ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS.

ATA Nº 027

PRESIDENTE - DEPUTADO NININHO

O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Boa-tarde a todos! Quero aqui cumprimentar a todos aqui presentes, senhoras e senhores, autoridades aqui presentes. Declaro aberta esta Audiência Pública, com o objetivo de debater a situação da Segurança Pública do Município de Campo Verde. Convido para compor a Mesa: o Sr. Dimorvan Alencar Brescancim, Prefeito Municipal de Campo Verde; o Sr. Geraldo Pereira de Araújo, Presidente da Câmara Municipal de Campo Verde; o Tenente-Coronel PM Roberson Dias Pereira, Coordenador da Polícia Militar da Assembleia Legislativa, neste ato representando o Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Riva; o Sr. Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, Secretário Adjunto de Inteligência da Segurança Pública; o Sr. Jales Batista da Silva, Diretor de Interior da Polícia Civil; o Coronel PM Valdivino Tavares Pimentel, Comandante do 4º Comando Regional da Polícia Militar de Rondonópolis; o Sr. Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, Delegado de Polícia de Campo Verde; o Coronel PM Denézio Pio da Silva, Coordenador da Guarda Municipal do Município de Cuiabá; o Sr. Eugênio Destri, Diretor de Habilitação do DETRAN; o Major Alcides Domingues, Subcomandante da região Sul do Corpo de Bombeiros, neste ato representando o Comandante Ten. Cel. Bonoto (PALMAS). Composta a mesa, convido a todos para cantarmos o Hino Nacional Brasileiro. (EXECUÇÃO DO HINO NACIONAL.) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Quero agradecer a presença dos Vereadores José Humberto, Gessy Mateus. Pedro Paulo Montagner, Welson Paulo da Silva, José Guilherme Pereira Gomes, Giovani de Paula Rosa, de Campo Verde; do Vereador Osvaldir Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de ; do Chefe de Gabinete, Sr. Rubson Morari; do Secretário de Obras do Município de Campo Verde, nosso companheiro Adriano Ronchi; do Secretário Municipal de Planejamento do Município de Campo Verde, Socorro dos Santos Souza; do Investigador da Polícia Civil, Marcos Caijes; da Presidente da OAB aqui de Campo Verde, Drª Maria Frazão; do Presidente da CDL do Município de Campo Verde, Elias de Souza; do Vice- Presidente da CDL do Município de Campo Verde, José Standerick; do Gerente da Rede CEMAT do Município de Campo Verde, Altair Donizete; do Presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas de Campo Verde, Euclides Pollis; do Presidente da Associação Comercial de Campo Verde, Aparecido Rudnick; do Presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Campo Verde, Ricardo Garcia; do Presidente da União de Bairros de Campo Verde, Benjamim Gonçalves; da funcionária do Banco do Brasil, neste ato representando o Gerente Geral Altair Freitas, Srª Lady Amorim; do Presidente da APAE de Campo Verde, Maria Garbúgio; do Secretário Municipal de Ação e Promoção Social de Campo Verde, Srª Zileide Regina de Amorim. Pág. 1 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Agradecemos o apoio da Prefeitura Municipal de Campo Verde na pessoa do nosso companheiro e amigo Prefeito Dimorvan; também o apoio de todos os funcionários da Câmara de Vereadores, na pessoa do nosso Presidente; da Polícia Militar de Campo Verde e região; do Corpo de Bombeiro aqui de Campo Verde; de toda Imprensa; também quero agradecer, em nome da nossa companheira Mara, toda a Equipe da TV Assembleia, todos os funcionários da Assembleia Legislativa que sempre nos acompanha nas Audiências Públicas e hoje, especialmente, que estão vindo de uma outra missão lá de Itanhangá, lá no Norte do Estado, chegaram aqui as três horas da manhã para estar aqui nos apoiando neste Audiência Pública. Agradeço ao Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Campo Verde, Sr. Manoel Messias. E agradecer, mais uma vez, a presença de todas as autoridades que compõem a Mesa, na pessoa do Prefeito Dimorvan. Agradecer a todos os senhores empresários, comerciantes, pecuaristas, agricultores, enfim, a todos os cidadãos, para na presença da Assembleia Legislativa e das autoridades representando o Governo do Estado, junto com o Governo Municipal e a Câmara dos Vereadores, discutirmos essas ações tão importantes para a nossa população, que é a questão de segurança no Município de Campo Verde, que vem abalando a população em função do crescente aumento no índice de violência no Município de Campo Verde. Fomos procurados pelo Prefeito Dimorvan e por todos os Vereadores, na pessoa do Presidente da Câmara, para promovermos esta discussão junto com a população do Município de Campo Verde. Que nesta tarde possamos pautar todas as questões e reivindicações da população e das autoridades locais para levar ao Secretário de Segurança, ao Comandante da Polícia Militar, ao Governo do Estado e procurarmos buscar a solução para esse problema que aflige a população do Município de Campo Verde. Prefeito Dimorvan, estamos lá à disposição de Vossa Excelência, dos Vereadores, para juntos lutarmos por uma segurança de melhor qualidade para o nosso Município. Nós que somos representantes da região Sul, onde também tivemos uma votação expressiva no Município de Campo Verde, Dimorvan, com pouca experiência ainda, mas com muita vontade de ajudar e de trabalhar pelo nosso Estado, especialmente pela região Sul. Que Vossas Excelências contem conosco lá na Assembleia Legislativa. O voto do cidadão só tem um jeito de ser pago. É com trabalho, com companheirismo e isso vocês podem ter certeza de que vão encontrar na nossa pessoa, na Assembleia Legislativa. Não quero me alongar muito, porque têm muitos para falar. Passo a palavra ao nosso Prefeito Dimorvan, para que faça as suas considerações iniciais... (PAUSA) Antes, porém, passo a palavra ao Presidente da Câmara, Vereador Geraldo Pereira, logo após ao Prefeito Dimorvan. O SR. GERALDO PEREIRA DE ARAÚJO - Eu quero cumprimentar o Prefeito Dimorvan, o Deputado Estadual Nininho, e em nome deles cumprimento toda a Mesa, todos os Vereadores, companheiros desta tarde; todos os empresários, aquelas pessoas que têm interesse de que Campo Verde seja um lugar melhor, e melhor na Educação, na Saúde e que possamos ter uma polícia que tenha condições de trabalhar. Infelizmente, a polícia, hoje, na verdade, não tem essa estrutura tão grande por falta de ajuda do Governo do Estado, porque precisa de investimento e sem investimento nada cresce.

Pág. 2 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Hoje, na realidade, não se ouve falar em concurso. Teve um concurso para mil soldados, mas para nós, parece-me, só veio três. E, também mudar as leis no Congresso, porque essas leis... É onde o policial prende e amanhã está solto... Na verdade, o que nós precisamos é disso. E, outra coisa, nesta semana foi votado um projeto de lei, onde nós esperávamos que com esse Projeto fosse melhorar... Piorou, porque daqui a cinco anos, dez anos, já estarão de 5% a 10% dos presos soltos. Então, para ajudar tem que também dar condições à polícia e mudar as leis; que essas leis sejam mais severas, onde possamos ter segurança. Na verdade, o Governo do Estado deveria fazer aquilo que o Dimorvan faz aqui em Campo Verde, dar apoio às crianças: Tem o Projeto dos Bombeiros, tem o Projeto da Polícia Militar, criança na escola, criança no esporte, desde o mirim. Temos que tirar as crianças da rua e dar educação, para amanhã termos uma criança melhor. E que os pais também ajudem! Não é deixar também... E amanhã... Quando der o problema que está acontecendo hoje. Na verdade, nós temos andado bastante. Fomos várias vezes a Cuiabá... Os empresários estão até aqui... O Prefeito, o Vereador e os empresários, onde fomos pedir ao Secretário de Segurança apoio e para termos mais polícia e, pelo menos, mais um carro para o município. Não veio nada ainda, por enquanto. Parece que veio um carro, uma caminhonete, e com um mês e uso, parece-me que levaram para trás. É uma pena ver que a Polícia Militar está com computador estragado lá. Isso é um absurdo! Como é que vai aguentar? Qual município consegue manter essa situação? O Prefeito Dimorvan tem investido, tem ajudado, tem procurado fazer o melhor, que nós tivéssemos um projeto melhor que pudesse resolver, mas dessa maneira não vai resolver. Tem a Lei Maria da Penha que é muito boa. E o que está acontecendo? Começaram a matar mais mulheres e não vemos ninguém sendo preso. Prendem alguns, mas o resto foge. Então, é preciso mudar as leis no Brasil para que a Polícia possa trabalhar. O Governo pode dar condições à Polícia para trabalhar. São as minhas palavras e obrigado a todos! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Com a palavra, o Sr. Dimorvan Alencar Brescancim, Prefeito de Campo Verde. O SR. DIMORVAN ALENCAR BRESCANCIM - Boa-tarde a todas as senhoras e senhores presentes! Muito obrigado pela presença! Boa-tarde, gente! (A PLATEIA RESPONDE: “Boa-Tarde!”). O SR. DIMORVAN ALENCAR BRESCANCIM - Eu quero cumprimentar o Deputado Nininho e em seu nome todos os representantes da Assembleia Legislativa; cumprimentar o Presidente Geraldo e em nome os vereadores de Campo Verde; o Ten. Cel. Roberson, nosso amigo pessoal, que, hoje, comanda a segurança da Assembleia Legislativa, neste ato, representando o Deputado Riva; o Secretário-Adjunto de Segurança, Dr. Anderson Garcia, neste ato, representando o Secretário de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso; o Dr. Jales Batista, Diretor de Interior Pág. 3 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. da Polícia Civil; o Cel. Valdivino Pimentel, Comandante Regional da Polícia Militar; o Dr. Fernando, nosso Delegado de Polícia; o Cel. PM Denézio Silva, Coordenador da Guarda Municipal de Cuiabá; o Eugênio Destri, Diretor do DETRAN, que está na campanha de trânsito esta semana conosco; o Major Alcides, Subcomandante Regional Sul do Corpo de Bombeiros; a Comandante Vivian; o Major Evandro. Senhoras e senhores, permitam-me cumprimentá-los em nome do Ricardo, que é o Presidente do Conselho Municipal de Segurança, e do, que carinhosamente chamamos de Bola, que é o Presidente da FEMAB-Federação das Associações de Bairros. Eu quero ser breve, Deputado Nininho. Eu gostaria de pontuar algumas coisas, porque acho que o objetivo maior desta Audiência Pública é pontuarmos algumas coisas e trazermos resultados, na verdade, ao final. As questões referentes à segurança pública são latentes. E não é somente no Município de Campo Verde. Basta ligarmos a televisão para vermos. Quando ligamos a televisão, em qualquer lugar que estivermos, nós percebemos que as questões de segurança estão trazendo preocupação de Norte a Sul do Brasil. Mas nós queremos tratar da questão de Campo Verde; queremos colocar algumas sugestões em relação a Campo Verde, porque a sociedade nos cobra isso. Nós temos, Sr. Presidente da Associação Comercial, CDL, sociedade civil organizada e lideranças, verificado que temos tido um agravamento constante dos crimes e dos delitos praticados tanto por menores como por maiores infratores. São crimes que assustam, na verdade, a população de Campo Verde. Razão pela qual esta Audiência Pública foi solicitada. Eu acho importante chegarmos ao final desta Audiência Pública e termos alguns encaminhamentos; que os representantes do Estado possam - da mesma forma que estou aqui como Prefeito, como, tenho certeza, que todos dos Vereadores da Câmara Municipal, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros estão aqui - nos dar sugestões. Nós vamos nos esforçar, dentro do possível, para que possamos trazer soluções às questões de segurança do nosso Município. Eu gostaria de abrir a minha fala colocando que tive o prazer de ser eleito Prefeito em 2004 e nesses anos que estive à frente da Prefeitura de Campo Verde ela tem sido extremamente parceira do Estado de Mato Grosso no quesito segurança. Eu não vou entrar em detalhes, mas pedi para a minha assessoria fazer um levantamento. Nós investimos, de 2005 até agora, dois milhões e meio de reais de recursos municipais de segurança pública em Campo Verde. Há poucos dias eu falava de um milhão de reais. Eu pedi para detalhar. Este relatório me foi entregue antes de eu entrar nesta sala e a cifra soma dois milhões e meio de reais. Está aqui para quem quiser ver: doação de terreno para o Corpo de Bombeiros; doação de terreno para construção de presídio, de cadeia pública; trezentos mil reais para construir o Corpo de Bombeiros; participação na construção de prédio de Promotoria Pública; conserto de viaturas; pessoal permanente durante toda a nossa gestão na Polícia Militar e na Polícia Civil apoiando essas corporações; pneus; conserto de carro; óleo diesel. Dois milhões e meio de reais! Então, a Prefeitura de Campo Verde é parceira do Governo do Estado no quesito segurança e, dentro do possível, queremos continuar essa parceria trazendo aquilo que a população nos cobra. Porque como estamos aqui, na ponta, nós somos os primeiros a ser apontados com o dedo de que a segurança não está boa. Na verdade, o município ele tem, sim, a responsabilidade na questão da segurança, mas é uma responsabilidade indireta.

Pág. 4 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. A segurança pública é uma obrigação do Estado e da Federação. Nós, enquanto município, temos dado o nosso quinhão de participação para fazer com que as instituições Polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros tenham o necessário para trabalhar. Eu gostaria de destacar isto, Deputado Nininho, porque sei que esta Audiência Pública está sendo transmitida pela TV Assembleia Legislativa. Ficará um arquivo desta Audiência Pública. Então, eu gostaria de registrar esta questão, porque, talvez, ela nem seja do conhecimento dos senhores e até de boa parte dos munícipes. Eu gostaria de pontuar quanto à Polícia Militar, à Polícia Civil e ao Corpo de Bombeiros de Campo Verde. Nós temos na Polícia Civil de Campo Verde, autoridades da Segurança Pública, um efetivo, hoje, de policiais extremamente pequeno. Nós temos sete Investigadores, um Escrivão de Polícia, um Delegado e uma viatura L-200 carimbada Polícia Civil. Essa é, na verdade, a estrutura juntamente com a Delegacia que foi construída em 1994 e que até hoje não recebeu nenhuma reforma, apesar de fazermos um pedido desde 2005 para recebermos uma reforma, uma ampliação, uma adequação no prédio da Polícia Civil para que possamos melhorar a qualidade do serviço das pessoas que atuam lá. Nós precisaríamos, de acordo com os dados da Corregedoria, que esteve recentemente em Campo Verde - e nós temos discutido isso muito com a Polícia Civil e com o próprio Governo do Estado -, de, no mínimo, quinze policiais investigadores e temos menos da metade; nós precisaríamos de, no mínimo, treze Escrivães de Policia. Temos mil inquéritos em andamento dentro da Polícia Civil. O que isso significa? Que um Delegado só sem Escrivão, muitas vezes, não dá conta de fazer a investigação e dar prosseguimento a esses processos. Com isso, nós temos uma demora muito grande na solução de crimes que são importantes de ser desvendados, porque a sobrecarga é muito grande. Eu gostaria aqui, Subsecretário, de pontuar que o nosso Delegado tem momentos que assume cinco Delegacias ao mesmo tempo. O Dr. Fernando é responsável pelas delegacias de , , São Pedro da Cipa, Dom Aquino e Campo Verde, durante trinta e cinco dias. Nesse caso, o delegado só trabalha com o réu preso, porque a Justiça impõe isso. O resto para tudo. Então, isso não é possível. Se nós quisermos verdadeiramente fazer segurança e trazer aquilo que a população precisa, nós precisamos mudar essa realidade, porque isso traz um prejuízo muito grande. O bandido tem se especializado cada vez mais e ele sabe dessas coisas, o que acaba, muitas vezes, expondo a nossa cidade aos problemas que temos enfrentado. Cabe ressaltar também que a nossa cidade utiliza a cadeia pública de Dom Aquino. Eu tenho uma queixa do Kener - e aqui eu quero parabenizar o Presidente da Câmara que está presente - que era o Diretor da Cadeia Pública de Dom Aquino, ele bate duro em mim pra caramba porque se tem cem presos em Dom Aquino, oitenta são de Campo Verde. Hoje, especialmente, há sessenta presos em Dom Aquino, quarenta e quatro são de Campo Verde. Na verdade, transporte para lá, transporte para cá, marca audiência, cancela audiência, existe um efetivo da Polícia Militar que fica transportando presos. Nós temos um outro problema que talvez muita gente não sabe, na verdade, o preso cumpre a sua pena em regime fechado ou em regime semiaberto. Quando você tem menos de cinco anos quatro meses de pena, o preso tem direito ao regime semiaberto. Numa cidade que não tem cadeia pública, ele é colocado em liberdade.

Pág. 5 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Os presos que teriam mais cinco anos e quatro meses para cumprir dentro da cadeia, no regime semiaberto, indo dormir na cadeia, no Município de Campo Verde são colocados na rua. Por isso, é importante construir a cadeia pública aqui. Nós temos também dados, Deputado, de cada dez presos que saem da cadeia, oito reincidem no crime. Oito. Isso significa o quê? Que não está recuperando ninguém, que não está ressocializando ninguém. O preso sai mais experiente, escolarizado e comete um crime muito mais difícil de descobrirmos, porque ele já esteve preso e já experimentou o gosto amargo de ficar na cadeia. Essas são informações oficiais. Quando nós temos um problema de menor infrator e temos hoje um aumento assustador de menores infratores cometendo delitos nas ruas... Tivemos casos recentes, como do Marcelo que, inclusive, mostrou em cadeia nacional, três menores invadiram a casa dele, um comerciante de Campo Verde, e atiraram. Esses menores, hoje, só estão no Pomeri porque a Delegacia de Campo Verde manteve-os presos durante 30 dias e não poderia ter ficado. Vinte e quatro horas depois ou quarenta e oito horas, sei lá, eles já deveriam ter sido colocados em liberdade, porque não havia vaga no Pomeri para internar esses três menores. Então, eles ficaram presos na nossa delegacia para esperar surgir uma vaga para abrigá-los. Nós não temos na região Sul de Mato Grosso, Sr. Secretário, também uma infraestrutura necessária para deter os menores infratores que cometem crimes graves contra a população. E esse índice, especialmente nesse grupo de pessoas, dessa faixa de idade, tem nos assustado. Isso é fruto da droga, é fruto de uma série de outras questões que precisam ser trabalhadas com um pouquinho mais de austeridade da polícia para que possamos, na verdade, resolver esses problemas. Gostaria de deixar aqui, em relação à Polícia Civil, um pedido do Município de Campo Verde, a Capital Nacional do Algodão, a 12ª economia do Estado, uma cidade próspera, com 23 anos de emancipação, o nosso aniversário está sendo este mês, no dia 04 de julho, para que, na verdade, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública Justiça desse uma atenção especial para que pudéssemos repor o efetivo; colocar os equipamentos necessários para que a polícia trabalhe bem; e, também, promover uma reforma no prédio da nossa Polícia Civil para que tenhamos condições mínimas de trabalhar. Durante o período dessas chuvas, o Dr. Fernando estava desesperado, porque estava chovendo em cima dos processos na sala dele e a Prefeitura foi lá socorrer para tentar resolver o problema. Quer dizer, não é possível! Para podermos avançar nessa questão é preciso que olhemos a segurança, no caso da Polícia Civil que estou tratando aqui, com olhos um pouquinho diferente para que possamos garantir que ela cumpra o seu papel de ser uma polícia investigadora, que garanta realmente que os crimes sejam desvendados e que as pessoas, que os cometeram, sejam retiradas de circulação da sociedade. Gostaria muito que isso não fosse colocado como uma crítica, nem que a imprensa fizesse isso, porque se eu fizer, estaria feito de forma leviana. Eu estou querendo aqui ser extremamente sincero, objetivo e não no intuito de crítica. Não temos intenção nenhuma de criticar o Governo do Estado, até porque introduzimos a nossa fala, falando que isso é um problema nacional. Só que a população clama que ela quer mais segurança e Campo Verde quer mais segurança. Quando entramos na questão da Polícia Militar a situação não é diferente. Nós temos apenas vinte e cinco policiais. Boa parte deles está aqui e quero parabenizá-los. Homens

