Programa Nacional De Prevenção E Controle Da Malária - PNCM
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MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária - PNCM Série C. Projetos, Programas e Relatórios Brasília – DF 2003 2003. Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Tiragem: 1.500 exemplares Série C. Projetos, Programas e Relatórios Distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Malária Setor de Autarquias Sul, quadra 4, bloco N, 7.º andar, sala 713 CEP: 70070-040, Brasília – DF Tels.: (61) 314 6355 / 314 6481 / 321 1410 / 321 2203 Faxes: (61) 321 1410 / 321 2203 E-mail: [email protected] Edição: FUNASA – Presidência Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde – Ascom Núcleo de Editoração e Mídias de Rede Setor de Autarquias Sul, quadra 4, bloco N, 5.º andar, sala 517 CEP: 70070-040, Brasília – DF Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfi ca Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária PNCM / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003. 132 p.: il. color. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios) ISBN 85-334-0676-2 1. Malária – prevenção e controle. 2. Malária – epidemiologia. 3. Vigilância epidemiológica. I. Brasil. Ministério da Saúde. II. Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. III. Título. IV. Série. NLM WC 765 Catalogação na fonte – Editora MS Sumário Apresentação...................................................................................................... 5 I - Introdução...................................................................................................... 7 1. Determinantes e fatores colaboradores da alta incidência da malária................................................................................ 9 2. Evidências relativas à possibilidade de controle da malária ........................ 12 3. Situação atual do controle da malária no Brasil........................................... 14 II - Objetivos ....................................................................................................... 18 III - Metas............................................................................................................ 18 IV - O Programa Nacional de Controle da Malária ............................................. 18 V - Aceitabilidade e viabilidade fi nanceira ......................................................... 19 VI - Objetivos de processos ................................................................................ 20 1. Apoio à estruturação dos serviços locais de saúde ................................ 20 2. Diagnóstico e tratamento....................................................................... 23 3. Fortalecimento da vigilância em saúde.................................................. 25 4. Capacitação de recursos humanos......................................................... 29 5. Educação em saúde, comunicação e mobilização social (ESMS) ........... 32 6. Controle seletivo de vetores .................................................................. 35 7. Pesquisa.................................................................................................. 36 8. Monitoramento do PNCM...................................................................... 37 9. Sustentabilidade política ....................................................................... 39 VII - Atribuições e competências........................................................................ 40 1. À Funasa............................................................................................... 40 2. Ao estado.............................................................................................. 40 3. Ao município........................................................................................ 43 4. À Secretaria de Políticas de Saúde........................................................ 44 5. Ao Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) ................................ 44 VIII - Indicadores de avaliação............................................................................ 44 1. Indicadores de resultados ................................................................... 45 2. Indicadores de processos.................................................................... 45 IX - Pro ble mas potenciais ao PNCM................................................................... 50 X - Atividades e cronograma ............................................................................... 51 XI - Orçamento................................................................................................... 51 XII - Anexos ........................................................................................................ 53 XIII - Referências bibliográfi cas.......................................................................... 127 Equipe técnica.................................................................................................... 131 Apresentação A malária é reconhecida como um grave problema de saúde pública no mundo, estimando-se que 40% da população está exposta ao risco de contrair a doença, em mais de 100 países. Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem cerca de 300 a 500 milhões de novos casos e um milhão de mortes por ano. No Brasil, a doença ainda apresenta elevado risco de transmissão na região da Amazônia Legal. Nos últimos anos, com a implantação do Plano de Intensifi cação das Ações de Controle da Malária (Piacm), na região Amazônica têm sido alcançados resultados positivos, com a redução do dano produzido por essa doença. Ao fi nal do ano de 2002, comparando-se com 1999, houve diminuição de 45% no número de casos de malária; o número de municípios de alto risco (IPA >50 casos por 1.000 habitantes) passou de 160 para 76 municípios; o número de internações reduziu-se em 69,2%; e o número de óbitos por malária diminuiu em 36,5%. A despeito dos bons resultados obtidos com Piacm, a redução observada no período de 1999 a 2002 não ocorreu de forma homogênea. O maior percentual de decréscimo registrou-se no estado de Roraima (78%), seguido do Maranhão (71%). Os demais estados da Amazônia Legal apresentaram percentuais de redução que variaram de 35% a 58%. O estado de Rondônia foi o único em que houve um aumento no número de casos, de 12%, nesse mesmo período. Apesar da redução obtida, a incidência da doença na região Amazônica ainda é muito elevada (IPA 15,9/1.000) e precisa ser reduzida de forma sustentável para melhorar a saúde e possibilitar o desenvolvimento socioeconômico daquela região. O enfrentamento adequado dessa endemia também é fundamental para consolidar o processo de descentralização das ações de epidemiologia e controle da doença para os estados e municípios, bem como a integração com as atividades da atenção básica, particularmente com o Programa de Saúde da Família. Com o Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), o Ministério da Saúde estabelece uma política permanente para a prevenção e o controle Secretaria de Vigilância em Saúde/MS - agosto/2003 - pág. 5 dessa endemia, dando continuidade aos avanços já proporcionados pelo Piacm e agregando as sugestões emanadas do processo contínuo de avaliação realizado pelas secretarias estaduais e municipais de saúde e pelo Comitê Técnico de Acompanhamento do Piacm. Dessa maneira, o Sistema Único de Saúde (SUS) fortalece sua capacidade de responder, com mais efi ciência, a esse desafi o para a saúde pública que ainda representa a malária. Jarbas Barbosa Secretário da Secretaria de Vigilância em Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde/MS - agosto/2003 - pág. 6 I - Introdução A malária é reconhecida como grave problema de saúde pública no mundo, atingindo 40% da população de mais de 100 países. De acor do com a Or ga ni za ção Mundial de Saúde (OMS), estima-se que ocorrem no mundo cer ca de 300 a 500 milhões de novos casos e 1 milhão de mortes ao ano. No Brasil, existem três espécies de Plasmodium causadores da ma lá ria: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae. Aproximadamente 99% dos casos se con cen tram na região amazônica, onde as condições socioeconômicas e ambientais fa vo re cem a proliferação do mos qui to do gê ne ro Anopheles, vetor da doença, e, conseqüentemente, a exposição de grandes contingentes populacionais. A do en ça causa óbitos, sofrimento e perdas sociais. Existe ele va da perda econômica, em virtude dos dias em que os doentes dei xam de tra ba lhar. In ves ti men tos em pre sa ri ais são pre ju di ca dos em função da doença. A ex plo ra ção do po ten ci al turístico da região também é afetada. A região amazônica é composta pelos estados do Acre, Amapá, Ama zo nas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O risco de con tra ir a do en ça não é uniforme nesta região. Este risco é medido pela In ci dên cia Parasitária Anual (IPA), que corresponde à quan ti da de de lâminas positivas dividido pela po pu la ção sob risco e multiplicado por uma constante, geralmente 1.000. As áre as endêmicas são classifi cadas como de trans mis são alta, média e de baixo risco, de acordo com a IPA (anexo 1). A doença tem apresentado elevado risco de transmissão, mantendo-se em ní veis muito superiores a 1.970, quando foram observados 3,9 casos por mil ha bi tan tes, na região amazônica. Nos anos de 1999, 2000 e 2001 a IPA na re gião foi de 31,9, 30,3 e 18,8 casos