Prefeitura Municipal de Pirapó Secretaria Municipal de Educação e Cultura

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2015 - 2024

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......

INTRODUÇÃO ......

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO......

ASPECTOS FÍSICOS ......

MUNICÍPIO ......

CARACTERÍSTICAS ......

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA ......

COMUNICAÇÕES ......

AGRICULTURA ......

PECUÁRIA ......

INDÚSTRIA ......

COMÉRCIO ......

SÍMBOLOS MUNICIPAIS ......

A EDUCAÇÃO ......

CONSTRUÇÃO DO PLANO MUN. DE ED. NO PROCESSO DA INCLUSÃO SOCIAL ..

NÍVEIS DE ENSINO ......

EDUCAÇÃO BÁSICA ......

EDUCAÇÃO INFANTIL ......

ENSINO FUNDAMENTAL ......

ENSINO MÉDIO......

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ......

EDUCAÇÃO ESPECIAL ......

ALFABETIZAÇÃO......

EDUCAÇÃO INTEGRAL...... 3

APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA......

ESCOLARIDADE MÉDIA......

ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO DE JOVENS E ADULTOS......

EJA INTEGRADA ......

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL......

EDUCAÇÃO SUPERIOR......

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO......

FINANCIAMENTO E GESTÃO ......

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO ......

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APRESENTAÇÃO

É com satisfação que apresentamos à comunidade de Pirapó o Plano Municipal de Educação (PME), que consiste num documento de referência do município, o qual se propõe, após a sua aprovação, a avaliar o sistema educacional, com diretrizes e metas, para orientar a política da educação nos próximos dez anos. Constitui um instrumento concreto e operacional, que serve para orientar as decisões e ações do município. Ao longo da realização do PME, desenvolveu-se uma política que deve ser definida de forma participativa, com envolvimento da comunidade escolar, de suas entidades representativas em um processo de estudos, de debates e de definições sobre o que se quer para a educação do município; o trabalho analisou evolutivamente e integradamente inúmeras dimensões da realidade, permitindo, assim, que se delineassem, com grande precisão, as características específicas de Pirapó. Apresenta, ainda, um diagnóstico da realidade do município da rede pública municipal e estadual, em todos os níveis e modalidades e, a partir desse, o estabelecimento de metas e estratégias para os próximos dez anos.

Sua construção teve como foco as seguintes discussões:  Educação Básica;  Educação Infantil;  Ensino Fundamental;  Ensino Médio;  Educação de Jovens e Adultos;  Educação Especial;  Alfabetização;  Educação Integral;  Aprendizado Adequado na Idade Certa;  Escolaridade Média;  Alfabetização e Alfabetismo de Jovens e Adultos;  EJA Integrada;  Educação Profissional;  Educação Superior;  Formação dos Professores e Valorização do Magistério;  Financiamento e Gestão.

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I - INTRODUÇÃO

A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988, pela primeira vez na história, inicia a explicitação dos fundamentos do Estado brasileiro, elencando os direitos civis, políticos e sociais dos cidadãos. Os fundamentos do Estado Democrático de Direito são: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político (art. 1º da Constituição Federal). São objetivos fundamentais da República: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º Constituição Federal). Na área de educação, estamos, enquanto cidadãos e profissionais comprometidos com o bem estar da comunidade na qual vivemos, permanentemente enfrentando situações desafiadoras. Segundo a Constituição Federal do Brasil, o direito à educação é de todos e inclui não só o direito ao acesso, mas, também, o direito à permanência, ao sucesso e à participação na gestão democrática do ensino público. Vivemos em uma época de transição na educação brasileira, novas políticas educacionais, modificações no currículo escolar, aprendizagem mediada por novas tecnologias, teorias que estão inovando o cotidiano das salas de aula, práticas que enfatizam a construção da autonomia, competências e cidadania. Portanto, a cidadania deve ser compreendida como produto de histórias vividas pelos grupos sociais, sendo, nesse processo, constituída por diferentes tipos de direitos e instituições. No entanto, discutir a cidadania hoje significa apontar a necessidade de transformação das relações sociais nas dimensões econômicas, política e cultural, para garantir a efetivação do direito de ser cidadão. Construir a cidadania como eixo da educação escolar, implica colocar-se explicitamente contra valores e práticas sociais que desrespeitem aqueles princípios, comprometendo-se com as perspectivas e decisões que os favoreçam. Isso refere-se aos valores, há conhecimentos que permitam desenvolver as capacidades necessárias para a participação social efetiva. Numa sociedade democrática, ao contrário do que ocorre nos regimes autoritários, o processo educacional não pode ser instrumento para a imposição por parte do governo, de um projeto de sociedade e de nação. Tal projeto deve resultar do próprio processo democrático, nas suas dimensões sociais amplas, envolvendo a composição de diferentes interesses e a negociação política necessária para encontrar soluções para os conflitos sociais. A tarefa de transformar nosso complexo sistema educacional exige múltiplas ações. As mais importantes são as capazes de provocar impacto significativo na qualidade.

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II – CARACTERIZAÇÃO

1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO 1.1 Inicio do Povoamento de Pirapó, Evolução e Origem da população:

“O HOMEM AO LONGO DE SUA EXISTENCIA VAI CONSTRUINDO TODO UM ENREDO QUE SE PERPETUARÁ PARA AS GERAÇÕES FUTURAS COMO FRUTO DE SUAS EXPERIENCIAS E CONQUISTAS, FAZENDO ASSIM A HISTÓRIA DA HUMANIDADE.” DALVA MARIA PERONDI DELAI

Provavelmente, em algum momento de sua vida, você já estudou ou ouviu falar nesta ciência, mas você sabe qual o significado e a importância que ela tem para a humanidade? HISTÓRIA: “É A CIÊNCIA QUE NOS PERMITE CONHECER O NOSSO PASSADO, ENTENDER BEM O NOSSO PRESENTE, PARA TRANSFORMÁ-LO EM UM FUTURO MELHOR”. Para a história não basta conhecer apenas um fato histórico, devemos saber interpretá-lo, verificando a importância que ela possui na vida de um povo. Dessa forma, leva-se em consideração qual o fato histórico a ser estudado (conhecer o fato), onde ocorreu: continente, pais, estado, cidade (localizá-lo no espaço), quando ocorreu: século, ano, mês, dia (localizá-lo no tempo) e saber qual seu significado e importância para a história (interpretar o fato). FONTES HISTÓRICAS: O historiador trabalha como um detetive que precisa, através de testemunhos orais e materiais, remontar uma cena na qual ele não participou. Chamamos de Fontes históricas os testemunhos materiais encontrados pelos historiadores.  VESTÍGIOS  A SUA HISTÓRIA  Você a conhece? Você lembra das coisas que aconteceram há muito tempo atrás com o seu passado? Talvez não saibas ou não lembras. Para remontar a sua história deves recorrer a família, a qual lhe fornecerá as fontes de informações. Relacione várias informações tais como: fotografias de seus antepassados, dos pais, brinquedos, roupas que usavam quando criança. Preencha todos os dados e, assim, descobrirás não só a sua história, como a origem de seus familiares. - Seu nome completo .... - Sua data de nascimento .... - Nome do seu pai .... - Nome de sua mãe .... - Nome de seus irmãos .... - Nome dos avós paternos .... - Nome dos avós maternos .... - Nome de seus tios .... - Nome dos seus primos .... - Nome de sua escola .... - Nome de sua professora .... - Local onde você nasceu .... - Local (ou rua) onde você mora ....

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1.2. DADOS HISTÓRICOS

1.2.1. ORIGEM: Em períodos anteriores, Pirapó era habitado por índios caingangues e a seguir, por tupis-guaranis, tendo havido aqui uma capela jesuítica, conhecida por Capilla (pronuncia-se Kapilha ou Capija), termo proveniente do espanhol, que era localizada na Linha Figueira e, consta que, as suas paredes foram transformadas em taipas de pedras, ainda existentes naquela localidade. Documentos comprovam ainda que na segunda metade do século XIX, já havia por aqui um povoamento luso-brasileiro, que certamente sobrevivia, assim como os indígenas, da natureza e de uma agropecuária de subsistência. Mas foi no início do século XX, a partir de setembro de 1903, que foi fundada uma colonização alemã em Pirapó, através de Ernesto Henrique Guilherme Wilhelm Sommer e familiares, tendo aqui chegado as primeiras doze famílias no dia 18 de maio de 1904, transportadas por Carretas do Campo, provenientes da Região do Vale do Rio dos Sinos (RS), dando início a mais um povoamento localizado no município de São Luiz Gonzaga, este passando a chamar-se de Colônia Sommer, depois Colônia Pirapó, a seguir Vila Pirapó e por último, simplesmente PIRAPÓ, retornando às origens, uma vez que num período bem anterior ao século XX, os atuais municípios de Pirapó e Roque Gonzales denominavam-se PIRAPÓ, cujo cacique maior foi o índio guarani Nheçu, que habitava o Cerro do Inhacurutum, tendo sido sob suas ordens que foram mortos os três Mártires das Missões. Em Pirapó ainda há muitos vestígios dos indígenas e muitas marcas, principalmente, na arquitetura, da colonização alemã de outrora.

Origem de nome: Em linguagem tupi- guarani significa SALTO DO PEIXE, certamente devido a abundância de peixes que havia no passado e que saltavam magistralmente às Cachoeiras do Rio Ijuí, cujo o cenário tornava-se mais belo na época das piracemas, no Salto Pirapó, reduto predileto dos Índios Guaranis, atualmente localizado no município de Roque Gonzáles.

1.2.2. EVOLUÇÃO:

No início, os colonizadores enfrentaram grandes dificuldades devido a intempéries do tempo, a falta de animais de procriação, de rodovias e de recursos industriais, médicos e espirituais. Mas, mesmo assim, a comunidade foi evoluindo rapidamente. Henrique Sommer instalou uma balsa sobre o Rio Ijuí: travessia Pirapó- Roque Gonzales e, até a década de 50 a base da economia dava-se através da intensa exportação, via fluvial, valendo-se de catres, barcos e lanchas, os quais transportavam, principalmente, a madeira de Lei (pau ferro), produtos agrícolas como a erva-mate, o fumo, feijão e de industrializados agropecuários, como a cachaça, o queijo, o couro, a banha e a rapadura, num período em que várias entidades foram solidificadas, como o Clube e a Paróquia São José, a Escola Paroquial e o Hospital Nossa Senhora do Rosário. E a comemoração do Kerb era o evento máximo de confraternização e animação, abrilhantada pela Banda Musical Alemã local. Neste período, várias famílias alemãs e luso-brasileiras foram adentrando-se na Colônia Pirapó. Mas a partir dos anos 50, foi cessando a industrialização e a base da economia modificando-se apenas para a agropecuária, cujo escoamento da produção de suínos e de grãos como soja, milho, trigo, feijão e arroz passou a ser rodoviário. E, assim continuou evoluindo, pois foram surgindo as escolas municipais e estaduais, o Ofício Distrital (Tabelionato e Registro Civil) foi instalado, o atual prédio do hospital, a energia elétrica foi introduzida, uma rodoviária foi instalada, uma panificadora, a Igreja matriz e a Casa Canônica foram inauguradas, a Policia Militar foi introduzida, associações rurais foram surgindo e, no final dos anos 60, os trabalhadores rurais já estavam organizados em um sindicato bem atuante e, até a emancipação, sobressaiu- se a construção do Salão Paroquial, a instalação do Posto de Saúde, as festas Campeiras foram surgindo, a Unidade da Coopatrigo foi instalada, bem como os 8

Postos Bancários, as principais ruas da cidade foram calçadas, a Rede de Abastecimento de água foi efetivada e a Ponte de Travessia: Pirapó-, finalmente, é inaugurada. Acelerou-se a mecanização da agricultura e o tradicional Clube São José é demolido, em 1984. Nesse período, teve início o êxodo rural e, politicamente, foi a partir de 1955, que Pirapó passou a ser um distrito de São Luiz Gonzaga e, a partir de 1966, passou a integrar ao município de São Nicolau, passando a distrito deste em 11 de novembro de 1980.

1.2.3. EMANCIPAÇÃO:

FUNDAÇÃO: Setembro de 1903.

O povo de Pirapó iniciou uma campanha pela emancipação em 1981, quando uma comissão iniciou a luta pela conquista da autonomia, não logrou êxito na primeira tentativa, em 1984. Após isso, uma segunda comissão foi formada, com a substituição de alguns membros e acréscimo de outros, desta vez, logrando êxito e o plebiscito realizado em 20 de setembro de 1987 apurou 90% dos votos para SIM, sendo criado o novo município de Pirapó em 30 de novembro de 1987, através da Lei nº. 8.425, com a sua instalação efetuada em 1º de janeiro de 1989.

