Elaboração do Plano Diretor Municipal com o de Mobilidade Urbana para e Quixeré; e a revisão/complementação do Plano Diretor Municipal, incluindo o de Mobilidade Urbana dos municípios de Massapê, Santana do Acaraú, Irauçuba, , , , e

CONTRATO 028/CIDADES/2016

RELATÓRIO 4.1 - DIRETRIZES E PROPOSTAS

VOLUME I - DIRETRIZES E PROPOSTAS PARA REVISÃO/ELABORAÇÃO DA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E AMBIENTAL

QUIXERÉ

Junho 2017

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ COORDENAÇÃO GERAL André Luiz de Oliveira Barra - GOVERNADOR Engenheiro Civil - CREA 19.226/D Camilo Sobreira de Santana Mônica Maria Cadaval Bedê - Arquiteta Urbanista - CAU A7746-1 VICE-GOVERNADORA Ricardo Mendanha Ladeira - Engenheiro Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Civil - CREA 23.665/D - MG

SECRETARIA DAS CIDADES EQUIPE TÉCNICA PRINCIPAL Brenner Henrique Maia Rodrigues - Secretário das Cidades Geógrafo - CREA 141.975/D - MG Jesualdo Pereira Farias Geraldo José Calmon de Moura - Arquiteto - CAU A27602-2 Secretário Adjunto das Cidades Geraldo Luís Spagno Guimarães - Germano Rocha Fonteles Advogado - OAB/MG 40.851 João Luiz da Silva Dias - CORECON - Secretário Executivo das Cidades MG - RD/357-3 Ronaldo Lima Moreira Borges Liane Nunes Born - Engenheira Civil - CREA 27233/D - SC Coordenadora do Programa de Maria de Lourdes Lourenço Moreira - Desenvolvimento Urbano de Polos CREA 34862/D - MG Regionais – Vale do Jaguaribe/Vale do Acaraú EQUIPE TÉCNICA COMPLEMENTAR Carolina Gondim Rocha Adir Moreira - Engenheiro Sanitarista Supervisor do Componente de CREA-MG 37.513/D Fortalecimento Institucional Ana Flávia Moreira Barra - CREA Rômulo Cordeiro Cabral 186.206/D - MG Cláudia de Sanctis Viana - Geóloga - Analista de Desenvolvimento Urbano CREA/MG: 58.059/D Anderson Tavares de Freitas Claudinéia Ferreira Jacinto - Assistente Social Cristina Angélica de Paula Serra - CREA 65.223/D - MG Daniele Nunes de Britto Marangoni - Arquiteta Urbanista - CAU A66626-2 Flávia Cristina Silveira Braga - Geóloga - CREA/MG: 127708D Fernanda Lima Bandeira de Mello - Arquiteta Urbanista - CAU A107504-7 Gabriela Aparecida de Fátima Drumond Horta - CREA 102.665/D - MG

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Glaydistone Fernando Silva - Tecnólogo de Informação Isnard Monteiro Horta - Engenheiro Civil - CREA MG 9211/D José Abílio Belo Pereira - Arquiteto Urbanista - CAU A113948-7 Leonardo Bedê Lotti - Advogado - EQUIPE TÉCNICA OAB/MG 141084 Representantes da Secretaria Mun. de Luis Alberto São Thiago Rodrigues - Desenvolvimento Urbano, CREA 29.171/D - MG Infraestrutura e Meio Ambiente Maria Angélica Franco Prado - Socióloga Daniel Paulo da Silva Maria Auxiliadora de Vieira - Arquiteta José Hamilton Ribeiro Andrade Urbanista Pedro Henrique Pereira Silva - Arquiteto Representantes da Secretaria de Urbanista - CAU 166239-2 Administração Renata Avelar Barra - Engenheira civil - Leyne Raquel De Oliveira Rebouças CREA 104.920/D - MG Joêmia Mendes Cruz Renata Silva Oliveira - Arquiteta Urbanista - CAU A69911-0 Representantes da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social ESTAGIÁRIOS Maria Edivânia de Brito Martins Ariel Garcias Barbosa - Estudante de Jaqueline Brito Silva Arquitetura e Urbanismo Gabriel Vasconcelos Silva - Estudante Representantes da Secretaria de de Engenharia Civil Agricultura e Desenvolvimento Rural Francisco Osvaldo Honorato EQUIPE DE APOIO Francisco Edivan de Lima Costa Edina de Souza Guimarães - Geógrafa - geoprocessamento Representantes da Secretaria Elizabeth de Souza Guimarães - Municipal de Saúde Fellipe Horta Parreiras - Administrador Francisca Marília Queiroz Silva de Empresas Ellen dos Santos Lima Maria Lucia de Carvalho Guerra - Secretária Representantes da Secretaria Patrícia de Souza Viana - Cadista Municipal de Educação Pedro Lemos de Paula - Técnico - Miecio de Souza Almeida Estudante de Engenharia de Transportes Raimunda Danielly de Oliveira Pollyanne Pereira de Amorim Loiola

Representantes da Secretaria Municipal de Finanças Antônio Joaquim Gonçalves de Oliveira José Ernando de Sousa

Gabinete do Prefeito Carlos Alberto Ferreira Lima

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LISTA DE SIGLAS

AI: Ações Integradas APP: Áreas de Preservação Permanente ARCE: Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento CAGECE: Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará CAU: Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo CE: Ceará COEMA: Conselho Estadual do Meio Ambiente CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia EEE: Estação Elevatória de Esgoto ETA: Estação de Tratamento de Água ETE: Estação de Tratamento de Esgoto IFCE: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará OAB: Ordem dos Advogados do Brasil OE: Objetivos Estratégicos PDR: Plano de Desenvolvimento Regional PLHIS: Plano Local de Habitação de Interesse Social PMCMV: Programa Minha Casa Minha Vida RAP: Região Agrícola Produtiva RMF: Região Metropolitana de UDE: Unidade de Diferenciação Espacial UP: Unidade de Planejamento

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...... 6 1 REFERÊNCIAS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS ...... 8 2 EIXOS ESTRATÉGICOS DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL ...... 14 3 DIRETRIZES TEMÁTICAS ...... 17 3.1 DIRETRIZES REFERENTES A ASPECTOS AMBIENTAIS ...... 17 3.2 DIRETRIZES REFERENTES A ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS .... 18 3.3 DIRETRIZES REFERENTES AOS ASPECTOS TERRITORIAIS ...... 19 3.3.1 Diretrizes gerais ...... 19 3.3.2 Estrutura urbana ...... 20 3.3.2.1 Diretrizes para crescimento da cidade: expansão e adensamento 20 3.3.2.2 Centros e atividades urbanas ...... 21 3.3.2.3 Articulação do território ...... 21 3.3.2.4 Outras diretrizes ...... 21 3.3.3 Patrimônio histórico-cultural e natural ...... 22 3.3.4 Habitação ...... 22 3.3.5 Mobilidade ...... 23 3.3.6 Saneamento Básico ...... 24 3.4 DIRETRIZES REFERENTES À GESTÃO URBANA E AMBIENTAL ..... 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 28 ANEXO I – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES INTEGRADAS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO VALE DO JAGUARIBE ...... 30

