Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil Levantamento de dados pretéritos

Novembro de 2004

Maria Célia Villac1; Flavio da Costa Fernandes2; Silvio Jablonski3; Alexandre de Carvalho Leal Neto4; Bruno Henriques Coutinho5

Ministério do Meio Ambiente

1 Departamento de Biologia, Universidade de Taubaté ([email protected]); 2 Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira ([email protected]); 3 Departamento de Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro ([email protected]); 4Programa GloBallast - Brasil, Ministério do Meio Ambiente ([email protected]); 5 Instituto Terra Nova ([email protected]) ISBN

Publicado em novembro de 2004 pelo Programa GloBallast – Brasil Ministério do Meio Ambiente Esplanada dos Ministérios Bloco B, Sala 831 Brasília – DF 70068-900 Tel +55 61 317 11 56 Fax +55 61 224 24 66 Web http://www.mma.gov.br/aguadelastro

A citação correta para esta publicação é: Villac, M.C.; Fernandes, F.C.; Jablonski, S.; Leal Neto, A.C. & Coutinho, B.H. Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil: Levantamento de dados pretéritos. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. 79 pp.

O Programa “Remoção de Barreiras para a Implementação Efetiva do Controle de Água de Lastro e Medidas de Gestão em Países em Desenvolvimento - Programa GloBallast é uma iniciativa do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) em cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organiza- ção Marítima Internacional (IMO). A Agência - Líder, no Brasil, para o Programa GloBallast é o Ministério do Meio Ambiente (MMA), sendo o seu Ponto Focal a Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos.

As opiniões expressas neste documento não refletem, necessariamente, as opiniões do GEF, PNUD, IMO ou MMA.

BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS Agradecimentos

Nossos agradecimentos para o Geógrafo Eduardo Soares Cruz pelo apoio na elaboração dos mapas georreferenciados que ilustram e adicionam informações essenciais para a compreensão dos dados apresentados. Maria Teresa M. de Széchy (Instituto de Biologia, Universidade Fede- ral do Rio de Janeiro) contribuiu com valiosas sugestões durante o processo de elaboração e edição do texto. Nosso reconhecimento à equipe do Projeto de Gestão Integrada dos Ambientes Costeiro e Marinho – GERCOM, da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do Meio Ambiente, pelo apoio dispensado durante todas as etapas de desenvolvimento do trabalho. Contamos, também, com o trabalho paciencioso de diagramação realizado por Rodolpho Oliva.

Sinceros agradecimentos às instituições que compartilharam informações não publicadas (rela- tórios internos, dados brutos), demonstrando compreensão de que o desenvolvimento científico depende de atitudes de desprendimento: Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – Estado do Rio de Janeiro (FEEMA) e Minerações Brasileiras Reunidas S.A.

O presente trabalho contou com recursos financeiros do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF), por meio do Programa GloBallast.

i BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS Siglas

FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, Rio de Janeiro FIPERJ Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro GEF Fundo para o Meio Ambiente Mundial GERCON Projeto de Gestão Integrada dos Ambientes Costeiro e Marinho da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do MMA GloBallast Programa Global de Gestão de Água de Lastro IMO Organização Marítima Internacional MMA Ministério do Meio Ambiente PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro USP Universidade de São Paulo USU Universidade Santa Úrsula UVA Universidade Veiga de Almeida

iii BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS Sumário

Agradecimentos ...... i Siglas...... ii

1 Introdução ...... 1

1.1 O transporte de espécies aquáticas via água de lastro de navios ...... 1 1.2 O programa GloBallast ...... 1

1.3 Caracterização e delimitação da área sob influência do porto ...... 2

1.4 Definição de grupos temáticos ...... 4 2 Microrganismos ...... 7

3 Fitoplâncton ...... 13

4 Zooplâncton ...... 23 5 Ictioplâncton ...... 31

6 Fitobentos ...... 37

7 Zoobentos de substrato consolidado ...... 47 8 Zoobentos de substrato inconsolidado ...... 57

9 Peixes ...... 70

10 Considerações finais ...... 77

iiii BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS 1. Introdução

1.1 O TRANSPORTE DE ESPÉCIES AQUÁTICAS VIA ÁGUA DE LASTRO DE NAVIOS

A água e o sedimento dos tanques de lastro de navios contêm grande quantidade de organismos de grupos taxonômicos distintos (vírus, bactérias, protistas, larvas/ovos de invertebrados e pei- xes), que podem sobreviver durante viagens transoceânicas que a tecnologia vem tornando cada vez mais curtas (1). A introdução de uma espécie em um novo hábitat pode constituir risco 1ambiental e econômico. Livres de predadores, parasitas e competidores naturais, esses organis- mos podem atingir altas densidades, quando passam a ser considerados invasores. Estima-se que, anualmente, cerca de 10 bilhões de toneladas de lastro são movimentadas entre diferentes regiões do globo, proporcionando o transporte diário de aproximadamente 3.000 espécies (2).

No Brasil, há vários exemplos de espécies consideradas introduzidas (ou não-nativas, exóticas), cujas hipóteses mais plausíveis de ocorrência e dispersão indicam a introdução acidental via água de lastro (3). O mexilhão dourado Limnoperna fortunei, originário da China e sudeste da Ásia, foi avistado pela primeira vez na América do Sul na desembocadura do rio da Prata em 1991 (4). Molusco de pequeno porte e rápida reprodução, ele é responsável pela obstrução de tubulações de captação de água (5). Desde seu primeiro registro no Rio Grande do Sul em 1998 (6), a espécie já é encontrada, em grandes densidades, no lago Guaíba, e nos rios Paraná, Paranaíba e Paraguai, assim como em alguns rios da região do Pantanal, como o rio Miranda. Sua presença já foi detectada nas Usinas Hidrelétricas de Porto Primavera, Jupiá e Ilha Solteira, localizadas no rio Paraná, entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e, mais ao norte, na Hidre- létrica de São Simão, no rio Paranaíba, entre os Estados de Goiás e Minas Gerais (7). O siri Charybdis hellerii, originário do Oceano Índico e introduzido nas Américas em 1987 a partir do Caribe, vem aumentando sua área de ocorrência através de correntes marinhas e/ou por introdu- ção secundária; seu primeiro registro no Brasil foi em 1996, sendo, atualmente, encontrado do Rio Grande do Norte a Santa Catarina (8). Trata-se de espécie não comestível que, em alguns locais, compete com espécies nativas de valor econômico (9). Outro caso a ser investigado é a introdução do dinoflagelado potencialmente tóxico Alexandrium tamarense no Rio Grande do Sul (10). Detectado pela primeira vez na Argentina em 1980 durante uma floração tóxica, seu primeiro registro no Brasil ocorreu também durante uma floração em 1996. A ocorrência de duas subpopulações em uma mesma área no litoral de Rio Grande (com assinaturas genéticas das costas do Pacífico e Atlântico da América do Norte) sugere a possibilidade de aportes de células por mecanismos distintos, como circulação no sentido sul-norte pela Corrente das Malvinas e/ou lastro pelo Porto de Rio Grande (introdução primária e/ou secundária).

1.2 O PROGRAMA GLOBALLAST

As conseqüências negativas, para a ecologia, economia e saúde pública, geradas pela introdu- ção de espécies via água de lastro levou à elaboração do projeto “Remoção de Barreiras para a Implementação Efetiva do Controle de Água de Lastro e Medidas de Gestão em Países em

1. INTRODUÇÃO 1 Desenvolvimento”. Batizado pela sigla GloBallast, este é um projeto mundial, iniciativa da Organização Marítima Internacional (IMO) em associação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com subsídios do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF). No Brasil, ele é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Estudos de caso em 6 países em desenvolvimento (Brasil, China, Índia, Irã, África do Sul e Ucrânia) servi- rão como demonstração das dificuldades e experiências de sucesso de gestão do problema. As experiências destes países serão expandidas para as demais nações da região geográfica onde se encontram; no caso do Brasil, para a América do Sul. O Porto de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, foi selecionado para ser a área piloto do Programa GloBallast no Brasil.

São vários os impactos, ecológicos e econômicos, causados por espécies invasoras, como cita- do acima. Minimizar os riscos depende de uma estratégia de ação em nível global, pois o trans- porte marítimo é um agente de caráter internacional. No Brasil, cuja fronteira marítima engloba várias latitudes, há que se verificar o transporte de espécies ao longo de nossa própria costa. A Resolução IMO A.868[20] estabelece uma regulamentação voluntária sobre manejo de água de lastro para minimizar os possíveis danos causados pela introdução de espécies aquáticas. O Programa GloBallast servirá como uma preparação para os países em desenvolvimento coloca- rem em prática a nova “Convenção Internacional sobre Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios”, adotada pela Conferência Diplomática da IMO de fevereiro de 2004.

O Programa GloBallast é dividido em sete componentes, cada qual com recursos preestabelecidos pela Unidade de Coordenação do Programa, sediada em Londres. Estes componentes são: 1) Coordenação; 2) Comunicação, Educação e Mobilização; 3) Avaliação de Risco; 4) Medidas de Gerenciamento de Água de Lastro; 5) Conformidade, Monitoramento e Efetivação, 6) Coope- ração Regional; e 7) Recursos e Autofinanciamento. Iniciado em março de 2000, o Programa GloBallast tem previsão de 5 anos de duração.

A caracterização da biota sob influência das atividades do porto de Sepetiba, parte integrante do componente 3 do Programa GloBallast, foi realizada em duas etapas: 1) sistematização de da- dos preexistentes; e 2) realização de coleta de dados primários para preencher as lacunas identificadas na primeira etapa do trabalho. O presente trabalho apresenta os resultados obtidos na etapa inicial: a sistematização dos dados existentes até meados do ano de 2001.

1.3 CARACTERIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO

O Porto de Sepetiba iniciou suas atividades em 1982, com o terminal de importação de carvão, coque e alumina. Nessa fase, os navios que circulavam pela baía “exportavam” lastro. A ampli- ação do porto durante a década de 90 possibilitou a atividade de novos terminais, desta vez para contêineres (1998) e exportação de minério de ferro e de produtos siderúrgicos (1999). Nessa segunda fase, portanto, iniciou-se a possibilidade de introdução de espécies aquáticas através de lastro de navios. Dentro da baía, a oeste do Porto de Sepetiba, o Terminal Marítimo da Ilha Guaíba (MBR) representa uma via de introdução de espécies aquáticas desde o início da década de 80, devido às atividades exportadoras de minério de ferro. Antes da ampliação do Porto de Sepetiba, observava-se um movimento de 100 navios/ano, sendo que, atualmente, o porto rece- be 300 navios/ano. O Terminal da Ilha Guaíba recebe cerca de 200 navios/ano. Um navio de médio-grande porte pode carregar de 10 a 20 mil m3 de água de lastro.

A delimitação da área de influência do Porto de Sepetiba (e Terminal da Ilha Guaíba) levou em consideração o tráfego de navios e a circulação das águas da baía, ambos critérios determinantes do destino potencial de um organismo introduzido por água de lastro. Dependendo do tipo de carga e da condição de mar, os navios podem começar a lançar lastro nos locais de fundeio, ao longo do canal de navegação e/ou no próprio terminal (vide Figura 1.1). De maneira simplificada,

2 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS Figura 1.1. Baía de Sepetiba, RJ, indicando as localizações do Porto de Sepetiba e do Terminal Marítimo da Ilha Guaíba. Imagem do satélite SPOT (1998), destacando áreas com cobertura vegetal (verde), áreas com ocupação urbana (rosa) e localização de indústrias e atividades de mineração (pontos vermelhos). Na figura inserida no canto superior esquerdo, a linha azul delimita a bacia de drenagem da Baía de Sepetiba e as porções em rosa correspondem a áreas urbanas.

a circulação da baía de Sepetiba é fortemente regida por correntes de maré, sendo suas águas relativamente isoladas do sistema adjacente, a oeste, pelo seguinte mecanismo: 1) a Água de Plataforma (mais fria e mais salina) chega pela entrada oeste da Ilha Grande, 2) circunda a Ilha Grande, entrando em contato com a Água Costeira da baía de Sepetiba (mais quente e menos salina), 3) saindo pela passagem leste (12). Acredita-se que haja transporte de massa entre as baías de Sepetiba e de Ilha Grande mas, para fins deste estudo, ficou estabelecido o extremo leste da Ilha Grande como limite da área de influência direta do Porto de Sepetiba.

Foi elaborada uma base cartográfica com uma grade de 1’/1’, compreendendo toda a área sob influência do Porto de Sepetiba, de modo a permitir a plotagem das informações de biodiversidade aquática local (Figura 1.2). Um Sistema de Informação Geográfica (SIG) será utilizado para a criação de um banco de dados da composição específica e distribuição da biota da área de estudo. A utilização de um SIG possibilita a entrada, armazenamento, manipulação e análise, assim como o posterior acesso aos dados georreferenciados. A vantagem deste tipo de sistema para as análises ambientais é a capacidade de trabalhar grandes volumes de dados, de complexi- dades diversas, além de possibilitar a manipulação das informações nele armazenadas, dando condições para sua atualização (13). Os cenários criados podem ser utilizados futuramente como base para o levantamento de hipóteses a serem testadas no sentido de desenvolver propostas de monitoramento e gestão para o problema.

1.4. DEFINIÇÃO DE GRUPOS TEMÁTICOS

A avaliação detalhada e crítica dos estudos encontrados foi realizada por grupos temáticos, que

1. INTRODUÇÃO 3 Figura 1.2. Área sob influência do Porto de Sepetiba, segundo base cartográfica com grade de 1’/1’. Colunas 1C e 2C são áreas consideradas controle por estarem no local mais afastado da zona de influência do porto, sob ação direta das águas oriundas da baía da Ilha Grande.

constituem os próximos 8 capítulos: microorganismos (bactérias, fungos e protozoários, de água e de sedimento), fitoplâncton, zooplâncton, ictioplâncton, fitobentos, zoobentos de substrato consolidado, zoobentos de substrato inconsolidado e nécton (peixes).

Este levantamento é de caráter eminentemente qualitativo, referente ao conhecimento disponí- vel até meados de 2001. Com algumas exceções, foram considerados apenas os táxons identifi- cados em nível específico, de modo a permitir a comparação com estudos futuros. Quando possível, foi feita a atualização de nomenclatura dos táxons encontrados. O texto explicativo de cada capítulo é acompanhado de uma figura que apresenta a distribuição espacial da riqueza de espécies do tema em questão, de uma tabela que elenca os estudos realizados segundo cronolo- gia de trabalho de campo, localização, abordagem e outros aspectos relevantes, assim como o inventário das espécies encontradas. O capítulo final busca integrar as informações obtidas para a biota como um todo, identificando lacunas de conhecimento e sugerindo possíveis direcionamentos para pesquisas futuras.

Foram pesquisadas fontes de informação variadas, tais como publicações em revistas científi- cas, trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações e teses), resumos de congressos, relatóri- os técnicos (inclusive alguns de circulação restrita), dados originais não publicados e comuni- cações pessoais. Tal esforço de pesquisa contou com a participação e colaboração de inúmeras instituições (de ensino, pesquisa, governamentais, privadas), sem as quais não teria sido possí- vel atingir o nível de detalhamento almejado. O grande volume de informações disponibilizadas para o Programa GloBallast para a elaboração deste trabalho demonstram a conscientização da comunidade técnico-científica brasileira sobre a importância do estudo da introdução de espéci- es aquáticas e seu potencial de bioinvasão.

4 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Introdução

1. Carlton, J.T. (1985). Transoceanic and interoceanic 7. MMA (2004). Relatório final da Força-Tarefa Nacio- dispersal of coastal marine organisms: the biology nal para Controle do Mexilhão-Dourado. Ministério do of ballast water. Oceanogr. Mar. Biol. Ann. Rev., Meio Ambiente. Brasília. 23:313-371. 8. Tavares, M. & Mendonça Jr., J.B. (1996). Charybdis 2. Carlton, J.T. & Geller, J.B. (1993). Ecological roulette: hellerii (A. Milne Edwards, 1867) (Brachyura: the global transport of nonindigenous marine organisms. Portunidae), eighth nonindigenous marine decapod Science, 261: 78-82. recorded from Brazil. Crustacean Res., 25: 151-157. 3. Silva, J.S.V. & Souza, R.C.C.L. (2004). Água de Las- 9. Veja, 1998. Siri killer. Veja, 23 de dezembro, Ambiente: 87. tro e Bioinvasão. Editora Interciência, Rio de Janeiro. 10. Persich, G.R. (2001). Estudos sobre a fisiologia, gené- 224 pp. tica e toxicidade do dinoflagelado Alexandrium 4. Pastorino, G.; Darrigran, G.; Martin, S. & Lunaschi, L. tamarense (Lebour) Balech do sul do Brasil. Tese de (1993). Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) Doutorado, Depto. Oceanografia, Fundação Universi- (Mytilidae), nuevo bivalvo invasor en aguas del rio de dade Federal do Rio Grande. 100 pp. La Plata. Neotropica, 39(101/102): 34. 11. Amado Filho, G.M.; Rezende, C.E. & Lacerda, L.D. 5. Darrigran, G. (1997). El bivalvo Limnoperna fortunei (1999). Poluição da baía de Sepetiba já ameaça outras áreas. Ciência Hoje, 25:46-48. (Dunker, 1857): um problema para la tomas de agua dulce de las plantas potabilizadoras e industrias del 12. Signorini, S.R. (1980). A study of the circulation in Bay Mercosur. In: Encontro Brasileiro de Malacologia, of Ilha Grande and Bay of Sepetiba. Part I. A survey of Florianópolis., SC. Resumos, p. 22. the circulation based on experimental field data. Bolm. Inst. oceanogr., 29(1):41-55. 6. Mansur, M.C.D.; Richinitti, L.M.Z. & Santos, C.P. (1999). Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), molusco 13. Aronoff, S. (1995). Geographic Information Systems: bivalve invasor, na bacia do Guaíba, Rio Grande do Sul, a Management Perspective. WDL Publications. Otta- Brasil. Biociências, 7(2): 147-150. wa, Canada.

1. INTRODUÇÃO 5 6 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS 2. Microrganismos

Eli A. T. Gomes (Instituto de Biologia, UFRJ) Giselle S. Abílio (Instituto de Biologia, UFRJ)

O papel ecológico dos microrganismos aquáticos tem sido pouco estudado no Brasil. A maioria dos trabalhos referentes à ecologia microbiana foi desenvolvida em corpos d’água continentais. Assim, como previsto, poucas fontes, apenas 11, sobre os microrganismos da baía de Sepetiba foram encontradas. Destas, apenas 5 foram trabalhos publicados em peri- ódicos e os demais correspondem a teses, relatórios internos e dados não publicados (planilhas de identificação e contagem) (Tabela 2.1). 2Como microrganismos, foram incluídos estudos sobre bactérias, leveduras e protozoários. O primeiro estudo localizado foi o de Tinoco de 1965 (1) sobre foraminíferos bentônicos, seguido pelos estudos desenvolvidos pelo IES (Instituto de Engenharia Sanitária) e pela FEEMA nas décadas de 60 e 70 sobre o plâncton, com dados de ciliados (2-4), enquanto os mais recentes, sobre bactérias e leveduras, foram realizados nas décadas de 80 e 90 (5-11). Considerando estes três grupos, foi encontrado um total de 75 táxons, sendo 21 de bactéri- as, 36 de leveduras e 18 de protozoários, tanto da água como do sedimento (Anexo 2.1).

Os trabalhos do IES (2, 3) correspondem a planilhas de contagem e os dados não foram publicados ou utilizados em relatórios; trazem apenas o registro de ocorrência de alguns gêneros de ciliados, sem informações em nível específico e nem localização geográfica.

Os demais trabalhos apresentam informações em nível específico, sendo restritos a apenas duas regiões: das ilhas de Itacuruçá e Jaguanum até a Ponta Mangona, na Ilha de Marambaia, e, na área mais interna da baía, em frente à Restinga de Marambaia e próximo a desembo- cadura dos canais do Pedrinho e do Pau Torto (vide quadrículas da Figura 2.1 e Tabela 2.1). Tanto os aspectos qualitativos como quantitativos foram contemplados nesses estu- dos, principalmente relacionados a bactérias e leveduras no sedimento. Os protozoários (ciliados e foraminíferos) foram os menos estudados, citados em apenas quatro referências que não apresentam a localização precisa dos locais de amostragens (1, 2, 3, 4).

A distribuição da riqueza de microrganismos (Figura 2.1) reflete o maior esforço de coleta no compartimento sedimento, em poucos locais da baía de Sepetiba, como detalhado a seguir.

Bactérias

Informações sobre bactérias referem-se a amostras coletadas nos anos de 1981-82 e 1983-84 (5, 6, 7, 8). A maioria das espécies foi identificada em amostras de sedimento e poucas espécies em amostras de água, não pela sua maior ocorrência no sedimento, mas sim porque este comparti- mento foi mais amostrado que a água.

Algumas espécies citadas tiveram seus nomes específicos ou até mesmo genéricos alterados em função de estudos posteriores, como Burkholderia cepacia, antes Pseudomonas cepacia; Pantoea agglomerans, antes Enterobacter agglomerans; Shewanella putrefaciens, antes Pseudomonas

2. MICRORGANISMOS 7 putrefaciens; Stenotrophomonas maltophila, antes Xanthomonas maltophilia e Pseudomonas maltophilia; Photobacterium damselae, antes Vibrio damselae; Actinomyces neuii anitratus, antes Acinetobacter anitratus.

O fato das bactérias apresentarem uma ampla distribuição na natureza, tanto em ecossistemas terres- tres como aquáticos, impede uma análise e identificação de espécies indicadoras. Entretanto, algu- mas espécies bacterianas encontradas na baía de Sepetiba são consideradas potencialmente patogênicas ou parasitas do homem e outros animais, principalmente as Enterobacteriaceae (Alcaligenes, Burkholderia cepacia, Citrobacter freundii, Pantoea agglomerans, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Providencia alcalifaciens, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas diminuta, Pseudomonas pseudoalcaligenes, Pseudomonas putrefaciens, Stenotrophomonas maltophila) e as Vibrionaceae (Vibrio parahaemoliticus). A presença destas espécies indica a forte influência e contaminação de efluentes de origem principalmente doméstica.

Foram encontradas 6 espécies de Vibrionaceae, entretanto a espécie Vibrio cholerae, causadora da doença cólera, não foi identificada nesses estudos. Isto não significa que esta espécie não esteja presente. As condições favoráveis à sua presença existem na baía de Sepetiba, porém, os métodos utilizados não foram específicos para a detecção desta espécie e de seus sorotipos, o que freqüentemente ocorre. Além destas, espécies do gênero Moraxella (também presente neste levantamento) são conhecidas como parasitas do homem e outros animais de sangue quente.

Leveduras

Como algumas espécies citadas tiveram seus nomes específicos ou até mesmo genéricos altera- dos, o levantamento realizado considerou os nomes atualmente aceitos. Portanto, não serão en- contradas nas referências originais as espécies Issatchenkia orientalis, Pichia anomala, Pichia guilliermondii, Pichia jadinii e Pichia quercuum que correspondem à Candida quercuum, Candida krusei, Hansenula anomala, Candida guilliermondii e Hansenula jadinii, respectivamente.

Informações sobre leveduras referem-se a amostras coletadas nos anos de 1983-84 e 1991- 92 (6, 7, 8, 9, 10, 11). Assim como as bactérias, a maioria das leveduras foi isolada e identificada nas amostras de sedimento devido ao esforço amostral ter sido maior neste compartimento do que na água. Dentre as leveduras, a maioria das espécies encontradas pertence ao gênero Candida, que inclui várias espécies patogênicas oportunistas e geral- mente encontradas tanto nos ambientes aquáticos como terrestres. O gênero Cryptococcus também possui espécies patogênicas para o homem. Apenas as espécies Candida krissi e Kluyveromyces aestuarii são tipicamente aquáticas, enquanto as demais apresentam ampla distribuição, sendo encontradas em ambientes terrestres e aquáticos, tanto no solo, na água como associadas a outros organismos (plantas, insetos, camarões).

Protozoários

Dentre os três grupos de microrganismos, os protozoários têm sido os menos estudados, principalmente por dificuldades metodológicas. Foram citados 10 gêneros e 18 espécies coletados e identificados nos trabalhos de Tinoco (1), do IES (2, 3) e de Soares (4). Estes trabalhos não apresentam a localização precisa dos pontos de amostragem, dificultando a análise da distribuição e a identificação de indicadores ambientais entre os protozoários. Entretanto, a presença de espécies do gênero Tintinnopsis entre os ciliados pode indicar a influência da entrada de água doce na baía, pois este gênero também é típico de ecos- sistemas aquáticos continentais. A presença de foraminíferos nos sedimentos recentes in- dica a influência de águas oceânicas, porém, a localização da amostragem não foi definida, o que impede a identificação da extensão dessa influência na baía.

8 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS fico).

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Figura 2.1.

2. MICRORGANISMOS 9 sazonal/espacial Observações

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frascos de vidro (água)

frascos de vidro (água) e tubo PVC (sedimento)

frascos de vidro (água)

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coleta de sedimento

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Tema Abordagem Metodologia/Coletor

zooplâncton quali e quantitativo

vibrio quali e quantitativo

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

Localização (quadrículas)*

G13, H11, H12, H13, I11, I12 H12, H13, I11, G13, H11,

Microrganismos

e os

1969 ciliados qualitativo sem localização

1973 ciliados quali e quantitativo

1974 - 1976 B14, C14, D13, E13, F13

1981 - 1982 C14, C16, C17, D13, D14, D16, 1981 - 1982 H26, H29 bactérias quali e quantitativo

1983 - 1984 e leveduras e tubo PVC (sedimento)

1981 - 1982 H26, H29 leveduras quali e quantitativo

o dos estudos sobr

çã

. 1981 - 1982 H26, H29 bactérias quali e quantitativo

(1997) 1991 - 1992 B16 leveduras quali e quantitativo

et al.

et al

. Rela

et al.

* Figura 1.2

Tabela 2.1 Tabela

Fontes Períodos da coleta

[2] IES (não publicado)

[1] Tinoco (1965)Tinoco [1] anos 60 bentônicos foraminíferos qualitativo sem localização [3] IES (não publicado)

[4] Soares (1977)

[5] Rodrigues & Hofer (1986)[6] Pagnocca (1987) 1983 - 1984 D17, E14, E16, E17, F14, G12,

[7] Pagnocca (1989) 1983 - 1984

[8] Pagnocca

(1991) 1983 - 1984

[9] Soares (1994) 1991 - 1992 B16 leveduras quali e quantitativo

[10] Araújo (1994)[10] 1991 - 1992 B16 leveduras quali e quantitativo

[11] Soares [11]

10 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Microrganismos

1. Tinoco, I.M. (1965). Contribuição a sedimentologia e 7. Pagnocca, F.C., Mendonça-Hagler, L.C., Hagler, A.N. microfauna da Baía de Sepetiba (Estado do Rio de Janei- (1989). Yeast associated with white shrimp Penaeus ro). Inst. Oceanogr. Univ. Fed. Pe., 7(8): 123-136. schmitti, sediment, and water of sepetiba bay, Rio de Janei- ro, Brasil. Yeast, 5: 479-483. 2. IES - Instituto de Engenharia Sanitária (1969). Fichas de contagem. 8. Pagnocca, F.C., Mendonça-Hagler, L.C., Hagler, A.N. (1991). Heterotrophic bacteria associated with the shrimp 3. IES - Instituto de Engenharia Sanitária (1973). Fichas de Penaeus schmitti, sediment and water of Sepetiba bay, Rio contagem. de Janeiro, Brasil. Rev. Microbiol., 22(3): 247-252. 4. Soares, L. de O. (1977). Contribuição para o estudo do 9. Araújo, F.V.d. (1994). Comunidades de leveduras associa- Plâncton Marinho da Baía de Sepetiba, Estado do Rio de das a carangueijos e sedimentos no manguezal de Coroa Janeiro – Brasil, no período de 09/11/74 a 12/12/76, com Grande, Baía de Sepetiba, RJ. Dissertação de Mestrado, Cálculo do Bio-Índice e Índice de Diversidade (Indicado- Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Ja- res de Poluição). FEEMA. 23 pp. neiro. 92 pp. 5. Rodrigues, D.d.P. & Hofer, E. (1986). Vibrio species from 10. Soares, C.A.G. (1994). Comunidades de leveduras associ- the water-oyster ecossystem of Sepetiba bay in Rio de Ja- adas a bivalves de manguezal de Coroa Grande - Baía de neiro state, Brazil. Rev. Microbiol., 17(4): 332-338. Sepetiba, RJ. Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 180 pp. 6. Pagnocca, F.C. (1987). Microbiota associada ao camarão- branco (Penaeus schmitti), água e sedimento da Baía de 11. Soares, C.A.G., Maury, M., Pagnocca, F.C., Araújo, F.V., Sepetiba, Rio de Janeiro. Tese de Doutoramento, Instituto Mendonça-Hagler, L.C., Hagler, A.N. (1997). Ascomycetous de Microbiologia Prof. Paulo de Góes, Universidade Fede- yeast from tropical intertidal dark mud of southeast Braziliam ral do Rio de Janeiro. 241 pp. estuaries. J. Gen. Appl. Microbiol., 43: 265-272.

