NOTA DE ABERTURA Fernando Rebelo ...... 3 territorium ARTIGOS Carmen Diego Gonçalves Desastres naturais. Vulnerabilidade, risco e resiliência...... 5 António Duarte Amaro Segurança e socorro: novo paradigma...... 15 territorium António Lopes, Marcelo Fragoso A tempestade de 23 de dezembro de 2009. Causas meteorológicas e impactes na região oeste de Portugal continental ...... 23 João Lima Sant’Anna Neto, Vicentina Socorro da Anunciação Andrade Extremo climático e riscos na cidade de Campo Grande-MS/BRASIL...... 33 Anselmo Casimiro Ramos Gonçalves Impactes ambientais em áreas mineiras activas – o caso da ribeira do Bodelhão, minas da Panasqueira, Centro de Portugal...... 43 Elsa Costa, Henrique Vicêncio, Patrícia Pires Estudo do risco sísmico e de tsunamis do Algarve (ERST)...... 51 Elvis Freitas Artiga, Elaine Nogueira Loubet, Vicentina Socorro da Anunciação Andrade Inundações e riscos na cidade de Aquidauana-MS...... 55

Rafael Schadeck, Fernanda Bauzys, Diane Guzi, Antônio Edésio Jungles 19 A experiência do CEPED UFSC no desastre natural de novembro de 2008 no Estado de Santa Catarina, Brasil . ...63 Sérgio Lana Morais, Vlamir Soares Fonseca, Dirley dos Santos Vaz Identificação e mapeamento de áreas de risco geotécnico na área urbana de Timóteo (MG, sudeste do Brasil) e suas implicações na qualidade de vida de seus moradores...... 77 Salvador Carpi Jr, Antonio Cezar Leal, Eduardo Pizzolim Dibieso Mapeamento de riscos ambientais e planejamento participativo de bacias hidrográficas: o caso do manancial rio Santo Anastácio, SP - Brasil...... 85 Miguel Castillo S., Luis Correa J. Acciones para la disminución del peligro de incendios forestales en áreas de interfaz urbano-forestal. Estudio de caso...... 95 Roberto Garfias S., et al. Caracterización socioeconómica de la población en áreas de riesgo de incendios forestales. Estudio de caso. Interfaz urbano-forestal, provincia de Valparaíso. Chile central...... 101 Rui Figueira, António Leça Coelho, João Paulo C. Rodrigues Avaliação do risco de incêndio em centros urbanos antigos parte II – aplicação informática sobre o método de Arica. ...111 , 2012, 161-168 Emanuel Ferreira, João Paulo C. Rodrigues, Leça Coelho territorium 19 Risco de incêndio na sala de comando duma estação de tratamento de resíduos sólidos...... 117 Bruno Azevedo, Paula Cristina Remoaldo, Helena Nogueira Riscos para a saúde das populações – estudo de caso do electromagnetismo no município de Guimarães...... 127 19 Karla Regina Mendes Cassiano, Reinaldo Corrêa Costa Análise geográfica de áreas de risco em bacias hidrográficas urbanizadas: a bacia do Mindu em Manaus (AM). ..145 Adriana de Fátima Penteado, Sandro Henrique Petry, Jurandyr Luciano Sanches Ross Riscos associados ao sistema de controle de enchentes no vale do rio dos Sinos (RS – Brasil)...... 151 Magda Adelaide Lombardo, Larissa Lucciane Volpe, Amanda Ramalho Vasques A importância da análise dos riscos de contaminação na reabilitação de brownfields urbanos...... 159 Alberto Augusto Amazonas Ribeiro, Reinaldo Correa Costa Áreas de risco: um problema social urbano. Estudo de caso em Manaus ...... 169 Reequacionar o Conhecimento Yolanda Teresa Hernández Peña, Germán Vargas Cuervo Imaginarios sobre amenazas y gestión del riesgo urbano en Bogotá, Colombia...... 175 Petra Marques, António Surrador, Soraia Jamal, Maria José Fonseca, Daniela Freixo dos Riscos e das Catástrofes Influência das crenças e atitudes rodoviárias enquanto determinantes da sinistralidade ...... 191 Mário Talaia, Nuno Amaro Segurança rodoviária e os acidentes – estudo de caso...... 199 Mário Talaia, Joaquim Crastro A condução de viatura e o efeito de bebidas alcoólicas – o estudo que faltava!...... 205 Víctor Quintanilla P., Luciano Lourenço, Susete Henrieque A regeneración de la vegetación y riesgos de erosion pos incendios forestales. Estudio de casos en paises journal homepage: http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Territorium/numeros_publicadosmediterraneos!...... 211

NOTAS, NOTíCIAS E RECENSõES: CJoaquim Rebelo, Joaquim Leal

Stress ou burnout dos profissionais de segurança...... 221 RISCOS A.P.R.P.S. Roberta Mariana Ferreira Mori Pinto, Vivian Castilho da Costa Ecoturismo e risco ambiental...... 228

Revista da Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança 2012

RISCOS ASSOCIADOS AO SISTEMA DE CONTROLE DE ENCHENTES NO VALE DO RIO DOS SINOS (RS – BRASIL)* 161

Adriana de Fátima Penteado Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo – USP [email protected]

Sandro Henrique Petry Departamento de Urbanismo, Universidade Federal do - UFRGS [email protected]

Jurandyr Luciano Sanches Ross Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo – USP [email protected]

RESUMO Parte da planície inferior do rio dos Sinos (RS-Brasil) apresenta grande adensamento urbano-industrial em áreas naturalmente atingidas por cheias. Para prevenir contra este fenômeno iniciou-se em 1970 a execução do Sistema de Controle de Enchentes no Vale do Rio dos Sinos – SCEVRS. O objetivo deste trabalho é analisar os fatores de risco associados ao estado da parte instalada. Contextualizou-se o problema das enchentes e buscou-se a compreensão do funcionamento do Sistema. Depois, mediante relatos técnicos e observações de campo, analisaram-se os problemas. Palavras chave: Controle de enchentes, risco de inundação, pôlderes, Vale do Rio dos Sinos.

RESUMEN Los riesgos asociados con el sistema de control de inundaciones en Valle del Río dos Sinos - Parte de la llanura baja del Rio dos Sinos (RS-Brasil) tiene una alta densidad de uso urbano/industrial en tierras naturalmente afectadas por inundaciones. Para prevenir contra este fenómeno fueron ejecutadas obras de retención y drenaje. El propósito de este estudio es analizar los factores de riesgo asociados al estado de la parte ya instalada del proyecto del Sistema de Control de Inundaciones del Valle del Río dos Sinos. Se ha problematizado el fenómeno de las inundaciones, fue estudiado el engeño de Control y a través de entrevistas y observaciones de campo se evaluaron los factores de riesgo. Palabras clave: Control de inundaciones, riesgo de inundaciones, pólderes, Valle del Río dos Sinos.

RÉSUMÉ Risques associés au système de contrôle des débordements d’eau dans la Vallée de Rio dos Sinos - Partie de la plaine inférieure du Rio dos Sinos (RS-Brésil) présente une très haute densité d’occupation urbaine-industrielle naturellement touché par les débordements d’eau. Pour éviter ce phénomène, ouvrages de confinement et drainages ont eté réalisées. Le but de cette étude est d’analyser les risques associés à l’état de la partie installée du projet du Système. Le phénomène naturel a été problématisée, l’engin de Contrôle des débordements a été étudié, et par des rapports et observations les facteurs de risque ont été analysés. Mots-clés: Contrôle des débordements, risques d’inondation, polders, Vallée du Rio dos Sinos.

