1. Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica –Turma 2016

Título: A influência das canções de de Hollanda como protesto à Ditadura Militar Brasileira Autor: Olga Drabecki

Disciplina/Área: História

Escola de Implementação do Colégio Estadual Olavo Bilac - EFMN Projeto e sua localização: Rua Bom Jesus, 273, Centro.

Município da escola: Cantagalo/PR

Núcleo Regional de Educação: Laranjeiras do Sul

Professor Orientador: Carlos Eduardo Schipanski

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Relação Interdisciplinar: Ao vivenciar e observar o Resumo: descontentamento dos professores frente à indisciplina presente nas aulas de história, bem como a apatia e indiferença dos alunos para as questões históricas. Analisa-se a necessidade de mudar esse quadro, e o assunto Ditadura Militar se faz importante, tendo em vista, que é um conteúdo recente na história e memória do país. Sabe-se que as ideias históricas são formadas no dia a dia da percepção do atual sistema político brasileiro e a formação educacional de qualidade é à base do aperfeiçoamento da democracia. Diante disso, a música apresenta-se como um recurso pedagógico de aprendizagem com inúmeras possibilidades e dinamicidade, revela-se como um meio de promover a mudança, possibilitando o desenvolvimento da autodisciplina, do raciocínio crítico, da criatividade, do despertar da consciência histórica e da afetividade. Desta forma, promove a aquisição de novos conhecimentos e contribui para a construção da identidade do aluno como agente histórico crítico-reflexivo. Neste sentido, pretende-se revelar aos alunos que é possível conhecer o passado e trilhar seu caminho de forma dinâmica, criativa e que além de conhecer esse passado auxiliar na preservação da memória, mostrando a íntima relação entre passado e presente através da música de Chico Buarque de Hollanda como documento histórico que possibilitará um aprendizado interativo e dinâmico, indo além dos métodos tradicionais de ensino.

Palavras-chave: Ditadura Militar Brasileira - Música Popular Brasileira - Protesto

Formato do Material Didático: Unidade Didática Público: Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental

Esta unidade didática é apresentada a SEED (Secretaria de Estado da Educação), como material didático resultante do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), em História, através da IES (Instituição de Ensino Superior) UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-Oeste), sob a orientação do professor Dr. Carlos Eduardo Schipanski, a mesma proporciona aos docentes da educação básica e superior um diálogo através de atividades teórico-práticas orientadas, visando mudanças qualitativas na pratica didática pedagógica dos professores das escolas paranaenses. Esta produção didática pedagógica está direcionada aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Olavo Bilac- Ensino Fundamental, Médio e Normal do Cantagalo – NRE laranjeiras do Sul e elaborada de acordo com as orientações das Diretrizes Curriculares Educacionais de História do Estado do Paraná. A problemática que deu origem a esse Projeto de Intervenção pedagógica na escola é a vivencia e a observação do descontentamento dos professores frente a indisciplina dos alunos do 9º ano nas aulas de história, bem como a apatia e indiferença dos alunos para as questões históricas. Analisa-se a necessidade de mudar esse quadro, e o assunto Ditadura Militar se faz importante, tendo em vista, que é um conteúdo recente na história e memória do país. Sabe-se que as ideias históricas são formadas no dia a dia da percepção do atual sistema político brasileiro e a formação educacional de qualidade é à base do aperfeiçoamento da democracia. Diante disso, a música apresenta-se como um recurso pedagógico de aprendizagem com inúmeras possibilidades e dinamicidade, revela-se como um meio de promover a mudança, possibilitando o desenvolvimento da autodisciplina, do raciocínio crítico, da criatividade, do despertar da consciência histórica e da afetividade. Desta forma, promove a aquisição de novos conhecimentos e contribui para a construção da identidade do aluno como agente histórico crítico- reflexivo. Neste sentido, pretende-se revelar aos alunos que é possível conhecer o passado e trilhar seu caminho de forma dinâmica, criativa e que além de conhecer esse passado auxiliar na preservação da memória, mostrando a íntima relação entre passado e presente através da música de Chico Buarque de Hollanda como documento histórico que possibilitará um aprendizado interativo e dinâmico, indo além dos métodos tradicionais de ensino. O uso didático da música auxilia no despertar da consciência histórico- critica do aluno. Os alunos sensibilizados e influenciados pela música conseguem refletir criticamente sobre o contexto histórico que estão inseridos e viajar através do tempo para outros momentos históricos, podemos considera- la como fonte riquíssima de informações históricas. Nesta perspectiva, a música é entendida como fonte histórica e metodológica didático-pedagógica capaz de despertar e preservar a memória histórica que pode ser aplicada aos temas a serem estudados, de modo que através da análise das suas letras, pode-se entender o contexto histórico, social, político e econômico da sociedade brasileira. Quanto a opção por trabalhar com o período da ditadura militar, o tema está em sintonia com o cenário nacional, com setores da sociedade que reivindicam o retorno deste sistema político na sociedade contemporânea. Conhecer, refletir, analisar os aspectos vivenciados no período da Ditadura Militar é um direito/dever de o cidadão brasileiro. Neste sentido, proporcionar ao aluno a discussão sobre o tema Ditadura Militar no Brasil, situando as práticas de tortura, repressão, movimentos e músicas de protesto, é primordial porque apenas conhecendo, discutindo, refletindo, analisando os pros e contras dos fatos e as experiências ligadas a este período é que podemos lembrar e compreendê-lo melhor, e através desse conhecimento tornar essa vivenciada história do povo brasileiro como algo lembrado somente pelos fatos narrados e saber, para garantir que a história não se repita. Diante disso, além de democratizar o acesso à informação, objetiva-se garantir aos alunos o direito inalienável à memória da ditadura militar no Brasil. O trabalho consiste em realizar atividades que gerem interesse, mobilização, senso crítico, socialização, troca de experiências, criatividade, desinibição, e principalmente o aprendizado de forma dinâmica na disciplina de História, através das canções. A intenção é proporcionar uma maneira diferenciada de entender a Ditadura Militar no Brasil por meio das canções de Chico Buarque de Hollanda. Esta produção didático-pedagógica objetiva também:

Aplicar práticas pedagógicas que propiciem a motivação nas aulas e a interação dos alunos, oportunizando-os a compreender a importância do ensino da história no contexto social; Oportunizar aos alunos o contato com músicas que não fazem parte do seu cotidiano e, por meio delas, enfatizar a importância ideológica e social que as canções carregam em suas melodias; Compreender e interpretar a música como mecanismo de resistência; Examinar o contexto histórico no período da Ditadura Militar por meio das canções de protesto; Despertar um maior interesse do aluno pelo estudo da disciplina de História através da música; Desenvolver a compreensão do aluno em relação à memória da Ditadura Militar Brasileira; Propiciar sugestões/reflexões de como as músicas podem ser usadas como fonte documental para o estudo de determinada época; Compreender a sociedade atual através das canções. Assim, a presente produção didática auxiliará o docente na busca de novos instrumentos, fontes que auxiliem e dinamizem sua pratica pedagógica para atingir de forma mais satisfatória seus objetivos educacionais e dessa maneira, contribuir para desenvolver cidadãos críticos, conscientes, participativos e que façam a diferença dentro do seu contexto histórico. Acredita-se que com o uso da música em sala de aula, romper-se-ão as barreiras que dificultam o uso da mesma como documento histórico e possibilitará fazer dela um instrumento dinâmico na construção do conhecimento e na preservação da memória.

