NA PRIMEIRA ELIMINATÓRIA PARA O CAMPEONATO DO MUNDO

Crónica d e TAVARES DA 811.VA

ERDEMOS em Chamartin. pazes de Portugal. Granizo re­ tivamc11te, jogar de 11 para 10. mento que se desenrola''ª no es­ Creio que não poderia es· presentado na linha dianteira da Pois, por falta de decisão e de tádio do Real Madrid, cheio a P perar-se outro desfecho, Espanha, a cilindrar o grupo visão, jogámos de 10 para 10 ! deitar por fora. até porque a equipa na­ visitante com o peso do seu Como? Deslocando Caiado para Uma defesa que não soube cional, presente no formoso es­ jogo e o peso de uma falange extremo onde se perdeu, sem barrar a arrancada dos espa­ tádio do Real Madrid, não ofe· de apoio disposta a tudo para nada se colher da permuta com nhois, mas que se compreende. recia o que de melhor podiamos empurrar os jogadores. E a Travaços. Claro que este pôcle À frente não se segurava jogo reunir. Melho1" entenda-se cs· ânsia, a violência do ataque, era dar largas à sua insofismável e tudo caia sobre os ombros pecialmente, no que diz respeito tal que chegámos a ver seis e classe. Mas faltava, no balanço assás débeis de um sistema de­ às necessidades próprias de um sete espanhois numa ofensiva do cteam>, o aproveitamento fensivo desajudado ainda para desafio transcendente. Os espa· constante, desgastadora porque desprezado de um. homem real· mais. Barrigana com horror aos nhois viviam no legitimo desejo tinham facilidades pa1·a ela. Os mente a mais l cruzamentos. Serafim sem velo­ de vitória. Primeiro, porque ela espanhois, acentue-se, não domi· Perdida esta oportunidade de cidade para conter o super-rá­ poderia abrir-lhe as portas do navam no sentido que se costuma tudo tentar - o jogo estava per­ pido Basora. Virgilio estoirado, Brasil, e isso é importante, se dar a este termo. Queremos di­ dido também ... Mais tarde, lan­ na segunda parte, pelas fintas, tivermos bem viva na memória zer: territorialmente havia equi­ ces de Gainza e do Molowny, clesmarcac;ões e golpes subtis de como é febril o desejo ele cnues­ Hbrio, bola cá e lá: mas a ta· este facilitado po1· deslize de Gainza. Fclix a jogar menos do t1·os hermanos> cm iaze1·cm boa refa demolidora era evidente. Fclix, acentuaram o dcsnlvcl do que pode, agravado o mal por figura no futebol; segundo, po1·· Depois, chegou o período fatal. resultado. lesão antes do repouso. que ainda sentem todos na carne Três golos em três minutos di· Depois, no meio do grupo, um e no espírito o ferro cm braza taram, desde logo, o vencedor. Barrosa que não se entendia com do 4-1 do Estádio Nacional. Claro que em futebol há as • • o defesa e com o interior. Lá Tudo, portanto, havia de ser contingências - e estas não para diante um ataque desli· por nós encaminhado no sentido tardariam a aparecer... Para, O onze de Espanha jogou cm grande ataque. Gainza, Basora gado, falho de expediente, de da máxima valorização do uma vez mais, se verificar velocidade e de remate. Jesus cteam> de Portugal. Dar-lhe que o jogo do cteam> não e Molowny folhearam o tratado Correia sem aquelas corridas estrutura sólida, confiança, es­ estava suficientemente ordenado. das generalidades do futebol. Os que faziam tremer o solo. Arsé­ pírito de familia, digamos. O poder de remate dos avan­ médios de ataque foram-no, de facto. llfas na defesa não há a sénio não se entendendo com ele. Fez-se isso, porventura? A opi­ çados da Espanha esteve sempre Cabrita a navegar entre dois nião pública está, e já estava, patente, nos movimentos de uma mesma capacidade. Marcação cerrada, sem dúvida, mas ainda interiores, que pareciam falar elucidada. linha avançada perfuradora, noutro idioma. Caiado frágil, Deixou-se correr o tempo, como agressiva no significado técnico falta de coordcnaçiío na dobra· gem, na ida de um para o lugar ineficaz. quem deixa correr o marfim, an. da palavra com Gainza, Molowny E ~SSlllQ\ que não falamos tes que houvesse quem indicasse e Basora excepcionais. Pois, para de outro colotàdo fota do lance. Essa falha - que ó falha, in· em Francisco Ferreira e Tra· os seleccionadores - ou o selec­ contrariar esta avalanche, em \'aços, os sobreviventes do nau· cionador. Depois, acreditou-se que Zarra e Panizo, tais como dubitàvelmente - não foi ex· piorada pelos nossos jogadores. frágio de Chamartin. O Xico foi por demais no estágio de um Gonzalvo III e Puchades tam· ele próprio, generoso na luta; mês, à beira-mar, num ambiente bém intervieram, apenas Fran· Temos para nós, convictamcn· desperdiçando energias, à pro­ que não era o mais aconselhá· cisco Ferreira, sempre, e Virgí• te, a ideia de que a Espanha, possuindo um bom cteam>, não cura de quem o soubesse com· vel. Ambiente