ABSTRACT Risks associated with the system of flood control in the Valley of the Rio dos Sinos - Part of the lower plain of the Rio dos Sinos (RS-Brazil) presents a high density of urban-industrial occupancy in natural-flooding areas. To prevent this phenomenon, retention and drainage works were executed. The aim of this study is to analyze the risk factors associated with the state of the installed part of the project of the Rio dos Sinos Valley Flood Control System. The natural phenomenon was problematized at first, then the Control engine was considered, and by means of reports and field observations the risks were evaluated. Key words: Flood control, flood risk, polders, Rio dos Sinos Valley.

* O texto deste artigo corresponde à comunicação apresentada ao II Congresso Internacional de Riscos e VI Encontro Nacional, tendo sido submetido para revisão em 02-05-2010, tendo sido aceite para publicação em 21-02-2011. © Este artigo é parte integrante da Revista Territorium, n.º 19, 2012, Riscos, ISBN: 0872- 8941. RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

Introdução e problematização geral Apesar dos inúmeros casos de inundações ao longo do tempo, trazendo prejuízos materiais e humanos, no As inundações se constituem em problema que atinge com Brasil não existe nenhum programa sistemático de freqüência algumas cidades brasileiras e a intensidade controle deste fenômeno que envolva seus diferentes dos danos possui, geralmente, relação direta com o aspectos. O que se observa são ações isoladas por parte maior grau de adensamento urbano. Segundo estudos de algumas cidades (Rezende & Tucci, 1979). 162 da PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO – PNSB Atualmente as inundações são cada vez mais causadas (2000), dos 4.327 municípios com serviço de drenagem pela combinação de fatores naturais e sociais. Tem urbana, 1.235 (28,5 %) soreram com as inundações entre origem natural porque estão associadas com a ocorrência os anos de 1998 e 2000. de fenômenos atmosféricos, com dinâmica e extensão As áreas urbanizadas em relação às não urbanizadas espacial própria. Observa-se, porém, que se registram possuem o escoamento superficial das águas 10 a 30% cada vez mais eventos que foram induzidos, acelerados maior; a água subterrânea diminui entre 32 e 50% e, ou ampliados pela intervenção humana relacionados a aproximadamente 43% das precipitações são evacuadas processos como desmatamento, desestabilização de das áreas urbanas pelo sistema de drenagem (Pickett et al., vertentes, degradação de ecossistemas, mudanças no 2001). Os sistemas de drenagem são classificados de acordo padrão de uso do solo agrícola, crescimento urbano com suas dimensões, em sistemas de microdrenagem, sem planejamento adequado e sem provisão de infra- também denominados de sistemas iniciais de drenagem, estrutura de drenagem. Assim, os lugares de grande e de macrodrenagem. A microdrenagem inclui a coleta concentração urbana apresentam, na atualidade, e afastamento das águas superficiais ou subterrâneas maior suscetibilidade a que ocorra este tipo de evento através de pequenas e médias galerias, fazendo ainda (Collischonn, 2009). parte do sistema todos os componentes do projeto para que tal ocorra. A macrodrenagem inclui, além da As inundações na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos microdrenagem, as galerias de grande porte (D > 1,5m) e

os corpos receptores tais como canais e rios canalizados. Segundo Ramos (1975), no rio dos Sinos as cheias ocorrem Os sistemas de drenagem urbana são essencialmente principalmente no inverno e têm como causa principal sistemas preventivos de inundações, principalmente o influxo das águas do corpo receptor (Guaíba). O nas áreas mais baixas das comunidades sujeitas a regime do complexo fluvial provém de um conjunto alagamentos ou marginais de cursos naturais de água. de fatores, entre os quais, o de ter um dos maiores É evidente que no campo da drenagem, os problemas índices pluviométricos do Rio Grande do Sul no Planalto agravam-se em função da urbanização desordenada Meridional, aliado ao fato de receber praticamente (Fernandes, 2002). todos os contribuintes da bacia do rio Jacuí. O escudo Os principais efeitos da urbanização sobre o ciclo Sul Rio-Grandense e o litoral representam um obstáculo ao escoamento das águas até o oceano Atlântico, por isto hidrológico são (Tucci, 1993): aumento do escoamento superficial e redução do tempo de escoamento, que elas são acumuladas no Guaíba. provocam aumento nas vazões máximas e antecipam Segundo Bertê (2004), o agravamento das cheias os picos de cheias; redução do escoamento subterrâneo periódicas, no rio dos Sinos e em todo o estado do Rio que causa rebaixamento do nível do lençol freático; Grande do Sul, possui relação direta com a diminuição redução nos processos de evapotranspiração; redução da dos ambientes reguladores – as terras úmidas - e com o infiltração da água no solo. desmatamento na margem dos rios. O volume de água As conseqüências da urbanização sobre a hidrologia são da precipitação, que antes ficava retido pela vegetação mais diretas e referem-se ao crescimento das vazões e era absorvido gradativamente pelos solos antes de máximas de cheias causando inundações e a redução das chegar aos cursos de água, flui rapidamente para os rios, vazões mínimas no período de estiagem (Tucci, 1995). transportando, assim, sedimentos.

No Brasil, principalmente no século XX, a A Câmara de Vereadores de , no período entre adaptação da hidrografia aos sistemas de vias 1824 e 1983, registrou grandes inundações na Região urbanas causaram drásticas intervenções, como a Metropolitana de Porto Alegre ocorridos nos anos de 1833, retificação de meandros dos rios. O objetivo de tais 1873, 1897, 1905, 1912, 1914, 1921, 1926, 1928, 1936, ações era o de recuperar terrenos impróprios para 1937, 1941, 1954, 1956, 1964, 1965, 1967, 1970, 1976 e a ocupação, dando lugar à urbanização. Os fundos 1983. Os municípios de São Leopoldo e , de vale se transformaram em locais passíveis de quase sempre eram os mais atingidos, principalmente loteamentos ou áreas comercializáveis, abrigando nas inundações de 1941, 1965 e 1967, as maiores já também as vias marginais, comuns nas cidades registradas, com dezenas de milhares de desabrigados (Felicio, 2009). na região (METROPLAN, 2001 apud Altenhofen, 2005). territorium 19

