<<

ROGÉRIO TUBINO VIANNA Filogenia e biogeografia histórica dos Gyrodactylidae (Monogenoidea): morfologia, moléculas e evidência total Tese apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Ciências área de concentração Zoologia. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Zoologia, Set or de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Nome do Orientador : Walter A. Boeger, Ph. D. Co-orientador: Vernon E. Thatcher, Ph. D. CURITIBA 2007

ROGÉRIO TUBINO VIANNA

Filogenia e biogeografia histórica dos Gyrodactylidae (Monogenoidea): morfologia, moléculas e evidência total Tese apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Ciências área de concentração Zoologia. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Zoologia, Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. Nome do Orientador : Walter A. Boeger, Ph. D. Co-orientador: Vernon E. Thatcher, Ph. D. CURITIBA 2007

iii Para Rosi e Fábio. Pela nossa vida!

iv

BiogeografiadaRegiãoNeotropical,segundo cientistasGaúchos!!! LuisFernandoVeríssimo(Separatismo,CortaEssaLP&M, 1993:emhttp://www.paginadogaucho.com.br/cart/)

v AGRADECIMENTOS Estatesefoisemdúvidaumdosmaioresdesafiosqueencontreiemminhavida, ecomoemtododesafio,surgempessoasqueestãodispostasaauxiliaremalgumacoisa, e essas pessoas se tornam especiais. Durante esta tese fiz grandes amigos, conheci muitaspessoasdispostasaparticipareajudaremumtrabalhocientífico.Porém,para mim esta tese começou em 1994, quando ingressei na FURG (RS), no curso de Biologia.EpensarquecomeceiemRioGrande,comgirodactilídeos!Essateseestá recheadadehistóriasparalelasdepessoasquemeincentivaram,meajudaramequeeu gostariadeagradeceragora.Voucomeçaragradecendoporalgumaspessoasespeciais queformaramabaseparaoqueeusouhojecomoprofissionalepessoa. Oprimeiroeomaisimportantepontodeapoiofoiaminhaesposaemeufilho. Ati,meuamor,tenhoadizerqueofinaldestatesetemumsabormuitoespecialpara mim.Sabordevida!Seiquedaquiaalgunsanosestareiparadoemalgumlugarevou lembrarsorrindodoquepassamos,voulembrartambémdatuacoragem,doteuesforço edoteugrandeamor.Amorquesacrificoumomentosparaqueeupudessefazeromeu trabalho,eque,demeusonho,setornounossosonho.Rosi,teamoesempreagradeço porestaresaquicomigo...Muitoobrigado!EparatodosqueleremessaTese:Eunão existiriadojeitoquesou,senãofosseestagrande(pequena)mulher.Aofilho,Fábio. Mesmo que nessa carinha de “turquinha” não haja um traço Vianna, aprendi muito contigo.Comosertolerante,paciente,comoamarquerendosermodelo,ecomonão conseguirserummodeloeapenas,sóisso,sópoderamar.Obrigadoporcompartilhare dividirteusmomentoscomaminhavida. Outro grande apoio foi o meu orientador, que nesse período que estive no Laboratório de Ecologia Molecular e Parasitologia Evolutiva (LEMPE) nunca mediu esforçosparaquetodossempretivessemcondiçõesdetrabalhoequefossempreparados para serem grandes profissionais. Deste professor, tiro grandes exemplos de profissionalismo.Poderiafazerumabiografiadoprof.WalterBoeger(elejádesistiude mexingarporchamálodeProfessor),porémemalgumaspalavraspossodescrevero que foi trabalhar com ele: coragem, esforço, estudo, risadas de piadas não tão engraçadas (mas é o chefe), incentivo, disciplina, determinação e muita, mas muita determinação.Esteéomeuorientador.Prof.Walter,saibaqueemboranóssaibamosde todos os problemas, tudo que foi feito, foi feito com a responsabilidade de quem trabalha com um dos grandes pesquisadores do mundo. Muito obrigado pelas oportunidades. OterceiropontodestabasefoiumprofessordaFURG,professorJoaberPereira Jr.Foiaúnicapessoaquenaminhavidaperguntouquesonhoeutinha(nofinalda Graduação).Foimeugrandeincentivador,orientadoreagoraémeuamigo.Aeste professordevo(seéquesepodedeveraosamigos?)grandepartedoquefiznestatese. Lembra daqueles primeiros desenhos, primeiras coletas?... Está aí, viu no que deu? QuandosaideRioGrandeoprof.Joabermepresenteoucomumacanetaparaassinara teseedissequeeutinhaumareputaçãoenomesaseremzelados(dele,Walter,omeu): terminar,euterminei...eacanetaestáai...vamosveragora!!!Obrigadomeuvelho!!! Eparafinalizar,aúltimabaseeumadasmaisimportantes,minhamãeemeus irmãos. De tantas coisas que passamos juntos, de tantos sonhos, brigas, carinhos, alegrias...DonaMatilde,Fernando,SandroeGisele,temumpedaçodevocêsaqui,pela educação,pelahonestidade,pelocarinhoquedevezemquandotransmitoaoscolegas, pelomuitoobrigado,comlicença,porfavor(nãoé,mãe?),pelaenergiacomquevejo nosamigososmeusirmãos,portodabasequetenho.Muitoobrigado!Agregoaminha

vi família,aminhasogra,DonaCorinaeomeusogro,Romeu.Sãopessoasquesempre estiveramaonossolado,meusegundopaiesegundamãe,avocês,muitoobrigadopor tudo.Adorovocês. Aosamigos,FlávioPopazoglo(Popa)eBete.Semvocês,meuinicioaquiem Curitibaficariamuitodifícil.Muitoobrigadopelapaciência. Tenho que agradecer a pessoas que ofereceram parte de seus momentos em quasedoisanos,deumperíododifícildaminhafamíliaemCuritiba:MarcioeCris, obrigadopelaforça.Nuncavamosesqueceroquevocêsfizeram.Prof.WalterBoeger eProfa.ReginaBoeger,obrigadoportodapreocupação,ofertadeajuda,compreensãoe conversas nesse período. À médica Janiceli B.C.H. Silvestre e toda sua equipe, obrigadopormanteranossaforçaviva,comesperançasesemprecomesseentusiasmo. AsamigasAméliaFanzini(VóAmélia),AliceeCatherineportodoocarinhoeamizade duranteessesanosemCuritiba. Agoradevalorfundamental,todasaspessoasqueparticiparamdiariamentede tudo que envolveu essa tese. Ao “500” amigos do LEMPE: Márcio, Guilherme, Viviane,Luciana,Marlus,Rapha,Leslie,José,Letícia,Juliane,Baggio,Marcel,Flávio, Diogo, Renan, Lua...(ufa!! Espero que estejam todos). Muito obrigado pela convivênciaeportodaajuda.Aograndeirmãoqueganheiaqui,oMarcus,queadmiro comoprofissionalecomopessoa.Podemtercertezaquevocêstêmemmimumgrande amigo,querespeitaeadmiracadaumdevocês. Novamente,medirijoaoleitor,saibamqueserumDoutorformadoemumlocal, comexemplosdepessoasjovensecompetentes,como osqueciteiatéagora,ésem dúvidaumadastarefasmaisdifíceisdavidadeumapessoa. Agradeço aos amigos da pósgraduação por sempre me receberem com um sorriso,conversas,cafés,churrascoseportodaajudaqueeupodiareceberemcertos momentos:Simone,JulianeStabeli,GustavoSene,Nuno,Elaine,Robert(CEM),Zée Marcela,Jaime,Jonny,Olívia,Kelli,RodolfoeJoelma,Laura,Mauricio,Kelli,Eveline em especial a Cassiana e RafaelMetri, Lisiane,Zé Francisco, Antonio, Jean, Silvio Nihei,MariaAntonia,Camila,portudoquepassamosemmomentosespeciais,felizese decertodesespero.Obrigadoatodos. Adoisgrandespesquisadores,queadmirohámuitotempoecomosquaistive prazer de trabalhar. Professores: Delane Kritsky (ISU, EUA) e Vernon Thatcher (UFPR).Aosdois,obrigadopelasoportunidades.Thankyou,Doc!!! AoGIA,emespecialaoProf.Antonio,Robert,Bira,Leandro,Gisele,Robsone aos“500”colegasrestantes...valeu!Obrigadopelasoportunidadesdeaprendizadoe emmuitosmomentosduranteestedoutorado. ÀSra.VeraMariaAdélio,obrigadoportodasashorasdecompreensãoepor todo trabalho para que tudo dê certo. Mesmo de vez em quando a coisa saindo apressada.AosprofessoresdaPósgraduação,obrigadoportransmitiremexperiências, pelasamizadeseporseremsábiosnosmeusmomentosderompantes,emedeixarem aprender com o silêncio ou com as suas discussões, Prof. Fernando, Prof. Paulo de Tarso,Profa.Rosana,Prof.Rodney,Prof.MárioNavarro,Profa.MariaAngélica,Prof. CláudioCarvalho,Prof.GabrielMelo,Prof.JaimeLoyolaeProfa.DanunciaUrbanea todos que de certa forma fizeram parte da minha formação. À Cida, por toda sua disposiçãoemajudarepelosbolosdefubáecenouracomchocolate.AoSr.Sebastião (Tião)pelasconversasepelatorcida,valeuTião! Aumaprofessoradelongadata,ProfessoraRute,minhaprofessoranaquarta sérieprimária(ensinofundamental),quechamouminhamãenaescola,eemboraeu tenhalevadoumsustopensandonoqueeuteriafeito,asurpresafoiqueeladescobrira queeutinhatalentoparadesenharesugeriuaminhamãequeeufossematriculadoem

vii uma escola de Belas Artes. Para a Sra. Professora, um dia quero lhe enviar meus esboçosdaciênciaquefaçohoje,aindadelinhasdescontínuas,masaprimoradosaos olhoscríticosdomeuorientador.Muitoobrigado! Atodosqueauxiliaramemcoletas,triagens,identificaçãodepeixeseanálises: Marcio,Guilherme,Luciana,Rafael,Marlus,JulianeeDiogo(LEMPE),ÉricoTeodósio (PósZoo),Marcus(IB,USP),aSérgioAgostinho,ElineideMarques,PauloLucindae todoseupessoal(NEAMBUFT),ÂngelaT.SilvaSouza(UEL),pessoaldoIIE(SP), Roberto Reis, Carlos Lucena, Vinicius A. Bertaco e Edson H. dos Santos Pereira PUCRS (RS); A Vinicius Abilhoa e Luis Fernando Duboc do Museu do Capão da Imbuia(PR),ProfessoresAdilsoneRogérioCostaetodopessoaldeBotucatueBauru (SP),AlistairM.Dove(AquáriodoMuseudeStonyBrook,NewYork,USA),Marcio Freire(FURG);Dr.D.Gibson(Canadá),PessoaldoCEMUFPR,aospescadoresem Garapuá (BA), em Rio Grande (RS) e em Porto Nacional (TO). Aos curadores dos museusecolaboradorespeloempréstimodeespécimes:F.Moraveck(IPCR),aCláudio Luis Muniz (CHIOC); Augusto Loureiro Henriques (INPA); a Fernando Marques (MZUSP); e Eric P. Hoberg (USNPC). A Fundação Araucária (Protocolo 932) pelo financiamentoparcialdoprojetoeaoCNPq(ProcessoN o140629/32003)pelabolsa cedidaaRTV.Semprecitamososórgãosdefomento no finalda Tese,como algo distante nos agradecimentos. Porém, a importância desses órgãos na formação de pessoalsempremeimpôsaquestãodaresponsabilidade.Essaresponsabilidadesempre margeiadiscussõesnahoradocafénolaboratório,emumpaíscomtantasnecessidades existe um dinheiro disponível para sustentar durante quatro anos uma pessoa. Sem dúvidaque sem essabolsanãopoderiarealizarumdoutorado, da maneira como foi feito.AoPaís,atravésdestesórgãos,muitoobrigado.

viii SUMÁRIO TERMODEAPROVAÇÃO...... iii EPÍGRAFE...... v AGRADECIMENTOS...... vi LISTADEILUSTRAÇÕES...... xii LISTADETABELAS...... xviii LISTADEANEXOS...... xviii RESUMOGERAL...... xix ABSTRACT...... xxii IntroduçãodaseçãoTaxonômica...... 2 CAPÍTULO I Diagnose e chave dos gêneros de Gyrodactylidae da Região Neotropical. Introdução...... 12 ChaveparaosgênerosdeGyrodactylidae...... 14 Glossário...... 16 DiagnosedosgênerosdeGyrodactylidae...... 22 LiteraturaCitada...... 34 CAPÍTULO II Quatro novas espécies de Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Gyrodactylidae)deCharaciformesdoBrasil. Resumo...... 44 Abstract...... 44 Introdução...... 45 MaterialeMétodos...... 45 Resultados...... 46 Discussão...... 53 LiteraturaCitada...... 55

ix CAPÍTULO III Quatronovas espécies vivíparasdeGyrodactylidae de hospedeiros Siluriformes(Teleostei)daRegiãoNeotropical. Resumo...... 63 Abstract...... 63 Introdução...... 64 MaterialeMétodos...... 65 Resultados...... 66 Discussão...... 73 LiteraturaCitada...... 75 CAPÍTULO IV Proposta de dois novos gêneros de Gyrodactylidae vivíparos de peixes elétricos, Electrophorus electricus e Gymnotus carapo (Gymnotidae, Gymnotiformes) e a redescrição de Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell,MashegoeKhalil,2003 de Marcusenius macrolepidotus (Osteoglossiformes,Mormyridae). Resumo...... 84 Abstract...... 84 Introdução...... 85 MaterialeMétodos...... 86 ResultadoseDiscussão...... 87 LiteraturaCitada...... 99 CAPÍTULOVSeisnovasespéciesde Gyrodactylus dePerciformeseAtheriniformes dosuldoBrasil. Resumo...... 107 Abstract...... 107 Introdução...... 108 MaterialeMétodos...... 109 Resultados...... 110 Discussão...... 119 LiteraturaCitada...... 125

x CAPÍTULO VI Redescrição de Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000edescriçãodeduasnovasespéciesde Polyclithrum parasitosda “tainha” Mugil platanus (Perciformes,Mugilidae)dosulesudestedo Brasil. Resumo...... 136 Abstract...... 136 Introdução...... 137 MaterialeMétodos...... 137 Resultados...... 139 Discussão...... 147 LiteraturaCitada...... 150 CAPÍTULO VII Filogenia de Gyrodactylidae (Monogenoidea): morfologia, moléculas, evidência total e as Implicações biogeográficas no modelodeevoluçãodeGyrodactyloidea Resumo...... 160 Abstract...... 161 Introdução...... 163 MaterialeMétodos...... 167 Resultados...... 176 Discussão...... 201 LiteraturaCitada...... 226

xi LISTA DE ILUSTRAÇÕES CapítuloI.

Figura1 Aglaiogyrodactylus forficulatus ...... 38 Figura2 Complexodeâncorasbarras de Aglaiogyrodactylus forficulatus ...... 38 Figura3 Complexodeâncorasbarrasde Aglaiogyrodactylus conei ...... 38 Figura4 Gancho de Aglaiogyrodactylus forficulatus ...... 38 Figura5 ComplexodoOCM de Aglaiogyrodactylus forficulatus ...... 38 Figura6 PeçaacessóriadoOCMde Aglaiogyrodactylus forficulatus ...... 38 Figura7 PeçaacessóriadoOCMde Aglaiogyrodactylus conei ...... 38 Figura8 PeçaacessóriadoOCMde Aglaiogyrodactylus ctenistus ...... 38 Figura9 Hyperopletes malmbergi ...... 38 Figura10 Órgãocopulatóriomasculino(OCM) de Hyperopletes malmbergi ...... 38 Figura11 Gancho de Hyperopletes malmbergi ...... 38 Figura12 Complexodeâncorasbarras de Hyperopletes malmbergi ...... 38 Figura13 Nothogyrodactylus plaesiophallus ...... 38 Figura14 PeçaacessóriadoOCM de Nothogyrodactylus plaesiophallus ...... 38 Figura15 Âncorade Nothogyrodactylus plaesiophallus ...... 38 Figura16 Ganchode Nothogyrodactylus plaesiophallus ...... 38 Figura17 Complexodeâncorasbarrasde Nothogyrodactylus plaesiophallus ...... 38 Figura18 Onychogyrodactylus sudis ...... 39 Figura19 OCM de Onychogyrodactylus sudis ...... 39 Figura20 Bolsadapeçaacessória Onychogyrodactylus sudis ...... 39 Figura21 Gancho de Onychogyrodactylus sudis ...... 39 Figura22 Complexodeâncorasbarras de Onychogyrodactylus sudis ...... 39 Figura23 Oogyrodactylus farlowellae ...... 39 Figura24 OCM de Oogyrodactylus farlowellae ...... 39 Figura25 Gancho de Oogyrodactylus farlowellae ...... 39 Figura26 Âncora de Oogyrodactylus farlowellae ...... 39 Figura27 Phanerothecioides agostinhoi ...... 39 Figura28 Âncorade Phanerothecioides agostinhoi ...... 39 Figura29 Háptorde Phanerothecioides agostinhoi ...... 39 Figura30 OCM de Phanerothecioides agostinhoi ...... 39 Figura31 Phanerothecium caballeroi ...... 39 Figura32 OCM de Phanerothecium caballeroi ...... 39 Figura33 Ganchode Phanerothecium caballeroi ...... 39 Figura34 Âncorade Phanerothecium caballeroi ...... 39 Figura35 Complexodeâncorasbarras Phanerothecium caballeroi ...... 39 Figura36 Accessorius peruensis ...... 40 Figura37 Escleritotubularde Accessorius peruensis ...... 40 Figura38 BulbodoOCMde Accessorius peruensis ...... 40 Figura39 Ganchode Accessorius peruensis ...... 40 Figura40 Complexodebarrasuperficialescudode Accessorius peruensis ...... 40 Figura41 Âncorade Accessorius peruensis ...... 40 Figura42 Anacanthocotyle anacanthocotyle ...... 40 Figura43 BulbodoOCM Anacanthocotyle anacanthocotyle ...... 40 Figura44 Ganchode Anacanthocotyle anacanthocotyle ...... 40

xii Figura45 GêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura46 ComplexodoOCMGêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura47 Ganchodo GêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura48 BulbodoOCMGêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura49 ComplexodebarrasuperficialescudoGêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura50 GêneronovoAsp.n.1...... 40 Figura51 GêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura52 Âncorado GêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura53 ComplexodoOCMGêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura54 BulbodoOCMGêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura55 Ganchodo GêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura56 ComplexohaptoraldebarrasuperficialâncorasescudoGêneronovoBsp.n.1...... 40 Figura57 Gyrodactylus geophagensis ...... 41 Figura58 Gancho Gyrodactylus geophagensis ...... 41 Figura59 BulbodoOCM Gyrodactylus geophagensis ...... 41 Figura60 Âncorade Gyrodactylus geophagensis ...... 41 Figura61 Complexodeâncorasbarras Gyrodactylus geophagensis ...... 41 Figura62 Polyclithrum boegeri ...... 41 Figura63 BulbodoOCM Polyclithrum boegeri ...... 41 Figura64 Ganchode Polyclithrum boegeri ...... 41 Figura65 Complexohaptoral Polyclithrum boegeri ...... 41 Figura66 Scleroductus sp.n.1...... … 41 Figura67 Ganchode Scleroductus sp.n.1...... 41 Figura68 Complexodeâncorasbarrasuperficial Scleroductus sp.n.1...... 41 Figura69 Âncorade Scleroductus sp.n.1...... 41 Figura70 VistalateraldobulbodoOCM Scleroductus sp.n.1...... 41 Figura71 ComplexodoOCM Scleroductus sp.n.1...... 41 Figura72 Mormyrogyrodactylus gemini ...... 42 Figura73 Complexodeescleritoshaptorais Mormyrogyrodactylus gemini ...... 42 Figura74 Swingleus polyclithroides ...... 42 Figura75 Fundulotrema prolongis ...... 42 Figura76 Âncorade Gyrodactylus sp.n.9...... 42 Figura77 OCM deespéciesvivíparasdeGyrodactylidae...... 42 Figura78 OCM deespéciesovíparasdeGyrodactylidae...... 42 CapítuloII.

Figura1 Gyrodactylus sp.n.1...... 58 Figura2 OCMde Gyrodactylus sp.n.1...... 58 Figura3 Gancho Gyrodactylus sp.n.1...... 58 Figura4 Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudodabarrasuperficialde Gyrodactylus sp.n.1...... 58 Figura5 Âncora de Gyrodactylus sp.n.1...... 58 Figura6 Gyrodactylus sp.n.2...... 59 Figura7 OCM de Gyrodactylus sp.n.2...... 59 Figura8 Ganchode Gyrodactylus sp.n.2...... 59 Figura9 Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudoda barrasuperficial de Gyrodactylus sp.n.2...... 59 Figura10 Âncorade Gyrodactylus sp.n.2...... 59

xiii Figura11 Gyrodactylus sp.n.3...... 60 Figura12 OCM Gyrodactylus sp.n.3...... …...... 60 Figura13 Gancho Gyrodactylus sp.n. 3...... …...... …..... 60 Figura14 Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudoda barrasuperficial de Gyrodactylus sp.n.3...... 60 Figura15 Âncorade Gyrodactylus sp.n. 3...... 60 Figura16 Gyrodactylus sp.n. 4...... 61 Figura17 OCM Gyrodactylus sp.n. 4...... 61 Figura18 Gancho Gyrodactylus sp.n.4...... 61 Figura19 Complexo de âncoras, barras superficial e profunda, e escudo da barra superficial Gyrodactylus sp.n. 4…...... 61 CapítuloIII.

Figura1 Gyrodactylus sp.n.5...... …...... 78 Figura2 Ganchode Gyrodactylus sp.n.5...... 78 Figura3 OCM de Gyrodactylus sp.n.5...... 78 Complexodeâncoras,barras superficialeprofunda,eescudoda barrasuperficialde Figura4 Gyrodactylus sp.n.5...... 78 Figura5 Âncorade Gyrodactylus sp.n.5...... 78 Figura6 Gyrodactylus sp.n.6...... 79 Figura7 OCMde Gyrodactylus sp.n.6...... 79 Figura8 Ganchode Gyrodactylus sp.n.6...... 79 Figura9 Complexodeâncoras, barras superficialeprofunda,e escudoda barrasuperficialde Gyrodactylus sp.n.6...... 79 Figura10 Âncorade Gyrodactylus sp.n.6...... 79 Figura11 Gyrodactylus sp.n.7...... 80 Figura12 Ganchode Gyrodactylus sp.n.7...... 80 Figura13 OCM de Gyrodactylus sp.n. 7 ...... 80 Figura14 Complexodeâncoras,barras superficialeprofunda,eescudoda barrasuperficialde Gyrodactylus sp.n. 7 ...... 80 Figura15 Âncorade Gyrodactylus sp.n. 7 ...... 80 Figura16 Scleroductus sp.n.1...... … 81 Figura17 Gancho Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura18 OCM vistaventral Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura19 OCM,visãolateral Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura20 Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudoda barrasuperficialde Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura21 Âncorade Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura22 Regiãodotestículoemassadeviteláriade Scleroductus sp.n.1...... 81 Figura23 Comparaçãoentreâncorasdosmorfotiposde Scleroductus propostosporKritsky et al . (1995)e Scleroductus sp.n.1...... 82 CapítuloIV.

Figura1 Gêneron.Aesp.n.1...... 102 Figura2 OCMecomplexodevesículasdoGêneron.Aesp.n.1...... 102 Figura3 BulbodoOCMdoGêneron.Aesp.n.1...... 102 Figura4 GanchodoGêneron.Aesp.n.1...... 102 Figura5 ÂncoradoGêneron.Aesp.n.1...... 102 Figura6 BarrasuperficialeescudodabarrasuperficialdoGêneron.Aesp.n.1...... 102

xiv Figura7 Gêneron.Besp.n.1...... 103 Figura8 OCM,complexodevesículasGêneron.Besp.n.1...... 103 Figura9 BulbodoOCMGêneron.Besp.n.1...... 103 Figura10 GanchodoGêneron.Besp.n.1...... 103 Figura11 ÂncoradoGêneron.Besp.n.1...... 103 Figura12 Complexo de âncoras, barras superficial e profunda, escudo da barra superficial, escleritosR1ealmofadas.Almofadaanterior(AA),almofadalateral(AL)doGênero n.Besp.n.1...... 103 Figura13 Mormyrogyrodactylus gemini ...... 104 Figura14 Gancho de Mormyrogyrodactylus gemini ...... 104 Figura15 OCMdo Mormyrogyrodactylus gemini ...... 104 Figura16 Complexo de âncoras, barras superficial e profunda, escudo da barra superficial, escleritos R1, R2 e barras acessórias (BA), BA1 à BA4 de Mormyrogyrodactylus gemini ...... 104 Figura17 Barrapeduncular,TestículoeGermáriode Mormyrogyrodactylus gemini ...... 105 Figura18 Complexo de âncoras e barras, mostrando a projeção anteromediana da barra superficial Mormyrogyrodactylus gemini ...... 105 CapítuloV.

Figura1 Gyrodactylus sp.n.8...... 129 Figura2 Ganchode Gyrodactylus sp.n.8...... 129 Figura3 OCMde Gyrodactylus sp.n.8...... …... 129 Figura4 OCMde Gyrodactylus sp.n.8...... …... 129 Figura5 Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofunda Gyrodactylus sp.n.8...... 129 Figura6 Âncorade Gyrodactylus sp.n.8...... 129 Figura7 Gyrodactylus sp.n.9...... 130 Figura8 OCMde Gyrodactylus sp.n.9...... …...... 130 Figura9 Ganchode Gyrodactylus sp.n.9...... 130 Figura10 Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofundade Gyrodactylus sp.n.9...... 130 Figura11 Âncorade Gyrodactylus sp.n.9...... 130 Figura12 Gyrodactylus sp.n.10...... 131 Figura13 OCM Gyrodactylus sp.n.10...... 131 Figura14 Gancho Gyrodactylus sp.n.10...... 131 Figura15 Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofunda Gyrodactylus sp.n.10...... 131 Figura16 Âncora Gyrodactylus sp.n.10...... 131 Figura17 Gyrodactylus sp.n.11...... 132 Figura18 OCMde Gyrodactylus sp.n.11...... 132 Figura19 Ganchode Gyrodactylus sp.n.11...... 132 Figura20 Complexo de âncoras e barras superficial e profunda de Gyrodactylus sp. n. 11...... 132 Figura21 Âncorade Gyrodactylus sp.n.11...... 132 Figura22 Gyrodactylus sp.n.12...... 133 Figura23 OCMde Gyrodactylus sp.n.12...... 133 Figura24 Gancho Gyrodactylus sp.n.12...... 133 Figura25 Complexo de âncoras e barras superficial e profunda de Gyrodactylus sp. n. 12...... 133 Figura26 Gyrodactylus sp.n.13...... 134 Figura27 OCMde Gyrodactylus sp.n.13...... 134 Figura28 Ganchode Gyrodactylus sp.n.13...... 134

xv Complexo de âncoras e barras superficial e profunda de Gyrodactylus sp. n. Figura29 13...... 134 Figura30 Âncorade Gyrodactylus sp.n.13...... 134 CapítuloVI.

Figura1 Medidasdabarrasuperficialde Polyclithrum spp...... 153 Figura2 Medidasdabarraprofundade Polyclithrum spp...... 153 Figura3 MedidasdoOCMde Polyclithrum spp...... 153 Figura4 MedidasdoescleritoR1de Polyclithrum spp...... 153 Figura5 MedidasdoescleritoR2de Polyclithrum spp...... 153 Figura6 Medidasdoganchode Polyclithrum spp...... 153 Figura7 Comprimentodacabeçadoganchode Polyclithrum spp...... 153 Figura8 Medidasdabarraacessória1(BA1)de Polyclithrum spp...... 153 Figura9 Medidasdabarraacessória2(BA2)de Polyclithrum spp...... 153 Figura10 Polyclithrum boegeri (vistaventral)...... 154 Figura11 ÓCMde Polyclithrum boegeri ...... 154 Figura12 Ganchode Polyclithrum boegeri ...... 154 Figura13 Complexodeescleritoshaptoraisde Polyclithrum boegeri ...... 154 Figura14 Polyclithrum sp.n.1(visãodorsal)...... 155 Figura15 OCMde Polyclithrum sp.n.1...... 155 Figura16 Ganchode Polyclithrum sp.n.1...... 155 Figura17 Complexodeescleritoshaptoraisde Polyclithrum sp.n.1...... 155 Figura18 Polyclithrum sp.n.2(visãoventral)...... 156 Figura19 OCMde Polyclithrum sp.n.2...... 156 Figura20 Ganchode Polyclithrum sp.n.2...... 156 Figura21 Complexodeescleritoshaptoraisde Polyclithrum sp.n.2...... 156 Figura22 Barra acessória 1 (BA1) de Polyclithrum boegeri , holótipo da Coleção HelmintológicadoInstitutoOswaldoCruz,coradocompicratodeamônia…...... 157 Figura23 Barraacessória1(BA1)de Polyclithrum boeger (CapítuloVI),montadoemmeiode Hoyerefotografadocomousodecontrastedefase...... 157 CapítuloVII. Figura1 HipótesefilogenéticadeGyrodactylidae,obtidacomdadosmorfológicos...... 238 Figura2 EsquemadasregiõesdoDNAribossomal...... 239 Figura3 Gráfico do ponto de corte (BURNIN = 5000 gerações) utilizado na análise de inferênciaBayesiana...... 240 Figura4 Representações esquemáticas do háptor das espécies de Gyrdicotylus , Anacanthocotyle, Isancistrum , Laminiscus e Archigyrodactylus ...... 241 Figura5 Representação esquemática das estruturas esclerotizadas do háptor das espécies de Paragyrodactylus , Accessorius , Fundulotrema , Swingleus , Mormyrogyrodactylus gemini , Gênero n. A sp. n. 1, Gênero n. B sp. n. 1, Macrogyrodactylus , Gyrodactyloides e Polyclithrum sp.n.1...... 242 Figura6 Representação de diferentes estados do caráter distribuição da vitelária de Onychogyrodactylus hydaticus ...... 243 Figura7 Representação de diferentes estados do caráter distribuição da vitelária de Phanerothecium deiropedeum ...... 243 Figura8 Representação de diferentes estados do caráter distribuição da vitelária de Phanerothecioides agostinhoi ...... 243 Figura9 Representação de diferentes estados do caráter distribuição da vitelária de Gyrodactylus sp.n.7...... 243

xvi Figura10 OCM de Phanerothecium caballeroi caballeroi (esclerotizado, sacular e não armado)...... 243 Figura11 OCMde Hyperopletes malmbergi (muscular,sacularearmado)...... 243 Figura12 OCM de Aglaiogyrodactylus (muscular, sacular e nãoarmado, com peça acessória inclusanosacodoOCM)...... 243 Figura13 OCMdeGêneron.Bsp.n.1(muscular,bulbosoearmado)...... 243

Figura14 Desenhodabarrapeduncularde Swingleus polyclithroides ...... 244

Figura15 Desenhodabarrapeduncularde Fundulotrema prolongis ...... 244

Figura16 Desenhodabarrapeduncularde Mormyrogyrodactylus gemini ...... 244

Figura17 Fotomicrografiadabarrapeduncular Mormyrogyrodactylus gemini ...... 244 Figura18 Âncorasde Phanerothecioides agostinhoi ...... 244

Figura19 Âncorasde Gyrodactylus geophagensis ...... 244 Figura20 ÂncorasdeGêneron.Asp.n.1...... 244 Figura21 Representação esquemática das estruturas esclerotizadas do háptor de Mormyrogyrodactylus gemini ...... 245 Figura22 Representaçãoesquemáticadasestruturasesclerotizadasdoháptorde Polyclithrum sp....... 245 Figura23 Geldeagarose(1,5%)indicandoadiferençadotamanhodoprodutodaPCRentre espéciesovíparasevivíparasdeGyrodactylidae...... 245 Figura24 Gráficos do testes de saturação das regiões de ITS, através da taxa de transição/ transversãoxdistância (calculobaseadonomodelodesubstituiçãoK80),realizados noprogramaDAMBEv4.5.20...... 246 Figura25 GráficodedistribuiçãodeescoresdoTestedePermutação(PTP)dosfragmentosde ITS1(parcial),5.8SrDNAeITS2(parcial)...... 247 Figura26 GráficodoTesteG1dosfragmentosdeITS1(parcial),5.8SrDNAeITS2(parcial) ...... 247 Figura27 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial), 5.8S rDNA,ITS2(parcial)atravésdemáximaparcimônia...... 248 Figura28 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial), 5.8S rDNA,ITS2(parcial)atravésdeinferênciaBayesiana...... 249 Figura29 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados combinados do ITS1 (parcial), 5.8S rDNA, ITS2 (parcial) e morfologia, através de máxima parcimônia...... 250 Figura30 CladogramadeMonogenoideamodificadodeBoegereKritsky(2001),mostrandoas relaçõesdeGyrodactylidaeemPolyonchoinea...... 251 Figura31 Distribuiçãodasespéciesovíparasedaprimeira linhagemdeespéciesvivíparas de Gyrodactylidaedeacordocomahipótesefilogenéticaobtidacomdadosmoleculares atravésdeinferênciaBayesiana(Figura29)...... 252 Figura32 Distribuição das espécies ovíparas e das segunda e terceira linhagens de espécies vivíparasdeGyrodactylidaedeacordocomahipótesefilogenéticaobtidacomdados molecularesatravésdeinferênciaBayesiana(Figura29)...... 253 Figura33 Distribuição das espécies ovíparas e da terceira linhagem de espécies vivíparas de Gyrodactylidaedeacordocomahipótesefilogenéticaobtidacomdadosmoleculares atravésdeinferênciaBayesiana(Figura29)...... 254 Figura34 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial), 5.8S rDNA,ITS2(parcial)atravésdeinferênciaBayesiana,comaotimizaçãodasregiões geográficassugerindoapossíveláreadoancestraldecadaclado...... 255

xvii LISTA DE TABELAS CapítuloVII. Tabela1 Espécimesincluídosnaanálisefilogenéticamorfológica...... 232 Tabela2 Matriz de caracteres utilizada na reconstrução das relações filogenéticasdeGyrodactylidae...... 233 Tabela3 Seqüências utilizadas na análise filogenética molecular, número de acessonoGenbank(NGB)enúmerodeparesdebasesporregiãodo ITSenúmerodeparesdebasestotal...... 234 Tabela4 Distribuição dos caracteres nos clados e táxons terminais com as transformações de caracteres da Figura 1, índices e mudanças de estadosretiradosdaanálisenoPAUP*...... 236 Tabela5 Taxasdetransição(ti)(%),tr ansversão (tv) (%) e a relação ti/tv da diferençapareadadebasesdasseqüênciasutilizadas nareconstrução filogenética de espécies Gyrodactylidae, com base no rDNA, ITS1 (parcial),5.8SeITS2(parcial).Total=ITS1+5.8S+ITS2………….. 237

LISTA DE ANEXOS

AnexoA Caracteresquenãoforamenvolvidosnaanálisemorfológicadevidoa problemas de grande número de homoplasias e dificuldade no estabelecimentodehomologias...... 256 AnexoB Matriz dos dadoscombinadosdeITS1(parcial), 5.8S rDNA (total), ITS2 (parcial) e morfológicos utilizadas na reconstrução do relacionamentofilogenéticodasespéciesdeGyrodactylidae...... 259 AnexoC Alinhamento das seqüências de ITS1 (parcial), 5.8S rDNA (total) e ITS2 (parcial), utilizadas na reconstrução do relacionamento filogenéticodasespéciesdeGyrodactylidae...... 262

xviii RESUMO GERAL

A hipótese desse estudo consiste de que Gyrodactylidae tem origem na região

Neotropicaleosgruposirmãosdecladosvivíparosdeoutrasregiõessejamformados principalmenteporgruposmarinhose/ouNeotropicais,comoresultadodadispersãoda

Região Neotropical para outras regiões via mar. Para testar essa hipótese foram definidos objetivos como: descrever táxons específicos e supraespecíficos de girodactilídeos ovíparos evivíparos;seqüenciarogene5.8SeosespaçadoresITS1e

ITS2doDNAribossomal;eatravésdeanálisesfilogenéticastestarahipótesedeBoeger et al .(1994)sobreaposiçãobasaldasespéciesovíparascomaadiçãodeinformações moleculares, morfológicas edeevidência total. Finalizando, apontar as implicações biogeográficaseevolutivasdeGyrodactylidaedeacordocomosdadosobtidosapartir dasanálisesfilogenéticas.Duranteoestudodiversasespéciesforamdescritasealguns gênerosforampropostos.Essestáxonsforamutilizadosemanálisesfilogenéticascom baseemdadosmorfológicosemoleculares.Paraqueessainformaçãofosseutilizada, esseestudofoidivididoemduaspartes:ParteIaseçãotaxonômicacontémtodasas descriçõeseaParteIIseçãofilogenética,incluiasanálisesfilogenéticaseaspropostas biogeográficas. AParteIfoi dividida em seiscapítulos como Capítulo Icontendo diagnosesechavesparaosgênerosdeGyrodactylidaeNeotropicais.NoCapítuloIIsão descritasquatronovasespéciesde Gyrodactylus deCharaciformesbrasileiros( Astyanax sp., Characidium spp., Serrasalmus rhombeus ).OCapítuloIIIcontémadescriçãode novasespéciesparasitasdeSiluriformes,trêsespéciesde Gyrodactylus deLoricariidae e de Callichthyidae, e Scleroductus sp. n. 1 descrita de Pseudoplatystoma fasciatum

(Pimelodidae).NoCapítuloIVsãopropostosdoisnovosgênerosdeGyrodactylidae, parasitos de Gymnotidae (Gymnotiformes), Gênero n. A e Gênero n. B, ambos monotípicos.Gêneron.Asp.n.1édescritodasuperfíciecorporaldoporaquêSul americano, Electrophorus electricus ,daregiãoamazônicaeoGêneron.Bsp.n.1de

Gymnotus carapo , do sudeste brasileiro. Além dessas duas propostas, o capítulo apresenta a redescrição de Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell, Mashego e

Khalil, 2003 do “buldog fish” africano, Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae,

Osteoglossiformes). O Capítulo V apresenta a descrição de cinco novas espécies de

Gyrodactylus parasitas de Perciformes e o Capítulo VI contém a descrição de duas espécies novas de Polyclithrum e a redescrição de Polyclithrum boegeri Ernst,

Whittington e Jones, 2000, ambos parasitos de Mugil platanus (Mugilidae,

Perciformes). A Parte II apresenta as hipóteses filogenéticas de Gyrodactylidae baseadasemdadosmorfológicosemolecularesdeDNAribossomal,comainclusãodos novos táxons ovíparos e vivíparos e espécies já descritas anteriormente. O teste da posição basal das espécies ovíparas, baseado em dados morfológicos, indicou que espécies de Aglaiogyrodactylus , Hyperopletes , Nothogyrodactylus ,

Onychogyrodactylus , Oogyrodactylus , Phanerothecioides e Phanerothecium formaram um grupamento parafilético e basal. As espécies basais dentro do clado vivíparo pertencemàRegiãoNeotropical,enãoapresentamescudo.Essasespéciespossuem umarelaçãopróximadocladoformadopor Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum ,

Archigyrodactylus e Laminiscus , que não apresentam vários caracteres, incluindo escudo.Ocladoformadopor Accessorius , Fundulotrema ,Gêneron.Asp.n.1,Gênero n.Bsp.n.1, Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus , Mormyrogyrodactylus , Polyclithrum e Swingleus foi o mais diverso morfologicamente. A presente filogenia indica que espéciesde Gyrodactylus nãoformamumcladoepossuemrelaçãodegrupoirmãocom

Scleroductus sp. n. 1 e com Acanthoplacatus sp. A análise molecular utilizou 56 seqüências em análises de máxima parcimônia e inferência Bayesiana. As análises

xx molecularesindicaramqueasespéciesovíparasformamumgrupobasal,monofiléticoe grupoirmãodocladodeespéciesvivíparas.Oclado vivíparo possui três linhagens, com a mais basal delas apresentando grande diversidade morfológica em estruturas haptoraiseespéciesNeotropicaisnabase.Asanálises sugerem que Gyrodactylus é polifilético,comonaanálisemorfológica,eespéciescomseqüênciasdofragmentode

ITS1maislongassãoagrupadasemumclado,com Acanthoplacatus sp.comogrupo irmão.Asespéciesrestantesde Gyrodactylus deoutraslinhagenseasespéciesovíparas possuemseqüênciasdofragmentodeITS1maiscurtas.OtesteILD(“ incongruence length difference ”)indicaqueasárvoresobtidascomdadosmorfológicosemoleculares utilizados na evidência total são congruentes, aceitando a hipótese nula, de que as

árvorescombasenessesdadospossuemhistóriaevolutivacomum.Afilogeniaobtidaa partir da análise de evidência total com máxima parcimônia indica que há grande congruência(detopologia)entreocladogramadedadoscombinados e astopologias morfológicas emoleculares. Todasas análisessugerem que o clado das espécies ovíparasébasal,emesmosendomonofiléticonaanálisemolecular,possuiproximidade comasespéciesvivíparas.Osdadosfilogenéticosimplementadosnabiogeografiade

Gyrodactylidae,atravésdeotimizaçõesdeambienteedistribuiçãogeográficaindicam queosancestraisdoscladosformadosporespéciesovíparasevivíparastiveramorigem naregiãoNeotropical.

xxi ABSTRACT

The null hypothesis present herein consists that Gyrodactylidae has it origin in the

NeotropicalRegionandthesistergroupofviviparouscladesofotherareasareformed mainlybymarinegroupsand/orNeotropical,asaresult dispersion from Neotropical

Region for other areas through sea. Some objectives were defines to test the null hypothesis: 1) describe specific and supraspecific taxa of oviparous and viviparous girodactilídeos;2)sequencingthe5.8SgeneandthespacersITS1andITS2oftheDNA ribossomal;3)andproposeaphylogeneticanalysesandtestthehypothesisofBoeger et al . (1994) about the basal position of the oviparous with the addition of hypothesis based on morphological, molecular characters and total evidence.

Concluding,topointthebiogeographicandevolutionaryimplicationsofGyrodactylidae inagreementwiththedataobtainedstartingfromthephylogeneticanalyses.Duringthe presentstudy,somespeciesandgenusweredescribedandwereusedinphylogenetic analyses.Thepresentdissertationwasdividedintwoparts:PartITaxonomicSection containing all of the descriptions and Part II – the phylogenetic section, with the phylogenetic analyses and biogeographic proposals. The Parte I was divided insix chapters: Chapter I containing diagnoses and keys for genus of Neotropical

Gyrodactylidae; Chapter II four new species of Gyrodactylus are described from

Brazilian Characiformes ( Astyanax sp., Characidium spp., Serrasalmus rhombeus );

Chapter III contains the description of new species parasites of Siluriformes, three speciesof Gyrodactylus ofLoricariidaeandCallichthyidae,and Scleroductus sp.n.1 describedof Pseudoplatystoma fasciatum (Pimelodidae);ChapterIV,twonewgenusof

Gyrodactylidaeareproposed,fromGymnotidae(Gymnotiformes),whereGenusn.A sp. n. 1 are described from the surface “poraquê”, Electrophorus electricus , from

xxii Amazonian areaand the Genusn.Bsp.n. 1of Gymnotus carapo , of the Brazilian southeast. Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell,MashegoandKhalil,2003from

"buldogAfricanfish", Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae,Osteoglossiformes) isredescribed;ChapterVpresentsthedescriptionoffivenewspeciesof Gyrodactylus parasitesofPerciformes;andtheChapterVI Polyclithrum boegeri Ernst,Whittington andJones,2000isredescribedandtwonewspeciesof Polyclithrum aredescribedfrom

Mugil platanus (Mugilidae, Perciformes). Inthe Part II a phylogenetichypothesesof oviparous and viviparous Gyrodactylidae is prposed based in morphologic and moleculardataofribossomalDNA.Thetestofthebasalpositionofoviparousspecies, basedonmorphologicdata,indicatedthatspeciesofAglaiogyrodactylus , Hyperopletes ,

Nothogyrodactylus , Onychogyrodactylus , Oogyrodactylus , Phanerothecioides and

Phanerothecium formedaparaphyleticandbasalgroups.Thebasalviviparousspecies donotpresentshieldandbelongtotheNeotropicalRegion.Thosespeciespossessa closerelationshipofthecladeformedby Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum ,

Archigyrodactylus and Laminiscus , that do not present several characters, including shield.Thecladeformedby Accessorius , Fundulotrema ,Genusn.Asp.n.1,Genusn.

Bsp.n.1, Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus , Mormyrogyrodactylus , Polyclithrum and Swingleus wasthemostdiversemorphologically.Thepresentphylogenyindicates thatspeciesof Gyrodactylus donotformacladeandcloserelatedwith Scleroductus sp. n.1andwith Acanthoplacatus sp.Themolecularanalysisusingmaximumparsimony and Bayesiana inference basedon 56sequencesindicated that the oviparous species represents a basal, monophyletic and sistergroup ofthe cladeof viviparousspecies.

The viviparous clade is represented by three lineages, with the most basal of them havinggreatmorphologicdiversityinhaptoralstructuresandNeotropicalspeciesinthe base. As the morphologic analysis, the analyses suggest that Gyrodactylus is

xxiii polyphyletic.SpecieswithlongITS1representacladehaving Acanthoplacatus sp.as sistergroup.Theremainingspeciesof Gyrodactylus andtheoviparousspeciespossess short ITS1. The ILD test indicates that the trees obtained with morphologic and molecular data used in the evidence total are appropriate are corroborate the null hypothesis,thetreeswithbaseinthosedatapossesscommonevolutionaryhistory.All oftheanalysessuggestthattheoviparouscladeisbasal,andclosedrelatedwiththe viviparous species. The phylogenetic data included in the biogeography of

Gyrodactylidae,indicatesthattheoviparousviviparousspeciescanhaveorigininthe

NeotropicalRegion.Environmentandgeographicaldistributionoptimizationsindicate thattheancestralofthecladesformedbyviviparousandoviparousspecieshadoriginin thefreshwaterandintheNeotropicalRegion.

xxiv

PARTE I SEÇÃO TAXONÔMICA

Introdução da Seção Taxonômica

Cerca de 308 espécies de Monogenoidea de água doce, distribuídas em 70 gêneros,sãoconhecidasparaaRegiãoNeotropical. Essasespéciesocorremem144 espéciesdepeixes(Boeger et al .,2006).

Gyrodactylidae possui 32 gêneros válidos, com espécies presentes no mundo inteiro,emdiversosambienteseparasitandoumagrandediversidadedehospedeiros.

Atéomomento,44espéciesequatromorfotiposdeGyrodactylidaede13gêneros(sete gêneroscomespéciesovíparaseseisgêneroscomespéciesvivíparas)foramdescritas parapeixesdeáguadoceemarinhosdaRegiãoNeotropical.NaRegiãoNeotropical,os

Gyrodactylidae ovíparos parasitam 17 espécies de hospedeiros, enquanto que os vivíparos parasitam 19 espécies de peixes hospedeiros . Entretanto, a fauna de

Monogenoidea na Região Neotropical ainda é considerada pouco conhecida, mesmo comoaumentodonúmerodedescriçõesdeGyrodactylidaeparaessaregião(Boeger et al .,2006).

Gyrodactylidaesãoectoparasitosdepeixesmarinhos,estuarinosoudeáguadoce, crustáceos,anfíbioselulas.Estafamíliaécompostaporespéciesovíparasevivíparas.

O grupo ovíparo possui uma riqueza menor de espécies, contendo atualmente 21 espécies distribuídas em sete gêneros: Aglaiogyrodactylus Kritsky,ViannaeBoeger,

2007 (sete espécies); Hyperopletes Boeger, Kritsky e BelmontJégu, 1994 (uma espécie); Nothogyrodactylus Kritsky e Boeger, 1991 (três espécies);

Onychogyrodactylus Kritsky,ViannaeBoeger,2007(duasespécies); Oogyrodactylus

Harris,1983(umaespécie); Phanerothecioides Kritsky,ViannaeBoeger,2007(uma espécie) e Phanerothecium Kritsky e Thatcher, 1977 (seis espécies). A família

Oogyrodactylidae Harris, 1983 foi proposta para conter as espécies ovíparas, nesta

2 época representadas apenas por Oogyrodactylus farlowella Harris, 1983 e

Phanerothecium caballeroi KritskyeThatcher,1977.Boeger et al. (1994),atravésde análisefilogenética,nãodetectaramsinapomorfiasquesuportassemOogyrodactylidae, rejeitandoeconsiderandoafamíliaumsinônimojuniordeGyrodactylidae.

Girodactilídeos ovíparos ocorrem somente em hospedeiros das famílias

LoricariidaeePimelodidae (Siluriformes) da América doSul (Kritsky et al. ,2007)e ocupamumaposiçãobasalnafamíliaeformamumgrupoparafilético(Boeger et al .,

1994;KritskyeBoeger,2003).SegundoBoeger et al. (2003),afamíliateveorigemna

AméricadoSul,quandoseuancestralovíparo,deorigemmarinhadispersouparaum novohospedeirodeáguadoce.Conformeahipótesepropostaporessesautores,anova espéciehospedeiraprovavelmentepertenciaàLoricariidae.

Osgirodactilídeosvivíparos representam omaior grupo dentro dafamília,com cerca de 454 espécies, distribuídas em 25 gêneros: Acanthoplacatus Ernst, Jones e

Whittington,2001(seteespécies); Accessorius Jara,AneCone,1991(umaespécie);

Anacanthocotyle Kritsky e Fritts, 1970 (uma espécie); Archigyrodactylus Mizelle e

Kritsky,1967(trêsespécies); Fundulotrema KritskyeThatcher,1977(seisespécies);

GêneronovoA(umaespécie);GêneronovoB(umaespécie); Gyrdicotylus Vercamen

Grandjean,1960(umaespécie); Gyrodactyloides BychowskyePolyanski,1953(cinco espécies); Gyrodactylus Nordmann, 1832 (409 espécies, ver Harris et al. , 2004);

Isancistrum De Beauchamp, 1912 (duas espécies); Laminiscus Pálsson e Beverly

Burton, 1983 (duas espécies); Macrogyrodactylus Malmberg, 1956 (sete espécies);

Mormyrogyrodactylus LuusPowell, Mashego e Khalil, 2003 (uma espécie);

Paragyrodactylus Szidat, 1973 (duas espécies); Polyclithrum Rogers, 1967 (cinco espécies); Scleroductus Jara e Cone, 1989 (uma espécie) e Swingleus Rogers, 1969

(duasespécies).Alémdesses,outrosgênerosapresentamproblemastaxonômicosque

3 colocamemquestionamentosuavalidade.Sãoeles: Afrogyrodactylus Paperna,1968;

Micropolyclithrum Skinner, 1975; Limnogyrodactylus Gläser, 1978; Postgyrodactylus

Gläser, 1978; Mesogyrodactylus Gläser, 1978; Anguilladactylus Gläser, 1978;

Metagyrodactylus Yamaguti,1963(KritskyeBoeger,2003).

Asespéciesvivíparasformamumgrupomonofiléticoderivado,contendoclados internos com diferentes suportes (Kritsky e Boeger, 2003). Conforme o modelo de

Boeger et al. (2003),essasespéciesdispersamdevidoasuacapacidadederealizartroca de hospedeiros e conseqüente habilidade de colonizar novas regiões biogeográficas.

Essacapacidadeestáaparentementeassociadaacaracteressinapomórficos(inovações chave), tais como:i)Aperdada cascado ovoqueproporcionou a permanência do embriãonoútero,permitindomaiorcuidadoparentalatéoembriãoalcançarumestágio jovem; ii) Perda do estágio de oncomiracídio livre, o que aumentou a taxa de sobrevivência dos jovens e a capacidade de infestação e; iii) Hiperviviparidade

(inovaçãochave,verBoeger et al .,2003),queaumentouataxareprodutiva,naqualno

útero de um mesmo “verme mãe” pode existir de 25 gerações de embriões, isso proporcionou o cuidado parental, aumentando a taxa de sobrevivência dos jovens e, consequentemente,ataxadeinfestação.

Agranderiquezadeespéciesdocladovivíparoestávinculadaprincipalmentea

Gyrodactylus , com 409 espécies (Harris et al ., 2004). Gyrodactylus é um grupo parafilético (Kritsky e Boeger, 2003), cosmopolita e parasita uma variedade de hospedeiros(Bakke et al .,2002).Porsetratardogrupocomamaiorriquezadeespécies dentrodafamíliaecomampladistribuição,despertamaiorinteressequantoavalidade de seu status filogenético. Alguns testes em relação a monofilia do gênero foram realizados baseados em dados moleculares e morfológicos. Utilizando ITS2 e 5.8S rDNA,Cable et al .(1999)eHarriseCable(2000),sugeremque Gyrodactylus forma

4 um grupo natural. Esses resultados suportaram a divisão de Gyrodactylus em seis subgêneros, propostos por Malmberg (1964, 1970, 1998). Entretanto, esses estudos foramrealizadoscomumlimitadonúmerodeespéciesdaRegiãoPaleártica(Eurásia)e nãoincluiramespéciesdeoutrosgênerosnogrupointerno.

Kritsky e Boeger (2003), utilizando um número maior de espécies e de outras regiões biogeográficas demonstram que Gyrodactylus não forma um grupo monofilético, tanto por análises utilizando dados moleculares, como por análises morfológicas.

Os primeiros Gyrodactylidae descritos da Região Neotropical foram:

Gyrodactylus superbus (Szidat, 1972) Popazoglo e Boeger, 2000, Anacanthocotyle ancanthocotyle , Gyrodactylus neotropicalis e G. costaricencis KritskyeFritts,1970,de peixes de água doce da Costa Rica. Vários outros autores colaboraram para o conhecimentodadiversidadedeGyrodactylidaenaregiãoNeotropical.NaAméricado

Sul,asprimeirasespéciesdeGyrodactylidaeforamdescritasporAn et al .(1991),que encontraramcincoespéciesde Gyrodactylus empeixesdoPeru.

Duranteodesenvolvimentodesteestudo,eraesperadooregistrodeváriostáxons novos e outros já descritos. Entretanto,somente quatro espécies de “ Gyrodactylus ” descritasanteriormenteforamencontradas G. anisopharynx , G. superbus e G. samirae

PopazogloeBoeger, 2000 e G. trairae BoegerePopazoglo,1995eumaespéciede parasita de Mugil platanus , Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000.

Dezoitoespéciesvivíparasnovas,incluindodoisnovosgêneros,foramencontradasno presente estudo. Treze destas novas espécies pertencem a “ Gyrodactylus ” quatro parasitos de Siluriformes (Callichthyidae, Loricariidae,Pimelodidae),quatroespécies de Characiformes (Characidae, Crenuchidae, Serrasalmidae), quatro espécies de

Perciformes (Cichlidae, Mugilidae, Carangidae), uma espécie de Atheriniformes

5 (Atherinidae). Dois novos gêneros monotípicos de Gyrodactylidae parasitos de

Gymnotiformes(Gymnotidae)sãopropostoseumaespéciede Scleroductus ,parasitade

Siluriformes (Pimelodidae), é descrita. Além dessas, duas novas espécies de

Polyclithrum são descritas de Mugil platanus Günther, 1880. Aqui são feitos os primeirosregistrosdeespéciesde Gyrodactylus parahospedeirosLoricariidaeetambém deGyrodactylidaeparasitandohospedeirosGymnotiformes.

A Parte I da tese, denominada de Seção Taxonômica, foi dividida em seis capítulos.CadaCapítulocontémadescriçãodeparasitosdedeterminadasordensdos hospedeiros. Quando possível, foram agrupadosparasitosdeumamesma ordem de hospedeiro.Essesforamorganizadosdaseguintemaneira:

Capítulo I. Diagnose e chave dos gêneros de Gyrodactylidae da Região

Neotropical .NesseCapítulosãoapresentadosaoleitorasdiagnoseseachavedecada gênerodeGyrodactylidaeNeotropical.Umalistadeespéciesacompanhaadiagnosede cada gênero. No final, a necessidade de obter literatura sobre termos em Língua

Portuguesagerouumglossáriocomostermosutilizadoshabitualmentenaliteraturade

Gyrodactylidae.Todosostermosutilizadosnoglossárioenasdiagnosessãoilustrados.

Paratesesetrabalhos,normalmentecapítuloscomoessesãoapresentadosnofinal,aqui foidecididoseroprimeirocapítuloparaqueoleitorcomeceaconhecerogrupopara facilitarnosCapítulosseguintesquedescrevemespéciesdeGyrodactylidae.

Capítulo II. Quatro novas espécies de Gyrodactylus Nordmann, 1832,

(Gyrodactylidae) de Characiformes do Brasil. Neste Capítulo são descritas quatro novasespéciesde Gyrodactylus deCharaciformesbrasileiros. Gyrodactylus sp.n.1de

Astyanax sp.(Characidae);duasespéciesparasitando Characidium spp.(Crenuchidae),

Gyrodactylus sp.n.2e Gyrodactylus sp.n.3;eumaespécieparasitade Serrasalmus rhombeus (Serrasalminae), Gyrodactylus sp.n.4.

6 CapítuloIII. Quatro novas espécies vivíparas de Gyrodactylidae de hospedeiros

Siluriformes (Teleostei) da Região Neotropical .Nessecapítulo,trêsnovasespéciesde

Gyrodactylus são descritas. Duas espécies de Loricariidae ( Gyrodactylus sp. n. 5 de

Kronichthys lacerta (Nichols,1919),e Gyrodactylus sp.n.6de Pareioraphis parmula

Pereira,2005)e umaespéciedeCallichthyidae( Gyrodactylus sp.n.7de Callichthys sp). Scleroductus sp. n. 1 é descrita de Pseudoplatystoma fasciatum Linnaeus,1766

(Pimelodidae).

Capítulo IV. Proposta de dois novos gêneros de Gyrodactylidae vivíparos de peixes elétricos, Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766) e Gymnotus carapo

Linnaeus, 1758 (Gymnotidae, Gymnotiformes) e a redescrição de

Mormyrogyrodactylus gemini Luus-Powell, Mashego e Khalil, 2003, de Marcusenius macrolepidotus (Peters, 1852) (Osteoglossiformes, Mormyridae) .Nessecapítulo,são propostos dois novos gêneros de Gyrodactylidae, parasitos de Gymnotidae

(Gymnotiformes), Gênero n. A e Gênero n. B. Ambos os gêneros são monotípicos.

Gênero n. A e sp. n. 1édescrito dasuperfíciecorporaldo poraquê Sulamericano,

Electrophorus electricus ,daregiãoamazônica.Gêneron.B esp.n.1édescritode

Gymnotus carapo , do sudeste brasileiro. Além destas duas novas espécies,

Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell,MashegoeKhalil,2003do“buldogfish” africano, Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae, Osteoglossiformes) é redescrito combaseemespécimestiposdisponíveis.

CapítuloV. Seis novas espécies de Gyrodactylus de Perciformes e Atheriniformes do sul do Brasil . Neste Capítulo, cinconovas espéciesde Gyrodactylus parasitas de

Perciformessãodescritas: Gyrodactylus sp.n.8e Gyrodactylus sp.n.9de Cichlasoma cf. portalegrenses (Cichlidae), Gyrodactylus sp.n.12de Geophagus brasiliensis (Quoy e Gaimard, 1824) (Cichlidae), Gyrodactylus sp.n.11de Selene setapinnis (Mitchill,

7 1815) (Carangidae) e Gyrodactylus sp. n. 13 de Mugil platanus Günther, 1880

(Mugilidae), além de Gyrodactylus sp. n. 12 de Atherinella brasiliensis (Quoy e

Gaimard,1825) (Atherinopsidae,Atheriniformes).

Capítulo VI. Redescrição de Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones,

2000 e descrição de duas novas espécies de Polyclithrum parasitos da “tainha” Mugil platanusGünther,1880 (Perciformes, Mugilidae) do sul e sudeste do Brasil.OCapítulo

VIapresenta a descrição deduasespéciesnovasde Polyclithrum e a redescrição de

Polyclithrum boegeri Ernst,WhittingtoneJones,2000,ambosparasitosde M. platanus

(Mugilidae,Perciformes).

Literatura citada

An,L.,Jara,C.eCone,D.K.1991.Fivespeciesof Gyrodactylus Nordmann, 1832

() from freshwater fishes of Peru. Canadian Journal of Zoology

69 :11991202.

Bakke,T.A.,Harris,P.D.eCable,J.2002.specificitydynamics:observationson

gyrodactylidmonogeneas. International Journal for 32 :281308.

Boeger,W.A.,Kritsky,D.C.eBelmontJégu,E.1994.NeotropicalMonogenoidea.20.

Two New Species of oviparous Gyrodactylidea (Polyonchoinea) from Loricariid

Catfishes(Siluriformes)inBrazilandthePhylogeneticStatusofOoegyrodactylidae

Harris,1983. Journal of Helminthology Society Washington 61 :3444.

Boeger, W. A., Kritsky,D.C. e Pie, M.R.2003.Context of diversification of the

viviparous Gyrodactylidae (Platyhelminthes, Monogenoidea). Zoologica Scripta

32 :437448.

Boeger,W.A.,Vianna,R.T.eThatcher,V.E..2006. Monogenoidea .Capítulo3. In :

AquaticBiodiversityinLatinAmerica.Vol.1.Amazonfishparasites(Second

8 edition), Vernon E. Thatcher. Eds. Joachim Adis, Jorge R. Arias, Guillermo

RuedaDelgado e Karl Matthias Wantzen. Pensoft Series Faunisticas. Sofia

Moscow.

Cable,J.,Harris,P.D.,Tinsley,R.C.eLazarus,C.M.1999.Phylogeneticsanalysisof

Gyrodactylus spp.(Platyhelminthes:Monogenea)usingribosomalDNAsequences.

Canadian Journal of Zooloy 77 :14391449.

Harris, P. D. e Cable, J. 2000. Gyrodactylus poeciliae n. sp. and G. milleri n. sp.

(Monogenea:Gyrodactylidae)from Poecilia caucana (Steindachner)inVenezuela.

Systematic Parasitology 47 :7985.

Harris,P.D.,Shinn,A.P.,Cable,J.andBakke,T.A.2004.Nominalspeciesofthe

genus Gyrodactylus von Nordmann 1832 (Monogenea: Gyrodactylidae), with a

listofprincipalhostspecies. Systematic Parasitology 59 :127.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003. Phylogeny of the Gyrodactylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes:

Monogenoidea). In: Combes C, Jourdane J, editors. Taxonomie, écologie et

évolutionesmétazoairesparasites.Taxonomy.andofmetazoan

parasites.(LivrehommageàLouisEuzet).TomeII.Perpignan:p3758.

Kritsky,D.C.,Vianna,R.T.eBoeger,W.A.2007.NeotropicalMonogenoidea.50.

Oviparousgyrodactylidsfromloricariidandpimelodidcatfishes,inBrazilwiththe

proposal of Phanerothecioides g. n., Onychogyrodactylus g. n. and

Aglaiogyrodactylus g.n.(Polyonchoinea:Gyrodactylidea). Systematic Parasitology

66 :134.

Malmberg, G. 1964. Taxonomical and Ecological Problems in Gyrodactylus

(Trematoda, Monogenea ) . Publishing House of the Czechoslovak Academy of

Sciences.p.205226.

9 Malmberg,G.1970.Theexcretorysystemsandthemarginalhooksasabasisforthe

of Gyrodactylus (Trematoda,Monogenea). Arkiv för Zoologi 23 (12):

1235.

Malmberg,G.1998.OntheevolutionwithinthefamilyGyrodactylidae(Monogenea).

International Journal for Parasitology 28 :16251635.

10 CAPÍTULO I

Diagnose e chave dos gêneros de Gyrodactylidae da Região Neotropical 1.

1Capítulonoformatoda Acta Zoologica . Espécies de Gyrodactylidae são ectoparasitos de peixes, crustáceos, anfíbios e lulas,eestãodistribuídasemdoisgrandesgrupos,ovíparasevivíparas.

O grupo de espécies ovíparas possui 21 espécies distribuídas em 07 gêneros, parasitando Siluriformes das famílias Loricariidae e Pimelodidae. Atualmente são válidososseguintesgêneros: Aglaiogyrodactylus Kritsky,ViannaeBoeger,2007(sete espécies); Hyperopletes Boeger, Kritsky e BelmontJégu, 1994 (uma espécie);

Nothogyrodactylus KritskyeBoeger,1991(trêsespécies); Onychogyrodactylus Kritsky,

Viannae Boeger, 2007(duas espécies); Oogyrodactylus Harris, 1983 (umaespécie);

Phanerothecioides Kritsky, Vianna e Boeger, 2007(uma espécie)e Phanerothecium

KritskyeThatcher,1977(seisespécies).

Osgirodactilídeosvivíparosformamomaiorgrupo,comcercade454espécies, distribuídas em 25 gêneros: Acanthoplacatus Ernst, Jones e Whittington, 2001 (sete espécies); Accessorius Jara,AneCone,1991(umaespécie); Anacanthocotyle Kritskye

Fritts,1970(umaespécie); Archigyrodactylus MizelleeKritsky,1967(trêsespécies);

Fundulotrema KritskyeThatcher,1977(seisespécies);GêneronovoAsp.n.1(uma espécie)(CapítuloIV);Gêneron.Bsp.n.1(umaespécie)(CapítuloIV); Gyrdicotylus

VercamenGrandjean, 1960 (uma espécie); Gyrodactyloides Bychowsky e Polyanski,

1953(cincoespécies); Gyrodactylus Nordmann,1832(409espécies,verHarris et al. ,

2004); Isancistrum De Beauchamp, 1912 (duas espécies); Laminiscus Pálsson e

BeverlyBurton, 1983 (duas espécies); Macrogyrodactylus Malmberg, 1956 (sete espécies); Mormyrogyrodactylus LuusPowell,MashegoeKhalil,2003(umaespécie);

Paragyrodactylus Szidat, 1973 (duas espécies); Polyclithrum Rogers, 1967 (cinco espécies); Scleroductus Jara e Cone, 1989 (duas espécie) e Swingleus Rogers, 1969

(duasespécies).

12 Na Região Neotropical foram descritas até o momento 44 espécies e oito morfotipos(pertencentesaosgêneros Gyrodactylus e Scleroductus )degirodactilídeos, distribuídosem13gêneros(setecomespéciesovíparaseseiscomespéciesvivíparas).

Entretanto,afaunadeMonogenoideanaRegiãoNeotropicalaindaéconsideradapouco conhecida. Dessa maneira, o número de novas descrições de espécies de

Gyrodactylidaevemaumentandorapidamente(Boeger et al .,2006).

Boeger et al. (2006) compilaram informações de Monogenoidea da Região

Neotropicalemumachave e diagnose paraosgêneros das famílias existentes nessa região, incluindo Gyrodactylidae. No entanto, naquele trabalho, foram incluídas somenteespéciesdeáguadoce.

NesseCapítulo,apropostaécompletarasinformaçõesdeBoeger et al .(2006) para Gyrodactylidae, através de uma chave e das diagnoses de gêneros que tenham espéciesqueocorramnaRegiãoNeotropical.Osmorfotiposdeestudosanteriorese dessa tese foram adicionados à listagem de espécies no final da diagnose de cada gênero.

Contudo,emborasejaumcomplementodeinformaçõesdoscapítulosseguintes, sua principal função como primeiro capítulo da tese é de informar o leitor da diversidadeeriquezadeGyrodactylidaenaRegiãoNeotropical.Alémdisso,apresenta a terminologia utilizada para a morfologia das espécies da família e um glossário ilustrado.

13 Chave para os gêneros de Gyrodactylidae

Achavedicotômicaquesegue,abrangesomenteosgênerosdeGyrodactylidae queocorremnaRegiãoNeotropical.Adiagnosedasespéciesdependedoestudodas descriçõesoriginaisounoscapítulosexistentesnesteestudo.Achavefoipreparada utilizandoosprogramasDELTAEditor(Dallwitz,1980)eKEY(Dallwitz,1974).

1. Viteláriaemformade"H"...... 2

Viteláriaemformade"h",semramodextroanterior(Fig.18) ......

...... Phanerothecium

Viteláriaem"U"invertido,ramosanterioresausentes ...... 3

Viteláriareduzidaoumodificadanotroncoposterior...... 6

2(1). OCMsemespinhos;divertículouterinopresente(Fig.5) ...... Aglaiogyrodactylus

OCMcomespinhos;divertículouterinoausente(Figs.10)...... Nothogyrodactylus

3(1). Raizprofundadaâncoraconspícua ...... 4

Raizprofundadaâncoratipobotão,inconspícua ...... 5

4(3). Barrassuperficialeprofunda,presentes(Fig.3)...... Oogyrodactylus

Barrassuperficialeprofunda,ausentes(Fig.29) ...... Phanerothecioides

5(3). OCMsemespinhos;peçaacessóriadoOCMpresente(Figs.5,19)......

...... Onychogyrodactylus

OCMcomespinhos;peçaacessóriadoOCMausente(Fig.10) ...... Hyperopletes

14 6(1). EscleritoR1ausente...... 7

EscleritoR1conectadoabarrasuperficial ...... 9

EscleritoR1conectadoaoescudo(Fig.49) ...... Gênero novo A

EscleritoR1livredabarrasuperficialedoescudo(Fig.65)...... Polyclithrum

7(6). Âncoraspresentes;cecosintestinaisnãoconfluentes...... 8

Âncorasausentes;cecosintestinaisconfluentes(Fig.42) ...... Anacanthocotyle

8(7). Dezesseisganchos(8pares)distribuídosradialmentenamargemdoháptor;barra

acessóriaanteriorausente(Fig.57)...... Gyrodactylus

Trêsparesdeganchosanteriores,cincoparesdeganchosnamargemposteriordo

háptor;barraacessóriaanteriorpresente(Fig.36)...... Accessorius

9(6).Raiz profunda da âncora tipo botão, inconspícua; cecos intestinais não

confluentes; esclerotização na ponta da âncora ausente; expansão da raiz

superficialdaâncora,quilhasuperficialausente(Fig.68)...... Scleroductus

Raizprofundadaâncoraalongada;cecosintestinaisconfluentes;esclerotizaçãona

ponta da âncora presente; expansão da raiz superficial da âncora, quilha

superficialpresente(Figs.52,56)...... Gênero novo B

15 Glossário

Popazoglo (1997) e Boeger (2000) apresentam glossários, devido a falta de estudosreferentesataxonomiaemorfologiadeMonogenoideaemLínguaPortuguesa.

Esseglossáriotemafinalidadedecompletarosglossáriosanteriores(Popazoglo,1997;

Boeger, 2000), utilizandoos também como fontedeconsulta. Porém amaioria dos termossãobaseadosecompiladosdetrabalhosqueoriginalmente foram escritos em

Língua Inglesa e foram traduzidos de acordo com os termos de Mizelle e Kritsky

(1967), Rogers (1967, 1969), Kritsky e Boeger (2003), LuusPowell, et al . (2003),

Kritsky et al .(2007)eVianna et al .(nopreloa–b).