de aristocracia - lio, aqui e além. Agravou-se o prcendcr e seguir. Capitão admi· pouco propício... E, mais tarde, mal com um Barrigana parado, é tão forte como se julga. llá que o demonstrar. Mas tememos rável, valente e decidido, pronto designados os jogadores, nem se temendo sair das redes, esque­ a colaborar com A ou B. E Tra· aproveitou convenientemente _, cido da sua obrigação. E a que a revisão do onze nacional seja tardia. Onde sempre pomos vaços cheio de classe, brilhante, estágio do Estoril, nem se se­ Hora H tinha de chegar, em con· deixando os espanhois em extasc guiu orientação firme. Em dez dições com que talvez ninguém o sinal +(de optimismo) pomos, com pormenores de mestre. En· dias quiz-se forjar uma equipa, contasse. Aliás, a Espanha teve desta vez, o sinal - (ele pessi· mismo). fim, um jogador de autêntica mudando de agulhas no rumo por si a sorte·do jogo. Nem sem· classe internacional. até então adoptado. Tudo se pa­ pre se consegue marcar três go­ A ta1·efa ó difícil, concorda· gou caro em Chamartin, onde los cm outros tantos minutos - mos. Nem uma equipa se estru­ 80 mil pessoas - quase tudo por muita fúria que se ponha na tura numa semana, nem vemos • * espanhois, está bem de ver - luta... como seja fácil mudar o rumo assistil·am a uma pobre demons­ Enquanto a defesa se via das coisas no futebol português. A arbitragem do inglês Leaffe tração do valor real do nosso assoberbada, no ataque tudo se Repetimos: o futebol de Es· não infuiu no resultado. Se futebol. Sim, temos para nós, e limitava a acções de Travaços panha está à altura do nosso. erros teve e se alguns deles pre· dizemo-lo convictamente, esta e de Cabrita, o primeiro sem Simplesmente, importa que na judicaram a equipa portuguesa impressãO': o futebol lusitano dúvida brilhante, 100 % de equipa de Portugal haja firmeza - eles em nada contribuiram vale mais, muito mais, que aquilo classe internacional no mais de ponta a ponta, energia em para o desaire. que mostrou no relvado enga­ largo aspecto porque se queira todos os sectores, nervos, vi· nador da Castellana. encarar tal conceito. bração - alm.al • • O onze português foi, repcti­ O que estevo em Chamartin, mcls, ' um corpo sem alma. Fal· • • acreditem-nos, não traduziu o Os cspanhois vingaram-se dos tou-lhe vibração, apego à Juta, real valor, as verdadeiras possi· 4-1. f: certo. Mas reconheçamos audácia e valentia para operar O golo de Cabrita veiu a coin­ bitidades do nosso futebol, por que lhe facilitámos muito a ta· uma reviravolta que esteve cidir com um acontecimento que muito maltratado que este ande - que anda, sim... Não se to· refa, entregando-lhes trunfos absolutamente à vista. podia modificar o rumo do jogo. preciosos. Foi o caso de Riera, a tentar mam medidas profundas, indo à raíz do mal para o extirpar. En· No próximo domingo cá os te­ • • • evitar o ponto, se ter lesionado, mos no Jamor. Os portugueses ficando pràticamente anulado. O quanto em Espanha sucede o que em Chamartinonão ouviram, Importa salientar, e façamo-lo facto obrigou a alterações sen­ contrário - e todos puxam certo pràticamente, um aplauso vão desde já, que era de prever o siveis e após ele sentiu-se que e no mesmo sentido... jogar em ambiente acolhedor. desenvolvimento da f1íria espa­ alguma coisa poderia suceder. Percebeu-se isso em Chamartin Mas tememos, e sinceramente o nhola na primeira parte do en· Mas não sucedeu nada!... Faltou e atenda-se que esse pormenor dizemos, que isso não seja bas· contro. Tudo ao ataque erà, sa· audácia para determinar uma foi bem um dos mais vivos cn· sinamentos do jogo. tante. E, todavia, importa mos­ bia-se, a palavra de ordem dos modificação no plano ( !) do trar a Benito Diaz e companhei­ responsáveis pelo grupo de Es­ cteam> nacional. ros na responsabilidade do panha. Logo, havia que organi· E era simples, desde que hou­ grupo, aos próprios jogado~s. zar o team de Portugal na base vesse quem se apercebesse de que valemos mais, muito mais, oposta, diametralmente oposta, que não interessa mais marcar O tea»~ de Portugal foi, como do que mostrámos em Chamartin ainda que fosse preciso sacri· um jogador que só pode fazer já disemos, uma coisa sem sa· - numa tarde ein que tudo cons­ ficar elementos do ataque. Era papel de corpo presente. E, en· bor, insípida e descolorida. Di· pirou contra nós... necessário aguentar, a todo o tt\o, tirar-se partido de uma uni­ gamo-lo: não houve centelha, preço e de qualquer forma, o dade a mais para lhe dar fun· nem coragem, nem estado psi· granizo que ia cair sobre os ra· ções ofensivas. Poderiamos, efec· cológico à altura do aconteci· TAVARES DA SILVA 2 IMPRESSOES APÓS OJOGO