”Lutar com palavra Parece sem frutos Não tem carne e sangue Entretanto lute” Carlos Drummond de Andrade

A presente Unidade didática tratará sobre a influência das canções de Chico Buarque de Hollanda como protesto a Ditadura Militar Brasileira. E será implementada com aproximadamente 35 alunos na faixa etária de 13 – 14 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental, período matutino e contra turno, com duração estimada de trinta e duas horas/aula no Colégio Estadual Olavo Bilac, do Município de Cantagalo/PR. Tais ações dar-se-á da seguinte maneira:

Ação 01 – 1h/a

Caro Professor (a): Neste primeiro momento será apresentada, através de slides, a unidade temática a turma, informando-os sobre o programa PDE, seus objetivos, como serão as aulas, e as atividades durante a aplicação do projeto. Também, proporcionar uma reflexão sobre a problemática que levou a escolha do tema, destacando sua importância, visto que a Ditadura Militar Brasileira é recente na história e memória do país. Ação 02 – 2h/a

Objetivo: Avaliar o que os alunos conhecem sobre o assunto.

Caro Professor (a): Para conhecimento prévio sobre o que os alunos sabem referente ao tema que será estudado, o professor entregará impresso aos alunos alguns questionamentos, onde os mesmos individualmente responderão de acordo com seu entendimento sobre o assunto. Em seguida, as respostas serão socializadas e o professor fará as considerações que se fizerem necessária para melhor compreensão do tema. Situando os alunos no período a ser estudado, bem como oportunizando aos mesmos a conhecerem esse sistema opressor que esteve presente por vinte e um anos no cenário político brasileiro. Pois de acordo com PELLEGRINI:

O chamado conhecimento prévio, que engloba a bagagem intelectual que o aluno já possui, é composto, além do conhecimento formal obtido na escola, por conhecimentos e saberes originários de suas vivências e experiências sociais cotidianas. Nesse sentido, o conhecimento prévio é muito importante no processo de atribuição de sentidos aos novos conhecimentos. Para se alcançar um processo de aprendizagem que faça sentido e tenha a coerência para os alunos ao estudar História, é importante valorizar o que o aluno já sabe sobre determinado assunto ou tema, pois é através da integração entre conhecimento prévio e o conhecimento formal que se desenvolve uma consciência histórica, que contribui para uma aprendizagem capaz de modificar a estrutura cognitiva do aluno para que este possa lidar com novos assuntos e problemas (PELLEGRINI; DIAS; GRINBERG, 2013, p. 35).

Para que ocorra o aprendizado de forma concreta se faz necessário levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos durante todo o processo de construção do conhecimento. Para que isso ocorra, é preciso planejar situações desafiadoras, que questionem o que os estudantes sabem, para que eles possam refletir sobre as diferenças entre passado e presente e prosseguir no processo ensino-aprendizagem.

1) O que é um governo Militar?

2) O Brasil já vivenciou o regime militar? 3) Qual é o teu entendimento sobre o que é censura?

4) Qual é o teu entendimento sobre o que é tortura?

5) Você sabe o que é uma canção de protesto? ???

6) Você tem conhecimento de como agiam os militares para se manter no poder?

7) Você acha que uma música pode influenciar na postura política de um país? Justifique.

8) Conhece Chico Buarque de Hollanda?

9) Você já ouviu canções de Chico Buarque?

10) Cite uma canção atual que você considera canção

de protesto? E porque a considera?

Ação 03 – 2h/a

Objetivo: Conhecer a relação que os alunos mantem com a música.

Caro Professor (a): Promover um diálogo abordando a importância da música em nossas vidas, comentar os diferentes sentimentos que a música desperta em nós. Instigar os alunos a socializarem seus pontos de vistas e salientar em

Disponível em: Clip-art que situações de suas vidas a música teve um momento especial. Comentar

sobre os diversos estilos musicais existentes no mercado cultural. A música é uma das manifestações culturais mais presentes em nossas vidas, ela compõe nosso repertório psíquico, social e emocional, muitas vezes desde a fase uterina, além de se manifestar no cotidiano das diversas sociedades, em suas várias formas, revelando-se em um elemento que mobiliza nossa memória e sentimentos. Através da música se pode interpretar e compreender todo um contexto histórico, ela tem o poder de representar os sujeitos de cada período histórico. Por meio das composições musicais os artistas encontram inspiração para expressar suas ideias, seus temores, protestos, desejos e sonhos. Caro professor (a): Comentar que neste trabalho serão analisadas as canções de protesto. Para driblar a censura e dar voz ao cidadão brasileiro no período da ditadura militar no Brasil, surgem as canções de protesto como uma das formas de expressão mais utilizadas na época pelos artistas e compositores, para denunciar a repressão, os abusos de poder, as torturas, prisões, mortes e escapar da censura. As músicas desse movimento eram dotadas de significado político e ideológico condizentes com o período histórico que estavam inseridas. As canções de protesto foram marcantes durante a ditadura militar por difundirem ideias “proibidas” e causarem reflexões de uma forma bastante sutil e discreta nas pessoas que viviam o regime, apresentavam uma função mobilizadora de denuncia numa sociedade imperada pela repressão e violência. De acordo com Arnaldo Contier (1998), “a denominada canção de protesto, cristalizava a vontade de mudança e de transformação social rumo a uma sociedade mais justa”. A música de protesto ganha popularidade imensurável no período da Ditadura Militar, pois ousava proclamar o que não era permitido à nação por meio de metáforas encantadoras que convidavam a população a refletir os abusos do regime militar e almejar dias melhores.

Após reflexão:

Em duplas, entregar atividade impressa e solicitar aos alunos que pensem sobre a importância que a música tem para o ser humano e respondam as questões, em seguida socializar com a turma:

 Gosta de ouvir músicas? Em que momento? ☺?  Que sensações a música desperta em você?  Que estilo de música você prefere?

 Existe intencionalidade nas letras das músicas?  Conhece a música Popular Brasileira? ♫  Você conhece algum cantor (a) da MPB? Quais?

 Já ouviu falar de músicas de protesto?  Presta atenção à letra da música? Ou houve a música só por divertimento?  As músicas exercem influência sobre o comportamento das

pessoas? Justifique.  Podemos aprender história com música? Justifique.

 É possível através da música analisar uma determinada sociedade?

 Liste algumas músicas que marcaram momentos inesquecíveis da

sua vida

Ação - 04 – 06h/a

Objetivo: Compreender a importância das canções de Chico Buarque de Hollanda como resistência ao regime militar brasileiro.

