PLANO MUNICIPAL DE

DESENVOLVIMENTO

RURAL SUSTENTÁVEL

2015- 2018

MUNICÍPIO DE

NOVA INDEPENDÊNCIA

SUMÁRIO

LISTA DE GRÁFICOS 3 LISTA DE TABELAS 3 APRESENTAÇÃO 4

1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 1.1-Histórico 4 1.2-Dados Geográficos 7 1.3-Dados sócio-culturais -População rural 16 -Acesso da População a Serviços Básicos 17 -Organização rural 22 1.4-Caracterização Ambiental 23 1.5-Dados Agropecuários a. Estrutura Fundiária 25 b. Ocupação do solo 26 c. Principais atividades agropecuárias 26 D. Participação da Agropecuária na Economia Municipal 26 e. Valor Bruto da Produção Agropecuária 27 f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivas 28 g. Infra-estrutura da produção nas propriedades 28 h. Infra-estrutura e Serviços Públicos de apoio à 29 produção/processamento/comercialização

2. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO 2.1 Análise das cadeias produtivas 30 2.2 Análise geral do município 39 2.3 Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas 42 2.4 Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais 44 cadeias produtivas

3. DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 46

4. PLANEJAMENTO DA EXECUÇÃO 4.1 Iniciativas para o Desenvolvimento rural em andamento 49 4.2 Novas iniciativas necessárias para o atendimento das diretrizes do plano 51

5. INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS 52 6. LEGENDA 53 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54 8. ELABORAÇÃO E AGRADECIMENTOS 54

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Lista de Gráficos

Distribuição Demográfica de Nova Independência - SP 07 Evolução do Crescimento da População por Setores 08 Tipos de Solos 10 Pluviometria Média 2004-2014 – NOVA INDEPENDÊNCIA –SP 11 Estrutura Fundiária por Estratos, Nova Independência 2008. 24 Estrutura Fundiária por Área Ocupada, Nova Independência 2008. 25 Percentual de Ocupação do Solo, Nova Independência - SP, 2008. 26 Percentual de Renda por setor, Nova Independência - SP, 2006. 27

Lista de Tabelas

08 Distribuição Demográfica de Nova Independência - SP Média mensal de precipitação dos últimos 10 anos 11 Temperatura do ar 12 Bacia hidrográfica 13 Malha viária municipal 14 Escolas do município 18 Programas desenvolvidos pelo Departamento de Assistência Social 20 Estrutura Fundiária 24 Ocupação do Solo 25 Principais Explorações Agrícolas 26 Principais Explorações Pecuárias 26 Total do valor adicionado por setor ao PIB, Nova Independência - SP. 27 Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária 27 Identificação e descrição das principais cadeias produtivas 28 Infra-estrutura da Produção nas Propriedades 28 Índices zootécnicos médios do rebanho brasileiro em diversos sistemas de produção 33 Aspectos Econômicos, Infra-estrutura, Sociais e Ambientais. 36 Participação da agricultura no produto interno bruto (PIB) 39 Indicador de desenvolvimento social 39 Índice de desenvolvimento educacional 39 Índice de desenvolvimento na área da saúde 40 Índice de Urbanização 40 Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas 42 Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias produtivas 44 Diretrizes para o desenvolvimento municipal 46 Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento 49 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do plano 51 Instituições envolvidas 52 Legenda 53

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PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL Prefeitura Municipal de Nova Independência Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Casa da Agricultura de Nova Independência Escritório de Desenvolvimento Rural Período de vigência: 2015 a 2018

Apresentação

Este Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (2015-2018) foi elaborado com a participação dos vários setores desta administração: Prefeitura Municipal, Departamentos (Saúde, Obras Públicas, Educação, Agricultura, Esporte, Lazer e Cultura), o Legislativo, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, os técnicos da Casa da Agricultura local e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) que apoiou na realização das atividades de diagnóstico participativo junto às comunidades rurais do município com o objetivo de discutir, analisar, propor e planejar estratégias e ações para o acesso do setor agropecuário às diversas políticas públicas nas esferas municipal, estadual e federal, disponíveis. Poderá adquirir forma sustentável caso as discussões democráticas aqui descritas entre os segmentos ligados às cadeias produtivas (produtor, revenda de insumos, indústria e consumidor final) e os órgãos de gestão pública resultem em ações verdadeiras em âmbito local.

Este documento torna-se valioso, uma vez que retrata as diversas possibilidades de mudança no atual panorama desconsolador do setor agropecuário local, resultante dos problemas de gestão pública dos recursos financeiros e das políticas públicas federal e estadual, longe de satisfazerem à realidade local. A população do município pôde pela primeira vez através deste Plano participar ativamente das discussões com as lideranças políticas das diversas esferas, a grande oportunidade de ter suas idéias, críticas e sugestões descritas de forma racional.

Com o PMDRS em mãos a administração espera que este importante documento público sirva para negociação de programas e projetos que nortearão as ações a serem implementadas visando à melhoria da renda e qualidade de vida da população rural.

1. Identificação e Caracterização do Município 1.1 Histórico: -História Político-Administrativa: Por volta de 1912 foi construída uma estrada boiadeira ligando Araçatuba ao Porto Independência na margem esquerda do Rio Paraná, a fim de atender as primeiras necessidades de intercâmbio de gado entre o sul de Mato Grosso e esta cidade que viria a se constituir futuramente, num dos

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grandes centros da pecuária paulista. O movimento da estrada aumentou gradativamente, de acordo com o florescimento da cidade de Araçatuba e, posteriormente, da região toda.

De outro lado, somente então se esboçavam os primeiros passos para a conquista da região, dita noroeste do Estado de . A selva ainda cobria grande parte do espaço compreendido, principalmente no que se referem às terras férteis as margens dos rios Paraná, Tietê e Aguapeí (Feio).

Nova Independência, por sua vez, teria tido origem de uma pousada de boiadeiros, localizada nesta estrada. O diminuto aglomerado humano em torno do “pouso de boiadas” subsistindo quase que exclusivamente como base agrícola e extrativista aos poucos foi tomando feições de vila. O florescimento de cidades em torno, apesar da não existência de estradas e a falta de meios de locomoção plausíveis foram certamente as principais razões, além da estrada boiadeira, para a fixação do homem, conseqüentemente, para o desenvolvimento do povoado. Povoado este, denominado Nova Independência em virtude do Porto com o nome semelhante, que desempenhou papel importante em suas origens.

Todavia, somente em 1943 é que foi caracterizada a doação do terreno junto ao Senhor Modesto Junqueira, proprietário das terras para a formação do Patrimônio. Deve-se, sobretudo a João Theodoro Batista, reconhecido como fundador, essas ações pioneiras que contribuíram para a formação da futura cidade. A ele coube também a importante função de responsável pelo serviço de corretagem dos terrenos correspondentes a vila em si.

Ainda em 1943 realizou-se a primeira missa campal, celebrada pelo Padre Rodolpho – vigário de nacionalidade alemã. Nesta época deu-se também a construção do primeiro prédio que se têm notícias na cidade, propriedade do comerciante Pedro Viana.

Teve início em Nova Independência no ano de 1944 à abertura de uma estrada que deu acesso a Andradina, de quem era distrito. As obras foram iniciadas pela Prefeitura Municipal desta cidade na gestão de Evandro Brembatti Calvoso e concluídas na gestão de Dr. Eduardo Ramalho. Indubitavelmente, esta foi para Nova Independência a primeira grande concessão e, automaticamente a primeira grande contribuição para o seu progresso.

Por fim, em 1963, através de deferimento estatal foi criado o Município de Nova Independência, porém a emancipação política só aconteceu mais tarde, em 21 de março de 1965, tendo sido eleito e empossado no cargo de Prefeito Municipal, o Senhor Pedro Gavioli, que teve seu mandato até 31 de janeiro de 1970, passando o cargo para o Senhor José Geraldo Sobrinho.

FONTE: Edição Especial Nova Independência 25 anos de Progresso – 06/08/1990

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PREFEITOS:

-1965 a 1969: Pedro Gavioli -1969 a 1973: José Geraldo Sobrinho -1973 a 1977: Manoel Soares Pinheiro -1977 a 1983: Altino Pereira -1983 a 1989: Helio Carlos Alexandre -1989 a 1992: Antonio Ferrari -1993 a 1997: José Antonio de Lima -1997 a 2000: Helio Carlos Alexandre -2001 a 2004: Valdemir Joanini -2005 a 2008: Valdemir Joanini -2009 a 2013: José Pedro Toniello -Atualmente: Neusa da Costa Lopes Joanini

DATAS COMEMORATIVAS: No dia 06/08 é comemorado o dia do Padroeiro da cidade (Nosso Senhor do Bom Fim), no dia 21/03 comemora-se o aniversário da cidade e 20/11 é comemorado o dia da Consciência Negra, em ambas as datas são decretados feriados municipal. O município de Nova Independência teve sua emancipação em 21/03/1965 com a posse de Pedro Gavioli como primeiro Prefeito do município. FONTE: Neide Soares Vieira Pinheiro – Secretário Geral da P. Municipal de Nova Independência.

Evolução da Agropecuária: No início do município de Nova Independência a mata foi dando espaço para cultura de algodão, amendoim e milho, e com o passar do tempo à pecuária de corte começou a se destacar, pois o município possuía grande extensão de invernada e ainda era utilizada como ponto de pernoite para as boiadas, pois próximo do município existia um porto onde chegava animais, trazidos pelo Sr. Moura Andrade. Com o passar do tempo houve uma diminuição na utilização das comitivas, devido à modernização do transporte de gado, sendo utilizado os caminhões para o transporte, deixando assim Nova Independência de ser utilizada como ponto de pernoite para as boiadas, já a agricultura se manteve até meados 2000, onde ocorreu a entrada da cana-de-açúcar, diminuindo drasticamente as culturas e a pecuária de corte.

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1.2 Dados Geográficos: O município de Nova Independência situa-se na zona fisiográfica de Araçatuba, sub-região de Andradina, e dista da Capital do Estado de São Paulo, em linha reta 580 km e 662 km pela Rodovia Marechal Rondon.

Possui uma área de 272 Km2 e faz divisa com os seguintes municípios: -A Leste: e Guaraçaí. -A Oeste: . -Ao Norte: Andradina. -Ao Sul: Monte Castelo e São João do Pau D’Alho, tendo como divisor o Rio Aguapeí (Rio Feio). FONTE: Site da Prefeitura de Nova Independência - www.prefindependencia.com.br

Fonte: www.wikipedia.com Mapa do estado com localização do município: Vide Anexo 1. Latitude: “21º06’14” Sul Longitude: “51º29’24” Oeste Altitude: 290 a 394 metros tendo média de 342 metros (Fonte: IGC/IBGE)ÁREAS Total: 27.200 hectares Rural: 26.900 hectares Urbana: 300 hectares

Distribuição Demográfica de Nova Independência - SP

População total População urbana População rural Densidade demográfica 3.507 2.877 630 13,23 hab./km2 Fonte: Estimativa IBGE, 2014.