Termi1wdo o enconW'o, pro· Vlr.rUlo Galnza jogar o adversário. Dos esp0r c11rámos recolher as impressões, nlwis, Gainza foi o que melhor n{io s6 dos atletas que havia1n o cpo1·tista> que atingi1i rdpida­ - Gostei do trabalho de Xico cictuoi~ e dos nos80s apcna8 Tra­ participado no prélio, 1nas tam· mentc a popularidade, desaba­ Ferreira, Travaços e Feliz. O vaços e Xico Ferreira, cada um blm as dos dirigentes, árbitro fou: Tudo nos corre1i mal e jo­ resultado está. certo. Os portu­ no seu estilo, deram mostras do t outras individualidades. gámos pouco, muito pouco mesmo. guese8 jogaram pouco, mas acre­ que são capazes. Os outros, sim­ Co111tçámos pelos jogadores A equipa vale muito mais do dito que tenham mai11 valor do (>lesmente irreconJ1eclveis. portugueses. Na cabine, como é que demonstrou. Os C8panhois q1u1 o revelado. Outros dois valiosos depoi- 1wll1ral, há visível acabr1mha­ ganharam com 1nerecimento, mas 1nentos: mento. Comenta-se co1n calor as o res11ltado não e8tá certo, po1·­ Btzagulrre causas da derrota, 1·ecordando-se q1ic a diferença deveria 8er ape­ Fláwlo C::o11ta este ou aquele pormenor que po· nas de 2 bolas. Vamos a ver no - Os portugue8e8 remataram dio ter operado a reviravolta de­ d-0mingo... se eu jogar... como vouco e fizeram uma e:icibição o distinto seleccionador bra8i· stjada depcis dos 3·1, fala-se do correrão aa coisas. fraca. GanhámoB com niereci­ leiro afirmou: A8 duas equipa8 ambiente e da superioridade es­ tnento e o árbitro não teve in­ jogarani futebol de qualidade panhola. l'ellx fluência nenhuma. no andamento medíocre. Portugal mostrou-8e Ouçamos as afirmações pro­ do fogo nem no resultado que it!fwrior à Espanha, embora esta duzidas. o cbe11fiquista> q11e teve a opi­ demon8W'ou a diferenra entre as fosse mais forte 110 ataque do niilo unâninie dos aficionados, dua8 equipas. que 11a defesa. Creio mesmo que disse-nos: Reconheço que não fui no vosso Estádio Nacional, a 1!Í· feliz. Contudo, anular Zarra não Biera t61·ia hoje obtida será confir- Fra11e l•eo l'e rl:'elra é tão fácil como se julga. O re- 1nada. Os espanhoi8 estão co1n 81utado não traàuz o jogo. No - Tive «mala pata> por 111e boa. preparaçlÜ> física e devid0r O capitão da turma lusa, afir­ Jamor, ganhamos. magoar. Gostaria de jogar etn me11te preparados podem fazer mou: Fomos batidos sem remis­ cheio de principio a fim. Ven­ boa. figura, fre11te a qualquer sào. A nossa defesa actuou abai:ico Travaços cemos bem, mas não demos pro­ selecção, seja de q11e pafs for. das suas reais possibilidades e, vas de tudo o que somos capa­ portanto, os avançados esp0r com ar tristonho, e:icclc'1nou: zes. Gostei de ver T-ravaços e Gulllller mo B lzagulrre nhois, com evidência para Gainza Apesar de todos termo8 fé num Xico Ferreira. A linha avan­ e Zarra, construiram um resul­ boni resultado, a equipa jogou çada niio me impressionou, no o seleccio11ador espanhol, decla· tado, que diga-se com verdade, vouq1dssimo, embora com calma>. conjunto. rou: Ganhámos bem. Estou ~s­ llfio me 8atisfaz, por desnive­ Faltou entreajuda e compreen­ pera!tfado de con8eg11ir, e~ Lis· lado em demasia. Do8 portugue­ são 11os lances decisivo8. Se de­ A•eenel boa um resultado que satisfaça ~ts, Travaços foi de longe o me· pois do8 3-1, lentos conseguido Cl8 'nossas aspirações. Não des· lhor. um outro tento, o marcador não - Go11tei do jogo q11e foi es­ conheço as dificuldades que s~rá funcionaria tanto a noBso des­ forçado de princípio a fim. Os P"·eciso remover, mas a equipa favor. N de 0 iuiz da partid~, in~ormou:;os Francisco Fer-reira, que se ba­ tendimento entre a defesa e o de que o jogo fOl 11unto velo- e teii valentemente e f e:; exibição acentuadamente desanimado, con­ ataque. Os 5-1, demonstram entusiástico e que o resultado bril/1at1te, a defesa claudicou, f essou q11e no primeiro gol-O foi conw decorreii o encontro. O jogo está certo. Os melhores jogadores act11ai1do, reconheço-o, em plano batido por falta de rcfle:ico8. Não de domingo, serd novo triunfo dos dois países foram os ezt1'e· de inferioridade. Os avançados, sabe como a.quilo foi, de não ter para aa nossas cores, embora salvo Travaços, que 8e impôs saído... Perdemos bem, porque obtido com muita dificuldade. 11108. como gmnde jogador que é, não eles jogaram mais, ma8 cinco mostraram aquil-0 de que 8ão c0r golos 6 derrota imcrecida,­ No regresso a Lisboa pazes. Tenho esperança de que d1$SC·nos. foi o últim-0 a responder: não Arquivamos tnais estas bre· M domingo o vento sopre a.o contrdrio •.. Areé a "o fui feliz no conjunto da minha ves depoimentos: actuação. Todavia, contribui para Capela - Nõo fizemos ttm esta brilhante vit6ria, que honra jogo a contento. O resultado é foi peremtório na resposta: Um pesado. Em Li8boa. ganhamos. C::ab r lta resultado aceitável seria de 5·3. a Espanha. Portugal foi advet·· sário brioso e valente, pelo que Serafim (do Boavista) - Jo· Jogámos de facto menos do que gámos 1ne1ws do que eles e daí sabemos e do que somo8 capazes. lhe presto a tninha homenagem O marcador do lento solitá.· sincera. Agora é preciso con· o termos perdido. rio pcrtugués, respondeu: Em­ Travaços e o Xico, 'dos nossos Dr. António J. ?!leio - A o Gainza e Baaora doa adversá,. firmar o triunfo no domingo. bora houvesse not~ deslig0r Dep6em agora, individualida­ 11ossa actuação foi muito pobre. çào etitre os avançados e a de­ rios foram os mais destacados elome11tos. des portuguesas, que presencia­ Houve falta de entendimento en­ f esa tive8se mostrado incapaci­ ram o prélio. tre os aectores da equipa. No dade, o certo é que a sorte não E1n úiBboa, a vit6ria ndo nos -l domingo, se o panorama for noa af1idou. fuotrá. Salvado1.' do C:arn10 idéntico, não vejo poss!vel a des· Todo8, ,,eni dúvida, jogaram com. Na cabine do8 espanhois o forra. gana, com eBpírito de 8acrifício, co11tcntamento é eBfusiante. A o p1·eside11te do Comit6 de Se­ Canário - Não se pode supor, alegria eatamp0rse ftos rostos lecçlÜ> disse-nos: A equipa jo­ 11143 tal tuio chega para vencer e os abraços de felicitações não o que sofri. Aqueles trêa golos uma t11rma val-Oro8a como a de gou abaixo daquil-0 que sempre seguiMs, foram uin balde de Espanha. Em Portugal, vence­ p, - Os meus pupilos não jog0r ~.. d. di:cr-//1e, com verdade, que es­ mas decorreu com lealdade. Tí• ram o que eu esperava deles. UIPIW PllillCAÇOU SU.DRJI UlllU!ll lr'l11ilei bastante o lugar. Liitei hamos que ganhar e por isso Ncio reputo exagerado o resul­ como sempre e estoii de bem jogámos tudo por tudo nos pri­ tado, mas sim o desfecho natu­ N~OGRAVURA, llMlrAOA com a minha consciência. Isso nieiros fO minutos. Travaços é ral da partida, não s6 pelo que ine ba8ta. um excelente jogador. joga1nos, como pelo que dei:icámo8 Visado pela Co missão de Censura A TIMID~S DA EQUIPA PORTUGUESA