Estruturas da região cefálica

Termo em Sigla Termo em Figuras Definição Português Inglês Região rc Cephalic 1 Regiãoqueseestendedaextremidadeanterioratéo cefálica region finalda faringe . Lobos lc Cephalic 1 Partesorigináriasdadivisãoda região cefálica ,são cefálicos lobes duasproeminênciasquepodemserconspícuasou discretas. Sensilo sc Spike 1, 9 Estruturamulticiliadanaextremidadedo lobo cefálico sensilla cefálico ,espiniformes,conectadaaosistema nervoso,comfunçãoquímioemecanoreceptora. Órgãosda oc Head 1 Conjuntodecélulasnervosas,comaextremidadede cabeça organs órgãosdosistemanervoso. Faringe bulbo Pharynx 2 Estruturacompostadedoisbulbos;bulbodistal distal(bdf) muscularpodendoconterprojeçõesdigitiformes bulbo eversíveis,bulboproximalglandular,geralmente proximal maior. (bpf)

16 Estruturas do tronco e pedúnculo

Termo em Sigla Termo em Figuras Definição Português Inglês Tronco tr trunk 1 Regiãoentrea faringe eoiníciodo pedúnculo , próximoaofinaldosfolículosda vitelária . Pedúnculo ped Peduncle 1 Regiãoentendidaentreofinaldosfolículosda vitelária atéaconexãocomo háptor . Cecosintestinais ci Intestinal 27, 45 Cominiciono bulbo faringeal proximal caeca (glandular)eestendendosebilateralmenteao útero,atépróximoouultrapassarasgônadas. EmGyrodactylidaepodemserconfluentesou não. Vesícula vs Seminal 5, 10, 19, Bolsascomparedesmuscularesquearmazenam seminal vesicle 53, 77, esperma.Asespéciesovíparaspossuemduas 78 vesículaseespéciesvivíparaspossuem geralmenteumavesículaseminal. Reservatório Prostatic 77, 78 Lúmemdabolsadoórgãocopulatóriomuscular prostático reservois (OCM )emespéciesovíparaselúmememtorno dodutoespermáticoqueentranobulbodo OCM,emespéciesvivíparas. Testículo t Testis 27, 45, Emgirodactilídeosovíparos(protândricos) 51 ocorremnosjovens,estruturaarredondada,bem volumosaeemespéciesvivíparasocorreabaixo doútero,podeserovalado,arredondadoe semprepróximoao germário ;desenvolve depoisdoaparelhoreprodutorfeminino. Receptáculo rs Seminal 9, 45 Estruturaquearmazenaoesperma,localizada seminal receptacle dentrodo testículo . Germário ge germarium 1, 9, 45, Modificaçãodoovárioprimitivo,separadoem 51 duasporções:a vitelária eogermárioque produzóvulosdesprovidosdevitelono citoplasma. Vitelária v Vitelaria 1, 9, 45, Especializadanaproduçãodecélulasvitelínicas (folículo 51 (queapresentamovócitosabortivoscomvitelo), da queirãonutriroembriãoduranteo vitelária desenvolvimentodentrodoovo.Emespécies fv) ovíparasocorremdistribuídasemformade“H”, “h”(semramodextroanterior),“U”invertidoe emespéciesvivíparasreduzidanotronco posterior.

17 Estruturas do tronco e pedúnculo (continuação)

Termo em Sigla Termo em Figuras Definição Português Inglês Órgão OCM MCO 5, 9, 10, Emgruposovíparospodesermuscularou copulatório (Male 19, 24, esclerotizado,envolvidoporumabolsa masculino copulatory 30, 32, muscularoulivre,armadocommúltiplas organ) 38, 43, fileirasde espinhos oudesarmado,eversível 46, 48, ounão(quandomuscular).Nacópulade 53, 55, espéciesovíparaséinseridonoporouterino. 59, 63, Emespéciesvivíparasébulboso,sempre 70, 71, armadocomumgrande espinho euma,duas 77, 78 oumaisfileirasde espineletes .Participada cópula,porémcomcópulaporimpregnação dérmica(perfuraaparededocorpodo parceiro).Asdenominaçõescirroepênisnão sãomaisutilizadasdevidoadificuldadede estabelecerhomologiaentreasestruturas. Espinhodo ep Spine 10, 43, Emespéciesovíparasede OCM 48, Mormyrogyrodactylus possuembasealargada epontafina,ocorrememváriasfileiras.Nas espéciesvivíparasocorreumespinhomaior queosdemais,único,geralmentecomuma basegrande. Espineletes es Spinelets 43 EspinhosqueocorremnoOCMdeespécies vivíparas,menoresqueoespinhocombase grande,podemocorreemumaouduasfileiras. Apesardemenoresqueoespinho,possuem basearredondadaoutruncadaesãomaiores queosespinhosdasespéciesovíparas. BolsadoOCM bo Copulatorysac, 5, 10, 19, Estruturamuscular,comparedefinaougrossa, MCOsac 77, 78 emformadesacoquecontémo OCM ouem espéciesde Aglaiogyrodactylus ,coma peça acessória . Peçaacessória pa Accessory 5, 6, 7, 8, Estruturaqueocorrememespéciesovíparas, doOCM pieceofthe 14, 20 temfunçãodeguiado OCM ,oudemanteras MCO paredesdo saco do OCM separadas(quando dentroda bolsa do OCM ). Bolsadapeça bpa Accessory 19, 20 Bolsamuscularobservadaemespéciesde acessória pieceofpouch Onychogyrodactylus ,quecontéma peça acessória espiniforme,semramificação. Útero u Uterus 5, 45 Bolsacomparedemuscularquenasespécies ovíparascontémo(s)ovo(s),nasespécies vivíparascontémosembriões. Divertículo du Uterine 5 Pequenadobradotegumentodoporouterino, uterino diverticulum, aparentementeservindocomoumreceptáculo Surfacepitof paraa peça acessória duranteacópula.Só tegument ocorreemespéciesde Aglaiogyrodactylus . Capade cc Cementcap 1 Gotículadecimentonaextremidadedo cimentodo Cementdrop filamentodoovoquepermitequeoverme filamentodo Adhesive mãedeposite(fixe)oovoemsubstratorígido. ovo droplet OcorreemPolyonchoinea,epodemser encontradasváriasgotas,ouuma,comoem Gyrodactylidae.

18 Estruturas do háptor

Termo em Sigla Termo em Inglês Figuras Definição Português Háptor hap Haptor 1 Estruturaposteriorassociadaàfixação, muscular,contémventosaseescleritosde fixação. Âncora Anchor 15, 41, Escleritohaptoralcomassociadoà 50, 52 fixaçãodoparasitoaohospedeiro.Em Gyrodactylidaeasâncorasocorremem umparventral.EmoutrosMonogenoidea podemexistir2paresventraisoudorsais. Raizsuperficial rs Superficialroot 15, 28 Extremidadeopostada ponta daâncora, podeseralongada,curta,truncada,com dobra epodeconter escleritos acessórios associados. Dobradaraiz Fold 28 Dobraexistentenaextremidadeda raiz superficial superficial . Quilhadaraiz qrs Keelofthe 50, 52 Extensãoesclerotizadamuitodelgadaque superficial superficialroot aumentaalarguradaraizsuperficial. Base base 15 Conjuntodas raízes superficial e profunda . Lâmina lm shaft 15 Regiãodaâncoraentrea base ea ponta . Raizprofunda rp Deeproot 15, 28, Localizada na face ventral da âncora ; conspícua conspicuous 50 pode ser encontrada como raiz profunda (28) conspícua: que se projeta além do limite da face dorsal da âncora; a raiz profunda tipobotão knob tipo botão é um nódulo, que pode ser (15) projetadodiscretamente;earaizprofunda alongada é aquela que possui um alongada(50) elongate comprimento, no mínimo, quatro vezes maiordoquealargura. Pontadaâncora p Point 15, 28 Extremidadeemformadegancho,afilada; próximodamargemdistaldo háptor . Esclerito ea Accessorysclerite 50, 52 Escleritoassociadoaextremidadedistal acessório da raiz superficial . Barra Bar 3, 40, 49, Escleritohaptoralgeralmentearticulado 56, 61, coma âncora . 65,73 Barra bs Superficialbar 3, 40, 49, Escleritonafaceventralda âncora epode superficial 56, 61, estararticuladacomdobrasexistentesna 65,73 âncora . Barraprofunda bp Deepbar 3, 56, 61 Escleritonafacedorsalda âncora eestá 65,73 conectadaaraizprofundada âncora . Projeção pbs Anterolateral 40, 49, Projeçõesnasextremidadesanteriorese anterolateral projectionofthe 61 lateraisda barra superficial ,podemser dabarra superficialbar cilíndricasouespatuladas. superficial Escudotipo e Shieldplatelike 40, 49, Expansão esclerotizada conectada a placa 61, 73 porção distal da barra superficial em formadeplaca,podecontersulcos.

19 Estruturas do háptor (continuação)

Termo em Sigla Termo em Figuras Definição Português Inglês Escudotipofita Shieldthread 65 Expansãoesclerotizadaconectadaaporção like distal da barra superficial em forma de fita,comoumaprojeçãomedianaposterior alongada, pode conter finas expansões esclerotizadaslaterais. Projeção pam AMP 56, 73 Extensãoesclerotizadada barra anteromediana (anteromedian superficial ,quepodepossuir dabarra projectionof engrossamentosobservadosemespéciesde superficial thesuperficial Acanthoplacatus , Mormyrogyrodactylus , bar) Gêneron.Bsp.n.1e Polyclithrum sp.n.1 EscleritoR1 r1 R1sclerite 49, 56, 65, Peça esclerotizada que ocorre aos pares e 68, 73 entreas âncoras .Quandolivredo escudo e da barra superficial geralmente possui uma forma cilíndrica, porém quando é encontrado conectado ao escudo , apresentase como um engrossamento do escudo e contém grande quantidade de sulcos. EscleritoR2 r2 R2sclerite 65, 73 Estruturas esclerotizadas que ocorrem aos pares, entre as âncoras e na região distal do háptor . Quando livre do escudo apresenta a extremidade distal achatada. Quando ligado ao escudo éencontradode duas formas, como um engrossamento sulcado e como uma única estrutura triangularnaporçãodistaldo escudo . Barras ba Accessory 65, 72, 73 Sãoconsideradasbarrasacessórias acessórias bars anteriorestodasasbarrasondegrande (ba1,ba2…) partedessaestruturaestáacimaoupróxima daraizsuperficialdaâncoraebarra acessórialateraléaquelaestruturaqueestá posicionadaoucontenhasuamaiorparte noníveldabarrasuperficial.Podemter formadeplacas,cilíndricasoude estruturascompostascomoemespéciesde Polyclithrum . Costelas c Ribs 65, 74 Escleritos que possuem a forma achatada como “costelas” (origem do nome) e podem ocorrer individualizadas ou fundidas,semprebilaterais as âncoras,nas margensdoháptor. Almofadas a Pads 56, 73 Estruturasprovavelmentecompostade (almofada tecidoconectivo.Possuemformasimilar lateralal; àsbarrasacessórias,porémnãocoramde almofada vermelhocomtricrômicodeGomorie anterioraa) possuemtexturadiferenciada,mostrando certaestriaçãoemalgumasregiões.

20 Estruturas do háptor (continuação)

Termo em Sigla Termo em Figuras Definição Português Inglês Barra bp Peduncularbar 72, 74, 75 Estruturaesclerotizadaouparcialmente peduncular celular,localizadanopedúnculo,para auxiliarnafixaçãodoanimalouproteção dopedúnculo,contraraizsuperficialda âncora. Gancho Hook 4, 11, 16, 21, Escleritosarticuláveisnajunçãodassuas 25, 29, 33, 39, porçõesdistal(hooklet)eproximal(haste), 44, 47, 54 encontradosemGyrodactylidea,com exceçãodeUdonellidaeeAnoplodiscidae. Cabeçado cg Hooklet 4 Porçãodistaldogancho,articuladacoma gancho hastedogancho. Ponta pt Point 44 Extremidadeafiladadalâminadogancho, quetemfunçãoassociadaàfixaçãodo parasitonohospedeiro. Lâmina la Shaft 44 Estruturaentreabasedoganchoeaponta, podeserretaouinclinada,largaouestreita. Bico b Toe 44 Umadasestruturaqueformamabasedo gancho,extremidadequasesempre alinhadacomapontadogancho,podeser truncada,arredondadaouafilada. Calcanhar ca Heel 44 Outrapartequeformaabasedogancho, opostaaobico.Podesertruncada,convexa ecompequenasprojeções. Plataforma pl Shelf 44 Partesuperiordobico.Geralmenteé inclinada,maspodesercôncava,convexa oureta. Hastedo hg Shank 44 Hastequefixaoganchonamusculaturada gancho projeçãodigitiformeondeoganchoé encontrado. Quilhadahaste qh Keelofshank 16, 33 Extensãomedianaesclerotizada,muito dogancho ofthehook delgada,nahastedogancho.Encontrada emespéciesovíparascomode Nothogyrodactylus , Phanerothecium e Aglaiogyrodactylus ctenistus. Filamentodo Fh Fhloop 44 Filamentoconectadoapontadogancho gancho (filamenthook formandoumaalçaparafixaçãode loop) músculoquemovimentaogancho.Muito delgada,dedifícilobservação.

21 Diagnose dos gêneros de Gyrodactylidae

Nos últimos anos, o conhecimento sobre a diversidade e riqueza de

Gyrodactylidae da Região Neotropical tem aumentado. Novos gêneros ovíparos e vivíparos têm sido propostos por Kritsky et al . (2007) e Vianna et al. (no prelo), respectivamente. As diagnoses, lista de espécies e morfotipos de cada gênero são apresentadas. As descrições foram preparadas com o programa DELTA Editor

(Dallwitz, 1980). As espécies de hospeiros Hypostomus sp. 7 e sp. 9 foram identificadasporPauloLucindadoNEAMB(NúcleodeEstudosAmbientaisdaUFT).

O restante das espécies hospedeiras foram identificadas por Roberto Reis, Carlos

Lucena,ViniciusBertacoeEdsonPererira(MCTPUCRS).

Gyrodactylidae

Ovíparosouvivíparos.Protândricoouprotogínico.Presençadesensilocefálico.

Ausênciadeolhos.Faringecomduassubunidadesbulbosas,adistalfreqüentemente comprojeçõesdigitiformes.Cecosconfluentesounãoconfluentes.Órgãocopulatório masculino(OCM)muscularalongadooubulboso,ouesclerotizado;espinhosdoOCM presentes ou ausentes; peça acessória do OCM presente ou ausente. Germário usualmente ovalado, câmara de fertilização interna presente. Dezesseis ganchos marginais,distribuídosradialmenteouemdoisgrupamentos;umpardeâncorasventrais presentesouausentes;comraizsuperficiallonga,comousemquilhaeraizprofunda tipobotãooualongada.Âncorasebarrasdorsaisausentes;barraprofunda,quandoas

âncorasventraisestãopresentes.Abarraprofundaestáassociadacomaraizprofunda daâncora.

22 Gêneros Ovíparos

Aglaiogyrodactylus Kritsky, Vianna e Boeger, 2007

Ovíparo,protândrico.Sensilocefálicopresente. Órgão copulatório masculino

(OCM)esclerotizadooumuscular,semespinhos;bolsadoOCMsacular,comparede fina;peçaacessóriadoOCMpresente;bolsadapeçaacessóriaausente.Úterocomum ovosomente.GlânduladeMehlisconspícua,massiva.Viteláriaemformade"h",semo ramo dextroventral. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora tipo botão, inconspícua; barras superficial e profunda, presentes. Escudo da barra superficial ausente ou presente ( A. conei ). Processo anterolateral da barra superficial ausente; projeçãoanteromedianasobreabarradorsalausente.Ganchosdistribuídosradialmente namargemdoháptor;quilhanahastedoganchoausenteoupresente.Cecosintestinais nãoconfluentes. Divertículo uterino presente. Parasita de superfície corporal de

Loricariidae(Siluriformes).

A. conei Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Pareioraphis parmula.

A. forficulatus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Kronichthys lacerta (Espécietipo)

(Figs.18)

A. forficuloides Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Schizolecis guntheri.

A. guttus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Pseudotothyris obtusa.

A. pedunculatus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Hisonotus notatus.

A. ctenistus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Pareioraphis parmula.

A. salebrosus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Pareioraphis parmula.

Hyperopletes Boeger, Kritsky e Belmont-Jégu, 1994

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

23 (OCM) muscular, com espinhos; bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessória do OCM ausente; bolsa da peça acessória ausente. Útero com um ovo somente. GlânduladeMehlisconspícua,massiva. Viteláriaem"U" invertido,ramos anterioresausentes.Âncoraspresentes;raizprofundadaâncoratipobotão,inconspícua.

Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.Processo anterolateraldabarrasuperficialausente;projeçãoanteromedianasobreabarradorsal ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo ganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Divertículouterinoausente.Parasita desuperfíciecorporaldeLoricariidae(Siluriformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Hyperopletes malmbergi Boeger,KritskyeBelmontJégu,

1994de Rineloricaria sp.(Figs.912).

Nothogyrodactylus Kritsky e Boeger, 1991

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos, bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessória do OCM ausente; bolsa da peça acessória ausente. Útero com um ovo somente.GlânduladeMehlisconspícua,massiva.Viteláriaemformade"h",semramo dextroventral. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora tipo botão, inconspícua.

Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.Processo anterolateraldabarrasuperficialausente;projeçãoanteromedianasobreabarradorsal ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo ganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Divertículouterinoausente.Parasita dasuperfíciecorporaldeLoricariidae(Siluriformes).

N. amazonicus KritskyeBoeger,1991de Ancistrus sp.

N. clavatus KritskyeBoeger,1991de Ancistrus sp.

24 N. plaesiophallus KritskyeBoeger,1991de Ancistrus sp.(Espécietipo)(Figs.1317)

Onychogyrodactylus Kritsky, Vianna e Boeger, 2007

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos, bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessória do OCM ausente; bolsa da peça acessória presente. Útero com um ovo somente. GlânduladeMehlisconspícua,massiva. Viteláriaem"U" invertido,ramos anterioresausentes.Âncoraspresente;raizprofundadaâncoratipobotão,inconspícua.

Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.Processo anterolateraldabarrasuperficialausente;projeçãoanteromedianasobreabarradorsal ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo ganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Divertículouterinoausente.Parasita dasuperfíciecorporaldeLoricariidae(Siluriformes).

O. delorrhipidius Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Ancistrus multispinnis.

O. sudis Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Ancistrus multispinnis (Espécietipo)(Figs.

1822).

Oogyrodactylus Harris, 1983

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; sem espinhos; bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessóriadoOCMausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Úterosomentecomum ovo. Glândula de Mehlis conspícua, massiva. Vitelária em "U" invertido, ramos anteriores ausentes. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora conspícua. Barras superficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.Processoantero lateral da barra superficial ausente; projeção anteromediana sobre a barra dorsal

25 ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo ganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Divertículouterinoausente.Parasita dasuperfíciecorporaldePimelodidae(Siluriformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Oogyrodactylus farlowellae Harris,1983de Farlowella amazonum (Figs.2326)

Phanerothecioides Kritsky, Vianna e Boeger, 2007

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; sem espinhos; bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessória do OCM e bolsa da peça acessória ausente. Útero com um ovo somente.

GlânduladeMehlisconspícua,massiva.Viteláriaem"U"invertido,ramosanteriores ausentes. Âncoras presentes;raiz profunda da âncoraconspícua. Barras superficial e profunda,ausentes.Ganchosdistribuídosradialmentenamargemdoháptor;quilhana hastedoganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Divertículouterinoausente.

ParasitadasuperfíciecorporaldeLoricariidae(Siluriformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Phanerothecioides agostinhoi Kritsky,ViannaeBoeger,

2007de Hypostomus sp.5,sp.7esp.9(Figs.2730).

Phanerothecium Kritsky e Thatcher, 1977

Ovíparo, protândrico. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM sacular, com parede fina; peça acessóriadoOCMausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Úterocommaisdedois ovos. GlânduladeMehlisconspícua,massiva.Viteláriaemformade"h",semramo dextroanterior. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora tipo botão, inconspícua.

Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.Processo

26 anterolateraldabarrasuperficialausente;projeçãoanteromedianasobreabarradorsal ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo gancho ausente ou presente. Cecos intestinais nãoconfluentes. Divertículo uterino ausente.ParasitadasuperfíciecorporaldeLoricariidaeePimelodidae(Siluriformes).

P. caballeroi KritskyeThatcher,1977de Cephalosilurus zungaro (Espécietipo)(Figs.

3135).

P. deiropedus Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Hypostomus sp.

P. harrisi KritskyeBoeger,1991de Plecostomus plecostomus .

P. spinatus Boeger,KritskyeBelmontJégu,1994de Hypostomus punctatus .

P. spinatoides Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Hypostomus sp.7esp.9.

P. spinulatum Kritsky,ViannaeBoeger,2007de Hypostomus sp.

Gêneros Vivíparos

Accessorius Jara, An e Cone, 1991

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior. Barra peduncular ausente. Âncoraspresentes; raizprofundadaâncoratipo botão, inconspícua; quilhadaraizsuperficialdaâncoraausente. Barras superficial e profunda,presentes.Escudodabarrasuperficialtipoplaca.EscleritoR1eR2ausentes.

Processoanterolateraldabarrasuperficialausente.Escleritotubularpresentenoháptor.

Trêsparesdeganchosbilateralmentedistribuídosnoslobosanteriores,cincoparesna margemposteriordoháptor;quilhanahastedoganchoausente.Cecosintestinaisnão

27 confluentes.Barraacessóriaanteriorpresente;barraacessórialateralausente.Parasita dasuperfíciecorporaldeCharacidae(Characiformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Accessorius peruensis Jara,AneCone1991de Lebiasina bimaculata (Figs.3641) .

Anacanthocotyle Kritsky e Fritts, 1970

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior.Barrapeduncularausente.Âncorasausentes.Escleritotipocostelanoháptor ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo gancho ausente. Cecos intestinais confluentes. Barras acessórias anterior e lateral ausente.ParasitadasuperfíciecorporaldeCharacidae(Characiformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Anacanthocotyle anacanthocotyle KritskyeFritts,1970de

Astyanax fasciatus (Figs.4244).

Gênero novo A Vianna, Boeger e Dove, no prelo

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior. Barra peduncular ausente. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora alongada; esclerotização na ponta da âncora presente; quilha da raiz superficial da

âncorapresente.Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficial tipoplaca.EscleritoR1conectadoaoescudo;esclerito R2ausente. Processoantero lateral da barra superficial presente; projeção anteromediana sobre a barra dorsal

28 ausente.Escleritotipocosteladoháptorausente.Quatroparesdeganchosemcadalobo lateralanterior,orestantedosquatropares,namargemposteriordoháptor;quilhana hastedoganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Barrasacessóriasanteriore lateralausente.ParasitadasuperfíciecorporaldeGymnotidae(Gymnotiformes).

Espécietipoeúnicaespécie:GêneronovoA et sp.n.1Vianna,BoegereDove,no prelo(CapítuloIV)de Electrophorus electricus (Figs.4550).

Gênero novo B Vianna, Boeger e Silva-Souza, no prelo

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior. Barra peduncular ausente. Âncoras presentes; raiz profunda da âncora alongada; esclerotização na ponta da âncora presente; quilha da raiz superficial da

âncorapresente.Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficial ausente. Esclerito R1 conectado a barra superficial; esclerito R2 ausente. Projeção anteromedianasobreabarradorsalpresente.Escleritotipocosteladoháptorausente.

Cincoparesdeganchosemcadalobolateralanterior,3paresnamargemposteriordo háptor; quilha na haste do gancho ausente. Cecos intestinais confluentes. Barra acessória anterior presente; barra acessória lateral ausente. Parasita da superfície corporaldeGymnotidae(Gymnotiformes).

Espécietipoeúnicaespécie:GêneronovoB et sp.n.1Vianna,BoegereSilvaSouza, noprelo(CapítuloIV)de Gymnotus carapo (Figs.5156).

29 Gyrodactylus Nordmann, 1832

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior.Barrapeduncularausente.Umpardeâncorasventraispresente;raizprofunda daâncoratipobotão,inconspícua;quilhadaraizsuperficialdaâncoraausente.Barras superficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficialtipoplaca,ouespatulado, quandopresente.EscleritoR1eR2ausentes.Processoanterolateraldabarrasuperficial ausente ou presente; projeção anteromediana sobre a barra dorsal ausente. Esclerito tipocosteladoháptorausente.Ganchosdistribuídosradialmentenamargemdoháptor; quilhanahastedoganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Barrasacessórias anteriorelateralausente.NosNeotrópicosparasitaasuperfíciecorporaldeCharacidae,

Crenuchidae,Erythrinidae,Curimatidae,Serrasalminae(Characiformes);Pimelodidae,

Loricariidae, Callichthyidae (Siluriformes), Mugilidae, Carangidae, Cichlidae

(Perciformes),Atherinopsidae(Atheriniformes);Poecilidae(Cyrpinodontiformes)

Gyrodactylus bimaculatus An,JaraeCone,1991 Lebiasina bimaculata .

G. bullatarudis KritskyeFritts,1970de Poecilia sphenops , Poecilia reticulata .

G. costaricensis KritskyeFritts,1970de Poecilia sphenops .

G. curemae ConroyeConroy,1985de Mugil curema .

G. gemini Ferraz,ShinneSommerville,1994de Semaprochilodus taeniurus .

G. geophagensis BoegerePopazoglo,1995de Geophagus brasiliensis (Figs.5761).

G. lebiasinus An,JaraeCone,1991 de Lebiasina bimaculata.

G. milleri HarriseCable,2000de Poecilia caucana .

G. neotropicalis Kritsky e Fritts, 1970 de Astyanax fasciatus ; MendonzaFranco,

Scholz,VivaRodriguez,VargasVásques,1999de Astyanax fasciatus .

30 G. pictae Cable,vanOosterhout,BansoneHarris,2005de Poecilia picta .

G. pimelodellus An,JaraeCone,1991 de Pimelodella yuncensis .

G. poeciliae HarriseCable,2000de Poecilia caucana .

G. samirae PopazogloeBoeger,2000de Corydoras erhardtii , Corydoras paleatus .

G. slendrus An,JaraeCone,1991 de Lebiasina bimaculata .

G. superbus PopazogloeBoeger,2000de Corydoras paleatus , Corydoras erhardtii .

G. trairae BoegerePopazoglo,1995de Hoplias malabaricus .

G. turnbulli Harris,1986de Poecilia reticulata .

Morfotipos

Gyrodactylus sp.1VidalMartínez,AguirreMacedo,Scholz,MendanzaFranco,2001 de Cichlasoma helleri , C. meeki , Herichthys geddesi

Gyrodactylus sp.2VidalMartínez,AguirreMacedo,Scholz,MendanzaFranco,2001 de Cichlasoma managuense .

Gyrodactylus sp.3VidalMartínez,AguirreMacedo,Scholz,MendanzaFranco,2001 de Cichlasoma aureum .

Gyrodactylus sp.MendonzaFranco,Scholz,VivaRodriguez,VargasVásques,1999de

Gambusia yucatana .

Gyrodactylus sp.n.1,nesteestudo,CapítuloIIde Astyanax sp.

Gyrodactylus sp.n.2,nesteestudo,CapítuloIIde Characidium sp.

Gyrodactylus sp.n.3, nesteestudo,CapítuloII Characidium sp.

Gyrodactylus sp.n.4,nesteestudo,CapítuloIIde Serrasalmus rhombeus .

Gyrodactylus sp.n.5,nesteestudo,CapítuloIIIde Kronichthys lacerta .

Gyrodactylus sp.n.6,nesteestudo,CapítuloIIIde Pareioraphis parmula .

Gyrodactylus sp.n.7,nesteestudo,CapítuloIIIde Callichthys sp.

Gyrodactylus sp.n.8, nesteestudo,CapítuloVde Cichlasoma portalegrensis .

31 Gyrodactylus sp.n.9,nesteestudo,CapítuloVde Cichlasoma facetum .

Gyrodactylus sp.n.10,nesteestudo,CapítuloVde Geophagus brasiliensis .

Gyrodactylus sp.n.11,nesteestudo,CapítuloVde Selene setapinnis .

Gyrodactylus sp.n.12,nesteestudo,CapítuloVde Atherinella brasiliensis .

Gyrodactylus sp.n.13,nesteestudo,CapítuloVde Mugil platanus .

Polyclithrum Rogers, 1967

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior. Barra peduncular ausente. Âncoraspresentes; raizprofundadaâncoratipo botão,conspícua;esclerotizaçãonapontadaâncorapresente;quilhadaraizsuperficial daâncoraausente.Barrassuperficialeprofunda,presentes.Escudodabarrasuperficial tipo fita. Esclerito R1 livre da barra superficial e do escudo; esclerito R2 livre do escudo. Processo anterolateral da barra superficial ausente ou presente; projeção anteromedianasobreabarradorsalausenteoupresente.Escleritotipocosteladoháptor presente.Quatroparesdeganchosanteriores,distribuídosemlobosanterioresbilaterais, quatroparesnamargemposteriordoháptor;quilhanahastedoganchoausente.Cecos intestinais nãoconfluentes. Barra acessória anterior presente; barra acessória lateral presente.ParasitadasuperfíciecorporalebrânquiasdeMugilidae(Perciformes).

Polyclithrum boegeri Ernst,WitthingtoneJones,2001de Mugil platanus (Figs.6265).

Polyclithrum sp.n.1,CapítuloVIde Mugil platanus .

Polyclithrum sp.n.2,CapítuloVIde Mugil platanus .

32 Scleroductus Jara e Cone, 1989

Vivípara, protogínica. Sensilo cefálico presente. Órgão copulatório masculino

(OCM) muscular; com espinhos; bolsa do OCM bulboso; peça acessória do OCM ausente;bolsadapeçaacessóriaausente.Viteláriareduzidaoumodificadanotronco posterior. Barra peduncular ausente. Âncoraspresentes; raizprofundadaâncoratipo botão, inconspícua; quilhadaraizsuperficialdaâncoraausente. Barras superficial e profunda,presentes.Escudodabarrasuperficialausente.EscleritoR1conectadoabarra superficial;esclerito R2ausente. Processoanterolateral da barra superficial ausente; projeçãoanteromedianasobreabarradorsalausente.Escleritotipocostelanoháptor ausente. Ganchos distribuídos radialmente na margem doháptor; quilhanahastedo ganchoausente.Cecosintestinaisnãoconfluentes.Barrasacessóriasanteriorelateral ausente. Parasita da superfície corporal de Pimelodidae, Heptapteridae e

Auchenipteridae(Siluriformes).

Espécietipoeúnicaespécie: Scleroductus yuncensi JaraeCone,1989de Pimelodella yuncensis.

Morfotipos

Scleroductus sp.Kritsky,BoegerePopazoglo,1995de Glanidium melanopterum .

Scleroductus sp.Kritsky,BoegerePopazoglo,1995de Parauchenipterus striatulus .

Scleroductus sp.Kritsky,BoegerePopazoglo,1995de Pimelodella sp.

Scleroductus sp.Kritsky,BoegerePopazoglo,1995de Rhamdia quelen .

Scleroductus sp.n.1,nesteestudo,CapítuloIIIde Pseudoplatystoma fasciatum (Figs.

6671).

33 Literatura citada

Boeger, W. A. 2000. Filogenia morfológica e molecular de Monogenoidea

(Platyhelminthes) e revisão da classificação filogenética da Classe. Tese para

concursodeProfessortitular.UniversidadeFederaldoParaná.Curitiba,Paraná.p.

134.

Boeger,W.A.,Vianna,R.T.eThatcher,V.E.2006. Monogenoidea .Capítulo3. In :

AquaticBiodiversityinLatin America.Vol. 1.Amazon fish parasites (Second

edition), Vernon E. Thatcher. Eds. Joachim Adis, Jorge R. Arias, Guillermo

RuedaDelgado e Karl Matthias Wantzen. Pensoft Series Faunisticas. Sofia

Moscow.p.42116.

Dallwitz,M.J.1974.Aflexiblecomputerprogramforgeneratingidentificationkeys.

Systematic Zoology 23 :5057.

Dallwitz,M.J.1980.Ageneralsystemforcodingtaxonomicdescriptions. 29 :

4146.

Kritsky,D.C.,Vianna,R.T.eBoeger,W.A.2007.NeotropicalMonogenoidea.50.

Oviparousgyrodactylidsfromloricariidandpimelodidcatfishes,inBrazilwiththe

proposal of Phanerothecioides g. n., Onychogyrodactylus g. n. and

Aglaiogyrodactylus g.n.(Polyonchoinea:Gyrodactylidea). Systematic Parasitology

87 :134.

Harris,P.D.;Shinn,A.P.;Bakke,T.A.2004.Nominalspeciesofthegenus Gyrodactylus

von Nordmann, 1832 (Monogenea: Gyrodactylidae), with a list of principal host

species. Systematic Parasitology 59 :127.

LuusPowell, Mashego e Khalil. 2003. Mormyrogyrodactylus gemini gen. et sp. n.

(Monogenea:Gyrodactylidae),anewgyrodactylidfrom Macusenius macrolepidotus

(Mormyridae)fromSouth. Folia Parasitológica 50:4955.

34 Mizelle,R.eKritsky,D.C.1967.StudiesonMonogeneticTrematodes.XXXIII.New

species of Gyrodactylus andakeytotheNorthAmericanspecies.Trans.Amer.

Microsc.Soc. 86 :390401.

Popazoglo,F.1997.Monogenoidea(Platyhelminthes)deCorydorasspp.(Silurifomres,

Callichthyidae) e avaliação da sua utilidade na discriminação de espécies

simpátricasdeseushospedeiros.DissertaçãodeMestrado.UniversidadeFederaldo

Paraná.Curitiba,Paraná.p.4852.

Rogers,W.1967. Polyclithrum mugilini gen.etsp.n.(Gyrodactylidae:Polyclithrinae

subfam.n.)from Mugil cephalus L.JournalofParasitology 53 :274276.

Rogers, W. 1969. Swingleus Polyclithroides Gen. et sp. n. (Monogenea:

Gyrodactylidae) from Fundulus Grandis Baird and Girard. Tulane Studies in

ZoologyandBotany 16 :2225.

Vianna, Boeger e SilvaSouza. no prelo b. Neotropical Monogenoidea. 52. Diechodactylus joaberi n. gen., n. sp. from the Banded Knifefish (“Tuvira”), Gymnotus carapo (Gymnotidae, Gymnotiformes), from Southeast Brazil. SystematicParasitology. Vianna,R.T.,Boeger,W.A.eDove,A.D.M.Nopreloa.NeotropicalMonogenoidea.

51. Scutalatus magniancoratus gen. et sp. n. (Gyrodactylidae) from the South

Americanelectriceel, electrophorus electricus (Gymnotidae,Gymnotiformes),and

redescription of Mormyrogyrodactylus gemini from the African buldog,

Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae, Osteoglossiformes). Acta Zoologica .

87 .

35 Legendas Figura 18. Aglaiogyrodactylus forficulatus . 1. corpo inteiro, rc. região cefálica, tr. tronco,ped.pedúnculo,hap.háptor,sc.sensilocefálico,oc.órgãodacabeça,lc.lobo cefálico, bdt. bulbo distal da faringe, bpf. bulbo proximal da faringe, gc. glândula cefálica,pa.peçaacessória,pg.porogenital,fv.folículodavitelária,o.ovo,cc.capade cimentodofilamentodoovo,gm.glânduladeMehlis,ge.germário;2.complexode âncorasbarras;3.complexodeâncorasbarrasde A. conei ,bp.barraprofunda,bs.barra superficial; 4. gancho, cg. cabeça do gancho, hg. haste do gancho, fh. FHloop; 5. complexo do OCM, pg. poro genital, du. divertículo uterino, u. útero, vs. vesícula seminal,pa.peçaacessória,bo.bolsadoOCM,ocm.órgãocopulatóriomasculino;6. peçaacessóriadoOCMde A. forficulatus ;7.peçaacessóriadoOCMde A. conei ;8. peçaacessóriadoOCMde A. ctenistus. Figura912. Hyperopletes malmbergi .9.corpointeiro,sc.sensilocefálico,ocm.órgão copulatório masculino, vs. vesícula seminal, gm. glânduladeMehlis,rs.receptáculo seminal, ge. Germário, fv. folículo da vitelária; 10. OCM, ocm. órgão copulatório masculino, bo. bolsa do ocm, vs. vesícula seminal, ep. espinho; 11. gancho; 12. complexodeâncorasbarras. Figura1317. Nothogyrodactylus plaesiophallus .13.corpointeiro;14.peçaacessória doOCM;15.âncora,ers.extremidadedaraizsuperficial,rs.raizsuperficial,rp.raiz profunda,lm.lâmina,p.ponta;16.gancho;17.complexodeâncorasbarras. Figura 1822. Onychogyrodactylus sudis . 18. corpointeiro; 19. OCM, bpa.bolsada peçaacessória,vs.vesículaseminal,ocm.órgãocopulatório masculino, bo.bolsada peçaacessória;20.bolsadapeçaacessória(bpa),pa.peçaacessória;21.gancho;22. complexodeâncorasbarras. Figura2326. Oogyrodactylus farlowellae .23.corpointeiro;24.OCM;25.gancho;26. âncora. Figura 2730. Phanerothecioides agostinhoi . 27. corpo inteiro, ci. ceco intestinal, t. testículo;28.âncora,rp.raizprofundadaâncora,rs.raizsuperficialdaâncora,da.dobra daâncora,lm.lâmina,p.pontadaâncora;29.háptor;30.OCM. Figura3135. Phanerothecium caballeroi .31.corpointeiro;32.OCM;33.gancho,qh. quilhadahastedogancho;34.âncora;35.complexodeâncorasbarras. Figura3641. Accessorius peruensis .36.corpointeiro;37.escleritotubular;38.bulbo doOCM;39.gancho;40.complexodebarrasuperficialescudo,bs.barrasuperficial,e. escudo;41.âncora. Figura4244. Anacanthocotyle anacanthocotyle .42.corpointeiro;43.bulbodoOCM, ep.espinho,es.espineletes;44.gancho,pt.ponta,b.bico,pl.plataforma,la.lâmina,ca. calcanhar,hg.hastedogancho,fh.FHloop; Figura4550.Gêneron.Asp.n.1.45.corpointeiro,ci.cecointestinal,u.útero,ge. germário,rc.receptáculoseminal,t.testículo,fv.folículodavitelária,lah.loboanterior doháptor,mph.margemposteriordoháptor;46.complexodoOCM;47.gancho;48. bulbodoOCM;49.complexodebarrasuperficialescudo, bs.barrasuperficial,pbs.

36 projeção da barra superficial, r1. esclerito r1, e. escudo; 50. âncora, ea. esclerito acessórionaextremidadedaraizsuperficialdaâncora,qrs.quilhadaraizsuperficialda âncora. Figura5156.Gêneron.Bsp.n.1.51.corpointeiro,1em.embriãodaprimeirageração, 2em.embriãodasegundageração,ge.germário,t.testículo,fv.folículodavitelária;52. âncora,ea.escleritoacessórionaextremidadedaraizsuperficialdaâncora,qrs.quilha daraizsuperficialdaâncora;53.complexodoOCM,vs.vesículaseminal;54.gancho; 55. bulbo do OCM; 56. complexo haptoral de barra superficialâncorasescudo; aa. almofada anterior; al. almofada lateral; bs. barra superficial; ea. esclerito acessório; pam.projeçãoanteromedianadabarrasuperficial;r1.escleritoR1. Figura5761. Gyrodactylus geophagensis .57.corpointeiro;58.gancho;59.bulbodo OCM; 60. âncora; 61. complexo de âncorasbarras, bp. barra profunda, bs. barra superficial,e.escudo. Figura6265. Polyclithrum boegeri .62.corpointeiro;63.bulbodoOCM;64.gancho; 65. complexo haptoral; ba1. barra acessória 1; ba2. barra acessória 2; ba3. barra acessória 3; ba4. barra acessória 4 (haste da ba3); bp. barra profunda; bs. barra superficial;e.escudo;r1.escleritoR1;r2.escleritoR2;c.costelas. Figura 6671. Scleroductus sp.n.1.66.corpointeiro;67.gancho;68.complexo de âncorasbarra superficial, r1. esclerito R1; 69. âncora; 70. vista lateral do bulbo do OCM;71.ComplexoOCM. Figura7278. Mormyrogyrodactylus gemini .72.corpointeiro,bpe.barrapeduncular; 73.complexodeescleritoshaptorais,ba1.barraacessória1;ba2.barraacessória2;ba3. barraacessória3(oualmofadalateral);ba4.barraacessória4;bp.barraprofunda;bs. barrasuperficial;pam.projeçãoanteromediana,e.escudo;r1.escleritoR1;r2.esclerito R2;ea.escleritoacessório;74. Swingleus polyclithroides (deRogers,1969),bpe.barra peduncular; 75. Fundulotrema prolongis (de Williams e Rogers, 1971), bpe. barra peduncular;76.âncorade Gyrodactylus sp.n.9(CapituloV);77.ocmdeespéciesde Gyrodactylidaevivíparas;78.ocmdeespéciesdeGyrodactylidaeovíparas;oc.órgão copulatório, bo. bolsa do ocm, rp. reservatório prostático, vs. vesícula seminal, gp. glândulaprostática.

37

38

39

40

41

42 CAPÍTULO II

Quatro novas espécies de Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Gyrodactylidae) de

Characiformes do Brasil 2.

2EsteCapítulofoipreparadosegundo“Guiaparaautores”da Acta Zoologica . Resumo

Quatro novas espécies de Gyrodactylus são descritas da superfície corporal de

Characiformesderiosbrasileiros. Gyrodactylus sp.n.1de Astyanax sp.(Characidae);

Gyrodactylus sp.n.2e Gyrodactylus sp.n.3de Characidium spp.(Crenuchidae); e

Gyrodactylus sp.n.4de Serrasalmus rhombeus (Serrasalminae). Gyrodactylus sp.n.1

é similar a G. neotropicalis , todavia difere desta espécie por apresentar projeções anterolaterais dabarrasuperficialeausênciada dobradaraizsuperficialdaâncora.

Gyrodactylus sp. n. 2 se caracteriza por apresentar uma barra profunda com uma constrição central pronunciada. Gyrodactylus sp. n. 3 e Gyrodactylus sp. n. 4 são caracterizados por não apresentarem escudo da barra superficial. Além disso,

Gyrodactylus sp. n. 4 apresenta âncoras que ultrapassam os limites da margem do háptor.Aausênciadeumescudopodedenotarumacondiçãoplesiomórficaparaestas duasespécies.

Abstract

Four new species of Gyrodactylus are described from the body surface of Brazilian

Characiformes. Gyrodactylus sp.n.1from Astyanax sp.(Characidae); Gyrodactylus sp. n.2and Gyrodactylus sp.n.3from Characidium spp.(Crenuchidae);and Gyrodactylus sp.n.4from Serrasalmus rhombeus (Serrasalminae). Gyrodactylus sp.n.1isclosed related to G. neotropicalis , however it differs from G. neotropicalis by having anterolateralprojectionsonthesuperficialbarandlackingafoldinthesuperficialroot of the anchor. Gyrodactylus sp. n. 2 is characterized by having a deep bar with pronounced central constriction. Gyrodactylus sp. n. 3 e Gyrodactylus sp. n. 4 are characterizedbylackingashieldonthesuperficialbar.Furthermore, Gyrodactylus sp.

44 n.4presentsanchorthatextendsoverthemarginofthehaptor.Thelackofshieldmay denoteaplesiomorphicconditionforthisspecies.

Introdução

Espécies de três gêneros de Gyrodactylidae parasitam Characiformes

Neotropicais: Anacanthocotyle Kristky e Fritts, 1970, Accessorius Jara, An e Cone,

1991 e Gyrodactylus Nordmann,1832.Dentreestesgêneros,oúnicoque apresenta granderiquezadeespéciesé Gyrodactylus (Zietara et al. ,2002),comaproximadamente

409espéciesválidas(Harris et al. ,2004).

Dasdezoitoespéciesde Gyrodactylus conhecidasparaaregiãoNeotropicalseis espéciessãoreportadasparaCharaciformes: Gyrodactylus bimaculatus , G. lebiasinus e

G. slendrus An,JaraeCone,1991de Lebiasina bimaculata (Characidae)doPeru; G. neotropicalis KritskyeFritts,1970de Astyanax fasciatus (Characidae)daCostaRica;

G. gemini Ferraz, Shinn e Sommerville, 1994 de Semaprochilodus taeniurus

(Curimatidae) na Venezuela e G. trairae Boeger e Popazoglo, 1995 de Hoplias malabaricus (Erytrinidae)noBrasil.

No presente trabalho, quatro novas espécies de Gyrodactylus são descritas da superfíciecorporaldeCharaciformesderiosdoBrasil: Gyrodactylus sp.n.1parasitode

Astyanax sp. (Characidae), Gyrodactylus sp. n. 2 e Gyrodactylus sp. n. 3 de

Characidium spp. (Crenuchidae), e Gyrodactylus sp. n. 4 de Serrasalmus rhombeus

(Serrasalminae).

Material e Métodos

Espécimesde Gyrodactylus foramcoletadosnoRiachodaCascata,BalsaNova,

Paraná,Brasil(25º29'28,9435"Se49º39'12,9745"W),RiachodasConchas,Ribeirão

45 Bonito, SãoPaulo, Brasil (24º9' 23,7282"Se48 o18’4,1637”W),RiodasAlmas,

RibeirãoBonito,SãoPaulo,Brasil(24º8'51,6223"Se48º20’52,4650’’W)enoLago doPrato,Manaus,Amazonas,Brasil(coordenadasdesconhecidas).

Oshospedeirosforamacondicionadosemfrascoscomáguaquente(6070 oC) que foram agitados vigorosamente (Kristky e Stockwell, 2005). Formalina foi adicionada posteriormente ao frasco para alcançar uma concentração de 5%. No laboratório, os parasitos foram corados comtricrômico de Gomori, ou montados em meiodeHoyer(Kritsky et al. ,1995).Osdesenhosforamfeitoscomumacâmaraclarae contrastedefase,acopladosemummicroscópioOlympusBX51.Asmedidasforam feitas com uma ocular micrométrica e são dadas em micromêtros ( µm); a média é apresentada, seguida pela amplitude da medida das estruturas e pelo número de estruturasmedidas(n)emparênteses.

OsespécimestiposforamdepositadosnaColeçãoHelmintológicadaFundação

InstitutoOswaldoCruz(CHIOC)RiodeJaneiro,RiodeJaneiro,Brasil,naColeção

Helmintológica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) Manaus,

Amazonas,Brasil,ColeçãoHelmintológicadoMuseudeZoologiadaUniversidadede

SãoPaulo(MZUSP),SãoPaulo,SãoPaulo,BrasilenaUnitedStatesNationalParasite

Collection(USNPC)–EstadosUnidosdaAmérica,comoapresentadonadescrição.

Resultados

PolyonchoineaBychowsky,1937

GyrodactylideaBychowsky,1937

GyrodactylidaeVanBenedeneHesse,1863

Gyrodactylus sp. n. 1

(Figuras15)

46 Descrição(baseada emseis espécimes): corpo fusiforme,517(501–543,n=3)de comprimento, maiorlargura próximoà regiãodas gônadas,110 (101–124,n=3).

Glândulas cefálicas unicelulares, órgãos da cabeça conspícuos. Bulbo faringeal proximal38(30–49,n=3)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistalmuscular33

(31 35, n = 3) de diâmetro, muscular, com oito projeções digitiformes. Órgão copulatóriomasculino(OCM)14,5(14–15,n=2)dediâmetro,bulboso,armadocom espinho,8espineletes,dispostosemumafileira.Vesículaseminalovalada.Testículo

29(25–32,n=3)dediâmetro,dorsal,arredondado.Germário31(2538,n=3)de diâmetro,ventral,ovalado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Doisgruposde folículos glandulares na região póstesticular,sinciciais; um grupo alongado, lobado, póstesticular;osegundogrupodecorposmultinucleados.Háptor92(8996,n=2)de comprimento, 98 (90 – 106, n = 2) de largura. Âncora 79 (70 – 86, n = 6) de comprimento,lâmina51(45–57,n=4)decomprimento,levementecurva(Fig.5); ponta29,5(2930,n=2)decomprimento,recurvada;raizsuperficialrobusta,curta; raizprofundatipobotão.Barrasuperficial32,5(3233,n=2)decomprimento,10,5(7

14,n=2)delargura,robusta,retangularcomprojeções anterolaterais; escudo da barrasuperficialrobusto,superfícieventralcomranhuras.Barraprofunda31(2932,n

=2)decomprimento,2,5(23,n=2)delargura,maisfinanasextremidades,com pequenasprojeçõessubterminaisemediana.Hastedogancho28(2630,n=5)de comprimento;cabeçadogancho,7(69,n=5)decomprimento;pontacurta;lâmina reta;bicoafilado;calcanhararredondado;plataformareta,inclinada.

Hospedeiro tipo : Astyanax sp.(Characidae).

Localidade tipo :RiachodaCascata(25º29’28,9435”Se49º39’12,9745”W),Balsa

Nova,Paraná,Brasil,julhode2003.

Sítio :superfíciecorporal.

47 Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp. n. 1difere de G. neotropicalis por não apresentar a extremidade da raiz superficial da âncora dobrada, por apresentar projeções antero lateraisnabarrasuperficialeoOCMcomoitoespineletes(maisqueoitoespineletesem

G. neotropicalis ,verKritskyeFritts,1970).

Gyrodactylus sp. n. 2

(Figuras610)

Descrição (baseada em seis espécimes): corpofusiforme517(336–681,n=6)de comprimento, maior largura próximo à região das gônadas, 98 (67 – 136, n = 6).

Glândulas cefálicas unicelulares, órgãos da cabeça conspícuos. Vesículas envolvidas pelasglândulas cefálicas. Bulbofaringealproximal32(2935,n=3)dediâmetro, glandular;bulbofaringealdistal26(2428,n=3)dediâmetro,muscular,comoito projeçõesdigitiformes. Órgãocopulatóriomasculino(OCM)15(1316,n=2)de diâmetro, bulboso, armado com espinho, 5 espineletes, dispostos em uma fileira.

Testículo22(1426,n=3)dediâmetro,dorsal,arredondado.Germárioventral25(20

30,n=4)dediâmetro,arredondado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Dois gruposdefolículosglandularesnaregiãopóstesticular;umgrupodecélulassinciciais; osegundogrupodecélulasarredondadascomumúniconúcleo.Háptor72(6579,n=

3)decomprimento,71(6577,n=3)delargura. Âncora57(5360,n=5)de comprimento;lâmina37(3538,n=5)decomprimento,reta;ponta22(1726,n=5) decomprimento;raizsuperficialdaâncora20(1525,n=5)decomprimento,robusta, curta;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial20(1822,n=2)decomprimento,8

48 (79,n=2)delargura,robusta,subretangular,comprojeçõesanterolaterais.Escudo dabarrasuperficialrobusto,comranhurasnasuperfícieventral.Barraprofundacom constriçãonaregiãomedianaeextremidadesafiladas.Hastedogancho21(1922,n=

5)decomprimento;cabeçadogancho5(46,n=5)de comprimento; ponta reta; lâmina reta; bico afilado; calcanhar arredondado; plataforma alongada, ligeiramente convexa.

Hospedeiro tipo : Characidium sp.(Crenuchidae).

Localidade tipo :RiodasConchas(24º9’23,7282”Se48º18’4,1637”W),Ribeirão

Bonito,SãoPaulo,Brasil,novembrode2003.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp.n.2apresentaescudoeprojeçõesdabarrasuperficial semelhante àquelas de Gyrodactylus sp. n. 1. Entretanto, Gyrodactylus sp. n. 2 é diferentede Gyrodactylus sp.n.1porapresentarapenas5espineletesnoOCM,abarra profunda com uma constrição mediana conspícua, pelo bico da cabeça do gancho arredondadoeaplataformaconvexa. Gyrodactylus sp.n.2apresentainúmerascélulas mononucleadasnopedúnculo,oquenãoéobservadoem Gyrodactylus sp.n.1.

Gyrodactylus sp. n. 3

(Figuras1115)

Descrição(baseadaemtrêsespécimes):corpoalongado,fusiforme,421(388–474,n=

3)decomprimento,maiorlargurapróximoàmetadedocorpo,71(62–86,n=3).

Glândulas cefálicas unicelulares, órgãos da cabeça conspícuos. Um par de vesículas

49 arredondadas parcialmente envolvidas pelas glândulas cefálicas. Bulbo faringeal proximal33,5(3136,n=2)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal30(2635, n = 3) de diâmetro, muscular, com oito projeções digitiformes. Órgão copulatório masculino(OCM)11(n=1)dediâmetro,bulboso,armadocomespinho,2fileirasde espineletes,fileiraexternacom6espineletes,fileirainternacom3espineletes.Vesícula seminalarredondada,comparedefina.Testículo21(1725,n=2)decomprimento,

23(1828,n=2)delargura,dorsal,ovalado.Germário22,5(2223,n=2)de comprimento,24,5(2425,n=2)delargura,ventral,ovalado.Úterocomatéduas gerações de embriões. Dois grupos de folículos glandulares sinciciais; um grupo alongado,lateralaogermário;outrogruponaregiãopóstesticular,ovalado.Células mononucleadas presentes no pedúnculo. Háptor 61 (60 62, n = 2) de diâmetro, circular.Âncora42(4043,n=2)decomprimento,robusta;lâminareta;pontareta; raizsuperficial,curta;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial12,5(1015,n=2)de comprimento, 7(n =2) de largura, robusta, subretangular, com pequenas projeções anterolaterais.Escudoausente.Barraprofundadelicada.Hastedogancho17(17–

18,n=4)decomprimento;cabeçadogancho7(n=4)decomprimento,robusto;ponta reta; lâmina reta, robusta; bico afilado, côncavo na superfície inferior; calcanhar anguloso;plataformacurta,convexa.

Hospedeiro tipo : Characidium sp.(Characidae).

Localidade tipo : Riacho das Almas (24º 7’ 16, 2246” S e 48º 19’ 45, 3643” W),

RibeirãoBonito,SãoPaulo,Brasil,novembrode2003.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

50 Comentários :Aausênciadeescudodabarrasuperficialédescritapara asespécies ovíparas(verHarris,1983;Boeger et al,1994)e Gyrodactylus sp.n.3.Oescudoestá ausente em outras espécies de Gyrodactylus, como G. funduli , G. menschikowi , G. longidactylus e G. emembranatus . Entretanto, esse caráter pode ser perdido ou de difícil observação. Kritsky et al . (1978) demonstraram que dependendo do tipo de coranteetécnicadecoloraçãoescleritoshaptoraispodemdeixardeseremobservados.

Gyrodactylus sp. n. 3 difere das outras espécies registradas para Characiformes

Neotropicaisporpossuirdiminutasprojeçõesanterolateraisnabarrasuperficialeuma pequena projeção mediana arredondada no calcanhar da cabeça do gancho. Esses caracteres diferenciam Gyrodactylus sp. n. 3 de Gyrodactylus sp. n. 2, que também parasita Characidium sp.equepossuiumescudorobusto,projeçõesanterolateraisna barra superficial e um par de grandes vesículas arredondadas, que são envolvidas parcialmentepelosórgãosdacabeçaepelasglândulascefálicasposterioresafaringe..

Gyrodactylus sp. n. 4

(Figuras1619)

Descrição(baseadaem18espécimes):corpoalongado,fusiforme,692(232–889,n=

9) de comprimento, maior largura na metade do corpo, 235 (172 – 293, n = 10).

Glândulas cefálicas unicelulares, órgãos da cabeça conspícuos. Bulbo faringeal proximal91(82–101,n=6)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal81(72–91, n = 6) de diâmetro, com oito projeções digitiformes. Órgão copulatório masculino

(OCM)34(2640,n=11)dediâmetro,bulboso,armadocomespinho,2fileirasde espineletes;fileiraexternacom69espineletes,fileirainternacom56espineletes.

Testículo dorsal ao germário, arredondado. Germário 62 (52 77, n = 5) de comprimento,47(3760,n=5)delargura,ventral,ovalado.Úterocomatéduas

51 geraçõesdeembriões.Folículosglandularesnaregiãopóstesticular,sinciciais.Háptor

198(163–227,n=9)decomprimento,163(121–188,n=9)delargura.Âncora105

(98–111,n=8)decomprimento;lâmina,pontacontínuas;lâmina,72(67–75,n=8) decomprimento;ponta40(36–45,n=8)decomprimento,ligeiramentecurva;raiz superficial54(46–61,n=8)decomprimentoalongada,delgada;raizprofundatipo botão,conspícua.Barrasuperficial49(4361,n=10)decomprimento,22(2025,n

=10)delargura,estreita,subretangular . Escudoausente.Barraprofunda,finamais longadoquelarga.Hastedogancho42(3646,n=9)decomprimento;cabeçado gancho 17 (14 19, n = 11) de comprimento; lâmina, ponta contínuas ligeiramente curvas;bicoafilado;calcanhararredondado;plataformainclinada,ligeiramenteconvexa próximaabasedahaste.

Hospedeiro tipo : Serrasalmus rhombeus Linnaeus,1766(Characidae,Serrasalminae).

Localidade tipo : Lago do Prato, Anavilhanas, Manaus, Amazonas, Brasil, julho de

1989.Ascoordenadasnãoforamdisponibilizadas.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp.n.4apresentaumpardeâncorascomaraizsuperficial eapontaultrapassandooslimitesdamargemdoháptor.Estacaracterísticaéobservada tambémem G. trairae ,parasitade Hoplias malabaricus ,tambémumCharaciforme.A ausênciadoescudodabarrasuperficialde Gyrodactylus sp.n.4éobservadatambém em Gyrodactylus sp. n. 3, parasito de Characidium sp. (neste capítulo). Todavia,

Gyrodactylus sp.n.3possuipequenasprojeçõesanterolateraisdabarrasuperficialea

52 plataforma da cabeça do gancho convexa, características que estão ausentes em

Gyrodactylus sp.n.4.

Discussão

A ausência de escudo associado à barra superficial é uma característica diagnósticacompartilhadaporGyrodactylidaeovíparos(Harris,1983;Kritsky eBoeger,

1991; Boeger et al. , 1994). Somente Aglaiogyrodactylus conei Kritsky, Vianna e

Boeger, 2007 possui uma projeção retangular posteromediana da barra superficial.

Todavia,estesautoresnãoconsideraramestecaráterumescudo(Kritsky et al. ,2007).

Algumas espécies de girodactilídeos vivíparos também não possuem escudo:

Afrogyrodactylus Paperna, 1968, Metagyrodactylus (Baugh, 1957) Yamaguti, 1963,

Archigyrodactylus Mizelle e Kritsky, 1967, Laminiscus Pálsson e BeverleyBurton,

1983, Scleroductus Jara e Cone, 1989, Gyrodactylus funduli Hargis, 1955, G. menschikowi Gvosdev,1950, G. emembranatus Malmberg,1970, Gyrodactylus sp.n.3 e Gyrodactylus sp.n.4.

Dentreasespéciesde Gyrodactylus queparasitamCharaciformesNeotropicais, somente Gyrodactylus sp.n.3e Gyrodactylus sp.n.4nãoapresentamescudo.

DeacordocomKritskyeThatcher(1977),diversasdescriçõesde Gyrodactylus foramrealizadasnaAméricadoNorteeemnenhumadelasfoiobservadaaausênciade escudo.Dessamaneira,osautoreschamamaatençãoparaaarealizaçãoderevisõesdo materialjádescritosemescudo.Nesseaspecto,o métododecoloraçãodosanimais podeserfundamentalparaumanovainterpretaçãodasestruturasesclerotizadas.

Kritsky et al. (1978) descrevem uma técnica de coloração com tricrômico de

Gomoriquepermiteaobservaçãodeescleritoscomoasbarrassuperficialeprofunda,e oescudo.Osautorescomentamaindaque,muitasvezesespécimesmontadosemmeio

53 de Hoyerou picrato deamônia,perdematransparênciaeocontrastecomotempo.

Portanto,aausênciadoescudopodeserumartefatodotipodecoloraçãoemontagem doespécime,edeveserconsideradonomomentodainterpretaçãodessasestruturas.

A ausência do escudo da barra superficial, observada em diferentes gêneros, parecerepresentaramanutençãodeumestadoplesiomórficodeGyrodactylidae.Issoé aceitoporKritskyeBoeger(2003),desdeatransferênciadas espéciesovíparas para

Gyrodactylidae. A ausência de escudo em algumas espécies de Gyrodactylus pode sugerirumaposiçãobasaldosgirodactilídeosvivíparos.Comoocorreem Scleroductus , que aparece na base do clado vivíparo em uma politomia com Anacanthocotyle ,

Isancistrum , Gyrdicotylus , Laminiscus e Archigyrodactylus ,todossemescudo(Kritsky eBoeger,2003).

Os Characiformes Neotropicais hospedam espécies que mostram grande diversidade morfológica dentre os Gyrodactylidae, tais como: Anacanthocotyle anacanthocotyle ,quenãopossuiâncorasebarrasnoháptor; Accessorius peruensis ,que apresenta escleritos acessórios e ganchos divididos em duas porções do háptor; e algumasespéciesde Gyrodactylus .Dentreespéciesde Gyrodactylus deCharaciformes estão G. trairae , que apresenta um escudo espatulado; G. gemini que possui hiperviviparidade associada à gemiparidade; e Gyrodactylus sp. n. 4, com grandes

âncoras.

Agradecimentos

Osautoresagradecemasseguintespessoas/instituiçõesViníciusAbilhoaeLuis

FernandoDuboc(MuseudoCapãodoImbuia,Curitiba,PR)queauxiliaramnascoletas doshospedeiros.RobertoReis,CarlosA.Lucena,ViniciusA.BertacoeEdsonH.dos

SantosPereira(MuseudeCiênciaeTecnologiadaPontifíciaUniversidadeCatólicado

54 Rio Grande do Sul), que identificaram os hospedeiros. A Fundação Araucária

(Protocolo932)pelofinanciamentoaoprojetoeaoCNPq(ProcessoN o140629/32003) pelabolsaconcedidaaRTV.

Literatura Citada

Boeger,W.A.,Kritsky,D.C.eBelmontJégu,E.1994.NeotropicalMonogenoidea.

20. Two new species of oviparous Gyrodactylidae (Polyonchoinea) from

Loricariid catfishes (Siluriformes) in Brazil and the phylogenetic status of

OogyrodactylidaeHarris,1983. Journal of Helminthology Society of Washington

61 (1):3444.

Harris, P. D.1983.Themorphology andlifecycleof the oviparous Oogyrodactylus

farlowellae gen. et sp.nov.(Monogenea,Gyrodactylidea). Parasitology 87 :405

420.

Harris,P.D.,Shinn,A.P.,Cable,J.eBakke,T.A.2004.Nominalspeciesofthegenus

Gyrodactylus vonNordmann1832 (Monogenea:Gyrodactylidae),withalistof

principalhostspecies. Systematic Parasitology 59 :127.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003. Phylogeny of the Gyrodactylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832. Taxonomie, écologie et

évolutionesmétazoairesparasites.Taxonomy,ecologyandevolutionofmetazoan

parasites.(LivrehommageàLouisEuzet).TomeII.Eds.Combes,C.;Jourdane,J.

PUP,PerpignanFrance.pp.3758.

Kritsky, D. C. e Boeger, W.A. 1991. Neotropical Monogenea. 16. New species of

Oviparous Gyrodactylidea with proposal of Nothogyrodactylus gen. n.

(Oogyrodactylidae). Journal of Helminthology Society of Washington 58 (1):715.

55 Kritsky,D.C.eFritts,T.H.,1970.MonogeneticTrematodesfromCostaRicawiththe

proposalof Anacanthocotyle gen. n. (Gyrodactylidae:Isancistrinae). Proceedings

of the Helminthological Society of Washington 37 (1):63–68.

Kritsky,D.C.eThatcher,V.E.1977. Phanerothecium gen.nov.and Fundulotrema

gen.nov.Two new generaofviviparousMonogenoidea (Gyrodactylidae), with a

descriptionof P. caballeroi sp.nov.andakeytothesubfamiliesandgeneraofthe

family. Excerta Parasitológica em memória Del doctor Eduardo Caballero y

Caballero, Instituto de Biologia, Publicaciones Especiales 4:53–60.

Kritsky,D.C.,Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.22.

variation in Scleroductus species (Gyrodactylidea, Gyrodactylidae) from

SiluriformesfishesofSoutheasternBrazil. Journal of Helminthology Society of

Washington 62 (1):5356.

Kritsky, D. C., Leiby, P. D. e Kayton, R. J. 1978. A rapid stain technique for the

haptoralbarsof Gyrodactylus species(Monogenea). Journal of Parasitology 64

(1):172174.

Kritsky,D.C.,Vianna,R.T.eBoeger,W.A.2007.NeotropicalMonogenoidea.50.

Oviparousgyrodactylidsfromloricariidandpimelodidcatfishes,inBrazilwiththe

proposal of Phanerothecioides g. n., Onychogyrodactylus g. n. and

Aglaiogyrodactylus g.n.(Polyonchoinea:Gyrodactylidea). Systematic Parasitology .

66:134.

Kritsky,D.C.eStockwell,C.A.2005.Newspeciesof Gyrodactylus (Monogenoidea,

Gyrodactylidae) from the white sands pupfish, Cyprinodon tularosa , in New

Mexico. The Southwestern Naturalist 50 (3):312317.

56 Zietara,M.S.,Huyse,T.,Lumme,J.eVolckaert,F.A.2002.Deepdivergenceamong

subgeneraof Gyrodactylus inferredfromrDNAITSregion. Parasitology 124 :39

52.

Legendas

Figuras 1 – 5. Gyrodactylus sp.n.1.(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporal de Astyanax sp. (Characidae), holótipo, visão ventral. 1. Corpo inteiro. 2.

Órgão Copulatório Masculino (OCM). 3. Gancho 4. Complexo de âncoras, barras superficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial. 5.Âncora.

Figuras6–10. Gyrodactylus sp.n.2.(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Characidium sp.(Crenuchidae),holótipo,visãoventral. 6. Corpointeiro. 7

Órgão Copulatório Masculino (OCM). 8. Gancho. 9. Complexo de âncoras, barras superficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial. 10 .Âncora.

Figuras11–15. Gyrodactylus sp.n.3.(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Characidium sp.(Crenuchidae),holótipo,visãoventral. 11. Corpointeiro.

12. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 13. Gancho. 14. Complexodeâncoras,barras superficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial. 15 .Âncora.

Figuras16–19. Gyrodactylus sp.n.4.(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporal de Serrasalmus rhombeus (Characidae), holótipo, visão ventral. 16. Corpo inteiro. 17. Órgão Copulatório Masculino (OCM). 18. Gancho. 19. Complexo de

âncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial.

57

58

59

60

61 CAPÍTULO III

Quatro novas espécies vivíparas de Gyrodactylidae de hospedeiros Siluriformes

(Teleostei) da Região Neotropical. *

*EsteCapítulofoipreparadosegundo“Guiaparaautores”da Acta Zoologica . Resumo

QuatronovasespéciesdeGyrodactylidaevivíparossãodescritasdasuperfíciecorporal de Siluriformes de rios brasileiros: Gyrodactylus sp. n. 5 de Kronichthys lacerta

ArmbrusterePage,1997(Loricariidae); Gyrodactylus sp.n.6de Pareioraphis parmula

Pereira,2005(Loricariidae); Gyrodactylus sp.n.7de Callichthys sp.(Callichthyidae);e

Scleroductus sp. n. 1 de Pseudoplatystoma fasciatum Linnaeus, 1766 (Pimelodidae).

Algumas características diferenciam estas novas espécies daquelas anteriormente descritas para Siluriformes Neotropicais. Gyrodactylus sp.n.5écaracterizadopela ausência de escudo associado à barra superficial e por possuir barra profunda com projeçõesanterolaterais; Gyrodactylus sp.n.6apresentaescudoreduzidoassociadoà barrasuperficialsubretangular. Gyrodactylus sp.n.7tambémpossuiescudoreduzido, apresentabarrasuperficialcompequenasprojeçõesanterolateraisebarraprofundacom estreitamentodasextremidadesligadasàsâncoras,eapresentabicoecalcanharafilados, pontacurtaefechadanacabeçadogancho. Scleroductus sp.n.1 diferenciasedetodas as outras espécies e morfotipos previamente descritos no gênero pela morfologia da extremidadelivredoescleritoR1epelalâminamaisrobustadeâncoraseganchos.

Abstract

FournewspeciesofviviparousGyrodactylidaearedescribedofthecorporalsurfaceof

Siluriformes of Brazilian rivers: Gyrodactylus sp. n. 5 of Kronichthys lacerta

Armbruster and Page, 1997 (Loricariidae); Gyrodactylus sp. n. 6 of Pareioraphis parmula Pereira, 2005 (Loricariidae); Gyrodactylus sp. n. 7 of Callichthys sp.

(Callichthyidae); and Scleroductus sp.n.1of Pseudoplatystoma fasciatum Linnaeus,

1766 (Pimelodidae). Some characteristics differentiate these new species of those previously described for Siluriformes Neotropicais. Gyrodactylus sp. n. 5 are

63 characterizedbytheshieldabsenceassociatedtothesuperficialbarandforpossessing deepbarwithanterolateralprojections; Gyrodactylus sp.n.6presentassociateshieldto thesubrectangularsuperficialbar. Gyrodactylus sp.n.7alsopossessreducedshield,it presentssuperficialbarwithsmallanterolateralprojectionsanddeepbarwithnarrowing ofthelinkedextremitiestotheanchors,anditpresentstoeandthinheel,pointtansand closed in the hooklet. Scleroductus sp. n. 1 differ of all the other species and morfotypesdescribedpreviouslyinthegenusbythemorphologyofthefreeextremity fromR1scleriteandforthemostrobustshaftofanchorsandhooks.

Introdução

Das 18 espécies de Gyrodactylus descritas da Região Neotropical, somente quatroocorremempeixesSiluriformes: G. anisopharynx Popazoglo eBoeger,2000e

G. superbus (Szsidat,19672)PopazogloeBoeger,2000,ambosde Corydoras paleatus

(Jenyns, 1842) e C. ehrhardti Steindachner, 1910 (Callichthyidae); G. samirae

PopazogloeBoeger,2000,de Corydoras ehrhardti ,e G. pimelodellus An,JaraeCone,

1991,de Pimelodella yuncensis Steindachner,1912(Pimelodidae).Trêsnovasespécies sãodescritasnopresenteestudo,sendoqueduasrepresentamosprimeirosregistrosde espéciesde Gyrodactylus dehospedeirosLoricariidae.

Oreconhecimentodenovasespéciesde Scleroductus égeralmentedifícildevido

àssimilaridadesmorfológicasdosescleritoseestruturascorporaissobreosespécimes de espécies de hospedeiros distantemente relacionadas. Kritsky et al . (1995), por exemplo, preferiram não propor espécies para diferentes morfotipos de Scleroductus encontradosemquatroespéciesdePimelodidae.Essesmorfotiposforamcaraterizados de acordo, principalmente, com base na morfometria das âncoras. Nesse trabalho,

64 Scleroductus sp. n. 1 é descrito ecaracterizase porapresentar extremidade livre do escleritoR1epelalâminamaisrobustadeâncoraseganchos.

