Anais Do XIII Encontro De Ciências Da Vida “A Importância Da Pesquisa E Sua Divulgação
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Anais do XIII Encontro de Ciências da Vida “A importância da pesquisa e sua divulgação para a construção da sociedade” XIII Encontro de Ciências da Vida “A importância da pesquisa e sua divulgação para a construção da sociedade” ANAIS Edição: FEIS/UNESP Organizador: Cristiéle da Silva Ribeiro Ilha Solteira – SP 20 a 24 de maio de 2019 Comissão organizadora Presidente: Prof. Dr. Igor Paiva Ramos Vice‐presidente: Bianca da Silva Miguel Secretária: Nayara Yuri Mitsumori Alvares 1º Tesoureiro: Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade 2º Tesoureira: Thalita Vicente das Neves XXXIII Semana da Agronomia Coordenadora docente: Profa. Dra Aline Redondo Martins Coordenador discente: Marina Chaim Marciano XV Semana da Biologia Coordenador docente: Prof. Dr. Felipe Montefeltro Coordenador discente: Maria Luiza Ribeiro Delgado XI Semana da Zootecnia Coordenador docente: Profa. Dra. Rosemeire da Silva Filardi Coordenador discente: Luiz Antônio Othechar Benedicto Comissão científica Profa. Dra. Cristiéle da Silva Ribeiro Luana Grenge Rasteiro Ana Luiza Moreira Promoção: Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Organização: Curso de Ciências Biológicas, Curso de Agronomia e Curso de Zootecnia FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP ‐ Ilha Solteira. Encontro de Ciências da Vida (13. : 2019 : Ilha Solteira). E56a Anais [do] XIII Encontro de Ciências da Vida : 20 a 24 de maio de 2019 [recurso eletrônico] / organizador: Cristiéle da Silva Ribeiro. – Ilha Solteira : Unesp/FEIS, 2019 476 p. : il. Inclui bibliografia e índice Temática do evento: A importância da pesquisa e sua divulgação para a construção da sociedade ISBN 978‐85‐5722‐260‐1 1. Ciência e tecnologia ‐ Congressos. 2. Pesquisa ‐ Congressos. 3. Divulgação científica ‐ Congressos. 4. Formação profissional. 4. Ciência Biológicas ‐ Congressos. I. Engenharia Agronômica. III. Zootecnia. IV. A importância da pesquisa e sua divulgação para a construção da sociedade. CDD 570.7 ENGENHARIA AGRONÔMICA 7 Aspectos da Arborização Urbana em Pereira Barreto/SP Bruna Vargas Rocha da Silva (1), Regina Maria Monteiro de Castilho (2) 1UNESP / Campus de Ilha Solteira, Curso de Engenharia Agronômica, [email protected] 2UNESP / Campus de Ilha Solteira, Departamento de Fitotecnia, [email protected] Introdução A vegetação urbana exerce diversas e importantes funções, destacando-se as desempenhadas pelas árvores, que proporcionam bem-estar psicológico às pessoas, melhoram o efeito estético, proporcionam sombra para pedestre e veículos, amenizam poluição sonora, reduzem o impacto da chuva e seu escorrimento superficial, auxiliam na diminuição da temperatura e preservam a fauna silvestre (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002), além de beneficiarem a saúde física e mental da população bem como a aproximação do homem com o ambiente natural e favorecerem práticas de lazer (LONDE; MENDES, 2014) A arborização deve ser bem planejada independentemente do porte da cidade, de modo a evitar se tenha maiores problemas na tentativa de adequar a arborização as condições existentes. Para um adequado planejamento da arborização de ruas e avenidas devem-se considerar alguns fatores como: condições do ambiente; características das espécies, largura de ruas e calçadas; fiação elétrica aérea e subterrânea, afastamento, entre outros (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar visualmente a condição das árvores de duas ruas localizadas no centro de Pereira Barreto, São Paulo. Material e Métodos Foram avaliadas, em abril de 2019, árvores das ruas Dermival Franceschi (nº1126 a 1212) e Cyro Maia (nº1119 a 1184) ambas localizadas no centro de Pereira Barreto, São Paulo. Foi realizada vistoria em árvores de forma individual, sendo anotados os seguintes dados: nome científico e nome vulgar, afloramento de raiz, estado fitossanitário, realização de podas e localização em relação a fiação elétrica. Resultados e Discussão As ruas vistoriadas apresentam predominância expressiva da espécie Licania tomentosa (oiti) com frequência de 72,72% (Tabela 1). Essa predominância de oitis na arborização urbana foi observada também por Stranghetti e Silva (2010) com frequência de 67,05% no município de Uchôa/SP e Pinheiro et al. (2011) com presença de 83 %, em Ilha Solteira, SP. Esta alta incidência do oiti na arborização urbana é devido a sua sombra farta, sendo encontrado em parques, praças, avenidas e calçadas, pois devido à sua copa, seu uso ajuda a diminuir as temperaturas do ambiente e reduzir os ruídos; é também muito tolerante à poluição dos grandes centros urbanos (PATRO, 2014). Segundo Toledo Filho e Parente (1988), é muito importante a heterogeneidade de espécies na implantação da arborização urbana, pois além de ser uma forma de proteger, difundir e valorizar a flora brasileira, a mesma favorece a sobrevivência de animais que constituem importantes elementos do equilíbrio ecológico. Não foram encontradas, nesse levantamento, espécies nativas do bioma Cerrado. 