Straightedge, Hardcore-Punk E DIY No Brasil

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Straightedge, Hardcore-Punk E DIY No Brasil UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS ESCOLA DE COMUNICAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO E CULTURA JHESSICA FRANCIELLI REIA STRAIGHTEDGE NO SÉCULO XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação Rio de Janeiro 2013 i Jhessica Francielli Reia STRAIGHTEDGE NO SÉCULO XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação e Cultura, Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na linha de Mídia e Mediações Socioculturais, como requisito para a obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Micael Herschmann Co-orientadora: Prof.ª Cintia SanMartin Fernandes Rio de Janeiro 2013 R347 Reia, JhessicaFrancielli Straightedge no século XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação / Jhessica Francielli Reia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2013. 279 f. Orientador: Profº. Drº. Micael Herschmann. Coorientadora: Profª. Drª Cintia San Martin Fernandes. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comuni- cação, 2013. 1. Comunicação e cultura. 2. Straightedge. 3. Contracultura. 4. Indústria da música. I. Herschmann, Micael. II. Fernandes, Cintia San Martin. III. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação. CDD: 302.2 iii Jhessica Francielli Reia STRAIGHTEDGE NO SÉCULO XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação e Cultura, Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na linha de Mídia e Mediações Socioculturais, como requisito para a obtenção do título de Mestre. Aprovada em _____________________________________________________________ Prof. Dr. Micael Herschmann, PPGCOM da UFRJ (Orientador) _____________________________________________________________ Prof.ª Cintia SanMartin Fernandes, PPGCOM da UERJ (Co-orientadora) _____________________________________________________________ Prof. Dr. Jeder Janotti Jr, PPGCOM da UFPE _____________________________________________________________ Prof. Dr. Felipe Trotta, PPGCOM da UFF _____________________________________________________________ Prof. Dr. Ronaldo Lemos, FGV Direito Rio iv À todos os jovens que acreditam no poder da contestação e lutam diariamente pela existência de um mundo menos hostil e mais cooperativo. v AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a todos que ajudaram essa pesquisa acontecer, seja conversando, indicando bandas ou me apresentando lugares e pessoas incríveis. Toda essa trajetória não teria sido possível sem o apoio e a paciência de André Mesquita, Daniela e Felipe Madureira, Xavero, Pedro Carvalho, Carol Mags, Marcelo Fonseca, Raphael e todos os demais envolvidos que disponibilizaram parte de seus dias para refletir comigo sobre diversos assuntos e fizeram com que me sentisse incluída. Tenho também de agradecer ao meu orientador Micael Herschmann, e à minha co- orientadora Cintia SanMartin Fernandes, pela ajuda e dedicação ao longo desse caminho. Agradeço imensamente ao Pedro Augusto, por todo amor e companheirismo – mesmo nos dias mais difíceis que surgiram nesse percurso até aqui. E também pelas longas noites de discussão, shows e risadas que fizeram parte desse trabalho. E mesmo longe, agradeço muito aos meus pais pelo amor incondicional ao longo desses anos, pelo apoio nos momentos de dúvida, pelos abraços durante as crises e por não me deixarem desistir. Agradeço aos amigos do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas, que sabem me mostrar que há esperanças de dias melhores, sempre. E aos amigos da Escola de Comunicação, por compartilharem as angústias e as alegrias desse caminho escolhido. Também ao Tarcísio, pelas horas de companhia e pelo enorme apoio que sempre me deu. Sou grata à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro pela bolsa concedida durante a realização dessa pesquisa. E por fim, não posso deixar de agradecer a todos os jovens que lutam diariamente por um mundo melhor, mais justo, mais acolhedor e menos desigual – e com isso me motivaram a fazer essa pesquisa. Admiro todos vocês que acreditam que resistência e cooperação criam novos meios de agir e nos levam a mover enormes barreiras. vi After all, if nothing gets challenged, nothing gets changed. Jon Savage The Internet allows DIY to range far beyond anyone's wildest dreams. Michael Azerrad The personal is political. vii RESUMO REIA, Jhessica Francielli. Straightedge no século XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação. Rio de Janeiro, 2013. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Cultura) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. O objetivo central desse trabalho é analisar a subcultura straightedge no século XXI, pós-difusão das novas tecnologias de informação e comunicação, e refletir sobre a importância das práticas do-it-yourself (faça-você-mesmo) na reconfiguração do que é pertencer ao universo independente hoje. A pesquisa tem como objeto de estudo a subcultura straightedge de São Paulo, que gira em torno da Verdurada e de seu Coletivo homônimo, estando inserida dentro da cena hardcore punk da capital paulista. Busca-se problematizar a sustentabilidade do DIY, tentando perceber até que ponto as novas tecnologias estão modificando a produção, a distribuição e o consumo de música dentre os straightedgers – principalmente através do barateamento de equipamentos e do acesso à Internet e suas plataformas. Além disso, procura-se mergulhar na subcultura para entender o que é ser straightedge atualmente, mais de três décadas após seu surgimento nos Estados Unidos, e como se dão as relações de identidade com os valores straightedge, com a ideia de resistência, com o engajamento político, com questões de gênero, com a busca pela autonomia na produção e distribuição musical, entre outros. Para isso, o caminho percorrido foi dividido em duas etapas: a primeira, de caráter teórico, consistiu em refletir sobre as transformações que o capitalismo vem passando e que levam à consolidação cada vez maior de uma sociedade em rede, analisando também os impactos que essas mudanças causam na indústria da música e no setor da produção musical dito independente. Também procurou-se refazer os passos da história e consolidação do straightedge no mundo e no Brasil, mostrando o surgimento e os valores agregados, desde a recusa ao consumo de álcool, drogas e tabaco, ao engajamento político e ao veganismo, por exemplo. A segunda parte do trabalho consistiu em uma pesquisa de campo feita durante dois anos no festival Verdurada e com os membros do Coletivo, frequentadores, integrantes de bandas e demais atores envolvidos com a subcultura e sua produção musical, tentando refazer a trajetória histórica, assim como entender o funcionamento e a contextualização desses festivais; foi dada ênfase à relação e influência das viii novas tecnologias na vida dessas pessoas, assim como as percepções que tem sobre temas recorrentes na indústria da música (como profissionalização, direitos autorais e pirataria), a fim de se observar o peso desses elementos na constituição da subcultura e na sua atual dinâmica. Palavras-chave: Verdurada; straightedge; novas tecnologias; indústria da música; do-it- yourself. ix ABSTRACT REIA, Jhessica Francielli. Straightedge no século XXI: articulações e tensões entre música, novas tecnologias da comunicação, autonomia e cooperação. Rio de Janeiro, 2013. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Cultura) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. The main goal of this research is to analyze the straightedge subculture in the XXI century, after the diffusion of new technologies of information and communication, as much as to reflect on the importance of do-it-yourself (DIY) practices in the reconfiguration of the ways to belong to the independent musical universe today. The research aims to study the straight edge subculture in Sao Paulo, which is directly related to the Verdurada festival and its organizing Collective – inserted into the city's hardcore punk scene. The aim is to problematize the sustainability of DIY, trying to realize in what extent new technologies are changing the production, distribution and consumption of music among straight edgers – mainly through the decreasing price of equipments and broader access to the Internet and its platforms. Furthermore, it is intended to dive into this subculture to understand what means to be a straight edge today for these people involved with the Verdurada – since it emerged more than three decades ago in the United States – and how this relates to identity issues, straight edge values, the idea of resistance, political engagement, gender issues, the quest for autonomy in music production and distribution, etc. Thereunto, the work was divided into two parts: the first is a theoretical approach that reflects about the undergoing changes in capitalism that leads to an expansion of a networked society; it also analyzes the impacts that these changes caused in the music industry and in the independent music production. Likewise, the history of the straight edge subculture was studied, as much as its consolidation phases around the world and in Brazil, showing
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