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Gráfico 01- Distribuição Demográfica de Nova Independência - SP

Distribuição Demográfica de Nova Independência-SP

20%

População urbana População rural

80%

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A população total praticamente se manteve estável com um pequeno aumento a partir do ano de 2000. Com a implantação de uma usina no município, ocorreu aumento na população devido à migração de trabalhadores de outras cidades, em busca de serviços e melhores salários. Na zona rural ocorreu uma diminuição na população a partir da década de 70, com a migração de pessoas para área urbana em busca de melhores condições de vida.

Clima: O clima no Município é do tipo Aw (Köeppen), tropical chuvoso, com inverno seco e instável. A média de temperaturas máximas ao longo dos últimos anos é de 31,2°C e das mínimas 1 7,5°C. Apresenta janeiro como o mês mais chuvoso e julho o mais seco. As estações apresentam-se bem definidas, com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos e este fator influencia bastante nas atividades agropecuárias no município e na região, pois a precipitação pluvial concentra-se em três meses - no final do ano - e marca a época de semeadura. As gramíneas utilizadas para pastagens são bastante influenciadas pelo clima, e nos meses mais secos e dias mais curtos a maioria delas é bastante prejudicada e os pecuaristas que não se prepararem para esta realidade, através da utilização de práticas suplementares como; silagem, fenação, pastagens irrigadas, apresentam quedas na produção. A cultura do feijão é também bastante afetada, pois não pode ser semeada no início da estação chuvosa, devido a limitações fitossanitárias. Para essa cultura, a safra chamada “de inverno”, com semeadura a partir de março, propicia melhores condições, principalmente se houver irrigação suplementar.

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A cultura do milho é afetada principalmente pelo calor excessivo que acontece à noite durante o verão, devido principalmente a baixa altitude do município, alem de problemas com estresse hídrico, que ocasiona perdas de produtividade. A chamada “safrinha” de milho, por outro lado é afetada pela deficiência hídrica comum na época do florescimento e “granação”, causando redução na produtividade. A baixa altitude do município (342m em média) limita o desenvolvimento de culturas de importante valor econômico como a do café. Por outro lado, culturas que se adaptam bastante ao clima da região, no caso algodão, não são mais cultivadas no município. FONTE: www.cpa.unicamp.br

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Relevo: Predominantemente plano a suavemente ondulado, com rampas longas. Este é um dos fatores que tem sido considerado pelos empresários do setor sucroalcooleiro para a expansão da cultura da cana-de-açúcar no município, pois permite a mecanização plena da atividade na grande maioria das áreas cultivadas.

Tipos de solos: PVA1 = Eutróficos, abrúpticos, A moderado, textura arenoso/média, relevo suave ondulado. 3.056 ha – 11,5%. PVA9 = Eutróficos, A moderado, textura arenoso/média e média, relevo plano e suave ondulado + PLANOSSOLOS HÁPLICOS, A moderado e proeminente textura arenosa/argilosa/média + GLEISSOLOS HÁPLICOS textura argilosa, ambos Distróficos, relevo de várzea. 1.300 ha. – 4,9%. PVA 10 = Eutróficos + ARGISSOLOS VERMELHOS Distróficos e Eutróficos, ambos de textura arenoso/média e média, relevo suave ondulado + LATOSSOLOS VERMELHOS Distróficos, textura média, relevo plano, todos com A moderado. 7.107 ha. – 26,8%.

GX10 = HÁPLICOS E MELÂNICOS, A chernozênico e proeminente textura argilosa + complexo de (NEOSSOLOS FLÚLVICOS + CAMBISSOLOS HÁPLICOS + PLANOSSOLOS + PLINTOSSOLOS, todos de textura indiscriminada), todos Eutróficos e Distróficos Tb (argila de atividade baixa), relevo de várzea. 381 ha – 1,4%.

LV45 = Distróficos, A moderado, textura média, relevo plano e suave ondulado. 14.649 ha – 55,2%.

Tipos de Solos Tipos de Solos

12% PVA 1 5% PVA 9

PVA 10 55% 27% GX 10

LV 45 1%

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Pluviometria: O índice pluviométrico anual – média de 10 anos de registros – situa-se ao redor de 1.315 milímetros de chuva, concentrando-se nos meses de novembro a abril, com período de seca de maio a outubro. Este regime pluviométrico permite a exploração da maioria das culturas de clima tropical, incluindo as pastagens. Devido à ocorrência de períodos com deficiência hídrica e até de veranicos, fenômeno climático comum no município, para minimizar os riscos de perdas recomenda-se que os produtores se planegem através do uso de sistemas de irrigação.

Precipitação pluvial média mensal nos últimos 10 anos – NOVA INDEPENDÊNCIA –SP

Precipitação pluvial média mensal últimos 10 anos

250 234,5 200 192,8 166,7 150 153 133,8 mm 100 92,1 89,2 72 61,2 50 51,7 42,1 26,1 0 JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. Mês

Fonte: http://www.pedraagroindustrial.com.br/precipitacao.php?idemp=31.

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Temperatura: Tabela 03- Temperatura do ar

TEMPERATURA DO AR (ºC) MÊS mínima média máxima média média

JAN 20.5 32.3 26.4

FEV 20.7 32.5 26.6

MAR 20.1 32.3 26.2

ABR 17.5 31.0 24.3

MAI 14.9 29.2 22.0

JUN 13.7 28.1 20.9

JUL 13.1 28.5 20.8

AGO 14.7 31.2 23.0

SET 16.9 32.1 24.5

OUT 18.4 32.4 25.4

NOV 19.1 32.4 25.7

DEZ 20.1 32.0 26.1

Temperaturas Extremas

Min 13.1 28.1 20.8

Max 20.7 32.5 26.6 FONTE: www.cpa.unicamp.br

Hidrografia: Tem o Rio Aguapeí como divisor entre o município de Nova Independência e os municípios de São João do Pau D´Alho e Monte Castelo com extensão de 47.108 metros, com três afluentes que perfazem uma extensão 9.818,0 metros.

Os córregos principais do município são: 1-Córrego Independência I: Com extensão de 20.555 metros e com 12 afluentes com 29.758,6 metros, totalizando 50.313,6 metros, encontra-se assoreado em grande parte de sua extensão, ocupado com taboa e desprovido em quase toda sua extensão de matas ciliares.

2-Córrego XV de Novembro: Com extensão de 8.097 metros formado por 8 afluentes que perfazem 11.869 metros. Encontra-se assoreado em algumas áreas próximas da zona urbana, ocupado com taboa e desprovido em alguns pontos de mata ciliar. Esse córrego ainda é utilizado por alguns produtores para a dessedentação dos

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animais, contribuindo para o seu assoreamento.

3-Córrego Santa Josefa : Com 5.215,3 metros de extensão, possui pontos de assoreamento e algumas áreas desprovidas de matas ciliares.

4-Córrego Volta Grande: Com extensão de 23.375 metros, com 8 afluentes que somam 10.791,6 metros, totalizando 34.166,6 metros, possui pontos de assoreamento e algumas áreas desprovidas de matas ciliares. Com relação aos recursos hídricos a Bacia Hidrográfica acha-se próxima do estado crítico, pois a demanda de água superficial para os diversos usos supera em aproximadamente 40% da vazão mínima disponível. As águas subterrâneas têm potencial para uso doméstico e industrial, atendem aos padrões de potabilidade e apresentam índices bons para abastecimento público, indústrias e irrigação. Estes córregos formam sete microbacias que convergem suas águas para o Rio Aguapeí.

Vide anexo 3 – Mapa Hidrografia do Município

Bacia hidrográfica: UGRHI Área (Km²) População(Hab.) Nº Municípios Classificação Geomorfologia Aqüífero 20 13.069 438.283 32 Agropecuária Planalto Ocidental Fonte: DAEE

Unidade de Gerenciamento do Rio Aguapeí (UGRHI 20) Esta Unidade, cuja área de drenagem é de 12.011 Km2, limita-se ao Norte com a Bacia do Rio Tietê, a Oeste com o Estado do Mato Grosso do Sul, tendo como divisa o Rio Paraná , a Leste seu limite é a Serra dos Agudos e ao Sul encontra-se a Bacia do Rio do Peixe. É formada pelo Rio Feio (ou Aguapeí), que nasce a uma altitude de 600 metros, entre as cidades de Gália e Presidente Alves, e pelo Rio Tibiriçá, que nasce a uma altitude de 480 metros, junto à cidade de Garça. A Bacia possui extensão aproximada de 420 km até sua foz no Rio Paraná, a uma altitude de 260 metros, entre o Porto Labirinto e o Porto Independência. Em sua área contam-se 32 Municípios, que são: Arco Íris, Álvaro de Carvalho, Clementina, Dracena, , Garça, Getulina, Guaimbê, Herculândia, Iacri, Júlio Mesquita, Lucélia,

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Luisiania, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Nova Independência, Pacaembu, Panorama, Parapuã, Paulicéia, , Pompéia, Queiroz, Quintana, Rinópolis, Salmourão, Santa Mercedes, Santópolis do Aguapei, São João do Pau D’Alho, Tupã, Tupi Paulista e Vera Cruz. FONTE: Comitê de Bacia hidrográfica Aguapei/Peixe

Pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Aguapeí e faz parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Aguapeí - Peixe, classificada como importante região agropecuária do Estado de São Paulo.

