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ITAQUAQUECETUBA PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO 2006/2015

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PARTE B FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA ANEXO 1 DA LEI DO PLANO

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I INTRODUÇÃO

I.1 O Processo de Planejamento: Antecedentes e Quadro Atual

A Oportunidade da Emancipação de

Em 28/10/1953, Itaquaquecetuba, até então distrito do município de , conquistou sua autonomia administrativa e política. Contava, então, com cerca de 7 mil habitantes, sendo pouco mais de 2 800 em área urbana e os restantes 60% computados como população rural.

De fato, nessa ocasião, em todo o território nacional, dos cerca de 60 milhões de habitantes, 60% deles vivia nas áreas rurais. O País passava por importantes transformações que viriam a repercutir fortemente no desenvolvimento do Município de , às vésperas de seu quarto centenário, e dos municípios vizinhos, inclusive Itaquaquecetuba.

Com efeito, estavam em fase de implantação as bases da economia industrial brasileira. De um lado: inauguração da Companhia Siderúrgica Nacional; criação da Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf) e da Usina de Paulo Afonso; implantação do Fundo Rodoviário Nacional; construção da Via Dutra; formação da Petrobrás.

De outro: iniciativas orientadas para a incorporação política do trabalhador brasileiro; o Estado legislara recentemente sobre a duração do trabalho; férias anuais remuneradas; Justiça do Trabalho; imposto sindical; salário mínimo; Consolidação das Leis do Trabalho.

A Metropolização de Itaquaquecetuba

Em poucos anos, todas aquelas iniciativas ensejariam a formação do parque industrial brasileiro. A indústria automobilística viria a se instalar nas vizinhanças de São Paulo, a construção civil conheceria um crescimento acelerado, inclusive por conta da edificação da nova capital do País. Os mais diversos setores industriais, comerciais e de serviços constituir-se-iam e se consolidariam no território nacional. Em particular, o dinamismo econômico da capital paulista e dos municípios vizinhos e a grande oferta de empregos intensificariam fortemente os fluxos migratórios e logo a

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expansão das respectivas áreas urbanizadas promoveria a formação de uma Portanto, emergiu a necessidade de um instrumento para caracterizar os problemas, aglomeração contínua, que se estenderia por cerca de 50km no eixo leste-oeste e 30km dimensioná-los, identificar as prioridades, instruir as decisões política, técnica e de norte a sul. econômica e otimizar a alocação de recursos.

Em 1960, o Censo revelou que a população de Itaquaquecetuba (11 456 hab.) mais do Com recursos do Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (Serfhau), promoveu-se a que dobrara em relação à de dez anos atrás (5 124 hab.) e que 60% do contingente elaboração, em escala nacional, dos chamados Planos de Desenvolvimento Local estava, agora, instalado na área urbana. Integrado.

No município, o fenômeno da urbanização revelara-se, de fato, mais rápido do que a Assim, disseminou-se a ideologia dos levantamentos, análises, diagnósticos das média nacional: nessa ocasião, dos cerca de 73 milhões de habitantes brasileiros, apenas situações presentes, prognósticos com relação ao futuro e proposições, nessa ordem. 45% moravam em cidades. Para a garantia da execução, ficou estabelecido que as prefeituras só receberiam recursos federais se as municipalidades contassem com esses planos diretores. Nos anos 60 reconheceu-se que, em São Paulo, a conurbação, os deslocamentos pendulares de populações de municípios vizinhos, a intensificação dos fluxos de Reconhecido oficialmente, na década de 70, como instrumento de ação de Governo, o mercadorias, a concentração das comunicações e um sem-número de vínculos planejamento foi utilizado para a implementação de uma estratégia de desenvolvimento socioeconômicos e físico-territoriais entre núcleos contíguos haviam constituído uma que se baseava na acentuada intervenção do Estado nas atividades econômicas. região metropolitana com centro em São Paulo. Mais tarde, planejadores e autoridades públicas nas suas avaliações críticas desse A instituição formal da Grande São Paulo como Região Metropolitana só veio a ocorrer, período admitiriam que os Planos de Desenvolvimento Local Integrado (PDLIs) eram no entanto, em 1973, com a promulgação da Lei Federal Complementar nº 14. Quando eminentemente técnicos, não incorporavam as expectativas da população e que se veio a ser instituída, ela já contava com o seu primeiro plano de desenvolvimento, prescindia, então, da aprovação e do apoio da sociedade. elaborado em 1970, e que culminou em um processo iniciado pelo Governo do Estado em 1967: o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado (PMDI). A Gestão das Emergências

Os Planos de Desenvolvimento Local Integrado Em 1979, o Poder Público de Itaquaquecetuba estabeleceu, através da Lei nº 700, que todo o território municipal constituía área urbana. As divisas do município passaram a ser, Aquele desenvolvimento, em todos os aspectos, vertiginoso, no entanto, viria a revelar também, o perímetro urbano. contrapartidas perniciosas. Contingentes de migrantes, na sua maioria de baixa renda, instalaram-se em áreas socialmente degradadas do Centro ou na periferia de São Paulo e Por ocasião do Censo de 1980, os 73 mil habitantes foram identificados como população de municípios contíguos. Multiplicaram-se os assentamentos precários, freqüentemente urbana, apesar das extensas áreas agrícolas existentes. Uma taxa de urbanização, ilegais e carentes de infra-estrutura e de equipamentos e serviços urbanos. portanto, artificial, de 100%.

Itaquaquecetuba, da mesma forma que numerosos outros municípios da Região Nessa época, o País abrigava mais de 120 milhões de habitantes e reconhecia que a Metropolitana, seria reconhecida como cidade-dormitório, abrigo de populações de baixa urbanização alcançara 67% desse contingente. O decênio que se seguiu caracterizou-se renda, em trânsito cotidiano para locais de trabalho situados, notadamente, em São como a mais longa fase de estagnação econômica no País. A crise da dívida, os déficits Paulo, e Mogi das Cruzes. Nos anos 70, este município alcançou 30 mil públicos e a manutenção da inflação em patamares elevados coincidiram com o habitantes, sendo 75% desse contingente em área considerada urbana. esgotamento daquela estratégia de desenvolvimento adotada no período anterior.

Nesse mesmo período, a taxa de urbanização dos 96 milhões que constituíam a Os anos 80 foram, de maneira geral, de inviabilidade da atividade planejadora. Em população brasileira chegaria ao patamar de 60%. As autoridades públicas não apenas uma década, o País contou com quatro moedas distintas, sete planos de conseguiam atender as crescentes demandas na velocidade em que se expandiam. Os estabilização da moeda e dez diferentes índices para cálculo da desvalorização do déficits sociais acentuavam-se e era crescente a dificuldade de identificar as prioridades dinheiro, para citar apenas esses aspectos do quadro de referência nacional. Tornara-se para a aplicação dos recursos públicos, mesmo quando disponíveis. impossível preparar um futuro no contexto de administração de emergências que se configurara.

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A questão da proteção e conservação do meio ambiente impusera-se globalmente, elaboração de um Plano Diretor Municipal, tendo em vista instituir um sistema de inclusive na esteira dos desastres ambientais ocorridos em: Seveso, na Itália, Three Mile planejamento e promover a melhoria da qualidade de vida dos moradores, ampliar as Island, nos EUA, Bhopal, na Índia, Chernobil, na União Soviética, e o do Exxon Valdez, no atividades econômicas e resguardar o meio ambiente. Alaska. Aprovada, essa Lei Complementar nº 05 de dezembro de 1991 ensejaria o No Brasil, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) foi instituído em 1981, mas só estabelecimento, em seguida, das Leis de Zoneamento e de Parcelamento do Solo. viria a ser regulamentado em 1990, quando os municípios passaram a ser reconhecidos Esses instrumentos de referência dos processos de transformação do espaço urbano e da como guardiões da qualidade do ar, da água, dos solos e subsolos, da biodiversidade e estrutura territorial vieram a ser praticamente revogados em 1994, com a promulgação dos ambientes construídos. das Leis nºs 1.473/94 e 1.482/94. A primeira dispõe sobre os procedimentos e documentação para controle das atividades edílicas e de parcelamento e uso do solo e a segunda fixa os parâmetros urbanísticos e ambientais para o parcelamento, uso e A Retomada da Atividade Planejadora ocupação do solo no município.

Os esforços de construção de futuros desejáveis e possíveis só viriam, de fato, a ser Um dos méritos do Plano Diretor de 91 foi o esforço para instituir um sistema de retomados nos anos 90, quando se havia modificado completamente o quadro nacional. planejamento no município, a expressão do reconhecimento de que a construção do futuro constitui um processo e não se encerra, portanto, na vitória efêmera da aprovação O País contava, então, com uma nova Constituição, promulgada em 1988. A partir de da Lei do Plano. 1989, voltara a escolher, por eleição direta, o presidente da República após 28 anos. Dera-se, por exemplo, a abertura de mercados e o fim das reservas da informática e da navegação de cabotagem, entre outros, e o País debatia as questões de modernidade e O Plano Diretor Estratégico competitividade. Foi a Carta de 1988 que lançou as bases para a constituição de uma nova política urbana Disseminara-se o fenômeno da globalização, da terceirização de atividades, os fluxos para o País. Em seu art. nº 182 apontou que financeiros eram agora globais e a questão ambiental universalizara-se com a “... a política de desenvolvimento urbano, executada Conferência Rio 92. pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno Os déficits sociais atingiram patamares exagerados, a sociedade civil e os cidadãos em desenvolvimento das funções sociais da cidade e geral haviam-se engajado na construção de seus futuros. Na realidade, nos anos 90, deu- garantir o bem-estar de seus habitantes”. se o fenômeno da redefinição de papéis do Poder Público, da Iniciativa Privada, da Sociedade Civil e dos cidadãos. Consagrou, assim, o conceito de função social da propriedade: de que ela deve garantir o pleno exercício do direito à cidade por todos os seus habitantes. E atribuiu ao Plano O País engajou-se em amplo processo de privatização de empresas públicas e de Diretor indicar a destinação de cada parcela do território do município em função do bem concessão de obras e serviços até então exercidos exclusivamente pela administração estar coletivo. pública. Ao mesmo tempo, multiplicaram-se as Organizações Não-Governamentais (ONGs) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para o Foi somente em 2001 que os instrumentos para implementar essa política foram desempenho de atribuições suplementares aos dos setores público e privado. regulamentados, quando da aprovação da Lei Federal nº 10.257, o “Estatuto da Cidade”. Este Estatuto reconhece o Plano Diretor como a principal lei do município que trata da Em todas as instâncias, ressurgiu a atividade planejadora. As Bacias do Alto Tietê, organização e ocupação do território e indica que ele deve ser o resultado de um e Cubatão ganharam um instrumento de planejamento dos recursos da água e processo político, dinâmico e participativo, de mobilização do conjunto da sociedade para da terra e para a Grande São Paulo, foi desenhado um Plano Metropolitano de a discussão e o estabelecimento de um projeto comum de desenvolvimento do município. Desenvolvimento e esboçado um Plano de Resíduos Sólidos, para citar apenas estas ferramentas regionais. Por mobilização do conjunto da sociedade entende-se o engajamento no esforço comum do Poder Público, do setor privado, da sociedade civil organizada, dos movimentos Em Itaquaquecetuba, uma Assembléia Constituinte Municipal decretou e promulgou, em sociais e dos cidadãos, moradores e usuários da cidade. E por desenvolvimento entende- abril de 1990, a Lei Orgânica do Município. O Censo de 1991 revelou que a cidade se crescimento das atividades econômico-sociais, melhoria de qualidade de vida e contava, então, com 165 mil habitantes. Nesse mesmo ano, a Prefeitura promoveu a superação de injustiças sociais.

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Na base de tudo está o reconhecimento de que todo cidadão tem direitos básicos à Ampliar a oferta local de postos de trabalho para população e assegurar a melhoria de moradia, ao ambiente saudável, à mobilidade, paisagem, ao trabalho, à renda, ao acesso seus níveis de renda. e usufruto de serviços e equipamentos urbanos. Garantir o acesso de todos os cidadãos à terra urbanizada e regularizada, expressão de seu direito à moradia e aos equipamentos e serviços urbanos. Com essas perspectivas é que o Plano Diretor deve servir como instrumento normativo e / ou orientador das ações dos diversos agentes direta ou indiretamente envolvidos no Preservar, proteger e recuperar o meio ambiente e os patrimônios culturais, históricos, desempenho do município. artísticos, paisagísticos e arqueológicos municipais. Promover a participação dos cidadãos nas decisões dos agentes públicos e privados que afetam a organização do espaço, a prestação de serviços públicos e a qualidade do I.2 Plano Diretor – Funções, Finalidades e Inserção Legal meio ambiente.

Os arts. 2, 3 e 4 do Projeto de Lei apontam as funções, finalidades e a inserção legal do Promover o aumento da eficiência do setor público, mediante a melhoria dos níveis de Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba. articulação e complementaridade das ações setoriais, adequação às demandas e envolvimento dos diversos agentes de desenvolvimento no sucesso de suas realizações. Com efeito, o art. 2º estabelece que o Plano Diretor Estratégico do Município de Preparar e aparelhar o município para o desempenho das funções que lhe cabem no Itaquaquecetuba tem por finalidade fixar diretrizes, visando o pleno desenvolvimento das contexto sub-regional, como fator de impulso ao desenvolvimento regional e funções sociais da cidade, de forma a assegurar a função social da propriedade e o bem- metropolitano. estar de seus habitantes, nos termos dos arts. 182 e 183 da Constituição Federal, dos arts. 180 a 183, 191, 205 e 214 da Constituição do Estado, da Lei Federal n° 10.257, de Melhorar as condições de vida da população, com garantia dos benefícios às gerações 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, e das disposições constantes na Lei Orgânica futuras. do Município.

No parágrafo único desse mesmo artigo indica que as diretrizes, normas e projetos I.3 Estrutura do Plano Diretor relativos ao ordenamento do uso e ocupação do solo para o município de Itaquaquecetuba obedecerão, ou serão ajustados, no que couber, às diretrizes e Na minuta de Lei do Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba encontram-se prioridades do Plano Diretor Estratégico, estabelecidas pela presente lei. estabelecidas as diretrizes propugnadas para o desenvolvimento local e as delimitações espaciais propostas para o Macrozoneamento, criadas com base nas determinações O art. 3º aponta que o Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba será fixadas pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10/07/2001. balizado em sete eixos estratégicos, integrados entre si: O Plano Diretor Estratégico, em seu Anexo 1, denominado Fundamentação Técnica, Desenvolvimento econômico e social. inicia-se pela colocação de Itaquaquecetuba no contexto regional e na sua situação Habitação e ocupações irregulares. geográfica, apontando as questões fundamentais do seu desenvolvimento, sua problemática e as alternativas e perspectivas para o município. Preservação ambiental e saneamento básico, notadamente esgotamento sanitário. Sistema viário, transportes e impacto do Rodoanel – trecho leste. Em seguida, apresenta as variáveis e indicadores locais de desenvolvimento, bem como sua evolução e projeções. Coloca os objetivos de desenvolvimento e delineia as políticas Saúde, educação e outros serviços municipais. específicas de habitação, meio ambiente e cultura, juntamente com um quadro de Identidade do município e auto-estima dos munícipes. proposições e orientações a serem observadas na sua implantação. Dinâmica metropolitana e sua repercussão no município.

E finalmente o art. 4º do Projeto de Lei indica que o Plano é o instrumento básico da política de desenvolvimento e ordenamento da expansão urbana do município e tem por objetivos: Promover o pleno desenvolvimento do município, nos planos econômico, social e cultural, adequando o uso e a ocupação do solo à função social da propriedade.

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II SITUAÇÃO E CONTEXTO REGIONAL

II.1 Dados Gerais

Data da Criação: Lei Estadual nº 2.456 de 30 de dezembro de 1953.

População: Censo 2000: 272 942 habitantes. População estimada em 10/07/2005: 340 596 habitantes. Taxa de Alfabetização: 90,8%. IDH 2000: 0,744. PIB Total (2003): U$ 437.861.399,00. PIB por Habitante (2003): U$ 1.407,00.

Localização: Sub-região leste da Região Metropolitana de São Paulo.

Dados geográficos Latitude: 23°29’12”. Longitude: 46°20’45”.

Clima: Temperado com inverno seco, temperaturas máximas de 36°C, mínimas de 4°C e a média compensada de 20°C.

Altitude Topográfica: Cota da sede: 790m.

Bacias Hidrográficas: Alto Tietê. Paraíba do Sul.

Hidrografia: Rio Tietê. Ribeirão Jaguari. Principais Córregos: . Água Branca. . Três Pontes. . Caputera. . Pirati-Mirim.

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Limites: A extensão territorial de 93km², sendo 100% destinados à área urbana, com área urbanizada de 31,7km².

Limita-se com os municípios de: . Arujá, ao norte; . Guarulhos, a noroeste; . Mogi das Cruzes, ao leste; . Poá e , ao sul; . São Paulo, a sudoeste

Distâncias Rodoviárias: 31km da Capital.

Rodovias de Acesso: Estrada Velha São Paulo – Rio – SP–66. Rodovia da Silva – SP–70.

Sistema Viário: Estradas vicinais: 123km. Ruas pavimentadas: 180km. Ruas não-pavimentadas: 330km.

Taxa de Motorização: 33 342 veículos. 88 veículos por mil habitantes.

Ferrovia de Acesso: CPTM com três estações no município: Aracaré, Eng. Manuel Feio e Itaquaquecetuba

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Prancha 1 – Grande São Paulo e Divisão Regional frente

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Prancha 1 – Grande São Paulo e Divisão Regional verso

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II.2 Uso e Ocupação do Solo Urbano Equipamento Social e de Serviço: Dividida em quatro subcategorias: Educação – Somente escolas públicas. O mapeamento do Uso e Ocupação do Solo Urbano, realizado a partir da análise das Saúde – Apenas hospitais. imagens do satélite Ikonos de 2002, classifica os principais usos do solo urbano, de Lazer, Esporte, Cultura e Turismo – Parque e clubes, entre outros. acordo com os padrões fotográficos apresentados. Eles foram agrupados nas seguintes Especial – Cemitérios. categorias: Residencial Predominante: Foi dividida, de acordo com a intensidade de ocupação, Em todas as subcategorias, só foram mapeados os equipamentos cujo tamanho era em cinco subcategorias, resultantes da análise da imagem e comparação dos padrões compatível com a escala da Prancha. urbanos do território. São elas: Alta – Ocorre nas áreas adjacentes ao centro e em bairros com ocupação mais O aldeamento indígena estabelecido às margens do Rio Tietê evoluiu para a complexa consolidada. As características principais desta categoria são: lotes de área pequena, estrutura urbana de hoje, acompanhando os eixos da ferrovia e das estradas São Paulo – escassa oferta de lotes vagos e altas taxas de ocupação dos lotes construídos. Mogi das Cruzes e de Santa Isabel.

Média com potencial para alta – Classifica as áreas de ocupação ainda incompletas Na área central e na ocupação que se consolidou a oeste da ferrovia, temos a maior e que apresentam características semelhantes àquelas das áreas de densidade alta. concentração do uso misto, pois aí se encontram localizados os órgãos públicos, os principais estabelecimentos comerciais e a quase totalidade das agências bancárias que Média – Áreas cujos lotes são maiores que os das subcategorias anteriores, o que dá atendem o município. uma característica peculiar à área, quando plenamente ocupada. A conurbação com o Município de São Paulo foi estruturada também pela SP 066 onde Baixa com potencial para alta – Classifica os loteamentos em estágio inicial de temos a predominância da alta densidade de ocupação, com o aparecimento de muitas ocupação e que, pelas características que apresentam, podem atingir a alta densidade. áreas consideradas como ocupações subnormais. As indústrias, sem uma destinação específica, foram sendo localizadas às margens dessa via, em direção ao município de Baixa – Classifica as áreas com baixa densidade de ocupação, sem tendência de Poá. adensamento. Na parte compreendida entre a ferrovia e a Estrada do Mandi encontra-se o Parque Conjunto Habitacional: Foram mapeados nesta categoria apenas os conjuntos Ecológico, importante equipamento de lazer do município. Ao sul deste parque estão habitacionais construídos pelo Poder Público. localizados alguns conjuntos residenciais. Entre a Estrada do Mandi e a divisa com o município de Mogi das Cruzes, observamos que, até a Estrada do Pinheirinho Novo, em Loteamento de Chácara: Nesta categoria foram incluídos aqueles loteamentos que direção ao município de Suzano, há um crescimento importante da área urbana que apresentam características semelhantes: lotes com áreas a partir de 1 000 m2 com apresenta a maior parte dos loteamentos com alta densidade e muitos empreendimentos alguma infra-estrutura de lazer (quadra de tênis, campo de futebol, piscina etc.) com densidade média para alta. Da Estrada do Pinheirinho Novo até a divisa com Mogi das Cruzes, há uma ocupação menos intensa, que mistura loteamentos de alta densidade Loteamento Vago: Nesta categoria foram incluídos os loteamentos vagos ou em com aqueles em fase de ocupação e loteamentos de chácara. início de ocupação. A nordeste, em direção ao município de Arujá, a expansão urbana se dá de forma mais Aglomerado Subnormal: Áreas de ocupação desordenada e quando de sua acentuada, pelo eixo da Estrada de Santa Isabel – SP 056 –, a qual organiza a implantação não havia posse de terra ou título de propriedade (IBGE). implantação dos loteamentos residenciais e industriais, que podem estar localizados em áreas de uso específico (Zupi) ou não. Misto: Foram classificadas as quadras nas quais o uso residencial mistura-se àquele destinado ao comércio, à prestação de serviço e à indústria de pequeno porte. Os assentamentos destinados ao uso residencial apresentam alta densidade, particularmente nos bairros de Alpes de Itaquá, Vila Itaquassu, Jardim Caiuby e Jardim Industrial e de Extração: Nesta categoria, foram mapeadas as áreas de extração de Amanda Caiuby. Os demais estão em fase de adensamento. Verifica-se nessa parte do areia e as indústrias cujos portes eram passíveis de representação. território o processo de conurbação com Arujá e, entre a Estrada de Santa Isabel e a Equipamento de Infra-Estrutura: Aterro sanitário e mapeado – subestação de divisa do município, encontramos uma ocupação de padrão bem diferenciado nos energia elétrica. loteamentos Arujá Country Club e Condomínio Arujazinho III, que possuem parte de suas

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quadras em Itaquaquecetuba e são empreendimentos destinados a populações de poder aquisitivo mais alto.

A noroeste, no sentido de Guarulhos, não há uma clara estruturação da ocupação urbana exercida por um eixo especial, mas se verifica uma tendência de concentração da atividade industrial ao longo da Estrada do Bonsucesso. Nesta parte do território, os loteamentos residenciais estão esparsos e apresentam densidades altas, como os Jardins Paineira, São Manuel, Santo Armando, Itaquá, Maragogipe e Adriana nas proximidades da da Silva e dos Jardins América, Patrícia e Residencial Califórnia, na divisa com Arujá. Nos demais, as densidades variam de baixa a média, com potencial para alta, em virtude das características que apresentam.

De modo geral, a expansão urbana no município acontece em todas as direções, caracterizando-se, basicamente, pela presença de loteamentos populares parciais ou totalmente ocupados, com raros loteamentos vagos em 2002, data das imagens analisadas (Prancha 2).

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Prancha 2 – Densidade de ocupação frente

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Prancha 2 – Densidade de ocupação verso

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III QUESTÕES FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

III.1 Problemática e Condicionantes do Desenvolvimento Local

Fatores Condicionantes

Aproximar a problemática e condicionantes do desenvolvimento de Itaquaquecetuba exige necessariamente considerar os quadros regional e sub-regional.

Por certo, o município esteve, desde a identificação da metropolização de São Paulo, fortemente vinculado à Capital devido à acessibilidade, a princípio, por conta da antiga Estrada São Paulo – Rio e da linha férrea da Central do Brasil, que interligava as duas capitais brasileiras. Hoje, pela Rodovia Ayrton Senna, pela ferrovia de transporte de passageiros operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e pela ferrovia de transporte de carga operada pela MRS Logística.

Essa já privilegiada acessibilidade ganhará novos contornos em futuro próximo, como se verá adiante, e deverá merecer, portanto, a atenção da comunidade nos seus esforços de promoção do desenvolvimento local. Uma atenção voltada, de um lado, para o melhor aproveitamento das oportunidades e, de outro, para a garantia da mais adequada proteção e conservação do patrimônio ambiental.

Quadro Regional

A Região Metropolitana de São Paulo integra hoje uma nova organização regional, que se explicitou, de fato, há 15 anos.

Certamente, quando se tornaram conhecidos os resultados do Censo de 1991, ficou evidente que numerosos pólos regionais – especializados e particularmente dinâmicos – haviam emergido e se consolidado, interiorizando o desenvolvimento e se contrapondo às antigas formas de assentamento humano.

A Grande São Paulo, tradicional pólo de atração de população, perdera importância relativa e passara a integrar uma rede urbana altamente competitiva.

No cenário paulista, destacaram-se não apenas as Regiões Metropolitanas de e da Baixada Santista, mas, igualmente, as aglomerações urbanas de , Jundiaí, Mogiana (Mogi-Guaçu / Mogi-Mirim), Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, e o trecho paulista do Vale do Paraíba.

Mais do que isso, tornara-se incontestável que o processo de desconcentração pelo qual passara o Estado havia constituído uma parcela extensa do território, num raio de 150 a 200km em torno da Capital, um espaço de articulação macrometropolitano.

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Essa tendência à descentralização já vinha se anunciando há algum tempo, não apenas A distribuição das áreas urbanizadas no território de Itaquaquecetuba é irregular e em São Paulo, mas também nas regiões mais dinâmicas do território nacional. Resultava, entremeada por áreas de exploração agrícola, áreas de preservação ambiental e de e ainda resulta: proteção permanente, matas, capoeiras etc. Os assentamentos irregulares são da convergência de quantidades de fatores internos e externos; numerosos em áreas públicas e privadas, em áreas de proteção e de risco.

da implantação e expansão das redes e sistemas de infra-estrutura (energia, Se a ocupação da área central, a sudoeste do município, deve-se à expansão da transportes, saneamento e comunicações) à disseminação dos sistemas de serviços urbanização de São Paulo, os assentamentos ao sul e sudeste têm a ver com o (abastecimento, educação, saúde, habitação, promoção social, segurança pública, “transbordamento” da expansão urbana de Mogi das Cruzes e os de noroeste e norte, turismo, cultura, esporte, lazer etc.); com fenômenos similares originados em Guarulhos e Arujá, respectivamente.

da aceleração das transformações tecnológicas – notadamente informática e Não há como dissociar o desenvolvimento de Itaquaquecetuba desses outros municípios. telecomunicações – à expansão e diversificação do parque industrial brasileiro. No caso de Suzano e Mogi das Cruzes, que integram a mesma sub-região leste, o primeiro concentra quase 40% da economia sub-regional e o segundo, pouco menos de Em função dessa nova organização regional, o crescimento da Grande São Paulo 30%. Itaquaquecetuba, que ocupa a terceira posição, concentra 15%. Quanto a aparece relativamente mais lento do que no passado, em termos econômicos, Guarulhos e Arujá, integrantes da sub-região nordeste, os vínculos com Itaquaquecetuba populacionais e mesmo físicos. devem-se à grande expansão da economia ocorrida naquela sub-região nas últimas décadas. A demanda por grandes territórios para a implantação de indústrias cedeu. Com relação à atividade industrial, consolidam-se na Metrópole os setores mais especializados, com Vinte por cento das viagens diárias originadas em Itaquaquecetuba orientam-se para fora menor necessidade de espaço físico e que implicam em menos riscos ao meio ambiente. da sub-região leste. Oitenta e cinco por cento delas, para a Capital e as restantes para outras sub-regiões. O destino principal, neste caso, é Guarulhos, que recebe um terço O setor terciário vem ganhando, assim, maior importância relativa e se torna o maior desse contingente. gerador de postos de trabalho. As taxas de desemprego, no entanto, permanecem altas devido ao limitado desempenho da economia brasileira como um todo e às inovações no A maior parte dos 80% de viagens internas à sub-região ocorre dentro das fronteiras do setor industrial de natureza tecnológica, o que tem provocado aumento na importância do próprio município: Itaquaquecetuba retém 93% daquele montante. As demais são setor informal e precarização das condições de trabalho. orientadas predominantemente para Mogi das Cruzes e depois para Suzano e Poá.

O Produto Interno Bruto de Itaquaquecetuba tem-se mantido estacionário. A relação PIB Quadro Sub-Regional por habitante, por conta disso, tem sofrido queda, já que o crescimento demográfico não tem contrapartida em um incremento da atividade econômica. Também os municípios Situada no eixo leste da Região Metropolitana, a cidade de Itaquaquecetuba é um com maior participação no PIB da sub-região, Mogi das Cruzes e Suzano, têm conhecido prolongamento da área urbanizada de São Paulo, junto com , Poá, quedas nos seus PIBs e igualmente perdas nas suas relações PIB por habitante. Suzano, Mogi das Cruzes, , Biritiba-Mirim e Salesópolis; Itaquaquecetuba integra a sub-região leste da Grande São Paulo. Suzano e Mogi das Cruzes são A sub-região leste é, na Grande São Paulo, uma das que apresenta menores ofertas de densamente urbanizados e suas áreas centrais estão em processo de verticalização. emprego. Segundo o Censo de 2000, em Itaquaquecetuba, 83% das pessoas Guararema, Biritiba-Mirim e Salesópolis, por outro lado, são predominantemente rurais, empregadas estavam na classe de renda de até cinco salários mínimos, isto é, o abrigando áreas de cultivo, reflorestamento e usos associados ao lazer e turismo, tais município concentra população de baixa renda. como: chácaras de recreio, pousadas, clubes de campo e similares. Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba caracterizam-se pelos assentamentos residenciais horizontais ocupados por populações de baixa renda. III.2 Alternativas e Perspectivas para o Município

De fato, não há demanda aí por residências em edifícios de apartamentos, já que a O território do município de Itaquaquecetuba tem 83 km2, todo ele admitido como área população entende que, em seus “pedaços de chão”, preservam o isolamento com urbana por legislação municipal. Nem toda essa superfície, no entanto, é efetivamente relação aos vizinhos, a possibilidade de expandir a casa, de acordo com as circunstâncias urbana, já que, conforme apontado anteriormente, as áreas urbanizadas estão e se livram dos compromissos financeiros das taxas condominiais. entremeadas por áreas de preservação ambiental, chácaras, espaços hortifrutigranjeiros, matas e capoeiras, dentre outros.

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Grosso modo, apenas 44km2 ou 4 400 hectares eram urbanizados em 2005. Nessa superfícies menores. Os agricultores locais têm assistido à evasão das novas gerações, superfície, no mesmo ano, distribuíam-se cerca de 340 mil habitantes. Uma densidade desestimuladas para a manutenção dessa atividade econômica. O município não dispõe demográfica bruta, portanto, de 77 hab. / hectare. de equipamentos que promovam a permanência da população na sua busca por lazer e recreação e o cidadão itaquaquecetubano carece de motivos para preservar o orgulho por Em 2015, a população de Itaquaquecetuba alcançará, segundo as projeções sua cidade. demográficas, o patamar dos 468 mil habitantes, mais de um terço maior do que o contingente atual. É sabido que a permanência da população trabalhadora ou seus deslocamentos pendulares para fora de Itaquaquecetuba resultam menos do desempenho econômico Admitida, por hipótese, a permanência daquela densidade média, já que os moradores local do que do sub-regional ou metropolitano. Ainda assim, impõe-se perseguir o locais preferem os assentamentos horizontais, essa população distribuir-se-ia, em crescimento da economia local como forma de enriquecer a municipalidade. princípio, em uma superfície urbanizada mais de um terço maior do que a atual: da ordem de 6 100 hectares ou 61km2. Desenvolvimento significa não apenas crescimento socioeconômico, mas melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e superação das injustiças sociais. Promover o Porém, tal não deverá ser a demanda por áreas urbanizadas, já que uma parte dos desenvolvimento e o ordenamento da expansão urbana de Itaquaquecetuba exigirá loteamentos existentes tem espaço disponível para receber famílias. Seja como for, há esforços concertados para: que se prever uma demanda significativa por áreas para assentamento urbano nos ampliar e diversificar a base econômica de forma a assegurar, para o município, meios próximos anos e uma pressão sobre as áreas de preservação e cultivo existentes. e recursos próprios para apoiar iniciativas de expansão das oportunidades e de melhoria constante dos níveis de qualidade de vida da comunidade; Há motivos para crer que essas estimativas de crescimento da população e da demanda ampliar a oferta de postos de trabalho, de modo a expandir as possibilidades de por áreas urbanizadas deverão concretizar-se e poderão vir a se revelar conservadoras. realizações pessoal e profissional dos cidadãos, em sua própria cidade, e ensejar sua Há importantes investimentos sendo efetuados e outros previstos na região que deverão valorização e a melhoria da auto-estima dos moradores; acentuar as características de acessibilidade do município. De um lado, estão sendo aplicados recursos na ligação Jacu–Pêssego no vizinho Município de São Paulo. De qualificar os recursos humanos, instrumento indispensável e estratégico para o outro, prevê-se implantar em Itaquaquecetuba um trecho do Rodoanel e um do Ferroanel. desenvolvimento, devido à importância do conhecimento, para a promoção da produção, das relações sociais, do comportamento e dos valores dos indivíduos e da prevenção da Se hoje Itaquaquecetuba já constitui um importante entroncamento rodoferroviário e, por criminalidade; conta disso, abriga terminais intermodais em expansão, a realização daqueles projetos deverá acentuar essa tendência. investir no prestígio da cidade e no desenvolvimento da auto-estima de seus cidadãos, mediante a realização de esforços concentrados no âmbito do lazer, recreação, esportes, É de se prever, portanto, a intensificação das atividades econômicas relacionadas à cultura e turismo, além da qualificação de espaços públicos e da valorização humana; logística dos transportes. Essas atividades em particular são de natureza regional. Por não serem atraídas para o município devido à presença de mão-de-obra ou por motivos promover a melhoria dos padrões de desempenho dos sistemas públicos de financeiros ou fiscais, mas quase que exclusivamente por disponibilidade de espaço físico atendimento social, tais como: a assistência e promoção social, educação, saúde, cultura, e acessibilidade, elas são acusadas de ficar “de costas” para os municípios que as lazer, recreação, esportes, segurança pública, defesa civil e transportes coletivos; abrigam. promover a integração física e socioeconômica dos diversos assentamentos Essa circunstância, entretanto, não é impeditiva dos esforços para tirar partido da urbanizados, atualmente entremeados por áreas de preservação ambiental, de acessibilidade. Haverá motivos para a criação ou atração de terminais ou entrepostos das exploração agrícola e outras coberturas vegetais, objetivando o melhor aproveitamento mais diversas naturezas. dessa peculiaridade físico-ambiental;

Itaquaquecetuba, conforme já apontado, não é um município rico e sua economia está delimitar as zonas de uso e ocupação do solo no território municipal, de modo a praticamente estagnada; concentra população de baixa renda, que encontra emprego e garantir os melhores níveis de segurança e salubridade dos assentamentos e a adequada ocupação nas vizinhanças; a falta de perspectivas para a população jovem acentua os proteção e conservação do patrimônio ambiental. riscos de seu envolvimento com a criminalidade. A procura recente por terrenos para a implantação de atividades econômicas industriais ou terciárias tem-se voltado para as

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IV VARIÁVEIS E INDICADORES LOCAIS - EVOLUÇÃO E PROJEÇÕES

IV.1 Demografia

Comportamento entre 1980 e 2000

Itaquaquecetuba é o município da Região Metropolitana de São Paulo que apresentou um dos maiores incrementos demográficos nas últimas décadas. No período 1970 a 2000, seu ritmo de crescimento populacional esteve acima da Região Metropolitana e da própria sub-região leste, onde o município se localiza. Além disso, Itaquaquecetuba também superou o ritmo de crescimento de Estado de São Paulo.

Crescendo acima da sub-região leste, impulsionou o incremento populacional desta. No mesmo período, a Região Metropolitana e o Estado de São Paulo cresceram a taxas bem menores, ingressando no que se convencionou denominar um “novo patamar demográfico.” 1 Itaquaquecetuba e sub-região, ao contrário, mantiveram, nesse período, taxas elevadas, longe do padrão de crescimento da Região Metropolitana (Gráfico 1 e Tabela 1).

Gráfico 1 ESP - RMSP - Sub-Região Leste - Município de Itaquaquecetuba TGCA: 1970/1980 a 1991/2000 12,00 ESP 9,64 RMSP 10,00 Subregião Leste Itaquaquecetuba 7,68 8,00

5,81 6,00 5,2 4,2 4,5 3,7 4,00

3,5 2,1 1,8 2,00

1,9 1,7 - 1970/1980 1980/1991 1991/2000 Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000.

1 Predominância de taxas menores, queda na fecundidade / natalidade e redução do crescimento migratório.

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Tabela 1 A migração foi o fator que mais favoreceu o incremento populacional de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetuba – Sub-Região Leste – RMSP – ESP e, embora tendo decrescido entre 1970 e 2000, foi sempre superior ao crescimento População residente: 1970/2000 - TGCA: 1970/1980 a 1991/2000 vegetativo, passando de 77,9% contra 22,1% do vegetativo em 1970 para 69,4% contra 30,6% em 2000. Na sub-região leste, ainda que os componentes do crescimento tenham Local População Residente TGCA (%) apresentado uma inversão no período 1980/1991, voltaram ao mesmo posicionamento 1970 1980 1991 2000 1970/1980 1980/1991 1991/2000 entre 1991/2000, mantendo-se bem distante da configuração, da Região Metropolitana e Estado de São Paulo 17 771 948 25 040 712 31 546 473 37 032 403 3,49 2,12 1,81 do Estado de São Paulo. Nestes, o componente vegetativo foi bem superior ao migratório, RMSP 8 139 730 12 588 725 15 444 941 17 878 703 4,46 1,65 1,39 sendo que na Região Metropolitana foi negativo entre 1980 e 1991, apesar de a migração Subregião Leste 312 060 519 037 816 592 1 130 965 5,22 4,21 3,72 voltar a subir, relativamente, no período 1991/2000, tanto na Região quanto no Estado.

Biritiba Mirim 9 033 13 377 17 833 24 653 4,00 2,65 3,70 Isso, todavia, não significou uma inversão da tendência, que já era de predominância Ferraz de Vasconcelos 25 134 55 055 96 166 142 377 8,16 5,20 4,50 cada vez maior do componente vegetativo em face do migratório (Gráficos 4, 5, 6 e 7). Guararema 12 638 15 103 17 961 21 904 1,80 1,59 2,25 Subleste - Participação dos componentes demográficos 1970/1980 a 1991/2000 iTAQUAQUECETUBA - Participação dos componentes demográficos 1970/1980 a 1991/2000 Itaquaquecetuba 29 114 73 064 164 957 272 942 9,64 7,68 5,81 Mogi das Cruzes 138 751 197 946 273 175 330 241 3,62 2,97 2,15 Poá 32 373 52 783 76 302 95 801 5,01 3,41 2,59 Gráfico 4 Gráfico 5 Salesópolis 9 557 10 653 11 359 14 357 1,09 0,59 2,66 Município de Itaquaquecetuba Sub-Região Leste Suzano 55 460 101 056 158 839 228 690 6,18 4,20 4,17 Componentes demográficos Componentes demográficos Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000. participação: 1970 a 2000 participação: 1970 a 2000

100,0 60,0 Naturalmente, o crescimento demográfico substantivo refletiu-se sobre o peso do Vegetativo Vegetativo Migratório 58,2 Migratório município na Região Metropolitana, na sub-região e no Estado. Em 1970, a população de 80,0 55,0 Itaquaquecetuba representava 0,2% da população do Estado de São Paulo e 0,4% da 77,9 71,6 Região Metropolitana de São Paulo. Já em 2000, estas cifras são de 0,7% e 1,5%, 69,4 52,8 60,0 respectivamente. Na sub-região leste, o peso demográfico de Itaquaquecetuba, que era 50,9 de 9,3% em 1970, passa para 24,1% em 2000, quase o triplo da cifra de 1970 (Gráficos 2 50,0 40,0 49,1 e 3). 30,6 47,2 28,4 22,1 45,0 Itaqua part. % na Subregião Leste 20,0 Itaqua part. % na RMSP e no ESP Gráfico 2 Gráfico 3 41,8 (Em %) (Em %) ESP, RMSP Município de Itaquaquecetuba Municipio de Itaquaquecetuba, Sub-Região 0,0 40,0 Leste 1970/1980 1980/1991 1991/2000 1970/1980 1980/1991 1991/2000 Participação demográfica: 1970 a 2000 Participação demográfica: 1970 a 2000 1,80 Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000. 30,00 1,60 Itaquaquecetuba / ESP 1,5 25,00 24,1 1,40 Itaquaquecetuba / RMSP 20,2 1,20 20,00 1,00 1,1 15,00 14,1 0,80 0,7 9,3 0,60 10,00 0,6 0,5 0,40 5,00 (Em %) 0,4 0,20 0,3 0,2 (Em %) - - 1970 1980 1991 2000 1970 1980 1991 2000

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000.

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RMSP- Participação dos componentes demográficos 1970/1980 a 1991/2000ESP - Participação dos componentes demográficos 1970/1980 a 1991/2000 Gráfico 8 Gráfico 6 Gráfico 7 Municípios de Itaquaquecetuba e da Sub-Região Leste RMSP Estado de São Paulo 80,00 Crescimento anual vegetativo e migratório: 1991/2000 Componentes demográficos Componentes demográficos 69,7 75,5 participação: 1970 a 2000 participação: 1970 a 2000 70,00 80,0080,00 80,00 70,8 Municípios ITAQUAQ. 68,3 Leste 59,0 57,9 64,5 VegetativoVegetativo Vegetativo 120,0 120,0 60,00 70,0070,0053,1 70,00 53,3 Migratório Migratório Vegetativo Vegetativo Migratório Migratório 100,0 108,6 Migratório 50,00 100,0 60,00 60,00 93,0 60,00 98,8 46,9 46,7 80,0 40,00 50,00 35,5 80,0 41,050,00 42,1 76,8 50,00 31,7 29,2 60,0 30,00 40,00 24,5 51,6 60,0 40,00 30,3 48,4 57,8 40,00 40,0 20,00 30,00 40,0 42,2 30,00 30,00 20,0 20,00 10,00 23,2 20,00 (Em %) 7,0 20,0 0,0 -8,6 20,0010,00 1,2 0,00 1970/1980 1980/1991 1991/2000 (Em %) 10,00 - Taxa líquida de migração 1991 a 2000 -20,0 0,00 Poá

1970/1980 1980/1991 1991/2000 10,00

Suzano Poá

0,00 Poá

Ferraz de

Guararema CETUBA

Salesópolis

Suzano

Vasconcelos

Biritiba-Mirim

ITAQUAQUE- Poá

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000. 0,00 Poá

Moji das Cruzes

Ferraz de

Guararema

Salesópolis

Vasconcelos

Suzano Biritiba-Mirim

Biritiba-Mirim

Sub-RegiãoLESTE

Poá

Moji das Cruzes

Ferraz de Ferraz

Guararema

Salesópolis

CETUBA

Sub-Região Leste Vasconcelos

É possível que esse incremento do componente migratório deva-se à expansão periférica Vasconcelos Biritiba-Mirim

Fonte: Fundação Seade – IBGE –Biritiba-Mirim Censo 2000 divulgado em 19/12/2001 e cálculos Seade.

Suzano

ITAQUAQUE-

Moji das Cruzes das Moji ITAQUAQUECETUBA

do Município de São Paulo e a outras localidades, já que Itaquaquecetuba, conforme o ITAQUAQUECETUBA Ferraz de Ferraz

de Ferraz

Guararema

Salesópolis

Vasconcelos

Sub-Região LESTE Sub-Região Biritiba-Mirim

IPVS,2 tem muitas áreas ocupadas por contingentes em situação precária de renda, Biritiba-Mirim

Moji das Cruzes das Moji Sub-Região Leste Sub-Região

talvez atraída pelo baixo valor do terreno e / ou outra razão que facilite o assentamento. GráficoLeste Sub-Região 9 ITAQUAQUECETUBA Municípios de Itaquaquecetuba eITAQUAQUECETUBA da Sub-Região Leste Além da disparidade entre o comportamento dos componentes no município, em face da Taxa45,00 líquida de migração: 1991/2000 Região Metropolitana e do Estado, deve-se observar o comportamento de 40,00 Itaquaquecetuba frente aos demais municípios da sub-região. Assim, no período 1991 a 35,00 38,8 2000, pode-se notar que Itaquaquecetuba teve a maior proporção relativa do componente 30,00 migratório. Entre os demais municípios da sub-região, somente Biritiba-Mirim, Ferraz de 25,00 Vasconcelos e Suzano apresentaram maior peso relativo da migração. Nos demais 25,3 20,00 predominou o crescimento vegetativo, e isto fica demonstrado nas taxas líquidas de 21,2 21,4 migração, onde a predominância absoluta foi de Itaquaquecetuba, seguindo-se Ferraz de 15,00 Vasconcelos, Suzano e Biritiba-Mirim (Gráficos 8 e 9). 10,00

5,00 7,8 8,3 6,2 6,2 0,00

Poá

Suzano

de Ferraz

Salesópolis

Guararema Vasconcelos

Biritiba-Mirim Moji das Cruzes Moji das Itaquaquecetuba Fonte: Fundação Seade – IBGE – Censo 2000 divulgado 19/12/2001 e cálculos Seade.

2 Ver Prancha 3 - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.

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Itaq Mortalidade geral Itaq Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos)

A atração de migrantes para o município de Itaquaquecetuba – já que esta ocorre em Gráfico 12 Gráfico 13 idade ativa – refletiu-se na taxa de fecundidade, contribuindo para alterar o padrão desta RMSP – Município de Itaquaquecetuba RMSP – Município de Itaquaquecetuba e, assim, rebater na taxa de natalidade. Em geral, no período de maior afluxo de Taxa de mortalidade geral: 1980/2004 Taxa de mortalidade infantil: 1980/2004 10 110 migrantes, a taxa de fecundidade aumentou. Entre 1980 e 2000, ela foi sempre superior à RMSP Itaquaquecetuba RMSP Itaquaquecetuba da Região Metropolitana e à do Estado, e isto se refletiu na taxa de natalidade, que teve o 9 6,9 100 93,4 8 90 mesmo comportamento (Gráficos 10 e 11), embora em ambas as taxas o ritmo tenha 8,5 6,7 6,4 6,6 80 7 6,2 71,3 diminuído. 5,9 6 70 6,5 6,3 58,1 60 Além dos nascimentos – expressos na taxa de natalidade –, outro fator intervém no 5 5,4 5,0 50 4 55,2 39,0 componente vegetativo. Trata-se da taxa de mortalidade geral, que revela o número de 4,3 40 3 óbitos, sendo influenciada, em grande parte, pela soma de óbitos infantis. Outros fatores 30 39,4 22,5 33,5 19,6 2 também intervêm na taxa de mortalidade geral, sejam os que favorecem a redução desta, 20 25,2 1 10 16,9 tais como: os avanços da ciência e sua difusão, sejam aqueles que a elevam, como (Óbitos por 1000 habitantes) (Óbitos por 1000 nascidos vivos) 14,4 alguns fatores de conjuntura, tal como a violência urbana. 0 0 1980 1985 1990 1995 2000 2004 1980 1985 1990 1995 2000 2004 A taxa de mortalidade geral de Itaquaquecetuba vem decrescendo desde 1980 e, neste Fonte: Fundação Seade – www.seade.gov.br caso, o decréscimo foi superior ao da Região Metropolitana. Esse decréscimo deveu-se, em boa parte, à redução da mortalidade infantil por efeito, provavelmente, da difusão de campanhas periódicas de vacinação em massa, as quais reduziram e/ou controlaram No caso da mortalidade infantil, Itaquaquecetuba não atingiu, ainda, o padrão muitas morbidades da infância, assim como por alguns investimentos públicos que metropolitano. No entanto, as cifras vêm se aproximando. amenizaram e/ou mapearam focos de endemias e contribuíram para a redução da mortalidade infantil (Gráficos 12 e 13). A partir do comportamento dos componentes da população, novos padrões da estrutura Itaqua Natalidade etária foram se desenhando. Ao se mostrar a predominância de um ou outro fator dos componentes do crescimento, o formato assumido pela pirâmide expressa a fotografia de Gráfico 10 Gráfico 11 uma época. Assim, tem-se: Itaquaquecetuba - Taxa de fecundidade geral RMSP – Município de Itaquaquecetuba RMSP – Município de Itaquaquecetuba → Pirâmide etária 1970: Tem a base ampla, mostrando elevada natalidade e Taxa de fecundidade geral: 1980/2004 Taxa de natalidade geral: 1980/2004 população jovem.

→ Pirâmide etária 1980: Base ainda ampla, resultado da natalidade, mas já mostra o 180 45 aumento das faixas de idade ativa, o que denota o fenômeno migratório. Itaquaquecetuba RMSP ESP RMSP Itaquaquecetuba 160 152,6 40 36,7

140 35 → Pirâmide 1991: A conformação nesta data já mostra diminuição da base pela redução da natalidade, denotando início do envelhecimento. 120 30 109,14 100,7 30,1 25,3 23,4 23,1 23,9 100 108,53 89,3 25 → Pirâmide etária 2000: Fortalecimento das faixas médias de idade e aumento da 92,8 81,3 84,2 26,0 80 92,8 76,16 20 17,1 PIA,3 parte em razão de crescimento migratório, parte devida ao processo de 21,7 72,98 68,97 21,4 20,6 77,38 57,4 envelhecimento (Gráficos 14, 15, 16 e 17). 60 71,35 15 65,56 58,91 17,3 55,36 40 10

20 5 (Filhos por 1000 mulheres em idade fértil) (Nascidos vivos por 1000 habitantes) 0 0 1980 1985 1990 1995 2000 2004 1980 1985 1990 1995 2000 2004 Fonte: Fundação Seade – www.seade.gov.br

3 População em Idade Ativa.

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envelhecimento, ao mesmo tempo em que aumenta a população feminina nas faixas Gráfico 14 Gráfico 15 etárias entre 15 e 24 anos, o que pode resultar do fenômeno da sobremortalidade Município de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetuba masculina, devido, em parte, à violência urbana, que afeta mais o contingente masculino, Pirâmide etária: 1970 Pirâmide etária: 1980 sobretudo nesses grupos etários (Gráficos 18 e 19).

75 e mais 75 e mais 70 a 74 70 a 74 Gráfico 18 Gráfico 19 65 a 69 65 a 69 60 a 64 60 a 64 RMSP RMSP 55 a 59 55 a 59 Pirâmide etária: 1991 Pirâmide etária: 2000 50 a 54 50 a 54 45 a 49 45 a 49 40 a 44 40 a 44 35 a 39 35 a 39 30 a 34 30 a 34 25 a 29 25 a 29 20 a 24 20 a 24 15 a 19 15 a 19 10 a 14 10 a 14 05 a 09 05 a 09 00 a 04 00 a 04 -20,0 Homens-10,0 0,0 10,0Mulheres 20,0 -20,0 -10,0Homens 0,0 10,0Mulheres 20,0

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970 e 1980.

Gráfico 16 Gráfico 17 a pirâmide de 1991 já mostra Município de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetubaa redução da fecundidade e o Pirâmide etária: 1991 Pirâmide etária:maior 2000 envelhecimento da Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1991 e 2000. população 75 e mais 75 e mais 70 a 74 70 a 74 A estrutura etária dos últimos 30 anos da década passada mostra as alterações pelas 65 a 69 65 a 69 60 a 64 60 a 64 quais Itaquaquecetuba passou. Assim, dividindo-se a população em três grupos etários – 55 a 59 55 a 59 até 14 anos, de 15 a 64 anos e de 65 e mais –, nota-se a redução do grupo de até 14 50 a 54 50 a 54 anos, proporcionalmente ao incremento relativo do grupo de 15 a 64 anos, ou seja, da 45 a 49 45 a 49 População em Idade Ativa (PIA), o que pode significar problemas de conjuntura, como o 40 a 44 40 a 44 35 a 39 35 a 39 desemprego, cuja taxa tem sido bastante elevada na Região Metropolitana de São Paulo. 30 a 34 30 a 34 Nesse mesmo período, a população de idosos aumentou relativamente, embora, como 25 a 29 25 a 29 demonstrado pelas pirâmides, o município de Itaquaquecetuba ainda apresente uma 20 a 24 20 a 24 estrutura bastante jovem, já que o incremento ainda se mantém praticamente no mesmo 15 a 19 15 a 19 patamar (Gráfico 20). 10 a 14 10 a 14 05 a 09 05 a 09 00 a 04 00 a 04 Com base no comportamento das variáveis demográficas, foi realizada pela Fundação -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 Homens Mulheres Homens Mulheres Seade a projeção da população, pela qual se obteve as cifras que vêm a seguir. Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1991 e 2000 e www.ibge.gov.br.

Comparadas, as pirâmides de Itaquaquecetuba com a Região Metropolitana de São Paulo nas duas últimas décadas – 1991 e 2000 – sofreram maior redução da natalidade e maior

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Gráfico 20 Tabela 2 Município de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetuba Evolução relativa por grupo etário: 1980/2000 População residente e projetada: 1970/2000 e 2000/20151

(Números absolutos)

2,2 1,6 2,1 2,5 Ano População Residente e Projetada 100,0 Mais de 65 90,0 RMSP Sub-Região Itaquaquecetuba De 15 a 64 Leste 80,0 1970 8 139 730 312 060 29114 Até 14 70,0 51,8 56,9 1980 12 588 725 519 037 73 064 59,1 63,4 60,0 1991 15 444 941 816 592 164 957 2000 17 878 703 1 130 965 272 942 50,0 2005 19 130 455 1 317 919 340 881

40,0 2010 20 309 647 1 513 486 410 095

30,0 2015 21 313 805 1 692 271 467 562 46,1 20,0 41,5 38,8 (Em %) 34,1 Período População Residente (Números (Em %) 10,0 RMSP osabsolutoSubsabsolutos)-Região Itaquaquecetuba e projetadaLeste 0,0 1970 1980 1991 2000 1970/1980 4,46 5,22 9,64 Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1970, 1980, 1991 e 2000. 1980/1991 1,88 4,21 7,68 1991/2000 1,65 3,72 5,81 2000/2005 1,39 3,16 4,62 Projeção Demográfica: 2005, 2010 e 2015 2010/2005 1,22 2,85 3,83

A Fundação Seade projetou, com base nas tendências observadas, a população de 2015/2010 0,99 2,30 2,70 Itaquaquecetuba para 467 562 pessoas em 2015, cerca de 70% da população observada pelo IBGE em 2000. As taxas de crescimento, seguindo a mesma tendência da Região População observada Metropolitana, deverão ser decrescentes, partindo de 4,62% ao ano entre 2000 e 2005, População projetada devendo cair para 2,70% ao ano entre 2010 e o ano-meta de 2015 (Tabela 2 ). Ainda assim, o município deverá crescer acima da sub-região leste e da RMSP. Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000. Itaquaquecetuba, que entre 1970 e 2000 cresceu acima de todos os demais municípios Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Populacional para RMSP 2005, 2010 e 2015. da sub-região, será, entre 2010 e 2015, superado pelo ritmo de crescimento mais 1 População projetada, 1º de julho.

acelerado de Ferraz de Vasconcelos e Biritiba-Mirim (Tabela 4 ).

26

Tabela 3 GráfiItaq e RMSPco 21 GráficoPopulação por 22 faixa etária 2010 RMSP - Sub-Região Leste - Município de Itaquaquecetuba População por faixa etária 2005 População residente: 1970, 1980, 1991, 2000, 20051, 20101, 20151 RMSP – Município de Itaquaquecetuba RMSP – Município de Itaquaquecetuba TGCA: 1970/1980, 1980/1991, 1991/2000, 2000/2005, 2005/2010, 2010/2015 População projetada por faixa etária: População projetada por faixa etária: (Números absolutos) 2005 2010(%) 14 14 Local População Residente RMSP Itaquaquecetuba RMSP Itaquaquecetuba

1970 1980 1991 2000 2005(*) 2010(*) 2015(*) 12 12

11,0

10,9

10,3

10,2

10,0

10,0 9,9

9,9 9,9

RMSP 8 139 730 12 588 725 15 444 941 17 878 703 19 130 455 20 309 647 21 313 805 10 9,9 10

9,1 8,9 8,8

Subregião Leste 312 060 519 037 816 592 1 130 965 1 317 919 1 513 486 1 692 271 8,6

9,3 9,3

7,9 7,8

8 9,0 8

8,8

8,7

8,5

8,4

8,4

7,2

8,4

7,2 8,2

Biritiba Mirim 9 033 13 377 17 833 24 653 28 760 33 652 38 815 7,9

8,0

7,9

7,9 7,7

6,6

7,5 6,3

Ferraz de Vasconcelos 25 134 55 055 96 166 142 377 171 278 201 824 230 763 6 6 6,6 5,8 6,4 29 001 5,2

Guararema 12 638 15 103 17 961 21 904 24 111 26 565 5,4 4,7 5,2

4 4,0 4 3,5

Itaquaquecetuba 29 114 73 064 164 957 272 942 340 881 410 095 467 562 4,4

3,9 2,8

2,3 425 120 3,2

Mogi das Cruzes 138 751 197 946 273 175 330 241 361 350 394 255 2,4

2,1

1,8

2,2 2,7 2 1,6 2

Poá 32 373 52 783 76 302 95 801 105 020 114 335 123 189 2,1

0,8

0,8

0,8 1,6 (Em %) 0,7 (Em %) Salesópolis 9 557 10 653 11 359 14 357 15 953 17 813 19 614 1,3 0 1,1 0 Suzano 55 460 101 056 158 839 228 690 270 566 314 947 358 207

75 e +

75 e +

05 09- 10 14- 15 19- 20 24- 25 29- 30 34- 35 39- 40 44- 45 49- 50 54- 55 59- 60 64- 65 69- 70 74-

00 04-

05 09- 10 14- 15 19- 20 24- 25 29- 30 34- 35 39- 40 44- 45 49- 50 54- 55 59- 60 64- 65 69- 70 74- TGCA 1970/1980 -1980/1991 - 1991/2000 - 2000/2005(*) - 2005/2010(*) - 2010/2015(*) 00 04- (Em %) Local TGCA (%) Fonte:População Fundação por faixaSeade etária – Diretoria 2015 de População – Projeção Demográfica 2005, 2010 e 2015. 1970/1980 1980/1991 1991/2000 2000/2005(*) 2010/2005(*) 2015/2010(*) RMSP 4,46 1,88 1,65 1,39 1,22 0,99 Gráfico 23 Subregião Leste 5,22 4,21 3,72 3,16 2,85 2,30 RMSP – Município de Itaquaquecetuba Biritiba Mirim 4,00 2,65 3,70 3,18 3,25 2,95 População projetada por faixa etária: 2015 Ferraz de Vasconcelos 8,16 5,20 4,50 3,83 3,39 2,76 14 Guararema 1,80 1,59 2,25 1,97 1,99 1,80 RMSP Itaquaquecetuba Itaquaquecetuba 9,64 7,68 5,81 4,62 3,83 2,70 Mogi das Cruzes 3,62 2,97 2,15 1,85 1,79 1,54 12

Poá 5,01 3,41 2,59 1,89 1,74 1,53

10,3 9,7 Salesópolis 1,09 0,59 2,66 2,17 2,27 1,98 10 9,7

Suzano 6,18 4,20 4,17 3,48 3,14 2,65 8,9 8,7

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991, 2000. 8,2 8,3

7,8 Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Populacional para RMSP 2005, 2010 e 2015. 8 9,0

7,4

1 População projetada, 1º de julho. 8,4

8,1

7,8

6,8 7,7

7,5 7,5

7,0 7,2

A projeção por faixa etária indica um aumento da População em Idade Ativa e redução 6 6,2 5,3

das faixas de idade da infância, o que resulta da tendência decrescente da fecundidade e 5,8 4,2

natalidade. Ainda assim, a performance do município está abaixo do conjunto da Região 4 4,7

3,8 3,1 Metropolitana de São Paulo em que esse padrão já se instalou há mais tempo (Gráficos 2,6

2,0 21, 22 e 23 e Tabelas 4, 5, 6 e 7). 2,7

2 1,0

1,0 (Em %) 1,7 0

75 e +

00 04 -

05 09 -

10 14 -

15 19 -

20 24 -

25 29 -

30 34 -

35 39 -

40 44 -

45 49 -

50 54 -

55 59 -

60 64 - 65 69 - 70 74 -

Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005, 2010 e 2015.

