Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação

2015

2015

- 2015

2024

-

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2024 2024 PME

AJURICABA RS

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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE AJURICABA

DECÊNIO 2015/2024

AJURICABA – RS MAIO - 2015

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PODER EXECUTIVO:

Airton Luis Cossetin – Prefeito Velanir Bagolin – Vice – Prefeita Roseila Iara Renz Pretto – Secretária Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer Diole Bibiana Prates de Almeida – Supervisora de Ensino Janice Serafini Steurer - Supervisora de Ensino Ivan Chagas – Supervisor de Ensino Luciano Möbs Mariotti – Supervisor de Ensino Mariléia Marquezin Faustini – Supervisora de Ensino Marcia Van Der Sand – Supervisora de Ensino Siderlei Antonio Camini – Supervisor de Ensino

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Presidente: Elisângela Maas Torquetti Conselheiros: Marlei Maria Buchanelli Holz Marlei Foguesatto Ottonelli Diole Bibiana Prates de Almeida Marino Paulo Schimanoski Marcelo da Silva Adroaldo José Dallabrida

FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Celina Lúcia Dallabrida – Coordenadora Cíntia Linauer Höring – Coordenadora Suplente Marcia Inês Van Der Sand – Secretária Titular Terezinha Steurer – Secretária Suplente

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COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Portaria Nº 9.348 de 11 de dezembro de 2014 Celina Lúcia Dallabrida Diole Bibiana Prates de Almeida Elisangela Mass Torquetti Janice Serafini Steurer Roseila Iara Renz Pretto

COMISSÃO MONITORAMENTO:

Clarice Ottonelli Elisangela MassTorquetti Sueli Antônia Zangirolami

COMISSÃO SISTEMATIZAÇÃO:

Daniele Heck Albrecht Roseila Iara Renz Pretto Rejane Krause Much

COMISSÃO MOBILIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO:

Diole Bibiana Prates de Almeida Janice Serafini Steurer

REVISÃO TÉCNICA:

Roseila Iara Renz Pretto Terezinha Steurer

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SUMÁRIO

PODER EXECUTIVO: ...... 2 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO...... 2 FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ...... 2 COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ...... 3 COMISSÃO MONITORAMENTO: ...... 3 COMISSÃO SISTEMATIZAÇÃO: ...... 3 COMISSÃO MOBILIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO: ...... 3 REVISÃO TÉCNICA: ...... 3 SUMÁRIO ...... Erro! Indicador não definido. ÍNDICE DE TABELAS ...... 7 APRESENTAÇÃO ...... 13 RESGATE HISTÓRICO ...... 14 1 INTRODUÇÃO ...... 18 2 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE AJURICABA ...... 22 2.1 Perfil Geopolítico ...... 22 2.2 Habitação 2010 ...... 23 2. 3 População 2010 por Idade ...... 24 2.4 Evolução da População ...... 25 2.5 População Urbana e Rural por gênero 2010 ...... 26 2.6 Ajuricaba x RS x Brasil – Evolução Populacional ...... 26 2.7 Empresas 2012 ...... 27 2.8 Registro Civil 2013 ...... 27 2.9 Índice de Desenvolvimento Humano ...... 27 2. 10 Dados Econômicos ...... 28 2.11 Comparativo Anual ...... 28 2.12 Finanças Públicas 2014 ...... 29 2.13 Frota ...... 30 2.14 Fundações Privadas e Associações Sem fins Lucrativos...... 30 2.15 Instituições Financeiras ...... 31 2.16 Mapa da Pobreza e da Desigualdade ...... 31

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2.17 Pecuária ...... 32 2.18 Saneamento Básico ...... 33 2.19 Produção Agrícola ...... 34 2.20 Produção Agrícola Permanente ...... 36 2.21 Lavoura Temporária em 2013 ...... 37 2.22 PIB de Ajuricaba em 2012 ...... 38 2.23 Representação Política 2m 2014 ...... 39 2.24 Serviços de Saúde em 2009 ...... 39 2.25 Organização das Escolas no Município...... 41 2.25.1 Escolas Estaduais ...... 41 2.25.1.1 Colégio Estadual Comendador Soares de Barros ...... 41 2.25.1.2 Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini ...... 43 2.25.1.3 Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira ...... 45 2.25.2 Escolas Municipais ...... 46 2.25.2.1 Educação Infantil ...... 46 2.25.2.1.1 Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini ...... 46 2.25.2.1.2 Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol ...... 47 2.25.3 Ensino Fundamental – Escolas Municipais ...... 48 2.25.3.1 Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes ...... 48 2.25.3.2 Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª Nelci Tobias Oedmann ...... 49 2.25.3.3 Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Fogliatto ...... 50 2.25.4 Escola Privada ...... 51 2.25.4.1 Centro Educacional Primeiros Passos ...... 51 2.25.4.2 APAE - Educação Especial ...... 52 2.26 Educação: escolas – docentes – matrículas 2015 ...... 53 2.27 Esporte e Lazer ...... 55 2.28 Cultura ...... 59 2.29 Turismo ...... 60 3 – OBJETIVOS E PRIORIDADES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ...... 60 4 EDUCAÇÃO BÁSICA ...... 62 4.1 Níveis de Ensino ...... 62 4.1.1 Educação Infantil ...... 62 4.1.2 Ensino Fundamental...... 68 5

4.1.3 Ensino Médio ...... 80 5 MODALIDADES DE ENSINO ...... 86 5.1 Educação Especial ...... 86 5.2 Educação de Jovens e Adultos – EJA ...... 105 5.3 Educação Profissional ...... 111 5.4 Educação Superior ...... 115 6 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ...... 122 7 GESTÃO EDUCACIONAL ...... 129 8 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ...... 132 9 TEMAS TRANSVERSAIS ...... 139 10 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ...... 140 REFERÊNCIAS ...... 142

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Dados das habitações de Ajuricaba em 2010 23 Tabela 2 – População de Ajuricaba em 2010 por faixa etária e sexo 24 Tabela 3 - Evolução da população urbana e rural de Ajuricaba 25 Tabela 4 – Dados referentes à população de Ajuricaba, em 2010 26 Tabela 5 – Evolução populacional de Ajuricaba comparado ao RS e Brasil de 26 1991 – 2007 Tabela 6 – Dados econômicos de 2012 do município de Ajuricaba 27 Tabela 7 – Dados estatísticos dos registros civis de 2013 27 Tabela 8 – Índice de Desenvolvimento Humano de 1991-2010 27 Tabela 9 – Dados econômicos (PIB) de Ajuricaba de 1999-2010 28 Tabela 10 – Dados referentes à participação dos setores na economia de 28 Ajuricaba de 1999-2010 Tabela 11 – Despesas públicas de Ajuricaba em 2014 29 Tabela 12 – Registros no DETRAN de veículos em 2013 30 Tabela 13 – Estatísticas referentes empresas/empregados/salários 30 Tabela 14– Instituições e operações financeiras de 2013 em Ajuricaba 31 Tabela 15 – Índice Gini em Ajuricaba no ano 2000 31 Tabela 16 – Dados sobre a pecuária em Ajuricaba em 2013 32 Tabela 17 – Saneamento básico do município de Ajuricaba em 2008 33 Tabela 18 – Produção agrícola de Ajuricaba em 2007 34 Tabela 19 - Dados sobre a produção permanente em Ajuricaba em 2013 36 Tabela 20 – Dados sobre a lavoura temporária em Ajuricaba em 2013 37 Tabela 21 – Produto Interno Bruto em Ajuricaba em 2012 38 Tabela 22 – Eleitores no município de Ajuricaba em 2014 39 Tabela 23 – Dados referentes aos serviços de saúde em 2009 39 Tabela 24 - Turmas do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Comendador 42 Soares de Barros Tabela 25 – Ensino Médio Politécnico do Colégio Estadual Comendador 42 Soares de Barros Tabela 26 – Curso Técnico em Administração do Colégio Estadual 43 Comendador Soares de Barros

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Tabela 27 - Educação profissional integrada ao ensino médio: Curso Técnico 43 em Administração do Colégio Comendador Soares de Barros Tabela 28 - Educação Profissional Curso Técnico em Aquicultura– 43 PRONATEC Tabela 29 - Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental 44 João Carlini Tabela 30 - Educação de Jovens e Adultos da Escola Estadual de Ensino 44 Fundamental João Carlini Tabela 31 - Educação Infantil Pré- Escola da Escola Estadual de Ensino 45 Fundamental Medianeira Tabela 32 – Ensino Fundamental Escola da Escola Estadual de Ensino 46 Fundamental Medianeira Tabela 33 - Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil João 46 Carlini Tabela 34 - Educação Infantil Pré-Escola da Escola Municipal de Educação 47 Infantil João Carlini Tabela 35 - Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil Raio 47 de Sol Tabela 36 - Educação Infantil Pré-Escola da Escola Municipal de Ensino 48 Fundamental Emílio de Menezes Tabela 37 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental 48 Emílio de Menezes Tabela 38 – Educação Infantil da Escola Municipal de Ensino Fundamental 49 Professora Nelci Tobias Oedmann Tabela 39 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental 50 Professora Nelci Tobias Oedmann Tabela 40 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental 51 Luiz Fogliatto Tabela 41 – Educação Infantil do Centro Educacional Primeiros Passos 52 Tabela 42 – Educação Infantil Pré-Escola do Centro Educacional Primeiros 52 Passos Tabela 43 – Ensino Fundamental do Centro Educacional Primeiros Passos 52 Tabela 44 – Educação Especial da APAE 52 Tabela 45 – Dados referentes às escolas, docentes e matrículas 2015 53 Tabela 46 - Indicador 1A: Percentual da população de 4 e 5 anos que 66 frequenta a escola Tabela 47 - Evolução Matrícula Educação Infantil – 4 meses a 3 anos 66 Tabela 48 - Evolução da Matrícula na Educação Infantil 4 e 5 anos 66

Tabela 49 - População de 0 a 4 anos no município de Ajuricaba 66 Tabela 50 - Indicador 1B - Percentual da população de 0 a 3 anos que 67 frequenta a escola Tabela 51 – Estratégias para a Educação Infantil 67

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Tabela 52 - Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola 73 Tabela 53 - Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o Ensino 73 Fundamental concluído Tabela 54 - Evolução da Matrícula no Ensino Fundamental no Município de 73 Ajuricaba por Dependência Administrativa Tabela 55 - Taxa de Rendimento Escolar (%) no Ensino Fundamental no 74 Município de Ajuricaba 2010 Tabela 56 - Taxa de Rendimento Escolar (%) no Ensino Fundamental no 74 Município de Ajuricaba 2013 Tabela 57 - Taxa de Evasão Escolar (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba 74

Tabela 58 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 74 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Emílio de Menezes Tabela 59 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 75 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Luiz Fogliatto Tabela 60 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 75 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Professora Nelci Tobias Oedmann Tabela 61 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 76 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Estadual Medianeira Tabela 62 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 76 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Estadual João Carlini Tabela 63 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de 76 Ajuricaba – 2010 - 2013 – Colégio Estadual Comendador Soares de Barros Tabela 64 - Distorção Idade/Ano/Ano nas Escolas de Ajuricaba – Média 2013 77 Tabela 65 – Ideb e metas para 4ª Série/5º Ano da Rede Estadual 77

Tabela 66 – Ideb e metas para 8ª Série/9º Ano da Rede Estadual 77

Tabela 67 – Ideb e metas para 4ª Série/5º Ano da Rede Municipal 78

Tabela 68 – Ideb e metas para 8ª Série/9º Ano da Rede Municipal 78 Tabela 69 – Estratégias para o Ensino Fundamental 78 Tabela 70 - Evolução da Matrícula no Ensino Médio no Município de Ajuricaba 82 Colégio Estadual Comendador Soares de Barros Tabela 71 - Número de população em idade de estar cursando o Ensino 82 Médio do Município de Ajuricaba Tabela 72 - Taxa de Rendimento Escolar (%) – Aprovação no Ensino Médio 82 no Município de Ajuricaba Tabela 73 - Taxa de Evasão Escolar (%) no Ensino Médio de Ajuricaba 83

Tabela 74 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Médio de Ajuricaba 83 Tabela 75 - Metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB 83 para o Ensino Médio no Brasil e no Estado do Tabela 76 - Indicador 3A - Percentual da população de 15 a 17 anos que 83 frequenta a escola

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Tabela 77 - Indicador 3B - Taxa de escolarização líquida no Ensino Médio da 84 população de 15 a 17 anos Tabela 78 –Estratégias Ensino Médio no Município de Ajuricaba 84

Tabela 79 – Evolução da matrícula da Educação Especial 89 Tabela 80 - Indicador 4 - Percentual da população de 4 a 17 anos com 89 deficiência que frequenta a escola Tabela 81 – Estratégias para a Educação Especial no Município de Ajuricaba 90

Tabela 82 - Indicador 5 - Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 92 3º ano do Ensino Fundamental Tabela 83 – Estratégias para a Alfabetização no Município de Ajuricaba 93 Tabela 84 - Indicador 6A - Percentual de escolas públicas com alunos que 94 permanecem pelo menos 7h em atividades escolares Tabela 85 - Indicador 6B - Percentual de alunos que permanecem pelo menos 94 7h em atividades escolares Tabela 86: Estratégias para a Educação Integral no Município de Ajuricaba 95 T abela 87 - Indicadores da Educação Básica 4ª série/5º ano da rede estadual 97 Tabela 88 - Indicadores da Educação Básica 8ª série/9º ano da rede estadual 97 Tabela 89 - Indicadores da Educação Básica 4ª série/5º ano da rede municipal 97 Tabela 90 - Indicadores da Educação Básica 8ª série/9º ano da rede municipal 98

Tabela 91 - Estratégias para a Educação Básica no Município de Ajuricaba 98 Tabela 92 - Indicador 8A - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos 102

Tabela 93 - Indicador 8B - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos 103 residente em área rural Tabela 94 - Indicador 8C - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos 103 entre os 25% mais pobres Tabela 95 - Indicador 8D - Razão entre a escolaridade média da população 103 negra e da população não negra de 18 a 29 anos Tabela 96 – Estratégias para aumentar a escolaridade da população de 18 a 104 29 anos Tabela 97 - Taxa de Analfabetismo no Município de Ajuricaba 107 Tabela 98 - Evolução da Matrícula de EJA no Município de Ajuricaba 108 Tabela 99 - Indicador 9A - Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou 108 mais de idade Tabela 100 - Indicador 9B - Taxa de analfabetismo funcional da população de 108 15 anos ou mais de idade Tabela 101 – Estratégias para a Educação de Jovens e Adultos no Município 108 Tabelade 102 – Indicadores e estratégias da Educação de Jovens e Adultos, nos 110 Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação Profissional

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Tabela 103 - Educação Profissional no Município de Ajuricaba 2010/2015 113 Tabela 104 - Indicador 11A - Matrículas em Educação Profissional Técnica de 114 Nível Médio Tabela 105 - Indicador 11B - Matrículas em Educação Profissional Técnica de 114 Nível Médio na Rede Pública Tabela 106 – Estratégias para a Educação Profissional no Município 114 Tabela 107 - População em Idade para Cursar Ensino Superior em Ajuricaba 119 Tabela 108 - Indicador 12A - Taxa de escolarização bruta na Educação 119 Superior da população de 18 a 24 anos Tabela 109 - Indicador 12B - Taxa de escolarização líquida ajustada na 119 Educação Superior da população de 18 a 24 anos Tabela 110 – Estratégias para a Educação Superior 120 Tabela 111 - Indicador 13A - Percentual de funções docentes na Educação 120 Superior com Mestrado ou Doutorado Tabela 112 - Indicador 13B - Percentual de funções docentes na Educação 121 Superior com Doutorado Tabela 113 – Estratégias da Educação Superior 121 Tabela 114 – Indicadores da Pós-Graduação Stricto Sensu 121 Tabela 115 – Estratégias para a Pós-Graduação Stricto Sensu 122 Tabela 116 - Número de docentes da Educação Básica do Município de 124 Ajuricaba 2015 Tabela 117 – Nível de formação dos Profissionais de Educação de Ajuricaba 125

Tabela 118 – Estratégias para a formação dos Profissionais de Educação 125 Tabela 119 - Indicador 16 - Percentual de professores da Educação Básica 126 com Pós-Graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu Tabela 120 – Estratégias para aumentar o número de Pós-Graduados 126 Tabela 121 - Indicador 17 - Razão entre salários dos professores da 127 Educação Básica, na Rede Pública (não federal), e não professores, com escolaridade equivalente Tabela 122 – Estratégias para valorização dos profissionais do magistério 127

Tabela 123 – Estratégias referentes à implantação de Plano de Carreira 128 Tabela 124 – Estratégias para a Gestão Educacional 131 Tabela 125 - Histórico da Estimativa do Percentual do Investimento Público 135 Total em Educação em Relação ao PIB, por Nível de Ensino no Brasil 2000- 2011 Tabela 126 - Investimento em Educação no Município de Ajuricaba por Nível 136 de Ensino

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Tabela 127 - Indicadores de Investimentos em Educação no Município de 136 Ajuricaba Tabela 128 - Indicadores do Custo-Aluno do Município de Ajuricaba 137 Tabela 129 – Estratégias para Investimentos em Educação no Município 138 Ajuricaba

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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Ajuricaba – PME para o decênio 2015- 2024, documento ora apresentado, se constitui em um planejamento de longo prazo, que abrange um conjunto de ações para aprimorar a gestão da educação no município contemplando as suas várias dimensões sendo elas: pedagógica, administrativa, jurídica e financeira em conjunto com os Sistemas de Ensino, de acordo com a legislação vigente e a sociedade. Sua elaboração é o resultado do trabalho coletivo iniciado no ano 2013 através da CONAE – Conferência Nacional da Educação, dos debates promovidos através de Seminários no município, da implantação do Fórum Municipal de Educação – FME, da instituição de Comissões de trabalho para análise das Metas do PNE – Plano Nacional de Educação, envolvendo os atores sociais que se engajaram a esse trabalho em cumprimento à Lei que instituiu o PNE, Lei Federal Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. O presente Plano apresenta o conjunto de 20 metas alinhadas ao Plano Nacional de Educação – PNE, de acordo com as necessidades e possibilidades da realidade local. A partir de sua implementação torna-se compromisso de toda a sociedade no monitoramento e execução do mesmo para que não se torne apenas um conjunto de intenções, mas de concretização efetiva em favor da educação do município. Ajuricaba, abril de 2015.

AIRTON LUIS COSSETIN ROSEILA IARA RENZ PRETTO Prefeito Municipal Secretária de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer

ELISÂNGELA TORQUETTI CELINA LÚCIA DALLABRIDA Presidente do CME Coordenadora do FME

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RESGATE HISTÓRICO

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1 INTRODUÇÃO

A ideia de construção de um Plano de Educação que perdurasse longa data remonta à década de 1930 e a luta dos pioneiros da chamada “Escola Nova”, a qual figurou como agente principal o educador Anísio Teixeira, atual nome do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, que se destacava pela sua visão social. A elite intelectual da época lançou o “Manifesto dos Pioneiros”, datado de 1932, no qual ficou destacada a necessidade de se elaborar um plano de desenvolvimento para a educação do país. A repercussão desse movimento foi muito grande e a adesão da sociedade também. Em 1934 já se consagrava no texto constitucional que competia à União “fixar o Plano Nacional de Educação compreendendo todos os graus e ramos, comuns e especializados, coordenar e fiscalizar sua execução em todo o território do país” (CF 1934, art. 150). Embora constitucional desde 1934, até 1962, nenhum Plano de Educação foi elaborado para o país. Porém, nesse ano, por iniciativa do MEC – Ministério da Educação e Cultura, considerando a vigência da primeira LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, é que efetivamente foi elaborado o primeiro Plano Nacional de Educação do Brasil, posteriormente aprovado pelo Conselho Federal de Educação, que, na verdade não passava de um conjunto de metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas no prazo de 8 anos. Dez anos após a Lei 5.692 de 11 de agosto de 1971 fixava as diretrizes e bases para o Ensino de 1º e 2º Graus sendo posteriormente alterada pela Lei 7.044 de 18 de outubro de 1982 referindo-se a profissionalização do Ensino de 2º Grau, hoje Ensino Médio. Cinquenta anos após a primeira tentativa oficial, a Constituição Cidadã de 1988, revitalizou a ideia do Plano Nacional de Educação de longo prazo, com força de lei, capaz de dar estabilidade e continuidade às iniciativas na área da educação, em seus diversos níveis integrando as ações dos Poderes Públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que passaram a ter que organizar, em regime de

18 colaboração, os seus Sistemas de Ensino, com o objetivo de promover uma educação de qualidade em todas as esferas do país.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o Sistema Federal de Ensino e dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios; § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil; § 3º Os Estados e o Distrito Federal aturarão prioritariamente no Ensino Fundamental e Médio; § 4º Na organização de seus Sistemas de Ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório; § 5º A Educação Básica pública atenderá prioritariamente ao Ensino Regular. (Constituição Federal 1988).

Sendo assim, a Constituição Federal de 1988, ora em vigor, estabeleceu um plano de competências a cada ente federado e previu a elaboração de lei que estabelece a elaboração do Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando à articulação e o desenvolvimento do ensino em seus diferentes níveis de formação e a integração das ações dos poderes públicos de modo a buscarem a:

I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; II – melhoria da qualidade do ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecnológica do país. (CF. Art. 214).

Atualmente temos em vigor a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Após todos esses avanços e longos anos de discussão, com um atraso de no mínimo 4 anos, pois o último Plano Nacional de Educação - PNE data do ano 2000, a Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 que instituiu o novo Plano Nacional de Educação – PNE , decênio 2015/2024, determina como diretrizes, além dos incisos I e II do artigo 214 da Constituição Federal, as seguintes:

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III – supressão das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV – melhoria na qualidade da educação; V – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamentam a sociedade; VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII – promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX- valorização dos profissionais da educação; X – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (PNE2015/2024)

Com o advento da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, se estabeleceu que à União incumbiria “elaborar o Plano Nacional de Educação em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios”. (CF. Art. 9º, Inciso I). Porém, apenas no ano 2001 é que foi cumprido de forma definitiva o artigo 214 da Constituição Federal sendo instituído em Lei o Plano Nacional de Educação. Esta Lei nº 10.172 de 09 de janeiro de 2001 que aprovou o segundo Plano Nacional de Educação, trouxe consigo aos Estados e Municípios a incumbência de elaborar seus próprios Planos Decenais de Educação. O Município de Ajuricaba prevê em sua Lei Orgânica datada de 1990, em seu Art. 134 que a “Educação, no Município, orientar-se-á por um Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, articulado com os Planos Nacional e Estadual de Educação, visando ao desenvolvimento do ensino no Município em seus diversos níveis e à integração das ações educativas desenvolvidas pelas diversas redes.

§ 1º - O Plano de que trata este artigo, contemplará: I – a erradicação do analfabetismo; II – a universalização do ensino fundamental; III – padrões de qualidade para formação humanística, científica e tecnológica. § 2º - Compete aos órgãos do Sistema Municipal de Ensino desencadear e supervisionar a elaboração do Plano de que trata o caput deste artigo, bem como acompanhar a sua execução. § 3º - O Plano referido neste artigo será submetido anualmente ao Poder Público Municipal para sua compatibilidade orçamentária.

Apesar de o parágrafo segundo da Lei Orgânica Municipal prever a competência do Sistema Municipal de Ensino, até a presente data ele ainda não foi 20 constituído o que acarreta em transtornos ao Município que seguidamente necessita recorrer ao Conselho Estadual de Educação para autorizar questões pertinentes à Educação Municipal, situação que caracteriza a urgência de medidas para sua efetiva criação e funcionamento. A Lei Orgânica Municipal refere-se ainda em seus artigos 71 e 72 aos Conselhos Municipais, inclusive ao da Educação.

