PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS

Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS

DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS, AMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE BARREIRINHAS - MA

São Luís 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS

Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS

DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS, AMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE BARREIRINHAS - MA

Diagnóstico dos aspectos socioeconômicos, culturais, ambientais e de infraestrutura do município de Barreirinhas – MA apresentado ao Comitê Coordenador para subsidiar as ações de planejamento e elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.

São Luís 2014

Prefeitura Municipal de Barreirinhas Endereço do contratante: Rua Joaquim Soeiro de Carvalho, s/n – Centro Barreirinhas MA Brasil CEP 65590-000

Gestão Ambiental Projetos e Consultoria Endereço da contratada: Rua Maria Pandu, 8 - Olho de Porco Raposa/MA CEP 65138-000

Barreirinhas. Prefeitura Municipal de Barreirinhas. Secretaria Municipal de Saúde.

Diagnóstico dos aspectos socioeconômicos, culturais, ambientais e de infraestrutura do município de Barreirinhas - MA / Secretaria Municipal de Saúde. – Barreirinhas, MA: Prefeitura Municipal de Barreirinhas, 2014.

213 f. : il.

1. Política 2. Planejamento urbano 3. Saneamento I. Título

CDU 332.021:628(036)

EQUIPE TÉCNICA

José Pereira de |Alencar Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria Anderson Pires Ferreira Biólogo, Mestre em Biodiversidade e Especialista em Gestão Ambiental Telma Costa Thomé Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico José Renato Marques Borralho Junior Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos Biólogo, PhD em Ciências Ambientais Valéria Galdino Silva e Silva Engenheira Ambiental Marcelo H. B. Costa de Alencar Engenheiro Civil, Mestre em Saúde e Ambiente Yury Maciel Couto Engenheiro Ambiental Samme Sraya Oliveira Santos Produtora de Eventos

LISTA DE FIGURA

Figura 1 - Cais da Beira-rio de Barreirinhas ...... 19 Figura 2 - Foto aérea do Rio Preguiças no Centro de Barreirinhas ...... 20 Figura 3 - Centro de Barreirinhas ...... 20 Figura 4 - Principal via de acesso a Barreirinhas, MA ...... 21 Figura 5 - Dados básicos ...... 22 Figura 6 - Área do Município de Barreirinhas – MA ...... 23 Figura 7 - Precipitação média anual (mm) ...... 25 Figura 8 - Temperatura máxima do ar anual ...... 27 Figura 9 - Temperatura máxima do ar anual ...... 28 Figura 10 - Temperatura média do ar anual ...... 29 Figura 11 - Umidade relativa do ar anual...... 30 Figura 12 - Evolução populacional de 1991 a 2010 ...... 32 Figura 13 - Pirâmide Etária de Barreirinhas...... 33 Figura 14 - Estabelecimentos de saúde em Barreirinhas ...... 34 Figura 15 - Hospital Geral de Barreirinhas ...... 35 Figura 16 - Hospital São Lucas ...... 35 Figura 17 - Ambulância fluvial no Rio Preguiças, Barreirinhas – MA ...... 36 Figura 18 - Unidade Integrada inaugurada em 2014, no centro de Barreirinhas ...... 45 Figura 19 - Biblioteca Farol da Educação ...... 45 Figura 20 - 5ª Guarnição de Salva-vidas do Corpo de Bombeiros em Barreirinhas ...... 49 Figura 21 - “Ambulancha” do Corpo de Bombeiros de Barreirinhas ...... 49 Figura 22 - Igreja Católica Matriz de Barreirinhas ...... 65 Figura 23 - Quadra Poliesportiva de Barreirinhas ...... 66 Figura 24 - Casa da Justiça em Barreirinhas – MA ...... 66 Figura 25 - Agência bancária em Barreirinhas – MA ...... 67 Figura 26 - Rodovia asfaltada MA-225 e entrada do município de Barreirinhas ...... 67 Figura 27 - Câmara Municipal de Barreirinhas ...... 68 Figura 28 - Aeroporto de Barreirinhas – MA ...... 69 Figura 29 - Balsa de Barreirinhas – MA ...... 70 Figura 30 - Mapa de pobreza e desigualdades dos municípios do Estado do Maranhão 93 Figura 31 - Seção geológica esquemática entre as cidades de Alcântara e Esperantina. 99

Figura 32 - Seção geosísmica na Bacia de Barreirinhas, mostrando falhas extensionais e compressionais na borda da plataforma, formando cinturão de dobramento em águas profundas ...... 101 Figura 33 - Mapa Exploratório-Reconhecimento de Solos do município de , MA ...... 103 Figura 34 - Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental (ANA) ...... 105 Figura 35 - Zoneamento Urbano de Barreirinhas MA ...... 111 Figura 36 - Bacias Hidrográficas do Maranhão ...... 116 Figura 37 - Geomorfologia do Maranhão ...... 117 Figura 38 - Cobertura vegetal do Maranhão ...... 118 Figura 39 - Geologia do Maranhão ...... 120 Figura 40 - Mapa Pedológico do Maranhão ...... 122 Figura 41 - Relevo do Maranhão ...... 123 Figura 42 - Disponibilidade Hídrica do Maranhão ...... 124 Figura 43 - Precipitação Anual Maranhão ...... 125 Figura 44 - Biomas do Maranhão ...... 126 Figura 45 - Localização do Lixão em relação ao Hospital Geral e ao Campus da IFMA...... 142 Figura 46 - Modelo de estação de tratamento de água simplificado usado pela Caema ...... 165

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - População por sexo na Zona Urbana e Rural ...... 31 Gráfico 2 - Número de casos de doenças transmissíveis por insetos, no período entre 2001 e 2010 ...... 37 Gráfico 3 - Número de imunizações ao longo de 10 anos...... 38 Gráfico 3 - Números de casos de AIDS entre o período de 1990 e 2010 ...... 41 Gráfico 4 - Número de escolas ...... 43 Gráfico 5 - Matrículas por nível escolar ...... 44 Gráfico 6 - Taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental entre o período de 1991 e 2010, no município de Barreirinhas ...... 46 Gráfico 7 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica nos anos de 2009 e 2011 ...... 47 Gráfico 8 - Índices gerais de competitividade turística ...... 50 Gráfico 9 - Procedência de turistas no feriado da Independência do Brasil em Setembro de 2009 ...... 51 Gráfico 10 - Tempo de Permanência dos turistas na cidade no Feriado de aniversário da Independência do Brasil em setembro de 2009 ...... 51 Gráfico 11 - Motivação da viagem dos turistas para Barreirinhas no Feriado de aniversário da Independência do Brasil, em setembro de 2009 ...... 52 Gráfico 12 - Hospedagem utilizada pelos turistas que foram a Barreirinhas no Feriado de aniversário da Independência do Brasil, em setembro de 2009 ...... 52 Gráfico 13 - Número de hospedagens na sede e principais pontos turísticos ...... 54 Gráfico 14 - Proporção de moradores a condição de ocupação nos anos de 1991 e 2010 ...... 62 Gráfico 15 - Percentual de moradores com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado nos anos de 1991 e 2010 ...... 63 Gráfico 16 - Frota de Barreirinhas em 2010 ...... 64 Gráfico 17 - Relação Despesas x Receitas orçamentárias...... 90 Gráfico 18 - Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência ...... 91 Gráfico 19 - Proporção de empregados formais e informais ...... 92 Gráfico 20 - Produto Interno Bruto por setor em Barreirinhas ...... 95 Gráfico 21 - Ligação dos domicílios à rede coletora ...... 136