Drenagem e contenção na planície de inundação Estudo desta natureza permite a análise comparada entre casos semelhantes, fornecendo subsídio para Devido a esta susceptibilidade natural de ocorrência de os processos de planejamento e gestão de sistemas inundações no Vale do rio dos Sinos, as quais atingem a de controle de enchentes em contextos similares área ocupada da planície inundável, foi elaborado, nos àquele do objeto de estudo, ou seja, sob o efeito da anos 1960, um projeto de obras civis para prevenir contra possível escassez do aporte de recursos regulares para 163 as enchentes. O Sistema de Controle de Enchentes no manutenção da parte instalada, e principalmente (como Vale do Rio dos Sinos – SCEVRS, em sua parte já instalada, será demonstrado) daqueles em implantação ou operação constitui-se no objeto da pesquisa presente. Segundo em áreas densamente urbanizadas e convertidas em documento apócrifo fornecido pelo órgão regional do pôlderes, compreendendo a construção de aterros Ministério da Integração Nacional, a prevenção contra o (menor custo do que os muros de contenção) com extravasamento do rio dos Sinos, causado pela elevação estrutura de corpo estradal fraca, mas ligando ocupações das águas do Guaíba, por vazões excessivas do próprio sem substituto rodoviário, e de canais de drenagem, Sinos ou pela sobreposição de ambos os fatores, só pode com a formação de faixas de domínio, em cidades com ser assegurada com a construção de diques. grandes contrastes sociais (como é característico das metrópoles brasileiras), em cidades sob forte pressão da O sinistro em algum ponto destes diques ocasiona clandestinidade na ocupação de áreas públicas. danos muito mais gravosos do que aqueles que ocorrem quando a enchente não encontra a contenção Metodologia artificial, pois no primeiro caso a inundação é rápida e violenta, principalmente se o sinistro ocorrer durante O encaminhamento metodológico se subdividiu em duas a enchente. Igualmente, a efetividade da proteção em fases. Compreendeu inicialmente um levantamento cada pôlder depende de toda uma infra-estrutura (um bibliográfico geral a respeito do problema das inundações pôlder é uma porção de terrenos baixos e planos que ribeirinhas em áreas ocupadas pelo homem, das formas constituem uma entidade hidrológica artificial, incluída de contenção das mesmas e de drenagem de áreas entre aterros conhecidos como diques, utilizados para urbanas, seguida, então, de visita a órgãos gestores do a agricultura ou habitação. Para esgotamento das SCEVRS tendo em vista a necessidade de compreensão do águas pluviais os pôlderes devem ser drenados por Sistema em operação na área de estudo. Foram obtidos meio de canais com comportas e/ou de bombas, a fim dados e informações junto ao Gabinete de Defesa Civil de impedir a subida excessiva da água no interior da da Prefeitura Municipal de São Leopoldo e de órgão área ensecada pelos diques. Fonte: WIKIPÉDIA. Acessado regional do Ministério da Integração Nacional. em: 01/02/2010. Disponível em: http://pt.wikipedia. org/wiki/P%C3%B4lder), que inclui indispensavelmente O projeto institucional do Sistema é muito maior do que bombas que fazem o recalque das águas para o canal sua parte já instalada, sendo que o foco de pesquisa principal da bacia quando, em função da elevação das esteve na parte em operação e seus problemas atuais, águas no curso do rio, os tributários não deságuam por dado o objetivo de pesquisa já exposto. Fez-se a análise gravidade nos locais normais junto ao receptor. Nesse do material disponibilizado pelos órgãos e realização caso o influxo do receptor, por simples gravidade, deve de entrevistas com os operadores do Sistema. As ser impedido, começando o bombeamento. A operação informações históricas sobre o Sistema se concentraram do Sistema também depende dos serviços de manutenção na cooperação técnica Brasil-Alemanha, a qual culminou contínua, na falha dos quais a população fica sujeita a no projeto dos pôlderes I a VI, e na conclusão dos pôlderes eventos com conseqüências tão mais graves quanto mais IV e V, muito embora já estivessem em operação, antes ficam inesperados estes eventos, devido à situação de destes, dois pôlderes do Sistema, mais próximos a Porto despreparação para a ocorrência, e da intensificação da Alegre (Mathias Velho e Rio Branco). urbanização nas áreas furtadas às inundações periódicas No segundo momento, realizaram-se as observações em conseqüência da proteção conferida pelo Sistema em visuais da realidade atual dos principais elementos do funcionamento. Sistema. Foram vistoriadas algumas valas e comportas da macrodrenagem dos pôlderes VI e V, foi verificada a Objetivo e Justificativa situação ao longo dos aterros-diques em operação nos municípios de e São Leopoldo, e dos muros ao O objeto de pesquisa é a parte instalada do SCEVRS. longo do segmento canalizado do rio dos Sinos. Visitou- Objetiva-se fazer uma análise dos fatores de risco se o município de Novo Hamburgo nas proximidades do relacionados ao estado de manutenção e conservação dique projetado. do Sistema, considerando a realidade encontrada pelos pesquisadores durante os levantamentos entre os meses Durante os campos foi realizado levantamento fotográfico de dezembro de 2009 e abril de 2010. terrestre e obtida coordenada geográfica de cada local RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

fotografado. Durante estas mesmas saídas de campo, os insumos ou componentes são largamente exportados. pesquisadores interagiram com populares assentados nos As indústrias metal-mecânica e eletrônica, também locais visitados, o que contribuiu, também, no aspecto exportadoras, têm destaque na região e são fornecedoras metodológico para a obtenção dos resultados finais. do mercado interno.

Verifica-se o adensamento urbano muito próximo ao Localização e caracterização da área de estudo rio dos Sinos (Fig. 2) , herança da colonização alemã, 164 que teve seu início em 1824 na região do Vale do Sinos. Situada a nordeste do estado do Rio Grande do Sul O parcelamento oficial do solo nas áreas úmidas da (Fig.1), a bacia do rio dos Sinos abrange total ou bacia hidrográfica do Rio dos Sinos data, pelo menos, parcialmente 32 municípios. Possui uma área de 3.800 da época do desembarque dos colonos alemães, quando km² correspondendo a 4,5% da área total da bacia iniciou-se uma distribuição de lotes entre alemães e hidrográfica do Lago Guaíba e 1,5% da área total do açorianos. A questão envolvendo a propriedade dos Estado (FEPAM, 1991). lotes distribuídos aos colonos estrangeiros que iam MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS - RS

-200000 -100000 0 100000 200000 300000 400000 500000 600000 700000 7000000 chegando, em levas sucessivas, a quem se oferecia estudados, o primeiro considerou possíveis ampliações das pontes e afastamentos entre os diques da margem 7000000 acesso a terra como incentivo para a imigração, motivou 6900000 esquerda e direita. A partir dos resultados obtidos optou-se pelo segundo modelo. a elaboração, segundo Moehlecke (1976), já por volta de 6900000

RIO GRANDE 6800000 DO SUL No segundo caso,1833, as ampliações da primeira necessárias no plantaleito do rio deforam loteamento substituídas por um da canal colônia, lateral que desvia para a

6800000 margem direita a descarga não absorvida pelo leito principal e nas seções das pontes. Reintegrou-se o leito composto 6700000 à jusante das pontesfeita da peloBR 116, Pilototransformando da aCarta zona central Geral, da margem Miguel direita Gonçalves em ilha (Fig.3). dos

# 6700000 Porto Alegre Lago 6600000 Guaíba O SCEVRS compreendeSantos. a drenagem Nesta dos planta pôlderes já através se vê,de valas, perfeitamente cursos fluviais retificados delineado, e canalizados. Também,

6600000 casas de bombas (Fot. 1), bem como sifões para a travessia das estradas, entre outros itens. A alguns canais de 6500000 o traçado urbano do que viriam a ser os pôlderes IV e macrodrenagem estão associadas comportas que permitem a passagem da água por diferença de pressão (Fot.2): nas

6500000 V, representados atualmente pelo assentamento sobre

Lagoa 6400000 DADOS TÉCNICOS: Mirim cheias as comportas se fecham, ao tempo em que a água excedente destes canais vai ser bombeada para o rio Origem da Quilometragem UTM "Equador e Meridiano 51º WGR acrescidas às constantes 10 000 e 500 km respectivamente área inundável em São Leopoldo.

6400000 Base Cartográfica Digital do Rio Grande do Sul principal da bacia. As casas de bombas possuem capacidade diferenciada.

