CONDIÇÕES DE VIDA - EMPREGO E RENDA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-CV-RT-006

PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas Parte 3: Integração Temática Parte 4: Consolidação das Unidades

Governo do Estado de Mato Grosso - Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

CONDIÇÕES DE VIDA - EMPREGO E RENDA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MARCO ANTONIO VILLARINHO GOMES

CUIABÁ

SETEMBRO, 2000

CNEC - Engenharia S.A.

GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo Sócio-Econômico/Jurídico Institucional MARILDE BRITO LIMA (Economista)

Supervisor do Tema Condições de Vida ANTONIO ABUTAKKA (Economista)

Coordenação e Supervisão Cartográfica LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados) VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

Supervisora da Pesquisa de Campo/Condições de Vida DIONI MARIA ATTÍLIO (Engenheira Sanitarista)

Supervisora da Pesquisa de Campo/Condições de Vida DULCILENE DE SOUZA STROBEL (Engenheira Sanitarista)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto) KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico) MARCO A. V. GOMES (Coordenador Técnico do Meio Sócio-Econômico/ Jurídico Institucional)

TÉCNICA

MARCIA Y. MAFRA (Socióloga) PEDRO ROCHA FILHO (Economista)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 001

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 002

2.1. BASE DE DADOS 004

2.2. CRÍTICA DOS DADOS 005

3. DESCRIÇÃO DO TEMA 006

3.1. ESTRUTURA OCUPACIONAL DA POPULAÇÃO DO ESTADO 006

3.1.1. Pessoal Ocupado na Agropecuária 014

3.1.2. Pessoal Ocupado na Indústria Extrativa Mineral e na Indústria de Transformação 018

3.1.3. Pessoal Ocupado na Estrutura Empresarial do Estado 020

3.2. PERFIL DE RENDA DA POPULAÇÃO 021

3.3. ÁREAS CRÍTICAS DO ESTADO EM RELAÇÃO À RENDA DE SUA POPULAÇÃO 044

3.4. PROGRAMAS VOLTADOS AO COMBATE À POBREZA E AO DESEMPREGO 054

4. BIBLIOGRAFIA 065

ANEXOS

ANEXO I – DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA LEVADA A EFEITO EM 54 SEDES MUNICIPAIS, REFERENTES AO SUB-TEMA RENDA E TRABALHO

ANEXO II – LISTAGEM DOS 21 MUNICÍPIOS MADEIREIROS PESQUISADOS E PRINCIPAIS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO, POR MUNICÍPIO

ANEXO III – QUADROS COM DADOS ABSOLUTOS

A001 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1991

A002 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1995

ANEXO IV - MAPAS

A001 PESSOAS OCUPADAS, POR REGIÃO, COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO - 1991

LISTA DE QUADROS

001 ESTRUTURA EMPRESARIAL DO ESTADO - 1996 002

002 MUNICÍPIOS SELECIONADOS – PESSOAL OCUPADO NAS UNIDADES LOCAIS 008

003 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS EM % 010

004 PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE PESSOAL OCUPADO NA INDÚSTRIA: MUNICÍPIOS SELECIONADOS – 1991 011

005 PESSOAL OCUPADO NA AGROPECUÁRIA – 1996 (EM %) 017

006 DISTRIBUIÇÃO DE EMPRESAS E PESSOAL OCUPADO 021

007 CLASSES DE RENDIMENTO DO PESSOAL OCUPADO NO ESTADO DO MATO GROSSO 022

008 PESSOAS OCUPADAS 10 ANOS E MAIS 024

009 INDICADOR RENDA MÉDIA FAMILIAR 026

010 INDICADOR DE DESIGUALDADE 028

011 INDICADOR RENDA INSUFICIENTE – P0 030

012 INDICADOR RENDA INSUFICIENTE – P1 032

013 INDICADOR RENDA INSUFICIENTE - P2 034

014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA – CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS 036

015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 045

016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA 055

LISTA DE MAPAS

001 ICV – RENDA POR MUNICÍPIO – 1991 043

002 PESSOAS OCUPADAS, POR REGIÃO, COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO - 1991 051

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1. INTRODUÇÃO

O processo histórico de ocupação do Estado de Mato Grosso passou por profundas transformações, sobretudo a partir da década de 70, quando as políticas oficiais do governo deram início à expansão da fronteira agrícola do país na direção das regiões Centro-Oeste e Norte.

O processo de integração de áreas do Estado de Mato Grosso à economia nacional promoveu o avanço do povoamento, da economia de mercado e da atividade agropecuária realizada em larga escala.

Para que as novas atividades econômicas pudessem conectar-se com o mercado, foi de fundamental importância a implantação das rodovias Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho. A primeira, particularmente, permitiu a implantação dos projetos de colonização que caracterizaram a incorporação do norte do Estado, já que a política de ocupação levada a efeito pelo governo federal aliava o avanço por frentes rodoviárias aos programas de colonização e aos programas regionais de desenvolvimento.

Os projetos de colonização, estratégicos no processo de expansão da fronteira agrícola ocorrido em Mato Grosso, tiveram a participação de dois agentes principais:

- “de um lado, os pequenos produtores, arrendatários, parceiros, posseiros e sem-terra expulsos pelas transformações nas relações de produção, sendo população-alvo dos projetos de colonização oficial; - de outro lado, os especuladores de terra com o apoio do Estado. Aos primeiros cabe a abertura das áreas de mata ou cerrado, cedendo lugar a novos projetos de colonização; aos demais cabe o benefício destas áreas prontas, através da concentração da terra e da expulsão de quem as produziu”1.

A expulsão dos pequenos produtores permitiu a reprodução continuada do latifúndio. Isso se deu, em grande parte, pela obtenção, por agentes privados, de fundos subsidiados pelo Estado para a compra de terras, de incentivos fiscais e outros benefícios oferecidos por diferentes programas de desenvolvimento. A consolidação do latifúndio como predominante na estrutura agrária do Estado deu-se tanto através da transformação de áreas férteis em grandes propriedades voltadas à criação extensiva de gado e com baixa geração de empregos, como através da apropriação de vastas áreas por empresas altamente capitalizadas, dedicadas a produções de alto valor comercial, inclusive no mercado internacional, como no caso da soja.

De outro lado, a implantação de infra-estrutura rodoviária e o surgimento e consolidação de núcleos urbanos em suas proximidades, deu ensejo a que os pequenos produtores expulsos de suas terras (bem como novos migrantes oriundos de áreas rurais pobres de outros Estados), migrassem em direção a cidades com baixa condição de oferta de empregos urbanos e infra-estrutura de atendimento social e/ou em direção aos maiores núcleos urbanos do Estado, em especial o aglomerado Cuiabá - Várzea Grande, a sede urbana Rondonópolis e, mais recentemente, a sede urbana de Sinop, cujas condições de atendimento às necessidades básicas da população não conseguem equilíbrio com as demandas crescentes, em particular as de emprego e renda.

1 - COVEZZI, Marinete - A Política de Colonização Oficial no Mato Grosso: estudo de caso sobre - UFMT, Depto. de Geografia, Cuiabá, 1987.

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QUADRO 001 ESTRUTURA EMPRESARIAL DO ESTADO - 1996 VARIÁVEIS PESSOAL OCUPADO

Unidades Locais 293 255 - ano de fundação até 1969 8 334 - ano de fundação 1970 a 1974 11 813 - ano de fundação 1975 a 1979 32 563 - ano de fundação 1980 a 1984 40 931 - ano de fundação 1985 a 1989 68 717 - ano de fundação 1990 a 1994 102 048 - ano de fundação 1995 em diante 28 849 - agric., pec., silv. e exploração florestal 9 874 - pesca 33 - indústrias extrativas 1 265 - indústrias de transformação 48 258 - produção e distribuição de eletricidade, gás 3 606 e água - construção 9 145 - comércio; reparação de veículos 79 496 automotores, objetos pessoais e domésticos - alojamento e alimentação 8 263 - transporte, armazenagem e comunicações 14 678 - intermediação financeira 7 335 - imobiliárias, aluguéis e serviços prestados 18 806 às empresas - administração pública, defesa e seguridade 63 437 social - educação 9 616 - saúde e serviços sociais 7 964 - outros serviços coletivos, sociais e pessoais 11 438 - serviços domésticos 0 - organismos internacionais e outras 10 instituições extraterritoriais FONTE: FIBGE, Base de Informações Municipais - BIM, 1996 Nota: Atribuiu-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável ou onde, por arredondamento, os totais não atingem a unidade de medida.

O Quadro 001 acima reflete-se, como se verá a seguir, nos níveis de ocupação e renda da população economicamente ativa do Estado, onde as atividades agropecuárias “modernas” ou “tradicionais” mostram-se incapazes de gerar empregos diretos suficientes e o baixo dinamismo das atividades urbanas são incapazes de absorver a mão-de-obra de baixa renda e baixos níveis de escolaridade que se deslocou para o Estado de Mato Grosso, induzida pela perspectiva de obtenção de acesso à terra.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente análise buscou examinar, inicialmente, a estrutura ocupacional da população do Estado, bem como eventuais especificidades regionais /municipais.

A análise da estrutura ocupacional destacou a participação relativa da população ocupada nas diferentes atividades econômicas, segundo o Censo Demográfico de 1991 e nas atividades agropecuárias, segundo o Censo Agropecuário 95/96. Quanto à população ocupada nas atividades urbanas, foi analisada a partir da estrutura empresarial presente no Estado em

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1996, detalhando-se sua distribuição pelas atividades industriais, comerciais e de serviços de diferentes tipos para os dez maiores municípios, onde são significativas segundo dados do Cadastro Central de Empresas sistematizados pela BIM.

Da mesma forma, a estrutura de rendimentos só pôde ser avaliada para 1991, pois a Contagem Populacional de1996 não contemplou tais informações. Foram então examinados os indicadores e o Índice de Renda construídos pelo PNUD para elaboração de seu Índice de Condições de Vida. Os indicadores do Bloco Renda, elaborados pelo PNUD, têm as seguintes definições:

A renda familiar per capita é a razão entre o somatório da renda pessoal de todos os indivíduos2 e o número total destes indivíduos na unidade familiar. Os valores da renda familiar per capita estão expressos em salários mínimos de setembro de 1991, sendo de Cr$ 36.161,60 o valor do salário mínimo nesta data.

O índice de Theil refere-se à segunda medida de desigualdade de Theil, denominada

L de Theil, e mede o grau de desigualdade da distribuição de indivíduos segundo a renda familiar per capita. Para uma distribuição totalmente igualitária, L = 0 e quanto maior a desigualdade, maior o seu valor. Como baseia-se no logaritmo das rendas, este índice não pode ser calculado se qualquer renda for nula. Por essa razão, o cálculo do Theil-L implica a exclusão dos indivíduos com renda zero.

A insuficiência de renda é detectada por indicadores calculados a partir de uma fórmula geral proposta por FOSTER, GREER e THORBECKE que permite configurar três situações:

 P0: representa a proporção de pessoas que se encontram com renda familiar per capita inferior a 50% do salário mínimo de 1º de setembro de 1991; é portanto um indicador geral de insuficiência que não reflete a redistribuição de renda entre as pessoas que estão abaixo da "linha de pobreza".

 P1: insuficiência média de renda, é a média dos hiatos relativos de renda de todos os indivíduos, estejam ou não abaixo do limite de insuficiência de renda. Define-se como hiato relativo de renda para uma pessoa a distância de sua renda (Y) à linha limite do nível de insuficiência (Z) - 0,5 salário mínimo - medida como fração da linha de insuficiência (Z-Y) Z. Para as pessoas acima dessa linha o hiato de renda é, por definição, nulo. É um indicador de defasagem média de renda e também não reflete a redistribuição na população considerada.

 P2: grau de desigualdade na população com renda insuficiente é a média dos quadrados dos hiatos de renda de todos os indivíduos. Define-se como hiato quadrático de renda de uma pessoa o quadrado da distância da sua renda (Y) à linha que delimita o nível de insuficiência de renda (Z) - 0,5 salário mínimo - medida como fração dessa linha. Para as pessoas com renda superior a 0,5 salário mínimo o hiato de renda é nulo. Seu cálculo inclui um coeficiente de variação da renda dos indivíduos com renda insuficiente obtido da razão entre o desvio-padrão e a média da renda desses indivíduos. O indicador P2, portanto, é afetado por variações tanto na incidência de indivíduos com renda insuficiente quanto na defasagem e na distribuição da renda dos mesmos.

Analisou-se, então, a classificação ou ranking dos municípios matogrossenses nos

2 - O universo de indivíduos considerados limita-se aos membros da família, excluídos os pensionistas e os empregados domésticos e seus parentes, que vivem em domicílios particulares permanentes.

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cinco indicadores realçando-se as características daqueles colocados nas piores classificações, visando com isso detectar os municípios mais carentes e, portanto, alvos preferenciais de políticas públicas de combate à pobreza.

Em termos da identificação de diferenças e características regionais, buscou-se associar as principais ocupações da população com os índices de renda do PNUD, além de se ressaltar as particularidades da categoria sem rendimento. As informações de caráter amostral, referentes às madeireiras e aos garimpos, possibilitaram traçar um perfil das condições de trabalho existentes nessas atividades, que mantêm algum destaque na base produtiva do Estado (especialmente a madeira, já que o garimpo demonstra traços típicos de atividade em decadência).

Por último, com base nas informações obtidas através da pesquisa de campo em 54 municípios selecionados - segundo metodologia explicitada no Anexo I – Critérios utilizados para seleção de sedes urbanas na pesquisa de campo de condições de vida do RELATÓRIO DE CONDIÇÕES DE VIDA - SAÚDE - foram salientados os municípios onde há projetos específicos de geração de emprego e renda e outros visando diminuir os efeitos da carência de emprego e renda no cotidiano social.

Os dados estatísticos e os resultados brutos da pesquisa de campo foram incorporados ao Banco de Dados. As informações obtidas nos municípios pesquisados foram sistematizadas, de maneira descritiva, no Anexo I.

2.1. BASE DE DADOS

O presente relatório corresponde à fase final de uma etapa de estudos do “Diagnóstico Agro-Econômico-Ecológico do Estado de Mato Grosso” (cujo objetivo final é a formulação de um “Zoneamento Agro-Econômico-Ecológico”) denominada “fase compilatória”, que envolve levantamentos e análises de dados secundários e primários.

Nesta “fase compilatória”, já houve apresentação, à SEPLAN-MT, de um relatório de dados secundários, datado do início de 1997, onde a análise da questão do emprego e renda restringiu-se ao exame de um único indicador - a proporção de chefes de domicílio com renda média nominal mensal inferior a 01 salário mínimo. Essa restrição deveu-se à inexistência de outros dados estatísticos sistematizados e publicados, naquela ocasião, a respeito das condições de emprego e renda para 1990 ou 1991(ou, ainda, 1996) , em nível municipal.

Embora todos os dados atualmente disponíveis sobre renda continuem sendo os relativos a 1991, buscando ampliar a visão sobre o assunto e atender às exigências da SEPLAN-MT - no sentido de atualizar-se os dados utilizados -, no presente relatório a análise da questão do emprego e renda ancorou-se nas seguintes fontes básicas:

 resultados dos estudos efetuados pelo PNUD/IPEA/Fundação João Pinheiro sobre a dimensão renda nas condições de vida dos municípios brasileiros, baseadas nas informações do Censo Demográfico da FIBGE de 1991 e constantes na publicação “Desenvolvimento Humano e Condições de vida: Indicadores Brasileiros/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil”, 1998.

 dados secundários estatísticos do Censo Demográfico de 1991, referentes à mão de obra ocupada por diferentes setores de atividade e aos níveis de rendimento da população de 10 anos e mais de idade nos municípios do Estado do Mato Grosso, publicados em 1997.

 dados da FIBGE que conformam a Base de Informações Municipais - BIM,

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divulgados em 1988, com sistematização de dados municipais coletados pelas diversas pesquisas efetuadas pelo órgão, em diferentes anos e disponíveis em meio magnético.

 informações coletadas em entrevistas realizadas junto a diferentes órgãos de Prefeituras Municipais, através de levantamentos de campo efetuados junto a 54 sedes municipais, bem como em pesquisas efetuadas com empresas madeireiras e de extrativismo mineral - garimpos, cujos registros permitiram traçar um quadro do tipo de emprego gerado por esses dois setores no Estado.

2.2. CRÍTICA DOS DADOS

O maior problema relacionado aos dados de emprego e renda, quer primários, quer secundários, refere-se ao fato de que, para que possam “conversar” com outras informações e análises, como aquelas relativas à população e às atividades econômicas presentes em cada unidade territorial de análise, têm que ser estatísticos e, preferencialmente, censitários.

Como visto acima, os dados censitários mais recentes referentes à estrutura ocupacional nos municípios brasileiros e matogrossenses encontram-se - à exceção do setor primário, que conta com informações provenientes do Censo Agropecuário de 1995/96 da FIBGE – defasados em quase dez anos, assim como os de rendimentos da população.

No que se refere aos dados da BIM, eles sistematizam apenas aqueles coletados pelas diversas pesquisas efetuadas pelo órgão, em diferentes anos. Assim, os dados referentes a 19963 são restritos às informações do Cadastro Geral de Empresas limitando, portanto o universo de estudo e inviabilizando uma avaliação evolutiva global em relação a 1991. Tal análise, para o geral da população ocupada, por área de atividade, só pode ser realizada para as ocupações agrárias, uma vez que a BIM registrou os dados de pessoal ocupado coletados pelo Censo Agropecuário de 1996.

Além disso, embora não sendo problema da natureza dos dados disponíveis, tem-se a questão do contínuo desmembramento de municípios do Estado, o que torna inviável a construção de séries históricas confiáveis e, muitas vezes, a realização de análises comparativas.

É evidente que esta limitação cronológica de dados e informações estatísticas pode gerar algum tipo de viés analítico, sobretudo se levar em conta que a década de 1990 levou a um processo de profundas mudanças na estrutura econômica, acirrando as desigualdades de renda na sociedade brasileira.

2 - O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE - reúne informações sobre número, estrutura e pessoal ocupado de empresas, relativas ao conjunto de aproximadamente 3,5 milhões de empresas formalmente constituídas, contemplando todo o conjunto de atividades econômicas. Essas unidades constituem a porção ativa do Cadastro Central de Empresas referente ao ano de 1996, definida pelas empresas ativas que fazem parte das pesquisas estruturais da área econômica do FIBGE (Pesquisa Industrial Anual da Indústria da Construção, Pesquisa Anual do Comércio e Pesquisa Anual do Transporte Rodoviário dos anos 1995 e 1996) e pelas empresas que apresentaram a declaração da RAIS, ano-base 1996. Os dados relativos ao pessoal ocupado com vínculo empregatício referem-se à data de 31-12-1996 e incluem também o número de proprietários ou sócios com atividade na unidade.

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3. DESCRIÇÃO DO TEMA

3.1. ESTRUTURA OCUPACIONAL DA POPULAÇÃO DO ESTADO

O contingente populacional de 10 anos e mais ocupado no Estado, de acordo com o Censo Demográfico de 1991, era de 771.416 pessoas, o que representava 51% do total dessa faixa etária. Os dados censitários referentes ao pessoal ocupado indicavam uma composição, por gênero, de ampla maioria masculina (75,5%), predomínio das faixas mais jovens (57% nas faixas etárias de 20 a 39 anos, chegando a 74% ao se considerar a faixa dos 10 a 39 anos) e de residentes nas áreas urbanas (74% tinha domicílio urbano).

As condições de trabalho do pessoal ocupado apontavam para uma situação precária em termos de seguridade social, na medida em que 61% não contribuía para o INSS e 57% dos empregados não possuíam Carteira de Trabalho assinada pelo empregador. Esta última situação era agravada pelo fato de 95% dos sem carteira assinada não contribuírem para o INSS.

Em termos de distribuição por sexo - da população ocupada por tipo de atividade - observava-se, no conjunto do Estado, forte concentração do trabalho feminino nas atividades ligadas à Prestação de Serviços na Área Social (71,9% do total de trabalhadores), ao Comércio (70,5%) e às atividades de Prestação de Serviços em geral (53,9%).

No setor primário do Estado, verificava-se, em 1996, uma forte presença de crianças menores de 14 anos, o que representava 15,2% do total da população ocupada no setor.

Na estrutura ocupacional, apesar da categoria atividades agropecuárias/extrativa vegetal/pesca apresentar individualmente a maior participação relativa (27%), o setor de serviços (englobando transporte/comunicações, serviços auxiliares de economia, prestação de serviços em geral, serviço social e administração pública) era o que mais absorvia pessoal - 35% do total, seguido pelo de indústria (de transformação, construção civil e outras indústrias) - 23%, de comércio de mercadorias - 13% e outras atividades - 2%. No total, a população ocupada em atividades ligadas à economia urbana era de 561.889 pessoas, representando 72,84% do total de pessoas ocupadas de 10 anos e mais de idade.

Essa distribuição evidencia, em 1991, uma base urbana da estrutura ocupacional do Estado, o que é confirmado pelos dados da Base de Informações Municipais - BIM.

A BIM - que registra os dados dos estabelecimentos com CGC que integram o Cadastro Geral de Empresas - computou um total de 293.225 pessoas ocupadas, em 1996, nas unidades locais do Estado do Mato Grosso. Pelo Quadro 001 - apresentado no item 1. INTRODUÇÃO -, verifica-se que, na distribuição do pessoal ocupado pelas diversas categorias de empresas, 27% estavam em atividades de comércio, de reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos; 27% compunham a administração pública, defesa e seguridade social e 16,5% dedicavam-se à indústria de transformação. Os demais 37,5% pulverizavam-se em empresas agropecuárias e na ampla gama de atividades que compõem o setor de serviços . Note-se que apenas 3,4% do pessoal ocupado estava vinculado a empresas agropecuárias, silvicultura e exploração florestal.

Enquanto distribuição espacial, verifica-se que os 10 municípios mais populosos do Estado, em1996, eram responsáveis por 71% do total de pessoal ocupado do Estado, cabendo

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somente à Capital - Cuiabá - um índice de 46%, como mostra o Quadro 002, a seguir. Nesse contexto, vale ressaltar o alto grau de concentração, nesses municípios, das atividades típicas de um maior dinamismo urbano, como construção civil - 92%, sendo 70% em Cuiabá; serviços imobiliários e aqueles prestados a empresas - 87%, sendo 72% em Cuiabá; produção de eletricidade, gás e água - 98%, sendo 92% em Cuiabá e educação - 87%, sendo 73% em Cuiabá.

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QUADRO 002 MUNICÍPIOS SELECIONADOS - PESSOAL OCUPADO NAS UNIDADES LOCAIS

VARIÁVEIS Nome do Município V 1 V 2 V 3 V 4 V 5 V 6 V 7 V 8 V 9 V 10 V 11 V 12 V 13 V 14 V 15 V 16 V 17 Cuiabá-MT 42 302 764 3 907 27 435 6 397 13 560 8 095 199 4 357 6 6 3 341 4 298 0 6 104 5 747 7 391 -MT 469 157 134 1 994 65 193 965 28 77 0 7 0 116 0 124 294 347 Barra do Garças-MT 741 239 154 2 450 70 247 1 531 9 208 0 0 0 124 0 317 289 649 Cáceres-MT 1 425 208 179 2 122 94 231 896 27 117 0 10 0 379 0 232 354 443 Juína-MT 549 30 68 813 7 53 489 15 53 0 0 0 65 0 94 112 120 -MT 9 21 23 445 1 19 48 217 10 0 0 0 14 0 7 56 23 Rondonópolis-MT 1 293 693 651 7 804 788 840 2 219 38 545 0 0 126 679 0 605 1 347 1 895 Sinop-MT 1 497 106 322 3 339 199 378 5 091 2 151 0 0 0 185 0 92 256 514 Tangará da Serra-MT 52 198 229 2 624 199 242 768 24 109 0 0 52 191 0 267 399 213 Várzea Grande-MT 1 604 121 537 6 525 606 549 5 262 28 162 0 3 22 180 0 543 344 1 063 Total 49 941 2 537 6 204 55 551 8 426 16 312 25 364 587 5 789 6 26 3 541 6 231 0 8 385 9 198 12 658 Restante do Estado 13 496 7 337 2 059 23 945 719 2 494 22 894 678 1 546 4 7 65 1 733 0 1 231 2 240 2 020 Estado 63 437 9 874 8 263 79 496 9 145 18 806 48 258 1 265 7 335 10 33 3 606 7 964 0 9 616 11 438 14 678 Legenda das variáveis : Variável 1: administração pública, defesa e seguridade social Variável 2: agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal Variável 3: alojamento e alimentação Variável 4 comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos Variável 5: construção Variável 6: imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas Variável 7: indústrias de transformação Variável 8: indústrias extrativas Variável 9: intermediação financeira Variável 10: organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Variável 11: pesca Variável 12: produção e distribuição de eletricidade, gás e água Variável 13: saúde e serviços sociais Variável 14: serviços domésticos Variável 15: educação Variável 16: outros serviços coletivos, sociais e pessoais Variável 17: transporte, armazenagem e comunicações

Fonte: IBGE, Base de Informações Municipais -BIM 1996 Nota: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável ou onde, por arrendodamento, os totais não atingem a unidade de medida 9

Em contrapartida, as atividades agrícolas/pecuária/silvicultura e exploração florestal ocupavam, nesses municípios e no mesmo ano, apenas 26% do pessoal. Quanto à indústria extrativa e a de transformação, com participações de 46% e 52%, respectivamente, nos 10 maiores municípios, apresentava-se mais disseminada por todo o Estado.

Em 1991, para além dos 10 mais populosos, 34 municípios, especialmente concentrados nas Regiões de Pesquisa I,II, III e V detinham altos percentuais de pessoal ocupado na indústria de transformação e em outras atividades industriais, como mostram os Quadros 003 e 004, a seguir:

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QUADRO 003 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS - EM%

Agrop. Ext. Indústria Constr. Outras Comércio Transp. Serv.aux. Prest. Adminis. Outras MUNICÍPIOS Veg.Pesca transform. civil indústrias mercad. Comunic. economia serviços Social pública ativid. TOTAL REGIÃO I ALTA FLORESTA 41,13 5,89 3,02 12,18 11,03 2,99 1,24 14,42 5,04 1,84 1,22 100,00 APIACAS 15,42 2,32 1,32 45,22 9,32 2,86 0,80 15,85 4,18 1,83 0,89 100,00 ARIPUANA 54,86 9,86 1,63 14,68 4,42 2,11 0,54 4,73 5,02 2,00 0,14 100,00 CASTANHEIRA 47,20 26,98 1,76 2,13 4,62 0,88 1,46 7,57 4,56 2,31 0,52 100,00 COLIDER 49,86 5,37 3,14 5,98 11,32 1,79 1,20 12,12 6,01 1,91 1,31 100,00 37,29 6,04 1,90 23,89 6,78 3,73 1,25 13,10 3,70 1,21 1,12 100,00 JUINA 32,42 12,77 4,06 15,76 9,60 2,60 1,33 12,55 5,90 1,67 1,35 100,00 33,15 31,21 2,02 0,87 6,86 4,08 1,27 10,11 6,82 2,85 0,75 100,00 MATUPA 17,57 11,40 3,15 24,71 13,54 2,52 0,91 16,82 5,72 2,42 1,24 100,00 NOVA CANAA DO NORTE 58,74 4,19 1,50 14,82 6,78 1,31 1,27 6,20 3,51 1,23 0,46 100,00 PARANAITA 32,23 1,78 1,15 34,80 8,21 1,86 1,05 13,31 3,60 1,92 0,10 100,00 PEIXOTO DE AZEVEDO 7,20 1,91 2,11 50,56 14,62 1,98 0,93 16,53 2,58 1,24 0,34 100,00 51,19 2,33 2,72 19,33 5,54 1,84 1,07 7,76 5,19 1,83 1,20 100,00 REGIÃO II 36,08 33,35 2,30 1,29 4,32 2,88 1,80 10,90 3,99 1,94 1,15 100,00 CLAUDIA 15,69 52,33 1,50 2,76 9,84 0,92 2,23 9,95 3,34 0,70 0,75 100,00 ITAUBA 39,40 28,97 0,51 3,32 5,79 1,97 1,42 11,19 4,12 2,37 0,95 100,00 36,92 19,46 3,42 2,60 8,97 2,21 1,96 15,30 6,09 1,64 1,43 100,00 MARCELANDIA 23,10 46,98 2,71 3,02 6,20 0,55 2,30 9,27 2,93 1,58 1,36 100,00 63,24 12,19 1,84 1,35 3,92 0,98 1,10 4,78 3,86 6,43 0,31 100,00 PORTO DOS GAUCHOS 41,39 30,76 1,50 1,01 2,99 0,49 1,20 9,36 5,50 4,83 0,97 100,00 SINOP 8,95 34,30 6,61 2,08 13,85 4,40 1,58 16,19 7,94 2,73 1,37 100,00 VERA 27,06 50,28 1,44 1,18 3,78 2,80 1,20 7,27 3,09 1,08 0,83 100,00 REGIÃO III 39,46 8,73 4,65 1,11 8,48 5,83 6,23 14,88 4,79 4,69 1,14 100,00 43,20 13,16 3,90 1,65 8,51 1,90 2,29 13,27 6,19 3,79 2,15 100,00 24,75 3,82 6,57 13,16 14,91 1,77 3,24 14,41 8,18 6,71 2,47 100,00 LUCAS DO RIO VERDE 35,86 3,39 4,33 2,73 16,24 3,68 4,00 17,18 8,08 2,40 2,11 100,00 NORTELANDIA 10,91 1,51 4,28 44,09 8,99 1,32 0,96 14,07 10,06 2,80 1,01 100,00 60,82 2,30 3,37 1,02 13,19 1,66 2,13 7,68 4,52 1,54 1,75 100,00 SAO JOSE DO RIO CLARO 34,93 28,73 3,18 1,42 5,91 3,20 1,23 11,38 5,13 4,20 0,69 100,00 31,17 11,97 5,45 2,75 15,33 5,50 3,12 15,86 4,51 2,03 2,30 100,00 TANGARA DA SERRA 28,73 6,60 8,65 2,99 12,46 5,33 2,70 19,12 7,61 3,06 2,75 100,00 54,14 23,25 0,74 0,88 4,14 2,93 2,39 6,74 1,82 2,56 0,40 100,00 REGIÃO IV 52,27 4,85 2,74 3,13 4,59 0,57 0,00 9,83 16,46 5,55 0,00 100,00 CHAPADA DOS GUIMARAES 47,19 2,84 5,42 10,84 2,35 0,25 2,01 8,63 11,62 6,34 2,51 100,00 CUIABA 3,36 6,53 10,09 2,97 18,63 4,83 4,09 22,10 12,71 10,75 3,96 100,00 JANGADA 55,30 1,17 2,10 2,49 6,54 1,48 0,55 11,92 9,11 7,63 1,71 100,00 33,88 9,45 6,07 7,00 7,26 2,21 2,29 19,36 7,88 3,27 1,33 100,00 NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 69,90 0,33 0,96 6,78 2,01 0,99 0,24 5,07 8,97 4,35 0,42 100,00 ROSARIO OESTE 50,61 2,88 5,42 2,26 6,94 2,43 1,04 10,05 9,47 7,78 1,12 100,00 VARZEA GRANDE 6,12 12,34 11,58 3,90 21,14 5,70 2,33 22,28 7,52 4,74 2,36 100,00 REGIÃO V 35,10 3,76 6,31 1,92 13,21 2,17 2,39 14,05 7,34 12,38 1,36 100,00 ALTO GARCAS 26,00 3,78 5,19 17,27 9,43 3,34 3,11 13,58 9,14 8,50 0,66 100,00 46,94 2,49 5,90 3,10 6,42 2,95 2,49 15,95 6,42 5,82 1,51 100,00 CAMPO VERDE 41,80 2,35 9,21 2,62 11,09 2,70 6,01 12,52 5,39 4,70 1,62 100,00 38,66 4,21 6,31 6,40 7,45 2,00 2,53 11,72 11,95 6,75 2,03 100,00 GENERAL CARNEIRO 41,09 3,09 2,91 15,64 6,36 0,00 2,09 6,55 12,73 8,55 1,00 100,00 28,39 2,97 5,03 20,38 6,52 2,45 2,66 16,24 9,07 4,48 1,80 100,00 57,38 2,75 2,93 9,50 3,25 0,49 0,53 11,51 5,23 5,33 1,09 100,00 28,47 11,44 5,45 1,57 13,98 3,75 1,62 18,13 8,56 4,90 2,13 100,00 49,73 3,76 4,10 5,37 7,03 3,11 0,75 13,15 8,15 3,97 0,88 100,00 NOVO SAO JOAQUIM 63,12 4,26 4,18 2,28 3,42 1,48 5,61 4,73 7,68 2,11 1,14 100,00 48,03 5,44 3,52 1,31 6,14 2,02 1,13 19,46 8,13 3,38 1,45 100,00 POXOREO 30,88 1,42 2,76 37,69 4,48 0,67 0,81 8,09 5,92 5,47 1,81 100,00 30,13 2,83 9,30 2,02 16,55 4,56 3,47 18,96 7,24 2,44 2,50 100,00 RONDONOPOLIS 18,28 7,12 9,19 2,45 18,66 4,31 3,35 20,46 10,37 3,27 2,54 100,00 27,44 3,89 3,02 29,93 6,50 1,04 0,99 10,85 9,05 4,18 3,13 100,00 REGIÃO VI 63,51 2,96 1,15 2,67 3,06 2,01 1,43 7,35 8,02 6,88 0,96 100,00 66,00 3,28 1,64 1,38 3,64 2,21 0,67 8,82 5,54 5,74 1,08 100,00 REGIÃO VII AGUA BOA 49,02 3,89 3,97 1,32 9,17 3,78 1,86 15,83 5,74 4,14 1,28 100,00 44,07 3,18 5,08 7,84 2,12 0,00 1,48 6,57 13,14 15,04 1,48 100,00 BARRA DO GARCAS 15,42 8,04 6,72 2,55 17,49 5,08 2,01 21,53 10,15 8,29 2,71 100,00 CAMPINAPOLIS 71,75 1,43 1,67 0,83 5,42 2,47 0,98 7,63 4,41 2,65 0,74 100,00 CANARANA 37,61 6,67 5,22 1,00 12,49 2,87 4,02 14,90 8,36 4,62 2,25 100,00 NOVA BRASILANDIA 66,30 2,28 1,33 1,51 4,72 0,80 2,13 9,74 7,06 2,71 1,42 100,00 33,46 3,53 5,81 7,55 11,72 4,07 2,04 17,30 6,63 6,16 1,73 100,00 50,35 2,37 4,22 8,48 6,23 0,99 3,93 11,75 7,17 3,22 1,28 100,00 48,30 4,46 2,68 2,52 3,73 0,24 0,65 14,61 8,77 12,34 1,70 100,00 TORIXOREU 35,78 3,68 6,25 7,88 9,80 0,96 1,41 18,35 9,16 5,51 1,22 100,00 REGIÃO VIII 31,64 16,24 5,09 6,20 10,20 2,18 1,40 12,62 9,64 3,38 1,42 100,00 FIGUEIROPOLIS D'OESTE 70,54 1,48 2,44 0,62 5,07 2,25 1,24 4,83 6,50 4,83 0,19 100,00 INDIAVAI 62,27 2,96 2,22 2,10 3,82 1,97 0,00 8,38 8,51 6,78 0,99 100,00 66,72 4,48 2,33 1,07 4,76 1,67 0,83 7,40 7,93 2,12 0,69 100,00 MIRASSOL D'OESTE 30,95 9,99 7,18 1,77 15,30 1,77 2,01 17,76 8,22 3,75 1,28 100,00 PORTO ESPERIDIAO 74,52 1,26 3,64 0,39 4,69 0,81 1,12 6,20 4,06 2,80 0,53 100,00 RESERVA DO CABACAL 62,62 2,80 0,00 1,64 4,32 0,58 1,05 7,94 7,36 10,05 1,64 100,00 RIO BRANCO 60,56 7,81 3,54 0,51 5,93 2,20 0,76 8,52 6,22 3,17 0,78 100,00 SALTO DO CEU 72,40 0,79 1,05 0,98 3,65 1,05 0,41 3,80 8,09 6,66 1,13 100,00 SAO JOSE DOS 4 MARCOS 45,98 5,90 4,76 1,98 14,92 3,45 1,90 12,04 5,55 2,17 1,35 100,00 REGIÃO IX BARAO DE MELGACO 75,60 1,03 1,29 2,52 2,97 0,65 0,81 7,18 5,88 2,07 0,00 100,00 CACERES 34,03 7,11 7,15 2,57 10,90 3,46 2,07 16,87 8,28 6,26 1,29 100,00 POCONE 32,37 3,02 5,36 19,40 7,59 1,31 1,32 16,37 8,33 4,16 0,77 100,00 SANTO ANTONIO DO LEVERGER 65,07 1,18 2,49 1,22 2,13 0,95 1,92 10,80 9,17 4,03 1,04 100,00 REGIÃO X 42,02 8,29 5,66 6,57 10,63 3,06 1,46 15,51 3,86 2,00 0,93 100,00 VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE 64,00 8,98 1,54 3,85 2,43 1,01 0,95 7,45 4,61 4,49 0,68 100,00 REGIÃO XI 24,05 0,79 1,58 50,88 4,10 0,97 0,61 10,20 4,93 1,82 0,08 100,00 ARENAPOLIS 18,91 3,43 3,14 40,96 8,89 0,93 1,78 12,35 6,72 1,63 1,26 100,00 46,15 8,24 6,81 1,27 9,25 3,30 2,53 11,04 5,97 3,86 1,57 100,00 DENISE 40,01 16,61 4,81 0,73 11,54 2,90 4,42 7,58 8,83 2,31 0,26 100,00 NOVA OLIMPIA 35,23 34,49 1,81 2,46 4,53 2,69 1,16 8,57 5,50 2,78 0,78 100,00 REGIÃO XII 65,58 2,02 3,76 1,95 5,43 2,19 0,44 8,89 6,53 2,80 0,41 100,00 57,37 5,70 3,01 1,57 3,84 1,94 2,06 12,42 8,34 3,55 0,21 100,00 VILA RICA 54,70 6,15 3,53 1,66 8,52 2,47 1,40 13,34 4,57 2,62 1,04 100,00 REGIÃO XIII LUCIARA 52,67 3,70 6,82 1,85 5,13 2,38 0,26 11,32 8,30 7,09 0,48 100,00 RIBEIRAO CASCALHEIRA 67,59 3,10 2,39 1,16 7,21 0,58 1,07 6,82 6,31 1,91 1,84 100,00 SAO FELIX DO ARAGUAIA 45,76 3,08 4,38 1,91 7,63 1,49 4,17 16,11 8,76 5,93 0,79 100,00 ESTADO 27,16 8,77 6,33 7,61 12,77 3,40 2,37 16,31 8,14 5,14 2,00 100,00 FONTE: IBGE, Base de Informações Municipais - BIM-1996 11

QUADRO 004 PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE PESSOAL OCUPADO NA INDÚSTRIA: MUNICÍPIOS SELECIONADOS - 1991 MUNICÍPIOS PARTICIPAÇÃO RELATIVA (%) Região I Alta Floresta Apiacás 48,9 Aripuanã 26,2 Castanheira 30,9 Colíder Guarantã N 31,2 Juína Juruena 34,1 Matupá 39,3 Nova Canaã 20,5 Paranaíta 37,8 Peixoto Terra Nova 24,4 Região II Brasnorte 36,9 Cláudia 56,6 Itaúba 32,8 Juara 25,5 Marcelândia 52,7 Novo Horizonte do Norte Porto dos Gaúchos 33,3 Sinop Vera 52,9 Região III Campo Novo dos Parecis Comodoro Diamantino 23,6 Lucas do Rio Verde Nortelândia 49,9 Nova Mutum S.José do Rio Claro 33,3 Sorriso 20,2 Tangará da Serra Tapurah 24,9 Região IV Acorizal Chapada dos Guimarães Cuiabá Jangada Nobres 22,5 N. Sra. do Livramento Rosário Oeste Várzea Grande Região V Alto Araguaia (continua...)

