no cedente impugnação formulada e, em prazo legal, as duas variações nominais conseqüência, indeferiu pedido de re- com que desejava ser registrado. Pedi- gistro de candidatura do recorrente, eis do de nova variação extemporâneo. que o candidato interessado não foi es- Recurso improvido. (Proc. Cl. III, nº colhido em convenção partidária. Preli- 132/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; minar de intempestividade rejeitada, 28.08.96; recorrente: Averi Luiz Padoin; porquanto a sentença fustigada deter- recorrida: Justiça Eleitoral). minou a intimação do impugnado, ora recorrente, que apresentou a irresigna- 28. Recurso. Registro de candidatura. ção dentro do tríduo legal. Descumpri- Decisão do Juízo a quo que, julgando mento da condição imposta pelo art. 12, impugnação ofertada, indeferiu pedido § 1º, inciso I, da Lei nº 9.100/95, e pela de registro de candidatura às eleições Resolução TSE nº 19.509/96, art. 13, majoritárias. Recorrente foi condenado inciso I, que pertine à ata da convenção a uma pena de 3 (três) meses de pres- partidária municipal que teria escolhido tação de serviços à comunidade, pelo o recorrente como candidato. A medida cometimento do crime tipificado no art. cautelar intentada, visando à realização 129, § 6º, do Código Penal, tendo dita de nova convenção partidária, foi extinta sentença transitado em julgado. Aplica- pelo juízo de 1ª instância, sob o funda- Revista do TRE/RS 107 mento de carência de ação. Provimento dade do livro de atas; diferença entre as negado. (Proc. Cl. III, nº 153/96; Rel. Dr. cópias da ata de posse do Vice- Marco Aurélio Heinz; 31.08.96; recor- Presidente acostada aos autos (uma em rente: Arnaldo Armelindo Lorenzetti ; re- folha pautada e a outra em folha sim- corrida: Justiça Eleitoral). ples); emissão de cheques, pelo impug- 31. Recurso. Registro de candidatura. nado, na qualidade de Presidente da Condenação do recorrente por violação entidade, quando oficialmente já estaria do art. 163, parágrafo único, inc. III, do afastado (cheques previamente assina- Código Penal. Bens pertencentes a so- dos, segundo alegação); sua condena- ciedade de economia mista continuam ção anterior pela prática dos crimes de sendo patrimônio público. Extinção da estelionato e falsificação de documento punibilidade ocorrida apenas em 27 de particular, capitulados nos arts. 171, pa- junho de 1996, ensejando a inelegibili- rágrafo 1º, e 298 do Código Penal (ex- dade prevista no art. 1º, inciso I, alínea tinção da punibilidade pelo cumprimento “e”, da Lei Complementar nº 64/90. Pro- de pena); e ao insistente comporta- vimento negado. (Proc. Cl. III, nº mento do réu, em permanente justifica- 155/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- ção de seus atos. O referido suporte ro Pacheco; 31.08.96; recorrente: Eu- probatório não enseja a conclusão de gênio Francisco Scalcon; recorrida: que o recorrente não se afastou do car- Justiça Eleitoral). go na data alegada. Ao contrário, de- monstra que se desligou no tempo e 32. Recurso. Decisão que julgou proce- modo oportunos. Registro deferido. Re- dente impugnação a registro de candi- curso provido. (Proc. Cl. III, nº 158/96; datura, pela existência de incertezas Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- quanto a efetiva desincompatibilização checo; 29.08.96; recorrentes: PTB e Ido do recorrente do cargo de Presidente do Vilibaldo Rodhen; recorrida: Justiça CONSEPRO - Conselho Pró-Segurança Eleitoral). Pública - de Três Passos. Natureza jurí- dica da instituição é de órgão privado, 33. Recurso: registro de candidatura. mas com função arrecadadora de ver- Interposição fora do prazo legal, infrin- bas públicas. Necessidade de Presi- gindo o artigo 8º, caput, da Lei Com- dente e Tesoureiro afastarem-se de plementar nº 64/90. Prazo peremptório seus cargos para concorrerem a man- que não se suspende aos sábados, dato eletivo. Incidência do artigo 1º, in- domingos e feriados. Inaplicabilidade do ciso II, alínea “d”, da Lei Complementar § 2º do artigo 184 do Código de Pro- nº 64/90, no sentido de que o prazo de cesso Civil. Feito não-conhecido. (Proc. desincompatibilização é de 4 meses Cl. III, nº 173/96; Rel. Des. Tupinambá para concorrer a Vice-Prefeito. Conjunto Miguel Castro do Nascimento; 28.08.96; probatório carreado aos autos não con- recorrente: PMDB; recorrida: Justiça firma as dúvidas, suscitadas na senten- Eleitoral). ça recorrida, que ensejaram o indeferi- 34. Recurso. Registro de candidatura. mento do registro de candidatura do re- Decisão do juízo monocrático que ne- corrente, tais como: juntada de mera gou seguimento à irresignação inter- cópia reprográfica do pedido de afasta- posta contra sentença que julgou im- mento (e não original ou fotocópia au- procedente impugnação ao registro das tenticada); exibição da ata de substitui- candidaturas apresentadas por agremi- ção do Presidente pelo Vice apenas ação partidária, face à intempestividade quando determinado pelo Juiz; não- da mesma. Conclusão ao juízo de 1ª apresentação espontânea da integrali- instância deu-se no dia 16.07.96; o re- Revista do TRE/RS 108 cebimento da sentença, nessa mesma membro do CONSEPRO. Inegável a ca- data; o edital, com prazo de 3 (três) dias racterística de agente arrecadador de para recurso, foi publicado em 17.07.96, taxas, inclusive estaduais, tendo havido e a interposição recursal ocorreu so- estabelecimento dos valores cobrados mente em 28.07.96. Não havendo notí- compulsoriamente dos usuários dos cia de intimação pessoal, a inconformi- serviços. Não cabe discutir acerca da dade cuja subida se pleiteia é intem- obrigatoriedade de tais pagamentos e pestiva. Provimento negado. (Proc. Cl. de sua verdadeira natureza, uma vez III, nº 188/96; Rel. Dr. Norberto da que nenhum contribuinte, salvo autori- Costa Caruso Mac-Donald; 31.08.96; zado pelo próprio órgão, pode deixar de recorrente: Partido Trabalhista Brasilei- pagar tais valores ao se utilizar dos ser- ro; recorrida: Justiça Eleitoral). viços públicos prestados à comunidade. 35. Recurso: decisão que, apreciando Desincompatibilização obrigatória a pedido de registro de candidaturas, in- tempo e modo oportunos, na esteira dos deferiu requerimento de substituição de argumentos expendidos como razão de dois candidatos. Para as substituições decidir pelo juízo monocrático. Inelegibi- excepcionais existem, na Lei Comple- lidade manifesta, ex vi do art. 1º, inciso mentar nº 64/90, na Lei nº 9.100/95 e na II, alínea d, c/c o inciso IV, alínea a , e Resolução TSE nº 19.509/96, normas inciso VII, alínea b, da Lei Comple- especiais, que, embora não contem- mentar nº 64/90. Recurso improvido. plem especificamente o caso sub judice, (Proc. Cl. III, nº 193/96; Rel. Dr. Nelson a ele podem ser aplicadas. In casu, o Antonio Monteiro Pacheco; 28.08.96; prazo de 10 dias previsto na 2ª parte do recorrente: Celito Albarello; recorrida: § 1º do art. 34 da Resolução TSE Justiça Eleitoral). nº 19.509/96 seria praticamente impos- 37. Recurso. Registro de candidatura. sível de ser observado se exigida a Decisão do juízo singular que acolheu convocação de convenção partidária, impugnação oferecida e, em conse- com todas as formalidades pertinentes. qüência, indeferiu o pedido de registro Assim, salvo se o pedido contrariar de candidatura do recorrente, eis que o norma expressa do estatuto partidário - candidato interessado é comunicador e o que não foi alegado nem comprovado não teria havido desincompatibilização no presente feito -, e estando as subs- tempestiva de tal função. A lei não co- tituições aprovadas pela Comissão mina pena de inelegibilidade à trans- Executiva do Partido e ratificadas pelo gressão do candidato-comunicador que seu Delegado perante o TRE - o que, não se afasta do programa que apre- na espécie, ocorreu -, é caso de deferi- senta, tampouco está demonstrado que mento. Recurso provido. (Proc. Cl. III, nº dito candidato continua a transmitir a 190/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- programação normal que mantinha an- ruso Mac-Donald; 31.08.96; recorrente: tes do pedido de registro de candidatu- Partido do Movimento Democrático Bra- ra. Recurso provido. (Proc. Cl. III, nº sileiro de ; interessados: Lauro 196/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; Staub e Orlando Bechert; recorrida: 28.08.96; embargante: Castor Fernando Justiça Eleitoral). da Rocha; embargada: Justiça Eleito- 36. Recurso. Registro de candidatura. ral). Decisão do juízo singular que indeferiu 38. Embargos de declaração. Recurso pedido de registro de candidatura, eis que propugna o enfrentamento de que o recorrente não teria se afastado, questões relativas ao art. 22 da Lei tempestivamente, de suas funções de Complementar nº 64/90, que não teriam Revista do TRE/RS 109 sido decididas pelo juízo ad quem. Ine- Adotada pelo magistrado sistemática xiste razão ao embargante, pois a maté- procedimental própria, que não pode vir ria tida como omissa, foi devidamente em prejuízo da recorrente; a qual, ade- apreciada nos termos postulados. O mais, foi intimada pessoalmente, tendo caso foi examinado sob o aspecto de se o recurso sido interposto antes do cum- dever ou não aplicar ao candidato- primento do mandado. Preliminar de comunicador qualquer caso de inelegi- intempestividade rejeitada. Nome da re- bilidade previsto na Lei nº 9.100/95. O corrente comprovadamente incluído da legislador ordinário não pode criar si- primeira relação de filiados enviada pela tuações ensejadoras de inelegibilidade, agremiação partidária pela qual preten- as quais são afetas à Lei Maior e à Lei de concorrer. Inclusão de seu nome na Complementar. Ademais, o referido primeira relação de outro partido decor- candidato já havia se desincompatibili- rente de desídia da organização deste, zado, o que possibilitou o deferimento devidamente reconhecida nos autos. A do pedido de registro de candidatura. primeira filiação, ademais, é nula, con- Embargos rejeitados. (Proc. Cl. III, nº forme comprovado nos autos. Recurso 196/96b; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; provido. (Proc. Cl. III, nº 198/96; Rel. Dr. 02.09.96; recorrente: PTB; recorrida: Nelson Antonio Monteiro Pacheco; Justiça Eleitoral). 26.08.96; recorrente: Vera Maria Gui- 39. Recurso. Registro de candidatura. marães Teixeira - candidata a vereado- Decisão do juízo singular que julgou ra; recorrida: Justiça Eleitoral). procedente a impugnação das candi- 41. Recurso. Registro de candidatura. daturas dos recorrentes, tendo em vista Decisão do juízo monocrático que, que os mesmos mantêm contrato de acolhendo impugnação do Parquet prestação de serviços com a Prefeitura Eleitoral, indeferiu pedido de registro de Municipal, não tendo providenciado na candidatura do filiado interessado, eis desincompatibilização dos cargos que que estaria comprovada situação de ocupavam nas empresas respectivas, duplicidade de filiação partidária. Rejei- violando, assim, a regra prevista na art. tada a preliminar de descumprimento da 1º , inciso II, alínea “i”, aplicável ao inci- norma geral contida no art. 36 do Códi- so VII, alínea “a”, da Lei Complementar go de Processo Civil, pela razão de que nº 64/90. O ônus da prova do fato cons- existem dois recorrentes, um deles coli- titutivo da impugnação - que era a gação com a chancela de seu delegado, prestação de serviço para o Município - sanando plenamente a irregularidade foi devidamente realizado e é incontro- apontada. Resolução TSE nº 19.509/96, verso nos autos. Provimento negado. art. 9º, incisos II e III. Quanto ao mérito, (Proc. Cl. III, nº 197/96; Rel. Des. Tupi- prevalece a inscrição ocorrida sob a vi- nambá Miguel Castro do Nascimento; gência da Lei nº 9.096/95; portanto, não 31.08.96; recorrentes: Delceu Soares há que se falar em dupla filiação. Re- de Lacerda e Marino Soares de Lacer- curso provido. (Proc. Cl. III, nº 201/96; da; recorrida: Justiça Eleitoral). Rel. Dr. Leonel Tozzi; 26.08.96; recor- 40. Recurso. Registro de candidatura. rentes: Coligação União por Porto Ale- Na espécie, pedido de registro de can- gre (PSDB, PFL, PL, PSC e PSL) e didatura julgado separadamente. De- Gilfredo Dorvino Chivarria Monches; re- terminada, expressamente, na senten- corrida: Justiça Eleitoral). ça, a intimação das partes, com a con- 42. Recurso. Registro de candidatura. seqüente negativa de vigência do art. Decisão do juízo a quo que rejeitou im- 16 da Lei Complementar nº 64/90. pugnação intempestiva oferecida pelo Revista do TRE/RS 110 Parquet Eleitoral, mas indeferiu pedido 206/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 28.08.96; de registro de candidatura, eis que o recorrente: PPB; recorrida: Justiça candidato interessado não teria com- Eleitoral; interessado: Antonio Fernando provado filiação partidária regular. Na Selistre). ausência da 1ª ou 2ª relação de filiados, 45. Recurso. Impugnação da nominata que comprove a efetiva filiação até de candidatos a vereador. Preliminar 15.12.95, tal demonstração poderá ser rejeitada. Aplicação do art. 11 da Lei admitida por qualquer meio de prova nº 9.100/95. Provimento negado. (Proc. idônea e segura. Documentação acos- Cl. III, nº 208/96; Rel. Dr. Gilson Langa- tada preenche os requisitos previstos ro Dipp; 31.08.96; recorrente: Partido pelo art. 12, § 1º, inc. III, da Lei nº Trabalhista Brasileiro; recorrida: Justiça 9.100/95, e pelo art. 13, inc. III, da Re- Eleitoral). solução TSE nº 19.509/96. Outrossim, não resta configurada situação de dupli- 46. Recurso. Registro de candidatura. cidade de filiação partidária, uma vez Decisão do juízo singular que julgou im- que ambas as filiações ocorreram na vi- procedente a impugnação oferecida e, gência da antiga LOPP, e nenhuma em conseqüência, deferiu pedido de re- delas foi feita após a edição da Lei nº gistro de candidatura para concorrer às 9.096/95. Destarte, a simples filiação a eleições majoritárias. Recurso adesivo é um partido cancelou, de forma automá- inaplicável em matéria eleitoral mas, tica, o vínculo anterior. Recurso provido. mesmo que o fosse, na situação dos (Proc. Cl. III, nº 202/96; Rel. Dr. Leonel autos não há autor e réu vencidos em Tozzi; 26.08.96; recorrente: PSB; recor- parte para justificar a aplicação subsidi- rida: Justiça Eleitoral; interessado: Car- ária do art. 500 do CPC, motivo pelo los Augusto Gonçalves Carvalho). qual a irresignação não deve ser co- nhecida. De outra banda, da entrevista 43. Recurso. Registro de candidatura. dada pelo impugnado não se extrai Presidente de Diretório Municipal de qualquer conteúdo de propaganda polí- partido político não-assistido por advo- tica, mesmo porque o entrevistado ain- gado não é parte legítima para interpor da não se revestia da condição de can- recurso perante o TRE. Feito não- didato. Não há atitude do eleitor interes- conhecido. (Proc. Cl. III, nº 203/96; Rel. sado que configure a prática de irregula- Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; ridades, como utilização da máquina 26.08.96; recorrente: Partido Liberal; re- administrativa ou abuso do poder eco- corrida: Justiça Eleitoral; interessado: nômico. Provimento negado. (Proc. Cl. Paulo Ferreira da Silva). III, nº 216/96; Rel. Des. Tupinambá Mi- 44. Recurso. Variação nominal. Decisão guel Castro do Nascimento; 31.08.96; do juízo monocrático que cancelou vari- recorrentes: PPB, Coligação União Pro- ação nominal para candidato vinculado gressista Portoxavierense (PMDB e ao partido recorrente, mantendo tal va- PDT) e Armindo Scmechel; recorrida: riação em favor de outro postulante a Justiça Eleitoral). cargo eletivo. O exercício de mandato 47. Recurso. Registro de candidatura. eletivo pelo candidato favorecido pelo Decisão do juízo singular que indeferiu deferimento da variação nominal confi- pedido de registro de candidatura do re- gura fato incontroverso nos autos. Apli- corrente, eis que o referido candidato cação do disposto nos arts. 13, § 1º, in- teria se desincompatibilizado de suas ciso II, da Lei nº 9.100/95, e 17, inciso funções de Conselheiro Tutelar fora do II, da Resolução TSE nº 15.509/96. Re- prazo legal. Rejeita-se a preliminar de curso improvido. (Proc. Cl. III, nº intempestividade porque a sentença foi Revista do TRE/RS 111 prolatada fora do prazo de 3 (três) dias da entregue em cartório em 12.08.96, da conclusão, e o recurso interposto no conforme certidão assinada por Escrivã tríduo que se seguiu à intimação. Ade- Eleitoral (fl. 42 dos autos). Petição re- mais, ocupante do referido cargo é con- cursal protocolizada em 14.08.96; ra- siderado funcionário público, adequan- zões entregues no mesmo dia. Recurso do-se à regra de desincompatibilização interposto dentro do prazo legal. Liminar prevista na alínea “l” do inciso II do art. deferida. (Proc. Cl. III, nº 223/96; Rel. 1º da Lei Complementar nº 64/90, cujo Dr. Marco Aurélio Heinz; 21.08.96; re- prazo é de 3 (três) meses. Dessarte, o corrente: Ministério Público Eleitoral; re- afastamento de suas funções se deu de corrida: Justiça Eleitoral; impugnado: forma regular. Recurso provido. (Proc. Manoel Bruno Negruni). Cl. III, nº 218/96; Rel. Dr. Marco Aurélio 51. Recurso. Registro de candidatura. Heinz; 29.08.96; recorrente: Noel Rodri- Decisão do juízo singular que indeferiu gues da Silva; recorrida: Justiça Eleito- pedido de registro de candidatura do re- ral). corrente, face à não-apresentação da 48. Recurso. Decisão que indeferiu os relação de gastos com a campanha. pedidos de substituição de candidaturas Admite-se a juntada de documentos in- em face da renúncia de candidatos. dispensáveis ao registro em sede recur- Não-observância do prazo legal de dez sal, desde que não haja sido assinado dias do fato para requerer a substitui- prazo ao interessado na instância inferi- ção. Incidência do artigo 14, § 1º, da Lei or. Como o recorrente supriu a lacuna nº 9.100/95. Provimento negado. (Proc. ensejadora do indeferimento, restou Cl. III, nº 219/96; Rel. Dr. Nelson Anto- atendida a determinação contida no art. nio Monteiro Pacheco; 31.08.96; recor- 13, inciso VIII, da Resolução TSE nº rente: PPB; recorrida: Justiça Eleitoral). 19.509/96. Recurso provido. (Proc. Cl. 49. Recurso. Registro de candidatura. III, nº 230/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Decisão do juízo singular que julgou im- Heinz; 31.08.96; recorrente: Luiz Valde- procedente a impugnação formulada trudes Bonifácio Benites; recorrida: Jus- pelo recorrente. Ilegitimidade de parte, tiça Eleitoral). consoante exegese do art. 3º, caput, da 52. Recurso: decisão que acolheu im- Lei Complementar nº 64/90, c/c o art. pugnação a candidatura. Interposição 22, caput, da Resolução TSE nº dentro do prazo legal, tendo em vista a 19.509/96. Ademais, a matéria ventilada data da juntada do mandado de intima- nos autos é do interesse exclusivo do ção da parte. Preliminar de intempesti- partido, pois não cabe à Justiça Eleitoral vidade rejeitada. As regras que presi- definir quem deve ser o candidato da dem as inelegibilidades merecem inter- agremiação política, até porque a auto- pretação sempre restritiva, por atingirem nomia partidária é princípio insculpido o direito básico do cidadão que ambici- na Lei Maior. Feito não-conhecido. ona legitimamente disputar o pleito e al- (Proc. Cl. III, nº 221/96; Rel. Dr. Leonel cançar cargo público. Na espécie, o ma- Tozzi; 28.08.96; recorrente: Clair José rido da impugnada foi afastado da che- Gonçalves dos Santos; recorrida: Justi- fia do Poder Executivo municipal por ça Eleitoral). determinação judicial embasada em ar- 50. Recurso inominado, com pedido de tigo expresso de lei que pune a impro- liminar: decisão que negou seguimento bidade administrativa. Nessas condi- a recurso de sentença que julgou im- ções, a participação da recorrente no procedente impugnação a pedido de re- pleito não gera a necessidade de se gistro de candidatura. Sentença recorri- proteger a lisura do certame contra Revista do TRE/RS 112 abuso no exercício de cargo na Admi- ao partido pelo qual pretende concorrer, nistração direta - bem jurídico tutelado uma vez que ainda vinculado, ex vi le- pela regra do art. 14, parágrafo 7º, da gis, a outra agremiação política. Provi- Constituição Federal. Recurso provido. mento negado. (Proc. Cl. III, nº 236/96; (Proc. Cl. III, nº 231/96; Rel. Dr. Nelson Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 31.08.96; Antonio Monteiro Pacheco; 31.08.96; recorrente: Elisandro Altmann; recorri- recorrente: Maria de Lourdes Vedovato; da: Justiça Eleitoral). recorrida: Justiça Eleitoral). 55. Recurso. Registro de candidatura. 53. Recurso. Decisão que indeferiu o Decisão do juízo monocrático que, jul- uso da variação nominal “N”, requerida gando impugnação, deferiu pedido de pelo apelante. Preliminar rejeitada. Uma registro de candidatura às eleições ma- letra isolada não atende aos requisitos joritárias. Ao autor da ação de impugna- legais para as variações nominais pos- ção incumbe fazer prova das alegações, síveis. Aplicação do art. 16, caput, da o que em nenhum momento se depre- Resolução nº 19.509/96. Provimento ende dos autos. Não havendo compro- negado. (Proc. Cl. III, nº 235/96; Rel. Dr. vação de que o candidato teve suas Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; contas rejeitadas por irregularidade in- 31.08.96; recorrente: Neuri Colombo; sanável e por decisão irrecorrível do ór- recorrida: Justiça Eleitoral). gão competente (art. 1º, inciso I, alínea 54. Recurso. Registro de candidatura. g, da Lei Complementar nº 64/90), ine- Decisão do juízo a quo que julgou pro- xiste razão legal para o indeferimento cedente impugnação apresentada e, em da candidatura. Provimento negado. conseqüência, indeferiu pedido de re- (Proc. Cl. III, nº 237/96; Rel. Dr. Nor- gistro de candidatura do recorrente, eis berto da Costa Caruso Mac-Donald; que estaria configurada duplicidade de 31.08.96; recorrente: PPB; recorrida: filiação partidária. O impugnado, conso- Justiça Eleitoral; impugnado: Juarez ante o que existe de concreto nos au- Luiz Martini). tos, encontra-se na listagem de filiados 56. Recurso. Registro de candidatura. A de ambos os partidos em questão, se- suspensão de direitos políticos de que gundo comunicações entregues em trata o art. 15, inciso III, da Constituição cartório no dia 26.01.96. Em 15.12.95, o Federal, independe da natureza ou es- recorrente era filiado, por força de lei, a pécie de ilícito. Já a inelegibilidade leva dois partidos - PTB e PDT -, desimpor- em conta o delito praticado. Incide so- tando a data em que comunicou seu bre o crime praticado pelo art. 1º, inciso desligamento à primeira agremiação, se I, alínea “e”, da Lei Complementar no dia 15 de dezembro, como sustenta, nº 64/90. Provimento negado. (Proc. Cl. ou no dia 30 do mesmo mês, como re- III, nº 238/96; Rel. Dr. Nelson Antonio vela a prova dos autos. Mesmo que a Monteiro Pacheco; 31.08.96; recorrente: comunicação chegasse ao partido ao Miguel da Paz Xavier Órci; recorrida: qual se encontrava filiado em 15 de de- Justiça Eleitoral). zembro último, a extinção do vínculo 57. Recurso. Registro de candidatura. com este somente ocorreria 2 (dois) di- Prazo de desincompatibilização de sim- as após dito informe, segundo dispõe o ples servidor público militar é o mesmo art. 21, parágrafo único, da Lei nº dos servidores públicos lato sensu, dis- 9.096/95, c/c o art. 38, parágrafo único, posto no art. 1º, inciso II, alínea “l”, da da Resolução TSE nº 19.406/95. Des- Lei Complementar nº 64/90. Recurso sarte, na data limite de 15.12.95, o re- provido. (Proc. Cl. III, nº 240/96; Rel. Dr. corrente não tinha sua filiação deferida Gilson Langaro Dipp; 31.08.96; recor- Revista do TRE/RS 113 rentes: PT e Érico José da Rosa; recor- coisa julgada de sentença que cancelou rida: Justiça Eleitoral). filiações. Preliminar rejeitada. Impossi- 58. Recurso. Variação nominal. Inexis- bilidade de exame da matéria em sede tência de óbice na Lei nº 9.100/95, ou de registro de candidatura. Provimento na Resolução nº 19.509/96, que impeça negado. (Proc. Cl. III, nº 253/96; Rel. Dr. a retificação ou substituição de variação Nelson Antonio Monteiro Pacheco; nominal já registrada. Recurso provido. 31.08.96; recorrente: Partido Liberal; re- (Proc. Cl. III, nº 242/96; Rel. Dr. Marco corrida: Justiça Eleitoral; interessado: Aurélio Heinz; 31.08.96; recorrente: Valdelirio José Corrêa). PMDB e Hamilton Ary da Silva; recorri- 63. Recurso. Variação Nominal. Deci- da: Justiça Eleitoral). são do juízo monocrático que deferiu o 59. Recurso. Registro de candidatura. uso de variações nominais a eleitores Aplicação do artigo 14, parágrafo 7º, da interessados, eis que se trata de candi- Constituição Federal, que declara inele- datos mais idosos. Aplicação do dis- gíveis os parentes consangüíneos ou posto no art. 13, § 1º, inciso II, da Lei afins até o segundo grau ou por adoção. nº 9.100/95. Verifica-se pelas certidões Manutenção da sentença de primeiro da Justiça Eleitoral que os recorrentes, grau. Recurso improvido. (Proc. Cl. III, efetivamente, concorreram às eleições nº 244/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; de 1992 utilizando as respectivas varia- 31.08.96; recorrente: Luiz Carlos Trin- ções. Os candidatos interessados no dade; recorrida: Justiça Eleitoral). feito, intimados para contra-arrazoar o presente recurso, nada disseram, nem 60. Recurso. Variação nominal. Candi- juntaram documentos. Recurso provido. datos irmãos. Aplicação do art. 13, § 1º, (Proc. Cl. III, nº 256/96; Rel. Dr. Marco inciso V, da Lei nº 9.100/95. Deferido a Aurélio Heinz; 31.08.96; recorrentes: ambos o uso da variação nominal dis- Coligação Frente Popular (PT, PSB, cutida. Recurso provido. (Proc. Cl. III, nº PPS, e PSTU), Laerte Luis Gschwenter 246/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- e João Batista Pillar Maggio; recorrida: ro Pacheco; 31.08.96; recorrente: PDT Justiça Eleitoral). e Delmar Pedrotti; recorrida: Justiça Eleitoral). 64. Recurso. Decisão que deferiu pedi- do de registro de candidatura. Alega- 61. Recurso. Variação nominal. Decisão ção, não comprovada, de prática de ato do juízo singular que deferiu, a candi- próprio de Secretário Municipal. Ausên- dato, com fundamento no art. 13, § 1º, cia de repercussão eleitoral. Manuten- inciso II, da Lei nº 9.100/95, o uso de ção da sentença de primeiro grau. Pro- variação nominal, a qual é pretendida vimento negado. (Proc. Cl. III, nº por interessado diverso. Candidato be- 261/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- neficiado pela sentença recorrida com- ruso Mac-Donald; 31.08.96; recorrente: provou que, efetivamente, está exer- Partido Progressista Brasileiro; recorri- cendo mandato eletivo frente à Câmara da: Justiça Eleitoral). Municipal, fazendo jus à prevalência. Provimento negado. (Proc. Cl. III, nº 65. Recurso. Registro de candidatura. 249/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; Decisão do juízo a quo que julgou pro- 31.08.96; recorrente: Coligação Frente cedente impugnação ofertada pelo Mi- Popular (PT, PSB, PPS e PSTU); recor- nistério Público Eleitoral, indeferindo rida: Justiça Eleitoral; interessado: Jor- pedido de registro de candidatura. Pre- ge Luiz Elias Rodrigues). liminar de cerceamento de defesa não merece guarita, uma vez que a matéria 62. Recurso. Produção dos efeitos da é exclusivamente de direito, dispensada Revista do TRE/RS 114 a produção de prova (art. 5º da Lei Nelson Antonio Monteiro Pacheco; Complementar nº 64/90). Decisão do 02.09.96; recorrentes: Adão Bernardo Tribunal de Contas da União, julgando da Silva, Dileta Maria Rodrigues de Al- convênio firmado entre a Prefeitura e meida, Silvino Boff e João de Deus da Ministério do Interior, considerou irre- Silva; recorrida: Justiça Eleitoral). gular a tomada de contas, sem, contu- 68. Recurso: decisão que julgou proce- do, haver prejuízo ao erário público. O dente pedido de impugnação a registro art. 31 da Constituição Federal, c/c o de candidatura. Inexistente nulidade por art. 71 da Constituição Estadual, enun- não ter sido a petição inicial do proce- cia que a fiscalização do município será dimento impugnatório firmada por advo- efetivada pelo Poder Legislativo munici- gado, eis que, em tema de inelegibilida- pal, mediante controle externo exercido de, o Juiz pode agir de ofício. Igual- com o auxílio exclusivo dos Tribunais de mente inocorrente o cerceamento de Contas dos Estados, o que é feito anu- defesa alegado pelo recorrente, consi- almente; ou seja, somente a rejeição derada a documentação acostada, bem das contas anuais enseja a aplicação como que a matéria sub judice é exclu- da Lei Complementar. Parecer do Tri- sivamente de direito, despicienda a di- bunal de Contas da União relativo a lação probatória pretendida por ele. No mero convênio não tem o condão de mérito, indubitável o enquadramento do acarretar situação de inelegibilidade, impugnado, no regramento da letra “d” mormente quando não há improbidade do inciso II do art. 1° da Lei Comple- administrativa. Recurso provido. (Proc. mentar n° 64/90, irrelevantes as suas Cl. III, nº 263/96; Rel. Dr. Gilson Langa- alegações defensivas, em face dos ter- ro Dipp; 31.08.96; recorrente: Ernani da mos da lei. Provimento negado. (Proc. Silva Reis; recorrida: Justiça Eleitoral). Cl. III, nº 277/96; Rel. Dr. Norberto da 66. Recurso. Registro de candidatura. Costa Caruso Mac-Donald; 28.09.96; Preliminar rejeitada. Recorrente renun- recorrente: Egon Keutz - candidato a ciou expressamente ao direito de con- vereador pelo PMDB de Santo Cristo; correr a vereador. Não comprovada recorrido: PT de Santo Cristo). ocorrência de dolo, fraude, simulação 69. Recurso: decisão que julgou impro- ou conluio. Provimento negado. (Proc. cedente representação para apurar uso Cl. III, nº 266/96; Rel. Dr. Gilson Langa- indevido e abuso do poder de autorida- ro Dipp; 31.08.96; recorrente: Baugrácio de. Alegações não comprovadas. Deci- Rambo; recorrida: Justiça Eleitoral). são deferitória do registro da candidatu- 67. Recurso: decisão que indeferiu pe ra transitada em julgado. Fato aduzido dido de registro de candidaturas, por na peça inicial não assentado direta- considerar configurada situação de du- mente na Constituição Federal, nem plicidade de filiação. Ocorrência de du- superveniente ao deferimento do regis- pla filiação apenas quando os dois vín- tro da candidatura. Matéria preclusa, a culos partidários forem estabelecidos teor do art. 259 do Código Eleitoral. após a vigência da Lei nº 9.096/95. Na Provimento negado. (Proc. Cl. III, nº espécie, diante da insuficiência de pro- 278/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; vas quanto à época da primeira filiação 01.10.96; recorrente: Coligação São dos recorrentes, a última deve ser con- Chico Unido e Forte; recorrido: Elvino siderada como primeira na vigência da Nildo Ferraso). nova lei, sob pena de prejudicar injus- tamente os interessados. Recurso pro- vido. (Proc. Cl. III, nº 270/96; Rel. Dr. Propaganda Revista do TRE/RS 115 çalves da Silva; recorrido: Ministério eleitoral Público Eleitoral da 72ª Zona). 