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1972. 6300000 Datum Vertical : Imbituva, SC Datum Horizontal : SAD 69. Fuso : 22

6300000 300 0 300 KM

-200000 -100000 0 100000 200000 300000 400000 500000 600000 700000

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SINOS - RS 465000 480000 495000 510000 5250 0 0 540000 5550 0 0 570000 Base Cartográfica Analógica da bacia hidrográfica do rio dos Sinos 6750000 Fonte: COMITESINOS - Comitê de

Gerenciamento da bacia hidrográfica Canela do rio dos Sinos. Fuso: 22 6750000 Datum Vertical: Marégrafo de Torres - RS Gramado

Datum Horizontal: Carta Geral do Brasil. Santa Maria 0 0 7350 6 do Herval Três Elaboração: Adriana Penteado, 2007. Coroas São Francisco de Paula 6 7350 0 0

Nova Rolante Igrejinha 0 0 0 6720 Hartz Ri oz inho São Sebastião Dois Sapiranga do Caí Ivoti Irmãos Estância Araricá Taquara Velha Campo Par obé 6720000 Bom Capela do

Santana Portão 6705000 Novo Santo Antônio São Hamburgo da Patrulha Leopoldo Car aá

6705000 Nova Santa Sapucaia Rita do Sul Esteio Gravataí 6690000 Osório Cachoeirinha Canoas N 25 0 25 Km 6690000

465000 480000 495000 510000 5250 0 0 540000 5550 0 0 570000 W E

S Fig.FiG. 1 01 MAPA– Situação DE LOCALIZAÇÃO e DA localizaçãoBACIA HIDROGRÁFICA DO da RIO DOS bacia SINOS - RS hidrográfica do Fig.Rio 1 - dosSituação Sinos. e localização Autoria daTemática: bacia hidrográfica Adriana do P Rioenteado dos Sinos. Autoria Temática: Adriana Penteado.

As características naturais que facilitaram a ocupação No povoamento do Vale do Rio dos Sinos, a influência principal é de movimentos migratórios germânicos doFig. século 2 – Figura Vista 2 –aérea Vista aérea dos dos pôlderes pôlderes IV eIV V doe SCEVRS.V do SCEVRS. XIX, incentivados por napolíticas planície públicas propiciam de atração popula tambémcional doenchentes Brasil Imperial. periódicas. A população é atualmente multi-Fonte: Google Earth.Fonte: Elaboração: Google Adriana Earth. Penteado, 21/09/09. Elaboração: Adriana Penteado, 21/09/09. composta em termos Daétni cos, sua estimada, foz até segundo Campo FEPAM Bom (1991), o em rio 975.000 dos Sinoshabitantes, percorre com 90,6 % concentrada na LEGENDA: área urbana e 9,4 % emuma área depressãorural. com largura variando entre 5 a 8 km. Há registroCANAL histórico ARTIFICIAL de grande inundação em 1833, CANAL NATURAL Quase todas as cidadesA declividadeque compõem a dessaregião têm área atuaçã é deo no aproximadamente ramo coureiro-calçadista, três o que a eleva a maior na mesma ILHAépoca da elaboração da Carta Geral (vide metros entre e São Leopoldo, e um metro PONTES conglomerado do mundo no ramo (ABICALÇADOS). Uma área de 140 Km² abriga mais de 1.700 indústrias Introdução), relacionadas o que faz ficar, assim, evidente que a com o calçado, cujo entreproduto este acabado, e a foz.insumos ou componentes são largamente exportados. As indústrias metal- dinâmica hidrológica dos locais de assentamentos mecânica e eletrônica, também exportadoras, têm destaque na região e são fornecedoras do mercado interno. No povoamento do Vale do Rio dos Sinos, a influência humanos não se constituía em óbice para a urbanização. Verifica-se o adensamentoprincipal urbano é muito de próximo movimentos ao rio dos migratórios Sinos (Fig. 2) , germânicosherança da colonização do alemã,A proximidade que teve do local de fixação humana com os canais seu início em 1824 na região do Vale do Sinos. O parcelamento oficial do solo nas áreas úmidas da bacia hidrográfica século XIX, incentivados por políticas públicas de atração oferecia, entre suas amenidades, a maior facilidadeN para do Rio dos Sinos data, pelo menos, da época do desembarque dos colonos alemães, quando iniciou-se uma o abastecimento de água. No caso do canal principal, a distribuição de lotes populacionalentre alemães e do açorianos. Brasil Imperial. A questão Aenvolvendo população a propriedade é atualmente dos lotes distribuídos aos colonos estrangeiros quemulti-composta iam chegando, em em levas termos sucessivas, étnicos, a quem se estimada, oferecia acesso segundo a terra como incentivoproximidade para a com o rio facilitava a utilização do que, há imigração, motivou a FEPAMelaboração, (1991), segundo M emOEHLECKE 975.000 (1976), já habitantes, por volta de 1833, com da 90,6primeira % planta deapenas loteamento algumasFigura 3: Canaldécadas, artificial aindano ponto deera estrangulamento. o principal meio de da colônia, feita peloconcentrada Piloto da Carta na Geral, área Miguel urbana Gonçalves e 9,4 dos% emSantos. área Nesta rural. planta já se vê, perfeitamentetransporteFonte: entre Google as Earth, cidades adaptação na Adriana região Penteado, (fluvial). 02/2010. O rio dos delineado, o traçado urbano do que viriam a ser os pôlderes IV e V, representados atualmente pelo Sinosassentamento liga os assentamentos à capital do estado, Porto Quase todas as cidades que compõem a região têm sobre área inundável em São Leopoldo. Alegre, sem turbulências expressivas ou quedas d’água, atuação no ramo coureiro-calçadista, o que a eleva a Há registro histórico de grande inundação em 1833, na mesma época da elaboração da Carta Geral (videjá Introdução), que, como dito, a declividade do terreno é reduzida. o que faz ficar, assim,maior evidente conglomerado que a dinâmica dohidrológica mundo dos no locais ramo de (ABICALÇADOS).assentamentos humanos não se constituía Uma área de 140 Km² abriga mais de 1.700 indústrias A convivência da população da planície aluvial do rio dos relacionadas com o calçado, cujo produto acabado, Sinos com as inundações existe desde os primórdios da territorium 19

ocupação, e somente após meados do século XX serão final da década de 1990, para a qual foi necessária a realizadas obras realmente consistentes para dar às realização de estudos adicionais em hidrologia tendo áreas inundáveis uma proteção mais efetiva do que os em vista o risco de comprometimento da efetividade da aterramentos (elevações de cota de terreno). O Sistema proteção conferida pelas obras projetadas no âmbito institucional que foi construído na planície de inundação do acordo de cooperação técnica. Atualmente está do curso principal inclui dois trechos sem conexão em construção mais uma ponte, esta ferroviária, com 165 funcional, implantados em momentos e circunstânciasestudados, o primeiromoderna considerou tecnologia possíveis (semampliações pilar das central), pontes e afastamentos o que diminui entre oso diques da margem distintas, nos municípios de Canoas e São Leopoldo.esquerda e direita.impacto A partir nados resultaddinâmicaos obtidos natural. optou-se peloTodas segundo estas modelo. pontes estão

