REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228

Volume 13 - Número 1 - 1º Semestre 2013

A DINÂMICA DO TABACO NO TERRITÓRIO CENTRO SERRA – , BRASIL

Ezequiel Redin

RESUMO

A cultura do tabaco na região sul do Brasil é considerada uma atividade produtiva de intensa dinâmica econômica na agricultura familiar. É regida pelo sistema de integração entre agricultor e indústria e, nos últimos anos, o Estado vem intervindo na atividade, conforme orientação internacional da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde. O trabalho objetiva descrever e analisar os dados da produção de tabaco no Território Centro Serra (, , , , , , Lagoão, , Salto do Jacuí, , Sobradinho e Tunas). As dimensões utilizadas referem-se a área plantada (ha), área colhida (ha), quantidade produzida (ton), rendimento médio (Kg/ha), valor da produção (R$ mil), no período de 2006 a 2010, segundo dados da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE DADOS). O estudo possibilitou identificar um destaque da produção em Arroio do Tigre em relação a outros municípios. Observa-se certa estabilidade nos atributos de análise, nos cincos anos pesquisados. Salto do Jacuí e Jacuizinho são os produtores de tabaco menos expressivos, enquanto que Arroio do Tigre, Segredo e Passa Sete são os municípios que se destacam na produção de fumo no Centro Serra. Por fim, verifica-se que o território tem significativa participação na produção de tabaco, sendo uma das principais estratégias econômicas das unidades de produção, no entanto, isso não elimina outras atividades agrícolas e não agrícolas, fornecendo ao Território Centro Serra um leque de diversidade agrícola e de renda no rural.

Palavras-chaves: fumicultura, dados da produção tabaco, Território Centro Serra, base de dados FEE.

THE DYNAMICS OF TOBACCO IN THE TERRITORY SERRA CENTER - RIO GRANDE DO SUL,

ABSTRACT Tobacco growing in southern Brazil is considered a productive activity of intense economic dynamics in family farming. It is governed by the system of integration between farmers and industry, and in recent years the state has intervened in the activity, as directed by the international Framework Convention on Tobacco Control (FCTC) of the World Health Organization The paper aims to describe and analyze the data on tobacco production in the Territory Serra Center (Arroio do Tigre, Cerro Branco, Estrela Velha, Ibarama, Jacuizinho, Lagoa Bonita do Sul, Lagoão, Passa Sete, Salto do Jacuí, Segredo, Sobradinho e Tunas). The dimensions used are for planted area (ha), harvested area (ha), yield (ton), average yield (kg / ha), production value (R $ thousand) in the period from 2006 to 2010, according data from the Foundation of Economics and Statistics of Rio Grande do Sul (FEE DADOS). The study identified a highlight of the production Arroio do Tigre in relation to other municipalities. There is some stability in the attributes of analysis, in the five years surveyed. Salto do Jacuí and Jacuizinho tobacco growers are less expressive, while Arroio do Tigre, Segredo and Passa Sete are municipalities who excel in the production of smoke in the Serra Center. Finally, it appears that the territory has significant involvement in the production of tobacco 21

and is a major economic strategies of production units, however, this does not eliminate other agricultural and non-agricultural, providing the Territory Centre Serra a range of diversity farm income and rural.

Keywords: tobacco farming, tobacco production data, Territory Serra Center, a database FEE.