por J Ú L I O CU E TO .

6-1. Por detrú destea núme­ ros firmea esconde-se o grande segredo; o aefl'edo de um triunfo espanhol qua enche de j6bilo o lmbíto nacional. E na­ turalmente o cronista, como es­ panhol, participa da alegria deste triunfo. Talvez os portu­ gueses 11ensem que, aproveitando o resultado, vou verter 08 meus melhores piropos castelhanos. Ou talvez haja quem pense que, citado para eacrever em portu­ gub, vou atenuar a derrota da aelecção luaitana para salvar o compromiseo e at6 para conquis­ tar a simpatia do povo portu­ iruês. Maa eate cronista jâ é um pouco ve)ho. V6 o futebol, como tudo, no f.nirulo da experi~ncia . E sem aaber porquê, não se deixa impreaalonar pelos acontecimen­ tos: nem levanta a aua voz entre o clamor popular, nem cuida tio pouco de ganhar aimpatias desvirtuando os factoa. Por ou­ tra parte Portugal e Espanha do uma meema coisa. E a mim, J>e8$0alment., a eaquiaita corte­ sia portuguesa me conquistou hA muito tempo. Por isso segu­ ramente eatou livre de paixão nestes encontros do futebol tão apaíxonnntcs. Ob3ervo a enumero com objec· th'idndc ... Sincero.mente quero dizer-lhes QUe esta nov11 vitória do futebol espanhol é urna consequência na­ tural de um temperamento em­ preendedor, valendo mau a im­ provisação do que a linha rígida de um sistema uni·•ersal. A equipa, a noua equipa move-se melhor pelo valor das suas in­ dividualidades que pela ordena­ ção de um Joro que poderíamos chamar de l4borat61"io. Aqui saíem 08 ioloe pQr que ae bus­ cam da maneira mala aímples: em linha recta ou em diagonal, segundo tenhafn Intervenção ou não os ext~cmoa. E noa extre­ mos, cm Ilasora o cm Gainza, tem a equipa espimholo. a chave de um ~lat.emn próprio de que é base principal a vontade im· pulsiva da Zarra. Na realidade a equipa representa uma orques­ tra futebol!stlca com bons pro­ feaaorea, que me.mo que per­ cam o compaa.o em troca ar­ mam muito ruido. E o ruido do futebol, são eolos ... Outra coita 4 a equipa portu­ eapera guesa: harmonia, euavidade, ágil de movimentos, r'pida... Quase estou tentado a dizer, e E outra coisa: quando no de­ não mentiria, qúe como equipa cu1·so de cinco minutos recebeu resulta mais pura dentro de um a equipa portuguesa um terceiro sistema bem ca!ltado e orien­ golo, ficou demonstrada a aua tado. Mas, com Isso tudo, re­ capacidade, pois não perdeu a presenta uma orquestra tlmida. cabeça, nem a razão nem a cor­ Boa de ritmo, mas sem empre­ tesia que silo em defjnitivo a gar o ruido seco do remate. In­ base fundamental e mais elemen­ clusivamente creio que o pe­ tar de uma boa preparação des-· queno Travaçoe ao envergonhou portíva. um pouco quando, de quinze me­ Este é o contraste observado tros, disparou o 6níco tiro entre o futebol da Portugal e saído dos ~ da artilharia por­ o de Espanlla. Não estranhem, tuguesa. Porque o golo de Ca­ pois, que este contraste o re­ brita foi também puro ritmo: giste também o marcador com um remate precleo - precioso um resultado que tem aparên· - maia h4bll que violento. cia escandalosa: 6-1. PERIGO PARA AS REDES ESPANHOLAS - Cabrita. r~totl .. ma8 Eizaguirre e Gonzal110 li 68táo atentos e cobr6'?t bem a boi;,. Ascenai e Travayos seguem com a vista, a 1'raject6ria do esférico ......

treinador do Clube de :Rqatas Vuco da Gama do , que é ao m.,mo tempo o eeleccio­ nador nacional do Brasil, nome conhecido t preatipdo em todo o mundo, veio de longada até à Europa,o para apreciar de perto o futebol continental com vista à forma co1110 deve aer encarada a fue final da preparação da equipa braaile.ira que dl.aputar6 o Cam· peonato do Mundo, tendo chegado a U.­ boa, na preUrita terça-feira. O dlnlmlco e diacutldo tknico, que eoza na 1ua p6t:r!a de uma popularidlàe que trat11CeDde a habitual, é neto de portu· gue.es e eente•ae eulevado com o nouo p:ila. Gosta dele, corno ae !o&se o aeu. Conversador fluente e conhecedor como pouco. doe probl.alaa que ae relacionam com a bola, u aflnnações que gentilmente 1>roduzlu para esta reT)llta, reve1tem·ae de lima autoridade que não pode deixar de ser po1ta em evidencia. Fomoe procur6·1o no hotel onde ae en· contra alojado com 1ua eapota a conhe­ cida escritora e jornall.ata aenhorinha Flo­ l'ita Costa, t em tom ameno e despreo­ cupado, recolhftllOB u impreas3ta que adiante vo. of•-· enquanto os trAI so"lamos a pequenoe golee o 111mpre ape­ teci vel vinho do Porto. Depois de noe ter dito que te deslocara ao ..Ucio do Elltoril para puaar alguns momentoe com OI jogador. e lJiea apre· sentar oe m~oru votos de boa IOrte no prllllo do Madrid, .mas que oa não encon· trara porque a ceaa hora, segundo o infol'­ maram e1tavam apl'e&entando cumprhnen· tos de 'despedida ao ar. Ministro da Edu· cação Nacional, pedlo·nos par& que por intermédio da Sta.cli~tm tornássemos pú· bllco que era 1e •1 in·tuito dizet"-Jhes: No BrlMU ltd o .tttc•ro d uejo de '1IU PortN• {fol utejtt pre• Rio de JaMiro, por direito próprio. Portanto, l nuusári«tt6riM co" o EBpattha, J)llf'll IJ••f' tal sejtt uma ttoU.'.lode.

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TmniMU o luta.! Oa jogc .:Jorsa abandonam o "Cam~o. Os porlugueaes, oom. a triateia no OOf'accfo. l 'IU!ci4 Eil:a11Uirr• f Virg{lio CUmml='!M=nta=~!!tl~~· ------""""------'"-..--..---""""----~~ MAIS UMA VEZ Grupos de futebol da F. N. A. T. OS HÓQUISTAS LUSOS

