PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE - MG PMSB

PRODUTO I

DIAGNÓSTICO SETORIAL

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

CONTRATANTE:

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA LIMA - MG SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE - SMA

CONTRATADA:

MJ ENGENHARIA RUA DR. VALE, 60/501 - FLORESTA - PORTO ALEGRE/RS, CEP 90.560-010, TEL/FAX:(51) 3013-5793 - CNPJ: 04.233.732/0001-82

DADOS DO CONTRATO: PROCESSO LICITATÓRIO T.P. 002/2014 CONTRATO Nº 318/14 - P.A.: 214/14

CONTROLE DE VERSÕES:

PERÍODO DE EMISSÃO: ABRIL DE 2016 VERSÃO: REVISÃO 4 RESPONSÁVEL EMISSÃO: ENG. CIVIL. ORGEL DE OLIVEIRA CARVALHO FILHO REVISOR: GEÓLOGO. EVANDRO GOTTARDO AUTORIZADOR: ENG. CIVIL RICARDO DE MAGALHÃES SANTIAGO

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE NOVA LIMA - PMSB

DIAGNÓSTICO SETORIAL

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ...... 5 2 - DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 5 2.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário ...... 5 2.1.1 - Descrição Geral dos Sistemas Públicos de Esgotamento Sanitário ...... 5 2.1.2 - Situação do Município em Relação à Legislação ...... 7 2.2 - Atendimento e Cobertura dos Serviços de Esgotamento Sanitário ...... 9 2.2.1 - Sistemas sob a Concessão da COPASA - Companhia de Saneamento de ...10 2.2.1.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário no Vale do Sereno ...... 12 2.2.1.1.1 - Estação de Tratamento de Esgoto Arrudas, ...... 16 2.2.1.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário na Região da BR 040 - Jardim Canadá e Vale do Sol ..20 2.2.1.2.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário Vale do Sol ...... 20 2.2.1.2.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário Jardim Canadá ...... 21 2.2.1.3 - Informações Gerais dos Serviços de Esgoto Prestados Pela COPASA em Nova Lima - SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ...... 30 2.2.2 - Sistema sob a Concessão da Empresa SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos, Ltda. 32 2.2.2.1 - Sistema Público de Coleta de Esgoto em Alphaville ...... 33 2.2.2.2 - Ligações à Rede Coletora de Esgoto ...... 34 2.2.2.3 - Estação de Tratamento de Esgoto em Alphaville ...... 36 2.2.2.3.1 - Análises do Efluente Tratado ...... 39 2.2.2.4 - Organograma, Quadro de Pessoal e Outras Informações ...... 40 2.2.2.5 - Licenciamento Ambiental ...... 42 2.2.2.6 - Tarifação ...... 42 2.2.3 - Sistemas Administrados Pela Prefeitura Municipal - Região da Sede Municipal ...... 43 2.2.3.1.1 - Estudos Sobre as Redes Existentes na Sede do Município ...... 43 2.2.3.1.2 - Estudo elaborado pela Prefeitura Municipal ...... 44 2.2.3.1.3 - Estudo Elaborado Pela COPASA ...... 47 2.2.3.2 - Sistemas de Esgotamento Sanitário Existentes na Área da Sede do Município ...... 54 2.2.3.2.1 - Sistema ETE Bairro Boa Vista ...... 54 2.2.3.2.2 - Sistema ETE Bairro Mina D’água ...... 55 2.2.4 - Projeto Básico Conceitual do Sistema de Esgotamento Sanitário da Sede de Nova Lima - MG 56 2.2.4.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário José de Almeida (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 57 2.2.4.2 - Sistema de esgotamento sanitário São Sebastião de Águas Claras e Capela Velha (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 59

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2.2.4.3 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Bairro Vale do Sol (Estudo conceitual ENEPLAN) ...60 2.2.4.4 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Bairro Santa Rita (Estudo conceitual ENEPLAN) .....61 2.2.4.5 - Sistema Bela Fama, Alto do Gaia, Nossa Senhora de Fátima e Vila Nova Suíça (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 62 2.2.4.6 - Sistema (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 64 2.2.4.7 - Sistema Honório Bicalho (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 64 2.2.4.8 - Sistema Sede (Estudo conceitual ENEPLAN) ...... 66 2.2.4.8.1 - Rede Coletora do Bairro Montevidiu ...... 66 2.2.4.8.2 - Estações Elevatórias EEE1 - Bairro Bela Vista (Silicóticos) e EEE 2 - Bairro Boa Vista 67 2.2.4.9 - ETE Sede (Estudo conceitual ENEPLAN ...... 67 2.2.4.10 - Considerações Sobre o Estudo Conceitual da empresa ENEPLAN ...... 68 2.2.5 - Situação nos Sistemas dos Bairros e Loteamentos sem Concessão ou não Inseridos na Área Central ...... 69 2.2.5.1 - Sistemas de Esgotamento Existentes, Administrados por Associações de Bairro ...... 69 2.2.5.1.1 - Sistema Rossi Botanique ...... 70 2.2.5.1.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Vale dos ...... 71 2.2.5.1.3 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Residencial Nascentes - Vale dos Cristais ...... 72 2.2.5.1.4 - Sistemas Individuais ...... 72 2.3 - Indicação de Áreas de Risco de Contaminação por Esgotos do Município ...... 74 2.4 - Indicadores Econômicos - Esgotamento Sanitário ...... 74 2.5 - Avaliação da Interação, Complementaridade ou Compartilhamento do Serviço com os dos Municípios Vizinhos ...... 75 3 - Análise Critica dos Serviços de Ssgotamento Sanitário ...... 76 4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 77 5 - ANEXOS ...... 78

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1 - INTRODUÇÃO

Este relatório de Diagnóstico Setorial, referente ao Produto I Esgotamento Sanitário, tem por objetivo descrever a prestação dos serviços de coleta, tratamento e destinação final dos Sistemas de Esgotamento Sanitário existentes no território municipal de Nova Lima. Será descrito o sistema de esgotamento sanitário em operação, público e individual, bem como a formatação institucional e a gestão da prestação dos serviços, caracterizando assim uma das etapas desta ferramenta de planejamento que é o Plano de Saneamento Básico.

2 - DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

2.1 - SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Neste capítulo será descrita e analisada a situação atual, em toda a área do Município de Nova Lima, no que se refere ao eixo do saneamento básico referente ao esgotamento sanitário. Pode-se considerar que o os sistemas de esgotamento sanitário existentes no Município são administrados da seguinte forma: . Duas regiões, mais próximas a Belo Horizonte: Jardim Canadá e Vale do Sereno com concessão para exploração dos serviços pela COPASA, Companhia de Saneamento de Minas Gerais. São regiões que sofreram significativo aumento populacional nos últimos anos, principalmente na última década. . A região do loteamento Alphaville, com concessão para a empresa SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda. Região de urbanização mais recente, ocupada por bairros de alto padrão. . A região denominada Sede do Município e seus arredores, no perímetro urbano mais antigo do Município, onde o sistema existente é administrado diretamente pelo Município. . Os bairros formados mais recentemente no Município, sem serviços concedidos ou administrados pela Prefeitura Municipal.

2.1.1 - Descrição Geral dos Sistemas Públicos de Esgotamento Sanitário Segundo o censo do IBGE realizado em 2010 tem-se, de forma sintética, a seguinte situação no Município de Nova Lima, no que se refere ao destino dos efluentes domésticos Tabela 1:

Tabela 1 - Situação de Esgotamento Sanitário no Município de Nova Lima, MG. Esgotamento Sanitário Domicílios Moradores Rede geral de esgoto ou pluvial 19.174 64.240 Fossa séptica 3.614 11.587 Fossa rudimentar 920 3.103

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Esgotamento Sanitário Domicílios Moradores Vala 71 265 Rio, lago ou mar 352 1.257 Outro escoadouro 48 153 Não tinham banheiro nem sanitário 18 40 TOTAL 24.197 80.645 Fonte: IBGE 2010. Pode-se entender, analisando o levantamento do IBGE que 79,24% dos domicílios existentes no Município afastam os efluentes domésticos dos seus lotes, seja através de rede coletora de esgoto ou pela rede pluvial existente. Os dados referentes a esgoto destinado à rede geral de esgoto ou pluvial não considera existência do tratamento do efluente gerado. A questão sanitária na região onde o efluente foi produzido e afastado dos moradores residentes fica resolvida. Não havendo tratamento do esgoto coletado em rede pública, geram-se situações pontuais e concentradas de contaminação ambiental e de risco sob o ponto de vista sanitário. Também pode-se observar na Tabela 1, que 18,74% dos domicílios se utilizam de soluções individuais para o tratamento dos seus efluentes domésticos, dentro dos seus lotes, através do uso de fossas sépticas ou de fossas rudimentares, antes do lançamento final. Sabemos que soluções individuais de tratamento em regiões urbanizadas não é uma solução definitiva e que devido a condições de permeabilidade de solo e/ou profundidade do lençol freático, a solução é, por muitas vezes tecnicamente inviável. Apenas 2,02% dos domicílios do Município, Tabela 1, não direcionam seus efluentes para a rede coletora pública de esgoto ou pluvial, ou nem mesmo adota soluções individuais.

Tabela 2 - Distribuição percentual, por tipo de saneamento no Município de Nova Lima, MG. Domicílios particulares permanentes Distribuição percentual, por tipo de saneamento (%) Total Adequado Semi-adequado Inadequado Rural 518 62,9 34,2 2,9 Urbana 23 685 88,2 11,7 0,1 Total 24 203 87,7 12,2 0,1 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Resultados do Universo. Na Tabela 2 considera-se saneamento básico, como adequado, o domicílio que seja atendido por: Abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e lixo coletado diretamente ou indiretamente. Semi-adequado, o domicílio com pelo menos uma forma de saneamento considerada adequada. Inadequada, quando todas as formas de saneamento forem consideradas inadequadas, no domicílio.

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Os estudos apresentados fornecem uma idéia geral da situação relativa ao saneamento básico nos municípios. O Plano Municipal de Saneamento Básico busca, na fase de diagnóstico, detalhar mais adequadamente o que realmente existe, em cada eixo do saneamento, em toda a região do Município.

2.1.2 - Situação do Município em Relação à Legislação A atualização do Plano Diretor de Recursos Hídricos do Rio das Velhas, 2013 - 2014, Relatório Final, revisão 2, projeta como o cenário ideal, dentre outras metas, que até o ano de 2022, 60% dos esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte recebam tratamento terciário e que em 2026 o percentual de esgotos tratados com esgoto terciário chegue a 80%. É uma meta bastante otimista, uma vez que nem a maior estação de tratamento de esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ETE Arrudas, possui tratamento terciário. Preocupado com a baixa cobertura do eixo esgotamento sanitário nos Municípios de Minas Gerais, o IGAM, Instituto Mineiro de Gestão das Águas, através da Deliberação Normativa do COPAM, número 96, de 12 de abril de 2006, convoca os municípios para encaminharem o licenciamento ambiental de sistemas de tratamento de esgotos. Esta Deliberação Normativa estabeleceu sete grupos de municípios, a partir de critérios populacionais baseados no censo 2000 e índices de atendimento de esgoto. Os prazos estabelecidos pela DN 96/2006 não foram atendidos pela maioria dos municípios. Em consequência foi publicada a DN 128/2008, onde os prazos para regularização foram prorrogados. Desta maneira, o Município de Nova Lima foi relacionado no Grupo 3, conforme a Tabela 3 abaixo. Tabela 3 - Prazos para formalização dos processos de Regularização Ambiental do sistema de tratamento de esgotos.

Critérios (população Classe DN nº de % da pop. Grupo FCEI* LP+ LI LO urbana, censo 2000) 74/2004 mun. Estado

50mil ≤ pop. ≤ 150mil 3 3 26 - 30/11/2008 30/09/2010 13,26 ind.atend.esgotos < 70% *FCEI: Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento Fonte: DN COPAM números 96/2006 e 128/2008, adaptada pela empresa consultora. Tabela 4 - Relação dos municípios do grupo 3.

Município Pop. urbana/2000 Pop. urbana/2020

Alfenas 62 148 83 707 Araxá 77 743 104 712 62 338 83 963 60 482 81 463 59 197 79 732

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Município Pop. urbana/2000 Pop. urbana/2020

Formiga 55 597 74 884 Ibirité 132 335 178 242 Itajubá 76 986 103 692 Janaúba 53 891 72 586 74 296 100 069 Manhuaçu 52 106 70 182 Nova Lima 63 035 84 902 56 292 75 820 Pará de Minas 67 993 91 580 Paracatu 63 014 84 874 Patos de Minas 111 333 149 954 63 000 84 855 Poços de Caldas 130 826 176 210 Sabará 112 694 151 788 São João del Rei 73 785 99 381 São Sebastião do Paraíso 51 962 69 988 Teófilo Otoni 102 812 138 477 Timóteo 71 310 96 047 Três Corações 58 419 78 685 Ubá 76 687 103 290 75 213 101 304 Fonte: DN COPAM número 96 / 2006. Mesmo com a prorrogação do prazo para as regularizações, os municípios não regularizaram sua situação, como também foi o caso de Nova Lima. Preocupado com o não cumprimento à legislação ambiental, por parte do Município, O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Nova Lima, 15 de abril de 2011, assinou um Termo de Compromisso com a Prefeitura Municipal de Nova Lima. O termo de compromisso estabeleceu como objeto a implantação, pelo Município, do sistema completo de coleta e tratamento do esgotamento sanitário, contemplando, entre outros equipamentos, redes coletoras e interceptores, estações elevatórias de esgoto bruto e estações de tratamento de esgotamento sanitário, que atenda todos os bairros do Município não contemplados por tratamento de esgoto sanitário, em até 12 (doze) meses. Em 24 de janeiro de 2014, o Ministério Público cobrou o não cumprimento de alguns itens do Termo de Compromisso não cumpridos pela Prefeitura Municipal. O referido Termo de Compromisso, resumidamente, estabelece que a Prefeitura Municipal deveria cumprir as seguintes obrigações, contadas a partir da data da sua assinatura: . Em 12 (doze) meses apresentar os projetos técnicos dos sistemas de esgotamento sanitário;

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. Em 36 (trinta e seis) meses implantar 100% dos sistemas projetados; . Em 48 (quarenta e oito) meses colocar todos os sistemas implantados em operação; . Em 12 (doze) meses implementar melhorias nos sistemas existentes; . Providenciar todos os procedimentos de licenciamento ambiental junto aos órgãos estaduais, antes de iniciar as obras; . No prazo de 10 (dez) anos, promover a substituição dos sistemas individuais (estáticos), por sistemas públicos de coleta e tratamento de esgoto (dinâmicos), onde não for tecnicamente viável a implantação de soluções individuais (estáticas) de tratamento. Onde for tecnicamente viável a implantação de sistemas individuais (estáticos) de tratamento, esta viabilidade deverá ser atestada por laudo e Anotação de Responsabilidade Técnica; . No prazo de 12 (doze) meses, apresentar o cadastro dos sistemas coletores públicos e sistemas individuais existentes, com cronograma de substituição das soluções individuais conforme item anterior; . O termo de Compromisso estabelece que a Prefeitura Municipal poderá aprovar a adoção de soluções individuais (estáticas) para unidades unifamiliares, desde que tecnicamente viável e em lotes com área mínima de 1000 m². O cumprimento das metas estabelecidas pelo Termo de Compromisso é desejável, mas de difícil execução dentro dos prazos estabelecidos pelo Termo de Compromisso, tendo em vista que principalmente a execução de projetos do porte necessário ao Município de Nova Lima para atingir a universalização no eixo esgotamento sanitário, depende de financiamento, normalmente público. Vale destacarmos inicialmente, que a limitação do uso de soluções individuais (estáticas) para unidades unifamiliares em lotes com área mínima de 1000 m² merece uma discussão mais aprofundada com a área técnica da prefeitura, uma vez que mesmo com a ampliação e/ou implantação de sistemas públicos e coletivos de esgotamento sanitário, em muitos casos as soluções individuais continuarão sendo a única solução, mesmo que em muitos casos, solução provisória. No decorrer deste trabalho verificaremos as metas já cumpridas pelo Município e na fase de prognóstico deste Plano Municipal de Saneamento deveremos estabelecer os mecanismos para atingir o estabelecido. Vale destacar que a Câmara Municipal de , solicita através de ofício encaminhado para a Prefeitura de Nova Lima, providências no sentido de evitar que continue a ocorrer a contaminação do Rio das Velhas por efluente de esgoto doméstico gerado no Município de Nova Lima, a montante do Município de Raposos, pelo Rio das Velhas.