Vide Anexo 04 – Mapa das Microbacias do Município Malha viária municipal:

EXTENSÃO (km) ESTADO DE CONSERVAÇÃO/ ESTRADA/CÓDIGO NÃO PONTOS CRÍTICOS PAVIMENTADA PAVIMENTADA SP 563 – Rodovia Euclides de Oliveira Bom estado de conservação. 16,40 Figueiredo Via Acesso Bom estado de conservação 3,40 Estrada encaixada, com pontos de areão, erosão e atoleiros. Apresenta uma ponte em NIN 010 6,00 estado crítico. Possui 2,5 km com intervenção do Programa Melhor Caminho. NIN 020 Bom estado de conservação 9,70 Possui 4,5 km com intervenção NIN 030 do Programa Melhor Caminho. 12,30 Bom estado de conservação. NIN 040 Regular estado de conservação 6,99 Regular estado de conservação, com pontos de erosão e NIN 110 atoleiros, possui um ponto de 16,40 passagem de água sobre a estrada NIN 160 Regular estado de conservação 2,7 Possui 1,6 km com intervenção do NIN 230 Programa Melhor Caminho, 4,80 regular estado de conservação,

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possui pontos de erosão e atoleiros

Regular estado de conservação, NIN 263 possui pontos de erosão e 6,00 atoleiros Possui 500 metros com NIN 255 intervenção do Programa 2,30 Melhor Caminho Regular estado de conservação. NIN 268 Possui pontos de erosão 3,00

NIN 273 Regular estado de conservação 0,85

NIN 275 Regular estado de conservação 0,70 Possui 1,5 km com intervenção NIN 278 Melhor Caminho, regular estado 2,30 de conservação Possui 1,6 Km com intervenção NIN 281 do Programa Melhor Caminho, 2,10 regular estado de conservação Possui 1,4 Km com intervenção NIN 283 do Programa Melhor Caminho, 2,00 regular estado de conservação Regular estado de conservação NIN 285 possui pontos de atoleiros, 1,00 erosões Possui 1,7 Km com intervenção NIN 310 Melhore Caminho, Regular 2,30 estado de conservação NIN 315 Regular estado de conservação 3,5 Regular estado de conservação NIN 335 possui pontos de erosão, 9,70 atoleiro Regular estado de conservação NIN 371 possui pontos de atoleiros, 5,48 erosões. NIN 374 Regular estado de conservação 1,00 Regular estado de conservação possui pontos de atoleiros, NIN 382 2,40 erosões, areões, em época de chuva possui ponto de

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passagem de água sobre a estrada. NIN 385 Regular estado de conservação 1,00 Possui 2,5 Km com intervenção NIN 310 Melhor Caminho. Bom estado 2,30 de conservação. NIN 355 Regular estado de conservação 4,45

TOTAL 36,49 93,58

Mapas (anexos): -Do Estado com a localização do município; -Pedológico (solos); -Hidrografia (nascentes, riachos, córregos, ribeirões, rios); -Das Microbacias Hidrográficas; -Viário (estradas)

1.3 Dados Socioculturais População rural:

A população rural é de 630 habitantes para um total de 244 propriedades, sendo que 211 são classificadas como unidades familiares, o que representa 83,1% do total das unidades de produção. Entretanto muitos produtores residem na área urbana ou em outros municípios.

A agricultura do município foi marcada por intenso êxodo rural após 1960, o que ocasionou grandes problemas urbanos, principalmente, saneamento básico, moradia e emprego.

Quanto à composição da população rural, observamos uma prevalência de pessoas mais velhas em relação as mais jovens, pois estes continuam migrando da área rural para a urbana em busca de melhores oportunidades. O

Os proprietários na grande maioria são descendentes de imigrantes europeus e mais recentemente no assentamento, onde a origem é variada.

Fontes: IBGE, 2010/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – Projeto Lupa – 2008

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Acesso da População Rural a Serviços Básicos: Assistência Técnica e Extensão Rural: Os serviços de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) são executados pelos seguintes órgãos: -Casa da Agricultura de Nova Independência: Possui 3 (três) funcionários, sendo 1 (um) Eng° Agrônomo do quadro da SAA, 1 (um) Eng° Agrônomo ,1 (um) Médico Veterinário e 1 (uma) Secretária, conveniados. O público atendido é representado por produtores rurais do município, pequenos, médios e grandes, sejam de forma individual ou grupal, formais (associações) ou informais. São realizados atendimentos de extensão rural na forma de consultas, visitas de orientação, cursos, palestras, excursões, levantamentos, reuniões, fornecimento de declarações, planos e projetos.

-Departamento Agrícola Municipal: O Departamento Agrícola é composto de 2 (dois) funcionários, sendo 1 (um) Tratorista e 1 (um) Diretor do Departamento. Presta serviços de mecanização agrícola mediante pagamento de taxas (hora- máquina) pelos usuários. Possui viveiro de mudas ornamentais, essências nativas e de importância econômica, com capacidade para produzir até 30 mil mudas por ano, para serem disponibilizadas aos produtores rurais do município.

-Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA): Órgão regional localizado na cidade de Andradina. Realiza trabalhos referentes à implementação da política de reforma agrária e o reordena mento fundiário, contribuindo assim para o desenvolvimento rural sustentável dos assentamentos.

Crédito rural e microcrédito: O município conta com poucas agências bancárias locais e os projetos de financiamento para custeio ou investimento como FEAP e PRONAF são encaminhados para unidades bancárias de cidades vizinhas.

-Banco Santander : Não falta crédito, porém atende preferencialmente médios e pequenos produtores; os recursos obrigatórios do Banco Central (Bacen) são aplicados somente para custeio com montantes acima de R$ 50 mil e o crédito para investimento somente com recurso federal.

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-Banco do Povo Paulista: O Banco do Povo Paulista é um programa de microcrédito produtivo desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo desde 1998, executado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho em parceria com as prefeituras. Tem como objetivo promover geração de emprego e renda, por meio da concessão de microcrédito para o desenvolvimento de pequenos empreendimentos, se destina a empreendedores, formais ou informais, cooperativas ou formas associativas de produção ou trabalho.

Escolas do município 1. ENSINO INFANTIL 1.1- Creche Municipal Sueli Gianotto Joanini NÍVEL DE ATENDIMENTO Nº DE CLASSES Nº DE ALUNOS Berçário I / Integral 1 08 Berçário II / Integral 1 12 Maternal I / Integral 1 17 Maternal II / Integral 2 28 Maternal II / Tarde 1 17 Sub - Total 6 82 2. ENSINO FUNDAMENTAL 2.1- EMEF Gildo Pereira- Municipal NÍVEL DE ATENDIMENTO Nº DE CLASSES Nº DE ALUNOS 1º ano 3 47 2º ano 3 72 3º ano 4 61 4º ano 3 35 5º ano 3 32 6º ano 3 57 7º ano 2 40 8º ano 3 59 9° ano 3 58 Sub-Total 27 461 3. ENSINO MÉDIO 3.1- EE Zilda Prado Paulovich - Estadual NÍVEL DE ATENDIMENTO Nº DE CLASSES Nº DE ALUNOS 1º colegial 2 65

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2º colegial 2 66 3º colegial 2 54 EJA 1 30 Sub-Total 7 215 TOTAL GERAL 40 758 Fonte:- Prefeitura Municipal – Setor de Educação – 2015.

Saúde: No município o acesso público da população rural e urbana aos serviços de saúde é feito no Posto de Saúde (UBS 2) que atende pelo SUS. Os casos de internações são encaminhados para hospitais de outros municípios. Na Unidade Básica de Saúde Lenir Spazzapan de Alencar são realizados vários programas de saúde como: - PSF (Programa Saúde da Família) PSF – Qualis; - ESF (Estratégia Saúde da Família) -Atendimento médico (demanda livre); -Saúde da mulher: Pré-Natal (Ultra Som), Planejamento Familiar, Prevenção do câncer de colo de útero e da mama, imunização, prevenção de DSTs, consulta com o médico Ginecologista/ Obstetra; -Saúde da Criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, exame do pezinho e suplementação de ferro; -Hiperdia: acompanhamento do paciente hipertenso e diabético; -Saúde do idoso: acompanhamento da pessoa idosa (acima de 60 anos de idade); -Saúde mental: atendimento médico exclusivo a população rural todas as quartas-feiras à tarde (13:00hs às 15:00hs); -Atendimento médico e “dispensação” de medicamento (Hiperdia): na zona rural (o postinho do Bairro do Assentamento da Fazenda Primavera) a cada 3(três) meses -Imunização em campanha de vacinação na zona rural: equipe volante que se desloca em campanha nacional de vacinação -Saúde do homem as quintas-feiras (12:00 às 15:00) -Transporte de pacientes: agendado para outras unidades de saúde; -Coleta de exames (fezes, urina e sangue); Outros exames ocorrem conforme rotina da unidade de saúde e vagas disponíveis nos ambulatórios de referências; -Visitas domiciliares: diariamente por agentes comunitárias e visitas mensais feitas por médico e enfermeira a pacientes hipertensos e diabéticos na zona rural; -Saúde Bucal: são reservadas 7(sete) vagas toda quinta-feira á população da zona rural;

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-Dispensário de Medicação: de segunda a sexta feira (manhã e tarde); -Atendimento com a fonoaudióloga: consulta com agendamento antecipado. -Realização, quando necessário, de curativos e administração de medicamento no domicilio; -Atendimento com psicóloga, com consulta por agendamento antecipado; -Atendimento de Urgência e Emergência; -Atendimento com fisioterapeuta: de segunda a sexta-feira até as 20:00 horas, sendo Terça e Sexta atendimento domiciliar rural e urbano se necessário ; -Atendimento com assistente social; -Atendimento com Nutricionista Todos os dias. -Controle de Zoonoses: Apesar do município não dispor de uma estrutura física para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), a população urbana e rural é atendida com Vacinação anti- rábica dos animais domésticos (Cães e Gatos) e o controle da Leishmaniose realizado somente na zona urbana com coleta de materiais (sangue), esses trabalhos são feitos casa a casa.

Departamento de Assistência Social: Programas desenvolvidos pelo Departamento de Assistência Social:

PROGRAMA QUANTIDADE BENEFICIÁRIO Ação Jovem 178 Renda cidadã 163 Bolsa Família 180 Espaço Amigo 30 Viva – Leite: Idoso 130 Viva – Leite: Criança 216

Fonte: Departamento de Assistência Social da Prefeitura Municipal/2015.

Segurança: O efetivo da Polícia Militar é composto por 3 (três) soldados, 5 (cinco) cabos e 1 (um) Subtenente que dispõe de 2 (duas) viaturas para a realização de rondas. Na zona rural a segurança é realizada pela Polícia Militar (feitas por setor) e Polícia Militar Ambiental, principalmente mediante denúncia. Os tipos mais freqüentes de problemas encontrados são: furto de gado, máquinas e equipamentos e defensivos agrícolas. Nos casos registrados de furtos são feitos boletins de ocorrências junto a Polícia Civil para investigação. Fonte: 1º GP/PM do 1ª Companhia do 28º Batalhão da PM de Andradina

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Transporte: O principal meio de transporte de produtos nas propriedades é a carroça de tração animal. Alguns produtores dispõem de veículos próprios e motocicleta para o transporte pessoal e leite até os tanques de expansão. O transporte da população para outras cidades é realizado através de ônibus de empresa privada que atende em diversos horários e das tradicionais “caronas”.