Pág. 6 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. obstinados, que trabalham dia e noite, dobram turno, porque não tem efetivo suficiente para fazer todas as escalas. Sabemos que a nossa população tem cento e cinco mil habitantes e precisaria, no mínimo, ter cento e nove policiais na rua para que tivéssemos as viaturas circulando, as motos, os policiais nas esquinas fazendo a abordagem das pessoas, garantindo-nos a sensação de segurança. Isso dentro da cidade, sem contar que no interior do município nós temos problemas gravíssimos de todas as ordens, que vão da droga ao furto, ao roubo de produtos agropecuários, ao assalto às residências e não temos postos policiais em distritos que já mereciam, como: a Agrovila, Santo Antônio da Fartura, como Dom Osório, que tem agora quinhentas e quarenta famílias. Não temos posto policial, como, por exemplo, em Jupiara, que é um bairro que vínhamos pedindo, desde 2005, um posto policial para que possamos melhorar. Sem efetivo, não temos como fazer isso. Já procuramos o Comando da Polícia Militar e falamos: a prefeitura constrói um posto da polícia rodoviária no Gardeis para que possamos ter um atendimento de quem entra e de quem sai da cidade, na região da Chapada dos Guimarães, que hoje, na verdade, tem um grande fluxo de carros pequenos para acessar a Capital. A resposta que recebemos: “Não construa porque não tem efetivo para fazer funcionar” e nós temos interesse em fazer isso. Se nós tivermos sinal verde da Secretaria de Segurança, nós vamos construir o Posto da Polícia Rodoviária ou da Polícia Militar no entroncamento de Nova Brasilândia com Chapada dos Guimarães, que é a MT-251, 140, que liga a Capital, para que tenhamos ali um entreposto da polícia que vai nos ajudar muito a diminuir os problemas de crimes que temos, porque sabemos que boa parte do que acontece na nossa cidade, muitas vezes, vem da Capital. Continuando com a Polícia Militar, nós tínhamos uma caminhonete muito boa e foi recolhida. Temos um problema de deslocamento na zona rural e as viaturas que, normalmente, são deixadas à disposição da nossa Polícia Militar não atendem essas necessidades. Sabemos que foi terceirizado esse serviço, mas, na verdade, hoje nós temos quatro viaturas, essas viaturas são baixas, não temos nenhuma caminhonete, nenhum carro alto para que possamos fazer o policiamento no interior, ou, muitas vezes, até fazer uma operação em estradas não pavimentadas. Isso também tem trazido certos prejuízos à Polícia Militar. A população de Campo Verde cresce em torno de 12% a 17% ao ano e hoje temos menos policiais do que em 2003. Não pode. Precisamos repor a força. A cidade pulou para trinta e cinco mil habitantes e o número de policiais permaneceu o mesmo. Agora tem o pessoal na Academia que será colocado em serviço. Temos a informação extraoficial, apesar de estarmos buscando insistir nisso, de que Campo Verde vai receber dois policiais. Quer dizer, depois de um concurso, de todo um trabalho que foi feito, precisamos de reposição imediata do efetivo para que possamos garantir aos nossos policiais melhores condições de trabalho e que possamos trazer a segurança necessária, sem contar a necessidade de investimentos em infraestrutura. O prédio da Polícia Militar, da mesma forma, não recebe reformas há mais de cinco anos. Já recebemos várias equipes de engenheiros da Secretaria de Segurança fazendo projetos, fazendo projetos, mas o recurso não chega e as condições estão precárias. Tentamos, de uma forma ou de outra, ajudar. Mantemos cozinheira, já mantemos três, quatro telefonistas lá, fazemos pequenas reformas, investimos nas viaturas, trocamos pneus, colocamos combustível - fazemos muito isso -, mas a infraestrutura das instalações da Polícia Militar não estão em boas condições e precisam urgentemente de uma reforma. Queremos aqui, de público, colocar Subsecretário Anderson Aparecido, que a Prefeitura de Campo Verde está à disposição da Polícia Militar, como sempre esteve, colocado isso a Pág. 7 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. todos os Secretários de Segurança do Estado para que façamos um curso de formação de policiais aqui em Campo Verde, mas com o compromisso de que a maioria desses policiais ficará na nossa cidade. Nós bancamos essa despesa, se necessário, para garantir a formação de novos policiais dentro da nossa cidade. Temos instalações adequadas para isso, temos os oficiais dentro da Polícia Militar que pode fazer esse treinamento para que possamos garantir que tenhamos um efetivo maior, caso essa saída seja a saída necessária. Gostaria de agradecer a inclusão de Campo Verde para ganhar uma base Comunitária de Segurança, mas gostaria de reforçar que nós temos a demanda do Gardez, da Polícia Rodovia, da Agrovila João Ponce de Arruda, do Assentamento Santo Antônio da Fartura, do Assentamento Dom Osório, do Bairro Jupiara e do Bairro São Miguel onde precisamos ter postos da Policia Militar para que possamos garantir uma prevenção maior dos problemas que temos de Segurança Pública. Finalizando, com relação ao Corpo de Bombeiro, eu gostaria de parabenizar a Tenente Viviam e em seu nome todos os Bombeiros. Não é um sentimento só meu - isso não serve de crítica às demais instituições -, mas o Corpo de Bombeiros tem uma boa avaliação da sociedade, talvez porque não esteja direto no combate ao crime, mas está, sim, no serviço que o compete. É uma instituição que tem pouco efetivo e tem feito um excelente trabalho em benéfico da nossa cidade. Queremos parabenizar aqui os Policiais Militares, os Policias Civis, mas especialmente ao Corpo de Bombeiro, porque temos um serviço muito bem feito, apesar do pouco efetivo. Temos apenas dezessete Bombeiros em Campo Verde, apenas quatorze ficam em serviço. Precisaríamos ter, pela população e pela área que temos, sessenta e oito Bombeiros em efetivo exercício. Quer dizer, temos um quinto do efetivo necessário. A infraestrutura necessária é uma infraestrutura nova, uma infraestrutura boa. Criamos o FUNREBOM aqui e ainda há alguns recursos em caixa, que, na verdade, tem ajudado a manter os investimentos necessários que muitas vezes o Corpo de Bombeiros precisa na recuperação de uma viatura, na compra e no concerto de equipamento. Temos seis viaturas, uma de resgate, sendo que precisaríamos de pelo menos mais oito viaturas, pelo menos mais uma de combate a incêndio e uma de SAMU. O SAMU, na verdade, quando veio para cá, muitos não nos quiseram atender porque a cidade era pequena, porque tinha cidades muito maiores e porque aqui não tinha demanda, mas, por incrível que pareça, hoje temos mais de noventa ocorrências por mês atendidas pelo SAMU, em média três por dia, dessas, informações extraoficiais, pelo menos duas são graves. Então, hoje já comporta a segunda viatura. A Prefeitura tem bancado toda a estrutura de pessoal, enfermeiros, técnicos de enfermagem e toda a equipe necessária para manter o SAMU em funcionamento, mas é necessário mais uma viatura, porque nós estamos atendendo Dom Aquino, Chapada dos Guimarães, Serra do São Vicente, a metade da estrada de e também Nova Brasilândia. Então, isso tem trazido uma sobrecarga para o efetivo do SAMU e muitas vezes sentimos a necessidade de mais uma viatura. Assim, gostaríamos de registrar esse pedido aqui também para a equipe do Governo do Estado em relação a isso. No mais, eu gostaria de agradecer imensamente a presença de todos os senhores e dizer que tentei, em breve palavras, representar, não tudo, porque eu acho que mais pessoas têm que falar, mas o sentimento que nós temos. Na verdade, esse sentimento não é sentimento de crítica, mas de preocupação.

Pág. 8 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. A sociedade tem se mostrado apreensiva, tem demonstrado preocupação, porque amanhã pode ser eu. Cito aqui o exemplo do Presidente do CDL. O CDL e a SICAD são duas instituições que representam o comércio local. Temos tido conversas constantes em relação à questão de segurança, porque o comércio muitas vezes é que sente mais: o assalto a mão armada para levar o dinheiro do caixa do supermercado, o homicídio do dono de restaurante, que aconteceu recentemente, uma tentativa de homicídio que aconteceu recentemente a outro comerciante. Então, o comércio sofre demais. Questões normalmente graves, tentativa armada de levar muitas vezes os pertences ou levar o dinheiro. O companheiro Elias, Presidente do CDL, sentiu esse gosto, entrou na minha sala e falou: “Dimorvan, agora estou revoltado, porque até ontem eu tentava visualizar a coisa de uma forma, mas hoje eu não posso mais visualizar, porque eu fui feito refém dentro da minha casa, com a minha família, com uma pessoa armada ameaçando me matar, matar minha esposa e meu filho, coisa que eu nunca tinha experimentado em minha vida.” Isso, na verdade, reforçou a nossa insistência de não só ser recebido pelo Governador Silval Barbosa, como também, Deputado Nininho, pedir que esta Audiência Pública acontecesse, não porque o Elias é Presidente da CDL, mas porque isso está latente na nossa sociedade e muitas pessoas estão experimentando situações como essa. O supermercado da Vice-Prefeita - e muitos supermercadistas que estão aqui já foram visitados pelos assaltantes - foi assaltado na semana passada. Um pedreiro pulou em cima do ladrão, conseguiu derrubá-lo, foi preso, ele escapou, foi preso, escapou de novo e está em liberdade pela terceira vez. Então, é necessário... Eu quero aqui em nome da população de Campo Verde, de todas as lideranças, de todos os funcionários públicos que estão aqui da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, dos policiais que estão aqui, eu quero pedir em nome dos Vereadores, em nome da sociedade de Campo Verde, que nós venhamos a buscar saídas, mas saídas com soluções, que tragam resultados, para que possamos ter uma sensação de segurança melhor. Eu quero com isso agradecer a presença de todos. E, quero dizer, o nosso Delegado não pode responder por cinco delegacias ao mesmo tempo. Não estou puxando saco do Dr. Fernando, não! Ele é Delegado muito trabalhador, que trabalha muito! Mas, estou aqui dizendo que isso acontece e nós sabemos que, muitas vezes, não tem outro jeito, porque não tem outro para substituir o companheiro que vai sair de férias. Mas, onde está a solução? Nós temos que ir atrás dela, porque senão nós não vamos ter segurança. E, eu acredito que esse seja o maior anseio da sociedade, hoje, a Segurança! Estamos bem na Educação, precisamos melhorar na Saúde, mas a Segurança é um quesito que, com certeza, está entre as prioridades da sociedade mato-grossense e da sociedade de Campo Verde também nesta Audiência Pública. Muito obrigado e uma boa tarde a todos! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Queremos agradecer as palavras do Prefeito Dimorvan e antes de passarmos a palavra ao nosso palestrante, caso haja interesse de alguém da plateia interpelar o palestrante, poderá fazê-lo com prévia inscrição junto ao Cerimonial, estritamente e somente sobre o assunto. E o interpelado terá três minutos para responder. Agora, convido o ilustre palestrante, o Sr. Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, Secretário Adjunto de Inteligência da Segurança Pública, que terá 15 minutos para suas explanações, conforme preceitua o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Pág. 9 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Primeiramente, boa- tarde a todos e todas presentes! Eu gostaria de saudar o nosso Prefeito Dimorvan, nosso Chefe do Executivo da nossa Cidade de Campo Verde; nosso Deputado Nininho, quem organizou e providenciou tudo isto, para que esta Audiência Pública pudesse acontecer; o nosso Presidente da Câmara, Sr. Geraldo; o Ten. Cel. Roberson, neste ato, representando o Deputado Riva; o nosso Cel. Valdivino Pimentel; o Major Alcides, neste ato, representando o Cel. Bonoto, do Corpo de Bombeiros; nosso delegado de polícia, Diretor de Interior da Polícia Judiciária Civil, Dr. Jales, meu amigo, a quem em nome dos três externo e estendo esta saudação às demais autoridades que compõem a mesa; prezados representantes da organização civil organizada e da comunidade; e todos os demais que aqui se encontram. Primeiramente, eu fico muito feliz de poder estar aqui falando um pouco com vocês a respeito de segurança pública. Primeiramente, porque é um tema que me apaixona bastante e realmente o fato segurança pública reflete em todos os segmentos da sociedade. Não há investimento se não houver segurança, eu não consigo fazer uma educação, se não houver segurança qualquer empresa vai se instalar em determinada região e um dos critérios, um levantamento para fazer o diagnostico chama-se segurança. Nós vamos realizar uma Copa do Mundo em nível de Brasil e um dos critérios que a própria FIFA impõe a nós, é o critério segurança. Se nós voltarmos no mundo, no tempo lá atrás, nós vamos ver que segurança pública sempre foi e sempre será um tema polêmico, pujante, que vai sempre estar em evidência em razão dessa transversalidade em que ela atua. Ela pega todos os segmentos, ela sempre tem, me desculpem o termo, aquele pezinho na cozinha, seja na área de educação, da saúde, da economia e na área social. Eu parabenizo a fala do nosso Prefeito que muito me marcou, Prefeito, eu fiquei muito admirado pelas palavras que Vossa Excelência colocou muito bem colocadas. Nós percebemos que o nosso Prefeito conhece realmente o diagnóstico da segurança pública na cidade em que comanda a um ponto que ele não deixou nada para eu falar. Ele falou do efetivo, ele falou dos problemas do efetivo, ele deu um diagnóstico geral. Parabéns! Parabéns, Sr. Prefeito! Com isso me surpreendeu demais. Realmente o que ele disse os números apontam isso mesmo, são vinte e seis policiais militares, dez investigadores de polícia, uma L-200, a outra viatura que havia na Polícia Civil se encontra baixada para a reforma, já foi orçada, a reforma dela está no valor de cinco mil reais. A questão da construção da reforma do prédio da Polícia Judiciária Civil, a questão dos postos, das bases comunitárias na comunidade de Campo Verde que já é um anseio, já há projetos sobre isso. Então, nós percebemos que o Prefeito acompanha de perto essa questão de segurança pública. Isso é muito bom. Outro ponto que me chamou muito atenção, Sr. Prefeito, na fala de Vossa Excelência, foi justamente que o senhor venha a parabenizar essa atuação tanto da Polícia Civil, Polícia Militar quanto do Corpo de Bombeiro. E em nome da Secretaria de Segurança Pública isso nos enaltece. Por quê? Porque a Secretaria de Segurança Pública não existe por si só, ela existe em razão das instituições que a compõe. Se o Corpo de Bombeiro, se a Polícia Militar, se a Polícia Civil, se a POLITEC estão bem, a Secretaria de Segurança Pública também vai estar bem. Isso é uma ordem natural das coisas. E apesar das deficiências que nós sabemos que existem e que não é privilégio ou demérito de Campo Verde, como bem disso o nosso Prefeito, isso é uma questão nacional e até mesmo estadual, apesar de todos esses percalços, os nossos servidores da Segurança Pág. 10 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Pública estão a custos pessoais, nós sabemos disso, muitas vezes nós sabemos, pela demanda dos senhores e das senhoras que compõem esse quadro, esses esforços sobrenaturais que vocês realizam, mas estamos, de certa forma, dando resposta a isso. E isso é muito feliz, é muito gratificante para nós. Temos muito que melhorar, mas gratificante nesse ponto. Ao ponto do Chefe do Poder Executivo reconhecer esse esforço emanado pelos Servidores da Segurança Pública que estão lotados aqui. Outra colocação que me surpreende é a disposição e o reconhecimento também das responsabilidades municipais, das responsabilidades sociais frente à Segurança Pública. Isso também me surpreendeu. Já participei de várias Audiências Públicas em outras localidades, sem mencionarmos nome, onde nós percebemos, muitas vezes, que o Chefe do Executivo, ou representante, ou até a própria sociedade local entende e enxerga que a responsabilidade Segurança Pública é única e exclusiva do Estado. Aqui foi diferente. A receptividade foi diferente. É dever do Estado, sim, mas a responsabilidade é de todos nós, inclusive minha enquanto cidadão também mato-grossense. Então, isso já me surpreendeu, me admirou demais. Campo Verde é uma cidade, é uma região pujante. Ela cresce realmente a uma taxa de 12,8% ao ano. Ela é o centro, é o maior produtor de ovos e de frangos da região. Várias empresas estão aqui se situando. Apesar de todos os percalços, é uma cidade nova, fundada no dia 04 de julho de 1988. É uma cidade nova, recentíssima. E o que mais surpreende é o seu crescimento populacional, Sr. Presidente. É isso que me chamou mais atenção. Pelos dados do IBGE, hoje, Campo Verde possui cerca de trinta e um mil habitantes. E a previsão do IBGE para 2015, para Campo Verde, é cerca de cinquenta e sete mil habitantes. É uma coisa assustadora o tanto que Campo Verde cresce. É como dizer que ele não cresce a toque de caixa, cresce a galope de cavalo, porque não é possível, é muito rápido. E com esse crescimento... É lógico que isso é mérito de um planejamento bem feito, isso não ocorreu do dia para noite, nós sabemos disso; que os Líderes Comunitários colaboraram demais, os representantes do Comércio que aqui existe também são responsáveis por esse progresso, o Chefe do Executivo, do Legislativo Municipal, o Estado colaborando, a sociedade primordialmente falando, isso é muito bom. E, ao mesmo tempo em que vem o progresso, ele traz as suas mazelas. Nós sabemos disso. Então, o planejamento é fundamental para o sucesso. Às vezes, o Chefe dos Poderes ou mesmo dirigentes de órgãos planejam determinada situação, mas óbices e fatores que escapam a sua vontade fazem com que aquele planejamento fique um pouco comprometido ou falho em determinado ponto, mas não no seu contexto. Essa pesquisa, esse dado que eu acabei de trazer para os senhores e senhoras, do IBGE, não sou eu que estou dizendo, é o IBGE que diz. Isso é uma prospecção de 57 mil habitantes até 2015, que vai obrigar a todos nós repensarmos e remodelarmos, fazermos um novo planejamento, talvez rodar a roda do PDCA, o famoso, para que reformulemos esse planejamento frente a Campo Verde, em virtude do seu crescimento acelerado. E o momento, Sr. Prefeito, Deputado Nininho, é ideal, o momento é esse, porque o MT+20 está sendo finalizado pelo Estado de Mato Grosso agora. O MT+20 é como nós queremos o Mato Grosso daqui a vinte anos. E daqui quatro, cinco anos vamos ter que rever novamente esse MT+20, e assim nós vamos fazendo, vamos planejando. O PPA, que é o Plano Plurianual do Governo Silval Barbosa, que acabou de assumir em janeiro deste ano, está sendo construído agora para 2012/2015. E o PTA vem logo em seguida, que é o nosso Plano de Trabalho Anual, onde vai estar todo esse planejamento de Pág. 11 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. investimento, de construção e tudo mais. O PTA deste ano já foi feito no ano passado. Nós temos somente que executá-lo, e nós vamos executá-lo da melhor forma. Então, isso é o importante. A Secretaria de Segurança Pública passou por uma reformulação muito grande a partir deste ano ao ponto de ser criadas três Subsecretarias, três Secretarias Adjuntas, da qual uma delas eu estou como Titular. Houve a criação da Secretaria-Adjunta, propriamente dita, de Segurança Pública; a Secretaria-Adjunta, Sr. Prefeito, de Programas, Políticas e Projetos para capacitação de recursos, seja em nível federal, estadual ou até mesmo, às vezes, municipal, por meio de um convênio, de uma parceria, onde nós vamos angariar mais recursos para Mato Grosso como um todo. E existe agora a Secretaria-Adjunta de Inteligência, da qual eu estou como Titular. O que isso significa para a Segurança do Estado, em especial Campo Verde, que aqui estamos? Significa muito, muito! Porque a Inteligência veio como um agregador. A Inteligência - eu costumo dizer - não é a salvadora da pátria, jamais vai ser! Não é assim que funcionam as coisas! Mas ela é um órgão de assessoramento altamente técnico. Nós tentamos sair daquele empirismo, do achismo, para entrar em questões técnicas. Por exemplo, vou dar um exemplo aqui e as senhoras e os senhores vão perceber o que essa Inteligência faz. Acidente de trânsito, que foi mencionado. Aqui nós temos um alto índice de acidente de trânsito, em Campo Verde, se nós pegarmos as estatísticas. Mas, por que isso? Porque o número de veículos - está aqui o nosso representante do DETRAN - aumentou assustadoramente em cinco anos ao ponto de ter cerca de 16 mil veículos cadastrados só em Campo Verde. Só em Campo Verde! 16 mil! Aí, eu pergunto: A cidade estaria preparada para comportar o tráfego de 16 mil veículos, aproximadamente? Com a construção da MT ligando à Chapada dos Guimarães, aqui virou um corredor. Então, o fluxo de veículos também que flutuam pela região aumentou e que não são moradores do local, mas aumentou! Então nós fizemos um levantamento, Deputado Nininho, em Cuiabá e Várzea Grande, com relação a esses acidentes de trânsito, e demonstramos, inclusive, o valor que era gasto pelo Estado e pelo município na recuperação de vitimados nesses acidentes de trânsito. E o valor econômico é assustador. Se nós temos 30 leitos em hospitais, principalmente em UTI, 15 leitos eram ocupados por acidentados no trânsito. Fora essa questão, nós constatamos também, pela área de Inteligência, que o poder, a nossa força de trabalho estava sendo colocada como aposentada, como invalidez. Em outras palavras, nós estamos perdendo a nossa força de trabalho, Sr. Deputado, nessa questão de acidentes de trânsito. E começamos a ver, porque a maioria das vítimas gira em torno de 18, 19, 20, 28 anos de idade! É a nossa força de trabalho que estava se aposentando cedo e isso redundaria em quê? Em prejuízo maior ao nosso Instituto Nacional de Seguridade Social, à Previdência, que tem que pagar; que tem que contribuir com esse cidadão que está inválido. Nós temos que, também, ampará-lo. Essa é a parte com a qual a Secretaria-Adjunta de Inteligência vem colaborar para que se mude esse quadro, essa visão. Principalmente na questão das drogas, o Governo do Estado vem encampando por meio da Secretaria de Segurança Pública, do nosso Secretário Diógenes, um enfrentamento às drogas que já está sendo mencionado. Mas ali não há somente um combate às drogas, porque, senão, vira aquele circulo vicioso, como bem disse o nosso Prefeito. Ele mencionou, falou de uma cadeia pública, uma questão de estabelecimento para adolescente. O caminho é esse mesmo. Ora, tudo bem, a Polícia pega o viciado, o detém e ele é internado. Mas onde se nós não temos instituto de