2.2 - ATENDIMENTO E COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO

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SANITÁRIO Como foi dito acima, para melhor entendermos o que ocorre na área do Município, relativo ao eixo esgotamento sanitário, analisaremos separadamente os sistemas sob concessão da COPASA e SAMOTRACIA, os sob administração direta da Prefeitura Municipal e os sistemas existentes nos bairros.

2.2.1 - Sistemas sob a Concessão da COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais A relação entre o Município de Nova Lima e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais é iniciada com a assinatura do primeiro contrato de concessão, em 09 de agosto de 1977. Inicialmente esta concessão atendia apenas o abastecimento de água da sede do Município. Após a leitura de cinco termos aditivos ao contrato original assinado pela Prefeitura Municipal de Nova Lima com a concessionária pública do Estado de Minas Gerais constatamos que a concessão dos serviços prestados pela COPASA no Município encerra em fevereiro de 2028. Portanto, os serviços concedidos para a concessionária estão em plena vigência. Como a expansão urbana do Município ocorreu mais recentemente na região do Vale do Mutuca e no entorno da BR 040, o Município precisou recorrer a Companhia de Saneamento Estadual para atender parte da grande demanda gerada por serviços de saneamento. Somente em fevereiro de 1998, com a assinatura do 2º termo aditivo, surge a primeira concessão para serviços de esgotamento sanitário. O bairro Jardim Canadá, a partir desta data, será atendido no que se refere ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, pela COPASA. No mesmo documento, a Prefeitura Municipal se compromete a melhorar as condições das soluções individuais existentes na localidade, até que a Companhia consiga atender a área concedida com sistema público de coleta e tratamento. Nova ampliação na concessão dos serviços de esgotamento sanitário para a COPASA ocorreu somente em 2012, com a ampliação do atendimento nos serviços de água e esgoto, nas seguintes localidades, compreendidas na região conhecida como Vale do Mutuca: Vale do Sereno, Vila da Serra, Jardinaves, Jardim das Mangabeiras, Jardim da Torre e Piemonte. Também nesse aditivo foi estendido o atendimento para o esgotamento sanitário na localidade de Vale do Sol, região de expansão populacional no entorno da BR 040. Localidade onde o serviço de abastecimento de água já havia sido concedido para a Companhia de Saneamento em aditivo anterior. A COPASA se subordina à fiscalização e regulação da Agência Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto de Minas Gerais. Em todo o Município de Nova Lima, apenas os bairros Vale do Sereno, Vila da Serra, Jardinaves, Jardim das Mangabeiras, Jardim da Torre, Piemonte, Jardim Canadá e Vale do Sol estão sujeitos à fiscalização da Agência Reguladora Estadual para o eixo esgotamento sanitário.

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Atualmente, encontra-se em elaboração pela COPASA, no âmbito da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH, os Planos Diretores de Abastecimento de Água, de Esgotos Sanitários, de Tratamento e Disposição Final dos Lodos e demais Resíduos Produzidos pelos Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotos Sanitários, e de Preservação e Recuperação de Vegetação Nativa das Áreas de Preservação Permanente, com projeções até o ano de 2035. O principal objetivo do Plano Diretor é a avaliação das condições atuais e futuras da evolução de demanda em suas áreas constituintes, permitindo um adequado planejamento na posição das unidades de produção e instalação das estruturas hidráulicas de reservação e distribuição de água ao longo do referido período, bem como planejamento dos recursos efetivamente necessários para sua implantação. Segundo informações da COPASA, temos as seguintes extensões, Tabela 7 de redes coletoras instaladas nos bairros sob sua concessão. Tabela 5 - Extensões de redes de esgoto COPASA em Nova Lima. Extensão, em Diâmetro, em Tipo de Rede Material metros mm PVC, manilha cerâmica e ferro Coletora 47.982,25 100 a 300 fundido Interceptora 2.758,90 300 a 5OO PVC, concreto e polietileno Linha de 1.471,63 75 e 150 Ferro fundido recalque Fonte: COPASA, 2015.

Em termos de indicadores, tem-se os valores listados na Tabela 6 abaixo relacionada. Tabela 6 - Listagem de indicadores de saneamento.

Indicadores Unidade de medida Quantidade Ligações ativas de água Ligação 27.664 Ligações ativas de esgoto Ligação 2.443 Ligações de esgoto total Ligação 2.633 m³ 821.414 Volume de água disponibilizado (distribuído) Volume de água utilizado (consumido) m³ 522.405 Volume disponibilizado unitário m³ 21,71 Volume utilizado unitário m³ 13,81 Fonte: COPASA, 2015.

A COPASA, mesmo não tendo concessão para a exploração do sistema de esgotamento sanitário na localidade de Bela Fama, projetou ume estação elevatória de esgoto e linha de recalque para afastar o efluente de ponto à montante da captação do sistema da ETA Rio das Velhas. No Anexo I pode-se verificar a existência de outros pontos de lançamento de esgoto in natura à montante da capitação, estes pontos (mapa do Anexo I) foram localizados a partir da sobre posição das redes de drenagem e redes de esgoto cloacal e da identificação dos pontos onde estas se intersecionam.

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Figura 1 - Localização da EEE Bela Fama. Fonte: Google, 2015. Tabela 7 - Características da EEE Bela Fama. Unidades Bela Fama Endereço Rua Levindo Wanderley, 600, bairro Honório Bicalho Tipo de bombas Submersível Número de bombas 2 Potência instalada (cv) 1,5 Altura manométrica (m.c.a.) 9,89 Energia consumida (Kwh) Prefeitura de Nova Lima Diâmetro recalque (mm) 75 Extensão (m) 250 Material recalque PVC Medidor de vazão instalado Não Vazão de recalque (l/s) 3,0 Automatização do poço Sensor de nível Sistema de partida Compensada Retenção de resíduo Cesto Sistema de içamento CMBs Sarrilho Urbanização Sim Combate de odores Não Fabricante ABS Coordenadas UTM X=622016,782 Y=7786255,113 Fonte: COPASA.

2.2.1.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário no Vale do Sereno Segundo informação obtida em planilha originada do sistema COPAGIS, na região do Vale do Sereno, temos instalados 10.604,98 metros de rede coletora de esgoto, do tipo separador absoluto, na região

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do Vale do Sereno. Também recebemos croqui com levantamento de rede existente na localidade, ainda não cadastrada no Sistema COPAGIS, onde verificamos a existência de mais 8.320 metros de rede coletora instalada. Podemos afirmar então que, atualmente, a COPASA possui 18.924,98 metros de rede coletora instalada na localidade. Ver distribuição da rede no Anexo II. Segundo informação colhida no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Nova Lima, MG - Diagnóstico, 2006, a necessidade da construção de uma primeira Estação de Tratamento de Esgotos no Vale do Sereno, hoje fora de uso, se deu em razão da existência de hospitais na região e a consequente necessidade de tratar seus efluentes. A região contava com duas estações de tratamento de esgotos, uma localizada na Vila da Serra, com capacidade para tratar 4,2 l/s de esgoto, que atualmente não se encontra em serviço e outra estação, denominada ETE Vale do Sereno, dimensionada para atender uma vazão máxima de 25 l/s e graças a grande expansão populacional ocorrida recentemente na região de cobertura, chegou a receber até 55 l/s. Hoje recebe 36 l/s, conforme Tabela 8. Tabela 8 - Características da ETE Vale do Sereno. Informações ETE Vale do Sereno Tratamento primário, reator anaeróbio, filtro Tipo de Tratamento biológico percolador e decantador secundário. Vazão de projeto (l/s) 25 Vazão atual (l/s) 36 Custo produtos químicos (R$/mês) Encapsulador odor e Cal - 111.231,91 Consumo de energia (Kwh) 2880,00 Fonte: DVTE/COPASA/2015. O tratamento na ETE Vale do Sereno é composto pelo seguinte fluxo: gradeamento (tratamento preliminar), reator UASB, Filtro Biológico Percolador, Decantador Secundário, queimador de gases e secagem mecanizada de lodo. O efluente da ETE é lançado no corpo receptor localizado ao lado das instalações da ETE, denominado Córrego Rabelo. O lodo gerado pela ETE, aproximadamente 36 m³, por semana é encaminhado para depósito no aterro sanitário de Macaúbas localizado no Município de Sabará, vizinho de Nova Lima. Atualmente, como foi constatado nas informações colhidas nas visitas técnicas realizadas na região e conforme a Tabela 8, o sistema opera muito além da sua capacidade. Esta situação provoca a liberação de odor desagradável que incomoda quem se desloca nos dois sentidos, entre Belo Horizonte e Nova Lima, pela MG 030 e principalmente os moradores e profissionais da região. As reclamações são constantes praticamente desde o início da operação da ETE, gerando diversas reportagens nos meios de comunicação da região e pedidos de providências às autoridades da Companhia de Saneamento, Prefeitura Municipal e Ministério Público. Dentre as providências tomadas pela COPASA para resolver o problema de dimensionamento da ETE,

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foi a construção de uma EEE, Estação Elevatória de Esgoto, com capacidade para deslocar30 l/s, até poço de visita, PV, da rede coletora da capital, onde se desloca, por gravidade até a ETE Arrudas, localizada em Sabará, Município vizinho a Belo Horizonte e Nova Lima, relativamente próxima ao Município de Nova Lima. Esta estação elevatória já se encontra em operação, pelo que constatamos em visita técnica e, segundo informações da COPASA, atualmente direciona para a ETE Arrudas, uma vazão aproximada de 15 l/s. Não identificamos no COPAGIS a delimitação da linha de recalque até o PV existente no Município de Belo Horizonte, de onde o esgoto prossegue até a ETE Arrudas por gravidade. Ainda sobre a interligação do sistema coletor de esgotos da localidade até a ETE Arrudas, consideramos a solução positiva por duas questões principais: - a região é muito próxima de Belo Horizonte e da rede coletora existente em Belo Horizonte; - o corpo receptor que recebe o efluente tratado da ETE do Vale do Sereno provavelmente não comporta a vazão atual gerada na área onde já existe coleta de esgoto COPASA em funcionamento. O mesmo corpo receptor recebe atualmente a descarga de outra estação de tratamento, que atende parte do bairro Vale dos Cristais. Tabela 9 - Características da EEE do Vale do Sereno. Unidades Vale do Sereno Endereço Alameda do Morro, 392, Vila da Serra Tipo de bombas Submersível Número de bombas 2 Potência instalada (cv) 35 Altura manométrica (m.c.a.) 46,64 Energia consumida (Kwh) 6000 Diâmetro recalque (mm) 200 Extensão (m) 686,6 Material recalque PEAD Medidor de vazão instalado Não Vazão de recalque (l/s) 30 Automatização do poço Sensor de nível Sistema de partida Inversor Retenção de resíduo Cesto Sistema de içamento CMBs Talha Urbanização Sim Combate de odores Sim Fabricante SULZER Coordenadas UTM X=611602,306 Y=7790608,313 Fonte: COPASA.

Ainda percebe-se maus odores nos arredores da ETE, que mesmo com a ativação da estação elevatória, continua em operação. Observa-se, mesmo com a redução alegada de vazão de esgoto,

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para tratamento na ETE Vale do Sereno que o problema com os fortes odores exalados nos arredores persiste. A disposição da rede coletora existente pode ser visualizada no Anexo II deste relatório.

Figura 2 - Localização do sistema de esgotamento COPASA existente no Vale da Sereno. Fonte: Google Earth, 2015.

Figura 3 - ETE Vale do Sereno - COPASA existente no Vale do Mutuca. Fonte: Google Earth, 2015.

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Figura 4 - Localização da EEE e ETE Arrudas em relação à ETE Vale do Sereno. Fonte: Google Earth, 2015.

2.2.1.1.1 - Estação de Tratamento de Esgoto Arrudas, Belo Horizonte A ETE Arrudas, localizada no município de Sabará trata os esgotos provenientes da bacia do ribeirão Arrudas que abrange parte dos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima e . A capacidade de tratamento da estação e de 3.375 L/s com previsão de ampliação para 4.500 L/s. Atualmente a ETE trata 2.500 L/s com eficiência de 90% em remoção de matéria orgânica. O processo de tratamento adotado pela ETE Arrudas é o de Lodo Ativado Convencional, composto pelas etapas: tratamento preliminar, tratamento primário, tratamento secundário e tratamento do lodo. No tratamento preliminar é retirado o material grosseiro presente no esgoto bruto. Após esta etapa o esgoto é encaminhado para o tratamento primário onde ocorre a remoção dos sólidos sedimentáveis, gerando o lodo primário. O efluente é destinado ao tratamento secundário cujo processo utilizado é o de lodo ativado, que caracteriza-se pela elevada concentração de microrganismos ativos no reator. No processo de lodos ativados, a estabilização da matéria orgânica é realizada aerobicamente, com introdução de oxigênio. 0 efluente dos reatores é direcionado aos decantadores secundários onde ocorre a separação sólido/líquido, sendo que o lodo biológico sedimentado no fundo destes é recalcado novamente aos reatores. Para manutenção de uma adequada relação alimento/microrganismos nos reatores é necessária a remoção de parte do lodo gerado no sistema, sendo denominado lodo excedente. O efluente já tratado é encaminhado para o ribeirão Arrudas. O tratamento do lodo é composto por adensadores por gravidade, flotadores por ar dissolvido, digestores anaeróbios e desidratação mecânica. Nos adensadores, o lodo primário é sedimentado e adensado pela ação da gravidade e posteriormente encaminhado para os digestores. Nos flotadores, o lodo excedente é adensado pelo arraste ascendente, promovido pela liberação de

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bolhas de ar dissolvidas na massa de água; o lodo flotado é encaminhado para os digestores. A digestão anaeróbia é o processo pelo qual se estabiliza a matéria orgânica presente nos lodos frescos. O lodo estabilizado é encaminhado ao digestor secundário de onde é encaminhado para desidratação. A desidratação do lodo é realizada mecanicamente pela utilização de centrífugas, que faz com que ocorra a separação dos sólidos da fase líquida; o lodo desidratado é encaminhado para o aterro sanitário. Durante este último processo são consumidos em média 4.500 kg por mês de polímero, único produto químico utilizado na estação com custo médio de cerca de R$ 45.000,00 por mês. A ETE Arrudas possui também um sistema de cogeração de energia elétrica que aproveita o poder calorífico do biogás produzido durante a digestão anaeróbia do lodo para geração de energia elétrica que é utilizada integralmente na própria planta. Em média são consumidos 2000 kW/h sendo que 40% deste valor é produzido pela Cogeração. Tabela 10 - Características da ETE Arrudas. Informações ETE Arrudas Lodo ativado, tratamento primário, Tipo de Tratamento tratamento secundário e tratamento de lodo. Vazão de projeto (l/s) 3375 Vazão atual (l/s) 2500 Custo produtos químicos (R$/mês) Polímeros - 45.000,00 Consumo de energia (Kw/h) 2000,00 Fonte: DVTE/COPASA/2015.