1.2.4. O NOVO MUNICÍPIO:

INSTALAÇÃO DO MUNCÍPIO: Janeiro de 1989.

A Base da economia continua sendo a agropecuária, com destaque para a produção de soja, cuja safra rende em torno de 50 a 60 mil sacas e para a Bovinocultura (corte e leite), cujo rebanho é de 24.220 mil cabeças e a produção leiteira atinge 316 mil litros mensais. Mas há também a produção de outros grãos como o milho, trigo e o feijão. A piscicultura também foi introduzida. Após a instalação da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, outras inovações significativas no município foram ocorrendo, como a instalação do 2º Grau, a nucleação das escolas (atualmente, 4 municipais e 1 estadual). O Café Colonial foi introduzido, as Festas do Papai Noel foram ampliadas, surgiu a ASERPI (Associação dos Servidores Municipais), um Estádio Municipal de Esportes, campo aberto, o Escritório da EMATER, o Condomínio de Suinocultura, a Delegacia de Polícia, o Bairro Boa Esperança, com moradias populares; os Festivais Municipais de Teatro e Paródias, os Grupos de Dança (a gaúcha e o Roller), o Clube São José foi reerguido (Bolão e Bocha), o Ginásio Poli esportivo, a Praça Municipal, o Asfaltamento urbano e canteiros, o Clube da Terceira Idade, a automatização da Telefonia, a Informatização com acesso à INTERNET, redes de Luz e água foram ampliadas, ocorreram melhorias consideráveis na recuperação dos solos, na descentralização da Saúde e nos acessos rodoviários. A Casa da Cultura foi instalada informalmente e o Setor Cultural ativado, este priorizando o resgate histórico.

1.2.5. Feriados Municipais:  Padroeiro São José: 19 de março;  Dia do Gaúcho: 20 de setembro;  Aniversário do Município: 30 de Novembro.

2. ASPECTOS FÍSICOS

2.1 Localização

Localização: Região Colonial das Missões, distante 580 km da capital. 9

Limites: Roque Gonzales, Dezesseis de Novembro, São Nicolau e Argentina. Rodovias de acesso: BR 392 (Cerro Largo a Porto Xavier) – RS 168 (Roque Gonzales a São Luiz Gonzaga) e a RS 561 (Dezesseis de Novembro a São Nicolau). Distância dos municípios vizinhos: - Dezesseis de Novembro: 35 km - Roque Gonzales: 25 km - São Nicolau: 18 km - São Luiz Gonzaga: 60 km Área total: 287 km² Altitude: 200m acima do nível do mar Ponto mais alto: Travessão Nacional (9 km), Cerro dos Amaros (10 km) e Cerro do (11 km)

 A temperatura mínima é entre 14 a 15 graus centígrados e a máxima entre 23 e 25 graus centígrados.

 PRECIPITAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS: (2014) - Anual: 3044mm - Mês de menor média: Agosto: 27mm - Mês de maior média: Setembro: 593mm

2.2 População

Atualmente o município apresenta uma população total de 2.757 habitantes, segundo dados do IBGE em 2010, com uma população masculina de 1.398 habitantes, feminina de 1.359 habitantes, sendo que 777 habitantes (28,18 %) da população Urbana e 1.980 habitantes (71,82%) da população rural, com uma densidade demográfica de 9,45 habitantes por Km², desta população 2.065 eleitores.

Gráfico populacional do Município de Pirapó Ano Total 1970 - 1980 - 1991 3819 2000 3349 2007 2988 2010 2757 Fonte: IBGE O fenômeno da migração e êxodo rural ocorre no Município, a partir da década de 70 aumentando consideravelmente a partir da década de 90. É notadamente a partir dos 15 anos de idade que os jovens partem em busca de formação profissional, trabalho e escolarização em municípios maiores, que se acentua o êxodo rural. Isto faz com que o nosso município esteja a cada censo realizado, com menor número de habitantes.

2.3 Migrantes

O nível médio socioeconômico da população, não propicia muito a atividade comercial, e como não há indústrias, a mão-de-obra ociosa acaba migrando para outros centros maiores em busca de trabalho para subsistência. A população jovem, urbana e rural, deixa o Município em busca de formação e trabalho, na grande maioria, não mais retornando. Outro aspecto que contribuíram 10 para essa realidade, diz respeito ao tipo de propriedades rurais que são em sua maioria, pequenas propriedades, o que não permite ao jovem acesso a terra e meios para produção.

3. MUNICÍPIO

É a divisão territorial administrativa do estado. É administrado por um Prefeito e uma Câmara Municipal. Um Município é uma área de terra com autonomia administrativa, com campos, lavouras, fábricas, lojas, residências e escolas. Todos nós vivemos em um município. O conjunto dos municípios forma um estado. Os municípios têm diferenças e semelhanças entre si. Os municípios são diferentes quanto ao tamanho, ao número de habitantes, a economia principal, o relevo, a vegetação; e são semelhantes quanto a forma de governo e a interdependência que mantém entre si, através da prestação de serviços, nos produtos comprados e vendidos. As cidades e pequenas povoações formam os municípios, que são constituídas por Zona Urbana e Zona rural. Zona Urbana: é onde está concentrada a maior parte da população do município, os órgãos do governo, locais de recreação pública, hotéis, comércio em geral, escolas e hospitais... Zona Rural: a atividade mais desenvolvida no meio rural é a agricultura, pecuária e leite, devido à quantidade de áreas para o cultivo. O município possui o nome de ruas, bairros ou vilas, localidade e CEP. Também possui um administrador que é o Prefeito Municipal. Ele não administra o município sozinho, é auxiliado por colaboradores e auxiliares. O Governo Municipal fica assim constituído: O prefeito e os vereadores são eleitos pelo povo de quatro em quatro anos. O prefeito administra o município, sendo que os vereadores são responsáveis pela elaboração de determinadas leis de sua competência e aprovação das leis encaminhadas pelo executivo municipal. Também o prefeito conta com a colaboração dos secretários, que são responsáveis por setores da administração municipal, estruturadas em secretarias municipais. Para manter o conforto, segurança e promover o bem estar o município necessita de dinheiro, o qual é arrecadado através de taxas e impostos. Serão as taxas e impostos que irão manter os serviços de abastecimento de água potável, iluminação pública, rede de esgoto, coleta de lixo, construção de escolas, urbanização de ruas e praças e outros melhoramentos à comunidade. O Município arrecada os impostos através do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), ITBI (Imposto Transmissão de Bens Imóveis) e taxas diversas como: taxas de coleta de lixo, alvará de localização.

 SITUAÇÃO GEOGRÁFICA A área da Terra é de aproximadamente de 510.100.000 km, sendo que a maior parte do globo terrestre é coberto de água, cerca de 70,7% da terra (360.650 Km) são constituídas pelas massas líquidas isto é, oceanos e mares. O Globo possui quatro oceanos: Pacífico, Atlântico, Índico e Glacial Ártico, mas na realidade não existe nada que separe totalmente a enorme massa líquida existente no planeta.

 CONTINENTES Os continentes correspondem a grandes extensões de terras emersas (acima do nível do mar). Existem seis continentes, ou massas continentais, que se encontram limitadas e ilhadas pelas águas dos oceanos e mares, que são os seguintes: Continente Americano, Europeu, Africano, Asiático, Oceania e Antártico. 11

Para representar e localizar os continentes, Oceanos e países usamos o Planisfério, ou seja, uma superfície plana. O EQUADOR é a linha imaginária que divide horizontalmente o planeta em duas metades iguais, ou dois HEMISFÉRIOS. A palavra hemisfério significa meia esfera. Temos assim dois hemisférios o NORTE e o SUL. A metade situada entre o Equador e o Pólo Norte chama-se HEMISFÉRIO NORTE, pois possui a maior parte das terras emersas (acima do nível das águas do planeta, conhecido também como Hemisfério das Terras). E a outra metade situada entre o Equador e o Pólo Sul chama- se HEMISFÉRIO SUL ou Hemisfério das Águas. A Europa, Ásia, América do Norte e a América Central localizam-se no hemisfério norte. Já quase toda a América do Sul e a Oceania localizam-se no hemisfério sul, enquanto a África, que é atravessada pelo Equador, ocupa áreas dos dois hemisférios. Para localização é também utilizada o MERIDIANO DE GREENWICH, que é uma linha imaginária usada para dividir verticalmente o planeta em duas metades iguais, ele também forma dois hemisférios. Hemisfério Ocidental e Hemisfério Oriental. A metade situada a oeste de Greenwich é o Hemisfério Ocidental, enquanto a metade situada a leste é o Hemisfério Oriental. Podemos usar também como sinônimos as seguintes denominações: Norte: Setentrional, Boreal. Sul: Meridional, Austral. Leste: Oriental Oeste: Ocidental O Brasil é o maior país da América do Sul, com um território de 8.511.996 KM² e uma população de cerca de 176.688.718 habitantes (censo - 2000) faz do país o quinto do mundo em extensão. Maiores que o Brasil, só a Rússia, o Canadá, a China e os Estados Unidos. Localizado na parte leste da América do Sul, o Brasil se situa quase totalmente no Hemisfério Sul, pois a linha do Equador corta o País no extremo norte. Por outro lado, situa-se totalmente no Hemisfério Ocidental, pois está a oeste do meridiano de Greenwich. O Brasil possui 26 estados e 1 Distrito Federal, está divido em regiões, que são determinada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As regiões estão assim constituídas: Região Norte, Centro- Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Do ponto de vista GEOECONÔMICO (forma de organização da economia, levando em conta as características do espaço geográfico) o Brasil pode ser divido em três grandes regiões ou complexos regionais: Nordeste, Centro - Sul e Amazônia. é um dos 26 estados brasileiros e faz parte da Região Sul. Possui uma área de 281.748.538 KM², com uma população de 10.181.749 (IBGE, 2000). A área do nosso Estado é 10 vezes maior que a de Israel, 8 vezes a da Holanda, e 3 vezes a de Portugal. Constitui-se de uma infraestrutura bem montada com portos, sobressaindo-se o de Rio Grande, único porto marítimo, o qual movimenta 12 milhões de toneladas por ano. Há também portos fluviais com completa infraestrutura em , e Estrela.

O Rio Grande do Sul é formado por 497 municípios, e limita-se com: - Ao norte e a nordeste: com o Estado de Santa Catarina - A leste e a sudeste: com o Oceano Atlântico - A oeste e a noroeste: com a Argentina - Ao sul e a sudoeste: com o Uruguai 3.1 Divisão Política Administrativa (Distritos)

Todos os municípios se dividem em comunidades e distritos, isto é, partes menores do município. Pirapó divide-se 12

Distrito da Figueira e as seguintes comunidades:

Nº LOCALIDADE Nº LOCALIDADE Nº LOCALIDADE 1. Linha Campina 9. Rincão dos Polis 17. Travessão Nacional 2. Linha Ijuí 10. Rincão dos Mirandas 18. Cinco Bocas 3. Linha São Nicolau 11. Rincão dos Silveiras 19. Santa Maria 4. Linha Jatevoque 12. Rincão dos Wagner 20. Fazenda Florida 5. Linha Paraíso 13. Rincão dos Maciel 21. Barra do Ratiel 6. Linha Passo do Antão 14. Cerro do Itati 22. Barra do Ijuí 7. Linha Boa Esperança 15. Cerro dos Amaros 23. Rincão dos Gonçalves 8. Linha Ijuí Mirim 16. Esquina Diel 24. Rincão dos Bragas Além da sede, a área urbana é forma pela Travessa Jacób Deves, Praça Boa Esperança.

3.2 Ruas e Praças

As principais ruas de Pirapó são: Rua Pedro Hoffmann, Rua Profº José Werle, Rua Henrique Sommer, Rua São José, Rua 25 de Janeiro, Rua 1º de Março, Rua Pedro Flach, Rua Fridolino Kieling, Rua Pe. Francisco Rieger, Rua XV de Novembro, Rua São Nicolau, Rua 03 de Outubro, Rua Afonso de Medeiros, Rua Henrique Weber, Rua Guilherme Stalter. Também destacamos a Travessa Otto Sebastiany, Travessa Felipe Bremm, Travessa São Nicolau, Travessa Jacob Deves e algumas ruas ainda não possuem denominação. Pirapó possui uma Praça Municipal e junto a essa o Ginásio de Esportes, e a Praça Boa Esperança onde temos Academia ao Ar livre, ambos podendo ser aproveitados para o lazer da população Pirapoense.