No segundo caso,concentradas as ampliações necessárias no trecho no leito de do maiorrio foram estreitamento substituídas por um canal). lateral que desvia para a O Sistema de Controle de Enchentes no Vale do Riomargem dos direita a descarga não absorvida pelo leito principal e nas seções das pontes. Reintegrou-se o leito composto Em vista da criticidade desta área foram necessários Sinos (SCEVRS) à jusante das pontes da BR 116, transformando a zona central da margem direita em ilha (Fig.3). ensaios em modelo para simular situações e formas O SCEVRS compreende a drenagem dos pôlderes através de valas, cursos fluviais retificados e canalizados. Também, ótimas sob o ponto de vista técnico–hidráulico. A Com o objetivo de amenizar os efeitos das inundaçõescasas de bombas (Fot. 1), bem como sifões para a travessia das estradas, entre outros itens. A alguns canais de macrodrenagempartir estão associadas desta comportassimulação que permitemfoi também a passagem possível da água por verificar diferença de apressão (Fot.2): nas no Vale do Rio dos Sinos foi elaborado o Plano Diretor cheias as comportasrelação se fecham, da velocidade ao tempo em queda a águaágua excedente com a desteserosão canais do vai leito ser bombeada para o rio Hidrológico da área. O governo do Rio Grande doprincipal Sul da bacia. As casas de bombas possuem capacidade diferenciada. do canal, o que agrava o assoreamento a jusante, obteve assistência técnica do governo alemão com base intensificando as cheias. em acordo firmado em 30 de novembro de 1963, entre a Alemanha e o Brasil. Quando da assinatura deste acordo Para a execução do modelo, o Departamento Nacional de cooperação, já havia dois pôlderes em operação, de Obras e Saneamento (DNOS) contratou o Instituto bem próximos à capital do estado, feitos fora do âmbito de Pesquisas Hidráulicas – IPH da Universidade Federal da cooperação técnica, designados Mathias Velho e Rio do Rio Grande do Sul – UFRGS. Dois modelos reduzidos Branco, em alusão aos bairros de suas localizações. foram estudados, o primeiro considerou possíveis ampliações das pontes e afastamentos entre os diques Os estudos tiveram início em maio de 1967 e foram da margem esquerda e direita. A partir dos resultados concluídos após dois anos. Entre as entidades obtidos optou-se pelo segundo modelo. responsáveis estava uma firma de Consultoria Alemã, de Essen, com o apoio da Secretaria de Obras Públicas do No segundo caso, as ampliações necessárias no leito do estado do Rio Grande do Sul e da Faculdade de Economia rio foram substituídas por um canal lateral que desvia de São Leopoldo. para a margem direita a descarga não absorvida pelo leito principal e nas seções das pontes. Reintegrou-se o leito Antes do início das obras os principais estudos elaborados composto à jusante das pontes da BR 116, transformando foram: Plano Diretor Geral Hidrológico, Estudo Sócio– Figura 2 – Vista aérea dos pôlderes IV e V do SCEVRS. a zona centralFonte: Google da margem Earth. Elaboração: direita Adriana em ilhaPenteado, (Fig.3). 21/09/09. Econômico, Plano Geral de Proteção Contra as Cheias e o Estudo de Viabilidade Econômica. As obras foram LEGENDA: previstas para serem executadas entre os municípios de CANAL ARTIFICIAL CANAL NATURAL Campo Bom até Canoas, no curso inferior da bacia. ILHA

PONTES Em meados dos anos 1970 efetivou-se um contrato entre a União e o banco alemão KFW-Kreditanstalt für

WIederaufbau, o qual se comprometeu a reembolsar 40% dos gastos que seriam realizados pelo Estado, os quais foram rateados em partes iguais entre unidade federada N e União. Foi prevista a construção de seis pôlderes, sendo eleitos como prioritários os pôlderes IV e V pela maior importância sócio-econômica, pois abrigam Fig. 3 – CanalFigura 3: artificial Canal artificial no no ponto ponto dede estrangulamento. estrangulamento. maiores áreas com adensamento urbano-industrial. Fonte: GoogleFonte: GoogleEarth, Earth, adaptação adaptação AdrianaAdriana Penteado, Penteado 02/2010., 02/2010. No local onde os diques estão paralelos ao rio, num trecho aproximado de 160 metros, a planície de O SCEVRS compreende a drenagem dos pôlderes através inundação foi suprimida. Neste local ocorre um de valas, cursos fluviais retificados e canalizados. acentuado estrangulamento na seção transversal Também, casas de bombas (Fot. 1), bem como sifões de escoamento das águas nas cheias. Duas pontes para a travessia das estradas, entre outros itens. A alguns atravessavam o rio, reduzindo adicionalmente a seção canais de macrodrenagem estão associadas comportas transversal de escoamento (Na época do Projeto que permitem a passagem da água por diferença de havia duas. A saturação do trânsito associada ao pressão (Fot.2), nas cheias as comportas se fecham, envelhecimento de uma das pontes que integram o ao tempo em que a água excedente destes canais vai sul e o norte de São Leopoldo motivou a construção ser bombeada para o rio principal da bacia. As casas de de uma terceira (Ponte Henrique Luiz Roessler), no bombas possuem capacidade diferenciada. idealizaçãoidealização de sistema de desistema controle de controlenão deve não focar deve apenas focar a apenas contenção a contenção em si, ao em tempo si, ao em tempo que artificializaem que artificializa toda a toda a dinâmicadinâmica natural de natural uma baciade uma hidrográfica. bacia hidrográfica.

E principalmente,E principalmente, concluímos concluímos que a gestão que ado gestão SistemaRISCOS do Sistemadeve ser de encarada ve- serAssociação encarada como problema como problema multi-complexo, Portuguesa multi-complexo, já que já de que Riscos, Prevenção e Segurança riscos deriscos falha denão falha se calculam não se calculam somente somentena relação na entrerelação a dinâmicaentre a dinâmica natural alterada natural alteradapor meio por de meioobras decivis, obras de civis,um de um lado, e aslado, características e as características técnicas técnicasdas obras, das de obras, outro, de mas outro, também mas tambémda dinâmica da dinâmica urbana dosurbana homens. dos homens.

em desenvolvimento ser retirada, pois suas raízes podem

desestabilizar os taludes em épocas de cheia; erosões,

tanto aquelas provocadas pelo tráfego de pedestres e

animais, como as surgidas naturalmente, a exemplo das

depressões na superfície plana que podem acumular

água, devem ser objeto de manutenção contínua,

166 somente sendo permitido, nos diques, o tráfego de FotografiasFot. Fotografias 1 e 2: 1 Uma 1e e casa 22: Uma –de Uma bombascasa de ecasabombas uma comporta ede uma bombascomporta do sistema do desistema e macrodrenagem uma de macrodrenagem comporta em São Leopoldo. em Sãodo Leopoldo. Autoria: Autoria:Adriana Penteado,Adriana Penteado, 10/2009. 10/2009. sistema de macrodrenagem em São Leopoldo. veículos de pequeno porte, de duas rodas; não devem ser Autoria: Adriana Penteado, 10/2009. construídas casas e rampas nos maciços e nas bermas de equilíbrio dos diques, o que compromete a estabilidade Resultados da estrutura, e nem nas faixas de domínio dos diques e canais de macrodrenagem, tendo em vista a necessidade Parte em implantação: efeito de planejamento de longo de acesso dos técnicos e operários para a manutenção. prazo Em trabalho de campo para a identificação de falhas