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QUADRO 004 PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE PESSOAL OCUPADO NA INDÚSTRIA: MUNICÍPIOS SELECIONADOS – 1991 (...continuação) Região V Alto Garças 26,2 Alto Taquari Campo Verde Dom Aquino General Carneiro 21,6 Guiratinga 28,4 Itiquira Jaciara Juscimeira Novo São Joaquim Pedra Preta Poxoréo 41,9 Primavera do Leste Rondonópolis Tesouro 36,8 Região VI Araguaiana Cocalinho Região VII Água Boa Araguainha Barra do Garças Campinápolis Canarana Nova Brasilândia Nova Xavantina Paranatinga Ponte Branca Torixoréu Região VIII Araputanga 27,5 Figueirópolis D'Oeste Indiavaí Jauru Mirassol D'Oeste Porto Esperidião Reserva do Cabaçal Rio Branco Salto do Céu São José dos Quatro Marcos Região IX Barão de Melgaço Cáceres Poconé 27,8 Sto. Antônio do Leverger (continua...)

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QUADRO 004 PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE PESSOAL OCUPADO NA INDÚSTRIA: MUNICÍPIOS SELECIONADOS – 1991 (...continuação) Região X Pontes e Lacerda 20,5 Vila Bela SS Trindade Região XI Alto Paraguai 53,2 Arenápolis 47,5 Barra do Bugres Denise 22,1 Nova Olímpia 38,7 Região XII Porto Alegre do Norte Santa Terezinha Vila Rica Região XIII Luciara

Ribeirão Cascalheira São Félix do Araguaia FONTE: FIBGE, Base de Informações Municipais - BIM, 1996

Na indústria de transformação, com base nos registros informais realizados durante a pesquisa de campo, nota-se que a grande maioria dos municípios que se sobressaem nesta categoria têm, na atividade madeireira, a principal fonte de geração de emprego, excetuando- se Araputanga, Denise, Jaciara e Nova Olímpia onde a agroindústria como frigoríficos, laticínios e usinas de açúcar respondem pelo setor industrial presente.

Em outras atividades industriais sobressai o extrativismo mineral, na medida em que o garimpo ainda se constitui em fonte de trabalho da população.

A agropecuária/extrativismo vegetal/pesca congregava, em 1991, 209.517 pessoas de 10 anos e mais de idade, pouco mais de 27% do total de pessoal ocupado no Estado, correspondendo a 01 pessoa em atividade para cada 1,58 pessoa inativa.

Ainda que a média estadual não seja alta, constata-se que apenas 16 municípios tinham participação relativa abaixo da média estadual, evidenciando que para a grande maioria dos municípios as atividades agrárias, independentemente do emprego de tecnologia mais modernas ou não, ainda se constituem em significativa fonte de trabalho para a mão de obra do Estado.

Em 1991, em 32 municípios (33,7% do total de 95) havia maioria (mais de 50%) da população ocupada de 10 anos e mais alocada nas atividades agropecuárias: Acorizal, Araguaiana, Aripuanã, Barão de Melgaço, Campinápolis, Cocalinho, Figueirópolis d’Oeste, Indiavaí, Jangada, Jauru, Luciara, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Nova Canãa do Norte, Nova Mutum, Novo Horizonte do Norte, Novo São Joaquim, Paranatinga, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Ribeirão Cascalheira, Rio Branco, Rosário Oeste, Salto do Céu, Santa Terezinha, Santo Antônio do Leverger, Tapurah, Terra Nova do Norte, Vila Bela da SS Trindade e Vila Rica. Em 20 desses municípios, como se verá a seguir, o Censo Agropecuário de 1995/1996 detectou presença de mais de 70% da população ocupada caracterizada como mão-de-obra familiar.

Da estrutura ocupacional da população do Estado, depreende-se que as atividades absorvedoras de mão de obra são, em linhas gerais, a agropecuária, o corte e beneficiamento

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da madeira, a agroindústria e o garimpo. A economia urbana formal tende a concentrar-se nos 10 municípios mais populosos e com funções de centros regionais na rede urbana estadual.

3.1.1. Pessoal Ocupado na Agropecuária

Dados obtidos a partir do Censo Agropecuário da FIBGE de 1995/96 permitem verificar que a população ocupada no setor agropecuário do Estado, em 95, correspondia a 330. 919 pessoas, assim distribuídas por situação de trabalho:

 Parceiro – 0,78%

 Empregado Permanente – 19,6%

 Empregado Temporário – 11,6%

 Outra Condição – 2,27%

 Trabalho Familiar – 65,75%

A mão de obra familiar é a categoria de maior incidência, à exceção de 23 municípios onde ela participa com menos de 50% do pessoal ocupado, como se observa pelo Quadro 005, a seguir.

Campo Novo do Parecis, Diamantino, Nova Marilândia, Nova Mutum, São José do Rio Claro e Sorriso, na Região III;

Campo Verde, Guiratinga, Itiquira, Jaciara, Novo São Joaquim, Pedra Preta, Primavera do Leste e São Pedro da Cipa, na Região V;

Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia e , na Região XI;

Araguaiana e Cocalinho, na Região VI;

Indiavaí, na Região VIII;

Santo Antônio do Leverger, na Região IX;

Querência, na Região

Pode-se perceber que as menores participações de mão-de-obra familiar concentram-se exatamente nas Regiões III, V, VI e XI onde predominam uma agropecuária empresarial com utilização intensiva de capital e/ou culturas voltadas à agroindústria.

É de se salientar que, entre os 23 municípios com menor incidência de mão-de- obra familiar, em 11 há um grande emprego de mão-de-obra temporária (mais de 20% do total de pessoal ocupado na agropecuária), com destaque para os municípios de Barra do Bugres, Denise e Santo Afonso, todos na Região 11, onde mais de 50% do pessoal ocupado na agropecuária é constituído por empregados temporários. Acrescente-se a isso que Nova Olímpia, também nessa região, tem no contingente de empregados temporários pouco mais de 43% do total de pessoal ocupado na atividade. Essa concentração deve-se à presença de usinas processadoras de cana-de-açúcar. Também a pecuária vem se valendo de mão de obra temporária que é dispensada na época do abate do gado.

Nos demais municípios com participação da mão-de-obra familiar em níveis inferiores

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a 50%, observa-se também uma grande incidência de empregados permanentes. Dos 28 municípios com forte presença de empregados permanentes (acima de 30%) 21 encontram-se nessa situação, com destaque para os municípios de Itiquira e Santo Antônio do Leverger, onde os empregados permanentes representam mais de 50% do total do pessoal empregado na atividade agropecuária.

Os 27 municípios onde há mais de 30% de trabalhadores permanentes são:

Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Campo Verde, Guiratinga, Itiquira, Jaciara, Pedra Preta, Primavera do Leste, Rondonópolis, São Pedro da Cipa e

Tesouro, na Região V.

Araguaiana e Cocalinho, na Região VI.

Barra do Garças e , na Região VII.

Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Nortelândia, Nova Mutum, São José do Rio Claro e Sorriso, na Região III

Santa Carmem, na Região II

Nova Olímpia, na Região XI

Indiavaí, na Região VIII

Poconé e Santo Antônio do Leverger, na Região IX

Querência, na Região

Verifica-se uma concentração significativa na faixa leste e no sudeste do Estado, que compreendem as Regiões V, VI e VII, onde se localizam 16 dos 28 municípios analisados (57,1%). Esta concentração deve estar associada às transformações ocorridas nesta região, em termos da modernização agrícola com explorações em molde empresarial, que sobrepujaram a pequena produção familiar e introduziram culturas comerciais como soja, arroz e mais recentemente algodão, além de produtos alimentadores da agroindústria, como é o caso da cana de açúcar.

Uma segunda concentração menor corresponde a uma faixa central do Estado, para onde se estendeu o processo de ocupação incentivada por projetos de colonização oficiais ou particulares, na década de 70, e que abrange 7 municípios das Regiões II e III (25% dos 28 municípios analisados), que hoje contam com lavoura mecanizada de cultura de exportação.

De resto, a mão de obra familiar é a que tradicionalmente opera na pequena propriedade dedicada à lavoura de subsistência e a alguns produtos de cunho regional.

A maior concentração de municípios com mais de 70% do pessoal ocupado na agropecuária caracterizado como mão-de-obra familiar localizava-se, em 1996, nas Regiões:

Região I - Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Castanheira, Colíder, Cotriguaçu, , Juína, Juruena, , , , Paranaíta, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte.

Região IV - Acorizal, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, e Rosário Oeste.

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Região VIII - Figueirópolis d’Oeste, Glória d’Oeste, Jauru, Mirassol d’Oeste, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Salto do Céu e São José dos Quatro Marcos.

Região IX - Barão de Melgaço e Cáceres

Região XII - , , Porto Alegre do Norte, Santa Terezinha e Vila Rica.

Região XIII - , Luciara e Ribeirão Cascalheira

Com bem menor número de municípios na mesma situação, encontram-se as Regiões:

Região II - Brasnorte, Juara, Marcelândia, Novo Horizonte do Norte, Sinop e Tabaporã

Região VII - Campinápolis, Nova Brasilândia, Nova Xavantina e Torixoréu.

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QUADRO 005 PESSOAL OCUPADO NA AGROPECUÁRIA - 1996 (EM %)

Empregado Outra S/pessoal MUNICÍPIO Parceiro Permanente Temporário Condição Familiar TOTAL < 14 anos Contratado REGIÃO I Alta Floresta 1,42 7,95 10,88 2,80 76,96 100,00 11,05 23,25 Apiacás 0,15 5,97 20,01 3,81 70,05 100,00 19,79 9,71 Aripuanã 0,28 6,51 2,38 1,60 89,24 100,00 29,91 20,28 Castanheira 0,55 9,06 10,70 1,58 78,11 100,00 25,76 15,97 Colíder 0,14 7,95 1,40 1,88 88,63 100,00 17,90 24,08 Cotriguaçu - 1,82 1,54 1,17 95,46 100,00 28,25 25,26 Guarantã do Norte 0,17 5,48 4,16 0,24 89,96 100,00 6,02 36,98 Juína 1,46 7,06 7,16 2,56 81,77 100,00 14,78 27,67 Juruena 0,69 21,22 6,08 - 72,02 100,00 26,26 16,63 Matupá 0,05 14,11 22,57 0,83 62,44 100,00 9,81 15,22 Nova Bandeirantes 8,52 5,58 5,28 2,29 78,32 100,00 7,68 23,03 Nova Canãa do Norte 0,13 4,51 2,14 7,50 85,72 100,00 23,11 25,44 Nova Guarita 0,05 2,21 1,31 0,80 95,63 100,00 11,46 35,53 Nova Monte Verde 1,15 10,60 8,74 0,22 79,29 100,00 5,15 25,19 Paranaíta 1,20 12,92 5,29 1,59 79,00 100,00 4,72 30,17 Peixoto de Azevedo 2,32 6,12 9,56 5,24 76,75 100,00 16,97 31,42 Terra Nova do Norte 0,22 3,21 1,31 0,39 94,87 100,00 22,61 25,97 REGIÃO II Brasnorte 3,29 18,37 6,08 1,14 71,12 100,00 12,08 30,52 Cláudia 2,11 20,26 6,34 10,31 60,97 100,00 15,86 13,22 Itaúba 0,32 15,08 15,71 3,02 65,87 100,00 15,13 13,33 Juara 0,27 17,22 3,07 1,81 77,62 100,00 15,65 20,63 Marcelândia 0,14 23,03 6,73 - 70,09 100,00 2,34 36,29 Novo Horizonte do N - 13,09 1,40 - 85,51 100,00 23,94 20,81 Porto dos Gaúchos 8,59 24,70 0,76 0,76 65,20 100,00 5,02 27,89 - 39,39 3,03 1,23 56,34 100,00 10,55 14,37 Sinop 0,25 24,06 4,50 1,18 70,00 100,00 23,17 Tabaporã - 8,54 3,97 - 87,48 100,00 10,71 32,13 Vera 6,60 24,37 15,73 0,24 53,06 100,00 6,11 10,92 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 1,07 47,08 28,94 0,10 22,80 100,00 7,41 1,69 Comodoro 0,35 16,93 26,22 0,20 56,30 100,00 8,58 14,48 Diamantino 0,12 28,20 37,48 0,04 34,16 100,00 8,18 5,57 Lucas do Rio Verde 1,44 31,17 11,49 - 55,90 100,00 3,73 13,36 Nortelândia 0,70 36,83 5,18 6,30 50,98 100,00 15,55 10,50 Nova Marilândia 5,62 29,03 9,27 9,65 46,43 100,00 34,27 6,23 Nova Mutum 6,24 42,41 21,66 0,31 29,38 100,00 0,18 3,98 São José do Rio Claro 14,22 30,15 34,60 0,59 20,44 100,00 1,01 4,09 Sorriso 0,03 38,57 16,09 3,19 42,11 100,00 13,56 3,91 Tangará da Serra 0,88 18,59 17,03 4,70 58,81 100,00 18,03 11,75 Tapurah 1,22 25,45 9,79 - 63,53 100,00 7,22 18,81 REGIÃO IV Acorizal 1,43 9,70 10,75 3,77 74,34 100,00 11,18 21,98 Chapada dos Guimarães 0,84 23,90 9,04 5,06 61,17 100,00 17,62 11,69 Cuiabá 0,30 21,60 1,08 0,34 76,68 100,00 20,96 18,20 Jangada 0,37 3,78 3,13 1,63 91,08 100,00 34,33 19,75 Nobres 0,12 7,13 1,06 0,40 91,29 100,00 30,97 21,94 Nossa S.do Livramento 0,02 9,32 3,38 1,68 85,59 100,00 21,99 19,05 0,09 17,79 12,17 5,52 64,42 100,00 11,61 17,60 Porto Estrela 0,05 9,37 4,13 2,11 84,34 100,00 17,53 24,06 Rosário Oeste 0,17 18,18 4,32 2,18 75,15 100,00 23,98 16,48 Santo Afonso 0,04 3,07 88,22 0,11 8,56 100,00 0,30 2,82 Várzea Grande 1,94 21,68 15,21 6,15 55,02 100,00 9,71 8,09 REGIÃO V Alto Araguaia 0,13 39,89 6,34 0,85 52,79 100,00 17,41 12,09 Alto Garças 1,62 36,88 4,06 0,08 57,35 100,00 20,71 12,43 Alto Taquari 0,16 31,05 9,52 - 59,28 100,00 17,94 15,13 Campo Verde 0,76 41,38 6,88 14,27 36,71 100,00 11,64 7,84 Dom Aquino 0,82 28,85 11,91 0,38 58,03 100,00 10,93 15,30 General Carneiro 1,73 26,84 9,99 9,33 52,11 100,00 23,20 11,89 Guiratinga 0,14 46,01 5,96 2,75 45,14 100,00 17,75 9,54 Itiquira 0,19 79,93 5,52 0,67 13,69 100,00 18,79 1,93 Jaciara 2,37 41,98 7,02 0,23 48,40 100,00 4,43 9,24 Juscimeira 0,46 23,93 23,79 3,29 48,53 100,00 3,40 11,81 Novo São Joaquim 0,55 27,43 26,78 2,81 42,43 100,00 6,75 8,93 Pedra Preta 0,03 35,61 19,02 1,04 44,29 100,00 6,36 Poxoréo 0,66 22,85 10,16 3,51 62,82 100,00 9,04 14,79 Primavera do Leste 0,32 46,26 22,01 1,40 30,00 100,00 12,19 1,91 Rondonópolis 0,18 33,66 6,14 1,43 58,60 100,00 11,51 14,40 São José do Povo 0,54 17,46 4,90 3,83 73,27 100,00 21,49 14,64 São Pedro da Cipa - 37,84 13,28 0,25 48,62 100,00 12,16 10,78 Tesouro - 33,18 7,03 1,52 58,26 100,00 2,93 10,67 REGIÃO VI Araguaiana - 47,38 10,23 0,13 42,26 100,00 1,48 11,44 Cocalinho 0,21 44,74 20,82 1,13 33,10 100,00 4,29 4,24 REGIÃO VII Água Boa 1,06 26,82 13,02 1,20 57,90 100,00 7,50 14,42 Araguainha - 28,80 12,80 0,40 58,00 100,00 21,20 12,40 Barra do Garças 0,21 35,62 12,48 0,83 50,86 100,00 9,10 13,62 Campinápolis 1,86 14,62 5,72 5,21 72,58 100,00 18,37 18,52 Canarana 1,05 24,07 17,19 0,33 57,35 100,00 3,01 Nova Brasilândia - 20,20 6,63 0,31 72,86 100,00 1,63 23,06 Nova Xavantina 0,28 17,07 2,68 2,27 77,69 100,00 22,31 20,34 Paranatinga 0,30 24,81 13,12 0,95 60,81 100,00 11,85 12,40 Pontal do Araguaia - 31,29 7,65 0,10 60,97 100,00 18,51 12,47 Ponte Branca 0,17 14,49 21,29 1,75 62,30 100,00 12,74 Ribeirãozinho 0,50 29,97 9,82 - 59,70 100,00 15,87 10,08 Torixoréu 0,06 9,21 9,15 1,38 80,20 100,00 22,13 17,70 REGIÃO VIII Araputanga 0,24 29,70 5,72 6,62 57,72 100,00 15,86 11,45 Figueirópolis D'Oeste 0,04 12,00 2,75 10,63 74,58 100,00 20,91 15,29 Glória D'Oeste 0,12 22,78 0,91 1,04 75,15 100,00 20,65 17,54 Indiavaí 1,75 40,65 18,95 0,25 38,40 100,00 8,23 9,48 Jauru 0,27 8,52 5,61 3,39 82,20 100,00 18,55 20,52 Lambari D'Oeste 3,93 16,17 8,90 11,98 59,01 100,00 26,08 10,69 Mirassol d'Oeste 0,42 16,03 4,69 2,72 76,14 100,00 7,52 21,85 Porto Esperidião 0,34 27,26 5,71 0,14 66,54 100,00 27,98 11,15 Reserva do Cabaçal - 7,40 3,16 13,29 76,15 100,00 26,15 13,36 Rio Branco 0,55 17,89 7,06 3,12 71,38 100,00 9,45 23,21 Salto do Céu 0,72 11,24 4,60 4,09 79,35 100,00 12,09 21,12 São José dos 4 Marcos 1,68 18,61 4,61 1,19 73,91 100,00 4,33 23,80 REGIÃO IX Barão de Melgaço - 12,31 14,19 1,47 72,02 100,00 15,21 18,40 Cáceres 0,31 18,11 5,05 5,17 71,36 100,00 10,08 20,46 Poconé 0,39 38,71 6,60 0,89 53,41 100,00 19,13 8,41 Santo Ant.do Leverger 0,04 50,60 2,25 0,52 46,59 100,00 22,60 9,21 REGIÃO X Pontes e Lacerda 0,05 26,07 9,81 0,92 63,15 100,00 3,47 18,18 Vila Bela da S.Trindade 0,42 22,43 17,38 1,86 57,91 100,00 9,72 12,63 REGIÃO XI Alto Paraguai - 19,09 10,70 0,26 69,95 100,00 10,70 23,12 Arenápolis 1,49 22,36 10,93 6,96 58,26 100,00 11,68 14,29 Barra do Bugres 1,20 17,50 51,70 1,63 27,97 100,00 8,11 6,06 Denise 0,47 9,21 67,56 0,12 22,64 100,00 4,57 5,19 Nova Olímpia 0,42 47,29 43,38 0,31 8,60 100,00 0,79 3,23 REGIÃO XII Canabrava do Norte - 1,88 0,21 0,21 97,70 100,00 38,12 21,92 Confresa 0,08 5,74 4,63 3,85 85,70 100,00 24,58 21,97 Porto Alegre do Norte 0,03 7,81 1,06 0,17 90,92 100,00 32,49 17,99 Santa Terezinha - 27,52 0,20 1,08 71,21 100,00 34,26 17,60 Vila Rica 0,66 10,79 7,08 2,09 79,39 100,00 13,62 23,07 REGIÃO XIII Alto Boa Vista - 10,53 12,85 - 76,62 100,00 20,03 26,49 Luciára 0,14 12,74 14,38 0,82 71,92 100,00 13,70 12,74 Querência 4,14 38,77 7,56 - 49,52 100,00 13,61 17,52 São Félix do Araguaia 0,20 19,12 11,47 0,81 68,40 100,00 15,94 18,60 São José do Xingu 0,04 23,76 12,58 0,22 63,40 100,00 20,95 14,61 ESTADO 0,78 19,60 11,60 2,27 65,75 100,00 15,18 17,05 FONTE: IBGE, Base de Informações Municipais - BIM - 1996 18

3.1.2. Pessoal Ocupado na Indústria Extrativa Mineral e na Indústria de Transformação

Somando-se o pessoal ocupado na indústria da transformação, na construção civil e em outras indústrias, tinha-se, em 1991, 20 municípios em que o setor industrial abrigava mais de 30% da população de 10 anos e mais de idade:

Região I - Apiacás, Castanheira, Juína, Juruena, Matupá, Paranaíta e Peixoto de Azevedo

Região II - Brasnorte, Cláudia, Itaúba, Marcelândia, Porto dos Gaúchos, Sinop e Vera

Região III - São José do Rio Claro, Tapurah e Nortelândia

Região V - Poxoréo

Região XI - Alto Paraguai e Arenápolis

Ao se analisar a ocupação por tipo de indústria, verifica-se que a indústria de transformação apresenta-se altamente concentrada nos municípios das Regiões I e II, onde certamente está ligada ao beneficiamento da madeira. Nessas regiões, a categoria outras indústrias abriga parcela significativa da mão-de-obra ocupada dos municípios de Apiacás, Juína, Matupá, Paranaíta e Peixoto de Azevedo, onde se detectava, em 91, presença de atividades garimpeiras. O mesmo ocorria nos municípios de Poxoréo, Alto Paraguai e Arenápolis, nas Regiões V e XI.

A atividade madeireira domina o norte/noroeste do Estado. Em entrevistas junto a Prefeituras, durante a pesquisa de campo, registrou-se que 21 municípios declararam essa atividade como principal, totalizando mais de 2 mil empresas e mais de 60 mil trabalhadores. ANEXO II.

Entrevistas com 20 empresas madeireiras indicam que a maioria (65%) possui até 50 trabalhadores, 10% entre 51 e 100 e 25% mais de 100 trabalhadores.

A mão de obra permanente é utilizada com exclusividade por cerca de 30% das empresas, enquanto a maioria utiliza trabalho permanente e temporário. A dispensa deste último, em geral na época das chuvas, contribui muitas vezes para o incremento ou surgimento intermitente de população de rua em algumas cidades, pois há trabalhadores temporários que se deslocam de outros municípios.

As entrevistas revelam que cerca de 90% dos trabalhadores recebem moradia das empresas, sendo que 36% delas não oferecem esse benefício para todos seus funcionários. Além da moradia, 35% dos trabalhadores recebem benefícios como plano de saúde, transporte ou alimentação, enquanto 10% das empresas não oferecem benefício algum. Adicione-se que 25% não contemplam seus funcionários com treinamento, orientação ou equipamento de prevenção de acidentes de trabalho.

Em termos de residência, 56% dos trabalhadores residem na sede do município, 22% alternam entre a sede urbana e o local de trabalho e os demais 22% residem em projetos de colonização.

As formas de contratação ocorrem com carteira assinada em 45% dos casos, como serviço autônomo em 20% dos casos e sob as duas formas em 15% dos casos. Cerca de 10% das empresas contratam parte com registro em carteira e parte com comissões e,

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finalmente, 10% dos contratos não têm qualquer forma de registro.

No que tange à qualificação da mão de obra, observa-se que 25% das empresas não exigem qualquer qualificação e 15% exigem apenas 1º grau; do restante, 10% requerem 2º grau para gerência/administração e 2º grau ou curso técnico para funções específicas na produção, 15% requerem 2º grau para gerência/administração e 1º grau para as demais e 35% exigem 2º grau apenas para gerência/administração.

Os trabalhadores são recrutados de forma espontânea em 90% dos casos e em 10% são procurados nas cidades. O trabalho de menores é utilizado por cerca de 70% das empresas - na maioria dos casos, em serviços gerais - , mas também em funções de auxílio à produção e, em menor escala, como aprendizes. Já o trabalho feminino é empregado por 80% das empresas, distribuído entre serviços gerais - 44%, na produção - 31% e em tarefas de escritório - 25%. Ressalte-se que o trabalho de menores e de mulheres, especialmente como laminadores e secadores de madeira, apresenta uma maior presença de Aripuanã, Comodoro, Juína e Juruena.

Com essas características de mão de obra, os salários/remuneração situam-se nas faixas de 01 a 02 salários mínimos (SM) para serviços gerais; 02 a 05 na área de produção; 05 a 10 SM para gerência/administração e eventual trabalho mais especializado. Os casos que ultrapassam os 10 SM são muito raros e restritos às funções de gerência.

As características da mão de obra madeireira apontam para uma atividade em geral com média e baixa qualificação dos postos de trabalho, sem contar com inúmeros estabelecimentos de existência efêmera, além da baixa capacidade de sustentação na medida em que, esgotado o recurso natural, muitos empreendimentos encerram suas atividades, conforme foi registrado em várias entrevistas.

Nos municípios de Araputanga, Denise, Jaciara e Nova Olímpia a agroindústria é responsável por boa parcela da ocupação da mão-de-obra de 10 anos e mais de idade. Essa atividade aparece ainda como importante, nos municípios de Diamantino (indústrias de beneficiamento de grãos e madeira, de pequeno porte), Alto Araguaia (resfriamento de leite e beneficiadora de café), Primavera do Leste (beneficiamento de grãos), Nova Brasilândia (beneficiamento de leite), Barra do Bugres (usina de açúcar e álcool) e Mirassol D’Oeste (frigorífico e laticínio).

À época da realização da pesquisa, em 1997, havia um projeto de instalação de um frigorífico em Alto Araguaia, que estimava criar 300 empregos diretos e cerca de 1.000 empregos indiretos.

A atividade garimpeira constitui-se em importante fonte de ocupação para a população de vários municípios do Estado. O garimpo, de maneira geral, encontra-se em decadência e, conseqüentemente, em vários estágios de exploração, que vão desde aqueles que se utilizam de atividade de pesquisa envolvendo técnicos especializados até os que se constituem em remanescentes de antigas áreas produtivas e que hoje abrigam alguns poucos garimpeiros em reservas praticamente esgotadas.

Investigações realizadas junto a dois garimpos em Aripuanã, um em Juína e um em Alta Floresta, envolvendo 102 trabalhadores, revelaram uma atividade com funções eminentemente temporárias, exercida por trabalhadores autônomos remunerados por percentagem da produção (porcentistas) cujas alíquotas são muito variáveis e estabelecidas com base em critérios que oscilam entre a produção global do garimpo ou a individual do garimpeiro, não oferecendo benefícios extra-remuneração.

Nos garimpos investigados, não existem menores trabalhando e apenas um não

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emprega mulheres, que na maior parte das vezes exercem funções técnico-administrativas ou trabalham como cozinheiras.

As condições de extração implicam a permanência no local da atividade, fazendo com que 100% dos trabalhadores residam junto ao garimpo, em moradias improvisadas em barracas de lonas plástica.

Apesar da exigência de qualificação da mão de obra ser, em geral, muito baixa, é uma atividade que requer habilidades específicas, motivo pelo qual, nos garimpos investigados, 90% dos garimpeiros já haviam exercido a “profissão” anteriormente, enquanto 10% eram ex-agricultores. Nesse particular, o surgimento eventual de áreas novas de garimpo tem atraído agricultores que abandonam as atividades agrárias e, ao retornarem após o esgotamento da exploração, encontram dificuldades para retomá-las.

3.1.3. Pessoal Ocupado na Estrutura Empresarial do Estado

A estrutura empresarial do Estado de Mato Grosso é formada por 49.664 empresas com CGC, ocupando um total de 293.255 pessoas, em grande parte - 130.897, ou 44,6% -, em empresas fundadas após 1990, como já visto no Quadro 001.

Do total das empresas no Estado, 76,9% (38.184) tem menos de 05 pessoas empregadas, o que as configura como de pequeno porte. Apenas 39 empresas em todo o Estado têm mais de 500 empregados, sendo 23 localizadas em Cuiabá, 02 em Várzea Grande, 01 em Rondonópolis, 02 em Cáceres, 02 em Barra do Garças, 01 em Peixoto de Azevedo, 02 em Tangará da Serra, 01 em Juína, considerando-se os 10 municípios mais populosos do Estado, em 1991. (Note-se que, em 1996, os municípios com mais de 35.000 habitantes reduziram-se a 09, com Pontes e Lacerda superando esse patamar e Juína e Peixoto de Azevedo saindo dessa posição).

Diante dessa estrutura, resta claro que a grande maioria dos empregos gerados pela estrutura empresarial presente está nas grandes cidades, como visto acima.

Cuiabá, evidentemente, tem destaque. Na capital localizam-se 14.228 empresas (28,6% do total do Estado), com 133.919 pessoas ocupadas (46,0% do total do Estado). A maior parte da população ocupada ( 31,6% do total das pessoas ocupadas na estrutura empresarial do município) está nas unidades de administração pública, defesa e seguridade social, seguindo-se as pessoas ocupadas no comércio (22,7% do total), nas empresas imobiliárias, aluguéis e serviços prestados à empresa (10,1%) e indústrias de transformação (6,0%).

Em Várzea Grande, o maior contingente de pessoal ocupado encontra-se no comércio (37,2%), seguindo-se a indústria de transformação (30,0%). O município conta com 3.055 unidades empresariais locais (6,2%) do total estadual, com 7.563 pessoas ocupadas (6,0% do total do Estado).

A seguir, apresenta-se a distribuição de empresas e pessoal ocupado nos demais municípios incluídos entre os maiores do Estado, em termos populacionais, em 1991.

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QUADRO 006 DISTRIBUIÇÃO DE EMPRESAS E PESSOAL OCUPADO EMPRESAS PESSOAL OCUPADO MUNICÍPIO Nº ABSOLUTO %* Nº ABSOLUTO %* Rondonópolis 3.752 7,6 19.526 6,7 Juína 738 1,5 2.468 0,8 Barra do Garças 2.104 4,2 12.132 4,1 Sinop 1.323 2,7 4. 970 1,7 Tangará da Serra 1.272 2,6 7.028 2,4 Cáceres 1.156 2,3 6.717 2,3 Peixoto de Azevedo 738 1,5 2.468 0,8 Alta Floresta 301 0,6 893 0,3 Total 11.384 23,0 56.202 19,0 FONTE: FIBGE - Base de Informações Municipais - BIM, 1998

3.2. PERFIL DE RENDA DA POPULAÇÃO

O Censo Demográfico de 1991 registrou 788.848 pessoas de 10 anos e mais que informaram rendimento, das quais 73% eram homens; em 1999, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD do IBGE (dados apresentados por Unidade da Federação), aquele contingente totalizou 1.106.837, com a participação relativa de homens caindo para 64%. A distribuição por gênero e classes de rendimento é mostrada, em números absolutos e relativos, no Quadro 007, onde constam, também, as categorias “sem rendimento” e “sem declaração”, totalizando, assim, a população de 10 anos e mais de idade.

Salta à vista a estrutura de baixos níveis de renda no Estado, quando se observa que 78%, em 1991, e 71%, em 1999, das pessoas encontravam-se na faixa de até 03 Salários Mínimos (SM) com somente 22% (1991) e 29% (1999) superando este patamar e apenas 5% (1991) e 6% (1999) com rendimento superior a 10 SM.

Apesar da participação relativa das mulheres com rendimento ter aumentado no período 1991-1999, passando de 27% para 36%, os baixos níveis de rendimento se acentuam quando se considera que 84% (1991) e 81% (1999) percebem até 03 SM e apenas 2,6% (1991) e 5% (1999) mais de 10 SM, enquanto entre os homens, esses índices atingem, respectivamente, 76% (1991), 66% (1999) e 5% (1991), 7% (1999).

O contingente “sem rendimento” abrange 47% (1991) e 41% (1999) da população com 10 anos e mais, sendo que as mulheres representam 72% (508.278 pessoas - 1991) e 68% (785.281 pessoas – 1999) do total. Considerando que elas representam 24,5% da população ocupada, é de se supor que o trabalho doméstico feminino não remunerado aporte considerável contribuição para essa categoria. Mesmo assim, não deixa de ser significativo a proporção de 28% (1991) e 26% (1999) de homens que compõem esse mesmo estrato.

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QUADRO 007 CLASSES DE RENDIMENTO DO PESSOAL OCUPADO NO ESTADO DO MATO GROSSO

CLASSES DE RENDIMENTO DO PESSOAL EM 1991 1999 SALÁRIOS MÍNIMOS homem (nº) mulher (nº) Total (nº) homem (nº) mulher (nº) Total (nº) até 0,5 33.955 29.598 63.553 14.632 20.076 34.708 >0,5 a 1 117.416 62.229 179.645 99.364 144.265 243.629 >1 a 3 283.872 88.818 372.690 355.556 154.483 510.039 >3 a 5 61.662 16.699 78.361 109.882 28.923 138.805 >5 a 10 47.624 11.964 59.588 80.643 27.901 108.544 > de 10 29.473 5.538 35.011 51.718 19.394 71.112 sub-total 574.002 214.846 788.848 711.795 395.042 1.106.837 s/rendimento 199.354 508.278 707.632 248.717 536.564 785.281 s/declaração 12.881 3.085 15.966 9.188 1.360 10.548 TOTAL 786.237 726.209 1.512.446 969.700 932.966 1.902.666 CLASSES DE RENDIMENTO DO PESSOAL EM 1991 1999 SALÁRIOS MÍNIMOS homem (%) mulher (%) Total (%) homem (%) mulher (%) Total (%) até 0,5 5,92 13,78 8,06 2,06 5,08 3,14 >0,5 a 1 20,46 28,96 22,77 13,96 36,52 22,01 >1 a 3 49,45 41,34 47,24 49,95 39,11 46,08 >3 a 5 10,74 7,77 9,93 15,44 7,32 12,54 >5 a 10 8,30 5,57 7,55 11,33 7,06 9,81 > de 10 5,13 2,58 4,44 7,27 4,91 6,42 sub-total 73,01 29,58 52,16 73,40 42,34 58,17 s/rendimento 25,36 69,99 46,79 25,65 57,51 41,27 s/declaração 1,64 0,42 1,06 0,95 0,15 0,55 TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 FONTE: IBGE Censo Demográfico - 1991e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios PNAD-1999 23

Pelo Quadro 008, pode-se analisar, por município, a participação das pessoas sem rendimento. Em termos das Regiões de pesquisa, observa-se que:

 as Regiões VI e XIII são as mais homogêneas, do ponto de vista de que todos os municípios que as compunham em 1991 apresentavam mais de 50% da população de 10 anos e mais de idade, na categoria “sem rendimentos”.

 as Regiões IV, VIII, IX, X, XI e XII apresentavam todos os municípios com participação da população de 10 anos e mais de idade, na categoria “sem rendimentos”, superior a 40%.

 na Região VIII havia a maior participação relativa de municípios com mais de 50% de sua população na categoria “sem rendimentos”: entre 10 municípios, em 1991, 08 encontravam-se nessa situação.

 as Regiões I e V eram as mais heterogêneas: na primeira, de 16 municípios, 05 tinham essa participação em níveis superiores a 50%; 8 em níveis entre 40% e 50% e 03 em níveis iguais ou inferiores a 40%.; na segunda, havia 02 municípios com menos de 40% de sua população de 10 anos e mais de idade na situação analisada, 04 com mais de 50¨% e 07 na situação intermediária.

 as Regiões II e III eram, em termos relativos, as que apresentavam o maior número de seus municípios com menores participações de suas populações na categoria “sem rendimentos”: na Região II, apenas 01 município tinha mais de 50% da população de 10 anos e mais de idade incluídos na categoria e a Região III, nenhum.