ANEXO 2.1 Microrganismos: lista de espécies

DOMÍNIO BACTERIA Ordem Enterobacteriales Filo Proteobacteria Família Enterobacteriaceae Classe Betaproteobacteria Enterobacter agglomerans Ewing & Fife 1972 Ordem Burkholderiales Enterobacter cloacae Jordan 1980 Família Burkholderiaceae Citrobacter freundii Braak 1928 Burkholderia cepacia Palleroni & Holmes 1981 Escherichia coli Migula 1895 Classe Gammaproteobacteria Klebsiella pneumoniae Schroeter 1886 Ordem Xanthomonadales Klebsiella pneumoniae ozaenae Abel 1893 Família Xanthomonadaceae Providencia alcalifaciens de Salles Gomes 1944 Stenotrophomonas maltophila Hugh 1981 Ordem Pseudomonadales Filo Actinobacteria Família Pseudomonadaceae Classe Actinobactetia Pseudomonas aeruginosa Schroeter 1872 Subclasse Actinobacteridae Pseudomonas diminuta Leifson & Hugh 1954 Ordem Actinomycetales Pseudomonas pseudoalcaligenes Stanier 1966 Subordem Actinomycineae Ordem Alteromonadales Família Actinomycetaceae Família Alteromonadaceae Actinomyces neuii anitratus Funke et al. 1994 Shewanella putrefaciens Lee et al. 1981 Família Moraxellaceae DOMÍNIO EUKARIA Moraxella phenylpyruvica Bøvre & Henriksen 1967 Filo Ascomycota Ordem Vibrionales Subfilo Saccharomycotina Família Vibrionaceae Classe Saccharomycetes Vibrio alginolyticus Sakazaki 1968 Ordem Saccharomycetales Vibrio fluvialis Lee et al. 1981 Família Saccharomycetaceae Vibrio harveyi Johnson & Shunk 1936 Debaryomyces hansenii Lodder & Kreger-Van Rij Vibrio parahaemolyticus Sakazaki et al. 1963 Debaryomyces vanrijiae van der Walt & Vibrio vulnificus Reichelt et al. 1979 Tscheuschner Photobacterium damselae Love et al. 1982 Issatchenkia orientalis Kudryavtsev

2. MICRORGANISMOS 11 Kluyveromyces aestuarii van der Walt Filo Ciliophora Pichia anomala Kurtzman Classe Oligotrichea Pichia guilliermondii Wickerham Ordem Tintinnida Pichia jadinii Kurtzman Família Codonellidae Pichia membranifaciens Hansen Tintinnopsis bütsehli Daday Pichia quercuum Phaff & Knapp Tintinnopsis nana Lohmann Pichia spartinae Ahearn, Yarrow & Meyers Tintinnopsis radix Imhof Saccharomyces cerevisiae Hansen Família Tintinnidae Williopsis saturnus subsufficiens Kurtzman Eutintinnus lusus-undae Entz Williopsis saturnus Zender Família Coxliellidae Família Saccharomycodaceae Coxliella anulata Daday Kloeckera apiculata Janke Família Candidaceae Candida atmosphaerica Santa Maria Candida boidinii Ramírez Candida dendronema van der Walt, Klift & Scott Candida diddensiae Meyer & Ahearn Meyer Candida fennica Meyer & Ahearn Candida glabrata Anderson, Meyer & Yarrow Candida intermedia Langeron & Guerra Candida krissii Goto & Iizuka Candida kruisii Meyer & Yarrow Candida parapsilosis Langeron & Talice Candida pseudointermedia Nakase, Komag. & Fukaz. Candida silvae Vidal-Leiria & Van Uden Candida silvanorum van der Walt, Klift & Scott Candida sorbophila Meyer & Yarrow Candida sorbosa Hedrick, Burke, Van Uden, Buckley Candida tropicalis Berkhout Candida valida Van Uden & Buckley Candida vinaria Chara et al.

Filo Deuteromycota (Formas Assexuadas) Classe Deuteromycetes Subclasse Blastomycetidae Ordem Crytococcales Família Cryptococcaceae Cryptococcus albidus Skinner Rhodotorula glutinis Harrison Rhodotorula graminis di Menna Rhodotorula rubra Codder

Filo Sarcomastigophora Subfilo Sarcodina Superclasse Rhizopoda Classe Granuloreticulosea Ordem Foraminifera Família Lagenidae Lagena digitale Lagena sulcata Walker & Jacob Lagena sulcata interrupta Williamson Família Buliminidae Bulimina marginata d’Orbigny Bolivina robusta Brady Bolivina striatula Cushman Família Elphidiidae Nonionella atlantica Cushman Elphidium excavatum Terquem Elphidium discoidale d’Orbigny Elphidium galvestonense Kornfeld Família Rotaliidae Ammonia beccarii Linne Ammonia pauciolata Família Turrilinidae Buliminella elegantissima d’Orbigny

12 BIOTA DA ÁREA SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DE SEPETIBA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: LEVANTAMENTO DE DADOS PRETÉRITOS 3. Fitoplâncton

Denise Rivera Tenenbaum (Instituto de Biologia, UFRJ) Marcelo Manzi Marinho (UERJ) Gisele Gômara (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente) Simone de Castro Viana (Instituto de Biologia, UFRJ) Maria Matos (Instituto de Biologia, UFRJ)

As informações a respeito do fitoplâncton da baía de Sepetiba podem ser avaliadas segundo 3 etapas (Tabela 3.1), conforme estudos que apresentaram objetivos, esforço amostral e área de abrangência distintos (Tabela 3.3).

Tabela 3.1. Evolução temporal dos dados de fitoplâncton da baía de Sepetiba, por referência citada. 3Etapas 1 2 3 Autores / Anos 45 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 90 93 94 95 96 97 98 99 00 Oliveira IES FEEMA Soares Andrade Planave Multiservice Oliveira&Azevedo Sampling Tenenbaum et al. Oliveira et al. Magalhães et al.

Relação das referências: Oliveira (1), IES (2), FEEMA (3), Soares (4), Andrade 1993 (5), Planave (6 a 14), Multiservice 1990/ 1997 (15,16), Oliveira & Azevedo (17), Sampling (19-22), Tenenbaum et al. (23), Oliveira et al. (24), Magalhães et al. (25).

Historicamente, a primeira referência sobre o fitoplâncton da baía de Sepetiba data de 1945, com o trabalho pioneiro de Oliveira (1), proveniente de arrastos próximos à Ilha Guaíba.

Como parte de um Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas do Estado do Rio de Janeiro, o Instituto de Engenharia Sanitária (IES), posteriormente Fundação Esta- dual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA, RJ), iniciou, no final dos anos 60 e durante as décadas de 70 e 80, um estudo sobre a variação espacial e temporal do plâncton da baía de Sepetiba. Através de coletas de garrafa (excetuando 1969) e de rede foram avaliadas a densidade celular e a composição do fitoplâncton. O monitoramento foi inter- rompido em 1983, sendo que amostragens descontinuadas foram realizadas entre 1997 e 1999 (2, 3). No entanto, os resultados dessa importante série histórica de dados encon- tram-se sob forma de fichas de contagem e relatórios técnicos descritivos, apresentando, muitas vezes, apenas o registro de ocorrência de alguns gêneros, sem informações em nível específico, especialmente em relação às cianobactérias, clorofíceas e organismos flagelados nanoplanctônicos (< 20µm). Além disso, as fichas de contagem e/ou relatóri- os não apresentam a localização geográfica precisa das estações de coleta.

2. MICRORGANISMOS 13 O primeiro inventário efetivamente publicado foi estabelecido por Soares (4), através de uma publicação avulsa. O autor, a partir de coletas efetuadas próximas à Ilha de Jaguanum, realizou um estudo qualitativo do fitoplâncton que serviu de base para a elaboração de cálculos de índi- ces biológicos e de diversidade como indicadores de poluição.

A partir da década de 90, intensificaram-se os estudos ambientais em função da ampliação do Porto de Sepetiba e da natural expansão urbana e industrial da região. Os estudos do fitoplâncton, sob a aborgagem quali-quantitativa, atingem uma nova etapa de investiga- ção. Através de estudos de monitoramento da água, como parte integrante da caracteriza- ção do meio biótico, a comunidade fitoplanctônica foi avaliada frente aos impactos ambi- entais relativos aos projetos do pólo petroquímico (15), da dragagem do canal de acesso ao Porto de Sepetiba (16) e da instalação da empresa Minerações Brasileiras Reunidas S.A. (MBR) na Ilha Guaíba (6-14, 19-22).

Em 1997, o Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental da Bacia da baía de Sepetiba (18) realizou uma compilação de trabalhos anteriores com comentários gerais sobre ocorrência, habitat e hábito das espécies inventariadas, sem, contudo, efetuar nenhum trabalho de campo.

Além dos monitoramentos da FEEMA e dos estudos de impacto ambiental, dois outros traba- lhos apresentaram, indiretamente, informações relativas ao fitoplâncton da baía de Sepetiba. O estudo sobre a toxicidade e acúmulo de zinco na diatomácea Cylindrotheca closterium (então Nitzschia closterium), efetuado por Andrade (5), apresentou uma abordagem qualitativa das principais classes taxonômicas coletadas no saco da Coroa Grande em novembro de 1989, ja- neiro, junho e dezembro de 1990. No entanto, não há uma localização precisa da estação de amostragem. A floração de uma rafidofícea, Chattonella cf. subsalsa, registrada em fevereiro de 1998, foi avaliada por Tenenbaum et al. (23), a partir da análise da comunidade fitoplanctônica em dois pontos de coleta no interior da baía de Sepetiba.

Tabela 3.2. Relação das classes de fitoplâncton da baía de Sepetiba identificadas em nível genérico e específico.

Genérico Específico Cianofícea x x Clorofícea x x Crisofícea x Criptofícea x Diatomofícea (diatomácea) x x Dinofícea (dinoflagelado) x x Prasinofícea x Primnesiofícea (cocolitoforídeo) x Rafidofícea x x Dictyochofícea (silicoflagelado) x x Zignematofícea x x

Apesar da quantidade de informação disponível, a estrutura da comunidade fitoplanctônica da baía de Sepetiba ainda encontra-se longe de uma compreensão, seja pelas lacunas de conhecimento em várias classes de algas (Tabela 3.2) e/ou pela heterogeneidade de distri- buição dos pontos de coleta. A distribuição da riqueza de espécies (Figura 3.1) evidenciou que apenas 10% da região definida como área sob influência do porto apresentou registros sobre o fitoplâncton. Entretanto, a situação sumarizada em um mapa único reflete uma

14 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos primeira aproximação baseada em estudos efetuados em várias épocas do ano, com esfor- ços amostrais distintos. Associado a este fato, a inexistência da localização precisa dos pontos de amostragem em alguns trabalhos dificulta a análise real da distribuição e da biodiversidade fitoplanctônica.

Em função dos objetivos deste estudo, de caráter eminentemente qualitativo, foram incluídos somente os táxons citados em nível específico (Anexo 3.1). Deste modo, registramos, em uma série histórica de 25 anos, um total de 271 táxons distribuídos em cianofíceas (4), clorofíceas (15), diatomáceas (160), dinoflagelados (87), euglenofíceas (2), rafidofícea (1), silicoflagelados (1) e zignematofícea (1).

Analisando a lista de espécies, podemos constatar a predominância do microfitoplâncton, organismos superiores a 20 µm, influenciada principalmente pelas metodologias utilizadas (Tabela 3.3). Os organismos nanoplanctônicos, principalmente os flagelados, necessitam ser avaliados de maneira diferenciada em função de sua faixa dimensional e preferencialmente vivos, devido a alterações morfológicas provocadas pela fixação da amostra. Deste modo, organismos representantes das classes rafidofíceas, criptofíceas, crisofíceas e prasinofíceas não foram incluídos na listagem, pois foram identificados apenas em nível genérico devido à inadequação das metodologias utilizadas. A mesma consideração aplica-se às cianofíceas (cianobactérias) e clorofíceas, com cerca de 8 e 13 táxons, respectivamente.

As características ambientais da baía de Sepetiba têm favorecido ao longo dos anos o apa- recimento de florações de microalgas consideradas potencialmente tóxicas e/ ou nocivas para o homem e/ou a biota. Oliveira et al. (24), monitorando a comunidade fitoplanctônica quanto à ocorrência dessa florações, destacaram três classes principais: diatomáceas, dinoflagelados e cianofíceas (cianobactérias). Dentre as diatomáceas, destacaram-se os gê- neros Skeletonema e Chaetoceros, que, em concentrações acima de 106 cel. L-1, são consi- derados nocivos, em virtude de obliterarem o sistema respiratório de peixes e demais ani- mais de respiração branquial. Destacou-se, também, o gênero Pseudo-nitzschia, registrado em vários estudos, com cerca de cinco táxons que requerem confirmação em nível de espé- cie, os quais, portanto, não foram incluídos na listagem. Além desses, também foram ob- servadas várias espécies de dinoflagelados dos gêneros Dinophysis, Prorocentrum, Gymnodinium e Ceratium, assim como a rafidofícea Chattonella cf. subsalsa, gêneros es- tes que incluem espécies potencialmente produtoras de toxinas.

Cianobactérias picoplanctônicas e nanoplanctônicas produtoras de microcistinas (hepatotoxinas) já foram identificadas em estudos de bioacumulação em pescados da baía de Sepetiba (25). Também podemos destacar, dentre as cianobactérias, o registro dos gêneros Anabaena, Microcystis e Trichodesmium que não foram identificados em nível específico. Além dessas, Oliveira & Azevedo (17) apresentaram uma cepa de Synechocystis aquatilis f.salina já confir- mada como produtora de hepatotoxina em cultivo misto com Monorraphidium convolutum.

3. FITOPLÂNCTON 15 o identificadas

ã

cies que foram individualizadas, mesmo que n

é

a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

na ba

ncton

â

Fitopl

cies de

é

fico).

í

o da riqueza de esp

çã

vel espec

í

Distribui

em n

Figura 3.1.

16 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos vel

í

ba

í

o localizados:

ã

ilha Gua

rio

à

ó

o tem amostra de rede

ã

odo nov/ 89, jan, jun e dez de 90)

í

ximos

o localizados: sp-06, sp-20, sp-35,

ó

o de dados

ã

o localizados: dez1998, coletas mensais

o localizados: jan a julho 1999, coletas

ã

ã

çã

gicos.

ó

- 1969 sem abordagem quantitativa

1 a 14, G, CG, Mq, Ita e bs)

sp-38,bs-21,bs-23,bs-28, bs-29, bs-33,bs-35

de grupo (per

compila

4 pontos,

mensais

garrafa - 1997 a 1999 n

garrafa - pontos de coleta n

garrafa

garrafa

garrafa

garrafa

o e aspectos metodol

çã

qualitativa rede arrastos pr

Abordagem Metodologia/ Observações

quali e quantitativa

quali e quantitativa

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

ncton

â

E09, E14, E17, E18, E21, F18,

F21, F24, F26, H31, I20

Fitopl

o

e o

çã

da coleta Coletor 1945 J1, I2, H3, G4, G5, G6, G7

1969-1975 quali e quantitativa

1975 - 1983 B20, C17, C19, C22, D23,

1994-1996 G5, G6, G7 qualitativa garrafa

1990 B17, B20, C17, C19, C22, D23,

1997 C18, D16 quali e quantitativa

1997 quali e quantitativa 1998 G5, G6, G7 quali e quantitativa

o dos estudos sobr

(1998) 1998 F28, G18 quali e quantitativa

çã

. (1999) 1999 qualitativa pontos n

. (1999) 1998 qualitativa garrafa pontos n

et al.

et al

Rela

et al

es

ã

* Figura 1.2

Tabela 3.3. Tabela Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

[1] Oliveira (1946)

[2] IES (1969 a 1975)

[3] FEEMA (1975-1983) (1990) 1990 F26 - pontos n

(1997-1999) 1997 - 1999

[4] Soares (1977) 1977 D14, E13, F13 qualitativa rede

[5] Andrade (1993)[5] 1993 qualitativa garrafa Coroa Grande: abordagem qualitativa em n

[6-14] Planave (1994 a 1996)

[15] Multiservice (1990)

[16] Multiservice (1997)

[17] Oliveira & Azevedo[17] Oliveira & sem qualitativa cultivo em laborat (1996) informa

[18] Secr. Estado do Meio [18] Secr.

Ambiente (1997) [19-22] Sampling (1998)

[23] Tenenbaum [23] Tenenbaum

[24] Oliveira [25] Magalh

3. FITOPLÂNCTON 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fitoplâncton

1. Oliveira, L. P. de (1946). Estudos sobre o Microplâncton tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- capturado durante a viagem do navio hidrográfico Lahmeyer ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-025) nas baías de Ilha Grande e Sepetiba. Mem. Inst. Osw. Cruz., 14. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha (44):3 441-488. Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1996. Rela- 2. IES - Instituto de Engenharia Sanitária da Secretaria de tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, Obras Públicas (SURSAN). Planilhas de contagem e iden- para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-022) tificação de amostras de fitoplâncton coletadas em diver- 15. Multiservice (1990). Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro. sos pontos na Baía de Sepetiba em 1969-1975. EIA. Vol. III - Caracterização do Meio Biótico. Rio de Ja- 3. FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Am- neiro. 162p. biente do Rio de Janeiro. Planilhas de contagem e identifi- 16. Multiservice (1997). Projeto de Dragagem do Canal de aces- cação de amostras de fitoplâncton coletadas em diversos so ao Porto de Sepetiba - RJ. Companhia Docas do Rio de pontos na Baía de Sepetiba em 1975 – 1983, 1990 e 1997 – Janeiro. EIA. Rio de Janeiro. 129p. 1999. Dados não publicados. 17. Oliveira, A. C. P. & Azevedo, S. M. F. O. (1996). Produção 4. Soares, L. O.S. (1977). Contribuição para o estudo do de hepatotoxinas por Synechocystis aquatilis f. aquatilis plâncton marinho da baía de Sepetiba, Estado do Rio de em cultivo misto com Monorraphidium convolutum. IV Janeiro – Brasil no período de 9/11/74 a 12/12/76, com cál- Congresso Latino-Americano de Ficologia. Caxambu, MG, culo do bio-índice e índice de diversidade (indicadores de Brasil. pg.137. poluição). Publ. Avulsa, 23p. 18. Secretaria de Estado do Meio Ambiente (1997). Caracteri- 5. Andrade, L. P. (1993). Toxicidade e acúmulo de zinco na zação e Diagnóstico das Comunidades Bióticas Marinhas microalga marinha Nitzschia closterium (Bacilariófita), Dis- da Baía de Sepetiba. In: Macroplano de Gestão e Sanea- sertação de Mestrado, Instituto de Biofísica Carlos Chagas mento Ambiental da Bacia da Baía de Sepetiba. Relatório Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Ja- R-5, Tomo I, Volume III. Rio de Janeiro: SEMA. neiro, pp. 106. 19. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água 6. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1995. Re- Guaíba. Relatório parcial, março de 1998 [páginas não nu- latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- meradas]. ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-004) 20. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água 7. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Guaíba, serviços complementares IV, março de 1995. Re- Guaíba. Relatório parcial, abril de 1998 [páginas não nu- latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- meradas]. ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-007) 21. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água 8. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Guaíba, serviços complementares IV, junho de 1995. Rela- Guaíba. Relatório parcial, junho de 1998 [páginas não nu- tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- meradas]. ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-010) 22. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água 9. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Guaíba, serviços complementares IV, outubro de 1995. Re- Guaíba. Relatório parcial, dezembro de 1998 [páginas não latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- numeradas]. ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-017) 23. Tenenbaum, D.R; Villac, M.C. Menezes, M. & Gômara, 10. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha G. A. (1998). Floração de Rafidofícea na Baía de Sepetiba, Guaíba, serviços complementares IV, dezembro de 1995. Rio de Janeiro, Brasil. 5o Encontro Brasileiro de Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- Ecotoxicologia e 1o Colóquio Brasileiro de Algas Noci- nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-019) vas, Itajaí, SC, Brasil. pg.70. 11. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha 24. Oliveira, A. C. P. ; Costa, S. M. ; Marinho, M. M. ; Maga- Guaíba, serviços complementares V, outubro de 1996. Re- lhães, V. F. Domingos, P. ; Azevedo, S. M. F. O. (1999). latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- Ocorrência de espécies de microalgas tóxicas e/ou nocivas ria para a MBR (relatório n°1.96.074-RL-200-710-003). na comunidade fitoplanctônica da Baía de Sepetiba. VII Reunião Brasileira de Ficologia, Porto de Galinhas, Pe, Bra- 12. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha sil. pg.164. Guaíba, serviços complementares IV, maio de 1996. Rela- tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- 25. Magalhães, V. F.; Oliveira, A. C.; Marinho, M. M.; Domingos, ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-028). P. ; Costa, S. M., Azevedo, S. M. F. O. (1999). Bioacumulação de microcistinas (hepatotoxinas de cianobactérias) em pescado 13. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha da Baía de Sepetiba. VII Reunião Brasileira de Ficologia, Porto Guaíba, serviços complementares IV, abril de 1996. Rela- de Galinhas, Pe, Brasil. pg.166.

18 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos ANEXO 3.1. Fitoplâncton: lista de espécies

DIVISÃO BACILLARIOPHYTA Ordem Asterolamprales Classe Coscinodiscophyceae Família Asterolampraceae Subclasse Thalassiosirophycidae Asteromphalus flabellatus (Brébisson) Greville Ordem Thalassiosirales Subclasse Biddulphiophycidae Família Thalassiosiraceae Ordem Triceratiales Thalassiosira auguste-lineata (A. Schmidt) Família Triceratiaceae G. Fryxell & Hasle Odontella aurita (Lyngbye) Agardh Thalassiosira decipiens (Grunow) Jörgensen Odontella longicruris (Greville) Hoban Thalassiosira eccentrica (Ehrenberg) Cleve Odontella mobiliensis (Bailey) Grunow Thalassiosira leptopus (Grunow) Hasle & G. Fryxell Odontella regia (Schultze) Simonsen Thalassiosira rotula Meunier Odontella sinensis (Greville) Grunow Thalassiosira subtilis (Ostenfeld) Gran Triceratium favus Ehrenberg Família Skeletonemataceae Ordem Biddulphiales Skeletonema costatum (Greville) Cleve Família Biddulphiaceae Detonula pumilla (Castracane) Gran Biddulphia pulchella Gray Família Stephanodiscaceae Biddulphia rhombus Smith Cyclotella striata Kützing Isthmia enervis Ehrenberg Cyclotella stylorum Brightwell Ordem Hemiaulales Família Lauderiaceae Família Hemiaulaceae Lauderia annulata Cleve Hemiaulus indicus Karsten Subclasse Coscinodiscophycidae Hemiaulus hauckii Grunow Ordem Melosirales Hemiaulus membranaceus Cleve Família Melosiraceaea Hemiaulus sinensis Greville Melosira moniliformis (O.F. Müller) Agardh Eucampia cornuta (Cleve) Grunow Melosira nummuloides Agardh Climacodium frauenfeldianum Grunow Melosira varians Agardh Cerataulina pelagica (Cleve) Hendey Família Stephanopyxidaceae Família Streptothecaceae Stephanopyxis palmeriana (Greville) Grunow) Neostreptotheca subindica von Stosch Stephanopyxis turris (Greville & Arnott) Ralfs Helicotheca tamensis (Shrubsole) Ricard Família Hyalodiscaceae Subclasse Lithodesmiophycidae Podosira stelliger (Bailey) Mann Ordem Lithodesmiales Ordem Paraliales Família Lithodesmiaceae Família Paraliaceae Lithodesmium undulatum Ehrenberg Paralia sulcata (Ehrenberg) Cleve Ditylum brightwellii (West) Grunow Ordem Aulacoseirales Subclasse Corethrophycidae Família Aulacoseiraceae Ordem Corethrales Aulacoseira granulata Simonsen Família Corethraceae Aulacoseira italica Simonsen Corethron criophilum Castracane Ordem Coscinodiscales Subclasse Cymatosirophycidae Família Coscinodiscaceae Ordem Cymatosirales Coscinodiscus centralis Ehrenberg Família Cymatosiraceae Coscinodiscus concinnus W. Smith Campylosira cymbelliformis Grunow Coscinodiscus granii Gough Subclasse Rhizosoleniophycidae Coscinodiscus kurzii Grunow Ordem Rhizosoleniales Coscinodiscus marginatus Ehrenberg Família Rhizosoleniaceae Coscinodiscus nitidus Gregory Dactyliosolen antarticus Castracane Coscinodiscus oculusiridis Ehrenberg Dactyliosolen fragilissimus (Bergon) Hasle Coscinodiscus perforatus Ehrenberg Guinardia cylindrus (Cleve) Hasle Coscinodiscus radiatus Ehrenberg Guinardia delicatula (Cleve) Hasle Coscinodiscus wailesii Gran & Angst Guinardia flaccida (Castracane) H. Peragallo Palmeria hardmaniana Greville Guinardia striata (Stolterfoth) Hasle Stellarima stellaris (Roper) Hasle & Sims Proboscia alata (Brightwell) Sundström Família Gossleriellaceae Pseudosolenia calcar-avis (Schultze) Sundström Gossleriella tropica Schütt Rhizosolenia acuminata (H. Peragallo) H. Peragallo Família Hemidiscaceae Rhizosolenia castracanei H. Peragallo Azpeitia nodulifera Fryxell & Sims Rhizosolenia hebetata Bailey Hemidiscus cuneiformis Wallich Rhizosolenia hyalina Ostenfeld Roperia tesselata Grunow ex Pelletan Rhizosolenia imbricata Brigthwell Família Heliopeltaceae Rhizosolenia pungens Cleve-Euler Actinoptychus senarius (Ehrenberg) Ehrenberg Rhizosolenia robusta Norman Actinoptychus vulgaris Schumann Rhizosolenia setigera Brightwell Rhizosolenia styliformis Brightwell

3. FITOPLÂNCTON 19 Subclasse Chaetocerotophycidae Subclasse Bacillariophycidae Ordem Chaetocerotales Ordem Lyrellales Família Chaetocerotaceae Família Lyrellaceae Bacteriastrum delicatulum Cleve Lyrella lyra Ehrenberg Bacteriastrum hyalinum (Lauder) Gran & Yendo Ordem Naviculales Chaetoceros affinis Lauder Família Phaeodactylaceae Chaetoceros brevis Schütt Phaeodactylum tricornutum Bohlin Chaetoceros coarctatus Lauder Família Diploneidaceae Chaetoceros compressus Lauder Diploneis bombus Ehrenberg Chaetoceros contortum Schütt Família Naviculaceae Chaetoceros costatus Pavillard Navicula distans (W. Smith) Ralfs in Pritchard Chaetoceros curvisetus Cleve Navicula lyra Ehrenberg Chaetoceros danicus Cleve Navicula pennata Schmidt Chaetoceros decipiens Cleve Haslea wawrikae (Hustedt) Simonsen Chaetoceros densus Cleve Meuniera membranacea (Cleve) P. C. Silva Chaetoceros didymus var. didymus Ehrenberg Trachneis aspera Ehrenberg Chaetoceros didymus var. protuberans (Lauder) Família Pleurosigmataceae Gran & Yendo Pleurosigma acuminatum Grunow Chaetoceros diversus Cleve Pleurosigma angulatum W. Smith Chaetoceros eibenii (Grunow) Meunier Pleurosigma clevei Grunow Chaetoceros gracillis Schütt Pleurosigma directum Grunow Chaetoceros laciniosus Schütt Pleurosigma elongatum W. Smith Chaetoceros laevis Leuduger & Fortmorel Pleurosigma naviculaceum Brébisson Chaetoceros lauderi Ralfs Pleurosigma normanii Ralfs Chaetoceros lorenzianus Grunow Gyrosigma balticum (Ehrenberg) Cleve Chaetoceros neogracile Van Landingham Gyrosigma fasciola Ehrenberg Chaetoceros pendulus Karsten Família Plagiotropidaceae Chaetoceros peruvianus Brightwell Plagiotropis seriata (Cleve) Kuntze Chaetoceros protuberans Hernández-Becerril Tropidoneis lepidoptera (Gregory) Cleve Chaetoceros pseudocurvisetus Mangin Ordem Thalassiophysales Chaetoceros schimperianum Karsten Família Catenulaceae Chaetoceros teres Cleve Amphora ostrearia Brébisson in Kützing Chaetoceros tetrastichon Cleve Amphiprora alata (Ehrenberg) Kützing Chaetoceros tortissimus Gran Ordem Bacillariales Ordem Leptocylindrales Família Bacillariaceae Família Leptocylindraceae Bacillaria paxillifera (O.F. Müller) Hendey Leptocylindrus danicus Cleve Cylindrotheca closterium (Ehrenberg) Lewin & Leptocylindrus minimus Gran Reimann Fragillariopsis doliolus (Wallich) Medlin & Sims Classe Fragilariophyceae Pseudo-nitzschia pungens Hasle Subclasse Fragilariophycidae Nitzschia angularis W. Smith Ordem Fragilariales Nitzschia bilobata W. Smith Família Fragilariaceae Nitzschia longissima (Brébisson) Grunow Synedra gallonii Ehrenberg Nitzschia lorenziana Grunow Synedra hantzschiana Sournia Nitzschia lorenziana var. subtilis Grunow Synedra tabulata (Agardg) Kützing Nitzschia panduriformis Gregory Ordem Licmophorales Nitzschia sigma (Kützing) W. Smith Família Licmophoraceae Ordem Rhopalodiales Licmophora abbreviata Agardh Família Rhopalodiaceae Licmophora ehrenbergii (Kützing) Gunow Rhopalodia musculus O. Müller Licmophora ehrenbergii var. ovata (W. Smith) Van Heurck Ordem Surirellales Licmophora remulus Gunow Família Entomoneidaceae Ordem Rhaphoneidales Entomoneis alata Ehrenberg Família Rhaphoneidaceae Família Auriculaceae Rhaphoneis amphiceros Ehrenberg Auricula complexa (Gregory) Cleve Delphineis surirella (Ehrenberg) Andrews Família Surirellaceae Ordem Thalassionematales Surirella angusta Kützing Família Thalassionemataceae Surirella fastuosa Ehrenberg Thalassionema frauenfeldii (Grunow) Hallegraeff Thalassionema nitzschioides Grunow DIVISÃO DINOPHYTA Thalassiothrix longissima Cleve & Grunow Classe Dinophyceae Lioloma pacificum (Cupp) Hasle Ordem Prorocentrales Ordem Rhabdonematales Família Prorocentraceae Família Rhabdonemataceae Prorocentrum balticum (Lohmann) Loeblich III Rhabdonema arcuatum Kützing Prorocentrum compressum (Bailey) Abé Prorocentrum gracile Schütt