FotografiasFotografias 3 e 4: Reparo 3 e 4: em Reparo dano emcausado dano porcausado constr porução constr de rampaução de irregular rampa irregularao dique aoe situaçãodique e situaçãoatual. atual. Fonte: Respectivamente,Fonte: Respectivamente, Gabinete Gabinete de Defesa de Ci Defesavil de SãoCivil Leopoldo, de São Leopoldo, 09/2009, 09/2009, e Sandro ePetry, Sandro 01/2010. Petry, 01/2010. e danos no SCEVRS verificou-se a existência de todos Constatou-se que a maior parte das obras projetadas do os fatores de risco apontados (Canoas/São Leopoldo). SCEVRS está em franca implantação, embora seja notório

idealizaçãoidealizaçãoOcorrência de sistema de sistemade controle dede controlenão deveerosão não focar deve apenas focarao aapenas contençãolongo a contenção em si,de ao em tempo todosi, ao em tempo queo emartificializapercurso que artificializa toda a toda a

o desconhecimento geral quanto à função de contenção dinâmicaidealizaçãodinâmica natural de sistema denatural uma baciade umacontrole hidrográfica. bacia nãohidrográfica. deve focar apenas a contenção em si, ao tempo em que artificializa toda a dinâmicados natural diquesde uma bacia devido hidrográfica. a passagem de pessoas e veículos, de enchentes que terá o corpo estradal de uma rodovia E principalmente,E principalmente, concluímos concluímos que a gestão que a dogestão Sistema do Sistemadeve ser de encaradave ser encarada como problema como problema multi-complexo, multi-complexo, já que já que

riscos de falha não se calculam somente na relação entre a dinâmica natural alterada por meio de obras civis, de um E principalmente,riscosconstrução de falha concluímos não se calculam quede a somentegestãomoradias dona relaçãoSistema entre deirregularesve a serdinâmica encarada natural como alteradaem problema porbermas meio multi-complexo, de obras decivis, dejá umque federal já em construção, BR 448 (chamada de Rodovia lado,riscos e de aslado, característicasfalha e asnão características se calculam técnicas técnicasdassomente obras, das nade obras, relaçãooutro, de mas outro,entre também amas dinâmica tambémda dinâmica natural da dinâmica urbana alterada dosurbana homens.por dosmeio homens. de obras civis, de um equilíbrio (Fot.6), construção de rampas com corte lado, e as características técnicas das obras, de outro, mas também da dinâmica urbana dos homens. do Parque),FotografiaFotografia 5: Muro com de5: contençãoMuro extensão de contenção no centro no de centrode São Leopoldo22 de São quilômetros, Leopoldo (época de (época implantação). de implantação). ligando a Fonte: PROJETOSFonte: P– ROJETOSRIO DOS –S INOSRIO .DOS SINOS. de talude (fot.7), com remoção de grande quantidade http://www.wittler.com.br/engenharia/site/default.asp?TroncoID=906480&SecaoID=707260. capitalhttp://www.wittler.com.br/engenharia/si do Estado, Portote/default.asp?TroncoID=906480&SecaoID=707260. Alegre, às cidades ao sul. Esta

de massa do corpo do dique, o que provoca seu

rodovia pretende desafogar o tráfego extremamente enfraquecimento, e tráfego de carros e tratores. Em saturado da principal ligação entre os municípios do outro local (Fot. 3) observa-se um reparo, feito pela

Vale do Sinos, a BR 116. O traçado da BR 448 coincide

municipalidade, na parte danificada do dique por

exatamente com aquele da parte projetada dos diques

construção de rampa irregular de acesso, reparo este

com base nos amplos estudos realizados há mais de Fotografiasque, Fotografias 1 logoe 2: Uma 1 edepois, casa2: Uma de bombascasa defoi ebombas uma demolido comporta e uma comporta do sistema pelos do desistema macrodrenagem utilizadores. de macrodrenagem em São Leopoldo.em VemosSão Leopoldo. quarenta anos. Autoria: Autoria:Adriana Penteado,Adriana Penteado, 10/2009. 10/2009. um trecho normalizado do dique (Fot.4). Fotografias 1 e 2: Uma casa de bombas e uma comporta do sistema de macrodrenagem em São Leopoldo. Em folder publicitário elaborado pelo extinto DNOS por Autoria: Adriana Penteado, 10/2009.

volta de 1967 consta a informação de que “alguns dos diques foram projetados de tal forma que poderão no futuro ser utilizados como rodovias, originando assim benefícios secundários no escoamento do tráfego”. Este material não aponta quais seriam os diques.

FotografiasFot.Fotografias 3 e3 4: Reparoe 3 e4 4: –em Reparo Reparo dano em causado dano em causadopor constr dano porução constr decausado uçãorampa de irregular rampa por irregular ao diqueconstrução ao e situaçãodique e situaçãoatual. de atual. Fonte: Respectivamente,Fonte: Respectivamente, Gabinete Gabinete de Defesa de Ci Defesavil de SãoCivil Leopoldo, de São Leopoldo, 09/2009, 09/2009, e Sandro e Petry, Sandro 01/2010. Petry, 01/2010. Problemas constatados na parte implantada rampa irregular ao dique e situação atual. Fonte: Respectivamente, Gabinete de Defesa Civil de São Fotografias 3 e 4: Reparo em dano causado por construção de rampa irregular ao dique e situação atual. Fonte: Respectivamente,Leopoldo, Gabinete 09/2009, de Defesa Ci vile deSandro São Leopoldo, Petry 09/2009,, 01/2010. e Sandro Petry, 01/2010.

De forma geral, as obras de contenção (em operação)

contra enchentes do vale do rio do Sinos, em Canoas e

São Leopoldo, necessitam de constante manutenção para

que não haja rompimento ou falhas que comprometam a FotografiaFotografia 5: Muro de5: Murocontenção de contenção no centro no de centro São Leopoldo de São Leopoldo (época de (época implantação). de implantação). Fonte: PROJETOS – RIO DOS SINOS. Fonte: PROJETOS – RIO DOS SINOS. http://www.wittler.com.br/engenharia/sihttp://www.wittler.com.br/engenharia/site/default.asp?TroncoID=906480&SecaoID=707260.te/default.asp?TroncoID=906480&SecaoID=707260.

proteção da população. Segundo TUCCI (1995), o controle

das inundações urbanas é um processo permanente que Fot.Fotografia 5 – Muro 5: Muro dede contenção contenção no centro deno São centro Leopoldo (épocade São de implantação). Leopoldo Fonte: PROJETOS – RIO DOS SINOS. deve ser mantido pelas comunidades, visando à redução http://www.wittler.com.br/engenharia/si(época de te/default.asp?TroncoID=906480&SecaoID=707260.implantação).

do custo social e econômico dos impactos. Fonte: PROJETOS – RIO DOS SINOS.

http://www.wittler.com.br/engenharia/site/default.asp?T

O Manual de Operação e Manutenção do Sistema de roncoID=906480&SecaoID=707260

Proteção, elaborado pela Consultoria Alemã, alerta para

alguns perigos da má conservação dos diques de terra e

canais de macrodrenagem. Este manual destaca alguns pontos, que assim foram sintetizados pelos pesquisadores:

o enleivamento (vegetação que cobre superfícies, oriunda de torrões originalmente transportados, que

somam estabilidade à estrutura) dos taludes do maciço Fot. 6 e 7 – Edificação em berma de quilíbrio e rampa de FotografiasFotografias 6 e 7: Edificação 6 e 7: Edificação em berma em de bermaquilíbrio de equilíbrio rampa dee rampa acesso de irregular/tráfego acesso irregular/tráfego pesado. pesado. das bermas (seção inclinada do dique) deve ser mantido acessoAutoria: irregular/tráfego SandroAutoria: Petry, Sandro 01/2010. Petry, 01/2010. pesado. raso e homogêneo, devendo a vegetação arbustiva altaBibliografia Bibliografia Autoria: Sandro Petry, 01/2010.