vão de abalada até Montreux à conquista de novos triunfos

OMEÇA a dleputar.ee de· mando V eloeo, antigo j ogador put. de amanhã, em do Académico. C Montreux, pequeno Portugd! disput•rá, rela or­ burgo euiço que é ao dem, O• adveraárloe aeguln· meemo tempo um g rande cen­ tes: na aexta·ft:lra, a tspanha tro de turlamo, mal• um tor­ e a AlemaohR, respectiva­ neio lnternaclonel de hóquei mente, àe 15 e 20,30 hor.. s; no em patine: - a Taça da Euro­ aáb.. do, a Fronçtt, àe 21.45; no pa. Estarão presente• ae equi­ domingo, a Bélgica e ,. ltálla, pas de Portugal, Alem11nha, àa 15 e áe 22 hora e; e na ee­ Bélgica, Espanha, França, ln· gunda-felra, 10 penúltimo dia glaterra, Itália e Suiça, ou do torneio, a Inglaterra e a eejam as de tod<>• os pahea Suiça. à• 15,35 e àe 21.30. O europeus praticante• menos a O <>nze d<> Gr1ria e qiu demonstrou •·apacidade 7>a•·a •C classificar entre 08 Holanda. Oe alemãea regre•· mesmo arranjadinho para eam à actlvldade depois da 2>rimeiros na • poule• final gue começou a disputa1·-se no passado domingo complicar a vida a os hoquls· - No primeiro plano da esquerda para a direita: Madeira, Amara· guerra e os portugueaee têm taa portugueaes ... B()r9es, R ui e P1·oc6pio. • De pé : Vidat, Ribeit-o, Argentino, ne~ta prova uma tarefa a88áS Que eej•m fellze• neata no­ .Monteiro, Pedro e Regit. e Ramon Melcon, de •Marca•, qual· quer deles muito conhe­ cido e est imado em P or­ POR ESFOLAR" tugal. !~~~~~~:;:~~!~:! Mala uma vez eles con­ co llmptco» de Amesterddo deixará m enos saudades na OE RAMON MELCQN firmam a sua verdadeira maioria doll deHportlstas portuenses. classe, fazendo um depoi­ Augu11to Silva, elemento qu• conhecemos e estimamos há mento em que ha agudeza muitos 1wo11, deBde uma época em que l1avla reapelto pelas tra- orltlca e isenção, dando­ dlç6es e 11e apreciavam serena e lntellgen.teme11te as qualldadeB ·nos conceitos e opiniões e o• direito• de cada um, deve regussar desiludido e m'!goado UE Portugal perdesse em que certamente os leito­ com alg uns gelltos e atitudes que teve de presencear nos ultlmos Chamart in era coisa que res portugueses aprecia· dias da sua carreira de treinador do F . C. do Porto. ,\fasa des· Q prognosticsmos na vés· rão devidamente. P ara peito desea nuvem negra, deve ficar com ~ le a certeza de ter pera do encontro. Inclu· Interpretar com exactidão correspondido Inteiramente a amiz ade que l/1e votavam os seus sivamente supunhamos que a o que ae paHou em Cha­ admlrudoret!. Espanha ganharia por dois go­ martln Impunha-se tor­ O antigo m édio-centro de Amesterddo, para treinar o F. C. do los, pelo menos, de Yantagem. nar conhecida, també m, a Porto nr11na fase critica abandonou o seu c..rgo j unto da s elecçdo llfas nüo julgávamos que a vitó• versão espanhola, e nin­ nacional, perdrndo com leso csrca de vinte contos e a po11s1b t· ria espanhola atingisse as pro­ gué m mais autorizado li Jade natura l de fazer al,,umas via gen s ao e11trangelro. E para porções desses 5·1 com que ter· para o fazer do que Mel­ continuar o p apel de treinador do mais categorizado clube do minou a )lartida entre as selec· con e Cueto. Norte, precisaria de m odificar a sua vida, tra 111 A ug usto S ilva. Con­ entreter-se ele próprio. mate dos dianteiros espanhois, tinuemo• a pena• a julgar o nobre carácter de um elemento qus Atrás, Francisco Ferreira, for· desorientou os adversários que tomou conta das rqutpa• do F. C. do Porto n uma ettuaçdo d lfl­ midável médio de ataque, e Se­ não souberam aproveitar-se da cll, nada lm pondu, an tes pedindo, mas dlspoeto evidentemente rafim, o mais seguro dos defe­ oportunidade que lhes oferecia a uma recusa qus envolvesse p elo menos o reconhecimento do sas portugueses. O resto não a lesão sofrida pelo defesa cen· seu esfôrço. teve grande coisa de importân­ trai espanhol, Riera, aos 36 mi· O ficar, ou ndo f icar, para Augusto Sllua , era uma questdo cia, pois Barrigana esteve inde­ nutos de jogo. secundária. A s ua vida legal. p ermltla-lbe optar, dando ap enas ciso nas saídas, e assim pôde O triunfo espanhol não quer um passo com oe p és bem assentes no cl1t20, • n1111ca procurando marcar-lhe Zarra dois tentos de dizer que já se tenha a elimina· aventuras escusadae ou desnecessários. S e n em todos o qufee· cabeça. Virgílio, rápido e se­ t6ria assegurada. Falta,• como ram compreender- fizeram mal. E fizeram mal porque Au­ guro no despacho, mas incapaz por aqui se diz o rabo por es· gusto Sllua, claro 11os seus pontos de vl11ta, dlscutlvels ou ndo, de sujeitar Ga inza. Felix, duro foltw. E isso deve suceder e;n serviu-se do eeu temperamento educado e 11 ens1rto, ndo espe­ e trabalhador, tão pouco conse· Lisboa, onde os portugue.ses vao culando com pessoas ou com as massas desportivas do clube que guiu marcar eficazmente Zarra. dizer se a sua actuação em Cha­ eervla honestamente. Barrosa, sem fazer um brilhante martin foi o normal, ou se ª' Regressa a gora a Lisboa. O homem sentiu por certo bater na jogo, cumpriu bem. suas condições e a sua cla ~se eua face uma bofetada que, por dec6ro e respeito que sempre A base da potência futebolís• podem dar lugar a alguma coisa tivemos pelo P . C. Porto - nem queremos revelar aqui. Ma11 tica portuguesa era a superio­ mais eficaz e mais perigosa para como se traia de u ma pessoa lnlelfgente, ficou no es plrlto do ridade do conjunto, a melhor os espanhois. treinador a garantia de haver cont•buldo para melhorar certas condlç6ee drflclta rla s em que vivia a equipa. Aponte-se a inda que é bem g ran d e e solido o poder do F. C. Porto, t4o grande e tdo snlldo que saberá a seu tempo signi­ f icar a AuguHto S iiva a •lmpalla conquistada, m erecida p or DANCING quem soube tnelnuar-s e junto do atleta e do bom defensor. Es­ creveu um colega que cos homens p as sam e o clube fica». Esta AR CAD IA DEWXO grande V.c r dur 1e­ yruuuw~> ú jo9(idi1

A equi pa eapanhola que venceu Portugal por 5-1, um resultado que se repete pela 2 .• vez n a h istoria dos dois paises. •V o J.• plano: B a•ora, fllalou·ny, Xar·ro, Paru::o e Oat'nz

Riera g ~re rortar o caminho a Trava.-;os, mas este conie­ gue mun m.ovimento rápido pa1;iar a bola Se Portugal fosse ao Brasil