20 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Prorocentrum micans Ehrenberg Família Pyrophacaceae Prorocentrum rostratum Stein Pyrophacus horologium Stein Prorocentrum rotundatum Schiller Pyrophacus steinii (Schiller) Wall & Dale Prorocentrum triestinum Schiller Ordem Peridiniales Exuviella lima (Ehrenberg) Dodge Família Calciodinellaceae Ordem Dinophysiales Scrippsiella trochoidea (Stein) Balech Família Dinophysiaceae Família Kolkwitziellaceae Dinophysis ovum Schütt Diplopsalis lenticula Bergh Dinophysis argus (Stein) Abé Diplopsalis ovata (Abé) Dodge & S. Toriumi Dinophysis caudata Saville-Kent Família Peridiniaceae Dinophysis fortii Pavillard Heterocapsa niei (Loeblich) Morrill & Loeblich III Dinophysis acuminata Claparède & Lachman Podolampas bipes Stein Dinophysis tripos Gourret Podolampas palmipes Stein Ornithocercus magnificus Stein Podolampas elegans Schütt Família Oxyphysaceae Família Protoperidiniaceae Oxyphysis oxytoxoides Kofoid Protoperidinium brevipes (Paulsen) Balech Ordem Gymnodiniales Protoperidinium brochi Balech Família Gymnodiniaceae Protoperidinium cassum Balech Gymnodinium splendens Lebour Protoperidinium claudicans (Paulsen) Balech Pseliodinium vaubanii Sournia Protoperidinium conicum (Gran) Balech Ordem Noctilucales Protoperidinium depressum (Bailey) Balech Família Noctilucaceae Protoperidinium divergens (Ehrenberg) Balech Noctiluca scintillans (Macartney) Kofoid & Swezy Protoperidinium elegans (Cleve) Balech Pronoctiluca pelagica Fabre-Domergue Protoperidinium grande (Kofoid) Balech Ordem Gonyaulacales Protoperidinium granii (Ostenf.) Balech Família Ceratiaceae Protoperidinium latissimum (Kofoid) Balech Ceratium breve (Ostenfeld & Schmidt) Schröder Protoperidinium nipponicum Abé Ceratium contortum (Gourret) Cleve Protoperidinium oblongum (Aurivillius) Parke & Dodge Ceratium euacuartum Jörgensen Protoperidinium obtusum (Karsten) Balech Ceratium falcatum (Kofoid) Jörgensen Protoperidinium oceanicum (VanHöffen) Balech Ceratium furca (Ehrenberg) Claparède & Lachmann Protoperidinium ovum Schiller Ceratium fusus (Ehrenberg) Dujardin Protoperidinium pellucidum Bergh Ceratium fusus var. seta (Ehrenberg) Schiller Protoperidinium pyriforme (Paulsen) Balech Ceratium hexacanthum Gourret Protoperidinium solitarium (Abé) Balech Ceratium hircus Schröder Protoperidinium sphaericum Okama Ceratium horridum (Cleve) Gran Protoperidinium steinii (Jörgensen) Balech Ceratium humile Jörgensen Protoperidinium tuba Achiller Ceratium incisum (Karsten) Jörgensen Protoperidinium venustum Balech Ceratium inflatum (Kofoid) Jörgensen Protoperidinum leonis (Pavillard) Balech Ceratium lineatum (Ehrenberg) Cleve Zygabikodinium minor Pavillard Ceratium longirostrum Gourret Ceratium macroceros (Ehrenberg) Cleve DIVISÃO CHROMOPHYTA Ceratium massiliense (Gourret) Jörgensen Classe Raphidophyceae Ceratium minutum Jörgensen Ordem Raphidomonadales Ceratium paradoxides Cleve Família Vacuolariaceae Ceratium symmetricum Pavillard Chatonella subsalsa Biecheler Ceratium symmetricum var. coarctatum (Pavillard) Graham & Bron Classe Dictyochophyceae Ceratium trichoceros (Ehrenberg) Kofoid Ordem Dictyochales Ceratium tripos (O.F.Müller) Nitzsch Família Dictyochaeae Família Ceratocoryaceae Dictyocha fibula Ehrenberg Ceratocorys armata (Schütt) Kofoid Família Gonyaulacaceae DIVISÃO CYANOPHYTA Gonyaulax digitalis (Pouchet) Kofoid Classe Cyanophyceae Gonyaulax hyalina Ostenfeld & Schimdt Ordem Chroococcales Gonyaulax kofoidii Pavillard Família Merismopediaceae Gonyaulax polygramma Stein Merismopedia glauca (Ehrenberg) Nägeli Gonyaulax spinifera (Claraparède & Lachmann) Diesing Synechocystis pervalekii Ercegovic Família Oxytoxaceae Ordem Oscillatoriales Oxytoxum laticeps Schiller Família Pseudanabaenaceae Oxytoxum sceptrum (Stein) Schröder Pseudoanabaena limnetica (Lemmermann) Komárek Oxytoxum scolopax Stein Planktolyngbya fragilis (Gomont) Anagnostidis & Komárek Família Pyrocystaceae Pyrocystis obtusa Pavillard Pyrocystis robusta Kofoid

3. FITOPLÂNCTON 21 DIVISÃO CHLOROPHYTA Classe Euglenophyceae Ordem Eutreptiales Família Eutreptiaceae Eutreptia lanowi Steur Eutreptiella marina Cunha

Classe Chlorophyceae Ordem Chlorococcales Família Chlorellaceae Closteriopsis longissima (Lemmermann) Lemmermann Monoraphidium convolutum (Corda) Komárková-Legnerová Monoraphidium contortum (Thuret) Komárková-Legnerová Família Scenesdemaceae Crucigenia tetrapedia (Kirchner) Weste & West Crucigeniella apiculata (Lemmermann) Komárek Scenedesmus acuminatus (Lagerheim) Chodat Scenedesmus obtusus Meyen f. alternans (Reinsch) Compère Scenedesmus bicaudatus Dedusenko Scenedesmus ellipticus Corda Scenedesmus westii (G.M. Smith) Chodat Scenedesmus obliquus (Turpin) Kuetzing var. dimorphus (Turpin) Hansgirg Tetrastum heteracanthum (Nordstedt) Chodat Família Oocystaceae Oocystis lacustris Chodat Família Hydrodictyaceae Pediastrum duplex Meyen Pediastrum tetras (Ehrenberg) Ralfs

Classe Zygnemaphyceae Ordem Desmidiales Família Desmidiaceae Staurastrum leptocladum Nordstedt

22 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 4. Zooplâncton

Sérgio Bonecker (Instituto de Biologia, UFRJ) Lohengrin Fernandes (Instituto de Biologia, UFRJ)

A primeira referência que se tem sobre o zooplâncton na área data de meados do século XX, precisa- mente em outubro de 1945, quando Oliveira, a bordo do Navio Hidrográfico Lahmeyer, realizou estudos sobre o microplâncton na região das baías de Sepetiba e Ilha Grande (1). Nesse trabalho, foi assinalada a presença de larvas de Crripedia e de Decapoda, e foram descritas novas espécies de Copepoda, algumas das quais consideradas sinônimas posteriormente. Os aspectos quantitativos abordados sustentam apenas a predominância desses três grupos nas águas da baía de Sepetiba. 4Cerca de 25 anos após, entre 1969 e 1973, foram realizadas coletas de zooplâncton em vários pontos na baía de Sepetiba. Há poucas informações disponíveis sobre as áreas de coleta e sobre a metodologia empregada. As amostras foram analisadas nos laboratórios do então Instituto de Engenharia Sanitária (IES), posteriormente Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambi- ente (FEEMA, RJ), e os resultados obtidos encontram-se descritos em relatório interno e fichas de plotagem de dados não publicados.

Nos anos de 1970 e 1971, amostras de zooplâncton foram coletadas em três pontos no interior da baía de Sepetiba. A partir dessas amostras, Navas-Pereira identificou as hidromedusas coletadas, destacando 15 espécies (3).

Nos anos de 1974 a 1976, foi realizado um estudo mensal sobre a composição e a diversidade do microplâncton da baía de Sepetiba com intenção de avaliar o grau de deterioração de suas águas (4). As amostras foram coletadas em arrastos superficiais ao longo de um transecto entre Itacuruçá e a Ilha de Sororoca. Nesse trabalho, foram assinaladas espécies de tintinídeos, crus- táceos e quetognatos, além de larvas de alguns grupos meroplanctônicos.

Em 1980, foi realizada a Comissão Oceanográfica Rio de Janeiro II, no litoral sul do Estado. Apenas uma estação fixa foi estabelecida dentro dos limites da baía de Sepetiba, especificamen- te na região entre a ponta da Marambaia e a Ilha Grande. A partir da análise do zooplâncton coletado nessa estação, Fernandes & Bonecker (5) destacaram a presença dos grupos meroplanctônicos – larvas de poliquetos, larvas de eufausiáceos, larvas de equinodermatos, larvas de decápodes, larvas de cirrípedes – e holoplanctônicos, como hidromedusas, copépodes, cladóceros, misidáceos, anfípodos, quetognatos e apendiculárias.

Dez anos após, em 1990, foi realizado o estudo de impacto ambiental para o projeto de estabe- lecimento do “Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro”. Foram realizadas quatro campanhas de coleta em doze pontos no interior da baía de Sepetiba. Os resultados publicados em PETRORIO (6) e por Coelho-Botelho et al. (7) apresentaram dados de densidade de várias espécies zooplanctônicas, principalmente dos grupos Copepoda, Cladocera, Appendicularia, Chaetognatha e Decapoda. Esse estudo contemplou aspectos da variação espacial e temporal desses grupos ao longo dos três meses de coleta e pode ser considerado o trabalho mais completo sobre a compo- sição do zooplâncton da região.

Em 1991, foi realizado um estudo multidisciplinar coordenado pela Universidade do Esta- do do Rio de Janeiro para monitorar a área de influência do Terminal Marítimo da Baía da

4. ZOOPLÂNCTON 23 Ilha Grande – “TEBIG”. Cinco pontos de coleta de zooplâncton foram definidos ao redor da Ilha Grande, dois dos quais dentro da área de relevância no contexto do presente estudo. Bonecker et al. (8) citaram 17 espécies zooplanctônicas em 12 grupos taxonômicos. Den- tro da abordagem quantitativa desse estudo, foram destacadas as densidades de cada grupo taxonômico separadamente e da comunidade zooplanctônica como um todo.

Entre os anos de 1994 e 1996, foi desenvolvido um estudo na região de influência do Terminal de Minério da Ilha Guaíba para caracterização do ambiente marinho. Amostras de zooplâncton foram coletadas em 10 pontos no entorno da ilha e no canal de acesso, de acordo com o período de execução do estudo. Os resultados mostram a presença de muitas espécies do zooplâncton, algu- mas das quais ainda não assinaladas na região (9-18).

Em 1997, foi realizado pela Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro, um estudo de impacto ambiental para o projeto de dragagem do canal de acesso ao Porto de Sepetiba (22). Nesse estudo, foram realizadas coletas em dois pontos sobre o canal de acesso para caracterização da comunida- de zooplanctônica. Foram assinaladas como mais representativas as espécies de Copepoda Euterpina acutifrons, Temora stylifera, Corycaeus giesbrechti, Oncaea media, Paracalanus crassirostris, Oithona oswaldocruzi, Acartia lilljeborgi, Oikopleura dioica e Pseudevadne tergestina.

No ano seguinte, foram publicados os resultados do estudo para o Diagnóstico Ambiental do Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental da Baía de Sepetiba (23), com base em dados disponíveis na bibliografia. Nesse estudo, os resultados confirmaram a caracterização prévia da comunidade zooplanctônica realizada pelos estudos anteriores. As espécies e demais táxons encontrados definiram a comunidade zooplanctônica da região como tipicamente nerítica, com ocorrências ocasionais de espécies da plataforma continental adjacente.

Em 1999, foi reiniciado o estudo na região de influência do Terminal da Ilha Guaíba, com coleta de zooplâncton em sete dos pontos já amostrados anteriormente. Foram destacadas novas ocor- rências, complementando o levantamento das espécies do zooplâncton da baía de Sepetiba. Os estudos na região prosseguiram até o ano de 2000 e os resultados encontram-se publicados na forma de relatórios (24,25).

De acordo com o Macrodiagnóstico da Zona Costeira do Brasil (16), o litoral do Estado do Rio de Janeiro está compreendido dentro de três compartimentos – Bacia de Campos, Litoral dos Cor- dões Litorâneos e Litoral das Escarpas Cristalinas Norte. Segundo o macrodiagnóstico, a região da baía de Sepetiba está inserida no compartimento Cordões Litorâneos, juntamente com a baía de Guanabara e a região costeira de Cabo Frio. A partir do levantamento dos estudos sobre a comuni- dade zooplanctônica, pode-se afirmar que a região da baía de Sepetiba é, dentre as três assinaladas anteriormente, a que apresenta o menor número de estudos relativos à comunidade zooplanctônica.

A análise crítica dos estudos sobre a comunidade do zooplâncton feitos na região da baía de Sepetiba nos últimos 60 anos (Tabela 4.1) indica dificuldades na identificação de muitos grupos taxonômicos. As cerca de 100 espécies apresentadas nesse levantamento são certamente uma estimativa parcial da composição da comunidade do zooplâncton (Anexo 4.1). Há grupos zooplanctônicos cujas espécies não podem ser identificadas seguramente pela escassez de estudos taxonômicos. Esse é o caso de táxons como Mollusca e Decapoda que incluem diversas formas larvais. Por outro lado, revisões taxonômicas recentes de grupos como Copepoda, por exemplo, põem em dúvida a identificação apresentada em estudos anteriores à atual década pela fragmentação e/ou sinonimização de antigas espécies. Optou-se por não fazer a atualização nomenclatural dos organismos do zooplâncton, pela impossibilidade de acesso aos espécimens citados nos trabalhos utilizados.

O resultado deste levantamento evidencia as duas situações encontradas na Baía de Sepetiba: o reduzido número de dados disponíveis na literatura sobre a composição da comunidade zooplanctônica e a maior riqueza do zooplâncton associada à entrada da baía, como no entorno da ilha Gaíba (Figura 4.1), em oposição às regiões mais internas.

24 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos o identifi-

ã

cies que foram individualizadas, mesmo que n

é

a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

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ncton

â

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Figura 4.1.

4. ZOOPLÂNCTON 25 o de dados

o de dados

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çã

Observações

estudo sazonal

estudo sazonal

estudo sazonal

compila

compila

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m estudo sazonal

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1mm

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nica 250

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nica 5 a 35

m estudo sazonal

gicos.

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m estudo sazonal

m estudo sazonal

m, 1mm, 2cm

µ

µ

µ

ndrico-c

µ

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ô

rede: 50

rede: c

rede: 200

Hensen: 200

rede: cil

rede: 250

rede: 250

o e aspectos metodol

çã

Abordagem Metodologia/Coletor

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

1, H14 quali e quantitativa

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

ncton

â

F7, F10, F11, G4, G5, G7, G8, G9, H2, H3, I1 F7, F10, F11,

E18, E21, G21, H27, H30, I21

Zoopl

e o

da coleta

1945 D12, E8, E9, E12, F6, C12, D10, D11,

1969 e 1973 C17, D14, F14, G1 A17, B15, C11,

1970 - 1971 D14, F21, I11 quali e quantitativa

1990 B17, B20, C19, C22, D15, E10,

1980 J6 quali e quantitativa

2000 D7, E7, F5-F8, G7, H7

. 1990 B17, B20, C19, C22, D15, E10,

o dos estudos sobr

çã

et al

. (1995) 1991 J2C, L1 quali e quantitativa

Rela

et al

o-publicado)

ã

Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

Tabela 4.1. Tabela

[1] Oliveira (1946)

[2] IES (n

[3] Navas-Pereira (1980)

[4] Soares (1977) 1974 - 1976 B14, C14, D13, E13, F13

(1993)

[6] PETRORIO (1990) [7] Coelho-Botelho

[5] Fernandes & Bonecker

(1999) E18, E21, G21, H27, H30, I21

[8] Bonecker

[9-13] PLANAVE (1995)[9-13] PLANAVE 1994 - 1995 D7, E7, F5-F8, G7, H7, I3

[14-18] PLANAVE (1996)[14-18] PLANAVE 1996 D7, E7, F5-F8, G7, H7

[20] FERTECO (1996) [20] FERTECO

[21] PLANAVE (1997)[21] PLANAVE 1997

[22] MULTISERVICE (1997)[22] MULTISERVICE 1997 C18, D17 quali e quantitativa

[23] SEMA/RJ (1998) [24] TECMA (1999)TECMA [24] 1999 D7, E7, F5-F8, G7, H7

[25] SAMPLING (2000)

* Figura 1.2

26 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Zooplâncton

1. Oliveira, L.P.H. de (1946). Estudos sobre o microplâncton 13. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha capturado durante a viagem do Navio Hidrográfico Guaíba, serviços complementares IV, dezembro de 1995. Lahmeyer nas baías de Ilha Grande e Sepetiba. Memórias Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- do Instituto Oswaldo Cruz, 44(3): 441-488. nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-019). 2. IES - Instituto de Engenharia Sanitária da Secretaria de Obras 14. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Públicas (SURSAN). Planilhas de contagem e identificação Ilha Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de de amostras do zooplâncton coletadas nos anos de 1969 e 1996. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos 1973 em diversos pontos na região da Baía de Sepetiba. Da- de Engenharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL- dos não publicados. 200-050-022). 3. Navas-Pereira, D. (1980). Hydromedusae of the Bay of 15. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha Sepetiba (Rio de Janeiro, Brazil). Revista Brasileira de Bi- Guaíba, serviços complementares IV, abril de 1996. Rela- ologia, 40(4): 817-824. tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-025). 4. Soares, L. de O. (1977). Contribuição para o estudo do Plâncton Marinho da Baía de Sepetiba, Estado do Rio de 16. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha Janeiro – Brasil, no período de 09/11/74 a 12/12/76, com Guaíba, serviços complementares IV, maio de 1996. Rela- Cálculo do Bio-Índice e Índice de Diversidade (Indicado- tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- ° res de Poluição). FEEMA. 23pp. ria, para a MBR (relatório n 1.94.062-RL-200-050-028). 5. Fernandes, L.D.A. & Bonecker, S.L.C. (1993). Variação 17. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na Ilha Nictemeral do Zooplâncton em Três Pontos Fixos Dentro da Guaíba, serviços complementares IV, outubro de 1996. Re- Baía de Ilha Grande. XV Jornada Interna de Iniciação Cien- latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- ° tífica, de 21 a 23 de Setembro de 1993, Universidade Fede- ria para a MBR (relatório n 1.96.074-RL-200-050-032). ral do Rio de Janeiro. 18. PLANAVE S. A. (1996). Monitoramento das obras na 6. PETRORIO - Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro Ilha Guaíba, serviços complementares V, outubro de (1990) Estudo de Impacto Ambiental – EIA. Volume III 1996. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos ° – Caracterização do Meio Biótico. Multiservice Enge- de Engenharia para a MBR (relatório n 1.96.074-RL- nharia Ltda. 107pp. 200-710-003). 7. Coelho-Botelho, M. J.; Mauro, J. B. N.; Dias, C. de O. Kurtz, 19. BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos F. W.; Truzzi, A. C.; Nogueira, C. R.; Reis, J. L. dos & Hídricos e da Amazônia Legal (1996). Macrodiagnóstico Mathias, A. M. da F. (1999). Aspectos do Zooplâncton da da Zona Costeira do Brasil na Escala da União. Programa Baía de Sepetiba. In Silva, S. H. G. & Lavrado, H. P. (eds). Nacional do Meio Ambiente, Brasília. 280p. Ecologia dos Ambientes Costeiros do estado do Rio de Ja- 20. FERTECO - Terminal de Exportação de Minério do Porto neiro. Série Oecologia Brasiliensis, Volume VII: 01-33. de Sepetiba (1996). Estudo de Impacto Ambiental. Rio de 8. Bonecker, A.C.T.; Bonecker, S.L.C.; Nogueira, C.R. & Janeiro. Gaia Engenharia Ambiental. Kraus, L.A.S. (1995). Studies on Zooplankton and 21. PLANAVE S. A. (1997). Monitoramento das obras na Ilha Ichthyoplankton in the estuarine system of Ilha Grande Bay Guaíba, serviços complementares V, janeiro de 1997. Rela- (RJ-Brazil). Brazilian Archives of Biology and Technology, tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, 38(2): 593-604. para a MBR (relatório n° 1.96.074-RL-200-710-011). 9. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha 22. MULTISERVICE (1997). Relatório de Impacto Ambiental Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1995. Re- do Projeto de Dragagem do Canal de Acesso ao Porto de latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- Sepetiba - RJ. Rio de Janeiro. Realizado para Cia. Docas nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-004). do Estado do Rio de Janeiro, Multiservice Engenharia Ltda. 10. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha 23. SEMA/RJ - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secre- Guaíba, serviços complementares IV, março de 1995. Re- taria de Estado de Meio Ambiente (1998). Macroplano de latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- Gestão e Saneamento Ambiental da Bacia da Baía de nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-007). Sepetiba. Relatório Final Parte I – Diagnóstico Ambiental. Consórcio ETEP/ECOLOGUS/SM GROUP, 8-38pp + xvi. 11. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha Guaíba, serviços complementares IV, junho de 1995. Rela- 24. TECMA (1999). Monitoramento ambiental na área do ter- tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- minal marítimo da Ilha Guaíba, outubro de 1999. Relatório ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-010). da TECMA para a MBR (relatório 005.00/Lab). 40 pp. 12. PLANAVE S. A. (1995). Monitoramento das obras na Ilha 25. SAMPLING (2000). Monitoramento da qualidade de água Guaíba, serviços complementares IV, outubro de 1995. Re- e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- Guaíba. Relatório parcial, janeiro de 2000 [páginas não nu- ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-017). meradas].

4. ZOOPLÂNCTON 27 ANEXO 4.1. Zooplâncton: lista de espécies

FILO CNIDARIA FILO MOLLUSCA Classe Hydrozoa (Hydromedusae) Classe Gastropoda Subclasse Anthomedusae Subclasse Opisthobranchia Ordem Filifera Ordem Thecosomata (“Pteropoda”) Subordem Margelina Família Cavoliniidae Família Bougainvilliidae Creseis acicula (Rang, 1828) Bougainvillia ramosa (van Beneden, 1844) Família Limacinidae Família Eucodoniidae Limacina sp. Eucodonium brownei Hartlaub, 1907 Limacina bulimoides (d’Orbigny, 1836) Família Hydractiniidae L. inflata (d’Orbigny, 1836) Podocoryne minima (Mayer, 1900) L. trochiformis (d’Orbigny, 1836) Subordem Tiarida Classe Bivalvia Família Pandeidae Subclasse Pteriomorpha Amphinema australis (Mayer, 1900) Ordem Mytilloidea Ordem Capitata Família Mytillidae Subordem Tubulariida Ordem Ostreoidea Família Corymorphidae Família Ostreidae Euphysora gracilis (Brooks, 1882) Ostrea sp. Vannuccia forbesii (Mayer, 1894) Família Tubulariidae Classe Cephalopoda (larvas) Ectopleura dumortieri (van Beneden, 1844) Subordem Zancleida Família Zancleopsidae FILO ARTHROPODA Zancleopsis dichotoma Hartlaub, 1907 Subfilo Insecta Subclasse Leptomedusae Subfilo Crustacea Ordem Conica Classe Branchiopoda Família Eucheilotidae Ordem Ctenopoda (=Cladocera parte) Eucheilota duodecimalis A. Agassiz, 1862 Família Sididae E. paradoxica Mayer, 1900 Penilia avirostris Dana, 1852 Ordem Proboscidea Ordem Onychopoda (=Cladocera parte) Família Campanullariidae Família Podonidae Obelia sp. Evadne spinifera Müller, 1867 Phialidium hemisphaericum (Linnaeus, 1767) Pleopis polyphemoides (Leuckart, 1859) [=Podon Família Phialuciidae polyphemoides] Phialucium carolinae (Mayer, 1900) Pleopis schmackeri (Poppe, 1889) Subclasse Narcomedusae Podon sp. Família Cuninidae Podon intermedius (Lilljeborg, 1853) Cunina sp. Pseudevadne tergestina (Claus, 1877) [=Evadne Cunina octonaria McCrady, 1859 tergestina] Família Solmarisidae Classe Maxillopoda Solmaris solmaris Subclasse Ostracoda Subclasse Trachymedusae Ordem Myodocopa Ordem Trachylina Família Conchoecidae Família Geryoniidae Conchoecia sp. Liriope tetraphylla (Chamisso & Eysenhardt, 1821) Subclasse Copepoda Família Rhopalonematidae Ordem Calanoida Rhopalonema velatum Gegenbaur, 1857 Família Acartiidae Subclasse Siphonophorae Acartia lilljeborgi Giesbrecht, 1892 Ordem Calycophorae A. longiremis (Lilljeborg, 1853) Família Diphyidae A. tonsa Dana, 1849 Muggiaea atlantica Cunningham, 1892 Família Calanidae M. kochi (Will, 1844) Calanoides carinatus (Kroyer, 1849) Classe Anthozoa (larvas) Família Centropagidae Centropages velificatus (Oliveira, 1947) FILO CTENOPHORA Família Clausocalanidae Clausocalanus furcatus (Brady, 1883) FILO PLATYHELMINTHES Classe Turbellaria Ctenocalanus citer (Heron & Bowman, 1971) C. vanus (Giesbrecht, 1888) FILO NEMATODA Família Eucalanidae Subeucalanus monachus (Giesbrecht, 1888) FILO ANNELIDA S. pileatus (Giesbrecht, 1888) Classe Polychaeta S. subtenuis (Giesbrecht, 1888)

28 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Família Euchaetidae Subclasse Cirripedia Euchaeta marina (Prestrandrea, 1833) Ordem Thoracica Família Mecynoceridae Subordem Balanomorpha Mecynocera clausi Thompson, 1888 Balanus sp. (larvas) Família Paracalanidae Classe Mallacostraca Acrocalanus longicornis Giesbrecht, 1888 Subclasse Eumallacostraca Calocalanus pavo (Dana, 1849) Superordem Hoplocarida C. pavoninus (Farran, 1936) Ordem Stomatopoda (larvas) Delius sewelli (Bjornberg, 1980) Superordem Peracarida Paracalanus sp. Ordem Amphipoda Paracalanus aculeatus (Giesbrecht, 1888) Ordem Isopoda P. indicus (Wolfenden, 1905) Ordem Mysidacea P. parvus (Claus, 1863) Ordem Tanaidacea P. quasimodo Bowman, 1971 Superordem Eucarida Parvocalanus crassirostris (Dahl, 1894) Ordem Euphausiacea Família Pontellidae Ordem Decapoda Calanopia americana (Dahl, 1894) Subordem Dendrobranchiata Labidocera fluviatilis (Dahl, 1894) Infraordem Penaeidea Pontellopsis brevis (Giesbrecht, 1889) Família Penaeidae (larvas) Família Pseudodiaptomidae Penaeus sp. Pseudodiaptomus sp. Trachypenaeus sp. Pseudodiaptomus acutus (Dahl, 1894) Xiphopenaeus sp. Família Temoridae Família Sergestidae Temora stylifera (Dana, 1849) Família Luciferidae T. turbinata (Dana, 1849) Lucifer sp. Ordem Poecilostomatoida Lucifer faxoni (Borradaile, 1915) Família Corycaeidae Subordem Pleocyemata Corycaeus sp. Infraordem Caridea C. (Corycaeus) speciosus (Dana, 1849) Família Alpheidae (larvas) C. (Ditrichocorycaeus) amazonicus (Dahl, 1894) Família Palaemonidae (larvas) C. (Onychocorycaeus) giesbrechti (Dahl, 1894) Família Hippolytidae (larvas) C. (Onychocorycaeus) ovalis (Claus, 1863) Infraordem Thalassinidea Farranula gracilis (Dana, 1853) Família Callianassidae (larvas) Família Oncaeidae Infraordem Anomura Oncaea sp. Família Diogenidae (larvas) Oncaea conifera (Giesbrecht, 1891) Família Paguridae (larvas) O. curta (Sars, 1916)) Família Porcellanidae (larvas) O. media (Giesbrecht, 1891) Infraordem Brachyura O. subtilis (Giesbrecht, 1892) Família Majidae (larvas) O. venusta (Philippi, 1843) Família Portunidae (larvas) Família Sapphirinidae Família Xanthidae (larvas) Copilia miriabilis (Dana, 1849) Família Grapsidae (larvas) Sapphirina sp. Família Ocypodidae (larvas) Ordem Cyclopoida Família Oithonidae FILO ECHINODERMATA Oithona hebes (Giesbrecht, 1891) Classe Echinoidea (larvas) O. nana (Giesbrecht, 1892) O. oligohalina (Fonseca & Bjornberg, 1976) [=O. FILO PHORONIDA (LARVAS?) hebes, Santos 1973; =O. oswaldocruzi Oliveira, 1945] O. ovalis Herbst, 1955 [=O. oswaldocruzi Oliveira, FILO BRYOZOA (LARVAS) 1945] O. plumifera (Baird, 1843) FILO CHAETOGNATHA O. setigera (Dana, 1849) Classe Sagittoidea O. simplex (Farran, 1913) Ordem Aphragmophora O. similis (Claus, 1866) Subordem Ctenodontina Ordem Harpacticoida Família Sagittidae Família Clytemnestridae Ferosagitta hispida (Conant, 1895) Clytemnestra scutellata (Dana, 1848) Flaccisagitta enflata (Grassi, 1881) Família Ectinosomatidae Mesosagitta minima (Grassi, 1881) Microsetella sp. Parasagitta friderici (Ritter-Zahony, 1911) M. rosea (Dana, 1847) P. tenuis (Conant, 1896) Família Euterpinidae Sagitta sp. Euterpina acutifrons (Dana, 1847) Subordem Flabellodontina Família Miraciidae Família Krohnittidae Macrosetella gracilis (Dana, 1848) Krohnitta sp.