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APRESENTAÇÃO

Apresenta-se neste documento o Relatório nº 4.1 – Diretrizes e Propostas do Município de Quixeré. Este produto foi desenvolvido pelo Consórcio Prodeurb Ceará, constituído pelas empresas Tecnotran Engenheiros Consultores LTDA, Instituto da Mobilidade Sustentável – Rua Viva e Cadaval Arquitetura e Urbanismo LTDA e vencedor do processo público de seleção instituído pelo edital de Manifestação de Interesse Nº 20140012/CEL 04/SCIDADES/CE Solicitação de Propostas (SDP) Nº 01 promovido pela Secretaria das Cidades do Governo do Estado do Ceará e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para elaboração e/ou revisão dos Planos Diretores e de Mobilidade Urbana para os municípios cearenses Jaguaruana, Quixeré, Massapê, Santana do Acaraú, Irauçuba, Russas, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte e Jaguaribe, por meio do contrato nº 028/CIDADES/2016. A realização do trabalho está estruturada nas seguintes etapas:

. Etapa 1: Plano Executivo de Trabalho; . Etapa 2: Perfil e Diagnóstico; . Etapa 3: Audiência Pública 01; . Etapa 4: Diretrizes e Propostas; . Etapa 5: Audiência Pública 02; . Etapa 6: Proposta para Legislação Básica; . Etapa 7: Audiência Pública 03; . Etapa 8: Elaboração de Estratégias de Implementação do PDM, Gestão Municipal e Priorização de Investimentos; . Etapa 9: Consolidação da Consulta Pública On-line; . Etapa 10: Treinamento sobre Plano Diretor; . Etapa 11: Planos Diretores Municipais Consolidados.

Este Produto insere-se na Etapa 4: Diretrizes e Propostas e inclui os seguintes conteúdos:

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. Introdução apresentando as principais referências técnicas, legais e conceituais utilizadas para elaboração das diretrizes e propostas; . Apresentação de Eixos Estratégicos e respectivas diretrizes estratégicas, que deverão nortear o desenvolvimento do Município; . Detalhamento das diretrizes por tema.

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1 REFERÊNCIAS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS

Este item tem como objetivo indicar caminhos e processos visando ao desenvolvimento urbano do Município de Quixeré. Diante disso, entende-se necessário expor a construção conceitual e metodológica trilhada para se chegar ao resultado aqui apresentado. Os pressupostos que levaram à adoção dos conceitos e metodologias empregados são indicados na resposta ao questionamento: a que comando e a que necessidade atende o termo “desenvolvimento urbano”? Pode-se dizer que a necessidade é indicada na realidade do Município, que é dinâmica e demanda orientação para o sentido do desenvolvimento. O comando é indicado pela Constituição Federal, que em seu artigo 182 determina que essa realidade dinâmica se transforme orientada no sentido de um desenvolvimento legalmente definido: diretrizes gerais fixadas em lei e no plano diretor. Os pressupostos que se busca, portanto, vêm da articulação da realidade com a ordem jurídica. Juntas, a realidade e a ordem jurídica devem inspirar um conceito de desenvolvimento urbano e, simultaneamente, uma metodologia para a sua realização. As expressões dessa articulação serão os princípios e os instrumentos do desenvolvimento urbano, sendo o plano diretor o principal dentre esses. Como ponto de partida para a construção dos conceitos e metodologias, será necessária a análise de todo o ordenamento jurídico afeto à matéria do desenvolvimento urbano, que é de ordem pública. Essa consideração se dá no bojo do fundamento básico do Estado Democrático de Direito, que se define pela supremacia da lei em favor das garantias individuais, das garantias sociais e das garantias difusas. Dessa forma, o desenvolvimento urbano, que diz respeito a todas essas garantias, deve se submeter à supremacia da lei. Impõem-se, portanto, as questões colocadas a seguir. Quais são os comandos constitucionais e quais são os comandos legais que determinam o desenvolvimento urbano? Como se define legalmente o desenvolvimento urbano? Quais são os meios e instrumentos legais do desenvolvimento urbano? Qual é o objetivo do desenvolvimento urbano?

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As respostas a essas questões darão os fundamentos legais do conceito de desenvolvimento urbano e levarão, a partir de sua projeção sobre a realidade municipal, à elaboração de uma metodologia de construção dos princípios e diretrizes para o desenvolvimento urbano específico de Quixeré. É no artigo 182 da Constituição Federal, no Capítulo II do Título VII, da Política Urbana, que se tem o comando constitucional sobre o desenvolvimento urbano. Determina que a política de desenvolvimento urbano visa ao cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e ao bem-estar dos seus habitantes. Nos parágrafos do artigo 182 da Constituição Federal tem-se o esclarecimento de que o plano diretor é o instrumento principal do desenvolvimento urbano e que ele é obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes, além de definir a função social da propriedade. A interpretação ampla do artigo 182 da Constituição Federal já traz uma ideia do contorno do que seja desenvolvimento urbano. Entende-se que ele deve ter como consequência o cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana e garantir o bem-estar de seus habitantes. As funções sociais da cidade e da propriedade urbana, portanto, são elementos de construção do conceito de desenvolvimento urbano ao mesmo tempo em que são, elas mesmas, parte do seu objetivo. A garantia de bem-estar, por sua vez, traz o elemento material do conceito na Constituição, no sentido de indicar o que se busca de palpável com o desenvolvimento urbano. O Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2002) vem trazer contornos e conteúdos mais precisos ao conceito de desenvolvimento urbano, determinado pelo artigo 182 da Constituição. Em seu artigo 2º o Estatuto da Cidade reafirma a Constituição, ao indicar que política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana através de diversas diretrizes. Dentre essas diretrizes, as que se prestam à construção do conceito de desenvolvimento urbano estão no inciso I e inciso II:

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

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I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; (...) No inciso I tem-se a garantia do direito a cidades sustentáveis, indicada por direitos sociais, econômicos e ambientais. Essa prescrição define, portanto, que o desenvolvimento urbano é sustentável, ou culmina em cidades sustentáveis, ao garantir equilibradamente direitos de aspectos sociais, econômicos e ambientais. No inciso II tem-se a gestão democrática como elemento definidor do conceito de desenvolvimento urbano. Dessa forma, o desenvolvimento urbano não se define só na materialidade do ordenamento do território, determinado pela função social da propriedade, induzindo transformações que busquem o equilíbrio social, econômico e ambiental da cidade sustentável, mas também se define na legitimidade da produção e da execução dos planos e programas urbanísticos. Estes devem ser produzidos e executados sob a tutela da participação dos diversos setores da sociedade, sem a qual lhe carecerá legitimidade. A função social da propriedade e a gestão democrática informam princípios, aquele ligado ao território e este ligado à gestão. São eles os princípios da função social da propriedade e o princípio da gestão democrática da cidade. Trata-se dos princípios basilares do Direito Urbanístico, o qual tem por finalidade tutelar a garantia a cidades sustentáveis1. Chega-se, por fim, a uma proposição de conceito legal para desenvolvimento urbano. É o processo que produz transformações sociais, econômicas e ambientais sustentáveis através de sua territorialização, planificada e aplicada por meio de uma gestão democrática. Território, gestão e sustentabilidade são as palavras-chave extraídas do conceito de desenvolvimento urbano que fundamentaram o processo de elaboração dos planos objetos deste trabalho.