Pág. 12 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. recuperação? Onde nós vamos colocar esses nossos adolescentes que estão comprometidos pelo vício? Onde? Então, reparem que essa transversalidade com a qual a Segurança Pública atua na área de saúde, de educação, de meio ambiente e da própria segurança em si, não somente na criminalidade em si, na não violência, é muito ampla. É por isso que a Segurança Pública vem com a nossa Constituição que diz: É responsabilidade de todos nós, mas dever do Estado; mas responsabilidade de todos nós, porque nós temos que pensar nisso, também. Olha, se vou recuperar esse adolescente que está no vício, eu tenho que ter um local adequado para colocá-lo. A questão da reincidência falada aqui, também, é crônica. Ela é crônica. A nossa lei de execução penal é maravilhosa. É uma lei de primeiro mundo, mas o Brasil está preparado para recepcioná-la? A realidade do Brasil nos mostra isso? Eu acredito que não! Então, nós temos que trabalhar em nível de Brasil, em nível de Estado e de Município para que isso ocorra. Para isso nós temos que ter planejamento. E para nós planejarmos vem a Secretaria-Adjunta de Inteligência, como membro assessorativo para trazer esses dados para tentarmos dar esse norte a toda essa política de segurança pública que existe no Estado. Então, o momento é este! Eu fico muito feliz, Sr. Prefeito; Deputado Nininho, por essas colocações, nosso Presidente da Câmara, porque o nosso PPA está sendo construído e, com isso, nós podemos o quê? Colocar essas diretrizes, essas prioridades, acima de tudo. É óbvio que nós trazemos algumas respostas ou colocações frente a alguns anseios que o povo de Campo Verde já vinha pleiteando e solicitando. Essa questão da cadeia pública mencionada, hoje. Até dezembro do ano passado essas questões socioeducativas, como de cadeia pública, faziam parte da pasta de Segurança Pública. A partir de janeiro deste ano, com o desmembramento da Secretaria, a questão da cadeia pública passou a ficar sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, que tem à frente o Desembargador Paulo Lessa. Mas isso já foi encaminhado. Em conversa com o Secretário Diógenes Curado Filho ele mencionou que essa questão da cadeia pública era prioridade ano passado e já estava desenhada a questão, salvo engano, de um terreno que a Prefeitura iria doar ou iria arrumar. Mas houve aquele contingenciamento linear no Orçamento Geral do Estado e isso ficou paralisado até este momento. Então, em janeiro, houve essa separação e a questão foi encaminhada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos. Eu não saberia dizer e nem responder, agora, a partir de agora, quanto ao andamento disso, porque já está em outra Pasta e não na nossa. Seria leviano de minha parte manifestar sobre outra Pasta do Estado. Então, não mencionaríamos isso. Com relação aos menores infratores, além de um local apropriado para a sua recuperação, para o tratamento daqueles que são dependentes, nós temos, também, que pensar nas questões sociais. Nós temos que tirar essas crianças da rua. Isso foi mencionado. Eu até fiquei feliz quando o Presidente da Câmara mencionou que a Polícia Militar possui um projeto. A Polícia Civil tem o Programa “De Cara Limpa Contra as Drogas”; a Polícia Militar tem o PROERD e o Bombeiros Militar tem os “Bombeiros do Futuro” e tudo mais. É como eu disse, o Estado é constituído de suas instituições. Se o Bombeiro faz; se a PM faz; se a Polícia Civil faz, a Secretaria está fazendo, o Estado está fazendo. Então, nós temos que ampliar esse leque, que aumentar essas ações sociais, que criar mais para tirarmos os nossos jovens da rua para evitarmos, cada vez mais, esse contato, essa proximidade dos jovens com o mundo do crime para que lá na frente ele não se transforme em um criminoso em potencial. Pág. 13 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Quanto às viaturas realmente nós temos alguns problemas. Com relação à viatura havia um contrato feito com uma empresa. As viaturas são locadas e esse contrato está sendo reformulado. Ele vai ser assinado. Se já não foi assinado esta semana. Eu creio que com isso, Deputado Nininho; Prefeito, nós poderemos viabilizar algumas viaturas. Não seria em número, porque eu percebi que o pleito da sociedade é quanto à questão do tipo de viatura, quanto à questão do terreno para os nossos colegas, os nossos servidores trabalharem. Então, eu deixo essas questões que foram mencionadas com essas respostas. Na questão dos recursos humanos nós estamos com dois concursos em andamento. Na verdade, são três. O Corpo de Bombeiros, se não me engano, já finalizou ou já está por finalizar; a Polícia Militar nós já estamos caminhando para o término do Curso de Formação, salvo engano, no dia 06 de setembro será o último dia de aula. Aí, então, nós teremos mais mil policiais militares para o Estado de Mato Grosso. Aqui, na região, estão sendo formados trinta e cinco, em Primavera do Leste, na região de Primavera do Leste. Com relação à Polícia Civil foi iniciado, agora, o Curso de Formação de Investigadores e Escrivãs. Com relação aos Delegados de Polícia nós tivemos um problema com o concurso em si: Tinha um planejamento para que houvesse um concurso por ano até 2014, porém, todos os senhores e senhoras acompanharam pela mídia que esse concurso ficou parado quase um ano em virtude de demandas judiciais. Essas demandas foram supridas este ano e foi retomado o concurso público. Já foi realizado. Faltavam quatro fases, se não me falhe a memória, quatro fases e já foram feitas duas fases. Inclusive, o exame médico foi na semana passada. Resta, agora, somente o exame físico e o psicotécnico. Só aí esses novos Delegados entrarão no Curso de Formação. A previsão é que eles sejam chamados este ano e no início do ano que vem esses Delegados já estariam aptos a atuar e fortalecer a segurança. Todos os chamados serão designados ao interior do Estado. Então, é um grande número que estaríamos trazendo. Já há conversas, formulações para que nós pensemos num novo concurso público tanto para a Polícia Militar quanto para o Corpo de Bombeiros, quanto à Polícia Civil, no que tange também a investigadores e escrivães para que realizemos no ano que vem e possamos colocar mais servidores no quadro. É uma exigência, também, da FIFA que nós temos que cumprir e alcançar, não só pela FIFA. Mas, a FIFA, em virtude da Copa do Mundo, acelerou, às vezes, alguns processos que nós estaríamos caminhando. Isso é algo natural. Então, a inteligência, Sr. Deputado, vem trazendo esse esboço. É feito esse diagnóstico: Falta pessoal? Falta. Precisamos fazer esse concurso. Temos problemas com as viaturas? Temos, reconhecemos e não podemos esconder as nossas mazelas. Eu costumo sempre dizer assim: Quem fala a verdade não merece castigo jamais, até porque eu tenho a certeza absoluta que todos nós estamos no mesmo barco. Todos nós, todos que estão aqui já demonstraram, pela sua presença na Audiência Pública, a importância, o interesse e a preocupação com o tema segurança pública na comunidade. Isso é muito bom! Fico feliz. Então, esse diagnóstico eu também estou levando para o Governo do Estado, para o nosso Secretário Diógenes Curado Filho. Levando este diagnóstico de que o povo, a sociedade de Campo Verde está, sim, preocupada com a questão de segurança pública. Temos que realinhar esse nosso planejamento até mesmo em virtude das peculiaridades e, como disse, o momento é este. O PPA está sendo feito, está sendo construído; o PTA está sendo construído, vai ser iniciado agora para que possamos, então, ter todos esses investimentos.

Pág. 14 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Coloco-me à disposição de todos para responder as perguntas. O que eu não souber, vou ser bem sincero e falar assim: Não sei, vou procurar saber e trazer a resposta posteriormente. E em algumas reivindicações vou ser o porta-voz e a voz de vocês ao nosso Secretário Diógenes e ao Governador do Estado. Está bom? Muito obrigado! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Secretário Anderson. Antes de começarmos a ouvir as perguntas da plateia, queremos ouvir ainda mais um inscrito e depois iremos intercalar um ou dois da plateia que irá fazer as suas perguntas e aí ouviremos os demais inscritos. Passo a palavra ao Tenente-Coronel Valdivino Tavares Pimentel, Comandante do 4º Comando Regional de Rondonópolis. O SR. VALDIVINO TAVARES PIMENTEL - Sr. Deputado Nininho, que preside esta Audiência Pública, em seu nome cumprimento os demais presentes. Quero dizer da nossa satisfação, por parte da Polícia Militar, em estar presente e muito preocupada com a situação não somente da cidade de Campo Verde, mas de toda a nossa Regional Sul que tem um pouco menos de meio milhão de habitantes, uma pujança. A nossa sede fica em Rondonópolis. A região Sul é muito forte no crescimento e no desenvolvimento. As vias de acesso a outros Estados, a outras regiões, que passam por aqui, por meio das rodovias federais e estaduais, avolumam cada vez mais a circulação de veículos, principalmente veículos de carga. Também, o desenvolvimento em todos os aspectos não seria diferente se nós não preocupássemos com toda essa situação no sentido de melhorar nossa prestação de serviço. Quero ser bem breve, apenas colocar algumas observações. Entendo que nem deveria falar, porque o nosso Secretário já falou, mas apenas dando a nossa colaboração por parte da Polícia Militar. Senhores, Segurança Pública se faz com a participação de todos. Se nós temos problemas, ele é nosso. O problema é da sociedade da qual fazemos parte. Nós temos a responsabilidade. Tudo começa na família. O embrião de tudo isso começa na família e se estende a nossa comunidade escolar. Nós temos que acompanhar e trabalhar com a nossa comunidade escolar. A Polícia Militar tem feito a sua parte com um policiamento preventivo e, também, participando das reuniões de pais e mestres, tornando essa comunidade escolar conhecida da Polícia Militar e nós também a conhecendo. Tudo isso para facilitar a comunicação, a relação interativa com essa comunidade para minimizar os conflitos sociais que são comuns onde está o ser humano, onde está a concentração da nossa população, porque quanto maior, maiores são os problemas. O Estado de São Paulo está muito preocupado, estava controlada a violência e agora a coisa desencadeou, principalmente roubo a Banco e outros tipos de crimes contra a pessoa. Nós temos, sim, que parabenizar as pessoas que estão preocupadas e participando deste momento tão importante que é significativo para a história de Mato Grosso e, em especial, para a nossa sociedade. Mas, nós temos que discutir os nossos problemas internos com a nossa comunidade. E quando os senhores forem convidados para participar de uma reunião, seja ela comercial, da comunidade ou na escola, têm, sim, que participar. Tudo começa na comunidade. É importante que tenhamos os nossos bairros organizados, essas lideranças comunitárias, o CONSEG que aqui está formado, está aqui o nosso Presidente, tem procurado conversar e apresentar-se à coletividade, ser um parceiro do Poder Público e das demais instituições para que fortaleça o trabalho de prevenção à violência e à criminalidade. Não é só quando o problema acontece comigo, que aí eu vou reclamar por segurança e pela presença do Estado. Eu, Pág. 15 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. sim, tenho a obrigação, também, de coparticipar, porque nós moramos em uma comunidade que necessita da presença efetiva do Poder Público no sentido amplo. E a presença do Poder Público faz com que nós possamos, cada vez mais, entender a missão de cada um e participarmos dessa discussão. É na escola que nós temos a maior representação da nossa sociedade organizada e da nossa comunidade, que são os nossos filhos que ali estão representados. Por esta razão que a Polícia Militar tem procurado ir às escolas para se tornar conhecida e também facilitar as informações que virão da comunidade ou que venha da comunidade, e o que mais precisamos da comunidade chama-se informação com qualidade. Infelizmente, ainda temos muito trote. O Corpo de Bombeiros recebe muito trote. O SAMU recebe muito trote e as delegacias recebem muitos trotes. Nós podemos reduzir isso aí trabalhando onde? Na nossa comunidade. E onde que se discute isso? Na escola, nas reuniões de pais e mestres, nas reuniões de bairros e sucessivamente. O Poder Público organizado, as autoridades, todos os segmentos, a iniciativa privada, também, podem muito colaborar porque fazem parte desse contexto. Todos nós moramos e ocupamos uma residência num bairro da nossa sociedade. Então, segurança pública faz-se com a participação de todos. Eu diria que nós estamos procurando fazer a nossa parte. Há deficiência? Há deficiência. Está melhorando? Está melhor. Conhecemos isto aqui desde 1983. Trabalhamos nesta região desde 1989, quando a administração da Polícia Militar e da Polícia Judiciária ainda pertencia a Chapada dos Guimarães. O Poder Público Municipal sempre foi parceiro. Sr. Prefeito, queremos parabenizar pela sua dedicação, e a Câmara Municipal por não ter reservado esforços no sentido de somar conosco. O primeiro destacamento da Polícia Militar aqui foi construído pelo Município, e, de lá para cá, tem sido cada vez maior a parceria estabelecida. Graças a Deus, temos, ainda com deficiências e limitações, prestado um serviço de qualidade junto à população. Mas, volto a dizer, precisamos participar das reuniões de bairro, precisamos participar das reuniões de pais e mestres nas nossas escolas, precisamos ouvir os nossos educadores, precisamos participar também das Audiências na Câmara, participar das Sessões aqui na Câmara, para que possamos conhecer os trabalhos dos nossos representantes e também cobrar. Gente, nossos agradecimentos. Podem contar conosco nesse trabalho de prevenção à criminalidade e à violência. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Coronel Valdivino Tavares. Passemos a ouvir os inscritos da plateia. Peço à assessoria que leve o microfone ao Sr. Benjamim Gonçalves, Presidente da União de Bairros. O SR. BENJAMIM GONÇALVES - Boa-tarde a todos! Em nome da comunidade de Campo Verde, estou representando as Associações de Moradores, tenho bastante pedidos. Se é para pedir, então, vamos pedir. Temos aqui a equipe da Polícia Militar, que hoje está trabalhando muito bem, não temos o que reclamar da Polícia Militar, mas, como já foi dito, há falta de efetivo. Hoje estamos com vinte e cinco policiais. Na realidade, para ficar bom para nós, para começar a melhorar, sessenta homens seriam suficiente, já dava para começar.

Pág. 16 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Policiais Civis são sete. Se vier mais oito, já dá para trabalhar também. Outra coisa que queremos pedir também é a respeito de viaturas. Uma viatura veio para nós no dia 25, foi um presente de natal que ganhamos, veio dia 25 de dezembro de 2010, quando foi em maio ela sumiu, desapareceu da cidade. Estamos sendo bem francos, bem claros, estou representando a comunidade, nós que estamos no dia a dia junto na rua vendo as necessidades. Tivemos um probleminha na Cadeia Municipal, porque não tem estrutura certa para segurar os elementos, não tem qualificação melhor - não é Delegado? Outra coisa o Batalhão nosso aqui da Policia, o prédio, como o Prefeito disse, estava chovendo na Delegacia, não só na Delegacia, mas no Batalhão também, inclusive teve um problema no computador, não é Major Evandro? Então, temos vários problemas, e estava precisando ter esta Audiência Pública para vir as pessoas que têm poder, como o Deputado Nininho, que está nos dando esse apoio aqui, trazendo os representantes para que possamos chegar aqui e abrir o jogo para vocês, porque não adianta ficarmos sentados na porta de casa só falando mal: “Ah, o prefeito está isso... Ah, o prefeito... Ah, o Governo...” Não. Tem que participar, tem que vir aqui. Vamos juntos. Se não fizermos isso juntos, aonde que nós vamos parar? Então, meus pedidos são esses (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Passo a palavra para o Dr. Anderson Garcia, para suas respostas. O SR. ANDERSON GARCIA - Primeiro, quero parabenizar o representante da Associação de Moradores, o Sr. Benjamim, e dizer, Sr. Benjamim, com relação aos prédios, que o prédio da Polícia Civil, esse eu sei mais. A respeito da Companhia Independente aqui de Campo Verde, confesso ao senhor que eu teria que dar uma olhada lá, ou o nosso Comandante Valdivino poderia falar a respeito. Mas esse aqui, sinceramente, confesso, no momento eu não saberia dizer. Eu sei que há já um projeto de reforma. Agora, o pé que está, como ele se encontra, eu não saberia dizer. Com relação à reforma do prédio da Polícia Civil, que me preze o Dr. Jales, mas esse eu tive a informação de que se encontra lá na Secretaria, até fui dar uma olhada nele antes de vir para. O que está ocorrendo é o seguinte: houve o pedido, salvo engano, em 2008, teve a formulação, a reivindicação veio desde 2005, como o Prefeito mencionou, mas a formalização dos procedimentos foi feita a partir de 2008. São dois anos. O que ocorreu? Ocorreu que neste projeto não seria só a construção, a reforma do telhado, seria uma reforma geral de todo o prédio. Essa reforma de todo o prédio da delegacia ficou orçada em cerca de 90 mil reais - esse é o valor que está lá nessa reforma geral do prédio da Políia Civil. No ano passado teve esse contingenciamento linear por parte do Governo, onde todas as ações e medidas sofreram esse corte linear e toda vez que há um contingenciamento no orçamento linear é ruim, porque ações prioritárias passam a ser contingenciadas também. Isso é ruim. Você não consegue remanejar às vezes por se encontrar em outra ação. Aí, caso o dirigente, o gestor, o faça, estará ocorrendo improbidade administrativa, e é crime. Não tem jeito de remanejar essa verba. Mas está lá. Já até conversei com o nosso Secretário Diógenes e ele mandou acelerar mais ainda esse processo que se encontra no nosso núcleo sistêmico. Vamos supor: o problema maior é o telhado. O telhado é o primordial. Esse teria que ser o primeiro. Bom, aí poderíamos desmembrar esse procedimento, mas no momento em que se encontra eu acho até inviável, deixa caminhar mais um pouquinho, que aí há uma reforma total. Mas pode haver esse desdobramento e cuidarmos tão-somente do telhado. Então, essas duas partes eu vi.

