Presidencialismo No Brasil: História, Organização E Funcionamento / João Paulo M
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PRESIDENCIALISMO no BRASIL HISTÓRIA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO JOÃO PAULO M. PEIXOTO ORGANIZADOR PRESIDENCIALISMO no BRASIL HISTÓRIA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO PRESIDENCIALISMO no BRASIL HISTÓRIA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO JOÃO PAULO M. PEIXOTO ORGANIZADOR Edição do Senado Federal Diretora-Geral: Ilana Trombka Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga Produzida na Coordenação de Edições Técnicas Coordenadora: Anna Maria de Lucena Rodrigues Organizador: João Paulo M. Peixoto Revisão: Kilpatrick Müller Bernardo Campelo Ficha catalográfica: Bianca Rossi Capa e projeto gráfico: Ana Farias Fotos do anexo fotográfico: Orlando Brito Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento / João Paulo M. Peixoto (organizador). – Brasília : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015. 304 p. Conteúdo: Biografia dos autores – Anexo fotográfico. ISBN: 978-85-7018-675-1 1. Regimes de governo, presidencialismo, Brasil. 2. Presidencialismo, história. 3. Presidencialismo, organização. I. Peixoto, João Paulo M. CDDir 341.233 Coordenação de Edições Técnicas Via N2, Secretaria de Editoração e Publicações, Bloco 2, 1o Pavimento CEP: 70165-900 – Brasília, DF E-mail: [email protected] Alô Senado: 0800 61 2211 DEDICATÓRIA Para Francisco João Machado Peixoto (in memoriam) Para Luana, Joana e Olívia AGRADECIMENTOS Um livro é uma obra coletiva, na medida em que o organizador e os autores recebem muito apoio até a sua edição final. Com este volume não foi diferente. Meus agradecimentos vão, portanto, em primeiro lugar, aos ilustres colegas Antonio Lassance, Lúcio Rennó, Paulo Roberto de Almeida, Ted Goertzel, Guy Burton, Eiiti Sato e A.C. Pojo do Rego, in memoriam, todos companheiros de jornadas acadêmicas recentes em congressos nacionais e internacionais, que prontamente concordaram em escrever os capítulos que compõem esta obra. A nós juntou-se mais um companheiro que aceitou o convite para prefaciar o trabalho. Refiro-me ao professor Antonio Paim, e a ele vai um agradecimento caloroso. Agradeço especialmente ao Dr. Florian Madruga, diretor da Secretaria de Publicações e Editoração do Senado Federal, que, ao tomar conhecimento do projeto, prontificou-se a viabilizá-lo de imediato. Como também a Anna Maria Lucena, coordenadora das Edições Técnicas, a Raphael Melleiro, chefe imediato do setor, por sua intermediação diligente de todos os serviços envolvidos na produção da obra. Agradeço ainda a Kilpatrick Campelo, revisor dedicado e competente e a Ana Farias, responsável pela capa e pelo projeto gráfico. Por fim, ao repórter fotográfico, Orlando Brito, cujo profissionalismo dispensa comentários. A todos meu reconhecimento e gratidão. A Timothy Power, a quem coube a iniciativa de sugerir e incentivar o organizador para que se voltasse aos estudos presidencialistas no Brasil, o que veio a culminar com a organização deste livro. Aos amigos e colegas que pacientemente leram os originais do meu capítulo e, como não podia deixar de ser, aos entrevistados que gentilmente cederam parte do seu tempo para conversar sobre o tema com o organizador. Finalmente, à minha família, sempre presente em todos os momentos. PREFÁCIO O tema do presente livro – Presidencialismo no Brasil – é cen- tral tanto na historiografia brasileira, em geral, como no estudo do nosso pensamento político, em particular. Nos primórdios da discus- são do contratualismo, mal saídos do governo de Pombal e ainda sob a Viradeira de D. Maria I, Pascoal José de Mello Freire (1738/1798) dizia que em Portugal não havia o menor sentido a suposição de que haveria qualquer espécie de pacto entre o Rei e a sociedade, porquanto o primeiro não só precede à segunda, como esta última não existiria sem que tal acordo tivesse ocorrido. A existência de uma estrutura de comando centralizadora do processo de organização política estabe- lece desde logo a diferença entre a colonização do Brasil daquela de que resultariam os Estados Unidos. João Paulo M. Peixoto emprestou grande parte de seus esforços, dedicação e talento às atividades docentes na Universidade de Brasília e dedicou grande parte da sua carreira acadêmica ao tema explorado neste livro. O texto que, nesta oportunidade, oferece ao leitor estabelece o imprescindível pano de fundo tanto com relação à personalidade dos Presidentes da República no ciclo recente, desde os governos militares, quanto com relação à maneira como exerceram seus mandatos. A par disto, o modo como planejou esta obra situa de pronto os aspectos essen- ciais da questão, como procurarei evidenciar nas breves notas a seguir. A experiência desse ciclo de nossa