Universidade Estadual De Montes Claros – Unimontes Programa De Pós-Graduação Em Desenvolvimento Social
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SOCIAL VICTORIA PINHO E GODINHO “A VIDA ISPINICADA”: O Processo de Deslocamento de Famílias Atingidas por Barragens Montes Claros - MG Março de 2018 VICTORIA PINHO E GODINHO “A VIDA ISPINICADA”: O Processo de Deslocamento de Famílias Atingidas por Barragens Dissertação apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Social junto ao Programa de Pós- Graduação em Desenvolvimento Social da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Orientadora: Dra. Andréa Maria Narciso Rocha de Paula. Co-orientadora:Dra. Gildette Soares Fonseca Montes Claros - MG Março de 2018 Godinho, Victoria Pinho e. G585v “A vida ispinicada” [manuscrito] : o processo de deslocamento de famílias atingidas por barragens / Victoria Pinho e Godinho. – Montes Claros, 2018. 121 f. : il. Bibliografia: f. 112-117. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social/PPGDS, 2018. Orientadora: Profa. Dra. Andréa Maria Narciso Rocha de Paula. Coorientadora: Profa. Dra. Gildette Soares Fonseca. 1. Barragem de Irapé - Usina Hidrelétrica Presidente Juscelino Kubitschek - 2. Norte de Minas Gerais e Jequitinhonha. 3. Deslocamento compulsório. 4. Resistência. 5. Migração. I. Paula, Andréa Maria Narciso Rocha de. II. Fonseca, Gildette Soares. III. Universidade Estadual de Montes Claros. IV. Título. V. Título: O processo de deslocamento de famílias atingidas por barragens. Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge VICTORIA PINHO E GODINHO “A VIDA ISPINICADA”: O Processo de Deslocamento de Famílias Atingidas por Barragens Dissertação apresentada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Social junto ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. Orientadora: Dra. ANDRÉA MARIA ARCISO ROCHA DE PAULA Co-orientadora: DRA. GILDETTE SOARES FONSECA Montes Claros – MG Março de 2018 A todos aqueles que são atingidos por barragens hidrelétricas e em nome de um “desenvolvimento” tem suas vidas modificadas e precisam mudar para continuar. A Francisca Ferreira da Silva, minha bisavó, que sempre deu valor ao conhecimento e que construiu uma história de luta, resistência, migração e amor. Que por pouco não se cruzou com as histórias da construção da Barragem de Irapé, mas de alguma forma me trouxe até aqui. Toda minha gratidão a minha eterna Vovó Kika. AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS Agradecer é a parte mais importante, pois é a parte da pesquisa em que dedicamos um espaço para valorizar as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado, sem elas, com toda certeza, não seria possível concluir essa travessia. Primeiro agradeço a Deus, “pois tudo, absolutamente tudo, acima e abaixo, visível e invisível [...] tudo começa nele e nele encontra propósito” (Colossenses 1-16). Agradeço porque até aqui Deus tem me sustentado e cuidado de mim e acredito que tudo, exatamente tudo, coopera para que se cumpra os seus propósitos em minha vida. Agradeço aos atingidos pela Usina Hidrelétrica de Irapé, todos aqueles com quem conversei, os que abriram as portas de suas casas para mim e os que entrevistei na beira da estrada, obrigada por dividirem comigo memórias que são tão difíceis de serem colocadas em palavras e relembradas, mas que de forma alguma podem ser esquecidas. Que esse trabalho reflita a minha gratidão a todos vocês! Minha profunda gratidão a minha mãe, Francine, aos seus conselhos e orações. Aos meus irmãos Felipe e Carol, aos meus avós Rosália e Getúlio. A minha tia Cinthia, a minha princesa Giovana. Ao meu pai, Helder e a minha bisavó Francisa. Todos juntos, cada um com a sua maneira, fizeram com que eu chegasse até aqui, seja me incentivando a buscar conhecimento, ouvindo minhas angústias, sendo meu porto seguro nas horas difíceis. Só sou quem sou por causa do amor que recebo de cada um de vocês. Obrigada! Amo vocês! Gratidão em especial ao meu avô Getúlio e ao meu irmão Felipe que me levaram até os reassentamentos e aos sujeitos que ouvi para realização dessa pesquisa. A Fiinho, que me guiou e me contou histórias pelas estradas da zona rural de Botumirim- MG. E a Carol e Giovana pelo apoio no campo, pelas fotografias e diálogos, pela companhia nas estradas, na neblina, enfim, nos bastidores dessa pesquisa. Sem vocês jamais seria possível! Ao meu noivo, Lucas, agradeço por todo amor e companheirismo. Por acreditar em mim e sempre está ao meu lado me incentivando e apoiando. A toda calmaria e luz que traz para as minhas confusões. Por ser meu parceiro da vida. Amo você! Agradeço muito a Andréa Narciso, minha orientadora, que me apresentou o mundo da migração e das travessias de Guimarães Rosa