1 INTRODUÇÃO condições adversas à agricultura, de características ambientais restritas (alto relevo, O Brasil possui 156.935 declivosidade elevada, alta erosão do solo, baixa estabelecimentos rurais produzindo fumo em fertilidade, avanço das capoeiras, folha, atingindo 567.974 hectares colhidos, pedregosidade, pequena profundidade, acidez, gerando 1.109.036 toneladas de tabaco. No Sul etc.), dificultando ou impossibilitando, em certa do país, principal produtor, são 134.257 medida, o uso de tecnologias agrícolas (trator, estabelecimentos, 516.727 hectares colhidos, colheitadeira, entre outros). Por outro lado, alcançando um patamar de 1.049.724 toneladas áreas planas e férteis, alternando solos rasos e da solanácea, segundo o Censo Agropecuário de profundos, várzeas ou levemente onduladas 2006. De acordo com informações do Anuário traçando um espaço geográfico com distintas Brasileiro do Tabaco, fundamentado em dados potencialidades agrícolas. Em todos os da Associação Internacional dos Produtores de municípios envolvidos, a produção de tabaco Tabaco (ITGA), o Brasil é o terceiro maior está presente em maior ou menor expressividade produtor mundial de fumo em folha com guiando a renda agrícola de muitas propriedades 726.050 toneladas na safra de 2009/2010. O rurais. segundo lugar é ocupado pela Índia com Nessa configuração, o Território Centro 765.000 toneladas e, em primeiro lugar, a China Serra conta com uma área total de 2.629 km2, com 2.355.500 toneladas de tabaco. envolvendo o contingente de 42.696 pessoas, Em 2010, segundo dados do Instituto conforme dados contabilizados pelas Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, informações do IBGE (2012). Grosso modo, são 2010), a produção de tabaco no Sul do Brasil municípios que tem como fonte de renda responde por 98% do total nacional, abrangendo principal, a atividade agrícola. Segundo o aproximadamente 700 municípios. A área documento elaborado por uma equipe de colhida atingiu a escala de 449.629 hectares, consultores, publicado no Ministério do produzindo 787.617 toneladas de fumo em Desenvolvimento Agrário (MDA), o Território folha, com um valor da produção estimado em Centro Serra constituiu-se formalmente no ano R$ 4.508.061,00 no país. de 2006, através da solicitação dos gestores O Território Centro Serra1 localizado na públicos (prefeitos) da região que compõem a Região do Vale do , configura-se Associação dos Municípios do Centro Serra espacialmente como um dos importantes polos (AMCSERRA). Em 2007, o MDA consolida o de concentração de produção de fumo em folha território por formar um espaço geográfico que no Rio Grande do Sul. Caracterizado, tem como identidade produtiva a agricultura principalmente, por relevos ondulados, familiar e também pela similitude nos índices de apresentando algumas regiões montanhosas e desenvolvimento dos municípios integrantes. outras mais planas, com colinas suaves, Em 2008 constituiu-se o Território de fornecendo a região distintas conformações. Em Desenvolvimento Rural Sustentável – Centro grande parte, apresentam-se locais atípicos sob Serra. Como avanço nesse processo, em 2009, formou-se o Codeter (Colegiado Territorial) com 48 membros titulares e respectivos 1 Nesse trabalho optou-se pela composição de municípios suplentes representando, de forma paritária, as que envolvem o Território Centro Serra, segundo diversas instituições públicas e da sociedade definição estabelecida, atualmente, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Outras configurações civil, dos doze municípios integrantes do espaciais são realizadas, mas para efeitos dessa análise território, segundo informações do documento opta-se pela classificação contemporânea do governo institucional. federal. 1819

Conforme dados do Censo Agropecuário Os dados utilizados referem-se às de 2006 coletados pelo IBGE, o Território variáveis como a área plantada (ha), área Centro Serra conta 5.031 estabelecimentos colhida (ha), quantidade produzida (t), agropecuários entre 0 a 10 hectares; 3.296 entre rendimento médio (Kg/ha), valor da produção 10 a 20 hectares; 2.359 entre 20 a 50 hectares; (R$ mil), no período de 2006 a 2010, segundo 412 entre 50 a 100 hectares; 249 entre 100 a 500 dados da Fundação de Economia e Estatística do hectares e apenas 37 com mais de 500 hectares. Rio Grande do Sul (FEE). A partir da série Nesse sentido, o documento elaborado pelos histórica dos últimos cinco anos (2006-2010), consultores técnicos do Território Centro Serra foram selecionados os municípios que compõem aponta, consolidado em informações do IBGE, o Território Centro Serra. Na classificação do que nesse local existe a predominância da MDA, o Território Centro Serra é composto por agricultura familiar, sendo que 92,48% do total Arroio do Tigre, Cerro Branco, Estrela Velha, de estabelecimentos são explorados pela Ibarama, Jacuizinho, Lagoa Bonita do Sul, categoria social. O mesmo percentual é Lagoão, Passa Sete, Salto do Jacuí, Segredo, verificado em relação à posse dos Sobradinho e Tunas. estabelecimentos. Os proprietários, A escolha do território ocorreu em representantes da agricultura familiar, são 92,36 função de ser um dos principais espaços de % do total, afirma a equipe de consultores via produção de tabaco contrastando com a região documento institucional. de e locais circunvizinhos. O objetivo deste texto é descrever e Além disso, Arroio do Tigre é considerado o analisar os dados da produção de tabaco no maior produtor sul-brasileiro de fumo tipo Território Centro Serra embasado, Burley do país, fornecendo ao território principalmente, nas informações fornecidas pela destaque na cultura. Fundação de Economia e Estatística do Rio Os anos escolhidos (2006, 2007, 2008, Grande do Sul (FEE DADOS), apoiado em uma 2009 e 2010) foram selecionados por serem os breve interlocução bibliográfica, fazendo cinco anos mais recentes e disponíveis para análises comparativas entre os anos 2006 a construção de tabelas, gráficos e análises sobre 2010, bem como, tecendo indicações sobre os a situação da fumicultura no território. De certa municípios que envolvem o território estudado. maneira, optou-se pelas informações da FEE O artigo está organizado em três seções, além da DADOS pela facilidade de acesso e a sua introdução e considerações finais. No item 2, especialidade, concentrando esforços apenas nos busca-se apresentar uma breve consideração municípios do Estado do Rio Grande do Sul. metodológica indicando as variáveis escolhidas para o estudo. Na seção adiante, expõe-se um 3 BREVE CENÁRIO DA CADEIA rápido cenário da cadeia produtiva do tabaco PRODUTIVA DO TABACO NO RIO fazendo uma analogia entre os três estados do GRANDE DO SUL (2000 – 2010) Sul e apontando uma análise da evolução da quantidade produzida de fumo em folha na O Estado do Rio Grande do Sul é o última década (2000 – 2010) no Rio Grande do maior produtor de fumo em folha do país, Sul. Na sequência, enfoca-se especificamente sobretudo, incorporando a considerável nos dados da FEE sobre a produção de tabaco produção histórica com o incentivo das no Território Centro Serra, fazendo relações integradoras localizadas, principalmente, em entre os produtores mais expressivos e menos Santa Cruz do Sul e regiões circunvizinhas. expressivos, diante das variáveis adotadas no Entre 1998 a 2000, segundo informações da estudo. Por último, procura-se tecer alguns produção agrícola municipal sistematizada pelo indicativos da situação fumageira local e a IBGE, a produção chegou ao patamar médio de característica de diversidade agrícola e de renda 278.928 toneladas, passando para 320.034 no rural estudado. toneladas em média entre 2001 a 2003, contabilizando 462.014 toneladas em média 2 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS entre os anos de 2004 a 2006. Esses dados representam 51,12% da produção nacional.

