Venice Bitch: Narrativa E Experiência Estética De Um Movimento Experimental Na Cultura Pop1

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Venice Bitch: Narrativa E Experiência Estética De Um Movimento Experimental Na Cultura Pop1 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vitória - ES – 03 a 05/06/2019 Venice Bitch: narrativa e experiência estética de um movimento experimental na cultura pop1 William David VIEIRA2 Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, MG Resumo Neste trabalho, propomos uma análise do videoclipe de Venice Bitch, da cantora Lana Del Rey. Tendo como base atributos experimentais do clipe e partindo metodologicamente de imbricações entre experiência e narrativa, delineadas por Benjamin (1987), buscamos problematizar como narrativas e experiências estéticas (possíveis) mais experimentais, empregadas na cultura pop, intencionam promover um deslocamento do pop da ideia de comercial e esvaziado, sem aprofundamentos e/ou apreensões políticas, para uma lógica de produção cult (e mais próxima de experimental) ou conceituada. Paradoxalmente, tais acionamentos ainda revelam uma demanda do pop de se reinventar continuamente em função de seu lucro e status. (Obs.: Agradecimentos à UFOP e à CAPES pelo incentivo ao trabalho.) Palavras-chave: experiência estética; narrativa; Venice Bitch. Introdução Lançado em setembro de 2018, o videoclipe de Venice Bitch3, da cantora norte- americana Lana Del Rey, retoma esteticamente as produções do início da carreira da artista dentro da cultura pop, em 2011, com espécies de videocolagens que lembram uma junção de imagens de arquivo, trajadas de efeitos de “mofo” ou antiguidade, e alocadas em vídeos mais extensos. Quando Lana ascendia nesse cenário, seus objetos audiovisuais eram enxergados pela crítica como “bem-produzidos”, “ousados”4 e capazes de abusar conceitualmente do tempo em prol de sua narrativa e composição. Além disso, a cantora aproximava o videoclipe da narrativa cinematográfica – como visto, nos anos 1980, com as produções de Thriller e Bad, de Michael Jackson (SOARES, 2012, p. 26-27) –, promovendo experiências estéticas potentes, possíveis, que misturavam os gêneros e 1 Trabalho apresentado na DT 4 – Comunicação Audiovisual do XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, realizado de 3 a 5 de junho de 2019. 2 Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto e Bacharel em Jornalismo pela mesma instituição. Integrante do Grupo de Pesquisa “Quintais: cultura da mídia, arte e política” (UFOP/CNPq). E-mail: [email protected]. 3 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qg3DxELVPj4. 4 Como exemplo, podemos citar o videoclipe de National Anthem, que combina os elementos apresentados nesse momento em nosso texto. Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sxDdEPED0h8. 1 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vitória - ES – 03 a 05/06/2019 contribuíam para a forma de se fazer e vender videoclipes, reafirmando a força destes como “cartões de visita” de um artista. Em Venice Bitch, tem-se o mesmo processo. Advinda de uma produção caseira de videoclipes, na qual executou um papel de videocolecionadora (expondo imagens de arquivo), e seguindo para um ramo de produção em altas definições, sem preterir seus traços iniciais, a cantora apresentou clipes mais conceituais, próximos de uma ideia de concepção de arte, no sentido imagético e estético da produção e no sentido da narrativa. Não se trata de dizer que o videoclipe precise de um arranjo narrativo para ser bem- sucedido, mas Del Rey encontra nessa possibilidade argumentativa uma das forças de seus objetos audiovisuais, fomentadores de seu discurso pop. Agora, em Venice..., verificamos a mesma capacidade de manipular atributos e signos diversos a fim de atingir seus interesses. Em nossa análise do videoclipe, problematizamos como narrativas e experiências estéticas possíveis, mais experimentais e empregadas na cultura pop, intencionam promover um deslocamento do pop da ideia de comercial e esvaziado – ideia que reside numa crítica binária feita aos produtos pop –, sem aprofundamentos e/ou apreensões políticas, raso e barato, para uma ideia de produção cult (e mais próxima de experimental5, conquanto ambos não sejam sinônimos) ou conceituada, ainda que explicitem, paradoxalmente e sobretudo, uma demanda da cultura pop de se reinventar em nome de sua promoção. Partindo metodologicamente de imbricações entre experiência e narrativa, delineadas por Benjamin (1987), tensionamos aspectos da ordem do videoclipe, como presença marcante na cultura pop, buscando garantir, desde os anos 1980, a função de “cartão de visitas” na tevê, ou, recentemente, na internet. Daí a necessidade de percebermos esse ambiente