3.3 Relevo

Em relação ao seu relevo e topografia, cabe destacar que, segundo o IBGE- 1986, o município de Pirapó pertence a Região Geomorfológica Planalto das Missões. Dentro do domínio Morfoestrutural das Bacias e coberturas sedimentares, a Região Geomorfológica Planalto das araucárias, para leste e sul, e a região Geomorfológica Planalto da Campanha, para oeste e sudoeste. O relevo no município é constituído, em maior parte, quase 50%, pela planície fluvial dos rios Ijui e Uruguai, e os restantes 30% suavemente ondulados e 20% de terrenos ondulados resumidamente assim fica a topografia do município.

TOPOGRAFIA: Plana: 50% Ondulada: 30 % Montanhosa: 20%

3.4 Clima

O município de Pirapó apresenta clima subtropical úmido, como todo estado do Rio Grande do Sul. O clima caracteriza-se por apresentar chuvas bem distribuídas, aumento da amplitude térmica e estações do ano bem definidas. A temperatura média anual do município situa-se entre 23º C e 25º C, sendo janeiro o mês mais quente, com temperatura média superior à 25º C e o mês mais frio é julho, com uma 13 temperatura média em torno de 10ºC. Em virtude de o município apresentar maiores altitudes no planalto (em média acima dos 400 m em relação à sede do município, que é de 110 m), no município ocorre grande formação de nevoeiros, além de geadas com frequência entre os meses de abril e setembro. O clima atual do Estado do Rio Grande do Sul é influenciado pela inclinação do eixo imaginário da Terra, que proporciona alternância bem definida das estações do ano (latitude), e pela sua posição junto ao Oceano Atlântico, sendo afetado com facilidade pela entrada das massas de ar marítimas. Dentre as massas de ar mais importante, destacam-se: a massa de ar polar atlântica, fria e úmida e a massa de ar tropical, quente e seca. As massas de ar polar atlântica, mais intensas no inverno, ocasionam as frentes frias (que atuam pela elevação de uma massa de ar mais quente, polar aquecida ou velha), em média, uma vez por semana. As frentes frias podem estacionar provocando chuvas contínuas ou passar rapidamente provocando chuvas rápidas, mas, normalmente, provocando quedas de temperatura. Durante o verão, a elevação da temperatura ocorre pelo enfraquecimento das massas de ar polar atlântica que dão lugar às massas de ar tropical quente e secas originárias do Oceano Atlântico ou do continente, proveniente da região do Chaco paraguaio. (COSTA e MOREIRA, 1982). No Estado a temperatura média está em torno de 18ºC, mas varia de 16ºC a 19,4ºC, dependendo da zona geomorfológica. As mais elevadas são encontradas na porção oeste, noroeste e central. As menores ocorrem principalmente, a nordeste e centro-norte. A temperatura média mensal do mês mais frio é de 9,9ºC a 13,6ºC e do mês mais quente de 22,3ºC a 26,1ªC. (BRASIL, Ministério da Agricultura, 1973, p.24). As precipitações anuais são de 1.186 mm a 2.468 mm. Nas porções oeste, noroeste e central os índices de precipitação são menores, em torno de 100 mm mensais, e nas porções nordeste e centro-norte os índices são maiores, cerca de 200 mm mensais. As chuvas são muito variáveis, podendo ocorrer períodos chuvosos e períodos secos. A duração, época e frequência não são bem definidas. Há anos chuvosos como 1928, 1936, 1941 e 1985 com índices de precipitação em torno de 3.000 mm e anos secos como 1918, 1942, 1943 e 1984 com chuvas inferiores a 600mm. (BRASIL, Ministério da Agricultura, 1973, p.24). O clima de Pirapó é subtropical úmido, de acordo com a classificação de Köppen (PEREIRA e tal..., 1989), com verão quente (janeiro), quando a temperatura média é superior a 22ºC e o inverno frio, com temperatura média do mês mais frio (julho) variando entre -3ºC e 18ºC. Sendo úmido, isto é, chuva em quase todos os meses com precipitação anual média entre 2000 mm a 2500mm.

3.5 Hidrografia

A hidrografia do município de Pirapó é constituída, essencialmente, por rios e arroios perenes, refletindo a distribuição de chuvas durante todo o ano, sem estação seca bem definida. Situado na confluência dos rios Ijuí e Uruguai, cujo território é sulcado por alguns afluentes destes, destacando-se os Arroios Ijuí Mirim e Araty. - Rio Uruguai: faz divisa com a República Argentina, cujos afluentes são o Rio Ijuí e o Arroio Ratiel; - Rio Ijuí: faz divisa com o município de Roque Gonzales, cujos afluentes são os Arroios Ijuí Mirim, Jatevoque e São Bernardo; - Arroios Canoinhas e Jatuacá: faz divisa com o município de São Nicolau e a Sanga Santa Maria.

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3.5 Geologia

O município encontra-se na transição entre a Depressão Central, constituída de rochas sedimentares da Bacia do Paraná e composta de Formações geológicas atuais e Terraços Fluviais, e o Planalto Sul-Rio-Grandense, formado pelo derrame sucessivo de lavas vulcânicas composto pela Formação Geológica da Serra Geral e Botucatu (KLAMT; DALMOLIN; CABRAL, 1997, p.6). A sequência inferior, ou seja, os primeiros derrames de lavas vulcânicas que encobriram os sedimentos da Bacia do Paraná possuem composição mais básica (basalto) e se constituíram no município por derrames de lavas em uma altitude de 280 a 340 metros. As espessuras desses derrames variam de 30 a 50 metros, apresentando cor cinza-escura. Para MACIEL FILHO (1990), é raro encontrar um basalto sem sinais de alteração, pois a ação do intemperismo físico/químico no clima temperado quente é forte. Para SARTORI e GOMES (1980), a sequência superior (granófiro), ou os últimos derrames vulcânicos, formaram-se a cerca de 120 milhões de anos, idade correspondente à época da principal atividade vulcânica na Bacia do Paraná, durante o Período Cretáceo médio-inferior. Situa-se no município em altitudes acima de 340 metros, indo até 547 metros em localidades como Comércio, Novo Paraíso, São Francisco e Salete, possuindo espessura de até 50 metros (no caso dos derrames de (granófiros) e outros derrames menos espessos (nos derrames de vitrófiros). Em ambos os casos, as rochas desta sequência contrastam com aquelas da sequência anterior, pelo seu caráter mais ácido e Pirapó cor cinza-claro. Em alguns locais do Estado, confirma MACIEL FILHO (1990), a espessura dos derrames superiores pode chegar a 100 metros. A unidade geomorfológica rebordo do Planalto, em, é uma área muito acidentada com altitudes que variam de 280m a 340m, com morfologia de serra, modelada pela erosão fluvial e pluvial, com presença também de falhas e fraturas. No rebordo, em cotas superiores a 280 metros, ocorrem às rochas vulcânicas básicas (basalto), aparecendo também sedimentos da Formação Botucatu (arenitos médios a finos com estratificação cruzada de grande porte), em forma de faixas que contornam a Formação Serra Geral. São áreas utilizadas para pastagens naturais, mas extensas áreas de declives fortes e com pedregosidade. São mantidas com vegetação natural e secundária. Em áreas de relevo menos acentuado, desenvolveu-se, em lotes coloniais de 22 hectares, a colonização de imigrantes italianos em fins do século XIX, que desenvolveram a agricultura diversificada. O contato entre a Formação Geológica Botucatu e a formação Serra Geral é mais bem visualizada no Rebordo do Planalto e nos vales fluviais. No município, o arenito Botucatu ocorre em porções a sudeste e sudoeste. Segundo SARTORI e GOMES (1980), o Planalto Rio-grandense é resultado da superposição de vários derrames de lavas relacionadas ao vulcanismo fissural, ocorrido de forma intermitente ao longo da região correspondente a Bacia do Paraná. Para MACIEL FILHO (1990), a Formação geológica Serra Geral é resultado, portanto, de um intenso fenômeno vulcânico instalado ainda quando prevaleciam as condições desérticas da Formação Botucatu. É por isso que os derrames de lavas apresentam-se separados por horizontes de arenito “inter-trapp” derivados dos sentimentos da Formação Botucatu. A Depressão Periférica, outra feição geomorfológica do Estado e que está presente no município de Pirapó nas posições sudeste e sudoeste, é composta de terrenos sedimentares com baixas altitudes. As porções da Depressão Central em Pirapó compreendem altitudes de 70m a 280m, compondo áreas de relevo plano, mas contendo também áreas de relevo ondulado que estão em contato com as partes inferiores do rebordo do Planalto. Nestas áreas, que são terminais ao rebordo, há o recobrimento das formações sedimentares da Depressão Central com materiais de escorrimento de massa, constituindo mistura entre calhaus, bouders e materiais finos oriundos das rochas vulcânicas e arenitos “inter-trapp” do topo do Planalto. As formações geológicas da 15 feição geomorfológica da Depressão Central são: os sedimentos atuais (conglomerados, arenitos médios argilosos, siltitos arenosos fluviais) e os Terraços Fluviais (areias, argilas e cascalhos fluviais), compostos por depósitos de sedimentos fluviais ou sedimentos provenientes dos compartimentos mais elevados do Planalto. (KLAMT; DALMOLIN; CABRAL 1997, p.7).

3.6 Vegetação

Em relação à cobertura pedológica é formada por Latossolo Roxo Distroférico (EMBRAPA-1999). São solos derivados do basalto da Formação da Serra Geral, referida ao Juracetáceo, de textura muito argilosa e com elevados teores de trióxido de ferro. Em áreas de contato com arenitos da formação Tupanciretã, a textura é um pouco mais leve e os teores de ferro ligeiramente inferiores. Segundo Antunes e Anzolin (1971), a maior parte da área é de solo “Ciríaco” e “Charrua” (aproximadamente 65% da área), de relevo levemente ondulado a fortemente acidentadas. Frequentemente, apresentam limites de profundidades, mas normalmente possui uma fertilidade natural. Por outro lado, o solo denominado “Santo Ângelo” ou Latossolo Roxo, que está presente em cerca de 32% da área, é um solo profundo que se encontra nas áreas planas do município e, por isso, de fácil mecanização. Há ainda, algum solo constituído por aluvião que se encontra nas margens dos rios e formam as lavouras de várzeas. A cobertura vegetal da região noroeste e em especial no município de Pirapó é, na maioria, formada por campos de vegetação rasteira e persiste com a presença de algumas matas isoladas além de matas Ciliar ou Mata de galeria, estas restritas e pequenos fragmentos, em função dos desmatamentos praticados para a expansão da área agrícola.

4. INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS

4.1 Religião: Católica, Evangélica Assembleia de Deus, Sociedade Espírita Paz e Guia, Pentecostais Missão da Última Hora, Deus é Amor, Universal do Reino de Deus e a Igreja da Graça.

5. INSTITUIÇÕES CULTURAIS E EVENTOS

5.1 Eventos Principais: Café Colonial; Festivais de Teatros e de Paródias; Festas: Campeiras, Papai Noel: Natal nas escolas e na Praça e Natal nas Escolas; Colono e Motorista e as Comunitárias; Exposições: Expo Pirapó Comercial, Artesanal e Produtos Coloniais, Expofeiras, Mostra da Terneiras; Bailes: Kerb, Escolha da Rainha, Chopp; Esportes: Futebol de Campo, Futsal, Bolão, Bocha, Sol a Sol, Carreiradas e Romaria das Águas.

5.2 SOBERANAS DO MUNICÍPIO

Rainha: Bianca Kunzler Kochhann. Primeira Princesa: Shirley Britz Heck. Segunda Princesa: Rita de Cássia Bronzoni Miranda.

Elas irão representar o municipio em todos os eventos oficiais no período de 2013 a 2015.