Saneamento: Os efluentes gerados na zona rural de origem doméstica são depositados em fossas “negras” e os dejetos produzidos pelos animais são lançados a céu aberto, que contribuem enormemente para a contaminação do solo e lençol freático. Nas áreas trabalhadas, atendidas pelo Programa de Microbacias, foram implantadas 9 (nove) fossas sépticas biodigestoras (modelo Embrapa). Na maioria das propriedades, o lixo doméstico produzido é depositado em buracos e queimado. Quando o proprietário reside na cidade e tem contato freqüente com a propriedade, o lixo é destinado em lixeiras comunitárias.

Abastecimento de água: No meio rural o abastecimento de água destinada aos moradores e animais é feito principalmente através de poços tipo cisterna e em menor escala por semi-artesianos sem qualquer tipo de tratamento. A água para os animais em algumas propriedades é oriunda de córregos e açudes. O Programa de Microbacias Hidrográficas proporcionou a implantação de 14 abastecedouros comunitários beneficiando 110 famílias. O INCRA, na área do Assentamento Pousada Alegre realizou perfurações de 3 (três) poços semi-artesianos, além de outros particulares.

Energia elétrica: Segundo LUPA 2007-2008, 205 propriedades dispõem de energia elétrica o que representa 84% do total de unidades. As propriedades recém demarcadas para fins de reforma agrária são as que ainda não possuem energia elétrica. O Programa “Luz para Todos” facilitou o acesso a este importante bem de consumo. Cabe destacar que a qualidade do serviço deixa a desejar vez que ocorrem interrupções freqüentes e grande oscilação na voltagem, comprometendo a utilização de equipamentos

Meios de Comunicação: O principal é a telefonia móvel (celulares), porém ocorre a telefonia fixa em poucas propriedades. O município dispõe de acesso à internet. Meio de comunicação muito utilizado é

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através de radio de estações localizadas em municípios vizinhos e televisão. Na cidade há um posto de Correios e Telégrafos (ECT) disponível para a população.

Cultura: Há uma biblioteca municipal com 7.363 exemplares catalogados no acervo, com temas informativos em geral, literatura para adultos, literatura infanto-juvenil e livros de referencias, onde a população rural tem acesso. Em 2013, ocorreram 90 pesquisas aos mais variados assuntos. Neste local existe acesso gratuito para a população à rede mundial de informações, “Acessa São Paulo” (Governo Estadual), Inclusão Digital (Governo Federal) e Municipal com um total de 7 computadores disponíveis. As principais festas culturais no município são: Nosso Senhor do Bonfim realizado em 06 de agosto e no dia 21 de março comemora-se a Emancipação Política do Município. Há um recinto para realização de tradicional festa de peão, realizada no mês de agosto.

Fonte: Biblioteca Municipal Lazer: As opções de lazer no meio rural são as festas juninas e provas de laço realizadas com estruturas rústicas em algumas propriedades.

Organização Rural: Associação de Produtores Rurais de Nova Independência: Formalizada, com o objetivo de prestação de serviços de mecanização agrícola e comercialização de produtos dos associados. Não tem sede própria e conta atualmente com 45 produtores associados. Em sua infraestrutura há 2 (dois) tanques de resfriamento de leite. Com o intuito de diversificação da produção, geração de renda e qualificação profissional a Prefeitura Municipal está fomentando a agroindústria de suínos, com aquisição de equipamentos, instalações adequadas e capacitação aos produtores. Acreditamos que seja comercializado por ano 8580 kilogramas de embutidos de suínos, proporcionando renda bruta de aproximadamente R$ 90.000,00.

Microbacias: Existem 7 (sete) microbacias delimitadas no município das quais 2 (duas) foram priorizadas, aprovadas e trabalhadas no Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, no período de 2003 a 2008.

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1.4 Caracterização ambiental Áreas de proteção:

O município conta com uma Área de Proteção Ambiental-APA denominada Parque Estadual do Aguapeí. Fica a aproximadamente 10 quilômetros da confluência dos rios Aguapeí e Paraná. Sua área total é de 9.043,97 hectares incluindo terras nos municípios de Castilho, São João do Pau D´Alho, Nova Independência, Guaraçaí, Monte Castelo e Junqueirópolis (SP). Apresenta grandes extensões de várzeas, sendo uma região alagada durante o período chuvoso, quando as águas do rio transbordam e inundam as áreas adjacentes às margens. A situação fundiária está regularizada e as propriedades adquiridas foram doadas ao Governo do Estado. No município existe ainda 929 hectares representadas por áreas de APP, referente ao Rio Aguapeí, córregos principais e seus afluentes.

Mapa de Localização do Parque Estadual do Aguapeí

Fonte: CESP, Cartilha de Unidades de Conservação.

Impactos ambientais: Os efluentes agropecuários são lançados diretamente no solo ou amontoados a céu-aberto próximo aos currais de manejo. Não existem esterqueiros ou chorumeiras nas propriedades rurais e a prática de compostagem é pouco conhecida.

Os cadáveres dos animais são arrastados para valas ou córregos ou deixados nas próprias pastagens. Muitos produtores utilizam agrotóxicos e não há ponto de recepção das embalagens vazias no município, e é insipiente a captação deste material pelas empresas de vendas de insumos na região. Apesar de várias atividades de divulgação, existem muitos produtores que não fazem o uso do EPI (equipamento de proteção individual) e a tríplice lavagem das embalagens.

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Observa-se que a usina de açúcar e álcool do município utiliza adequadamente os agrotóxicos, faz uso rotineiro do EPI e faz descarte correto das embalagens. Entretanto, considerando o alto uso de agroquímico na cultura da cana-de-açúcar, existe o risco a médio e longo prazo de ocorrerem contaminações do meio ambiente (solo e água).

1.5 Dados agropecuários

Área total das UPAs: 26.900,4 hectares Número de UPAs: 244 Módulo Rural: 35 hectares a.Estrutura Fundiária Estrato UPAs Área total (ha) Nº % ha % 0 – 1 1 0,41 1,00 0,00 1 – 2 5 2,05 6,70 0,02 2 – 5 27 11,07 97,50 0,36 5 – 10 25 10,25 191,90 0,72 10 – 20 90 36,89 1.153,80 4,29 20 – 50 30 12,30 963,70 3,58 50 – 100 23 9,43 1.586,60 5,90 100 – 200 20 8,20 2.807,20 10,44 200 – 500 9 3,69 2.838,20 10,55 500 – 1.000 7 2,87 4.648,50 17,28 1.000 – 2.000 4 1,64 5.462,20 20,31 2.000 – 5.000 3 1,23 7.143,10 26,55 ------244 100,00 26.900,40 100,00 Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA – 2008

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Estrutura Fundiária por Estratos, Nova Independência 2008

201 250

200

150

100

29 14 Nº DE PROPRIEDADES 50

0 0 a 100ha 101-500ha mais de 500ha

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA – 2008

Estrutura Fundiária por Área Ocupada, Nova Independência 2008

64,14

70,00

60,00

50,00

40,00 20,99 30,00 14,87

PORCENTAGEM 20,00

10,00

0,00 0 a 100ha 101-500ha mais de 500ha

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA – 2008 b.Ocupação do Solo Descrição de uso do solo N° de UPAs Área (ha) % Pastagens 211 13.386,30 49,76 Cultura Temporária 100 11.720,00 43,57 Vegetação Natural 44 1.272,40 4,73 Área em descanso 2 260,50 0,97 Área Complementar 198 114,40 0,43 Vegetação de brejo e várzea 4 64,10 0,24 Cultura Perene 6 51,10 0,19 Reflorestamento 5 31,60 0,12 Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA - 2008

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Percentual de Ocupação do solo, Nova Independência - SP, 2008

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA2008 c. Principais atividades agropecuárias Principais Explorações Agrícolas Área (ha) N° UPAs Pastagens 13.380,7 212 Cana de Açúcar 10.445,8 73 Milho 1.250,6 39 Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA - 2008

Principais Explorações Pecuárias Principais Explorações Pecuárias Nº Unidade N° UPAs

Bovinocultura Corte 12.754,0 Cab. 41 Bovinocultura Mista 4.707,0 Cab. 150 Bovinocultura Leite 594,0 Cab. 5

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA - 2008

d. Participação da Agropecuária na Economia Municipal : O valor adicionado ao PIB pelo setor agropecuário do município é 20,77 milhões de reais, o que representa 14% do PIB total calculado em 146,59 milhões de reais. Observa-se, porém que o valor adicionado ao PIB pela indústria apesar de elevado (64%) incide sobre todos os produtos industrializados que são comercializados mesmo que não produzidos no município.

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Percentual de renda por setor, Nova Independência - SP 2006

14%

18%

68%

Participação da Agropecuaria Participação da Industria Fonte: Fundação SEADE,Participação 2006. dos Serviços + Administração Pública

Total do valor adicionado por setor ao PIB, Nova Independência - SP. Valor Adicionado ao PIB Total Adicionado Agropecuária Indústria Serviços (em + Município (em (em Administração milhões de milhões de milhões de Pública (em reais) reais) reais) milhões de reais) Nova Independência 20,77 25,87 83,57 146,592

Fonte: http://cod.ibge.gov.br/3VNBV

e. Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária Exploração Produção Anual Unidade Valor da produção (R$) Cana de Açúcar 780.000 Ton. 37.729.000,00 Carne 31.322,4 arrobas 2.599.759,20 Leite 1.458.000 litros 1.371.000,00

TOTAL 41.699.759,20

Fonte: http://cod.ibge.gov.br/3Q6I7

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f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivas

Fornecedores de Mão-de-obra Canais de Produto Prestadores de serviço insumos comercialização - Associação dos Produtores - Cooperativas de Nova Independência - Associações - Consumo próprio - Prefeitura Municipal - familiar Leite - Revendas de - Comércio regional - Mecanização terceirizada - contratada produtos da - Indústria e laticínios - Laticínios região - CATI - Cooperativas - Associação dos Produtores - Consumo próprio - Associações de Nova Independência - Comércio regional Olericultura - Revendas de - Prefeitura Municipal -familiar - Programas produtos da - Mecanização terceirizada Governamentais (PAA, região - CATI PNAE, PPAIS) - Associação dos Produtores - Cooperativas de Nova Independência - Associações - Intermediário - Mecanização terceirizada - familiar Carne Bovina - Revendas de - Frigoríficos da região -Transporte-terceirizado - contratada produtos da - Invernista (engorda) - Frigoríficos região - CATI - Cooperativas -Mecanização-própria e - Associação das - Associações terceirizada - contratada Usinas Cana-de-açúcar - Revendas de -Transporte-próprio e - terceirizada - Mercado Regional produtos da terceirizado - indústria. região

g. Infra-estrutura da Produção nas Propriedades Máquinas e Equipamentos Qtde. Nº UPAs Trator de Pneus 74 39 Implemento para Tração Animal 66 47 Grade niveladora 44 33 Arado comum (Bacia, Aiveca) 43 29 Desintegrador, picador, triturador 41 37 Grade aradora (tipo rome) 37 25 Semeadora/adubadora para plantio convencional 24 17 Pulverizador Tratorizado 17 12 Ordenhadora mecânica 9 9 Resfriador de leite, tanque expansão 8 8 Benfeitorias de Produção Qtde. Nº UPAs Casa de moradia habitada 249 171 Curral/mangueira 118 110 Depósito/tulha 76 68 Barracão/galpão/garagem 59 47 Balança para bovinos 6 6 Almoxarifado/oficina 3 3 Fonte:Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Projeto LUPA - 2008