Art. 71 – Os conselhos municipais são órgãos deliberativos de cooperação e assessoramento governamental e tem por finalidade, auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento em matérias de suas competências. Art. 72 – A lei especificará outras funções, atribuições, bem como organização, composição e funcionamento dos conselhos municipais e a forma de nomeação e duração do mandato dos conselheiros. § 1º - Poderão ser instituídos conselhos municipais nas áreas de: I – educação;

A Lei Nº 1.150 de 26 de dezembro de 2007, cria o Conselho Municipal de Educação de Ajuricaba e dá outras providências. Em seu “Art. 1º - Fica criado o Conselho Municipal de Educação de Ajuricaba com a finalidade básica de assessorar o Governo Municipal na formulação da Política Educacional do Município competindo-lhe especificamente:” E, em seu inciso IV consta

Assessorar a Administração Municipal na elaboração dos planos de educação de longa e curta duração, em consonância com as normas e critérios do Planejamento Nacional e dos Planos Estaduais estabelecidos em lei. (Lei Nº 1.150/1997).

O Fórum Municipal de Educação de Ajuricaba - FME, Instituído pelo Decreto- Executivo Nº 4.630, de 25 de setembro de 2014, nomeado pelo Decreto Nº 4.631, de 25 de setembro de 2014, publicado do Mural da Prefeitura Municipal de Ajuricaba - RS com caráter permanente em seu Art. 1º lhe confere as seguintes atribuições:

Art. 1º - O fórum Municipal de Educação, denominado FME, Instituído pelo Decreto-Executivo Nº 4.630, de 25 de setembro de 2014, nomeado pelo Decreto Nº 4.631, de 25 de setembro de 2014, publicado do Mural da Prefeitura Municipal de Ajuricaba - RS com caráter permanente e as seguintes atribuições: I – Participar de todos os processos de concepção, elaboração, implementação e monitoramento das políticas municipais de educação; II – Acompanhar todos os trâmites das conferências municipais de educação; 21

III - Acompanhar junto à Câmara Municipal de Vereadores a tramitação de Projetos de Leis referentes às políticas municipais de educação, e em especial, os Projetos de Leis dos Planos Decenais de Educação definidos no Art. 214 da Constituição Federal e dos trâmites necessários às adequações do Plano Municipal de Educação à Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação - PNE; IV – Elaborar e aprovar seu Regimento Interno e o Regimento Interno das Conferências Municipais de Educação; V – Zelar para que o Fórum Municipal da Educação e as Conferências Municipais de Educação estejam articuladas às Conferências Estaduais e Nacionais da Educação; VI – Planejar, promover e coordenar a realização de Conferências Municipais de Educação, bem como divulgar suas deliberações; VII – Colaborar na discussão, elaboração, implementação e monitoramento da execução do Plano Municipal de Educação; VIII – Planejar, convocar e coordenar em consonância com o Conselho Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Educação Cultura, Turismo, Desporto e Lazer as Conferências Municipais da Educação, a realização dos encontros do próprio Fórum Municipal da Educação - FME, mobilizando escolas, instituições e sociedade civil no que couber às discussões e deliberações pertinentes à educação municipal; XIX – Acompanhar os indicadores educacionais do município, estado, país e internacionais, articulando ações que visem a obtenção das metas previstas e o sucesso da educação oferecida no município; X – Planejar, organizar e coordenar espaços de debates sobre as políticas educacionais municipais e do interesse da educação como um todo; XI – Auxiliar na coordenação e sistematização das deliberações obtidas através dos encontros do Fórum Municipal da Educação – FME, dando encaminhamentos aos órgãos competentes; XII – Monitorar e avaliar a implementação das deliberações do Fórum Municipal da Educação – FME, das Conferências Municipais da Educação e do Plano Municipal de Educação – PME; XIII – Coordenar e organizar eventos, viabilizar participação de seus membros e demais ações pertinentes ao interesse da educação. (FME)

2 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE AJURICABA

2.1 Perfil Geopolítico

O Município de Ajuricaba, segundo a Fundação de Economia e Estatística, situa-se na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul pertencendo a Microrregião Noroeste Colonial apresenta paisagem formada por . Sua extensão territorial é de 323,2 km², distante da capital do estado 421 quilômetros tendo como principais vias de acesso asfáltico a ERS-514, BRS-285, BRS-116, BRS-386, ERS-223, BRS-377, ERS-342.

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Sua população em 2014 apresentou um aumento de 148 habitantes, passando a ser de 7.403 habitantes em comparação a 2010 que era de 7.255, apresentando uma densidade demográfica de 22,4 hab./Km², sendo sua taxa de urbanização de 56%, permanecendo ainda 44% da população no meio rural. A taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais em 2010 era de 5,14 %. A expectativa de Vida ao Nascer no ano 2010 era de 75,98 anos. O coeficiente de Mortalidade Infantil no ano 2010 ficou em 0,00 por mil nascidos vivos. O Produto Interno Bruto – PIB em 2012 era de R$ 194.221, 00. O Produto Interno Bruto - PIB per capita em 2012 era de R$ 27.024. Os indicadores analisados indicam que a qualidade de vida no município é boa e pode ser comparada superior à dos municípios do mesmo porte, o que é fruto de múltiplas ações da sociedade local que busca em sincronia ações convergentes e complementares para o desenvolvimento do município, sempre na busca da melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos.

2.2 Habitação 2010

Tabela 1 – Dados das habitações de Ajuricaba em 2010. Tipos de domicílio Quantidade Domicílios coletivos 1 Domicílio Domicílios coletivos sem morador 1 Domicílio

Domicílios particulares não ocupados 252 Domicílios Domicílios particulares não ocupados de uso ocasional 37 Domicílios Domicílios particulares não ocupados vagos 215 Domicílios Domicílios particulares ocupados 2.467 Domicílios Domicílios particulares ocupados com entrevista realizada 2.467 Domicílios Domicílios recenseados 2.720 Domicílios Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

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2. 3 População 2010 por Idade

Tabela 2 – População de Ajuricaba em 2010 por faixa etária e sexo. Homens 3.585 Homens Homens de 1 a 4 anos de idade 157 Homens Homens de 10 a 14 anos de idade 264 Homens Homens de 100 anos ou mais de idade 0 Homens Homens de 15 a 19 anos de idade 288 Homens Homens de 20 a 24 anos de idade 259 Homens Homens de 25 a 29 anos de idade 234 Homens Homens de 30 a 34 anos de idade 222 Homens Homens de 35 a 39 anos de idade 269 Homens Homens de 40 a 44 anos de idade 289 Homens Homens de 45 a 49 anos de idade 317 Homens Homens de 5 a 9 anos de idade 204 Homens Homens de 50 a 54 anos de idade 230 Homens Homens de 55 a 59 anos de idade 211 Homens Homens de 60 a 64 anos de idade 165 Homens Homens de 65 a 69 anos de idade 141 Homens Homens de 70 a 74 anos de idade 129 Homens Homens de 75 a 79 anos de idade 92 Homens Homens de 80 a 84 anos de idade 43 Homens Homens de 85 a 89 anos de idade 20 Homens Homens de 90 a 94 anos de idade 2 Homens Homens de 95 a 99 anos de idade 2 Homens Homens de menos de 1 ano de idade 47 Homens Homens na área rural 1.622 Homens Homens na área urbana 1.963 Homens Média de moradores em domicílios particulares ocupados 2,94 Moradores Mulheres 3.670 Mulheres Mulheres de 1 a 4 anos de idade 146 Mulheres Mulheres de 10 a 14 anos de idade 265 Mulheres

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Mulheres de 100 anos ou mais de idade 0 Mulheres Mulheres de 15 a 19 anos de idade 244 Mulheres Mulheres de 20 a 24 anos de idade 269 Mulheres Mulheres de 25 a 29 anos de idade 233 Mulheres Mulheres de 30 a 34 anos de idade 239 Mulheres Mulheres de 35 a 39 anos de idade 281 Mulheres Mulheres de 40 a 44 anos de idade 291 Mulheres Mulheres de 45 a 49 anos de idade 280 Mulheres Mulheres de 5 a 9 anos de idade 213 Mulheres Mulheres de 50 a 54 anos de idade 258 Mulheres Mulheres de 55 a 59 anos de idade 207 Mulheres Mulheres de 60 a 64 anos de idade 162 Mulheres Mulheres de 65 a 69 anos de idade 165 Mulheres Mulheres de 70 a 74 anos de idade 153 Mulheres Mulheres de 75 a 79 anos de idade 108 Mulheres Mulheres de 80 a 84 anos de idade 70 Mulheres Mulheres de 85 a 89 anos de idade 39 Mulheres Mulheres de 90 a 94 anos de idade 6 Mulheres Mulheres de 95 a 99 anos de idade 2 Mulheres Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

2.4 Evolução da População

Tabela 3 - Evolução da população urbana e rural de Ajuricaba Ano/População 1970 1980 1990 2000 2010 2014

Urbana 1.045 2.891 3.385 3.759 4.108 4.146

Rural 10.604 8.835 7.733 3.950 3.147 3.257

Total 11.649 11.726 11.118 7.709 7.255 7.403

Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

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2.5 População Urbana e Rural por gênero 2010

Tabela 4 – Dados referentes a população de Ajuricaba, em 2010. Mulheres na área rural 1.525 Mulheres

Mulheres na área urbana 2.145 Mulheres

População residente 7.255 Pessoas

População residente rural 3.147 Pessoas

População residente urbana 4.108 Pessoas

Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

2.6 Ajuricaba x RS x Brasil – Evolução Populacional

Tabela 5 – Evolução populacional de Ajuricaba comparado ao RS e Brasil de 1991 - 2007

Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

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2.7 Empresas 2012

Tabela 6 – Dados econômicos de 2012 do município de Ajuricaba. Número de empresas atuantes 342 Unidades Número de unidades locais 350 Unidades Pessoal ocupado assalariado 1.007 Pessoas Pessoal ocupado total 1.416 Pessoas Salário médio mensal 2,1 Salários Mínimos Salários e outras remunerações 17.263 Mil Reais Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

2.8 Registro Civil 2013

Tabela 7 – Dados estatísticos dos registros civis de 2013. Casamentos - registrados no ano - lugar do registro 14 Casamentos Divórcios por escritura pública - tabelionatos de notas 5 Divórcios Nascidos vivos - registrados - lugar do registro 91 Pessoas Nascidos vivos - registrados - por lugar de residência da mãe 82 Pessoas Nascidos vivos - ocorridos no ano - por lugar de residência 82 Pessoas da mãe Nascidos vivos em hospital - ocorridos no ano - por lugar de 82 pessoas residência da mãe Óbitos - ocorridos no ano - lugar de residência do falecido 74 pessoas Óbitos - ocorridos no ano - lugar do registro 56 pessoas Óbitos – ocorridos na residência - menores de 1 ano falecido 1 Pessoa Óbitos em hospital - ocorridos no ano - lugar do registro 4 pessoas Óbitos fetais - ocorridos e registrados no ano - lugar de 1 Pessoa residência da mãe Fonte: IBGE, Estatística do Registro Civil de 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

2.9 Índice de Desenvolvimento Humano

Tabela 8 – Índice de Desenvolvimento Humano de 1991-2010 IDHM 1991 0,498 IDHM 2000 0,646 IDHM 2010 0,753 Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

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2. 10 Dados Econômicos

Tabela 9 – Dados econômicos (PIB) de Ajuricaba de 1999-2010. Ano PIB pm Ajuricaba PIB pm RS em R$ Participação do PIB em R$ mil milhões Ajuricaba no PIB RS 1999 38.649 74.016 0,0522 2000 39.449 81.815 0,0482 2001 48.931 92.310 0,0530 2002 52.166 105.487 0,0494 2003 84.132 124.551 0,0675 2004 70.240 137.831 0,0509 2005 59.833 144.218 0,0414 2006 78.663 156.827 0,0501 2007 119.041 176.615 0,0674 2008 127.976 199.499 0,0641 2009 132.621 215.864 0,0614 2010 150.793 (3,9x) 252.864 (3,4x) 0,0596 Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

2.11 Comparativo Anual

Tabela 10 – Dados referentes a participação dos setores na economia de Ajuricaba de 1999-2010 Ano Agropecuária Indústria Adm. Pub. & Serviços Total 1999 43,0 5,1 51,9 100,0 2000 40,2 6,0 53,8 100,0 2001 44,1 5,0 50,9 100,0 2002 40,1 5,3 54,6 100,0 2003 48,4 3,8 47,8 100,0 2004 34,8 6,0 59,2 100,0 2005 24,9 7,7 67,4 100,0 2006 34,6 6,3 59,1 100,0 2007 35,9 5,0 59,1 100,0 2008 41,4 4,7 53,9 100,0 2009 35,4 5,7 58,9 100,00 2010 32,3 6,1 61,5 100,00 Média 37,9 5,6 56,5 100,0 Fonte: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico.

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2.12 Finanças Públicas 2014

Tabela 11 – Despesas públicas de Ajuricaba em 2014. Despesas orçamentárias empenhadas 18.107.572,80 Reais Despesas orçamentárias empenhadas – Capital 2.123.649,16 Reais Despesas orçamentárias empenhadas – Correntes 15.983.923,64 Reais Despesas orçamentárias empenhadas – Investimentos 2.093.648.80 Reais Despesas orçamentárias empenhadas - Obras e 59.968,60 Reais Instalações Despesas orçamentárias empenhadas - Outras Despesas 6.858.123,70 Reais Correntes Despesas orçamentárias empenhadas - Pessoal e 9.121.275,76 Reais Encargos Sociais Receitas orçamentárias realizadas 19.199.572,78 Reais Receitas orçamentárias realizadas – Capital 947.718,74 Reais Receitas orçamentárias realizadas – Contribuição 218.514,48 Reais Receitas orçamentárias realizadas – Correntes 20.984.540,90 Reais Receitas orçamentárias realizadas - Dívida Ativa 61.466,71 Reais Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre a 419.827,66 Reais Propriedade Predial e Territorial – IPTU Receitas orçamentárias realizadas - Imposto Sobre 378.102,34 Reais Serviços – ISS Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre 245.369,82 Reais Transmissão – Intervivos – ITBI Receitas orçamentárias realizadas - Outras Receitas 627.057,96 Reais Correntes Receitas orçamentárias realizadas – Patrimonial 267.777,15 Reais Receitas orçamentárias realizadas – Taxas 206.440,69 Reais Receitas orçamentárias realizadas - Transferência de 0,00 Reais Capital Receitas orçamentárias realizadas - Transferência 8.279.368,17 Reais Intergorvenamental da União Receitas orçamentárias realizadas - Transferência 7.536.849,11 Reais

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Intergovernamental do Estado Receitas orçamentárias realizadas - Transferências 18.387.499,17 Reais Correntes Receitas orçamentárias realizadas – Tributárias 1.442.431,27 Reais Valor do Fundo de Participação dos Municípios – FPM 6.312.536,04 Reais Valor do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - 0,00 Reais OURO - repassado aos Municípios Valor do Imposto Territorial Rural – ITR 97.557,90 Reais Fonte: Secretaria Municipal da Fazenda de Ajuricaba, 2015.

2.13 Frota

Tabela 12 – Registros no DETRAN de veículos em 2013. Automóvel - Tipo de Veículo 2.572 Automóveis Caminhão - Tipo de Veículo 402 Caminhões Caminhão trator - Tipo de Veículo 69 Caminhões Tratores Caminhonete - Tipo de Veículo 560 Caminhonetes Camioneta - Tipo de Veículo 122 Camionetas Micro-ônibus - Tipo de Veículo 19 Micro-ônibus Motocicleta - Tipo de Veículo 688 Motocicletas Motoneta - Tipo de Veículo 39 Motonetas Ônibus - Tipo de Veículo 34 Ônibus Outros - Tipo de Veículo 140 Veículos Total de Veículos 4.658 Veículos Utilitário - Tipo de Veículo 13 Utilitários

Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2013.

2.14 Fundações Privadas e Associações Sem fins Lucrativos

Tabela 13 – Estatísticas referentes empresas/empregados/salários. Número de unidades locais das entidades sem fins 71 Unidades lucrativos Número de unidades locais das fundações privadas e 50 Unidades

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associações sem fins lucrativos Pessoal ocupado assalariado em 31/12 das entidades sem 6 Pessoas fins lucrativos Pessoal ocupado assalariado em 31/12 das fundações 48 Pessoas privadas e associações sem fins lucrativos Salário médio mensal das entidades sem fins lucrativos 1,85 Salários mínimos Salário médio mensal das fundações privadas e 1,75 Salários associações sem fins lucrativos mínimos Salários e outras remunerações das entidades sem fins 828 Mil Reais lucrativos Salários e outras remunerações das fundações privadas e 553 Mil Reais associações sem fins lucrativos Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2010.

2.15 Instituições Financeiras

Tabela 14– Instituições e operações financeiras de 2013 em Ajuricaba. Tipos de Operações Operação Dados Depósitos a prazo 2.322.985 Reais Depósitos à vista – governo 1.116.209 Reais Depósitos à vista – privado 4.739.225 Reais Número de Agências 2 Agências Obrigações por Recebimento 35.621 Reais Operações de Crédito 89.098.650 Reais Poupança 10.097.428 Reais Fontes: Banco Central do Brasil, Registros Administrativos 2013.

2.16 Mapa da Pobreza e da Desigualdade

Tabela 15 – Índice Gini em Ajuricaba no ano 2000. Pobreza e Desigualdade Índice % Incidência da Pobreza 19,30 %

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Incidência da Pobreza Subjetiva 13,79 % Índice de Gini 0,37 Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva 11,19 % Limite inferior da Incidência de Pobreza 11,98 % Limite inferior do Índice de Gini 0,34 Limite superior da Incidência de Pobreza 26,62 % Limite superior do Índice de Gini 0,40 Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 16,39 % Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002/2003.

O coeficiente de Gini (ou índice de Gini) é um cálculo usado para medir a desigualdade social, desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini, em 1912. Apresenta dados entre o número 0 e o número 1, onde zero corresponde a uma completa igualdade na renda (onde todos detêm a mesma renda per cápita) e um que corresponde a uma completa desigualdade entre as rendas (onde um indivíduo, ou uma pequena parcela de uma população, detêm toda a renda e os demais nada têm).

2.17 Pecuária

Tabela 16 – Dados sobre a pecuária em Ajuricaba em 2013. Aquicultura - Alevinos - produção – quantidade 420 Milheiros Aquicultura - Alevinos - valor da produção 97 Mil Reais Aquicultura - Carpa - produção – quantidade 425.000 Kg Aquicultura - Carpa - valor da produção 2.338 Mil Reais Aquicultura - Outros peixes - produção – quantidade 25.000 Kg Aquicultura - Outros peixes - valor da produção 175 Mil Reais Aquicultura - Pacu e patinga - produção - quantidade 5.000 Kg Aquicultura - Pacu e patinga - valor da produção 33 Mil Reais Aquicultura - Piau, piapara, piauçu, piava - produção – 5.000 Kg quantidade Aquicultura - Piau, piapara, piauçu, piava - valor da 33 Mil Reais produção Bovino - efetivo dos rebanhos 14.700 Cabeças

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Caprino - efetivo dos rebanhos 90 Cabeças Equino - efetivo dos rebanhos 170 Cabeças Galináceos - galinhas - efetivo dos rebanhos 10.500 Cabeças Galináceos - total - efetivo de rebanhos 25.000 Cabeças Lã - produção – quantidade 680 Kg Lã - valor da produção 4 Mil Reais Leite de vaca - produção – quantidade 36.000 Mil litros Leite de vaca - valor da produção 28.080 Mil Reais Mel de abelha - produção – quantidade 14.500 Kg Mel de abelha - valor da produção 87 Mil Reais Ovino - efetivo dos rebanhos 750 Cabeças Ovinos tosquiados – quantidade 250 Cabeças Ovos de galinha - produção – quantidade 105 Mil dúzias Ovos de galinha - valor da produção 263 Mil Reais Suíno - matrizes de suínos - efetivo dos rebanhos 600 Cabeças Suíno - total - efetivo dos rebanhos 8.000 Cabeças Vacas ordenhadas – quantidade 8.300 Cabeças

Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

2.18 Saneamento Básico

Tabela 17 – Saneamento básico do município de Ajuricaba em 2008. Abastecimento de Água - Número de economias abastecidas, 1.812 Unidades de economias ativas abastecidas e de domicílios - Número de economias abastecidas. Abastecimento de Água - Número de economias abastecidas, 1.529 Unidades de economias ativas abastecidas e de domicílios - Número de economias ativas abastecidas residenciais. Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída 20 Metros por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Sem cúbicos tratamento Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída 796 Metros

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por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Simples cúbicos desinfecção (cloração e outros) Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída 816 Metros por dia - Existência e tipo de tratamento da água – Total cúbicos Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída 796 Metros por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Volume total cúbicos de água com tratamento Fonte: IBGE – Saneamento básico.

2.19 Produção Agrícola

Tabela 18 – Produção agrícola de Ajuricaba em 2007. Amendoim (em casca) - Área colhida 20 Hectares Amendoim (em casca) - Área plantada 20 Hectares Amendoim (em casca) - Quantidade produzida 36 Toneladas Amendoim (em casca) - Rendimento médio da produção 1.800 Kg por Ha Amendoim (em casca) - Valor da produção 72 Mil Reais Arroz (em casca) - Área colhida 20 Hectares Arroz (em casca) - Área plantada Hectares Arroz (em casca) - Quantidade produzida Toneladas Arroz (em casca) - Rendimento médio da produção 2.400 Kg por Hectare Arroz (em casca) - Valor da produção 16 Mil Reais Aveia (em grão) - Área colhida 1.000 Hectares Aveia (em grão) - Área plantada 1.000 Hectares Aveia (em grão) - Quantidade produzida 2.400 Toneladas Aveia (em grão) - Rendimento médio da produção 2.400 Kg por Hectare Aveia (em grão) - Valor da produção 696 Mil Reais Cevada (em grão) - Área colhida 200 Hectares Cevada (em grão) - Área plantada 200 Hectares Cevada (em grão) - Quantidade produzida 420 Toneladas Cevada (em grão) - Rendimento médio da produção 2.100 Kg por Hectare Cevada (em grão) - Valor da produção 91 Mil Reais

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Feijão (em grão) - Área colhida 90 Hectares Feijão (em grão) - Área plantada 110 Hectares Feijão (em grão) - Quantidade produzida 54 Toneladas Feijão (em grão) - Rendimento médio da produção 600 Kg por Hectare Feijão (em grão) - Valor da produção 51 Mil Reais Girassol (em grão) - Área colhida 100 Hectares Girassol (em grão) - Área plantada 200 Hectares Girassol (em grão) - Quantidade produzida 120 Toneladas Girassol (em grão) - Rendimento médio da produção 1.200 Kg por Hectare Girassol (em grão) - Valor da produção 50 Mil Reais Milho (em grão) - Área colhida 2.000 Hectares Milho (em grão) - Área plantada 2.000 Hectares Milho (em grão) - Quantidade produzida 10.200 Toneladas Milho (em grão) - Rendimento médio da produção 5.100 Kg por Hectare Milho (em grão) - Valor da produção 2.776 Mil Reais Soja (em grão) - Área colhida 19.000 Hectares Soja (em grão) - Área plantada 19.000 Hectares Soja (em grão) - Quantidade produzida 47.880 Toneladas Soja (em grão) - Rendimento médio da produção 2.520 Kg por Hectare Soja (em grão) - Valor da produção 21.480 Mil Reais Sorgo granífero (em grão) - Área colhida 15 Hectares Sorgo granífero (em grão) - Área plantada 15 Hectares Sorgo granífero (em grão) - Quantidade produzida 45 Toneladas Sorgo granífero (em grão) - Rendimento médio da 3.000 Kg por Hectare produção Sorgo granífero (em grão) - Valor da produção 8 Mil Reais Trigo (em grão) - Área colhida 8.000 Hectares Trigo (em grão) - Área plantada 8.000 Hectares Trigo (em grão) - Quantidade produzida 19.200 Toneladas Trigo (em grão) - Rendimento médio da produção 2.400 Kg por Hectare Trigo (em grão) - Valor da produção 8.030 Mil Reais Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal.