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5.3 Atrações do Município

POTENCIAL TURISTICO (histórico, paisagístico e comercial)

Praça Municipal com equipamentos históricos: Máquina a Vapor e Pedras de Moinho; Igreja Matriz em estilo gótico e Casa Canônica com seus belos adereços ou afrescos nas paredes internas, contendo Jirau e sistema de calhas; Casario Germânico em estilo em enxaimel dois restaurados: Casa da Cultura e Prédio das Polícias Civil e Militar e dezenas de casas ao natural, incluindo a primeira, que pertenceu ao fundador; Capão da Antiga Cápia (Capela Jesuítica), chamada em espanhol de capilla ( lê-se Capija ou Kapilha), localizada em Linha Figueira, em cujo local pode-se encontrar ainda alguns cacos da capela soterrado; Açude de taipas, construído com as Pedras das Paredes da antiga Capela Jesuítica, localizada na Linha Figueira, em propriedades do Senhor Paulo Mensch; Poço dos Jesuítas e a Caverna que servia de guarda-louça dos índios guaranis, localizado na divisa na Linha Campina e Travessão Nacional; Varandão de Pedra (semelhante a uma caverna) da barra do Ratiel, em cujo local morou um foragido da polícia, dando origem as mais variadas histórias místicas; Barra do Ijuí: local de encontro dos Rios Uruguai e Ijuí, de onde avista-se terras brasileiras e argentinas, em cuja travessia através de balsas e chalanas, alcança-se o município de Roque Gonzales; Casco de um Barco ou lancha que atuou na Exportação de Industrializados agropecuários num período bem anterior aos anos 50, localizado às margens do Rio Ijui, na Linha Jatevoque; Quinze grutas de cunho religioso, algumas marcando tragédias; Os cincos cabos (ponta de terra que entra rio adentro) ou Cinco Entradas de Água que originaram o nome da localidade de Cinco Bocas; Corredeiras e Quedas de Água ao longo do Rio Ijuí, destacando-se o Tombo das Onze Quadras e, no Rio Uruguai, destacando-se as Cachoeiras da Linha Figueira; Balneários Naturais e Locais de Pesca e Acampamentos ao longo dos Rios Ijuí e Uruguai, bem como as belas ilhas, grandes e pequenas, que há ao longo destes rios; Lagoa circundada por veados campeiros situada em terras do Sr. Deltrudes Batista, próximo à Fonte de Água Mineral de Cinco Bocas; Fazenda particular pertencente aos herdeiros do Dr. Floriano Gonçalves, localizada na Meia Água, em cujo local encontra-se o prédio em arquitetura cabocla (com meia água) e várias mobílias do 1º Bolicho, salão de Baile e a 1ª Gruta Religiosa de luso-brasileiros daqui, bem como ali há também um CASARÃO, cuja mobília centenária e de alto estilo forma um MUSEU-CASA ao natural, circundada de uma bela paisagem campeira, em cujo centro do açude visualiza-se uma ilhota; Condomínio progresso de Suinoculturas no Passo do Antão; Alambique de cachaça: “A Caninha três ideias: boa, pura e barata” na Linha Ijuí; Indústria de Cerâmica: Passo do Antão; A EXPLORAR: as duas fontes de água mineral: Cinco Bocas e a da Mineral, cujas águas dizem ser medicinais.

6. SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA

6.1 SEGURANÇA A segurança no município é realizada pela Polícia Civil e Brigada Militar.

6.2 Água Potável 17

É fornecida pela Prefeitura Municipal e o controle da qualidade é realizado pela LICS SUPERÁGUA, juntamente com a Prefeitura.

6.3 Iluminação Pública Atualmente a energia é fornecida pela RGE e CERMISSOES.

6.4 Comunicações Os meios de comunicação disponíveis: Agência de Correios e Telégrafos; jornais regionais e estaduais de circulação diária; Telefonia Rural; Telefonia fixa e móvel; Internet banda larga via rádio e via cabo, discada com discagem local.

7. ECONOMIA

A economia do município de Pirapó está assentada na grande diversificação do setor primário, cuja tecnologia de produção tem proporcionado aos setores agrícola e pecuário um bom desenvolvimento produtivo. Dentre as atividades agrícolas destacamos o cultivo da soja, do milho, do trigo, da cebola, da cana-de-açúcar, da mandioca, do feijão, do tomate, entre outros. Já no setor pecuário citamos as atividades da bovinocultura, a suinocultura e a ovinocultura e outras de subsistência. Outras atividades econômicas do município são: o comércio e a prestação de serviços.

7.1 Setor Primário

O setor primário, base da economia do município, está voltado para a produção de grãos como milho, trigo e soja, sendo este o último o maior expoente. Com uma área plantada de aproximadamente 5779 hectares entre todas as culturas, o município tem uma produção bem significativa. Entretanto, está comprovado que a produção pode ser ampliada, com maior produtividade por hectare e maior rentabilidade para o agricultor. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de maior qualificação dos produtores rurais e dos operários agrícolas do município. A presença de técnicos agrícolas capacitados e ligados diretamente às áreas de produção possibilitariam melhorias das técnicas de cultivo e, consequentemente, rentabilidade e produtividade aumentados. Demais cultura de subsistência, compreendendo: hortifrutigranjeiros, pecuária, caracterizando-se pela auto suficiência. Principais culturas agrícolas tanto para venda quanto para o consumo de subsistência:

CULTURA ÁREA CULTIVADA PRODUTIVIDADE (há) (kg/ha) Amendoim 18 2000 Cana-de-açúcar 90 50000 Mandioca 150 18000 Sorgo em grão 02 3000 Soja 4570 2400 Milho 1100 5100 Trigo 1800 2700 Feijão 50 1200 Cebola 3 18000 Tomate 1 18000 Alho 1 3000 Melancia 5 20000 18

Melão 1 6000 Batata doce 4 20000 Banana 2 10000 Laranja 12 8000 Uva 5 8000 Pêssego 5 6000 Caqui 2 6000 Pera 2 5000 Tangerina 8 8000 Fonte: Secretaria Municipal da Agricultura / Emater Também destacamos a bovinocultura e junto a essa o incentivo a produção leiteira que em 2014 a média do mês foi de 316.036.

7.2 Setor Secundário

Está voltado para compra e venda de produtos industrializados e coloniais. Na sede do município existem supermercados, mercados, lojas de roupas e calçados, lojas de tecidos e confecções, farmácias, agro veterinárias, livrarias, casa de móveis, postos de gasolina, padarias, etc.

7.3 Setor Terciário

O município de Pirapó possui um considerável desenvolvimento no setor de serviços. Sendo assim, a cidade possui um potencial de crescimento que ainda pode ser mais explorado e aproveitado. Basta a colocação de profissionais capacitados e qualificados para a prestação de serviços mais eficientes. A presença de oficinas mecânicas faz com que a cidade atenda dentro das possibilidades este tipo de serviço. A construção civil de casas residenciais vem crescendo no município nos últimos anos, aumentando a demanda de compras de matérias de construção. A tecnologia da informática também chegou a Pirapó e juntamente com a atualização das lojas comerciais. Temos a disposição o Telecentro, com acesso digital à população.

 Dados Estatísticos ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS: 68, havendo apenas um Hotel, dois restaurantes, duas farmácia e duas padarias. ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS: 10, (01 olarias, 01 destilaria, 01 marcenaria, 02 padaria, 01 malharia, 01 Serralherias, 01 serraria, 01 moinho).

ÓRGÃOS PÚBLICOS: Polícia Civil e GPM (Grupamento da Polícia Militar): Ação Integrada de Segurança, Dois Postos de Saúde, Posto do Correio, Posto Avançado do Banco do Brasil de Roque Gonzales, Posto Avançado da Inspetoria Veterinária e Zootécnica de São Nicolau, Escritório Municipal da EMATER, Biblioteca e Videoteca “Érico Veríssimo”.

7.4 Hotéis e Restaurantes

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O Município conta com o serviço do Hotel Sausen; Bares, Restaurante e Lancherias.

7.5 Agências Bancárias Atualmente existem Agências do Banco do Brasil e contamos com Lotérica Schneider- CAIXA AQUÍ e Agencia do Banco Postal Bradesco.

8. SÍMBOLOS DO MUNICÍPIO

8.1 Bandeira Municipal

A Bandeira Municipal de Pirapó foi criada sob a Lei Nº 146 de 1990. A bandeira do Município de Pirapó compõe-se de três panos: amarelo, branco e verde, tendo no centro o Brasão do Município, criado pela Lei nº 089 de 13 de dezembro de 1989.

8.2 Brasão Municipal

O Brasão de Armas do Municipio de Pirapó, criado sob a Lei nº 089 de 1989 é constituído de um escudo português, dividido em dois quartéis, figurando na parte superior, em campo verde, uma cruz missioneira em vermelho, indicando a origen do municipio e a região em que está localizado e em contorno preto, um bovino e um suíno, representando a pecuária do municipio. No quartel inferior, em campo ouro, figuram em contorno preto, dois machados, representando a bravura dos primeiros colonizadores alemães, que a chegaram ao municipio. Sob os machados, em preto a inscrição 30.11.1987, data de criação do municipio. Como tenentes, à direita, um ramo de soja frutado, em sua cor e à esquerda, uma haste de milho, com espigas frutadas, em sua cor, representando as principias riquezas agrícolas do Municipio.

8.3 Hino Municipal O Hino Municipal de Pirapó foi instituído sob a Lei Nº 1106 de 10 de Junho de 2008, sendo que o mesmo deverá ser executado em todas as comemorações oficiais do Município. 20

Hino Municipal

ENTRE SERRAS E PLANÍCIES DA FRONTEIRA SOBRE OS RESQUÍCIOS DA HERANÇA GUARANI PIRAPOENSE HERÓICO E HOSPITALEIRO PLANTOU RAÍZES ÀS MARGENS DO IJUÍ DO SALTO DO PEIXE NA ÁGUA GRANDE ENFRENTANDO AS CORREDEIRAS NA CANOA TRANSPORTOU O PRIMEIRO FEIXE LABUTANDO AO SOM DAS CACHOEIRAS

/:PIRAPÓ...TERRA MISSIONEIRA, EXALA A POEIRA DO VERMELHO DE TEU CHÃO ENALTECE A VASTA REGIÃO DA FRONTEIRA FORTALECENDO O PROGRESSO DA NAÇÃO.:/

NAS CAMPINAS PONTILHADAS DE GADO EM TUAS FONTES BROTA A ÁGUA CRISTALINA NA SARACURA, O QUERO-QUERO E O JOÃO DE BARRO. A NATUREZA LINDA LIÇÕES NOS ENSINA TUA FLORA TÃO RICA E ALTANEIRA TENS NO PAU-FERRO TEU SÍMBOLO VERDADEIRO TREMULA NESTES VENTOS TUA BANDEIRA ENRAIZADA A ESTE SOLO BRASILEIRO.

/:PIRAPÓ...TERRA MISSIONEIRA, EXALA A POEIRA DO VERMELHO DE TEU CHÃO ENALTECE A VASTA REGIÃO DA FRONTEIRA FORTALECENDO O PROGRESSO DA NAÇÃO.:/

PRESERVA TUA RIQUEZA ABUNDANTE DA AGRICULTURA QUE FAZ A NOVA SEMENTE NOS RODEIOS, FEIRAS E FESTAS DANÇANTES. NO BRILHO DA CULTURA DE TUA GENTE. FRONTEIRIÇO, CAMPESINO E SEM LUXO. TUA FÉ RESPLANDECE A LIBERDADE LEVA AO RIO GRANDE A CORAGEM DO GAÚCHO O TEU MARCO É TUA PROSPERIDADE.

/:PIRAPÓ...TERRA MISSIONEIRA, EXALA A POEIRA DO VERMELHO DE TEU CHÃO ENALTECE A VASTA REGIÃO DA FRONTEIRA FORTALECENDO O PROGRESSO DA NAÇÃO.:/ LETRA: CARMEM MARIA GOTZ KOCHHANN

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III - A EDUCAÇÃO

A educação tem sido uma das prioridades do município, pois temos a convicção de que através dessa é que são formados cidadãos conscientes e responsáveis pela sociedade que participam. Nesse sentido temos trabalhado para que isso aconteça. Estamos proporcionando desde o ano de 2014 a participação dos professores do 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais no PNAIC; PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA. Os professores de área têm formação dentro de suas áreas. Dentre as ações que estão sendo desenvolvidas com esse intuito temos os seguintes projetos que foram e estão sendo desenvolvidos nas escolas municipais durante o ano letivo: Projetos: Páscoa, Semana Ambiental, Semana do Livro Infantil, Semana da Pátria, Concurso Sorriso Destaque e Sorria sem Placas, Missões pela vida, Oficina de Complementação Pedagógica (dança e Violão), Revelando Pirapó, Educação Fiscal e demais atividades ligadas a educação e que venham a somar no currículo de aprendizagens de nossos educandos Pirapoenses.