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O Rio Grande do Sul, segundo fonte da especialmente, no último ano analisado. Em FEE Dados e do Ipeadata, foi a única Unidade 2010, o Estado atingiu uma produção superior Federativa da Região Sul do Brasil que de 92.746 toneladas de fumo em folha em diminuiu a produção em toneladas de tabaco relação à Santa Catarina e 178.583 toneladas em entre os anos de 2006 a 2010. As variações relação ao Paraná como se visualiza no quadro climáticas, em certa medida, foi um dos adiante. condicionantes para a queda de produção,

Quadro 01 – Quantidade produzida (ton) de tabaco nos Estados do Sul do Brasil Quantidade produzida (ton) nos Estados do Sul do Brasil Estados 2006 2007 2008 2009 2010 Rio Grande do Sul 472.726 474.668 445.461 443.803 343.477 Santa Catarina 242.183 247.083 229.181 245.862 250.731 Paraná 155.201 156.644 148.036 151.625 164.894 Fonte: Ipeadata

A Região do Vale do Rio Pardo que (7º lugar), Vera Cruz (9º lugar) e integra parte do Território Centro Serra, (10º lugar). segundo indicativos do Atlas Socioeconômico Na última década (2000 – 2010) a do Rio Grande do Sul conforme dados do IBGE produção de fumo em folha no Rio Grande do em 2006, é a maior produtora do Estado com Sul – considerando as variações climáticas, 181.109 toneladas, ou 39,2% da produção restrições externas, de mercado e outras gaúcha, indicando na região, três dos cinco contingências – aumentou 48.609 toneladas, maiores municípios produtores do Estado: partindo de um patamar de 294.873 toneladas Venâncio Aires com 25.207 toneladas, no ano 2000, atingindo o pico em 2004 quando Candelária com 22.137 toneladas e Santa Cruz alcança 482.968 toneladas (aumento de 188.095 do Sul com 16.709 toneladas. Nessa época, a toneladas comparado ao ano de 2000), fechando Região Centro-Sul atingiu 73.247 toneladas e a em 2010 com o índice de 343.482 toneladas de Região Sul alcançou 60.269 toneladas, os quais tabaco produzidas, conforme visualizado no têm suas maiores produções em Camaquã com gráfico. 19.954 toneladas, e Canguçu com 22.482 toneladas, respectivamente. Na safra 2005/2006 o Rio Grande do Sul foi responsável por 54% da produção total de tabaco da Região Sul, conforme expressa Buainain e Souza Filho (2009). Dentre os dez municípios maiores produtores de fumo em folha do Estado anotada pelos analistas, considerando os hectares plantados e a produção em tonelada, na safra 2007/2008, seis deles integram a Região do Vale do Rio Pardo/RS2, sendo eles: Venâncio Aires (1ª lugar), Santa Cruz do Sul (3º lugar), Candelária (4º lugar) e

2 A Região denominada Vale do Rio Pardo/RS engloba os seguintes municípios: Arroio do Tigre, , Boqueirão do Leão, Candelária, , Estrela Velha, General Câmara, Xavier, Herveiras, Ibarama, Lagoão, , Passa Sete, , Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Segredo, Sinimbu, Sobradinho, Tunas, Vale do Sol, , Venâncio Aires e Vera Cruz. Todos estes com expressiva ênfase na atividade fumageira, tendo seu PIB, na maior parte deles, derivado da produção tabagista. 2019