Breve descrição: As canções de Chico Buarque de Hollanda desempenharam um papel fundamental para a reflexão crítica da nação. Suas músicas refletem e retratam a história brasileira. Ele recebeu o título de mestre das entrelinhas devido ao nível intelectual de suas produções e a riqueza de ideologias presentes nelas. A atitude arbitraria do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) de censurar as produções de Chico Buarque, leva a compreensão de que ele foi mais uma vítima do sistema, mas, ousado como é, mesmo colocando sua vida em jogo, com inteligência e perspicácia conseguiu driblar os sensores e mobilizar a sociedade a cantar as mazelas do sistema e almejar dias melhores. Orlandi (2007) relata que “não há censura completamente eficaz”, que a toda “retórica da opressão” responde uma “retórica da resistência”. E através de seus arranjos musicais e criatividade para driblar a censura Chico deu seu recado e influenciou fortemente para que o Brasil tomasse outros rumos políticos. Para fortificar a censura no mundo artístico brasileiro e as suas vertentes, foi criada o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) por onde passavam previamente, todas as canções, peças de teatro, cinema, livros, programas de televisão antes de serem executados nos mais variados meios de comunicação. Esta censura prévia não estipulava critérios lógicos, os censores poderiam vetar tanto por motivos aleatórios como por motivos políticos ou de proteção à moral vigente, ou simplesmente por interpretarem erroneamente o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura, além de repressora, era de uma ignorância inconcebível, que não tinha sido presenciada até o momento na história cultural brasileira. O Estado militar usava a censura como forte aliada, assumindo uma postura autoritária perante os brasileiros, usando a proibição da arte como uma das maneiras para manter o sistema, pois era preciso passar uma imagem positiva do país, sem defeitos, ético, sem problemas sociais, um povo feliz, satisfeito com a situação política atual. Mesmo diante de toda a repressão imposta aos compositores Chico conseguiu driblar seus opressores e escreveu músicas que se tornaram primordiais para a mudança no cenário político vivenciado no regime militar. Após essa breve reflexão os alunos serão convidados “mergulhar” nas músicas de Chico Buarque que marcaram a história da ditadura.

Obs.: O roteiro abaixo será utilizado para reflexão de todas as canções analisadas, entregar cópia impressa:

Refletindo:

Roteiro para análise da música:

Após conhecer e cantar a música, realizar a seguinte análise:

Identificar na música: Título: Compositor: Interprete: ҉ Qual é a primeira impressão ao ouvir a canção? Qual o contexto social/político retratado na música? Dá para identificar na canção algo relacionado ao tema proposto? O que o título da canção quer dizer? O que vocês acham que o compositor quis transmitir com esta canção? Por que a música foi censurada pelos militares? O que estava acontecendo no Brasil quando a canção foi composta? Em que período a música foi escrita? Podemos nominar essa canção como canção de Protesto? Porquê? Atenção: Observem aos “modos” de dizer aquilo que não podia ser dito nas canções...

 Música 01:

 Apresentar a letra da música Cálice e fazer a audição da mesma

através do vídeo clipe: Chico Buarque – Cálice – clip ditadura. Disponível em: https://youtu.be/wV4vAtPn5-Q acesso em 03 de agosto de 2016.  Fazer a leitura da canção impressa, e realizar uma Prévia Interpretação da mesma;  Soltando a voz: com auxílio de um violão cantar a Canção CÀLICE;

Caro Professo (a): Após reconhecimento da canção e reflexão do roteiro, os alunos receberão impresso a análise da música e farão a leitura e socialização. A música Cálice, segundo Chico Buarque foi pensada e escrita na semana santa e, por isso tem essa conotação religiosa e induz a inúmeras interpretações, sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Boa parte da música faz uma analogia entre a Paixão de Cristo e o sofrimento vivido pela população aterrorizada com o regime autoritário. O refrão faz uma alusão à agonia de Jesus no calvário, mas a ambiguidade da palavra “cálice” em relação ao imperativo “cale-se”, remete à atuação da censura. O “cálice” é um objeto que contém algo em seu interior. Na Bíblia esse conteúdo é o sangue de Cristo, na música é o sangue derramado pelas vítimas da repressão e torturas. Também a metáfora dos versos remete à dificuldade de aceitar um quadro social em que as pessoas eram subjugadas de forma desumana. Reflete a tristeza de ter que aguentar a dor causada pelos militares e aceitá-la como algo banal e corriqueiro. A canção denuncia os métodos de torturas e repressão, utilizados para conseguir o silêncio das vítimas, fazendo-as perderem os sentidos. Refere-se também ao sistema ditatorial, que, de tão corrupto e ineficiente, já não funcionava, demonstra inoperância, ou seja, mostra o desgaste de uma ferramenta política utilizada à exaustão. É a dificuldade para encontrar a liberdade, a livre expressão. É o desejo de falar, contar e descrever a todos a repressão que está sendo imposta. Para encerrar, Chico Buarque de Hollanda usa uma imagem forte das táticas de tortura, para fazer com que os subjugados perdessem a noção da realidade, dentro da sala os repressores queimavam óleo diesel, cuja fumaça deixava-os embriagados. Entretanto, os subjugados também possuíam táticas anti tortura, e uma das artimanhas era justamente fingir-se desmaiado, pois, enquanto nesta condição, não eram molestados pelos torturadores. Cálice foi censurada em 1973, no mesmo ano em que foi escrita.

Refletir e registrar , individualmente, sobre os seguintes pontos da música: CALICE

1. Diante das reflexões realizadas qual é a diferença das palavras proclamada na música: cálice – cale-se

2.Na sua opinião o que a frase está querendo dizer? a) essa palavra presa na garganta… b) esse silêncio todo me atordoa… c) Vinho tinto de sangue… d) quero lançar um grito desumano… e) como é difícil pai abrir a porta…

3.Reflita: “… de muito gorda a porca já não anda…” Quem seria a porca? Porque de tão gorda ela já não conseguia mais andar? Quem se beneficiava com a porca?

4. No contexto da ditadura militar no Brasil as pessoas mesmo apavoradas ousavam sair às ruas solicitar por um país melhor, menos desigual, menos ditador, com mais oportunidade de trabalho e onde todos pudessem usufruir da liberdade. Hoje em dia, as pessoas lutam por seus ideais com o mesmo fervor? Os cidadãos brasileiros vão as ruas protestar e reclamar suas indignações perante o cenário político que se apresenta? Ou se acomodam achando que não compensa reivindicar por seus direitos, pois quem manda são os políticos?

5. Sobre a frase Pai, afasta de mim esse cálice, podemos considerar os pontos a seguir, exceto que:

A- A frase sinaliza uma súplica, um pedido de socorro. B - A frase faz uma analogia com a Paixão de Cristo por meio do cálice sagrado, sob a perspectiva da visão católica. C - Há uma ambiguidade da palavra “cálice” em relação ao imperativo “cale-se”, que remete à atuação da censura. D - A censura é algo adorável, do qual ninguém consegue escapar.

6. Sobre a frase: “Essa palavra presa na garganta”, escolha a afirmação correta:

A – Ressalta a facilidade para encontrar a liberdade, a livre expressão. B- Expressa o desejo de falar, contar e descrever a todos a repressão que está sendo imposta ao povo brasileiro. C - Revela o esforço para se manter o silêncio, já que a censura não proibia a livre expressão.