8 Tabela 1: Espécies de árvores encontradas em duas ruas do centro de Pereira Barreto, SP Nome científico Nome popular Família Origem N° de indivíduos Freq. Licania tomentosa oiti Chrysobalanaceae nativa1 24 72,72% Thevetia peruviana chapéu de napoleão Apocynaceae exótica 3 9,09% Annona muricata graviola Annonaceae exótica 2 6,06% Bauhinia variegata pata de vaca Fabaceae exótica 1 3,03% Pachira aquatica munguba Malvaceae nativa2 1 3,03% Bougainvillea glaba primavera Nyctaginaceae nativa1 1 3,03% Mangifera indica mangueira Anacardiaceae exótica 1 3,03% 1- Mata Atlântica; 2 - Floresta Amazônica. (Fonte: Próprio autor, 2019) Quanto ao estado fitossanitário, não foram verificados presença de pragas e doenças. Foi observada que cerca de 54,54% das árvores estavam sob fiação elétrica, sendo que algumas já haviam sido podadas a fim de evitar contato com essa, e 63,63% necessitavam de poda para não atingir. Árvores de porte grande, como a L. tomentosa, atingem a altura entre 8 e 15 m e assim é considerada inadequada para plantio em calçadas sob fiação elétrica, necessitando de podas frequentes, as quais prejudicam sua fisiologia e estética (CARVALHO; TELES,2018). Figura 2: Espécimes de oiti (A) que já foi podada (rebaixamento de copa) e de mangueira (B) com poda em V, ambas sob fiação elétrica (Fonte: Próprio autor, 2019) A incidência de árvores com afloramento de raízes foi de 39,39%, além de situações em que parte da área da calçada foi refeita possivelmente por danos originados da exposição de raízes. É possível reduzir ou eliminar os danos causados pelas raízes por meio da implantação de calçadas ecológicas, aumentando a área para o desenvolvimento radicular (CARVALHO; TELES, 2018). O Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo (2011) indica larguras mínimas para o canteiro em relação ao diâmetro da copa: árvores de copa pequena (média de 4m de diâmetro) - canteiros com no mínimo 2 m² de área permeável, e árvores de copa grande (média de 8 m de diâmetro) com no mínimo 3 m², sempre respeitando as exigências da legislação vigente (SVMA, 2011), como a NBR 9050/2015 que diz que as rotas para caminhamento necessitam ser acessíveis e possuir área de circulação e manobra de até 1,80 m, sendo no mínimo 1,20 m. 9 Figura 2: Ausência de área livre para desenvolvimento das raízes, e consequentes danos causados pelo afloramento destas, em oitis. (Fonte: Próprio autor, 2019) Conclusões O levantamento mostrou um predomínio de uma única espécie, e, portanto, uma baixa diversidade. A maior parte das árvores estavam sob fiação elétrica e serão possivelmente podadas. Destaca-se também a incidência de raízes afloradas, causando danos à calçada e podendo prejudicar o trânsito de pedestres. Referências CARVALHO, D.P; TELES, A.P.S. Inventário, análise e sugestão de espécies para arborização viária em Ilha Solteira-SP. Monografia. Curso Especialização em Gestão Ambiental. UCDB, Campo Grande/MS. 2018. LONDE, P. R.; MENDES, P. C. A influência das áreas verdes na qualidade de vida urbana. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 10, n. 18, p. 264-272, 2014. PATRO, R. Oiti: Licania tomentosa. [S. l.]: Jardineiro.net, 2014a. Disponível em: <http://www.jardineiro.net/plantas/oiti-licania-tomentosa.html>. Acesso em: 9 abril 2019. PINHEIRO, R. R.; CASTILHO, R. M. M.; BERTO, H. H.; PONTEL, G. D.; CAROZELLI, P. A. Condição da arborização da avenida Brasil, no município de Ilha Solteira - SP. In: Anais do 6ºCongresso de Extensão Universitária, 2011, Águas de Lindóia, SP. 6º Congresso de Extensão Universitária, 2011. PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. F. da. Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. 10 STRANGHETTI, V; SILVA, Z.A.V. Diagnóstico da arborização das vias públicas do município de Uchôa-SP. REVSBAU, Piracicaba -SP, v.5, n.2, p.124-138, 2010. SVMA - SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE. Manual Técnico de Arborização Urbana. 2011. Disponível em: <http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/2011/11/ManualArborizacaoUrbana PrefeituraSP.pdf> Acesso em: 05 abril 2019. TOLEDO FILHO, D. V.; PARENTE, P. R. Arborização urbana com essências nativas. Boletim Técnico do Instituto Florestal, São Paulo, v.42, p. 19-31, 1988. Nível e área do trabalho: Graduação, Agronomia Modalidade de Apresentação: Pôster 11 PRODUÇÃO DE MUDAS DE RÚCULA EM SUBSTRATOS, PARA USO EM HORTA ESCOLAR. Jéssica C. M. Bezerra(1), Emanuella M. Muniz(2), Felix S. C. Junior(1), Regina M. M. de Castilho(3) . 1UNESP - FEIS, Curso de Engenharia Agronômica – Bacharelado,