Figura 5 - Estação de Tratamento de Esgoto Arrudas - COPASA. Fonte: Google Earth 2015. A seguir, constam os registros fotográficos obtidos nas visitas técnicas realizadas ao sistema administrado pela COPASA existente no Vale da Mutuca.

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Foto 1 - Placa de Identificação da ETE. Foto 2 - Chegada do esgoto na ETE. Fonte: Fonte: MJ Engenharia. MJ Engenharia.

Foto 3 - Chegada no tratamento preliminar. Fonte: MJ Engenharia. Foto 4 - UASB. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 5 - Filtro Biológico Percolador. Fonte: Foto 6 - Filtro Biológico Percolador. Fonte: MJ Engenharia. MJ Engenharia.

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Foto 7 - Desidratação Mecânica. Fonte: MJ Foto 8 - Queimador de gases. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 10 - Córrego Rabelo, a jusante do Foto 9 - Lançamento efluente no Corpo ponto de lançamento. Fonte: MJ Receptor. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 11 - Vista da EEE que eleva esgoto para Foto 12 - Vista interna da EEE. Fonte: MJ a ETE Arrudas. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

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Foto 13 - Detalhe de bomba submersa. Foto 14 - Detalhe de cesto. Fonte: MJ Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

2.2.1.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário na Região da BR 040 - Jardim Canadá e Vale do Sol 2.2.1.2.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário Vale do Sol Vale do Sol não possui estação de tratamento de esgoto e linha de recalque até a estação de tratamento existente em Jardim Canadá. Identificamos um trabalho elaborado pela COPASA, onde é apresentado um traçado de rede sobreposto em imagem de satélite, conforme abaixo. Não foi constatada a existência de rede coletora na localidade, embora alguns moradores do bairro afirmem existir parte da rede coletora instalada embora não esteja sendo utilizada.

Figura 6 - Projeção da rede existente sobre imagem de satélite. Fonte: Tradicional Topografia e Engenharia. Posteriormente, quando da apresentação do projeto conceitual contratado pela Prefeitura

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Municipal, será possível demonstrar que foi contratada a elaboração de projeto técnico de rede coletora, estação elevatória de esgoto e linha de recalque para levar o efluente de Vale do Sol até o sistema existente em Jardim Canadá. O Município busca recursos, executa e entrega o sistema para a gestão da concessionária.

2.2.1.2.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário Jardim Canadá Verificamos nas visitas técnicas, a existência de sistema, com rede coletora do tipo separador absoluto e tratamento, em parte do Bairro denominado Jardim Canadá. A concessão para a exploração dos serviços de água e esgoto pela COPASA no Jardim Canadá existe desde fevereiro do ano de 1998. O sistema de esgotamento do Jardim Canadá, segundo informação obtida no sistema COPAGIS, conta com 40.906 metros de rede coletora instalada, sendo que 28.890 metros de rede estão em pleno funcionamento, compreendendo as bacias hidrossanitárias 1, 3 e 4. Existem 12.016 metros de rede instalada, na região da bacia hidrossanitária 2, até a presente data fora de funcionamento devido a inexistência de Estação Elevatória de Esgoto construída, conforme vemos na figura abaixo. Após analisarmos a projeção do sistema existente no Bairro Jardim Canadá, podemos afirmar que o Bairro possui uma área total habitada de 283,40 hectares, sendo: 173,34 hectares atendidos por rede coletora de esgoto em funcionamento, 72,26 hectares com rede coletora de esgoto instalada sem transportar esgoto para a ETE por falta de Estação Elevatória e 37,8 hectares sem cobertura de sistema de esgotamento sanitário público. Podemos verificar mais detalhadamente e com maior precisão as bacias hidrossanitárias e a distribuição das redes coletoras de esgoto existentes no Bairro Jardim Canadá, no Anexo III deste relatório. A partir de um estudo das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Administração Regional Noroeste, da Prefeitura Municipal de Nova Lima, foram delimitadas quatro bacias hidrossanitárias no Jardim Canadá, conforme figura abaixo:

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Figura 7 - Sistema de esgotamento sanitário COPASA, Jardim Canadá. Fonte Google Earth, 2015. Foi possível verificar, também com o auxílio de funcionários da regional da COPASA, que a rede coletora em funcionamento atende as bacias hidrossanitárias 1, 3 e 4. O esgoto coletado se desloca, por gravidade em toda a bacia hidrossanitária 1 até o ponto mais baixo da mesma, de onde é recalcado, a partir de Estação Elevatória de Esgoto, até a ETE. A bacia hidrossanitária 2 tem rede coletora instalada em parte da sua área, no entanto esta rede não se encontra em funcionamento por não ter sido instalada ainda uma nova estação elevatória de esgoto, sendo um dos principais problemas observados junto à comunidade o lançamento de esgotos domésticos e industriais na rede coletora pluvial existente, que invariavelmente leva o esgoto ao Córrego Fechos, utilizado pela Companhia de Saneamento como uma das fontes de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte. É possível visualizar melhor a situação atual do sistema de esgotamento sanitário existente no bairro Jardim Canadá no Anexo III deste relatório. A comunidade de Jardim Canadá tem reclamado rotineiramente do funcionamento da ETE e da contaminação do córrego Fechos. A COPASA, por sua vez afirma ter estudado a possibilidade de reverter os efluentes do Bairro até a estação de tratamento de Arrudas. Entretanto, no documento Comunicação Externa Nº 243/2015-PRE, informa que a reversão para Arrudas não é viável e que concluiu que a solução para o esgoto dos sistemas de Jardim Canadá e Vale do Sol será a ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos existente em Jardim Canadá.

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Tabela 11 - Características da EEE Jardim Canadá. Unidades Jardim Canadá

Endereço Rua Rainha Elizabeth, 78 – Jardim Canadá

Tipo de bombas Submersível Número de bombas 2 Potência instalada (cv) 20 Altura manométrica (m.c.a.) 30,7 Energia consumida (Kwh) 6000 Diâmetro recalque (mm) 160 Extensão (m) 928,45 Material recalque PEAD Medidor de vazão instalado Não Vazão de recalque (l/s) 17,20 Automatização do poço Sensor de nível Sistema de partida Inversor Retenção de resíduo Cesto Sistema de içamento CMBs Talha Urbanização Sim Combate de odores Não Fabricante ESCO Coordenadas UTM X=606.373,546 Y=7.780.440,869 Fonte: COPASA.

A Prefeitura Municipal, em cumprimento ao que foi ajustado no contrato com a COPASA, trabalha insistentemente na localidade notificando as ligações irregulares domésticas e industriais, exigindo os ajustes necessários para as ligações à rede existente e instalando sistemas de tratamento individuais adequadas, onde a rede coletora ainda não foi implantada. Outro problema enfrentado pela Companhia de Saneamento, em Jardim Canadá é a contribuição de esgoto industrial, proveniente dos diversos estabelecimentos existentes no bairro. O recebimento em conjunto dos efluentes não domésticos (industriais) no sistema de esgotamento sanitário pode trazer vários problemas operacionais seja no sistema coletor, seja na ETE. As principais ocorrências estão relacionadas aos fenômenos de corrosão (associados ao pH, sulfatos e sulfetos), assoreamento (associado a sólidos sedimentáveis), entupimentos (associado a sólidos e óleos e graxas) e risco de explosões (solventes e óleos e graxas). Existe ainda o risco de inibição do processo biológico das ETE's e até mesmo a morte das bactérias responsáveis pelo tratamento. Substâncias como metais pesados, arsênio, cianetos, fenóis, substâncias bactericidas, compostos orgânicos persistentes interferem de forma negativa nos sistemas biológicos de tratamento de esgotos. Além disso, os efluentes não domésticos podem influenciar na composição do lodo a ser descartado, alterando a viabilidade de aproveitamento do mesmo ou as condições para disposição final do

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mesmo. A COPASA classifica os efluentes em Domésticos e Não Domésticos, sendo que este último é o resíduo líquido resultante de atividades industriais, comerciais ou de prestação de serviços. Visando controlar o recebimento dos efluentes não domésticos, a COPASA MG possui o PRECEND - Programa de Recebimento e Controle dos Efluentes Não Domésticos, sendo o seu principal objetivo resguardar todo o sistema de esgotamento sanitário e a segurança e saúde dos seus funcionários. Conforme estabelecido na Resolução Normativa nº 040, de 03 de outubro de 2013 da ARSAE-MG, os efluentes não domésticos a serem lançados na rede coletora de esgoto deverão atender aos padrões de qualidade determinados em norma especifica da COPASA e, além disso, o gerador do efluente é o responsável pelo tratamento prévio dos mesmos, caso estes não possam ser lançados in natura na rede coletora de esgoto. Todo o trabalho do PRECEND é balizado pela Norma Técnica T.187/4 homologada pela ARSAE-MG, disponível no site da COPASA, que estabelece as condições e critérios para o lançamento de efluentes no sistema de esgotamento sanitário da COPASA. Entretanto, é importantíssima a atuação das Secretarias de Meio Ambiente Municipais exigindo das empresas o ingresso no PRECEND, pois a COPASA não tem o poder de polícia. Nas Prefeituras de Belo Horizonte, Contagem e já trabalharam de forma conjunta há alguns anos e o programa vem funcionando muito bem. Segundo a COPASA, em Nova lima, apesar de algumas tentativas, mesmo as empresas que assinaram o contrato com a COPASA, ainda não atendem às exigências do PRECEND. A estação de tratamento de esgoto do Jardim Canadá, situa-se na margem esquerda da BR 040, sentido Nova Lima/Ouro Preto, próximo a Estação Ecológica de Fechos. O fluxo de tratamento é composto da seguinte forma: Gradeamento (tratamento preliminar), 3 Reatores UASB (1 fixo e 2 móveis em regime de trabalho permanente), 2 filtros biológicos percoladores, 2 decantadores secundários e 2 células de leito de secagem. A capacidade atual de tratamento da ETE Jardim Canadá é hoje de 10 l/s. Existe, instalado após o fluxo de tratamento, um sistema de desinfecção do efluente tratado por ultravioleta. No entanto este sistema não se encontra em funcionamento. O efluente tratado na ETE é lançado no corpo receptor denominado Córrego Fundo, importante contribuinte do Córrego Fechos.

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Tabela 12 - Características da ETE Jardim Canadá. Informações ETE Jardim Canadá Tratamento primário, reator anaeróbio, filtro Tipo de Tratamento biológico percolador e decantador secundário. Vazão de projeto (l/s) 9,5 Vazão atual (l/s) 19 Custo produtos químicos (R$/mês) Cal - 131,04 Consumo de energia (Kwh) 5469,00 Fonte: DVTE/COPASA, 2015.

Foto 15 - EEE Jardim Canadá - Bacia Foto 16 - Gerador de energia da EEE hidrossanitária 1. Fonte: MJ Engenharia. Jardim Canadá. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 18 - Características do gerador. Foto 17 - Quadro de comando do gerador. Fonte: MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia.

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Foto 19 - Vista das duas bombas da EEE. Fonte: Foto 20 - Outra vista das bombas da MJ Engenharia. EEE. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 22 - Características das bombas. Foto 21 - Poço de sucção da EEE. Fonte: MJ Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 24 - Sistema de automatização e Foto 23 - Quadro de comando e automatização. controle da EEE. Fonte: MJ Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

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Foto 25 - Entrada da ETE Jardim Canadá. Foto 26 - Distribuição e gradeamento. Fonte: MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 27 - Ao fundo vista do UASB principal. Foto 28 - Vista dos dois reatores UASB Fonte: MJ Engenharia. móveis. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 29 - Filtro biológico percolador em Foto 30 - Detalhe do filtro biológico operação. Fonte: MJ Engenharia. percolador. Fonte: MJ Engenharia.

MJ ENGENHARIA 27 27 Rua Dr. Vale, 60/501 - Floresta - Porto Alegre/RS, CEP 90.560-010 Tel/Fax:(51) 3013-5793 - CNPJ: 04.233.732/0001-82

Foto 32 - Vista dos decantadores Foto 31 - Vista dos dois decantadores secundários em carga. Fonte: MJ secundários. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 33 - Vista dos leitos de secagem. Foto 34 - Sistema de desinfecção por Fonte: MJ Engenharia. ultravioleta fora de uso. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 35 - Laboratório. Fonte: MJ Foto 36 - Quadros de comando. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

MJ ENGENHARIA 28 28 Rua Dr. Vale, 60/501 - Floresta - Porto Alegre/RS, CEP 90.560-010 Tel/Fax:(51) 3013-5793 - CNPJ: 04.233.732/0001-82

Foto 37 - Saída do efluente tratado. Fonte: Foto 38 - Lançamento do efluente no corpo MJ Engenharia. receptor. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 39 - Vista do Córrego Seco. Fonte: MJ Foto 40 - Vista do Córrego Seco a jusante Engenharia. do lançamento. Fonte: MJ Engenharia.

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Foto 41 - Ponto de escoamento da

drenagem do Jardim Canadá em direção a área de Fechos. Lado direito da BR 040, Foto 42 - Lançamento de esgoto pelo sentido BH - Ouro Preto. Fonte: MJ pluvial no córrego Fechos, do outro lado da Engenharia. BR 040. Fonte: MJ Engenharia.

2.2.1.3 - Informações Gerais dos Serviços de Esgoto Prestados Pela COPASA em Nova Lima - SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) As informações indiretas, obtidas do SNIS, Sistema Nacional de Informações de Saneamento, mantido pelo Ministério das Cidades nos indicam dados semelhantes aos apresentados pela Concessionária Estadual para a Prefeitura Municipal de Nova Lima. Verificamos, por exemplo, uma variação para maior, de menos de 1 km de extensão de rede de esgotos, em relação ao ano de 2012, pode-se considerar esta diferença insignificante. As informações obtidas diretamente da concessionária são melhor detalhadas, por sistema.