Gráfico 01 – Quantidade produzida (ton) de tabaco no Rio Grande do Sul (2000 – 2010)

Fonte: Elaborado pelo autor, segundo informações da FEE DADOS

O comportamento do mercado 4.1 Área plantada de tabaco internacional derivado da produção de países Os dados referentes à área plantada de expoentes na cultura como China, Índia, Brasil, tabaco nos municípios que englobam o Estados Unidos, Malawi, Turquia, Indonésia, Território Centro Serra demonstram certa Argentina, Zimbabwe e Itália, respectivamente constância no período analisado entre 2006 a em ordem decrescente, influenciam toda a 2010. O comportamento pode ser explicado cadeia produtiva do tabaco na região Sul do quando, em certa medida, mantendo-se Brasil. De certa maneira, associações de constantes as unidades de produção, a fumicultores, sindicatos e até a própria ampliação dos hectares cultivados depende, indústria, interpolam ações no sentido de principalmente, da mão de obra familiar ou da orientar a oferta do produto, visando auferir possibilidade de contratá-la no período da ganhos econômicos mais expressivos. Desse colheita. Além disso, a infraestrutura disponível modo, os fatores internos também orientam a como galpões (no caso do Burley e Comum) e flutuação da produção de fumo em folha, muitas fornos de secagem (no caso do Virginia) é outra vezes, derivado de intempéries climáticas variável limitante no aumento da área plantada. (granizo, seca ou excesso de chuva) ou um Em relação a mão de obra na atividade cenário desfavorável na comercialização do fumageira, Redin (2011a) afirma que, produto em anos anteriores. Diante do cenário geralmente, quando a família possui menos mão turbulento e inconstante, verifica-se na última de obra cultiva-se o fumo tipo Burley, pois o década um aumento no volume produzido. Os trabalho é menor no momento da colheita, indícios de restrição à cultura ainda não sendo que este é retirado da lavoura em um afetaram a cadeia produtiva em termos único momento, ao contrário, do Virgínia que quantitativos. necessita várias apanhadas (etapas de colheita) A produção em 2009 de 443.813 na mesma planta. Isso pode ser um dos fatores toneladas de fumo em folha no Rio Grande do que influenciam os fumicultores a escolher o Sul sofreu um decréscimo acentuado para tipo de fumo a cultivar. Evidentemente, que o 343.482 toneladas, evidenciando uma redução outro elemento preponderante para essa escolha de 100.331 toneladas. Um dos principais fatores é o investimento que necessita o fumo tipo apontados nesse período é o excesso de chuva Virgínia, pois o ativo imobilizado (estufas, no desenvolvimento da cultura que prejudicou a tecedeiras para a costura do fumo, canos para produção do tabaco, nesse último ano. estufa, portas e grelhas fundidas, fios para tecedeira e automação para estufas de fumo, etc) 4 DADOS DA PRODUÇÃO DE TABACO envolve um alto recurso financeiro (mesmo NO TERRITÓRIO CENTRO SERRA – RS sendo financiado pela agroindústria), enquanto 21

o Burley necessita apenas de galpão e fios de secagem (processo de cura por ar forçado – arame para a cura do fumo. Virginia – ou ar ambiente – Burley e Comum) o Diante das distintas etapas da produção produto passa diferentes transformações até a de fumo como a construção de canteiros comercialização. Todas as etapas são (enchimento de bandejas com substrato, circunstanciais para o bom andamento e um semeação, aplicação de adubação, tratamentos resultado satisfatório no final da safra. preventivos das mudas e poda das mudas), O quadro 02 aponta uma superioridade desenvolvimento da lavoura (preparação do do município de Arroio do Tigre, haja vista, que solo, adubação de base, transplante das mudas, é considerado o maior produtor sul-brasileiro de tratos culturais; adubação de cobertura, fumo tipo Burley. Os doze municípios tem adubação de reposição e controle de pragas e como dinamizador econômico principal a doenças), desponte (controle de brotos com economia primária, derivando especialmente de aplicação de produto anti-brotante) e colheita propriedades familiares de pequena escala, (trabalho manual com sucessivas apanhadas – excetuando, parte do município de Estrela Velha Virginia – ou corte da planta – Burley e Comum e Salto do Jacuí que possuem na base a – e posterior carregamento para as intalações) e agricultura patronal.