Material e Métodos

Oshospedeiros foramcoletadosecolocadosemrecipientes com água quente

(6070 oC)queforamvigorosamenteagitados.Posteriormente,formalinafoiadicionada aessesrecipienesatéobterumaconcentraçãofinalde5%.Parátiposdosmorfotiposde

Scleroductus deKritsky et al .(1995)foramemprestadosdaColeçãoHelmintológicado

Instituto Oswaldo Cruz (CHIOC) [ Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824)

(Pimelodidae) – CHIOC 33150e, 33150i, 33151b, 33151c; Pimelodella sp.

(Pimelodidae) – CHIOC 33145a, 33145c, 33152a, 33152b, 33156a; Trachelyopterus striatulus (Steindachner, 1877) (= Parauchenipterus striatulus ) (Auchenipteridae)

CHIOC 33146, 33153; Glanidium melanopterum MirandaRibeiro, 1918

(Auchenipteridae)CHIOC33147c,33147d,33148b,33148c,33154d],paracomparação comosespécimesde Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus,1766)(Pimelodidae).

Os parasitos foram corados com tricrômico de Gomori (para estudo da morfologia interna) e montados em bálsamo do Canadá, ou montados em meios de

Hoyer(paraestudodosescleritos)(Kritsky et al .,1995).Osdesenhosforamfeitoscom câmaraclaraefotografiasforamobtidascomumacâmeraOlympusQColor5,ambos acopladosemummicroscópioOlympusBX51comiluminaçãodecontrastedefase.

MedidasforamobtidascomoprogramaSigmaScanPro ImageAnalysis v5.0esão dadas em micrometros ( µm); a média é seguida pela amplitude das medidas das estruturaseonúmerodeestruturasmedidas(n)entreparênteses.

Paradiferenciarasâncorasde Scleroductus sp.n.1edosmorfotipospropostos porKritsky et al. (1995),foramrealizadasfotosdasâncorasdosespécimesemprestados

65 daCHIOC.Apartirdessasfotografiasdesenhosforampreparadosesobrepostoscomo desenhodaâncoradeScleroductus sp.n.1.

Espécimes tipos foram depositados na Coleção Helmintológica da Fundação

InstitutoOswaldoCruz(CHIOC)RiodeJaneiro,RiodeJaneiro,Brasil,naColeção

Helmintológica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) Manaus,

Amazonas,Brasil,naColeçãoHelmintológicadoMuseudaUniversidadedeSãoPaulo

(MZUSP)enoUnitedStatesNationalParasiteCollection(USNPC)–UnitedStatesof

Americacomoapresentadonadescrição.

Resultados

PolyonchoineaBychowsky,1937

GyrodactylideaBychowsky,1937

GyrodactylidaeVanBeneden eHesse,1863

Gyrodactylus sp. n. 5.

(Figuras15)

Descrição(baseada em seteespécimes):corpofusiforme,274(230346,n=5)de comprimento, maior largura na metade do corpo, 58 (44 72, n = 5). Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal20(17

23,n=5)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal31(1526,n=5)dediâmetro, muscular,comoitoprojeçõesdigitiformes.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)11(9

13,n=4)dediâmetro,bulboso,armadocomespinho,seisespineletes,dispostosem umafileira.Vesículaseminal11(1011,n=2)decomprimento,6(n=2)delargura, com parede fina. Testículo 23 (18 30, n = 5) de diâmetro, dorsal, arredondado.

Germário14(1118,n=5)decomprimento,20(1622,n=5)delargura,ventral, ovalado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Folículosglandularessinciciaisna

66 regiãopóstesticular.Háptor51(4462,n=5)decomprimento,61(5572,n=4)de largura.Âncora38(3639,n=5)decomprimento,robusta;lâminareta27(2627,n

=4)decomprimento;ponta21(2122,n=4)decomprimento; raiz superficial da

âncora14(1216,n=4)decomprimento,robusta,curta;raizprofundatipobotão.

Barra superficial 11 (10 11, n = 2) de comprimento, 6 (n = 1) de largura, sub retangular, apresentando uma pequena porção membranosa posteromediana. Barra profunda9(811,n=2)decomprimento,comextremidadeafilada.Hastedogancho

14(1315,n=7)decomprimento;cabeçadogancho6(48,n=7)decomprimento; pontacurta;lâminareta;bicoafilado,depresso,côncavonaporçãoinferior;calcanhar anguloso;plataformacurta,convexa.

Hospedeiro tipo : Kronichthys lacerta (Nichols,1919)(Loricariidae).

Localidade tipo :RioCabral(25 o14'980Se48 o44'889W),Antonina,Paraná,Brasil,

Julhode2003.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp.n.5édiferentedasoutrasespéciescogenéricasque ocorrem em Siluriformes por não possuir um escudo da barra superficial. Barra superficial com uma pequena porção, representada por uma fina membrana postero mediana.OCMcomseisespineletesdispostosemumafileiradeespineletes.

67 Gyrodactylus sp. n. 6

(Figuras6–10)

Descrição(baseada em seteespécimes):corpofusiforme,271(235299,n=7)de comprimento, maior largura na metade do corpo, 66 (42 84, n = 7). Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulboproximaldafaringe22(17

30,n=7)decomprimento,25(1833,n=7)delargura,ovalado,glandular;bulbo distal26(2335,n=7)decomprimento,31(2538,n=7)delargura,ovalado, muscular,comoitoprojeçõesdigitiformes.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)9(8

11, n = 3) de diâmetro, bulboso, armado com espinho, duas fileiras de espineletes, fileiraexternacom6grandesespineletes;fileirainternacom35espineletespequenos.

Vesícula seminal 13 (11 14, n = 2) de comprimento,7(68,n=2)delargura.

Testículo20(1530,n=5)dediâmetro,arredondado,ventral.Germário15(1317,n

=5)decomprimento,18(1425,n=5)delargura,ovalado.Úterocomatéduas gerações de embriões. Folículo glandular disposto ventralmente, em forma de "U" aberto,intercecal,aoníveldaextremidadedoscecosintestinais.Háptor59(5074,n=

5)decomprimento,63(56 70,n= 3)delargura. Âncora 43(41 45, n= 6)de comprimento;lâminacurvada31(2934,n=5)decomprimento;ponta22(1924,n

=5)decomprimento;raizsuperficial14(1216,n=4)decomprimento;raizprofunda tipobotão.Barrasuperficial16(1220,n=4)decomprimento,6(79,n=4)de largura, subretangular, com pequenas projeções anterolaterais. Escudo reduzido.

Barraprofunda11(1013,n=3)decomprimento,1(12,n=3)delargura,fina.

Hastedogancho16(1419,n=6)decomprimento;cabeçadogancho8(610,n=6) decomprimento;ponta,lâminaligeiramentecurvas,contínuas;porçãoinferiordobico côncava;calcanhararredondado;plataformacurta,convexa.

Hospedeiro tipo : Pareioraphis parmulaPereira,2005(Loricariidae).

68 Localidade tipo :RiodosPatos(25 o50,646'Se49 o43,263'W),Lapa,Paraná,Brasil,

Abrilde2004.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários :Oescudodabarrasuperficialreduzidoeaspequenasprojeçõesantero lateraisdabarrasuperficialdiferenciam Gyrodactylus sp.n.6de Gyrodactylus sp.n.5,

G. anisopharynx, G. samirae (verPopazogloeBoeger,2000)e G. pimelodellus (verAn et al .,1991).Ganchosemformadefoice,similaresaosde Gyrodactylus sp.n.6,são observados em G. anisopharynx e G. superbus . No entanto, estas duas espéciessão diferentesdanovaespécieporapresentaremumescudoconspícuo.

Gyrodactylus sp. n. 7

(Figuras11–15)

Descrição(baseadaem15espécimes):corpofusiforme,alongado,570(460–659,n=

15)decomprimento,maiorlarguranametadedocorpo,naalturadasgônadas,89(66–

110,n=15).Glândulascefálicasunicelulares,órgãos da cabeçaconspícuos.Bulbo proximaldafaringe28(22–33,n=9)dediâmetro,glandular;bulbodistal24(19–27, n = 9) de diâmetro, muscular, com oito projeções digitiformes. Órgão copulatório masculino(OCM)14(13–17,n=6)dediâmetro,bulboso,armadocomespinho,68 espineletesdispostosemumafileira;Vesículaseminalovalada,conectadaaoOCMpor umcurtoducto.Testículo34(2842,n=7)decomprimento,27(21–37,n=7)de largura,ovalado,ventral.Germário25(18–38,n=8)decomprimento,20(1237,n=

8) de largura, ovalado. Útero com até duas gerações de embriões. Folículos

69 glandulares nas regiões testicular e póstesticular. Háptor 70 (69 71, n = 3) de comprimento, 67 (59 – 73, n = 3) de largura, triangular. Glândulas pedunculares mononucleadaspresentes.Âncora49(47–50,n=4)decomprimento;lâmina39(38–

42,n=4)decomprimento,reta;ponta24(21–25,n=5)decomprimento,reta.Barra superficial 13 (10 – 14, n = 5) de comprimento, 9 (8– 9,n = 5)de largura, sub retangular, com pequenas projeções anterolaterais. Escudo da barra superficial inconspícuo.Barraprofunda9(713,n=5)decomprimento,3(2–4,n=5)de largura,larga,comestreitamentodasextremidadesligadasasâncoras.Hastedogancho

14(12–15,n=3)decomprimento;cabeçadogancho6(4–7,n=3)decomprimento; ponta reta; lâmina reta; bico arredondado, porção inferior côncava; calcanhar arredondado,porçãoinferiorretaesuperiorinclinada;plataformalevementeconvexa.

Hospedeiro tipo : Callichthys sp .(Callichthyidae).

Localidade tipo :córregodosMacacos(Trecho07)(22º06'35,2"Se47º49'12,5"W),

SãoCarlos,SãoPaulo,Brasil,18demaiode2005.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários :trêsespéciesde Gyrodactylus parasitandoespéciesdeCallichtyidaesão reportadas para a Região Neotropical: Gyrodactylus superbus , G. anisopharynx e G. samirae (verPopazogloeBoeger,2000).Essasespéciesapresentamescudodabarra superficial conspícuo e ganchos robustos, com a base da cabeça do gancho (bico + calcanhar) arredondada. Gyrodactylus sp. n. 7 diferenciase destas espécies por apresentarumescudodabarrasuperficialreduzido,cabeçadoganchocombaseestreita, barraprofundaespessaapresentandoprojeçõesposterolateraiseOCMcomummaior

70 númerodeespineletes(78),dispostosemumaúnicafileira.Asdemaisespéciesde

Gyrodactylus que ocorrem em Siluriformes Neotropicais, de famílias distintas de

Callichthyidae também apresentam diferenças em relação a Gyrodactylus sp. n. 7.

Gyrodactylus pimelodellus possui o escudo da barra superficial conspícuo;

Gyrodactylus sp.n.5,nãoapresentaescudoe Gyrodactylus sp.n.6possuiumabarra profundacilíndricaeOCMcomduasfileirasdeespineletes.

Scleroductus sp. n. 1

(Figuras16–22)

Descrição (baseada em 15 espécimes): corpo fusiforme, 433 (388 477, n = 7) de comprimento, maior largura próxima a metade do corpo, 84 (67 109, n = 8).

Glândulascefálicasunicelulares,dispostasaoredordasvesículasexcretorasbilaterais,

órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal31(2933,n=7)dediâmetro, glandular;bulbodistal31(3236,n=7)dediâmetro,muscular,comoitoprojeções digitiformes.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)13(1215,n=6)decomprimento,

11(1011,n=6)delargura,bulboso,armadocomespinholongo,56espineletes, arranjadosemumafileira;oespinholongoécompostoporduasbordasengrossadas, comorigemdentrodobulbodoOCM;naparteexternadobulbo,bordasconectadas medianamenteporfinamembranaesclerotizada,aparentementeformandoumconduto paraoesperma.Vesículaseminal18(1226,n=4)decomprimento,12(816,n=4) delargura,comparedefina.Testículo38(2950,n=7)decomprimento,36(3040, n=7)delargura,ovalado.Germário21(1530,n=7)decomprimento,25(1830,n

= 7) de largura, ovalado. Útero com até três gerações de embriões. Folículos glandularessinciciais,dorsais,ovalados,aoníveldotestículo.Háptor67(5582,n=

7) de comprimento, 76 (61 90, n = 4) de largura. Glândulas pedunculares

71 mononucleadaspresentes.Âncora60(5068,n=9)decomprimento;lâmina38(34

42,n=9)decomprimento,reta;ponta28(2032,n=8)decomprimento,reta;raiz superficial 24 (17 30, n = 9) de comprimento; raiz profunda tipo botão. Barra superficial14(1215,n=6)decomprimento,8(79,n=6)delargura.Escudo ausente.DoisescleritosR116(1219,n=8)decomprimento,3(23,n=7)de largura,conectadosabarrasuperficial,comaextremidadetruncada.Barraprofunda10

(1011,n=6)decomprimento,1(n=7)delargura,fina,cilíndrica.Gancho17(15

20,n=8)decomprimento,comhasterobusta;cabeçadogancho3(24,n=8)de comprimento;pontafina,reta;lâminacurta,robusta;bicoereto,arredondado;calcanhar inconspícuo;plataformacurta.

Hospedeiro tipo : Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus,1766)(Pimelodidae).

Localidade tipo : Rio Tocantins (10 o 41' 45,6172"S e 48 o 25' 54,5387"W), Porto

Nacional,Tocantins,Brasil,Julhode2003.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);INPA xxx(n=xx);CHIOCxxx(n=xx);USNCPxxx(n=xx).

Comentários: JaraeCone(1989)propuseram Scleroductus paraalocar S. yucensi ,um parasito de superfície corporal de Pimelodella yucensis Steindachner, 1912

(Pimelodidae), do Peru. Kritsky et al . (1995) relataram cinco morfotipos de

Scleroductus ,parasitosdeSiluriformesdoBrasilecitamqueoespinhoalongado,que formaocondutoparaoespermapareceserumasinapomorfiaparaogênero.Osautores nãopropuseramnovasespéciesdevidoàgrandesimilaridade dessas espécies com S. yucensi . Baseados em morfometria das âncoras, Kritsky et al . (1995) separaram os espécimes de Scleroductus em três grupos morfológicos. Um grupo formado pelo

72 morfotipode Rhamdia quelen ,outroformadoporparasitosde P. yucensis , Glanidium melanopterum e Trachelyopterus striatulus (Auchenipteridae), e um último grupo formado por S. yucensi , parasito de P. yucensis . Um dos caracteres que difere

Scleroductus sp.n.1dasoutrasespéciesemorfotiposreconhecidosatéomomentoéa presençadeumalâminadaâncorasignificativamentemaisrobusta(Fig.23).

Discussão

Agrandemaioriadasespéciesovíparasnãopossuiescudoeesseéconsiderado umestadoplesiomórficoparaGyrodactylidae(Boeger et al .,1994;KritskyeBoeger,

2003).Assim,éesperadoquelinhagensdegirodactilídeosvivíparos,queapresentem esteestadodecaráter,ocorramnabasedocladovivíparo.Estavisãoéapoiadapela análise filogenética de Kritsky e Boeger (2003), que sugere uma posição basal para

Scleroductus no clado vivíparo. A posição basal de Scleroductus parece ser determinada pela ausência de escudo, já que as fitas esclerotizadas ligadas à barra superficial foram inicialmente consideradas homólogas aos escleritos R1 (Kritsky e

Boeger,2003).Porém,oresultadoobtidoporessesautoresindicaqueestecaráternãoé homólogoaosescleritosR1deoutrasespécies.

OutrosgênerospossuemoescleritoR1noháptoreagrandemaioriafazpartede um clado que possui escleritos R1 e/ou R2, livres (e.g. Polyclithrum ,

Macrogyrodactylus , Gênero novo B – Capítulo IV) ou conectados ao escudo ( e.g.

Fundulotrema , Swingleus ,GêneronovoA–CapítuloIV)(Kritskye Boeger,2003).

Espécies de Gyrodactylus de outras regiões biogeográficas que não possuem escudodabarrasuperficialincluem G. menschikowi Gvosdev,1950(RegiãoPaleártica),

G. funduli Hargis,1955(RegiãoNeártica), G. emembranatus Malmberg,1970(Região

Paleártica)e G. longidactylus Geets,MalmbergeOllevier,1998(RegiãoPaleártica).A

73 ausência do escudo é também observada em espécies de Afrogyrodactylus Paperna,

1965, Metagyrodactylus Yamaguti, 1963, (veja Kritsky e Thatcher, 1977),

Archigyrodactylus Mizelle e Kritsky, 1967, Laminiscus Pálsson e BeverleyBurton,

1983(vejaPálssoneBeverleyBurton,1983).Adicionalmente,quasetodasasespécies deGyrodactylidaeovíparosnãoapresentamescudo(KritskyeBoeger,1991;Boeger et al. ,1994).Outrasduasespéciesde Gyrodactylus deSiluriformes, Gyrodactylus sp.n.6 e Gyrodactylus sp.n.7apresentamescudoreduzido.Jáespéciesde Gyrodactylus que ocorrem em Corydoras spp. como G. anisopharynx , G. samirae e G. superbus , e G. pimelodellus que parasita um pimelodídeo, possuem um escudo conspícuo na barra superficial.

Agradecimentos

OsautoresagradecemaospesquisadoresElineideMarques,SérgioAgostinhoeao grupodoNEAMB(NúcleodeEstudosAmbientais,UniversidadeFederaldeTocantins) peloapoioduranteacoletaeidentificaçãodoshospedeiros.ÀÂngelaT.SilvaSouza

(UEL,PR),àDanieleF.Rosim(IIE,SãoCarlos,SP)eaJoséGaliziaTundisi(IIE,São

Carlos,SP)porauxiliaremnafasedecampoepordisponibilizaremmaterialeequipe em São Carlos. Aos pesquisadores Roberto Reis, Carlos A. Lucena, Vinicius A.

BertacoeEdsonH.dosSantosPereira(MuseudeCiênciaeTecnologiadaPontifícia

UniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul),pelaidentificação doshospedeiros. A

FundaçãoAraucária(Protocolo932)pelofinanciamentoparcialdoprojetoeaoCNPq

(ProcessoN o140629/32003)pelabolsaconcedidaaRTV.

74 Literatura Citada

An,L.,Jara,C.eCone,D.K.1991.Fivespeciesof Gyrodactylus Nordmann, 1832

(Monogenea) from freshwater fishes of Peru. Canadian Journal of Zoology 69 :

11991202.

Boeger,W.A.,Kritsky,D.C.eBelmontJégu,E.1994.NeotropicalMonogenoidea.20.

Two new species of oviparous Gyrodactylidea (Polyonchoinea) from Loricariid

catfishes(Siluriformes)inBrazilandthePhylogeneticstatusofOoegyrodactylidae

Harris,1983. Journal of Helminthology Society of Washington 61 (1):2444.

Jara,C.A.eCone,D.K.1989. Scleroductus yuncensi gen.etsp.n.(Monogenea)from

Pimelodella yuncensis (Siluriformes: Pimelodidae) in Peru. Proceedings of the

Helminthological Society of Washington . 56 (2):125127.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003 Phylogeny of the Gyrodatylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes:

Monogenoidea) . In: Taxonomie, écologie et évolution es métazoaires parasites.

Taxonomy.ecologyandevolutionofmetazoanparasites.(LivrehommageàLouis

Euzet).TomeII.(Combes,C.andJourdane,J.,eds.),Perpignan.pp.3758.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 1991. Neotropical Monogenea. 16. New species of

Oviparous Gyrodactylidea with proposal of Nothogyrodactylus gen. n.

(Oogyrodactylidae). Journal of Helminthology Society of Washington . 58 (1):715.

Kritsky,D.C.eThatcher,V.E.1977. Phanerothecium gen.nov.and Fundulotrema

gen.nov.Two new generaofviviparousMonogenoidea (Gyrodactylidae), with a

descriptionof P. caballeroi sp.nov.andakeytothesubfamiliesandgeneraofthe

family. Excerta Parasitológica em memória Del doctor Eduardo Caballero y

Caballero, Instituto de Biologia, Publicaciones Especiales 4:5360.

75 Kritsky,D.C.,Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.22.

Variation in Scleroductus species (Gyrodactylidea, Gyrodactylidae) from

Siluriformes fishes of Southeastern Brazil. Journal of Helminthology Society of

Washington 62 (1):5356.

Pálsson,J.eBeverlyBurton,M.1983. Laminiscus n.g.(Monogenea:Gyrodactylidae)

from capelin, Mallotus villosus (Müller), (Pisces: Osmoridae) in the northwest

Atlanticwithredescriptionof L. gussevi n.comb., Gyrodactyloides petruchewskii ,

and G. andriaschewi . Canadian Journal of Zoology 61 (2):298306.

Popazoglo,F.eBoeger,W.A.2000.NeotropicalMonogenoidea.37.Redescriptionof

Gyrodactylus superbus (Szidat,1973)comb.N.anddescriptionoftwonewspecies

of Gyrodactylus (Gyrodactylidea:Gyrodactylidae)from Corydoras paleatus and C.

ehrhardti (Teleostei: Siluriformes: Callichthyidae) of Southern Brazil. Folia

Parasitologica 47 :105–110.

76 Legendas Figura 1 – 5. Gyrodactylus sp. n.5. (Gyrodactylidae, Monogenoidea)dasuperfície corporalde Kronichthys lacerta (Loricariidae),holótipo,vistaventral. 1. Corpointeiro. 2. Gancho. 3. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 4. Complexodeâncoras,barras superficial e profunda, e escudo da barra superficial. 5. Âncora; Medidas – a. Comprimentototaldaâncora, b.Comprimentodapontadaâncora, c.Comprimentoda raizsuperficialdaâncora, d.Comprimentodalâminadaâncora. Figura 6 – 10. Gyrodactylus sp. n. 6. (Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Pareioraphis parmula Pereira,2005(Loricariidae),holótipo,vistaventral. 6. Corpointeiro. 7. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 8. Gancho. 9. Complexode âncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial. 10. Âncora. Figura 11 –15. Gyrodactylus sp.n.7(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Callichthys sp. (Callichthyidae),holótipo,vistaventral. 11. Corpointeiro. 12. Gancho. 13. Órgão Copulatório Masculino (OCM) e vesícula seminal. 14. Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudodabarrasuperficial. 15 . Âncora. Figura 16 – 22. Scleroductus sp. n.1(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporal de Pseudoplatystoma fasciatum (Pimelodidae), holótipo, vista ventral. 16. Corpointeiro. 17. Gancho. 18. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM),vistaventral. 19. OCM,visãolateral. 20. Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,eescudoda barrasuperficial. 21. Âncora. 22. Regiãodotestículoemassadevitelária. Figura 23 . Comparação entre âncoras dos morfotipos de Scleroductus propostos por Kritsky et al . (1995) e Scleroductus sp. n. 1. As âncoras em cinzaescurosão dos morfotiposdeKritsky et al .(1995)eemcinzaclarosãoasâncorasde Scleroductus sp. n.1 sp.n. A.Âncorade Scleroductus de Rhamdia quelen ; B.Âncorade Scleroductus de Pimelodella sp. C.Âncorade Scleroductus de Trachelyopterus striatulus . D.Âncora de Scleroductus de Glanidium melanopterum . Todos os desenhos estão na mesma escala.Barradaescala=25m.

77

78

79

80

81

Figura23

82 CAPÍTULO IV

Proposta de dois novos gêneros de Gyrodactylidae vivíparos de peixes elétricos,

Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766) e Gymnotus carapo Linnaeus, 1758

(Gymnotidae, Gymnotiformes) e a redescrição de Mormyrogyrodactylus gemini

Luus-Powell, Mashego e Khalil, 2003, de Marcusenius macrolepidotus (Peters,

1852) (Osteoglossiformes, Mormyridae) *.

* Este Capítulo foi preparado segundo “Guia para autores” da Acta Zoologica . Foram preparados dois artigosdessecapítulo,umparaa Acta Zoologica eoutroparaa Systematic Parasitology . Resumo

Dois novos gêneros de Gyrodactylidae são propostos, Gênero n. A e Gênero n. B, ambosparasitosdesuperfícieexternadeGymnotidae(Gymnotiformes).Gêneron.Aé propostoparaalocarGêneron.Asp.n.1dasuperfíciecorporaldoporaquêdaAmérica doSul, Electrophorus electricus (Gymnotidae,Gymnotiformes),daregiãoamazônica.

O novo gênero é caracterizado por ter uma quilha superficial sobre a âncora e um escleritoR1emformadeasasassociadoaoescudodabarrasuperficial.Gêneron.Bsp. n. 1 é proposto parasitando a superfície corporal de Gymnotus carapo , do sudeste brasileiro.Gêneron.Bsp.n.1assemelhaseaGêneron.A.sp.n.1pelapresençade umaquilhanaraizsuperficialdaâncora,porém,oescleritoR1éalongado,contendo ranhurasenãoestáassociadoaoescudo;ececosintestinaisconfluentesaoníveldas gônadas. Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell,MashegoeKhalil,2003dopeixe buldogue africano, Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae, Osteoglossiformes) é redescritobaseadoemespécimestiposdisponíveis(parátipos).Contrárioadescrição original,abarrasuperficialnestaespécieconsistedeumaúnicapeçaeescleritosR1e

R2conectadosaoescudo.Ambasasespéciessãosimilaresaespéciesquesãomembros deumgrandeclado,asquaisapresentambarrasacessórias,escleritosacessóriose/ou ganchosdistribuídosemgruposanterioreposteriornamargemdoháptor.

Abstract

Twonewgenusareproposed,Gêneron.AisproposedtoallocateGêneron.Asp.n.1 from the body surface of the Southamerican electric eel, Electrophorus electricus

(Gymnotidae, Gymnotiformes), from the Amazon Region. The new genus is characterizedbyhaveansuperficialkeelontheanchorandawingshapeshieldofthe superficialbar.Gêneron.Bsp.n.1isproposedparasitizingthebodysurfaceofthe

84 Gymnotus carapo ,fromBraziliansoutheast.Genusn.Bsp.n.1resembletotheGenus n.A.sp.n.1forthepresenceofakeelinthesuperficialrootoftheanchor,however, theR1scleriteiselongated,containinggroovesanditisnotassociatedtotheshield;and confluentintestinalcecaatthelevelofthegonads. Mormyrogyrodactylus gemini Luus

Powell, Mashego e Khalil, 2003 from the African buldog fish, Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae, Osteoglossiformes) is redescribed based on available typespecimens.Contrarytotheoriginaldescription,thesuperficialbarinthisspecies consistsofasinglepieceandscleritesR1andR2embeddedwithintheshield.Both speciesaresimilartospeciesthataremembersofagreatclade,whichpresentaccessory bars,accessoryescleritosand/orhooksdistributedinanteriorandposteriorgroupsinthe marginofthehaptor.

Introdução

EspéciesdeGyrodactylidaegeralmenteapresentamumháptorarmadocom16 ganchos uniformemente distribuídos em torno da sua margem, um par de âncoras ventrais, uma barra superficial (freqüentemente provida de um escudo posterior nas espécies vivíparas) e uma barra profunda conectada as raízes profundas das âncoras

(KritskyeBoeger,2003).Todavia,emalgumasespécies,osganchosestãoseparados emagrupamentosposterioreseanteriores( e.g . Macrogyrodactylus spp., Fundulotrema spp.), enquanto outros podem apresentar um número variável de escleritos haptorais adicionais( e.g . Swingleus spp., Polyclithrum spp.).KritskyeBoeger(2003)sugerem queestesgruposrepresentamumagrupamentomonofiléticodentrodeGyrodactylidae, suportadoprincipalmentepeladistribuiçãodesigualdeganchosemtornodoháptor.

Emboraapresenteoestadoprimitivodedistribuiçãodeganchosenãotenhasido incluído na análise de Kritsky e Boeger (2003), Mormyrogyrodactylus gemini Luus

85 Powell, Mashego e Khalil, 2003, de Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae,

Osteoglossiformes),daÁfricadoSul,pareceserummembrodogrupodeespéciesque apresentamodificaçõesemescleritoshaptorais.Aespécieéredescritanesteestudoeo gêneroéredefinidobaseadonoestudodeespécimestiposdisponíveis.(parátipos)

Outrasduasespécies,recentementecoletadasdepeixeselétricossulamericanos, são também possíveis membros desse clado de girodactilídeos. Estas espécies são propostasaquicomomembrosúnicosdedoisnovosgênerosdeGyrodactylidae.

Material e Métodos

EspécimesdeGêneron.Asp.n.1foramcoletadosdasuperfíciecorporalde

Electrophorus electricus por Alistair D. M. Dove do aquário do “Marine Science

Research Center, Stony Brook University” e fixados em álcool. Os indivíduos do

Gêneron.Bsp.n.1foramcoletadosdasuperfíciede Gymnotus carapo coletadoemum riachonoestadodeSãoPaulo.OsindivíduosdeGêneron.Asp.n.1forammontados emmeiodepicratodeamônia(Malmberg,1956).EspécimesdoGêneron.Bsp.n.1 foram montados em meio de Hoyer (evidencia estruturas do háptor) e corados com tricrômico de Gomori (para estudo da morfologia interna). Desenhos e fotografias foram feitos com o auxílio de uma câmara clara e câmera Olympus Q Color 5, respectivamente,acopladosemummicroscópiocomcontrastedefase(OlympusBX

51).AsmedidasforamfeitascomprogramaSigmaScanProImageAnalysisv5.0esão dadas emmicromêtros( µm);amédiaédada,seguidapelaamplitudedamedidadas estruturas(n)entreparênteses.Escalas(todasem micromêtros)foramadicionadasàs fotografiascomosoftwareImageJ1.33u(WayneRasband,NationalInstituteofHealth,

USA). A nomenclatura dos escleritos acessórios haptoriais é aquele utilizado por

KritskyeBoeger(2003)(vertambémCapítuloI,nesseestudo).

86 A redescrição de Mormyrogyrodactylus gemini foi baseada na análise de parátipos (M348) obtidos do “Institute of Parasitology, Academy of Science of the

ChezRepublic,ČeskéBudĕjovice”.

EspécimesforamdepositadosnaColeçãoHelmintológicadafundaçãoInstituto

Oswaldo Cruz (CHIOC) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, na Coleção

Helmintológica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) Manaus,

Amazonas, Brasil, no United States National Parasite Collection (USNPC) – United

StatesofAmerica,enaColeçãodeParasitosdoMuseudeZoologiadaUSP(MZUSP) comoapresentadonadescrição.

Resultados e Discussão

SubclassePolyonchoineaBychowsky,1937

OrdemGyrodactylideaBychowsky,1937

GyrodactylidaeVanBeneden eHesse,1863

Gênero novo A

Diagnose genérica: Gyrodactylidae. Corpo dividido em região cefálica, tronco, pedúnculo, háptor. Dois lobos cefálicos, cada um contendo um órgão da cabeça, sensila. Glândulascefálicaspresentes. Olhos ausentes. Faringecomposta pordois bulbos semiesféricos, bulbo proximal glandular, bulbo distal da faringe muscular, contendo oito projeções digitiformes; esôfago curto; dois cecos intestinais, não confluentes.Gônadastandem.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)bulboso,ventral, submediano,posteriorafaringe,armadocomumespinho,umafileiradeespineletes; vesícula seminal esférica, conectada ao OCM por um canal sinuoso duas glândulas prostáticas, posterobilaterais. Útero com embriões. Glândulas presentesnas regiões pré,pósuterina.Háptorcomumpardeâncorasventrais,barrasuperficialeprofunda;

87 16ganchosdistribuídosemgruposanterioreseposteriores;gruposbilateraisanteriores com4ganchoscadaum;ganchosdistribuídosemdoisgrupos,quatroparesnoslobos anteriores,quatroparesanteriores,sobreloboshaptoriaisbilaterais,quatroparessobrea margem posterior do háptor.; âncora com raiz superficial robusta contendo quilha superficial,raizprofundaalongada;escleritoacessóriopresentenaextremidadedaraiz superficial;barra superficial subtriangular com projeções anterolaterais; escudo uma placaúnicaemformadeasas.

Gênero n. A sp. n. 1

(Figuras16)

Descrição(baseadaemoitoespécimes):corpofusiforme978(8081162,n=6)de comprimento,maiorlarguranaregiãodotestículo,232(191293,n=6).Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos;Bulbofaringealproximal76(70

90,n=5)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal69(6580,n=5)dediâmetro, muscular,comprojeçõesdigitiformes.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)34(30

38,n=5)dediâmetro,bulboso,armadocomespinhoe4espineletes,dispostosemuma fileira.Vesículaseminalesféricacomparedefina,conectadaaoOCMporumcanal sinuoso(vesículaseminaldistal).Vesículaassociadadefunçãodesconhecida,comfina parede,conectadaabasedoOCM.Testículo92(68105,n=5)decomprimento,89

(60105,n=5)delargura,pósgermariano,ovalado.Receptáculoseminalentreo testículoeogermário.Germário51(2870,n=5)decomprimento,59(3870,n=5) de largura, ovalado. Útero com até duas gerações de embriões. Dois grupos de glândulas,umgrupoaoníveldabifurcaçãodoscecoseumgruponaregiãotesticular.

Doisparesbilateraisdecélulasovaisnopedúnculo,aparentementeglândulas;cadapar envolvido pormembrana, com ductos estendendosedopedúnculoabasedoháptor.

88 Háptor 212(203 225,n =6)decomprimento,228(220 243, n=6) de largura, cordiforme.Âncora158(153165,n=6)decomprimento;lâminalevementecurvada

99 (88 103, n = 6) de comprimento; ponta recurvada 55 (50 58, n = 6) de comprimento; raiz superficial robusta, com quilha superficial interna, ampla esclerotizaçãonaextremidadedistal;raizprofundaalongada.Escleritonaextremidade daraizsuperficialpresente.Barrasuperficial45(4348,n=6)decomprimento,25

(23–25,n=6)delargura,subtriangular,comprojeçõesanterolateraiscurtas.Escudo dabarrasuperficialextensamentesulcado,emformadeasa.Barraprofundacilíndrica, fina.Gancho48(4749,n=9)decomprimento;cabeçadogancho6(56,n=3)de comprimento;pontaalongada,curta;lâminarobusta;bicoecalcanharquadrados.

Hospedeiro tipo : Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766) (Electrophoridae,

Gymnotiformes).

Localidade tipo : aquáriodeáguadoce do“MarineScienceResearch Center”, Stony

BrookUniversity,USA;originalmentecoletadodeumalocalidadedesconhecidanorio

Amazonas,AmazonasBrasil.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSP6352;parátipos–MZUSP6353ac(n=3);UNPC

9877198772(n=2);INPA497ad(n=4).

Comentários : sete outros gêneros de girodactilídeos incluem espécies com pares de ganchos, formando grupos anteriores e posteriores no háptor. Somente Laminiscus

Pálsson e BeverlyBurton, 1983 , Gyrodactyloides Bychowsky e Polyanski, 1953 , e

Polyclithrum Rogers,1967incluemespéciescom4paresdeganchos localizados em doisgruposanterolaterais,osquaissugeremumaafinidadefilogenéticadestesgrupos comonovogênero.AespécietipoeúnicaespéciedoGêneron.Asp.n.1 podeser

89 facilmentediferenciadadeespéciesdaquelesgênero,principalmente,pelacombinação dosseguintescaracteres:escudodabarrasuperficialcomsulcoslongitudinaisemforma de asa e uma forte quilha sobre a face interna da raiz superficial da âncora.

Adicionalmente, nenhum outro girodactilídeo vivíparo conhecido apresenta uma vesículatiporeceptáculoseminalcomoobservadonessanovaespécie.Gêneron.Asp. n.1possuiumavesículaseminalquelembramuitoaquelasobservadasemespéciesde

Gyrodactylidaeovíparos.UmagrandevesículaesféricaestáconectadaàbasedoOCM por um duto sigmóide. Esta similaridade entre Gênero n.A sp.n.1eas espécies ovíparas,entretanto,sãoprovavelmentehomoplásticas.

EmboraosespécimesdeGêneron.Asp.n.1tenhamsidocoletadosdeporaquê mantidosemaquário,éprovávelqueestáespéciedepeixerepresenteseuhospedeiro tiponanatureza.Osespécimesdehospedeiros,desdeacapturanuncaentraramem contatocommembrosdeoutrasespéciesdepeixe,reduzindoapossibilidadedetrocade hospedeiro(AlistairDove,comunicaçãopessoal).

Gênero n. B

Diagnose genérica: Gyrodactylidae. Corpo dividido em região cefálica, tronco, pedúnculocurto,háptor.Doisloboscefálicos,cadaumcontendoumórgãodacabeça, sensila. Glândulascefálicaspresentes. Olhos ausentes. Faringecomposta pordois bulbos semiesféricos, bulbo proximal glandular, bulbo distal da faringe muscular, contendooitoprojeçõesdigitiformes;esôfagolongo;doiscecosintestinais,confluentes próximos das gônadas. Gônadas tandem; testículo pósgermário. Órgão copulatório masculino(OCM)bulboso,ventral,submediano,posteriorafaringe,armadocomum espinho,duasfileirasdeespineletes;vesículaseminalesférica,conectadaaoOCMpor um canal sinuoso; uma glândula prostática, impar. Útero com até duas gerações de

90 embriões.Glândulaspresentesnaregiãopósuterina.Háptorcomumpardeâncoras ventrais,barrasuperficial,comprojeçãoanteromedianaebarraprofunda;16ganchos distribuídos em grupos anteriores e posteriores; grupos bilaterais anteriores com 5 ganchoscadaum;âncoracomraizsuperficialcontendoquilhasuperficial,raizprofunda alongada; barra superficial subretangular com pequenas projeções antero e postero laterais;escudoausente,escleritoR1presente.

Espécie tipo e única espécie : Gênero n. B sp.n.1,de Gymnotus carapo (Linnaeus,

1758)(Gymnotidae).

Gênero n. B sp. n. 1

(Figs.7–12)

Descrição(baseadaem12espécimes):corpofusiforme,alongado,746(654–858,n=

8) de comprimento, maior largura próximo ao testículo, 128 (109 – 161, n = 8).

Glândulas cefálicas unicelulares, órgãos da cabeça conspícuos. Bulbo faringeal proximal44(34–53,n=9)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal47(43–52, n=9)dediâmetro,muscular,comprojeçõesdigitiformes.Órgãocopulatóriomasculino

(OCM)23(17–40,n=6)dediâmetro,bulboso,armadocomespinho,2fileirasde espineletes,oitoespineletesnafileiraexterna,8espineletesmenoresnafileirainterna.

Vesículaseminalarredondadacomumaparedegrossa,conectadaaoOCMporumcanal alongado,levementesinuoso,comparedegrossa.Glândulaprostáticaimpar,fusiforme, com parede fina; glândulas prostáticas unicelulares pareadas não foram observadas .

Testículo48(35–64,n=3)decomprimento,40(24–52,n=3)delargura,pós germarial, subtriangular. Vesícula próxima ao testículo, menor que o germário, de funçãodesconhecida.Germário27(26–30,n=3)dediâmetro,ventral,arredondado.

Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Umgrupodeglândulas,naregiãotesticular.

Umpardecélulasarredondadas,aparentementeglândulasnabasedoháptor.Háptor

91 181(157–205,n=7)decomprimento,168(140–205,n=7)delargura.Âncora145

(110– 283, n=7) de comprimento;lâmina88 (73– 116, n= 7)de comprimento, levementecurvada;ponta33(25–40,n=7)decomprimento;raizsuperficialrobusta; raizprofundaalongada.Quilhasuperficialiniciandonaraizsuperficialatéoinícioda lâmina da âncora. Esclerito na extremidade da raiz superficial presente. Barra superficial33(31–35,n=2)decomprimento,17(16–18,n=2)delargura,sub retangular, com extremidades arredondadas e levemente projetadas. Ausência de escudodabarrasuperficial.EscleritosR1,55(54–56,n=2)decomprimento,laterais

àsâncoras,comranhuras,alargamentonaextremidadeposterior.Projeçãoespatulada anteromediana (PAM) presente na barra superficial. Barra profunda retangular com extremidades arredondadas. Dois conjuntos de almofadas não esclerotizadas são observadas;umaalmofadaúnicanaregiãoanteriordoháptor,(AA–Fig.12),128(106

–137,n=7)decomprimento,38(31–47,n=7)delargura,comespessamentona regiãoinferiorcomsulcocentral;duasalmofadaslateraisasâncoras,(AL–Fig.12), ovais,77(67–86,n=8)decomprimento,41(24–47,n=8)delargura.Ganchos divididosemdoisgrupos,cincoparesnoslobosanteriores,bilateralmentedistribuídose três pares no limite posterior do háptor. Haste do gancho 36 (32 – 44, n = 6) de comprimento;cabeçadogancho3,4(3,2–3,8,n=7)decomprimento,robusto;ponta reta; lâmina reta, curta, robusta; bico arredondado; calcanhar com extremidade arredondada,comporçãosuperiorarredondadanabasedalâminadaponta;calcanhare bico formam uma base reta na extremidade mais inferior da cabeça do gancho; plataformareta,inclinada.

Hospedeiro tipo : Gymnotus carapo Linnaeus,1758(Gymnotidae,Gymnotiformes).

Localidade tipo :nascentedoCórregodoFeijão,SãoCarlos,SP(22o06'10,7"S,47o44'

36,7W),em16demaiode2005.

92 Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos : holótipo – CHIOC 36854a; parátipos – CHIOC 36854be (n = 4);

UNPC9955499555(n=2);INPA498ad(n=4).

Comentários : Gênero n. B sp. n. 1 é aparentemente membro do grupo de espécies formado por Accessorius An, Jara e Cone, 1991, Fundulotrema Kritsky e Thatcher,

1977, Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus Malmberg,1956, Polyclithrum, Swingleus

Rogers,1969eGêneron.Asp.n.1comoindicadopelapresençadeganchosseparados em grupos anterior e posterior do háptor (ver Kritsky e Boeger, 2003). Entretanto,

Gêneron.B sp.n.1 éaúnicaespéciedogrupoatercincoparesdeganchosnoslobos anteriores(todasasoutrasespéciestêmde14pares).

OutroscaracteresquedistinguemGêneron.Bsp.n.1éapresençadececos confluentes posteriormente e de almofadas no háptor. Entre as espécies de

Gyrodactylidaeconhecidas,somenteAnacanthocotyle anacanthocotyle KritskyeFritts,

1970 e Isancistrum subulatae Llewellyn, 1984têmcecosintestinaisconfluentes mas elas são claramente distintas da nova espécie por perderem a maioria dos escleritos haptorais.

AsalmofadasbilateraisaocomplexodebarrasâncorasobservadosemGêneron.

Bsp.n.1temformaeposiçãosimilaraosescleritosrelatadosporLuusPowell et al .

(2003)de M. gemini comoescleritoBA3( sensu Rogers,1967).Épossíveldeterminara naturezadetaisestruturas(esclerotizadaounão),emMonogenoidea,comautilização de tricrômicodeGomori. Barrasesclerotizadaseescleritos acessórios normalmente coramdevermelhoescuro,enquantoqueestruturasdetecidodenaturezamuscularou conectivo,coramdeverde/azulclaro.Otecidodenaturezaconectivadasalmofadasde

Gêneron.Bsp.n.1foramconfirmadosdessamaneira,eportanto,nãorepresentam

93 escleritosBA3.AlémdeGêneron.Bsp.n.1,asalmofadasbilateraissobreoháptor parecem estar representadas também em espécies de Macrogyrodactylus (Walter

Boeger,comunicaçãopessoal).

Asimilaridadede M. gemini comespéciesdoGêneron.Bsp.n.1,Gêneron.A sp.n.1, Gyrodactyloides e Swingleus podeserinferidaatravésdapresençadeescleritos

R1 associados à barra superficial. Embora, M. gemini, um parasita do “African bulldog” M. macrolepidotus (Mormyridae, Osteoglossiformes), não ter ganchos organizadosemgruposanterioreseposterioresnoháptor.

Entreestasespécies,Gêneron.Bsp.n.1e M. gemini possuemumprocesso anteromedianonabarrasuperficialquesugerequeestasespéciespodemcompartilhar um antepassado imediato. Por outro lado, uma quilha na raiz superficial da âncora sugereproximidadeentreGêneron.Asp.n.1eGêneron.Bsp.n.1.Estasúltimas espéciestambémsãoosúnicosgirodactilídeosconhecidosqueocorrememespéciesde

Gymnotiformes, uma ordem de peixe com espécies encontradas somente na Região

Neotropical.

Aresoluçãodasrelaçõesfilogenéticasentreestasespéciesserápossívelapósa análisefilogenéticadedadosmorfolórgicose,talvez,moleculares.Osresultadosdetais análisespodemtambémdarinformaçõessobreabiogeografiahistóricadograndeclado, testando algumas das hipóteses de Boeger et al. (2003) a respeito da origem de

Gyrodactylidae. Estes autores sugerem que Gyrodactylidae e muitas das linhagens basais da família tiveram origem na América do Sul continental e dispersaram, provavelmenteporsucessivoseventosdetrocadehospedeiros,incluindohospedeiros marinhos, para ambientes de água doce de outros continentes. O clado do qual o

Gêneron.Bsp.n.1éprovavelmenteummembro,temespéciesocorrendoemmuitos continenteseoceanos,mas,deacordocomKritsky eBoeger(2003),aúnicaespéciedo

94 gênero mais basal, Accessorius , é parasita de uma espécie de peixe de água doce

Neotropical.AposiçãofilogenéticarelativadasduasoutrasespéciesSulAmericanas,

Gêneron.Asp.n.1eGêneron.Bsp.n.1easespéciesmarinhasserãofundamentais paraestaanálise.

Mormyrogyrodactylus Luus-Powell, Mashego e Khalil, 2003.

Diagnose emendada: corpo dividido em região cefálica, tronco, pedúnculo, háptor.

Dois lobos cefálicos, cada um com órgãos da cabeça; sensila. Glândulas cefálicas presentes.Olhosausentes.Faringecompostapordoisbulbossemiesféricos;esôfago curto; dois cecos intestinais; não confluentes. Gônadas tandem; testículo pós germariano.ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM)consistindodeumabolsamuscular alongadacomváriosespineletes,umespinhocentral.Úterocomembriões.Glândulas presentes,pré,pósregiãouterina.Barrapeduncularpresente.Háptorcomumparde

âncoras, barras ventral e dorsal presentes, 16 ganchos regularmente distribuídos.

EscleritosR1eR2associadosaoescudodabarrasuperficial.Quatroparesdebarras acessórias.

Espécie tipo e única : Mormyrogyrodactylus gemini LuusPowell, Mashego e Khalil,

2003.

Mormyrogyrodactylus gemini Luus-Powell, Mashego e Khalil, 2003.

(Figuras1318)

Descrição (baseada em 3 parátipos): corpo fusiforme, 547 (490– 634 n = 3) de comprimento, maiorlargura na regiãodabarrapeduncular, 163(111 –193,n = 3).

Loboscefálicos,glândulascefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbo faringealproximal37(n=1)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal24(n=1)de

95 diâmetro, muscular, projeções digitiformes do bulbo distal não observadas. Órgão copulatóriomasculino (OCM)55(n=1)decomprimento, muscular, alongado, com fina parede, armado com espinho central tipoagulha 44 (n = 1) de comprimento, circundado por numerosos espineletes tipofarpa, com uma base larga. Vesícula seminal, glândulas prostáticas não observadas. Testículo 55 (n = 1) de diâmetro, cordiforme.Duasmassasalongadasaparentementesinciciaisadjacentesaotestículode desconhecida função. Germário ovalado, ventral. Útero com até duas gerações de embriões.Doisgruposbilateraisdefolículossinciciais,préuterinoetesticular.Barra peduncularnaregiãotesticular,com4projeçõesglandulares,2curtassubterminais,2 maiores submedianas; base da barra peduncular esclerotizada com indentações aculeiformesdentrodasprojeçõessubmedianas.Háptorcircular.Âncora117(102–

125,n=3)decomprimento;lâminalevemente86(78–92,n=3)decomprimento, curvada;ponta42(35–46,n=3)decomprimento,recurvada;raizsuperficiallonga, fina, ponta da raizsuperficialcoberta comesclerotização amorfa;raiz profunda tipo botãoalongado.Barrasuperficial29(20–39,n=2)decomprimento,48(34–61,n=

2)delargura,pentagonal,alongadacomvérticesarredondados;projeçãoanteromediana dabarrasuperficial,barracircularcontínuacomoescudo.Escudo43(36–50,n=2)de comprimento,umaúnicaplacaesclerotizadadistalmentemaislarga.EscleritosR1eR2 associadosaoescudo.Barraprofundacilíndrica,curta.Quatrobarrasacessórias(BA), em forma de placas, dispostas em dois grupos bilaterais; BA1, BA2 localizadas na extremidadedaraizsuperficialdaâncora;BA3,BA4lateraisasâncoras.Ganchosde formaetamanhossimilares,regularmentedistribuídosnoháptor;hastedogancho,4,4

(4,2 – 4,6, n = 3) de comprimento; cabeça do gancho 8,1 (7,8 – 8,5, n = 3) de comprimento;pontareta;lâminacurta;bicocôncavo;calcanhartruncado;plataforma levementeconvexa.

96 Hospedeiro tipo : Marcusenius macrolepidotus (Peters, 1852) (Mormyridae,

Osteoglossiformes).

Localidade tipo :represaNwanediLuphephe(22 o39’S,30 o25’E),ProvínciadoNorte,

ÁfricadoSul.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes estudados :IPCRM348(n=3).

Comentários: a barra superficial de M. gemini foi descrita originalmente como um complexo de três estruturas: uma peça em “U” invertido, ligada a duas peças parcialmenteconectadasabaseeaduasextensõesalongadas.Entretanto,estudosdos parátiposdisponibilizadosdemonstraramqueabarrasuperficialé,defato,umaúnica estrutura subpentagonal com um escudo (Fig. 16 18). O final anterior da barra superficialeoescudopossuemespessamentoslocalizados(Figura18).Aregiãoantero medianadabarraapresentaumengrossamentocircularventralquequeprovavelmente induziuaoerrodeinterpretaçãodeum“escleritoemformadeUinvertido”porLuus

Powell et al . (2003) (Fig. 1719). No escudo formado por uma única placa, dois conjuntosdeespessamentossãoobservados:duasregiõesaolongodamargemlateral doescudoeumespessamentocentralalongado.Essesespessamentossãoconsiderados porKritskyeBoeger(2003)porseremhomólogosaosescleritosR1eR2,observados nasespéciesde Macrogyrodactylus egênerosrelacionados,respectivamente.Kritskye

Boeger(2003)propõemdistintosestadosdecaráterparaassociaçõesdeescleritosR1e

R2 com a barra superficial (a série de homólogos 21 dos autores), sempre que incorporadoounãonoescudo.NaúnicaespéciedeMormyrogyrodactylus ,osescleritos

R1 e R2 são conectados ao escudo da barra superficial, como em espécies de

Fundulotrema e Swingleus . Mormyrogyrodactylus gemini possui quatro placas

97 haptoraisacessórias(Fig.17).AplacaBA4nãofoidescritanemilustradanadescrição original.AsplacasBA1eBA2sãomuitosimilaresnamorfologiaeposicionamento comasbarrasacessóriasobservadasnasespéciesde Polyclithrum .Entretanto,amesma terminologia usada por Rogers (1967) tenha sido utilizada para nomear as barras acessórias em M. gemini , a homologia das placas com aquelas das espécies de

Polyclithrum eoutrasespéciesdeGyrodactylidaenãofoiaindatestada,requerendoa inclusão destas espécies na hipótese filogenética do grupo. Embora M. gemini não apresente os ganchos distribuídos em grupos anteriores e posteriores, este também parece ser um membro do clado proposto por Kritsky e Boeger (2003) que inclui

Macrogyrodactylus a gêneros correlatos baseados, principalmente, na presença de barras acessórias. Como em espécies de Swingleus e Fundulotrema , M. gemini apresentaumabarrapeduncular.Nasespéciesdosdoisprimeirosgêneros,asbarrassão esclerotizadasepossuemumapequenafenestra(Cone eOdense,1998)enquantoque em M. gemini esta é glandular na sua maior parte. Assim, estas estruturas mais provavelmenterefletemcaracterísticashomoplásticas.

Agradecimentos

Os autores agradecem aos pesquisadores Ângela T. SilvaSouza (UEL, PR), à

DanieleF.Rosim(IIE,SãoCarlos,SP)eaJoséGaliziaTundisi(IIE,SãoCarlos,SP),

Joaber Pereira Junior (FURG, RS) por auxiliarem na fase de campo e por disponibilizarem material e equipe em São Carlos. Aos pesquisadores Roberto Reis,

Carlos A. Lucena, Vinicius A. Bertaco e Edson H. dos Santos Pereira (Museu de

CiênciaeTecnologiadaPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul),pela identificação dos hospedeiros. A Fundação Araucária (Protocolo 932) pelo

98 financiamentoparcialdoprojetoeaoCNPq(ProcessoN o140629/32003)pelabolsa cedidaaRTV.

Literatura Citada

Boeger, W.A., Kritsky, D. C. e Pie, M. R. 2003. Context of diversification of the

viviparous Gyrodactylidae (Platyhelminthes, Monogenoidea). Zoologica Scripta

32 :437448.

Cone, D. e Odense, P. H. 1988. Light and scanning electron microscope studies of

Fundulotrema prolongis (Monogenea: Gyrodactylidae) parasitizing Fundulos

diaphanus (Cyprinodontidae)inNovaScotia,canada,withanemendeddiagnosisof

Fundolutrema . Proceedings of the Helminthological Society of Washington 55 (2):

224228.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003 Phylogeny of the Gyrodatylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes:

Monogenoidea) . In: Taxonomie, écologie et évolution es métazoaires parasites.

Taxonomy.ecologyandevolutionofmetazoanparasites.(LivrehommageàLouis

Euzet).TomeII.(Combes,C.andJourdane,J.,eds.),pp.3758.Perpignan.

LuusPowell,W.J.,Mashego,S.N.eKhalil,L.F.2003. Mormyrogyrodactylus gemini

gen.etsp.n.(Monogenea:Gyrodactylidae),anewgyrodactylidfrom Macusenius

macrolepidotus (Mormyridae)fromSouthAfrica. Folia Parasitologica 50 :4955.

Malmberg,G.1956.Onanewgenusofviviparousmonogenetictrematodes. Arkiv för

Zoologi 10 (3):317329.

Rogers,W.A.1967. Polyclithrum mugilini gen.etsp.n.(Gyrodactylidae:Polyclithrinae

subfam.n.)from Mugil cephalus L.. Journal of Parasitology 53 :274276.

99 Vianna,R.T.,Boeger,W.A.eDove,A.D.M.Noprelo.NeotropicalMonogenoidea.

51. Scutalatus magniancoratus gen. et sp. n. (Gyrodactylidae) from the South

Americanelectriceel, Electrophorus electricus (Gymnotidae,Gymnotiformes),and

redescription of Mormyrogyrodactylus gemini from the African bulldog,

Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae,Osteoglossiformes). Acta Zoologica .

100 Legendas

Figuras 1 – 6. Gênero n. A sp. n. 1 (Gyrodactylidae, Monogenoidea) da superfície corporal de Electrophorus electricus (Gymnotidae). 1. Corpo inteiro, holótipo, vista ventral. 2. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM),complexodevesículas. 3. Bulbodo

OCM. 4. Gancho. 5. Âncora. 6.Barrasuperficialeescudodabarrasuperficial.

Figuras7–12.Gêneron.Bsp.n.1(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Gymnotus carapo (Gymnotidae). 7. Corpointeiro,holótipo,vistaventral. 8. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM),complexodevesículas. 9. BulbodoOCM. 10. Gancho. 11. Âncora. 12. Complexodeâncoras,barrassuperficialeprofunda,escudoda barrasuperficial,escleritosR1ealmofadas.AAAlmofadaanterior,ALalmofada lateral, EA Escleritoacessórioassociadoàraizsuperficial,PAMProjeçãoantero mediana,BSBarrasuperficial. Figuras 13 – 18. Mormyrogyrodactylus gemini (Gyrodactylidae, Monogenoidea) da superfíciecorporalde Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae). 13. Corpointeiro, parátipo, vista ventral. 14. Gancho. 15. Órgão Copulatório Masculino (OCM). 16. Complexo de âncoras, barras superficial e profunda, escudo da barra superficial, escleritosR1,R2ebarrasacessórias(BA),BA1àBA4,BPBarraprofunda,EA Escleritoacessórioassociadoàraizsuperficial,PAMProjeçãoanteromediana. 17. Barra peduncular (Seta). T – Testículo, G Germário. 18. Complexo de âncoras e barras,mostrandoaprojeçãoanteromediana(PAM)dabarrasuperficial(detalhe).BP– Barraprofunda,BS–Barrasuperficial,E–Escudo,R1eR2–EscleritosR1eR2.

101

102

103

104

105 CAPÍTULO V

Seis novas espécies de Gyrodactylus Nordmann, 1832 de Perciformes e

Atheriniformes do sul do Brasil *.

*EsteCapítulofoipreparadosegundo“Guiaparaautores”da Acta Zoologica . Resumo

Cinco novas espécies de Gyrodactylus são descritas para peixes Perciformes:

Gyrodactylus sp. n. 8 de Cichlasoma portalegrense (Hensel, 1870) (Cichlidae);

Gyrodactylus sp.n.9de Cichlasoma facetum (Jenyns,1842) (Cichlidae); Gyrodactylus sp.n.10de Geophagus brasiliensis (QuoyeGaimard,1824)(Cichlidae); Gyrodactylus sp.n.11de Selene setapinnis (Mitchill,1815)(Carangidae)e Gyrodactylus sp.n.13de

Mugil platanus Günther, 1880 (Mugilidae); e Gyrodactylus sp. n. 12 da superfície corporal de Atherinella brasiliensis (Quoy e Gaimard, 1825) (Atherinopsidae,

Atheriniformes). Gyrodactylus sp.n.9caracterizaseporapresentarobulbodistalda faringesubdivididotransversalmente,escudoeumaconstriçãoanteromediananabarra superficial. Gyrodactylus sp. n. 8 e Gyrodactylus sp. n. 10 são espécies muito semelhantes pois não apresentam escudo da barra superficial e possuem uma leve projeçãoanteromediananabarrasuperficiaediferemapenaspelonúmerodefileirasde espineletes do OCM. Gyrodactylus sp. n. 11 (marinha) e Gyrodactylus sp. n. 12

(estuarina) apresentam a raiz superficial da âncora dobrada, barra superficial com projeçõesanterolateraisesediferenciampelonúmerodeespineletesdoOCMeforma dacabeçadogancho. Gyrodactylus sp.n.12(estuarina)écaracterizadapelapresença debarrasacessóriasnaextremidadedaraizsuperficialdaâncora. Gyrodactylus sp.n.

13écaracterizadaporpossuirabarraprofundacomumaforteconstriçãomediana.

Abstract

Fivenewspeciesof Gyrodactylus aredescribedfromPerciformesfish: Gyrodactylus sp. n.8from Cichlasoma portalegrense (Hensel,1870)(Cichlidae); Gyrodactylus sp.n.9 from Cichlasoma facetum (Jenyns, 1842) (Cichlidae); Gyrodactylus sp. n. 10 from

Geophagus brasiliensis (QuoyandGaimard,1824)(Cichlidae); Gyrodactylus sp.n.11

107 from Selene setapinnis (Mitchill,1815)(Carangidae)and Gyrodactylus sp.n.13from

Mugil platanus Günther,1880(Mugilidae);and Gyrodactylus sp.n.12ofthecorporal surface of Atherinella brasiliensis (Quoy and Gaimard, 1825) (Atherinopsidae,

Atheriniformes). Gyrodactylus sp.n.9ischaracterizedbyhavingdistalbulbofpharynx transversalysubdivided,shieldandaanteromedianconstrictioninthesuperficialbar.

Gyrodactylus sp.n.8and Gyrodactylus sp.n.10areclosedrelatedbytheabsenceof shieldofthesuperficialbarandtheypossessaanteromedium projection in the bar superficiaanddifferinthenumberofrowsofespineletesofOCM. Gyrodactylus sp.n.

11 (marine) and Gyrodactylus sp.n.12(estuarine)presentfoldinthethesuperficial rootofanchor,superficialbarwithanterolateralprojectionsanddifferforthenumberof espineletes of OCM and form of the head of the hook. Gyrodactylus sp. n. 12

(estuarina) is characterized by presence of accessory bars in the extremity of the superficialrootoftheanchor. Gyrodactylus sp.n.13ischaracterizedbypossessingthe deepbarwithastrongmediumconstriction.

Introdução

Dezoito espécies e quatro morfotipos de Gyrodactylus ocorrem na Região

Neotropicaleparasitamumagrandevariedadedehospedeiros,entreelesSiluriformes,

Characiformes,CyprinodontiformesePerciformes.Noentanto,poucasespéciesforam registradasdehospedeirosPerciformes.Dentreessasestão: Gyrodactylus geophagensis

BoegerePopazoglo,1995,parasitode Geophagus brasiliensis (Cichlidae), G. curemae

Conroy e Conroy, 1985 parasitando Mugil curema Valenciennes, 1836 (Mugilidae),

Gyrodactylus sp.1, Gyrodactylus sp.2e Gyrodactylus sp.3deCichlidaedoMéxico

(VidalMartínez et al. ,2001).

108 Na América do Sul apenas G. curemae foi descrito de ambiente estuarino/marinho, da costa da Venezuela (Conroy e Conroy, 1985). O restante das espéciesocorreemambientesdeáguadoce.NocontinenteAmericanoagrandeparte dasespéciesde Gyrodactylus deambientemarinhoforamdescritasnaRegiãoNeártica

(e.g. MizelleeKritsky,1967a,1967b).

Cincoespéciesnovasde Gyrodactylus sãodescritasdehospedeirosPerciformes.

Trêsespéciesdeáguadoce Gyrodactylus sp.n.8, Gyrodactylus sp.n.9e Gyrodactylus sp. n. 10, uma espécie estuarina Gyrodactylus sp. n. 13 e uma espécie marinha,

Gyrodactylus sp. n. 11. Gyrodactylus sp. n. 12 é a única espécie Neotropical que parasitaAtheriniformes( Atherinella brasiliensis Quoy&Gaimard,1824),capturadoem ambienteestuarino.

Material e Métodos

Espécimesde Gyrodactylus spp.foramcoletadosdasuperfíciecorporaldosseus respectivos hospedeiros. Os hospedeiros foram colocados em um frasco com água quente(6070 oC)quefoiagitadovigorosamente(Kristky&Stockwell,2005),naqual foiadicionadaformalinaparaalcançarumaconcentraçãode5%.Osespécimesforam montadosemmeiodeHoyerecoradoscomtricômicodeGomori(Kritsky et al .,1995).

Os desenhos foram feitos com câmara clara acoplado em um microscópio com iluminaçãodecontrastedefase(OlympusBX51).Medidasforamfeitascomprograma

SigmaScanPro ImageAnalysis v5.0esãodadasemmicromêtros ( µm); a média é dada,seguidaemparêntesespelaamplitudedamedidadasestruturaseonúmerode espécimesmedidos(n).

EspécimesforamdepositadosnaColeçãoHelmintológicadaFundaçãoInstituto

Oswaldo Cruz (CHIOC) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, no United States

109 National Parasite Collection (USNPC) – United States of America e na coleção de

ParasitosdoMuseudeZoologiadaUSP(MZUSP),comoapresentadonadescrição.

Resultados

SubclassePolyonchoineaBychowsky,1937

OrdemGyrodactylideaBychowsky,1937

GyrodactylidaeVanBenedeneHesse,1863

Gyrodactylus sp. n. 8

(Figuras16)

Descrição (baseada em seisespécimes):corpoalongado,387(330–459,n=6)de comprimento,maiorlarguranaregiãodoútero,69(56–81,n=5).Glândulascefálicas unicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal29(27–31,n=

4) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 25 (24 – 27, n = 4) de diâmetro, muscular,comoitoprojeçõesdigitiformes.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)11(11

–12,n=4)dediâmetro,bulboso,armadocomespinhoeumafileiradeespineletes, com6espineletes.Vesículaseminalovaladacomparedefina.Testículo24(21–28,n

=4)decomprimento,17(14–25,n=4)delargura,pósgermariano,dorsal,ovalado.

Germário22(18–23,n=4)decomprimento,17(13–21,n=4)delargura,ovalado.

Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Doisgruposdefolículosglandulares,um grupotesticular,alongado,eumgrupopóstesticular,massasamorfassinciciais.Háptor

66(57–82,n=5)dediâmetro,circular.Âncora35(35–36,n=3)decomprimento; lâmina25(23–28,n=2)decomprimento,levementecurvada;ponta13(10–17,n=

2) de comprimento; raiz superficial curta, robusta, com extremidade truncada; raiz profundatipobotão.Barrasuperficial11(11,5–12,n=2)decomprimento,5(4–6,n

=2)delargura,subretangular,compequenasprojeçõesanteromedianas.Escudoda

110 barrasuperficialnãoobservado.Barraprofundacilíndrica.Ganchos25(22–29,n=5) decomprimento;cabeçadogancho7(7–8,n=5)decomprimento;pontacurta;lâmina reta; bico afilado; calcanhar arredondado; plataforma reta com pequena elevação na regiãomediana.

Hospedeiro tipo : Cichlasoma portalegrense (Hensel,1870)(Cichlidae,Perciformes).

Localidade tipo :CampusCarreiros,FundaçãoUniversidadeFederaldoRioGrande–

FURG,RioGrande,RioGrandedoSul,Brasil(32 o04,437’Se52 o10,179’W)em29 dedezembrode2003.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp.n.8apresentaraizsuperficialdaâncoracurtaerobusta como G. geophagensis BoegerePopazoglo,1995e G. thlapi Christison,ShinneAs,

2005. Entretanto, Gyrodactylus sp. n. 8 é diferenciado destas espécies por não apresentar escudo e barra superficial com projeções anterolaterais. A ausência de escudo também foi observadaem G. cichlidarum Paperna,1968,porémessaespécie diferenciasede Gyrodactylus sp.n.8pelapresençadeumapequenaprojeçãomediana posterior(tipobotão)nabarrasuperficial(Paperna,1968).

Gyrodactylus sp. n. 9

(Figuras711)

Descrição (baseada em seisespécimes):corpoalongado,466(352–603,n=5)de comprimento,maiorlarguranaregiãodoútero,65(48–79,n=5).Glândulascefálicas unicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal23(11–31,n=

111 6) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 17 (9 – 23, n = 6) de diâmetro, muscular, com uma constrição transversal, sugerindo uma subdivisão, projeções digitiformesdobulbodistalpresentes.OCM12(n=2)dediâmetro,bulboso,armado comespinhoeumafileiradequatroespineletes.Vesículaseminalnãofoiobservada.

Testículo24(23–26,n=2)decomprimento,20(15–25,n=2)delargura,pós germariano,ventral,ovalado.Germário23(21–27,n=5)decomprimento,19(15–

25,n=5)delargura,ovalado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Umgrupode folículos glandulares na região pós testicular, representados por massas ovaladas, sinciciais. Células mononucleadas, arredondadas presentes no pedúnculo. Háptor circular.Âncora30(21–48,n=3)decomprimento;lâmina20(12–36,n=3)de comprimento, levemente curvada; ponta 14 (10 – 20, n = 3) de comprimento; raiz superficiallonga,comextremidadetruncada;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial

21 (n = 2) de comprimento, 7 (n = 2) de largura, subretangular, com pequenas projeções antero laterais. Escudo dabarrasuperficial subtriangular, truncado. Barra profundacilíndrica.Gancho28(26–30,n=2)decomprimento;cabeçadogancho6,5

(6–7,n=2)decomprimento;pontaabertaultrapassandoobico;lâminareta;bico arredondado, levemente inclinado para baixo; calcanhar arredondado; plataforma convexa;.

Hospedeiro tipo : Cichlasoma facetum (Jenyns,1842)(Cichlidae,Perciformes).

Localidade tipo :CampusCarreiros,FundaçãoUniversidadeFederaldoRioGrande–

FURG,RioGrande,RioGrandedoSul,Brasil(32 o04,437’Se52 o10,179’W)em29 dedezembrode2003.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

112 Comentários : Gyrodactylus sp.n.9diferenciasedamaioriadasoutrasespécies co genéricasparasitosdeCichlidaeNeotropicaisporpossuirumescudoconspícuo,com pequenasprojeçõesanterolaterais,umaraizsuperficialdaâncoramaioremaisestreita, umOCMcomumafileiradequatroespineleteseumacabeçadoganchocomabaseda lâmina robusta e ponta aberta, ultrapassando o bico. Gyrodactylus geophagensis tambémpossuiescudodabarrasuperficial,porémapresençade8espineletesnoOCM, raizsuperficialdaâncoracomamesmalargura,comextremidadearredondadaecabeça doganchocomalâminaestreitaepontareta.Essascaracterísticasadiferenciamde

Gyrodactylus sp.n.9.

Gyrodactylus sp. n. 10

(Figuras1216)

Descrição(baseadaem15espécimes):corpoalongado,cilíndrico,468(420–533,n=

14)decomprimento,maiorlarguranaregiãodoútero,83(58–99,n=13).Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal36(27–

47, n = 11) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 33 (25 – 39, n = 10) de diâmetro,muscular,projeçõesdigitiformespresentes.OCM15(13–16,n=11)de diâmetro,bulboso,armadocomespinhoeduasfileirascom5espineletescadauma.

Vesículaseminalnãoobservada.Testículo32(16–40,n=6)decomprimento,21(11

–29,n=6)delargura,pósgermáriano,ventral,ovalado.Germário26(13–37,n=8) decomprimento,19(10–30,n=8)delargura,ovalado.Úterocomatéduasgerações de embriões. Um grupodefolículos glandularesna região póstesticular, sinciciais, alongados.Háptor81(68–90,n=8)dediâmetro,circular.Âncora37(35–39,n=

11)decomprimento;lâmina29(27–30,n=11)decomprimento,reta;ponta17(15–

20,n=11)decomprimento;raizsuperficialcurta,robusta,truncada;raizprofundatipo

113 botão.Barrasuperficial12(n=1)decomprimento,5(n=1)delargura,subretangular, comsuaveexpansãoanteromediana,compequenasprojeçõesposterolaterais.Escudo dabarrasuperficialausente.Barraprofundacilíndrica.Ganchos26(23–27,n=13)de comprimento;cabeçadogancho7(7–8,n=13)decomprimento;pontacurta;lâmina reta; bico arredondado; calcanhar arredodando; plataforma convexa com pequena elevaçãoproximal.

Hospedeiro tipo : Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Cichlidae,

Perciformes).

Localidade tipo :CórregoSãoJosé,SãoCarlos,EstadodeSãoPaulo,Brasil(22 o04’

57,4”Se47 o49’00,3”W)em17demaiode2005.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp. n. 10 é diferente de Gyrodactylus sp. n. 8. por apresentarduasfileirasdeespineletesnoOCM,emborasejamespéciesmuitosimilares.