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Tabela 13 - Informações históricas sobre os sistemas de esgotamento sanitário operados pela COPASA, em Nova Lima. Volume de Volume de População População total Quantidade População Quantidade de Extensão da esgotos esgotos urbana atendida com de ligações Ano Prestadores Serviços total do economias ativas rede de coletado tratado total do esgotamento ativas de município de esgotos esgotos (km) (1.000 m³ (1.000 m³/ município sanitário esgotos /ano) ano) 2012 COPASA Água e Esgoto 83.507 81.686 14.918 2.366 5.332 51,45 599,76 599,76 2011 COPASA Água e Esgoto 82.273 80.479 11.989 2.195 4.396 50,88 494,09 494,09 2010 COPASA Água e Esgoto 80.998 79.232 9.225 1.914 3.457 48,13 393,84 393,84 2009 COPASA Água e Esgoto 76.608 74.862 8.183 1.622 3.034 47,71 322,56 322,56 2008 COPASA Água e Esgoto 75.530 73.808 6.611 1.393 2.497 30,18 183,01 183,01 2007 COPASA Água e Esgoto 72.207 70.561 3.353 822 1.001 23 48,29 48,29 Fonte: IBGE / SNIS.

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Segundo a COPASA, em janeiro de 2015, havia um percentual entre a população residente e o número de economias ativas para o abastecimento de água de 30,12% (Nota: número de economias de água em relação à população existente). O percentual entre a população residente e o número de economias ativas para o esgotamento sanitário é de 6,61%. Tabela 14 - Número de ligações, por tipo.

Tipo de Ligação de Esgoto Unidade de medida Quantidade

Residencial Ligação 1.322 Comercial Ligação 564 Industrial Ligação 167 TOTAL 2.053 Fonte: COPASA, 2015. 2.2.2 - Sistema sob a Concessão da Empresa SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos, Ltda. A empresa SAMOTRACIA Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda, possui o contrato de concessão para os serviços de água e esgoto na área urbana de Alphaville, Lagoa dos Ingleses, contrato de concessão número 039/2002, de 01/02/2002, regulamentado pelo Decreto Municipal número 2220/2004. A concessão tem validade de 30 anos.

Figura 8 - Localização do bairro Alphaville. Fonte: Google Earth, 2015. A concessão prevê exclusividade na prestação dos serviços de água e esgoto da localidade, a única obrigação que o poder público assume perante a empresa é a disponibilização de espaço no aterro

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sanitário, classe II, para destino final dos lodos gerados no tratamento de esgoto. A empresa não é regulada e fiscalizada pela ARSAE, Agência Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto do Estado de Minas Gerais, embora utilize os valores das tarifas da COPASA, aprovados pela agência para atualizar sua tabela. Não consta no SNIS, Sistema Nacional de Informações em Saneamento informação sobre este sistema. A Prefeitura Municipal recebe semestralmente relatórios gerenciais da SAMOTRACIA, onde a empresa presta contas das atividades prestadas, nas áreas de água e esgoto, naquele período. Não temos conhecimento do tipo de análise feita pelos técnicos da Prefeitura Municipal na documentação apresentada pela SAMOTRACIA.

2.2.2.1 - Sistema Público de Coleta de Esgoto em Alphaville O sistema de esgotamento sanitário existente em Alphaville consiste basicamente em rede coletora do tipo separador absoluto que se desloca, por gravidade até as onze estações elevatórias de esgoto instaladas para deslocar os efluentes gerados até a Estação de Tratamento. A empresa não forneceu o número de ligações de esgoto existente, mas nas visitas técnicas realizadas foi possível constatar que a rede coletora cobre toda a delimitação de lotes, permitindo que se conclua que o número de ligações à rede pública coletora de esgoto seja de 100%. Esta conclusão se confirma com a complementação de informações feita pela SAMOTRACIA, onde é afirmado que a rede tem capacidade de atendimento de 100% de ocupação do empreendimento Alphaville Lagoa dos Ingleses, fases I e II, uma população aproximada de 15.000 habitantes. A rede coletora, hoje de extensão total de quase 24.000 metros, Tabela 15, tomando-se por base a data da concessão, ano de 2002 está em plena vida útil. Tabela 15 - Informações sobre o tipo de rede coletora instalada.

Diâmetro (mm) Tipo de Material Extensão (m) 50 PVC - PBA - JE 3.436,34 150 PVC - PBA - JE 14.726,26 150 Tubo cerâmico 3.815,81 200 PVC - PBA - JE 878,00 200 Tubo cerâmico 425,05 300 Ferro fundido 426,00 Total 23.707,46 Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda.

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2.2.2.2 - Ligações à Rede Coletora de Esgoto A SAMOTRACIA faz a fiscalização na rede para a verificação de ligações na rede pluvial. O Decreto Municipal nº 2.220/2004 veda a conexão da rede pluvial na rede coletora de esgoto. Segundo informação da empresa SAMOTRACIA, as ligações ativas na rede coletora existente se dá conforme a Tabela 16, abaixo. Tabela 16 - Ligações à Rede Coletora de Esgoto.

Tipo de ligação Número de ligações

Residencial 768 Comercial 24 Industrial 156 Pública 09 TOTAL 957 Fonte: SAMOTRACIA, 2015. Tabela 17 - Características das Linhas de Recalque.

Diâmetro (mm) Material Extensão (m) 50 PVC/PBA/JE 3.436,34 150 PVC/PBA/JE 14.726,26 150 TUBO CERÂMICO 3.815,81 200 PVC/PBA/JE 878,00 200 TUBO CERÂMICO 425,05 300 FERRO FUNDIDO 426,00 Fonte: SAMOTRACIA, 2015.

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Tabela 18 - Estações elevatórias de esgoto. Estação Elevatória Localização Função Especificação Bombas de Esgoto Orla da Lagoa - Town 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo, Nemo, NM 063, vazão 22,57 m³/h; 5 cv; 220 volts, Bombear esgoto das Town Houses EEE 01 Houses trifásico. 1 bomba submersível de impulsores anti-entupimentos e auto-limpantes Flygt, NP 3153.SH; 23 cv; Orla da Lagoa - Bombear fluxos da EEE 01, Comercial Norte, 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo,trifásico. Nemo 105; vazão 126,11 m³/hora; 15 cv; 220 volts; EEE 02 Residencial Residencial Inconfidentes e Residencial Real trifásico. Orla da Lagoa - Bombear fluxospara das a EEE EEE 03. 01 e EEE 02, 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo, Nemo NE 150 B; vazão 150,73 m³/hora; 50 cv; 220 EEE 03 Residencial Inconfidentes Residencial Inconfidentes para a EEE 06. volts, trifásico. 1 bomba submersível de impulsores anti entupimentos e auto-limpantes Flygt, NP 3202; vazão Bombear parte do fluxo do residencial das 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento160 m³/hora; positivo,60 cv; 220 Nemo volts; NM trifásico. 063;vazão 18,43 m³/hora; 4 cv; 220 volts; Residencial das Árvores EEE 04 Árvores, fluxo da EEE 05 para a EEE 06. trifásico. Final da Rua Pinheiros - Bombear parte do fluxo residencial das 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo, Nemo NM 063; vazão 13,78 m³/hora; 4 cv; 220 volts; EEE 05 Residencial das Árvores Árvores para a EEE 04. trifásico. Bombear fluxo das EEE 01, 02, 03, 04 e 05, 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo, Nemo NM 105; vazão 170,03 m³/hora; 25 cv; 220 Avenida Wimbledon EEE 06 para a EEE 08. volts; trifásico. Rotatória da Avenida 1 bomba helicoidal rotativa de deslocamento positivo, Nemo NM 105; vazão 170,03 m³/hora; 20 cv; 220 volts; Bombear fluxo da EEE 06 e parte do fluxo do Winbledon com Avenida trifásico. 2 bombas submersíveis de impulsores anti-entupimento e auto-limpantes Flygt NP 3153; vazão EEE 08 Residencial das Árvores para a ETE. Princesa Diana. 246,60 m³/hora; 20 cv; 220 volts; trifásico. EEE 09 Rua Esmeralda, Bombear fluxo do residencial das Minas para 2 bombas helicoidais rotativas de deslocamento positivo, Nemo NM 105; vazão 16,88 m³/hora; 2 cv; 220 volts; Residencial das Minas a ETE. trifásico. EEE 10 Avenida Regent, Bombear fluxo do Comercial Norte para a 1 bomba helicoidal rotativa de deslocamento positivo, Nemo NM 038; vazão 5,65 m³/hora; 2 cv; 220 volts; Comercial Norte EEE 02. trifásico. EEE 11 Península dos Pássaros Bombear fluxo da Península dos Pássaros e 2 bombas submersíveis de impulsores anti-entupimento e auto-limpantes Flygt NP 3153; vazão 170,03 Quintas da Lagoa, para a EEE 12. m³/hora; 20 cv; 220 volts, trifásico. EE12 Península dos Pássaros Bombear fluxo da Península dos Pássaros e 4 bombas submersíveis de impulsores anti entupimentos e auto-limpantes, Flygt NP 3202; vazão 150,73 EEE 11, para a EEE 08. m³/hora; 20 cv; 220 volts, trifásico. Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda. Tabela 19 - Custos com energia elétrica no SES Alphaville.

CONSUMO DE ENERGIA (EEE e ETE) - ANO 2014 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL CUSTO (R$) 12.820,40 12.302,00 9.312,00 11.993,00 11.980,00 11.308,00 11.393,00 11.563,00 11.772,00 12.045,00 12.553,00 12.927,00 141.968,40 INSUMO (KW) 26,99 25,30 18,80 20,80 21,00 19,40 20,00 20,80 20,30 21,00 21,50 23,60 259,49 Obs: Os valores de custo e insumo, por mês, contém imprecisão na segunda casa após a vírgula devido a dificuldade na leitura da informação. Os somatórios diferem dos apresentados pela empresa. Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda.

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Foto 43 - Vista interior de EEE. Fonte: MJ Foto 44 - Vista interior outra EEE. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 45 - Automatização do sistema. Fonte: Foto 46 - Quadro de controle das EEE. MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia.

2.2.2.3 - Estação de Tratamento de Esgoto em Alphaville A Estação de Tratamento de Esgotos tem capacidade para tratar até 40 l/s de efluentes. Conforme informação da SAMOTRACIA o volume médio mensal coletado e tratado, tomando-se como referência o ano de 2014, foi de 17.984,75 m³/mês. Considerando o número atual de ligações/economias ativas da última prestação de contas, 1031 ligações, 5 habitantes por unidade e considerando o consumo médio de água por pessoa, por dia de 200 litros/(pessoa x dia), pode-se considerar que a ETE opera muito distante da capacidade máxima. Após a passagem pelo gradeamento (tratamento primário), passa por tratamento biológico (secundário) através do processo de lodos ativados por aeração prolongada em reatores sequenciais por batelada. Após a passagem pelos reatores, o lodo gerado é secado mecanicamente em centrífuga. Após sua secagem e estabilização é conduzido para o aterro sanitário classe II. O efluente tratado, antes de ser lançado no corpo receptor passa por um processo de desinfecção,

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por cloração em um tanque de contato. Os registros fotográficos a seguir relacionados explicitam os principais aspectos da ETE.

Foto 47 - Entrada do efluente na ETE - Foto 48 - Reator aerando o efluente. Fonte: Tratamento Preliminar. Fonte: MJ MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 49 - Aeradores desligados - Foto 50 - Planilha operacional da ETE. decantação. Fonte: MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia.

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Foto 51 - Decanter. Fonte: MJ Engenharia. Foto 52 - Tanques de preparo de polímero. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 53 - Adição de polímero. Fonte: MJ Foto 54 - Centrífuga. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

Foto 55 - Painel de controle da ETE. Fonte: Foto 56 - Painel de controle. Fonte: MJ MJ Engenharia. Engenharia.

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Foto 57 - Medidor de vazão efluente tratado. Foto 58 - Clorador. Fonte: MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia.

Foto 59 - Tanque de contato. Fonte: MJ Foto 60 - Lançamento efluente tratado no Engenharia. corpo receptor. Fonte: MJ Engenharia.

2.2.2.3.1 - Análises do Efluente Tratado

A empresa SAMOTRACIA Meio Ambiente Empreendimentos Ltda encaminhou para a Prefeitura

Municipal de Meio Ambiente de Nova Lima os relatórios de análise laboratoriais números 34905/15-

1 e 34905/15-2, assinados em 16 de fevereiro de 2015. Como podemos verificar nas cópias inseridas no texto logo abaixo, os resultados estão em conformidade com a legislação ambiental vigente. Não dispomos de dados históricos de análises do efluente tratado na Estação de Tratamento em questão. Segundo informação da equipe de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, não haver problemas no tratamento deste sistema. No Anexo VII deste relatório constam as duas análises laboratoriais.

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2.2.2.4 - Organograma, Quadro de Pessoal e Outras Informações A empresa é organizada conforme o organograma abaixo:

Figura 9 - Organograma SAMOTRACIA. Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda. O quadro de pessoal, ocupado nas tarefas de operação e manutenção dos serviços de água e esgoto é definido na Tabela 20 abaixo, apresentada pela empresa na prestação de contas do 2º semestre de 2014. Tabela 20 - Quadro de pessoal em dezembro de 2014.

Quadro de pessoal próprio SAMOTRACIA, dezembro de 2014 Advogado Sênior 1 Ajudante de manutenção/operação I 1 Analista de administração de RH jr. 1 Analista financeiro/suprimentos 1 Assistente de administrativo de RH 1 Assistente de manutenção/operação I 2 Assistente de manutenção/operação II 1 Atendente comercial 1 Atendente comercial I 1 Auxiliar de bombeiro 1 Auxiliar de laboratório 1 Auxiliar de serviços gerais II 1 Bombeiro hidráulico 1

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Quadro de pessoal próprio SAMOTRACIA, dezembro de 2014 Coordenador de processos/engenheiro 1 Eletricista 0 Gerente geral 1 Operador de ETA/ETE 2 Operador de ETA/ETE I 2 Supervisor de operação/manutenção elétrica 1 Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda. Na prestação de contas não é apresentada a despesa com o quadro de funcionários e serviços terceirizados. Tabela 21 - Informações gerais. Ano 2014 Descrição Unidade Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Inadimplência atual R$ 6.743,13 46,46 0 0 0 0 Desligamento a pedido Unidade 1 1 0 1 3 2 Desligamento por falta Unidade 4 2 0 0 2 1 de pagamento Supressão de ligações Unidade 0 0 0 0 0 0 Leitura Unidade 1.015 1.018 1.024 1.028 1.031 1.031 Entrega de contas Unidade 1.015 1.018 1.024 1.028 1.031 1.031 Requerimentos Unidade 160 122 140 154 130 133 diversos Pedido de ligação - Unidade 16 10 6 4 11 6 nova Aplicação de sanções R$ 1.082,13 422,16 193,21 1.468,57 1.026,55 1.128,53 e multas Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda.

Na Tabela 21, também referente à prestação de contas do segundo semestre de 2014, temos algumas informações importantes como o aumento do número de ligações, a estabilização da inadimplência. Também não foi apresentada tabela completa com despesas de rotina dos serviços prestados, como energia elétrica, produtos químicos, aquisição de material, etc. Segundo informação adicional prestada pela empresa SAMOTRACIA, não são utilizados produtos químicos no processo de tratamento. Alguns equipamentos que verificamos estarem instalados na planta de tratamento da ETE Alphaville nos levam a considerar que deva existir despesa com polímeros na centrífuga e cloro na desinfecção final. Em maio de 2011 a empresa declarava ter 850 ligações, sendo que 759 eram domiciliares, 41 comerciais, 3 industriais e 47 públicas. Em dezembro foram realizadas 1031 leituras, houve um aumento no número de ligações. Atualmente existem, conforme a Tabela 16, 957 ligações ativas.

