Questões De Morfologia E Sintaxe: Um Estudo Comparativo Das Línguas Shipibo-Konibo, Jaminawa E Japonês
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUESTÕES DE MORFOLOGIA E SINTAXE: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS LÍNGUAS SHIPIBO-KONIBO, JAMINAWA E JAPONÊS Rachel Antonio Soares Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro como quesito para a obtenção do Título de Mestre em Linguística Orientador: Profª. Marília Lopes da Costa Facó Soares Rio de Janeiro Março de 2011 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Questões de morfologia e sintaxe: um estudo comparativo das línguas Shipibo-Konibo, Jaminawa e Japonês Rachel Antonio Soares Orientadora: Professora Marília Lopes da Costa Facó Soares Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Linguística. Examinada por: Rio de Janeiro Março de 2011 S676q SOARES, Rachel Antonio, 1986- Questões de Morfologia e Sintaxe: um estudo Comparativo das línguas Shipibo-Konibo, Jaminawa e Japonês / Rachel Antonio Soares.-- Rio de Janeiro: UFRJ/ Faculdade de Letras, 2011. xvi, 167f. : il. ; 28 cm.— Dissertação de Mestrado em Linguística – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Faculdade de Letras – Departamento de Linguística, 2011. Orientadora: Marília Lopes da Costa Facó Soares 1. Gramática Gerativa. 2.Sintaxe. 3.Aspecto. 4.Cópula . 5. Negação. 6. Línguas Indígenas. 7. Família Pano. 8. Shipibo-Konibo. 9. Jaminawa. 10. Japonês. I. Soares, Marília Lopes da Costa Facó. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Letras. Departamento de Linguística. III. Título. CDD415 QUESTÕES DE MORFOLOGIA E SINTAXE: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS LÍNGUAS SHIPIBO-KONIBO, JAMINAWA E JAPONÊS Rachel Antonio Soares Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em Linguística. Orientadora: Profª. Doutora Marília Lopes da Costa Facó Soares Rio de Janeiro Março de 2011 AGRADECIMENTOS Gostaria de expressar o meu sentimento de gratidão aos familiares - Zulmara Tereza Antonio Soares (mãe), João Gomes Soares (pai) e Tertulina Rezende Antonio (avó), amigos, amigos do ramo da Linguística (Sônia Monteiro Mendes, David de Jesus Costa, Sílvia Pereira, Rafael Saint-Clair Xavier Silveira Braga, José Guajajara e Wellington Pedrosa Quintino), aos alunos de Japonês, entre outros que tanto me apoiaram e que me acompanharam em todos os momentos dessa jornada que teve duração de dois anos e meio de estudo. “Warattekureru sasaetekureru Hagemashitekureru daijina hito e.” 1 (RSP a.k.a. Real Street Project – música “Kansha”) Agradeço à minha orientadora professora Marília Lopes da Costa Facó Soares que, desde a época da graduação, procurou me estimular a cursar o mestrado visando a uma maior realização intelectual e profissional. À professora Miriam Lemle, que sempre se interessou por questões analíticas relativamente ao Japonês e me motivou a enveredar pelos estudos lingüísticos, dando-me o máximo de apoio possível. À professora Márcia Vieria Damaso, que desde as aulas de Linguística III na graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, introduziu os primeiros conhecimentos sobre as línguas indígenas, aguçando cada vez mais o meu interesse por pesquisar um universo aparentemente tão complexo, mas extremamente maravilhoso e diversificado. 1 Tradução: Para aqueles que sorriem, dão-me assistência e me encorajam. SOARES, Rachel Antonio. Questões de morfologia e sintaxe: um estudo comparativo das línguas Shipibo-konibo, Jaminawa e Japonês. Rio de Janeiro, UFRJ, Faculdade de Letras, 2011, 167 fls. Dissertação de Mestrado em Linguística. RESUMO A presente dissertação tem como objetivo o estudo comparativo à luz da Teoria Gerativa entre as línguas Shipibo-Konibo, Jaminawa – ambas pertencentes à família Pano – e a língua Japonesa, no que tange a três temas: aspecto, cópula e negação, suas semelhanças e diferenças. Na seção destinada ao aspecto, objetiva-se uma breve apresentação da divisão entre tempo e aspecto, visto que algumas línguas (português, espanhol, entre outras) não possuem distinção formal entre tempo e aspecto. Ao contrário disso, a maioria das línguas indígenas possui um sistema de categoria de tempo e aspecto bastante diversificado. Posteriormente, tem-se como foco a análise dos aspectos completivo e incompletivo, sobreposição de categorias e questões pragmáticas. Em relação à cópula, primeiramente, através de uma tipologia básica, busca-se identificar os tipos existentes. No que tange ao Shipibo e Jaminawa, destaca-se o morfema iki que desempenha o papel de cópula ou auxiliar. No Japonês, o fato de a cópula possuir diversas formas e funções, produzindo determinados fenômenos, abre caminhos para uma extensa pesquisa, tendo como o ensaio dos primeiros passos as seções aqui destinadas ao assunto. Sobre a negação, delimitam-se os morfemas que representam tal categoria e propõem-se projeções em árvore sintática, visto a especifidade de cada língua. PALAVRAS-CHAVE: Gramática Gerativa, Sintaxe, Aspecto, Cópula, Negação, Japonês, Línguas indígenas, família Pano, Shipibo-Konibo, Jaminawa. SOARES, Rachel Antonio. Remarks on morphology and syntax: a comparative study on Shipibo-konibo, Jaminawa and Japanese. Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ), Department of Linguistics, 2011, 167 p. Master dissertation on Theoretical Linguistics. ABSTRACT This dissertation aims at doing a comparative study of the languages Shipibo-Konibo, Jaminawa (Pano stock), and Japanese concerning their syntax within the Generative Theory Framework. Here, it is analysed three main themes on their syntax: aspect, copula and negation, as well as their resemblances and differences. In the section in which aspect is taken into consideration, it is introduced to the reader the formal differences between tense and aspect as some languages do not materialize it as it does in Indian languages. In contrast, the latter ones project certain category of tense and aspect. In these languages, though, these categories are quite diverse. Afterward, we focused on the analyses of two different aspects: complete and incomplete. Overprojection of categories and pragmatic issues regarding the phenomena of tense and aspect are also discussed in this dissertation. Regarding copula phenomena, we try to identify different types that may exist in these languages within a basic typology perspective. Thus, in Shipibo and Jaminawa, there is the iki morpheme which behaves as a copula or auxiliary. The fact that in Japanese we find many copula structures with different structures (these diversity exemplifies particular phenomena in Japanese) sheds light on an extensive research on this issue. It is important to remark that this issue is treated from the very begining here. Finally, in order to deal with the category of negation, we segmented some morphemes which represent such category. In sum, in this dissertation, we postulate some projections in the syntactic tree for the languages studied here. Kimi wa kimi dake shika inai yo Kawari nante hoka ni inainda Karenai de ichirin no hana2 (HIGH and MIGHTY COLOR – “Ichirin no Hana”) 2 Tradução: Você é a única “você” Não existe tal coisa como seu substituto Não murche, única flor SUMÁRIO AGRADECIMENTOS................................................................................................ i RESUMO.................................................................................................................... ii ABSTRACT.................................................................................................................. iii 1 – NOTAS PRELIMINARES................................................................................. 13 2 – ABREVIAÇÕES E CONVENÇÕES................................................................ 16 3 – INTRODUÇÃO................................................................................................... 19 3.1 Tema ........................................................................................................... 19 3.2 Línguas escolhidas....................................................................................... 20 3.2.1 Das línguas Pano.................................................................................... 20 3.3 Questões de Morfologia e Sintaxe............................................................... 22 4 – OBJETIVOS E HIPÓTESES............................................................................ 24 5 – ASPECTOS DAS LÍNGUAS ANALISADAS.................................................. 25 5.1 Shipibo-Konibo............................................................................................... 25 5.2 Jaminawa......................................................................................................... 28 5.3 Japonês...................................................................................................... 32 5.3.1 A Escrita Japonesa................................................................................. 39 6 – PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS..................................... 42 7 – ASPECTO............................................................................................................ 43 7.1 Das Diferenças Entre Tempo e Aspecto........................................................ 43 7.2 Manifestação e Tratamento do Aspecto em Shipibo, Jaminawa e Japonês... 48 7.2.1 Shipibo.....................................................................................................