1 FERNANDES e ALFONSIN, 2010. PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO CEARÁ – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR 10 Relatório 4.1 – Diretrizes e Propostas. Volume I CONTRATO 028/CIDADES/2016

Uma vez apresentado o fundamento conceitual básico das propostas de desenvolvimento urbano, é necessário apresentar também outros referenciais legais, institucionais e técnicos. Além do Estatuto da Cidade, que também é um importante referencial técnico e institucional, há outras diversas leis federais que constituem referências sobre o desenvolvimento urbano: Lei 11.124/2005, sobre Habitação de Interesse Social; Lei 11.888/2008, sobre Assistência Técnica à população de baixa renda; Lei 11.445/2007, sobre Saneamento Básico; Lei 12.305/2009 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos; Lei 12.587/2012, sobre Mobilidade Urbana; Leis 10.048/2000 e 10.09/2000, sobre Acessibilidade; Lei 12.608/2012, sobre a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. No âmbito da competência estadual para legislar sobre o assunto, deve-se mencionar a Constituição do Estado do Ceará que apresenta, em seu Capítulo X do Título VIII, Da Política Urbana, prescrições de grande repercussão na elaboração da legislação urbanística no âmbito municipal. Os artigos 288 e 289 cuidam de estabelecer diretrizes gerais para a política de desenvolvimento urbano que refletem a principiologia da Constituição da República e do Estatuto da Cidade:

Art. 288. A política urbana, executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Art. 289. A execução da política urbana está condicionada ao direito de todo cidadão a moradia, transporte público, saneamento, energia elétrica, gás, abastecimento, iluminação pública, comunicação, educação, saúde, lazer e segurança. Parágrafo único. A propriedade urbana cumpre sua função social, quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no plano diretor. O artigo 290 prescreve matérias relativamente às quais o Plano Diretor deve se debruçar. O artigo 291 estabelece diretrizes relativas às políticas de habitação, ordenamento territorial e políticas de acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. O artigo 293 institui limitações ao direito de construir. O artigo 297 determina ao poder público garantir o direito à moradia e deve ser lido em conjunto

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Princípios do Desenvolvimento Sustentável

As diretrizes e propostas apresentadas no plano diretor deverão, na sua formulação e implementação, considerar os princípios do desenvolvimento sustentável, em suas dimensões social, ambiental e de desenvolvimento econômico,

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Diretrizes do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR)

Para a formulação dos Eixos Estratégicos, das respectivas Diretrizes Estratégicas e das Diretrizes Temáticas, aqui apresentados, foram considerados, além da Leitura Técnica e Comunitária, os Objetivos Estratégicos (OE) e as Ações Integradas (AI) previstos no Plano de Desenvolvimento do Vale do Jaguaribe (PDR) original e revisto em 2016), procurando-se dessa forma, manter coerência entre o planejamento regional e o Plano Diretor do Municipal de Quixeré. Assim, as proposições municipais do Plano Diretor deverão ser complementares às iniciativas do estado previstas nas Ações Integradas do PDR do Vale do Jaguaribe, especialmente à Ação Integrada do PDR, AI3: Programa de ordenamento urbano da região. Os quadros apresentados no Anexo I resumem os Objetivos Estratégicos (OE) e as Ações Integradas (AI) do PDR do Vale do Jaguaribe.

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2 EIXOS ESTRATÉGICOS DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Para consecução dos objetivos do Plano Diretor, são eixos estratégicos do desenvolvimento do Município de Quixeré: I - Fortalecimento do Município como importante centro de produção agrícola da Região do Baixo Jaguaribe, com controle ambiental das atividades produtivas; II - Estruturação dos núcleos urbanos para melhoria da qualidade da vida de seus moradores e apoio às atividades rurais, especialmente da Sede e de Lagoinha; III - Preservação da identidade municipal e do patrimônio histórico, cultural e ambiental; IV - Inclusão socioespacial da população mediante ampliação do acesso aos bens e serviços urbanos. Para cada eixo, visando ao desenvolvimento municipal, são as seguintes as diretrizes estratégicas, no âmbito do Plano Diretor:

Diretrizes estratégicas para o Eixo Estratégico I

O foco dinâmico da economia de Quixeré – a Região Agrícola Produtiva (RAP) – deverá irradiar positivamente para outros setores da economia municipal (serviços e indústria). Nesse sentido, são diretrizes estratégicas para atingir esse objetivo: • desenvolver estratégias para diversificar a inserção do município na Região Agrícola Produtiva (RAP), reduzindo a importância relativa da fruticultura; • promover a gestão das relações de interesse público e privado entre as empresas extrativas e do agronegócio e o Município de Quixeré, mensurando as externalidades positivas e coibindo ou mitigando externalidades negativas; • cuidar para evitar a exaustão dos recursos naturais e ameaça à sustentabilidade, contrariando, assim, a lógica do capital financeiro: retorno máximo e rápido, “fuga” para outras regiões.

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Diretrizes estratégicas para o Eixo Estratégico II

Para atingir os objetivos deste Eixo, a administração municipal deverá se estruturar para melhorar a gestão urbana e gestão tributária, as infraestruturas de saneamento e circulação, tomando, no âmbito do Plano Diretor, medidas com vistas a: . melhorar a articulação entre Sede e distritos, especialmente Sede– Lagoinha, reforçando essas centralidades, e implementar transporte público entre eles; . criar normas de ocupação e uso das áreas urbanas da Sede e de Lagoinha; . ampliar espaços públicos destinados ao lazer e convívio da população; . melhorar as condições de saneamento especialmente das áreas urbanas da Sede e de Lagoinha; . vincular adensamento e expansão da área urbana às projeções de crescimento populacional.

Diretrizes estratégicas para o Eixo Estratégico III

As diretrizes estratégicas, no âmbito do Plano Diretor, visando à preservação da identidade municipal e do patrimônio histórico e cultural, são as seguintes: . Reforçar o centro como espaço de identidade da cidade; . preservar a área de interesse histórico-cultural; . preservar o patrimônio imaterial, incentivando atividades tradicionais das comunidades; . valorizar e preservar o fundo de vale do Rio Velho.

Diretrizes estratégicas para o Eixo Estratégico IV

As diretrizes estratégicas, no âmbito do Plano Diretor, visando à inclusão socioespacial de toda a população mediante acesso aos bens e serviços urbanos, são as seguintes: . Evitar o processo de dispersão urbana;

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. ampliar a prestação de saneamento básico aos moradores do Município; . qualificar os assentamentos precários na Sede e nos distritos; . integrar a política habitacional às demais políticas públicas; . priorizar o atendimento das necessidades habitacionais de interesse social.