7. Identifique na canção qual alternativa possui uma interpretação correta dentro do contexto da ditadura militar no Brasil:

A - A frase “Pai! Afasta de mim esse cálice”, representa um protesto do autor contra todas as igrejas do Brasil. B - A palavra “Cálice” possui um duplo significado, tanto no sentido de “cálice”, como no sentido de “cale-se” do verbo calar, representando um protesto contra a censura. C - ”Vinho tinto de sangue”, é um protesto ao sangue derramado pelos brasileiros que lutaram na Guerra do Paraguai.

 Música 02:

 Apresentar a letra da música e fazer a audição da mesma através do vídeo clipe: Chico Buarque – Apesar de Você. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=33-bMTOlvx0

acesso em: 04 de agosto de 2016.  Com a canção impressa fazer a leitura, e realizar uma Prévia Interpretação

da mesma;

 Soltando a voz: com auxílio de um violão cantar a canção

APESAR DE VOCÊ

Caro Professor (a): Após reconhecimento da canção e reflexão do roteiro, os alunos receberão impresso a análise da música e farão a leitura e socialização. Chico lançou “Apesar de Você” em 1970 após seu regresso de autoexílio da Itália, a canção ganhou popularidade na época e tornou-se a queridinha do momento, pois a crítica ao regime passou despercebida pelos censores que interpretaram a letra como uma simples briga de namorados. Após uma nota publicada em um jornal, na qual o cantor e compositor dizia que o pronome você da letra estava relacionado ao presidente Médici, a canção foi censurada. Foi regravada, posteriormente, apenas em 1978. O título da canção, o “você” fazia referência ao então presidente Médici o mais cruel dos militares, que é criticado na música, há referência a um sentimento de esperança em relação ao fim da ditadura, de que, apesar de todos os episódios de violência, comandados por seus generais, o futuro ainda havia de ser melhor. Na estrofe “Quando chegar o momento/Esse meu sofrimento/Vou cobrar com juros, juro” expressa claramente o sentimento de descontentamento com a situação política do momento, no entanto, carrega também a idealização de um futuro menos turbulento pautado na “reviravolta” dos acontecimentos, há uma forte esperança de mudanças. Chico Buarque de Hollanda lança um olhar sobre o momento histórico sombrio que acometia o Brasil, destacando a falta de liberdade de expressão, o governo antidemocrático, a censura, a tortura, o medo imposto aqueles que ousavam desafiar os militares. Ele também salienta que é, um momento de esperança de um tempo melhor com o “apesar de você”, pois apesar de todas as sombras do presente, o amanhã será de “enorme euforia”, de liberdade, de vida e indaga ao repressor “onde vai se esconder” e “como vai proibir” as mudanças em curso. Aqui se apresenta a fala de vitória daqueles que eram oprimidos, expressada através de metáforas como “jardim florescer”, “dia raiar”, “amanhã renascer”, “céu clarear”, além das expressões “sem lhe pedir licença” e “morrer de rir”. Nesse segmento da letra, os repressores são obrigados a ver a alegria do povo de forma passiva, sem se manifestar: “você vai ter que ver / A manhã renascer”. E, nesse novo amanhã, o algoz “vai se dar mal”. Há na canção uma sede de vingança, e a promessa de se cobrar por toda a dor que o povo sofreu com o regime.

Refletir e registrar, individualmente, sobre os seguintes pontos da música: Apesar de Você .

1) A música escrita por Chico Buarque foi composta na década de 1970. Qual é o contexto histórico político vivenciado no Brasil nesta época?

2) Selecione a frase que você considera o ponto central da problemática que Chico quer retratar. Justifique sua escolha.

3) Qual o significado da expressão: * “... hoje é você quem manda, falou tá falado, não tem discussão...” * ”... Eu pergunto á você aonde vai se esconder da enorme euforia...”

4) O que o título da música quer destacar? E para que ela foi produzida?

5) O que representa acreditar: “Você vai ter que ver/ o amanhã renascer...”

6) Considerando o contexto histórico de produção da música: O que significa “Apesar de você”? Quem seria o “você” a quem se refere?

7) Faça uma reflexão crítica da primeira estrofe da música, e, que compreende os versos de "Hoje você é quem manda, Falou, tá falado. Explique que sentido pode-se atribuir a essas palavras.

 Música 03:

 Apresentar a letra da música e fazer a audição da mesma através do vídeo clipe: Angélica – Chico Buarque (1981). Disponível em: www.youtube.com/watch?v=2njisDw3HmA acesso em 16 de agosto de 2016.  Com a canção impressa fazer a leitura, e realizar uma prévia Interpretação da mesma;  Soltando a voz: com auxílio de um violão cantar a canção ANGÉLICA

Caro Professor (a): Após reconhecimento da canção e reflexão do roteiro, os alunos receberão impresso a análise da música e farão a leitura e socialização. Com a canção “Angélica” composta em 1977, Chico Buarque canta em homenagem às mulheres que perderam seus filhos durante o período da ditadura militar. Para compor esta canção Chico se baseia do caso da sua amiga estilista Zuzu Angel, que perdeu seu filho Stuart, jovem este que bradava contra o sistema, e de um modo muito cruel foi arrastado por quilômetros com a boca amarrada no escapamento de um carro. O corpo do jovem, assim como o de muitos outros jovens, foi lançado ao mar, e Chico indignado com o ocorrido e sensibilizado pela dor de sua amiga não deixou passar em branco e canta em versos a dor das mães que sabiam da morte de seus filhos, mas não podiam enterrá-los, se recolhiam na sua dor com medo do sistema e simplesmente choravam essa dor sem poder reclamar. “A morte de Zuzu Angel em 1976 foi declarada acidental. Chico Buarque distribuiu 60 cópias da declaração de Zuzu, onde denuncia a violência dos militares a personalidades políticas, religiosas, sociedade e imprensa. Nenhum jornal a publicou. Vinte e dois anos depois, a comissão dos mortos e desaparecidos políticos constituída pelo governo brasileiro, depois de uma perícia irrefutável e uma testemunha ocular, concluiu que Zuzu Angel foi assassinada por desafiar os militares através da sua busca incansável ao seu filho desaparecido. Em 1993 Hidelgard e Ana Cristina Angel fundaram o instituto Zuzu Angel para preservar a memória de Zuzu e Stuart”. (Filme: Zuzu Angel, 2006).

Refletir e registrar, individualmente, sobre os seguintes pontos da música: Angélica

1) Quem é a personagem Angélica cantada por Chico Buarque?

2) Porque Angélica foi homenageada em uma canção?

3) O que aconteceu com o filho de Angélica? E por que ele foi assassinado?

4) Contextualize a canção politicamente e historicamente.

5) Essa canção pode ser utilizada para representar a vida de diversas mulheres brasileiras no contexto atual que perdem seus filhos assassinados pelo tráfico, polícia e bala “perdida”?

6) O papel exercido pela música no período da ditadura militar Brasileira era:

( ) entretenimento para os militares ( ) valorização do regime ( ) denuncia da situação social, política e abusos de poder por parte dos Militares ( ) critica a sociedade por não ouvir música

7) Use sua criatividade e faça um desenho para homenagear as mães que perderam seus filhos para o regime militar brasileiro.