4. ZOOPLÂNCTON 29 Ordem Monophragmophora Família Spadellidae Spadella sp.?

FILO CHORDATA Subfilo Hemichordata (larvas) Subfilo Urochordata Classe Appendicularia Família Fritillaridae Fritillaria sp. Fritillaria formica (Fol, 1872) F. haplostoma (Fol, 1872) Família Kowalevskiiae Kowalevskia sp. Família Oikopleuridae Oikopleura sp. Oikopleura albicans (Leuckart, 1854) O. dioica (Fol, 1872) O. fusiformis (Fol, 1872) O. gracilis (Lohmann, 1896) O. intermedia (Lohmann, 1896) O. longicauda (Vogt, 1854) O. rufescens (Fol, 1872) Classe Ascidiacea (larva) Classe Thaliacea Ordem Doliolida Família Doliolidae Doliolum nationalis (Borgert, 1893) Ordem Salpida Família Salpidae Salpa sp. Thalia democratica (Forskål, 1775) Subfilo Cephalochordata Branchiostoma sp.

30 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 5. Ictioplâncton

Ana Cristina Teixeira Bonecker (Instituto de Biologia, UFRJ) Márcia Salustiano de Castro (Instituto de Biologia, UFRJ)

Os estudos sobre ictioplâncton na baía de Sepetiba ainda são muito escassos (Tabela 5.1). No levantamento realizado para a área foram registrados 12 trabalhos, dos quais dois foram baseados em levantamento de dados pretéritos. Na maioria, a metodologia empregada objetivou a coleta de zooplâncton e apenas em dois trabalhos foram usadas redes com malhas de 330 e 500 µm, reco- mendadas para a coleta de ictioplâncton. O inventário dos ovos e larvas de peixes da baía de Sepetiba baseou-se em três estudos (3, 19, 20-22); nos demais o ictioplâncton não foi identificado. 5O primeiro trabalho que registrou a ocorrência de larvas de peixes nessa área foi realizado na década de 70. Entre novembro de 1974 e dezembro de 1976, foram realizadas coletas de plâncton entre a Ilha de Itacuruçá e a Ilha de Jaguanum (1), com o objetivo de caracterizar a biota planctônica e quantificar a poluição da baía. Foram feitas 50 amostras, utilizando-se uma rede com malhas de 35 µm e 5 µm. As larvas de peixes que ocorreram não foram identificadas.

Em 1990, realizaram-se quatro campanhas de zooplâncton em 12 pontos na baía de Sepetiba, visando fornecer dados para a caracterização do plâncton dessa área (2). Os ovos de peixes ocorreram em maior densidade na entrada da baía, observando-se um predomínio das famílias Engraulidae (Manjubas) e Clupeidae (Sardinhas). Entre as larvas de peixes foram encontradas 14 famílias e 10 gêneros, com maior abundância de engraulídeos e clupeídeos. Esse estudo permitiu a realização da caracterização e do diagnóstico ambiental da baía de Sepetiba dentro do Projeto “Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental da Bacia da Baía de Sepetiba” realizado pela SEMA/RJ (18).

As coletas realizadas em 1990 também forneceram subsídios para o trabalho desenvolvido por Coelho-Botelho et al. (3), que realizaram um estudo mais detalhado sobre as larvas de peixes encontradas nessas amostras. Além dos táxons citados em PETRORIO (2), foram acrescentadas as espécies Atherinella brasiliensis (=Xenomelaniris brasiliensis) e Symphurus tessellatus.

Na primavera de 1991, realizaram-se amostragens de ictioplâncton em sete estações na baía da Ilha Grande (4), entre as quais duas estão situadas na área de estudo. Objetivou-se estudar a área influenciada pelo maior terminal de petróleo da América Latina, “TEBIG” (Terminal de Petróleo Baía de Ilha Grande). Nas duas estações só foram observados ovos de peixes, que não foram identificados.

Entre dezembro de 1994 e de 1996, foi realizado o monitoramento das obras na Ilha Guaíba (5, 6-9, 10-14). As coletas de zooplâncton foram realizadas em nove pontos no entorno da Ilha Guaíba, durante as marés de enchente e vazante. Os ovos e larvas de peixes registrados nas amostras de zooplâncton foram mantidos apenas ao nível de Classe.

Em 1996, realizou-se um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para o Terminal de Exporta- ção de Minério no Porto de Sepetiba (15). A caracterização da comunidade zooplanctônica da baía de Sepetiba baseou-se em informações de trabalhos anteriores desenvolvidos na área. O ictioplâncton também foi citado apenas ao nível de Classe.

5. ICTIOPLÂNCTON 31 A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) efetuou um EIA para o projeto de dragagem do canal de acesso ao Porto de Sepetiba (17). Esse estudo baseou-se em dados da literatura e de campanhas oceanográficas realizadas em maio de 1997, nas áreas de dragagem e do “bota-fora”. Nas amostras coletadas registrou-se a presença de ovos de peixes, que não foram identificados.

Em 1999, realizaram-se coletas de ictioplâncton dentro do “Monitoramento ambiental na área do Terminal Marítimo da Ilha Guaíba” (19). As amostras foram feitas em sete pontos na baía, nas situações de enchente e vazante. Registrou-se a presença de ovos das famílias Carangidae e Engraulidae e de Perciformes de maneira geral. As larvas identificadas per- tencem às famílias Carangidae, Clupeidae e Engraulidae.

O monitoramento da área próxima à Ilha Guaíba continuou no ano de 2000, dentro do projeto “Monitoramento da qualidade da água e sedimentos no Terminal da Ilha Guaíba da MBR” (20-22). As campanhas oceanográficas foram efetuadas durante o ano de 2000 em sete pontos de coleta próximos à Ilha Guaíba. As maiores densidades de ovos de peixes foram observadas na estação próxima ao píer de exportação. O ponto posicionado próximo ao canal de entrada da baía de Sepetiba apresentou a maior riqueza de espécies (16 a 19 espécies) (Figura 5.1). Foram identificadas nove famílias, quatro gêneros e seis espécies de larvas de peixes. Essas espécies ainda não haviam sido citadas em trabalhos anteriores.

Com base nos estudos desenvolvidos na área até o momento, pode-se dizer que o ovos e as larvas de peixes estão amplamente distribuídos pela baía de Sepetiba, com um aumento do número de táxons (> 10 espécies) no entorno da Ilha Guaíba (Figura 5.1). Na área mais interna da baía o número de táxons encontrados é baixo (< 10 espécies). Esse fato deve-se à concentração da maioria dos trabalhos na área próxima à entrada da baía e ao aumento da periodicidade de coleta neste local.

Todas as famílias identificadas apresentam hábitos costeiros e são comuns em baías e estu- ários brasileiros. Na baía foram registradas 14 famílias, 10 gêneros e 8 espécies de larvas de peixes, com predomínio das larvas de Clupeidae e Engraulidae (Anexo 5.1). A distri- buição espacial da riqueza de espécies retrata tão somente o maior esforço amostral em alguns locais da baía, como no entorno da Ilha Guaíba. A variabilidade específica de larvas de peixes encontrada, mesmo subestimada, ressalta o papel desse ecossistema como local de desova e de crescimento para várias espécies de peixes.

32 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos o

ã

cies que foram individualizadas, mesmo que n

é

a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

na ba

ncton

â

Ictiopl

cies de

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fico).

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o da riqueza de esp

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identificadas em n

Distribui

Figura 5.1.

5. ICTIOPLÂNCTON 33 o de dados

o de dados

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çã

Observações

estudo sazonal

estudo sazonal

estudo sazonal

estudo sazonal

compila

m estudo sazonal

µ

gicos.

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m estudo sazonal

m estudo sazonal

m

m

m

m estudo sazonal

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µ

µ

µ

µ

µ

µ

µ

rede: 35

rede: 200

rede: 200

rede: 500

rede: 100

rede: 400

rede: 330

o e aspectos metodol

çã

Abordagem Metodologia/Coletor

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

qualitativa compila

quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa

odo de coleta, localiza

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G21, H27, H30, I21

Ictiopl

e o

da coleta

1990 B17, B20, C19, C22, D15, E10, E18, E21,

1990 B17, B20, C19, C22, D15, E10, E18, E21,

2000 D7, E7, F5-F8, G7, H7

o dos estudos sobr

çã

et. al.

(1995) 1991 J2C , L1 quali e quantitativa

Rela

et al.

* Figura 1.2

Tabela 5.1. Tabela Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

[1] Soares (1977) 1974 - 1976 B14, C14, D13, E13, F13

[3] Coelho-Botelho

[2] PETRORIO (1990) (1999) G21, H27, H30, I21

[4] Bonecker

[5] PLANAVE (1995)[5] PLANAVE 1994 - 1995 D7, E7, F5-F8, G7, H7, I3

[6-9] PLANAVE (1995)[6-9] PLANAVE 1995 D7, E7, F5-F8, G7, H7, I3

[10-14] PLANAVE (1996)[10-14] PLANAVE 1996 D7, E7, F5-F6, F7, F8, G7, H7

[15] FERTECO (1996) [15] FERTECO

[16] PLANAVE (1997)[16] PLANAVE 1996 D7, E7, F5-F8, G7, H7

[17] MULTISERVICE (1997)[17] MULTISERVICE 1997 C18, D17 quali e quantitativa

[18] SEMA/RJ (1998)

[19] TECMA (1999)TECMA [19] 1999 D7, E7, F5-F8, G7, H7

[20-22] SAMPLING (2000)

34 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Ictioplâncton

1. Soares, L. de O. (1977). Contribuição para o estudo do 12. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Plâncton Marinho da Baía de Sepetiba, Estado do Rio de Ilha Guaíba, serviços complementares IV, maio de 1996. Janeiro – Brasil no período de 9/11/74 a 12/12/76, com Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de En- Cálculo do Bio-índice e Índice de Diversidade (Indicado- genharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200- res de Poluição). FEEMA. 23pp. 050-028). 2. Petrorio. Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro. Obras de 13. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Infra-Estrutura Básica. (1990). Estudos de Impacto Ilha Guaíba, serviços complementares IV, outubro de Ambiental – EIA. Volume III – Caracterização do Meio 1996. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos Biótico. Multiservice Engenharia. 107 pp. de Engenharia para a MBR (relatório n°1.96.074-RL- 200-050-032). 3. Coelho-Botelho, M. J.; Mauro, J. B. N.; Dias, C. de O. Kurtz, F. W.; Truzzi, A. C.; Nogueira, C. R.; Reis, J. L. 14. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na dos & Mathias, A. M. da F. (1999). Aspectos do Ilha Guaíba, serviços complementares V, outubro de Zooplâncton da Baía de Sepetiba. In Silva, S. H. G. & 1996. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos Lavrado, H. P. (eds). Ecologia dos Ambientes Costeiros de Engenharia para a MBR (relatório n°1.96.074-RL- do estado do Rio de Janeiro. Série Oecologia Brasiliensis, 200-710-003). vol VII: 01-33. 15. FERTECO - Terminal de Exportação de Minério do 4. Bonecker, A. C., Bonecker, S. L. C., Nogueira, C. R. & Porto de Sepetiba (1996). Estudo de Impacto Ambiental. Kraus, L. A. S. (1995). Studies on Zooplankton and Rio de Janeiro. Gaia Engenharia Ambiental. Ichthyoplankton in the Estuarine System of Ilha Grande 16. PLANAVE S. A., 1997. Monitoramento das obras na Bay (RJ-Brazil). Arq. Biol. Tecnol. 38(2):593-604. Ilha Guaíba, serviços complementares V, janeiro de 5. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha 1997. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Proje- Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1995. Re- tos de Engenharia, para a MBR (relatório n° 1.96.074- latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- RL-200-710-011). nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-004). 17. Multiservice (1997). Projeto de Dragagem do Canal de 6. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha Acesso ao Porto de Sepetiba – RJ. Estudos de Impacto Guaíba, serviços complementares IV, março de 1995. Re- Ambiental. Realizado para a Cia. Docas do Estado do latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- Rio de Janeiro. Multiservice Engenharia. nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-007). 18. SEMA/RJ - Governo do Estado do Rio de Janeiro, Se- 7. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha cretaria de Estado de Meio Ambiente (1998). Guaíba, serviços complementares IV, junho de 1995. Rela- Macroplano de Gestão e Saneamento Ambiental da tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- Bacia da Baía de Sepetiba. Relatório Final. Parte I – ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-010). Diagnóstico Ambiental. 46pp. 8. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha 19. TECMA, 1999. Monitoramento ambiental na área do Guaíba, serviços complementares IV, outubro de 1995. Re- terminal marítimo da Ilha Guaíba, outubro de 1999. latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- Relatório da TECMA para a MBR (relatório 005.00/ nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-017). Lab). 40 pp. 9. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha 20. SAMPLING, 2000. Monitoramento da qualidade de Guaíba, serviços complementares IV, dezembro de 1995. água e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. Relatório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- A., Ilha Guaíba. Relatório parcial, janeiro de 2000 [pá- nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-019). ginas não numeradas]. 10. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha 21. SAMPLING, 2000. Monitoramento da qualidade de Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1996. Re- água e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Enge- A., Ilha Guaíba. Relatório parcial, março de 2000 [pá- nharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-022). ginas não numeradas]. 11. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha 22. SAMPLING, 2000. Monitoramento da qualidade de Guaíba, serviços complementares IV, abril de 1996. Rela- água e sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenha- A., Ilha Guaíba. Relatório parcial, julho de 2000 [pági- ria, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-025). nas não numeradas].

5. ICTIOPLÂNCTON 35 ANEXO 5.1. Ictioplâncton: lista de espécies

FILO CHORDATA Ordem Pleuronectiformes Subfilo Vertebrata Subordem Pleuronectoidei Superclasse Gnathostomata Família Achiridae Classe Actinopterygii Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) Subclasse Neopterygii Família Cynoglossidae Divisão Teleostei Subfamília Symphurinae Subdivisão Clupeomorpha Symphurus tessellatus (Quoy & Ordem Clupeiformes Gaimard, 1824) Subordem Clupeoidei Ordem Tetraodontiformes Família Clupeidae (ovos) Subordem Tetraodontoidei Família Engraulidae (ovos) Superfamília Balistoidea Subdivisão Euteleostei Família Balistidae Superordem Acanthopterygii Série Mugilomorpha Ordem Mugiliformes Família Mugilidae Mugil sp. Série Atherinomorpha Ordem Atheriniformes Subordem Atherinoidei Família Atherinidae Subfamília Menidiinae Atherinella brasiliensis (=Xenomelaniris brasiliensis) (Quoy & Gaimard, 1824) Série Percomorpha Ordem Gasterosteiformes Subordem Syngnathoidei (Solenichthyes) Infraordem Syngnatha Superfamília Syngnathoidea (Lophobranchii) Família Syngnathidae Subfamília Syngnathinae Syngnathus sp.(= Dermatostethus) Ordem Perciformes Subordem Percoidei Superfamília Percoidea Família Carangidae (ovos) Subfamília Caranginae Caranx sp. Chloroscombrus crysurus (Linnaeus, 1766) Oligoplites sp. Família Gerreidae Família Sparidae Família Sciaenidae Stellifer sp. Menticirrhus sp. Micropogonias sp. Subordem Blennioidei Família Blenniidae Hypleurochilus fissicornis (Quoy & Gaimard, 1824) Parablennius. pilicornis (Cuvier, 1829) Scartella cristata (Linnaeus, 1758) Subordem Gobioidei Família Gobiidae Subfamília Gobiinae Microgobius sp.

36 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 6. Fitobentos

Gilberto M. Amado Filho (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico - Rio de Janeiro) Bianca V. Marins (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico - Rio de Janeiro)

A análise das informações sobre o fitobentos foi realizada levando-se em consideração três décadas de estudos, 1970, 1980 e 1990, períodos nos quais a grande maioria dos trabalhos sobre o fitobentos da baía de Sepetiba foi realizado. Para o agrupamento das citações em décadas foi levada em consideração a época de coleta ao invés da data de publicação dos trabalhos. Para a checagem dos nomes dos táxons e de seus autores adotou-se o trabalho de Wynne (16) e quando não encontrado neste “check-list”, foram utilizados os dados disponí- veis no site http://www.algaebase.org (17). Na listagem dos táxons foram incorporadas as 6atualizações nomenclaturais adotadas por Wynne (16) com algumas modificações. O primeiro trabalho específico sobre o componente fitobentônico da baía de Sepetiba foi o de Mitchell et al. (1), que teve como objetivo principal apresentar uma listagem comenta- da das espécies de clorofíceas do Estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas coletas em cerca de 50 pontos ao longo do Estado do Rio de Janeiro no início da década de 70, sendo os seguintes os locais de coleta na baía de Sepetiba e arredores: Ilha da Marambaia, Ilha Grande e Ilha do Jardim. Foram identificadas para a baía de Sepetiba 18 espécies de clorofíceas tendo, algumas dessas, breves descrições com dados ecológicos e ilustrações.

O segundo e, até hoje, mais importante trabalho sobre a flora marinha bentônica da baía de Sepetiba foi o de Pedrini (2). Nesse trabalho, são apresentadas ilustrações, informações sobre a fenologia, considerações ecológicas e fitogeográficas sobre as algas marinhas ben- tônicas coletadas em 79 pontos da baía de Sepetiba e arredores, com 189 táxons identifica- dos, sendo 37 clorofíceas, 26 feofíceas, 125 rodofíceas e 1 crisofícea.

Durante a década de 80, foram realizados estudos localizados em regiões específicas da baía de Sepetiba e adjacências (principalmente na Ilha Grande). Nassar (4), estudando as clorofíceas em 9 pontos de coleta nas regiões sudeste e nordeste da Ilha Grande, entre novembro de 1984 e novembro de 1985, identificou e descreveu um total de 26 espécies. Falcão et al. (5) completaram o inventário iniciado por Nassar (4) para as mesmas regi- ões sudeste e nordeste da Ilha Grande, realizando coletas entre novembro de 1984 e novembro de 1987, identificando, no total, 125 táxons, sendo 71 rodofíceas, 29 feofíceas e 25 clorofíceas. Lacerda & Resende (3) citam a ocorrência de uma monocotiledônea marinha, Halodule wrightii, para a Ilha de Jaguanum, quando estudaram os padrões de acúmulo de Zn, Cu, Mn, Fe e Pb nas diferentes partes dessa planta, entre novembro de 1983 e março de 1984.

Na década de 90, a maior parte dos estudos sobre as macroalgas da baía teve como enfoque principal a descrição da estrutura das comunidades fitobentônicas locais. Nassar (6), estudando as comunidades incrustantes sobre painéis artificiais em quatro profundidades na Ilha Guaíba, entre outubro de 1991 e outubro de 1992, identificou 4 espécies de macroalgas (2 clorofíceas e 2 feofíceas). Széchy (8), estudando a estrutura dos bancos de Sargassum do litoral do Rio de Janeiro e São Paulo, caracterizou quali-quantitativamente a fauna e flora acompanhantes de Sargassum cymosum var. cymosum no costão de Ibicuí, a partir de coletas em 1992 e identificou

6. FITOBENTOS 37 37 taxa, sendo 22 rodofíceas, 9 feofíceas e 6 clorofíceas. Reis (11) caracterizou a variação sazonal da biomassa de Hypnea musciformis, espécie de valor econômico pela produção de carragenana, e sua flora acompanhante em três localidades do Estado do Rio de Janeiro, sendo duas localidades na baía de Sepetiba (Praia Vermelha em Ibicuí e Praia Grande na Ilha de Itacuruçá). Foram encontradas nesse estudo 4 clorofíceas, 6 feofíceas e 13 rodofíceas. Em uma série de trabalhos relacionandos à poluição por metais pesados com macrófitas marinhas da baía de Sepetiba (7, 12 e 13 ), são citadas 10 espécies de macroalgas (2 clorofíceas, 3 feofíceas e 5 rodofíceas) e uma espécie de monocotiledônea marinha. Durante os anos de 1996 e 1997, foram concluídos dois estudos taxonômicos, enfocando grupos específicos de algas para o Esta- do do Rio de Janeiro, um sobre o gênero Ceramium (Rhodophyta), com 9 táxons citados para dois locais da baía de Sepetiba (Praia Grande, Ilha de Itacuruçá e Praia Brava, Conceição de Jacareí) (9) e outro sobre algumas espécies da família Ectocarpaceae (Phaeophyta) (10), sendo que neste estudo foram encontradas 4 espécies para um local (Praia Brava, Conceição de Jacareí) da baía de Sepetiba. Tavares (14), estudando a composição, distribuição e biomassa das macroalgas epífitas dos pneumatóforos de Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Spartina sp., identificou 8 espécies de rodofíceas e 5 clorofíceas para o Saco de Coroa Grande. Amado Filho et al. (15) estudaram a estrutura e dinâmica de comuni- dades fitobentônicas durante os anos de 1998 e 1999 em cinco locais da baía de Sepetiba e identificaram um total de 96 táxons, sendo 61 rodofíceas, 15 feofíceas e 18 clorofíceas.

A partir dos trabalhos sobre a baía de Sepetiba consultados (Tabela 6.1), desde Mitchell et al. (1) até Amado Filho et al. (15), foi levantado um total de 239 táxons específicos ou infra- específicos de representantes do fitobentos, sendo destes: 151 rodofíceas, 35 feofíceas, 49 clorofíceas, 2 cianofíceas, 1 crisofícea, e 1 Monocotiledônea tipicamente marinha (Anexo 6.1).

Levando-se em consideração o esforço de coleta durante o período de 3 décadas, as áreas da baía de Sepetiba e adjacências que apresentaram maior número de táxons (entre 90 e 124 táxons, Figura 6.1) foram a porção oeste da Ilha de Itacuruçá, a área dos costões de Ibicuí e a área dos costões das Praias do Kutuca e Pescaria Velha, ambas localizadas na Ilha da Marambaia. Com uma contribuição entre 54 e 89 táxons, deve-se destacar algumas áreas da porção nordeste da Ilha Grande, a porção noroeste da baía de Manga- ratiba, a região de Muriqui, a Ilha Duas Irmãs e a porção sudoeste da Ilha de Itacuruçá. Há uma concordância entre às áreas de maior riqueza de espécies, principalmente entre os trabalhos correspondentes as coletas da década de 70 (1,2) e parte das áreas amostradas na década de 90. Nesta última década, acrescentou-se como área de elevada riqueza a região da Ilha da Marambaia (15). Em relação à década de 80, percebe-se que os estudos estiveram concentrados principalmente em áreas da Ilha Grande, o que refletiu a riqueza encontrada na área nordeste da ilha (vide Figura 6.1).

Em um trabalho sobre a estrutura de comunidade do fitobentos da baía de Sepetiba recente- mente concluído (15), pôde-se verificar que 16 dos 96 táxons identificados (16,6%), ainda não haviam sido citados para a baía de Sepetiba. Destes 16 táxons, quatro são de clorofíceas (Bryopsis plumosa, Cladophora brasiliana, Cladophora coelothrix e Derbesia marina), uma de feofícea (Padina tetrastromatica) e 11 de rodofíceas (Anotrichium tenue, Ceramium sp. 1, Ceramium sp. 2, Gracilaria caudata, Gracilariopsis tenuifrons, Jania adhaerens, Polysiphonia denudata, Polysiphonia scopulorum, Polysiphonia sphaerocarpa, Polysisiphonia tepida, Polysiphonia tongatensis). Considerando-se que, a exceção de P. tetrastromatica, G. caudata, G. tenuifrons e J. adhaerens, as demais espécies são de pequeno porte, filamentosas e de rápido crescimento, foi sugerido que algumas dessas espécies pode- riam ser consideradas como introduções recentes na baía de Sepetiba. Entretanto, com exce- ção de Ceramium sp. 1, as demais espécies já haviam sido citadas para outras localidades do litoral brasileiro, o que compromete a caracterização dessas espécies como criptogênicas. Em relação à Ceramium sp. 1, apesar de estar sendo descrita como uma nova ocorrência para o litoral brasileiro, suas coletas não foram restritas à baía de Sepetiba, tendo sido encontra-

38 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos das, concomitantemente, populações desta espécie em outras localidades do Estado do Rio de Janeiro (Búzios) e São Paulo (Ubatuba) (M.B.B.B.Barreto, com. pes.).

Apesar de novas ocorrências para a baía de Sepetiba serem possíveis, como no trabalho de Amado Filho et al. (15), de modo geral deve-se considerar a composição do fitobentos da baía de Sepetiba bem conhecida. Os 239 táxons específicos ou infra-específicos en- contrados na literatura sobre a baía de Sepetiba e adjacências correspondem a aproxima- damente 68 % dos táxons citados para o Estado do Rio de Janeiro, considerado por Gui- marães (18) um dos Estados do Brasil com a sua flora marinha bentônica inventariada de modo mais completo.

6. FITOBENTOS 39 o identi-

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cies que foram individualizadas, mesmo que n

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a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

na ba

Fitobentos

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vel espec

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Figura 6.1.

40 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos zero

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Observações

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o bibliogr

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quali- e % de coberturaquali- 2, 5, 10 e 15 m de % de cobertura quantitativa n

qualitativa destrutivae quantitativa at destrutiva - biomassa

Ectocarpaceae quali- e quantitativa

qualitativo destrutiva at

qualitativa destrutiva

quali- destrutiva transecto de 20 m

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o e aspectos metodol

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fita

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í

í

nticas e quantitativa 1m abaixo da mar

í

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stica - qualitativa revis

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ê

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stica - clorof

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ceas e rodof

í

í

í

í

Tema Abordagem Metodologia/Coletor

Flor clorof

Flor clorof

rodof

Flor

feof

Flor

Ecologia - metaisEcologia - qualitativa destrutiva at

musciformis Ecologia - metais qualitativa destrutiva pesados - algas e

macr

odo de coleta, localiza

í

1, J9, K9 Ecologia - comunidades

H14, J14,

1, I12, J12,

1, B10, C8, C9, feof

, indicando per

Fitobentos

O2C, N2C, N1C, O1C, P1C,

e o

L8, K8, K9, J9, J10, I10, I1 J13, C14,

P1, O2, P2, P3

A16, A17, D17, C17, B17, B18, A16, D14, C14, B15, B12, B1 D8, D7, E7, E6, E5, D4,D5, I10, J9, K9,

K8, I11, G6, F6, G5,I2, I1C, I2C, G2, F3, G3 K8, I11,

C14, D14, D7 Ecologia -

B17, B18, C14, G13

da coleta

1972 -

1975 - I33, J34, G30, G29, F27, E25, E26,F26, 1979

nov/83 e G13nov/84 - P1C, O1C, N2C, O2C Ecologia - metais qualitativa destrutiva 2 m de profundidade

nov/85 nov/91 - H6 Ecologia - incrusta

1992 D7 nov/92

mar/95 dez/93 - C14, I1Cago/93 - I1C - Taxonomia Taxonomia qualitativo destrutiva entremar

mar/96 jun/94 - jun/96 ago/96 - jun/97

jul/99 manguezal e quantitativa perpendicular a costa

o dos estudos sobr

çã

Rela

et al.

et al.

(1999) pesados - feof

o

. (2003) fitob

ã

chy (1996)

é

et al

Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

Tabela 6.1. Tabela

[1] Mitchell (1979) 1979

[2] Pedrini (1980)

(1986) mar/84 pesados - macr [3] Lacerda & Resende [4] Falc

(1992) fev/87

[6] Nassar (1994)

[5] Nassar (1987) nov/84 - O1C, P1C, N1C, N2C, O2C (1994) ago/90 pesados - algas [7] Karez et al.[8] Sz nov/89 - B17, B18, C17, C15, D15, D17, G13

[9] Barreto (1996) [10] Cassano (1997)

[11] Reis (1998) [11]

[12] Amado Filho & [12] Pfeifer (1998)

[13] Amado Filho 1997 B17, C14 Ecologia

et al. [14] Tavares (2001)Tavares [14] fev/99 - A16 Ecologia - algas -

[15] Amado Filho[15] 1999 B17, C17, D17, C14, C10, C1

* Figura 1.2

6. FITOBENTOS 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fitobentos

1. Mitchell, G.J.P.; Széchy, M.T.M. & Mitsuya, L.A. (1979). 10. Cassano, V. (1997). Taxonomia e morfologia de Ectocarpus Sinopse das clorofíceas marinhas bentônicas do litoral do breviarticulatus, Feldmannia indica, Feldmannia Estado do Rio de Janeiro. Leandra, 8-9: 91-123. irregularis, Hincksia conifera e Hincksia mitchelliae (Ectocarpaceae, Phaeophyta) no Estado do Rio de Janei- 2. Pedrini, A.G. (1980). Algas marinhas bentônicas da Baía ro. Dissertação de Mestrado em Botânica, Museu Nacio- de Sepetiba e arredores (Rio de Janeiro). Tese de nal, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 211 pp. Mestrado em Botânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 397pp. 11. Reis, R.P. (1998). Variação espaço-temporal de carragenana em Hypnea musciformis (Wulfen) Lamouroux 3. Lacerda, L..D. & Resende, C.E. (1986). Metals in the (Rhodophyta – Gigartinales) em bancos naturais do Esta- seagrass Halodule wrightii Aschers during one growing do do Rio de Janeiro, Brasil. Tese de Doutorado em Ciên- season. Revista Brasileira de Botânica, 9: 87-90 cias, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal 4. Nassar, C. (1987). Clorofíceas marinhas bentônicas dos li- do Rio de Janeiro. 137pp. torais nordeste e sudeste da Ilha Grande, Angra dos Reis, 12. Amado Filho, G.M. & Pfeiffer, W.C. (1998). Utilização RJ. Monografia de Iniciação Científica em Ciências Bioló- de macrófitas marinhas no monitoramento da contamina- gicas, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Santa ção por metais pesados: o caso da Baía de Sepetiba, RJ. Úrsula. 119 pp. Acta Bot. Bras., 12(3): 411-419. 5. Falcão, C.; Maurat, M.C.S.; Nassar, C.A.G.; Széchy, 13. Amado Filho, G.M.; Andrade, L.R.; Karez, C.S.; Farina, M.T.M. & Mitchell, G.J.P. (1992). Benthic marine flora of M. & Pfeiffer, W.C. (1999). Brown algae species as the northeastern and southeastern coast of Ilha Grande, Rio biomonitors of Zn and Cd at Sepetiba Bay, Rio de Janeiro, de Janeiro, Brazil: phytogeographic considerations. Brasil. Mar. Environm. Research, 48(3) :213-224. Botanica Marina 35: 357-364. 14. Tavares, C.F.M. (2001). Estrutura da comunidade de 6. Nassar, C. (1994). Comunidades incrustantes sobre painéis macroalgas epífitas em pneumatóforos do manguezal de Co- artificiais em quatro profundidades na Ilha Guaíba – RJ roa Grande, Baía de Sepetiba, RJ. Dissertação de Mestrado (Brasil). Dissertação de Mestrado em Ecologia, Universi- em Ciências do Mar, Universidade Santa Úrsula. 178 pp. dade Federal do Rio de Janeiro. 77pp. 15. Amado Filho, G.M.; Barreto, M.B.B.B.; Felix, C.; Marins, 7. Karez, C.S.; Magalhães, V.F.; Pfeiffer, W.C. & Amado B.V. & Reis, R.P. (2003). Estrutura das comunidades Filho, G.M. (1994). Trace metal accumulation by algae fitobentônicas da Baía de Sepetiba. Revista Brasileira de in Sepetiba Bay, Brazil. Environmental Pollution., 83: Botânica, 26(3):329-342. 351-356. 16. Wynne, M.J. (1998). A checklist of benthic marine algae 8. Széchy, M.T.M. (1996). Estrutura de bancos de Sargassum of the tropical and subtropical western Atlantic: first (Phaeophyta- fucales) do litoral dos estados do Rio de Ja- revision. Nova Hedwigia, 116:1-155. neiro e São Paulo. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 345 pp. 17. Guiry, M.D. & Nic Dhonncha, E. (2003). AlgaeBase version 2.0. World-wide electronic publication, National 9. Barreto, M.B.B.B. (1996). Aspectos morfológicos do gê- University of Ireland, Galway. http://www.algaebase.org. nero Ceramium Roth (Ceramiaceae, Rhodophyta) no Esta- do do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado em Botâni- 18. Guimarães, S.M.P.B. (2003). Uma análise da diversidade ca, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Ja- da flora marinha bentônica do Estado do Espírito Santo, neiro. 134 pp. Brasil. Hoehnea, 30(1): 11-19.