Gráfico 22 - Domicílios que dispõem de banheiros...... 136 Gráfico 23 - Localização dos banheiros nos imóveis pesquisados ...... 137 Gráfico 24 - Destino do esgoto dos domicílios ...... 138 Gráfico 25 - Percepção da existência de odor de esgoto nas ruas ...... 138 Gráfico 26 - Destinação do lixo gerado nas residências ...... 147 Gráfico 27 - Ocorrência de limpeza nos logradouros da área urbana de Barreirinhas...... 148 Gráfico 28 - Caracterização gravimétrica dos resíduos em Barreirinhas/MA ...... 151 Gráfico 29 - Problemas nas ruas provenientes das chuvas ...... 162 Gráfico 30 - Abastecimento público de água ...... 167 Gráfico 31 - Tipos de abastecimento de água existente em município ...... 168 Gráfico 32 - Sistema utilizado para aferição de água consumida ...... 170 Gráfico 33 - Relatos de problema no abastecimento de água ...... 175 Gráfico 34 - Disponibilidade no abastecimento de água ...... 175 Gráfico 35 - Características da água ...... 176 Gráfico 36 - Características da água ...... 177

LISTA DE FOTOS

Foto 1 - Veículo de coleta em trânsito ...... 141 Foto 2 - Caminhão coletor inadequado para a função – risco de queda dos resíduos 141 Foto 3 - Caminhão de coleta com resíduos de poda ...... 142 Foto 4 - Caminhão compactador em coleta ...... 142 Foto 5 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 1...... 143 Foto 6 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 2...... 143 Foto 7 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 3...... 144 Foto 8 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 4...... 144 Foto 9 - Catador de material reciclável no lixão da cidade...... 145 Foto 10 - Equipe de catadores em atividade no lixão ...... 145 Foto 11 - Material reciclável segregado no lixão ...... 145 Foto 12 - Material reciclável acondicionado no lixão ...... 145 Foto 13 - Vista parcial de vala em lixão ...... 146 Foto 14 - Vala escavada em lixão ...... 146 Foto 15 - Vala em lixão – vista geral...... 146 Foto 16 - Vala em lixão – vista interna...... 146 Foto 17 - Caminhão coletando amostra para caracterização gravimétrica ...... 149 Foto 18 - Tambores metálicos utilizados para acondicionamento de resíduos ...... 149 Foto 19 - Caminhão basculante prestes a descarregar ...... 149 Foto 20 - Caminhão basculante prestes a descarregando ...... 149 Foto 21 - Quarteamento de resíduos – vista 1 ...... 151 Foto 22 - Quarteamento de resíduos – vista 2 ...... 151 Foto 23 - Quarteamento de resíduos – vista 3 ...... 152 Foto 24 - Pesagem dos tonéis com resíduos ...... 152 Foto 25 - R. S. Sebastião, Aeroporto, S02 45`22.1`` W042 49` 03,4`` Elevação: 3m ...... 159 Foto 26 - R. Sta. Luzia, Aeroporto, S02 45` 24,9`` W042 48` 57.4`` Elevação: 3m ...... 159 Foto 27 - R. S. Gonçalino, Santarem, S02 45` 32.7`` W042 48`53.6`` Elevação: 3m ...... 159 Foto 28 - R. Grajaú, Santarém, S02 45` 35.6`` W042 49` 06.4`` Elevação: 3m ...... 159

Foto 29 - R. Buriti, Riacho, S02 45` 35.6`` S042 49` 06.4`` Elevação: 3m ...... 160 Foto 30 - R. Indianápolis, Riacho, S02 45` 25.9`` W042 49` 07.9`` Elevação: 3m ...... 160 Foto 31 - R. projetado, Boa Fé, S02 45`31.2`` W042 49`09.4`` Elevação: 5m ..... 160 Foto 32 - Campo de futebol, S02 45`35.8`` W042 49`2.6`` Elevação: 3m ...... 160 Foto 33 - Av. Ribeirão, Cidade Nova, S02 46`30.6`` W042 50`16.0`` Elevação: 3m ...... 160 Foto 34 - Av. Elizeu, Cidade Nova, S02 46`36.3`` W042 50`18.8`` Elevação: 3m ...... 160 Foto 35 - R. Bom Jesus, Cidade Nova, S02 46`36.3`` W042 50`18.9`` Elevação: 3m ...... 161 Foto 36 - R. Bom Jesus, Cidade Nova, S02 46`36.4`` W042 50`19.9`` Elevação: 3m ...... 161 Foto 37 - Av. Domingos Dutra, Cidade Nova, S02 46`44.6`` W042 50`31.5`` Elevação 3m ...... 161 Foto 38 - Av. 23 de fevereiro, Cidade Nova, S02 45`50.8`` W 042 50`08.3`` Elevação: 3m ...... 161

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Aspectos negativos apontados pelos turistas que visitam Barreirinhas 57 Quadro 2 - Setorização do Município de Barreirinhas para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico ...... 80 Quadro 3 - Frequência de coleta por bairro em Barreirinhas/MA ...... 139 Quadro 4 - Viagens e horários de coleta ...... 141 Quadro 5 - Pesagem durante caracterização gravimétrica dos resíduos por dia ... 150 Quadro 6 - Caracterização gravimétrica dos resíduos ...... 150 Quadro 7 - Organismos presentes no lixo e seu tempo ...... 154 Quadro 8 - Sistema de abastecimento de água ...... 164 Quadro 9 - Cobertura dos serviços da CAEMA ...... 167 Quadro 10 - Índice de hidrometração ...... 169 Quadro 11 - Investimentos previstos ...... 170 Quadro 12 - Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano ...... 178 Quadro 13 - Apresentação quantitativa das análises exigidas pela Portaria nº 2.914 ...... 178 Quadro 14 - Lista parcial de parâmetros do padrão de aceitação para consumo humano ...... 180 Quadro 15 - Parâmetros para Água Superficial ...... 184 Quadro 16 - Classificação das Águas de Acordo com o Uso Preponderante, segundo a Resolução Conama nº. 357/05 ...... 185