afirmou o seria um delírio! seleccionador nacional brasileiro

(Conttnuaçtlo da pág. 5) res e o S. Paulo ó, isto é, dois sarnente na sua conclusão e eia posta a correr na Imprensa clubes deram metade dos joga· nas vias do comunicação que brasileira de que eu iria para Sobre a sua missão oficial, dores con,·ocados. Dai é facil lhe darão acesso. O campo o Bangu. Fantasias ! A gran· rospondeu-nos que a Confe· de conclull" a sua Yalia e pres- tem 100 x iO metros por de· de rh·alidade entre os paulis­ de:ação Geral dos Desportos tigio 1 cisão da uFifa», embora nós tas e cariocas, com predoml­ lhe confiara a missão de pre- Prosseguindo : fo·essemos proposto as medi· nio dos primeiros, que no seu senciar o futebol europeu, no -A selecção será consti· das de 115 >< 75 metros. A ambiente são um caso sório, seu meio, interessando-lhe so. tulda por novos e exverientes, capacidade está pre,·ista para dão a nota saliente do cenário bremaneira o encontro Ingla- tendo em ,·ista a qualidade. O 155 mil espectadores sendo futebolistico brasileiro! O bair­ terra-Escócia que se pro,·ará conjunto será fácil de conso- quase todos os lugares senta· rismo é superior, muit!ls Yezes em Glasgow, dada a foma que guir, dado o conhecimento dos 1 Caprichou-se em fazer mais, ao vosso Porto- Lisboa. 1 gozam os dois palses. De que todos têm das caracteris- obra magnifica com modela­ - O Brasil gostaria de ver resto já conhece bem o fute- ticas dos companheiros. lnte· res instalações. Assim, os ves­ actuar os portugueses ? bol italiano, espanhol, francês grado no plano de preparaçi10, tiários terão mesas de massa­ Flávio Costa, com entu· e um pouco do nosso, não fa. uma equipa de llrová,·eis, dis- gens e material cirúrgico para siasmo e calor, asse,·erou: lando do argentino, que co- pntará em .Maio, a üopa Rio intervenções urgentes e gabi­ - Se Portugal fosse ao Bra· nhece profundamente. Branco, contra a selecção do netes módicos de \'árias espe­ sil, seria um delirio ! l\las a Instado sobre se encontrava Uruguai, em dois prélios. cialidades clinicas. O público deslocação de eq uipas de clu­ diferença entro o futebol eu- - lllas desses :!!:!, somente poderá recorrer a um gabinete bes portugueses, é um desejo ropeu e o sul-americano, res- poderão jogar 11, embo:i:a a médico destinado especial­ sincero de todos, que ainda pondeu-nos: lista a fornecer à uFili1» com- mente para si, assim como se não puseram de parte a ideia - Há do facto sensh-el di- porte 22. Para quê, tantos poderá utilizar de balneários de o conseguir. Já por duas ferença. ·o nosso jogo ó Yiril, seleccionados ? - indagamos. próprios. vezes esteve quase possl vel veloz, dinâmico, impnlsh·o, A i·esposta foi pronta e si- Depois de o felicitarmos essa aspiração, mas vários mo­ com base na habilidade. Para gnificativa. pelo que representa. de gran­ tivos, que não interessa citar, se conseguir tal, o trabalho é - Os 22 que escolher, po· de a construção de tilo mara· fizeram fracassar as negocia­ aturado e paciente. O dos eu- dem ser chamados à selecção, vilhoso estádio, inquirimos: ções. Contudo esse dia che­ ropeus é mais preconcebido, conforme as circunstâncias - O Brasil, confia na. vitória? gará e, então, os portugueses mais repousado, mais espec- aconselharem. Para os seis - Enéarando o caso des- ijentirilo o calor da amizado e táculo, alicerçado num sistema jogos que havemos de dispu- portivamente - afinal o (mico viva simpatia que lhe dispen· mais ou menos rigido. tar, formarei o «Combinado» que mo interessa - declaro· sam os brasileiros. - Quanto ao regime de de acordo com as caracteris- -lhe qne se trabalhará com o Flá,·io Costa é constante­ preparação seguida pela tur· ticas mais aconselháveis, tendo maior carinho para conseguir mente chamado ao telefone. ma brasileira, poderá infor- em vista a qualidade e a forma uma representação condigna. Y íirios amigos e jornalistas mar-nos do critério seguid o? de actuar do adversário. Não nos falece o ânimo, mas reclamam a sun presença. -Bem vê, foi a resposta- E a reforçar o seu ponto não nos esquecemos do ,-alor Senhorinha Florita, co· que o tema ó melindroso. Cada de vista: das nações concorrentes e do menta : «Vocô parece que estlt um orienta como sabe ou co- - Com esses vinte e dois futebol que executam. Entre no Brasil ; a sua 'ida preo· mo entende, de acordo com jogadores poderei conseguir os que já estão apurados, con­ copada contínua». as caracterlsticas do meio e várias formações, sem quebra tam-se a Inglaterra, Itália. e Flávio, com boa disposição, dos jogadores. O meu pro· de poder global, porque todos Escócia, sendo posslvel tam­ não responde, mas sorri. grama está subordinado a uma eles estão enquadrados no sis· bem a comparência do Uru· Para remate deste agradá· cuidadosa preparação fisica, tema de jogo preconizado. guai. Com estes ad,·ersários vel con\'lvÍo, já depois de lhe técnica e táctica, que será se- Senhorinha 1"lorita elucida- Yalorosos, tudo é possh"el e termos agradecido e apresen· guida escrupulosamente. Quan· ·nos:

TRÊS BOLAS DE ESPANHA Aos JS minutos, epcís ""' fall1a1ifo d• Aos 1! minutos, BeaOf'a centra po,. alto, Molo1un11, e bola 11ai parar eos pés d• e Zerra f'amate de cebeçe e 1.• bola, qu• 81MJora, que, na posição em que t1enw1, quClBe pa.esa ao elcance d~ Barrigana EM TRÊS MINUTOS f'Bmata seni remissilo G segunde> bo1" dt Espa_nh_a._ ___ 1111

Eúaqui..,.e de/8'11/Ü por eito uma bola e Uvn,i,-se cU Jesue Correio oo Ao• u minutor, depois de uma ''"' de pa.eses entf'~ Molown11, Z~n:a ataque. Asemi, Gonza.1110 Ili e Puehc.d11 Hguem o movimento de bola. e Pa.nizo, esu, num pontap' im~á11el f'ematou ~ 8. tento. E a. /una. Ot ~ugueees Cabrita • Af'aofnio tamb'm 88tM ~ A turma do DESPORTIVO DA CORUNHA, segundo clA.ssificado do ampeonato de Espanha, quc nas Salésias, foi de1-rotada por 4-1 pelo Os Belenenses:., num jogo que foi presenciado com muito interesse por umeroso público. Ao lado: Uma movimentada fase deste encontro.

I

O Sportvercin St. fogbert, vice-campeão do SMV'e bateu por 8-6 o F. C. do Port1J, campeão nacional da modalidade. Em cima a cQttiva germctnica; em baixo ttm dos golos dos 7>0rtttgueses marcado 7>0r Paulo