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2.20 Produção Agrícola Permanente

Tabela 19 - Dados sobre a produção permanente em Ajuricaba em 2013. Erva-mate (folha verde) - Área colhida 80 Hectares Erva-mate - Área destinada à colheita 80 Hectares Erva-mate(folha verde)- Quantidade produzida 800 Toneladas Erva-mate (folha verde) - Rendimento médio 10.000 Kg por hectare Erva-mate (folha verde) - Valor da produção 570 Mil reais Laranja - Área colhida 25 Hectares Laranja - Área destinada à colheita 25 Hectares Laranja - Quantidade produzida 375 Toneladas Laranja - Rendimento médio 15.000 Kg por hectare Laranja - Valor da produção 305 Mil reais Limão - Área colhida 1 Hectares Limão - Área destinada à colheita 1 Hectares Limão - Quantidade produzida 7 Toneladas Limão - Rendimento médio 7.000 Kg por hectare Limão - Valor da produção 7 Mil reais Noz (fruto seco) - Área colhida 6 Hectares Noz (fruto seco) - Área destinada à colheita 6 Hectares Noz (fruto seco) - Quantidade produzida 18 Toneladas Noz (fruto seco) - Rendimento médio 3.000 Kg por hectare Noz (fruto seco) - Valor da produção 117 Mil reais Pêssego - Área colhida 7 Hectares Pêssego - Área destinada à colheita 7 Hectares Pêssego - Quantidade produzida 50 Toneladas Pêssego - Rendimento médio 7.143 Kg por hectare Pêssego - Valor da produção 125 Mil reais Tangerina - Área colhida 5 Hectares Tangerina - Área destinada à colheita 5 Hectares Tangerina - Quantidade produzida 50 Toneladas Tangerina - Rendimento médio 10.000 Kg por hectare Tangerina - Valor da produção 38 Mil reais

36

Uva - Área colhida 10 Hectares Uva - Área destinada à colheita 10 Hectares Uva - Quantidade produzida 30 Toneladas Uva - Rendimento médio 3.000 Kg por hectare Uva - Valor da produção 49 Mil reais Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

2.21 Lavoura Temporária em 2013

Tabela 20 – Dados sobre a lavoura temporária em Ajuricaba em 2013. Amendoim (em casca) - Área colhida 15 Hectares Amendoim (em casca) - Área plantada 15 Hectares Amendoim (em casca) - Quantidade produzida 30 Toneladas Amendoim (em casca) - Rendimento médio 2.000 Quilogramas por ha Amendoim (em casca) - Valor da produção 105 Mil reais Aveia (em grão) - Área colhida 1.200 Hectares Aveia (em grão) - Área plantada 1.200 Hectares Aveia (em grão) - Quantidade produzida 3.600 Toneladas Aveia (em grão) - Rendimento médio 3.000 Quilogramas por ha Aveia (em grão) - Valor da produção 1.620 Mil reais Batata - doce - Área colhida 7 Hectares Batata - doce - Área plantada 7 Hectares Batata - doce - Quantidade produzida 210 Toneladas Batata - doce - Rendimento médio 30.000 Quilogramas por ha Batata - doce - Valor da produção 205 Mil reais Cana-de-açúcar - Área colhida 50 Hectares Cana-de-açúcar - Área plantada 50 Hectares Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 3.500 Toneladas Cana-de-açúcar - Rendimento médio 70.000 Quilogramas por ha Cana-de-açúcar - Valor da produção 177 Mil reais Cebola - Área colhida 5 Hectares Cebola - Área plantada 5 Hectares Cebola - Quantidade produzida 30 Toneladas Cebola - Rendimento médio 6.000 Quilogramas por ha Cebola - Valor da produção 35 Mil reais Feijão (em grão) - Área colhida 12 Hectares Feijão (em grão) - Área plantada 12 Hectares Feijão (em grão) - Quantidade produzida 12 Toneladas

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Feijão (em grão) - Rendimento médio 1.000 Quilograma Feijão (em grão) - Valor da produção 28 s porMil h areais Fumo (em folha) - Área colhida 80 Hectares Fumo (em folha) - Área plantada 80 Hectares Fumo (em folha) - Quantidade produzida 160 Toneladas Fumo (em folha) - Rendimento médio 2.000 Quilograma Fumo (em folha) - Valor da produção 1.083 s porMil h areais Mandioca - Área colhida 15 Hectares Mandioca - Área plantada 15 Hectares Mandioca - Quantidade produzida 233 Toneladas Mandioca - Rendimento médio 15.533 Quilograma Mandioca - Valor da produção 194 Mil reais Melão - Área colhida 2 Hectare s Melão - Área plantada 2 Hectaress por ha Melão - Quantidade produzida 10 Toneladas Melão - Rendimento médio 5.000 Quilograma Melão - Valor da produção 14 s porMil h areais Milho (em grão) - Área colhida 500 Hectares Milho (em grão) - Área plantada 500 Hectares Milho (em grão) - Quantidade produzida 2.250 Toneladas Milho (em grão) - Rendimento médio 4.500 Quilograma Milho (em grão) - Valor da produção 942 s porMil h areais Soja (em grão) - Área colhida 30 Hectares Soja (em grão) - Área plantada 30 Hectares Soja (em grão) - Quantidade produzida 90 Toneladas Soja (em grão) - Rendimento médio 3.000 Quilograma Soja (em grão) - Valor da produção 82 s porMil h areais Tomate - Área colhida 1 Hectares Tomate - Área plantada 1 Hectares Tomate - Quantidade produzida 30 Toneladas Tomate - Rendimento médio 30.000 Quilograma Tomate - Valor da produção 53 s porMil h areais Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.

2.22 PIB de Ajuricaba em 2012

Tabela 21 – Produto Interno Bruto em Ajuricaba em 2012. Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços 17.816 Mil reais correntes

38

PIB a preços correntes 194.221 Mil reais PIB per capita a preços correntes 27.023,89 Reais Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 36.701 Mil reais Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 10.594 Mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 129.110 Mil reais Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

2.23 Representação Política 2m 2014

Tabela 22 – Eleitores no município de Ajuricaba em 2014. Número de Eleitores: 5.161 Homens: 2.786 Mulheres: 2.888 Fonte: IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2015.

2.24 Serviços de Saúde em 2009

Tabela 23 – Dados referentes aos serviços de saúde em 2009. Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia 1 Estabelecimento privado Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia 1 Estabelecimento privado/SUS Estabelecimentos de Saúde com apoio à diagnose e terapia 1 Estabelecimento total Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial 3 Estabelecimentos com atendimento médico em especialidades básicas Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial 1 Estabelecimento com atendimento médico em outras especialidades Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial 2 Estabelecimentos com atendimento odontológico com dentista Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial 4 Estabelecimentos total

39

Estabelecimentos de Saúde com internação privado 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde com internação privado/SUS 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde com internação total 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação 2 Estabelecimentos privado Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação 1 Estabelecimento privado/SUS Estabelecimentos de Saúde especializado sem internação 1 Estabelecimento privado/SUS Estabelecimentos de Saúde geral com internação privado 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde geral com internação 1 Estabelecimento privado/SUS Estabelecimentos de Saúde geral com internação total 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde geral sem internação público 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde geral sem internação total 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde particular 3 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde plano de terceiros 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde privado com fins lucrativos 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde privado sem fins lucrativos 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde privado SUS 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde privado total 3 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS 3 Estabelecimentos Ambulatorial Estabelecimentos de Saúde que prestam serviço ao SUS 1 Estabelecimento Internação Estabelecimentos de Saúde sem internação privado 1 Estabelecimento

Estabelecimentos de Saúde sem internação público 2 Estabelecimentos

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Estabelecimentos de Saúde sem internação total 3 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde SUS 4 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde total 5 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde total privado/SUS 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde único privado 3 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde único privado/SUS 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde único público 2 Estabelecimentos

Estabelecimentos de Saúde único total 5 Estabelecimentos

Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde 32Estabelecimentos privado SUS Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde 32Estabelecimentos privado total Leitos para internação em Estabelecimentos de Saúde total 32 Leitos

Fonte: IBGE, Assistência Médica Sanitária 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

2.25 Organização das Escolas no Município

O município de Ajuricaba conta atualmente com escolas das redes municipais, estaduais e privada com a seguinte organização.

2.25.1 Escolas Estaduais

2.25.1.1 Colégio Estadual Comendador Soares de Barros

Nº total de alunos: 406 Nº total de alunos por turno: Manhã: 193 Tarde: 157 Noite: 56 Nº total de professores: 37 Nº professores nomeados: 24

41

N º de professores dos anos iniciais: 05 Nº professores dos anos finais: 11 Nº professores do ensino médio: 22 Nº professores da educação profissional: 07 Nº professores contratados: 11 Nº servidores em atividades administrativas: 07 Nº servidores em atividade de merendeiras: 01 Nº servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 05 a) Ensino fundamental -Colégio Estadual Comendador Soares de Barros

Tabela 24 –Turmas do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. Turma Nº Alunos Turno 1º Ano 12 Manhã 2º Ano 15 Manhã 3º Ano 27 Manhã 4º Ano 22 Manhã 5º Ano 24 Manhã 6º Ano 28 Manhã 7º Ano 38 Manhã 8º Ano 27 Manhã 9º Ano - - Fonte: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros – 2015.

b) Ensino Médio Politécnico- Colégio Estadual Comendador Soares de Barros

Tabela 25 – Ensino Médio Politécnico do Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. Turma Nº Alunos Turno 1º Ano 39 + 18= 57 Tarde e Noite 2º Ano 51 + 16= 67 Tarde e Noite 3º Ano 38 Tarde

Fonte: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros – 2015.

42 c) Educação profissional: Curso Técnico em Administração

Tabela 26 – Curso Técnico em Administração do Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. Turma Nº Alunos Turno Etapa I 12 Noite Etapa III 04 Noite

Fonte: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros – 2015.

d) Educação profissional integrada ao ensino médio: Curso Técnico em Administração

Tabela 27 - Educação profissional integrada ao ensino médio: Curso Técnico em Administração do Colégio Comendador Soares de Barros. Turma Nº Alunos Turno 1º ano 29 Tarde 3º ano 10 Noite

Fonte: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros- 2015.

e) Educação Profissional Curso Técnico em Aquicultura–PRONATEC –Colégio Agrícola de –UFSM – Universidade Federal de Santa Maria

Tabela 28 - Educação Profissional Curso Técnico em Aquicultura–PRONATEC. Turma Nº Alunos Turno Única 16 Tarde e Noite Fonte: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros – 2015.

2.25.1.2 Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini

Nº total de alunos: 165 Nº total de alunos por turno: Manhã: 86 Tarde: 61 Noite: 18

43

Nº total de professores: 21 Nº professores nomeados: 16 N º de professores dos anos iniciais: 05 Nº professores dos anos finais: 11 Nº professores contratados: 04 Nº servidores em atividades administrativas: 03 Nº servidores em atividade de merendeiras: 02 Nº servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 03 a) Ensino Fundamental- Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini

Tabela 29 - Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini. Turma Nº Alunos Turno

1º Ano 09 T

2º Ano 20 T

3º Ano 10 T

4º Ano 24 M

5º Ano 22 T

6º Ano 22 M

7º Ano 19 M

8º Ano 13 M

9º Ano 08 M

Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini – 2015. b) Educação de Jovens e Adultos

Tabela 30 - Educação de Jovens e Adultos da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini. T 1 - - T 2 - -

44

T 3 - - T 4 - - T 5 06 N T 6 12 N Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini – 2015.

2.25.1.3 Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira

Nº total de alunos: 87 Nº total de alunos por turno: Manhã: 45 Tarde: 42 Nº total de professores: 16 (02 em licença saúde) Nº professores nomeados: 13 Nº de professores da educação infantil: 01 N º de professores dos anos iniciais: 06 Nº de professores dos anos finais: 09 Nº de professores contratados: 03 Nº de servidores em atividades administrativas: - Nº de servidores em atividade de merendeiras: 01 Nº de servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 03

a) Educação Infantil Pré- Escola

Tabela 31 - Educação Infantil Pré- Escola da Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira. Turma Nº Alunos Turno PRÉ I - - PRÉ II 03 M Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira – 2015.

b) Ensino Fundamental

45

Tabela 32 – Ensino Fundamental Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira. Turma Nº Alunos Turno 1º Ano 12 M 2º Ano 08 M 3º Ano 10 M 4º Ano 08 M 5º Ano 04 M 6º Ano 15 T 7º Ano 13 T 8º Ano 10 T 9º Ano 04 T Fonte: Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira – 2015.

2.25.2 Escolas Municipais

2.25.2.1 Educação Infantil

2.25.2.1.1 Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini

Nº total de alunos: 63 Nº total de alunos em turno integral: 63 Nº total de professores: 12 Nº de professores nomeados: 07 Nº de monitoras: 03 Nº de professores da educação infantil: 12 Nº de professores contratados: 02 Nº de servidores em atividade de merendeiras: 02 Nº de servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 01 a) Educação Infantil

Tabela 33 - Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini. Turma Nº Alunos Turno BI 10 Integral B2 10 Integral MI 13 Integral M2 15 Integral Fonte: Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini – 2015. 46 b) Educação Infantil Pré- Escola

Tabela 34 - Educação Infantil Pré-Escola da Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini. Turma Nº Alunos Turno Pré I 15 Integral Fonte: Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini – 2015.

2.25.2.1.2 Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol

Nº total de alunos: 47 Nº total de alunos por turno: Manhã: 36 Tarde: 43 Nº total de professores: 12 Nº de monitoras: 02 Nº professores nomeados: 05 Nº de professores da educação infantil: 12 Nº professores contratados: 03 Nº de estagiários: 03 Nº servidores em atividades administrativas: - Nº servidores em atividade de merendeiras: 02 Nº servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 01

a) Educação Infantil

Tabela 35 - Educação Infantil da Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol. Turma Nº Alunos Turno BI 06 Integral B2 13 Integral MI 13 Integral M2 15 Integral

Fonte: Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol – 2015.

47

2.25.3 Ensino Fundamental – Escolas Municipais

2.25.3.1 Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes

Nº total de alunos: 54 Nº total de alunos por turno: 54 Nº total de professores: 07 Nº professores nomeados: 04 Nº de professores da educação infantil: 01 N º de professores dos anos iniciais: 04 Nº de professores contratados: 03 Nº de servidores em atividades administrativas: 02 Nº de servidores em atividade de merendeiras: 01 Nº de servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 0 a)Educação Infantil Pré- Escola

Tabela 36 - Educação Infantil Pré-Escola da Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes. Turma Nº Alunos Turno Pré I 06 Manhã Pré II 06 Manhã

Fonte: Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes – 2015. b) Ensino Fundamental

Tabela 37 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes. Turma Nº Alunos Turno 1º Ano 10 Manhã 2º Ano 11 Manhã 3º Ano 05 Manhã 4º Ano 07 Manhã 5º Ano 09 Manhã Fonte: Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes – 2015. 48

2.25.3.2 Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann Nº total de alunos: 252 Nº total de alunos por turno: Manhã: Educação Infantil 4 e 5 anos: 28 Anos Iniciais: 87 Tarde: Educação Infantil 4 e 5 anos: 66 Anos Finais: 71 Nº total de professores: 20 Educação Infantil: 6 regentes (1 professor de Projeto e 1 de Ed. Física); Anos Iniciais: 5 regentes (1 professor de Projeto, 2 de Ed. Física 1 Inglês/Projeto); Anos Finais: 9 Nº professores nomeados: Educação Infantil: 2 Anos Iniciais: 5 Anos Finais: 8 Nº de professores da educação infantil: 6 N º de professores dos anos iniciais: 5 Nº professores dos anos finais: 9 Nº professores contratados: 5 Nº servidores em atividades administrativas: 2 Nº servidores em atividade de merendeiras: 2 Nº servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 3 a) Educação Infantil

Tabela 38 – Educação Infantil da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann. Turma Nº alunos Turno Pré I 14 Manhã Pré II 14 Manhã

49

Pré I 19 Tarde Pré II 16 Tarde Pré II 16 Tarde Pré II 15 Tarde Fonte: Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann – 2015.

b) Ensino Fundamental

Tabela 39 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann. Turma Nº Alunos Turno 1º Ano 20 Manhã 2º Ano 11 Manhã 3º Ano 11 Manhã 4º Ano 23 Manhã 5º Ano 17 Manhã 6º Ano 17 Tarde 7º Ano 23 Tarde 8º Ano 18 Tarde 9º Ano 13 Tarde Fonte: Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann – 2015.

2.25.3.3 Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Fogliatto Nº total de alunos: 32 Nº total de alunos por turno: 32 Nº total de professores: 07 Nº professores nomeados: 05 N º de professores dos anos iniciais: 01 Nº de professores dos anos finais: 06 Nº de professores contratados: 02 Nº de servidores em atividades administrativas: - Nº de servidores em atividade de merendeiras: 1 Nº de servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: -

50 a) Ensino Fundamental

Tabela 40 – Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Fogliatto. Turma Nº Alunos Turno

1º Ano - -

2º Ano - -

3º Ano - -

4º Ano 06 Tarde

5º Ano 07 Tarde

6º Ano - -

7º Ano 08 Tarde

8º Ano 11 Tarde

9º Ano -

Fonte: Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Fogliatto – 2015.

2.25.4 Escola Privada

2.25.4.1 Centro Educacional Primeiros Passos

Nº total de alunos: 50 Nº total de alunos por turno: 50 Nº total de professores: 10 Nº de professores da educação infantil: 09 N º de professores dos anos iniciais: 05 Nº servidores em atividades administrativas: 03 Nº servidores em atividade de merendeiras: - Nº servidores em atividade de manutenção da infraestrutura: 01

51 a) Educação Infantil

Tabela 41 – Educação Infantil do Centro Educacional Primeiros Passos. Turma Nº alunos Turno BI - - B2 - - MI 8 T M2 16 T Fonte: Centro Educacional Primeiros Passos – 2015.

b) Educação Infantil Pré- Escola

Tabela 42 – Educação Infantil Pré-Escola do Centro Educacional Primeiros Passos. Turma Nº alunos Turno Pré I 10 T Pré II 10 T Fonte: Centro Educacional Primeiros Passos – 2015. c) Ensino Fundamental

Tabela 43 – Ensino Fundamental do Centro Educacional Primeiros Passos. Turma Nº alunos Turno 1º Ano 6 T Fonte: Centro Educacional Primeiros Passos – 2015.

2.25.4.2 APAE - Educação Especial

Tabela 44 – Educação Especial da APAE. Turma Nº alunos Turno Deficiência Ensino Fundamental I 09 Tarde Deficiência Mental /Autista Ensino Fundamental II 08 Tarde Deficiência Mental/ DMM EJA I 13 Tarde DM EJA II 13 Tarde DM/DMM EJA III 04 Manhã DMM EJA IV 15 Tarde DMM TOTAL 62

Fonte: APAE de Ajuricaba – 2015. 52

2.26 Educação: escolas – docentes – matrículas 2015

Tabela 45 – Dados referentes às escolas, docentes e matrículas 2015. Docentes - Ensino fundamental 74 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola privada 01 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola pública estadual 47 Docentes

Docentes - Ensino fundamental - escola pública municipal 27 Docentes

Docentes - Ensino médio técnico – escola pública estadual 07 Docentes

Docentes - Ensino médio - escola pública estadual 22 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar 08 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada 02 Docentes

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública estadual 01 Docente

Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública municipal 08 Docentes

Servidores – Escolas Municipais Educação Infantil – 04 Merendeiras Merendeiras Servidores – Escolas Municipais Educação Infantil – 02 Servidores Manutenção de Infraestrutura Servidores- Escolas Municipais Administrativo 01 Servidora

Servidores – Escolas Estaduais – Merendeiras – 2015 04 Merendeiras

Servidores – Escolas Estaduais – Manutenção de 1 Servidoras Infraestrutura Servidores – Escolas Estaduais - Administrativo 10 Servidoras

Servidores – Escolas Particulares - Merendeiras 00

Servidores Escolas Particulares – Manutenção Infraestrutura 01 Servidora

Servidores Escolas Particulares – Administrativo 01 Servidora

Matrícula - Ensino fundamental - escola privada 06 Matrículas

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Matrícula - Ensino fundamental - escola pública estadual 442 Matrículas

Matrícula - Ensino fundamental - escola pública municipal 226 Matrículas

Matrícula - Ensino médio - escola pública estadual 162 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada 20 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública estadual 03 Matrículas

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública municipal 106 Matrículas TOTAL DE ALUNOS NAS ESCOLAS 1285 Matrículas

Matrícula – Educação Infantil 4 meses a 3 anos – escola 24 Matrículas privada

Matrícula – Educação Infantil 4 meses a 3 anos – escola 95 Matrículas pública municipal Total de alunos nas escolas 1.084 Matrículas

Docentes Educação Especial – APAE 10 Docentes

Servidores Educação Especial – Equipe Multidisciplinar – 11 Servidores APAE Servidores Educação Especial Manutenção de Infraestrutura 01 Servidor Servidores Educação Especial Merendeira 01 Servidor Matrículas educação especial – APAE 67 Matrículas

Percentual da população na escola incluindo educação 1.151 46,77% especial Número de habitantes em idade escolar 0 a 19 anos 2.498 53,23%

Matrículas ensino fundamental fora do município 06

Matrículas ensino médio fora do município 66

Matrículas ensino médio/técnico fora do município 14

Matrículas ensino superior 115 Total 1.352 54,12% Fonte: Escolas Estaduais, Municipais e Particulares de Ajuricaba, 2015.

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2.27 Esporte e Lazer

O Esporte e o Lazer no município é um direito da população e deve ser vivenciado pelo maior número de munícipes possíveis. Segundo o Art. 217 da Constituição da República Federativa do Brasil “é dever do Estado, fomentar práticas esportivas formais, como direito de cada um, observados: o poder público incentivará o lazer e o esporte, como forma de promoção social; a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do esporte educacional e, em casos específicos para o esporte de alto rendimento”. No Brasil, a Constituição de 1988, no Art. 6º do Cap. II, define o Lazer como um dos direitos sociais do cidadão. No referido artigo está escrito que “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição”. Mais adiante, encontramos outras referências ao lazer. O Capítulo III, que trata da educação, da cultura e do esporte, delega ao poder público a obrigação de incentivar o lazer como forma de promoção social. Considerando que as Políticas Públicas de Esporte e Lazer precisam ser ressignificadas e reconstruídas de modo a preservar as identidades e as histórias das comunidades e dos diferentes grupos sociais, valorizando as manifestações corporais de movimento da cidadania, o Plano Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer seguirá quatro eixos centrais e o quinto seria a elaboração dos projetos.