Pág. 17 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Na questão da cadeia púbica, seria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Eu pediria até desculpas ao colega, ao Benjamim, mas eu não entraria em outra Secretaria de forma alguma. O efetivo e as viaturas eu deixaria por conta do nosso Diretor da Polícia Civil mencionar, a questão prioritária, e ao nosso comandante, Diretor da PM também, para se expressar, porque eu também trouxe reforço para cá - eu não vim sozinho. Em relação ao concurso público, eu já teria a mencionar que ele está em andamento. Então, eu passaria a palavra ao nosso colega Valdivino para falar desse efetivo da PM e depois ao nosso Diretor de Interior, Dr. Jales Batista da Silva. O SR. VALDIVINO TAVARES PIMENTEL - Sr. Benjamin, está previsto para os próximos três anos a inclusão de mais 3.000 Policiais Militares. Acredito, pela nossa previsão, há demanda, não resta dúvida de necessidade de ampliarmos esse efetivo. Não será possível chegar a 60, mas um pouco menos que isso, acredito que ao final de três anos, anualmente, consigamos recompor o efetivo e acrescentar um pouco mais, haja vista que todos os anos tem policial que vai embora para casa, às vezes, transferido ou por outras razões deixa a corporação. Então, este ano, nós estaremos remanejando alguns policiais para cá, quantidade muito pouca, mas a partir do ano que vem teremos um efetivo maior para a Polícia Militar e, sucessivamente, para os três próximos anos. Em relação à caminhonete, houve uma necessidade premente e teve que ser remanejada. Mas, estaremos remanejando uma outra caminhonete para cá para os próximos dias, que está em reforma. Recebi essa informação lá no Comando da corporação e estaremos designando, efetivamente, para cá ou repondo essa caminhonete que saiu daqui. Em relação à reforma do prédio, nós encaminhamos a demanda daqui como de outras regiões para ser incluída no Plano de Trabalho Anual e queira Deus que seja contemplado para o ano vem se não houver nenhum contingenciamento. Então, a nossa parte de planejarmos encaminhar nós fizemos. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Quero aqui só também, dando uma resposta ao nosso companheiro Benjamin, que representa aqui todos os bairros, quero dizer que com relação ao efetivo, nós estaremos lá reforçando a cobrança, cobrando junto ao Comando para que possamos trazer o máximo possível de policiais aqui para o município. Com relação à reforma da nossa Delegacia de Polícia, nós estaremos lá, Sr. Anderson, cobrando do senhor e do nosso Secretário Diógenes, a urgência será nesse processo. Com relação à reforma do destacamento da Polícia Militar, eu acabei de fazer aqui um combinado com o nosso Prefeito Dimorvan, onde nós temos lá uma pequena Emenda Pparlamentar e eu vou colocar lá cinquenta mil reais. O Prefeito Dimorvan já se comprometeu de complementar o restante, que deve ficar entre setenta a cem mil reais possivelmente, vai se fazer o levantamento e isso nós podemos fazer de imediato, Dimorvan. Na segunda-feira, já vou estar lá destinando essa emenda o mais rápido possível, haja visto que temos um período de seca e se não reformar agora, vem o período de chuva além da necessidade. Então, acho que nessas condições poderemos viabilizar o mais rápido esse ritos.

Pág. 18 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Eu quero passar a palavra agora para o Sr. Ricardo Ferreira Garcia, Presidente do CONSEG de Campo Verde. O SR. RICARDO FERREIRA GARCIA - Boa-tarde a todos! Eu gostaria de dizer que as reivindicações e as problemáticas colocadas pelo Prefeito de Dimorvan e pelo nosso companheiro Benjamin, são as reivindicações do CONSEG. Eu gostaria de fazer coro a todas essas reivindicações e colocar o seguinte: que o problema de segurança pública aqui em Campo Verde não vem de hoje, ele já vem há vários anos, muito antes inclusive da criação do CONSEG. E, ele se agravou sobremaneira após o asfaltamento da rodovia que liga Campo Verde a Chapada dos Guimarães. Eu não tenho dados oficiais, mas extra-oficialmente eu soube que a PRF teve reduzido em 70% suas apreensões de droga no posto de Campo Verde após o asfaltamento dessa rodovia. Então, é uma situação preocupante. Nós somos um entroncamento rodoviário que liga Campo Verde a todas as cidades do Estado, estamos próximos da capital, liga também a Goiânia, Brasília, São Paulo e também para Amazônia. Então, precisamos que Campo Verde seja vista com esses olhos, não levando em conta apenas, talvez, a nossa população inferior a de outros municípios de maior porte do Estado, mas que talvez tenham menos problema. O anseio da comunidade é justamente esse, que o Governo passe do discurso para as ações práticas, efetivas em favor da comunidade. Eu tenho aqui um abaixo-assinado da Agrovila, eu gostaria de entregar ao Deputado Nininho, eu vou deixar com a assessora do senhor, eles querem a instalação de um núcleo policial na Agrovila porque não aguentam mais a baderna no trânsito, os assaltos, refúgio de bandidos, boca de fumo, lugar para esconder produto de furto enfim é uma região que não é só agrovila, nós temos lá o Assentamento Santo Antônio da Fartura, tem o 28 de Outubro, salvo engano Paulo Freire é também daquele lado, uma população estimada de pelo menos duas mil pessoas. Quando estivemos lá fazendo uma reunião, eles clamaram por esse posto lá e fizeram um abaixo-assinado. Nós tentamos marcar uma Audiência com o próprio Governador do Estado, mas não conseguimos, justamente para falarmos desses problemas. Depois disso, com o advento da Audiência Pública, nós estamos aproveitando a oportunidade para poder, através de Vossa Excelência, fazermos as nossas reivindicações e pedirmos a Vossa Excelência o encaminhamento dessas questões. Eu gostaria de agradecer o Prefeito por ter garantido em sua fala o curso de formação de policiais e também a construção do prédio no Gardez. Digo isso porque nós estivemos, o CONSEG, juntamente com representantes da Associação Comercial, com o representante da CDL, com o Secretário de Segurança em setembro do ano passado, quando tínhamos vinte e oito policiais militares em Campo Verde, ele nos disse a respeito do curso de formação e que em fevereiro esse curso estaria sendo concluído e ele mandaria policiais para cá. Quanto ao Posto no Gardez, ele nos disse também que era projeto da Secretaria construir esse posto lá, arrumar, ter um efetivo lá. Quanto a cadeia pública ele nos falou, na época, que o Governo havia concluído uma em Barra do Garças e que a próxima seria construído em Campo Verde. Quanto à viatura, ele disse que nos entregaria uma viatura blazer, que foi entregue de falto uma viatura novinha em dezembro, próximo ao Natal, mas que agora foi regirado como já foi dito aqui. E novamente a PM ficou sem um carro de porte para a zona rural. Quanto à Delegacia de Polícia, nós precisamos que o Dr. Fernando seja exclusivo de Campo Verde. Só Campo Verde é problema. Ele não pode ficar respondendo por Dom Aquino, Pág. 19 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. respondendo por toda região quando o Delegado de Jaciara sai de férias. Pelo contrário, ele tinha que ter um Adjunto aqui. Além de investigadores e escrivãs como o Benjamim falou agora há pouco. Mas para isso é necessário que tenhamos as nossas reivindicações atendidas pelo Governo do Estado. Para os senhores terem uma ideia, nós já estivemos duas ou três vezes nessa situação, de um representante da Polícia Civil ter que deixar a reunião do CONSEG para atender a ocorrência na Delegacia, por absoluta falta de efetivo. Não tinha outra pessoa para atender. Ele não podia estar conosco discutindo os problemas de Segurança com a Comunidade porque teria que atender ocorrência. Quanto a Companhia Independente da PM, um decreto do próprio Governo do Estado afirma que o mínimo são cento e nove homens, e nós não temos nem um terço disso. Dos vinte e oito que tínhamos quando fomos falar com o Secretário, caiu para vinte e cinco. E essa é uma reivindicação que o CONSEG queria fazer. Que trouxéssemos o curso de formação de soldados para Campo Verde. Porque hoje está tendo um em Primavera do Leste, e no Jornal Diário saiu uma reportagem dizendo que a metade dos soldados que serão formados lá ficarão naquela cidade e que a cidade que recebe esse curso fica com a metade do efetivo. E, se nós tivéssemos pelo menos quinze, de imediato, nós já teríamos uma substancial melhora da nossa situação. Então, eu gostaria de fazer coro ao Prefeito nesse sentido. Pedir às autoridades aqui presentes que busquem de alguma forma viabilizar o curso de formação de soldados para PM em Campo Verde, já que o Prefeito está dando todas as condições para que seja feito. E também agradecer pela presença de todos e pela oportunidade de poder dizer estas palavras. E vou entregar aqui, Sr. Deputado, um abaixo-assinado e tenho certeza que em breve teremos ótimas notícias vindas do Governo do Estado por meio de Vossa Excelência e das autoridades aqui presentes. Muito obrigado. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Ricardo. Passo a palavra, agora, ao Dr. Anderson, para as suas respostas. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Primeiro eu quero cumprimentar o nosso companheiro Ricardo, Presidente do CONSEG, que muitas vezes está lá na Secretaria reivindicando e dando até sugestões. Parabéns, Ricardo. Eu só quero esclarecer a questão do curso de formação da Polícia Militar no que tange a ele estar sendo realizado em Primavera do Leste. Bom, na minha fala, como eu já disse antes, a questão é sairmos do empirismo e cairmos em questões mais técnicas, mais específicas, uma metodologia científica e o Governo do Estado não trabalhar com aquela parte empírica do achismo. Nós vamos falar assim: Não, nós vamos colocar X, Y ou Z em determinada região por isso, por isso, por isso e por esses fatores. Até o nosso colega Ricardo mencionou muito bem a questão dos critérios. Qual é o critério? Só é populacional? Não se leva em consideração outro critério? Eu volto nisso daqui a pouquinho. Uma das políticas do nosso Secretário Diógenes Curado é a questão da RISP. O que é a RISP? É a Região Integrada de Segurança Pública. O que é isso? É a compatibilização diária. Vou explicar o que seria. Quando nós vamos fazer uma estatística, dados estatísticos, são números absolutos. Não batia. Não batia. Por quê? Porque a Polícia Militar tinha uma divisão territorial dentro do Estado, a Polícia Civil tinha outra divisão territorial dentro do Estado e o Corpo de Bombeiros a mesma coisa, junto com a POLITEC. Pág. 20 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Então, quando nós pegávamos, na Secretaria, a estatística da Polícia Militar era um número; pegava da Polícia Civil, era outro número. Aí nós falávamos: Bom, eles estão errando. Eles não estão mentindo aqui na estatística? Não. Eles não estão mentindo. É que determinado município, ou determinados municípios, para a Polícia Militar fazia parte, por exemplo, do Comando Regional I. Para a Polícia Civil... Vamos supor que o Comando Regional I pegasse Cuiabá e Várzea Grande. Pronto. Para a Polícia Civil fazia parte, sei lá, da Regional de Cáceres. Então, nós pegávamos o índice de criminalidade da Polícia Militar, Cuiabá estava lá em cima. E aí pegava da Polícia Civil, Cuiabá estava lá embaixo. Eles falavam: “Está errado. Você não tem parâmetro, não tem base para fazer política, para você dar diretrizes.” Então veio a RISP, veio essa compatibilização de área. São 14 regionais que vão ser construídas. Quatorze. Isso já se encontra com o Governador Silval Barbosa para análise. Ele deferindo, concordando com aquela divisão que já foi feita e acordado entre as instituições Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, POLITEC, Secretaria, ele dando esse aval, vai encaminhar este projeto, então, à Assembleia Legislativa para que seja aprovado em lei e nós possamos fazer. Primavera do Leste vai ser uma regional. Então, ali vai agregar o Batalhão, vai agregar várias coisas para atender toda região que vai ser abrangida por Primavera do Leste. Talvez esse seja o motivo pelo qual o nosso colega Ricardo tenha ouvido: “Ah! Metade vai ficar em Primavera do Leste”. Não! Não é que vai ficar em Primavera do Leste, ali vai ficar transformado em Regional. Nós vamos ter um batalhão, nós vamos ter várias coisas que isso. Então, talvez seja esse ponto. Outra questão que temos que esclarecer. A questão do Curso de Formação, seja ele da Polícia Civil ou da Polícia Militar, que está sendo regionalizado, não significa que metade vai ficar lá, não! Não é bem assim! Eu entendo até, Deputado Nininho, que o problema não é o local onde está sendo formado. Entendo que, dentro das suas limitações, o Governo, o Estado de Mato Grosso contrata. Nós teríamos que achar uma solução que aumente esse número de efetivo e não o local do Curso de Formação. O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Como foi dito, vamos ouvir agora mais um componente da Mesa, o nosso companheiro, o nosso amigo, Dr. Jales Batista da Silva, Diretor de Interior da Polícia Civil. O SR. JALES BATISTA DA SILVA - Boa-tarde a todas e a todos! Cumprimento o Sr. Deputado Nininho, que preside esta Audiência Pública, na pessoa de quem cumprimento os demais componentes da Mesa. Cumprimento o Sr. Prefeito, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, o Secretário Adjunto de Inteligência e por meio dessas três autoridades, cumprimento as demais aqui presentes. Senhores, eu dirijo atualmente o interior do Estado, no âmbito da Polícia Judiciária Civil. E algumas colocações que foram feitas tanto pela plateia quanto pelo Prefeito atinge diretamente a Pasta em que estou dirigindo atualmente. Temos 132 unidades de polícia no interior do Estado. Das 132, nós temos dificuldade em preenchimento. Em 64 delas, nós não temos o Delegado de Polícia à frente. Nós temos o Delegado, da forma que foi colocado aqui sobre o Dr. Fernando, acumulando à distância outras unidades. Temos um Delegado, atualmente, que dirige oito unidades. Não é fácil, realmente, você cobrar uma ação daquele Delegado e ele passar eventualmente a não cumprir de forma satisfatória em nenhuma das unidades da forma que o Estado deseja, a sociedade e ele, também!? Pág. 21 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Agora, o outro lado de escrivães: Nós temos quarenta unidades onde não temos nenhum escrivão. Nós temos quarenta e cinco unidades onde temos menos de quatro Investigadores de Polícia. Essa é a realidade do efetivo e nós não estamos aqui para esconder nada de ninguém! O nosso Diretor, aliás, Sr. Presidente, o Dr. Paulo Vilela me incumbiu de aqui representá-lo e, também, justificar a sua ausência, pois, ele está, neste momento, na Capital do Estado representando a instituição em uma outra solenidade. Então, ele disse: “Olha, o fato é realidade!” Agora, o Governo do Estado está sensibilizado com a situação. O Governador Silval Barbosa nomeou, agora, trezentos e cinquenta e um novos servidores da Polícia Civil que já estão no Curso de Formação desde o último dia 04. Cento e dezoito são investigadores e os demais são escrivães. Então, sem dúvida alguma, nós vamos preencher! Agora, eu falo especificamente de Campo Verde. Nós vamos preencher vagas de escrivães aqui, em Campo Verde. Está dentro do meu planejamento. Agora, é lógico; é necessário que esses novos servidores cheguem até o final do Curso de Formação. A nossa Academia, também, não será irresponsável de colocar nas fileiras da instituição em definitivo aquele que não concluir essa etapa do concurso. Eu poderia, também, trazer, se fosse irresponsável, Dr. Fernando, - o Dr. Fernando conhece a realidade - doze investigadores e lotaria aqui, aumentaria o efetivo. Mas eu não vou trazer mazela para dentro de Campo Verde ou para outras cidades. São doze investigadores que estão sob investigação nossa e nós fazemos questão de cortar na própria carne. Nós não queremos esse tipo de indivíduo nas nossas fileiras. Então, eu prefiro trabalhar com a qualidade que temos de pessoal que com quantidade. Nós fazemos, sim, no interior do Estado, esse velho chavão: “do limão fazemos uma limonada”, mas com essa sensibilidade do Governo que chamou esses novos servidores. O Dr. Anderson já colocou que outro pessoal, se não me falhe a memória, cento e vinte e seis novos Investigadores, trinta e sete Escrivãs e um Delegado do certame público passado venceram na Justiça o direito de ser nomeados. Então, aumenta outro quantitativo dentro do nosso grupo direcionado ao interior do Estado. Afora isso, a nossa direção tem interagido com a cúpula do Governo do Estado, outros concursos virão, em sequência, até à Copa 2014 e nós vamos, sim, preencher essas vagas. E digo mais: Nós temos vinte e um municípios onde, ainda, não temos Delegacia. Um deles é Comarca. Nós temos o Juiz, o Promotor, mas, ainda, não temos a Delegacia criada no local. Ou melhor, criada ela já está, mas não está instalada. Ela será feita, agora, com essa equipe que está saindo da Academia. Nós temos o propósito de hastear a Bandeira da Polícia Civil em todos os municípios do Estado de Mato Grosso e vamos fazer. Essa é uma determinação também do Governo do Estado. A criação que há pouco foi dita pelo Dr. Anderson dessa eventual Delegacia Regional, em Primavera do Leste, para compatibilidade viária, solucionaria vários problemas nossos. Como esse, Dr. Fernando, pois, nós teríamos um efetivo maior ali não só de Investigadores e de Escrivãs se não para atender todos os dias, mas para dar aquele respaldo aos problemas de maior complexidade. Pág. 22 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Porque vocês já viram que eu levo como satisfação, Dr. Anderson, a qualidade da polícia repressiva aqui que é muito boa. O crime aqui não se cria, porquanto, nós temos qualidade. Ao Dr. Fernando vocês colocaram aqui a situação. Não temos nenhum servidor respondendo processo administrativo atualmente. Nós temos essa qualidade. Nós estamos num campo tranquilo para trabalhar. É lógico que a nossa preocupação - e nós estamos batalhando para isso - é implementar esse efetivo. Eu digo, Dr. Fernando, que eu não sou o Diretor do Interior da Polícia Civil. Eu sou o maior advogado da Polícia Civil no interior do Estado. Eu sou o que mais briga para que aconteça tudo aquilo que o nosso Prefeito pediu; que o nosso Presidente do CONSEG pediu e que, também, o nosso amigo Presidente de Bairro pediu. Eu comungo disso com os senhores. Eu tenho brigado junto à cúpula da Polícia Civil para que isso chegue aos nossos governantes. Nós vamos conseguir! Eu peço que Deus ilumine os nossos governantes para que realmente fiquem sensibilizados e nós possamos resolver os problemas do interior do Estado. Obrigado! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Dr. Jales. Eu peço, agora, que passe o microfone ao Sr. Marcos Porto, Vice-Presidente Associação Comercial de Campo Verde. O SR. MARCOS PORTO - Boa-tarde a todos as senhoras e senhores! Em nome do Prefeito Dimorvan, eu quero cumprimentar toda a mesa e agradecer ao Deputado Nininho por trazer esta Audiência Pública para Campo Verde. Eu quero deixar aos senhores, Coronel Valdivino, Subsecretário da Polícia Civil, que a nossa comunidade esperava mais desta Audiência Pública. Há mais de dois anos eu estive com o Prefeito, juntamente com mais treze pessoas da nossa comunidade, na sala do nosso Secretário Diógenes Curado. Tudo isso que o Prefeito Dimorvan falou ele sabe de cor e salteado, porque nós cansamos de ir ao seu gabinete para cobrar, porque ele é o nosso representante em Campo Verde. E juntamente com ele nós já fomos mais de quatro vezes a Cuiabá falar com o Secretário. De tudo isso que está falando aqui, hoje, nós esperávamos uma resposta e não colher mais informações, porque todas essas informações da Policia Civil da Policia Militar já está com o Governo há mais de dois anos. O Coronel Valdivino já esteve aqui na fundação do CONSEG que eu, também, faço parte. As promessas são muitas pelas ações que estão sendo feitas. Então, nós aqui, em Campo Verde, estamos indignados com a falta de segurança depois da abertura do progresso que é muito bom para a nossa cidade. Abriu Chapada dos Guimarães melhorou 100% para nós, mas o crime aumento, também, em 100%. Nós perdemos vidas de comerciante. Tivemos mais de oito pessoas, nos últimos 90 dias... Famílias amarradas dentro de casa há mais de uma hora, sendo massacradas pelos bandidos. O efetivo não são mais vinte e cinco. Hoje são vinte e quatro, porque foi outro embora ontem. Há dez anos nós tínhamos trinta e dois policiais em Campo Verde, hoje tem vinte e cinco para uma cidade de trinta e cinco mil habitantes. Não dá nem um por cada mil habitantes. Nós esperamos dos senhores, Deputado Nininho, sei que é o primeiro mandato de Vossa Excelência, conheço-o de , onde temos propriedades, já tenho conhecimento de Vossa Excelência, talvez não se lembre de mim, mas sei da sua vontade em trabalhar... Então, esperemos deste novo Governo mais promessas, mais ação.