Aausênciadeumescudonabarrasuperficialem Gyrodactylus sp.n.10odiferenciade

Gyrodactylus sp.n.9e G. geophagensis queapresentamessecaráter.

Gyrodactylus sp. n. 11

(Figuras1721)

Descrição(baseadaem9espécimes):corpoalongado,fusiforme,268(208–340,n=7) decomprimento,maiorlarguranaregiãodotestículo,49(38–58,n=5).Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal29(26–

31,n=4)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal26(24–28,n=4)dediâmetro,

114 muscular,comprojeçõesdigitiformespresentes.OCM9(7–12,n=5)dediâmetro, bulboso,armadocomespinhoeumafileiradeseisespineletesdetamanhosdiferentes.

Vesículaseminalnãoobservada.Testículo21(19–25,n=3)decomprimento,18(15

–21,n=3)delargura,pósgermáriano,ovalado. Germário21(20–22,n=3)de comprimento,13(11–15,n=3)delargura,ovalado.Úterocomatéduasgeraçõesde embriões.Háptor44(40–52,n=4)decomprimento,31(25–37,n=4)delargura, ovalado.Âncora37(33–41,n=5)decomprimento;lâmina24(22–26,n=3)de comprimento, levemente curvada; ponta 15 (13 – 17, n = 4) de comprimento, reta, aberta;raizsuperficialcurta,dobrada;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial12(11

–13,n=3)decomprimento,3(3–4,n=3)delargura,comprojeçõesanterolaterais bem desenvolvidas, expandidas. Escudo trapezoidal. Barra profunda cilíndrica, com leveconstriçãocentral.Gancho17(16–18,n=3)decomprimento;cabeçadogancho

3(3–4,n=3)decomprimento;pontadoganchoreta,sobrepassandoobico;lâmina reta inclinada para frente; bico ligeiramente afilado, com porção inferior côncava; calcanhararredondado;plataformaconvexa.

Hospedeiro tipo : Selene setapinnis (Mitchill,1815)(Carangidae,Perciformes).

Localidade tipo :baíadeGuaratuba,Paraná,Brasil(25 o52,591’Se48 o33,544’W)em

15dejulhode2004.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp.n.11éaprimeiraespéciemarinhadogênerodescrita paraoBrasil.Estaespécieapresentaaraizsuperficialdaâncoradobrada,escudoda barrasuperficialsemelhantea G. neotropicalis (verKritskyeFritts,1970)e G. curemae

115 (verConroyeConroy,1985).Porém, G. neotropicalis nãoapresentaprojeçõesantero laterais,e G. curemae possuiacabeçadoganchocomlâminafinaepontaretaecurta,o queosdiferenciade Gyrodactylus sp.n.11.

Gyrodactylus sp. n. 12

(Figuras2225)

Descrição (baseada em seisespécimes):corpoalongado,241(183–288,n=5)de comprimento,maiorlarguranaregiãodoútero,57(46–75,n=5).Glândulascefálicas unicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal20(17–22,n=

5) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 19 (15 – 22, n = 5) de diâmetro, muscular,comprojeçõesdigitiformespresentes.OCM9(8–10,n=5)dediâmetro, bulboso,armadocomespinhoeumafileiradecincoespineletes.Vesículaseminalnão observada. Testículo21 (18– 27,n =5) decomprimento,18(17–20,n=5)de largura,pósgermáriano,ovalado.Germário18(16–20,n=5)decomprimento,12(6

–16,n=5)delargura,ovalado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Folículos glandularessinciciais,naregiãotesticularepóstesticular,ovalados.Háptor46(42–

49, n = 3) de diâmetro, circular. Células mononucleadas na região póstesticular.

Âncora 35 (34 – 37, n = 4) de comprimento; lâmina 26,6 (26 – 27, n = 3) de comprimento, levemente curvada; ponta 16 (13 – 18, n = 3) de comprimento; raiz superficialcurta,dobrada;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial16,6(15,8–17,n

=3)decomprimento,4(4–5,n=4)delargura,comprojeçõesanterolaterais10(n=

1) de comprimento, 4 (n = 1) de largura, com extremidade levemente expandida.

Escudo da barra superficial subtriangular, com extremidade levemente arredondada;

Barraprofundacilíndrica.Ganchos15,8(15,6–16,n=2)decomprimento;cabeçado gancho 2,6 (2,4 – 2,9, n = 2) de comprimento; ponta alinhada com o bico; lâmina

116 proximalmenterobusta,reta;bicoafilado;calcanhararredondado;plataformaconvexa; baseformadaporporçãoinferiordobicoecalcanhar,reta.

Hospedeiro tipo : Atherinella brasiliensis (Quoy e Gaimard, 1825) (Atherinopsidae,

Atheriniformes).

Localidade tipo :RioFaisqueira,BaíadeAntonina,Antonina,Paraná,Brasil(25 o23’

17,612”Se48 o40’1,505”W)em23dejaneirode2005.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

Comentários : Gyrodactylus sp. n. 12 apresenta barras acessórias esclerotizadas próximas a raiz superficial da âncora, que o diferencia de outras espécies de

Gyrodactylus neotropicais.Estacaracterísticatambéméconsideradaumcarátertípico paraespéciesde Paragyrodactylus (P. barbatuli Ergens,1970e P. iliensis Gvozdeve

Martechov,1953). Asbarrasacessóriasesclerotizadasdescritasparaasduasespécies de Paragyrodactylus sãoseparadas,possuemumapequenaconexão(Ergens,1970).As barrasobservadasem Gyrodactylus sp.n.12sãoseparadas.Porém,foiobservadoque essasbarraspodemnãoseresclerotizadas,epodemsercompostasdetecidoconectivo.

Acoletadenovosespécimeseexamesmaisdetalhadospossibilitarãoadefiniçãoda posiçãotaxonômicadessaespécie.Apresençadaraizsuperficialdaâncoradobradaé uma semelhança entre G. curemae , G. neotropicalis , Gyrodactylus sp. n. 11 e

Gyrodactylus sp.n.12.Porém, G. neotropicalis nãoapresentaprojeçõesanterolaterais,

Gyrodactylus sp. n. 12 possui barras acessórias próximas a extremidade da raiz superficialdaâncorae G. curemae possuiacabeçadoganchodoganchocomlâmina finaepontaretaecurta.

117 Gyrodactylus sp. n. 13

(Figuras2630)

Descrição(baseada em14 espécimes): corpo fusiforme,319(251–383,n=11)de comprimento,maiorlarguranaregiãodoútero,63(44–84,n=9).Glândulascefálicas unicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal24(22–28,n=

3) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 20 (18 – 22, n = 3) de diâmetro, muscular,comprojeçõesdigitiformespresentes.OCM10(8–11,n=6)dediâmetro, bulboso,armadocomespinhoeumafileiradeseisespineletes.Vesículaseminalnão observada. Testículo22 (16– 27,n =4) decomprimento,16(14–17,n=4)de largura,pósgermariano,ovalado.Germário24(21–30,n=4)decomprimento,19

(14 – 25, n = 4) de largura, ovalado. Útero com até duas gerações de embriões.

Folículosglandularesovalados,sinciciais,naregiãotesticular.Célulasmononucleadas naregiãopóstesticular.Háptor51(43–59,n=7)decomprimento,52(33–67,n=7) delargura,subretangular.Âncora46(40–50,n=8)decomprimento;lâmina35(31–

38, n = 8) de comprimento, levemente curvada; ponta 22 (19 – 24, n = 8) de comprimento,afilada;raizsuperficialcurta;raizprofundatipobotão.Barrasuperficial

19(18–20,n=4)decomprimento,5,2(4,7–6,n=5)delargura;comprojeções anterolaterais14(13–15,n=3)decomprimento,5(4–6,n=3)delargura,robustas, com extremidades expandidas. Escudo da barra superficial subtriangular, com extremidadelevementearredondada.Barraprofundacilíndrica,comconstriçãomediana compequenasexpansõessubterminais.Ganchos21(17–25,n=8)decomprimento; cabeçadogancho4(n=8)decomprimento;pontareta,levementeaberta;lâminareta; bicoafilado,inclinadoparabaixo;calcanhararredondado;plataformareta.

Hospedeiro tipo : Mugil platanus Günther,1880(Mugilidae,Perciformes).

118 Localidade tipo :fozdoarroioBolaxa,EstuáriodaLagunadosPatos,sobaPontePreta naBR392,RioGrande,RS,Brasil(32 o06,771’Se52 o09,493’W)em18deagostode

2004.

Sitio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx;parátipos–MZUSPxxxx(n=xx);IPCR xxxx(n=xx);USNPCxxxx(n=xx).

Comentários : o único registro de ocorrência de uma espécie de Gyrodactylus parasitandoespéciesde Mugil naRegiãoNeotropicalalémde Gyrodactylus sp.n.13é

G. curemae . Entretanto, G. curemae possui quatro espineletes no OCM (Conroy e

Conroy,1985),oqueodiferenciade Gyrodactylus sp.n.13,aqualpossui6espineletes.

Entretanto, asduas espéciespossuem semelhanças nasprojeçõesanterolateraiseno escudodabarrasuperficial.Oescudodasduasespéciespossui a extremidadelivre truncada. Gyrodactylus mugelus Rawson,1973assemelhasecom Gyrodactylus sp.n.

13porpossuirprojeçõesdabarrasuperficial,escudoenúmerodeespineletesnoOCM

(4espineletes).Porém,osganchosde G. mugelus sãoemformadefoice,comaponta inclinadaemdireçãoàpontadacabeçadogancho,enquantoqueacabeçadoganchode

Gyrodactylus sp.n.13possuiapontaabertacomabasedalâminarobusta.

Discussão

Gyrodactylus éumgrupoparafiléticodeespécies(KritskyeBoeger,2003),que ocorre em ambientes de água doce, estuarina e marinha, desde águas tropicais até polares (Bakke et al ., 2002). Na Região Neotropical a maioria das espécies de

Gyrodactylus foram descritas em ambiente de água doce. O único representante de

águasestuarinas/marinhasé G. curemae daVenezuela.

119 Alémdavariedadedeambientesnosquaisasespéciesde Gyrodactylus ocorrem,a diversidade de hospedeiros que abrigam essas espécies é muito grande. Na região

Neotropical, foram registradas espécies de Gyrodactylus parasitando hospedeiros

Siluriformes,Characiformes,PerciformeseCyprinodontiformes.Aquiéregistradoum novo hospedeiro da espécie do gênero nos Neotrópicos, Atherinella brasiliensis

(Atheriniformes:Atherinopsidae)parasitada por Gyrodactylus sp.n.11.Mesmocoma grande variedade de hospedeiros de girodactilídeos na Região Neotropical, poucos

Perciformes parasitados por Gyrodactylus sãoconhecidos. Nessa Ordem, somente G. geophagensis de Geophagus brasiliensis (Cichlidae) e G. curemae de Mugil curema

(Mugilidae)sãoconhecidasnaregião.

UmadasmaioresfamíliasdePerciformeséCichlidaecomespéciesdistribuídas nas Américas Central e do Sul, África, , Israel, Síria, Irã e Índia

(Chakrabarty, 2004). A Região Neotropical possui uma fauna considerável de

Cichlidae, porém,amaiorfaunadestespeixeséencontradana África, com mais de

1000 espécies descritas (Chakrabarty, 2004). Consistentemente, é no continente

Africanoqueexistetambémomaiornúmeroderegistrosdeespéciesde Gyrodactylus descritas de Cichlidae : G . cichlidarum Paperna, 1968 de Sarotherodon galileus

(Linnaeus, 1758), G. nordmanni Ergens e Dulma, 1970 de Oreoleuciscus potanini

(Kessler, 1879), G. nyanzae Paperna, 1973 de Oreochromis variabilis (Boulenger,

1906), G. niloticus Cone, Artur e BondadReantaso, 1995 de Oreocromis niloticus

(Linnaeus, 1758) e G. shariffi Cone, ArtureBondadReantaso,1995 de Oreocromis niloticus (Linnaeus,1758), G. aegypticus ElNagareElTantawy,2003de Tilapia zilli

(Gervais,1848)e G. thlapi de Pseudocrenilabrus philander philander (Weber,1897)

(Paperna,1968,1973;Harris et al. ,2004;Christison et al. ,2005).

120 Embora Gyrodactylus sp. n. 8 e Gyrodactylus sp. n. 10 parasitem espécies diferentesdehospedeiros,elesrepresentamumgrupodeespéciesdegrandesemelhança morfológica.Asduasespéciessemelhantesnãoapresentamescudoeabarrasuperficial possuiumasuaveexpansãoanteromediana.Ambasasespéciespossuemacabeçado gancho com bico e calcanhar arredondados, lâmina reta e ponta curta e reta, não ultrapassandoobico.Adiferençamaisevidenteexistenteentreasduasespécieséa segunda fileira de espineletes presentes no OCM de Gyrodactylus sp. n. 10.

Gyrodactylus sp.n.9édiferentedasoutrasduasespécies,porapresentarescudo,barra superficialcompequenaconstriçãomediana,lâminadacabeçadoganchomaisrobusta eOCMcomumafileiradequatroespineletes.

O registro de espécies de Gyrodactylidae em peixes estuarinos/marinhos e migradores tem grande importância para o entendimento dos processos de dispersão deste grupo de parasitos. Boeger et al . (2003) propõem um modelo de radiação adaptativa, no qual os hospedeiros parasitados por uma ou mais espécies de girodactilídeos vivíparos permitem a infestação de outros hospedeiros simpátricos.

Quando há sucesso na troca de hospedeiros, existe a fixação dos caracteres que permitiramesseprocessoesubsequentecoespeciação.Assim,podeocorrerespeciação periféricaparanovoshospedeiros.Essesprocessosseriamrepetidosquandoosparasitos dispersam geograficamente com seus novos hospedeiros. Essas dispersões podem ocorrerviaestuáriomarestuárioeposteriorinvasãodaáguadoce.Espéciesde Mugil, por exemplo, têm ampla distribuição geográfica, ocorrem em águas tropicais e subtropicais, principalmente em estuários (Menezes, 1983), além disso algumas são migradoras (Vieira e Scalabrin,1991). Entre as espécies dogênero, M. curema , M. cephalus (Linnaeus,1758), M. soiuy Basilewsky,1855e M. platanus sãoparasitadas porgirodactilídeos.

121 Mugil platanus é um peixe migrador, eurihalino e suas formas juvenis são freqüentesemáguasdebaixasalinidadenointeriordoestuáriodaLagunadosPatos

(Vieirae Scalabrin,1991).EssaespécieocorrenosulesudestedoBrasil,nacostado

UruguaienaArgentina,enquanto M. curema ocorrenosuldaAméricadoNorte,na

América Central, no norte e no nordeste da América do Sul e na costa noroeste da

África. Mugil cephalus écosmopolita,enquantoque M. soiuy ocorreempaísescomo

Bulgaria,China,Georgia,Grécia,Japão,Coréia,Romênia,Rússia,TurquiaeUcrânia.

Porém,emalgunspaísesestaocorrênciasedeveaintroduçãodestaespécie(Froesee

Pauly,2006).

Quatroespécies de Gyrodactylus foramregitradasanteriormenteem Mugil spp:

G. curemae em Mugil curema (vejaConroye Conroy,1985), G. mugelus Rawson,1973 em M. cephalus (vejaRawson,1973), G. mugili Zhukovi,1970e G. zhukovi Ling,1962 em M. soiuy (vejaHarris et al. ,2004).

NaRegiãoNeotropicalocorremseteespéciesde Mugil (Menezes,1983),dasquais somente M. curemae e M. platanus hospedamespéciesdeGyrodactylidae; M. curema

(parasitada por G. curemae ) e M. platanus (parasitada por Gyrodactylus sp. n. 13,

Polyclithrum boegeri , Polyclithrum sp.n.1e Polyclithrum sp.n.2(CapítuloVI)).

Gyrodactylus sp.n.11éreportadoparasitandosuperfíciecorporalde M. platanus , noestadodoRioGrandedoSul,Brasil.UmaespécielistadaporPaperna(1975),mas sem descrição formal, G. lagunaris Paperna, 1975 ( Mugil sp.) é considerada Nomen nudum por Harris et al .(2004).SegundoMenezes(1983) M. curema e M. platanus ocorremnosuldoBrasil.Entretanto,nenhumespécimede M. curema foianalisadono presenteestudo.

KritskyeBoeger(2003)sugeremqueosurgimentoderaizsuperficialdaâncora dobradaocorreemmaisdeummomentonahistóriaevolutivadeGyrodactylidae.Em

122 Gyrodactylus , essecaráterpareceocorrermaiscomumenteemespécies marinhasdo que em espécies de água doce, tais como: G. curemae , na Região Neotropical; na

RegiãoNeárticaocorrem G. imperialis , G. olsoni , G. ackerti , G. branchius (Mizellee

Kritsky, 1967a) e G. perforatus (Mizelle e Kritsky, 1967b); na Região Paleártica existem registros de G. unicopula , G. flexibiliradix , G. unipons (Malmberg, 1970).

Entreasespéciesdeáguadocequeapresentamraizsuperficialdaâncoradobradaestão

G. neotropicalis ,naRegiãoNeotropical(KritskyeFritts,1970)e,naRegiãoNeártica, foramdescritoscomessecaráter G. hargisi (WilliamseRogers,1971), G. nevadensis ,

G. cyprinodontis e G. saratogensis (MizelleeKritsky,1967a).

Aextremidadedaraizsuperficialdobradatambémocorreem Gyrodactylus sp.n.

12,queédiferentedasoutrasespéciesneotropicaisporpossuirduasbarrasacessórias esclerotizadasdispostasbilateralmente,próximodaextremidadedaraizsuperficialdas

âncoras. Espécies de Paragyrodactylus Szidat, 1967 possuem a barra acessória esclerotizadaeadobradaraizsuperficialdaâncora.Alémde Paragyrodactylus ,outros gêneroscomo Macrogyrodactylus , Swingleus , Mormyrogyrodactylus , Gyrodactyloides e Polyclithrum possuembarrasacessóriasesclerotizadaspróximoaraizsuperficialda

âncora.Porém,naanáliserealizadaporKritskyeBoeger(2003), Paragyrodactylus e

Accessorius , formam o grupoirmão do clado formado pelos outros gêneros citados anteriormente (com exceção de Mormyrogyrodactylus o qual não foi incluído na análise).Ocladoésuportadoprincipalmentepelapresençadedobradaraizsuperficial daâncora(vejasériedehomólogos24deKritskyeBoeger,2003).Entretanto,aanálise destes autores sugere que a presença de barras acessórias (placas) próximo da raiz superficialdaâncorasejaumcaráterhomoplástico.

123 Agradecimentos

OsautoresagradecemasequipesdoDr.RobertoE.ReiseDr.CarlosLucenado

MuseudeCiênciaseTecnologiadaPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedo

Sul (MCPUCRS), pela identificação dos hospedeiros; Ao Dr. Joaber Pereira Jr. e a

BiólogaNatáliaMarchiori(FundaçãoUniversidadeFederaldoRioGrande,RS),aoDr.

JoséGaliziaTundisi,aDra.ÂngelaT.SilvaSouzaeaMSc.DanieleFernandaRosim

(InstitutoInternacionaldeEcologia,SãoCarlos,SP),aMSc.MariaAntonia Michelsde

Souza e a MSc. Juliane Stabille (Laboratório de Ecologia e Ictiologia, UFPR) por auxiliarememdiferentesetapasdascoletas;AoDr.LuísClaudioMuniz,curadorda

Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz, por empréstimo de espécies; A

FundaçãoAraucária(Protocolo932)eCNPqpelofinanciamentoaoprojetoeaoCNPq

(ProcessoN o140629/32003)pelabolsaconcedidaaRTV.

124 Literatura Citada

Bakke,T.A.,Harris,P.D.eCable,J.2002.Hostspecificitydynamics:observationson

gyrodactylidmonogeneans. International Journal for Parasitology 32 :281308.

Boeger, W. A., Kritsky,D.C. e Pie, M.R.2003.Context of diversification of the

viviparous Gyrodactylidae (Platyhelminthes, Monogenoidea). Zoologica Scripta

32 :437448.

Chakrabarty,P.2004.Cichlidbiogeography:commentandreview. Fish and Fisheries .

5:97119.

Christison, K. W., Shinn, A. P. e van As, J. G. 2005. Gyrodactylus thlapi n. sp.

(Monogenea)from Pseudocrenilabrus philander philander (Weber)(Cichlidae)in

theOkavangoDelta,Botswana. Systematic Parasitology . 60 :165173.

Conroy,G.eConroy,D.A.,1985.Gyrodactylosisinsilvermullet( Mugil curema Val.)

fromVenezuelancoastalwaters,andadescriptionof Gyrodactylus curemae n.sp.

Riv. It. Piscic. Itiop . 4:140147.

Ergens, R. 1970. Revision der Arten der Gattung Paragyrodactylus Gvozdev et

Martechov,1953(Monogenoidea:Gyrodactylidae). Zoologischer Anzeiger . 185 (3

4):307311.

Froese,R.ePauly,D.Editors.2006. FishBase .WorldWideWebeletronicpublication.

www.fishbase.org,version(06/2006).

Harris, P. D., Shinn, A. P. e Bakke, T. A. 2004. Nominal species of the genus

Gyrodactylus von Nordmann,1832 (Monogenbea:Gyrodactylidae),withalistof

principalhostspecies. Systematic Parasitology . 59 :127.

Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003. Phylogeny of the Gyrodactylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes:

Monogenoidea) .Eds.Combes,C.,Jourdane,J.Toxonomie,écologieetévolutiones

125 métazoaires parasites. Taxonomy, ecology and evolution of metazoan parasites.

(LivrehommageàaLouisEuzet).TomeII.PUP,Perpignan,France,Perpignan.37

58p.

Kritsky,D.C.eFritts,T.H.1970.MonogeneticTrematodesfromCostaRicawiththe

Proposalof Anacanthocotyle gen.n.(Gyrodactylidae:Isancistrinae). Proceedings of

the Helminthological Society of Washington . 37 (1):6368.

Kritsky,D.C.eStockwell,C.A.2005.Newspeciesof Gyrodactylus (Monogenoidea,

Gyrodactylidae) from the white sands pupfish, Cyprinodon tularosa , in New

Mexico. The Southwestern Naturalist . 50 (3):312317.

Kritsky,D.C.,Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.22.

Variation in Scleroductus species (Gyrodactylidea, Gyrodactylidae) from

Siluriformes fishes of Southeastern Brazil. Journal of Helminthology Society of

Washington . 62 (1):5356.

Malmberg,G.1970.Theexcretorysystemsandthemarginalhooksasabasisforthe

systematicsof Gyrodactylus (Trematoda,Monogenea). Arkiv för Zoologi . 36 (12):

1235.

Menezes,N.A.1983.Guiapráticoparaoconhecimentoeidentificaçãiodastainhase

paratis(Pisces,Mugilidae)dolitoralbrasileiro. Revista Brasileira de Zoologia . 2

(1):112.

Mizelle,J.D.eKristky,D.C.1967a.StudiesonMonogenetic TrematodesXXXVI.

Gyrodactylid parasites of importance to California fishes. Californifa. Fish and

Game . 53 (4):264272.

Mizelle,J.D.eKristky,D.C.1967b.StudiesonMonogenetic Trematodes XXXIII.

New species of Gyrodactylus anda key to the NorthAmerican species. Trans.

Amer. Microsc. Soc . 86 (4):390401.

126 Paperna, I. 1968. Monogenetic Trematodes colected from freshwater fish in Ghana.

SecondReport. Bamidgeh. 20 :88100.

Paperna,I.1973.NewspeciesofMonogenea(Vermes)fromAfricafreshwaterfish.A

preliminaryreport. Rev. Zool. Bot. Afr . 87 (3):505518.

Paperna, I. 1975. Parasites and diseases of the grey mullet (Mugilidae) with special

referencetotheseasoftheneareast. Aquaculture 5:6580.

Rawson,Jr.M.V.1973.Twonewspeciesof Gyrodactylus (Trematoda:Monogenea)

from the Georgia Coast. Proceedings of the Helminthological Society of

Washington. 40 (2):180183.

VidalMartinéz, V. M., AguirreMacedo, M. L., Scholz, T., GonzalezSólis, D. e

MendonzaFranco, E. F. 2001. Atlas of the helminth parasites of cichlid fish of

Mexico .Academia.

Vieira,J.P.eScalabrin,C.1991.Migraçãoreprodutivada“tainha”( Mugil platanus

Günther,1980)nosuldoBrasil. Atlântica . 13 (1):131141.

Williams,E.H.eRogers,W.A.1971.Twonewspeciesof Gyrodactylus (Trematode:

Monogenea)andaredescriptionandnewhostrecordfor G. prolongis Hargis,1955.

The Journal of Parasitology . 57 (4):845847.

127 Legendas

Figuras 1 6. Gyrodactylus sp. n. 8 (Gyrodactylidae, Monogenoidea) da superfície corporal de Cichlasoma portalegrense (Cichlidae, Perciformes). 1. Corpo inteiro, holótipo, visão ventral. 2. Gancho. 3-4. Órgão Copulatório Masculino (OCM). 5. Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofunda. 6.Âncora. Figuras 7 11. Gyrodactylus sp.n.9 (Gyrodactylidae, Monogenoidea)dasuperfície corporalde Cichlasoma facetum (Cichlidae,Perciformes). 7. Corpointeiro,holótipo, visãoventral. 8. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 9.Gancho. 10 .Complexode âncorasebarrassuperficialeprofunda. 11 .Âncora. Figuras1216. Gyrodactylus sp.n.10(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporal de Geophagus brasiliensis (Cichlidae, Perciformes). 12. Corpo inteiro, holótipo, visão ventral. 13 . Órgão Copulatório Masculino (OCM). 14 . Gancho. 15. Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofunda. 16 .Âncora. Figuras1721. Gyrodactylus sp.n.11(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Selene setapinnis (Carangidae,Perciformes). 17. Corpointeiro,holótipo, visãoventral. 18. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 19. Gancho. 20 .Complexode âncorasebarrassuperficialeprofunda. 21 .Âncora. Figuras2225. Gyrodactylus sp.n.12(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporal de Atherinella brasiliensis (Atherinopsidae, Atheriniformes). 22. Corpo inteiro,holótipo,visãoventral. 23. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 24. Gancho. 25 .Complexodeâncorasebarrassuperficialeprofunda. Figuras2630. Gyrodactylus sp.n.13(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasuperfície corporalde Mugil platanus (Mugilidae,Perciformes). 26. Corpointeiro,holótipo,visão ventral. 27. Órgão Copulatório Masculino (OCM). 28. Gancho. 29 . Complexo de âncorasebarrassuperficialeprofunda. 30. Âncora.

128

129

130

131

132 133

134 CAPÍTULO VI

Redescrição de Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000 e descrição

de duas novas espécies de Polyclithrum parasitos da “tainha” Mugil platanus

Günther, 1880 (Perciformes, Mugilidae) do sul e sudeste do Brasil *.

*EsteCapítulofoipreparadosegundo“Guiaparaautores”da Acta Zoologica . Resumo

Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000 é redescrita e duas espécies novasde Polyclithrum ,ambasparasitasde Mugil platanus Günther,1880 (Mugilidae,

Perciformes), são descritas neste estudo. Polyclithrum boegeri foi descrito originalmentebaseadosomenteemcaracteresdosescleritosdoháptor.Novosdados sobre caracteres do háptor e estruturas internas são adicionadas à redescrição.

Polyclithrum sp.n.1édescritodasuperfíciecorporalde M. platanus dosuldoBrasile apresentaumaprojeçãoanteromedianadabarrasuperficialedoisparesdeescleritos

R2. Polyclithrum sp.n.2ocorrenosfilamentosbranquiaisde M. platanus dosudeste brasileiro e possui a barra profunda alongada e expansões esclerotizadas na lateral externadoescleritoR1. Polyclithrum sp.n.1e P. boegeri ocorrememsimpatriaem M. platanus dosuldoBrasil.

Abstract

Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000 is redescribed and two new species of Polyclithrum , both parasites of mullet, Mugil platanus Günther, 1880

(Mugilidae, Perciformes), are described herein. Polyclithrum boegeri was originally describedbasedonlyonscleritesofthehaptor.Newfeaturesofthehaptorandinternal structuresareincludedtotheredescription. Polyclithrum sp.n.1isdescribedfromthe bodysurfaceofthe M. platanus fromsouthernofBrazil.Thisspeciesischaracterized byhavingananteromedianprojectiononthesuperficialbarandtwopairsofsclerites

R2. Polyclithrum sp.n.2occuronthegillsfilamentsofthe M. platanus fromBrazilian southeastandpossesesanelongatesdeepbarandesclerotisedextensionsintheexternal lateralfaceoftheR1sclerite. Polyclithrum sp.n.1and P. boegeri occurinsympatryin

M. platanus fromsouthernofBrazil.

136 Introdução

Polyclithrum mugilini Rogers, 1967 foi a primeira espécie do gênero a ser descrita, parasitando Mugil cephalus Linnaeus, 1758 da Georgia (Estados Unidos).

Quatrooutrasespéciesforamdescritasparaduasespéciesde Mugil :duasespéciesda

Austrália, P. alberti e P. corallense Ernst,WhittingtoneJones,2000,eumadoMar

Negro, P. ponticum Gerasev, Dmitrieva e Gaevskaja, 2002, ambas parasitas de M. cephalus . Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000, é a única espécie descritapara M. platanus daRegiãoNeotropical.

NoBrasilocorremseteespéciesde Mugil (Menezes,1983).Dessas,somente M. platanus foiencontradanoBrasilparasitadapor Gyrodactylus sp.n.10(CapítuloV)e por P. boegeri . M. curemae Valenciennes,1836éparasitadapor Gyrodactylus curemae

Conroye Conroy,1985,nacostadaVenezuela.Embora M. cephalus ocorranacostado

Brasil, infestações de Gyrodactylidae neste hospedeiro, dentro do continente

Americano, foram registradas somente na Georgia (EUA) ( Gyrodactylus mugelus

Rawson,1973, P. mugilini Rogers,1967e Micropolyclithrum parvus Skinner,1975).

Nadescriçãooriginalde P. boegeri ,Ernst et al .(2000)nãopuderamadicionarà diagnose dados da estrutura interna, devido ao modo pelo qual os espécimes foram preparados. Assim, a redescrição de P. boegeri é baseada em novas estruturas haptoriaisenamorfologiainterna.Duasnovasespéciesde Polyclithrum sãodescritas dasuperfíciecorporalefilamentosbrânquiaisde M. platanus dosulesudestedoBrasil.

Material e Métodos

Espécimesde P. boegeri ede Polyclithrum sp.n.1foramcoletadosdasuperfície corporal dos hospedeiros no sul do Brasil. Polyclithrum sp. n. 2 foi coletado das brânquiasde Mugil platanus dosudestebrasileiro.Umparátipode P. boegeri (CHIOC

137 33988b) foi obtido da Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz para comparação.

Oshospedeirosforamcolocadosemumfrascocomáguaquente(6070 oC)que foiagitadovigorosamente(KristkyeStockwell,2005).Formalinafoientão,adicionada paraobterseumaconcentraçãode5%.Osespécimes forammontadosemmeiode

HoyeroucoradoscomtricômicodeGomoriemontadoembálsamodoCanadá(Kritsky et al .,1995).Osdesenhosforamfeitoscomcâmaraclaraeasfotografiasforamobtidas com uma câmera Olympus Q Color 5, ambos acoplados em um microscópio com iluminaçãodecontrastedefase(OlympusBX51).Medidasforamfeitascomprograma

SigmaScanProImageAnalysisv5.0esãodadasem micrômetros ( µm);amédiaé seguida em parênteses pela amplitude da medida das estruturas e o número de espécimesmedidos(n).Amaneirapelaqualasmedidasforamrealizadasémostrado nasFiguras19.Anomenclaturadosescleritosacessórioshaptoriaiséumacombinação daquelasutilizadasporRogers(1967)eKritskyeBoeger(2003).Anomenclaturadas barrasacessóriaséapropostaporErnst et al .(2000),principalmenteparaasbarrasBA3 eBA4.Entretanto,essesautorestrataramaparteposteriordaBA3comoumaestrutura distintaeanomearamdeBA4.Porém,nesteestudoonomeBA4seráutilizadopara facilitaraidentificaçãodaestrutura,emborasejaconsideradacomoparteintegranteda

BA3,conformeasinterpretaçõesdeRogers(1967)e KritskyeBoeger(2003).Não foram utilizados os nomes de BA5 e BA6 (Ernst et al ., 2000), para os respectivos escleritos(verComentáriosde P. boegeri eDiscussão).

OsespécimesforamdepositadosnaColeçãoHelmintológicadafundaçãoInstituto

Oswaldo Cruz (CHIOC) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, no United States

National Parasite Collection (USNPC) – United States of America a na coleção de

138 Parasitos do Museu de Zoologia da USP (MZUSP), como apresentado em cada descrição.

Resultados

Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000

(Figuras1013)

Redescrição(baseadaem05espécimes):corpofusiforme,383(338–434,n=5)de comprimento, maior largura na região do testículo, 77(60–98,n=5).Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal23(21–

26,n=2)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal24(21–28,n=2)dediâmetro, muscular,projeçõesdigitiformesdobulbodistalnãoforamobservadas.Duasvesículas excretorasposterolateraisàfaringe.Órgãocopulatóriomasculino(OCM)14(n=1)de diâmetro,bulboso,deovaladoasubtriangular,armadocomespinhoequatroespineletes dispostosemuma fileira,espineletesexternosmaioresdoqueosinternos.Vesícula seminalnãoobservada.Testículo37(n=1)decomprimento,17(n=1)delargura, pósgermariano,ovalado.Germário23(19–27,n=2)decomprimento,20(17–23,n

=2)delargura,ovalado.Estruturaesféricaentreúteroetestículo,possivelmenteum receptáculo seminal. Útero com até duas gerações de embriões. Numerosas massas sinciciais,ovaladasnaregiãopréepóstesticular.Háptor133(122–151,n=4)de comprimento,116(105–122,n=4)delargura.Âncora114(n=1)decomprimento; lâmina 86 (n = 1) de comprimento, reta; ponta 24 (n = 1) de comprimento; raiz superficial alongada com esclerito acessório (EA) na extremidade; raiz profunda pronunciada.Barrasuperficial22(21–23,n=5)decomprimento,11(10–13,n=5) delargura,subretangular.Escudo71(67–77,n=5)decomprimento,representado porfitaalongadacomfinasexpansõeslateraisesclerotizadas.Barraprofunda(BP)7(6

139 –8,n=2)decomprimento,7(n=1)delargura,semelhanteaonúmero“8”,deitado, comumacurtaprojeçãoesclerotizadaanteromediana.Trêsbarrasacessórias(BA)e costelaslateraispresentes.BA125(20–30,n=4)decomprimento,27(22–33,n=4) delargura,comsulcosinuoso(SS)nabase,lóbuloovalado(LB);extensãoesclerotizada circular(EC)fina(Figs.13,23).BA235(34–38,n=3)decomprimento,32(30–36, n=3)delargura,subtriangular,extremidadeanteriornãoalcançandoaBA1(Fig.13).

BA337(34–41,n=5)decomprimento,compostadeduaspartes;regiãodorsaldo encaixe da BA3 com a âncora em forma de pino; região ventral, uma expansão esclerotizada fina, arredondada.BA444(n=1)de comprimento, alongada, estreita, comsulcocentral;conexãoentreBA3eBA4formada somente pela continuação da paredeexternadaBA4(Fig.13).EscleritoR169(66–71,n=5)decomprimento, livredabarrasuperficial,sulcocentralestendendosedaregiãoanterioràmetadedo esclerito,finasmembranasesclerotizadasnasregiõeslateraisinternas;escleritoR217

(13–20,n=5)decomprimento,cilíndrico,baseesférica, achatadona extremidade posterior.Costelasesclerotizadaslateraisemdoisgrupos,separadospelaBA3;grupo anteriorcom56costelas;grupoposteriorcom67 costelas.Ganchos29(n=2)de comprimento;cabeçadogancho,7(n=2)decomprimento;pontaelâminasuavemente curvadas;pontaalongada,nãoultrapassandoobico;bicoafilado,uncinado;calcanhar pequeno,arredondado;plataformaretainclinandosesuavementeatéobico.

Hospedeiro : Mugil platanus Günther,1880(Mugilidae,Perciformes).

Localidade :fozdoarroioBolaxa,EstuáriodaLagunadosPatos,sobaPontePretana

BR392,RioGrande,RS,Brasil(32 o06,771’Se52 o09,493’W)em18deagostode

2004.

Sítio :superfíciecorporal.

140 Espécimes estudados : vouchers – MZUSP xxxx (n = xx); CHIOC xxxx (n = xx);

USNPCxxxx(n=xx),parátipoCHIOC33988b.

Comentários : Polyclithrum boegeri Ernst, Whittington e Jones, 2000 foi descrito originalmentesemdadosdamorfologiainterna,devidoaomodopeloqualosespécimes forampreparados(Ernst et al .,2000).Paraexemplaresde P. boegeri dosuldoBrasil, as diferenças observadas em relação à descrição original foram: a presença de uma extensãoesclerotizadacircularfinanaBA1(Figs.13,2223),aconexãoentreaBA3ea

BA4formadasomentepelacontinuaçãodaparedeexternadaBA4,apresençadeum sulcodaporçãoanterioratéametadedoescleritoR1(Fig.13),projeçõesesclerotizadas noterçoposteriordaslateraisinternasdoR1,umaprojeçãotriangularnaextremidade posteriordoR1eprojeçõesesclerotizadaslateraisnoescudo(Fig.5).Excetuandoas projeçõesesclerotizadaslateraisdoR1edoescudo,osoutroscaracterestambémforam observadosnoparátipo(CHIOC33988b).Emboraestes caracteresnãotenhamsido descritosoriginalmente,elessãoimportantesparaadiferenciaçãodasespéciesdentro do gênero. Os escleritos R1 e R2 de P. boegeri foram interpretados na descrição originalcomobarrasacessórias(BA5eBA6).KritskyeBoeger(2003)consideraram os escleritos R1 e R2 de Polyclithrum homólogos àqueles que ocorrem em

Fundulotrema , Swingleus , Macrogyrodactylus e Gyrodactyloides .

A extensão esclerotizada circular da BA1 foi observada em P. ponticum

Gerasev, Dmitrieva e Gaevskaja, 2002, em P. mugilini Rogers, 1967 redescrito por

Gerasev et al .(2002),em Polyclithrum sp.n.1e Polyclithrum sp.n.2(nesteestudo).

Gerasev et al .(2002)propuseramqueestecaráterdevaocorrersomenteemespéciesde

Polyclithrum descritasparaoMarNegro.

141 Contudo,estecaráterpodeestarpresenteemtodasasespéciesdogênero,masna maioriadasvezesnãoéobservadodevidoaotipodecoloraçãoepreparodaslâminas.

AsFiguras22e23apresentamumacomparaçãoentreasBA1montadascompicratode amônia(Fig.22–CHIOC33988b)eHoyer(Fig.23lâminadesseestudo),fotografada comousodecontrastedefase.Épossívelobservaraextensãoesclerotizadacircularda

BA1naFigura23,enquantoquenaFigura.22aobservação é difícil pelo reduzido contraste.Outrocaráterimportantenadiferenciaçãodeespéciesde Polyclithrum éo númerodeespineletesdoOCM.Somente P. boegeri possuiquatroespineletesnoOCM

(2grandese2pequenos),oqueodiferenciadasoutrasespéciesdescritasnaAméricado

Sul( Polyclithrum sp.n.1e Polyclithrum sp.n.2[5espineletes]);naAméricadoNorte

(P. mugilini [6espineletes]);naAutrália( P. alberti [5espineletes]e P. corallense [6 espineletes]);enoMarNegro( P. ponticum [6espineletes]).Todasasespéciesdescritas possuem os dois espineletes externos grandes (maiores que os internos). A barra profunda (barradorsal emErnst et al .,2000) de P. boegeri dosuldoBrasilestáde acordo com a descrição original. A projeção anteromediana existente na barra profundade P. boegeri ésemelhanteàqueladescritapara P. alberti ,comomencionado porErnst et al .(2000)(Fig.5).Emalgunsexemplaresfoiobservadoumreceptáculo seminalpróximoaotestículo,comoem P. alberti e P. corallense (Ernst et al .,2000).

Massas sinciciais multinucleadas ovaladas foram observadas nas regiões pré e pós testicularde P. boegeri ,porém,glândulasemformade“U”,observadasem P. alberti e

P. corallense (Ernst et al .,2000),nãoforamencontradasem P. boegeri .

Polyclithrum sp. n. 1

(Figuras1417)

142 Descrição (baseada em 13 espécimes): corpo fusiforme,387(287 –508,n = 9)de comprimento,maiorlarguranaregiãodotestículo,93(73–109,n=9).Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal25(n=

1) de diâmetro, glandular; bulbo faringeal distal 21 (n = 1) de diâmetro, muscular; projeçõesdigitiformesdobulbodistalnãoforamobservadas.OCM16(20–22,n=

72) de comprimento, bulboso, de ovalado a subtriangular, armado com espinho e 5 espineletes dispostos em uma fileira, 2 espineletes externos grandes e 3 espineletes internospequenos,basedosespineletesexternosdomesmotamanhooumaioresquea basedoespinho.Vesículaseminalnãoobservada.Testículopósgermariano26(25–

27,n=2)decomprimento,21(19–23,n=2)delargura,ovalado.Germário24(14–

34,n=2)decomprimento,18(11–25,n=2)delargura, ovalado. Receptáculo seminalnãoobservado.Úterocomatéduasgeraçõesdeembriões.Inúmerasglândulas alongadas,lateraisàporçãofinaldoscecosintestinaislaterais.Massasincicialem“U” póstesticularpresente;duasmassascilíndricassemnúcelosevidentessobrepondoseà porção final de cada ceco intestinal; duas massas arredondadas, posterolaterais ao testículo,aparentementeenvolvidaspormembrana.Háptortípicode Polyclithrum 128

(122 – 132, n = 3) de comprimento, 118 (106 – 124, n = 3) de largura; células mononucleadaspóstesticulares.Âncora106(93–114,n=7)decomprimento;lâmina

82(74–90,n=7)decomprimento,reta;ponta20(18–25,n=7)decomprimento; raiz superficial alongada com esclerito acessório na extremidade; raiz profunda tipo botão,bempronunciada,comextremidadeafilada.Barrasuperficial21(18–24,n=4) decomprimento,10(9–11,n=4)delargura,subretangular,comfinaprojeçãoantero mediana.Escudo64(57–70,n=4)decomprimento,emformadefitaalongada,com finasexpansõeslateraisesclerotizadas.Barraprofunda8(7–9,n=3)decomprimento, emformatodeoitodeitado,semprojeçãoesclerotizadaanteromediana(Fig.17).Três

143 barras acessórias (BA) e costelas laterais presentes. BA1 28 (20 – 37, n = 5) de comprimento, 27 (20 – 35, n = 6) de largura, com sulco sinuoso na base, lóbulo reniforme;placaesclerotizadafinaovalada.BA229(25–32,n=4)decomprimento,

30 (22 – 35, n = 4) de largura, subtriangular, com base arredondada, extremidade próximadaBA1ultrapassandoumpoucoaraizsuperficialdaâncora.BA335(30–38, n=4)decomprimento,articuladacomaâncora,encaixeentreâncoraeBA3composta porumaporçãoventralarredondadaeporextensãodorsallaminar,fina;BA444(40–

47,n=3)decomprimento,alongada,estreita,comsulcocentral;conexãodaBA4com aBA3formadapelauniãodasduasparedesdaBA4(Fig.17).EscleritoR163(55–68, n=4)decomprimento,livre,próximodabarrasuperficial,semsulcocentralnaregião anterior e extensão esclerotizada lateral, presença de fina membrana esclerotizada triangular,naextremidadedistal;doisparesdeescleritosR2,maiorR219(13–23,n=

4) de comprimento, cilíndricos proximalmente, alargados distalmente; costelas esclerotizadaslateraisemdoisgruposbilaterais,separadospelaBA3,cadagrupocom

56costelas.Ganchos28(26–30,n=6)decomprimento;cabeçadogancho7(6–7, n = 6) de comprimento; ponta e lâmina igualmente curvadas; bico arredondado, depresso;calcanharpequeno,arredondado;plataformalevementecôncava,inclinando sesuavementeatéobico.

Hospedeiro tipo : Mugil platanus Günther,1880(Mugilidae,Perciformes).

Localidade tipo :fozdoarroioBolaxa,EstuáriodaLagunadosPatos,RioGrande,RS,

Brasil(32 o06,771’Se52 o09,493’W)em18deagostode2004.

Sítio :superfíciecorporal.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx(n=xx);CHIOCxxxx(n=xx); USNPC xxxx(n=xx).

144 Comentários : Polyclithrum sp.n.1diferenciasedasoutrasespéciesde Polyclithrum

NeotropicaisporpossuiroR2formadopordoisparesdeescleritos,porapresentaruma projeção anteromediana na barra superficial e por não apresentar extensões esclerotizadaslateraisesulconoR1.Abarraprofundaemformade“8”ésemelhante

àquelade P. corallense e P. mugilini ,porémestasduasespéciespossuem6espineletes noOCM,enquantoque Polyclithrum sp.n.1possuiapenas5espineletes.Asbasesdos espineletesexternosdoOCMde Polyclithrum sp.n.1sãoaproximadamentedomesmo tamanhooumaioresdoqueabasedoespinhodoOCM(Ernst et al .,2000),enquanto quede P. boegeri ede Polyclithrum sp.n.2(nesteestudo)sãomenores. Polyclithrum sp.n.1possuiamassasincicialem“U”como P. alberti e P. corallense .Entretanto, essa espécie difere de P. alberti por possuir a barra profunda sem projeção antero medianaede P. corallense porpossuircincoespineletesnoOCM.

Polyclithrum sp. n. 2

(Figuras1821)

Descrição(baseada em14 espécimes): corpo fusiforme,452(404–556,n=14)de comprimento, maior largura na região do útero 85 (71 – 95, n = 14). Glândulas cefálicasunicelulares,órgãosdacabeçaconspícuos.Bulbofaringealproximal31(28–

33,n=4)dediâmetro,glandular;bulbofaringealdistal19(17–22,n=4)dediâmetro, muscular;projeçõesdigitiformesdobulbodistalnãoobservadas.OCM16(14–19,n=

8) de comprimento, 14 (11 – 16, n = 8) de largura, bulboso, com espinho e 5 espineletes, dois externos grandes e três internos pequenos, base dos espineletes externosmenoresdoqueabasedoespinho.Vesículaseminalnãoobservada.Testículo

31(24–36,n=5)decomprimento,22(19–25,n=5)delargura,pósgermariano, ovalado.Germário24(19–28,n=5)decomprimento,19(17–22,n=5)delargura,

145 ovalado. Receptáculo seminal não observado. Útero com até duas gerações de embriões. Glândulas ovaladas na região póstesticular em pequeno número. Massa sincicialem“U”póstesticularpresente.Háptortípicode Polyclithrum 114(93–130,n

=12)decomprimento,85(71–103,n=10)delargura.Âncora97(72–109,n=11) decomprimento;lâmina69(63–74,n=10)decomprimentoreta;ponta20(14–26,n

=8)decomprimento;raizsuperficialalongada,comescleritoacessórionaextremidade, protuberância próxima da raiz profunda; raiz profunda tipo reduzida, extremidade afilada.Barrasuperficial20(14–23,n=7)de comprimento,7(5–9,n=7)de largura,subretangular.Escudo50(44–55,n=7)decomprimento,emformadefita alongada,semexpansõeslateraisesclerotizadas.Barraprofunda15(12–16,n=8)de comprimento,5(4–7,n=8)delargura,subretangular,alongada,projeçõesantero lateraisinconspícuas,comdoisforâmenselípticos,semprojeçãoesclerotizadaantero mediana.Trêsbarrasacessórias(BA)ecostelaslateraispresentes.BA123(18–33,n

=6)decomprimento,30(24–38,n=6)delargura,comsulcosinuosonabase,placa esclerotizadafinaovalada.BA229(18–37,n=8)decomprimento,42(38–44,n=5) delargura,subtriangular.BA332(26–36,n=8)decomprimento,encaixeentreâncora eBA3formadaporduasporçõescirculares,umaventraleoutradorsal.BA433(29–

36, n = 8) de comprimento, com sulco central, conexão entre BA4 e BA3 estreita, formadapelauniãodasduasparedesdaBA4.UmpardeescleritoR1,50(48–53,n=

6)decomprimento,livres,comsulcocentralnaextremidadeproximal,nãochegandoa metade do R1; fina membrana esclerotizada triangular na extremidade posterior e membranalateralexterna.UmpardeescleritosR216(13–19,n=3)decomprimento, achatado,comabaserombuda,distalmenteexpandido.Costelasradiaisesclerotizadas emdoisgrupos,separadospelaBA3,grupoanterior45,grupoposterior34.Ganchos

31 (28 – 33, n = 8) de comprimento; cabeça do gancho 8 (6 – 9, n = 13) de

146 comprimento;compontaalongada,aberta,ultrapassandobastanteobico;lâminareta; bico depresso, arredondado; calcanhar pequeno, alinhado com a parede externa da lâminadacabeçadogancho;plataformalevementeconvexa.

Hospedeiro tipo : Mugil platanus Günther,1880(Mugilidae,Perciformes).

Localidade tipo :Maricá,RJ,Brasil,em02deagostode1988.

Sítio :brânquias.

Espécimes tipos :holótipo–MZUSPxxxx(n=xx);CHIOCxxxx(n=xx); USNPC xxxx(n=xx).

Comentários : Polyclithrum sp.n.2ésemelhantea P. ponticum porapresentarabarra profunda alongada (Gerasev et al., 2002), contudo, diferenciase desta espécie por possuir 5 espineletes no OCM. É diferente das outras espécies de Polyclithrum

NeotropicaisporapresentaraBA3semextensãoesclerotizada, não possuir extensão esclerotizada lateral do escudo, e possuir R1 com extensões esclerotizadas na face externa e um sulco na extremidade anterior, que não se estende até a metade do esclerito.Porém,umdoscaracteresquemelhordiagnostica Polyclithrum sp.n.2é umaprotuberâncianaraizsuperficialdaâncora. Polyclithrum sp.n.2éaúnicaespécie dogêneroquefoiregistradaparasitandofilamentosbrânquiasdohospedeiro.

Discussão

Asespéciesde Polyclithrum sãosemelhantesmorfologicamente,entretantopodem serdiferenciadaspelonúmerodeespineletesdoOCM,pelaformadabarraprofundae portamanhoeformadasbarrasacessórias,barrasuperficialeescudo.Apresençade extensões esclerotizadas em alguns escleritos podem auxiliar na diferenciação de espéciesde Polyclithrum ,queébaseadaemcaracteresdasestruturasesclerotizadasdo

147 háptor.Todavia,sãocomunsoserrosnadescriçãodosescleritos,devidoàplasticidade dasestruturasquepodemsermodificadaspelomododepreparaçãodosanimais.

A BA1 de todas as espécies de Polyclithrum Neotropicais, P. ponticum e P. mugilini (Gerasev et al. ,2002)possuemumaextensãoesclerotizadacircular.Acredita se que algumas descrições não citem esta extensão devido ao modo de preparo do animal e que este caráter existe, senão em todas, mas na maioria das espécies de

Polyclithrum .

Outrosproblemassurgemapartirdainterpretaçãodealgunsescleritosquepodem terimportânciaparareconstruçõesfilogenéticas.Nadescriçãooriginalde P. boegeri , porexemplo,osescleritosR1eR2foraminterpretadoscomobarrasacessórias(BA5e

BA6)(verErnst et al .,2000).KritskyeBoeger(2003)propõemhomologiaentreos escleritos R1 e/ou R2 entre vários gêneros. Espécies de Fundulotrema , Swingleus e

Mormyrogyrodactylus apresentamR1eR2associadosaoescudo.Poroutro lado, o

Gênero n. A (Capítulo IV) possui somente o esclerito R1 associado ao escudo, não apresentandoR2.Enquantoqueespéciesde Scleroductus , Gyrodactyloides eGêneron.

B(CapítuloIV)possuemoescleritoR1associadoàbarrasuperficialelivredoescudo.

Macrogyrodactylus spp. e Polyclithrum spp. possuem R1 livres do escudo e barra superficial.

Os escleritos R1 possuem grande variação que podem auxiliar na diagnose de espéciesdogênero.ApresençadeextensõesesclerotizadaslateraisdoR1emdiferentes posições diferenciam Polyclithrum sp. n. 1de P. boegeri e a ausência deste caráter diferencia Polyclithrum sp.n.2dasduasprimeiras.Umsulconaregiãoproximaldos escleritos R1 de P. boegeri e de Polyclithrum sp. n. 1, com diferentes tamanhos de acordo com a espécie foi observado. As espécies Neotropicais apresentaram uma

148 extensãotriangularnaextremidadeposteriordoR1,oquenãofoidescritoemnenhuma outraespéciedogênero.

Agradecimentos

OsautoresagradecemasequipesdoDr.RobertoE.ReiseDr.CarlosLucenado

MuseudeCiênciaseTecnologiadaPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedo

Sul(MCP),pelaidentificaçãodoshospedeiros;AoDr.JoaberPereiraJr.eaBióloga

Natália Marchiori (Fundação Universidade Federal do Rio Grande, RS); Ao Dr.

Marcelo Knoff pelo envio de material; Ao Dr. Luís Munis, curador da Coleção

HelmintológicadoInstitutoOswaldoCruz,porgentilmentecederlâminasdacoleção;A

FundaçãoAraucária(Protocolo932)eCNPqpelofinanciamentoaoprojetoeaoCNPq

(ProcessoN o140629/32003)pelabolsaconcedidaaRTV.

149 Literatura Citada

Ernst,I.,Whittington,I.D.eJones,M.K.2000.Threenewspeciesof Polyclithrum

Rogers,1967(Gyrodactylidae:Monogenea)frommugilinifishesfromAustraliaand

Brazil,witharedescriptionof P. mugilini Rogers,1967. Systematic Parasitology

45 :6173.

Gerasev,P.I.,Dmitrieva,E.V.eGaevskaja,A.V.2002. Polyclithrum ponticum sp.n.

(Monogenea:Gyrodactylidae:Polyclithrinae)from Mugil cephalus fromtheblack

seaandproblemsofsupragenericsystematicsofthegyrodactylids. Parazitologyia

36 (5):396404.

Kritsky, D. C. e Boeger, W.A. 2003. Phylogeny of the Gyrodactylidae and the

phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes:

Monogenoidea). Eds.Combes,C.,Jourdane,J.Toxonomie,écologieetévolutiones

métazoaires parasites. Taxonomy, ecology and evolution of metazoan parasites.

(LivrehommageàLouisEuzet).TomeII.PUP,Perpignan,France,Perpignan.37

58p.

Kritsky,D.C.,Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.22.

Variation in Scleroductus species (Gyrodactylidea, Gyrodactylidae) from

Siluriformes fishes of Southeastern Brazil. Journal of Helminthology Society

Washington 62 (1):5356.

Kritsky,D.C.eStockwell,C.A.2005.Newspeciesof Gyrodactylus (Monogenoidea,

Gyrodactylidae) from the white sands pupfish, Cyprinodon tularosa , in New

Mexico. The Southwestern Naturalist 50 (3):312317.

Menezes,N.A.1983.Guiapráticoparaoconhecimentoeidentificaçãodastainhase

paratis (Pisces, Mugilidae) dolitoral brasileiro. Revista Brasileira de Zoologia 2

(1):112.

150 Rogers, W. A. 1967. Polyclithrum mugilini gen. n. et sp. n. (Gyrodactylidae:

Polyclithrinaesubfam.n.)from Mugil cephalus L. Journal of Parasitology 53: 274-

276.

151 Legendas Figuras19.MedidasdasestruturasesclerotizadasdoháptoredoOCMde Polyclithrum spp. 1.Barrasuperficial–a.Largura, b.Comprimento.Escudo–c.Comprimento. 2. Barraprofundad.Comprimento, e.Largura. 3. OCMf.Comprimento. 4.Esclerito R1. g.Comprimento. 5.EscleritoR2.h.Comprimento. 6.Gancho–i.Comprimento total, j. 7.Comprimentodacabeçadogancho. 8.BA1–l.Largura, m.Comprimento, EC .Extensãoesclerotizadacircular, SS .Sulcosinuoso, LB .LóbulodaBA1. 9.BA2– n.Largura, o.Comprimento.BA3–p.Comprimento.BA4q.Comprimento. Figuras1013. Polyclithrum boegeri Ernst,WhittingtoneJones,2000(Gyrodactylidae, Monogenoidea) da superfície corporal de Mugil platanus (Mugilidae). 10. Corpo inteiro,Voucher(visãoventral). 11. ÓrgãoCopulatórioMasculino(OCM). 12 .Gancho. 13 . Complexo de escleritos haptoriais. BA1 – Barra acessória 1; BA2 Barra acessória2;BA3Barraacessória3;BA4–Hastedabarraacessória3;R1–Esclerito R1(“rib1”);R2–EscleritoR2(“rib2”);R“Ribs”.BS–Barrasuperficial;BP–Barra profunda;E–Escudodabarrasuperficial. Figuras 1417. Polyclithrum sp. n. 1 (Gyrodactylidae, Monogenoidea) da superfície corporalde Mugil platanus (Mugilidae). 14. Corpointeiro,Holótipo(visãodorsal). 15. Órgão Copulatório Masculino (OCM). 16 . Gancho. 17 . Complexo de escleritos haptoriais. Figuras1821. Polyclithrum sp.n.2(Gyrodactylidae,Monogenoidea)dasbrânquiasde Mugil platanus (Mugilidae). 18. Corpo inteiro, Holótipo (visão ventral). 19. Órgão CopulatórioMasculino(OCM). 20 .Gancho. 21 .Complexodeescleritoshaptorais. Figuras 2223. Diferenças na BA1 de Polyclithrum boegeri (CHIOC) e na BA1 de Polyclithrum boegeri (deste Capítulo). 22 . Polyclithrum boegeri (CHIOC 33988b), coradocompicratodeamônia.Flechasmostramoslimitesdaextensãoesclerotizada circulardaBA1. 23 . Polyclithrum boegeri (nesseestudo),montadoemmeiodeHoyer efotografadocomousodecontrastedefase.

152

153

154

155

156

157

PARTE II

SEÇÃO FILOGENÉTICA

CAPÍTULO VII

Filogenia de Gyrodactylidae (Monogenoidea): morfologia, moléculas,

evidência total e as Implicações biogeográficas no modelo de evolução de

Gyrodactyloidea *

*Capítulopreparadodeacordocomoguiaparaautoresdo“ Journal of Parasitology ”. Resumo

Hipóteses filogenéticas de Gyrodactylidae (Monogenoidea) baseadas em dados morfológicos e moleculares de DNA ribossomal, com a inclusão de novos táxons ovíparosevivíparossãoapresentadas.Ashipótesespréviasdequeespéciesovíparas sãobasaisequeformamumgrupoparafiléticoforamtestadas.Naanálisemorfológica os gêneros compostos por espécies ovíparas ( Aglaiogyrodactylus , Hyperopletes ,

Nothogyrodactylus , Onychogyrodactylus , Oogyrodactylus, Phanerothecioides e

Phanerothecium )formaramumgrupamentoparafiléticoebasalcomsuportevariado.

Asespéciesvivíparasformaramumcladocomdiferentessuportesnoscladosinternos.

A análise morfológica sugere que grupos vivíparos basais são espécies da Região

Neotropicalsemescudo,seguidasdeumcladocomespéciesqueapresentamausência de vários caracteres, incluindo escudo ( Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum ,

Archigyrodactylus e Laminiscus ). O cladoformado por Accessorius , Fundulotrema ,

Gênero n. A sp. n. 1, Gênero n. B sp. n. 1, Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus ,

Mormyrogyrodactylus , Polyclithrum e Swingleus ,foiomaisdiversomorfologicamente.

Apresentefilogeniamorfológicaindicaqueespéciesde Gyrodactylus nãoformamum clado e as espécies utilizadas foram separadas em duas politomias, uma com

Scleroductus sp.n.1+clado“M”+clado“Q”eoutracom Acanthoplacatus sp.+clado

“R”, agrupadas pela ausência ou presença de escudo, respectivamente. Na análise molecular foram utilizadas 56 seqüências de rDNA, distribuídas em 48 espécies

(Udonella sp., 14 espécies ovíparas, 33 espécies vivíparas) em análises de máxima parcimôniaeinferênciaBayesiana.Asanálisesmolecularesindicaramqueasespécies ovíparas formam um grupo basal, monofilético e grupoirmão do clado de espécies vivíparas.Ocladovivíparopossuitrêslinhagens,comamaisbasaldelasapresentando grandediversidademorfológicaemestruturashaptoraiseespéciesNeotropicaisnabase.

160 Asanálisessugeremque Gyrodactylus épolifiléticoeespéciescomseqüênciasdeITS1 maislongasformamumclado,com Acanthoplacatus sp.comogrupoirmão.Orestante dasespéciesde Gyrodactylus deoutraslinhagenspossuemseqüênciasdeITS1curtas, incluindoasespéciesovíparas.Ostatusparafiléticodasespéciesovíparassugereque cladosinternosdessegrupopodemformartáxonssupraespecíficoscomaadiçãode maisdados.Osdadosmolecularescorroboramafilogeniacomosdadosmorfológicos.

AdistribuiçãodeespéciesovíparasparasitasdeLoricariidaenatopologiasugereque essas espécies de girodactilídeos acompanham um padrão de coespeciação com as subfamíliasdoshospedeiros.Aanálisemolecularindicouumprováveleventodeperda deestruturashaptorais,comobarrasacessórias,escleritosR1eR2eescudotipofitano cladodeespéciesvivíparas,pelapresençadeespéciescomessasestruturasnabasedo cladoeausênciadeespéciesderivadascomessasestruturas.OtesteILDindicaqueas

árvoresobtidascomdadosmorfológicosemolecularesutilizadosnaevidênciatotalsão congruentes,aceitandoahipótesenula,indicandoqueasárvoresapartirdessesdados possuemhistóriaevolutivacomum.Afilogeniaobtidaapartirdaanálisedeevidência totalcommáximaparcimôniaindicaquehágrandecongruência(detopologia)entreo cladogramadedadoscombinadoseastopologiasmorfológicasemoleculares.Espécies ovíparas e Scleroductus sp. n. 1 apresentaram posições equivalentes a topologia observada com dados morfológicos. As demais espécies vivíparas apresentaram posições e relações de gruposirmãos similares àqueles das análises com dados moleculares.

Abstract

PhylogenetichypothesesofGyrodactylidae(Monogenoidea)basedonmorphologicand molecular data of DNA ribossomal, with the inclusion of new taxa oviparous and

161 viviparousarepresented.Previoushypotheses,thatoviparousspeciesarebasalandthat formaparaphyleticgroupweretested.Inthemorphologicanalysisthegenuscomposed by oviparous species ( Aglaiogyrodactylus , Hyperopletes , Nothogyrodactylus ,

Onychogyrodactylus , Oogyrodactylus , Phanerothecioides and Phanerothecium )formed aparaphyleticandbasalgroupwithvariablesupport.Theviviparousspeciesforma cladewithdifferentsupportsintheinternalclades.Themorphologicanalysissuggests that basal viviparous groups are species of the Neotropical Region without shield, followingbyacladewithspeciesthatpresentabsenceofseveralcharacters,including shield ( Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum , Archigyrodactylus and

Laminiscus ). The clade formed by Accessorius , Fundulotrema ,Genusn.Asp.n.1,

Genus n. B sp. n. 1, Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus , Mormyrogyrodactylus ,

Polyclithrum and Swingleus , was the most morphologically varied. The present morphologicphylogenyindicatesthatspeciesof Gyrodactylus donotformacladeand theusedspecieswereseparateintwopolytomies,onewith Scleroductus sp.n.1+clade

"M"+clade"Q"andotherwith Acanthoplacatus sp.+clade"R",clusteringbythe absenceorshieldpresence,respectively.Inthemolecularanalysis56rDNAsequences wereused,distributedin48species( Udonella sp.,14oviparousspecies,33viviparous species)inanalysesofparsimonyandBayesianaInference.Themolecularanalyses indicatedthattheoviparousspeciesformsamonophyleticbasalgroupandsistergroup ofthecladeofviviparousspecies.Theviviparouscladepossessesthreelineages,with themostbasalofthempresentinggreatmorphologicdiversityinhaptoralstructuresand

Neotropical species in the base. The analyses suggest that Gyrodactylus represent poliphyletic and species with sequences of longer ITS1 form a clade, with

Acanthoplacatus sp.assistergroup.Theremainingofthespeciesof Gyrodactylus of otherlineagespossessessequencesofshortITS1,includingtheoviparousspecies.The

162 paraphyleticstatusoftheoviparousspeciessuggeststhatinternalcladesofthatgroup can form supraspecific taxa with the addition of more data. The molecular data corroborate the phylogenywiththe morphologic data. Thedistributionofoviparous speciesparasitesof Loricariidaein thetopologysuggests that those gyrodactilideans species accompany a co pattern with the subfamilies of the hosts. The molecularanalysisindicatedaprobableeventoflossofhaptoralstructures,asaccessory bars,scleritesR1andR2andshieldthreadlikeinthecladeofviviparousspecies,bythe presenceofspecieswiththosestructuresinthebaseofthecladeandabsenceofderived species with those structures. The ILD test indicates that the trees obtained with morphologicandmoleculardatausedinthetotalevidencearecompatible,acceptingthe null hypothesis, indicating that the trees to leave of those data possess common evolutionary history. The phylogeny obtained starting from the analysis of total evidencewithparsimonyindicatesthatthereisgreatcongruence(oftopology)between the cladogram of combined data and the morphologic and molecular topologies.

Oviparous species and Scleroductus sp.n.1showsequivalentpositionsthetopology observedwithmorphologicdata.Theotherviviparousspeciespresentedpositionsand similarsistergrouprelationshipstothoseoftheanalyseswithmoleculardata.

Introdução

Gyrodactylidae possui espécies ovíparas e vivíparas,que são ectoparasitas de peixes,anfíbioselulasemgrandemaioriadosambientesaquáticos(Boeger et al .,1994;

KritskyeBoeger,2003).Harris(1983)propôsOogyrodactylidae,paraagruparespécies ovíparas de monogenóideos tipogirodactilídeos. Foram agrupados nessa família

Oogyrodactylus farlowellae Harris, 1983 e Phanerothecium caballeroi Kritsky e

Thatcher,1977.

163 Desdeentão,novasdescriçõesdeespéciesovíparasforamrealizadas,incluindo maiscincogêneros(KritskyeBoeger,1991;Boegeret al .,1994;Kritsky et al .,2007).

Boeger et al . (1994) apresentaram umahipótese que sugere queOogyrodactylidae é parafilética,transferindosuasespéciesparaGyrodactylidae.AanálisedeBoeger et al .

(1994)tambémsugereque Nothogyrodactylus KritskyeBoeger,1991éparafiléticoeo restante dos gêneros compostos por espécies ovíparas ( Oogyrodactylus Harris, 1983;

Phanerothecium Kritsky e Thatcher, 1977; Hyperopletes Boeger,KritskyeBelmont

Jégu,1994)recebemsuporteesãoconsideradosválidos.Asespéciesovíparasformam gruposparafiléticosebasaisemGyrodactylidae(Boeger et al .,1994;KritskyeBoeger,

2003).

Algumas das primeiras propostas de relação de ancestralidade entre os

GyrodactylidaefoipropostaporMalmberg(1964,1970,1998),utilizandoinformações dasestruturasdoháptor,órgãocopulatórioedosistemaexcretor.Inicialmente,oautor utilizousomenteespéciesde Gyrodactylus Nordmann,1832,asquaiseledividiuem6 subgêneros(Malmberg,1970).Emumsegundomomento,Malmberg(1998)incluiu nasuapropostaderelaçãoentregirodactilídeos,alémdas espéciesde Gyrodactylus , espéciesde Gyrdicotylus VercammenGrandjean,1960, Macrogyrodactylus Malmberg,

1956, Oogyrodactylus , Swingleus Rogers, 1969, Polyclithrum Rogers, 1967 e

Isancistrum DeBeauchamp,1912.Malmberg(1998)sugereque Macrogyrodactylus possa ser uma forma basal de Gyrodactylidae. Entretanto, o autor reconhece que a viviparidadeéumestadoquedesenvolveusecundariamentenafamíliaepropõequea formadosistemaexcretorde Oogyrodactylus possaserumaconvergênciacomespécies vivíparasequeaoviparidadepossaserumareversão.

Aparentementealinhagemvivíparaémonofilética(Boeger et al .,1994;Kritsky eBoeger,2003).Ocladodeespéciesvivíparaséogrupoqueapresentaamaiorriqueza

164 deespéciesemGyrodactylidae(Boeger et al .,2003).Essariquezasegundoosautoresé apomórfica, como resultado de radiação adaptativa. Contudo, Boeger et al . (2003) chamam a atenção de que grande parte dessa riqueza de espécies é formada por

Gyrodactylus (402espécies). Gyrodactylus foiconsideradoparafilético(Boeger et al .,

2003),oquerepresentaquenovasanálisespodemindicaraseparaçãode Gyrodactylus emumagrandediversidadedetáxonssupraespecíficos.

ExistempoucostrabalhossobreafilogeniadeGyrodactylidae,principalmente comdadosmoleculares.Agrandepartedosestudos molecularesenvolvemsomente espécies de Gyrodactylus restritos a algumas regiões biogeográficas (Zietara et al .,

2002;Huyse et al .,2004;HuyseeVolckaert,2005).

A maioria dos estudos baseados em dados moleculares de girodactilídeos utilizaram a região do DNA ribossomal estendendose do ITS1 ao ITS2. O DNA ribossomal(rDNA)éprecursordoRNAribossomal(rRNA),queformaaestruturados ribossomos,quenosEucariontesécompostodetrêsunidadescodificadorasrepetidas

(18S,5.8Se28S)seqüencialmente(cópias)eseparadasporregiõesnãocodificadas,os espaçadoresintergênicos(IGS)einternos(ITS)(Weider et al .,2005).Osespaçadores

(IGSeITS)sãodegradadosnonúcleonoprocessodetranscrição,porémfoiobservado queem Saccharomyces cerevisiae partedaregião5’doITS1acompanhao18Satéo citoplasma,ondeéfinalmentedegradado(MoyeSilver,1999).AregiãodoITSrDNA

(ITS1, 5.8S e ITS2) foi utilizada como marcador específico para espécies de

Gyrodactylus ,principalmenteoITS1,quecontémdiferençasemnívelespecíficodevido

à grande variação existente no comprimento da região entre espécies do gênero

(Cunningham, 1997; Cable et al ., 1999; Cunningham et al .,2001;Matejusová et al .,

2001; Hansen et al .,2003;ZietaraeLumme,2004;Huyse et al ., 2006). Existe pelo menosumestudosobreaestruturasecundáriadessaregião(Cunningham et al .,2000).