Livros e tesesLivros e teses

LTENHOFEN ALTENHOFENA, Rafael José, Rafael (2005) José - (2005)Relações - RelaçõesEcológicas, Ecológicas, Percepções Percepções e Representações e Representações de Populações de Populações Humanas Humanas Ribeirinhas:Ribeirinhas: Subsídios paraSubsídios Conservação para Conservação de Áreas Úmidade Áreas na ÚmidaBacia Hidrográficana Bacia Hidrográfica do Rio Dos do Sinos Rio Dos, RS. Sinos , RS. CANHOLI, Aluísio Pardo (2005) - Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo, Oficina de Textos. CANHOLI, Aluísio Pardo (2005) - Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo, Oficina de Textos. COLLISCHONN, E. (2009) - Inundações em Venâncio Aires/RS: Interações entre as dinâmicas natural e social na COLLISCHONN, E. (2009) - Inundações em Venâncio Aires/RS: Interações entre as dinâmicas natural e social na formação de riscos socioambientais urbanos. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós- formação de riscos socioambientais urbanos. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geografia, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, 327p. Graduação em Geografia, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, 327p. FELICIO, B da C.; SILVA, R. S. (2009) - “Ações antrópicas nas áreas lindeiras a corpos d’água urbanos”. XIII Encontro da FELICIO, B da C.; SILVA, R. S. (2009) - “Ações antrópicas nas áreas lindeiras a corpos d’água urbanos”. XIII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. Florianópolis. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. Florianópolis. FERNANDES, C. (2002) - Microdrenagem - Um Estudo Inicial, DEC/CCT/UFPB, Campina Grande, 196p. FERNANDES, C. (2002) - Microdrenagem - Um Estudo Inicial, DEC/CCT/UFPB, Campina Grande, 196p. MOEHLECKE, G.O. (1976) – “Primórdios da urbanização de São Leopoldo”. Anais do 2º Simpósio de História da MOEHLECKE, G.O. (1976) – “Primórdios da urbanização de São Leopoldo”. Anais do 2º Simpósio de História da Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul, p.73 a 104. Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul, p.73 a 104. METROPLAN (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano) (2001) - Os rios na cidade: as enchentes na evolução METROPLAN (Fundaçãourbana Estadual da regiãode Planej metropolitanaamento Metropolitano) de Porto Alegre. (2001) Porto - Os Alegre. rios na 96 cidade: p as enchentes na evolução urbana da região metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre. 96 p PICKETT, S. T.; CARDENASSO, M. L.; GROVE, J. M.; NILON, C. H.; POUYAT, R. V.; ZIPPERER, W. C.; CONSTANZA, R. PICKETT, S. T.; CARDENASSO,(2001) - “Urban M. L.; EcologicalGROVE, J. System: M.; NILON, Linking C. H.;Terrestrial POUYAT,, Ecological, R. V.; ZIPPER PhysicalER, W.and C.; socioeconomic CONSTANZA, Components R. (2001) - “Urbanof Metropolitan Ecological Areas”. System: Annual Linking Review Terrestrial of Ecology, Ecological, and Systematics Physical ,and 33. socioeconomic Components of Metropolitan Areas”. Annual Review of Ecology and Systematics, 33. PROJETO PLANAGUA/GTZ DE COOPERAÇÃO TÉCNICA BRASIL - ALEMANHA. (1998) - Rios e Córregos. Preservar – Conservar – PROJETO PLANAGUA/GTZRenaturalizar DE COOPERAÇÃO a recuperação TÉCNICA B RASILde rios. - A LEMANHAPossibilidades. (1998) e Limites- Rios eda Córregos. Engenharia Preservar Ambiental. – Conservar – Renaturalizar a recuperação de rios. Possibilidades e Limites da Engenharia Ambiental. REZENDE, B. ; TUCCI, C. E. M. (1979) - Análise das Inundações em Estrela: relatório técnico. Estrela, Prefeitura REZENDE, B. ; TUCCI,Municipal C. E. M. de (1979) Estrela -, Análise30p. das Inundações em Estrela: relatório técnico. Estrela, Prefeitura Municipal de Estrela, 30p. TUCCI, C.E.M. (1993) - “Controle de Enchentes”. In Tucci, C. (org). Hidrologia ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. TUCCI, C.E.M. (1993)da - “ControleUniversidade: de Enchentes” ABRH cap 16,. In p621-658.: Tucci, C. (org).952p. Hidrologia ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. da Universidade: ABRH cap 16, p621-658.: 952p. TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L. L.; BARROS, M. T. de (Orgs.) (1995) - Drenagem Urbana. ABRH – Associação Brasileira de TUCCI, C. E. M.; PORTORecursos, R. L. L.;Hídricos. BARROS, Porto M. Alegre:T. de (Orgs.) UFRGS, (1995) 428 p. - Drenagem Urbana. ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos. Porto Alegre: UFRGS, 428 p. Documentos institucionais Documentos institucionais

PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO (2008) - Projeto de Controle de Enchentes no Vale do Rio dos Sinos. Estudo de escoamento PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDOde vazões (2008) críticas - Projeto no canal de Controle central dode rioEnchentes dos Sinos no localizado Vale do Rio entre dos a Sinos. antiga Estudo ponte deférrea escoamento da Av. Mauá e a de vazões Casacríticas de Bombasno canal nº central 04 – Polder do rio V dos– São Sinos Leopoldo localizado – RS. Relatórioentre a antiga Final. ponte férrea da Av. Mauá e a Casa de Bombas nº 04 – Polder V – São Leopoldo – RS. Relatório Final. RELATÓRIO TÉCNICO DO PROJETO DE CONTROLE DE ENCHENTES NO VALE DO RIO DOS SINOS (1992). Secretaria do Desenvolvimento RELATÓRIO TÉCNICO DO RegionalPROJETO DEda CPresidênciaONTROLE DE daENCHENTES República. NO VGovernoALE DO R doIO DOSEstado SINOS do (1992). Rio Grande Secretaria do Sul. do São Desenvolvimento Leopoldo. Regional da Presidência da República. Governo do Estado do Rio Grande do Sul. São Leopoldo.