Eixo I - Estrutura: Organização, Agentes e Competências

Este eixo compreende o levantamento, a organização das estruturas físicas que o município possui, as quais podem ser utilizadas para desempenharmos as atividades de esporte e lazer, tanto de caráter público como privado, dentro de cada realidade onde elas possam contribuir dentro das quatro manifestações. As comunidades têm sempre uma sede, onde são encontradas quadras de futsal, campo de futebol e cancha de bocha. As comunidades e instituições que temos no município são as seguintes:

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- Clubes de futebol: Carovi (Linha 15), Juventus (Linha 24), Nacional (Linha 21), São Luiz (Linha 23), Medianeira (Linha 26), Blitz (Linha 28), Grêmio (centro), Inter (Bairro Modelo), Academia (Bairro Modelo), São José (Bairro João Carlini). - Escolas Estaduais: Colégio Estadual Comendador Soares de Barros, Escola Estadual de Ensino Fundamental Medianeira, Escola Estadual de Ensino Fundamental João Carlini. - Escolas Municipais: Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann, Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Fogliatto, Escola Municipal de Ensino Fundamental Emílio de Menezes, Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol e Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini. - Escolas Particulares: Centro Educacional Primeiros Passos e Escola Caminhos do Aprender – APAE. - Igrejas: na zona rural, existe em cada comunidade um igreja ou mais. Assim como na cidade, Igreja Católica, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Evangélica Luterana, Assembleia de Deus. - Grupos de Idosos: Esperança e Arco-íris. - Escolinha de Futebol: UEFA (União de Escolinhas de Futebol de Ajuricaba). - Sociedades Aquáticas: Bambu e Sarai. - Academias: Corpore Academia e Ativida. - Clube 29 de Maio. - Canchas de bochas – CTG, AFMA, Querência e comunidades do interior. - Espaços Públicos: Ginásio Municipal de Esportes e Praça. - Espaço dos rodeios. - Caminhódromo. - Quadra municipal de areia, localizada na Linha 13. - Academia ao ar livre.

Eixo II - Recursos Humanos e Formação

Este eixo compreende as pessoas que irão auxiliar o gestor esportivo tanto na organização, ação e forma que serão qualificadas essas pessoas. Atualmente o município dispõe de um professor de Educação Física com 40 horas semanais para coordenar todo o setor de Esportes e Lazer e um servidor que se dispõe em horários

56 diferenciados para acompanhar outros eventos como campeonatos municipais das mais diversas modalidades. Eixo III - Gestão e Controle Social

Este eixo traz a preocupação de que a gestão seja democrática, que dê oportunidades a todos participarem tanto da construção das ações como na participação da execução e avaliação das mesmas.

Eixo IV - Financiamento

Este eixo define os recursos financeiros que serão utilizados para desenvolver as ações de esporte e lazer. Público: R$55.000,00 por ano. Privado: valores indefinidos a ser conseguidos anualmente através de parcerias.

1) Projeto para as Crianças e adolescentes

Escolinha de futebol e futsal Objetivo: Propiciar à criança a evolução da consciência, o prazer pela prática esportiva, a aquisição da cultura do lazer esportivo, numa perspectiva que compreenda o aluno como um ser social ativo. Um ser eu por direito merece compreender as relações entre seu corpo e o esporte. Justificativa: O futebol é no Brasil mais que um esporte, é uma mística popular, um fator de identidade nacional. O brasileiro, independente da classe social, idade, sexo, cor ou credo, identifica-se com esta emoção. Jogar, assistir, ouvir, não importa como, o que vale é de alguma forma participar do jogo, é gritar GOL. Se comparado aos demais esportes, o futebol de salão é um esporte novo. Teve sua origem na década de 1930, em Montevidéu, capital do Uruguai. As escolinhas de esporte, em muitos casos, são oferecidas nos clubes desportivos. Os clubes, independentemente da faixa etária, querem formar atletas para representá-los nas competições oficiais. Pautada em finalidade do esporte de rendimento – resultados, superações, recordes – a pedagogia no clube é, por

57 excelência, seletiva. O final deste processo, pelo método adotado, é que um número muito restrito de crianças fará, e um número ainda menor continuará a prática desportiva. Contrapondo este estado de coisas, sinalizamos para um projeto de cunho social, eu se preocupa em atender demandas educacionais. A pedagogia, nesse caso, pauta-se na finalidade do esporte educacional: construção da cidadania. Logo, todo o processo de ensino tem o propósito de ensinar a criança mais do que o esporte. Em outras palavras, proporcionar a criança a evolução da consciência, o prazer pela prática esportiva, a aquisição de uma cultura de lazer esportivo. O presente projeto pretende utilizar o esporte em sua modalidade, o futebol, como expressão de cultura e rendimento, enfatizando a inclusão social, traduzida como um fator de desenvolvimento e transformação humano, no caso, das crianças, gerando mais saúde, mais equilíbrio, agregando valores e principalmente um importante instrumento para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade. Público alvo: Crianças e adolescentes de ambos os sexos com idade entre 7 e 15 anos. Escolinha de voleibol Público alvo: Crianças e adolescentes de ambos os sexos com idade entre 10 e 14 anos. Eventos de atletismo Público alvo: Crianças e adolescentes de ambos os sexos com idade entre 10 e 14 anos.

2) Projeto para os idosos

a) Duas horas semanais de ginástica; b) Atividades de teatro.

3) Projeto para jovens e adultos

Parceria com a Secretaria da Saúde: realizar encontro semanal para oficina de ginástica; Campeonato futsal Inter Firmas masculino; 58

Campeonato futsal feminino, menores (mirim, infantil, juvenil) masculino e feminino; Campeonato de futebol de campo masculino; Campeonato de voleibol adulto e de menores masculino e feminino.

2.28 Cultura

Os aspectos mais significativos da cultura no município referem-se ao culto às tradições gaúchas. O Centro de Tradições Gaúchas – CTG Gaspar da foi fundado em 19 de setembro de 1959 como piquete de laçadores. Em 16 de agosto de 1964 passou a denominar-se Centro de Tradições Gaúchas. Dedica-se basicamente a realização de eventos como bailes, rodeios, apresentações artísticas, músicas e danças tradicionais. Atualmente possui em seu quadro de associados 235 pessoas, sendo 100 peões e prendas que dançam nas invernadas dente de leite, mirim, juvenil e adulto. Possui 60 peões com carteira de laçador e faz um rodeio por ano em seu piquete localizado na linha 18 nas barrancas do rio Cachoeira. Tem como atual patrão Marlo Alencar Johann, vice-patrão Antonio Carlos Albrecht e instrutor das invernadas Leonardo da Veiga, que no ano de 2014 conquistou com a invernada artística adulta o 2º lugar nas danças tradicionais da força B do estado do RS, encontro em . Destacam-se ainda os Piquetes de Laçadores “Oito Braças e Farrapo” que anualmente desenvolvem atividades voltadas às tradições e cultura gaúchas como rodeios e eventos comemorativos às datas do Rio Grande do Sul. Destaca-se também o Museu municipal “Hugo Adolfo Kocourek” localizado ao lado da praça central Notélio Mariotti, dispõe de acervo que conta a história da colonização do município, preserva objetos usados pelos seus primeiros imigrantes, como também sua evolução até os dias atuais, além de algumas curiosidades e registro fotográfico de fatos importantes que marcaram épocas. A Banda Municipal Ajuricaba foi criada pela Lei nº 524 de 16 de junho de 1986, pelo então prefeito Victor Zanatta. Inicialmente contava com mais de 40 integrantes. Porém, com o decorrer do tempo e a idade dos músicos, ela foi diminuindo e hoje conta apenas com 18 integrantes, mas se mantém viva e sempre

59 lembrada para abrilhantar os eventos importantes do município, representando um inestimável bem cultural também para a região, pois é uma das poucas bandas instrumentais de sopro.

2.29 Turismo

A Secretaria Municipal de Educação congrega também a Cultura, o Turismo, o Desporto e o Lazer. O município pertence à Rota do Yucumã e possui uma pessoa responsável que está cadastrando os espaços possíveis para o desenvolvimento do turismo e que desejam desenvolver qualquer tipo de atividade turística. Também está se organizando um roteiro do município a fim de vender pacotes e explorar as riquezas naturais e culturais. O roteiro que está sendo planejado precisa ainda alguns detalhes para se concretizar e assim podermos vender a comunidade regional. O turismo precisa antes de tudo investimento em infraestrutura. Como principal ponto turístico hoje no município em funcionamento, destaca- se o Sitio localizado na linha 21 que abriga grande espaço de lazer e diversão ao ar livre, com cabanas, piscinas com água natural, passeio a cavalo e grande quantidade de churrasqueiras disponíveis para os visitantes, como também campo de futebol sete com grama natural. O local dispõe de restaurante que serve, sob encomenda, refeições no local e também para aniversários e festas. Nesse espaço também pode ser apreciado um museu da família que traz em seu acervo peças que resgatam sua história.

3 – OBJETIVOS E PRIORIDADES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Ajuricaba, guardadas as respectivas competências de cada ente federado, tem como objetivos gerais: a) Aprimorar o nível de escolarização da população do município; b) Melhorar a qualidade da oferta de ensino em todos os níveis da Educação Básica;

60 c) Garantir o acesso ao ensino obrigatório e gratuito a todas as crianças e jovens em idade escolar na Educação Básica de qualidade, monitorando a permanência e o sucesso na aprendizagem em todos os níveis; d) Estabelecer políticas públicas de atendimento às necessidades da educação do município nos diferentes níveis e modalidades; e) Garantir a participação dos profissionais que atuam na educação e da comunidade escolar na elaboração das Propostas Pedagógicas das Escolas, Planos de Estudos, Regimentos e Normas de Convivência das escolas como garantia de comprometimento e efetivação de educação de qualidade; f) Desenvolver educação integrada e integradora das diferentes ações educativas para a formação integral do ser humano com destaque para o exercício da cidadania, sustentabilidade ambiental, empreendedorismo, cultura de paz e não violência; g) Implementar ações que garantam o cumprimento das Metas do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em todas as escolas do município; h) Garantir espaço de escuta e participação da comunidade escolar, em especial das famílias, na gestão administrativa e pedagógica das escolas. Segundo o dever constitucional e as necessidades sociais de oferta de educação que atenda as necessidades locais, são estabelecidas em regime de colaboração entre a União, Estado, Município e Iniciativa Privada, as seguintes prioridades durante a vigência do presente plano; 1) Garantia do acesso ao ensino obrigatório das crianças e adolescentes de 04 a 17 anos, assegurando o seu ingresso através da oferta de matrículas e permanência na escola até a conclusão da Educação Básica; 2) Garantia de acesso ao ensino obrigatório a todos que a ele não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram em turmas adequadas através da modalidade EJA - Educação de Jovens e Adultos; 3) Ampliar o atendimento na Educação Infantil, monitorar a conclusão do Ensino Fundamental e Médio, dentro do tempo previsto e apoiar o acesso ao Ensino Superior;

61

4) Valorizar e qualificar os profissionais da educação que atuam nos diferentes níveis de ensino.

4 EDUCAÇÃO BÁSICA

4.1 Níveis de Ensino

4.1.1 Educação Infantil

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. a) Diagnóstico da Educação Infantil

A Educação Infantil vem ganhando espaço no Brasil a partir de sua inclusão como parte da Educação Básica e se fortaleceu enquanto política pública de educação a partir da aprovação Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN Nº 9.294/1996 e da Lei 12.796 de 04 de abril de 2013 que altera a Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências, coloca a partir de seu Art.4º:

Art. 4o I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio; II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e 62

disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII – atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar quatro anos de idade. “Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. § 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; “Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.” “Art. 26 Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. “Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

O reconhecimento da Educação Infantil como etapa inicial da Educação Básica representou uma das grandes conquistas da Constituição Federal de 1988 e da LDBEN de 1996 que mesmo não priorizando esse nível de educação de forma similar ao que ocorre no Ensino Fundamental, reconheceram sua importância no momento de iniciação da criança no processo educativo. A LDBEN, além de fortalecer a Educação Infantil separando dela a antiga concepção assistencialista traz claramente os papéis dos poderes públicos e de seus entes federados, União, Estados e Municípios, como também cria competências e diretrizes curriculares para o melhor funcionamento das instituições. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, organizado pelo MEC – Ministério da Educação, as escolas de Educação Infantil e Pré-Escolas devem educar, cuidar e proporcionar momentos de atividades e brincadeiras que contribuam para o desenvolvimento do movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática para a inclusão social da criança, como brincar, ouvir e contar histórias, desenhar, pintar, conhecer

63 ritmos e músicas, além de orientar para o cuidado com o corpo, são recomendações do PCN para as crianças que frequentam a Educação Infantil. Essa modalidade de ensino deve ser ofertada em escolas de Educação Infantil para crianças de 4 meses até 3 anos de idade ou em escolas de Ensino Fundamental para as crianças de 4 e 5 anos de idade, agora, parte da Educação Básica e Obrigatória a partir da Lei N° 12.796/2013. No Brasil, a história da Educação Infantil remonta à Segunda Guerra Mundial (1939/1945), onde inicialmente, tinha cunho meramente assistencial, pois as crianças que haviam perdido seus pais na guerra, precisavam ser acolhidas por alguém em algum lugar. Há 150 anos, a Educação Infantil que era ministrada nos chamados Jardins da Infância, destinava-se às crianças das classes mais favorecidas. A partir dos anos de 1980, com a redemocratização da sociedade brasileira, o “Jardim da Infância” teve sua atuação ampliada para as classes populares em função das novas demandas sociais e da mudança das relações de trabalho que permitiram a inserção das mulheres no mercado de trabalho. No município de Ajuricaba não há muitos registros do início das atividades na Educação infantil. Sabe-se que na década de 1960, havia um colégio de freiras instalado no município e esse atendia crianças que moravam na cidade no “Jardim da Infância” e Pré-Escola que as preparava para o início do processo de alfabetização que se dava em escolas da Rede Estadual. As crianças do interior não tinham acesso. Há ainda informações que remontam os anos de 1988, onde teve início os trabalhos da então Creche João Carlini, vinculada à Secretaria da Assistência Social, que foi instalada no Bairro João Carlini, que se constituía em função da instalação da COTRIJUÍ no bairro, e a necessidade das famílias vindas do interior ter onde deixar seus filhos para os homens trabalharem na referida empresa, e as mulheres de empregadas domésticas. O ingresso da Educação Infantil na área educacional trouxe consigo o grande desafio da inserção de qualidade, da formação e valorização dos profissionais que nela atuam. Destaca-se a importância que tem os cursos de formação de profissionais que atuarão na área. A formação de professores para atuação na Educação Infantil deve incluir antes de tudo, o preparo para interagir com outro ser 64 humano, a formação humana, aos valores, habilidades e competências específicas a interação com seres humanos tão pequenos, abertos e ávidos por explorar e conhecer o mundo e como são as outras crianças. A realidade apresentada revela certo equilíbrio entre a demanda da população dessa faixa etária e seu acesso à escola. Porém, há que se manter alerta para a urbanização da população que cresce a cada ano e o aumento da necessidade de mais vagas nas escolas de Educação Infantil, principalmente dos 4 meses aos 3 anos e às crianças de 4 e 5 anos disporem de atendimento em tempo integral. b) Diretrizes da Educação Infantil

1 – Ampliar o atendimento das crianças de 0 a 3 anos que moram na zona urbana em tempo integral nas escolas de Educação Infantil. 2 – Garantir o atendimento de 100% das crianças de 4 e 5 anos nas escolas de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental pelo menos em turno semi-integral ampliando o atendimento para tempo integral de acordo com a necessidade das famílias e possibilidades do poder público. 3 – Garantir que os profissionais que trabalham nas escolas de Educação Infantil tenham formação mínima de Ensino Médio Técnico em Magistério, preferencialmente graduação plena em Pedagogia ou equivalente e acesso a no mínimo 80 horas anuais de formação continuada em serviço. 4 - Promover a elaboração de Propostas Pedagógicas com a participação de toda a comunidade escolar com a garantia que o trabalho seja direcionado às necessidades das crianças e suas faixas etárias, sem antecipação de rotinas e procedimentos comuns ao Ensino Fundamental. 5 – Oferecer Educação Infantil nas escolas com responsabilidade técnica e humanística que garanta a formação integral do ser humano em suas capacidades cognitivas e sociais indissociadas das funções de cuidar e educar como base fundamental para o exercício pleno da cidadania.

c) Indicadores Populacionais e de Matrículas no Município de Ajuricaba

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Tabela 46 - Indicador 1A: Percentual da população de 4 e 5 anos que frequenta a escola. Meta Brasil: 100% Brasil 81,4%

Meta Brasil: 100% Sul 73,9%

Meta Brasil: 100% Rio Grande do Sul 63,8%

Meta Brasil: 100% Noroeste Rio-grandense 70,6%

Meta Brasil: 100% RS – Ajuricaba 76,2%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 47 - Evolução Matrícula Educação Infantil – 4 meses a 3 anos.

Rede/Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Estadual ------Municipal 74 77 85 79 82 95 Privada - 20 25 25 19 24 Total 74 97 110 104 101 119 Fonte: MEC/INEP – Censo Escolar 2010 2014. Escolas do Município 2015.

Tabela 48 - Evolução da Matrícula na Educação Infantil 4 e 5 anos.

Rede/Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Estadual 7 6 6 6 12 4 Municipal 114 107 84 104 109 109 Privada - 22 19 18 24 20 Total 121 135 109 128 145 145 Fonte: MEC/INEP – Censo Escolar 2010 2014. Escolas do Município 2015.

Tabela 49 - População de 0 a 4 anos no município de Ajuricaba.

Idade/ ano 2000 2010 0 a 4 ANOS 258 195 Fonte: MEC/INEP – Censo Escolar 2010 2014.

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Tabela 50 - Indicador 1B - Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola. Brasil Meta Brasil: 50% 23,2%

Região Sul 32,0%

Brasil: meta 50% Estado Rio Grande do Sul 29,9%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 22,8%

Município Ajuricaba - RS 25,7%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013. d) Estratégias da Educação Infantil

Tabela 51 - Estratégias para a Educação Infantil. Identificador Estratégia

Manter as escolas de Educação Infantil e ampliar gradativamente o

atendimento das crianças do município que moram na cidade de 4 meses a e anos de acordo com o padrão nacional de qualidade, a 1.1 partir do funcionamento da unidade PROINFÂNCIA, em fase de conclusão no município e solicitação de outra em substituição ao atual prédio da EMEI Raio de Sol. Garantir a oferta de vagas par todas as crianças de 4 e 5 anos em

1.2 Pré-Escolas atendendo 100% da demanda em 2015 através da conscientização dos pais da necessidade de cumprimento da norma legal Garantir transporte escolar a todas as crianças de 4 e 5 anos e

1.3 acesso às escolas que ofereçam Educação Infantil mais próximas de suas residências. Realizar em conjunto com as Agentes Comunitárias de Saúde do

1.4 município, o levantamento da demanda de escola para as crianças de 4 meses a 3 anos, para que sirva de suporte ao planejamento das ações necessárias para a garantia de que no mínimo, 50% dessa população residente na cidade, seja atendida nas escolas de Educação Infantil em tempo integral. 1.5 Priorizar o acesso à Educação Infantil e ampliar a oferta de

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Atendimento Educacional Especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para as crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica através do incentivo à formação de professores, até o final dessa década. Articular com os órgãos competentes das Secretarias Municipais de

1.6 Saúde e Educação processos que garantam o acesso universal dos estudantes da rede escolar pública a mecanismos, programas e ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

1.7 permanência das crianças na Educação Infantil, em especial das beneficiárias de programas de transferência de renda, em regime de colaboração com as famílias, órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância. Incentivar a regulamentação e oferta de Educação Infantil através

1.8 da iniciativa privada de forma a garantir a qualidade e oferta de opções aos pais e cumprimento da função social da educação. Estimular o acesso à Educação infantil em tempo integral para as

1.9 crianças de 4 meses a 5 anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, priorizando os pais que trabalham fora em tempo integral e as crianças em situação de vulnerabilidade social, e oferta de tempo parcial aos pais que trabalham fora 20 horas semanais, confirmada a necessidade através de avaliação de Assistente Social e Conselho Tutelar.

4.1.2 Ensino Fundamental

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. a) Diagnóstico do Ensino Fundamental

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O Ensino Fundamental é direito público subjetivo, podendo o cidadão, grupo de cidadãos, associações comunitárias, organizações sindicais, entidades de classes ou outras regularmente constituídas, e ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo conforme o Art. 32 da Lei 9.394/1996.