vida política posterior à abertura de 1985 e, em especial, à prática legislativa subsequente à Constituição de 1988, mereceu a denominação de presidencialismo de coalizão, em decorrência, sobretudo, da proliferação de partidos polí- ticos com representação no Congresso. Muito oportunamente, João Paulo M. Peixoto incluiu nesta coletânea uma abordagem de um texto clássico que, de forma alguma, pode cair no esquecimento por se tra- tar de uma abordagem “definitiva” (naturalmente sem absolutismos, inadmissíveis na Ciência Política). Trata-se de um dos grandes lega- dos de Antonio Carlos Pojo do Rego (1947/2007), que dedicou 35 anos de sua carreira profissional ao estudo das relações entre Executivo e Legislativo no Brasil. Ninguém melhor do que ele para melhor explicar uma primeira conceituação desse fenômeno que, a rigor, não deixa de suscitar certa perplexidade, dado seu caráter inusitado. Segue-se o tema do poder de que, de fato, dispõem os Presidentes da República em nosso país. Ninguém melhor para abordá-lo do que Antonio Lassance, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), onde coordena a área de pesquisa sobre instituições políticas. Entre as suas contribuições precedentes, destaca-se o estudo comparado das Presidências de Campos Salles (o segundo Presidente civil do novo regime, justamente aquele que concebeu o sistema implantado na República Velha, conhecido como “política dos gover- nadores”) e Getúlio Vargas, figura polarizadora no pós-30, a ponto de que muitos estudiosos concordem em batizá-lo de Era Vargas. Trata-se de período em que se iniciou, de forma induzida pelo Estado, o ciclo de nossa Revolução Industrial, situado entre 1930 e início da década de noventa, quando se empreendem os primeiros passos na tentativa de eliminação do modelo autárquico em que se baseou. Ao brasilianista Ted Goertzel, professor da Reutgers University e autor de livros sobre os Presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – além de outros escritos dedicados à nossa história política –, coube a incumbência de efetuar, juntamente com outro brasi- lianista, Guy Burton, professor da Universidade de Nottingham (Campus da Malásia), também autor de artigos relacionados com a política lati- no-americana em geral e a brasileira em particular, um confronto entre os dois tipos de liderança que exercem os Presidentes da República no Brasil e nos Estados Unidos. Esse confronto é bastante esclarecedor da singularidade de nosso presidencialismo. Registro aqui que, por vezes, recorre-se ao argumento de que o Brasil seria um “país novo”, para expli- car a nossa incapacidade de inserção no grupo de países desenvolvidos, esquecidos de que, no século XVII, o Brasil era mais rico do que o con- junto das colônias estabelecidas pelos ingleses na América do Norte (no período anterior, portanto, à sua unificação nacional). O diplomata Paulo Roberto de Almeida, autor de vários livros sobre diplomacia e relações internacionais, publicados tanto no Brasil como no exterior, registra uma grande presença nos círculos acadêmi- cos. Nesta obra, ele levou a excelente termo uma valiosa avaliação do empenho brasileiro em exercitar uma espécie de liderança de âmbito mundial. Lúcio Rennó, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, com ênfase em política comparada, traz um estudo inédito no Brasil sobre a Presidência da República. O texto pro- põe uma estrutura analítica para uma nova agenda de pesquisa sobre a Presidência em perspectiva comparada. Perfaz, inicialmente, uma aná- lise, de caráter mais abrangente, acerca de organização política, a con- siderar as perspectivas teóricas; para, em seguida, afunilar a discussão para a análise da Presidência na América Latina e, por fim, no Brasil. Encerra a coletânea o ensaio de Eiiti Sato sobre diplomacia pre- sidencial, questão de cujo caráter controverso nem sempre nos damos conta. Assim, imprime uma análise diferente da relevância positiva que, em geral, lhe é atribuída. Eiiti Sato dirigiu durante vários anos o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e tem desenvolvido uma grande atividade na organização do ensino da dis- ciplina em outras universidades. Em sua profícua atividade acadêmica, tem dado ampla comprovação do entendimento da função formativa da Universidade em lugar de reduzi-la a um centro de estrita formação profissional, modelo da preferência de nossas autoridades educacio- nais. Assim, em primeira mão, define as relações entre as caracterís- ticas gerais do exercício da diplomacia em confronto com as relações internacionais em um cenário de globalização; para, ao final, discutir os efeitos da atuação dos Presidentes brasileiros para a configuração do perfil de política externa brasileira. De minha parte, acho que a onipotência e a onisciência assumi- das pelo Primeiro Mandatário,