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2.2.2.5 - Licenciamento Ambiental A empresa apresentou a Autorização Ambiental de Funcionamento número 05462/2012, registrada sob o número 813524/2012, com vigência de quatro anos, a partir de 08 de outubro de 2012, estando portanto em plena vigência. A vigência desta licença se encerra em 08 de outubro de 2016. A Autorização Ambiental encontra-se, na íntegra, no Anexo VIII deste relatório.

2.2.2.6 - Tarifação A taxa de esgoto cobrada pela SAMOTRACIA corresponde a 100% do valor da taxa de água, para todas as faixas de consumo e tipos de ligação. Tabela 22 - Taxas de água e esgoto por faixas de consumo e categorias.

Faixas de consumo Tarifas, em R$/m³ Categorias em m³ Água Esgoto de 00 até 06 3,5349 3,5349 › 06 até 10 0,6269 0,6269 › 10 até 15 4,3682 4,3682 Item I - Residencial › 15 até 20 4,407 4,407 › 20 até 40 4,4456 4,4456 › 40 8,1922 8,1922 de 00 até 06 5,1362 5,1362 › 06 até 10 0,7383 0,7383 › 10 até 20 5,8074 5,8074 Item II - Pública › 20 até 40 7,3232 7,3232 › 40 até 100 7,396 7,396 › 100 até 300 7,4215 7,4215 › 300 8,0481 8,0481 de 00 até 06 5,1494 5,1494 › 06 até 10 0,6512 0,6512 Item III - Comercial › 10 até 40 6,4226 6,4226 › 40 até 100 6,4335 6,4335 › 100 6,4847 6,4847 de 00 até 06 5,7482 5,7482 › 06 até 10 0,6255 0,6255 › 10 até 20 6,4847 6,4847 Item IV - Industrial › 20 até 40 6,5101 6,5101 › 40 até 100 6,571 6,571 › 100 até 600 6,8972 6,8972 › 600 6,986 6,986 Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda.

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Tabela 23 - Tarifa mínima por categoria.

Categoria Tarifa mínima, em R$

Residencial * 42,42 Comercial 61,79 Industrial 68,98 Pública 61,63 * Reajuste tarifário base ARSAE/COPASA - Abril 2014 Fonte: SAMOTRACIA, Meio Ambiente e Empreendimentos Ltda. Não foram localizadas informações sobre a arrecadação referente aos serviços medidos para água e esgoto.

2.2.3 - Sistemas Administrados Pela Prefeitura Municipal - Região da Sede Municipal A região central da sede do Município tem, segundo o censo do IBGE, 2010 grande parte da sua área de abrangência, com os domicílios ligados a rede de esgoto doméstico ou pluvial. Nas localidades mais centrais o percentual de ligação dos domicílios a rede pública de esgoto doméstico ou pluvial é muito próxima a 100%. Apesar da realidade apontada pelo censo, podemos concluir que a situação na sede do Município, no que se refere à coleta e destino dos efluentes domésticos não é adequada. A totalidade dos efluentes domésticos é drenada para os córregos contribuintes dos três principais córregos que cortam a sede municipal: Cardoso, Cristais e Bela Fama, ou então são lançados diretamente nos três. Em consequência, todo o esgoto produzido nessa região é descarregado bruto, sem tratamento, no Rio das Velhas, um dos principais mananciais utilizados para o abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A rede coletora pluvial da Sede é muito antiga. Com o crescimento desta área urbana, naturalmente a rede de drenagem foi sendo ampliada e córregos foram sendo canalizados. A inexistência de um sistema coletor, do tipo separador absoluto, fez com que os sistemas de drenagem fossem recebendo também os efluentes domésticos. Mais recentemente alguns trechos de rede coletora foram implantados. Pode-se verificar a disposição da rede coletora existente nas regiões mais antigas do município, no Anexo II (Pranchas A, B e C) do Relatório de Diagnóstico do eixo Drenagem Urbana.

2.2.3.1.1 - Estudos Sobre as Redes Existentes na Sede do Município Inicialmente a compreensão do sistema coletor pluvial e doméstico existente nos pareceu bastante complexo. A localização de 35 plantas heliográficas com o traçado das redes da região central e a entrevista de alguns servidores da Prefeitura de Nova Lima, envolvidos com os serviços de manutenção e atualização das informações contidas nas plantas, contribuíram para o entendimento do sistema coletor existente. Neste relatório utilizamos as informações obtidas na análise das

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plantas, apenas para a localização dos pontos de lançamento de esgoto in natura, conforme pode ser visto no anexo V. Como as informações mais relevantes obtida na leitura das plantas referem-se a rede de drenagem existente, como foi descrito anteriormente, a digitalização dos mapas está nos anexos I, II e III do relatório de diagnóstico do eixo drenagem urbana. Neste relatório nos detivemos mais atentamente aos levantamentos feitos pelo servidor Amauri Bastos, conforme está descrito no item abaixo.

2.2.3.1.2 - Estudo elaborado pela Prefeitura Municipal Em meados do ano de 2005, para a elaboração dos estudos do Plano de Revitalização das águas de Nova Lima, o servidor Amauri Claret Couto Bastos elaborou uma planilha com quantitativos da rede existente. A planta da região central foi subdividida em 14 sub-bacias hidrossanitárias e em cada uma dessas áreas, foram levantados os quantitativos de rede coletora de esgoto, rede coletora pluvial, rede coletora mista e córregos canalizados. Também foi esboçado um estudo para implantação de sistemas de esgotamento sanitário completos, do sistema público de coleta do tipo separador absoluto, localização de estações elevatórias, transposições e linhas de recalque até estações de tratamento de esgoto. Este estudo contemplou também o aproveitamento das redes existentes e a separação dos sistemas de coleta de esgoto pluvial e doméstico. Uma anotação interessante para o diagnóstico da situação atual das redes coletoras foi a indicação da idade aproximada das redes instaladas, por sub-bacia hidrossanitária. Como este estudo foi realizado em meados de 2005, foi incluída na Tabela 24, a atualização da idade das redes existentes. As ampliações de redes de esgoto pluvial e doméstico ocorridas nos últimos dez anos não se demonstraram muito significativas, ocorrendo neste período, muito serviço de manutenção. A partir da verificação da idade das redes coletoras de esgoto doméstico, observou-se que muitos trechos já superaram o tempo de vida útil normalmente utilizado para projetos de redes de esgoto, trinta anos, ou estão muito próximas de atingirem este limite.

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Figura 10 - Planta da sede datada de 2005 do Município de Nova Lima com o traçado das bacias hidrossanitárias. Fonte: Servidor Amauri Claret Couto Bastos.

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Tabela 24 - Quantitativos de redes existentes.

Rede existente Sub Esgoto Bairros Drenagem Rede Idade da rede de esgoto Idade da rede de esgoto Bacia Doméstico Pluvial (m) Mista (m) em 2005 em 2015 (m) 1 Nova Betânia 810 0 0 2 anos 12 anos 80% entre 15 e 20 anos e 80% entre 25 e 30 anos e 2 Vila Industrial, Vila Odete e Vila Aparecida 6.133,00 1.396,00 605 20% entre 10 e 15 anos 20% entre 20 e 25 anos 3 Vila Madeira, Silicóticos e Bela Vista 4.254,00 246 1.141,00 100% entre 15 e 20 anos 100% entre 25 e 30 anos 4,5% 2 anos; 25,5% de 10 4,5% 12 anos; 25,5% de 20 Vila São José, Parque Aurilândia, Vila Maria do Carmo, Cabeceiras, Quintas II, Carioca e 4 9.572,00 1.542,00 2.830,00 a 15 anos e 70% de 15 a a 25 anos e 70% de 25 a parte do Retiro 20 anos 30 anos 20% de 10 a 15 anos e 20% de 20 a 25 anos e 5 Alto das Quintas, Quintas, Retiro e parte do bairro Olaria 7.041,00 2.327,00 935 80% de 20 a 30 anos 80% de 30 a 40 anos Chácara Silveira Ramos, Jardim das Américas, Chácara dos Cristais, Cristais, Padre 50% com mais de 30 anos; 50% com mais de 40 anos; Valeriano, Parque Santo Antonio, Vila Lacerda, Vila Passos, Vila São Luis, Vale da 6 38.459,00 10.053,00 4.342,00 30% entre 15 e 20 anos e 30% entre 25 e 30 anos e Esperança, Monte Castelo, Vila Marise, Barra do Céu, Cascalho, Cruzeiro, Matadouro, 20% entre 10 e 15 anos 20% entre 20 e 25 anos Bonfim, Bom Jardim, Vila Operária, Mingú e parte do Centro.

7 Quintas, Rosário e parte do Centro 6.687,00 1.435,00 1.499,00 100% de 15 a20 anos 100% de 25 a30 anos

8 Bairro Boa Vista 1.803,00 520 0 100% 15 a 20 anos 100% 25 a 30 anos 100% construído entre 15 a 100% construído entre 15 a 9 Bairro do Mingú 1.106,00 240 0 20 anos 20 anos 90% entre 15 a20 anos e 90% entre 25 a30 anos e 10 Bairro Chácara do Bom Retiro 2.737,00 129 0 10% com 5 anos 10% com 15 anos 11 Fazenda do Benito 1.628,00 436 0 100% entre 15 e 20 anos 100% entre 25 e 30 anos 80% entre 10 e 15 anos e 80% entre 20 e 25 anos e 12 Bairro Nossa Senhora de Fátima 5.609,00 1.504,00 1.157,00 20% entre 5 e 10 anos 20% entre 15 e 20 anos 13 Alto do Gaia 3.415,00 1.067,00 0 100% entre 10 e 15 anos 100% entre 20 e 25 anos

14 Mina d'água 1.127,00 458 175 100% entre 10 e 15 anos 100% entre 20 e 25 anos

TOTAL 90.381,00 21.353,00 12.684,00

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2.2.3.1.3 - Estudo Elaborado Pela COPASA Também recebemos da Prefeitura Municipal levantamento feito pela empresa Tradicional, topografia e engenharia, no período 2009 e 2010, a serviço da COPASA, que verificou em campo as extensões de rede, material das tubulações em cada trecho, diâmetros, quantificou os PVs , as profundidades médias e tipos de pavimento. O levantamento, além das 14 bacias da sede do Município, também cobriu as localidades de Honório Bicalho, Santa Rita, a linha de recalque da estação elevatória de esgotos do Rio das Velhas, além das localidades abordadas anteriormente do Vale do Sereno e Vale do Sol. O levantamento das 14 sub-bacias da Sede apontou extensões diferentes do levantamento anterior. Como o estudo da COPASA utilizou-se de serviço de campo realizado por empresa especializada de topografia e engenharia, embora não tenhamos os memoriais referentes ao trabalho, provavelmente as reduções nas extensões de redes coletoras de esgoto, a menor, pode ter levado em conta o estado dos trechos para possível aproveitamento no caso de implantação de sistemas de esgotamento sanitário. Abaixo, exemplo do traçado elaborado pela empresa e a seguir, as planilhas resultantes do trabalho realizado pela empresa de topografia, por sub-bacia hidrossanitária:

Figura 11 - Exemplo da apresentação gráfica do trabalho. Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima.

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Tabela 25 - Micro bacia 1.

Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 80,45 1 14 1,38 CER 200 373,2 Total 453,65

Fonte: COPASA. Tabela 26 - Micro bacia 2. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 320,83 CER 200 1319,82 PVC 150 34,55 2 57 CER 200 26,67 1,62 CER 200 43,31 MCA 600 178,73 MCA 600 6,29 Total 1.930,20

Fonte: COPASA. Tabela 27 - Micro bacia 3. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 763,25 CER 200 533,08 MB 200 51,14 MB 250 43,82 PVC 200 13,86 3 105 1,47 CER 150 223,56 CER 200 56,4 MB 200 746,11 CER 150 14,39 MB 200 291,21 Total 2.736,82

Fonte: COPASA. Tabela 28 - Micro bacia 8. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 1.304,01 8 47 CER 200 215,90 1,48 CER 300 60,15 Total 1.580,06

Fonte: COPASA.

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Tabela 29 - Micro bacia 4. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 6959,58 CER 150 510,84 CER 200 1657,06 CER 200 42,53 CER 250 34,01 CER 300 250,53 MCA 150 33,08 PVC 150 147,85 PVC 300 107,86 CER 150 849,13 CER 150 63,58 CER 150 70,00 CER 200 354,16 MCA 1000 228,05 4 378 MCA 1000 47,26 1,40 MCA 1000 85,07 CER 150 115,17 CER 150 21,33 MCA 400 404,95 MCA 400 27,60 MCA 600 143,85 MCA 800 34,66 CER 200 46,55 MCA 400 17,60 MCA 600 36,00 MCA 800 33,56 MCA 400 56,78 MCA 1000 77,69 MCA 1200 46,80 Total 12.503,13

Fonte: COPASA. Tabela 30 - Micro bacia 9.

Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) 9 42 CER 150 1.459,62 4,52 Total 1.459,62

Fonte: COPASA.

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Tabela 31 - Micro bacia 5. Situação Atual - 2010 Micro Quantidade Prof. Média bacia Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) de PV's (m) CER 100 212,107 CER 150 2152,75 CER 150 29,462 CER 200 1831,19 CER 200 33,744 CER 250 139,133 CER 300 18,382 MCA 400 91,366 MCA 600 73,081 MCA 400 8,581 5 158 MCA 600 90,918 1,59 MCA 1000 115,829 CER 100 133,084 CER 150 74,427 CER 200 595,476 CER 250 145 MCA 400 86,255 MCA 600 16,789 MCA 1000 22,019 MCA 400 45,736 MCA 600 24,048 Total 5.939,38

Fonte: COPASA. Tabela 32 - Micro bacia 10. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 2.848,88 10 60 CER 150 291,74 1,40 CER 200 328,83 Total 3.469,45

Fonte: COPASA. Tabela 33 - Micro bacia 11. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) 11 119 CER 150 6258,23 1,40 Total 6.258,23

Fonte: COPASA.

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Tabela 34 - Micro bacia 12. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 150 3.673,76 CER 150 1.711,88 12 145 1,65 CER 200 836,02 CER 300 273,26 Total 6.494,92

Fonte: COPASA. Tabela 35 - Micro bacia 13. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m)

13 81 CER 150 4.212,77 1,48

Total 4.212,77

Fonte: COPASA. Tabela 36 - Micro bacia 7. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 100 142,07 CER 100 26,23 CER 150 818,20 CER 150 123,81 CER 200 1.108,33 CER 200 484,45 CER 300 452,38 CER 300 106,17 MCA 400 77,92 MCA 300 33,25 7 166 MCA 400 89,46 1,52 CER 150 1.198,12 CER 150 52,51 CER 200 718,82 CER 200 15,30 CER 300 286,37 MCA 400 12,12 PVC 300 14,05 MCA 400 64,84 MCA 600 8,80

Total 5.833,17

Fonte: COPASA.