Art. 32 O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Já em seu Art. 22 da referida Lei trata ainda da finalidade da oferta de Educação Básica. “A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Atualmente, a obrigatoriedade do Ensino Fundamental corresponde a crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos de idade e tem a duração de 9 anos, segundo a Lei 11.274 de 6 de fevereiro de 2006 que alterou a redação dos Arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade o que representa um incremento importante no tempo de escolarização e desenvolvimento dos domínios de leitura, escrita e cálculo, da compreensão e resolução de problemas e ampliação da capacidade de acesso ao conhecimento. Ou seja, aprender a aprender, capacidade indispensável ao cidadão do século XXI. Garantida no município, a universalização do acesso ao Ensino Fundamental exige também o compromisso da permanência com sucesso do aluno na escola. As políticas educacionais, as escolas e as famílias precisam se manter focados nos problemas ligados à evasão e repetência, o que produz a distorção idade/ano, sem descuidar da busca constante pela escolarização a todos que a ela não tiveram acesso em idade própria através da oferta de Educação de Jovens e Adultos, no sentido de criar uma cultura de escolarização no município. 69

A distorção idade/ano juntamente com o abandono e a repetência demonstram o insucesso escolar, reforçando o ciclo da exclusão. Como consequência da retenção e do aumento do tempo do aluno na escola, temos elevados os custos da oferta do Ensino Fundamental de maneira significativa. Ao lado disso temos ainda, com um custo muito mais elevado os efeitos negativos que a repetência vai agravando no sujeito em relação à autoestima e confiança em sua capacidade de aprender. Os fatores apontados demandam de ações e desenvolvimento de políticas educacionais que ampliem o atendimento educacional na busca de sua eficiência e eficácia na melhoria da qualidade e do atendimento às exigências específicas de cada sujeito que teve garantido seu acesso à escola através da democratização. Nesse sentido, encontra-se em andamento muitas medidas como Programa Nacional do Livro Didático, Programa Nacional de Biblioteca Escolar, Alimentação Escolar, Transporte Escolar, acesso às tecnologias de informação, oferta de qualificação e formação continuada de professores, cujos resultados já se fizeram notar junto aos índices do IDEB das escolas e principalmente às camadas sociais mais sujeitas à exclusão. A Lei destaca ainda, no âmbito do Ensino Fundamental, a função importante que a escola desempenha no processo educacional e confere a ela autonomia de organização. Incentiva também os Sistemas de Ensino (algo que deve ser criado no município até junho de 2016), a promoverem inovações em seus currículos no intuito de melhorar a qualidade do ensino. Sendo assim, os desafios estabelecidos para a década da educação, neste Plano Municipal de Educação – PME, nesse nível de ensino, estão justamente voltados para a efetivação de um esforço coletivo no sentido de garantir a todos os cidadãos ajuricabenses uma escola de muita qualidade. Escola onde se construa conhecimento, as relações interpessoais aconteçam de forma harmoniosa, se cultive a cultura de paz e não violência, de tolerância e respeito às diferenças, os conceitos de interdependência, sustentabilidade e pertencimento ao meio onde se vive, com participação social, democracia e com isso garantia de construção de cidadania e de uma sociedade melhor para todos viverem, através do acesso a diferentes espaços pedagógicos e de professores qualificados. b) Diretrizes do Ensino Fundamental

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1 – Manter a universalização do atendimento das crianças e jovens do Ensino Fundamental, criando as condições necessárias para acesso, permanência e sucesso do aluno na escola com garantia de construção de conhecimento de qualidade e ampliação gradativa da permanência do aluno na escola, de acordo com as condições infraestruturais e de pessoal das escolas. 2 – Discutir e adotar ações interdisciplinares, associadas às necessidades particulares de cada aluno, para a superação da repetência e evasão, causas da distorção idade/ano. 3 – Construir uma nova escola para abrigar a atual Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann, escola que abriga 50% dos alunos da Rede Municipal de Ensino, para que disponha de infraestrutura adequada e necessária ao trabalho pedagógico de qualidade, práticas esportivas, de recreação, atividades artísticas e culturais, que garanta o espaço para a ampliação gradativa do tempo de permanência dos alunos na escola, inclusive com a oferta de Educação Infantil associada à oferta de Ensino Fundamental. 4 – Manter, ampliar, reorganizar, solicitar novas parcerias entre os poderes públicos para garantir a todas as escolas municipais o acesso à infraestrutura de qualidade e necessária ao trabalho pedagógico, práticas esportivas, de recreação, atividades artísticas e culturais, que garanta oferta de educação sustentável no campo e na cidade. 5 – Adotar através da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer em parceria com os professores, processo de avaliação externa a ser aplicado aos alunos como instrumento de diagnóstico, de referência ao planejamento e gestão, capaz de mostrar diretrizes para a qualificação permanente do ensino e da aprendizagem na busca da superação dos índices estabelecidos atualmente pelo IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica para cada escola. 6 - Realizar estudo da Base Curricular/Plano de Estudos com os professores do Ensino Fundamental e organizar um currículo comum às escolas municipais e estaduais do município. 7- Priorizar o acompanhamento individualizado dos alunos do Ensino Fundamental, principalmente os que demonstram maiores dificuldades de

71 aprendizagem para que as avaliações de aprendizagem aconteçam de forma eficaz e respeitem a sua individualidade. 8 - Monitorar a frequência dos alunos junto á Coordenação Pedagógica Escolar, bem como o acompanhamento de FICAIS e encaminhamentos dados a todos os alunos que assim necessitarem. 9 – Buscar em regime de colaboração entre o CRAS, Conselho Tutelar e Agentes Comunitárias de Saúde a demanda de alunos ao Ensino Fundamental e garantir seu ingresso na escola. 10 - Manter atualizados os Cadastros e Fichas de Atendimentos das Agentes Comunitárias de Saúde em parceria com as Escolas, CRAS e Conselho Tutelar no sentido de monitorar as crianças em atendimento nas escolas para garantir o acesso e a permanência de 100% das crianças e adolescentes na escola; 11 – Manter e ampliar a oferta de Projetos Educacionais Interdisciplinares em turno inverso ao aluno na escola. 12 – Manter a forma de organização do Calendário Escolar em conjunto com a SMEC e Escolas Estaduais para garantir que todos os alunos tenham condições de frequentar 200 dias letivos de aulas e 800 horas anuais a que tem direito, principalmente os que necessitam de transporte escolar. 13 – Iniciar a construção de Planejamento Estratégico Anual as escolas, com embasamento teórico e acompanhamento específico, para que a gestão escolar possa ter garantia de sucesso e atender as demandas da escola em todas as suas dimensões: Administrativa, Pedagógica, Financeira e Jurídica. 14 - Motivar as famílias para a participação na elaboração dos Projetos Pedagógicos das Escolas para que se sintam parte e possam ajudar, opinar e valorizar o trabalho das escolas. 15 - Estimular o estudo extracurricular em espaços como bibliotecas escolares, Biblioteca Pública Municipal, Telecentro Comunitário e Laboratórios de informática.

c) Indicadores do Ensino Fundamental no Município de Ajuricaba

Tabela 52 - Percentual da população de 6 a 14 anos que freqüenta a escola. 72

Brasil 98,4% %

Região Sul 98,6% Meta Brasil: Estado Rio Grande do Sul 98,3% 100% Mesorregião Noroeste Rio-grandense 98,0%

Município RS – Ajuricaba 98,6%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 53 - Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o Ensino Fundamental concluído. Brasil 66,7% %

Região Sul 74,4% Meta Brasil: 95% Estado Rio Grande do Sul 69,8%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 69,0%

Município RS – Ajuricaba 67,8%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 54 - Evolução da Matrícula no Ensino Fundamental no Município de Ajuricaba por Dependência Administrativa. Rede/Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Estadual 469 447 450 442 458 488 445 Municipal 383 349 333 316 271 241 244 Privada ------06 Total 852 796 783 758 729 729 695

Fonte: MEC/INEP.

Tabela 55 - Taxa de Rendimento Escolar (%) no Ensino Fundamental no Município de Ajuricaba 2010. Ano/série Rede municipal Rede estadual Rede privada

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1º 100 100 - 2º 96,2 87,5 - 3º 100 92,6 - 4º 100 91,4 - 5º 86,5 91,4 - 6º 95,3 83,3 - 7º 95,3 92,2 - 8ª 100 91,7 -

Fonte: MEC/INEP.

Tabela 56 - Taxa de Rendimento Escolar (%) no Ensino Fundamental no Município de Ajuricaba 2013. Ano/série Rede municipal Rede estadual Rede privada 1º 100 100 - 2º 100 100 - 3º 97,4 88,0 - 4º 92,3 96,3 - 5º 97,4 93,5 - 6º 97,6 87,9 7º 91,7 93,3 8ª 100 100

Fonte: MEC/INEP.

Tabela 57 - Taxa de Evasão Escolar (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba. Ano Total Rede municipal Rede estadual Rede privada 2010 0,00 0,00 0,00 - 2013 0,00 0,00 0,00 -

Fonte: MEC/INEP. Tabela 58 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Emílio de Menezes. Ano/série Ano 2010 Ano 2013

74

1º - - 2º 15% - 3º 15% - 4º - 17% 5º 25% 31% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 59 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Luiz Fogliatto. Ano/série Ano 2010 Ano 2013 1º - - 2º 18% - 3º 8% - 4º - - 5º - 33% 6º 24% 9% 7º - - 8º - 14% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 60 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Professora Nelci Tobias Oedmann. Ano/série Ano 2010 Ano 2013 1º 5% - 2º - - 3º 7% 16% 4º - 9% 5º 7% - 6º 17% 6% 7º 9% 46% 8ª 22% 17% Fonte: MEC/INEP. Tabela 61 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Estadual Medianeira. Ano/série Ano 2010 Ano 2013 1º 8% - 75

2º 17% - 3º 27% 25% 4º - 7% 5º 7% 13% 6º 7% 31% 7º 46% 50% 8ª - 10% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 62 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Escola Estadual João Carlini. Ano/série Ano 2010 Ano 2013 1º 13% - 2º 13% - 3º 18% 13% 4º - 24% 5º 42% 48% 6º 39% 41% 7º 37% 25% 8º 7% 38% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 63 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Fundamental de Ajuricaba – 2010 - 2013 – Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. Ano/série Ano 2010 Ano 2013 1º - - 2º 4% - 3º 15% 5% 4º - 6% 5º 3% 12% 6º 7% 22% 7º 19% - 8º 16% 3% Fonte: MEC/INEP.

76

Tabela 64 - Distorção Idade/Ano/Ano nas Escolas de Ajuricaba – Média 2013. Nome da Escola Distorção Idade-Série EMEF Emilio de Menezes 12% Luiz Fogliatto (EMEF) 7% Comendador Soares de Barros 5% João Carlini (EEEF) 19% EMEF professora Nelci Tobias Oedmann 6% Medianeira (EEEF) 7% Fonte: MEC/INEP.

METAS DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – IDEB PARA O MUNICÍPIO DE AJURICABA

1) Rede estadual

4ª Série/5º Ano

Tabela 65 – Ideb e metas para 4ª série/5ºano da Rede Estadual Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 Ajuricaba 4,7 5,8 Metas Projetadas Município 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Ajuricaba 4,9 5,3 5,5 5,8 6,0 6,3 6,5

Fonte: MEC/INEP.

8ª Série/9º Ano

Tabela 66 – Ideb e metas para 8ª série/9ºano da Rede Estadual Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 Ajuricaba 4.2 *** Metas Projetadas Município 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Ajuricaba 4.4 4.6 5.0 5.2 5.5 5.7

Fonte: MEC/INEP. 77

2) Rede municipal

4ª Série/5º Ano

Tabela 67 – Ideb e metas para 4ª série/5ºano da Rede Municipal Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 AJURICABA 5.4 6.3 6.2 Metas Projetadas Município 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Ajuricaba 5.6 5.9 6.1 6.4 6.6 6.8 7.0 Fonte: MEC/INEP.

8ª Série/9º Ano

Tabela 68 – Ideb e metas para 8ª série/9ºano da Rede Municipal Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 Ajuricaba 5.0 5.0 *** Metas Projetadas Município 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Ajuricaba 5.1 5.3 5.6 5.9 6.1 6.3 6.5 Fonte: MEC/INEP.

d) Estratégias do Ensino Fundamental

Tabela 69 – Estratégias para o Ensino Fundamental Identificador Estratégia

Implementar os direitos e objetivos de aprendizagem e

2.1 desenvolvimento da base curricular nacional comum do Ensino Fundamental. 2.2 Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos alunos do Ensino Fundamental com dificuldades de aprendizagem. Monitorar e acompanhar o acesso, permanência e aproveitamento

2.3 escolar dos alunos do Ensino Fundamental, principalmente dos

78

beneficiários de programas de transferência de renda, bem como dos que sofrem com situações de discriminação, bullying, preconceito e violência na escola visando o restabelecimento das condições desejáveis de bom relacionamento entre todos para a garantia do sucesso escolar, através de colaboração entre famílias, órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. Promover a busca das crianças e adolescentes que se encontram

2.4 fora da escola através de colaboração entre famílias, órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. Promover a busca e o desenvolvimento de projetos

2.5 pedagógicos/educacionais/empreendedores que combinem de forma articulada, a organização do tempo do aluno em aula e atividades fora da escola, do ambiente comunitário e as especificidades da educação especial e do campo. Promover atividades que contemplem espaços fora da escola para

2.6 o acesso dos alunos à instituições e bens culturais, garantindo o acesso o que lhe é de direito além da possibilidade de conhecer outras realidades. Assegurar a elaboração do Calendário Escolar em conjunto com

2.7 todas as escolas do município, de forma a garantir o cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas anuais com oferta de transporte escolar. Assegurar a participação dos pais ou responsáveis no

2.8 acompanhamento das atividades escolares dos filhos através do estreitamento das relações escola/família, acesso à formação de pais, reuniões e visitas à escola. Oportunizar que todas as escolas elaborem suas Propostas

2.9 Pedagógicas com a participação dos profissionais da educação e de todos os segmentos da comunidade escolar, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

79

Oportunizar o acesso de todos os alunos que necessitam de

2.10 atendimento educacional especializado- AEE para o desenvolvimento adequado de suas potencialidades, inclusive para os portadores de altas habilidades, incentivando sua participação em concursos, certames e desafios. 2.11 Promover atividades que estimulem e desenvolvam o gosto e as habilidades dos alunos para as práticas esportivas 2.12 Oportunizar o acesso a todos os alunos da rede pública o acesso às políticas de prevenção, promoção e atenção à saúde.

4.1.3 Ensino Médio

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

a) Diagnóstico do Ensino Médio

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN Nº 9394/1996, em seu Art. 21, apresenta o Ensino Médio com o a etapa final da Educação Básica subentendida como uma etapa da escolarização geral que visa a formação do aluno para o exercício da cidadania, para o mundo do trabalho e o prosseguimento dos estudos. Esse nível do ensino, conforme o Art. 35 da já referida Lei, prevê um mínimo de duração de 3 anos e tem as seguintes finalidades:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

80

A reformulação do ensino estabelecida pela lei atende a uma reconhecida necessidade de atualização da educação brasileira, tanto para impulsionar a democratização social e cultural através da ampliação da parcela da juventude brasileira que completa a educação básica, como para responder a desafios impostos pelo processo de globalização e implementação tecnológica que têm excluído da vida econômica trabalhadores não qualificados, por conta da formação atualmente exigida de todos os participantes do sistema de produção e de serviços. No Brasil, o Ensino Médio tem apresentado aumento de matrícula na última década em função da nova denominação como parte da Educação Básica. O atendimento de índices cada vez maiores da população no Ensino Médio reflete o êxito do Ensino Fundamental, a resultados positivos de exames supletivos e ao retorno de adultos à escola que interromperam seus estudos a algum tempo. No município de Ajuricaba, observa-se uma grande diminuição de matrículas no Ensino Médio, principalmente nos últimos 3 anos. Porém há que se considerar um grande número de alunos que tem optado por cursar o Ensino Médio fora do município, em escolas técnicas, casa familiar rural e escola militar. Mesmo assim, destaca-se a necessidade de implantar políticas de sensibilização e motivação destinada aos jovens que ainda não concluíram o Ensino Médio, pois esse número é ainda, muito grande no município e há sobra de vagas na única escola que o oferece com excelente infraestrutura e qualidade a fim de fomentar busca da comunidade por esse nível de escolarização tão importante para o exercício da cidadania, para o acesso ao mercado de trabalho e contribuição para o desenvolvimento do município. Quando analisamos os números de distorção idade/ano e as taxas de evasão e repetência, percebemos a alta retenção do aluno no sistema educacional. Sabemos que a distorção idade/ano, ao lado da repetência e do abandono refletem uma triste realidade de insucesso escolar que é maior nessa etapa da Educação Básica. Comparando os dados de 2010 a 2015, pode-se dizer que houve uma diminuição em torno de 11% em média se considerarmos os alunos que o frequentam fora do município, taxa que pode ser considerada pequena considerando os alunos em idade de frequentar essa modalidade de ensino e alta se considerarmos os alunos em idade igual ou superior que não a frequentaram.

81 b) Diretrizes do Ensino Médio

1 – Universalizar o atendimento a todas as pessoas ao Ensino Médio, mantendo as condições necessárias para o acesso e criando as para a permanência e o sucesso da aprendizagem do aluno na escola. 2 – Promover políticas e ações que superem a repetência e a evasão o que causa a distorção idade/ano. 3 – Assumir a avaliação externa como princípio diagnóstico constituindo-se em instrumento de planejamento e gestão capaz de qualificar o ensino e a aprendizagem na busca da superação dos índices estabelecidos para o Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. c) Indicadores do Ensino Médio no Município de Ajuricaba

Tabela 70 -Evolução da Matrícula no Ensino Médio no Município de Ajuricaba Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. 2010 2011 2012 2013 2014 2015 272 277 255 229 162 Alunos frequentando o Ensino Médio Fora do Município 64 Total 226 Fonte: MEC/INEP.

Tabela 71 - Número de população em idade de estar cursando o Ensino Médio do Município de Ajuricaba. Idade Número de adolescentes e jovens 15 a 20 anos 529 Fonte: Censo Demográfico IBGE.

Tabela 72 - Taxa de Rendimento Escolar (%) – Aprovação no Ensino Médio no Município de Ajuricaba. Ano/Série 2010 2011 2012 2013 1º 79,3% 62,8% 78,9% 63,6% 2º 90,4% 91,4% 93,4% 78,8% 3º 94,6% 94,6% 98,8% 98,4 Fonte: MEC INEP. 82

Tabela 73 - Taxa de Evasão Escolar (%) no Ensino Médio de Ajuricaba. Ano 2010 2011 2012 2013 1º 10,8% 6,3% 7,4% 14,3% 2º 8,2% 2,1% 3,3% 7,1% 3º 5,4% 4,6% 1,2% 1,6% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 74 - Taxa de Distorção Idade/Ano (%) no Ensino Médio de Ajuricaba. Ano 2010 2011 2012 2013 1º 25% 18% 30% 33% 2º 17% 17% 13% 23% 3º 20% 12% 14% 15% Fonte: MEC/INEP.

Tabela 75 - Metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB para o Ensino Médio no Brasil e no Estado do Rio Grande do Sul. Brasil Rio Grande do Sul 2013 3.4 2013 3.7 2021 4.9 2021 5.5 Fonte: MEC/INEP.

Observação: Não foram encontrados registros do índice, nem das metas do IDEB para o Ensino Médio para o Município de Ajuricaba, no caso, para o Colégio Estadual Comendador Soares de Barros.

Tabela 76 - Indicador 3A - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola. Brasil 84,3% %

Meta Brasil: Região Sul 83,2% Estado Rio Grande do Sul 84,5% 100% Mesorregião Noroeste Rio-grandense 84,2% Município RS – Ajuricaba 83,4% Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

83

Tabela 77 - Indicador 3B - Taxa de escolarização líquida no ensino médio da população de 15 a 17 anos. Brasil 55,3% %

Meta Brasil: Região Sul 59,6%

85% Estado Rio Grande do Sul 55,5%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 54,8

Município RS – Ajuricaba 65,8

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

d) Estratégias do Ensino Médio no Município de Ajuricaba

Tabela 78 – Estratégias para o Ensino Médio de Ajuricaba Identificador Estratégia

Sensibilizar os alunos, as famílias e a sociedade ajuricabense da

3.1 necessidade de incentivar seus filhos a cursarem o Ensino Médio a fim de concluírem essa etapa importante para a formação pessoal, preparação para o exercício da cidadania e do acesso a profissionalização, considerando que sobram vagas para o ingresso

na modalidade de ensino.

Estabelecer política de acompanhamento e controle de matrícula do

3.2 aluno egresso do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, vinculando o acesso à documentação mediante atestado de matrícula para a população de 15 a 17 anos, a fim de facilitar esse monitoramento e

garantir que o aluno esteja frequentando o Ensino Médio.

Aderir ao programa nacional de renovação do Ensino Médio a fim de

3.3 estimular práticas pedagógicas inovadoras com abordagens interdisciplinares, estruturadas através da relação teoria x prática, organizada através de currículos escolares flexíveis e diversificados, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados às grandes áreas do conhecimento como linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências

84

da natureza e suas tecnologias, além de trabalho, cultura e esportes, buscando junto à mantenedora da escola aquisição de equipamentos, laboratórios, materiais didáticos específicos, acesso a formação continuada de professores e servidores em serviço articuladas com

instituições de Ensino Superior, agremiações esportivas e culturais.

Incentivar a participação dos alunos no Exame Nacional do Ensino

3.4 Médio – ENEM, como forma de confirmar o conhecimento construído e de ingresso ao Ensino Superior.

Estruturar, fortalecer e monitorar o acesso e a permanência dos

3.5 alunos beneficiários dos programas de transferência de renda, no Ensino Médio quanto ao aproveitamento escolar, interação com o ambiente coletivo e relacionamento interpessoal, identificação de situações de discriminação, preconceito, bullying, violência, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de bebidas alcoólicas, drogas, gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, em colaboração com as famílias, órgãos públicos de

assistência social, saúde e proteção à adolescência e a juventude.

Fomentar programas de educação e acesso às diferentes formas de

3.6 manifestações dos esportes e da cultura para a população urbana e do campo para jovens da faixa etária entre 15 e 17 anos, adultos, com ou sem qualificação profissional, para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem de fluxo escolar como forma de

sensibilização e inclusão.

Articular com o Colégio Estadual Comendador Soares de Barros e o

3.7 governo estadual formas de ofertar Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos.

Estimular a participação de adolescentes e jovens a curso, técnicos,

3.8 PRONATEC e científicos nas áreas de seu interesse a fim de buscar profissionalização.

Oferecer na Biblioteca do Colégio Estadual Comendador Soares de

85

3.9 Barros, espaço para os alunos se dedicarem a realização de temas, trabalhos, pesquisas escolares bibliográficas e via WEB, prática de leituras em ambiente apropriado que poderia produzir melhor aproveitamento.

Garantir políticas de combate à violência na escola, através da

3.10 formação de profissionais para a identificação dessas situações, sinais e causas, mesmo fora da escola, como violência doméstica, abuso sexual, maus tratos, pressão psicológica, ameaças, encaminhando providências às autoridades ou setores competentes como Núcleo de Enfrentamento e Combate à Violência, Conselho Tutelar, Assistência Social e Promotoria da Infância e da Juventude a fim de garantir ambiente agradável, promover a cultura da paz e não violência, não somente no ambiente escolar, mas também na sociedade em todos os ambientes.

Introduzir no Currículo Escolar do Ensino Médio conteúdos sobre a

3.11 história e a cultura afro-brasileira e indígena, em cumprimento às determinações das Leis Nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e Lei Nº 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando as respectivas diretrizes curriculares nacionais.

5 MODALIDADES DE ENSINO

5.1 Educação Especial

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que tenham condições mínimas de frequentar a escola, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

86 a) Diagnóstico da Educação Especial

O atendimento do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação, tem seu amparo legal na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 1996 em seus Arts. 58, 59 e 60:

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. § 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero aos cinco anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público. Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

A inclusão nas redes regulares de ensino têm sido práticas adotadas pelo município de Ajuricaba, após avaliação multidisciplinar da criança, adolescente ou jovem que comprove sua real inclusão de acordo com suas potencialidades e necessidades realizada em parceria com a Escola Especial “Caminhos do Aprender”,

87 mantida pela APAE de Ajuricaba, Secretarias da Assistência Social, Saúde e Educação. A APAE tem atendido regularmente, pois também caracteriza-se como escola, alunos com comprometimentos mentais múltiplos através de convênio com o Município de Ajuricaba que repassa mensalmente o total dos valores recebidos pelos alunos matriculados na APAE através do FUNDEB. A prática da Educação Especial pode se beneficiar de ambientes e organizações diferenciadas destinadas ao desenvolvimento de aptidões e habilidades dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, das pode-se destacar ambientes itinerantes, salas de recursos multifuncionais e classes especiais. Nesse contexto, o atendimento itinerante pode ser definido como trabalho educativo desenvolvido por um docente especializado que, periodicamente trabalha com o aluno especial ou em conjunto com o professor da classe comum, proporcionando-lhe olhar diferenciado, orientação e auxílio individualizado. A Sala de Recursos Multifuncionais – AEE, consiste em um ambiente com equipamentos, materiais e recursos tecnológicos e pedagógicos específicos com o objetivo de atender a natureza da necessidade de cada aluno. É nesse espaço que se oferece a complementação do atendimento educacional realizado nas classes de ensino comum. O aluno tem direito a ser atendido na Sala de Recursos Multifuncionais. Porém, cabe aos pais encaminhá-lo até ela, no turno inverso de sua classe comum, para que seja atendido individualmente ou em pequenos grupos pelo professor especialista. Por outro lado, a classe especial é organizada de forma a se constituir em um ambiente próprio e adequado à construção do ensino-aprendizagem dos alunos da Educação Especial, de acordo com a legislação vigente. Para atuar nessa modalidade de ensino, o professor precisa estar capacitado a nível de Pós-Graduação, indicado para essa função e saber utilizar métodos, técnicas, materiais e recursos pedagógicos também especiais e, quando necessário, equipamentos e materiais específicos. As classes especiais não podem constituir-se em locais onde os alunos fiquem retidos sem progressão acadêmica. Mas sim, constituírem-se em locais onde 88 se possa preparar o aluno, de acordo com suas especificidades, para o ingresso em classe comum ou outros programas inclusivos e na vida em sociedade.

b) Diretrizes da Educação Especial

1 – Universalizar o acesso à Educação Básica e ao Atendimento Educacional Especializado à população com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. 2 – Respeitar as diferenças com proposta alicerçada na concepção e na busca de inclusão responsável que concebe cada aluno como sujeito em sua totalidade humana, considerando aspectos orgânicos, neurológicos, condições psicológicas, socioeconômicas e familiares.

c) Indicadores da Educação Especial no Município de Ajuricaba

Tabela 79 – Evolução da matrícula da Educação Especial. Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Nº de alunos 63 57 60 66 62 73

Fonte: MEC/INEP.