01. Representação - Investigação judi- 05. Recurso. Decisão que julgou impro- cial eleitoral (argüição de incompetên- cedente representação por propaganda cia). Competência do juízo de primeiro eleitoral irregular. Aplicação do artigo 64 grau para processar e julgar a espécie. da Lei nº 9.100/95 às emissoras de rá- (Proc. Cl. XVII, nº 02/96; Rel. Des. Tu- dio e TV, e não à imprensa escrita. Pu- pinambá Miguel Castro do Nascimento; blicação de mera notícia informativa, e 10.04.96; representante: Ministério Pú- não de propaganda. Provimento nega- blico; representados: Clóvis Pedro Zuli- do. (Proc. Cl. XVII, nº 28/96; Rel. Dr. an, Luiz Ceron e José Rampanelli). Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; 02. Recurso. Decisão que julgou proce- 28.08.96; recorrente: Ministério Público; dente representação eleitoral. Inexis- recorrida: Justiça Eleitoral). tência de qualquer elemento que possa 06. Recurso. Decisão que não recebeu caracterizar propaganda irregular. Im- representação eleitoral proposta por possibilidade de enquadramento da eleitor. Incidência do artigo 28 da Re- conduta nas sanções da Lei solução nº 19.512/96, concedendo-lhe nº 9.100/95. Recurso provido. (Proc. Cl. legitimação ativa. Ausência de indica- XVII, nº 06/96; Rel. Dr. Marco Aurélio ção do trecho do pronunciamento que Heinz; 16.12.96; recorrente: Tancredo ensejou o pedido. Provimento negado, Lopes; recorrida: Justiça Eleitoral). com alteração do fundamento. (Proc. Cl. 03. Recurso. Decisão que acolheu re- XVII, nº 46/96; Rel. Dr. Norberto da clamação eleitoral. Infrigência ao artigo Costa Caruso Mac-Donald; 09.09.96; 5º, inciso LV, da Constituição Federal. recorrente: Clóvis José Magnabosco; Preponderância das garantias constitu- recorrida: Justiça Eleitoral). cionais sobre qualquer dispositivo infra- 07. Recurso. Representação: pedido de constitucional restritivo. Sentença julga- anulação de convenção. Inexiste legiti- da nula. (Proc. Cl. XVII, nº 09/96; Rel. midade de eleitor para impugnar regis- Dr. Leonel Tozzi; 19.12.96; recorrentes: tro ou convenções partidárias realizadas Partido Democrático Trabalhista e Tapir em tempo e modo oportunos. Feito não- Tabajara Canto da Rocha; recorrido: conhecido. (Proc. Cl. XVII, nº 47/96; Partido Trabalhista Brasileiro). Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- 04. Recursos. Investigação judicial checo; 16.09.96; recorrentes: Ângelo eleitoral. Não-conhecimento do recurso Luis da Costa, Renato Silva de Oliveira interposto pela agremiação partidária, e Romaci Braga da Silva; recorrido: pois o mesmo não foi firmado por advo- Partido da Frente Liberal). gado legalmente habilitado. Atitude de 08. Recurso. Utilização de slogan por continuidade delituosa, no caso do in- coligação partidária. Frase utilizada já vestigado ou reclamado, impossibilitan- havia sido adotada pelo agrupamento do a concessão do benefício estendido partidário na eleição anterior. Não-ocor- a todos os que retiram as propagandas rência de qualquer aproveitamento pelo irregulares. Positivada a infração à Lei recorrente, inviabilizando a incidência nº 9.100/95, que apena as propagandas do artigo 89 da Lei nº 9.100/95. Autori- eleitorais irregulares ou ilícitas. Provi- zação para que a coligação mantenha o mento negado. (Proc. Cl. XVII, nº 24/96; uso da frase na sua propaganda. Re- Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 22.11.96; curso provido. (Proc. Cl. XVII, nº 53/96; recorrentes: PDT e Marco Aurélio Gon- Prolator do acórdão: Dr. Marco Aurélio Revista do TRE/RS 116 Heinz; 23.09.96; recorrente: Aliança 12. Recurso. Representação. Não se Capoense (PMDB, PTB e PPB); recorri- trata de abuso do poder econômico ou da: Coligação União Popular por Capão político na forma da Lei Complementar (PDT, PFL e PSDB). nº 64/90, mas de um direito do cidadão 09. Recurso. Representação: propa- (Prefeito) filiado ao partido, de participar ganda eleitoral irregular. Ausência de da campanha política dos candidatos de ilicitude no emprego de slogan de uso sua grei partidária. Inocorrência de comum. Expressão de uso geral, insus- comprometimento de recursos públicos. ceptível de apropriação exclusiva. Pro- Provimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº vimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº 81/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 63/96; Prolator do acórdão: Dr. Nelson 26.09.96; recorrente: Partido dos Tra- Antonio Monteiro Pacheco; 23.09.96; balhadores; recorridos: Marcos Palom- recorrente: Coligação "União Democrá- bini e Eclair Dumoncel da Rosa). tica Getuliense" - UDG - (PMDB, PT, 13. Recurso. Decisão que julgou impro- PTB, PDT e PSB); recorrida: Coligação cedente representação eleitoral. Não "Aliança Progressista Getuliense" - APG configurado abuso do poder político e - (PPB e PSDB). econômico que levaria à cassação dos 10. Recurso. Decisão que condenou co- registros e à declaração da inelegibili- ligação partidária por prática de propa- dade. Provimento negado. (Proc. Cl. ganda eleitoral irregular. Determinação XVII, nº 83/96; Rel. Dr. Nelson Antonio judicial de retirada do panfleto foi sufici- Monteiro Pacheco; 30.09.96; recorrente: ente para restabelecer a ordem violada, Partido Liberal; recorridos: Coligação não se fazendo necessária a aplicação União Popular (PMDB/PDT), Tomaz de multa. Recurso provido. (Proc. Cl. Aquino Rossato, David Rosa Maga- XVII, nº 79/96; Rel. Dr. Marco Aurélio lhães, Alceu José Flores e Eurico Pi- Heinz; 26.09.96; recorrentes: Coligação nheiro). Frente Social Trabalhista por Osório e 14. Recurso. Decisão que condenou João Luiz Matos; recorrido: Partido Pro- empresa jornalística e partido político gressista Brasileiro). por realização de propaganda eleitoral 11. Recurso. Representação: propa- irregular. Inexistência de qualquer infra- ganda eleitoral irregular. Vontade ine- ção. Observância do espaço permitido quivocamente manifestada por coliga- por lei para publicação de propaganda. ção e candidato que ajuizaram a recla- Provimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº mação, ao requererem a desistência do 84/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro processo e seu conseqüente arquiva- Pacheco; 26.09.96; recorrente: União mento. Embora o Juízo Eleitoral de 1º Florense pelo Progresso; recorridos: grau já tenha esgotado a sua jurisdição, Empresa Jornalística O Florense Ltda. e nada obsta que o juízo ad quem acolha Partido do Movimento Democrático Bra- a manifestação e determine conforme o sileiro). peticionado. Homologação da desistên- 15. Recurso. Reclamação: propaganda cia do feito e extinção do processo. eleitoral irregular. Preliminares rejeita- (Proc. Cl. XVII, nº 80/96; Rel. Dr. Marco das. A emissora, ao abrir espaço a de- Aurélio Heinz; 26.09.96; recorrente: terminado candidato para fazer a sua Empresa Jornalística e Radiodifusão apologia de plano de governo, está pri- Açoriana EJORA; recorridos: Coligação vilegiando-o em detrimento dos demais. “Frente para a Vitória” (PDT, PTB e Inexistência de cunho jornalístico na PFL) e Genis Omar Beck Muxfeldt). entrevista. Provimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº 86/96; Rel. Dr. Nelson Anto- Revista do TRE/RS 117 nio Monteiro Pacheco; 28.10.96; recor- Movimento Democrático Brasileiro; re- rente: Rádio Sepé Tiarajú Ltda.; recorri- corrida: Coligação “União Lagoense” das: Coligação “A Mudança Continua” (PFL, PDT e PTB). (PDT, PMDB e PC do B) e Coligação 19. Recurso. Propaganda eleitoral irre- “Frente Popular”). gular. Vencidas as etapas do processo 16. Recurso. Representação: propa- eleitoral nas quais o decisum de 2º grau ganda eleitoral irregular. Infringência ao geraria os seus efeitos . Feito prejudi- disposto no art. 242 do Código Eleitoral, cado. (Proc. Cl. XVII, nº 103/96; Rel. Dr. que proíbe a propaganda que empregar Leonel Tozzi; 03.10.96; recorrente: Rá- meios publicitários destinados a criar, dio Municipal São Pedrense; recorrida: artificialmente, na opinião pública, esta- Coligação “União Popular Democráti- dos mentais, emocionais ou passionais. ca”). Provimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº 20. Recurso. Reclamação eleitoral. De- 87/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- cisão que estabeleceu condenação por so Mac-Donald; 28.09.96; recorrente: infrigência ao artigo 48 da Lei Enio Bueno da Silva; recorridos: João nº 9.100/95. Preliminar rejeitada. Atipi- Vergílio Galvão de Bem, Sergio Renato cidade do fato imputado. Recurso provi- Soares, Carlos Farias Guedes, Noli da do. (Proc. Cl. XVII, nº 106/96; Rel. Dr. Silva Bueno e Hildebrando Barbosa Fa- Marco Aurélio Heinz; 02.10.96; recor- gundes). rentes: Paulo Roberto Volk e Coligação 17. Recurso. Representação: propa- União por ; recorrido: Partido ganda eleitoral irregular. Insubsistência do Movimento Democrático Brasileiro). das penas pecuniárias aplicadas, uma 21. Recurso. Representação: propa- vez que a legislação eleitoral aplicável à ganda eleitoral irregular. As multas im- espécie não foi infringida. Recurso pro- postas pelo juízo monocrático foram ar- vido. (Proc. Cl. XVII, nº 101/96; Rel. Dr. bitradas em grau elevado, em relação à Gilson Langaro Dipp; 03.10.96; recor- gravidade e lesividade da conduta. O rentes: Partido Progressista Brasileiro, jornal é de distribuição dirigida e limita- Empresa Jornalística Delta Ltda. - Jor- da, razão pela qual as penas pecuniá- nal Visão, Pio Antônio Ravanello, Hugo rias impostas devem ser reduzidas ao Carlos Bischoff e Marlene Hermes Sei- mínimo legal previsto. Recurso parcial- bert; recorrido: Ministério Público Eleito- mente provido. (Proc. Cl. XVII, nº ral da 154ª Zona). 109/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- 18. Recurso. Representação: propa- ruso Mac-Donald; 07.10.96; recorrentes: ganda eleitoral irregular. Decisão do juí- Coligação "Avante com a Participação zo monocrático que julgou improce- de Todos" e Jornal Regional - JR; recor- dente representação intentada contra a rido: Partido do Movimento Democrático coligação recorrida. Inexiste prova acer- Brasileiro). ca da divulgação de pesquisa eleitoral, 22. Recurso. Decisão que aplicou multa ferindo a regra do art. 48, § 4º, da Lei nº por reincidência na prática de propa- 9.100/95. Ademais, as notícias cons- ganda eleitoral irregular. Reiteração da tantes dos documentos insertos nos prática delituosa já punida em feito an- autos são mera divulgação de fatos terior. Recurso provido. (Proc. Cl. XVII, notórios, noticiados em jornais de cir- nº 112/96, Rel. Dr. Norberto da Costa culação estadual e local. Provimento Caruso Mac-Donald; 09.10.96; recor- negado. (Proc. Cl. XVII, nº 102/96; Rel. rentes: Partido dos Trabalhadores, Raul Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Pont e Gerson Almeida, recorrida: Justi- Donald; 30.09.96; recorrente: Partido do Revista do TRE/RS 118 ça Eleitoral da 2ª Zona). gação ofensiva. Vencidas as etapas do 23. Recurso. Representação: propa- processo eleitoral nas quais o decisum ganda eleitoral irregular. A retirada da de 2º grau geraria os seus efeitos, com propaganda ilícita no prazo estipulado a conseqüente perda do objeto da irre- afasta a possibilidade de aplicação da signação. Ademais, não houve sucum- pena pecuniária estipulada no art. 51, § bência, pois foi deferida a instauração 1º, da Lei nº 9.100/95, porque, in casu, de apuração da responsabilidade penal o objetivo da legislação eleitoral foi al- pela eventual prática de ilícito eleitoral. cançado, não havendo reincidência por Feito julgado prejudicado. (Proc. Cl. parte dos recorrentes. Recurso provido. XVII, nº 118/96; Rel. Dr. Marco Aurélio (Proc. Cl. XVII, nº 114/96; Rel. Dr. Nor- Heinz; 07.10.96; recorrente: Nádia Bea- berto da Costa Caruso MacDonald; triz Brussius; recorridos: Partido Pro- 07.10.96; recorrentes: Partido dos Tra- gressista Brasileiro, Lauri Auri Krause e balhadores, Raul Pont, José Fortunati e Aclídio Giaccobo). Etevaldo Teixeira; recorrida: Justiça 27. Recurso. Propaganda eleitoral irre- Eleitoral da 114ª Zona). gular. A sentença é nula, pois o juízo de 24. Recurso. Representação: divulga- 1º grau não chamou o litisconsorte ne- ção irregular de pesquisa eleitoral. Pre- cessário a integrar a relação jurídico- judicada a preliminar suscitada, pois processual, consoante o regramento quando o Juiz puder decidir do mérito a expresso no parágrafo único do art. 54 favor da parte a quem aproveite a de- da Lei nº 9.100/95 e art. 47 do Código claração da nulidade, não a pronunciará de Processo Civil. (Proc. Cl. XVII, nº nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe 119/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- a falta. Não caracterizada a infração ruso Mac-Donald; 07.10.96; recorrente: eleitoral prevista no § 4º do art. 48 da Partido Democrático Trabalhista; recor- Lei nº 9.100/95, uma vez que esta exige rido: Partido Progressista Brasileiro). a divulgação de pesquisa eleitoral não 28. Recursos. Propaganda eleitoral irre- registrada. Recurso provido. (Proc. Cl. gular. Afixação de cartazes em prédio XVII, nº 115/96; Rel. Dr. Marco Aurélio público. Condenação a pena de multa, Heinz; 09.10.96; recorrente: Partido com fundamento no art. 51, § 1°, da Lei Progressista Brasileiro; recorrido: Parti- nº 9.100/95. Provimento parcial a um do Democrático Trabalhista). dos recursos, para reduzir o valor da 25. Recurso: Representação: apoio a pena pecuniária, uma vez que os recor- candidatos majoritários por partido que rentes, embora possam ser tidos como somente possui candidatos às eleições reincidentes, retiraram a propaganda ir- proporcionais. Irresignação interposta regular no prazo de 24 horas, atenden- fora do prazo legal de vinte e quatro do determinação judicial. Provimento (24) horas, como determinado pelo art. integral ao outro recurso, visto ter o re- 65, § 4º, c/c o art. 79 da Lei nº9.100/95. corrido atendido, de imediato, a ordem Feito não conhecido. (Proc. Cl. XVII, nº judicial de retirada de propaganda irre- 117/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Ca- gular; inexistindo, outrossim, nos autos, ruso MacDonald; 07.10.96; recorrente: prova de reincidência. (Proc. Cl. XVII, nº Partido do Movimento Democrático Bra- 127/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 09.10.96; sileiro; recorridos: Partido Progressista recorrentes: Juarez Pinheiro, Partido Brasileiro e Partido dos Trabalhadores). dos Trabalhadores e Raul Pont; recorri- da: Justiça da 2ª Zona Eleitoral de Porto 26. Recurso. Reclamação: ocorrência Alegre). de crime eleitoral e suspensão de divul- 29. Recurso. Decisão que julgou proce- Revista do TRE/RS 119 dente reclamação eleitoral. Preliminares (PMDB, PSDB, PTB e PL). rejeitadas. Realização de expressa pro- 33. Recurso. Representação: propa- paganda eleitoral e não de mera cha- ganda eleitoral irregular. Inexistência de mada comercial. Manutenção da sen- tratamento privilegiado, caracterizado tença recorrida. Preliminares rejeitadas. como propaganda ilícita, ou infração ao Provimento negado. (Proc. Cl. XVII, nº art. 54 e parágrafo único da Lei nº 128/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 09.10.96; 9.100/95, que desse azo à apenação recorrente: Rádio Integração FM Ltda.; como feita no juízo de primeiro grau. recorrido: Movimento Unido e Forte Recurso provido. (Proc. Cl. XVII, nº (PMDB, PSDB e PTB). 141/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 30. Recurso. Decisão que condenou 23.10.96; recorrente: S.Petry - ME Edi- emissora de rádio à pena de multa e de tora do Jornal “O Diário”; recorrido: Ar- suspensão de sua programação. Ine- naldo Kney). xistência de tratamento privilegiado en- 34. Recurso. Decisão que condenou tre candidatos. Vedação constitucional a partido político pela fixação de propa- qualquer restrição à plena liberdade de ganda eleitoral irregular. Atendidos os informação jornalística. Recurso provi- objetivos da legislação eleitoral perti- do. (Proc. Cl. XVII, nº 132/96; Rel. Dr. nente à espécie. Recurso provido. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; (Proc. Cl. XVII, nº 143/96; Rel. Dr. Mar- 28.10.96; recorrente: Rádio São Roque co Aurélio Heinz; 23.10.96; recorrente: Ltda.; recorrido: Partido do Movimento Partido do Movimento Democrático Bra- Democrático Brasileiro). sileiro; recorrida: Coligação Desperta 31. Recurso. Propaganda eleitoral irre- (PDT e PPB). gular. Decisão que, por analogia ao ar- 35. Recurso. Propaganda eleitoral irre- tigo 67, inciso IV, da Lei nº 9.100/95, gular. Decisão que condenou jornal por aplicou multa pela infração ao disposto suposta infração ao artigo 54 da Lei no artigo 61 do mesmo estatuto legal. nº 9.100/95. Atipicidade do fato descrito Impossibilidade de interpretação exten- como ilícito. Recurso provido. (Proc. Cl. siva da legislação eleitoral. Necessida- XVII, nº 144/96; Rel. Dr. Marco Aurélio de de proposição de ação própria. Re- Heinz; 23.10.96; recorrente: Editora curso provido. (Proc. Cl. XVII, nº Gráfica A Notícia Ilustrada Ltda.; recor- 136/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- rida: Coligação “Panambi é nossa Ban- ro Pacheco; 10.10.96; recorrente: Coli- deira”). gação União Popular (PMDB/PDT); re- corrida: Aliança Democrática Popular 36. Recurso. Representação: propa- (PPB/PTB). ganda eleitoral irregular. A entrevista hostilizada teve cunho eminentemente 32. Recurso. Propaganda eleitoral irre- jornalístico, revestindo-se, ademais, de gular. Decisão que julgou parcialmente natureza informativa de alta relevância. procedente representação, determinan- Inocorrência de violação a preceito le- do a imediata suspensão de campanha gal, passível de fazer incidir as penali- eleitoral. Ineficácia de nova decisão, dades do § 1º do art. 64 da Lei nº uma vez que a campanha em questão 9.100/95. Prevalência do princípio encerrou-se com a realização do pleito. constitucional da liberdade de expres- Feito julgado prejudicado. (Proc. Cl. são assegurada pelo art. 220 da Lei XVII, nº 140/96; Rel. Dr. Norberto da Maior. Recurso provido. (Proc. Cl. XVII, Costa Caruso Mac-Donald; 21.10.96; nº 145/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; recorrente: Marlene dos Santos Win- 02.12.96; recorrente: Rádio Cruzeiro do gert; recorrida: União por Sapiranga Revista do TRE/RS 120 Sul Ltda.; recorridos: José Silas Rossato). Dubal Goulart e Moggar Beheregaray 40. Recurso. Decisão que condenou Silva). empresa jornalística por realização de 37. Recursos. Representação: propa- propaganda eleitoral irregular. Publica- ganda eleitoral irregular. Irresignação ção de matéria eminentemente jornalís- recursal da coligação partidária se tica. Ausência de previsão, na legisla- mostra irregular, uma vez que não há ção vigente, de delimitação de espaço instrumento de mandato outorgado ao para noticiário jornalístico. Manutenção advogado subscrevente. Feito não co- do princípio igualitário. Inaplicabilidade nhecido. Em relação à empresa jorna- do artigo 64 da Lei nº 9.100/95. Recurso lística, há propaganda eleitoral em des- provido. (Proc. Cl. XVII, nº 154/96; Rel. compasso com a legislação reguladora Dr. Leonel Tozzi; 28.11.96; recorrente: da matéria e evidente abuso do poder Empresa de Jornalismo Gazeta Regio- econômico. Provimento negado. (Proc. nal Ltda.; recorrida: Frente Santa Rosa Cl. XVII, nº 146/96; Rel. Dr. Gilson Lan- para Todos (PMDB, PDT, PTB e PC do garo Dipp; 29.11.96; recorrentes: Coli- B). gação "Aliança para o Desenvolvimento 41. Recurso. Propaganda eleitoral irre- de Feliz" (PDT, PPB e PFL) e Fato gular. Existência de solidariedade entre Novo Comunicações Sociais Ltda.; re- a candidata e o órgão de imprensa, pois corrido: Partido do Movimento Demo- aquela encaminhou a publicidade ao crático Brasileiro). jornal e custeou suas despesas. Art. 54, 38. Recurso. Representação. Propa- parágrafo único, c/c o art. 33, e o art. ganda eleitoral irregular. Não foram ul- 35, § 4º, da Lei nº 9.100/95, dão à can- trapassados os limites estipulados pelo didata a possibilidade de ser apenada art. 54 da Lei nº 9.100/95. Incabível a pela publicidade indevida que faz. Po- imposição das multas arbitradas pelo tencial ofensivo da propaganda eleitoral juízo monocrático eleitoral. Recurso veiculada não é de grande monta, razão provido. (Proc. Cl. XVII, nº 148/96; Rel. pela qual devem ser reduzidas pela Dr. Gilson Langaro Dipp; 02.12.96; re- metade as penas de multa aplicadas correntes: Jornal do Bassano/Correio aos litisconsortes. Recurso parcialmente Livre, Ilário Ansolin e outros; recorrida: provido. (Proc. Cl. XVII, nº 156/96; Rel. Coligação “ Unido e For- Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; te” (PMDB, PTB e PSDB). 22.11.96; recorrentes: Jornal Minuano e 39. Recurso. Representação: investiga- Vera Maria Wachter Gonçalves; recorri- ção judicial eleitoral. O pedido de anula- do: Ministério Público Eleitoral da 7ª ção da votação não é matéria passível Zona). de decisão em investigação judicial. 42. Recurso Decisão que condenou o Inexistência de prova de abuso do po- recorrente por realização de propagan- der econômico que possa conduzir às da eleitoral irregular. Atendida a deter- conseqüências previstas no art. 22 da minação de retirada imediata da propa- Lei Complementar nº 64/90, em relação ganda, e inexistindo prova de reincidên- ao registro das candidaturas e à diplo- cia, não subsiste a multa aplicada. Re- mação dos eleitos. Provimento negado. curso provido. (Proc. Cl. XVII, nº (Proc. Cl. XVII, nº 150/96; Rel. Dr. Nel- 157/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; son Antonio Monteiro Pacheco; 28.11.96; recorrente: Carlos Oneide 28.11.96; recorrente: Partido Liberal; re- Scherdien; recorrida: Coligação “Jacu- corridos: Coligação “União Popular” tinga Unido e Forte” (PPB e PTB). (PMDB e PDT) e Tomás de Aquino Revista do TRE/RS 121 43. Recursos. Representação. Propa- XVII, nº 167/96; Rel. Dr. Norberto da ganda eleitoral irregular. Inexistência, Costa Caruso Mac-Donald; 18.12.96; nos autos, de instrumentos de procura- recorrente: Coligação "Frente Progres- ção em nome dos signatários das peças sista Democrática" (PPB e PDT); recor- recursais. Infringência ao disposto nos rido: Partido dos Trabalhadores). arts. 36 e 37 do Código de Processo Ci- 47. Recurso. Representação: investiga- vil, e arts. 4º e 5º da Lei nº 8.906/94. ção judicial eleitoral. 1. Irresignação re- Feito não conhecido. (Proc. Cl. XVII, nº cursal conhecida, pois ainda que não 161/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; expressa no substabelecimento a reser- 28.11.96; recorrentes: Partido do Movi- va de poderes, esta se tem como pac- mento Democrático Brasileiro e Partido tuada, salvo renúncia expressa. 2. Ale- Democrático Trabalhista; recorrido: Juiz gação de dois fatos distintos - abuso de Eleitoral da 77ª Zona). poder econômico e propaganda eleitoral 44. Recurso. Decisão que julgou proce- irregular -, sendo que este último não dente representação eleitoral. Inexis- pode ser objeto de representação ten- tência de elementos suficientes para dente à abertura de investigação judicial configurar violação ao disposto no artigo eleitoral. 3. Uso promocional de doação 54 da Lei nº 9.100/95. Recurso provido. em favor de candidatura. Inexistência (Proc. Cl. XVII, nº 163/96; Rel. Dr. Leo- de ânimo eleitoral ou eleitoreiro a en- nel Tozzi; 04.12.96; recorrentes: Coliga- sejar a incidência de figura típica, aden- ção "Acorda " (PTB, PMDB e trando na seara do inciso VIII do art. 58 PDT) e Jornal Glorinha; recorrido: Parti- da Resolução TSE nº 19.512/96. Não- do Progressista Brasileiro). configuração do abuso do poder político 45. Recurso. Decisão que julgou proce- ou econômico, em detrimento da liber- dente representação por divulgação de dade de voto (arts. 19 e 22 da Lei das pesquisa eleitoral irregular. Preliminar Inelegibilidades). 4. Afastada a hipótese rejeitada. Inexistência de prova deter- de veiculação de propaganda eleitoral minando a autoria da pesquisa. Apreen- irregular, por tratar-se de matéria de cu- são de escasso número de folhetos não nho jornalístico e informativo. Inaplicá- constitui prova suficiente de que haja vel o disposto no art. 54 e parágrafo ocorrido divulgação por órgãos de im- único da Lei nº 9.100/95. Provimento prensa. Recurso provido. (Proc. Cl. negado. (Proc. Cl. XVII, nº 169/96; Rel. XVII, nº 166/96; Rel. Dr. Norberto da Dr. Marco Aurélio Heinz; 02.12.96; re- Costa Caruso Mac-Donald; 18.12.96; corrente: Partido do Movimento Demo- recorrente: Coligação União, Renova- crático Brasileiro; recorrido: Gaudêncio ção e Reconstrução de Palmeira; recor- da Costa). rida: Coligação União Trabalhista). 48. Recurso. Reclamação: propaganda 46. Recurso. Representação: divulga- eleitoral irregular. l. Inexistência de ins- ção irregular de pesquisa eleitoral. O trumento de mandato (irresignação da panfleto ventilado nos autos não equi- coligação partidária), configurando in- vale à divulgação de pesquisa eleitoral fringência ao disposto nos arts. 37 do irregular (art. 48, § 4º, da Lei nº Código de Processo Civil e 5º do Esta- 9.100/95 ), uma vez que se trata de fo- tuto da OAB. Feito não conhecido. 2. lheto de caráter anônimo. A multa apli- Perda do objeto em referência aos re- cada não é cabível, pois inexistem ele- cursos interpostos por Sezefredo Go- mentos probatórios que atestem a efeti- mes Azambuja e Airton Pacheco do va realização de pesquisa eleitoral ci- Amaral, pois o juízo a quo julgou proce- entífica. Recurso provido. (Proc. Cl. dente a reclamação tão-somente para Revista do TRE/RS 122 impedir a divulgação da questionada um ano antes da realização do pleito improbidade administrativa do candidato municipal. Inexistência de propaganda do PPB, durante o período da propa- que pudesse caracterizar infringência ganda eleitoral. Feito julgado prejudica- ao disposto no artigo 50 da Lei do 3. Improcedente a pretensão de Ro- nº 9.100/95. Recurso provido. (Proc. Cl. naldo Trindade Oliveira, eis que inapli- XVII, nº 178/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; cável à espécie a pena de multa, pois a 04.12.96; recorrentes: Valdecir João mesma só pode ser imposta na ação Canssi, Claudemir José Locatelli e penal própria. Provimento negado. PMDB; recorridos: PT, PDT, PPB e Mi- (Proc. Cl. XVII, nº 171/96; Rel. Dr. Leo- nistério Público da 101ª Zona). nel Tozzi; 29.11.96; recorrentes: Coliga- 52. Recursos. Representação: propa- ção " A Força do Povo", Sezefredo Go- ganda eleitoral irregular. a) Preliminar mes Azambuja, Airtom Pacheco do de intempestividade rejeitada. b) A pu- Amaral e Ronaldo Trindade Oliveira; re- blicação jornalística configura veicula- corridos: Ronaldo Trindade Oliveira e ção de natureza eleitoral buscando an- Janio Braga de Souza). gariar votos junto ao eleitorado, na vés- 49. Recurso. Representação: propa- pera do pleito, quando qualquer tipo de ganda eleitoral irregular. a) Inexistência, propaganda já estava proibido e impos- nos autos, de instrumento de mandato sível o eventual exercício do direito de em nome dos signatários da irresigna- resposta pelos prejudicados. Ademais, ção recursal da agremiação partidária. houve ofensa ao disposto no art. 54 da Infringência ao disposto nos arts. 36 e Lei nº 9.100/95. Provimento negado. c) 37 do Código de Processo Civil, e arts. As multas impostas pelo juízo a quo fo- 4º e 5º da Lei nº 8.906/94. Feito não co- ram arbitradas no grau justo e adequa- nhecido. b) Contrariamente ao propug- do à gravidade e lesividade da conduta nado pelo Parquet, inexiste motivo para dos representados/recorrentes. Desca- responsabilizar o ginásio ou Município, bida a pretendida majoração. Provi- pois não houve a alegada conivência mento negado. (Proc. Cl. XVII, nº dos mesmos. Inaplicabilidade do art. 50, 179/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; § 2º, da Lei nº 9.100/95. Provimento ne- 09.12.96; recorrentes: Ministério Público gado. (Proc. Cl. XVII, nº 175/96; Rel. Dr. Eleitoral, Partido Progressista Brasileiro, Gilson Langaro Dipp; 11.12.96; recor- Luiz Pessuto e Empresa Jornalística rentes: Ministério Público Eleitoral da Imperatriz dos Vales; recorrido: Ministé- 133ª Zona e Partido Progressista Bra- rio Público Eleitoral). sileiro; recorridos: Ministério Público 53. Recurso. Representação: propa- Eleitoral da 133ª Zona e Ginásio de Es- ganda eleitoral irregular. Inexistência de portes da Olaria.). tratamento privilegiado a candidato ou 50. Recurso. Decisão que julgou impro- partido político, opinião favorável ou cedente representação. Divulgação de contrária, que sirva de motivação à pesquisa eleitoral com atendimento de condenação imposta. Fato atípico. Re- todos os requisitos legais. Provimento curso provido. (Proc. Cl. XVII, nº negado. (Proc. Cl. XVII, nº 177/96; Rel. 181/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; Dr. Marco Aurélio Heinz; 02.12.96; re- 12.12.96; recorrente: Sociedade Rádio corrente: Coligação Sempre; recor- Cultura Jaguarão Ltda.; recorrido: Mi- rida: Editora Tals). nistério Público Eleitoral da 43ª Zona). 