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Tabela 37 - Micro bacia 6. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 100 257,07 CER 100 105,69 CER 150 17.792,90 CER 150 65,98 CER 200 13.588,10 CER 200 220,05 CER 250 253,97 CER 300 3.336,30 MCA 400 49,31 MCA 600 9,11 MCA 800 133,10 MCA 1000 14,41 MCA 150 26,30 MCA 200 99,55 MCA 600 194,42 MCA 1000 139,75 PVC 150 2.670,74 PVC 200 319,61 PVC 300 286,03 6 1280 1,61 MCA 600 159,04 CER 150 1.269,23 CER 200 2.136,70 CER 300 453,30 CER 150 45,77 CER 300 8,18 MCA 600 7,61 MCA 400 42,79 MCA 600 226,42 MCA 800 249,00 CER 250 32,06 CER 300 29,99 MCA 400 16,13 MCA 500 8,55 MCA 600 235,37 MCA 400 89,74 MCA 500 20,79 MCA 600 240,43 MCA 1000 29,30 Total 44.862,75

Fonte: COPASA.

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Tabela 38 - Micro bacia 14. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) CER 200 352,61 14 18 1,38 CER 200 87,33 Total 439,94

Fonte: COPASA. Tabela 39 - Micro bacia Honório Bicalho. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de Diâmetro Comprimento Prof. Média Material PV's (mm) (m) (m) CER 100 88,475 Honório CER 150 6099,08 229 1,38 Bicalho CER 150 352,727 CER 200 464,021 Total 7.004,30

Fonte: COPASA. Tabela 40 - Micro Bacia Santa Rita. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de PV's Material Diâmetro (mm) Comprimento (m) Prof. Média (m) PVC 100 12,444 PVC 100 37,617 PVC 150 804,587 PVC 150 104,415 PVC 200 857,452 PVC 200 52,681 PVC 250 39,515 Santa Rita 99 PVC 300 48,854 1,30 PVC 100 33,666 PVC 150 600,369 PVC 200 510,886 PVC 200 94,599 MCA 150 187,034 MCA 200 75,152 MCA 600 24,708 Total 3.483,98

Fonte: COPASA. Tabela 41 - Linha de recalque Rio das Velhas. Situação Atual - 2010 Micro bacia Quantidade de Diâmetro Comprimento Prof. Média Material PV's (mm) (m) (m) Linha 0 F°F° 150 1.200,00 1,20 Recalque Total 1.200,00

Fonte: COPASA.

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2.2.3.2 - Sistemas de Esgotamento Sanitário Existentes na Área da Sede do Município A Prefeitura Municipal foi responsável pela operação e manutenção de dois pequenos sistemas de esgotamento sanitário nas proximidades da região central da sede do Município. Os dois sistemas tiveram seus projetos financiados pela empresa de mineração de ouro atuante no Município, AngloGold Ashanti.

2.2.3.2.1 - Sistema ETE Bairro Boa Vista O Sistema, também conhecido por ETE Bananal cobre parte do bairro Boa Vista e a estação de tratamento consiste em 5 células pré-fabricadas do tipo fossa séptica e filtro anaeróbio. O projeto da ETE é datado de agosto de 2004, foi elaborado pela empresa Alpes Engenharia e financiado pela empresa de mineração AngloGold Ashanti. A administração do pequeno sistema foi entregue à Prefeitura de Nova Lima. Atualmente a estação se encontra abandonada, sendo que o efluente doméstico canalizado escoa, sem qualquer tratamento, no Ribeirão Cardoso.

Figura 12 - Localização do Sistema ETE Boa Vista. Fonte: Google Earth, 2015.

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Foto 62 - Ponto de entrada de esgoto na Foto 61 - ETE Boa Vista. Fonte: MJ ETE Boa Vista. Fonte: MJ Engenharia. Engenharia.

2.2.3.2.2 - Sistema ETE Bairro Mina D’água O Sistema ETE Mina D’Água cobre parte do bairro Mina D’Água e a estação de tratamento consiste em 5 células pré-fabricadas do tipo fossa séptica e filtro anaeróbio. O projeto da ETE é datado de agosto de 2004, foi elaborado pela empresa Alpes Engenharia e financiado pela empresa de mineração AngloGold Ashanti. A administração do pequeno sistema foi entregue para a Prefeitura de Nova Lima. Atualmente a estação se encontra abandonada, sendo que o efluente doméstico canalizado escoa, sem qualquer tratamento no córrego Mina d’Água.

Figura 13 - Localização do Sistema ETE Mina D'Água. Fonte: Google Earth, 2015.

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Foto 63 - Entrada da ETE Mina D'Água. Foto 64 - Interior da ETE Mina D'Água. Fonte: MJ Engenharia. Fonte: MJ Engenharia. A região da Sede do Município de Nova Lima possui estas duas pequenas experiências na gestão de sistemas de esgotamento sanitário. Todo o restante da área da Sede Municipal e seus arredores não possuem tratamento de esgoto e a rede coletora de esgoto doméstico muitas vezes se confunde com a rede de drenagem e, invariavelmente, leva esgoto in natura para os córregos que cortam a região urbanizada ou que passam próximos a ela.

2.2.4 - Projeto Básico Conceitual do Sistema de Esgotamento Sanitário da Sede de Nova Lima - MG A Prefeitura Municipal, a partir do ano de 2006, iniciou os estudos para a elaboração de projetos técnicos de sistemas de esgotamento sanitário, a fim de buscar financiamento federal para estes investimentos. Este estudo seguiu o Plano de revitalização das Águas de Nova Lima, realizado no ano de 2006. Em 2014, objetivando fazer adequações solicitadas pelo Ministério das Cidades, para liberação de recursos empenhados do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, foi contratada a empresa de engenharia ENEPLAN, Projetos e Consultoria, Ltda, para realizar os ajustes solicitados. Os estudos foram desenvolvidos sob a coordenação técnica do Engenheiro Alaor de Almeida Castro, CREA MG 14.382/MG, levando em conta, os seguintes documentos principais: . Estudo de concepção do sistema de esgotamento sanitário dos Bairros Vale do Sereno e Outros no Município de Nova Lima/MG - Holos Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda, 2006; . Sistema de esgotamento sanitário do bairro José de Almeida - Holos Engenharia Sanitária e Ambiental, Ltda, 2007;

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. Sistema de esgotamento sanitário do Bairro Santa Rita - Holos Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda, 2007; . Sistema de esgotamento sanitário do Bairro Honório Bicalho - TECMINAS Engenharia S/C Ltda, 2007; . Sistema de esgotamento sanitário do Bairro Bela Fama - Holos Engenharia Sanitária e Ambiental Ltda, 2007; . Sistema de esgotamento sanitário do Bairro Matozinhos - TECMINAS Engenharia S/C, Ltda, 2007; . Plano de revitalização das Águas de Nova Lima - Prognóstico preliminar - Volume II - Hiram Firmino - Consultoria ambiental e comunicação, e . Projeto básico das estações elevatórias EEE1, Bairro Silicóticos e a EEE2 - Holos Engenharia sanitária e Ambiental Ltda, 2006. Embora os projetos, em sua maioria não estejam em áreas concedidas para a COPASA, seria desejável que seguissem as orientações técnicas da mesma, que possui expertise na área, inclusive na operação de sistemas em todo o Estado. A seguir, iremos apresentar resumidamente a concepção deste estudo. Não obtivemos os respectivos licenciamentos ambientais dos projetos que serão citados a seguir. O único projeto técnico de sistema de esgotamento sanitário, citado no estudo em questão e disponibilizado para o diagnóstico foi o do sistema do bairro José de Almeida. Os demais projetos, exceto o da Sede, ainda não foram entregues pela empresa contratada para a Prefeitura Municipal. O projeto conceitual não apresenta as redes coletoras projetadas, omite a delimitação de linhas de recalque e interceptores. As dúvidas que surgiram em decorrência do estudo do material apresentado somente poderão ser esclarecidas com a análise dos projetos contratados.

2.2.4.1 - Sistema de Esgotamento Sanitário José de Almeida (Estudo conceitual ENEPLAN) Este sistema foi concebido para coletar os efluentes domésticos gerados nos bairros: Vila Industrial, Vila Odete, Vila Aparecida e Pau Pombo e Vila Betânia. Não haverá transposição para outra sub bacia hidrossanitária, sendo que a ETE, dimensionada para tratar os efluentes das localidades citadas acima será construída dentro da própria sub bacia. A ETE consiste num sistema fossa séptica - filtro anaeróbio de fluxo ascendente do tipo híbrido e leito de secagem. A ETE foi concebida em três módulos devendo ser construídos imediatamente os dois primeiros. Segundo o estudo populacional a ETE está dimensionada para atender uma projeção populacional de 5.006 habitantes, até o ano de 2037.

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Os trechos de rede coletora existentes e em condições de serem aproveitados serão separados do sistema de coleta pluvial e utilizados no novo sistema. Na Figura 14, a seguir relacionada, consta a localização do sistema José de Almeida.

Figura 14 - Localização do sistema José de Almeida. Fonte: Google Earth, 2015. Tabela 42 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) 150/PVC 74,00 200/PVC 810,00 SBMD José de Almeida 200/PEAD 31,00 200/F°F° 15,00 SBME 150/PVC 910,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 43 - Características dos interceptores projetados. Nome Diâmetro (mm) - Material Interceptor (m) 200/PVC 775,50 José de Almeida 200/F°F° 10,00 200/PVC 301,30 José de Almeida II 200/F°F° 25,00 José de Almeida IJA 150/PVC 50,00 José de Almeida IJB 150/PVC 60,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Atualmente este é o único projeto que já foi licitado pela Prefeitura Municipal e se encontra em fase inicial de execução. Não temos conhecimento quanto ao processo de licenciamento ambiental.

O município vive algumas pequenas experiências de tratamento de esgotos domésticos por sistemas coletivos do tipo fossa séptica e filtro anaeróbio. As experiências conhecidas, administradas pela Prefeitura ou por associação de bairro não se mostraram eficientes por questões operacionais ou

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mesmo de concepção de projeto. Este tipo de tratamento, se confrontado com a revisão do plano de bacias que preconiza o tratamento terciário na região metropolitana, não é adequado.

O dimensionamento desta Estação de Tratamento de Esgoto atende apenas a área definida no projeto. Não verificamos no material técnico apresentado pela Prefeitura de Nova Lima o estudo das possibilidades de interligações com regiões vizinhas ao bairro José de Almeida, exceto o estudo elaborado recentemente pela empresa GEO CONSULT, para a interligação com o Loteamento Rossi Botanique.

Recentemente foi recebido pela MJ o estudo elaborado pelo engenheiro civil Alaor de Almeida Castro, da empresa GEO CONSULT Consultoria e Projetos Ltda, em 15 de abril de 2015. Este estudo aborda a possibilidade do Sistema de Esgotamento do Bairro José de Almeida receber os efluentes do Loteamento Rossi Botanique, localizado nas proximidades de José de Almeida.

O engenheiro Alaor Castro avaliou os estudos elaborados para o dimensionamento do sistema de esgotamento e concluiu favoravelmente sobre a possibilidade de interligação do esgoto gerado no Loteamento Rossi Botanique e recomendando a construção do terceiro módulo da ETE previsto em projeto.

Também não dispomos de estudos que nos apontem a real capacidade do corpo receptor depurar o efluente da ETE atualmente dimensionada.

2.2.4.2 - Sistema de esgotamento sanitário São Sebastião de Águas Claras e Capela Velha (Estudo conceitual ENEPLAN) Também verificamos no Estudo conceitual da ENEPLAN que em Capela Velha temos um pequeno sistema coletor público, com estação de tratamento coletivo composto de fossa séptica e filtro anaeróbio. Já em São Sebastião de Águas Claras é prevista a implantação de um plano de substituição dos sistemas individuais, impróprios (fossas negras) por sistemas individuais dimensionados tecnicamente (fossas sépticas mais filtro anaeróbio, individuais). Não temos conhecimento da existência de licenciamento ambiental.

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Figura 15 - Localização do sistema projetado para Capela Velha. Fonte: Google Earth, 2015.

2.2.4.3 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Bairro Vale do Sol (Estudo conceitual ENEPLAN) A empresa contratada também projetou o sistema de esgotamento sanitário para o Bairro do Vale do Sol, embora seja uma área concedida para a exploração dos serviços pela COPASA. O projeto também consiste no dimensionamento de sistema coletor público, do tipo separador absoluto, e o dimensionamento de uma estação elevatória de esgoto e linha de recalque até a rede coletora existente no bairro Jardim Canadá, de onde o esgoto será levado, por gravidade até a estação de tratamento de esgotos lá existente. Este empreendimento fará com que deixem de ser lançados efluentes domésticos na lagoa do Miguelão. Segundo informações de residentes no bairro Vale do Sol, existe rede coletora de esgoto, do tipo separador absoluto instalada em parte da comunidade. Não pudemos obter informações mais detalhadas sobre o sistema que possivelmente exista, embora não esteja em uso.

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Figura 16 - Localização do sistema Vale do Sol. Fonte: Google Earth, 2015 Tabela 44 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) Vale do Sol 150/PVC 17.055,50 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 45 - Características da Linha de Recalque. Nome Diâmetro (mm) - Material Linha de recalque (m) José de Almeida 200/PVC 775,50 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. 2.2.4.4 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Bairro Santa Rita (Estudo conceitual ENEPLAN) O bairro de Santa Rita encontra-se ao sul do bairro de Honório Bicalho, na margem esquerda do Rio das Velhas.

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Figura 17 - Localização sistema Santa Rita. Fonte: Google Earth, 2015. O efluente gerado nesta localidade será conduzido até uma estação elevatória e, a partir desta elevatória, seguirá por linha de recalque será lançado na rede coletora de Honório Bicalho. Tabela 46 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) 150/PVC 1.044,70 Santa Rita - SB 1 150/PEAD 17,00 Santa Rita - sb 2 150/PVC 1.011,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 47 - Características dos interceptores projetados. Nome Diâmetro (mm) - Material Interceptor (m) INT 1 200/PVC 144,00 INT 2 150/PVC 396,00 INT 3 200/PVC 6.810,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 48 - Características da linha de recalque projetada. Nome Diâmetro (mm) - Material Linha de recalque (m) Santa Rita DE 110 - PN 16/PEAD 1260,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. 2.2.4.5 - Sistema Bela Fama, Alto do Gaia, Nossa Senhora de Fátima e Vila Nova Suíça (Estudo conceitual ENEPLAN) O sistema denominado Bela Fama receberá efluentes gerados nos bairros: Bela Fama, Nossa Senhora de Fátima, Fazenda do Benito e Alto do Gaia; também vai receber os efluentes recalcados da Vila Nova Suíça.

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Figura 18 - Localização do Sistema Bela Fama. Fonte Google Earth, 2015. Tabela 49 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) 150/PVC 1.243,50 Nossa Senhora de Fátima/Bela Fama 200/PEAD 1.328,00 Alto do Gaia 150/PVC 140,00 Vila Nova Suíça 150/PVC 734,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 50 - Características dos interceptores projetados. Nome Diâmetro (mm) - Material Interceptor (m) Fazenda do Benito 150/PVC 648,50 200/PVC 466,60 Nossa Senhora de Fátima / Bela Fama 200/F°F° 10,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima.