27

Tabela 4 Tabela 5 Região Metropolitana de São Paulo Município de Itaquaquecetuba Projeção demográfica por faixa etária: 2005 – 2010 – 2015 Projeção demográfica por faixa etária: 2005 – 2010 – 2015 (Números absolutos) (Números absolutos) Faixa etária População projetada Faixa etária População projetada 2005 2010 2015 2005 2010 2015 RMSP 19 130 455 20 309 647 21 313 805 Itaquaquecetuba 340 881 410 095 467 562 00 - 04 1.724.301 1.674.791 1.588.994 00 - 04 33.631 40.733 45.536 05 - 09 1.598.244 1.724.254 1.672.622 05 - 09 34.028 35.093 41.477 10 - 14 1.520.429 1.601.327 1.724.648 10 - 14 33.802 36.417 36.429 15 - 19 1.612.073 1.526.987 1.605.696 15 - 19 34.718 37.239 38.531 20 - 24 1.772.071 1.630.032 1.536.402 20 - 24 37.062 41.208 40.910 25 - 29 1.772.372 1.788.666 1.635.451 25 - 29 35.164 45.211 45.566 30 - 34 1.614.971 1.772.053 1.783.825 30 - 34 30.078 40.771 48.138 35 - 39 1.495.358 1.601.288 1.758.645 35 - 39 26.123 32.437 41.934 40 - 44 1.379.020 1.472.388 1.580.303 40 - 44 21.665 27.027 32.766 45 - 49 1.210.891 1.349.345 1.444.164 45 - 49 17.866 22.169 27.061 50 - 54 994.745 1.175.577 1.313.684 50 - 54 13.255 18.009 21.990 55 - 59 768.166 952.190 1.129.437 55 - 59 9.085 13.116 17.559 60 - 64 534.613 719.939 896.768 60 - 64 5.552 8.760 12.492 65 - 69 420.980 486.314 658.905 65 - 69 3.699 5.169 8.072 70 - 74 308.204 366.064 426.443 70 - 74 2.493 3.264 4.540 75 e + 404.017 468.432 557.818 75 e + 2.660 3.472 4.561 (Em %) (Em %) Faixa etária População projetada Faixa etária População projetada 2005 2010 2015 2005 2010 2015 RMSP 100 100 100 Itaquaquecetuba 100 100 100 00 - 04 9,01 8,25 7,46 00 - 04 9,87 9,93 9,74 05 - 09 8,35 8,49 7,85 05 - 09 9,98 8,56 8,87 10 - 14 7,95 7,88 8,09 10 - 14 9,92 8,88 7,79 15 - 19 8,43 7,52 7,53 15 - 19 10,18 9,08 8,24 20 - 24 9,26 8,03 7,21 20 - 24 10,87 10,05 8,75 25 - 29 9,26 8,81 7,67 25 - 29 10,32 11,02 9,75 30 - 34 8,44 8,73 8,37 30 - 34 8,82 9,94 10,30 35 - 39 7,82 7,88 8,25 35 - 39 7,66 7,91 8,97 40 - 44 7,21 7,25 7,41 40 - 44 6,36 6,59 7,01 45 - 49 6,33 6,64 6,78 45 - 49 5,24 5,41 5,79 50 - 54 5,20 5,79 6,16 50 - 54 3,89 4,39 4,70 55 - 59 4,02 4,69 5,30 55 - 59 2,67 3,20 3,76 60 - 64 2,79 3,54 4,21 60 - 64 1,63 2,14 2,67 65 - 69 2,20 2,39 3,09 65 - 69 1,09 1,26 1,73 70 - 74 1,61 1,80 2,00 70 - 74 0,73 0,80 0,97 75 e + 2,11 2,31 2,62 75 e + 0,78 0,85 0,98

Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005 a 2015. Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005 a 2015.

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Gráfico 24 Gráfico 25 Tabela 6 Tabela 7 Município de Itaquaquecetuba RMSP Região Metropolitana de São Paulo Município de Itaquaquecetuba Projeção demográfica grupos etários: Projeção demográfica grupos etários: TGCA: 2010/2005 e 2015/2010 TGCA: 2010/2005 e 2015/2010 2005/2015 2005/2015 (Em %) (Em %) Faixa População projetada Faixa População projetada etária 2010/2005 2015/2010 etária 2010/2005 2015/2010 RMSP 1,22 0,99 Itaquaquecetuba 3,83 2,70

00 - 04 -0,59 -1,06 00 - 04 3,97 2,29 05 - 09 1,56 -0,62 05 - 09 0,63 3,46 10 - 14 1,06 1,52 10 - 14 1,53 0,01 15 - 19 -1,10 1,03 15 - 19 1,44 0,70 20 - 24 -1,68 -1,20 20 - 24 2,18 -0,15 25 - 29 0,19 -1,80 25 - 29 5,24 0,16 30 - 34 1,91 0,13 30 - 34 6,38 3,44 35 - 39 1,40 1,92 35 - 39 4,50 5,36 40 - 44 1,34 1,45 40 - 44 4,60 3,99 45 - 49 2,23 1,39 45 - 49 4,49 4,14 Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005, 2010 e 2015. 50 - 54 3,46 2,28 50 - 54 6,43 4,15 55 - 59 4,46 3,53 55 - 59 7,75 6,11 60 - 64 6,24 4,57 60 - 64 9,72 7,49 O padrão da estrutura etária vai refletir em alguns indicadores que podem nortear as 65 - 69 2,98 6,37 65 - 69 7,04 9,49 políticas públicas, tais como: 70 - 74 3,56 3,15 70 - 74 5,63 6,94 Razão de dependência de crianças, ou seja, o peso da infância e adolescência sobre 75 e + 3,05 3,62 75 e + 5,57 5,71 a população ativa.

Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005, 2010 e 2015. Razão de dependência de idosos, ou seja, o peso do contingente de idosos sobre a população em idade ativa.

Distribuindo-se a população por três grupos etários – até 14 anos, de 15 a 64 e de 65 e Índice de envelhecimento demográfico, que revela o peso dos idosos em face do mais –, nota-se que Itaquaquecetuba terá, nos três qüinqüênios da projeção, contingente de crianças e adolescentes. proporcionalmente menos população no grupo de até 14 anos e pouco mais nos grupos de 15 a 64 anos e de 65 anos e mais, com proporção maior neste último, resultado do Todos esses indicadores revelam que o município de Itaquaquecetuba aproxima-se cada envelhecimento demográfico (Gráfico 24). vez mais dos padrões da Região Metropolitana de São Paulo, onde já predomina a redução da natalidade diante da queda da fecundidade e da migração, levando à Essa performance segue o padrão da RMSP, que deverá prosseguir na redução do estabilidade do grupo de população ativa e, por conseqüência, favorecendo o contingente de crianças e adolescentes, mantendo praticamente estável o contingente de envelhecimento demográfico. Nos qüinqüênios que vão até o ano-meta de 2015, dever- ativos e aumentando, proporcionalmente mais, o de idosos (Gráfico 25). se-á reduzir a razão de dependência de crianças, ao mesmo tempo em que aumentará a razão de dependência de idosos, reforçando, assim, o índice de envelhecimento demográfico. Entretanto, esses indicadores estarão ainda bastante distantes dos padrões da Região Metropolitana de São Paulo, embora estejam se aproximando cada vez mais (Tabelas 8 e 9).

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A partir dos anos 1990, inicia-se no Brasil uma fase de abertura dos mercados e de Tabela 8 Tabela 9 reestruturação das atividades produtivas, em busca da competitividade internacional. Muicípio de Itaquaquecetuba RMSP Seguindo a tendência mundial, novos processos e tecnologias são rapidamente Razões de dependência – Crianças Razões de dependência – Crianças incorporados, sobretudo em razão dos progressos na telemática e suas aplicações, e idosos – e Índice de Envelhecimento e idosos – e Índice de Envelhecimento Itaquaquecetuba RMSP notadamente na automação industrial, ocasionando mudanças significativas na 2005/2015 2005/2015 organização de processos de produção e gerenciais. Enquanto novas profissões e Ano Razão de dependência de Índice de Ano Razão de dependência de Índice de especializações são criadas, muitas outras são sucateadas, eliminando, assim, um (1) (2) (3) (1) (2) (3) Crianças Idosos Envelhecimento Crianças Idosos Envelhecimento grande número de postos de trabalho, especialmente na indústria. 2005 44,00 3,84 8,72 2005 36,82 8,61 23,40 2010 39,25 4,16 10,61 2010 35,75 9,44 26,41 Paralelamente, amplia-se a diferença entre a remuneração dos trabalhadores ligados à 2015 37,76 5,25 13,91 2015 33,96 11,19 32,95 “nova economia” e os ganhos obtidos pelas ocupações de baixa qualificação ou tradicionais, muitas das quais tornadas obsoletas e desnecessárias. Altera-se o perfil do Fonte: Fundação Seade – Diretoria de População – Projeção Demográfica 2005 a 2015. 1 (População de 0 a 14 anos sobre população entre 15 e 64)*100 trabalhador empregável, o que, na prática, significou elevação dos níveis de desemprego 2 (População de 65 anos e mais sobre população entre 15 e 64 anos) *100 e aumento das desigualdades. O espaço urbano-regional deverá refletir essas mudanças. 3 (População de 65 anos e mais sobre população de 0 a 14 anos) *100 Novas centralidades emergem e surgem novas opções de localização no mercado habitacional de alta renda, além das tradicionais áreas centrais do Município de São IV.2 Inserção do Município na Economia Regional Paulo. Conseqüentemente, nem sempre será possível identificar a periferia urbana como a localização geográfica da pobreza urbana. A segregação espacial, agora, não se refere Integrada por 39 municípios, com diferentes níveis de riqueza e de qualidade de vida, a somente aos pobres, mas também aos mais ricos, que buscam se proteger da crescente Região Metropolitana de São Paulo é caracterizada pela sua pujança econômica e violência urbana em condomínios fechados, que se localizam tanto nas áreas do Centro também pela complexidade e dimensão de seus problemas. Expandido do Município de São Paulo, como em outros municípios da RMSP.

O processo de metropolização da Grande São Paulo teve sua lógica associada à segunda Um dos grandes desafios das políticas públicas metropolitanas passa a ser, então, fase do processo de substituição de importações e à implantação da indústria de bens de aumentar o grau de coesão social, mediante a redução das desigualdades. No entanto, consumo duráveis. O dinamismo econômico da Região e a grande oferta de empregos tentativas de ampliação dos canais de participação e das possibilidades concretas de intensificaram os fluxos migratórios oriundos das regiões mais pobres, entre meados da inclusões social e econômica não apresentam resultados significativos e pouco se faz em década de 1950 e os anos 1970. termos de melhoria dos padrões de urbanização e integração espacial das áreas mais pobres. Nesse período, o alto crescimento demográfico verificado na Região deveu-se, em larga medida, ao seu componente migratório. Esses grandes contingentes de migrantes, A Região Metropolitana parece tornar-se sempre mais fragmentada e socialmente constituídos, em sua maioria, de trabalhadores de baixa renda, instalam-se em áreas desigual. Ao mesmo tempo, é economicamente vigorosa e capaz de articular outras áreas socialmente degradadas do Centro ou na periferia da Capital e de municípios limítrofes, dinâmicas no seu entorno imediato, constituindo um espaço macrometropolitano, alguns dos quais ainda predominantemente rurais. Assim, a expansão urbana se dá denominado Complexo Metropolitano Expandido (CME), a área de maior concentração de principalmente pela proliferação de assentamentos precários, freqüentemente ilegais, riqueza, no País e o mais importante espaço econômico da América do Sul, responsável carentes de infra-estrutura, acessibilidade e serviços públicos. As classes média e alta por aproximadamente 28% do Produto Interno Bruto brasileiro no ano 2000. permaneciam nas áreas centrais, mais bem dotadas nesse sentido e onde se concentra grande parte dos empregos, sobretudo no setor terciário. Além da RMSP, constituem o CME as Regiões Metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista, bem como os aglomerados urbanos de Sorocaba, Vale do Paraíba e Jundiaí, À incapacidade do Poder Público de fazer – em face das crescentes demandas sociais – conforme a ilustração que segue. e de organizar a ocupação do território somaram-se os interesses do capital imobiliário, favorecidos pela expansão do transporte público por ônibus, que permitia o acesso a Aí estão localizados os Portos de Santos e São Sebastião, os principais aeroportos e a loteamentos populares, cada vez mais distantes do Centro. No período recessivo, que se mais densa rede viária do Brasil. À parte o seu peso na economia brasileira, o CME inicia nos anos 1980, caracterizado pela crise econômica, crise fiscal do Estado e queda também tem pontos de conexão à economia global, através de fluxos financeiros, da capacidade de investimento do Poder Público, aumento das taxas de desemprego e mercadorias e serviços, particularmente intensificados após os grandes avanços nas queda dos salários, o quadro agrava-se ainda mais. telecomunicações ocorridos no final do século XX.

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A mudança do patamar tecnológico transformou radicalmente as noções de tempo e A Sub-Região Leste no Contexto da RMSP espaço, o que gerou grande impacto sobre as relações econômicas. Foram significativamente alterados tanto os limites físico-territoriais dos processos, como a O eixo leste da RMSP constitui um prolongamento da área de expansão da Capital e é velocidade dos fenômenos. Tais limites ganham grande fluidez, modificando, portanto, os um dos principais vetores de crescimento da Região. Acompanha a antiga estrada Rio – critérios de localização das atividades humanas e, conseqüentemente, a organização do São Paulo e a antiga Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), que ligava São Paulo ao Rio espaço urbano-regional. Assim, nem sempre a abordagem das questões urbano-regionais de Janeiro, cujo trecho metropolitano foi transformado nas linhas E (Brás – Estudantes) e poderá circunscrever um recorte físico-territorial claro e preciso. F (Brás –Calmon Viana) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Itaquaquecetuba situa-se na sub-região leste da RMSP. Embora a problemática local seja A sub-região leste é a maior da Região Metropolitana de São Paulo, com uma área de o ponto de partida da análise, esta deve referir-se aos contextos sub-regionais 213 500ha ou 23,5% da superfície total da RMSP. Dela fazem parte os municípios de metropolitano e macrometropolitano e considerar novos processos, espacialmente Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba-Mirim, difusos, que podem ser determinantes, ou, ainda, condicionar fortemente as perspectivas Salesópolis e Itaquaquecetuba. de desenvolvimento para o município. A principal característica da sub-região, do ponto de vista da ocupação do solo, é a sua Inicialmente, a análise aborda a sub-região leste em relação à RMSP. Em um segundo heterogeneidade, apresentando desde áreas urbanas consolidadas e em processo de momento, o município de Itaquaquecetuba é analisado em relação aos demais municípios verticalização até áreas agrícolas e outras, destinadas à proteção de mananciais e que constituem a sub-região leste, levando-se em conta a evolução do PIB, Valor reservação de água para o abastecimento público. Adicionado e número de estabelecimentos, além da estrutura de emprego e renda, no Em Mogi das Cruzes, as Áreas de Proteção aos Mananciais correspondem a 49,7% do período 2000/2003.4 território municipal; em Suzano: 69,2%, em Poá: 5,9%, em Ferraz de Vasconcelos: 40% e em Biritiba-Mirim: 88,6%.

Complexo Metropolitano Expandido Estão localizados na sub-região os seguintes reservatórios do Sistema Produtor Alto Tietê-Cabeceiras: Ponte Nova em Salesópolis, Biritiba na divisa entre Mogi das Cruzes e Biritiba-Mirim (em construção), Jundiaí em Mogi das Cruzes, Taiaçupeba na divisa de Suzano e Mogi das Cruzes e Paraitinga em Salesópolis (em construção). Em Suzano, situa-se também uma estação de tratamento de esgoto.

Vale destacar, ainda, a existência de áreas protegidas pela legislação ambiental: no município de Mogi das Cruzes está a Serra do Itapeti e no de Salesópolis, o Parque Nascentes do Tietê.

A presença de atividades agrícolas produtivas (chácaras e áreas de reflorestamento), mas também de outros usos rurais, associados ao lazer e ao turismo – tais como: sítios de recreio, pousadas, clubes de campo etc. –, ocorre em Biritiba-Mirim, Guararema e Salesópolis. Observam-se extensas áreas de cultivo ao sul de Mogi das Cruzes e de Suzano, no centro-norte de Biritiba-Mirim e na parte sul de Ferraz de Vasconcelos.

De fato, o setor leste da sub-região, formado por Guararema, Biritiba-Mirim e Salesópolis, caracteriza-se pela ocupação predominantemente rural, com baixa densidade demográfica, mesmo nos seus pequenos núcleos urbanos.

Já os municípios de Suzano e Mogi das Cruzes apresentam-se densamente urbanizados, com suas áreas centrais em processo de verticalização, particularmente Mogi das Cruzes, Fonte: Emplasa. que, com 721km2, é o maior da sub-região. Bem conectado à rede viária metropolitana é

4 também o pólo sub-regional. Em seu núcleo urbano, complexo e auto-suficiente, o uso Em algumas fontes existem informações para o ano de 1999. Quando elas estiverem disponíveis, as residencial mescla-se a estabelecimentos industriais, comerciais – inclusive tabelas abrangerão as informações deste ano.

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supermercados e shopping centers – e de serviços (Universidade de Mogi das Cruzes e Corredor Central de Exportação - Gargalo de Transposição Ferroviária da RMSP Universidade Brás Cubas, hospitais, agências bancárias e equipamentos de lazer).

O crescimento do setor terciário, em Mogi das Cruzes e Suzano, deu-se mediante a ocupação de áreas tradicionalmente industriais e se apóia nos segmentos populacionais de renda média, que constituem o principal mercado consumidor na região, bem como nas demandas do próprio setor de comércio e serviços. O município de Suzano tem como principal área de expansão a sua porção norte, situada nas proximidades dos limites com Itaquaquecetuba.

Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba caracterizam-se por sua função dormitório e pelo predomínio da ocupação residencial horizontal de baixo padrão. Em Poá e Itaquaquecetuba, existem conjuntos habitacionais destinados a segmentos de baixa e média rendas. A principal ligação viária da sub-região com o restante da RMSP e o Vale do Paraíba é a SP–70. O seu trecho denominado Rodovia Ayrton Senna começa em São Paulo, cruza os municípios de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e vai até Guararema, onde se conecta à Rodovia Presidente Dutra. Daí em diante, a SP–70 prossegue sempre paralelamente à Via Dutra, agora sob a denominação de Rodovia Carvalho Pinto, em direção ao Vale do Paraíba.

O transporte ferroviário de passageiros, na sub-região, é feito pelos trens das linhas E (Brás – Estudantes) e F (Brás – Calmon Viana) da CPTM. Fonte: Governo do Estado de São Paulo – Secretaria dos Transportes.

Já a MRS Logística detém, desde 1996, a concessão para operar o transporte ferroviário de carga – basicamente constituída de produtos siderúrgicos – na Malha Sudeste da Ferroanel RFFSA. Esta, com 1 674km de extensão, liga os Estados de São Paulo, e , com possibilidade de acesso aos Portos de Santos e Sepetiba. Em Itaquaquecetuba, a empresa opera o pátio intermodal de carga Manoel Feio.

O tramo norte / leste do Ferroanel ligará as estações ferroviárias de Campo Limpo Paulista, na região de Jundiaí, e Engenheiro Manoel Feio, em Itaquaquecetuba. Sua implantação deverá ter notável impacto na sub-região e, particularmente, sobre Itaquaquecetuba. O anel ferroviário, que circundará o Município de São Paulo, é um dos projetos prioritários do Governo Federal, devendo ser executado através de parcerias público-privadas. Com 66 km de extensão, o Ferroanel deverá facilitar as ligações das áreas industriais e comerciais da RMSP com os Portos de Santos e Sepetiba.

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O principal argumento favorável à priorização do tramo norte/leste é o fato de que a MRS Ademais, a construção do trecho leste do Rodoanel e sua integração ao Ferroanel Logística e a Brasil Ferrovias – empresas concessionárias das ferrovias e que deverão facilitar significativamente a ligação entre a porção leste da RMSP, a região do transportam carga para o Porto de Santos – já dispõem ou estão em vias de construir a ABC e o município de Guarulhos. Nesse processo, Itaquaquecetuba deve ter um papel infra-estrutura necessária à melhoria do acesso ao Porto. estratégico, em decorrência de sua localização e acessibilidade viária.

Independentemente desses grandes projetos, já operam, em Itaquaquecetuba, grandes Rodoanel Metropolitano de São Paulo centrais de distribuição, o que pode ser assumido como uma forte indicação de tendência à especialização do município.

Além do já referido pátio intermodal de carga Manoel Feio, operado pela MRS Logística, há o Terminal Siderúrgico Ferroviário (Tesmaf) da empresa Rio Negro – principal empresa de processamento de aço do País, ligada ao Sistema Usiminas. Em fase final de construção, sobre uma área de 230 mil metros quadrados, existe, ainda, o terminal rodoferroviário da empresa Julio Simões Transportes e Serviços. Trata-se da maior transportadora do País, que passa a atuar também como operadora intermodal, tirando partido da proximidade com os trilhos da MRS Logística. Além disso, estão previstos outros investimentos no município, tais como: Implantação da rede de gás canalizado pela Comgás. Instalação de uma Fatec. Instalação de uma grande agência do INSS, a maior já construída nas sub-regiões leste e nordeste5 da RMSP, segundo informação da Prefeitura de Itaquaquecetuba. Construção de Unidade do Sesi, também a maior das sub-regiões leste e nordeste, composta de equipamentos de lazer, Ensino Fundamental e centro profissionalizante. Construção de sede da Sociedade Paulista de Trote. Construção de quartel do Corpo de Bombeiros.

A Sub-Região Leste na Agenda Metropolitana

A Agenda para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo foi concebida como um instrumento de articulação de políticas e ações setoriais, nos vários níveis de governo, e se baseia na concepção do planejamento metropolitano como processo permanente. Consiste em um conjunto de propostas – planos, projetos e ações prioritárias – para a remoção de obstáculos ao desenvolvimento da Região e para o aproveitamento de suas potencialidades, segundo a percepção dos vários agentes públicos que nela Fonte: Governo de São Paulo – Secretaria de Transportes, 1999. atuam. Detalhe de fôlder de divulgação do Rodoanel Metropolitano de São Paulo. Desenvolvimento Rodoviário S.A.(Dersa). Sua elaboração foi coordenada pela Emplasa, em 2004, ao longo de vários encontros entre representantes de órgãos setoriais do Estado e dos 39 municípios integrantes da A boa acessibilidade sub-regional e as perspectivas a médio e longo prazos, decorrentes RMSP, agrupados por sub-região. Os representantes dos municípios da sub-região leste da implantação dos próximos trechos do Rodoanel e do início da construção do Ferroanel, consideraram prioritárias as seguintes questões: favorecem as atividades ligadas à logística.

5 A sub-região nordeste é constituída pelos municípios de Guarulhos, Arujá e Santa Isabel.

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Insuficiência das redes de saneamento básico. Reestruturação do Plano Ferroviário Estadual. Déficit habitacional, dificuldade de acesso à habitação e ocupação de áreas inadequadas. Foram consideradas prioritárias, pelos representantes dos municípios da sub-região, as seguintes ações: Degradação do meio ambiente e ausência de gestão ambiental integrada em áreas protegidas. Institucionalização da RMSP. Ausência de instrumentos para ordenamento do uso e ocupação do solo. Criação de um fórum metropolitano para articulação dos sistemas de gestão pública, incluindo transportes, recursos hídricos, saneamento e habitação. Falta de zoneamento ambiental, contemplando áreas rurais e urbanas. Introdução de mecanismos de compensação financeira, com a finalidade de Escassez de fontes regulares de financiamento público e de compensação financeira preservação e recuperação ambiental. nos municípios situados em áreas de mananciais. Criação de programas de incentivo à reutilização das águas pluviais e industriais. Ausência de programas para geração de emprego e renda em áreas urbanas e rurais. Desconhecimento das potencialidades econômicas da sub-região. A Mobilidade na Sub-Região Leste 6 Falta de integração e adequação das redes viárias aos diferentes modos de transporte. A análise da mobilidade nos municípios da sub-região baseia-se em dados sobre os Ausência de políticas educacionais e culturais para valorização do cidadão e falta de deslocamentos diários das pessoas, obtidos pela Pesquisa Origem – Destino de 2002. fóruns adequados aos debates sociais. Esses indicadores podem ser de grande utilidade para avaliar relações de polarização internas à sub-região ou fora dela. Ausência de uma instância permanente de planejamento e gestão metropolitana, com participação e compromisso efetivo dos municípios. Conforme mostra a Tabela 10, em 2002, das 2 179 455 viagens diárias produzidas na sub-região leste, 1 920 225 (88,1%) realizaram-se dentro da própria sub-região. Se Foram apresentadas as seguintes propostas: consideradas somente as 259 230 viagens externas – somatório das viagens com destino Implantação de programas e projetos para a preservação das nascentes nas áreas de ao Município de São Paulo e às demais sub-regiões da RMSP –, verifica-se que 206 600 mananciais. (79,6%) dirigem-se ao Município de São Paulo e apenas 52 630 (20,4%), às outras sub- regiões da RMSP. Formulação de políticas para geração de empregos na sub-região, incluindo apoio às micro, pequenas e médias empresas. Ainda na mesma tabela, pode-se observar que, das viagens originadas em Programas de incentivo à reutilização das águas pluviais e industriais. Itaquaquecetuba, 74 717 (20%) orientam-se para fora da sub-região leste. Em termos Introdução de multimodalidades no transporte público, com novas tecnologias que absolutos, este número supera qualquer outro município da sub-região; em termos atendam as várias demandas. percentuais, é inferior apenas a Ferraz de Vasconcelos (30%). O destino principal das viagens externas, originadas em Itaquaquecetuba, é o município da Capital, que atrai 64 Construção de viadutos e passagens subterrâneas para diminuir a interferência da 215 (86%) delas. Ainda que os demais municípios da RMSP quase sempre tenham a ferrovia no sistema viário local. Capital como destino principal de suas viagens externas, esse percentual é Modernização do transporte rápido de passageiros intermunicipal. particularmente alto em Itaquaquecetuba.

Compatibilização entre o tempo e a forma de operação dos sistemas de carga e O município de Guarulhos, que registrou grande expansão econômica nas duas últimas passageiros, por trilhos e pneus, nas áreas urbanas. décadas, além de ser facilmente acessível a partir de Itaquaquecetuba, aparece como o Ampliação da malha ferroviária e melhor aproveitamento das estruturas existentes, segundo destino mais freqüente. Para lá destinam-se 3 505 viagens diárias das 10 502 mediante a melhoria da logística de distribuição de cargas e mercadorias. com destino às demais áreas da RMSP. Outro destino, menos freqüente mas também bastante procurado, é o município de Santo André. Criação de instrumentos que priorizem o adensamento equilibrado nas áreas subutilizadas e áreas industriais remanescentes, lindeiras à ferrovia.

Viabilização do plano de transporte de carga e passageiros, através da integração dos 6 As informações utilizadas neste subitem foram obtidas pela Pesquisa de Origem – Destino da RMSP – diversos agentes envolvidos. 2002 (Mini OD), cujos resultados foram desagregados por município, para a sub-região, mantendo-se a mesma estrutura de distribuição de viagens adotada pela Pesquisa Origem e Destino de 1997.

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Biritiba Viagens Destino/Origem Ferraz Guararema Itaqua Mogi Poá Salesópolis Suzano Tabela 10 Mirim Internas(1) Sub-Região Leste Viagens diárias internas e externas à sub-região, todos os motivos: 2002 Biritiba-Mirim 33 975 0 0 87 457 0 326 2 301 37 146 Ferraz de 0 145 802 0 3 170 1 791 3 515 0 3 825 158 103 Viagens Externas à Sub-Região Vasconcelos Viagens Total de Guararema 0 0 27 917 72 2 811 0 0 218 31 018 Internas à Para o Total Viagens (Vi/Vt) Origem Para Outras Viagens Sub-Região Município Externas à % Itaquaquecetuba 87 3 058 146 273 384 5 326 4 406 0 4 903 291 310 Sub-Regiões Vt=Vi+Ve (Vi) de São Sub-Região Mogi das Cruzes 4 256 1 909 2 980 4 250 707 291 2 237 3 034 31 725 757 682 da RMSP Paulo (Ve) Poá 0 3 227 290 4 213 2 124 151 157 0 15 037 176 049 Biritiba-Mirim 37 146 3 794 880 4 674 41 820 88,82 Salesópolis 369 0 0 0 2 990 0 18 263 0 21 622 Ferraz de Vasconcelos 158 103 13 439 53 708 67 147 225 250 70,19 Suzano 986 3 900 0 5 007 31 985 14 680 0 390 737 447 295 Guararema 31 018 1 224 1 003 2 227 33 245 93,30 TOTAL 39 673 157 897 31 333 290 182 754 774 175 995 21 624 448 747 1 920 225 Itaquaquecetuba 291 310 10 502 64 215 74 717 366 027 79,59 Mogi das Cruzes 757 682 11 769 38 594 50 363 808 045 93,77 Fonte: Mini O/D – 2002 – Metrô de São Paulo. Elaboração: Emplasa. Poá 176 049 2 682 21 479 24 161 200 210 87,93 (1) Viagens internas à sub-região correspondem às viagens internas a cada município e viagens para outros municípios Salesópolis 21 622 0 329 329 21 951 98,50 dentro da sub-região. Suzano 447 295 9 220 26 392 35 612 482 907 92,63 TOTAL 1 920 225 52 630 206 600 259 230 2 179 455 88,11 Em resumo, a Tabela 13 mostra que, em 2002, 25,3% das viagens diárias, com origem Fonte: Mini O/D – 2002 – Metrô de São Paulo. em Itaquaquecetuba, foram direcionadas para fora de seu território. Assim, pode-se supor Elaboração: Emplasa. que, naquele ano, provavelmente, cerca de um quarto da população local deslocava-se

todos os dias, quase sempre por motivo de trabalho, em movimento pendular.

Tendo em vista o número de viagens entre os municípios, nota-se que as relações mais Dessas viagens, 70% tinham como destino a Capital. Tal padrão deve permanecer intensas dentro da sub-região ocorrem entre Mogi das Cruzes e Suzano, com inalterado, ao menos até a próxima década, não havendo, por ora, perspectivas de aproximadamente 32 mil viagens diárias, em ambos os sentidos, e entre Suzano e Poá, mudança significativa na oferta local de empregos a médio prazo. com cerca de 15 mil, também em ambos os sentidos (Tabela 11).

Considerando as viagens com origem em Itaquaquecetuba para os demais municípios da O Município no Contexto da Economia Regional sub-região, o maior número delas (5 326) tem como destino Mogi das Cruzes, que mantém vínculos tradicionais com Itaquaquecetuba, seguindo-se Suzano e Poá, com 4 A análise da dinâmica econômica municipal levou em conta a evolução do PIB, Valor 903 e 4 406 viagens, respectivamente, como os destinos mais freqüentes. Adicionado e número de estabelecimentos, além de abordar a estrutura de emprego e

renda, no período 2000/2003.7 Para cada uma dessas variáveis, foram adotados dois Em todos casos, nota-se que a maior parte das viagens internas à sub-região ocorre recortes territoriais: a sub-região leste, em relação à RMSP, e o município de dentro das fronteiras do próprio município de origem, ou seja, todos eles apresentam Itaquaquecetuba, em relação aos demais municípios que constituem a sub-região leste: elevadas taxas de retenção, com valores nunca inferiores a 84%. Para Itaquaquecetuba, a taxa é de 93% – a mais elevada do grupo. Porém, se considerarmos o total de viagens

(internas e externas à sub-região), a taxa de retenção é uma das mais baixas do grupo, conforme se vê na Tabela 12 a seguir.

Tabela 12

Sub-Região Leste

Taxa de retenção: 2002

Tabela 11 Sub-Região Leste 7 Matriz de viagens diárias internas da sub-região, todos os motivos: 2002 Em algumas fontes existem informações para o ano de 1999. Quando esta informação estiver disponível, as tabelas abrangerão as informações deste ano.

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Total de Vale observar que a tendência a uma participação decrescente da Capital no PIB regional Viagens Viagens Taxa de Total de Taxa de Viagens Internas ao Internas à Retenção Viagens Retenção pode ser explicada pelo prosseguimento do processo de descentralização de atividades Municípios Externas à Município Sub-Região 1 (Vt)=(Vi) 2 para outras áreas da RMSP e do interior paulista, particularmente para a Região Sub-Região (Vi) (Vi) SR (%) SR+(Ve) (%) Metropolitana de Campinas. (Ve) Biritiba-Mirim 33 975 37 146 91,46 4 674 41 820 81,24 Ferraz de 145 802 158 103 92,21 67 147 225 250 64,72 Tabela 14 Vasconcelos RMSP- Sub-Regiões e Município de São Paulo Guararema 27 917 31 018 90,00 2 227 33 245 83,97 Produto Interno Bruto: 2000/2003 Itaquaquecetuba 273 384 291 310 93,84 74 717 366 027 74,68 (valores em R$ 1.000,00) 2000 2001 2002 2003 Mogi das Cruzes 707 291 757 682 93,34 50 363 808 045 87,53 Sub-Regiões Poá 151 157 176 049 85,86 24 161 200 210 75,49 Valor % Valor % Valor % Valor % Salesópolis 18 263 21 622 84,46 329 21 951 83,19 São Paulo – Capital 127.437.119 63,7 134.306.169 63,3 140.066.059 63,0 146.855.265 60,1 Suzano 390 737 447 295 87,35 35 612 482 907 80,91 Sub-região norte 2.525.017 1,3 3.100.897 1,5 3.835.312 1,7 4.057.392 1,7 TOTAL 1 748 526 1 920 225 91,05 259 230 2 179 455 80,22 Sub-região leste 7.729.494 3,9 8.456.519 4,0 9.398.250 4,2 9.120.158 3,7 Sub-região nordeste 12.930.602 6,5 14.455.910 6,8 14.804.865 6,7 16.950.320 6,9 Fonte: Pesquisa Origem e Destino – 1997 – Metrô de São Paulo. Elaboração: Emplasa. Sub-região oeste 16.435.705 8,2 18.370.832 8,7 19.016.794 8,6 23.929.567 9,8 1 Corresponde à relação entre número de viagens internas ao município (VI) e total de viagens internas à Sub-Região Sub-região sudoeste 3.765.047 1,9 3.749.607 1,8 4.066.051 1,8 5.085.951 2,1 (VI)SR com origem no município. 2 Corresponde à relação entre o número de viagens internas ao município (VI) e o total de viagens (VT), com origem no Sub-região sudeste 29.266.498 14,6 29.745.965 14,0 31.057.194 14,0 38.359.122 15,7 município. TOTAL RMSP 200.089.482 100,0 212.185.899 100,0 222.244.525 100,0 244.357.775 100,0

Fonte: IBGE – Estudos Econômicos. Elaboração: Emplasa. Tabela13 Município de Itaquaquecetuba Viagens com origem no município: Síntese dos principais destinos: 2002 No mesmo período, o PIB da RMSP - Tabela 15 - cresceu 22,1%, em valores nominais. Destino Nº de Viagens Diárias % Tomando esta média como referência, observa-se que as sub-regiões apresentam a) Internas do município 273 384 74,7 dinâmicas de crescimento muito diferentes entre si. Por um lado, chama a atenção a sub- região norte, que acumula, no período, um crescimento de 60,7%, embora o valor b) Outros municípios da sub-região 17 926 4,9 absoluto do seu PIB seja pouco menos da metade do PIB da sub-região leste. Somente c) Município de São Paulo 64 215 17,5 esta sub-região e a Capital cresceram menos que a média da Região Metropolitana. d) Outras áreas da RMSP 10 502 2,9 Todavia, no caso da Capital, a base é incomparavelmente maior e, portanto, um incremento constante da ordem de 4% a 5% ao ano, o que é muito significativo em TOTAL 366 027 100,0 valores absolutos. Já a sub-região leste, depois de registrar crescimento muito superior à Fonte: Mini O/D – 2002 – Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). média metropolitana, em 2001 e 2002 teve crescimento negativo no final do período. Elaboração: Emplasa. Em termos reais, o PIB sub-regional cresce até 2002, mas, em 2003, decresce, atingindo um patamar inferior ao de 2000. A Tabela 16 mostra que, no período 2000/2003, há um Produto Interno Bruto (PIB) decréscimo real de 9,8% no PIB da sub-região leste, sempre em termos reais.

Na Tabela 14, pode-se observar que, entre 2000 e 2003, apenas as sub-regiões sudoeste, fracamente urbanizada, e a Norte, a mais pobre da RMSP, apresentaram valores do PIB inferiores à sub-região leste, cujo PIB manteve-se em torno de 4% do total regional. Tabela 15 Região Metropolitana de São Paulo, Capital e Sub-Regiões Evolução anual do Produto Interno Bruto: 2000/2003

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(em %) Municípios 2000 2001 2002 2003 Sub-Regiões 2001/2000 2002/2001 2003/2002 2003/2000 Biritiba-Mirim 100 130,2 133,2 122,1 São Paulo - Capital 5,4 4,3 4,8 15,2 Ferraz de Vasconcelos 100 100,8 99,2 93,8 Sub-região norte 22,8 23,7 5,8 60,7 Guararema 100 148,7 245,2 313,2 Sub-região leste 9,4 11,1 -3,0 18,0 Itaquaquecetuba 100 103,1 107,1 100,5 Sub-região nordeste 11,8 2,4 14,5 31,1 Sub-região oeste 11,8 3,5 25,8 45,6 Mogi das Cruzes 100 103,6 106,5 80,0 Sub-região sudoeste -0,4 8,4 25,0 35,1 Poá 100 102,1 99,7 88,3 Sub-região sudeste 1,6 4,4 23,5 31,1 Salesópolis 100 100,0 187,4 181,0 RMSP 6,0 4,7 10,0 22,1 Suzano 100 98,8 96,3 81,5 Fonte: IBGE – Estudos Econômicos. 100 102,4 104,9 90,2 Elaboração: Emplasa. TOTAL Fonte: IBGE e Fundação Seade.

Tabela 16 Sub-Região Leste A baixa expansão da economia, da qual a evolução do PIB municipal é um dos principais Evolução da participação do PIB por município: 2000/2003 indicadores, pode ser percebida melhor através da relação PIB/hab. A Tabela 18 mostra (em Us$ 1000 de 2003) que, no período 1999/2003, Itaquaquecetuba apresentou uma das piores relações 2000 2001 2002 2003 Municípios PIB/hab. da sub-região, sendo o penúltimo entre os municípios do conjunto, o que decorre Valor % Valor % Valor % Valor % do crescimento da população sem contrapartida no incremento da atividade econômica. Biritiba-Mirim 47.223 1,4 61.498 1,8 62.937 1,8 57.704 1,9 No mesmo período, o PIB/hab. de Guararema praticamente triplica. Suzano e Mogi das Ferraz de Vasconcelos 216.410 6,6 218.202 6,5 214.684 6,2 203.191 6,9 Cruzes, no entanto, seguem a mesma tendência de queda da relação PIB/hab. Guararema 54.679 1,7 81.336 2,4 134.082 3,99 171.300 5,8 Itaquaquecetuba 435.518 13,4 449.434 13,3 466.728 13,5 437.861 14,8 Mogi das Cruzes 951.721 28,9 986.368 29,3 1.013.921 29,4 761.734 25,7 Tabela 18 Poá 239 994 7,3 245.067 7,3 239.390 6,5 211.946 7,2 Sub-Região Leste PIB por habitante: 1999/2003 Salesópolis 28.240 1,0 28.242 0,8 52.931 1,5 51.132 1,7 (em US$ de 2003) Suzano 1.310.140 39,9 1.294.596 38,6 1.262.470 36,6 1.067.872 36,0 Municípios 1999 2000 2001 2002 2003 TOTAL 3.283.926 100,0 3.364.743 100,0 3.447.143 100,0 2.962.742 100,0 Biritiba-Mirim 1.920 1.920 2.420 2.400 2.130 Ferraz de Vasconcelos 1.480 1.520 1.480 1.400 1.270 Fonte: IBGE e Fundação Seade. Elaboração: Emplasa. Guararema 2.250 2.500 3.640 5.890 7.380 Itaquaquecetuba 1.670 1.600 1.580 1.560 1.400 Mogi das Cruzes 2.500 2.880 2.930 2.960 2.180 Observa-se que os municípios com maior participação no PIB sub-regional – Mogi das Poá 2.370 2.510 2.510 2.410 2.090 Cruzes e Suzano – apresentam fortes quedas reais no fim do período, enquanto Salesópolis 1.990 1.970 1.920 3.530 3.340 municípios ditos pequenos, como Salesópolis e especialmente Guararema, cujo PIB mais do que triplica, apresentam alto crescimento (ver Tabela 17). Nesse contexto, Suzano 5.240 5.740 5.480 5.170 4.220 Itaquaquecetuba apresenta crescimento da ordem de 3% a.a., em 2001 e 2002. Em 2003, Sub-região leste 2.690 2.910 2.890 2.870 2.390 porém, o PIB cai, voltando praticamente ao nível em 2000. Fonte: IBGE e Fundação Seade. Elaboração: Emplasa. Tabela 17 Valor Adicionado (VA) Sub-Região Leste Evolução do Produto Interno Bruto por município e total: 2000/2003 Outro macroindicador de desempenho refere-se ao conceito de Valor Adicionado (VA), (em números índices) que considera a receita de vendas, deduzidos os custos dos recursos adquiridos a

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terceiros. Portanto, é o quanto o setor ou o conjunto das atividades de uma região ou que a sua participação no total do emprego metropolitano passasse, em dez anos, de território contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Nesse 3,8% para 5,3%. No entanto, em 2002, sua participação cai para 5%, mantendo, assim, sentido, o Valor Adicionado mede com mais precisão o desempenho econômico da uma das menores ofertas de emprego da RMSP (ver Tabela 20). instituição ou do território que se analisa.8 A Tabela 21 mostra que, no período 1987/2002, a oferta de empregos, no Município da Tomando como referência o ano de 2003, o Valor Adicionado da sub-região foi da ordem Capital e na sub-região sudeste, cresceu abaixo da média metropolitana. Esse menor de R$ 8,4 bilhões (Tabela 19). A indústria e os serviços (aí incluídas as atividades crescimento é resultado do processo de “desconcentração industrial”, ocorrido entre 1987 comerciais) representaram 95,5% desse total, sendo residual a participação da atividade e 1997, em benefício de outros municípios da RMSP e de outras áreas do Estado de São agropecuária. Mesmo em Mogi das Cruzes, onde se concentra metade do VA Paulo, particularmente o eixo São Paulo – Campinas. No caso da sub-região sudeste, agropecuário sub-regional, a atividade responde por apenas 8,3% do VA total do destaca-se, no período, o movimento de saída da indústria automobilística, seguido por município. Da mesma forma, em Biritiba-Mirim e Salesópolis, embora o VA agropecuário esforços de reconversão das atividades econômicas na região do ABC. seja relativamente importante, é pouco significativo em termos absolutos. Esse processo está, provavelmente, associado ao crescimento do emprego tanto na sub- Em relação à hierarquia sub-regional, quando se considera o VA, a mesma Tabela 20 região leste – que chega a 70% entre 1987 e 1997 – como nas outras sub-regiões da confirma Suzano como principal centro econômico da sub-região, seguido por Mogi das RMSP. Cruzes e Itaquaquecetuba. Em termos de atividades econômicas, Itaquaquecetuba é um município totalmente urbano já que, a rigor, as atividades agropecuárias apresentam apenas 0,3% de seu VA. Tabela 20 Região Metropolitana de São Paulo, Sub-Regiões e Município de São Paulo Empregos por sub-região : 1987, 1997, 2002 Tabela 19 (em 1 000 empregos) Empregos Sub-Região Leste Sub-Regiões Valor adicionado por setor de atividade econômica, segundo os municípios: 2003 1987 % 1997 % 2002 % (valores em R$ 1.000 de 2003) São Paulo - Capital 4 002 70,9 4 250 61,1 5 224 65,4 Municípios Agropec. % Indústria % Serviços % Total % Sub-região norte 49 0,9 138 2,0 110 1,4 Sub-região leste 217 3,8 370 5,3 400 5,0 Biritiba-Mirim 87.308 48,4 16.372 9,1 76.784 42,5 180.465 100 Sub-região nordeste 277 4,9 441 6,3 464 5,8 Ferraz de Vasconcelos 114 0,0 269.785 44,6 334.821 55,4 604.720 100 Sub-região oeste 310 5,5 644 9,3 599 7,5 Guararema 24.660 5,4 205.853 44,9 228.327 49,8 458.841 100 Sub-região sudoeste 91 1,6 237 3,4 198 2,5 Itaquaquecetuba 4.224 0,3 601.892 47,5 661.996 52,2 1.268.112 100 Sub-região sudeste 701 12,4 879 12,6 988 12,4 Mogi das Cruzes 188.214 8,3 1.059.499 46,9 1.012.612 44,8 2.260.325 100 RMSP 5 647 100,0 6 959 100,0 7 983 100,0 Poá 528 0,0 305.295 50,7 296.491 49,2 602.314 100 Fonte: Pesquisas O/D – RMSP 1987 – 1997 e Mini O / D 2002 – Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Salesópolis 31.506 20,3 74.712 48,1 49.100 31,6 155.317 100 Cálculos: Emplasa – 2006. Suzano 39.454 1,4 1.884.712 66,6 906.998 32,0 2.831.164 100 Sub-região leste 376.008 4,5 4.418.119 52,8 3.567.130 42,7 8.361.257 100 Fonte: IBGE e Fundação Seade. A Tabela 22, a seguir, mostra que, em 2000, havia 402 234 pessoas empregadas, Elaboração: Emplasa, 2006. segundo o IBGE,9 na sub-região leste, sendo que o maior contingente concentrava-se no Pessoas Ocupadas e Rendimentos município de Mogi das Cruzes, com 30,8%, seguido por Itaquaquecetuba, com 21,9% e Suzano, com 20,3%. Biritiba-Mirim, Guararema e Salesópolis apresentavam os menores Segundo a Pesquisa O / D, a sub-região leste, que oferecia 217 mil ocupações em 1987, contingentes. passou para 370 mil em 1997. Essas 153 mil pessoas ocupadas adicionais fizeram com

8 Márcia Martins M. de Luca define Valor Adicionado como “...a remuneração dos esforços desenvolvidos 9 Os valores das duas fontes são bastante próximos, embora haja uma diferença de dois anos entre os para a criação da riqueza da empresa. Tais 'esforços' são, em geral: os empregados, que fornecem a mão- levantamentos e apesar de alguma diversidade metodológica. O IBGE considera as pessoas sem de-obra; os investidores, que fornecem o capital; os financiadores, que emprestam os recursos; e o rendimento que, no caso, são 7 392, e a Pesquisa O/D considera somente as que estão realmente governo, que fornece a lei e a ordem, infra-estrutura sócio-econômica e os serviços de apoio.” trabalhando.

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Carteira”. Destas pessoas, 44,6% ou 179 233 inseriam-se nas categorias denominadas Tabela 21 “Empregados outros, sem carteira” e “Conta Própria”, nas quais normalmente se Região Metropolitana de São Paulo, Sub-Regiões e Município de São Paulo concentra a atividade informal. Isto faz supor a existência de um grande número de Evolução do emprego total e sub-regiões: 1987, 1997, 2000 empregos de baixa produtividade. Na mesma tabela, vê-se que Itaquaquecetuba contava Índice - 1987 = 100 com 88 282 pessoas empregadas, das quais 42 062 ou 47,6% com carteira de trabalho. Anos Sub-Regiões Em seguida, as categorias mais numerosas eram “Empregados outros sem carteira” e 1987 1997 2002 “Conta Própria”, seguindo a mesma distribuição observada na sub-região. São Paulo - Capital 100 106,2 130,5 Sub-região norte 100 281,6 224,5 Sub-região leste 100 170,5 184,3 Tabela 23 Sub-região nordeste 100 159,2 167,5 Sub-Região Leste Sub-região oeste 100 207,7 193,2 Pessoas com mais de 10 anos ocupadas, segundo categoria de emprego e Sub-região sudoeste 100 260,4 217,6 município: 2000

Sub-região sudeste 100 125,4 140,9 Empr. Empr. Empr. RMSP 100 123,2 141,4 Milit. e Outros Conta Municípios Com % % % Empregador % % Outros % Total % Func. Sem Própria Fonte: Pesquisas O / D – RMSP 1987 – 1997 e Mini O/D 2002 – Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Carteira Cálculos: Emplasa – 2006. Púb. Carteira Biritiba 3 573 1,9 346 1,7 2 947 2,9 207 2,2 1 959 2,5 465 7,9 9 497 2,4 Ferraz 24 664 13,1 2 421 12,2 12 187 12,2 458 4,9 8 959 11,3 516 8,7 49 205 12,2 Tabela 22 Guararema 3 652 1,9 382 1,9 2 383 2,4 293 3,1 1 870 2,4 210 3,6 8 790 2,2 Sub-Região Leste Itaqua 42 062 22,4 3 658 18,5 22 404 22,4 1 161 12,3 18 366 23,2 631 10,7 88 282 21,9 Pessoas com mais de 10 anos por classe de rendimento: 2000 Mogi 57 799 30,8 7 086 35,8 29 523 29,6 4 394 46,6 22 780 28,7 2 272 38,5 123 854 30,8 Em salários mínimos( Poá 16 444 8,8 2 494 12,6 7 813 7,8 903 9,6 7 001 8,8 396 6,7 35 051 8,7 3 5 10 Mais Até Sem Salesópolis 1 548 0,8 275 1,4 2 357 2,4 111 1,2 1 389 1,8 297 5,0 5 977 1,5 Municípios % a % a % a % de % % Total % 3 Rend. Suzano 38 145 20,3 3 115 15,8 20 291 20,3 1 904 20,2 17 004 21,4 1 119 18,9 81 578 20,3 5 10 20 20 TOTAL 187 887 100 19 777 100 99 905 100 9 431 100 79 328 100 5 906 100 402 234 100 Biritiba-Mirim 6.218 2,8 1.317 1,7 1.081 1,7 305 1,6 106 1,4 472 6,4 9.499 2,4 Fonte: IBGE– Censo Demográfico. Ferraz 28.810 12,8 11.135 14,1 7.067 11,0 1.210 6,2 369 4,8 615 8,3 49.205 12,2 Elaboração: Emplasa. Guararema 5.588 2,5 1.199 1,5 1.117 1,7 451 2,3 224 2,9 211 2,9 8.790 2,2 Itaqua 54.758 24,4 18.278 23,2 11.685 18,2 2.027 10,4 555 7,2 977 13,2 88.281 21,9 Mogi 61.804 27,5 22.534 28,6 23.118 36,1 9.169 47,0 4.421 57,2 2.809 38,0 123.855 30,8 Estabelecimentos Existentes Poá 17.955 8,0 7.299 9,3 6.464 10,1 2.260 11,6 527 6,8 547 7,4 35.052 8,7 Salesópolis 4.016 1,8 788 1,0 565 0,9 196 1,0 88 1,1 322 4,4 5.977 1,5 Com referência ao número de estabelecimentos existentes no período 2000/2004, a Suzano 45.667 20,3 16.174 20,5 12.985 20,3 3.873 19,9 1.440 18,6 1.439 19,5 81.579 20,3 Tabela 24 mostra que a participação de Itaquaquecetuba é menos expressiva, mantendo- TOTAL 224.816 100 78.724 100 64.082 100 19.491 100 7.730 100 7.392 100 402.238 100 se em torno de 11% do total sub-regional, ao longo do período, sempre abaixo de Mogi Fonte: IBGE – Censo Demográfico das Cruzes, Suzano e Poá. Elaboração: Emplasa.

Observa-se que 75,5% do total de pessoas empregadas na sub-região enquadram-se nas O número de estabelecimentos instalados na sub-região cresceu quase 20% no período – classes de rendimentos de até cinco salários mínimos. Em Itaquaquecetuba, esse o mesmo crescimento observado em Itaquaquecetuba. Contudo, Mogi, com 33%, e percentual é ainda maior, ou seja, 82,7%, sendo que 62% estão na faixa de até três Suzano, com 20%, superaram a média sub-regional. Chama a atenção o fato de que, ao salários mínimos. Assim, Itaquaquecetuba caracteriza-se como um território de baixos longo do período considerado, a estrutura de distribuição dos estabelecimentos entre os salários, estando mesmo um pouco abaixo da média da sub-região leste, uma das mais municípios da sub-região permanece relativamente estável, com exceção de Poá, que, no pobres da RMSP. período, altera sua posição de 13,7%, em 2000, para 15,3%, em 2004.

Na Tabela 23, tem-se que, ainda segundo o IBGE, do total de pessoas empregadas em Tabela 24 2000 na sub-região, menos da metade (46,7%) estava na categoria “Emprego com

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Sub-Região Leste Número de estabelecimentos, valor absoluto e %: 2000/2004 No nível sub-regional, a estrutura diferencia-se: mantém-se a predominância dos Anos estabelecimentos comerciais, porém o número de estabelecimentos de prestação de Municípios serviços é mais do que o dobro dos industriais (Tabela 26). 2000 % 2001 % 2002 % 2003 % 2004 %

Biritiba-Mirim 220 2,1 234 2,1 251 2,2 246 2,1 256 2,1 De fato, Itaquaquecetuba abrigava 23% das unidades industriais da sub-região, em 2000 Ferraz de Vasconcelos 619 5,9 654 5,9 672 5,8 688 5,8 719 5,8 e em 2004. Entretanto, trata-se de indústrias de baixo Valor Adicionado. Guararema 423 4,1 433 3,9 421 3,6 420 3,5 436 3,5 Itaquaquecetuba 1 200 11,5 1 239 11,2 1 259 10,9 1 325 11,1 1 431 11,5 Mogi das Cruzes 4 164 39,9 4 372 39,5 4 524 39,0 4 684 39,2 4 885 39,2 Tabela 26 Poá 1 432 13,7 1 638 14,8 1 846 15,9 1 882 15,7 1 903 15,3 Sub-Região Leste e Município de Itaquaquecetuba Salesópolis 251 2,4 247 2,2 247 2,1 253 2,1 260 2,1 Evolução da estrutura produtiva entre 2000 e 2004 - Número de estabelecimentos Suzano 2 133 20,4 2 261 20,4 2 382 20,5 2 465 20,6 2 562 20,6 por setor de atividade (%) TOTAL 10 442 100 11 078 100 11 602 100 11 963 100 12 452 100 Setor de Atividade Território Adm. Fonte: IBGE. Ano Agropecuária Indústria Comércio Serviços Total Púb. 2000 954 1 740 4 174 3 546 28 10 442 Sub-Região Leste A Tabela 25 mostra que as taxas de crescimento no período também se apresentam sem 2004 930 1 984 5 258 4 259 21 12 452 fortes alterações de tendência, isto é, os municípios de Guararema e Salesópolis 2000 14 406 537 239 4 1 200 Itaquaquecetuba continuam a ser os de menor crescimento e os demais crescem aproximadamente no 2004 13 468 647 299 4 1 431 mesmo ritmo da sub-região em seu conjunto, destacando-se, porém, o maior dinamismo de Poá. Fonte:IBGE.

Tabela 25 Tabela 27 Sub-Região Leste Sub-Região Leste e Município de Itaquaquecetuba Evolução do número de estabelecimentos: 2000/2004 Evolução da estrutura produtiva entre 2000 e 2004 - Estabelecimentos por setor de Índice Ano 2000 = 100 atividade (%) Anos Municípios 2000 2001 2002 2003 2004 Setor de Atividade Território Adm. Biritiba-Mirim 100 106,4 114,1 111,8 116,4 Ano Agropecuária Indústria Comércio Serviços Total Púb. Ferraz de Vasconcelos 100 105,7 108,6 111,1 116,2 2000 9,1 16,7 39,9 34,0 0,3 100 Guararema 100 102,4 99,5 99,3 103,1 Sub-Região Leste 2004 7,5 15,9 42,2 34,2 0,2 100 Itaquaquecetuba 100 103,3 104,9 110,4 119,3 2000 1,2 33,8 44,8 19,9 0,3 100 Mogi das Cruzes 100 105,0 108,6 112,5 117,3 Itaquaquecetuba 2004 0,9 32,7 45,2 20,9 0,3 100 Poá 100 114,4 128,9 131,4 132,9 Salesópolis 100 98,4 98,4 100,8 103,6 Fonte: IBGE. Suzano 100 106,0 111,7 115,6 120,1 No caso dos estabelecimentos dedicados à agropecuária, tanto o município como a sub- TOTAL 100 106,1 111,1 114,6 119,2 região apresentam decréscimos Itaquaquecetuba já vinha apresentando uma participação Fonte: IBGE. muito baixa neste setor – apenas 1,5% –, denotando a tendência quase que totalmente Comparou-se a distribuição dos estabelecimentos por setor de atividade, em urbana do território. Itaquaquecetuba e na sub-região, em 2000 e 2004. Nas Tabelas 26 e 27, vê-se que, no município, predominam os estabelecimentos comerciais (44,8% e 45,2% em 2000 e 2004, respectivamente), seguidos dos industriais (33,8% e 32,7%, em 2000 e 2004, Finanças Municipais – Receitas respectivamente) e dos serviços.