Quadro 02 – Área plantada (ha) de tabaco nos municípios do Território Centro Serra – RS Área plantada (ha) Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 Arroio do Tigre 6.500 6.500 6.500 7.020 7.250 Cerro Branco 1.950 1.950 1.950 1.950 1.950 Estrela Velha 1.150 1.150 1.200 1.300 1.430 Ibarama 2.500 2.350 2.350 2.350 2.250 Jacuizinho 400 400 400 420 450 Lagoa Bonita do Sul 2.300 2.300 2.000 2.000 2.000 Lagoão 2.310 2.310 2.310 2.400 2.400 Passa Sete 3.025 3.025 3.000 3.200 3.300 Salto do Jacuí 300 250 250 300 250 Segredo 3.950 3.950 3.930 4.000 4.000 Sobradinho 2.200 2.100 1.800 2.000 2.000 Tunas 1.500 1.275 1.350 1.350 1.350 Fonte: FEE DADOS

Dos doze municípios do Território 4.2 Área colhida de tabaco analisado, considerando apenas o ano base Os dados da área colhida de fumo em (2006) e o ano final (2010), seis municípios folha no Território Centro Serra são similares a aumentaram a área plantada (ha) são eles: área plantada. Esse fenômeno pode ser Arroio do Tigre, Estrela Velha, Jacuizinho, explicado, pois os dados secundários são Lagoão, Passa Sete e Segredo. Por outro lado, estimados, consequentemente, em certa medida, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Salto do Jacuí, sugere-se que toda área plantada é colhida, Sobradinho e Tunas foram os cinco municípios independente da produtividade (maior ou que diminuíram os hectares cultivados menor). Excetuando as adversidades climáticas considerando apenas os anos de 2006 e 2010. (pedras e secas prolongadas), o tabaco tem certo Cerro Branco foi o único que se manteve vigor e resistência. constante o plantio da solanácea nos anos analisados.

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Quadro 03– Área colhida (ha) de tabaco nos municípios do Território Centro Serra – RS Área colhida (ha) Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 Arroio do Tigre 6.500 6.500 6.500 7.020 7.250 Cerro Branco 1.950 1.950 1.950 1.950 1.950 Estrela Velha 1.150 1.150 1.200 1.300 1.430 Ibarama 2.500 2.350 2.350 2.350 2.250 Jacuizinho 400 400 400 420 423 Lagoa Bonita do Sul 2.300 2.300 2.000 2.000 2.000 Lagoão 2.310 2.310 2.310 2.400 2.400 Passa Sete 3.025 3.025 3.000 3.200 3.300 Salto do Jacuí 300 250 250 300 250 Segredo 3.950 3.950 3.930 4.000 4.000 Sobradinho 2.200 2.100 1.770 2.000 2.000 Tunas 1.500 1.275 1.350 1.350 1.350 Fonte: FEE DADOS Na safra 2011/2012, o Território Centro A quantidade produzida de tabaco está Serra sofreu uma forte estiagem que afetou a diretamente ligada ao comportamento do ano produção agrícola. Em Arroio do Tigre, por agrícola. De certa maneira, o mesmo número de exemplo, estima-se que os 6.700 hectares hectares cultivados pode resultar em diferentes cultivados apresentará um agravo de 30% na níveis de produção final, dados os fatores produção final tendo uma perda de 4.020 externos incontroláveis na atividade. Em 2006, toneladas, segundo laudo técnico dos prejuízos Arroio do Tigre teve como área plantada e estimados pela da Secretaria da Agricultura e colhida 6.500 hectares, sendo que em 2010 Emater local. No município de Estrela Velha, atingiu 7.250 hectares. A quantidade produzida segundo informações da Emater em 2006 é de 14.300 toneladas e 2010 chega disponibilizadas pelo IBGE, para a safra apenas a 12.687. Nesse último ano, ocorreu uma 2011/2012 a área plantada e colhida de fumo é precipitação acima do normal durante o de 1.430 hectares, estimando em março de desenvolvimento da cultura, afetando 2012, uma produção de 1.780 toneladas. diretamente na produtividade e produção final neste munícipio. 4.3 Quantidade produzida de tabaco

Quadro 04– Quantidade produzida (ton) de tabaco nos municípios do Território Centro Serra – RS Quantidade produzida (ton) Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 Arroio do Tigre 14.300 15.275 13.650 13.338 12.687 Cerro Branco 3.506 3.900 4.446 3.510 3.120 Estrela Velha 2.277 2.277 2.148 2.256 2.145 Ibarama 5.375 5.170 5.170 3.995 3.564 Jacuizinho 600 600 500 609 533 Lagoa Bonita do Sul 4.830 4.830 4.400 4.400 2.880 Lagoão 4.851 4.851 5.082 4.536 4.152 Passa Sete 6.352 7.260 6.600 5.760 4.290 Salto do Jacuí 504 420 420 405 388 Segredo 7.900 7.900 7.860 7.600 6.800 Sobradinho 4.158 4.536 3.540 3.600 3.080 Tunas 2.760 2.346 2.673 2.338 2.004 Fonte: FEE DADOS