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Indicadores de saúde – 2007 ...... 36 Tabela 2 - Imunizações ...... 38 Tabela 3 - Fecundidade das mulheres de Barreirinhas em 2010 ...... 39 Tabela 4 - Doenças infectocontagiosas ...... 40 Tabela 5 - Cobertura dos PACS e PSF de 2004 a 2009 ...... 42 Tabela 6 - Nível Educacional da População ...... 46 Tabela 7 - Produção Agrícola de Barreirinhas no ano de 2004 ...... 87 Tabela 8 - Produção Agrícola em 2006 ...... 88 Tabela 9 - Participação das atividades econômicas no Valor Adicionado da agropecuária, com destaque para Barreirinhas – 2006 ...... 89 Tabela 10 - Participação, por tipo de indústria, no Valor Adicionado da indústria, segundo os municípios, com destaque para Barreirinhas – 2006...... 89 Tabela 11 - Salário médio e estoque de emprego formal, por atividade, segundo os municípios da região dos Lençóis Maranhenses, com destaque para o município de Barreirinhas ‐2006 ...... 92 Tabela 12 - Trabalhadores por faixa de rendimento, em salário mínimo no ano de 2006 ...... 93 Tabela 13 - Evolução do PIB de Barreirinhas no período entre 2002 e 2006 ...... 94 Tabela 14 - IDH de Barreirinhas nos anos de 1991 e 2000...... 96 Tabela 15 - Vazão de Retirada por tipo de uso (m²/s) ...... 105 Tabela 16 - Índice de cobertura de esgotos em Barreirinhas/MA - REF: Dez/2013 .. 128 Tabela 17 - Distribuição da rede coletora de Barreirinhas por setor ...... 128 Tabela 18 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor ...... 129 Tabela 19 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor ...... 129 Tabela 20 - Ligações executadas de esgotos ...... 130 Tabela 21 - Índice de cobertura de esgotos em Barreirinhas/MA - REF: Dez/2013 .. 131 Tabela 22 - Distribuição da rede coletora de Barreirinhas por setor ...... 131 Tabela 23 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor ...... 132 Tabela 24 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor ...... 132 Tabela 25 - Ligações executadas de esgotos ...... 133 Tabela 26 - Máquina e equipamento de coleta ...... 140 Tabela 27 - Faturamento da CAEMA ...... 172

Tabela 28 - Perdas no sistema de abastecimento de água ...... 174 Tabela 29 - Tabela resumo dos parâmetros analisados e pontos de coleta d’água do monitoramento do Rio Preguiças – Município de Barreirinhas, Maranhão ...... 189

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...... 16 2 METODOLOGIA ...... 17 3 CARACTERIZAÇÃO GERAL...... 18 3.1 Histórico do município ...... 18 3.2 Localização geográfica ...... 21 3.3 Dados climatológicos ...... 23 3.3.1 Precipitação ...... 24 3.3.2 Ventos ...... 25 3.3.3 Temperatura do ar ...... 26 3.3.4 Umidade relativa do ar ...... 29 4 DENSIDADE DEMOGRÁFICA ...... 31 5 SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES ...... 34 5.1 Saúde ...... 34 5.2 Educação ...... 42 5.3 Segurança ...... 48 5.4 Turismo ...... 50 5.4.1 Alimentação ...... 53 5.4.2 Hospedagem ...... 53 5.4.3 Receptivo ...... 55 5.4.4 Locadoras de automóveis ...... 56 5.4.5 Demanda turística ...... 56 5.4.6 Atrativos turísticos ...... 57 6 INFRAESTRUTURA ...... 61 6.1 Acesso ...... 68 7 TRADIÇÃO, COSTUMES E CULTURA ...... 71 8 PRÁTICAS DE SAÚDE E SANEAMENTO ...... 73 9 RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS E O SANEAMENTO BÁSICO ...... 77 9.1 Doenças infecciosas relacionadas com a água ...... 77 9.2 Doenças infecciosas relacionadas com esgoto...... 78 9.3 Doenças infecciosas relacionas com o lixo ...... 79 10 DINÂMICA SOCIAL ...... 79

11 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ...... 84 12 ECONOMIA ...... 86 12.1 Emprego e renda ...... 90 12.2 Produto Interno Bruto – PIB ...... 94 12.3 Índice de Desenvolvimento Humano – IDH ...... 95 13 ASPECTOS AMBIENTAIS ...... 97 13.1 Meio físico...... 97 13.1.1 Geologia ...... 97 13.1.2 Pedologia ...... 101 13.1.3 Recursos hídricos ...... 103 13.1.3.1 Recursos hídricos superficiais ...... 103 13.1.3.2 Recursos hídricos subterrâneos ...... 106 13.2 Meio Biótico...... 107 13.2.1 Fitofisionomia ...... 107 14 PLANEJAMENTO URBANO E SITUAÇÃO FUNDIÁRIA ...... 111 15 CARTOGRAFIA ...... 116 16 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 127 16.1 Características do sistema de esgotamento sanitário ...... 127 16.2 Estação de tratamento de esgotos ...... 133 16.2.1 Tratamento preliminar ...... 133 16.2.2 Tratamento secundário ...... 134 16.2.3 Lagoa anaeróbia ...... 134 16.2.4 Lagoa facultativa ...... 134 16.2.5 Lagoa de maturação ...... 135 16.3 Resultado da pesquisa de campo ...... 135 17 RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 139 17.1 Varrição, manutenção de áreas verdes e terrenos ...... 154 18 DRENAGEM URBANA ...... 157 18.1 Características do sistema de drenagem urbana ...... 157 18.2 Sistema de microdrenagem ...... 158 18.3 Sistema de macrodrenagem ...... 161 18.4 Resultado da pesquisa de campo ...... 162 19 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 163 19.1 Histórico ...... 163