 Música 04:

 Apresentar a letra da música e fazer a audição da mesma através do vídeo clipe: Ditadura militar Roda Viva. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=CxpAIg7dnB8 Acesso em: 24 de agosto de 2016.  Com a canção impressa fazer a leitura, e realizar uma Prévia interpretação da mesma;  Soltando a voz: com auxílio de um violão cantar a canção RODA VIVA

Caro Professor (a): Após reconhecimento da canção e reflexão do roteiro, os alunos receberão impresso a análise da música e farão a leitura e socialização. A canção Roda Viva foi composta por Chico Buarque em 1967. Nesta canção Chico canta alguém que luta contra o sistema, alguém que luta até chegar ao limite de suas possibilidades, de suas forças, mas percebe que não fez tudo o que podia e o pouco que fez não foi o suficiente para combater as atrocidades cometidas pelos militares. Nos versos da canção, Chico descreve um sentimento de ter desperdiçado o tempo, e que esse tempo foi arrancado de suas mãos. Ressalta uma ilusão de liberdade, representada pela censura que estava acabando com qualquer forma de expressão, levando os sonhos de muitos brasileiros para longe. A canção salienta que o povo quer ter domínio sobre seu próprio destino quer ter voz ativa, mas eis que entra a roda-viva e esmaga todos os sentimentos de liberdade. Os versos remetem ao ato de rodar, movimento. A roda se refere aos militares, um grupo forte, cruel, uma roda viva que passava por cima de qualquer ideia discordante para manter-se no poder e manter o regime forte e atuante. Apesar de toda tortura, censura, morte, medo imposto ao povo brasileiro deve-se resistir, ir contra a corrente, cultivar roseiras, sonhar com um amanhã onde a liberdade será vivido plenamente, mesmo, se a roda viva vem e estraga tudo. Estraga por saber que há quem resiste ao sistema, estraga por saber que há quem queira ir contra isso tudo, que cultiva roseiras, que cultiva ideias, que quer mudanças, que cultiva sonhos de um Brasil livre e democrático.

Refletir e registrar, individualmente, sobre os seguintes pontos da música: Roda viva

1) A canção Roda Viva de Chico Buarque tem um chão histórico especifico que é? ( ) a ditadura militar no Brasil ( ) a República ( ) a sociedade atual

2) A ditadura representou para a cultura Brasileira? ( ) fim da liberdade de expressão ( ) possibilidade dos artistas expressarem sua arte ( ) momento de plena criatividade dos artistas brasileiros

3) Na canção a palavra Roda Viva está associado à ( ) vida, plenitude, alegria ( ) morte, dor, privação de liberdade ( ) carro, ditadura, música 4) A canção Roda Viva salienta que era preciso despistar a censura, era preciso dizer a verdade mesmo diante do terror propagado pelos censores. ( ) sim ( ) não

5) As composições de Chico Buarque sempre estiveram permeadas de contextualização política e protesto social. Com a canção Roda Viva pode –se conhecer o período ditatorial dos militares no Brasil. Sobre esse período podemos concluir que:

I. Teve início em 1964 e, embora politicamente autoritário, não chegou a fazer uso de métodos violentos contra os opositores; II. Toda forma de protesto contra o regime militar foi duramente reprimida sendo extinta qualquer oposição ao regime; III. As manifestações artísticas, principalmente através da música, foram importantes meios de protesto contra o regime militar;

6) É possível que o regime ditatorial retorne ao cenário político atual? Por quê?

7) É possível perceber formas de violência institucionalizada na contemporaneidade? Quais? Como a sociedade civil organizada combate esse tipo de violência?

Inspirados pelas canções de Chico Buarque de Hollanda, vamos compor uma canção? Em grupos, produzir uma parodia a partir da música Cálice, Apesar de Você, Angélica e Roda Viva, usando-as para refletir aspectos da vida social, econômica e política do país. E por fim socializar a produção com os demais colegas, cada grupo terá 15 minutos para apresentar sua produção.

Ação 05 – 04h/a – Contra turno

Objetivo: Apresentar aos alunos essa grande personalidade brasileira inspirando-os a lutarem por seus ideais e a escreverem canções que podem marcar época.

Caro Professor (a): Nesta aula, será apresentada a trajetória de vida de Chico Buarque aos alunos, através do documentário: “Chico - Artista Brasileiro”. Dirigido por Miguel Faria Júnior, o filme mostra momentos importantes da vida e da obra de Chico Buarque, contados pelo próprio artista. Breve descrição: O documentário foi desenvolvido na década de 1930, com o desígnio de ser “cinema verdade”, retratando um enredo mais fiel possível à realidade vivenciada, assumindo assim caráter de documento, pois as imagens acabam se tornando testemunhas de seu tempo, e este tipo de mídia está ligado a fatos, acontecimentos e personagens históricos constituindo os fatos vivenciados em um determinado período histórico. Assim, “muito da percepção que temos da história da humanidade talvez esteja irremediavelmente marcada pelo contato que temos/tivemos com as imagens cinematográficas” (DUARTE, 2002, p. 18). O documentário tem como característica transformar o abstrato em algo mais concreto, que possa ser observado, discutido e analisado. O cinema está diretamente ligado com a percepção de mundo. Fatos históricos, pessoas, acontecimentos em geral, sempre foram retratados em filmes, fazendo com que as histórias de outrem sejam vivenciadas no imaginário do telespectador e através da narrativa de uma situação real pode-se levar esse espectador a se imaginar vivenciando o acontecimento, e interagindo nas ações. Caro Professor (a): Será preparada previamente a sala de vídeo para apreciação do documentário. Solicitar que os alunos anotem em forma de tópicos as cenas ou palavras-chave do documentário que mais lhe chamaram atenção para serem discutidos.

FICHA FICHATÉCNICA TÉCNICA

Gênero: Documentário Direção: Miguel Faria Jr. Roteiro: Miguel Faria Jr. Elenco: Adriana Calcanhoto, Chico Buarque, Mart‟Nália, , Péricles, Roberta Sá Produção: Miguel Faria Jr. Fotografia: Lauro Escorel Montador: Diana Vasconcellos Trilha Sonora: Chico Buarque de Hollanda Duração: 116 min.

Breve descrição: A película prioriza a fala de Chico, tão rara, já que o artista é avesso à imprensa. No documentário, Chico recorda os antepassados e a infância feliz na companhia do pai intelectual, o historiador Sergio Buarque de Holanda (1902-1982). Chico revela no longa sua paixão pela literatura. Diz que livros são realmente sua especialidade. Conta que desde pequeno mergulhou na vasta biblioteca de seu pai, lendo clássicos da literatura mundial. Apenas quando entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), incentivado pelos colegas, passou a ler literatura nacional. Sobre o sucesso como cantor, Chico diz que pensou que seria coisa passageira. Ele se revelar um homem simples, que consegue encarar o próprio sucesso por uma ótica despretensiosa e bem-humorada. O Chico que o documentário revela não se vê como mito ou gênio apesar de isso ser reforçado por sua obra, cantada pelos convidados, mas se apresenta como um operário da arte, um homem que fez da canção seu material de trabalho. Sobre o período de canções políticas na década de 1970, quando foi duramente censurado pelo regime militar, conta que fez muitas músicas por indignação ou raiva, mas que não gosta de fazer canções assim, movidas por este tipo de sentimento. Diz que elas se perdem com o tempo, apesar de a crítica louvar este período de forte produtividade do compositor. Sobre envelhecer, Chico conta que prefere não fazer planos muito longos. Sabe que o tempo é escasso. Por isso, afirma que vai vivendo o presente, sem nostalgia do passado. Isso é evidente quando faz música na sala de sua casa na companhia de três dos sete netos, sua conexão real com o presente e o futuro. Caro Professor (a): Após apreciação do documentário, em círculos, será feita a reflexão, os alunos munidos de suas anotações irão socializar suas observações, o professor pode fazer questionamentos que achar pertinente para refletir essa produção cinematográfica. Com o término das reflexões os alunos irão produzir um texto homenageando esse grande artista brasileiro. Os textos serão expostos no mural da escola.

