Vanessa Ferreira RA: 2283859 Disciplina: Jornalismo Esportivo Professor: Anderson Gurgel

Brasil já é campeão na Reabilitação Esportiva

Com o Reffis e o Ceproo, País possui dois dos principais centros de referência capaz de auxiliar no tratamento e cura dos atletas

*Por Vanessa Ferreira

O Reffis conta com instalações plenamente equipadas para recuperação de atletas de ponta (Foto: Divulgação)

O Brasil conquistou politicamente a oportunidade de sediar os principais eventos esportivos mundiais nos próximos três anos. É de conhecimento público de que no ano que vem as cidades de Manaus, Fortaleza, Natal, Recife, Cuiabá, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Rio Grande do Sul serão sedes da Copa do Mundo em 2014. Não muito distante desta data, em 2016, os cariocas realizarão os Jogos Olímpicos, recebendo jogadores e torcedores do mundo inteiro para celebrar a festa do esporte. Tá, mas e aí¿

Para participar de tais disputas, os atletas precisam estar no ápice de seu condicionamento técnico, mental e físico. Porém, mesmo no auge, é possível que lesões aconteçam e sem a recuperação adequada acabem fazendo com que esportistas desfalquem suas seleções e percam a chance de suas carreiras. Ok. Bom link. Poderia ser um parágrafo só

A chance de lesões em atletas-chave é bastante comum. Basta lembrar o ocorrido em 27 de setembro com a grave contusão de Gaucho. Rodrigo Lasmar, médico do clube, afirmou na época que a lesão do jogador era de grau três, uma ruptura total do músculo adutor junto à virilha. A evolução da medicina esportiva é tão grande que mesmo se tratando de uma lesão tão grave que, normalmente, levaria de 3 a 4 meses para curar. O atleta possivelmente estará em campo no início de dezembro para a disputa do mundial de clubes.

Outro exemplo mais recente é em relação ao futuro do craque Lionel Messi, que se machucou em duelo contra o Bétis e só voltará a disputar uma partida no ano que vem. Na Europa, os médicos ainda não possuem um diagnóstico correto de quanto tempo durará o tratamento. Confuso no fim

Brasil é referência mundial na fisioterapia e reabilitação esportiva

Neste quesito de Fisiologia e Reabilitação Esportiva o Brasil é referência mundial. Muito, pode-se dizer, graças ao Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica (REFFIS), do São Paulo Futebol Clube, e o Centro de Preparação e Reabilitação Osmar de Oliveira (CEPROO), do Corinthians. Grandes nomes do esporte, como Kaká, Luís Fabiano, , Ricardo Oliveira, no Reffis, além de ninguém menos que Ronaldo Fenômeno, no Ceproo, já foram curados e voltaram a jogar bola em tempo recorde e em plena forma física.

Uma das referências do Reffis é Ricardo Sasaki. Formado em Educação Física pelas Faculdades Integradas de Santo André (Fefisa) e em Fisioterapia pela Pontifica Universidade Católica (PUC), o profissional foi agraciado pelo site espanhol “Lo Mejor Del Mundo” como um dos 10 melhores fisioterapeutas do mundo em 2011. A nona colocação na votação (único entre brasileiros) foi um prêmio não só para ele, mas sim, para toda a fisioterapia do São Paulo Futebol Clube. “Quem recebeu este prêmio é o REFFIS. Não trato os jogadores sozinho. Essas premiações acontecem pela estrutura que tem o São Paulo”, afirma Sasaki. O Reffis conta com profissionais de excelência, o Fisioterapeuta Ricardo Sasaki faz parte dela desde 1995 (Foto: Divulgação)

O fisioterapeuta aponta que a principal diferença do trabalho no Brasil em relação à Europa e os Estados Unidos são por causa da questão financeira. Lá, a quantidade de recursos disponíveis é enorme e o Brasil acaba ficando para trás devido ao custo dos equipamentos e a quantidade de impostos. Isso não interfere no trabalho, já que os equipamentos aqui são muito bons e não há ninguém que se equipare aos brasileiros na questão de conhecimento. "O jeito do brasileiro é assim: se você falar para o cara que tem apenas uma borrachinha e uma geladeira, ele se vira para fazer fisioterapia! Lá o cara está acostumado a ter o equipamento e quando ele não tem acaba não sabendo o que fazer”, complementa Sasaki.

Para exemplificar, Sasaki conta uma história interessante que aconteceu na temporada de 2006/2007 após a recuperação de alguns atletas do Barcelona. “Junto com os jogadores veio também um fisioterapeuta do Barcelona. Depois eu fui pra lá, para retribuir esta visita, e era vergonhoso o que os caras tinham de estrutura como fisioterapia. Tanto é que depois disso, que os caras viram como que era aqui, o presidente mandou fazer uma nova estrutura para eles”, completa.

Mapeamento de lesões no futebol

A Federação Paulista de Futebol (FPF) lançou em 14 de outubro um inovador projeto que pretende mapear as lesões dos atletas do futebol paulista. A ideia é elaborar um cronograma entre jogos e treinos para ajudar na prevenção de lesões aos jogadores e evitar que eles precisem chegar até os centros de reabilitação. O projeto- piloto será realizado pelas equipes paulistas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, que enviarão os dados para a avaliação do Comitê Médico da FPF. “Deveremos fazer um workshop com duas pessoas de cada departamento médico das divisões A1 e A2. Vamos juntar isso ao processo FIFA 11 + S e seguramente teremos dados para nortear o departamento técnico a realizar um bom campeonato, que proteja os atletas”, afirma Jorge Pagura, diretor do Comitê Médico. Muito interessante isso. Poderia até ter sido mais explorado.

O exemplo que vem da Espanha

Lionel Messi é o craque do momento no futebol mundial. Ídolo do Barcelona da Espanha e da Seleção Argentina, o atacante sempre foi conhecido por um físico invejável e completamente a prova de lesões. Isso até esta temporada.

Em 2013 o argentino se machucou por três vezes em apenas 80 dias. A última ocorreu no início de novembro, em goleada do Barcelona por 4 a 1 contra o Bétis, de Sevilla, pelo Campeonato Espanhol. “Os exames realizados esta manhã confirmaram que o jogador tem uma ruptura muscular no bíceps femoral da perna esquerda. Segundo especialistas, o tempo de baixa aproximado é de entre seis e oito semanas. Vc entrevistou¿¿¿¿

O exemplo do ocorrido com o atleta ratifica que mesmo com um centro de recuperação física e fisiológica de referência é necessário que o atleta fique em tratamento tempo suficiente para a cura completa das lesões musculares. Não foi o caso do camisa 10, que sempre voltou com antecedência nas duas lesões anteriores. Ele não estava 100% curado.