19.2 Características do sistema de abastecimento de água ...... 163 19.3 População atendida ...... 167 19.4 Situação do abastecimento de água de barreirinhas ...... 169 19.4.1 Índice de hidrometração ...... 169 19.5 Previsão de investimentos ...... 170 19.6 Análise financeira ...... 171 19.7 Avaliação dos índices de perdas no sistema de abastecimento de água 174 19.8 Problemas no abastecimento de água ...... 174 19.9 Outras verificações ...... 175 19.10 Parâmetro legal ...... 177 20 VISÃO INTEGRADA DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS ...... 183 20.1 Ações preventivas e corretivas a serem praticadas ...... 194 20.3 Princípios norteadores para elaboração de Projeto de Destinação Final de Resíduos e Instalação de Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos . 195 20.3.1 Aspectos gerais ...... 195 20.3.2 Identificação das áreas favoráveis para a disposição ...... 195 20.3.2.1 Aspecto político ...... 196 20.3.2.2 Aspecto econômico ...... 196 20.4 Modelo conceitual da dinâmica urbana de Barreirinhas ...... 198 20.4.1 Especificidades Municipais para Aperfeiçoamento de Modelo Conceitual da Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo de Barreirinhas ...... 198 21 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA GESTÃO INTEGRADA DE PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO EM BARREIRINHAS ..... 201 REFERÊNCIAS ...... 202 ANEXOS ...... 210

APRESENTAÇÃO

O relatório que apresentamos nesta oportunidade se refere ao produto II – Diagnóstico Técnico-Participativo dos Sistemas – parte integrante do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Barreirinhas, Maranhão. Nesta etapa, nos termos da Lei Federal 11.445/2007 e Lei Federal 12.305/2010, são realizadas todas as atividades necessárias à coleta e sistematização de dados primários e secundários que visam construir em conjunto com a sociedade mobilizada, o mais fidedigno perfil da situação socioeconômica, ambiental, de infraestrutura, perfil epidemiológico de saúde, além, naturalmente, dos eixos que compõem o referido plano: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, bem como o Manejo de Águas Pluviais e Drenagem.

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1 INTRODUÇÃO

O município de Barreirinhas, assim como todo o município do Maranhão e do Brasil deverão elaborar seus Planos de Saneamento Básico segundo determina a Lei de Saneamento, Nº 11.445/2007 que estabelece as diretrizes nacionais e Política Federal de Saneamento Básico. Na fase do Diagnóstico Técnico-Participativo dos Sistemas é que se aprofunda o diálogo entre a sociedade, os grupos de trabalhos, de coordenação e grupos de apoio, principalmente aqueles que possuem ações direcionadas ao serviço de saneamento básico, como a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e Secretaria de Obras e Serviços Públicos, com a finalidade de levantar informações para o Diagnóstico dos serviços públicos de saneamento municipal. Para elaboração dessa etapa, contamos com o representativo empenho do Comitê Executivo, criado pelo Decreto Municipal nº 011/2014, especialmente nos integrantes que lideraram as equipes treinadas pela Empresa GESTÃO AMBIENTAL para as pesquisas em campo e posterior debate com a sociedade civil em Conferência, conforme ata em anexo, que permitiu a efetiva integração entre o disposto nas diversas políticas públicas praticadas no município em interface com as reais condições do saneamento básico. Isso nos permite apresentar um diagnóstico técnico participativo em interação sistêmica com as demais áreas da estrutura pública municipal, especialmente saúde e educação, além do meio ambiente, considerado tema transversal na política de qualidade de vida que hora norteia a política pública de exercício de cidadania em todo mundo.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 17

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2 METODOLOGIA

O método utilizado partiu do levantamento de dados cadastrais da concessionária de água e esgoto, da realização de reuniões técnicas com a equipe da Prefeitura Municipal, da realização de pesquisas de campo para a atualização de informações e dados, associadas a reuniões com moradores e representantes. Na construção do perfil socioeconômico e ambiental utilizamos recursos de pesquisa de campo e pesquisa documental nos órgãos e entidades afins, principalmente as Secretarias Municipais. Os dados secundários foram obtidos por meio de fontes formais dos sistemas de informação disponíveis, principalmente de grandes entidades, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Caema e Ministério da Saúde.

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3 CARACTERIZAÇÃO GERAL

3.1 Histórico do município

A data em que ocorreu o desbravamento do território é desconhecida. Admite-se, porém, que a penetração se tenha realizado pelo rio Preguiças, em grande parte navegável, e por seus afluentes que permitem o tráfego de pequenas embarcações. A fixação do homem na região foi determinada pela fertilidade das margens do citado rio e de seus afluentes, pelas pastagens e campos apropriados à criação do gado, pela abundância de peixe nos rios e lagoas, e, pela amenidade do clima (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014b). A fertilidade destas terras fez com que fosse colonizada pelos portugueses no século XVI, que se dedicaram à pesca e à agricultura, especialmente à cana-de-açúcar. Foram bons momentos para a economia da população, construíram-se numerosas fazendas que se dedicaram a produção e exportação da cana-de-açúcar e a aguardente de cana. Devido à riqueza de toda a zona, no século XVII foram constantes os ataques de navegantes holandeses, ingleses e franceses, tentando conquistar estas terras. Há quem admita, também, que a construção de uma ponte em 1849, sobre o rio Mocambo, como parte de uma estrada que vinha da comarca de Campo Maior-PI à de - MA e desta à de Icatu-MA, contribuiu para o seu desbravamento. Em 1858, criou-se a Freguesia de Barreirinhas com territórios desmembrados de Tutóia, Brejo, Miritiba e São Bernardo. O Distrito de Barreirinhas foi criado em 14 de junho de 1871, pela Lei Provincial n° 951, e sua emancipação ocorreu em 29 de março de 1938, através da Lei n° 45, data em que se comemora o aniversário da cidade. A principal via de acesso era através do Rio Preguiças, por barcos à vela, que passavam vários dias para chegar à capital do estado do Maranhão (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014b). Na década de 70, a cidade experimenta o primeiro surto de mudanças sociais, provocadas, principalmente, pela descoberta do potencial petrolífero e gás do bloco de ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 19

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Barreirinhas. Considerado um primeiro surto de crescimento acelerado da cidade com o surgimento de bairros como Canequinho, Cebola e Aeroporto. Na década de 1990 surge um novo surto de crescimento através da ampla divulgação das belezas naturais da região, a exemplo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Caburé, Atins e Mandacaru. Diversos empreendimentos turísticos de pequeno, médio e grande porte se instalaram na cidade. Barreirinhas, outrora pacata e acolhedora, se transforma rapidamente em polo turístico de renome internacional. O crescimento acelerado do turismo trouxe em seu bojo novos desafios que se somam aos anteriores (PORTAL BARREIRINHAS, 2014). Contam os mais antigos moradores que o nome de Barreirinhas, teve sua origem devido às paredes de barro (argila) que existem às margens do Rio Preguiças, às vezes ladeadas por dunas de areia e que foram denominadas, popularmente, de “barreirinhas”, termo que já era utilizado na região no fim do século XVII, bem antes da criação do município. As figuras de 1 a 4 mostram imagens da cidade de Barreirinhas atualmente.