1923 Nessa exposição, Salto do Jacuí e produziu 15.180 toneladas de soja, 23.400 Jacuizinho são os produtores de tabaco menos toneladas de milho, 1.661 toneladas de feijão e expressivos. Salto do Jacuí3 com áreas 1.008 toneladas de trigo, conforme a FEE razoavelmente planas tem economia baseada na Dados. agropecuária com destaque especialmente para a Em 2010, Segredo produziu 6.000 soja, trigo, milho e atividade pecuária. Destaca- toneladas de soja, 12.000 toneladas de milho, se também pela mineração, extração de pedras 192 toneladas de feijão e 675 toneladas de trigo, preciosas e semipreciosas, e a geração de conforme a FEE Dados. Ocupa a 2º colocação energia elétrica. Segundo dados da FEE, as em quantidade de fumo em folha produzida no principais culturas do município que orientam a ano de 2010, com 6.800 toneladas. Na economia primária atingiram em 2010 a sequência, em terceiro lugar, Passa Sete com quantidade de 52.920 toneladas de soja, 9.000 4.290 toneladas de tabaco, alternando ainda em toneladas de milho e 6.750 toneladas de trigo. O 2010, o município produziu 5.460 toneladas de relevo razoavelmente plano facilita, de certa soja, 6.300 toneladas de milho, 166 toneladas de maneira, o uso de culturas orientadas para a feijão, conforme a FEE Dados. larga escala. Por isso, talvez, a atividade Em ordem decrescente no Território fumageira não tenha tanta expressividade em Centro Serra, conforme ano de 2010 tem-se: 1º) Salto do Jacuí com apenas 388 toneladas Arroio do Tigre com 12.687 toneladas; 2º) produzidas. Segredo com 6.800 toneladas; 3º) Passa Sete De modo similar, o município de com 4.290 toneladas; 4º) Lagoão com 4.152 Jacuizinho que integra o bioma Mata Atlântica toneladas; 5º) Ibarama com 3.564 toneladas; 6º) está em uma região plana (de campo) tendo Cerro Branco com 3.120 toneladas; 7º) como base econômica a atividade agropecuária, Sobradinho com 3.080 toneladas; 8º) Lagoa com destaque para o ano de 2010, conforme Bonita do Sul com 2.880 toneladas; 9º) Estrela dados da FEE, indicando 31.968 toneladas de Velha com 2.145 toneladas; 10º) Tunas com soja, 3.240 toneladas de milho, 5.800 toneladas 2.004 toneladas; 11º) Jacuizinho 533 toneladas de trigo. A quantidade produzida de tabaco é de e, por último, 12º) Salto do Jacuí com 388 533 toneladas em 2010, como verificado no toneladas de fumo em folha produzidas. quadro anterior. A produção de tabaco no Território 4.4 Rendimento Médio (Kg/ha) de tabaco Centro Serra destaca-se em Arroio do Tigre, A variável rendimento médio depende Segredo e Passa Sete que são os municípios que das características naturais como o tipo e tem a atividade fumageira como principal renda fertilidade do solo, dos métodos de manuseio e nas propriedades rurais. Arroio do Tigre, conservação, das condições ambientais e das município potencialmente agrícola, conforme técnicas de produção adotadas como, por Redin (2011b) destaca-se pela produção de exemplo, a incorporação de adubação, conforme fumo (estratégia de reprodução principal), o recomendado pela cultura. Em certa medida, milho, trigo, feijão e soja e pecuária de corte e em terras mais pedregosas a solanácea leite (estratégia de reprodução complementar) e desenvolve-se de forma mais consistente produtos voltados para o autoconsumo proporcionando um rendimento e qualidade (estratégia de reprodução básica). Com final mais elevado. O tipo de fumo cultivado característica diversificada, o tabaco torna-se o (Virginia, Burley ou Comum) tem demandas principal ingresso de renda, pois envolve uma distintas em relação a fertilidade do solo, bem produção altamente especializada com um valor como argumenta Pauli et al., (2011) que o final superior a culturas voltadas a larga escala. tabaco do tipo Virginia (ou estufa) não necessita Em 2010, como apontado no quadro anterior, o terra fértil, conferindo que a fertilidade do solo, município lidera a produção de fumo em folha nesse caso, não estabelece uma barreira na no Território Centro Serra com 12.687 escolha desta modalidade produtiva. Por outro toneladas. No mesmo ano, Arroio do Tigre lado, afirmam que as variedades de fumos escuros (Burley e Comum) requerem uso de terra com fertilidade média. 3 O município de Salto do Jacuí é considerado a Capital gaúcha da energia elétrica. 2421