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3 DIRETRIZES TEMÁTICAS

3.1 Diretrizes referentes a aspectos ambientais

I - Diretrizes Regionais O Município, em articulação com municípios vizinhos, fará gestões junto ao governo do estado visando à melhoria do gerenciamento do uso da água por meio da elaboração ou revisão de planos de bacias hidrográficas e/ou plano de gestão de recursos hídricos, englobando, entre outras medidas: . desenvolvimento de estudos sobre o aproveitamento hídrico subterrâneo do aquífero cárstico da Formação Jandaíra (Grupo Apodi), em escala regional; . elaboração de planos de contingência associados à realização dos estudos hidrológicos para cenários de cheias; . elaboração de estudos hidrológicos em sub-bacias, em escala regional ou local, visando a utilização sustentável dos recursos hídricos superficiais; . fiscalização municipal e/ou estadual para assegurar o licenciamento ambiental de construção de açudes com área maior a cinco hectares, considerados de médio potencial poluidor-degradador (PPD) – Resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente COEMA Nº 10/2015; . recuperação ambiental de áreas de agricultura em desuso ou promoção gradual, respaldada nos estudos hidrogeológico, da recuperação da atividade agrícola e/ou expansão de áreas agricultáveis; Essas diretrizes serão inseridas, no que couber à ação integradas do PDR, AI1: Programa de valorização dos recursos ambientais – Desenvolver um plano de manejo de água para diferentes setores de atividade produtiva, como agricultura e indústria. II - Diretrizes Municipais O Município, em articulação com os órgãos ambientais estaduais, e, quando couber, com município vizinho, visando à melhoria da qualidade ambiental e à recuperação de áreas degradadas, tomará, entre outras, as seguintes medidas:

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. intensificação do controle das atividades de extração de calcário, areia e argila; . monitoramento ambiental relativo à emissão de materiais particulados nas indústrias de beneficiamento de calcário; . controle da atividade de aquicultura, com fiscalização acerca do licenciamento ambiental, preferencialmente em conjunto com o Município de Jaguaruana; . controle da indústria cerâmica, incluindo a extração de argila, com fiscalização acerca do licenciamento ambiental, preferencialmente em conjunto com o Município de Russas; . impedimento de ocupação em APP por meio de fiscalização e educação ambiental; . criação de área non aedificandi e/ou de diretrizes especiais ao longo da encosta do front da Chapada do Apodi; . restrição à ocupação de áreas inundáveis por meio de fiscalização e educação ambiental; . fiscalização pelas Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente do uso excessivo de agrotóxicos em áreas de cultivo, com principal enfoque nas áreas de depósitos aluvionares e de substrato calcário; . controlar atividades econômicas de grande porte, sobretudo a agricultura; . criar sistema de compensação ambiental no Município para atividades geradoras de impacto, tais como as olarias e mineradoras; . incluir a população na discussão sobre o licenciamento para grandes empreendimentos; . regulamentar e fiscalizar, por meio da Secretaria de Saúde, o transporte de carne, atualmente feito em condições sanitárias inadequadas.

3.2 Diretrizes referentes a aspectos socioeconômicos

As diretrizes referentes aos aspectos socioeconômicos, complementares àquelas definidas como estratégicas para atingir o objetivo de fortalecimento de Quixeré como centro de produção agrícola da região, são:

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. estabelecer parcerias com entidades científicas, com agências federais e do estado, com o ministério público, para assegurar a prevalência do interesse público e o desenvolvimento econômico e social sustentável; . buscar investimentos governamentais para que Quixeré volte a prosperar economicamente, e que se prepare com antecedência para lidar com futuros períodos de seca prolongada; . apoiar a agricultura familiar e o pequeno produtor de Quixeré, com assistência técnica, sementes, crédito, canais de comercialização, infraestruturas de energia e estrada, favorecendo a economia e a promoção social, inserindo as ações decorrentes dessa diretriz à Ação Estratégia do PDR, AI7: Programa de desenvolvimento rural sustentável; . promover o controle ambiental de atividades extrativas, especialmente de calcário na Chapada do Apodi, e de industriais em áreas urbanas e rurais; . melhorar a qualidade do gasto público, investir na qualidade e no compromisso dos servidores públicos em mais médicos, mais professores, ampliar a prestação dos serviços, aumentando a renda gerada no Município; . estabelecer parcerias com universidade, visando aprimorar a capacidade produtiva local, nos termos da Ação Integrada do PDR, AI10: Programa de integração universidade e empresa.

3.3 Diretrizes referentes aos aspectos territoriais

3.3.1 Diretrizes gerais

Tendo em vista o ordenamento do território, e considerando a carência de regulamentação urbanística no Município de Quixeré, faz-se necessário: . criar e implementar legislação urbanística e ambiental; . criar sistema de fiscalização da legislação urbanística e ambiental; . fortalecer a capacidade técnica da administração municipal para promoção da gestão urbana e ambiental.

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3.3.2 Estrutura urbana

São diretrizes para a estrutura urbana e deverão orientar o macrozoneamento, o zoneamento urbano, a ocupação e o uso do solo:

3.3.2.1 Diretrizes para crescimento da cidade: expansão e adensamento

. Criar, internamente ao perímetro urbano, zonas adensáveis, em virtude de condições favoráveis do meio físico, acessibilidade, infraestruturas e características do uso do solo; . criar, internamente ao perímetro urbano, zonas de adensamento restrito, em virtude de restrições ambientais e condições desfavoráveis de acessibilidade, infraestruturas e características do uso do solo; . criar, internamente ao perímetro urbano, áreas especiais cujos parâmetros urbanísticos se sobreporão aos das zonas, visando a implementação de políticas de intervenção específicas, como a proteção ao patrimônio histórico nas imediações da Praça da Matriz; . rever os perímetros urbanos na medida e necessidade do crescimento demográfico, evitando-se a dispersão urbana e a ocupação de áreas impróprias à urbanização, dando preferência ao adensamento, observando as seguintes indicações: − definir como vetores para expansão urbana preferencial na Sede: ao sul, no sentido da CE-266, ao longo do eixo da Rua Monsenhor Oliveira; a sudeste, também no sentido da CE-266, ao longo do eixo da Rua Vereador Efísio Costa; e a leste, no eixo da Rua Professora Eliza Brito; − restringir a expansão urbana, na Sede, no sentido dos Bairros Ilha e Leão; − reduzir a área de expansão urbana da Vila de Lagoinha; − propor alternativa à área de expansão urbana do Distrito Industrial (Lei 575/2016); . planejar a expansão da cidade, regulamentar a forma de implantação de novos loteamentos e fiscalizar a execução das obras;

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. conscientizar proprietários de terrenos e de loteadores para o cumprimento das normas urbanísticas e de licenciamento de parcelamento do solo; . impedir ocupação de áreas sujeitas a inundação.

3.3.2.2 Centros e atividades urbanas

. Impedir usos incômodos nos centros da Sede e de Lagoinha e estimular o surgimento de novas centralidades; . estimular a oferta de comércio e serviços em Botica e Boqueirão e melhorar sua ligação com a Sede; . possibilitar a diversificação de usos conviventes na cidade; . promover a regulamentação de uso das calçadas e definir a forma de sua implementação e fiscalização; . regulamentar e fiscalizar as edificações para evitar a invasão de calçadas por propriedades particulares e manter o ordenamento da ocupação.

3.3.2.3 Articulação do território

. Estudar alternativas para o transporte público coletivo, facilitando deslocamentos entre Sede, distritos e localidades; . promover a hierarquização e classificação viária nas áreas urbanas; . indicar melhorias físicas e de regulamentação para as principais vias e interseções viárias; . indicar diretrizes para expansão do sistema viário, especialmente nos vetores preferenciais de expansão.

3.3.2.4 Outras diretrizes

. Definir, juntamente com órgãos competentes do estado, políticas de segurança pública para os Distritos de Lagoinha e Água Fria; . encaminhar à Secretaria de Saúde a demanda por fiscalização do transporte de carne para consumo.