como propulsor para o surgimento de outras narrativas e experiências, sobretudo em torno do videoclipe, que encontrou, no YouTube, um território fértil para essas outras produções (SOARES, 2013, p. 249). Na internet, espaço de embates culturais, travam-se disputas narrativas e discursivas, prevalecendo a sustentação 5 Por esse movimento experimental na cultura pop, estamos compreendendo uma empreitada que fura ditames massivos ou puramente mercadológicos, no intuito do esvaziamento ou da falta de aprofundamento. Trata-se de um conjunto de técnicas e efeitos mais elaborados, que requerem do espectador um tensionamento político e estético mais dispendioso, no sentido da articulação de referências acionadas e rompimento de uma camada superficial de interpretação de textos, para consequente imersão em seus emaranhados de sentido. Poderíamos chamar esse movimento de um convite a um desvendamento ou tradução intersemiótica que se pauta pela não linearidade, pelo rompimento com o que definimos ao longo deste texto como padronização imposta por uma narrativa burguesa da modernidade – uma narrativa acomodada, rasa e aparentemente “fácil” (ou de densidade pouco significativa). 2 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vitória - ES – 03 a 05/06/2019 de um discurso pelo exercício do poder (FOUCAULT, 1996). E, na apropriação do on- line pela cultura pop e pelos videoclipes, têm-se as mesmas práticas: artistas competem entre si por público e lucro e ofertam opções de consumo, mais ou menos experimentais, mais ou menos massivas, procurando manter um poder sobre outros. Por isso, também buscamos perceber interferências do YouTube em nossa análise, que se dá a partir do processo de assistir ao videoclipe por sua postagem na conta da artista no site, quando poderíamos assistir em outras plataformas – como o serviço de streaming Apple Music – e perceber experiências discrepantes. Procuram-se experiências e narrativas Em Venice Bitch, com a presumida distância de uma lógica de produção e até mesmo consumo, Lana emerge na retórica da refundação de experiências e narrativas pela cultura pop e se reconecta com o início de sua carreira, como dissemos, quando, ascendendo numa “indústria cultural”, ela produzia audiovisuais também experimentais, nos quais executava seu papel de videocolecionadora, explorando um acervo videográfico pessoal, como vemos nos clipes de Video Games e Carmen. A artista unia elementos advindos de uma experiência própria (não só na videografia) a visões narrativas e estéticas menos mastigadas, prontas e cerradas, o que ocorreu em momentos esparsos de sua carreira, como em National Anthem (2012) e Freak (2016); este último, a mais experimental produção do álbum Honeymoon (2015), ao qual pertence. Ao mesmo tempo em que tal experimentalismo ocorre, não podemos desconsiderar a presença do caráter tempestivo do pop (SANTIAGO, 2004, p. 121), de se fazer ver e vender. Com isso, não podemos nos esquivar de reconhecer a possibilidade de agenciamento de uma estética mais experimental pela cultura pop. Se se trata de um experimentalismo como aversão a um “pop burguês” – falaremos à frente –, se estamos defronte a mais um ato de cooptação praticado pelo mercado, ou ainda, se nos pusemos diante de uma desavisada crítica à obsoleta retórica de que o pop não é capaz de estimular representatividades e assim fugir da pecha do esvaziamento cultural, ou outras possibilidades, a essa ontologia do produto Venice Bitch não chegaremos. Entretanto, somos, por meio do debate traçado, capazes de perceber que, a todo momento, a cultura pop busca refundar e reinventar narrativas e experiências, de estrelas a objetos de consumo (MORIN, 1989), valendo-se ou não de reciclagens, colagens, pastiches, mesclas e plasticidades (SARLO, 1997, p. 33-35; SOARES, 2015, p. 19-20), atravessando e 3 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – Vitória - ES – 03 a 05/06/2019 representando a vida cotidiana (CRUZ, 2003, p. 46), ditando tais possibilidades de experienciação para serem consumidas, comunicando-se com o imaginário de sujeitos e atendendo a interesses, e promovendo, em torno dessas possibilidades, experiências estéticas de ordens distintas. A cultura pop sempre buscou fomentar tal discursividade e muito se questiona a validade com que ela o faz, ou seja: se essas experiências são totalmente mediadas e esvaziadas ou se há a possibilidade de uma produção de sentidos (desejosamente conceitual e aprofundada) menos limitada e afetada dentro disso, com qual efetividade e assim por diante. Entretanto, essa mesma crítica desavisada desconsidera que todas essas possibilidades de concepção de um fenômeno pop podem andar juntas e misturadas.
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