165 A região do ITS também foi utilizada para inferir a filogenia de Gyrodactylidae, indicandoresultadoscontraditóriossobreostatusdemonofiliade Gyrodactylus esuas relaçõesdegrupoirmão(Zietara et al .,2002;KritskyeBoeger,2003;Matejusová et al .,

2003;ZietaraeLumme,2004).

Considerando uma estimativa feita com base no número de possíveis hospedeirosparaespéciesdegirodactilídeos,atualmentesãoconhecidascercade2% das possíveis 20.000 espécies existentes de Gyrodactylidae (Bakke et al ., 2002). A fauna de peixes neotropicais de água doce pode representar 25% da diversidade da ictiofaunadeáguadoceemarinhadoplaneta(~8.000 espécies) (Vari e Malabarba,

1998).Dessamaneira,éesperadoqueamaiorparte das espécies de girodactilídeos estejam na Região Neotropical. Isso é indicado em recentes publicações com a descriçãodeespéciesovíparasevivíparasdosNeotrópicos(Kritsky et al .,2007;Vianna et al .,nopreloa,b).Noentanto,asrelaçõesfilogenéticasdeespéciesneotropicaiscom osinúmerostáxonsdescritospararegiõescomoEuropa,AméricadoNorteeÁsia,ainda nãosãoconhecidas.Dessamaneira,combaseemdadosmorfológicosemoleculares, esseestudotemoobjetivodeproporasrelaçõesfilogenéticasdeespéciesneotropicais comtáxonsdeoutrasregiõesetestarahipótesedeBoeger et al .(1994)sobreaposição basaleparafiliadogrupoformadopelasespéciesovíparasdafamília,incluindonovos táxonsovíparosevivíparos.Alémdetestarpressupostosdomodelodediversificação deespéciesvivíparas,propostoporBoeger et al .(2003),quesão:1)Gyrodactylidaetem origem recente (menos de 66 milhões de anos atrás) na região Neotropical; 2) Que espécies vivíparas têm capacidadededispersão,conferidapelomodoreprodutivo de viviparidade, enquanto que espécies ovíparas são mais limitadas a alguns grupos de hospedeiros;3)SeGyrodactylidaetemorigemneotropical,entãoadispersãopodeter ocorridopelomar,utilziandooshospedeirose;4)Equeaproximidadefilogenéticadas

166 espécies esteja mais relacionada a proximidade geográfica do que a história de fragmentaçãocontinental.

Material e Métodos

Coleta e fixação dos parasitos

OsparasitosforamcoletadosdepeixesdeváriasbaciashidrográficasdoBrasil.

Assimquecapturados,ospeixesforamcolocadosemrecipientescomáguaquente(60

70 oC)osquaisforamvigorosamenteagitados(KritskyeStockwell,2005).Oconteúdo de cada frasco foi dividido em duas alíquotas. Em uma alíquota foi adicionada formalinasuficienteparaobterumaconcentraçãode5%(paraestudomorfológico)eem outrafoiadicionadoálcool95%(paraestudomolecular).

Morfologia e estudo taxonômico

Nolaboratório,osparasitosforamseparadossoblupaemontadosemmeiode

Hoyer(estudodeescleritos)oucoradoscomcorantetricrômicodeGomori(estudoda morfologiainterna)(Kritsky et al .,1995).Adiagnosedoshelmintosfoifeitaatravésde desenhosefotos.Osdesenhosforamfeitoscomcâmaraclaraeasfotografiasforam obtidascomumacâmeraOlympusQColor5,ambasacopladas em um microscópio comiluminaçãodecontrastedefase(OlympusBX51).

Análise filogenética com dados morfológicos

AhomologiadosestadosdecaráterfoideterminadadeacordocomosCritérios deHomologiadeRemane,descritosporWiley(1981),considerandooprincipioauxiliar deHennig(BrookseMcLennan,1991).Assériesdehomólogoscombinaramaquelas

167 de Boeger et al. (1994), Kritsky e Boeger (2003) e caracteres adicionais obtidos da análise morfológica de espécimes (Tabela 1) e da literatura. Nas análises, foram utilizados30caracteres,11dessesforamconsideradosmultiestadosenãoordenados, assimépossívelamudançadeumestadodecaráter paraoutroestadoemumúnico passo (Kitching et al ., 1998). Os caracteres polimórficos foram codificados pela definição do estado plesiomórfico (ver Kornet e Turner, 1999). O restante dos 19 caracteresbináriosforamordenados(conforme KritskyeBoeger,2003).Caracteres autapomórficos foram incluídos na análise, mesmo não sendo filogeneticamente informativos. Esse processo foi realizado para caracterescomgrandesséries multi estadose/ouquesãooprincipalcaráterdiagnósticodaespécie.Dessamaneiraevitase queduranteaanáliseaquelecaráter,emparticular,sejainterpretadocomoambíguo.

Cinqüenta táxons compõem o grupo interno (Tabela 2), entre elas, todas as espéciesovíparasdescritas,umnúmerorepresentativodeespéciesde Gyrodactylus do

Brasileumaespéciedecadagênerorestanteconsideradoválido.Nãoforamenvolvidas todasasespéciesde Gyrodactylus descritosparaoBrasileespéciesdeoutrasregiões pelabaixadiversidademorfológicaapresentadaporessasespécies.

Os táxons que compõem o grupo externo foram os mesmos utilizados por

Kritsky e Boeger (2003). Foram utilizadasespécies de Anoplodiscus Sonsino, 1890

(Anoplodiscidae), Enoplocotyle Tagliani, 1909 (Acanthocotylidae) e Udonella

Johnston, 1835 (Udonellidae),deacordocomasrelações de famílias propostaspor

Boeger&Kritsky(2001).Espéciesdegênerosqueapresentamproblemastaxonômicos equecolocamemquestionamentosuavalidade,nãoforamutilziadosnaanálise,tais como: Afrogyrodactylus Paperna, 1968 e Micropolyclithrum Skinner, 1975 que possuem suspeita de sinonímia (ver Ernst et al. , 2000); Limnogyrodactylus Gläser,

1978; Postgyrodactylus Gläser,1978; Mesogyrodactylus Gläser,1978; Anguilladactylus

168 Gläser,1978,porfaltadeumadiagnosebemdefinidaouporausênciadeespécimes paraestudos,como Metagyrodactylus Yamaguti,1963(verBaugh,1957).

AmatrizfoiconstruídanoprogramaNDE(NexusData Editor Page, 2001)

(Tabela 2) e três análises foram realizadas na tentativa de minimizar problemas de grande número de cladogramas obtidos, tempo computacional e homoplasias. A primeiraanálisefoirealizadanoprogramaPAUP*4.0b10(Swofford,2001),combusca heurística, MAXTREES ilimitado e 1000 réplicas, que gerou um número excessivo de

árvores.UmasegundaanálisefoirealizadanoprogramaTNT(Goloboff et al .,2003) paraumaavaliaçãodassériesdehomólogoscomexcessodehomoplasias,combusca heurística e MAXTREES = 10.000. A análise final foi realizada com os NCHUCK = 5

CHUCKSCORE =5nosprogramas,buscaheurísticae MAXTREES =10.000,noprograma

PAUP*eTNT(buscaheurística,com1000réplicase MAXTREES =10.000).Apósa visualização dos escores das árvores ( PSCORES ), foi realizado um filtro ( FILTER

MAXSCORE =VALORDOESCORE ),naanálisenoPAUP*.

A análise no PAUP* foi otimizada por ACCTRAN e DELTRAN. Os cladogramas obtidos com as duas otimizações tiveram a mesma topologia. O cladogramaapresentadonadiscussãodoscaracteresfoiaquelegeradonoPAUP*por otimizaçãoACCTRAN.

Avisualização da evoluçãodosestadosdecarátere escolhadatopologia foi realizada com o programa MacClade versão 3.05 (Maddison e Maddison, 1992) e

Treeview1.6.5(Page,2001).

Os ramos com comprimento zero foram colapsados ( PSET

COLLAPSE =MINBRLEN ), em ambas as análises. As medidas de suporte consideradas nesse estudo para os clados resultantes foram: bootstrap (≥ 50%) ( BOOTSTRAP

KEEPALL =YES NREPS =1000 SEARCH =HEURISTIC / NCHUCK =5 CHUCKSCORE =5

169 ADDSEQ =RANDOM );suportedeBremer,implementadonoprogramaTNT ( DOBREM ) e cladogramadeconsensoestrito.Osvaloresdesuporteestãolocalizadosabaixodecada ramo(Figura1):antesdabarraestãoosvaloresdesuportedeBremer(TNT)eapósa barra os valores de bootstrap (PAUP*), todos os valores de bootstrap estão representados na Figura 1. O enraizamento dos cladogramas foi realizado posteriormenteàanáliseconformetécnicasdescritasporNixoneCarpenter(1993).

NoanexoAéapresentadaumadiscussãodecadacaráterquenãofoienvolvido na análise por apresentar grande número de homoplasias ou dificuldade para o estabelecimentodehomologias.Oscaracteressão:presençadealmofadasnoháptor; ramificaçãodapeçaacessória;númerodefileirasdeespinhosnoOCM;OCMmuscular eversíveleformadosganchos.

Análise filogenética com dados moleculares

Escolha do fragmento

As análises moleculares foram realizadas utilizando a região do DNA ribossomalchamadadeITS,aqualincluiosespaçadorestranscritosinternos(ITS1e

ITS2) e o gene (5.8S rDNA) (Fig. 2). O ITS foi escolhido devido à grande disponibilidadedeseqüênciasdessaregiãoembancosdedados( e.g. Genbank)epelo grande número de estudos desenvolvidos com filogenia de Gyrodactylidae com esse fragmento( e.g. Cable et al .,1999;Cunningham,1997;Cunningham et al .,2000,2001;

Matejusová et al .,2001,2003;Zietara et al .,2002;HuyseeMalmberg,2004;Zietarae

Lumme,2004;Cable et al .,2005)incluindoespéciesdediversasregiõesdomundo.

170 Extração do DNA

Individualmente,osparasitosforamcolocadosemgotasdeglicerina(composto neutro), na qual foram separadas regiões para extração de DNA e testemunho morfológico. Os testemunhos do háptor (espécies vivíparas e ovíparas) e região anterior, contendo o órgão copulatório masculino (ovíparos) foram separadas com estileteemontadasemmeiodeHoyer.Aidentificaçãodeumaespécieovíparada regiãoAmazônica(denominadodeG702)nãofoipossível,devidoaobaixonúmerode indivíduosobtidos.Porém,G702foimantidanaanáliseparadeterminaraposiçãode espéciesdaregiãoAmazônicanafilogeniadeGyrodactylidae.

Aregião docorpo a serutilizadafoilavadaemálcool 96% para retirada do excesso de glicerina. A extração foi realizada com o protocolo modificado de

Cunningham et al . (2000), com 27 µLdetampão de lise (Tween20,0,45%;NP40,

0,45%emtampãoTE),comadiçãode3 µLdeproteinaseK(20ng/ µL),aquecidospor

20minutosa65 oCparadesnaturaçãodoDNAepor10minutosa95 oCparainativação daProteinaseK.

Amplificação e seqüenciamento do DNA

Os espaçadoresinternostranscritosITS1eITS2,e o gene5,8S rDNA foram amplificadosutilizandoprimersespecíficosdesenhadosparaespéciesde Gyrodactylus :

ITS1 (5’ – TTTCCGTAGGTGAACCT –3’) e ITS2 (5’ – TCCTCCGCTTAGTGATA – 3’)

(Cunningham,1997).APCR( polymerase chain reaction )seguiuoseguinteprotocolo: aquecimentoinicialde94 oC/5min(desnaturação“inicial”),seguidode40ciclos:94 oC/

60’ (desnaturação “final”), 50 oC/ 60’ (anelamento), 72 oC/ 60’ (extensão “inicial”) e

72 oC/ 5 min (extensão “final”). O volume total da reação de PCR foi de 25 µL.

Algumas medidas de concentração do produto extraído foram realizadas com um

171 espectrofotômetro (Genequant), porém, em nenhuma das ocasiões foi possível determinar esse parâmetro. Dessa maneira, foi usado de 35 µL de DNA molde

(template ), resultando em amplificação. De cada primer foi utilizado 25 pM, DNA polímerase(5U/ µL),1Xdetampãodereação,12,5mMdecloretodemagnésioeo restantedovolumecompletadocomáguaultrapura.

A eletroforese em gel de agarose (1,5%) foi realizada com 2L do produto amplificado.OprodutodareaçãodePCRfoipurificadocomokitMinelute®(Qiagen) easuaconcentraçãofinalmedidacomespectrofotômetro(Genequant).

A reação de seqüenciamento foi realizada com 20 ng de produto da PCR purificado,terminadorBigDye3.1(5X),tampãodesequenciamento5X,primera3,2 pMeáguaultrapuraparacompletar10L.Areaçãofoirealizadacomaquecimento inicial de 94 oC/ 5 min (desnaturação inicial), seguido de 35 ciclos: 94 oC/ 10 seg

(desnaturaçãofinal),50 oC/05seg(anelamento),72 oC/60seg(extensão).Oprodutode seqüenciamentofoiprecipitadocomisopropanolepurificadocometanol70%,seguido de secagem a vácuo à 60ºC/ 40 min. O seqüenciamento foi realizado em um seqüenciador3130AppliedBiosystem(LEMPE–LaboratóriodeEcologiaMoleculare

Parasitologia Evolutiva). Sete seqüências utilizadas na análise foram obtidas na plataforma de seqüenciamento do CENARGEN (Embrapa, Brasília), em um seqüenciador ABI 3700. O gene e espaçadores foram seqüenciados em ambas as direções.Asfitasdamesmaseqüência(“forward”5’3’ereverso3’5’)foramalinhadas através do programa Staden Packcage (Staden e Bonfield, 19922002). Sempre que possível, os sítios ambíguos existentes em uma das fitas foram substituídos pelo nucleotídeoexistentenamesmaposiçãodaoutrafita.Aotérminodesseprocessofoi obtida a seqüência de consenso. Todos os dados serão depositados no GenBank e outrosbacnosdeseqüênciasdenucleotídeos.

172 Alinhamento das seqüências

AsseqüênciasproduzidasnoLEMPEeobtidasdoGenbank(Tabela1)foram alinhadaspeloprogramaClustalW(Thompson et al .,1994)implementadonoprograma

Bioeditversão5.0.9(Hall,1999),noqualasseqüênciasforameditadasvisualmente.

Adeterminaçãodotamanhodogene5.8SrDNAedosespaçadoresITS1eITS2 de cada seqüência utilizada na análise foi realizada através de uma comparação individual com a seqüência de Gyrodactylus salaris Malmberg, 1956 (Z72477). Na seqüênciade G. salaris, oITS1estáentreasposições1655,do5.8Sentre656812ea regiãodoITS2entreasposições8131240.Otamanhodecadaregiãodasseqüências, correspondentesaosfragmentosde G. salaris ,sãoapresentadosnaTabela3.

Seqüências de algumas espécies de Gyrodactylus da Europa (Genbank) e de espéciesparasitasdeSiluriformesdoBrasil(produzidasnoLEMPE)forammaioresque asdemaisseqüências.AextremidadeinicialdasseqüênciasdeITS1de Gyrodactylus da Europa e a extremidade final das seqüências de ITS2 de Gyrodactylus de

Siluriformes foram excedentes e foram retiradas para evitar regiões mal alinhadas e ambíguas. Uma comparação dos números totais de pares de bases dos dados sem modificaçãocomosfragmentosdamatrizdedadoséapresentadanaTabela3.Como grupo externofoi utilizada a seqüência de Udonella sp. (Udonellidae) (produzidano

LEMPE).

Teste de saturação e sinal filogenético

OtestedesaturaçãofoirealizadonoprogramaDAMBEversão4.5.20(Xiae

Xie,2001).Omodelodesubstituiçãodebasesutilizado foi o K80 (Kimura,1980) contra a taxa de transversão (tv) e transição (ts). O testefoirealizadocom todoo fragmentodeITS(ITS1+5.8SrDNA+ITS2),comascombinaçõesdeITS1+ITS2,

173 ITS1+5.8S,5.8S+ITS2ecomasregiõesseparadasdeITS1,5.8SeITS2.Gráficos foram gerados a partir de cada combinação de seqüências e foram analisados visualmente,indicandoqualregiãonãoseriasaturada.

Averificaçãodosinalfilogenéticofoirealizadoatravésdedoistestes:1)Teste de permutação, proposto por Faith e Cranston (1991) (PTP permutation test probability ou permutation tail probability test ) implementado no programa PAUP*

4.0b10 (Swofford, 2001) ( PERMUTE TEST =PTP NREPS =1000 SEARCH =HEURISTIC ).

Atravésdeumaplanilhafoiconfeccionadoumgráficocomosvaloresdafreqüência doscomprimentosdasárvoresnasréplicas(doarquivo log) (Schneider, 2003); 2) O teste G1 (foi realizado no PAUP* e faz uma amostragem ao acaso computando o comprimento das árvores resultantes dos dados da análise ( RANDTREES ; NREPS

=1.000.000)(HilliseHuelsenbeck,1992;SokaleRohlf,1995;Schneider,2003).

Análises filogenéticas

Hipóteses filogenéticas moleculares foram produzidas com o ITS1 (parcial),

5.8SeITS2(parcial)atravésdemáximaparcimônianoprogramaPAUP*einferência

Bayesiana, com o programa MrBayes v3.1.1 (Ronquist e Huelsenbeck, 2003). Na análisedeparcimôniaforamutilizadososparâmetrosdebuscaheurística( HSEARCH ),

MAXTREES ilimitada, 1000 adições randômicas de seqüências ( ADDSEQ =RANDOM

NREPS =1000) e ramos com comprimento zero foram colapsados ( COLLAPSE =YES ).

Valores de Bootstrap (≥ 50%) foram calculados com 200 réplicas e 100 adições randômicasdeseqüências.

AanálisedeinferênciaBayesianafoirealizadacom1,5milhõesdegeraçõese

BURNIN =5000(Fig.3),comomodelodesubstituiçãodenucleotídeos(TVM+I+G) estabelecido pelo Modeltest v3.7 (Posada e Crandall, 1998) e utilizado no MrBayes

174 (NST=6).Onúmerodegeraçõesfoiaquelenecessárioparaqueamédiadodesvio padrão da quebra de freqüência (“ average standard deviation of split frequencies ”) fosse menor a 0, 01 (valor da análise = 0,005). O suporte de ramo da árvore de consensodemaioriautilizadonaanálisedeinferênciaBayesianaéodaprobabilidade posterior(≥50%).

Análise de dados combinados – Evidência total

OsdadosmorfológicosemolecularesforamcombinadosnoprogramaBioedit versão 5.0.9 (Hall, 1999) e são apresentadas em uma única matriz (Anexo B). A combinação dos caracteres foi feita somente com as espécies que tinham os dois conjuntos de dados (morfológicos e moleculares) (Anexo B). A lista de séries de homólogos é a mesma utilizada na análise de máxima parcimônia com dados morfológicos do presente estudo. Regiões com gaps e ambíguas foram retiradas do conjuntodedadosmoleculareseasregiõesinvariantesforammantidas,deacordocom

Ramírez(2006).

AanálisefoirealizadanoprogramaPAUP*comotestedehomogeneidadede partições( HOMPARTPARTITION )com500réplicase2adiçõesrandômicasdeseqüências

(NREPS =2) EMAXTREES =1000.Todososcaracteresforampesadosigualmente.OILD

(Incongruence Length Difference test) ou teste de Homogeneidade de partição

(Partition-Homogeneity Test ) implementado no PAUP*, tem o objetivo de avaliar a compatibilidade entre a matriz morfológica e molecular (Farris et al . 1995a, 1995b;

Cunningham,1997;BarkereLutzoni,2002). AhipótesenuladoILDéacongruência dosdados,ondeasomadoscomprimentosmínimos( C)daspartiçõesoriginais ae b temdesermaiorouigualasomadoscomprimentosmínimosdaspartiçõesrandômicas ar e br [( Ca + Cb )≥( Car + Cbr )].Ahipótesealternativaéadeincongruência,ondea

175 soma dos comprimentos mínimos das partições originais é menor que a soma dos comprimentosmínimosdaspartiçõesrandômicas[( Ca + Cb )<( Car + Cbr )](Ramírez,

2006).

Resultados

Filogenia de Gyrodactylidae baseada em dados morfológicos

Afilogeniabaseadaemdadosmorfológicos(Fig.1)representa1de103árvores igualmenteparcimoniosasobtidaspelofiltro(Filtermaxscore=82)naanáliserealizada no PAUP* (Comprimento = 82, Índice de Consistência [IC] = 0,57, Índice de

Homoplasia [IH] = 0,43 e Índice de retenção [IR] = 0,86). A distribuição, as transformaçõeseoíndicedeconsistênciadecadacarátersãoapresentadosnaTabela4.

A análise sugere que os caracteres na base do cladograma podem não ser sinapormofiasparaGyrodactylidae(Fig.1).Oscaracteresórgãocopulatóriomasculino muscular; glândulas de Mehlis massiva; um par de âncoras; 16 ganchos (8 pares), marginais, regularmente distribuídos na margem do háptor são plesiomórficos em

Monogenoidea.

As espéciesovíparasformam um grupoparafiléticoebasal, enquantoqueas espécies vivíparas compõem um grupo monofilético suportado por sinapomorfias, bootstrap e Bremer. Os clados formados por espécies ovíparas apresentam baixos valoresdesuportedebootstrapeBremereaparafiliaéconsistenteemtodasasárvores igualmenteparcimoniosasdaanálise(Fig.1).

Espéciesde Nothogyrodactylus formamogrupomaisbasaldafamília.Porém, essasespéciesocorrememumatricotomiacomocladoformadopelasespéciesovíparas evivíparasrestantesenãopossuisuportedeconsensoestrito.Ocladoformadopelas

176 espécies de Onychogyrodactylus possuisuporte de uma sinapomorfia (bolsadapeça acessóriapresente).

Aglaiogyrodactylus éumgêneromonofilético,suportadoporduassinapomorfias

(divertículouterinopresenteepeçaacessóriadentrodosacodoOCM),noentantoas

relaçõesinternasdesuasespéciesnãosãoclaras.Somente Aglaiogyrodactylus guttus e Aglaiogyrodactylus calamus formam um clado (Clado“F”) comsuporte de

Bremerecomapoiodeumasinapomorfiahomoplásica.

As espécies de Phanerothecium (clado “H”) formam um grupo monofilético apoiado por duas sinapomorfias (presença de mais de um ovo no útero e vitelária distribuídaem“h”semramodextroanterior),cujorelacionamentodegrupoirmãodas espéciesnãoébemresolvido.

A filogenia sugere que as espécies vivíparas formam um grupo monofilético

(Clado“L”)comsuportesdebootstrap,deBremere de consenso estrito (Fig. 1). O cladovivíparoéapoiadoporcincosinapomorfias:1)hiperviviparidade;2)protoginia;

3)bolsadoOCMbulbosa;4)glânduladeMehlisausente;e5)viteláriareduzidano troncoposterior.Porém,somentedoiscladosinternossãobemdefinidoseapresentam osrelacionamentosdegruposirmãosinternosresolvidos:oclado“M”(Figs.14)eo clado“R”(Figs.1,5),formadopelosgruposdescritosabaixo.

Nabasedocladodeespéciesvivíparaséencontradaumapolifiliaformadapor

Scleroductus sp.n.1, Gyrodactylus sp.n.3, Gyrodactylus sp.n.4, Gyrodactylus sp.n.5 e Gyrodactylus sp.n.12eoutrosdoisclados,“M”e“R”. Scleroductus sp.n.1eas espécies de Gyrodactylus citadas acima não possuem escudo, isso osdiferencia das espécies de Gyrodactylus queocorrem emoutrapolitomia com Acanthoplacatus e o clado“Q”.

177 Oclado“M”éformadopor Gyrdicotylus (Fig.4A) , Anacanthocotyle (Fig.4B),

Isancistrum (Fig.4B), Archigyrodactylus (Fig.4C)e Laminiscus (Fig.4D).Esseclado possuisuportes debremeredeconsensoestritoeé apoiadopor duassinapomorfias homoplásicas (raiz profunda da âncora conspícua e barras superficial e profunda ausentes). Anacanthocotyle e Isancistrum sãogruposirmãoseformamumcladocom suportes estatísticos e de consenso estrito, e têm a ausência de um caráter como sinapomorfia (âncoras ausentes). Archigyrodactylus + Laminiscus têm uma sinapomorfia(presençadeescleritotipoplacanãoassociadoàbarrasuperficial).Esse cladoégrupoirmãode Anacanthocotyle + Isancistrum .

Oclado“R”éformadopor Accessorius eespéciescorelacionadas(verFigs.1,

5). Esse clado reúne a maior parte das espéciescom ganchos distribuídos em dois grupos(doisanterioreseumposterior)easuaúnicasinapomorfiaéapresençade3 pares de ganchos nos lobos anteriores e 5 pares na margem distal do háptor. No ancestraldesseclado,têmorigemasbarrasacessóriasnoháptor(verFig.5).Embora tenha as relações internas de gruposirmãos definidas, possuem baixo suporte estatístico,entretantoalgunscladossãobemapoiadosporsinapomorfias.Gêneron.A sp.n.1eGêneron.Bsp.n.1(verCapítuloIV)formamumalinhagemdegrupos irmãos e têm apoio de três sinapomorfias, uma não homoplásica (quilha da raiz superficial da âncora) e duas homoplásicas (ver Fig. 1). Outras linhagens possuem relaçãodegrupoirmãoresolvidadentrodoclado“R”: Polyclithrum + Gyrodactyloides ,

Swingleus + Mormyrogyrodactylus gemini .

Espécies de Acanthoplacatus , Gyrodactylus , Paragyrodactylus e Scleroductus nãotêmasrelaçõesdegruposirmãosbemdefinidas.Aanáliseindicaque Gyrodactylus

épolifilético,comespéciesemumapolitomiacom Scleroductus eoclado“M”eoutras espéciesocorrendoemoutrapolitomiacom Acanthoplacatus eoclado“Q”.

178 Algumas relações internas de gruposirmãos em Gyrodactylidae foram observadas,suportadaspordiferentessinapomorfias(mesmoalgumassemsuportede consensu estrito): O. sudis + O. hydaticus (bolsa da peça acessória presente);

Anacanthocotyle + Isancistrum (âncoras ausentes e cecos intestinais confluentes);

Archigyrodactylus + Laminiscus (presençadeescleritotipoplacanãoassociadoàbarra superficial).Outrasrelaçõesforamapoiadasporhomoplasias. N. plaesiophallus + N. clavatus (quilha na haste do gancho presente); A. guttus + A. calamus (OCM esclerotizado); Swingleus + Mormyrogyrodactylus (esclerotizaçãonaextremidadeda raiz superficial); Gyrodactyloides + Polyclithrum (raiz profunda conspícua e barra acessória lateral presente). Já a relação de grupoirmãode Gênero n. A sp.n.1 +

Gênero n. B sp. n. 1 foi baseada em trêssinapomorfias (sin.), das quais duas são homoplásicas(homop.)(sin.=quilhadaraizsuperficial;homop.=esclerotizaçãona extremidadedaraizsuperficialeraizprofundaalongada).

Séries de Homólogos e análise de caracteres

A evolução dos estados dos caracteres é apresentada em cada série de homólogos (130). O código de cada estado de caráter na matriz (Tabela. 2) é apresentadoentreparêntesesseguidodadefiniçãodoestadodecaráter:(0)representao estadoplesiomórfico.Númerosemnegritoentrecolchetesrepresentamasrespectivas mudanças evolutivas descritas no cladograma (Fig. 1). Letras dentro de círculos indicamoscladosformadosnasanálisesenvolvidosnadiscussão.

1. Modo de reprodução :(0)Oviparidade(Fig.611);(1)Hiperviviparidade

[25] (Fig.9).

Hiperviviparidade é um tipo de viviparidade observada exclusivamente em

179 Gyrodactylidae.Um“vermemãe”écapazdecarregaremseuúterodiversasgerações subseqüentesdevermes(CableeHarris,2002).

Oresultadoobtidonapresenteanáliseindicaqueahiperviviparidadeéumadas cincosinapomorfias para o clado formadopor espéciesvivíparas (Clado “L”).Jáa oviparidade é um caráter plesiomórfico para Gyrodactylidae. As famílias

Acanthocotylidae (grupoirmão mais próximo de Gyrodactylidae), Udonellidae,

Anoplodiscidae,BothitrematidaeeTetraonchoidaepossuemsomenteespéciesovíparas eforamconsideradasgruposirmãosdeGyrodactylidae(BoegereKritsky,1997;2001).

2. Seqüência de maturação do aparelho reprodutor : (0) Protandria; (1)

Protoginia [26] .

Assim como a hiperviviparidade, a protoginia suporta a monofilia do clado formadoporespéciesvivíparas(Clado“L”).

3. Sensilos cefálicos :(0)Ausente [41] ;(1)Presente(Fig.6).

Sensilossãoestruturascompostasdecíliosmodificados,ancoradospornervos nosloboscefálicos,quepossivelmentetêmfunçãoquímioemecanoreceptora(Friede

Haseeb,1991).

Aanáliseindicaqueaausênciadesensilocefálicoéumcaráterautapomórfico de Acanthoplacatus .Jáapresençadesensilocefálicoéumcarátersimplesiomórfico para Gyrodactylidae, compartilhado com espécies de gruposirmãos da família, tais como adultos de Enoplocotyle kidakoi (Acanthocotylidae) (Kearn, 1993).

Oncomiracídio de Entobdella solae () também apresenta essa estrutura, supostamentente resultado de eventos evolutivos distintos (veja Boeger e Kritsky,

1997).

180 4. Órgão Copulatório Masculino (OCM) : (0) Esclerotizado [14, 22] (Fig.

10);(1)Muscular [1] (Figs.1113);(2)Ausente.

O órgão copulatório masculino (OCM) é responsável pela introdução do espermanocorpodovermeparceiroduranteacópula.Podeseresclerotizado(Fig.10) oumuscular(ouserarmadocomespinhos)(Figs.1113).

Pelapresenteanálise,oOCMesclerotizadoéumcaráterhomoplásicoqueocorre em P. caballeroi , como sinapomorfia do clado formado por A. guttus e A. calamus

(Clado “F”). OCM muscular, aparece na análise na base do cladograma (Fig. 1), corroborandoresultadosdeKritskyeBoeger(2003).

5. Bolsa do OCM (quando OCM muscular) :(0)Ausente;(1)Sacular,com paredefina [7] (Figs.1012);(2)Bulboso [27] (Fig.13).

A bolsa do OCM das espécies ovíparas é em forma de saco com parede muscular grossa ou fina. A parede muscular da bolsa do OCM provavelmente foi modificada para um bulbo muscular (Fig. 13) nas espécies vivíparas (Boeger et al. ,

1994). A bolsa do OCM sacular (Figs. 1012) só não ocorre em espécies de

Nothogyrodactylus (Boeger et al. , 1994). Já o OCM bulboso ocorre em todas as espéciesvivíparas.

ApresenteanálisesugerequeabolsadoOCMsacularteveumaúnicaorigem, comoaúnicasinapomorfiadoclado“C”(semsuportedeconsensoestrito).OOCM muscularbulbosotemorigemnocladodasespéciesvivíparas(Clado“L”)éumadas cincosinapomorfiasdoclado.

Boeger et al . (1994) propõem uma homologia entre as partes do OCM de espéciesovíparas(sacular)evivíparas(bulboso).Essapropostaevidenciaaorigemde umOCMbulbosoapartirdoestadoencontradonasespéciesovíparas.

181

6. Espinhos do OCM : (0) Ausente (Figs. 10, 12); (1) Presente [23, 24]

(Figs.11,13).

Os espinhos do OCM são estruturas esclerotizadas que podem ocorrer em apenas uma (espécies vivíparas) ou em duas ou mais fileiras (espécies vivíparas e ovíparas).Emalgunscasos,umdessesespinhospodeatuardiretamentenatransmissão deesperma( e.g. em Scleroductus spp.)(Kritsky et al .,1995).

A filogenia indica que a presença de espinhos no OCM é um caráter homoplásico em Gyrodactylidae, ocorrendo como sinapomorfia de três espécies de

Phanerothecium (Clado“J”)edoClado“K”,formadopor Hyperopletes malmbergi e portodasasespéciesvivíparas.

A homologia sugerida na análise, entre os espinhos de H. malmbergi e de espéciesvivíparas,indicaqueaorigemdosespinhosdoOCMnocladovivíparopode tersidoemespéciesovíparas.

7. Peça acessória do OCM :(0)Presente(Fig.12);(1)Ausente [15] (Figs.

1011).

A peça acessória do OCM é uma estrutura esclerotizada do complexo copulatórioqueestágeralmenterelacionadacomaorientaçãodomovimentodoórgão copulatóriomasculinoecomasustentaçãodoOCMmuscular (Kritsky et al ., 2007).

Essaestruturapodesersimplesouramificada,podeconduzirounãotercontatoalgum comoOCM,ouaindapodeestardentrodosacodoOCMoulivre(sériedehomólogos

30).

AanálisesugerequeapeçaacessóriadoOCMéumcarátersimplesiomórfico paraGyrodactylidaeeasuaausênciaéumadasduassinapomorfiasdoclado“G”,o

182 qualécompostoporespéciesde Phanerothecium , Oogyrodactylus , Phanerothecioides,

Hyperopletes e pelas espécies vivíparas. Alguns gruposirmãos de Gyrodactylidae, comoAnoplodiscidae,possuemessecaráter(verBoegereKritsky,2001).

8. Bolsa da peça acessória :(0)Ausente;(1)Presente [8] (Fig.12).

Estruturamuscularemformadebolsalateralaosacocopulatórioquecontéma peça acessória (Kritsky et al .,2007).Éaúnicasinapomorfiadocladoformado por espécies de Onychogyrodactylus . A bolsa da peça acessória (Fig. 12) só ocorre em espéciesde Onychogyrodactylus eéoprincipalcaráterdiagnósticoparaessasespécies

(Kritsky et al .,2007).

9. Glândulas de Mehlis :(0)Inconspícua;(1)Conspícua,massiva(lobada)

[2] (Fig.68);(2)Ausente [28] .

AglânduladeMehliséformadaporumconjuntodeglândulasunicelularesque parecem estar associadas com a formação da casca e lubrificação do ovo (Hyman, 1951). A análise sugere que o estado de caráter “ glândula de Mehlis conspícua e lobada ” é uma simplesiomorfia para Gyrodactylidae, pela presença do caráter em espécies de Udonellidae e Acanthocotylidae (gruposirmãos). Somente espécies ovíparaspossuemaglânduladeMehlismassiva(Harris,1983;KritskyeBoeger,1991;

Boeger et al ., 1994), caráter que é perdido secundariamente no ancestral do clado formadoporespéciesvivíparas.

183 10. Distribuição da vitelária :(0)Formade“H”(Fig.6);(1)Formade“h”, sem ramo dextroanterior [5, 9, 19] (Fig. 7); (2) Em "U" invertido, ramos anteriores ausentes [16] (Fig.8);(3)Reduzidaoumodificadanotroncoposterior [29] (Fig.9).

Aviteláriatemsuaorigemnoovárioprimitivodos Platyhelminthes e produz

óvulosabortivoscontendoviteloemseucitoplasmautilizadonanutriçãodoembrião

(Hyman, 1951; Ehlers, 1995). A morfologia dos ductos vitelínicos corresponde à distribuiçãodosfolículos(Boeger et al .,1994)aqualéconsideradaparaclassificara vitelária quanto às formas existentes (“H”, “h”, “U” invertido e reduzida no tronco posterior).

Afilogeniasugerequeaformaplesiomórficadaviteláriaéadistribuiçãoem

“H”(Fig.11),umavezqueocorreemtodososgruposexternosutilizadosnaanálise.

EmGyrodactylidae,oestadoplesiomórficoocorreem N. clavatus , N. plaesiophallus

(Clado “B”), e em todas as espécies de Aglaiogyrodactylus (Clado “E”). O estado apomórfico vitelária em “h” (Fig. 12), sem ramo dextroanterior é homoplásico, ocorrendo em N. amazonicus , Onychogyrodactylus sudis e nas espécies de

Phanerothecium (Clado “H”). A relação evolutiva desses dois estados de caráter

(vitelária em “H” e em “h” sem ramo dextroanterior) ainda é confusa devido às homoplasias observadas e a ocorrência de estados distintos concomitante dentre espéciesde Nothogyrodactylus ede Onychogyrodactylus .Essesdadoscorroboramas observaçõesdeKritsky et al .(2007),quesugeremqueessecaráternecessitedeumare avaliação sobre seu conteúdo informativo. As vitelárias em “U” invertido (Fig. 8) e vitelária reduzida no tronco posterior (Fig. 9) sãoestadosdecarátercomumaúnica origem,nosclados“G”e“L”,respectivamente.

184 11. Barra peduncular :(0)Ausente;(1)Esclerotizada [47] (Figs.1415);(2)

Parcialmente esclerotizada (celular) [51] (Figs.1617).

Essabarra élocalizadanopedúnculo,epodesertotalmente ou parcialmente esclerotizada(WilliamseRogers,1971;Vianna et al .,nopreloa).Essaestruturaparece auxiliarnaproteçãodopedúnculonomomentodafixação(ConeeOdense,1988).

De acordo com a presente análise a barra peduncular apresenta uma única origemnoclado“T”.Elafoidescritapelaprimeiravezem Swingleus polyclithroides

(ver Rogers, 1969), e logo após, em Fundulotrema (ver Kritsky e Thatcher, 1977).

Recentemente, LuusPowell et al . (2003) descreveram M. gemini , que possui barra peduncularglandular.Vianna et al .(nopreloa)redescrevem M. gemini ecomentam queabarrapeduncularédefatocelularmasapresenta uma base esclerotizada. A origemglandularaindaéincerta.

12. Âncoras :(0)1par,ventral [3] (Fig.4A,CD);(1)Ausente [38] (Fig.4B).

Inicialmente, a análise indicou que a presença de um par de âncoras em

Gyrodactylidaerepresentavaumcaráterapomórfico,poisasespéciesutilizadascomo grupos externos não possuem âncoras. No entanto, esse estado do caráter é plesiomórfico para Monogenoidea tendo sido perdido em algumas famílias de

Gyrodactylidea(BoegereKritsky,2001).Aanáliseapresentadanessetrabalhosugere quehouveperdadocaráternoClado“O”,formadopor Anacanthocotyle + Isancistrum.

13. Raiz profunda da âncora :(0)Conspícua [17, 31, 71] (Fig.18);(1)tipo botão,inconspícua [35] (Fig.19);(2)Raizprofundaalongada [52, 58] (Fig.20).

A raiz profunda é encontrada dorsalmente na base da âncora e geralmente, conectase às extremidades da barra profunda. A raiz profunda pode ser conspícua

185 (saliente) projetandose além da margem dorsal da âncora (Fig. 18); tipo botão, um nódulo(Fig.19);ealongada,quandopossuiumcomprimento,nomínimo,quatrovezes maiordoquealargura(Fig.20).

Aanáliseindicaquetodososestadosdessecarátersãohomoplásicos.Araiz profunda conspícuaocorrenos clados “M” (com exceção de Archigyrodactylus , que possuiraizprofundatipobotãoede Anacanthocotyle + Isancistrum ,quenãopossuem

âncora), e no clado “X”. Entre as espécies ovíparas, ocorre em P. caballeroi e P. agostinhoi .

Araizprofundaalongadaocorreindependentementeem M. gemini enoclado

“W”.Jáaraizprofundatipobotão,éumcaráterqueocorrenamaioriadasespéciesda família, especialmentenasespéciesbasais.Todavia,nãoépossível traçar a relação evolutivaentreosestadosdecaráter“ raiz profunda conspícua ” e“ raiz profunda tipo botão ”, devido à dificuldade de comparação com os gruposexternos, que não apresentam âncoras. Masésugerido na análise que a raiz profunda alongada tenha origemapartirdeumancestralcomraizprofundatipobotão.

14. Esclerotização na extremidade da raiz superficial da âncora (esclerito acessório) :(0)Ausente(Fig.19);(1)Presente [50, 59, 76] (Fig.20).

Nesse estudo foi considerado como esclerito acessório somente o esclerito conectadoàextremidadedaraizsuperficial( sensu KritskyeBoeger,2003)(Fig.20).

Todoescleritonãoconectadoaraizsuperficialdaâncorafoiconsideradooutrocaráter

(e. g. barraacessória).

A esclerotização na extremidade proximal da âncora ocorre em espécies de

Mormyrogyrodactylus , Polyclithrum ,Gêneron.Asp.n.1eGêneron.Bsp.n.1.Esse estadoéhomoplásico,aparecendocomosinapomorfiadocladoformadopeloGêneron.

186 Asp.n.1eGêneron.Bsp.n.1,eparaespécies de Polyclithrum (Clado “Z”). A origem desse caráter é indicada na análise no ancestral do clado “S”, com algumas possíveisperdassubseqüentes.

15. Quilha da raiz superficial da âncora :(0)Ausente(Fig.19);(1)Presente

[60] (Fig.20).

A quilha da raiz superficial da âncora é uma extensão esclerotizada muito delgada,oqueaumentaalarguradaraizsuperficial(Vianna et al .,nopreloa).Éuma

sinapomorfiadoclado“W”,formadopeloGêneron.Asp.n.1eGêneron.Bsp. n.1.

16. Barras ventrais (quando as âncoras estão presentes) :(0)1superficial,1 profunda (Fig. 5A); (1) Barra profunda ausente [36, 42, 73] (Fig. 4D); (2) Barras superficialeprofundaausentes [18, 32] (Figs.4A,C).

Aanáliseindicaqueapresençadeumabarrasuperficialeumaprofunda(Fig.

5A)éumcarátersimplesiomórficoparaGyrodactylidae.Apresençadessecaráterno ancestral comum entre Gyrodactylidea e Dactylogyridea (Boeger e Kritsky, 2001) corroboraoresultadodapresenteanálise.

Osestadosdecaráterapomórficoscaracterizamperdasesãohomoplásicos:a ausência da barra profunda é observada em Laminiscus , Acanthoplacatus e

Gyrodactyloides (Fig.4D,5I).Perdadasbarrassuperficialeprofundasãoobservadas noclado“M”,comexceçãode Laminiscus (combarrasuperficial),eem P. agostinhoi

(Figs.4A,C).

187 17. Escudo da barra superficial :(0)Ausente [62] (Fig.4A);(1)Tipoplaca

[12, 40] (Fig.5A);(2)Tipofita [67] (Figs.5H,I,J).

Oescudodabarrasuperficialéumaexpansãoesclerotizada,achatada,conectada

àporçãodistaldabarrasuperficial.Elepodeterformadeplaca(Fig.5A)oufita(Fig.

22),comoumaprojeçãomedianaposterioralongada.

A ausência de escudo é uma simplesiomorfia deGyrodactylidae e observada tantonasespéciesovíparasquantonasespéciesvivíparas(Fig.4A).Muitasespécies envolvidas nessa análise não apresentam escudo: espécies de Gyrodactylus e

Scleroductus sp. n. 1 (clado “L”), Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum ,

Archigyrodactylus , Laminiscus (clado“M”)eoGêneron.Bsp.n.1.

Oescudotipoplaca(Fig.5A)de A. conei nãoéhomólogoaoescudotipoplaca dasespéciesvivíparas.Nasespéciesvivíparasessecarátertemorigememumúnico evento,noancestraldoclado“P”.Aanáliseindicaqueoescudotipofita(Fig.Figs.

5H,I,J)éumasinapomorfiaparaespéciesde Macrogyrodactylus , Gyrodactyloides e

Polyclithrum (clado“X”).Omesmoresultadoparaaorigemdosescudostipoplacae tipofitafoiencontradonaanálisedeKritskyeBoeger(2003).Adisposiçãodosestados de caráteres no cladograma indica que provavelmente o escudo tipo placa tenha originadooescudoemformadefita,indicandoumareduçãodeestrutura.

18. Escleritos R1 : (0) Ausente (Fig. 5A); (1) Esclerito R1 ligado à barra superficial [30, 63, 74] (Fig.5I);(2)EscleritoR1conectadoaoescudo [46] (Fig.21);

(3)EscleritoR1livredabarraedoescudo [68] (Fig.21).

OescleritoR1 éumapeçaesclerotizadaqueocorreaospareseentreasâncoras.

Quandolivredoescudoedabarrasuperficial(Fig.22),geralmentepossuiumaforma cilíndrica.Porém,podeseapresentarcomoumengrossamentodo escudo,contendo

188 umagrandequantidadedesulcos(Figs.5C,5D,21).

A análise sugere que o esclerito R1 ligado à barra superficial é um caráter homoplásico que ocorre em Scleroductus sp. n. 1, Gênero n. B sp. n. 1 e em

Gyrodactyloides .OescleritoR1conectadoaoescudoéumasinapomorfiaparaespécies de Fundulotrema , Swingleus e M. gemini (clado“T”),enquantoqueoescleritoR1livre da barra e do escudo é uma sinapomorfia para o clado “X”, composto por

Macrogyrodactylus e Polyclithrum , e também por Gyrodactyloides que possui o escleritoR1ligadoàbarrasuperficial.

Os escleritos R1conectadosaoescudoocorremassociados a um escudo tipo placa,enquantoqueosescleritosR1livresouconectadosabarrasuperficialocorrem associadoscomescudotipofita.

19.Escleritos R2 : (0) Ausente [75] (Fig. 5A); (1) Conectado ao escudo [48]

(Figs.5CE,21);(2)Livredoescudo [69] (Figs.5HJ,22).

OsescleritosR2representamestruturasesclerotizadasqueocorremaospares, entreasâncorasenaregiãodistaldoháptor.Quandolivredoescudo,essesescleritos apresentamaextremidadedistalachatada(Figs.5H,22).Quandoligadosaoescudo,são encontradosemduasformas:comoumengrossamentosulcadodoescudo(Figs.5C,

5D)oucomoumaúnicaestruturatriangularnaporçãodistaldoescudo(Figs.5E,21).

ApresenteanáliseindicaqueescleritosR2conectadosaoescudorepresentauma sinapomorfia do clado “T”, formado porespéciesde Fundulotrema , Swingleus e M. gemini equeescleritosR2livresdoescudoéumasinapomorfiadocladocompostopor

Macrogyrodactylus e Polyclithrum ,comexceçãode Gyrodactyloides quenãopossuio escleritoR2(clado“X”).OsescleritosR2provavelmentetiveramorigemlivreemum ancestral no clado “T” o qual foi modificado em animais com escudo tipo placa

189 (Fundulotrema , Swingleus e M. gemini ,clado“T”),nosquaisocorremconectadosao escudo.Emgirodactilídeoscomescudotipofita( Macrogyrodactylus e Polyclithrum , clado“X”),essesescleritosocorremlivresdoescudo.OsescleritosR2parecemestar condicionadosaotipodeescudo,comofoiobservadocomosescleritosR1.

20. Projeção mediana anterior da barra superficial (PAM) :(0)Ausente;(1)

Presente [43, 53, 64, 78] (Figs.5G,21).

A projeção anterior mediana (PAM) é uma extensão esclerotizada da barra superficial que pode possuir engrossamentos e é observada em espécies de

Acanthoplacatus , Mormyrogyrodactylus ,Gêneron.Bsp.n.1e Polyclithrum sp.n.1.

AanálisesugerequeessecaráteréhomoplásicoemGyrodactylidae.

21. Esclerito tipo placa (não associado com a barra superficial) : (0)

Ausente;(1)Presente [34] (Figs.4CD).

Essaéumaestruturaesclerotizadamuitosemelhanteàumescudoemformade placa,porémnãoéencontradoconectadoàbarrasuperficialouàsâncoras.Espéciesde

Laminiscus e Archigyrodactylus possuem“esclerito tipo placa nãoassociada à barra superficial”.Éaúnicasinapomorfiadesseclado,comofoiencontradoporKritskye

Boeger(2003).

22. Escleritos tipo costelas no háptor : (0) Ausente; (1) Presente [56, 77]

(Figs.5D,5J,22).

Essasestruturassãoesclerotizadasepossuemaformaachatadasemelhantea

“costelas”(origemdonome).Elaspodemocorrerindividualizadasoufundidas,sempre bilateraisàsâncoras,nasmargensdoháptor.

190 Ocaráter“presençadecostelas”éhomoplásico,comosugeridopelafilogenia apresentada.Ocorreemespéciesde Polyclithrum (Fig.5J)ede Swingleus (Fig.5D).

Contudo, as estruturas encontradas nessas espécies apresentam diferentes formas, individualizadas,emespéciesde Polyclithrum efundidasemespéciesde Swingleus .

23. Distribuição de ganchos (Fig.5):(0)14marginais,2centrais;(1)16(8 pares)marginais,regularmentedistribuídosnamargemdoháptor [4, 54] (Figs.5A,E);

(2)6(3pares)anteriores,10(5pares)naregiãoposteriordamargemdoháptor [45]

(Figs.5BE);(3)8(4pares)anteriores,8(4pares)namargemdistaldoháptor [37, 57]

(Figs.5F,IJ);(4)2(1par)anterior,14(7pares)namargemposterior [70] (Fig.5H);

(5)10(5pares)anteriores,6(3pares)namargemposteriordoháptor [65] (Fig.5G);(6)

8pareslateraisasventosas [33] (Fig.4A).

EmGyrodactylidaesãoobservadasváriasformasdedistribuiçãodeganchosna margemdoháptor.Todosasespéciesovíparas,espéciesvivíparasde Anacanthocotyle ,

Isancistrum , Scleroductus , Gyrodactylus , Archigyrodactylus , Acanthoplacatus e

Mormyrogyrodactylus possuemos16ganchosdistribuídosradialmentenamargemdo háptor(Figs.5A,5E).Asoutrasespéciesdafamíliapossuemosganchosdistribuídos em dois grupos: um grupo em lobos anteriores, dispostos bilateralmente e outro na margemposteriordoháptor.

A filogenia sugere que “16 ganchos, marginais, regularmente distribuídos na margem do háptor” seja simplesiomórficoparaGyrodactylidae pois é compartilhado comespéciesdeBothitrematidaeeTetraonchoididae(gruposirmãosdeGyrodactylidae)

(BoegereKritsky,2001).Essecaráterocorretambémem M. gemini ,possivelmente comoumareversãoaoestadoplesiomórfico.

A divisão dos ganchos em agrupamentos muitas vezes é difícil de observar

191 permitindo erro de interpretação e confusão nas descrições. Um exemplo é

Fundulotrema prolongis , que originalmente foi descrito com os ganchos arranjados radialmentenoháptoremaistarde,ConeeOdense(1988)observaramqueosganchos eramdistribuídosemdoisgrupamentosnoháptor.

Ocaráter“6ganchosanteriorese10ganchosnamargemposteriordoháptor”é a única sinapomorfia para o clado “R” (espécies de Accessorius , Fundulotrema e

Swingleus ). O caráter “8 ganchos anteriores e 8 ganchos na margem do háptor” é homoplásico, e ocorre em Laminiscus (Clado“N”),emGêneron.Asp.n.1(Clado

“W”), e em espécies de Gyrodactyloides e Polyclithrum (Clado “X”) independentemente.

Os demais estados de caráter são autapomorfias: “2 ganchos anteriores e 14 ganchos na margem posterior” ( Macrogyrodactylus ); “10 ganchos anteriores e 6 ganchosnamargemposteriordoháptor”(Gêneron.Bsp.n1);e“8paresdeganchos bilateraisàsventosas”( Gyrdicotylus ).

24. Quilha na haste do gancho :(0)Ausente;(1)Presente [6, 13, 21] .

Aquilhaéumaextensãoesclerotizadadelgadapresentenahastedoganchoeé umcaráterhomoplásico.Entretanto,éaúnicasinapomorfianocladoformadopor N. clavatus e N. plaesiophallus (Clado“B”)eparaoclado“I”,compostoporespéciesde

Phanerothecium .

25. Cecos Intestinais : (0) Não confluentes no tronco posterior; (1)

Confluentesnotroncoposterior [39, 66] .

Os cecos intestinais confluentes ocorrem em espécies de Anacanthocotyle ,

Isancistrum enoGêneron.Bsp.n.1.KritskyeBoeger(2003)encontraramessecaráter

192 comouma dassinapomorfiasde Anacanthocotyle + Isancistrum .Noentanto,coma inclusãodoGêneron.Bsp.n.1naanálise,ocarátertemumcaráterhomoplásiconos

Gyrodactylidae.

26. Barra acessória anterior : (0) Ausente [49, 61] ; (1) Presente [44] (Fig.

2122).

Foramconsideradasbarrasacessóriasanteriorestodasasbarrasnasquaisgrande partedessaestruturaestáacimaouposicionadapróximodaraizsuperficialdaâncora

(Figs.2122).Asbarrasacessóriasanterioressãoencontradasemespéciesdoclado

“Q” (Fig. 5), indicando uma única origem do caráter. Duas possíveis reversões, caracterizadas pelas ausências do caráter, são observadas como autapomorfias de

Fundulotrema eGêneron.Asp.n.1.

27. Barra acessória lateral :(0)Ausente;(1)Presente [55, 72] (Figs.2122).

Toda estrutura esclerotizada, considerada uma barra acessória, como definido porRogers(1969),queestejaposicionadaoucontenhasuamaiorpartenoníveldabarra superficial,foiconsideradaumabarraacessórialateral.Ocaráteréhomoplásicoem

Gyrodactylidaeeocorreem M. gemini eemespéciesde Gyrodactyloides e Polyclithrum

(Clado“X”).

28. Divertículo uterino :(0)Ausente;(1)Presente [10] (Fig.12).

O divertículo uterino representa uma pequena dobra do tegumento do poro uterino,aparentementeservindocomoumreceptáculoparaapeçaacessóriadurantea cópula (Kritsky et al ., 2007). É uma das duas sinapomorfias para espécies de

Aglaiogyrodactylus (clado“E”).

193 29. Número máximo de ovos no útero :(0)umovo(Fig.6);(1)maisdeum ovo[21](Fig.7).

EmGyrodactylidae,somenteespéciesde Phanerothecium possuemmaisdeum ovonointeriordoútero.

30. Peça acessória dentro do saco do OCM :(0)Ausente;(1)Presente [11]

(Fig.12).

ApeçaacessórianointeriordosacodoOCM,aparentemente,temafunçãode manterasparedesdosacodoOCMafastadaseservecomoumguiaparaoOCMno momentodacópula(Kritsky et al. ,2007).Essecaráteréumadasduassinapomorfias de Aglaiogyrodactylus (juntocomodivertículouterino–sériedehomólogos28).O caráterapóiaoclado,quepossuisuportesestatísticosedeconsensoestrito.

A peça acessória do OCM está presente em espécies de Aglaiogyrodactylus ,

Nothogyrodactylus e Onychogyrodactylus (Kritsky e Boeger, 1991; Kritsky et al. ,

2007).Porém,emespéciesde Aglaiogyrodactylus essapeçaencontrasenointeriordo sacodoOCM(Fig.12).Emespéciesde Onychogyrodactylus apeçaacessóriadoOCM

éencontradadentrodeumabolsamuscular,aoladodosacodoOCM,enquantoqueem espéciesde Nothogyrodactylus essapeçaélivre(Kritsky et al. ,2007).

Filogenia de Gyrodactylidae baseada em dados moleculares

Caracterização do ITS

As seqüências do rDNA (ITS1 parcial, 5.8S rDNA, ITS2 parcial) de

Gyrodactylidaeapresentaramdiferentestamanhos,observadosentreespéciesovíparase vivíparas, e entre as espécies que compõem cadaum desses grupos (Tabela 3). As

194 diferenças de tamanhos do rDNA foram observadas no produto de PCR (Fig. 23) e posteriormentenoprodutodeseqüenciamento.Umdosfatoresquealterouotamanho dasseqüênciasfoiadiferençaexistenteentreostamanhodosfragmentosdoITS1ou

ITS2emalgumasespéciesvivíparas(Tabela3).

Avariaçãogeraldotamanhodasseqüênciasfoide496pb( Gyrodactylus sp.n.

9)a1330pb( Gyrodactylus truttae ).As18seqüênciasdasespéciesovíparasvariaram de528pb( P. harrisi )a738pb( Phanerothecium sp.5),enquantoqueas37seqüências deespéciesvivíparasapresentaramosmesmostamanhosdavariaçãogeral.

O ITS1 variou de 43 pb ( Gyrodactylus sp. n. 9) a 703 pb ( G. truttae ). O fragmento de ITS1 das espécies ovíparas variou entre 237 pb ( Aglaiogyrodactylus calamus 3 *)a316pb( Aglaiogyrodactylus ctenistus 1).

Ogene5.8Svarioude85pb( Fundulotrema stableri )a161pb( Gyrodactylus sp. n.6).Entreasespéciesovíparas,somenteG702teveumfragmentode5.8Scom153pb o restantedasespéciesovíparasapresentaram155pb.Amaiorvariaçãodo5.8Sfoi entreasespéciesvivíparascom Gyrodactylus bullatarudis e Gyrodactylus gasterostei apresentando156pb; Gyrodactyloides bychowskii e Scleroductus sp.n.1com158pb;

Macrogyrodactylus polypteri com159pb; Gyrodactylus sp.n.9com160pb;e161pb em Acanthoplacatus sp.Orestantedasespéciesvivíparasapresentou157pb.

A variação geral do ITS2 foi de 89 pb ( Phanerothecium harrisi Kritsky e

Boeger,1991)a540pb( Gyrodactylus corydorae SilvaeBoeger,noprelo).OITS2 entreasespéciesovíparasvarioude89pb( P. harrisi )a280pb( Phanerothecium sp.5) e entre o ITS2das espéciesvivíparas tevevariaçãodiferentedageral,entre 163pb

(Scleroductus sp.n.1)e540pb( G. corydorae ).

*Onúmeroapósonomedaespécieindica1deumtotaldeespécimesqueforamutilizados.Porexemplo: Aglaiogyrodactylus calamus 3,indicaqueéoespécime3dototaldeespécimesdosquaisforamobtidas seqüências.

195 Entreasespéciesvivíparas F. stableri ede Gyrodactylus sp.n.9apresentamas menoresseqüências. De F. stableri foramobtidossomenteosfragmentosde5.8Se

ITS2efoimantidonaanálisepelasuaimportânciaparaoentendimentodarelaçãode grupoirmãoentreespéciesde Gyrodactylus eespéciesdeoutrosgêneros.Aseqüência completa de Gyrodactylus sp. n. 9 possui somente 496 pb, porém possui grande importâncianafilogeniaporseraúnicaespéciemarinhaseqüenciadadaAméricado

Sul,poressemotivofoimantidanaanálise.

Acomparaçãoentreasseqüênciasindicouqueotamanhomédiodasseqüências deespéciesvivíparasfoi299pbmaiorqueasseqüênciasdeespéciesovíparas.OITS1e

ITS2dasseqüênciasdeespéciesovíparasforamemmédia150e145pbmenoresqueos mesmos fragmentos de espécies vivíparas, respectivamente. O tamanho médio dos fragmentosde5.8Sentreosgruposdeespéciesnãotevediferença.Umacomparação entre os tamanhos do fragmento de ITS1 permitiu observar que somente

Acanthoplacatus sp., Gyrodactylus micropsi , G. anguillae , G. kobayashi , G. salaris , G. gasterostei , G. pungitii e G. truttae possuemoITS1longo(>600pb).Orestantedas espécies vivíparas e ovíparas apresentam o ITS1 curto (< 500 pb). As espécies utilizadasnapresenteanálisecomoITS1longoformamumclado(Fig.27).

AdiferençasdetamanhosdosfragmentosdeITS1eITS2nasespéciesvivíparas determinaramaretiradaderegiõesexcedentes,natentativadeigualarostamanhosdas seqüênciaseevitarregiõesambíguascomproblemasnoalinhamentocomseqüênciasde espéciesovíparas.Dessamaneira,napresenteanálise,foramutilizadas810posições

(Anexo C), com 78 caracteres constantes, 66 não informativos e 666 caracteres informativos.ATabela3apresentaonúmerototaldeparesdebasesdas56seqüências utilizadasnaanálise(TC),distribuídasem48espécies(47espéciesdeGyrodactylidaee

196 Udonella sp.).Astaxasdetransição(ti),transversão(tv)eti/tvdasseqüênciasdeITS1

(parcial),5.8SrDNA,ITS2(parcial)utilizadasnaanálisesãoapresentadasnaTabela5.

Teste de saturação e de sinal filogenético

O teste de saturação, utilizando a taxa de ti/tv com distância K80 (Kimura,

1980),indicouquearegiãodoITS1éaregiãoqueapresentamaiorsaturação(Fig.24), eissoéobservadotambémnascombinaçõesdeoutrosfragmentoscomITS1(Fig.24).

Aregiãoqueapresentoumenossaturaçãofoiogene5.8S.OsdadosdeITS2indicam saturação quando essa região é reunida com o ITS1 (Fig. 24). Quando o ITS2 é analisadosozinhoapresentamaiorsaturaçãonosdadosdetransversão.

Osdadosmolecularesdesseestudopossuemsinalfilogenético indicado pelos testesdepermutação(PTP)eG1.Otestedepermutação(PTP)indicaqueovalordo comprimentodaárvoremaisparcimoniosa(4760passos,P=0,001)(Fig.25),obtida comosdadosoriginais,estáafastadadasdemaisárvoresobtidasatravésdapermutação dosdados.OtesteG1tambémindicaqueexistesinalfilogenéticonosdadosutilizados na análise, de acordo com a assimetria da curva, com a árvore mais parcimoniosa ocorrendoàesquerdadetodasasoutrasárvoresrandomizadas(Fig.26).

Análise molecular

Apresenteanálisetesta,pelaprimeiravez,ahipótesedeBoeger et al .(1994)de queespéciesovíparassãobasaiseparafiléticasemGyrodactylidae,baseadaemdados molecularesdeITS1(parcial),5.8SeITS2(parcial).Aanálisedemáximaparcimônia

(MP)resultouem108árvoresmaisparcimoniosas,comcomprimentode4.760passos,

índice de consistência (IC) = 0, 37, índice de homoplasia (IH) = 0, 62 e índice de retenção(IR)=0,73(Fig.27).Valoresdebootstrap(≥50%)daárvoredeMPsão

197 apresentados na Figura 27. O cladograma gerado a partir da análise de inferência

Bayesiana (IB) (ln likelihood = 39.565) e os valores de suporte de ramo de probabilidadeposterior(≥50%)sãoapresentadosnaFigura28.

Ambas as análises (MP e IB) sugerem que as espécies ovíparas formam um grupomonofiléticoebasal,comsuportesdeconsensoestritoedebootstrap(BT)de

100%naMP(Fig.27)edeprobabilidadeposterior(PP)iguala1,00naIB(Fig.28), apresentandodiferençasnaposiçãodealgumasespécies.

AanálisedeMPindicaqueespéciesde Aglaiogyrodactylus formamumgrupo polifiléticoebasalentreasespéciesovíparas.A. conei e A. ctenistus formamumgrupo distinto(BT=93%)de A. calamus (BT=100%)(Fig.27).NaIB, Aglaiogyrodactylus

é parafilético, com clados distintos formados por Aglaiogyrodactylus calamus (PP =

1,00)eoutrocladoformadopor A. conei e A. ctenistus (PP=1,00). Aglaiogyrodactylus forficulatus Kritsky,ViannaeBoeger,2007emambasasanálisesocorreemumramo distinto,porém,semprepróximodocladoformadopor A. conei e A. ctenistus .Esses dadospodemindicarque A. calamus tenhaumaposiçãodistantedasdemaisespéciesdo gênero.

AespécieG702,daAmazônia,ocorresemprepróximode Onychogyrodactylus sp.(Tocantins),porém,asoutrasespéciesde Onychogyrodactylus ,incluindoaespécie tipo, foramdescritasdeLoricariidaedolitoraldoParaná.Namáximaparcimônia,G702 e Onychogyrodactylus sp. são espécies irmãs e na inferência Bayesiana, ambas as espéciesocorremnabasedocladoformadoporespéciesovíparas.

TantonaanálisedeMPcomonadeIB,asespéciesde Phanerothecium formam umgrupomonofilético,pelaseparaçãode P. harrisi emumramonabasedocladodo gênero.Ocladopossuisuportesaltos(BT=76%ePP=1,00)enasduasfilogenias representaumgrupoirmãode Phanerothecioides sp.

198 Nasduasanálises,asespéciesvivíparasformamum grupomonofilético, com trêslinhagensdistintasdentrodoclado.AprimeiralinhagemformadaporGêneron.B sp. n. 1, Gyrdicotylus gallieni , Macrogyrodactylus polypteri e Gyrodactyloides bychowskii , com a mesma topologia nas duas análises e com suportes de ramos máximos(BT=100%ePP=1,00).Asegundalinhagemcomespéciesde Gyrodactylus de Siluriformes da América do Sul e Scleroductus sp. n. 1. Dentro desse clado as espécies de Gyrodactylus parasitas de espécies de Corydoras ( G. superbus , G. anisopharynx e G. corydorae ) formamumcladocomaltosuporte(BT=100%ePP=

0,97).

Agrupados na terceira linhagem estão espécies de Gyrodactylus de várias regiõesgeográficas(Tabela3), Acanthoplacatus sp.e F. stableri .NaMPessecladosó recebesuportedeBT(98%)comaexclusãode F. stableri , G. hoffmani e Gyrodactylus sp.n.9,enquantoquenaIBocladorecebesuportedePP=1,00.Nasduasanálises, F. stableri , G. hoffmani e Gyrodactylus sp.n.9 sãopróximosfilogeneticamente,sendo gruposirmãosnaIB. Acanthoplacatus sp. ocorrecomogrupobasalnocladoformado porespéciesde Gyrodactylus daAustráliaeEuropa.NaMPosuportedebootstrappara essecladoébaixo(57%),enquantoquenaIBtemsuportedePP=1,00.

Espécies de Gyrodactylus donortedaAméricadoSuleAméricaCentral( G. poeciliae , G. turnbulli , G. pictae e G. bullatarudis ) (Tabela3)formamumcladoem ambasasanálisescomsuportesdeconsensoestrito,BT=100%ePP=1,00.Outros doiscladosãoformados:umcomespéciesde Gyrodactylus daEurásia( G. nipponensis ,

G. arcuatus , G. ostendicus e G. branchialis ) eoutrocomespéciesdasAméricasdoSul edoNorte,eEuropa( Gyrodactylus sp.n.1, Gyrodactylus sp.n.2, Gyrodactylus sp.n.

14, G. eucaliae e G. rarus ) (Tabela 3). Amboscom suportesaltosde bootstrap e probabilidadeposterior.

199 As duas análises sugerem que Gyrodactylus não seja monofilético, com as espéciesdistribuídasemquatrogruposecomdiferentesrelaçõesdegrupoirmão:um somentecomespéciesdaAméricadoSul,oqualégrupoirmãode Scleroductus sp.n.

1;umsegundogrupocomespéciesdaEurásia,grupoirmãode Acanthoplacatus ; um terceirogrupoformadoporespéciesdasAméricasCentral,doSuledoNorte,Ásiae

Europa;e G. hoffmani e Gyrodactylus sp.n.9associadosà F. stableri .

Análise com dados combinados – Evidência total

Umadasmaneirasdetestaracongruênciadedadoscombinados,utilizadosem uma análise filogenética é atravésdo ILDou teste de homogeneidade, aceitando ou rejeitando a hipótese nula de congruência dos dados. A incongruência (hipótese alternativa) tem sido interpretada como indicativo de que as partições possuem diferentes histórias evolutivas. Porém, a incongruênciaobtidanoILDquerdizerque partições possuem uma história comum, contudo, com diferentes métodos obtêmse diferentes performances, devido a parâmetros distintos de cada análise (Barker e

Lutzoni,2002;Ramírez,2006).

A matriz de dados combinados de ITS1(parcial), 5.8S, ITS2 e morfológicos possui 251 caracteres (221 do rDNA e 30 morfológicos) (Anexo B). A análise de máximaparcimôniadosdadoscombinadosresultouem27árvoresmaisparcimoniosas

(IC=0,61;IH=0,39;comprimento=449passos).Ahipótesefilogenéticaobtidaa partirdessesdadoséapresentadanaFigura29.Oresultadodotestedehomogeneidade

(ILD)indicouquenãoexisteincongruênciasignificativa ( p = 0, 66) entreas árvores resultantes das partições de dados. Isso quer dizer que a hipótese nula pode ser verdadeira,osconjuntosdedadossãocongruenteseemtestesdeanálisescombinadas dediferentesfontespossuemumahistóriacomum.

200 Atopologiaresultantedaanálisedemáximaparcimônia,comdadoscombinados

(Fig. 29) indica que há grande similaridade com as topologias morfológicas e moleculares,mesmocomautilizaçãodediferentesnúmerosdetáxonsnasanálises.A topologiadasespéciesovíparase Scleroductus sp.n.1naanálisedeevidênciatotalé equivalente a topologia observada para essas espécies, no cladograma de dados morfológicos.Asdemaisespéciesvivíparasocorreramemposiçõesecomrelaçõesde gruposirmãos no cladograma de evidência total, similares àquelas das análises com dados moleculares. Espécies de Gyrodactylus parasitos de Poecilidae das Américas

Central e do Sul ( G. poeciliae , G. turnbulli , G. pictae e G. bullatarudis ) e espécies parasitasdeCharaciformes( Gyrodactylus sp.n.1e2)foramasúnicasespéciesnesse testequetiveramtopologiae/ourelaçãodegrupoirmãodiferentesdasoutrasanálises.

Discussão

Morfologia

Os caracteres observados na base do cladograma de Gyrodactylidae são: 1)

OCM muscular (série 4); 2) Glândula de Mehlis conspícua, massiva (série 9); 3) a presençadeumpardeâncorasventrais(série12);4)16ganchosmarginais,distribuídos regularmente na margem do háptor (série 23); e 5) barra profunda conectada a raiz profundadaâncora(série31).

Boeger et al . (1994) identificaram nove prováveis sinapomorfias para

Gyrodactylidae, que são: 1) presença de um órgão copulatório masculino muscular

(OCM);2)sensilonosórgãosdacabeça;3)larvaciliada(oncomiracídio)ausente;4) barraprofundaassociadaàsraízesprofundasdasâncoras;5)porosgenitaisseparados;

6)glânduladeMehlismassiva;7)filamentodoovocomoumacapaamorfa;8)ausência

201 devagina;e9)olhosausentesnaslarvasenosadultos.

Entreoscaracteresidentificadosnabasedocladogramadapresenteanálisesão plesiomórficos. O OCM muscular é um caráter na base de Monogenoidea

(plesiomorfia),tornaseesclerotizadonabasedePolyonchoinea(sinapomorfia)esofre uma reversão em Gyrodactylidae, voltando a ser muscular (plesiomorfia) (Fig. 30)

(Boeger e Kritsky, 2001). A glândula de Mehlis massiva, (conspícua) é uma sinapomorfiaparaocladoformadoporGyrodactylidae,UdonellidaeeAcanthocotylidae

(Fig.30).Boeger et al .(1994)identificaramqueocaráter“barraprofundaconectadaa raizprofundadaâncora”configuraumasinapomorfiaparaGyrodactylidae.

A presença de um par de âncoras ventrais ocorre na base de Monogenoidea

(Boeger e Kritsky, 1993). O caráter é perdido em Udonellidae, Anoplodiscidae e

Acanthocotylidae, aparentemente como perda secundária (Boeger e Kritsky, 2001).