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2002, há um crescimento bastante expressivo – próximo de 27%. Nos demais anos, Se considerarmos apenas os valores do início e do fim do período 2000/ 2004, a Receita porém, verificam-se sucessivas quedas. Total (RT) do município de Itaquaquecetuba apresenta um incremento de 9% (Tabela 28). Ao longo do período, no entanto, verificam-se oscilações significativas. Entre 2000 e Dentre os tributos, o mais importante é o IPTU, cujo valor arrecadado corresponde a 2001, ocorre uma queda de quase 5%. Já em 2002, observa-se um notável crescimento aproximadamente 50% da Receita Tributária municipal. No entanto, entre 2000 e 2004, há (27%). A Receita atinge, então, o seu maior valor no período. Segue-se nova queda, em uma queda de aproximadamente 28%. Da mesma forma, há uma queda significativa na 2003 (13%) e uma pequena recuperação (cerca de 4%) em 2004. arrecadação do ISS (11%), o segundo tributo em importância, e das Taxas, cuja arrecadação cai cerca de 36%. As Receitas Correntes respondem por mais de 80% das receitas do município, com destaque para as Transferências – particularmente as da União – que equivalem a Dado que o crescimento da população segue aproximadamente a variação da Receita aproximadamente 60% da Receita Total, embora apresentem uma tendência declinante a Total, o valor da Receita per capita mantém-se relativamente estável, exceto em 2001, partir de 2001. quando apresenta queda de aproximadamente 9%, e em 2002, quando registra crescimento de 20%, atingindo também o maior valor absoluto no período, analogamente Vale destacar também que o item Outras Receitas cresce significativamente a partir de à Receita Total (Tabela 29). 2002, quando registra uma variação de 104%. Em 2003 e 2004, mesmo crescendo a uma taxa bem menor, sua participação no total segue aumentando, sendo que, em 2004, chega a 35% da Receita Total.

Por outro lado, também a Receita Tributária mostra tendência declinante, observando-se uma queda de aproximadamente 16%, em 2004, em relação ao ano inicial. Somente em Tabela 28 Município de Itaquaquecetuba Receitas correntes e de capital: 2000/2004 (em R$ de 2004)

Receitas e Ano Valor Tributária Correntes Outros Total Receitas de Capital Total Transferências

Em R$ 25.678.965,52 70.761.600,46 25.739.104,64 122.179.670,61 7.400.172,53 129.579.843,15 2000 Variação (%) Em R$ 20.751.642,23 79.905.591,61 19.805.063,85 120.462.297,70 3.189.722,41 123.652.020,10 2001 Variação (%) - 19,19 12,92 - 23,05 - 1,41 -56,90 - 4,57 Em R$ 26.291.313,29 70.270.548,13 40.531.001,62 137.092.863,05 20.169.272,52 157.262.135,57 2002 Variação (%) 26,70 - 12,06 104,65 13,81 532,32 27,18 Em R$ 23.052.449,29 64.217.467,78 45.712.817,03 132.982.734,09 2.895.568,54 135.878.302,64 2003 Variação (%) - 12,32 - 8,61 12,78 - 3,00 -85,64 - 13,60 Em R$ 21.613.386,16 65.330.378,65 50.131.501,99 137.075.266,80 4.632.131,40 141.707.398,20 2004 Variação (%) - 6,24 1,73 9,67 3,08 59,97 4,29 Variação (%) 2000/2004 - 7,68 94,77 12,19 -37,41 9,36 Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração: Emplasa/CIE. Obs.:Deflatores: 2004/2000 = 1,682841680; 2004/2001 = 1,524849777; 2004/2002 = 1,343430297; 2004/2003 = 1,094017694 Tabela 29 Município de Itaquaquecetuba Receitas correntes e de capital: 2000/2004

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(valores em R$ de 2004) Ano 2000 2001 2002 2003 2004 População (hab.) 71.649 284.268 297471 311289 325749 Receita Total (RT) 129.579.843 123.652.020 157.262.135 135.878.302 141.707.398 RT/hab. 477 435 529 436 435 Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração: Emplasa.

Tabela 30 Município de Itaquaquecetuba Despesas realizadas por função: 2000/2004 (em R$ de 2004) Funções Ano Valor Adminis-tração e Educação e Habitação e Saúde e Assistência e Total Legislativa Transporte Outras Planejamento Cultura Urbanismo Saneamento Previdência Em R$ 6.572.338,18 11.361.292,28 46.715.283,04 21.439.788,19 20.004.150,45 6.635.104,02 18.622.868,60 276.757,08 131.627.581,83 2000 Variação (%) Em R$ 4.819.226,71 18.124.010,56 34.049.118,59 23.514.186,55 22.027.791,18 6.955.717,84 4.938.927,77 1.863.829,82 116.292.809,02 2001 Variação (%) -26,67 59,52 -27,11 9,68 10,12 4,83 -73,48 573,45 -11,65 Em R$ 4.076.780,89 12.425.828,01 44.133.916,71 46.159.247,83 25.743.724,06 3.088.948,73 0,00 7.890.374,73 143.518.820,96 2002 Variação (%) -15,41 -31,44 29,62 96,30 16,87 -55,59 -100,00 323,34 23,41 Em R$ 4.196.663,28 9.958.267,93 49.134.554,16 29.245.263,43 24.900.279,36 5.832.915,50 0,00 5.533.132,50 128.801.076,16 2003 Variação (%) 2,94 -19,86 11,33 -36,64 -3,28 88,83 - -29,87 -10,25 Em R$ 4.176.820,89 9.256.349,22 47.589.766,14 33.500.546,26 24.036.461,32 5.838.669,18 0,00 5.454.943,29 129.853.556,30 2004 Variação (%) -0,47 -7,05 -3,14 14,55 -3,47 0,10 - -1,41 0,82 Var. 2000/2004 -36,45 -18,53 1,87 56,25 20,16 -12,00 -100,00 1.871,02 -1,35

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Elaboração: Emplasa / CIE. Deflatores: 2004/2000 = 1,682841680 2004/2001 = 1,524849777 2004/2002 = 1,343430297 2004/2003 = 1,094017694

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Despesas Tabela 32 Município de Itaquaquecetuba Como se pode ver na Tabela 30, durante quase todo o período em análise, as despesas Relação entre receitas e despesas: 2000/2004 não cresceram – exceto em 2002, quando se verificou aumento de 23%. De fato, entre o (valores em R$ de 2004) primeiro e o último ano do período, registrou-se uma pequena queda, de pouco mais de Ano Receita Total (RT) Despesa Total (DT) RT – DT 1%, sendo que as maiores reduções ocorreram nas funções Transporte, Legislativa e Administração & Planejamento (Tabela 30). 2000 129.579.843,15 131.627.581,83 - 2.047.738,68 2001 123.652.020,10 116.292.809,02 7.359.211,08 Entre as despesas, o maior incremento ocorrido entre o primeiro e o último ano do 2002 157.262.135,57 143.518.820,96 13.743.314,61 período refere-se ao item Outras Despesas, que, ao contrário do que se poderia supor, 2003 135.878.302,64 128.801.076,16 7.077.226,48 não é residual e, a partir de 2001, apresenta um valor superior ao das despesas de 2004 141.707.398,20 129.853.556,30 11.853.841,90 Assistência e Previdência. Destaca-se também o crescimento das despesas com Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. Habitação & Urbanismo (56%) e Saúde & Saneamento (20%). Elaboração: Emplasa.

A despesa por habitante (Tabela 31) também mostra uma tendência predominantemente declinante; todavia, em relação à despesa total, sua queda é muito mais acentuada Conclusões (18%), considerando-se o início e o final do período, quando registra seu menor valor. É importante lembrar que a queda da despesa total foi pouco maior que 1%, entre o início e O desenvolvimento econômico de Itaquaquecetuba apresenta uma tendência estacionária o fim do período. se considerarmos a evolução de seu Produto Interno Bruto nos últimos anos, notadamente entre 2000 e 2003. Além disso, situa-se em uma sub-região que, no mesmo período, apresentou uma das menores taxas de crescimento da RMSP. Tabela 31 Município de Itaquaquecetuba À diferença de outros municípios da própria RMSP, especialmente Guarulhos, ou da Despesa por habitante: 2000/2004 Região Metropolitana de Campinas – situados ao longo da Via Anhangüera ou próximos (valores em R$ de 2004) ao complexo rodoviário que serve a Região –, os municípios da sub-região leste não se 2000 2001 2002 2003 2004 beneficiaram significativamente da desconcentração industrial observada a partir de 1980 População (hab.) 271 649 284 268 297 471 311 289 325 749 e da boa acessibilidade proporcionada por rodovias, como a Ayrton Senna. Quanto a Despesa Total (DT) 131.627.581 116.292.809 143.518.820 128.801.076 129.853.556 Itaquaquecetuba, sofrerá diretamente os impactos negativos decorrentes das transformações ocorridas no período. Despesa / hab. 485 409 482 414 399

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. O primeiro diz respeito à migração dos habitantes da Capital, para os municípios vizinhos, Elaboração: Emplasa. em decorrência da elevação dos preços de terrenos e dos aluguéis residenciais,

paralelamente ao crescimento do desemprego e à queda dos salários. Para a população

de baixa renda, a sub-região leste foi o destino preferencial. Os deslocamentos, iniciados Déficit Orçamentário em 1970, atingem seu ápice nos anos 1980 e 1990, gerando brutais incrementos

demográficos na sub-região e, particularmente, em Itaquaquecetuba. Apenas em 2000, o município apresentou um déficit de, aproximadamente, 16% da

Receita Total (RT). Nos demais anos, registrou superávits superiores a 5% da RT, O segundo grande impacto, decorrente do anterior, é quanto à qualidade do chegando a 9%, aproximadamente, em 2002, o que expressa uma situação financeira assentamento produzido, caracterizado por um padrão habitacional e urbanístico bastante equilibrada no município ao longo do período. freqüentemente precário e ambientalmente inadequado e pela estrutura urbana

fragmentada que predomina no município. As áreas agrícolas foram sendo rapidamente Entretanto, recomenda-se verificar a composição do item “Outras Despesas”, cujo desativadas para a implantação de loteamentos de baixo padrão, quase sempre crescimento superou amplamente todos os demais, ao mesmo tempo em que, a partir de irregulares e desprovidos de infra-estrutura, enquanto as áreas verdes remanescentes 2002, não foi atribuído valor ao item “Transportes”. ficaram restritas às margens da Rodovia Ayrton Senna.

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Funcionalmente, Itaquaquecetuba caracteriza-se como uma cidade-dormitório, com altas O apoio do Poder Público a iniciativas comunitárias, eventualmente em cooperação com taxas de desemprego e indicadores que expressam um quadro de pobreza e outros agentes públicos ou privados, deve ser de grande importância para o vulnerabilidade social. A atividade industrial apresenta baixo dinamismo, sendo que o estabelecimento de bases para uma ação de caráter transformador da economia e da distrito industrial está em grande parte ocioso e as atividades do setor terciário de âmbito sociedade local. local são pouco significativas. Além das estratégias de âmbito local, deve-se destacar a importância de promover a Acresce-se a esse quadro o fato de que as receitas municipais têm apresentado um cooperação também entre os municípios da sub-região leste, mediante a articulação dos crescimento lento e descontínuo, conforme foi assinalado anteriormente, o que respectivos planos diretores. Dessa forma, pode-se aumentar a eficiência no uso dos compromete a capacidade de o município fazer face às demandas sociais de uma recursos, para resolução conjunta de problemas comuns, nas mais diversas áreas – população que cresce a uma taxa correspondente ao triplo da média metropolitana. desde a realização de investimentos em infra-estrutura de saneamento até a criação de centros sub-regionais de capacitação profissional. Através de medidas na área fiscal, tais como a atualização do cadastro imobiliário, incluindo o recadastramento de propriedades rurais, e a revisão da planta genérica de valores é possível que se possa incrementar a arrecadação tributária municipal. IV.3 Serviços Sociais

Contudo, é preciso principalmente delinear as alternativas de desenvolvimento econômico local. Embora o município apresente boa localização e acessibilidade não apenas a IV.3.1 Saúde outras áreas da RMSP, mas também ao Porto de Santos, essa característica não se mostra suficiente para assegurar um desenvolvimento econômico equilibrado. De fato, a instalação de grandes centrais de distribuição no município, motivada pela boa Introdução acessibilidade viária, não teve impacto em termos de geração de emprego e renda para a população local. Trata-se de empreendimentos modernos, mas de corte “autárquico” e A descentralização da gestão em saúde, estabelecida pela Norma Operacional Básica do que praticamente não têm conexões, nem mesmo do ponto urbanístico, com a cidade. Ministério da Saúde (NOB–96), impulsionou o processo para o desenvolvimento de ações específicas do setor saúde, somada a intervenções complementares em favor da A melhoria a médio e longo prazos da acessibilidade sub-regional, como decorrência da promoção da saúde, que não trata apenas de evitar a doença, mas, sobretudo, de buscar implantação dos próximos trechos do Rodoanel e do início da construção do Ferroanel, uma qualidade de vida melhor. deve reforçar a tendência já observada de instalação de atividades ligadas à logística. Todavia, pode também servir para estimular outras atividades e a instalação de Na direção apontada pelos agentes de saúde, o trabalho do Plano Diretor Municipal empreendimentos diversificados, possivelmente de menor porte, porém, mais integrados pressupõe a intersetorialidade das políticas públicas, o seu planejamento a partir do à economia local. Qualidade ambiental, segurança e padrões de urbanização adequados município, o envolvimento e a participação da comunidade na definição de diretrizes, poderiam, então, significar um atrativo adicional, além de elevar o nível de bem-estar da implantação de projetos e no controle social. população em geral. Parte das doenças transmissíveis tem seus condicionantes nas condições do meio Para tanto, formulação de uma política urbana, a partir da articulação de políticas públicas ambiente, como as habitações insalubres: várias pessoas morando sob o mesmo teto em setoriais – ambientais, educacionais, de infra-estrutura e serviços sociais –, é essencial. espaços pequenos, falta de ventilação, habitações localizadas em áreas de risco, sem Além disso, o processo de participação da comunidade na formulação e priorização dos abastecimento de água, esgotamento sanitário inadequado, serviços de lixo irregular e problemas e de suas soluções pode revelar a disponibilidade de recursos locais, falta de infra-estrutura de transporte, dificultando o acesso aos equipamentos urbanos. normalmente ignorados ou subestimados. Outras questões relacionadas com as condições de vida, como: renda da população, A valorização das próprias potencialidades (conhecimento, habilidades e experiência) e o emprego, escolaridade e acesso aos equipamentos urbanos são matérias dos outros itens reforço do sentido de pertinência à comunidade, bem como o reconhecimento da desse documento. Alguns destes indicadores de qualidade de vida serão utilizados para a necessidade de cooperação em vários níveis, podem constituir-se em alavanca também compreensão de algumas doenças que, segundo a Organização Mundial de Saúde, para o associativismo e a criação de empreendimentos geradores de emprego e renda. devem ser controladas e dependem de ações concretas das autoridades municipais. Estímulos à economia solidária e aos pequenos negócios individuais podem gerar bons resultados nesse sentido. A erradicação de algumas doenças, a diminuição da taxa de mortalidade infantil – por diarréia e infecções respiratórias e doenças imunopreveníveis –, o aumento da cobertura

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de saneamento básico, crescimento da utilização dos métodos contraceptivos, risco à pobreza. Entre os maiores riscos, destacam-se o desemprego e a inserção precária no implementação da cobertura do pré-natal e da cobertura hospitalar de partos são alguns mercado de trabalho que, além da irregularidade dos rendimentos, deixa grande contingente de trabalhadores excluídos dos benefícios disponíveis para aqueles que estão inseridos de forma dos desafios a serem enfrentados no âmbito do Ministério da Saúde federal – Sistema regular no mercado de trabalho. Único de Saúde (SUS), do Município e do Estado. O montante de renda auferido pela família foi expresso pela renda do chefe do domicílio. Já o poder Um dos aspectos a ser ressaltado no Plano Diretor do Município, especificamente para o de geração e manutenção regular de renda foi medido por meio do nível de escolaridade do chefe, setor de saúde, é o acesso da população aos serviços de saúde, questão que perpassa o anos de estudo e acesso à educação básica. Assim, setores censitários que concentram parcelas expressivas de chefes de família com baixa renda e pouca escolaridade podem ser associados a SUS e está intrinsecamente unida à questão da garantia de acesso a uma saúde pública condições vulneráveis à pobreza. para todos, que, por sua vez, depende da estruturação e regionalização da rede de serviços. A dimensão relacionada ao ciclo de vida das famílias foi expressa pela idade do responsável e a presença de crianças com idade até quatro anos. Os trabalhos de Leitura Técnica da Saúde, efetuados para os fins da elaboração deste Essa abordagem, além de caracterizar diferentes situações de vulnerabilidade social, permitindo Plano Diretor, contemplaram duas análises: a dos Indicadores de vulnerabilidade e dos uma melhor compreensão do fenômeno, aponta para a necessidade de formulação de políticas indicadores de saúde. públicas voltadas para situações particulares, como as famílias com presença de crianças ou de idosos em condições de risco.

Análise dos Indicadores de Vulnerabilidade Grupo 1 – Nenhuma vulnerabilidade: engloba os setores censitários em melhor situação sócio- econômica (muito alta), com os responsáveis pelo domicílio possuindo os mais elevados níveis de renda e escolaridade. Apesar do estágio das famílias no ciclo de vida não ser um definidor do Para o resultado desejado, que é a avaliação das condições de vida da população, grupo, seus responsáveis tendem a ser mais velhos com menor presença de crianças pequenas e visando apontar e propor ações para os problemas dos setores de saúde, educação, de moradores nos domicílios quando comparados com o conjunto do Estado de São Paulo. segurança pública e promoção social, partiu-se do cruzamento de alguns índices já estudados e oficializados, como o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, Grupo 2 - Vulnerabilidade Muito Baixa – abrange os setores censitários que se classificam em segundo lugar, no Estado, em termos da dimensão sócio-econômica (média ou alta). Nessas áreas acrescentando-se a estes outros indicadores não priorizados para o cálculo fatorial deste concentram-se, em média, as famílias mais velhas. indicador. Grupo 3 – Vulnerabilidade Baixa – formado pelos setores censitários que se classificam nos níveis Além da variável renda do chefe de família, a escolaridade e a população por faixa etária, altos ou médios da dimensão sócio-econômica e seu perfil demográfico caracteriza-se pela que compõem o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, foram utilizadas informações predominância de famílias jovens e adultas. dos estudos setoriais de Habitação, Saneamento Básico e Meio Ambiente para a análise Grupo 4 – Vulnerabilidade média – composta pelos setores que apresentam níveis médios na da qualidade de vida dos moradores. dimensão socioeconômica, estando em quarto lugar na escala em termos de renda e escolaridade do responsável pelo domicílio. Nesses setores concentram-se famílias jovens, isto é, com forte As informações utilizadas pela Fundação Seade no estudo dos indicadores de presença de chefes jovens (com menos de 30 anos e de crianças pequenas). vulnerabilidade são provenientes do Censo Demográfico de 2000, detalhadas por setor Grupo 5 – Vulnerabilidade Alta – Engloba os setores censitários que possuem as piores condições censitário, sendo essa a única fonte de dados existente em escala intra-urbana para todo na dimensão socioeconômica (baixa) estando entre os dois grupos em que os chefes de domicílios o Estado de São Paulo. Adotou-se um Sistema de Informação Geográfica (SIG), por meio apresentam em média, os níveis mais baixos de renda e escolaridade. Concentra famílias mais do qual a maioria dos 48 mil setores censitários do Estado foi tratada e representada em velhas, com menor presença de crianças pequenas. cartografias temáticas. A unidade geográfica utilizada foi o setor censitário, que corresponde à unidade de coleta do Censo Demográfico, sendo definido como um Grupo 6 – Vulnerabilidade Muito Alta – O segundo dos dois piores grupos em termos da dimensão socioeconômica (baixa), com grande concentração de famílias jovens. A combinação entre chefes agrupamento contíguo de aproximadamente 300 domicílios. jovens, com baixos níveis de renda e de escolaridade e presença significativa de crianças pequenas permite inferir ser este o grupo de maior vulnerabilidade à pobreza10.” “O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) está baseado em uma tipologia derivada da combinação entre duas dimensões – socioeconômica e demográfica, que classifica o setor censitário em 6 grupos de vulnerabilidade social. Os indicadores de vulnerabilidade e a base cartográfica do IGC com as informações de uso do solo realizada pela Emplasa para o município de Itaquaquecetuba permitiram A dimensão socioeconômica compõe-se da renda apropriada pelas famílias e do poder de geração da mesma por seus membros. A demográfica está relacionada ao ciclo de vida familiar.

Na dimensão econômica considerou-se que níveis baixos de renda definem a situação de pobreza, 10 Texto – Metodologia do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – Espaços e dimensões da pobreza nos enquanto a escassez de fontes de rendimentos segura e regular delimita situações concretas de municípios do Estado de São Paulo, elaborado pela Fundação Seade.

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construir a Prancha de Vulnerabilidade,11 que servirá de referência para a análise Tabela 33 intersetorial, a qual, entendida como o cruzamento territorial dos vários indicadores tanto Município de Itaquaquecetuba físicos como sociais, permitiu a definição de áreas mais carentes por emprego, programas Indicadores que compõem o Indice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS: 2000 sociais, equipamentos sociais, moradia e saneamento básico. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social As seguintes pranchas foram utilizadas para o cruzamento das informações: 3 – Índice 2 6 Paulista de Vulnerabilidade Social, 4 – Equipamentos Sociais; 12 – Uso e Ocupação do Indicadores 1 3 4 5 TOTAL Solo; 2 – Densidade Ocupacional, 10 – Assentamento Urbano e 11 – Aptidão ao Muito Muito Nenhuma Baixa Média Alta Assentamento Urbano. Além das informações físico-territoriais, foram utilizadas para a Baixa Alta análise intersetorial informações do Censo Demográfico do IBGE – ano 2000 por setor censitário e por bairros, as quais são explicitadas a seguir. População Total 1 710 1 875 42 137 105 036 20 971 101 213 272 942

Analisando o indicador de vulnerabilidade social, segundo o aspecto de densidade Percentual da População 0,6 0,7 15,4 38,5 7,7 37,1 100,0 populacional, para uma população, no ano 2000, de 272 942 habitantes, 105 036 estão Domicílios Particulares 485 524 11 058 26 552 5 204 25 008 68 831 localizados nos setores censitários de Média Vulnerabilidade e 101 213 nos de Alta Tamanho Médio do 3,5 3,5 3,8 3,9 4,0 4,0 3,9 Vulnerabilidade. Domicílio (em pessoas)

O restante da população estava distribuído nos grupos de Baixa Vulnerabilidade: 42 13 Responsáveis pelo Domicílio Alfabetizados 98,8 94,1 93,3 90,7 85,6 84,7 88,6 habitantes, Muito Baixa Vulnerabilidade: 1 875 e Nenhuma Vulnerabilidade: 1 710. (%)

As informações da Tabela 33 e a Prancha 3 indicam que para um total de 68 831 Responsáveis pelo Domicílio c/ Ensino Fund. 80,4 45,4 37,8 28,9 25,1 20,5 27,5 domicílios particulares no ano 2000, 25 008 estavam localizados nos setores censitários Completo (%) de Alta Vulnerabilidade e 26 552 nos de Vulnerabilidade Média. O restante dos domicílios Anos Médios de Estudo particulares estava distribuído nos setores censitários de Baixa, Muito Baixa e Nenhuma 10,9 6,9 6,1 5,3 4,9 4,5 5,2 Vulnerabilidade. do Resp. pelo Domicílio Rend. Nominal Médio do Em relação aos responsáveis pelo domicílio alfabetizados, 88,6% dessa população são Resp. p/ Domicílio (em R$ 2 994 769 629 471 400 348 466 alfabetizados, sendo que apenas 27,5% dos responsáveis pelo domicílio completaram o de julho de 2000) Resp. com Renda de até 3 Ensino Fundamental. Os responsáveis com renda de até três salários mínimos 15,7 45,6 51,0 61,4 69,9 73,9 64,5 representavam 64,5% da população do município de Itaquaquecetuba. Sal. Mínimos (%) Resp. com Idade entre 10 16,5 12,2 15,3 22,6 16,1 22,9 20,9 e 29 Anos (%)

Idade Média do Resp. 42 47 43 40 43 40 41 pelo Domicílio (em anos)

Mulheres Responsáveis 20,6 30,0 23,8 19,8 24,8 19,0 20,6 pelo Domicílio (%)

Crianças de 0 a 4 Anos no 8,7 7,5 9,4 12,1 10,4 12,9 11,8 Total de Residentes (%) Fonte: IBGE. Censo Demográfico; Fundação Seade. Nota: Foram excluídos os setores censitários sem informação devido ao sigilo estatístico.

11 Prancha 3 - Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS).

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Prancha 3 – Vulnerabilidade frente

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Prancha 3 – Vulnerabilidade verso

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Caracterização dos Bairros Os equipamentos de infra-estrutura estão restritos a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Odete, seis escolas estaduais, seis municipais16 e três conjuntos O objetivo desse item é a adoção do bairro como unidade territorial de trabalho para a Empreendimento Habitacional PAR–CEF, dois habitacionais do CDHU e um correio. implantação de políticas setoriais, a serem realizadas em curto prazo, em áreas onde as Apenas uma parte da área urbanizada está servida por rede coletora de esgoto. O bairro condições de vida da população sejam consideradas piores, de acordo com alguns não possui serviços de farmácia, supermercados nem posto policial. indicadores sociais priorizados nessa caracterização.

Bairro Cuiabá: Bairro Campo Limpo: A população deste bairro, no ano 2000 (Censo Demográfico IBGE), era de 21 084 A população deste bairro, no ano 2000 (Censo Demográfico IBGE) era de 34 286 habitantes. A composição da população nas faixas etárias de 0 a 9 anos, de 10 a 29, de habitantes, sendo um dos mais populosos do município de Itaquaquecetuba. A população 30 a 59 e idosos com 60 anos e mais representavam, respectivamente, 22,2%, 39,9%, nas faixas etárias de 0 a 9 anos, de 10 a 29 anos, de 30 a 59 anos e idosos de 60 anos e 33,4% e 4,4% do total da população do bairro. mais representavam, em relação à população total do bairro, respectivamente: 24,85%, 40%, 31,7% e 3,26%. Os responsáveis pelo domicílio com renda até cinco salários mínimos, de cinco a dez salários mínimos e os responsáveis sem rendimento (desempregados e/ou sem carteira No que diz respeito à renda do responsável pelo domicílio, aqueles que ganhavam até assinada) representavam, respectivamente: 61,4%, 18,3% e 17% do total dos cinco salários mínimos representavam 68,3%, sendo que 21% deles estão entre as responsáveis. pessoas sem rendimentos, o que pode caracterizar desemprego e trabalho temporário (sem carteira assinada). Os responsáveis pelo domicílio que completaram o Ensino Fundamental representavam 69,6% do total dos responsáveis, sendo que apenas 14,4% do total dos responsáveis Quanto ao grau de estudo, do total de 8 602 responsáveis pelo domicílio, 74,5% concluíram o Ensino Médio. A participação dos responsáveis pelo domicílio sem nenhuma completaram apenas o Ensino Fundamental (Ginásio) e aqueles sem nenhuma escolarização era de 10,3%. escolarização significavam 12,6% dessa população. A maior parte das áreas com alta densidade de ocupação residencial17 está localizada em Nesse bairro, o tipo de ocupação predominante é a residencial de alta densidade.12 A setores censitários considerados de Média Vulnerabilidade (IPVA) e nesse local, próximo maior parte das residências está localizada em setores censitários de Média e Alta às residências, observam-se algumas indústrias de porte pequeno como extensão das Vulnerabilidade 13 e segundo os critérios de aptidão física para o assentamento urbano,14 ZUPIs existentes nos bairros Corredor e Perobal. essas ocupações estão em áreas com restrições localizadas, exigindo cuidados especiais de projeto e implantação. Dentro desse mesmo critério, as ocupações mais problemáticas A ocupação – Condomínio Arujazinho II é uma extensão da ocupação do município de são as áreas particulares com assentamentos irregulares15 somando 10 glebas nesse Arujá e está localizado em setores censitários considerados de Nenhuma Vulnerabilidade bairro. (população com poder aquisitivo acima de cinco salários mínimos).

As ocupações por indústrias estão localizadas próximas ao limite do bairro Una, local As ocupações, por chácaras e atividades hortifrutigranjeiras no bairro Cuiabá, estão denominado Quinta da Boa Vista; observam-se no seu entorno ocupações por residências localizadas próximas ao limite do bairro Pinheirinho e são setores censitários com alta densidade de ocupação. considerados entre Média e Muito Alta Vulnerabilidade.

As atividades hortifrutigranjeiras e chácaras são ocupações esparsas localizadas Os equipamentos de saúde Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Caiuby e de próximas ao córrego. As áreas com reflorestamento e matas são pontos isolados com educação (cinco unidades de Ensino Municipal e três escolas estaduais) estão localizados tendência ao uso residencial ou industrial. nas áreas com alta densidade de ocupação. Nos locais com atividade hortifrutigranjeira e ocupação por chácaras, observa-se apenas um centro de zoonose e nenhum equipamento social.18

12 prancha – Densidade de Ocupação. 13 prancha – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. 16 Análise do Setor Educação – Item Educação. 14 prancha – Aptidão Física e Assentamento Urbano. 17 Prancha 2 – Densidade de Ocupação. 15 prancha – Assentamento Urbano. 18 Prancha 4 - Equipamentos Sociais.

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O bairro de Cuiabá está desprovido de infra-estrutura por serviços de farmácia, Bairro Corredor: supermercados e uma parte dos setores censitários não possui rede coletora de esgoto.19 A população deste bairro era de 27 431 habitantes no ano 2000 (Censo Demográfico – IBGE). A população nas faixas etárias de 0 a 9 anos, de 10 a 29, de 30 a 59 e idosos de Bairro Pinheirinho: 60 anos e mais representavam em relação à população total, respectivamente, 23%, 40,7%, 32,4% e 3,7%. A população deste bairro era de 15 289 habitantes no ano de 2000 (Censo Demográfico – IBGE), dos quais 14,7%, 24,7%, 18,8% e 2,15% representavam, respectivamente: Os responsáveis pelo domicílio somavam 6 910 pessoas. Os responsáveis com renda até crianças na faixa etária até nove anos, adolescentes e jovens de 10 a 29, adultos de 30 a cinco salários, de cinco a 10 e de 10 e mais salários mínimos e sem rendimentos (sem 50 e idosos de 60 anos e mais. carteira de trabalho e/ou desempregados) significavam, respectivamente: 68%, 10,4%, 1,7% e 19,5%. Os responsáveis pelo domicílio com renda até cinco salários mínimos, 5 a 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos e responsáveis sem rendimento (sem carteira Em relação ao grau de estudo dos responsáveis pelo domicílio, os responsáveis com assinada, desempregados) significavam, em relação à população total de 2 247 Ensino Fundamental completo, com Ensino Médio e em escolarização significavam, responsáveis, respectivamente: 68%, 9,6%, 1,5% e 20,6%. respectivamente, 73,5%,11,9% e 11,5% dessa população.

Em relação ao grau de estudo dos responsáveis pelo domicílio, 75,5% dos responsáveis Em relação à distribuição da população no território, observamos setores censitários com completaram o Ensino Fundamental (Ginásio), 10,2% completaram o Ensino Médio e alta densidade de ocupação por residências e localizadas em áreas consideradas entre 12,3% dessas pessoas não tinham escolarização. Média e Muito Alta Vulnerabilidade (Jardim Paineira, Jardim São Manoel, Jardim Maragogipe, Jardim São Armando e Jardim São Armando). Os setores censitários localizados ao norte do bairro e próximos ao limite do município de Arujá foram considerados pela análise do Índice Paulista de Vulnerabilidade como de Alta Os setores de média e baixa densidade de ocupação estão localizados a leste do bairro e e Média Vulnerabilidade, apresentando alta densidade de ocupação (Prancha 2) e estão são ocupações mescladas por residências e chácaras em setores censitários de Alta e localizados em áreas passíveis de ocupação com sérias restrições. Ao sul do bairro, nota- Média Vulnerabilidade. Todas essas ocupações são entremeadas por reflorestamento e se a presença de dois bolsões de ocupação residencial de média e alta densidade, áreas verdes. considerados de Muito Alta Vulnerabilidade. Próximo ao córrego corredor, limite com o bairro Perobal, localiza-se uma área particular No restante dos setores censitários, a ocupação por residências, indústria, atividade invadida, em setores censitários de Muito Alta vulnerabilidade (IPVS). Ao sul do bairro, hortifrutigranjeira e chácaras é esparsa e está localizada em setores censitários de Alta limite com o bairro Rio Abaixo e próximo ao loteamento Parque Viviane e Jardim Paineira, Vulnerabilidade. As indústrias estão situadas próximas à Avenida Airton Sena e se observam-se mais duas áreas particulares invadidas, também em setores censitários de mesclam com a atividade hortifrutigranjeira nas várzeas dos córregos. Neste local, as Muito Alta Vulnerabilidade. áreas com reflorestamento permeiam uma parcela significativa dos vários tipos de ocupação. Segundo informações da Prancha – Assentamento Urbano, está definida uma área para uso industrial, próxima à Rodovia Ayrton Senna e junto à várzea do Rio Caputera. No As informações sobre a infra-estrutura existente mostram a existência de dois local destinado à ZUPI, o uso é diversificado com ocupação por indústrias, residências, empreendimentos habitacionais PAR - CEF e um habitacional CDHU. O Condomínio atividade hortifrutigranjeira e chácaras. Essa área definida para uso industrial é uma Área Pinheirinho PAR - CEF está localizado muito próximo à área de várzeas, local de Proteção aos Mananciais (APA). Uma outra área com ocupação residencial – Jardim considerado com severas restrições, segundo critérios da carta de aptidão física. Japão –, implantada na várzea e próxima à ZUPI 1 – está sujeita às inundações constantes (áreas com severas restrições). Os equipamentos em funcionamento no bairro são: uma unidade básica de saúde - UBS - Jardim Nívea Lousada, três unidades de Ensino Municipal e duas escolas estaduais. Os Em relação à infra-estrutura existente, dois empreendimentos habitacionais programados serviços de farmácia, supermercado e posto policial não existem. A infra-estrutura de PAR - CEF - Condomínio das Tulipas e Condomínio das Azaléias – estão edificados, ao saneamento básico - rede coletora de esgoto não cobre 50% das ocupações. sul do bairro, próximos ao Jardim Paineira.

Nos setores censitários com alta densidade de ocupação residencial estão funcionando cinco escolas estaduais e cinco unidades de Ensino Municipal. Os equipamentos de 19 Prancha 6 - Saneamento Básico – Esgoto.

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saúde são duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecendo atendimento No tocante à infra-estrutura existente, depreende-se um empreendimento habitacional ambulatorial: UBS – Jardim Paineira e UBS – Jardim Maragogipe. localizado próximo à área reservada para o uso industrial – ZUPI 2. Os equipamentos de serviços específicos – como: supermercados, farmácia e outros –não existem. Os serviços de farmácia, supermercados e posto policial localizados próximos às ocupações residenciais não existem. A terceira CIA de polícia funciona em local próximo A maior parte dos setores censitários não possui rede coletora de esgoto, com exceção ao limite do bairro Cuiabá e do bairro Perobal. A infra-estrutura de saneamento básico – do bolsão de ocupação ao norte do bairro. rede coletora de esgoto – é insuficiente.20

Bairro Ribeiro Bairro Rio Abaixo A população total deste bairro era de 4 143 habitantes, sendo que as faixas etárias de 0 a A população total deste bairro era de 19 600 habitantes, sendo que as faixas etárias de 0 9 anos, de dez a 29, de 30 a 59 e mais de 60 anos significavam, respectivamente, 24,9%, a 9, adolescentes e jovens de 10 a 29, adultos de 30 a 59 e idosos com 60 anos e mais 40%, 30,5% e 4,3% da população total. representavam, respectivamente 25,6%, 39,3%, 31,9% e 3,1%. O total dos responsáveis pelo domicílio somava 1 010 habitantes, sendo que 67,6% A população total dos responsáveis pelo domicílio era de 4 767 habitantes, sendo que a cursaram o Ensino Fundamental, 9,5% completaram o Ensino Médio, 1,7% finalizou o população recebendo até cinco salários mínimos, até dez salários mínimos e mais de dez Curso Superior e 20,45% não possuíam escolarização. sem rendimentos (desempregados e/ou sem carteira assinada) representavam, respectivamente, 66,5%, 9,7%, 10,8% e 22,6% dos responsáveis pelo domicílio. A maior parte dos responsáveis pelo domicílio recebia até cinco salários mínimos (72%). A população dos responsáveis pelo domicílio que recebiam de cinco a dez salários Em relação ao grau de estudo, para um total de responsáveis pelo domicílio de 4 769 representava 7,7% da população dos responsáveis e com mais de dez 0,9%. A população habitantes, 77,7% cursaram o Ensino Fundamental (Ginásio), 10,7% completaram o dos responsáveis sem rendimento e/ou carteira assinada representava 19% dessa Ensino Médio, 1,95% fez o Curso Superior e 11,9% não possuem grau de escolarização. população.

Os setores censitários localizados ao norte do bairro são considerados de alta densidade A maior parte dos setores censitários com ocupação residencial foi considerada, segundo de ocupação, critérios estabelecidos na Prancha 12, com o uso predominante residencial o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) como de Alta e Muito Alta em áreas consideradas de Média Vulnerabilidade. Verificam-se neste local duas Vulnerabilidade. Segundo informações da Prancha 12, as ocupações residenciais estão pequenas áreas particulares com assentamento irregular. localizadas próximas ao bairro São Bento, quase na divisa com o município de Mogi das Cruzes. Nota-se ainda neste local uma área particular com assentamento urbano Outros pontos isolados de alta densidade de ocupação residencial estão mesclados com irregular. ocupação industrial, uso por chácaras e atividade hortifrutigranjeira situados nos setores censitários, próximos à área destinada para o uso industrial (ZUPI 1) e localizados em A área do bairro Ribeiro foi caracterizada (Carta de Aptidão Física) como áreas passíveis setores censitários de Alta Vulnerabilidade. A área destinada ao uso industrial está de ocupação com sérias restrições – condições topográficas desfavoráveis em muitos delimitada na várzea do Córrego Ribeiro da Silva, local considerado com severas setores de encosta, impondo diretrizes rígidas de projeto e implantação. Na área mais restrições para o assentamento urbano, segundo os critérios de aptidão física.21 central do bairro Ribeiro está funcionando o aterro sanitário e em seu redor há área de reflorestamento. Quanto aos equipamentos urbanos, estão funcionando três escolas estaduais, três unidades de Ensino Municipal e uma Unidade de Saúde Familiar (USF) nas áreas Em relação aos equipamentos sociais, está funcionando uma escola estadual e uma definidas como de alta densidade de ocupação residencial, próximas ao limite do Unidade de Saúde Familiar (USF), localizadas ao redor das ocupações residenciais de município de Guarulhos. Alta e Muito Alta Vulnerabilidade. Neste local, não existe rede coletora de esgoto.

Se considerarmos que a infra-estrutura envolve, também, serviços básicos, como: supermercados, farmácias e outros, a maioria dos bairros do município de Itaquaquecetuba, exceto a área urbanizada consolidada, está desprovida desses serviços. 20 Item “Texto – Saneamento Básico e Esgoto”. 21 Item “Texto – Meio Ambiente”.

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Bairro Perobal Os setores censitários, com alta densidade de ocupação residencial, estão localizados ao sul do bairro e próximos ao limite do município de Suzano e são avaliados como setores O total da população deste bairro era de 10 177 habitantes, sendo que as faixas etárias de Alta Vulnerabilidade (IPVS). Além da ocupação por uso residencial, uma parcela de 0 a 9 anos, adolescentes e jovens de 10 a 29, adultos de 30 a 59 e a população de 60 significativa das áreas é de reflorestamento e estão mescladas com atividade anos e mais significavam 23,3%, 40,9%, 32,7% e 2,9%, respectivamente. hortifrutigranjeira.

O total dos responsáveis pelo domicílio somava uma população de 2 597 responsáveis. Nos setores censitários com ocupação residencial, observa-se uma área particular Os responsáveis pelo domicílio recebendo até cinco salários mínimos representavam invadida e uma unidade de Ensino Municipal. Uma parte dos setores censitários com uso 68,6% dessa população. Aqueles que recebiam de cinco a dez salários mínimos, de dez a residencial não possui rede coletora de esgoto. 20, mais de 20 e sem rendimentos (sem carteira assinada e/ou desempregados) representavam 11,5%, 2,3%, 0,8% e 16,5%, respectivamente. Bairro Una Quanto ao grau de estudo da população dos responsáveis pelo domicílio, 75,5% finalizaram o Ensino Fundamental, 10,35 completaram o Ensino Médio e 3,2% têm Curso O total da população residente neste bairro era de 2 536 residentes. A população na faixa Superior. etária de 0 a 9 anos, de 10 a 29, de 30 a 59, de 60 e mais representavam em relação à população total: 7,9%, 41,2%, 32,8% e 5,3%, respectivamente. O bairro Perobal está localizado ao norte do município de Itaquaquecetuba, limite com o de Arujá. Os setores censitários, com ocupação residencial próximo ao Córrego Perova, O total dos responsáveis pelo domicílio era de 628 residentes, sendo que a maioria dessa foram considerados de Média Vulnerabilidade e de alta densidade de ocupação. A população cursou o Ensino Fundamental e apenas 13,5% completaram o Ensino Médio. ocupação por uso residencial próxima ao limite do bairro Cuiabá e limite com o município de Arujá – Condomínio Arujazinho e Arujá Country Club foi considerada de Nenhuma A renda dos responsáveis pelo domicílio na faixa etária até cinco salários mínimos Vulnerabilidade e é uma continuidade do loteamento implantado no município de Arujá. representava 66,5% dessa população. A renda dos responsáveis pelo domicílio de cinco a 10 salários mínimos representava 17,8%. Dessa população, aquelas sem rendimento Entre esses dois loteamentos está destinada uma área para uso industrial – ZUPI 2, (sem carteira assinada e/ou sem trabalho) representavam 10% dos responsáveis. sendo que uma parte da ZUPI está em local com severas restrições (Carta de Aptidão Física). A maioria dos setores censitários está ocupada com uso industrial e localizada na Zupi 1, dentro de área considerada com severas restrições. Outras áreas ocupadas por indústrias Os equipamentos de saúde – Unidade de Saúde (Jardim América – USF) e as duas estão localizadas próximas ao limite do bairro Campo Limpo, quase como extensão da escolas estaduais estão localizados muito próximos ao limite com o município de Arujá. área industrial – Quinta da Boa Vista.

Outras atividades são notadas no bairro do Una, como a atividade hortigranjeira, que se Bairro Jaguari desenvolve na várzea do Córrego do Una. Ainda nesse bairro está edificado o empreendimento habitacional PAR–CEF – Itaquaquecetuba – R. Este bairro apresenta uma população de 1 855 habitantes, sendo que a população na faixa etária de 0 a 9 anos, jovens de 10 a 29, de 30 a 59 e idosos de 60 anos e mais representavam, em relação à população total: 23,9%, 40,5%, 32,5% e 2,9%, Bairro Campo da Venda respectivamente. A população total deste bairro era de 3 629 residentes, segundo o Censo Demográfico de O total dos responsáveis pelo domicílio somava 447 habitantes. Dos responsáveis pelo 2000. A população nas faixas etárias de 0 a 9, de 10 a 29, de 30 e mais e idosos de 60 e domicílio, 77,8% cursaram o Ensino Fundamental e apenas 11,1% completaram o Ensino mais representavam 20,2%, 39,4% 34% e 6,2%, respectivamente. Médio. O total dos responsáveis pelo domicílio era de 976 residentes, dos quais 66,3% cursaram Em relação à renda dos responsáveis pelo domicílio, a maior parte dessa população o Ensino Fundamental e apenas 17,85% completaram o Ensino Médio. recebia até três salários mínimos. Os responsáveis sem rendimento (com carteira assinada e/ou sem trabalho) representam 17,8% dessa população. A renda dos responsáveis pelo domicílio até cinco salários mínimos representava 59,1%, de cinco a dez, 19,5% da população e os sem rendimento, 13,8%.

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Os setores censitários, com alta densidade de ocupação por residência, estão localizados O total dos responsáveis pelo domicílio era de 1 364 residentes. Dessa população, 72,8% na área central do bairro Campo da Venda e estão entre Alta e Média Vulnerabilidade. As cursaram o Ensino Fundamental e apenas 12,2% completaram o Ensino Médio. indústrias estão localizadas próximas à Rodovia dos Trabalhadores. A renda dos responsáveis pelo domicílio até cinco salários representava 69% dessa Segundo os critérios da Carta de Aptidão Física, as áreas com ocupação por residência população e 12, 4% desta recebiam de cinco a dez salários mínimos. Aqueles sem (Jardim Nova Itaquá) estão em local definido como áreas com severas restrições e sofrem rendimento significavam 14,55% dos responsáveis. constantes inundações. No bairro Mandi, há uma atividade de extração mineral em área considerada com severas Os equipamentos existentes e em funcionamento são: a escola estadual, uma unidade de restrições, exigindo projetos para recuperação dessas áreas. Ensino Municipal, uma base comunitária policial e o Hospital Regional em situação precária. Alguns setores censitários estão ocupados com uso misto de baixa densidade de ocupação, e pelos critérios do Índice Paulista de Vulnerabilidade, estão entre Média e Muito Alta Vulnerabilidade. Além dessas ocupações, dois empreendimentos habitacionais Bairro Sítio Mato Adentro PAR–CEF (Condomínio Pedra Bonita e Condomínio Safira) estão próximos ao limite do município de Suzano e limite do bairro Jaguari e são setores censitários considerados de A população total deste bairro era de 13 048 residentes. A população nas faixas etárias Alta Vulnerabilidade. de 0 a 9 anos, de 10 a 29, de 30 a 59 e de 60 e mais representavam: 23,8%, 40,45%, 32,7% e 2,9%, respectivamente. Nota-se a presença de atividade hortifrutigranjeira e uma área de reflorestamento próxima aos empreendimentos habitacionais. A maior parte dos setores censitários com uso misto O total dos responsáveis pelo domicílio era de 3 250 residentes. Dessa população, não possui rede coletora de esgoto. O único equipamento existente é uma unidade de aqueles que recebiam até cinco salários mínimos representavam 91,3% dos Ensino Municipal. responsáveis. Dos responsáveis pelo domicílio, 73,4% cursaram até o Ensino Fundamental. Bairros - Urbanização Consolidada Os setores censitários, com alta densidade de ocupação residencial, são considerados de Muito Alta Vulnerabilidade. Verifica-se uma área particular invadida nas áreas de várzea, Os bairros Centro, Monte Belo, Tipóia, Vila Virginia, Pedreira, Morro Branco, Acararé, com ocorrência de inundações constantes. Ainda nas áreas de várzea e próximo à Açafrão e Cidade Kemel estão localizados ao sul do município de Itaquaquecetuba, Estrada Pinheirinho, nota-se a atividade hortifrutigranjeira e a ocupação residencial próximos ao Município de São Paulo e Poá. Os setores censitários foram considerados esparsa. com alta densidade de ocupação e urbanização consolidada.

O empreendimento habitacional – CDHU está localizado junto à Estrada Pinheirinho Os setores censitários que compõem os bairros com urbanização consolidada foram Novo, considerado de Alta Vulnerabilidade Social. considerados entre Média e Alta Vulnerabilidade, com exceção do bairro Centro e de uma pequena área no bairro Aracaré, considerados de Baixa Vulnerabilidade. No que diz respeito aos equipamentos sociais, está funcionando: uma Unidade Básica de Saúde (UBS) Marengo, situada quase no limite do bairro com o município de Suzano, Observa-se na área de urbanização consolidada áreas com assentamento irregular duas unidades de Ensino Municipal22 e uma escola estadual, próximas ao Parque espalhadas pelos bairros, sendo que a maior área particular invadida está na várzea do Marengo. córrego, próxima à Estrada Walter da Silva Costa e à Ferrovia, outra área de assentamento irregular.

Bairro Mandi

A população total deste bairro era de 5 614 residentes. A população na faixa etária de 0 a 9 anos, de 10 a 29, de 30 a 59 e de 60 e mais era de 24,7%, 39,7%, 32,45 e 3,1%, respectivamente.

22 Prancha 4 - Equipamentos Sociais.

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Prancha 4: Equipamentos Sociais frente

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Prancha 4: Equipamentos Sociais verso

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Análise dos Indicadores de Saúde nascidos vivos, voltando a crescer no período 2002 a 2004 (19,41 óbitos por mil nascidos vivos), segundo informações da Tabela 36. Esta parte do trabalho está assentada na análise dos indicadores específicos de saúde que não foram mapeados e, portanto, não estão georreferenciados, com exceção dos Os coeficientes de mortalidade infantil do município de Itaquaquecetuba estão bem acima equipamentos de saúde (UBS e USF), que foram mapeados e analisados juntamente com dos do Estado de São Paulo e Capital de São Paulo, de acordo com informações da outras informações obtidas através da análise intersetorial. Tabela 37.

A avaliação dos principais indicadores de saúde, que, segundo a Organização das Em relação aos municípios que compõem a DIR 03 – Direção Regional de Saúde, as Nações Unidas (ONU) são parâmetros para medir o grau de desenvolvimento econômico taxas de mortalidade infantil do município de Itaquaquecetuba no período entre 2000 a e social do município, permitiu a compreensão dos principais problemas de saúde do 2004, em termos de média dos valores observados, mantêm praticamente o mesmo município. coeficiente do município de Ferraz de Vasconcelos (19,37 óbitos por mil nascidos vivos).

Os municípios de Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Suzano e Mogi das Cruzes apresentaram Mortalidade Infantil os maiores coeficientes de mortalidade infantil, 24,63 óbitos por mil nascidos vivos, 24,48 óbitos por mil nascidos vivos, 21,95 óbitos por mil nascidos vivos e 20,18 óbitos por mil A Declaração Mundial pela Sobrevivência, Proteção e Desenvolvimento da Criança, em nascidos vivos, respectivamente. 1990, estipulou metas a serem atingidas até o ano 2000 como declínio da mortalidade infantil na infância por diarréias, infecções respiratórias e doenças imunopreviníveis, Os municípios de Guarulhos, Guararema e Arujá apresentaram coeficientes inferiores ao queda da desnutrição, aumento da cobertura de saneamento básico, crescimento da de Itaquaquecetuba, 17,35 óbitos por mil nascidos vivos, 18,01 óbitos por mil nascidos utilização de métodos contraceptivos e implantação da cobertura do pré-natal e da vivos e 18,47 óbitos por mil nascidos vivos, respectivamente. cobertura hospitalar de partos. O município de Poá destacou-se dos da DIR 03, apresentando os menores coeficientes A taxa de mortalidade infantil é a razão entre o número de óbitos de crianças no primeiro de mortalidade infantil (13,46 óbitos por mil nascidos vivos), segundo os dados da Tabela ano de vida e o total de nascidos vivos – um dos indicadores mais utilizados para avaliar 37. as condições de saúde de uma população.

O coeficiente de mortalidade infantil no Estado de São Paulo indicava em 2004 14,25 óbitos por mil nascidos vivos e estava em situação precária em relação às taxas apresentadas pelos países do Primeiro Mundo, que era em média seis óbitos por mil nascidos vivos no mesmo período.

Em relação às Direções Regionais de Saúde do Estado de São Paulo (DIRs), em 2004, os maiores coeficientes de mortalidade infantil foram registradas na DIR – Santos (18,7 óbitos por mil nascidos vivos), DIR – Taubaté (17,84 óbitos por mil nascidos vivos) e DIR de Mogi das Cruzes (17,53 óbitos por mil nascidos vivos) e os menores coeficientes foram constatados nas DIRs Ribeirão Preto (10,98 óbitos por mil nascidos vivos) e (11,79 óbitos por mil nascidos vivos), conforme Tabela 34.

No período de 2000 a 2004, a maioria das Direções Regionais de Saúde apresentaram redução em suas taxas de mortalidade, com alguns exemplos de aumento das taxas nesse período: DIR – São José do Rio Preto (12,45 óbitos passou para 14,31 por mil nascidos vivos), conforme Tabela 35.

O município de Itaquaquecetuba apresentou no ano 2000 coeficiente de mortalidade infantil de 22,51 óbitos por mil nascidos vivos, mostrando um decréscimo em sua taxa de mortalidade no ano 2002, passando nesse período de 22,51 para 15,57 óbitos por mil

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Tabela 34 Tabela 35 Direções Regionais de Saúde Direções Regionais de Saúde Pop. residente, nascidos vivos, óbitos infantis e taxa de mortalidade infantil: 2004 Taxas de mortalidade Infantil: 2000/2004 Taxa de Direções Regionais de Saúde População Nascidos Óbitos Direções Regionais de Anos Média Mortalidade e Municípios Residente Vivos Infantis Saúde e Municípios 2000/2004 Infantil 2000 2001 2002 2003 2004 Estado de São Paulo 39 326 776 626 804 8 933 14,25 Estado de São Paulo 16,97 16,07 15,04 14,85 14,25 15,47 DIR 01 – Capital 10 679 760 183 883 2 567 13,96 DIR 01 – Capital 15,80 15,35 15,10 14,23 13,96 14,91 DIR 02 – Santo André 2 477 775 38 597 519 13,45 DIR 02 – Santo André 15,58 16,10 15,24 14,73 13,45 15,04 DIR 03 – Mogi das Cruzes 2 589 749 45 815 803 17,53 DIR 03 – Mogi das Cruzes 21,53 19,04 17,32 17,60 17,53 18,67 DIR 04 – 488 413 8 706 141 16,20 DIR 04 – Franco da Rocha 20,59 19,98 19,34 19,84 16,20 19,19 DIR 05 – 2 626 418 49 495 661 13,35 DIR 05 – Osasco 17,19 15,61 13,33 13,81 13,35 14,72 DIR 06 – Araçatuba 681 662 8 662 136 15,70 DIR 06 – Araçatuba 16,30 13,88 15,19 14,35 15,70 15,12 DIR 07 – Araraquara 903 680 12 556 148 11,79 DIR 07 – Araraquara 13,88 10,42 10,62 11,07 11,79 11,59 DIR 08 – 447 221 6 301 77 12,22 DIR 08 – Assis 14,96 13,42 12,60 15,04 12,22 13,67 DIR 09 – 405 629 5 491 67 12,20 DIR 09 – Barretos 16,80 15,74 13,44 13,18 12,20 14,32 DIR 10 – Bauru 1 027 854 14 388 177 12,30 DIR 10 – Bauru 18,56 15,50 15,11 13,56 12,30 15,10 DIR 11 – 548 412 8 380 120 14,32 DIR 11 – Botucatu 17,82 17,24 15,19 14,38 14,32 15,83 DIR 12 – Campinas 3 665 800 53 825 694 12,89 DIR 12 – Campinas 14,78 13,90 12,55 13,49 12,89 13,55 DIR 13 – 630 860 9 857 155 15,72 DIR 13 – Franca 19,14 14,25 15,16 13,76 15,72 15,65 DIR 14 – Marília 608 432 7 865 105 13,35 DIR 14 – Marília 19,10 18,42 14,35 16,85 13,35 16,52 DIR 15 – Piracicaba 1 377 753 19 682 256 13,01 DIR 15 – Piracicaba 14,25 14,01 14,01 13,21 13,01 13,71 DIR 16 – Presidente Prudente 708 223 9 436 142 15,05 DIR 16 – Presidente Prudente 17,76 16,64 15,93 14,24 15,05 15,98 DIR 17 – Registro 286 451 5 139 74 14,40 DIR 17 – Registro 19,75 19,92 15,27 16,58 14,40 17,27 DIR 18 – Ribeirão Preto 1 179 911 17 853 196 10,98 DIR 18 – Ribeirão Preto 13,80 13,06 11,68 10,57 10,98 12,05 DIR 19 – Santos 1 592 860 26 135 475 18,17 DIR 19 – Santos 22,19 21,05 21,61 20,43 18,17 20,71 DIR 20 – São João da Boa Vista 768 323 10 294 153 14,86 DIR 20 – São João da Boa Vista 16,11 17,02 16,60 15,79 14,86 16,09 DIR 21 – São José dos Campos 1 174 235 18 552 248 13,37 DIR 21 – São José dos Campos 16,09 16,08 15,28 13,75 13,37 14,96 DIR 22 – São José do Rio Preto 1 405 866 17 051 244 14,31 DIR 22 – São José do Rio Preto 12,45 13,54 12,22 12,80 14,31 13,06 DIR 23 – Sorocaba 2 081 748 33 395 498 14,91 DIR 23 – Sorocaba 19,26 20,54 15,97 18,17 14,91 17,82 DIR 24 – Taubaté 969 741 14 908 266 17,84 DIR 24 – Taubaté 17,65 17,71 17,27 18,52 17,84 17,79

Fonte: Fundação Seade. Fonte: Fundação Seade.

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Tabela 36 Mortalidade Infantil por Capítulos de Causas de Morte Direções Regionais de Saúde e Municípios Taxas de mortalidade infantil: 2000/2004 No Estado de São Paulo, as perinatais constituem a principal causa de morte infantil e a (Por mil nascidos vivos) mesma tendência se verifica nas Direções Regionais de Saúde (DIRs). Deve-se ressaltar que, em todas as Direções Regionais de Saúde, as perinatais aparecem como a primeira Direções Regionais de Saúde Anos Média Média e Municípios 2000/2004 causa de morte, seguida das anomalias congênitas e das doenças do aparelho 2000 2001 2002 2003 2004 respiratório. As causas perinatais decorrem de doenças originadas no período perinatal Estado de São Paulo 16,97 16,07 15,04 14,85 14,25 15,47 (final da gestação e primeira semana de vida, ainda que a morte ocorra tardiamente); as doenças por malformações congênitas são as que apresentam a presença de anomalia DIR 01 – Capital 15,80 15,35 15,10 14,23 13,96 14,91 em um determinado órgão do recém-nascido (Tabela 38). São Paulo 15,80 15,35 15,10 14,23 13,96 14,91 DIR 03 – Mogi das Cruzes 21,53 19,04 17,32 17,60 17,53 18,67 Segundo informações da Fundação Seade e dados do Ministério da Saúde – DATASUS, as causas de mortalidade infantil (faixa etária até 11 meses) no Estado de São Paulo e Arujá 22,61 17,97 15,72 20,10 15,60 18,47 Direções Regionais de Saúde - DIRs têm apresentado uma redução contínua, com a Biritiba-Mirim 32,32 27,43 13,16 28,85 19,70 24,48 diminuição significativa de doenças infecciosas e parasitárias – que geralmente são Ferraz de Vasconcelos 21,41 17,37 17,84 20,53 19,61 19,37 contagiosas ou transmissíveis, como a diarréia, a septicemia, a Aids e outras – que passaram a ocupar a quarta posição entre as causas de mortalidade infantil. Essa Guararema 25,64 18,99 15,91 14,96 14,05 18,01 redução relaciona-se em grande parte à expansão dos serviços de saneamento básico e Guarulhos 20,98 17,43 15,57 15,80 16,54 17,35 a vacinação. Itaquaquecetuba 22,51 19,81 15,82 19,02 19,59 19,41 O município de Itaquaquecetuba apresentou a mesma tendência do Estado de São Paulo Mogi das Cruzes 22,03 21,05 21,49 17,67 18,47 20,18 quanto às causas principais de mortalidade infantil (Tabela 39). No Estado de São Paulo Poá 13,71 16,42 11,10 14,39 11,74 13,46 e nos municípios pertencentes à DIR 03, as mortes por causas perinatais apareceram como primeira causa de morte no período perinatal, seguidas pelas anomalias congênitas, Salesópolis 17,65 17,18 33,96 14,65 3,62 17,30 encontrando-se em terceiro lugar as causas de morte por problemas do aparelho Santa Isabel 21,58 24,12 29,65 24,81 23,67 24,63 respiratório. O município de Itaquaquecetuba apresentou como terceira causa de morte as Suzano 23,75 23,68 21,78 20,86 19,58 21,95 causas mal definidas.