Endereços eletrônicos Endereços eletrônicos territorium 19

Em alguns locais há também vegetação arbustiva alta, Conclusão e no interior das áreas apropriadas pelos ocupantes irregulares encontramos vegetação de porte arbóreo. Medidas adotadas quase sempre apresentam caráter Casas estão construídas do lado interno do dique (lado localizado. Os trechos dos canais ampliados reduzem correspondente ao rio), estas promovendo o aterro os prejuízos das áreas afetadas, mas devido à nas áreas onde estão localizadas. Segundo informação transferência das vazões as inundações agravam-se declaratória de um operador do SCEVRS, o surgimento para jusante e as planícies utilizadas pelas águas, 167 desses fatores teria tido início com a extinção do DNOS, suprimidas por obras, serão sempre requeridas à em 1989, ocasião em que houve uma paralisação de jusante (Canholi, 2005). obras de manutenção. As inundações ocorridas no Vale do rio dos Sinos em Segundo relatório técnico do SCEVRS (2005), a 1983, 1984, 1985, 1987 e 1989, atingiram cotas muito manutenção das Valas de Macrodrenagem, que vem superiores ao que seria esperado pelo volume de sendo desenvolvida, encontra dificuldades de execução, água precipitado. Podemos incluir alguns dos últimos pois em alguns trechos de valas já não é mais possível eventos hidrológicos na bacia, como enchentes dragar devido à localização de casas irregulares nas ocorridas desde 2008, como de grande magnitude. faixas de domínio e nas áreas reservadas para o trânsito O nível do rio, em 2009, chegou a atingir cota dos equipamentos ao longo de todo o Sistema de Proteção assustadora, menos de um metro inferior à altura e, até mesmo, nos diques. do dique – conforme declaração de moradores do bairro Vicentina (São Leopoldo). Suas moradias estão A partir dessa situação, forçou-se o sistema de proteção instaladas a poucos metros do rio dos Sinos. a executar os serviços de dragagem utilizando-se o passeio interno e a berma de equilíbrio, para o trânsito Segundo SCEVRS a manutenção das obras com dos Drag–Lines e para deposição resultante da dragagem, relativa segurança tem sido um trabalho difícil, pois comprometendo a estabilidade dos diques. constantemente ocorrem novas invasões, roubos e vandalismos nas obras do Sistema de Controle e isso Quanto à manutenção dos equipamentos do SPCVRS, o pode acarretar em graves problemas de inundação no Ministério das Cidades transferiu para o Ministério da interior dos pôlderes. Integração Nacional (que atualmente administra o órgão gestor do Sistemas) R$ 24 milhões. As prioridades serão As obras de contenção de enchentes, com manutenção as reformas das casas de bombas dos diques, sendo inadequada e danos significativos em sua estrutura, que a casa que se encontra em estado mais crítico está são, diante do sinistro, piores do que não ter obra localizada no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo alguma, pois, nesse caso, as inundações ocorrem (JORNAL VALE DOS SINOS, 2009). Esta Casa possui sete gradativamente, ao contrário daquelas obras que bombas, sendo que, na cheia de 2009 , apenas uma possam romper provocando ondas de grandes bomba funcionou, inundando parte da área protegida e dimensões. Diante dos prejuízos e entraves que as obrigando a Defesa Civil a prestar socorro às vítimas da ocupações irregulares têm causado percebe-se que a inundação. remoção destas e o impedimento da instalação de novas moradias é um caso de segurança a toda a população residente próxima aos diques. Partes não-institucionais É possível ainda especular quanto ao modelo de Como resultado preliminar, pode-se apontar a existência pensamento, e aos efeitos deste na configuração de elementos não institucionais que, em hipótese, dos pôlderes, vigentes na época da idealização do teriam efeito relativo de controle de inundações. É Sistema, ocasião em que não havia o mesmo grau o caso da Estrada dos Municípios, em Novo Hamburgo de esclarecimento e preocupação quanto ao valor (bairro Canudos), a qual, segundo constatação de natural e a necessidade de preservação de terras campo, se localiza próxima a assentamento humano, úmidas. O projeto do Sistema previa, inclusive, constituída também de aterro, marcando a transição diques que décadas depois nem haviam sido entre, de um lado, a ocupação, e, de outro, área com implantados, muito embora, como já dito, a BR 448 características ecossistêmicas de terra úmida. O possível (rodovia federal), em construção, com mais de 20 efeito de contenção de alguns elementos encontrados, Km de extensão, siga o traçado planejado e exerça efeito este não-reconhecido tecnicamente, é uma o efeito de contenção. Novos pôlderes entrarão hipótese cuja confirmação depende de aprofundamento em operação com a rodovia e seus efeitos não se da presente pesquisa. resumem à proteção conferida, já que a idealização de sistema de controle não deve focar apenas a contenção em si, ao tempo em que artificializa toda a dinâmica natural de uma bacia hidrográfica. RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

E principalmente, concluímos que a gestão do Sistema Rezende, B. ; Tucci, C. E. M. (1979) - "Análise das deve ser encarada como problema multi-complexo, já Inundações em Estrela: relatório técnico". que riscos de falha não se calculam somente na relação Estrela, Prefeitura Municipal de Estrela, 30p. entre a dinâmica natural alterada por meio de obras Tucci, C.E.M. (1993) - “Controle de Enchentes”. In Tucci, civis, de um lado, e as características técnicas das obras, C. (org). Hidrologia ciência e aplicação. Porto de outro, mas também da dinâmica urbana dos homens. 168 Alegre: Ed. da Universidade: ABRH cap 16, p621-658.: 952p. Bibliografia Tucci, C. E. M.; PORTO, R. L. L.; Barros, M. T. de (Orgs.) (1995) - "Drenagem Urbana". ABRH – Associação Livros e teses Brasileira de Recursos Hídricos. Porto Alegre: UFRGS, 428 p. Altenhofen, Rafael José (2005) - "Relações Ecológicas, Percepções e Representações de Populações Documentos institucionais Humanas Ribeirinhas: Subsídios para Conservação de Áreas Úmida na Bacia Prefeitura de São Leopoldo (2008) - "Projeto de Controle de Hidrográfica do Rio Dos Sinos", RS. Enchentes no Vale do Rio dos Sinos". Estudo de Canholi, Aluísio Pardo (2005) - "Drenagem urbana e escoamento de vazões críticas no canal central controle de enchentes". São Paulo, Oficina de do rio dos Sinos localizado entre a antiga ponte Textos. férrea da Av. Mauá e a Casa de Bombas nº 04 – Polder V – São Leopoldo – RS. Relatório Final. Collischonn, E. (2009) - "Inundações em Venâncio Aires/

RS: Interações entre as dinâmicas natural e Relatório Técnico do Projeto de Controle de Enchentes no social na formação de riscos socioambientais Vale do Rio dos Sinos (1992). Secretaria do urbanos". Tese de doutorado apresentada ao Desenvolvimento Regional da Presidência da Programa de Pós-Graduação em Geografia, República. Governo do Estado do Rio Grande da Universidade Federal de Santa Catarina - do Sul. São Leopoldo. UFSC, Florianópolis, 327p. Endereços eletrônicos Felicio, B da C.; Silva, R. S. (2009) - “Ações antrópicas nas áreas lindeiras a corpos d’água urbanos”. ABICALÇADOS. Associação Brasileira da Indústria XIII Encontro da Associação Nacional de Pós- de Calçados. Disponível em: http:\\www. Graduação e Pesquisa em Planejamento abicalcados.com.br\polos-produtores.html. Urbano e Regional. Florianópolis. Acessado em: 08/04/2010. Fernandes, C. (2002) - "Microdrenagem - Um Estudo Inicial", Jornal Vale dos Sinos. Disponível em: http://www.jornalvs. DEC/CCT/UFPB, Campina Grande, 196p. com.br/site/principal/capa.asp. Acessado em: Moehlecke, G.O. (1976) – “Primórdios da urbanização 17/01/2010. de São Leopoldo”. Anais do 2º Simpósio de Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB (2000) História da Imigração e Colonização Alemã no Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ Rio Grande do Sul, p.73 a 104. home/estatistica/populacao/condicaodevida/ Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento pnsb/default.shtm . Acessado em: 10/01/2010. Metropolitano) (2001). "Os rios na cidade: PRÓ-SINOS - Programa de Educação Ambiental da bacia as enchentes na evolução urbana da região hidrográfica do rio dos Sinos. Disponível em: metropolitana de Porto Alegre". Porto Alegre. 96 p http://www.portalprosinos.com.br/. Acessado Pickett, S. T.; Cardenasso, M. L.; Grove, J. M.; Nilon, C. H.; em 10/12/2009. Pouyat, R. V.; Zipperer, W. C.; Constanza, R. (2001) Secretaria Municipal de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento - “Urban Ecological System: Linking Terrestrial, Urbano do Rio Grande do Sul. Disponível em Ecological, Physical and socioeconomic http://www.habitacao.rs.gov.br/portal/ Components of Metropolitan Areas”. Annual index.php?acao=servico&cod=corsan. Acessado Review of Ecology and Systematics, 33. em: 21/12/2009. Projeto PLANAGUA/GTZ de Cooperação Técnica Brasil - Alemanha. (1998) - "Rios e Córregos. Preservar – Conservar – Renaturalizar a recuperação de rios. Possibilidades e Limites da Engenharia Ambiental".