O Benfiça e o Oriental voltaram a empatar, d68ta. vez por 1-1. O /)r-M/ICJ «• futebol da ea.a. llordeio Al.:u Ld.•. que u t4td n r• As fotos reproduzem os dois marcador68 - Gomes e Abel - dffflciondo aJ)ftor U ru.,.tc-m.nt• fu1td4d.o. No primeiro plano da o a fase que proporcionou o empate aos encarnados t-IQuel"da 1)nr" a direita: NutUt, Armando, Cttar. Ji"a.u•tino e Mo,. ""''•' do p6: Joímt (ArbltroJ '. Co~: Dia.•, Artvr, Gomboa, Ltd1, NOTA DA SEMANA belo desporto das armas de ldmlna - floret•, sa­ bre e espada - t4o deplorav,lmente abandonado O pela juventude portugu,sa, ape11ar das suas tradl­ ç6es e pergaminhos, mantem-ae vivo, como há melo sé­ culo, nos paleta onde flore8cBu, creando fortes ral:e• . A Itália e a França au11tentam, ainda, uma velha rivalidade de escolas; a llungrla conserva a jldmula da hegemonia, no aabre; e outras nacionalidades se BOXE TENIS acotevelam anualmente. quando surge oportunidade de Rlnty Monaghan, campeão Terminaram, em Nova York, conquistar poslç(Jes aubalternas em torneios Importan­ mundial de cmlolmo8>, pen­ os campeonato• do• Estado•· tes. Há, por cons~gulnte, fóra de Portugal, verdadeiro durou em definitivo a • luva• . .Unido• (plata cob.,rta) com a ln/4re1JSI' esgrlmt1111co o que destro! os argum entos apre­ Abre-•e, aealm, um biato na vitória pouco esperada de Do­ sentados pelos seus detractorea e que sao o estreito con ­ • ucenão natural doe tltulart'I neld Mac Nelll. enbre Fred venc1onallBmo do jogo das armas, o seu parco valor da categoria. Cauea: doença Kovaleokl. por 1119. 4j6, 6/2. 613. como espectáculo e o deeequlllbrlo orgdnlco provocado grave de Rlnty. O vencido ellmtnara B1lly pela práth"a aasldua. * Joe Loula prometeu, ve­ Talbert na meia-final e Mac A popularidade dos desportos de a1!1Blmllaç4o fá­ gamerte, voltar ao ringue e Nclll derrotara Budge Patty, cil, como o futebol, para que n4o é lmpresctn dluel uma combater Ezzard Charlc• no depoia do 5 par tidaa euaz dle­ aprendlzugf'm longa, emparceirando com aa maiores p r óximo ver ão. Afirmou que putadu. pos~tb11fdade1t dos fogos colectlvos, parece-no• a cara­ oa emprezl'trlo• lhe recuearam O par Jean Borotra-Budge cterlsttca fund •mental da nossa época. O r umo doa acon­ 35 por cento da receita, lof{o, Patty sucumbiu na final de tectm1rntos e.tá errado, a nosso ver, pois os beneflctos aceita o aeu regre no i\ acti vl­ pare•, contra Talbert- .Mac morais e orgd11lcos da 1•ráttca desportiva crescem em dade. Nelll. por 6/1, 8/6. 9(1. escala suplncr, nos l'xerclclos Individuais, e sdo, por­ * Rocky Mariano, peeo pc­ O titulo feminino coube a tanto, de maior tnteresee. eadoe doe Eatadoe Uo ldoe, d a Mlu Nancy Chaffee. • Acabamos d• 11aber um progresso Importante que for nada de Joven• amblcloeo•, * O veter ano tenista ale­ diz respeito ao florete. Encontra-se em ensaio um pro­ ganhou por ponto• a Roland mll.o Gootfrled Von Cramm, ce11so eléctrlco de stnallzaçilo de toques, Inventado pe­ la Starza, no Madt9nn Squitre ao cabo de um duelo de duat los engenheiros ltal1anns, Carmina, capaz de separar Garden, de Nova Yor k. E a hor as e mela , ganhou o cam­ os toque8 regularl'll dos toques sem valimento. 22.ªvltórlnconsecutlva, mA • o e peonato de Alexandria . .Foi O aparelho dlsr(Je de uma faixa luminosa para • cu• adveraérlo• anterloret eeu advenl'trlo o excelente jo­ cada atirador e eete revc11te-se com urna cota d e malha, não tinham multo que o • eno. gador cbecoeslovaco J. Dn°b­ ftnlsslnta, cobrindo a11 :::ona• do corpo em que os toques brece••e. r>y q"e perdeu por 8/6, 6/2, 9/11, ado válidos. Quando a ponta da arma do adversário * Freddle Daw1on, o exce­ 6/4. Desta feita, Voo Cramm acerta fóra da cota, a faixa luminosa fica vermelha e l ente pugilista negro de Chi­ atc, segundo afirma­ 10 aualtoe. Gonulez qualificou •e, para ram alguns técnicos, em especial, De Beur (belga) e o Lute Santiago, pupilo e a final do Campeonato do auecn Droltenberg. * protegido de Int\clo Are. actual .Mundo proftHlonel (plota CO· Tratu-ae dum Importante pa880 em frente, cuja uti­ campeão de Eepaob.,, de • eml­ lidade é tndlscutlvel. !Jlns, acima de tol utllldadl', en­ bertP) hAtendo Bobby Rlggs, -le vu, bateu o tn,th Tnmmy por 816. 1018. co11tra.11e o facfo da esgrima Interessar tanto algumas Bailey, por pontoe, em Liver­ Deve encontrar Jack Kra­ ceubraç6es, como as dos engenheiros Carmina, p rova pool. mer que derrotou na outra c.ibal da eua perpetuidade con10 desporto. * Ray Roblnoon. detentor mela-final, Frank Kovace. do titulo unlveuel de caeml­ legl•laç4o do futebol encontra-se num grau de -médl08• dl• pÕ• fàcllmrnte de gr.,nde apur.,mento, quantn 008 Incidentes do fogo, Geoqre Coetner, on Conven­ A prnaltza16e11, etc.. mas atribui ao árbitro uma forte tlnn Hall, de Flladelfle. A ba­ soma de respo11eab1lldades. talha durou meno• de 3 mi. NATAÇAO- Pondo de Indo a compll'xldade do c(}dlgo, fonte Sl'­ nu toe. gura do desentendimento do ptibllco para com o dlr l­ A nadAdora holandeea fl''nte dos desaflns, snbregârre(la-o demasiado quando Gaert je Wlelema con•oguiu 1l1e destina funç(Jes de cronometrl• ta em regra d•sem­ uma novtl proeza de rc11lce, pe11hadas por terceiros nos vário• desportos, como o bn1e11do o reeord mundial de boxe, luta, es(lrlma, etc. RUGBY 100 jard" • (costa•) no tempo Igualm,ntc, nos pauce anil-desportiva a sua lnfa­ de 1 m. 4 6 •· !<.' evidente que A Gales concluiu a época da llbllld,1de, quando anula golos ou os concede em pre­ o récord Vlo lema tem e o guarda·redrs defendeu a 11oco, para pertn. Acto con. po. D.,pnle, tendo-•e lo•alonado apena• dez1tnel• anoo Incom­ tlnun, o avançado-centro do grupo atacante rematou ds de gravidade o det'e1a Prnt, pleto•. pelo que ae eua• proe• r11d,11, colhendo o e11fertco no ar, e por certo faria um com fractura do pcrónen, Blê· ze• df'vrm ser extraordloérlao golo 11e ndo flll18e dl'ftndlda, aparatosamente, pela• mdns n~s. com uma entor•e no Joe­ em 1952. quando ee dloputem de um jngador do team contrdrlo, m• smo sobre a linha. lho, 0 8 rranceee• f oram·• e 08 Joi:o• Ollmplco•, de H"1· Tudo sucedeu como nas mdglcas, entre décimos de abaixo lrremedlàvelmente. 8loqula. segundo, embora foese clara a Irregularidade, que o árbitro - tapado pelo magote de jogadores-foi o {mico iC O grande nadador Japo· a n4o peruber. nez. Furutuhl, exlbindo-•e em O púhllco exl11tu o castigo máximo, bradando con­ S. Paulo (Brasil) dur.tnte oe tra a deds4o do fui:::, aias este n4o quis concede-lo por FUTEBOL campeonaws da nação Irmã, preço algum. Preguntn-ae: Conceb,·se um código des­ percorreu 400 metro• (eotllo portivo que transforma a única autoridade em vltlDJa Bordéue ocupa o prlmt>lro livre) r m 4 m. 41' •· dot1 seus próprlM1 'rros? Ou, m! o seria melhor e mal• poeto no campeonato dlvlelo­ O• 100 nwtros foram 1tanho1 /uoto, diminuir-lhe 08 atrlbulç(Jes, de acordo com a fa­ nérlo francêe, com 2 ponto• p•·lo nipónico HamAgushl. em btlldade humana? de av11nço •obre Lllle que o ó8,1: o• 200. por .MurRm•ya, A resposta fd está p ronta na conscMncfa do leitor persrgue na companhia de em 2 m. 168 e.; e os 800 por como na nossa. O que fulla é mover a rotina, o conser­ 'foulouee. H1uhlzume, no tempo de vantismo dos anglo-eaxlinlcos, que ndo cedem ao pri­ Quanto à 1açe de França, u 10 m. 18 5 a. meiro Impulso nem perf11J1am a• ldela11 dos outros. m,.la-flnal• rf~ctuam-•e entre A altitude da cidade de o Ractnir C. P-rla e Nlmee, por S. Paulo (cêrca de 1.000 metro•) RAFAEL BARRADAS um lado, e Relme e Troyee, do nl'lo consentiu melhore• tem· outro. A data prevleta é o dia po8 ao• part icipante• Japo· 16 do corr ente. nezee. 14 •

