UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Programa De Pós-Graduação Em Saúde, Sociedade E Ambiente Suzane Fonseca Oliveira
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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente Suzane Fonseca Oliveira PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS NOTIFICADOS NAS REGIÕES AMPLIADAS DE SAÚDE DO JEQUITINHONHA E NORDESTE DE MINAS GERAIS Diamantina 2019 Suzane Fonseca Oliveira PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS NOTIFICADOS NAS REGIÕES AMPLIADAS DE SAÚDE DO JEQUITINHONHA E NORDESTE DE MINAS GERAIS Dissertação apresentada ao programa de Pós- Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como requisito para obtenção do título de Mestre em Saúde, Sociedade e Ambiente. Orientador: Prof a. Dr.a Leida Calegário de Oliveira Diamantina 2019 Elaborado com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). O48p Oliveira, Suzane Fonseca. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis notificados nas regiões ampliadas de saúde do Jequitinhonha e nordeste de Minas Gerais / Suzane Fonseca Oliveira, 2019. 118 p. : il. Orientadora: Leida Calegário de Oliveira Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Ensino em Saúde) - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2019. 1. Sífilis. 2. Doenças transmissíveis. 3. Perfil epidemiológico. I. Oliveira, Leida Calegário de. II.Título. III.. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. CDD 616.951 Ficha Catalográfica – Sistema de Bibliotecas/UFVJM Bibliotecária: Jullyele Hubner Costa – CRB6/2972 Dedico esta dissertação ao meu querido esposo, Ezequiel, e à minha pequena Sophia por todo amor, carinho e compreensão nessa fase tão importante da minha vida. AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS por permitir a realização desse sonho profissional e por ter me concedido forças e ânimo para não desistir. Agradeço especialmente ao meu esposo, Ezequiel, por sempre ter estado ao meu lado, apoiando, incentivando e pelas palavras de conforto quando as lágrimas e o medo tomavam conta do meu ser. Agradeço pela compreensão nos momentos de reclusão e ausência e principalmente por cuidar tão bem da nossa pequena Sophia. Obrigada minha pequena Sophia que mesmo sem entender, compreendia a minha ausência e sempre que chegava me envolvia em seus braços pequenos. Saiba que essa foi à parte mais difícil, a ausência, a falta de tempo para te dar a atenção merecida. Agradeço à minha família, em especial a meus pais, Alice e Carlos, minhas irmãs, Josiane, Aline, meu tio Aroldo, meus sobrinhos, Julia, Isabela, Gabriel e Maria Luiza que sempre me incentivaram e me apoiaram para que eu conquistasse esse título tão importante. À minha querida orientadora, Professora Dra. Leida Calegário de Oliveira, obrigada pela orientação, pela paciência, pelo aprendizado e pela dedicação desde o momento da seleção até a conclusão desta etapa. Sou imensamente grata por ter direcionado o meu caminho, sua orientação foi fundamental. Agradeço à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e aos professores do Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, pelo conhecimento difundido nesse processo de formação. Agradeço aos colegas de mestrado pela oportunidade de convivência e aprendizagem, em especial minhas queridas companheiras Kariny, Malu, Ana Paula e Alexandra, vocês foram pessoas fundamentais nesse processo de formação. Agradeço à Superintendência Regional de Saúde de Diamantina e Teófilo Otoni, respectivamente, que contribuíram imensamente com a minha pesquisa, permitindo acesso aos dados necessários para a concretização dessa pesquisa. “A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade”. (Carlos Drummond de Andrade). RESUMO As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) são consideradas um grave problema de saúde pública. Sendo a Sífilis uma IST conhecida mundialmente há mais de 500 anos, o aumento da incidência de casos desta doença atualmente vem preocupando a saúde pública devido às complicações perinatais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a infecção atinge mais de 12 milhões de pessoas mundialmente e, apesar do Sistema Único de Saúde oferecer diagnóstico e tratamento gratuito para a população, tem-se evidenciado um aumento dos casos de Sífilis no país, nos últimos cinco anos. No Brasil, de 2010 a 2017 a taxa de incidência de Sífilis Congênita aumentou de 2,4 para 8,6 casos por mil nascidos vivos. A taxa de detecção de Sífilis em Gestantes passou de 3,5 para 17,2 casos por mil nascidos vivos e a taxa de incidência de Sífilis Adquirida aumentou de 2,0 casos por 100 mil habitantes em 2010 para 58,1 casos por 100 mil habitantes em 2017, demonstrando um aumento expressivo. Sendo assim, esta pesquisa propôs identificar a quantidade de casos de Sífilis nos municípios que integram a Região Ampliada de Saúde Jequitinhonha (RASJ) e a Região Ampliada de Saúde Nordeste (RASN) de Minas Gerais, descrevendo assim o Perfil epidemiológico dos casos de Sífilis notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2012 a 2017. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, com coorte transversal, descritivo, de natureza quantitativa. A pesquisa foi composta por 1.330 notificações de casos de Sífilis do SINAN. Os dados foram coletados no banco de dados de notificações da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina e de Teófilo Otoni, no segundo semestre de 2018, por meio de análise do banco de dados do SINAN. Os dados foram coletados e atualizados até 17/10/2018, sendo tabulados por meio de software estatístico Statistical Package Social Science, versão 21.0. Realizaram-se análises descritivas das variáveis, com a apresentação de frequências absolutas (n) e relativas (%). A pesquisa atende à Resolução CNS 466/2012, tendo obtido aprovação por meio do parecer Nº 2.901.538 de 18 de setembro de 2018. A partir da análise dos dados foi possível demonstrar que entre os anos de 2012 a 2017, foram notificados 1.330 casos de Sífilis nas RASJ e RASN. Destes, 601 casos foram de Sífilis Adquirida (81 casos notificados na RASJ e 520 na RASN), observando-se uma incidência de 5,28 casos/100.000 habitantes na RASJ, representando um aumento de 445,23% em cinco anos, enquanto que na RASN a incidência foi de 11,11casos/100.000 habitantes, representando um aumento de 355,06% em apenas quatro anos. Quanto à Sífilis em Gestantes, foram notificados 455 casos (59 na RASJ e 396 na RASN), sendo observada uma incidência de 34,20 casos/10.000 nascidos vivos, correspondendo a um aumento de 442,61% em quatro anos, enquanto que na RASN foi observada uma incidência de 64,58 casos/10.000 nascidos vivos e um aumento de 620,08% em cinco anos. Em relação à Sífilis Congênita, foram notificados 274 casos (12 na RASJ e 262 na RASN), com uma incidência de 6,98 casos/10.000 nascidos vivos, correspondendo a um aumento de 49,71% em apenas quatro anos (na RASJ), enquanto que na RASN houve uma incidência de 41,15 casos/10.000 nascidos vivos e um aumento de 317,63% em cinco anos. Observou-se um aumento do número de casos de Sífilis tanto na RASJ quanto na RASN, podendo este estar associado, em parte, ao aprimoramento do sistema de vigilância e implementação de políticas públicas para diagnóstico da doença. Mesmo com essas melhorias, sugere-se a ampliação de ações de educação permanente para os profissionais de saúde, buscando uma maior efetividade do processo de rastreamento, diagnóstico e tratamento precoce da doença. Sugere-se ainda a implementação de ações de educação em saúde para a população das RASJ e RASN como medida para maior controle da Sífilis. Palavras-Chave: Sífilis - Doenças transmissíveis - Perfil epidemiológico ABSTRACT Sexually Transmitted Infections (IST’s) are considered a serious public health problem. Since Syphilis is an STI known worldwide for over 500 years, the increasing incidence of cases of this disease is currently worrying public health due to perinatal complications. According to the World Health Organization, the infection affects more than 12 million people worldwide and, despite the Unified Health System offering diagnosis and free treatment to the population, there has been an increase in cases of syphilis in the country, in the last five years. In Brazil, from 2010 to 2017 the incidence rate of Congenital Syphilis increased from 2.4 to 8.6 cases per 1,000 live births. The detection rate of syphilis in pregnant women increased from 3.5 to 17.2 cases per 1,000 live births and the incidence rate of acquired syphilis increased from 2.0 cases per 100,000 inhabitants in 2010 to 58.1 cases per 100,000 live births. Inhabitants in 2017, showing a significant increase. Thus, this research proposed to identify the number of syphilis cases in the municipalities that comprise the Jequitinhonha Extended Health Region (RASJ) and the Minas Gerais Extended Northeast Health Region (RASN), thus describing the Epidemiological Profile of notified Syphilis cases. In the Reporting Disease Information System (SINAN), from 2012 to 2017. This is an epidemiological research with a descriptive cross-sectional cohort of quantitative nature. The survey consisted of 1,330 case reports of SINAN Syphilis. Data were collected in the notifications database of the Regional Health Superintendence of Diamantina and Teófilo Otoni, in the second semester 2018, through analysis of the SINAN database. Data were collected and updated up to 10/17/2018 and tabulated using statistical software Statistical Package Social Science, version 21.0. Descriptive analyzes of the variables were performed, presenting absolute (n) and relative (%) frequencies. The research complies with Resolution CNS 466/2012, having been approved by the Opinion No. 2,901,538 of September 18, 2018. From the analysis of the data it was possible to demonstrate that between 2012 and 2017, 1,330 cases were reported. of Syphilis in the RASJ and RASN Of these, 601 cases were Acquired Syphilis (81 cases reported in the RASJ and 520 cases in the RASN), with an incidence of 5.28 cases / 100,000 inhabitants in the RASJ, representing an increase of 445.23% in five years, while In the RASN the incidence was 11.11 cases / 100,000 inhabitants, representing an increase of 355.06% in just four years.