Fonte: Fundação Seade.

Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária segundo Grupo de Causas CID–10

As mortes por algumas afecções originadas no período perinatal representaram, na faixa etária menor de 1ano, 59,3% das causas de morte. Outro dado que merece atenção são as mortes na faixa etária de 1 a 4 anos por doenças infecciosas e parasitárias (28,6%), e, ainda, na faixa etária de 5 a 9 anos, as doenças infecciosas e parasitárias representaram 30% das causas de morte, conforme os dados da Tabela 40.

Esses dados apontam a necessidade de programas e ações para reduzir as mortes que ocorrem nos primeiros anos de vida da criança, tais como programas voltados para assistência às mães no período gestacional e no parto e, ainda, à criança nos primeiros dias de vida. Apontam também a necessidade de melhoria no sistema de abastecimento de água e esgoto e infra-estrutura urbana.

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Tabela 37 Direções Regionais de Saúde e Municípios Mortalidade infantil, por capítulos de causas de morte: 2004

Doenças Infecciosa Doenças Direções Regionais de Anomalias Aparelho Causas Mal do Aparelho Doenças Aparelho Aparelho Outras Total Perinatal e Neoplasias do Saúde e Municípios Congênitas Respiratório Externas Definidas Sistema Circulatório Endócrinas Digestivo Geniturinário Doenças Parasitária Sangue Nervoso

Estado de São Paulo 8 933 5 066 1 762 607 435 263 245 187 113 87 67 37 33 23 8 DIR 01 – Capital 2 567 1 394 519 213 143 55 78 65 34 24 17 7 10 6 2 São Paulo 2 567 1 394 519 213 143 55 78 65 34 24 17 7 10 6 2 DIR 03 - Mogi das Cruzes 803 470 146 53 47 22 19 18 9 7 4 2 5 0 1 Arujá 20 15 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 Biritiba-Mirim 8 2 3 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 Ferraz de Vasconcelos 58 39 11 3 2 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 Guararema 6 4 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Guarulhos 354 190 74 30 28 11 0 8 5 3 3 1 0 0 1 Itaquaquecetuba 109 55 24 8 4 2 10 4 1 1 0 0 0 0 0 Mogi das Cruzes 114 68 18 5 8 4 1 2 1 2 1 0 4 0 0 Poá 21 12 3 1 0 2 1 1 0 0 0 1 0 0 0 Salesópolis 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Santa Isabel 20 17 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 Suzano 92 67 11 5 2 2 4 1 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Fundação Seade.

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Tabela 38 Direções Regionais de Saúde Mortalidade infantil, por capítulos de causas de morte: 2004

Doenças Infecciosa Doenças Direções Regionais de Anomalias Aparelho Causas Mal do Aparelho Doenças Aparelho Aparelho Outras Total Perinatal e Neoplasias do Saúde e Municípios Congênitas Respiratório Externas Definidas Sistema Circulatório Endócrinas Digestivo Geniturinário Doenças Parasitária Sangue Nervoso ESTADO DE SÃO PAULO 8 933 5 066 1 762 607 435 263 245 187 113 87 67 37 33 23 8 DIR 01 Capital 2 567 1 394 519 213 143 55 78 65 34 24 17 7 10 6 2 DIR 02 Santo André 519 308 100 40 28 13 4 8 7 2 5 3 0 1 0 DIR 03 Mogi das Cruzes 803 470 146 53 47 22 19 18 9 7 4 2 5 0 1 DIR 04 Franco da Rocha 141 87 24 11 5 5 2 0 1 3 1 1 0 1 0 DIR 05 Osasco 661 354 126 65 29 21 13 14 12 11 5 2 2 5 2 DIR 06 Araçatuba 136 83 27 9 8 1 4 2 1 1 0 0 0 0 0 DIR 07 Araraquara 148 83 34 8 4 3 4 2 2 4 0 3 0 1 0 DIR 08 Assis 77 47 16 3 2 2 4 0 0 0 1 1 0 1 0 DIR 09 Barretos 67 40 15 4 3 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 DIR 10 Bauru 177 100 42 4 3 10 5 3 4 0 5 1 0 0 0 DIR 11 Botucatu 120 72 21 7 2 5 6 2 3 1 0 1 0 0 0 DIR 12 Campinas 694 404 149 46 24 26 12 11 6 1 6 5 2 1 1 DIR 13 Franca 155 91 30 3 4 7 3 7 3 6 1 0 0 0 0 DIR 14 Marília 105 64 24 3 4 2 2 1 1 1 1 1 1 0 0 DIR 15 Piracicaba 256 146 50 12 11 5 15 8 4 2 2 1 0 0 0 DIR 16 Presidente 142 91 29 5 4 1 4 2 3 0 1 1 1 0 0 Prudente DIR 17 Registro 74 48 11 3 3 3 3 1 0 0 1 0 1 0 0 DIR 18 Ribeirão Preto 196 107 48 17 7 3 3 2 1 2 3 0 1 1 1 DIR 19 Santos 475 293 68 28 30 20 7 4 13 4 2 3 2 0 1 DIR 20 São J. da Boa Vista 153 81 30 5 6 5 15 4 1 1 2 2 1 0 0 DIR 21 São J. dos Campos 248 141 56 9 15 10 4 3 3 5 0 0 1 1 0 DIR 22 São J. do Rio Preto 244 145 45 15 10 8 4 7 1 3 4 0 1 1 0 DIR 23 Sorocaba 498 259 99 28 33 19 26 16 0 6 5 1 3 3 0 DIR 24 Taubaté 266 155 53 16 10 8 7 6 4 3 0 1 2 1 0

Fonte: Fundação Seade.

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Tabela 39 Direções Regionais de Saúde e Municípios Mortalidade infantil, por capítulos de causas de morte: 2004

Doenças Infecciosa Doenças Direções Regionais de Anomalias Aparelho Causas Mal- do Aparelho Doenças Aparelho Aparelho Outras Total Perinatal e Neoplasias do Saúde e Municípios Congênitas Respiratório Externas Definidas Sistema Circulatório Endócrinas Digestivo Geniturinário Doenças Parasitária Sangue Nervoso

ESTADO DE SÃO PAULO 8 933 5 066 1 762 607 435 263 245 187 113 87 67 37 33 23 8 DIR 01 - Capital 2 567 1 394 519 213 143 55 78 65 34 24 17 7 10 6 2 São Paulo 2 567 1 394 519 213 143 55 78 65 34 24 17 7 10 6 2 DIR 03 - Mogi das Cruzes 803 470 146 53 47 22 19 18 9 7 4 2 5 0 1 Arujá 20 15 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 Biritiba-Mirim 8 2 3 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 Ferraz de Vasconcelos 58 39 11 3 2 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 Guararema 6 4 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Guarulhos 354 190 74 30 28 11 0 8 5 3 3 1 0 0 1 Itaquaquecetuba 109 55 24 8 4 2 10 4 1 1 0 0 0 0 0 Mogi das Cruzes 114 68 18 5 8 4 1 2 1 2 1 0 4 0 0 Poá 21 12 3 1 0 2 1 1 0 0 0 1 0 0 0 Salesópolis 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Santa Isabel 20 17 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 Suzano 92 67 11 5 2 2 4 1 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: Fundação Seade.

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Tabela 40 Município de Itaquaquecetuba Mortalidade proporcional (%) por faixa etária, segundo grupo de causas CID 10: 2002

Grupo de Causas Menor de 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 7,7 28,6 30,0 - - 6,8 4,2 2,1 1,9 5,0 II. Neoplasias (tumores) 1,1 - 30,0 8,3 3,2 9,5 26,4 15,2 17,4 13,4 III. Doenças do aparelho circulatório - - - 8,3 - 13,0 33,9 43,7 42,4 23,5 VI. Doenças do aparelho respiratório 7,7 14,3 20,0 - 3,2 3,1 8,4 20,5 18,6 9,6 V. Algumas afecções originadas no período perinatal 59,3 ------4,4 VI. Causas externas de morbidade e mortalidade 2,2 21,4 10,0 41,7 82,3 56,1 5,9 4,1 4,4 28,8 VII. Demais causas definidas 22,0 35,7 10,0 41,7 11,3 11,5 21,3 14,4 15,3 15,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Tabela 41 Município de Itaquaquecetuba Distribuição percentual das internações por grupo de causas e faixa etária CID 10 (por local de residência): 2004

Capítulo CID Menor de 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 70 e mais Total • Algumas doenças infecciosas e parasitárias 6,0 9,3 5,4 5,4 1,0 1,7 3,1 3,9 3,2 2,9 • Neoplasias (tumores) 0,4 1,7 2,8 6,0 1,0 4,3 8,2 6,9 7,4 4,0 • Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitário 0,4 2,5 2,2 1,1 0,8 0,6 0,6 1,5 1,2 0,9 • Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 1,5 2,7 2,7 1,8 0,5 1,0 4,8 5,2 5,2 1,8 • Transtornos mentais e comportamentais - - - 0,2 1,8 4,3 1,7 1,1 0,8 2,8 • Doenças do sistema nervoso 1,8 3,0 5,4 4,0 1,0 1,3 1,6 1,4 1,1 1,7 • Doenças do olho e anexos 0,1 0,2 1,3 1,3 0,5 0,6 2,3 3,0 3,4 0,9 • Doenças do ouvido e da apófise mastóide 0,2 1,0 2,4 1,3 0,4 0,1 - 0,3 0,2 0,3 • Doenças do aparelho circulatório 0,3 - 0,7 0,4 0,6 6,1 30,1 29,3 29,5 8,0 • Doenças do aparelho respiratório 37,3 40,3 20,5 10,3 1,4 3,4 11,9 21,0 19,6 10,8 • Doenças do aparelho digestivo 1,8 13,1 18,3 14,7 2,9 7,9 14,5 8,2 9,6 8,5 • Doenças da pele e do tecido subcutâneo 0,9 4,6 3,7 2,5 1,2 1,5 1,4 2,0 1,7 1,7 • Doenças sistema osteomuscular e tecido conjuntivo 0,3 0,6 2,7 4,5 1,0 1,5 1,6 0,9 1,0 1,4 • Doenças do aparelho geniturinário 2,5 4,2 5,5 5,6 2,9 4,1 6,2 5,7 6,1 4,2 • Gravidez parto e puerpério - - - 9,8 70,4 40,4 - - - 29,0 • Algumas afecções originadas no período perinatal 41,6 ------3,4 • Malformações e consequentes deformidades e anomalias 2,8 4,5 5,2 3,8 0,3 0,2 0,1 0,1 0,1 0,9 • Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 0,5 1,1 1,6 1,8 0,8 0,9 1,8 1,5 1,7 1,0 • Lesões enven e alg outras conseqüências e causas externas 1,5 10,9 18,6 23,9 11,4 10,4 9,4 7,9 8,0 10,2 • Causas externas de morbidade e mortalidade ------• Contatos com serviços de saúde - 0,4 0,9 1,6 0,1 9,5 0,8 0,2 0,3 5,5 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS

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Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária, CID 10 Tabela 42 (por local de residência) Município de Itaquaquecetuba Número de leitos por natureza do prestador, segundo especialidade: Julho/2003 As principais causas de internação na faixa etária menor de 1 ano, foram algumas afecções originadas no período perinatal, indicando, no ano de 2004, 41,4% das Tipo de Unidade Unidades % internações. As causas por doenças do aparelho respiratório apareceram em segundo Posto de Saúde 5 23,8 lugar, representando, nesse mesmo período, na faixa etária menor de 1 ano, 37,3% das Centro de Saúde 6 28,6 causas de internação, 40,3% na faixa entre 1 a 4 anos e 20,55% na faixa etária de 5 a 9, Policlínica 1 4,8 conforme Tabela 41. Ambulatório de Unidade Hospitalar Geral 2 9,5

Os dados das Internações por Grupo de Causas e Faixa Etária relacionados com as Ambulatório de Unidade Hospitalar Especializada - - doenças do aparelho respiratório sinalizam para programas de melhoria do meio Unidade Mista - - ambiente, melhoria nas condições de moradia, e outras relacionadas com os programas Pronto-Socorro Geral - - de prevenção às doenças. Pronto-Socorro Especializado - -

Consultório 1 4,8

Equipamentos de Saúde Móvel Fluvial/Marítima - - Clínica Especializada 1 4,8 Segundo informações obtidas na Secretaria de Saúde Municipal de Itaquaquecetuba e Centro/Núcleo de Atenção Psicossocial - - Sistema de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) - Ver Tabelas 42 e 43, Centro/Núcleo de Reabilitação - - Gráficos 26 e 27, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ofertam assistência ambulatorial Outros Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia 1 4,8 em clínica médica, pediatria, ginecologia, odontologia e imunização. As Unidades Básicas de Saúde são os Postos de Saúde que somam duas unidades e os centros de Saúde Unid. Móvel Terrestre p/ Atend. Médico/Odontológico - - somando seis unidades. Unid. Móvel Terrestre Prog. Enfrent. às Emergências e Traumas - - Farmácia para Dispensação de Medicamentos - - Além das UBS, funciona uma Policlínica como centro de especialidades, agregado a uma Unidade de Saúde da Familia 3 14,3 UBS, ofertando serviços ambulatoriais de neurologia, oftalmologia, infectologia, Centro Alta Complexidade em Oncologia III - - dermatologia, cardiologia, otorrinolaringologia, psicologia e serviço social a usuários referenciados das UBS e Unidades de Saúde Familiar (USF). Centro Alta Complexidade em Oncologia II - - Unidades de Vigilância Sanitária 1 4,8 Outra forma de atendimento são os dois Ambulatórios de Unidade Hospitalar Geral, sendo Unidades Não-Especificadas - - deles uma unidade de Pronto Atendimento Municipal, com leitos de observação em clínica Outros códigos - - médica e pediátrica para curta permanência (até 24 horas), Unidade de Terapia Semi- Total 21 100,0 intensiva, ortopedia, sala para imobilização, raios-X, laboratório 24 horas, e outro Ambulatório de Saúde Mental, ofertando consultas médicas em psiquiatria, psicoterapia, Fonte: Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) serviço social e medicamentos. O restante dos serviços ofertados é realizado por um consultório, uma clínica especializada e outros serviços de diagnose e terapia.

Outra forma de assistência médica ambulatorial são as Unidades de Saúde Familiar (Tabela 44) somando três unidades no Município, totalizando oito equipes. Cada equipe é composta por um médico generalista, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Vale ressaltar que, conforme Portaria 648, do Ministério da Saúde, que regulamenta e consolida o Programa Saúde da Família (PSF) como estratégia para atenção básica à saúde e recomenda que cada equipe deverá atender no máximo quatro mil pessoas, serão necessárias mais 16 Unidades de Saúde da Família, com três equipes cada, para atender aproximadamente 190 mil pessoas.

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Tabela 43 Município de Itaquaquecetuba Número de hospitais e leitos por natureza do prestador, segundo especialidade: Julho/2003 Leitos por mil habitantes (Jul/2003): 0,9 Leitos Natureza Hospitais Clínica Total Cirúrgicos Obstétricia Crônicos/FPT Psiquiatria Tisiologia Pediatria Reabilitação Hosp/dia UTI Médica Públicos 2 274 92 57 46 - 17 - 62 - - 20 - Federal ------Estadual 1 224 87 36 40 - 17 - 44 - - 20 - Municipal 1 50 5 21 6 - - - 18 - - - Privados ------Contratados ------Filantrópicos ------Sindicato ------Universitários ------Ensino ------Pesquisa ------Privados ------Total 2 274 92 57 46 - 17 - 62 - - 20 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).

Gráfico 26 Gráfico 27 Município de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetuba

Distribuição Distribuiçãode leitos de Leitos por por especialidade Especialidade (%) (%): Julho/2003 Distribuição de leitosDistribuição por naturezade Leitos por Natureza (%): (%)Julho/2003

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100

Cirúrgicos

Obstétric. Públicos Clín.Médic

Crôn/FPT

Psiquiatr. Privados Tisiologia

Pediatria

Reabilitaç Universitários Hosp/dia

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Tabela 44 Município de Itaquaquecetuba Indicadores da Atenção Básica: 1999/2004 Taxa % % % % Taxa Prevalência Taxa Média mensal hospitalização Modelo de População população de crianças c/ de crianças c/ de cobertura de mortalidade de hospitalização Ano de visitas por por Atenção coberta (1) coberta pelo esq.vacinal aleit. materno consultas de infantil por desnutrição por pneumonia família (2) desidratação programa básico em dia (2) exclusivo (2) pré-natal (2) diarréia (3) (4) (5) (5) PACS ------PSF ------1999 Outros ------Total ------PACS ------PSF 1.732 0,6 0,25 ------2000 Outros ------Total 1.732 0,6 0,25 ------PACS ------PSF 4.425 1,5 0,08 97,9 48,7 97,0 - 19,2 11,8 - 2001 Outros ------Total 4.425 1,5 0,08 97,9 48,7 97,0 - 19,2 11,8 - PACS ------PSF 19.006 6,4 0,08 91,2 64,0 91,7 - 14,9 8,1 1,4 2002 Outros ------Total 19.006 6,4 0,08 91,2 64,0 91,7 - 14,9 8,1 1,4 PACS ------PSF 21.568 7,0 0,08 99,5 70,2 93,8 - 13,2 11,4 3,0 2003 Outros ------Total 21.568 7,0 0,08 99,5 70,2 93,8 - 13,2 11,4 3,0 PACS ------PSF 23.722 7,5 0,09 99,2 65,4 91,1 - 5,8 10,2 1,2 2004 Outros ------Total 23.722 7,5 0,09 99,2 65,4 91,1 - 5,8 10,2 1,2 Fonte: Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Notas: (1) Situação no final do ano. (2) Como numeradores e denominadores, foi utilizada a média mensal dos mesmos.. (3) Por 1 000 nascidos vivos. (4) Em menores de 2 anos, por 100. (5) Em menores de 5 anos, por 1 000.

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IV.3.2 Promoção Social A análise mais detalhada dos bairros está explicitada no subitem IV.3.1 - Saúde, porém, é importante destacar que os bairros de Campo Limpo, Corredor, Cuiabá e Rio Abaixo, Em novembro de 2003, o antigo Ministério da Assistência Social (MAS) apresentou, na além de apresentarem indicadores sociais de renda e escolaridade muito baixa , Conferência Nacional, propostas para a construção efetiva de um Sistema Único de apresentaram densidade de ocupação alta. Assistência Social (Suas) mais eficaz, visando atender os novos desafios no setor, definindo seu principal objetivo e as formas de implementar as suas ações e programas A densidade populacional é mais um indicador a ser balizado na priorização de diretrizes em cada município. sociais a serem implementadas, indicando as áreas com maior concentração populacional. Nesse sentido, o Suas tem por objetivo identificar os problemas sociais na ponta do processo, focando as necessidades de cada município, ampliando a eficiência dos Dentro dos critérios estabelecidos pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social e pelo recursos financeiros e da cobertura social. O Governo Federal, através do Ministério do critério de densidade populacional, foram distribuídos no território os programas e projetos Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ganha espaço para definir políticas e sociais da Secretaria de Promoção Social (Prancha 5). fiscalizar sua execução. Trata-se de um modelo democrático, descentralizado, onde os municípios exercem papel preponderante.

Dentro dessa visão que pressupõe um sistema descentralizado, participativo e integrado com as políticas setoriais e as diferentes esferas da administração pública, as secretarias municipais de coordenação social e ou assistência social assumem função importante na formulação das políticas sociais para o desenvolvimento.

Para que a Norma Operacional Básica NOB/Suas seja aplicada é necessário que as Secretarias de Assistência Social priorizem a atenção às famílias e seus membros a partir do seu território de vivência, com primazia àqueles com registros de fragilidades, vulnerabilidades e presença de vitimizações.

De acordo, ainda, com a NOB/Suas, o princípio da territorialização significa o reconhecimento da presença de múltiplos fatores sociais e econômicos, que levam o indivíduo e a família a uma situação de vulnerabilidade e com riscos pessoal e social. Assim, o planejamento da assistência social, tendo em vista a escolha e priorização de programas a serem implementados, deve se pautar nos setores de maior incidência de vulnerabilidade e riscos.

O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) pode ser tomado como uma primeira referência para a prioridade de programas sociais, porque indica setores de maior ou menor grau de vulnerabilidade.23

Os bairros, dentro do critério definido como de Muito Alta Vulnerabilidade24 (Prancha 3) são os seguintes: Campo Limpo, Pinheirinho, Ribeiro, Jaguari, Mandi, Rio Abaixo, Perobal, Sítio Mato Adentro e a maior parte dos setores censitários do bairro Corredor. Os bairros considerados de Alta Vulnerabilidade foram o de Pium, uma parte dos setores censitários do bairro Mato Adentro e alguns setores censitários localizados no bairro Corredor. O bairro considerado de Média Vulnerabilidade foi o de Cuiabá.

23 Análise dos bairros através do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – subitem IV.3– Saúde. 24 Prancha 3 – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – subitem IV.3.2.

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Prancha 5: Programas Promoção Social frente

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Prancha 5: Programas Promoção Social verso

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IV.3.3 Educação Assessoria de Gabinete Ouvidoria Departamento de Coordenação Técnica-Pedagógica Introdução Departamento de Comunicação e Informática A Lei Orgânica do Município de Itaquaquecetuba concebe o Plano Diretor do Município Departamento de Coordenação Administrativa como o instrumento básico de sua política de desenvolvimento, observando que ele deve Departamento de Pessoal conter a definição das funções sociais da cidade. Departamento de Documentação Pessoal

Departamento de Engenharia e Edificações O artigo 106 que trata do Plano Diretor ressalta que “as funções sociais da cidade devem compreender o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado do território do Supervisão Escolar município e o acesso à moradia, saúde, educação“, dentre outros serviços. (Lei Orgânica Censo Escolar do Município de Itaquaquecetuba, 2000) Projetos Educacionais Suprimento de Material. Deste modo, a Educação constitui-se em um fator importante para o desenvolvimento econômico-social do Município, sendo necessário, portanto, garantir e ampliar o acesso a O Plano Municipal de Educação está em fase de elaboração, devendo seguir as esse serviço e melhorar a qualidade do atendimento. Ao município cabe atender as orientações estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação. necessidades do Ensino Fundamental, conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988 que, em seu artigo 211, define a obrigatoriedade dos municípios de atuarem prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Quadro geral analítico

No caso de São Paulo, o Governo do Estado respondia, em 1988, por 87,5% do Ensino Apresenta-se, a seguir, algumas variáveis que configuram um quadro síntese da situação Fundamental, sendo que, em 1994, apenas 64 dos 645 municípios paulistas atendiam a educacional de Itaquaquecetuba. A avaliação desse conjunto de elementos são uma pequena parcela do Ensino Fundamental. Instaura-se, então, um processo de importantes para ressaltar aspectos que precisam ser contemplados e priorizados nos municipalização para cumprir os preceitos constitucionais. Cria-se um Programa de Ação programas e propostas futuras para equacionar a problemática educacional do Município. Parceria Educacional Estado-Municípios que possibilita, através de convênios, a transferência de escolas estaduais para os municípios. A taxa de analfabetismo era de 9,1 para a população maior de 15 anos e de 8,5 para a população de 7 a 14 anos, segundo informações do Censo 2000 do IBGE, que está bem Em Itaquaquecetuba, a municipalização iniciou-se em 1996, tendo havido em 1998 uma acima da encontrada na Região de Governo onde se observa uma taxa de 5,57. Embora, transferência para o município de seis escolas estaduais de Ensino Fundamental através tenha havido uma melhora em relação a 1991, quando era de 9,5 e 13,8, da Lei Nº 1.724, de 27 de fevereiro de 1998. De acordo com informações da Secretaria respectivamente, as taxas ainda podem ser consideradas elevadas, estando bem acima Municipal de Educação, a municipalização está efetivada, embora existam escolas daquela observada para a Região de Governo que, em 2000, era de 5,57. estaduais onde funcionam algumas das primeiras quatro séries do Ensino Fundamental. Essa taxa de analfabetismo é ainda maior quando se associa a faixa etária ao nível de renda. Como era de se esperar, quanto menor o nível de renda, maior a taxa de Situação Educacional analfabetismo. Para pessoas acima de 15 anos com renda até 1SM, a taxa é de 14,3 e para a população que está na faixa de renda maior que 1SM até 3SM, a taxa de Aspecto Institucional e de Gestão analfabetismo cai para 11,5.

Conforme assinalado anteriormente, a municipalização do ensino no Município de O nível de escolaridade da população é também uma dimensão a ser considerada. O Itaquaquecetuba está praticamente concluída, embora ainda existam algumas escolas quadro abaixo apresenta a situação da escolaridade da população de mais de 25 anos e estaduais que funcionam para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. de 7 a 14 anos no que diz respeito à quantidade de anos de estudo e à freqüência à escola, para os anos de 1991 e 2000 (Tabela 45). A Secretaria Municipal de Educação de Itaquaquecetuba, antes também de Cultura, apresenta atualmente a seguinte estrutura: Gabinete do Secretário Tabela 45

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Município de Itaquaquecetuba Quadro 1 Nível de escolaridade: 1991 e 2000 Município de Itaquaquecetuba Relação de escolas municipais mais de 25 anos com 25 anos e mais com 7 a 14 anos fora da o Anos menos de 4 anos de menos de 8 anos de N Escolas Endereço Bairro escola estudo estudo 1 EM Prof. Alceu Magalhães Coutinho Av. Gonçalves Dias, 350 Pq. Morengo 1991 11,6 43,8 83,7 2 EM Ver. Antonio Rodrigues Gallego Rua Porto Alegre, 145 Jd. Anita 2000 4,6 29,9 72,3 3 EM Rui A. Pestana Rodrigues Rua Quatro, 217 Jd. Odete (CDH) 4 EM João Geraldo dos Santos Rua São Roque, 431 V. Japão Fonte: Instituto de Pesquisa Avançada / IPEA e IBGE, Censos de 1991 e 2000. Elaboração: Emplasa, 2006. 5 EM Prof Olívia Ap. C. Guglielme Estr. Água Chata, 665 Pq. 6 EM Adenor Bonifácio da Silva Estr. Valter da S. Costa, 110 V. Maria Augusta 7 EM Nicolino Faustino de Souza Rua Tapuias, 114 V. São Carlos Os dados indicam uma melhora expressiva nas condições de escolaridade da população 8 EM Prof. Roseli Ap. Mendes Rua Platina, 155 Rec. Mônica de 7 a 14 anos, dada a redução significativa de crianças e adolescentes fora da escola: a proporção cai para a metade em 2000. O mesmo pode se dizer para a faixa de população 9 EM Ver. João Marques Rua Olavo Bilac, 121 Jd Altos de Itaquá acima de 25 anos. Observa-se uma diminuição importante na proporção de pessoas 10 EM Dr. Charles Henry T. Townsend Estr. dos Garcia, 15 Jd. Americano dessas faixas com menos de 4 anos de estudo, passando de 43,8% para 29,9. Porém, a 11 EM Prefeito Gentil de Morais Passos Av. Brasil, 1003 Bairro Pedreira proporção das pessoas a partir de 25 anos, com menos de 8 anos de estudo, é ainda 12 EM Professora Maria Eulália N. Borges Rua Taubaté, 39 Monte Belo muito elevada em 2000 – cerca de 72% -, apesar de ter havido uma redução em relação a 13 EM Shozayemon Setokuchi Rua Nice, 63 B. do Pinherinho 1991, quando o percentual passava de 83%. Essas proporções estão muito acima da 14 EM Professor Aurélio Leal Rua Distrito Federal, 232 Vila Ercilia média da Região de Governo que, em 2000, era 50,85%. 15 EM Sítio São José Estr. do Rio Baixo, s/n Sítio São José

Para atender a demanda atual, a rede pública de ensino de Itaquaquecetuba dispõe de 43 16 EM Bairro Pequeno Coração Rua Fernão Magalhães, 95 B. Pq. Coração escolas estaduais e 66 municipais. As relações dessas escolas encontram-se nos 17 EM do CAIC Prof. Paulo Nunes Rua Santa Catarina, 382 Morro Branco Quadros 1 e 2. Além das escolas que oferecem o Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries), o 18 EM do Parque Ecológico Rua Cabrália Paulista, s/n B. da Estação município possui atualmente um berçário, três escolas com maternal, nove creches e 39 19 EM Prof. Thelma Arrivetti do Prado Rua Alfredo Marcondes, 93 Jd. Caiuby unidades para crianças em idade de pré-escola. 20 EM Vicente Leporace Rua Distrito Federal,205 V. Ercília 21 EM Adélia América Riecheiman Rua Cordilheira, 32 Conj. Res. Village Examinando-se a distribuição das escolas no território, observa-se que existem escolas 22 EM Jornalista Roberto Marinho Rua Padre Azevedo, 51 Jd. Carolina municipais na grande maioria dos bairros, sendo, portanto, plausível supor que, a grosso 23 EM Bairro Cidade Nova Louzada Rua Águas Formosas, 307 Cid. N. Louzada modo e do ponto de vista quantitativo, a demanda atual esteja sendo suprida. 24 EM Chácara dos Italianos Av. IV Centenário, 2102 B. Aracare

25 EM Jardim Luciana Rua Alvorada, 360 Jd. Luciana Quanto à educação de jovens e adultos, os dados disponíveis para o período 1997-2004 denotam um crescimento do número de alunos nas escolas municipais nos anos de 1997 26 EM Jardim Califórnia Rua Los Angeles, 131 Jd. Califórnia a 2000. A partir de 2001, o número de alunos decresce, apresentando um decréscimo a 27 EM Jardim Gonçalves Rua Joaquim G. F. da Silva, 146 Jd. Gonçalves partir de 2001 até 2004 (Tabela 46). 28 EM Vila Zefferina II Rua Caxambu, 158 V. Zesuina 29 EM Jardim Itaquá Rua dos Radialistas, 185 Jd. Itaquá Em relação ao ensino profissionalizante, há projetos para a instalação de uma escola do 30 EM Jardim Paineira Rua do Paranapiacaba, 376 Jd. Paineira SENAI no município e, recentemente, foi inaugurada uma faculdade técnica, a FATEC, 31 EM Parque Viviane Rua Ronda Alta, 80 Pq. Viviane ampliando, portanto a oferta de uma formação técnica profissional para toda a região que 32 EM Cícero Antonio de Sa Ramalho Rua Ferraz de Vasconcelos, 1000 Jd. do Carmo dispunha de uma única unidade em Mogi das Cruzes. 33 EM Vila Bartira Rua Jundiaí, 84 Monte Belo 34 EM Zenaide de Souza Lima Rua Benedito F da Cruz, 60 Centro 35 EM Parque Souza Campos Estr. do Mandi, 3320 Pq. Souza Campos 36 EM Jardim Campo Limpo Estr. do Campo Limpo, 950 Jd. Campo Limpo

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No Escolas Endereço Bairro Quadro 2 Itaquaquecetuba 37 EM Prof. M. Emilia de M. Nascimento Rua Dois, 01 Jd. Odete II Relação de escolas estaduais 38 Creche Clelia Monea Chapina Rua Geremoabo, 30 Jd. Caiuby o 39 Creche Durvalina Teixeira Rosa Rua da Creche, 55 B. da Estação N Escolas Endereço Bairro 40 Creche Mama Dora Rua , 19 V. Bartira 1 EE Amália Maria dos Santos Av. Brasil, s/n Vl. M. Augusto 41 Creche Nossa Senhora D’Ajuda Rua Acácia, 106 Jd. Odete 2 EE Bairro Pequeno Coração Rua Fernão de Magalhães, s/n B. Pq.Coração 3 EE Benedito Vieira da Mota Rua MMDC, 92 Centro 42 Creche Paulo Alexandre Mosca Cintra Rua Santa Catarina, 382 B. Morro Branco 4 EE Prof. Carmen Neto dos Santos Rua Dr. Pedro da C. ª Lopes, 1020 B. Perrobal 43 Creche Rosalina Flora de Camargo Rua Mairinque, 245 V. Monte Belo 5 EE Prof. Cícero A. da Sa Ramalho Rua Ferraz de Vasconcelos, 1000 Jd. do Carmo 44 Creche Santa Catarina Rua Santa Catarina, s/n B. Morro Branco 6 EE Condomínio Residencial Village Estrada dos Índios, 2300 Village 45 Creche Maria Pires Parra Rua Grão Pará, 100 Quinta da Boa Vista 7 EE Jardim América Rua Dr. Pedro da C. Lopes, 3500 Jd. América 8 EE Domingos Milano Rua Manacá, 114 Jd. Odete 46 EM Jardim Itaquá Rua Rio Tietê, 299 Jd. Nova Itaquá 9 EE Prof. Dulce Maria Sampaio Av. Gonçalves Dias, 961 Pq. Marengo 47 EM Prof. Olívia Ap. da S. C. Guglielmo Rua Luciano Cordeiro, 94 Pq. Piratininga 10 EE Ver. Durval Evaristo dos Santos Praça Aimorés, s/n Vl. São Carlos 48 EM Prof. Olívia Ap. da S. C. Guglielmo Rua Mário de Sá, 150 Pq. Piratininga 11 EE Edna Álvares Barbosa Rua São Roque, 381 Vl. Japão 49 EM Prof. Roseli Ap. Mendes Rua Mairiporã, 49 Recanto Mônica 12 EE Dr. Ervin Orvath Rua Americana, 157 Louzada 13 EE Estância Paraíso Estrada Pinheirinho Novo, 3268 Estância Paraíso 50 EM Prof. Telma Arrivetti do Prado Rua Ribeirão Preto, 330 Jd. Caiuby 14 EE Eugênio Victório Deliberato Rua Vera Cruz, 201 Jd. Gonçalves 51 AM Prque Nossa Senhora das Graças Estr. São Bento, 8529 Jd. Joseli 15 EE Filomena Henares Milano Rua José Carlos Ferreira, 178 Jd. Ipê 52 Centro de Educ. Inf. Monteiro Lobato Rua Augusto José de Oliveira, 90 V. Gepina 16 EE Homero Fernando Milano Av. João Barbosa de Moraes, 157 Centro 53 EM Adenor Bonifácio da Silva Rua Tiradentes, 126 V. Maria Augusta 17 EE Ítalo Adami Rua Santa Catarina, 300 Morro Branco 54 EM Vice-Prefeito Alfredo G. F. da Silva Rua Diogo Antonio Feijó, 75 Jd. Itapoã 18 EE Jardim Carolina Rua Padre Bento, 300 Jd. Caiuby 19 EE Jardim Itaquá Rua dos Motoristas, 274 Jd. Itaquá 55 EM Virgílio Marinho Rua Paulistana, 105 J Maragogipe 20 EE Jardim São Paulo Rua Foz do Iguaçú, s/n Jd. Carolina 56 EM Clarinda da Conceição Av. Ferreira de Menezes, 280 Pq. Res. Marengo 21 EE Joaquim Gonçalves F. da Silva Rua Vespasiano, 15 Jd. Nicea 57 EM Vila Arizona Rua Sebastião J.de Almeida, s/n Jd. Zélia 22 EE Joaquim Perpétuo Rua dos Motoristas, 196 Jd. Itaquá 58 EM Santino Hayashi Amano Rua da Granja, s/n Jd. Santa Rita 23 EE Ver. José Barbosa de Araújo Rua Lutécia, 87 Jd. Fiorela 24 EE José Gama de Miranda Rua Álvares de Carvalho, 250 Jd. Caiuby 59 EM Pref. Benetito Barbosa de Morais Rua Tocantins, 313 V. São Carlos 25 EE José Olympio Pereira Filho Av. IV Centenário, 1711 Aracaré 60 EM Dr. José de Freitas Mendonça Entre Rua 15 e Rua 19 Pq. Res. Scaffidi 26 EE Kakunosuke Hasegawa Rua Serra dos Parecis, 200 Jd. Paineira 61 EM Orlando Bento da Silva Rua Tília, s/n Jd. Adriana 27 EE Ver. Leolino dos Santos Rua Garbaldi, 50 Jd. Odete 62 EM Jardim Odete I Rua Mancá, 100 Jd. Odete 28 EE Prof. Marcelo T. C. C. Marques Rua Juruaia, 40 Pq. Dirce 29 EE Mario Martins Pereira Rua , 177 Rc. Mônica 63 EM Adelia América Riechelmann Rua 5, 128 Pq. Res. Scaffidi 30 EE Maurício Alves Braz Rua Pixinguinha, s/n Jd. Maragogipe 64 EM Bairro do Pinheirinho Rua Gusolândia, 87 Jd. Pinheirinho 31 EE Nemésio Candido Gomes Rua , 475 N. Sra. d´Ajuda 65 EM Vice-Prefeito Juraci Marchioni Rua Amazonas, 128 Jd. Amazonas 32 EE Prof. Odila Leite dos santos Rua Jundiaí, 84 Pq. Dirce 66 EM Parque Piratininga Rua Evaristo da Veiga, 170 Pq. Piratininga 33 EE Parque Piratininga II Rua Jorge Amado, 110 Parque Piratininga 34 EE Parque Piratininga III Rua Jorge Amado, 98 Parque Piratininga Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Itaquaquecetuba. 35 EE Parque Piratininga Rua Joaquim Serra, 56 Parque Piratininga 36 EE Roque Barbosa Miranda Estrada da Ribeira, 250 Jd. Josely 37 EE Dona Rosária Isolina de Moraes Rua Rio Pinheiros, 25 Vl. Nelly 38 EE Ver. Valter da Silva Costa Rua Maringá, 368 Rancho Grande 39 EE Vila Arizona Rua Sebastião J. de Almeida, s/n Vl. Arizona 40 EE Vila Ercília Algarve Rua Rio Grande do Sul, 465 Vl. Ercília 41 EE Prof. Zilda Braconi Amador Rua Batatis, 38 Vl. Bartira 42 EE Recanto Mônica II Estrada do Merendá. 2000 Piun 43 EE Jardim Odete II Rua Galvão, 206 Quinta da Boa Vista Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Itaquaquecetuba.

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Tabela 46 entanto, a proporção de reprovação é relativamente alta nas 2ª e 4ª séries, sobretudo em Município de Itaquaquecetuba 2002, sofrendo uma pequena inflexão no ano de 2003. Educação de jovens e adultos, Rede municipal número de alunos: 1997 a 2004 Ano Allfabetização 1ª a 4ª 5ª a 8ª No ano de 2000, as taxas de defasagem se apresentam muito altas, variando de 36 a 75, considerando todas as séries do Ensino Fundamental. O panorama muda bastante em 1997 - 1 551 - 2004 nas três primeiras séries, onde se verifica uma queda expressiva dessas taxas, as 1998 247 1 058 - quais, porém, permanecem ainda relativamente altas nas séries posteriores (Tabela 49). 1999 - 1 397 151 2000 - 1 398 - 2001 - 1 393 - As taxas de analfabetismo, a diminuição das matrículas, os níveis de reprovação em 2002 - 1 181 - algumas séries, as taxas de evasão e de defasagem idade-série configuram uma situação 2004 - 1 110 - que exige medidas, visando a melhoria da qualidade do ensino e a ampliação da Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo - Centro de Informações Educacionais e Censo Escolar. Educação de Jovens e Adultos para garantir melhor escolaridade da população de Itaquaquecetuba e, de fato democratizar a Educação.

Apesar das escolas da rede pública estarem bem distribuídas espacialmente, os dados As propostas futuras precisam contemplar o crescimento demográfico do município e as referentes à quantidade de matrículas em 2000 e 2004, fornecidos pela Secretaria de necessidades de inserção econômica e social de seus habitantes. Estado da Educação, indicam uma redução em todas as séries, sendo mais acentuada As projeções de população realizadas pela Fundação Seade para a população em idade nas 1ª e 6ª, conforme pode ser verificado na Tabela abaixo. (Tabela 47). escolar indicam um crescimento absoluto, em 2010 e 2015, em todas essas faixas, conforme pode se observar na Tabela 50.

Tabela 47 O crescimento absoluto mais expressivo ocorre na população de 4 a 6 e 7 a 10 anos de Município de Itaquaquecetuba idade, justamente a faixa de idade adequada para a Pré-Escola e apropriada para as Evolução da matrícula inicial: 2000 e 2004 quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, atribuições do Município. Além disso, 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª proporcionalmente, em 2010, as crianças com 7 a 10 anos vão representar cerca de 9% Ano Total série série série série série série série série da população total de Itaquaquecetuba. Vale assinalar que também os jovens de 15 a 19 anos representarão 9% do conjunto dos habitantes do Município. 2000 4 197 4 086 4 059 4 481 7 825 8 675 7 447 6 726 47 496 2004 2 843 2 597 3 484 3 810 7 267 6 275 6 065 5 288 37 629 A política educacional de Itaquaquecetuba precisa, portanto, estabelecer diretrizes e programas que contemplem em especial esse universo da população. Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo(SEESP) – Centro de Informações Educacionais (CIE).Elaboração: Emplasa.

Alguns fatores podem estar condicionando essa diminuição de matrículas: mal desempenho do aluno, problemas de natureza pedagógica ou, ainda, dificuldades financeiras dos alunos e de suas famílias. Essas condições desfavoráveis podem acarretar a reprovação e a evasão escolar afetando, portanto, a quantidade de matrículas.

Mas são as taxas de abandono que, provavelmente, podem influir mais no volume de matrículas. A Tabela 48 apresenta informações relativas às taxas de evasão de abandono (evasão), reprovação e aprovação. Examinando-se os dados da tabela, observa-se que, no período 2000 a 2003, as taxas de abandono são bastante altas, principalmente em 2003, sobretudo na 1ª série, quando atinge o patamar de 42,3. Em contrapartida, as taxas de reprovação se apresentam bastante baixas, embora se perceba um aumento muito discreto, ao longo do período, em todas as séries do 1º ciclo do Ensino Fundamental. No

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Tabela 48 Tabela 49 Município de Itaquaquecetuba Município de Itaquaquecetuba Ensino Fundamental; Taxas de aprovação, reprovação e evasão: 1997 a 2003 Ensino Fundamental - Defasagem - Idade/série - 2000 e 2004 1ª 2ª 3ª 4ª. 5ª 6ª 7ª 8ª Total de Matrícula Taxa de Ano Total Ano Série Série Série Série Série Série Série Série Série Matrículas Idade Correta Defasagem Taxa de Aprovação 1ª 4197 2667 36,45 1997 98,9 76,5 94,9 97,1 0,0 0,0 0,0 0,0 90,8 2ª 4086 2032 50,26 1998 96,0 81,3 95,3 92,8 0,0 0,0 0,0 0,0 92,2 3ª 4059 1560 61,56 4ª 4441 1724 61,18 1999 96,9 84,8 95,9 89,9 0,0 0,0 0,0 0,0 91,7 2000 2000 96,5 80,5 97,0 80,5 0,0 0,0 0,0 0,0 89,7 5ª 7825 3052 74,48 2001 95,1 75,9 96,0 87,9 0,0 0,0 0,0 0,0 87,6 6ª 8675 2888 66,70 7ª 7447 1997 73,18 2002 95,4 68,2 97,6 81,5 0,0 0,0 0,0 0,0 85,1 8ª 6726 1639 75,63 2003 96,6 73,8 98,9 83,9 0,0 0,0 0,0 0,0 87,2 1ª 2843 2539 10,69 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Ano Total Série Série Série Série Série Série Série Série 2ª 2597 2236 13,90 Taxa de Reprovação 3ª 3484 2753 20,98 1997 0,0 22,3 4,4 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 8,3 4ª 3810 2411 36,72 2004 1998 0,8 12,5 1,2 4,8 0,0 0,0 0,0 0,0 4,1 5ª 7267 3876 46,92 1999 1,1 13,2 1,8 8,5 0,0 0,0 0,0 0,0 6,3 6ª 6275 2611 58,39 2000 1,2 17,4 0,5 16,2 0,0 0,0 0,0 0,0 7,9 7ª 6065 2115 62,82 2001 2,3 22,4 1,2 10,2 0,0 0,0 0,0 0,0 10,3 8ª 5288 1726 73,03 2002 2,9 30,9 1,7 17,0 0,0 0,0 0,0 0,0 13,7 Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Itaquecetuba. Elaboração: Emplasa, 2006. 2003 1,8 25,5 0,4 15,5 0,0 0,0 0,0 0,0 11,9 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Ano Total Série Série Série Série Série Série Série Série Tabela 50 Município de Itaquaquecetuba Taxa de Evasão Projeção da população em idade escolar: 2005/2010 1997 1,1 1,2 0,6 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 Faixas Escolares nº abs. % nº abs. % 1998 3,2 6,3 3,6 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0 3,7 0 a 3 anos 33 393 8,14 36 579 7,82 1999 2,0 2,0 2,3 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 4 a 6 anos 21 496 5,24 26 272 5,62 7 a 10 anos 28 041 6,83 31 716 6,78 2000 2,4 2,2 2,6 3,3 0,0 0,0 0,0 0,0 2,5 10 a 14 anos 36 417 8,88 36 429 7,79 2001 2,7 1,7 2,8 1,9 0,0 0,0 0,0 0,0 2,2 15 a 19 anos 37 239 9,08 38 531 8,24 2002 1,7 0,9 0,7 1,5 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 População Total 410 095 100,0 467 562 100,0 Fonte: Fundação Seade. 2003 42,3 13,7 7,7 16,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 Elaboração: Emplasa, 2006. Fonte: 1995:Centro de Informações Educacionais (CIE)/ Secretaria da Educação do Estado de São Paulo(SEESP); 1996 e 2003: Censo Escolar.

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IV.3.4 Esporte, Recreação e Lazer Tabela 51 Município de Itaquaquecetuba Atualmente, a estrutura da Secretaria de Esportes e Lazer é a seguinte: Equipamentos esportivos existentes no Município Diretoria de Esportes Local Tipo Piso

Diretoria de Eventos Esportivos Centro Esportivo Municipal de Itaquaquecetuba Quadra poliesportiva Paviflex Estádio Mununicipal Ildeu Silvestre do Carmo Campo de futebol Grama Diretoria de Esporte Amador Ginásio de Esportes Quadra poliesportiva Cimento Quadra de vôlei, futebol de Diretoria de Lazer. Praça de Lazer e Quadra de Areia Areia areia e playground Ao longo do ano de 2005, foram realizadas diversas atividades: Praça Sumiyoshi Nakaharada Playground - Olimpíadas colegiais com a Escola da Família; Praça José Batista de Oliveira Playground -

Obs.: O Serviço Social da Indústria (Sesi) está construindo sua sede no Bairro do Morro Branco, em uma área de 47 Eventos para crianças portadoras de doenças leves; 000 m², e terá piscina, quadras esportivas, campo de futebol society, etc.

Campeonato de judô;

Campeonato de pipa (dois eventos por ano);

Atividades de lazer em bairros com cerca de 40 eventos;

Atividades diversas no Parque Ecológico, no Dia da Criança;

“Dia do Desafio”: em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), participou desse evento, que contou com a presença de cerca de 14 mil pessoas;

“Natal Solidário”, promovido com apoio de empresários do município, no Parque Ecológico;

“Jogos Regionais do Interior”: participou desse evento promovido em , com a presença de 120 pessoas, pela Secretaria da Juventude, esporte e Lazer do Governo do Estado;

Participou dos “Jogos Regionais do Idoso” (JORI) e dos “Jogos Abertos do Idoso” (JAI);

Escolas de Xadrez;

Escolas de Capoeira.

As atividades listadas contaram com o apoio da Polícia Militar Estadual, Companhia Bandeirante de Energia, empresários do município, Secretarias Municipais, Associações de Bairro, etc.

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Localização dos equipamentos esportivos públicos Praça de Lazer e Quadra de Areia Rua Lafaiete Centro Esportivo Municipal de Itaquaquecetuba Rua Manuel Garcia, 160

Ginásio de Esportes Rua Santa Rita de Cássia

Estádio Municipal Ildeu Silvestre do Carmo Rua Santa Catarina x Goiás

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Praça Sumiyuoshy Nakaharada Recomendações Estr. Maria Covas X R. Rio Negro Foi detectado num primeiro momento que há necessidade de equipar os campos de várzea, com vestiários completos, de construção de três Centos Desportivos Municipais (CDM), em bairros de futura e propícia localização, e implantação de Escolas de Esportes Olímpicos.

Praça José Batista de Oliveira Estr. Santa Isabel X Piracicaba Monte Belo

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IV.3.5 Cultura e Turismo propriedade, localizada ao lado da Aldeia de Itaquaquecetuba, um oratório em louvor a Nossa Senhora D´ajuda, que em seguida tornar-se-ia capela. Este foi o marco inicial da povoação, que se fixou ao seu redor, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Breve Histórico Itaquaquecetuba, recuperando, assim, o nome do aldeamento primitivo.

A partir de 1548, surgiu no Brasil o Governo Geral, sistema centralizado para administrar O primeiro Censo realizado na Aldeia de Nossa Senhora d'Ajuda, em 1765, apresentou os a colônia brasileira, já que as capitanias hereditárias não deram certo. O primeiro seguintes resultados: 59 "iogos" que eram habitados por 109 mulheres e 117 homens. governador geral do Brasil foi Tomé de Souza (1549 – 1553), que veio para o Brasil com mil pessoas, entre elas seis jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega. O município de A fundação da Paróquia de Nossa Senhora d'Ajuda data de 1779 e é a igreja mais antiga Itaquaquecetuba foi rota das entradas, expedições financiadas pelo governo português. da região. A atual Igreja de Nossa Senhora d'Ajuda substituiu a capelinha construída em Os membros daquelas expedições navegavam pelo Rio Tietê, que corta a cidade. Com 1624. Até 19 de Janeiro de 1759, os padres jesuítas organizaram a aldeia e embelezaram essas incursões veio a Ordem dos Jesuítas, mais conhecida como a Companhia de a igreja; anexo a esta, construíram uma residência. Até o ano de 1904, existiu a antiga Jesus. residência dos padres jesuítas, que foi demolida em 28 de outubro, por ordem do monsenhor Antonio Pereira Reimão e, com parte do material foi reformado o arco e o A principal estratégia dos jesuítas foi a criação das escolas religiosas, utilizando a frontispício da igreja que estavam em ruínas. Das obras de talha de que era ornamentada catequese para ensinar aos indígenas do Brasil a religião católica, para converter os não existe mais nada; consta que um antigo fabriqueiro mandou levar tudo à Igreja de povos do continente “recém-descoberto"; entre estes jesuítas estava o Padre José de Nossa Senhora dos Remédios, em São Paulo. Anchieta, então com 19 anos, que veio acompanhando o segundo governador geral, Duarte da Costa (1553 – 1558). Em 25 de Janeiro de 1554, Manuel da Nóbrega e José de A antiga Capela Curada de Nossa Senhora d'Ajuda de Itaquaquecetuba passa à Anchieta fundaram o Colégio de São Paulo, que deu origem à Vila e depois à cidade de Freguesia em 28 de fevereiro de 1838, pela Lei nº. 17. São Paulo. O governo de Duarte da Costa foi muito abalado, pois, em 1555, os franceses invadiram o Rio de Janeiro e buscaram apoio de grupos indígenas contra a dominação Em 1910, o vigário José Affonso Zartmann ampliou a capela-mor e construiu uma nova portuguesa. O terceiro governador geral foi Mem de Sá (1558 – 1572), que utilizou das sacristia no lugar onde era anteriormente o cemitério das Irmandades. O novo altar-mor, armas para combater os índios que ofereciam resistência ao seu governo. já modificado, é obra do irmão Bento da ordem redentorista, que erigiu também a Via Sacra e fundou a Irmandade do Santíssimo Coração de Jesus. Consta em documentos da Itaquaquecetuba foi fundada neste contexto da colonização brasileira pelo padre José de Comunidade Redentorista da Penha, de 1911, a Festa de inauguração do altar-mor e das Anchieta, em 8 de setembro de 1560, com o nome de Vila de Nossa Senhora D'Ajuda novas imagens feitas em madeira de Nossa Senhora d'Ajuda, São José e Santo Afonso e durante o governo de Mem de Sá, com o apoio do então presidente da província, os altos relevos do retábulo e um anjo-presépio-anjo feitas pelo Irmão Bento. Bernardo José Pinto Gavião Peixoto; foi uma das 12 aldeias fundadas por Anchieta em sua longa permanência no Brasil e foi estabelecida para catequizar os índios . A denominação de município de Itaquaquecetuba surgiu, somente, no século XX, quando Várias aldeias ao redor de São Paulo de Piratininga (1563), foram desfeitas, entre elas a este se separou de Mogi das Cruzes com sua elevação a município e com o território do de Guarapiranga; seus habitantes foram transferidos para Carapicuíba e dali para a Vila respectivo distrito, pela Lei Nº. 2.456, de 30 de dezembro de 1953, posta em execução a de Nossa Senhora d'Ajuda. A Vila era um dos pontos mais altos da região e assim 01 de janeiro de 1954. Como município, ficou constituído de um único distrito, o de proporcionava uma melhor visão para vigiar e impedir os ataques indígenas contra os Itaquaquecetuba. colonizadores. Com a inauguração da variante da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), em 1925, A origem do nome da cidade vem do tupi-guarani, takûa(ra)-kysé-tyba, "taquaquicetuba" Itaquaquecetuba começou a crescer e a prosperar. A variante de Poá, também chamada que significa "muitas taquaras cortantes", devido a abundância de taquaras ali existentes de variante de Calmon Viana, teve a construção iniciada em 1921, mas a linha foi aberta naqueles tempos. somente em 01 de janeiro de 1934, depois de uma interrupção de oito anos nas obras. Ela possuía um traçado mais suave em termos de curvas e aclives quando comparada Nas décadas de 10 e 20 do século XVII, a aldeia ficou quase deserta já que, por alvará com a linha original, que seguia de Poá ao Tatuapé, no ramal de São Paulo. Começava régio e ordem do capitão-procurador dos índios, Fernão Dias Paes, pretendendo ter maior na estação de Calmon Viana e terminava na Quinta Parada (Eng Gualberto) do ramal de controle dos índios catequizados, transferiu a maior parte de sua população para a Aldeia São Paulo. Com o tempo, foi transformando-a em linha de trens de subúrbio, os trens de São Miguel, mais próxima a São Paulo e onde havia sido erguida uma nova capela. metropolitanos de hoje, e é uma mais movimentadas da Companhia Paulista de Trens A população só recomeçaria a crescer em 1624, quando o padre João Álvares, que Metropolitanos (CPTM). construiu as capelas de Conceição de Guarulhos e São Miguel, decidiu levantar em sua

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Gestão da Cultura Coros Infantil e Adulto; A Secretaria Municipal de Cultura, criada pela Lei Complementar n° 101, de 3 de janeiro de 2004, estabeleceu, em 2005, como uma das suas principais metas a inclusão social Banda; dos menos favorecidos, com a oferta de ações culturais gratuitas, de estímulo à geração de oportunidades de emprego, através do desenvolvimento de técnicas artísticas. Linha de Frente;

Neste sentido, suas ações procuram atender ao maior número possível de crianças e Folclore e Capoeira. jovens em seus eventos, cursos e oficinas, visando motivá-los para outras atividades e afastá-los do grupo de risco das drogas e da marginalidade. Apresentações do Curso de Dança: Abertura do III Forrófest – Anesp; A Secretaria Municipal de Cultura, antigo departamento subordinado à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, oferece uma série de produtos culturais de cunhos Encerramento do VII Concurso de Quadrilhas Juninas. didático e pedagógico em diversos setores, tais como: artes plásticas, musicais e dramáticas, literatura, folclore, dança, etc. Apresentações do Coro Municipal Infanto-Juvenil: Homenagem às funcionárias municipais no Dia Internacional da Mulher; A Secretaria de Cultura realizou os seguintes eventos em 2005: Comemoração ao Dia Internacional da Mulher; Concerto em homenagem à Mulher na Igreja Nossa Senhora D’Ajuda;

XI Concurso Regional de Poesias de Itaquaquecetuba; Concerto em homenagem ao Dia das Mães;

III Salão de Arte Acadêmica, Moderna e Contemporânea de Itaquaquecetuba; Concerto em homenagem ao Destaque do ano 2004;

X Festival Regional de Música Sertaneja de Itaquaquecetuba; 5º ECOART (Encontro de Coros do Colégio Nossa Senhora Consolata), em São Paulo. Festa de Santa Cruz e Festa de São Benedito; Apresentações do Coro Adulto: Dia Nacional de Reflexão - 117 anos de Abolição; Concerto nas Comemorações da Páscoa;

XVI Encontro de Tapetes de Corpus Christi - Tradição e Beleza; Concerto em homenagem à mulher;

Criação da Liga das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Itaquaquecetuba: 5º ECOART (Encontro de Coros do Colégio Nossa Senhora Consolata), em São VII Concurso de Quadrilhas Juninas de Itaquaquecetuba; Paulo.

IX Mostra Regional de Fotografia de Itaquaquecetuba; Apresentações da Oficina de Folclore/Capoeira: Comemoração ao Dia do Trabalhador; Evento apoiado pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) - 3º Forrófest da Associação dos Nordestinos do Estado de São Paulo (Anesp); Comemoração dos cinco anos da TV Diário.

Evento apoiado pela S.M.C. - 3º Itaquá Rock Festival;

Cursos e Oficinas mantidos pela Secretaria Municipal de Cultura: Dança;

Desenho e Pintura; Teatro;

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IV.3.6 Segurança Pública e Defesa Civil No nível federal, cabe destacar as políticas de controle de armas e verbas para construção de presídios. Tais iniciativas e seus resultados têm demonstrado que a morte Os serviços de segurança pública são prestados no município por unidades das Policias por atos violentos é um fenômeno de múltiplas causas e dimensões, cujos impactos não Militar e Civil, integradas à administração estadual. se encerram na esfera criminal.

O efetivo da Policia Militar é de 262 policiais para policiamento ostensivo e comunitário. A Cabe também citar a “Lei Seca”, um dos instrumentos que colabora para diminuição dos Policia Civil dispõe de 108 servidores, entre policiais e funcionários administrativos. índices de violência, consiste em um decreto municipal que regulamenta o fechamento dos estabelecimentos, que comercializam bebidas alcoólicas, entre 23hs e 6hs. Nos O índice de criminalidade é relativamente alto como demonstra a Tabela 52. municípios que implantaram este instrumento e deram suporte à medida, houve uma redução real no número de homicídios. Foi criada, em janeiro de 2005, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, tendo como missão estabelecer as políticas, diretrizes e programas de segurança urbana, Tabela 52 executar através de seus órgãos as políticas de interesse da pasta, coordenando e Município de Itaquaquecetuba gerenciando a integração com as políticas sociais que direta ou indiretamente, interfiram Principais ocorrências de crimes: 1997/2003 nos assuntos de segurança do Município e estabelecer relação com os órgãos de Segurança estaduais e federais, visando à ação integrada com o município. Ocorrências 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Homicídio doloso 146 165 183 210 209 195 165 Estão subordinados à Secretaria Municipal de Segurança Urbana os seguintes órgãos: Roubo 1156 1249 1391 1199 1202 1217 1345 Vigilância Patrimonial: possui cerca de 380 funcionários para proteção de escolas, Furto 579 695 931 910 1281 1630 1986 postos de saúde, secretarias, etc.; Furto de veículos 206 300 283 354 318 298 373

Roubo de veículos 318 433 607 678 657 497 473 Guarda Civil Municipal: corporação uniformizada e armada, destinada às proteções preventiva e ostensiva, diurna e noturna de bens, instalação e serviços do município, bem Fonte: Fundação Seade. como colaboração com os órgãos de Segurança Publica, de Trânsito e Defesa Civil; Elaboração: Emplasa – Coordenadoria de Planos Regionais – 2005.