51. Recurso. Decisão que julgou proce- 54. Recurso. Decisão que condenou co- dente reclamação eleitoral. Realização ligação partidária por realização de pro- de entrevista em programa radiofônico paganda irregular. Atendida a determi- Revista do TRE/RS 123 nação de retirada da propaganda, não cedente representação eleitoral. Embo- há necessidade de aplicação da multa ra não se exija a comprovação de nexo prevista no artigo 51 da Lei nº 9.100/95. de causa e efeito entre abuso de poder Recurso provido. (Proc. Cl. XVII, nº e resultado da eleição, é necessária a 182/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 05.12.96; potencialidade lesiva ao interesse juridi- recorrente: Coligação União Trabalho e camente tutelado, que é a normalidade Progresso; recorrido: José Silas Dubal e legitimidade do pleito. Provimento ne- Goulart). gado. (Proc. Cl. XVII, nº 198/96; Rel. Dr. 55. Recurso. Decisão que ao aplicar Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; condenação não mencionou o paga- 19.12.96; recorrente: Ministério Público mento de honorários advocatícios do da 61ª Zona Eleitoral; recorridos: Paulo patrono do recorrente. Os processos e Roberto Dalsolhio, Avelino Maggioni, procedimentos eleitorais têm natureza Fernando Oscar Fanton e Evanir da Sil- gratuita, não havendo, na espécie, se- va). quer, previsão legal para o pagamento de custas processuais. Provimento ne- gado. (Proc. Cl. XVII, nº 183/96; Rel. Dr. Demais classes Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; 01. Impugnação de chapa concorrente a 16.12.96; recorrente: Adair José Trott; eleição de Diretório Municipal. Pedido recorrida: Coligação União por Cerro conhecido, eis que tempestivo. Justiça Largo). Eleitoral incompetente, nos termos da 56. Recurso. Decisão que julgou proce- legislação vigente à época da realiza- dente representação eleitoral. Fatos ção da convenção, para apreciar ques- isolados de nenhuma ou, quando muito, tões decorrentes de atos interna corpo- insignificante dimensão no cenário da ris das agremiações partidárias. Impug- disputa política, sem potencialidade nação julgada improcedente. (Proc. Cl. para desigualar os candidatos, não se IV, nº 39/95; Rel. Dr. Gerci Giareta; prestam a configurar o abuso. Recurso 26.04.96; impugnantes: Adélia Lazarini provido. (Proc. Cl. XVII, nº 187/96; Rel. Andrino e Eduardo Arthur Lawson - in- Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- tegrantes da chapa nº 2; impugnados: Donald; 13.12.96; recorrente: João Jor- Wilson Porto Furtado e outros - filiados ge Hinterholz; recorrida: Coligação PPB, à chapa nº 1). PFL, PL e PTB). 02. Pedido de impugnação a registro de 57. Recurso. Decisão que julgou impro- Diretório Municipal. Preliminares rejeita- cedente representação eleitoral. Preli- das. Comprovação, nos autos, segura e minar rejeitada. Inocorrência de propa- indiscutível, da filiação de dez votantes ganda eleitoral irregular. Matéria veicu- na convenção municipal, alegadamente lada de cunho jornalístico e informativo, não-filiados ao partido. Comprovação, não incidindo a regra do artigo 64 da Lei igualmente, da satisfação, por cinco nº 9.100/95. Provimento negado. (Proc. votantes, da exigência do prazo mínimo Cl. XVII, nº 192/96; Rel. Dr. Leonel To- necessário de filiação para o exercício zzi; 12.12.96; recorrente: Luiz Natalbor do voto. Ademais, mesmo com a pre- Thorstenberg; recorrida: Justiça Eleito- tendida anulação de quinze votos, a ral da 101ª Zona; interessados: Rádio única chapa concorrente teria obtido Província FM e Coligação "Por Amor a mais do que o percentual legal mínimo Portela"). de vinte por cento da votação válida 58. Recurso. Decisão que julgou impro- apurada. Impugnação julgada improce- dente. (Proc. Cl. IV, nº 62/95; Rel. Des. Revista do TRE/RS 124 Tupinambá Miguel Castro do Nasci- comunicador afastar-se a partir de mento; 06.12.95; impugnantes: Carlos 01/07/96, e bastando ao conselheiro Augusto de Oliveira Vallandro e Ari tutelar licenciar-se do cargo. (Proc Cl. Adão de Lima; impugnado: PMDB - VII, nº 18/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; Santiago). 20.05.96; interessado: Partido da Social 03. Recurso - Nulidade de atos pratica- Democracia Brasileira). dos por Comissão Provisória e dissolu- 07. Prestação de contas. Eleições 1996. ção de Diretório Municipal de partido Apresentados todos os formulários e político. Seu não-conhecimento. (Proc. documentos exigidos no art. 3º, § 2º, in- Cl. IV, nº 63/95; Rel. Dr. Leonel Tozzi; cisos I a VII, das instruções anexas à 13.02.96; recorrente: Antonio Libório Resolução TSE nº 19.510/96. Irregulari- Oster; recorrida: Justiça Eleitoral; reque- dade apontada deve ser relevada, face rido: Alair Tadeu da Silva Soares). ao disposto no art. 45, § 2º, da Lei nº 04. Recurso. Decisão que cancelou de- 9.100/95. Contas julgadas regulares. finitivamente a convenção municipal de (Proc. Cl. VIII, nº 07/96; Rel. Dr. Leonel partido político e de registro de chapa. Tozzi; 09.12.96; interessado: Partido Irresignação recebida como recurso Comunista do Brasil). inominado. Recurso improvido. (Proc. 08. Prestação de contas. Eleições 1996. Cl. IV, nº 01/96; Rel. Des. Tupinambá Irregularidade constatada pela Coorde- Miguel Castro do Nascimento; 30.05.96; nadoria de Controle Interno. Determina- recorrente: PSDB de ; recorrida: ção de diligências. Explicações convin- Justiça Eleitoral; requeridos: Mussoline centes e satisfatórias. Contas julgadas La Roque de Quadros e Laércio Fer- regulares. (Proc. Cl. VIII, nº 09/96; Rel. nandes). Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; 05. Comunicação: nominata de municí- 13.12.96; interessado: Partido Demo- pios com Diretórios ou Comissões Pro- crático Trabalhista). visórias Municipais dissolvidos. Ausen- 09. Prestação de contas. Eleições 1996. tes os requisitos previstos na Resolução Irregularidades constatadas pela Coor- nº 19.406/95. Feito não conhecido. denadoria de Controle Interno. Conver- (Proc. Cl. IV, nº 06/96; Rel. Dr. Leonel são em diligência. 1. Ausência da rela- Tozzi; 26.09.96; interessado: Partido ção de todos os responsáveis pela rea- dos Trabalhadores - Diretório Regio- lização das despesas restou sanada nal). pela apresentação do documento res- 06. Eleições 1996. Consulta - obrigato- pectivo. 2. Intempestividade relevada, riedade de: a) para concorrer ao pleito, por não haver prazo preclusivo efetivo trabalhador em veículo de comunicação na Lei nº 9.100/95. Contas julgadas re- afastar-se de suas atividades de comu- gulares. (Proc. Cl. VIII, nº 15/96; Rel. nicador, e, em caso afirmativo, prazo Dr. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; para tal afastamento; b) desincompatibi- 13.12.96; interessado: Partido Comu- lização de servidor público celetista, nista Brasileiro). exercente de atividade em município di- 10. Prestação de contas. Eleições 1996. verso daquele em que pretende concor- O § 5º do art. 4º da Resolução TSE nº rer; c) desincompatibilização de conse- 19.510/96 refere a obrigatoriedade da lheiro tutelar e, em caso afirmativo, me- prestação de contas da Direção Nacio- diante licenciamento ou renúncia ao nal, Estadual e Municipal do órgão par- cargo. Resposta afirmativa às três inda- tidário se eventualmente ocorrer arre- gações, devendo o candidato- cadação e/ou transferência de recursos, Revista do TRE/RS 125 o que não ocorreu no presente caso. IX, nº 08/95; Rel. Dr. Marco Aurélio Feito arquivado. (Proc. Cl. VIII, nº 21/96; Heinz; 27.06.96; recorrente: José Bor- Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- toluzzi Neto; recorrida: Justiça Eleitoral; Donald; 09.12.96; interessado: Partido impugnados: Ayres Rizzi, Paulo Bure- Social Trabalhista). seska e PMDB). 11. Prestação de contas - Eleições 14. Recurso: decisão que julgou proce- 1996. Recurso. Decisão que não rece- dente ação de impugnação de mandato beu prestação de contas, por ter sido eletivo, proposta com suporte legal no apresentada intempestivamente. O art. 14, § 10, da Constituição Federal. atraso não acarreta prejuízo quando há Configurada a existência objetiva de tempo hábil para sua análise e julga- abuso do poder econômico e corrupção, mento. O prazo não é terminativo e com o conseqüente comprometimento pode ser razoavelmente dilatado. Re- da legitimidade da eleição, promovendo curso provido. (Proc. Cl. VIII, nº 24/96; o desequilíbrio na disputa política (nexo Rel. Dr. Leonel Tozzi; 06.12.96; recor- de causalidade entre o abuso e o re- rentes: Diretório Municipal do Partido sultado do pleito). Cumulativamente à dos Trabalhadores e Darci Barnech cassação do mandato, deve ser aplica- Campani). da a inelegibilidade prevista no art. 1º, 12. Recurso: ação de impugnação de inciso I, alínea d, da Lei Complementar mandato eletivo. Acerca do agravo reti- nº 64/90. Recurso improvido. (Proc. Cl. do interposto em razão do indeferimento IX, nº 01/96; Prolator do acórdão: Dr. de pedido de prova pericial, não houve Leonel Tozzi; 08.08.96; recorrentes: reiteração nas razões de recurso, ocor- Adroaldo Edmundo Zottis e José Carlos rendo a desistência tácita, conforme Tadiotto; recorridos: Aldonir Alves Men- dispõe o art. 523, § 1º, in fine, do CPC. des e Roque Peruzzolo). No mérito, a ação constitucional utiliza- 15. Recurso - ação de impugnação de da não se presta a atacar fatos como o mandato eletivo. Inexistência de com- uso da máquina administrativa e abuso provação dos fatos narrados pelos re- do poder político, que não podem ser correntes, cujo ônus probatório era ex- objeto desta, e, mesmo que possível, clusivamente deles. Manutenção da de- inexiste prova de sua ocorrência; cisão recorrida por seus próprios e jurí- quanto ao abuso do poder econômico, dicos fundamentos. Recurso improvido. igualmente não há prova capaz de gerar (Proc. Cl. IX, nº 02/96; Rel. Dr. Leonel a convicção da sua efetivação. Provi- Tozzi; 19.08.96; recorrentes: PPB, PFL, mento negado. (Proc. Cl. IX, nº 213/94; PDT e PTB; recorrida: Justiça Eleitoral). Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 11.09.96; 16. Recurso: decisão que, apreciando recorrentes: Neri Sucolotti e Derqui Mo- pedido de reserva, por ordem de prefe- ttin; recorrida: Justiça Eleitoral; impug- rência, de espaço para a realização de nados: Adroaldo Conzatti e Odilon Os- comício de encerramento de campanha car Gheno). eleitoral, decidiu que a utilização do re- 13. Recurso. Impugnação de mandato ferido espaço deve ser resolvida medi- eletivo. Obtenção de cópias de proces- ante sorteio. Referida decisão está am- so findo e sua reprodução em máquina parada no poder de polícia reservado de Câmara de Vereadores; divulgação aos Juízes Eleitorais, visando a preser- na imprensa, consistindo em fraude e var a igualdade entre partidos e coliga- abuso do poder econômico. Não confi- ções disputantes do pleito. Provimento gurados os delitos, por ausência de negado. (Proc. Cl. IX, nº 03/96; Rel. Dr. provas. Recurso improvido. (Proc. Cl. Nelson Antonio Monteiro Pacheco; Revista do TRE/RS 126 25.07.96; recorrentes: PDT e PC do B 20. Recurso. Distribuição individualiza- (Coligação Unidade Popular); recorrida: da de Boletins de Urna a cada partido Justiça Eleitoral). que compõe coligação. Interpretação 17. Recurso. Decisão que aplicou san- correta, pelo juízo monocrático, da Re- ções a emissora de rádio, por infrigên- solução TSE nº 19.540, seguindo o re- cia ao artigo 64, incisos III e IV, da Lei gulamentado no art. 37, §§ 3º e 4º, e nº 9.100/95. Afronta ao devido processo art. 38. Provimento negado. (Proc. Cl. legal, ao violar-se a norma do artigo 58, IX, nº 145/96; Rel. Dr. Nelson Antonio IV, da Resolução TSE nº 19.509/96, Monteiro Pacheco; 10.10.96; recorrente: não sendo concedida oportunidade de Coligação “União, Trabalho e Progres- defesa à recorrida. Anulada a sentença so” (PDT, PFL e PSDB); recorrida: Jus- de primeiro grau. (Proc. Cl. IX, nº 08/96; tiça Eleitoral). Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 21.08.96; 21. Recurso de ofício. Decisão de junta recorrente: Rádio Tapejara Ltda.; recor- eleitoral que, verificando violação de rida: Justiça Eleitoral). urna, determinou a apuração em sepa- 18. Recurso. Pedido de exclusão da cé- rado dos votos. A anulação da votação dula eleitoral do nome de candidato. resulta apenas de comprovação de Apesar de indeferido o pedido de regis- fraude. Recurso provido. (Proc. Cl. IX, tro de candidatura, não houve ainda o nº 146/96; Rel. Dr. Nelson Antonio trânsito em julgado da sentença indefe- Monteiro Pacheco; 10.10.96; recorrente: ritória, nos termos do art. 15 da Lei Junta Eleitoral da 27ª Zona). Complementar nº 64/90, que levaria à 22. Recurso. Pedido de recontagem de cassação definitiva de qualquer possibi- votos. Preliminares rejeitadas. Recor- lidade de concorrer ao próximo pleito. O rente não usou de seu direito de impug- nome do candidato deve figurar na cé- nar na hora certa e aprazada, razão por dula até o pronuciamento final do TSE, que configurou-se a preclusão. Funda- uma vez que possível prestação jurisdi- mentos do recurso não ensejam o defe- cional favorável ao recorrente. Provi- rimento do pedido de recontagem, como mento negado. (Proc. Cl. IX, nº 120/96; é exigência dos dispositivos constantes Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- do art. 28, incisos I e III, da Lei nº checo; 30.09.96; recorrente: Ministério 9.100/95. Provimento negado. (Proc. Cl. Público Eleitoral; recorridos: Partido IX, nº 147/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; Democrático Trabalhista e Fortunato 20.11.96; recorrente: Coligação “Frente Janir Rizzardo). Avante” (PMDB, PT e PTB); re- 19. Recurso. Voto de eleitor não cons- corrida: Coligação “Alecrim Pode Ser tante da lista. Validação da urna pela Melhor” (PPB e PDT). junta. Incoincidência entre o número de 23. Recurso. Recontagem dos votos de cédulas constantes da urna e o consig- urnas. Pedido de recontagem está in- nado na ata como de votantes. Aplica- cluído entre os recursos interpostos ção do disposto no artigo 166, parágrafo contra a apuração. Falta de legitimidade 1º, do Código Eleitoral (art. 17, pará- do recorrente, pois a petição recursal grafo 1º, da Resolução TSE nº 19.540). não está firmada por profissional legal- Provimento negado. (Proc. Cl. IX, nº mente habilitado. Feito não conhecido. 144/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 10.10.96; (Proc. Cl. IX, nº 151/96; Rel. Dr. Nor- recorrente: Partido Democrático Traba- berto da Costa Caruso Mac-Donald; lhista; recorrida: Junta Eleitoral da 23ª 16.10.96; recorrente: Armando Pijuan; Zona). recorrida: Junta Apuradora da 57ª Zona). Revista do TRE/RS 127 24. Recurso. Recontagem de votos para vância no trato dos temas recursais, o pleito majoritário. Legitimação ativa do principalmente no tocante às apura- representante da coligação recorrente, ções. Petição recursal eivada de subje- forte no que preceitua o art. 7º, incisos tividade, com ausência de fatos que III e IV, da Lei nº 9.100/95. Irresignação possam servir de fundamento objetivo tempestiva, uma vez que ofertada den- para o deferimento da pretensão da re- tro do tríduo legal. Recurso interposto corrente. Provimento negado. (Proc. Cl. sem a apresentação de procuração ha- IX, nº 165/96; Rel. Dr. Nelson Antonio bilitando o signatário a postular perante Monteiro Pacheco; 31.10.96; recorrente: o juízo de 2º grau em nome do recor- Coligação “União por Morrinhos do Sul” rente. Infringência ao disposto no art. (PDT e PPB); recorrida: Coligação 133 da Constituição Federal, c/c o art. “Frente Popular de Morrinhos do Sul” 1º, incisos I, IV e V, do Estatuto da (PMDB e PT). OAB, e art. 36 do Código de Processo 27. Recurso. Decisão que não recebeu Civil, aplicado subsidiariamente. Feito pedido de recontagem de votos. Irre- não conhecido. (Proc. Cl. IX, nº 152/96; signação quanto a contagem de votos Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- deve ser manifestada no momento da Donald; 16.10.96; recorrente: Coligação apuração. Exigência de comprovação Frente Popular (PPB e PTB); recorrida: de fraude na eleição para ensejar re- Junta Apuradora da 91ª Zona). contagem, fundamentada inclusive no 25. Recurso. Decisão que indeferiu pe- próprio recurso. Recurso improvido. dido de recontagem de votos. Prelimina- (Proc. Cl. IX, nº 167/96; Rel. Dr. Leonel res rejeitadas. Mera alegação de que Tozzi; 30.10.96; recorrente: União Pro- nas várias mesas apuradoras teriam gressista Assisense; recorrida: Junta sido creditados inúmeros votos de um Eleitoral da 79ª Zona). candidato para outro, sem nenhuma 28. Recurso. Decisão de junta eleitoral comprovação efetiva nos autos, não que validou votos concedidos a candi- constitui fundamentação suficiente para dato, em razão da atribuição de efeito sustentar o pedido. Provimento negado. suspensivo a recurso especial, inter- (Proc. Cl. IX, nº 163/96; Rel. Dr. Gilson posto perante o egrégio Tribunal Supe- Langaro Dipp; 07.11.96; recorrente: rior Eleitoral. Inexistência de trânsito em União por um Novo Alegrete (PFL, julgado da decisão que declarou a ine- PSDB e PTB); recorrida: Junta Eleitoral legibilidade de candidato. Exegese do da 5ª Zona). artigo 15 da Lei Complementar nº 26. Recurso. Recontagem de votos. 64/90, garantindo ao interessado per- Não mais existe a recontagem automá- manecer no processo eleitoral até pas- tica de votos, caso contrário olvidar-se- sar em julgado a decisão que indeferiu ia a aplicação do princípio constitucional o registro. Provimento negado. (Proc. que tutela a autonomia do ato jurisdicio- Cl. IX, nº 169/96; Rel. Dr. Nelson Anto- nal, conduzindo à ruptura do sistema nio Monteiro Pacheco; 31.10.96; recor- que obriga o Poder Judiciário a funda- rente: Aliança Municipal Entreijuiense; mentar suas decisões (art. 93, inc. IX, recorrida: Junta Apuradora de Entre- da Constituição Federal). Os casos de Ijuís; interessado: Mário Rossi). recontagem devem ser buscados exclu- 29. Recurso contra a não-contabiliza- sivamente na Lei nº 9.100/95. Contudo, ção de votos (eleitores que votaram por o art. 28 do referido diploma legal não força de mandado de segurança). Em acabou com o instituto da preclusão, ao relação ao recurso da candidata que qual o Código Eleitoral empresta rele- pede validação do voto, merece prospe- Revista do TRE/RS 128 rar a irresignação, uma vez que válido é tido Progressista Brasileiro e Darci Mou- o voto se incólume a quaisquer dúvidas, ra Cardoso; recorrida: Junta Eleitoral da surge a vontade do eleitor. Eleitores que 81ª Zona). votaram por força da medida liminar 32. Recurso. Recontagem geral dos concedida em mandado de segurança votos para as eleições proporcionais. estão com as inscrições canceladas. Os Inconformidade resume-se no fato de recursos dos mesmos impetrantes não que os candidatos não obtiveram os foram providos, e aqueles que votaram, votos que previam, nada mais funda- na sua quase totalidade, não têm quali- mentando que possa levar à suspeita ficação eleitoral, carecendo de inscrição de desacerto na apuração, sendo que válida por não terem domicílio eleitoral todos os partidos que participaram do no município. Provimento negado. pleito indicaram fiscais que, efetiva- (Proc. Cl. IX, nº 172/96; Rel. Dr. Gilson mente, atuaram, pelo que não é admis- Langaro Dipp; 06.11.96; recorrentes: sível que queiram, agora, postular nova Partido Progressista Brasileiro, Glória apuração. Provimento negado. (Proc. Viacava, Nestor de Oliveira Gonçalves e Cl. IX, nº 181/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; outros; recorrida: Junta Eleitoral da 133ª 31.10.96; recorrente: PPB, PDT e Zona). PMDB; recorrida: Junta Eleitoral da 81ª 30. Recurso. Impugnação de urna. Cé- Zona). dula assinada unicamente por um dos 33. Recurso. Pedido de anulação das mesários integrantes da mesa receptora eleições. Descabida a pretensão do re- de votos não incide na hipótese prevista corrente em obter o pleiteado, pois dei- no art. 175, inciso II, do Código Eleito- xou de manifestar sua irresignação nos ral, quando ausente qualquer dúvida momentos e fases devidas do processo relativa à identidade do referido mesá- eleitoral. Matéria preclusa. Ausência rio, ou à autenticidade da respectiva as- dos fundamentos indispensáveis para o sinatura. A falta de rubrica dos demais acolhimento de pedido de recontagem, integrantes da mesa constitui mera irre- estabelecidos no art. 25 da Resolução gularidade insuscetível de anular o voto. TSE nº 19.540/96. Provimento negado. Provimento negado. (Proc. Cl. IX, nº (Proc. Cl. IX, nº 182/96; Rel. Dr. Leonel 177/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 31.10.96; Tozzi; 13.11.96; recorrente: Partido do recorrente: Partido dos Trabalhadores; Movimento Democrático Brasileiro; re- recorrida: Junta Eleitoral da 71ª Zona). corrida: Justiça Eleitoral da 79ª Zona). 31. Recurso. Recontagem de votos. 34. Recurso. Decisão que julgou impro- Matéria preclusa em decorrência da cedente pedido de recontagem de vo- inércia dos recorrentes, que, através tos. Preliminar rejeitada. Matéria preclu- dos seus fiscais e delegados de apura- sa por ausência de impugnação junto à ção, não exerceram o direito de impug- mesa receptora de votos. Inexistência nação que lhes confere a legislação de qualquer indício de fraude que possa eleitoral. Quanto à excepcionalidade do ensejar nova contagem de votos. Con- recurso previsto nos arts. 24 e 25 da junto de alegações produzidas pela re- Resolução TSE nº 19.540/96, embora o corrente insubsistentes para sustentar o mesmo prescinda da prévia impugna- pedido. Provimento negado. (Proc. Cl. ção, é indiscutível que deva ser funda- IX, nº 185/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; mentado, não bastando a alegação da 11.11.96; recorrente: Coligação Aliança mera inconformidade. Provimento ne- por Xangri-lá (PDT, PMDB e PFL); re- gado. (Proc. Cl. IX, nº 180/96; Rel. Dr. corrido: Partido Trabalhista Brasileiro). Leonel Tozzi; 13.11.96; recorrente: Par- Revista do TRE/RS 129 35. Recurso. Pedido de recontagem de Provimento negado. (Proc. Cl. IX, nº votos. Não só a fraude, ou as três hi- 190/96; Prolator do acórdão: Dr. Marco póteses do inciso III do art. 28 da Lei nº Aurélio Heinz; 07.11.96; recorrente: Co- 9.100/95, ensejam a recontagem; im- ligação Sobradinho Ano 2000; recorrida: porta o bom fundamento. Preclusão do Junta Apuradora da 53ª Zona). Código Eleitoral foi afastada proposita- 39. Recurso. Impugnação de urna. Ine- damente pelo legislador de 1995 (Proc. xistência de violação do lacre, não se Cl. IX, nº 165/96 - Morrinhos do Sul). A podendo depreender, por quaisquer pequena diferença do resultado entre os elementos constantes dos autos, a candidatos não se constitui em motiva- ocorrência de fraude. Provimento nega- ção suficiente para a recontagem. Pro- do. (Proc. Cl. IX, nº 192/96; Rel. Dr. vimento negado. (Proc. Cl. IX, nº Marco Aurélio Heinz; 04.11.96; recor- 187/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Montei- rente: Coligação “União por Porto Ale- ro Pacheco; 07.11.96; recorrente: Parti- gre” - UPPA; recorrida: Junta Eleitoral do do Movimento Democrático Brasilei- da 111ª Zona). ro; recorrida: Coligação PFL/PDT). 40. Recurso. Decisão que indeferiu pe- 36. Recurso. Pedido de anulação das dido de recontagem de votos da eleição eleições. Irresignação considerada proporcional. Preliminar rejeitada. Im- como tempestivamente interposta, eis possibilidade de excluir-se da aprecia- que o prazo é aquele geral dos recur- ção do Poder Judiciário lesão ou amea- sos, previsto no Código Eleitoral (art. ça a direito. Ausência dos motivos que 258, c/c art. 265). No mérito, a matéria autorizam a recontagem. Provimento está preclusa, pois não foram exercita- negado (Proc. Cl. IX, nº 193/96; Rel. Dr. dos, ao devido tempo, os direitos de im- Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; pugnação que a lei confere aos partidos 04.11.96; recorrente: Partido Progres- ou coligações através dos seus repre- sista Brasileiro; recorrida: Junta Eleitoral sentantes. Ademais, o pedido de anula- da 36ª Zona). ção das eleições é vago, empírico e im- Recurso. Recontagem de votos. preciso; ipso facto, inadmissível o seu 41. Atribuir a derrota no pleito à atuação in- deferimento. Provimento negado. (Proc. dividual de um escrutinador, num grupo Cl. IX, nº 188/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; de oitenta escrutinadores e total apro- 13.11.96; recorrente: Partido Progres- sista Brasileiro; recorrida: Justiça Eleito- ximado de cento e vinte pessoas atu- ral da 73ª Zona). antes, além dos fiscais, delegados e candidatos, é supervalorizar o poder do 37. Recurso. Pedido de recontagem de mesmo em detrimento da inteligência e votos. Inexistência de qualquer das hi- operância dos demais. Fato fundamento póteses contidas na lei, ensejadoras da do pedido não tem o condão de conferir recontagem, a justificar o deferimento o direito à recontagem, pois não há, nas do pedido. Provimento negado. (Proc. provas coletadas, qualquer indício ou Cl. IX, nº 189/96; Rel. Dr. Gilson Langa- possibilidade de se entender que houve ro Dipp; 07.11.96; recorrente: Partido fraude (art. 28, inciso I, da Lei nº Progressista Brasileiro; recorrida: Junta 9.100/95). Provimento negado. (Proc. Eleitoral da 144ª Zona). Cl. IX, nº 201/96; Rel. Dr. Marco Aurélio 38. Recurso. Decisão que indeferiu pe- Heinz; 06.11.96; recorrente: Coligação dido de recontagem de votos. Inexistên- “União Progressista São-Luizense” cia de fundamentação legal para ense- (PSB, PSDB e PMDB); recorridos: Par- jar nova contagem de votos. Exegese tido Progressista Brasileiro, Alseu da do artigo 28, IV, da Lei nº 9.100/95. Silva Braga e Germano Juchen). Revista do TRE/RS 130 42. Recurso. Eleições majoritárias. Re- va (PPB, PSDB). contagem de votos. Inexistência de fun- 46. Recurso. Pedido de recontagem damentos aptos a ensejar a pretendida votos. Não merece prosperar a alega- recontagem. Provimento negado. (Proc. ção de impedimento das escrutinado- Cl. IX, nº 204/96; Rel. Dr. Nelson Anto- ras, uma vez que não há comprovação nio Monteiro Pacheco; 07.11.96; recor- do aludido parentesco e, mesmo que rente: PMDB de Protásio Alves; recorri- houvesse, não incidiria, na espécie, a da: Junta Eleitoral da 75ª Zona). hipótese do art. 1º, § 1º, inciso I, da Re- 43. Recurso. Pedido de recontagem de solução TSE nº 19.540/96 (art. 36, § 3º, votos. Matéria preclusa por força do que inciso I, do Código Eleitoral). Ademais, dispõem os arts. 171 e 181 do Código quanto ao “cerceamento de fiscaliza- Eleitoral. A Lei nº 9.100/95, arts. 28 ss, ção” pela invocada distância dos fiscais só admite a recontagem dos votos em relação à apuração, não há prova quando resultar comprovada a existên- de tal assertiva. Provimento negado. cia de fraude na eleição, sendo que tal (Proc. Cl. IX, nº 227/96; Rel. Dr. Gilson pedido deverá ser formulado funda- Langaro Dipp; 20.11.96; recorrente: mentadamente (art. 24 da Resolução Partido Progressista Brasileiro; recorri- TSE nº 19.540/96). Nenhuma das hi- dos: PT, PMDB, PDT e PSDB). póteses do art. 25 da referida Resolu- 47. Recurso. Decisão que indeferiu pe- ção (Lei nº 9.100/95, art. 28, inciso III) é dido de recontagem de votos. Mera ma- ventilada no recurso. Provimento nega- nifestação de eleitor não pode funda- do. (Proc. Cl. IX, nº 207/96; Rel. Dr. Le- mentar a pretensão. Exegese do dis- onel Tozzi; 11.11.96; recorrentes: Parti- posto no artigo 28 da Lei nº 9.100/95. do do Movimento Democrático Brasilei- Provimento negado. (Proc. Cl. IX, nº ro e Vandercy Garcia da Rosa; recorri- 234/96; Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; da: Junta Eleitoral da 35ª Zona). 22.11.96; recorrente: Coligação Aliança 44. Recurso. Pedido de anulação de Popular de Maquiné (PDT/PMDB); re- eleição. Irresignação relativa a nulidade corrida: Junta Eleitoral da 77ª Zona). das eleições deve ser proposta imedia- 48. Recurso. Pedido de recontagem de tamente após o conhecimento do fato votos. Não houve recurso por ocasião que sustenta o pedido anulatório. Exe- do deferimento das candidaturas, nem gese do artigo 223, parágrafo segundo, impugnação por ocasião da apuração, e do Código Eleitoral. Feito não conheci- tampouco foi carreada aos autos qual- do. (Proc. Cl. IX, nº 209/96; Rel. Dr. quer das hipóteses previstas no art. 28 Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; da Lei nº 9.100/95, autorizativa da re- 20.11.96; recorrente: Coligação Movi- contagem. Provimento negado. (Proc. mento Trabalhista (PDT e PMDB); re- Cl. IX, nº 238/96; Rel. Dr. Norberto da corrida: Coligação Unidos para Mudar Costa Caruso Mac-Donald; 21.11.96; (PPB e PTB). recorrentes: Partido do Movimento De- 45. Recurso. Recontagem de votos. mocrático Brasileiro e Oraci de Souza Motivos alegados pela recorrente não Vargas; recorrido: Juiz Eleitoral da 56ª explicitados na lei e irrelevantes para Zona). ensejar a pretendida recontagem. Pro- 49. Recurso. Decisão que não recebeu vimento negado. (Proc. Cl. IX, nº pedido de recontagem de votos. O Re- 226/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; querimento deve ser protocolado nas 48 20.11.96; recorrente: União Popular horas seguintes à divulgação dos dados (PT, PDT, PMDB); recorrida: União da totalização dos votos do município. Democrática Progressista de Tucundu- Revista do TRE/RS 131 Exegese do artigo 28, inciso I, da Lei nº lombo; recorrida: Junta Eleitoral da 6ª 9.100/95. Provimento negado. (Proc. Cl. Zona). IX, nº 242/96; Rel. Dr. Gilson Langaro 53. Recurso: decisão que acolheu de- Dipp; 25.11.96; recorrente: Partido De- núncia fundamentada no art. 344 do mocrático Trabalhista; recorrido: Partido Código Eleitoral, condenando o réu por da Frente Liberal). recusa ao serviço eleitoral sem justa 50. Recurso. Decisão que indeferiu pe- causa. Ausência de dolo na conduta do dido no sentido de que fiscais de coliga- acusado. Recurso provido. (Proc. Cl. XI, ção partidária utilizem camisetas com nº 18/95; Rel. Dr. Ivan Leomar Bruxel; símbolo designativo de agremiação po- 29.02.96; recorrente: Aiman Dib Khaled; lítica. Exegese do artigo 57, caput e pa- recorrida: Justiça Eleitoral). rágrafo 3º, da Resolução TSE nº 54. Pedido de transmissão gratuita, por 19.512/96, autorizando a utilização dos meio de rádio e televisão, de programa aludidos emblemas nas camisetas usa- partidário. Matéria a ser apreciada pelo das pelos fiscais. Recurso provido. Egrégio Tribunal Superior Eleitoral, me- (Proc. Cl. IX, nº 247/96; Rel. Dr. Nelson diante requerimento dos órgãos nacio- Antonio Monteiro Pacheco; 11.11.96; nais dos partidos, ex vi dos preceitos recorrente: Coligação Frente Democrá- contidos no parágrafo 2º do art. 46 da tica (PMDB, PSDB, PL e PFL); recorri- Lei 9096/95. Pedido não-conhecido. da: Justiça Eleitoral). (Proc. Cl. XI, nº 03/96; Rel. Des. Luiz 51. Recurso. Decisão que indeferiu pe- Melíbio Uiraçaba Machado; 13.02.96; dido de recontagem de votos. Prelimina- interessado: Partido Comunista do Bra- res rejeitadas. Diferença reduzida entre sil). os votos atribuídos ao candidato vence- 55. Pedido de providências para a reali- dor e ao candidato derrotado não cons- zação de pleito em municípios criados titui fundamento para ensejar nova no ano de 1996. Consulta ao egrégio contagem. Inexistência de razões que Tribunal Superior Eleitoral. Resposta sustentem a pretensão. Exegese do ar- negativa. Indeferimento. (Proc. Cl. XI, nº tigo 28 da Lei nº 9.100/95. Provimento 09/96; Rel. Des. Luiz Melíbio Uiraçaba negado. (Proc. Cl. IX, nº 249/96; Rel. Machado; 24.04.96; interessados: Co- Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- missão Emancipacionista de Aceguá e Donald; 05.12.96; recorrente: UDV - outros). União Democrática Vilanovense; recor- rida: ADP - Aliança Democrática Popu- 56. Pedido de realização de eleição ex- lar de ). traordinária. Reiteração de requeri- mento anteriormente indeferido. Pedido 52. Recurso. Recontagem de votos das julgado prejudicado. (Proc. Cl. XI, nº eleições proporcionais. a) Candidato a 09b/96; Rel. Des. Luiz Melíbio Uiraçaba vereador não possui legitimação ativa Machado; 08.05.96; interessados: Co- para pedir recontagem (art. 28, inciso I, missão Emancipacionista de Aceguá e da Lei nº 9.100/95). Feito não conheci- outros). do. b) Decisão da Junta Eleitoral - no que pertine ao recurso da agremiação 57. Embargos de declaração. Decisão partidária - mantida por seus próprios e que indeferiu pedido de providências jurídicos fundamentos. Provimento ne- para a realização de pleito em municí- gado. (Proc. Cl. IX, nº 251/96; Rel. Dr. pios criados no ano de 1996. Excepcio- Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; nalidade invocada no recurso enfrenta- 04.12.96; recorrentes: Vilson Mussato da na decisão recorrida, mediante ava- (Presidente do PPB de Ipê) e Neri Co- liação de consulta formulada ao TSE. Revista do TRE/RS 132 Inocorrência de omissão pela não- Democrático Trabalhista). manifestação da Corte sobre trecho de 61. Pedido de desarquivamento e apre- parecer da Procuradoria Regional Elei- ciação de impugnação de registro de Di- toral, eis que o referido parecer não se retório Municipal. Processo já julgado, incorpora ao voto, além de se referir a no sentido do não-conhecimento. Feito decisão anterior ao acórdão embarga- não-conhecido. (Proc. Cl. XI, nº 19/96; do. Embargos não-conhecidos e decla- Rel. Dr. Leonel Tozzi; 13.06.96; interes- rados protelatórios. (Proc. Cl. XI, nº sado: Jorge Romeu Fonseca da Silva). 