42 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos ANEXO 6.1. Fitobentos: lista de espécies

DIVISÃO RHODOPHYTA Família Galaxauraceae Classe Bangiophycidae Galaxaura frutescens Kjellman Ordem Porphyridiales Galaxaura marginata (J. Ellis & Sol.) J. V. Lamour. Família Porphyridiaceae Tricleocarpa fragilis (L.) Huisman & R. A . Towns. Stylonema alsidii (Zanardini) K. M. Drew Ordem Bonnemaisoniales Ordem Erythropeltidales Família Bonnemaisoniaceae Familia Erythrotrichiaceae Asparagopsis taxiformis (Delile) Trevis. Erythrotrichia carnea (Dillwyn) J. Agardh Ordem Gigartinales Sahlingia subintegra (Rosenv.) Kornmann Família Caulacanthaceae Ordem Bangiales Catenella caespitosa (Wither.) L. M. Irvine in Parke& Família Bangiaceae Dixon Bangia atropurpurea (Roth) C. Agardh Família Choreocolaceae Porphyra acanthophora E.C.Oliveira & Coll Dawsoniocolax bostrychiae (A.B.Joly& Yam.-Tomita) var. acanthophora A.B. Joly & Yam.-Tomita Porphyra acanthophora E.C.Oliveira & Coll Família Gigartinaceae var. brasiliensis E.C.Oliveira & Coll Chondracanthus acicularis (Roth) Fredericq Porphyra spiralis E.C.Oliveira & Coll var. amplifolia Chondracanthus teedei (Mertens ex Roth) Fredericq Porphyra spiralis E.C.Oliveira & Coll var. spiralis Família Hypneaceae Classe Florideophycidae Hypnea cervicornis J. Agardh Ordem Acrochaetiales Hypnea musciformis (Wulfen in Jacqu.) J. V. Lamour. Família Acrochaetiaceae Hypnea spinella (C. Agardh) Kützing Acrochaetium agardhiellae A.B. Joly & Cord.- Mar. Família Peyssonneliaceae Acrochaetium elegans (Drew) Papenfuss Peyssonnelia capensis Mont. Acrochaetium flexuosum Vickers Família Phyllophoraceae Acrochaetium globosum Borgesen Gymnogongrus griffithsiae (Turner) Mart. Acrochaetium hallandicum (Kylin) Hamel Família Solieriaceae Acrochaetium microscopicum ( Nägeli ex Kütz.) Nägeli Solieria filiformis (Kütz.) P.W. Gabrielson Ordem Palmariales Ordem Plocamiales Família Rhodothamniellaceae Família Plocamiaceae Rhodothamniella codicola (Borgesen) Bidoux & F.Magne Plocamium brasiliense (Grev. in J.St.-Hil.) Ordem Corallinales M.Howe & W.R.Taylor Família Corallinaceae Ordem Halymeniales Subfamília Melobesioideae Família Halymeniaceae Neogoniolithon mamillare (Harv.) Setch.& L.R.Mason Cryptonemia crenulata (J.Agardh) J. Agardh Pneophyllum fragile Kütz. Cryptonemia delicatula A.B.Joly& Cordeiro in Joly et al Subfamília Corallinoideae Cryptonemia seminervis (C. Agardh) J. Agardh Arthrocardia flabellata (Kütz.) Manza Grateloupia cuneifolia J.Agardh Arthrocardia gardneri Manza Grateloupia dichotoma J.Agardh Corallina officinalis L. Grateloupia doryphora (Mont.) M. Howe Haliptilon subulatum (Ellis & Solander) Johansen Grateloupia filicina ( J. V. Lamour.) C. Agardh Jania adhaerens J. V. Lamour. Grateloupia sp. Jania capillacea Harv. Halymenia elongata C. Agardh Jania prolifera A.B.Joly Halymenia rosea Howe & W. R. Taylor Jania rubens (L.) J. V. Lamour Ordem Gracilariales Subfamília Amphiroideae Família Gracilariaceae Amphiroa beauvoisii J. V. Lamour. Gracilaria caudata J. Agardh Amphiroa brasiliana Decne. Gracilaria cervicornis (Turner) J. Agardh Amphiroa fragilissima (L.) J. V. Lamour. Gracilaria domingensis (Kütz.) Sond. ex Dickie Ordem Gelidiales Gracilaria lacinulata (H. West in Vahl) M. Howe Família Gelidiaceae Gracilariopsis lemaneiformis (Bory) E.Y.Dawson, Gelidium crinale (Turner) Gaillon Acleto et Foldvik Gelidium floridanum W.R. Taylor Gracilaria mammillaris (Mont.) M. Howe Gelidium pusillum (Stackh.) Le Jolis var. pusillum Gracilaria tepocencis (E.Y.Dawson) E.Y. Dawson Gelidium spinosum (S.Gmel.) P.C.Silva Gracilariopsis tenuifrons ( C. J. Bird & E. C. Oliveira) Pterocladiella caerulescens (Kütz.) Santel.& Hommers Fredericq & Hommers Pterocladiella capillacea (S.G.Gmel.) Santel. & Hommers Ordem Rhodymeniales Família Gelidiellaceae Família Champiaceae Gelidiella trinitatensis W. Taylor Champia minuscula A.B. Joly & Ugadim Ordem Hildenbrandiales Champia parvula ( C. Agardh) Harv. Família Hildenbrandiaceae Champia salicornioides Harv. Hildenbrandia rubra (Sommerf.) Menegh. Champia vieillardii Kütz. Ordem Nemaliales Gastroclonium parvum ( Hollemberg) Cheng & Xia

6. FITOBENTOS 43 Família Rhodymeniaceae Herposiphonia secunda (C. Agardh) Ambronn f. Gelidiopsis planicaulis ( W.R. Taylor) W. R. Taylor tenella ( C. Agardh) M. J. Wynne Gelidiopsis variabilis (Grev.ex J. Agardh) F. Schmitz Laurencia flagellifera J. Agardh Gelidiopsis sp. Laurencia obtusa (Hudson) Lamour. var.densa Yamada Rhodymenia pseudopalmata ( J. V. Lamour) P. C. Silva Laurencia obtusa (Hudson) Lamour. var. obtusa Ordem Ceramiales Laurencia papillosa ( C. Agardh) Grev. Família Ceramiaceae Laurencia perforata (Bory) Mont. Aglaothamnion cordatum (Borgesen) Feldm.-Maz. Laurencia sp. Aglaothamnion felliponei (M. Howe) Aponte, D. L. Lophocladia trichoclados (C. Agardh) Schmitz. Ballant. & J. N. Norris Murrayella periclados (C.Agardh) F.Schmitz Aglaothamnion uruguayense (W. R. Taylor) Aponte, Ophidocladus simpliciusculus ( P.Crouan & H.Crouan) D.L. Ballant & J. N. Norris Falkenberg Anothrichium tenue ( C. Agardh) Nägeli Polysiphonia decussata Hollenberg Centroceras clavulatum ( C. Agardh in Kunth) Mont. Polysiphonia denudata ( Dillwyn) Grev.ex Harv. in Ho in Durieu de Maisonneuve Polysiphonia ferulacea Surh ex J. Agardh Centrocerocolax ubatubensis A.B.Joly Polysiphonia havanensis Montagne Ceramium brasiliense A.B. Joly Polysiphonia howei Hollenb. in W.R.Taylor Ceramium brevizonatum H. E. Petersen var. Polysiphonia scopulorum Harv. var. villum ( J. Agardh) caraibicum H. E. Petersen & Borgesen Hollenb. Ceramium codii ( H. Richards) Maz. Polysiphonia sphaerocarpa Borgesen Ceramium comptum Borgesen Polysiphonia subtilissima Mont. Ceramium dawsonii A.B. Joly Polysiphonia tepida Hollenb. Ceramium deslongchampii Chauv.ex Duby Polysiphonia tongatensis Harv.ex Kütz. Ceramium diaphanum ( Lightf.) Roth Polysiphonia sp. Ceramium flaccidum ( Kütz.) Ardiss. Pterosiphonia parasitica (Huds.) Falkenb. Ceramium luetzelburgii O. C. Schmidt Pterosiphonia parasitica (Huds.) Falkenb. var. Ceramium strictum Harvey australis A. B.Joly & Cord.-Mar. Ceramium tenerrimum (G. Martens) Amura Pterosiphonia pennata (C. Agardh) Falkenb. Ceramium vagans P.C.Silva Ceramium sp. 1 DIVISÃO PHAEOPHYTA Ceramium sp. 2 Ordem Ectocarpales Gymnothamnion elegans (Schousb. ex C. Agardh) Família Ectocarpaceae J.Agardh Acinetospora crinita (Charm. ex Harve in Ho ) Pleonosporium polystichum Oliveira Kornmann Spermothamnion nonatoi A.B.Joly Bachelotia antillarum ( Grunov) Gerloff Spyridia clavata Kütz. Feldmannia irregularis (Kütz.) Hamel Spyridia filamentosa (Wulfen) Harv. in Ho Feldmannia simplex (H.Crouan & P. Crouan) Hamel Spyridia hypnoides (Bory in Belanger) Papenf. Hincksia breviarticulata (J.Agardh) P.C. Silva Wrangelia argus (Mont.) Mont. Hincksia conífera (Boergesen) P.C. Silva Família Dasyaceae Hincksia mitchelliae (Harv.) P. C. Silva Dasya sp. Ordem Chordariales Dasya brasiliensis E. C. Oliveira & Y. Braga Família Ralfsiaceae Dasya corymbifera J. Agardh Ralfsia expansa (J.Agardh) J.Agardh Dasya elongata Sond. Família Chordariaceae Família Delesseriaceae Levringia brasiliensis (Mont.) A.B.Joly Caloglossa leprieurii (Mont.) G. Martens Ordem Scytosiphonales Caloglossa ogasawaraensis Okamura Família Chnoosporaceae Crytopleura ramosa (Hudson) Kylin ex L.Newton Chnoospora minima (K.Hering) Papenf. Taenioma perpusillum (J. Agardh) J. Agardh Família Scytosiphonaceae Família Rhodomelaceae Colpomenia sinuosa (Roth) Derbès & Solier Acanthophora spicifera (Vahl) Borgesen Petalonia fascia (O.F.Müll) Kuntze Bostrychia calliptera (Mont.) Mont. Rosenvingea intricata (J.Agardh) Borgesen Bostrychia montagnei Harvey Rosenvingea sanctae-crucis Borgesen Bostrychia moritziana ( Sond. ex Kütz.) J. Agardh Ordem Sphacelariales Bostrychia pinnata J.Tanaka & Chihara Família Sphacelariaceae Bostrychia radicans (Mont.) Mont. in Orbigny Sphacelaria brachygonia Mont. Bostrychia radicans (Mont.) Mont. in Orbigny f. radicans Sphacelaria rigidula Kütz. Bostrychia scorpioides (Hudson) Montagne var. Sphacelaria tribuloides Menegh. montagnei (Harvey) Post. Ordem Dictyotales Bostrychia tenella (J. V. Lamour.) J. Agardh Família Dictyotaceae Bryocladia cuspidata ( J. Agardh) de Toni Dictyopteris delicatula J. V. Lamour. Bryocladia thyrsigera (J. Agardh) F. Schmitz in Falkenb. Dictyopteris plagiogramma (Mont.) Vickers Chondria atropurpurea Harv. Dictyota cervicornis Kütz. Chondria polyrhisa Collins& Herv. Dictyota ciliolata Sond.ex Kütz. Chondria sp. Dictyota dichotoma (Hudson) Lamour. Herposiphonia secunda (C. Agardh) Ambronn f. secunda Dictyota jamaicensis W.Taylor

44 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Dictyota mertensii (Martius) Küetzing Bryopsis pennata J. V. Lamour. var. pennata Lobophora variegata (J.V.Lamour.) Womersley ex E. Bryopsis pennata J. V. Lamour. C. Oliveira Bryopsis plumosa (Huds.) C. Agardh Padina antillarum (Kütz.) Picc. Derbesia marina (Lyngb.) Solier Padina gymnospora (Kütz.) Sond. Família Codiaceae Spatoglossum schroederi ( C. Agardh) Kütz. Codium decorticatum (Woodw.) M. Howe Stypopodium zonale (Lamour.) Papenfuss Codium intertextum Collins& Herv. Ordem Fucales Codium isthmocladum Vickers Família Sargassaceae Codium taylorii P.C. Silva Sargassum cymosum C. Agardh var. cymosum Família Caulerpaceae Sargassum filipendula C. Agardh var. filipendula Caulerpa fastigiata Mont. Sargassum filipendula C. Agardh var. laxum J. Agardh Caulerpa racemosa ( Forkssal) J. Agardh var. Sargassum furcatum Küetzing macrophysa (Sond. ex Kütz.) W.R. Taylor Sargassum stenophyllum Mart. Caulerpa racemosa ( Forkssal) J. Agardh var. peltata Sargassum vulgare C. Agardh var.vulgare (J.V.Lamour.) Eubank Caulerpa racemosa ( Forkssal) J. Agardh var. racemosa DIVISÃO CHLOROPHYTA Caulerpa sertularioides (S. G. Gmel.) M. Howe Classe Ulvophyceae Família Udoteaceae Ordem Ulvales Avrainvillea elliotii A. Gepp & E. Gepp Família Gayraliaceae Boodleopsis pusilla (Collins) W. R. Taylor, A. B. Gayralia oxysperma (Kütz.) K.L.Vinogr. ex Joly,& Bernat. Scagel et al. Ordem Dasycladales Família Monostromataceae Família Polyphysaceae Blidingia marginata ( J. Agardh) P. Dang.ex Acetabularia calyculus J.V. Lamour. in Quoy & Bliding Gaimard Família Ulvaceae Acicularia schenckii (K.Möbius) Solms Enteromorpha clathrata (Roth) Grev. Enteromorpha compressa (L.) Nees DIVISÃO CYANOPHYTA Enteromorpha flexuosa (Wulfen) J. Agardh subsp. Lyngbya sp. flexuosa Microcoleus sp. Enteromorpha flexuosa (Wulfen) J. Agardh subsp. paradoxa (C. Agardh) Bliding DIVISÃO CHRYSOPHYTA Enteromorpha lingulata J. Agardh Classe Xanthophyceae Enteromorpha linza (L.) J. Agardh Ordem Vaucheriales Enteromorpha muscoides (Clemente) Cremades Família Vaucheriaceae Ulva fasciata Delile Vaucheria sp. Ulva lactuca L. Ulva rigida C. Agardh DIVISÃO ANTHOPHYTA Família Ulvellaceae Classe Monocotyledones Entocladia viridis Reinke Família Cymodoceaceae Ordem Cladophorales Halodule wrightii Aschers Família Anadyomenaceae Anadyomene stellata (Wulfen in Jacq.) C. Agardh Família Cladophoraceae Chaetomorpha aerea ( Dillwyn) Kütz. Chaetomorpha antennina (Bory) Kütz. Chaetomorpha brachygona Harv. Chaetomorpha gracilis Kütz. Chaetomorpha minima Collins& Herv. Chaetomorpha nodosa Kütz. Cladophora brasiliana G. Martens Cladophora coelothrix Kütz. Cladophora corallicola (Borgesen) Cladophora motagneana Kütz. Cladophora prolifera (Roth) Kütz. Cladophora rupestris ( Linnaeus) Kütz. Cladophora vagabunda (L.) C. Hoek Rhizoclonium africanum Kütz. Rhizoclonium riparum (Roth) Kütz. ex Harv. Rhizoclonium tortuosum (Dillwyn) Kützing Família Siphonocladaceae Cladophoropsis membranacea (C.Agardh) Borgesen Ordem Bryopsidales Família Bryopsidaceae Bryopsis corymbosa J. Agardh

6. FITOBENTOS 45 46 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 7. Zoobentos de substrato consolidado

Andrea de Oliveira Ribeiro Junqueira (Instituto de Biologia, UFRJ) Helena Passeri Lavrado (Instituto de Biologia, UFRJ) Mariana de Sá Viana (Instituto de Biologia, UFRJ) Mariana Mayer Pinto (Instituto de Biologia, UFRJ)

O levantamento de dados pretéritos revelou uma escassez de trabalhos relativos ao zoobentos de substrato consolidado na baía de Sepetiba. Os trabalhos mais antigos datam das décadas de 50 e 60 (1,2,3). A maioria dos estudos é recente, com abordagens pouco abrangentes no que diz respeito às áreas amostradas ou aos grupos estudados.

Considerando-se as informações contidas em apenas 11 trabalhos publicados, 3 teses de Doutorado, 1 dissertação de Mestrado, 6 monografias de Bacharelado, 3 resumos publica- 7dos em congressos e 5 relatórios de impacto ambiental, existem 133 espécies identificadas e registradas do zoobentos de substrato consolidado para a baía de Sepetiba (Anexo 7.1). O baixo número de espécies parece estar diretamente relacionado à escassez de trabalhos realizados na área. A qualidade dos dados disponíveis também é extremamente variável, sendo praticamente impossível a revisão dos mesmos (excetuando algumas atualizações de nomenclatura, que foram realizadas).

Dos 29 trabalhos analisados, 15 são de cunho taxonômico, sendo os demais de cunho ecológico (Tabela 7.1). Apenas 4 dos 15 trabalhos de cunho taxonômico são especificamente relacionados à baía de Sepetiba (6, 7, 9, 18). A maioria é composta por contribuições, listas e revisões reali- zadas para todo o litoral brasileiro, de onde as informações sobre registros para a baía de Sepetiba foram compiladas (1, 3, 4, 5, 11, 13, 15, 17, 19). Dois trabalhos referem-se à verificação do “status” taxonômico de Crassostrea rhizophorae e Crassostrea brasiliana através da técnica de eletroforese de enzimas, tendo como uma das estações de coleta a baía de Sepetiba (28, 29).

Dois grupos do zoobentos de substrato consolidado apresentaram um número expressivo de registros para a baía de Sepetiba, considerando o número de espécies assinaladas para o litoral brasileiro: Porifera (25 espécies) e Anthozoa (19 espécies). Das 25 espécies de esponjas registradas para a área, 11 têm alguma aplicação farmacológica como, por exemplo, a espécie Tedania ignis. Esta espécie, juntamente com Chondrilla nucula, também presente na área, são conside- radas espécies sensíveis à poluição, podendo ser utilizadas como bioindicadoras (26). Deve-se ressaltar a ocorrência da espécie Tetilla radiata na região de Itacuruçá, espécie esta citada, até o momento, apenas para o estado do Rio de Janeiro (26).

Os números de espécies de Bivalvia, Gastropoda, Polychaeta, Decapoda e Ophiuroidea registrados para o substrato consolidado na baía de Sepetiba devem ser analisados com cautela. Algumas espécies desses grupos, citadas no presente relatório, ocorrem em manguezais (e.g. Aratus pisoni, Cardisoma guanhumi, Sesarma rectum, Uca leptodactyla, Uca maracoani, Uca rapax); outras estão associadas a macroalgas (e.g. Ophiactis brasiliensis, Ophiactis savignyi, Ophiactis lymani, Pilumnus dasypodus, Epialtus brasiliensis) e algumas podem ocorrer tanto em substratos con- solidados quanto em não consolidados (e.g. Luidia brasiliensis, Oreaster reticulatus). Como o objetivo final deste levantamento é uma lista exaustiva das espécies que ocorrem na baía de Sepetiba, optou-se por incluí-las. Alguns grupos conspícuos em substratos consolidados, como os Ectoprocta e Ascidiacea, estão pouco representados com, respectivamente, 6 e 9 espécies registradas. Da mesma forma, apenas 9 espécies de hidrozoários bentônicos foram registradas.

7. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO CONSOLIDADO 47 Para a grande maioria dos grupos citados, não existem dados confiáveis em relação a possíveis introduções de espécies na área da baía de Sepetiba. Entretanto, dentre as onze espécies de Cirripedia citadas para a região, sabe-se que Megabalanus coccopoma é uma espécie oriunda do Pacífico Oriental e introduzida no litoral sul e sudeste brasileiro. Várias espécies de Cirripedia cosmopolitas ou circunglobais como Balanus trigonus, B. improvisus, B. amphitrite, B. eburneus, B. venustus e Megabalanus tintinnabulum parecem ter sido introduzidas há muito tempo atrás (30) e se encaixam na categoria de espécies criptogênicas.

A maior parte dos trabalhos referentes aos substratos consolidados foi realizada em áreas com maior circulação de água na baía, em particular nas ilhas de Itacuruçá, Jaguanum e Guaíba, por onde passa o canal de navegação que leva ao Porto de Sepetiba, e na localidade de Ibicuí, no continente. Há, também, alguns registros pontuais para a Ilha da Marambaia e para as localida- des de Guaratiba e Sepetiba. Não foram encontrados registros de espécies para uma extensa área com presença de substrato consolidado, que vai de Mangaratiba até Conceição do Jacareí.

Dentre as áreas da baía de Sepetiba abrangidas pelos trabalhos analisados, três apresentaram um maior registro de espécies: Itacuruçá, Ibicuí e Guaíba (Figura 7.1). Convém destacar que o mapa de distribuição de riqueza específica representa os dados obtidos em momentos e esforços amostrais distintos. A maior riqueza de espécies parece estar diretamente relaciona- da ao maior número de trabalhos realizados nestas áreas. Cabe ressaltar que, na Ilha Guaíba, a riqueza da área foi avaliada através de painéis artificiais, comumente utilizados em estudos de bioincrustação. No restante da baía de Sepetiba, que compreende a maior parte de sua área, predominam substratos não consolidados (fundos arenosos e lodosos) e águas turvas (com grande quantidade de sedimento em suspensão), com salinidade variável (20-34S). Estas condições não são favoráveis à grande maioria dos organismos de substratos consoli- dados, principalmente poríferos, cnidários, ascídias e briozoários. As ascídias, em particular, são sensíveis tanto às baixas salinidades quanto à maior turbidez (31). Por sua vez, os Ectoprocta (briozoários) parecem ser mais sensíveis à intensa sedimentação sobre os costões (32). A porção mais interna da baía foi considerada uma região muito pobre em equinodermos, devido à baixa salinidade, à reduzida circulação de água e à presença de sedimentos finos, algumas vezes ricos em matéria orgânica em decomposição (4,5).

Os únicos trabalhos que apresentam informações sobre a variação temporal do zoobentos de substrato consolidado na região foram realizados em Guaratiba (16) e na Ilha Guaíba (27). Esses dois estudos acompanharam o desenvolvimento de comunidades incrustantes em painéis artificiais, mas por um período curto de tempo, impossibilitando o estabelecimento de padrões temporais definidos.

Portanto, considerando-se a escassez de dados sobre a estrutura das comunidades de substrato consolidado na baía de Sepetiba, evidenciada no presente relatório, torna-se extremamente rele- vante a realização de estudos básicos sobre a composição e distribuição espacial dos organis- mos em questão, com o intuito de subsidiar programas de monitoramento, visando a detecção de possíveis introduções de espécies bentônicas na região.

48 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos cies que foram individualizadas,

é

a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

na ba

Substrato Consolidado

fico).

í

Zoobentos de

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Figura 7.1.

7. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO CONSOLIDADO 49 continua

baixa

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o consolidado

o consolidado

o consolidado o consolidado

o consolidado

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a de Sepetiba

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a de Sepetiba

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Observações

- inclui substrato n

ba

- inclui substrato n

- inclui substrato n

Guaratiba, Ilha Grande

- inclui substrato n

- inclui substrato n

- regi

- pontos n

Guaratiba

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Guaratiba, ba

- inclui substrato n

o e aspectos metodol

çã

is artificiais (madeira)

is artificiais (madeira)

é

é

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

Tema Abordagem Metodologia/Coletor

taxonomia qualitativa livre mergulho - inclui substrato n

taxonomia qualitativa livre mergulho - pontos n Porifera Praia do Calhau, Laje das Caldas

metal pesado - pouco acima da linha da mar taxonomia

taxonomia qualitativa - inclui substrato n

taxonomia qualitativa livre mergulho - pontos n Cnidaria Guaratiba, ba

1 taxonomia - pontos n

1 taxonomia - pontos n

Zoobentos de Substrato Consolidado

e o

D15 Porifera - regi

D15, H15, A16, A17, C13, D7, F12, F13, A16, D15, H15, G11, G12, G13, F14, L8, K8, K9, J9, J10, G11,

J12, I10, I11, H11 J12, I10, I11,

O2C D15, C8, C9, F4, F12, F13, G2, G12, G13,

da coleta

de museu Crustacea e Ponta de Guaratiba

de coleta

de museude museu Echinodermata qualitativa Echinodermata qualitativa Guaratiba, ba da ba

de museu Echinodermata Guaratiba

1975-1979 F27, B14, B15, B16, C14, C15, C16, D14,

1983- 1984 B14, D14, C15 ecologia quantitativa pain

de coleta Cnidaria qualitativa - inclui substrato n

(3 meses) material B14, B15, B16, C14, C15, C16, D14, D15

s/data de coleta 1982-1983 B14, D6 ecologia quantitativa pain

1979-1982 B14, B15, B16, C13, C14, C15, C16, D14, de museu Porifera

o dos estudos sobr

çã

(1984) sem data B14, B15, B16, C14, C15, C16, D14, D15

et al.