Em todos os municípios, reduziu-se o como apontado em Redin (2011b) para o rendimento médio (kg/ha) de fumo em folha de município de Arroio do Tigre e como 2009 para 2010. De 2008 para 2009, o mesmo identificado por Pauli et al., (2011) sobre o fenômeno se repetiu, excetuando o município de fumo em corda, em Sobradinho e Segredo. No Jacuizinho que aumentou 200 kg/ha. Grosso entanto, isso não elimina a possibilidade de modo, todos os municípios intercalam entre a outros municípios produzirem ambos os tipos de produção de fumo tipo Virginia e Burley. Em tabaco, mas em uma quantidade pequena ou poucos municípios, além dos dois citados, existe quase inexpressiva. uma pequena produção de fumo tipo Comum

Quadro 05– Rendimento médio (Kg/ha) de tabaco nos municípios do Território Centro Serra – RS Rendimento Médio (Kg/ha) Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 Arroio do Tigre 2.200 2.350 2.100 1.900 1.750 Cerro Branco 1.798 2.000 2.280 1.800 1.600 Estrela Velha 1.980 1.980 1.790 1.735 1.500 Ibarama 2.150 2.200 2.200 1.700 1.584 Jacuizinho 1.500 1.500 1.250 1.450 1.260 Lagoa Bonita do Sul 2.100 2.100 2.200 2.200 1.440 Lagoão 2.100 2.100 2.200 1.890 1.730 Passa Sete 2.100 2.400 2.200 1.800 1.300 Salto do Jacuí 1.680 1.680 1.680 1.350 1.552 Segredo 2.000 2.000 2.000 1.900 1.700 Sobradinho 1.890 2.160 2.000 1.800 1.540 Tunas 1.840 1.840 1.980 1.732 1.484 Fonte: FEE DADOS

Os dois primeiros anos (2006 e 2007) o bruta, mesmo com relevos declivosos que rendimento médio aumentou ou permaneceu dificultariam, em certa medida, o ingresso de igual em todos os municípios. A partir de 2008, atividades mecanizadas ou de larga escala. No evidencia-se uma pequena queda em alguns, quadro, verifica-se um aumento no valor da sendo mais repentina e constante nos dois produção (R$ mil) comparando o ano base sucessivos anos (2009 e 2010) em que a redução (2006) e o ano final (2010) nos municípios. Em é mais evidente. De certa maneira, os Arroio do Tigre, em 2006 fixou-se no valor de condicionantes ambientais e o manejo dos R$ 57.236,00 chegando ao ano de 2010 em R$ agricultores podem ter afetado o rendimento 78.780,00, denotando uma diferença positiva de médio final. R$ 21.544,00. Segredo alcançou um aumento de R$ 10.708,00 em análise comparativa entre os 4.5 Valor da produção (R$ mil) de tabaco dois anos (2006 e 2010). Lagoão aparece como A expressividade econômica da cultura o terceiro município que mais aumentou em do tabaco é aparente pela característica de valor de produção com o montante de R$ concentrar em poucos hectares uma alta renda 6.263,00.

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Quadro 06– Valor da produção (R$ mil) de tabaco nos municípios do Território Centro Serra – RS Valor da produção (R$ mil) Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 Arroio do Tigre 57.236 67.293 81.061 76.833 78.780 Cerro Branco 14.033 16.172 25.359 19.652 19.642 Estrela Velha 9.114 8.846 12.205 12.473 13.418 Ibarama 21.513 24.144 29.422 22.857 22.336 Jacuizinho 2.214 1.560 1.800 2.758 2.257 Lagoa Bonita do Sul 19.332 21.252 25.126 25.924 17.946 Lagoão 19.416 21.344 28.955 25.408 25.679 Passa Sete 25.424 30.560 38.102 33.037 26.658 Salto do Jacuí 1.860 1.050 1.512 1.991 2.179 Segredo 31.620 34.760 47.619 43.714 42.328 Sobradinho 16.642 18.598 20.484 20.044 19.014 Tunas 11.047 9.384 15.431 13.256 12.429 Fonte: FEE DADOS