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2.2.4.6 - Sistema Matozinhos (Estudo conceitual ENEPLAN)

Figura 19 - Localização do sistema Matozinhos. Fonte: Google Earth, 2015. Tabela 51 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) 150/PVC 1.044,70 Matozinhos - SB 1 150/PEAD 17,00 Matozinhos - SB 2 150/PVC 1.011,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Tabela 52 - Característica da linha de recalque projetada. Nome Diâmetro (mm) - Material Linha de recalque (m) Matozinhos Não informado / F°F° 115,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. 2.2.4.7 - Sistema Honório Bicalho (Estudo conceitual ENEPLAN) No estudo apresentado não são fornecidos maiores detalhes sobre o sistema a ser executado, o quanto da rede existente irá ser aproveitada e como se fará o recalque do esgoto após a travessia do rio das Velhas. Sabemos, por informação colhida nas visitas técnicas que inicialmente havia a previsão de construção de estação de tratamento de esgoto na região. Posteriormente foi definido que o efluente gerado nesta localidade e nas localidades vizinha seria recalcado até a ETE localizada no bairro Bela Fama.

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Figura 20 - Sistema de esgotamento sanitário de Honório Bicalho. Fonte: Google Earth, 2015. Tabela 53 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede coletora (m) Honório Bicalho - Rede planejada 150/PVC 2.091,57 Honório Bicalho - situação não informada 200/PEAD 369,63 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima. Após a travessia do efluente de Santa Rita e Honório Bicalho se desloca por gravidade até a chegada na EEE 2. Da EEE 2, o efluente, acrescido dos efluentes de Matozinhos, Distrito Industrial e loteamentos adjacentes até a EEE final, que leva todo o efluente dessas sub bacias hidrossanitárias até a ETE. Da EEE final o efluente será recalcado por um trecho curto, chegando por gravidade até a EEE da ETE.

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Figura 21 - Linha de Recalque da EEE2 até EEE final. Fonte: Google Earth, 2015.

2.2.4.8 - Sistema Sede (Estudo conceitual ENEPLAN) O sistema de esgotamento na área denominada Sede é apresentado pelo estudo conceitual da seguinte forma:

2.2.4.8.1 - Rede Coletora do Bairro Montevidiu Tabela 54 - Características da rede coletora projetada. Bairro Diâmetro (mm) - Material Rede Coletora (m) 150/PVC 360,00 Montevidiu 200/PVC 1.046,50 Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Lima.

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Figura 22 - Localização do sistema de esgotamento Sede. Fonte: Google Earth, 2015. Todo o efluente coletado no bairro Montevidiu irá ser descarregado em interceptor existente. Neste interceptor, o efluente se deslocará até a ETE Sede.

2.2.4.8.2 - Estações Elevatórias EEE1 - Bairro Bela Vista (Silicóticos) e EEE 2 - Bairro Boa Vista A EEE 1 irá coletar o efluente gerado nos bairros Silicóticos e Bela Vista e a EEE 2 irá coletar o efluente gerado pelo bairro Boa Vista. O estudo conceitual afirma que as elevatórias reverterão os efluentes para bacias que convergem para a ETE Sede. Não são fornecidos maiores detalhamentos.

2.2.4.9 - ETE Sede (Estudo conceitual ENEPLAN Na leitura do documento elaborado pela ENEPLAN e por informações obtidas nas visitas técnicas restaram dúvidas sobre a real localização da ETE proposta e da trajetória da Linha de Recalque do centro até a ETE. Basicamente a ETE proposta para o sistema Sede é composta por: tratamento preliminar, reator UASB, arejador, filtro biológico, decantador secundário, recirculação, leitos de secagem e desodorização. A ETE Sede irá tratar os efluentes gerados nos seguintes bairros: Tabela 55 - Lista de bairros que serão atendidos pela futura ETE Sede. Bairros atendidos pela futura ETE Sede Alto das Quintas Parque Aurilândia Barra do Céu Parque Santo Antonio Bela Vista Quintas Boa Vista Quintas

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Bairros atendidos pela futura ETE Sede Bom Jardim Quintas II Bonfim Retiro Cabeceiras Retiro Cariocas Rosário Cascalho Rosário Centro Silicóticos Centro Vale da Esperança Chácara Bom Retiro Vila Lacerda Chácara dos Cristais Vila Madeira Chácara Silveira Ramos Vila Maria do Carmo (parcialmente) Cristais Vila Marisa Cruzeiro Vila Monte Castelo Jardim das Américas Vila Operária Matadouro Vila Padre Valeriano Mingú Vila Passos Olaria Vila São Luiz Fonte: ENEPLAN, projetos e consultoria Ltda. 2.2.4.10 - Considerações Sobre o Estudo Conceitual da empresa ENEPLAN Na leitura que fizemos no estudo conceitual encomendado pela prefeitura, observamos que trata do arranjo de projetos contratados anteriormente, complementações e atualizações do material técnico existente. Não tivemos oportunidade de estudar os projetos, na sua maioria ainda não entregue para a Prefeitura Municipal. Sabe-se que parte das redes coletoras existentes provavelmente serão reutilizadas porém, não tivemos condições de verificar qual o tipo de estudo o trabalho realizou para adequação do projeto ao sistema já existente. Outra questão importante é que o Município ainda não tem uma definição clara de como irá garantir a sustentabilidade do que for executado. Existem duas experiências de concessão limitadas a pequenas áreas em relação à área urbanizada total do Município. O quadro atual de servidores da Prefeitura não comporta as demandas de manutenção e operação de rede coletora, emissários, interceptores e linhas de recalque do novo sistema. A operação das ETE´s é outra questão importante a ser observada, pois houve falha na operação e manutenção dos pequenos sistemas do Bairro Boa Vista e Mina D’Água, instalados próximo à sede do Município, atualmente em colapso e abandonados. Não há como imaginar a sustentabilidade de um sistema público de esgotamento sanitário sem taxação. Somando-se a isso, praticamente toda a área do projeto de esgoto, não dispõe de concessão pública ou privada. Praticamente toda a área correspondente ao projeto de esgotamento sanitário está sob concessão para exploração dos serviços de abastecimento de água pela COPASA. Uma vez concluídos os investimentos respectivos a execução do sistema de esgotamento da região

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central do Município, é preciso ter resolvida e garantida a sustentabilidade dos empreendimentos, garantindo assim significativo progresso na área sanitária e ambiental. Também, em consequência de não termos os projetos para análise, não tivemos oportunidade de verificar o valor orçado para a implementação de todo o projeto concebido.

2.2.5 - Situação nos Sistemas dos Bairros e Loteamentos sem Concessão ou não Inseridos na Área Central Esta é outra situação característica do Município de Nova Lima. Como tratamos inicialmente, a última década representou um significativo aumento populacional de Nova Lima. Parte da população de Belo Horizonte, já sem muita área disponível para expansão dentro do Município migrou para o Município vizinho, Nova Lima. Rapidamente surgiram diversos bairros no Município que implantaram sua infraestrutura de maneira desordenada. Assim sendo, muitos deles resolveram o seu abastecimento de água de maneira independente, sem se submeter a concessão da COPASA ou mesmo de algum tipo de concessão privada. Em relação ao eixo esgotamento sanitário ocorreu situação semelhante, os bairros, em sua maioria, adotaram soluções independentes, individuais e poucos adotaram soluções coletivas para os efluentes domésticos gerados em seus lotes. O problema ocorre, é claro, também em áreas menos favorecidas economicamente e não atingidas por rede coletora de esgoto ou pluvial, com ou sem tratamento de efluentes. Como já foi dito, a solução individual não é a mais adequada tecnicamente, para regiões com aglomeração urbana, mesmo em condições adequadas de permeabilidade de solo e profundidade do lençol freático. Não podemos considerar neste caso, a solução individual como definitiva. Os problemas se acumulam na medida em que a população cresce ainda desordenadamente na área do Município. São comuns as queixas de moradores de bairros cujos lotes estão em cotas mais baixas que os bairros vizinhos. Estes lotes invadidos pelos efluentes gerados pelos vizinhos não tem uma solução definitiva para o seu problema. Não há uma regulamentação ou uma fiscalização regular da situação por parte do poder público municipal.

2.2.5.1 - Sistemas de Esgotamento Existentes, Administrados por Associações de Bairro Embora a grande maioria dos bairros novos existentes no município de Nova Lima utilizem as soluções individuais para tratamento e destino dos efluentes domésticos, existem algumas experiências recentes de implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário, sem concessão municipal e administrados de forma independente.

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2.2.5.1.1 - Sistema Rossi Botanique

Figura 23 - Localização do Sistema do Loteamento Rossi Botanique. Fonte: Google Earth, 2015. Constatamos a existência de um loteamento construído na margem direita da MG 030, no sentido Belo Horizonte/Nova Lima, que construiu uma pequena ETE - RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) e filtro anaeróbio, para reduzir a contaminação do córrego que recebia seus efluentes in natura. Segundo informações obtidas nos arredores, a situação não se modificou significativamente, inclusive quanto à geração de odores desagradáveis. Recente estudo elaborado em 15 de abril de 2015, pelo engenheiro civil Alaor de Almeida Castro concluiu que o projeto da ETE no loteamento, elaborado pela empresa HS Consultoria Ambiental Ltda está bem dimensionado sob o ponto de vista hidráulico, mas apresenta dificuldades com relação a geração de odores. O estudo apresentado pelo engenheiro Alaor Castro verifica a possibilidade de interligação do esgoto gerado pelo loteamento Rossi Botanique ao sistema José de Almeida. O estudo considera possível tecnicamente a interligação considerando a capacidade da ETE José de Almeida em suportar este aumento de contribuição de esgoto. Utilizamos este exemplo, que ocorre dentro do Município para evidenciar que mesmo a adoção de um sistema coletivo de tratamento de efluentes domésticos não é a garantia de uma solução adequada sem pensarmos em projeto adequado e garantias de manutenção e operação do sistema implantado.

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2.2.5.1.2 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Vale dos Cristais

Figura 24 - Localização da ETE Vale dos Cristais. Fonte: Google Earth, 2015. A Estação de Tratamento de Esgoto deste sistema consiste em um RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) mais Filtro Anaeróbio. O Sistema cobre os loteamentos Vila Hartt, Vila Gardner, Vila Grimm e o Colégio Santo Agostinho. A ETE Vale dos Cristais é gerenciada e operada pela AGVC - Associação Geral do Vale dos Cristais, desde abril de 2014. Anteriormente esta ETE era gerenciada e administrada pela Odebrecht Realizações Imobiliárias, empreendedora do Bairro Vale dos Cristais. A ETE trata 634 m³/dia ou 7,33 l/s. Não foi fornecida a Autorização para o Funcionamento expedida pelo órgão ambiental e também não recebemos informações sobre a rede coletora. Com relação a este sistema temos a considerar que do outro lado da MG 030 está localizada a ETE Vale do Sereno. Não existe um controle, por parte do poder público municipal, quanto a disseminação de soluções coletivas de tratamento. Outra consideração é relativa aos corpos receptores. Não percebemos um controle quanto a capacidade de autodepuração dos mesmos que garanta a salubridade ambiental do corpo hídrico. Abaixo, tabela contendo mais algumas informações sobre o sistema.

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Tabela 56 - População atendida e vazão da ETE Vale dos Cristais.

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO - ETE VALE DOS CRISTAIS

VAZÃO VAZÃO

LOTEAMENTOS E COLÉGIO -

DE DE

ÁGUA ÁGUA

ES (LTS)ES

ES (HAB) ES

ETE_máx ETE_máx

CONSUMO CONSUMO

horária horária (l/s)

PERCAPITA PERCAPITA

POPULAÇÃO POPULAÇÃO

Qmax Qmax

CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO

MULTIFAMILIAR MULTIFAMILIAR VILA HARTT 280 250 1,167 VILA GARDNER 240 250 1 VILA GRIMM 840 250 3,5 COLÉGIO SANTO AGOSTINHO 2000 50 1,667 TOTAL 3.360 7,334 Fonte: AGCV - Associação Geral do Vale dos Cristais, 2015. 2.2.5.1.3 - Sistema de Esgotamento Sanitário do Residencial Nascentes - Vale dos Cristais No Residencial Nascentes há atualmente 152 residências concluídas, 58 residências em construção, tendo um total de 531 lotes a serem ocupados. Esta parte do bairro Vale dos Cristais não é atendida por um sistema constituído por uma ETE coletiva. Os proprietários dos lotes são obrigados a instalarem sistemas unifamiliares de tratamento, do tipo fossa séptica e filtro anaeróbio. Todos os filtros anaeróbios lançam seus efluentes num interceptor que descarrega o esgoto tratado dos lotes no Ribeirão dos Cristais. Não temos o detalhamento dos projetos de ETEs individuais e do interceptor.

2.2.5.1.4 - Sistemas Individuais Conforme visto na Tabela 1, quase dezenove por cento, 18,71% dos domicílios de Nova Lima destinam os efluentes domésticos para soluções individuais (fossa séptica ou fossa rudimentar). Cabe ressaltarmos que alguns bairros, por suas características, não favorecem a implantação de um sistema público de coleta e tratamento dos efluentes domésticos. Nesses casos, as soluções individuais de tratamento tendem a ser a solução definitiva. Como na maioria dos municípios do Brasil, a fiscalização por parte do poder público, na implantação e operação dos sistemas individuais de tratamento não é efetiva. Atualmente, a gestão dos sistemas individuais, nos bairros que adotam esta solução antes de liberar seus efluentes para o corpo receptor mais próximo, fica sob a responsabilidade exclusiva das associações de bairro, sem pactuação alguma com o poder público municipal. Os seguintes bairros pertencem ao grupo de localidades que se utilizam de soluções individuais para o destino dos efluentes gerados nos lotes:

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Tabela 57 - Bairros com soluções individuais. Listagem de bairros com soluções individuais Balneário Água Limpa (Lagoa Água Limpa) Parque Jardim Amanda Bosque da Ribeira Pasárgada Bosque Residencial do Jambreiro Pasto da Balança Campo do Pires Quintas do Sol Chácara Bom Retiro Residencial Europa Conde/Vila Castela Riviera Estância Del Rey São Sebastião das Águas Claras Estância do Estoril I Serra dos Manacás Estância Estoril II Solar da Lagoa Estância Serrana Vale do Sol Fazenda Moinho da Mata Veredas das Geraes Glebas Reais Vila Alpina Green Park Vila Campestre Jardim da Torre Vila Castela Relocação Jardim das Mangabeiras Vila Del Rey Jardim Monte Verde Vila Del Rey anexo Jardim Serrano Vila do Ouro Jardins de Petrópolis Lagoa do Miguelão Manesmann Mirante da Mata Ouro Velho Mansões Ouro Velho Mansões Fundos Parque do Engenho Parque do Tumbá Observação: Não foram considerados os bairros onde os efluentes domésticos são lançados na rede coletora pluvial. Fonte: Elaborado pela empresa MJ Engenharia. Parte das localidades da Tabela 57 não comporta uma solução coletiva de coleta e tratamento de efluentes, avaliando-se apenas a distância entre os lotes. Nos bairros planejados, onde os lotes dispõe de áreas maiores e as edificações guardam uma distância razoável entre elas, as fossas sépticas dimensionadas dentro das normas técnicas, tendem a gerar menores danos sanitários e ambientais que o lançamento dos efluentes domésticos diretamente na rede de drenagem pública.