Atualmente o Município de Pirapó conta com 05 escolas, sendo 01 estadual e 04 municipais. São elas:

1 – Ensino Médio. Zona urbana: - Escola Estadual de Ensino Médio Henrique Sommer

2 – Ensino Fundamental Zona rural: - Escola Municipal de Ensino Fundamental Pe. Roque Gonzales - Escola Municipal de Ensino Fundamental Travessão Nacional - Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Marta

3 – Educação Infantil - Escola Municipal de Educação Infantil Reino Encantado

Matricula das Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Educação Infantil Anos Escolas 201 Total 2010 2011 2012 2013 4 E.M.E.F. Travessão Nacional 104 107 100 96 90 E.M.E.F. Pe. Roque Gonzales 84 79 72 70 65 E.M.E.F. Santa Marta 43 49 50 46 29 E.M.E.I. Reino Encantado - - - 48 53

Reprovação das Escolas Municipais de Ensino Fundamental

Total Anos Escolas 201 2010 2011 2012 2013 4 E.M.E.F Travessão Nacional 02 10 06 02 08 E.M.E.F. Pe. Roque Gonzales 13 07 08 03 - E.M.E.F. Santa Marta 02 - 02 - -

 TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS E NÚMERO DE ESCOLAS POR REDE DE ENSINO REDE PÚBLICA PÚBLICA MUNICIPAL PRIVADA 22

ESTADUAL ESCOLAS 01 04 - Nº DE ALUNOS 233 237 -

 ESCOLAS ESTADUAIS/2014

ESCOLAS ESTADUAIS Nº DE ALUNOS Nº DE PROFº ENS. FUND. 121 29 EJA – FUNDAMENTAL 07 24 ENSINO MÉDIO 96 24 EJA – MÉDIO 9 24

 ESCOLAS MUNICIPAIS/2014

ESCOLAS MUNICIPAIS Nº DE ALUNOS Nº DE PROFº ED. INFANTIL 83 07 ENS. FUND. 154 29

3. CONSTRUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO PROCESSO DA INCLUSÃO SOCIAL

Destacam-se as seguintes ideias que dão tônica ao Plano Municipal de Educação: a) Educação como direito; b) Educação como fator do desenvolvimento econômico e social; c) Educação como meio de combate à pobreza e à miséria. 1. Educação como direito – Sendo um direito de toda pessoa, a educação deve ser garantida do nascimento à idade adulta, porque sem ela a pessoa não se completa, não se realiza e não contribui com o desenvolvimento do grupo social. Desse direito é dever do Estado garantir a educação desde a etapa infantil até os níveis mais elevados do saber, do conhecimento científico e da produção artística, segundo a capacidade de cada um. E assim está posto no Plano Municipal de Educação. 2. Em segundo lugar, ressaltamos o papel da educação no desenvolvimento do País. 3. Em terceiro lugar, nas diretrizes, objetivos e metas, abrimos espaço ao tema da educação como instrumento de combate à pobreza e à miséria. Estes problemas estão na agenda política, nas preocupações da sociedade brasileira. Mais do que nunca se impõe ao Município reverter o quadro de exclusão social, desemprego, pobreza e miséria que marginaliza as pessoas. Todas as soluções apontadas pelos estudiosos, no Brasil e no plano internacional, incluem a educação como fator decisivo para reduzir a pobreza e a miséria. A educação abre horizontes de emprego, aumenta a produtividade, desenvolve a criatividade, melhora o salário, orienta a pessoa a cuidar melhor de sua saúde, enfim a educação é uma chave para viver com mais dignidade. Na Educação Infantil, como forma para superar a discriminação entre assistência e educação, cuidados e desenvolvimento. Entre atendimento social e educação, que foram se cristalizando respectivamente na creche e na pré-escola, o Plano Nacional propõe a unificação da educação da criança de zero a cinco anos em um único segmento. Toda criança tem direito à educação a partir do nascimento e esse direito exige, uma instituição educacional, que se encarrega do seu cuidado e educação, com profissionais qualificados, em uma ação complementar e articulada à da família. 23

Trata-se de aproveitar o momento mais fecundo para a formação da inteligência e a aquisição de certas aprendizagens que, não realizadas nessa idade, obter-se-ão mais tarde com maior dificuldade. No Ensino Fundamental, haverá apoio às ações socioeducativas, sugeridas pelos Programas Nacional do Livro Didático, de Merenda e de Transporte Escolar os quais serão mantidos e consolidados. Implantamos o Programa Mais Educação no município, no ano de 2014, em uma Escola da Rede Municipal que beneficia alunos dos anos finais e também alunos dos anos iniciais. No que se refere à Educação de Jovens e Adultos temos um desafio: a erradicação do analfabetismo, exigência para o resgate da dívida social, portanto convocamos a sociedade civil para uma ampla mobilização para que o cidadão mais carente tenha oportunidade de inclusão social, com acesso ao emprego e melhoria da qualidade de vida. Implantamos também o Programa Brasil Alfabetizado que beneficia adultos que não tiveram acesso a alfabetização quando crianças. Os alunos com necessidades educacionais especiais, minimamente contemplados nos sistemas de ensino, deverão ser integrados no processo regular e obter um espaço muito maior na educação. A escola inclusiva é, mais do que um ideal, uma necessidade para que essas pessoas se integrem o mais amplamente possível na sociedade. O município possui uma sala de AEE Atendimento Educacional Especializado na Escola de Ensino Fundamental Travessão Nacional, onde os alunos que necessitam desse atendimento são atendidos, e a Escola Estadual também possui uma sala de atendimento educacional especializado onde atende alunos das duas redes tanto municipal como estadual.

4. OBJETIVOS E PRIORIDADES

Em síntese, o Plano Nacional tem como objetivos: - A elevação global dos níveis de escolaridade da população; - A melhoria de qualidade do ensino em todos os níveis; - A redução das desigualdades sociais no acesso a permanência com sucesso, na educação pública; - A democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação de profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola e participação das comunidades escolares; Considerando que os recursos financeiros são limitados e que a capacidade para responder ao desafio de oferecer uma educação compatível, na extensão e na qualidade, que precisa ser construída constante e progressivamente, são estabelecidas prioridades neste plano, segundo o dever constitucional e as necessidades sociais:

1. Garantia de Ensino Fundamental obrigatório de nove anos a todas as crianças de 06 a 14 anos, assegurando seu ingresso e permanência na escola e a conclusão desse ensino. Essa prioridade inclui o necessário esforço dos sistemas de ensino para que todos obtenham a formação mínima para o exercício da cidadania e para o usufruto do patrimônio cultural de sociedade moderna. O processo pedagógico deverá ser adequado às necessidades dos alunos e corresponder a um ensino socialmente significativo. Prioridade de tempo integral para as crianças das camadas sociais mais necessitadas. 2. Garantia de Ensino Fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram.

A erradicação do analfabetismo faz parte dessa prioridade, considerando-se a alfabetização de jovens e adultos como ponto de partida e parte intrínseca desse nível de ensino. A alfabetização dessa população é entendida no sentido amplo de domínio 24 dos instrumentos básicos da cultura letrada, das operações matemáticas elementares, da evolução histórica da sociedade humana. 3. Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino – a Educação Infantil. Está prevista a extensão da escolaridade obrigatória para crianças de (04) quatro anos de idade, quer na educação infantil, quer no Ensino Fundamental, e a gradual extensão do acesso ao ensino médio para todos os jovens que completaram o nível anterior, como também para os jovens e adultos que não cursaram os níveis de ensino nas idades próprias. A ampliação do atendimento significa maior acesso, ou seja, garantia crescente de vagas, atendendo às necessidades da sociedade. 4. Valorização dos Profissionais da Educação – Particular atenção deverá ser dada à formação inicial e continuada, em especial aos professores. Faz parte dessa valorização a garantia das condições adequadas de trabalho, entre elas o tempo para estudo e preparação das aulas, salário digno, com piso salarial e carreira de magistério. 5. Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino, contemplando também o aperfeiçoamento dos processos de coleta e difusão dos dados, como instrumento indispensável para a gestão do sistema educacional e melhoria do ensino.

IV - NÍVEIS DE ENSINO

A – EDUCAÇÃO BÁSICA

1. EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1. Diagnóstico

A educação das crianças de zero a cinco anos em estabelecimentos específicos de educação infantil vem crescendo no mundo inteiro e de forma bastante acelerada, seja em decorrência da necessidade da família de contar com uma instituição que se encarregue do cuidado e da educação de seus filhos pequenos, principalmente quando os pais trabalham fora, seja pelos argumentos advindos das ciências que investigaram o processo de desenvolvimento da criança. Se a inteligência se forma a partir do nascimento e se há janelas de oportunidade na infância, quando um determinado estímulo ou experiência exerce maior influência sobre a inteligência do que em qualquer outra época da vida, descuidar desse período significa desperdiçar um imenso potencial humano. Ao contrário, atendê-lo com profissionais especializados capazes de fazer a mediação entre o que a criança já conhece e o que pode conhecer significa insistir no desenvolvimento humano de forma inusitada. Hoje, sabe-se que há períodos cruciais no desenvolvimento, durante os quais o ambiente pode influenciar a maneira como o cérebro é ativado para exercer funções 25 em áreas como matemática, a linguagem, a música. Não são apenas argumentos econômicos que tem levado governos, sociedade e família a investirem na atenção às crianças pequenas. A educação é elemento construtivo da pessoa e, portanto, deve estar presente desde o momento em que ela nasce, como meio e condição de formação, desenvolvimento humano, integração social e realização pessoal. Além do direito da criança, a Constituição Federal estabelece o direito dos trabalhadores, pais e responsáveis, à educação de seus filhos e dependentes de zero a seis anos. Mas o argumento social é o que mais tem pesado na expressão da demanda e no seu atendimento por parte do Poder Público. Ele deriva das condições limitantes das famílias trabalhadoras, monoparentais,(famílias na qual um progenitor - pai ou mãe – é o responsável pelos seus filhos e filhas menores como seus dependentes), desde renda familiar insuficiente para prover os meios adequados para o cuidado e educação de seus filhos pequenos e da impossibilidade de a maioria dos pais adquirirem os conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento da criança que a pedagogia oferece. A educação infantil continuará conquistando espaço no cenário educacional brasileiro como uma necessidade social. Isso determina a prioridade que as crianças das famílias de baixa renda terão na política de expansão da educação infantil. Por determinação da LDB, as creches atenderão crianças de 0 a 3 anos e deverão adotar objetivos educacionais, transformando-se em instituições de educação, segundo as diretrizes curriculares nacionais emanadas do Conselho Nacional de Educação. Essa determinação segue a melhor pedagogia, porque é nessa idade, precisamente, que os estímulos educativos tem maior poder de influência sobre a formação da personalidade e o desenvolvimento da criança. Trata-se de um tempo que não pode estar descuidado ou mal orientado. Um diagnóstico das necessidades da educação infantil precisa assimilar as condições de vida e desenvolvimento das crianças brasileiras. A pobreza, que afeta a maioria delas, que retira de suas famílias as possibilidades mais primárias de alimentá-las e assisti-las, tem que ser a educação, a moradia, o trabalho e o emprego, a renda e os elementos constitutivos da vida e do desenvolvimento da criança. Dado o exposto, a Educação Infantil, no estado do Rio Grande do Sul, precisa assinalar condições de vida e desenvolvimento intelectual das crianças. As contingências que a sociedade impõe como a pobreza, a desnutrição, a falta de moradia e de saúde, precisam ser enfrentadas com atitudes abrangentes que envolvam a solução desses problemas sociais. A Educação Infantil em Pirapó é atendida na escola Municipal de Educação Infantil e nas escolas de Ensino Fundamental do município na modalidade de pré- escolar. As turmas de pré-escolar funcionam nas Escolas Municipais: Pe. Roque Gonzales, Travessão Nacional, Santa Marta e Escola Municipal de Educação Infantil Reino Encantado, a turma do Pré-escolar da Santa Marta está sendo atendido em espaço físico cedido pela Escola Estadual Henrique Sommer para atender a clientela da sede, conforme Convenio da Educação Infantil renovado anualmente com a 32ª CRE, de acordo com o interesse da administração Municipal.

EDUCAÇÂO INFANTIL:

 ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DE EDUCAÇÃO INFANTIL/2014 Pirapó– RS

REDES CRECHE PRÉ-ESCOLA ESTADUAL - - 26

MUNICIPAL 01 04 PARTICULAR - - TOTAL 01 04

 EDUCAÇÃO INFANTIL – POPULAÇÃO ATENDIDA/2014 NÚMERO DE ALUNOS

REDE ESTADUAL REDE PARTICULAR REDE MUNICIPAL CRECHE PRÉ - - 34 49 TOTAl: ...... ALUNOS

 NÚMERO DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS

FAIXA ETÁRIA TOTAL 0 a 1 ano 05 01 ano 08 02 anos 07 03 anos 10 04 anos 25 05 anos 28 TOTAL: 83

1.2 METAS

EDUCAÇÂO INFANTIL:

Até 2016 todas as crianças de 04 e 05 anos de idade devem estar matriculadas na pré-escola, e as creches devem ser ampliadas de forma a atender, no mínimo 50% das crianças de até 03 anos até o final da vigência deste Plano Municipal de Educação.