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3.3.3 Patrimônio histórico-cultural e natural

São diretrizes da política municipal de proteção do patrimônio histórico municipal:

. realizar estudos especiais relativos ao patrimônio histórico construído, visando a adoção de medidas de preservação e incentivos para conservação de edificações significativas, especialmente no centro da Sede e na Fazenda Mato Alto; . promover a requalificação da Praça da Matriz e das Ruas Manoel Gonçalves e Vereador Efísio Costa; . elaborar o inventário de festas típicas e manifestações tradicionais e promover sua divulgação no Município e na região (ex.: sanfoneiros, dramistas, cantores, repentistas, bandas locais e festas típicas como a Paixão de Cristo e o Boi Quixeré); . promover a recuperação do espaço da “Paixão de Cristo” e reativar as encenações; . reformar e ampliar o mercado público municipal; . implantar mirante no alto da Chapada do Apodi; . inserir as ações de valorização de atrativos históricos, culturais e naturais de Quixeré ao turismo integrado da região do Vale do Jaguaribe (PDR – AI6: Programa de qualificação do turismo); . realizar o tratamento sanitário e paisagístico de fundo de vale do Rio Velho.

3.3.4 Habitação

São diretrizes da política municipal de Habitação, no âmbito do Plano Diretor:

. promover a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social, inserido na Ação Integrada do PDR, AI3: Programa de ordenamento urbano da região; . promover a regularização fundiária dos bairros das áreas urbanas, preferencialmente da Sede e de Lagoinha;

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. promover condições mínimas de moradia adequada por meio da complementação da urbanização do Bairro “Populares”, na Sede; . promover a qualificação ou substituição das casas de taipa ainda existentes no Município; . prever normas e instrumentos legais que favoreçam a provisão habitacional de interesse social, entre os quais: − percentual obrigatório de transferência de área destinada a habitação de interesse social quando da aprovação de novos parcelamentos ou, como contrapartida, quando da regularização fundiária de interesse específico de loteamentos privados; − parâmetros urbanísticos especiais para empreendimentos habitacionais de interesse social que viabilizem a moradia econômica e garantam as condições mínimas de qualidade da habitação; − mecanismos que permitam a definição de áreas vazias com a função social de destinar-se à habitação de interesse social; . garantir, por meio de parcerias com instituições afins e com municípios vizinhos, o serviço público de assistência técnica em arquitetura e engenharia, visando qualificar a produção individual da habitação de interesse social.

3.3.5 Mobilidade

São diretrizes da política municipal de mobilidade, no âmbito do Plano Diretor:

. implementar um Programa de Regularização e Qualificação das Calçadas que estabeleça, entre outras questões, a rede prioritária para tratamento, que será realizado pela Prefeitura Municipal; . tratar e sinalizar as travessias da CE-356 no distrito de Lagoinha abrangendo todos os modos de circulação, com tratamento especial focado na segurança de pedestres e ciclistas; . desenvolver o Plano da Rede Ciclável com implantação de paraciclos e bicicletários e compartilhamento de vias e calçadas;

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. criar o serviço de transporte público coletivo entre a sede e os distritos com a criação de linhas de ônibus planejadas, regulamentadas e tarifadas pela Prefeitura Municipal; . garantir a integração e a modicidade tarifária na rede de transporte criada para atrair usuários do transporte individual e do mototaxi; . estruturar o serviço de taxi, mototaxi e escolar, fortalecendo a gestão pública sobre os mesmos; . desenvolver um programa de paz no trânsito com ênfase nos motociclistas, contemplando medidas de educação, engenharia de tráfego e fiscalização; . organizar e regulamentar o estacionamento, a circulação de veículos pesados e a operação de carga e descarga em Quixeré; . tratar as Ligações distritais e rodoviárias, inclusive com iluminação pública; . implantar melhorias na circulação e no sistema viário de articulação da cidade e nas interseções críticas; . elaborar um plano de sinalização viária estabelecendo etapas de implantação; . estabelecer a hierarquização viária de Quixeré; . construir uma estrutura institucional que permita à municipalidade atender as demandas impostas na gestão cotidiana do sistema de mobilidade urbana.

3.3.6 Saneamento Básico

São diretrizes para o saneamento básico do Município, em consonância com a Lei Complementar Estadual Nº 162/2016, no âmbito do Plano Diretor:

. promover a elaboração do Plano Municipal de Saneamento juntamente com municípios vizinhos, quando couber, nos termos da Lei Federal do Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) e do Plano Nacional de Saneamento Básico, na mesma linha da Ação Integrada do PDR, AI12: Programa de saneamento;

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. assegurar o acesso da população às ações e serviços de saneamento, associado a programas de saúde pública e educação sanitária, em consonância com as normas de proteção ao meio ambiente; . promover o controle de vetores e de reservatórios de doenças transmissíveis, visando à prevenção de consequências danosas à saúde e a garantia de condições de higiene e conforto; . criar mecanismos para viabilizar a determinação sistemática do quadro sanitário e epidemiológico do Município a partir do qual as ações de saneamento sejam definidas e implementadas; . avaliar os instrumentos de concessão dos serviços de abastecimento de água, visando à introdução de mecanismos de participação da instância municipal na gestão dos serviços, com apoio da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (ARCE); . acompanhar e fiscalizar o convênio firmado com a companhia concessionária do serviço de forma a assegurar oferta de água às demandas atuais e futuras; . promover ações junto à concessionária para solucionar a curto prazo as deficiências da distribuição de água na Sede, especialmente nos Bairros Pontal e Nova Morada, e nos distritos; . promover ações junto à concessionária para ampliação e adequação do tratamento de água e da capacidade de reservação, bem como substituição de rede com diâmetro insuficiente; . promover ações de integração, quando couber, às ações regionais de recursos hídricos, e utilizando técnicas sustentáveis, como aproveitamento de água pluvial com redução da evapotranspiração, retenção de águas pluviais no lençol freático através de infiltração planejada, principalmente nos distritos e localidades; . estimular estratégias de reuso de águas, tendo em vista a escassez desse recurso na região; . elaborar, a partir do Plano Municipal de Saneamento, o planejamento do sistema de esgotamento sanitário e de drenagem urbana, considerando

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que a responsabilidade por esse serviço é do município, definindo etapas de implantação compatíveis com a capacidade de financiamento municipal; . promover a recuperação e preservação dos fundos de vale, especialmente do Rio Velho, incorporando-os à paisagem urbana, de forma que sejam compatibilizados com o sistema viário e que permitam a implantação de interceptores de esgoto sanitário; . promover a recuperação e preservação do córrego que escoa ao norte da cidade (braço do Rio Quixeré) ao longo de todo seu percurso urbano, protegendo-o dos processos de aterramento e ocupação; . implementar o programa municipal de gestão de resíduos sólidos urbanos, abrangendo coleta, coleta seletiva, limpeza, disposição do lixo urbano, hospitalar e dos resíduos inertes; . articular, com municípios vizinhos, no que couber, o planejamento e a implementação de ações de saneamento, notadamente disposição final de resíduos sólidos, em consonância com a Ação Estratégica do PDR, AI2: Programa de coleta e tratamento de resíduos sólidos; . transferir o local de destino final do lixo (atual “lixão”), devido à proximidade com o matadouro em construção, e operar o novo local de forma mais adequada, transformando-o pelo menos em aterro controlado: aterramento em valas, com cobertura dos resíduos e valas especiais para resíduos sépticos; realizar a cobertura do lixo depositado no “lixão” a ser desativado; . coibir a queima de resíduos sólidos, evitando poluição atmosférica; . coibir o lançamento de entulho e lixo em logradouros públicos; . apoiar a organização da atividade dos catadores de resíduos recicláveis, visando reduzir o volume de resíduos a serem aterrados e estimulando ações sociais; . estimular o desenvolvimento e aplicação de tecnologias e soluções alternativas de saneamento, visando ao atendimento de assentamentos habitacionais de interesse social e as localidades rurais.