Fica a dica!!!

Para conhecer um pouco mais sobre esse grande artista acesse: - http://www.ebiografias.net/biografias/chico_buarque.php - http: www.chicobuarque.com.br

Ação 06 – 04h/a – Contra turno

Objetivo: * Levar os alunos a compreender o que é a canção de protesto, o que foi o exílio impostos aos artistas; * Conhecer outras artistas-compositores que também foram personagens importantíssimos na luta contra a ditadura militar; * Observar a importância dos festivais como instrumento de conscientização das massas e para a música popular brasileira.

Breve descrição: A palavra “pesquisa” tem origem no latim com o verbo “perquirir”, que significava procurar; buscar com cuidado; procurar em toda parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca (BAGNO, 2007). Segundo o mesmo autor “A pesquisa é, simplesmente, o fundamento de toda e qualquer ciência” (2007, p. 18). Sem pesquisa, grandes invenções e descobertas não teriam acontecido. Por isso, a utilização dessa ferramenta pedagógica para a exploração do conhecimento deve sempre estar presentes nos planejamentos, visto que os alunos são singulares e cada um tem suas peculiaridades e aprende de forma diferente. Utilizar a pesquisa no processo da construção do conhecimento é estimular o aluno à curiosidade pelo desconhecido, instigá-lo a procurar respostas, a descobrir histórias, a ter iniciativa, compreender e dar início a elaboração de seus próprios conceitos. Caro Professor (a): Após os questionamentos/reflexões os alunos serão organizados em grupos para se deslocar até o laboratório de informática, biblioteca da escola, ou biblioteca municipal para ampliar conhecimentos através de pesquisa. Os alunos poderão utilizar revistas, jornais, livros, sites para obterem o máximo possível de informações sobre o tema. Com o término da pesquisa será promovido uma roda de conversa para socialização da mesma, cada grupo terá 20 minutos para apresentar o resultado da sua pesquisa e entregar a síntese produzida. O professor deve fazer comentários que considerar pertinentes para ampliação de conhecimentos sobre o assunto refletido. Durante a apresentação dos grupos solicitar que os alunos anotem possíveis dúvidas e comentários que deverão ser colocadas no término de cada apresentação.

Questões - auxílio para a pesquisa:

A pesquisa deve ter como ponto de partida as seguintes indagações:

♫Grupo A – Pesquisar:  O que são músicas de protesto;  Porque são consideradas músicas de protesto;  O que é AI-5 e porque ele foi criado;  Biografia: Geraldo Vandré –

♫Grupo B – Pesquisar:

 O que acontecia com os artistas, compositores que expunham opinião

contraria ao regime vigente e denunciavam através das músicas de protesto os aspectos mais tenebrosos do sistema;  O que representou o exílio para muitos desses artistas. Como era a vida

no exilio. Em que países se exilavam?  Tipos de torturas sofrido por aqueles que eram considerados inimigas do sistema;  Biografia: Elis Regina –

♫Grupo C – Pesquisar:

 Quais os setores artísticos que sofreram com censura neste período?  Quem são considerados os artistas contemporâneos que produzem músicas que denunciam os mais variados males que assolam nossa sociedade, cite alguns.  Qual a importância que os festivais tiveram no combate ao regime militar

brasileiro?  A importância que os festivais tiveram na época para a música popular brasileira;  Biografia: - Taiguara

Ação 07 – 03h/a

Objetivo: Propiciar embasamento teórico sobre a Ditadura Militar no Brasil, com reflexão sobre a importância do sistema democrático.

Neste momento será proporcionada aos alunos uma viagem no tempo para conhecer o regime militar brasileiro através do vídeo: Regime Militar - História do Brasil por Boris Fausto. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=ir6Sqjuo3WY Acesso em: 05 de setembro de 2016. O professor, historiador Boris Fausto com palavras simples e objetivas nos revela essa página da história do Brasil, ele nos apresenta uma visão geral acerca do que foi o regime militar brasileiro e suas mazelas à sociedade brasileira. Caro Professor (a): Após apreciação e reflexão da película, será estabelecido um diálogo com a turma na busca de entendimentos e respostas para entender esse sistema político tão opressor que ceifou inúmeras vidas deixando famílias desamparadas e destruídas, mas que apesar de todo terror empregado não silenciou uma nação que bravamente lutou pela sua liberdade.

Em duplas, realizar reflexões através das questões (impressa).

A) Opine: A ditadura militar tem possibilidades de retornar ao cenário político brasileiro? Explique.

B) Quem implantou a Ditadura Militar? Quanto tempo ela durou? Por que ela foi implantada no sistema político brasileiro?

C) Em que ano ocorreu a ditadura militar no Brasil? Você tem conhecimento de outros países que tiveram Ditadura Militar implantada nos seus sistemas de governos?

D) No período ditatorial os jovens agrupados nos movimentos estudantis realizavam protestos, passeatas e panfletagens contra a falta de liberdade e a violência gerada pelo regime militar. Hoje qual a atuação dos jovens brasileiros diante de denúncias de corrupção e opressão política anunciados pelos meios de comunicação?

E) O que pode caracterizar um governo ditatorial?

F) Como procuravam se manifestar as pessoas que não aceitavam o que estava ocorrendo em território nacional durante o regime autoritário?

G) O que acontecia com as pessoas que não se conformavam com essa forma de governo?

H) Por que o governo militar insistia em afirmar que não havia tortura no Brasil no período da ditadura militar?

I) Se você fosse um personagem vivendo no período da ditadura no Brasil, qual seria a tua atitude diante da forte repressão existente na sociedade?

J) O que representou para a cultura brasileira a institucionalização do AI 5?

K) Escreva cinco (5) palavras que em sua opinião definem o termo Ditadura Militar.

L) Como acabou a Ditadura Militar no Brasil?

M) Onde estão aqueles que implantaram a Ditadura Militar no Brasil?

Ação 08 – 02h/a

Objetivo: Mostrar aos alunos que as mulheres estavam na luta contra o regime e não se calaram por medo, ousando desafiar os militares e lutar por seus ideais.