Figura 1 - Cais da Beira-rio de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014) ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 20

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Figura 2 - Foto aérea do Rio Preguiças no Centro de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

Figura 3 - Centro de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

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Figura 4 - Principal via de acesso a Barreirinhas, MA

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

3.2 Localização geográfica

O Município de Barreirinhas possui uma área de 3.111km2, com área urbana de aproximadamente, 1.097 hectares e a 253km da Capital São Luís (Figura 5). Situa-se na Mesorregião do Oeste Maranhense e na Microrregião da Baixada Oriental, localizado à margem direita do Rio Preguiças, limita-se ao Norte pelo Oceano Atlântico, a Oeste pelo Município de e Santo Amaro do Maranhão, a Leste com o município de Paulino Neves e ao Sul pelos municípios de , Santa Quitéria do Maranhão e São Bernardo (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014a). Por ter um vasto território, a sede municipal (Zona Urbana) chega a se distanciar até cerca de um raio de 62km da Zona Rural, que correspondem a horas de viagem com transporte rodoviário. Da mesma forma, a altitude pode variar de 4m na sede até 100m nas extremidades do território municipal (Figura 6).

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Figura 5 - Dados básicos

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014)

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Figura 6 - Área do Município de Barreirinhas – MA

Fonte: Google Earth

3.3 Dados climatológicos

A região em estudo é caracterizada pela incidência de grande quantidade de energia luminosa. O regime térmico é bastante uniforme, com temperaturas elevadas e pequenas variações ao longo do ano. Tal situação é decorrente de fatores como baixa latitude, baixa altitude, a proximidade do mar e o relevo plano e suave ondulado. Temperatura elevada ao longo do ano todo, associado a um curto período chuvoso, permitindo classificar o clima como: a) Clima tropical equatorial, quente, semiárido, com 7 a 8 meses secos, segundo a classificação de Nimer (1972); b) Clima muito quente e semiárido, do tipo BSW’h, na classificação de Köppen (VIANELLO; ALVES, 1991), com temperatura média anual acima de 24°C, estação chuvosa irregular e evapotranspiração potencial média anual maior do que a precipitação média anual.

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O Litoral Norte do Nordeste do Brasil tem como características marcantes uma grande incidência de raios solares, o que implica em significativa disponibilidade de energia luminosa, um regime térmico análogo, temperaturas elevadas, com baixa amplitude térmica, e ausência de chuvas a maior parte do tempo.

3.3.1 Precipitação

A alternância entre chuvas e tempo estável, deve-se a imposição do Anticlone Sul, centro de alta pressão localizado no centro do Oceano Atlântico, que no final do verão e no outono diminui no Norte e Nordeste do Brasil, quando passam a atuar os ventos alísios do hemisfério Norte da Zona de Convergência Intertropical (NIMER, 1972). É a intensidade da corrente de circulação perturbada que vai orientar a duração e a qualidade da estação chuvosa na porção norte do Maranhão, onde se encontram as áreas em estudo. A precipitação anual média, ao longo do litoral maranhense variam de 1400mm a 2600mm no sentido leste para oeste, e são distribuídas de maneira desigual ao longo do ano, característica típica de climas tropicais (Figura 7). A intensidade e duração do período seco aumenta em direção a leste alcançando a duração de seis meses nas áreas próximas aos Lençóis Maranhenses até a região do baixo Parnaíba. O pico das chuvas, por sua vez, ocorre de março a abril (MAÂMAR EL-ROBRINI et al., 2006).

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Figura 7 - Precipitação média anual (mm)

Fonte: Universidade Estadual do Maranhão (2004)

3.3.2 Ventos

A distribuição dos regimes de ventos no Brasil é organizada em 7 (sete) regiões geográficas, sendo que a área em estudo pertence à Zona Litorânea Norte-Nordeste. Nessa região os ventos são controlados primariamente pelos alísios de leste e brisas terrestres e marinhas. Essa combinação das brisas diurnas com os alísios de leste resulta em ventos médios anuais entre 6m/s e 9m/s na região litorânea do Maranhão. Esses ventos de altas velocidades são devidos a dois fatores principais (BRASIL, 2001):

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a) Os ventos alísios geralmente tornam-se mais fortes à medida que se afastam da depressão Equatorial; b) As brisas marinhas são significativamente acentuadas em razão dos menores índices de vegetação e de umidade do solo, fazendo que a superfície do solo atinja temperaturas mais elevadas durante as horas de sol, e consequentemente, acentuando o contraste de temperaturas terra-mar e as brisas marinhas resultantes. Assim, e conforme estudos locais, os ventos na região estudada sopram predominantemente de Leste, sendo os ventos de Nordeste a segunda direção predominante. Ventos de quadrante Norte ou Sul, dificilmente atuam na região por período prolongado e os ventos de oeste, Sudoeste e Noroeste, são pouco frequentes.

3.3.3 Temperatura do ar

A temperatura da região em estudo apresenta-se relativamente elevada ao longo de todo o ano, atingindo a temperatura média anual de 28,5ºC e amplitude térmica média anual de 1,1ºC, conforme observado nas Figuras 8 a 10. Como em todo clima tropical, a amplitude térmica diária é maior do que a anual, podendo chegar a mais de 10ºC.

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Figura 8 - Temperatura máxima do ar anual

Fonte: Universidade Estadual do Maranhão (2004)

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Figura 9 - Temperatura máxima do ar anual

Fonte: Universidade Estadual do Maranhão (2004)

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Figura 10 - Temperatura média do ar anual

Fonte: Universidade Estadual do Maranhão (2004)

3.3.4 Umidade relativa do ar

A umidade relativa do ar anual da área estudada encontra-se na faixa de 76% a 79% (Figura 11).

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Figura 11 - Umidade relativa do ar anual

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2009)

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4 DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Em 1991 a população de Barreirinhas era de 29.640 habitantes, sendo que 7.264 residentes na Zona Urbana e 22.218 na Zona Rural. Os homens representavam 51,53% da população. Neste ano, com uma área de 2.444km2, a densidade demográfica era de 12,04 hab/km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a). Nove anos depois, embora o município tenha perdido 185,9km2 (desta vez com a extensão de 2.291,1km2), a sua população total, no entanto aumentou em 32,4% especialmente na área urbana que alcançou o percentual de 43,3% em relação a 1991, enquanto a população rural aumentou somente 15,1% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a). Dados do último censo demográfico, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a), apontam que a população de Barreirinhas era de 54.930 pessoas, com previsão de crescimento para 58.599 pessoas em 2013. A Zona Rural continua a ser a mais habitada, com 32.877 habitantes (Gráfico 1). A Figura 12 mostra a evolução populacional de 1991 a 2010.