Rela

et al.

dio (1989)

ó

Tabela 7.1. Tabela

* Figura 1.2

Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

[1] Castro (1955) material taxonomia qualitativa - pontos n

[2] Costa (1962) sem data ecologia qualitativa - pontos n

[3] Brito (1968) materialA17, D7, L8, K8, K9, J9, J10, I10, I1 A16, (1970)Tommasi [5] material D7, L8, K8, K9, J9, J10, J12, I10, I1

[4] Tommasi (1970)Tommasi [4] material taxonomia qualitativa - pontos n [6] Pires (1979) 1979 B14, B15, B16, C14, C15, C16, D13, D14,

[7] Coelho (1980)

[8] Lima (1983) 1982A17 A16, ecologia quantitativa coleta manual - mangue [10] Cerdeira (1985)

[9] Mattos

[11] Cust [11]

[12] Junqueira

(1989) 1986-1987 [13] Castro (1990)

50 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos a

í

s

é

sp.)

a de Sepetiba

a de Sepetiba

a de Sepetiba

a de Sepetiba

í

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o entremar

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o localizados: Ba

o consolidado

o consolidado

o consolidado

o consolidado

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Sargassum Sargassum

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s

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o localizados: Barra de

o localizados: Ilha Grande

o localizados: Barra de

o localizados: Ba

o localizados: Ba

o localizados: Ba

o localizados: Ba

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Observações

- pontos n - pontos de coleta n

- inclui substrato n - regi - pontos n

Guaratiba

- pontos n

- regi

- pontos n

- inclui substrato n

- infralitoral e na regi

- inclui substrato n

o e aspectos metodol

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nomo; - pontos n

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é

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tica coleta manual - regi

tica coleta manual Guaratiba

é

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Tema Abordagem Metodologia/Coletor

ecologia quantitativa pain

Cnidaria coleta manual. de Sepetiba

metal pesado - inclui substrato n

qu ecologia quantitativa pain

gen

gen

Zoobentos de Substrato Consolidado

e o

D15, C8, F12, F13, G12, G13

J12, I10, I1 D7, B11, B12, L8, K8, K9, J9, J10, D7, B11,

o fez coleta

o fez coletafez o B14, B15, B16, C14, C15, C16, D14,

o fez coleta o fez coletafez o O1C, O2C, O1, O2, N1, N1C, N2C,

ã

ã

ã ã

da coleta

1984-1992 taxonomia qualitativa livre e aut mergulho

1992 H32, I32, I33, I34, G30

de museu Crustacea sem dataA17, B15, B16 A16, taxonomia quantitativa - em

de coleta Crustacea

de museu Crustacea

n 1992 D7 ecologia quantitativa - fauna associada ( n

n

s/data de coleta mat. de museu 1991-1992 G5, G6, G7, F6, F7 1997-1999 E26, F26, F27, G ecologia qualitativa mergulho livre; - inclui substrato n

1996 B14 ecologia qualitativa aut mergulho

o dos estudos sobr

çã

Rela

o

çã

chy (1996)

é

continua

Fontes Períodos Localização (quadrículas)*

[14] MULTISERVICE (1990) sem data de coleta [15] Migotto (1993)

[16] Skinner (1993)

[17] Young (1993)Young [17] material B14, D6, D7 taxonomia qualitativa

[18] Oshiro (1994)

[19] Young (1994)[19] Young material B14, D6 taxonomia qualitativa

[20] Batalha & Wallner-[20] Batalha & 1994-? Ecologia qualitativa - Kersanach (1995)

[21] GAIA (1996) [22] Sz [23] SEMA (1997)

[24] ECOLOGUS (1998) [25] NATRONTEC n (1998) P1, P1C, P2, P3 [26] Muricy & Silva

(1999) [27] Nassar & Silva (1999) [28] Di Ciero (2000)

[29] Ignacio (2000)

* Figura 1.2

Tabela 7.1. Tabela

7. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO CONSOLIDADO 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Zoobentos de Substrato Consolidado

1. Castro, A.L. (1955). Contribuição ao conhecimento dos 15. Migotto, A. E. (1993). Hidróides (Hydrozoa, Cnidaria) crustáceos da ordem Stomatopoda do litoral brasileiro marinhos bentônicos da região costeira do Canal de São (Crustacea, Hoplocarida). Bolm Mus. Nac., Rio de Ja- Sebastião, SP. Tese de Doutorado em Zoologia, Uni- neiro, 128:1-68. versidade de São Paulo. 258 pp. 2. Costa, H.R. (1962). Note preliminaire sur les 16. Skinner, L.F. (1993). Estudo das comunidades peuplements intercotidaux de substrat dur du littoral incrustantes e perfurantes do Canal do Bacalhau, de Rio de Janeiro. Rec. Trav. St. Mar. End., 27 (42): Guaratiba, RJ. Monografia de Bacharelado em Biolo- 197-207. gia Marinha, UFRJ. 82 pp. 3. Brito, I. M. (1968). Asteróides e equinóides do Estado 17. Young, P.S. (1993). The Verrucomorpha and da Guanabara e adjacências. Bolm Mus. Nac., N.S., Rio Chthamaloidea from the Brazilian coast (Crustacea: de Janeiro, 260: 1-37. Cirripedia). Rev. Bras. Biol., 53 (2): 255-267. 4. Tommasi, L.R. (1970a). Lista dos Asteróides recentes 18. Oshiro, L.M.Y., Silva, R. & Porchat, R.F. (1994). Estu- do Brasil. Contrções Inst. oceanogr. Univ. S Paulo, sér do preliminar da composição dos crustáceos braquiúros Ocean. Biol., 18: 1-61. do manguezal de Itacuruçá - Coroa Grande (RJ). Res. XX Congres. Bras. Zool.: 16. 5. Tommasi, L.R. (1970b). Os Ofiuróides recentes do Bra- sil e de regiões vizinhas. Contrções Inst. oceanogr. Univ. 19. Young, P.S. (1994). Superfamily Balanoidea Leach S Paulo, sér Ocean. Biol., 20: 1-146. (Cirripedia, Balanomorpha) from the Brazilian coast. Bolm Mus. Nac., 356:1-36. 6. Pires, D.O. (1979). Distribuição dos poríferos da Ilha de Itacuruçá (Baía de Sepetiba - RJ). Monografia de 20. Batalha, F. & Wallner-Kersanach, M. (1995). Bacharelado, Faculdade de Ciências Biológicas, Uni- Monitoramento biológico: Análise da concentração de versidade Estadual do Rio de Janeiro. 67pp. metais pesados em moluscos bivalves na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil. Res. VI Congres. 7. Coelho, E.P. (1980). Poríferos da Baía de Sepetiba (Rio Latinoamer. Cienc. Mar., Mar del Plata - Argentina.: 29. de Janeiro - Brasil). Dissertação de Mestrado, Museu Na- cional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 87 pp. 21. GAIA Engenharia ambiental Ltda, 1996. Terminal de exportação de minério do Porto de Sepetiba. EIA/ 8. Lima, N.R.W. (1983). Concentração de metais em uma RIMA, Ferteco, RJ. população de Mytella guyanensis (Lamarck) da Baía de Sepetiba (RJ). Monografia de Bacharelado, Instituto de 22. Széchy, M.T.M., 1996. Estrutura de bancos de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 28 Sargassum (Phaeophyta - Fucales) do litoral dos esta- pp. dos do Rio de Janeiro e São Paulo. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 9. Mattos, M.R.V., Barros, T.J.M., & Belem, M.J.C. (1984). Anemofauna (Cnidaria, Anthozoa, Actiniaria) 23. SEMA- Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secreta- da Ilha de Itacuruçá e arredores, Baía de Sepetiba, Rio ria de Estado de Meio Ambiente (1997). Caracteriza- de Janeiro. Res. XI Congres. Bras. Zool.: 422. ção e diagnóstico das comunidades bióticas marinhas da Baía de Sepetiba. In: Macroplano de gestão e sanea- 10. Cerdeira, E.M. (1985). Estudo preliminar dos organis- mento ambiental da Baía de Sepetiba, Relatório R-5, mos perfurantes de madeira da Baía de Sepetiba. Tomo I, Vol. III, SEMA, Rio de Janeiro. Monografia de Bacharelado, Instituto de Biologia, Uni- versidade Federal do Rio de Janeiro. 110 pp. 24. ECOLOGUS Engenharia Consultiva Ltda (1998). Ter- minal Multimodal de Coroa Grande. EIA. 11. Custódio, M.R. (1989). Esponjas córneas do Rio de Ja- neiro. Monografia de Bacharelado, Instituto de Biolo- 25. NATRONTEC (1998). Diagnóstico ambiental - EIA/ gia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 75 pp. Angra 2. 12. Junqueira, A.O.R., Silva, S.H.G. & Silva, M.J.M. 26. Muricy, G. & Silva, O.C. (1999). Esponjas marinhas (1989). Avaliação da infestação e diversidade de do Estado do Rio de Janeiro: um recurso renovável Teredinidae (Mollusca - Bivalvia) ao longo da costa do inexplorado. In Silva, S.H.G. & Lavrado, H.P. (eds.). Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Ecologia dos Ambientes Costeiros do estado do Rio de Cruz, 84 (4): 275-280. Janeiro. Série Oecologia Brasiliensis, 155-178. Univer- sidade Federal do Rio de Janeiro. 13. Castro, C.B. (1990). Revisão taxonômica dos Octocorallia (Cnidaria, Anthozoa) do litoral Sul-Ame- 27. Nassar, C.A.G. & Silva, S.G.H. (1999). Comunidade ricano: da foz do Rio Amazonas à foz do Rio da Prata. incrustante em quatro profundidades na Ilha Guaíba – Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. 343 pp. Rio de Janeiro (Brasil). In Silva, S.H.G. & Lavrado, H.P. (eds.). Ecologia dos Ambientes Costeiros do esta- 14. MULTISERVICE (1990) - Pólo Petroquímico do Rio de do do Rio de Janeiro. Série Oecologia Brasiliensis, 195- Janeiro, Obras de infra-estrutura básica EIA, Vol. III. 211. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

52 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 28. Di Ciero, G.F. (2000). Genética populacional de ostras invertebrados marinhos, 209-216. FAPESP, São Paulo. (Crassostrea rhizophorae e C.brasiliana) do litoral bra- 31. Rodrigues, S.A., Lotufo, T. & Rocha, R.M. (1999). sileiro. Monografia de Bacharelado, Instituto de Biolo- Ascidiacea. In Migotto, A.E. & Tiago, C.G. (editores), gia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese 29. Ignacio, B.L., Absher, T. M., Lazoski, C. & Solé-Cava, do conhecimento ao final do século XX, 3: A. M. (2000). Genetic evidence for the presence of two invertebrados marinhos, 287-292. FAPESP, São Paulo. species of Crassostrea (Bivalvia: Ostreidae) on the coast 32. Rocha, R.M. & d’Hont, J-L. (1999). Ectoprocta ou of Brazil. Mar. Biol., 136: 987-991. Bryozoa. In Migotto, A.E. & Tiago, C.G. (editores), 30. Rocha, C.E.F. (1999). Maxillopoda. In Migotto, A.E. & Tiago, Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese C.G. (editores), Biodiversidade do Estado de São Paulo, Bra- do conhecimento ao final do século XX, 3: sil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 3: invertebrados marinhos, 242-249. FAPESP, São Paulo.

ANEXO 7.1. Zoobentos de Substrato Consolidado: lista de espécies

FILO PORIFERA FILO CNIDARIA Classe Calcarea Classe Hydrozoa Ordem Sycettida Ordem Capitata Família Amphoriscidae Família Tubulariidae Leucilla aff. australiensis Ectopleura warreni (Ewer, 1953) Classe Demospongiae Ordem Calyptoblastea Ordem Astrophorida Família Sertularidae Família Geodiidae Sertularia marginata (Kirchenpauer, 1864) Geodia gibberosa Lamarck, 1815 Ordem Filifera Ordem Dendroceratida Família Eudendriidae Família Darwinellidae Eudendrium carneum Clarke, 1882 Aplysilla rosea (Barrois, 1876) Ordem Hydoida Darwinella cf. viscosa Família Clavidae Ordem Hadromerida Turritopsis nutricula Mccrady, 1859 Família Chondrillidae Ordem Proboscoida Chondrilla nucula Schmidt, 1862 Família Campanularidae Chondrosia reniformis Nardo, 1847 Obelia bidentata Clarke, 1875 Família Suberitidae Obelia dichotoma (Linnaeus, 1758) Suberites caminatos (Ridley & Dendy, 1886) Classe Anthozoa Suberites carnosus Ridley, 1884 Ordem Actiniaria Família Tethyidae Família Actiniidae Tethya maza Selenka, 1879 Anemonia sargassensis Hargitt,1908 Ordem Halicondrida Anemonia sulcata Pennant,1777 Família Axinellidae Anthopleura cascaia Corrêa, 1964 Pseudaxinella lunaecharta Ridley & Dendy, 1886 Anthopleura variamata Watzl, 1922 Ordem Poecilosclerida Bunodosoma caissarum Corrêa, 1964 Família Mycalidae Bunodosoma cangicum Corrêa, 1964 Lissodendoryx isodictyalis (Carter, 1882) Phyllactis flosculifera (Lesuer,1817) Mycale (Aegrogopila) angulosa (Duchassaing & Phyllactis praetexta (Dana, 1864) Michelotti, 1864) Família Aiptasidae Mycale (Carmia) microsigmatosa (Arndt, 1927) Aiptasia pallida (Verrill, 1864) Mycale senegalensis Levi, 1952 Ordem Gorgonacea Zygomycale parishii Bowerbank,1873 Família Acanthogorgiidae Família Tedaniidae Tripalea clavaria (Studer, 1878) Tedania ignis (Duchassing & Michelotti, 1864) Família Gorgoniidae Tedania vanhoffeni Hentschel, 1914 Leptogorgia setacea (Pallas, 1766) Ordem Spirophorida Lophogorgia punicea (Milne-Edwards & Haime, 1857) Família Tetillidae Ordem Scleractinia Tetilla radiata Selenka, 1879 Família Rhizangiidae Astrangia rathbuni Vaughang, 1906

7. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO CONSOLIDADO 53 Ordem Telestacea FILO ANNELIDA Família Clanurariidae Classe Polychaeta Carijoa riisei (Duchassaing & Michelotti, 1860) Ordem Canalipalpata Família Spionidae FILO MOLLUSCA Polydora ciliata (Johnston, 1838) Classe Bivalvia Ordem Arcoida FILO ARTHROPODA Família Arcidae Subfilo Crustacea Barbatia candida (Helbling, 1779) Classe Maxillopoda Barbatia dominguensis (Lamarck, 1819) Subclasse Cirripedia Ordem Limoida Ordem Thoracica Família Limidae Família Balanidae Limaria pellucida (C. B. Adams, 1846) Balanus amphitrite Darwin, 1854 Ordem Myoida Balanus eburneus Gould, 1841 Família Hiatellidae Balanus improvisus Darwin, 1854 Hiatella arctica (Linnaeus, 1767) Balanus trigonus Darwin, 1854 Família Myidae Balanus venustus Darwin, 1854 Sphenia antillensis Dall & Simpson, 1901 Megabalanus coccopoma (Darwin, 1854) Família Pholadidae Megabalanus tintinnabulum (Linnaeus, 1758) Martesia striata (Linnaeus, 1758) Família Chthamalidae Família Teredinidae Chthamalus bisinuatus Pilsbry, 1916 Bankia carinata (Gray, 1827) Chthamalus proteus Dando & Southward, 1980 Bankia fimbriatula Moll & Roch, 1931 Euraphia rhizophorae (Oliveira, 1940) Bankia gouldi (Bartsch, 1908) Família Tetraclitidae Lyrodus floridanus (Bartsch, 1922) Tetraclita stalactifera (Lamarck, 1818) Teredo bartschi Clapp, 1923 Classe Malacostraca Teredo furcifera Martens, 1894 Ordem Decapoda Teredo navalis Linnaeus, 1758 Família Gecarcinidae Ordem Mytiloida Cardisoma guanhumi Latreille,1825 Família Mytilidae Família Grapsidae Brachidontes solisianus (Orbigny, 1846) Aratus pisonii Milne-Edwards,1837 Modiolus carvalhoi Klappenbach, 1966 Chasmagnatus granulata Dana, 1851 Mytella charruana (Orbigny,1842) Goniopsis cruentata (Latreille, 1802) Mytella guyanensis (Lamarck, 1819) Metasesarma rubripes (Rathbun, 1897) Perna perna (Linnaeus, 1758) Sesarma rectum Randall, 1840 Ordem Ostreioda Família Majidae Família Ostreidae Acanthonyx petiverii Milne-Edwards, 1834 Crassostrea rhizophorae (Guilding,1828) Epialtus brasiliensis Dana, 1852 Ostrea equestris (Say, 1834) Família Ocypodidae Ordem Veneroida Uca leptodactyla Rathbun, 1898 Família Petricolidae Uca maracoani (Latreille, 1802-1803 Petricola typica (Jonas, 1844) Uca mordax (Smith, 1890) Família Ungulinidae Uca rapax (Smith, 1870) Phlyctiderma semiaspera (Philippi, 1836) Uca thayeri Rathbun, 1900 Classe Gastropoda Uca uruguayensis Nobili, 1901 Ordem Archaeogastropoda Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) Família Acmaeidae Família Porcellanidae Colisella subrugosa (Orbigny, 1846) Pachycheles monilifer (Dana, 1852) Família Trochidae Petrolisthes armatus (Gibbes, 1850) Tegula viridula (Gmelin, 1791) Família Xanthidae Ordem Neogastropoda Euripanopeus abbreviatus (Stimpson, 1860) Família Columbellidae Hexapanopeus caribbaeus (Stimpson, 1871) Anachis obesa Adams,1845 Panopeus herbstii Milne-Edwards, 1834 Mitrella argus Orbigny, 1842 Pilumnus dasypodus Kingsley, 1879 Família Muricidae Classe Malacostraca Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1758) Ordem Stomatopoda Trachipollia nodulosa (C.B. Adams, 1845) Família Squillidae Ordem Neotanioglossa Squilla brasiliensis Schmitt, 1940 Família Calyptralidae Crepidula aculeata (Gmelin, 1791) FILO ECTOPROCTA Família Cerithidae Classe Gymnolaemata Bittium varium (Pfeiffer, 1840) Ordem Cheilostomata Família Littorinidae Família Bugulidae Littorina angulifera (Lamarck, 1822) Bugula neritina Hastings, 1930 Littorina flava King & Broderip, 1832 Bugula turrita Osburn, 1932 Littorina lineolata D’ Orbigny, 1840 Família Schizoporellidae

54 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Schizoporella unicornis Osburn, 1933 Ordem Ctenostomata Família Vesiculariidae Zoobotryum pellucidum Ries & Schölzel, 1934

FILO ECHINODERMATA Classe Asteroidea Ordem Spinulosida Família Echinasteridae Echinaster brasiliensis Mueller & Troschel Ordem Platyasterida Família Luidiidae Luidia artenata (Say, 1825) Luidia senegalensis (Lamarck, 1816) Ordem Valvatida Família Oreasteridae Oreaster reticulatus (Linnaeus, 1758) Classe Ophiuroidea Ordem Família Amphiodia atra (Stimpon, 1852) Amphipholis januarii Ljungman, 1886 Amphipholis squamata (Delle Chiaje, 1829) Amphipholis subtilis Ljungman, 1867 Ophionereis dulia Clark, 1901 Família Ophiactidae Hemipholis elongata (Say, 1825) Ophiactis brasiliensis Manso, 1988 Ophiactis lymani Ljungman, 1871 Ophiactis savignyi (Mueller & Troschel, 1842) Família Ophiodermatidae Ophioderma appressa (Say, 1825) Família Ophiothricidae Ophiothrix violacea Muller & Troschel, 1842 Classe Echinoidea Ordem Echinoida Família Echinometridae Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758)

FILO CHORDATA Subfilo Urochordata Classe Ascidiacea Ordem Aplousobranchia Família Didemnidae Didemnum speciosum (Herdman, 1886) Diplosoma listerianum (Milne-Edwards, 1841) Ordem Phlebobranchia Família Ascidiidae Ascidia interrupta Heller, 1878 Ordem Stolidobranchia Família Styelidae Botrylloides nigrum (Herdman, 1886) Botryllus giganteum Aron & Sole-Cava, 1991 Styela partita (Stimpson, 1852) Styela plicata (Lesueur, 1823) Symplegma brakenhielmi (Michaelsen, 1904)

7. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO CONSOLIDADO 55 56 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 8. Zoobentos de substrato inconsolidado

Marcos Tavares (Museu de Zoologia, USP) Joel Braga de Mendonça Júnior (Instituto de Ciências Biológicas e Ambientais, USU)

Para a realização do levantamento das espécies de zoobentos de substrato inconsolidado da baía de Sepetiba foram aproveitadas todas as fontes bibliográficas disponíveis: resumos de congressos, colóquios e simpósios, teses e dissertações, relatórios técnicos, trabalhos publicados em periódicos nacionais e internacionais. A busca por bibliografia foi auxiliada por indexadores de bibliografia (Zoological Record, ASFA e Aquatic Science and Fisheries Abstracts). Foram incluídos, basicamente, os organismos da macrofauna. 8No presente relatório, foram contabilizados os trabalhos com referência vaga à localidade (e.g., “Caprella dilatata da baía de Sepetiba”). Por outro lado, não constam deste levanta- mento os trabalhos que fazem alusão à macrofauna bêntica das baías de Sepetiba e/ou Ilha Grande sem referência à táxons (e.g., “os crustáceos da baía de Sepetiba”).

Nomes, datas e autores de táxons, assim como os nomes de localidades foram re-copiados conforme a fonte bibliográfica original; foram feitas correções nos nomes dos táxons quando os erros de grafia eram evidentes. Quando a mesma espécie foi grafada de maneira dife- rente, reteve-se a grafia apropriada, mas não foi feita atualização nomenclatural.

Nas contagens de táxons foram consideradas todas as espécies binomiais (e.g., Amphipholis squamata) e todas as espécies morfológicas (e.g., Corbula sp.) desde que não houvesse outro representante do mesmo gênero (e.g., Corbula patagonica). Táxons do nível da fa- mília ou suprafamiliares não foram contados (e.g., Cirripedia).

O maior volume de dados concernente ao zoobentos de substrato inconsolidado da baía de Sepetiba provém de relatórios de monitoramento ambiental ou de resumos de congresso, de abrangência variável (Tabela 8.1).

As atividades de monitoramento ambiental, limitadas que são do ponto de vista geográfico e do tipo dos amostradores que utilizam (tipo Van Veen exclusivamente), acabam por trans- mitir uma visão tendenciosa da baía.

No que se refere ao zoobentos de substrato inconsolidado, o esforço amostral é bastante desigual no conjunto da baía de Sepetiba. As áreas mais bem amostradas correspondem às localidades onde são desenvolvidas atividades de monitoramento ambiental (F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6, I4, J4), nas proximidades da Ilha Guaíba.

O nível de identificação dos táxons encontrados é bastante variável de um relatório a ou- tro: p.e., Polychaeta, Magelonidae, Magelona sp., Magelona cincta. Assim sendo, a quantificação das espécies encontradas, no total e por região, fica comprometida e confu- sa. Quando apenas as espécies binomiais são consideradas, a tendência é de se subestimar a riqueza da fauna. Por outro lado, a inclusão indiscriminada de táxons supraespecíficos terá como resultado provável a superestimativa da riqueza faunística.

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 57 De acordo com os dados da literatura, 230 espécies do zoobentos de substrato inconsolidado foram registradas na baía de Sepetiba (Anexo 8.1). O conhecimento sobre a composição taxonômica e distribuição da macrofauna bêntica na baía revelou-se bastante insatisfatório e incoerente. Os dados refletem os (poucos) esforços alocados e não a realidade da baía.

No que se refere à composição taxonômica, o presente conjunto de dados está em contra- dição com o que se conhece de ambientes similares no Brasil e em outros países. Na baía, foram encontradas aproximadamente 123 espécies de moluscos, 70 de crustáceos, 30 de poliquetos e 5 de equinodermas. O número insignificante de espécies de equinodermas, por exemplo, não traduz a realidade da baía. Estes resultados refletem, tão somente, a disponibilidade de especialistas na ocasião da confecção das listagens faunísticas. Este tipo de discrepância é comum nos relatórios de monitoramento ambiental.

A qualidade dos dados de composição taxonômica é extremamente dependente da diversi- dade de petrechos utilizados nas coletas. Mais uma vez, torna-se evidente a visão tenden- ciosa que resulta das atividades de monitoramento ambiental, onde se utiliza exclusiva- mente amostradores do tipo Van Veen.

Os dados de distribuição geográfica também não são satisfatórios (Figura 8.1). O esforço de coleta é bastante heterogêneo no conjunto da baía. Em termos de extensão geográfica, os esforços de coleta concentram-se no entorno da baía (praias e mangues). As principais informações sobre a macrofauna bêntica correspondem à fauna da região entre marés; as coletas são esporádicas e limitadas, posto que, geralmente, são efetuadas manualmente. Praticamente não existem séries temporais. No que concerne à macrofauna bêntica sublitoral, a região melhor amostrada corresponde aos arredores da Ilha Guaíba (F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6, I4, J4), onde existem boas séries temporais (de 1995 a 2000).

Em alguns relatórios de monitoramento, foram identificadas e quantificadas conchas de moluscos mortos e vivos indistintamente. A inclusão de conchas roladas compromete seri- amente a compreensão da distribuição das espécies na baía.

Os dados quantitativos são extremamente escassos e basicamente limitados às informa- ções contidas nos relatórios de monitoramento ambiental. Via de regra, os dados quantita- tivos referem-se ao número de indivíduos por espécie. Este tipo de dado é bastante frágil, na medida em que falta tratamento taxonômico adequado para diversos grupos importan- tes (equinodermas, poliquetos, etc.). Verifica-se a ausência completa de informações sobre grupos funcionais (depositívoros, filtradores, etc.).

No que se refere a espécies introduzidas, Charybdis hellerii (A. Milne-Edwards, 1867) foi a única espécie do macrobentos de substrato inconsolidado registrada até o momento na literatura sobre a baía de Sepetiba.

58 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos cies que foram individualizadas,

é

a de Sepetiba (riqueza inclui esp

í

na ba

fico).

í

Zoobentos de Substrato Inconsolidado

vel espec

í

cies de

é

o identificadas em n

ã

o da riqueza de esp

çã

Distribui mesmo que n

Figura 8.1.

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 59 continua

qualitativa

qualitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa quali e quantitativa

qualitativa

quali e quantitativa

quantitativa

gicos.

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fica

fica

á

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fica

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çã

çã

çã

çã çã

o e aspectos metodol

çã

Tema Abordagem

taxonomia

reprodu

reprodu taxonomia, ecologia

reprodu reprodu

pesca

1,

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

a Sepetiba taxonomia

í

Localização (quadrículas)*

D11, D8, F5, K9D11, reprodu K9, D5, C15, I2C, H26, I23, J19, I18, E20, H23

I2C, H5 taxonomia

E14, E15, F5, H7, I13, J8, L8

G20, G21, G22, G23, G24, G25, H24, I22, H21, I30, I29, I28

D21, D20, D19, D18, D17, D16, E15, F14, G15, G16, G17, G18, G19,

H12, H13, H14, H15, H16, H17, H18, H19, H20, H21, H22

E15, E21, E22, E23, E24, F12, F13, F14, F15, F16, F17, F18, F23, F24, F25, G12, G13, G15, G19, G20, G23, G24, G25, G26, G27, G28, H1

C14, C15, D13, D14

Zoobentos de Substrato Inconsolidado

e o

1943, 1949, 1951, 1949, 1952-1954,

1952, 1956

1963, 1970, 1975

1949, 1952, 1971, 1977

1972, 1973 1966, 1967, 1969, 1971, 1980 E13, H29 taxonomia,distrib. geogr 1975-1980 H29, F25 1967 Ba

1977 J26, J25, J24, J23, J22, J21, J19, J18, J17, J16, I15, I14, H13, H14, H15,

1979,1980 C14, C15, D13, D14

1981 C15, C14, D14 reprodu

1981, 1982, 1983, 1982 C14, C15, D13, D14

o dos estudos sobr

(1988) 1978 C14, C15, C20, C21, D12, D13, D14, D21, D22, D23, E12, E13, E14,

çã

(1983) 1982 E23, E24 ecotoxicologia

(1986a) 1983, 1984, D13, D15, B18, F25, F26, G28, H29 E7, D11,

(1986b) 1983, 1984, 1985 D13, D14, D15, B18, C17, F25, F26, G28, H28, H29 E7, E8, D11,

a (1977)

a (1986)

ê

ê

et al.

Rela

et al.

et al.

et al.

o (1982)

ã

* Figura 1.2

[1] Brand

Tabela 8.1. Tabela Fontes Períodos da Coleta

[2] Gomes-Corr

[3] Gueron (1978) [4] Silva (1965) 1964 I23, I28, I29, I18, E20, H23 [5] Quitete (1977)

[9] Jablonski & Rodrigues (1981) [6] Silva-Brum (1977)

[8] Gomes-Corr

[7] Tomasi (1970)Tomasi [7] [10] Silva (1977) 1969 1976 I8, M2, L3 I13, I14 distrib. geogr

[11] Silva (1977)[11] 1976 H26, I23, J19, I18, E20, H23 [12] Silva (1980) 1976 I13, I14, J13, J14 taxonomia [13] PDP-RJ (1978)

[14] Esteves (1981) [15] Dias-Brito

[16] Castro (1983)

[17] Lacerda [18] Barros & Matos (1984) [19] Paiva & Barros (1984)

[20] Melo (1985) sem data F25, F5, G24 taxonomia, distrib. geogr [21] Oshiro

[22] Oshiro

60 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos quali e quantitativa

quantitativa qualitativa

quali e quantitativa

quantitativa

quali e quantitativa quali e quantitativa

quali e quantitativa

quali e quantitativa quali e quantitativa

quali e quantitativa

gicos.

ó

fica

á

fica, pesca

fica

á

á

o

o

o

çã

çã

çã

o e aspectos metodol

çã

Tema Abordagem

distrib. geogr

pesca

distrib. geogr

pesca

1 quantitativa

1, G22, G23, H10,

odo de coleta, localiza

í

, indicando per

Localização (quadrículas)*

D8, E8, D11, E13, C15, C16, C17,B18, F24, G28, H29, H30, J33, K34, K33 D8, E8, D11,

H24, H25, H29, I10, I12, I13, I27, I28, I29, I30, I31, J17, J27, J28, J29,

J31, J32, J33, K18, K19, K20, K21, K22, K23, K24, K25, K33, K34

E7 pesca

Zoobentos de Substrato Inconsolidado

o publicados

ã

e o

1983, 1984, 1985 D13, D14, D15, B18, C17, F25, F26, G28, H28, H29 E7, D11, 1983, 1984, B16, B17

1988, 1989 C21, C20, C19, C18, D17, C17, B17, B16, B15, C15, C14, D13, D12, D1

1989, 1990 G26, G27, G28 ecologia quali e quantitativa

1990, 1991, 1992 D21, D22, D23, E16, E22, E23, E24, G10, G1 D9, D11,

1995 E12, F11

1995 F7, G5, G7, H6, I4, J4 1996 F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6 1996 F7, G5, G7, H6, I4, J4

1997 F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6 1998 F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6

1998, 1999 D8 reprodu

1998, 1999 E7 reprodu

Dados n

o dos estudos sobr

(1992) 1989 E4, E5, F4, F5, F6, G4, G5, G6

çã

(1992) 1989 E4, E5, F4, F5, F6, G4, G5, G6

(2000) 1997, 1998 E7 reprodu

(2000) 1997, 1998, 1999 D8, C19 taxonomia

(1994) 1993 D13, D15, B18, F25, F26, G28, H29 E7, D11,

(2000) 1998, 1999 E7 ecologia

et al.

(1991) sem data B16 ecotoxicologia

(2000) 1998, 1999 D8 ecologia

et al.