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QUADRO 008 PESSOAS OCUPADAS 10 ANOS E MAIS

TOTAL SEM RENDIMENTO SEM DECLARAÇÃO S/R&D MUNICÍPIOS Número Número % Número % % REGIÃO I ALTA FLORESTA 49.997 23.404 46,81 387 0,77 47,58 APIACAS 5.500 2.011 36,56 68 1,24 37,80 ARIPUANA 9.871 5.491 55,63 176 1,78 57,41 CASTANHEIRA 6.237 3.316 53,17 17 0,27 53,44 COLIDER 23.762 12.370 52,06 320 1,35 53,40 GUARANTA DO NORTE 17.732 8.729 49,23 783 4,42 53,64 JUINA 27.227 12.947 47,55 176 0,65 48,20 JURUENA 4.470 2.008 44,92 66 1,48 46,40 MATUPA 7.430 3.513 47,28 112 1,51 48,79 NOVA CANAA DO NORTE 10.461 5.707 54,56 99 0,95 55,50 PARANAITA 9.136 4.104 44,92 911 9,97 54,89 PEIXOTO DE AZEVEDO 26.984 10.106 37,45 108 0,40 37,85 TERRA NOVA DO NORTE 16.641 8.126 48,83 355 2,13 50,96 REGIÃO II BRASNORTE 4.806 2.092 43,53 43 0,89 44,42 CLAUDIA 6.638 3.013 45,39 56 0,84 46,23 ITAUBA 5.147 2.523 49,02 78 1,52 50,53 JUARA 16.045 6.823 42,52 328 2,04 44,57 MARCELANDIA 6.133 2.445 39,87 189 3,08 42,95 NOVO HORIZONTE DO NORTE 3.210 1.626 50,65 41 1,28 51,93 PORTO DOS GAUCHOS 4.861 2.214 45,55 27 0,56 46,10 SINOP 28.692 11.107 38,71 138 0,48 39,19 VERA 7.787 2.688 34,52 209 2,68 37,20 REGIÃO III CAMPO NOVO DO PARECIS 4.645 1.768 38,06 40 0,86 38,92 COMODORO 6.640 3.248 48,92 176 2,65 51,57 DIAMANTINO 12.254 4.702 38,37 - 38,37 LUCAS DO RIO VERDE 4.951 2.150 43,43 29 0,59 44,01 NORTELANDIA 7.425 3.484 46,92 25 0,34 47,26 NOVA MUTUM 4.067 1.641 40,35 - 40,35 SAO JOSE DO RIO CLARO 11.825 5.114 43,25 127 1,07 44,32 SORRISO 12.039 4.968 41,27 106 0,88 42,15 TANGARA DA SERRA 30.301 13.456 44,41 396 1,31 45,71 TAPURAH 5.586 2.634 47,15 11 0,20 47,35 REGIÃO IV ACORIZAL 3.823 1.949 50,98 17 0,44 51,43 CHAPADA DOS GUIMARAES 9.276 4.841 52,19 134 1,44 53,63 CUIABA 305.488 134.168 43,92 1.642 0,54 44,46 JANGADA 3.677 2.245 61,06 19 0,52 61,57 NOBRES 10.937 5.108 46,70 596 5,45 52,15 NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 7.683 4.137 53,85 41 0,53 54,38 ROSARIO OESTE 14.412 7.499 52,03 12 0,08 52,12 VARZEA GRANDE 120.542 57.441 47,65 1.533 1,27 48,92 REGIÃO V ALTO ARAGUAIA 8.367 4.260 50,91 81 0,97 51,88 ALTO GARÇAS 6.436 2.632 40,89 86 1,34 42,23 ALTO TAQUARI 2.240 896 40,00 15 0,67 40,67 CAMPO VERDE 4.456 1.754 39,36 51 1,14 40,51 DOM AQUINO 6.945 3.371 48,54 11 0,16 48,70 GENERAL CARNEIRO 3.195 1.909 59,75 28 0,88 60,63 GUIRATINGA 11.495 4.890 42,54 65 0,57 43,11 ITIQUIRA 5.907 2.967 50,23 14 0,24 50,47 JACIARA 16.843 7.488 44,46 33 0,20 44,65 JUSCIMEIRA 8.400 4.229 50,35 35 0,42 50,76 NOVO SAO JOAQUIM 5.085 2.654 52,19 147 2,89 55,08 PEDRA PRETA 8.694 4.128 47,48 10 0,12 47,60 POXOREO 17.937 8.590 47,89 95 0,53 48,42 PRIMAVERA DO LESTE 9.203 3.683 40,02 58 0,63 40,65 RONDONOPOLIS 97.112 43.491 44,78 712 0,73 45,52 TESOURO 3.419 1.602 46,86 23 0,67 47,53 REGIÃO VI ARAGUAIANA 2.455 1.285 52,34 50 2,04 54,38 COCALINHO 4.099 2.064 50,35 35 0,85 51,21 REGIÃO VII AGUA BOA 12.164 5.893 48,45 68 0,56 49,01 ARAGUAINHA 1.082 504 46,58 44 4,07 50,65 BARRA DO GARCAS 34.924 15.683 44,91 315 0,90 45,81 CAMPINAPOLIS 8.421 4.832 57,38 339 4,03 61,41 CANARANA 8.709 3.878 44,53 19 0,22 44,75 NOVA BRASILANDIA 6.989 3.694 52,85 50 0,72 53,57 NOVA XAVANTINA 14.002 6.530 46,64 200 1,43 50,23 PARANATINGA 13.326 7.212 54,12 145 1,09 55,21 PONTE BRANCA 2.920 1.554 53,22 13 0,45 53,66 TORIXOREU 6.495 3.031 46,67 3 0,05 46,71 REGIÃO VIII ARAPUTANGA 9.219 4.726 51,26 27 0,29 46,33 FIGUEIROPOLIS D'OESTE 4.008 2.312 57,68 14 0,35 52,48 INDIAVAI 1.469 696 47,38 75 5,11 58,75 JAURU 9.613 5.616 58,42 32 0,33 54,77 MIRASSOL D'OESTE 19.616 9.207 46,94 107 0,55 40,92 PORTO ESPERIDIAO 6.236 3.526 56,54 12 0,19 56,74 RESERVA DO CABACAL 2.308 1.361 58,97 7 0,30 59,27 RIO BRANCO 8.733 4.547 52,07 452 5,18 57,24 SALTO DO CEU 5.377 3.038 56,50 23 0,43 56,93 SAO JOSE DOS 4 MARCOS 16.797 8.676 51,65 112 0,67 52,32 REGIÃO IX BARAO DE MELGACO 6.919 3.621 52,33 32 0,46 48,89 CACERES 57.261 29.066 50,76 289 0,50 55,25 POCONE 21.524 10.573 49,12 513 2,38 51,51 SANTO ANTONIO DO LEVERGER 11.258 6.441 57,21 47 0,42 57,63 REGIÃO X PONTES E LACERDA 25.416 11.790 46,39 276 1,09 47,47 VILA BELA DA SSIMA. TRINDADE 9.674 5.024 51,93 241 2,49 54,42 REGIÃO XI ALTO PARAGUAI 10.193 4.947 48,53 173 1,70 51,56 ARENAPOLIS 14.437 6.561 45,45 127 0,88 52,80 BARRA DO BUGRES 16.395 7.878 48,05 138 0,84 51,27 DENISE 3.546 1.925 54,29 34 0,96 47,64 NOVA OLIMPIA 5.354 2.164 40,42 27 0,50 48,06 REGIÃO XII PORTO ALEGRE DO NORTE 7.242 4.161 57,46 20 0,28 57,73 SANTA TEREZINHA 6.226 3.704 59,49 123 1,98 61,47 VILA RICA 7.056 3.433 48,65 319 4,52 53,17 REGIÃO XIII LUCIARA 4.068 2.107 51,79 121 2,97 47,48 RIBEIRAO CASCALHEIRA 6.204 3.270 52,71 188 3,03 55,74 SAO FELIX DO ARAGUAIA 10.639 5.642 53,03 101 0,95 53,98 ESTADO 1.465.657 683.151 46,61 15.067 1,03 58,03 FONTE: FIBGE, Censo Demográfico, 1991 25

Analisando-se a situação da renda da população do conjunto do Estado - a partir dos dados do PNUD -, verifica-se que, no período 1970/91, houve um considerável aumento da renda média familiar per capita em praticamente todos os municípios, o que elevou a média de renda do Estado de 0,42 Salários Mínimos (SM) em 1970 para 1,17 SM em 1991 (quase triplicando seu índice), enquanto esse aumento, no Brasil, foi de 0,63 para 1,31 Salários Mínimos, mais que dobrando seu índice.

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QUADRO 009 INDICADOR DE RENDA MÉDIA FAMILIAR RENDA FAMILIAR MUNICÍPIO PER CAPITA MÉDIA (Sal. Min. de set / 91) 1970 1980 1991 REGIÃO I Alta Floresta 1,55 0,81 Apiacás 2,42 Aripuanã 1,02 1,14 1,06 Castanheira 0,81 Colíder 0,99 0,73 Guarantã do Norte 1,03 Juína 1,20 Juruena 1,34 Matupá 1,42 Nova Canãa do Norte 0,78 Paranaíta 1,30 Peixoto de Azevedo 1,74 Terra Nova do Norte 0,83 REGIÃO II Brasnorte 1,18 Cláudia 1,37 Itaúba 0,94 Juara 0,84 Marcelândia 1,23 Novo Horizonte do Norte 0,53 Porto dos Gaúchos 0,48 1,01 0,71 Sinop 1,51 1,70 Vera 1,93 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 1,58 Comodoro 0,97 Diamantino 0,47 1,06 1,78 Lucas do Rio Verde 1,77 Nortelândia 0,61 0,80 0,65 Nova Mutum 1,30 São José do Rio Claro 1,78 1,20 Sorriso 1,83 Tangará da Serra 0,58 1,19 Tapurah 1,24 REGIÃO IV Acorizal 0,23 0,55 0,51 Chapada dos Guimarães 0,36 0,64 0,81 Cuiabá 0,75 1,77 1,79 Jangada 0,54 Nobres 0,30 1,43 0,95 Nossa Senhora do Livramento 0,33 0,70 0,48 Rosário Oeste 0,34 0,63 0,58 Várzea Grande 0,43 1,03 0,96 REGIÃO V Alto Araguaia 0,55 1,03 1,03 Alto Garças 0,37 0,91 0,85 Alto Taquari 0,98 Campo Verde 1,64 Dom Aquino 0,36 0,75 0,75 General Carneiro 0,27 0,88 0,45 Guiratinga 0,37 1,07 0,94 Itiquira 0,38 1,50 0,72 Jaciara 0,29 1,07 1,09 Juscimeira 0,71 1,05 Novo São Joaquim 0,78 Pedra Preta 0,70 1,01 Poxoréo 0,31 0,88 0,76 Primavera do Leste 1,68 Rondonópolis 0,38 1,12 1,27 Tesouro 0,26 0,81 0,67 REGIÃO VI Araguaiana 0,83 Cocalinho 0,76 REGIÃO VII Água Boa 3,41 0,94 Araguainha 0,19 0,72 1,00 Barra do Garças 0,34 1,26 1,22 Campinápolis 0,67 Canarana 0,80 1,29 Nova Brasilândia 0,61 0,57 Nova Xavantina 0,80 0,91 Paranatinga 0,64 0,72 Ponte Branca 0,22 0,58 0,66 Torixoréu 0,36 1,02 0,93 REGIÃO VIII Araputanga 0,88 1,06 Figueirópolis D'Oeste 0,75 Indiavaí 0,94 Jauru 0,56 0,49 Mirassol d'Oeste 0,77 1,20 Porto Esperidião 0,76 Reserva do Cabaçal 0,51 Rio Branco 0,53 0,73 Salto do Céu 0,69 0,56 São José dos Quatro Marcos 0,93 0,80 REGIÃO IX Barão de Melgaço 0,27 0,60 0,42 Cáceres 0,37 0,90 0,75 Poconé 0,39 0,77 0,99 Santo Antônio do Leverger 0,24 0,81 0,53 REGIÃO X Pontes e Lacerda 0,95 1,08 Vila Bela da Santíssima Trindade 0,43 0,75 0,79 REGIÃO XI Alto Paraguai 0,34 0,81 0,58 Arenápolis 0,41 0,76 0,77 Barra do Bugres 0,28 0,80 0,93 Denise 0,64 Nova Olímpia 0,42 0,71 0,87 REGIÃO XII Porto Alegre do Norte 0,57 Santa Terezinha 0,77 0,46 Vila Rica 1,22 REGIÃO XIII Luciára 1,00 Ribeirão Cascalheira 0,80 São Félix do Araguaia 1,08 0,85 Brasil 0,63 1,43 1,31 Fonte: PNUD/IPEA/FJP/IBGE - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996 27

Dos municípios existentes em 1970, apenas Aripuanã apresentava uma renda média acima de 01 SM (1,02), enquanto os demais não chegavam a atingir aquele patamar.

Em 1980, a maior média de renda foi apresentada pelo município de Água Boa, criado na década de 70 - 3,41 SM. Aliás, Água Boa foi o município que apresentou a maior média durante os 21 anos considerados.

Na década de 80, verificou-se um comportamento dispersivo da renda nos municípios matogrossenses pois, dos 55 municípios existentes, 18 apresentaram um aumento da renda média - com destaque para o município de Diamantino, que passou de 1,06 SM em 1980 para 1,78 em 1991. Outros 30 municípios apresentaram queda e 07 não alteraram a média de renda.

Em 1991, a maior renda média foi de 2,42 SM, verificada no município de Apiacás e a menor foi de 0,42 SM, registrada em Barão de Melgaço.

Em relação à renda média familiar do Brasil, em 1970 apenas dois municípios (5%) - Cuiabá e Aripuanã - apresentaram média acima da do país; em 1980, foram 6 (11%) - Cuiabá, Sinop, São José do Rio Claro, Água Boa, Alta Floresta e Itiquira; em 1991, esse número subiu para 14 (15%): Cuiabá, Sinop, Apiacás, Vera, Sorriso, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Campo Verde, Campo Novo do Parecis, Matupá, Cláudia e Juruena.

Considerando a linha de pobreza (igual a 0,50 SM), este indicador aponta 5 municípios com renda média inferior, em 1991: por ordem decrescente, Jauru, Nossa Senhora do Livramento, Santa Terezinha, General Carneiro e Barão de Melgaço, registrando-se que, em 1980, esses municípios apresentaram um índice que variou de 0,60 SM em Barão de Melgaço a 0,88 em General Carneiro.

Ainda que a renda média per capita tenha melhorado em todo o Estado, o exame do indicador do Grau de Desigualdade na distribuição de renda (Índice de Theil, que quanto mais próximo a 1 representa maior grau de concentração) indica que houve, assim como em todo o país, ampliação do grau de desigualdade entre 1970 e 1991, quando passou de 0,42 para 0,64, o que significou um crescimento de 52%, bem acima daquele do país que foi de 15%: 0,68 em 1970 e 0,78 em 1991 (crescimento de 14,7%).

QUADRO 010 INDICADOR DE DESIGUALDADE GRAU DE DESIGUALDADE MUNICÍPIO (THEIL - L) 1970 1980 1991 REGIÃO I Alta Floresta 0,91 0,54 Apiacás 0,67 Aripuanã 0,65 0,59 0,71 Castanheira 0,52 Colíder 0,87 0,63 Guarantã do Norte 0,77 Juína 0,62 Juruena 0,57 Matupá 0,69 Nova Canãa do Norte 0,59 Paranaíta 0,88 Peixoto de Azevedo 0,69 Terra Nova do Norte 0,60 REGIÃO II Brasnorte 0,48 Cláudia 0,37 Itaúba 0,58 Juara 0,53 Marcelândia 0,46 Novo Horizonte do Norte 0,42 Porto dos Gaúchos 0,31 0,89 0,37 Sinop 0,55 0,53 Vera 0,69 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 0,51 Comodoro 0,59 Diamantino 0,51 0,49 0,85 Lucas do Rio Verde 0,69 Nortelândia 0,22 0,44 0,36 Nova Mutum 0,50 São José do Rio Claro 0,82 0,51 Sorriso 0,64 Tangará da Serra 0,42 0,60 Tapurah 0,67 REGIÃO IV Acorizal 0,21 0,30 0,45 Chapada dos Guimarães 0,29 0,54 0,60 Cuiabá 0,52 0,61 0,64 Jangada 0,68 Nobres 0,23 0,76 0,65 Nossa Senhora do Livramento 0,20 0,40 0,52 Rosário Oeste 0,27 0,51 0,50 Várzea Grande 0,35 0,41 0,40 REGIÃO V Alto Araguaia 0,57 0,46 0,66 Alto Garças 0,28 0,51 0,43 Campo Verde 0,76 Dom Aquino 0,33 0,44 0,42 General Carneiro 0,33 0,56 0,40 Guiratinga 0,34 0,52 0,46 Itiquira 0,15 0,84 0,41 Jaciara 0,27 0,59 0,49 Juscimeira 0,35 0,67 Novo São Joaquim 0,42 Pedra Preta 0,44 0,63 Poxoréo 0,27 0,54 0,54 Primavera do Leste 0,69 Rondonópolis 0,31 0,56 0,60 Tesouro 0,45 0,55 0,40 REGIÃO VI Araguaiana 0,62 Cocalinho 0,38 REGIÃO VII Água Boa 1,12 0,60 Araguainha 0,31 0,56 0,74 Barra do Garças 0,34 0,64 0,63 Campinápolis 0,48 Canarana 0,35 0,67 Nova Brasilândia 0,34 0,49 Nova Xavantina 0,39 0,58 Paranatinga 0,44 0,51 Ponte Branca 0,22 0,40 0,48 Torixoréu 0,26 0,64 0,49 REGIÃO VIII Araputanga 0,54 0,61 Figueirópolis D'Oeste 0,58 Indiavaí 0,60 Jauru 0,40 0,39 Mirassol d'Oeste 0,44 0,49 Porto Esperidião 0,66 Reserva do Cabaçal 0,40 Rio Branco 0,43 0,67 Salto do Céu 0,25 0,33 São José dos Quatro Marcos 0,51 0,53 REGIÃO IX Barão de Melgaço 0,22 0,33 0,41 Cáceres 0,37 0,49 0,55 Poconé 0,53 0,53 0,67 Santo Antônio do Leverger 0,31 0,60 0,39 REGIÃO X Pontes e Lacerda 0,37 0,56 Vila Bela da Santíssima Trindade 0,48 0,49 0,68 REGIÃO XI Alto Paraguai 0,29 0,56 0,52 Alto Taquari 0,40 Arenápolis 0,30 0,37 0,45 Barra do Bugres 0,24 0,42 0,67 Denise 0,34 Nova Olímpia 0,46 REGIÃO XII Porto Alegre do Norte 0,53 Santa Terezinha 0,36 0,46 Vila Rica 0,95 REGIÃO XIII Luciára 0,31 0,50 0,68 Ribeirão Cascalheira 0,62 São Félix do Araguaia 0,49 0,68 Brasil 0,68 0,70 0,78 Fonte: PNUD/IPEA/FJP/IBGE - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996 29

Em 1991 o mais baixo grau de desigualdade - 0,33 - foi verificado em Salto do Céu e o mais alto - 0,95 - em Vila Rica.

Tendo como base os parâmetros de classificação adotados pelo PNUD, pode-se constatar que em 1991 nenhum município apresentou desigualdade mínima (até 0,30); apenas 19 enquadraram-se como desigualdade baixa (de 0,30 a 0,45); 35 apresentaram uma desigualdade média (de 0,45 a 0,60) enquanto 43% dos municípios enquadraram-se nas classificações de maior grau de desigualdade: 36 como de desigualdade alta (de 0,60 a 0,75) e 5 como de desigualdade máxima (acima de 0,75).

Examinando-se, contudo, outros indicadores de desigualdade , agora em relação às populações concentradas nos estratos de renda mais baixos, no período em análise verifica-se uma oscilação do indicador P0 (proporção de pessoas com renda familiar per capita inferior a 0,5 SM), com melhora na década de 70 e piora relativa na de 80, o que não chegou a reverter a tendência ascendente desse indicador.

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QUADRO 011 INDICADOR RENDA INSUFICIENTE - PO

PORCENTAGEM DE MUNICÍPIO PESSOAS COM RENDA INSUFICIENTE (P0 ) 1970 1980 1991 REGIÃO I Alta Floresta 46,88 55,81 Apiacás 19,43 Aripuanã 57,49 45,19 55,26 Castanheira 46,88 Colíder 64,19 61,35 Guarantã do Norte 52,84 Juína 39,54 Juruena 34,63 Matupá 39,97 Nova Canãa do Norte 59,26 Paranaíta 47,49 Peixoto de Azevedo 30,47 Terra Nova do Norte 54,74 REGIÃO II Brasnorte 32,44 Cláudia 14,68 Itaúba 49,95 Juara 51,31 Marcelândia 25,29 Novo Horizonte do Norte 66,06 Porto dos Gaúchos 66,45 63,05 48,95 Sinop 29,57 18,31 Vera 25,46 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 28,49 Comodoro 50,40 Diamantino 79,64 40,18 34,58 Lucas do Rio Verde 30,70 Nortelândia 53,06 49,47 54,52 Nova Mutum 31,27 São José do Rio Claro 33,11 33,52 Sorriso 24,02 Tangará da Serra 65,59 41,26 Tapurah 44,21 REGIÃO IV Acorizal 94,11 58,53 68,96 Chapada dos Guimarães 80,80 67,54 61,78 Cuiabá 61,48 27,56 29,75 Jangada 75,98 Nobres 87,12 39,83 53,45 Nossa Senhora do Livramento 85,14 52,90 74,95 Rosário Oeste 84,50 63,05 63,95 Várzea Grande 78,22 37,06 41,00 REGIÃO V Alto Araguaia 73,35 41,00 52,95 Alto Garças 80,69 51,72 46,17 Alto Taquari 41,67 Campo Verde 38,75 Dom Aquino 85,76 53,40 53,75 General Carneiro 88,26 53,65 75,71 Guiratinga 81,57 43,71 44,74 Itiquira 77,01 43,92 56,20 Jaciara 91,50 43,37 40,08 Juscimeira 54,31 50,88 Novo São Joaquim 51,51 Pedra Preta 56,27 45,82 Poxoréo 85,49 52,79 58,09 Primavera do Leste 31,52 Rondonópolis 80,57 42,48 39,94 Tesouro 91,35 56,73 56,36 REGIÃO VI Araguaiana 62,43 Cocalinho 48,21 REGIÃO VII Água Boa 34,98 54,51 Araguainha 95,47 65,88 55,23 Barra do Garças 84,06 42,71 41,23 Campinápolis 62,10 Canarana 47,49 42,57 Nova Brasilândia 58,33 70,36 Nova Xavantina 49,44 51,40 Paranatinga 59,93 61,61 Ponte Branca 95,10 68,71 62,66 Torixoréu 81,72 51,86 48,77 REGIÃO VIII Araputanga 54,89 45,83 Figueirópolis D'Oeste 58,02 Indiavaí 52,87 Jauru 69,59 71,92 Mirassol d'Oeste 55,78 36,30 Porto Esperidião 63,57 Reserva do Cabaçal 68,83 Rio Branco 69,05 63,93 Salto do Céu 47,82 63,84 São José dos Quatro Marcos 50,48 55,24 REGIÃO IX Barão de Melgaço 90,90 60,19 76,61 Cáceres 82,06 48,59 59,35 Poconé 82,59 61,04 51,88 Santo Antônio do Leverger 91,41 56,70 69,00 REGIÃO X Pontes e Lacerda 38,54 44,01 Vila Bela da Santíssima Trindade 81,21 54,53 62,01 REGIÃO XI Alto Paraguai 85,27 56,94 66,94 Arenápolis 75,95 49,28 50,97 Barra do Bugres 90,30 48,63 53,71 Denise 56,71 Nova Olímpia 40,72 REGIÃO XII Porto Alegre do Norte 65,38 Santa Terezinha 48,83 74,53 Vila Rica 53,37 REGIÃO XIII Luciára 75,44 59,23 57,79 Ribeirão Cascalheira 59,28 São Félix do Araguaia 40,08 56,03 Brasil 67,90 39,47 45,46 Fonte: PNUD/IPEA/FJP/IBGE - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996 31

Assim, em 1970 todos os municípios existentes apresentavam índices acima de 50%, com a escala variando entre o pior (95,47), localizado em Araguainha e o melhor (53,06, localizado em Nortelândia, com apenas 04 municípios (11% do total) apresentando índices melhores que a média brasileira: Aripuanã, Nortelândia, Porto dos Gaúchos e Cuiabá.

Em 1980, além de diminuírem as proporções de pessoas com renda per capita inferior a 0,5 SM, a escala de diferença entre os municípios se ampliou, variando entre o pior - 69,59, localizado em Jauru e o melhor -27,56 - em Cuiabá, com 06 municípios (11% do total) apresentando índices melhores que a média brasileira: Água Boa, Pontes e Lacerda, Várzea Grande, São José do Rio Claro, Cuiabá e Sinop. Já em 1991 os valores voltaram a subir e a ampliar ainda mais a escala que variou entre o pior classificado - Barão de Melgaço, com 76,61%, na Região X e o melhor - Cláudia, na Região II, com 14,68%. Em 1991, 31 municípios (33% do total) apresentaram índices melhores que a média do país.

O P1 (insuficiência média de renda) no Estado apresentou queda acentuada no período 1970/80 (0,43 para 0,20), mantendo-se praticamente estável entre 1980 e 1991, respectivamente, 0,20 e 0,21. Assim, se em 1970 15% dos municípios apresentavam índices melhores que a média brasileira, em 1991 essa proporção passou para 49%.

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QUADRO 012 INDICADOR RENDA INSUFICIENTE - P1

INSUFICIÊNCIA MUNICÍPIO MÉDIA DE RENDA (P1 ) 1970 1980 1991 REGIÃO I Alta Floresta 0,23 0,26 Apiacás 0,08 Aripuanã 0,25 0,18 0,27 Castanheira 0,24 Colíder 0,30 0,32 Guarantã do Norte 0,30 Juína 0,18 Juruena 0,13 Matupá 0,16 Nova Canãa do Norte 0,28 Paranaíta 0,24 Peixoto de Azevedo 0,14 Terra Nova do Norte 0,28 REGIÃO II Brasnorte 0,15 Cláudia 0,06 Itaúba 0,23 Juara 0,24 Marcelândia 0,10 Novo Horizonte do Norte 0,33 Porto dos Gaúchos 0,32 0,33 0,23 Sinop 0,11 0,06 Vera 0,07 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 0,11 Comodoro 0,23 Diamantino 0,43 0,18 0,15 Lucas do Rio Verde 0,12 Nortelândia 0,19 0,21 0,25 Nova Mutum 0,12 São José do Rio Claro 0,13 0,12 Sorriso 0,09 Tangará da Serra 0,33 0,18 Tapurah 0,16 REGIÃO IV Acorizal 0,57 0,27 0,39 Chapada dos Guimarães 0,43 0,34 0,28 Cuiabá 0,28 0,10 0,13 Jangada 0,46 Nobres 0,48 0,19 0,28 Nossa Senhora do Livramento 0,43 0,27 0,42 Rosário Oeste 0,45 0,33 0,35 Várzea Grande 0,39 0,14 0,17 REGIÃO V Alto Araguaia 0,41 0,17 0,25 Alto Garças 0,40 0,22 0,21 Alto Taquari 0,16 Campo Verde 0,16 Dom Aquino 0,45 0,26 0,24 General Carneiro 0,55 0,24 0,43 Guiratinga 0,44 0,17 0,18 Itiquira 0,34 0,19 0,25 Jaciara 0,52 0,18 0,17 Juscimeira 0,21 0,23 Novo São Joaquim 0,23 Pedra Preta 0,27 0,20 Poxoréo 0,48 0,24 0,28 Primavera do Leste 0,13 Rondonópolis 0,42 0,18 0,17 Tesouro 0,59 0,26 0,26 REGIÃO VI Araguaiana 0,27 Cocalinho 0,22 REGIÃO VII Água Boa 0,17 0,28 Araguainha 0,67 0,36 0,29 Barra do Garças 0,47 0,18 0,19 Campinápolis 0,33 Canarana 0,21 0,20 Nova Brasilândia 0,28 0,35 Nova Xavantina 0,21 0,25 Paranatinga 0,31 0,29 Ponte Branca 0,59 0,30 0,31 Torixoréu 0,42 0,21 0,20 REGIÃOVIII Araputanga 0,24 0,21 Figueirópolis D'Oeste 0,30 Indiavaí 0,22 Jauru 0,32 0,36 Mirassol d'Oeste 0,23 0,14 Porto Esperidião 0,32 Reserva do Cabaçal 0,38 Rio Branco 0,35 0,34 Salto do Céu 0,16 0,29 São José dos Quatro Marcos 0,20 0,26 REGIÃO IX Barão de Melgaço 0,53 0,26 0,42 Cáceres 0,46 0,21 0,29 Poconé 0,50 0,27 0,24 Santo Antônio do Leverger 0,58 0,27 0,35 REGIÃO X Pontes e Lacerda 0,15 0,18 Vila Bela da Santíssima Trindade 0,46 0,28 0,31 REGIÃO XI Alto Paraguai 0,46 0,25 0,35 Arenápolis 0,39 0,23 0,24 Barra do Bugres 0,51 0,21 0,26 Denise 0,25 Nova Olímpia 0,15 REGIÃO XII Porto Alegre do Norte 0,37 Santa Terezinha 0,21 0,44 Vila Rica 0,29 REGIÃO XIII Luciára 0,38 0,35 0,33 Ribeirão Cascalheira 0,30 São Félix do Araguaia 0,16 0,34 Brasil 0,39 0,18 0,24 Fonte: PNUD/IPEA/FJP/IBGE - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996 33

Segundo os valores de 1991, tem-se que eram 05 os municípios de maior insuficiência média, ou seja, com índices acima de 0,40: Jangada, Santa Terezinha, General Carneiro, Barão de Melgaço e Nossa Senhora do Livramento. No outro extremo, eram também cinco os de insuficiência mínima, índices abaixo de 0,10: Sinop, Cláudia, Vera, Apiacás e Sorriso. Considerando-se a faixa entre 0,10 e 0,20 como insuficiência baixa, tinha-se 25 municípios, restando a maioria - 60 municípios - na faixa considerada intermediária, isto é, entre 0,20 e 0,40.

O indicador P2, que expressa o grau de desigualdade entre a população com renda insuficiente e serve assim de referencial para níveis de carência, também apresentou queda acentuada para o Estado na década de 70 (0,27 em 1970 e 0,12 em 1980) e manteve-se quase estável na de década de 80 (0,13 em 1991). Os índices mais altos, acima de 0,30, em 1991, ocorreram em Jangada, Santa Teresinha e General Carneiro, enquanto índices médios - entre 0,2 e 0,3 - ocorreram em 19 municípios. Os demais, 74% dos municípios apresentaram índices que podem ser considerados baixos (inferiores a 0,20), sendo que 22 municípios enquadraram - se em índices abaixo de 0,10.

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QUADRO 013 INDICADOR DE RENDA INSUFICIENTE - P2 GRAU DE DESIGUALDADE MUNICÍPIO NA POPULAÇÃO COM RENDA INSUFICIENTE (P2) 1970 1980 1991 REGIÃO I Alta Floresta 0,14 0,16 Apiacás 0,05 Aripuanã 0,14 0,10 0,17 Castanheira 0,15 Colíder 0,19 0,22 Guarantã do Norte 0,20 Juína 0,11 Juruena 0,07 Matupá 0,09 Nova Canãa do Norte 0,18 Paranaíta 0,16 Peixoto de Azevedo 0,08 Terra Nova do Norte 0,19 REGIÃO II Brasnorte 0,11 Cláudia 0,03 Itaúba 0,14 Juara 0,14 Marcelândia 0,06 Novo Horizonte do Norte 0,22 Porto dos Gaúchos 0,19 0,21 0,14 Sinop 0,06 0,03 Vera 0,03 REGIÃO III Campo Novo do Parecis 0,07 Comodoro 0,14 Diamantino 0,29 0,12 0,09 Lucas do Rio Verde 0,06 Nortelândia 0,09 0,11 0,15 Nova Mutum 0,06 São José do Rio Claro 0,06 0,07 Sorriso 0,05 Tangará da Serra 0,21 0,10 Tapurah 0,08 REGIÃO IV Acorizal 0,39 0,16 0,26 Chapada dos Guimarães 0,26 0,21 0,18 Cuiabá 0,16 0,06 0,08 Jangada 0,32 Nobres 0,30 0,13 0,19 Nossa Senhora do Livramento 0,25 0,17 0,29 Rosário Oeste 0,28 0,22 0,23 Várzea Grande 0,23 0,07 0,10 REGIÃO V Alto Araguaia 0,27 0,10 0,16 Alto Garças 0,25 0,14 0,12 Alto Taquari 0,09 Campo Verde 0,09 Dom Aquino 0,28 0,16 0,14 General Carneiro 0,39 0,13 0,31 Guiratinga 0,29 0,09 0,10 Itiquira 0,19 0,11 0,15 Jaciara 0,33 0,11 0,11 Juscimeira 0,11 0,13 Novo São Joaquim 0,14 Pedra Preta 0,16 0,12 Poxoréo 0,31 0,14 0,17 Primavera do Leste 0,07 Rondonópolis 0,26 0,10 0,10 Tesouro 0,44 0,15 0,16 REGIÃO VI Araguaiana 0,15 Cocalinho 0,13 REGIÃO VII Água Boa 0,11 0,19 Araguainha 0,51 0,25 0,17 Barra do Garças 0,31 0,10 0,12 Campinápolis 0,24 Canarana 0,14 0,13 Nova Brasilândia 0,17 0,22 Nova Xavantina 0,12 0,16 Paranatinga 0,20 0,19 Ponte Branca 0,41 0,17 0,20 Torixoréu 0,26 0,12 0,12 REGIÃO VIII Araputanga 0,13 0,13 Figueirópolis D'Oeste 0,19 Indiavaí 0,13 Jauru 0,19 0,22 Mirassol d'Oeste 0,12 0,07 Porto Esperidião 0,20 Reserva do Cabaçal 0,25 Rio Branco 0,22 0,22 Salto do Céu 0,08 0,16 São José dos Quatro Marcos 0,11 0,15 REGIÃO IX Barão de Melgaço 0,35 0,14 0,27 Cáceres 0,30 0,13 0,18 Poconé 0,35 0,15 0,14 Santo Antônio do Leverger 0,42 0,17 0,22 REGIÃO X Pontes e Lacerda 0,09 0,09 Vila Bela da Santíssima Trindade 0,30 0,20 0,19 REGIÃO XI Alto Paraguai 0,29 0,15 0,23 Arenápolis 0,24 0,15 0,14 Barra do Bugres 0,33 0,12 0,16 Denise 0,14 Nova Olímpia 0,08 REGIÃO XII Porto Alegre do Norte 0,25 Santa Terezinha 0,12 0,32 Vila Rica 0,19 REGIÃO XIII Luciára 0,23 0,26 0,24 Ribeirão Cascalheira 0,19 São Félix do Araguaia 0,09 0,25 Brasil 0,27 0,11 0,16 Fonte: PNUD/IPEA/FJP/IBGE - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996 35

Os indicadores de renda estão a mostrar que, a par da melhora relativa dos níveis de renda, a distribuição de renda piorou, na medida em que aumentou o grau de desigualdade não só entre a população como entre os municípios. Nesse sentido, os graus de insuficiência de renda também tenderam a diminuir, muito embora a maioria dos municípios permanecesse, em 1991, em níveis de insuficiência média de renda (P1) considerados altos (acima de 0,2). O grau de desigualdade entre a população com renda insuficiente também tendeu a diminuir, com uma minoria de municípios situados em faixas consideradas de média e forte desigualdade (acima de 0,2).

Como forma de esquadrinhar o comportamento individual de cada indicador do índice RENDA, analisa-se aqui os 10 municípios melhor classificados e os 10 com pior classificação nos 5 indicadores (per capita, Po, P1, P2 e L), em 1991, conforme indicado no Quadro 014.

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QUADRO 014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA - CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS - 1991 RENDA MÉDIA FAMILIAR GRAU DE DESIGUALDADE INSUFICIÊNCIA DE RENDA INSUFICIÊNCIA MÉDIA DE DESIGUALDADE PESSOAS PER CAPITA (L DE THEIL) FAMILIAR (P0) RENDA (P1) C/RENDA INSUFICIENTE (P2) 1 Apiacás 2,42 1 Salto do Céu 0,33 1 Cláudia 14,68 1 Cláudia 0,06 1 Cláudia 0,03 2 Vera 1,93 2 Denise 0,34 2 Sinop 18,31 2 Sinop 0,06 2 Sinop 0,03 3 Sorriso 1,83 3 Nortelândia 0,36 3 Apiacás 19,43 3 Vera 0,07 3 Vera 0,03 4 Cuiabá 1,79 4 Cláudia 0,37 4 Sorriso 24,02 4 Apiacás 0,08 4 Apiacás 0,05 5 Diamantino 1,78 5 Porto dos Gaúchos 0,37 5 Marcelândia 25,29 5 Sorriso 0,09 5 Sorriso 0,05 6 Lucas do Rio Verde 1,77 6 Cocalinho 0,38 6 Vera 25,46 6 Marcelândia 0,10 6 Marcelândia 0,06 7 Peixoto de Azevedo 1,74 7 Jauru 0,39 7 Campo Novo do 28,49 7 Campo Novo do 0,11 7 Lucas do Rio Verde 0,06 Parecis Parecis 8 Sinop 1,70 8 Santo Antônio do 0,39 8 Cuiabá 29,75 8 Lucas do Rio 0,12 8 Nova Mutum 0,06 Leverger Verde 9 Primavera do Leste 1,68 9 Alto Taquari 0,40 9 Peixoto de 30,47 9 Nova Mutum 0,12 9 Campo Novo do 0,07 Azevedo Parecis 10 Campo Verde 1,64 10 General Carneiro 0,40 10 Lucas do Rio 30,70 10 São José do Rio 0,12 10 São José do Rio 0,07 Verde Claro Claro 11 Campo Novo do 1,58 11 Reserva do Cabaçal 0,40 11 Nova Mutum 31,27 11 Cuiabá 0,13 11 Primavera do Leste 0,07 Parecis 12 Matupá 1,42 12 Tesouro 0,40 12 Primavera do 31,52 12 Primavera do 0,13 12 Juruena 0,07 Leste Leste 13 Cláudia 1,37 13 Várzea Grande 0,40 13 Brasnorte 32,44 13 Juruena 0,13 13 Mirassol d'Oeste 0,07 14 Juruena 1,34 14 Barão de Melgaço 0,41 14 São José do Rio 33,52 14 Peixoto de 0,14 14 Cuiabá 0,08 Claro Azevedo 15 Nova Mutum 1,30 15 Itiquira 0,41 15 Diamantino 34,58 15 Mirassol d'Oeste 0,14 15 Peixoto de Azevedo 0,08 16 Paranaíta 1,30 16 Dom Aquino 0,42 16 Juruena 34,63 16 Brasnorte 0,15 16 Nova Olímpia 0,08 17 Canarana 1,29 17 Novo Horizonte do 0,42 17 Mirassol d'Oeste 36,30 17 Diamantino 0,15 17 Tapurah 0,08 Norte 18 Rondonópolis 1,27 18 Novo São Joaquim 0,42 18 Campo Verde 38,75 18 Nova Olímpia 0,15 18 Diamantino 0,09 19 Tapurah 1,24 19 Alto Garças 0,43 19 Juína 39,54 19 Campo Verde 0,16 19 Campo Verde 0,09 20 Marcelândia 1,23 20 Acorizal 0,45 20 Rondonópolis 39,94 20 Matupá 0,16 20 Matupá 0,09 21 Barra do Garças 1,22 21 Arenápolis 0,45 21 Matupá 39,97 21 Alto Taquari 0,16 21 Alto Taquari 0,09 22 Vila Rica 1,22 22 Guiratinga 0,46 22 Jaciara 40,08 22 Tapurah 0,16 22 Pontes e Lacerda 0,09 23 Juína 1,20 23 Marcelândia 0,46 23 Nova Olímpia 40,72 23 Rondonópolis 0,17 23 Rondonópolis 0,10 24 Mirassol d'Oeste 1,20 24 Nova Olímpia 0,46 24 Várzea Grande 41,00 24 Jaciara 0,17 24 Várzea Grande 0,10 25 São José do Rio 1,20 25 Santa Terezinha 0,46 25 Barra do Garças 41,23 25 Várzea Grande 0,17 25 Tangará da Serra 0,10 Claro 26 Tangará da Serra 1,19 26 Brasnorte 0,48 26 Tangará da Serra 41,26 26 Juína 0,18 26 Guiratinga 0,10 (continuação...)