Caro Professor (a): Ressaltar que neste momento os alunos ouvirão relatos reais acerca dos horrores que eram praticados nos seres humanos nos porões da ditadura. Em círculo, os alunos apreciarão a leitura de depoimento de mulheres guerreiras que tiveram seus filhos arrancados do ventre, sua dignidade ceifada, seu corpo e “alma” marcados para sempre. Após a audição dos relatos haverá uma socialização dos mesmos, com análise comparativa das mulheres que viveram no período ditatorial com as mulheres de hoje, e sua atuação no cenário político, econômico e social. Também, salientar que Chico Buarque sensibilizado com a dor das mães que perderam seus filhos para o regime militar homenageou essas mulheres guerreiras que sofreram com o regime militar através da música Angélica. Segundo Maria Paula Araújo no livro Ditadura Militar e Democracia no Brasil: História, imagem e testemunho, página 10:

O uso de depoimentos exige do historiador uma atenção redobrada. Os depoimentos expressam vivências, experiências do depoente. Sua narrativa nos remete à memória de um grupo, de uma geração, a um discurso que cria identidade não apenas para o entrevistado, mas, em muitos casos, para um grupo de pessoas que vivenciou uma época e acontecimentos vitais em conjunto. A riqueza de um depoimento é mostrar aos homens e mulheres do presente como foram vividas e sentidas as experiências de um passado recente. No caso de um passado marcado pela violência política, os depoimentos se transformam em testemunhos que traduzem o trauma, mas também a superação. (ARAUJO, p.10).

Analisa-se, que conhecer a história através dos depoimentos contribuirá para o campo de análise histórica, ligando temporalidade e resgatando cidadãos reais, sociais que vivenciaram a história e estão silenciados no mundo atual, atribuindo-lhes a consciência dessas ações e sua importância para a história como testemunhas oculares do passado.

Os relatos utilizados em sala foram retirados do livro: Direito à Memória e à Verdade. LUTA, SUBSTANTIVO FEMININO Mulheres torturadas, desaparecidas e mortas na resistência à ditadura, da autora Tatiana Merlino.

Em duplas, realizar reflexões através das questões (impressa):

A) Descreva seus sentimentos após ouvir os depoimentos.

B) Você tem conhecimento sobre a participação das mulheres nessa página da história brasileira?

C) Porque é importante conhecer sobre a participação feminina na luta contra a ditadura militar? Tal participação inspira a mulher contemporânea a lutar por seus ideais?

D) Nos livros didáticos vemos poucos registros da presença feminina no contexto histórico-político - brasileiro. A que você atribui essa invisibilidade, esse silencio sobre a participação da mulher na história? Onde estava a mulher neste período?

E) Como é a participação das mulheres brasileiras no cenário político atual?

F) Na sua opinião: Qual o motivo dessas mulheres sobreviverem à tortura e continuarem suas vidas.

G) É importante conhecer essas histórias de vida reais? Por quê?

H) Após apreciação dos relatos e dos questionamentos produza um texto com o seguinte tema: As marcas da Ditadura! – Esta produção será publicada no jornal interno da escola.

Ação 09 – 02h/a

Objetivo: Mostrar que a charge é um texto que utiliza a sátira para criticar, denunciar, alertar, conscientizar sobre um determinado acontecimento e, portanto, está sempre relacionada a um contexto político, cultural, social ou histórico.

Breve descrição: O gênero discursivo charge está presente nos principais jornais e revistas de informação que circulam no país. Refere-se a fatos ocorridos em uma época definida, em um determinado contexto cultural, econômico e social, com humor visual incrível e criativo. A charge é um importante meio de se conhecer um contexto histórico, pois atinge o leitor com leveza, humor e rapidez. A mesma consegue ridicularizar o comportamento político vigente ou de outros segmentos sociais e remetem a um conjunto de informações envolvendo o leitor em um processo lúdico instigando-os a observar com outro olhar o cotidiano histórico. A natureza de todo sistema de comunicação, de toda linguagem é eminentemente ideológica e a charge é uma delas, por ser desenho que se refere a fatos acontecidos em que agem pessoas reais, em geral conhecidas, com o propósito de denunciar, ironizar, criticar e satirizar (Souza, 2008, p.40). Ela oferece a possibilidade de analisar a história artística, social e política de uma sociedade e mudar o papel passivo do aluno tornando-o ativo e participativo. As charges publicadas no período militar foram uma das maneiras que os artistas que criavam essa narrativa, encontraram para levar a população à reflexão e o despertar a consciência contra o regime militar.

1. Para apresentar o gênero charge aos alunos, o professor indagará:

a. O que vocês sabem sobre charges? b. Vocês já leram alguma charge? c. A charge é um texto constituído por imagens. Por que é importante aprender a ler imagens? d. As charges se assemelham às histórias em quadrinhos? Em que sentido? e. É possível conhecer um contexto histórico através das charges?

Caro Professor (a): Após reflexão oral, os alunos apreciarão (na TV multimídia) e farão uma leitura crítica de algumas charges produzidas dentro do contexto da ditadura militar. Em seguida, os alunos serão divididos em grupos, onde cada grupo receberá uma cópia da charge e questões para reflexão, transcreverão suas considerações e confeccionarão uma charge por grupo ilustrando o período militar. Com o término das reflexões, em círculos, os grupos farão suas considerações acerca da charge analisada e explicarão as charges de sua autoria, expondo-as em seguida para apreciação coletiva no mural da escola.

Dialogando com a imagem:

a. Qual é o tema da charge analisada? b. De acordo com a charge, a violência é um fato.

c. Qual é o contexto-histórico social em que se insere esse fato? d. O que produz o efeito humorístico na charge analisada? e. Qual é a realidade social representada pela charge? f. Qual é o conhecimento prévio que se precisa para compreender a charge? g. Qual é a função social desse gênero?

Veja imagens disponíveis em:

https://andradetalis.files.wordpress.com/2013/11/charge-bessinha_ditadura-virara- pagina.jpg http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2014/03/sid.jpg http://2.bp.blogspot.com/-

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Ação 10 – 01h/a

♪♫ ♪♫

Objetivo: Ressaltar que as canções de Chico Buarque de Hollanda foram um mecanismo importantíssimo de conscientização política e que auxiliaram para que o Brasil rumasse para a tão sonhada democracia; apresentar algumas canções de Chico Buarque de Hollanda aos alunos da instituição escolar em que o projeto está sendo aplicado.

Para finalizar o projeto será realizado um festival de músicas de protestos. Onde, além de demonstrar as habilidades artísticas dos alunos, irá através da música, refletir sobre as atitudes de resistência e união de toda uma sociedade que culminou com o fim da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). Serão formados grupos, onde cada grupo ficará responsável por uma atividade. Vale ressaltar que as músicas contempladas neste festival serão as músicas produzidas dentro do contexto da ditadura militar e algumas músicas contemporâneas com cunho de protesto, as mesmas serão analisadas por uma comissão de alunos para ver se encaixam no perfil solicitado. O festival será realizado no período matutino, os alunos dos outros períodos que se inscreverem para cantar e quiserem apreciar o festival, serão autorizados a vir à escola neste período. Para abertura do festival será apresentada a música CALICE – APESAR DE VOCE – ANGÉLICA – RODA VIVA DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA

Essas atividades serão realizadas no contra turno

♫Grupo A - Elaborar um nome ao festival, e produção de cartazes para divulgação na escola; marcar data junto com a equipe pedagógica;

♫Grupo B - Produzir fichas de inscrição e junto com o grêmio estudantil passar nas salas de todas as turmas, convidando os alunos a se inscreverem; ♫Grupo C - Análise da canção a ser cantada;

♫Grupo D- Confecção de símbolos musicais para decoração do palco;

♫Grupo E – Junto com o grêmio estudantil irá solicitar ao comercio prêmios para os 1º, 2º, 3º, 4º e 5º lugar;

♫Grupo F - Elaborar convites e escolher pessoas da comunidade escolar para serem juradas no festival;

Ação 11 – 05h/a

Objetivo: Socializar com a comunidade escolar as músicas de protesto que surgiram durante a Ditadura Militar e também as músicas de protestos da atualidade.