1.3 ESTRATÉGIAS 1.3.1.Promover o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psíquico, moral e social, incentivando a criatividade, a autonomia, as relações de respeito e de solidariedade a partir dos valores humanos, completando, assim, a ação da família; 1.3.2.Contribuir para o desenvolvimento das relações interpessoais de ser e de estar com os outros, em uma atividade básica de aceitação, de respeito e de confiança, no exercício da cidadania; 1.3.3.Promover atividades que levem a criança a desenvolver sua identidade, assim como autoimagem positiva e sentimento de confiança em si mesma e nas próprias capacidades; 27

1.3.4.Unificar diretrizes político-pedagógicas, integrar programas e complementar financiamento, em regime de colaboração entre União, Estado e Municípios; 1.3.5.Garantir projetos e/ou programas suplementares de alimentação escolar, material didático e assistência à saúde, que atendam às necessidades da clientela; 1.3.6.Manter os alunos da educação infantil no programa de transporte escolar, respeitando critérios estabelecidos na legislação vigente; 1.3.7.Ampliar a oferta de educação infantil de forma a atender, a meta de 40% das crianças de 0 a 3 anos e 100% das de 4 e5 anos, até o final da década; 1.3.8. Elaborar, até o final da década, projeto de construção de uma creche municipal com padrões mínimos de infra-estrutura para o funcionamento adequado da instituição de educação infantil, que, respeitando as diversidades, asseguram o atendimento das características das distintas faixas etárias e das necessidades do processo educativo quanto; a) Espaço interno com iluminação solar, insolação, ventilação, visão para o espaço externo, rede elétrica, segurança, água potável, esgoto sanitário; b) Instalações sanitárias para higiene pessoal das crianças; c) Instalações para o preparo e/ou serviço de alimentação; d) Ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades, conforme as diretrizes curriculares e metodologia da educação infantil, incluindo o repouso, a expressão livre, o movimento e o brinquedo; e) Mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos; f) Adequação às características das crianças especiais. 1.3.9 A partir da vigência deste plano, somente admitir novos profissionais na educação infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade normal, dando-se preferência à admissão de profissionais graduados em curso específico de nível superior; 1.3.10. A partir da implantação do Plano, o Município tenha definido sua política para a educação infantil, com base nas diretrizes nacionais, normas complementares estaduais e nas sugestões dos referenciais curriculares nacionais; 1.3.11. Estabelecer, até o final da década, e com colaboração dos setores responsáveis pela educação, saúde, assistência social e organizações não governamentais, programas complementares para educação infantil; 1.3.12. Garantir, com a colaboração da União, do Estado e Município, o provimento da alimentação escolar e o equilíbrio necessário, garantindo os níveis calóricos-proteicos por faixa etária. 1.3.13. Estabelecer parâmetros de qualidade dos serviços de educação infantil, como referência para a supervisão, o controle e a avaliação, e como instrumento para a adoção das medidas de melhoria da Qualidade; 1.3.14. Assegurar projetos pedagógicos voltados à educação infantil; 1.3.15. Manter formas de participação da comunidade escolar e local, contemplando a participação da comunidade na gestão da escola; 1.3.16. Realizar anualmente o mapeamento do número de alunos da Educação Infantil no município; 1.3.17. Autorizar o funcionamento de escolas de educação infantil somente quando atenderem padrões mínimos de infraestrutura, pelo sistema vigente; 1.3.18. Cumprir a metas do Plano “Todos pela Educação”; 1.3.19. Atingir os Índices de Desenvolvimento da Educação (IDEB) 1.3.20. Cumprir os objetivos e metas do PAR - MEC (Plano de Ações Articuladas); 1.3.21. Manter regimentos escolares e bases curriculares, conforme lei vigente.

2. ENSINO FUNDAMENTAL

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2.1. DIAGNÓSTICO

De acordo com a Constituição Brasileira, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito. O art. 208 preconiza a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu art. 32, o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e se relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda população brasileira. A exclusão da escola de crianças na idade própria, seja por incúria do Poder Público, seja por omissão da família e da sociedade, é a forma mais perversa e irremediável de exclusão social, pois nega o direito elementar de cidadania, reproduzindo o círculo da pobreza e da marginalidade e alienando milhões de brasileiros de qualquer perspectiva de futuro. A existência de crianças fora da escola e as taxas de analfabetismo estão estreitamente associadas, assim como a evasão escolar também é fator de exclusão social. Na maioria das situações, o fato de ainda haver crianças fora da escola não tem como causa determinante o déficit de vagas, está relacionado à precariedade do ensino e às condições de exclusão e marginalidade social em que vivem segmentos da população brasileira. Não basta abrir vagas. Programas paralelos de assistência a famílias são fundamentais para o acesso à escola e a permanência nela. Diante do contexto que se apresenta, é importante que se promovam ações para uma perspectiva humanística e cidadã, e que a escola busque, além de erradicar completamente o analfabetismo, a possibilidade de que todos os alunos, crianças, jovens ou adultos, possam gozar de seus direitos ao participarem ativamente da sociedade em que estão inseridos. O Ensino Fundamental em Pirapó é ministrado nas três escolas de Ensino Fundamental do município e ainda na escola Estadual de Ensino Médio Henrique Sommer.

 ESTABELECIMENTOS DE ENSINO FUNDAMENTAL/2014 Pirapó - RS

REDE PARTICULAR REDE MUNICIPAL REDE ESTADUAL - 03 01

 ENSINO FUNDAMENTAL POPULAÇÃO ATENDIDA/2014

REDE ESTADUAL REDE PARTICULAR REDE MUNICIPAL 121 - 154

2.2 METAS

Até o último ano de vigência do Plano Municipal de Educação, toda a população de 06 a 14 anos deve ser matriculada no Ensino Fundamental de 09 anos, e pelo menos 95% dos alunos devem concluir essa etapa na idade recomendada.

2.3 ESTRATÉGIAS

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2.3.1. Universalizar o atendimento de toda a clientela do Ensino Fundamental, no prazo de cinco anos, a partir da data de aprovação deste plano, garantido o acesso e a permanência de todas as crianças na escola, estabelecendo em regiões, quando necessários, programas específicos, com a colaboração da União, dos Estados e dos Municípios; 2.3.2. Estimular o Município a proceder um mapeamento, por meio de censo educacional, das crianças fora das escolas, por vila e de residência e/ou locais de trabalho dos pais, visando a localizar a demanda e universalizar a oferta do ensino obrigatório; 2.3.3. Integrar recursos do Poder Público destinados a política social, em ações conjuntas da União, dos Estados e Municípios, para garantir entre outras metas, a Renda Mínima, Associada a Ações Socioeducativas para as famílias com carência econômica comprovada; 2.3.4. Regularizar o fluxo escolar, reduzindo no mínimo em 50%, em cinco anos, as taxas de repetência e evasão, por meio de programas de reforço e recuperação paralela ao longo do curso, garantindo efetiva aprendizagem; 2.3.5. Elaborar no período de vigência do plano, padrões mínimos de infraestrutura para o ensino fundamental, incluindo nas escolas a possibilidade de funcionamento em turno integral compatíveis com o tamanho dos estabelecimentos e realidades, incluindo: a) Espaço, iluminação, ventilação, água potável, rede elétrica, segurança e temperatura ambiente; b) Instalações sanitárias; c) Espaço para esporte, recreação; d) Adaptação das escolas para o atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais; e) Atualização e ampliação do acervo das bibliotecas; f) Mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos; g) Telefone; h) Informática com acesso à internet e equipamento multimídia para as escolas do ensino fundamental do município. 2.3.6. A partir da vigência deste plano, somente autorizar a construção e funcionamento de escolas que atendam aos requisitos de infraestrutura definidos; 2.3.7. Assegurar que a escola tenha formulado seus projetos pedagógicos com observância das Diretrizes Curriculares para o ensino fundamental; 2.3.8. Manter os Conselhos Escolares e outras formas de participação da comunidade escolar e local, contemplando a participação da comunidade na gestão da escola; 2.3.9. Prover de literatura, textos científicos, obras clássicas de referência e livros didático-pedagógicos de apoio ao professor da escola do ensino fundamental; 2.3.10. Prover de transporte escolar os alunos, o professor e funcionários do meio rural, quando necessário, com a colaboração financeira da União, do Estado e do Município, de forma a garantir o acesso à escola, a escolarização e a permanência dos alunos; 2.3.11. Garantir, com a colaboração da União, do Estado e Município, o provimento da alimentação escolar e o equilíbrio necessário, garantindo os níveis calóricos-proteicos por faixa etária; 2.3.12. Apoiar e incentivar as organizações estudantis, como espaço de participação e exercício da cidadania; 2.3.13. A Educação Ambiental, Saúde (Drogas, Sexualidade...) Turismo, Paleontologia, Educação para o Trânsito e Educação Financeira são pontos relevantes a serem trabalhados como temas transversais, como uma prática educativa integrada, contínua e permanente, através de projetos a serem desenvolvidos no decorrer do ano letivo; 2.3.14. Atender com material básico os alunos do Ensino Fundamental; 30

2.3.15. Manter revisados os regimentos escolares e bases curriculares, conforme lei vigente; 2.3.16. Realizar em todos os sistemas de ensino, a cada dois anos, avaliação e divulgação dos resultados das mesmas, como instrumento para assegurar uma reflexão sobre a qualidade do ensino; 2.3.17. Cumprir a metas do Plano “Todos pela Educação”; 2.3.18. Atingir os Índices de Desenvolvimento da Educação (IDEB); 2.3.19. Cumprir os objetivos e metas do PAR - MEC (Plano de Ações Articuladas).

3. ENSINO MÉDIO

3.1 DIAGNÓSTICO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) nº9394/96 proporcionou um grande avanço na oferta da Educação Básica como etapas constituintes de um só nível de Ensino, isto é, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Temos jovens no Município que migram para cidades em busca de empregos e que ainda não concluíram a etapa final da Educação básica que é o Ensino Médio. Daí a importância de desenvolver políticas que atendam as expectativas locais, para que todos os estudantes do município venham concluir o Ensino Médio, como sequência natural do Ensino Fundamental, pois é assim que são consolidados os conhecimentos necessários para a formação de cidadãos plenos e preparados para serem inseridos no mundo do trabalho. O desafio não fica somente na universalização do acesso, mas criar condições de permanência e aprendizagem efetiva.

3.2 METAS

Até 2016, o atendimento escolar deve ser universalizado para toda a população de 15 a 17 anos. A meta é também elevar, até o final da vigência do Plano Municipal de Educação.

3.3 ESTRATÉGIAS

3.3.1 Institucionalizar programa nacional de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de material didático específico, a formação continuada de professores e a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais;

3.3.2 Universalizar o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam comparabilidade de resultados;

3.3.3 Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do Ensino Fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade; 31

3.3.4 Estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude;

3.3.5 Promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude;

3.3.6 Redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as);

4.EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

4.1. Diagnóstico

A Constituição Federal determina como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação a integração de ações do Poder Público que conduzam à erradicação do analfabetismo. Trata-se de tarefa que exige uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade. O déficit do atendimento no ensino fundamental resultou, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o Ensino Fundamental obrigatório. Embora tenha havido progresso com relação a essa questão, o número de analfabetos é ainda excessivo e envergonha o país: atinge 14,9 Milhões de brasileiros maiores de 15 anos. O analfabetismo está intimamente associado às taxas de escolarização e ao número de crianças fora da escola. Para enfrentar a realidade consubstanciada nos dados na avaliação das instituições envolvidas, será necessário expandir quantitativa e qualitativamente o oferta de alfabetização e de continuidade de estudos pós-alfabetização em cada região do estado, garantindo-se adequada a formação continuada aos profissionais que atuam no setor, desde os assessores das Coordenadorias Regionais de Educação e Secretarias Municipais de Educação, bem como os gestores e docentes. No Município de Pirapó ainda há muitos jovens e adultos que são analfabetos ou não completaram o Ensino Fundamental. Este fator é percebido, predominantemente, nos adultos, pois não se sentem mais motivados a voltar a estudar, o que não ocorre com os jovens. Há uma procura significativa pela EJA, sendo o Ensino Fundamental e Ensino Médio desta modalidade oferecidos pela Escola Estadual Henrique Sommer. Portanto, o município atualmente não tem a modalidade do EJA na Rede Municipal de Ensino.