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QUADRO 014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA - CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – 1991 (...continuação) RENDA MÉDIA FAMILIAR GRAU DE DESIGUALDADE INSUFICIÊNCIA DE RENDA INSUFICIÊNCIA MÉDIA DE DESIGUALDADE PESSOAS PER CAPITA (L DE THEIL) FAMILIAR (P0) RENDA (P1) C/RENDA INSUFICIENTE (P2) 27 Brasnorte 1,18 27 Campinápolis 0,48 27 Alto Taquari 41,67 27 Tangará da 0,18 27 Brasnorte 0,11 Serra 28 Jaciara 1,09 28 Ponte Branca 0,48 28 Canarana 42,57 28 Pontes e 0,18 28 Jaciara 0,11 Lacerda 29 Pontes e Lacerda 1,08 29 Jaciara 0,49 29 Pontes e Lacerda 44,01 29 Guiratinga 0,18 29 Juína 0,11 30 Araputanga 1,06 30 Mirassol d'Oeste 0,49 30 Tapurah 44,21 30 Barra do Garças 0,19 30 Barra do Garças 0,12 31 Aripuanã 1,06 31 Nova Brasilândia 0,49 31 Guiratinga 44,74 31 Canarana 0,20 31 Pedra Preta 0,12 32 Juscimeira 1,05 32 Torixoréu 0,49 32 Pedra Preta 45,82 32 Pedra Preta 0,20 32 Torixoréu 0,12 33 Alto Araguaia 1,03 33 Nova Mutum 0,50 33 Araputanga 45,83 33 Torixoréu 0,20 33 Alto Garças 0,12 34 Guarantã do Norte 1,03 34 Rosário Oeste 0,50 34 Alto Garças 46,17 34 Araputanga 0,21 34 Canarana 0,13 35 Pedra Preta 1,01 35 Campo Novo do 0,51 35 Castanheira 46,88 35 Alto Garças 0,21 35 Araputanga 0,13 Parecis 36 Araguainha 1,00 36 Paranatinga 0,51 36 Paranaíta 47,49 36 Cocalinho 0,22 36 Cocalinho 0,13 37 Nova Olímpia 1,00 37 São José do Rio 0,51 37 Cocalinho 48,21 37 Indiavaí 0,22 37 Indiavaí 0,13 Claro 38 Poconé 0,99 38 Alto Paraguai 0,52 38 Torixoréu 48,77 38 Porto dos 0,23 38 Juscimeira 0,13 Gaúchos 39 Alto Taquari 0,98 39 Castanheira 0,52 39 Porto dos 48,95 39 Itaúba 0,23 39 Porto dos Gaúchos 0,14 Gaúchos 40 Comodoro 0,97 40 Nossa Senhora do 0,52 40 Itaúba 49,95 40 Comodoro 0,23 40 Itaúba 0,14 Livramento 41 Várzea Grande 0,96 41 Juara 0,53 41 Comodoro 50,40 41 Juscimeira 0,23 41 Comodoro 0,14 42 Nobres 0,95 42 Porto Alegre do 0,53 42 Juscimeira 50,88 42 Novo São 0,23 42 Novo São Joaquim 0,14 Norte Joaquim 43 Água Boa 0,94 43 São José dos 0,53 43 Arenápolis 50,97 43 Castanheira 0,24 43 Arenápolis 0,14 Quatro Marcos 44 Guiratinga 0,94 44 Sinop 0,53 44 Juara 51,31 44 Paranaíta 0,24 44 Juara 0,14 45 Indiavaí 0,94 45 Alta Floresta 0,54 45 Nova Xavantina 51,40 45 Arenápolis 0,24 45 Poconé 0,14 46 Itaúba 0,94 46 Poxoréo 0,54 46 Novo São 51,51 46 Juara 0,24 46 Dom Aquino 0,14 Joaquim 47 Barra do Bugres 0,93 47 Cáceres 0,55 47 Poconé 51,88 47 Poconé 0,24 47 Denise 0,14 48 Torixoréu 0,93 48 Pontes e Lacerda 0,56 48 Guarantã do Norte 52,84 48 Dom Aquino 0,24 48 Castanheira 0,15 49 Nova Xavantina 0,91 49 Juruena 0,57 49 Indiavaí 52,87 49 Nova Xavantina 0,25 49 Nortelândia 0,15 (continua...)

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QUADRO 014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA - CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – 1991 (...continuação) RENDA MÉDIA FAMILIAR GRAU DE DESIGUALDADE INSUFICIÊNCIA DE RENDA INSUFICIÊNCIA MÉDIA DE DESIGUALDADE PESSOAS PER CAPITA (L DE THEIL) FAMILIAR (P0) RENDA (P1) C/RENDA INSUFICIENTE (P2) 50 Luciara 0,87 50 Figueirópolis 0,58 50 Alto Araguaia 52,95 50 Alto Araguaia 0,25 50 Itiquira 0,15 D'Oeste 51 Alto Garças 0,85 51 Itaúba 0,58 51 Vila Rica 53,37 51 Nortelândia 0,25 51 São José dos Quatro 0,15 Marcos 52 São Félix do 0,85 52 Nova Xavantina 0,58 52 Nobres 53,45 52 Itiquira 0,25 52 Araguaiana 0,15 Araguaia 53 Juara 0,84 53 Comodoro 0,59 53 Barra do Bugres 53,71 53 Denise 0,25 53 Paranaíta 0,16 54 Araguaiana 0,83 54 Nova Canãa do 0,59 54 Dom Aquino 53,75 54 Barra do Bugres 0,26 54 Nova Xavantina 0,16 Norte 55 Terra Nova do 0,83 55 Água Boa 0,60 55 Água Boa 54,51 55 São José dos 0,26 55 Alto Araguaia 0,16 Norte Quatro Marcos 56 Alta Floresta 0,81 56 Chapada dos 0,60 56 Nortelândia 54,52 56 Alta Floresta 0,26 56 Barra do Bugres 0,16 Guimarães 57 Castanheira 0,81 57 Indiavaí 0,60 57 Terra Nova do 54,74 57 Tesouro 0,26 57 Alta Floresta 0,16 Norte 58 Chapada dos 0,81 58 Rondonópolis 0,60 58 Araguainha 55,23 58 Aripuanã 0,27 58 Tesouro 0,16 Guimarães 59 Ribeirão 0,80 59 Tangará da Serra 0,60 59 São José dos 55,24 59 Araguaiana 0,27 59 Salto do Céu 0,16 Cascalheira Quatro Marcos 60 São José dos 0,80 60 Terra Nova do 0,60 60 Aripuanã 55,26 60 Nobres 0,28 60 Aripuanã 0,17 Quatro Marcos Norte 61 Vila Bela da 0,79 61 Araputanga 0,61 61 Alta Floresta 55,81 61 Água Boa 0,28 61 Poxoréo 0,17 Santíssima Trindade 62 Nova Canãa do 0,78 62 Araguaiana 0,62 62 São Félix do 56,03 62 Terra Nova do 0,28 62 Araguainha 0,17 Norte Araguaia Norte 63 Novo São Joaquim 0,78 63 Juína 0,62 63 Itiquira 56,20 63 Poxoréo 0,28 63 Nova Canãa do Norte 0,18 64 Arenápolis 0,77 64 Ribeirão 0,62 64 Tesouro 56,36 64 Nova Canãa do 0,28 64 Chapada dos 0,18 Cascalheira Norte Guimarães 65 Cocalinho 0,76 65 Barra do Garças 0,63 65 Denise 56,71 65 Chapada dos 0,28 65 Cáceres 0,18 Guimarães 66 Porto Esperidião 0,76 66 Colíder 0,63 66 Luciara 57,79 66 Vila Rica 0,29 66 Nobres 0,19 67 Poxoréo 0,76 67 Pedra Preta 0,63 67 Figueirópolis 58,02 67 Araguainha 0,29 67 Água Boa 0,19 D'Oeste 68 Cáceres 0,75 68 Cuiabá 0,64 68 Poxoréo 58,09 68 Cáceres 0,29 68 Terra Nova do Norte 0,19 (continua...)

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QUADRO 014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA - CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – 1991 (...continuação) RENDA MÉDIA FAMILIAR GRAU DE DESIGUALDADE INSUFICIÊNCIA DE RENDA INSUFICIÊNCIA MÉDIA DE DESIGUALDADE PESSOAS PER CAPITA (L DE THEIL) FAMILIAR (P0) RENDA (P1) C/RENDA INSUFICIENTE (P2) 69 Dom Aquino 0,75 69 Sorriso 0,64 69 Nova Canãa do 59,26 69 Paranatinga 0,29 69 Vila Rica 0,19 Norte 70 Figueirópolis 0,75 70 Nobres 0,65 70 Ribeirão 59,28 70 Salto do Céu 0,29 70 Paranatinga 0,19 D'Oeste Cascalheira 71 Colíder 0,73 71 Alto Araguaia 0,66 71 Cáceres 59,35 71 Guarantã do 0,30 71 Figueirópolis D'Oeste 0,19 Norte 72 Rio Branco 0,73 72 Porto Esperidião 0,66 72 Colíder 61,35 72 Figueirópolis 0,30 72 Ribeirão Cascalheira 0,19 D'Oeste 73 Itiquira 0,72 73 Apiacás 0,67 73 Paranatinga 61,61 73 Ribeirão 0,30 73 Vila Bela da 0,19 Cascalheira Santíssima Trindade 74 Paranatinga 0,72 74 Barra do Bugres 0,67 74 Chapada dos 61,78 74 Vila Bela da 0,31 74 Guarantã do Norte 0,20 Guimarães Santíssima Trindade 75 Porto dos Gaúchos 0,71 75 Canarana 0,67 75 Vila Bela da 62,01 75 Ponte Branca 0,31 75 Ponte Branca 0,20 Santíssima Trindade 76 Campinápolis 0,67 76 Juscimeira 0,67 76 Campinápolis 62,10 76 Colíder 0,32 76 Porto Esperidião 0,20 77 Tesouro 0,67 77 Poconé 0,67 77 Araguaiana 62,43 77 Porto Esperidião 0,32 77 Colíder 0,22 78 Ponte Branca 0,66 78 Rio Branco 0,67 78 Ponte Branca 62,66 78 Luciara 0,33 78 Novo Horizonte do 0,22 Norte 79 Nortelândia 0,65 79 Tapurah 0,67 79 Porto Esperidião 63,57 79 Campinápolis 0,33 79 Rio Branco 0,22 80 Denise 0,64 80 Jangada 0,68 80 Salto do Céu 63,84 80 Novo Horizonte 0,33 80 Santo Antônio do 0,22 do Norte Leverger 81 Alto Paraguai 0,58 81 Luciára 0,68 81 Rio Branco 63,93 81 São Félix do 0,34 81 Nova Brasilândia 0,22 Araguaia 82 Rosário Oeste 0,58 82 São Félix do 0,68 82 Rosário Oeste 63,95 82 Rio Branco 0,34 82 Jauru 0,22 Araguaia 83 Nova Brasilândia 0,57 83 Vila Bela da 0,68 83 Porto Alegre do 65,38 83 Rosário Oeste 0,35 83 Rosário Oeste 0,23 Santíssima Norte Trindade 84 Porto Alegre do 0,57 84 Lucas do Rio Verde 0,69 84 Novo Horizonte do 66,06 84 Alto Paraguai 0,35 84 Alto Paraguai 0,23 Norte Norte 85 Salto do Céu 0,56 85 Matupá 0,69 85 Alto Paraguai 66,94 85 Santo Antônio 0,35 85 Luciára 0,24 do Leverger (continua...)

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QUADRO 014 INDICADORES DA DIMENSÃO RENDA - CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – 1991 (...continuação) RENDA MÉDIA FAMILIAR GRAU DE DESIGUALDADE INSUFICIÊNCIA DE RENDA INSUFICIÊNCIA MÉDIA DE DESIGUALDADE PESSOAS PER CAPITA (L DE THEIL) FAMILIAR (P0) RENDA (P1) C/RENDA INSUFICIENTE (P2) 86 Jangada 0,54 86 Peixoto de Azevedo 0,69 86 Reserva do 68,83 86 Nova 0,35 86 Campinápolis 0,24 Cabaçal Brasilândia 87 Novo Horizonte do 0,53 87 Primavera do Leste 0,69 87 Acorizal 68,96 87 Jauru 0,36 87 São Félix do Araguaia 0,25 Norte 88 Santo Antônio do 0,53 88 Vera 0,69 88 Santo Antônio do 69,00 88 Porto Alegre do 0,37 88 Porto Alegre do Norte 0,25 Leverger Leverger Norte 89 Acorizal 0,51 89 Aripuanã 0,71 89 Nova Brasilândia 70,36 89 Reserva do 0,38 89 Reserva do Cabaçal 0,25 Cabaçal 90 Reserva do Cabaçal 0,51 90 Araguainha 0,74 90 Jauru 71,92 90 Acorizal 0,39 90 Acorizal 0,26 91 Jauru 0,49 91 Campo Verde 0,76 91 Santa Terezinha 74,53 91 Nossa Senhora 0,42 91 Barão de Melgaço 0,27 do Livramento 92 Nossa Senhora do 0,48 92 Guarantã do Norte 0,77 92 Nossa Senhora do 74,95 92 Barão de 0,42 92 Nossa Senhora do 0,29 Livramento Livramento Melgaço Livramento 93 Santa Terezinha 0,46 93 Diamantino 0,85 93 General Carneiro 75,71 93 General 0,43 93 General Carneiro 0,31 Carneiro 94 General Carneiro 0,45 94 Paranaíta 0,88 94 Jangada 75,98 94 Santa Terezinha 0,44 94 Santa Terezinha 0,32 95 Barão de Melgaço 0,42 95 Vila Rica 0,95 95 Barão de Melgaço 76,61 95 Jangada 0,46 95 Jangada 0,32

Brasil 1,31 0,78 Brasil 45,46 Brasil 0,24 Brasil 0,16 FONTE: PNUD/IPEA/FJP/FIBGE, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1997

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Verifica-se que 07 municípios estão entre os 10 melhores classificados nos indicadores de insuficiência de renda (P0 e P1) e de desigualdade entre a população com insuficiência de renda (P2): Cláudia, Marcelândia, Sinop e Vera, na Região II, Apiacás, na Região I e Sorriso e Lucas do Rio Verde, na Região III, sendo que os últimos 05 estão entre os 10 com melhor renda familiar per capita e apenas Cláudia está entre os 10 de menor grau desigualdade de distribuição de renda (L). Complementam o topo da lista 03 municípios posicionados entre os 10 melhores em dois indicadores: Cuiabá (renda per capita e P0), na Região IV e Campo Novo dos Parecis (P0 e P1) e Nova Mutum (P1 e P2), ambos na Região III.

Há, portanto, uma espécie de "ilha de excelência" no Estado em termos da dimensão RENDA conformada por 05 municípios que estão entre os 10 melhores classificados em 04 dos 05 indicadores de RENDA: Cláudia, Sinop, Vera, Sorriso e Apiacás; malgrado essa posição, os 04 últimos apresentam um grau relativamente alto de desigualdade de distribuição de renda (L), especialmente o município de Vera, que ocupa a12ª pior colocação no Estado nesse ítem, seguido de Apiacás (17ª) e Sorriso (28ª). Cláudia, por sua vez, perde posição em termos de renda familiar per capita, sendo o 13º classificado do Estado. O bom desempenho desses municípios na dimensão RENDA deve-se, de um lado, a uma economia urbana razoavelmente desenvolvida com a indústria madeireira despontando entre as atividades e uma economia agrícola centrada na cultura altamente tecnificada da soja; de outro (segundo dados da pesquisa de campo), a assistência social praticada por algumas das Prefeituras, como no caso de SINOP e Sorriso, envolve não só o atendimento às eventuais carências de sua própria população como providências no sentido de reconduzir aos seus municípios de origem as pessoas que chegam às cidades e passam a ter atividades informais.

A base da classificação - ou seja, os piores classificados - é mais homogênea que o topo, na medida em que é formada por 07 municípios que se encontram entre as 10 últimas posições dos indicadores, exceto no grau de desigualdade na distribuição de renda (L): Jangada (Região IV), Santa Terezinha (Região XII), General Carneiro Região V), Nossa Senhora do Livramento (Região IV), Barão de Melgaço (Região IX), Acorizal (Região IV) e Reserva do Cabaçal (Região VIII). A base é complementada por Jauru (entre os 10 piores classificados em renda per capita, P0, e P1), também na Região VIII, Porto Alegre do Norte (P1 e P2), na Região XII e Santo Antônio do Leverger (renda per capita e P0), na Região IX. Note-se que neste grupo o grau de desigualdade de distribuição de renda é baixo, especialmente em Jauru e Santo Antônio do Leverger, situados entre os 10 municípios com os mais baixos índices de renda. A exceção fica por conta de Jangada - 13º município em grau de desigualdade no Estado.

As regiões onde se inserem esses municípios apresentam, em geral, um baixo dinamismo econômico onde a pecuária extensiva é atividade dominante, a economia urbana é frágil e, em alguns casos como o da Região XII, as redes de infraestrutura precárias. Na Região IX, a fragilidade da "economia pantaneira" é fator adicional da baixa capacidade de geração e apropriação de renda por sua população e na Região VIII, que envolve os municípios de Jauru e Reserva do Cabaçal, a presença da mão-de-obra familiar é ainda significativa.

Da análise do comportamento individual dos indicadores nas 20 posições extremas da classificação, nota-se que o indicador que foge ao padrão é o de desigualdade de distribuição de renda (L). Entre os 10 municípios de melhor classificação - os mais ricos - 1 (Cláudia) se coloca entre os 10 de menor desigualdade e 1 (Lucas do Rio Verde) entre os 10 de maior desigualdade. Entre os de pior classificação - os mais pobres, - dois (Jauru e Santo Antônio do Leverger) estão entre os de menor desigualdade e nenhum entre os de maior desigualdade.

Os sete municípios que complementam o grupo de menor desigualdade são Salto do

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Céu (Região VIII), Denise (Região XI), Nortelândia (Região III), Porto dos Gaúchos (Região II), Cocalinho (Região VI), Várzea Grande (Região IV) e Tesouro (Região V), formando um conjunto entre média-baixa e baixa RENDA (à exceção de Várzea Grande, situada na faixa média-alta) de maneira altamente dispersa pelas diferentes regiões do Estado. Já os 09 municípios que compõem os 10 de maior desigualdade situam-se todos nas faixas média-alta a alta RENDA, concentrando-se cerca de metade deles (04 municípios), na Região I: Paranaíta, Guarantã do Norte, Matupá e Peixoto de Azevedo, na Região I, Diamantino, na Região III, Campo Verde, na Região V, Araguainha, na Região VII, e Vila Rica, na Região XII.

Do comportamento de L transparece a desigualdade maior nos municípios mais ricos do que nos mais pobres, o que é explicável pela atração que aqueles representam, enquanto possibilidades de emprego e renda, para pessoas em busca dessas oportunidades. Note-se que a desigualdade se dá na distribuição de renda em geral e não entre a população com insuficiência de renda, cuja incidência é maior nos municípios mais pobres.

A combinação dos indicadores sintetiza-se no índice de RENDA - uma das dimensões do ICV (Índice de Condições de Vida) do PNUD - que é composto pela participação ponderada dos indicadores de renda familiar per capita, L de Theil e grau de desigualdade da população com renda insuficiente, permitindo assim, a obtenção do ranking do Estado.

Mato Grosso, entre 1970 e 1991 apresentou um crescimento acentuado na década de 70 e forte desaceleração do ritmo na década de 80, conforme mostram os seguintes valores: 1970 - 0,480; 1980 - 0,752; 1991 - 0,774.

Em nível de município, o Índice de RENDA variou, em 1991, de 0,476, o mais baixo, em Jangada e 0,886, o mais alto, em Cláudia.

A estratificação usada pelo PNUD para o índice RENDA corresponde às seguintes faixas: até 0,29 índice baixo; de 0,30 a 0,49 médio baixo; 0,50 a 0,64 médio; 0,65 a 0,79 médio alto e acima de 0,80 alto. De acordo com esses parâmetros, em 1991, os municípios do Mato Grosso apresentaram a seguinte distribuição, conforme mostrado no Mapa 001:

LEGENDA

N AMAZONAS 0,00 a 0,30 - Baixo

8

PARÁ 0,30 a 0,50 - Médio Baixo I 62 0,50 a 0,65 - Médio 45 35 I3 3 50 95 65 0,65 a 0,80 - Médio Alto 89 56 XII 80 43 27 0,80 a 1,00 - Alto 23 49 TOCANTINS 38 69 48 60 70 II 44 25 Limite regional RONDÔNIA XIII 85 82 II Limite Municipal Vigente em 1991 17 83 88 93 FONTE : PNUD / IPEA / FJP - Atlas do desenvolvimento Humano no Brasil

86 75 47 28 III 22 20 63 VII 26 57 VI 31 2 52 12 53 19 87 94 30 78 55 59 74 58 6 IV 24 37 79 15 61 XI 1 73 9 42 11 76 41 21 68 16 GOIÁS 33 29 X 84 92 34 32 VIII 54 51 40 72 90 71 V 91 BOLÍVIA 46 77 36 18 81 66 67 14 IX 64 5 10

0 50 100 250 Km 39 4

MATO GROSSO DO SUL 7

1 - ACORIZAL 20 - CAMPO NOVO DO PARECIS 39 - ITIQUIRA 58 - NOVA OLÍMPIA 77 - RONDONÓPOLIS

2 - ÁGUA BOA 21 - CAMPO VERDE 40 - JACIARA 59 - NOVA XAVANTINA 78 - ROSÁRIO OESTE

3 - ALTA FLORESTA 22 - CANARANA 41 - JANGADA 60 - NOVO HORIZONTE DO NORTE 79 - SALTO DO CÉU

4 - ALTO ARAGUAIA 23 - CASTANHEIRA 42 - JAURU 61 - NOVO SÃO JOAQUIM 80 - SANTA TEREZINHA

5 - ALTO GARÇAS 24 -CHAPADA DOS GUIMARÃES 43 - JUARA 62 - PARANAITA 81 - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER

6 - ALTO PARAGUAI 25 - CLÁUDIA 44 - JUÍNA 63 - PARANATINGA 82 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 7 - ALTO TAQUARI 26 - COCALINHO 45 - JURUENA 64 - PEDRA PRETA 83 - SÃO JOSÉ DO RIO CLARO Mapa 001 8 - APIACÁS 27 - COLÍDER 46 - JUSCIMEIRA 65 - PEIXOTO DE AZEVEDO 84 - SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS

9 - ARAGUAIANA 28 - COMODORO 47 - LUCAS DO RIO VERDE 66 - POCONÉ 85 - SINOP TÍTULO

10 - ARAGUAINHA 29 - CUIABÁ 48 - LUCIARA 67 - PONTE BRANCA 86 - SORRISO ICV - RENDA POR MUNICÍPIO - 1991

11 - ARAPUTANGA 30 - DENISE 49 - MARCELÂNDIA 68 - PONTES E LACERDA 87 - TANGARÁ DA SERRA

12 - ARENÁPOLIS 31 - DIAMANTINO 50 - MATUPÁ 69 - PORTO ALEGRE DO NORTE 88 - TAPURAH MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA 13 - ARIPUANÃ 32 - DOM AQUINO 51 - MIRASSOL D'OESTE 70 - PORTO DOS GAÚCHOS 89 - TERRA NOVA DO NORTE INTEGRAÇÃO NACIONAL RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 14 - BARÃO DE MELGAÇO 33 - FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE 52 - NOBRES 71 - PORTO ESPERIDIÃO 90 - TESOURO

15- BARRA DO BUGRES 34 - GENERAL CARNEIRO 53 - NORTELÂNDIA 72 - POXORÉO 91 - TORIXORÉU GOVERNO DO ESTADO DE MATO

16 - BARRA DO GARÇAS 35 - GUARANTÃ DO NORTE 54 - NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 73 - PRIMAVERA DO LESTE 92 - VÁRZEA GRANDE GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

17 - BRASNORTE 36 - GUIRATINGA 55 - NOVA BRASILÂNDIA 74 - RESERVA DO CABAÇAL 93 - VERA COORDENAÇÃO GERAL

18 - CÁCERES 37 - INDIAVAÍ 56 - NOVA CANAÃ DO NORTE 75 - RIBEIRÃO CASCALHEIRA 94 - VILA B. DA SANTÍSSIMA TRINDADE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO

19 - CAMPINÁPOLIS 38 - ITAÚBA 57 - NOVA MUTUM 76 - RIO BRANCO 95 - VILA RICA Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 44

 Índice alto 23%

 Índice médio alto 33%

 Índice médio 39%

 Índice médio baixo 5%

 Índice baixo 0

Segundo essa estratificação do PNUD, considerar-se-ia município carente do ponto de vista da RENDA aqueles enquadrados nos dois estratos inferiores do índice (até 0,30 e de 0,30 a 0,50), ou seja, Jangada e Nossa Senhora do Livramento, na Região IV, Santa Terezinha, na Região XII, General Carneiro, na Região V e Barão de Melgaço, na Região IX. Além disso, considera-se aqui mais quatro que figuram em algum indicador entre os 10 piores: Nova Brasilândia (P0) e Campinápolis (P2), na Região VII, Alto Paraguai (P1) na Região XI e São Félix do Araguaia (P2), na Região XIII.

Analisando-se a distribuição espacial desses 14 municípios mais carentes do Mato Grosso, verifica-se sua concentração nas Regiões IV (03 municípios), VII (02 municípios) VIII (02 municípios), IX (02 municípios) e XII (02 municípios). Os demais 04 municípios distribuem- se pelas Regiões V, XI e XIII.

3.3. ÁREAS CRÍTICAS DO ESTADO EM RELAÇÃO À RENDA DE SUA POPULAÇÃO

Quando se compara o local de atividade da população ocupada com o Índice de Renda do PNUD, por município e Região de Pesquisa, salta aos olhos o fato de que, nas localidades onde mais de 50% da população ocupada trabalha em propriedade pecuária, de modo geral encontram-se também os mais baixos índices de renda, Quadro 015 e Mapa 002.

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO - 1991 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE RENDA MUNICÍPIOS NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CASA CLIENTE PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA OU PATRÃO Região I Alta Floresta 100 49,9 34,1 9,6 1,3 3,3 1,7 0,641 Apiacás 100 58,3 26,2 9,1 1,2 3,8 1,3 0,846 Aripuanã 100 67,3 26,6 3,5 0,6 1,4 0,7 0,710 Castanheira 100 47,3 41,9 5,6 2,2 0,9 2,1 0,645 Colíder 100 52,3 31,7 7,7 3,2 3,0 2,0 0,582 Guarantã N 100 44,3 29,1 6,7 1,4 3,1 14,4 0,681 Juína 100 42,4 39,9 9,1 1,6 2,9 4,0 0,792 Juruena 100 32,9 56,1 7,3 1,3 1,7 0,7 0,845 Matupá 100 31,6 48,8 8,8 2,0 3,6 5,2 0,823 Nova Canaã 100 60,0 19,2 5,0 1,2 1,7 12,8 0,615 Paranaíta 100 64,9 24,0 8,7 0,6 0,9 1,0 0,780 Peixoto 100 55,6 25,5 8,9 3,4 5,9 0,7 0,829 Terra Nova 100 52,4 20,5 5,0 2,4 1,8 17,9 0,633 Total 100 50,6 31,6 8,0 1,9 3,1 4,7

Região II Brasnorte 100 36,0 48,8 10,8 2,3 1,7 0,4 0,807 Cláudia 100 12,4 79,2 5,7 2,0 0,5 0,2 0,886 Itaúba 100 38,9 53,0 5,0 0,4 0,7 2,1 0,691 Juara 100 63,5 79,0 22,6 4,3 4,2 4,5 0,658 Marcelândia 100 21,9 69,4 5,8 0,5 1,7 0,6 0,840 (continua...)

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 (...continuação) PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE MUNICÍPIOS CASA NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO RENDA TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CLIENTE OU PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA PATRÃO Novo Horizonte do 100 63,1 31,2 4,5 0,5 0,4 0,3 0,534 Norte Porto dos Gaúchos 100 41,5 48,2 8,5 0,9 1,0 0,0 0,635 Sinop 100 8,3 76,7 9,6 1,8 3,2 0,5 0,867 Vera 100 25,3 65,7 5,9 0,8 1,8 0,4 0,845 Total 100 25,7 68,7 9,6 1,7 2,3 1,0

Região III Campo Novo dos 100 38,9 48,8 9,1 0,6 2,5 0,1 0,856 Parecis Comodoro 100 43,9 42,6 10,1 1,6 1,5 0,2 0,699 Diamantino 100 25,3 50,1 9,4 1,6 2,1 10,7 0,809 Lucas do Rio Verde 100 37,2 46,0 13,2 2,8 2,9 0,8 0,834 Nortelândia 100 10,6 30,4 10,6 4,0 2,5 41,9 0,610 Nova Mutum 100 60,4 30,9 6,4 0,7 1,1 0,5 0,855 S.José do Rio Claro 100 33,6 56,7 7,4 0,4 1,4 0,5 0,819 Sorriso 100 31,2 51,9 10,6 1,8 3,4 1,0 0,847 Tangará da Serra 100 28,8 47,7 15,7 1,9 5,4 0,6 0,793 Tapurah 100 54,4 39,8 1,7 0,8 2,4 0,9 0,809 Total 100 32,6 47,0 10,9 1,7 3,2 4,7

Região IV Acorizal 100 54,7 35,7 7,4 1,3 0,6 0,4 0,513 Chapada dos 100 52,7 29,9 7,4 3,5 0,9 5,7 0,626 Guimarães Cuiabá 100 2,9 72,1 15,7 3,6 4,7 1,0 0,838 Jangada 100 55,2 34,1 3,0 5,6 1,2 0,8 0,476 Nobres 100 33,0 44,6 11,6 3,5 3,5 3,8 0,672 (continua...)

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 (...continuação) PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE RENDA MUNICÍPIOS NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CASA CLIENTE PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA OU PATRÃO N. Sra. do Livramento 100 72,7 18,7 4,0 1,1 1,0 2,5 0,480 Rosário Oeste 100 48,6 33,6 11,8 2,1 1,8 2,2 0,537 Várzea Grande 100 5,6 67,4 15,4 3,7 5,4 2,5 0,722 Total 100 7,9 67,4 15,0 3,6 4,6 1,6

Região V Alto Araguaia 100 35,2 43,3 13,6 3,0 3,0 1,8 0,708 Alto Garças 100 29,7 38,0 11,6 5,1 3,8 11,7 0,683 Alto Taquari 100 47,3 28,5 18,7 2,9 1,4 1,3 0,745 Campo Verde 100 45,6 42,9 7,5 1,9 2,2 0,2 0,817 Dom Aquino 100 40,5 39,9 13,1 3,7 1,2 1,6 0,640 General Carneiro 100 45,0 29,9 4,6 7,5 1,4 11,6 0,482 Guiratinga 100 35,3 44,4 12,1 3,0 2,1 3,1 0,719 Itiquira 100 57,7 27,1 7,4 0,3 0,2 7,3 0,629 Jaciara 100 27,9 52,1 13,5 1,8 4,6 0,1 0,770 Juscimeira 100 47,7 30,2 9,4 3,5 2,7 6,5 0,722 Novo São Joaquim 100 68,7 23,4 5,3 1,0 0,8 0,8 0,652 Pedra Preta 100 47,9 35,4 11,7 2,6 1,4 1,0 0,716 Poxoréo 100 31,1 20,7 8,2 2,2 1,3 36,5 0,617 Primavera do Leste 100 31,2 48,0 16,4 0,9 3,1 0,4 0,831 Rondonópolis 100 17,6 54,8 16,9 4,1 5,3 1,2 0,824 Tesouro 100 35,9 53,3 6,1 2,1 2,4 0,2 0,609 Total 100 28,9 45,7 13,8 3,2 3,7 4,7

Região VI Araguaiana 100 63,8 27,6 5,4 2,1 0,7 0,4 0,636 Cocalinho 100 65,3 22,0 7,8 3,0 1,0 0,8 0,656 (continua...)

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 (...continuação) PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE RENDA MUNICÍPIOS NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CASA CLIENTE PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA OU PATRÃO Total 100 64,8 24,0 7,0 2,7 0,9 0,7

Região VII Água Boa 100 49,1 34,6 11,5 1,0 3,5 0,2 0,673 Araguainha 100 44,2 37,8 9,1 1,3 0,8 6,8 0,684 Barra do Garças 100 14,6 60,9 14,3 3,1 5,6 1,3 0,793 Campinápolis 100 71,9 19,3 5,1 1,4 1,6 0,6 0,574 Canarana 100 38,2 45,7 12,6 1,9 1,4 0,2 0,811 Nova Brasilândia 100 66,4 23,8 6,0 1,8 1,1 0,9 0,540 Nova Xavantina 100 39,1 36,2 14,7 3,8 4,7 1,6 0,675 Paranatinga 100 51,6 24,3 9,7 7,0 1,7 5,7 0,603 Ponte Branca 100 48,1 37,3 10,6 3,4 0,2 0,3 0,583 Torixoréu 100 39,1 36,2 17,3 2,4 1,6 3,3 0,707 Total 100 37,4 42,0 12,3 3,1 3,5 1,7

Região VIII Araputanga 100 32,4 50,8 12,6 1,4 2,2 0,6 0,736 Figueirópolis D'Oeste 100 71,6 20,6 3,9 1,5 2,1 0,4 0,602 Indiavaí 100 62,3 26,9 9,2 1,6 0,0 0,0 0,689 Jauru 100 66,6 24,3 6,4 1,1 1,0 0,5 0,526 Mirassol D'Oeste 100 30,8 46,2 16,2 1,9 4,6 0,4 0,820 Porto Esperidião 100 74,6 18,5 5,6 0,5 0,8 0,0 0,593 Reserva do Cabaçal 100 58,7 30,6 4,1 4,6 1,4 0,7 0,513 Rio Branco 100 56,6 33,4 7,5 1,0 1,6 0,0 0,574 Salto do Céu 100 73,0 21,6 3,4 0,7 0,8 0,6 0,578 São José dos Quatro 100 46,8 38,3 8,7 0,9 4,2 1,1 0,639 Marcos (continua...)

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 (...continuação) PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE RENDA MUNICÍPIOS NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CASA CLIENTE PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA OU PATRÃO Total 100 49,9 35,9 9,7 1,3 2,8 0,5

Região IX Barão de Melgaço 100 68,2 13,5 6,3 2,1 1,1 8,8 0,482 Cáceres 100 34,1 43,6 14,2 3,3 3,4 1,3 0,612 Poconé 100 35,9 46,7 14,9 2,2 2,1 1,8 0,696 Sto. Antônio do 100 59,6 25,0 6,3 3,1 0,2 5,8 0,542 Leverger Total 100 39,6 40,3 13,0 2,9 2,6 2,4

Região X Pontes e Lacerda 100 43,5 38,4 12,3 1,3 3,1 1,4 0,758 Vila Bela SS Trindade 100 63,2 27,3 5,3 2,0 0,6 1,5 0,608 Total 100 48,7 35,5 10,5 1,5 2,4 1,4

Região XI Alto Paraguai 100 42,8 15,6 8,0 3,4 1,4 28,9 0,537 Arenápolis 100 25,9 25,1 9,6 7,4 1,6 30,4 0,642 Barra do Bugres 100 45,1 36,3 11,9 2,3 3,1 1,3 0,670 Denise 100 37,3 44,3 7,6 7,7 2,6 0,5 0,615 Nova Olímpia 100 34,2 55,1 6,0 2,7 1,7 0,3 0,747 Total 100 37,1 31,7 9,4 4,4 2,1 15,3 (continua...)