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h. Infra-estrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção / Processamento / Comercialização Patrulha agrícola: A prefeitura dispõe de: 01 Trator 275 Massey Ferguson, ano 2004 02 Tratores John Deer 86 cv, 2013 01 Trator Massey Ferguson 150 cv, 2014 01 Trator Valtra 110 cv, 2007 01 Grade Niveladora 02 Grade Aradora 01 Semeadora 01 Calcareadora 01 Aiveca 01 Roçadora 03 Carretas Agrícolas com quatro rodas 01 Forrageira

Viveiros: há um viveiro municipal com 200 metros quadrados, onde se produzem mudas para reflorestamento e arborização. São produzido dentre outras como: Ipê, Goiabeira do Mato, Pitanga, Leucena, Cedro, Eucalipto, etc.

Cozinha industrial: há uma cozinha piloto com o objetivo de fornecer alimentação para todas as escolas do município. Produz atualmente 210 pães 963 refeições diárias.

Energia elétrica: a empresa que administra o fornecimento de energia para o setor rural e urbano é a Elektro.

Abastecimento de água: o abastecimento de água na área urbana provém de 03 poços semi- artesianos.

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2. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO 2.1 Análise das cadeias produtivas CADEIA PRODUTIVA 1 - Pecuária Leiteira

Aspectos econômicos:

A atividade leiteira é tradicional no município e realizada principalmente em pequenas propriedades rurais, com mão de obra familiar, sendo o leite a fonte de renda principal. Nota-se um grande desânimo dos produtores, pois encontram sérias dificuldades para se manterem na atividade devido aos preços oscilantes do produto. Os que insistem em continuar vivem em dificuldade financeira não obtendo renda suficiente para a manutenção da qualidade de vida e tecnificação da propriedade. Como não existem indicadores de custos baixos e de boas receitas que podem ser alcançadas com administração e racionalidade, permanece a idéia de que leite é um negócio duvidoso e, por isso, tecnologia nunca foi considerada prioridade para o setor leiteiro. Desta forma a pecuária leiteira no município apresenta resultados não muito diferentes da média nacional (3-4 litros por vaca/dia), baixa produção por hectare/ano, conceitos de gado de corte na atividade leiteira, principalmente com relação ao manejo e caracterização de rebanho.

Infra-estrutura e manejo: A atividade leiteira sempre foi considerada rudimentar, devido às dificuldades em incorporar tecnologia moderna ao processo de produção, portanto pode ser considerada com nível tecnológico baixo. Todavia tem-se constatado a existência de alguns produtores tecnificados participando do processo produtivo Grande parte dos produtores tem acesso à infra-estrutura de tanques para resfriamento de leite comunitário. Na grande maioria a ordenha é realizada manualmente. Poucos possuem curral com cobertura para a realização da ordenha, sendo que a maioria dos animais são ordenhados ao relento. Não são utilizados conceitos de manejo e melhoria da qualidade das pastagens e forrageiras, bem como a otimização do uso do solo, obtendo baixas taxas de lotação animal por hectare. Notam-se instalações precárias para o manejo animal como: deficiência de sombreamento, poucos bebedouros, saleiros inadequados, cercas em mal estado de conservação, pastagens dimensionadas irregularmente, dificultando a separação por categorias animais e falta de bezerreiros para recém-nascidos e animais jovens. A infra-estrutura de coleta do leite cru refrigerado melhorou muito depois da Instrução Normativa 51 (MAPA) e com a implantação de pontos de coleta em tanques resfriadores comunitários, mas a qualidade do leite ainda tem muito a melhorar, principalmente com relação à

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saúde da glândula mamária e higiene da ordenha e do ordenhador. O leite produzido é coletado por lacticínios da região em vários pontos onde estão instalados os tanques resfriadores. Muitos produtores fazem enormes percursos para levar o leite até esses pontos, e a demora nesta prática colabora para a perda da qualidade, quando associado ao manejo alimentar deficiente sem o devido balanceamento nutricional da dieta. Apesar dos esforços para a capacitação dos produtores, ainda é comum a falta de escrituração zootécnica dos animais, planejamento econômico das receitas e despesas da propriedade. O manejo sanitário é deficiente na maioria das propriedades rurais, restringindo-se apenas as vacinações obrigatórias (brucelose e tuberculose bovinas). Com relação às clostriodioses, é comum a falta de vacinação mesmo nas categorias susceptíveis. Os exames sanitários de brucelose e tuberculose são feitos principalmente quando há exigência para o acesso ás linhas de crédito (FEAP Pecuária de leite/qualidade do leite). Não existem propriedades monitoradas e certificadas pelo MAPA. Quanto ao controle de endo-ectoparasitos nota-se que não há um plano estratégico para o manejo ecológico das verminoses e artrópodes respeitando o ciclos dos parasitos, a resistência do susceptível, o ambiente, a época de aplicação das drogas, o controle biológico e químico, ficando a mercê da resistência dos parasitos aos produtos disponíveis e aos resíduos na carne e leite.

Aspecto Social: Os produtores rurais que se dedicam à pecuária leiteira são na sua maioria alfabetizados e uma pequena parte possui cursos técnicos para capacitação em agropecuária. A cadeia do leite no município é essencial, gerando empregos e outros benefícios sociais, inclusive beneficiando outros setores da economia local. Para a realidade local podemos considerar que a atividade leiteira esta restrita a agricultura familiar, onde todas as operações são realizadas com mão de obra familiar. Devido à baixa rentabilidade, observada historicamente no município a qualidade de vida das famílias fica aquém do desejado.

Aspecto Ambiental: Existem alguns produtores que ainda não se conscientizaram da importância da preservação do meio ambiente, pois possuem hábitos inadequados como a deposição dos efluentes domésticos em fossas negras e a queima de material sólido em valas. Alguns produtores colocam seus animais em área de preservação permanente - APP, contribuindo para a degradação do meio ambiente. Com a falta de bebedouros para a dessedentação dos animais ocorre a formação de erosões em sulcos, contribuindo para degradação do solo. Tem-se notado que o fator água para a produção de leite é de extrema importância e será um fator limitante no futuro para nossa região.

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CADEIA PRODUTIVA 2 - Pecuária Corte: Aspectos econômicos: A pecuária de corte no município é pouco expressiva, entretanto tem a sua contribuição na geração de renda. Os pequenos e médios pecuaristas que estão persistindo nesta atividade buscam biotecnologias para melhorar a qualidade genética do rebanho e viabilizar a produção em pequenas áreas, visto que as grandes invernadas deram lugar ao plantio de cana de açúcar.

A falta de controle zootécnico e financeiro faz com que os pecuaristas orientem-se em poucos parâmetros na tomada de decisão na venda dos animais. Relações de troca comparando o preço do boi gordo com o preço de animais para reposição e/ou insumos tem suas limitações, pois o aumento do custo dos demais insumos (vacinas, ração, mão-de-obra, etc.) onde os produtores não levam em consideração os custos dos insumos, porém afeta o custo da arroba produzida. Dessa forma, a própria melhoria tecnológica da produção, com conseqüente redução de custos totais, deveria alterar a “regra” de comercialização dos pecuaristas.

Infra-estrutura e manejo: Com a diminuição das áreas de pastagem e o avanço da cultura da cana de açúcar, parte das propriedades rurais tiveram que melhorar sua infra-estrutura para a implantação das biotecnologias como a Inseminação Artificial e IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), visando assim o aumento dos índices zootécnicos do gado de corte. Mas em grande parte das propriedades predomina a monta natural, com utilização de animais sem comprovação zootécnica, contribuindo assim para o atraso no melhoramento genético. A infraestrutura nas propriedades sofreu uma reestruturação, muitas utilizavam instalações rudimentares (apenas seringa de vacinação), porém com a necessidade de implantação das biotecnologias os currais, seringas e troncos de contenção tiveram que ser readequados para melhorar o manejo e conforto animal. As áreas de pastagens remanescentes estão sendo melhor utilizadas, principalmente através da utilização do sistema de piqueteamentos e adubação do solo, elevando a capacidade de suporte.

É notável a grande deficiência no planejamento das fazendas, principalmente quanto ao preparo de alimentação para a época das secas, ou suplementação com proteinados de inverno para o aproveitamento das “macegas” pobres em proteínas, ocorrendo problemas com perda de peso dos animais. O manejo sanitário é deficiente em 80% das propriedades, sendo praticadas somente as vacinações obrigatórias (Aftosa e Brucelose), e poucos produtores se preocupam com as Clostridioses (carbúnculo sintomático), botulismo e tétano, levando a grandes perdas animais.

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O controle de endo-ectoparasitas na maioria das propriedades não segue um calendário sanitário que conheça o ciclo do parasito no ambiente e no animal, suas formas de resistência, imunidade e faixa etária do hospedeiro, controle químico ou biológico e o manejo estratégico dos princípios ativos disponíveis no mercado. Grande parte dos pecuaristas trabalha com o ciclo completo, produzindo bezerros para recria que serão posteriormente destinados à engorda ou venda após o desmame.

Índices zootécnicos médios do rebanho brasileiro em diversos sistemas de produção.

Índices Valores médios Natalidade 60% Mortalidade até a desmama 6% Idade a primeira cria 3-4 anos Intervalo entre partos 18 meses Idade ao abate 3 anos Lotação 0,8 a 1,2 cab/ha. Produção @/ha./ano 5 @ Peso da carcaça 220 kg Taxa de desfrute 16-20% Fonte: Adaptado de Zimer e Euclides Filho, 1997

Aspectos Sociais: Com a exigência do mercado internacional houve a necessidade de tecnificação da mão de obra do setor.