Gráfico 1 - População por sexo na Zona Urbana e Rural

Fonte: Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a) ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 32

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Figura 12 - Evolução populacional de 1991 a 2010

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014c)

Com um território de 3.111 km2, em 2010 o município apresentava uma densidade demográfica de 17,65hab/km2 e predominância de uma população jovem (Figura 13).

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Figura 13 - Pirâmide Etária de Barreirinhas

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014c)

A cidade se torna um atrativo para a mão de obra rural, que são deslocados para prestação de serviços e outras atividades, relacionadas à comercialização de produtos regionais. A população do município é predominantemente de caboclos com uma incidência bastante significativa de brancos, resultado da migração maciça de nordestinos, principalmente piauienses. Embora praticamente não sejam observados negros no município, há muitos morenos, cujas origens são certamente resultados dos cruzamentos sucessivos dos negros que participaram do processo de ocupação.

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5 SISTEMAS PÚBLICOS EXISTENTES

5.1 Saúde

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a), existem 25 estabelecimentos de saúde (Figura 14), destes, 3 são privados. Os 66 leitos para internação contabilizados no município se encontram na rede pública de atendimento. Apesar do número de estabelecimentos, a maioria atende apenas aos serviços básicos de saúde, tendo como pólo de saúde municipal apenas o Hospital Geral de Barreirinhas (Figura 15). Isto pode ser um indicativo de que um precário sistema de saúde pública pode levar ao baixo índice de expectativa de vida em Barreirinhas (60,4 anos), abaixo da média nacional, que é de 73,8 anos.

Figura 14 - Estabelecimentos de saúde em Barreirinhas

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014d)

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Figura 15 - Hospital Geral de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

O município possui um hospital privado que funciona em regime de municipalização plena do Sistema Único de Saúde (SUS) (Figura 16), cujas especialidades disponíveis são cirurgia geral, clínica médica, pediatria e ginecologia. Dependendo da especialidade da exigência dos pacientes, esses são levados para outros municípios. O transporte fluvial também é muito utilizado para levar os pacientes das regiões mais distantes ao hospital na sede da cidade (Figura 17).

Figura 16 - Hospital São Lucas

Fonte: Panorâmio (2012) ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 36

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Figura 17 - Ambulância fluvial no Rio Preguiças, Barreirinhas – MA

Fonte: Panorâmio (2011)

Em comparação com outros municípios, na região dos Lençóis Maranhenses, Barreirinhas apresenta os melhores indicadores de saúde, conforme Tabela 1:

Tabela 1 - Indicadores de saúde – 2007

Fonte: Brasil (2012)

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Quanto às doenças transmitidas por insetos (vetores) (Gráfico 2), como a malária, febre amarela, leishmaniose, dengue, dentre outras doenças, no município, entre 2001 e 2010, houve 897 casos de doenças transmitidas por vetores, dentre os quais nenhum caso confirmado de malária, nenhum caso confirmado de febre amarela, 710 casos confirmados de leishmaniose e 187 notificações de dengue.

Gráfico 2 - Número de casos de doenças transmissíveis por insetos, no período entre 2001 e 2010

Número de casos de doenças transmissíveis por mosquitos - 2001-2010 250

192 200

140 150

86 90 100 76 74 79 64 56 40 50

0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Baseado em dados do IBGE de 2001 a 2010

Entre os anos de 2003 a 2012, foram cerca de 50.000 imunizações por ano (gráfico 3), com destaque para ampliação do quadro de vacinas a partir de 2006 (Tabela 2).

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Gráfico 3 - Número de imunizações ao longo de 10 anos

Fonte: Baseado em dados do IBGE de 2003 a 2010

Tabela 2 - Imunizações

Fonte: Brasil (2010a)

A taxa de mortalidade (a cada 100 mil habitantes) associada às doenças transmitidas por mosquitos no Estado do Maranhão, em 2010, foi de 0,6.

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A fecundidade é maior entre as mulheres na zona rural e com baixa instrução educacional, assim como o número de filhos tidos por elas (Tabela 3). Este quadro reflete uma realidade de grande parte do Brasil, que está diretamente ligado ao nível de educação e planejamento familiar.

Tabela 3 - Fecundidade das mulheres de Barreirinhas em 2010

CLASSE NÚMERO Mulheres Urbanas que tiveram filhos 5.320 Mulheres Rurais que tiveram filhos 7.103 Mulheres que tiveram filhos - Sem instrução e fundamental incompleto 8.899 Mulheres que tiveram filhos - Fundamental completo e médio incompleto 1.764 Mulheres que tiveram filhos - Médio completo e superior incompleto 1.438 Mulheres que tiveram filhos - Superior completo 290 Mulheres que tiveram filhos - Não determinado 32 Filhos tidos pelas mulheres Urbanas 20.460 Filhos tidos pelas mulheres Rurais 36.742 Filhos tidos pelas mulheres - Sem instrução e fundamental incompleto 47.579 Filhos tidos pelas mulheres - Fundamental completo e médio incompleto 5.143 Filhos tidos pelas mulheres - Médio completo e superior incompleto 3.825 Filhos tidos pelas mulheres - Superior completo 590 Filhos tidos pelas mulheres - Não determinado 64 Fonte: Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a)

O Brasil inclui-se entre os países com alto número de casos de hanseníase no mundo. A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria, que afeta a pele e nervos periféricos. No Estado do Maranhão, em 2006, a prevalência de hanseníase era de 6,7 a cada 10 mil habitantes, já no caso de Barreirinhas, esta taxa cai para 5,2 (Tabela 4).

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Tabela 4 - Doenças infectocontagiosas

Fonte: Brasil (2010a)

O Município teve de 2001 a 2012, 29 casos da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) diagnosticados (Dados consolidados até 30/06/2012) (BRASIL, 2013a). No Estado, a taxa de incidência em 2011 era de 17,1 de casos e a mortalidade em 2010, 4,4 a cada 100 mil habitantes (BRASIL, 2013a). Em 2011, a proporção de mulheres infectadas foi de 40,2%, enquanto entre jovens de 15 a 24 anos foi de 11,2% (Gráfico 3).

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Gráfico 3 – Números de casos de AIDS entre o período de 1990 e 2010

Número de casos de AIDS registrado por ano de diagnóstico, segundo gênero - 1990-2010 8 7 6 5 4 Masculino 3 Feminino 2 1 0 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

Fonte: Brasil (2013)

Na atenção a saúde básica, merece destaque o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa Saúde na Família (PSF), com grande abrangência no município, conforme Tabela 5:

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Tabela 5 - Cobertura dos PACS e PSF de 2004 a 2009

Fonte: Brasil (2010b)

5.2 Educação

No município de Barreirinhas estão instalados 346 estabelecimentos de ensino, dos quais 176 são de ensino fundamental. Destes, dois são mantidos pelo Estado, dois são particulares e os demais estão sob a responsabilidade do município, sendo 174 funcionando na sede e 163 no espaço rural (Gráfico 4).