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QUADRO 015 PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE, POR LOCAL DE TRABALHO – 1991 (...continuação) PESSOAS OCUPADAS DE 10 ANOS E MAIS DE IDADE LOCAL DE TRABALHO ÍNDICE RENDA MUNICÍPIOS NO DOMICÍLIO VIA PÚBLICA OUTRO TOTAL PROPRIEDADE EMPRESA CASA CLIENTE PNUD AGROPECUÁRIA OU FIRMA OU PATRÃO

Região XII Porto Alegre do Norte 100 66,1 20,3 7,8 3,9 0,8 1,1 0,525 Santa Terezinha 100 50,2 36,9 6,5 4,2 0,9 1,4 0,478 Vila Rica 100 55,1 28,7 11,2 2,8 2,1 0,1 0,737 Total 100 57,3 28,2 8,9 3,5 1,4 0,8

Região XIII Luciara 100 53,1 28,3 9,1 5,1 2,1 2,4 0,624 Ribeirão Cascalheira 100 68,7 23,3 5,8 3,1 1,3 1,5 0,618 São Félix do Araguaia 100 46,4 33,9 10,9 6,7 0,2 1,8 0,614 Total 100 54,9 29,4 8,9 5,2 0,9 1,8 FONTE: FIBGE - Censo Demográfico, 1991

LEGENDA

N AMAZONAS Alto

8

PARÁ Médio Alto I 62 Médio 45 35 I3 3 50 95 65 Médio Baixo 89 56 XII 80 43 27 Baixo 23 49 TOCANTINS 38 69 48 60 70 II 44 25 Limite regional RONDÔNIA XIII 85 82 II Limite Municipal Vigente em 1991 17 83 88 93 FONTE : FIBGE - Censo Demográfico - 1991

86 75 47 28 III 22 20 63 VII 26 57 VI 31 2 52 12 53 19 87 94 30 78 55 59 74 58 6 IV 24 37 79 15 61 XI 1 73 9 42 11 76 41 21 68 16 GOIÁS 33 29 X 84 92 34 32 VIII 54 51 40 72 90 71 V 91 BOLÍVIA 46 77 36 18 81 66 67 14 IX 64 5 10

0 50 100 250 Km 39 4

MATO GROSSO DO SUL 7

1 - ACORIZAL 20 - CAMPO NOVO DO PARECIS 39 - ITIQUIRA 58 - NOVA OLÍMPIA 77 - RONDONÓPOLIS

2 - ÁGUA BOA 21 - CAMPO VERDE 40 - JACIARA 59 - NOVA XAVANTINA 78 - ROSÁRIO OESTE

3 - ALTA FLORESTA 22 - CANARANA 41 - JANGADA 60 - NOVO HORIZONTE DO NORTE 79 - SALTO DO CÉU

4 - ALTO ARAGUAIA 23 - CASTANHEIRA 42 - JAURU 61 - NOVO SÃO JOAQUIM 80 - SANTA TEREZINHA

5 - ALTO GARÇAS 24 -CHAPADA DOS GUIMARÃES 43 - JUARA 62 - PARANAITA 81 - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER

6 - ALTO PARAGUAI 25 - CLÁUDIA 44 - JUÍNA 63 - PARANATINGA 82 - SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA 7 - ALTO TAQUARI 26 - COCALINHO 45 - JURUENA 64 - PEDRA PRETA 83 - SÃO JOSÉ DO RIO CLARO Mapa 002 8 - APIACÁS 27 - COLÍDER 46 - JUSCIMEIRA 65 - PEIXOTO DE AZEVEDO 84 - SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS TÍTULO 9 - ARAGUAIANA 28 - COMODORO 47 - LUCAS DO RIO VERDE 66 - POCONÉ 85 - SINOP PESSOAS OCUPADAS, POR REGIÃO, COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE, 10 - ARAGUAINHA 29 - CUIABÁ 48 - LUCIARA 67 - PONTE BRANCA 86 - SORRISO POR LOCAL DE TRABALHO - 1991 11 - ARAPUTANGA 30 - DENISE 49 - MARCELÂNDIA 68 - PONTES E LACERDA 87 - TANGARÁ DA SERRA

12 - ARENÁPOLIS 31 - DIAMANTINO 50 - MATUPÁ 69 - PORTO ALEGRE DO NORTE 88 - TAPURAH MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA 13 - ARIPUANÃ 32 - DOM AQUINO 51 - MIRASSOL D'OESTE 70 - PORTO DOS GAÚCHOS 89 - TERRA NOVA DO NORTE INTEGRAÇÃO NACIONAL RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 14 - BARÃO DE MELGAÇO 33 - FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE 52 - NOBRES 71 - PORTO ESPERIDIÃO 90 - TESOURO

15- BARRA DO BUGRES 34 - GENERAL CARNEIRO 53 - NORTELÂNDIA 72 - POXORÉO 91 - TORIXORÉU GOVERNO DO ESTADO DE MATO

16 - BARRA DO GARÇAS 35 - GUARANTÃ DO NORTE 54 - NOSSA SRA. DO LIVRAMENTO 73 - PRIMAVERA DO LESTE 92 - VÁRZEA GRANDE GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E

17 - BRASNORTE 36 - GUIRATINGA 55 - NOVA BRASILÂNDIA 74 - RESERVA DO CABAÇAL 93 - VERA COORDENAÇÃO GERAL

18 - CÁCERES 37 - INDIAVAÍ 56 - NOVA CANAÃ DO NORTE 75 - RIBEIRÃO CASCALHEIRA 94 - VILA B. DA SANTÍSSIMA TRINDADE ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO

19 - CAMPINÁPOLIS 38 - ITAÚBA 57 - NOVA MUTUM 76 - RIO BRANCO 95 - VILA RICA Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 52

Entretanto, especialmente nas Regiões I e III, municípios também com mais da metade de sua população ocupada em propriedades agropecuárias estão entre aqueles com os melhores índices de renda em todo o Estado. De qualquer maneira, são exceções.

Essa relação entre trabalho em larga escala nas propriedades agropecuárias e baixas índices do componente renda encontra explicação, em larga medida, no domínio da mão de obra familiar na agropecuária, uma vez que a renda monetária tem pequena participação na receita da família rural.

Da mesma forma, as atividades agropecuárias que empregam mão-de-obra temporária resultam em baixa remuneração, uma vez que esta só incidem sobre um dado período do ano.

A mão de obra temporária é recurso do qual se valem não só as culturas de safra, como a da cana de açúcar e da soja, mas também a própria pecuária, conforme registram as pesquisa realizadas nos municípios selecionados. Em praticamente todos os municípios que têm na pecuária (em geral, extensiva) sua principal exploração econômica, o trabalho temporário foi citado nesta atividade que, pela própria natureza, é conduzida com baixos níveis de absorção de mão de obra.

A relação entre população ocupada em propriedades agropecuárias e índices ruins no componente renda do PNUD pode ser observado particularmente nas Regiões VI, VIII IX e XIII.

Na Região XII, embora seus três municípios possuam maioria da população ocupada trabalhando em propriedade agropecuária, Vila Rica apresenta um índice que, no contexto do Estado, pode ser considerado médio.

A Região IV, que abriga o maior aglomerado urbano do Estado, excetuando-se Cuiabá e Várzea Grande, encontra-se entre as piores do Estado na dimensão renda, independente da maior ou menor ocupação da população em locais de atividades urbanas ou rurais.

As Regiões I, II e V, talvez por envolverem grande número de municípios, apresentam-se bem heterogêneas, tanto em termos das participações relativas de sua população ocupada por local de atividade, como em termos dos índices de renda alcançados por seus municípios.

Na Região I, merece destaque o fato de Apiacás, Aripuanã, Paranaíta e Peixoto de Azevedo, embora com mais de 50% da população ocupada trabalhando em propriedade agropecuária, apresentavam, em 1991, índices de renda de médio a alto no contexto do Estado.

A Região XI merece ser salientada pelos baixos índices de renda verificados em seus municípios (à exceção de Nova Olímpia), embora não houvesse, em 1991, em nenhum deles, maioria da população trabalhando na agropecuária. É de se lembrar que essa região concentra trabalhadores temporários nas usinas de cana. Além disso, os municípios de Alto Paraguai e Arenápolis contam com altas participações de sua população ocupada levadas a efeito, enquanto local de atividade, na categoria “outros”. Provavelmente isso se deve ao fato de que há garimpo nas áreas urbanas e o Censo considera a atividade extrativa mineral apenas nas propriedades agropecuárias. Essa explicação é corroborada pelo fato de a categoria “outros” também ser significativa nos municípios de Alto Garças, General Carneiro e Poxoréo, onde também existe atividade de garimpo em decadência.

O comportamento dos índices de desigualdade, já analisados, demonstram que o

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tamanho demográfico do município pesa sobremaneira na distribuição da renda entre as camadas da população de rendas mais baixas, uma vez que os maiores municípios, por concentrarem populações nas áreas urbanas, acabam por oferecer um leque de oportunidades de geração de renda, sobretudo no mercado informal, diminuindo, assim, os graus de desigualdade entre esses segmentos da população. Ao contrário, os pequenos municípios, concentrando população em áreas rurais, ao mesmo tempo que possuem uma economia urbana pouco desenvolvida, oferecem poucas oportunidades de geração de renda para as faixas mais pobres de suas populações, criando, deste modo, situações de maior desigualdade na distribuição da renda.

Na economia urbana, a grande maioria das sedes dos pequenos municípios apresentam baixo dinamismo, sendo citados pelos entrevistados pela pesquisa de campo, em muitos casos, a administração pública como uma das principais fontes de emprego (Castanheira, Cotriguaçu, Novo Horizonte do Norte, Diamantino, Nortelândia, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Itiquira, Cocalinho, Mirassol d’Oeste, Salto do Céu, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Alto Paraguai, Santo Afonso, Porto Alegre do Norte e Santa Terezinha ).

Nas cidades, também o trabalho informal contribui para os baixos rendimentos. Nesse sentido, vale citar os dados do Censo Demográfico de 1991 referentes ao local de trabalho: é indicativo da “informalidade” o fato de 21% das pessoas ocupadas trabalharem em “casa de cliente ou patrão”, “no domicílio” , “na via pública” e “outros locais”. Essas são categorias que incluem - embora não exclusivamente - atividades típicas da informalidade, como serviços a domicílio de natureza variada e não registrados; os “biscates” e trabalhos realizados no domicílio a título de complementação de renda; o comércio de rua exercido por diferentes tipos de vendedores. Note-se que os 10 municípios mais populosos congregavam, no ano citado, 60% dos que trabalhavam “na via pública” , especialmente aqueles que dispunham de equipamentos leves ou sem equipamentos, o que deve incluir os vendedores de rua.

Em boa parte das cidades pesquisadas em 1997 registrou-se a presença de vendedores ambulantes e de camelôs e, em número bem menor e praticamente restrito às cidades maiores, de catadores de material reciclável. Alguns municípios cadastravam os vendedores de rua, enquanto outros, apesar de existir exigência legal, não o faziam. Há também casos de municípios que, ao registrarem a presença dessa forma de trabalho, providenciavam sua retirada das ruas, inclusive através do retorno induzido dos “forasteiros” aos seus locais de origem.

Esses são fatores que apontam para uma baixa qualidade dos postos de trabalho e de qualificação dos trabalhadores, dois elementos importantes na determinação de baixos níveis de renda. Adicione-se que, entre as cidades pesquisadas, a maioria apontou, conforme descrito no Anexo II, o desemprego como um de seus principais problemas, o que foi corroborado pela reivindicação quase generalizada dos municípios, de estabelecimento, na esfera das políticas públicas, de programas de geração de emprego e renda.

Outra aproximação das áreas que são mais críticas, no Estado, em relação a seus indicadores de renda pode ser feita através da identificação de seus municípios carentes. O PNUD considera município carente aquele que apresentou um ICV abaixo da média nacional. Aplicando-se esse critério aos Índices de RENDA, porém referenciados à média do Estado (0,777), verifica-se que cerca de 73% dos municípios do Estado enquadravam-se como carentes na dimensão RENDA em 1991.

Por esse critério, eram 03 as Regiões de Pesquisa que continham todos os seus municípios enquadrados como carentes: as Regiões VI, IX e XIII.

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Eram 05 as Regiões de Pesquisa onde mais de 50% dos municípios que as constituíam podiam ser considerados carentes: Regiões IV, VII, VIII, XI e XII.

Eram 04 as regiões que guardavam equilíbrio entre seus municípios considerados carentes e não carentes: Regiões I, II, V e X.

Apenas a Região III apresentava absoluta predominância de municípios não carentes.

Desse modo, ter-se-ia como Regiões prioritárias para implantação de políticas públicas de geração de emprego e renda, as Regiões IV, VI, VII, VIII, IX, XI e XIII. Deve-se salientar, por último, que as piores situações dos municípios, quanto a seus indicadores de renda, absolutamente independem de seu acesso a redes de infra-estrutura básica, como o atestam as Regiões IV (entorno de Cuiabá), VIII e XI, além de parte da 9, que contam com facilidades viárias, proximidade relativa da capital do Estado e energia elétrica do sistema interligado.

3.4. PROGRAMAS VOLTADOS AO COMBATE À POBREZA E AO DESEMPREGO

O Quadro 016 apresenta, por município pesquisado e Regiões de pesquisa, o conjunto dos Projetos e Programas relacionados com iniciativas de combate/diminuição da pobreza e/ou geração de emprego.

Como previamente definido, em conjunto com a SEPLAN-MT, foram considerados apenas os programas/projetos já implementados ou com recursos assegurados. Qualquer exceção a essa orientação terá ocorrido em função da impossibilidade do entrevistado, durante a pesquisa de campo, precisar tal informação.

É interessante verificar que, dos programas salientados no Quadro 016, uma boa parte aponta para iniciativas dirigidas no sentido da qualificação/formação para o mercado de trabalho - em particular, de crianças e adolescentes e da assistência à infância. Um grande número de municípios, entre os pesquisados, contam com distribuição de cestas básicas, em sua maioria ligada ao programa federal “Comunidade Solidária”. De modo geral, as iniciativas voltadas à criação de alternativas de geração de emprego e renda partem das Prefeituras, algumas vezes, inclusive, com frentes de trabalho urbanas.

Deve-se salientar que, na maioria dos municípios pesquisados, o entrevistado qualificado para responder sobre a questão do emprego e renda foi um representante - ou o próprio Secretário - da área de bem-estar/promoção social. É por isso que aparecem programas relacionados à moradia, à velhice e à infância que, em tese, nada teriam a ver com o tema em estudo. Entretanto, considerou-se importante relacioná-los, na medida em que incidem sobre situações de carência que derivam das baixas condições de renda da população.

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Região I Alta Floresta artes plásticas para menores Prefeitura menor carente Prefeitura formação/ qualificação Casa do Artesão Prefeitura artesãos Prefeitura geração de renda Clube de Mães Prefeitura/ mulheres formação/ SENAR qualificação Projeto Habitacional PROSOL/Min. Sem-teto moradia Previdência/Pref. API- Atendimento à pessoa idosa Prefeitura idosos assistência à velhice Castanheira União dos Idosos/Lar dos Idosos PROSOL/Pref. idosos assistência à velhice Programa para deficientes Prefeitura deficientes físicos e assistência social/saúde mentais Horta Comunitária combate à fome Cotriguaçu cesta básica Comunidade famílias carentes combate à fome Solidária/SENAR/Prefeitur a Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças de 6 a 14 formação/ pedagógico PROSOL/Pref. anos qualificação Creche municipal PROSOL/Pref. Crianças educação Orientação à gestante Prefeitura gestantes carentes assistência à gestante A vida continua Prefeitura idosos assistência à velhice Juína abrigo, alimentação e assistência Prefeitura/Igreja moradores de rua e assistência social médica em trânsito Creche municipal Prefeitura. Crianças educação Nosso Lar Prefeitura. idosos assistência à velhice API - distribuição de leite para Prefeitura. idosos assistência à velhice idosos Cesta básica Comunidade famílias carentes e combate à fome Solidária/SENAR/Prefeitur desempregadas a atendimento ao deficiente Prefeitura./ entidades deficientes físicos e assistência social beneficentes mentais Lar da Criança Irmã Dulce Prefeitura./ entidades crianças órfãs e de assistência à infância beneficentes famílias desagregadas (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Juína Criança Cidadã /Guarda Mirim - PROSOL/Pref. Crianças de 7 a 14 formação/ reforço técnico- anos de famílias qualificação pedagógico/profissionalizante carentes Juruena Frente de trabalho - varrição de rua Prefeitura. Desempregados geração de renda por diária de R$ 10,00 Cesta básica Prefeitura. famílias carentes combate à fome Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças de 8 a 17 formação/ pedagógico-profissionalizante PROSOL/Pref. anos qualificação API- Atendimento à pessoa idosa Prefeitura idosos assistência à velhice atendimento ao deficiente Prefeitura. deficientes físicos e assistência social/saúde mentais Peixoto de oficinas de aprendizagem Fundação BB /Prefeitura carentes, formação/ Azevedo desempregados e qualificação jovens Centro de Defesa da Criança e do Prefeitura. Crianças e jovens formação/ Adolescente - alimentação, lazer, qualificação profissionalizante. Região II Juara Renascer - reforço técnico- Prefeitura menor carente Prefeitura formação/ pedagógico/profissionalizante qualificação Nosso Bairro - orientação sanitária Prefeitura moradores da cidade saúde e de saúde sorteio de cestas básicas Prefeitura moradores da cidade combate à fome Programa para deficientes Prefeitura./ deficientes físicos assistência social/saúde ADEJU*/entidade beneficentes Programa para deficientes Prefeitura./Estado/ Assoc. deficientes físicos assistência social/saúde Pestalozzi Asilo Prefeitura idosos assistência à velhice Santa Carmem Habitar Brasil Prefeitura/CEF. População pobre moradia Centro de convivência do idoso PROSOL/Pref. idosos assistência à velhice Qualificação para o trabalho Prefeitura adolescente carente formação/ qualificação Guarda Mirim feminina Prefeitura meninas de 12 a 14 formação/ anos geração de renda (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Novo Horizonte Atendimento a Idosos Prefeitura idosos Assistência à velhice do Norte PRODOCAF- Desenvolvimento Prefeitura crianças e formação/ Ocupacional da Criança e do adolescentes de 7 a qualificação Adolescente e apoio à família dos 14 anos que estudam - técnicas agropecuárias Creche municipal Prefeitura/ Crianças de 0 a 6 educação PROSOL anos Saúde da Família - equipe médica Prefeitura/ 1000 famílias saúde móvel domiciliar Governo Federal Saúde da Comunidade - equipe Prefeitura famílias carentes, saúde e cidadania médica móvel domiciliar, orientação inclusive rurais de higiene e documentação Moradia popular - cessão de Prefeitura famílias de baixa moradia terreno para construção de casa de renda 90m2 em 6 meses Vera Habitar Brasil - 150 casas Prefeitura/CEF. População pobre moradia Creche Prefeitura/ filhos carentes de educação Min. Previdência trabalhadores Saúde da gestante e da criança Prefeitura/ gestantes carentes saúde / assistência à Pastoral da Criança gestante Conviver Prefeitura/ idosos assistência à velhice Min. Previdência Horta Comunitária Prefeitura moradores combate à fome Engraxate-Mirim Prefeitura crianças e geração de renda adolescentes Região III Diamantino Guarda Mirim Prefeitura 210 meninos de 7 a formação/geração de renda 14 anos Curso de pintura e crochê Prefeitura/Prosol meninas de 7 a 14 geração de renda anos Centro de Convivência de Idosos Prefeitura./Estado/ idosos assistência à velhice (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Nortelândia atendimento ao deficiente Prefeitura./ APAE excepcionais de 3 a assistência social/saúde 60 anos Creche municipal com internato Prefeitura/ 300 Crianças e 182 educação PROSOL internos Sorriso Conviver Prefeitura/ Min. idosos assistência à velhice Previdência Formação para o Trabalho do Prefeitura adolescentes formação/ Adolescente (capacitação, qualificação serigrafia, horticultura, marcenaria, etc.) Pró-mamãe Prefeitura./ APAE/ gestantes carentes saúde/ assistência à Pastoral da Criança gestante Tangará da Serra Creche municipal Prefeitura/ Crianças de 0 a 6 educação PROSOL anos Pró- Moradia - 1500 casas Prefeitura/CEF. famílias carentes que moradia moram na cidade há mais de 3 anos Garra Masculina - auto- Prefeitura/ adolescentes de formação/ conhecimento e capacitação do Conselho Nacional de baixa renda qualificação adolescente Ação Social Região IV Cuiabá Simenino e Simenina - Prefeitura meninos de rua educação CRECHE Prefeitura/ Secretaria 9.000 crianças Prefeitura educação Nacional de Ação Social Conviver, com venda de comidas e Prefeitura/ Min. idosos assistência à objetos artesanais confeccionados Previdência velhice/geração de renda pelos idosos Jangada Creche Prefeitura 60 crianças educação Várzea Grande Fundação da Criança e do Prefeitura/Rotary meninos de rua assistência à Adolescente - reforço escolar e infância/profissionalização alimentar e profissionalização, Casa de Arte e Cultura Prefeitura artesãos geração de renda (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Várzea Grande Sempre Comunidade - Prefeitura idosos, gestantes, Assistência social aidéticos, mendigos, etc. Sempre Amigos - trabalhos Prefeitura donas de casa geração de renda manuais alternativos Renascer - alimentos, Prefeitura pessoas carentes assistência social medicamentos, óculos etc. Creche Alternativa Prefeitura/comunidade 2.300 crianças em 23 educação bairros 8 creches municipais Prefeitura crianças de 0 a 6 educação anos Lar Dona Bebé Prefeitura/comunidade 40 idosos assistência à velhice Chapada dos Cestas Básicas - 320 Comunidade Solidária famílias carentes Combate à fome Guimarães Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças de 6 a 14 assistência à infância/ pedagógico PROSOL/Pref. anos qualificação Região V Alto Araguaia distribuição mensal de alimentos Prefeitura/Associações de população carente combate à fome/geração de para famílias carentes em troca de bairros renda serviços urbanos Cooperativa da Mulher Habilitação Prefeitura população carente geração de renda profissional de mulheres e adolescentes de baixa renda aproveitamento de resíduos de Prefeitura adolescentes geração de renda madeira Itiquira Farinheira Comunitária Prefeitura/ Secretaria 20 famílias carentes geração de renda Nacional de Bem Estar Social Curso profissionalizante de Prefeitura/ Secretaria 20 adolescentes geração de Marcenaria, para adolescentes que Nacional de Bem Estar renda/qualificação depois prestam serviço à prefeitura Social Curso profissionalizante de Prefeitura/ Secretaria 20 mulheres carentes geração de confecção de roupas Nacional de Bem Estar renda/qualificação Social (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Jaciara Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças assistência à infância/ pedagógico PROSOL/Pref. qualificação Apoio ao idoso Prefeitura idosos assistência à velhice atendimento ao deficiente Prefeitura./ Pestalozzi deficientes físicos assistência social/saúde creche Prefeitura crianças de 0 a 6 educação anos Primavera do Pró-Moradia Primavera - lotes Prefeitura/CEF famílias sem casa moradia Leste doados pela Prefeitura própria Conviver Prefeitura/ Secretaria idosos assistência à velhice Nacional de Ação Social Apoio e preparação da gestante Prefeitura gestantes carentes saúde/ assistência à gestante Clube do Amiguinho - reforço Prefeitura crianças carentes de Educação escolar e lazer fora do período 7 a 14 anos escolar São Pedro da 20 Quiosques Prefeitura/Prosol. ambulantes geração de renda Cipa Região VI Cocalinho Casa da Sopa - alimentos para Prefeitura 10 famílias e 70 combate à fome trabalhadores temporários crianças de 2 a 6 desempregados anos Chá de Berço: enxoval e doações Prefeitura gestantes saúde/ assistência à para gestante carente, gestante principalmente adolescente Pró-Moradia “João de Barro”-Pref. Prefeitura/Governo população de baixa moradia Entra com lote e infra, Estado com Estadual renda material e pop. Com mão de obra Bolsa de Empregos / curso Prefeitura/SENAI 1.000 qualificação/geração de profissionalizante desempregados emprego Distribuição de pão e leite Prefeitura menores de 12 e combate à fome maiores de 65 anos Reabilitação de viciados Prefeitura dependentes saúde (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Região VII Barra do Garças Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças e assistência à infância/ pedagógico: datilografia, corte e PROSOL/Pref. adolescentes qualificação costura Faixa Azul Prefeitura/Prosol Crianças e formação/ adolescentes qualificação/ assistência social Vaca Mecânica - reforço alimentar Prefeitura crianças de 0 a 6 combate à fome em creches anos Canarana Conviver Prefeitura/ Secretaria idosos assistência à velhice Nacional de Ação Social Apoio e preparação da gestante Prefeitura gestantes carentes saúde/ assistência `a gestante Nova Brasilândia Conviver Prefeitura/ Min. idosos assistência à velhice Previdência enxoval e berços para gestante Prefeitura gestantes assistência à carente, principalmente gestante adolescente Região VIII Mirassol D’Oeste Atendimento à gestante, orientação Prefeitura gestante carente saúde/assistência e enxoval cia à gestante Asilo Lar São Vicente de Paula - Prefeitura/Prosol idoso assistência à velhice Apoio ao idoso creche municipal Prefeitura crianças de 0 a 6 educação anos Atendimento a 13 comunidades Prefeitura população rural de saúde e cidadania rurais: palestras, recreação, baixa renda: 10 atendimento médico, etc. famílias em cada comunidade Prevenção da marginalidade Prefeitura 180 menores de 7 a educação/assistência social 17 anos Lambari D’Oeste Cestas Básicas Comunidade famílias carentes combate à fome Solidária/Pref. Lavoura Comunitária em 18 Prefeitura/ Prosol população rural de combate à fome comunidades rurais baixa renda (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Lambari D’Oeste Curso profissionalizante de Prefeitura/ Secretaria 20 mulheres carentes geração de confecção de roupas Nacional de Bem Estar renda/qualificação Social API- Atendimento à pessoa idosa Prefeitura 94 idosos assistência à velhice Reserva do Condomínio Agrícola PROSOL 60 famílias geração de renda Cabaçal Prefeitura. Iniciação Profissional Prefeitura adolescentes formação/ qualificação creche Prefeitura crianças de 0 a 6 educação anos Araputanga Lavoura Comunitária: apoio à Prefeitura/Prosol 50 a 60 agricultores geração de renda/combate à agricultura de subsistência carentes pobreza API- Atendimento à pessoa idosa Prefeitura 450 idosos urbanos e assistência à velhice 150 rurais atendimento ao deficiente Prefeitura/APAE deficientes físicos assistência social/saúde Orientação à gestante Prefeitura gestante carente saúde/assistência cia à gestante XANE - proteção/atenção integral à Prefeitura/Prosol 350 menores de 7 a assistência à infância criança e ao adolescente 14 anos Salto do Céu Lavoura Comunitária: apoio à Prefeitura/Prosol agricultores carentes geração de renda/combate à agricultura de subsistência pobreza API- Atendimento à pessoa idosa Prefeitura/Prosol idosos assistência à velhice creche Prefeitura/Prosol crianças de 0 a 6 educação anos Cestas Básicas Comunidade 193 famílias carentes combate à fome Solidária/Pref. Região IX Cáceres Criança Cidadã - reforço técnico- Gov. Federal / Crianças e formação/ pedagógico: PROSOL/Prefeitura adolescentes assistência à infância Guarda Mirim Prefeitura/6º Batalhão da adolescentes formação/ Polícia Militar geração de renda Barão de Cestas Básicas Pronaf/Pref.. famílias carentes combate à fome Melgaço Bom de Bola, Bom de Escola Prefeitura/ 30 crianças/dia assistência à infância incentivo ao estudo e ao futebol iniciativa privada Integração do idoso, que dá aula de Prefeitura idosos assistência à velhice artesanato e artes para crianças (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS Região X Pontes e Lacerda creche PROSOL/Pref. Crianças de 0 a 6 educação anos Vila Bela Habitar Brasil - 13 casas populares Prefeitura/ CEF população de baixa moradia renda Creche Municipal Prefeitura Crianças de 0 a 6 educação anos Região XI Alto Paraguai PRODEA Prefeitura/Estado 969 famílias carentes combate à fome da área urbana Mutirão da Solidariedade móvel: Prefeitura famílias carentes da assistência médico, documentos, alimentos e área rural social/cidadania/saúde/comb remédios ate à fome creche municipal Prefeitura 40 crianças de 0 a 6 educação anos Barra do Bugres Atendimento Escolar Multisseriado Prefeitura adolescente carente assistência à infância fora do período de aula, para retirar menores de rua. Asilo para idosos Prefeitura/Associação idosos assistência à velhice Santa Cruz Clube de Mães, com cursos para Prefeitura donas de casa geração de renda mulheres Região XII Porto Alegre do Cestas Básicas Comunidade 203 famílias carentes combate à fome Norte Solidária/Pref. distribuição de sementes para Comunidade Solidária/Pref famílias carentes combate à fome hortas familiares Santa Terezinha Caravana da Cidadania na zona Prefeitura famílias rurais combate à fome/saúde urbana: distribuição de cestas carentes básicas, leite, orientação sanitária Caravana da Cidadania na zona Prefeitura população rural de saúde e cidadania rural: assistência médica e baixa renda: 10 odontológica e higiene pessoal, famílias em cada documentação comunidade (continua...)

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QUADRO 016 PROGRAMAS E PROJETOS SOCIAIS NOS MUNICÍPIOS PESQUISADOS, POR REGIÃO DE PESQUISA (...continuação) INSTITUIÇÃO FONTE DE MUNICÍPIO PROGRAMA /PROJETO PÚBLICO-ALVO TIPO MANTENEDORA RECURSOS creche municipal Prefeitura crianças de 0 a 6 Educação anos Minha Casa Sem Goteira: material Prefeitura população moradora moradia de construção para 200 famílias em habitações construírem suas casas precárias Região XIII Ribeirão Cestas Básicas Comunidade famílias carentes combate à fome Cascalheira Solidária/Pref. Cestas Básicas e Orientação Pref./EMPAER famílias carentes combate à fome Alimentar alternativa São José Do cestas básicas e frentes de Prefeitura trabalhadores combate à fome/geração de Xingu trabalho em época de abate do temporários renda gado unidade móvel rural para Prefeitura famílias carentes cidadania providências de documentação da área rural Doação de lotes para peões de Prefeitura trabalhadores moradia emprego sazonal temporários creche municipal Prefeitura 100 crianças de 0 a 6 educação anos FONTE: CNEC - Pesquisa nas Sedes Urbanas, 1997 * Associação dos Deficientes Físicos de Juara

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4. BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, R. C. e VILLELA, R., 1993 - O Brasil social: um balanço de duas décadas, In: O Brasil Social: Realidade, Desafios, Opções – IPEA, Rio de Janeiro. COVEZZI, Marinete - A política de colonização oficial no Mato Grosso: estudo de caso sobre Lucas do Rio Verde - UFMT, Departamento de Geografia, Cuiabá, 1987. Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai: Sócio-Economia de Mato Grosso - volume II, Tomo IV, 1997. FIBGE - Censo Demográfico, 1991 ______- Contagem Populacional, 1996 ______- Base de Informações Municipais, 1998 PNUD/IPEA - Relatório sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996. PNUD/IPEA/FJP/FIBGE - Desenvolvimento Humano e Condições de Vida: Indicadores Brasileiros/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1998. ROMÃO, M. C., 1993 – Pobreza: conceito e mensuração, in: Cadernos de Economia, no 13 – PNPE/IPEA – Brasília.

ANEXOS

ANEXO I – DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA LEVADA A EFEITO EM 54 SEDES MUNICIPAIS, REFERENTES AO SUB- TEMA RENDA E TRABALHO

1. REGIÃO I

1.1. ALTA FLORESTA

As principais atividades econômicas do município de Alta Floresta estão ligadas à extração madeireira e à pecuária, o que proporciona oportunidade de trabalho para a mão de obra local durante a época da derrubada da mata e da "abertura de fazendas"; esse período dura, em média, 03 meses e no restante do ano os trabalhadores sobrevivem de eventuais serviços prestados na cidade, recorrendo às Cestas Básicas distribuídas pela Prefeitura basicamente no período das chuvas. Tal situação se reflete num desemprego relativamente alto, que encontra algum paliativo nas atividades informais exemplificado pela existência de 20 vendedores ambulantes, dos quais apenas 03 são cadastrados pela Prefeitura.

Além dos ambulantes, 32 camelôs cadastrados trabalham nas ruas da cidade, especialmente na praça, uma vez que não existe espaço regulamentado para essa atividade, enquanto 6 catadores vivem da coleta de material reciclável.

Em termos da moradia, 98 famílias tem domicílios improvisados em áreas invadidas: duas a menos de 1 km do Centro (Setor GS, próximo à rodoviária e Setor B) e Vila Nova a uma distância de 7 km.

As questões de segurança, apesar de ocorrerem, não chegam a ser apontadas como problemas; contudo, a prostituição de jovens (o Conselho Tutelar detectou três "casas") e casos de prostituição infantil já causam preocupação.

Por conta desse panorama, a Prefeitura mantém dois programas voltados para geração de renda (Casa do Artesão e Clube de Mães) e um de assistência ao menor e ao adolescente carentes envolvendo Artes Plásticas.

Para a Prefeitura Municipal, o repasse de verbas é um aspecto muito importante, uma vez que até hoje nada recebeu dos Governos Estadual e Federal.

Com um ICV de 0,58, refletindo uma média qualidade de vida, Alta Floresta ocupa a 48ª posição no ranking do Estado.

1.2. CARLINDA

O município surgiu de um assentamento da Cooperativa Agrícola de Cotia aprovado pelo INCRA, em 1981 mas cuja implantação, devido à falta de infra - estrutura (acessos e pontes, principalmente) só se efetivou a partir de 1982. Entre 1982 e 1983, foram assentadas 216 famílias, sendo 114 do INCRA e 112 da CAC.

Carlinda originou-se do município de Alta Floresta, cuja sede está localizada 35 km ao norte, tendo se emancipado em 1994. A maioria de sua população é formada por migrantes que vieram do sul e do nordeste do país em busca de terra para o cultivo de lavoura e extração de ouro.

A população do município é constituída, basicamente, por pequenos produtores que cultivam principalmente o arroz, o milho, o feijão e o algodão. Estão ainda sendo cultivados o café e o guaraná. A bovinocultura de corte é uma atividade que vem crescendo no município, caracterizando-se por sistemas extensivos de cria, recria e engorda e pastagens artificiais formadas em substituição às áreas tradicionais de lavouras.

Com essa base econômica, Carlinda enfrenta a questão do desemprego no período de entressafra, quando a mão de obra local passa a viver de pequenos biscates. Existem na cidade 10 vendedores ambulante e 3 camelôs, para os quais não é exigido cadastro.

O município considera que não há demanda habitacional não atendida; mesmo assim, dentro da malha urbana vivem 55 famílias em habitações precárias, concentradas no bairro Bom Jesus e no Setor Novo distantes cerca de 1 km do Centro. Há, também, um programa habitacional, com recursos do PROSOL do governo estadual, que prioriza os sem- teto e os migrantes.

Problemas de segurança são também considerados inexistentes, resumindo-se as carências do Município à falta de repasse de verbas e de um Cartório de Registro Civil.

1.3. CASTANHEIRA

A extração da madeira e da castanha, a pecuária de grande porte e as pequenas propriedades agrícolas (que produzem arroz, milho, feijão, algodão e café) são as responsáveis pelas atividades econômicas do município, sendo as madereiras a principal fonte de emprego, juntamente com a Prefeitura. Mesmo assim, há um desemprego muito grande, pois as 5 madereiras e os dois frigoríficos não são suficientes par absorver a mão de obra local. O comércio informal conta com 15 vendedores ambulantes não cadastrados.

Na Fazenda Vale do Seringal (à 60km da cidade) há um acampamento de sem-terra, que congrega 250 famílias vivendo em barracos típicos desses aglomerados.

A ocorrência de brigas violentas, prostituição e uso de drogas são os problemas de segurança detectados na cidade.

Além do desemprego, a insuficiência de escolas de 2º grau, a necessidade de cursos técnicos profissionalizantes e a falta de policiamento, são apontados como as principais carências do Município, citando-se, ainda, o estado precário e insatisfatório da Saúde em geral; a malária está controlada, porém não erradicada.

A Prefeitura, com o apoio do PROSOL e das respectivas Secretaria Estaduais, mantém programas de atendimento a população carente envolvendo os deficientes físicos, idosos e crianças (creche municipal), bem como a distribuição de alimentos produzidos na horta cultivada pela Prefeitura em terreno próprio dentro do perímetro urbano.

O ICV de Castanheira foi de 0,62, baixa qualidade de vida, conferindo-lhe a 61ª posição no Estado.

1.4. COTRIGUAÇU

O Município teve por origem um empreendimento de colonização na década de 80, quando a COTRIGUAÇU adquiriu um milhão de hectares na região. Em 1984, teve início a ocupação, com a chegada dos primeiros compradores de lotes vindos do oeste do Paraná. Ao rápido crescimento inicial seguiu-se um período de estagnação - 1987-1992 - quando houve uma retomada do crescimento pois, em função da grande disponibilidade de terra no município, a implantação de projetos de assentamento do INCRA trouxe um grande número de famílias não só de outros municípios como do Mato Grosso do Sul e de Rondônia. As tentativas agrícolas frustraram-se em sua maioria e o município acabou voltando- se para indústria madeireira, responsável por 85% da economia municipal. A pequena propriedade cultiva basicamente café, milho, algodão, açaí e pupunha; mesmo assim, familiares de pequenos produtores costumam lançar mão do trabalho temporário nas madeireiras como forma de aumentar a renda familiar.

O desemprego temporário é alto, uma vez que, além das madeireiras, somente o serviço público oferece alguma colocação. O comércio ambulante da cidade conta com 20 vendedores, sem exigência de cadastro.

Na área urbana, os bairros Jardim Botânico e Vila Progresso tem habitações improvisadas com rejeitos de madeira e outros materiais onde vivem 80 famílias. Na área rural, outras 420 famílias vivem nas mesmas condições nas comunidades de Nova Esperança, Cedere 2, Distrito Agro-Vila e Nova União. As madereiras, em geral, dispõe de moradias para os trabalhadores temporários em seus locais de trabalho.

Enquanto problemas de segurança são citados o alcoolismo e a delinqüência juvenil.

A Prefeitura conta com programas das esferas estadual e federal como o "Criança Cidadã" e "Comunidade Solidária" além do atendimento dado às gestantes e idosos carentes e a manutenção da creche municipal.

1.5. JUÍNA

Em 1972, a CODEMAT - Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso - e a SUDECO - Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste reservaram algumas terras devolutas do município de Aripuanã para fins de colonização. Surgia, assim, a possibilidade de desenvolvimento de um projeto de colonização para implantar uma cidade em plena selva amazônica - Juína.

Em 1978 teve início a chegada, ao local da futura cidade, dos primeiros colonos e madeireiros oriundos das mais variadas regiões do país, com predominância da Região Sul.

O Projeto Juína, de 41.100há, foi aprovado pelo INCRA ainda em 1978 e em 1979 foi criado o Distrito de Juína, que em 1982 desvinculou-se de Aripuanã, sendo instalado em 1983.

Nos primeiros anos do projeto, sua base econômica era a agricultura, a pecuária e a extração de madeira. A partir de 1987, profundas mudanças ocorreram, em decorrência da expansão das atividades de mineração de diamantes. Esse fato atraiu para o município muitos garimpeiros e compradores, provocando uma sensível diferença nos hábitos sociais e nos modelos de produção.

A agricultura foi praticamente abandonada pelos produtores, que partiram em grande número para a atividade mineradora, transformando as áreas de cultivo em pastagens para exploração da pecuária.

