Grupo EstaçãoeContracampo. Eduardo sessão cineclube P M P M www r r e e o o d d g g i i r r a a a a .contracampo.com.br ç ç colaboração m m ã ã o o a a V ç ç

alente eRuyGardnier d d ã ã o o o o

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FILMOGRAFIA (1940) 1969 1974 1992 1983 1973 1966 2000 1990 2002 1989 1984 1981 1979 1978 1972 1970 1 1967 1964 1993 1998 1986 1987 1976 1995 1980 . 968 Cantando Nossas Mulheres?)Cantando das Vaidades) Duas Vidas) Casamento) F Mission toMars Snake Eyes Impossible Mission: Carlito's Way Raising Cain The Bonfireofthe Vanities The Untouchables Wise Guys Scarface Blow Out Dressed toKill Home Movies The Fury Carrie Obsession Phantom oftheParadise Sisters Get Know Your Rabbit Mom! Hi, Dionysius in69 G Murder àlaMod The Responsive Eye The WeddingParty Impossível) Perde) do Paraíso) emme F reetings (Carr (Ir at (A Fúria) mãs Diabólicas) (Um Tiro naNoite) ( ale Saudações ouQuemAnda (Quem (Trágica Obsessão) (Olhos deSerpente) ie, aEstranha) (Síndr (O Pagamento Final) (Dublê doCorpo) (Terapia deDoidos) (Vestida para Matar) 5/jan A GRANDE ILUSÃO AGRANDE 5/jan Em 2005 próxima sessão (Missão Mar (Pecados daGuerra) Tudo Quer, Tudo (Os Intocáveis) ome deCaim) (A Festade [documentário] (Missão (O Homemde (O Fantasma de J patrocínio (A Fogueira t e) ean Renoir apoio www.estacaovirtual.com 29 deDezembro de2004-AnoII–Ediçãonº73 d F SINOPSE e E sua vidaemperig Bardo (AntonioBanderas), Lauretemseudisf paparazzi,Nicolas Exposta pelaslentes deumrepórter na açãodasjóias,teve decumprirseteanoscadeia. (EriqEbouaney)que, traído De olhonelaestáBlackTie pelaesposadoembaixador americano. Laure sepassa para trás.AoretornaràFrança, seteanos maistarde, dinheiro eaesperançadedeixar vida decriminosa Após orouboelafoge dopaís,levando consigo o em diamantesduranteumdesfilede modanaF mulher contratadapararoubar10milhões dedólares Rebecca Romijn-StamosinterpretaLaureAsh,uma

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apresenta arce e rança. cineclube