Rela

et al.

et al.

et al.

et al

et al.

o

çã

Tabela 8.1. Tabela Fontes Períodos da Coleta

[23] Oshiro & Araujo (1987)[23] Oshiro & 1983, 1984, 1985 [24] Oshiro & Fernandes (1986) [25] Rebelo & Silva (1987)

[26] Marien (1989) [27] De Souza

[28] Da Fonseca [29] Irving (1991) [30] Soares [31] Costa (1992)

[32] Oshiro [33] Dias & Oshiro (1996)

[34-38] Planave (1995) [39] Planave (1996) [40-42] Planave (1996)

[43] Veloso (1996)Veloso [43] sem data K9 taxonomia, distrib. geogr [44] Planave (1997) [45-48] Sampling (1998) [49] Lima & Oshiro [50] Silveira

[51] Lima [52] Lima & Silveira (2000)

[53] Oshiro [54] Oshiro & Lima (2000) [55-56] Tecma (1999)Tecma [55-56] 1999 F7, G5, G7, G8, G6, H6, I6

[57] Oshiro & Silva (2000) [58] Silva (2000) sem data H29 pesca

* Figura 1.2

continua

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Zoobentos de Substrato Inconsolidado

1. Brandão, A. M., 1982. Representação do Gênero Mactra 16. Castro, G. C., 1983. Aspectos comportamentais e reprodutivos Linaeus, 1767, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil (Molusca, de Callinectes exasperatus Gerstaecker, 1856 (Decapoda, Bivalvia, Mactridae). Dissertação de Mestrado em Zoologia, Portunidae) em cativeiro. Monografia de Bacharelado em Ci- Universidade Federal do Rio de Janeiro. 75 pp. ências Biológicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2. Gomes-Corrêa, M. M., 1977. Palemonídeos do Brasil (Crus- 67 pp. tácea - Decapoda – Natantia). Dissertação de Mestrado em 17. Lacerda, L D.; Lima, N. R. W.; Pfeiffer, W. C. & Fiszman, M., Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 135 pp. 1983. Size and letal concentration in the mangrove mussel 3. Gueron, C. de O. C., 1978. Contribuição ao conhecimento de Mytella guyanensis (Mollusca Bivalva) from Baía de Sepetiba, Dosinia (D.) concentrica (Born, 1778) (Bivalvia, Heterodonta, Brazil. Revista de Biologia Tropical, 31(2): 333-335. Veneridae). Dissertação de Mestrado em Zoologia, Universi- 18. Barros, T. J. M., & Matos, R.J. M., 1984. Contribuição ao dade Federal do Rio de Janeiro. 133 pp. estudo macro e microscópico do sistema reprodutivo de Callinectes exasperatus Gerstaecker, 1856 (Crustacea, 4. Silva, O. da, 1965. Alguns peneídeos e palinurídeos do Atlân- Brachyura). Resumos XI Congresso Brasileiro de Zoologia, tico Sul. Superintendência do Desenvolvimento da Pesca - Belém: 76. SUDEPE, Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro. 20 pp. 19. Paiva, S. L. & Barros, T. J. M., 1984. Aspectos relativos à 5. Quitete, J. M. P. A., 1977. Caprellidae (Crustácea: Amphipoda) fecundidade de Callinectes danae Smith, 1869 (Crustacea, do litoral do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado em Zo- Decapoda, Portunidae) na região de Itacuruçá, RJ. Resumos ologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 97pp. XI Congresso Brasileiro de Zoologia, Belém: 73-74. 6. Silva-Brum, I. N., 1977. Tanaidáceos brasileiros da subordem 20. Melo, G. A. S. de, 1985. Taxonomia e padrões distribucionais monokonophora (Crustácea). Dissertação de Mestrado em e ecológicos dos Brachyura (Crustacea: Decapoda) do litoral Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 98 pp. sudeste do Brasil. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, 7. Tommasi, L. R., 1970. Sobre o Braquiópode Bouchardia rosea Universidade de São Paulo. 215 pp. (Mawe, 1823). Boletim do Instituto Oceanografico, São Pau- 21. Oshiro, L. M. Y.; Medeiros, M. F. S. T. & Peralta, R. C. G., lo, 19: 33-42. 1986a. Distribuição e abundancia sazonal de Callinectes danae 8. Gomes-Corrêa, M. M., 1986. Stomatopoda do Brasil (Crustá- Smith, 1869 e Callinectes ornatus Ordway, 1863 na Baía de cea – Hoplocarida). Tese de Doutorado, Instituto de Sepetiba. Resumos do XIV Congresso Brasileiro de Zoolo- Biociências, Universidade de São Paulo. 295 pp. gia, Juiz de Fora: 215. 9. Jablonski, S. & Rodrigues, L. F., 1981. Análise de pesca de 22. Oshiro, L. M. Y.; Silva, R.; Medeiros, M. F. S. T. & Lopes, R. arrasto na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro. IBAMA, Docu- B., 1986b. Caracterização Biométrica de Callinectes danae mento Avulso. 54 pp. Smith, 1869 e Callinectes ornatus Ordway, 1863 da Baía de 10. Silva, S. H. G. da, 1977. Anfioxos da Marambaia, Estado do Sepetiba-RJ. Resumos do XIII Congresso Brasileiro de Zoo- Rio de Janeiro: Aspectos taxonômicos e ecológicos. Disserta- logia, Cuiabá: 42. ção de Mestrado em Zoologia, Universidade Federal do Rio 23. Oshiro, L. M. Y. & Araújo, F. G., 1987. Estudo preliminar de de Janeiro. 84 pp. peixes jovens e crustáceos decápodos da Baía de Sepetiba, 11. Silva, O., 1977. Aspectos Bioecológicos e pesqueiros de três RJ. Simpósio sobre Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Bra- sileira. Publicação ACIESP, 54(3): 283-297. espécies de camarões do Gênero Penaeus nas costas do Esta- do do Rio de Janeiro e experimentos de cultivo. Dissertação 24. Oshiro, L. M. Y & Fernandes L, 1986. Distribuição e biometria de Mestrado em Zoologia, Universidade Federal do Rio de de três espécies do gênero Penaeus (Crustácea: Decapoda) da Janeiro. 76 pp. Baía de Sepetiba. Resumos do XIV Congresso Brasileiro de Zoologia, Juiz de Fora: 216. 12. Silva, S. H. G. da, 1980. Uma nova espécie do Gênero Branchiostoma da costa brasileira (Cephalochordata). Revis- 25. Rebelo, F. C. & Silva, S. H. G., 1987. Macrofauna bêntica de ta Brasileira de Biologia, 40(2): 361-365. substratos móveis do manguezal de Coroa Grande, Baía de Sepetiba, RJ. Resumos do XIV Congresso Brasileiro de Zoo- 13. PDP-RJ, 1978. Relatório preliminar sobre a pesca de arrasto logia, Juiz de Fora: 204. na Baia de Sepetiba. Equipe Técnica da Base PDP-RJ, SUDEPE [páginas não numeradas]. 26. Marien, J. A. S., 1989. Catálogo dos Portunídeos (Crustacea : Decapoda) que ocorrem na Baía de Sepetiba, RJ. Monografia 14. Esteves, M. das G. V., 1981. Contribuição ao estudo macro e de Bacharelado em Ciências Biológicas, Universidade do Es- microscópico da evolução sazonal dos ovários do camarão tado do Rio de Janeiro. 50 pp. verdadeiro (Penaeus schmitti Burkenroad, 1936). Tese de Mestrado apresentada ao Decanato de pesquisa e Pós-Gradu- 27. De Souza, A. S.; Da Fonseca, K. M. L. & Ostrovski, M. C., 1992. Dados biométricos de Xiphopenaeus Kroyeri, Penaeus ação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Itaguaí. schimitti e Callinectes ornatus da Baía de Mangaratiba, RJ 95 pp. (Coletas de Primavera). Resumos do XIX Congresso Brasi- 15. Dias-Brito, D. Moura, J. A. & Würdig, M. 1988. Relationships leiro de Zoologia, Belém,: 30. between ecological models based on oOstracods and 28. Da Fonseca, K. M. L.; De Souza, A. S.; & Ostrovski, M. C., Foraminifers from Sepetiba Bay (Rio de Janeiro-Brasil). In: 1992. Levantamento da carcinofauna (Crustácea: Decapoda e T. Hanai, N. Ikeda & Ishizki K. (Eds.) Evoluyionary biology Estomatopoda) da Baía de Mangaratiba, RJ (Coletas de Pri- on ostracoda, its fundaments and applications symposium on mavera). Resumos do XIX Congresso Brasileiro de Zoologia, ostracoda. Tokio: 467-484. Belém: 34.

62 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 29. Irving, M. A., 1991. Estrutura da macrofauna bêntica da zona 44. PLANAVE S. A., 1997. Monitoramento das obras na Ilha entremarés de Sepetiba (Rio de Janeiro - Brasil): Aspectos Guaíba, serviços complementares V, janeiro de 1997. Relató- descritivos e metodológicos. Tese de Doutorado, Instituto Oce- rio da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, anográfico, Universidade de São Paulo. 179 pp. para a MBR (relatório n° 1.96.074-RL-200-710-011). 30. Soares, C. A. G.; Franco, G. M. D.; Araújo, F. V. & Hagler, A. 45. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água e N., 1991. Níveis de indicadores microbianos de poluição no sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Mollusca Bivalvia Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) Guaíba. Relatório parcial, março de 1998 [páginas não nume- e em águas de manguezais do estado do Rio de Janeiro. Resu- radas]. mos do XIV Congresso Brasileiro de Zoologia, Salvador: 30. 46. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água e 31. Costa, R. N. L. T. R., 1992. Pensar o mar para poder pescar: O sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha espaço da pesca de litoral na Baía de Sepetiba. Dissertação de Guaíba. Relatório parcial, abril de 1998 [páginas não numera- Mestrado em Geografia, Universidade Federal do Rio de Ja- das]. neiro. 145 pp. 47. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água e 32. Oshiro, L. M. Y.; Dias, G. V.; Souza, E. P. & Silva, R., 1994. sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha Crustáceos braquiúros acompanhantes da pesca do camarão Guaíba. Relatório parcial, junho de 1998 [páginas não nume- na Baía de Sepetiba. Resumos do XX Congresso Brasileiro radas]. de Zoologia, Rio de Janeiro: 16-17. 48. SAMPLING, 1998. Monitoramento da qualidade de água e 33. Dias, G. V. & Oshiro, L. M. Y., 1996. Distribuição e ocorrên- sedimentos. Minerações Brasileiras Reunidas S. A., Ilha cia de portunideos (Crustácea, Decapoda) do sublitoral da Baía Guaíba. Relatório parcial, dezembro de 1998 [páginas não de Sepetiba, RJ. Resumos do XXI Congresso Brasileiro de numeradas]. Zoologia, Porto Alegre: 62-63. 49. Lima, G. V. & Oshiro, L. M. Y., 2000. Aspectos reprodutivos 34. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha de Potimirim glabra (Kingsley, 1878) (Crustacea, Decapoda, Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1995. Rela- Atyidae) no Rio Sahy, Mangaratiba, RJ. Resumo I Congresso tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, Brasileiro sobre Crustáceos, São Pedro, SP: 148. para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-004) 50. Silveira, C. M.; Lima, G. V. & Oshiro, L. M.Y, 2000. Levanta- 35. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha mento de Atyideos e Palaemonideos na Região de Itaguaí- Guaíba, serviços complementares IV, março de 1995. Relató- Mangaratiba, RJ. Resumos XXIII Congresso Brasileiro de rio da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, Zoologia, Cuiabá: 95. para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-007) 51. Lima, G. V.; Silveira, C. M. & Oshiro, L. M.Y, 2000. Distri- 36. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha buição e abundancia de crustáceos decapodos no Rio Sahy Guaíba, serviços complementares IV, junho de 1995. Relató- (Mangaratiba, RJ). Resumos XXIII Congresso Brasileiro de rio da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-010) Zoologia, Cuiabá: 110. 37. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha 52. Lima, G. V.; Silveira, C. M. &, 2000. Biologia reprodutiva do Guaíba, serviços complementares IV, outubro de 1995. Rela- Palaemon pandaliformis (Decapoda: Palaemonidae). Resu- tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, mos XXIII Congresso Brasileiro de Zoologia, Cuiabá: 111. para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-017) 53. Oshiro, L. M.Y.; Lima, G. V. & Silveira, C. M. 2000. Cresci- 38. PLANAVE S. A., 1995. Monitoramento das obras na Ilha mento relativo do siri Charybdis helleri (Decapoda, Portunidae) Guaíba, serviços complementares IV, dezembro de 1995. Re- da Baía de Sepetiba. Resumos XXIII Congresso Brasileiro de latório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, Zoologia, Cuiabá: 135. para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-019) 54. Oshiro, L. M.Y. & Lima, G. V. 2000. Biologia reprodutiva do 39. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha siri Charybdis helleri (Milne Edwards, 1867) (Decapoda, Guaíba, serviços complementares V, outubro de 1996. Rela- Portunidae) da Baía de Sepetiba. Resumos XXIII Congresso tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia Brasileiro de Zoologia, Cuiabá: 136. para a MBR (relatório n°1.96.074-RL-200-710-003). 55. TECMA, 1999. Monitoramento ambiental na área do termi- 40. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha nal marítimo da Ilha Guaíba, março de 1999. Relatório da Guaíba, serviços complementares IV, maio de 1996. Relató- TECMA para a MBR (relatório 99.007/Lab). 32 pp., 11 lau- rio da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, dos. para a MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-028). 56. TECMA, 1999. Monitoramento ambiental na área do termi- 41. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha nal marítimo da Ilha Guaíba, julho de 1999. Relatório da Guaíba, serviços complementares IV, abril de 1996. Relatório TECMA para a MBR (relatório 99.037/Lab). 42 pp., 7 laudos. da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, para a 57. Oshiro, L. M.Y & Silva, R., 2000. Rendimento de carne em MBR (relatório n°1.94.062-RL-200-050-025) Charybdis helleri, (Milne Edwards, 1867) e Callinectes danae 42. PLANAVE S. A., 1996. Monitoramento das obras na Ilha Smith, 1869 (Decapoda, Portunidae) da Baía de Sepetiba. Guaíba, serviços complementares IV, janeiro de 1996. Rela- Resumos XXIII Congresso Brasileiro de Zoologia, Cuiabá: tório da PLANAVE S. A. Estudos e Projetos de Engenharia, 103. ° para a MBR (relatório n 1.94.062-RL-200-050-022) 58. Silva, Z. S, & Oshiro, L. M.Y, 2000. Aspectos reprodutivos de 43. Veloso, V. G., 1996. Filogenia e padrões de distribuição da fa- Goniopsis cruentata (Latreille, 1803) (Decapoda, Grapside) mília Porcellanidae (Decapoda, Anomura). Tese de Doutorado, do Manguezal de Itacuruçá, RJ. Resumos XXIII Congresso Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. 174 pp. Brasileiro de Zoologia, Cuiabá: 90-91.

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 63 ANEXO 8.1. Zoobentos de Substrato Inconsolidado: lista de espécies

FILO CNIDARIA Ophelia sp. Classe Anthozoa Ordem Capitella Subclasse Hexacoralia Família Capitellidae Ordem Actinaria Capitella capitata (Fabricius, 1780) Capitella perarmata (Gravier, 1911) FILO PLATYHELMINTHES Heteromastus filiformis (Claparède, 1864) Classe Turbellaria Notomastus lobatus Hartman, 1947 Família Maldanidae FILO NEMERTINA Euclymene sp. Ordem Spionida FILO NEMATODA Família Spionidae Laonice sp. FILO PRIAPULIDA Paraprionospio sp. Família Priapulidae Polydora websteri Hartman, 1943 FILO ANNELIDA Spio sp. Classe Oligochaeta Família Cirratulidae Classe Polychaeta Ordem Oweniida Ordem Sabellida Família Oweniidae Família Sabellidae Owenia sp. Chone insularis Nonato, 1981 Ordem Terebellida Potamilla sp. Família Ampharetidae Ordem Eunicida Isolda pulchella F. Muller, 1858 Família Onuphidae Schistocomu. hiltoni Chamberlain, 1919 Diopatra cuprea (Bosc, 1802) Família Pectinariidae Família Dorvilleidae Pectinaria sp. Dorvillea sp. Família Terebellidae Família Lumbrineridae Polycirrus sp. Lumbrineris sp. Família Syllidae Família Eunicidae Langerhansia sp. Nematonereis sp. Ordem Flabelligerida Família Onuphidae Família Flabelligeridae Onuphis sp. Piromis sp. Rhamphobranchium sp. Ordem Orbiniida Ordem Phyllodocida Família Orbiniidae Família Magelonidae Phylo Felix Kinberg, 1866 Magelona cincta Ehlers, 1908 Scoloplos sp. Família Syllidae Família Polyodontidae Pionosyllis pectinata Temperini, 1981 Ordem Amphinonomida Família Nephtyidae Família Amphinomidae Aglophamus sp. Linopherus sp. Nephtys fluviatilis Monro, 1937 Família Pilargidae FILO SIPUNCULA Ancistrosyllis sp. Sigambra grubii F. Muller, 1858 FILO ARTHROPODA Família Syllidae Subfilo Cheliceriformes Exogone sp. Classe Pycnogonida Família Goniadidae Subfilo Crustacea Goniada sp. Classe Maxillopoda Família Nereidae Subclasse Cirripedia Laeonereis acuta (Webster, 1879) Ordem Thoracica Neanthes succinea (Frey & Leuckart, 1847) Subordem Balanomorpha Nereis sp. Superfamília Balanoidea Família Polynoidae Família Balanidae Família Phyllodocidae Subclasse Copepoda Phyllodoce sp. Classe Ostracoda Família Glyceridae Subclasse Podocopa Glycera sp. Ordem Podocopida Família Sigalionidae Subordem Podocopina Ordem Ophellida Superfamília Bairdioidea Família Opheliidae Família Bairdiidae Armandia sp. Superfamília Cytheroidea Ammotrypane sp. Família Neocytherideidae

64 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Minicythere heinii Ornellas, 1974 Família Nannosquilidae Família Cytherideidae Coronis scolopendra Latreille, 1828 Subfamília Cytherideinae Subclasse Eumalacostraca Cyprideis riograndensis Pinto & Ornellas, Superordem Peracarida 1965 Ordem Amphipoda Cyprideis salebrosa Van den Bold, 1963 Subordem Caprellidea Subfamília Cypridaecea Infraordem Caprelida Família Pontocyprididae Família Caprellidae Subfamília Pontocyprididae Caprella daniloskii Czerniavskii, 1868 Argilloecia sp. Caprella dilatata Kroyer, 1843 Subordem Podocopa Caprella equilibra Say, 1818 Superfamília Cytheracea Caprella scaura Templeton, 1836 Família Cytheruridae Fallotritella montoucheti Quitete, 1971 Subfamília Cytherurinae Família Pariambidae Hemicytherura sp. Paracrapella tenuis Mayer, 1890 Família Trachyleberididae Família Phtisicidae Subfamília Hemicytherinae Phtisica marina Slabber, 1769 Coquimba sp. Família Apseudidae Caudites sp. Subfamília Apseudunae Orionina sp. Apseudes intermedius Hansen, 1895 Família Xestoleberididae Subordem Gammaridea Xestoleberis sp. Família Ampeliscidae Família Hemicytheridae Ampelisca brevisimulata J.L. Barnard, 1954 Aurilla sp. Ampelisca cristata Holmes, 1908 Urocythereis sp. Ampelisca paria Barnard & Agard, 1986 Família Leptocytheridae Ampelisca pugetica Stimpson, 1864 Callistocythere sp. Ampelisca sp. Família Cytheruridae Família Corophiidae Kangarina sp. Ampelisciphotis sp. Família Loxoconchidae Cheiriphotis sp. Loxoconcha sp. Família Dexaminidae Família Pectocytheridae Subfamília Dexamininae Morkhovenia sp. Atylus minikoi (Walker, 1905) Família Paracytheridae Família Gammridae Paracytheridea sp. Família Ischyroceridae Subordem Metacopina Sylvester- Ericthonius brasiliensis (Dana, 1853) Superfamília Cypridoidea B Família Megaluropidae Família Cyprididae Giberosus myersi (McKinney, 1980) Subfamília Cytherideinae Família Melitidae Perissocytheridea kröemmelbeini Pinto & Maera inaequipes (Costa, 1851) Ornellas, 1935 Família Phoxocephalidae Subfamília Cytherurinae Microphoxus cornutus (Schellenberg, 1931) Cytherura sp. Família Platyischnopidae Família Cytheridae Tiburonella viscana (J.L. Barnard, 1964) Subfamília Cytherinae Família Podoceridae Perissocytheridea sp. Podocerus brasiliensis (Dana, 1853) Família Candonidae Ordem Isopoda Paracypris sp. Subordem Anthuridea Família Macrocyprididae Família Anthuridae Macrocypris sp. Subordem Flabellifera Keijia sp. Família Cirolanidae Mutilus sp. Família Corallanidae Neomonoceratina sp. Ordem Tanaidacea Paijinbrochella sp. Subordem Apseudomorpha Pellucistoma sp. Superfamília Apseudoidea Pistocythereis sp. Família Phtisicidae Tanella sp. Phitiscia marina Slabber, 1769 Classe Malacostraca Família Kalliapseudidae Subclasse Hoplocarida Subfamília Kalliapseudinae Ordem Stomatopoda Kalliapseudes sp. Subordem Unipeltata Ordem Cumacea Superfamília Squilloidea Superordem Eucarida Família Squillidae Ordem Decapoda Squilla prasinolineata Dana, 1852 Subordem Dendrobranchiata Cloridopsis dubia (Milne Edwards, 1837) Superfamília Penaeoidea Superfamília Lysiosquilloidea Família Penaeidae

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 65 Penaeus brasiliensis Latreille, 1817 Hepatus gronovii Holthuis, 1959 Penaeus paulensis Pérez Farfante, 1967 Hepatus pudibundus (Herbst, 1785) Penaeus schmitti Burkenroad, 1936 Hepatus scaber Holthuis, 1959 Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) Hepatus sp. Trachypenaeus constrictus (Stimpson, Seção Oxyrhyncha 1871) Superfamília Majoidea Família Sicyoniidae Família Majidae Sicyonia sp. Rochinia gracilipes A. Milne-Edwards, Superfamília Sergestoidea 1875 Família Luciferidae Superfamília Parthenopoidea Família Sergestidae Família Parthenopidae Acetes americanus Ortmann, 1893 Heterocrypta lapidea Rathbun, 1901 Subordem Pleocyemata Seção Brachyrhyncha Infraordem Caridea Superfamília Portunoidea Superfamília Atyoidea Família Portunidae Família Atyidae Arenaeus cribarius (Lamarck, 1818) Potimirim glabra (Kingsley, 1878) Callinectes bocourti A. Milne-Edwards, Potimirim potimirim Müller, 1881 1879 Superfamília Palaemonoidea Callinectes danae Smith, 1869 Família Palaemonidae Callinectes exasperatus (Gerstaecker, 1856) Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) Callinectes ornatus Ordway, 1863 Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758) Callinectes sapidus Rathbun, 1895 Macrobrachium heterochirus (Wiegmann, Cronius ruber (Lamarck, 1818) 1836) Charybdis hellerii (A. Milne-Edwards, 1867) Macrobrachium iheringi (Ortmann, 1897) Portunus spinicarpus (Stimpson, 1871) Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836) Portunus spinimanus Latreille, 1819 Macrobrachium pontiuna (Müller, 1880) Superfamília Xanthoidea Palaemon (Palaeander) northropi (Rankin, Família Xanthidae 1898) Micropanope sculptipes Stimpson, 1871 Palaemon (Palaemon) pandaliformes Panopeus herbstii H. Milne-Edwards, 1834 (Stimpson, 1871) Panopeus sp. Superfamília Alpheoidea Superfamília Grapsidoidea Família Alpheidae Superfamília Pinnotheroidea Família Hippolytidae Família Pinnotheridae Subfamília Latreutinae Pinnixa patagoniensis Rathbun, 1918 Trachycaris sp. Pinnixa sayana Stimpson, 1860 Família Ogyrididae Superfamília Ocypodoidea Ogyrides alphaerostris (Kingsley, 1880) Superfamília Crangronoidea FILO MOLLUSCA Família Lysmatidae Classe Gastropoda Exhippolysmata oplophoroides (Holthuis, 1948) Subclasse Prosobranchia Família Processidae Ordem Archaeogastropoda Processa hemphilli Manning & Chace, 1971 Superfamília Trochidea Infraordem Thalassinidea Família Trochidae Superfamília Thalassinoidea Subfamília Calliostomatinae, Família Upogebiidae Calliostoma bullisi Clench & Turner, 1960 Upogebia sp. Subfamília Halistylinae Infraordem Anomura Halistyilus s columma Dall, 1890 Superfamília Coenobitoidea Família Tricoliidae Família Diogenidae Tricolia sp. Dardanus insignis (de Saussure, 1858) Subordem Neritimorpha Superfamília Paguroidea Superfamília Neritoidea Família Paguridae Família Neritidae Pagurus criniticornis (Dana, 1852) Subfamília Neritinae Superfamília Galatheoidea Neritina virginea (Linnaeus, 1758) Família Porcellanidae Ordem Mesogastropoda Minyocerus angustus (Dana, 1852) Superfamília Rissoidea Infraordem Brachyura Família Rissoidea Seção Oxystomata Subfamília Rissoinae Superfamília Leucosioidea Benthonella sp. Família Leucosiidae Família Rissoininae Subfamília Olliinae Rissoina sp. Persephona finneganae Leach, 1817 Família Caecidae Persephona lichtensteinii Leach, 1817 Caecum antillarum Carpenter, 1857 Persephona punctata (Linnaeus, 1758) Caecum pulchellum Stimpson, 1851 Família Calappidae

66 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Família Família Família Acteonidae Solariorbis sp. Acteon pelecais Marcus, 1981 Superfamília Crepiduloidea Superfamília Cylichnoidea Família Calyptraeidae Família Cylichnidae Crepidula acuelata (Gmelin, 1791) Cylichna verrillii Dall, 1889 Crucibulum auricula (Gmelin, 1791) Acteocina bullata (Kiener, 1834) Calyptraea centralis (Conrad, 1841) Acteocina candei (Orbigny, 1842) Superfamilia Tonnoidea Família Bullidae Família Ranellidae Bulla striata Burguìere, 1792 Subfamília Cymatiinae Família Retusidae Cymatium parthenopeum (von Salis, 1793) Pyrunculus caelatus (Bush, 1885) Superfamília Cerithioidea Volvulella texasiana Harry, 1967 Família Cerithiidae Superfamília Pyramidelloidea Bittium varium (Pfeiffer, 1840) Família Pyramidellidae Família Diastomatidae Subfamília Odostomiinae Finella dubia (Orbigny, 1842) Odostomia seminuda (C. B. Admans, 1837) Superfamília Naticoidea Eulimastoma canalienata Família Naticidae Eulimastoma weberi (Morrison, 1965) Subfamília Naticinae Subfamília Turbonillinae Natica canrena (Linnaeus, 1758) Turbonilla interrupta (Totten, 1835) Natica limbata Orbigny, 1840 Classe Pelecypoda Gold Natica micra (Haas, 1953) Subclasse Protobranchia Natica pusilla Say, 1822 Ordem Nuculoida Subordem Heteroglossa Superfamília Nuculoidae Superfamília Cerithiopsoidea Família Nuculidae Família Cerithiopsidae Nucula puelcha Orbigny, 1846 Subfamília Cerithiopsinae Nucula semiornata Orbigny, 1846 Cerithiopsis sp. Superfamília Nuculanoidea Seila adamsi (H. Lea, 1845) Família Nuculanidae Superfamília Epitonioidea Subfamília Nuculaninae Família Epitoniidae Nuculana acuta (Conrad, 1831) Subfamília Epitoniinae Adrana patagonica (Orbigny, 1846) Epitonium sp. Subclasse Pteriomorpha Superfamília Eulimoidea Ordem Arcoida Família Eulimidae Superfamília Arcoidea Eulima sp. Família Arcidae Ordem Neogastropoda Subfamília Anadarinae Superfamília Muricoidea Anadara brasiliana (Lamarck, 1819) Família Muricidae Família Noetiidae Subfamília Muricinae Subfamília Noetiinae Chicoreus senegalensis (Gmelin, 1790) Noetia bissulcata (Lamarck, 1819) Superfamília Buccinoidea Subfamília Striarcinae Família Columbellidae Arcopsis adamsi (Dall, 1886) Subfamília Pyreninae Superfamília Limopsoidea Aesopus metcalfei (Reeve, 1858) Família Glycymerididae Anachis isabellei (Orbigny, 1841) Glycymeris longior (Sowerby, 1833) Anachis obesa (C. B. Adams, 1845) Glycymeris undata (Liannaeus, 1758) Família Nassariidae Ordem Myttiloida Subfamília Nassariinae Superfamília Mytiloidea Nassarius vibex (Say, 1822) Família Mytilidae Subordem Toxoglossa Subfamília Mytilinae Superfamília Conoidea Mytella guyanensis (Lamarck, 1819) Família Turridae Subfamília Crenellinae Subfamília Clathurellinae Crenella divaricata (Orbigny, 1846) Nannodiella vespucina (Orbigny, 1842) Musculus lateralis (Say, 1822) Subfamília Ordem Ostreoida Pleurotomella sp. Subordem Ostreina Superfamília Volutoidea Superfamília Plicatuloidea Família Olividae Família Plicatulidae Subfamília Olivellinae Plicatula gibbosa Lamarck, 1801 Olivella defiorei Klappenbach, 1964 Subordem Pectinina Olivella minuta (Link, 1807) Superfamília Pectinoidea Olivella nivea (Gmelin, 1791) Família Pectinidae Subclasse Opisthobranchia Subclasse Heterodonta Ordem Cephalaspidea Ordem Veneroida Superfamília Acteonoidea Superfamília

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 67 Família Lucinidae Pleuromereis sanmartini Klappenbach, Subfamília Lucininae 1971 Codakia costata (Orbigny, 1842) Família Condylocariidae Ctena orbiculata (Montagu, 1808) Americuna besnardi Klappenbach, 1962 Ctena pectinella C. B. Adams, 1852 Superfamília Cardioidea Linga amiantus (Dall, 1901) Família Cardiidae Subfamília Cyclininae Subfamília Trachycardiinae Cyclinella tenuis (Récluz, 1852) Trachycardium muricatum (Linnaeus, 1758) Família Ungulinidae Subfamília Laevicardiinae Diplodonta danieli Klein, 1967 Laevicardium brasilianium (Lamarck, 1819) Diplodonta punctata (Say, 1822) Superfamília Crassatelloidea Felaniella candeana (Orbigny, 1842) Família Crassatellidae Felaniella vilardeboana (Orbigny, 1846) Subfamília Crassatellinae Superfamília Veneroidea Crassatella riograndensis Vokes, 1973 Família Veneridae Subfamília Scambulinae Subfamília Circinae Crassinella lunulata (Conrad, 1834) Gouldia cerina (C. B. Adams, 1845) Crassinella martinicensis (Orbigny, 1842) Subfamília Chioninae Superfamília Mactroidea Chione cancellata (Linnaeus, 1767) Família Mactridae Chione latilirata (Conrad, 1841) Subfamília Mactrinae Chione paphia (Linnaeus, 1767) Mactra fragilis Gmelin, 1791 Chione pubera (Bory Saint-Vicent, 1827) Mactra janeiroensis E. A. Smith, 1915 Chione subrostrata (Lamarck, 1818) Mactra petiti Orbigny, 1846 Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1971) Superfamília Solenoidea Protothaca antiqua (King & Broderip, 1835) Família Solenidae Protothaca pectorina (Lamarck, 1818) Solen obliquos Spengler, 1794 Subfamília Meretricinae Solen tehuelchus Orbigny, 1843 Tivela mactroides (Born, 1778) Ordem Myoida Transenella stimpsoni Dall, 1902 Superfamília Myoidea Subfamília Pitarinae Família Corbulidae Callista maculata (Linnaeus, 1758) Subfamília Corbulinae Pitar albidus (Gmelin, 1791) Corbula caribaea Orbigny, 1842 Pitar rostratus (Koch, 1844) Corbula cubaniana Orbigny, 1853 Pitar fulminatus (Menke, 1828) Corbula lyoni Pilsbry, 1897 Subfamilia Dosiniinae Corbula patagonica Orbigny, 1846 Dosinia concentrica (Born, 1778) Superfamília Hiatelloidea Família Cooperellidae Família Hiatellidae Cooperella atlantica Rehder, 1943 Hiatella solida (Sowerby, 1834) Superfamília Tellinoidea Subclasse Anomalodesmata Família Tellinidae Ordem Pholadomyoida Subfamília Tellininae Superfamília Pandoroidea Tellina lineata Turton, 1819 Família Periplomatidae Tellina martinicensis Orbigny, 1853 Periploma ovata Orbigny, 1846 Tellina nitens C. B. Adams, 1845 Família Lyonsiidae Tellina punicea Born, 1776 Entodesma alvarezi Orbigny, 1846 Tellina versicolor De Kay, 1843 Família Pandoridae Subfamília Macominae Pandora buchiana Dall, 1886 Macoma tenta (Say, 1834) Superfamília Poromyoidea Família Semelidae Família Cuspidariidae Semele casali Doello-Jurado, 1949 Cardiomya cleryana (Orbigny, 1846) Semele proficua (Pulteney, 1799) Classe Scaphopoda Abra aequalis (Say, 1822) Ordem Dentaliida Abra lioica (Dall, 1881) Família Dentaliidae Subfamília Erviliinae Antalis antillarum (Orbigny, 1842) Ervilia concentrica (Holmes, 1860) Antalis infractum (Odhner, 1931) Ervilia nitens (Montagu, 1806) Dentalium americanum Chenu, 1843 Família Donacidae Dentalium gouldii Dall, 1889 Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818) Família Psammobiidae FILO ECHINODERMATA Subfamília Solecurtinae Subfilo Tagelus plebeius (Lightfoot, 1786) Classe Asteroidea Superfamília Carditoidea Ordem Paxillosida Família Carditidea Família Astropectinidae Subfamília Carditamerinae Astropecten acutiradiatus Tortonese, 1956 Carditamera floridana Conrad, 1838 Classe Ophiuroidea Carditamera micella Penna, 1971 Ordem Ophiurida

68 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Família Amphiuridae Amphipholis squamata (Delle Chiaje, 1828) Classe Echinoidea Classe Holothuroidea

FILO HEMICORDATA

FILO CORDATA Subfilo Urochordata Classe Ascidiacea Subfilo Cephalochordata Família Branchiostomidae Branchiostoma marambaiensis Silva, 1977 Amphioxus sp.