Uma vez que as áreas de pastagens vêm sendo cedidas para a lavoura da cana-de-açúcar, o progresso tecnológico mais intensivo deve estar ocorrendo em aspectos referentes à nutrição animal e de plantas (adubação de pastos). Assim, à medida que muitos produtores/criadores saíram da atividade, permitindo a implantação de canaviais em seus pastos, outros intensificaram a atividade pecuária, aumentando a capacidade de suporte de suas pastagens e os índices zootécnicos.

No município a cadeia está restrita ao setor primário, consequentemente, pelas suas características contribui muito pouco para a geração de emprego. Entretanto trata-se de uma cadeia capaz de gerar razoáveis receitas.

Aspectos Ambientais: Fundamentalmente, na pecuária de corte no município, as questões ambientais estão intimamente ligadas ao uso e manejo da pastagem. Pastagens degradadas, com pouca cobertura

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vegetal, presença de erosão hídrica, baixa fertilidade, contribuem decisivamente na degradação ambiental.

Numa escala menor, sem maior importância, o manejo dos dejetos animais também contribui de alguma forma para afetar negativamente o meio ambiente.

CADEIA PRODUTIVA 3 - Cana-de-açúcar Aspectos econômicos: Antes da vinda da usina, o município obtinha a maioria do recurso vindo do Governo e muito pouco se tinha com a arrecadação de impostos gerado no município, havia desemprego, levando os trabalhadores buscarem empregos fora do município.

Com a implantação de uma indústria no município houve uma mudança positiva no município e nos municípios vizinhos, pois a procura por mão de obra foi muito grande levando a indústria buscar mão de obra nos município vizinho.

Considerando todos os produtos gerados pela indústria sucroalcooleira, como etanol, açúcar e mais recentemente a co-geração de energia elétrica, este setor representa para o município na atualidade, a maior e principal fonte de receita e geração de empregos.

Os resíduos da produção sucroalcooleira, tais como: palhada, ponteiros de cana e o vinhoto também apresentam valor econômico. A palhada e os ponteiros no enriquecimento da matéria orgânica do solo e o vinhoto no fornecimento de determinados minerais fertilizantes, com a ressalva de que o seu uso continuado poderá causar prejuízos ambientais.

Cabe informar que a cana-de-açúcar é explorada nas seguintes modalidades: Usina cultiva em terras próprias; usina cultiva em terras arrendadas de terceiros; fornecedores cultivam em terras próprias e fornecedores cultivam em terras arrendadas de terceiros.

Infra-estrutura: O nível tecnológico nas lavouras de cana do município pode ser considerado alto vez que a grande maioria dos produtores fazem uso de insumos modernos, solos tecnicamente bem manejados, seleção de glebas e de variedades melhoradas, plantio realizado de tal forma a assegurar o maior numero de gemas por metro linear, planejamentos dos talhões levando em conta as variedades de ciclos precoce, médio e tardio. Para isso dispõem de maquinários adequados incluindo as colheitadeiras, visto que 100% da área cultivada é colhida mecanicamente.

Em relação às estradas rurais as usinas contribuem de forma significativa para as suas manutenções, pois é de seus interesses mantê-las em boas condições de trafego para viabilizar o escoamento da produção.

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Essa manutenção traz grande beneficio para o município, porém pode trazer conseqüências negativas a médio e longo prazo, pois os serviços realizados nem sempre atendem os princípios de adequação das estradas rurais.

Aspectos Sociais: Os benefícios sociais alcançam todos os elos da cadeia produtiva do etanol desde os trabalhadores que realizam o plantio da cana, passando pelos usineiros, pelas vilas de trabalhadores, pelos fornecedores, pelas empresas comerciais distribuidoras de energia, fornecedores de equipamentos, empresas de serviço de manutenção e operação, empresas de engenharia, pequenos proprietários de terra, até chegar ao consumidor final representante da sociedade.

Os trabalhadores das usinas de cana geralmente são pessoas que vieram de outros estados e, também, de outras regiões à procura de melhores condições de trabalho e de vida.

Aspectos Ambientais: Tendo em vista que no atual modelo de produção, não ocorre à queima da palha, a poluição ambiental decorrente desta prática é quase nula.

Também vale ressaltar a importância da co-geração de energia elétrica visto que contribui para o abastecimento elétrico, minimizando a necessidade de construção de novas usinas hidrelétricas, dentre outras.

Outro fator positivo é a tecnologia adotada na conservação do solo, onde a combinação do tipo de cultura aliado as práticas conservacionistas (Terraceamento), praticamente elimina o risco de erosões, aspecto este muito importante porque impede o assoreamento de mananciais e contribui para a manutenção da fertilidade do solo.

Com relação ao uso de agrotóxicos, indispensáveis para o manejo da cultura, apesar do provável uso correto por parte dos produtores, resta a preocupação com os efeitos cumulativos ao longo do tempo.

CADEIA PRODUTIVA 4 - Olericultura

Aspectos Econômicos:

A olericultura é praticada em nosso município predominantemente em pequenas propriedades rurais, empregando-se substancialmente da mão de obra familiar. Para maior parte dos produtores representam uma renda marginal de outras atividades como a pecuária leiteira. Em geral, os produtores ligados diretamente nessa atividade não praticam esta atividade em ambiente

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protegido, não conseguindo manter uma produtividade regular no transcorrer do ano, isso ocasionando uma baixa rentabilidade para esta cadeia produtiva. Ainda percebe-se a ocorrência de hortas domésticas, em escolas e em outras instituições beneficentes destinando-se ao consumo próprio destas instituições.

Infra-estrutura e manejo:

No geral, esta atividade é desenvolvida sem a utilização de técnicas e infraestrutura moderna, como a utilização de ambiente protegido (estufas), isso constituindo num grande entrave para aumentar a escala produtiva e estender o período de colheita. Apesar da recente execução de serviços de manutenção das estradas rurais do município, ainda há trechos onde o tráfego é muito prejudicado, principalmente no período chuvoso, dificultando o escoamento da produção de alguns produtores.

Aspectos Ambientais:

Como esta atividade e praticada em pequenas áreas, dificilmente é observado os problemas relativos à conservação do solo e da água.

Aspectos Sociais:

Os produtores rurais que se dedicam a olericultura são em sua maioria alfabetizados, porém poucos têm algum tipo de formação técnica específica para esta atividade.

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Aspectos Econômicos, Infraestrutura, Sociais e Ambientais:

Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças  Produtores organizados;  Logística, pesquisa e  Capacidade de  Irregularidade na oferta durante o ano,  Renda mensal; desenvolvimento do setor; pagamento das dividas;  Desconhece a origem dos insumos,  Grande número de  Marketing,  Baixa qualidade genética  Importação do produto produtores na atividade;  Organização Rural do rebanho;  Venda e compra conjunta;  Agregação de valor ao  Nutrição do rebanho;  Local para armazenagem produto,  Índices zootécnicos LEITE em tanques de  Crédito rural; abaixo do desejado; resfriamento;  Legislação vigente  Gestão ineficiente dos  Mercado garantido;  Aumento da rentabilidade. negócios;  Assistência técnica  Perda do valor por falta de qualidade  Falta atendimento bancário no município Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças  Renda mensal;  Logística, pesquisa e  Gestão ineficiente dos  Irregularidade na oferta durante o ano,  Venda e compra conjunta; desenvolvimento do setor; negócios;  Falta atendimento bancário no município,  Assistência técnica;  Marketing,  Falha no planejamento  Desconhece a origem dos insumos,  Possibilidade de  Organização Rural da produção;  Problemas climáticos, falta d´água; desenvolvimento em  Agregação de valor ao  Produtores pequenas áreas; produto, desorganizados; OLERICULTURA  Crédito rural;  Falta atendimento  Legislação vigente bancário no município;  Aumento da rentabilidade.  Políticas Públicas de incentivo (PAA, PPAIS, PNAE)

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Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças  Disponibilidade de área  Organização rural;  Falta de organização do  Abate clandestino de animais, para a atividade;  Aumento da setor  Falta ponto vendas de insumos no  Mercado garantido; produtividade;  Manejo sanitário deficiente; município;  Baixo nível de risco;  Aptidão climática para a  Desconhecimento da  Arrendamento para cana de açúcar;  Pouca necessidade de mão atividade existência de órgão de  Altos preços dos insumos; de obra;  Logística, pesquisa e pesquisa na região;  Estradas mal conservadas; desenvolvimento do  Desconhecimento das Leis  Exigência de muitas garantias nas linhas de setor; Ambientais; crédito;  Marketing,  Baixa qualidade genética  Rigor das Leis Ambientais; CARNE BOVINA do rebanho;  Falta de infraestrutura de mecanização  Nutrição do rebanho; publica  Índices zootécnicos abaixo  Risco de “calotes” por parte dos frigoríficos do desejado;  Desconhecimento dos custos efetivos do produto;  Perda do valor por falta de qualidade  Gestão ineficiente dos negócios

38 Pontos Positivos Pontos Negativos Cadeia Produtiva Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças  Alto nível de tecnologia  Geração de renda na  Comercialização dependente  Altos preços dos insumos; de produção; pequena e média de poucos compradores  Impactos ambientais desconhecidos;  Conhecimento do propriedade;  Produtividade abaixo do  Monopólio do setor agroindustrial ; mercado;  Demanda crescente do desejável;  Dependência do mercado internacional  Rentabilidade mercado nacional e  Falta de concorrência para  Existência de comprador internacional adquirir a produção  Facilidades decorrentes  Existência de órgão da tradição da atividade público de pesquisa na CANA DE AÇUCAR na região; região  Área disponível e apropriada para a atividade;  Organização do setor  Possibilidade de aumentar os índices de produtividade

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2.2 Análise geral do município:

ECONÔMICO: Os setores que mais contribuem para o PIB municipal são indústria (produtos industrializados produzidos ou não e comercializados no município) e o setor agropecuário. A participação da agricultura no PIB é vital para a economia municipal, conforme demonstrado no quadro abaixo.

Participação da agricultura no produto interno bruto (PIB)

Indicador ÍNDICE/UNIDADE VALOR PIB municipal Milhões de R$ 146.592 PIB per capta Mil de R$ 45.525,46 % do valor destinado a Agricultura % 14,17 Participação no PIB Estadual % 0,01 Fonte: http://cod.ibge.gov.br/ZEH

SOCIAL: Um grande número de produtores familiares não obtém renda superior a dois salários mínimos por mês, mesmo diversificando culturas para agregar valor na renda da família, sendo que muitos deles buscam renda adicional através de serviços na usina deixando a propriedade nas mãos das suas mulheres e filhos.