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3.4 Diretrizes referentes à gestão urbana e ambiental

Para implementação das diretrizes e propostas constantes do Plano Diretor e demais normas urbanísticas municipais, será necessário:

. estruturar a administração municipal para viabilizar a efetiva implementação das normas urbanísticas e ambientais municipais; . promover integração das políticas urbanas, bem como dessas e com as políticas econômica, ambiental e sociais; . promover participação da sociedade civil na implementação das políticas urbanas por meio de sistema de gestão participativa integrando conferências, conselhos e outras instâncias colegiadas; . criar conselho municipal de política urbana, constituído paritariamente de membros do poder público e da sociedade civil, tendo por finalidade o monitoramento e a implementação do plano diretor municipal; . criar, no âmbito do poder executivo, comissão técnica de referência para tratar dos temas ligados ao desenvolvimento urbano e apoiar o conselho municipal de política urbana; . participar, juntamente com o estado e municípios vizinhos, da criação de órgão técnico regional de apoio aos municípios nos assuntos relacionados com a gestão urbana.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição Federal. Brasília, DF, 1988. ______. Lei Federal nº 10.257/2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências (Estatuto da Cidade). Brasília, DF, 2001. CEARÁ. Constituição Estadual do Ceará. Fortaleza, CE, 1989. ______. Governo do Estado do Ceará, Secretaria das Cidades; Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Manifestação de Interesse Nº 20140012/CEL 04/SCIDADES/CE Solicitação de Propostas (SDP) Nº 01 referente a elaboração do Plano Diretor Municipal com o de Mobilidade Urbana para Jaguaruana e Quixeré; e a revisão/complementação do Plano Diretor Municipal, incluindo o de Mobilidade Urbana dos municípios de Massapê, Santana do Acaraú, Irauçuba, Russas, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte e Jaguaribe. Fortaleza, 2015. ______. Secretaria das Cidades do Estado do Ceará. Atualização do Plano de Desenvolvimento Regional. Programa de Desenvolvimento Urbano de Polos Regionais - Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú. Produto 2-Diagnóstico. 468p. Fortaleza, CE, 2016. ______. Produto 1 – Plano Executivo de Trabalho e Detalhamento da Metodologia para elaboração do Plano Diretor Municipal com o de Mobilidade Urbana para Jaguaruana e Quixeré e a revisão/complementação do Plano Diretor Municipal, incluindo o de Mobilidade Urbana dos municípios de Massapê, Santana do Acaraú, Irauçuba, Russas, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte e Jaguaribe. Belo Horizonte, 2016. ______. Produto 2 – Diagnóstico (Leitura Técnica e Comunitária) para elaboração do Plano Diretor Municipal com o de Mobilidade Urbana para Jaguaruana e Quixeré e a revisão/complementação do Plano Diretor Municipal, incluindo o de Mobilidade Urbana dos municípios de Massapê, Santana do Acaraú, Irauçuba, Russas, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte e Jaguaribe. Belo Horizonte, 2017.

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FERNANDES, Edésio; ALFONSIN, Betânia (Coord.). Coletânea de legislação urbanística: normas internacionais, constitucionais e legislação ordinária. Belo Horizonte: Fórum, 2010.

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ANEXO I – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES INTEGRADAS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO VALE DO JAGUARIBE

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Quadro 1 – Diretrizes Ambientais do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS EXEMPLO DE ATIVIDADES AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS OE1: Reforçar a proteção e o Conforme observado no Propor medidas de uso Campanhas educativas e de AI1: Programa de uso eficiente da água ao Diagnóstico Regional, a racional da água e combate ao sensibilização em escolas valorização dos recursos longo da sua cadeia de valor ocupação desordenada do desperdício Campanhas educativas e de ambientais solo urbano e a poluição dos Propor medidas de sensibilização em associações Desenvolver um plano de recursos hídricos pelo aporte fiscalização e controle de e representações empresariais manejo de água para de efluentes domésticos e tratamento de efluentes Programas de incentivo e diferentes setores de industriais associados à especialmente nos setores fiscalização do tratamento de atividade produtiva, como ausência de tratamento de agrícola e industrial efluentes nos setores agrícola e agricultura e indústria. efluentes em diversos industrial municípios da região são condições preocupantes para a preservação dos recursos hídricos.

OE2: Promover o 95,24% dos municípios da Desenvolver plano de coleta Plano de coleta seletiva com AI2: Programa de coleta e desenvolvimento de um região utilizam lixões a céu seletiva e centros de poder público municipal tratamento de resíduos

DIRETRIZES AMBIENTAIS sistema de coleta e aberto para disposição final reciclagem conjuntamente Criação de centros de sólidos tratamento de resíduos dos resíduos sólidos. Na com cooperativas de reciclagem associado a Propor um plano de coleta e sólidos grande maioria dos lixões é catadores cooperativas de catadores tratamento de resíduos observada a prática de Desenvolver plano de Programa de conscientização sólidos para todos os incineração do lixo. Nenhum implementação de aterros da população para os municípios da região através município conta com centro sanitários em grupos de problemas do lixo da organização em de triagem para separação municípios – regularizar e Implementação, regularização municípios vizinhos e do dos resíduos recicláveis. fiscalizar são atividades e fiscalização dos aterros investimento conjunto entre Quanto à coleta seletiva de integrantes deste plano sanitários eles, objetivando um avanço resíduos sólidos, nenhum dos ambiental importante para o municípios oferta este tipo de futuro do desenvolvimento serviço à população. da região do Vale do Jaguaribe.

Fonte: PDR, 2016.

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(Continuação) Quadro 1 – Diretrizes Ambientais do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS EXEMPLO DE ATIVIDADES AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS OE3: Desenvolver planos de As fragilidades arquitetônicas Desenvolver planos de Atualização de Planos Diretores AI3: Programa de

ordenamento urbano para e urbanísticas na região são ordenamento urbano para urbanos dos 5 municípios ordenamento urbano da todos os municípios da região corroboradas pela todos os municípios com Desenvolvimento de planos de região inexistência ou ineficácia dos diferentes níveis de detalhe e saneamento, habitação, Desenvolver planos planejamentos urbanos. diferentes áreas tais como estrutura viária, entre outros integrados de ordenamento Conforme observado no saneamento, habitação, para os demais municípios da região para todos os Diagnóstico, apenas 6 dos 21 estrutura viária, entre outras. municípios, podendo incluir municípios possuem plano por exemplo: Planos diretor e demais leis de Diretores, Planos de regulação do solo urbano, em Saneamento e razão, sobretudo, do número Esgotamento, Planos de de habitantes (menos de Mobilidade, entre outros.

DIRETRIZES AMBIENTAIS 20.000). Desta forma, são executados loteamentos sem nenhum controle, configurando distritos com traçados viários irregulares, sem zoneamento, de forma espontânea e desordenada.

Fonte: PDR, 2016.