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Gráfico 4 - Número de escolas

Fonte: Construído a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012)

Quanto à população alfabetizada, o Censo 2010 contabilizou apenas 34.599 em um total de 54.930 habitantes, demonstrando uma grande deficiência ainda na educação do município (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a). Das duas escolas de ensino médio, uma é mantida pelo município e a outra é particular. O município mantém 236 salas de aulas, sendo 54.8% na área urbana e 32,2% no espaço rural, todas do ensino fundamental. O ensino médio, que funciona na sede tem 29 salas de aula, sendo 52,6% de responsabilidade do município e 41,4% da escola particular. Quanto aos alunos, o total de matrícula para o ensino fundamental no ano de 2009 foi 14.062. Deste total, 56,8% é de responsabilidade do município na área urbana e 34% na área rural. Já o número de matriculados no ensino médio foi de 3.050. O estado matriculou 8,8%, enquanto o colégio particular participou com 0,4% (Gráfico 5).

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Gráfico 5 - Matrículas por nível escolar

Fonte: Construído a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012)

O ensino médio funciona somente na área urbana. O registro das matrículas efetuadas totalizou 658 alunos, dos quais 83,4% em colégio do município e 16,6% no estabelecimento municipal. Quanto à repetência, obviamente o maior índice está nos colégios municipais, já que estes atendem a maior parcela da clientela estudantil. O total de repetências foi de 2943, dos quais 55,5% foram contabilizados os colégios municipais da sede e 32,9% no espaço rural. A repetência nos colégios do Estado foi 8,5% e nos particulares 0,03%. Quanto ao ensino médio, o colégio municipal registrou onze casos, enquanto no particular todos foram aprovados. Em 2014, o município vem cumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para construção e reforma de 20 escolas, que vão dar um grande avanço na área educacional (figura 18) junto com as unidades já existentes (Figura 19).

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Figura 18 - Unidade Integrada inaugurada em 2014, no centro de Barreirinhas

Fonte: Maranhão (2014)

Figura 19 - Biblioteca Farol da Educação

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

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No município, em 2010, 18,6% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 41,1% (Tabela 6). Tabela 6 - Nível Educacional da População

NÍVEL EDUCACIONAL NÚMERO Sem instrução e fundamental incompleto 29.979 Fundamental completo e médio incompleto 6.332 Médio completo e superior incompleto 3.919 Superior completo 732 Fonte: Construído a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012)

No Estado a taxa de frequência líquida no ensino fundamental era de 86,0%. No ensino médio, este valor cai para 40,6% (Gráfico 6).

Gráfico 6 - Taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental entre o período de 1991 e 2010, no município de Barreirinhas

Taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental - 1991-2010 90% 80% 70% 60% 50% 1991 40% 81% 2010 30% 56% 20% 41% 10% 0% 0% 7 a 14 anos - Frequência 15 a 17 anos - Conclusão

Fonte: Construído a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012) ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 47

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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar de 0 a 10. Este município está na 3.836.ª posição, entre os 5.565 do Brasil, quando avaliados os alunos da 4.ª série , e na 3.884.ª, no caso dos alunos da 8.ª série (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA, 2011). O Ideb nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0 (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA, 2011) (Gráfico 7).

Gráfico 7 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica nos anos de 2009 e 2011

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) - 2009/2011 4,5

4

3,5

3

2,5 2009 2 4 3,8 2011 3,3 1,5 3,2

1

0,5

0 4ª Série 8ª Série

Fonte: Construído com base no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2011)

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Programas de educação implantados: a) Alfabetização Solidária b) Bolsa Escola c) Proformação d) PNDL (Livro didático) e) Merenda Escolar f) PCN (Parâmetro Curricular Nacional) g) Programa Viva Educação

5.3 Segurança

Embora ainda seja considerado um município com grau de violência moderada, principalmente em suas áreas mais privilegiadas, não se pode deixar de considerar que a insegurança pública tende a se acentuar no médio prazo, sendo necessárias ações preventivas e inibidoras, as quais estão contempladas no Plano. Para a implementação efetiva do programa de Segurança Pública espera-se implementar o regime de colaboração do município com o poder público estadual e federal, sobretudo ampliando efetivos policiais e disponibilidades de equipamentos apropriados. O sistema de segurança pública é formado pela Polícia Civil, Polícia Militar e a Guarda Municipal. A Polícia Militar é composta por doze policiais efetivos e nove rotativos vindos de São Luís. A Guarda Municipal atende a determinação do Departamento Municipal de Trânsito, contando com um efetivo de 13 guardas. O Município não dispõe de Batalhões de Salva Vidas e do Corpo de Bombeiros (Figuras 20 e 21).

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Figura 20 - 5ª Guarnição de Salva-vidas do Corpo de Bombeiros em Barreirinhas

Fonte: Grupamento de Bombeiros Marítimos (2014)

Figura 21 - “Ambulancha” do Corpo de Bombeiros de Barreirinhas

Fonte: Grupamento de Bombeiros Marítimos (2014)

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5.4 Turismo

A cidade de Barreirinhas faz parte da região turística Lençóis Maranhenses, juntamente com municípios como , Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão. Os principais segmentos turísticos nos quais Barreirinhas é comercializada são Ecoturismo, Turismo de Aventura e Turismo de Sol e Praia, com crescimento da competitividade turística ao longo dos anos (Gráfico 8). Os principais atrativos de Barreirinhas, conforme constatado durante a pesquisa de campo, são o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Rio Preguiças e os Pequenos Lençóis, além do evento programado Vaquejada.

Gráfico 8 - Índices gerais de competitividade turística

Fonte: Brasil (2013b)

De acordo com o Relatório Contagem Fluxo de Turistas Barreirinhas, realizado pela Secretaria Municipal de Turismo, nas vésperas do feriado prologando da Independência, 3.368 turistas chegaram na cidade em apenas dois dias (Gráfico 9), refletindo a movimentação de pessoas na cidade em grandes feriados nacionais (BARREIRINHAS, 2009).

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Gráfico 9- Procedência de turistas no feriado da Independência do Brasil em Setembro de 2009

Fonte: Barreirinhas (2009)

Quanto à permanência na cidade, a maioria dos turistas ficou de 2 a 3 dias na cidade (Gráfico 10). O principal motivo da viagem foi o lazer, refletindo a forte vocação turística da cidade (Gráfico 11). E quanto a hospedagem, a maioria iria se hospedar em pousadas e casa próprias, este último, mostrando que a cidade possui muitos turistas que frequentam constantemente a cidade e por isso já possuem residência fixa (Gráfico 12).