Um par de âncoras é observado em Gyrodactylidae, como uma reversão do caráter plesiomórfico de Monogenoidea (Fig. 30) (Boeger e Kritsky, 2001). Em

Gyrodactylidaeopardeâncoraséperdidoem Anacanthocotyle e Isancistrum (Clado

“O”)(Fig.4B),aausênciadessecarátersuportaarelaçãodegrupoirmãoentreesses táxons(KritskyeBoeger,2003)eéumaforteevidênciaparadiagnosedessasespécies dentrode Gyrodactylidae. A ausênciadeâncorasé umestadoquese apresenta em inúmeros eventos durante a história evolutiva em Monogenoidea (Boeger e Kritsky,

1993;BoegereKritsky,2001).Oseventosdeausências(ouperdas)sãodifíceisde relacionarevolutivamente,poisnãosepodesaberseaausênciaéumeventohomólogo ouhomoplásico(BoegereKritsky,2001).

Apresençade16ganchosfoiconsideradaumaplesiomorfiadeMonogenoidea

(larva e adulto) por Boeger e Kritsky (1993). O caráter foi considerado uma sinapomorfia para larvas e adultos de Bothitrematidae, Tetraonchoididae e

202 AnoplodiscidaeeocorreemadultosdeGyrodactylidae(BoegereKritsky,1997).O mesmofoiobservadoporBoegereKritsky(2001),porémacrescentamqueocaráteré perdido em Udonellidae e sofre uma modificação em Acanthocotylidae (Fig. 30)

(BoegereKritsky,2001).EspéciesdeUdonellidaeeAcanthocotylidae(semganchos oucommodificações)eAnoplodiscidae(comganchosnalarva)foramutilizadascomo grupoexternonapresenteanálise.

TodososcaracteresconsideradossinapomorfiasdeGyrodactylidaeporBoeger et al .(1994),configuramcaracteresplesiomórficosemalgumníveltaxonômicosuperior oucompartilhadoporGyrodactylidae(BoegereKritsky,2001).

A presença de uma sinapomorfia em Gyrodactylidae indica que essa família formaumgruponatural.Nenhumcladogramanessaanálisemostrouosovíparosemum clado,separadodasespéciesvivíparas.BoegereKritsky(2001)citamqueháumacerta confusãonaposiçãodeGyrodactylidaedentrodeMonogenoidea,devidoàpresençade caracteresúnicoscomoplesiomorfiasemodificaçõessecundárias.

Algumas relações internas de gruposirmãos em Gyrodactylidae foram observadas por Kritsky e Boeger (2003) ( Anacanthocotyle + Isancistrum ;

Archigyrodactylus + Laminiscus ; Gyrodactyloides + Polyclithrum ),comumconjunto desinapomorfiassemelhantesaosdapresenteanálise: Anacanthocotyle + Isancistrum

(âncoras ausentes); Archigyrodactylus + Laminiscus (presença de escleritotipoplaca nãoassociadoàbarrasuperficial).

Entretanto o resultado das duas análises difere na relação do grupoirmão de

Swingleus .NaanálisedeKritskyeBoeger(2003), Swingleus temessarelaçãocom

Fundulotrema , reunidos pela presença de uma barra peduncular esclerotizada, e na presente análise tem relação de grupoirmão com M. gemini apoiada por uma sinapomorfiahomoplásica,esclerotizaçãonaextremidadedaraizsuperficial.

203 AposiçãobasaldasespéciesovíparasdeGyrodactylidae,propostaporBoeger et al .(1994)foitestadacomaadiçãodenovostáxonsovíparos e vivíparos. Aanálise baseadaemdadosmorfológicossugerequeogrupoformadoporespéciesovíparasé basal e parafilético. A oviparidade foi considerada um caráter plesiomórfico em

Monogenoidea(BoegereKritsky,1993)eviviparidadeumcarátersecundáriodentrodo grupo(Harris,1983;Boeger et al .,1994;BoegereKritsky,2001).Malmberg(1990) consideraválidaOogyrodactylidae e citaqueprovavelmente Gyrodactylidaeteve um ancestralapartirdeformasovíparas.Malmberg(1998)baseadoemdadosdosistema excretor questiona se a oviparidade de espécies de Oogyrodactylidae (Boeger et al .,

1994játinhamsinonimizadoOogyrodactylidaecomGyrodactylidae)seriaumcaráter primárioousecundário,comoumretornoàcondiçãoovípara.Porémoutrosestudos consideram a oviparidade um caráter plesiomórfico e a viviparidade um caráter apomórfico,comumúnicoeventodeorigemnahistóriaevolutivadeGyrodactylidae

(Bakke et al .2002,KritskyeBoeger,2003;Boeger et al .,2003).

Apartirdoresultadodeanálisesfilogenéticasépossível inferir a validadede táxons. Muitas espécies ovíparas foram utilizadas em análises filogenéticas pela primeira vez nesse estudo, testando a monofilia e validade dos gêneros que essas espéciescompõem.Aindicaçãodequeogrupoovíparoéparafiléticopodedeterminar nofuturoalgumasmodificaçõesnafilogeniadeGyrodactylidae.

A análise indica que espécies de Onychogyrodactylus têm suporte de uma sinapomorfianãohomoplásica(presençadebolsada peçaacessória).Asespéciesde

Aglaiogyrodactylus nãopossuemasrelaçõesdegruposirmãosbemdefinidas, porém ocorrememumcladocomapoiodeduassinapomorfias(peçaacessórianabolsado

OCM e presença de divertículo uterino). Pelo resultado da análise, baseada em caracteresmorfológicos,essesgênerospodemserconsideradosválidos.

204 Espécies de Phanerothecium formam um clado, suportado internamente por caracteres homoplásicos. Todavia, o clado é apoiado por suporte de bremer e por consenso estrito e uma sinapomorfia (presença de mais de um ovo no útero).

Entretanto, Kritsky et al . (2007) sugerem que espécies de Phanerothecium que não possuem órgão copulatório eversível ( P. caballeroi ) possam futuramente ser consideradas parte de outro gênero, provavelmente com a utilização de novos caracteres.

Como alguns gêneros compostos por espécies ovíparas ( Oogyrodactylus ,

Phanerothecioides e Hyperopletes ), vários gêneros de espécies vivíparas são monotípicos ( Anacanthocotyle , Accessorius , Gyrdicotylus , Mormyrogyrodactylus ,

Gêneron.AeGêneron.B).Existeumadificuldadedeinferiravalidadedetáxons monotípicosatravésdafilogenia.Noentanto,osúnicosgênerosmonotípicosquenão possuem as relações de gruposirmãos definidas são Oogyrodactylus e

Phanerothecioides ,todososoutrosgênerosmonotípicostêmposiçõesbemdefinidas.

Entre os gêneros formados por espécies vivíparas, que tiveram mais de uma espécieutilizadanaanálise,somente Polyclithrum podeseravaliado,comaindicação dequesejaumgrupomonofilético.Contudo,onúmerodeespéciesde Polyclithrum utilizadonaanáliseeapoucavariabilidademorfológica entre as espécies do gênero

(todas da Região Neotropical), provavelmente foram fatores que associados, não permitiramadefiniçãointernaderelaçãodegrupoirmão.

A análise sugere que Gyrodactylus seja um grupo polifilético, com espécies ocorrendo em uma politomia com Scleroductu s e o clado “M” e outras espécies formandooutrapolitomiacom Acanthoplacatus eoclado“R”,alémdeumatricotomia com Paragyrodactylus . Esses dados corroboram os resultados de Kritsky e Boeger

(2003),quetestaramamonofiliade Gyrodactylus .Segundoessesautores Gyrodactylus

205 é um conjunto de táxons sem definição da posição filogenética devido a pouca variabilidademorfológica(“cathall”).

Malmberg (1964, 1970, 1998) baseado em caracteres do sistema excretor, escleritosdoháptoreórgãocopulatóriomasculinotentadefinirrelaçõesfilogenéticasde

Gyrodactylus e outras espécies de Gyrodactylidae. Nesses estudos o autor separa

Gyrodactylus em seis subgêneros. Esses subgêneros não têm suporte na análise de

KritskyeBoeger(2003).Osistemaexcretoréumcaráterdifícildeserutilizado,poisa observaçãodessecaráterémelhorevidenciadacomoanimalvivo.Umaavaliaçãomais segura da validade de Gyrodactylus poderáser realizada com a associaçãodedados molecularesemorfológicos.

A validade de espécies através de inferência na filogenia é restringida por problemas de reconhecimento de caracteres para definir homologia e estabelecer sinapomorfias. Um dos fatores que impõem limites no reconhecimento de espécies atravésdesinapomorfiaséapoucavariabilidademorfológicanamaioriadostáxonseo escasso conhecimento da diversidade de Gyrodactylidae. Esses fatores restringem a análiseapoucoscaracteresedificultamadefiniçãodesinapomorfias.

AdiversidademorfológicadeGyrodactylidaeaindaesbarranosproblemasde preparaçãodeespécimesedeinterpretaçãodecaráter.Kritsky et al .,(1978)chamaram aatençãoparaesseproblemaepropuseramumatécnicadecoloraçãocomTricrômico deGomori+GreyWess.Essecoranteevidenciaestruturasesclerotizadascorandoas devermelho.Porém,asestruturasdeespécimesdistintoscoramdemaneiradiferenciada ealgumasestruturasnãoficamemevidênciaenãosãoobservadas,causandoumerrode interpretação. Esse erro é repassado na matriz de dados, resultando na codificação erradadeumcaráterausente.Entreasestruturasdiagnósticasdegirodactilídeos,estão sujeitas a esse problema as estruturas do háptor como escudo, barras acessórias (ou

206 almofadas),escleritosR1eR2,barrassuperficialeprofunda.

O escudo é um dos principais caracteres para a diagnose de espécies de

Gyrodactylus , principalmente, devido ao grande número de espécies e falta de diversidademorfológica.Oescudoédelicadoepodenãocorarouserperdidodurantea preparação do espécime. Assim, admitise que observações de ausência de escudo podem ser artefatos da preparação do material. Portanto, é conveniente que as descriçõesdeespéciessemescudotenhamumbomnúmerodeparasitosestudados.

Vianna et al .(nopreloab)(vertambémCapítuloVI),LuusPowell et al .(2003) descrevem espécies que possuem barras acessórias e almofadas. As almofadas são estruturasdetecidoconectivoqueaoserempreparadascommeiodeHoyer(evidencia escleritos)possuemaparênciasimilaradeumaestruturaesclerotizada.Porém,coma utilizaçãodo corantetricrômico de Gomori,asestruturas que não sãoesclerotizadas coramdeazul.Énecessáriocautelacomespécimesdemuseuscoradoscomtricrômico de Gomori há muito tempo (varia de acordo com o material), pois aparentemente perdemacorprogressivamente.Serianecessárioacoletadematerial in natura paraa preparaçãocorretaeobservaçãodeestruturashaptoraisdamaiorpartedasespéciesdos clados“M”e“S”,parafuturasanálises.

Molecular

Caracterização do ITS

AanáliseindicaqueespéciescomseqüênciasdeITS1maislongasformamum clado(Fig.27).EssedadocorroboraresultadosdeZietaraeLumme(2004),quecitam queocomprimentodoITS1éfilogeneticamenteinformativoepodeserutilizadopara umadiagnosemolecular dasespécies de Gyrodactylus .Osdados do presenteestudo

207 indicamqueosagrupamentosdasespécies,deacordocomocomprimentodoITS1não resultamemgruposcongenéricos.

OsresultadosdeMatejusová et al .(2001)tambémsãocorroborados.Espécies de Gyrodactylus reportados na República Tcheca apresentaram diferenças no comprimentodoITS1evariabilidadeinterespecíficasuficienteparapermitirseuusona discriminação de espécies. Espécies de Gyrodactylus reportados no Reino Unido tambémpuderamseragrupadaspelosdiferentestamanhosdeITS1(Cable et al .,1999).

Essesautoresobservaramqueoalinhamentodasseqüênciasfoiimpossibilitadotanto emespéciescomoITS1curto(339475pb),comgrandevariaçãonocomprimentodas seqüências,comonogrupodeespéciescomoITS1longo(~600pb),comdiferençasde menosde20pbentreasseqüências.

A variação na região do ITS1 também pôde ser observada em estudos que propõemmodelosdeestruturasecundária.Cunningham et al .(2000)observaramque variaçõesinterespecíficasnoITS1nãosuportamummodeloestávelparaofragmento, que possui uma grande proporção de transversões relativa a de transições. Altas freqüênciasdetransversõessãointerpretadascomodivergênciadelongotempo,oque podesugeriracúmulodemutações(Cunningham et al .,2000).Noentanto,nopresente estudo,ataxadetransiçãonoITS1foimaiordoqueataxadetransversão,eessaregião apresentatantasvariaçõesquantoverificadoemoutrosestudos,dificultandoinclusiveo alinhamento (Tabela 5). Grande parte da região do ITS1 não permitiu alinhamento exato,excetoaporçãofinal3´doITS1com14pb.OITS1apresentamuitosespaços

(“gaps”)esaturação,porém,reunidacomoutrasregiõesindicasinalfilogenético(Fig.

24). Issoé suportado porque mesmo com oITS1 reduzido, foi possível agrupar as espéciescomoITS1longoemumúnicoclado(Figs.2728).

208 ComexceçãodeG702,asespéciesovíparasrestantespossuemo5.8Scomum tamanhode155pb,enquantoqueasespéciesvivíparaspossuemde85163pbcomo valormaisbaixoobservadoema F. stableri .Semovalorde F. stableri ,quepossuio fragmento parcial, o menor comprimento do 5.8S é de 156 pb, observados em: G. gasterostei e G. bullatarudis ,reduçãocausadaporumadeleçãoemcadasequencia.

O5.8Séaregiãomaisconservadaemcomprimentoentre as três regiões do rDNAutilizadasnaanálise,comofoiobservadonosdadosdeCable et al .(1999).Esses autores também encontraram bases não identificadas no 5.8S e nenhum sinal filogenético,oquediferenciadosresultadosobtidosnapresenteanálise,nosquaiso

5.8Scontémsinalfilogenético.DeacordocomdadosdeZietara et al .(2002),aregião do 5.8S contém sinal filogenético apesar de ser conservada, fato que foi observado tambémporZietaraeLumme(2004).

OITS2 de espéciesovíparasvariouentre89280pb e das espécies vivíparas entre163540pb.Espéciesde Gyrodactylus parasitosdeCallichthyidaedaAméricado

Sul (G. superbus e G. corydorae )comexceçãode G. anisopharynx apresentaramuma regiãodoITS2maioradequeoutrasespécies,seguidasporespéciesde Gyrodactylus parasitosdePoecilidae( G. turnbulli , G. pictae , G. bullatarudis , G. poeciliae )eespécies

Européias( G. anguillae , G. salaris , G. truttae , G. gasterostei ).Mesmocomaretirada dasextremidadesexcedentesdasseqüências,oITS2podeterinfluenciadonaformação decladoscomessasespécies.Contudo,deveseconsideraraassociaçãodessaregião comosoutrosfragmentos.OITS2foiutilizadosozinhoparareconstruçãofilogenética de várias espécies de Gyrodactylus mostrandose um bom marcador específico, principalmenteseassociadoaoITS1(ZietaraeLumme,2004).Ocladoformadopor espécies de Gyrodactylus parasitosdePoecilidae daAméricado Sul,encontrou alto suportedebootstraputilizandosomenteoITS2(ZietaraeLumme,2004).Apresente

209 análiseindicaqueespéciesde Gyrodactylus quepossuemaseqüênciadeITS2maior, associadocomoITS1curto,estãoagrupadasgeograficamente(Figs.2728).Atabela2 possuiinformaçõessobrearegiãodecadaespéciesutilizada.Aopassoqueseqüências de espéciesque possuem as duas regiões curtas ocorremem um mesmo clado, com origememregiõesgeográficasdiferentes.ZietaraeLumme(2002)propõemqueoITS podeserutilizadocomomarcadoremespéciesqueapresentambaixoníveldevariação intraespecíficaegeográfica.

Teste de saturação e de sinal filogenético

Oteste desaturaçãosugerequeoITS1apresentamaior saturação, sóou em combinaçõescomoutrasregiõesdoITS,jáoITS2apresentasaturaçãomoderadanos dados de transversão e quando analisado só (Fig. 24). Cunningham et al . (2000) observaram mais transversões no ITS1 e no ITS2 do que transições, indicando que podemterocorridoeventosdemutaçõescommaiorfreqüência.Porém,asaturaçãoé caracterizadapeloacúmulodetransições(PageeHolmes,2004).ATabela5possuios valoresdetransiçãoetransversãoparaasespéciesdapresenteanálise,indicandomaior freqüênciadetransiçõesemtodasasregiõesdoITS,comomenorvalorno5.8S.

Duasdificuldadespodeminterferirnotestedepermutação:1)aprimeiraéque podeserdetectadosinalfilogenéticoquandoexistemespéciessimilares;e/ou2)quando a árvore possui um único nó interno (Felsenstein, 2004). O segundo caso não é observado na presente análise, porém espécies muito semelhantes ou com poucas modificaçõesentreassuasseqüênciasexistemnosdadosapresentadosnesseestudo.O testePTPtembaixopoderdiscriminatórioporserdependentedonúmerodeterminaise daproporçãodosestadosdecaráternamatriz(PeresNetoeMarques,2000).Devidoa essesmotivos,foirealizadotambémotesteG1,queindicasinalfilogenéticonosdados

210 utilizados na análise, quando a curva é assimétrica e a árvore mais parcimoniosa encontraseàesquerdadessa(Fig.26).NotesteG1quandoumaárvoreéencontrada fora da cauda da curva, em direção ao menor escore de parcimônia (menor comprimento), há a indicação de que existe sinal filogenético nos dados (Hillis e

Huelsenbeck, 1992; Felsenstein, 2004). Schneider (2003) indica que dados que resultam em uma curva relativamente simétrica possui pouco ou nenhum sinal filogenético.Osdadosdopresenteestudoindicamqueexistesinalfilogenético,pois emambosostestes,acurvaéassimétricaeaárvorecomomenorescoreéencontrada foradacaudadacurva.

Análise molecular

Análises filogenéticas anteriores envolvendo espécies ovíparas de

Gyrodactylidae foram realizadas somente com dados morfológicos e resultam em topologiasdiferentesdaquelasbaseadasemdadosmolecularesdoITSrDNA.Harris

(1983)propôsOogyrodactylidaeparaalocarespéciesovíparasdeMonogenoideatipo girodactilídeos, agrupando Oogyrodactylus farlowellae e Phanerothecium caballeroi .

KritskyeBoeger(1991)sugeremqueOogyrodactylidaepoderiaserparafiléticaporser baseadaemsimplesiomorfiasdeGyrodactylidae.Boeger et al .(1994)realizaramum teste que rejeitou a monofilia de Oogyrodactylidae, suportando a transferência das espéciesovíparasparaGyrodactylidae.

OsdadosdasanálisesdeMPeIBsugeremqueasespéciesovíparasformamum grupo monofilético, indicando que a proposta de Harris (1983) de uma família para agruparespéciesovíparastipogirodactilídeopossaserreavaliada.

Amonofiliadasespéciesovíparasésuportadaporconsensoestrito,debootstrap edeprobabilidadeposterior,contudoafilogeniabaseadaemumconjuntodecaracteres

211 moleculares ( e.g. regiãodoITS)requercautela.Aadiçãodegenesmitocondriais e outros genesnuclearespodepermitirumrefinamentodessetestedehipótese.Além disso,ocladoovíparoapresentagrandesgrupospolifiléticoseparafiléticosquepodem serresolvidoscommaiordetalhecomousodenovosfragmentosdeDNA.Källersjo et al . (2005) testaram fragmentos de ITS rDNA, COI (Citocromo oxidase I) e 16S mitocondrial como marcadores para moluscos das famílias Mytilidae, Verenidae e

UnionidaeeconcluíramqueautilizaçãodoITS,emcomparaçãoaosoutrosfragmentos mitocondriais,deveserextremamentecautelosa,apesardastrêsregiõesapresentarem informação filogenética e filogenias congruentes. A região do ITS possui muitos

“gaps”egrandevariação,dificultandooalinhamentodealgunstáxonsdessasfamílias comITS1curtoeoutroscomoITS2longo.

O mesmo foi observado para algumas espécies de Gyrodactylus no presente estudo. Källersjo et al .(2005)concluíramquearegiãoITSdeveserutilizadasomente como um representante do DNA nuclear, em adição a genes mitocondriais. Para

Gyrodactylidae,entretanto,genesmitocondriaisforamutilizadossomentecomespécies de Gyrodactylus , com grande dificuldade de amplificação (Meinilä et al ., 2002).

Contudo, o gene mitocondrial (COI) utilizado por Hansen et al . (2003) teve maior resoluçãoparadeterminardiversidadegenéticaemespéciesde Gyrodactylus ,doquea região do ITS. Assim, é aconselhável realizar futuramente análises que contenham fragmentos de DNA nuclear ( e.g. rDNA) e mitoncodrial, com as espécies ovíparas utilizadasnesseestudo.Atualmente,éconhecidoquetrêsespéciesde Gyrodactylus da

Europa e duas espécies da América do Sul (Silva e Boeger, dados não publicados) possuemogeneCitocromoOxidaseI(COI)sequenciado.

Asanálisessugeremque Gyrodactylus nãoformaumgruponatural.Apouca diversidademorfológicaobservadaemestudosdetaxonomianãopermitediferenciação

212 emumnívelsupraespecífico.Entretanto,estudosutilizandooITS1comomarcador indicamqueaanálisemolecularéumaferramentaeficienteparadefinirnovaestrutura taxonômica para esse grupo de espécies. Cunningham (1997) utilizou enzima de restriçãoparadiferenciar G. salaris de G. thymalli utilizandoaregiãodoITS.Nesse estudooautorobservougrandevariaçãonossítiosderestriçãonasregiõesdeITS1e

ITS2,equeissopodeserrepetidoemoutrasespéciesdogênero.Matejusová et al .

(2001)propõemqueoITS1eITS2podemserutilizadoscomomarcadoresmoleculares paraespéciesde Gyrodactylus .Issoécorroboradopelapresenteanálisequeindicaa separaçãodeespéciescomoITS2longo,associadoaoITS1curto.

Análise morfológica X molecular

Algunspontosobservadosnasfilogeniasgeradascomdiferentesconjuntosde dadosmerecemumabrevediscussão.Parafacilitaressadiscussão,serãoutilizadosos termos“ análise morfológica” paraanálisefilogenéticabaseadaemdadosmorfológicos e“ análise molecular” paraasanálisescomrDNA.

Amonofiliadasespéciesovíparasemanálisescomdadosmolecularespodeser um indício de que Oogyrodactylidae Harris (1983) possa ser confirmada com a utilização de mais dados moleculares. No entanto, na análise morfológica essas espéciesformaramumgrupoparafilético.Oscladosinternoscompostosporespécies de Onychogyrodactylus , todavia, formaram um grupo monofilético em ambas as análises(MPeIB).

A análise morfológica indica que espécies de Aglaiogyrodactylus forma um clado,mesmosemaresoluçãointernaapresentada.Oprincipalcaráterquediagnostica espécies desse gênero é a forma da peça acessória do órgão copulatório masculino

(OCM)eapresençadeumdivertículopróximoaoporouterino(Kritsky et al .,2007).

213 Entretanto, as análises moleculares sugerem que Aglaiogyrodactylus seja um grupo parafilético (IB) ou polifilético (MP). Aglaiogyrodactylus forficulatus (Figs. 2728) ocorreemumramoseparadodasdemaiseéaúnicaespécieutilizadanaanáliseque possui peça acessória ramificada com extremidades afiladas (como A. guttus e A. forficuloides )(Kritsky et al .,2007). Aglaiogyrodactylus calamuséaúnicaespéciedo gêneroquepossuiumapeçaacessórianãoramificadaeformaumcladodistintocom dadosmoleculares. Aglaiogyrodactylus conei e A. ctenistus possuempeçaacessóriado

OCMramificadas,porém,commorfologiasdistintas.

Aglaiogyrodactylus forficulatus éparasitode Kronichthys lacerta (Loricariidae) etemancestralcomumcom A. conei e A. ctenistus quesãoparasitosde Pareioraphis parmula , ambas espécies de hospedeiros pertencem a Neoplecostominae.

Aglaiogyrodactylus calamus parasita Schizolecis guntheri , que pertence a

Hypoptpomatinae. Isso sugere que a separação das espécies de Aglaiogyrodactylus nessasanálisespodeterforterelaçãocomprocessosdecoespeciação,emumnívelde subfamília dos hospedeiros. Essa relação, de possível coespeciação entre espécies ovíparaseseushospedeirosfoipropostatambémporBoeger et al .(2003).

Espécies de Phanerothecium formam um clado nas análises molecular e morfológica. Kritsky et al. (2007) sugeremque P. caballeroi podeserseparadodas demaisespéciespelapresençadeórgãocopulatórioeversível.Naanálisemorfológica

P. caballeroi e P. harrisi formamumatricotomiacomespéciesquenãopossuemórgão copulatórioeversível.Porém,ocaráterquefoiutilizadonaanálisemorfológicapara separar essas espécies foi a presença de espinhos do OCM em P. spinatus , P. spinulatum e P. spinatoides .Naanálisemolecular,essaseparaçãoécorroborada,com

P. harrisi em um ramo distante de P. spinulatum (espécies envolvidas nas duas análises).

214 Phanerothecioides agostinhoi possuiórgãocopulatórioeversíveltambémena análise morfológica ocorre em uma politomia com Oogyrodactylus farlowellae e o cladodeespéciesvivíparas,naanálisemorfológica.Kritsky et al .(2007)sugeremque essa espécie possa ser grupoirmão de espécies de Phanerothecium . Na análise molecularissoéobservado,com Phanerothecioides sp.nabasedocladoformadopor espéciesde Phanerothecium ,próximode P. harrisi .

Atopologiadoscladogramasdeespéciesvivíparasédiferentenasduasanálises pelo acréscimo de espécies de Gyrodactylus de outras regiões biogeográficas e a ocorrênciadelinhagensbemdistintasnaanálisemolecular.

A análise morfológica possui dois clados que merecem maior atenção, um formadopor Accessorius, Fundulotrema ,Gêneron.Asp.n.1,Gêneron.Bsp.n.1,

Gyrodactyloides , Macrogyrodactylus , Mormyrogyrodactylus , Polyclithrum e Swingleus , eooutrocompostopor Gyrdicotylus , Anacanthocotyle , Isancistrum , Archigyrodactylus ,

Laminiscus .

Aanálisemolecularsugerequeespéciesquepossuemumháptorcommuitas modificaçõesmorfológicas(barrasacessórias,escudotipofita,ventosas,escleritoR1 livre do escudo) formam uma linhagem (Gênero n. B sp. n. 1, Gyrodactyloides bychowskii , Macrogyrodactylus polypteri e Gyrdicotylus gallieni ).Aúnicaespécieque nãofaziapartedomesmocladonaanálisemorfológicafoi G. gallieni ,queocorrecom espécies com ausência de muitas estruturas esclerotizadas do háptor. Na análise molecular, esse clado possui suporte consistente de bootstrap (96%), inferência

Bayesiana(1,00)edeconsensoestrito,diferentedaanálisemorfológica,quenãopossui suporteestatístico.

Fundulotrema stableri, queparticipavadocladocommodificaçõesnoháptorna análisemorfológica,ocorrendoemumcladocom Swingleus e Mormyrogyrodactylus ,

215 temrelaçãodegrupoirmãocomespéciesde Gyrodactylus naanálisemolecular.Isso podesugerirqueadivisãodosganchosemdoisagrupamentoseapresençadeescleritos

R1eR2noescudo,sejamcaractereshomoplásicosequenãoagrupamespéciesdentro deGyrodactylidae,comofoiobservadonaanálisemorfológica.

Scleroductus sp.n.1ocorreemumapolitomiacomespéciesde Gyrodactylus semescudonaanálisemorfológica,emumaposiçãobasalparaocladovivíparo.Na análisemolecular Scleroductus sp.n.1ocorrenabasedeumalinhagemdeespéciesde

Gyrodactylus comescudoeparasitosdeSiluriformes.Aespéciesemescudo,parasito deCharaciformes,utilizadanasduasanálises,ocorreemumaposiçãomaisderivadano cladogramadaanálisemolecular.Issoindicaqueaausênciadeescudonãoéumcaráter que indique condição basal no grupo, como os resultados da análise morfológica apontam.

Atopologiadasespéciesvivíparas,baseadaemdadosmolecularessugereque espécies com estrutura haptoral acessória formam uma linhagem basal. As análises

(Figs.2728)indicamquehouvesomenteumeventodeperdadessescaracteres.Dados molecularesdeoutrasespéciesdesseclado( Mormyrogyrodactylus , Archigyrodactylus e outros)possivelmentepodemsugerirquetodasasespéciescomessamorfologiafazem partedeumagrandelinhagemdentrodeGyrodactylidae.

Análise com dados combinados – Evidência total

Aanáliseindicaqueahipótesenulafoiaceita,issoquerdizerqueosconjuntos de dados são congruentes e em testes, utilizando análises combinadas de diferentes fontes(molecularemorfológica)podempossuirumahistóriacomum.Algunsfatores podem ter influenciado na rejeição da hipótese de incongruência entre as análises molecularemorfológica.Primeiro,opequenonúmerodesítiosutilizadosnaanálise,

216 devidoaregiõesambíguasegaps,forçaramareduçãodamatrizdedadosmoleculares.

Segundo,apoucaounenhumavariabilidademorfológica,queresultouemumamatriz com31caracteres.Porfim,ogrupodeespéciesutilizado,quetevedesermodificadoa fimdecompatibilizarogrupointernonaanálisecombinadadedadosmorfológicose moleculares.

No teste de ILD apresentado aqui, os caracteres invariantes não foram removidos, contrário ao que foi proposto por Cunningham (1997). A remoção dos caracteresinvariantesantesdeaplicarotestedeILDénecessáriaporquepartiçõesdos dadosoriginaispodemapresentardiferentespercentuaisdecaracteresvariáveis,oqueé muito comum na combinação de dados moleculares e morfológicos (Cunningham,

1997).Ramírez(2006)encontrouvaloresaltamentesignificativosquandooscaracteres invariantes foram adicionados às partições, devido a grandes partições utilizarem caracteresinformativosnamaioriadasrandomizaçõesepartiçõesmenoresutilizarem comumentecaracteres invariantes. Comoaspartiçõesnesseestudoforampequenas, essescaracteresforammantidos.Porém,umtestesemcaracteresinvariantesobteveo mesmoresultado.

Através de simulações, Darlu eLecointre (2002) observaram que o poder do testeILDemdetectarincongruênciaédeterminadopelonúmerodesítiosanalisados, número de sítios informativos e heterogeneidade entre as taxas de substituição de nucleotídeos.Entretanto,quandoaincongruênciaécausadapordiferentestopologiase onúmerodesítiosinformativosépequenoeataxadesubstituiçãodenucleotídeosé alta,opoderdoILDdedetectarincongruênciaéextremamentebaixo,podendoproduzir errosdotipoIedotipoII(DarlueLecointre,2002).

O erro do tipo I é o falso positivo (existência de incongruência significante quandooesperadoéacongruência,atribuídaàvariaçãorandômica).OerrodotipoIIé

217 ofalsonegativo(nãodeterminavaloressignificativosemcasosdealtaincongruência).

Dolphin et al .(2000)citamqueoresultadodoILDéambíguo,poisdiferentespartições dediferentestiposdedadospossuemtaxasdehomoplasias(ruídos)diferenciadas.Essa mesmaobservaçãoarespeitodotestedehomogeneidadeéfeitaporFelsenstein(2004), ecomoRamírez(2006)sugerecautelanautilizaçãodesseteste.

InúmerasdivergênciassobrecomointerpretarosdadosnotesteILD,sepodeser aplicadocomoutrasferramentasestatísticas,seédependentederuídoscausadospor homoplasiasenúmerodesítios,tornamessetesteduvidoso.Osresultadosbaseadosem dadosdessetrabalhoindicaramumahistóriaevolutivacomumentredadosmorfológicos e moleculares. O mesmo foi observado em análises com os dados separados, que mostram certa congruência. Assim, aqui é aceito que os dados mostram história evolutivacomumequeatopologiaobtidacomosdadoscombinadoséaceitaepode auxiliarnainterpretaçãodashipótesesderelaçõesentreosGyrodactylidae.

Implicações biogeográficas e sobre os modelos de evolução dos

Gyrodactyloidea

A importância da posição do clado das espécies ovíparas e seu status de monofiléticotêmrelaçãodiretacomhipótesesdeancestralidadeemGyrodactylidaee, conseqüentemente,naorigemdafamília.Boeger et al .(2003)propõemumahipótese naqualaorigemdafamíliatenhaocorridonaRegiãoNeotropical.Essapropostafoi baseada em alguns dados relativos às espécies ovíparas e seus hospedeiros, que são discutidasaseguir.

218 O grupo formado pelas espécies ovíparas é basal de acordo com os dados morfológicos e moleculares. Pela análise morfológica esses grupos de espécies

(ovíparas e vivíparas) possuem um ancestral comum e pelas análises moleculares e evid~enciatotal,existemespéciesvivíparasqueocorremnaRegiãoNeotropicalesão basaisemalgunsclados.Portanto,épossívelqueoancestraldasespéciesovíparase vivíparassejaNeotropical.

AsespéciesovíparassóocorremnaRegiãoNeotropical(Figs.3133),enquanto queasespéciesvivíparasocorrememtodasasregiõesbiogeográficas.Aausênciadas espécies ovíparas em outras regiões biogeográficas requer uma explanação sobre a relação desses táxons e os seus hospedeiros. Espécies ovíparas foram registradas parasitandoduasgrandesfamíliasdeSiluriformes:Pimelodidae,eLoricariidae.Kritsky et al . (2007) sugerem que formas jovens de espécies ovíparas podem parasitar hospedeirosPimelodidaeequeessasinfestaçõesgeralmentesãoacidentaisouocorrem compoucosanimais.

Adultos de espécies ovíparas possuem ovos com uma capa de cimento na extremidade,queauxilianafixaçãodoovoemsubstratosrígidos(Boeger et al. ,2003).

Loricariidae são peixes que possuem a superfície corporal rígida, possibilitando a fixaçãodessesovos.Essefatorpodeserlimitantenafreqüênciadetrocadehospedeiros entre espécies ovíparas, restringindo essas espécies aos loricarídeos. Bakke et al .

(2002) propõem que o evento responsável pela presença de formas ovíparas em loricarídeossejaatrocadehospedeiros.

As análises do presente estudo (morfológica e moleculares) indicam que o ancestral das espécies ovíparas trocou de hospedeiro. A troca é evidenciada pela presença de Udonella sp., Enoplocotyle e Anoplodiscus, utilizados como grupos externosecomrelaçãopróximadocladoovíparonaanálisemolecular( Udonella sp).

219 Todosessestáxonssãoovíparosemarinhos,indicandoquehouveumancestralcom essas características entre esses grupos. Considerando a ocorrência de loricarídeos somenteemáguadoceéaceitoqueocorreutrocadehospedeirodoancestralmarinho paraoancestraldosloricarídeos.Esseancestralloricarídeopossivelmentepossuíaas características morfológicas compatíveis com o modelo reprodutivo das espécies ovíparas(ovocomcimento).

Bakke et al .(2002)baseadosemdadosgeológicosrelativosàdistribuição de hospedeirosloricarídeosdiscordamqueasespéciesovíparasdeGyrodactylidaepossam tertidoorigemnosneotrópicos.Osautoresconcluíramqueessespeixespertencema gruposrecentesequepossivelmenteseusparasitostambémseriamdegruposrecentes.

ApropostadeBakke et al .(2002)nãoécorroboradapeloregistrofóssilmais antigodeSiluriformesdaAméricadoSul,queédatadode71,565milhõesdeanos atrás(Ma),doúltimoCretáceo(IdadeMaastrichtian),apósaseparaçãodoGondwana

(Briggs,2005).OsdadosdeBriggs(2005)corroboramasdataçõesdeBerg(1958), paraoregistromaisantigodefóssildeLoricariidae(cercade66Ma).Alémdisso,as espécies das 14 famílias de Siluriformes Neotropicais de água doce são endêmicas

(Briggs, 2005) e não parecem ter relação com espécies da África, pela ausência de espécies de grupos monofiléticos simultaneamente nos dois continentes (Lundberg,

1993).OsdadosdeBriggs(2005)eLundberg(1993)descartamapossibilidadeda presença de espécies ovíparas em outras regiões antes da quebra do Pangea e do

Gondwana. Essa hipótese vicariante perde suporte, quando é aceito que os girodactilídeos ovíparos trocaram de um hospedeiro marinho para um loricarídeo de

águadoce.Aceitandoqueosgruposhospedeiros(loricarídeos)deespéciesovíparassão recentes(comorigema7165Ma),osgirodactilídeostrocaramdehospedeirosapósesse período e depois da fragmentação do Gondwana (11080Ma). Se o ancestral das

220 espécies ovíparas fosse mais antigo do que o evento de separação dos continentes, diversoseventosdeextinçãoseriamnecessáriosparaexplicaraausênciadasespécies ovíparasnasoutrasregiõesbiogeográficas.

Aorigemdaviviparidadeocorreuemumúnicoeventonahistóriaevolutivade

Gyrodactylidae (Bakke et al .2002, Kritsky e Boeger, 2003; Boeger et al ., 2003). O suporteparaconsideraraviviparidadeumestadoapomórfico,édadopelasanálisesde

BoegereKritsky(2001)eOlsoneLittlewood(2002),utilizandodadosmorfológicose moleculares (rDNA), respectivamente. Contudo, é o grupo de maior diversidade morfológica, riqueza de espécies e de maior distribuição geográfica, entre os girodactilídeos.

Aocorrênciadasespéciesvivíparasemoutrasregiõespodeserexplicadapelade trocadehospedeiros, queémaisintensa nasespécies vivíparasdo que nasespécies ovíparas(ZietaraeLumme,2002;Boeger et al .,2003;Boeger et al .,2005).

Atroca de hospedeiroséum dosfatoresenvolvidos no processo de radiação adaptativa (Bakke et al ., 2002; Boeger et al .,2003).Aradiaçãoadaptativaocorreà medida que os caracteres que permitiram o sucesso de infestação na troca de hospedeirossãofixadosnapopulação.Entretanto,mutaçãoeseleçãogeramdiversidade genética,queassociadasaotempodeinfestaçãoproporcionamcoespeciação,entrea nova linhagem de parasito e seu hospedeiro. A troca para hospedeiros simpátricos seguidadeespeciaçãoperiféricaérepetida,eomesmoprocessoocorreseoparasito dispersarcomseuhospedeiroparaumanovaáreageográfica(Boeger et al .,2003).A trocadehospedeirostemsidomostradaemhospedeiros simpátricos,emummodelo utilizando Gyrodactylus anisopharynx Popazoglo e Boeger, 2000, parasitando três espécies de Corydoras (Callichthyidae, Siluriformes), incluindo observações de

221 especiaçãoincipientedasespéciesdeparasitos(Pie et al .,2006;SilvaeBoeger,dados nãopublicados).

Comaradiaçãoadaptativa,asespéciesvivíparastiveramchance de dispersar para outras regiões biogeográficas, trocando de hospedeiros. Provavelmente com origemdadispersãonaRegiãoNeotropical.Issoémostradonasanálisesapresentadas nesseestudo, asquais sugeremtrês linhagens deespécies vivíparas, sendoqueduas delasapresentamespéciesNeotropicaisnabasedoclado.AsFiguras31a33indicam queosgruposmaisbasaisdeespéciesvivíparassãodaRegiãoNeotropical.

AlinhagembasaldasespéciesvivíparasécompostaporGêneron.Bsp.n.1, G. gallieni , M. polypteri e G. bychowskii e contém amaioria dasespéciescom grande diversidade morfológica dentro de Gyrodactylidae (Fig. 31). A análise morfológica nesseestudoindicouquequasetodasasespéciesquepossuemganchosdivididosem doisgrupamentosnoháptor,barrasacessóriaseescleritosR1eR2noháptor,compõem um clado. Clados compostos por parte dessas espécies, contendo topologias semelhantes,foramobtidostambémporKritskyeBoeger(2003)eMatejusová et al .

(2003).AadiçãodoGêneron.Bsp.n.1naanálisepermiteobservarqueessaespécie

éamaisbasalnoclado(Figs.3134).

Nasegundalinhagem,sãoencontradassomenteespéciesNeotropicais,formando umcladobasalemrelaçãoaogrupocompostoporespéciesde Gyrodactylus eoutros gênerosdeváriasregiõesbiogeográficas(Tabela1)(Figs.32,34).

UmadasprincipaisjustificativasdeBoeger et al .(2003)paramanteraproposta de que Gyrodactylidae teve origem na Região Neotropical foi justamente de que os gruposbasaiseramparasitosdehospedeirosendêmicosdaAméricadoSul.Gêneron.

B sp. n. 1éparasitode Gymnotus carapo (Gymnotidae, Gymnotiformes) que é um grupo endêmico dos neotrópicos (Albert e CamposdaPaz, 1998; Lundberg,1993) e

222 recentenafilogeniadeOthophysi(Briggs,2005).Omesmopadrãoéobservadoparaos grupos de hospedeiros da segunda linhagem (Fig. 32), os quais são parasitos de

Siluriformes Neotropicais pertencentes aos grupos considerados monofiléticos,

Pimelodinae,HeptapterinaeeCallichthyidae(dePinna,1998;Reis,1998).

Todosparasitosgirodactilídeosvivíparosquesãoencontradosnabasedasduas primeiras linhagens possuem hospedeiros estritamente Neotropicais e de grupos recentes. Portanto, considerando esse aspecto, é possível suportar que a origem de

Gyrodactylidae tenha ocorridonaRegião Neotropical.Aliadoaessefator,ogrupo irmãodeespéciesvivíparaspertenceaocladodeespéciesovíparas,indicaumancestral comumNeotropical.

Aterceiralinhagemécompostaporespéciesde Gyrodactylus deváriasregiões biogeográficas, Acanthoplacatus sp. e F. stableri . Nesse grupo existem pequenos clados bem suportados formados por espécies que pertencem à mesma região biogeográfica(Figs.3234).OagrupamentogeográficodeespéciesdeGyrodactylidae, indicaque,possivelmentenessesgrupos,nãoexistiudistribuiçãogeográficabaseadaem um padrão vicariante. Boeger et al . (2003) sugerem que padrões vicariantes são observadoscomoagrupamentodeespéciesdediferentescontinentesequeumpadrão de dispersão via mar, com o parasito acompanhando o hospedeiro, é indicado pelo agrupamentodeespéciespróximasgeograficamente.

NaFigura34éobservadoqueespéciespróximasgeograficamentesãoagrupadas empequenoscladosenaquelescladosondeexistemespéciesdediferentesregiões,uma das espécies é marinha ou esturina, o que pode indicar ancestrais típicos destes ambientesentreessasespécies.

O clado formado por Acanthoplacatus sp. e Gyrodactylus spp. tem o táxon marinhobasal( Acanthoplacatus sp.,Austrália)(Fig.32)eespéciesde Gyrodactylus de

223 ambientesmarinhosedeáguadoce,daAustráliaedaEuropa. Gyrodactylus micropsi e

G. anguillae formam um clado de espécies marinhas, enquanto no grupoirmão, somente G. salaris e G. pungitii sãoobservadosemambientemarinho(Fig.33).Foi observadoqueessecladoreúnetodasasespéciesutilizadasnaanálise,quecontémo

ITS1longo(Fig.27).

EspéciesdaregiãonortedaAméricadoSuleAméricaCentral, G. poeciliae , G. turnbulli , G. pictae e G. bullatarudis , são todos parasitos de Poecilidae

(Cyprinodontiformes) e tem relação de grupoirmão com um clado formado por espéciesdaAméricadoSuledoNorte,alémdeumamarinhaqueocorremnoOesteda

Europa(Fig.33).EspéciesdaEurásia G. nipponensis , G. arcuatus , G. ostendicus e G. branchialis formamumcladocomespéciesdeambientemarinho(Tabela3,Figs.28,

32) ouacompanhamos hospedeirosnesses ambientesfreqüentando estuários. Esses resultados corroboram dados obtidos por filogenias com topologias semelhantes, levandoemconsideraçãoasespéciesutilizadasemcadaestudo(KritskyeBoeger,2003;

Matejusová et al ., 2003; Zietara e Lumme, 2004). Nesses clados, foi observada a presençadeITS2maislongoqueasdemaisespécieseITS1curto,sugerindoqueessa combinaçãopodedefinirmelhoraproximidadegeográfica.

Emgeral,cladosqueincluemespéciesmarinhasapresentamrelacionamentode grupoirmãoentreespéciesmarinhasedeáguadoce/estuarina,comexceçãodocladode

Gyrodactylus de Siluriformes neotropicais (água doce) e alguns grupos próximos de

Acanthoplacatus sp.

NaFigura28,umaotimização(círculosnosnós)indicaospossíveispontosonde possamterexistidoancestraismarinhosoudeáguadoce,sugerindoqueoancestraldas espécies vivíparas era de água doce. Essa observação, associada à informação da topologia de que grupos basais sãoNeotropicais (Gêneron.Bsp.n.1ecladocom

224 Scleroductus sp.n.1e Gyrodactylus spp.)reforçaahipótesedequeogrupopossater origemnoambientecontinentalNeotropical.

Agradecimentos

Aos curadores dos museus e colaboradores pelo empréstimo de espécimes: DelaneC.Kritsky(IdahoStateUniversity,USA);AlistairM.Dove(AquáriodoMuseu de Stony Brook, New York, USA); F. Moraveck (IPCR Institute of Parasitology, AcademyofScienceoftheCzechRepublic),aCláudioLuisMuniz(CHIOC–Coleção Helmintológica da Fundação Instituto Oswaldo Cruz); Augusto Loureiro Henriques (INPA –ColeçãoParasitológica doInstituto Nacional dePesquisasdaAmazônia);a FernandoMarques(MZUSP–ColeçãoParasitológicadoMuseudeZoologiadaUSP); eEricP.Hoberg(USNPC–UnitedStatesNationalParasite Collection). A Marcus ViniciusDomingues(IB,USP),MarcioR.PieeGuilhermeSchnelleSchülli(LEMPE, UFPR)porauxiliaremnasanálises.ASérgioAgostinhoeElineideMarquesetodoseu pessoal(NEAMBIUFT),JoaberPereiraJr.(FURG),MarlusB.SilvaeRaphaelOrélis (LEMPE,UFPR),MariaAntoniaeÉrico(UFPR)porauxiliaremnacoletadematerial. AoCNPqeFundaçãoAraucáriaporfinanciaremoprojetoeaoCNPQporbolsacedida aRTV.

225 Literatura Citada Albert, J. S. e CamposdaPaz, R. 1998. Phylogenetic systematics of Gymnotiformes with diagnosis of 58 clades: A review of available data . In: Phylogeny and classification of Neotropical fishes. Eds. Malabarba, LR; Reis, RE; Vari, RP; Lucena,ZMS;Lucena,CAS.PortoAlegre:EDIPUCRS.419446p. Bakke,T.A.,P.D.Harris,eJ.Cable.2002.Hostspecificitydynamics:observationson gyrodactylidmonogeneans.InternationalJournalforParasitology32:281308. Barker,F.K.eLutzoni,F.M.2002.TheutilityoftheIncongruenceLengthDifference test.SystematicBiology51:625637. Baugh, S. C. 1957. On the morphology of Neogyrodactlus indicus n. g., n. sp., a viviparousmonogeneticTrematode(Fam.Gyrodactylidae)from Argulus indicus Weber.Parasitology47:4045. Berg,L.S.1958. System de Rezenten und Fossilen Fischaratigen und Fische .Berlin: Veb.DeutscherVerlagderWissenchaften. Boeger,W.A.eD.C.Kritsky.2003.Parasites,fossilsandgeologichistory:Historical biogeography of the South American freshwater croakers, Plagioscion spp. (Teleostei,Sciaenidae).ZoologicaScripta32:311. Boeger,W.A.eD.C.Kritsky.2001. Phylogenetic relationships of the Monogenoidea . In:D.T.J.LittlewoodeR.A.Bray,eds.InterrelationshipsofthePlatyhelminthes. London:Taylor&Francis.p.92102. Boeger, W. A.eKritsky,D. C. 1993.Phylogenyand a revised classification of the Monogenoidea Bychowky, 1937 (Platyhelminthes). Systematic Parasitology 26: 132. Boeger, W. A. e Kritsky, D. C. 1997. of the Monogenoidea (Platyhelminthes) based on a revised hypothesis of parasite phylogeny. InternationalJournalforParasitology27:14951511. Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.23.Twonewspecies of Gyrodactylus (Gyrodactylidae) from a Cichlid and an Eryhinid fish of SoutheasternBrazil.MemóriasdoInstitutoOswaldoCruz90:694698. Boeger,W.A.,Kritsky,D.C.eBelmontJegu,E.1994.NeotropicalMonogenoidea.20 .TwoNewSpeciesofOviparousGyrodactylidea(Polyonchoinea)fromLoricariid Catfishes (Siluriformes) in Brazil and the Phylogenetic Status of Ooegyrodactylidae Harris, 1983. Journal of Helminthology Society Washington 61:3444. Boeger, W. A., Kritsky,D.C. e Pie, M.R.2003.Context of diversification of the viviparous Gyrodactylidae (Platyhelminthes, Monogenoidea). Zoologica Scripta 32:437448. Boeger,W.A.,Kritsky,D.C.,Pie,M.R.eEngers,K.B.2005.Modeoftransmission, host switching, and scape from the red queen by viviparous Gyrodactylids (Monogenoidea).JournalofParasitology91:10001005. Briggs,J.C.2005.Thebiogeographyofotophysanfishes(Ostariophysi:Otophysi):a newapraisal.JournalofBiogeography32:287294. Brooks,D.R.eMcLennan,D.A.1991. Phylogeny, ecology and behavior . A research program in comparative biology .UniversityofChicagoPress,Chicago. Cable,J.eHarris,P.D.2002.Gyrodactyliddevelopmentbiology:historicalreview, currentstatusandfuturetrends.InternationalJournal forParasitology32:255 280. Cable,J.;Oosterhout,C.van;Barson,N.eHarris,P.D.2005. Gyrodactylus pictae n. sp. (Monogenea: Gyrodactylidae) from the Trinidadian swamp guppy Poecilia

226 pcta Regan,withadiscussiononspeciesof Gyrodactylus vonNordmann,1832 andtheirpoeciliidhosts.Systematicparasitology60:159164. Cable,J.,Harris,P.D.,Tinsley,R.C.eLazarus,C.M.1999.Phylogeneticanalysisof Gyrodactylus spp. (Platyhelminthes: Monogenea) using ribosomal DNA sequences.CanadianjournalofZoology77:14391449. Cone,D.K.eOdense,P.H.1988.Lightandscanningelectronmicroscopestudiesof Fundulotrema prolongis (Monogenea: Gyrodactylidea) Parasitizing Fundulos diaphanus (Cyprinodontidae)inNovaScotia,Canada,withanemendeddiagnosis of Fundulotrema . Procedure of Helminthological Society of Washington. 55: 224228. Cunningham,C.O.,Mo,T.A.,Collins,C.M.,Bucmann,K.,Thiery,R.,Blanc,G.e Lautraite, A. 2001. Redescription of Gyrodactylus teuchis Lautraite, Blanc, Thiery, Daniel & Vigneulle, 1999 (Monogenea: Gyrodactylidae); a species identifiedbyribosomalRNAsequences.SystematicParasitology48:141150. Cunningham,C.W.1997.Iscongruencebetweendatapartitionsareliablepredictorof phylogenetic accuracy? Empirically testing an interativeprocedureforchoosing amongphylogeneticmethods.SystematicBiology46:464478. Cunningham,C. O., Aliesky, H. e Collins,C. M. . 2000. Sequence and Secondary structurevariationinthe Gyrodactylus (Platyhelminthes:Monogenea)Ribosomal RNAgenearray.JournalofParasitology86:567576. Cunninghan,C.O.1997.Speciesvariationwithintheinternaltranscribedspacer(ITS) region of Gyrodactylus (Monogenea: Gyrodactylidae) ribosomal RNA genes. JournalofParasitology83:215219. Darlu,P.eLecointre,G.2002.Whendoestheincongruencelengthdifferencetestfail? MolecularPhylogeneticsandEvolution19:432437. De Pinna, M. C. C. 1998. Phylogenetic relationships of Neotropical Siluriformes: Historical Overview and Synthesis of Hypotheses . In: Phylogeny and classification of Neotropical fishes. Eds. Malabarba, LR; Reis, RE; Vari, RP; Lucena,ZMS;Lucena,CAS.PortoAlegre:EDIPUCRS.279330p. Dolphin, K., Belshaw, R., Orme, C. D. L. e Quicke, D. L. J. 2000. Noise and incongruence: interpreting results of the incongruence length difference test. MolecularPhylogeneticsandEvolution17:401406. EhlersU.1995.ThebasicorganizationofthePlathelminthes.Hydrobiologia305:21 26. Ernst,I.,Whittington,I.D.eJones,M.K.2000.Threenewspeciesof Polyclithrum Rogers, 1967 (Gyrodactylidae: Monogenea)from mugilid fishes from Australia and Brazil, with a redescription of P. mugilini Rogers, 1967. Systematic Parasitology45:6173. Faith,D.P.eCranston,P.S.1991.Couldacladogramathisshorthavearisenbychance alone?Onpermutationtestsforcladisticstructure.Cladistics7:128. Farris,J.S.,Källersjö,M.,Kluge,A.G.eBult, C.1995a.Testingsignificanceof Incongruence.Cladistics10:315319. Farris,J.S.,Källersjö,M.,Kluge,A.G.eBult,C.1995b.Constructingasignificance testofIncongruence.SystematicBiology44:570572. Felsenstein,J.2004. Inferring phylogenies .Sinauer,Sunderland.664p. Fried, B. e Haseeb, M.A. 1991. Microscopic Anatomy of Invertebrates . Volume 3. Platyhelminthes:Aspidogastrea,Monogenea,and.Capítulo3.Wiley Liss,Inc.p.141209. Goloboff,P.,Farris,J.,Nixon,K.2003.T.N.T.TreeAnalysisUsingNewTechnology. (www.zmuc.dk/public/phylogeny).

227 Hall, T.A. 1999.BioEdit:auserfriendlybiologicalsequence alignmenteditor and analysisprogramforWindows95/98/NT.Nucl.Acids.Symp.Ser.41:9598. Hansen, H., Bachmann, L. e Bakke, T. A.. 2003. Mitochondrial DNA variation of Gyrodactylus spp. (Monogenea: Gyrodactylidae) populations infecting Atlantic salmon,grayling,andrainbowtroutinNorwayandSweden.InternationalJournal forParasitology33:14711478. Harris, P. D.1983.Themorphology andlifecycleof the oviparous Oögyrodactylus farlowellae gen.etsp.nov.(Monogenea,Gyrodactylidae).Parasitology87:405 420. Hillis, D.M. eHuelsenbeck,J. P.1992. Signal,noise, and reliability in molecular phylogeneticanalysis.TheJournalofHeredity83:189195. Huyse,T.eMalmberg,G.2004.Molecularandmorphologicalcomparisonsbetween Gyrodactylus ostendicus n.sp.(Monogenea:Gyrodactylidae)on Pomatoschistus microps (KrØyer)and G. harengi Malmberg,1957on Clupea harengus membras L.Systematicparasitology58:105113. Huyse, T. e Volckaert, F. A. 2005. Comparing Host and parasites phylogenies: Gyrodactylus jumping from goby to goby. Systematic Biology 54: 710718. Huyse,T.,Malmberg,G.eVolckaert,F.A.2004.Fournewspeciesof Gyrodactylus vonNordmann,1832(Monogenea,Gyrodactylidae)onGobiidfishes:combined DNAandmorphologicalanalyses.SystematicParasitology59:103120. Huyse,T.;Pampoulie,C.;Audenaert,V.eVolckaert,F.A.M.2006.Firstreportof gyrodactylus spp. (Platyhelminthes: Monogenea) in the Western Mediterranean sea:Molecularandmorphologicaldescriptions.JournalofParasitology92:682 690. Hyman, L. H. 1951. The Invertebrates: Platyhelminthes and Rhynchocoela. The acoelomateBilateria.McGrawHill.550p. Källersjö,M.,Proschwitz,T.v.,Lundberg,S.,Eldeñas,P.eErséus,C.2005.Evaluation ofITSrDNAasacomplementtomitochondrialgenesequencesforphylogenetic studies in freshwatermussels: an example usingUnionidae from northwestern Europe.ZoologicaScripta34:415424. Kearn, G. C. 1993. A new species of the genus Enoplocotyle (Platyhelminthes: Monogenea)parasiticontheskinofthemorayeel Gymnothorax kidako inJapan, with observations on hatching and oncomiracidium. Jouornal of Zoology 229: 533544. Kimura, M. 1980. A simple model for estimating evolutionary rates of base substitutionsthroughcomparativestudiesofnucleotidesequences.J.Mol.Evol. 16 :111–120. Kitching,I.J.,Forey,P.L.,Humpries,C.J.eWilliams,D.M.1998. Cladistics – The theory and pratice of parsimony analysis .2ndEd.Oxford.228p. Kornet,D.J.eTurner,H.,1999.Codingpolymorphismforphylogenyreconstruction. SystematicBiology48:365379. Kritsky, D. C. e Boeger, W. A. 2003. Phylogeny of the Gyrodactylidae and the phylogenetic status of Gyrodactylus Nordmann, 1832 (Platyhelminthes: Monogenoidea). In: Combes C, Jourdane J, editors. Taxonomie, écologie et évolutionesmétazoairesparasites.Taxonomy.ecologyandevolutionofmetazoan parasites.(LivrehommageàLouisEuzet).TomeII.Perpignan:p3758. Kritsky,D.C.eBoeger,W.A..1991.NeotropicalMonogenea, 16. NewSpeciesof Oviparous Gyrodactylidea with Proposal of Nothogyrodactylus gen. n. (Oogyrodactylidae).JournalofHelminthology58:715.

228 Kritsky,D.C.eStockwell,C.A.2005.NewspeciesofGyrodactylus(Monogenoidea, Gyrodactylidae) from the white sands pupfish, Cyprinodon tularosa, in New Mexico.TheSouthwesternNaturalist50:312317. Kritsky,D.C.eThatcher,V.E.1977. Phanerothecium gen.nov.and Fundulotrema gen.nov.TwonewgeneraofviviparousMonogenoidea(Gyrodactylidae),witha descriptionof P. caballeroi sp.nov.andkeytothesubfamiliesandgeneraofthe family. Publicaciones Especiales (4): Excerta Parasitologica en memoria del doctorEduardoCaballeroyCaballero4:5360. Kritsky,D.C.,Boeger,W.A.ePopazoglo,F.1995.NeotropicalMonogenoidea.22. variation in Scleroductus species (Gyrodactylidea, Gyrodactylidae) from Siluriformes fishes of Southeastern Brazil. Journal of Helminthology Society Washington62:5356. Kritsky, D. C., Leiby, P. D. e Kayton, R. J. 1978. A rapid stain technique for the haptoralbarsof Gyrodactylus species(Monogenea).TheJournalofParasitology 64:172174. Kritsky,D.C.,Vianna,R.T.eBoeger,W.A.2007.NeotropicalMonogenoidea.50. Oviparousgyrodactykidsfromloricariidandpimelodid catfishes in Brazil, with the prposal of Phanerothecioides n. g., Onychogyrodactylus n. g. and Aglaiogyrodactylus n. g. (Polyonchoinea: Gyrodactylidea). Systematic Parasitology87:134. Lundberg,J.G.1993. African-South American freshwater fish clades and Continental drift: Problems with a paradigm ,In:P.Goldblatt(ed.),Biologicalrelationships betweenAfricaandSouthAmerica.YaleUniversity,Dexter.156199p. LuusPowell,W.J.,Mashego,S.N.eKhalil,L.F.2003. Mormyrogyrodactylus gemini gen.etsp.n.(Monogenea:Gyrodactylidae),anewgyrodactylidfrom Macusenius macrolepidotus (Mormyridae)fromSouthAfrica.FoliaParasitologica 50:4955. Maddison, W. P. e Maddison, D. R. 1992. MacClade: Analysis of phylogeny and characterevolution.V.3.SinauerAssociates,Sunderland,Massachusetts. MalmbergG.1990.OntheontogenyofthehaptorandtheevolutionoftheMonogenea. SystematicParasitology17:165. Malmberg, G. 1964. Taxonomical and Ecological Problems in Gyrodactylus (Trematoda,Monogenea).In:Ergens,R.&Ryssavý, L. (Eds) Parasite worms and aquatic condition . Publishing House of the Czechoslovak Academy of Sciences.p.205226. Malmberg,G.1970.Theexcretorysystemsandthemarginalhooksasabasisforthe systematicsof Gyrodactylus (Trematoda,Monogenea).ArkivförZoologi23:1 235. Malmberg,G.1998.OntheevolutionwithinthefamilyGyrodactylidae(Monogenea). InternationalJournalforParasitology28:16251635. Matejusová, I., Gelnar, M., McBeath, A. J. A., Collins,C.M. e Cunningham, C.O. 2001. Molecular markers for gyrodactylids (Gyrodactylidae: Monogenea) from fivefishfamilies(Teleostei).InternationalJournalforParasitology31:738745. Matejusová,I.,Gelnar,M.,Verneau,O.,Cunningham,C.O.eLittlewood,D.T.J.2003. Molecular phylogenetic analysis of the genus Gyrodactylus (Platyhelminthes: Monogenea) inferred from rDNA ITS region: subgenera versus species groups. Parasitology127:603611. Meinilä, M., Kuusela, J., Zietara, M. e Lumme, J. 2002. Breif report Primers for amplifying ~820 bp of highly polymorphic mitochondrial COI gene of Gyrodactylus salaris .Hereditas137:7274.

229 Moy,T.I.eSilver,P.A.1999.Nuclearexportofthesmallribosomalsubunitrequires the RanGTPase cycle and certain nucleoporins. Genes and Development 13: 21182133. Nixon,K.C.eCarpenter,J.M.1993.Onoutgroups.Cladistics9:413426. Olson,P.D.eLittlewood,D.T.J..2002.PhylogeneticsoftheMonogeneaevidence fromamedleyofmolecules.InternationalJournalofParasitology32:233244.

Page,R.2001.NDE(NEXUSDataEditorForWindows)ver.0.5.0.Publishedbythe author,Glasgow,UnitedKingdom. Page,R.D.2001.TreeView:anapplicationtodisplayphylogenetictreesonpersonal computers.Complet.Appl.Biosci.12:357358. Page,R.D.M.eHolmes,E.C.2004. Molecular evolution: a phylogenetic approach . BlackwellScience,346p. PeresNeto,P.R.eMarques,F.2000.Whenarerandomdatanotrandom,oristhePTP testuseful?Cladistics16:420424. Pie,M. R.,Engers,K.B.eBoeger,W.A.2006.Densitydependent topographical specialization in Gyrodactylus anisopharynx (Monogenoidea, Gyrodactylidae): boostingtransmissionorevadingcompetition.JournalofParasitology92:459 463. Posada,D.eCrandall,K.A1998.Modeltest:testingthemodelofDNAsubstitution. Bioinformatics14:817818. Ramírez,M.J.2006.Furtherproblemswiththeincongruence lengthdifferencetest: "hypercongruence"effectandmultiplecomparisons.Cladistics22:289295. Reis,R.1998. Systematic, biogeography, and the fossil record of the Callichthyidae: A review of the available data . In: Phylogeny and classification of Neotropical fishes. Eds. Malabarba, LR; Reis, RE; Vari, RP; Lucena, ZMS; Lucena, CAS. PortoAlegre:EDIPUCRS.279330p. Rogers, W. A. 1969. Swingleus Polyclithroides Gen. et sp. n. (Monogenea:Gyrodactylidae) from Fundulus Grandis Baird and Girard. Tulane StudiesinZoologyandBotany16:2225. Ronquist,F.eHuelsenbeck,J.P.2003.MRBAYES3:Bayesianphylogeneticinference undermixedmodels.Bioinformatics19:15721574. Schneider,H.2003. Métodos de análise filogenética: um guia prático .2aEd.Holos, Soc.Bras.deGenética,RibeirãoPreto.114p. Sokal,R.R.eRohlf,F.J.1995.Biometry:theprinciplesandpraticeosstatisticsin biologicalresearch.3rdEd.W.H.Freeman&Company,NewYork.850p. StadenR,BealKF,BonfieldJK.19922002.http://staden.sourceforge.net/. Swofford,D. L.2001.PhylogenticAnalysisUsingParsimony (*and other methods). Version4.SinauerAssociates,Sunderland,Massachusetts,USA[emCD]. Thompson,J.D.,Higgins,D.G.eGibson,T.J.1994.CLUSTALW:improvingthe sensitivity of progressive multiple sequence alignment through sequence weighting,positionspecificgappenaltiesandweightmatrixchoice.NucleicAcids Research22:46734680. Vari, R. P. e Malabarba, L. R. 1998. Neotropical ichthyology: An overview . In: PhylogenyandclassificationofNeotropicalfishes.Eds.Malabarba,LR;Reis,RE; Vari,RP;Lucena,ZMS;Lucena,CAS.PortoAlegre:EDIPUCRS.112p. Vianna, R. T, Boeger, W. A e SilvaSouza, A. T. no prelo b. Neotropical Monogenoidea. 51. Diechodactylus joaberi n. gen., n. sp. from the banded knifefish (“Tuvira”), Gymnotus carapo (Gymnotidae, Gymnotiformes), from SoutheastBrazil.SystematicParasitology.

230 Vianna,R.T,Boeger,W.A.eDove,A.D.M.nopreloa.NeotropicalMonogenoidea. 50. Scutalatus magniancoratus gen. et sp. n. (Gyrodactylidae) from the South American electric eel, Electrophorus electricus (Gymnotidae, Gymnotiformes), and redescription of Mormyrogyrodactylus gemini from the African buldog, Marcusenius macrolepidotus (Mormyridae,Osteoglossiformes).ActaZoologica. Weider,L.J.,Elser,J.J.,Crease,T.J.,Mateos,M.,Ctner,J.B.eMarkow,T.A.2005. The functional significance of ribossomal (r)DNA variation: impacts on the evolutionaryecologyoforganisms.Annu.Ver.Ecol.Evol.Syst.36:219242. Wiley, E. O. 1981. Phylogenetics, the principles and pratice of phylogenetic systematics .JohnWiley&Sons,NewYork.439p. Williams,E.H.eRogers,W.A.1971.Twonewspeciesof Gyrodactylus (Trematoda: Monogenea) and a redescription and new host record for G. prolongis Hargis, 1955.TheJournalofParasitology57:845847. Xia,X.,eXie.Z.,2001DAMBE:Dataanalysisinmolecularbiologyandevolution. JournalofHeredity92:371373. Zietara, M. S. e Lumme, J. 2004. Comparison of molecular phylogeny and morphologicalsystematicsinfishparasitegenus Gyrodactylus Nordmann,1832 (Monogenea,Gyrodactylidae).ZoologicaPoloniae49:528. Zietara,M.S.,Huyse,T.,Lumme,J.eVolckaert,F.A.2002.Deepdivergenceamong subgeneraof Gyrodactylus inferredfromrDNAITSregion.Parasitology124:39 52.

231 Tabela 1. Espécimes estudados e incluídos na análise. IPCR – Institute of Parasitology, Academy of Science of the Czech Republic (República Tcheca); CHIOC – Coleção Helmintológica da Fundação Instituto OswaldoCruz;INPA–ColeçãoParasitológicadoInstitutoNacionalde PesquisasdaAmazônia;MZUSP–ColeçãoParasitológicadoMus eude ZoologiadaUSP;USNPC–UnitedStatesNationalParasiteCollection.