Coordenadoria de Defesa Civil: sua estrutura consiste em um coordenador nomeado e Tabela 53 pessoal de outras secretarias, alocado conforme a necessidade. Município de Itaquaquecetuba, RMSP e SP

Evolução da taxas de mortes por agressão: 1995/2003 O município tem apresentado altas taxas no quesito mortes por agressão, com médias (por 100 mil habitantes) superiores às da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Medidas estão sendo implementadas em todas as esferas de Governo para diminuir os indicadores de violência Ano 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 e já começam a apresentar alguns resultados, como demonstra a Tabela 53. Itaquaquecetuba 56,3 67,6 77,0 73,2 83,6 72,9 62,6 74,3 63,0 RMSP 53,3 55,2 54,1 58,6 65,2 59,4 58,0 55,2 48,3 No âmbito municipal, há organização dos espaços urbanos, em conjunto com Estado/São Paulo 33,9 35,7 35,6 39,1 43,2 42,0 41,8 38,6 35,8 organizações da sociedade civil, e a implementação de programas de inclusão social, Fonte: Fundação Seade. como a Escola da Família, que inclui atividades de cultura, esportes, lazer e educação Elaboração: Emplasa, 2005. para o trabalho, dirigidas aos jovens de menor renda em especial, àqueles que moram nas periferias da cidade que se ressentem da falta de alternativa de lazer nos finais de semana, período em que homicídios chegam a aumentar 60% em relação às ocorrências

Na esfera estadual, o processo de melhoria do aparelho de segurança pública ocorreu em vários níveis, refletindo o aumento de investimento do setor, tais como: desativação das carceragens dos Distritos Policiais, criação e implantação de sistemas de informação interligados em rede, aprimoramento da formação dos policiais e modernização gerencial da Polícia.

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IV.4 Serviços, Equipamentos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais Ele é composto pelos sistemas produtores: 1 - Cantareira,

IV.4.1 Saneamento Básico 2 - Baixo ,

3 - Alto Cotia, Abastecimento de Água 4 - Guarapiranga, O serviço público de abastecimento de água do município é operado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), através da sua Unidade de 5 - Rio Grande, Negócios Leste. As unidades da companhia responsáveis pela prestação do serviço são: MLMQ – Escritório Regional de Itaquaquecetuba, Pólo de Manutenção de 6 - Ribeirão da Estiva, Itaquaquecetuba e Divisão Eletromecânica Leste. 7 - Rio Claro e O município de Itaquaquecetuba situa-se na área de atendimento do Sistema Integrado de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que fornece 8 - Alto Tietê, interligados pelo Sistema Adutor Metropolitano (SAM). água tratada a 29 municípios da Região, conforme mostra a ilustração a seguir. A capacidade atual de produção do conjunto desses sistemas é de 67,7 mз/s.

Abastecimento de Água na RMSP O Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT), que abastece o município de Itaquaquecetuba, é constituído pelo conjunto dos reservatórios de Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçubepa, interligados por sistemas de recalque, canais e túneis, e pela Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada junto ao reservatório de Taiaçubepa, no município de Suzano.

Os reservatórios de Ponte Nova e Paraitinga descarregam as vazões regularizadas no Rio Tietê, que são adicionadas às vazões da bacia intermediária até a foz do Rio Biritiba, onde são conduzidas por um canal artificial e recalcadas por uma estação elevatória para o reservatório de Biritiba. Daí, as águas são conduzidas por gravidade, por um sistema interligado de canais e túneis, para o reservatório Jundiaí e deste para o reservatório de Taiaçubepa, onde é feita a captação e a adução da água à Estação de Tratamento de Água.

A capacidade atual de produção desse sistema, que atende, além de Itaquaquecetuba, os municípios de Arujá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e parte de Guarulhos, Mogi das Cruzes e zona leste de São Paulo, é de 10,0 mз/s.

Está em andamento o processo de ampliação da capacidade de produção desse sistema para 15,0 mз/s, com o enchimento dos reservatórios de Biritiba e Paraitinga, alteamento da barragem de Taiaçubepa, ampliação da capacidade de tratamento da ETA e outras medidas operacionais. A Sabesp foi autorizada a desenvolver, com auxílio da iniciativa privada, estudos técnicos, econômicos e financeiros para a estruturação do Projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para ampliação da capacidade da ETA do reservatório de Taiaçupeba, construção das adutoras do sistema produtor de água e de outras utilidades, Fonte: www.sabesp.com.br. além de serviços correlatos integrantes do Sistema de Abastecimento de Água Alto Tietê.

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A água tratada do Sistema Produtor Alto Tietê é transferida a um conjunto, interligado de (CR-4), no Recanto Mônica, com um reservatório apoiado com capacidade de 10 mil adutoras e estações elevatórias, denominado Sistema Adutor Metropolitano (SAM), a metros cúbicos. partir do Reservatório de Distribuição Alto Tietê, do qual parte uma adutora de 2 500 mm de diâmetro que se interliga com as linhas do subsistema SAM Leste. A Alça Norte desse O volume de água tratada fornecida ao município de Itaquaquecetuba por esse sistema é subsistema, com diâmetro de 1 050 mm, atende, através de derivações em marcha, os de 1 942 245 m³/mês, equivalente a uma vazão média de 0,75m³/s. Nos últimos cinco reservatórios setoriais dos seguintes municípios e setores de abastecimento: Poá, anos os volumes de água tratada fornecidos ao município (macromedidos) foram os Itaquaquecetuba, Arujá, Guarulhos (Setor Bonsucesso) e São Paulo (Setor Itaim). O seguintes, conforme mostra o quadro a seguir. atendimento ao município de Itaquaquecetuba é feito por duas derivações do SAM Leste, com diâmetros de 800 e 600 mm, que abastecem os reservatórios setoriais CR–2 e CR– 3, respectivamente. Quadro 3 Município de Itaquaquecetuba Volumes de água tratada fornecidos ao Município: 2000 a 2004 Sistema Produtor Alto Tietê (em m³) 2000 2001 2002 2003 2004 20 458 495 18 921 878 22 344 392 24 345 106 24 877 770 Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado Leste.

O quadro, a seguir, apresenta os dados gerais do sistema de abastecimento de água do município, referentes a dezembro de 2004.

Quadro 4 Município de Itaquaquecetuba Dados gerais do sistema de abastecimento de água: dezembro de 2004 Item Unidade Valor Ligações de água ativas un 61 434 Ligações de água (totais) un 72 918 Economias residenciais ativas atendidas com água un 69 255 Economias residenciais atendidas com água (totais) un 81 184 Extensão de rede de água km 710

Volume micromedido de água m³ 8 681 335 Fonte: www.daee.sp.gov.br Volume faturado de água m³ 10 913 652 Tarifa média de água R$ 1,59 O sistema de reservação do município é constituído pelos Centros de Reservação CR-1, Inadimplência % 48,04 CR-2 e CR-3. O CR-1, localizado na Vila Arizona, é integrado por dois reservatórios Índice de atendimento de água % 77 apoiados, um com capacidade de 10 000 m³ e outro de 5 000 m³, e um reservatório Índice de perdas totais % 42,71 elevado (torre) de 500 m³, totalizando uma capacidade de armazenamento de 15 500m³. Índice de perdas totais l/lig. dia 438,41 O CR–2, na Vila Industrial, possui um reservatório apoiado com capacidade de cinco mil metros cúbicos. O CR-3, no Pinheirinho, é constituído por um reservatório apoiado com Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste – Departamento de Planejamento Integrado Leste. capacidade de 1 000 m³. Assim, a capacidade total de reservação existente atualmente no município é de 21 500 m³. Está prevista a implantação de outro Centro de Reservação

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O índice de atendimento de 77%, apresentado no Quadro 4, é calculado considerando-se Encontram-se em andamento, em todo o município, obras de prolongamento da rede de somente o número de economias residenciais ativas. No entanto, a rede física de água e ligações domiciliares para o atendimento do crescimento vegetativo da população, distribuição de água está implantada em praticamente toda a área urbanizada do no valor de R$ 1,7 milhão. Na Chácara Águas da Pedra, na divisa com o município de município, com exceção de áreas com ocupação irregular ou com baixa densidade de Mogi das Cruzes, já foram implantados 5 415 m de rede. ocupação. Até maio de 2005, o município registrava 74 863 ligações de água. Está programada a execução das seguintes obras: O Quadro 5 apresenta a evolução da extensão da rede, do número de ligações, do Remanejamento e implantação de adutora no anel viário - Estrada de Santa Isabel: R$ volume micromedido de água e do índice de perdas totais nos últimos cinco anos. 700 mil, com previsão de início para 2006.

Implantação de booster e reforço de rede: R$ 206 mil, com previsão de início para Quadro 5 2006. Município de Itaquaquecetuba Evolução da extensão da rede, do número de ligações, do volume micromedido e Implantação de obras, com início previsto para junho de 2006, nos setores de do índice de perdas totais de água: 2000 a 2004 abastecimento Vila Industrial (CR-2) e Recanto Mônica (CR-4), com financiamento do Pró Extensão da Número de Volume Índice de Perdas - Saneamento da Caixa Econômica Federal (CEF), no valor total de R$ 15,961 milhões e Ano Rede Ligações Micromedido Totais tempo de execução previsto de 18 meses, constituídas por: reservatório de 10 000 m³ de (km) (un.) (m³) (%) volume útil (R$ 3,060 milhões) no setor CR-4 - Recanto Mônica; Estação Elevatória de Água Tratada (R$ 824 mil) no setor CR-2 - Vila Industrial; 3 278 m de adutora (R$ 2,986 2000 609,6 62 737 8 196 551 51,43 milhões) com 710 mm de diâmetro e 24 100 m de redes de distribuição (R$ 9,091 2001 653,4 65 794 8 291 503 42,30 milhões) com diâmetros de 300 a 1 000 mm em ferro fundido, sendo 12 900 m, com 2002 657,9 68 229 8 700 003 44,50 diâmetros de 300 a 800 mm, no setor CR-2 e 12 600 m, com diâmetros de 500 a 1 000 2003 666,0 71 854 8 671 497 46,74 mm, no setor CR-4. 2004 670,0 73 340 8 683 385 46,34 Fonte: Sabesp - Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado Leste. O total de investimentos previstos para o município de Itaquaquecetuba é R$ 18,567 milhões, incluindo-se as obras em andamento e as programadas.

Os investimentos realizados no sistema de água do município, no período de 1996 a Os Planos Integrados Regionais (PIRs), elaborados pela Sabesp, a partir de diagnóstico 2004, somam R$ 21.133.746,18. O quadro a seguir apresenta os empreendimentos da Unidade Leste, efetuaram uma projeção das obras necessárias para os municípios, realizados no período de 1996 a 2004. incluindo Itaquaquecetuba. Essa projeção teve como base a evolução populacional prevista, segundo os estudos da Fundação Seade, e índices médios do serviço de abastecimento de água. Os principais resultados dessa projeção são apresentados no Quadro 6 quadro a seguir. Município de Itaquaquecetuba Empreendimentos realizados no período: 1996 a 2004 Quadro 7 População Fonte de Valor Obras Município de Itaquaquecetuba Beneficiada (hab.) Recursos (R$) Prognóstico de obras e abastecimento de água: 2001, 2006, 2011, 2016, 2021 Execução de rede de distribuição e 65 000 Próprio 6.060.752,43 ligações domiciliares de água Item 2001 2006 2011 2016 2021 Execução de adutora integrante do 270 000 Financiado 15.072.993,75 Economias de água (un) 63 408 81 408 103 651 127 189 156 090 sistema adutor Itaquá - Arujá Ligações de água (un) 54 175 65 925 79 776 93 266 109 295 Aquisição de equipamentos 15 000 Financiado 2.695.705,70 Extensão de rede de água (km) 653,2 709,9 769,5 821,6 878,1 operacionais Volume micromedido (m³/mês) 671 340 835 217 1 029 367 1 213 484 1 413 065 Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado Leste. Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado Leste.

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Prancha 6 Saneamento Básico – Água frente

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Prancha 6 Saneamento Básico – Água verso

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Esgotamento Sanitário Parte do município situa-se nas bacias de esgotamento TL-16 (Córrego Água Branca), TL-18 (Ribeirão Perová), TL-23 (Ribeirão Três Pontes) e TL-25 (Vila Virgínia), integrantes O serviço público de esgotamento sanitário do município é operado também pela do Sistema São Miguel, que encaminhará o esgoto coletado para o tratamento naquela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), através da sua ETE através do interceptor ITi-15 e coletores secundários previstos na Unidade de Negócios Leste. As unidades da companhia responsáveis pela prestação do serviço são: MLMQ - Escritório Regional de Itaquaquecetuba, Pólo de Manutenção de segunda etapa do Programa de Despoluição do Tietê. Outra parte do município situa-se Itaquaquecetuba e Divisão Eletromecânica Leste. nas bacias de esgotamento TL-20 (Córrego Mandi), TL-22 (Ribeirão Jaguari), TL-25 A (Vila Virgínia) e TL-27 (Vila Ercília), integrantes do Sistema Suzano, que encaminharão o A maior parte do município localiza-se na área de atendimento do Sistema Integrado de esgoto coletado para tratamento naquela ETE através da execução do interceptor ITi-16 e Esgotamento Sanitário da RMSP, constituído por cinco Estações de Tratamento de coletores secundários previstos em etapas futuras. Esgotos (ETEs): , Parque Novo Mundo, São Miguel, ABC e Suzano. A capacidade total de tratamento desse sistema, em dezembro de 2004, era de 18 m³/s. A Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) São Miguel situa-se à margem esquerda do Rio Tietê, nas proximidades do km 25 da Rodovia Airton Senna, e ao lado da Companhia Apenas uma parte do município, na divisa dos municípios de Mogi das Cruzes e Arujá, Nitroquímica Brasileira. O Sistema São Miguel atenderá basicamente o extremo leste do situada na bacia do Rio Paraíba do Sul, não é atendida pelo Sistema Integrado. município de São Paulo, e ainda parte das cidades de Guarulhos, Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.

Sistemas Principais de Esgotos da RMSP O processo de tratamento da estação é de lodo ativado por alimentação escalonada e em nível secundário, com grau de eficiência de 90% de remoção de carga orgânica medida em DBO. A estação terá três etapas de implantação, com um módulo de tratamento na primeira etapa, com capacidade para 1,5 m³/s de vazão média afluente. Na segunda etapa, deverá ser executado o segundo módulo e na etapa final, outros dois módulos, perfazendo uma capacidade nominal de 6,0 m³/s.

A fase 1 da construção da ETE São Miguel foi concluída e entrou em operação em 5 de Junho de 1998, projetada nesta fase para tratar uma vazão média de 1,5 m³/s. A ETE trata atualmente uma vazão de 0,5 m³/s. Os esgotos são transportados para a estação através de um sistema de esgotamento constituído por interceptores, perfazendo uma extensão de aproximadamente 10 km, com diâmetros variando desde 0,60 m até 2,30 m. A conexão desta ETE com a rede coletora do município de Itaquaquecetuba será realizada através do interceptor ITi-15.

A ETE Suzano está localizada no município de Suzano (a sudeste de São Paulo) e serve aos municípios de Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. A estação de tratamento opera por processo de lodos ativados convencional e em nível secundário, com grau de eficiência superior a 90% de remoção de carga orgânica medida em DBO.

Esta ETE teve seu projeto iniciado em 1973 e foi inaugurada em 1982, com capacidade de tratamento de 1,5 m³/s. Ela foi projetada para construção em duas etapas. Atualmente, somente a primeira etapa está concluída. Da primeira etapa de obras, com capacidade prevista de 4 m³/s de vazão máxima, foi construído apenas um módulo, com capacidade de tratamento de 1,5 m³/s. A ETE trata atualmente uma vazão de 1,0 m³/s. Os esgotos Fonte: www.sabesp.com.br. são transportados para a estação através de um sistema de esgotamento constituído de

interceptores e pelo emissário Guaió, perfazendo uma extensão de aproximadamente 15

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km, com diâmetros variando de 0,50 a 1,80m. A conexão desta ETE com a rede coletora Quadro 9 do município de Itaquaquecetuba será realizada através do interceptor ITi-16. Município de Itaquaquecetuba Evolução da extensão da rede de coleta, número de ligações e volumes de esgoto O quadro, a seguir, apresenta os dados gerais do sistema de esgotamento sanitário do coletados e tratados: 2000/2004 município, referentes a dezembro de 2004. Número de Volume de Esgotos Volume de Extensão da rede Ano Ligações Coletados Esgotos Tratados (km) Quadro 8 (un) (m³) (m³) Município de Itaquaquecetuba Dados gerais do sistema de esgotamento sanitário: dezembro de 2004 2000 297,1 36 200 5 463 581 273 180 2001 355,7 37 251 5 685 380 284 270 Item Unidade Valor 2002 358,9 38 546 5 862 525 410 376 Ligações de esgoto ativas un 36 049 2003 360,0 40 488 6 001 289 420 090 Ligações de esgoto (totais) un 41 326 2004 378,0 43 897 6 373 130 446 120 Economias residenciais ativas atendidas com esgoto un 41 113 Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado. Economias residenciais atendidas com esgoto (totais) un 46 608 Extensão de rede de esgoto km 372 Volume micromedido de esgoto m³ 4 674 667 Os investimentos realizados no sistema de esgotos do município no período de 1996 a Volume faturado de esgoto m³ 6 000 437 2004 somam R$ 21.274.211,62 e foram empregados na execução de obras de rede Tarifa média de esgoto R$ 1,65 coletora e ligações domiciliares de esgoto, sendo R$ 20.490.155,22 provenientes de Índice de coleta de esgoto (1) % 46 financiamentos e R$ 784.056,40 com recursos próprios.

Índice de tratamento de esgoto (1) % 7 Encontram-se em execução, em todo o município, obras de implantação de redes (1) Estes dados são relativos a junho de 2004. coletoras e ligações domiciliares de esgoto, no âmbito do Projeto de Despoluição do Tietê Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste - Departamento de Planejamento Integrado Leste. – 2ª Etapa, no valor de R$ 2,5 milhões.

A ampliação da rede de coleta de esgoto está condicionada à implantação de coletores- O índice de atendimento de 46%, apresentado no Quadro 8, é calculado considerando-se tronco e interceptores para encaminhamento dos esgotos coletados às estações de somente o número de economias residenciais ativas. Levando-se em conta a rede física tratamento.de esgoto do Sistema Integrado de Esgotamento Sanitário da RMSP – ETEs de coleta de esgotos, o índice de atendimento estimado é da ordem de 58%. O esgoto São Miguel e Suzano – ou à implantação de sistemas isolados compactos de tratamento tratado refere-se ao esgoto coletado na região sul do município, nas bacias próximas ao de esgoto, de caráter emergencial e temporário, propostos pela Sabesp nos bairros que já município de Poá e encaminhado, através de Estação Elevatória Vila Varela e Coletor- dispõem de coletores-tronco, que deverão ser desativados quando da implantação das Tronco Poá, para tratamento na ETE Suzano. O número atual (maio de 2005) de ligações obras do Sistema Integrado de Esgotos do Programa de Despoluição do Tietê - Projeto de esgoto é de 44 702 unidades e a extensão da rede é de 378,2 km. Tietê.

De acordo com o “Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo – Está prevista, nas etapas futuras do Projeto de Despoluição do Tietê, a execução das 2004”, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo seguintes obras: (Cetesb), considerando-se a população de 272 416 habitantes (Censo 2000) e os índices Implantação do coletor-tronco Perová e Estação Elevatória de Esgoto (EEE) para de coleta e tratamento de esgoto de 46% e 7%, respectivamente, as cargas orgânicas encaminhamento do esgoto do município para tratamento, com valor estimado em R$ 33 poluidoras de origem doméstica potencial e remanescente são estimadas em 14 710 kg milhões. Este empreendimento encontra-se em fase de elaboração de projeto executivo. DBO/dia e 14 332 kg DBO/dia, lançadas nos corpos receptores das bacias do Alto Tietê A sua implantação dar-se-á em princípio interligando-se ao ITi-15, encaminhando a coleta (UGRHI 06) e do Parateí (Paraíba do Sul, UGRHI 02). de esgoto para a ETE São Miguel. A EEE poderá reverter o esgoto coletado, tanto para o ITi-15, como para o ITi-16, que transporta os esgotos para a ETE Suzano. A evolução da extensão da rede, do número de ligações, dos volumes de esgoto Implantação do coletor de interligação com o ITi-15 e os coletores Pires e Tipóia para coletados e tratados nos últimos cinco anos está apresentado no quadro seguinte. encaminhamento dos esgotos do município para tratamento, no valor de R$ 4,5 milhões.

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Execução de obras de implantação de redes coletoras e ligações domiciliares de esgoto – Projeto Tietê, Etapas Futuras, no valor de R$ 417.311,09.

Os Planos Integrados Regionais (PIRs), elaborados pela Sabesp, a partir de diagnóstico da Unidade Leste, efetuaram uma projeção das obras necessárias para os municípios, incluindo Itaquaquecetuba. Esta projeção teve como base a evolução populacional prevista, segundo os estudos da Fundação Seade, e índices médios do serviço de esgotamento sanitário. Os principais resultados dessa projeção são apresentados no quadro a seguir.

Quadro 10 Município de Itaquaquecetuba Prognóstico de obras, esgotamento sanitário: 2001, 2006, 2011, 2016, 2021

Item 2001 2006 2011 2016 2021 Economias de esgoto (un.) 49 042 71 846 102 037 136 738 183 239 Ligações de esgoto (um.) 40 428 56 005 75 739 96 708 121 072 Extensão da rede coletora (km) 400,2 470,3 543,4 608,9 682,7 Fonte: Sabesp – Unidade de Negócios Leste – Departamento de Planejamento Integrado Leste.

Os investimentos necessários ao completo saneamento básico do município de Itaquaquecetuba, no que diz respeito ao seu sistema de tratamento de esgotos, deverão ser executados pela Sabesp na terceira etapa do Projeto de Despoluição do Rio Tietê, cujo financiamento poderá ser objeto de negociação com o Banco Interamericando de Desenvolvimento (BID), assim que for concluída a segunda etapa em execução, estimada para 2007:

Quadro 11 Município de Itaquaquecetuba Investimentos previstos: 3ª etapa do projeto de despoluição do Rio Tietê Item Extensão Valores ITi-16 8 km (Suzano) US$ 8 milhões ITi-15 5,2 km (São Miguel) US$ 5 milhões Coletores-tronco 65 km US$ 35 milhões Redes coletoras 50 km US$ 5 milhões Total US$ 53 milhões Fonte: Sabesp – Superintendência de Gestão de Projetos Especiais.

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Prancha 7 Saneamento Básico – Esgoto frente

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Prancha 7 Saneamento Básico – Esgoto verso

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Drenagem inundações e uma ampliação das áreas sujeitas à inundação. Esse processo é ainda mais intensificado pela prática comum das canalizações de rios e córregos, o que também A maior parte do território do município de Itaquaquecetuba é drenada pelos cursos amplifica os picos de vazão de cheias e torna mais rápida a sua ocorrência. d’água que compõem a bacia do Alto Tietê, à montante da barragem da Penha. Uma outra parte do município, em sua região nordeste, é drenada por cursos d’água da bacia Os processos erosivos, decorrentes do uso e ocupação inadequados do solo, e o do rio Paraíba do Sul. lançamento de lixo e outros resíduos, agravam esses problemas, causando a obstrução e assoreamento das galerias, canais e leito dos cursos d’água, e conseqüentemente, a Cabe destacar que parte importante das áreas de várzea do rio Tietê existentes à diminuição da capacidade de escoamento da rede de drenagem. montante da barragem da Penha localizam-se no município de Itaquaquecetuba. As inundações no município de Itaquaquecetuba ocorrem há décadas, conforme pode ser O projeto de ampliação da calha do rio Tietê, no trecho em que este atravessa o verificado pelos levantamentos realizados pela Emplasa em 1983 - Programa município de São Paulo, obra concluída recentemente pelo governo do Estado, por meio Emergencial de Controle de Enchentes na RMSP - e sua atualização, efetuada em 1996. do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), tem, Algumas áreas de inundação foram eliminadas por intervenções localizadas, como a como uma de suas premissas, a preservação, na sua condição natural, das várzeas do rio implantação de nova travessia ferroviária na Vila Pedreira, substituição de travessias nas Tietê existentes à montante da barragem da Penha. Conforme o Plano Diretor de Ruas Auriflama e Londrina sobre afluente do córrego Três Pontes, na Vila Arizona, na Av. Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, as denominadas vazões de restrição Industrial e Estrada do Corredor sobre o Córrego Perobal, no Bairro do Corredor. Embora ao longo da calha do Rio Tietê foram determinadas levando em conta, entre outras outras intervenções localizadas tenham sido realizadas, em algumas áreas os problemas premissas, as condições de urbanização à montante da barragem da Penha: de inundações são recorrentes e em outras são necessários serviços de manutenção permanentes. “A vazão máxima de projeto, no entorno de 500 m³/s, no local da barragem da Penha, resulta de um cenário de projeto de ocupação futura da bacia do Alto Os maiores problemas de inundações do município estão associados às grandes cheias Tietê, baseado num crescimento médio anual de população de cerca de 1,5 %, do Rio Tietê, que extravasa de sua calha e ocupa a sua várzea, seu leito maior, que em até o ano 2020. Deverão ser tomadas medidas e envidados todos os esforços alguns casos encontra-se urbanizada (loteamentos em sua totalidade na várzea do rio). O no sentido de bloquear a ocupação das várzeas, evitar projetos de canalização extravasamento do Rio Tietê provoca também um efeito hidráulico de remanso, afetando que venham acelerar o fluxo hidráulico e criar condições de amortecimento, à o escoamento de córregos, como o Três Pontes (divisa com o município de São Paulo), o montante, com o objetivo até de reduzir o aporte acima mencionado na barragem da Penha”. Una e o da Divisa (divisa com o município de Poá), nos trechos próximos ao Rio Tietê. São os casos das seguintes áreas sujeitas às inundações: Assim, a eficácia da obra de ampliação da calha do Rio Tietê no município de São Paulo em áreas próximas ao Rio Tietê: Vila Sônia, Vila Maria Augusta, Vila Santa Bárbara, depende da manutenção da função de amortecimento de cheias das áreas de várzea Jardim Joandra; existentes à montante da barragem da Penha. O disciplinamento do uso e ocupação do solo dessas áreas adquire, assim, uma importância estratégica regional para o controle de junto ao córrego do Una: Jardim Japão, Vila São Carlos; cheias no Rio Tietê. junto ao córrego Três Pontes: Jardim Fiorelo; Os problemas de inundações no município de Itaquaquecetuba decorrem basicamente do processo de urbanização, comum a outros municípios da Região Metropolitana de São junto ao córrego da Divisa: Jardim Roseli. Paulo, que não leva devidamente em consideração os condicionantes ambientais relativos ao sistema de drenagem natural. Os espaços destinados ao armazenamento natural das A implantação das barragens de cabeceira do Sistema Alto Tietê deve contribuir para a águas, como as várzeas dos rios e as margens dos córregos, foram sendo ocupados por diminuição da freqüência dessas ocorrências. Outros fatores, entretanto, como a loteamentos, sistemas viários e outros tipos de usos. localização dessas áreas em cotas baixas, as declividades muito reduzidas, o assoreamento e impermeabilização das bacias, devem também ser considerados na Além disso, a urbanização das bacias, ao impermeabilizar parte da superfície do terreno e solução desses problemas. implantar redes de drenagem das águas pluviais, produz um aumento do volume e da velocidade do escoamento superficial, provocando uma elevação das vazões de pico de Outras ocorrências típicas são as inundações localizadas, causadas, na maioria dos cheia. As calhas dos cursos d’água, bem como as estruturas de drenagem existentes casos, por travessias insuficientes e sem manutenção adequada. A maior parte dos (córregos canalizados, galerias, travessias, etc.) tornam-se insuficientes para escoar problemas localiza-se junto à estrada de ferro, que atravessa grande extensão da área essas vazões mais elevadas, provocando um aumento da freqüência de ocorrência das urbana e comporta-se como um verdadeiro dique para extensas áreas à montante da

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ferrovia, e junto à Estrada São Paulo-Mogi. Para ilustrar este caso podem ser citadas as realizados por empresa contratada. Segundo informações da Secretaria, o serviço de seguintes áreas sujeitas às inundações: coleta de lixo atende 100% dos domicílios, sendo coletadas, em média, 200 toneladas de junto ao córrego Três Pontes: Vila Bartira, Jardim Popular; lixo por dia.

junto ao córrego dos Pires: Jardim da Estação (rua Araçatuba/Av. Eldorado); A freqüência de coleta é diária na área central do município, incluindo as localidades do Centro, Vila Maria Augusta, Parque Ecológico, Bairro da Tipóia, Vila Sonia, Jardim junto ao córrego Tipóia: Bairro Tipóia, Vila Jezuina, Vila Zeferina; Fiorelo, Jardim Claudia, Jardim Nossa Sra D’Ajuda, Vila Zeferina, Vila Virginia, Jardim Anita e Vila Ferreira. Nos demais bairros, a coleta é realizada em dias alternados. no Bairro da Estação, em áreas junto ao córrego de mesmo nome, parcialmente canalizado, e Avenida Ítalo Adami; O material coletado é disposto em aterro, de propriedade particular, localizado no bairro no Jardim Santo Antônio do Jardim Pinheirinho, no próprio município. Este aterro recebe também resíduos provenientes de outros municípios da RMSP: Arujá, Carapicuíba, Ferraz de Vasconcelos, na Vila Ercília; Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Suzano e .

Como fator agravante, para as cheias localizadas, há a obstrução das calhas dos Conforme o “Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – Relatório 2005”, da córregos e das travessias, que se apresentam assoreados e sujos por lançamentos de Cetesb, os resíduos são dispostos em condições consideradas controladas, com o Índice resíduos, exigindo limpeza e manutenção permanente dos cursos d’água e travessias. de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) igual a 6,2, em 2005. A evolução deste índice nos últimos anos é apresentada no quadro a seguir. As travessias a serem executadas futuramente deverão ser objeto de estudo mais cuidadoso para que o problema causado pelas atuais tenha possibilidade de solução. Quadro 12 Um outro aspecto problemático da ocupação urbana da bacia, envolvendo o setor Município de Itaquaquecetuba habitacional, refere-se às habitações precárias da população de baixa renda, Índice de qualidade de aterro de resíduos - IQR: 1997/2005 principalmente, instaladas nas várzeas dos rios, nas margens e até mesmo sobre o leito 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 dos córregos. Estas construções obstruem o escoamento das águas e impossibilitam a realização dos serviços de limpeza e manutenção desses cursos d’água, contribuindo 5,6 8,2 8,2 5,2 7,8 8,0 6,3 6,2 6,2 para o agravamento do problema das inundações. É o que ocorre nas margens dos Fonte: “Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – Relatório 2005”, Cetesb. córregos: Três Pontes, na divisa com o município de São Paulo: Jardim do Carmo, Jardim Valparaíso, Cidade Kemel; Segundo informações da Agência Ambiental de Mogi das Cruzes da Cetesb, o aterro existente, operado pela empreiteira Pajoan, foi implantado no antigo aterro da CIPAS, Tipóia: Bairro Tipóia, Vila Jezuina, Vila Zeferina, Jardim Cláudia. que, em 2000, deslizou sobre o terreno da empresa. A empresa removeu o lixo, colocou manta e implantou o aterro que opera atualmente. A vida útil estimada para este aterro é Outro problema constatado foi a deficiência de sistemas convencionais de microdrenagem de 4 a 5 anos. Eleo está bem estruturado, não apresentando risco de ruptura, mas tem urbana. As soluções emergenciais adotadas não têm, na maior parte das vezes, um alguns problemas operacionais relacionados ao encaminhamento do chorume produzido traçado adequado e, como nos casos anteriores, a manutenção é inadequada. pelo aterro (antigo e atual), recobrimento adequado e controle de odores, razão pela qual Associados a estes fatos, as águas servidas são lançadas em canaletas existentes no opera em condições consideradas controladas, mas não adequadas. A empresa possui leito das ruas, em decorrência da inexistência de rede coletora de esgotos, o que acarreta terrenos contíguos à área atual que poderão ser utilizados para a implantação de novos um grande problema sanitário. aterros.

Resíduos Sólidos

Os serviços de coleta e transporte de lixo domiciliar são tratados no âmbito da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, através do Departamento de Limpeza Pública, e são

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IV.4.2 Sistema Viário e Transportes tornaria o principal tronco viário do Estado de São Paulo em sua época, a antiga estrada Rio - São Paulo: saindo da zona leste de São Paulo, passa pelos municípios de Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes e Guararema, na Região Metropolitana Quadro Regional de São Paulo.

O Município de Itaquaquecetuba conforme, demonstra a Prancha 01, está situado a 22 No trecho que passa por Itaquaquecetuba, essa rodovia está inserida em área km da Capital, entre as cidades de São Paulo, Poá, Suzano, Guarulhos, Mogi das Cruzes, densamente urbanizada, pois localiza-se em perímetro urbano; possui duas faixas de Arujá e Ferraz de Vasconcelos. Está localizado em uma das posições privilegiadas da rolamento por sentido, separadas por canteiro central, guia. Essa Rodovia faz ligação com Região Metropolitana de São Paulo, pois possui acesso direto às Rodovias Ayrton Senna os municípios de São Paulo, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, de onde se pode acessar a (SP 70), pelo km 35, João Afonso de Souza Castellano(SP 66), antiga São Paulo – Rio, Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura (SP 88 - Mogi - Salesópolis) e a Rodovia Dom Alberto Hiroto (SP 56), Pedro Eroles (SP 88 - Mogi - Dutra) e Presidente Dutra (BR 116). Paulo Rolim Loureiro (SP 98), que liga Mogi das Cruzes a e a Rodovia Alberto Hinoto (Estrada Santa Isabel), que faz ligação com os municípios de Arujá, Santa Isabel e O acesso à Rodovia Presidente Dutra pode ser feito pelas Rodovias Alberto Hinoto (SP Igaratá. 56) ou Ayrton Senna da Silva, em conexão com a Pedro Eroles (SP 88), que liga o município de Arujá a Salesópolis, passando por Itaquaquecetuba. A Rodovia João Afonso A Rodovia Alberto Hinoto (SP 56), antiga Estrada Santa Isabel, inicia-se no município de de Souza Castellano (SP 66) faz ligação com os municípios de São Paulo, Poá, Suzano e Itaquaquecetuba e faz ligação com as cidades vizinhas de Arujá, Santa Isabel e Igaratá. Mogi das Cruzes, de onde pode-se acessar as Rodovias Prof. Alfredo Rolim de Moura No trecho localizado no Município, essa rodovia está inserida em área densamente (SP 88), Dom Paulo Rolim Loureiro (SP 98), que liga Mogi as Cruzes a Bertioga e Alberto urbanizada, pois se localiza em perímetro urbano, possui duas faixas de rolamento por Hinoto (Estrada Santa Isabel) - SP 56, que faz ligação com os municípios de Arujá, Santa sentido, separadas por canteiro central e não possui acostamento pavimentado. Isabel e Igaratá. A Rodovia Pedro Eroles (SP 88), também conhecida com o nome de Rodovia Mogi - O Município possui também algumas estradas municipais importantes que fazem ligação Dutra, inicia-se em Arujá e termina no município de Salesópolis, passando por com outros municípios da região, que são: Estradas do Pinheirinho Novo − que faz Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Biritiba-Mirim. No trecho situado no Município, essa ligação com Suzano −, Miguel Badra e Governador Mário Covas Júnior − que fazem rodovia possui pista dupla e acostamento pavimentado. ligação com Suzano e Poá, de São Bento e do Índio − fazem ligação com o município vizinho de Arujá − e do Bom Sucesso − que faz ligação com Guarulhos e, também, com a via Dutra.

A Rodovia Ayrton Senna SP- 070, antiga Rodovia dos Trabalhadores, começa no final da Marginal Tietê, no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo e termina no município de Guararema. Suas obras tiveram início em 1980 e foi inaugurada em 1 de maio de 1982; sua extensão é de 50 km, aos quais foram acrescidos 5 km, que correspondem à interligação com a Via Dutra. Ela cruza os municípios Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Guararema. A sua continuação, em direção ao vale do Paraíba, é feita pela Rodovia Governador Carvalho Pinto – SP 070 (que constitui um importante eixo de ligação não somente entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro mas, como atravessa todo Vale do Paraíba, e é a principal ligação entre o Nordeste e o Sul do Brasil).

Essa Rodovia veio para aliviar o tráfego da Rodovia Presidente Dutra no trecho entre São Paulo e Guarulhos, onde ocorriam muitos congestionamentos. Rota alternativa ao Vale do Paraíba e ao Rio de Janeiro, facilita o acesso ao litoral Norte, ao aeroporto de Guarulhos, ao terminal intermodal de carga e às diversas cidades da Região.

A Rodovia João Afonso de Souza Castellano (SP 66) – na área urbana do município de Itaquaquecetuba é denominada Avenida Henrique Eroles – era uma antiga rota traçada pelos bandeirantes. Em 1 de maio de 1921, começa a construção da estrada que se

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Prancha 8 – Hierarquização Viária frente

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Prancha 8 – Hierarquização Viária verso

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Apesar da Rodovia Presidente Dutra (BR 116) não passar por Itaquaquecetuba, é tráfego em 1934; passaram por uma remodelação em 1970, com a construção de um importante acesso ao Município. Ela surgiu com o nome de BR 2, foi inaugurada em 1951 prédio novo. Hoje, a CPTM opera essa linha somente para trens metropolitanos de e faz a ligação entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Passou a ser duplicada passageiros. em 1967. Possui extensão total de 402 km, iniciando-se no Trevo das Margaridas, no Rio de Janeiro, e terminando no acesso à Marginal Tietê, em São Paulo. Com relação à média de passageiros por dia útil, a Estação Aracaré teve o maior crescimento que foi de 105,86 % e o menor foi da Estação Itaquaquecetuba com 96,06%, A Via Dutra é considerada a rodovia mais importante do Brasil, não só por ligar as duas entre 1995 e 2005 (Tabela 54). A estação que apresenta maior quantidade de embargues metrópoles nacionais, mas por atravessar uma das regiões mais ricas do país, o Vale do de passageiros por dia útil é a de Itaquaquecetuba, com 81,76% a mais que a da Estação Paraíba, principal conexão entre o sul e o nordeste do Brasil. O acesso a essa Rodovia Aracaré. pode ser feito pela Rodovia Alberto Hinoto (SP 56) ou pela Rodovia Ayrton Senna da Silva, em conexão com a Rodovia Pedro Eroles (SP 88), que liga o município de Arujá a Salesópolis, passando por Itaquaquecetuba. Tabela 54 Município de Itaquaquecetuba Média por dia útil de embarque de passageiros Linha F da CPTM: 1995, 2000, 2005 Rodoanel Volume Diário Médio/Ano Estações O Rodoanel, projeto gerenciado pela Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa), consiste 1995 2000 2005 em um anel viário, que constitui uma estrada de alto padrão tecnológico e possui acesso Manoel Feio 3 582 4 435 7 373 restrito à estrutura viária, além de suas interligações previstas no projeto. Está dividido em Itaquaquecetuba 5 532 7 864 10 846 quatro trechos:oeste, leste, norte e sul. Aracaré 515 3 758 5 967

O trecho oeste, o primeiro a ser construído, foi inaugurado em 2002. O trecho leste possui Fonte: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, 2005. dois traçados alternativos para o município de Itaquaquecetuba e outro que passa no Elaboração: Emplasa, 2005. município de Suzano. O traçado do Rodoanel no município de Itaquaquecetuba, ao norte passa entre as Estradas do Bom Sucesso e Santa Isabel e abaixo da Rodovia Ayrton Em 1996, a Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA) passou a concessão para a empresa Senna o traçado encontra-se sobre a várzea do Rio Tietê; possui as alternativas L1 e L2. MRS Logística, que assumiu a operação e o monitoramento do sistema de trens de carga, Está prevista a execução da ligação da Avenida Jacú Pêssego com a Rodovia Ayrton interligando os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. São 1 674 km de Senna (SP 70), que poderá exercer a função de articuladora da região leste ao Porto de malha, que facilitam o transporte e a distribuição de cargas numa região que concentra Santos, conforme Prancha 9. Quando finalizado, o Rodoanel interligará 10 principais aproximadamente 65% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. rodovias que conectam a Região Metropolitana de São Paulo.

A MRS Logística possui o Terminal Itaquaquecetuba e o ramal ferroviário Paratei (que é

operado pela empresa de logística Multitex, localizada na Estrada da Silva Costa, 2135, Transporte ferroviário Vila Sonia). Em horários determinados, essa empresa opera trens de carga na linha da

CPTM, com destino a São Paulo e Baixada Santista, e via Suzano e . O transporte ferroviário de passageiros é realizado pela Companhia Paulista de Trens O ramal Paratei executa o transporte de produtos siderúrgicos; a antiga variante de Poá é Metropolitanos (CPTM) e o transporte de carga pela Empresa MRS Logística. utilizada pelos trens de carga direcionados ao chamado Ramal de São Paulo e também

pode compor uma ligação ao Porto de Santos, pela variante Rio Grande da Serra/Suzano; A linha F da CPTM, com 38,82 km, transportou 114 mil passageiros, diariamente, em pela malha da MRS também é possível alcançar o Porto de Sepetiba. 2005, em um percurso de aproximadamente 56 minutos, com intervalo de 9 minutos. Essa linha, que se inicia no município de São Paulo e termina no município de Poá, possui 10 A empresa metalúrgica Rio Negro possui o Terminal Siderúrgico Ferroviário (Tesmaf), que estações com início no Brás: Brás, Tatuapé, Engenheiro Goulart, Ermelino Matarazzo, é operado pela empresa de logística Rios Unidos, que se localiza na Estação Manoel São Miguel, Itaim, Manoel Feio, Itaquaquecetuba, Acararé e Calmon Viana. Dessas, três Feio, no Jardim Fiorello. A empresa Júlio Simões possui um projeto de um terminal que se estão localizadas dentro do Município: Estação Manuel Feio, Itaquaquecetuba e Aracaré. encontra em execução, próximo à Estação Manoel Feio.

As Estações Itaquaquecetuba, Engenheiro Manoel Feio e Aracaré tiveram suas obras iniciadas em 1921, vindo a ser inauguradas em 1926 e, somente, foram abertas ao

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Ferroanel desenvolverá a intermodalidade segregação do transporte de carga e passageiros na RMSP e otimizará a coleta e distribuição na RMSP. O projeto do Ferroanel trecho norte, que fará ligação Campo Limpo – Manoel Feio, passará a nordeste do Município de Itaquaquecetuba. A MRS Logística SA esta O Ferroanel será integrado aos Centros Logísticos Integrados (CLIS) e ao Rodoanel − participando deste estudo. A rede faltante possui 66 km de extensão em linha dupla e que induz a atração de atividade econômica e, associado a políticas urbanas, pode bitola mista e interliga as áreas industriais e comerciais aos Portos de Santos e Sepetiba. orientar a atividade produtiva −, fará parte dos eixos de integração e desenvolvimento, tais No Ministério dos Transportes há o Estudo do Corredor de Transporte Rio de Janeiro – como: eixos Mercosul - Chile, Brasil - Bolívia - Paraguai - Peru - Chile e eixos Marítimos. São Paulo – Campinas (Estado de São Paulo); no Ministério do Planejamento há o Com toda essa qualidade, irá reduzir acidentes, poluição e trânsito. Estudo dos Eixos de Integração e Desenvolvimento e no Estado de São Paulo o estudo da Secretaria dos Transportes. Caracterização da Mobilidade

Ferroanel e Rodoanel O traçado da mobilidade geral no Município e a definição dos pólos geradores de viagens serão definidos pela Pesquisa Origem−Destino de 1987/1997. Nos indicadores gerais do Município, o índice de mobilidade média apresenta-se declinante em Itaquaquecetuba, no município de São Paulo e na Região Metropolitana de São Paulo (Tabela 55). Quanto à taxa de motorização da população, há um aumento em Itaquaquecetuba, em São Paulo e na Região Metropolitana de São Paulo.

Tabela 55 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo, RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: dados gerais por município/região Taxa de Motorização p/mil hab.* Índice de Mobilidade Média** Município/Região OD 1987 OD 1997 OD 1987 OD 1997 % % % % São Paulo 158 197 1,5 1,4 Itaquaquecetuba 48 88 0,8 0,4 RMSP 141 184 1,3 1,2

Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo. Elaboração: Emplasa, 2005. Notas:* A taxa de motorização é o número relativo que exprime a relação entre o número de veículos de transporte individual licenciados no Município por 1000 habitantes ** O Índice de Mobilidade Média refere-se à relação entre o total de viagens motorizadas e por habitante.

Os dados sobre as viagens produzidas diariamente no Município, ou seja, aquelas que Fonte: Secretaria dos Transportes – Dersa. têm origem em Itaquaquecetuba (Tabela 56), demostram uma redução no conjunto das que têm como motivo o trabalho indústria, que passaram de 23 221 viagens para 13 477 (-41,97%), compras, de 5 037 para 1944 (- 61,41%), saúde, de 5 969 para 3969 (-33,5%); As estratégias do Ferroanel de São Paulo atendem ao interesse público nas suas várias outro que teve decréscimo significativo foi o motivo de lazer, que passou de 14 522 para esferas, tais como: fará parte da malha ferroviária nacional, viabilizará as rotas viárias 3 676 (-74,69%). inter-regionais, permitirá melhor acesso da ferrovia aos Portos de Sepetiba e Santos,

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As viagens produzidas diariamente por motivo no Município, registram acréscimos os (- 68,31%). A atração por motivo mais expressiva no ano de 1997, para o Município de motivos trabalho comércio, que passou de 8 777 para 17 497 (+ 99,35 %), e trabalho a Itaquaquecetuba são os motivos residência com 54,1% e, a seguir, educação com 22,1% serviço, de 21 773 para 42 495 (+ 97,17%); outro que teve alteração significativa foi o (Tabela 60). motivo educação que passou de 36 755 para 65 409 viagens, ou seja, um aumento significativo de 77,95%, acarretado provavelmente pelas viagens do transporte escolar ofertado pela Prefeitura. Gráfico 28 Município de Itaquaquecetuba e municípios No ano de 1997, as viagens mais expressivas, por produção, para Itaquaquecetuba são Transporte coletivo; produção de viagens diárias por motivo com origem os motivos residência, com 42,6% e educação, com 23,4%, seguido de trabalho a Itaquaquecetuba e demais municípios: 1997 serviços, com 15,2 %. Municípios Na produção de viagens diárias por modo, houve um acréscimo nas viagens de ônibus escolar (6.366 %), lotação (2.130 %), bicicleta (474,3 %), metrô (184%) e a pé de (153,24 Itaquaquecetuba %). Houve, também, um decréscimo de 67,09 % por moto (de 1 167 para 385), de 46,57% Poá passageiro por automóvel (de 12 493 para 6 674) e de 9,13% no trem (de 20 826 para 18 39% 924). As produções de viagens mais freqüentes, em 1997, pelo modo, foram as viagens a 45% Ferraz de Vasconcelos pé com 62,8 % e a por ônibus a diesel com 13,6% (Tabela 57). Suzano Mogi das Cruzes Na produção de viagens diárias por tipo, com origem em Itaquaquecetuba, entre 1987 e 1997, verifica-se um acréscimo de 53,24% nas viagens a pé (de 114 496 para 175 454) e Guarulhos de 16% nas viagens por transporte coletivo (de 60 069 para 69 687) e um decréscimo de São Paulo 6,29% (de 36 477 para 34 180) nos transportes individuais. No Município de 3% 4% 2% 2% 5% Itaquaquecetuba, em 1997, as viagens a pé, com 62,9 % são as que caracterizam o maior padrão de mobilidade, vindo, a seguir, as viagens por coletivo (24,9%) e o individual Fonte: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), 2005. Elaboração: Emplasa, 2005. (12,2%) (Tabela 58).

Os destinos de viagens mais freqüentes em 1997, pelo modo coletivo, conforme As viagens atraídas por modo, para Itaquaquecetuba, apresentam uma redução em 1997 demonstra o gráfico abaixo, indicam os principais pólos de viagens: São Paulo (45%), em relação a 1987, nos modos de transporte ônibus fretado, passageiro automóvel, trem, seguido pelos municípios de Itaquaquecetuba (39%) e de Poá (5%). No modo individual, o moto e um acréscimo nos modos ônibus escolar, lotação, metrô, bicicleta e a pé. As próprio município de Itaquaquecetuba é o que possui maior número de viagens, vindo, a atrações de viagens mais freqüentes, em 1997, pelo modo foram as viagens a pé (que seguir, São Paulo e Suzano. passaram de 54,1% para 63,2%) e por ônibus a diesel, com 13,6% (Tabela 61).

Nas viagens internas em Itaquaquecetuba, destacam-se as viagens motorizadas pelo modo coletivo; entretanto, são as viagens a pé que caracterizam o maior padrão de mobilidade interna que apresentou, entre 1987 e 1997, um crescimento de 52,32 % e, em 1997, representou 98% % do total de todas as viagens (Tabela 59).

Nas atrações de viagens diárias por motivo, com destino Itaquaquecetuba, em 1997, destacaram-se as viagens por motivo residência, representando 54,1%. Nota-se, ainda que, no quadro de viagens atraídas para Itaquaquecetuba, houve crescimento nas viagens por motivos comércio, que passou de 5 694 para 10 590 (+85,98%), serviços, de 5 907 para 26 719 (+67,97%) e educação de 34 903 para 61 428 (+75,99%).

No transporte por motivo de trabalho indústria, compras, saúde e lazer, houve em relação a 1987 uma redução, que passaram, respectivamente, de 20 366 para 19 497 (- 38,63%), de 2 928 para 367 (- 87,46%), de 2 520 para 1 820 (- 27,77%) e de 12 966 para 4 108

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Tabela 56 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo e RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: viagens diárias por motivo no destino Município/Região 1987 Município/Região 1997 Motivo no Destino Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Trabalho Indústria 23 221 11,0 1 169 036 5,8 2 050 914 7,0 13 477 4,8 590 268 3,0 1 229 752 3,9 Trabalho Comércio 8 777 4,2 968 353 4,8 1 346 743 4,6 17 497 6,3 1 021 773 5,2 1 551 809 4,9 Trabalho Serviços 21 773 10,3 2 296 608 11,5 3 252 111 11,1 42 495 15,2 2 814 533 14,3 4 358 373 13,9 Educação 36 755 17,4 3 310 576 16,5 4 979 886 16,9 65 409 23,4 3 265 103 16,6 5 566 154 17,7 Compras 5 037 2,4 507 295 2,5 733 255 2,5 1 944 - 490 752 2,5 780.396 2,5 Saúde 5 968 2,8 381 875 1,9 577 667 2,0 3 969 1,4 433 531 2,2 655.485 2,1 Lazer 14 522 6,9 1 143 239 5,7 1 632 721 5,6 3 676 - 794 677 4,1 1 230 703 3,9 Residência 86 695 41,1 9 233 554 46,1 13 436 517 45,7 118 913 42,6 8 949 794 45,6 14 141 781 45,0 Outros 8 294 3,9 1 013 927 5,1 1 389 787 4,7 11 941 - 1 254 120 6,4 1 917 753 6,1 TOTAL 211 042 100,0 20 024 463 100,0 29 399 601 100,0 279 321 100,0 19 614 551 100,0 31 432 206 100,0

Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005. (-) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa.

Tabela 57 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo, RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: viagens diárias por modo Município/Região 1987 Município/Região 1997 Motivo no Destino Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Ônibus Diesel 29 601 14,0 4 969.876 24,8 7 072 781 24,1 37 997 13,6 4 629 924 23,6 7 056 033 22,4 Ônibus Fretado 6 051 2,9 248.033 1,2 653.847 2,2 4 620 1,7 162 121 0,8 461 729 1,5 Ônibus Escolar 15 0,0 232.622 1,2 349 562 1,2 955 0,3 244 475 1,2 411 324 1,3 Dirigindo Automóvel 19 447 9,2 3 761 022 18,8 5 040 175 17,1 22 194 7,9 4 144 459 21,1 6 428 643 20,5 Passageiro Automóvel 12 493 5,9 1 938.084 9,7 2 665 948 9,1 6 674 2,4 1 988 057 10,1 3 207 692 10,2 Táxi 65 - 100.680 0,5 113 372 0,4 - - 90 569 0,5 103 397 0,3 Lotação 30 - 17 905 0,1 25 402 0,1 669 0,2 142 550 0,7 200 032 0,6 Metrô 3 544 1,7 1 339 865 6,7 1 461 373 5,0 6 522 - 1 532 972 7,8 1 697 245 5,4 Trem 20 826 9,9 470 065 2,3 891 229 3,0 18 924 6,8 321 771 1,6 648 502 2,1 Moto 1 167 0,6 121 896 0,6 180 966 0,6 385 - 99 289 0,5 145 651 0,5 Bicicleta 977 - 45 167 0,2 107.981 0,4 4 634 - 54 370 0,3 162 461 0,5 A pé 114 496 54,3 6 663 998 33,3 10 650 010 36,2 175 454 62,8 6 158 283 31,4 10 812 241 34,4 Outros 2 328 1,1 115 251 0,6 186 954 0,6 293 0,1 45 710 0,2 97 255 0,3 TOTAL 211 040 100,0 20 024 463 100,0 29 399 600 100,0 279 321 100,0 19 614 550 100,0 31 432 205 100,0

Fonte: GPM-PML/Cia. do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005. ( -) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa.

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Tabela 58 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo, RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: viagens diárias por tipo OD -1987 por tipo OD -1997 por tipo Destino Coletivo Individual A pé Total Coletivo Individual A pé Total Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % São Paulo 7 278.365 36,3 6 082 099 30,4 6 663 998 33,3 20 024 462 100,0 7 032 235 35,9 6 424 033 32,8 6 158 283 31,4 19 614 550 100,0 Itaquaquecetuba 60 069 28,5 36 477 17,3 114 496 54,3 211 042 100,0 69 687 24,9 34 180 12,2 175 454 62,0 279 321 100,0 RMSP 10 454 194 35,6 8 295 397 28,2 10 650 010 36,2 29 399 601 100,0 10 473 286 33,3 10 146 677 32,3 10 812 241 34,4 31 432 205 100,0

Fonte: GPM-PML/Cia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005.

Tabela 59 Municípios da RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: viagens diárias por motivo no destino Município/Região 1987 Município/Região 1997 Município de Destino Coletivo Individual A pé Coletivo Individual A pé Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Sub-Região Leste Itaquaquecetuba 21 428 36 23 882 66 112 714 98 21 427 31 14 919 44 171 692 98 Poá 1 355 2 2 119 6 867 1 2 589 4 764 2 - - Ferraz Vasconcelos 488 1 - - - - 1 315 2 1 012 3 - - Suzano 2 604 4 2 642 7 - - 1 273 2 1 987 6 471 - Mogi das Cruzes 3 228 5 840 2 - - 2 315 3 1 160 3 578 - Biritiba-Mirim ------66 - - - Salesópolis ------Guararema ------111 - - - Outros Municípios da RMSP Arujá 1 849 3 383 1 189 - 1 049 2 681 2 - - Franco da Rocha ------260 - - - - - Guarulhos 1 254 2 648 2 97 - 1 908 3 413 1 21 - Santo André 394 1 - - - - 1 125 2 103 - - - São Paulo 27 001 45 5 617 16 630 1 34 799 51 12 571 37 2 691 2 TOTAL 59 601 100 36 131 100 114 497 100 68 060 100 33 787 100 175 453 100,00

Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005. ( - ) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa.

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Tabela 60 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo, RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997: atração de viagens diárias por motivo no destino Município/Região 1987 Município/Região 1997 Motivo no Destino Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Trabalho Indústria 20 366 9,6 1 217 395 6,1 2 050 642 7,0 12 497 4,5 642 328 3,3 1 229 752 3,9 Trabalho Comércio 5 694 2,7 1 031 165 5,2 1 346 348 4,6 10 590 3,8 1 110 027 5,7 1 551 809 4,9 Trabalho Serviços 15 907 7,5 2 465 176 12,3 3 251 918 11,1 26 719 9,6 3 091 063 15,7 4 358 373 13,9 Educação 34 903 16,5 3 300 051 16,5 4 975 605 16,9 61 428 22,1 3 260 281 16,6 5 566 154 17,7 Compras 2 928 1,4 530 431 2,6 732 978 2,5 367 0,1 526 915 2,7 780 396 2,5 Saúde 2 520 1,2 398 795 2,0 577 667 2,0 1 820 0,7 456 030 2,3 655 485 2,1 Lazer 12 966 6,1 1 176 366 5,9 1 632 721 5,6 4 108 1,5 811 774 4,1 1 230 703 3,9 Residência 109 878 51,8 8 865 438 44,3 13 442 126 45,7 150 369 54,1 8 440 508 43,0 14 141 781 45,0 Outros 6 988 3,3 1 036 083 5,2 1 389 598 4,7 10 189 3,7 1 291 731 6,6 1 917 753 6,1 TOTAL 212 150 100,0 20 020 901 100,0 29 399 601 100,0 278 087 100,0 19 630 657 100,0 31 432 205 100,0

Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005.

Tabela 61 Município de Itaquaquecetuba, São Paulo, RMSP Pesquisa Origem e Destino 1987/1997 : Atração de viagens diárias por modo Município/Região 1987 Município/Região 1997 Modo Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Itaquaquecetuba São Paulo RMSP Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Freqüência % Ônibus Diesel 29 328 13,8 4 839 337 24,2 6 941 546 23,6 37 841 13,6 4 649 215 23,7 7 056 033 22,4 Ônibus Trôlebus - - 128 042 0,6 131 235 0,4 ------Ônibus Fretado 5 156 2,4 249 034 1,2 653 847 2,2 3 635 1,2 160 185 0,8 461 729 1,5 Escolar 15 0,0 232 631 1,2 349 562 1,2 1 266 0,5 243 481 1,2 411 324 1,3 Dirigindo Automóvel 19 933 9,4 3 754 167 18,8 5 040 175 17,1 22 932 8,2 4 144 793 21,1 6 428 643 20,5 Passageiro Automóvel 12 102 5,7 1 938 155 9,7 2 665 948 9,1 6 575 2,4 1 992 019 10,1 3 207 692 10,2 Táxi 65 0,0 100 097 0,5 113 372 0,4 - - 90 289 0,5 103 397 0,3 Lotação 30 0,0 16 801 0,1 25 402 0,1 669 0,2 143 483 0,7 200 032 0,6 Metrô 3 791 1,8 1 341 638 6,7 1 461 373 5,0 7 011 2,5 1 530 997 7,8 1 697 245 5,4 Trem 22 416 10,6 472 249 2,4 891 229 3,0 17 447 6,3 320 743 1,6 648 502 2,1 Moto 1 167 0,6 121 527 0,6 180 966 0,6 116 0,0 102 011 0,5 145 651 0,5 Bicicleta 977 0,5 45 167 0,2 107 981 0,4 4 634 1,7 54 400 0,3 162 461 0,5 A pé 114 691 54,1 6 666 544 33,3 10 650 010 36,2 175 723 63,2 6 153 293 31,3 10 812 241 34,4 Caminhão - - 76 401 0,4 130 066 0,4 ------Outros 2 479 1,2 39 109 0,2 56 888 0,2 237 0,1 45 742 0,2 97 255 0,3 TOTAL 212 150 100,0 20 020 901 100,0 29 399 601 100,0 278 087 100,0 19 630 653 100,0 31 432 205 100,0

Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2005. ( - ) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa.