4.2 META

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste Plano Municipal de Educação, erradicar o 32 analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

4.3 ESTRATÉGIAS

4.3.1. Estimular o Município a proceder o mapeamento da população analfabeta, por vilas das residências e/ou locais de trabalho, visando a localizar e induzir a demanda e incentivar a educação de jovens e adultos para essa população com a oferta de transporte escolar. 4.3.2. Realizar estudos específicos com bases nos dados demográficos da PNAD, de censos específicos para verificar o grau de escolarização de população; 4.3.3. Realizar, anualmente, levantamento e avaliação de experiências em alfabetização de jovens e adultos, que constituam referência para os agentes integrados ao esforço de erradicação do analfabetismo; 4.3.4 Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; 4.3.5 Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos; 4.3.6 Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as);

5. EDUCAÇÃO ESPECIAL

5.1. DIAGNÓSTICO

A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades educacionais especiais receberem educação, preferencialmente, na rede regular de ensino. A diretriz atual é a da plena inclusão dessas pessoas em todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões – o direito à educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação sempre que possível junto com as demais pessoas nas escolas “regulares”. A Organização Mundial de Saúde estima que em torno de 10% da população tem necessidades especiais. Estas podem ser de diversas ordens: visuais, auditivas, físicas, mentais, múltiplas, distúrbios de conduta e, também, altas habilidades. Inclusão social garante aos alunos com necessidades educacionais especiais a adaptação da escola para o atendimento de suas necessidades, facilitando seu acesso ao conhecimento. A Educação Municipal possui uma sala de Recursos com Professor habilitado para atender os alunos portadores de necessidades especiais, em horário inverso.

5.2 META:

Universalizar, para a população de 04(quatro) a 17(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

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5.3 ESTRATÉGIAS

5.3.1. Estudar e propor alternativas para a implantação ou atendimento em classes de educação especial. 5.3.2. Organizar em parceria com as áreas da saúde e assistência, programas destinados a ampliar a oferta da estimulação precoce (interação educativa adequada) para as crianças com necessidades educacionais especiais, em instituições especializadas ou regulares de educação infantil e ensino fundamental; 5.3.3. Garantir a generalização, anualmente, da aplicação de testes de acuidade visual e auditiva em todas as instituições de educação infantil e do ensino fundamental, em parceria com as áreas da saúde, de forma a constatar os problemas e oferecer apoio adequado às crianças especiais; 5.3.4. Articular ações, a fim de promover educação aos alunos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares em todos os níveis e modalidades de ensino; 5.3.5. Flexibilizar os currículos, metodologias de ensino, recursos didáticos e processos de avaliação, tornando-os adequados ao aluno com necessidades educacionais especiais de todas as ordens, em consonância com o projeto político- pedagógico da escola; 5.3.6. Articular as ações de educação especial e estabelecer mecanismos de cooperação com a política de educação para o trabalho, em parceria com organizações governamentais e não governamentais, para o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos com necessidades educacionais especiais, promovendo sua colaboração no mercado de trabalho; 5.3.7. Durante a vigência deste plano, redimensionar o atendimento com alunos de necessidades educacionais especiais, incrementando, se necessário e possível, salas de recursos e outras alternativas pedagógicas recomendadas, de forma a favorecer e apoiar a inclusão dos educandos com necessidades educacionais especiais em classes regulares, fornecendo-lhes o apoio adicional de que precisam; 5.3.8. Assegurar a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais no projeto político-pedagógico das unidades escolares, definindo os recursos disponíveis e oferecendo formação aos professores em exercício no atendimento às necessidades educacionais especiais de seus alunos. 5.3.9. Mediante recursos, ofertar transporte escolar aos alunos que apresentam dificuldades de locomoção; 5.3.10. Disponibilizar materiais em recursos variados às escolas que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, assim como as salas de recursos, tendo em vista atender as necessidades dos alunos. 5.3.11. Disponibilizar, mediante recursos, salas de recursos nas escolas de ensino fundamental completo; 5.3.12. Cumprir a metas do Plano “Todos pela Educação”; 5.3.13. Atingir os Índices de Desenvolvimento da Educação (IDEB); 5.2.14. Cumprir os objetivos e metas do PAR - MEC (Plano de Ações Articuladas).

6. ALFABETIZAÇÃO

6.1. DIAGNÓSTICO

Alfabetizar até o 3º ano do Ensino Fundamental, norma atualmente vigente, não são apenas mudanças de palavras, mas alterações profundas na concepção de ensino e aprendizagem e na organização institucional das Escolas a partir da estruturação de um processo educativo inclusivo e adaptado para o atendimento de uma população escolar heterogênea, ampliando as oportunidades educacionais, especialmente dos alunos com necessidades diferenciadas de aprendizagem. 34

Segundo normativa, as escolas deverão cumprir a Legislação de não retenção dos alunos até o 3º ano do Ensino Fundamental. Ainda, segundo as estatísticas, deve- se avançar no processo educacional, pois os dados levantados mostram que os alunos ainda tem aprendizagens em leitura e escrita e matemática com índices que precisam ser intensificados.

6.2 META:

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental. Atualmente, segundo dados de 2012, a porcentagem de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em leitura é de 44,5%, em escrita 30,1% delas estão aptas, e apenas 33,3% tem aprendizagem adequada em matemática.

6.3. Estratégias

6.3.1 Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré- escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;

6.3.2 Instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental.

6.3.3 Apoiar a alfabetização de crianças do campo, com a produção de materiais didáticos específicos.

6.3.4 Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, Plano Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC);

6.3.5 Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal.

7. EDUCAÇÃO INTEGRAL

7.1. DIAGNÓSTICO

A Educação em Tempo Integral desenvolve os alunos de forma completa, em sua totalidade. Muito mais do que o tempo em sala de aula, a educação integral reorganiza espaços e conteúdos. Um grande desafio, mas que já começa a tomar forma. O Programa Mais Educação, do MEC nas Escolas do Campo, por exemplo, trabalha neste sentido desde 2008, promovendo a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, de modo que a tarefa de educar 35 seja dividida com os pais e a comunidade. Uma educação que afirma o campo como um lugar onde vivem sujeitos de direitos, com diferentes dinâmicas de trabalho, de cultura, de relações sociais, e não apenas como um espaço que meramente produz valores do desenvolvimento urbano. A Rede Pública Municipal cumpre este papel, oferecendo quatro atividades: Acompanhamento Pedagógico(obrigatório), Agroecologia (canteiros sustentáveis), Esporte e Lazer (futsal) e Cultura Arte e Educação Patrimonial (dança), desenvolvidas no contra turno da Escola Municipal Travessão Nacional "no intuito de atingir o índice mínimo de escolas e alunos estabelecido nesta meta”. A Rede Municipal de Ensino aderiu ao Programa Mais Educação no ano de 2014, pois acredita que a educação em tempo integral, contribui efetivamente para melhorar o rendimento escolar, supre necessidades extracurriculares dos alunos, favorece o melhor aproveitamento do tempo ocioso e forma cidadãos melhores, onde o aluno deve passar no mínimo sete (7) horas na escola. A Rede Municipal de Ensino também tem a Escola de Educação Infantil Reino Encantado como Escola de Tempo Integral aberta a todas as crianças de 0 a 4 anos de idade do município.

7.2 META: Até o fim da vigência do Plano Municipal de Educação, oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% dos alunos da Educação Básica.

7.3 ESTRATÉGIAS

7.3.1 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas;

7.3.2 Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques e museus.

7.3.3.Atender as escolas do campo, considerando-se as peculiaridades locais;

7.3.4 Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 04(quatro) a 17(dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

7.3.5 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais.

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8.APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA

8.1. DIAGNÓSTICO A aprendizagem adequada na idade certa é prevista como um compromisso formal entre os entes federados para assegurar que esta ocorra até o final do 3º ano do Ensino Fundamental. As estatísticas de acordo com o censo demográfico de 2010, mostrou que 15% dos alunos aos 8 anos de idade ainda estavam analfabetos. Os mesmos índices foram demonstrados pelo Movimento Todos Pela Educação, em parceria com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope e Fundação Cesgranrio. Foi apontado, mediante analise de estudos que apenas pouco mais da metade deles aprenderam o que era esperado em leitura e uma proporção ainda menor em matemática. Há mais de 10 anos o SAEB oferece evidencias de que há folhas no processo de alfabetização de crianças, o que acaba se refletindo nos resultados de aprendizagem dos alunos nos Anos Finais do Ensino Fundamental. A alfabetização precária de crianças é apontada por especialistas como uma das questões cruciais a serem enfrentadas para melhorar a qualidade da Educação. No intuito de avançar nesta situação e de melhorar os índices das avaliações externas, em Pirapó, os professores dos Anos Iniciais participam do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e somada a isso previu-se metas a serem cumpridas.

8.2. META

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb.

2015 2017 2019 2021 Anos iniciais do Ensino Fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0 Anos finais do Ensino Fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5 Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2

8.3. ESTRATÉGIAS

8.3.1 Constituir, em colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e ao municípios, um conjunto nacional de indicadores de avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais de educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino;

8.3.2.Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática;

8.3.3 Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento as metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública;

8.3.4. Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio;

8.3.5 Desenvolver indicadores específicos da avaliação da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos; 37

8.3.6 Orientar politicas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional;

8.3.7 Melhorar o desempenho dos alunos da educação básica nas avaliações da aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – PISA, tomado como instrumento externo de referência, internacionalmente reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:

PISA 2015 2018 2021 Média dos resultados em matemática, leitura e 438 455 473 ciências

8.3.8 Garantir transporte gratuito para todos os estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo instituto Nacional de Metrologia, qualidade e Tecnologia – INMETRO

8.3.9 Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência;

8.3.10 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

8.3.11 Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

8.3.12 Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;

8.3.13 Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nº10.639, de 09 de janeiro de 2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

8.3.14 Consolidar a educação escolar no campo de populações tradicionais, garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da identidade cultural.

8.3.15 Desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as escolas do campo;

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8.3.16 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;

8.3.17 Promover, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como mediadores da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;

8.3.18 Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

9. ESCOLARIDADE MÉDIA

9.1. DIAGNÓSTICO Segundo o Ministério da Educação, o IBGE revelou que a média de escolaridade no país é de 7,4 anos. Analisando um estudo divulgado pelo PNUD/ONU a média de escolaridade no Brasil é de 7,2 anos, e a evasão no Ensino Fundamental gira em torno de 24%. Isso tudo reflete no IDH do Brasil que leva em conta além de dados sobre a saúde, renda a educação e qualidade de vida. Isto tudo mostra que muito se deve à que devem ser implementadas a fim de que se evolua neste sentido. Hoje porém o município de Pirapó nota-se que os índices de evasão estão bem baixos e com as políticas implementadas, os programas desenvolvidos e ainda as metas propostas espera-se avançar significativamente.

9.2 META: Elevar, a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, a igualar a escolaridade média entre negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

9.3 ESTRATÉGIAS

9.3.1 Institucionalizar programas e correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação

9.3.2 Implementar programas de Educação de Jovens e Adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série;

9.3.3.Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular 39 a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;

9.3.4 Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude.

10. ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO DE JOVENS E ADULTOS

10.1. DIAGNÓSTICO

O índice de analfabetismo no Brasil segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que pergunta aos entrevistados maiores de 15 anos se sabem ler e escrever. A taxa de analfabetismo, portanto, considera analfabetas as pessoas que declaram não saber ler nem escrever, no ano de 2013 é de 8,5%. A Rede Municipal de Ensino juntamente com a 32ª Coordenadoria de Educação vem, em uma ação conjunta, na caminhada de oportunizar acesso ao conhecimento, à leitura, escrita e cálculo desde o ano de 2013, à adultos. Através da adesão ao Programa Federal Brasil Alfabetizado, foi organizado, no interior do município, mais precisamente nas comunidades do Distrito da Figueira, uma turma de alfabetização de adultos, na Comunidade do Cerro dos Amaros, uma turma, Travessão Nacional, uma turma e na sede do município também uma turma no ano de 2013,2014. No ano de 2015 temos somente duas turmas, uma no Cerro dos Amaros e outra na Comunidade da Barra do Ratiel. Todas estas ações são realizadas no intensão de atingirmos as pessoas sem escolaridade na faixa etária de 15 anos ou mais, com o intuito de terem acesso à leitura e escrita, levando-os ter acesso a informação e se sentirem membros participantes ativos da sociedade rural.

10.2 META

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência do Plano Municipal de Educação, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

10.3 ESTRATÉGIAS

10.3.1 Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; 40

10.3.2 Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica;

10.3.3 Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as);

11. EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

O município não possui essa modalidade

12. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

DIAGNÓSTICO Fomentar a expansão da oferta de Educação Profissional técnica de nível médio da rede pública, trazendo aos pequenos municípios por intermédio do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), cursos técnicos.

O MUNICIPIO NÃO POSSUI ESTA MODALIDADE

12.1 META

12.2 ESTRATÉGIAS

13. EDUCAÇÃO SUPERIOR

13.1. DIAGNÓSTICO

O Município não possui Instituição de Ensino Superior, porém existe a alguns anos uma Associação de Universitários (UNIPRO) a qual a municipalidade repassa um valor mensal para ajuda de custa de transporte aos alunos que frequentam as Universidades Regionais. A partir do ano de 2013 a Secretaria Municipal de Educação e Cultura através da Administração Municipal, estabelece uma parceria com a Faculdade de Educação e Tecnologia da Região Missioneira (FETREMIS) oportunizando curso de Ensino Superior na Sede do Município.