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Quadro 2 – Diretrizes Econômicas do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS EXEMPLO DE ATIVIDADES AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS OE4: Fomentar a Considerando a valorização dos Desenvolver um ambiente Desenvolver um ambiente AI4: Programa de organização de setores recursos locais do Vale do propício ao alargamento das propício ao alargamento das qualificação de cadeias específicos numa lógica Jaguaribe e a importância da cadeias produtivas através de cadeias produtivas através de produtivas de cadeia produtiva atividade econômica advinda do parcerias e investimento em parcerias e investimento em Fomentar o setor primário, é importante pequenos empreendimentos pequenos empreendimentos desenvolvimento de cadeias

construir e consolidar o Fomentar a consolidação de Fomentar a consolidação de produtivas específicas de desenvolvimento de maior novos empreendimentos novos empreendimentos mais valia para a região e processamento e complementares das cadeias complementares das cadeias utilizar esta lógica para industrialização de tais produtos produtivas como forma de produtivas como forma de promover a otimização do oriundos da atividade assegurar emprego e renda assegurar emprego e renda na uso dos recursos locais e maioritariamente agropecuária e na própria região própria região para a promoção e piscicultura. qualificação de emprego e renda envolvidas na cadeia.

OE5: Promover o Na região do Vale do Jaguaribe Fomentar a atividade Mobilização dos diferentes atores AI5: Programa de promoção empreendedorismo tendo algumas atividades merecem o empresarial na região regionais, tais como Prefeituras do empreendedorismo em vista a maximização destaque por representarem aproveitando os recursos Municipais, centros de ensino, Intervir de forma efetiva nos DIRETRIZES ECONÔMICAS do aproveitamento dos grande peso na economia locais associações empresariais, diferentes domínios recursos locais regional que são: a atividade Promover o órgãos como SEBRAE e a estruturantes do agrícola especialmente frutícola, empreendedorismo como sociedade civil ecossistema do agropecuária, agroindústria, fonte de geração de emprego Programas de incentivo ao empreendedorismo no indústria cerâmica, piscicultura e e renda e de valorização da empreendedorismo considerando sentido de fomentar a carcinicultura e ainda o turismo, produção local as potencialidades locais atividade empreendedora no como atividade de recente Qualificar e dar suporte às Programas de treinamento sobre território considerando as desenvolvimento na região. empresas (indústrias e os fundamentos do potencialidades locais e serviços) já existentes empreendedorismo e os maximizar os resultados Qualificar a produção e princípios básicos de gestão socioeconômicos incentivo à exportação Programa de apoio à qualificação decorrentes. da produção e exportação

Fonte: PDR, 2016.

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(Continuação) Quadro 2 – Diretrizes Econômicas do PDR do Vale do Jaguaribe OE6: Aprimorar a A região do Vale do Jaguaribe Promover e qualificar o Qualificação dos profissionais AI6: Programa de infraestrutura e os tem um nicho turístico mais potencial turístico dos outros Catalogação e divulgação dos qualificação do turismo serviços de apoio ao desenvolvido que corresponde à municípios recursos e atrativos naturais Promover o turismo turismo na região região de e litoral, no Fomentar o desenvolvimento Incentivos fiscais e atração de integrado pela região do entanto, mais sete municípios da da infraestrutura e serviços da investimentos para melhoria na Vale do Jaguaribe através região constituem alvo de região de Aracati através de infraestrutura e serviços de ações como a interesse turístico no Estado treinamentos e investimentos oferecidos valorização de outros devendo, assim, serem atrativos naturais, históricos explorados os atrativos e culturais da região, da disponíveis com vistas ao qualificação de recursos desenvolvimento do turismo humanos para o rural, cultural (patrimônio atendimento ao turista e das histórico, eventos religiosos, infraestruturas e serviços musicais, de dança, relacionados ao setor. gastronômicos, exposições de DIRETRIZES ECONÔMICAS DIRETRIZES ECONÔMICAS arte, de artesanato e outros), de pesca, esportes náuticos, ecoturismo, de sol e praia, entre outros (, Icapuí e , Jaguaribe, Limoeiro do Norte e Morada Nova).

Fonte: PDR, 2016.

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(Continuação) Quadro 2 – Diretrizes Econômicas do PDR do Vale do Jaguaribe OE7: Capacitar os atores Conforme identificado no Desenvolver programas de Promoção de programas AI7: Programa de locais do setor Diagnóstico Regional, há treinamento conjunto com transversais e convênios entre desenvolvimento rural agropecuário carência na questão do centros de ensino universidades e centros de ensino sustentável treinamento e qualificação de profissionalizantes e profissionalizante na região para Através da capacitação dos pessoal para aprimorar e universitários para oferecem periodicamente e em atores locais para uma maior desenvolver o setor desenvolver a qualificação locais itinerantes cursos técnicos compreensão da importância agropecuário, em diversas áreas técnica dos setores agrícola e de pequena duração realmente do correto manejo ou chave para o desenvolvimento pecuário para áreas como voltados aos interesses locais mesmo da dispensa total do da agropecuária da região, tais irrigação, agricultura orgânica, uso de agrotóxicos na como técnicas de irrigação, melhores práticas para a produção, promover o manejo sustentável da pecuária extensiva, entre desenvolvimento produtivo

DIRETRIZES ECONÔMICAS DIRETRIZES ECONÔMICAS produção, qualificação das outros local de forma sustentável técnicas de produção e social, ambiental e beneficiamento dos produtos, economicamente. entre outros.

Fonte: PDR, 2016.

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Quadro 3 – Diretrizes Sociais do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS EXEMPLO DE ATIVIDADES AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS OE8: Desenvolver Plano de Conforme identificado nos Dinamizar o sistema de Programa de ampliação e AI8: Programa de ampliação dinamização de Unidades resultados do Diagnóstico da saúde em outros municípios, descentralização das unidades e qualificação do de Saúde na região região do Vale do Jaguaribe, facilitando o acesso ao de saúde secundárias e atendimento à saúde existe uma carência em unidades atendimento terciárias em diferentes Promover a criação e de atendimento de saúde – Desenvolver programas de municípios da região dinamização espacial dos especialmente secundária e informação e conscientização Campanha de sensibilização e pontos de atendimentos de

terciária, nos pequenos com a população sobre a prevenção de doenças e saúde saúde através de municípios. Ainda mais importância da prevenção da família financiamentos nacionais ou precisamente por considerar que para a saúde e qualidade de estaduais e propor a somente 5 municípios vida qualificação e atualização concentram quase 50% das do atendimento voltados às unidades de atendimento de necessidades particulares saúde. da região. OE9: Combater a evasão e As condições de pobreza ou Desenvolver programa de Implementação campanhas de AI9: Programa de combate à baixos índices educacionais baixa renda são fatores que alfabetização de adultos sensibilização para a evasão escolar no Ensino

DIRETRIZES SOCIAIS dificultam o acesso à educação e Desenvolver programas de importância do ensino formal Básico e Médio o entendimento da importância conscientização da Estruturação de programa de Através de programas de da mesma para o importância da educação alfabetização de adultos incentivo e novas propostas desenvolvimento social de uma formal para o educacionais pretende-se população. Foi identificado no desenvolvimento regional atingir maior público com Diagnóstico nível elevado de acesso à educação formal analfabetismo entre adultos e básica e de nível Médio e índices escolares baixos tais também através da como: Taxa de Escolarização qualificação dos Líquida, Taxa de Aprovação, profissionais do ensino para Reprovação e Abandono melhor atender as Escolar. necessidades da região, de acordo com as características do contexto local. Fonte: PDR, 2016.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO CEARÁ – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR 36 Relatório 4.1 – Diretrizes e Propostas. Volume I CONTRATO 028/CIDADES/2016