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Na Pesquisa Origem/Destino de 1997, feita pela Companhia do Metropolitano de São Utilizando os dados que se encontram na Tabela 02, tem-se uma projeção, para 2005, de Paulo (Metrô), o Município de Itaquaquecetuba foi dividido em três zonas: 331 - parte 105 006 alunos matriculados no Município e o Município de Itaquaquecetuba transportou mais urbana e central do Município, 329 – Bonsucesso, que fica mais ao norte e é a área 3 458 alunos em 2005 (Quadro 12), dos quais 3,29% foram transportados pela Empresa que possui mais zonas industriais e 332 – Pinheirinho, que se localiza mais à leste. Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. que executa um serviço de terceirização para a Prefeitura. Quanto à taxa de motorização, nesse ano, verificou-se que, nas três zonas, sua porcentagem encontrava-se em torno de 73 a 89, enquanto que os percentuais da Quanto à produção de viagens diárias por modo, no ano de 1997, os percentuais são população, matrículas, emprego e viagens produzidas na zona de Itaquaquecetuba proporcionais à quantidade populacional de cada zona. Assim, a zona de estava em torno de 86% e era a que possuía o maior valor; Pinheirinho tinha em torno de Itaquaquecetuba é a que apresenta os maiores percentuais em todos os modos, 9% e Bonsucesso apresentava o menor valor, em torno de 5% (Tabelas 62 e 63). destacando-se as viagens por moto, com 94%. Comparando-se as duas outras zonas, a de Pinheirinho destaca-se no modo ônibus, com 13%, e a de Bonsucesso, no modo ônibus fretado, com 24%. (Tabela 64). Tabela 62 Município de Itaquaquecetuba Pesquisa Origem e Destino 1997: dados gerais Tabela 64 Município de Itaquaquecetuba Área Viagens Taxa Zona Nome População % % Matrículas % Empregos % % Pesquisa Origem e Destino 1997: produção de viagens diárias por modo (ha) Produzidas Motorização Bonsucesso Itaqua Pinheirinho Total de Zona % % % % 329 Bonsucesso 12 076 5 3 102 37 2 148 3 3 730 6 13 865 5 72,31 329 331 332 Itaqua 331 Itaqua 200 906 84 2 542 31 63 104 87 49 062 85 238 990 86 89,63 Ônibus 4 178 11 28 840 76 4 979 13 37 997 100 332 Pinheirinho 25 331 11 2 655 32 7 656 10 4 633 9 26 466 9 84,71 Fretado 1 012 24 3 294 71 315 5 4 620 100 TOTAL DE ITAQUA 238 314 100 8 300 100 72 907 100 57 425 100 279 321 -100 184,14 Escolar 129 13 827 87 - - 955 100 Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2006 Dirigindo Automóvel 1 172 5 19 511 88 1 512 7 22 194 100 Notas: * A taxa de motorização é o número relativo que exprime a relação entre o número de veículos de transporte individual licenciados no Município por 1000 habitantes, Passageiro Automóvel 613 9 5 510 83 551 8 6 675 100

Táxi ------100

Tabela 63 Lotação 24 4 645 96 - - 669 100 Município de Itaquaquecetuba Metrô 242 4 5 860 90 420 6 6522 100 Pesquisa Origem e Destino 1997: matrículas Trem 317 2 15 117 90 3 489 8 18 924 100 Zona de Creche e 1º, 2º e 3º Nome Outros Total Escola Pré-Escola Graus Moto 24 6 361 94 - - 385 100 329 Bonsucesso 332 1.816 - 2 148 Bicicleta 403 9 4 052 87 178 4 4 634 100 331 Itaquaquecetuba 5 508 57 481 115 63 104 A pé 5 570 3 154 862 88 15 022 9 175 454 100 332 Pinheirinho 536 7 120 - 7 656 Outros 182 62 111 38 - - 293 100 TOTAL DE ITAQUAQUECETUBA 6 375 66 417 115 72 907 TOTAL 13 865 238 990 26 466 279 321 Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2006. Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). ( - ) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa. Elaboração: Emplasa, 2006. (-) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa.

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Na produção de viagens por tipo, verifica-se na zona de Itaquaquecetuba a maior Organização Institucional porcentagem de viagem a pé (65%); a maior percentual de transporte coletivo e individual se dá na zona de Bonsucesso (Tabela 65). A Lei Orgânica vigente, de abril de 1990, revisada em março de 1992, estabelece como competência do Município o disciplinamento dos aspectos referentes ao transporte coletivo no que diz respeito à definição da rede de percurso e fixação de tarifa, criação do Tabela 65 Conselho Municipal dos Transportes Coletivo (Comutran), composto por 10 membros Município de Itaquaquecetuba residentes no Município, com finalidade de: fiscalização e controle, participar das reuniões Pesquisa Origem e Destino 1997: produção de viagens por tipo da comissão tarifária e propor medidas para e aprimoramento dos serviços de transporte Tipo de Viagem coletivo, assegurar gratuidade no transporte coletivo aos maiores de 65 anos, se homens, Zona Nome e 60 anos, se mulher, se residente no Município, e desconto de 50% nas tarifas de passes Coletivo % Individual % Motorizado % A pé % Total % escolares a matriculados no Município. Estes estão previstos no Titulo VI, 329 Bonsucesso 5 901 43 2 394 17 8 295 60 5 570 40 13 865 100 capítulo III, artigos 145, 146, 147, 148 e 149. 331 Itaqua 54 582 23 29 545 12 84 128 35 154 862 65 238 990 100 Os órgãos gestores da frota pertencente à Prefeitura são as próprias Secretarias e a 332 Pinheirinho 9 204 36 2 241 8 11 445 43 15 022 57 26 466 100 manutenção é executada por empresas particulares. As principais demandas da frota de TOTAL DE ITAQUA 6 687 34 180 - 103 867 - 175 454 - 279 321 100 veículo são das Secretarias de Obras, Saúde, Finanças, Administração, Esporte e Lazer, Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Promoção Social, Receita e Planejamento, Transporte e Gabinete do Prefeito. Elaboração: Emplasa, 2006 ( - ) não houve ocorrência de eventos para esses motivos no dia da pesquisa. A frota pertencente à Prefeitura é composta de nove Kombis, dois microônibus, 15 veículos de passageiros, 10 caminhões, cinco ambulâncias, que estão assim distribuídas nas Secretarias Municipais: de Obras - duas Kombis, um veículo de passageiros e sete Nas viagens diárias por motivo no destino, no ano de 1997, nas três zonas houve maior caminhões; da Saúde - cinco ambulâncias, oito veículos de passageiros, dois microônibus volume de viagens com motivo residência e logo, a seguir, o motivo educação e depois e três Kombis; de Finanças - um veículo de passageiros; de Administração - um veículo trabalho serviço; as de menor volumes foram compras e lazer e saúde. (Tabela 66). de passageiros e um caminhão; de Esporte e Lazer - duas Kombis; de Promoção Social – duas Kombis e um veículo de passeio; da Receita - dois veículos de passeio; do Planejamento - um veículo de passageiro; de Transporte - um caminhão e seis motos. O Tabela 66 Gabinete do Prefeito tem um caminhão. O gerenciamento dos contratos de transporte Município de Itaquaquecetuba escolar é executado pela Secretaria da Educação. Pesquisa Origem e Destino 1997: viagem diária por motivo no destino Bonsucesso Itaqua Pinheirinho Total de A Prefeitura possui um contrato de terceirização com a empresa Júlio Simões Transportes Zona Origem % % % 329 331 332 Itaqua e Serviços Ltda. para locação de alguns veículos, cujo gerenciamento é executado pela Secretaria de Transporte, sendo a manutenção feita pela própria empresa. Trabalho Indústria 850 6 11 236 5 1 391 5 13 477

Trabalho Comércio 323 2 16 842 7 331 1 17 497 O serviço de transporte escolar é também terceirizado para a Júlio Simões Transportes e Trabalho Serviços 1 345 9,5 36 697 15 4 453 17 42 496 Serviços Ltda. Esse serviço possui uma frota de 14 ônibus, sendo que seis deles atendem mais de escola. Esses veículos atendem 3 298 alunos pertencentes a nove Educação 3 782 27 54 174 23 7 453 28 65 409 estabelecimentos de ensino municipal de ensino fundamental e infantil. A Prefeitura Compras 93 1 1 523 1 328 1 1 944 transporta 160 alunos especiais da Escola Municipal Vicente Leporace, que são atendidos por uma frota da própria Prefeitura composta de um ônibus, uma Kombi, um microônibus Saúde 195 1 2 584 1 1 190 4 3 969 e uma sprinter (Quadro 13). Lazer 66 0,5 2 965 1 644 2 3 676 A Secretaria Municipal dos Transportes de Itaquaquecetuba é composta de: uma Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Elaboração: Emplasa, 2006 Assessoria Jurídica, um Departamento de Multas, um Departamento Engenharia de Tráfego e um Departamento de Trânsito.

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Quadro 13 O Município possui transporte coletivo, servido pela empresa concessionária de ônibus Município de Itaquaquecetuba Júlio Simões Transportes e Serviços Ltda. que faz ligações do centro aos bairros mais Transporte escolar municipal, distribuição de viagens e demandas: 2005 distantes como: Parque Nossa Senhora das Graças, Bairro do Ribeiro, Parque Residencial Scaffidi, Parque Recanto Mônica, Jardim América, Vila Patrícia, Bairro Rio Atendimento Utilização Distância Alunos por Bairro Frota da Frota Percorrida Abaixo e Cidade Kemel. A empresa possui 20 linhas constantes nas ordens de serviços Escola Atendida Transportados Tipo de Ensino (turnos) (Km) enviadas e uma frota de 81 veículos, sendo 22 ônibus normais, cinco adaptados e 54 de pequeno porte. A tarifa é de R$ 2,00. (Quadro 14). Ensino Infantil e EMEF. Vice Prefeito 2 Jardim Itapuã 203 2 68 Fundamental Alfredo Gonçalves ônibus (Creche, EMEF. Profa. Roseli 4 No demonstrativo de passageiros da empresa verifica-se que todas linhas municipais Recanto Mônica 758 4 116 Maternal, EMEI, Mendes ônibus transportaram 639 696 passageiros, em fevereiro de 2006. As linhas que transportam EMEF) Parque Residência EMEF. Professor 2 maior número de passageiros foram: Pium – Manoel Feio, Jardim Nossa Senhora das 400 2 40 Marengo Alceu M. Coutinho ônibus Graças – Santa Tereza, Village – Santa Tereza, Hospital - Santa Tereza e Industrial – EMEF. Dr. Charles 4 Conjunto Santa Tereza. Jardim Americano 628 4 88 Henry T. Townsend ônibus EMEF. Vereador 4 No mesmo mês, as linhas de menor número de passageiros/mês foram: Marengo – Jardim Altos de Itaquá 660 4 78 João Marques ônibus Aracaré, Pium – Aracaré e Jardim Marcelo/ Jardim do Carmo, que transportaram de 1 000 1 Jardim Odete II EMEI. Maria Emília 205 1 42 a 5 000 passageiros; as linhas com maior número de passageiros, que transportam de 65 ônibus mil a 78 mil foram: Village – Santa Tereza, Hospital - Santa Tereza, Jardim Nossa EMEF. Shozayemon 1 Jardim Pinheirinho 40 1 26 Senhora das Graças – Santa Tereza e Industrial Conjunto Santa Tereza . Setokuchi ônibus EMEF. Benedito 2 Vila São Carlos 339 2 50 A circulação interna do Município se faz também no modo “a pé” e bicicleta. O Município Barbosa de Moraes ônibus possui estacionamento tipo Zona Azul e não tem legislação para transporte de carga. EMEF. do Parque 1 Bairro da Estação 65 1 38 Ecológico ônibus Itaquaquecetuba conta com 14 agentes de trânsito que, junto com a Policia Militar, SUBTOTAL 3 298 alunos executam a fiscalização e operação de trânsito e podem executar a notificação de Vila Ercília EMEF. Vicente 1 autuações de infração. Essas autuações são processadas pela empresa terceirizada 67 3 90 Leporace - (Especial) ônibus DataCity, que as repassa ao Departamento de Multa, o qual as encaminha aos 1 22 4 180 respectivos infratores. O infrator poderá interpor recurso em três instâncias: ao Kombi Departamento de Multa, Junta Administrativa de Recursos de Infração (Jari) ou Conselho 1 39 3 120 micro Estadual de Trânsito (Cetran), que o encaminha ao Departamento de Trânsito do Estado 1 (Detran) que, posteriormente, repassa o valor das multas à Prefeitura. 32 4 160 Sprinter TOTAL 3 458 alunos 4 A implantação e regulamentação de estacionamento tipo Zona Azul têm por objetivo Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2005. principal manter a rotatividade das vagas, permitindo o estacionamento por um período de Elaboração: Emplasa, 2005. tempo. O Município possui Zona Azul nas Ruas Carlos Barbosa, Thomas Frey, Sebastião Ferreira dos Santos, Vicente Leporace, Oscar F. dos Santos, Amauri Ribeiro, João Vagnotti, Benedito F. da Cruz, MMC e Ítalo Adami, bem como na Avenida Emancipação e Demanda e Carência nos Transporte Praça João Álvares.

O Município possui o terminal de ônibus Manoel Feio e as paradas Santa Tereza, Estação Há um problema no bairro Vila Japão, que é predominantemente residencial com ruas Itaquaquecetuba e Vila Virginia. A conexão em transporte no Município se dá pelos estreitas: a rota de fuga de caminhões que vêm da Via Dutra e entram na Estrada do Bom modos rodoviário e ferroviário. O transporte por meio fluvial não é utilizado. O transporte Sucesso. Por não conseguirem transpor a pequena passagem sob os trilhos da MRS e ferroviário é utilizado para passageiros e cargas. acessar diretamente a SP 56, eles entram pelo bairro Vila Japão, pelas Ruas São Roque ou Nossa Senhora Aparecida ou pela Rua São Judas Tadeu, vindo a causar transtornos no bairro, tais como: derrubar muros, estragar calçadas e a própria pavimentação.

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A rota de caminhões das empresas de logísticas localizados próximo à Estação Manoel Quadro 14 Feio também causa transtornos: os caminhões, vindos da SP 70, acessam a sua alça e Município de Itaquaquecetuba entram na SP 56 no trecho urbano e, depois, adentram no bairro Vila Japão, vindo a Transporte municipal; linhas de ônibus em operação: 2006 causar os mesmos problemas descritos acima. Eles passam também pelo bairro Vila Nome da Empresa Especificações da linha Maria Augusta, pelas Ruas Tiradentes e Vital Brasil e Estrada Walter da Silva Costa para atingir o Pátio Intermodal da MRS, cujo movimento, segundo a Secretaria de Municipal de Empresa Júlio Simões Denominação Marengo/Manoel Feio Transporte, atinge 110 caminhões /dia. Transportes e Serviços Característica Comum Ltda. Extensão total 29,40 km O acesso da SP 70 para estrada Governador Mário Covas ou para Estrada do Mandi, que Nº01 – TR Frota 7 veículos precisa ser executado passando pela Rua Ipê, no Jardim dos Ipês, vem também Tarifa R$ 2,00 causando grande transtorno ao tráfego. Total de passageiros/mês 37 711 Ponto inicial Av. José Américo de Almeida, 368 A intersecção das estradas Pinheirinho Novo, dos Índios, Corta Rabicho e Santa Isabel é Terminal Manoel Feio, Praça um ponto de conflito, pois, mesmo estando semaforizada, acarreta menor fluidez no Ponto terminal Juscelino Kubistchek trânsito. A Rua Altinópolis, que passou a ser um corredor de ônibus e faz ligação com a SP 56, é outro ponto conflitante. Os ônibus que ali trafegam podem se locomover em Dia útil: 48 viagens/dia direção a São Paulo pela SP 66 ou no sentido Poá e Suzano, pela Avenida Italo Adami; Número de viagens Sábado: 44 viagens/dia nessa intersecção hoje há um semáforo. Domingo e feriado: 35 viagens/dia Dia útil: 3h30 e 00h20 NA SP – 66, no km 30, divisa com o Bairro Itaim Paulista, no município de São Paulo, Horários iniciais e finais Sábado: 04h00h e 0h20 ocorre transbordamento do córrego Três Pontes, vindo a acarretar alagamento na pista. Domingo e feriado: 04h30 e 00h20 Empresa Júlio Simões Denominação Marengo/Aracaré A Rua São Roque, no Bairro Jardim Japão, por ser uma rua sem saída, não possui Transportes e Serviços Característica Comum conexão com a SP 56, vindo a prejudicar o acesso de caminhões às empresas Ltda. Extensão total 15,20 km localizadas ao longo dessa via. Nº01 - BF Frota 2 veículos Tarifa R$ 2,00 Um dos grandes problemas de tráfego no Município é que a SP 56, que corta a área Total de passageiros/mês 1 119 urbana central, possui volume diário médio de 562 veículos pesados que, em sua grande Ponto inicial Av. José Américo de Almeida, 368 maioria, está de passagem, acarretando conflitos, como congestionamentos, acidentes de trânsito e a pedestres. Ponto terminal Estação Aracaré Dia útil: 9 viagens/dia O Quadro 14 traz as principais características das linhas municipais descritas acima e a Número de viagens Sábado: não opera Prancha 9 apresenta as rotas das linhas de ônibus municipais. Domingo e feriado: não opera Dia útil: 4h30 e 07h37 Horários iniciais e finais Sábado: não opera Domingo e feriado: não opera continua

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Nome da Empresa Especificações da linha Nome da Empresa Especificações da linha Empresa Júlio Simões Denominação Vila Augusta/Manoel Feio Empresa Júlio Simões Denominação Pium/Manoel Feio Transportes e Serviços Característica Comum Transportes e Serviços Característica Comum Ltda. Extensão total 43,50 km Ltda. Extensão total 40,70 km Nº 02 –TR Frota 2 veículos Nº 03 – TR Frota 8 veículos Tarifa R$ 2,00 Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 9 994 Total de passageiros/mês 61 020 Ponto inicial Rua Sérgio Gonçalves Nonoa, 384 Ponto inicial Estrada Municipal do Pium Terminal Manoel Feio, Praça Ponto terminal Estação Manoel Feio Ponto terminal Juscelino Kubistchek Dia útil: 68 viagens/dia Dia útil: 18 viagens/dia Número de viagens Sábado: 53 viagens/dia Número de viagens Sábado: 16 viagens/dia Domingo e feriado: 39 viagens/dia Domingo e feriado: 10 viagens/dia Dia útil: 3h30 e 00h20 Dia útil: 04h45 e 23h15 Horários iniciais e finais Sábado: 04h00 e 00h20 Horários iniciais e finais Sábado: 04h35 e 23h40 Domingo e feriado: 04h30 e 00h20 Domingo e feriado: 05h30 e 23h20 Empresa Júlio Simões Denominação Pium/Aracaré Empresa Júlio Simões Denominação Vila Augusta/Estação Transportes e Serviços Característica Comum Transportes e Serviços Característica Comum Ltda. Extensão total 23,30 km Ltda. Nº 03 – BF Extensão total 25,70 km Frota 2 veículos Nº 02 – BF Frota 2 veículos Tarifa R$ 2,00 Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 3 839 Total de passageiros/mês 10 008 Ponto inicial Estrada Municipal do Pium Ponto inicial Rua Pouso Alegre, 224 Ponto terminal Estação Aracaré Ponto terminal Rua Sérgio Gonçalves Nonoa, 385 Dia útil: 08 viagens/dia Dia útil: 13 viagens/dia Número de viagens Sábado: não opera Número de viagens Sábado: 11 viagens/dia Domingo e feriado: não opera Domingo e feriado: 11 viagens/dia Dia útil: 4h: 20 e 07h: 35 Dia útil: 04h45 e 23h15 Horários iniciais e finais Sábado: não opera Horários iniciais e finais Sábado: 04h35 e 23h40 Domingo e feriado: não opera Domingo e feriado: 05h30 e 23h20 continua continua

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Nome da Empresa Especificações da linha Nome da Empresa Especificações da linha Empresa Júlio Simões Recanto Mônica/Estação Empresa Júlio Simões Jardim São Paulo/Estação Denominação Denominação Transportes e Serviços Itaquaquecetuba Transportes e Serviços Itaquaquecetuba Ltda. Característica Comum Ltda. Característica Circular Nº 04 – TR Extensão total 23,50 km Nº 06 - TR Extensão total 19,60 km Frota 6 veículos Frota 4 veículos Tarifa R$ 2,00 Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 48 907 Total de passageiros/mês 30 621 Ponto inicial Rua Pedreira,129 Ponto inicial Circular Ponto terminal Rua Pouso Alegre, 224 Ponto terminal Rua Pouso Alegre, 224 Dia útil: 62 viagens/dia Dia útil: 63 viagens/dia Número de viagens Sábado: 48 viagens/dia Número de viagens Sábado: 57 viagens Domingo e feriado: 36 viagens/dia Domingo e feriado: 45 viagens/dia Dia útil: 03h55 e 00h25 Dia útil: 04h00 e 00h30 Horários iniciais e finais Sábado: 04h00 e 00h20 Horários iniciais e finais Sábado: 04h00 e 00h20 Domingo e feriado: 04h50 e 00h20 Domingo e feriado: 05h00 e 00h20 Empresa Júlio Simões Denominação Jardim Marcelo/Jardim do Carmo Empresa Júlio Simões Jardim Amazonas/Estação Denominação Transportes e Serviços Característica Comum Transportes e Serviços Itaquaquecetuba Ltda. Extensão total 34,00 km Ltda. Característica Circular Nº 05 – TR Frota 2 veículos Nº 06 – BF Extensão total 23,00 km Tarifa R$ 2,00 Frota 2 veículos Total de passageiros/mês 9 820 Tarifa R$ 2,00 Ponto inicial Rua Gentil do Ouro, 810 Total de passageiros/mês 12 939 Ponto terminal Rua Bauru, 21 Ponto inicial Circular Dia útil: 19 viagens/dia Ponto terminal Rua Pouso Alegre, 224 Número de viagens Sábado: 9 viagens/dia Dia útil: 22 viagens/dia Domingo e feriado: 8 viagens/dia Número de viagens Sábado: 19 viagem Dia útil: 04h15 e 23h00 Domingo e feriado: 10 viagens/dia Horários iniciais e finais Sábado: 04h45 e 22h15 Dia útil: 04h15 e 20h10 Domingo e feriado: 05h15 e 21h30 Horários iniciais e finais Sábado: 04h40 e 20h00 continua Domingo e feriado: 05h20 e 20h00 continua

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Nome da Empresa Especificações da linha Nome da Empresa Especificações da linha Empresa Júlio Simões Nossa Senhora das Graças/Santa Empresa Júlio Simões Denominação Hospital/Riacho Grande Denominação Transportes e Serviços Tereza Transportes e Serviços Característica Circular Ltda. Característica Comum Ltda. Extensão total 36,00 km Nº 07 - TR Extensão total 40,00 km Nº 09 - TR Frota 8 veículos Frota 7 veículos Tarifa R$ 2,00 Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 70 160 Total de passageiros/mês 67 878 Ponto inicial Rua Coronel Milton Tavares, 2413. Ponto inicial Estrada de São Bento Ponto terminal circular Ponto terminal Rua Cambará, 1035 Dia útil: 85 viagens/dia Dia útil: 74 viagens/dia Número de viagens Sábado: 66 viagens/dia Número de viagens Sábado: 49 viagens/dia Domingo e feriado: 58 viagens/dia Domingo e feriado: 43 viagens/dia Dia útil: 03h50 e 23h10 Dia útil: 03h35 e 00h25 Horários iniciais e finais Sábado: 04h00 e 00h20 Horários iniciais e finais Sábado 04h00 e 00h10 Domingo e feriado: 04h00 e 00h10 Domingo e feriado: 4h10 e 00h05 Empresa Júlio Simões Denominação Industrial/Santa Teresa Empresa Júlio Simões Denominação Scaffidi/Santa Tereza Transportes e Serviços Característica Comum Transportes e Serviços Característica Circular Ltda. Extensão total 38,40 Ltda. Extensão total 32,20 km Nº 10 - TR Frota 7 veículos Nº 08 - TR Frota 6 veículos Tarifa R$ 2,00 Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 87 942 Total de passageiros/mês 77 274 Ponto inicial Rua Cambará,1050 Ponto inicial Circular 66 viagens/dia Ponto terminal Cambará, 1035 Número de viagens Sábado: 48 viagens/dia Dia útil: 72 viagens/dia Domingo e feriado: 33 viagens/dia Número de viagens Sábado: 55 viagens/dia Dia útil: 03h50 e 01h00 Domingo e feriado: 46 viagens/dia Horários iniciais e finais Sábado: 03h50 e 01h50 Dia útil: 3h45 e 0h25 Domingo e feriado: 04h30 e 00h50 Horários iniciais e finais Sábado: 3h45 e 0h10 Empresa Júlio Simões Denominação Corredor/Manuel Feio Domingo e feriado: 4h00 e 00h20 Transportes e Serviços Característica Circular continua Ltda. Extensão total 27,00 km

Nº 11 - TR Frota 4 veículos

Tarifa R$ 2,00 Total de passageiros/mês 34 630 Ponto inicial circular Terminal Manoel Feio, Praça Ponto terminal Juscelino Kubistchek Dia útil: 68 viagens/dia Número de viagens Sábado: 57 viagens/dia Domingo e feriado: 47 viagens/dia Dia útil: 03h45 e 00h30 Horários iniciais e finais Sábado: 04h00 e 00h20 Domingo e feriado: 04h30 e 00h20

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Nome da Empresa Especificações da linha Nome da Empresa Especificações da linha Empresa Júlio Simões Denominação Piratininga/Santa Tereza Empresa Júlio Simões Pequeno Coração/Manoel Feio Denominação Transportes e Serviços Característica Comum Transportes e Serviços (Via Viviane) Ltda. Extensão Total 41,50 km Ltda. Característica Comum Nº 12 – TR Frota 6 veículos Nº 14 - TR Extensão total 32,80 km Tarifa R$ 2,00 Frota 2 veículos Total de passageiros/mês 27 324 Tarifa R$ 2,00 Ponto inicial Estrada da Água Chata Total de passageiros/mês 17 760 Ponto terminal Rua Cambará, 1035 Ponto inicial Estrada do Rio Abaixo, 3850 Terminal Manoel Feio, Praça Dia útil: 53 viagens/dia Ponto terminal Número de viagens Sábado: 37 viagens/dia Juscelino Kubistchek Domingo e feriado: 26 viagens/dia Dia útil: 21 viagens/dia Dia útil: 04h20 e 24h00 Número de viagens Sábado: 21 viagens/dia Horários iniciais e finais Sábado: 4h30 e 23h10 Domingo e feriado: 11 viagens/dia Domingo e feriado: 5h00 e 23h40 Dia útil: 4h15 e 00h20 Empresa Júlio Simões Denominação Pequeno Coração/Manoel Feio Horários iniciais e finais Sábado: 4h55 e 23h50 Transportes e Serviços Característica Circular Domingo e feriado: 5h00 e 23h20 Ltda. Extensão total 36,20 km Empresa Júlio Simões Denominação CDHU/Estação Nº 13 – TR Frota 3 veículos Transportes e Serviços Característica Circular Tarifa R$ 2,00 Ltda. Extensão total 23,40 km Nº 15 - TR Total de passageiros/mês 31 552 Frota 3 veículos Ponto inicial Circular Tarifa R$ 2,00 Terminal Manoel Feio, Praça Total de passageiros/mês 31 426 Ponto terminal Juscelino Kubistchek Ponto inicial Circular Dia útil: 33 viagens/dia Ponto terminal Rua Pouso Alegre, 224 Número de viagens Sábado: 22 viagens/dia Dia útil: 61 viagens/dia Domingo e feriado: 23 viagens/dia Número de viagens Sábado: 54 viagens/dia Dia útil: 3h55 e 23h50 Domingo e feriado: 51 viagens/dia Horários iniciais e finais Sábado: 4h30 e 00h20 Dia útil: 4h00 e 00h25 Domingo e feriado: 4h30 e 00h20 Horários iniciais e finais Sábado: 4h30 e 00h30 continua Domingo e feriado: 4h30 e 00h30

Fonte: Secretaria Municipal dos Transportes (SMUT) e Júlio Simões Transporte e Serviços Ltda, 2003. Elaboração: Emplasa, 2006.

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Transporte Coletivo Intermunicipal Quadro 15 Município de Itaquaquecetuba A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) executa o gerenciamento da Transporte intermunicipal; linhas de ônibus em operação: 2005 rede de transporte intermunicipal. O Município não possui rodoviária e algumas das linhas Nome da Especificações da linha de ônibus utilizam o Terminal Manoel Feio. Empresa Viação Poá Ltda. Denominação Poá (Ter. Rod. Jd. São José)/São Paulo (São O transporte intermunicipal é servido por 10 empresas concessionárias de ônibus que Nº 076 Ex 1 Miguel Pta.) são: Viação Poá, Viação Ferraz, Transvalle Transporte Urbano, Viação Transdutra, Mito Característica Comum Circular Transporte e Turismo, Vila Galvão, Viação Suzano, Pássaro Marrom, Júlio Simões e Extensão total 53,45 km Radial. Frota 4 veículos As Empresas que servem ao transporte intermunicipal no Município possuem 51 linhas, Terminal principal Terminal Rodoviário Jardim São José das quais a Mito Transporte e Turismo é a que possui maior quantidade de linhas, com 12; logo depois, vem Viação Poá (11 linhas), Pássaro Marrom (7 linhas), Vila Galvão Número de viagens Dia útil: 18 viagens/dia (seis linhas), Transvalle (quatro linhas), Transdutra, Viação Suzano e Júlio Simão (cada Sábado: 12 viagens/dia uma com três linhas radiais) e Viação Ferraz e Radial (uma linha cada). Horários iniciais e finais Dia útil: 05h05 e 18h15 Sábado: 07h28 e 17h30 Essas empresas de ônibus fazem a ligação do Município de Itaquaquecetuba a São Viação Poá Ltda. Denominação Itaqua (cid. Kemel)/São Paulo (Metrô Itaquera) Paulo, Poá, Arujá, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Nº 269 EX 1 Característica Circular Guararema e Santa Isabel. Do total dessas linhas, 35 possuem destino a São Paulo; as Extensão total 40,76 km demais fazem ligação com Mogi das Cruzes (sete linhas), Arujá (12 linhas), Suzano (sete linhas), Poá (sete linhas), Guarulhos (três linhas), Santa Isabel (três linhas), Ferraz de Frota 7 veículos Vasconcelos (duas linhas) e Guararema (uma linha). Terminal principal Rua Alcântara/Av. Kemel Addas

Número de viagens Dia útil: 55 viagens/dia As linhas que fazem mais de 60 viagens por dia útil são seguintes: 75 – Arujá (Parque Sábado: 40 viagens/dia Rodrigo Barreto) - São Paulo (Metrô Brás), 76 – Poá (Terminal Rodoviário Jd. São José) - Domingo e feriado: 41 viagens/dia São Paulo (Metrô Brás), 332 – Itaquaquecetuba (Residencial Marengo) - Suzano e 293 – Itaquaquecetuba (Cidade Kemel) - São Paulo (Estação de Guaianazes). Horários iniciais e finais Dia útil: 04h10 e 23h20 Sábado: 04h10 e 23h20 Domingo e feriado: 5h15 e 23h20 As linhas que fazem menos de cinco viagens por dia útil são: 76VP1 – Poá (Terminal Rodoviário Jd. São José) - São Paulo (São Miguel), 473 – Itaquaquecetuba (Parque Viação Poá Ltda. Denominação Poá (Ter. Rod. Jd. São José)/São Paulo (São Piratininga) - São Paulo (Metrô Armênia), 214 VP1 – Itaquaquecetuba (Riacho Grande) - Nº 076VP1 Miguel Paulista) São Paulo (Term. Rod. Tietê), 206 (da Empresa de Ônibus Pássaro Marrom Ltda.) – Característica Comum Radial Guararema (Centro) - São Paulo (Term. Rod. Tietê), 473EX4 – Itaquaquecetuba (Parque Extensão total 25,80 km Piratininga) – São Paulo (Metrô Armênia). Frota 3 veículos

O Quadro 15 traz as principais características das linhas intermunicipais descritas acima Terminal principal Terminal Rodoviário Aleixo Monteiro Mafra e a Prancha 9 as rotas dessas linhas. Número de viagens Dia útil: 03 viagens/dia Sábado: 03 viagens/dia

Horários iniciais e finais Dia útil: 05h35 e 06h10 Sábado: 05h40 e 06h10 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Viação Poá Ltda. Denominação Itaqua (Jd. Pinheirinho)/São Paulo (Carrão) Viação Poá Ltda. Denominação Arujá (Pq. Rodrigo Barreto)/São Paulo (Metrô Nº 242 Característica Comum Radial Nº 75 Brás) Característica Comum Radial Extensão total 68,90 km Extensão total 98,10 km Frota 8 veículos Frota 23 veículos Seção autorizada Itaqua (Jd. Caubi)/São Paulo (S. Miguel Pta.) Seção autorizada Arujá (Pque. Rodrigo Barreto/São Paulo (São Terminal principal Avenida Nsa. Sra. Das Graças, nº 350 Miguel Paulista)/Itaqua (Jd. Caubi)/São Paulo Número de viagens Dia útil: 38 viagens/dia (Metrô Brás) Sábado: 35 viagens/dia Terminal principal Avenida B, nº 346 Domingo e feriado: 32 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 80 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 3h55 e 22h05 Sábado: 79 viagens/dia Sábado: 3h50 e 22h05 Domingo e feriado: 57 viagens/dia Domingo e feriado: 3h50 e 22h05 Horários iniciais e finais Dia útil: 03h50 e 22h20 Terminal secundário Metrô Carrão Norte Sábado: 03h50 e 22h00 Número de viagens Dia útil: 38 viagens/dia Domingo e feriado: 03h50 e 22h55 Sábado: 35 viagens/dia Terminal secundário Metrô Brás Domingo e feriado: 32 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 80 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h10 e 23h35 Sábado: 79 viagens/dia Sábado: 05h05 e 23h35 Domingo e feriado: 57 viagens/dia Domingo e feriado: 05h05 e 23h35 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 24h10 Sábado: 05h25 e 24h10 Viação Poá Ltda. Denominação Itaquaquecetuba (Manoel Feio)/São Paulo Domingo e feriado: 05h50 e 24h35 Nº 435 (Estação Guaianases) Característica Comum Radial Viação Poá Ltda. Denominação Arujá (Pq. Rodrigo Barreto)/São Paulo (São Frota 4 veículos Nº 075V P2 Miguel Paulista) Terminal principal Estação CPTM/Engenheiro Manoel Feio Característica Comum Radial Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Extensão total 51,46 k Sábado: 44 viagens/dia Frota 6 veículos Domingo e feriado: 33 viagens/dia Terminal principal Local: Avenida, nº 346 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h35 e 23h10 Sábado: 04h35 e 23h10 Número de viagens Dia útil: 13 viagens/dia Domingo e feriado: 05h30 e 23h10 Sábado: 15 viagens/dia Terminal secundário Estação Guaianazes/Terminal Norte Horários iniciais e finais Dia útil: 05h05 e 18h00 Sábado: 06h35 e 18h10 Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Terminal secundário Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra Sábado: 44 viagens/dia Domingo e feriados: 33 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 19 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h20 e 23h50 Sábado: 25 viagens/dia Sábado: 05h45 e 23h50 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h50 e 18h45 Domingo e feriado: 06h15 e 23h55 Sábado: 04h50 e 19h20 continua continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Viação Poá Ltda. Denominação Poá (Ter. Rod. Jd. São José)/São Paulo Viação Poá Ltda. Denominação Itaqua ( id. Kemel)/São Paulo (Metrô Nº (Metrô Brás) Nº 327 Itaquera) Característica Comum Radial Característica Comum Radial Extensão total 98,01 km Extensão total 48,40 km Frota 17 veículos Frota 6 veículos Seção autorizada Poá (Ter. Rod. Jd. São José)/São Paulo (São Terminal principal Avenida Kemel Addas/Rua Alcântara Miguel Paulista) Número de viagens Dia útil: 47 viagens/dia Terminal principal Terminal Rodoviário Jardim São José Sábado:42 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 61 viagens/dia Domingo e feriados: 35 viagens/dia Sábado: 60 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h00 e 23h20 Domingo e feriado: 41 viagens/dia Sábado: 04h00 e 23h25 Horários iniciais e finais Dia útil: 03h55 e 22h55 Domingo e feriado: 04 h 00 e 23 h 20 Sábado: 03h55 e 22h50 Terminal secundário Terminal do Metrô Itaquera Domingo e feriado: 04h50 e 22h50 Número de viagens Dia útil: 47 viagens/dia Terminal secundário Terminal do Metrô Brás Sábado: 42 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 61 viagens/dia Domingo e feriado: 35 viagens/dia Sábado: 60 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h00 e 24h20 Domingo e feriado: 41 viagens/dia Sábado: 05h00 e 24h30 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h40 e 24h30 Domingo e feriado: 04h55 e 24h25 Sábado: 05h50 e 24h30 Viação Ferraz Denominação Itaqua (Cid. Kemel)/São Paulo (Pq. D.Pedro II) Domingo e feriado: 05h40 e 24h30 Ltda. Característica Comum Radial Viação Poá Ltda. Denominação Itaqua (cid. Kemel)/São Paulo (Metrô Itaquera) Nº 205EX2 Extensão total 87,1 km Nº 269EX1 Característica Comum Circular Frota 17 veículos Extensão total 46,76 km Terminal principal Rua Alcântara/Avenida Kemel Addas Frota 2 veículos Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Terminal principal Rua Alcântara/Avenida Kemel Addas Sábado: 32 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 16 viagens/dia Domingo e feriado: 28 viagens/dia Sábado: 16 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03 h 55 e 23 h 00 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h00 e 22h00 Sábado: 03 h 55 e 23 h 00 Sábado: 04h30 e 21h45 Domingo e feriado: 04 h 50 e 23 h 00 continua Terminal secundário Pça Raqueb Chohfi/Rua 25 de Março

Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia

Sábado: 32 viagens/dia

Domingo e feriado: 28 viagens/dia

Horários iniciais e finais Dia útil: 05h25 e 24h35 Sábado: 05h25 e 24h35 Domingo e feriado: 06h20 e 24h35 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Transvalle Denominação Arujá (Ter. Rod. Arujá/Itaqua (Jd. N. Sra. Das Transvalle Denominação Arujá (Term. Rod. De Arujá)/Itaqua (Res. Transp. Urbano Graças). Transp. Urbano Village) Ltda. Característica Comum Radial Ltda. Característica Comum Radial Nº 348 Nº 353 Extensão total 23,56 km Extensão total 20,51 km Frota 1 veículo Frota 1 veículo Terminal principal Terminal Rodoviário de Arujá Terminal principal Terminal Rodoviário Arujá Número de viagens Dia útil: 23 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 16 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 5h00 e 21h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h05 e 23h00 Terminal secundário Estrada São Bento Terminal secundário Rua Serra dos Dois Irmãos Número de viagens Dia útil: 23 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 18 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h20 e 22h05 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h45 e 23h25 Transvalle Denominação Arujá (Ter. Rod. Arujá)/Itaqua (Res.Village) Transvalle Denominação Arujá (T.R. de Arujá)/Arujá (Rec. Primavera) Transp. Urbano Característica Comum Radial Transp. Urbano Característica Comum Circular Ltda. Ltda. Nº 353EX1 Extensão total 20,51 km Nº 363 Extensão total 23,43 km Frota 3 veículos Frota 2 veículos Terminal principal Terminal Rodoviário Arujá Terminal principal Terminal Rodoviário Arujá Número de viagens Dia útil: 50 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 35 viagens/dia Sábado: 41 viagens/dia Domingo e feriados: 15 viagens/dia Domingo e feriado: 20 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h00 e 23h10 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h50 e 23h40 Sábado: 05h00 e 23h00 Sábado: 04h30 e 23h40 Domingo e feriado: 06h00 e 22h00 Domingo e feriado: 06h00 e 23h40 continua Terminal secundário Rua Serra dos Dois Irmãos

Número de viagens Dia útil: 51 viagens/dia Sábado: 41 viagens/dia Domingo e feriado: 20 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 24h05 Sábado: 04h55 e 24h05 Domingo e feriado: 06h25 e 24h05 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Viação Denominação Itaqua (Jd. Califórnia)/São Paulo (Armênia) Viação Denominação Itaqua (Jd. Califórnia)/Guarulhos (Jd. Sta. Transdutra Ltda. Característica Comum Radial Transdutra Ltda. Mena) Nº 384 Nº 362 Característica Comum Radial Extensão total 73,20 km Extensão total 53,65 km Frota 6 veículos Frota 5 veículos Terminal principal Rua Monterrey, 125 Terminal principal Rua Monterrey, 125 Número de viagens Dia útil: 33 viagens/dia Sábado: 24 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 34 viagens/dia Domingo e feriado: 19 viagens/dia Sábado: 28 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h20 e 22h30 Domingo e feriados: 16 viagens/dia Sábado: 04h50 e 22h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h00 e 22h20 Domingo e feriado: 04h50 e 22h00 Sábado: 05h25 e 22h00 Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Domingo e feriado: 06h00 e 21h20 Terminal secundário Praça Padre Conrado Sevilha Número de viagens Dia útil: 33 viagens/dia Sábado: 24 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 34 viagens/dia Domingo e feriados: 19 viagens/dia Sábado: 28 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h20 e 23h30 Domingo e feriados: 16 viagens/dia Sábado: 05h50 e 23h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h50 e 23h05 Domingo e feriado: 05h45 e 23h00 Sábado: 06h15 e 22h45 Viação Denominação Itaqua (Jd. Califórnia)/São Paulo (Armênia) Domingo e feriado: 06h50 e 22h30 Mito Transp. e Denominação Suzano (Centro) – Itaqua (Centro) Transdutra Ltda. Característica Orca Radial Nº 384EX1 Turismo Ltda Característica Comum Radial Extensão total 3,20 km Nº 405EX1 Extensão total 43,50 km Frota 02 veículos Frota 2 veículos Terminal principal Rua Monterrey, 125 Seção autorizada Suzano (Centro)/Itaqua (Jd.Cauby/V. Número de viagens Dia útil: 10 viagens/dia Pinheirinho) Sábado: 10 viagens/dia Terminal principal Rua Dr. Campos Sales/Rua Mal. Deodoro Horários iniciais e finais Dia útil: 05h10 e 21h30 Sábado: 05h10 e 21h30 Número de viagens Dia útil: 10 viagens/dia Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 18h10 Número de viagens Dia útil: 10 viagens/dia Terminal secundário Rua Uruguaiana Sábado: 10 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 10 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h50 e 22h20 Sábado: 05h50 e 22h20 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h35 e 18h10 continua continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Mito Transp. e Denominação Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo Mito Transp. e Denominação Suzano (Centro)/Arujá (Pq. Rodrigo Barreto) Turismo Ltda. Scavone)/São Paulo (Metrô Armênia) Turismo Ltda. Característica Comum Radial Nº 38 Característica Comum Radial Nº 273 Extensão total 52,30 km Extensão total 130,26 km Frota 6 veículos Frota 14 veículos Seção autorizada Suzano (Centro)/Itaqua (Jd. Cauby); Itaqua Seção autorizada Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo (Jd. Cauby)/Arujá (Parque Rodrigo Barreto) Scavone/Suzano; Mogi das Cruzes (Term. Terminal principal Rua Dr. Campos Sales/Rua Mal. Deodoro Rod. Geraldo Scavone)/Itaqua (Jd. Monte Belo); Suzano (Tecelagem Suzuki)/Guarulhos Número de viagens Dia útil: 45 viagens/dia (Trevo Fernão Dias); Itaqua (Jd. Monte Sábado: 38 viagens/dia Belo)/São Paulo (Metrô Armênia); São Paulo Domingo e feriado: 35 viagens/dia (São Miguel Paulista)/Guarulhos (Trevo Horários iniciais e finais Dia útil: 04h00 e 23h10 Fernão Dias). Sábado: 03h40 e 24h10 Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Domingo e feriado: 04h00 e 23h10 Terminal secundário Rua Trinta e Seis/Avenida B Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Sábado: 41 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 46 viagens/dia Domingo e feriado: 38 viagens/dia Sábado: 40 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h15 e 23h10 Domingo e feriado: 36 viagens/dia Sábado: 03h15 e 23h10 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h00 e 23h10 Domingo e feriado: 03h15 e 23h10 Sábado: 03h40 e 24h10 Terminal secundário Eduardo Chaves, n 80 Domingo e feriado: 04h00 e 24h10 Mito Transp. e Denominação Arujá (Pq. Rodrigo Barreto)/Poá (Term. Rod. Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Turismo Ltda. Ayrton Senna) Sábado: 41 viagens/dia Nº. 480EX1 Característica Comum Radial Domingo e feriado: 38 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h15 e 25h00 Extensão total 42,56 km Sábado: 05h50 e 25h00 Frota 3 veículos Domingo e feriado: 05h45 e 25h00 Terminal principal Rua Trinta e Seis Mito Transp. e Denominação Arujá (Pq. Rodrigo Barreto)/Poá (Term. Rod. Turismo Ltda. Ayrton Senna) Número de viagens Dia útil: 14 viagens/dia Nº 480 Característica Comum Radial Sábado: 13 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05 h 50 e 19 h 10 Extensão total 42,56 km Sábado: 06 h 15 e 14 h 15 Frota 3 veículos Terminal secundário Terminal Rodoviário Ayrton Senna Terminal principal Rua Trinta e seis/Avenida B Número de viagens Dia útil: 13 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 13 viagens/dia Sábado: 14 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 06 h 10 e 18 h 10 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 18h50 Sábado: 05h45 e 14h15 Terminal secundário Terminal Rodoviário Ayrton Senna continua Número de viagens Dia útil: 14 viagens/dia

Horários iniciais e finais Dia útil: 05h50 e 19h10

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Mito Transp. e Denominação Santa Isabel (Centro)/Mogi das Cruzes Mito Transp. e Denominação Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo Turismo Ltda. (Shopping Center Socorro) Turismo Ltda. Scavone)/São Paulo (Metrô Armênia) Nº 277 Característica Comum Radial Nº 038EX1 Característica Comum Radial Extensão total 117,75 km Extensão total 130,26 km Frota 9 veículos Frota 4 veículos Seção autorizada Santa Isabel (Centro)/Arujá (Av. dos Seção autorizada Mogi das Cruzes (Terminal Geraldo Expedicionários); Trevo Dutra/Santa Isabel Scavone)/Suzano; Mogi das Cruzes (Ter. (Centro); Itaqua (Est. Ferr.)/Arujá (Praça Geraldo Scavone)/Itaqua (Jd. Monte Belo); Narciso J. Lopes); Poá (Centro)/Arujá (Praça Suzano (Tecelagem Suzuki)/Guarulhos (Trevo Narciso J. Lopes); Suzano (Tecelagem Fernão Dias);Itaqua (Jd. Monte Belo)/São Suzuki)/Arujá (Praça Narciso J. Lopes); Mogi Paulo (Metrô Armênia); São Paulo (São das Cruzes (Shopping Center Socorro)/Itaqua Miguel Pta.)/Guarulhos (Trevo Fernão Dias) (Jd.Odete); Suzano (Tecelagem Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Suzuki)/Itaqua (Jd.Odete); Mogi das Cruzes Número de viagens Dia útil: 8 viagens/dia (Shopping Center Socorro)/Poá (Estação de Poá/Av. 9 de Julho); Mogi das Cruzes Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 15h00 (Shopping Center Socorro)/Suzano (Jd. Monte Terminal secundário Rua Eduardo Chaves, 80 Cristo); Mogi das Cruzes (Shopping Center Número de viagens Dia útil: 8 viagens/dia Socorro)/Santa Isabel (Centro)/Poá (Centro) Terminal principal Av. Presidente Vargas, n° 100 Horários iniciais e finais Dia útil: 06h45 e 18h00 Número de viagens Dia útil: 30 viagens/dia Mito Transp. e Denominação Santa Isabel (Centro)/Mogi das Cruzes (Ter. Sábado: 28 viagens/dia Turismo Ltda. Rod. Geraldo Scavone) Domingo e feriado: 27 viagens/dia Nº 411 Característica Comum Radial Horários iniciais e finais Dia útil: 05 h 00 e 24 h 00 Extensão total 99,62 km Sábado: 05 h 00 e 24 h 00 Frota 4 veículos Domingo e feriado: 05 h 00 e 24 h 00 Terminal secundário Rua Francisco Martins /Praça Dezoito de Terminal principal Rua Presidente Vargas, 100 Junho Número de viagens Dia útil: 24 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 32 viagens/dia Sábado: 25 viagens/dia Sábado: 30 viagens/dia Domingo e feriado: 20 viagens/dia Domingo e feriado: 29 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h05 e 23h15 Horários iniciais e finais Dia útil: 03h00 e 23h05 Sábado: 05h05 e 23h15 Sábado: 05h50 e 23h00 Domingo e feriado: 05h05 e 23h15 Domingo e feriado: 03h00 e 23h20 Terminal secundário Terminal Rodoviário Geraldo Scavone continua Número de viagens Dia útil: 24 viagens/dia

Sábado: 25 viagens/dia

Domingo e feriado: 20 viagens/dia

Horários iniciais e finais Dia útil: 04h25 e 23h05

Sábado: 04h45 e 23h05

Domingo e feriado: 04h45 e 23h05

continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Mito Transp. e Denominação Sta. Isabel (Centro)/Mogi (Shop. Socorro) Mito Transp. e Denominação Mogi (T. R. Geraldo Scavone)/São Paulo Turismo Ltda Característica Comum Radial Turismo Ltda. (Brás) Nº 141 Nº 144 Característica Comum Radial Extensão total 188,19 km Extensão total 114,51km Frota 8 veículos Frota 7 veículos Seção autorizada Santa Isabel (Centro)/Arujá (Travessa Dutra); Santa Isabel (Centro)/Itaqua (Est. Ferr.); Arujá Seção autorizada Mogi (T. R. Geraldo Scavone)/Itaqua (Monte (Pça. Narciso J. Lopes/Pça Expedicionários e Belo); Mogi (T. R. Geraldo Scavone)/Suzano; Poá (Centro); Arujá (Pc Narciso J.Lopes)/ Suzano (Centro)/São Paulo (Brás); Itaqua (Jd. Suzano (Tec.Suzuki); Arujá (Pça. Narciso Monte Belo)/São Paulo (Metrô Brás) J.Lopes)/Mogi (Shop. Socorro); Itaqua (Jd. Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Odete)/Suzano (Tec. Suzuki); Arujá Número de viagens Dia útil: 26 viagens/dia (Pça.Narciso J.Lopes)/Mogi (Shop. Socorro); Sábado: 21 viagens/dia Itaqua (Jd. Odete)/Suzano (Tec.Suzuki); Domingo e feriado: 20 viagens/dia Itaqua (Jd.|Odete)/Mogi (Shop. Socorro); Horários iniciais e finais Dia útil: 03h10 e 22h40 Poá/Mogi (Shop. Socorro); Sta. Isabel/Poá Sábado: 03 h10 e 22h44 Terminal principal Rua Presidente Vargas, 100 Domingo e feriado: 03h10 e 22h40 Número de viagens Dia útil: 31 viagens/dia Terminal secundário São Paulo (Brás) Sábado: 29 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 26 viagens/dia Domingo e feriados: 26 viagens/dia Sábado: 20 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04 h 00 e 22 h 40 Domingo e feriado: 20 viagens/dia Sábado: 04 h 00 e 22 h 40 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h10 e 24h40 Domingo e feriados: 04 h 00 e 22 h 40 Sábado: 05h10 e 24h40 Terminal secundário Rua Francisco Martins/Pça Dezoito de Junho continua Número de viagens Dia útil: 29 viagens/dia Sábado: 27 viagens/dia Domingo e feriados: 24 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h15 e 24h00 Sábado: 04h20 e 24h00 Domingo e feriados: 04h30 e 21h30 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Mito Transp. e Denominação Suzano (Centro)/Itaqua (Centro) Mito Transp. e Denominação Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo Turismo Ltda. Característica Comum Radial Turismo Ltda. Scavone)/São Paulo (Brás) Nº 405 Nº 411EX1 Característica Comum Radial Extensão total l 45,50 km Extensão total 114,51km Frota 02 veículos Frota 7 veículos Seção autorizada Suzano (Centro)/Itaqua (Jd. Cauby) /Pinheirinho Seção autorizada Mogi das Cruzes (Term. Rod.Geraldo Terminal principal Rua Dr. Campos Sales/Rua Mal. Deodoro Scavone)/Itaqua (Monte Belo div. Itaqua/SP); Mogi das Cruzes (T. R. Geraldo Número de viagens Dia útil: 18 viagens/dia Scavone)/Suzano (div. Suzano/Poá); Suzano Sábado: 18 viagens/dia (Centro)/São Paulo (Brás); Itaqua (Jd. Monte Domingo e feriado: 17 viagens/dia Belo Div. Itaqua)/SP (Metrô Brás) Horários iniciais e finais Dia útil: 03h45 e 20h50 Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Sábado: 03h45 e 20h45 Domingo e feriado: 04h30 e 20h45 Número de viagens Dia útil: 26 viagens/dia Sábado: 21 viagens/dia Terminal secundário Rua Uruguaiana Domingo e feriado: 20 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 18 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h10 e 22h40 Sábado: 18 viagens/dia Sábado: 05h10 e 22h40 Domingo e feriado: 17 viagens/dia Domingo e feriado: 03h10 e 22h40 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h45 e 22h05 Terminal secundário São Paulo/Brás Sábado: 04h45 e 22h10 Domingo e feriado: 05h30 e 22h05 Número de viagens Dia útil: 26 viagens/dia continua Sábado: 20 viagens/dia Domingo e feriado: 20 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h10 e 24h40 Sábado: 05h10 e 24h40 Domingo e feriado: 05h10 e 24h40 Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Pq. Piratininga)/São Paulo (Armênia) Vila Galvão Ltda. Característica Comum Radial Nº 473 Extensão total 76,836 km Frota 5 veículos Terminal principal Rua Joaquim Caetano

Número de viagens Dia útil: 2 viagens/dia Sábado: 16 viagens/dia Domingo e feriado: 18 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 07h15 e 08h20 Sábado: 04h23 e 22h45 Domingo e feriado: 04h36 e 22h30 Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Número de viagens Dia útil: 9 viagens/dia

continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Pq. Piratininga)/São Paulo (Armênia) Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Pq. Piratininga)/São Paulo (Armênia) Vila Galvão Ltda Característica Comum Radial Vila Galvão Ltda. Característica Comum Radial Nº 473 EX4 Nº 473 X1 Extensão total 40,35 km Extensão total 80,35 km Frota 8 veículos Frota 5 veículos Terminal principal Rua Joaquim Caetano Terminal principal Rua Joaquim Caetano Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Número de viagens Dia útil: 5 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 5 viagens/dia Sábado: 3 viagens/dia Sábado: 49 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h50 e 06h50 Domingo e feriados: 39 viagens/dia Sábado: 05h07 e 06h36 Horários iniciais e finais Dia útil: 22h30 e 24h40 Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Sábado: 05h01 e 24h40 Número de viagens Dia útil: 3 viagens/dia Domingo e feriados: 05h10 e 24h40 Horários iniciais e finais Dia útil: 17h55 e 18h55 Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Pq. Piratininga)/São Paulo (Armênia) Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Chácara São Miguel)/Guarulhos Vila Galvão Ltda. Característica Comum Radial Nº. 473X3 Vila Galvão Ltda. (Normandia) Extensão total 70,22 km Nº 473 X2 Característica Comum Radial Frota 6 veículos Extensão total 73,82 km Terminal principal Rua Joaquim Caetano Frota 13 veículos Número de viagens Dia útil: 35 viagens/dia Terminal principal Rua Joaquim Caetano Horários iniciais e finais Dia útil: 07h30 e 23h40 Número de viagens Dia útil: 22 viagens/dia Terminal secundário Terminal Armênia Sábado: 30 viagens/dia Domingo e feriado: 21 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 1 viagem/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h01 e 22h45 Horários iniciais e finais Dia útil: 20h40 Sábado: 04h00 e 23h40 Empr. de Ônibus Denominação Itaqua (Pq. Piratininga)/São Paulo (Armênia) Domingo e feriado: 04h12 e 23h35 Vila Galvão Ltda. Característica Comum Radial Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Nº 473 X5 Extensão total 73,09 km Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Frota 5 veículos Horários iniciais e finais Dia útil: 04h50 e 21h55 continua Terminal principal Rua Joaquim Caetano Número de viagens Dia útil: 5 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h09 e 06h25

Terminal secundário Terminal do Metrô Armênia Número de viagens Dia útil: 7 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 17h20 e 21h30

continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Viação Suzano Denominação Suzano (Lar das Flores)/São Paulo (Itaim Pta) Viação Suzano Denominação Itaqua (Residencial Marengo)/Suzano Ltda. Característica Comum Radial Ltda. Característica Comum Radial Nº 145 Nº 332 Extensão total 42,47 km Extensão Total 19,80 km Frota 7 veículos Frota 4 veículos Terminal principal Rua Gen. Francisco Glicério/Rua Benedito Terminal principal Av. Graciliano Ramos, 295 Rodrigues Número de viagens Dia útil: 67 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 58 viagens/dia Sábado: 67 viagens/dia Sábado: 58 viagens/dia Domingo e feriado: 49 viagens/dia Domingo e feriado: 54 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h45 e 25h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 03h50 e 23h00 Sábado: 03h45 e 25h00 Sábado: 03h50 e 23h00 Domingo e feriado: 03 h 50 e 25 h 00 Domingo e feriado: 03h50 e 23h00 Terminal secundário Terminal Rodoviário Suzano Terminal secundário Rua Rafaela Correia/Ponto Final Est. CBTU Número de viagens Dia útil: 67 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 58 viagens/dia Sábado: 67 viagens/dia Sábado: 58 viagens/dia Domingo e feriado: 49 viagens/dia Domingo e feriado: 54 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h15 e 24h30 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h45 e 23h55 Sábado: 03h15 e 24h30 Sábado: 04h45 e 23h55 Empr. de Ônibus Denominação Mogi das Cruzes (Rodoviário Geraldo Domingo e feriado: 04h45 e 23h55 Pássaro Marrom Cafuné)/São Paulo (Term. Rod.Tietê) Viação Suzano Denominação Suzano (Lar das Flores)/Itaqua (Centro) Ltda. Característica Seletivo Radial Nº 200 Ltda. Característica Comum Radial Extensão total 129 km Nº 145 VP1 Frota 04 veículos Extensão total 26 km Seção autorizada Mogi das Cruzes (Term. Rod. Mogi das Frota 4 veículos Cruzes)/Arujá (Centro); Arujá (Centro)/São Terminal principal Rua Gen. Francisco Glicério/Rua Benedito Paulo (Term. Rod. Tietê) Rodrigues Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Número de viagens Dia útil: 11 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 10 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h40 e 18h30 Sábado: 6 viagens/dia Terminal secundário Praça Padre João Álvares Domingo e feriado: 6 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h15 e 23h00 Número de viagens Dia útil: 11 viagens/dia Sábado: 05h15 e 23h00 Horários iniciais e finais Dia útil 06h20 e 19h10 Domingo e feriado: 05h15 e 23h00 continua Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Número de viagens Dia útil: 11 viagens/dia Sábado: 6 viagens/dia Domingo e feriado: 6 viagens/dia

Horários iniciais e finais Dia útil: 05h00 e 23h00

Sábado: 05h15 e 23h00

Domingo e feriado: 05h15 e 23h00 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Empr. de Ônibus Denominação Itaquaquecetuba (Riacho Grande)/São Paulo Empr. de Ônibus Denominação Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo Pássaro Marrom (Term. Rod. Tietê) Pássaro Marrom Scavone)/São Paulo (Term. Rod.) Ltda. Característica Seletivo Radial Ltda. Característica Seletivo Radial Nº 214VP1 Nº 201 Extensão total 41,54 km Extensão total 116,25 km Frota 9 veículos Frota 1 veículo Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Terminal principal Rodovia Henrique Eroles, 300 Número de viagens Dia útil: 32 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 1 viagem/dia Sábado: 28 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 06h25 Domingo e feriados: 24 viagens/dia Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 23h30 Sábado: 05h30 e 23h30 Empr. de Ônibus Denominação Ferraz de Vasconcelos (Estação Ferraz de Domingo e feriado: 05h30 e 23h30 Pássaro Marrom Vasconcelos)/São Paulo (Term. Rod. Tietê) Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Ltda. Característica Seletivo Radial Nº 379 Número de viagens Dia útil: 34 viagens/dia Extensão total 99,97 km Sábado: 28 viagens/dia Frota 3 veículos Domingo e feriado 24 viagens/dia Seção autorizada Itaquaquecetuba (Rancho Grande)/São Paulo Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 23h45 (Term. Rod. Tietê) Sábado: 05h30 e 23h45 Terminal principal Estr. Ferraz de Vasconcelos/Rua 13 de Maio Domingo e feriado: 06h30 e 23h45 Empr. de Ônibus Denominação Mogi das Cruzes (Term. Rod. Geraldo Número de viagens Dia útil: 6 viagens/dia Pássaro Marrom Scavone)/São Paulo (Term. Rod. Tietê) Sábado: 5 viagens/dia Ltda. Domingo e feriado: 5 viagens/dia Característica Seletivo Radial Nº 379 VP1 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h20 e 19h35 Extensão total 116,52 km Sábado: 05h30 e 19h35 Frota 9 veículos Domingos e feriado: 05h30 e 19h35 Terminal principal Terminal Rodoviário Geraldo Scavone Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Número de viagens Dia útil: 32 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 6 viagens/dia Sábado: 28 viagens/dia Sábado: 5 viagens/dia Domingo e feriado: 24 viagens/dia Domingo e feriado: 5 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 23h30 Horários iniciais e finais Dia útil: 07h30 e 21h15 Sábado: 05h20 e 23h30 Sábado: 07h30 e 21h15 Domingo e feriado: 05h30 e 23h45 Domingo e feriado: 07h35 e 21h15 Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê continua Número de viagens Dia útil: 34 viagens/dia Sábado: 28 viagens/dia Domingo e feriado: 24 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 23h45 Sábado: 05h30 e 23h45 Domingo e feriado: 06h30 e 23h45 continua

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Nome da Nome da Especificações da linha Especificações da linha Empresa Empresa Emp. de Ônibus Denominação Guararema (Centro)/São Paulo (T. Rod. Tietê) Júlio Simões Denominação Itaqua (Est. Eng. Manoel Feio)/Itaqua (Jd. N. Pássaro Marrom Característica Seletivo Radial Transp. e Sra. Das Graças) Ltda. Extensão total 164,81 km Serviços Ltda. Característica Comum Radial Nº 206 Frota 2 veículos Nº 302 Extensão total 49,93 km Terminal principal Rua José Ramirez/Rua Antonio Teixeira Frota 2 veículos Número de viagens Dia útil: 5 viagens/dia Terminal principal Estação Engenheiro Manoel Feio Sábado: 4 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 14 viagens/dia Domingo e feriado: 4 viagens/dia Sábado: 12 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 06h00 e 18h00 Domingo e feriado: 09 viagens/dia Sábado: 06h00 e 18h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h15 e 21h40 Domingo e feriado: 06h00 e 18h00 Sábado: 06h25 e 19h30 Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Domingo e feriado: 05h25 e 20h40 Terminal secundário Estrada São Bento Número de viagens Dia útil: 4 viagens/dia Sábado: 4 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 14 viagens/dia Domingo e feriado: 4 viagens/dia Sábado: 13 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 08h00 e 20h00 Domingo e feriados: 08 viagens/dia Sábado: 07h30 e 20h00 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 20h20 Domingo e feriado: 07h30 e 20h00 Sábado: 05h30 e 20h20 Empr. de Ônibus Denominação Suzano (Centro)/São Paulo (Term. Rod. Tietê) Domingo e feriado: 06h15 e 19h20 Pássaro Marrom Característica Seletivo Radial Júlio Simões Denominação Poá (Cidade Kemel)/Itaqua (Marengo) Transp. e Ltda. Extensão total 95,38 km Característica Comum radial Serviços Ltda. Nº 214 Frota 10 veículos Extensão total 35,19 km Nº 335 Seção autorizada Itaqua (Rancho Gde)/São Paulo (Tietê) Frota 5 veículos Terminal principal Rodovia Henrique Eroles, 300 Terminal principal Rua Alcântara, 951 Número de viagens Dia útil: 44 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 37 viagens/dia Sábado: 35 viagens/dia Sábado: 31 viagens/dia Domingo e feriados: 44 viagens/dia Domingo e feriado: 25 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h50 e 23h20 Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 22h30 Sábado: 05h10 e 22h35 Sábado: 05h00 e 22h00 Domingo e feriado: 04h50 e 23h20 Domingo e feriado: 05h30 e 22h00 Terminal secundário Avenida José Américo de Almeida, 392 Terminal secundário Terminal Rodoviário Tietê Número de viagens Dia útil: 47 viagens/dia Número de viagens Dia útil: 37 viagens/dia Sábado: 38 viagens/dia Sábado: 31 viagens/dia Domingo e feriado: 47 viagens/dia Domingo e feriado: 25 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h50 e 23h15 Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 23h30 Sábado: 04h20 e 23h05 Sábado: 06h00 e 23h30 Domingo e feriado: 03h50 e 23h15 Domingo e feriado: 06h00 e 23h30 continua continua

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Nome da Especificações da linha Empresa Júlio Simões Denominação Itaquaquecetuba (Rancho Grande)/Guarulhos Transp. e (Jd. Santa Mena) Serviços Ltda. Característica Comum Radial Nº 301 Extensão total 83,89 km Frota 3 veículos Terminal principal Rua Ipora, 30 Número de viagens Dia útil: 13 viagens/dia Sábado: 12 viagens/dia Domingo e feriado: 10 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h00 e 20h30 Sábado: 05h30 e 21h30 Domingo e feriado: 06h00 e 20h30 Terminal secundário Praça Padre Conrado Sevilha/Av. Suplicy Número de viagens Dia útil: 13 viagens/dia Sábado: 12 viagens/dia Domingo e feriado: 11 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 05h30 e 22h30 Sábado: 06h00 e 21h30 Domingo e feriado: 06h00 e 22h00 Radial Transp. Denominação Itaqua (Cidade Kemel)/SP(Est. Guaianazes) Coletivo Ltda. Característica Comum Radial Nº 293 Extensão total 28,77 km Frota 7veículo Terminal principal Av. Kemel Addas, 128 Número de viagens Dia útil: 75 viagens/dia Sábado: 66 viagens/dia Domingo e feriado: 58 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 03h40 e 24h05 Sábado: 03h40 e 24h00 Domingo e feriado: 04h00 e 24h00 Terminal secundário Estação Guaianazes (Terminal Norte) Número de viagens Dia útil: 75 viagens/dia Sábado: 66 viagens/dia Domingo e feriado: 56 viagens/dia Horários iniciais e finais Dia útil: 04h30 e 24h45 Sábado: 04h30 e 24h40 Fonte: Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), 2005. Elaboração: Emplasa, 2005.