09c/96; Rel. Des. Luiz Melíbio Uiraçaba Machado; 10.05.96; embargantes: Co- 62. Pedido de transmissão de propa- missão Emancipacionista de Aceguá e ganda eleitoral gratuita por meio de rá- outros; embargada: Justiça Eleitoral). dio e televisão no município de Canoas. Exegese do artigo 58 da Lei 9.100/95: 58. Recurso. Decisão que declarou a tal requerimento deve ser formulado inelegibilidade do representado, na for- pela maioria dos partidos políticos ma do artigo 22, inciso XIV, da Lei existentes no Estado. Pedido indeferido. Complementar nº 64/90. Irresignação (Proc. Cl. XI, nº 26/96; Rel. Des. Tupi- recebida como recurso eleitoral inomi- nambá Miguel Castro do Nascimento; nado. Preliminares rejeitadas. Sanção 18.07.96; interessados: PT, PTB, PPB, de natureza meramente eleitoral, sem PPS, PC do B e PSB). cominação de pena privativa de liberda- de e multa, inexistindo, assim, qualquer 63. Pedido de transmissão de propa- espécie de prescrição. Sentença de 1º ganda eleitoral gratuita por meio de te- grau confirmada por seus jurídicos e le- levisão no município de Canoas. Re- gais fundamentos. Recurso improvido. consideração de decisão anterior. Sa- (Proc. Cl. XI, nº 13/96; Rel. Dr. Leonel tisfeito o requisito de o requerimento ser Tozzi; 14.08.96; recorrente: Noé Teixei- formulado pela maioria dos partidos po- ra Machado; recorrida: Justiça Eleitoral). líticos. Pedido deferido. (Proc. Cl. XI, nº 26b/96; Rel. Des. Tupinambá Miguel 59. Recursos eleitorais inominados. Castro do Nascimento; 05.08.96; inte- Propaganda eleitoral irregular. Matéria ressados: PTB, PST, PT, PPB, PSB, publicada que transcende a simples no- PPS, PSTU, PCB, PV, PCO, PMN, PC tícia jornalística. Vedada a realização de do B, PSD e PRN). propaganda eleitoral antes da escolha do candidato pelo partido ou coligação. 64. Recurso. Decisão que redistribuiu o Adequada aplicação do art. 50, § 2º, da tempo excedente de propaganda eleito- Lei 9.100/95. Recursos improvidos. ral por inserções diárias na televisão. (Proc. Cl. XI, nº 16/96; Rel. Dr. Gerci Declaração de nulidade pleiteada sob a Giaretta; 25.07.96; recorrentes: Valdírio alegação de infringência ao princípio da Zanelatto e Nelson Ruben Adams Filho; proporcionalidade e tratamento igualitá- recorrida: Justiça Eleitoral). rio. Aplicação da norma limitadora pre- vista no art. 22, inciso III, da Resolução 60. Pedido de transmissão gratuita, por nº 19.512, c/c o inciso V do mesmo dis- meio de rádio e televisão, de programas positivo legal, mantendo a proporcio- partidários. Incidência do parágrafo 7º nalidade prevista na lei. Provimento ne- do art. 46 da Lei nº 9.096/95. Espaço gado. (Proc. Cl. XI, nº 28/96; Rel. Dr. para a veiculação das transmissões já Marco Aurélio Heinz; 05.08.96; recor- ocupado por outro partido. Pedido in- rente: Coligação Frente Democrática deferido. (Proc. Cl. XI, nº 17/96; Rel. (PMDB, PSDB, PL e PFL); recorrida: Des. Tupinambá Miguel Castro do Nas- Justiça Eleitoral). cimento; 20.06.96; interessado: Partido Revista do TRE/RS 133 65. Exceção de impedimento de Juízo sitos ao processo eleitoral. Manutenção Eleitoral e órgão do Ministério Público da sua regularidade. Oportunidade ade- Eleitoral para julgar e manifestar-se quada para órgão regional impugnar acerca de ação de pedido de impugna- estabelecimento de coligação partidária ção de registro de candidatura. Excipi- é a do seu registro. Ocorrência de pre- ente formulou consulta prévia ao juízo clusão da faculdade de requerer dita monocrático, envolvendo matéria Eleito- exclusão. Provimento negado. (Proc. Cl. ral. A Justiça Eleitoral de 1º grau não é XI, nº 34/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; competente para responder consultas, 18.09.96; recorrente: Diretório Regional atribuição exclusiva das instâncias su- do PT; recorrido: Diretório Municipal do periores. Ao invadir tal competência, PT). tanto o juízo monocrático quanto o Mi- 68. Recurso. Busca e apreensão de nistério Público de 1º grau tornam-se propaganda eleitoral. Decisão do juízo impedidos de manifestar-se expressa- singular que, indeferindo liminar de bus- mente sobre matéria jurídica. Aplicação, ca e apreensão, julgou improcedente por extensão e analogia, do art. 134 do representação interposta pelo recor- CPC, devendo os autos serem remeti- rente, decidindo pela inexistência de dos aos substitutos legais. Exceção jul- propaganda ilícita, nos termos do art. gada procedente. (Proc. Cl. XI, nº 6º, § 2º, da Lei nº 9.100/95. Os partidos 31/96; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; dos impugnados estão coligados 08.08.96; excipiente: Ramildo Gonçal- tão-somente nas eleições majoritárias, ves Portela; exceptos: Justiça Eleitoral e motivo pelo qual devem usar nas suas Ministério Público Eleitoral). propagandas apenas as siglas de seus 66. Recurso. Nomeação para a função partidos. Provimento negado. (Proc. Cl. de mesário eleitoral. Pedido de reconsi- XI, nº 37/96; Rel. Dr. Marco Aurélio deração indeferido. As atividades de- Heinz; 02.09.96; recorrente: PMDB; re- sempenhadas por um Procurador do corrida: Justiça Eleitoral). Estado - mesmo, como na espécie, 69. Recurso. Autorização para uso de ocupante do cargo de Coordenador espaço radiofônico. Decisão do juízo a Substituto de Procuradoria Regional - quo que julgou improcedente pedido de não correspondem às situações descri- autorização judicial para usar espaço de tas pelo art. 120, § 1º, inciso III, do Có- radiotransmissão destinado à eleição digo Eleitoral, não configurando causa majoritária. Petição recursal não- impeditiva do desempenho da função assinada por advogado com mandato de mesário eleitoral. A situação pessoal para atuar no processo. Descumpri- alegada pelo recorrente para escusar- mento da norma geral contida no art. 36 se do serviço eleitoral, embora conside- do CPC, uma vez que a parte não está rável e ponderável, não é suficiente, do representada em juízo por profissional ponto de vista legal, para tanto. Provi- legalmente habilitado. Feito não- mento negado. (Proc. Cl. XI, nº 33/96; conhecido. (Proc. Cl. XI, nº 38/96; Rel. Rel. Dr. Manoel Volkmer de Castilho; Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- 26.09.96; recorrente: Eduardo Ribeiro Donald; 09.09.96; recorrente: PDT; re- Isaacsson; recorrida: Justiça Eleitoral da corrida: Justiça Eleitoral). 34ª Zona - Pelotas). 70. Recurso. Suspensão das transmis- 67. Recurso. Decisão que julgou impro- sões das sessões da Câmara de Vere- cedente pedido de exclusão de partido adores pelo rádio. Ausência completa político de coligação já registrada. Prin- de prova das alegações da inicial. Im- cípios da celeridade e preclusão são ín- possibilidade de enquadramento no in- Revista do TRE/RS 134 ciso IV do art. 64 da Lei nº 9.100/95. rentes: Adelar Mosi Antunes, Aldemir Recurso provido. (Proc. Cl. XI, nº 47/96; Sachet, Julia Zanete Merlin, Lenir Anto- Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 19.09.96; nio Hannecker e Mauro Tadeu Farinon; recorrente: Câmara de Vereadores; re- recorrida: Coligação Aliança para o corrido: Raimundo Severo Acosta). Progresso de Sertão (PMDB-PFL-PDT- 71. Recurso eleitoral inominado, com PTB-PSB). pedido de liminar: decisão que indeferiu 74. Recurso. Pedido de cancelamento pedido de sustação de publicação de de registro de coligação partidária. Or- pesquisa eleitoral. Inobservância do ganização, funcionamento e atividade procedimento próprio da espécie recur- dos partidos políticos constitui matéria sal. Feito não-conhecido. (Proc. Cl. XI, que refoge à competência da Justiça nº 50/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Eleitoral. Lei nº 9.100/95 e Resolução Caruso Mac-Donald; 09.09.96; recor- TSE nº 19.382/95 não prevêem hipóte- rente: Frente Progressista Pantanense; se que permita o alijamento de um par- recorrida: Justiça Eleitoral da 38ª Zona). tido de coligação formada. Provimento 72. Recurso. Pedido de suspensão dos negado. (Proc. Cl. XI, nº 64/96; Rel. Dr. direitos políticos de eleitores. Indispen- Nelson Antonio Monteiro Pacheco; sável a observância, por parte do Juiz, 27.09.96; recorrente: Partido Trabalhista do disposto nos arts. 72, 73, 74 e 77 do Brasileiro; recorrida: Justiça Eleitoral da Código Eleitoral, que regulamentam a 23ª Zona). exclusão do eleitor e prevêem a averi- 75. Recurso. Decisão que indeferiu pe- guação das circunstâncias; a inobser- dido de suspensão de divulgação de vância desse procedimento provocaria a pesquisa eleitoral. Manutenção da sen- exclusão, sem defesa, dos eleitores, o tença recorrida. Provimento negado. que seria inaceitável do ponto de vista (Proc. Cl. XI, nº 65/96; Rel. Dr. Norberto constitucional (art. 5º, inciso LV, da da Costa Caruso Mac-Donald; 29.11.96; Magna Carta). A exclusão ou a suspen- recorrente: Partido Trabalhista Brasilei- são dos direitos políticos dos cidadãos ro; recorrida: Justiça Eleitoral da 108ª condenados criminalmente não pode Zona). dar-se sem as devidas cautelas proce- 76. Recurso. Sustação de pesquisa dimentais. Provimento negado. (Proc. eleitoral. Pesquisa foi devidamente re- Cl. XI, nº 53/96; Rel. Dr. Manoel Vo- gistrada, nos termos da lei, sendo que a lkmer de Castilho; 23.09.96; recorrente: recorrida teve vista dos aspectos técni- Ministério Público Eleitoral; recorrida: cos sem que haja interposto recurso ou Justiça Eleitoral). impugnado o registro da pesquisa. Em 73. Recurso: decisão que julgou impro- sede de liminar, não pode o juízo mo- cedente representação com pedido de nocrático determinar a sustação do re- anulação de coligação para eleição pro- sultado, sem oportunizar os esclareci- porcional. Autonomia, estipulada na mentos à outra parte. Transparece a re- Constituição Federal e na Lei gularidade formal da pesquisa, a qual nº 9.096/95, dos partidos políticos nos foi devidamente registrada e seguiu a temas atinentes a sua organização in- tramitação legal. Recurso provido. terna. Inexistência, na legislação pró- (Proc. Cl. XI, nº 67/96; Rel. Dr. Marco pria, da exigência de inscrição de pelo Aurélio Heinz; 28.11.96; recorrente: menos um candidato por partido inte- Editora Ibiá Ltda.; recorrida: Coligação grante de coligação. Provimento nega- “Montenegro Rumo a Novos Tempos” do. (Proc. Cl. XI, nº 61/96; Rel. Dr. (PPB e PSDB). Gilson Langaro Dipp; 24.02.96; recor- Revista do TRE/RS 135 77. Recurso. Exclusão de partido de co- te, conhecer de matéria relacionada ligação. Vencidas as etapas do proces- com inelegibilidade. (Proc. Cl. XI, nº so eleitoral nas quais o decisum de 2º 77/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- grau geraria os seus efeitos. Feito pre- so Mac-Donald; 16.12.96; recorrentes: judicado. (Proc. Cl. XI, nº 68/96; Rel. Dr. Ministério Público da 125ª Zona, PMDB, Norberto da Costa Caruso Mac-Donald; PDT, PSDB e PT; recorrido: Otávio Pe- 03.10.96; recorrente: Diretório Regional dro Leichtweis). do Partido dos Trabalhadores; recorri- 81. Recurso. Impugnação. Cálculos dos: Diretório Municipal do Partido dos para a distribuição de vagas em Câma- Trabalhadores e Coligação “União pelo ra de Vereadores. Preliminares rejeita- Povo” (PDT, PMDB e PT). das. A elevação do princípio da repre- 78. Recurso. Impugnação de pesquisa sentatividade a preceito constitucional, eleitoral. Ultrapassada a época própria pela Constituição Federal de 1988 (art. para a divulgação da pesquisa eleitoral 45), não revoga o regramento previsto guerreada e encerrado o próprio pleito. nos arts. 105 a 113 do Código Eleitoral. Perda de objeto da petição recursal, Provimento negado. (Proc. Cl. XI, nº pois a mesma visa exclusivamente a 78/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro impedir a divulgação da pesquisa, não Pacheco; 11.12.96; recorrente: Danilo havendo postulado a recorrente a apli- Cestari Filho - vereador pelo PT do B de cação da multa prevista pela legislação Cidreira; recorrido: Juiz Eleitoral da 110ª eleitoral pertinente. Feito julgado extin- Zona - Tramandaí). to. (Proc. Cl. XI, nº 73/96; Rel. Dr. Leo- 82. Recurso criminal: decisão que aco- nel Tozzi; 02.12.96; recorrente: Coliga- lheu denúncia fundamentada no art. ção “União, Trabalho e Progresso” - 350, caput, combinado com o art. 351, UTP; recorrida: Justiça Eleitoral da 24ª ambos do Código Eleitoral, condenando Zona). o réu por omissão, para fins eleitorais, 79. Recursos. Decisão que não conhe- em documento particular, de declaração ceu pedido de impugnação e anulação que dele devia constar. Recurso parci- de eleição. Interposição de recurso almente provido, para reconhecer ao inominado para provocar o conheci- recorrente o sursis especial, confirma- mento do pedido de anulação. Inexis- da, quanto ao mais, integralmente, a tência de qualquer protesto no momento decisão recorrida. (Proc. Cl. XII, nº da eleição. Ausência de fraude ou irre- 17/94; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- gularidade capaz de ensejar anulação so Mac-Donald; 27.03.96; recorrente: ou recontagem de votos. Provimento Jaime Flores; recorrida: Juíza Eleitoral negado. (Proc. Cl. XI, nº 74/96; Rel. Dr. da 127ª Zona). Marco Aurélio Heinz; 18.11.96; recor- 83. Processo-crime eleitoral. Infringên- rente: Partido Progressista Brasileiro e cia, em tese, ao artigo 299 do Código Partido dos Trabalhadores; recorrida: Eleitoral, combinado com o art. 29 do Justiça Eleitoral). Código Penal. Preliminares rejeitadas. 80. Recursos. Decisão que indeferiu Absolvição por inexistência de prova pedido de cassação dos direitos políti- para condenação (artigo 386, VI, do cos e afastamento do cargo de verea- CPP). Denúncia julgada improcedente. dor. O controle dos direitos políticos dos (Proc. Cl. XII, nº 01/95; Rel. Dr. Nelson cidadãos não é da competência da Jus- Antonio Monteiro Pacheco; 08.08.96; tiça Eleitoral. Só o será se, no curso do autor: Ministério Público Eleitoral; réu: processo eleitoral e em função dele, João Pedro Ferreira Campos). houver necessidade de, incidentalmen- Revista do TRE/RS 136 84. Processo-crime eleitoral. Publica- réus por abandono do serviço eleitoral ção, em jornal, de matéria com asser- sem justa causa. Decisão recorrida bem ções que configuram, em tese, os deli- amparada na prova dos autos. Provi- tos de calúnia e difamação, com infrin- mento negado. (Proc. Cl. XIII, nº 09/95; gência aos artigos 324 e 325 do Código Rel. Dr. Norberto da Costa Caruso Mac- Eleitoral, e 50 e 51 da Resolução Donald; 29.03.96; apelantes: Nelson nº 17.891/92. Absolvição por não se Luis Tavares de Lima e Jorge Luis Ja- tratarem os fatos de infração penal (art. cinto Perez Vieira; apelada: Justiça 386, III, do Código de Processo Penal). Eleitoral). (Proc. Cl. XII, nº 02/95; Rel. Dr. Nor- 89. Apelação criminal: decisão que berto da Costa Caruso Mac-Donald; acolheu denúncia fundamentada no art. 15.07.96; autor: Ministério Público; réu: 299 do Código Eleitoral, condenando os Pedro Antônio Pereira Godoy). réus consoante o disposto no preceito 85. Recurso criminal. Não comprovada secundário da norma penal incriminado- qualquer conduta descrita no artigo 299 ra. Incidência da Lei nº 9.099/95, que do Código Eleitoral. Recurso improvido. criou os juizados especiais cíveis e cri- (Proc. Cl. XII, nº 07/95; Rel. Dr. Marco minais, em face do que estabelece o Aurélio Heinz; 03.06.96; recorrente: Mi- art. 89 do referido diploma legal. Tal re- nistério Público Eleitoral; réus: Ademir gra aplica-se retroativamente aos de- Muller e Noeli Terezinha Lima da Costa; nunciados, uma vez que mais favorável recorrida: Justiça Eleitoral). aos réus; é uma disposição que tem 86. Revisão criminal. Requerente con- natureza eminentemente material ou denado pela prática do delito capitulado penal, caso em que o princípio constitu- no art. 301 do Código Eleitoral (coação cional faz retroagir as normas mais fa- ao voto em determinado candidato me- voráveis, ainda que os fatos tenham diante grave ameaça). Pedido objeti- ocorrido antes da lei nova. Sustação do vando a absolvição do condenado. julgamento do recurso, com baixa dos Questões propostas pela prova alega- autos ao Ministério Público de 1ª ins- damente nova já enfrentadas no julga- tância para que ajuíze da conveniência mento da ação e do recurso. Impossibi- ou não de propor a suspensão do pro- lidade de reapreciação da prova. Pedido cesso. (Proc. Cl. XIII, nº 11/95; Rel. Dr. indeferido. (Proc. Cl. XIII, nº 05/95; Rel. Manoel Volkmer de Castilho; 05.09.96; Dr. Ivan Leomar Bruxel; 15.02.96; re- apelantes: João Luiz Pasqualotto da querente: Otávio Pedro Leichtwein; re- Paixão, Valdemar Moraes Dias e Jordão querida: Justiça Eleitoral). Moreira da Costa; apelada: Justiça Eleitoral). 87. Recurso. Apelação criminal. Infri- gência ao disposto no artigo 324 do Có- 90. Apelação criminal: decisão que digo Eleitoral: caluniar alguém na pro- acolheu denúncia fundamentada no art. paganda eleitoral. Presentes os ele- 346 do Código Eleitoral, condenando o mentos configuradores do fato típico. réu consoante o disposto no preceito Recurso improvido. (Proc. Cl. XIII, nº secundário da norma penal incriminado- 06/95; Rel. Dr. Leonel Tozzi; 04.07.96; ra. Incidência da lei que criou os juiza- apelante: Décio Ferraz da Cruz; apela- dos especiais cíveis e criminais, em da: Justiça Eleitoral). face do que estabelece o art. 89 do re- ferido diploma legal. Tal regra tem apli- 88. Apelação criminal: decisão que cação retroativa, uma vez que mais fa- acolheu denúncia fundamentada no art. vorável ao réu - lex mitior -, possibilitan- 344 do Código Eleitoral, condenando os do a suspensão condicional do proces- Revista do TRE/RS 137 so. Direito subjetivo da parte. Suspen- XIII, nº 20/95; Rel. Dr. Leonel Tozzi; são do julgamento do recurso com bai- 29.02.96; apelantes: Selci Luiz Vieira, xa dos autos à origem, para os efeitos Paulo da Silva e Diva Teresa Guilardi; do art. 89 da Lei nº 9.099/95. (Proc. Cl. apelado: Juiz Eleitoral da 146ª Zona). XIII, nº 14/95; Rel. Dr. Marco Aurélio 94. Apelação Criminal: decisão que ab- Heinz; 09.09.96; apelante: Vitor Hugo solveu o réu da prática dos crimes ca- de Souza; apelada: Justiça Eleitoral). pitulados nos art. 5º, caput, combinado 91. Apelação criminal: decisão que com o art. 11, III, da Lei nº 6.09l/74 acolheu denúncia fundamentada nos (transporte irregular de eleitores), e no arts. 326, caput, e 327, inciso III, se- art. 57, III, da Lei nº 8.713/93 (distribui- gunda parte, ambos do Código Eleitoral, ção de propaganda política em dia de condenando o réu por injúria na propa- eleição). Provimento negado. (Proc. Cl. ganda eleitoral por meio de rádio. Ex- XIII, nº 35/95; Rel. Dr. Nelson Antonio pressões alegadamente ofensivas refe- Monteiro Pacheco; 08.02.96; apelante: rentes não a qualquer cidadão, mas a Ministério Público; apelada: Justiça pessoa com atividade pública no Muni- Eleitoral; réu: José Pedro de la Vega cípio, proferidas pelo apelante na cir- Bellagamba). cunscrição municipal, no exercício do 95. Apelação Criminal. Prescrição re- mandato de Vereador e diretamente gulada pela pena em concreto aplicada relacionadas com sua atividade parla- na sentença. Incidência do art. 110, § mentar. Manifestação dotada de carga 1º, do Código Penal. Decretada a extin- emocional motivada pelo natural calor ção da punibilidade de todos os réus do debate político e pelas circunstânci- pela prescrição. (Proc. Cl. XIII, nº 37/95; as do momento. Recurso provido. (Proc. Rel. Dr. Marco Aurélio Heinz; 24.06.96; Cl. XIII, nº 16/95; Rel. Dr. Norberto da apelantes: Renato Argenta e outros; Costa Caruso Mac-Donald; 17.06.96; apelada: Justiça Eleitoral). apelante: Martin Castilho; apelado: Juiz Eleitoral da 47ª Zona). 96. Apelação criminal: decisão que acolheu denúncia fundamentada no art. 92. Apelação criminal: decisão que 290 do Código Eleitoral, condenando os acolheu denúncia fundamentada no art. réus por indução a inscrição eleitoral 329, caput, do Código Eleitoral, conde- fraudulenta. Preliminar de nulidade pro- nando o réu por colocação de cartazes, cessual rejeitada. Condenação funda- para fins de propaganda eleitoral, em mentada em prova lícita e legítima, re- logradouro público. Inexistência de pro- gularmente valorada pelo magistrado. va judicial a corroborar elementos obti- Provimento negado. (Proc. Cl. XIII, nº dos no inquérito policial. Recurso provi- 38/95; Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; do. (Proc. Cl. XIII, nº 19/95; Rel. Dr. 22.03.96; apelantes: Enardo Hilário Gilson Langaro Dipp; 27.02.96; apelan- Braun e Irineu Schwantes; apelada: te: Jefferson Leite da Silva; apelada: Justiça Eleitoral da 129ª Zona). Justiça Eleitoral). 97. Apelação: decisão que acolheu de- 93. Apelação Criminal: decisão que núncia fundamentada no art. 344 do acolheu denúncia fundamentada nos Código Eleitoral, condenando o réu por arts. 289 e 290 do Código Eleitoral, recusa ao serviço eleitoral sem justa condenando os réus por inscrição elei- causa. Tendo o réu comparecido para toral fraudulenta e indução a inscrição trabalhar, mesmo com atraso, não se eleitoral fraudulenta. Provimento nega- configura a recusa ao serviço eleitoral. do, mantida a decisão recorrida, por Recurso provido. (Proc. Cl. XIII, nº seus próprios fundamentos. (Proc. Cl. Revista do TRE/RS 138 39/95; Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro acolheu denúncia fundamentada no art. Pacheco; 06.02.96; apelante: Luiz Car- 350, caput, do Código Eleitoral, conde- los da Rosa Paz; apelada: Justiça Elei- nando a ré por inserção, em documento toral da 150ª Zona). público, de declaração falsa, para fins 98. Apelação criminal: decisão que eleitorais. Provimento negado, confir- acolheu denúncia fundamentada no art. mada integralmente a decisão recorrida. 297 do Código Eleitoral, condenando o (Proc. Cl. XIII, nº 06/96; Rel. Dr. Nelson réu por embaraço do exercício do su- Antonio Monteiro Pacheco; 20.03.96; frágio. Conduta do apelante perfeita- apelante: Miria Delazzeri Mosconi; ape- mente subsumida no tipo penal do art. lada: Justiça Eleitoral). 297 do Código Eleitoral. Pena correta- 103. Apelação criminal: decisão que mente aplicada. Provimento negado. acolheu denúncia fundamentada no art. (Proc. Cl. XIII, nº 41/95; Rel. Dr. Gilson 350, caput, do Código Eleitoral, conde- Langaro Dipp; 27.03.96; apelante: Val- nando a ré consoante o disposto no dori da Silva Martins; apelada: Justiça preceito secundário da norma penal in- Eleitoral - 52ª Zona). criminadora. Incidência da Lei nº 99. Apelação criminal. Devolução ao 9.099/95, que criou os juizados especi- juízo de origem, para os fins da Lei nº ais cíveis e criminais, em face do que 9.099/95. (Proc. Cl. XIII, nº 02/96; Rel. estabelece o art. 89 do referido diploma Dr. Marco Aurélio Heinz; 19.09.96; legal. Tal regra aplica-se retroativa- apelante: Vicente Corbellini; apelada: mente à denunciada, uma vez que mais Justiça Eleitoral). favorável à ré. É uma disposição que tem natureza material ou penal, caso 100. Apelação criminal: decisão que em que o princípio constitucional faz re- acolheu denúncia fundamentada no art. troagir as normas mais favoráveis, ain- 350, caput, do Código Eleitoral, conde- da que os fatos tenham ocorrido antes nando o réu por inserção, em docu- da lei nova. Determinado o envio dos mento público, de declaração falsa, autos ao juízo de origem a fim de que para fins eleitorais. Preliminares rejeita- se possibilite a transação criminal, di- das. Recurso parcialmente provido, reito subjetivo da recorrente, assegura- para conceder ao recorrente o sursis do pela referida Lei, mais benéfica especial, mantida, quanto ao mais, inte- nesta parte. (Proc. Cl. XIII, nº 07/96; gralmente, a decisão recorrida. (Proc. Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro Pa- Cl. XIII, nº 04/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; checo; 18.09.96; apelante: Edilaine Zu- 19.04.96; apelante: Luiz Carlos Casa- catto; apelada: Justiça Eleitoral). grande; apelada: Justiça Eleitoral). 104. Apelação criminal. Decisão que 101. Apelação criminal: decisão que absolveu réus da prática do delito pre- acolheu denúncia fundamentada no art. visto no artigo 322, combinado com o 324 do Código Eleitoral, condenando o art. 244, II, ambos do Código Eleitoral. réu por calúnia na propaganda eleitoral. Preliminar de intempestividade rejeita- Expressão alegadamente caluniosa não da. Inexistência de prova cabal para imputa, objetivamente, à vítima, ne- configuração do delito. Recurso impro- nhum fato definido como criminoso. Re- vido. (Proc. Cl. XIII, nº 08/96; Rel. Dr. curso provido. (Proc. Cl. XIII, nº 05/96; Marco Aurélio Heinz; 24.06.96; apelan- Rel. Dr. Gilson Langaro Dipp; 10.04.96; te: Ministério Público; apelada: Justiça apelante: Sidney Luiz Brondani; apela- Eleitoral; réus: Aramis Martins Leão de da: Justiça Eleitoral). Souza, Luzia Raguzzoni Luiz, Rony Ar- 102. Apelação criminal: decisão que lindo Rosa Conceição, Regina Veneza Revista do TRE/RS 139 Antunes Pereira). Eleitoral. Incidência da Lei nº 9.274/96, 105. Apelação Criminal: decisão que que trata de anistia incondicionada e absolveu a ré da prática de crime capi- abrangente a todos os fatos aconteci- tulado no art. 344 do Código Eleitoral. dos no primeiro e segundo turnos das Ausência justificada por problema de eleições de 92 e 94. Extinção da punibi- saúde. Provimento negado. (Proc. Cl. lidade por falta de objeto. (Proc. Cl. XIII, XIII, nº 10/96; Rel. Dr. Leonel Tozzi; nº 22/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Mon- 19.04.96; recorrente: Ministério Público teiro Pacheco; 23.05.96; recorrente: Eleitoral; apelada: Justiça Eleitoral; ré: Francisco Carlos de Resende Porto; re- Patricia Cristina Prestes da Silva). corrida: Justiça Eleitoral da 34ª Zona). 106. Apelação Criminal: distribuição de 110. Recurso. Apelação criminal. Sen- panfletos com propaganda eleitoral no tença condenatória resultante da inci- dia do pleito. Caracterizada a tipicidade. dência do preceito secundário da norma Provimento negado. (Proc. Cl. XIII, nº penal incriminadora do art. 350 do Có- 12/96; Rel. Dr. Nelson Antonio Monteiro digo Eleitoral. A Lei nº 9.099/95, que Pacheco; 22.04.96; apelante: Rogério criou os juizados especiais civis e crimi- de Moraes; apelada: Justiça Eleitoral). nais, consagra benefício ao recorrente quando dispõe sobre a suspensão do 107. Apelação criminal: decisão que processo penal, desde que atendidas as acolheu denúncia fundamentada no art. condições previstas nos §§ 1º e 2º do 57, inciso III, da Lei nº 8.713/93, conde- art. 89. A faculdade conferida pelo men- nando o réu por distribuição de material cionado dispositivo é aplicável aos cri- de propaganda política em dia de elei- mes previstos na legislação eleitoral, ção. Preliminar rejeitada. Prova produ- nada impedindo, dessarte, a suspensão zida em juízo no sentido do porte - e condicional do processo. A norma legal não da distribuição -, pelo apelante, do em tela aplica-se retroativamente ao referido material. Suporte probatório in- denunciado, uma vez que mais favorá- suficiente para a condenação. (Proc. Cl. vel ao réu; é uma disposição que tem XIII, nº 16/96; Rel. Dr. Gilson Langaro natureza material ou penal, caso em Dipp; 17.04.96; apelante: Oscar da Silva que o princípio constitucional faz retroa- Fernandes; apelada: Juíza Eleitoral da gir as normas mais favoráveis, ainda 150ª Zona). que os fatos tenham ocorrido antes da 108. Apelação criminal: decisão que lei nova. Ademais, não há que se falar acolheu denúncia fundamentada no art. em limitação de qualquer espécie em 299 do Código Eleitoral, condenando os relação aos direitos políticos do acusa- réus por oferta de vantagens para a do. Julgamento suspenso, determinada obtenção de votos. Preliminares rejeita- a baixa do presente feito em diligência, das. Conduta delituosa cabalmente de- para o fim consignado no art. 89 da Lei monstrada através de robusta prova nº 9.099/95. (Proc. Cl. XIII, nº 30/96; testemunhal. Natureza formal do crime, Rel. Dr. Leonel Tozzi; 19.09.96; ape- o qual se consuma com a simples oferta lante: Emir Oliveira Dorneles; recorrida: de vantagem indevida. Provimento ne- Justiça Eleitoral). gado. (Proc. Cl. XIII, nº 18/96; Rel. Dr. 111. Notícia-crime. Inocorrência das in- Leonel Tozzi; 10.05.96; apelantes: An- frações penais tipificadas nos arts. 324, tônio Vicente Linassi e Vicente Bernar- 325 e 326 do Código Eleitoral. Pedido dy; apelada: Justiça Eleitoral). de arquivamento deferido. (Proc. Cl. 109. Recurso. Réu condenado por in- XIII, nº 55/96; Rel. Dr. Marco Aurélio fringir o disposto no art. 344 do Código Heinz; 18.12.96; noticiante: Vladimir Revista do TRE/RS 140 Francisco Martins Pinotti; noticiado: arquivamento deferido. (Proc. Cl. XIII, nº Marcos Palombini). 56/96; Rel. Dr. Norberto da Costa Caru- 112. Notícia-crime. Inocorrência das fi- so Mac-Donald; 19.12.96; noticiante: guras delituosas previstas no art. 67, Milton José Deves; noticiado: Almedo inc. IV, da Lei nº 9.100/95. Pedido de Dettenborn).