Tabela 80 - Indicador 4 - Percentual da população de 4 a 17 anos com deficiência que frequenta a escola. Brasil 85,8% %

Meta Brasil Região Sul 85,9% 100% Estado Rio Grande do Sul 83,4%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 84,1%

Município RS – Ajuricaba 51,5%

Fonte: IBGE/Censo Populacional – 2010.

89 d) Estratégias da Educação Especial no Município de Ajuricaba

Tabela 81 – Estratégias para a Educação Especial no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção

4.1 e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Implantar, ao longo deste PME, salas de recursos

4.2 multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas e do campo. Garantir atendimento educacional especializado em salas

4.3 de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação multidisciplinar, ouvidos a família e o aluno. Manter e ampliar programas suplementares que promovam

4.4 a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da

90

disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação. Garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira

4.5 de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 4 meses a 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, Escolas Especiais e Filantrópicas nos termos do Art. 22 do Decreto no 5.656, de 22 de dezembro de 2005, e dos Arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos- cegos até o final desse PNE. Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão

4.6 do ensino regular sob alegação de deficiência e promovida à articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado. Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do

4.7 acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude. 4.8 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do

91

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues até o final desse PME. Promover parcerias com instituições comunitárias,

4.9 confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando ampliar a oferta de formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados na rede pública de ensino. Promover parcerias com instituições comunitárias,

4.10 confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental.

a) Indicadores da Alfabetização

Tabela 82 - Indicador 5 - Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental. Brasil 97,6% %

Meta Brasil: Região Sul 98,9%

100% Estado Rio Grande do Sul 98,9% Mesorregião Noroeste Rio-grandense 95,2 % Município RS – Ajuricaba 95,8%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

92 b) Estratégias para a Alfabetização

Tabela 83 – Estratégias para a Alfabetização no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia Oportunizar a criação de formas de estruturação de métodos 5.1 pedagógicos de alfabetização para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental em consonância com o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa a fim de garantir a alfabetização de todas as crianças nesse ciclo. Aderir aos processos de avaliação nacionais, periódicos e 5.2 específicos para aferição da alfabetização das crianças, aplicados a cada ano e também, criados pela Secretaria da Educação em parceria com os professores e escolas para que sirvam de instrumentos de monitoramento, planejamento, reflexão sobre práticas pedagógicas e implementação de medidas para a garantia do sucesso dessa Meta. 5.3 Estimular o uso de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a aprendizagem dos alunos, considerando as diferentes abordagens metodológicas e sua eficácia, de acordo com as especificidades de cada aluno. Incentivar o acesso à formação inicial e continuada dos professores 5.4 alfabetizadores a fim de possibilitar a inovação de suas práticas e obtenção dos resultados previstos. Criar mecanismos de apoio à alfabetização de crianças com 5.5 deficiência, considerando suas especificidades, a alfabetização bilíngue de crianças surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal. Buscar a redução dos índices de reprovação através da oferta de 5.6 recuperação paralela ao longo do ano letivo, aos alunos que apresentarem necessidade de mais atividades a fim de acelerar sua aprendizagem, bem como encaminhamentos multidisciplinares que se julgar necessários para a garantia de seu sucesso.

93

Manter o índice zero de evasão escolar nessa etapa através de 5.7 ações em parceria com a escola, família, conselhos, secretaria da saúde e Ministério Público. Manter as escolas providas dos materiais e equipamentos didático- 5.8 pedagógicos necessários à oferta de educação de qualidade. Oferecer formação continuada aos pais e responsáveis no decorrer 5.9 do ano letivo, de acordo com temas de sua necessidade levantados através de pesquisas e observação de situações vivenciadas nas escolas a fim de auxiliá-los na educação, orientação e acompanhamento dos filhos em casa e na escola. Acolher e valorizar as diferentes culturas, formas de expressão e 5.10 especificidades manifestadas pelos alunos e suas famílias, a fim de criar ambiente de respeito e fortalecimento das relações humanas. Garantir transporte escolar aos alunos do Ensino Fundamental do 5.11 meio rural, mais próximo possível de suas residências, minimizando situações de difícil acesso em parceria com o Estado e a União.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica. a) Indicadores da Educação Integral

Tabela 84 - Indicador 6A - Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem pelo menos 7h em atividades escolares. Brasil 34,7% %

Meta Brasil: Região Sul 47,5% Estado Rio Grande do Sul 43,5% 50% Mesorregião Noroeste Rio-grandense 34,4% Município RS – Ajuricaba 44,4% Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013.

94

Tabela 85 - Indicador 6B - Percentual de alunos que permanecem pelo menos 7h em atividades escolares. Brasil 13,2% %

Meta Brasil: Região Sul 14,9% 25% Estado Rio Grande do Sul 15,0%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 15,9%

Município RS – Ajuricaba 17,3%

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013.

b) Estratégias para a Educação Integral no Município de Ajuricaba

Tabela 86: Estratégias para a Educação Integral no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

Buscar junto ao FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da

6.1 Educação, através do PAR – Plano de Ações Articuladas, a construção de um novo prédio para a transferência da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Nelci Tobias Oedmann, a fim de garantir espaço apropriado para a oferta de educação de qualidade e progressivamente de tempo integral para os alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal. Garantir que todas as escolas da Rede Municipal de Ensino

6.2 apresentem infraestrutura adequada à oferta de educação de qualidade através de espaços que contemplem bibliotecas, laboratórios, quadras poliesportivas, áreas verdes e auditórios, espaços imprescindíveis para o desenvolvimento satisfatório das Propostas Pedagógicas das escolas e garantia de ampliação da jornada na escola. Estimular os professores a produzirem materiais didático-

6.3 pedagógicos e participarem de formação continuada específica para o atendimento da educação em tempo integral em parceria com o Ministério da Educação – MEC.

95

Estimular o regime de colaboração entre as escolas públicas a fim

6.4 de garantir a todos os alunos o acesso a espaços educativos, culturais, esportivos como praças, ginásios esportivos, centros comunitários, bibliotecas, laboratórios, parques, teatros, cinemas e museus, bem como a equipamentos e recursos educativos públicos. Disponibilizar o acesso à educação em tempo integral para

6.5 crianças, adolescentes e jovens com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar a oferta em salas de recursos multifuncionais da própria escola, de instituições especializadas parceiras ou conveniadas. Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência do aluno na

6.6 escola, direcionando a expansão progressiva da jornada escolar para sua participação em atividades esportivas, recreativas, culturais, artísticas e cognitivas. Atender às escolas do campo na oferta de educação em tempo

6.7 integral, com base em consulta prévia e informada, considerando-se as peculiaridades locais e as temáticas demandadas por essa realidade. .

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB.

a) Indicadores da Educação Básica

Rede Estadual

4ª Série/5º Ano

96

Tabela 87 - Indicadores da Educação Básica 4ª série/5º ano da rede estadual. Ideb Observado

Município 2005 2007 2009 2011 2013 AJURICABA 4.7 5.8

Metas Projetadas 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 4.9 5.3 5.5 5.8 6.0 6.3 6.5 Fonte: MEC/INEP.

8ª Série/9º Ano

Tabela 88 - Indicadores da Educação Básica 8ª série/9º ano da rede estadual. Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 AJURICABA *** *** 4.2 *** *** Metas Projetadas 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 *** *** 4.4 4.6 5.0 5.2 5.5 5.7 Fonte: MEC/INEP.

Rede Municipal

4ª Série/5º Ano

Tabela 89 - Indicadores da Educação Básica 4ª série/5º ano da rede municipal. Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 AJURICABA *** 5.4 6.3 *** 6.2 Metas Projetadas 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 *** 5.6 5.9 6.1 6.4 6.6 6.8 7.0 Fonte: MEC/INEP.

97

8ª Série/9º Ano

Tabela 90 - Indicadores da Educação Básica 8ª série/9º ano da rede municipal. Ideb Observado Município 2005 2007 2009 2011 2013 AJURICABA *** 5.0 5.0 *** ***

Metas Projetadas 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 *** 5.1 5.3 5.6 5.9 6.1 6.3 6.5 Fonte: MEC/INEP.

b) Estratégias da Educação Básica

Tabela 91 – Estratégias para a Educação Básica no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

Implantar mediante pactuação inter-federativa, as diretrizes

7.1 pedagógicas e metodológicas da Educação Básica, considerando a base nacional comum dos currículos, os direitos e os objetivos da aprendizagem e as especificidades dos alunos para cada ano do Ensino Fundamental tendo como referencia a obtenção superior das metas previstas. Assegurar que no quinto ano da vigência deste PME, pelo menos

7.2 70% (setenta por cento) dos alunos do Ensino Fundamental tenham alcançado nível de proficiência desejado em relação aos objetivos de aprendizagem ao seu ano de estudo de que, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) o nível desejável. Assegurar que no último ano da vigência deste PME, todos os

7.3 alunos do Ensino Fundamental tenham alcançado nível de proficiência desejado em relação aos objetivos de aprendizagem ao seu ano de estudo e, 80% (oitenta por cento) o nível desejável. Aderir aos indicadores de avaliação institucional, considerando o

7.4 perfil dos alunos e dos professores, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis,

98

nas características da gestão e demais dimensões relevantes, de acordo com as especificidades das modalidades de ensino. Inserir nas Propostas Pedagógicas das escolas processos contínuos

7.5 de autoavaliação, avaliação pessoal e institucional em todas as escolas municipais de Ensino Fundamental, para que sirvam de eixos norteadores ao fortalecimento dos aspectos fragilizados na elaboração do planejamento estratégico, perseguindo a melhoria contínua da qualidade do ensino que a sociedade globalizada e os avanços tecnológicos demandam, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática da educação e das escolas. Manter atualizado o Plano de Ações Articuladas – PAR, a fim de

7.6 cumprir as metas estabelecidas para a qualidade da educação básica pública e as estratégias de apoio técnico e financeiro voltado à melhoria da gestão educacional, a formação dos professores e servidores de apoio escolar, a ampliação dos equipamentos e recursos pedagógicos, a melhoria e qualificação da infraestrutura das escolas. Estimular a participação das escolas no preenchimento dos

7.7 instrumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental, de forma a incluir a área das Ciências Naturais e Humanas, nos exames aplicados nos Anos Finais do Ensino Fundamental, assegurando sua universalização e inclusão ao sistema de avaliação da Educação Básica, bem como cobrar o uso desses resultados na elaboração e adequação das Propostas Pedagógicas, nos Planos de Estudos e Planos de Trabalho dos professores. Desenvolver política de avaliação municipal para o Ensino

7.8 Fundamental a ser usando concomitantemente ao sistema de avaliação nacional no sentido de obter mais um subsídio de reflexão e planejamento na busca de superar as metas previstas para esse nível de ensino. Qualificar o processo de avaliação interna das escolas a fim de que

99

7.9 seus resultados expressem realmente níveis de proficiência na aprendizagem de acordo com os conteúdos/temas/projetos trabalhados. Trabalhar em regime de colaboração com as escolas estaduais no

7.10 sentido de auxiliá-las a também superar as metas previstas pelo IDEB, qualificando assim com melhores resultados toda a educação do município, o que formará cidadãos capazes de se auto superarem, serem empreendedores, proativos, criativos na busca de sua realização pessoal e profissional, contribuindo para o desenvolvimento do município e da região. Assegurar que até o quinto ano da vigência deste PME, o acesso à

7.11 rede mundial de computadores seja ampliado de forma significativa, aumentando a relação computador/aluno nas escolas da Rede Pública através de parcerias/cooperação com a União, promovendo a utilização dessa ferramenta tecnológica para aprender a aprender, seu uso para o trabalho, a construção do conhecimento e a humanização do ser humano. Garantir que os alunos do Ensino Fundamental tenham acesso a

7.12 materiais didático-pedagógicos, alimentação escolar e assistência à saúde. Promover ações e desenvolvimento de projetos que prevejam a

7.13 construção da consciência planetária e da esgotabilidade do planeta, orientando e conscientizando para a necessidade de ações autossustentáveis, separação e diminuição da produção de lixo, cuidados com a água, poluição, uso de agrotóxicos, da relação de interdependência entre todos os seres do planeta e da necessidade de cada um fazer a sua parte e auxiliar na conscientização e ação efetiva de cada um. Garantir políticas de combate à violência na escola através da

7.14 formação de professores, coordenadores pedagógicos e orientadores capazes de implantar efetivamente Práticas Restaurativas que qualifiquem as relações entre as pessoas dentro e

100

fora do ambiente escolar e sirvam de medidas preventivas a todo e qualquer ato de violência e culto a cultura de paz e bom relacionamento. Assegurar que toda e qualquer manifestação de violência, bullying,

7.15 ciberbullying, preconceito ou intolerância na escola seja dado o encaminhamento a autoridade competente. Disponibilizar políticas de inclusão e permanência na escola de todas

7.16 as crianças, jovens e adolescentes assegurando os princípios previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Nº 8.069 de 13 de julho de 1990, considerando suas atualizações. Garantir que no Plano de Estudos das escolas do Ensino

7.17 Fundamental estejam incluídos conteúdos pertinentes à história e a cultura afro-brasileira e indígena, principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa, Artes, Literatura, História e Ensino Religioso, em cumprimento as Leis Nºs 10.639 de 09 de janeiro de 2003 e 11.645 de 10 de março de 2008, asseguradas as respectivas diretrizes curriculares nacionais para esse tema. 7.18 Garantir o desenvolvimento de Proposta Pedagógica e currículos específicos para educação escolar para as escolas do campo. Informatizar integralmente a gestão das escolas municipais e da

7.19 Secretaria de Educação do Município, bem como oferecer formação inicial e continuada para o pessoal técnico da Secretaria de Educação e Equipes Diretivas das Escolas para que possam auxiliar os professores em seus registros. Mobilizar e sensibilizar as famílias e setores da sociedade civil,

7.20 articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com o propósito de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos ampliando o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais e o monitoramento da implementação deste PME. Promover a articulação dos programas da área da educação, de

7.21 âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde,

101

trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional. Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a

7.22 promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional. Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes

7.23 do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem.

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

a) Indicadores da escolaridade média da população de 18 a 29 anos

Tabela 92 - Indicador 8A - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos. Brasil 9,8 Anos

Meta Brasil: Região Sul 10,2

12 anos Estado Rio Grande do Sul 10,0

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 9,7

Município RS – Ajuricaba 10,0

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

102

Tabela 93 - Indicador 8B - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos residente em área rural. Brasil 7,8 Anos

Meta Brasil: Região Sul 9,1 12 anos Estado Rio Grande do Sul 9,0

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 8,8

Município RS – Ajuricaba 9,8

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 94 - Indicador 8C - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os 25% mais pobres. Brasil 7,8 Anos

Meta Brasil: Região Sul 8,3 12 anos Estado Rio Grande do Sul 8,1

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 7,8

Município RS – Ajuricaba 8,8

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 95 - Indicador 8D - Razão entre a escolaridade média da população negra e da população não negra de 18 a 29 anos. Brasil 92,2% %

Meta Brasil: Região Sul 89,7% 100% Estado Rio Grande do Sul 90,0%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 82,5%

Município RS – Ajuricaba 82,4%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

103 b) Estratégias da escolaridade média da população de 18 a 29 anos

Tabela 96 – Estratégias para aumentar a escolaridade da população de 18 a 29 anos Identificador Estratégia Sensibilizar essa população da necessidade de concluir os estudos 8.1 para a melhoria de sua qualidade de vida, exercício de cidadania e autoestima através de programas e tecnologias para correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, para recuperação e progressão, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados. Implementar programas de educação de jovens e adultos para os 8.2 segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-ano, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, principalmente com acesso ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos. Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte 8.3 das entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino, ofertado na rede escolar pública, para os segmentos populacionais considerados. Monitorar o aluno egresso do Ensino Fundamental dando-lhe suporte 8.4 psicológico e social, através de trabalho conjunto e interdisciplinar para que acredite na necessidade de concluir a Educação Básica e não ter necessidade de recuperação de estudos após a idade certa.

104

5.2 Educação de Jovens e Adultos – EJA

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

a) Diagnóstico da Educação de Jovens e Adultos – EJA

Ao longo da história, após a Revolução Industrial ocorrida no Século XVI e a nova realidade da indústria movimentou as relações de trabalho exigindo que os operários tivessem melhor qualificação para operar as máquinas. Os índices de analfabetismo até então observados na maioria da população tanto dos países da Europa quanto no Brasil, se revelavam como obstáculos ao desenvolvimento. Dada à necessidade de qualificar a mão de obra agora necessária, muitas campanhas foram fomentadas para sua erradicação. De modo geral, todas as Constituições Federais dos países previram que caberia a União, em parceria com os Estados e Municípios, articular iniciativas que buscassem a universalização do acesso à Educação Básica. Por isso a educação de adultos tornou-se mais que um direito, mas uma necessidade, uma exigência dos novos tempos, tanto para o exercício da cidadania, quanto para o acesso ao emprego e a participação na sociedade. A obrigatoriedade do ensino gratuito, inclusive aos que a ele não tiveram acesso na idade própria, é um direito consagrado na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional conforme o Art 4º. O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.(Constituição Federal)

Trata-se, pois, de direito público subjetivo requerendo também currículo específico com características adequadas às necessidades e disponibilidades de alunos trabalhadores.

105

Nesse sentido, compete à União, ao Estado e ao Município com participação solidária da comunidade e envolvimento da sociedade civil organizada, assegurar o atendimento e os recursos necessários para o atendimento dessa modalidade de ensino. Na perspectiva da inclusão social, os direitos constitucionais e o respeito pelos valores de uma sociedade justa e igualitária, a EJA desempenha um importante papel na educação e na construção dessa sociedade almejada. Porém mobilizar e articular essa sociedade para que se utilize de seus direitos através dos meios governamentais, passa a ser um grande desafio para o futuro frente à situação vivenciada e muitas vezes optada pelos próprios jovens que deveriam se encarregar de garantir o cumprimento efetivo e legal do acesso a EJA como seu compromisso, articulado com a sociedade que busca a formação de seres melhores para o mundo. O direito à Educação de Jovens e Adultos deve ser compreendido em suas relações com o conjunto dos direitos humanos e sociais. Embora a humanidade tenha produzido imensas riquezas materiais e culturais, que pertencem a todos, grande parte dos sujeitos continua vivendo em condições de miserabilidade em todo o mundo e sem acesso àquilo que é seu de direito. O analfabetismo é uma expressão viva desse processo de exclusão. O empenho na melhoria dos programas de alfabetização é fundamental, porém não suficiente, se não se articular como bandeira de luta por toda a sociedade que grita pela transformação. Mais do que isso, será o cuidado com a geração que ingressou em 2015 no 1º ano do Ensino Fundamental para que não se perca no caminho e continue a disseminação desse círculo vicioso de frustrações, de dependência do paternalismo que escraviza, de vida miserável sem possibilidade de exercício pleno de cidadania e vislumbramento de uma vida melhor. A oferta de educação regular para jovens e adultos precisa ser organizada de acordo com as características e necessidades dos alunos. A escola deve contemplar em sua Proposta Pedagógica essa necessidade da comunidade, com metodologia adequada, plano de estudos, recursos humanos, materiais didático-pedagógicos específicos para a modalidade e sua consolidação no Regimento Escolar. O esforço para a universalização do acesso e da permanência dos alunos na escola com sucesso em todas as modalidades da Educação Básica, com correção de fluxo e distorção idade-ano direcionaria para uma nova concepção de Educação de 106

Jovens e Adultos, assinalando que as políticas públicas devem ser direcionadas a fim de que a função qualificadora venha a se impor com seu potencial para o enriquecimento do conhecimento dos alunos já escolarizados nas etapas e faixas etárias previstas em lei. b) Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos – EJA

1– Elevar a escolaridade média da população garantindo acesso, permanência e aprendizagem progressiva à escolarização sequencial através de Proposta Pedagógica adequada à realidade e necessidade dos alunos da Educação de Jovens e Adultos tanto no Ensino Fundamental, quanto no Ensino Médio. 2 – Ofertar escolarização que possa contribuir para que o aluno egresso da EJA esteja preparado para o enfrentamento dos crescentes desafios que a sociedade atual apresenta no sentido de continuar aprendendo, construindo cidadania, sendo empreendedor e buscando alternativas para a melhoria de sua qualidade de vida, de seus dependentes e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da comunidade. 3 – Articular a oferta de EJA com políticas de acesso às políticas públicas culturais, esportivas, de gênero, de busca de melhores colocações no mercado de trabalho, de saúde e outras a que tem direito a fim de que aprendem a exercer seus deveres e reivindicar seus direitos, continuar aprendendo, ampliando suas relações com a educação profissional e aprimorando sua atividade profissional a fim de garantir a melhoria de sua qualidade de vida e de seus dependentes.

c) Indicadores da Educação de Jovens e Adultos em Ajuricaba

Tabela 97 - Taxa de Analfabetismo no Município de Ajuricaba. Ano Nº de pessoas Percentual 1990 771 9,86% 2000 254 4,36% 2010 303 5,11%

Fonte: DEEPASK.

107

Tabela 98 - Evolução da Matrícula de EJA no Município de Ajuricaba. Ano 2002 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nº de matrículas 68 38 30 42 23 18 18 Fonte: Escola Municipal de Educação Infantil João Carlini – 2015.

Tabela 99 - Indicador 9A - Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade. Brasil 91,5% %

Meta Brasil: Região Sul 95,4%

93.50% Estado Rio Grande do Sul 95,6%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 94,1%

Município RS – Ajuricaba 94,9%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 100 - Indicador 9B - Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade. Brasil 29,4% %

Meta Brasil: Região Sul 26,5%

15,30% Estado Rio Grande do Sul 30,0%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 22,1%

Município RS – Ajuricaba 23,8%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

d) Estratégias da Educação de Jovens e Adultos – EJA

Tabela 101 –Estratégias para a Educação de Jovens e Adultos no Município de Ajuricaba. Identificador Estratégia

Encontrar formas de sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar

9.1 para o ingresso na EJA como forma de concluir os estudos, construir conhecimento e cidadania.

108

Fazer o chamamento da população de 15 a 29 anos que ainda não

9.2 concluiu a Educação Básica para que retome seus estudos nas escolas e concluam a Educação Básica em parceria com as áreas da assistência social, saúde e proteção à juventude. Manter, apoiar, qualificar e auxiliar as escolas que oferecem EJA no

9.3 município para que possam aumentar o número de matrículas da população considerada, oferecendo transporte escolar urbano no turno noturno de forma a garantir o acesso. Assegurar a oferta gratuita da EJA a todos os que não tiveram

9.4 acesso à Educação Básica na idade própria.