Quadro 4 – Diretrizes Científico-Tecnológicas do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS EXEMPLO DE FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS ATIVIDADES OE10: Potencializar a Devido à insuficiência na Proporcionar maior atenção dos Criação de núcleos/centros AI10: Programa de integração

capacidade produtiva local oferta de programas voltados centros de ensino para as de desenvolvimento de universidade e empresa através da integração à capacitação específica realidades locais e efetivamente setores produtivos locais Desenvolver a capacidade universidade empresa para incentivar e contribuir para seu específicos com produtiva da região através do potencializar a capacidade desenvolvimento profissionais desenvolvimento de parcerias com produtiva local e os setores Aprimorar a capacidade multidisciplinares nas universidades para apoiar e específicos, foi identificada a produtiva local, tanto em áreas universidades com o acompanhar diretamente pequenos necessidade de realizar técnicas como de gestão e objetivo de fornecer e médios empreendimentos das parcerias com universidades negócios, através de parcerias assessoria técnica aos cadeias produtivas priorizadas pela para apoiar e acompanhar entre universidades e empresas produtores/industriais/com região. Buscando desenvolver a diretamente pequenos e erciantes cultura do investimento e a busca médios empreendimentos por inovação junto a universidades, das cadeias produtivas além de melhorar a capacidade priorizadas pelas regiões. dessas instituições em atender as reais necessidades das empresas. OE11: Estimular o A inclusão digital e Promover o desenvolvimento e Promoção da implantação AI11: Programa de inclusão digital e desenvolvimento e tecnológica de uma utilização de tecnologias da generalizada de redes de tecnológica utilização de tecnologias da população tem resultados informação como forma de banda larga Promoção de inclusão digital e

DIRETRIZES CIENTÍFICO-TECNOLÓGICAS informação compatíveis socioeconômicos potenciar resultados Desenvolvimento de tecnológica a partir da com as necessidades de importantes para o socioeconômicos importantes centros de conectividade disseminação de informação e desenvolvimento da região desenvolvimento regional. para o desenvolvimento para a população rural acesso à internet à toda a Desta forma, é possível regional. população de forma fácil e de baixo tornar uma região mais Diminuir da exclusão e custo, bem como promover a coesa e “reduzir distâncias” isolamento das populações inclusão de tecnologias informáticas através do desenvolvimento através das tecnologias de em centros educacionais nas e utilização de tecnologias da informação comunidades rurais. informação. Fonte: PDR, 2016.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO CEARÁ – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR 37 Relatório 4.1 – Diretrizes e Propostas. Volume I CONTRATO 028/CIDADES/2016

Quadro 5 – Diretrizes de Infraestrutura do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS EXEMPLO DE FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS ATIVIDADES OE12: Desenvolver Plano Considerando os resultados do Desenvolvimento de Programa de saneamento AI12: Programa de saneamento de aprimoramento do Diagnóstico, o saneamento básico sistemas de esgotamento básico no Vale do Propor a melhoria do sistema

serviço de saneamento foi identificado como um elemento sanitários em todos os Jaguaribe público de saneamento básico a básico na região a ser melhorado no que se refere municípios da região partir de investimentos em nível Objetivo: especialmente à qualidade dos estadual, nacional ou mesmo Exemplos de atividades: esgotos sanitários. Somente internacional, através do quatro municípios da região financiamento bilateral de órgãos possuem unidades de tratamento como o Banco Mundial ou Banco completo de resíduos, que são: Interamericano de Aracati, Russas, Jaguaribe e Desenvolvimento. Tabuleiro do Norte. OE13: Melhorar as Na região do PDR Jaguaribe, Regularizar e fiscalizar Programa de AI13: Programa de mobilidade condições de mobilidade excetuando-se Aracati, Russas, sistemas de transporte cadastramento e Desenvolver programas de nas cidades e entre Morada Nova, Jaguaribe e dentro dos municípios; regularização de sistemas melhoria na pavimentação de vias cidades da região Limoeiro do Norte, os demais Propor a ampliação dos de transporte municipais nos municípios do Vale do municípios não possuem sistema transportes públicos Programa de Jaguaribe, bem como de estradas de transporte municipal municipais e entre municípios desenvolvimento de de ligação entre as cidades da

DIRETRIZES DE INFRAESTRUTURA regulamentado. Nesses municípios da região; meios de transporte região. Ainda objetiva-se o transporte é realizado por meio Desenvolver modos suaves público como ônibus desenvolver planos de facilitação de vans, táxis e motos sem de mobilidade, tais como modernizados e de fácil de mobilidade urbana, controle por parte do poder ciclovias e espaços acesso à população desenvolvendo novos projetos de municipal. adequados para pedestres Criação de ciclovias e mapeamento e otimização das áreas pedonais nos rotas e trajetos de ônibus municípios municipais e intermunicipais, bem como propor o desenvolvimento de ciclovias e qualificação da estrutura espacial do pedestre nos municípios. Fonte: PDR, 2016.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO CEARÁ – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR 38 Relatório 4.1 – Diretrizes e Propostas. Volume I CONTRATO 028/CIDADES/2016

Quadro 6 – Diretrizes Político-Institucionais do PDR do Vale do Jaguaribe OBJETIVOS EXEMPLO DE FUNDAMENTAÇÃO OBJETIVOS AÇÕES INTEGRADAS ESTRATÉGICOS ATIVIDADES OE14: Promover a Foram identificados problemas Criar uma gestão pública Programa de formação e AI14: Programa de excelência na gestão integração dos municípios de gestão pública no integrada da região, de capacitação de gestores pública e a qualificação da gestão Diagnóstico Regional, tais modo a que sejam unidos públicos Com o objetivo de promover a pública na região como: ausência de programas esforços para a Programa de transparência e maior eficácia dos de capacitação, elevados sustentabilidade e desburocratização e serviços públicos oferecidos na região, gastos com pessoal, baixo nível desenvolvimento do Vale otimização de processo busca-se qualificar os gestores públicos e de poupança dos municípios do Jaguaribe através da propor um programa de modernização para realização de Promover uma reforma na informatização dos dos sistemas e processos públicos,

-INSTITUCIONAIS investimentos, dificuldade na gestão pública da região processos através da informatização e otimização de arrecadação de tributos, através da capacitação e administrativos processos. dificuldade em parceria com otimização de processos Desenvolvimento de um outros municípios, falta de comitê de gestão A15: Unidade de Governança Regional fiscalização eficiente, regional Com a criação de uma unidade de quantidade e qualificação dos governança regional integrada propõe-se servidores insuficiente, carência criar um ambiente propício para de investimentos, ausência de consolidação a longo prazo de um órgão orçamento participativo, entre autogerido composto pelas principais outros. representações sociais da região. O DIRETRIZES POLÍTICO objetivo deste órgão é garantir o efetivo cumprimento de todas as medidas propostas no PDR e de dar continuidade ao mesmo. Fonte: PDR, 2016.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DE POLOS REGIONAIS DO CEARÁ – VALE DO JAGUARIBE/VALE DO ACARAÚ (BR-L1176) Contrato de Empréstimo Nº 2826/OC-BR 39