Na situação onde os efluentes são liberados na rede de drenagem pública, a situação é bem mais grave pois esta particularidade leva a concentrar o problema nos pontos de lançamento nos corpos receptores que cortam as regiões urbanizadas do município. É o caso mais grave e ocorre em todas as regiões mais densamente urbanizadas do município, onde não existe sistema de esgotamento sanitário, com rede coletora do tipo separador absoluto.

2.2.5.1.1 - Sistemas Não Implantados Foram levantadas informações, por parte do Grupo Técnico de Trabalho para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Nova Lima, de licenças ambientais que condicionavam a instalação de empreendimentos no Município a implantação de sistemas de esgotamento sanitário por parte dos empreendedores. As licenças apresentadas tinham data de expedição com mais de

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uma década e nenhum dos sistemas foi implantado até o presente momento. Não obtivemos acesso às licenças sendo a informação, aqui apresentada, passada pelos membros do Grupo de Trabalho.

Neste contexto torna-se importante a investigação, por parte da municipalidade, do histórico destes empreendimento, a fim de buscar que as condicionantes das licenças sejam cumpridas, se ainda forem consideradas válidas.

2.3 - INDICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR ESGOTOS DO MUNICÍPIO As plantas com a descrição dos sistemas coletores da drenagem urbana da região central, as visitas técnicas e os registros feitos pelos servidores da fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e equipe de manutenção da Secretaria de Obras do Município e a constatação de que o esgoto doméstico gerado nas moradias dos bairros mais antigos do Municípios, na Sede e cercanias é lançado na rede pluvial. Além disso, muitos córregos estão canalizados, que recebem invariavelmente efluente de esgoto doméstico no seu percurso. Na região da Sede do Município marcamos todos os pontos finais de trechos onde os sistemas coletores de esgoto doméstico e coletores do pluvial acabam escoando para o córrego mais próximo. Anexo V. Na região dos bairros na MG 030, marcamos um ponto de contaminação em condomínio de edifícios ao lado do Ponto Verde. Anexo V. Na região do Jardim Canadá existem muitos pontos onde o esgoto doméstico é descarregado na tubulação de drenagem. Grande parte desse esgoto flui para o córrego Fechos, manancial utilizado para abastecimento pela COPASA. Anexo V. Cruzando essas informações com os dados da Secretaria de Saúde para o número de casos de diarreia infecciosa registrados no município entre os anos de 2006 e 2014 (sabe-se que a diarreia está intimamente correlacionada às condições sanitárias e ao consumo de água de baixa qualidade), observou-se que dos 95 casos registrados no período, a região onde há o maior número de casos de diarreia é a sede do município, a qual é a mais densamente habitada e não dispõe de rede coletora de esgoto, podendo o fato de falta de esgotamento sanitário ser um fator agravante para o contágio da população por doenças relacionadas a veiculação hídrica. Ressalta-se ainda que, os poucos casos relacionados a doenças de veiculação hídrica que são relatados nos bairros existentes em Nova Lima, podem estar intimamente ligados ao poder aquisitivo desta população e seu acesso à rede privada de atendimento hospitalar. Assim, os casos de diarreia não são contabilizados pela Secretária de Saúde.

2.4 - INDICADORES ECONÔMICOS - ESGOTAMENTO SANITÁRIO Quanto a tarifa, nas regiões onde a COPASA detém a concessão dos serviços de esgoto, considerando

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uma família com 3 pessoas, consumindo 200 litros/(hab. Dia), teremos um consumo, por mês consome 18 m³ de água. Supondo que esta família more numa área onde exista coleta e tratamento de esgoto. Utilizando a tabela que entrou em vigência em 13/05/2014, na coluna de classe de consumo residencial maior que 10 m³, código tarifário de consumo maior que 10 m³: . De 0 a 6m³ = R$ 14,60 (tarifa de água mínima) + R$ 13,13 (tarifa de esgoto mínima) = R$ 27,73; . Consumo maior que 6m³ até 10 m³ = R$ 2,435 x 4 = R$ 9,74 + R$ 2,191x4 = R$ 8,76 = R$ 18,50; . Consumo maior que 10 m³ até 15 m³ = R$ 4,735 x 5 = R$ 23,67 + R$ 4,262 x 5 = R$ 21,31 = R$ 44,98; . Consumo maior que 15 m³ até 20 m³ = R$ 4,747 x 3 = R$ 14,24 + R$ 4,273 x 3 = R$ 12,82 = R$ 27,06. O total a ser pago pelo consumo de água é de R$ 90,54. A correção dos valore das tarifas é aprovada pela agência reguladora de Minas Gerais, ARSAE/MG. A partir do mesmo exemplo utilizado para calcular a tarifa de água e esgoto pela COPASA, numa localidade com fornecimento de água e tratamento de esgoto, a mesma família, consumindo a mesma quantidade de água, em Alphaville deveria para a SAMOTRACIA o valor de R$ 203,22. Não é cobrada taxa de esgoto nas localidades da região da sede do Município de Nova Lima. Nos bairros não atendidos pela COPASA ou pela SAMOTRACIA, a cobrança de taxa de água é variável e não há cobrança de taxa para esgoto. Quanto aos índices de sustentabilidade do SNIS, no caso da empresa SAMOTRACIA, não há alimentação do sistema. No caso da COPASA, como os sistemas se confundem com outros da região metropolitana, também temos a análise dificultada.

2.5 - AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO, COMPLEMENTARIDADE OU COMPARTILHAMENTO DO SERVIÇO COM OS DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS Os sistemas de esgotamento sanitário em Nova Lima, infelizmente ainda são insuficientes para gerarem um impacto significativo e positivo em toda a região urbana do Município. Podemos dizer que praticamente todos os corpos hídricos que passam por aglomerados urbanos ou que estão próximos a eles, sofrem impacto pela contaminação por esgoto doméstico in natura. Também os municípios cujo território fica a jusante dos pontos de contaminação, em Nova Lima, sofrem impacto negativo em função da poluição. Fica claro que a solução para o problema sanitário e ambiental causado pelo esgoto lançado na natureza sem tratamento, passa pela integração entre os municípios da região metropolitana de Belo

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Horizonte e também pelo entendimento entre os municípios integrantes da bacia do Rio das Velhas, por exemplo. Assim como cidadão, que não pode ser insensível aos prejuízos que causa ao seu vizinho que reside em conta mais baixa e acaba vendo que o seu terreno serve de passagem do esgoto gerado por outras pessoas, também os municípios vizinhos devem ter a consciência de que todos são responsáveis pela melhoria da qualidade de vida em toda a região. Recentemente a Câmara Municipal de Raposos cobrou da Prefeitura Municipal de Nova Lima providências para solucionar a contaminação do Rio das Velhas com esgoto in natura gerado na região central do Município. A integração com os municípios a montante da captação do Rio das Velhas também é muito importante para a solução dos problemas de contaminação da bacia hidrográfica com efluentes domésticos. Embora não existam soluções consorciadas entre os municípios nesta região, para resolver os problemas no eixo esgotamento sanitário, fica cada vez mais clara a necessidade de buscar soluções conjuntas.

3 - ANÁLISE CRITICA DOS SERVIÇOS DE SSGOTAMENTO SANITÁRIO

Diante do exposto no presente diagnóstico, conclui-se que os sistemas de esgotamento sanitário de Nova Lima ainda são insipientes, necessitando vultosos investimentos para a melhoria das condições sanitária da população.

O índice de coleta de esgotos por rede do tipo separador absoluto ainda não é deficitário, sendo estimado que, aproximadamente, 30% da população é atendida por este tipo de sistema.

Um fator que corrobora para a diminuta taxa de atendimento por rede coletora especifica para esgotos cloacais é a sobreposição de entes responsáveis pelo esgotamento sanitário no município. Como já menciona a COPASA não possui a concessão dos serviços de esgotamento sanitário na Sede de Nova Lima, desta forma a responsável por implantar e gerir os sistemas instalados nesta localidade é a Prefeitura, entretanto, esta não possui corpo técnico qualificado para administrar sistemas de esgotamento sanitários. Isto pode ser evidenciado pelo que ocorreu com os sistemas que foram implantados pela Anglogold Ashanti – SES Bairro Mina D’água e SES Bairro Boa Vista- e encontram-se, atualmente, abandonados. Ainda, alguns bairros possuem sistemas próprios de esgotamento sanitário sendo administrados pelas associações de bairros, não possuindo concessão municipal para operar estes sistemas.

A falta de esgotamento sanitário em Nova Lima é preocupante do ponto de vista sanitário e ambiental, haja vista que, a esgotos estão sendo lançados em sua maior parte nas redes de drenagem as quais desembocam nos corpos hídricos da região, os quais são responsáveis pelo

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abastecimento de cerca de 50% da população da RMBH. Desta forma a perda de qualidade destes mananciais causa a elevação dos custos com tratamento de água para o abastecimento público, além de por a segurança sanitária de população em xeque.

Outro fator de interesse é que alguns da ETEs implantadas no município apresentam problemas de odores, sabe-se que sistemas anaeróbios de tratamento de esgotos são potencialmente geradores de gases fétidos, entretanto, medidas de controle de emissão destes gases devem ser tomadas para não comprometer a qualidade de vida da população lindeira a estas ETEs.

Nas etapas sequentes do presente Plano de Saneamento, serão desenvolvidas ações no que tange a ampliação do atendimento e melhoria da gestão dos serviços de esgotamento sanitário do município de Nova Lima.

Outro aspecto que deverá ser priorizado refere-se a regulação dos serviços de esgotamento sanitário, uma vez que existem diversos sistemas isolados e apenas os serviços prestados pela COPASA são regulados por agencia reguladora.

Desta forma estão apresentados os principais pontos a serem discutidos na etapa de prognóstico no que diz respeito ao sistema de esgotamento sanitário do presente Plano.

4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12209: Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR13969: Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação. 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR7229: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. 1993.

COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais. Sistema COPAGIS.

HELLER, P. G. B. 2007. Avaliação dos Serviços de Saneamento de Quatro Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Das Velhas MG. Uma Abordagem da Dimensão Tecnológica. MG. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Guia para a elaboração de planos municipais de saneamento. Brasília. 2006.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE. 2013. Plano Municipal de Saneamento Básico de Belo Horizonte. Minas Gerais.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA LIMA. Plano de Revitalização da Águas de Nova Lima. Minas Gerais.

SAMOTRACIA. Disponível em http://www.samotracia.com.br/site/web/

SNIS, 2013. Disponível em http://app.cidades.gov.br/serieHistorica/

SPERLING, M. V.; HAANDEL, A.C.V.; JORDÃO, E.P.; CAMPOS, J.R.; CYBIS, L.F.; AISSE, M.M.; ALEM SOBRINHO, P. Pós tratamento de efluentes de reatores anaeróbios por lodos ativados.

TSUTIYA, M. T. 2000. Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3ª edição. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental: Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. V. 1.

5 - ANEXOS

A documentação a seguir relacionada compõe os anexos ao Relatório Técnico: Anexo I - Situação Atual do Esgotamento Sanitário no Município de Nova Lima, MG. Anexo II - Sistema de Esgotamento Sanitário COPASA - SES ETE VALE DO SERENO. Anexo III - Sistema de Esgotamento Sanitário COPASA - SES ETE JARDIM CANADÁ. Anexo IV - Sistema de Esgotamento SAMOTRACIA - ALPHAVILLE LAGOA DOS INGLESES. Anexo V - Pontos de Lançamento de Esgoto “in natura” no Município de Nova Lima, MG. Anexo VI - Sistema de Esgotamento Sanitário P. M. DE NOVA LIMA - SES JOSÉ DE ALMEIDA. Anexo VII - Tabelas de Tarifas Praticadas Pela COPASA. Anexo VIII - Autorização Ambiental de Funcionamento SES SAMOTRACIA.

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ANEXOS

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Anexo I - Situação Atual do Esgotamento Sanitário no Município de Nova Lima, MG.

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Anexo II - Sistema de Esgotamento Sanitário COPASA - SES ETE VALE DO SERENO.

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Anexo III - Sistema de Esgotamento Sanitário COPASA - SES ETE JARDIM CANADÁ.

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Anexo IV - Sistema de Esgotamento SAMOTRACIA - ALPHAVILLE LAGOA DOS INGLESES.

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Anexo V - Pontos de Lançamento de Esgoto “in natura” no Município de Nova Lima, MG.

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Anexo VI - Sistema de Esgotamento Sanitário P. M. DE NOVA LIMA - SES JOSÉ DE ALMEIDA.

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Anexo VII - Tabelas de Tarifas Praticadas Pela COPASA.

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Tarifas de Aplicação Intervalo Código maio/14 a abr/15 Classe de Consumo de Tarifário 1 2 3 Consumo Água EDC EDT Residencial Tarifa Social até ResT S até 0-6 8,47 4,230 7,62 R$/mês 10m³ 10m³ >6-10 1,883 0,942 1,695 R$/m³ 0-6 8,91 4,455 8,02 R$/m³ >6-10 1,982 0,991 1,784 R$/m³ Residencial Tarifa Social maior ResT S >10 - 15 4,338 2,169 3,903 R$/m³ que 10m³ >10m³ >15-20 4,831 2,416 4,348 R$/m³ >20-40 4,856 2,446 4,369 R$/m³ >40 8,905 4,454 8,015 R$/m³ 0-6 14,11 7,055 12,710 R$/mês Residencial até 10m³ Res até 10m³ >6-10 2,355 1,177 2,11800 R$/m³ 0-6 14,85 7,440 13,37 R$/mês >6-10 2,479 1,2390 2,231 R$/m³ >10 - 15 4,819 2,4090 4,338 R$/m³ Residencial maior que 10m³ Res> 10m³ >15-20 4,831 2,417 4,348 R$/m³ >20-40 4,856 2,426 4,369 R$/m³ >40 8,905 4,454 8,015 R$/m³ 0-6 22,83 11,40 20,55 R$/mês >6-10 3,804 1,902 3,424 R$/m³ Comercial Com >10-40 7,274 3,636 6,546 R$/m³ >40-100 7,333 3,666 6,599 R$/m³ >100 7,368 3,684 6,633 R$/m³ 0-6 24,22 12,11 21,780 R$/mês >6-10 4,035 2,018 3,633 R$/m³ >10-20 7,07 3,536 6,363 R$/m³ Industrial Ind >20-40 7,094 3,546 6,383 R$/m³ >40-100 7,162 3,582 6,446 R$/m³ >100-600 7,358 3,679 6,622 R$/m³ >600 7,436 3,718 6,692 R$/m³ 0-6 21,11 10,550 19,010 R$/mês >6-10 3,52 1,760 3,166 R$/m³ >10-20 6,069 3,034 5,462 R$/m³ Pública Pub >20-40 7,336 3,667 6,602 R$/m³ >40-100 7,429 3,715 6,687 R$/m³ >100-300 7,451 3,725 6,705 R$/m³ >300 7,514 3,758 6,763 R$/m³

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Anexo VIII - Autorização Ambiental de Funcionamento SES

SAMOTRACIA.

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