Em 1968, os estudantes eram os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos, passaram a ter voz pela música, músicas essas que não podiam ser chamadas de protesto e a solução encontrada veio em razão dos compositores e Intérpretes participarem dos Festivais de Música Popular Brasileira. A então “Canção de Protesto” passou a compor a Música Popular Brasileira (MPB). Assim sendo, a música popular brasileira – MPB ganha popularidade e simpatia por meio dos festivais que mobilizavam toda a sociedade e se tornam um importante instrumento no combate à ditadura. Segundo Marcos Napolitano

[...] A MPB será um elemento cultural e ideológico importante na revisão da tradição e da memória, estabelecendo novas bases de seletividade, julgamento e consumo musical, sobretudo para os segmentos mais jovens e intelectualizados da classe média. A “ida ao povo”, a busca do “morro” e do “sertão” não se faziam em nome de um movimento de folclorização do povo com “reserva cultural” da modernização sociocultural em marcha, mas no sentido de reorientar a própria busca da consciência nacional moderna. (NAPOLITANO, 2005, p. 64,65).

A importância da Música Popular Brasileira no cenário cultural é inegável, a mesma se mostra como uma grande intérprete das situações políticas vivenciadas no Brasil, representando um dos maiores e mais fortes instrumentos de reflexão, comunicação e formadora de opinião, levando as pessoas a uma mobilização social para além do divertimento, pois suas melodias dialogam com a realidade e os dilemas enfrentados pela população. A música popular brasileira através dos festivais teve seu auge no final dos anos 60 e tinha uma gigante mobilização social que vibrava, chorava e cantava junto com seu artista preferido. Os festivais possuíam semelhança ao final de Copa do Mundo dos dias atuais, tamanha a mobilização popular que, “vestia” a camisa de seu cantor ou música preferida, comportando-se como um torcedor apaixonado. Os festivais eram realizados nas cidades de São Paulo e Disponível em: Clip-a e eram transmitidos a diversas regiões do país pelas TVs da época como: TV Excelsior, TV Record, TV Rio e Rede Globo. Os festivais e os programas musicais davam as emissoras de TV e rádio grande audiência, devido à imensa participação do público que torcia de forma apaixonada e intensa por suas canções e intérpretes favoritos. A palavra festival vem do latim “festivitas”, que significa tanto „um dia de festa‟ quanto „uma maneira engenhosa de dizer‟. E essa maneira engenhosa faz-se muito presente nos festivais da década de 1960, precisamente pelo caráter crítico à situação política vigente no período. Não foram poucos os artistas que fizeram dos festivais um mecanismo para visualizar a construção de um país diferente do presenciado e fazer com que a liberdade e esperança sobrevivessem em tempos sombrios, esses artistas guerreiros acabavam servindo de voz para uma sociedade descontente com a situação política do país. Na medida em que aumentava a popularidade dos festivais, aumentava também o rigor cada vez maior da censura. O rigor da censura, as perseguições, as torturas, mortes, desaparecimentos e o medo instalados na sociedade durante o regime militar, foram a grande responsável pelo declínio e fim dos festivais. Essa situação amedrontadora fez com que muitos artistas abandonassem os festivais tornando-o pouco atraente, tendo no ano de 1985 sua última edição. Com o fim dos festivais e o silêncio momentâneo dos grandes ícones da música brasileira, saía de cena toda uma geração politizada que não aceitava ausência de liberdade, corruptos e ladrões no poder. Porém, os ecos das canções apresentadas nos festivais permanecem até os dias atuais influenciando toda uma geração que ainda ousa lutar pela democracia e fazer valer seus direitos. Caro Professor (a): Apreciar o festival com a Comunidade Escolar e convidados!!!!

Diante do exposto, buscou-se possibilitar o desenvolvimento intelectual e emocional do educando, bem como, abrir caminhos para sua participação na sociedade e, proporcionar uma avaliação crítica sobre o atual sistema político brasileiro. Espera-se, que as atividades propostas nesta Unidade Didática oportunizem a alunos e professores reflexões mais amplas sobre a importância de se conhecer essa página da história do Brasil, através das canções de Chico Buarque de Hollanda, produções essas que abordam questões universais e atemporais que atravessam décadas e trazem a reflexão temas sociais, políticos vividos pela sociedade. A avaliação desta unidade didática será feita através das atividades realizadas pelos alunos, sejam elas, orais ou escritas, individuais ou coletivas, pelas pesquisas e empenho na organização e efetivação do festival. A avaliação deve ser vista não como um fim, mas como um meio de o professor identificar os avanços e as fragilidades do seu trabalho e, reorientar sua prática pedagógica em busca dos objetivos da aprendizagem, num processo diagnóstico e contínuo.

 5 – REFERENCIAS

ARAUJO, Maria Paula Araújo, Izabel Pimentel da Silva, Desirree dos Reis Santos. Ditadura militar e democracia no Brasil: história, imagem e testemunho. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ponteio, 2013.

Artigo "A música na ditadura militar brasileira - análise da sociedade pela obra de Chico Buarque de Holanda", de Carina Gotardelo Ferro da costa e Marcos Júlio Sergl: Disponível em: ftp://ftp.usjt.br/pub/revistaic/pag35_edi01.pdf Acesso em: 02 de agosto de 2016.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola o que é como se faz. 21 ed. São Paulo: Loyola, 2007.

CONTIER, Arnaldo Daraya (1998). e Carlos Lyra: o nacional e o popular na canção de protesto (anos 60). IN: Revista Brasileira de História. São Paulo, vol.18, nº 35.

DUARTE, R. Cinema & Educação. – : Autêntica, 2002.

FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2008.

MERLINO, Tatiana Ojeda, Igor orgs: Direito à memória e à verdade: Luta, substantivo feminino Tatiana Merlino. - São Paulo: Editora Caros Amigos, 2010.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009.

ORLANDI, Eni. As formas do silêncio no movimento dos sentidos (6ºed.). Campinas, SP, Editora da UNICAMP, 2007.

PARANÁ. SEED - Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná. DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba-PR, 2008.

PELLEGRINI, Marcos César; DIAS, Adriana Machado; GRINBERG, Keila. Novo olhar história. São Paulo: FTD, 2013.

SARITA, Maria Pieroli. Ditadura Militar no Brasil (Pós-64) Através da Música: Uma Experiência Em Sala de Aula. Artigo, Programa de Desenvolvimento da Educação do Paraná, 2007.

SOUSA, Ana Caroline Luiza. Análise do discurso aplicada em charges e cartuns políticos. Revista de Estudos Linguísticos e Literários. Patos de Minas: UNIPAM, p.39-48, 2008.