FICHA TÉCNICA Ammar eMarinaGefter. (Sandrine Bonnaire), GillesJacob (GillesJacob). FrémontThierry (Serra), SandrineBonnaire Montoute (Racine),RieRasmussen(Veronica), Música: Música: Thier FEMME F W (Nicolas Bardo),Peter Coyote (BruceHewitt Romjin-Stamos (LaureAsh),Antonio Banderas Dir sessão atts), EriqEbouaney(BlackT eção eR ry Arbogast. ry Ryuichi Sakamoto. A T ALE –EUA, 2002,cor, 110min ot eiro: M Brian DeP ontagem: Elenco: Produção: alma. ie), Edouard Bill P Rebecca ankow. F ot ogr Tarak Ben afia: Para fechar nosso breve ciclo que enfoca o cinema americano e alguns de seus de Pacto de Sangue, de Billy Wilder, com o corpo nu de gêneros, nada melhor do que Brian De Palma, o representante-mor da Rebecca Romijn-Stamos se refletindo na tela da tv (ou seja, autoconsciência (mais que isso, da auto-reflexividade) do gênero e dos sobrepondo-se à outra femme fatale, a personagem de dispositivos por ele engendrados dentro de um filme. Não foi por acaso que o Barbara Stanwick no filme do Wilder) – e nesse registro se ciclo começou com Vampiros de Almas, de Don Siegel, clássico da ficção- entregam logo de cara dois movimentos-padrão do filme. científica low-budget: a definição de gênero no cinema passa não apenas pela criação de um grau de parentesco entre filmes que partilham temas e/ou O primeiro diz respeito ao fato de que Femme Fatale é o procedimentos estéticos/narrativos, mas também pela identificação dos filmes ápice da proposta ‘depalmiana’ de partir de uma proto- B, ou simplesmente de produções sem maiores “aspirações” que o “simples” imagem e construir o filme como uma espécie de entretenimento, com temáticas e padrões estilísticos que histórico- ramificação dessa imagem – sem falar em toda a questão da culturalmente estão associados a uma arte mais popular, “barata”, vulgar citação em De Palma, que se apresenta na base mesma dos mesmo. Contrariando qualquer preconceito com o cinema de gênero, filmes. De Palma não cita (explicitamente, até) seus mestres contudo, Vampiros de Almas revela tanto um inquestionável conteúdo político para buscar filiação num certo tipo de cinema e ali se quanto uma profunda reflexão sobre ontologia da imagem. acomodar: ele busca na lista de seus filmes prediletos uma ou outra imagem capaz de lhe servir de “tema” (e aqui Don Siegel, John Carpenter, Brian De Palma: três diretores relativamente devemos preconizar o emprego musical desse termo). malditos, cada qual dentro do contexto particular de seus cinemas. De Palma Partindo dessa imagem-tema, são elaboradas as variações – até traz no currículo grandes produções que foram sucesso de público (Os exatamente como a trilha sonora do início de Femme Fatale, Intocáveis, Missão Impossível), mas trabalha justamente naquele campo que se estrutura num crescendo à “Bolero de Ravel”, aberto à exaltação do artifício, aos jogos de ilusionismo (são recorrentes suas repetindo a mesma melodia ad nauseaum, mas “pegadinhas” de enquadramento), ao “realismo grotesco” que reúne luxo e acrescentando mais e mais instrumentos. A própria submundo, à eventual breguice (as cenas românticas de O Pagamento Final e sofisticação visual com que ele demonstra a imbricação de Dublê de Corpo), à pornografia (novamente Dublê de Corpo). gêneros e de referências está condensada naquela imagem na tv: no vidro da tela, amalgamam-se o filme noir e um tipo Mas já é necessário voltar a Femme Fatale, filme tão recente? Com os filmes de nudez feminina a meio caminho tanto do slasher quanto de predileção, a questão não é tanto de necessidade. Em cinema, há sempre do pornô softcore. Seus filmes são obras abertas porquanto o retorno a um prazer originário. Voltar a Femme Fatale é desnecessário, vazados por todos os cantos (não propriamente filmes de porém fundamental. final aberto, mas filmes/textos propensos à contaminação O filme não se insere na categoria de revisão do filme noir que se fazia no final escritural). De Palma se entende menos como contador de dos anos 70 e início dos 80 (pensar em Chinatown, Corpos Ardentes, Cliente histórias do que como orquestrador de signos, estímulos Morto Não Paga, Hammett). O que De Palma toma emprestado do noir não é sensoriais e iconografias que, juntos, compõem uma a estrutura, mas a preparação do terreno ficcional de um modo tal que toda ‘filmoinstalação’ de ampla fluidez textual. E, como ocorre ao sorte de pulsão e de desejo primário vem à tona com facilidade. Em Femme personagem de Banderas, seu trabalho se divide entre a Fatale, o noir é um “gênero” tão presente quanto subterrâneo (trata-se, no “cara-de-pau” do paparazzo e a sensibilidade plástica do fundo, da consolidação do “gênero De Palma”). fotógrafo artístico (o painel de fotos que ele monta ao longo de sete anos, e que se completa ao final do filme, exprime Há, de um lado, voyeurismo, instintos, invasão de privacidade, a câmera bem o que Femme Fatale representa na obra de seu diretor: intrusa; mas há também, do outro lado, a provocação, a sedução, o disfarce, a a imagem que estava faltando para completar um mosaico). maquiagem, o convencimento. E, figura que permeia todo o filme, o eterno desejo de consumo – a própria revelação do miolo do filme como produto da O segundo movimento-padrão é o confronto das imagens: mente em processo de transição entre sono e vigília já traduz um suposto sua câmera realiza um constante sobrevôo pelo espaço, com E “estado ideal” de consumo (o devaneio dos sonhos somado a um mínimo a ressalva de que ela desliza não exatamente sobre o espaço, L necessário de ação). Em grande medida, Femme Fatale é uma aguçada reflexão mas antes sobre outras imagens, ou sobre um espaço já- . r sobre a imagem publicitária: se a seqüência final remete direta e indiretamente imagem. Afinal de contas, trata-se da mise-en-scène de um J A à publicidade, é porque há mesmo um produto à venda, a existência (mais déja vu. Mas há de se tomar cuidado, pois o déja vu a T r detalhes, ver um clássico texto de Jean Douchet, “La troisième clé ‘depalmiano’ não é uma refilmagem (a filmagem do “já i

e d’Hitchcock”, Cahiers du Cinéma nº 102, dezembro/1959). visto”), e sim a confecção de uma memória do futuro. Ao A v

i contrário da realidade entrecortada pelo sonho, Femme l

F Femme Fatale é um momento privilegiado da carreira do seu diretor, O Fatale traz um sonho bom entrecortado por um pesadelo. É

representando uma evidente depuração plástica e até conceitual do

s um filme-sonho que recoloca a metafísica hitchcockiana do

o continuum metacinematográfico que ele vem construindo desde filmes como E

l combate entre luz e trevas, a luz precisando vencer as trevas r Um Tiro na Noite, Vestida para Matar e Síndrome de Caim. Em vez dos planos- para reintegrar o cosmos. Após a protagonista ter seu a

C seqüência megalômanos que vinham abrindo seus filmes, verdadeiros M destino salvo pelo sol – que ganha forma de providência

z exercícios de engenharia cinemática, De Palma começa Femme Fatale de divina –, o convite de Banderas muda do café, que eles i

u maneira mais singela, mantendo a duração alongada do plano, mas

M tomam na parte do pesadelo, para um drink. Não é mais L

concentrando a ação no quarto de um hotel e movendo a câmera com preciso despertar. r E suavidade. A primeira coisa que aparece no filme é uma tv passando o clímax o F p