9.5 Viabilizar transporte escolar para garantir a frequência a EJA no turno noturno para alunos do interior e da cidade. Garantir um quadro de profissionais efetivo para trabalho na EJA

9.6 com os suportes necessários: coordenação pedagógica, bibliotecária, laboratório de informática, merendeira, adicionais noturnos, de periculosidade, de acesso, com segurança para o trabalho para os professores e servidores, condições necessárias para a garantia do sucesso dos alunos. Garantir currículo adaptado para a modalidade tanto no Ensino

9.7 Fundamental quanto no Ensino Médio a fim de garantir a continuidade até a conclusão da Educação Básica. Buscar apoio e incentivo junto às empresas e prestadores de

9.8 serviços para que o aluno trabalhador possa concluir a Educação Básica na modalidade EJA em compatibilidade com sua jornada de trabalho. 9.9 Aderir a políticas de transferência de renda para os adultos analfabetos que frequentarem cursos de alfabetização. Aderir a Programas do interesse da Educação no prazo da vigência

9.10 dessa Lei, de acordo com as condições dos estabelecimentos de ensino e das necessidades das comunidades. Flexibilizar o acesso à educação profissional para alunos

9.11 alfabetizados que não se adequam ao formato da escola, para a

109

profissionalização através de cursos no Sistema S, SENAR, SENAI, SEBRAE ou particulares para que tenham garantidas a sua profissionalização e exercício da cidadania. Estabelecer programas de alfabetização de jovens e adultos, com

9.12 condições de acesso, garantia de permanência e sucesso na erradicação do analfabetismo. Considerar nas políticas de Educação de Jovens e Adultos, as

9.13 necessidades dos idosos, com vista à erradicação do analfabetismo, ao acesso às tecnologias de informação e comunicação, à possibilidade de convivência social, acesso às atividades recreativas, esportivas, de valorização e compartilhamento de experiências e vivências, incluindo temas relacionados ao envelhecimento nas temáticas trabalhadas nas escolas. Fonte: MEC/INEP.

Meta10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de Educação de Jovens e Adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação Profissional até o final deste PME. a) Estratégias da Educação de Jovens e Adultos – EJA

Tabela 102 – Estratégias para a Educação de Jovens e Adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação Profissional. Identificador Estratégia

Estabelecer parcerias/convênios entre os sistemas federal, estadual,

10.1 municipal e iniciativa privada, a fim de ampliar e incentivar a oferta de Educação Profissional integrada a EJA tanto no Ensino Fundamental quanto Médio. Fomentar a integração do acesso à EJA concomitante com a

10.2 Educação Profissional através de cursos nas áreas de interesse e necessidades dos alunos, através de diferentes pactuações entre os entes federados, inclusive na modalidade à distância.

110

Proporcionar condições para que as escolas possam desenvolver

10.3 Proposta Pedagógica e Plano de Estudos adequados às necessidades da EJA, articulando formação escolar básica e preparação para o mundo do trabalho através da contextualização teoria x prática incluindo os quatro grandes eixos do conhecimento, tecnologia, cultura, cidadania, cultura de paz, relações de interdependência, co-responsabilidade e sustentabilidade ambiental dentro do espaço pedagógico. Estimular a produção de material didático, currículos, metodologias

10.4 específicas e instrumentos de avaliação, acesso às tecnologias de comunicação e informação, laboratórios e bibliotecas para o aluno da EJA a fim de desenvolver a capacidade de aprender a aprender e usar esses mecanismos para construção de cidadania, ferramentas de trabalho e meios de construção do conhecimento através da formação continuada de professores e reserva de tempo para essa formação e planejamento em cumprimento a Lei 11.738 de 16 de julho de 2008, articulados à Educação Profissional. Implementar, através da metodologia da Pesquisa Participante, a

10.5 valorização e reconhecimento dos saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem articulados aos conhecimentos acadêmicos dos cursos de formação inicial, continuada e dos cursos técnicos profissionalizantes.

5.3 Educação Profissional

Meta 11: Triplicar as matrículas da Educação Profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. a) Diagnóstico da Educação Profissional

Segundo o Art. 39 da LDBEN, a Educação Profissional é uma possibilidade de acesso para o “aluno matriculado ou egresso do Ensino Fundamental, Médio ou Superior, bem como para o trabalhador em geral, jovem ou adulto”. 111

A Educação Profissional na LDBEN, não substitui a Educação Básica e nem com ela concorre. A valorização de uma não representa a negação da importância da outra. Ela destina-se àqueles que necessitam se preparar para o desempenho profissional, dentro do sistema de produção de bens e prestação de serviços, adequando-se às exigências do mundo globalizado e da era da informação que exige formação sólida e competências específicas como ferramentas essenciais para que o cidadão trabalhador possa nele ingressar com sucesso. A escola, ao conceber o currículo como meio para construção de conhecimentos, habilidades, competências e valores, deve também garantir a efetiva participação dos professores, à luz de referenciais teóricos e projetos pedagógicos que devem estar em consonância com os princípios norteadores da Educação Profissional, quais sejam: a) Os princípios da Educação Nacional de acordo com o Art. 3º da LDBEN que incluem: igualdade de condições para o acesso e permanência; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade; apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas; gratuidade do ensino público; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre educação, trabalho e práticas sociais. b) Independência e articulação com o Ensino Médio sendo concebida como complementar a Educação Básica e tem na profissionalização o seu alvo específico. c) Respeito aos valores estéticos, políticos e éticos que são os princípios institucionais e curriculares, tanto do Ensino Médio, quanto da Educação Profissional de nível técnico, na perspectiva comum do desenvolvimento de aptidões para a vida social e produtiva. d) Desenvolvimento de competências para a laboralidade, “a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessárias para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho”. (Resolução CNE/CEB Nº 4/1999, Art. 6º) e) Flexibilidade interdisciplinaridade e contextualização estão diretamente ligadas ao grau de autonomia da escola na concepção, elaboração, execução e avaliação de sua Proposta Pedagógica. Esse princípio se reflete na 112 construção dos currículos em diferentes perspectivas, em contrapartida, de maior responsabilidade da escola. f) Identidade dos perfis profissionais de conclusão dos cursos, os quais devem ser estabelecidos a partir das competências específicas de cada habilitação profissional cumprindo as atribuições funcionais previstas na legislação específica do exercício profissional. g) Atualização permanente dos cursos e currículos para que os programas ofertados pelas escolas mantenham a necessária consistência. Em síntese, o horizonte que norteia a organização da Educação Profissional é o de oportunizar aos alunos o domínio dos fundamentos científicos das técnicas diversificadas e utilizadas na produção, e não simplesmente, a repetição adestrada de técnicas produtivas. b) Diretrizes Educação Profissional

1 – Desenvolver a Educação Profissional ofertada no município a partir dos valores éticos, políticos, estéticos e demais inerentes ao ser humano a fim de promover a construção de uma sociedade solidária, humana, humanizadora e democrática, na qual o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas seja fortalecido através do regime de colaboração entre as instituições governamentais e não governamentais que têm objetivos afins como a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH do município. 2 – Incentivar o Colégio Estadual Comendador Soares de Barros, que oferece Educação Profissional no município a fim de que possa continuar oferecendo Educação Profissional, sensibilizando e incentivando a população local a aproveitar a oferta abundante de vagas e apropriar-se melhor de qualificação para o ingresso no mercado de trabalho. c) Indicadores da Educação Profissional no Município de Ajuricaba

Tabela 103 - Educação Profissional no Município de Ajuricaba 2010/2015. Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nº de Alunos 54 26 46 41 26 39 Fonte: MEC/INEP

113

Tabela 104 - Indicador 11A - Matrículas em Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Meta Brasil: Brasil 1.602.946 Matrículas 4.808.838 Região Sul 279.245 matrículas Estado Rio Grande do Sul 105.297

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013.

Tabela 105 - Indicador 11B - Matrículas em Educação Profissional Técnica de Nível Médio na Rede Pública. Meta Brasil: Brasil 900.519 Matrículas

2.503.465 Região Sul 178.711 matrículas Estado Rio Grande do Sul 62.351

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013.

d) Estratégias Educação Profissional

Tabela 106 – Estratégias para a Educação Profissional no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

Sensibilizar a comunidade, principalmente os jovens a frequentarem

11.1 curso técnico oferecido no Colégio Estadual Comendador Soares de Barros. Estabelecer parcerias com empregadores para que estimulem seus

11.2 colaboradores a frequentarem cursos técnicos no sentido de qualificar seus serviços. Fortalecer parcerias público-privadas no sentido de oportunizar

11.3 estágios e possibilidades de inclusão no mercado de trabalho aos alunos egressos de curso técnico no município. Estimular o acesso a Educação Profissional, concomitante ao

11.4 acesso ao mercado de trabalho, com currículo vinculado a formação específica, mas também contemplando aspectos pertinentes ao

114

desenvolvimento e interesse da juventude. Garantir aos profissionais que atuam em cursos técnicos acesso a

11.5 formação continuada em serviço e horas para planejamento em cumprimento a Lei 11.738 de 16 de julho de 2008. Fomentar a expansão e a oferta de cursos técnicos

11.6 profissionalizantes no município de acordo com o interesse da comunidade, incentivo do estado e pactuação com o Sistema S, Institutos e Universidades Federais. Aderir ao sistema de avaliação da qualidade da Educação

11.7 Profissional técnica a nível médio instituída pelo Ministério da Educação. Estimular a participação da população em geral a cursos de

11.8 formação e qualificação profissional oferecidos nos mais diversos sistemas e aportes. 11.9 Proporcionar aos alunos da educação profissional a oportunidade de intercâmbios com outras instituições de ensino profissional.

5.4 Educação Superior

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. a) Diagnóstico da Educação Superior

Segundo a legislação vigente, a Educação Superior é competência dos Estados e da União. A inclusão dessa Modalidade de Ensino no Plano Municipal de Educação se justifica pela importância que ela exerce no desenvolvimento municipal e regional, mas principalmente na qualificação da Educação Básica, pois é na Educação Superior que se formam os professores que trabalham nela. Também por 115 reforçar o princípio constitucional de “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, que em outras palavras significa o acesso de todos à escola em qualquer nível, modalidade ou etapa do ensino. No município de Ajuricaba não há oferta de Educação Superior. Porém os cidadãos ajuricabenses possuem acesso a essa modalidade de ensino em vários municípios da região, em Universidades ou Institutos Federais ou particulares, mas principalmente no município de Ijuí que oferece cursos superiores em uma universidade comunitária e polos de outras instituições que também os oferecem. Os indicadores educacionais revelam que em 2012 havia 375 pessoas com curso superior completo, o que considerando a população da época de 7.255 habitantes, representa um percentual 5,16% apenas de população com curso superior, dado que é preocupante considerando a necessidade do município de ter pessoas qualificadas para alavancarem seu desenvolvimento. A Educação Superior recebe na LDBEN um capítulo exclusivo, Capítulo IV, que apresenta suas finalidades, organização e gestão, tratando de forma especial as instituições públicas de ensino superior, no caso, as universidades federais, pelo que a região tem batalhado muito nos últimos dez anos. Pela implantação de um campus da Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS – na região.

Art. 43. A educação superior tem por finalidade: I – estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II – formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV – promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V – suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente (Artigo com redação dada pela Lei no 11.741, de 16-7-2008) concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI – estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII – promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: 116

I – cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital. Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização.

Diante do exposto no texto legal, fica claro que a Educação Superior tem importante função social e contribui para a promoção das mudanças sociais necessárias, para o fortalecimento dos valores humanos, a formação de profissionais e o desenvolvimento regional. Existem várias definições possíveis para o conceito de desenvolvimento. É bastante comum observarmos sua associação a aspectos econômicos, que estão relacionados à melhoria da qualidade e do padrão de vida das pessoas ao longo do tempo. No que se refere ao desenvolvimento local e regional, podemos observar uma relação direta entre estes e a capacidade da sociedade em potencializar seus recursos e responder aos desafios impostos pela dinâmica dos movimentos econômicos, das alterações das relações de trabalho, da utilização das tecnologias que inovam a todo o instante. Portanto, crescimento econômico é o que pode ser medido pelos indicadores de pesquisas ou pelo conjunto de ideias e inovações que a economia é capaz de produzir. Também podemos citar o capital humano produzido pela sociedade como fator de desenvolvimento. Dado o exposto podemos dizer que o desenvolvimento é permeado pelo nível de aporte educacional de sua população. Essa afirmação contribui para reforçar a tese de que para haver desenvolvimento, há que se necessariamente empreender

117 esforços no campo educacional, investindo em cursos que contemplem formação de profissionais nas mais diferentes áreas. O papel de uma instituição de ensino superior vai além de suas funções tradicionais que são o ensino, a investigação científica e a extensão. Ela pode e deve assumir outras competências associadas à transferência de tecnologias, difusão de inovação, fomentadora de projetos, promoção e formação humana. A instituição de ensino superior pautada no tripé ensino-pesquisa-extensão, com rigorosos critérios de qualidade, espírito de autoavaliação, atualização permanente, diversidade, possibilidade de inclusão das pessoas, prestação de serviços à comunidade, pela transformação e sistematização do saber em conhecimento que possa ser útil à sociedade é certamente um local propulsor de desenvolvimento. No exercício desses papéis, as instituições de ensino superior materializam sua parcela de contribuição no esforço de transformar a sociedade em que vivemos, naquela que sonhamos, através da elevação dos padrões de competência dos intelectuais dedicados da academia voltados ao ensino e a pesquisa, irão influenciar na criação das condições necessárias à produção econômica, científica e cultural no conjunto da sociedade. A Educação Superior, apesar dos numerosos avanços dos últimos tempos, enfrenta ainda sérios problemas no que se refere ao atendimento de sua demanda o que requer que cada município concentre esforços no sentido de oportunizar o acesso daqueles que ainda não conseguem por sua própria conta acessá-lo. b) Diretrizes Educação Superior

1 – Assegurar que a Educação Superior esteja fundamentada nos princípios da indissociabilidade do ensino, da pesquisa, da extensão e dos valores inerentes ao ser humano. 2 – Levar ao conhecimento da comunidade regional a importância das instituições de ensino superior, principalmente as comunitárias e federais para o desenvolvimento regional sustentável, econômico, político, científico, social, cultural, ambiental e educacional considerando as realidades de seu entorno bem como a estadual e federal.

118

3 – Criar estratégias de contribuir para que o cidadão ajuricabense possa contar com algum tipo de auxílio do poder público que lhe possibilite o acesso ao ensino superior, condições de permanência e sucesso.

c) Indicadores Educação Superior

Tabela 107 - População em Idade para Cursar Ensino Superior em Ajuricaba. Idade 2010 %

15 a 30 anos 1527 21,04%

Pessoas no ensino superior 2012 373 5,14%

Fonte: IBGE.

Tabela 108 - Indicador 12A - Taxa de escolarização bruta na Educação Superior da população de 18 a 24 anos. Brasil 30,3% %

Meta Brasil: Região Sul 36,6% 50% Estado Rio Grande do Sul 36,6%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

Tabela 109 - Indicador 12B - Taxa de escolarização líquida ajustada na Educação Superior da população de 18 a 24 anos. Brasil 20,1% %

Meta Brasil: Região Sul 25,3% 33% Estado Rio Grande do Sul 22,3%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013.

119 d) Estratégias Educação Superior

Tabela 110 – Estratégias para a Educação Superior Identificador Estratégia

Estimular a população em idade de ingresso ao Ensino Superior a

12.1 encontrar formas de ter acesso a ele através de informações de financiamento, bolsas, programas governamentais, ENEM. Manter a política do Passe-Livre Estudantil no sentido de auxiliar os

12.2 estudantes do Ensino superior a terem menos despesas com o transporte até a Universidade. Continuar apoiando a luta pela busca da implantação de um

12.3 campus da Universidade Federal Fronteira Sul - UFFS no vizinho município de Ijuí a fim de facilitar o acesso aos estudantes ajuricabenses ao Ensino Superior Público mais próximo de nosso município.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

a) Indicadores da Educação Superior

Tabela 111 - Indicador 13A - Percentual de funções docentes na Educação Superior com Mestrado ou Doutorado. Brasil 69,5% %

Meta Brasil: Região Sul 73,9%

75% Estado Rio Grande do Sul 82,3%

Fonte: INEP/Censo da Educação Superior – 2012.

120

Tabela 112 - Indicador 13B - Percentual de funções docentes na Educação Superior com Doutorado. Brasil 32,1% %

Meta Brasil: Região Sul 32,8% 35% Estado Rio Grande do Sul 39,8%

Fonte: INEP/Censo da Educação Superior – 2012.

b) Estratégias para a Educação Superior

Tabela 113 – Estratégias para a Educação Superior Identificador Estratégia

Estimular o ingresso de professores e estudantes do município em

13.1 cursos de Mestrado e Doutorado a fim de que contribuam com a qualificação da Educação em geral e também da Superior. 13.2 Implementar Plano de Carreira dos professores que contemple vantagem financeira para mestres e doutores.

META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na Pós-Graduação Stricto Sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) Mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) Doutores.

a ) Indicadores da Pós-Graduação Stricto Sensu

Tabela 114 – Indicadores da Pós-Graduação Stricto Sensu. Brasil 47.138 Títulos

Meta Brasil: Região Sul 8.936 60.000 títulos Estado Rio Grande do Sul 3.898

Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – 2012.

121 b) Estratégia para Pós-Graduação Stricto Sensu

Tabela 115 – Estratégia para a Pós-Graduação Stricto Sensu Identificador Estratégia

Estimular a população ajuricabense a fim de continuar seus estudos

14.1 até atingir níveis de Mestre e Doutor a fim de poder contribuir com a educação não só do nosso município, mas também com a regional e nacional.

6 PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. a) Diagnóstico dos Profissionais da Educação

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN Nº 9.394/1996 determina que os Sistemas de Ensino promovam a valorização dos profissionais da educação. Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II – aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III – piso salarial profissional; IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; VI – condições adequadas de trabalho.

122

O Plano Nacional de Educação instituído pela Lei Nº 13.005/2014, assim como a LDBEN e a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008 e as Diretrizes Nacionais da Carreira (CNE: 2009) reforçam e instituem o compromisso do poder público com a valorização dos profissionais da educação. Nesse contexto, o presente PME ressalta essa importância no sentido de atrair profissionais qualificados para a carreira do magistério e com isso poder continuar garantindo educação de qualidade nas escolas em tempos de grandes mudanças e desafios constantes. A concepção de valorização dos profissionais da educação assumidas neste PME concretiza-se pelo respeito às condições funcionais inerentes à profissão, a carreira, remuneração, condições de trabalho e formação, bem como reconhecimento pessoal e social da dignidade do seu trabalho profissional. O educador é uma das referências vitais em toda e qualquer proposta educacional. Pois cabe a ele, participar da elaboração da Proposta Pedagógica da Escola, seu Plano de Estudos, implementar esses referenciais em seus Planos de Trabalho, acompanhar, monitorar, coordenar a construção do conhecimento de cada aluno em suas especificidades, participar da vida da escola, dos pais, da comunidade e manter com ela todas as relações possíveis no sentido de criar/oferecer as condições e encaminhar tudo o que for necessário para a garantia do sucesso do aluno em sua vida escolar. A partir dessa concepção, elaborar ou implantar uma política educacional construída sem a participação e corresponsabilidade dos trabalhadores da educação, sem abordar os aspectos relativos à sua formação inicial e continuada, plano de carreira, condições de trabalho e outros aspectos inerentes a sua atividade profissional definida ou convencionalmente instituída, seria perder tempo com um projeto com todas as possibilidades de não alcançar seus propósitos. Na perspectiva social, a formação dos profissionais da educação, precisa ser tratada como política pública séria. Como direito e dever daqueles que escolheram a educação como lugar de atuação profissional. Que seu conhecimento e posição hierárquica que ocupam, como alguém que chegou antes daqueles que estão diante de si para serem auxiliados na construção do conhecimento, e como fator de resgate de sua identidade há muito desgastada pela sociedade que muitas vezes se perde diante dos valores ditados pela mídia, muitas vezes irresponsável do nosso país.

123

Sendo assim, a elevação do nível de formação dos professores se torna fundamental para a melhoria da escola pública, de seu desempenho e do aproveitamento dos alunos. A valorização dos trabalhadores em educação é implementada através de políticas que contemplem formação inicial, continuada, condições de trabalho que incluam tempo para planejamento e atividades complementares a seu trabalho, compensação salarial e plano de carreira compatível com a importância de sua função social. Também requer atendimento ao interesse público, do sistema educacional e da gestão da educação como um todo no sentido de viabilizar o seu financiamento. O aprimoramento da formação dos professores requer ainda a articulação entre os Sistemas de Ensino e as Instituições de Ensino Superior, onde as funções do ensino, pesquisa e extensão se fundem na relação teoria x prática e por isso mesmo, garantem patamares de qualidade social, políticos e pedagógicos. b) Diretrizes para os Profissionais da Educação

1 – Garantir a implantação do Plano de Carreira dos Professores até o segundo ano da vigência deste PME. 2 – Assegurar condições dignas de trabalho de acordo com a legislação vigente. 3 – Assegurar a formação inicial e permanente dos profissionais da educação na busca de apropriação de novas metodologias, uso de tecnologias e saberes necessários ao trabalho com seres humanos, inerentes às intervenções pedagógicas, dialógicas, contextualizadas e técnicas. c) Indicadores dos Profissionais de Educação

Tabela 116 – Número de docentes da Educação Básica do Município de Ajuricaba 2015. Dependência administrativa Total de professores Estadual 76 Municipal 58 Privada 14 Fonte: Escolas estaduais, municipais e privadas do município em 2015.

124

Tabela 117 – Nível de formação dos Profissionais de Educação de Ajuricaba. Nível de formação Dependência administrativa Estadual Municipal Privada Médio Magistério 01 07 07 Superior Licenciatura 43 20 05 Pós-Graduação Especialização 12 12 02 Mestrado 01 - - Fonte: Escolas do município de Ajuricaba – Dados parciais de 2015.

d) Estratégias para a formação dos Profissionais de Educação

Tabela 118 – Estratégias para a formação dos Profissionais de Educação Identificador Estratégia

Estimular os professores que atuam na Educação Básica a cursarem

15.1 graduação superior a fim de aprimorar a formação dos profissionais que atuam nos diferentes níveis do magistério, garantindo progressão automática na carreira. Continuar oferecendo política municipal de formação de professores

15.2 e servidores da educação, em serviço, conforme previsto na LDBEN, Lei Nº 9.394/1996, sendo no mínimo 80 horas anuais. Utilizar como critério de avaliação na progressão da carreira

15.3 presença em eventos de formação continuada conforme legislação vigente e Plano de Carreira. Ampliar o regime de colaboração entre a União, o Estado e o

15.4 Município no sentido de oferecer formação continuada em serviço que assegure a todos os professores a possibilidade de aquisição de qualificação mínima exigida pela LDBEN, observando as Diretrizes Curriculares Nacionais e o previsto no PNE.