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PRANCHA 9 - SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE frente

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PRANCHA 9 - SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE verso

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Sistema Viário Principal Quadro 16 Município de Itaquaquecetuba O sistema viário conta com quatro principais rodovias que alimentam e coletam o tráfego Variação do fluxo veicular rodoviário, Volume Diário Médio - VDM: 1998/2002 em mais de uma região da cidade: Ayrton Senna da Silva, Henrique Eroles, Pedro Eroles e Alberto Hiroto. A Rodovia Presidente Dutra não passa por Itaquaquecetuba, mas é uma 1998 2002 Variação (%) das que alimentam indiretamente o sistema viário do Município. Número de habitantes por veículos 23,84 13,75 - 42,33 Número de habitantes por automóvel 35,38 19,37 - 45,26 O Município apresentou decréscimo de 45,26% no número de habitantes com automóvel, enquanto o número de habitantes por veículo passou de 23,84 %, em 1998, para 13,75% Frota de veículos 10 311 21.627 109,74 em 2002. Quanto à frota de veículos, o maior aumento ocorreu na categoria motocicleta e Frota de automóvel 6 946 15.356 121,07 assemelhados (207,80%) e o menor crescimento se deu na de caminhões (34,61%). A Frota de ônibus 347 533 53,60 taxa de mortalidade por acidente de transporte (por cem mil habitantes) no Município teve um decréscimo de 3,31 %, tendo passado de 17,09, em 1998, para 13,78, em 2002, e a Frota de caminhões 1 095 1.474 34,61 ocorrência de roubos por veículos acusou um decréscimo de 2,62%. Todas essas Frota de reboque 120 313 160,83 variações se deram entre1989 e 2002. (Quadro 16). Frota de motocicleta e assemelhados 641 1.972 207,64

O volume diário médio – número de veículos que passam por uma determinada seção de Frota de microônibus e camioneta 1 148 1963 70,99 uma via na unidade de tempo – avalia a distribuição de tráfego, mede a demanda de uma Taxa de mortalidade por acidente de transporte* 17,09 13,78 - 3,31 via e dá subsídio para programação de melhorias básicas para o sistema viário. Ocorrência de roubo de veículo consumado 1 249 1.217 - 2,62

O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) realizou o último censo do volume diário Fonte: Fundação Seade, 2005. médio em 1988, para as Rodovias Alberto Hiroto (SP 56) e João Afonso de Souza Elaboração: Emplasa, 2005. * por cem mil habitantes Castellano (SP 66), na região de Itaquaquecetuba.

A Rodovia João Afonso de Souza Castellano possui um volume diário médio de veículos Quadro 17 246,91% maior que o da Rodovia Alberto Hiroto. Com relação ao volume diário médio de Município de Itaquaquecetuba veículos leves, essa Rodovia possuía 320,72% a mais que o da Rodovia Alberto Hiroto e, Variação do fluxo veicular rodoviário, Volume Diário Médio - VDM: 2004 quanto aos ônibus, também apresentava o maior volume diário em relação à Rodovia Alberto Hiroto, com 124,26%. A Rodovia João Afonso de Souza Castellano possui 76,86% Volume Diário Médio (VDM) - 2004 a mais em transporte pesado do que a Rodovia Alberto Hinoto. (Quadro 17). Tipos de Veículos Rodovias Reboque Leves Médios Pesados Ônibus Total Na Rodovia João Afonso de Souza Castellano, que corta o Município, houve um aumento semi em torno de 12,07% no volume diário médio; e na Rodovia Alberto Hiroto houve um SP 56 - Rodovia Alberto Hinoto acréscimo menor, de 5,90 % e o maior aumento foi na Rodovia Pedro Eroles, com 3 956* 873* 562* 214* 610* 6 215* 17,73%. Esses percentuais ocorreram entre os anos de 1998 e 2004. Na Rodovia Ayrton (Itaquaquecetuba - SP 70) Senna houve um decréscimo em torno de 28,47% no volume diário médio (Quadro 18). SP 66 - João Afonso de S. Castellano 16 644** 2 130** 994** 425** 1 368** 21 561** (São Paulo - Suzano)

SP 88 - Pedro Eroles 10 598** 1 004** 676** 277** 391** 12 946** BR116 (Dutra) - SP 66 (Mogi das Cruzes)

Fonte: Departamento de Estradas e Rodagem (DER) , 2005. Elaboração: Emplasa, 2005. * Último censo em 1986. ** Último censo em 1991.

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Quadro 18 A evolução de consumo anual de energia elétrica de alta e baixa tensão, por tipo de Município de Itaquaquecetuba consumidores, está demonstrada nas Tabelas 67 e 68. Variação do fluxo veicular rodoviário, Volume Diário Médio - VDM: 1989/2004

V.D.M V.D.M Rodovias Variação Outras Formas de Energia 1998 2004 SP 56 - Rodovia Alberto Hiroto O Município não possui sistema de gás canalizado. O abastecimento domiciliar é feito por 6 408* 6 810 5,90 (Itaquaquecetuba - SP 70) meio dos convencionais botijões. SP 66 - João Afonso de Souza Castellano 23 548* 26 782* 12,07 (São Paulo – Suzano) SP 88 – Pedro Eroles IV.4.4 Telecomunicações 17 119* 20 809* 17,73 BR116( Via Dutra) – SP 66 ( Mogi das Cruzes) O sistema telefônico atende todo o território municipal, onde também estão instaladas SP 70 - Rodovia Ayrton Senna da Silva 56 847 40 663 - 28,47 antenas para telefonia celular. Dados do censo 2000 Instituto Brasileiro de Geografia e (São Paulo – Guararema) Estatística (IIBGE) indicam que 42% dos domicílios são servidos por terminais telefônicos, Fonte: Departamento de Estradas e Rodagem (DER), AutoBan, 2005. sem levar em conta a telefonia móvel. Elaboração: Emplasa, 2005. *Valores projetados

IV.4.5 Iluminação Pública IV.4.3 Energia O fornecimento e manutenção da iluminação pública são de responsabilidade da empresa Bandeirante Energia. A rede deste serviço atende cerca de 80% da área urbanizada e Energia Elétrica 50% da rural do Município. Os melhoramentos agendados são de natureza de qualidade econômica, cingindo-se ao tipo de tecnologia utilizada no equipamento e às rotinas de sua O sistema de abastecimento de energia elétrica é efetuado pela empresa Bandeirante manutenção. A universalização do serviço para todas áreas do Município é o objetivo a Energia; sua regional, sediada em Mogi das Cruzes, é responsável pelo atendimento dos ser alcançado. consumidores desse município, de Itaquaquecetuba e seus vizinhos.

O sistema gerador de energia é suprido pela estação transformadora de transmissão IV.4.6 Limpeza Pública nordeste da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) e os valores operacionais utilizados são 345/88 kV. Os serviços de limpeza pública em Itaquaquecetuba são executados pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. Diariamente, As Estações Transformadoras de Distribuição Itaquaquecetuba, com potência instalada são varridos cerca de 40 km de ruas, serviço que envolve uma equipe de 120 de 120 MVA, e Bonsucesso, com 60MVA, são responsáveis pelo suprimento de energia funcionários. elétrica de Itaquaquecetuba. Os valores de transformação da alta para média tensão são 88/13,8 kv e servem também a outros municípios: O perímetro central e bairros, como Caubi, Jardim Odete e Piratininga, entre outros, onde a circulação diária é muito acentuada, têm varrição diária. Nos bairros mais afastados, em A região do Alto Tietê tem 6 200km de rede em alta tensão e 4 700 em baixa, áreas mais periféricas, o serviço é efetuado em dias alternados. provenientes dos 24 circuitos primários de distribuição e dos três circuitos de . O porcentual de atendimento para ligações de energia elétrica residencial , comercial e A limpeza de feiras livres é efetuada no dia em que elas ocorrem e a remoção de entulhos industrial e outros é de 100%. e capinas de áreas públicas obedecem a um cronograma de manutenção.

Esta prevista para o segundo semestre de 2007 a construção de uma nova Estação Transformadora de Distribuição, denominada Pedreira, com potência de 66,6 MVA, sete circuitos primários de distribuição e um circuito de socorro.

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Tabela 67 Município de Itaquaquecetuba Consumo de energia elétrica: 1995/2005

Classes 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Residencial 86 464 107 283 110 939 132 342 125177 114 892 93 023 90 470 82 092 89 334 76 560 Industrial 129 964 141 917 134 829 141 796 141 511 136 562 139 691 131 019 130 327 146 814 135 965 Comercial 20 171 21 621 23 026 27 164 32 133 37 778 40 408 39 609 41 408 44 629 44 909 Rural 1 731 1 799 1 696 1 705 1 842 1 691 1 424 1 378 1 324 1 255 1 066 Outros 15 939 22 614 24 159 2 2912 29 290 29 234 29 273 36 058 42 225 41 052 36 840 Total 254 269 295 234 294 649 325 919 329 953 320 199 303 818 298 534 297 376 323 084 295 340 Fonte: Bandeirante Energia Elaboração: Emplasa, 2006.

Tabela 68 Município de Itaquaquecetuba Número de consumidores de energia elétrica: 1995/2005 Classes 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Residencial 39 748 43 924 47 623 48 935 47 816 48 905 51 516 53 034 51 351 53 549 59 561 Industrial 648 669 704 708 540 500 641 615 616 586 640 Comercial 1 948 2 158 2 313 2 464 2 476 2 485 2 756 2 625 2 691 2 733 3 373 Rural 68 73 71 78 70 70 71 67 64 61 71 Outros 140 176 203 196 189 194 212 203 276 280 378 Total 42 552 47 000 50 914 52 381 51 091 52 154 55 196 56 544 55 268 57 209 64 023 Fonte: Bandeirante Energia Elaboração: Emplasa, 2006.

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IV.4.7 Cemitérios e Serviços Funerários Quadro 19 Município de Itaquaquecetuba O Município de Itaquaquecetuba tem três cemitérios: o Central, fundado em 27de outubro Feiras livres autorizadas de 1907, localizado no perímetro central da cidade, o Caminho do Céu, inaugurado em 8 Localização Dias de N° de de setembro de 1969, na Vila Virginia, e o Morada da Paz, no Jardim Odete, fundado em N° Tipo Rua Bairro realização bancas 20 de julho de 1989. 1 livre Piracicaba Monte Belo Terça-feira 98 Os dois primeiros – Central de Caminho do Céu - encontram-se com suas lotações 2 livre Assis Vieira Jd. Patrícia Terça-feira 21 esgotadas, possibilitando apenas sepultamento de pessoas que possuem jazigo nos 3 noturna Joaquim Caetano Piratininga Terça-feira 18 mesmos. O terceiro – Morada da Paz – é o único totalmente ativo e recebe a média de 4 livre Rio de Janeiro Riacho Grande Quarta-feira 86 240 sepultamentos mensais, estando com mais ou menos 80% de sua área ocupada. 5 livre Estr. Campo Limpo Jd. do Vale Quarta-feira 15 6 livre Av. Itaquaquecetuba Manoel Feio Quinta-feira 14 A manutenção e administração desses cemitérios são executadas pela Secretaria 7 livre Rua Curitibanos Vl. Itaquá Mirim Quinta-feira 33 Municipal de Obras e Serviços Urbanos. Os serviços funerários são de responsabilidade 8 livre Almeida Júnior Jd. Altos de Itaqua Quinta-feira 15 da iniciativa privada. 9 noturna Caçapava Vl. Gepina Quinta-feira 17

É recomendável a elaboração de um plano específico para modernização do setor, que 10 livre Sete Lagoas Vl. Virginia Sexta-feira 21 incluiria os seguintes aspectos: maior informatização do setor, estudo de reserva de área 11 livre Av. Turmalinas Cid. Nova Louzada Sexta-feira 14 para novo cemitério, providências administrativas para detalhamento de informações e 12 livre Padre Anchieta Vl. Maria Augusta Sexta-feira 11 aferição de dados mais precisos dos sepultamentos (masculino, feminino, adulto, infantil, 13 livre Largo Monumental Vl. São Carlos Sábado 189 etc.) e estudo da viabilidade para a participação de empresas especializadas no setor. 14 livre Av. Brasil Jd. Gonçalves Sábado 78 15 livre Jorge Lima Pq. Piratininga Sábado 50 16 livre Serra dos Parecis Jd. Paineira Sábado 31 IV.4.8 Abastecimento 17 livre Las Vegas Pq. Res. Califórnia Sábado 32

18 livre Dinamarca Jd. Adriane Sábado 16 O abastecimento do Município é efetuado por uma série de supermercados de portes médio e pequeno e também por 25 feiras livres autorizadas pela Prefeitura que 19 livre Chateauabriand Jd. Luciana Domingo 61 movimentam em torno de 1 124 barracas, conforme descrição do Quadro19 a seguir. 20 livre Av. Ver. João F. Silva Vl. Virginia Domingo 73 21 livre São Roque Vl. Japão Domingo 54 22 livre Tabajara Maragogipe Domingo 43 23 livre Carneiro Leão Pq. Res. Marengo Domingo 49 24 livre Miracatu Rec. Mônica Domingo 53 25 livre Pedro Toledo Jd. Mossapyra Domingo 32

Fonte: Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos de Itaquaquecetuba – Divisão de Fisc. e Postura. Elaboração: Emplasa.

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IV.5 Assentamento Urbano A CDHU já realizou a construção total de 2 757 unidades habitacionais, de 1997 a 2005, entre prédios, sobrados e casas: no bairro de Pinheirinho o Conjunto: Introdução “Itaquaquecetuba J” (260 apartamentos).

O município de Itaquaquecetuba localiza-se na porção leste da Região Metropolitana de no bairro Rio Abaixo o Conjunto: São Paulo, possui uma área de 83 km2 e grau de urbanização de 100% do seu território, “Itaquaquecetuba N”(170 apartamentos). com densidade demográfica de 4 107hab./km2. no bairro Sítio Mato Dentro os Conjuntos: Nas últimas décadas, a expansão urbana ocorreu de forma desordenada com redução “Itaquaquecetuba O/P/Q” (300 apartamentos) e substancial da sua área rural. “Itaquaquecetuba M” (220 apartamentos).

Segundo dados da Fundação Seade, a população projetada para o município para 2005 é no bairro Campo Limpo os Conjuntos: de 340 881habitantes; em 2010, o contingente populacional será em torno de 410 095 “Itaquaquecetuba E01” (278 apartamentos e sobrados), habitantes e em 2015, de 467 562 habitantes. “Itaquaquecetuba E02” (192 apartamentos e sobrados), “Itaquaquecetuba E03” (200 apartamentos e sobrados), O crescimento populacional e a ocupação urbana desordenada geraram problemas de “Itaquaquecetuba E04” (224 apartamentos e sobrados), infra-estrutura, notadamente na questão habitacional. Pode-se observar uma carência “Itaquaquecetuba E05”(76 apartamentos e sobrados), expressiva na área de habitação popular, em função da falta de política habitacional e de “Itaquaquecetuba E06” (40 apartamentos e sobrados), mais investimentos neste setor, o que acarretou o aumento de assentamentos irregulares “Itaquaquecetuba E07” (80 apartamentos e sobrados), e clandestinos, principalmente em áreas de risco, gerando graves problemas sociais e ”Itaquaquecetuba E08” (60 apartamentos e sobrados) e urbanísticos que resultaram na má qualidade de vida da população. “Itaquaquecetuba E09” (19 apartamentos e sobrados).

No município de Itaquaquecetuba, ao longo do Rio Tietê, incide a legislação ambiental − no bairro Pedreira o Conjunto: Lei nº. 5.598/87, regulamentada pelo Decreto nº 42.837/98 − que declara esta área como “Itaquaquecetuba F” (260 apartamentos). Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê. Essa legislação considera três zonas: no bairro Morro Branco o Conjunto: Zona de vida silvestre; “Itaquaquecetuba D” (378 casas). Zona de cinturão meândrico – ZCM; Zona de uso controlado – ZUC. Estão em construção cinco empreendimentos com total de 860 unidades, do tipo apartamento, distribuídos da seguinte forma: Vale ressaltar que o município conta , ainda, com quatro zonas definidas como Zonas de no bairro Campo Limpo: Uso Predominantemente Industrial (ZUPI): três ZUPI − 1 nos bairros Perobal, Corredor e Conjunto Itaquaquecetuba B2/B3 (220 apartamentos); Rio Abaixo, e uma ZUPI− 2 no bairro Perobal (Prancha 10). Conjuntos Itaquaquecetuba I 01 (160 apartamentos); Itaquaquecetuba I02 (160 apartamentos); Itaquaquecetuba I03 (160 apartamentos) e Cenário Habitacional Itaquaquecetuba I04 (160 apartamentos).

Os conjuntos habitacionais implantados no município foram realizados basicamente pela Totalizando 640 apartamentos, (Quadro 20 e Prancha 10), na programação atual da 25 Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e pela Caixa Econômica CDHU não consta nenhum empreendimento futuro para o município . Federal (CEF) por meio do Programa de Arredamento Residencial (PAR). Pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR) 13 condomínios habitacionais foram executados no Município, totalizando 1 940 unidades, e 278 unidades estão programadas.

25 Fonte: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano(CDHU) - 2006.

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Os condomínios são os seguintes: se em Zona Urbana, no setor censitário de vulnerabilidade muito alta e está parcialmente no bairro Estação: numa Área de Proteção Permanente (APP). Vale ressaltar a existência da linha de das Tulipas (200 unidades); transmissão transpondo esta área. das Rosas (200 unidades) e das Violetas (100 unidades). 3. Biquinha: área particular estimada em 18 262m2 no bairro Aracaré, ocupada há seis anos, com 125 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se no bairro Mandi: em Zona Urbana e no setor censitário de vulnerabilidade baixa. Pedra Bonita (200 unidades) e Safira (100 unidades). 4. Vila Vitória: área particular estimada em 62 745 m2 no bairro Aracaré, ocupada há cinco anos, com 157 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra- no bairro Pinheirinho: se em áreas com severas restrições e no setor censitário de vulnerabilidade baixa. Esta das Camélias (200 unidades); área localiza-se parcialmente na Área de Preservação Ambiental (APA) da Várzea do Rio Pinheirinho (160 unidades) e Tietê e na Área de Proteção Permanente (APP) do Córrego Bela Vista. Portal da Serra (180unidades). 5. Morada Feliz: área particular estimada em 48 400m2 no bairro Corredor, ocupada há no bairro Campo Limpo: oito anos, com 286 edificações e topografia considerada pouca acidentada. Esta Residencial Rosas (140 unidades); ocupação encontra-se em área com restrições localizadas e no setor censitário de Itaquaquecetuba I (60 unidades) e vulnerabilidade muito alta. “Itaquaquecetuba II” (140 unidades). 6. Jardim Canaã: área particular estimada em 175 673m2 no bairro Corredor, ocupada no bairro Aracáré: há oito anos, com 181 edificações e topografia considerada pouco acidentada. Esta Aracaré (60 unidades) e ocupação encontra-se em área com restrições localizadas e no setor censitário de Morada das Flores (200unidades). vulnerabilidade muito alta.

Estão programados em 2006 dois empreendimentos habitacionais no bairro Corredor: 7. Parque Viviane: área particular estimada em 115 217m2 no bairro Rio Abaixo, Condomínios das Tulipas (118 unidades) e das Azaléias (160 unidades), totalizando 278 ocupada há seis anos, com 205 edificações e topografia considerada suave. Esta unidades, segundo a Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba. (Quadro 21) e (Prancha ocupação encontra-se em áreas favoráveis e no setor censitário de vulnerabilidade muito 10). alta.

A Prefeitura informa, ainda, a existência, em 2006, de 43 áreas ocupadas irregularmente 8. Kuait: área particular estimada em 234 947m2 no bairro Campo Limpo, ocupada há no município, das quais 31 áreas são particulares e 11 públicas. (Quadro 22) e (Prancha oito anos, com 1306 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação 10). encontra-se em áreas favoráveis e parte em áreas com restrições localizadas. Localiza-se no setor censitário de vulnerabilidade muito alta e está parcialmente numa Área de As áreas irregulares foram analisadas conforme suas localizações, de acordo com o Proteção Permanente (APP). estudo de Aptidão Física ao Assentamento Urbano que foi elaborado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Emplasa, em 1986, e com o Índice Paulista de 9. Estrada José Sgobin: área particular estimada em 94 831,71m2 no bairro Ribeiro, Vulnerabilidade Social (IPVS). ocupada há oito anos, com 120 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra-se em áreas passíveis de ocupação com sérias restrições e no setor São elas: censitário de vulnerabilidade muito alta, e está parcialmente numa Área de Proteção 1. Jardim Miray: área particular estimada em 63 000m2 no bairro Açafrão, ocupada há Permanente (APP). cinco anos, com 444 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra- se em Zona Urbana e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. Está parcialmente 10. Vila Sonia: área particular estimada em 42 277m2 no bairro Tipóia, ocupada há seis numa Área de Proteção Permanente (APP) e corre risco de enchente. anos, com 200 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se em áreas com severas restrições, localiza-se no setor censitário de vulnerabilidade média 2. Brilho da Lua: área particular estimada em 42 277m2 no bairro Aracaré, ocupada há e está totalmente na Área de Preservação Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê e cinco anos, com 71 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra- corre risco de enchente.

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11. Estrada Walter da Silva: área particular estimada em 7 458m2 no bairro Tipóia, encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. Vale ocupada há 18 anos, com 20 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação ressaltar a existência da linha de transmissão transpondo esta área. encontra-se em áreas com severas restrições e no setor censitário de vulnerabilidade média. 21. Rua Petrópolis: área particular estimada em 21 132 m2 no bairro Aracaré, ocupada há 10 anos, com 128 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação 12. Tipóia (Vila Esperança): área particular estimada em 84 916m2 no bairro Tipóia, encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. ocupada há seis anos, com 469 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se em áreas com severas restrições e no setor censitário de 22. Av. Quarto Centenário: área particular estimada em 33 057 m2 no bairro Aracaré, vulnerabilidade muito alta, está em Área de Preservação Permanente (APP) e corre risco ocupada há 12 anos, com 224 edificações e topografia considerada plana. Esta de enchente. ocupação encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta.

13. Rua do Sol-A: área particular estimada em 26 337m2 no bairro Campo Limpo, 23. Terra Prometida: são duas áreas particulares, a primeira estimada em 390 022 m2 ocupada há 15 anos, com 178 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação e ocupada há 10 anos, com 974 edificações e a segunda com cerca de 53 170 m2 e 120 encontra-se em áreas com restrições localizadas e no setor censitário de vulnerabilidade edificações, no bairro Campo Limpo. A topografia é considerada suave. Estas ocupações muito alta. encontram-se em áreas com restrições localizadas, no setor censitário de vulnerabilidade muito alta e numa Área de Proteção Permanente (APP) do Córrego Mandi Mirim. 14. Rua do Sol-B: área particular estimada em 11 470m2, no bairro Pinheirinho, ocupada há 15 anos, com 100 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação 24. Campo Limpo (João Piscinatti): área particular estimada em 84 907,75 m2 no bairro encontra-se em áreas favoráveis e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. Campo Limpo, ocupada há 10 anos, com 117 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra-se em áreas com restrições localizadas – parte em áreas com 15. Vila Dourada: são duas áreas particulares no bairro Campo Limpo, ocupadas há 10 severas restrições – e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. anos, a primeira com uma área estimada de 6 417 m2 e 100 edificações e a segunda com uma área estimada em 23 487,67 m2 e 400 edificações. A topografia das duas 25. Associação Beneficente (Parque Residencial das Árvores): área particular áreas é considerada suave. Estas ocupações encontram-se em áreas com restrições estimada em 91 616 m2 no Bairro de Campo Limpo, ocupada há 8 anos, com 37 localizadas – parte em áreas com severas restrições – e no setor censitário de edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra-se em áreas com vulnerabilidade média. restrições localizadas – parte em áreas com severas restrições – e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. E está parcialmente numa Área de Proteção Permanente 16. Asa Branca: área particular estimada em 6 204m2 no bairro Campo Limpo, ocupada (APP). há 10 anos, com 27 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra- se em áreas com restrições localizadas – parte em áreas com restrições localizadas – e 26a. Parque Residencial Marengo - A: área pública estimada em 44 655 m2 no bairro no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. Sítio Mato dentro, ocupada há 15 anos, com 190 edificações e topografia considerada pouco acidentada. Esta ocupação encontra-se em áreas com restrições localizadas e no 17. Vila Sarney: área particular estimada em 16 803 m2, no bairro Tipóia, ocupada há 10 setor censitário de vulnerabilidade muito alta. E está parcialmente numa Área de Proteção anos, com 310 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se Permanente (APP) e parte da área corre risco de deslizamento. em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. 26b. Parque Residencial Marengo - B (Av.Otto Maria): área pública estimada em 18 700 18. Carmo Lanzetta: área particular estimada em 8 452 m2 no bairro Monte Belo, m2 no bairro Sítio Mato Dentro, ocupada há 15 anos, com 203 edificações e topografia é ocupada há 12 anos, com 150 edificações e topografia considerada plana. Esta considerada plana. Esta ocupação encontra-se em áreas com severas restrições, no setor ocupação encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média. censitário de vulnerabilidade média, e está totalmente numa Área de Proteção Permanente (APP) do Córrego Jaguari e corre risco de enchente. 19. Jardim Claúdia: área pública estimada em 17 032 m2 no bairro Tipóia, ocupada há 10 anos, com 100 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação encontra- 27a. Parque Piratininga-A: área pública estimada em 18 702 m2 no bairro Rio Abaixo, se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média. ocupada há 15 anos, com 975 edificações e topografia considerada acidentada. Esta ocupação encontra-se em áreas com restrições localizadas, no setor censitário de 20. Vila Monte Belo: área particular estimada em 109 643 m2 no bairro Monte Belo, vulnerabilidade muito alta, e está parcialmente numa Área de Proteção Permanente ocupada há 15 anos, com 699 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação (APP).

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27b. Parque Piratininga - B: área pública estimada em 26 353,23m2 no bairro Rio suave. Esta ocupação encontra-se em áreas com restrições localizadas e no setor Abaixo, ocupada há 15 anos, com 450 edificações e topografia considerada suave. Esta censitário de vulnerabilidade muito alta. ocupação encontra-se em áreas com restrições localizadas e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. 37. Sítio das Carpas: área particular estimada em 39 704m2 no bairro Corredor, ocupada há cinco anos, com 28 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação 28. Jardim Ipê: área pública estimada em 8 675m2 no bairro Corredor, ocupada há seis encontra-se em áreas favoráveis e no setor censitário de vulnerabilidade média. anos, com 30 edificações e , topografia considerada suave. Esta ocupação encontra-se em áreas favoráveis e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta. 38. Vila Roseli: área particular estimada em 25 200m2 no bairro Aracaré, ocupada há 10 anos, com 40 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se em 29. Rua Monte Aprazível: área particular estimada em 45 738m2 no bairro Pinheirinho, áreas com severas restrições e no setor censitário de vulnerabilidade baixa. Está ocupada há 10 anos, com 140 edificações e topografia considerada acidentada. Esta parcialmente na Área de Preservação Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê. ocupação encontra-se em áreas favoráveis – parte em áreas com restrições localizadas – e localiza-se num setor censitário de vulnerabilidade muito alta. 39. Jardim Santo Ângelo: área particular estimada em 9 915m2 no bairro Aracaré, ocupada há cinco anos, com 85 edificações e topografia considerada suave. Esta 30. Jardim Gonçalves: área particular estimada em 56 948m2 no bairro Morro Branco, ocupação encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média. ocupada há 20 anos, com 222 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação encontra-se em zona urbana, no setor censitário de vulnerabilidade média e na 40. Conjunto Residencial Antônio Biage (Vila Geni): área pública estimada em 1 Área de Proteção Permanente (APP). 091,37m2, com três edificações, no bairro Vila Geni. Esta ocupação encontra-se em áreas com severas restrições e no setor censitário de vulnerabilidade baixa. 31. Residencial Fortuna: área pública estimada em 25 215m2 no bairro Campo Limpo, ocupada há 12 anos, com 181 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação 41. Vila Celeste: área particular estimada em 161 763,00m2 no bairro Pinheirinho, com encontra-se em áreas com restrições localizadas e no setor censitário de vulnerabilidade 360 edificações. Esta ocupação encontra-se em áreas favoráveis e áreas passíveis de média; localiza-se também na Área de Proteção Permanente (APP). ocupação com sérias restrições e no setor censitário de vulnerabilidade muito alta.

32. Jardim Ivana: área pública estimada em 6 562,20m2 no bairro Cidade Kemel, 42. Loteamento Felix Milton: área particular estimada em 111 333,00m2 no bairro Mato ocupada há 15 anos, com 60 edificações e topografia considerada plana. Esta ocupação Dentro, com 22 edificações. Esta ocupação encontra-se em áreas passíveis de ocupação encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média. com sérias restrições e no setor censitário de vulnerabilidade alta.

33. Vila Ferreira: área particular estimada em 16 007m2 no bairro Morro Branco, ocupada 43. Vila Zezuina, Santa Helena e adjacências: são áreas públicas estimadas em há quatro anos, com 94 edificações e topografia considerada pouco acidentada. Esta 6 560,00m2 com 16 edificações, nos bairros Tipóia e Centro. Estas ocupações ocupação encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média. encontram-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média.

34. Pedreira Alta: área particular estimada em 10 657m2 no bairro Pedreira, ocupada há A Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba selecionou cinco áreas passíveis de ocupação cinco anos, com 46 edificações e topografia considerada suave. Esta ocupação (ZEIS 2), conforme Quadro 23. encontra-se em zona urbana e no setor censitário de vulnerabilidade média.

35. Parque Residencial Souza Campos: são duas áreas públicas no bairro Jaguari, ocupadas há sete anos; a primeira estimada em 7 231,76m2, com 100 edificações e a segunda, estimada em 4 682,78 m2 com 20 edificações. A topografia nessa áreas é considerada plana. Estas ocupações encontram-se em áreas com severas restrições, no setor censitário de vulnerabilidade muito alta e está parcialmente na Área de Proteção Permanente(APP) do Córrego Jaguari.

36. Associação Comercial do Sol: área particular estimada em 52 204m2 no bairro Campo Limpo, ocupada há 12 anos, com 319 edificações e topografia considerada

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Quadro 20 Município de Itaquaquecetuba Empreendimentos viabilizados e/ou em viabilização pela CDHU Tipologia Previsão de Infra-Estrutura Empreendimento Órgão Unidades Situação Bairro Setor Censitário Apt./Sobrado/Casa Entrega Água Esgoto Itaquaquecetuba J CDHU 260 Apt. Entregue em 2003 - 100% 100% Pinheirinho 216 Itaquaquecetuba N CDHU 170 Apt. Entregue em 2005 - 100% 100% Rio Abaixo 20 Itaquaquecetuba O/P/Q CDHU 300 Apt. Entregue em 2005 - 100% 100% Sítio Mato Dentro 227 Itaquaquecetuba M CDHU 220 Apt. Entregue em 2003 - 100% 100% Sítio Mato Dentro 226 Itaquaquecetuba B2/B3 CDHU 220 Apt. Em produção 30/1/2007 70% 70% Campo Limpo 68 Itaquaquecetuba E01 CDHU 278 Apt. e sobrado Entregue em 1997 - 67% 27% Campo Limpo 66 Itaquaquecetuba E02 CDHU 192 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 66 Itaquaquecetuba E03 CDHU 200 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 65 Itaquaquecetuba E04 CDHU 224 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 65 Itaquaquecetuba E05 CDHU 76 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 69 Itaquaquecetuba E06 CDHU 40 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 69 Itaquaquecetuba E07 CDHU 80 Apt. e sobrado Entregue em 1998 - 100% 100% Campo Limpo 62 Itaquaquecetuba E08 CDHU 60 Apt. e sobrado Entregue em 2001 - 100% 100% Campo Limpo 62 Itaquaquecetuba E09 CDHU 19 Apt. e sobrado Entregue em 2003 - 100% 100% Campo Limpo 62 Itaquaquecetuba I 01 CDHU 160 Apt. Em produção 30/1/2007 0% 0% Morro Branco 122 Itaquaquecetuba I 02 CDHU 160 Apt. Em produção 30/1/2007 0% 0% Morro Branco 122 Itaquaquecetuba I 03 CDHU 160 Apt. Em produção 30/1/2007 0% 0% Morro Branco 122 Itaquaquecetuba I 04 CDHU 160 Apt. Em produção 30/9/2007 0% 0% Morro Branco 122 Itaquaquecetuba F CDHU 260 Apt. Entregue em 2004 - 100% 100% Pedreira 76 Itaquaquecetuba D CDHU 378 casa Entregue em 1989 - 100% 100% Morro Branco 123/196 Total 3617 Fonte: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), 2006.

Quadro 21 Município de Itaquaquecetuba Empreendimentos habitacionais da Caixa Econômica Federal pelo programa PAR Nº Condomínio Unidade Localização Situação Bairro 1 Condomínio das Tulipas 200 Av. IV Centenário, n° 781 - Estação Existente Estação 2 Condomínio das Rosas 200 Av. IV Centenário, n° 731 - Estação Existente Estação 3 Condomínio das Violetas 100 Rua Nove de Julho, n° 80 - Estação Existente Estação 4 Condomínio Pedra Bonita 200 Estrada do Preju, n° 600 - Souza Campos Existente Mandi 5 Condomínio Safira 100 Estrada do Preju, n° 600 - Souza Campos Existente Mandi 6 Condomínio das Camélias 200 Rua Jesuíno Antônio Siqueira, n° 350 - Pinheirinho Existente Pinheirinho 7 Condomínio Itaquaquecetuba I 60 Rua Shozaemon Sedoguthi, n° 155 - Quinta da Boa Vista Existente Campo Limpo 8 Condomínio Itaquaquecetuba II 140 Rua Shozaemon Sedoguthi, n° 155 - Quinta da Boa Vista Existente Campo Limpo 9 Condomínio Aracaré 60 Rua Cambará, n° 895 - Aracaré Existente Aracaré 10 Condomínio Pinheirinho 160 Rua Nenê c/ Estrada do Pinheirinho Existente Pinheirinho 11 Condomínio das Tulipas 118 Estrada Miguel Cápua - Jardim Paineiras Programado Corredor 12 Condomínio das Azaléias 160 Estrada Miguel Cápua - Jardim Paineiras Programado Corredor 13 Conjunto Residencial Rosas 140 Estrada de São Bento, n° 1148 - Campo Limpo Existente Campo Limpo 14 Condomínio Morada das Flores 200 Rua Piauí n° 731 - Morro Branco Existente Aracaré 15 Condomínio Portal da Serra 180 Estrada de São Bento, n° 1705 - Jardim Celeste Existente Pinheirinho Total: 2218 Fonte: Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba, 2006.

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Quadro 22 Município de Itaquaquecetuba Áreas irregulares particulares e públicas Área Nº de Tipologia da Tempo de Nº Área Vistoria Particular Pública Bairro IPVS Aptidão Física ao Assentamento Urbano (m2) Edificações Edificação Ocupação 1 Jd. Miray (R. da Tubulação) X X 63.000 444 casa/alvenaria 5 Açafrão Muito alta Zona urbana 2 Brilho da Lua (R. Londrina) X X 42.277 71 casa/alvenaria 5 Aracaré Muito alta Zona urbana 3 Biquinha X 18.262 125 6 Aracaré Baixa Zona urbana 4 Vila Vitória (Rua Aracoiaba) X 62.745 157 5 Aracaré Baixa Áreas com severas restrições 5 Morada Feliz X 48.400 286 8 Corredor Muito alta Áreas com restrições localizadas 6 Jardim Canaã X 175.673 181 8 Corredor Muito alta Áreas com restrições localizadas 7 Parque Viviane X 115.217 205 6 Rio Abaixo Muito alta Áreas favoráveis 8 Kuait (Cemitério) X X 234.947 1306 casa/alvenaria 8 Campo Limpo Muito alta Áreas favoráveis e com restrições localizadas 9 Estrada José Sgobin X 94.832 120 8 Ribeiro Muito alta Áreas passíveis de ocupação com sérias restrições 10 Vila Sonia X X 40.717 200 6 Tipóia Média Áreas com severas restrições 11 Estr. Walter da Silva Costa X 7.458 20 18 Tipóia Média Áreas com severas restrições 12 Tipóia (Vila Esperança) X 84.916 469 6 Tipóia Muito alta Áreas com severas restrições 13 Rua do Sol - A X X 26.377 178 casa/alvenaria 15 Campo Limpo Muito alta Áreas com restrições localizadas 14 Rua do Sol - B X X 11.470 100 casa/alvenaria 15 Pinheirinho Muito alta Áreas favoráveis 15a Vila Dourada (N. Horizonte) X X 6.417 100 10 Campo Limpo Média Áreas c/ restrições localizadas e c/ severas restrições 15b Vila Dourada (N. Horizonte) X X 23.487 400 10 Campo Limpo Média Áreas c/ restrições localizadas e c/ severas restrições 16 Asa Branca X 6.204 27 10 Campo Limpo Muito alta Áreas com restrições localizadas 17 Vila Sarney X 16.803 310 10 Tipóia Muito alta Zona urbana 18 Carmo Lanzetta X X 8.452 150 casa/alvenaria 12 Monte Belo Média Zona urbana 19 Jardim Claúdia X 17.032 100 10 Tipóia Média Zona urbana 20 Vila Monte Belo X 109.643 699 15 Monte Belo Muito alta Zona urbana 21 Rua Petropólis X 21.132 128 10 Aracaré Muito alta Zona urbana 22 Av. Quarto Centenário X 33.057 224 12 Aracaré Muito alta Zona urbana 23a Terra Prometida - A X X 390.022 974 casa/alvenaria 10 Campo Limpo Muito alta Áreas com restrições localizadas 23b Terra Prometida - B X X 53.170 120 casa/alvenaria 10 Campo Limpo Muito alta Áreas com restrições localizadas 24 João Piscinatti X X 84.908 117 casa/alvenaria 10 Campo Limpo Muito alta Áreas c/ restrições localizadas e c/ severas restrições 25 Ass. Benef. (Pq. das Árvores) X X 91.616 37 casa/alvenaria 8 Campo Limpo Muito alta Áreas c/ restrições localizadas e c/ severas restrições 26a Pq. Res. Marengo - A X X 44.655 190 casa/alvenaria 15 Sít. Mato Dentro Muito alta Áreas com restrições localizadas 26b Pq. Res. Marengo - B X X 18.700 203 casa/alvenaria 15 Sít. Mato Dentro Média Áreas com severas restrições 27a Pq. Piratininga - A X 18.072 975 15 Rio Abaixo Muito alta Áreas com restrições localizadas 27b Pq. Piratininga - B X 26.353 450 15 Rio Abaixo Muito alta Áreas com restrições localizadas 28 Jardim Ipê X 8.675 30 6 Corredor Muito alta Áreas favoráveis 29 Monte Aprazível X X 45.738 140 casa/alvenaria 10 Pinheirinho Muito alta Áreas favoráveis e com restrições localizadas 30 Jardim Gonçalves X X 56.948 222 casa/alvenaria 20 Morro Branco Média Zona urbana 31 Residencial Fortuna X X 25.215 181 12 Campo Limpo Média Áreas com restrições localizadas 32 Jardim Ivana X X 6.562 60 casa/alvenaria 15 Cidade Kemel Média Zona urbana 33 Vila Ferreira X 16.007 94 4 Morro Branco Média Zona urbana 34 Pedreira Alta X X 10.657 46 casa/mista 5 Pedreira Média Zona urbana 35a Pq. Res. Souza Campos X X 7.231 100 casa/alvenaria 7 Jaguari Muito alta Áreas com severas restrições 35b Terra Prometida X X 4.682 20 casa/alvenaria 7 Jaguari Muito alta Áreas com severas restrições 36 Associação Com. do Sol X 52.204 319 12 Campo Limpo Muito alta Áreas com restrições localizadas 37 Sítio das Carpas X 39.704 28 5 Corredor Média Áreas favoráveis 38 Vila Roseli X X 25.200 40 casa/alvenaria 10 Aracaré Baixa Áreas com severas restrições (dentro da APA) 39 Jardim Santo Ângelo X 9.915 85 5 Aracaré Média Zona urbana 40 Conj. Res. Antônio Biage (Vila Geni) X X 1.091 3 casa/alvenaria 10 Vila Geni Baixa Áreas com severas restrições 41 Vila Celeste X X 161.763 360 casa/alvenaria 15 Pinheirinho Muito alta Áreas favorav. e passíveis de ocup. c/ sérias restrições 42 Felix Milton (R. Thomas F. dos Santos) X X 111.333 22 casa/alvenaria 15 Mato Dentro Alta Áreas com sérias restrições 43 Vila Zezuina, Sta. Helena e adj. X 6.560 16 20 Tipóia/Centro Média Zona urbana Fonte: Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba e vistórias Emplasa Junho e Julho, 2006 Notas: (1) Informações da Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba. (2) Levantamentos Emplasa. (3) Encontram-se negociando área com proprietário. Proposta de congelamento, limpeza do Aterro PD - Plano Diretor Obs: O loteamento Clandestino é aquele que não possui aprovação na Prefeitura nem do Cartório de Registro. O loteamento Irregular é aquele que possui aprovação na Prefeitura mas não possui registro em Cartório ou quando possui este é feito de maneira irregular.

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Setor Área de Qualificação do Risco(2) Ocorrência Área de Proteção Infra-estrutura Nº Área Recomendações Censitário Risco(1) Encosta Enchente Incêndio Defesa Civil Permanente - APP Água Esgoto Iluminação 1 Jardim Miray (Rua da Tubulação) 239 e 238 X Parcial Parcial Não X PMRR/PD - ZEIS-1 2 Brilho da Lua (Rua Londrina) 234 Parcial Parcial Não X PD/ZEIS-1 3 Biquinha 228 Parcial Total Não X 4 Vila Vitória (Rua Aracoiaba) 228 Parcial Parcial Parcial X 5 Morada Feliz 105 Parcial Parcial X 6 Jardim Canaã 105 Parcial Não Não X 7 Parque Viviane 38 Parcial Não X 8 Kuait (Cemitério) 165,166 e 167 Parcial Parcial Parcial X PD/ZEIS-1 9 Estrada José Sgobin 217 Parcial Parcial Não X 10 Vila Sonia 36 Total Total Parcial Não X Incluir programa de regularização 11 Est. Walter da Silva Costa 36 Parcial Não X 12 Tipóia (Vila Esperança) 17 e 18 Parcial Total Total Parcial X 13 Rua do Sol (A) 164 Parcial Parcial Parcial X PD/ZEIS-1 14 Rua do Sol (B) 163 Parcial Parcial Não X PD/ZEIS-1 15a V. Dourada (N. Horizonte) 72 Total Total X 15b V. Dourada (N. Horizonte) 72 Total Total X 16 Asa Branca 115 Parcial Não X 17 Vila Sarney 15 Total Total X 18 Carmo Lanzetta 132 Parcial Não X PD/ZEIS-1 19 Jardim Claúdia 31 Parcial Parcial X 20 Vila Monte Belo 246, 245 e 243 Total Total X 21 Rua Petropólis 77 Total Não X 22 Av. Quarto Centenário 120 Total Total X 23a Terra Prometida - A 181 Total Parcial Parcial X PMRR/PD-ZEIS-1 23b Terra Prometida - B 114 Total Parcial Parcial X PMRR/PD-ZEIS-1 24 João Piscinatti 185 Parcial Parcial X Incluir programa de regularização 25 Ass. Benef. (Pq. Res. das Árvores) 185 Parcial Não Não X Incluir programa de regularização 26a Pq. Res. Marengo - A 195 Parcial X-MA X Parcial Parcial Parcial X PMRR/PD/ZEIS-1 26b Pq. Res. Marengo - B 194 Total X X X Total Total Não X PMRR + Parque linear 27a Parque Piratininga - A 137 Parcial Parcial Parcial X 27b Parque Piratininga - B 141 Parcial Parcial X 28 Jardim Ipê 105 Total Total X 29 Monte Aprazível 172 Parcial Não X PMRR/PD-ZEIS-1 30 Jardim Gonçalves 80 e 81 Parcial Total Parcial X PD/ZEIS-1 31 Residencial Fortuna 113 X X Parcial Total Parcial X PMRR 32 Jardim Ivana 200 Total Total X PD/ZEIS-1, parte institucional 33 Vila Ferreira 124 Parcial Não X 34 Pedreira Alta 78 Total Total X Incluir programa de regularização 35a Pq. Res. Souza Campos 118 Parcial Total Total X PD/ZEIS-1 35b Terra Prometida 118 Parcial Total Total X PD/ZEIS-1 36 Associação Com. do Sol 115 Total Parcial X 37 Sítio das Carpas 103 Parcial Não X 38 Vila Roseli 228 Parcial Parcial Parcial X (3) Incluir programa de regularização 39 Jardim Santo Ângelo 238 Parcial Não X 40 Conj. Res. Antônio Biage (Vila Geni) 54 Total Total Não X Incluir em programa de regularização 41 Vila Celeste 163 Parcial Parcial Total Parcial X PD/ZEIS-1 42 Felix Milton (R. Thomas F. dos Santos) 227 Total Total X Incluir em programa de regularização 43 Vila Zezuina, Santa Helena e adj. 12 e 13 X X Total Total Parcial X PMRR Notas 2: IPVS = Indice Paulista de Vulnerabilidade Social – IBGE-2000 Seade-2005. Aptidão Física ao Assentamento Urbano – IPT/ Emplasa 1986 PD = Plano Diretor. ZEIS = Zona Especial de Interesse Social. PMRR = Plano Municipal de Redução de Risco.

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Quadro 23 Município de Itaquaquecetuba Áreas Passíveis de Ocupação - ZEIS 2 Área (m2) Valor Venal Dívida Nº. Denominação Local Nº. Cadastro Proprietário Topografia (Estimada) (R$) (R$) 1 Perobal Rua Alexandrino de Moraes 44431-34-26-0001 Instituto Modelo de Itaquaquecetuba 37 097,92 Suave 4,76/m2 13.748,88 2 Viviane Rua Almeida Gil /Rua Alta Sorocabana 44433-024-32-0001 João Batista de Miranda 95 516,20 Suave 3,80/m2 7.946,97 3 Chácara Marengo Av. Almeida Cunha/Av. Gonçalves Dias 44463-51-55-03111 Marengo Empreendimentos Imobiliários S/C Ltda. 103 045,00 Suave 15,26/m2 33.493,54 4 Ipê Estr. do Corredor 44433-34-41-0001 Yoshio Yoshimura 136 125,00 Suave 4,76/m2 14.356,80 5 São Gerônimo Rua Serra do Botucatu/Estr. Miguel Cápua 44433-63-81-0001 Álvaro José Moutinho (Compr. Antônio A. dos S. Magalhães) 21 375,50 Suave 29,58m2 14.814,49 TOTAL: 464 659,62

Fonte: Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba, 2006.

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Prancha 10 frente

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Prancha 10 verso

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IV.6 Meio Ambiente Áreas com restrições localizadas: porções sudeste e noroeste do município. Relevo de morrotes, topografia ondulada, onde predominam amplitudes em torno de 60 metros, podendo atingir 90 metros. As declividades de encosta predominantes são de até 30%, e Características do Sítio Físico - Geologia e geomorfologia26 acima disso no terço inferior de algumas encostas e cabeceiras de drenagem. Os vales são fechados com planícies aluviais restritas. No setor sudeste, a litologia predominante é O território de Itaquaquecetuba pertence à província geomorfológica do Planalto Atlântico - de sedimentos da Formação São Paulo e no setor noroeste é de granitos e gnaisses. As Escarpas e Reversos da Serra da Mar. É uma área de ocorrência de rochas cristalinas, condições topográficas predominantes são favoráveis, mas as áreas parceladas sem infra- que apresenta alta suscetibilidade à erosão nos solos subsuperficiais. Há também estrutura apresentam problemas de estabilidade de talude e erosão. Os projetos de ocorrência de sedimentos aluvionares depositados na planície do Rio Tietê. A topografia e loteamento deverão respeitar a topografia do terreno. ondulada a montanhosa, com declives acentuados. reas favoráveis: terrenos contíguos à planície aluvionar do Ribeirão Caputera. Relevo Para analisar as condicionantes físicas à urbanização, foi adotada a Carta de Aptidão de colinas, topografia suave com predominância de amplitudes da ordem de 40 metros, Física ao Assentamento Urbano, elaborada em conjunto pelo Instituto de Pesquisas podendo chegar a 70 metros. As declividades de encostas predominantes são de até 20%, Tecnológicas (IPT) e Emplasa, que tem como um de seus objetivos principais subsidiar a secundariamente entre 20 e 30% e raramente acima de 30%. Os vales são abertos, com elaboração dos Planos Diretores, apontando as áreas mais favoráveis para a expansão planícies aluviais restritas. A litologia predominante é de granitos e gnaisses. São as áreas urbana. O trabalho tem como base cartas topográficas e o mapeamento geológico, cruza mais favoráveis à expansão urbana. dados sobre relevo, tipos de rocha e solo, que definem áreas homogêneas do ponto de vista do comportamento geotécnico frente ao parcelamento do solo. O relevo foi Há, ainda, áreas de ocorrência de areia, que deverão ser mapeadas e preservadas, para compartimentado a partir das principais feições morfológicas, considerando-se a garantir seu aproveitamento econômico. declividade, a amplitude e as linhas de drenagem. Estes padrões de relevo foram, então, subdivididos pelos tipos de rochas, baseando-se no mapeamento geológico. (Prancha 11).

No município de Itaquaquecetuba, foram encontradas quatro unidades homogêneas: Áreas com severas restrições: são as planícies aluviais do Rio Tietê e dos Córregos Pirati Mirim, Água Branca, Corredor, Caputera, Mandi e Jaguari, onde predominam as declividades inferiores a 5%. Nas planícies aluvionares ocorre apenas um tipo de solo, os sedimentos aluvionares. Nestas áreas associam-se as baixas declividades dos terrenos e a pouca profundidade do lençol freático, dificultando a drenagem e o escoamento das águas, favorecendo o assoreamento das várzeas e a ocorrência de enchentes. Os solos apresentam baixa capacidade de suporte, exigindo obras dispendiosas para implantação da urbanização.

Áreas passíveis de ocupação com sérias restrições: porção nordeste do município - bairro do Pium, do Ribeiro, Jardim Josely e Parque Nossa Senhora das Graças. O relevo apresenta morros baixos, onde predominam amplitudes entre 90 e 110 metros e declividades de encosta entre 20 e 30%, podendo ocorrer declividades de até 20% nos topos das elevações e maiores de 30% nas cabeceiras de drenagem e nos terços inferiores das encostas. Os topos das elevações são estreitos e alongados e os vales são fechados e assimétricos, com planícies aluviais restritas. A litologia é predominantemente de granito e gnaisse, com manchas isoladas de sedimentos da Formação São Paulo. São condições topográficas desfavoráveis de encosta, com problema de estabilidade em taludes e susceptibilidade à erosão, requerendo diretrizes rígidas de projeto e implantação para o parcelamento.