Indicador de desenvolvimento social

Indicador Índice VALOR IFDM 0 a 1 0,6880 IDH % 0.735 Fonte: IBGE 2013 Educação: Os recursos disponibilizados ao setor são satisfatórios, conclui-se que as ações atualmente desenvolvidas atendem as necessidades dos munícipes de um modo geral.

Índice de desenvolvimento educacional

Indicador Índice/unidade VALOR Taxa de Alfabetização % 0.8599 Educação 0 a 1 0,8599 lPRS 0 a 100 53 Escolaridade 0 a 100 64 Fonte: IBGE 2013

Saúde:

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Os recursos disponibilizados ao setor são satisfatórios, conclui-se que as ações atualmente desenvolvidas atendem as necessidades dos munícipes de um modo geral.

Para população rural existem programas específicos, não existindo dificuldades em realizarem, exames, consultas e atendimentos em geral.

Índice de desenvolvimento na área da saúde Indicador Índice/Unidade VALOR Saúde 0 a 1 0,6747 Longevidade 0 a 100 68 Expectativa de vida ano 68 Mortalidade infantil até 1 ano (por 2008 - apenas um 1 mil): óbito. Fonte: IBGE 2013

Habitação: Com a instalação de uma usina sucroalcooleira, o município de Nova Independência teve um impacto positivo no comércio, gerando empregos para a população, mas como conseqüência trouxe a evasão da população da zona rural para a cidade gerando déficit na oferta de moradias.

Índice de Urbanização

Índice/Indicador UNIDADE VALOR Grau de Urbanização % 0.782

Segurança: Na atualidade as questões relacionadas à segurança não apresentam maiores problemas.

De acordo com as informações obtidas junto ao órgão responsável os índices de ocorrência encontram- se dentro da normalidade.

Ambiental: De um modo geral as questões ambientais são preocupantes e estão longe de serem resolvidas. Tanto na área urbana como na área rural o meio ambiente tem sido bastante agredido.

Cabe destacar que o município aderiu e está executando o Projeto “Município Verde e Azul”, da Secretaria do Meio Ambiente

Urbana: Na área urbana, os principais problemas são: -A área urbana, estando localizada a jusante de áreas rurais desprovidas de práticas conservacionistas adequadas é fortemente impactada por ocasião de chuvas fortes.

- Apesar de a coleta ser realizada diariamente não ocorre à separação dos materiais orgânicos e inorgânicos (Coleta seletiva).

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- A maioria das residências está ligada à rede pública de esgoto, entretanto existe ainda uma pequena quantidade que se utiliza de fossa negra.

Rural: Na área rural, os principais problemas são:- - Ocorrência de erosão hídrica, sem que as necessárias providências estejam sendo tomadas;

- Dificuldade na área de mecanização agrícola, pois a estrutura disponível não é suficiente para atender a demanda. Mesmo o produtor tendo interesse em realizar os serviços, é bastante difícil encontrar quem o faça, tanto no setor privado como no setor público. Não há prestadores de serviços nesta área.

- Assoreamento de nascentes e corpos d’água em função da erosão hídrica;

- Áreas de Preservação Permanentes – APPs, desprotegidas;

- Baixo índice de mata ciliar;

- Aplicação de agrotóxicos, sem os necessários cuidados;

- Baixo índice de cobertura florestal nativa;

- Falta de melhores cuidados com lixo e o esgoto doméstico;

- Dificuldades para descartar as embalagens de agrotóxicos.

Entre os itens elencados acima, julgamos o mais grave, o assoreamento das nascentes e corpos d’água.

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2.3 Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas

Cadeia Produtiva Dificuldades Causas Efeitos Ações propostas  Capacidade de  Falta de planejamento;  Inadimplência  Capacitação pagamento das dividas;  Baixa tecnologia;  Baixa produtividade  Investimento em  Baixa qualidade  Baixa disponibilidade e/ou uso melhoramento genético genética do rebanho; inadequado de alimentos;  Capacitação dos  Nutrição do rebanho;  Queda da Produtividade; produtores e técnicos em gestão da atividade  Índices zootécnicos  Baixa tecnologia; e planejamento abaixo do desejado; LEITE  Investimento em  Gestão ineficiente dos  Baixa produtividade tecnologia e/ou negócios;  Falta de Conhecimento; capacitação

 Capacitação  Perda do valor por  Insucesso na atividade falta de qualidade  Manejo e práticas incorretas

 Capacitação  Baixa rentabilidade

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Cadeia Produtiva Dificuldades Causas Efeitos Ações propostas  Gestão ineficiente do  Falta de planejamento;  Baixa produtividade  Capacitação dos negócio; produtores e técnicos  Baixa tecnologia;  Queda da Produtividade; em gestão da atividade e planejamento  Perda do valor por  Falta de Conhecimento;  Insucesso na atividade falta de qualidade; Olericultura  Manejo e práticas incorretas;  Baixa rentabilidade  Falha no planejamento da produção;  Dificuldades na execução dos trabalhos necessários  Produtores desorganizados;

Cadeia Produtiva Dificuldades Causas Efeitos Ações propostas  Na comercialização  Poucos compradores  Manipulação dos preços  Organização dos caracterizando um oligopólio pagos aos fornecedores produtores para buscar uma forma de se protegerem  Produtividade abaixo  Queda na rentabilidade do desejável;  Tecnologia Inadequada  Investimento em tecnologia CANA DE AÇÚCAR  Contribui para  Contaminação do solo e degradação do meio água ambiente  Uso intenso de agrotóxico  Controle e fiscalização pelos órgãos competentes

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Cadeia Dificuldades Causas Efeitos Ações propostas Produtiva  Falta de organização do setor  Falta de união dos produtores  Perda do poder de  Capacitação em organização negociação rural  Manejo sanitário deficiente;  Falta de conscientização  Comprometimento da  Capacitação sanidade do rebanho  Baixa qualidade genética do  Baixa tecnologia;  Desinformação sobre as  Divulgação pelos órgãos rebanho; tecnologias disponíveis públicos  Baixa disponibilidade e/ou uso  Nutrição do rebanho; inadequado de alimentos;  Autuações  Orientação

 Falta de controle  Índices zootécnicos abaixo do  Baixa produtividade  Investimento em desejado;  Manejo e práticas incorretas melhoramento genético CARNE BOVINA  Desconhecimento dos custos  Baixa rentabilidade relativa da  Queda da Produtividade  Capacitação dos produtores efetivos do produto; atividade e técnicos em gestão da atividade e planejamento  Perda do valor por falta de  Baixa produtividade  Investimento em tecnologia qualidade e/ou capacitação

 Arrendamento para cana de  Comprometimento da  Capacitação em açúcar; atividade planejamento

 Baixa rentabilidade  Capacitação

 Risco para saúde pública  Fiscalização pelos órgãos  Gastos de tempo e de competentes recursos para se locomover  Compra conjunta até Andradina  Redução da área de pastagens  Otimização da área de pastagem remanescente

 Gestão junto ao Poder Público

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2.4 Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias produtivas

Oportunidades/ Cadeia Produtiva Por que não Explora Efeitos da Exploração Ações propostas Potencialidades  Logística, pesquisa e  Falta de informação  Melhorar a rentabilidade  Divulgação/Capacitação desenvolvimento do  Falta de liderança/união  Aumento do poder de  Persistir no sentido de setor;  Falta de apoio, competitividade convencê-los a se  Organização Rural conhecimento e  Aumento da renda organizarem. Utilizar  Agregação de valor ao motivação familiar estratégias metodológicas LEITE produto,  Desconhecimento dos  Melhora a eficiência da adequadas  Assistência técnica serviços prestados e atividade/rentabilidade  Orientação e capacitação descréditos  Divulgação das políticas pública prestada.

Oportunidades/ Cadeia Produtiva Por que não Explora Efeitos da Exploração Ações propostas Potencialidades  Organização rural;  Falta de liderança/união  Melhorar a rentabilidade  Persistir no sentido de  Aumento da  Falta de conhecimento e  Melhorar a rentabilidade convencê-los a se produtividade; acomodação  Aumento do poder de organizarem. Utilizar  Logística, pesquisa e  Falta de informação competitividade estratégias metodológicas desenvolvimento do setor  Tradição do mercado  Eliminação do risco adequadas CARNE BOVINA  Venda do boi somente a  Capacitação e quebra dos vista costumes  Divulgação/Capacitação  Mobilização/União do setor

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Oportunidades/ Cadeia Produtiva Por que não Explora Efeitos da Exploração Ações propostas Potencialidades  Geração de renda na  Falta de oportunidade  Fonte de renda alternativa  Orientação pequena e média  Falta de conhecimento e  Aumento da produtividade  Divulgação propriedade; divulgação e rentabilidade  Divulgação permanente  Existência de órgão  Falta de tradição na  Aumento da produtividade público de pesquisa na atividade pela maioria dos e rentabilidade CANA DE AÇÚCAR região produtores e baixa  Possibilidade de aumentar capacidade de os índices de investimentos produtividade

Oportunidades/ Cadeia Produtiva Por que não Explora Efeitos da Exploração Ações propostas Potencialidades  Logística, pesquisa e  Falta de informação  Melhorar a rentabilidade  Divulgação/Capacitação desenvolvimento do setor;  Aumento do poder de  Organização Rural  Falta de liderança/união competitividade  Persistir no sentido de convencê-los a se organizarem. Utilizar estratégias metodológicas Olericultura adequadas

 Agregação de valor ao  Falta de apoio,  Aumento da renda  Orientação e capacitação produto, conhecimento e familiar motivação  Divulgação das políticas  Assistência técnica  Desconhecimento dos  Melhora a eficiência da pública prestada. serviços prestados e atividade/rentabilidade descréditos

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3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal:

Ordem Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas  Promover um intenso e  Produtores desorganizados, permanente trabalho

extensionista com a

finalidade de convencê-los

sobre as vantagens do

associativismo. Identificar -Prefeitura Municipal lideranças com esta -CATI/SAA 1 CADEIA PRODUTIVA DO LEITE mentalidade.