HOQUEI EM PATINS

Um encontro célebre ANALISE SU~INTA OAS a equipa• de Espanha TRES ELIMINATORIAS com OA TA~A OE HONRA

duelo P ortugal-Espa­ multo amigo doe portugueses, tença do Sporting. A• defeeae nha para o Camp eo­ o major Montgomery, pusera de orga nlzaÇ,ão orçavam por ronda íi nal da Taça de Honra. primeira eoml)etição de hoquei nato do Mundo a rea­ ae soberbas Instalações 0rada, pas-­ O llz"r no Rio de Janeiro Cabo Submarino às ordens da uma verba que nem &equer e e saram Académica da Amadora, Campo vai continuar. NAo ec t do re­ Federação, Uma grandé firma admitia que foue pouivel rea~ de Our ique. Ho , ao In­ reiro e 6 de 'Março) - Campo de Ou.. entregou-ae-me a mlts llo de tervalo, a fé da equipa p ortu­ J•ique--Colégio Militar (estreante). 3-1 e daa duas n ações travaram em ·i-3 (7·4);' Académica-Parede. 6-0 e 6·2 épocae pau. das - lutas que comtseárlo dos abHsteclmen­ guesa era a mesma. CRlcule­ (11- 2) ; Futebol Ben(ica-Cul do Bar­ ficaram a&slnaladaa pela su­ to•. Tenho a certeza de que -ee ... E era uma fé frutificada. reiro, 10-1 e 9·2 (19-3) ; lloQuei de perioridade doe castelhano•. nenhum jogador de88a valente Ao fim Jo encontro verifica· Sintra-H0<1uci Clube, 17·1 e 17-0 (3<1-1). equipa podera dizer mal do 2 .• clinunatcSria (3 e 10 de Março) - A grande sorte do jogo, pese va-ee um empate a três bolas. Ateneu-L;sg!ls, 5·2 e 3-0 (8-2): Cas­ Isso embora ao maior v .. lor eerviço de restaurante .. . A equipa portuguesa fez uma cals,.S1>ortin1t dàs Caldas, 8·1 e 11-1 Após quinze dias de e atàgto, eegunda parte estupenda, O (lV-2) : Benfica-Naval Setubalense. 11-0 do futebol eapanhol, esteve com alimentaçAo euper-abun­ golo do empate, da grande p e­ e 12·1 (23·1) : Paço de Arcos-Alg~s. aempre com ele. 10·0 e 6-2 (20·2). 8. .. düni11ot6ria (13 dante, ' nAo eram jogadoree­ nalidade mereceu do guarda­ e 17 dê .Março) - Académica-Ca&c-.ii, Só de uma vez tiveram o eram toiros ... -redes espanhol e actual selec­ 4·1 e 6·0 (10·1); Sporting de Oeiras­ páHaro na mAo e d lo paaee do norte-americano•. Guilherme por 1erem do coohflcfmento geral a1 famoeo jogador. Para Zozlnho: moatra-se confiado e optlma­ 1a•s cioalfdadu de concuraf•te•. outro Pagamento adiantado 14 mil cruzeiros por mêe de mente preparado • obre a tanto• e não dá com D. Ana de Mendia Cuato por n úmero 2$50 vencim.. nto fora prémio• de ciue, coa ..a hmão Henrique, e•t! orlent,.ção de Serafim Cardo­ 3 meaee, E•c. • 32$50 j ogoo. 200 mil cruzeiro• de lu­ ' º• e1perando continuar a aé­ cite ano a atrair as atençõu gerait. vas por um contrato d .. 2 Hnoa rie de vitórias que vem man­ Se li certo qae 01 dola lrmíio1 já 6 > > .65$00 e ainda um utabelecimento tendo. ee haviam r evelado cm 1949, não li 12 > > • 130$00 na cidade de Niteroi.

llC Nu. cu.bi11u. dos f>01'tMU"""• Su.l11u.do1' do Cu.rmo dei:i;u. &ru.nspu.reou- o tt-avo U.1001'QO 00 deN"Ota. ...

• AteNi mostru. o seu regoai;o por u. bolu. não tl1' 6tltru.do. Remo.ta forte Pu.ru. evitar u. c11tt-ada do Arsét1io, u. defeau. eapu.nJwlu. pu.asa M IR b.m defetidido por Ei:u.guírre. Cu.brita. eatd no cM.o e Tru.vu.ços ainda gm"·®-redes vem ma corrida. Vl·se Gonzu.lvo 11 dentro du.s balima