Pág. 23 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Essa formação de mil policias, o Deputado Ademir Brunetto nos falou ali, na praça, o dia que fizemos uma manifestação com mais de duas mil e quinhentas pessoas. Temos aqui o Mercado Itália que já teve oito assaltos, só em Campo Verde. A nossa indignação é muito grande! Então, nós esperamos desta Audiência Pública uma resposta do Governo do Estado, porque todos os problemas já estão nas mãos do Secretário Diógenes. Campo Verde é o único Município que construiu o Batalhão da Polícia Militar. E quando foi transformado em 44º Batalhão, se não me engano, era para ter quarenta e dois policiais. Nunca cumpriram as promessas. Era para ter vindo para cá quarenta e dois policiais, chegou a trinta e hoje estão vinte e quatro. Esse problema de viatura não é a primeira vez que acontece. O Governo vem na praça e entrega quatro, cinco viaturas. Dali a dois, três meses, remaneja para tudo quanto é lugar, leva os votos embora e nós ficamos aqui. Então, Coronel Valdivino, gostaria de ouvir do senhor a data que vai voltar a nossa viatura nova. Quando estivemos na sala do Secretário, ele nos prometeu, cumpriu e nos enviou uma viatura. Em dezembro foi nos entregue um Blazer zero quilômetro na porta da Prefeitura. Remanejou-se a viatura, não sei por qual necessidade, mas, Campo Verde não pode ficar sem ela. Então, nós gostaríamos de saber a data que vai ser entregue a viatura de novo. Muito obrigado a todos! Tenham uma boa-tarde. Desculpem-me se falei muito, mas a indignação é muito grande de toda comunidade de Campo Verde. O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Quero passar a palavra agora ao Dr. Anderson e também ao Coronel Valdivino para que façam as suas defesas. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Meu amigo Marcos, fiquei impressionado e feliz, porque eu tenho mais medo do silêncio dos bravos do que do brado dos criminosos. E você é um bravo! Então, se você ficasse em silêncio, acho que eu ficaria mais triste. Quando as pessoas de bem falam, pedem, é muito bom! Isso nos faz movimentar. Martin Luther King já dizia isso: “Eu tenho mais medo do silêncio dos inocentes, das pessoas boas do que do brado dos criminosos”. Os criminosos vão espernear mesmo, aqueles que estão à margem. Agora, quando os inocentes, as pessoas de bem se calam, é porque a situação é periclitante. Quando elas refugam, brigam, é porque a situação está boa. E falando em criminalidade, vou só trazer uns números aqui, estatisticamente falando: Campo Verde, de 2008 para 2009, teve um crescimento da criminalidade vertiginoso, assustador! Aumentou, assim, assustadoramente. Se vocês me derem licença, eu até vou dizer aqui: Questão de homicídios, em 2008, Campo Verde teve 09. Vamos somar os dois: homicídio e tentativa de homicídio. Em 2008 foram 13; em 2009 já foram para 16; em 2010, até maio, 19. Questão de roubo: em 2008, foram 38; em 2009, foram 84. Olha que absurdo! Em 2010, foram 50. Então, teve um decréscimo de 2009 para 2010 de 36% no índice de roubo. No índice de homicídio, nós tivemos um aumento de quase 70%, crime contra a pessoa, não contra o patrimônio. Crime contra o patrimônio é roubo, é furto. Na questão do furto: em 2008, foram 25; em 2009, foram 302; em 2010, foram 200. Olha como caiu! Isso em Campo Verde. Crimes de trânsito, acidentes de trânsito, lesão corporal ou homicídio culposo decorrente de trânsito: em 2008, foram 08; em 2009, 16. Dobrou! Em 2010, 12. Baixou. Pág. 24 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Em outras palavras, todos os delitos, em Campo Verde, de 2008 a 2009 tiveram um crescimento monstruoso, assustador! Agora, de 2009 para 2010, eles abaixaram. Eles abaixaram! Dentro da Regional, pegando a questão dos crimes contra o patrimônio dentro da Regional, eles significam, em 2010, 5,5% de todos os crimes que ocorrem na Regional aqui. Na questão do homicídio, 9% em tudo que está na Regional. Agora, uma coisa que assusta é a questão do acidente de trânsito. Isso assusta ainda, porque ele está numa margem de 400% a 450% de aumento. Isso assusta! É assustador! Mas, nós temos que nos lembrar de todos esses critérios que foram falados aqui: a nova estrada, ele passa seu condão de veículos flutuantes. Tudo isso, nós temos que levar em consideração. Agora, olhem o tráfico de drogas, que até foi mencionado aqui e eu fico feliz: em 2008, a questão de tráfico de entorpecentes, foram 21 ocorrências; em 2009, subiu para 24; em 2010, baixou para 17. Agora, o uso de drogas, em 2008, foram 11; em 2009, subiu para 13; em 2010, já subiu para 16 e assim está indo. O uso, não o tráfico. E aí cai a questão da produtividade das Polícias Militar e Civil quando nós pegamos os dados, até o Prefeito mencionou, a questão dos adolescentes no uso de drogas confirma essa estatística! Confirma isso. Então, nós temos que levar essas questões em considerações. Quando o colega, isso não é menosprezo, por favor, não levem por esse lado, não, é um elogio até, pede por soluções, eu enalteço isso, fico feliz, muito feliz mesmo, porque isso nos faz movimentar cada vez mais. Eu vou levar a nossa reivindicação colocada, estou anotando todos esses pontos ao nosso Secretário Diógenes Curado. E justifico essa questão da criminalidade. Quando falamos assim: isso aqui é um fator, e agora eu vou pedir até um espaço maior ao nosso Deputado, ao nosso Prefeito, para esclarecer algo inédito no nosso Estado. Inédito. A Secretaria-Adjunta de Inteligência vem fazendo um trabalho e chegou a suas mãos o resultado em fevereiro ou março deste ano, pela Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro. O que é isso? Pesquisa de Vitimização. Você fala, desculpe-me o termo chulo, que diabo é isso? Pesquisa de vitimização? Vou explicar em curtas palavras. Sentimos que a violência está aumentando - todos nós. Quando você pergunta para alguém ou pega na mídia, todo mundo fala: “A criminalidade está aumentando. A criminalidade está aumentando. Está insuportável. Não aguentamos mais”. Mas quando pegamos os dados estatísticos, números absolutos, percebemos que ela está caindo. Aí alguns especialistas dizem que está caindo por causa da subnotificação. Ou seja, as pessoas não confiam na polícia, as pessoas não confiam mais no sistema judiciário, no sistema de justiça do Brasil. Então, ela não procura mais, ela não registra BO. Pode ser isso? Pode. Pode ser um fator. Mas quem vai me garantir isso? A pesquisa de Vitimização. É ela que vai me mostrar isso. E Mato Grosso saiu na vanguarda novamente frente ao Brasil. A Pesquisa de Vitimização já existe em vários Estados do País, mas com cunho urbano, nunca com cunho rural e Mato Grosso fez com o cunho urbano e rural. Então, a qualidade do resultado é muito mais expressiva, tem muito mais significado. Eu não trouxe aqui para mostrar a vocês, mas eu tenho lá disponível. Já estamos compilando por regiões, por essas regiões que são as compatibilizações de área, para que isso dê apoio aos nossos gestores, no caso aqui de Rondonópolis ao nosso Comandante Valdivino, ao nosso Delegado Regional interino, que no momento é o Dr. Afonso, ao Diretor do Interior Dr. Jales, que aqui se encontra, para tomar políticas de segurança pública, e vamos colocar isso à disposição de todo mundo.

Pág. 25 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Então, só para dar um exemplo para vocês entenderem o que é a Pesquisa de Vitimização, vou esclarecer alguns pontos que nos chamam a atenção. Percebemos que o roubo a transeuntes aumentou. A pesquisa de vitimização mostrou, por incrível que pareça, que 67% da população mato-grossense anda a pé - olha que dado interessante. Aí nós falamos: Anda a pé por quê? Porque ela não tem dinheiro para comprar carro? Os municípios não têm um sistema, ou uma infraestrutura, de coletivo? Por que ele anda pé? Então, são essas questões que começamos a verificar. Esse é só um dado que está lá na pesquisa de vitimização. Outro dado que nos chamou muito a atenção foi o grau de credibilidade nas instituições de segurança pública, da polícia civil e da polícia militar é altíssimo. Me surpreendeu. Agora falo até como Delegado de Polícia que sou, me surpreendeu. Sempre ouço falando assim: “As instituições estão desgastadas. Mas vem a pesquisa de vitimização, que gosto sempre de dizer que não foi feita por nenhum organismo do Estado ou do Governo de Mato Grosso, foi feito por uma Universidade Federal de outro Estado, contratado, que não tem interesse nenhum em manipular, maquiar ou forjar dados, nada, nada, nos encaminharam e quase 70% é a favor, reconhece o trabalho. E esta Audiência Pública me demonstrou isso. Fiquei muito feliz quando ouvi tudo isso. Questão da subnotificação - olha que dado interessantíssimo - 68% da população mencionou assim: “Eu não registro ocorrência, porque o objeto que me foi furtado é de pequeno valor”. Olha que dado interessante! Então, não é porque as polícias, as forças policiais são ruins ou são precárias. Não é. É porque é de pequeno valor. A própria vítima fala assim “Ah, pelo amor de Deus, era só uma camiseta que estava no varal. Eu não vou perder o meu tempo, não”. Então, essa subnotificação existe. Isso faz com que no interior do ser humano ele carregue com ele aquilo: “Eu tive uma camisa furtada e ninguém fez nada”. Mas ninguém fez nada, não porque não quis, mas porque não foi notificado. Sem levar em consideração também outro ponto que essa pesquisa de vitimização nos traz. Com a globalização, o advento da tecnologia, a globalização em todos os seus aspectos econômicos, financeiro, social, político, televisivo e tecnológico, o que está acontecendo lá no Rio de Janeiro, em São Paulo, que foi falado aqui pelo Coronel Valdivino - que São Paulo está preocupado até - lá na Bahia, em outras palavras, World Trade Center, no dia 11 de setembro de 2001, que assistimos as torres gêmeas desabarem ao vivo, como se tivessem aqui do nosso lado, porque está na nossa televisão, dentro da nossa sala, dentro da nossa casa. Fica um sentimento que o ser humano introspecta e parece que está acontecendo ao lado dele, sendo que está acontecendo a mais de 8 mil quilômetros de distância de nós - isso é um avanço da tecnologia. Então, temos que levar em consideração todos esses fatores. Então, Marcos, nós não levamos em consideração só a população. Quando fazemos essas pesquisas, levamos em consideração a economia da cidade, esses dados da pesquisa de vitimização, grau de escolaridade, números de ocorrências que têm aqui na região, e tudo mais. Isso não é justificativa. Não estou lhe dando justificativa para você chegar depois e falar: “Ah, então, é por isso que não vai investir nada aqui?” Não! Muito pelo contrário. Esse motivo que eu falo do brado dos inocentes, dos fortes, fazem com que nós nos enaltecemos. Bom, eu vou esperar chegar então ao caos para eu vim com uma ordem? Você está coberto de razão. E isso me deixa feliz. Mas nós temos que pensar e visualizar aquilo como um todo. Não é só esse critério, não, certo? O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Nós gostaríamos de saber se o nosso Coronel Valdivino quer dar resposta em relação ao retorno da viatura.

Pág. 26 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. O SR. VALDIVINO TAVARES PIMENTEL - Como é bom ver a comunidade indignada. A sua indignação é a mesma minha também. Eu gostaria que o Estado fosse eficiente e rápido, como a iniciativa privada é. Mas não é assim. Planeja-se num ano para executar no ano seguinte. E só pode gastar aquilo que recebe. Não tem como. Eu já falei de Responsabilidade Fiscal. Assim é o administrador municipal, estadual, federal, independente do cargo que ele ocupa. Em relação à caminhonete, houve a necessidade e ela foi removida. A Polícia Militar atende a população mato-grossense, todos aqueles que aqui estão, e é de atendimento público, é do atendimento coletivo. As nossas intervenções são para prevenir e às vezes restabelecer a paz social. Nem sempre, e não tem como nós anteciparmos todos os crimes. Bom seria se assim fosse. A nossa Regional tem aproximadamente 1.500 pessoas encarceradas. Só em Rondonópolis temos 1.100 pessoas encarceradas: 109 mulheres, 22 garotos e os demais são homens, pessoas com baixo nível de escolaridade, praticamente, quase que 90% sem uma profissão definida. E está lá do outro lado essas pessoas. Essas pessoas estão se ressocializando? Eu diria que não. O próprio Secretário de Justiça disse que o Sistema Prisional está falido. Não é no nosso Estado de Mato Grosso tão somente. Não é - digamos - problema só nosso aqui. Mas, nada disso justifica. Nós temos que continuar trabalhando, mas procurando antecipar o fato criminoso, o evento criminoso. E o cidadão tem que colaborar com isso. Qualquer um de nós podemos ser vítima, inclusive o profissional de Segurança. Nós temos que tomar algumas providências. E o Comandante aqui, o Major Evandro, que está presente aqui, inclusive, tem participado ativamente, para que a polícia cada vez mais possa ser conhecida da população e essa população participe diretamente das ações de polícia. É aquilo que eu falei no início. O que mais precisamos é de informação e informação com qualidade. Se pudermos antecipar o fato criminoso, melhor será. Se não, às vezes, intervenções devidas no menor espaço de tempo, para tirar de circulação pessoas e objetos que, porventura, estejam por aí e tenham praticado crime. Aqui nesta cidade, o Governo do Estado, o Estado de Mato Grosso está em plena campanha de prevenção à violência e à criminalidade no trânsito. A população tem que participar, nós temos que reduzir. O Brasil tem uma estatística vergonhosa e nós, brasileiros, para mudar esse quadro, temos que participar. E, participar diretamente e indiretamente. O que temos de adolescente, pessoas não habilitadas, pessoas não capacitadas para estar dirigindo veículo, que também é utilizado como arma, infelizmente, que mata e assola todos os dias. O prejuízo é grande para o município, para o Estado e para a União. Então, fazer prevenção é obrigação de todos nós, no nosso veículo, na nossa casa, ao conduzir valores, a questão de sacar dinheiro, as pessoas não devem portar arma de maneira alguma, quem porta arma é o agente autorizado ou aquele que, porventura, esteja contrário à lei. Então, nós temos que observar isso aí, como é que se faz isso, através da participação comunitária. Eu tenho que participar da vida comunitária, tem que participar das associações, quando for convocado para uma reunião eu tenho que participar, isso é indispensável para que eu possa também manifestar as minhas razões de ser, sempre com uma visão comunitária porque nós prestamos segurança pública. Com relação à vinda do carro para cá, eu gostaria, se dependesse de mim estaria aqui mas, quem vai consertar, quem vai melhorar o veículo é o Estado. Eu pedi também, assim como você o manifestou, uma data e me disseram que algo em torno de vinte a vinte e um dias, umas três semanas. Vamos aguardar, mas estaremos acompanhando essa situação para que possamos, num Pág. 27 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. menor espaço de tempo possível, ter aqui o nosso veiculo para o policiamento rural. Ouviu, Sr. Prefeito? Para ajudar a nossa comunidade. Com relação à instalação de um posto policial lá na agrovila, no momento não é possível, mas dentro de um planejamento isso pode acontecer e deve acontecer. Com relação ao posto da Polícia Rodoviária Estadual, não é, embora esteja na nossa área de atuação tem-se um outro comando. Eu acredito que isso possa ocorrer a partir do ano que vem, sim, inclusive, sendo o ano que vem. No ano que vem teremos mais efetivos, pessoas capacitadas, qualificadas e com a participação do Poder Público Municipal possa efetivamente acontecer. Não podemos esquecer dessa reivindicação. Vamos manifestar e vamos acompanhar para que isso, de fato, ocorra. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Eu quero pedir aos inscritos que se atentem ao tempo de três minutos, em função do adiantado da hora, nós ainda temos cinco pessoas inscritas. Passo a palavra, agora, ao Sr. Márcio Martins. O SR. MÁRCIO MARTINS - Boa-tarde a todos! Quero cumprimentar a todos e agradecer o prefeito por dar esta oportunidade à população de Campo Verde, em termos, pelo menos, a oportunidade de sermos ouvidos. Eu quero dirigir as minhas palavras ao Secretário de Segurança do Estado de Mato Grosso e aos senhores com poder de decidir e fazer alguma coisa em prol da população de Campo Verde. A minha indignação é que nesta semana nós vivemos em Campo Verde, eu tive a sensação, pelo menos, do período de feudalismo, onde os senhores feudais exigiam dos seus subordinados que fossem a campo buscar os impostos dos camponeses, sedentos por dinheiro para que utilizassem em benefícios. Certamente a direção da Polícia Militar tem uma outra visão disso, mas o que ocorreu com o rótulo de educação de trânsito foi justamente isso. Vieram aqui e repreenderam, fato que quando errados, temos que pagar por isso. No meu entendimento foi isso que aconteceu. Educação de trânsito não se faz dessa forma. Por que não se gastou esse dinheiro que foi gasto para deslocar esses soldados para cá numa equipe pedagógica de educação de trânsito, com psicólogos que viessem nas escolas dar palestras para as crianças, trouxessem profissionais policiais que têm o dom de falar com os jovens e manifestasse isso para os jovens? Eu acho que o dinheiro que está sendo gasto com apresentação esportiva, creio eu que o advento da semana foi por conta dessa apresentação de amanhã, por que não é gasto em educação? Nós estamos aqui falando em noventa mil reais para reformar uma cadeia, gasta-se milhões num contrato de apresentação esportiva, por que não usa esse dinheiro para uma coisa mais efetiva na educação? Então, eu só quero manifestar que nós precisamos, sim, das blitzs , precisamos, sim, para que todos estejam corretos e cumpridores da Lei, mas nós precisamos do Estado, da presença do Estado quando assim é exigido, quando nós precisamos de uma ocorrência policial porque uma família ficou refém, até a polícia chegar vai tempo porque não tem efetivo, porque não tem viatura. Então, nós precisamos, sim, dessas coisas. Mas também precisamos que a polícia nos ampare quando nós precisamos. (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Passo a palavra ao Dr. Anderson Aparecido. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Muito obrigado, Márcio. Obrigado por ter me dado a oportunidade de falar sobre esse tema e falar um pouquinho sobre a violência no trânsito, para falar um pouquinho de direto, responsabilidade constitucional, falar um pouquinho sobre cidadania. Isso é muito bom, isso é democrático e isso é que faz com que o País cresça.