13.2 META

Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% (cinquenta por cento)

13.3 ESTRATÉGIA

41

13.3.1 Proporcionar apoio financeiro com a finalidade de ajudar no subsidio do transporte a Universidades.

13.3.2 Estabelecer parceria com Universidades Regionais para que cursos de Ensino Superior sejam ministrados na sede do município, bem como cursos de especialização. 13.3.3 Estabelecer parceria com a Metroplan para o benefício do Passe Livre

14. FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (metas 16, 17 18 do PNE)

14.1. Diagnóstico

A qualificação de pessoal docente é um dos maiores desafios colocados ao Poder Público. O investimento na qualificação e na valorização do magistério é uma forma de assegurar acesso à oportunidade de exercício da cidadania bem como à melhoria da qualidade do ensino. É importante e necessário caracterizar o papel dos profissionais do magistério na comunidade escolar, propiciar condições adequadas de trabalho e fortalecer o comprometimento dos professores com sua função social. A valorização do magistério só pode ser obtida por meio de uma política que implica, simultaneamente, a formação profissional inicial, as condições de trabalho, salário, carreira e a formação continuada. No ano de 2010 o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal foi reformulado, onde todos os Profissionais passaram a receber os vencimentos dentro do piso nacional. Como estratégia para que essa valorização ocorra, é importante promover a adequação do Plano de Carreira do Magistério à legislação vigente de forma a garantir sua valorização e atender as demandas das políticas públicas de educação. Isso é possível através de garantia de continuidade e aperfeiçoamento das políticas de valorização do magistério, da formação continuada dos professores e servidor em serviço e da habilitação em licenciatura plena de profissionais do magistério. A valorização também requer o atendimento das necessidades do sistema educacional, otimizando o gerenciamento de pessoal e a discussão de modo a viabilizar o financiamento da educação. A articulação entre os sistemas de ensino e as instituições de ensino superior é fundamental para atualizar, modernizar e melhorar os cursos de formação para o magistério, especialmente as licenciaturas. A partir de 2014 todos os Professores estão tendo oportunidade de formação continuada, dentro de sua área de formação e atuação, em parceria com a 32ª Coordenadoria Regional de Educação. Desde a educação especial, educação infantil, alfabetização e séries finais do Ensino Fundamental.

O município de Pirapó conta com um quadro de profissionais, onde todos os Professores Municipais com exceção de um (01) possui Licenciatura Plena, destes (16) possuem pós graduação.

 REDE DE ENSINO NÚMERO DE PROFESSORES POR NÍVEL/MODALIDADE DE ATUAÇÃO

ESTADUAL MUNICIPAL TOTAL Infantil – Creche - 05 05 Pré-Escola - 04 04 Ensino Fundam. 29 27 56 42

Educação Especial 01 01 02 EJA 24 - 24 Total

OBS.: Alguns professores municipais que atuam com pré-escola e séries iniciais atuam também com o ensino fundamental séries finais no outro turno.

 RELAÇÃO DE PROFESSORES - COM REGÊNCIA DE CLASSE - /ALUNO NA REDE MUNICIPAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIES ALUNOS PROFESSORES ALUNOS/PROFESSOR Iniciais 83 10 8.3 Finais 64 17 3.76

OBS: Esses professores foram colocados por número de matricula e não por pessoa. Há professores com duas matriculas.

 PROFESSORES SEM REGÊNCIA DE CLASSE

TOTAL: 02

OBS: Alguns professores tem desdobramento de horários e atuam como professor auxiliar.

 PROFESSORES PERMUTADOS

TOTAL: 00

 PROFESSORES CEDIDOS

TOTAL: 01

OBS: Um professor está cedido para a Secretaria da Administração atuando no Museu Municipal.

 RELAÇÃO DE PROFESSORES/ALUNO NA REDE MUNICIPAL DO ENSINO DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CRECHE E PRÉ-ESCOLA)

ALUNOS PROFESSORES ALUNOS/PROFESSOR 83 8 10.3

HABILITAÇÃO MATRÍCULA DE PROFESSORES Ensino Médio Modalidade Normal 01 Licenciatura Curta - Licenciatura Plena 29 Pós Graduação 16 Ensino Médio - Outro - TOTAL 46

14.2 METAS 43 Formar, em nível de Pós-Graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em Lei Federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

14.3.ESTRATÉGIAS

14.3.1 Constituir, por iniciativa do Ministério da Educação, até o final do primeiro ano de vigência deste PME, fórum permanente, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica; 14.3.2 Implementar, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, planos de Carreira para os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar; 14.3.3 Prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação do Município, incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós- graduação stricto sensu; 14.3.4 Implementar política salarial que assegure a reposição dos índices de inflação e, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, vincule aumentos reais do valor dos vencimentos dos professores e servidores das escolas à política geral de remuneração de pessoal do Município, ao crescimento da receita de impostos e a melhoria da qualidade do ensino; 14.3.5 Garantir espaço de estudo na jornada semanal do professor através das horas-atividades, com o objetivo de contribuir para a qualidade do ensino. Momento que um profissional irá desenvolver as atividades curriculares, de caráter pedagógico desenvolvidas em sala de aula como professor substituto ou apoiador, de acordo com o Decreto Estadual nº 51.766 de 28/08/2014, publicada no DOE nº 166 de 29/08/2014 14.3.6 Suprir a Rede Municipal de ensino de profissionais capacitados/habilitados em todos os níveis e modalidades de ensino, na educação básica; 14.3.7 Priorizar a formação continuada do magistério de forma articulada com a avaliação externa do rendimento escolar do aluno e a melhoria da qualidade do ensino, promovendo ações conjuntas com as universidades e outras instituições de educação superior; 44

14.3.8 Estabelecer quadro de pessoal compatível com a realidade verificada em cada escola; 14.3.9 Racionalizar a gestão de recursos humanos de forma a melhorar a relação do número de alunos, por professor, na rede municipal de ensino; 14.3.10 Conscientizar os professores da necessidade de maior interesse pelo trabalho e pela integração na equipe escolar, de modo a garantir condições adequadas para o desempenho de suas funções;

14.3.11 A partir da vigência do Plano Municipal de Educação, executar o Plano de Carreira do Magistério Municipal.

15. FINANCIAMENTO E GESTÃO (metas 19 e 20 PNE)

15.1 DIAGNÓSTICO

A fixação de um plano de metas exige uma definição de custos assim como a identificação dos recursos atualmente disponíveis e das estratégias para sua ampliação, seja por meio de uma gestão mais eficiente, ou por meio de criação de novas fontes, a partir da constatação da necessidade de maior investimento. Os percentuais vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem representar o ponto de partida para a formulação e implementação de metas educacionais. É preciso desfazer alguns enganos. Há uma imagem equivocada de que esta fonte representa valor elevado. A vinculação é realizada em relação às receitas resultantes de impostos, e não à totalidade dos recursos orçamentários. Os recursos de impostos não constituem sequer a totalidade dos recursos tributários. O imposto é espécie do gênero tributo. Foi criado em 1996 o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, que passava ser conhecido como FUNDEF que permaneceu em vigor até 2006. Em 19/12/2006, foi aprovado a Emenda Constitucional nº 53 que dispõe sobre a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos profissionais da Educação – FUNDEB e regulamentada pela medida provisória 339 de 28/12/2006, e passou a vigorar a partir de 01/01/2007. Além de promover a equidade, o FUNDEB é instrumento de uma política que induz várias outras transformações: - os recursos serão repassados automaticamente aos municípios, em contas especificas; - sua aplicação será estendida aos alunos da Educação Infantil, pré-escolar, ensino fundamental, educação especial, ensino médio e educação de jovens e adultos, a aplicação do mesmo é destinada a manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme artigo 70 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), sendo 60% dedicado a remuneração condigna dos trabalhadores da Educação Básica em efetivo exercício da rede pública - os núcleos da proposta do FUNDEB são: o estabelecimento de um valor mínimo por aluno a ser despendido anualmente a redistribuição dos recursos do fundo, segundo o número de matrículas e a subvinculação de 60% de seu valor para o pagamento de profissionais da educação em efetivo exercício. Se o fundo, no âmbito de determinado estado não atingir o valor mínimo, a União efetua a complementação. - deverão ser instituídos por legislação especifica os conselhos municipais do FUNDEB, contendo no mínimo oito membros; - as contas do FUNDEB deverão ter parecer do conselho responsável até 30 dias antes do prazo de entrega das mesmas ao tribunal de Contas Jurisdicionado; - as transferências de recursos para os municípios serão feitas considerando o valor per capita e levarão em conta diferenças entre etapas, modalidades, tipos de 45 estabelecimento de educação básica, tais como: creche, pré-escola, séries iniciais e finais do ensino fundamental urbano e rural, ensino fundamental em tempo integral, educação especial, educação indígena e quilombola, educação de jovens e adultos com avaliação no processo. - com a apresentação de novos planos de carreira com exigências de habilitação, deflagra-se um processo de profissionalização da carreira; - a fixação de um critério objetivo do número de matrículas e a natureza contábil do fundo permitiram colocar os recursos onde estão os alunos e eliminar práticas clientelísticas;

15.2 METAS

Assegurar condições, no prazo de 02 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

15.3 ESTRATÉGIAS

15.3.1. Aplicar o mínimo de 25% da receita de impostos do Estado em despesas de MDE (manutenção e desenvolvimento do ensino), conforme dispõe a Constituição Estadual, garantindo a referida vinculação na lei orçamentária anual, a ser aprovada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo; 15.3.2. Elaborar a proposta orçamentária anual da SMEC, com base no levantamento das principais necessidades da rede escolar; 15.3.3. Manter os recursos do FUNDEB e MDE em sua conta específica, eliminando a transferência para conta diversa; 15.3.4. Qualificar o funcionamento do Conselho Municipal e Controle Social do FUNDEB, de forma a garantir o acompanhamento da aplicação dos recursos do FUNDEB de acordo com os objetivos do Fundo; 15.3.5. Garantir a transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB de tal forma que o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social possa acessar os dados e fiscalizar a aplicação dos recursos; 15.3.6. Desenvolver programas municipais de incremento à arrecadação, combate à renúncia fiscal e à sonegação e de incentivo às exportações, entre outros, visando à ampliação indireta dos recursos financeiros para a educação; 15.3.7. Promover a participação da comunidade na gestão das escolas, universalizando, em dois anos, a instituição de conselhos escolares ou órgãos equivalentes; 15.3.8. Adequar em dois anos o Programa Municipal de Dinheiro Direto nas Escolas Municipais. 15.3.9. Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações. 15.3.10. Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização 46 na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo.

16. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Um plano tem que prever mecanismos de acompanhamento e avaliação que lhe dêem segurança no prosseguimento das ações ao longo do tempo e diversas circunstâncias em que se desenvolverá. Considera-se muito importante a participação de entidades da comunidade educacional, dos trabalhadores da educação, dos estudantes e dos pais reunidos em suas entidades representativas. É necessário que algumas entidades da sociedade civil, diretamente interessadas, e responsáveis pelos direitos da criança e do adolescente participem do acompanhamento e da Avaliação do Plano Municipal de Educação. O art. 227 § 7º da Constituição Federal determina que no atendimento dos direitos da criança e do adolescente seja levado em conta o disposto no art. 204, que estabelece a diretriz de participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Além da ação direta dessas organizações há que se contar com a atuação dos Conselhos Governamentais com representação da sociedade civil como o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselhos Tutelares. O Conselho de Acompanhamento e controle social do fundo de manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização do magistério (FUNDEB) deverá ter igualmente, corresponsabilidade na boa condução deste plano. Os objetivos e as metas deste plano somente poderão ser alcançados se ele for concebido como Plano do Município, assumido como um compromisso da sociedade para consigo mesma. O acompanhamento e avaliação das instituições governamentais e a cobrança das metas propostas, são fatores decisivos para que a educação produza a grande mudança, no panorama do desenvolvimento, da inclusão social, da produção científica e tecnológica. Sua efetivação depende do esforço integrado e compartilhado entre todas as esferas e agentes do processo educativo, incluindo escolas, dirigentes escolares, professores, alunos, famílias e a sociedade como um todo se cada uma dessas instâncias e segmentos fizer a sua parte, com certeza poderemos atingir as diretrizes e metas propostas no Plano Municipal de Educação, tornando-o uma realidade.