A partir de 1991 a atividade garimpeira começou a sofrer expressiva queda na produção, devido à escassez de áreas produtoras, baixo preço dos diamantes e ao alto índice de garimpeiros infectados pela malária. Isso provocou evasão de população e reorganização das atividades econômicas, que ainda estão em curso.

Basicamente, a agricultura do município vem sendo explorada a nível de subsistência, sendo o excedente comercializado na sede do município. A bovinocultura de corte é uma das atividades que mais se expandiu. Em 1997, vinha sendo incentivada a expansão de culturas perenes (café, guaraná, pupunha, etc.), num processo de diversificação de atividades.

A extração de madeira permanece como uma das principais fontes de renda do município. A exploração do diamante, apesar da expressiva queda na produção, continua sendo praticada.

A atividade industrial restringe-se quase que totalmente ao desdobramento de madeiras em toras. Existem ainda indústrias que fabricam artigos cerâmicos (tijolos) e agro- indústrias de beneficiamento de cereais, café, leite e palmito.

Em 1997, o município contava com 79 unidades industriais de diferentes portes, em sua maioria, madeireiras; 886 estabelecimentos comerciais, 391 prestadores de serviços e 68 empresas autônomas.

Pela importância da exploração de madeira no município, a maioria das casas é construída com esse material

A economia municipal conta, inclusive, com um Fundo de Desenvolvimento Agro- industrial - FUNDAGRI mantido com recursos próprios do Município. O comércio informal é exercido por 40 vendedores ambulantes, dos quais 15 são cadastrados. Com o fim do garimpo, as tentativas são no sentido de adaptação dos ex-garimpeiros ao trabalho rural, especialmente na lavoura de café, o que não está sendo fácil.

Como ocorre com os municípios de base econômica semelhante, o desemprego temporário é comum na entressafra e os trabalhadores, nessa época, costumam montar acampamentos provisórios na área rural até encontrarem trabalho novamente.

Na periferia urbana há um total de 1.190 famílias vivendo em habitações improvisadas com rejeitos de madeira e de outros materiais, nos bairros Palmiteira, Padre Duílio, São José Operário e Setores A, B e C. Além disso, 50 famílias vivem em áreas de risco (brejo insalubre) para as quais está previsto um programa de relocação (COHAB) para área cedida pela Prefeitura.

Quanto aos moradores de rua e eventuais migrantes de passagem, em janeiro/97 foi iniciada uma ação conjunta Prefeitura-Igreja, para atendimento temporário: a Igreja recolhe as pessoas, especialmente os em trânsito, e a Prefeitura fornece alimentação e assistência médica.

Entre os problemas que afetam a segurança na cidade são apontados alcoolismo, delinqüência juvenil, prostituição (inclusive com focos nas ruas), uso de drogas e um número grande de assassinatos.

Na avaliação do município, as principais carências se referem a equipamentos sociais para assistência ao idoso, para abrigar os sem-teto e pessoas em trânsito e para profissionalização de mão de obra.

A Prefeitura mantém 05 creches, um asilo para idosos sem família, distribui cestas básicas para famílias carentes e leite para aposentados de baixa renda; em convênio com governo federal e/ou estadual tem um programa de renda mínima para pessoas acima de 70 anos e deficientes físicos e mentais destinando 01 salário mínimo para as famílias com renda inferior a 1/4 do salário mínimo, o programa "guarda-mirim" dentro do "Brasil Criança Cidadã", e o Tiro de Guerra; dá apoio a entidades beneficentes para manutenção de um orfanato e para atendimento a deficientes físicos e metais. A qualidade de vida em Juína é considerada de nível médio, ICV 0,56 e 39ª posição no Estado.

1.6. JURUENA

Criado há 9 anos, o município dispõe de uma precária infra-estrutura (viária, energética, de saneamento) e as endemias não estão de todo controladas, havendo muitos casos de malária, hanseníase, hepatite, leishmaniose e também alguns de tuberculose.

As 10 madereiras, uma beneficiadora de palmito e a própria Prefeitura são os responsáveis pelos empregos existentes. As pequenas propriedades familiares praticam uma agricultura fundamentalmente de subsistência, baseada no milho, arroz e feijão. As oportunidades de trabalho, portanto, são escassas, resultando num contingente grande de desempregados. No comércio ambulante trabalham 20 vendedores, dos quais 10 cadastrados.

Em habitações sub-normais vivem 150 famílias no bairro Vila Nova e mais 65 distribuídas na área rural: Linha Santo Antônio, Linha Sapucaia e Linha Sorriso. Nas ruas da cidade moram 30 pessoas.

Há focos de prostituição nas ruas e ocorrência de prostituição infantil, sendo o alcoolismo e o uso de drogas apontados como os mais sérios problemas de segurança.

Além dos deficientes sistemas de infra-estrutura o Município considera necessário a implantação de equipamentos sociais que permitam desenvolver cursos profissionalizantes para menores, atendimento aos idosos e às crianças (creche municipal). Na agenda municipal existe um elenco de projetos, aguardando verbas, direcionados tanto para o saneamento e equipamentos urbanos como para o incentivo às atividades rurais, inclusive, associadas à recuperação e re-plantio de espécies nativas.

O município dá ocupação temporária, mediante o pagamento de diárias, aos moradores de rua na limpeza urbana e na manutenção de um viveiro; fornece cestas básicas às famílias carentes sendo que os recursos não são suficientes para atender a demanda; em convênio com o PROSOL mantém cursos profissionalizantes para menores carentes de 8 a 17 anos; atende 08 deficientes físicos e mentais e, junto com API, promove atividades de lazer para 100 idosas.

O ICV de Juruena foi de 0,42, índice médio, colocando-o na 13ª posição no Estado.

1.7. PEIXOTO DE AZEVEDO

O garimpo do ouro foi a principal atividade econômica até 1995, quando as reservas se exauriram, restando alguns remanescentes explorados esporadicamente por alguns diaristas.

A agricultura familiar substituiu o garimpo, mas não chega a se constituir em fonte de trabalho para mão de obra disponível, utilizando apenas diaristas para eventuais tarefas. A economia urbana também é muito restrita, limitando-se aos postos de trabalho oferecidos pelo serviço público. O desemprego é portanto o maior problema do município e muitos trabalhadores vão procurar emprego em outros lugares, deixando as famílias no município. O comércio informal, por sua vez é exercido por 50 vendedores ambulantes, dos quais 5 são cadastrados.

No bairro São Judas, 40 famílias residem em habitações precárias num terreno emprestado pela Prefeitura. As brigas violentas e a prostituição, inclusive com focos nas ruas, são questões graves, acrescidas da ocorrência de prostituição infantil.

A Fundação Banco do Brasil mantém dois programas de profissionalizacão para menores, sendo um conveniado com a Prefeitura.

Peixoto de Azevedo apresentou média qualidade de vida, ICV de 0,57, 46ª posição no Estado.

2. REGIÃO II

2.1. JUARA

A economia do Município tem na extração de madeira sua principal fonte de renda e de oferta de emprego; contudo, na época das chuvas, quando as serrarias interrompem sua atividade, os trabalhadores são dispensados. A pecuária, que se implanta nas fazendas após a derrubada da mata, não é atividade absorvedora de mão de obra e, portanto, incapaz de oferecer trabalho ao pessoal dispensado; além disso, quando o gado vai para o abate, as próprias fazendas dispensam os seus peões. Configura-se assim uma situação de desemprego temporário com os trabalhadores dirigindo-se para a cidade, onde se alojam em pensões ou em casas de família, instalam acampamento que, em geral, abriga de 60 a 100 pessoas ou, ainda, ficam pelas ruas.

Segundo o Cadastro da Prefeitura há 150 vendedores ambulantes; 02 catadores coletam o material reciclável.

Nas favelas dos bairros Jardim Califórnia e João de Barro 1 vivem 720 famílias; em habitações improvisadas, com rejeitos de madeira e um ou outro material, vivem mais 290 no bairro Santa Cruz; na área rural, 600 famílias reúnem-se num acampamento de sem terra na Região Paranorte a 170 km da cidade, além de habitações precárias em vilas de trabalhadores construídas nas serrarias.

Focos de prostituição nas ruas e prostituição infantil constituem-se em problemas sociais ampliados pelo alcoolismo, delinqüência juvenil e uso de drogas.

Desta forma, o município acredita que a implantação de equipamentos sociais - como creches, albergue, abrigo para crianças que sofrem maus tratos - e um programa voltado para reorientação de prostitutas contribuiriam para minorar a problemática social.

A Prefeitura mantém o Projeto Renascer, atendendo 460 menores carentes de 7 a 14 anos, compreendendo cursos profissionalizante além de reforço escolar, alimentação, atendimento médico e odontológico. A ação social do município promove a orientação sobre hábitos alimentares, de higiene e convívio urbano à população de bairros carentes, incluindo distribuição de cestas básicas; mantém um asilo para idosos; apoio financeiro à entidades que prestam assistência a deficientes físicos e mentais e, através de convênio com o Estado, habilita a Clínica Pestalozzi ao atendimento de 47 pessoas, entre 2 e 72 anos, portadoras de deficiência mental.

O ICV de Juara foi de 0,57, médio, 44ª posição no Estado. 2.2. NOVO HORIZONTE DO NORTE

Em 1968, a IMAGROL (Imobiliária Mato Grosso) deu início à colonização de Novo Horizonte do Norte, através do escritório de vendas de terras instalado na cidade paranaense de Maringá. No início da ocupação do território do município, os colonos dependiam completamente do vizinho Porto dos Gaúchos. O município foi emancipado (de Porto dos Gaúchos) e instalado em 1986.

Sua economia está baseada na agricultura enquanto extração de madeira e borracha são fontes alternativas de renda.

Com uma estrutura fundiária indicativa de concentração de terra - 20% das propriedades rurais são de médios e grandes pecuaristas e 80% de pequenos produtores de milho, arroz, feijão, guaraná, seringa, pupunha, café, mandioca, banana e amendoim - e gerando baixa arrecadação, o município depende quase que exclusivamente do FPM. As oportunidades de emprego são escassas e se resumem a postos no serviço público municipal e estadual. Nessa medida, o índice de desemprego é alto, enquanto o comércio informal é praticado por 10 vendedores ambulantes, sem exigência de cadastro.

Em moradias improvisadas vivem 05 famílias na área urbana e mais 10 nas Comunidades rurais de Brasil Novo, Carvalho I,II,III e Tabajara.

Na área da Saúde, a malária não está controlada, sendo alta sua incidência, além de ocorrer inúmeros casos de desnutrição.

Alcoolismo e prostituição, que inclui focos nas ruas, são os principais problemas enfrentados pela cidade.

O município avalia ser importante a implantação de um Centro Integrado de atendimento ao idoso e está pleiteando junto à Secretaria Estadual de Educação um programa de profissionalização em informática.

No atendimento à demanda habitacional, a prefeitura cede terrenos infra-estruturados para a população de baixa renda construir suas casas; caso isso não ocorra num prazo de 6 meses o lote é retomado. Outros programas a cargo da Prefeitura referem-se à Saúde na Comunidade - área rural - destinado a orientação educacional e prevenção de doenças, consultas médico-odontológica e providências, inclusive, de documentação pessoal para o público-alvo; atendimento a 143 idosos; manutenção da creche municipal; iniciando um projeto de desenvolvimento ocupacional para crianças e adolescentes que estudam. Há ainda o programa Saúde na Família que aguarda verba do Governo Federal para ser implantado.

Novo Horizonte apresenta um dos mais baixos ICV - 0,76 - ocupando a 91ª posição no Estado.

2.3 SANTA CARMEM

A economia madeireira confere ao município um relativo dinamismo que se reflete num nível razoável de ocupação da mão de obra, atraindo, inclusive, pessoal de outros municípios na época da derrubada. Por outro lado, a extrema dependência da madeira é preocupante e o poder público municipal manifesta forte interesse em promover a diversificação da economia, o que até agora não deu resultados notórios. Existe uma demanda habitacional não atendida da população residente e providências iniciais estariam sendo tomadas junto à CEF; quanto aos migrantes sazonais, as madereiras os alojam em suas propriedades.

As queixas do município se referem ao alcoolismo e a um certo descaso das famílias em relação a escolarização das crianças.

2.4. SINOP

A atividade madeireira é importante não só em termos de emprego como da própria moradia dos trabalhadores que, em geral, residem em barracões das madeireiras; quando alguma delas encerra suas atividades, os ex-empregados ficam desabrigados, contribuindo para que a questão habitacional seja um dos principais problemas da cidade: ainda que inexistam moradores de rua, nos bairros Jardim Boa Esperança e Jardim Primavera há um contingente de famílias (em levantamento) residindo em habitações precárias. O programa Habitar Brasil, através da CEF, propicia o financiamento de 128 moradias para população de baixa renda que ainda não foram entregues pois há uma pendência judicial em que a Prefeitura contesta os critérios de seleção de beneficiários.

No comércio ambulante atuam 25 camelôs que, apesar da exigência, não são cadastrados; trata-se de pessoas de fora do município que trabalham temporariamente, pois o município não permite que eles permaneçam por muito tempo. Uma das práticas da administração municipal é fornecer passagens de ônibus para que os forasteiros retornem aos seus locais de origem.

As questões de segurança mais sérias apontadas são alcoolismo, acidentes de trânsito e roubos e furtos.

A Secretaria de Ação Social do Município tem atuação direta na distribuição de cestas básicas, de leite de soja (vaca mecânica), mantendo viveiro, horta, um programa de qualificação profissional para adolescentes carentes e outro de guarda mirim feminina; em convênio com o Estado, através do PROSOL, presta assistência ao idoso através do Centro de Convivência do Idoso ; complementa sua atuação através de associações de bairros e rurais, clubes de mães e supervisionamento das creches.

Sinop apresentou um bom nível de qualidade de vida com um ICV de 0,33 colocando-o na 8ª posição no Estado.

2.5. VERA

Com a base econômica centrada quase que exclusivamente nas atividades madeireiras, as fontes alternativas de emprego praticamente inexistem o que contribui para dificultar ainda mais a situação de desemprego que o município enfrenta. Tal situação torna-se aguda na época das chuvas quando as madeireiras costumam suspender as atividades. Já o comércio informal é exercido por seis vendedores ambulantes não cadastrados.

Na questão habitacional, o bairro Lafenal, distante 1,5 km do Centro da cidade, abriga 50 famílias em condições de sub-normalidade. O programa Habitar Brasil, em execução, com intervenção da CEF proporcionará 150 casas para população de baixa renda até 1998.

Os problemas de segurança citados envolvem alcoolismo, brigas violentas, prostituição (com focos nas ruas), roubos e furtos, delinqüência juvenil e uso de drogas. A ocorrência de prostituição infantil é preocupante. A prefeitura mantém uma horta comunitária, o projeto "Engraxate Mirim" para menores carentes e o Programa do Leite que aguarda verbas do Ministério da Saúde; junto com a Pastoral da Criança desenvolve um programa de Saúde a Gestante; com a participação do Ministério da Previdência e Ação Social atua na reintegração social do idoso e mantém uma creche para crianças carentes de mães que trabalham.

Vera apresentou uma qualidade média de vida, ICV de 0,49 e 29ª posição no Estado.

3. REGIÃO III

3.1. CAMPOS DE JÚLIO

Município recentemente criado, encontra-se em fase de complementação de sua estrutura administrativa e, portanto, ainda não de todo habilitado a determinados programas governamentais estadual e/ou federal.

Trata-se, basicamente, de uma economia agrícola produtora de soja, arroz, milho e cana de açúcar; esta última abastece a usina de álcool local que emprega 300 pessoas. A criação de gado também é atividade explorada no município. Nessa medida, o desemprego não chega a afetar muito a cidade, a não ser na entressafra, o que tem atraído muita gente, principalmente de Rondônia.

Na área urbana, 60 famílias vivem em habitações improvisadas com madeira e lona, enquanto nas ruas um catador recolhe material reciclável.

Alcoolismo e prostituição, com focos nas ruas, são os problemas detectados.

Em convênio com governo federal estão previstos um programa habitacional para população de baixa renda e um creche municipal.

3.2. TANGARÁ DA SERRA

A agropecuária, especialmente agricultura, é a atividade econômica básica do município, a partir da qual procura-se fomentar a instalação de pequenas indústrias alimentares, de um frigorífico para abate de aves e de gado e também de fábrica de móveis. Isto porque, com a queda da cafeicultura, a partir dos anos 80, os sitiantes começaram a vir para a cidade e a questão do desemprego começou a preocupar; também a vinda de moradores de municípios vizinhos contribui para ampliar a questão.

A cidade, de uma certa forma, resolveu grande parte da demanda habitacional com a transferência de moradores de áreas de risco para terrenos doados pela Prefeitura, onde construíram suas casas em sistema de mutirão, restando habitações sub-normais em terrenos cujos proprietários deverão obter financiamento junto à CEF.

No período da safra, a população aumenta com a chegada de trabalhadores que ficam alojados nas fazendas onde vão trabalhar.

O comércio de rua conta com 50 vendedores ambulantes, dos quais 40 cadastrados, e 90 camelôs cadastrados; há também catadores de material reciclável, cujo número se ignora. Focos de prostituição nas ruas, alcoolismo, roubos e furtos, acidentes de trânsito, delinqüência juvenil e uso de drogas são os problemas sociais que afetam a segurança da cidade.

O município tem encontrado dificuldades para atender as demandas e solucionar o caso dos 1500 sem-terra acampados na Fazenda Tapira.

O programa Pró-Moradis, desenvolvido pela CEF e Prefeitura prevê a construção até o ano 2000 de 1500 casas para população de baixa renda. A Prefeitura, com o apoio do Conselho Nacional de Assistência Social, desenvolve também um programa de assistência e capacitação para o trabalho junto aos adolescentes de baixa renda.

Tangará da Serra apresentou um ICV de 0,44, média qualidade de vida e 18ª posição no Estado.

3.3. DIAMANTINO

Com sua origem ligada ao movimento bandeirante no século XVIII, desde a sua fundação o município teve no extrativismo mineral e vegetal, com fases de expansão e retração, importante atividade econômica, que atingiu o apogeu com a exploração da borracha, durante a 2ª Guerra Mundial. Não é possível medir a participação do garimpo na economia, uma vez que inexistem registros, fiscalização ou qualquer tipo de documentação de controle da atividade. Além disso, a maioria das pessoas ligadas ao garimpo trabalha em Alto Paraguai - onde estão instaladas as dragas e são vendidos os diamantes - e mora em Diamantino, na cidade ou em fazendas; de qualquer forma, as extrações são diamante, areia e, principalmente, pedra, podendo-se mencionar ainda a extração de borracha. Na economia mais recente, a agropecuária vem assumindo destaque, especialmente a cultura da soja que é responsável pelo emprego temporário da mão de obra local durante 6 a 7 meses no ano.

A indústria madeireira é o ramo industrial mais expressivo, constituindo-se de serrarias de pequeno porte, com baixo nível tecnológico. O ramo de produtos alimentares tem significado em termos de número de estabelecimentos, especialmente beneficiadoras de grãos tendo sido instalada há um mês uma fábrica de bebida com 22 empregos diretos. A economia urbana, contudo, tem uma baixo grau de dinamismo, sendo o serviço público o grande empregador. Nas ruas atuam 10 vendedores ambulantes, dos quais 04 cadastrados, 20 camelôs, sendo 15 cadastrados e 01 catador de material reciclável.

A demanda habitacional não atendida inclui 200 famílias que vivem em habitações sub-normais nos bairros de Bom Jesus e Pedreira. Há um programa, com financiamento do governo estadual, prevendo a construção de 50 moradias para famílias de baixa renda.

Os problemas sociais mais graves são alcoolismo, uso de drogas e prostituição, que inclui focos nas ruas, sendo citado também a prostituição infantil.

A ação social da Prefeitura, em convênio com governo do Estado, é dirigida ao atendimento do idoso e à atividades que visam a capacitação para o trabalho de crianças e adolescentes; entretanto, na visão da administração municipal seria importante ampliar o leque de cursos de capacitação para população carente.

Diamantino apresentou um ICV 0,44, médio e 17ª posição no Estado. 3.4. NORTELÂNDIA

Originariamente área de garimpo, tem, hoje na agropecuária sua principal atividade, explorada na grande propriedade de soja e gado; note-se que somente a propriedade da Camargo Correa ocupa, com pecuária e reflorestamento, praticamente a metade do território municipal. A agricultura de susbsitência é praticada na pequena propriedade: milho, arroz, feijão, mandioca e, em alguns casos, soja. O garimpo deixou muitas áreas degradadas e se constitui em atividade residual sem grande expressão econômica. As atividades urbanas, por sua vez, praticamente limitam-se ao setor público. Essa base econômica tem uma baixa oferta de oportunidades de trabalho, sendo o desemprego um dos principais entraves ao desenvolvimento do município. As atividades informais dão conta da existência de 30 vendedores ambulantes e 06 camelôs, para os quais não é exigido cadastro.

Em condições de sub-normalidade habitacional vivem 440 famílias nos bairros da Ponte, Bandeirantes e Tapirapurã, além de 20 famílias no Distrito de João Paulo e 85 famílias no Assentamento Venâncio Félix, enquanto as ruas da cidade servem de moradia para 12 pessoas.

A cidade enfrenta problemas como alcoolismo, prostituição, delinqüência juvenil e uso drogas, havendo também casos de prostituição infantil.

A Prefeitura, em convênio com o Estado, mantém uma creche e através da APAE presta assistência ao deficiente físico e mental, considerando importante, enquanto pleito, implantar equipamentos de atendimento ao idoso, de profissionalização de adolescentes e adultos e a necessidade de mais uma creche bem como participar do Comunidade Solidária.

O ICV foi de 0,46, média qualidade de vida e 22ª posição no Estado.

3.5. SORRISO

O desemprego não é citado como problema para a cidade cuja mão de obra é absorvida pelas atividades agrícolas especialmente durante o plantio e a colheita. Além disso, o município se considera sem grandes problemas sociais, citando-se a carência habitacional exemplificada no bairro Boa Esperança onde 90 famílias ocupam irregularmente (invasão) a área onde residem. Na época da safra as fazendas abrigam os trabalhadores sazonais que vem de fora do município.

Não há comércio ambulante, até porque, se preciso for, os eventuais vendedores são mandados embora. A ocorrência de alcoolismo, furtos e roubos e uso de drogas é apontada como questões de segurança que afetam o município.

A ação social da Prefeitura é desenvolvida com recursos próprios, contando com muito pouco repasse de verbas, dentro de uma tentativa de atuação integrada intersecretarial. As atividades voltam-se para formação profissional do adolescente carente, atendimento integral à gestante e, junto com o Ministério da Previdência e Ação Social, promover a reintegração e convivência sociais do idoso.

A boa qualidade de vida de Sorriso reflete-se no seu ICV - 0,26 e 4ª posição no Estado. 4. REGIÃO IV

4.1. CUIABÁ

Cuiabá, como qualquer capital de Estado, é o lugar preferencial dos migrantes que buscam na cidade oportunidades e/ou trabalho, inflando a demanda por bens e serviços urbanos. O atendimento dessas demandas envolve também a obtenção de repasses federais, para o que a cidade teve que se enquadrar na Lei Orgânica da Assistência Social, mas por enquanto não tem recursos para manter a estrutura exigida.

A questão do migrante vem sendo tratada pela Pastoral do Migrante, vinculada à CNBB, que providencia o cadastramento e recambiamento para o local de origem, dá albergue por três dias e encaminha para tratamento de saúde. A Prefeitura mantém dois funcionários na rodoviária que encaminham os migrantes para a Pastoral, pois até 1996 havia um convênio pelo qual a Prefeitura repassava verbas para Pastoral; embora o convênio tenha expirado, os dois funcionários continuam com aquelas atribuições.

Por sua vez, em condições de sub-normalidade habitacional vivem 11.000 famílias cujas moradias se encontram em áreas de reserva ambiental, de preservação permanente e de risco - incluindo-se nesta última 1.230 famílias de ribeirinhos ao longo do Rio Cuiabá e do Córrego Barbado nos bairros Baixada Jardim Santa Isabel, Beira Rio, São Mateus e Praieirinho; estão também aí consideradas as áreas invadidas - os "grilos" - nas quais o número de famílias é muito relativo: por exemplo, de janeiro a setembro houve 16 invasões "grilos". Há projetos aprovados pela CEF de habitação popular, porém sem recursos alocados, dentro dos programas Habitar Brasil e Pró-Moradia que prevêem a construção de 1.230 casas e mais 1.000 para as Áreas de Risco do rio Cuiabá. A Prefeitura tem, ainda, previsto um projeto de mutirão para 4.000 lotes urbanizados.

Quanto ao comércio de rua, há pedido de 1.000 novas licenças para ambulantes junto à Prefeitura que vem tentando conter a presença deles no Centro da cidade com cobrança de taxas e aplicação de multas; a alternativa encontrada pelos ambulantes foi a de alugar prédios antigos que possam funcionar como centros comerciais populares os quais já abrigam cerca de 500 vendedores. Os 1.000 camelôs cadastrados possuem várias associações e trabalham em "camelódromos" os quais são insuficientes para atender a demanda que vem aumentando em decorrência do desemprego. Também nas ruas estima-se que cerca de 500 catadores e "aparistas" fazem a coleta de material reciclável e de "aparados", sendo que 300 fazem parte da COOPERMAR (Trabalhadores e Produtores de Material Reciclável do Estado do Mato Grosso) que trabalham na Central de Destinação Final de Resíduos Sólidos.

Os moradores de rua são em número de 50, mais 60 menores; além desses últimos há os que perambulam pelas ruas pedindo esmolas, limpando para-brisas, etc. e que à noite voltam para casa.

Cuiabá enfrenta todos os problemas de segurança que assolam "a cidade grande" hoje em dia: das brigas violentas ao uso de drogas passando pela prostituição juvenil tanto feminina como masculina. Existe também prostituição infantil.

A ação social da Prefeitura volta-se para a formação educacional e moral do menor carente, com atividades diárias que o retire da rua (Projeto Simenina e Simenino) e aguarda recursos para o Projeto Vale Verde que visa atender meninos de rua, mantendo 4.000 por período na escola; mantém também, em convênio com a Secretaria Nacional de Assistência Social, uma creche que está atendendo 9.000 crianças pretendendo chegar a 12.000 em 1997. Além dos menores, o idoso é o alvo do Projeto Conviver, com Participação da Secretaria Nacional da Assistência Social, que proporciona algum rendimento através da venda de comidas e objetos artesanais confeccionados pelos idosos.

Cuiabá é a cidade de melhor qualidade de vida, 1ª posição no Estado, com ICV de 0,15.

4.2. JANGADA

O desemprego é o principal problema enfrentado pela cidade que aposta na instalação de curtume que geraria cerca de 400 postos de trabalho a partir de 1997. Hoje a fonte de empregos existente limita-se praticamente à Prefeitura. O comércio de rua absorve 05 vendedores ambulantes e 03 camelôs, todos cadastrados, e 01 catador de material reciclável.

Em habitações precárias vivem 20 famílias nos bairros da Ponte e Passa Três.

Entre as questões de segurança estão as decorrentes do alcoolismo, de brigas violentas, da prostituição e do uso de drogas. Há também notícias de prostituição infantil.

O município não desenvolve nenhum projeto de ação social, pois o Conselho Municipal de Ação Social encontra-se em fase de estruturação o que permitirá o pleito de verbas junto ao Estado e à União. A Prefeitura mantém uma creche para 60 crianças.

Jangada apresentou um ICV de 0,71 considerado baixo colocando-o na 82ª posição.

4.3. NOBRES

As origens do município datam de 1800 e são atribuídas ao agrupamento de sesmarias do qual resultou a Sesmaria do Bananal; anteriormente, porém, integrara o roteiro dos bandeirantes que buscavam as minas de Diamantino. Os recursos minerais são ainda uma das fontes da economia municipal, com destaque para as reservas de calcário que são, inclusive, responsáveis pela presença da única fábrica de cimento do Estado.

A agropecuária ainda é a principal atividade econômica, mesmo considerando o relativo avanço de indústrias - como móveis, esquadrias, cerâmicas, gesso - e do próprio comércio que conta com alguns estabelecimentos de atendimento regional. Esse panorama econômico, entretanto, não foi capaz de se refletir na criação de emprego e renda suficientes para o atendimento da população que já está migrando para outros municípios em busca de oportunidades de trabalho. O comércio informal, por sua vez, congrega 30 vendedores ambulantes, apenas um cadastrado.

Em termos habitacionais, um total de 370 famílias vivem em moradias precárias nos bairros Jardim Petrópolis, São José, Jardim Carolina, Serragem e Sapolândia, além de condições insatisfatórias de saneamento básico na periferia urbana em geral. Dentro do projeto Habitar Brasil, com recursos do Governo Federal, prevê-se, para 1998, a construção de moradias para população de baixa renda.

Os problemas de segurança citados envolvem prostituição - com focos nas ruas - brigas violentas e uso de drogas. A prostituição infantil também é confirmada.

Considerando as carências da população, o Plano Municipal de Assistência Social/97 propõe a realização de um elenco de ações envolvendo obras físicas, atendimentos emergenciais, educacionais e semi-profissionalizantes. Nobres apresentou um baixo nível de qualidade de vida, ICV 0,60 - 55ª posição.

4.4. NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

Surgido em 1.883, Nossa Senhora do Livramento pertence à Baixada Cuiabana. tem sua base produtiva calcada na criação de gado e nas lavouras de arroz, mandioca e banana. Conta com um único estabelecimento bancário do BEMAT e seu comércio varejista tem caráter estritamente local. Os estabelecimentos industriais do município inscrevem-se nos ramos mais tradicionais: 01 madeireira, 01 cerâmica, 01 laticínio e 01 de derivados de leite e 01 de farinha de mandioca. A economia urbana tem capacidade limitada de absorção de mão de obra e o desemprego tornou-se um grande problema social, para o qual contribuiu a extinção da mineração em 1982. A baixa arrecadação municipal restringe as possibilidades de emprego na própria Prefeitura que não tem formas de absorver o excedente. Nas ruas atuam 11 vendedores ambulantes cadastrados e 01 camelô que vende produtos do Paraguai.

O déficit habitacional urbano inclui 50 famílias com moradias precárias. Na área rural conta-se cerca de 750 famílias vivendo naquelas condições. Além disso, na época das cheias do Pantanal os moradores vem para a cidade, entre janeiro e março, onde recebem roupas e alimentação da Prefeitura, do IBAMA, da Defesa Civil e do Exército.

Entre as questões de segurança citadas encontram-se o alcoolismo, roubos e furtos, prostituição incluindo focos nas ruas e uso de drogas. A ocorrência de prostituição infantil também é citada.

A Prefeitura não conta com programas específicos de assistência social.

N.S. do Livramento apresentou o pior ICV do Estado - 0,89.

4.5. VÁRZEA GRANDE

A conurbação com Cuiabá resulta numa simbiose urbana em que os problemas enfrentado por uma cidade refletem na outra. Exemplo é a questão dos menores de rua que em Várzea Grande praticamente não existe porque as crianças vão esmolar nas ruas de Cuiabá retornando à noite para suas famílias.

A sub-normalidade habitacional é semelhante nas duas cidades e caracterizada pela presença do "grilo", ou seja, terrenos urbanos invadidos por famílias que montam seus barracos com lona e madeira e, se conseguem a regularização fundiária, erguem a construção em alvenaria. Estima-se que cerca de 7.500 famílias vivam nessas condições em bairros como Filinto Müller, Vitória Régia - ambos com ocupações recentes - Lagoa Jacaré/Cristo Rei, Santa Clara/Santa Lúcia e Engordador.

O desemprego é o grande problema social da cidade. Nas ruas trabalham 197 camelôs cadastrados e outros tantos vendedores ambulantes que estão sendo cadastrados pela Prefeitura. O material reciclável é coletado por 05 pessoas e mais 08 catadores no lixão; esse número pode ser maior, porém a Prefeitura não tem registros.

Os problemas de segurança citados são roubos e furtos, delinqüência juvenil, uso drogas e focos de prostituição. A incidência de prostituição é baixa mas existe.

A ação social é desenvolvida diretamente pela Prefeitura contando com o apoio da comunidade em algumas atividades. Assim a Fundação da Criança e do Adolescente Eliane Gomes reabriu recentemente (é de 1992) e conta com o apoio do Rotary Club; para o projeto Renascer colabora o voluntariado, no atendimento a 1.200 pessoas carentes distribuindo alimentos, medicamentos, óculos e propiciando atividades culturais, cursos de artesanato e palestras; o atendimento emergencial ao idoso (para aposentadoria), à gestante, ao aidético e a doentes em geral é efetuado nos bairros por funcionários da Prefeitura contando com voluntariado; o projeto Sempre Amigos, de implantação recente, é voltado para as donas de casa em termos de treinamento para atividades complementares; a manutenção de creches e da recém implantada Casa de Arte e Cultura é de responsabilidade da Prefeitura.

Várzea Grande apresentou um bom ICV - 0,37 detendo a 10ª posição no Estado.

4.6. CHAPADA DOS GUIMARÃES

A falta de emprego e a questão habitacional são apontados como os dois principais problemas da cidade. Apesar da inexistência de dados, as informações dão conta de que diariamente há invasões de terrenos urbanos e solicitação de material de construção junto à Prefeitura. Na área rural há um acampamento de sem terra na Gleba Jangada, que congrega 220 famílias inclusive do Nordeste, e outro na Gleba Quilombo cujas famílias estão cadastradas pelo INCRA.

Nas ruas da cidade trabalham 22 vendedores ambulantes cadastrados e 10 catadores de material reciclável.

Alcoolismo, roubos e furtos, prostituição - com focos nas ruas - e uso de droga são as ocorrências apontadas, bem como a existência de prostituição infantil.

Chapada dos Guimarães participa do Comunidade Solidária o que tem lhe permitido a distribuição de 320 cestas básicas por mês e integrar o Programa Brasil Criança Cidadã. O município está tentando constituir o Conselho Municipal do Trabalho como forma de estimular a geração de emprego e renda. De outro lado, há dificuldades para o funcionamento do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente por falta de recursos de toda ordem.

Chapada dos Guimarães apresentou um ICV (0,57) médio, 45ª posição no Estado.

5 REGIÃO V

5.1 ALTO ARAGUAIA

A soja e o milho são cultivados em larga escala nas propriedades agrícolas da região. Há, ainda, grandes rebanhos de corte. O município conta com indústrias de pequeno porte, como marcenarias e tornearias. Existe uma unidade de resfriamento da Nestlé e uma beneficiadora de café.

No segundo semestre de 1997, quando foi realizada a pesquisa de campo, Alto Araguaia vivia a expectativa de instalação de um frigorífico, filial da empresa Frigo Estrela, de Estrela d’Oeste, naquele mesmo ano. Esperava - se que esse empreendimento gerasse em torno de 300 empregos diretos e mais de 1.000 indiretos.

Quanto ao setor terciário do município, é composto por empresas de micro e pequeno porte, sendo 157 comércios varejistas, 07 comércios atacadistas e 91 prestadoras de serviços mais caracterizadas pelas oficinas mecânicas. O município vê na implantação do frigorífico e na possibilidade de uma fábrica de bebidas atenuantes a grave questão do desemprego. No comércio de rua trabalham 20 vendedores ambulantes e 10 camelôs cadastrados.

Nos bairros Jardim Aeroporto, São Francisco e Gabiroba há famílias vivendo em habitações precárias e/ou improvisadas, cujo número é ignorado pois a Prefeitura não tem esse cadastro.

Problemas como alcoolismo, brigas violentas, prostituição - inclusive com focos nas ruas, delinqüência juvenil e uso de drogas são citados, bem como a ocorrência de prostituição infantil.

O município vê na implantação de um programa de capacitação profissional e, consequentemente, a geração de renda, a forma de mitigar a dependência quase que direta que a população carente tem da Prefeitura.

O Plano Municipal de Assistência Social foi encaminhado ao PROSOL enquanto exigência para o município enquadrar-se entre os seus beneficiários. A Prefeitura, por sua vez, mantém um programa de distribuição mensal de alimentos para as famílias carentes, em troca da prestação de serviços de limpeza urbana nos bairros onde moram; promove a habilitação profissional de mulheres e de adolescentes de baixa renda ou carentes como oportunidade de complementação da renda familiar.

Alto Araguaia integra o conjunto de municípios de média qualidade de vida, ICV 0,45 e 19ª posição no Estado.

5.2. ITIQUIRA

Itiquira originou-se do município de Alto Araguaia, tendo se emancipado em 1953. Seu desenvolvimento, desde os tempos em que era povoado, esteve ligado ao garimpo de diamantes, cuja exploração atraiu contingentes de migrantes nordestinos. O esgotamento das reservas de diamante, há cerca de três anos, deixou o município sem outras oportunidades de trabalho, à exceção da própria Prefeitura que já apresenta uma superlotação no seu quadro de pessoal, resultando num alto nível de desemprego.

Atualmente, segundo dados oficiais da Secretaria de Promoção e Assistência Social do Município, cerca de 70% da população não tem emprego, havendo 31 pessoas consideradas como na rua (mantêm vínculo com a família) e 60 famílias consideradas como indigentes.

A maioria da população reside na área rural, onde a colheita da semente de braquiária é a atividade que absorve mão de obra temporária, inclusive de fora do município. Nessa ocasiões, os forasteiros permanecem por 2 ou 3 dias na cidade, até sua ida para as fazendas, e a Prefeitura providencia alojamento - em geral na Igreja, na Casa do Estudante ou no coreto da praça - e alimentação; muitas vezes, providencia passagem de retorno quando os contratados alegam não terem sido pagos pelo trabalho.

No comércio de rua atuam 20 vendedores ambulantes, sem exigência de cadastro, e 5 camelôs cadastrados.

Em termos habitacionais, há 80 famílias residindo em habitações precárias em áreas de risco na Avenida Liberdade e nos bairros Poxoréu, Goiás e Santo Antônio, tendo sido encaminhado ao Governo do Estado um programa para construção de 100 moradias. A prostituição infantil é problema grave no âmbito da prostituição em geral; alcoolismo e brigas violentas são apontados com as questões que afetam a segurança, inclusive, pela desaparelhagem e falta de recursos humanos no policiamento local.

Na tentativa de atenuar a questão do desemprego, a Prefeitura mantém um programa de profissionalização e prestação de serviços de adolescentes na marcenaria, outro de confecção de roupas para 20 mulheres carentes e, em convênio com a Secretaria Nacional do Bem Estar Social, uma farinheira comunitária que propicia rendimentos para 20 famílias carentes. Ressalte-se que as precárias condições das estradas de acesso ao município dificultam, na avaliação da Prefeitura, as oportunidades da sócio-economia municipal.