FILO BRYOZOA Classe Gymnolaemata Ordem Cheilostomata Subordem Flustrina Superfamília Calloporoidea Família Cupuladriidade Cupuladria biporosa Canu & Bassler, 1919

FILO BRACHIOPODA Subfilo Rhynchonelliformea Classe Rhynchonellata Ordem Terebratulida Subordem Terebratellidina Superfamília Bouchardioidea Família Terebratelidae Subfamília Bouchardiinae Bouchardia rósea (Mawe, 1823)

8. ZOOBENTOS DE SUBSTRATO INCONSOLIDADO 69 70 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 9. Peixes

Francisco Gerson Araújo (Instituto de Biologia, UFRRJ) Márcia Cristina Costa de Azevedo (Instituto de Biologia, UFRRJ) Antônio Gomes da Cruz-Filho (FIPERJ) Márcio de Araújo Silva (Instituto de Biologia, UFRRJ) André Luiz Machado Pessanha (Instituto de Biologia, UFRRJ)

Não existem, para a baía de Sepetiba, informações ou listas de espécies de peixes em trabalhos publicados em revistas científicas de ampla divulgação, ou mesmo em resumos de encontros científicos de ampla divulgação, antes da década de 1980.

São raros os exemplares depositados na segunda mais importante coleção ictiológica do Brasil, que é a do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde seria esperado estarem depositados os exemplares coletados na baía de Sepetiba, dada a impor- 9tância da coleção e a proximidade do Museu em relação à baía (ambos compreendidos na área metropolitana do Rio de Janeiro).

Só a partir da década de 80, começaram a ser divulgadas as informações científicas sobre a ocorrência de peixes na baía de Sepetiba. Os trabalhos do Prof. Lejeune de Oliveira, do Instituto Oswaldo Cruz, que datam de meados da década de 50, referem-se a vários aspec- tos fisiográficos e ecológicos de baías e lagoas costeiras do Estado do Rio de Janeiro, incluindo-se aí a baía de Sepetiba, porém não incluem a fauna ictiológica.

Na década de 80, consta um relatório do IBAMA sobre espécies de interesse comercial do Estado do Rio de Janeiro, que apresenta somente nomes vulgares de peixes da baía, assim como uma monografia sobre a ictiofauna do litoral sul fluminense, uma lista de espécies em geral da região, sem especificar os peixes capturados na baía de Sepetiba.

A grande maioria dos trabalhos sobre peixes da baía de Sepetiba data, portanto, da década de 90, basicamente relacionados ao projeto “Bioecologia dos Peixes da Baía de Sepetiba”, realizado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cuja coleta de dados foi iniciada em 1983, com a maioria das publicações ocorrendo na década de 90. Sendo assim, os dados pretéritos da fauna de peixes da baía de Sepetiba foram obtidos de um banco de dados referente a um projeto de longo prazo, desenvolvido pelo Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRRJ, bem como de várias publicações em revistas nacionais e internacio- nais derivadas desse projeto (1-4; Tabela 9.1).

A maioria das informações deriva de dois programas de amostragens sistemáticas: um de arrasto de fundo e o outro de arrasto de praia. Os arrastos de fundo objetivam capturar peixes demersais juvenis e adultos, e os arrastos de praia visam capturar basicamente pei- xes no seu primeiro ano de vida, ou espécies de pequeno porte que ocorrem na zona de arrebentação. Peixes associados a costões e ilhas, e peixes da coluna d’água capturados por outros equipamentos de pesca não estão representados nestes dados.

O programa de amostragens mensais de arrasto de praia foi realizado entre 1983 e 1985, e o de arrasto de fundo, bimestrais, entre 1987 e 1988. Em 1993/94, ambos os programas de amostragens (arrasto de praia e arrasto de fundo) foram retomados simultaneamente e em bases mensais e, em 1994/96, em bases bimestrais.

9. Peixes 71 As coletas de arrastos de praia foram efetuadas com rede de calão de 10 m de comprimento por 2 m de altura, com panagem de malha de 8 mm nó a nó. Em cada local de coleta, foram efetua- dos 3 lances de arrastos, no sentido de ida e volta, paralelamente à linha de costa e em profun- didade inferior a 1,5 m, cobrindo uma distância de aproximadamente 50 m de extensão.

As coletas de arrasto de fundo foram realizadas com barco tipo arrasteiro de 12 m de compri- mento, utilizado comumente na pesca no interior da baía, provido com rede de arrasto com as seguintes características: tralha superior = 10.5 m; tralha inferior = 12,0 m; malha de 25 mm de distância entre nós consecutivos nas asas, e de 15 mm na região do ensacador; portas de aber- tura com dimensões de 1,40 m x 0.75 m e peso de 40 kg cada. As amostragens foram realizadas no período diurno, com os arrastos tendo duração padronizada de 20 minutos, com velocidade de 2 nós, cobrindo uma extensão de aproximadamente 1,5 km.

Um total de 148 espécies de peixes foi levantado para a baía de Sepetiba, o que configura uma das maiores diversidades registradas para sistemas costeiros semi-abertos da costa brasileira (Anexo 9.1). Tal elevada diversidade é, também, reflexo do intenso esforço amostral, resultado do trabalho que vem sendo feito pelo Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRRJ nas duas últimas décadas.

O padrão de distribuição da riqueza da ictiofauna retratado neste levantamento (Figura 9.1) representa a situação que predominou na década de oitenta, onde se verificou uma elevada diversidade, especialmente de peixes jovens, nas zonas de praias arenosas do interior da baía. Naquele período, foi realizado um intenso esforço amostral de arrastos de praia na zona mais interna da baía, o que foi refletido nas diversidades relativamente mais elevadas nesta região.

Dados mais recentes não incluídos neste levantamento (5, 6, 7, 8), oriundos de amostragens realizadas pelo Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRRJ, apresentam um padrão diferenci- ado. De acordo com estes últimos dados, uma maior diversidade é apresentada nas zonas da baía mais próximas da confluência com o oceano. Tal modificação no padrão espacial de diver- sidade foi atribuído ao aumento de atividades antrópicas que a região vem sofrendo ao longo das últimas duas décadas, dentre elas, o desenvolvimento dos pólos industriais de Santa Cruz e Itaguaí, a ampliação do Porto de Sepetiba e a crescente urbanização da área situada às margens da baía. Como decorrência disto, observou-se a destruição de diversos habitats e o empobreci- mento geral da qualidade da água, especialmente nas zonas de praias arenosas que antes apre- sentavam as mais elevadas diversidade de peixes conforme apresentado na Figura 9.1.

Tabela 9.1. Relação dos estudos sobre Peixes, indicando período de coleta, localização e aspectos metodológicos

Fontes Períodos da coleta Localização (quadrículas)* Metodologia/Coletor

[1] Araújo (1988) 1987/88 C18-22, D18-24, D11-13, arrasto de fundo D18-24, E10-24, F10-12, F15-28, G10-11, G15-28, H18-28, I19-23

[2] Araújo et al. 1993/1994 C10, B15, A17, D25, F30 arrasto de praia (1997)

[3] Araújo et al. 1993/1994 C18-22, D18-24, D11-13, arrasto de fundo (1998) D18-24, E10-24, F10-12, F15-28, G10-11, G15-28, H18-28, I19-23

[4] Pessanha et al. 1983/84 C10, B15, A17, D25, F30 arrasto de praia (2000)

* Figura 1.2

72 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos o identificadas em

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cies que foram individualizadas, mesmo que n

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a de Sepetiba (riqueza inclui esp

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Figura 9.1.

9. Peixes 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Peixes

1. Araújo, F. G. (1988) – Universidade Federal Rural do Rio 5. Araújo, F. G. , Azevedo, M. C. C., Silva, M. A., Pessanha, de Janeiro, Laboratório de Ecologia de peixes – Dados não A L. M. ; Gomes, I. D. & Cruz-Filho, A G. 2002. publicados. Environmental influences on the demersal fish assemblages in the Sepetiba Bay, Brazil. Estuaries 25 (3)441-450. 2. Araújo, F. G., Cruz-Filho, A. G., Azevedo, M. C.C., San- tos, A. C. A. & Fernandes, L. A. M. 1997. Estrutura da 6. Azevedo, M. C. C. 2002. Peixes demersais da Baía de comunidade de peixes jovens da margem continental da Sepetiba, RJ: Distintas assembléias ao longo de um gradi- Baía de Sepetiba, RJ. Acta Biológica Leopoldensia, ente ambiental. Tese de Doutorado, Programa de Pós Gra- 19(1):61-83. duação em Biologia , Instituto de Biologia, Univer- sidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 130 pp. 3. Araújo, F. G., Cruz-Filho, A. G., Azevedo, M. C.C. & San- tos, A. C. A. 1998. Estrutura da comunidade de peixes 7. Pessanha, A. L. M. & Araújo, F. G. 2003. Spatial, temporal demersais da Baía de Sepetiba, RJ. Revista Brasileira de and diel variations of fish assemblages at two sandy beaches Biologia 58(3): 415-428. in the Sepetiba Bay, Rio de Janeiro, Brazil. Estuarine Coastal and Shelf Science 57(5-6): 817-828. 4. Pessanha, A.L.M.; Araújo, F.G.; Azevedo,M.C.C. & Gomes,I.D. 2000. Variações temporais e espaciais na compo- 8. Pessanha, A. L. M., Araújo, F. G., Azevedo, M. C. C. & sição e estrutura da comunidade de peixes jovens da Baía de Gomes, I. D. 2003. Diel and seasonal changes in the Sepetiba, RJ. Revista Brasileira de Zoologia. 17(1):251-261. distribuiton of fish on a Southeast Brazil sandy beach. Marine Biology 143(6): 1047-1055.

ANEXO 9.1. Peixes: lista de espécies

FILO CHORDATA Família Ophichthidae Subfilo Vertebrata (Craniata) Ophichthus gomesii (Castelnau, 1855) Superclasse Gnathostomata Subdivisão Clupeomorpha Classe Chondrichthyes Ordem Clupeiformes Subclasse Elasmobranchii Família Clupeidae Superordem Euselachii Ophistonema oglinun (Lesueur, 1818) Ordem Carcharhiniformes Platanichthys platana (Regan, 1917) Familia Carcharhinidae Harengula clupeola (Cuvier, 1829) Rhizoprionodon lalandei (Valenciennes, 1841) Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1789) Ordem Rajiformes Chirocentrodon bleekerianus (Poey, 1867) Família Rhinobatidae Pellona harroweri (Fowler, 1917) Rhinobatos percellens (Walbaum, 1792) Família Engraulidae Família Narcinidae Lycengraulis grossidens (Agassiz, 1829) Narcine brasiliensis (Olfers, 1831) Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1828) Família Gymnuridae Anchoa tricolor (Agassiz, 1829) Gymnura altavela (Linnaeus, 1758) Anchoa januaria (Steindachner, 1879) Gymnura micrura (Bloch & Schneider, 1801) Anchoa marinii Hildebrand, 1943 Família Dasyatidae Anchoa lyoleps (Evermann & Marsh, 1902) Dasyatis guttata (Block & Schneider, 1801) Anchoa filifera (Fowler, 1915) Dasyatis americana Hildebrand & Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) Schroeder, 1928 Subdivisão Euteleostei Dasyatis centroura (Mitchill, 1815) Superordem Ostariophysi Classe Actinopterygii Ordem Siluriformes Subclasse Neopterygii Familia Ariidae Divisão Teleostei Genidens genidens (Valenciennes, 1839) Subdivisão Elopomorpha Sciadeichthys luniscutis (Valenciennes, 1840) Ordem Elopiformes Cathorops spixii Agassiz, 1829 Família Elopidae Netuma barba (Lacépède, 1803) Elops saurus Linnaeus, 1766 Bagre marinus (Mitchill, 1814) Ordem Anguilliformes Superordem Cyclosquamata Família Muraenidae Ordem Aulopiformes Gymnothorax ocellatus Agassiz, 1831

74 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos Família Synodontidae Selene vomer (Linnaeus, 1758) Synodus foetens (Linnaeus, 1766) Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766) Ordem Batrachoidiformes Oligoplites palometa (Cuvier, 1833) Família Batrachoididae Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) Porichthys porosissimus (Valenciennes, Oligoplites saliens (Bloch, 1793) 1837) Caranx hippos (Linnaeus, 1766) Superordem Acanthopterygii Caranx crysos (Mitchill, 1815) Ordem Mugiliformes Caranx latus Agassiz, 1831 Família Mugilidae Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) Mugil curema Valenciennes, 1836 Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) Mugil curvidens Valenciennes, 1836 Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896 Mugil gairmardianus Desmarest, 1831 Uraspis secunda (Poey, 1860) Mugil liza Valenciennes, 1836 Familia Lutjanidae Mugil platanus Gunther, 1880 Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) Mugil trichodon Valenciennes, 1836 Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) Série Atherinomorpha Família Gerreidae Família Belonidae Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863) Strongylura timucu (Walbaum, 1792) Eucinostomus gula (Cuvier, 1930) Ordem Atheriniformes Eucinostomus argenteus (Baird & Girard, Família Atherinidae 1854) Atherinella brasiliensis Quoy & Gaimard, Eucinostomus lefroyi (Goode, 1874) 1824 Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) Família Exocoetidae Diapterus auratus Ranzani, 1840 Hyporhamphus unifasciatus (Ranzani, 1842) Diapterus olisthostomus (Goode & Bean, Ordem Cyprinodontiformes 1882) Família Cyprinodontidae Família Haemulidae Poecilia vivipara (Schneider, 1801) Boridia grossidens (Cuvier, 1830) Ordem Gasterosteiformes Anisotremus surinamensis (Bloch, 1791) Família Fistularidae Conodon nobilis (Linnaeus, 1758) Fistularia petimba (Lacepède, 1803) Orthopristis ruber (Cuvier, 1830) Fistularia tabacaria Linnaeus, 1758 Haemulon steindachneri (Jordan & Gilbert, Família Singnathidae 1882) Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, Syngnatus elucens Poey, 1867 1868) Syngnatus folletti Herald, 1942 Pomadasys ramosus (Poey, 1860) Ordem Scorpaeniformes Família Sparidae Família Scorpaenidae Archorsargus rhomboidalis (Linnaeus, 1758) Scorpaena isthmensis Meek & Hildebrand, Diplodus argenteus (Valenciennes, 1830) 1928 Família Sciaenidae Scorpaena dispar Longley & Hildebrand, Umbrina coroides ( Cuvier, 1830) 1940 Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823) Scorpaena plumieri Bloch, 1789 Ctenosciaena gracilicirrhus (Metzelaar, 1919) Família Triglidae Menticirrhus littoralis (Holbrook, 1860) Prionotus punctatus (Block, 1797) Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758) Família Dactylopteridae Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830) Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758) Cynoscion jamaicensis (Vaillant & Bocourt, Ordem Perciformes 1883) Subordem Percoidei Cynosciom microlepidotus (Cuvier, 1830) Família Centropomidae Cynoscion acoupa (Lacépede, 1802) Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Isopisthus parvipinnis (Cuvier, 1830) Centropomus parallelus Poey, 1860 Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830) Família Serranidae Larimus breviceps (Cuvier, 1830) Diplectrum radiale Quoy & Gaimard, 1824 Paralonchurus brasiliensis (Steindachner, Diplectrum formosum (Linnaeus, 1766) 1875) Dules auriga Cuvier, 1829 Stellifer stellifer (Bloch, 1790) Ephinephelus niveatus (Valenciennes, 1828) Odontoscion dentex (Cuvier, 1830) Ephinephelus itajara (Lichtenstein, 1822) Família Mullidae Ephinephelus nigritus (Holbrook, 1855) Upeneus parvus (Poey, 1853) Mycteroperca microleps (Goode & Bean, Mullus argentinae Hubbs & Marini, 1935 1880) Família Ephippididae Família Priacanthidae Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) Priacanthus arenatus Cuvier, 1829 Família Sphyraenidae Família Pomatomidae Sphyraena guachancho Cuvier, 1829 Pomatomus saltator (Linnaeus, 1766) Sphyraena tome Fowler, 1903 Família Carangidae Família Polynemidae Selene setapinnis (Mitchill, 1815) Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758)

9. Peixes 75 Família Dactyloscopidae Dactyloscopus crossotus Starks, 1913 Família Gobiidae Gobiesox strumosus Cope, 1870 Gobionellus boleosoma (Jordan & Gilbert, 1882) Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) Gobionellus stigmaticus (Poey, 1861) Gobionellus stomatus Starks, 1913 Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) Evorthodus lyricus (Girard, 1858) Microgobius meeki Evermann & Marsh, 1900 Família Trichiuridae Trichurus lepturus Linnaeus, 1758 Família Stromateidae Prepilus paru (Linnaeus, 1758) Ordem Pleuronectiformes Família Paralichthyidae Etropus crossotus Jordan & Gilbert, 1882 Etropus longimanus Norman, 1933 Citharichthys spilopterus Günther, 1862 Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh, 1902 Citharichthys cornutus (Gunther, 1880) Syacium papillosum (Linnaeus, 1758) Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1840) Paralichthys orbignyanus (Valenciennes, 1839) Paralichthys bicyclophorus (Ribeiro, 1915) Família Achiridae Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) Trinectes paulistanus (Ribeiro, 1915) Família Cynoglossidae Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) Symphurus plagusia (Bloch & Schneider, 1801) Symphurus diomedianus (Goode & Bean, 1885) Ordem Tetraodontiformes Família Monacanthidae Balistes capriscus (Gmelin, 1788) Monacanthus ciliatus (Mitchill, 1818) Família Tetraodontidae Sphoeroides tylery Shipp, 1974 Sphoeroides testudineus Linnaeus, 1758) Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766) Família Diodontidae Cyclichthys spinosus (Linnaeus, 1758)

76 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos 10. Considerações finais

O levantamento da biota da área sob influência do Porto de Sepetiba constituiu uma das atividades de cunho técnico-acadêmico do Programa GloBallast. O sucesso desta etapa do projeto deveu-se à dedicação das equipes coordenadas por pesquisadores especialistas em cada um dos grupos temáticos, assim como pelo envolvimento de várias instituições, pú- blicas ou privadas, que compartilharam informações não publicadas contidas em relatórios internos, muitos destes até então de circulação restrita. 10A Tabela 10.1 sintetiza alguns aspectos principais do levantamento realizado. Informações sobre a biota da baía de Sepetiba são bastante recentes (desde 1945), especialmente para o compartimento Peixes (desde 1980). O número de espécies encontradas não é reflexo dire- to do número de fontes utilizadas. Em parte, isto é explicado pelo critério utilizado por cada especialista na seleção das fontes disponíveis e de como elas foram organizadas. O tema sobre zoobentos de substrato não consolidado, por exemplo, optou por incluir resu- mos de congresso e listou os relatórios de monitoramento ambiental individualmente; em comparação, o grupo de peixes não considerou os resumos de congresso e as equipes de plâncton condensaram os relatórios de monitoramento ambiental por ano de estudo. Inde- pendentemente destas diferenças, justificadas por aspectos operacionais próprios de cada tema, de fato, a maioria dos temas abordados revelaram que os métodos de coleta e de análise utilizados até o momento foram considerados insuficientes para gerar um retrato fiel da biodiversidade local. Com exceção feita aos compartimentos fitobentos e peixes, os demais grupos temáticos concluíram que a lista de espécies apresentada está subestimada. Outro aspecto de consenso, exceção feita para o fitobentos e para peixes, foi o baixo percentual de cobertura da área de estudo. Por exemplo, a maioria dos estudos sobre os compartimentos do plâncton e do zoobentos de substrato não consolidado se concentram no entorno da Ilha Guaíba; já os de zoobentos de substrato consolidado foram realizados em maior número nos costões da Ilha de Itacuruçá.

Definir se uma espécie é nativa, criptogênica ou introduzida envolve o conhecimento pré- vio da biota do local em questão, da biologia e biogeografia da espécie-alvo e das possí- veis rotas de introdução (1). O registro de uma nova espécie em um local cuja biota é bem conhecida pode iniciar o processo de criação de hipóteses de introdução. Neste contexto, a qualificação de uma espécie como criptogênica (= origem críptica, “oculta”), em particu- lar, requer critérios explícitos que envolvem: a) aquelas que apresentam ampla distribui- ção geográfica, normalmente citadas como sendo cosmopolitas; b) aquelas que apresen- tam um comportamento invasor (dispersão rápida e agressiva) em outras regiões; c) alta abundância nas proximidades de focos de introdução (áreas portuárias) mas raras em ou- tras regiões; d) ciclo de vida que permita sobrevivência durante transporte por longas dis- tâncias (no casco e/ou lastro de navios); e e) ausência da espécie no registro fóssil, no caso de espécies com estruturas passíveis de fossilização (2).

Para o fitobentos, por exemplo, a comparação temporal de estudos realizados na década de 90 com o levantamento intensivo feito na decada de 70 encontrou 16 novas ocorrências.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 77 Entretanto, várias destas eram espécies de pequeno porte que poderiam ter passado desper- cebidas em estudos anteriores, enquanto as demais já foram encontradas em outros locais da costa brasileira. Qualificar estas espécies como criptogênicas exige compreender me- lhor a biologia e biogeografia das mesmas, assim como avaliar possíveis vetores de trans- porte, introdução e dispersão de espécies em âmbito regional.

Segundo o levantamento feito para os costões rochosos, várias espécies de cracas se encai- xam na categoria de espécies criptogênicas (Balanus trigonus, B. improvisus, B. amphitrite, B. eburneus, B. venustus e Megabalanus tintinnabulum), pois são cosmopolitas ou circunglobais e parecem ter sido introduzidas há muito tempo atrás.

O presente estudo indicou que há duas espécies, de fato, consideradas introduzidas na Baía de Sepetiba: a craca Megabalanus coccopoma e o siri Charybdis hellerii.

Tabela 10.1. Síntese de alguns aspectos principais do levantamento da biota da área sob influência do Porto de Sepetiba

Grupo Fontes Primeiro Número Comentários Temático Registro de Espécies

Microorganismos 11 1960 21 bactérias Considerado muito pouco estudado. Foram 38 leveduras encontradas algumas espécies de bactérias e 18 protozoários leveduras patogênicas.

Fitoplâncton 25 1945 271 Amostragem com pequena cobertura espacial e com necessidade de utilizar métodos de coleta e de análise complementares. Foram encontradas algumas espécies potencialmente nocivas.

Zooplâncton 25 1945 100 Amostragem com pequena cobertura espacial. Biodiversidade subestimada também devido a dificuldades de análise taxonômica de alguns grupos.

Ictioplâncton 12 1974 8 Considerado muito pouco estudado. Amostragem com pequena cobertura espacial.

Fitobentos 15 1972 239 Considerado bem estudado, com algumas espécies possivelmente criptogênicas.

Zoobentos de 29 1975 133 Amostragem com pequena cobertura espacial e Substrato sem representatividade temporal (sazonalidade). Consolidado Foram encontradas espécies criptogênicas e uma espécie introduzida.

Zoobentos de 58 1943 208 Amostragem com pequena cobertura espacial e Substrato com necessidade de utilizar apetrechos de coleta Inconsolidado complementares. Foi encontrada uma espécie introduzida.

Peixes 4 1980 148 Considerado bem estudado, com alta biodiversidade.

As lacunas identificadas neste levantamento constituem as recomendações para estudos futuros:

1) Necessidade de refinamento taxonômico A abordagem dos estudos realizados na área é bastante variável (taxonomia, distribuição geográfica, ecologia, reprodução, fisiologia, pesca, ecotoxicologia). Há necessidade de

78 Biota da área sob influência do Porto de Sepetiba: levantamento de dados pretéritos incentivo a estudos de cunho taxonômico, com utilização de métodos de coleta comple- mentares. Em alguns casos, recomenda-se o estudo de material vivo e a utilização de microscopia eletrônica.

2) Maior representatividade espacial e temporal A baía de Sepetiba apresenta gradiente espacial (horizontal e vertical) devido à sua nature- za estuarina. As variações temporais também podem ser significativas, devido à diferença entre as condições hidrológicas definidas pelo verão chuvoso em contraposição ao inverso seco. Estudos futuros devem considerar esforço amostral que reflita mais fielmente esta multiplicidade de condições ambientais e, conseqüentemente, a biodiversidade da baía.

A realização de coleta de dados primários para preencher as lacunas identificadas constitui a segunda etapa da caracterização da biota sob influência das atividades do porto de Sepetiba. As coletas para tal levantamento foram realizadas em novembro e dezembro de 2001, estando os dados em fase final de processamento. Trata-se de um levantamento de cunho qualitativo, e semi-quantitativo, onde a identificação dos organismos em nível de espécie é fundamental. Seguiu-se o procedimento criado pelo “Center for Research on Introduced Marine Pests” da Austrália (3). O motivo de ter sido adotado este procedimento foi a necessidade de padroniza- ção da metodologia que permite comparações, intercalibrações e a determinação de tendências sobre a dinâmica de introdução, estabelecimento e invasão de espécies aquáticas. A introdução de espécies via transporte marítimo é um problema global. Uma abordagem padronizada de estudo contribuirá para a elaboração de instrumentos de gestão compatíveis e aplicáveis em diferentes partes do mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Considerações finais

1. Chapman, J.W. & Carlton, J.T. (1991). A test of criteria for pristine confines of the world ocean: a survey of exotic introduced species: the global invasion by the isopod marine species in the southwestern Atlantic. Biological Synidotea laevidorsalis (Miers, 1881). Journal of Crustacean Invasions, 4: 115-143. Biology, 11: 386-400. 3. Hewitt, C.L. & Martin, R.B. (2001). Revised protocols for 2. Orensanz, J.M., Schwindt, E., Pastorino, G., Bortolus, A., baseline port surveys for introduced marine species - survey Casas, G., Darrigran, G., Elías, R., Gappa, J.J.L., Obenat, design, sampling protocols and specimen handling. S., Pascual, M., Penchaszadeh, P., Piriz, M.L., Scarabino, Technical Report 22, Center for Research on Introduced F., Spivak, E.D., Vallarino, E.A. (2002). No longer the Marine Pests - CSIRO Marine Research, Tasmania. 46 pp.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 79