Meta 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área 125 de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. a) Indicadores de Pós-Graduação

Tabela 119 - Indicador 16 - Percentual de professores da Educação Básica com Pós- Graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu. Brasil 30,2% %

Meta Brasil: Região Sul 48,7%

50% Estado Rio Grande do Sul 38,1%

Mesorregião Noroeste Rio-grandense 48,7%

Município RS – Ajuricaba 29,1%

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica – 2013.

b) Estratégias para aumentar o número de Pós-Graduados no Município de Ajuricaba

Tabela 120 – Estratégias para aumentar o número de Pós-Graduados no Município de Ajuricaba Identificador Estratégias

Aderir a programas de formação de Pós-Graduação oferecidos

16.1 pelo MEC e outras universidades como forma de aumentar o percentual de professores especialistas na Rede Pública e Particular de Ensino do município. Garantir no Plano de Carreira dos professores da Rede Pública

16.2 Municipal, progressão diferenciada de acordo com o nível de formação acadêmica. Fomentar o acesso dos professores do Município ao Portal

16.3 Eletrônico do Professor, oferecido pelo MEC, para que seja utilizado como ferramenta para sua atuação com melhor qualidade e diversidade na Educação Básica. Promover a formação de professores leitores e sua capacitação

16.4 para a formação de novos leitores, auxiliares de bibliotecas e

126

agentes da comunidade a fim de atuarem como mediadores na formação do gosto e da competência de leitura de acordo com as diferentes especificidades do desenvolvimento das crianças, jovens e adultos.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério da Rede Pública de Educação Básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. a) Indicadores sobre valorização dos Profissionais do Magistério

Tabela 121 - Indicador 17 - Razão entre salários dos professores da Educação Básica, na Rede Pública (não federal), e não professores, com escolaridade equivalente. Brasil 72,7% %

Meta Brasil: Região Sul 82,1%

100% Estado Rio Grande do Sul 79,7%

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013. b) Estratégias para valorização dos Profissionais do Magistério no Município de Ajuricaba

Tabela 122 – Estratégias para valorização dos Profissionais do Magistério Identificador Estratégia

Constituir, por iniciativa do Ministério da Educação, até o final do

17.1 primeiro ano de vigência deste PNE, fórum permanente, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

127

17.2 Constituir como tarefa do Fórum Municipal da Educação-FME o acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Implementar, no âmbito do Município, plano de Carreira para os

17.3 profissionais do magistério da rede municipal de ensino, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar. Buscar a ampliação da assistência financeira específica da União

17.4 ao município para implementação de políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

a) Indicadores

Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional. b) Estratégias

Tabela 123 – Estratégias referentes à implantação de Plano de Carreira do Magistério Público Municipal de Ajuricaba Identificador Estratégia

Assegurar que todos os professores atuantes na Rede Municipal

18.1 de Ensino sejam providos através de concurso público e efetivos

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durante o período da vigência deste PME. Implantar, na rede municipal de ensino, acompanhamento dos

18.2 profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina, ou nível de atuação, sempre que se constatar a necessidade. 18.3 Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento de cargos efetivos para essas escolas. Estimular a existência de comissões permanentes com a

18.4 participação de profissionais da educação para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, readequação e implementação do Plano de Carreira.

7 GESTÃO EDUCACIONAL

Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. a) Diagnóstico da gestão educacional

A gestão educacional pode ser abordada através de concepções variáveis. Porém há que se ter presente que a administração da educação carrega consigo, antes de mais nada, o processo pedagógico voltado para a formação integral dos alunos que acontece através da relação ensino-aprendizagem estabelecida na escola. As demais dimensões (administrativa, financeira e jurídica) devem estar voltadas ao atendimento da essência pedagógica da atividade educacional.

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A LDBEN Nº 9.394/1996 oferece algumas diretrizes básicas para ensinar a gestão de sistemas de ensino. Em seu Art. 3º, baseado no Art. 206 da Constituição Federal, os incisos VIII e IX, tratam, respectivamente, da gestão democrática do ensino público e da garantia do padrão de qualidade. No processo de construção da gestão democrática da educação, alguns indicadores são imprescindíveis, tais como autonomia, representatividade social e formação para a cidadania. Sendo assim, a gestão democrática da educação, constitui-se em um processo de superação do individualismo que deve contribuir para que as escolas, articuladas com outras organizações da comunidade, possam participar ativamente da construção de uma sociedade idealizada por todos, pautada nos valores da igualdade, justiça social e democracia. As experiências que concorrem para o aperfeiçoamento da gestão democrática são as que reforçam a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, norteiam-se por Propostas Pedagógicas construídas coletivamente e convivem harmoniosamente com os demais colegiados que compõe a estrutura organizacional da escola como Conselho Escolar, CPM, Clube de Mães, Grêmios Estudantis, Associações de Professores e Servidores e demais representações da sociedade civil organizada que perpassam o interior das escolas. A gestão democrática é um processo tendo, portanto, suas referências e princípios mutáveis, o que implica na adoção de valores e concepções vinculados à dinâmica social. Ao mesmo tempo conta com a colaboração de mecanismos importantes para a materialização da gestão educacional nessa perspectiva. Destacam-se entre esses mecanismos o Conselho Nacional de Educação – CNE, Conselho Estadual de Educação – CEE, Conselho Municipal de Educação – CME, Fórum Municipal de Educação – FME, Conselho Escolar e Círculo de Pais e Mestres que constituem-se como colegiados participativos e representativos dos segmentos sociais e outros segmentos como as conferências nacionais, estaduais e municipais da educação, constituídas com a participação de toda a sociedade. Para a construção de uma cultura democrática e de direitos humanos no contexto escolar, se faz necessária à articulação entre a gestão e o controle social, caracterizando o Conselho Escolar, Clube de Mãe e o CPM como importantes mediadores, pois representam instrumentos de mobilização da comunidade e seus interlocutores na efetivação da Proposta Pedagógica da escola e suas demandas. 130

Nesse sentido, carregam consigo a função de identificar as necessidades da comunidade e das famílias para alimentar a escola e assim promover as ações necessárias para o atendimento dessas necessidades, contribuindo para a melhoria do acesso e da qualidade da educação oferecida pela escola. Para que a gestão seja eficiente, é preciso promover divisão de responsabilidades, conforme prevê a Constituição Federal. A educação representa uma totalidade de modo que as ações de um nível de ensino repercutem nos demais tanto em seus aspectos qualitativos quanto quantitativos. Mesmo que consolidadas as redes de ensino, algumas ações devem ser realizadas sempre em regime de colaboração entre Município, Estado e União que devem buscar o aprimoramento contínuo, estendendo-se também às instituições da sociedade civil organizada. b) Indicadores da Gestão Educacional

Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional. c) Estratégias para a Gestão Educacional

Tabela 124 – Estratégias para a Gestão Educacional no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

Implantar a gestão democrática das escolas municipais

19.1 imediatamente após a implantação do Plano de Carreira dos Professores, através da eleição direta para indicação de diretores e vice-diretores com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar. Oferecer condições de apoio e formação aos conselheiros do

19.2 Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, do Conselho de Alimentação Escolar, do Conselho Municipal de Educação e aos representantes educacionais nos demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções.

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Garantir condições adequadas ao funcionamento e

19.3 aperfeiçoamento do Fórum Municipal da Educação – FME para que possa desempenhar com êxito suas funções. Estimular e fortalecer os Círculos de Pais e Mestres – CPMs,

19.4 Conselhos Escolares e Clubes de Mães para que sirvam como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação, assegurando-se condições de funcionamento autônomo. Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação,

19.5 alunos e seus familiares na formulação das Propostas Pedagógicas, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares através da avaliação institucional. Desenvolver programas de formação de Equipes Diretivas, a fim de

19.6 subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão. Informatizar o serviço da gestão pedagógica e administrativa das

19.7 escolas municipais e aderir ao programa nacional de formação inicial e continuada aos recursos humanos de apoio técnico das escolas e Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer. 19.8 Fortalecer o regime de colaboração entre os entes federados.

Implantar a elaboração anual de Plano Estratégico das escolas a

19.9 fim de que sejam planejadas as ações administrativas que envolvem aplicação de recursos financeiros.

8 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Meta 20 - Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

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a) Diagnóstico do Financiamento da Educação

A Constituição Federal traz a Educação Básica como um direito de todos os brasileiros independentemente de sua condição social. Essa conquista social deve ser defendida por toda a sociedade. Ainda determina que a educação seja oferecida em igualdade de condições garantindo o acesso, a permanência, o padrão de qualidade, a valorização dos profissionais e a gratuidade em instituições públicas. Para garantir esses princípios constitucionais, o financiamento da educação se apresenta como condição imprescindível para a universalização, funcionamento de políticas públicas e materialização do sistema de ensino. A LDBEN define em seu Art. 74 que a União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o Ensino Fundamental, baseado no custo mínimo por aluno capaz de assegurar ensino de qualidade. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União, ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente , considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino. E, em seu Art. 75 que “a ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade”. A forma de financiamento da educação por meio de mecanismo de fundos foi iniciada em 1996 através do FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério, para o repasse de recursos ao Ensino Fundamental. Em 2007 houve a ampliação do financiamento para a Educação Básica através do FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e valorização dos Profissionais da Educação. Na Constituição de 1988, o percentual de investimentos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE, por entes federados ficou assim definida: à União 18%, aos Estados e Municípios, no mínimo 25% dos recursos provenientes dos impostos, o que também é legitimado na Lei Orgânica do Município de 1990 em seu Art. 135.

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Além dos recursos vinculados constitucionalmente e que são as principais fontes do financiamento da educação pública, destinam-se ainda os recursos provenientes do Salário-Educação, que a partir da Emenda Constitucional Nº 14/1996, passou a ser articulado em 2,5% da folha de pagamento das empresas e do percentual de 75% dos recursos oriundos do Pré-Sal conforme Lei Federal Nº 12.858/2013, de 09 de setembro de 2013 em seu Art. 2º, parágrafo 3º.

§ 3º União, Estados, Distrito Federal e Municípios aplicarão os recursos previstos nos incisos I e II deste artigo no montante de 75% (setenta e cinco por cento) na área de educação e de 25% (vinte e cinco por cento) na área de saúde.

Segundo o Art. 68 da LDBEN, os recursos públicos destinados à educação são originários de: receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; receitas de transferências constitucionais, de outras transferências e de receitas de incentivos fiscais e outros recursos previstos em lei. Já os Arts. 70 e 71 definem a correta aplicação dos recursos, quais as despesas que podem ou não ser consideradas como Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, tendo como foco principal a educação na escola e, dentro da escola, no aluno. Daí a vinculação necessária aos objetivos básicos da instituição educacional. Uma forma de analisar o investimento na Educação Básica é basear-se no PIB – Produto Interno Bruto. A tabela 21 demonstra a evolução do percentual do PIB nacional investido em educação. O percentual era de 4,7% no ano 2000 e evoluiu para 6,1% em 2011. A meta proposta no PNE é alcançar 10%. A avaliação dos indicadores do Município de Ajuricaba apresentados nas tabelas 124, 125 e 126 demonstram que o município tem mantido investimentos superiores aos índices constitucionais e legais atingindo nos últimos 5 anos em média 28% das receitas dos impostos e transferências vinculadas à educação em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

b) Indicadores Nacionais e Municipais de Investimentos em Educação

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Tabela 125 - Histórico da Estimativa do Percentual do Investimento Público Total em Educação em Relação ao PIB, por Nível de Ensino no Brasil 2000-2011 Percentual do Investimento Público Direto por estudante em relação ao PIB per capita (%) Todos Níveis de Ensino Ano os Níveis Educação Educação Ensino Fundamental Ensino Educação Básica Infantil Médio Superior de De 1ª a 4ª De 5ª a 8ª Ensino séries ou séries ou anos anos finais iniciais 2000 14,1 11,7 13,4 11,5 11,8 11,2 129,6 2001 14,4 12,0 12,0 11,3 12,7 12,6 126,8 2002 14,5 12,0 11,4 13,3 12,3 8,9 120,9 2003 14,0 11,7 12,6 12,4 11,7 9,9 102,1 2004 14,1 12,0 12,8 12,7 12,8 8,8 98,6 2005 14,5 12,3 11,7 13,7 13,1 8,6 97,0 2006 16,0 13,9 12,0 14,3 15,7 11,1 92,6 2007 17,4 15,3 13,8 16,0 16,7 12,2 92,3 2008 18,7 16,5 13,8 17,3 18,4 13,3 92,3 2009 20,3 17,9 13,7 19,3 20,1 14,0 93,7 2010 21,5 18,8 15,5 20,3 20,5 15,6 94,5 2011 23,1 20,1 17,8 20,4 20,7 19,8 97,3

Fonte: INPE/MEC - Tabela elaborada pela DEED/INPE Notas: 1 - Utilizaram-se os seguintes grupos de Natureza de Despesa: Pessoal Ativo e Encargos Sociais; outras Despesas Correntes; Investimentos e Inversões Financeiras; 2 - Não se incluem nestas informações as seguintes despesas: aposentadorias e reformas, pensões, recursos para bolsa de estudo e financiamento estudantil, despesas com juros e encargos da dívida e amortizações da dívida da área educacional e a modalidade de aplicação: Transferências Correntes e de Capital ao Setor Privado; 3 - PIB per capita é a média por habitante dos valores dos bens e serviços produzido no país; 4 - Os investimentos em Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos e Educação Indígena foram distribuídos na Educação Infantil, no Ensino Fundamental anos iniciais e anos finais e no Ensino Médio, dependendo do nível de ensino ao qual fazem referência. No Ensino Médio estão computados os valores da Educação Profissional (concomitante, subsequente e integrado); 5 - A Educação Superior corresponde aos cursos superiores em Tecnologia, demais cursos de Graduação (exceto cursos sequenciais) e cursos de pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado (excetuando-se as especializações Lato Sensu); 6 - Estes dados referem-se aos investimentos em educação consolidados do Governo Federal, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios; 7 - Para os anos de 2000 a 2003, estão contabilizados na área educacional, os valores despendidos pelo Governo Federal para o Programa Bolsa-Escola; 8 - Entre os anos de 2000 e 2005: para os dados estaduais, foi utilizada como fonte de informações, um trabalho técnico realizado pelo Inep diretamente dos balanços financeiros de cada estado; para 135 os dados municipais do mesmo período, utilizou-se uma metodologia baseada no percentual mínimo de aplicação de cada município, definido pela legislação vigente; 9 - A partir de 2006, utilizaram-se como fontes de dados estaduais e municipais, o Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Educação - Siope -, administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE; 10 - Os dados da União foram coletados do Sistema Integrado de Administração Financeira - Siafi/STN - para todos os anos; 11 - Para o cálculo dos valores de Investimentos Públicos em Educação, utilizaram-se as seguintes fontes de dados primários: - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep/MEC; - Secretaria do Tesouro Nacional (STN); - FNDE; - Balanço Geral dos Estados e do Distrito Federal; - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); - Caixa Econômica Federal (CEF); - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Tabela 126 - Investimento em Educação no Município de Ajuricaba por Nível de Ensino. Ano Investimento % Lei Ed. Ensino Total em Orgânica Infantil Fundamental educação 2010 R$ 2.873.340,18 25% R$ 387.187,46 R$ 2.236,090,54 MDE R$ 176.739,12 R$1.046.237,80 FUNDEB R$ 210.448,34 R$ 1.189.852,74 2011 R$ 3.387.005,73 25% R$ 481.164,79 R$ 2.548.171,44 MDE R$ 212.846,50 R$ 1.144.153,98 FUNDEB R$ 268.318,29 R$ 1.404.017,46 2012 R$ 4.025.370,14 25% R$ 520.861,01 R$ 2.892.557,14 MDE R$ 265.744,91 R$ 1.492.758,85 FUNDEB R$ 255.116,10 R$ 1.399.798,29 2013 R$ 4.636.814,01 25% R$ 463.768,30 R$ 3.447.622,00 MDE R$ 327.874,95 R$ 1.815.809,85 FUNDEB R$135.893,35 R$ 1.631.812,15 2014 R$ 5.108.182,79 25% R$ 451.599,49 R$ 2.486.284,69 MDE R$ 341.307,76 R$ 811.341,67 FUNDEB R$ 110.291,73 R$ 1.674.943,02 Fonte: Secretaria da Fazenda do Município de Ajuricaba, 2015.

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Tabela 127 - Indicadores de Investimentos em Educação no Município de Ajuricaba Indicadores Legais 2010 2011 2012 2013 2014

Percentual de indicadores das receitas de impostos e transferências vinculadas da 29,35% 28,99% 32,10% 34,35% 34,37% educação MDE – mínimo 25% para Estados e Municípios

Percentual de aplicação do FUNDEF ou FUNDEB em remuneração dos profissionais do 65,26% 69,21% 77,41% 86,43% 90,18% magistério – mínimo 60%

Percentual de aplicação de FUNDEF ou FUNDEB em despesas dom MDE que não 34,74% 30,79% 22,59% 13,57% 9,82% remuneração dos profissionais do magistério – mínimo 40% Fonte: Secretaria da Fazenda do Município de Ajuricaba, 2015.

Tabela 128 - Indicadores do Custo-Aluno do Município de Ajuricaba. Indicadores Legais 2010 2011 2012 2013 2014 Gasto educacional R$ R$ R$ R$ R$ por aluno da Ed. 2.048,61 2.615,03 3.082,02 2.534,25 2.352,08 Infantil Gasto educacional R$ R$ R$ R$ R$ por aluno do Ensino 6.407,14 7.652,17 9.153,66 12.721,85 10.189,69 Fundamental Alunos da 189 184 169 183 192 Educação Infantil Alunos do Ensino 349 333 316 271 244 Fundamental Fonte: Secretaria da Fazenda do Município de Ajuricaba, 2015.

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c) Estratégias para Investimentos em Educação

Tabela 129 – Estratégias para Investimentos em Educação no Município de Ajuricaba Identificador Estratégia

20.1 Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, modalidades e etapas da Educação Básica, observando as políticas de colaboração entre os entes federados com vistas a atender as demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional. 20.2 Garantir recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do Art. 212 da Constituição Federal e na forma da Lei Municipal Nº 2609, de 03 de junho de 2015, que dispõe sobre a destinação para as áreas de Educação e Saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração do Petróleo e Gás Natural de acordo com a Lei Nº 12.858/2013. 20.3 Aprimorar mecanismos e instrumentos de transparência e controle social na utilização dos recursos públicos investidos na educação através de encontros do Fórum Municipal da Educação, site do município, participação do Conselho Municipal da Educação e do FUNDEB. 20.4 Estreitar o regime de colaboração entre os entes federados visando a garantia do acesso, da permanência e da qualidade da educação dos cidadãos do município. 20.5 Garantir investimentos na Rede Municipal de Ensino de acordo com os parâmetros do CAQ – Custo Aluno Qualidade instituídos pelo MEC, através da busca de recursos junto à União a fim de complementar recursos toda vez que o município não conseguir atingir os valores estabelecidos para o estado do Rio Grande do Sul.

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9 TEMAS TRANSVERSAIS

O Conselho Nacional de Educação, ao estabelecer as Diretrizes Curriculares Nacionais, apontou a necessidade da escola trabalhar questões sociais no currículo escolar. Por isso, propôs a transversalidade e a interdisciplinaridade por se complementarem no trabalho pedagógico que também se alimenta de questões extraescolares e rompem com a rigidez dos conteúdos das disciplinas. Ao ressaltar os aspectos sociais, a escola cria um ambiente pedagógico rico de possibilidades e prioriza como objetivo de ensino, a construção de conceitos que capacitem os alunos a compreender e interferir criticamente na sociedade. Os conteúdos passam a serem ferramentas para uma função mais ampla que o mero saber técnico que se apresenta como a capacidade de compreender como é ser e estar no mundo. Os conhecimentos adquiridos na escola são instrumentos através dos quais se pretende desenvolver a capacidade de pensar, compreender, aprender a aprender e continuar aprendendo e transformar o ambiente que nos rodeia naquilo que desejamos. Existem temas cujo estudo exige uma abordagem particularmente ampla e diversificada. Alguns deles foram inseridos nos Parâmetros Curriculares Nacionais denominados Temas Transversais que são caracterizados como temas que Tratam de processos que estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano. São questões urgentes que interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que está sendo construída e que demanda de transformações e também atitudes pessoais, exigindo portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos relativos a essas duas dimensões, quais sejam: ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e orientação sexual, trabalho e consumo.(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1998) Por outro lado, ao estabelecer o Plano Municipal de Educação, considerando as peculiaridades locais são eleitos temas transversais acrescidos ao currículo escolar para além dos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais como: educação para o trânsito, educação empreendedora, cultura de paz e não violência, 139 enfrentamento e combate ao uso de drogas, questões pertinentes à sexualidade, gênero, tolerância, aceitação de diferenças, cultura planetária, relações interpessoais, relações de interdependência entre os seres e o planeta, dentre outros identificados através de expedições investigativas, pesquisa participante ou temas geradores. O modo e o momento em que serão trabalhados os Temas Transversais são cuidadosamente planejados em conjunto pelos professores das escolas, com objetivos educacionais a serem atingidos e a verificação da totalidade da contemplação desses objetivos ao longo do desenvolvimento dos Projetos de Estudos. A escola é convocada a assumir sua responsabilidade na construção do currículo escolar que garanta flexibilização e integração social. Assim, o trabalho com temas sociais se concretiza nas diferentes decisões e posturas assumidas por toda a comunidade escolar que aponta as necessidades e as prioridades a serem trabalhadas nos diferentes momentos. É fundamental que todas as escolas possam refletir com todos os segmentos que a compõe, sobre as demandas que estão sendo construídas pela sociedade e que merecem atenção da escola na formação de seus alunos.

10 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação cumpre seu papel quando aponta as diretrizes e ações que devem ser atendidas pelas políticas públicas educacionais integradas entre os órgãos governamentais, dos entes federados e da sociedade civil reforçando o princípio constitucional da educação de qualidade. A partir dos desafios lançados à comunidade ajuricabense para refletir sobre a Educação no Município nos seminários, reuniões, estudos, conferências, Fórum Municipal da Educação, que contou com a participação de escolas, instituições religiosas, conselhos, sindicatos, associações, câmara de vereadores e pessoas da sociedade em geral, desde a CONAE 2013, foram construídos diagnóstico do município, diretrizes, metas e estratégias a serem implementadas na área educacional no âmbito do município de Ajuricaba pelas escolas das três redes, durante o decênio 2015/2024.

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Essas ações serão monitoradas pelo Fórum Municipal da Educação – FME, Conselho Municipal de Educação, Conselho do FUNDEB, Conselho de Alimentação Escolar – CAE, Escolas, Câmara de Vereadores, demais instituições e toda a sociedade que tem o compromisso de contribuir para sua efetiva implementação. A importância do Plano Municipal de Educação surge justamente dessa possibilidade de participação da comunidade em sua elaboração, o que lhe garante total legitimidade e corresponsabilidade da comunidade pois não se trata de um plano de governo, e sim de um Plano Educacional Municipal que transcende governos. Porém, essa participação não está concluída, a partir de sua promulgação em lei é preciso que essa mesma sociedade esteja atenta ao seu acompanhamento e efetiva implementação. Do contrário, de nada se fará útil. Os objetivos e metas deste Plano somente poderão ser alcançadas através do comprometimento e participação democrática de todos os segmentos envolvidos. O acompanhamento, a execução e a avaliação pelas instituições governamentais e sociedade civil são fatores decisivos para que a educação produza as mudanças que a sociedade necessita quanto à inclusão social, à produção científica, tecnológica, ao exercício da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. A avaliação do PME deve valer-se também dos dados fornecidos pelo Censo Escolar do INEP, do IBGE e avaliações externas que produzem os indicadores e as metas a serem perseguidas como o IDEB, ENEM, SAEB, PISA e outros que devem ser analisadas constantemente e servem para indicar a necessidade de revisão do planejamento e adequação deste PME. Para que o acompanhamento aconteça de maneira responsável, as avaliações do PME são sistemáticas e periódicas, acompanhando as diretrizes do PNE, estabelecendo um sincronismo de mecanismos e períodos, o que contribui para o aprimoramento do Sistema Educacional. No sentido de acompanhar a execução e avaliação deste PME, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer, manterá atualizado o Diagnóstico Educacional do Município e, juntamente com o Conselho Municipal de Educação - CME convocará o Fórum Municipal de Educação - FME ao final do quinto e do nono ano de vigência deste PME com o objetivo de promover a verificação dos resultados alcançados e a consecução das metas previstas.

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REFERÊNCIAS

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