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Diversos Revista do TRE/RS 143 Revista do TRE/RS 144

ve eleições regulares. Roubam-se as Discurso proferido por urnas, substituem-se nelas as listas ocasião da entrega da verdadeiras por outras falsas quando o resultado não satisfaz ao sabor dos in- Medalha Moysés Vianna teressados. Não há quase parte alguma Des. Celeste Vicente Rovani27 do Império, Senhor Imperador, onde al- Senhoras e Senhores: gum desses atentados contra a liberda- de de voto não fossem perpetrados.” Não tem limite o número de mani- festações em defesa da democracia, do A verdade eleitoral não era respeita- sufrágio universal e da livre manifesta- da. Prevalecia a verdade do poder. ção como direitos sem os quais a tão Implantada a República, o caos desejada cidadania não passará nunca eleitoral permaneceu inalterado, pelo de um belo sonho. menos, até 1930. Imperavam os mes- Não basta votar. mos vícios, a mesma mentira nas urnas, os mesmos votos de cabresto. Sob os É preciso que a vontade do eleitor escombros de uma monarquia aristo- se realize de forma plena, isto é, que crática emergia uma república oligárqui- prevaleça a VERDADE ELEITORAL. ca, em que o governo, sempre invicto E este é um momento de felicidade nas eleições, impunha a sua vontade. A sem igual para afirmação da vontade violência, a corrupção e a fraude conti- eleitoral, porquanto se está prestando nuavam a dominar, ainda de forma mais justa homenagem a representantes da escancarada. Justiça Eleitoral, que tanto se destaca- Fraudar a expressão sincera do voto ram por seus méritos e ações a ponto popular é atentar contra a nossa morali- de merecer deste Pretório a Medalha do dade constitucional, bradava Rui Barbo- Mérito Eleitoral MOYSÉS VIANNA. E a sa, desde seus primeiros pronuncia- evocação salutar deste mártir da demo- mentos na Câmara Federal. cracia leva-nos a uma peregrinação pelo passado de nossa Pátria e pela Permitam me valha da afirmação do história de nossa democracia até che- deputado PRISCO VIANNA, em discur- garmos aos dias de hoje. so proferido no ano passado, durante homenagem prestada pela Câmara Fe- Neste exercício de pesquisa e análi- deral aos 50 anos da Justiça Eleitoral: se fulgura um traço permanente, vigoro- so e a funcionar como sinal de alerta “Apesar da história eleitoral brasilei- aos homens de boa vontade. É a busca ra remontar aos primórdios de nossa in- do respeito pela vontade do cidadão, a dependência, só tivemos verdadeira- consagração da verdade eleitoral. mente eleições a partir de 1933, com a criação da Justiça Eleitoral”. Vale a pena reviver um trecho de relatório dirigido ao Imperador Dom Pe- E disse mais o parlamentar: dro Segundo, sobre a eleição de 1840: “O que ficou registrado nas páginas “O Brasil inteiro, senhor, se levanta- da história brasileira durante o período rá para atestar que, em 1840, não hou- do Império foi um clamor generalizado contra a trapaça eleitoral. As eleições eram urdidas e fabricadas nos conciliá- 27 Desembargador do Tribunal de Justiça, bulos do gabinete que estivesse no po- Vice-presidente e Corregedor Regional Elei- der e todas as armas da fraude, do su- toral do TRE borno, das pressões e da violência Revista do TRE/RS 145 eram válidas para a obtenção da vitória não conhece limites para suas ações. nas urnas.” Atira e a vítima tomba. Há um claro marco na história da No chão, o corpo inerte de um Juiz democracia brasileira, uma divisão que Eleitoral, abraçado à urna, como a os registros históricos e os próprios ato- transmitir até o momento final a lição de res do processo político não hesitam em fidelidade entre a Justiça Eleitoral e o mostrar: a Justiça Eleitoral, guardiã vi- eleitor. gilante da verdade eleitoral. Na história, um herói. Ora, evidente está que, numa socie- Na projeção do futuro, um alerta: a dade habituada à corrupção, à fraude e verdade das urnas transcende a própria a toda espécie de ações para prevale- vida. cer a vontade própria e não a verdade eleitoral, a transição não poderia ser Senhores agraciados. nem rápida, nem serena. É a medalha MOYSÉS ANTUNES E aqui encontramos a figura de um VIANNA que recebestes numa dupla Juiz Eleitoral em plena atividade. Aos homenagem da Justiça Eleitoral sul-rio- 39 anos, responsável pela comarca de grandense: da história, para o Juiz que, Santiago do Boqueirão, MOYSÉS AN- morrendo no cumprimento do dever, le- TUNES VIANNA preside a eleição su- gou às gerações futuras a nobreza de plementar. E quando alguém, habituado um gesto que fica como exemplo para a ao sistema da vontade própria e não à lisura dos pleitos e o respeito à vontade do povo, tenta interferir no resultado, do povo; de todos nós, para quem se acrescentando cédulas à urna, o que destacou na lide afã do Direito Eleitoral faz o Juiz Eleitoral MOYSÉS ANTUNES e no aperfeiçoamento da Justiça Eleito- VIANNA? ral. Reage. Não temo em afirmar que a Justiça Eleitoral tem demonstrado firmeza e Não a reação da força, mas a do equilíbrio no exame e julgamento de si- ideal. Não com a violência, mas com a tuações concretas levadas ao seu co- responsabilidade. Não há mais voto de nhecimento. E isto me faz saudar o farinha, nem voto do cacete. A verdade Doutor TEORI ALBINO ZAVASCKI pelo eleitoral tem que prevalecer. E vai pre- seu conhecimento jurídico, pela tranqüi- valecer, custe o que custar. lidade dos votos proferidos nesta Corte, Agora, existe a Justiça Eleitoral. É pela serenidade do DECANO. Na pres- ela que representa o atendimento a re- tação jurisdicional, manter íntegra a clamos por grandes melhoras e pro- vontade do povo sempre foi a caracte- gressos nas relações entre o Estado e a rística marcante das posições e votos Sociedade. A vontade do eleitor há de do Juiz TEORI, que, assim agindo, con- ser preservada íntegra e prevalecer so- tribuiu, modo inestimável, para a conso- berana. lidação de um verdadeiro Estado de Di- Só existe um modo de evitar a velha reito, para o fortalecimento da seguran- tradição da fraude, da corrupção, da ça do exercício da cidadania e aprimo- força e da violência: o Juiz Eleitoral ramento de nossas instituições. MOYSÉS ANTUNES VIANNA abraça a O voto é a expressão máxima da li- urna, que contém em seu seio os votos berdade democrática e torna-se cada de cidadãos, cuja vontade eleitoral deve vez mais universal o conceito de que a ser tutelada e respeitada. O agressor representação popular verdadeiramente 146 Revista do TRE/RS legítima só o é quando se realiza atra- multiplicidade de diplomas legais postos vés do voto direto, livre e abrangente. em vigor com essa finalidade.” GILBERTO AMADO, ainda na pri- Aqui quero render homenagens ao meira metade deste século, advertia Desembargador ADROALDO FURTA- que não é o ato de votar que caracteriza DO FABRÍCIO. Por seu saber jurídico, o voto, mas o nexo político entre o vo- pela substância de seus votos, soube, tante e o votado. Isto equivale a afirmar como muito poucos, identificar a tênue que, nos países em que há idéias políti- fronteira entre o legal e o ilegal, e, as- cas em jogo, o eleitor vota por suas sim, perscrutar e caracterizar a influên- idéias, seus pontos de vista, seus inte- cia do dinheiro no processo eleitoral. resses e, então, escolhe os cidadãos Por isso, Desembargador FABRÍCIO, que melhor lhe encarnem essas idéias, alguns jamais o perdoarão, mas a Justi- em suma, que possam por elas lutar. ça Eleitoral, tenha certeza, restou forta- E esta relação se quebra, a igualda- lecida e engrandecida e a sociedade lhe de desaparece e o processo é distorci- reconhece o mérito. do quando é atacado pelo vírus do des- Senhor Presidente, senhores home- respeito, do ganho fácil, da desonesti- nageados: dade. E vem a talho a observação lúci- Eliminar a fraude, a corrupção, a in- da e sempre atual de AFONSO ARI- fluência nefasta do poder econômico e NOS DE MELLO FRANCO: político nas eleições e torná-las cada “A corrupção eleitoral é a maior en- vez mais livres e representativas não é fermidade que ameaça o organismo tarefa exclusiva da Justiça Eleitoral: democrático. Ameaça infecciosa, por eleitores, partidos, Congresso e políti- cuja porta de entrada todo o corpo ins- cos, todos são responsáveis e devem titucional pode, de súbito, ver-se ferido ser partícipes dessa empreitada reden- de morte.” tora. Induvidosamente, poderoso, eficaz e A Justiça Eleitoral não mede esfor- torpe instrumento da corrupção eleitoral ços para preservar a pureza da verdade é o abuso do poder econômico, que in- eleitoral. Nem o longo período do regi- terfere, sorrateiramente, no processo me militar conseguiu macular-lhe ou ini- eleitoral e desrespeita e distorce a von- bir-lhe a atuação. Limitada à realização tade do cidadão. de eleições, esta instituição constitucio- A propósito, assevera FÁVILA RI- nal que, de modo tão complexo e ex- BEIRO que, enquanto a Justiça Eleitoral pressivo, realiza a interpretação harmo- e o voto secreto conseguem conter, de niosa dos Poderes do Estado, conse- certo modo, a participação abusiva do guiu se firmar e se expandir, inobstante poder governamental, ergue-se novo as investidas sub-reptícias de seus ini- desafio, que se vem alastrando de pleito migos. É neste período que a Justiça para pleito, em multiforme atuação, a Eleitoral se moderniza, avançando na comprometer a expressão democrática organização e no aperfeiçoamento de das eleições, caracterizado pelo poder seus métodos de trabalho. plutocrático: E, aqui, desembargador MILTON “A ação do poder econômico é so- DOS SANTOS MARTINS, justo que se bretudo dúctil e viscosa, derramando-se proclame a tenacidade, o denodo e a por todas as etapas do processo eleito- dedicação, consubstanciada em seu ral, sem que se lhe tenha podido, van- ponto máximo no recadastramento tajosamente, interceptar, não obstante a eleitoral, quando se soube efetivamente Revista do TRE/RS 147 qual era o número de eleitores do Esta- Desembargador JOSÉ VELLINHO do. Foi nesse período e sob seu olhar DE LACERDA, nosso homenageado. atento, Desembargador MILTON, que a Além de dono de invejável poder de informatização começou a engatinhar, síntese de seus votos, numa extraordi- chamando a atenção não apenas para o nária contribuição ao Direito Eleitoral, o que representava para o cidadão brasi- ilustre detentor da Medalha MOYSÉS leiro, mas também para nossos irmãos VIANNA entendeu como ninguém a ne- latino-americanos. cessidade do elemento humano para a Cumpre salientar, outrossim, que, execução das atribuições constitucio- antes disso, JORGE ALBERTO VA- nais da Justiça Eleitoral. O Rio Grande NOSSI já chamava a atenção para a do Sul presta homenagens pelo fortale- circunstância de que, entre as falhas do cimento do serviço eleitoral, através da sistema eleitoral da Argentina, situava- formação de um quadro próprio, bem se justamente a ausência de uma Justi- como pela transparência que a partir do ça Eleitoral constitucionalizada. Mais funcionário de carreira é possível im- tarde, já líder político, o constituciona- plantar na prestação do serviço ao ci- lista argentino deixaria insculpido em dadão. sua “TEORIA CONSTITUCIONAL” : Mas, apesar de tudo e de tanto, a “Em matéria tão complexa como é a ameaça da fraude não está de todo de- eleitoral, em que predomina o conteúdo belada. Esta consciência, certamente, político e na qual estão em jogo interes- tem impulsionado a Justiça Eleitoral a ses contraditórios diretamente relacio- uma incansável procura de melhores nados com o funcionamento e a reno- soluções. vação dos poderes do Estado, é conve- Se ainda não se conseguiu superar niente e necessário que seu tratamento o maléfico casuísmo de uma lei para seja da competência do poder jurídico, cada eleição, a dificultar deveras a for- que, por sua própria natureza e compo- mação de doutrina e a sufocar pratica- sição, é o que oferece a máxima garan- mente a existência de jurisprudência tia para o correto desenvolvimento do segura, o respeito à verdade eleitoral processo legal. Esse poder” - prelecio- continua como norte de todos os que nava VANOSSI - “que carece ‘da bolsa lhe prestam serviço. e da espada’, é o que dará a pauta Exemplo vivo de conjunção de es- adequada para que os problemas forços para o aprimoramento do pro- emergentes da atividade eleitoral não cesso eleitoral é a urna eletrônica, cuja escapem ao controle jurisdicional que utilização primeira ocorrerá nas eleições recai sobre todos os demais atos que do ano em curso. Se, porém, a inova- geram conseqüências no âmbito do di- ção é ponto culminante de uma série de reito.” ações desenvolvidas ao longo do tempo É preciso, então, reconhecer que a e gerenciada por diferentes pessoas, é legitimidade do poder político passa, indiscutível que não se poderá jamais necessariamente, por uma Justiça dissociar a urna eletrônica do nome do Eleitoral independente, suficientemente Ministro CARLOS MÁRIO VELLOSO. constituída em seus quadros humanos Ministro VELLOSO, indignação do e adequadamente aparelhada com ins- justo e o respeito à consciência do ci- trumentos legais que lhe facilitem o dadão, sempre presentes em todos os cumprimento de sua insubstituível mis- seus momentos a serviço da Justiça são de condutora e vigia do processo Eleitoral - do Juiz Eleitoral à Presidência eleitoral. 148 Revista do TRE/RS do colendo Tribunal Superior Eleitoral - dos cartoriais, partidos do coronel, já seriam por demais suficientes para a omissos, com militância partidária des- outorga da medalha MOYSÉS VIANNA. comprometida, desinformada, apática, Mas o ideal aceso do Magistrado foi que só é convocada e só existe no perí- além, tal qual o apóstolo a pregar no odo de eleição. Os partidos precisam deserto, a conquistar seguidores e a ser organismos vivos, todo o tempo e lutar em todas as áreas: da falta de um toda hora presentes nas ações e com- fabricante à ausência de recursos. A promissos que concorrem para que a urna eletrônica é a mais acabada arma representação popular seja cada vez para enfrentar a fraude e a burla à von- mais legítima. tade eleitoral. E quando se fala em agremiações O voto universal, o voto secreto, a partidárias, há de se entender diretriz de informatização dos cadastros de eleito- pensamento, de ideal e de ação, em res, a totalização das apurações, a elei- torno dos quais se unem as pessoas ção informatizada. A legitimidade do que deles comungam e por eles lutam, processo eleitoral assenta-se na auten- deixando de lado os interesses indivi- ticidade do sistema eleitoral e de sua duais. Uma tal comunhão de alma e instrumentação, voltada sempre para o conduta imprescinde da fidelidade parti- cidadão e visando prioritariamente o dária e, como conseqüência lógica, da respeito à verdade eleitoral porque, da titularidade do mandato eletivo pelo mesma forma que não há democracia partido, pois não se pode acreditar que, sem representação, também não há re- mesmo diante da capacidade de o ser presentação legítima sem eleições que humano mudar de opinião, se aceite traduzam a vontade popular. como ato corriqueiro, normal de vivên- Senhoras e Senhores. cia partidária, a troca de partido de acordo com fisiologismo dos interesses O caminho percorrido pela Justiça pessoais ou do Príncipe. Quem muito Eleitoral já foi longo. muda, ou não tem capacidade de pen- Discorre-se ainda muito sobre a ne- samento, ou não respeita a vontade de cessidade de ser o eleitor LIVRE. Mas o seus eleitores ou atende a interesses que seria um eleitor LIVRE? A esta in- que jamais contribuirão para o reforço dagação responde o ímpar PONTES da representatividade popular, em últi- DE MIRANDA, com outras indagações: ma análise, para a realização do bem “Seria livre o eleitor que vota segundo comum da Pátria, que é objetivo último suas preferências ocasionais, suas sim- do voto e deve ser do político e dos patias pessoais? Seria um péssimo partidos políticos. eleitor”, diz o mestre. Enquanto os partidos não abrigarem Seria livre o eleitor que vota segun- em sua carta de princípios e fizerem do as indicações do partido em pessoa? prevalecer a fidelidade partidária e dei- Não o seria menos. Mais uma vez per- xarem de ser os titulares dos mandatos gunta PONTES DE MIRANDA: “Seria li- eletivos, o fisiologismo dos políticos vre o eleitor que vota em partidos? Sim, continuará a predominar livremente e seria excelente se esses partidos tive- infestar a vida pública deste País. rem idéias; seria péssimo, se pessoais. Quando todo esse programa de ide- E para evitar os partidos pessoais, o al vier a se concretizar, a verdade elei- remédio é só admitir-se individualização toral será plenamente consagrada e de partidos pelos programas.” respeitada. Então, a Justiça Eleitoral re- O momento não admite mais parti- presentará a guarda serena da expres- Revista do TRE/RS 149 são legítima da vontade popular, as eleições correponderão ao fundamento Municípios do Rio primeiro do regime democrático, da normalidade institucional e do exercício Grande do Sul: pleno da cidadania e os homens de partido atenderão não interesses pes- eleitorado soais de cada um, mas tão-somente aos interesses lídimos e legítimos do e população Povo Brasileiro. • Eleitorado para as Eleições 1996 Mas torno a acentuar: a cidadania é conforme TSE responsabilidade de todos, não exclusi- • População conforme contagem vidade da Justiça Eleitoral. populacional 1996 do IBGE (da- Muito obrigado. dos preliminares) • Destacados eleitorados inferiores a 55% ou superiores a 80% da população Em anexo, apresentamos a tabela com o eleitorado e a população do Rio Grande do Sul, com base nos dados mais recentes disponíveis. O eleitorado é aquele que a Justiça Eleitoral conside- rou apto para votar nas Eleições Muni- cipais de 1996, enquanto que a popula- ção é resultado da Contagem Populaci- onal 1996, elaborada pelo IBGE. Toda- via, reconhecemos que a média esta- dual de eleitores em relação ao total da população, de 68%, é demasiadamente elevada, pois significaria que mais de dois terços da população possuiria pelo menos 16 anos - idade a partir da qual é possível obter um título eleitor - , en- quanto é sabido que a pirâmide social brasileira ainda se concentra nas faixas etárias mais baixas. Grifamos, ainda, os percentuais de municípios que destoam da média estadual, com muitos deles supostamente tendo mais de 80% da população como eleitores e um, Glori- nha, inclusive ultrapassando os 100%, o que, evidentemente, é descabido. Ou- tros por sua vez, registraram menos de 55% de eleitores, igualmente se distan- ciando da média. Como interpretação preliminar, acreditamos que tais surpre- endentes números devam ser credita- dos não à má-fé, que não é prática cor- 150 Revista do TRE/RS rente, felizmente, em nosso Estado, título eleitoral. Há famílias, por sua vez, mas a problemas estatísticos, área principalmente nas áreas rurais mais onde o Brasil ainda tem um vasto cami- distantes, que sequer notificam os óbi- nho a trilhar. No caso específico da ta- tos aos Cartórios do Registro Civil. bela a seguir, eventuais equívocos po- Lembramos, por fim, que a determina- dem ser creditados a ambas as partes. ção do domicílio eleitoral é livre ao A população apresentada pelo IBGE, eleitor, que pode optar, por exemplo, por basear-se em estimativas, possi- em fazer seu título onde possui sua velmente não reflita a situação real, que casa de veraneio, o que também, cu- pode ser de um número de habitantes mulativamente, pode resultar em dados superior ou inferior, num erro compre- inesperados. A tabela a seguir vem a ensível para um país de dimensões ser, portanto, uma modesta contribuição continentais e de graves vicissitudes da Justiça Eleitoral para o pesquisador, sociais, que levam a um elevado núme- que nela terá ao menos um referencial. ro de subabitações, dificultando a pes- Esperamos, ainda, que seja uma entre quisa. Já o eleitorado, por sua vez, pro- tantas fagulhas a incentivar a valoriza- vavelmente esteja superestimado em ção da pesquisa, com cada cidadão algumas localidades, por falta de cum- conscientizando-se da sua responsabi- primento pelos Cartórios do Registro lidade em contribuir para o acerto final, Civil da determinação legal de informa- mesmo que simplesmente preenchendo rem à Justiça Eleitoral os óbitos, para formulários ou respondendo aos entre- que se proceda a respectiva baixa no vistadores com exatidão.

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL ÁGUA SANTA 2.891 4.197 68,88% AGUDO 11.473 16.248 70,61%  5.816 7.798 74,58% ALECRIM 6.314 9.401 67,16% ALEGRETE 56.236 82.485 68,18% ALEGRIA 4.222 5.792 72,89% ALPESTRE 8.503 11.111 76,53% ALTO ALEGRE 1.724 2.072 83,20% 2.036 2.536 80,28% ALVORADA 88.290 160.671 54,95% 4.303 5.266 81,71% 4.733 6.859 69,00% ANDRÉ DA ROCHA 888 1.107 80,22%  4.890 6.412 76,26% ANTÔNIO PRADO 8.368 11.946 70,05% ARAMBARÉ 2.608 3.379 77,18% ARARICÁ 2.150 3.381 63,59% ARATIBA 5.709 7.394 77,21% 11.667 15.817 73,76% Revista do TRE/RS 151

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL ARROIO DO SAL 3.231 4.182 77,26%  8.129 11.876 68,45% 9.052 12.939 69,96% 13.416 18.470 72,64% 7.120 10.252 69,45% AUGUSTO PESTANA 6.319 8.348 75,69% ÁUREA 3.132 4.056 77,22% BAGÉ 75.818 114.091 66,45% BALNEÁRIO PINHAL 3.458 4.997 69,20% BARÃO 3.768 5.484 68,71% BARÃO DE COTEGIPE 4.833 6.936 69,68% BARÃO DO TRIUNFO 3.721 6.167 60,34% 2.467 3.359 73,44% BARRA DO QUARAÍ 2.251 3.519 63,97% 8.252 10.905 75,67% 1.901 2.522 75,38% BARRA FUNDA 1.911 2.115 90,35% BARRACÃO 4.247 5.598 75,87% 8.191 11.592 70,66% BENJAMIN CONSTANT DO 1.721 2.914 59,06% SUL BENTO GONÇALVES 53.941 83.167 64,86% BOA VISTA DAS MISSÕES 1.991 2.088 95,35% BOA VISTA DO BURICÁ 4.495 6.466 69,52%  2.161 2.950 73,25% BOM JESUS 9.538 12.700 75,10% BOM PRINCÍPIO 5.681 8.677 65,47% 2.442 2.660 91,80%  7.693 10.072 76,38% BOQUEIRAO DO LEÃO 5.087 7.655 66,45% BOSSOROCA 5.724 7.892 72,53% BRAGA 3.442 4.493 76,61% 3.381 4.234 79,85% BUTIÁ 13.746 19.650 69,95% CAÇAPAVA DO SUL 26.510 33.475 79,19% 11.412 15.598 73,16%  61.005 86.327 70,67% 152 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL 66.069 96.451 68,50% 3.772 5.063 74,50% CAIBATÉ 6.152 7.387 83,28% CAIÇARA 4.387 5.684 77,18% CAMAQUÃ 39.306 57.566 68,28% CAMARGO 1.998 2.450 81,55% CAMBARÁ DO SUL 5.340 6.938 76,97% 2.329 3.047 76,44% CAMPINA DAS MISSÕES 5.940 7.278 81,62% 6.264 8.478 73,89% 35.478 50.896 69,71% CAMPO NOVO 5.737 6.970 82,31% CAMPOS BORGES 2.995 3.876 77,27% CANDELÁRIA 20.531 28.442 72,19% CANDIDO GODÓI 6.247 7.592 82,28% 4.722 7.201 65,57% CANELA 18.025 31.109 57,94% CANGUÇU 38.342 49.992 76,70% CANOAS 182.227 284.114 64,14% CAPÃO DA CANOA 17.206 25.612 67,18% CAPÃO DO LEÃO 13.893 20.824 66,72% 5.198 8.570 60,65% CAPITÃO 2.054 2.347 87,52%  1.933 2.812 68,74% CARAÁ 4.716 5.946 79,31% 38.101 56.911 66,95% 12.931 18.953 68,23% CARLOS GOMES 1.778 2.144 82,93% CASCA 6.093 8.300 73,41% CASEIROS 2.339 2.980 78,49% CATUÍPE 8.668 10.646 81,42% CAXIAS DO SUL 207.383 326.222 63,57% CENTENÁRIO 2.389 3.328 71,78% CERRITO 5.572 6.815 81,76%  3.337 4.373 76,31% CERRO GRANDE 2.565 2.903 88,36% Revista do TRE/RS 153