Pág. 28 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Eu não vou justificar alguma atitude isolada que por ventura possa ter ocorrido que talvez o Márcio não tenha narrado a nós, porque pelo que eu pude pegar da explanação do Márcio, me corrija se eu estiver errado, foi a questão das blitzs realizadas. Bom, antes do dia 05 de outubro de 1988 vivíamos num regime de exceção no País vindo de três décadas de uma pseudoditadura que todos nós fazíamos. A partir do dia 05 de outubro de 1988, com a promulgação da Constituição Federal atual, a Constituição Cidadã muda um novo cenário, o Brasil parte então para essa abertura democrática e social. Ora! Onde eu quero chegar? Quero chegar o seguinte: como todo regime de exceção - isso é uma visão minha, Márcio, é uma visão minha, como cidadão. Eu não estou falando como Delegado e nem como Secretário-Adjunto, como cidadão. Como todo regime democrático ditatorial, os direitos e garantias das pessoas são de certa forma alijados, cerceados, Com a abertura política, com a democracia que nós temos, esses direitos passam a ser respeitados. Nós começamos a ter uma maior democracia. Porém, como todas as pessoas - isso eu estou lhe respondendo como cidadão, torno a repetir, no meu entendimento - o que ocorre é o seguinte: Aquele velho provérbio “quem nunca comeu melado, quando como se lambuza.” Então, nós começamos a ver que ocorreu depois disso um exagero em questão de interpretações. Em outras palavras, nós mesmos, sociedade, nos perdemos um pouquinho. Porque nós dizemos assim: eu tenho direito disso, tenho direito àquilo, tenho direito àquilo outro...direito...direito...direito...direito... E os deveres onde estão? O meu direito termina no direito do próximo. Vou dar um exemplo claro aqui. Aqui no Brasil, eu já vi pessoas reclamarem, no aeroporto, quando vão embarcar no avião, eles passam por aquele Raios X e aí eu já vi pessoas, cidadãos reclamarem do meu direito de ir e vir. Eu tenho direito de ir e vir. Você tem direito de ir e vir. Você vai, eu só estou pedindo que você passe pelo Raio X. Por quê? Os outros duzentos e noventa e oito passageiros também têm direito à segurança. E se você está entrando com uma bomba? É só um exemplo. Eu acabei de vir dos Estados Unidos da América, na semana retrasada, fui embarcar em Miami para ir para Orlando e tirei até o sapato. E ninguém reclama disso, todo mundo compreende. Então, essa questão que eu me refiro, aonde eu quero chegar? Eu quero chegar ao seguinte: os índices de acidentes de trânsito como eu mencionei aqui, na região de Campo Verde, está muito alto, está alto demais isso em decorrência de imprudência, em decorrência de vários adolescentes também estarem dirigindo. O Comandante Valdevino mencionou bem, nessa questão de segurança pública, ela também se inicia nas residências. E nós vemos, às vezes, infelizmente, pais entregando carros a filho inabilitado para dirigir. Infelizmente isso existe dentro da sociedade. Então, esta semana o Governo veio para cá com esse programa de educação, com apoio também da CIRETRAN, é lógico, da Prefeitura, que foi o Programa Trânsito Consciente pela Vida Seguir em Frente. Então teve isso que fecha amanhã lá. Então, agora para falar mais sobre essa questão de como foi planejado, de como ele veio e foi até mencionado aqui pelo Secretário de Educação, ou de Esportes, eu não me recordo agora, o Prefeito pode me ajudar, são 17 escolas, salvo engano, em toda região que estão nessa educação de trânsito que o Márcio mencionou. Então, quando é feita uma campanha você tem que atingir a todos os níveis. Você tem que atingir o nível da repressão, você tem que atingir o nível da educação, vamos chamar assim, da prevenção e todos os outros, porque senão o programa, o projeto não flui.

Pág. 29 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Eu passo a palavra, rapidamente, ao nosso colega Eugênio Destri, da CIRETRAN, que pode explicar até um pouquinho melhor sobre esse programa desta semana. O SR. EUGÊNIO DESTRI - Deputado Nininho, Presidente desta Audiência Pública; Prefeito Dimorvan, permita-me em seu nome cumprimentar todos os demais componentes da Mesa, até pelo tempo. Por que da blitz fiscalizadora? O Estado de Mato Grosso possui, hoje, senhores, 1.271.770 veículos, dos quais, em 2010, licenciaram 406 mil. Deveriam ter no mínimo 150 ou 200 mil a menos que do ano passado, mas licenciaram 406 mil. Em 2011, licenciaram até agora 479.115 veículos. Campo Verde no ano passado licenciou 40% dos veículos existentes no município. Neste ano, ontem de manhã tivemos a oportunidade de fazer os cálculos com o Prefeito, até ontem, tinham 1.964 veículos que não licenciaram em 2010 e o licenciamento venceu no dia 30 de junho. Isso significa, num cálculo assim bem grosseiro, em torno 200 mil de IPVA que viria para o município aplicar em sinalização de trânsito, contribuir na recuperação das vias. No entanto, está o Prefeito lá em Cuiabá, pedindo para o DETRAN a sinalização de trânsito. Então, são os números que levam o Governo do Estado, colaborando com os demais informados pelo nosso Secretário-Adjunto, Dr. Anderson, que realmente fazem com que o Governo do Estado defina as suas ações. Nós não fizemos ações aqui em Campo Verde ou nos outros 10 municípios ou 12 municípios no total que vamos fazer neste ano, se não for embasado em números. A questão da educação, como o amigo lá falou, eu quero aqui - permita-me, Deputado Nininho - agradecer a administração municipal pelo apoio que nos deu quando nós viemos aqui, fizemos a reunião e colocamos como seria desenvolvido esse Projeto. Tivemos o apoio aqui também do Sr. Rubens, Secretário de Governo, da Srª Sandra, Secretária de Indústria e Comércio, da Profª Marli, Secretária de Educação, das Assessoras de Comunicação Angélica e Fernanda, da Polícia Militar no comando do Major Evandro, do Corpo de Bombeiros, do SAMU, das autoescolas, pessoas que contribuíram na realização dessas palestras. Para o seu conhecimento e conhecimento de todos, até das autoridades aqui presentes, até hoje à noite, nós vamos realizar sessenta e seis palestras, sendo sessenta e três palestras nas escolas, duas palestras nós fizemos em empresas e ontem, à noite, nós fizemos uma palestra na Associação Comercial e Industrial, onde, infelizmente, nós tivemos meia dúzia de pessoas. Mas nós fizemos a palestra. E a resposta que deram à Associação Comercial e Industrial, ao CDL, que foi convidado para a palestra, é que estavam indignados com a fiscalização, porque a polícia havia multado. A polícia não multou ninguém. O sonho nosso é virmos a Campo Verde ou a qualquer município do Estado de Mato Grosso realizarmos as ações de educação, realizarmos as blitz educativas e orientativas e também as blitz fiscalizadoras sem preencher nenhum auto de infração. Esse é o nosso sonho. Mas, infelizmente, diante desses números foram realizadas 484 notificações. Tudo bem, o cidadão vai se defender, é um direito que tem, a legislação permite isso a ele. Mas foram preenchidos quatrocentos e oitenta autos de infração; foram removidos, recolhidos e apreendidos sessenta entre motocicletas e demais veículos que estão lá no pátio da CIRETRAN. Estavam certos? Não tinham problema nenhum? Estavam cumprindo com a legislação? É lógico que não! Pág. 30 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Então, o objetivo aqui não é vir arrecadar como se fez no feudalismo. Muito pelo contrário! O objetivo é educação. E nós provamos pelos números que nós fizemos sessenta e seis palestras. Na Associação Comercial ontem, à noite, tinha meia dúzia de pessoas. Estavam a Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, um representante do CDL, a Secretária Sandra e mais quatro pessoas. Os demais que estavam lá eram os colegas do DETRAN, o Chefe da CIRETRAN daqui e mais os colegas de Cuiabá que já tinham realizados as palestras que tiveram no dia e foram lá. Quem ministrou a palestra fui eu para meia dúzia de pessoas. Foram feitos inúmeros convites, mas não foram. Não foram. Mas, enfim, o nosso objetivo aqui, Deputado Nininho; Sr.Prefeito, os senhores sabem, é trazer a educação. E os números nós estamos mostrando aos senhores. Até hoje, à noite, a partir das 19:00 horas, nós temos palestras. Inclusive, eu darei palestra lá no EJA e os outros colegas nas outras escolas. Nós estamos aqui na cidade com o pentacampeão de Motocross Freestyle , o Joaninha, que já esteve hoje, à tarde, nas escolas; que esteve ao meio-dia na imprensa e novamente irá às escolas e amanhã realizará o show “A Vida em Segundos”, na Avenida Brasil, em frente à Igreja Matriz. Só reforçando o que foi dito: É com ação conjunta que nós conseguiremos chegar ao resultado. Agora, quanto àqueles que estão andando de forma errada, descumprindo com a legislação, infelizmente nós não podemos fazer nada. Muito obrigado pela oportunidade! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Muito obrigado, Eugênio. Com a palavra, o Sr. Osvaldir Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Dom Aquino. O SR. OSVALDIR MARTINS DA COSTA - Boa-tarde a todos os presentes! Em nome do Deputado Nininho, eu quero cumprimentar toda a mesa; em nome do Prefeito Dimorvan, eu quero cumprimentar todos os funcionários e empresários de Campo Verde e de outros municípios; em nome do Secretário Adjunto, Dr. Anderson, eu quero cumprimentar todos os Secretários aqui presentes. É uma satisfação para o nosso Município estar aqui participando junto com o Presidente da Câmara. O meu nome é Osvaldir Martins da Costa. Chegou após a abertura desta Audiência Pública o nosso Vice-Presidente, que eu gostaria que se levantasse, o Sr. Adelson Martins; o 2º Secretário da nossa Câmara Municipal, Sérgio Ramos, que, também, faz parte da Polícia Civil e tem prestado um bom serviço a nossa cidade. O Prefeito Dimorvan fez um retrato falado de todos os municípios, não só de Mato Grosso, mas do País inteiro, do que é realmente a situação de cada município. Não é diferente de um município para o outro. Então, foi um retrato falado. Repetir tudo aquilo que ele falou é desnecessário. Mas eu, como representante de Dom Aquino, Presidente da Câmara Municipal, juntamente com os meus nobres colegas que fazem parte daquele Poder Legislativo, vim clamar pelo Município daqui bem perto. Dados estatísticos foram aqui falados. Nós temos um Município pequeno, de oito mil e seiscentos habitantes e que tem as mesmas carências que tem Campo Verde, que é a situação do regime prisional. O nosso amigo Dimorvan falou muito bem: Hoje, tem sessenta presos no Município de Dom Aquino e dos quais quarenta e quatro são daqui, de Campo Verde.

Pág. 31 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Nós fazemos uma parceria com os Municípios do Vale do São Lourenço e, também, com satisfação com Campo Verde nessa questão. Isso gera custo, gera dificuldade, gera apreensão dentro da nossa cidade à pequena população servindo lá sessenta detentos. As pessoas ali ficam inteiramente preocupadas com aquela situação. Trata-se de uma cadeia que não oferece tanta segurança à sociedade. Nós vivemos o clamor das pessoas da cidade. Então, eu quero pedir à área de Segurança do Estado que tome, também, providências para atender o nosso município. Há a necessidade de alguns recursos básicos. Por exemplo: Nós temos a Polícia Civil e a Polícia Militar que hoje se encontram em casa de aluguel, que não têm condição de dar uma cobertura necessária para a sociedade, faz das tripas coração, como se diz na linguagem popular, para atender da melhor forma possível, mas não tem estrutura. Eu gostaria de pedir às autoridades aqui presentes que olhem para o nosso município como sempre têm olhado, mas eu gostaria que olhassem melhor para que possam atender aquela cidade que vive esse pavor. Eu gostaria de dizer ao Prefeito Dimorvan que nós somos parceiros, que nós somos vizinhos e abraçamos as causas. Mas como toda a nossa sociedade clama a saída de muitos detentos daquela cadeia, eu, hoje, trago a mensagem do nosso município a todas as autoridades aqui presentes: Que nos ouça; que nos escutem, que nos deem apoio e que façam com que realizemos um trabalho que deixará a nossa sociedade tranquila. É uma cidade pequena, passiva, mas que não deixa de ter sempre alguns problemas que vêm ocasionar a nossa intranquilidade. Muito obrigado a todos! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Sr. Osvaldir. Eu quero aproveitar para registrar a presença dos dois nobres Vereadores Adércio e Sérgio Ramos, do Município de Dom Aquino, que estão aqui prestigiando esta Audiência Pública. Muito obrigado! Eu vou passar a palavra, agora, ao Dr. Anderson Garcia para resposta. O SR. ANDERSON GARCIA - Boa-tarde, Presidente da Câmara Municipal, nosso Vereador Osvaldir, de Dom Aquino. A Audiência Pública serve para isso mesmo. Ela serve para nós ouvirmos as necessidades da população; para ouvirmos os desejos e os anseios da sociedade para que possamos tomar diretrizes políticas. Osvaldir, eu até sugeriria se for o caso, também, fazermos uma Audiência Pública lá. Por que não? Vamos lá ouvir toda a sociedade, fazer essa reivindicação. Eu estava aqui conversando com o Deputado Nininho sobre isso, sobre essa questão. Eu não vejo problema nenhum! Quanto ao pleito que o Presidente da Câmara mencionou, eu levarei, também, ao conhecimento do nosso Secretário para que possamos dar uma olhada no diagnóstico, vamos dizer assim, de Dom Aquino para que nós vejamos... Com relação a presídio, eu torno a dizer que isso foge da alçada da Secretaria de Segurança Pública. Até dezembro do ano passado era da nossa responsabilidade, mas a partir de janeiro houve essa divisão e seria, então, de outra Secretaria. O SR PRESIDENTE (NININHO) - Eu quero aqui aproveitar e dizer que estou à disposição dos Vereadores, dos representantes do Município de Dom Aquino. Se entenderem por bem, também, fazermos uma Audiência Pública para discutir os problemas de segurança no Município, então, que nos procurem que estamos à disposição.

Pág. 32 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Passo a palavra, neste momento, ao Tenente-Coronel Robson Pereira, Coordenador Militar da Assembleia Legislativa, neste ato, representando o nosso Presidente Deputado Riva. O SR. ROBERSON DIAS PEREIRA - Deputado Nininho, Presidente desta Audiência Pública, em nome de quem cumprimento as demais autoridades aqui presentes; senhoras e senhores, meu cordial boa-tarde! Foi uma grata satisfação receber a incumbência do Presidente da Assembleia Legislativa para representá-lo, nesta tarde, principalmente porque me sinto parte desta comunidade. Há pouco mais de dois anos deixei o comando da região, onde comandava o Batalhão de Primavera do Leste. Na época, Campo Verde era subordinado, também, ao Batalhão de Primavera do Leste. Os meus familiares também fazem parte desta região, residem nesta região. É uma grata satisfação rever aqui alguns velhos amigos, alguns conhecidos de longa data. Trago aqui as palavras do Presidente Deputado Riva, que coloca a Assembleia Legislativa à disposição da sociedade para todos aqueles assuntos de interesse na área de segurança, de necessidades e melhorias no município e região. Disse-me para trazer aos senhores a preocupação dele em relação a esse tema, uma vez que considera que os investimentos feitos pelo Estado na área de segurança têm sido muito pequenos. Então, ele sabe de toda essa problemática por se tratar de um Parlamentar que tem convivido diariamente com as corporações, tem tomado parte em decisões importantes e tem sabido, também, todas as suas dificuldades. Eu fico grato em ter ouvido duas situações aqui: Uma pelo Presidente do CONSEG, dizendo-nos, antes de começar a Audiência Pública, que melhorou consideravelmente a relação entre Polícia Militar e sociedade. Essa é uma grata satisfação. Esse é mérito de cada um dos nossos policiais aqui presentes. Eu trabalho em equipe junto com o Major Evandro e tenho certeza que esse é o caminho que nós, enquanto sociedade, temos que buscar a proximidade com o nosso Poder Público para que possamos mostrar onde está o problema. Nós, enquanto sociedade, é que temos essa incumbência. Nós temos responsabilidade, também, na segurança pública quando fazemos as denúncias, quando informamos a polícia onde está o problema. É muito importante ver diversas pessoas da sociedade aqui, hoje, reunidas, trazendo os seus problemas, as suas aflições, mostrando ao Poder Público a necessidade em saber o local onde agir e a maneira como se deve fazer. Fica aqui o meu agradecimento! Em nome do Deputado Riva, colocamos a Assembleia Legislativa à disposição de todos os senhores. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Tenente-Coronel Roberson. Passo a palavra, agora, ao Vereador Sérgio Ramos de Souza, de Dom Aquino, que é Policial Civil. O SR. SÉRGIO RAMOS DE SOUZA - Boa-tarde a todos! Quero cumprimentar os componentes da mesa na pessoa do Deputado Nininho; o meu Chefe imediato, Dr. Fernando; o Dr. Jales, Diretor de Interior; colegas, policiais civis e militares; Polícia Militar; Prefeito Dimorvan; na pessoa do Presidente da Câmara Municipal, cumprimento os demais Vereadores desta cidade.