pelo qual me apaixonei, obrigada pela orientação cuidadosa, por todo amor e carinho, por sempre ter acreditado em mim mesmo nas vezes em que eu mesma duvidei. Obrigada pelas oportunidades que me deu para caminhar ao seu lado na organização de eventos, em projetos e grupos de pesquisa que contribuíram muito para minha experiência e na construção desse trabalho. Estamos juntas e espero que continuemos sempre juntas no decorrer da travessia da vida! Muito obrigada, por tudo! Gratidão a minha coorientadora, Gildette, por todas as vezes que cuidadosamente reviu minhas escritas, pelas nossas conversas, pelos apontamentos, pelos mapas e pelo incentivo e apoio de quem sempre acreditou nessa pesquisa e em mim. Gratidão a minha banca de qualificação Ana Paula Glinfskoi Thé e Felisa Cançado Anaya, pelas contribuições, apontamentos, pelas bibliografias sugeridas e pelas partilhas nos projetos e nas disciplinas. Aprendi muito com vocês nessa jornada. Obrigada por tudo! Gratidão ao professor João Dal Poz Neto por ter aceitado o convite em participar desta banca e pela partilha de diversos conhecimentos ao longo dessa caminhada. Muito obrigada! Gratidão a minha amiga da vida, Mayra, que mesmo em caminhos diferentes seguimos sempre na torcida uma pela outra. Obrigada por todo apoio e compreensão! Gratidão por sempre está disposta a me ouvir e por sempre ter algo a dizer. Gratidão aos amigos que ganhei nos anos do mestrado e que quero levar comigo por toda a vida. Mácia, Lilian, Adinei, Ana Flávia, Maria Cecília, Nadinne, Greice, Igor e Jones. Vocês dividiram comigo vários momentos, os bastidores das organizações de eventos, as viagens, os sonhos, ouviram minhas angústias, fizeram sugestões que somaram em muito o meu trabalho. Obrigada pela amizade de cada um, sempre estarei na torcida por vocês, sempre! Fred e Braúlio, gratidão pelos diálogos sobre o Vale do Jequitinhonha e sobre a UHE de Irapé, por todo livro e pelos materiais que disponibilizaram ao longo dessa jornada, pelas dicas e conhecimentos partilhados. Muito obrigada pelas sempre generosas contribuições! Gratidão ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Migrações e suas Interfaces – MUTUM, sem as discussões do grupo, as teorias e debates acerca delas esse trabalho não teria sido possível. Em especial, minha admiração ao professor Gustavo Tentoni Dias, que sempre trouxe novos olhares e contribuições que muito somaram a esta pesquisa. Estendo meu carinho também a todos aqueles que conheci no Mutum, estou na torcida por vocês! Gratidão as equipes dos projetos... Os debates e discussões de cada reunião sempre me traziam luz acerca dos meus objetos de pesquisa, os trabalhos de campo, as confecções das oficinas e materiais, a construção dos roteiros de pesquisa. Gratidão também a todos os sujeitos que fizeram parte dessa travessia, todos os homens e mulheres que conheci e que me contaram sua história de vida, migração e resistência. Cada momento vivido nos projetos foi fundamental para este trabalho e também para o meu crescimento pessoal e profissional. Meu muito obrigada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social – PPGDS, aos professores por todos os ensinamentos e conhecimentos repassados. Em especial a coordenadora Maria da Luz Alves Ferreira por todo incentivo e carinho. Aos colegas pelas ricas discussões na sala de aula. A Vanessa e Suelen à frente da secretaria, que sempre estiveram dispostas a ajudar, tornando minha vida muito mais fácil. Gratidão também a Antônia pelo carinho de sempre! Agradeço a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pelo fundamental apoio financeiro que permitiu com que eu me dedicasse ao mestrado e pudesse concluir essa pesquisa. Enfim, agradeço a todos, que direta ou indiretamente contribuíram com essa pesquisa! Muito obrigada! RESUMO A história da construção dos projetos hidrelétricos no Brasil é marcada pelo discurso desenvolvimentista, onde em prol do crescimento econômico, os sujeitos que residiam nas áreas inundadas têm seus modos de vida modificados. Neste contexto, tem-se os moradores de municípios de abrangência da Usina Hidrelétrica Presidente Juscelino Kubitschek, também conhecida como Usina de Irapé, que abrange municípios das Mesorregiões Norte de Minas e Jequitinhonha. Assim, o presente trabalho tem por objetivo compreender como a implantação da barragem de Irapé, ao modificar os ciclos das águas, modifica também os ciclos de vida, provocando o compulsório e as transformações nas vidas das famílias atingidas. Para tanto, fizemos pesquisa bibliografia e de campo, com ênfase na metodologia qualitativa. Ao longo desse estudo, conhecemos famílias que tiveram seus modos de vida transformados, resistiram e lutaram antes da construção da barragem