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL 6.035 7.636 79,03% CERRO LARGO 9.877 12.925 76,42% CHAPADA 7.601 10.062 75,54% CHARQUEADAS 16.834 27.263 61,75% CHARRUA 2.534 3.859 65,66% 3.749 4.246 88,29% CHUÍ 2.611 3.176 82,21%  3.413 4.467 76,40% CIDREIRA 4.627 6.360 72,75% CIRÍACO 4.496 5.330 84,35% COLINAS 2.150 2.464 87,26% COLORADO 3.389 4.202 80,65% CONDOR 4.810 6.393 75,24% CONSTANTINA 9.748 11.816 82,50% COQUEIROS DO SUL 2.483 2.930 84,74% 2.009 2.454 81,87% 6.849 8.772 78,08% COTIPORÃ 3.296 4.138 79,65% 2.214 3.032 73,02%  13.148 15.741 83,53% CRISTAL 5.183 6.523 79,46%  2.400 2.808 85,47% CRUZ ALTA 49.166 71.132 69,12% CRUZEIRO DO SUL 8.116 11.465 70,79% DAVID CANABARRO 3.564 4.652 76,61% 3.000 4.024 74,55% 2.970 3.553 83,59%  2.236 3.252 68,76% DOIS IRMÃOS 11.134 18.005 61,84% DOIS IRMÃOS DAS MISSÕES 2.058 2.800 73,50% 2.564 3.328 77,04%  8.775 13.250 66,23% 27.605 38.867 71,02% DOM PEDRO DE 2.289 2.291 99,91% ALCÂNTARA 2.989 3.760 79,49% DOUTOR MAURÍCIO 5.274 6.723 78,45% 154 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL CARDOSO  1.894 2.151 88,05% ELDORADO DO SUL 13.653 22.796 59,89% ENCANTADO 12.602 17.653 71,39% 16.747 22.796 73,46% 1.814 2.268 79,98% ENTRE-IJUÍS 7.631 10.368 73,60% 2.952 3.486 84,68% 2.217 3.138 70,65% ERECHIM 51.769 81.171 63,78% ERNESTINA 2.976 3.817 77,97% 4.589 5.917 77,56% ERVAL SECO 6.804 9.736 69,88% ESMERALDA 4.399 5.478 80,30% ESPERANÇA DO SUL 3.494 4.300 81,26% ESPUMOSO 11.549 16.340 70,68% ESTAÇÃO 4.244 5.953 71,29% ESTÂNCIA VELHA 19.973 31.050 64,33% 50.031 75.209 66,52% ESTRELA 18.921 26.658 70,98%  2.619 3.738 70,06% EUGÊNIO DE CASTRO 3.037 3.492 86,97% FAGUNDES VARELA 1.997 2.467 80,95% 33.552 52.570 63,82% 5.034 6.750 74,58% 2.361 3.083 76,58%  1.988 2.579 77,08% FELIZ 7.439 10.167 73,17% FLORES DA CUNHA 14.015 20.578 68,11% FLORIANO PEIXOTO 2.109 2.529 83,39% 8.335 11.952 69,74% 6.019 7.652 78,66% 3.393 4.766 71,19% 19.213 27.228 70,56% GARIBALDI 18.199 26.131 69,65% GARRUCHOS 2.564 3.394 75,55% 5.178 6.361 81,40% Revista do TRE/RS 155

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL GENERAL CÂMARA 6.660 8.581 77,61% GENTIL 1.614 1.827 88,34% GETÚLIO VARGAS 11.373 16.548 68,73% GIRUÁ 14.450 18.859 76,62% GLORINHA 4.778 4.688 102% GRAMADO 17.686 25.091 70,49% 2.281 2.551 89,42% 2.530 3.730 67,83% GRAVATAÍ 109.612 205.657 53,30% 1.492 1.918 77,79% GUAÍBA 50.923 86.101 59,14% GUAPORÉ 13.024 18.728 69,54% GUARANI DAS MISSÕES 7.221 9.286 77,76% HARMONIA 2.772 3.341 82,97% 5.861 7.537 77,76% HERVEIRAS 2.175 2.674 81,34% HORIZONTINA 12.848 16.881 76,11% 3.341 4.393 76,05% HUMAITÁ 4.646 5.592 83,08% IBARAMA 3.594 4.861 73,94% IBIAÇÁ 4.101 5.452 75,22% 5.251 7.288 72,05% IBIRAPUITÃ 3.818 5.295 72,11% IBIRUBÁ 13.518 18.441 73,30% IGREJINHA 15.296 24.541 62,33% IJUÍ 52.594 75.785 69,40% ILÓPOLIS 2.523 3.942 64,00% IMBÉ 7.356 9.522 77,25% 2.845 3.914 72,69% INDEPENDÊNCIA 5.434 7.593 71,57% INHACORÁ 2.006 2.349 85,40% IPÊ 4.385 5.507 79,63% 1.806 2.301 78,49% IRAÍ 7.133 9.233 77,26%  2.401 4.007 59,92% 2.790 3.575 78,04% 156 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL ITAPUCÁ 1.863 2.628 70,89% ITAQUI 24.958 38.241 65,27% ITATIBA DO SUL 4.534 5.999 75,58% IVORÁ 2.006 2.596 77,27% IVOTI 8.901 13.206 67,40% JABOTICABA 4.480 4.730 94,71% JACUTINGA 3.172 4.366 72,65% JAGUARÃO 19.551 29.726 65,77% JAGUARI 9.574 12.705 75,36% JAQUIRANA 3.234 4.332 74,65% JARI 2.551 3.837 66,48% JÓIA 5.376 7.872 68,29% JÚLIO DE CASTILHOS 14.099 21.444 65,75% LAGOA DOS TRÊS CANTOS 1.316 1.582 83,19%  20.167 28.786 70,06% LAGOÃO 4.531 5.719 79,23% LAJEADO 38.820 57.404 67,63% LAJEADO DO BUGRE 2.013 2.314 86,99% 6.478 7.638 84,81% LIBERATO SALZANO 5.763 7.371 78,18% LINDOLFO COLLOR 2.695 3.826 70,44% 1.119 1.507 74,25% MAÇAMBARÁ 2.755 4.736 58,17% 4.809 6.326 76,02%  2.583 3.068 84,19% 4.336 6.056 71,60% MAQUINÉ 5.405 7.132 75,79% MARATÁ 1.979 2.313 85,56% MARAU 16.968 25.342 66,96% 5.115 6.816 75,04% 2.681 3.359 79,82% MARIANO MORO 2.227 2.632 84,61%  3.569 4.295 83,10% MATA 4.242 5.701 74,41% 1.929 2.262 85,28% MATO LEITÃO 2.504 2.991 83,72% Revista do TRE/RS 157

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL 4.979 6.231 79,91% MINAS DO LEÃO 5.499 7.115 77,29% MIRAGUAÍ 5.037 5.506 91,48% 1.497 1.794 83,44% MONTE ALEGRE 2.558 2.830 90,39% DOS CAMPOS 2.687 2.818 95,35% MONTENEGRO 33.336 49.877 66,84% MORMAÇO 2.132 2.373 89,84% MORRINHOS DO SUL 2.827 3.547 79,70% 4.781 5.971 80,07% 3.266 4.741 68,89% 6.806 9.554 71,24% MUÇUM 4.319 4.919 87,80% MUITOS CAPÕES 1.934 2.679 72,19% 1.279 1.785 71,65% NÃO-ME-TOQUE 9.795 13.912 70,41% 1.558 1.767 88,17% 9.222 12.655 72,87% 1.942 2.686 72,30% NOVA ARAÇÁ 2.465 3.139 78,53% NOVA BASSANO 5.270 7.286 72,33% 1.938 2.316 83,68% NOVA BRÉSCIA 4.134 4.657 88,77% NOVA CANDELÁRIA 2.329 3.083 75,54% NOVA ESPERANÇA DO SUL 2.758 3.778 73,00%  7.556 12.651 59,73% NOVA PÁDUA 1.930 2.382 81,02% 4.663 6.109 76,33% NOVA PETRÓPOLIS 11.035 15.290 72,17% 11.567 16.428 70,41%  2.257 2.871 78,61% 2.391 3.094 77,28% 7.516 12.460 60,32% 3.003 3.825 78,51%  2.316 3.354 69,05% NOVO HAMBURGO 132.464 225.082 58,85% 158 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL 4.293 5.058 84,88% NOVO TIRADENTES 2.031 2.664 76,24% OSÓRIO 23.705 33.808 70,12% 3.762 4.868 77,28%  8.044 10.041 80,11% PALMEIRA DAS MISSÕES 24.759 38.848 63,73% 5.490 7.251 75,71% PANAMBI 21.035 31.670 66,42% 7.258 10.339 70,20% PARAÍ 4.053 5.537 73,20% PARAÍSO DO SUL 4.548 6.710 67,78% 2.004 2.941 68,14% PAROBÉ 22.424 40.355 55,57%  3.639 4.776 76,19%  3.970 5.256 75,53% PASSO FUNDO 98.147 156.352 62,77% 5.645 7.574 74,53% PEDRO OSÓRIO 6.500 7.842 82,89% PEJUÇARA 3.381 4.202 80,46% PELOTAS 205.375 304.285 67,49% PICADA CAFÉ 3.004 4.066 73,88% PINHAL 2.027 2.615 77,51% 3.081 4.334 71,09% 3.040 4.506 67,47% 10.687 13.393 79,80% PIRAPÓ 3.022 3.597 84,01% PIRATINI 14.662 17.556 83,52% PLANALTO 8.636 11.609 74,39% POÇO DAS ANTAS 1.789 1.954 91,56% PONTÃO 2.625 3.803 69,02% PONTE PRETA 1.786 2.357 75,77% PORTÃO 14.397 22.548 63,85% PORTO ALEGRE 914.880 1.286.251 71,13% PORTO LUCENA 5.321 7.219 73,71% PORTO MAUÁ 2.194 2.963 74,05% 2.191 2.751 79,64% Revista do TRE/RS 159

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL 8.368 11.240 74,45% 1.828 2.210 82,71% 1.587 2.050 77,41% PROGRESSO 4.881 6.669 73,19% PROTÁSIO ALVES 1.804 2.243 80,43% PUTINGA 4.455 4.936 90,26% QUARAÍ 17.055 23.234 73,41% 1.967 2.640 74,51% 2.712 3.533 76,76% REDENTORA 5.518 8.517 64,79% 2.346 2.391 98,12% 11.370 15.555 73,10% RIO DOS ÍNDIOS 3.925 5.449 72,03% RIO GRANDE 117.628 178.223 66,00% 25.234 37.634 67,05% 2.637 3.693 71,41% 7.377 9.136 80,75%  4.379 5.622 77,89% 10.597 16.679 63,53% 7.480 10.206 73,29% 5.176 6.674 77,55% ROQUE GONZALES 7.010 8.151 86,00% ROSÁRIO DO SUL 30.735 40.475 75,94% SAGRADA FAMÍLIA 2.337 2.809 83,20% 2.660 3.256 81,70% SALTO DO JACUÍ 8.072 12.235 65,97% SALVADOR DAS MISSÕES 2.157 2.732 78,95% 5.203 6.624 78,55% SANANDUVA 10.570 14.776 71,53% SANTA BÁRBARA DO SUL 7.040 10.023 70,24% 3.713 4.505 82,42% 67.866 100.562 67,49% SANTA MARIA 151.450 226.226 66,95% 3.920 5.480 71,53% SANTA ROSA 40.918 62.552 65,41% SANTA TEREZA 1.761 1.962 89,76% 160 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL SANTA VITÓRIA DO PALMAR 21.592 30.872 69,94% 7.408 8.488 87,28% 60.544 85.611 70,72% SANTIAGO 36.378 51.064 71,24% SANTO ÂNGELO 52.670 75.419 69,84% SANTO ANTÔNIO 23.953 34.552 69,32% DA PATRULHA SANTO ANTÔNIO 9.942 13.177 75,45% DAS MISSÕES SANTO ANTÔNIO DO PALMA 1.797 2.241 80,19% SANTO ANTÔNIO 1.907 2.053 92,89% DO PLANALTO 11.358 15.146 74,99% SANTO CRISTO 11.383 15.001 75,88% 2.325 2.756 84,36% SÃO BORJA 44.859 63.089 71,10% SÃO DOMINGOS DO SUL 2.348 2.728 86,07% SÃO FRANCISCO DE ASSIS 15.745 20.697 76,07% SÃO FRANCISCO DE PAULA 14.403 18.641 77,27% SÃO GABRIEL 44.155 60.801 72,62% SÃO JERÔNIMO 14.287 19.695 72,54% SÃO JOÃO DA URTIGA 3.969 4.981 79,68% SÃO JOÃO DO POLESINE 2.348 2.582 90,94% SÃO JORGE 2.217 2.898 76,50% SÃO JOSÉ DAS MISSÕES 2.812 3.161 88,96% SÃO JOSÉ DO HERVAL 1.953 2.492 78,37% SÃO JOSÉ DO HORTÊNCIO 2.142 3.058 70,05% SÃO JOSÉ DO INHACORÁ 1.814 2.441 74,31% SÃO JOSÉ DO NORTE 16.024 22.767 70,38% SÃO JOSÉ DO OURO 5.611 7.042 79,68% SÃO JOSÉ DOS AUSENTES 2.331 3.078 75,73% SÃO LEOPOLDO 110.559 180.741 61,17% SÃO LOURENÇO DO SUL 30.191 42.268 71,43% SÃO LUÍS GONZAGA 28.293 40.197 70,39% SÃO MARCOS 12.213 17.376 70,29% SÃO MARTINHO 5.657 6.827 82,86% SÃO MARTINHO DA SERRA 2.416 3.141 76,92% Revista do TRE/RS 161

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL SÃO MIGUEL DAS MISSÕES 5.476 7.437 73,63% SÃO NICOLAU 5.308 6.542 81,14% SÃO PAULO DAS MISSÕES 5.787 7.673 75,42% SÃO PEDRO DA SERRA 1.888 2.470 76,44% SÃO PEDRO DO BUTIÁ 2.340 2.943 79,51% SÃO PEDRO DO SUL 13.595 16.760 81,12% SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ 12.853 19.149 67,12% SÃO SEPÉ 18.382 24.532 74,93% SÃO VALENTIM 3.786 4.480 84,51% SÃO VALENTIM DO SUL 1.974 2.321 85,05% SÃO VALÉRIO DO SUL 1.852 2.583 71,70% SÃO VENDELINO 1.279 1.621 78,90% SÃO VICENTE DO SUL 5.756 7.906 72,81% SAPIRANGA 39.307 62.799 62,59% 76.836 113.992 67,40% SARANDI 12.379 17.858 69,32%  9.370 11.901 78,73% SEDE NOVA 2.865 3.485 82,21% SEGREDO 5.134 6.811 75,38% SELBACH 3.626 4.606 78,72%  2.299 2.959 77,70% 3.421 4.159 82,26% SERAFINA CORREA 7.053 9.753 72,32% SÉRIO 2.502 3.036 82,41% SERTÃO 6.084 7.701 79,00% SERTÃO SANTANA 3.607 5.138 70,20% SETE DE SETEMBRO 1.895 2.574 73,62% 3.298 4.306 76,59% 2.225 2.329 95,53% SINIMBU 7.669 10.289 74,54% SOBRADINHO 11.177 15.430 72,44% SOLEDADE 19.656 28.316 69,42% TABAÍ 2.187 3.000 72,90% TAPEJARA 9.813 13.724 71,50% TAPERA 7.291 10.649 68,47% TAPES 11.327 14.472 78,27% 162 Revista do TRE/RS

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL TAQUARA 29.158 47.797 61,00%  17.483 23.775 73,54% TAQUARUÇU DO SUL 2.452 3.072 79,82% TAVARES 4.018 5.100 78,78% TENENTE PORTELA 10.235 14.701 69,62% TERRA DE AREIA 7.918 10.709 73,94% TEUTÔNIA 14.305 19.958 71,68% 6.821 8.554 79,74%  2.676 3.156 84,79% TORRES 17.007 25.781 65,97% TRAMANDAÍ 16.275 27.917 58,30% 1.984 2.365 83,89% TRÊS ARROIOS 2.609 3.259 80,06% TRÊS CACHOEIRAS 6.421 9.293 69,10% TRÊS COROAS 11.435 17.278 66,18% TRÊS DE MAIO 18.081 24.604 73,49% TRÊS FORQUILHAS 2.556 3.216 79,48% TRÊS PALMEIRAS 3.845 4.840 79,44% TRÊS PASSOS 18.144 25.795 70,34% 4.905 6.262 78,33% TRIUNFO 15.563 19.519 79,73% TUCUNDUVA 5.054 6.659 75,90% TUNAS 3.558 4.414 80,61% 1.679 1.811 92,71% TUPANCIRETÃ 13.583 19.165 70,87% 2.040 2.648 77,04% 7.682 9.619 79,86% TURUÇU 2.329 3.546 65,68%  2.057 2.778 74,05% UNIÃO DA SERRA 1.773 2.206 80,37%  2.284 2.633 86,75% URUGUAIANA 74.585 121.825 61,22%  35.963 53.522 67,19% 6.844 10.368 66,01% 2.540 3.661 69,38%  2.010 2.663 75,48% Revista do TRE/RS 163

MUNICÍPIO ELEITORADO POPULAÇÃO PERCENTUAL VANINI 1.507 1.923 78,37% VENÂNCIO AIRES 40.269 56.819 70,87% VERA CRUZ 13.635 19.559 69,71% VERANÓPOLIS 13.124 18.126 72,40%  1.948 2.300 84,70% 4.684 6.484 72,24% VIAMÃO 108.330 195.880 55,30% VICENTE DUTRA 4.674 6.439 72,59% VICTOR GRAEFF 2.913 3.891 74,87% 2.312 2.893 79,92% VILA LÂNGARO 1.799 2.363 76,13% VILA MARIA 3.158 4.110 76,84% VILA NOVA DO SUL 3.428 4.122 83,16% VISTA ALEGRE 2.479 3.067 80,83% 1.424 1.733 82,17% VISTA GAÚCHA 2.133 2.765 77,14% VITORIA DAS MISSÕES 3.613 4.134 87,40% XANGRI-LÁ 5.521 6.915 79,84% TOTAL DO RS 6.594.884 9.624.529 68,52%

 Municípios novos  Municípios-mãe: sofreram queda populacional 164 Revista do TRE/RS Prefeitos e vice-prefeitos eleitos em 03/10 e 15/11/1996 Fonte: Secretaria de Informática do TRE/RS - Coord. de Produção e Suporte MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO ÁGUA SANTA 15 • ROGÉRIO ANTÔNIO COSER PMDB • VILMAR DALMINA AGUDO 25 • LAURO REINOLDO REETZ PDT/PFL/PSDB • FLÁVIO PAVEZI AJURICABA 11 • CLÁUDIO JOSÉ SPEROTTO PPB/PMDB • DARI BANDEIRA ALECRIM 11 • WALTER MULLER PPB/PDT • ANTÔNIO LUGOCH ALEGRETE 11 • JOSÉ CARLOS M. JARDIM FILHO PPB • DARCY TOLIO ALEGRIA 11 • JOSÉ ÁLVARO JOST PPB • JOÃO ALMEIDA TEIXEIRA ALPESTRE 15 • VILMAR DOMINGOS BASSO PPB/PDT/PTB/PMDB • PEDRO ÍRIO SERAFINI ALTO ALEGRE 12 • ABÍLIO TERHORST PDT • HÉLIO DALBERTO ALTO FELIZ 15 • GÉRSON LUIZ SCHUTZ PMDB • GILMAR MIGUEL SOMACAL ALVORADA 13 • STELA BEATRIZ FARIAS LOPES PT/PCB/PPS/PSB/ • AQUILES SUDRÉ FERREIRA PC DO B AMARAL FERRADOR 12 • LYONE LEITE DA SILVA PDT/PMDB • ELIZEU VIEGAS ARAÚJO AMETISTA DO SUL 11 • SÍLVIO CÉSAR PÔNCIO PPB • VALMOR BINELLO ANDRÉ DA ROCHA 11 • BRAZ REIS HOFFMANN PPB/PDT/PSDB • MIGUEL ÂNGELO TAGLIARI ANTA GORDA 11 • CARLOS FRANCISCO DAMETTO PPB/PTB • PEDRO JOSÉ MORAIS AIRES ANTÔNIO PRADO 15 • EUCLIDES CARRA PPB/PDT/PT/PMDB/ • MÁRIO ANTÔNIO SCHIOCHET PSDB ARAMBARÉ 12 • JOSÉ CARLOS RACIER PDT • RUI CARLOS PIRES PEREIRA ARARICÁ 45 • MÁRIO VALDIR AUGUSTIN PDT/PSDB • ARDI DARCY SCHMIDT ARATIBA 14 • LUIZ ANGELO POLETTO PPB/PTB/PMDB • NÉLSON MARCELINO BRUSCHI ARROIO DO MEIO 15 • PAULO STEINER PT/PMDB • RUY DAGOBERTO BERSCH ARROIO DO SAL 15 • JOSÉ CARDOSO DE VARGAS PDT/PMDB • SIDNEI MATTOS CARDOSO ARROIO DO TIGRE 15 • ATTILIO PASA PDT/PMDB • NILTON TUCHTENHAGEN ARROIO DOS RATOS 25 • SEDINO VIEIRA PDT/PL/PFL • JUAREZ ADÃO LIMA Revista do TRE/RS 165 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO ARROIO GRANDE 12 • ERMÍNIO BRAGA LUCENA PDT/PT/PMDB • OLAVO DINARTE RAMOS GINAR ARVOREZINHA 11 • JURANDIR JOSÉ MARQUES PPB • LEONIR BONUMETE FORNARI AUGUSTO PESTANA 25 • NÉLSON WILLE PPB/PMDB/PFL • LUIZ CARLOS MALLMANN ÁUREA 11 • ALBERTO ROQUE OMIZZOLO PPB/PDT • SÉRGIO ADÃO WALCHINSKI BAGÉ 11 • CARLOS SÁ AZAMBUJA PPB/PL/PFL/PSDB/ • LUIZ GUARANI TRINDADE DE BEM PT DO B BALNEÁRIO PINHAL 15 • VILMAR FURINI PMDB • JORGE LUÍS DE SOUZA FONSECA BARÃO 11 • VALERIO JOSÉ CALLIARI PPB • JOÃO PAULO DEBACKER BARÃO DE COTEGIPE 13 • LUÍS CARLOS TOMAZELLI PT • LUIZ ALENCAR DALLA COSTA BARÃO DO TRIUNFO 15 • LUIZ RAUL GOULART DA SILVA PPB/PMDB • ARNO TEIFKE BARRA DO GUARITA 15 • STANISLAU JAGUSZEVSKI PMDB • JOSEMAR MAGAGNIN BARRA DO QUARAÍ 14 • ELY MANOEL ROSA PPB/PTB/PL • JOSÉ PROTÁZIO SILVA RAMOS BARRA DO RIBEIRO 15 • CIRINEU LUIZ IPLINSKI PDT/PMDB • WILMAR BISCHOFF BARRA DO RIO AZUL 13 • VITAL DALLA ROSA PT • ALCEU MORGAN BARRA FUNDA 12 • BENJAMIN JOSÉ ZANDONA PDT • DONELLI GELAIN BARRACÃO 15 • ARMANDO J. REOLON PDT/PMDB • JAIRO DE OLIVEIRA VARGAS BARROS CASSAL 12 • RONALD LUIZ STEIN PPB/PDT/PTB • NERI GUTERRES DOS SANTOS BENJAMIN CONSTANT 14 • RUI D AGOSTINI PPB/PDT/PTB/PMDB/ DO SUL • LORY ADEMIR POLETTO PSDB BENTO GONÇALVES 11 • DARCY POZZA PPB • ROBERTO ANTÔNIO CAINELLI BOA VISTA DAS 12 • PAULO ROBERTO G. IGNÁCIO PDT MISSÕES • CLÊNIO ALBERTO LOVIS TRENTIN BOA VISTA DO BURICÁ 11 • JORGE GILBERTO KLOCKNER PPB/PTB • ILOI FRANCISCO SCHONS BOA VISTA DO SUL 13 • ROBERTO MARTIM SCHAEFFER PDT/PT • VALTER LUIZ ACCADROLLI BOM JESUS 12 • JÚLIO CESAR PANNEBECKER PDT/PMDB • JOSÉ PAULO DE ALMEIDA BOM PRINCÍPIO 15 • JACOB NESTOR SEIBEL PT/PTB/PMDB • JOSÉ JUCHEN BOM PROGRESSO 15 • ONIRO SOLANO BONES PDT/PTB/PMDB • LÍDIO ROESLER 166 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO BOM RETIRO DO SUL 22 • PEDRO AELTON WERMANN PPB/PDT/PL • NÍLSON JOSÉ DE OLIVEIRA BOQUEIRÃO DO LEÃO 12 • RICARDO FRANCIOSI PDT/PT • JOÃO DAVI GOERGEN BOSSOROCA 15 • JACIRA DO CARMO D. SCHMITZ PDT/PT/PMDB/PSB • LEONEL MOSCATO ZIQUINATTI BRAGA 12 • ANTÔNIO JUAREZ J. MELLO PPB/PDT • HERMES IENERICH BROCHIER 15 • LAIRTON ERCI PILGER PDT/PMDB • TEODATO NESTOR BACKES BUTIÁ 12 • ADEMIR GARCIA MENDES PDT/PT/PTB/PC DO B • VICTOR HUGO DEMAMAN TOMÉ CAÇAPAVA DO SUL 15 • JOSÉ ERLI PEREIRA VARGAS PDT/PMDB • FRANCISCO P. D. HENRIQUES CACEQUI 11 • RENÊ MENDONÇA FERNANDES PPB • JOSÉ ALEXANDRE ROSSI CACHOEIRA DO SUL 11 • TAUFIK B. GERMANOS NETO PPB/PFL/PSDB • CLÁUDIO V. S. SCHLOTTFELDT CACHOEIRINHA 12 • VALDECIR MUCILLO PDT/PTB/PMN/PSB/ • RENI TOLENTINO DA SILVA PSDB CACIQUE DOBLE 25 • MAUCIR FANTIN PPB/PFL • COSME ABRAHÃO MEZZALIRA CAIBATÉ 11 • EVANDO HERTER DA SILVA PPB/PTB/PSDB • CÉLIO MALHEIROS DE MOURA CAIÇARA 11 • ALCIR TREVISAN PPB/PFL • LINO BURIOL CAMAQUÃ 12 • JOSÉ C. DE GODOY NETTO PDT • ANDRÉ OSWALDT CAMARGO 15 • VICTORINO COLET PMDB • EDSON LUIZ ZILLI CAMBARÁ DO SUL 15 • LUIZ CARLOS ALVES FOGAÇA PMDB • NILIMAR MARIN CAMPESTRE DA SERRA 11 • RAUL LUIZ GOBBI PPB • LUIZ ANTÔNIO ZAFFONATO CAMPINA DAS MISSÕES 13 • MELCHIOR MALLMANN PT/PMDB • AFONSO LÚCIO PERIUS CAMPINAS DO SUL 12 • CARLOS ALBERTO CORBELLINI PDT/PMDB • MILTON ÂNGELO CANTELE CAMPO BOM 11 • NÉLSON SCHNEIDER PPB • DELMAR TEIXEIRA DE MORAES CAMPO NOVO 25 • BRUNO SIRO SEEFELD PTB/PMDB/PFL • ADI JOSÉ PRETTO CAMPOS BORGES 15 • OSMAR ANTÔNIO MARQUESE PPB/PMDB • OLIVAN ANTÔNIO DE BORTOLI CANDELÁRIA 15 • RENÊ HUBNER PDT/PMDB • WIDELSON MARIANO CANDIDO GODÓI 15 • JOÃO ADOLAR BERVIAN PDT/PMDB • VALDI LUÍS GOLDSCHMIDT Revista do TRE/RS 167 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO CANDIOTA 12 • MIRABEAU B. DOS SANTOS PDT/PT • SÉRGIO LUIZ BRAGA CANELA 12 • JOSÉ VELLINHO PINTO PDT/PSDB • DARCI THOMAZI CANGUÇU 11 • ODILON ALMEIDA MESKO PPB • ADÃO JESUS COELHO DA SILVA CANOAS 14 • HUGO SIMÕES LAGRANHA PTB • MÁRCIO EDMUNDO KAUER CAPÃO DA CANOA 12 • LEDORINO BROGNI PDT • ITAMAR FASSBINDER CAPÃO DO LEÃO 11 • MANOEL NEI DA COSTA NEVES PPB/PSDB • ELMAR NACHTIGALL MANKE CAPELA DE SANTANA 14 • WILSON CAPAVERDE PTB • JOSÉ LOURI DA SILVA CAPITÃO 12 • CÉSAR LUÍS BENEDUZI PPB/PDT • GUIOMAR FROHLICH CAPIVARI DO SUL 12 • SÉRGIO IRINEU MAROCCO PDT • MARCO ANTÔNIO M. CARDOSO CARAÁ 11 • SÍLVIO MIGUEL FOFONKA PPB/PDT/PTB • ÊNIO VON SALTIEL CARAZINHO 11 • AYLTON J. M. MAGALHÃES PPB • GELSO LUIZ DE CARLI CARLOS BARBOSA 15 • ROGÉRIO MIGOT PT/PMDB/PSDB • PLÍNIO HENTZ CARLOS GOMES 25 • ALCEU LIRA PPB/PTB/PMDB/PFL • GERALDO GOLINSKI CASCA 11 • ALCIDES LUIZ BRUGNERA PPB/PDT/PT/ PMDB • IVAN CARLOS BORDIN PTB/PFL/PSB/PSDB CASEIROS 11 • JOAQUIM PEREIRA DE LIMA PPB/PDT • ARQUILAU LISBOA CATUÍPE 12 • ADEMIR SEBASTIÃO BURMANN PDT/PT/PMDB • JOÃO LEANDRO KONZEN CAXIAS DO SUL 13 • GILBERTO JOSÉ SPIER VARGAS PT/PPS/PSB/ - 2º TURNO • MARISA V. F. DALLA VECHIA PC DO B CENTENÁRIO 11 • CELSO VANIR FRANK PPB/PMDB • EDUARDO PARIS CERRITO 15 • ADÃO ORLANDO ALVES PMDB/PFL • OSMAR KRAUSE CERRO BRANCO 11 • DELÍLIA OLGA R. GLASENAPP PPB/PMDB • REINALDO SAUERESSIG CERRO GRANDE 12 • VALDIR BONFANTI PDT • NERY ÂNGELO SARTORI CERRO GRANDE 12 • ANTÔNIO ALEXIS T. DA SILVA PDT/PT/PTB DO SUL • MARINO BOMBARDELLI CERRO LARGO 15 • RENÊ JOSÉ NEDEL PDT/PMDB/PSDB • NÉLSON ANTÔNIO MUMBACH CHAPADA 15 • AGENOR FINCK PDT/PTB/PMDB • CARLOS ALZENIR CATTO 168 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO CHARQUEADAS 13 • JAIME GUEDES SILVEIRA PT/PPS/PSB • JOSÉ INÁCIO ABRAHÃO CHARRUA 15 • ADEMIR SCARIOT PMDB • DORIVAL JOSÉ CALDATTO CHIAPETA 12 • NERI POLO PDT/PMDB • VILIBALDO FRIDERICHS CHUÍ 25 • MOHAMAD KASSEM JOMAA PPB/PFL • HAMILTON SILVÉRIO LIMA CHUVISCA 11 • JOSÉ ÊNIO BRANDEBURSKI PPB/PDT • HELMUTH JACOBSEN CIDREIRA 15 • ELIMAR TOMAZ PACHECO PMDB • REMY JOÃO CARNIEL CIRÍACO 15 • CARLOS NEY DE ÁVILA PT/PMDB/PSDB • GILBERTO VIEIRA BARBOSA COLINAS 12 • NESTOR RICARDO HOLLMANN PPB/PDT • CÍRIO MAGEDANZ COLORADO 11 • NÉLIO VICARI PPB/PDT/PT/PTB • LUIZ ALBERTO MULLER CONDOR 11 • JOSÉ FRANCISCO T. CÂNDIDO PPB/PMDB • OLÁVIO KLEINERT CONSTANTINA 11 • RUI BURILLE DALLAGNOL PPB • CELESTINO ARMANDO SAVARIS COQUEIROS DO SUL 12 • ACÁCIO SCHEIT DE SOUZA PDT/PMDB • SELVINO FRODER CORONEL BARROS 11 • EDVINO HERTER PPB • OSMAR JOSÉ VOGT CORONEL BICACO 11 • JOSÉ NILTON SALLET PPB/PTB • ÁLVARO RUTILI COTIPORÃ 15 • DALMO LUIZ SCUSSEL PDT/PMDB • CONSTANTE DAVID BIANCHI COXILHA 11 • ILDO JOSÉ ORTH PPB • SIRLEI BARBOSA BRIANCINI CRISSIUMAL 11 • ALVÍCIO PEREIRA DUARTE PPB • WALTER LUIZ HECK CRISTAL 15 • EGYDIO ALFREDO SCHLABITZ PMDB • TELMO LUIZ KRUGER CRISTAL DO SUL 12 • ÊNIO LUIZ FROZZI PPB/PDT • JOÃO ZADINELO CRUZ ALTA 12 • LUIZ PEDRO BONETTI PDT/PMDB/PC DO B • PEDRO LUIZ HAAG DOS SANTOS CRUZEIRO DO SUL 11 • SILTON ÉRICO WEIAND PPB • ANICETO MIGUEL JANTSCH DAVID CANABARRO 11 • GENUIR LUIZ MARCHEZI PPB/PTB • JACONDO VANZELA DERRUBADAS 11 • EUGÊNIO REIMANN PPB/PMDB • ODILON RIGO DEZESSEIS DE 11 • DALVIM JOSÉ ZANINI PPB/PDT NOVEMBRO • GILDO ALMEIDA DE BARROS Revista do TRE/RS 169 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO DILERMANDO DE 25 • GABRIEL IOP BALCONI PFL AGUIAR • JUARES MACHADO NUNES DOIS IRMÃOS 15 • JUAREZ STEIN PDT/PMDB • JOÃO ARNILDO MALLMANN DOIS IRMÃOS 15 • ANTÔNIO CLÉSIO F. MEDEIROS PPB/PMDB DAS MISSÕES • JOSÉ BENONI LIMA DO AMARAL DOIS LAJEADOS 15 • FIRMINO ZIGLIOLI PPB/PDT/PTB/PMDB/ • DARCI PEDRO POSSAMAI PFL DOM FELICIANO 15 • ZENO RAKOWSKI PMDB • FRANCISCO ROSIAK PUCHALSKI DOM PEDRITO 12 • JOSÉ HAMILTON Q. TORRES PDT/PT • DARIU ETCHICHURY FILHO DOM PEDRO 25 • GUILHERME CLÉO BIASI PDT/PFL DE ALCÂNTARA • ADILSON MAIA DIMER DONA FRANCISCA 11 • SAUL A. DAL FORNO RECK PPB/PDT • CARLOS ALBINO S. MARTINI DOUTOR MAURÍCIO 11 • CELITO SAVICZKI PPB CARDOSO • MARINO JOSÉ POLLO DOUTOR RICARDO 15 • ALVIMAR LUIZ LISOT PPB/PTB/PMDB • OTACÍLIO ANIBAL BALLESTRO ELDORADO DO SUL 45 • JAIME RICARDO CONZATTI PL/PSB/PSDB • MIGUEL CARVALHO ENCANTADO 11 • PAULO COSTI PPB/PTB • ROBERTO ANTÔNIO TURATTI ENCRUZILHADA DO SUL 12 • CONCEIÇÃO D. C. KRUSSER PDT/PMDB/PL • JOÃO RAUL DE BARROS ENGENHO VELHO 11 • ÉLIO TROMBETTA PPB/PMDB • ICEU REINHER ENTRE IJUÍS 25 • PAULO AIRTON N. DA SILVA PPB/PFL • ALDINA CIRENE UGGERI HAMPEL ENTRE RIOS DO SUL 14 • NESTOR SANTO MORONI PPB/PTB/PL • VOLNEI LUÍS PEDOTT EREBANGO 11 • GILBERTO A. CHIARELLO PPB/PDT/PMDB/PL • VALMOR JOSÉ TOMELERO ERECHIM 12 • LUIZ FRANCISCO SCHMIDT PDT/PT/PSB • CLODOMIRO FIORAVANTE ERNESTINA 12 • JAIME CONÇALVES DA SILVA PDT/PT • GERALDO F. SCHIMANKO ERVAL 14 • RUBEM DARI WILHELNSEN PPB/PTB/PMDB/PFL/ • OTTONI AMARO DA SILVEIRA PSB ERVAL GRANDE 14 • VILSON PIETROSKI PTB/PMDB • FERNANDO SERAFINI ERVAL SECO 12 • ARNO ZIECH PPB/PDT • WASGTHON LUIZ R. CASTRO ESMERALDA 15 • LUIZ JAIME KRAMER PDT/PMDB • ADONIRAN LEMOS ALMEIDA ESPERANÇA DO SUL 14 • ROMILDO HEIMBURG PTB • ÊNIO RICHTER 170 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO ESPUMOSO 15 • MÁRIO LUIZ BERTANI PPB/PMDB • EMÍLIO ARTUR STRELOW ESTAÇÃO 11 • GUIDO COMIN PPB/PTB/PFL • NENES HENRIQUE ANVERSA ESTÂNCIA VELHA 15 • REINATO ENIO TREIN PMDB/PFL • EUCLIDES TISIAN ESTEIO 40 • VANDERLAN C. VASCONCELOS PT/PSB • GILMAR ANTONIO RINALDI ESTRELA 11 • LEONILDO JOSÉ MARIANI PPB/PL • HEDO THIES ESTRELA VELHA 15 • LAURO BILLIG DE CASTILHOS PMDB • HILÁRIO JOÃO CEOLIN EUGÊNIO DE CASTRO 12 • VILMO ZORZO PPB/PDT • ROBERTO BRUINSMA FAGUNDES VARELA 15 • ALBERTO BASSANI PPB/PMDB • SÉRGIO NONNENMACHER FARROUPILHA 11 • AVELINO MAGGIONI PPB/PDT/PFL • FERNANDO OSCAR FANTON FAXINAL DO SOTURNO 15 • ADMIR CARLOS RUVIARO PDT/PMDB • CELSO LUIZ VIZZOTTO FAXINALZINHO 15 • LUIZ CONCI PPB/PDT/PTB/PMDB/ • ADACIR JOSÉ BIANCHI PFL FAZENDA VILANOVA 11 • JOSÉ LUIZ CENCI PPB/PDT/PL • LÉLIO LABRES GUIMARÃES FELIZ 15 • CLÓVIS JOSÉ ASSMANN PTB/PMDB • WILLIBALDO GRAEBIN FILHO FLORES DA CUNHA 12 • HELENO JOSÉ OLIBONI PDT • JORGE LUÍS RIZZON DE GODOY FLORIANO PEIXOTO 13 • VILSON ANTÔNIO BABICZ PT/PTB • EVERALDO SALVADOR FONTOURA XAVIER 15 • ODOLIR MALACARNE PDT/PT/PTB/PMDB • JOSÉ FLÁVIO GODOY DA ROSA FORMIGUEIRO 15 • TANCREDO E. G. CARDOSO PMDB • GILDO BENJAMIM BORTOLOTTO FORTALEZA DOS VALOS 12 • PAULO FUCHINA FACCO PDT/PFL • ORLANDO WEBER BATU FREDERICO 11 • ORLANDO GIRARDI PPB WESTPHALEN • LUIZ FRANCISCATTO SOBRINHO GARIBALDI 13 • LUIZ CARLOS CASAGRANDE PDT/PT/PSDB • CIRANO CISILOTTO GARRUCHOS 12 • JUARES LUIS MARTINI PDT/PT • ROLAND SCHATZ GAURAMA 11 • EGÍDIO TODESCHINI PPB/PSDB • LONIR PAULO CHIAPPARINI GENERAL CÂMARA 11 • GILBERTO AMARO P. PEREIRA PPB/PL/PFL • JOÃO RODRIGUES DA SILVA GENTIL 15 • JOÃO FRANCISCO CHAIS PDT/PMDB • ALCENIR DALMAGO Revista do TRE/RS 171 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO GETÚLIO VARGAS 11 • DARCY JOSÉ PERUZZOLO PPB/PSDB • PAULO EDGAR DA SILVA GIRUÁ 11 • DARI PAULO P. TABORDA PPB/PTB/PMDB • ODINIR ANTÔNIO GARBINATO GLORINHA 14 • DARCI JOSÉ LIMA DA ROSA PDT/PTB/PMDB • RENATO RAUPP RIBEIRO GRAMADO 15 • NÉLSON DINNEBIER PT/PMDB • JORGE LUIZ BERTOLUCI GRAMADO 11 • ADIR PAULO L. DE MELO PPB DOS LOUREIROS • ROBERTO CARLOS G. MACHADO GRAMADO XAVIER 13 • RUI FRANCISCO BERTE PT/PMDB • SILVÉRIO ZAGONEL GRAVATAÍ 13 • DANIEL LUIZ BORDIGNON PT • VOLMIR JOSÉ BREIER GUABIJU 15 • VÍTOR LUIZ CONTE PT/PTB/PMDB/PSDB • JOSÉ FINATO GUAÍBA 14 • NÉLSON CORNETET PTB/PMDB • MANOEL ERNESTO R. STRINGHINI GUAPORÉ 15 • FERNANDO POSTAL PTB/PMDB/PSDB • HOMERO LORENI MARCOLINA GUARANI DAS MISSÕES 15 • JERÔNIMO JASKULSKI PPB/PMDB • CASEMIRO WARPECHOWSKI HARMONIA 11 • CARLOS ALBERTO FINK PPB/PTB • SÍLVIO ANDRÉ SPECHT HERVEIRAS 11 • CORALDINO C. DA SILVEIRA PPB • OSMAR CLAAS HORIZONTINA 12 • EDUARDO JORGE HORST PDT/PT • NILDO HICKMANN HULHA NEGRA 13 • FERNANDO CAMPANI PT/PSB • PAULO RENATO COSTA SILVEIRA HUMAITÁ 15 • DARCÍSIO RUBEM SCHEEREN PDT/PMDB • ROQUE STEFFENS IBARAMA 15 • EDUARDO LUIZ ZAGO PDT/PMDB • PEDRO LUIZ STEFENON IBIAÇÁ 11 • PAULO ROBERTO DA LUZ PPB/PTB • DARCI JOSÉ ZANCHETA IBIRAIARAS 15 • LUIZ CARLOS ANTONIOLLI PDT/PMDB • MIGUEL DUTRA LEITE IBIRAPUITÃ 15 • LUIZ JOÃO BORTONCELLO PDT/PTB/PMDB/PSB • LUIZ CARLOS FINATTO IBIRUBÁ 11 • OLANDO KANITZ PPB/PDT/PFL • WALDIR REBELLATO IGREJINHA 11 • LAURI AURI KRAUSE PPB • ACLIDIO GREGÓRIO GIACOBBO IJUÍ 11 • ORTIZ IBOTI SCHROER PPB/PMDB • BRENO WEBER ILÓPOLIS 25 • OLIMPIO ZAT PDT/PFL • GERVÁSIO CECON 172 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO IMBÉ 12 • DARCY LUCIANO DIAS PDT/PTB/PFL • CELSO SILVA FREITAS IMIGRANTE 12 • PAULO GILBERTO ALTMANN PPB/PDT • BENNO TIETZ INDEPENDÊNCIA 25 • DALTRO ORLANDO ROBE PPB/PFL • JOÃO DILMAR M. DOMENIGUE INHACORÁ 11 • AGENOR ANTÔNIO SAVARIZ PPB • ARNALDO LUIZ SALLA IPÊ 11 • DARCI ZANOTTO PPB • ETELVINO ZANOTTO IPIRANGA DO SUL 15 • VALCIR RODIGHIERO PMDB • GILBERTO TONELLO IRAÍ 15 • VILMAR LUÍS LEITTE PDT/PMDB/PFL • PEDRONILDO GARCIA ITAARA 15 • EDUARDO NOGUEIRA DA ROSA PMDB • CÂNDIDO FRANCO MORAES ITACURUBI 11 • ANTÔNIO MARTINS TRILHA PPB/PMDB • FELISBERTO MARTINS DA SILVA 12 • JAIRO SCORSATTO PDT/PTB/PMDB/PFL • DIRCEU MIGUEL GAMBATTO ITAQUI 15 • JOSÉ SILAS DUBAL GOULART PMDB • MOGGAR BEHEREGARAY SILVA ITATIBA DO SUL 15 • NÉLSON DOMINGOS SOLIMAN PTB/PMDB • IVO DETONI IVORÁ 15 • IRINEO MARIOTTO PMDB • LENIR CELESTINA Z. PIGATTO IVOTI 12 • ARNALDO KNEY PDT/PTB/PFL • MARIA DE LOURDES BAUERMANN JABOTICABA 11 • PEDRO DE BEM AIRES PPB/PTB • LUÍS CLÓVIS MOLINARI SILVA JACUTINGA 15 • ADELAR SCANEGATTA PDT/PT/PMDB/PSB • MILVO JOSÉ TORTELLI JAGUARÃO 15 • VÍTOR HUGO MARQUES ROSA PDT/PMDB • CECÍLIA PIUMA PÓLVORA JAGUARI 15 • ANTÔNIO CARLOS S. JORDÃO PMDB • VOLTER ROMIL M. DA COSTA JAQUIRANA 12 • ISAÍAS CASTILHOS PEREIRA PPB/PDT/PMDB • VALÉRIO LUIZ SANTINI JARI 15 • PEDROLÍVIO PORTO PRADO PMDB • NAUDAR VICENTE KONZEN JÓIA 11 • JANDIR QUEVEDO ANDREATTA PPB/PMDB • ANTÔNIO DIRCEU R. SARTURI JÚLIO DE CASTILHOS 11 • GETÚLIO BARROS DE VARGAS PPB/PFL/PSDB • ILSE VEDOVATO BARBIERI LAGOA DOS 11 • ERNOR WEBER PPB/PDT/PTB/PMDB/ TRÊS CANTOS • EDUVIRGES D. SCHNEIDER PFL LAGOA VERMELHA 15 • PAULO MOYSÉS DE ANDRADE PPB/PMDB/PSDB • JOÃO GARCEZ Revista do TRE/RS 173 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO LAGOÃO 11 • OLMIRO BALINA VIEIRA PPB/PSDB • OSMAR RODRIGUES LAJEADO 11 • CLÁUDIO PEDRO SCHUMACHER PPB/PTB • WALDIR SÉRGIO GISCH LAJEADO DO BUGRE 11 • SÉRGIO CHIUZA DE OLIVEIRA PPB/PTB • DIRCEU PERES DA SILVA LAVRAS DO SUL 11 • ÍTALO BAYARD L. TEIXEIRA PPB • PAULO ALCIDES VIDAL DE SOUZA LIBERATO SALZANO 11 • NADIR DE CARLI PPB • LEONIR CARDOZO LINDOLFO COLLOR 15 • ALCEU RICARDO HEINLE PPB/PMDB/PSDB • JOSÉ DARCI HABITZREUTER LINHA NOVA 15 • VILMAR BENDER PDT/PTB/PMDB/ • NICOLAU HAAS PSDB MAÇAMBARÁ 15 • ALBERI JOVINO FOLETTO PMDB • ADEMAR SCHRAMM MACHADINHO 12 • SILVINO LUIZ MENON PPB/PDT/PTB/PSDB • LUIZ REBESQUINI MAMPITUBA 14 • ÉLIO DE FARIAS MATOS PT/PTB • VALDIR J. DO NASCIMENTO MANOEL VIANA 11 • MIGUEL A. S. GARAIALDI PPB • IONE OLARTE CAMINHA MAQUINÉ 12 • ENEDIR JOSÉ RECH PDT/PMDB • DAVENIR BOPSIN MARATÁ 14 • PAULO ROBERTO ABRAHAM PTB • HILÁRIO ADÃO ESCHER MARAU 11 • ALCI LUIZ ROMANINI PPB • JOSÉ HENRIQUE BERGONSI MARCELINO RAMOS 15 • GLADEMIR C. CONCEIÇÃO PPB/PDT/PMDB • JORGE LUÍS RIEDE MARIANA PIMENTEL 15 • MIGUEL ÉRICO AMENGUAL PDT/PMDB/PL/PFL • IVONE DA SILVA NEVES MARIANO MORO 15 • ALTACIR BURIN PPB/PTB/PMDB • REONILDO LUÍS BATTISTI MARQUES DE SOUZA 11 • GELCY ELTON AREND PPB • RUBEN KREMER MATA 15 • RUY PRESTES GABRIEL PDT/PMDB/PSDB • MARIO MOURA DA SILVA MATO CASTELHANO 15 • DELMO ALVES XAVIER PMDB • ANTÔNIO RAUL GIRALDI MATO LEITÃO 12 • CARLOS ALBERTO BOHN PDT • DARIO JAEGER MAXIMILIANO 14 • ALVAIR CARLOS BARANCELLI PPB/PDT/PTB/PMDB DE ALMEIDA • HENRIQUE ÂNGELO MUTERLLE MINAS DO LEÃO 12 • IDELBERTO T. S. MACHADO PDT • ROSA MARIA OLIBONI LUIZ MIRAGUAÍ 15 • JOSÉ ALENCAR L. DOS SANTOS PDT/PTB/PMDB • ARNO GERHARD RADONS 174 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO MONTAURI 15 • ZENÉSIO TREVISAN PPB/PDT/PMDB • VANDERLEI GARBIN MONTE ALEGRE 12 • JOAQUIM BOEIRA DE VARGAS PPB/PDT DOS CAMPOS • RAFAEL ZAMBAN MONTE BELO DO SUL 15 • LEONIR OLÍMPIO RAZADOR PMDB • ADENIR JOSÉ DALLE MONTENEGRO 12 • MARIA MADALENA BUHLER PDT/PTB/PMDB/PFL/ • ROBERTO BRAATZ PSB MORMAÇO 12 • MOACIR ANTÔNIO CERINI PPB/PDT/PMDB • LUÍS CARLOS MACHADO MORRINHOS DO SUL 15 • PEDRO ANTÔNIO SELAU PT/PMDB • CARLOS RENATO CECHIN MORRO REDONDO 25 • RUI VALDIR OTTO BRIZOLARA PPB/PFL • VELOCINO LEAL MORRO REUTER 15 • WILSON F. REINHEIMER PMDB • RENATO KUNTZLER MOSTARDAS 12 • DOMINGOS A. T. S. TERRA PPB/PDT • VALMOR DE SOUZA MACHADO MUÇUM 11 • VILMAR ZÍLIO PPB/PDT/PMDB • VILSON ZÍLIO MUITOS CAPÕES 11 • JAMIR JOSÉ ZANOTTO PPB • MARIA H. D. G. BALDISSEROTTO MULITERNO 11 • JOÃO ANTÔNIO RUGINI PPB/PMDB • LUDIMAR JOSÉ SILVESTRE NÃO-ME-TOQUE 15 • HARRY ALBERTO ERPEN PMDB • PEDRO JOE SIMON NICOLAU VERGUEIRO 15 • DANILMAR DA COSTA PMDB • VALDIR NEUHAUS NONOAI 11 • JOSÉ LUIZ DE MOURA PPB/PTB • DELMIR ANTÔNIO BERTUOL NOVA ALVORADA 11 • EDILSON ANTÔNIO ROMANINI PPB/PMDB • EGIDIO ANTÔNIO BOMBONATO NOVA ARAÇÁ 15 • JAIME HENRY ZUCCHETTI PTB/PMDB • MOACIR EUGÊNIO MIOTTO NOVA BASSANO 15 • NELSO ANTÔNIO DALL AGNOL PTB/PMDB/PSDB • IVALDO DALLA COSTA NOVA BOA VISTA 14 • ELEANDRO ANTONIO DALCIN PDT/PT/PTB/PMDB • WLADEMIR PEDRO DALBOSCO NOVA BRÉSCIA 11 • GILDO GIONGO PPB/PTB/PFL • ANTÔNIO SIMONETTI NOVA CANDELÁRIA 11 • ORLANDO GERMANO KONZEN PPB/PDT/PT/PTB/ • CARLOS LUIZ ROHR PMDB NOVA ESPERANCA 11 • ELMO JOSÉ COGO PPB DO SUL • VOLMIR ANGONESE NOVA HARTZ 15 • EDSON UBIRATAN TRINDADE PPB/PMDB • FLÁVIO MACIEL DUARTE NOVA PÁDUA 11 • IVO JOÃO SONDA PPB • NESTOR PECATTI Revista do TRE/RS 175 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO NOVA PALMA 11 • ANTÔNIO CARLOS B. PIGATTO PPB • FLAVIO SUMERVAL BENETTI NOVA PETRÓPOLIS 15 • ROBERTO LUIZ KEHL PDT/PMDB • LARI ORGÉLIO NIENOW NOVA PRATA 11 • MARIO MINOZZO PPB/PTB/PMDB • ALCEU LEONARDO STELLA NOVA RAMADA 15 • HARDI MILTON EICKHOFF PPB/PDT/PMDB/ • LUIZ CARLOS LIBARDI DA SILVA PC DO B NOVA ROMA DO SUL 15 • VILSON ZANOTTO PPB/PMDB/PFL • JOSÉ AFONSO MARIN NOVA SANTA RITA 11 • FRANCISCO A. B. SEGER PPB/PMDB • ANTÔNIO JOÃO PERES VIANA NOVO BARREIRO 13 • JOÃO JOSÉ KLEIN PT • PEDRO ALBERI DE O. BRIZOLLA NOVO CABRAIS 15 • LOURENCO EDWINO SCHEFFEL PPB/PMDB • VALÉRIO ENZO LAWALL NOVO HAMBURGO 12 • JOSÉ AIRTON DOS SANTOS PPB/PDT • VICTOR NICOLAU KORBES NOVO MACHADO 13 • BEATRIZ CRISTINA BUSANELLO PDT/PT/PMDB • THEOMAR HIRSCH NOVO TIRADENTES 11 • PEDRO BATTISTI PPB • DÉCIO SILVESTRE OSÓRIO 15 • ALCEU MOREIRA DA SILVA PMDB/PFL • JOSÉ DEOCLECIO ROCHA PAIM FILHO 15 • SERGIO LUIZ ARSEGO PPB/PDT/PTB/PMDB • OLÍRIO DA SILVA PALMARES DO SUL 12 • LUCIANO SANTANNA BINS PDT/PMDB/PFL • JOÃO TADEU V. DA SILVA PALMEIRA 13 • ANTÔNIO MARANGON PT DAS MISSÕES • WALTER FUMAGALI SCARIOT PALMITINHO 15 • ANTÔNIO JOSÉ DE CEZARO PPB/PDT/PTB/PMDB • HERMES PEREIRA MELLO PANAMBI 11 • ORLANDO IDÍLIO SCHNEIDER PPB/PDT/PTB • BRUNO ARTUR FOCKINK PANTANO GRANDE 11 • LUIZINHO MIGUEL BALEN PPB/PDT/PTB • JOSÉ JOÃO E. SALGUEIRO PARAÍ 11 • OSCAR DALL AGNOL PPB • VALDIR MORAS PARAÍSO DO SUL 15 • ALDO ROHDE PDT/PMDB • ALFREDO LINK PARECI NOVO 12 • JORGE RENATO HOERLLE PDT • CLÁUDIO STREIT PAROBÉ 15 • IRTON BERTOLDO FELLER PMDB/PSDB • LINDEMAR VALDIR HARTZ PASSA SETE 14 • VANDERLEI BATISTA DA SILVA PTB • ELIAS NUNES DE MORAES PASSO DO SOBRADO 12 • JOÃO BENEDITO REGERT PDT • ELTO DETTENBORN 176 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO PASSO FUNDO 15 • JÚLIO CESAR C. TEIXEIRA PMDB/PSDB • MAURO FETT SPARTA DE SOUZA PAVERAMA 12 • NILO VIEIRA SARMENTO PDT/PMDB/PSDB • ZALMIRO DE ARAUJO RAMOS PEDRO OSÓRIO 12 • EDIDEM FUNARI DE LIMA PPB/PDT • GOMERCINDO CALDEIRA LUCAS PEJUÇARA 25 • PAULO CEZAR ZAMBRA PDT/PMDB/PFL • LEONIR PERLIN PELOTAS — 12 • JOSÉ ANSELMO RODRIGUES PDT/PC DO B 2º TURNO • OTELMO DEMARI ALVES PICADA CAFÉ 45 • LUIZ IRINEU SCHENKEL PDT/PSDB • MARINO JOSÉ WOLF PINHAL 11 • JOSÉ GALERA PPB/PMDB • NILSON BAGATINI PINHAL GRANDE 11 • LAURINDO GABRIEL HOPPE PPB/PDT • DEONER LUIZ BUSANELLO PINHEIRINHO DO VALE 15 • MIGUEL IVALDIR PEREIRA PPB/PMDB • LICEU HENRICH PINHEIRO MACHADO 45 • CARLOS ERNESTO BETIOLLO PDT/PMDB/PSDB • CARLOS EDUARDO I. GARCIA PIRAPÓ 15 • FLORIANO ANSCHAU PT/PMDB • JAURI MACIEL DE OLIVEIRA PIRATINI 15 • PAULO JESUS G. BORGES PMDB • MIRIAM FARIAS BORGES PLANALTO 11 • MOACIR ZILIO PPB/PDT/PTB/PMDB/ • JOE LUIZ BASSO PFL/PSDB POÇO DAS ANTAS 15 • GLICÉRIO IVO JUNGES PT/PMDB • ANTENOR JORGE BRUM PONTÃO 13 • NELSON JOSÉ GRASSELLI PT/PSB • JOSÉ ADAIR ALVES FORMIGHIERI PONTE PRETA 11 • NELSON ROSITO ARGENTA PPB/PDT • OLMIR DAL BIANCO PORTÃO 14 • CARLOS ROBERTO RUTHNER PTB • VICENTE ALOÍSIO DE PAULA PORTO ALEGRE 13 • RAUL JORGE ANGLADA PONT PT/PCB/PPS • JOSÉ ALBERTO REUS FORTUNATI PORTO LUCENA 15 • FRONTINO WAGNER PDT/PMDB • VILMAR HOPNER PORTO MAUÁ 15 • CARLOS CÉSAR DINON PMDB/PPB • LEOCIR WEISS PORTO VERA CRUZ 13 • DOALCIR ROQUE SEGAT PT/PTB • LUIZ CARLOS PACHLA PORTO XAVIER 11 • EDGAR STEINBRENNER PPB • VILMAR KAISER POUSO NOVO 14 • NELSO DALL AGNOL PTB/PMDB • ARMINDO PALUDO PRESIDENTE LUCENA 12 • ROQUE DANILO EXNER PDT/PSDB • CARLOS HENRIQUE SCHAEFFER Revista do TRE/RS 177 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO PROGRESSO 11 • ARI ANGELO BAGATINI PPB • RAUL ZANUS PROTÁSIO ALVES 11 • MAURO MIGNONI PPB • CAETANO FRACASSO PUTINGA 11 • JACOB B. CASAGRANDE PPB/PDT/PTB/PMDB/ • JANDIR PASSAIA PSDB QUARAÍ 14 • CARLOS SILVEIRA GADRET PDT/PTB/PSDB • RODRIGO DE OLIVEIRA VIEIRA QUEVEDOS 11 • ALDORI FLORES VIEIRA PPB • HÉLIO DUARTE MENEZES QUINZE DE NOVEMBRO 12 • ELEMAR SAND PPB/PDT • VALDEMAR DEUTSCH REDENTORA 12 • AMAURI LUIZ PISSININ PPB/PDT/PSDB • MOACIR BARZOTTO RELVADO 15 • JATIR JOSÉ RADAELLI PPB/PDT/PMDB • LUIZ EDEMAR LAUDE RESTINGA SECA 11 • GAUDÊNCIO DA COSTA PPB • JOSÉ LUIZ BORGES MOHR FILHO RIO DOS ÍNDIOS 11 • JORGE LUIZ ZANOVELLO PPB • RICARDO GARCIA CIVA RIO GRANDE 15 • WILSON MATTOS BRANCO PMDB/PL • DELAMAR CORREA MIRAPALHETA RIO PARDO 11 • BERTHOLDO A. PRITSCH PPB/PMDB • EDIVILSON MEURER BRUM RIOZINHO 15 • ARMINDO BARNART PMDB • AIRTON TREVIZANI DA ROSA ROCA SALES 14 • BAYARD OLLE F. SANTOS PPB/PDT/PTB • JUAREZ SCOTTA RODEIO BONITO 12 • NILTON LUIZ BELLENZIER PPB/PDT • SADY JOSÉ ACADROLI ROLANTE 15 • SERGIO GERALDO PRETTO PTB/PMDB • ALCEU TREVIZANI DA ROSA RONDA ALTA 15 • OSMAR LUIZ RAIMONDI PPB/PDT/PTB/PMDB • DERVILE LUIZ FACHINI RONDINHA 13 • ILDO DE ROCCO PT • LIVINO BOTTAN ROQUE GONZALES 15 • ANTÔNIO PEDRO S. SARTORI PMDB • LINO BERWALDT WOHLFAHRT ROSÁRIO DO SUL 12 • GLEI CABRERA MENEZES PDT/PT/PTB • NEY DA SILVA PADILHA SAGRADA FAMÍLIA 12 • JOSÉ ALDORI DE LIMA PDT • OSMAR FAE SALDANHA MARINHO 11 • JUAREZ JOSÉ FACHINELLO PPB • ARNO PAULO STREIT SALTO DO JACUÍ 15 • ACÉLIO TATSCH MURATT PMDB • ROSALVO MOACIR MARI SALVADOR 40 • ERNANI INACIO SPOHR PDT/PT/PTB/PSB DAS MISSÕES • EMIR MIGUEL KONZEN 178 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO SALVADOR DO SUL 15 • ROQUE JOSÉ REICHERT PMDB • PEDRO WALDEMAR STEIN SANANDUVA 15 • JOSÉ CARLOS LEITE PT/PTB/PMDB/PSB • CELSO PRANDO SANTA BÁRBARA 13 • JOSÉ INÁCIO FERREIRA PIRES PDT/PT/PMDB DO SUL • ANTÔNIO JUAREZ RIBAS SANTA CLARA DO SUL 11 • JOSÉ ANTÔNIO ADAMS PPB/PDT • AIRTON STOLL SANTA CRUZ DO SUL 14 • SÉRGIO IVAN MORAES PDT/PTB/PMDB/ • TERESINHA EDUARDES KLAFKE PSDB/PT DO B SANTA MARIA 14 • OSVALDO N. DA SILVA PTB/PL/PFL • MARINEU LUIZ ZIANI SANTA MARIA 12 • JUAREZ B. DE FREITAS PDT/PSDB DO HERVAL • HUGO SCHNEIDER SANTA ROSA 15 • JÚLIO OSÓRIO B. DE OLIVEIRA PMDB/PDT • ANTÔNIO AÍLTON T. DE PAULA SANTA TEREZA 15 • JOÃO CÉSAR C. PREZZI PDT/PMDB • LUIZ CARLOS RIBOLDI SANTA VITÓRIA 12 • ARTUR FERNANDO R. CORREA PDT/PSDB DO PALMAR • CYRO FIORI RIBEIRO SANTANA DA 15 • RUY ANTÔNIO DE FREITAS PMDB/PL BOA VISTA • GASPARINO S. TEIXEIRA SANTANA 70 • GLÊNIO PEREIRA LEMOS PPB/PT DO B DO LIVRAMENTO • GUILHERME BASSEDAS COSTA SANTIAGO 11 • ANTÔNIO CARLOS C. GOMES PPB • JOSÉ FRANCISCO GORSKI SANTO ÂNGELO 15 • JOSÉ LIMA GONCALVES PDT/PMDB/PC DO B • LOI ROQUE BIACCHI SANTO ANTÔNIO 11 • PAULO ROBERTO BIER PPB DA PATRULHA • ANTÔNIO CARLOS M. MONTEIRO SANTO ANTÔNIO 14 • JOSÉ ALBERI S. PEDROSO PDT/PTB/PMDB DAS MISSOES • JOSÉ JOAQUIM DA C. BARCELOS SANTO ANTÔNIO 15 • ELÓI ANTÔNIO PALMA PPB/PMDB DO PALMA • BENILDO ANTÔNIO GRANDO SANTO ANTÔNIO 11 • DÉCIO DARCI ALLEBRAND PPB/PTB/PMDB DO PLANALTO • LARRI AFONSO BANGEMANN SANTO AUGUSTO 15 • NALDO WIEGERT PPB/PMDB/PFL • PEDRO VALMOR MARODIN SANTO CRISTO 13 • RUBEN PAULO WIEST PDT/PT/PSB • ROMEU FROHLICH SANTO EXPEDITO 40 • ADECIR JOSÉ SLONGO PPB/PDT/PMDB/PFL/ DO SUL • SEVERINO PELISSER PSB SÃO BORJA 15 • PAULO BARON MAURER PDT/PMDB/PPS • LUIZA MARIA KRIEGER GATTIBONI SÃO DOMINGOS DO SUL 11 • LUIZ CERBARO PPB • ILDO JOSÉ BASSI SÃO FRANCISCO 15 • VASCO H. A. DE CARVALHO PDT/PTB/PMDB DE ASSIS • HUMBERTO ROSSO GINDRI Revista do TRE/RS 179 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO SÃO FRANCISCO 11 • JOSÉ SÉRGIO DE L. MAGGI PPB/PTB DE PAULA • ODILO ANDRADE VIEIRA SÃO GABRIEL 12 • ROSSANO DOTTO GONCALVES PPB/PDT/PTB/PSDB • CARLOS EURICO MESQUITA SÃO JERÔNIMO 12 • URBANO KNORST PDT/PT • PAULO AFONSO B. DE AZEVEDO SÃO JOÃO DA URTIGA 13 • GEREMIAS A. ZUANAZZI URIO PT/PMDB • NADIR LUIZ GUSSO SÃO JOÃO DO 15 • SIDNEI LUIZ ROSSO PMDB POLESINE • AíLTON BITENCOURT SÃO JORGE 15 • JORGE POSTAL PMDB • ISMAEL PALUDO SÃO JOSÉ 11 • CARLOS F. PICOLOTTO PPB/PMDB DAS MISSÕES • ALCEU VARGAS DE OLIVEIRA SÃO JOSÉ DO HERVAL 15 • JUAREZ ROGERI PDT/PMDB/PSDB • ALBERTO ZANOTELLI SÃO JOSÉ 25 • CLÓVIS LUIZ SCHAEFFER PPB/PFL/PSDB DO HORTÊNCIO • ADÉLIO ALBERTO MAURER SÃO JOSÉ 15 • JOSÉ MÁRIO MULLER PMDB DO INHACORÁ • ELISEU JOÃO SCHENKEL SÃO JOSÉ DO NORTE 15 • INÁCIO MARIANO TERRA PMDB • ADALBERTO SILVADO VIEIRA SÃO JOSÉ DO OURO 12 • GEVALDINO RIBEIRO PPB/PDT/PTB/PSDB • PEDRO LOTTICI NETO SÃO JOSÉ 15 • CARLOS ANTÔNIO BURIGO PDT/PMDB DOS AUSENTES • ERIVELTO SINVAL VELHO SÃO LEOPOLDO 15 • RONALDO FEIJO RIBAS PPB/PTB/PMDB • JOSÉ ANTÔNIO KANAN BUZ SÃO LOURENÇO 11 • DARI PAGEL PPB DO SUL • EMÍLIO AUGUSTO BECKER LESSA SÃO LUÍS GONZAGA 11 • ALSEU DA SILVA BRAGA PPB • GERMANO JUCHEN SÃO MARCOS 11 • ADAIR NAZARENO CASAROTTO PPB • DEMÉTRIO CARLOS LAZZARETTI SÃO MARTINHO 15 • ARACI ZÉLIA KOLLING IRBER PDT/PMDB • ELTON FRANCISCO R. DA SILVA SÃO MARTINHO 25 • MARIA SAVIAN SCREMIN PPB/PDT/PMDB/PL/ DA SERRA • VANDERLEI SCREMIN NEOCATTO PFL SÃO MIGUEL 11 • MARIO A. R. DO NASCIMENTO PPB/PMDB DAS MISSÕES • ILZA FARIAS DE FARIAS SÃO NICOLAU 15 • ANTÔNIO CEZAR B. PORTELA PDT/PMDB • LUIZ CLETO PONSI SANTIAGO SÃO PAULO 15 • JOÃO BALDUÍNO HOFF PDT/PMDB DAS MISSÕES • JOSÉ ANTÔNIO RUWER SÃO PEDRO DA SERRA 15 • ADELAR INÁCIO MALLMANN PMDB/PFL • CLÓVIS PAULO STEFFEN SÃO PEDRO DO BUTIÁ 12 • DARCÍSIO REISDORFER PDT/PT/PMDB • NORBERTO G. TEN KATHEN 180 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO SÃO PEDRO DO SUL 15 • WALMYR DRESSLER PMDB • EVERTON VANDERLEI F. VIEIRA SÃO SEBASTIAO DO CAÍ 15 • EGON SCHNECK PPB/PMDB • LÉO ALBERTO KLEIN SÃO SEPÉ 15 • LUIZ FERNANDO D. TONETTO PPB/PTB/PMDB/ • ERRIO CUSTÓDIO BRUM PIRES PSDB SÃO VALENTIM 15 • SÉRGIO BIGOLIN PPB/PDT/PTB/PMDB/ • CELSO TONATTO PSDB SÃO VALENTIM DO SUL 15 • JOVIL DORS PPB/PMDB • VANDARLIO PREDEBON SÃO VALÉRIO DO SUL 12 • ERALDO ILFONSO BENDER PDT • ROQUE ALOÍSIO REIDEL SÃO VENDELINO 15 • JOSÉ LEOMAR WILLRICH PMDB • JAIR FERNANDO BAUMGLATZ SÃO VICENTE DO SUL 15 • MARIA BEATRIZ CECCONI DEON PDT/PMDB • JOSÉ CARLOS R. FLORES SAPIRANGA 11 • RENATO DELMAR MOLLING PPB • JOAQUIM PORTAL DOS SANTOS SAPUCAIA DO SUL 12 • WALMIR DOS SANTOS MARTINS PPB/PDT/PL/PFL/ • ROBERTO FISCHER STROHER PT DO B SARANDI 11 • JOÃO CARLOS SCHEIBE PPB/PTB/PFL • ARI JOSÉ NEDEFF SEBERI 11 • ALCEO BONADIMAN PPB • ROBERTO JOSÉ SCHMIDT SEDE NOVA 11 • WALTER MARODIN LOPES PPB • MATIAS ELEMAR GREGORY SEGREDO 11 • CLÁUDIO ANTÔNIO TREVISAN PPB/PDT • JEREMIAS MIOTTO SELBACH 11 • ARSÉLIO ROQUE BACKES PPB/PDT • MARTA LÚCIA E. MALDANER SENADOR 11 • MENO ADOLFO SCHUUR PPB/PMDB SALGADO FILHO • ADEMAR MARTIN SENTINELA DO SUL 11 • OLAVO PEREIRA DE ALMEIDA PPB/PMDB • JOSÉ FLÁVIO R. TRESCASTRO SERAFINA CORREA 15 • JACIR ANTÔNIO SALVI PTB/PMDB • VALCIR SEGUNDO REGINATTO SÉRIO 12 • MOACYR EUGENIO RODRIGUES PDT • ERNANI BRANDT SERTÃO 15 • GILBERTO CAPOANI PDT/PTB/PMDB/PFL/ • JORGE A. F. HERRMANN PSB SERTÃO SANTANA 15 • SÉRGIO R. N. DECAVATA PDT/PMDB • EIGON RZYTKI SETE DE SETEMBRO 15 • VÁLTER NICOLETTI BARON PPB/PMDB • VALDIR LAZZAROTO SEVERIANO 15 • VALMOR LUIZ FERRARI PMDB DE ALMEIDA • LUIZ FRANCISCO FESTA SILVEIRA MARTINS 12 • JAIRO NICOLOSO PPB/PDT • ÉLIO FRANCISCO ECCEL Revista do TRE/RS 181 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO SINIMBU 11 • MÁRIO RABUSKE PPB/PSDB • LAURO JOCHIMS SOBRADINHO 11 • JURANDIR JOÃO SERENA PPB/PFL • JORGE LUIZ POHLMANN SOLEDADE 11 • HELIO ÂNGELO LODI PPB/PFL • IVO JOSÉ STEIN TABAÍ 11 • OSVALDO PEREIRA MACHADO PPB/PL/PFL • ARSÊNIO PEREIRA CARDOSO TAPEJARA 12 • GILMAR SOSSELLA PPB/PDT/PTB • ILDO ALDINO LAMB TAPERA 15 • LUIZ ANTÔNIO BRUNORI PDT/PT/PMDB • JORGE GREGÓRIO PAULUS TAPES 15 • JOSÉ WILSON DA SILVA PDT/PMDB • CLAONI BOEIRA GARCIA TAQUARA 15 • TITO LÍVIO JAEGER PPB/PMDB • CLÁUDIO HEINZ COMASSETTO TAQUARI 15 • NAMIR LUIZ JANTSCH PDT/PMDB/PFL • GENIS OMAR BECK MUXFELDT TAQUARUÇU DO SUL 15 • SADY ZANATTA PPB/PDT/PMDB • VIANEI ANTÔNIO PIAIA TAVARES 25 • ARI ALFREDO COSTA PPB/PTB/PFL • JOSÉ NUNES DA SILVA TENENTE PORTELA 15 • PEDRO ALÍBIO P. CARVALHO PDT/PMDB/PL/PSDB • NEIVALDO ANTONIOLLO TERRA DE AREIA 15 • GENERI MÁXIMO LIPERT PTB/PMDB • DEROCI OSÓRIO F. MARTINS TEUTÔNIA 15 • RICARDO JOSÉ BRONSTRUP PT/PTB/PMDB • ALCIDO LINDEMANN TIRADENTES DO SUL 11 • FLORENTINO SCHNEIDER PPB/PTB/PMDB • FRANCISCO DA COSTA TOROPI 15 • LAURO SCHERER PMDB • ADAIR BRAZ TORRES 15 • CESAR CAFRUNE PDT/PMDB/PFL • JOSÉ BATISTA DA SILVA MILANEZ TRAMANDAÍ 12 • OSMANI DA SILVA BARBOSA PDT/PTB/PL/PFL • MARIA TERESINHA L. SILVEIRA TRAVESSEIRO 11 • EGON ANDSCHAU PPB • SERGIO ODILO NIED TRÊS ARROIOS 13 • ARI JOSÉ PERTUZATTI PDT/PT • FERNANDO LUÍS ROTH TRÊS CACHOEIRAS 11 • ALBERI BENTO CARDOSO PPB • VALDIR RAUPP MACHADO TRÊS COROAS 15 • ALCINDO DE AZEVEDO PMDB • ROQUE PETRY TRÊS DE MAIO 11 • LUIZ JOSÉ LENA PPB/PMDB • VILARIM MELGAREJO DE ABREU TRÊS FORQUILHAS 15 • JOSÉ HOFFMANN PMDB/PFL • JOSÉ ANILTON RAUPP MESQUITA 182 Revista do TRE/RS MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO TRÊS PALMEIRAS 12 • NÉDIO ANTÔNIO VALDUGA PDT/PTB/PMDB • ARTÊMIO ARTUR BEUTLER TRÊS PASSOS 45 • ZILÁ MARIA BREITENBACH PPB/PMDB/PSDB • CARLOS ALBERTO A. CANOVA TRINDADE 12 • WILMAR GOBBI PDT/PT • VALDOMIRO JOSÉ BOSA TRIUNFO 11 • BENTO G. DOS SANTOS PPB • ORLANDO DE OLIVEIRA VARGAS TUCUNDUVA 11 • DANILO JOÃO ORDAKOWSKI PPB/PSDB • NERCI CÂMERA TUNAS 12 • GENÁRIO CEZAR DE OLIVEIRA PPB/PDT/PTB • JOÃO EDEMILSON SCHMNITT TUPANCI DO SUL 12 • ITALVINO ZANELLA PDT/PTB/PSDB • CELSO JOÃO PARPINELLI TUPANCIRETÃ 12 • IRACEMA DE FÁTIMA P.PIROTTI PDT/PTB/PMDB • AMÍLCAR HERNANDEZ FERREIRA TUPANDI 11 • HÉLIO INÁCIO MULLER PPB • PEDRO CANÍSIO STESSENS TUPARENDI 12 • CELSO KAMINSKI PDT/PT/PSDB • CARLOS PAULO B. FARIAS TURUÇU 25 • EDMAR SCHERDIEN PFL • PAULO RENATO BUSS UBIRETAMA 11 • LUIZ CARLOS KITZMANN PPB/PMDB • NILTON EMÍDIO BUDEL UNIAO DA SERRA 12 • JOÃO CARLOS GHELLER PPB/PDT/PMDB/ • AMARILDO LUIZ SABADINI PSDB UNISTALDA 15 • PAULO ROBERTO QUADROS PDT/PMDB • ZEFERINO A. F. PAVANELLO URUGUAIANA 11 • NEITO JOÃO A. BONOTTO PPB • HILDEBRANDO M. ACUNHA VACARIA 12 • ENORE ÂNGELO L. MEZARI PPB/PDT/PTB/PL/ • JOSÉ ANTÔNIO CASANOVA PSDB VALE DO SOL 11 • BEATRIZ KRAINOVIC PPB/PTB • BENNO KIST VALE REAL 15 • SÉRGIO LUIZ BARTH PTB/PMDB/PSDB • PEDRO KASPARY VALE VERDE 11 • HUGO FROEMMING PPB/PTB • JUARES CASTAGNINO DORA VANINI 22 • HÉLIO JOSÉ ORO PTB/PL • NILSE ANA BETINELI LUSA VENÂNCIO AIRES 15 • CELSO ARTUS PMDB • JOÃO JORGE HINTERHOLZ VERA CRUZ 11 • HEITOR ALVARO PETRY PPB/PTB/PFL/PSDB • HAROLDO GENEHR VERANÓPOLIS 11 • ÉLCIO SIVIERO PPB/PDT • CARLOS ALBERTO SPAGNOL VESPASIANO CORREA 15 • SÉRGIO BENINHO GHENO PMDB • CELSO ROQUE BALDO Revista do TRE/RS 183 MUNICÍPIO Nº PREFEITO/VICE-PREFEITO PARTIDO/ COLIGAÇÃO VIADUTOS 25 • ANTÔNIO DOLINSKI PPB/PDT/PTB/PFL • OSMAR JOSÉ ALBERTI VIAMÃO 13 • ELISEU FAGUNDES CHAVES PT • MARIA ESTER A. S. HESSELING VICENTE DUTRA 15 • TOMAZ DE AQUINO ROSSATO PDT/PMDB • GUILHERME STRAESSER VICTOR GRAEFF 11 • IVAR JOSÉ ROESSLER PPB • CASEMIRO SEELIG VILA FLORES 25 • VILMOR CARBONERA PPB/PDT/PFL • LUIZ PESSUTTO VILA LÂNGARO 13 • MIGUEL ALÉCIO ROVANI PDT/PT/PSB • WILSON ARCARI VILA MARIA 13 • CLECI ANGELO ENDRIGO PT/PSB • ADROALDO TOMASI VILA NOVA DO SUL 12 • GUIDO RICARDO R. CORADINI PDT • ORANCÍBIO FREITAS SANCHES VISTA ALEGRE 11 • MOACIR ZANATTA PPB/PDT • JAIRTO BASSO VISTA ALEGRE 25 • ELTON BIDESE PFL DO PRATA • VILMAR CENCI VISTA GAÚCHA 15 • CLAUDEMIR JOSÉ LOCATELLI PMDB • MOACIR CASALI VITÓRIA DAS MISSÕES 12 • EVIO BUENEVIDES MACIEL PDT/PMDB • JOSÉ GLIMAR FLORES XANGRI-LÁ 14 • RENATO SELHANE DE SOUZA PTB • ERICO DE SOUZA JARDIM Índice