Pág. 33 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Deputado Nininho, Sr. Secretário-Adjunto, Dr. Anderson, quando falamos por último fica um pouco repetitivo, porque muitos já falaram e o assunto é o mesmo. Então, para não me alongar tanto, quero pedir licença a Campo Verde para fazer algumas reivindicações para o nosso município. Nós estamos com um problema, que foi citado pelo Presidente da Câmara Municipal de Dom Aquino, Osvaldir, há quase três anos, a respeito do local onde a Polícia Militar estava instalada, que é o destacamento, que é um prédio próprio. É uma vergonha para nós do Município de Dom Aquino, principalmente para a classe política, as pessoas que ali visita veem aquele local que, além de tudo, está colocando em risco a vida de pessoas menos avisadas que podem entrar lá, porque o teto está desabando, está caindo e está sem arrumar. Nós já reivindicamos várias vezes ao Governo do Estado isso. Acho que é uma falta de respeito a esses trabalhadores que ficam na rua para tentar levar tranquilidade e paz para a sociedade, se nem eles mesmos têm tranquilidade para trabalhar. Quero deixar aqui a minha indignação com o Governo do Estado - estou dizendo como Vereador - porque isso já demanda três anos. E aí quer cobrar um serviço de qualidade do policial militar para dar resposta à sociedade. Lá em Dom Aquino, falando também da Polícia Civil, da qual faço parte, - talvez eu seja o policial de Dom Aquino que mais fala com o Dr. Jales e sei do esforço dele, a falta de efetivo não é só em Dom Aquino - nós trabalhamos com dois policiais até o mês de abril, dois policiais civis faziam plantão numa delegacia. Muitos podem estar dizendo aqui: mas, Dom Aquino tem oito mil e poucos habitantes! Mas, não venham dizer que dois são suficientes, porque isso é desumano! O Dr. Fernando e o Dr. Vitor Hugo, já falaram aqui e vou repetir, são dois delegados que nós policiais, que a sociedade tem que se orgulhar em tê-los como delegados da nossa cidade. O esforço que eles fazem para atender essas cidades: Campo Verde tem mil inquéritos que estão em andamento; Jaciara tem dois mil e não sei quantos, não sei a estatística de lá. Então, o Governo, os nossos gestores, às vezes... Muitas pessoas dizem que polícia é um mal necessário. Não, polícia é um bem! A polícia está aqui para fazer garantir e preservar o direito do cidadão, de quem paga imposto. Às vezes, lembra-se muito de outras áreas aí e a segurança, quando fala - eu falo porque estou nos dois lados, na política e na polícia... Quando se fala polícia, muitos políticos ficam receosos de estar levando e discutindo o problema. Então, graças a Deus, deu uma melhoradinha em Dom Aquino agora. O Dr. Jales encaminhou uma escrivã e uma policial, só que ainda precisa mais. A reivindicação que eu quero deixar à classe política é para ver.. Vocês estão vendo que a violência está saindo dos grandes centros e indo para as pequenas cidades! Nós tivemos, nesta semana, assalto na Cidade de Poxoréu! Não sei se o Coronel se lembra, encontramos com ele na estrada, no meio do mato atrás de bandido. O Coronel andou nas estradas lá. Dom Aquino tem mais de dois mil quilômetros quadrados, Dr. Jales. As estradas são péssimas! Estou entrando no assunto das viaturas que já foi falado aqui. As estradas são péssimas. Nós temos um Gol que não serve para Dom Aquino. Dom Aquino é pequena, mas a zona rural de lá é muito grande!

Pág. 34 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. A sociedade de Campo Verde está de parabéns porque tem um Prefeito aqui... Você anda na estrada de chão que, às vezes, está muito melhor do que muitos asfaltos. A zona rural nossa não tem estrada e você tem que ir atender o cidadão que está lá, porque é direito dele também. Nós temos Assentamentos aqui, Dr. Jales, se não me engano, Ponte de Pedra e Primavera, que estão há trinta e cinco quilômetros de Primavera e é Município de Dom Aquino. Então, já reivindiquei isso, vou fazer por escrito, que Dom Aquino também precisa de uma caminhonete, retire aquele golzinho de lá e mande uma caminhonete, porque nós não aguentamos mais. E, se estragar, nós podemos até responder uma sindicância. Então, fica difícil você trabalhar com equipamento que não dá condições de desenvolver um trabalho com dignidade, um trabalho a altura do que a sociedade merece. Repito aqui, graças a Deus nós temos policiais nesta região que trabalha por amor, que trabalha com dignidade, respeitando as leis. São dois Delegados, eu falo porque tanto o Dr. Fernando como o Dr. Vitor, de Jaciara, são pessoas que me orgulho por trabalhar com eles, estamos sempre trabalhando. Quando precisa aqui em Campo Verde, viemos; chamando para Poxoréu , nós vamos. Então, estamos aqui para atender a sociedade. Outra coisa, voltando à Polícia Militar, Coronel, lá em Dom Aquino, o rádio- operador da Polícia Militar é a Polícia Civil, porque são só dois por efetivo e eles não podem ficar no destacamento, eles têm que fazer a ronda. E aí eles atendem o 197 e os avisa. Como Vereador, doei um celular para a Polícia Militar há algum tempo e esse celular fica dentro da viatura, que é para facilitar a comunicação da sociedade com o policial, porque uma boa comunicação evita danos maiores. Às vezes acontecem muitos crimes porque não teve uma comunicação de qualidade para que a polícia chegasse a tempo ao local do crime. Então, era isso que eu queria dizer a todos vocês, ao Dr. Anderson, que está aqui representando o Dr. Diógenes Curado, que olhe para as cidades pequenas também. Cobro da classe política, dos Deputados, porque às vezes eles se preocupam muito em levar estrutura para as grandes cidades e se esquecem das cidades pequenas, que obriga depois o pai de família, que mora lá no interior, a ir para a cidade grande levar seu filho para estudar, porque ali não tem condições, que faz a violência acontecer nos grandes centros. Se nós tivermos uma política bairrista, bairrista no sentido de levar estrutura para as pequenas cidades, e o povo evitar sair para ir para os grandes centros, com certeza será menos oneroso para o Estado e para as famílias. O Dr. Anderson tinha dado uma saidinha, mas eu quero reafirmar, mais uma vez, não é a sua Secretaria, Dr. Anderson, mas nós já tivemos reunião aqui com o Prefeito Dimorvan a respeito da cadeia pública. Não é a sua Secretaria, mas é coirmã. Leve ao Dr. Paulo Lessa que o Município de Dom Aquino não suporta mais isso. A cadeia do Município de Dom Aquino é para a realidade do Município. Está com sessenta e poucos presos hoje, mas já chegou a noventa e oito, e sua capacidade é para vinte e cinco presos. E quantas vezes a Polícia Militar tem que sair de lá para escoltar preso e às vezes fica um policial civil na Delegacia, na cidade, e a Policia Militar tem que atender, porque é o judicial. Então, o prejuízo é para Dom Aquino, o prejuízo é para o Estado, porque, se for pegar o combustível que se gasta com escolta de preso para cá esse tempo todinho, já dava para o alicerce estar no telhado já. É só ter força de vontade e se preocupar com quem paga o nosso salário, porque o meu salário de vereador e o meu salário de policial é pago pela sociedade e é para ela que nós temos que dar satisfação, é para ela que temos que prestar serviço de qualidade, para vermos a satisfação no olhar de cada um, principalmente dos mais humilde. Muito obrigado. (PALMAS) Pág. 35 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Vereador Sérgio. Passo a palavra agora ao Dr. Jales. O SR. JALES BATISTA SILVA - Inicialmente eu gostaria de cumprimentar o meu amigo e companheiro Sérgio Ramos. Quero dizer também, Sérgio, aqui de público, que você é um orgulho para nós, por fazer parte das nossas fileiras, é um policial em potencial. Ele já esteve comigo até em Gaúcha do Norte, em operações. Enfim, ele realmente faz esse trabalho muito bem de duplicidade na política e na polícia. Na polícia, posso falar de carteirinha, ele interage muito comigo. Dom Aquino há alguns dias, Dr. Anderson, estava com apenas dois investigadores, um era o Sérgio e o outro era o Joel - eu gostaria de deixar de público aqui o meu elogio ao Joel -, um guerreiro, e a Antônia, que fazia o trabalho de escrivã ad hoc , estavam vocês três. Dom Aquino fazia parte dessa estatística que eu disse há pouco, de menos de quatro investigadores e também fazia parte da estatística de não ter escrivão. Agora, graças à briga do Sérgio conosco, trouxemos uma escrivã. Eram trinta e uma Delegacia sem escrivão, agora são trinta. Trouxemos a Ivanildes, investigadora, para completar o quadro dos quatro investigadores. Então, nós temos o quadro mínimo, mas nós temos uma atuação muito boa. O Dr. Fernando, você colocou muito bem, saneou as dependências da Delegacia, não temos inquéritos complicados lá, ou mazelas antigas. Infelizmente, tenho que dizer isso aqui de público, até o Chefe do Executivo foi preso. Então, vocês vão ver que não passamos a mão na cabeça de ninguém. O Dr. Fernando e a equipe está de parabéns, e o Dr. Vitor Hugo sempre, hora ou outra, está auxiliando lá. Agora, sobre o veículo que você falou, eu quero uma caminhonete lá. Brigo por isso, mas não quero devolver o golzinho, não. Quero que o golzinho também fique lá. Está bom? (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Dr. Jales! Agora eu passo a palavra a mais um inscrito, ao Sr. Elias de Souza Filho, Presidente do CDL aqui do Município de Campo Verde. O SR. ELIAS DE SOUZA FILHO - Senhoras e senhores, boa-tarde! Eu quero aqui cumprimentar o Deputado Estadual Nininho e em seu nome os demais componentes da mesa. Eu quero aqui, Dimorvan, agradecer por ver que aquela conversa que nós tivemos surgiu efeito, você realmente lutou para que conseguíssemos falar com o Governo. Não conseguimos, mas estamos conseguindo esta Audiência Pública onde podemos expor os nossos problemas. Quero agradecer também ao Vereador Geraldo, Presidente da Câmara, e em seu nome os demais Vereadores aqui presentes; agradecer aqui a presença da Polícia Militar em nome do Major Evandro e os demais colegas. Como vocês podem ver, Campo Verde é uma cidade com grande diversidade de população, gente de todo o lugar do País, e Campo Verde está de parabéns, porque essas pessoas gostam de Campo Verde, aprendem a amar Campo Verde. Então, é uma coisa que todo mundo se preocupa. É uma cidade que o Prefeito se prontifica a construir posto policial, o Prefeito se prontifica a ajudar pessoas, comerciantes, como eu, o Aparecido, que não ganhamos nada para exercer a profissão no CDL, na SICAV, nos preocupamos com Campo Verde, nos preocupamos com o comércio local.

Pág. 36 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Campo Verde é uma cidade em que a Polícia Militar se preocupa com a cidade, a Polícia Civil se preocupa com a cidade. Então, podemos ver o erro e é justamente onde queremos chegar. Não está havendo preocupação do lado do Governo. Não estamos vendo saída do lado do Governo. Por quê? A Polícia Militar está fazendo o seu papel. Eu sofri na pele, senti o que é um assalto, o que é ser rendido dentro de casa. Tinham apenas cinco policias em serviço naquele dia e estavam os cinco me dando apoio. E foram mais de 15 dias tentando pegar o pessoal, tentando investigar e não conseguiram. Então, assim. De todos eles tanto da Polícia Civil como a Polícia Militar reclamaram. Não temos efetivo para efetuar a segurança no Município de Campo Verde. Então, eu acho que é hora de as autoridades olharem, Dr. Anderson, porque, se tem o apoio da população, que é como o Comandante disse, que tem que começar o dever de casa, e a população está de prontidão para ajudar, o Prefeito está de prontidão para ajudar, o Prefeito está de prontidão a ajudar, a polícia faz seu trabalho bem feito, por que é que as coisas não dão certo? Por que uma cidade, onde é a única cidade do município que construiu esse destacamento próprio, com dinheiro próprio do município, não é olhada? Ao invés de vir mais efetivo, - que eu acho que no máximo dez efetivos vai nos ajudar muito - estão tirando os daqui. E vão formar 1.000 efetivos, vão vir 02 ou 03 para uma cidade desta, que está sempre de prontidão a ajudar o Governo do Estado. A maior preocupação nossa é virmos numa Audiência Pública e não vermos saída da parte do Governo. Não vemos saída, tanto que tentamos marcar várias reuniões com o Governo e não conseguimos. Veio da parte do Prefeito, da parte do Aparecido Rudnick, que é Presidente da Associação Comercial e Industrial, veio da parte do CDL... Uma coisa muito grande, o Poder Legislativo, com tantos Deputados que são da região, apenas um Deputado preocupou em organizar essa Audiência Pública. E é um Deputado do primeiro mandato. Cadê os demais que estão aqui no período? Cadê esse pessoal que preocupa com Campo Verde? Cadê os políticos que preocupam com Campo Verde? Então, o que mais me deixa triste, pessoal, não estou sendo pessimista, é que, eu, particularmente, vou sair daqui com a consciência que não vamos ter saída para a Segurança de Campo Verde, porque eu vi, eu senti na pele! O Tenente Henrique, ele ia na minha casa 01:00 hora da manhã, 02:00 horas da manhã! E foi vários dias, tentando ajudar. Eu vi o Tenente trabalhando vários dias em prol da minha segurança. Então, todo mundo parabeniza a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, os próprios policiais militares e civis estão fazendo um serviço bem feito. Está faltando o quê? Está faltando apoio do Governo para eles. Então, eu não estou analisando, não estou querendo ser egoísta e querendo as coisas só para Campo Verde, mas é uma cidade que o senhor mesmo nos falou que o senhor foi recepcionado diferente, onde o Prefeito discursou falando que preocupa, que é dever dele também a Segurança e se for possível ter um Posto Policial ele vai fazer, por que não olhar com outros olhos para um município desse? Então, queremos só deixar aqui uma mensagem: Olhar com outros olhos para o Município de Campo Verde. Este é um município que tem um dos maiores crescimentos dentro do Estado e para o ano de 2015, cinquenta e cinco mil pessoas. Por que não olhar diferente para um município desse? Por que não olhar diferente para um município onde tem quase 16.000 veículos? Então, a mensagem que fica... Aquilo que o Marquinhos falou, a indignação do Marcos, que é nosso parceiro, é uma coisa que é indignação desde o catador de lixo ao Prefeito da cidade. É essa indignação que o Marcos tem.

Pág. 37 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Essa pesquisa que vocês estão fazendo, vocês estão de parabéns, mas em Campo Verde ela não foi feita. Eu tenho certeza, porque eu tenho colega meu que foi assaltado, para se ter uma ideia - já que vocês usaram provérbios populares - que “Papagaio come, periquito leva fama”. Então, a sociedade está revoltada com a Polícia Militar ou Civil, que seja, onde a culpa não é deles. Às vezes, liga para eles fazer uma diligência e chega lá, não dá mais tempo, como já teve caso de coitado chegar num comércio, o dono do comércio correram com vocês de lá porque vocês demoraram a chegar. Então, isso por falta de efetivo, não é culpa deles. Eu só quero que leve uma mensagem ao Governo daqui de Campo Verde, que olhe com outros olhos para Campo Verde. A população de Campo Verde está fazendo o seu dever de casa, o prefeito está fazendo o seu dever de casa, Campo Verde é onde tem um programa socioeducativo na linha de esporte como Judô, Jiu-jitsu, Capoeira e vários outros esportes, um dos maiores do Estado de Mato Grosso. Então, se tem esse projeto é porque estamos preocupados, estamos fazendo o dever de casa, embora não está havendo dever de cima para nós. É tanto que esta Audiência Pública vocês podem ver, vem um político ou dois representantes. Então, levem essa mensagem para o Governo, olhe para Campo Verde com outros olhos diferentes, porque aqui nós fazemos o nosso dever de casa. Muito obrigado. Essa indignação, realmente, é porque senti na pele. Talvez, para quem está só falando de segurança é como eu falei para o Ten. Henrique, eu falei: Tenente, vocês estão preparados para aguentar pressão de bandidos ou para fazer pressão em bandidos, nós não. Então, quando acontece esse tipo de coisa nós ficamos sem saber o que fazer. Na verdade, eu tenho vontade de vender a minha empresa e ir embora daqui, porque nós não vemos saída, vou sair daqui sem ver uma saída para o problema de Campo Verde. A Policia Militar se interage, o Major Evandro está nos eventos, está procurando interagir com a população, embora a população, eu falo porque sou do Estado da Bahia, vim do Estado do Tocantins, são estados onde a população adora os policiais militar e civil. Aqui em Mato Grosso, aqui em Campo Verde, a população tem raiva do policiamento e eles não têm culpa. Então, é eu falo: papagaio come e periquito leva a fama, eles estão sem suporte do governo. Sinceramente, eu não estou vendo saída com esta reunião aqui, embora tomara que eu pague a minha língua. Mas, eu garanto para vocês que no máximo dez ou quinze efetivos para Campo Verde já resolve o nosso problema bastante. Então, eu quero agradecer aqui, Major Evandro, a sua equipe que está de parabéns; também agradecer ao Delegado Fernando e ao Prefeito Dimorvan mais uma vez por ter surgido efeito a nossa conversa. Também quero agradecer você, Aparecido, Presidente da Associação Comercial, parceiro nosso da segurança de Campo Verde e da segurança dos nossos comerciantes. Muito obrigado a vocês e boa-tarde (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Muito obrigado Elias. Com a palavra, o Dr. Anderson. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Elias, novamente para você eu também peço obrigado por deixar eu responder dessa forma. Eu entendo que você não quer ir embora de Campo Verde, não, de jeito nenhum. O índice de criminalidade aqui ele está sendo baixo. A Polícia tanto Militar quanto Civil... O Sr. Elias de Souza (FALA FORA DO MICROFONE) - Com perdão da... O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Tá.

Pág. 38 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. O Sr. Elias de Souza (FALA FORA DO MICROFONE) - O número de 2008 para cá diminuiu porque a população de Campo Verde está indignada, está indignada mesmo porque empresários foram assaltados dentro do comércio... O SR. ELIAS DE SOUZA - Então, é para você ter uma ideia. Esse número não foi feito aqui em Campo Verde e, se fosse feito, só no decorrer de 2011 já bateriam os outros três anos todinhos, eu tenho certeza disso. Tenho certeza. Eu, particularmente, na Civil, não tem registro de ocorrência meu. Eu fui lá, o senhor estava de férias, só tinha dois policiais civil, quem me deu suporte maior foi a Polícia Militar. Eu sou um dos que não tem ocorrência, como tem o meu amigo pezão, que é da gráfica, não registrou sua ocorrência também, têm várias coisas que não tem. Como estou falando para vocês, Campo Verde tem que ser olhado com outros olhos, porque é uma cidade, como os senhores falaram, o crescimento dela surpreende. Então, olhem para ela com outros olhos. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Com certeza! Eu diria o seguinte ao Elias. Elias, o Estado não existe, é uma figura abstrata, ele não existe por si só. Ele é representado pelas instituições que o compõem. Ele é representado pela Secretaria de Segurança Pública, que por sua vez é representado pela Polícia Militar, pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros. Então, eu fico feliz, fico feliz mesmo, Elias, quando você enaltece e todos os outros cidadãos que eu já vi aqui nos depoimentos, enaltecendo o trabalho da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Bombeiro Militar. Eu fico muito feliz, é sinal que o Estado está presente e dando a resposta necessária, apesar do pouco efetivo e das mazelas que nós estamos sofrendo, que é essa questão de viatura e de efetivo, mas está correspondendo! Ou seja, a população confia, acredita! Senão, os depoimentos, as declarações seriam diferentes. Então, eu fico feliz. Nós temos que melhorar. Com relação ao olhar com outros olhos, eu vou levar esse recado ao Governo, concordo com você, mas nós não devemos, como Secretaria de Segurança Pública, olhar com outros olhos. Eu garanto para você que olharemos com os mesmos olhos que olhamos todos os municípios de Mato Grosso, mas com um brilho especial. Isso eu garanto. Está bom? O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Com a palavra, o Sr. Aparecido Rudnick, Presidente da Associação Comercial de Campo Verde. O SR. APARECIDO RUDNICK - Boa-tarde a todos! Quero cumprimentar o Deputado Nininho e, de antemão, parabenizá-lo por ter atendido o pedido do Prefeito Dimorvan para que esta Audiência Pública acontecesse neste dia. Digo que Vossa Excelência é corajoso, porque realmente problema de segurança pública não é só em Campo Verde, mas em todo o Estado está muito sério. E eu quero só citar uma pequena frase que é muito usada no meio empresarial. E, como eu os represento, quero dizer o seguinte: “cada um faz aquilo que lhe compete”. Nós vimos que o Prefeito, em sua fala, colocou todos os problemas que estão acontecendo em Campo Verde e que a nossa população está precisando de uma solução. Então ele está fazendo a parte dele como representante do povo. As nossas policiais, tanto civil como militar e corpo de bombeiro, também fazem a sua parte. E hoje aqui, Deputado Nininho, eu quero dizer que este auditório não está lotado, não está cheio de empresários, porque os nossos empresários estão fazendo a parte deles, que é trabalhar, gerando emprego, renda e impostos para o Governo do Estado de Mato Grosso. Também quero dizer uma coisa ao Subsecretário, quando o senhor falou muito bonito sobre todos os planejamentos. Nós como somos empresários e sabemos da importância do que é um planejamento, queremos cobrar uma coisa, Subsecretário. Eu acho que já está na hora de Pág. 39 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. colocar esse planejamento em ação. Nós não podemos só ficar planejando, planejando e planejando. Tem que ter ação. E o povo de Campo Verde, os empresários de Campo Verde e a nossa população precisam dessas ações, precisam de atitudes. Eu não quero me alongar muito, mas dizer ao Diretor do DETRAN, quando o Márcio falou referente às blitze, os empresários realmente, esta semana... O meu telefone não parou de tocar, porque os empresários ficaram um pouco chateados pela forma como foi feita. Não pela questão que o senhor falou, de problemas de falta de habilitação, de documentos atrasados. Isso não. Eu acho que quem deve realmente tem que pagar. Mas, o que nós queríamos era um pouquinho de consideração com aquelas pessoas que estão indo para o seu trabalho. Nós vimos e teve pessoas que me falaram coisas assim, que realmente estão fora da lei, mas que é uma pessoa que está com o uniforme da empresa e simplesmente porque estava com a viseira do capacete aberta foi multado. Então, isso é uma grande reclamação dos empresários. E também eles me pediram que lhe fizesse um pedido. Que dentro dessas blitze, colocasse uma blitz à noite, porque é à noite que os vândalos ficam fazendo baderna na cidade. Nós temos aqui os nossos policiais de Campo Verde que coíbem, eles estão aí no dia a dia trabalhando, mas, infelizmente, são poucos, tem poucas viaturas e não conseguem. Quando eles estão num bairro, os meliantes estão em outro bairro fazendo o que não devem, dando cavalinho de pau, empinando motos, dando aqueles estouros. Então, nós queremos fazer esse pedido ao senhor, que também fizesse esse trabalho à noite, para pegar essas pessoas. E nós, empresários, esperamos que o Governo do Mato Grosso faça a sua parte naquilo que eu falei, dentro da frase que eu citei. Nós estamos cumprindo a nossa, o Prefeito está fazendo a dele, os policiais estão fazendo, mas nós pedimos que realmente o Governo de Mato Grosso também faça a sua, para que melhore a segurança tanto de Campo Verde quanto do Estado de Mato Grosso. Muito obrigado! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Sr. Aparecido. Eu passo a palavra ao Sr. Anderson. O SR. ANDERSON APARECIDO DOS ANJOS GARCIA - Aparecido, eu apenas diria o seguinte, frente à colocação. Primeiro parabéns por sua fala, pelas suas colocações. Eu torno a dizer que o Estado de Mato Grosso não está ausente. Ele está presente, por meio das instituições. A Polícia Militar não é do Município de Campo Verde. A Polícia Militar é do Estado de Mato Grosso. A Polícia Civil a mesma coisa, ela é do Estado de Mato Grosso; o Corpo de Bombeiros Militar a mesma coisa, ela é do Estado. Elas não são instituições de Governo e nem instituições municipais. Elas são instituições permanentes de Estado. O Governo passa e as instituições ficam. Então, quando falamos da atuação das policias, nós estamos falando da atuação do Estado, da presença do Estado. E concordo que nós podemos, nós temos que melhorar nessa questão da segurança pública, mas não só o Estado. Aí entram outras ações que o município também poderia colaborar mais, o ramo empresarial, o ramo bancário nas questões. O Governo possui o GT, que são Grupos de Trabalho, aí vem o Governo, o Secretário Diógenes, alguns Grupos de Trabalho voltados a determinados delitos que repercutem e que estão causando clamor até social, como por exemplo, os caixas eletrônicos, esses furtos, arrombamentos; existem GT, e ali tem a participação inclusive da FEBRABAN, de representantes da Federação Brasileira dos Bancos, onde nós estamos sentados na mesma mesa conversando para achar soluções, para que possamos minimizar este tipo de problema

Pág. 40 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. que está aumentando, que aumentou bastante aqui no nosso Estado, e que nós temos que cortar isso, porque isso causa um clamor social muito grande Então, eu vejo, Aparecido, que o Estado está presente, sim. O Governo vem fazendo, podemos fazer mais. Mas com a colaboração, a participação e a cooperação de todos, nós podemos aumentar cada vez mais essa participação para que fiquemos mais tranquilos. Obrigado pelas colocações. O SR. EUGÊNIO DESTRI - Em primeiro lugar, eu quero parabenizar e agradecer o apoio da Associação Comercial e Industrial e do CDL também nos convites efetuados para a palestra, ontem à noite, pela participação efetiva na ação. Com referência às blitze à noite, eu quero dizer aos senhores o seguinte: A questão da fiscalização de trânsito não compete diretamente ao DETRAN. Isso é uma parceria do DETRAN com o Batalhão de Trânsito e com a Polícia Militar. Mas tenham certeza os senhores que eu vou levar ao Tenente-Coronel Wilson Batista, assim como ao Coronel Valdivino e o Major Evandro, presentes aqui e já estão tomando conhecimento, que as blitze fiscalizadoras cabem, então, ao Batalhão de Trânsito e à Polícia Militar. Mas, no que couber ao DETRAN, com certeza, nós daremos apoio. Tem uma proposta, um Projeto, Deputado Nininho, do Presidente do DETRAN, de aumento do efetivo do Batalhão de Trânsito, porque o policial de trânsito na rua, além dele efetivar a fiscalização propriamente do trânsito, ele já impõe respeito pela presença. Então, se tivéssemos no trânsito policiais todos os dias, com certeza, as ocorrências, não só de trânsito diminuiriam. E com referência às abordagens, infelizmente, eu tenho ouvido muito, inclusive, até professora que teve a palestra, a orientação do uso obrigatório do cinto - e não é imposição nossa - e a viseira baixada está no Código de Trânsito Brasileiro, que está em vigor desde 1º de janeiro de 1998. Então, quer dizer, são situações que o policial de trânsito, ele não pode prevaricar. O cidadão está errado, passou pela blitz, caiu, ele não pode prevaricar, porque senão quem vai responder administrativamente é o policial que deixou passar. Então, infelizmente, são situações... Eu entendo, eu compreendo a situação, o clamor, o choro da sociedade, mas são ações que nós, enquanto autoridades, não podemos deixar passar, porque senão quem vai responder administrativamente somos nós. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Obrigado, Sr. Eugênio Destri. Não havendo mais inscritos, passemos às considerações finais. Eu quero aqui dizer, Eugênio, que esse projeto do DETRAN, com certeza, é de grande importância a nossa sociedade, a presença desses guardas de trânsito, haja vista o grande crescimento de veículos nas ruas e avenidas das nossas cidades. Se nós pararmos para lembrar o nosso País, não somente o nosso Mato Grosso; mas se pegarmos as estatísticas dos números de veículos e motos, eu tenho certeza que são surpreendentes. Graças a uma economia do ex-Presidente Lula, que veio e conseguiu uma estabilidade em nossa economia, hoje, temos o privilégio de ver o nosso trabalhador, por mais humilde que seja o nosso cidadão trabalhador, que não tinha no passado condições de comprar uma bicicleta, comprar uma moto ou um carro e uma moto. Então, hoje, graças a Deus, nós temos em nosso País esse privilégio da facilidade da aquisição, do poder de compra dos nossos trabalhadores, que está fazendo com que o cidadão, Pág. 41 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. que, talvez, não teria uma mínima perspectiva de ter um veículo para se locomover com sua família, para ir ao seu trabalho, hoje, tenha uma, duas ou três... Hoje, nós temos problemas de acidentes de moto, porque a facilidade de aquisição desse veiculo é tão grande que a pessoa, muitas vezes, nem aprendeu a pilotar a moto, mas já consegue pagar uma prestação de cem ou cento e cinquenta reais e faz aquisição de uma moto. E ele tendo essa moto logicamente vai querer se locomover, muitas vezes, até infringindo a lei e provocando acidentes. Isto é visto, hoje, em todas as cidades, Dimorvan. Eu tenho certeza que aqui, em função de ser uma cidade que tem privilégios maiores, porque estão aqui grandes indústrias, geração de emprego, grandes investidores, empresários, tem um poder aquisitivo ainda melhor que os números mostram e o crescimento aqui do licenciamento de veículos é surpreendente. Talvez, seja o maior do Estado. Então, é natural que os problemas cheguem juntos, que aumente o índice de acidentes, que aumente o problema de trânsito na cidade. Isso nós vivemos, hoje, não só aqui, mas nos grandes centros, a exemplo da nossa Capital, que quando dá 18:00 horas é um caos. Hoje, nem 18:00 horas, nem 16:00 horas ou 15:00 horas. Em todos os horários têm congestionamento de trânsito. Mas, eu quero dizer, Eugênio, que eu quero e vou tomar conhecimento com o Presidente do DETRAN, o Dóia, para dar todo apoio para que sejam implantados, porque é uma necessidade, sim, e colocados nas ruas esses guardas de trânsito para ajudar a controlar o trânsito no nosso Estado. Prefeito Dimorvan, para nós foi uma satisfação estar aqui e ouvir o clamor da população com relação aos problemas ligados a essa área da segurança do Município de Campo Verde. Como já foi dito, não é muito diferente dos demais municípios do Estado, tendo em vista que o nosso Estado cresce e cresce muito a índice muito elevado, acima de 10% a 12% ao ano. Muitas vezes, com certeza, isso é culpa, sim, dos administradores que não fizeram os investimentos necessários na infraestrutura, na formação de profissionais. Não é admissível que o número de policiais que tinha em Campo Verde há dez anos, hoje, seja menor com uma população que multiplicou. Não é admissível! Isso prova que não teve um planejamento do Governo para se atentar a essa questão que é de grande importância e aflige toda a população. Eu quero dizer que nós, na Assembleia Legislativa, como representante desse Poder, hoje, promovendo esta Audiência Pública, convocaremos todos os Deputados para que juntos possamos cobrar, como já fizemos em outras oportunidades, do Secretário Diógenes Curado, do Subsecretário Anderson Aparecido e dos demais responsáveis pela segurança, especialmente do Governo do Estado para que priorize esse segmento com mais investimento. Hoje, nós vimos falar em muitos investimentos, captação de recursos em forma de empréstimo para se investir em função da Copa do Mundo. Eu fico realmente um pouco constrangido, porque não vejo falar que está se captando cinquenta, cem, cento e cinquenta milhões para trazer um investimento mais maciço para resolver o problema da segurança, Dr. Anderson. Eu fico constrangido. É lógico que nós precisamos da infraestrutura; precisamos da mobilidade urbana e que ela seja melhorada; precisamos das rodovias, mas nós precisamos, sim, do mínimo de segurança para as nossas famílias. Porque o cidadão que não tiver a tranquilidade de sair de casa e ir para o trabalho, pois, pode ser abordado por esses bandidos no meio do caminho, por um assalto ou com alguém que vai até a sua casa estuprar os seus filhos ou assaltar a sua residência, não trabalha tranquilo. Pág. 42 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Eu particularmente tenho essa visão e acho que tem que ser feito um investimento mais maciço nessa questão. Nós vamos, sim... Vemos até um pouco de pessimismo, Elias, mas eu quero dizer que nós viemos de outras Audiências Públicas que surtiram efeitos, sim, consideráveis. Não vamos dizer que vai resolver 100% dos problemas, porque ninguém dá conta de controlar 100%o do problema de segurança em um País, no mundo, onde a droga está, hoje, lastrando violentamente. E a chegada da droga provocou os demais atos cometidos por esses bandidos. Então, eu quero dizer que nós vamos, sim, estar lá em Cuiabá. Eu quero estar ao seu lado, Dimorvan; do nosso Presidente da Câmara, Sr. Geraldo, e com os demais Vereadores à disposição para irmos, sim, bater na porta do Governador, do Secretário, de quem for a incumbência para lutarmos por uma segurança melhor para o Município de Campo Verde. Mas eu quero aqui dizer, Dr. Anderson, Dr. Jales, Coronel Valdevino, representante do Corpo de Bombeiros, que eu vou embora muito feliz, sim, por ter estado aqui. Eu quero até parabenizar o Comandante da Polícia, aqui, o Major Evandro. Nós somos servidores públicos e prestamos serviços à sociedade. Nós ficamos muito orgulhosos quando chegamos a uma comunidade, a um município e onde todos só tem elogios a todos esses trabalhadores, a esses representantes do Governo do Estado, à Polícia Militar, ao Corpo de Bombeiros e à Polícia Civil que aqui presta o seu trabalho. Eu quero aqui parabenizar, também, o Dr. Fernando, Delegado, que é à base de tudo. Com certeza, Dr. Fernando, o senhor fez o que era preciso para ganhar a confiança desses policiais para que junto, mesmo com efetivo baixo, consiga aqui, ainda, fazer o possível para amenizar o problema de segurança em Campo Verde, em Dom Aquino e em outros municípios quando Vossa Excelência vai representar. Quero dizer que fico orgulhoso em saber que aqui não ouvimos uma crítica, porque normalmente, em Audiência Pública, ouvimos críticas do policial militar, do Comandante, do escrivão da polícia, enfim, das mais diversas entidades. E aqui, graças a Deus, nós só ouvimos elogios. Não quero me alongar muito em função do horário que está bem avançado, mas deixo os meus agradecimentos, Prefeito Dimorvan, em nome da Assembleia Legislativa, ao senhor e a toda sua equipe da administração municipal, Secretários, que contribuíram. Quero dizer que estamos à disposição na Assembleia Legislativa para retribuir todos os votos que recebemos com o nosso trabalho. Mas, só tem um jeito de pagar a conta, que é com o nosso trabalho. E eu quero que vocês contem comigo na Assembleia Legislativa, onde, dentro da minha força, do que puder, vou buscar a parceria dos colegas para ajudar o Município de Campo Verde. Em nome do Sr. Geraldo Pereira, Presidente da Câmara Municipal, agradecer a todos os Vereadores pela atenção especial que acolheu não somente nós, os representantes do Governo, da Assembleia Legislativa, mas toda a população, os servidores, que estão neste dia conosco. Quero também agradecer ao Tenente-Coronel Roberson Dias Pereira, Coordenador da Assembleia Legislativa, neste ato, representando o Presidente Deputado Riva. Gostaria que o senhor levasse as reivindicações para que, junto conosco, ele nos ajude a fazer as cobranças necessárias.

Pág. 43 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Agradeço ao Dr. Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, Secretário-Adjunto, representando o Secretário de Segurança, representando aquela entidade. Com certeza, Sr. Anderson, o senhor anotou todas as reivindicações e eu quero estar junto cobrando do Secretário, do Governo do Estado, estaremos juntos a sua disposição no que pudermos ser úteis para ajudar essa entidade. Quero agradecer ao nosso companheiro, ao nosso amigo, Dr. Jales Batista, Diretor do Interior, companheiro este que nunca mediu esforços para atender as reivindicações, companheiro que conheço ao longo de muitos anos e que sempre tem prestado um brilhante trabalho a nossa sociedade mato-grossense. Nós ficamos muito orgulhosos quando há servidores do Governo que cumprem com o seu papel, porque isso é muito gostoso, chegar e ver que essas pessoas têm o reconhecimento da sociedade. Quero agradecer também ao Coronel Valdivino Tavares Pimentel, do 4º Comando Regional de Rondonópolis, que aqui representa a Polícia Militar do nosso Estado. O Coronel Valdivino presta um brilhante trabalho na cidade de Rondonópolis, uma pessoa dedicada, atuante e que sempre tem procurado fazer o melhor possível para trazer a tranquilidade para a população de Rondonópolis. Haja vista que Rondonópolis é a cidade-polo da nossa região Sul, uma cidade que é um entroncamento e que tem facilidade de alojar os mais diversos bandidos que vêm dos quatro cantos do Estado procurar fazer o seu comércio de drogas. Enfim, o Coronel Valdivino tem conseguido fazer lá um brilhante trabalho. Quero aqui, mais uma vez, agradecer ao Dr. Fernando, Delegado de Polícia de Campo Verde, em nome de quem agradeço a toda Corporação da Polícia Civil. Quero também agradecer a um grande amigo, o Coronel Denézio Pio da Silva, Coordenador da Guarda Municipal de Cuiabá, companheiro este também que sempre está contribuindo com a população do nosso Estado na questão da segurança. O nosso muito obrigado, Coronel Denézio. Agradeço ao Sr. Eugênio Destri, Diretor de Habilitação do DETRAN, e dizer que nós queremos estar em Cuiabá a sua disposição para tudo que pudermos ser úteis para lhe ajudar nas questões ligadas ao trânsito. O senhor pode contar conosco na Assembleia Legislativa. Agradeço ao Major Alcides Domingues, Subcomandante da Região Sul do Corpo de Bombeiros, neste ato, representando o Tenente Coronel Bonoto, nosso amigo. Aproveito, mais uma vez, Major Alcides, para parabenizá-lo e toda a sua equipe pelo brilhante trabalho que prestam a esta comunidade. Para finalizar, agradeço, em nome do nosso companheiro Elias, Presidente do CDL, a todos os comerciantes, empresários que aqui estiveram participando desta Audiência Pública. Em nome do nosso companheiro Benjamim Gonçalves, representando, neste ato, todas as uniões de bairros, agradeço à população, os presidentes de bairros,, enfim, a todos que aqui participaram. Mais uma vez, agradeço ao Presidente da Câmara Municipal por estar nos acolhendo neste dia tão importante. Agradeço a minha equipe da Assembleia Legislativa, em nome do nosso Chefe de Gabinete, Charles, o Neilton, a Nayla, enfim, todos que aqui estão contribuindo. Quero fazer um agradecimento especial, em nome da nossa amiga Mara, a toda equipe da Assembleia Legislativa! Equipe essa que nunca mediu esforços em atender os pedidos dos Pág. 44 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, REALIZADA EM CAMPO VERDE, NO DIA 15 DE JULHO DE 2011, ÀS 14:30 HORAS. Deputados que requisitam Audiências Públicas nos quatro cantos do Estado. Hoje, eles vieram de Itanhangá, do Norte do Estado, onde estavam ontem, à noite, numa Audiência Pública e hoje estão aqui para nos dar suporte nesta Audiência Pública tão importante. Em nome da Mara, quero deixar um abraço e um agradecimento a toda equipe da Assembleia Legislativa! Também, quero agradecer os Vereadores do Município de Dom Aquino em estarem aqui participando conosco. Em nome do Prefeito Dimorvan, mais uma vez, quero agradeço a toda população de Campo Verde! Antes de encerrar a presente Audiência Pública, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso agradece a presença de todos e convida a todos para, em pé, contarmos o Hino de Mato Grosso. (EXECUÇÃO DO HINO DE MATO GROSSO.) O SR. PRESIDENTE (NININHO) - Declaro encerrada a presente Audiência Pública.

Equipe Técnica: - Taquigrafia: - Aedil Lima Gonçalves; - Cristina Maria Costa e Silva; - Donata Maria da Silva Moreira; - Isabel Luíza Lopes; - Tânia Maria Pita Rocha; - Revisão: - Ila de Castilho Varjão; - Nilzalina Couto Marques; - Regina Célia Garcia; - Rosa Antonia de Almeida Maciel Lehr; - Rosivânia de França Daleffe.

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