 Capacitar o produtor na

 Produtores gestão da propriedade na descapitalizados busca de melhor rentabilidade  Identificar as diferentes  Produtores necessidades e carentes de capacitação proporcionar a capacitação

 Identificar as diferentes - Prefeitura Municipal CADEIA PRODUTIVA DA  Produtores carentes de 2 necessidades e proporcionar -CATI/SAA OLERICULTURA informações/capacitações a capacitação

 Pecuaristas com dificuldades para  Reativar o Serviço de -Prefeitura Municipal 3 DEFESA AGROPECUARIA acessarem os serviços no Defesa Agropecuária na -CMDR vizinho município da Casa da Agricultura local -SAA Andradina  Falta de condições para  Disponibilizar meios -Prefeitura Municipal alunos realizarem para realizar atividades -Secretaria Estadual da atividades extra classe e extra classe em bairros Educação. 4 EDUCAÇÃO atual sistema de transporte mais populosos e aprimorar desconfortável e pouco o atual sistema de seguro. transporte. -Prefeitura Municipal  Mapear a malha viária  Trechos críticos de -CATI INFRA-ESTRUTURA MUNICIPAL DE identificando pontos críticos 5 estradas APOIO AO SETOR RURAL  Buscar políticas públicas

adequadas

6 SEGURANÇA  População rural, com baixa  Implementar ações de -Prefeitura Municipal

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densidade demográfica, tal forma a oferecer mais -Polícias Civil e Militar do sente-se insegura e segurança à população Estado de São Paulo. vulnerável às ações dos rural. marginais. População rural pouco  Promover atividades de -Casa da Agricultura conscientizada sobre a capacitação e importância da conscientização. sustentabilidade ambiental. Áreas de APPs mal  Promover um intenso e -Casa da Agricultura, manejadas e desprotegidas permanente trabalho Prefeitura Municipal e extensionista com a SMA finalidade de conscientizar e orientar os produtores interessados em mudas fornecidas pelo viveiro municipal. Trabalhar em parceria com o Projeto “Município verde e Azul” em desenvolvimento no município. 7 MEIO AMBIENTE  Os recursos naturais,  Disponibilizar máquinas -Prefeitura Municipal, Casa principalmente o solo e e equipamentos da Agricultura, SAA e MDA a água estão sendo mal adequados para a preservados execução das práticas necessárias. Trabalhar em parceria com o Projeto “Município verde e Azul” em desenvolvimento no município  Efluentes de origem  Promover um intenso e -Casa da Agricultura, PM doméstica e animal não permanente trabalho SMA estão sendo manejados extensionista com a corretamente. finalidade de orientar os produtores interessados em melhorar o manejo. Trabalhar em parceria com o Projeto “Município Verde e Azul”, da Secretaria do

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Meio Ambiente, em desenvolvimento no município  População rural com baixo  Realizar eventos e -População rural com baixo nível de conhecimentos campanhas direcionadas nível de conhecimentos sobre educação ambiental. para este tema. Trabalhar sobre educação ambiental. em parceria com o Projeto “Município Verde e Azul”, da Secretaria do Meio Ambiente, em desenvolvimento no município  Precariedade nos serviços  Identificar a demanda e -Prefeitura Municipal de comunicação telefônica as localidades carentes e Concessionárias e 8 COMUNICAÇÃO e via Internet. acionar as concessionárias Lideranças locais. destes serviços públicos no sentido de aprimorá-las.  Identificar as demandas;  Aproximação dos órgãos de  Divulgar as legislações fiscalização aos setores de pertinentes aos setores de -CDA ADEQUAR AS ATIVIDADES DE ACORDO 9 produção agropecuária produção agropecuários; -SMA COM AS LEGISLAÇÕES EM VIGOR  Promover atividades -POLICIA AMBIENTAL educativas;  Fiscalização Ambiental  Produtividade média  Demonstrar para os atual em torno de 50 produtores que esta meta é quilos equivalente possível de ser atingida. carcaça/ha/ano, pode Disponibilizar informações ser aumentada para até tecnológicas relacionadas,

70 quilos ou mais de através de atividades de

equivalente capacitação

CADEIA PRODUTIVA DA CARNE BOVINA carcaça/ha/ano para  Incentivar e criar condições -Prefeitura Municipal e Casa

dar sustentabilidade para os produtores da Agricultura

econômica ao setor. aprimorarem os índices

zootécnicos dos rebanhos

através de atividades de 10 capacitação  Incentivar e criar condições para os produtores promoverem o melhoramento genético dos rebanhos

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através de atividades de capacitação  Inexistência do Serviço de  Criar e implantar o SIM -Prefeitura Municipal 11 VIGILÂNCIA SANITÁRIA Inspeção Municipal - SIM  Produtores desorganizados,  Promover um intenso e prevalecendo o permanente trabalho individualismo. extensionista com a finalidade de convencê-los CADEIA PRODUTIVA DA CANA-DE- -Casa da Agricultura, sobre as vantagens do 12 AÇUCAR Usinas envolvidas e associativismo. Identificar Lideranças do setor. lideranças com esta mentalidade.  Produtividade média  Investimento em novas atual, 70,00 ton/ha tecnologias

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4. Planejamento da Execução 4.1 Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento Priori- Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários da de Disponibilizar Assistência Técnica visando Humanos CADEIA 2015 Prefeitura aprimorar o nível tecnológico dos produtores em - 02 Engº Agrº Produtores de PRODUTIVA DO a 01 Municipal e busca de aumento de rentabilidade na atividade. - 01 Méd. Vet. leite e suas LEITE CATI/SAA Criar um Programa Municipal de Apoio a famílias 2018 Produção Leiteira Humanos 2015 CADEIA Prefeitura - 02 Engº Agrº Criar um Programa Municipal de Apoio a a Produtores e 02 PRODUTIVA DA Municipal e - 01 Méd. Vet. Produção Olerícola. seus familiares. OLERICULTURA CATI/SAA 2018

Implementar ações de tal forma a oferecer mais 2015 Prefeitura segurança à população rural, através de uma a 04 SEGURANÇA Municipal,Polícias melhor orientação dos produtores quanto aos População rural

Civil e Militar seus deveres e obrigações e consolidação da 2018 Polícia Rural que está sendo criada pelo Estado. Perseguir o cumprimento das 10 (dez) Diretivas previstas no Projeto “Município Verde e Azul”. Realizar atividades voltadas para a conscientização da população rural sobre a Casa da importância da sustentabilidade ambiental; Agricultura, 2015 Humanos realizar ações de capacitação em ações MEIO AMBIENTE Prefeitura a - 01 Engº Agrº População de um 05 ambientais; recuperar áreas de APPs através de Municipal e - 01 Méd. Vet. modo geral. simples isolamento ou através de enriquecimento Secretaria do 2018 com espécies da flora local, no máximo de área Meio Ambiente possível; viabilizar ações voltadas para a Conservação do Solo e da Água, disponibilizando equipamentos para esta finalidade.

Disponibilizar serviços de comunicação com qualidade para a população rural, tais como:- 2015 Prefeitura Produtores Telefonia Fixa e Móvel, e acesso a Internet. a 06 COMUNICAÇÃO Municipal e Rurais e suas Identificar a demanda e as localidades carentes e Concessionárias famílias acionar as concessionárias destes serviços 2018 públicos. ADEQUAR AS Adequar o município a legislação ambiental 2015 População de um 07 CETESB/CDA ATIVIDADES DE vigente. a modo geral

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ACORDO COM Apoiar na vacinação de bezerras de 3 a 8 meses AS de idade 2018 LEGISLAÇÕES 100% de vacinação contra raiva cães e gatos da EM VIGOR zona urbana e rural

4.2 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do plano

Priori- Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários dade Disponibilizar Assistência Técnica visando 2015 Humanos Pequenos e Prefeitura CADEIA PRODUTIVA aprimorar o nível tecnológico dos produtores a - 02 Engº Agrº Médios 01 Municipal e Casa DA OLERICULTURA em busca de aumento de rentabilidade na - 01 Méd. Vet. Produtores da Agricultura atividade. 2018 Rurais 2015 VIGILÂNCIA Prefeitura Criar e implantar o Serviço de Inspeção a População de 02 SANITÁRIA Municipal Municipal - SIM um modo geral. 2018

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5. Instituições envolvidas INSTITUIÇÃO NOME CARGO ASSINATURA CATI Carlos Hajime Kawatani Diretor Técnico EDA Affonso dos Santos Marcos Diretor Técnico INCRA Ailton Sadao Moriama Diretor Ta IBGE Edson José Ferragini Lopes Polícia Militar Genivaldo Gonçalves de Lima Subtenente João Raimundo de Souza Presidente CMDR Nilson Modesto Membro Salvador Ziviani Membro Alex Moreira Engₒ.Agrônomo Casa da Agricultura de Arnaldo Hideki Terashima Engₒ.Agrônomo Nova Independência Flavio de Oliveira Crepaldi Méd. Veterinário Neusa Lopes da Costa Joanini Prefeito Evaldo Miranda Cabreira Secretário de Transporte Eder Ribeiro da Silva Contador Josiane Jakueline da Silva Secretário Geral Prefeitura Municipal Casarini Karina da Silva Modesto Coordenadora da Educação Vinicius Toshio Obana Belizário Diretor Escola Municipal Marcia Flora Procópio Matos Coordenadora da Saúde

O Prefeito Municipal e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural aprovam este plano

Nova Independência, 23 de fevereiro de 2015

Neusa Lopes da Costa Joanini Prefeito Municipal

João Raimundo de Souza Presidente do CMDR

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6. LEGENDA

APTA Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio CATI Coordenadoria de Assistência Técnica Integral CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada CESP Companhia Energética de São Paulo CODASP Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de São Paulo DST Doenças Sexualmente Transmissíveis EDA Escritório de Defesa Agropecuária EDR Escritório de Desenvolvimento Rural EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EPI Equipamento de Proteção Individual ESALQ Escola Superior de Agronomia “Luiz de Queiroz” FEAP Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista FEHIDRO Fundo Estadual de Recursos Hídricos IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH Índice de Desenvolvimento Humano IFDHM Índice FIRJAN de Desenvolvimento Humano Municipal INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária IPEA Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada IPRS Índice de Participação e Responsabilidade Social ITESP Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo LUPA Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária PEMH Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas PMDRS Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável PRONAF Programa Nacional da Agricultura Familiar SAA Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural UPA Unidade de Produção Agropecuária UTE Unidade Técnica de Engenharia

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7.Referências Bibliográficas 1.Manual Operativo Programa Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - Microbacias II “Acesso ao Mercado”. CATI/SAA, pág. 8-9; 2.Apostila Unidades de Conservação. Companhia Energética de São Paulo, pág. 1-4; Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo. LUPA 2007-2008 CATI/SAA; 3. Camargo, A. C; Ribeiro, W. M. Apostila de Manejo de Bovinos Leiteiros, EMBRAPA Pecuária Sudeste, 2008. 4.Edição Especial 25 anos de Progresso de Nova Independência, pág. 7-9

8. Elaboração e Agradecimentos

Revisado por Eng°Agr° ALEX MOREIRA – Casa da Agricultura de Nova Independência CATI/SAA Agradecimentos 2º Pelotão da Policia Ambiental de Castilho

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