26 Fonte: Carta de Aptidão Física ao Assentamento Urbano - IPT e Emplasa, 1986.

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Prancha 11 – Aptidão ao Assentamento Urbano frente

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Prancha 11 – Aptidão ao Assentamento Urbano verso

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Hidrografia Tabela 69 Município de Itaquaquecetuba O município de Itaquaquecetuba localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Tietê e pertence Dados Climáticos à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos - GRHI 06 - Alto Tietê, Sub-comitê Temp. Média Temp. Média Temperatura Mês Precipitação Tietê - Cabeceiras, do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Mínima Máxima Média

Janeiro 233.3 mm 17ºC 28ºC 23ºC São contribuintes do Rio Tietê, neste trecho, os córregos Pirati Mirim, Água Branca, Caputera, Jaguari, Chácara Bela Vista e Três Fontes. Fevereiro 213.2 mm 18ºC 28ºC 23ºC Março 163.3 mm 17ºC 28ºC 22ºC A bacia do Alto Tietê tem 5 985 km² de área, o que representa 2,7% do território paulista. Abril 73.7 mm 14ºC 26ºC 20ºC Fortemente urbanizada, concentra 50% da população do Estado de São Paulo em 34 Maio 66 mm 11ºC 24ºC 18ºC municípios. É o principal manancial público da Região Metropolitana de São Paulo. Junho 51.5 mm 10ºC 23ºC 16ºC Julho 36.7 mm 9ºC 23ºC 16ºC A bacia do Alto Tietê apresenta uma grande diversidade nas condições sociais, de uso e Agosto 36.5 mm 10ºC 25ºC 18ºC ocupação do solo e também de risco de inundações. Além do controle de cheias, outro Setembro 72.2 mm 12ºC 26ºC 19ºC problema, comum a toda a bacia, é a poluição. O Alto Tietê sempre funcionou como um Outubro 109.1 mm 14ºC 26ºC 20ºC sistema de drenagem e esgotamento sanitário, comprometendo a qualidade da água pela poluição. Novembro 134.7 mm 15ºC 27ºC 21ºC Dezembro 192.2 mm 17ºC 27ºC 22ºC Em Itaquaquecetuba, o trecho do Rio Tietê tem qualidade péssima, de acordo com o Soma/Média 1 382.4 mm 13.7ºC 25.9ºC 20ºC Índice de Qualidade da Água Bruta para fins de Abastecimento Público – 2005, da Fonte: Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri)/Universidade Estadual de Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Campinas (Unicamp).

Vegetação Impactos Sobre o Meio Ambiente: Uso e Ocupação do Solo

O município de Itaquaquecetuba apresenta um nível elevado de ação antrópica: no No município de Itaquaquecetuba, a urbanização concentrou-se, em um primeiro território apenas 789 ha de remanescentes de mata (9,5% do território)25 deverão ser momento, ao longo da ferrovia. A facilidade de deslocamento para São Paulo atraiu a objeto de programas de preservação e recuperação, sobretudo os remanescentes de Mata população de baixa renda, como ocorreu na maioria dos municípios ligados a São Paulo Atlântica, protegidos pelo Decreto Federal 750/93. pelo trem de subúrbio. A área de urbanização mais antiga integra o vetor leste de expansão urbana com núcleos dormitórios ligados originalmente às linhas da antiga Central do Brasil e da Estrada Velha do Rio (Prancha 12). Clima 26 A ocupação urbana é mais intensa ao sudoeste do município, conurbando-se com São Segundo a classificação climática de Koeppen, baseada em dados mensais pluviométricos Miguel Paulista, Guaianazes, Ferraz de Vasconcelos e Poá. Esse eixo de urbanização e termométricos, o Estado de São Paulo abrange sete tipos climáticos distintos, a maioria avança em direção a Arujá pela Estrada de Santa Isabel (SP–56) e, em direção sudeste, correspondente a clima úmido. O tipo dominante na maior área é o Cwa, que abrange toda pelas estradas do Mandi, de Campo Limpo e do Pinheirinho. A Estrada de Santa Isabel a parte central do Estado e é caracterizado pelo Clima Tropical de Altitude, com chuvas no (SP–56) é uma importante ligação de Itaquaquecetuba e municípios vizinhos com a verão e seca no inverno, com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. Rodovia Presidente Dutra, o que induziu à instalação de indústrias, levando à implantação Este é o tipo de clima que ocorre no município de Itaquaquecetuba. de loteamentos populares. A abertura da Rodovia Airton Senna reforçou esse papel de ligação da SP–56. Essa dinâmica do uso e ocupação do solo determinou a substituição das áreas produtoras de hortifrutigranjeiros, tradicional na zona leste da Região Metropolitana, pelos usos industriais e, sobretudo, pelos loteamentos de baixa renda. Esse processo, já apontado por estudos anteriores da Emplasa,29 acentuou-se, levando

25 Fonte: Relatório de Qualidade Ambiental do Estado de São Paulo – 2006, Secretaria do Meio Ambiente. a uma importante substituição do uso rural por usos urbanos. 26 Fonte: Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri)/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 29 Plano Diretor de Mineração para o Município de Itaquaquecetuba, Emplasa, 1983.

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O município de Itaquaquecetuba apresenta o padrão de urbanização dispersa, com loteamentos implantados fora do núcleo urbano original e espalhados por todo o território. Há loteamentos implantados ao longo de praticamente todo o limite municipal. Essa ocupação, em grande parte de loteamentos de baixa renda, além dos problemas decorrentes do próprio modelo, como a dificuldade de expansão da rede de saneamento, mostra-se mais perniciosa ainda devido à baixa capacidade de suporte à expansão urbana desses terrenos.

Outro aspecto importante do uso e ocupação do solo no município de Itaquaquecetuba é a atividade de mineração de areia, localizada basicamente na várzea do Rio Tietê. Essa atividade criou, ao longo dos anos, um conflito com o uso hortifrutigranjeiro e os objetivos de preservação ambiental preconizados pela criação da APA Várzea do Rio Tietê (Prancha 13). Assim, além da expansão urbana e da necessidade de reservar espaços para lazer e recreação, a legislação de proteção ambiental também interfere com a mineração.

Por outro lado, a mineração de areia representa um importante insumo para a economia e os conflitos entre a mineração e outros usos do solo urbanos vêm restringindo as áreas efetivas e potenciais de extração. Devido às restrições à mineração e à demanda crescente, as reservas de areia próximas da Região Metropolitana tendem a escassear, levando ao aumento do preço final devido aos custos de transporte, sobretudo por tratar- se de um bem de baixa relação custo/volume. A compatibilização entre a atividade mineraria, o desenvolvimento urbano e a proteção ambiental, apresenta-se, portanto, como uma diretriz fundamental para a elaboração do Plano Diretor do município de Itaquaquecetuba.

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Prancha 12 – Uso do Solo frente

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Prancha 12 – Uso do Solo verso

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Prancha 13 – APA da Várzea do Tietê frente

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Prancha 13 – APA da Várzea do Tietê verso

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Legislação Ambiental Incidente: APA da Várzea do Rio Tietê30 a implantação de indústrias ou a expansão daquelas existentes;

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê corresponde a uma extensa a realização de obras de terraplenagem e a abertura de canais que importem em faixa de várzeas que acompanha o Rio Tietê desde a represa Ponte Nova, em sensível alteração das condições ecológicas locais; Salesópolis, até a represa Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba. Localiza-se nos municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, o uso de técnicas de manejo do solo capazes de provocar erosão das terras ou Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana de assoreamento das coleções hídricas; Parnaíba, com área total de 7 400,00 ha. Foi criada pela Lei Estadual n° 5.598, de 6 de janeiro de 1987 e regulamentada pelo Decreto n° 42.837, de 3 de fevereiro de 1998. O a remoção da cobertura vegetal natural. objetivo de criação desta APA é a proteção das várzeas localizadas na planície fluvial do Rio Tietê. O trecho de APA dentro do território de Itaquaquecetuba apresenta duas zonas: a Zona de Cinturão Meândrico e a Zona de Uso Controlado. A primeira corresponde à planície Essas várzeas apresentam larguras variando entre 200 e 600 metros, podendo atingir até aluvial, freqüentemente invadida pelos transbordamentos do rio, e foi delimitada através mil metros em alguns pontos, e correspondem aos terrenos sujeitos às inundações anuais de critérios geomorfológicos. A Zona de Uso Controlado corresponde às terras que, do rio, na época das chuvas. embora não estejam sujeitas diretamente ao transbordamento do rio, interferem diretamente no seu regime de cheias. A APA apresenta em dois setores distintos: o Leste, que vai da barragem Ponte Nova até a barragem da Penha, e o Oeste, de Osasco até a barragem do reservatório Edgard de Com a promulgação da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, foi instituído o Sistema Souza. No primeiro, onde está o Município de Itaquaquecetuba, o objetivo principal é Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), regulamentando o art. 225, garantir a função reguladora das cheias do rio. As várzeas inundáveis controlam as § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal. enchentes nas áreas à jusante, funcionando como reservatórios naturais. Esta lei estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades A ausência de controle sobre a ocupação das áreas ao redor do Rio Tietê resultou na de conservação. De acordo com o SNUC, as Áreas de Proteção Ambiental pertencem à proliferação de indústrias, residências e loteamentos, muitos clandestinos. As categoria das unidades de conservação de uso sustentável, cujo objetivo é compatibilizar conseqüências desse processo sempre foram dramáticas para o meio ambiente local, em a conservação dos atributos ambientais objeto de proteção com o uso sustentável. especial pela ocorrência de desmatamentos, depósitos de lixo e favelização, levando à degradação da qualidade das águas e agravando o problema das enchentes na Região O SNUC, que foi regulamentado pelo Decreto Federal n° 4.340/02, estabeleceu uma nova Metropolitana de São Paulo (RMSP). A ocupação das várzeas do Rio Tietê é uma das forma para a gestão das Unidades de Conservação, tendo como principal instrumento o principais causas de inundações na RMSP, com altos custos ambientais, econômicos e Plano de Manejo. O sistema de gestão proposto adota o princípio de gestão sociais para o Estado e os Municípios. descentralizada e participativa através da criação de um Conselho Gestor para cada APA, que promoverá a articulação entre o Estado e os demais setores envolvidos, sejam eles Com o objetivo de conter a ocupação urbana nas várzeas, preservando a capacidade de entidades locais, organizações não-governamentais ou administrações municipais. O amortecimento de cheias do Rio Tietê, o Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) Conselho Gestor, presidido pelo órgão ambiental, contará, portanto, com representação propôs, em 1976, a implantação do Parque Ecológico do Tietê. No entanto, dos 60 km2 do Estado e municípios, da sociedade civil com atuação comprovada na região da de várzeas previstos no projeto original, apenas 14 km2 foram efetivamente Unidade e, ainda, da população residente e do entorno. A representação dos órgãos desapropriados. A Área de Proteção Ambiental surgiu, então, como alternativa ao projeto públicos e da sociedade civil deverá ser, sempre que possível, paritária. original do Parque Ecológico, uma vez que não altera o estatuto de propriedade da terra, o que possibilitou, inclusive, a ampliação do território a ser protegido. Com o objetivo de estruturar os Conselhos Gestores das APAs no Estado de São Paulo, foi editado o Decreto Estadual n°48.149, de 10 de outubro de 2003, que, além de ratificar Pela Lei Estadual N.º.598, de 6 de fevereiro de 1987, que criou a Área de Proteção os critérios estabelecidos pelo SNUC, define que cada Conselho Gestor deverá ser Ambiental da Várzea do Rio Tietê, ficam proibidos, salvo onde vier a ser indicado quando composto por, no máximo, 24 membros e no mínimo 12. da sua regulamentação: o parcelamento do solo para fins urbanos;

30 Fonte: APAs - Áreas de Proteção Ambiental: Território de Planejamento e Gestão Participativa - Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

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São atribuições do Conselho Gestor: O Plano de Manejo deve contemplar o estabelecimento de diretrizes de gerenciamento da elaborar seu regimento interno; APA que possibilitem organizar o uso e ocupação do território, tendo em vista a realização de ações e projetos de desenvolvimento sustentável. O plano de manejo inclui o acompanhar a elaboração, implementação e revisão do Plano de Manejo da APA, estabelecimento do diagnóstico ambiental da APA, visando a elaboração do zoneamento garantindo seu caráter participativo; ambiental e a implantação de programas de gestão com o acompanhamento do Conselho Gestor. buscar a integração da APA com as demais Unidades de Conservação e espaços No momento, está sendo elaborado o Plano de Manejo da APA Várzea do Rio Tietê. territoriais especialmente protegidos e com seu entorno;

promover a articulação dos órgãos públicos, organizações-não governamentais, Código Municipal de Saneamento Ambiental31

concretizar, para população residente e iniciativa privada, planos, programas e ações De acordo com a Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a de proteção, recuperação e melhoria dos recursos naturais existentes na APA; Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, o município, através de suas entidades municipais, atua como manifestar-se sobre obras ou atividade potencialmente causadoras de impacto na área Órgão Local do Sisnama (Sistema Nacional de Meio Ambiente), exercendo controle e de sua atuação; fiscalização das atividades e empreendimentos potencialmente causadores de danos ambientais, bem como elaborando normas e padrões ambientais para os limites de sua acompanhar a aplicação dos recursos financeiros decorrentes da compensação jurisdição, respeitando as exigências federais e estaduais (Art.6º da referida Lei). ambiental; Para desempenhar essa importante função dentro do Sisnama, o município deverá estar avaliar os documentos e deliberar sobre as propostas encaminhadas por suas capacitado para o exercício da gestão ambiental de seu território, sobretudo no que se câmaras técnicas. refere às avaliações dos impactos ambientais locais. Nesse sentido, o município de Itaquaquecetuba promulgou a Lei Complementar nº 113, de 25 de agosto de 2005, que A gestão integrada e o planejamento participativo das APAs pressupõem a elaboração do dispõe sobre Política Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental e dá outras Plano de Manejo que inclua a definição das Áreas de Proteção, Conservação e de providências. Ocupação Dirigida, tendo em vista a definição de diretrizes e normas para o uso e ocupação do solo, bem como os programas e planos a serem implementados. O Código institui o Sistema Municipal de Meio Ambiente (SISMMAS), que será coordenado pelo prefeito municipal e composto pelos seguintes órgãos: Secretaria A Lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) define o Municipal de Meio Ambiente e Saneamento (SEMMAS), Conselho de Gestão e Plano de Manejo como sendo “o documento técnico mediante o qual, com fundamento Saneamento Ambiental de Itaquaquecetuba (Cogesai) e órgãos colaboradores, como nos objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e outras secretarias e autarquias municipais afins definidas em ato do poder público e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a organizações ambientalistas da sociedade civil. implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade”. Os instrumentos da política municipal de gestão e saneamento definidos pelo Código são O Plano de Manejo pode ser entendido como o processo de articulação das ações o Conselho de Gestão e Saneamento Ambiental (Cogesai) de Itaquaquecetuba, órgão propostas pelos diferentes agentes sociais que interagem em um determinado espaço, consultivo e deliberativo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento, órgão com vistas a garantir a adequação dos meios de exploração dos recursos naturais, técnico e executivo, o Sistema Municipal de Informações e Cadastros Ambientais econômicos e socioculturais às especificidades do meio ambiente, com base em (Simicam), o Fundo Municipal de Meio Ambiente e Saneamento (FMMAS), instrumento de princípios e diretrizes previamente definidos. A partir deste entendimento, são gestão financeira, o Plano de Ação, o Zoneamento Ambiental, o Plano Diretor e as demais estruturados sistemas gerenciais, para promover, de forma coordenada, a identificação leis de controle do uso e ocupação do solo e desenvolvimento urbano e os demais dos recursos naturais, as restrições e as fragilidades da área, o uso, o controle, a instrumentos de regulação e controle do meio ambiente, como a criação de espaços proteção e a conservação do meio ambiente, com enfoque no desenvolvimento territoriais especialmente protegidos e o monitoramento ambiental. sustentável. Visando ordenar e compatibilizar a implantação de projetos na área, são desenvolvidos estudos prospectivos e são elaboradas normas para regular a prática operacional, o uso, o controle, a proteção e a conservação do meio ambiente. 31 Código Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental - Lei Complementar nº 113, de 25 de agosto de 2005, que dispõe sobre Política de Gestão e Saneamento Ambiental e dá outras providências.

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O Zoneamento Ambiental, previsto também pelo artigo 4º da Lei Federal n° 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, consistirá na definição de áreas do território para regular as atividades e definir ações para a proteção e recuperação do meio ambiente, de acordo com os atributos de cada área. O Zoneamento Ambiental será definido por Lei e incorporado ao Plano Diretor, podendo o poder público alterar os limites das áreas, desde que ouvidos os conselhos de meio ambiente e planejamento. As zonas ambientais ficam classificadas como: Zonas de Unidades de Conservação (ZUC), áreas regulamentadas sob diversas categorias de manejo, Zonas de Proteção Ambiental (ZPA), áreas protegidas sob instrumentos legais diversos devido à existência de atributos ambientais, como remanescentes de mata atlântica, ou risco ambiental, Zonas de Proteção Paisagística (ZPP), Zonas de Recuperação Ambiental (ZRA) e Zonas de Controle Especial (ZCE).

O Código define os espaços territoriais ambientalmente protegidos e sujeitos ao regime jurídico especial, que serão delimitados pelo poder público municipal quando não definidos em lei. Estes espaços são as áreas de preservação permanente definidas pelo Código Florestal, as unidades de conservação, as áreas públicas e particulares com vegetação relevante ou florestadas, as várzeas com declividades entre 20% a 35% e amplitudes entre 65 e 70 metros e os corpos d’água superficiais ou subterrâneos, reconhecidos e regulamentados por ato do poder público.

No momento, o Código Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental está em processo de regulamentação.

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V OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO

O artigo 12 do Projeto de Lei do Plano Diretor, ao apontar as Diretrizes Estratégicas de Desenvolvimento e de Ordenamento da Expansão Urbana do Município de Itaquaquecetuba, enuncia os objetivos de desenvolvimento:

Ampliação e diversificação da base econômica do Município, de forma a assegurar os meios e recursos próprios para apoiar os esforços de expansão das oportunidades e de constante melhoria dos níveis de qualidade de vida da comunidade.

Ampliação da oferta de postos de trabalho no Município, de modo a expandir as oportunidades de realização pessoal e profissional dos cidadãos, em sua própria cidade, e ensejar sua valorização e a melhoria da auto-estima de seus moradores.

Qualificação de recursos humanos, instrumento indispensável e estratégico para o desenvolvimento, devido à importância do conhecimento para a promoção da produção, das relações sociais, do comportamento e dos valores dos indivíduos e da prevenção da criminalidade.

Investimento no prestígio da cidade e no desenvolvimento da auto-estima de seus cidadãos, mediante a realização de esforços concentrados no âmbito do lazer, recreação, esportes, cultura e turismo, além da qualificação de espaços públicos e da valorização humana.

Melhoria dos padrões de desempenho dos sistemas públicos de atendimento social, tais como: assistência e promoção social, educação, saúde, cultura, lazer, recreação, esportes, segurança pública, defesa civil e transportes coletivos.

Integração física e socioeconômica dos diversos assentamentos urbanizados, atualmente entremeados por áreas de preservação ambiental, de exploração agrícola e outras coberturas vegetais, objetivando o melhor aproveitamento dessa peculiaridade físico-ambiental.

Delimitação das zonas de uso e ocupação do solo no território municipal, de modo a garantir os melhores níveis de segurança e salubridade dos assentamentos e a adequada proteção e conservação do patrimônio ambiental.

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VI POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO GLOBAL

O capítulo III, Alternativas e Perspectivas para o Município, expõe a política de desenvolvimento global que conduziu à definição das Diretrizes Estratégicas de Desenvolvimento enunciadas no título II do Projeto de Lei.

Com relação à base econômica, vale destacar alguns aspectos relevantes. O setor industrial tem uma característica principal que é a predominância de pequenas e médias unidades que utilizam tecnologias tradicionais. As atividades comerciais são caracterizadas como típicas de uma cidade de baixa renda, o que define o comércio como de atendimento exclusivamente local.

Em ambos os casos, são atividades cujo crescimento é lento e, por tal motivo, não absorvem significativa mão-de-obra.

Outro aspecto refere-se a uma tendência que se observa: devido a sua localização privilegiada no eixo da Rodovia Ayrton Senna, que vincula o Município tanto à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), como à Região Metropolitana de Campinas (RMC) e ao Porto de Santos, Itaquaquecetuba apresenta um alto potencial de continuar abrigando atividades de serviços de logística. Já existem algumas empresas deste tipo que insinuam esta tendência que poderá transformar a base econômica do Município.

De fato, o eixo da Rodovia Ayrton Senna constitui um elemento de acessibilidade aos principais mercados consumidores do País e acesso ao principal porto de exportações internacionais. Entretanto, as atividades de logística exigem, além de uma boa localização, infra-estrutura adequada e disponibilidade de áreas, considerando que são atividades que demandam espaços grandes.

Ampliar e diversificar a base econômica, como apontado nas Diretrizes Estratégicas (título II do Projeto de Lei do Plano Diretor), exigirá da administração local aplicações na infra- estrutura que aumentem as externalidades positivas para aquele tipo de empreendimentos.

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VII PROPOSIÇÕES SETORIAIS E TEMÁTICAS

O Projeto de Lei do Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba, no seu título III, capítulos I a VI, artigos 13 a 52, aponta as diversas proposições setoriais e temáticas.

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VIII PROPOSIÇÕES ESPACIAIS

O Projeto de Lei do Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba, no seu título III,capítulo VII, artigos 53 a 72, indica as diversas proposições com relação ao uso e ocupação do solo.

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IX POLÍTICA HABITACIONAL

Condicionantes

Vale destacar alguns aspectos do fenômeno habitacional em Itaquaquecetuba: O município permanece com características de cidade-dormitório.

A sua população é, majoritariamente, de baixa renda: a maioria das pessoas empregadas está na classe de renda de até cinco salários mínimos.

A demanda por assentamentos residenciais privilegia as habitações uni-familiares, já que a população entende que garante, assim, a possibilidade de expandir a casa conforme as circunstâncias, livra-se dos compromissos financeiros condominiais e preserva o isolamento com relação aos vizinhos.

O contingente demográfico deverá crescer, na próxima década, mais de um terço do atual, passando dos 340 mil habitantes, computados em 2005, a 468 mil, em 2015.

A presente densidade demográfica bruta de 77 hab / hectare deverá sofrer algum crescimento nos próximos 10 anos, já que há espaço disponível nos atuais assentamentos para o abrigo de novas famílias.

Há motivos para crer que as estimativas de crescimento da população e de demanda por terrenos urbanizados deverão concretizar-se, posto que há importantes investimentos sendo efetuados ou previstos e que deverão acentuar as características de acessibilidade do Município.

Essas poucas peculiaridades permitem avaliar a relevância da questão habitacional em Itaquaquecetuba e justificam o estabelecimento de uma deliberada opção local para a construção do futuro.

O Sistema de Referências da Habitação

O atual sistema de referências para a questão habitacional começou a ser escrito na Constituição de 1988.

Ao lançar as bases para a construção de uma nova política urbana para o País, a Carta consagrou o conceito de função social da propriedade: de que ela deve garantir o pleno exercício do direito à cidade por todos os seus habitantes. Assim, ampliou o conceito de moradia, expandindo-o para além da edificação e abrangendo a infra-estrutura e os serviços urbanos necessários à garantia dos melhores padrões de qualidade de vida.

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Na seqüência, o Estatuto das Cidades regulamentou as ferramentas para implementar A opção local pelo direito à moradia essa política urbana e apontou o Plano Diretor como instrumento para afirmação da política municipal de desenvolvimento, a opção local pelo crescimento das atividades É nesse contexto descrito anteriormente que estão consideradas as diretrizes com econômico-sociais, pela melhoria de qualidade de vida e pela superação de injustiças relação à habitação no Município de Itaquaquecetuba. sociais. Elas pretendem que a política habitacional: constitua a expressão da opção local pelo atendimento dos direitos básicos dos Ao lado desses instrumentos, outros igualmente relevantes devem ser destacados pelo cidadãos à moradia, ambiente saudável e acesso e usufruto de serviços e suporte que representam para o estabelecimento das políticas habitacionais. Um deles é equipamentos urbanos; a Lei Federal nº. 11.124, de 16/06/2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS). vise o aumento da oferta de habitações de interesse social e do mercado popular;

O SNHIS reconhece que a população de baixa renda compõe a quase totalidade do seja adequada aos princípios estabelecidos no Sistema Nacional de Habitação de déficit habitacional do País e se propõe implementar políticas e programas que promovam Interesse Social; o acesso à moradia digna para essa população. seja debatida com os diferentes setores da sociedade, notadamente com os Mais do que isso, a citada lei federal instituiu o Fundo Nacional de Habitação de Interesse segmentos produtores da habitação de interesse social e com a população de baixa Social (FNHIS), que centraliza os recursos orçamentários dos Programas de Urbanização renda; de Assentamentos Subnormais e de Habitação de Interesse Social, inseridos no Sistema. contemple a criação de mecanismos que possibilitem os investimentos privados na Outro dispositivo é o que consta no Projeto de Lei Nº. 6.981/2006 aprovado pela construção, através de convênios com outras esferas de governo e parcerias com a Comissão de Desenvolvimento Urbano, da Câmara dos Deputados. Esse projeto visa iniciativa privada; assegurar, às famílias de baixa renda, assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social. inclua em seus programas, a gestão de risco, compreendendo-se aí a identificação, o controle, a minimização e a gestão de assentamentos em situações de risco de Ele propõe que famílias com renda mensal de até três salários mínimos, residentes em encostas e enchentes, que comprometam a vida e à saúde humana; áreas urbanas ou rurais, teriam o direito à assistência técnica gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social para sua própria moradia e assume o direito considere a necessidade da avaliação, nos esforços de gestão do risco de encosta e a essa assistência como parte integrante do direito social à moradia previsto pelo art. 6º, de enchente, a remoção do risco e/ou da família, as obras de drenagem, esgoto, da Constituição Federal. contenção, tratamento da área removida, previsão orçamentária, compatibilização com ações de regularização urbanística e fundiária e articulação orçamentária dos Embora ainda não incorporado à legislação federal, esse dispositivo tem o mérito de diferentes níveis de governo; acenar para a otimização e qualificação do uso e do aproveitamento racional do espaço edificado e de seu entorno e para a prevenção da ocupação de áreas de risco e de promova a regularização fundiária, jurídica, urbanística e ambiental dos interesse ambiental. assentamentos de maneira a assegurar o pleno acesso dos cidadãos à infra-estrutura urbana, aos equipamentos públicos e à rede de comércio e de serviços; Além desses instrumentos, cabe destacar, na esfera municipal, o constante na Lei Orgânica de Itaquaquecetuba, promulgada em 03/04/1990, na vigência, portanto, da garanta a proteção do meio ambiente, através da coibição da ocupação das, Áreas de Carta de 1988. Consta nessa Lei: Preservação Permanente (APPs), das áreas de risco e dos espaços destinados a bens no artigo 7º, inciso VII, que “compete ao Município, concorrentemente com a União e o de uso comum da população; Estado, promover programas de construção de moradias econômicas”; coiba a ocupação irregular e clandestina de áreas do território municipal, através de no art. 112, que “compete ao Município promover programas de construção de fiscalização pela Prefeitura com a parceria dos cidadãos; moradias populares, dando plenas condições de habitação e saneamento básico”. considere a necessidade de proteger, preservar, conservar e recuperar o meio ambiente e de garantir a sustentabilidade do desenvolvimento, através do disciplinamento do uso da água, do afastamento do esgoto, da disposição e

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reciclagem dos resíduos sólidos e da implantação e conservação de áreas permeáveis e verdes.

Além disso, as diretrizes com relação à habitação consideram a importância: da constituição do Fundo Municipal de Habitação como instrumento para a implementação da Política Municipal de Habitação, através de dotações do orçamento, recursos provenientes de empréstimo externos e internos para programas de habitação, contribuições de pessoas físicas ou jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais ou internacionais, outros recursos que lhe venham a ser destinados e outros fundos ou programas que venham a ser incorporados;

e da criação de um Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação, órgão gestor e deliberativo que deverá ser integrado por entidades públicas e privadas, assim como por segmentos da sociedade ligados à área de habitação e que deverá garantir a proporção de ¼ das vagas para os representantes dos movimentos populares, ao qual caberá gerir o Fundo Municipal de Habitação e promover a captação de recursos.

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X POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE

O quadro físico-ambiental

No território do Município de Itaquaquecetuba é possível distinguir: as áreas urbanizadas;

a Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê, onde ocorrem alguns assentamentos irregulares;

as Áreas de Preservação Permanente (APPs), conforme o Código Florestal, algumas delas igualmente ocupadas por assentamentos irregulares;

áreas de várzea e acidentadas que, embora eventualmente ocupadas, algumas irregularmente, são, pelas suas condições geotécnicas, impróprias para o assentamento;

áreas de exploração agrícola;

áreas de mineração e, notadamente, de extração de areia;

áreas de chácaras de lazer;

áreas de matas, capoeiras, reflorestadas ou outras, de cobertura vegetal.

Nesse contexto, conforme apontado anteriormente, ocorre que: predomina a população de baixa renda;

três quartos da população está em setores censitários considerados de média e alta vulnerabilidade social;

a distribuição dos assentamentos urbanizados no território se dá por núcleos, entremeados pelas áreas acima citadas de exploração agrícola, de proteção, de recreio ou de cobertura vegetal;

a tendência do crescimento demográfico indica que, em 10 anos, o contingente atual deverá crescer cerca de um terço;

as expectativas de crescimento demográfico deverão conduzir a que as áreas de exploração agrícola e de conservação venham a ser submetidas, nos próximos anos, a fortes pressões da urbanização;

a ocupação das áreas urbanizadas é marcada por diferentes fatores: enquanto a da área central deve muito à expansão de São Paulo, os assentamentos residenciais ao sul

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tem muito a ver com a de Mogi das Cruzes e os situados ao norte com as de Guarulhos e O Município de Itaquaquecetuba, reconhecendo a importância de todos os aspectos Arujá; acima elencados, assumiu, em 2005, dotar a comunidade de uma política municipal para as questões de meio ambiente. os assentamentos irregulares são numerosos e ocorrem em áreas públicas e privadas Assim, criou um instrumento específico para regular as ações do Poder Público e para e em áreas de proteção e de risco; orientar aquelas de todos os demais agentes com influência sobre o quadro ambiental, a saber: o setor privado, a sociedade civil organizada, os movimentos sociais e os cidadãos a demanda por habitações privilegia os assentamentos horizontais, o que mantém em geral. baixas as densidades de ocupação; Trata-se da Lei Complementar nº. 113, de 25/8/2005, que dispõe sobre a Política o abastecimento de água atende a cerca de três quartos da população e o Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental, aprovada pela Câmara Municipal e afastamento de esgotos alcança quase a metade dela; sancionada pelo Poder Executivo.

o tratamento de esgotos é ainda irrisório; Esse estatuto se apóia no sólido acervo de dispositivos constitucionais e legais que regem a matéria no País. E reconhece que a Lei Federal nº. 6.938/81, que dispôs sobre a os serviços de coleta de lixo alcançam a totalidade dos domicílios e as cerca de 200 Política Nacional do Meio Ambiente e o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), t/dia são dispostas em aterro no próprio Município que recebe, igualmente, resíduos tornou os municípios guardiões da qualidade do ar, da água, dos solos e subsolo, da sólidos de municípios do entorno; biodiversidade e dos ambientes construídos.

os grandes eixos rodo e ferroviários e os terminais intermodais promovem a circulação, na área urbana, de frotas de veículos de carga. Os principais instrumentos da política

uma parcela da rede viária não á pavimentada; No seu artigo 1º, a Lei Complementar nº. 113 expõe o objetivo geral: a “preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente, Tais são alguns dos fatores de pressão sobre o meio ambiente de Itaquaquecetuba e dos ecologicamente equilibrado, visando o desenvolvimento sustentável” do Município. Para municípios das vizinhanças. Eles não podem ser considerados isoladamente, já que o que organizar e coordenar as ações da política, a lei institui o Sistema Municipal de Meio ocorre ou se realiza à volta do Município interfere também no ar, na água e nos solos e Ambiente e Saneamento (SISMMAS). nas características da biodiversidade e dos assentamentos locais. Trata-se de um conjunto de agentes institucionais que devem integrar-se de modo Esses fatores de pressão determinam a qualidade atmosférica e hídrica, as condições de articulado e cooperativo para a formulação de políticas, definição de estratégias e erosão e escorregamento dos terrenos, de assoreamento de cursos d’água, de execução de ações de saneamento ambiental. Entre eles: contaminação dos solos, de conservação da cobertura vegetal e de diversidade das espécies silvestres aí presentes. “3.1 – SEMMAS - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Da mesma maneira, influenciam as condições de acesso da população aos recursos de Saneamento, a quem cabe implementar os objetivos e instrumentos lazer e recreação e condicionam a conservação dos patrimônios natural e construído. da Política. Grosso modo, compete à SEMMAS cumprir sete funções básicas: Da presença dessas circunstâncias resultam impactos na saúde da população, atribuíveis às poluições e contaminações, nos custos com saneamento, assistência social, defesa (1) Articular para a mobilização de agentes e recursos para a gestão civil, higienização e saúde pública, na desvalorização dos imóveis, nas perdas de sócioambiental e garantia da unidade de propósitos; atratividade urbana e nas de biodiversidade no município. (2) Educar: lançar mão dos recursos diversificados da comunicação social e da educação ambiental para disseminar a cultura da proteção, preservação, conservação e recuperação do meio ambiente; (3) Conhecer: coletar de dados e informações e construir o Itaquaquecetuba conta com política de meio ambiente conhecimento para subsidiar o processo decisório;

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(4) Normatizar: criar ou colecionar as normas, padrões, critérios e Espaços territoriais protegidos; parâmetros de qualidade ambiental, adequadas à realidade do município; Normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental; (5) Propor planos, programas e projetos articulados com órgãos da Prefeitura e outras instituições afins em favor do meio ambiente; Avaliação de impactos e licenciamento, monitoramento, fiscalização e auditoria ambientais; (6) Policiar: imbuída do poder de polícia administrativa, garantir a qualidade do meio ambiente, pelo licenciamento, fiscalização e Educação ambiental; controle de condutas, atividades e empreendimentos, potencial ou efetivamente causadores de impactos ambientais locais; e Benefícios e incentivos;

(7) Gerenciar a instituição, ou seja, assegurar o apoio administrativo Criação ou absorção e desenvolvimento de tecnologias. e financeiro necessário ao cumprimento de suas atribuições legais.

3.2 – Cogesai - Conselho de Gestão e Saneamento Ambiental de A adequação da estrutura administrativa Itaquaquecetuba. O Município de Itaquaquecetuba conta, portanto, com uma política e com os instrumentos A este Conselho compete estudar, propor, deliberar e fiscalizar a necessários para a implementação da proteção, preservação, conservação e recuperação implementação de diretrizes das políticas para o saneamento do meio ambiente. Resta adequar a estrutura administrativa e alocar os recursos para o ambiental e sobre o licenciamento de atividades potencialmente conveniente desempenho dessas funções. poluidoras, os recursos, as normas e os padrões.

3.3 - Outras Secretarias e autarquias municipais e organizações da sociedade civil, afins.

São igualmente previstas em Lei, como instrumentos da Política:

3.4 – Simicam - Sistema Municipal de Informações e Cadastros Ambientais.

Organizado, mantido e atualizado pela Secretaria é esta instituição que coleta dados e informações e constrói o conhecimento necessário para subsidiar o processo decisório.

3.5 – FUMMAS - Fundo Municipal de Meio Ambiente e Saneamento”.

Este, vinculado ao orçamento da Secretaria, tem por função concentrar recursos para os projetos de interesse ambiental.

Mais do que isso, a Lei Complementar n° 113 prevê o emprego de: Plano de Ação de Saneamento Ambiental do Município, bem como os programas e projetos realizados pelo Poder Público, em parceria com a iniciativa privada; Zoneamento Ambiental, Plano Diretor, Leis de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e demais instrumentos de controle do desenvolvimento urbano;

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XI POLÍTICA CULTURAL

Um sistema de referências

A Lei Orgânica do Município de Itaquaquecetuba, promulgada em 3 de Abril de 1990, estende-se pouco sobre a questão cultural.

Com efeito, a par de referências ao patrimônio apontadas nos art. 6º, 7º e 107º, consta o que estabelece o art. 152, a saber: “O Município garantirá a todos o acesso às fontes de cultura e apoiará a difusão de suas manifestações através de: • criação de espaços públicos devidamente equipados capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação de manifestações culturais;

• intercâmbio cultural com outros Municípios;

• instalação de bibliotecas e museus”.

Trata-se, de fato, de referências restritas se considerado o disposto na Constituição Federal. A Carta de 1988 e as emendas posteriormente efetuadas estabelecem: “Art. 215: O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão;

os modos de criar, fazer e viver;

as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

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os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, De um lado, há que se admitir a cultura no sentido antropológico de invenção coletiva de arqueológico, paleontológico, ecológico e científico”. símbolos, valores, idéias e comportamentos. Nessa perspectiva mais ampla, lazer, recreação, esportes, defesa dos direitos da pessoa humana, da fauna, da flora e do meio Nesse artigo 216, os parágrafos 1º ao 3º estabelecem: ambiente alinham-se com as questões de patrimônios histórico, artístico e arqueológico “§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá para constituir aspectos da expressão cultural local. e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas Assim considerada a cultura, previnem-se alguns riscos usuais na abordagem dessa de acautelamento e preservação. questão: de um lado, o da identificação de cultura com belas artes; e de outro, o risco da polarização entre o popular e de elite. Este, resultante da produção e consumo por § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da setores da população com maior escolaridade e aquele, da produção e consumo por documentação governamental e as providências para franquear sua parcelas menos favorecidas da comunidade e identificadas em geral, com o pequeno consulta a quantos dela necessitem. artesanato e com o folclore.

§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento Além disso, previne-se o risco de confundir a criação e fruição da expressão cultural da de bens e valores culturais”. comunidade com o acervo de produtos e padrões de comportamento disseminados pela mídia de massa. Com respeito aos “bens de natureza material e imaterial” a que se refere o artigo 216, há que se destacar esses conceitos, relevantes para o estabelecimento de uma política A cultura deve ser pensada como um direito do cidadão e a política cultural, a opção cultural. itaquaquecetubense pela cultura, como instrumento de exercício da cidadania.

Com efeito, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entende o patrimônio material (sob sua proteção) como dividido em bens imóveis, como os núcleos Os principais instrumentos da política urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, O objetivo geral da política cultural deve ser o de garantir o direito à fruição, à videográficos, fotográficos e cinematográficos. experimentação, à informação, à memória e à participação, por meio da criação e manutenção de: (i) ambientes públicos de cultura - bibliotecas, arquivos, museus e A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de escolas, bem como espaços informais de encontros das comunidades; (ii) canais de seu lado, define, como patrimônio cultural imaterial, as práticas, representações, formação - escolas e oficinas, seminários e cursos; (iii) instrumentos e oportunidades de expressões, conhecimentos e técnicas e também os instrumentos, objetos, artefatos e fruição e experimentação - eventos, exposições, espetáculos, bem como cursos, oficinas lugares que lhes são associados e as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os e seminários; (iv) conselhos e fóruns de participação nas decisões públicas sobre a indivíduos que se reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Estes cultura. bens imateriais são admitidos como transmitidos de geração em geração e, constantemente, recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de Para implementar a política, há que se contar com um conjunto de agentes institucionais sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e que devem integrar-se de modo articulado e cooperativo para a formulação de objetivos, continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à diretrizes e estratégias e para a execução das ações. Entre eles: criatividade humana. A Secretaria Municipal, à qual compete implementar os objetivos e instrumentos da política. Em princípio, esse órgão da administração municipal deve estar preparado para o desempenho de algumas funções básicas, a saber: Uma aproximação mais abrangente da questão cultural - Articular: utilizar os recursos da articulação política, institucional, técnica e financeira para garantir a unidade de propósitos e a mobilização de agentes e À , portanto, dessas referências conceituais e regulatórias colocadas e dos resultados recursos para identificar, preservar, promover, abrigar e disseminar a produção da leitura técnica, realizada para fins de elaboração do Plano Diretor Estratégico de cultural local. Itaquaquecetuba, e das reivindicações da comunidade local, impõe-se uma aproximação mais abrangente de fenômeno cultural nesse Município. - Gerir o patrimônio cultural: promover o adequado uso e ocupação dos bens imóveis, inclusive sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis,

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como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

- Acumular conhecimento: coletar dados e construir informações; desenvolver sistemas e criar e manter estruturas para o gerenciamento dos mesmos, tendo em vista subsidiar o processo decisório e conservar o testemunho das ações desenvolvidas na gestão cultural do Município.

- Propor: estabelecer planos, programas e projetos estratégicos e articular com órgãos da Prefeitura e outras instituições para identificar, preservar, promover, abrigar e disseminar a produção cultural local.

- Divulgar: utilizar os recursos diversificados da comunicação social e da educação para difundir o patrimônio cultural: o acervo de práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas e, também, os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados e as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos que se reconhecem como parte integrante do patrimônio cultural.

- Administrar e manter: assegurar os recursos administrativos e financeiros necessários ao cumprimento das atribuições legais, garantindo o provimento e a capacitação dos recursos humanos, suprimento dos recursos materiais inclusive financeiros e prestação de serviços de comunicações, transportes, limpeza, manutenção e segurança do patrimônio.

▪ Um Conselho Municipal de Cultura, composto por representantes do poder público e de entidades da sociedade civil, tais como: representativas de produtores culturais, entidades estudantis, sindicais de trabalhadores da área, empresários do setor, instituições com inserção em assuntos culturais, escolas, universidades e associações de moradores, entre outros. Teria como função estudar, propor, deliberar e fiscalizar a implementação de diretrizes das políticas, bem como estabelecer normas de convênios culturais e de financiamentos de projetos e empreendimentos.

▪ Um Centro Municipal de Informações e Documentação Cultural, organizado, mantido e atualizado pela Secretaria Municipal, para coletar dados e informações e construir o conhecimento necessário para subsidiar o processo decisório.

▪ Um Fundo Municipal de Cultura, vinculado ao orçamento da Secretaria Municipal, com a função de concentrar recursos para os projetos de interesse cultural.

▪ Outras Secretarias municipais e organizações da sociedade civil, afins.

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XII ORIENTAÇÕES

XII.1 Subdivisões Espaciais

As Pranchas A1 e A2 apresentam, respectivamente, as Macrozonas e as Subdivisões Espaciais a serem consideradas no presente Plano Diretor Estratégico, sendo que algumas dessas subdivisões são existentes e ficam mantidas com sua atual configuração e outras decorrem das proposições emanadas dos estudos realizados no sentido das definições espaciais adotadas.

A Prancha A3 estabelece a divisão do Município em bairros, o que será de grande utilidade para o estabelecimento de políticas públicas setoriais, a organização territorial da sociedade civil, a legislação de uso e ocupação do solo a ser elaborada e mesmo, quando conveniente no futuro, a feitura de planos diretores de bairros.

Entende-se como perímetro urbano do Município de Itaquaquecetuba abrange toda a área do território municipal, conforme descrito na Lei nº. 700, de 23 de fevereiro de 1979.

As Zonas Especiais de Produção Agrícola (ZEPAG) são propostas no sentido de configurar as porções rurais do Município.

Quanto ao macrozoneamento, o território do Município fica dividido em duas macrozonas, que se complementam e estão delimitadas no Mapa A1, a saber: Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana; Macrozona de Proteção Ambiental.

A Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, em face de suas características físico-ambientais, apresenta diferentes graus de consolidação e qualificação e objetiva orientar o desenvolvimento urbano da cidade. Ela fica dividida em quatro macroáreas delimitadas na Prancha A2 e compreende também seis zonas de uso, a saber: Macroáreas: Macroárea de Reestruturação e Requalificação Urbana: formada por áreas que apresentam boa infra-estrutura urbana e que concentram os melhores níveis de emprego.

Macroárea de Urbanização Consolidada: formada por áreas ocupadas por condomínios residenciais já consolidados.

Macroárea de Urbanização e Qualificação: formada por áreas ocupadas predominantemente por população de baixa renda, com alta concentração de loteamentos irregulares e favelas.

Macroárea de Urbanização em Consolidação: formada por áreas remanescentes do território municipal. Zonas de uso:

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Zona Urbana Consolidada (ZUR): são áreas centrais do Município onde se deu o Zona do Parque Ecológico Municipal - ZPE: área de preservação permanente início da urbanização, atualmente atendidas com boa infra-estrutura urbana. instituída pelo Poder Público Municipal.

Zona Exclusivamente Residencial - ZER: são porções do território municipal Áreas de Preservação Permanente - APP: áreas destinadas à preservação ocupadas por condomínios residenciais. permanente, notadamente para recuperação da vegetação ciliar, situadas ao longo dos rios, lagoas, lagos, reservatórios de águas naturais ou artificiais e nascentes, conforme Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e estabelecidas na Lei Federal nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal). Cultural - ZEPAC: são porções do território municipal destinadas à preservação, recuperação e manutenção do patrimônio histórico, artístico e arqueológico e deverão ser Zona Especial de Produção Agrícola - ZEPAG: são porções do território municipal objeto de um plano urbanístico específico, instituído por lei. em que a permanência de atividades agrícolas ou de reflorestamento é considerada de interesse público. Zonas de Uso Predominantemente Industrial - ZUPI 1: são aquelas que foram criadas por força do disposto no inciso II, do art. 6º, da Lei Estadual n° 1.817, de 27 de Com base nos instrumentos estabelecidos no Estatuto das Cidades ficam criadas as outubro de 1978, alterada pela Lei Estadual nº 11.243, de 10 outubro de 2002. Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, subdivididas, para os efeitos deste Plano Diretor Estratégico, em ZEIS 1, ZEIS 2 e ZEIS 3, com as características a seguir: Zona de Uso Predominantemente Industrial - ZUP 2: são aquelas que foram ZEIS 1: são áreas ou porções do território destinadas à recuperação urbanística, criadas por força do disposto no inciso II, do art. 6º, da Lei Estadual n° 1.817, de 27 de regularização fundiária, produção e manutenção de habitações de interesse social. outubro de 1978, alterada pela Lei Estadual nº 11.243, de 10 outubro de 2002. ZEIS 2: são áreas vagas ou porções do território destinadas à implantação de Zona de Uso Industrial Diversificado - ZUDI: são aquelas constituídas por programas habitacionais de interesse social, que deverão ser urbanizadas e dotadas de loteamentos industriais e áreas de uso predominantemente industrial. equipamentos públicos.

Quanto à Macrozona de Proteção Ambiental, em face de suas características físico- ZEIS 3: caracterizam-se por áreas públicas e particulares, ocupadas irregularmente e ambientais, apresenta diferentes condições de preservação do meio ambiente e objetiva situadas na Área de Proteção Ambiental do Rio Tietê e em Área de Preservação orientar os objetivos a serem atingidos, conforme os diversos graus de proteção. Ela fica Permanente. dividida em duas macroáreas delimitadas na Prancha A2 e zonas de uso: Macroáreas: As ZEIS 1, ZEIS 2 e ZEIS 3 compreendem, respectivamente, as áreas indicadas na Macroárea de Proteção Integral: formada por áreas integrantes da Área de Proteção Prancha A2 e relacionadas no Anexo 1, Capítulo IV, Item 5. Ambiental do Rio Tietê em sua Zona do Cinturão Meândrico.

Macroárea de Uso Sustentável: formada pelas áreas restantes Área de Proteção XII.2 Legislação de Uso e Ocupação do Solo Ambiental do Tietê. A questão do ordenamento territorial do Município passa, necessariamente, pelo Zonas de Uso: imperativo do estabelecimento da Legislação de Uso e Ocupação do Solo, com base nas Zona de Uso Controlado - ZUC: abrange as porções territoriais da Área de Proteção diretrizes propostas neste Plano Diretor. Após sua promulgação, recomenda-se a Ambiental do Rio Tietê, externas à Zona de Cinturão Meândrico, cuja função básica é de elaboração da legislação supra citada, para a qual se indica a observância das compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos proposições contidas no Quadro 24 . naturais existentes, nas quais são permitidos usos econômicos, tais como: agricultura, turismo e lazer, parcelamentos destinados às chácaras, atividades voltadas à logística e à produção, desde que compatíveis com o ecossistema local.

Zona de Uso Sustentável - ZUS: abrange as porções territoriais à leste do Município que apresentam remanescentes de vegetação significativa e relevo acentuado, impróprias ao adensamento urbano, nas quais são permitidos usos econômicos, tais como: agricultura, turismo, lazer e parcelamento destinado às chácaras.

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Quadro 24 Município de Itaquaquecetuba Parâmetros de uso e ocupação do solo Macrozonas, Zonas e Áreas Lote Mínimo (m2) Coeficiente de Aproveitamento Taxa de Permeabilidade Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana MUC - Macroárea de Urbanização em Consolidação 150 1,0 0,1 ZUR - Zona Urbana Consolidada 150 1,0 a 2,5 0,1 ZER - Zona Exclusivamente Residencial 250 1,0 0,1 ZEPAC - Zona de Preservação do Patrimônio Lei Municipal Específica ZUPI 1 - Zona de Uso Predominantemente Industrial Leis Estaduais 1.817/78 e 11.243/02 ZUPI 2 - Zona de Uso Predominantemente Industrial Leis Estaduais 1.898/78 e 11.243/02 ZUDI - Zona de Uso Industrial Diversificado 500 1,0 0,1 Macrozona de Proteção Ambiental MPI - Macroárea de Proteção Integral Legislação Estadual MUS - Macroárea de Uso Sustentável 500 0,8 0,2 ZUC - Zona de Uso Controlado 500 0,8 0,2 ZUS - Zona de Uso Sustentável 500 0,8 0,3 PEM - Parque Ecológico Municipal Lei Municipal Específica - Plano de Manejo APP - Área de Preservação Permanente Lei Federal 4.771/65 ZEPAG - Zona Especial de Produção Agrícola Lei Municipal Específica ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social Lei Municipal Específica Elaboração: Emplasa - Coordenadoria de Projetos Regionais - 2006.

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XII.3 Projetos Urbanísticos art. 34, incisos: VII e VIII; art. 35, inciso III; Elaboração de plano urbanístico específico, instituído por lei, para a Zona Especial de art. 36, incisos: I e II; Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Cultural (ZEPAC), tendo art. 37, § 3º e §4º; em vista a preservação, recuperação e manutenção do patrimônio histórico, artístico e art. 38, Parágrafo único, incisos: I, II, III, IV (a, b, c, d) V e VI; arqueológico (art.14, inciso VI). art. 39, inciso XIV (a, b, c, d, e, f, g) XV; XVI, XVIII, XIX (a, b, c); art. 44, inciso V; art. 47, incisos: V, VI e VII; XII.4 Planos e Projetos Setoriais art. 52, inciso XIII; art. 72, inciso II; Conforme enunciados no Projeto de Lei: art. 73, inciso I; art. 18, inciso II; art. 74, incisos: III e V; art. 22; art. 80. art. 29; art. 34, inciso: I, II, III, IV, V, VI, VII, IX, XI, XII, XIII e XIV; Municípios da Sub-Região: art.35, incisos II e IV; Art.14, incisos: I e II; art.39, incisos: I; VII (a, b, c, d, e, f) art. 39, inciso XVII; art. 44, inciso I; art. 47, incisos II e IX; art. 74, inciso V; art. 48, incisos: VIII e IX; art. 80. art. 52, incisos: III, IX, XI, XII e XIII. Iniciativa privada: Art. 14, inciso VII; XII.5 Gestões com Outros Poderes art. 21, inciso I; art. 35, inciso III; Cabe destacar que parte substancial da implantação das proposições contidas no Projeto art. 80. de Lei do presente Plano Diretor Estratégico dependerá de gestões a serem realizadas com outras esferas, a saber: União: XII.6 Processo de Planejamento Permanente - Montagem e Gestão Art.14, inciso II; art.15, Parágrafo único; Na elaboração do presente Plano, pode-se constatar que, apesar dos esforços art. 25, inciso VIII; empreendidos pela Prefeitura para ampliar a participação da comunidade neste processo, art. 28, inciso II; através da Oficina de Capacitação e das três Audiências Públicas realizadas, as práticas art. 39, inciso XV; de participação no planejamento municipal, que se constituem em princípio constitucional art. 44, inciso V; a ser obedecido, precisam ser, efetivamente, concretizadas. art. 72, inciso II; art. 74, inciso V; Considerando esta constatação, são indicadas as seguintes medidas estratégicas visando art. 80. a superação deste quadro: reforma da estrutura organizacional da Prefeitura, tendo em vista estabelecer os Estado: vínculos adequados entre cada Secretaria e a Secretaria de Planejamento; Art. 14, incisos: XI e XII; art.15, Parágrafo único; adequação desta estrutura, compreendendo locais adequados e suficientemente art. 21, incisos: I e VII; dimensionados para suas funções, provimento do pessoal qualificado na medida art. 23, inciso III (a, b, c, d) necessária, por meio do treinamento de profissionais e da informatização; art. 25, inciso VIII; art. 28, inciso II; art. 33, incisos: I e II (a, b, c, d, e, f, g)

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criação do Conselho do Plano Diretor, com representação da comunidade, previsto aquém do nível de engajamento necessário à plena implantação de um processo de neste Plano, que poderá ser desdobrado e ampliado no Conselho Consultivo do Plano, planejamento democrático e de caráter permanente, pelo que se pôde apurar durante o criado pelo Decreto Municipal n° 5.561, de 4 de outubro de 2005; desenvolvimento do presente trabalho.

montagem de um Sistema de Informações Municipal, no qual, além das informações Sendo assim, visando superar as dificuldades encontradas até o presente, e tendo em necessárias à imposição dos tributos municipais, sejam levantadas, processadas e vista a montagem e gestão do Processo de Planejamento Permanente de colocadas em formato de relatórios periódicos todas as informações necessárias ao Itaquaquecetuba, indicam-se as seguintes medidas complementares: planejamento local, devendo constituir-se numa unidade técnica vinculada ao Gabinete, implantação e operação permanente do Conselho do Plano Diretor, com ou, no caso desta opção resultar inviável, à unidade responsável pelo processo de representação da comunidade; planejamento de caráter permanente; criação do Cadastro Integrado de Informações para o Planejamento (CIP), no qual, formulação de uma programação estratégica de ação de planejamento, além das informações necessárias à imposição dos tributos municipais, sejam levantadas compreendendo o conjunto de medidas de implantação do Plano Diretor constante deste e processadas todas as informações necessárias ao planejamento local, com edição de Plano e as medidas de suportes administrativo, institucional e operacional e, relatórios periódicos; o CIP deverá operar como uma central de informações, com notadamente, elaboração da legislação de uso e ocupação do solo, dos códigos de produtos voltados à tributação, ao planejamento, à divulgação institucional e ao processo edificação e instalações, e de posturas municipais, a legislação referente às políticas superior de tomada de decisões, devendo constituir-se numa unidade técnica vinculada, propostas; estrategicamente, ao Gabinete, ou, no caso desta opção resultar inviável, à unidade de planejamento que cuidará da implantação do Plano Diretor. implementação, uma vez aprovada e promulgada a lei do Plano Diretor Estratégico de Itaquaquecetuba, de um programa de divulgação dos fundamentos técnicos, diretrizes e proposições, considerando os diversos públicos-alvos (comunidades de bairros, áreas técnicas/profissionais, lideranças locais, empresariado, estudantes, grupos de opinião, etc.).

Finalmente, cabe destacar que a expectativa presente, durante todo o processo de elaboração desta proposta de Plano Diretor Estratégico do Município de Itaquaquecetuba, é a de que ela saia do papel, após sua aprovação e promulgação, e venha a constituir-se, efetivamente, no instrumento básico da Política de Desenvolvimento Municipal, conforme preconiza a Lei Orgânica do Município de Itaquaquecetuba, atualizada em junho de 2000, em seu art. 106.

Para tanto, é fundamental que o Conselho do Plano Diretor tenha, de fato, uma representatividade expressiva e mantenha uma permanente articulação com a sociedade itaquaquecetubana, sem a qual não será possível alcançar-se o grau de maturidade social desejado, tendo em vista o objetivo maior que é o de garantir, a todos e a cada um dos cidadãos, o direito de participação nas decisões da municipalidade que afetam a vida e o bem-estar de toda a comunidade.

Como dado de partida, convém registrar que foram realizadas mais de 40 reuniões com as equipes técnicas da Prefeitura, algumas empresas e cidadãos, além dos levantamentos de campo, cujas informações foram registradas em súmulas de reunião constantes nos Relatórios Bimensais de Andamento (dias 3/4/06 e 8/5/06).

Foram, também, realizados três eventos de divulgação e participação, sendo uma Oficina de Capacitação (em 8/5/06) e duas Audiências Públicas (dias 03/4/06 e 08/5/06). Não obstante, a questão da participação da população, no planejamento municipal, está

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XIV EQUIPE TÉCNICA

Coordenadoria de Planos Regionais

Eumenes Teixeira de Oliveira Filho Michelin Ilyan Miguel Consultoria Externa Arquiteto e Urbanista – Coordenador e Gestor do Plano Arquiteta Henri Michel Lesbaupin Carlos Alberto Cedano Cabrejos Sania Cristina Baptista Arquiteto - Consultor Economista – Assessor da Diretoria Técnica Arquiteta Walter Antonio Bellato Humberto Carlos Parro Sueli Loschiavo da Silva Administrador – Consultor Assessor da Presidência Socióloga

Luiz José Pedretti Valdir Nogueira Advogado – Assessor da Diretoria Técnica Psicólogo Estagiários Claudia Helena Leite Wagmar Marques Arquiteta Geógrafa Pedro Cícero Reinaldo da Silva Arquitetura Eliane Descio Müller Waldemar de Lucca Filho Arquiteta Engenheiro Renata Ribeiro da Silva Administração Fátima Aparecida Campos Rauber Yone Moreira Fernandes Geógrafa Administradora Tiago Enrique Pereira de Arruda Arquitetura Heloísa Torres do Valle Geógrafa

Ivani Moreira Coordenadoria de Marketing e Comunicação Geógrafa Coordenação pela Prefeitura de Itaquaquecetuba Ricardo Ferreira Mattar José Paulo Torres Coordenador de Marketing e Comunicação João Campos Engenheiro e Advogado Engenheiro – Secretário de Planejamento Janice Yunes Lucia Teresa Faria Editora de Textos Arquiteta Janet Yunes Elias Fraiha Márcia Rodrigues Editora de Textos Engenheira Yuriko Osawa Bello Valente Maria Cristina Raduan Jornalista Socióloga Enéas Nucci Junior Maria Tereza Belda Projeto Gráfico Socióloga

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