Índice Propaganda eleitoral - EMENTÁ- —A— RIO Demais classes 100 ...... 143 Publicação em jornal - EMENTÁ- ABUSO DE PODER RIO Demais classes 83, 86 ....141 Impugnação de mandato - EMEN- CÂMARA DE VEREADORES TÁRIO Demais classes 12, 13, Competência para delimitação do 14...... 128 número de vagas - ACÓRDÃOS AÇÃO CAUTELAR Proc. Cl. I, nº 14/96. Rel. Dr. Registro de candidato - EMENTÁ- Gilson Langaro Dipp ...... 66 RIO Mandado de segurança EMENTÁRIO Mandado de se- 29...... 97 gurança 72, 73, 74 ...... 103 AÇÃO PENAL ELEITORAL Transmissão de programa - Habeas corpus - EMENTÁRIO EMENTÁRIO Mandado de se- Mandado de segurança gurança 12 ...... 95 10...... 94 Transmissão de sessões - EMEN- ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL TÁRIO Demais classes 70 .... 139 Publicidade em TV - EMENTÁRIO Mandado de segurança 08, Mandado de segurança 11 ...... 94 15, 16 ...... 94 AGRAVO DE INSTRUMENTO CAMPANHA ELEITORAL Seguimento - EMENTÁRIO Man- Comício de encerramento - EMEN- dado de segurança 02 TÁRIO Demais classes 16 .... 130 ...... 93 CANCELAMENTO ELEITORAL ALISTAMENTO PROVIMENTO 04/96 - CRE/RS .... 38 PROVIMENTO 04/96 - CRE/RS .... 38 CANDIDATOS ATO JUDICIAL Cegos - PARECER Dra. Vera Mi- Abusividade ou ilegalidade - chels...... 47 EMENTÁRIO Mandado de se- Declaração de bens - EMENTÁRIO gurança 59...... 101 Mandado de segurança 39, EMENTÁRIO Mandado de segu- 40...... 98 rança 76...... 103 Debates - EMENTÁRIO Mandado de segurança 27...... 97 —B— Em outro município. Propaganda eleitoral - EMENTÁRIO Manda- BALANCETE DE PARTIDOS do de segurança 26...... 96 EMENTÁRIO Mandado de segu- Entrevista fora do horário gratuito - rança 48...... 100 EMENTÁRIO Mandado de se- BOLETIM DE URNA gurança 23 ...... 96 Distribuição individualizada - Mulheres - 20% das vagas - PA- EMENTÁRIO Demais classes RECER Dra. Vera Michels ...... 47 ...... 131 20 Registro ver REGISTRO DE CAN- DIDATOS —C— Substituição - DOUTRINA Joel J. CALÚNIA E DIFAMAÇÃO Cândido...... 13 Vereadores. Rejeição da lista de candidatos - ACÓRDÃOS Proc. Revista do TRE/RS 187 Cl. I, nº 14/96. Rel. Dr. Gilson Art. 346 - EMENTÁRIO Demais Langaro Dipp...... 66 classes 89 ...... 141 CANDIDATURA DE MULHERES E Art. 347. Habeas corpus - EMEN- DE CEGOS ÀS ELEIÇÕES 1996 TÁRIO Mandado de segurança PARECER Dra. Vera Michels ...... 47 10...... 94 CÂNDIDO, JOEL J. Art. 350 c/c Art. 351. Falsidade ide- Substituição de candidato - DOU- ológica - EMENTÁRIO Demais TRINA ...... 13 classes 81 ...... 140 CARTÓRIOS ELEITORAIS Art. 350. Falsidade ideológica - Atribuições de servidores - PRO- EMENTÁRIO Demais classes VIMENTO 04/96 - CRE/RS ...... 38 99, 101, 102 ...... 143 Expediente - PROVIMENTO 04/96 - COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA CRE/RS...... 38 Anulação - EMENTÁRIO Demais CÉDULA ELEITORAL classes 73 ...... 139 Exclusão de nome de candidato - Cancelamento de registro - EMEN- EMENTÁRIO Demais classes TÁRIO Diveros 74 ...... 139 18 ...... 130 Exclusão de partido - EMENTÁRIO CEGOS ver DEFICIENTE VISUAL Demais classes 67, 77 ...... 138 COAÇÃO ELEITORAL COMÍCIO EMENTÁRIO Demais classes 85, Encerramento de campanha - 95, 107 ...... 141 EMENTÁRIO Demais classes CÓDIGO ELEITORAL 16...... 130 Art. 109 e 111. Quociente eleitoral - COMISSÃO PROVISÓRIA DOUTRINA Ricardo L. da Costa Dissolução - EMENTÁRIO Demais Tjäder...... 22 classes 05 ...... 128 Art. 197 - EMENTÁRIO Demais Nulidade de atos - EMENTÁRIO classes 97 ...... 143 Demais classes 03 ...... 128 Art. 289 e 290. Inscrição eleitoral COMUNICADOR fraudulenta - EMENTÁRIO De- Desincompatibilização - EMENTÁ- mais classes 92 ...... 142 RIO Demais classes 06 ...... 129 Art. 290. Coação - EMENTÁRIO Radialista. Desincompatibilização - Demais classes 95...... 143 EMENTÁRIO Mandado de se- Art. 299. Coação - EMENTÁRIO gurança 05 ...... 93 Demais classes 107...... 144 CONCURSO PÚBLICO Art. 299. Corrupção - EMENTÁRIO Prova de deficiente visual - EMEN- Demais classes 82, 84, 88..... 140 TÁRIO Mandado de seguran- Art. 301. Coação - EMENTÁRIO ça 01 ...... 93 Demais classes 85...... 141 CONSELHEIRO TUTELAR Art. 324 e 325. Calúnia e difama- Desincompatibilização - EMENTÁ- ção. Publicação em jornal - RIO Demais classes 06 ...... 129 EMENTÁRIO Demais classes CONVENÇÃO MUNICIPAL 83, 86 ...... 141 Cancelamento de decisão - EMEN- Art. 324. Calúnia na propaganda TÁRIO Demais classes 04 .... 128 eleitoral - EMENTÁRIO Demais CORRUPÇÃO ELEITORAL classes 100 ...... 143 EMENTÁRIO Demais classes 82, Art. 326 e 327. Injúria na propagan- 84, 88 ...... 140 da eleitoral - EMENTÁRIO De- CRIME ELEITORAL mais classes 90 ...... 142 188 Revista do TRE/RS Trancamento de processo - EMEN- EMENTÁRIO Mandado de segu- TÁRIO Mandado de segurança rança 80 ...... 104 07 ...... 94 DIREITO DE RESPOSTA EMENTÁRIO Mandado de segu- rança 50, 51, 55, 58, 59, 61.... 100 —D— DIREITOS POLÍTICOS Cassação - EMENTÁRIO Mandado DA NÃO RECEPÇÃO DO ART. 109, de segurança 03...... 93 §2º, E DO ART. 111 DO CÓDIGO Cassação de vereador e afasta- ELEITORAL PELA ATUAL mento do cargo. Incompetência CONSTITUIÇÃO FEDERAL da Justiça Eleitoral - ACÓR- DOUTRINA Dr. Ricardo L. da Costa DÃOS Cl. XI, nº 77/96. Rel. Dr. Tjäder...... 22 Norberto da Costa C. MacDo- DEBATE POLÍTICO nald ...... 53 EMENTÁRIO Mandado de segu- EMENTÁRIO Demais classes rança 27...... 97 80...... 140 DECLARAÇÃO DE BENS Suspensão - EMENTÁRIO Demais Candidatos - EMENTÁRIO Manda- classes 72 ...... 139 do de segurança 39, 40...... 98 RESOLUÇÃO Nº 97/96 ...... 37 DEFICIENTE VISUAL Suspensão. Ex-prefeito com contas Prova em concurso público - rejeitadas - ACÓRDÃOS Proc. EMENTÁRIO Mandado de se- Cl. VII, nº 21/96. Rel. Dr. Rolf gurança 01 ...... 93 Hanssen Madaleno ...... 85 Registro de candidatos - PARECER DIRETÓRIO MUNICIPAL Dra. Vera Michels...... 47 Dissolução - EMENTÁRIO Demais DELEGADO DE POLÍCIA classes 03, 05 ...... 128 Desincompatibilização. Exercendo Impugnação de chapa - EMENTÁ- a função em município vizinho - RIO Demais classes 01 ...... 128 ACÓRDÃOS Proc. Cl. I, nº Impugnação de registro - EMEN- 121/96. Rel. Dr. Carlos R. dos TÁRIO Demais classes 02 .... 128 Santos Júnior ...... 87 DISCURSO PROFERIDO POR OCA- DESINCOMPATIBILIZAÇÃO SIÃO DA ENTREGA DA MEDA- Comunicador - EMENTÁRIO De- LHA MOYSÉS VIANNA mais classes 06 ...... 129 Des. Celeste Vicente Rovani - DI- Conselheiro tutelar - EMENTÁRIO VERSOS ...... 149 Demais classes 06...... 129 DISTRIBUIÇÃO DE FEITOS Delegado de polícia em município Zonas eleitorais - PROVIMENTO vizinho - ACÓRDÃOS Proc. Cl. 04/96 - CRE/RS ...... 38 I, nº 121/96. Rel. Dr. Carlos R. dos Santos Júnior ...... 87 —E— Radialista - EMENTÁRIO Mandado de segurança 05 ...... 93 ELEIÇÕES Servidor público celetista - EMEN- Anulação - EMENTÁRIO Demais TÁRIO Demais classes 06..... 129 classes 33, 36, 44 ...... 133 DIPLOMAÇÃO DE CANDIDATO Impugnação e anulação - EMEN- Suspensão - ACÓRDÃOS Proc. Cl. TÁRIO Demais classes 79 .... 140 Municípios novos - EMENTÁRIO I, nº 121/96. Rel. Dr. Carlos R. dos Santos Júnior ...... 87 Demais classes 55, 56, 57..... 136 Revista do TRE/RS 189 ELEIÇÕES PROPORCIONAIS ESCRUTÍNIO Acesso aos dados - EMENTÁRIO Fiscalização - EMENTÁRIO Man- Mandado de segurança 70 ... 102 dado de segurança 67 ...... 102 ELEITORES EX-PREFEITO Cancelamento - PROVIMENTO Contas rejeitadas. Inelegibilidade - 04/96 - CRE/RS ...... 38 ACÓRDÃOS Proc. Cl. VII, nº Nome não constante na lista de 21/96. Rel. Dr. Rolf Hanssen votação - EMENTÁRIO Demais Madaleno ...... 85 classes 19 ...... 131 Mandado de segurança 62, —F— 63, 66 ...... 101 Propaganda eleitoral. Uso de ban- FALSIDADE IDEOLÓGICA deiras - EMENTÁRIO Mandado EMENTÁRIO Demais classes 81, de segurança 65 ...... 102 99, 101, 102 ...... 140 Suspensão dos direitos políticos - FILIAÇÃO PARTIDÁRIA EMENTÁRIO Demais classes Dupla filiação - EMENTÁRIO Man- 72 ...... 139 dado de segurança 19 ...... 96 RESOLUÇÃO Nº 97/96...... 37 EMENTÁRIO Filiação partidá- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ria...... 104 Inexistência de omissão - EMEN- EMENTÁRIO Mandado de segu- TÁRIO Mandado de segurança rança 06, 36...... 93 33 ...... 97 Nas zonas eleitorais - PROVIMEN- Ilegitimidade do recorrente - TO 04/96 - CRE/RS ...... 38 EMENTÁRIO Mandado de se- Registro de candidato. Ação cau- gurança 44 ...... 99 telar - EMENTÁRIO Mandado EMISSORA DE RÁDIO de segurança 29...... 97 Multa e suspensão de programação FISCAIS - EMENTÁRIO Mandado de Escrutínio - EMENTÁRIO Mandado segurança 56, 57 ...... 101 de segurança 67...... 102 Propaganda eleitoral - EMENTÁ- Propaganda eleitoral. Uso de cami- RIO Demais classes 69 ...... 138 setas e bonés - EMENTÁRIO Sanções - EMENTÁRIO Demais Demais classes 50 ...... 136 classes 17 ...... 130 EMENTÁRIO Mandado de se- Suspensão de transmissões - gurança 65, 77 ...... 102 EMENTÁRIO Mandado de se- FUNCIONÁRIO PÚBLICO gurança 46 ...... 99 Requisição para serviço eleitoral - ENTREVISTA DE CANDIDATO EMENTÁRIO Mandado de se- Fora do horário gratuito - EMEN- gurança 75 ...... 103 TÁRIO Mandado de segurança 23 ...... 96 —H— ENTREVISTA DE VEREADOR HABEAS CORPUS Multa e suspensão de programação Ação penal eleitoral - EMENTÁRIO da emissora - EMENTÁRIO Mandado de segurança 10 ..... 94 Mandado de segurança 56, Cassação dos direitos políticos - 57...... 101 EMENTÁRIO Mandado de se- ESCRIVÃO ELEITORAL gurança 03 ...... 93 Nomeação - EMENTÁRIO Manda- do de segurança 76...... 103 190 Revista do TRE/RS Requisição de funcionário público Recontagem - ACÓRDÃOS Proc. para serviço eleitoral - EMEN- Cl. IX, nº 165/96. Rel. Dr. Nel- TÁRIO Mandado de segurança son A. Monteiro Pacheco ...... 69 75 ...... 103 INELEGIBILIDADE Trancamento de inquérito policial - Ex-prefeito com contas rejeitadas - EMENTÁRIO Mandado de se- ACÓRDÃOS Proc. Cl. VII, nº gurança 28, 52 ...... 97 21/96. Rel. Dr. Rolf Hanssen Trancamento de processo-crime Madaleno ...... 85 eleitoral - EMENTÁRIO Manda- LC nº 64/90, art. 22, inciso XIV - do de segurança 07...... 94 EMENTÁRIO Demais classes 58...... 137 INJÚRIA —I— Propaganda eleitoral - EMENTÁ- RIO Demais classes 90 ...... 142 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA INQUÉRITO POLICIAL Inelegibilidade. Ex-prefeito com Trancamento - EMENTÁRIO Man- contas rejeitadas - ACÓRDÃOS dado de segurança 28, 52 ...... 97 Proc. Cl. VII, nº 21/96. Rel. Dr. INSCRIÇÃO ELEITORAL Rolf Hanssen Madaleno ...... 85 Fraudes - EMENTÁRIO Demais IMPUGNAÇÃO DE CHAPA classes 92 ...... 142 Diretório municipal - EMENTÁRIO INSERÇÕES Demais classes 01...... 128 Propaganda eleitoral gratuita - IMPUGNAÇÃO DE ELEIÇÃO EMENTÁRIO Demais classes EMENTÁRIO Demais classes 64...... 137 79...... 140 IMPUGNAÇÃO DE MANDATO Abuso de poder - EMENTÁRIO —J— Demais classes 12, 13, 14..... 129 JORNAL EMENTÁRIO Demais classes Publicação prévia de resultado de 15...... 130 eleições. Apreensão de edição - IMPUGNAÇÃO DE PESQUISA EMENTÁRIO Mandado de se- Pesquisa eleitoral - EMENTÁRIO gurança 53, 54 ...... 100 Demais classes 78...... 140 JUIZ ELEITORAL IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO Ato judicial - EMENTÁRIO Manda- Diretório municipal - EMENTÁRIO do de segurança 59, 76...... 101 Demais classes 02, 61...... 128 JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E Registro de candidato - EMENTÁ- CRIMINAIS RIO Demais classes 65 ...... 138 Aplicação da Lei nº 9099/95 aos crimes eleitorais - EMENTÁRIO Demais classes 88, 89, 98, 102, 109 ...... 141 IMPUGNAÇÃO DE URNA Aplicação da Lei nº 9099/95, arts. Validade de voto - EMENTÁRIO 89 e 90, aos crimes eleitorais - Demais classes 30...... 133 ACÓRDÃOS Violação de lacre - EMENTÁRIO Proc. Cl. XIII, nº 11/95. Rel. Dr. Manoel Volkmer Demais classes 39...... 134 de Castilho ...... 81 IMPUGNAÇÃO DE VOTOS Revista do TRE/RS 191 —L— Registro de candidatos - reserva de 20% das vagas - PARECER LEI Nº 9099/95 Dra. Vera Michels47 Aplicação aos crimes eleitorais - MULTAS ELEITORAIS EMENTÁRIO Demais classes PROVIMENTO 04/96 - CRE/RS .... 38 88, 89, 98, 102, 109 ...... 141 MUNICÍPIOS DO RS: ELEITORADO LEI Nº 9099/95, ARTS. 89 e 90 E POPULAÇÃO - DIVERSOS..... 154 Aplicação aos crimes eleitorais - MUNICÍPIOS NOVOS ACÓRDÃOS Proc. Cl. XIII, nº Eleições - EMENTÁRIO Demais . Rel. Dr. Manoel Volkmer 11/95 classes 55, 56, 57 ...... 136 de Castilho ...... 81 LIVROS DAS ZONAS ELEITORAIS PROVIMENTO 04/96 - CRE/RS .... 38 —N— —M— NÚMERO DE CANDIDATOS Vereadores - EMENTÁRIO Man- MANDADO DE SEGURANÇA dado de segurança 13 ...... 95 Ação inadequada - EMENTÁRIO NÚMERO DE VEREADORES Mandado de segurança 25 ..... 96 Competência para delimitação do Decisão judicial transitada em jul- número de vagas - ACÓRDÃOS gado - EMENTÁRIO Mandado Proc. Cl. I, nº 14/96. Rel. Dr. de segurança 36 ...... 98 Gilson Langaro Dipp ...... 66 Efeito suspensivo. Ausência de re- EMENTÁRIO Mandado de se- curso cabível - EMENTÁRIO gurança 72, 73, 74 ...... 103 Mandado de segurança 14 ..... 95 EMENTÁRIO Mandado de segu- rança ...... 93 —P— Falta de instrumento procuratório - EMENTÁRIO Mandado de se- PACHECO, NELSON A. MONTEIRO gurança 34 ...... 98 O sistema proporcional e sua inser- Perda de objeto - EMENTÁRIO ção na CF 88 - DOUTRINA ... .. 28 Mandado de segurança 47 ..... 99 PENA Suspensão de liminar obtida dire- Prescrição - EMENTÁRIO Demais tamente junto ao TSE - EMEN- classes 94 ...... 142 TÁRIO Mandado de segurança PESQUISA ELEITORAL 09 ...... 94 Aplicação de sansões - EMENTÁ- MESÁRIO ELEITORAL RIO Mandado de segurança 3397 Ausência - EMENTÁRIO Demais EMENTÁRIO Mandado de segu- classes 104 ...... 144 rança 60 ...... 101 Nomeação - EMENTÁRIO Demais Impugnação - EMENTÁRIO De- classes 66 ...... 138 mais classes 78 ...... 140 MICHELS, VERA Inquérito sobre interferência de Candidaturas de mulheres e de ce- candidato - EMENTÁRIO Man- gos às eleições 1996 - PARE- dado de segurança 28 ...... 97 CER ...... 47 Registro - EMENTÁRIO Mandado MULHERES de segurança 42, 43, 44 ...... 99 Suspensão - EMENTÁRIO Demais classes 71, 75, 76 ...... 139 192 Revista do TRE/RS EMENTÁRIO Mandado de se- Distribuição em dia de eleição - gurança 30, 31, 32, 34, 45 ...... 97 EMENTÁRIO Demais classes PREFEITOS E VICES ELEITOS EM 105, 106 ...... 144 03/10 E 15/11/1996 - DIVER- EMENTÁRIO Propaganda eleito- SOS...... 170 ral...... 119 PRESTAÇÃO DE CONTAS EMENTÁRIO Demais classes 93, Eleições 1996 - EMENTÁRIO De- 103, 110, 111 ...... 142 mais classes 07, 08, 09,10, EMENTÁRIO Mandado de segu- 11...... 129 rança 25, 41...... 96 EMENTÁRIO Mandado de segu- Injúria - EMENTÁRIO Demais rança 48...... 100 classes 90 ...... 142 PROCESSO ELEITORAL Inserções diárias - EMENTÁRIO Trancamento - EMENTÁRIO Man- Demais classes 64 ...... 137 dado de segurança 07 ...... 94 Matéria publicada em revista - Vencidas as etapas. Perda de ob- EMENTÁRIO Demais classes jeto - EMENTÁRIO Mandado de 59...... 137 segurança 23, 37 ...... 96 Programa partidário gratuito - PROGRAMA RADIOFÔNICO EMENTÁRIO Demais classes Câmara de vereadores - EMENTÁ- 54...... 136 RIO Mandado de segurança 1295 Sansão - EMENTÁRIO Mandado Suspensão - EMENTÁRIO Manda- de segurança 35...... 98 do de segurança 21, 24...... 96 Suspensão - EMENTÁRIO Manda- Calúnia - EMENTÁRIO Demais do de segurança 38, 49...... 98 classes 100 ...... 143 Suspensão. Rejeição da lista de PROPAGANDA ELEITORAL candidados - ACÓRDÃOS Proc. Abertura da sede do partido - Cl. I, nº 14/96. Rel. Dr. Gilson EMENTÁRIO Mandado de se- Langaro Dipp...... 66 gurança 64 ...... 102 Suspensão de programa radiofôni- ACÓRDÃOS Proc. Cl. XVII, nº co - EMENTÁRIO Mandado de 33/96. Rel. Dr. Nelson A. Montei- segurança 21, 24 ...... 96 ro Pacheco...... 78 Transmissão de sessões da câma- Administração municipal. Publicida- ra de vereadores - EMENTÁRIO de em TV - EMENTÁRIO Man- Demais classes 70 ...... 139 dado de segurança 11 ...... 94 EMENTÁRIO Mandado de se- Apreensão - EMENTÁRIO Demais gurança 08 ...... 94 classes 68 ...... 138 Transmissão em rádio e tv - Calúnica e difamação - EMENTÁ- EMENTÁRIO Demais classes RIO Demais classes 83, 86, 62, 63 ...... 101 100 ...... 141 Uso de camisetas e bonés por fis- Candidado em outro município - cais - EMENTÁRIO Demais EMENTÁRIO Mandado de se- classes 50 ...... 136 gurança 26 ...... 96 EMENTÁRIO Mandado de se- Colocação de cartazes - EMENTÁ- gurança 65, 77 ...... 102 RIO Demais classes 91 ...... 142 Uso de bandeiras por eleitores - Direito de resposta - EMENTÁRIO EMENTÁRIO Mandado de se- Mandado de segurança 50, 51, gurança 65 ...... 102 55, 61, 58, 59 ...... 100 Revista do TRE/RS 193 Uso de espaço em rádio - EMEN- EMENTÁRIO Mandado de segu- TÁRIO Demais classes 69..... 138 rança 68, 69, 71, 78, 79...... 102 Uso de slogan - EMENTÁRIO Falta de legitimidade do recorrente Mandado de segurança 17, - EMENTÁRIO Demais classes 18...... 95 23...... 131 PROPAGANDA POLÍTICA Preclusão - EMENTÁRIO Demais Transmissão gratuita de programa classes 22 ...... 131 partidário - EMENTÁRIO De- Recontagem geral. Eleições pro- mais classes 60 ...... 137 porcionais - EMENTÁRIO De- PROVIMENTO 04/96 - CRE/RS...... 38 mais classes 32 ...... 133 RECURSO CONTRA DECISÃO —Q— CONDENATÓRIA Efeito suspensivo - EMENTÁRIO QUOCIENTE ELEITORAL Mandado de segurança 46 ..... 99 Da não-recepção do art. 109, §2º, e RECURSO ELEITORAL do art. 111 do Código Eleitoral Tempestividade - EMENTÁRIO pela atual Constituição Federal - Mandado de segurança 04 ..... 93 DOUTRINA Dr. Ricardo L. da RECURSO REGIMENTAL Costa Tjäder...... 22 Não concessão de liminar em man- O sistema proporcional e sua inser- dado de segurança - EMENTÁ- ção na CF 88 - DOUTRINA Dr. RIO Mandado de segurança 0894 Nelson A. Monteiro Pacheco..... 28 REGISTRO DE CANDIDATOS Ação cautelar - EMENTÁRIO Man- —R— dado de segurança 29 ...... 97 RADIALISTA Caráter público do processo - Desincompatibilização - EMENTÁ- EMENTÁRIO Mandado de se- RIO Mandado de segurança 0593 gurança 39, 40 ...... 98 RÁDIO ver EMISSORA DE RÁDIO Cegos - PARECER Dra. Vera Mi- RECONTAGEM AUTOMÁTICA DE chels...... 47 VOTOS Diretório municipal. Impugnação - ACÓRDÃOS Proc. Cl. IX, nº EMENTÁRIO Demais classes 165/96. Rel. Dr. Nelson A. Mon- 02, 61 ...... 128 teiro Pacheco ...... 69 Dupla filiação - EMENTÁRIO Man- RECONTAGEM DE VOTOS dado de segurança 19 ...... 96 ACÓRDÃOS Proc. Cl. IX, nº EMENTÁRIO mandado de segu- 165/96. Rel. Dr. Nelson A. Mon- rança 20, 36...... 96 teiro Pacheco ...... 69 EMENTÁRIO Registro de candi- ACÓRDÃOS Proc. Cl. IX, nº daturas ...... 105 185/96. Rel. Dr. Leonel Tozzi.... 58 Impugnação de candidatura - Anulação das eleições - EMENTÁ- EMENTÁRIO Demais classes RIO Demais classes 33 ...... 133 65...... 138 Eleição majoritária - EMENTÁRIO Manutenção de nome na lista - Demais classes 24...... 131 EMENTÁRIO Mandado de se- EMENTÁRIO Demais classes 25 a gurança 22 ...... 96 27, 31, 34, 35, 37, 38, 40 a 49, Mulheres. 20% de vagas - PARE- 51, 52 ...... 132 CER Dra. Vera Michels ...... 47 194 Revista do TRE/RS Número de vereadores - ACÓR- Da não-aceitação do art. 109, §2º, DÃOS Proc. Cl. I, nº 14/96. Rel. e do art. 111 do Código Eleitoral Dr. Gilson Langaro Dipp...... 66 pela atual Constituição Federal - EMENTÁRIO Mandado de segu- DOUTRINA Dr. Ricardo L. da rança 13, 72, 73, 74...... Costa Tjäder ...... 22 Substituição de candidato - DOU- O sistema proporcional e sua inser- TRINA Dr. Joel J. Cândido...... 13 ção na CF 89 - DOUTRINA Dr. REGISTRO DE CHAPA Nelson A. Monteiro Pacheco..... 28 Cancelamento - EMENTÁRIO De- SLOGAN mais classes 04 ...... 128 Uso para propaganda eleitoral - REGISTRO DE COLIGAÇÃO EMENTÁRIO Mandado de se- Cancelamento - EMENTÁRIO De- gurança 17, 18 ...... 95 mais classes 74 ...... 139 SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS RESOLUÇÃO Nº 97/96 DOUTRINA Joel J. Cândido ...... 13 Procedimentos relativos à suspen- são dos direitos políticos...... 37 RESULTADO DE ELEIÇÕES —T— Acesso aos dados - EMENTÁRIO Mandado de segurança 70 ... 102 TÍTULO ELEITORAL Publicação prévia em jornal. Apre- Cancelamento. Eleitor não cons- ensão de edição - EMENTÁRIO tante na lista de votantes - Mandado de segurança 53, EMENTÁRIO Mandado de se- 54...... 100 gurança 66 ...... 102 ROVANI, CELESTE VICENTE TJÄDER, RICARDO L. DA COSTA Discurso de entrega da Medalha Da não-recepção do art. 109, §2º, e Moysés Vianna - DIVERSOS .. 149 art. 111 do Código Eleitoral pela atual Constituição Federal - —S— DOUTRINA ...... 22 TRANSMISSÃO DE PROGRAMA SERVIÇO ELEITORAL Suspensão - EMENTÁRIO Manda- Nomeação de mesário. Recusa - do de segurança 21, 24...... 96 EMENTÁRIO Demais classes 66 ...... 138 TRANSMISSÃO RADIOFÔNICA Recusa ou abandono - EMENTÁ- Sessões da câmara de veradores - RIO Demais classes 53, 87, 96, EMENTÁRIO Mandado de se- 108 ...... 136 gurança 08, 15, 16 ...... 94 Requisição de funcionário público - TRANSPORTE DE ELEITORES EMENTÁRIO Mandado de se- EMENTÁRIO Demais classes gurança 75 ...... 103 93...... 142 SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA Desincompatibilização - EMENTÁ- —U— RIO Demais classes 06 ...... 129 SERVIDORES DE CARTÓRIOS URNA ELEITORAIS Boletim. Distribuição individualizada Atribuições - PROVIMENTO 04/96 - - EMENTÁRIO Demais classes CRE/RS...... 38 20...... 131 SISTEMA PROPORCIONAL Impugnação - EMENTÁRIO De- mais classes 30 ...... 133 Revista do TRE/RS 195 Violação - EMENTÁRIO Demais EMENTÁRIO Mandado de se- classes 21 ...... 131 gurança 62, 63 ...... 101 Recontagem - ACÓRDÃOS Proc. —V— Cl. IX, nº 165/96. Rel. Dr. Nel- son A. Monteiro Pacheco ...... 69 VEREADORES ACÓRDÃOS Proc. Cl. IX, nº Cassação dos direitos políticos e 185/96. Rel. Dr. Leonel Tozzi.... 58 afastamento do cargo. Incom- EMENTÁRIO Demais classes petência da Justiça Eleitoral - 25 a 27, 31, 34, 35, 37, 38, 40 a ACÓRDÃOS Cl. XI, nº 77/96. 43, 45 a 49, 51, 52 ...... 132 Rel. Dr. Norberto da Costa C. EMENTÁRIO Mandado de se- MacDonald...... 53 gurança 68, 69, 71, 78, 79 ..... 102 EMENTÁRIO Demais classes Recontagem geral. Eleições pro- ...... 140 80 porcionais - EMENTÁRIO De- Competência para delimitação do mais classes 32 ...... 133 número de vagas - ACÓRDÃOS Recontagem. Anulação das elei- Proc. Cl. I, nº 14/96. Rel. Dr. ções - EMENTÁRIO Demais Gilson Langaro Dipp...... 66 classes 33 ...... 133 EMENTÁRIO Mandado de se- Recontagem. Eleição majoritária - gurança 72, 73, 74 ...... 103 EMENTÁRIO Demais classes Número de candidatos - EMENTÁ- 24...... 131 RIO 95 Mandado de segurança 13 Recontagem. Ilegitimidade do re- Uso indevido de recursos da câma- corrente - EMENTÁRIO Demais ra de vereadores - EMENTÁRIO classes 23 ...... 131 ... 100 Mandado de segurança 52 Recontagem. Preclusão- EMEN- VIANNA, MOYSÉS TÁRIO Demais classes 22 .... 131 Medalha. Discurso de entrega - DI- Validade - EMENTÁRIO Demais VERSOS Des. Celeste Vicente classes 28, 29 ...... 132 Rovani...... 149 Validade. Impugnação de urna - VOTOS EMENTÁRIO Demais classes Eleitores não constantes na lista - 30...... 133 EMENTÁRIO Demais classes 19 ...... 131 Em separado. Eleitores com nome cancelado por sentença -