Espécie Números de controle de Número de Museus exemplares Aglaiogyrodactylus calamus INPA483as 19 Aglaiogyrodactylus conei INPA479ac 03 Aglaiogyrodactylus ctenistus INPA481au 21 Aglaiogyrodactylus forficulatus INPA470ar 18 Aglaiogyrodactylus forficuloides INPA485al 12 Aglaiogyrodactylus guttus INPA475af 06 Aglaiogyrodactylus pedunculatus INPA473aaa 27 Aglaiogyrodactylus salebrosus INPA477ad 04 Gêneron.Asp.n.1 MZUSP 6352, 6353ac, INPA 10 497ad,USNPC98771,98772 Gêneron.Bsp.n.1 CapítuloIV–nestetrabalho 12 Gyrodactylus sp.n.1 CapítuloII–nestetrabalho 06 Gyrodactylus sp.n.3 CapítuloII–nestetrabalho 03 Gyrodactylus sp.n.4 CapítuloII–nestetrabalho 18 Gyrodactylus sp.n.5 CapítuloIII–nestetrabalho 07 Gyrodactylus sp.n.6 CapítuloIII–nestetrabalho 07 Gyrodactylus sp.n.11 CapítuloVI–nestetrabalho 09 Gyrodactylussp.n.12 CapítuloVI–nestetrabalho 12 Mormyrogyrodactylus gemini IPCRM348 03 Onychogyrodactylus hydaticus INPA468ak 11 Onychogyrodactylus sudis INPA466ap 16 Phanerothecioides agostinhoi INPA464aq 17 Phanerothecium deiropedeum INPA462ap 16 Phanerothecium spinatoides INPA397ag 07 Phanerothecium spinulatum INPA449aq 17 Polyclithrum boegeri CHIOC33988b 01 Polyclithrum sp.n.1 CapítuloVI–nestetrabalho 13 Polyclithrum sp.n.2 CapítuloVI–nestetrabalho 14 Scleroductus sp.de Glanidium CHIOC 33147c, 33147d, 33148b, 05 melanopterum 33148c,33154d Scleroductus sp.de Parauchenipterus CHIOC33146,33153 02 striatulus Scleroductus sp.de Pimelodella sp. CHIOC 33145a, 33145c, 33152a, 05 33152b,33156a Scleroductus sp. de Rhamdia quelen CHIOC 33150e, 33150i, 33151b, 04 33151c

232 Tabela 2. Matriz de caracteres utilizada na reconstrução das relações filogenéticas de Gyrodactylidae. 130 = caracteres; “?” caracteres desconhecidos;““caracteresnãoaplicados;(*)grupoexterno.A. = Aglaiogyrodactylus ;H.= Hyperopletes ;N.= Nothogyrodactylus ; O. = Onychogyrodactylus ; Ph. = Phanerothecioides ; P. = Phanerothecium . Táxons Caracteres 1 1111111112 22222222333 1234567890 1234567890 12345678901

01. Enoplocotyle * 0010000000 01-----00- 00000000?-0 02. Udonella * 0002--1-00 01-----000 0---0000 –0 03. Anoplodiscus * 0000—00000 1-----0000 ---0001 –-0 04. Acanthoplacatus 1101211-23 0010011001 00100000—0 05. A. forficulatus 0011100010 0010000000 00100001011 06. A. ctenistus 0011100010 0010000000 00110001011 07. A. conei 0011100010 0010001000 00100001011 08. A. forficuloides 0011100010 0010000000 00100001011 09. A. pedunculatus 0011100010 0010000000 00100001011 10. A. salebrosus 0011100010 0010000000 00100001011 11. A. guttus 0010100010 0010000000 00100001011 12. A. calamus 0010100010 0010000000 00100001011 13. Anacanthocotyle 1111211-23 01---2---- 00101000--0 14. Archigyrodactylus 1111211-23 001002---- 1010?000--0 15. Accessorius 1111211-23 0010001000 00200-00--1 16. Fundulotrema 1111211-23 1010001210 00200000--1 17. Gênero et sp. n. A 1111211-23 0021101200 00300000--1 18. Gênero et sp. n. B 1111211-23 0021101101 00501100--1 19. Gyrdicotylus 1111211-23 000002---- 00600000--0 20. Gyrodactyloides 1111211-23 0000012100 0030?110--0 21. Gyrodactylus sp.n.1 1111211-23 0010001000 00100000--1 22. Gyrodactylus sp.n.3 1111211-23 0010000000 00100000--1 23. Gyrodactylus sp.n.4 1111211-23 0010000000 00100000--1 24. Gyrodactylus sp.n.5 1111211-23 0010000000 00100000--1 25. Gyrodactylus sp.n.6 1111211-23 0010001000 00100000--1 26. Gyrodactylus sp.n.11 1111211-23 0010001000 00100100--1 27. Gyrodactylus sp.n.12 1111211-23 0010000000 00100000--1 28. G. anisopharynx 1111211-23 0010001000 00100000--1 29. G. superbus 1111211-23 0010001000 00100000--1 30. H. malmbergi 0011111-12 0010000000 001000000-1 31. Isancistrum 11?1211-23 01---2---- 00101000--0 32. Laminiscus 1111211-23 0000010000 1030?000--0 33. Macrogyrodactylus 1111211-23 0010002320 00400100--1 34. Mormyrogyrodactylus 1111211-23 2021001211 00100110--1 35. N. clavatus 0011000010 0010000000 00110000001 36. N. amazonicus 0011000011 0010000000 00100000001 37. N. plaesiophallus 0011000010 0010000000 00110000001 38. O. sudis 0011100111 0010000000 00100000001 39. O. hydaticus 0011100110 0010000000 00100000001 40. Oogyrodactylus 0011101-12 0010000000 001000000-1 41. Paragyrodactylus 1111211-23 0010001000 00100100--1 42. Ph. agostinhoi 0011101-12 000002---- 001000000-0 43. P. caballeroi 0010111-11 0010000000 001100001-1 44. P. deiropedeum 0011101-11 0010000000 001000001-1 45. P. harrisi 0011101-11 0010000000 001100001-1 46. P. spinatus 0011111-11 0010000000 001100001-1 47. P. spinatoides 0011111011 0010000000 001100001-1 48. P. spinulatum 0011111-11 0010000000 001100001-1 49. Polyclithrum boegeri 1111211-23 0001002320 01300110--1 50. Polyclithrum sp.n.1 1111211-23 0001002321 01300110--1 51. Polyclithrum sp.n.2 1111211-23 0001002320 01300110--1 52. Scleroductus sp.n.1 1111211-23 0010000100 00100000--1 53. Swingleus 1111211-23 1011011210 01200100--0

233 Tabela3– Seqüênciasutilizadasnaanálise,númerodeacessonoGenbank(NGB)enúmerodeparesde basesporregiãodoITSetotal.Seqüênciasproduzidasnesseestudo(*).Grupoexterno(**).A –Ambientes:D–águadoce,E–estuarino,Mmarinho;RB–regiãogeográfica:ASAmérica doSul,AC–A.Central,AN–A.doNorte,AFR–África,EUR–Europa,AUS–Austrália, ASI – Ásia, ATN –Atlântico Norte; TO – Total original; TC – total com corte dos pares de basesexcedentes.

Espécies NGB A R ITS1 5.8S ITS2 TO TC Espécies Ovíparas Udonella sp.** * M AS 762 172 433 1367 678 G702 * D AS 297 153 276 726 696 Aglaiogyrodactylus calamus 1 * D AS 263 155 256 674 674 Aglaiogyrodactylus calamus 2 * D AS 267 155 262 684 679 Aglaiogyrodactylus calamus 3 * D AS 237 155 262 654 651 Aglaiogyrodactylus conei * D AS 315 155 233 703 689 Aglaiogyrodactylus ctenistus 1 * D AS 316 155 262 733 715 Aglaiogyrodactylus ctenistus 2 * D AS 304 155 257 716 715 Aglaiogyrodactylus ctenistus 3 * D AS 304 155 258 717 715 Aglaiogyrodactylus ctenistus 4 * D AS 302 155 266 723 716 Aglaiogyrodactylus forficulatus * D AS 291 155 181 627 624 Onychogyrodactylus sp. * D AS 297 155 263 715 698 Phanerothecioides sp. * D AS 301 155 278 734 732 Phanerothecium harrisi * D AS 284 155 89 528 514 Phanerothecium sp.1 * D AS 314 155 194 663 649 Phanerothecium sp.2 * D AS 302 155 234 691 690 Phanerothecium sp.3 * D AS 299 155 263 717 716 Phanerothecium sp.4 * D AS 313 155 268 736 719 Phanerothecium sp.5 * D AS 303 155 280 738 719 Phanerothecium spinulatum * D AS 296 155 264 715 715

Espécies Vivíparas

Acanthoplacatus sp. AF465784 M AUS 430 161 418 1009 699 Fundulotrema stableri AY099505 D AN 85 425 510 347 Gêneron.Bsp.n.1 * D AS 302 157 346 805 697 Gyrdicotylus gallieni AJ001843 D AFR 388 157 392 937 744 Gyrodactyloides bychowskii AJ249348 M ATN 421 158 362 941 699 Gyrodactylus anguillae AN AB063291 M AUS 702 157 425 1284 719 Gyrodactylus anguillae EUR AB063294 M EUR 702 157 425 1284 719 Gyrodactylus anisopharynx * D AS 459 157 247 863 700 Gyrodactylus arcuatus AY338442 D,E,M EUR 409 157 374 940 702 Gyrodactylus branchialis AY338430 M EUR 382 157 376 915 701 Gyrodactylus bullatarudis AJ011410 D AC 466 156 429 1051 718 Gyrodactylus cf micropsi AJ427221 M EUR 649 157 382 1188 707 Gyrodactylus corydorae 1 * D AS 447 157 538 1142 725 Gyrodactylus corydorae 2 * D AS 423 157 534 1114 727 Gyrodactylus corydorae 3 * D AS 447 157 540 1144 731 Gyrodactylus eucaliae * D AN 348 157 350 855 721 Gyrodactylus gasterostei AJ001841 D EUR 658 156 448 1262 725 Gyrodactylus hoffmani * D AN 399 157 328 884 724 Gyrodactylus kobayashii AF484534 D EUR 651 157 417 1225 735 Gyrodactylus niponnensis AB063295 M ASI 387 157 416 960 699 Gyrodactylus ostendicus AY338441 M EUR 384 157 376 917 702 Gyrodactylus pictae AY692023 D AC 493 157 369 1019 709 Gyrodactylus poeciliae AJ001844 D AS 447 157 390 994 701

234

Tabela3–Continuação

Espécies NGB A R ITS1 5.8S ITS2 TO TC Espécies Vivíparas Gyrodactylus pungitii AF484543 D,E EUR 659 157 419 1235 733 Gyrodactylus rarus AY061976 E,M EUR 404 157 393 954 721 Gyrodactylus salaris AF484544 D,E,M EUR 655 157 427 1239 731 Gyrodactylus sp.n.1 * D AS 361 157 357 875 696 Gyrodactylus sp.n.2 * D AS 351 157 352 860 694 Gyrodactylus sp.n.6 * D AS 478 163 482 1123 742 Gyrodactylus sp.n.9 * D AS 43 160 293 496 470 Gyrodactylus sp.n.14 * D AS 252 157 227 636 636 Gyrodactylus superbus * D AS 412 157 518 1087 720 Gyrodactylus truttae AJ132260 D EUR 703 157 470 1330 734 Gyrodactylus turnbulli AJ001846 D AS 495 157 370 1022 711 Macrogyrodactylus AJ567672 D AFR 407 159 259 825 697 polypteri Scleroductus sp.n.1 * D AS 487 158 163 808 636

235 Tabela4.Distribuiçãodoscaracteresnoscladosetáxonsterminais.N=númerorelativoàs transformações acima do ramo na Figura 1; Índices e mudanças de estados obtidos da análise no PAUP*; “=” transformação não ambígua do caráter; “” carátercomtransformaçãoambígua;IC=índicedeconsistênciadecadacaráter.

Sinapomorfias N Caráter Passos IC Transformação

CladoA 1 4 1 0,50 0=1 2 9 1 1,00 0=1 3 12 1 0,50 1=0 4 23 1 0,75 0–1 N. amazonicus 5 10 1 0,60 0=1 CladoB 6 24 1 0,33 0=1 CladoC 7 5 1 1,00 0=1 CladoD 8 8 1 1,00 0=1 O. sudis 9 10 1 0,60 0=1 CladoE 10 28 1 1,00 0=1 11 30 1 1,00 0=1 A. conei 12 17 1 0,50 0=1 A. ctenistus 13 24 1 0,33 0=1 CladoF 14 4 1 0,50 1=0 CladoG 15 7 1 0,50 0=1 16 10 1 0,60 0=2 P. agostinhoi 17 13 1 0,33 1=0 18 16 1 0,40 0=2 CladoH 19 10 1 0,60 2=1 20 29 1 0,50 0=1 CladoI 21 24 1 0,33 0=1 P. caballeroi 22 4 1 0,50 1=0 CladoJ 23 6 1 0,50 0=1 CladoK 24 6 1 0,50 0=1 CladoL 25 1 1 1,00 0=1 26 2 1 1,00 0=1 27 5 1 1,00 1=2 28 9 1 1,00 1=2 29 10 1 0,60 2=3 Scleroductus sp.n.1 30 18 1 0,60 0=1 CladoM 31 13 1 0,33 1–0 32 16 1 0,40 0=2 Gyrdicotylus 33 23 1 0,75 1=6 CladoN 34 21 1 1,00 0=1 Archigyrodactylus 35 13 1 0,33 0–1 Laminiscus 36 16 1 0,40 2=1 37 23 1 0,75 1=3 CladoO 38 12 1 0,50 0=1 39 25 1 0,50 0=1 CladoP 40 17 1 0,50 0=1 Acanthoplacatus 41 3 1 0,50 1=0 42 16 1 0,40 0=1 43 20 1 0,25 0=1 CladoQ 44 26 1 0,33 0=1 CladoR 45 23 1 0,75 1=2 CladoS 46 18 1 0,60 0=2 CladoT 47 11 1 1,00 0=1 48 19 1 0,67 0=1 Fundulotrema 49 26 1 0,33 1=0 CladoU 50 14 1 0,33 0=1

236 ContinuaçãodaTabela4.

Sinapomorfias N Caráter Passos IC Transformação

Swingleus 51 22 1 0,50 0=1 Mormyrogyrodactylus 52 11 1 1,00 1=2 53 13 1 0,33 1=2 54 20 1 0,25 0=1 55 23 1 0,75 2=1 56 27 1 0,50 0=1 CladoV 57 23 1 0,75 2=3 CladoW 58 13 1 0,33 1=2 59 14 1 0,33 0=1 60 15 1 1,00 0=1 Gêneron.Asp.n.1 61 26 1 0,33 1=0 Gêneron.Bsp.n.1 62 17 1 0,50 1=0 63 18 1 0,60 2=1 64 20 1 0,25 0=1 65 23 1 0,75 3=5 66 25 1 0,50 0=1 CladoX 67 17 1 0,50 1=2 68 18 1 0,60 2=3 69 19 1 0,67 0–2 Macrogyrodactylus 70 23 1 0,75 3=4 CladoY 71 13 1 0,33 1=0 72 27 1 0,50 0=1 Gyrodactyloides 73 16 1 0,40 0=1 74 18 1 0,60 3=1 75 19 1 0,67 2–0 CladoZ 76 14 1 0,33 0=1 77 22 1 0,50 0=1 Polyclithrum sp.n.1 78 20 1 0,25 0=1 Tabela5–Taxasdetransição(ti)(%),transversão(tv)(%)earelação ti/tvdadiferençapareadadebasesdasseqüênciasutilizadas na reconstrução filogenética de espécies Gyrodactylidae, com base no rDNA, ITS1 (parcial),5.8Se ITS2(parcial). Total=ITS1+5.8S+ITS2.

ITS1 5.8S ITS2 Total

ti 27,60 6,31 22,60 56,51 tv 18,40 2,65 17,05 38,10 ti/ tv 0,84 1,21 0,71 0,78

237

238 ◄Figura 1. Hipótese filogenética de Gyrodactylidae baseada em dados morfológicos, obtida com o programa PAUP* 4.0b10. Nomes de espécies ovíparas em cinza. Letras circuladas representam os clados indicados no texto. Valores acima dos ramos representam as transformações dos caracteres; valores abaixo do ramo indicam os suportes de Bremer (antes da barra) e de Bootstrap (após a barra). Todos os valores de Bootstrap estão representados;*/número=ramosemsuportedeBremer;número/*=ramosemsuporte debootstrap.Ramoscomlinhasduplasrepresentamramoscomsuportenocladogramade consenso estrito. Mudanças evolutivas entre colchetes representam homoplasias e seguidas de um asterisco representam autapomorfias: 1. Órgão copulatório masculino (OCM) muscular; 2. Glândulas de Mehlis conspícua, massiva; 3. Um par de âncoras ventrais; [4, 54]. Dezesseis ganchos (8 pares), marginais, regularmente distribuídos na margemdoháptor;[5,9,19].Viteláriaemformade “h”, semramodextroanterior;[6, 13,21].Quilhanahastedoganchopresente;7.BolsadoOCM(quandoOCMmuscular) sacular, com parede fina; 8. Bolsa da peça acessória presente; 10. Divertículo uterino presente; 11. Peça acessória dentro do saco do OCM; [12, 40]. Escudo da barra superficialtipoplaca;[14,22].OCMesclerotizado;15.PeçaacessóriadoOCMausente; 20.Presençademaisdeumovonoútero;16.Distribuiçãodaviteláriaem"U"invertido, ramos anteriores ausentes; [23, 24]. Espinhos do OCM presentes; [17, 31, 71]. Raiz profunda da âncora conspícua; [18, 32]. Barras superficial e profunda ausente; 25. Hiperviviparidade;26.Protoginia;27.BolsadoOCM(quandoOCMmuscular)bulbosa; 28. Glândulas de Mehlis ausente; 29. Vitelária reduzida ou modificada no tronco posterior;[30,63,74].EscleritoR1ligadoàbarrasuperficial;33*.Ganchosdistribuídos em oito pares laterais às ventosas; [39, 66]. Cecos intestinais confluentes no tronco posterior; 38. Âncoras ausentes; 34. Esclerito tipo placa (não associado com a barra superficial) presente; 35. Raiz profunda da âncora tipo botão,inconspícua;[36,42,73]. Barra profunda ausente; [37, 57]. Oito ganchos (4 pares) anteriores, oito (4 pares) na margem posterior do háptor; 41. Sensilo cefálico ausente; [43, 53, 64, 78]. Projeção mediana anterior da barra superficial (PAM) presente; 44. Barra acessória anterior presente;45. Seisganchos (3 pares)anteriores,10ganchos(5pares)naregiãoposterior da margem do háptor; 46. Esclerito R1 conectado ao escudo; 47. Barra peduncular esclerotizada; 48. Esclerito R2 conectado ao escudo; [49, 61]. Barra acessória anterior ausente; [50, 59, 76]. Esclerotização na extremidade da âncora (esclerito acessório) presente; [56, 77]. Escleritos tipo costelas presentes no háptor; 51*. Barra peduncular parcialmente esclerotizada (celular); [52, 58]. Raiz profunda alongada; [55, 72]. Barra acessórialateralpresente;60.Quilhadaraizsuperficialdaâncorapresente;62.Escudoda barrasuperficialausente;65*.Dezganchos(5pares)anteriores,seisganchos(3pares)na margem posterior do háptor; 67. Escudo da barra superficial tipo fita; 68. Esclerito R1 livredabarraedoescudo;69.EscleritoR2livredo escudo; 70*. Dois ganchos (1 par) anteriores,quatorzeganchos(7pares)namargemanterior;75.EscleritoR2ausente.

Figura2EsquemadasregiõesdoDNAribossomal.Partesuperiordafigura:repetiçõesdasregiões no rDNA; IGS (espaçador intergênico ou “intergenic spacer”). Parte inferior da figura: ITS1 e ITS2 (ITS espaçador interno transcrito ou “internaltranscribed spacer”).Genes 18S(subunidademenordoDNAribossomalou“SSU–smallsubunit”),5.8SrDNAe28S (subunidademaiordoDNAribossomalou“LSU–largesubunit”).

239 Figura3Gráficodopontodecorte(BURNIN=5000gerações)utilizadonaanálise deinferênciaBayesiana.Sãoevidenciadas10.000geraçõesdototalde1,5 milhõesdegerações.Linhapontilhada=pontodecorte.

240

Figura 4. Representações esquemáticas do háptor das espécies que compõem o clado “M”. A. Gyrdicotylus – v. ventosa. B. Anacanthocotyle e Isancistrum . C. Archigyrodactylus – etp. escleritotipoplaca. D. Laminiscus –etp.escleritotipoplaca.Mudançasevolutivas:31.Raiz profunda da âncora conspícua; 32. Barras superficial e profunda ausente; 33. Ganchos distribuídosemoitopareslateraisàsventosas;34.Escleritotipoplaca(nãoassociadocoma barrasuperficial)presente;35.Raizprofundadaâncoratipobotão,inconspícua;36.Barra profundaausente;37.Oitoganchos(4pares)anteriores,oito(4pares)namargemposterior doháptor;38.Âncorasausentes;39.Cecosintestinaisconfluentesnotroncoposterior.

241

◄Figuras5. RepresentaçãoesquemáticadoháptordasespéciesdeGyrodactylidaeincluídasnoClado “R”. Os números acima de cada ramo indicam as transformações dos caracteres. A. Paragyrodactylus ; B. Accessorius ; C. Fundulotrema ; D. Swingleus ; E. Mormyrogyrodactylus gemini ; F. Gênero n. A sp. n. 1; G. Gênero n. B sp. n. 1; H. Macrogyrodactylus ; I. Gyrodactyloides ; J. Polyclithrum sp. n. 1. Mudanças evolutivas: 44.Barraacessóriaanteriorpresente;45.Seisganchos(3pares)anteriores,10ganchos(5 pares)naregiãoposteriordamargemdoháptor;46. Esclerito R1 conectado ao escudo; 47.Barrapeduncularesclerotizada;48.EscleritoR2conectadoaoescudo;49,61.Barra acessóriaanteriorausente;50,59,76.Esclerotizaçãonaextremidadedaâncora(esclerito acessório) presente; 51*. Barra peduncular parcialmente esclerotizada (celular); 52, 58. Raizprofundaalongada;53,64,78.Projeçãomedianaanteriordabarrasuperficial(PAM) presente; 54. Dezesseis ganchos (8 pares), marginais, regularmente distribuídos na margem do háptor; 55, 72. Barra acessória lateral presente; 56, 77. Escleritos tipo costelas presentes no háptor; 58. Oito ganchos (4 pares) anteriores, oito (4 pares) na margemposteriordoháptor;60.Quilhadaraizsuperficialdaâncorapresente;62.Escudo da barra superficial ausente; 63, 74. Esclerito R1 ligado à barra superficial; 65*. Dez ganchos (5 pares) anteriores, seis ganchos (3 pares) na margemposteriordoháptor; 66. Cecosintestinaisconfluentesnotroncoposterior;67.Escudodabarrasuperficialtipofita; 68.EscleritoR1livredabarraedoescudo;69.EscleritoR2livredoescudo;70*.Dois ganchos (1 par) anteriores, quatorze ganchos (7 pares) na margem anterior; 71. Raiz profundadaâncoraconspícua;73.Barraprofundaausente;75.EscleritoR2ausente.

242 Figuras 69. Espécimes representando diferentes estados do caráter tipo de vitelária; 6. Onychogyrodactylus hydaticus (vitelária em “H”) – s. sensila; o. ovo; dv. dutos da vitelária; fv. folículo da vitelária. (de Kritsky et al ., 2007); 7. Phanerothecium deiropedeum (vitelária em “h”, sem ramo dextroanterior) – gm. Glândula de Mehlis. (deKritsky et al .,2007); 8. Phanerothecioides agostinhoi (viteláriaem“U”invertido) (de Kritsky et al ., 2007); 9. Gyrodactylus sp. n. 7 (vitelária reduzida no tronco posterior)–e.embrião;fv.folículodavitelária(Vianna,capítulo2).

Figuras 1013. Órgão copulatório masculino (OCM) de Gyrodactylidae, representando diferentes estados do caráter. 10 . OCM de Phanerothecium caballeroi (esclerotizado, sacular e nãoarmado) (de Kritsky e Thatcher, 1977); 11 . OCM de Hyperopletes malmbergi (muscular, sacular e armado) – e. espinhos (de Boeger et al ., 1994); 12 . Aglaiogyrodactylus forficulatus (muscular, sacular e nãoarmado, com peça acessória inclusa no saco do OCM) – ocm. Órgão copulatório masculino; pg. poro genital; du. divertículo uterino; u. útero; pa. peça acessória; bo. bolsa do OCM; vs. vesícula seminal. (de Kritsky et al. , 2007); 13 . OCM de Gênero n. B sp. n. 1 (muscular, bulbosoearmado)e.espinho;es.espinelete(deVianna et al. ,noprelob).

243 Figuras1417. Barrapeduncular. 14 . Swingleus polyclithroides (deRogers,1969). 15 . Fundulotrema prolongis (de Williams e Rogers, 1971). 16-17 . Mormyrogyrodactylus gemini (de Vianna et al .,nopreloa).Pontadasetaindicaabarrapeduncular.

Figuras 1820 . Âncoras de Gyrodactylidae. 18 . Phanerothecioides agostinhoi (raiz profunda conspícua) – rs. raiz superficial; rp. raiz profunda. (de Kritsky et al ., 2007); 19. Gyrodactylus geophagensis (raizprofundatipobotão)–rs.raizsuperficial; rp. raiz profunda. (de Boeger e Popazoglo, 1995); 20 . Gênero n. A sp. n. 1 (raiz profunda alongada) – ea. esclerito acessório; qs. quilha superficial; rp. raiz profunda (de Vianna et al .,noprelo–a,capítulo3).

244 Figuras2122. Estruturasesclerotizadasdoháptor. 21 .Háptorde Mormyrogyrodactylus gemini .BP. barrapeduncular;PAM.projeçãoanteromediana;BS.Barrasuperficial;BA1.barra acessória1;BA2.barraacessória2;BA3.barraacessória3;BA4.barraacessória4; E. esclerito acessório; E. escudo; R1. esclerito R1;R2.Esclerito R2. 22 . Háptorde Polyclithrum sp.BS.Barrasuperficial;BA1.barraacessória1;BA2.barraacessória 2;BA3.barraacessória3;BA4.barraacessória4;E.escleritoacessório;E.escudo; R1.escleritoR1;R2.EscleritoR2;C.costelasbilaterais

Figura23Geldeagarose(1,5%)indicandoadiferençadotamanhodoprodutoda PCR entre espécies ovíparas e vivíparas de Gyrodactylidae. Espécies ovíparas: 12. Udonella sp.; 4. Phanerothecium spinulatum ; 6. Ovíparo não identificado de Rineloricaria sp.; 7. Phanerothecium sp. 1; 8. Phanerothecium sp. 2; espécies vivíparas: 3. Gyrodactylus sp. n. 2; 5. Gyrodactylus sp.n.1;pb.Paresdebases.

245

Figura 24 Gráficos do testes de saturação das regiões de ITS, através da taxa de transição/ transversão x distância (calculo baseado no modelo de substituiçãoK80),realizadosnoprogramaDAMBEv4.5.20.Cinzaclaro (∆)=transversão(tv);cinzaescuro(x)=transição(ts).

246 Figura 25 Gráfico de distribuição de escores do Teste de Permutação (PTP) dos fragmentos de ITS1 (parcial), 5.8S rDNA e ITS2 (parcial) (número de réplicas =1000, busca = heurística). Seta cinza indica a árvore mais parcimoniosa(AMP=4760).P=indicadiferençasignificativaentreos dadosoriginaisdaAMPeosdadospermutados.

Figura26GráficodoTesteG1dosfragmentosdeITS1(parcial),5.8SrDNAeITS2 (parcial)(númeroderéplicas=1.000.000).Setacinzaindicaaárvoremais parcimoniosa(AMP=9566).Gráficomenormostraocomportamentoda curvacomvaloresde013000.

247 Figura 27 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial),5.8SrDNA,ITS2(parcial)atravésdemáximaparcimôniano programa PAUP* 4.0b10 (108 cladogramas; IC = 0,37; IH = 0,62; comprimento=4.760).Valoresdentrodaselipsesindicamossuportes de Bootstrap. Ramos com linhas duplas representam o suporte no cladogramadeconsensoestrito.

248

Figura 28 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial),5.8SrDNA,ITS2(parcial)atravésdeinferênciaBayesianano programa MrBayes. Valores dentro das elipses indicam os suportes probabilidade posterior. ln likelihood = 39.565. Círculos brancos = possível ancestral de água doce; círculos cinzas = possível ancestral marinhoouáguadoce;círculospretos=possívelancestralmarinho.

249

Figura29HipótesefilogenéticadeGyrodactylidaeobtidacomdadoscombinadosdo ITS1 (parcial), 5.8S rDNA, ITS2 (parcial) e morfologia, através de máximaparcimônianoprogramaPAUP*4.0b10(27árvores;IC=0,61; IH = 0,39; comprimento = 449). Valores acima dos ramos indicam os suportes de bootstrap. Ramos com linhas duplas indicam suporte no cladogramadeconsensoestrito.

250

Figura 30. Cladograma de Monogenoidea modificado de Boeger e Kritsky (2001), mostrando as relaçõesdeGyrodactylidaeemPolyonchoinea.Retângulosnosramosindicamoestadodo caráterbrancos=caráterplesiomórfico(pl);cinzas=caráterapomórficos(ap).1.Órgão copulatório masculino. pl = muscular, ap = esclerotizado; 2. Glândula de Mehlis. pl = folicular, inconspícua, ap = lobada, conspícua; 3. Umpardeâncoras.pl=presente,ap= ausente;4.16ganchosnamargemdoháptor.pl=presente,ap=ausente.Asmudançasde caráter que não estão na discussão foram omitidas (para detalhes ver Boeger e Kritsky, 2001).

251 Figura 31 – Distribuição das espécies ovíparas e da primeira linhagem de espécies vivíparas de Gyrodactylidae de acordo com a hipótese filogenéticaobtidacomdadosmolecularesatravésdeinferênciaBayesiana(Figura29).

252 Figura32–DistribuiçãodasespéciesovíparasedassegundaeterceiralinhagensdeespéciesvivíparasdeGyrodactylidaedeacordocomahipótesefilogenéticaobtidacom dados moleculares através de inferência Bayesiana (Figura 29). Destaque das espécies de Gyrodactylus da América do Sul, parasitos de Siluriformes (da segundalinhagemcladoI)edaEuropa(daterceiralinhagemcladoH),quetemrelaçãodegrupoirmãocom Acanthoplacatus sp.

253 Figura 33 – Distribuição das espécies ovíparas e da terceira linhagem de espécies vivíparas de Gyrodactylidae de acordo com a hipótese filogenética obtida com dados molecularesatravésdeinferênciaBayesiana(Figura29).Destaquedasespéciesde Gyrodactylus daEuropa(daterceiralinhagem–cladosEeD)esuasrelações degrupoirmãocomocladoquecontémespéciesdasAméricaseEuropa(daterceiralinhagemcladoG).

254 Figura 34 Hipótese filogenética de Gyrodactylidae obtida com dados do ITS1 (parcial), 5.8S rDNA, ITS2 (parcial) através de inferência Bayesiana, comaotimizaçãodasregiõesgeográficassugerindoapossíveláreado ancestraldecadaclado.

255 Anexo A –Caracteresquenãoforamenvolvidosnaanálise morfológica devido a problemas de grande número de homoplasias e dificuldade no estabelecimento de homologias.

Presença de almofadas no háptor

Naredescriçãode M. gemini foiobservadaumabarraacessóriaquefoichamada por Vianna et al . (noprelo a)debarraacessória 3(BA3)(Fig.4). No entanto, na descrição do Gênero n. B sp. n. 1 (Vianna et al ., no prelo b; ver Capítulo VI) foi observadoqueaBA3provavelmenteeraumaestruturadetecidoconectivo.Issogerou uma incerteza sobre a composição de estruturas semelhantes em outras espécies e poderiapermitirerronadefiniçãodehomologia.Poressemotivoocaráterfoiretirado daanálise.

Ramificação da peça acessória

Espécies de Nothogyrodactylus , Onychogyrodactylus e Aglaiogyrodactylus possuempeçaacessória,noentanto,algumaspossuemapeçaacessóriasemnenhuma ramificação, uma única peça com ou sem OCM acoplado; outras com dois ramos separados; ou com dois ramos fundidos na base; ou com três ramos, sem OCM acoplado,oucomOCMsendoguiadopelapeçaacessória,ambascomaextremidade afilada; três ou quatro ramos com as extremidades ramificadas. A maioria desses estadoseramautapomórficosoquedeterminouasuaretiradadaanálise.

Número de fileiras de espinhos no OCM

Asespéciesovíparasapresentamespinhosemmúltiplasfileiras( P. spinatus , P. spinulatum , P. spinatoides e H. malmbergi ), enquanto que as espécies vivíparas apresentam espinhos do OCM em uma ou duas fileiras. A dificuldade de traçar

256 homologiafoiemrelaçãoàsfileirasmúltiplasdasespéciesovíparasquenãopossuemos espinhoshomólogos.

OCM muscular eversível

ComexceçãodasespéciescomOCMesclerotizado( A. guttus , A. calamus e P. caballeroi )orestantedasespéciesdeGyrodactylidaepossuiOCMmuscular.Porém,as informaçõesdisponíveisparaamovimentaçãodoOCM(eversívelounão)deespécies vivíparassãoescassas.Provavelmente,todasasespécies vivíparas possuemo OCM eversível, como foi demonstrado para M. gemini (LuusPowell et al, 2003). Porém, seria necessário observar isso em grande parte das espécies utilizadas na análise.

Assim,adefiniçãodehomologiaentreOCMdeespéciesovíparasevivíparaspoderia serfalsa.PelafaltadeinformaçãodoOCMdasespéciesvivíparasfoidecididonão utilizaressecaráter.Entretanto,éumcaráterqueestásendoreavaliadoparausoem estudosfuturos.

Forma dos ganchos

Malmberg (1964) utiliza a forma dos ganchos, entre outros caracteres, para proporrelaçõesfilogenéticasemespéciesde Gyrodactylus .Duranteafasefinaldesse estudocomeçouaserobservadocertospadrõesexistentesentreformasdeganchos.Por exemploentreganchosdeespéciesovíparase Scleroductus sp.n.1(eoutrasespécies); entreosgirodactilídeosparasitosdeGymnotiformes;eentreosparasitasdehospedeiros

Cichlidae. Essas observações permitiram o começo da preparação de uma série de homólogos. Porém, devido ao grande número de espécies a serem estudadas e re estudadasedevidoaotempohábildapreparaçãodatese,essecaráternãofoiutilizado.

PermanecendoemestudoeavaliaçãoparafuturostrabalhoscomGyrodactylidae.

257

Projeção antero-lateral da barra superficial

OcaráterprojeçãoanterolateraldabarrasuperficialfoiutilizadoporKritskye

Boeger (2003) e aparece com uma sinapomorfia do clado formado por Accessorius ,

Fundulotrema , Swingleus , Macrogyrodactylus , Gyrodactyloides e Polyclithrum .

Devido ao acréscimo de mais espéciesna análise foi observadoqueesse caráter foi homoplásico.Emumtestequeavalioucaracteresquepoderiamestarcausandoruídos na análise, foi observado que esse caráter ao ser retirado da análise permitiu uma definiçãomelhordecertosclados.

258 Anexo B –MatrizdosdadoscombinadosdeITS1(parcial),5.8SrDNA(total),ITS2 (parcial)emorfológicosutilizadasnareconstruçãodorelacionamentofilogenético dasespéciesdeGyrodactylidae.

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 5 15 25 35 45 55 Udonella sp. AGCGCCTTCG GGATGAACTC TTTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACATATCG ATGAAGGGTG Phanerothecium spinulatum AGCGCTTTAA AGAGGAACTC TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGCACCG ATGAAGAATG Onychogyrodactylus sp. AGCGCTTTAA AGAGGAACTT CGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGAACCG ATGAAGAGTG Aglaiogyrodactylus conei AGCGCTTTAA AGAAGAACTT TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTACCG ATGAAGAATG Aglaiogyrodactylus ctenistus1 AGCGCTTTAA AGAAGAACTT TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTACCG ATGAAGAATG Phanerothecioides sp. AGCGCTTTAA AGAGGAACTC TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGAACCG ATGAAGAATG Phanerothecium harrisi AGCGCTTTAA AGAGGAACTC TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGAACCG ATGAAGAATG Aglaiogyrodactylus forficulatus AGCGCTTTAA AGAGGAACTC TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTACCG ATGAAGAATG Aglaiogyrodactylus calamus2 AGCGCTTTAG AGAAGAACTT TGTGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGCACCG ATGAAGAATG Gênero n. B sp. n. 1 AGCGCCCCAG GGAAGAACTT CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Scleroductus sp. n. 1 AGTATTCTTT AGTAAAACTT CAGTTGGTGG ATCACTCGGC TCGTGTGTCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus eucaliae GGTGCCCCTC AGAAAAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus sp. n. 2 GGCGCCCTTC AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus sp. n. 1 GGCGCCCTTC AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus corydorae AGCG-CCCTT AGAAGAACTC CATGTGGTGA ATCACACGGC TCACGTGTCG ATGAAAATTG Gyrodactylus superbus AGCG-CCCTT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGTCG ATGAAAATTG Gyrodactylus anisopharynx AGCGGCCCTT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGTCG ATGAAAATTG Gyrodactylus hoffmani GGTGCCCCTC AGAAAAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGTCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus sp. n. 6 ACCGCCCTTT AGAAAGGCCA CACACGTGGT ATTACTCGGC TCACGTGTCG AAAAAAATTG Gyrodactylus sp. n. 9 ------AGAAAAATCC CATGTGGNGG ANCACTCNGC TCCCGNATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus turnbulli GGCGCCCTTA AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus poeciliae GGCGCCTTTA AGAAGAACTT CATGTGGTGG TACACTCGGC TCACGTTTCC ATGAAAGATG Gyrodactylus bullatarudis GGCGCCCGCA AGAAGAACTT CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGARGAGTG Gyrodactylus pictae GGCGCCCTCA AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. AGCGCTCCGC AGAAGAACTC AA---GGGGG NTCCCTGGCC CCANGAGACN ATGAAGAGTG Gyrdicotylus gallieni AGCGCCTTCG GGAAGAACTT CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Macrogyrodactylus polypteri AGCGCCTTCG GGATGAACTT CATGTGGTGG ATCACTCGGC TTACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactyloides bychowskii -GCGCCTTAA GGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus anguillae GGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus nipponensis GGCGCCCCTC AGAAGAACTG TATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus arcuatus GGCGCCCCTC AGTAGAACTG TATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus ostendicus GGCGCCCCTC AGAAGAACTG TATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus branchialis GGCGCCCCTC AGAAGAACTG TATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus micropsi GGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus salaris AGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGACG ATGAAGAGTG Gyrodactylus pungitii AGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGACG ATGAAGAGTG Gyrodactylus kobayashii AGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTAACG ATGAAGAGTG Gyrodactylus rarus GGCGCCTCTC AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTATCG ATGAAGAGTG Gyrodactylus truttae AGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTGGTGG ATCACTCGGC TCACGTGACG ATGAAGAGTG Gyrodactylus gasterostei AGCGCCCCGT AGAAGAACTC CATGTG--TG GTCACTCGGC TCACGTGACG AGCAAGA-TG

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 65 75 85 95 105 115 Udonella sp. CAGCAAACTG TGTGAAACAA TGTGAAACGC AGACTGTCCT GAACATCGGT AACTTGAACG Phanerothecium spinulatum CAGCAAACTG TGAAAATCTT TGCGACACGC AGACTGCTTC GAGCATTGGT ACTTTGAACG Onychogyrodactylus sp. CAGCAAACTG TGATAATCTT TGCGAAACGC AGCCTGCTTC GAGCATCGGT ACCTTGAACG Aglaiogyrodactylus conei CAGCAAACTG TGTTAATCTT TGCGAATCGC AGACTGCTTC GAGCATTGGT AATTTGAACG Aglaiogyrodactylus ctenistus1 CAGCAAACTG TGTTAATCTT TGCGAATCGC AGACTGCTTC GAGCATTGGT AATTTGAACG Phanerothecioides sp. CAGCAAACTG TGAAAATCTT TGCGAAACGC AGACTGCTTC GAGCATTGGT ACTTTGAACG Phanerothecium harrisi CAGCAAACTG TGAAAATCTT TGCGAATCGC AGACTGCTTC GAGCATTGGT ACTTTGAACG Aglaiogyrodactylus forficulatus CAGCAAACTG TGATAATCAT TGCGACTAGC AGACTGCTTC GAGCATCGGT AATTTGAACG Aglaiogyrodactylus calamus2 CAGCAAACTG CGTGAATCTT TGTGAAACGC AAACTGCTTC GAGCATTGGT AATTTGAACG Gênero n. B sp. n. 1 CAGCAAACTG TGTTAACCAA TCTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTTGAACC Scleroductus sp. n. 1 CAGCAAACTG TGAGAACTCA TGTGAATCGC AGACTGCTAC GAACATTGAT ACCTTGAACG Gyrodactylus eucaliae CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus sp. n. 2 CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus sp. n. 1 CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus corydorae CAGCCAACTG TGTGAAACAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT ACATTGAACG Gyrodactylus superbus CAGCCAACTG TGTGAAACAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT ACATTGAACG Gyrodactylus anisopharynx CAGCCAACTG TGTGAAACAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT ACATTGAACG Gyrodactylus hoffmani CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTAGAACG Gyrodactylus sp. n. 6 CAGCCAACTG TGTGAAACAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT ACATTGAACG Gyrodactylus sp. n. 9 CAGCAAANTG NNTTAACCAA TTTGAAACGC AGACTGCTCN GATCATCGAT CTCTNNAACG Gyrodactylus turnbulli CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus poeciliae CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus bullatarudis C-GCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus pictae CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Fundulotrema stableri ------CATCGGT CTCTCGAACG Acanthoplacatus sp. CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTNAAACGC AAACTGCTCC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrdicotylus gallieni CAGCAAACTG TGTTGATCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTTGAACG Macrogyrodactylus polypteri CAGCAAMCTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT TTCTCGAACG Gyrodactyloides bychowskii CAGCAAACTG TGTTAAACAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GAACATCGGT ATCTCGAACG Gyrodactylus anguillae CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTCC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus nipponensis CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus arcuatus CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus ostendicus CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus branchialis CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG

259 Gyrodactylus micropsi CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTCC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus salaris CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus pungitii CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus kobayashii CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus rarus CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AGACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus truttae CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG Gyrodactylus gasterostei CAGCAAACTG TGTTAACCAA TGTGAAACGC AAACTGCTTC GATCATCGGT CTCTCGAACG

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 125 135 145 155 165 175 Udonella sp. CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCTCAAAGCT ACTCTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ATTGAT Phanerothecium spinulatum CACATTGCGG CCTATGGTTC TCCATAGGCT ACGCTTGATC GAGTGTCGGC ATC-ATTTAT Onychogyrodactylus sp. CATATTGCGG CCTTTAGTTC ACTAGAGGCT ACGCTTGATC GAGTGTCGGT ACT-ATTTAT Aglaiogyrodactylus conei CACATGGCGG CCTTTGGTTA TCCATAGGCT ACACTTGATG GAGTGTTGGC ATT-ACTTAT Aglaiogyrodactylus ctenistus1 CACATGGCGG CCTTTGGTTA TCCATAGGCT ACACTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ACTTAT Phanerothecioides sp. CACATTGCGG CCTATGGTTC TCCATAGGCT ACGCTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ATTTAT Phanerothecium harrisi CACATGGCGG CCTATGGTTC TCCATAGGCT ACGCTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ATTTAT Aglaiogyrodactylus forficulatus CACATGGCGG CCTTTGGTTT TCCATAGGCT ACATTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ACTTAT Aglaiogyrodactylus calamus2 CACATGGCGG CCTATGGTTT ACCATAGGCT ACACTTGATC GAGTGTCGGC ATT-ATTTAT Gênero n. B sp. n. 1 CACATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTATACCTAT Scleroductus sp. n. 1 CAAATGGCGG TCGTGAGCTT GCTCACGGCT ACGTTTGCCT GAGAGTCGGC -TCTATTTAT Gyrodactylus eucaliae CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus sp. n. 2 CAAATGGCGG CTAGGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTATACCTAT Gyrodactylus sp. n. 1 CAAATGGCGG CTAGGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus corydorae CATATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC CTTTACCTAT Gyrodactylus superbus CATATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC CTTTACCTAT Gyrodactylus anisopharynx CATATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC CTTTATCTAT Gyrodactylus hoffmani CAAATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus sp. n. 6 CATATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACATTCGATC GAGTGTCGGC CTTTACCTAT Gyrodactylus sp. n. 9 CAAATNGCGG CTTNGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTCATCTAC Gyrodactylus turnbulli CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus poeciliae CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus bullatarudis CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus pictae CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Fundulotrema stableri CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Acanthoplacatus sp. CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrdicotylus gallieni CATGTTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Macrogyrodactylus polypteri CACATTGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactyloides bychowskii CAAATGGCGG CTTTGAGCTT GCTCATAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTAACCTAT Gyrodactylus anguillae CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC CTTTACCTAT Gyrodactylus nipponensis CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus arcuatus CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus ostendicus CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus branchialis CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus micropsi CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus salaris CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus pungitii CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus kobayashii CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus rarus CAAATGGCGG CTTTGGGCTT GCCCTTAGCC ACGTTTGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus truttae CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT Gyrodactylus gasterostei CAAATGGCGG CTAAGGGCTT GCTCTTAGCC ACGTTCGATC GAGTGTCGGC TTTTACCTAT

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 185 195 205 215 225 235 Udonella sp. CACGC-GCTT AATTTTGCGT GTCATTAGTT GTTGACTGCG T0002--1-0 001-----00 Phanerothecium spinulatum CACGA-GCTT AATA-TTCGT GGATTGGGAA GCATACCCTG A0011111-1 1001000000 Onychogyrodactylus sp. CACGA-GCTT AATT-TTCGT GGATTGGGAA GTATGCCTTG A001110011 1001000000 Aglaiogyrodactylus conei CACTA-GCTT AATT-TTAGT GGATTGTGAA GTATACCCTG A001110001 0001000100 Aglaiogyrodactylus ctenistus1 CACTA-GCTT AATT-TTAGT GGATTGAGAA GTATACCCTG A001110001 0001000000 Phanerothecioides sp. CACGA-GCTT AATTATTCGT GGATTGGGAA GTATACCCTG G0011101-1 2000002--- Phanerothecium harrisi CACGA-GCTT AATACTTCGT GGATTGGGAA GCATACCCTG G0011101-1 1001000000 Aglaiogyrodactylus forficulatus CACTA-GCTT AATT-TTAGT GGATTGGGAA GTATACCCTG G001110001 0001000000 Aglaiogyrodactylus calamus2 CATGG-ATTC ATTT--CCAT GGATTGGGAA GCATACCCTG A001010001 0001000000 Gênero n. B sp. n. 1 CGCGACGCTT AATTGTTCGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3002110010 Scleroductus sp. n. 1 CATGGCGCTT AATTAGTCAT GTATTGGATA GTTTACTGGT A1111211-2 3001000010 Gyrodactylus eucaliae CGCGAAACTT AATTATTCGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus sp. n. 2 CGCAAAACTT AATTATTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus sp. n. 1 CGCAAAGCTT AATTATTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus corydorae CGCGACGCTT AATTGTTCGC GGATTGGAAG GTTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus superbus CGCGACGCTT AATTGTTCGC GGATTGGATG GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus anisopharynx CGCGACGCTT AATTGTTCGC GGATTGGAAG GTTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus hoffmani CGCGAAACTT AATTATTCGC GGATTGNNAN GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus sp. n. 6 CGCGACGCTT AATTGTTCGC GGATTGGAAG GTTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus sp. n. 9 NCGTCGCCTT AATTAGACGT GGATTGAGAA GCTTCCCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus turnbulli CGCTACGCTT AATTGTTAGC GGATTGGGAA GTTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus poeciliae CGCTATACTT AATTAATAGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus bullatarudis CGCTATACTT AATTAATAGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus pictae CGCTACGCTT AATTGTTAGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Fundulotrema stableri CGCGCAACTT AATTATGCGT GGATTGGGAA GTTTACCATG G1111211-2 3101000121 Acanthoplacatus sp. CGCAACGCTT AATTAGTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1101211-2 3001001100 Gyrdicotylus gallieni CGCAACGCTT AATTAGTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3000002--- Macrogyrodactylus polypteri CACGACGCTT AATTAGTCGT GGATTGGGGA GCATACCATG G1111211-2 3001000232 Gyrodactyloides bychowskii CGTGTCGCTT AATTGTACAC GGATTGGGAG GTATGCCATG G1111211-2 3000001210 Gyrodactylus anguillae CGTAACGCTT AATTAGTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG A1111211-2 3001000100 Gyrodactylus nipponensis CGCAAAACTT AATTCTTTGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus arcuatus CGCGCAACTT AATTCTGCGT GGATTGGGAA GTTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus ostendicus CGCAAAACTT AATTATTTGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus branchialis CGCAAAACTT AATTATTTGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100

260 Gyrodactylus micropsi CGCAACGCTT AATTAGTTGC GGATTGGGAA GTATACCATG A1111211-2 3001000100 Gyrodactylus salaris CGTAACGCTT AATTAGTTAC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus pungitii CGTAACGCTT AATTAGTTAC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus kobayashii CGTAACGCTT AATTAGTTGC GGATTGGGAA GCATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus rarus CGCGAAACTT AATTATTCGC GGATTGGGAA GCTTACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus truttae CGTAACGCTT AATTAGTTAC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100 Gyrodactylus gasterostei CGTAACGCTT AATTAGTTAC GGATTGGGAA GTATACCATG G1111211-2 3001000100

....|....| . 245 Udonella sp. -00---0000 - Phanerothecium spinulatum 0001100001 - Onychogyrodactylus sp. 0001000000 0 Aglaiogyrodactylus conei 0001000010 1 Aglaiogyrodactylus ctenistus1 0001100010 1 Phanerothecioides sp. -001000000 - Phanerothecium harrisi 0001100001 - Aglaiogyrodactylus forficulatus 0001000010 1 Aglaiogyrodactylus calamus2 0001000010 1 Gênero n. B sp. n. 1 100501100- - Scleroductus sp. n. 1 000100000- - Gyrodactylus eucaliae 000100000- - Gyrodactylus sp. n. 2 000100000- - Gyrodactylus sp. n. 1 000100000- - Gyrodactylus corydorae 000100000- - Gyrodactylus superbus 000100000- - Gyrodactylus anisopharynx 000100000- - Gyrodactylus hoffmani 000100000- - Gyrodactylus sp. n. 6 000100000- - Gyrodactylus sp. n. 9 000100000- - Gyrodactylus turnbulli 000100000- - Gyrodactylus poeciliae 000100000- - Gyrodactylus bullatarudis 000100000- - Gyrodactylus pictae 000100000- - Fundulotrema stableri 000200000- - Acanthoplacatus sp. 100100000- - Gyrdicotylus gallieni -00600000- - Macrogyrodactylus polypteri 000400100- - Gyrodactyloides bychowskii 00030?110- - Gyrodactylus anguillae 000100000- - Gyrodactylus nipponensis 000100000- - Gyrodactylus arcuatus 000100000- - Gyrodactylus ostendicus 000100000- - Gyrodactylus branchialis 000100000- - Gyrodactylus micropsi 000100000- - Gyrodactylus salaris 000100000- - Gyrodactylus pungitii 000100000- - Gyrodactylus kobayashii 000100000- - Gyrodactylus rarus 000100000- - Gyrodactylus truttae 000100000- - Gyrodactylus gasterostei 000100000- -

261 Anexo C –AlinhamentodasseqüênciasdeITS1(parcial),5.8SrDNA(total)eITS2 (parcial), utilizadas na reconstrução do relacionamento filogenético das espéciesdeGyrodactylidae.

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 5 15 25 35 45 55 Udonella sp. ---TCTAATA TATGCTATAT ATATATATAA TGTTCTATAG TCATTTAAAT TGCTCTGCTT Phanerothecium sp.2 -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCATAC TCTAA-CCAC CGCTTGTATC Phanerothecium sp.3 --CTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGTCTA TGTTCCATAC TCTATACTAC CGTTAGTATC Phanerothecium sp.1 -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCATAC TCTAT-TCAC CGCTAGTATC Phanerothecium spinulatum --CTGGGG-A AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCATAC TCCAT-TCAC CGCTAGTATC Phanerothecium sp.4 -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCATAC TCAAT-TTAC CGCTAGTACC Phanerothecium sp.5 -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCATAC TCAAT-TTAC CGCTAGTACC G702 -CCTGCGG-A AGGATCAATA AAAA--C--- AGTTCC---T A-TAGGGTAT ACCAGAGTGC Onychogyrodactylus sp. -CCTGCGG-A AGGATCATTA GACA--TCCT AGTTCC---T AACAACTTGT GACCGC-TGG Aglaiogyrodactylus conei -CCTACGG-A AGGATCACTA GCAA-GTCTA AGTTCCATAT GTTAA--TAC CGCAAGAAAT Aglaiogyrodactylus ctenistus1 -CCTGCGG-A AGGATCACTA GCAATGTCTA AGTTCCATAT GTTAA--TAC CGCAAGAAAT Aglaiogyrodactylus ctenistus2 -ACTGCGGGA AGGATCACTA GAAATGTCTA AGTTCCATAT GTTTA--TAC CGCAAGAAAT Aglaiogyrodactylus ctenistus4 -CCTGCGG-A AGGATCACTA GAAATGTCTA AGTTCCATAT GTTTA--TAC CGCAAGAAAT Aglaiogyrodactylus ctenistus3 -CCTGCGG-A AGGATCACTA GAAATGTCTA AGTTCCATAT GTTTA--TAC CGCAAGAAAT Phanerothecioides sp. ---TGCGGGA AGGATCAATA GTTATGCCTA TGTTCCTTTA CCCAA-TTAC CGCCAGTGGT Phanerothecium harrisi -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTATGC-TA TGTTCCA-AT CCTG---TAC CGCCGGTATG Aglaiogyrodactylus forficulatus -CCTGCGG-A AGGATCAATA GTTACCTTT- -GTTCCCTAA TGTAT--TTA CGCAAGGAAT Aglaiogyrodactylus calamus1 ---TGCGG-A AGGATCAATA --TGTAACTA TGTTCC-TAT AAACACCCAC CGCGAATGTA Aglaiogyrodactylus calamus3 ------TTCC-TAT AAACACCCAC CGCGAATGTA Aglaiogyrodactylus calamus2 -CCTGCGG-A AGGATCAATA --TGTAACTA TGTTCC-TAT AAACACCCAC CGCGAATGTA Gênero n. B sp. n. 1 --CATTCAT- CGGGTTCTAA TCACCCTTTG AACTATAAAC TTTCCTTTCT TTGATGTGG- Scleroductus sp. n. 1 ---AACCTGC GGAAGGATCA TTATCAAGTT CC--AAATCA CTAAC-TTGC TCCTTGGGTT Gyrodactylus eucaliae --TGCCTCTT GCCTCCGTTA AGGTAGGCTG TGTATCATAC CC-TG-AGGC GTTGGAG--T Gyrodactylus sp. n.2 --ATCCACTT GCCTCCGTTA AGGTAGGCTG TGTATCATAC AT-TG--GAC GTTGGAG--T Gyrodactylus sp. n.1 -TCTCCACTT GCCTCCGTTA AGGTAGGCTG TGTATCATAC AT-TG--GAC GTTGGAG--T Gyrodactylus corydorae1 ------CGC TAGATGGTAA TGACTAGCGT AG--TACTGT CTGGT-TATC GGTAGTA--T Gyrodactylus corydorae3 ------CGC TAGATGGTAA TGACTAGCGT AG--TACTGT CTGGT-TATC GGTAGTA--T Gyrodactylus corydorae2 ------CGC TAGATGGTAA TGACTAGCGT AG--TACTGT CTGGT-TATC GGTAGTA--T Gyrodactylus superbus ------CGC TAGATGGTAA TGACTAGCGT AG--TACTGT CTGGT-TATC GGTAGTA--T Gyrodactylus anisopharynx ------CGC TAGATGGTAA TGACTAGCGT AG--TACTGT CTGGT-TATC GGTAGTA--T Gyrodactylus hoffmani -CATAACCCT GCGAGCGTTG ATGTGAAACC TGGNAANAAC TTTNC-TNAC TTTTGAA--A Gyrodactylus sp. n.6 GGTTAAAAGG GGAATGGTTC TCCTCGGGAT ATCTTAAGGG CTTTT-TAAC AGCTGGACCT Gyrodactylus sp. n.9 ------Gyrodactylus sp. n.14 ------GGC GTTGGAG--T Gyrodactylus turnbulli -TGTTTCCCT GTTATCATAA CG-GTAACTG TGTATCATAT CT--G-ACAC GCTGGAG--T Gyrodactylus poeciliae -CGCCTCTC- GTCACCGTTC AGTGTGACTG TGTATCATAT CT--A-TCAC GTTGGAG--T Gyrodactylus bullatarudis -TGCCTCTC- GTCACCGTTT AGTGTGACTG CGTATCATAT CT--A-AAGC GTTGGAG--T Gyrodactylus pictae -TGTATCCCT GTTACTATAA CG-GTAACTG TGTATCATAT CT--G-ACAC GCTGGAG--T Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. ------CG GCTGTCGTTT AGATGGCATG AAATTAATGT -T------AT GTAGTGG--T Gyrdicotylus gallieni ----CACTTG TGGTTCTGGT CTGCTAGATG AGCTAGCATG ATTGAAG-GT TACACTGAGC Macrogyrodactylus polypteri ----TGAGTG TGGGTCACGA CTGT-GACTT --TGTTAATA TCGTATGTGC TTCGTGGGT- Gyrodactylus anguillae AUS ------CTCC ACCGTCGTTC AGATGGTTGA CTATTAATAT AC------CC TTTGTTG--T Gyrodactylus nipponensis ---TAGCCGC GCAACCGTCC AGGTTGCATG TGTATCATAT ACGTG-GTGC GTAAGGA--T Gyrodactylus arcuatus --CTAGCCGC GCAGCCATCC AGGTTGCATG TGTATCATAT ACGTG-GTGC GTAAGGA--T Gyrodactylus ostendicus --CTAGCCGC GCAGCCGTTC AGGTTGCATG TGTATCATAT ACGTG-GTGC GTAAGGA--T Gyrodactylus branchialis --CTAGCCGC GCAACCGTTC AGGTTGCATG TGTATCATAT ACGTG-GTGC GTAAGGA--T Gyrodactylus cf. micropsi ------CTCC ACCGTCGTTA AGATGGTTGA CCCTCAA-GT CC------CC TTTGGCG--T Gyrodactylus salaris -----CACCC ACCGTCGTTT AGATGGTTGA CATCAAAAC- GC------TC ATTGGAG--T Gyrodactylus pungitii -----CACCC ACCGTCGTTT AGATGGTTGA CATATAAAGT AC------TC ATTGGAG--T Gyrodactylus kobayashii -TAACCCCTC ACCGTCGTTT AGACGGTTGC TCTTTAACAT AC------TC ATTGGAG--T Gyrodactylus rarus --TGCCTCTT GCCACCGTTA AGGTCGGTTG TGTATCATAC CC-TG-AGAC GTTGGAG--T Gyrodactylus bychowskii --TACCAGTA AAGGCTTTGA CTGTCGGCTT AATGGTAATG TCAGCTGTGT AGCAGTAGTC Gyrodactylus anguillae EUR ------CTCC ACCGTCGTTC AGATGGTTGA CTATTAATAT AC------CC TTTGTTG--T Gyrodactylus truttae -----CACCC ACCGTCGTTT AGATGGTTGA CATTAAAAAT AC------TC ATTGGAG--T Gyrodactylus gasterostei -----CTCCT ACCGTCGTTT AGATGGTTGA CATTAAAACT AC------TC ATTGGAG--T

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 65 75 85 95 105 115 Udonella sp. AATTTTGATG CATTTAATTG ACTATCAACT TGCATCAGTG CTTCATTTTC AGATGCGGTT Phanerothecium sp.2 TGTATTACAA GCGAGTCCAG TAC-TCACAT G-G-GTGAGT GCTGT--TCT GTATATCT-- Phanerothecium sp.3 TGTATTGCTA GCGAGGCCAG TAC-TCACAT G-G-GTGGGT GCTGT--TCT GTATATAT-- Phanerothecium sp.1 TGTATTACTA GCGAGACCAG CAT-CCATAT G---GTGGGT GCTTT--TCT GTATATCT-- Phanerothecium spinulatum AGTATTGCTA GCGAGGCCA- -GC-TCACAT T-G-GTGGGT ACTGT--TCT GTATATCT-- Phanerothecium sp.4 TGTATTGCTA GCGAGACCAG TGC-ATACAA T-G-GTATGT ACTAT--TCT GTATATCT-- Phanerothecium sp.5 TGTATTGCTA GCGAGACCAG TGC-ATACAA T-G-GTATGT ACTAT--TCT GTATATCT-- G702 TATA-CG------ACGGCCTCT GAGCCCAA-- ---ATTGTCT GTGTATAT-- Onychogyrodactylus sp. TATATCG------AAGGTACC- -AGCGTGA-- ---TTCATCT ATGCATATTT Aglaiogyrodactylus conei GGTCTTGCGT GTAGCATGCA TACACTGTGT GTGTGTGTGT GCTTTGGTCT ATGCATAT-- Aglaiogyrodactylus ctenistus1 GGTCTTGCGT GTAGCATGCA TACACTGTGT GTGTGTGTGT GCTTTGGTCT ATGCATAT-- Aglaiogyrodactylus ctenistus2 GGTCTTGCGT GGCAAGCATA CACTTTATGT GTGTGTGTAT GCCATGGTCT ATGTATAT-- Aglaiogyrodactylus ctenistus4 GGTCTTGCGT GGCAAGCATA CACTTTATGT GTGTGTGTAT GCCATGGTCT ATGTATAT-- Aglaiogyrodactylus ctenistus3 GGTCTTGCGT GGCAAGCATA CACTTTATGT GTGTGTGTAT GCCATGGTCT ATGTATAT-- Phanerothecioides sp. TAT-CTACTG GCGAGGCAAG TAT-CCACAC G-GTGTGGTT ACTGT--CCT GTACATTT-- Phanerothecium harrisi CGTACCG------G-C-GTGAA- --ACT--TCT GTATATCT-- Aglaiogyrodactylus forficulatus GGCCTTGTAG ACCG------GCGTCACTT GTGATTGC-T GTCT--GTTT ATGCGTAT--

262 Aglaiogyrodactylus calamus1 AAAGTT------CGC GAGATTGG------TCA ATGTATAT-- Aglaiogyrodactylus calamus3 AAAGTT------CGC GAGATTGG------TCA ATGTATAT-- ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 65 75 85 95 105 115 Aglaiogyrodactylus calamus2 AAAGTT------CGC GAGATTGG------TCA ATGTATAT-- Gênero n. B sp. n. 1 TGTCTGGG------TACCTTCC -AGTCG-AAT GGTAATAACC GACATGGTAC Scleroductus sp. n. 1 GTC-CTGATA AGGAGTCATT GTGTTACAAA GCTGGGCTTG CCCAGCACCA CAATCA---A Gyrodactylus eucaliae GAA-CTGGTA GGCTT-CTAA CCTGAAATTG TAATGTCCAG GT-TAGTAAG GTCTGTCTAT Gyrodactylus sp. n.2 GTT-CTGGTT GGCTT-CTGT TATGAAATGG TAATGTCCAT AA-CAGTAAG GTCTGCCCAC Gyrodactylus sp. n.1 GGA-CTGGTA GACTT-CTGT TATGAAATGG TAATGTCCAT GA-CAGTAAG GTCTGTCTAT Gyrodactylus corydorae1 GTG-TTTATG A---AAC-GT GT-TCTCAGA TTTATCTGTG A--TTAACGG CTTTC----- Gyrodactylus corydorae3 GTG-TTTATG A-GTAAC-GT GT-TCTCAGA TTTATCTGTG A--TTAACGG CTTTC----- Gyrodactylus corydorae2 GTG-TTTATG A-GTAAC-GT GT-TCTCAGA TTTATCTGTG A--TTAACGG CTTTC----- Gyrodactylus superbus GTGGTTTATG A-GTAACCAC TT-TTATAGA CTTGTCTATA AA-TCTCCGA CTTAC----- Gyrodactylus anisopharynx GTGGTTTATA AAGTAACATG GT-TCTTGGA TTTATTCTTG A--TTGGCGG TTTAC----- Gyrodactylus hoffmani AAT--GGGTA AATTT-NCCC NAGAAGTTAG TAACGGTTCN TG----TCNT ATTCGGTTTC Gyrodactylus sp. n.6 ACAGTCCTTA AAACTTTACT CT-TAGGAGG CTTCCCTTTA AAACTGGTGA CCTTCCCACT Gyrodactylus sp. n.9 ------Gyrodactylus sp. n.14 GGT-CTGCTA GACTT-CCGC TTTGAAATTG TAATGTCCAA AG-TGGTAAG GTCTGTCTGG Gyrodactylus turnbulli GAA-CTGGTA AACTT-CCTA GTTGAAATGG TAAAGTCCAA CT-GGGTACG GTCTGCTTAT Gyrodactylus poeciliae GAA-CTGGTG AGCTT-CCAT TCCGAAATTG TAATGTCCGG TA-TGGTAAG GTCTGCTCAT Gyrodactylus bullatarudis GAA-CTGGTC AGCTT-CCTA TCCGAAATTG TAATGTCCGG GT-GGGTAAG GTCTGCTGAT Gyrodactylus pictae GAA-CTGGTA AACTT-CCTA GTTGAAATGG TAAAGTCCAA CT-GGGTACG GTCTGTTTAT Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. AAA-CTGGTA GTCTT-CCGT GCTAAAATTG TAATGGCTAG TG-CGGGATG GTTTGACTAT Gyrdicotylus gallieni GATCTGGT------TACCTTCC AAGTTGAAAC GGTAATGGCC AACTTGGTAC Macrogyrodactylus polypteri --TCTGGT------TACCTTCC AAGTTATGAT TGTAACAGCT AGCTTGGTAC Gyrodactylus anguillae AUS GAA-CTGGTA CTCTTTCCGA GCTAAAATGG TAACGACTAG CTTCGGTATG GTCTGAGTAT Gyrodactylus nipponensis CTTGCTGGTA GTCTT-CGTT CATGAACTGG TAATGCCCAT GA-ACGGTTG GTCTGACTAT Gyrodactylus arcuatus CTTGCTGGTA GTCTT-CGTT CATGAACTGG TAATGCCCAT GA-ACGGTTG GTCTGACTAC Gyrodactylus ostendicus CTTGCTGGTA GTCTT-CGTT CATGAACTGG TAATGCCCAT GA-ATGACAG GTTTGACTAT Gyrodactylus branchialis CTTGCTGGTA GTCTT-CGTT CATGAACTGG TAATGCCCAT GA-ACGGCAG GTCTGACTAC Gyrodactylus cf. micropsi GGA-CTGGTA CTCTTTCCGA GCTAAAATGG TAACGACTAG CTTTGGTATG GTCTGAGTAT Gyrodactylus salaris GAA-CTGGTA GTCTT-CCGA GCTAAAATGG TAATGGCTAG TCTCGGTAAG GTCTGACTAT Gyrodactylus pungitii GAA-CTGGTA GTCTT-CCGA GCTAAAATGG TAATGGCTAG TCTCGGGAAG GTCTGACTAT Gyrodactylus kobayashii GAA-CTGGTA ATCTT-CCGT GCTAAAATGG TAATGGCTAG CGTCGGAATG GTCTGATTAT Gyrodactylus rarus GGA-CTGGTA GACTT-CTAT TCTGAAATGG TAATGTCCAG AG-TAGTACG GTCTGTCTAT Gyrodactylus bychowskii TGTCTGGT------AGCCTTCC TAGCCATAAT TGTAACATCT GGTTAGGTAC Gyrodactylus anguillae EUR GAA-CTGGTA CTCTTTCCGA GCTAAAATGG TAACGACTAG CTTCGGTATG GTCTGAGTAT Gyrodactylus truttae GAA-CTGGTA GTCTT-CCGA GCTAAAATGG TAATGGCTAG TCTCGGAAAG GTCTGACTAT Gyrodactylus gasterostei GTA-CTGGTA GTCTT-CCGA GCTAAAATGG TAATAGCTAG TCTCGGTAAG GTCTGACTAT

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 125 135 145 155 165 175 Udonella sp. GACTTGCTGG GAGTTACGTC AAGTTGAAAG ACTTGCCTTT TTTCTACA------ACCGG Phanerothecium sp.2 TACCTGCCTC TCTTCGCAT- -AGTTGTGG- ---TAGCAAT GCTATGCG------GATGG Phanerothecium sp.3 TACCTGGCCC TCTTCATAT- -AGTTGCGG- ---TAGCAAT GCTATGCG------GATGG Phanerothecium spinulatum TACCTGGTCC TCTTCACAT- -AGTTGTGG- ---TAGCAAT GCTATGTG------GATGG Phanerothecium sp. AACCTGGCCC TCTTCGCAT- -AGTTGTGG- ---TAGCAAT GTTATGCG------GATGG Phanerothecium sp. AACCTGGCCC TCTTCGTAT- -AGTTGTGG- ---TAGCAAT GCTATGCG------GATGG Phanerothecium sp. AACCTGGCCC TCTTCGTAT- -AGTTGTGG- ---TAGCAAT GCTATGCG------GATGG G702 GGACTGGCCC TCTTCGTGC- -AGTTGTGG- ---TGGCAAT NTTGTGCG------GATGG Onychogyrodactylus sp. GGGCTAACTT CCTGCACAC- -AGTTGTGG- ---TGACAAT GTTGTGTG------AACGG Aglaiogyrodactylus conei GTACTAGTCC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Aglaiogyrodactylus ctenistus GTACTAGTCC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Aglaiogyrodactylus ctenistus GTACTAGTCC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Aglaiogyrodactylus ctenistus GTACTAGTCC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Aglaiogyrodactylus ctenistus GTACTAGTCC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Phanerothecioides sp. AACCTGGCTC TCTTCGCAT- -AGTTGTGG- ---TGGCAAT GCTATGCG------GATGG Phanerothecium ha AAACTGGCCC TCTTCGCAT- -AGTTGTGG- ---TGACAAT GCTATGCG------GATGG Aglaiogyrodactylus forficulatus GTGCTATCTA TCTTCATGT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATATG------GATGG Aglaiogyrodactylus calamus GTATTATACC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATGTG------GATGG Aglaiogyrodactylus calamus GTATTATACC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATGTG------GATGG Aglaiogyrodactylus calamus GTATTATACC TCTTCATAT- -AGTTGTTG- ---TAGCGAT GCTATGTG------GATGG Gênero n. B sp. n. 1 GGTCTGGTAC TC-GGACG-- -GGCTACGG- ---CCAACTC ATCAAGGA------ACAGT Scleroductus sp. n. 1 AATTGAGCTT TGACTATAGC -GCCTATTTG CATAAGTGGC AGTATGCA------T Gyrodactylus eucaliae CGGTTCGAAG CTACGGCAG- --CTCAACGT TTTCAGTGAC ATTAC------TAC Gyrodactylus sp. n. CGGTTCTGTG CTACGGCAG- --CTCGACGT TTCAACTGAC ATGAC------CGA Gyrodactylus sp. n. CGGTTCT-TG CTACGGCAA- --CTCGACGT TTCAACTGAC ATTAC------CGA Gyrodactylus corydorae GGATGTTACT TTGTCGC-AC -ATACAACTT CTTTGGTGTC CTTCTAT------A Gyrodactylus corydorae GGATGTTACT TTGTCGC-AC -ATACAACTT CTTTGGTGTC CTTCTAT------A Gyrodactylus corydorae GGATGTTACT TTGTCGC-AC -ATACAACTT CTTTGGTGTC CTTCTAT------A Gyrodactylus superbus GGGTGTTATT CTGTCGCTGC -ATACAACTT CATTGGTGTC CTTCTATT------A Gyrodactylus anisopharynx GGTTGTTACT TTGTCGCTGC -ATACGACTT CTTTGGTGTC TTTCTATA------C Gyrodactylus hoffmani GGAAGCT--- TNNCGGCAA- -GCTTAGAAC AGCTTTCCAG GTNAC----A TTTACTGCAC Gyrodactylus sp. n. AGATGGCAAT GGATAGTGGG -GTACTGTCT GGTTACTGGT AGTTTGTA------T Gyrodactylus sp. n. ------Gyrodactylus sp. n. CGGATCGGTG CTACGGCAG- --CTCGACGT TTTCATTGAC ATTAC------TA- Gyrodactylus turnbulli CGGTTCGGAG CTACGGCAG- --CTCGGCGT TGTCAGTGAC TTGACCAAAA CCTTATATAT Gyrodactylus poeciliae CGGTTCGGTG CTACGGCAG- --CTCGACGT TGTTAGTGAC ATTAC------TCC Gyrodactylus bullatarudis CGGTTCTGTG CTACGGCAG- --CTCGACGT ATTTAGTGAC ATTAC------TGC Gyrodactylus pictae CGGTTCGGAG CTACGGCAG- --CTCGGCGT TGTTAGTGAC TTGACCAAAA CCCTATATAT Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. CGGTTTG--G TTATA-CCA- -GCCTTACAT AATAACTGTC ATTAC------Gyrdicotylus gallieni GGTCTGGTAA TC-GGATCT- -GGCTGTGT- ---CCAGCTC GTGTATAC------TCTGA Macrogyrodactylus polypteri GGTCTGGTAA TC-GGATG-- --GCTGAGT- ---CCAACCT CTTAGCAC------AATG- Gyrodactylus anguillae AUS CGGTT-G--G CTATGGCCAC -ACACCTAGC GG-TACCGTT GTTAC------Gyrodactylus nipponensis CGGCAAGGTG CTACGGCAA- --CTTAGCAC TCACG-CGGT ATTAC------TAC