Itiquira encontra-se entre os municípios de baixa qualidade de vida, ICV 0,68, 59ª posição.

5.3. JACIARA

O município surge em 1949, como decorrência da implantação de um empreendimento de colonização da CIPA - Colonizadora Industrial, Pastoril e Agrícola LTDA -, com sede em Presidente Prudente, São Paulo, e ocupa terras de Cuiabá e Poxoréo. Em 1950, é elaborado o projeto de urbanização da futura cidade de Jaciara. São atraídos contingentes de migrantes e, em 1958, é criado o município. Ainda em 1958, tem início a abertura da Rodovia MT 15 (hoje BR-364), que traz novo impulso ä agricultura, permitindo o escoamento da produção.

A partir de 1975, começam a chegar gaúchos que iniciam o plantio da soja no cerrado, que se torna o principal produto agrícola do município, seguido pela cana de açúcar.

As principais indústrias são: Torrefação Café Rezende e as Usinas Jaciara e Pantanal, de álcool e açúcar. A Usina de Jaciara emprega, no período de safra, 1.750 pessoas e, na entressafra, 1.050 pessoas. Seus principais canaviais estão nos municípios vizinhos de Dom Aquino, São Pedro da Cipa e Juscimeira.

A usina de álcool e suas plantações de cana são responsáveis pelas oportunidades de trabalho principalmente da mão de obra temporária. Na época de safra, pelos cálculos da Secretaria de Saúde, de 300 a 600 trabalhadores, vindos majoritariamente do Estado de Alagoas, dirigem-se às usinas onde são alojados em barracões. Além dessas, outras oportunidades são escassas, induzindo o Município a concluir que necessitaria de novos empreendimentos industriais como solução para emprego e renda.

De 08 a 10 ambulantes e cerca de 20 camelôs trabalham nas ruas da cidade sem exigência da cadastro. Em 1997, estava sendo organizado um grupo de catadores de material reciclável na região do Vale do São Lourenço.

Em uma favela às margens da BR-364 residem 50 famílias, enquanto outras 10 vivem em habitações precárias no bairro Santo Antônio. A Prefeitura afirma já dispor de área para construção popular e está pleiteando recursos financeiros junto ao Governo do Estado.

Vivem nas ruas cerca de 30 crianças que o Conselho Tutelar atende temporariamente e estimula seu retorno às famílias o que acontece raras vezes.

Entre os problemas de segurança são citados o alcoolismo, pequenos roubos e furtos, prostituição (inclusive com focos nas ruas), delinqüência juvenil, uso de drogas agravado pela insuficiência de policiamento. A prostituição infantil também é citada como decorrência da falta de renda familiar. De acordo com Plano Municipal de Assistência Social de Jaciara - 1998, a Prefeitura desenvolve uma série de ações junto ao público prioritário, ou seja, gestante, criança e idoso.

Jaciara tem um ICV 0,46, enquadrando-a como média qualidade de vida, 20ª posição.

5.4. PRIMAVERA DO LESTE

A partir de 1970, a política dos militares no Brasil criou e estimulou a chamada Integração Nacional, quando foram mobilizadas grandes somas de recursos para a abertura e implantação de projetos na Amazônia Legal. Foi quando um grupo de empresários paulistas implantou o Projeto da Fazenda Primavera D’Oeste, às margens da BR-070, com subsídios da SUDAM. A partir daí, vários grupos foram implantando empreendimentos agrícolas - principalmente de cultura mecanizada de arroz -, oriundos principalmente do Paraná e Rio Grande do Sul.

Em 1980, foi aprovado o Projeto de Loteamento Cidade Primavera. Em 1983, foi ciada, no Distrito de Primavera, uma sub-prefeitura e em 1984 começa o processo de emancipação do município. Em 1986, é criado o município de Primavera do Leste, com territórios desmembrados de Cuiabá, Poxoréu e Barra do Garças.

Atualmente, a maior produção do município é de soja seguida do milho, algodão e uva. . A principal indústria é a TAMIL - Indústria Comércio de Milho e Derivados, que gera de 250 a 300 empregos diretos. Há 01 estabelecimento comercial atacadista e 1.100 varejistas.

A agricultura, especialmente a soja, demanda contingentes expressivos de mão de obra temporária, inclusive, vinda do Paraná que, após a safra, retorna ao Estado. A uva, por sua vez, utiliza mão de obra durante o ano todo. Malgrado a importância agrícola do município, há falta de postos de trabalho permanentes, o que seria atenuado pela instalação de alguns empreendimentos industriais (frigorífico, abatedouro, fábrica de ração, etc.) que, embora previstos, não ocorre pela insuficiência da rede de energia elétrica. No comércio de rua atuam 40 ambulantes, dos quais 20 cadastrados, e 02 camelôs.

O município recebe muitos migrantes, pressionando a demanda habitacional e, em conseqüência, encarecendo muito os aluguéis. A habitação sub-normal é a alternativa encontrada por 100 famílias do bairro Santo Antônio e a favela situada às margens da MT 30 abriga 200 famílias. Há um programa habitacional, intermediado pela CEF, em que a Prefeitura doa lotes urbanizados e as famílias constróem a moradia.

Enquanto problemas de segurança são citados acidentes de trânsito, uso de drogas e focos de prostituição nas ruas.

Na assistência social a Prefeitura tem programa de apoio à gestante, de profissionalização de crianças de 7 a 14 anos e, junto com a Secretaria Nacional de Ação Social e Ministério da Justiça, de atendimento ao idoso.

Primavera do Leste apresenta uma boa qualidade de vida, ICV 0,29, 5ª posição.

5.5. SÃO PEDRO DA CIPA

Trata-se de município de poucos recursos cuja problemática social envolve alto nível de desemprego, de pobreza, falta de saneamento e de infra-estrutura em geral, dependendo quase que exclusivamente do repasse de verbas oficiais. Até o comércio ambulante é precário, cerca de 10 vendedores, sendo que PROSOL, programa do Governo Estadual, patrocinou o estabelecimento de 20 quiosques como forma promover renda e trabalho.

No Jardim Érica 60 famílias tem moradia em loteamento clandestino, estando prevista a construção de 30 casas populares com recursos do Governo Federal.

Prostituição, com focos nas ruas, e uso de drogas são citados como questões sérias de segurança, registrando-se também ocorrência de prostituição infantil.

A urbanização da sede municipal é precária e a dependência do município de Jaciara é quase absoluta, quer em termos de equipamentos sociais, quer em termos de empregos - na usina de álcool. São Pedro da Cipa constitui-se praticamente como um município dormitório de Jaciara, abrigando parte significativa dos canaviais das Usinas Jaciara e Pantanal.

6. REGIÃO VI

6.1. COCALINHO

A agropecuária é a base da economia municipal, o que significa trabalho temporário durante a safra quando as propriedades inclusive "importam" mão de obra de outros estados, principalmente Maranhão. Após esse período o pessoal é dispensado e dirige-se para a cidade, muitas vezes engrossando o número de moradores de rua (que são 20). É a época também em que ocorre evasão escolar, pois parte dos alunos vão trabalhar com os pais.

Sendo a economia urbana bastante frágil, com o emprego praticamente limitado ao serviço público municipal e/ou estadual, a cidade quase nada tem a oferecer em termos de postos de trabalho ao pessoal dispensado. Nessas ocasiões, a creche municipal funciona, também, como "casa da sopa" distribuindo alimentação aos desempregados e, eventualmente, estendendo-se a eles o programa do "Pão e do Leite". O comércio informal é exercido por 30 vendedores ambulantes, sem exigência de cadastro, 03 camelôs cadastrados e 04 catadores de material reciclável.

A demanda habitacional é grande sendo que 40 famílias vivem em moradias improvisadas com diversos materiais nos bairros Alto Cocalinho e Terra Firme. Além disso, na época das cheias - a cidade se situa às margens do Rio Araguaia - os ribeirinhos ficam desabrigados e, como solução emergencial, são alojados nas escolas.

Problemas de alcoolismo, prostituição, delinquência juvenil e uso de drogas são frequentes, observando-se também prostituição infantil.

O município vê como importante para amenizar as carências sociais a implantação de equipamentos sociais para atendimento ao idoso, ao deficiente mental e aos necessitados em geral, bem como habilitar-se aos programas sociais dos governos estadual (PROSOL) e federal (Comunidade Solidária).

Estão previstos dois programas habitacionais: um, com intermediação da CEF, para financiamento de 37 casas populares e outro, com intervenção do Estado, para construção de 50 casas para baixa renda em sistema de mutirão. Em convênio com a Secretaria Estadual de Ação Social e Trabalho, pretende-se implantar a "Bolsa de Empregos" para re-colocação de 300 famílias de desempregados, além do PROGER do Governo Federal. Há ainda ações para recuperação de alcoólatras e drogados em que a Prefeitura providencia o internamento por dois meses em uma Clínica de Recuperação do Estado de Goiás; segundo a avaliação da própria Prefeitura, não é uma providência muito eficaz. O auxílio material às gestantes de baixa renda também é prestado pela Prefeitura, especialmente às adolescentes que são em grande número. Cocalinho apresentou um nível baixo de qualidade de vida, ICV 0,66, 67ª posição no Estado.

7. REGIÃO VII

7.1. BARRA DO GARÇAS

Município situado na divisa com Goiás, Barra do Garças é uma das alternativas importantes de ligação Cuiabá - Goiânia, articulando também o nordeste do Estado. Sua economia urbana, entretanto, não apresenta um dinamismo capaz de oferecer postos de trabalhos suficientes para atender a demanda e a agropecuária, que tradicionalmente absorvia a mão de obra local, há 3 anos vem dispensando pessoal. Assim, a atividade informal - do tipo biscate ou eventual trabalho rural - é a alternativa encontrada por boa parte dos trabalhadores. Exemplifica essa situação os 25 camelôs cadastrados, os 20 catadores de material reciclável e inúmeros vendedores ambulantes que trabalham nas ruas da cidade.

A demanda habitacional também é alta e na periferia da cidade 1190 famílias ocupam irregularmente terrenos nos bairros Vila São José, Nova Barra, Anchieta e Setor Serrinha.

A cidade vem enfrentando problemas de segurança sérios como brigas violentas, alcoolismo, uso de drogas e prostituição (inclusive com focos na ruas). A prostituição infantil ocorre praticamente em todas as camadas sociais seja por motivos financeiros (entre os de baixa renda) seja por incentivos outros (renda média e alta. O uso de drogas é generalizado não só entre adultos como entre crianças, constando que a cidade faz parte da rota do tráfico.

A Prefeitura tem programa de reforço alimentar para crianças carentes (leite de soja) desde 1992 e dentro do programa "Brasil Criança Cidadã", em convênio com Secretaria Nacional de Ação Social e o Estado (PROSOL), desenvolve atividades de apoio aos adolescentes tentando, inclusive, qualificá-los enquanto mão de obra.

Não obstante, Barra do Garças apresenta uma qualidade de vida classificada como boa, ICV de 0,33, ocupando a 7ª posição no "ranking" do Estado.

7.2. CANARANA

O Município de Canarana é um dos poucos onde o desemprego não é citado como problema para a cidade, sendo a construção civil e o frigorífico, complementados por propriedades rurais, apontados como atividades absorvedoras de mão de obra local. Nas ruas da cidade trabalhavam 15 vendedores ambulantes, dos quais 06 cadastrados na Prefeitura, e 02 camelôs não cadastrados.

Dentro de um quadro de condições de vida considerado razoável, a demanda habitacional urbana é a principal questão enfrentada pelo Município. Exemplo disto, é o fato de 656 famílias viverem em moradias precárias situadas dentro da área urbana - Jardim Tropical, Bela Vista, Nova Canarana, Mutirião - e, dentre elas, 30 famílias de sem terra acampadas a menos de 1km do Centro. As informações dão conta de que nem disponibilidade de imóveis para locação existe. Há previsão de um programa dentro do sistema COHAB para atendimento aos posseiros.

Enquanto problemas de segurança existentes, são apontados o foco localizado de prostituição e o uso de drogas.

A Prefeitura mantém programas permanentes de assistência ao idoso, à gestante e ao menor. Desta forma, Canarana enquadra-se numa situação média de qualidade de vida, com ICV de 0,44, que o coloca na 16ª posição no "ranking" de classificação do Estado.

7.3. GAÚCHA DO NORTE

Em 1.979 foi implantado o Núcleo de Colonização de Gaúcha do Norte e, já no início da década de 80, o fluxo migratório era grande, oriundo principalmente do sul do país, em função da propaganda de terra fértil e barata. Entretanto, ã medida que os colonos iam chegando, constatavam a baixa fertilidade dos solos e as dificuldades de abertura de áreas, devido à densa cobertura vegetal. Somava-se a isso, a falta de estradas e as dificuldades de comunicação. O quadro real e não o da propaganda oficial levou muitos colonos a retornarem a seus locais de origem ou a procurarem outras regiões mais consolidadas.

Para fixar os colonos, foi introduzida a cultura da seringueira, que se transformou na principal produção do município. Seguem - se a soja e o arroz, com insumos trazidos de outros centros e transporte da produção difícil e caro. A soja é comercializada com a SPERAFICO, SADIA e outras empresas de Primavera do Leste e Canarana. O milho e a banana, cultivados por produtores menos capitalizados da localidade de Nova Aliança, têm grandes problemas de comercialização, porque as estradas para seu escoamento ficam intransitáveis nos períodos de chuva; neste perfil de atividade econômica predomina a contratação temporária de mão de obra, sendo muito comum a empreitada.

Em 1995, foi criado o município de Gaúcha do Norte, desmembrado de Paranatinga e sua instalação deu-se em 1996 com a primeira eleição municipal. Sua origem, colonização com pessoal do Sul do País, pode explicar o padrão de uso e ocupação do solo, qual seja: um primeiro envoltório do núcleo urbano com chácaras de até 10 alqueires; o segundo com propriedades até 100 alqueires e um terceiro que é o domínio da grande propriedade. Na sede urbana, não há agências bancárias nem casas comerciais de venda de insumos agropecuários.

Nas localidades rurais de Nova Aliança e Estrela do Norte vivem 80 famílias de posseiros; esta é a única citação de "problema social" existente.

Na condição de município novo, ainda está em processo de "povoamento"; para tanto, há inclusive um projeto habitacional, a ser intermediado pela CEF, para novos moradores, especialmente profissionais das áreas de Saúde, Educação e Serviços que estão chegando ao município. Um outro programa habitacional, com interveniência da SUDAM, terá como público-alvo a população de baixa renda. Providências estão sendo tomadas para enquadrar o município entre os beneficiados pelo PROSOL.

7.4. NOVA BRASILÂNDIA

O município teve o início de sua ocupação na década de 70, tendo sido criado enquanto tal em 1980 e instalado em 1982. Originariamente, o garimpo de diamantes era a principal atividade; posteriormente as culturas de grão (principalmente o feijão, o arroz, o milho e em menor escala a soja) em pequena propriedade passaram a predominar economicamente. Na década de 90 a pecuária começa a se impor, reaglutinando a propriedade fundiária o que provocou a saída dos pequenos proprietários inclusive para fora do município. Esse processo foi intenso em 1994/95, estabilizando-se a partir de então ou mesmo registrando o retorno de alguns habitantes. A economia urbana, por sua vez, apresenta um baixo grau de dinamismo, destacando-se o beneficiamento do leite realizado pela COMAJUL e mais dois laticínios. Não há bancos, representantes de vendas de insumos ou armazéns. O comércio é voltado exclusivamente para o atendimento de primeiras necessidades da população local. Nessa medida, o desemprego é hoje o maior problema da cidade. Não foi apontado existência de áreas de habitação sub-normal e nas atividades de rua registra-se apenas dois catadores de material reciclável. Da mesma forma não foi citada nenhuma problema de segurança grave, com a observação de que "a cidade é calma".

Em termos de atuação na área social, está previsto um programa de habitação popular - Pró-Moradia - com intervenção da CEF. A Prefeitura dá assistência direta à gestante carente (enxovais e berços) e, junto com a Secretaria Nacional de Assistência Social, promove atividades para os idosos.

Nova Brasilândia apresentou um baixo nível de qualidade de vida, ICV - 0,71 e 83ª posição.

7.5. PARANATINGA

Contando em suas origens com a colonização, o município é hoje dominado pela média e grande propriedades rurais arrozeira e de pecuária, havendo ainda extração de madeira e início da cultura da soja. Nessas condições, o trabalho temporário na agropecuária se constitui em fonte ocupação da mão de obra local.

O comércio de rua é exercido por 10 vendedores ambulantes e 04 camelôs não cadastrados, sendo o material reciclável coletado por 10 catadores.

Em condições de subnormalidade vivem 180 famílias em habitações precárias sem nenhum tipo de infra-estrutura nos bairros Vila Cibrazem, Vila Bica d'Água e COHAB.

Os principais problemas de segurança que afetam a cidade decorrem de alcoolismo, prostituição incluindo focos nas ruas, uso de drogas e policiamento deficiente. A prostituição infantil existente é atribuída à pobreza da população.

O único programa previsto é o de uma Escola Agrícola que está aguardando verba do Ministério da Educação; nesse sentido, o município reivindica verbas do PROSOL para a APAE, que é oficialmente reconhecida, para atende os 120 deficientes existentes no município.

Paranatinga apresentou um baixo padrão de vida com ICV de 0,69 e 77ª posição no Estado.

8. REGIÃO VIII

8.1. MIRASSOL D'OESTE

O município teve início com o requerimento e venda de terras devolutas, no final dos anos 50. Sua colonização foi feita principalmente por paulistas vindos de Mirassol, São José do Rio Preto, Jales, Votuporanga e outros municípios da região.

Mirassol d'Oeste transformou-se em município em 1976, permanecendo desse ano até 1984 como Área de Segurança Nacional.

A base econômica do município é a agropecuária, havendo na cidade um frigorífico. A pecuária leiteira é dominada por pequenos e médios sitiantes e chacareiros e abastece vários laticínios e cooperativas da região.

A produção de hortifrutigranjeiros é comercializada pelos chacareiros, aos domingos, em feira livre na cidade. No município, há ainda produção de suínos e aves, que abastecem as Granjas Marque e 4 Irmãos.

Há ainda, no município, indústria de extração de madeiras.

No mercado formal de trabalho, parte considerável da população é de funcionários públicos municipais e estaduais, sendo que o comércio também absorve parte considerável da mão de obra, com 599 estabelecimentos cadastrados em 1997, de diferentes tamanhos. No setor informal, predominam as atividades braçais e vendas ambulantes.

A Prefeitura Municipal considera, como um de seus principais problemas, a questão do desemprego. Em 1997, parte considerável das famílias de um bairro carente da cidade deixou o município e foi para um acampamento de sem - terra, com o objetivo de conseguir um pedaço de terra e melhorar de vida. Além desse problema, o baixo nível sócio -econômico - cultura das famílias dos bairros carentes e a desqualificação profissional da população são considerados relevantes.

Com o fechamento da usina de álcool da COPROCAMI - Cooperativa de Produtores de Cana de Mirassol d'Oeste há cerca de 4 anos, a cidade passou a enfrentar sério problema do desemprego, pois a usina era o principal gerador de empregos do Município.

Existem 10 vendedores ambulantes cadastrados e 10 camelôs para os quais não é exigido cadastro.

A questão habitacional atinge 1.394 famílias que vivem em moradias precárias e/ou improvisadas no bairro Jardim São Paulo. Há intenção, por parte da Prefeitura, de implantar um programa para construção de casas populares em sistema de mutirão. Também na área rural, no Assentamento Margarida Alves, 140 famílias enfrentam a mesma situação.

Problemas de segurança como alcoolismo, delinquência juvenil e uso de drogas também afetam a cidade paralelamente aos focos de prostituição nas ruas, a prostituição infantil e 8 menores de rua.

O Município avalia que seria importante a construção de equipamentos sociais que acolhessem crianças e desabrigados em geral, além de mais creches; seria importante também a implementação de programa para atendimento ao menor infrator. Tais providências se somariam às 08 creches municipais existentes, ao programa de prevenção da marginalidade voltado para faixa etária de 7 a 17 anos e que já atende 180 menores, ao programa de atendimento a gestante carente, ao programa de atendimento a Comunidades Rurais que já trabalha com 600 pessoas de 13 comunidades, todos eles desenvolvidos pela Prefeitura, e mais o Lar São Vicente de Paula que abriga 36 idosos contando com apoio do PROSOL.

Mirassol d'Oeste apresentou um ICV de 0,45, atribuindo-lhe uma média qualidade de vida e a 15ª posição no ranking do Estado.

8.2. LAMBARI

O corte da cana (maio a outubro) é o responsável pelo emprego temporário não só dos moradores como principalmente de forasteiros, vindos inclusive de outros estados, os quais representam 75% da mão de obra utilizada nessa atividade. Durante esse período aumenta a pressão por moradia e os trabalhadores ou acampam nos locais de trabalho ou moram na cidade em casa de aluguel, pensões e casas de família. Na entressafra a cidade tem muito pouco a oferecer em termos de oportunidades de trabalho. Nas ruas trabalham 15 vendedores ambulantes sem exigência de cadastro e dois camelôs sendo um cadastrado na Prefeitura.

Como a maioria da população vive na área rural, aí se encontram as moradias improvisadas com todo tipo de material como é o caso do Distrito Boa União - 120 famílias, Grande Canaã - povoado com 400 famílias em sua maioria pequenos agricultores de algodão, arroz, milho e uva, havendo ainda 30 famílias de trabalhadores acampadas na Usina COPERBI e mais 40 na beira da BR-170

A cidade enfrenta quase todos os problemas de segurança, focos de prostituição nas ruas e ocorrência de prostituição infantil.

Dentro da carência geral da cidade, a implantação de equipamentos sociais variados, de cursos profissionalizantes e de um Cartório de Registro Civil, é vista como necessidade premente.

Entre os programas assistenciais, o Município conta com a distribuição de cestas básicas do Comunidade Solidária do Governo Federal e, em convênio com Estado - PROSOL - mantém uma creche no prédio da escola e dá atendimento a 94 idosos carentes.

8.3. RESERVA DO CABAÇAL

A oferta de emprego da cidade é pequena, sendo representada pelo Laticínio, pelo posto de gasolina, pelo(s) estabelecimento(s) de ensino público e por propriedades rurais que utilizam diaristas; assim, o problema do desemprego é grave, tendo a Prefeitura juntamente com PROSOL implantado o programa "Condomínio Agrícola", gerando trabalho para cerca de 60 famílias e devendo vigorar até o ano 2000. Trabalham nas ruas um vendedor ambulante e um camelô.

Na rua Joaquim Mesquita, a menos de 1 km do Centro, há um conjunto habitacional inconcluso da COHAB onde residem 10 famílias.

A Secretaria Municipal de Ação Social atua na comunidade em parceira com a Igreja Católica no organização de alguma campanhas assistenciais à população carente como, por exemplo, construção de casas em mutirão.

A Prefeitura mantém uma Creche para crianças de 0 a 6 anos de mães que trabalham e um programa de Iniciação Profissional para Adolescentes.

O ICV do município foi de 0,66, revelando um padrão baixo de qualidade de vida, 68ª posição do Estado.

8.4. ARAPUTANGA

Com a economia do município centrada na pecuária, a cidade de Araputanga conta com uma oferta de emprego limitada, muito embora o desemprego não seja citado como problema. Distribuem-se pelas ruas 10 vendedores ambulantes, sem exigência de cadastro, e 20 camelôs cadastrados, além dos 80 menores que por elas vagam.

Em precárias condições de moradia vive um total de 415 famílias em favelas e habitações sub-normais disseminadas pela área urbana, em bairros como São Sebastião, São Miguel, Jardim Ramalho, Farinheira, Santo Antônio, do Rádio, Manatí, todos eles a menos de 2,5 km do Centro, além do próprio Centro. A prostituição infantil existe, bem como focos de prostituição nas ruas, integrando uma problemática social onde se avolumam questões de segurança como uso de drogas, brigas violentas, roubos, delinquência juvenil e alcoolismo.

Frente a esse panorama, as demandas do município voltam-se para a construção de casas populares e de equipamentos sociais de reabilitação e de assistência a crianças, adolescentes e idosos.

A Prefeitura em convênio com o Estado - PROSOL - opera programas como Lavoura Comunitária (apoio à agricultura de subsistência), XANE (proteção/atenção integral à criança e ao adolescente), Creche municipal, atendimento ao deficiente físico através da APAE, atenção ao idoso e uma atividade própria voltada para informação/orientação à gestante de baixa renda.

O ICV de Araputanga foi de 0,49, considerado médio, correspondendo a 25ª posição no Estado.

8.5. SALTO DO CÉU

O índice de desemprego é muito alto, as fontes de trabalho são restritas, resumindo- se aos órgãos públicos municipais e estaduais. As ruas são local de atividade de 30 vendedores ambulantes e 08 camelôs, sem exigência de cadastramento.

Em condições de sub-normalidade habitacional vivem 350 famílias na área urbana, que moram nos bairros Boa Esperança, Boa Vista e Cachoeira.

A pobreza da população é marcada também pela presença de um contingente grande de idosos vivendo, em sua maioria, de aposentadoria rural, pelo alto índice de mortalidade, existindo ainda uma alta incidência de deficientes físicos e mentais. Acrescente-se os 40 menores que dividem as ruas com focos de prostituição e a existência de prostituição infantil.

Carente de recursos de toda ordem, o município ainda não está habilitado a determinados programas assistenciais do governo estadual; contudo vale-se do PROSOL para manter a creche e dar atendimento aos idosos. O projeto de Lavoura Comunitária está em início de implantação tendo recebido algum equipamento, como o trator agrícola, mas ainda sem obter os recursos financeiros.

Nessas circunstâncias, o pleito do município recai sobre equipamentos sociais em geral e sobre cursos profissionalizantes e oficinas de trabalho como forma de geração de renda.

Desta forma, o ICV de Salto do Céu ficou em 0,73, colocando o município entre aqueles de baixa qualidade de vida e na 86ª posição no Estado.

9. REGIÃO IX

9.1. CÁCERES

A posição geográfica e o papel relevante de Cáceres na rede urbana estadual coloca a cidade na rota de migrantes que, de passagem pelo município, muitas vezes aí se estabelecem por algum tempo quando faltam os recursos para as famílias atingirem seu destino final. A época da safra costuma atrair trabalhadores, alguns com casas na cidade e outros alojando-se em casas de parentes não engrossando, assim, o número de moradores de rua que, pelos cálculos da Prefeitura, seria de 03 famílias com 06 a 07 pessoas.

O alto índice de desemprego entre seus moradores é assinalado como o maior problema da cidade o que contribui para o incremento da atividade informal. Cerca de 300 camelôs, para os quais não é exigido cadastro, trabalham em vários locais e contam com uma Associação; entre 50 e 60 vendedores ambulantes são cadastrados pela Prefeitura e 08 crianças e adolescentes coletam material reciclável nas ruas.

Áreas de habitação sub-normal são encontradas na periferia da cidade (Parque Nova Era - e Carne Seca) e dentro da própria malha urbana (São Lourenço e Vila Irene) abrigando um total de 34 famílias. Na área rural existem várias outras concentrações além de um acampamento de sem-terra e 06 assentamentos.

A problemática urbana envolve também focos de prostituição nas ruas da cidade, a ocorrência de prostituição infantil e, ainda, os 5 menores de rua que esporadicamente podem chegar a 20.

Nesse quadro social insere-se ainda problemas de segurança de toda ordem, tendo sido detectado, inclusive, a existência de cerca de 40 "gangues" de jovens nos bairros periféricos.

A Prefeitura, por sua vez, conta com 07 creches municipais, numa das quais está sediada a Coordenadoria de Assistência Social que desenvolve, com recursos do Município e do Governo Federal, dois programas de assistência ao menor com cursos profissionalizantes além do acompanhamento e orientação psicológicos: Brasil Criança Cidadã e Guarda Mirim.

Foi aprovada, ainda, a instalação de um Albergue Noturno, faltando a liberação de recursos por parte do Governo Federal.

Cáceres apresentou um ICV de 0,56, refletindo média qualidade de vida, detendo a 37ª posição no Estado.

9.2. BARÃO DE MELGAÇO

São poucas as alternativas econômicas do município. A região pantaneira limita a prática agrícola, quer pelas enchentes, quer pelas dificuldades de escoamento da produção. No que diz respeito à pesca, principal atividade da população, não existe, no município, estruturas de apoio, como câmaras refrigeradas, cooperativas, etc. A produção acaba sendo para o auto consumo e um pequeno excedente é comercializado para hotéis e restaurantes locais e/ou de municípios próximos.

Quanto ao turismo, também não gera grandes receitas para o município, uma vez que os principais fluxos são ou de curta duração ou fazem parte de cadeias que levam os turistas diretamente para os hotéis e pousadas localizados nas baías, não gerando grande animação econômica para a sede municipal. Com uma economia frágil, Barão de Melgaço é o município de menor arrecadação do Estado. Com uma economia frágil, Barão de Melgaço é o município de menor arrecadação do Estado.

O município faz parte do PRONAF- Programa Nacional de Alimentação da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, que distribui cestas básicas para famílias carentes. Em 1997, 297 famílias recebiam cesta básica desse programa. O ecossistema pantaneiro faz com que, em época de enchentes, ocorra demanda temporária por habitação na sede municipal, decorrente do deslocamento compulsório da população das áreas alagadas para as partes mais altas e secas. Nessas ocasiões, também se deslocam as escolas rurais situadas em áreas alagadas.

A presença do turismo, aliada à falta de oportunidades de trabalho, acarreta o surgimento de casos de prostituição de adolescentes e viciados em drogas.

Há localidades de muito difícil acesso, como Parigara e Piraim. Neste último local, foi feita uma retificação do rio Cuiabá, o que, em épocas de vazante, dificulta o acesso por barco pelo rio Piraim, que deixou de ser alimentado pelo Cuiabá.

De qualquer forma a pesca - condicionada à fiscalização dos órgãos ambientais - e o turismo de temporada proporcionam algum rendimento aos moradores, sendo a Prefeitura a principal empregadora. Nessa medida, o desemprego é grande e no comércio de rua há, em números aproximados, 07 vendedores ambulantes e 04 camelôs, enquanto a Secretaria de Meio Ambiente coordena a coleta de material reciclável (latas) por crianças, após o horário escolar, pela qual recebem um lanche.

De janeiro a março cerca de 300 turistas em 60 barcos ancoram na cidade, o que enseja as oportunidades acima mencionadas, o mesmo ocorrendo em feriados prolongados.

A carência habitacional é outro problema grave e algumas áreas dos bairros Chacororé e Recreio não contam com redes de infra-estrutura. Acrescente-se o desabrigo temporário que afeta a população na época da cheia, que, de distâncias de 30 km, é transportada em barco providenciado pela Prefeitura para sede municipal; nessas ocasiões é distribuída cesta básica para os desabrigados. A demanda temporária aumenta na estação da pesca, quando pescadores acorrem ao município, hospedando-se em casas de famílias e de parentes.

A Prefeitura assiste ao idoso ocupando-os em aulas de artesanato para crianças e adolescentes e, com o patrocínio da iniciativa privada, incentiva as crianças através do programa "Bom de bola, bom de escola".

Em 1997, havia intenção de se constituir uma Unidade Móvel de Saúde (médico, enfermeira, auxiliar), para percorrer as áreas mais isoladas pelo menos 01 vez ao ano e, outras, 02 a 03 vezes ao ano.

Nessas condições, Barão de Melgaço encontra-se entre os três municípios de pior qualidade de vida, ICV 0,81, 93ª posição no Estado.

10. REGIÃO X

10.1. PONTES E LACERDA

O extrativismo (madeira e garimpo do ouro) e a pecuária são as principais atividades econômicas do município. Com a extinção da madeira e o fechamento do garimpo na Reserva Indígena do Sararé neste ano (1997), a população perdeu as suas fontes básicas de rendimento, uma vez que a pecuária tem baixa capacidade de absorção de mão de obra.

Boa parte dos ex-trabalhadores tornou-se diarista na área rural do próprio município ou de outros, deixando as famílias na cidade. Nas atividades urbanas, o frigorífico local dispõe de 240 postos de trabalho, restando os órgãos públicos, o pequeno comércio e as 04 agências bancárias com oferta limitada de emprego. Não há informações sobre o número de ambulantes e camelôs que ocupam as ruas, apenas o registro de 10 catadores de material reciclável.

O fechamento do garimpo deixou no município 300 famílias sem trabalho, moradia e emprego que passaram a depender da distribuição de cestas básicas da Prefeitura, além de uma área pública municipal cedida para localização emergencial dessas famílias. Está sendo negociado entre o Governo do Estado e a mineradora a doação de uma área próxima à empresa onde as famílias deverão construir suas casas.

A população favelada chega a um total de 850 famílias, concentrada em bairros periféricos como Morada da Serra, Vila Iguaçú (2 km) e Vila Guaporé.

Por tudo isso, Pontes e Lacerda enfrenta uma séria problemática social com o consumo de drogas aumentando bem como o envolvimento de adolescentes no tráfico (cidade próxima à fronteira com a Bolívia). Para além dos focos de prostituição nas ruas, a prostituição de crianças e adolescentes vem se alastrando, principalmente nas camadas de baixa renda.

Em termos de atuação na área social, a Prefeitura estabeleceu recentemente convênio, através do PROSOL, para apoio ao deficiente físico e manutenção de creche; de resto, a carência de recursos é grande, pois além do município não participar de programas assistenciais do governo federal também não há repasse de verbas do governo estadual.

Mesmo assim, a qualidade de vida é considerada média, ICV de 0,55 colocando o Município na 36ª posição no Estado.

10.2 VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

A economia urbana do município apresenta um grau de dinamismo muito baixo, sendo a própria Prefeitura a principal fonte de emprego; nessa medida, o número de desempregados é muito grande. Os 10 vendedores ambulantes não cadastrados e um único camelô, cadastrado, encarregam-se do comércio de rua da cidade.

À questão do desemprego junta-se a falta de saneamento básico que é considerado o pior problema. Também é grande o número de famílias que vivem em moradias improvisadas com diversos materiais: 2000 no Centro e Jardim Aeroporto. Na mesma situação encontram-se 668 famílias que vivem em inúmeras comunidades espalhadas pela área rural, sem contar as 104 de dois acampamentos de sem-terra nas fazendas Ritinha e Seringal.

Aos focos de prostituição nas ruas e à ocorrência de prostituição infantil somam-se questões de segurança como roubos e furtos, delinquência juvenil, uso de drogas e alcoolismo, sendo a falta de policiamento uma das queixas da cidade.

Na área social, a Prefeitura mantém duas creches para o atendimento de 188 crianças de 2 a 6 anos. Há um programa habitacional, HABITAR BRASIL com financiamento da CEF, em execução parcial - 13 casas populares - e com recursos aprovados para mais 42.

Na avaliação do Município, seria urgente a implantação de equipamentos sociais para atendimento ao idoso e aos inúmeros deficientes físicos (APAE), além de um programa do tipo "sopão" voltado para a população carente.

Vila Bela apresentou, assim, um baixo nível de qualidade de vida, com ICV de 0,70 o 80º do Estado 11. REGIÃO XI

11.1. BARRA DO BUGRES

Antigo distrito de Cáceres, o povoamento de Barra do Bugres teve início com as penetrações bandeiristas no rio Paraguai. Somente em 1878 chegaram ao local de Barra do Bugres os primeiros povoadores, tendo início o cultivo de subsistência e a busca da poaia, que teve resultados satisfatórios. Mais tarde, foram descobertas outras potencialidades econômicas, como madeira, borracha nativa, ouro e diamante. Por volta de 1910, a intensa procura da poaia havia transformado o vilarejo em um núcleo urbano bastante adensado. Em 1943 é criado o município que se instala em 1944.

Em período mais recente, as atividades econômicas do município voltaram - se para o plantio da cana de açúcar, hoje responsável por 70% da arrecadação municipal, e criação de gado. A agricultura de subsistência é centrada principalmente na produção de arroz, milho, feijão e mandioca, enquanto a produção de banana e coco encontra - se em expansão. A pecuária do município é caracterizada pela bovinocultura de corte e leite. Na cidade, há Exposição Agropecuária anual e Festa do Peão.

A extração de madeiras ainda é significativa no município, havendo serrarias e marcenarias. Também os seringais são explorados, embora não mais nativos.

De abril a outubro, o corte da cana emprega a mão de obra local atraindo, também, trabalhadores de fora que, em geral, residem temporariamente em alojamentos das empresas ou em "casas de palha" existentes nas plantações. No restante do ano, como as oportunidades de trabalho são escassas aquela mão de obra permanece desempregada ou vivendo de eventuais biscates.

Nas ruas da cidade trabalham 80 vendedores ambulantes e 20 camelôs, sem exigência de cadastramento. Nas ruas vivem também 15 moradores, número esse que tende a aumentar na época de safra.

As moradias precárias concentram-se na periferia da cidade em locais como Jardim Alvorecer (7 km), Jardim 13 de Maio (3 km) e PRONAVE (4 km) abrigando 360 famílias. A Caixa Econômica Federal deve financiar um programa para construção de 60 casas para população de baixa renda, enquanto a Prefeitura, junto com o Governo Estadual, promove a construção em sistema de mutirão para os sem-teto.

Aos focos de prostituição, a qual atinge também crianças, nas ruas somam-se problemas de segurança como alcoolismo, drogas e brigas violentas contribuindo para a constatação de que os assassinatos tem aumentado, inclusive entre os cortadores de cana.

Decorre desse panorama a importância atribuída à necessidade de cursos de treinamento visando qualificação de mão de obra, registrada na entrevista. Nesse sentido, a Prefeitura mantém o programa Clube de Mães e no intuito de retirar os menores das ruas desenvolve o Atendimento Escolar Multisseriado.

Com um ICV de 0,60, Barra do Bugres registra uma baixa qualidade de vida ocupando a 56ª colocação do Estado. 11.2. ALTO PARAGUAI

O município conta com reservas minerais importantes - calcita, ouro, diamante, argila - o que dá margem a atividade extrativa, cujo significado econômico é difícil de aquilatar pela falta de registros. Nessa medida, a agricultura de subsistência em pequena propriedade e pecuária, na grande, são as principais atividades do município, o que significa poucas oportunidades de emprego; a economia urbana, por sua vez, também é limitada, restringindo- se os postos de trabalho aos cargos na administração pública. Nessas circunstâncias, a arrecadação do Município é muito baixa, dependendo praticamente dos repasses do FPM.