Nessa analogia, Lagoa Bonita do Sul foi para 56.489 toneladas; diminuindo ainda mais o único município do Território Centro Serra em 2009 com 52.347 toneladas e chegando ao que teve uma redução no valor de produção. Em valor de 45.643 toneladas em 2010. Nesse 2006 atingiu o valor de R$ 19.332,00 e em 2010 período (2006 – 2010), a redução atingiu 11.770 apontou R$ 17.946,00, uma redução de R$ toneladas, no entanto, o valor da produção 1.386,00. Os demais apresentaram uma aumentou R$ 53.215,00 – partindo de R$ evolução positiva. 229.451,00 em 2006, alcançando R$ 282.666,00 em 2010, no Território Centro Serra. De modo 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS similar, no mesmo período, o Rio Grande do Sul apresentou uma queda de 129.244 toneladas. Os dados apresentados sobre o contexto Por último, é importante anotar que a da fumicultura no Território Centro Serra produção de tabaco no Território Centro Serra é permitem identificar um espaço que tem apenas uma das atividades dentro de um leque significativa participação na produção de tabaco de produção agropecuária. Este espaço rural no Sul Brasil, congregando diferentes escalas de compreende uma diversidade agrícola produção e representatividades. Existe um expressiva, congregando inúmeras culturas processo de concentração expressiva de tabaco como a soja, milho, trigo, feijão, atividade em Arroio do Tigre, Segredo e Passa Sete, pecuária (corte e leite). Anota-se também a destacando-se em relação aos outros produção hortifrutigranjeira, a olericultura, municípios. Lagoão, Ibarama, Cerro Branco, suinocultura, avicultura, piscicultura, a presença Sobradinho, Lagoa Bonita do Sul, Estrela Velha de agroindústrias familiares rurais e o cultivo de e Tunas, em ordem decrescente, encontram-se produtos voltados para o autoconsumo familiar. em uma escala de produção alternando, Talvez, isso é possível pelo que afirma Paulilo aproximadamente, entre quatro mil e duas mil (1990, p. 168), “...pois o fumo é compatível toneladas. Em menor expressão, como já com qualquer tamanho de propriedade, exigindo anotado, Salto do Jacuí e Jacuizinho apenas 2 ha de terra...”. Sobradinho, por configurando entre os menores produtores de exemplo, tem o título de capital do feijão por fumo em folha no território. destacar-se na produção em décadas passadas. A análise aponta que, nos últimos cinco Na última década, Arroio do Tigre ganhou anos, houve uma diminuição da produção de expressão na cultura, atingindo uma das maiores tabaco. Em 2006, o Território Centro Serra produções de feijão do Estado em meados de alcançou 57.413 toneladas produzidas de fumo 2000. Atualmente, com a desvalorização do em folha; em 2007 atingiu o pico de 59.365 preço, a competição de mão de obra com o toneladas; em 2008 existe uma leve redução tabaco e outros condicionantes que 1926

desestimularam os agricultores, Arroio do Tigre, www.ipeadata.gov.br. Acesso em 13 março de segundo dados da FEE, ocupa a 9ª colocação no 2012. Rio Grande do Sul com 1.661 toneladas em MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO 2010. Estrela Velha com 955 toneladas ocupa a AGRÁRIO. Território Centro Serra. Disponível 25º colocação e na sequência Salto do Jacuí com em: < 945 toneladas, sendo o 26º maior produtor de http://sit.mda.gov.br/biblioteca_virtual/ptdrs/ptd feijão do Estado. Além disso, existem famílias rs_qua_territorio148.pdf>. Acesso em 2 de pluriativas, com rendas não agrícolas, derivadas março de 2012. da exploração do turismo rural, da prestação de serviços a terceiros e outras formas de PAULI, R. I, P. et al., Tecnologia e reprodução social. Essas atividades andam em particularidades do trabalho fumicultor em concomitância a atividade fumageira, que ganha Sobradinho – RS. In: 49º Congresso da destaque mais acentuado pelo volume Sociedade Brasileira de Administração econômico expressivo. Economia e Sociologia Rural, 2011, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2011. p.1-20. PAULILO, M. I. S. Produtor e agroindústria: ANUÁRIO BRASILEIRO DO TABACO – consensos e dissensos: O caso de Santa Santa Cruz do Sul, Gazeta Santa Cruz, 2011. Catarina. Florianópolis: Editora da UFSC, 188p. 1990. ATLAS Socioeconômico Rio Grande do Sul. REDIN, E. Dentro e fora da porteira – os Fumo. Rio Grande do Sul. 2006. Disponível em: elementos condicionantes na estratégia de http://www.scp.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=2 reprodução dos agricultores familiares 66. Acesso em: 13 de mar. de 2012. fumageiros. Extensão Rural. Santa Maria: BUAINAIN, A. M.; SOUZA FILHO, H. M. DEAER/PPGExR – CCR – UFSM, Ano XVIII, Organização e funcionamento do mercado de nº 22, Jul – Dez de 2011a. p. 67-102. tabaco no Sul do Brasil. Campinas, São Paulo: REDIN, E. Entre o produzir e o reproduzir na Unicamp, 2009. agricultura familiar fumageira de Arroio do FEE – Fundação de Economia e Estatística. Tigre/RS. (Dissertação de Mestrado). Santa FEE DADOS. . 2010. Disponível Maria: PPGExR/UFSM, 2011b. em: http://www.fee.rs.gov.br/feedados/. Acesso ______em 15 de Outubro de 2012.

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