263 Gyrodactylus arcuatus CGGCAAGGTG CTACGGCAA- --CTTAGCAC TCACG-CGGT ATTAC------TAC Gyrodactylus ostendicus CGGCAAGGTG CTACGGCAA- --CTTAGCAC TCACG-CGGT ATTAC------TAC ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 125 135 145 155 165 175 Gyrodactylus branchialis CGGCAAGGTG CTACGGCAA- --CTTAGCAC TCACG-CGGT ATTAC------TAC Gyrodactylus cf. micropsi CGGTT-G--G CTACGGCCAC -ACGCATTGC GGGTTCCGTT GTTAC------Gyrodactylus salaris CGGTTCG--G CTACGGCCA- -GCTCAATGT AGTATCCGCT ATTAC------Gyrodactylus pungitii CGGTTCG--G CTACGGCCA- -GCTCAATGT AGTAACCGCT ATTAC------Gyrodactylus kobayashii CGGTTCG--G CTACGGCCA- -GCTCAATGT AGTAACCGCT ATTAC------Gyrodactylus rarus CGGTTCGGAG CTACGGCAG- --CTCGACGT TTTCAGCGAC ATTAC------TAC Gyrodactylus bychowskii GGTCTGTCTA TC-GGAT------TTATT- ---CTA---- TTGTGAAA------TTTG- Gyrodactylus anguillae EUR CGGTT-G--G CTATGGCCAC -ACACCTAGC GG-TACCGTT GTTAC------Gyrodactylus truttae CGGTTCG--G CTACGGCCA- -GCTCAATGT AGTAACCGCT ATTAC------Gyrodactylus gasterostei CGGTACG--G CTACGGCCA- -GCTCAATGA AGTAACCGCT ATTAC------

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 185 195 205 215 225 235 Udonella sp. CTTGATAATT TATTA-TCTA TGGTGGAAAC ACCTCTCTG- TATCACAGTT GGATG-TTTT Phanerothecium sp.2 TCTGAGAGTC GGCTA--TAT ATTTATACAG AAGCAGTTGC TACCTAAGCT T-TAC--CCT Phanerothecium sp.3 TTTGAGGGTC GGCTT--TAT ATGTATACAG AACCAGTTGC TACCTATTCA ---TA--CCT Phanerothecium spinulatum TTTGAGGGTC GGCCT--TAT ATTTATACAG AATCAGTTGT TACCTAAACT T-TGA--CCT Phanerothecium sp. TTTGAGGGTC GGCTT--TAT ATTTATACAG AAGCAGTTGT TACCAAAGCC ---AA--CCT Phanerothecium sp. TTTGAGGGTC GGCTT--TAT ATTTATACAG AAGCAGTTGT TACCCAAGCC ---AA--CCT Phanerothecium sp. TTTGAGGGTC GGCTT--TAT ATTTATACAG AAGCAGTTGT TACCCAAGCC ---AA--CCT G702 TTTGAGGGTC GGTTCGCTAC GTATACATAG ATATAGTTGT TACCAACCAT A-CCTGTAAC Onychogyrodactylus sp. TTTGGTGGTT GGCTT--TAA GTATGTGTAG ATCTCATTGT TGCCAAACAT A-TTTGACAC Aglaiogyrodactylus conei TTTGATGATT GGTAC--TTA GTATGCATAG ATCTAGTTGC TACTACTGGT T-ATT--TAC Aglaiogyrodactylus ctenistus TTTGATGATT GGTAC--TTA GTATGCATAG ATCTAGTTGC TACTACTGCT T-ATT--TAC Aglaiogyrodactylus ctenistus TTTGAGGATT GGTAC--TTA GTATGCATAG ATCTAGTTGC TACTAATGCT T-ATT--TAC Aglaiogyrodactylus ctenistus TTTGAGGATT GGTAC--TTA GTATGCATAG ATCTAGTTGC TACTAATGCT T-ATT--TAC Aglaiogyrodactylus ctenistus TTTGAGGATT GGTAC--TTA GTATGCATAG ATCTAGTTGC TACTAATGCT T-ATT--TAC Phanerothecioides sp. TTTGAGAGTC GGCTA---AC ACTTGTGCAG GACTAGTTGT TACCAACCTA T-TTA--CAC Phanerothecium ha TTTGAGGGTC GGTGC--GAT ATTTATACAG AT-CAGTTGT TACC-AAGCT A-TAT--CCT Aglaiogyrodactylus forficulatus TTTGATAGAT AGTCA--TAA GTACGCATAG A-CTAGTTGC TACTACTTGC T-TTA--CAC Aglaiogyrodactylus calamus TTTGAGGTAT GGTAC--TTA ATATGCATTG GCTTAGTTGC TACTAAAACA T-ATC--TTT Aglaiogyrodactylus calamus TTTGAGGTAT GGTAC--TTA ATATGCATTG GCTTAGTTGC TACTAAAACA T-ATC--TTT Aglaiogyrodactylus calamus TTTGAGGTAT GGTAC--TTA ATATGCATTG GCTTAGTTGC TACTAAAACA T-ATC--TTT Gênero n. B sp. n. 1 TATCACTAAG CGGAGGAACT ACCTTTATAA GTTTCGCTAC TGTGGTGAAC CCATTGGTGC Scleroductus sp. n. 1 CGAATGT-GT CTATAGTATT TGTTTCGCTC AATTGATTGT TCTGCCTCTT TACATTATTT Gyrodactylus eucaliae ACCCGAAAGG GTTTGTATTT ATCCACG--- --GTGGTGAC ATATGAGCTC CACA---CTC Gyrodactylus sp. n. TCCCGTAAGG GC-TGTATTT ATCCACG--- --GTGGTGAC ATATGAGCTC CACA---CTC Gyrodactylus sp. n. CCCCGTAAGG GGATGTATTT ATCCACG--- --GTGGTGAC ATATGAGCAT CACA---CTC Gyrodactylus corydorae CCTAGA--GC TTA-GCTTTG TCATTTCTAC TTT-GGTTCC G-CAAGGTTC CGCACCC-TT Gyrodactylus corydorae CCTAGA--GC TTA-TCTTTG TCATTTCTAC TTT-GGTTCC G-CAAGGTTC CGCACCC-TT Gyrodactylus corydorae CCTAGA--GC TTA-GCTTTG TCATTTCTAC TTT-GGTTCC G-CAAGGTTC CGCACCC-TT Gyrodactylus superbus CCTAGA--GC TTA-GCTTTG TCATTTCTAC TTTTGGTTCC G-AAAGGTTC CGCACCC-TT Gyrodactylus anisopharynx CCTAGAA-GC TTAAGCTTTG TCATTTCTAC TTTGGATACC G-CAAGGTTC CGGCACCCTT Gyrodactylus hoffmani CCTTNNACGG GGTNTGTATT TNTCCCACAG GGGTGACATT AT-GAGCTCC CACAC--TCG Gyrodactylus sp. n. CTTTTATAAG TGAGGCTTTT ACAGCTA-GC TGTAATTTGC G------AC TGTAATTCGG Gyrodactylus sp. n. ------Gyrodactylus sp. n. ACCCGAAAGG GAT-GTATTT ATCCGCA--- --GTGGTGAC TTATGAGCTC CACA---CTC Gyrodactylus turnbulli CCCTTTCGGG GACTGTATTT ATCCACA--- --GTGGTACT -T-CGAGTTC CACAT--CTC Gyrodactylus poeciliae CCCTTAACAG GGTTGTATTT ATCCACA--- --GTGGTTCC AT-TGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus bullatarudis CCCTGTAAAG GGTTGTATTT ATCCACA--- --GTGGTTCC -C-AGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus pictae CCCTT-CGGG GACTGTATTT ATCCACA--- --GTGGTACT -T-CGAGTTC CACAT--CTC Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. --TCTAA------CT ATCCACG--- --GTGGTTCG TT-TTCCAGA ATCA---TCC Gyrdicotylus gallieni ACTGCCCTTA CT-ACTTGTC ATCTGTATTT CATACACTGT GGTGACCTA- --CAAGTCTC Macrogyrodactylus polypteri ------TTG TT-ACTACCA TGTTGTTTTG TATTTTCCAC GGTGGTTTCG TATAACATTC Gyrodactylus anguillae AUS --TAAATACA CCCCTATTCT TTCTACTATA TTGTGGTTCC AA-AGAGAAC TACT---CTC Gyrodactylus nipponensis CCTT------TGTAT ATCCACT--- --GTGGTTCC TCGT--GTTC CACG---CTC Gyrodactylus arcuatus CCTT------TGTAT ATCCACT--- --GTGGTTCC TCGT--GTTC CACG---CTC Gyrodactylus ostendicus CCAT------TGTAT TTCCACT--- --GTGGTTCT TAGT--GTTC CACT---CTC Gyrodactylus branchialis CTCT------TGTAT TTCCACT--- --GTGGTTCT TCAT--GTTC CACT---CTC Gyrodactylus cf. micropsi ------CTTTTTCA TTCTACTTT- -TGTGGTTCG AA-TGTGAAC TGCT---CTC Gyrodactylus salaris --CGAAA------CATA CACTACA--- --GTGGTTCG AT-AGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus pungitii --CGAAAA------CTTT TTCTACA--- --GTGGTTCG AT-AGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus kobayashii --CAAAC------CCAT CTCTACA--- --GTGGTTCG TT-GGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus rarus ACCCGTAAGG GTTTGTATTT ATCCACC--- --GTGGTGAC ATATGTGCTC CACA---CTC Gyrodactylus bychowskii ------TTA CT-ATGCTTC GGCAAAATTG TATTTACTAC AGTGGTCTC- --TCGAATTC Gyrodactylus anguillae EUR --TAAATACA CCCCTATTCT TTCTACTATA TTGTGGTTCC AA-AGAGAAC TACT---CTC Gyrodactylus truttae --CGAAAAA------CTTT CTCTACA--- --GTGGTTCG AT-AGAGTTC CACA---CTC Gyrodactylus gasterostei --CGCAC------TATT C--CACA--- --GTGGTTCG AT-AGAGTTC CACA---CTC

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 245 255 265 275 285 295 Udonella sp. CTTGTTCTCT TCGGATTATA AGATTCATTT GATTGATGCG GGCAAGCGCC TTCG------Phanerothecium sp.2 ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium sp.3 ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTTT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium spinulatum ATCATT-TGT ATCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium sp. ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium sp. ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium sp. ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- G702 CTT-TTGCAT ATCCCTCTGG GTCCTCTTGT G-GGCCT--G GGTTAGCGCT TGTAT----- Onychogyrodactylus sp. TAAACTATAT ATCCCTCTGG GTACGTAAGT G-TATCT--G GGCTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus conei TTTACTATAT ATCTCTCCGA GCAC----AT GATGCCTC-G GGTTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus ctenistus TTTACTATAT ATCTCTCCGA GCAC----AT GATGCCTC-G GGTTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus ctenistus CTTACTATAT ATCTCTCCGA GCAC----AT GATGCCTC-G GGTTAGCGCT TTAAT-----

264 Aglaiogyrodactylus ctenistus CTTACTATAT ATCTCTCCGA GCAC----AT GATGCCTC-G GGTTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus ctenistus CTTACTATAT ATCTCTCCGA GCAC----AT GATGCCTC-G GGTTAGCGCT TTAAT----- ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 245 255 265 275 285 295 Phanerothecioides sp. TTAACTCTAT ATCCCTCTGG GCTTCGTAAT GGAGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Phanerothecium ha ATCATT-TAC CTCTCTCTGG GCATTGTAAT GATGTCT--G GGTTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus forficulatus ATACAATCAT AACTCTCC-A TTAT----CT TGTATAAT-G GGTTAGCGCT TTAAT----- Aglaiogyrodactylus calamus CTCATA------CTCTCCGA TCAC---AAT GATGCGTC-G GGTTAGCGCT TTAGT----- Aglaiogyrodactylus calamus CTCATA------CTCTCCGA TCAC---AAT GATGCGTC-G GGTTAGCGCT TTAGT----- Aglaiogyrodactylus calamus CTCATA------CTCTCCGA TCAC---AAT GATGCGTC-G GGTTAGCGCT TTAGT----- Gênero n. B sp. n. 1 CAC-CTCAAT GCCTGT-TAG CCTGGCACTA ACTACGCATT GGTAAGCGCC CCAG------Scleroductus sp. n. 1 ATCATTTTC- -CTATATTAA TAACCATTCC TTGGGCTGAC CTCTAGTATT CTTTGGAATA Gyrodactylus eucaliae GATGCCTG-- ATCGGTGCTT GCGCC-TTTC TACGTATCGG TA--GGTGCC CCTC----GG Gyrodactylus sp. n. GATACGTAC- GATGGTGTTT ACACCAATGT GCT-TATCGG TT--GGCGCC CTTC----GG Gyrodactylus sp. n. GATACGTAT- GAGGGTGCTT GCGCCCTTGT ATTCTATCGG TT--GGCGCC CTTC----GG Gyrodactylus corydorae GGTATTCTG- ACTGTCTAA- CCAAAAA-TT GCAGTATCAC CA--AGCG-C CCTTCGGGGA Gyrodactylus corydorae GGTATTCTG- ACTGTCTAA- CCAACAG-AA GGGGTATCAC CA--AGCG-C CCTTCGGGGA Gyrodactylus corydorae GGTATTCTG- ACTGTCTAA- CCAACAG-AA GGGGTATCAC CA--AGCG-C CCTTCGGGGA Gyrodactylus superbus GATATTCTG- ACTGTTTAAA CCAACAGGAA GGGATTTCAC CA--AGCG-C CCTTCGGGGA Gyrodactylus anisopharynx GGTATTCTG- ACTGTCTAA- CCAACAG-AA GGGGTATCAC CA--AGCGGC CCTTCGGGGA Gyrodactylus hoffmani GTTACCTTG- ATCGGTGCTT GCACC-TTTC TACGTATCGG TA--GGTGCC CCTC----GG Gyrodactylus sp. n. GTTTTTCTA- A--ACCCAAC CGAAACTAGA TTTGAACCAT CTT-ACCGCC CTTTCGGGGA Gyrodactylus sp. n. ------GG Gyrodactylus sp. n. CATGTCCG-- ATTGATGCTT GCATTACTTC AAAACATGGG TA--GGCGCC CCTC----GG Gyrodactylus turnbulli AATGCTTT-- GTTCGGATTC GTCCT--TAC TCTGTATTGG TA--GGCGCC CTTA-----G Gyrodactylus poeciliae GGTGC-TG-- GGTAG--CTT GACTA---TC TTGACATCGG TT--GGCGCC TTTA----CG Gyrodactylus bullatarudis GATGCACG-- ATTTG--CTT GTCAA--ATC TCTGTACCGG TT--GGCGCC CGCA----AG Gyrodactylus pictae AATGCTTT-- GTTCGGATTC GTCCT--TAC TCTGTATTGG TA--GGCGCC CTCA-----G Fundulotrema stableri ------Acanthoplacatus sp. TCTATGCCT- GCAGAGCCTT GTGCT-T-CG CTTGTATAGG TT--AGCGCT CCGC--AAGG Gyrdicotylus gallieni CACGCTCGAT GCCTGTTTGG TCTCGGCCAG GCTACGTATC GGTAAGCGCC TTCG------Macrogyrodactylus polypteri CACACTCTAT ACCTGCTTAG CTTGTCT-TC GCTACGTATA GGTAAGCGCC TTCG------Gyrodactylus anguillae AUS TCTGCTCCG- CCTTCTTCGG ATGTA-TGCG GTTGTGGGGG TT--GGCGCC CCGTAAAAAG Gyrodactylus nipponensis GCTGGCTG-- GATCGTCCTC GGACT-TTCC TTCTCAACGG TT--GGCGCC CCTC----GG Gyrodactylus arcuatus GCTGGCTG-- GTTCGTCCTC GGACT-TACC TTCTCAACGG TT--GGCGCC CCTC----GG Gyrodactylus ostendicus GGTAGCTG-- GATCGTCCTC GGACT-TTCC TTTGTACCGG TA--GGCGCC CCTC----GG Gyrodactylus branchialis GGTAGCTG-- GATCGTCTTC GGACT-TTCC TTTGTACCGG TA--GGCGCC CCTC----GG Gyrodactylus cf. micropsi TCTGCGCCG- CCTTCTTCGG ATGTA-TGCG GTTGTGGAGG TT--GGCGCC CCGTAAAAAG Gyrodactylus salaris ACTGCCTCT- GCACCTTCGG GTGAA-C-AG TCCGTAGTGC TT--AGCGCC CCGTCAAAAG Gyrodactylus pungitii GCTGCCTCT- GCACCTTCGG GTGAT-T-TG AACGTAGTGC TT--AGCGCC CCGTCAAAAG Gyrodactylus kobayashii ACTGCCTCG- GCACCTTCGG GTGAA-C-TG AACGTAGTGC TT--AGCGCC CCGTAAAAAG Gyrodactylus rarus GATGCCTG-- ATCGGTGCTT GCGCC-TTTC TACGTATCGG TA--GGCGCC TCTC----GA Gyrodactylus bychowskii CACACTCTAT GCCTGCATGA TTAATCCCTT GCATCGTATA GATA-GCGCC TTAA------Gyrodactylus anguillae EUR TCTGCTCCG- CCTTCTTCGG ATGTA-TGCG GTTGTGGGGG TT--GGCGCC CCGTAAAAAG Gyrodactylus truttae GCTGCCTCT- GCACCTTCGG GTGAC-C-AG AACGTAGTGC TT--AGCGCC CCGTCAAAAG Gyrodactylus gasterostei ACTGCCTCA- GCACCTTCGG GTGGA-T-CG AC-GTAGTGC TT--AGCGCC CCGTCAAAAG

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 305 315 325 335 345 355 Udonella sp. -----GGATG AAGCTAGCAA TTGTAC--AA CTCTTTGTGG TGGATCACTC GGCTCACATA Phanerothecium sp.2 ----TAGAGG AAGCTAACAT AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Phanerothecium sp.3 ----TAGAGG AAGCTAACAT TC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Phanerothecium spinulatum ----TAGAAG AAGCTAACAC AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Phanerothecium sp. ----TAGAGG AAGCTAACAC AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGCA Phanerothecium sp. ----TAGAGG AAGCTAACAC AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACATA Phanerothecium sp. ----TAGAGG AAGCTAACAC AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACATA G702 ----TAGAGG AAGCTAACAG TA-TAC--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Onychogyrodactylus sp. ----TAGAGG AAGCTGGCAT TA-TA---AA CTTCGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Aglaiogyrodactylus conei ----TAGAAG AAGCTGACAT AT--GT--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Aglaiogyrodactylus ctenistus ----TAGAAG AAGCTGACAT AT--GT--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Aglaiogyrodactylus ctenistus ----TAGAAG AAGCTGACAT AT--GT--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Aglaiogyrodactylus ctenistus ----TAGAAG AAGCTGACAT AT--GT--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Aglaiogyrodactylus ctenistus ----TAGAAG AAGCTGACAT AT--GT--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Phanerothecioides sp. ----TAGAGG AAGCTAACTT GCGTAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Phanerothecium ha ----TAGAGG AAGCTAACAC AC-TAC--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGAA Aglaiogyrodactylus forficulatus ----TAGAGG AAGCTAACTT TT--GT--AA CTCTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Aglaiogyrodactylus calamus ----TAGAAG AAGCTAACAT AA---A--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGCA Aglaiogyrodactylus calamus ----TAGAAG AAGCTAACAT AA---A--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGCA Aglaiogyrodactylus calamus ----TAGAAG AAGCTAACAT AA---A--AA CTTTGTGTGG TGGATCACTC GGCTCACGCA Gênero n. B sp. n. 1 -----GGAAG AAGCTTACAA CTTTAC--AA CTTCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Scleroductus sp. n. 1 TTCTGAGTAA TGCC-TTATA TTGTCTACAA CTTCAGTTGG TGGATCACTC GGCTCGTGTG Gyrodactylus eucaliae GG--AAGAAA --CCTGCTAT -ATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus sp. n. GG--AAGAAG --CCTTCTTT -ACTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus sp. n. GG--AAGAAG --CTTTCTTT -ATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus corydorae -----AGAAG CTCG-----G ATTTGTACAA CTCCATGTGG TGAATCACAC GGCTCACGTG Gyrodactylus corydorae -----AGAAG CTCG-----G ATTTGTACAA CTCCATGTGG TGAATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus corydorae -----AGAAG CTCG-----G ATTTGTACAA CTCCATGTGG TGAATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus superbus -----AGAAG CTCG-----G ATTTGTACAA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus anisopharynx -----AGAAG CTCG-----G ATTTGTACAA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus hoffmani GG--AAGAAA --CCTGCTGT CATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus sp. n. -----AGAAA TTCTACCGTG GTTCTCAAGG CCACACACGT GGTATTACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus sp. n. GG--AAGAAA GCCCTGCC-T TATTACCAAA TCCCATGTGG NGGANCACTC NGCTCCCGNA Gyrodactylus sp. n. GG--AAGTAG --CCTGCGAT -ATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus turnbulli GG--AAGAAG --CCTTCTTT CATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus poeciliae GG--AAGAAG --CCTTCA-A AATTAC--AA CTTCATGTGG TGGTACACTC GGCTCACGTT Gyrodactylus bullatarudis GG--AAGAAG --CCTTCT-T AATTAC--AA CTTCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus pictae GG--AAGAAG --CCTTCTGT CATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Fundulotrema stableri ------

265 Acanthoplacatus sp. AG--AAGAAG --NTAAT-TA TTGTAC--AA CTCAA---GG GGGNTCCCTG GCCCCANGAG Gyrdicotylus gallieni -----GGAAG AAGCTTATAA TTGTAC--AA CTTCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 305 315 325 335 345 355 Macrogyrodactylus polypteri -----GGATG AAGCTTATAA TTGTAC--AA CTTCATGTGG TGGATCACTC GGCTTACGTA Gyrodactylus anguillae AUS GG--AAGAAG --CCTTC-TT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus nipponensis GG--AAGAAG --CCTTCTTT AATTAC--AA CTGTATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus arcuatus GG--AAGTAG --CCTTCGAT AATTAC--AA CTGTATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus ostendicus GG--AAGAAG --CCAACTTT AATTAC--AA CTGTATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus branchialis GG--AAGAAG --CTTTCTTT TATTAC--AA CTGTATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus cf. micropsi GG--AAGAAG --CCTTC-TT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus salaris GG--AAGAAG --CTTTGGTT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus pungitii GG--AAGAAG --CTTTGGTT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus kobayashii GG--AAGAAG --CTTTG-CT AATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus rarus GG--AAGAAG --CCTGCTAT -ATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus bychowskii -----GGAAG AAGCTTATAA CAGTAT--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus anguillae EUR GG--AAGAAG --CCTTC-TT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTA Gyrodactylus truttae GG--AAGAAG --CTTTGGTT TATTAC--AA CTCCATGTGG TGGATCACTC GGCTCACGTG Gyrodactylus gasterostei GG--AAGAAG --CTTTG-TT TATTAC--AA CTCCATGTG- -TGGTCACTC GGCTCACGTG

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 365 375 385 395 405 415 Udonella sp. TCGATGAAGG GTGCAGCAAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGT CCTGAACATC Phanerothecium sp.2 CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium sp.3 CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium spinulatum CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium sp. CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium sp. CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium sp. CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGACA CGCAGACTGC TTCGAGCATT G702 CCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGATAAT CTTTGCGAAA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Onychogyrodactylus sp. CCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGATAAT CTTTGCGAAA CGCAGCCTGC TTCGAGCATC Aglaiogyrodactylus conei CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGTTAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus ctenistus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGTTAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus ctenistus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGTTAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus ctenistus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGTTAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus ctenistus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGTTAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecioides sp. CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGAAA CGCAGACTGC TTCGAGCATT Phanerothecium ha CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGAAAAT CTTTGCGAAT CGCAGACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus forficulatus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGTGATAAT CATTGCGACT AGCAGACTGC TTCGAGCATC Aglaiogyrodactylus calamus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGCGTGAAT CTTTGTGAAA CGCAAACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus calamus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGCGTGAAT CTTTGTGAAA CGCAAACTGC TTCGAGCATT Aglaiogyrodactylus calamus CCGATGAAGA ATGCAGCAAA CTGCGTGAAT CTTTGTGAAA CGCAAACTGC TTCGAGCATT Gênero n. B sp. n. 1 TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATCTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Scleroductus sp. n. 1 TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGAGAAC TCATGTGAAT CGCAGACTGC TACGAACATT Gyrodactylus eucaliae TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus sp. n. TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus sp. n. TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus corydorae TCGATGAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus corydorae TCGATGAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus corydorae TCGATGAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus superbus TCGATGAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus anisopharynx TCGATGAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus hoffmani TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus sp. n. TCGAAAAAAA TTGCAGCCAA CTGTGTGAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus sp. n. TCGATGAAGA GTGCAGCAAA NTGNNTTAAC CAATTTGAAA CGCAGACTGC TCNGATCATC Gyrodactylus sp. n. TCGATGAAGA GTGCAGCCAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus turnbulli TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus poeciliae TCCATGAAAG ATGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus bullatarudis TCGATGARGA GTGC-GCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus pictae TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Fundulotrema stableri ------CATC Acanthoplacatus sp. ACNATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTNAAA CGCAAACTGC TCCGATCATC Gyrdicotylus gallieni TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTGAT CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Macrogyrodactylus polypteri TCGATGAAGA GTGCAGCAAM CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus anguillae AUS TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TCCGATCATC Gyrodactylus nipponensis TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus arcuatus TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus ostendicus TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus branchialis TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus cf. micropsi TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TCCGATCATC Gyrodactylus salaris ACGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus pungitii ACGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus kobayashii ACGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus rarus TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus bychowskii TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAA CAATGTGAAA CGCAGACTGC TTCGAACATC Gyrodactylus anguillae EUR TCGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TCCGATCATC Gyrodactylus truttae ACGATGAAGA GTGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC Gyrodactylus gasterostei ACGAGCAAGA -TGCAGCAAA CTGTGTTAAC CAATGTGAAA CGCAAACTGC TTCGATCATC

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 425 435 445 455 465 475 Udonella sp. GGTAACTTGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCTCAAA GCTACTCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium sp.2 GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium sp.3 GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium spinulatum GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium sp. GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium sp. GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium sp. GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC

266 G702 GGTACCTTGA ACGCACATGG CGGCCTTGGG TTCTCCTAAG GCCACGCTTG ATCGAGTGTC Onychogyrodactylus sp. GGTACCTTGA ACGCATATTG CGGCCTTTAG TTCACTAGAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 425 435 445 455 465 475 Aglaiogyrodactylus conei GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTATCCATAG GCTACACTTG ATGGAGTGTT Aglaiogyrodactylus ctenistus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTATCCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus ctenistus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTATCCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus ctenistus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTATCCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus ctenistus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTATCCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Phanerothecioides sp. GGTACTTTGA ACGCACATTG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Phanerothecium ha GGTACTTTGA ACGCACATGG CGGCCTATGG TTCTCCATAG GCTACGCTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus forficulatus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTTTGG TTTTCCATAG GCTACATTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus calamus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTATGG TTTACCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus calamus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTATGG TTTACCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Aglaiogyrodactylus calamus GGTAATTTGA ACGCACATGG CGGCCTATGG TTTACCATAG GCTACACTTG ATCGAGTGTC Gênero n. B sp. n. 1 GGTCTCTTGA ACCCACATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Scleroductus sp. n. 1 GATACCTTGA ACGCAAATGG CGGTCGTGAG CTTGCTCACG GCTACGTTTG CCTGAGAGTC Gyrodactylus eucaliae GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus sp. n. GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAGGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus sp. n. GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAGGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus corydorae GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus corydorae GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus corydorae GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus superbus GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus anisopharynx GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus hoffmani GGTCTCTAGA ACGCAAATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus sp. n. GGTACATTGA ACGCATATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACATTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus sp. n. GATCTCTNNA ACGCAAATNG CGGCTTNGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus sp. n. GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus turnbulli GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus poeciliae GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus bullatarudis GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus pictae GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Fundulotrema stableri GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Acanthoplacatus sp. GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrdicotylus gallieni GGTCTCTTGA ACGCATGTTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Macrogyrodactylus polypteri GGTTTCTCGA ACGCACATTG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus anguillae AUS GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus nipponensis GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus arcuatus GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus ostendicus GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus branchialis GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus cf. micropsi GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus salaris GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus pungitii GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus kobayashii GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus rarus GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGGG CTTGCCCTTA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus bychowskii GGTATCTCGA ACGCAAATGG CGGCTTTGAG CTTGCTCATA GCCACGTTTG ATCGAGTGTC Gyrodactylus anguillae EUR GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus truttae GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC Gyrodactylus gasterostei GGTCTCTCGA ACGCAAATGG CGGCTAAGGG CTTGCTCTTA GCCACGTTCG ATCGAGTGTC

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 485 495 505 515 525 535 Udonella sp. GGCATT-ATT GATCACGC-G CTTAATTTTG CGTGTCATTA GTTGTTGACT GCTGTATTTA Phanerothecium sp.2 GGCATC-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAAGTATACC CTTGACTACA Phanerothecium sp.3 GGCATC-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAAGTATACC CTTGACTACA Phanerothecium spinulatum GGCATC-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAAGTATACC CTTGACTACA Phanerothecium sp. GGCATC-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAAGCATACC CTTGACTACA Phanerothecium sp. GGCATT-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAGCTATACC CTTGACTACA Phanerothecium sp. GGCATT-ATT TATCACGA-G CTTAATA-TT CGTGGATTGG GAGCTATACC CTTGACTACA G702 GGCTTC-ATT TGTCATGG-G TTTC-TC-CC CGTGCATCTG GAAGTATATC CT-GGCTACG Onychogyrodactylus sp. GGTACT-ATT TATCACGA-G CTTAATT-TT CGTGGATTGG GAAGTATGCC TTTGATTACA Aglaiogyrodactylus conei GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGT GAAGTATACC CTTGATTGCA Aglaiogyrodactylus ctenistus GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGA GAAGTATACC CTTGATTGCA Aglaiogyrodactylus ctenistus GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGT GAAGTATACC CTTGATTACA Aglaiogyrodactylus ctenistus GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGT GAAGTATACC CTTGATTACA Aglaiogyrodactylus ctenistus GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGT GAAGTATACC CTTGATTACA Phanerothecioides sp. GGCATT-ATT TATCACGA-G CTTAATTATT CGTGGATTGG GAAGTATACC CTTGGCTACA Phanerothecium ha GGCATT-ATT TATCACGA-G CTTAATACTT CGTGGATTGG GAAGCATACC CTTGGCTACA Aglaiogyrodactylus forficulatus GGCATT-ACT TATCACTA-G CTTAATT-TT AGTGGATTGG GAAGTATACC CTTGGTTACA Aglaiogyrodactylus calamus GGCATT-ATT TATCATGG-A TTCATTT--C CATGGATTGG GAAGCATACC CT-GAAAACA Aglaiogyrodactylus calamus GGCATT-ATT TATCATGG-A TTCATTT--C CATGGATTGG GAAGCATACC CT-GAAAACA Aglaiogyrodactylus calamus GGCATT-ATT TATCATGG-A TTCATTT--C CATGGATTGG GAAGCATACC CT-GAAAACA Gênero n. B sp. n. 1 GGCTTATACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGTTACA Scleroductus sp. n. 1 GGC-TCTATT TATCATGGCG CTTAATTAGT CATGTATTGG ATAGTTTACT GG-TA-TG-G Gyrodactylus eucaliae GGCTTTTACC TATCGCGAAA CTTAATTATT CGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus sp. n. GGCTTATACC TATCGCAAAA CTTAATTATT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus sp. n. GGCTTTTACC TATCGCAAAG CTTAATTATT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTGCG Gyrodactylus corydorae GGCCTTTACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG AAGGTTTACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus corydorae GGCCTTTACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG AAGGTTTACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus corydorae GGCCTTTACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG AAGGTTTACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus superbus GGCCTTTACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG ATGGTATACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus anisopharynx GGCCTTTATC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG AAGGTTTACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus hoffmani GGCTTTTACC TATCGCGAAA CTTAATTATT CGCGGATTGN NANGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus sp. n. GGCCTTTACC TATCGCGACG CTTAATTGTT CGCGGATTGG AAGGTTTACC AT-GG-TCCA Gyrodactylus sp. n. GGCTTTCATC TACNCGTCGC CTTAATTAGA CGTGGATTGA GAAGCTTCCC AT-GGCTGNG Gyrodactylus sp. n. GGCTTTTACC TATCGCGAAA CTTAATTCTT CGCGGATTGG GAAGCTTACC AT-GGCTACG

267 Gyrodactylus turnbulli GGCTTTTACC TATCGCTACG CTTAATTGTT AGCGGATTGG GAAGTTTACC AT-GGCTACG Gyrodactylus poeciliae GGCTTTTACC TATCGCTATA CTTAATTAAT AGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGTTGCG ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 485 495 505 515 525 535 Gyrodactylus bullatarudis GGCTTTTACC TATCGCTATA CTTAATTAAT AGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGTTGCG Gyrodactylus pictae GGCTTTTACC TATCGCTACG CTTAATTGTT AGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTACG Fundulotrema stableri GGCTTTTACC TATCGCGCAA CTTAATTATG CGTGGATTGG GAAGTTTACC AT-GGCTGTG Acanthoplacatus sp. GGCTTTTACC TATCGCAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTATG Gyrdicotylus gallieni GGCTTTTACC TATCGCAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GGTCACA Macrogyrodactylus polypteri GGCTTTTACC TATCACGACG CTTAATTAGT CGTGGATTGG GGAGCATACC AT-GGTTACA Gyrodactylus anguillae AUS GGCCTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GACTACG Gyrodactylus nipponensis GGCTTTTACC TATCGCAAAA CTTAATTCTT TGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus arcuatus GGCTTTTACC TATCGCGCAA CTTAATTCTG CGTGGATTGG GAAGTTTACC AT-GGCTACG Gyrodactylus ostendicus GGCTTTTACC TATCGCAAAA CTTAATTATT TGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus branchialis GGCTTTTACC TATCGCAAAA CTTAATTATT TGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus cf. micropsi GGCTTTTACC TATCGCAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GACTACG Gyrodactylus salaris GGCTTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TACGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTATG Gyrodactylus pungitii GGCTTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TACGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTATG Gyrodactylus kobayashii GGCTTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGCATACC AT-GGCTACG Gyrodactylus rarus GGCTTTTACC TATCGCGAAA CTTAATTATT CGCGGATTGG GAAGCTTACC AT-GGCTACG Gyrodactylus bychowskii GGCTTTAACC TATCGTGTCG CTTAATTGTA CACGGATTGG GAGGTATGCC AT-GGCTATA Gyrodactylus anguillae EUR GGCCTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TGCGGATTGG GAAGTATACC AT-GACTACG Gyrodactylus truttae GGCTTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TACGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTATG Gyrodactylus gasterostei GGCTTTTACC TATCGTAACG CTTAATTAGT TACGGATTGG GAAGTATACC AT-GGCTATG

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 545 555 565 575 585 595 Udonella sp. TCTACACATC ATTAATAAT- CGTATAACTT ACGTTTGTTA TTGATAGTAT TACAGCTTTC Phanerothecium sp.2 TGAGTATTCC GTT-TCGG-- AGTAGTCGTT TGGGTTCTTC CTTAAGTATA AAGAG---TG Phanerothecium sp.3 TGAGTATTCC ATT-TTGG-- AGTAGTCGTT TGGGTTCTTC CTTAAGTATA AAGAG---TG Phanerothecium spinulatum TGAGTATTCC TTT-CAGG-- AGTAGTCGAT TGGGTTCTTC CTTAAGTATA AAGAG---TG Phanerothecium sp. TGAGTATTCC TTTATTGG-- AGTAGTCGTT TGGGTTCTTC CTTAAGTATA AAGAG---CG Phanerothecium sp. TGAGTATTCC TTTATTGG-- AGTAGTCGTT TGGGTTGTTC CTTAAGTATA AAGAG---CG Phanerothecium sp. TGAGTATTCC TTTATTGG-- AGTAGTCGTT TGGGTTGTTC CTTAAGTATA AAGAG---CG G702 TGATTATTGC CCTTGTGGTA AGTAGCCG-T TGGGTTCTTC CATAGTTCTC AGAAG---CG Onychogyrodactylus sp. TGAGTATT-C CTTCGTGG-- AGTAATCG-T TGGGCTCTTC CTTAAGTACT ATGGG---CA Aglaiogyrodactylus conei TGAGTATTCC TTT-ATGG-- AGTGAGTA-A GGTGTTTTTG TTAAGGGGAA GAGCGTTTCG Aglaiogyrodactylus ctenistus TGAGTATTCC TTT-ATGG-- AGTGATCG-T TGGGTTCTTC TTTAATGCCT AAGAG---CG Aglaiogyrodactylus ctenistus TGAGTATTCC TTT-ATGG-- AGTGATCG-T TGGGTTCTTC GTAAATGCCT AAGAG---CG Aglaiogyrodactylus ctenistus TGAGTATTCC TTT-ATGG-- AGTGATCG-T TGGGTTCTTC GTAAATGCCT AAGAG---CG Aglaiogyrodactylus ctenistus TGAGTATTCC TTT-ATGG-- AGTGATCG-T TGGGTTCTTC GTAAATGCCT AAGAG---CG Phanerothecioides sp. TGAGTATTCC TTC--GGG-- AGTAGTCGAT TGGGTTCTTC CTTAAGTATC GAGAG---CG Phanerothecium ha TGAGTATTCC TTT-AAGG-- AGTACCCGTT TGGGTTCTTC CTTAAATTCA AAGA------Aglaiogyrodactylus forficulatus TGAGTATTCC TTA-ATGG-- AGTAACTG-T TGGGTTCTTC TTTAATGCCT AAGAG----C Aglaiogyrodactylus calamus TGAGTATTCC TTA-ATGG-- AGTTTTCG-T TGGGTTCTTC TCTAATGCTT AAGAG---TG Aglaiogyrodactylus calamus TGAGTATTCC TTA-ATGG-- AGTTTTCG-T TGGGTTCTTC TCTAATGCTT AAGAG---TG Aglaiogyrodactylus calamus TGAGTATTCC TTA-ATGG-- AGTTTTCG-T TGGGTTCTTC TCTAATGCTT AAGAG---TG Gênero n. B sp. n. 1 TGTTTCTTGT TTTACC-CTG GATTGTCGTT TACTTCGGTA GATGGCTTCA CGTACTTAAC Scleroductus sp. n. 1 GTTCGGTACT TA-----GCT ATGTTTAACT ACTAGC-TCG A---GCCACT GT------Gyrodactylus eucaliae CGCTTAAACT GTT---CAGT AGCGGGCATA CTCAGGGTTT C-----CTTG AGGGT----- Gyrodactylus sp. n. CGCTTAAACT GTC---C--- ATTTG------CGAAGCTC C-----ATTT GGGGC----- Gyrodactylus sp. n. CGTTTATACT GTC---C--- AGTTG------CGGGGCTC G-----CTTT GGGGC----- Gyrodactylus corydorae ATACGGTACT TTCGGGTACT AGTATT-GTT GTGAGC-TGG C---AGC-TT GCGAGGA-AC Gyrodactylus corydorae ATACGGTACT TTCGGGTACT AGTATTTGTT GTGAGCCTGG C---AGCCTT GCGAGGA-AC Gyrodactylus corydorae ATACGGTACT TTCGGGTACT AGTATT-GTT GTGAGC-TGG C---AGC-TT GCGAGGA-AC Gyrodactylus superbus ACGCAGTACC TTATGGTACT AGTATT-GTT GTGAGC-TGG C---AGC-TT GTGAGGA-TT Gyrodactylus anisopharynx ACACGGTACT TTCGGGTATC AGTGAT-GTT GTGGGC-TGG C---AGC-GT GCAAGGT-AC Gyrodactylus hoffmani CGNNTAAACT GTC---CAGT AGCCGGCATA CTCGGTCTTT T-----CCGA GGGTT----- Gyrodactylus sp. n. ACTCGGTACT TT--GGTACT AGTGTT-GTT GT-AGC-TTG C---CGC-TT GTGAAGG--- Gyrodactylus sp. n. CGTTTNAAAA AAN---CAGT GAACGTCATA ACCCTTTTCC A-----ATGG GGGGTA---- Gyrodactylus sp. n. CGTTTAAACT GCT---C--C AGTTG-CGTA C-CAGAGTT------GGAT----- Gyrodactylus turnbulli TGTTTATAAC AAC---T--C TGGCG------CGGAATAG T-----AGTA CTA------Gyrodactylus poeciliae CGTTTA-ATC AAT---C--C AGTTG------CGGTTTGA T------GCG GTATT----- Gyrodactylus bullatarudis TGTTTA-ATC AAT---C--C AGTTG------CGGTTTGA T------TCG ATGGT----- Gyrodactylus pictae TGTTTATAGC AAC---T--C TGGCG------CGGAATAG T-----AGTA GTATT----- Fundulotrema stableri TGTTTAAACT GTC---CAGT AGCGGGCGAT AGCAGGCTTC G-----GCTT GTGGA----- Acanthoplacatus sp. AGATTATACC GTTCGAAGAA AGCTGAGTTA CTCATGGTTC T-CGACCTAT CCGG--T-GC Gyrdicotylus gallieni TGATTTCAGC CGAGAGACTA CACGTACCTA CGGTTTTCTC TCGGTAGAAG TGGCTCTAGT Macrogyrodactylus polypteri TGATTTCAGT ACTGACATT- CACGGATTAA ACGGATTGTT GGTATAGAGG TAACTCTAGT Gyrodactylus anguillae AUS AGATTT-CTT GTT-GCTGAA AGTTGGGATT CTGGGTATTT T-CGCCTGTG GTGGTTT-GC Gyrodactylus nipponensis CGCTTAAACT GTC---CAGT TGCGTGCATA CTCAGGCTCG C-----CTGA GGGCG----- Gyrodactylus arcuatus CGCTTAAACT GTC---CAGT TGCGGGCATA CCCAGGTTCG C-----CTGG GGGTG----- Gyrodactylus ostendicus CGCTTAAACT GTC---CAGT TGCGTGCATA CTCAGGGTCA C-----CTGA GGGTG----- Gyrodactylus branchialis CGCTTAAACT GTC---CAGT TGCGCGCATA CTCAGGGTCA C-----CTGG GGGTG----- Gyrodactylus cf. micropsi CGATTT-CTT GTT-GCTGAA AATTGGGACT CTGGGTATTT T-CGCCTGTG GTGGTTT-AC Gyrodactylus salaris CGATTAACTT GTT-GTTGAA AGTTGAAACA CGGGGTATTA CACGGCCTTT ACGGTTT-GC Gyrodactylus pungitii CGATTAACTT GTT-GTTGAA AGTTGAAACA CAGGGTATTA CACGGTCTTG ACGGTTT-AC Gyrodactylus kobayashii CGATTAACTT GTT-GTTGAA AGTATTGACA CTGGGTATTA CACGGTCTTG ACGGTTT-GC Gyrodactylus rarus CGTTTAAACT GTT---CAGA AGCGGGCATA CTCAGGTTCT C-----CT-G AGGGT----- Gyrodactylus bychowskii TGATTTCGAT TTTAGTATTT CACGGTCTAA ACGGATTGCT AAATACGAGG TAGCTCTAGT Gyrodactylus anguillae EUR AGATTT-CTT GTT-GCTGAA AGTTGGGATT CTGGGTATTT T-CGCCTGTG GTGGTTT-GC Gyrodactylus truttae CGATTAACTT GTT-GTTGAA AATTGAARCA CACGGTATTA CACGGTCTTT ACGGTTT-GC Gyrodactylus gasterostei CGATTAACTT GTT-GTCGAA AATTGAAACA CGGGGTATTA CACGTACTTG ACGGTTT-GC

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 605 615 625 635 645 655 Udonella sp. TCTGCTATTA AAGGTAATAG GCAATACTGC TGTTTTTGGT TGTTTTCTGT CATGGTCG-G Phanerothecium sp.2 TTATGTTTC- -CATTTCATA GCATATCG------CTTA AGTTGCTTAG CACGGCAG-G

268 Phanerothecium sp.3 TTATGTTTC- -CATTTCATG GCATATCG------CTTA AGTTGCTTAG CACGGCAG-G Phanerothecium spinulatum TTATGTTTC- --ATTCCATG GCATATCG------CTTA AGTTGCTTTG CACGGCAG-G ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 605 615 625 635 645 655 Phanerothecium sp. TGATGTTTC- -CATTCCATG GCATATCG------CTTA AGTTGCTTAG CACGGCAG-G Phanerothecium sp. TGATGTTTT- -CATTCCATG GCATATCG------CTTA AGTTGCTTAG CACGGCAG-G Phanerothecium sp. TGATGTTTT- -CATTCCATG GCATATCG------CTTA AGTTGCTTAG CACGGCAG-G G702 TGATGTGTC- TTATTCCATT GTATACCG------CTAT TGCGGCTTTG CACAGCAG-G Onychogyrodactylus sp. CATTTGCAG- CTTTCTGGTT GCATATCG------CTTA TGTTGCTTTA CACGGCAG-G Aglaiogyrodactylus conei GGGGGGGGC- -TTTTTAGTC GGTGAGGGAA CTTTCCCTTG GGTGGGGGAA TCTATCAGTG Aglaiogyrodactylus ctenistus CAACGTATT- -TTTTGCATT GCTTGTCG------CTTAA TGTTTGAAAA GACAGCAGGG Aglaiogyrodactylus ctenistus CAACGTATT- -TTTTGCATT GCTTGTCG------CTTAA TGTTGCTTAA CACAGCAG-G Aglaiogyrodactylus ctenistus CAACGTATT- -TTTTGCATT GCTTGTCG------CTTAA TGTTGCTTAA CACAGCAG-G Aglaiogyrodactylus ctenistus CAACGTATT- -TTTTGCATT GCTTGTCG------CTTAA TGTTGCTTAA CACAGCAG-G Phanerothecioides sp. TAATGCTTCA TTGTCTATTT GCATGTCG------CTTA TGTTGCTTAG CACGGCAG-G Phanerothecium ha ------Aglaiogyrodactylus forficulatus AATTGTATC- -CTATTTGTT ACTTGACG------CTTAAA TATTGCTTTA CACGGCAG-G Aglaiogyrodactylus calamus CAG-GTGTT- --ATTATATA CCTTGTCA------TTAT TGGTGCTTAA CACAGCAG-G Aglaiogyrodactylus calamus CAG-GTGTT- --ATTATATA CCTTGTCA------TTAT TGGTGCTTAA CACAGCAG-G Aglaiogyrodactylus calamus CAG-GTGTT- --ATTATATA CCTTGTCA------TTAT TGGTGCTTAA CACAGCAG-G Gênero n. B sp. n. 1 GGTTCGGGTA AGACCTTT-G ATGCATTGGC CTGG-CTTGT TACGTCTGGA TGGTTCGTAG Scleroductus sp. n. 1 ----TTATCA GTTCTA-TTC ATTT------CGTGCTC------ATTTGTT ATTGTGATTC Gyrodactylus eucaliae ------GGAC TGGGCATCTA GTATTACA-- CGGACTTTAC ---GGTTTGC --TAGATGTT Gyrodactylus sp. n. ------GTAG GTGCTA---- GTAATACA-- CGAATTTTAC ---GGTTTGC --T-GGTGCC Gyrodactylus sp. n. ------GTAT GTACTA---- GTATTACA-- CGAACTTTAC ---GGTTTGC --T-AGTGCG Gyrodactylus corydorae CAGTTTACTG TCCTTGCTTT ACGT-ACA-- CGAGCT------GCTTTCT CTCGTGAAAC Gyrodactylus corydorae CAGTTTACTG TCCTTGCTTT ACGT-ATAA- CGAGCT------GCTTTCT CTCGTGAAAC Gyrodactylus corydorae CAGTTTACTG TCCTTGCTTT ACGT-ATA-- CGAGCT------GCTTTCT CTCGTGAAAC Gyrodactylus superbus CAGTTTACTG ACCTCGCTTT ACGT-TTA-- CGAGCT------GCTTTGT CTCATGGAAC Gyrodactylus anisopharynx CGGTTTACTG GCCTTGCTTT GCGT-TTA-- TGAGCT------GCTTTAT CTCGTGAAAC Gyrodactylus hoffmani ------TTG TGNTNTCCTA GTATTACA-- CGGTCTNTAC G--GTTTGCT AGTTGTC-CC Gyrodactylus sp. n. -----TATAA CCTTTACTTT ACGTCTTAA- CGAGCC------GCTTGTT CTCATGATAC Gyrodactylus sp. n. ------GTAG TGTTTCGATC AAAANTCA-- TCGCCTTAGC GTGGCCTTTC AAACGTTACT Gyrodactylus sp. n. ------TCGA TTGCTAT--- GTATTACT-- CGGACTTGAC ---GGTTTAC --ATAGCGTC Gyrodactylus turnbulli ------ACAC GGTCTTGACG GTTTGCTA-- CTTCCT------TTCCA --TCAGCGCC Gyrodactylus poeciliae ------ACAC GTCCTTAGCG GTTTGCCG-- TATCGTTTAC C--ATTTCTA --TAAGCGCT Gyrodactylus bullatarudis ------TCTC GTACTAAACG GTCCACTG-- AGTCTTATGC C--ATTTCTT --TCAGCGCT Gyrodactylus pictae ------ACAC GGTCTTGACG GTTTGCTA-- CTTCCT------TTCCA --TCAGCGCT Fundulotrema stableri ------GCTA AAGGTTGATA GGATTACA-- CGAACTTTAC G--GTTTCCT ATCCACTTTT Acanthoplacatus sp. CTGG--GTAA TTGGGTACTG CAAT--CT-- CGACCTATCC G--GTTTGC------AGTTT Gyrdicotylus gallieni GGTTCTTCCT TAATTACAAA GAGCGTTTAA GCTA-TATGG CTGGTATATA -GCCTTACGC Macrogyrodactylus polypteri GGTTCTCCCT TAATTATA-T GAGCATATGT GTAA-CTTAG T--GTTAATA -ACTTTACAC Gyrodactylus anguillae AUS CTAGTTGAGC TCTGAACGGG AAAT---G-- TGATCTTTTC -----TTGT- -ACTGA-GTT Gyrodactylus nipponensis ------GGTG GTGGCCTAGG GTTTCA-A-- CGAACTTTAC ---GTTAACC --CTA-GGTT Gyrodactylus arcuatus ------GGTG GTGGTCTAGG GTTTCA-A-- CGAACTTTAC ---GTTAACC --CTA-GGTT Gyrodactylus ostendicus ------GTTG GTTGCCTAGG GTTTCA-A-- CGAACTTTAC ---GTTAACC --CTACGGCT Gyrodactylus branchialis ------GTTG GCTGCCTAGG GTTTCA-A-- CGAACTTTAC ---GTTAACC --CTACGGCT Gyrodactylus cf. micropsi CTAGAGGAGC TTTGAACGAG GAAT---G-- TGATCTTTTC -----TTGT- -GATGA-GCT Gyrodactylus salaris CCTGTGGTGT TCTGATTCTG GTATTACA-- CGGACTTTAC G--GTTTGCT AGATGAAGTT Gyrodactylus pungitii CCTGTGGTGT TCTGATTCTG GTATTACA-- CGGTCTTTAC G--GTTTGCT AGATGAAGTT Gyrodactylus kobayashii CCAGTGGTGT TCGGATTTTG GTATTACA-- CGGTCTTTGC G--GTTTGCC AATTGATGTT Gyrodactylus rarus ------TTGA TGGAATTCTA GTACTACA-- CGGACTTTAC ---GGTTTGC --TAGGGTTT Gyrodactylus bychowskii GGTTCTTCCT TAATTAT--T AAGTACTAAT GTA--TATAG T--GTTAATA -ACACTACAC Gyrodactylus anguillae EUR CTAGTTGAGC TCTGAACGGG AAAT---G-- TGATCTTTTC -----TTGT- -ACTGA-GTT Gyrodactylus truttae CCTGTGGTGT TCTGATTCTA GTACTACA-- CGGTCTTTAC G--GTTTACT AGATAAAGTT Gyrodactylus gasterostei CCTGTGGTGT TCTGATTCTT GTATTACA-- CGGTCTTGAC G--GTTTGCA AGTTGAAGTT

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 665 675 685 695 705 715 Udonella sp. AGTGGCTTAC GTGTGATTGT AAC-TTCGAT AGTGATGGGG AGCTTCCTGA ------Phanerothecium sp.2 TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TNGGATA Phanerothecium sp.3 TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TGTGTAT Phanerothecium spinulatum TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TATGAGT Phanerothecium sp. TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TATGAGT Phanerothecium sp. TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TGTGTGT Phanerothecium sp. TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTGAC-TGA TGTGT------TGTGTGT G702 TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCGA -GCAACATGG TATACA------ATT-GT Onychogyrodactylus sp. TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTAT TGTATCATGA TGTGTA------TTCCAG Aglaiogyrodactylus conei AGGGGACTCT TTTTTCCTTG GGTGTACCTT T----CAGTA AGCGGA------GGTCCTG Aglaiogyrodactylus ctenistus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAAACCCA CA--ACATGA CTTGTA------TATGTGA Aglaiogyrodactylus ctenistus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTAGCATGA CTTGTA------TATGTGA Aglaiogyrodactylus ctenistus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTAGCATGA CTTGTA------TATGTGA Aglaiogyrodactylus ctenistus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTAGCATGA CTTGTA------TATGTGA Phanerothecioides sp. TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGCTT TGTAGCATGA TGTGTATGGT AGTCATGTTG Phanerothecium ha ------Aglaiogyrodactylus forficulatus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTAT TGTTGTATGT C------Aglaiogyrodactylus calamus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTGTCAAGG CAAGTC------TATATAA Aglaiogyrodactylus calamus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTGTCAAGG CAAGTC------TATATAA Aglaiogyrodactylus calamus TGTGGCTTAA TTGTAACGCT AGTAGTGTTT TGTGTCAAGG CAAGTC------TATATAA Gênero n. B sp. n. 1 TGAACACTG- GCTTTACGTG CCTTAACGGG TTCACTGTCG TGTGTA------TAGTAG Scleroductus sp. n. 1 GTGGTCGTGA CCGTTGGTTG ATCATTTTCT TGTTATTTGT C------Gyrodactylus eucaliae CACCTACTAA TGCCTATGCG CTGG------GCTCATTATA ACCT---CGG TTCTAATGAG Gyrodactylus sp. n. TACCCTCAAT GAGCCTTGCT ATGG------GTCTGG---- -TCT---CG- ----ATCAGG Gyrodactylus sp. n. TACCTTCATT GAGTCTTGCG CTGG------GTCTGG---- -TTT---CG- ----ATCAGG Gyrodactylus corydorae CAAGTTAAGT --GTACTTCG GTATTTCTTT TCTTTTCCGA CTTACGGGGT TTCATTCAGG Gyrodactylus corydorae CAAGTTAAGT --GTACTTCG GTATTTCTTT TCTTTTCCGA CTTACGGGGT TTCATTCAGG Gyrodactylus corydorae CAAGTTAAGT --GTACTTCG GTATTTCTTT TCTTTTCCGA CTTACGGGGT TTCATTCAGG Gyrodactylus superbus TATGTATAGT ------TTCA ------CTAT ACTTCACCGA CTTACGGGGT TCCATTCAGG

269 Gyrodactylus anisopharynx TAAGTACTGC CAATACTTTT GTATTACTTT ACTTGACCGT CTTACGGGGT TTCATTCAGG Gyrodactylus hoffmani ATCTC----C TATGCCTATG CGCTGGGTCC GATTCT------CTATCGGG ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 665 675 685 695 705 715 Gyrodactylus sp. n. TTTGTAGTGT ---TGATTCA -CGTCTCATT ACTTAAC-GA CTTACGGAGT ATCATTTAGT Gyrodactylus sp. n. ACCGCGTGAC TGAAGCTGTG TCCAGAGGCT TTTCCAG------CCTTTGGA Gyrodactylus sp. n. GGTTCTCCTT TGGCTATGCG CTGG------GCCCGGGATA CCTT---C-- -TTTCTCGGG Gyrodactylus turnbulli GGGCCTCATT AGATTGAGCG ACTCC----A AGTCGTG--- -ATT---GAA AAT-GGGGTA Gyrodactylus poeciliae GGCCTCCGAT TGGAGGGGCG GGAA------A-CCGTC--- -CCA---AAG GTT-GGGGTG Gyrodactylus bullatarudis GGGCCTCTTT GTATAGAGCG GTAA------ATCCGTT--- -CTA---AAC ATTTGGGGTG Gyrodactylus pictae GGGCCTCATT GGATAGAACG ATTC------GTCGTA--- -CTT---GAA AAT-GGGGTA Fundulotrema stableri GGTTC---AA CTGTCAAATG CGCT---GGG GCTT------GAT CTAATCAGGC Acanthoplacatus sp. CTCTGATCAG TGTGTATTCG GTCT-----G TATCA-GCGG GTTCGCTCGT TGGTATGGA- Gyrdicotylus gallieni GGCACAGGGT GTGTGGCTTA GTTATTTAGT AACGCTGTAC TGTGTCTCA- ---CGTGTAA Macrogyrodactylus polypteri TACACAGGGT GTGTGGCTTA GTAATA-AGT AACGCTGTAC TGTGTT------GAGTAA Gyrodactylus anguillae AUS CGCCC--TGA TTATTAAGCA GGTTGCAGAG TATT------T ATATTCTGCG Gyrodactylus nipponensis GTCCCCGCCT ATGCTCAATG CTGG------GGTT------CTC---GGC TTGCCTTGAA Gyrodactylus arcuatus ATCCCCGCCT ATGTCCAATG CTGG------GGTT------CTC---GGC TTGCCTTGAA Gyrodactylus ostendicus TCCCCCACCT ATGCTCAATA CTGG------GGTT------CTT---GGC TCGCCTTGAA Gyrodactylus branchialis TCCACCACCT ATGCTCAATA CTGG------GGTT------CTT---GGC TTGCCTTGAA Gyrodactylus cf. micropsi CGCCC--TGA TAATTAGGCA GGTTGTGGAG CATT------T ATGTTCTGCA Gyrodactylus salaris CACAT-TCGA TGAGTATGCG GCTT-CTGAG TATTACACGG ACTTTACGGT TTGCTCGGAA Gyrodactylus pungitii CACAC-TCAA TGATTAGACG GCTT-CTGAG TATTACACGG ACTTTACGGT TTGCTCGGAA Gyrodactylus kobayashii CACGCCTTTA CTAGTAAGCA GCTT-CAGAG TATTACACGG TCTTGACGGT TTGCTCTGAA Gyrodactylus rarus CACTTTCCAA TGTCTATGCG CTGG------GCTCGAGGGT GCTT---CGG TACTCTCGGG Gyrodactylus bychowskii TTCTTGCGA- GTGTGGCTTA ATCATA-GTT ATTGCTCTCT TGATTA------GTGTAG Gyrodactylus anguillae EUR CGCCC--TGA TTATTAAGCA GGTTGCAGAG TATT------T ATATTCTGCG Gyrodactylus truttae CACGC-TCAA TGATTAGACG GCTT-CTGAG TATTACACGG ACTTTACGGT TTACTCGGAA Gyrodactylus gasterostei CACAC-TCGA TGATTAGACG GCTT-CTGAG TATTACACGG ACTTGACGGT TTGCTCGGAA

....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| ....|....| 725 735 745 755 765 775 Udonella sp. ------Phanerothecium sp.2 TGG--TAATA GCTCTATTGT TGCCTNGN-- -AAAGACCNC GATTCATT------Phanerothecium sp.3 ATGGTTACTA CTCTATTGTT GCCTTC-T-- -TCTGACCTC GATTCAAGTG AGAT-ACCCG Phanerothecium spinulatum CTG--A------Phanerothecium sp. TTGGTTACTC CTCTTTTCTT GCCTTCAT-- -TCTGACCTC GATTCAAGTG AGAT-ACTCG Phanerothecium sp. ATGTTTACTG CTCTTCTTAT GCCTTCAT-- -TCTGACCTC GATTCAAGTG AGATTACCCG Phanerothecium sp. ATGTTTACTG CTCTTCTTAT GCCTTCAT-- -TCTGACCTC GATTCAAGTG AGATTACCCG G702 TAAGGCGCAG CTTCTTCCTT CATA------TCTGACCTC GATTCAAGTG AGATTACCCG Onychogyrodactylus sp. TTAGTTGTAG CCT-TACTTA CCTT------TCTGACCTC GATTCAAGTG AGATTACCCG Aglaiogyrodactylus conei TCGGTGGGGA GCATTCAGTA A------GGGGGCGGT CGG------Aglaiogyrodactylus ctenistus TTGATATCGC TCTTTCCTTT A------TCTGACCTC GATCAAGGAT AGCAAAAAAA Aglaiogyrodactylus ctenistus TTGATATCGC TCTTTCCTTT A------TCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Aglaiogyrodactylus ctenistus TTGATATCGC TCTTTCCTTT A------TCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Aglaiogyrodactylus ctenistus TTGATATCGC TCTTTCCTTT A------TCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Phanerothecioides sp. TCGCTCTTCC TCATTATTAT GCCTTTCT-- ATCTGACCTC GATTCAAGTG AGATTACCCG Phanerothecium ha ------Aglaiogyrodactylus forficulatus ------Aglaiogyrodactylus calamus -TAATGCTTA GCTCTAATGT GTCT--AT-- ATCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Aglaiogyrodactylus calamus -TAATGCTTA GCTCTAATGT GTCT--AT-- ATCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Aglaiogyrodactylus calamus -TAATGCTTA GCTCTAATGT GTCT--AT-- ATCTGACCTC GATTCAAGTG AGAATACCCG Gênero n. B sp. n. 1 CAATTGCATG G----TTATC ATACGCAT-- TACTTGCGTG AGTGTTG------Scleroductus sp. n. 1 ------Gyrodactylus eucaliae TTTGCAGACC TCCCTATCAT ACACGGAT-T AGACGGTTTG ATGGGA-GTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus sp. n. CTTACAGACC -CCGTATCAT ACACGAAC-T TTACGGTTTG CTTCGG-GTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus sp. n. CTTACAGACC -CCGTATCAT ACACGAAC-T TTACGGTTTG ATGTGG-GTG T-AGTGGCTC Gyrodactylus corydorae -TTGTAGTGA CTGTATGTAT A-CCGTGACT TATCCAGTAT ACTTTAACGC TTAGTTGCAG Gyrodactylus corydorae -TTGTAGTGA CTGTATGTAT A-CCGTGACT TATCCAGTAT ACTTTAACGC TTAGTTGCAG Gyrodactylus corydorae -TTGTAGTGA CTGTATGTAT A-CCGTGACT TATCCAGTAT ACTTTAACGC TTAGTTGCAG Gyrodactylus superbus -TTGTAGTAA TTGTATGTAT A-CAG-GACT TA-CCAGTAT ACTTTAGCAC TCTGCTGCAG Gyrodactylus anisopharynx GTTGTATTGA CTGTAAGTAT AACTCTGTCT TTTCAAGTGT ACATCGTC------Gyrodactylus hoffmani CTTACAGACC TCCCTNCCAT ACACGGACT- TGACGGTTTG GTGGGGAGTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus sp. n. -GTGTATCGT TAGCTTGTAT A-TCG-GACT T-TCCCGTGT ACTTTACGAC TATCGAGCTA Gyrodactylus sp. n. TCTGCAGACC TCTCTGTTAT ACACGGACTA CTACGGTTTA ACGGAGAGTG T-AGCGGCTC Gyrodactylus sp. n. TTTGCAGACC CTCCGGTCAT ACACGGTC-T TGACGGTTTG ACTGGGGGTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus turnbulli GTTTTGTACC CCAAATTGTT ACACGCAC-T AAGCGGTTGC AGTTCGGGTG G-TGTAGCTC Gyrodactylus poeciliae TATTTGAACC CCACTGTTAT ACACGGCC-T TAACGGTTTA ACGGTGGGTG TTAGCAACTC Gyrodactylus bullatarudis TATTTGAACC CCGCTTCTTT ACACGACT-T AAACGGTTGA GAAGTGGGTG T-AGCAACTC Gyrodactylus pictae GTTTTGTGCC CCAAATTGTT ACACGCAC-T AAGCGGTTGC AGTTTGGGTG G-TGTAGCTC Fundulotrema stableri TATACAGACC TGACCTGCAT ACACGAAC-T TTACGGTTTG TGGGTTAGTG A-AACAGCTC Acanthoplacatus sp. --TATGGACC TACGAGTCAT ACACGACC-T ACCCGGTTTG ACTTGTGGTG T-AGTAGCTC Gyrdicotylus gallieni NGTCCATATG GTTCGCTCGT AACTGGCT-- CCCCGACCTC GATTCGANCG TGAATACCCG Macrogyrodactylus polypteri GGGC--TATG -----TTGCA AGCTCATC-- TGCCGATTTC C---TGACCT CGATTCGAGC Gyrodactylus anguillae AUS GCTAAAGACC TTTTATACAT ACACGCTG-T TGGCGGTTTG TGTGAATGTG A-TGTAGTTC Gyrodactylus nipponensis CTTACAGACC -CCCCGTTAA ACACGAACAT G-ACGGTCTA ATGGGG-GTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus arcuatus CTTACAGACC -CCCCGTTTG ACTCGAACAT A-ACGGTCCT ATGGGG-GTG G-AGTAGCTC Gyrodactylus ostendicus CTTACAGACC -CCCCGTTAA ACTCGAACAT TTACGGTGCA ATGGGG-GTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus branchialis CTTACAGACC -CCCCGTTAA ACTCGAACAT TTACGGTGCA ATGGGG-GTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus cf. micropsi TCTAAAGACC TTTTGCTCAT TCACGCTG-T TGGCGGTTTG GGTGATTGTG T-TGTAGTTC Gyrodactylus salaris GTTAAAGACC ATTCTTTCAT ACACGGCC-T TTACGGTTTG ATAGAATGAG A-AATAGCTC Gyrodactylus pungitii GTTAAAGACC ATTCTTTCAT ACACGGCT-T TTACGGTTTG ATAGAATGCG A-AGTAGCTC Gyrodactylus kobayashii GT-AAAGACC TCCATATCAT ACACGACC-T TTACGGTTTG ATGTGGAGTG T-AGTGGCTC Gyrodactylus rarus TTTGCAGACC ACCTTATCAT ACACGGAT-T ATACGGTTTG ATGAGGTGTG T-AGTAGCTC Gyrodactylus bychowskii TGGT--TCTG ACTAATTGGA ATATTAAC-- AACCATTAAC GGTGTAGATT CGATGTGGCT Gyrodactylus anguillae EUR GCTAAAGACC TTTTATACAT ACACGCTG-T TGGCGGTTTG TGTGAATGTG A-TGTAGTTC Gyrodactylus truttae GTTAAAGACC ATTCTTTCAT ACACGACT-T TTACGGTTTG ATAGAATGCG A-AGTAGCTC Gyrodactylus gasterostei GTTAAAGACC ATTCTTTCAT ACACGGCC-T TTACGGTTTG ATTGGATGTG A-AATAGCTC

270

....|....| ....|....| ....|....| 785 795 805 Udonella sp. ------Phanerothecium sp.2 ------Phanerothecium sp.3 CTGAACTTAA GCATTC------Phanerothecium spinulatum ------Phanerothecium sp. CTGAACTTAA GCATAC------Phanerothecium sp. CTGAACTTAA GCATAT------Phanerothecium sp. CTGAACTTAA TCATAT------G702 CTGAACTTAA GCATAT------Onychogyrodactylus sp. CTGAACTTAA GCATAT------Aglaiogyrodactylus conei ------Aglaiogyrodactylus ctenistus AAAATGAGAA AACCCC------Aglaiogyrodactylus ctenistus CTGAACTTAA GCTT------Aglaiogyrodactylus ctenistus CTGAACTTAA GCATAT------Aglaiogyrodactylus ctenistus CTGAACTTAA GCATA------Phanerothecioides sp. CTGAACTTAA GCATTC------Phanerothecium ha ------Aglaiogyrodactylus forficulatus ------Aglaiogyrodactylus calamus CTGAACTTAA GCA------Aglaiogyrodactylus calamus CTGAACTTAA GCATAT------Aglaiogyrodactylus calamus CTGAACTTAA GCATAT------Gênero n. B sp. n. 1 ------Scleroductus sp. n. 1 ------Gyrodactylus eucaliae TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ATATGAGCAG Gyrodactylus sp. n. CAGTGGTTC- TTCCTTAATT ATATGAACAG Gyrodactylus sp. n. TAGTGGTTC- TTCCTTAATT ACATGAACGG Gyrodactylus corydorae TCGCATCGAC TTGGCTCGTC CTTATGGATG Gyrodactylus corydorae TCGCATCGAC TTGGCTCGTC CTTATGGATG Gyrodactylus corydorae TCGCATCGAC TTGGCTCGTC CTTATGGATG Gyrodactylus superbus TTACCGTGAC TTGGCTCATT CCTTT---TG Gyrodactylus anisopharynx ------Gyrodactylus hoffmani TAGTGGTTCT TCCCTTAATA TTATGAGCAG Gyrodactylus sp. n. ATGAGTATAC CTAGGTCGTT GCTTGGCTTT Gyrodactylus sp. n. TAGTNNTTCT TCT-TTAATG ATATGGACTA Gyrodactylus sp. n. TAGT------Gyrodactylus turnbulli TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGTAC Gyrodactylus poeciliae TAGTGGTTCC TTCCTTAATA ACATGAGTGA Gyrodactylus bullatarudis TAGTGGTTC- TYCCTTAATT ATATGAGTGA Gyrodactylus pictae TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGTAC Fundulotrema stableri TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGTAG Acanthoplacatus sp. TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GCCTGGATTG Gyrdicotylus gallieni CNGAAACTTA AGCATATCCN NTAAN----- Macrogyrodactylus polypteri GGATWACCC------Gyrodactylus anguillae AUS TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GTATGGGTAG Gyrodactylus nipponensis TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGCAG Gyrodactylus arcuatus TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGCAG Gyrodactylus ostendicus TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGCAG Gyrodactylus branchialis TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ACATGAGCAG Gyrodactylus cf. micropsi TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GTATGGGTAG Gyrodactylus salaris TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GCTTGGGTAG Gyrodactylus pungitii TAGTGGTTC- TTCCTTAATT ACTTGGGTGG Gyrodactylus kobayashii TAGTGGTTC- TTCCTTAATT ACTTGGGTAG Gyrodactylus rarus TAGTGGTTC- TTCCTTAATA ATATGAGCAG Gyrodactylus bychowskii TGGTAATTCT CGTAACGTCA TCTACT---- Gyrodactylus anguillae EUR TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GTATGGGTAG Gyrodactylus truttae TAGTGGTTC- TTCCTTAATT ACTTGGGTAG Gyrodactylus gasterostei TAGTGGTTC- TTCCTTAATT GCTTGGGTAG

271