Dois 06 vendedores ambulantes, 04 são cadastrados e o comércio de rua é complementado por mais 02 camelôs.

Na periferia urbana, 120 famílias vivem em habitações sub-normais, nos bairros Campo de Aviação e Fazenda Velha, e outras 150 em comunidades rurais.

Entre os problemas de segurança são apontados alcoolismo, uso de drogas e prostituição, com focos nas ruas; registra-se ocorrência de prostituição infantil.

O pleito municipal envolve implantação de equipamentos sociais para atendimento de idosos, deficientes físicos bem como programas de produção e distribuição de alimentos para famílias carentes. Nesse sentido, há o PRODEA, em convênio com o Estado que promove a distribuição mensal de uma cesta básica para cada família da área urbana. A população da área rural é atendida diretamente pela Prefeitura que desloca equipe de profissionais até as comunidades que providenciam documentação pessoal, atendimento médico, distribuição de alimentos e remédios, etc. A Prefeitura mantém ainda uma creche que está atendendo 40 crianças.

O ICV de Alto Paraguai de 0,74 indica baixa qualidade de vida, 89ª posição.

11.3 SANTO AFONSO

Com o término do garimpo houve dispensa de mão de obra que encontra dificuldades para re-colocação, tentando, inclusive retornar à agricultura. A pecuária de corte e leite conforma, hoje, a base econômica municipal que conta ainda com uma grande propriedade canavieira da Usina Itamaraty Essas atividades, contudo, não suprem as necessidades de postos de trabalho para os moradores, os quais contam tão somente com os órgãos públicos e o comércio local. Em função dessa precariedade, boa parte dos chefes de família e dos jovens busca trabalho nos municípios vizinhos, voltando nos finais de semana.

A cidade enfrenta problemas como alcoolismo, roubos e furtos e prostituição, tendo notícias de prostituição infantil.

A infra-estrutura urbana é precária, pois praticamente inexiste saneamento básico. Sendo município de instalação recente, a própria estrutura administrativa é incompleta, com o município valendo-se de instâncias - como o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente e o Conselho Municipal de Assistência Social - do município de Arenápolis.

Há previsão de dois programas sociais: um, com intermediação da CEF, de habitação popular para 1998 e o outro, sem data, de amparo ao idoso. 12. REGIÃO XII

12.1. CONFRESA

Município novo, criado em 1991, teve seu crescimento impulsionado com a instalação da usina de um grupo econômico de Pernambuco, a qual tornou-se a principal fonte de rende e emprego, com o álcool sendo comercializado no Maranhão, em Pernambuco e em Tocantins, de onde provém a mão de obra especializada para a usina. Além da lavoura de cana de açúcar, o arroz e a banana são produzidos em pequenas propriedades.

Na época de safra a usina importa trabalhadores temporários, chegando a duplicar a população do município, alojando a grande maioria na vila existente na propriedade; o excedente dirige-se para a periferia da cidade onde improvisam moradias com material fornecido pela Prefeitura. Há, entretanto, 760 famílias moradoras permanentes que vivem em residências precárias ou mesmo improvisadas espalhadas nos Setores Aeroporto, Vila Nova, Sudoeste, Xingu e Porto Alegre do Norte.

Nas ruas da cidade trabalham 20 vendedores ambulantes e 03 camelôs sem exigência de cadastramento.

Os problemas de segurança envolvem alcoolismo. brigas violentas, roubos e furtos, prostituição incluindo focos nas ruas e uso de drogas. Há notícias de prostituição infantil e a existência de 70 menores de rua.

O município ainda não estruturou um plano específico de ação social e está em estudo o programa "Confresa 2.000" que visa dotar o município de redes de infra-estrutura e de equipamentos sociais, inclusive com ensino profissionalizante pois há carência de mão de obra qualificada. As demandas sociais são várias tais como creches, abrigo para menores, distribuição de cestas básicas, etc.; contudo, a arrecadação municipal é insuficiente para destinar recursos ao atendimento dessas necessidades.

12.2. PORTO ALEGRE DO NORTE

A falta de emprego e carências urbanas de toda ordem tornam Porto Alegre do Norte um dos municípios mais pobres do Estado. Com um setor agrícola incipiente e uma economia urbana débil, o município tem na Prefeitura e nas escolas estaduais, praticamente, as únicas fontes de emprego. No comércio de rua trabalham 30 vendedores ambulantes e 30 camelôs, sem exigência de cadastro.

Nessa condições, o quadro social do município é bastante deteriorado, com a prostituição, inclusive a infantil, assumindo extrema gravidade por ser estimulada pelas famílias de baixa renda enquanto fonte de rendimento. Segundo dados oficiais, é o segundo município do Estado de maior incidência desse problema. O quadro se agudiza ao acusar problemas de alcoolismo, roubos e furtos, uso de drogas, assassinatos e criminalidade em geral.

O panorama habitacional é precário especialmente na Vila Progresso onde 50 famílias vivem em moradias improvisadas com materiais como rejeito de serraria, plástico, palhas e lonas. Já no Setor Aeroporto são montados acampamentos temporários com barracos de lona/palma de coqueiro abrigando também cerca de 50 famílias. As demanda municipais, além da habitacional, dizem respeito a saneamento básico, equipamentos sociais em todos os setores, saúde pública pois é alta a incidência de tuberculose e de hanseníase sendo também alto o grau de desnutrição.

O município participa do programa federal Comunidade Solidária através do qual são distribuídas 203 cestas básicas e sementes para implantação de hortas familiares acompanhada de orientação técnica.

O ICV de Porto Alegre Norte foi baixo - 0,78 ocupando a 92ª posição no Estado.

12.3. SANTA TEREZINHA

A falta de emprego é grave na medida em que as fontes de trabalho são limitadas à Prefeitura, escolas e fazenda Codeara. A economia agrícola é basicamente dependente da citada fazenda, enquanto a urbana é frágil e incapaz de absorver a mão de obra local. Nesse panorama, o município encontra-se entre os mais pobres do Estado com uma infra-estrutura urbana, inclusive de acesso viário, altamente deficiente e um quadro social bastante precário despontando a prostituição, especialmente a infantil, e o alcoolismo como as questões mais sérias. Há, ainda, dois povoados no interior do município - Antônio Rosa e Lago Grande - que aglutinam 100 famílias vivendo em habitações precárias. Nas ruas da cidade trabalham 10 vendedores ambulantes, sem cadastro, e um catador de material reciclável.

A Prefeitura está implantando um programa habitacional urbano - "Minha casa sem goteira"- através do qual ela fornecerá o material de construção para 200 famílias construírem suas casas. Dentro dos programas "Caravana da Cidadania Urbana" a CONAB distribui cerca de 390 cestas básicas para famílias com crianças cadastradas enquanto a prefeitura se responsabiliza pela distribuição diária de 200 litros de leite e promove uma assistência médico- odontológica e de higiene pessoal. Esta última atividade é também levada a efeito no âmbito do programa "Caravana da Cidadania Rural" além de providências no sentido da obtenção de documentação pessoal. A Prefeitura mantém também uma creche com um repasse do Estado de R$ 3.000,00 mensais. Prevê-se, ainda, uma parceria entre a Prefeitura e a fazenda Codeara em que esta cede a terra, por um prazo de 7 anos prorrogável ou não, para o assentamento de famílias que produzirão algodão, seringa e café.

Santa Teresinha tem um ICV de 0,81 penúltima posição no Estado.

12.4. VILA RICA

Existe escassez de emprego, porém o que adquire notoriedade é a incidência de alcoolismo e uso de drogas, especialmente entre os adolescentes; também as brigas violentas, os roubos e furtos, a prostituição - inclusive infantil -, os assassinatos e criminalidade em geral contribuem para um quadro insatisfatório. Considere-se também que 300 famílias vivem em moradias precárias e/ou improvisadas no bairro Vila Nova, a cerca de 3 km do Centro,

Nas ruas moram 15 pessoas, número esse que aumenta na época da safra pois vem gente do Pará e Maranhão que não tem onde se abrigar. As ruas são também local de trabalho de 10 vendedores ambulantes, sem cadastro, e 03 catadores de material reciclável, principalmente de latas.

A prefeitura não tem ação específica de assistência social principalmente por falta de recursos.

Há, contudo, 03 projetos em fase de estudo voltados para o retirar crianças e adolescentes das ruas e que incluiria capacitação técnica; criação de uma creche no bairro Vila Nova para 100 crianças; centro de convivência para 80 a 100 idosos. Ademais, a administração considera importante uma campanha de prevenção contra drogas e contra o alcoolismo e , embora não recursos, a Prefeitura pretende realizá-las.

Vila Rica apresentou um ICV de 0,66 - 69ª posição no Estado.

13. REGIÃO XIII

13.1. RIBEIRÃO CASCALHEIRA

A pecuária é dominante no setor rural enquanto a economia urbana conta com um laticínio e a própria administração municipal como fontes de emprego. Sendo atividades limitadas enquanto absorção de mão de obra, o desemprego é alto. Na pecuária, por exemplo, o trabalho é temporário sendo os peões dispensados na época do abate do gado. A expectativa de aumentar a oferta corre por conta de um provável frigorífico que se instalaria no município. A pequena propriedade é responsável pela subsistência de 2 mil famílias que produzem arroz, milho, mandioca e banana. Já nas ruas da cidade trabalham 10 vendedores ambulantes, sem cadastro, e 06 catadores de material reciclável.

Na área urbana vivem 300 famílias em habitações precárias nos bairros Ribeirão, Alvorada, Morada Nova e no Setor ao lado do Destacamento de Polícia. Na área rural, segundo o Sindicato de Trabalhadores Rurais, são 430 famílias de sem terra vivendo em precárias condições e para as quais pleiteia-se distribuição de cesta básica junto ao INCRA.

Entre as questões de segurança são apontados alcoolismo, roubos e furtos (de acordo com as informações, praticados por pessoas de fora do município visando basicamente carros e motos) e prostituição, inclusive com focos nas ruas. Cita-se também ocorrência de prostituição infantil.

A Prefeitura mantém um programa de distribuição de cesta básica para famílias carentes e peões desempregados; desenvolve com os técnicos da EMAPER um programa de orientação alimentar alternativa em termos de cursos técnicos de aproveitamento da parte dos produtos usualmente rejeitada, incluindo também orientação de higiene pessoal e dos alimentos.

Há ainda um programa de assistência médica com 30 consultas diárias, distribuição medicamentos, deslocamento de médicos para atendimento na área rural, manutenção de convênio com o hospital particular da cidade custeando internações e partos. Este programa suscita controvérsias pois para o atual Secretário de Saúde ele existiu até 1992 e será retomado em 1998 mas com atendimento somente no Posto de Saúde, enquanto para o presidente do STR o programa nunca existiu.

Finalmente, há a registrar que, durante o transcurso da pesquisa nas sedes urbanas, recebeu-se a informação de que a SEPLAN/MT e a coordenação do PRODEAGRO vinham envidando esforços junto ao Sindicato de Trabalhadores Rurais do município no sentido de sua adesão ao PADIC - Programa de Apoio Direto às Iniciativas Comunitárias.

O ICV de Ribeirão Cascalheira foi baixo - 0,68, 75ª posição no Estado.

13.2. SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA

A habitação subnormal abrange 190 famílias com moradias precárias construídas com materiais como plástico, barro batido e palha e rejeitos de materiais diversos localizadas nos bairros Jardim Mosquito, Parque Amazonas e Jardim Floresta. No Distrito de Pontenópolis há um projeto de assentamento com 100 famílias que ainda vivem em moradias provisórias aguardando o Crédito Habitação do INCRA.

Nas ruas da cidade trabalham 15 vendedores ambulantes e 04 camelôs. A Prefeitura estabeleceu um sistema de licença temporário, ou seja, por um determinado número de dias há uma autorização diária para ambulantes e camelôs atuarem nas ruas. A medida visa atender pessoas que estão de passagem pela cidade e que se valem dessa atividade para obter algum rendimento. Nessa situação encontram-se 10 ambulantes e 01 camelô sendo os demais fixos. Ainda nas ruas, são 03 pessoas que coletam material reciclável.

Em termos de problemas de segurança são apontadas prostituição e uso de drogas. Notícias de prostituição infantil existem durante o carnaval e a temporada de praia em julho.

O Departamento da Ação e Promoção Social vem atuando junto com a Secretaria de Saúde, tendo elaborado programas para instalação de unidades sociais como creches, prédio para o funcionamento do Conselho Tutelar, equipamento para colônia de pescadores, implantação de horta comunitária e local para feira livre, abrigo para indigentes que hoje são acolhidos por uma voluntária e a Prefeitura fornece alimentos e remédios.

O ICV de São Félix foi de 0,69, portanto baixo, com a 76ª posição no Estado.

13.3. SÃO JOSÉ DO XINGU

Município novo, emancipado em 1993, tem na pecuária de corte, explorada na média e grande propriedade, a principal atividade econômica. A pequena propriedade faz uma agricultura basicamente de subsistência com venda eventual de excedentes de milho, feijão, mandioca e banana. A pecuária emprega mão de obra temporária, dispensada quando o gado vai para o abate. Esse sistema contribui para o aumento da demanda habitacional e para o incremento sazonal do desemprego, que já é alto, na cidade cuja fonte de trabalho reduz-se praticamente à Prefeitura. Nas ruas trabalham 08 camelôs mediante o pagamento de um alvará que substitui o cadastro.

Com relação aos peões dispensados das fazendas na entressafra, a Prefeitura doou terrenos onde eles constróem seus barracos em lona plástica ou madeira. Durante esse período, também prestam serviços eventuais à Prefeitura pelos quais recebem uma diária. Nas ruas da cidade.

De forma esparsa dentro da malha urbana encontram-se 627 famílias residindo em habitações precárias e/ou improvisadas com diversos materiais. Na área rural há um total de 819 famílias vivendo em moradias precárias e provisórias em diversas glebas de assentamentos rurais, utilizando como materiais de construção o “casqueiro” (primeira casca da madeira), lonas plásticas, rejeitos de madeira, folha de bananeira do mato e palha.

A prostituição é o grande problema social da cidade, constando que "metade da cidade a partir da rua Mandioca" foi constituída por prostitutas e peões. A própria prostituição infantil existente é considerada, em boa parte, derivada dessa situação.

A cidade tem ainda insuficientes redes de infra-estrutura, especialmente de saneamento básico, o que inviabiliza o pleito junto ao governo federal de um programa de habitação popular.

A Prefeitura mantém um programa de atendimento direto à população, tanto urbana como rural, providenciando a obtenção de documentação pessoal (o município pertence à Comarca de São Félix do Araguaia e de aposentadoria para os idosos. Mantém ainda, com auxílio do PROSOL do Governo do Estado, uma creche para 100 crianças. Já na área de Saúde, o hospital é particular e firmou um convênio com os fazendeiros para o atendimento aos peões que estão a seus serviços. ANEXO II – LISTAGEM DOS 21 MUNICÍPIOS MADEIREIROS PESQUISADOS E PRINCIPAIS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO, POR MUNICÍPIO ANEXO II - LISTAGEM DOS 21 MUNICÍPIOS MADEIREIROS PESQUISADOS E PRINCIPAIS RESULTADOS DOS LEVANTAMENTOS DE CAMPO, POR MUNICÍPIO

1 - Alta Floresta - principal empregadora

2 - Aripuanã - 35 empresas 1.200 empregos

3 - Canarana - 135 “

4 - Castanheira - 14 empresas 500 empregos

5 - Cláudia - 120 empresas 4.000 empregos, incluindo extração

6 - Colíder - 20 empresas 850 empregos

7 - Comodoro - 150 empresas 240 empregos

8 - Guarantã do Norte - 90 empresas 10.000 empregos (30% da economia)

9 - Juara - 42 empresas 4.000 empregos

10 - Juína - 150 empresas 800 empregos (princípio de decadência)

11 - Juruena - 15 empresas 2.500 empregos (70% da mão de obra)

12 - Marcelândia - 270 empresas 12.000 empregos

13 - Matupá - 20 empresas 500 empregos

14 - Peixoto de Azevedo - atividade pouco expressiva 500 empregos

15 - Querência - 18 empresas 200 empregos

16 - Santa Carmem - 50 empresas 1.700 empregos

17 - Sinop - 820 empresas 17.000 empregos

18 - Sorriso - 70 empresas 1.000 empregos (em decadência, substituída por soja mecanizada)

19 - Terra Nova

20 - Vera - 230 empresas 16.000 empregos

21 - Vila Rica - média expressão e sem beneficiamento ANEXO III - QUADROS COM DADOS ABSOLUTOS A001 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS - 1991 AGROP. INDÚSTRIA CONSTR. OUTRAS COMÉRCIO TRANSP. SERV.AUX. PREST. ADMINIS. OUTRAS PESSOAS % 10 E < MUNICÍPIO EXT. SOCIAL TOTAL TRANSFORM. CIVIL INDÚSTRIAS MERCAD. COMUNIC. ECONOMIA SERVIÇOS PÚBLICA ATIVID. 10 ANOS E < TOTAL VEG.PESCA ACORIZAL 819 76 43 49 72 9 154 258 87 1.567 3.823 40,99 AGUA BOA 2998 238 243 81 561 231 114 968 351 253 78 6.116 12.164 50,28 ALTA FLORESTA 11412 1635 838 3379 3.061 829 343 4.002 1.397 511 338 27.745 49.997 55,49 ALTO ARAGUAIA 1262 135 227 69 475 78 86 505 264 445 49 3.595 8.367 42,97 ALTO GARCAS 902 131 180 599 327 116 108 471 317 295 23 3.469 6.436 53,90 ALTO PARAGUAI 1190 39 78 2518 203 48 30 505 244 90 4 4.949 10.193 48,55 ALTO TAQUARI 621 33 78 41 85 39 33 211 85 77 20 1.323 2.240 59,06 APIACAS 539 81 46 1581 326 100 28 554 146 64 31 3.496 5.500 63,56 ARAGUAIANA 665 31 12 28 32 21 15 77 84 72 10 1.047 2.455 42,65 ARAGUAINHA 208 15 24 37 10 7 31 62 71 7 472 1.082 43,62 ARAPUTANGA 1424 731 229 279 459 98 63 568 434 152 64 4.501 9.219 48,82 ARENAPOLIS 1384 251 230 2998 651 68 130 904 492 119 92 7.319 14.437 50,70 ARIPUANA 2654 477 79 710 214 102 26 229 243 97 7 4.838 9.871 49,01 BARAO DE 2339 32 40 78 92 20 25 222 182 64 3.094 6.919 44,72 MELGAÇO BARRA DO 3607 644 532 99 723 258 198 863 467 302 123 7.816 16.395 47,67 BUGRES BARRA DO 2709 1413 1181 448 3.073 893 354 3.782 1.784 1.456 477 17.570 34.924 50,31 GARCAS BRASNORTE 1003 927 64 36 120 80 50 303 111 54 32 2.780 4.806 57,84 CACERES 8664 1810 1821 654 2.775 882 527 4.296 2.108 1.594 329 25.460 57.261 44,46 CAMPINAPOLIS 2408 48 56 28 182 83 33 256 148 89 25 3.356 8.421 39,85 CAMPO NOVO DO 1103 244 130 31 237 163 174 416 134 131 32 2.795 4.645 60,17 PARECIS CAMPO VERDE 1085 61 239 68 288 70 156 325 140 122 42 2.596 4.456 58,26 CANARANA 1759 312 244 47 584 134 188 697 391 216 105 4.677 8.709 53,70 CASTANHEIRA 1552 887 58 70 152 29 48 249 150 76 17 3.288 6.237 52,72 CHAPADA DOS 2046 123 235 470 102 11 87 374 504 275 109 4.336 9.276 46,74 GUIMARAES CLAUDIA 563 1878 54 99 353 33 80 357 120 25 27 3.589 6.638 54,07 COCALINHO 1287 64 32 27 71 43 13 172 108 112 21 1.950 4.099 47,57 (continua...) A001 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1991 (...continuação) AGROP. INDÚSTRIA CONSTR. OUTRAS COMÉRCIO TRANSP. SERV.AUX. PREST. ADMINIS. OUTRAS PESSOAS MUNICÍPIO EXT. SOCIAL TOTAL % 10 E < TRANSFORM. CIVIL INDÚSTRIAS MERCAD. COMUNIC. ECONOMIA SERVIÇOS PÚBLICA ATIVID. 10 ANOS E < VEG.PESCA COLIDER 6473 697 407 776 1.470 232 156 1.573 780 248 170 12.982 23.762 54,63 COMODORO 1549 472 140 59 305 68 82 476 222 136 77 3.586 6.640 54,01 CUIABA 5284 10279 15880 4679 29.335 7.602 6.437 34.793 20.005 16.925 6.238 157.457 305.488 51,54 DENISE 607 252 73 11 175 44 67 115 134 35 4 1.517 3.546 42,78 DIAMANTINO 1773 274 471 943 1.068 127 232 1.032 586 481 177 7.164 12.254 58,46 DOM AQUINO 1220 133 199 202 235 63 80 370 377 213 64 3.156 6.945 45,44 FIGUEIROPOLIS 1475 31 51 13 106 47 26 101 136 101 4 2.091 4.008 52,17 D'OESTE GENERAL 452 34 32 172 70 23 72 140 94 11 1.100 3.195 34,43 CARNEIRO GUARANTA DO 3904 632 199 2501 710 390 131 1.371 387 127 117 10.469 17.732 59,04 NORTE GUIRATINGA 1624 170 288 1166 373 140 152 929 519 256 103 5.720 11.495 49,76 INDIAVAI 505 24 18 17 31 16 68 69 55 8 811 1.469 55,21 ITAUBA 1081 795 14 91 159 54 39 307 113 65 26 2.744 5.147 53,31 ITIQUIRA 1625 78 83 269 92 14 15 326 148 151 31 2.832 5.907 47,94 JACIARA 2477 995 474 137 1.216 326 141 1.577 745 426 185 8.699 16.843 51,65 JANGADA 710 15 27 32 84 19 7 153 117 98 22 1.284 3.677 34,92 JAURU 2803 188 98 45 200 70 35 311 333 89 29 4.201 9.613 43,70 JUARA 3367 1775 312 237 818 202 179 1.395 555 150 130 9.120 16.045 56,84 JUINA 5108 2012 640 2483 1.513 410 209 1.977 929 263 213 15.757 27.227 57,87 JURUENA 836 787 51 22 173 103 32 255 172 72 19 2.522 4.470 56,42 JUSCIMEIRA 1917 145 158 207 271 120 29 507 314 153 34 3.855 8.400 45,89 LUCAS DO RIO 985 93 119 75 446 101 110 472 222 66 58 2.747 4.951 55,48 VERDE LUCIARA 996 70 129 35 97 45 5 214 157 134 9 1.891 4.068 46,48 MARCELANDIA 835 1698 98 109 224 20 83 335 106 57 49 3.614 6.133 58,93 MATUPA 697 452 125 980 537 100 36 667 227 96 49 3.966 7.430 53,38 MIRASSOL 3035 980 704 174 1.500 174 197 1.742 806 368 126 9.806 19.616 49,99 D'OESTE NOBRES 1853 517 332 383 397 121 125 1.059 431 179 73 5.470 10.937 50,01 NORTELANDIA 398 55 156 1608 328 48 35 513 367 102 37 3.647 7.425 49,12 (continua...) A001 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1991 (...continuação) AGROP. INDÚSTRIA CONSTR. OUTRAS COMÉRCIO TRANSP. SERV.AUX. PREST. ADMINIS. OUTRAS PESSOAS MUNICÍPIO EXT. SOCIAL TOTAL % 10 E < TRANSFORM. CIVIL INDÚSTRIAS MERCAD. COMUNIC. ECONOMIA SERVIÇOS PÚBLICA ATIVID. 10 ANOS E < VEG.PESCA NOSSA SRA. DO 2331 11 32 226 67 33 8 169 299 145 14 3.335 7.683 43,41 LIVRAMENTO NOVA 2150 74 43 49 153 26 69 316 229 88 46 3.243 6.989 46,40 BRASILANDIA NOVA CANAA DO 3060 218 78 772 353 68 66 323 183 64 24 5.209 10.461 49,79 NORTE NOVA MUTUM 1425 54 79 24 309 39 50 180 106 36 41 2.343 4.067 57,61 NOVA OLIMPIA 1089 1066 56 76 140 83 36 265 170 86 24 3.091 5.354 57,73 NOVA 2443 258 424 551 856 297 149 1.263 484 450 126 7.301 14.002 52,14 XAVANTINA NOVO 1032 199 30 22 64 16 18 78 63 105 5 1.632 3.210 50,84 HORIZONTE DO NORTE NOVO SAO 1496 101 99 54 81 35 133 112 182 50 27 2.370 5.085 46,61 JOAQUIM PARANAITA 1630 90 58 1760 415 94 53 673 182 97 5 5.057 9.136 55,35 PARANATINGA 2956 139 248 498 366 58 231 690 421 189 75 5.871 13.326 44,06 PEDRA PRETA 2049 232 150 56 262 86 48 830 347 144 62 4.266 8.694 49,07 PEIXOTO DE 1194 317 350 8383 2.424 328 154 2.741 427 205 56 16.579 26.984 61,44 AZEVEDO POCONE 3261 304 540 1954 765 132 133 1.649 839 419 78 10.074 21.524 46,80 PONTE BRANCA 595 55 33 31 46 3 8 180 108 152 21 1.232 2.920 42,19 PONTES E 5683 1121 766 889 1.438 414 197 2.098 522 271 126 13.525 25.416 53,21 LACERDA PORTO ALEGRE 1919 59 110 57 159 64 13 260 191 82 12 2.926 7.242 40,40 DO NORTE PORTO DOS 1106 822 40 27 80 13 32 250 147 129 26 2.672 4.861 54,97 GAUCHOS PORTO 2129 36 104 11 134 23 32 177 116 80 15 2.857 6.236 45,81 ESPERIDIAO POXOREO 2640 121 236 3222 383 57 69 692 506 468 155 8.549 17.937 47,66 PRIMAVERA DO 1640 154 506 110 901 248 189 1.032 394 133 136 5.443 9.203 59,14 LESTE RESERVA DO 536 24 14 37 5 9 68 63 86 14 856 2.308 37,09 CABACAL (continua...) A001 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1991 (...continuação) AGROP. INDÚSTRIA CONSTR. OUTRAS COMÉRCIO TRANSP. SERV.AUX. PREST. ADMINIS. OUTRAS PESSOAS MUNICÍPIO EXT. SOCIAL TOTAL % 10 E < TRANSFORM. CIVIL INDÚSTRIAS MERCAD. COMUNIC. ECONOMIA SERVIÇOS PÚBLICA ATIVID. 10 ANOS E < VEG.PESCA RIBEIRAO 2090 96 74 36 223 18 33 211 195 59 57 3.092 6.204 49,84 CASCALHEIRA RIO BRANCO 2481 320 145 21 243 90 31 349 255 130 32 4.097 8.733 46,91 RONDONOPOLIS 8956 3487 4502 1203 9.144 2.114 1.641 10.025 5.083 1.604 1.246 49.005 97.112 50,46 ROSARIO OESTE 3063 174 328 137 420 147 63 608 573 471 68 6.052 14.412 41,99 SALTO DO CEU 1925 21 28 26 97 28 11 101 215 177 30 2.659 5.377 49,45 SANTA 1390 138 73 38 93 47 50 301 202 86 5 2.423 6.226 38,92 TEREZINHA SANTO ANTONIO 2875 52 110 54 94 42 85 477 405 178 46 4.418 11.258 39,24 DO LEVERGER SAO FELIX DO 2153 145 206 90 359 70 196 758 412 279 37 4.705 10.639 44,22 ARAGUAIA SAO JOSE DO 2293 1886 209 93 388 210 81 747 337 276 45 6.565 11.825 55,52 RIO CLARO SAO JOSE DOS 4 4019 516 416 173 1.304 302 166 1.052 485 190 118 8.741 16.797 52,04 MARCOS SINOP 1544 5915 1139 358 2.389 758 273 2.791 1.369 471 237 17.244 28.692 60,10 SORRISO 2177 836 381 192 1.071 384 218 1.108 315 142 161 6.985 12.039 58,02 TANGARA DA 4676 1074 1408 486 2.028 868 440 3.112 1.238 498 447 16.275 30.301 53,71 SERRA TAPURAH 1607 690 22 26 123 87 71 200 54 76 12 2.968 5.586 53,13 TERRA NOVA DO 4343 198 231 1640 470 156 91 658 440 155 102 8.484 16.641 50,98 NORTE TESOURO 473 67 52 516 112 18 17 187 156 72 54 1.724 3.419 50,42 TORIXOREU 1117 115 195 246 306 30 44 573 286 172 38 3.122 6.495 48,07 VARZEA GRANDE 3590 7240 6798 2289 12.405 3.343 1.366 13.078 4.413 2.781 1.385 58.688 120.542 48,69 VERA 1374 2553 73 60 192 142 61 369 157 55 42 5.078 7.787 65,21 VILA BELA DA 3108 436 75 187 118 49 46 362 224 218 33 4.856 9.674 50,20 SSIMA. TRINDADE VILA RICA 2107 237 136 64 328 95 54 514 176 101 40 3.852 7.056 54,59

ESTADO 209517 67620 48854 58671 98.501 26.214 18.314 125.828 62.790 39.659 15.448 771.416 1.512.446 51,00 FONTE: FIBGE, Censo Demográfico – 1991 A002 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS - 1995 OUTRA MUNICÍPIO TOTAL PARCEIRO EM.PERM. EMP.TEMP. FAMILIAR < 14 ANOS S/PESS.CONTR COND. Acorizal 2 093 30 203 225 79 1 556 234 460 Água Boa 2 919 31 783 380 35 1 690 219 421 Alta Floresta 13 378 190 1 063 1 455 374 10 296 1 478 3 110 Alto Araguaia 2 349 3 937 149 20 1 240 409 284 Alto Boa Vista 2 926 0 308 376 0 2 242 586 775 Alto Garças 1 231 20 454 50 1 706 255 153 Alto Paraguai 1 514 0 289 162 4 1 059 162 350 Alto Taquari 641 1 199 61 0 380 115 97 Apiacás 1 339 2 80 268 51 938 265 130 Araguaiana 743 0 352 76 1 314 11 85 Araguainha 250 0 72 32 1 145 53 31 Araputanga 1 677 4 498 96 111 968 266 192 Arenápolis 805 12 180 88 56 469 94 115 Aripuanã 6 885 19 448 164 110 6 144 2 059 1 396 Barão de Melgaço 2 445 0 301 347 36 1 761 372 450 Barra do Bugres 5 760 69 1 008 2 978 94 1 611 467 349 Barra do Garças 1 923 4 685 240 16 978 175 262 Barra do Garças 1 923 4 685 240 16 978 175 262 Brasnorte 1 399 46 257 85 16 995 169 427 Cáceres 8 005 25 1 450 404 414 5 712 807 1 638 Campinápolis 2 743 51 401 157 143 1 991 504 508 Campo Novo do Parecis 5 210 56 2 453 1 508 5 1 188 386 88 Campo Verde 2 501 19 1 035 172 357 918 291 196 Canabrava do Norte 2 345 0 44 5 5 2 291 894 514 Canarana 2 094 22 504 360 7 1 201 63 289 Castanheira 3 664 20 332 392 58 2 862 944 585 Chapada dos Guimarães 2 866 24 685 259 145 1 753 505 335 Cláudia 1 135 24 230 72 117 692 180 150 Cocalinho 1 864 4 834 388 21 617 80 79 Colíder 9 260 13 736 130 174 8 207 1 658 2 230 (continua...) A002 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1995 (...continuação) OUTRA MUNICÍPIO TOTAL PARCEIRO EM.PERM. EMP.TEMP. FAMILIAR < 14 ANOS S/PESS.CONTR COND. Comodoro 3 963 14 671 1 039 8 2 231 340 574 Confresa 7 816 6 449 362 301 6 698 1 921 1 717 Cotriguaçu 2 138 0 39 33 25 2 041 604 540 Cuiabá 2 324 7 502 25 8 1 782 487 423 Denise 2 562 12 236 1 731 3 580 117 133 Diamantino 2 567 3 724 962 1 877 210 143 Dom Aquino 1 830 15 528 218 7 1 062 200 280 Figueirópolis D'Oeste 2 616 1 314 72 278 1 951 547 400 General Carneiro 1 211 21 325 121 113 631 281 144 Glória D'Oeste 1 642 2 374 15 17 1 234 339 288 Guarantã do Norte 5 917 10 324 246 14 5 323 356 2 188 Guiratinga 2 180 3 1 003 130 60 984 387 208 Indiavaí 401 7 163 76 1 154 33 38 Itaúba 1 890 6 285 297 57 1 245 286 252 Itiquira 5 236 10 4 185 289 35 717 984 101 Jaciara 1 310 31 550 92 3 634 58 121 Jangada 2 936 11 111 92 48 2 674 1 008 580 Jauru 3 742 10 319 210 127 3 076 694 768 Juara 4 134 11 712 127 75 3 209 647 853 Juína 7 739 113 546 554 198 6 328 1 144 2 141 Juruena 872 6 185 53 0 628 229 145 Juscimeira 2 854 13 683 679 94 1 385 97 337 Lambari D'Oeste 3 079 121 498 274 369 1 817 803 329 Lucas do Rio Verde 1 662 24 518 191 0 929 62 222 Luciára 730 1 93 105 6 525 100 93 Marcelândia 1 411 2 325 95 0 989 33 512 Matupá 2 162 1 305 488 18 1 350 212 329 Mirassol d'Oeste 2 833 12 454 133 77 2 157 213 619 Nobres 3 478 4 248 37 14 3 175 1 077 763 Nortelândia 714 5 263 37 45 364 111 75 Nossa S.do Livramento 4 762 1 444 161 80 4 076 1 047 907 (continua...) A002 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1995 (...continuação) OUTRA MUNICÍPIO TOTAL PARCEIRO EM.PERM. EMP.TEMP. FAMILIAR < 14 ANOS S/PESS.CONTR COND. Nova Bandeirantes 2 006 171 112 106 46 1 571 154 462 Nova Brasilândia 980 0 198 65 3 714 16 226 Nova Canãa do Norte 4 720 6 213 101 354 4 046 1 091 1 201 Nova Guarita 1 990 1 44 26 16 1 903 228 707 Nova Marilândia 1 316 74 382 122 127 611 451 82 Nova Monte verde 2 699 31 286 236 6 2 140 139 680 Nova Mutum 1 634 102 693 354 5 480 3 65 Nova Olímpia 3 813 16 1 803 1 654 12 328 30 123 Nova Xavantina 3 913 11 668 105 89 3 040 873 796 Novo Horizonte do N 1 788 0 234 25 0 1 529 428 372 Novo São Joaquim 3 660 20 1 004 980 103 1 553 247 327 Paranaíta 1 757 21 227 93 28 1 388 83 530 Paranatinga 4 305 13 1 068 565 41 2 618 510 534 Pedra Preta 2 971 1 1 058 565 31 1 316 189 302 Peixoto de Azevedo 4 904 114 300 469 257 3 764 832 1 541 Planalto da Serra 1 068 1 190 130 59 688 124 188 Poconé 3 591 14 1 390 237 32 1 918 687 302 Pontal do Araguaia 994 0 311 76 1 606 184 124 Ponte Branca 573 1 83 122 10 357 73 81 Pontes e Lacerda 5 791 3 1 510 568 53 3 657 201 1 053 Porto Alegre do Norte 2 918 1 228 31 5 2 653 948 525 Porto dos Gaúchos 1 316 113 325 10 10 858 66 367 Porto Esperidião 3 488 12 951 199 5 2 321 976 389 Porto Estrela 2 082 1 195 86 44 1 756 365 501 Poxoréo 3 650 24 834 371 128 2 293 330 540 Primavera do Leste 2 780 9 1 286 612 39 834 339 53 Querência 1 256 52 487 95 0 622 171 220 Reserva do Cabaçal 1 392 0 103 44 185 1 060 364 186 Ribeirão Cascalheira 3 441 6 280 71 84 3 000 986 687 Ribeirãozinho 397 2 119 39 0 237 63 40 Rio Branco 1 090 6 195 77 34 778 103 253 (continua...) A002 OCUPAÇÃO: PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS – 1995 (...continuação) OUTRA MUNICÍPIO TOTAL PARCEIRO EM.PERM. EMP.TEMP. FAMILIAR < 14 ANOS S/PESS.CONTR COND. Rondonópolis 5 672 10 1 909 348 81 3 324 653 817 Rosário Oeste 4 588 8 834 198 100 3 448 1 100 756 Salto do Céu 2 349 17 264 108 96 1 864 284 496 Santa Carmem 891 0 351 27 11 502 94 128 Santa Terezinha 2 046 0 563 4 22 1 457 701 360 Santo Afonso 4 652 2 143 4 104 5 398 14 131 Santo Ant.do Leverger 2 672 1 1 352 60 14 1 245 604 246 São Félix do Araguaia 2 484 5 475 285 20 1 699 396 462 São José do Povo 1 489 8 260 73 57 1 091 320 218 São José do Rio Claro 1 688 240 509 584 10 345 17 69 São José do Xingu 2 306 1 548 290 5 1 462 483 337 São José dos 4 Marcos 3 622 61 674 167 43 2 677 157 862 São Pedro da Cipa 798 0 302 106 2 388 97 86 Sinop 2 797 7 673 126 33 1 958 648 375 Sorriso 2 914 1 1 124 469 93 1 227 395 114 Tabaporã 831 0 71 33 0 727 89 267 Tangará da Serra 6 155 54 1 144 1 048 289 3 620 1 110 723 Tapurah 1 552 19 395 152 0 986 112 292 Terra Nova do Norte 7 257 16 233 95 28 6 885 1 641 1 885 Tesouro 853 0 283 60 13 497 25 91 Torixoréu 1 672 1 154 153 23 1 341 370 296 Várzea Grande 309 6 67 47 19 170 30 25 Vera 1 227 81 299 193 3 651 75 134 Vila Bela da S.Trindade 4 949 21 1 110 860 92 2 866 481 625 Vila Rica 4 265 28 460 302 89 3 386 581 984 ESTADO 330.919 2 589 64 856 38 389 7 504 217 581 50 234 56 420 FONTE: FIBGE, Base de InfoCenso Agropecuário 1995-1996 Nota: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável ou onde, por arrendondamento, os totais não atingem a unidade de medida.

ANEXO IV - MAPAS