Gráfico 10 - Tempo de Permanência dos turistas na cidade no Feriado de aniversário da Independência do Brasil em setembro de 2009

Fonte: Barreirinhas (2009)

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Gráfico 11 - Motivação da viagem dos turistas para Barreirinhas no Feriado de aniversário da Independência do Brasil, em setembro de 2009

Fonte: Barreirinhas (2009)

Gráfico 12 - Hospedagem utilizada pelos turistas que foram a Barreirinhas no Feriado de aniversário da Independência do Brasil, em setembro de 2009

Fonte: Barreirinhas (2009)

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Na área de governança do turismo existe o Conselho Municipal composto pela Secretaria Municipal de Turismo, a Secretaria de Meio Ambiente, a Secretaria de Educação, Esportes e Lazer, da Secretaria de Administração, um representante do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, quatro de associações de agências de viagens e guias de turismo, de hotéis, pousadas e restaurantes, um representante de organizações não governamentais e três representantes da comunidade local. O Conselho foi criado por meio da Lei Municipal nº 565/2007, com o objetivo principal de formular e implementar a Política Municipal de Turismo, visando criar condições para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento, em bases sustentáveis, da atividade turística no Município de Barreirinhas, de forma a garantir o bem estar de seus habitantes e turistas e o resguardo do patrimônio natural e cultural da região.

5.4.1 Alimentação

Os empreendimentos do setor de alimentação se concentram em alguns meios de hospedagem e próximos ao Cais da Beira Rio e nas ruas e praças do entorno. A maior parte dos estabelecimentos do setor de alimentos da cidade de Barreirinhas é formada por empresas de pequeno e médio portes, não ultrapassando a capacidade de ofertar 50 mesas e atender 200 pessoas. Os maiores e mais bem equipados restaurantes localizam-se nos próprios meios de hospedagem. Destacam-se as contratações temporárias nos períodos de alta temporada, feriados prolongados e finais de semana. O modelo de gestão predominante é o familiar. Quanto à composição dos cardápios destaca-se a presença das cozinhas maranhenses e nacional, ofertando ainda timidamente a cozinha internacional. Pratos a base de peixes e crustáceos são as especialidades dos chefes locais mais solicitados pelos clientes (BARREIRINHAS, 2010).

5.4.2 Hospedagem

O setor de hospedagem de Barreirinhas vem se estruturando a cada ano, mas ainda é necessária a melhoria da estrutura física e oferta de serviços, além do treinamento da mão-de- ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 54

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obra empregada. A diversificação da oferta de equipamentos é notória, podendo atender a diferenciados segmentos turísticos ao ofertar pousadas, hotéis, albergues, resorts e flats, além de condomínios e casas que são utilizados como segundas residências da demanda regional (Gráfico 13).

Gráfico 13 - Número de hospedagens na sede e principais pontos turísticos

Fonte: Barreirinhas (2009)

As pousadas, tipo de hospedagem predominante em Barreirinhas, possuem uma variedade de estilos que vão desde os pequenos estabelecimentos, com serviço pouco qualificado, até as pousadas com modernos equipamentos e instalações, prestando serviços de razoável nível e com oferta de opções de entretenimento e de adaptações necessárias para atender aos hóspedes com necessidades físicas especiais. Os equipamentos de hospedagem encontram-se distribuídos por toda a cidade, em sua região central e às margens do Rio Preguiças, destacando-se ainda a sua presença nos Povoados de Caburé e Atins.

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Na cidade não há espaço adaptado especificamente para área de camping ou local destinado a trailer ou ônibus-casa. Os turistas acampam na Duna da Ladeira e os trailers e ônibus-casa ficam estacionados na Praça da Matriz. Existe pouca ou quase nenhuma preocupação, por parte dos gestores dos meios de hospedagem, com a questão ambiental dos meios de hospedagem, em sua maioria os empreendimentos não dispõem de recursos para a reutilização da água e dos resíduos sólidos produzidos, não há alternativas para a produção ou a redução da energia já utilizada. As construções não possuem arquitetura compatível com as características ambientais locais, inclusive com o clima. No total o município de Barreirinhas dispõe de 2.197 leitos.

5.4.3 Receptivo

As agências de viagens de Barreirinhas trabalham predominantemente com atividades de receptivo, dedicando-se aos arranjos necessários para organizar os serviços prestados aos turistas no Município como o transporte, hospedagem, alimentação, entretenimento, realização de passeios e locação de veículos e equipamentos, atuando algumas delas como apoio e complemento das agências de turismo de São Luís. É comum as agências possuírem seus próprios equipamentos de transporte terrestres, aquáticos e até aéreos, utilizados na realização dos seus passeios ou alugados para terceiros. Quanto à localização, as agências estão dispostas em pontos estratégicos da cidade, próximas aos meios de hospedagem, no centro da cidade e nas ruas que margeiam o Rio Preguiças. Há ainda profissionais que agenciam os serviços de receptivo utilizando internet e telefone, sem possuir balcão de atendimento, operando em suas próprias residências. As agências são, em sua maioria, de pequeno porte, apresentando pequena estrutura física e reduzido número de funcionários dedicados à administração, vendas e operacionalização do receptivo.

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5.4.4 Locadoras de automóveis

A Cidade não possui locadoras de veículos de passeio, sendo possível alugá-los em São Luís ou em Barreirinhas junto às duas Cooperativas de motoristas de táxi, que disponibilizam automóveis por meio do fretamento, normalmente para realizar o acesso ao município partindo da capital e vice-versa. A locação de veículos quatro por quatro para a realização dos passeios pode ocorrer em São Luís e em Barreirinhas. Nesta última o aluguel dos equipamentos pode acontecer nas agências, na Cooperativa dos toyoteiros ou diretamente com os proprietários dos veículos, havendo disponibilidade de uma grande variedade de equipamentos, desde as toyotas conhecidas como jardineiras a Land Hovers. A locação de equipamentos de transporte náutico pode ocorrer na Cooperativa de Transporte Náutico dos Pilotos e Proprietários de Embarcações de Barreirinhas e diretamente nas agências de viagens do Município. Existe ainda a possibilidade de locação de quadrículos nas agências da cidade.

5.4.5 Demanda turística

De acordo com um estudo de Demanda Turística elaborado pela Secretaria Municipal de Turismo (2010), a maioria dos turistas são do sexo feminino (54,8%), estão na faixa etária de 26 a 50 anos (62,8%), 62,0% possuem renda entre 4 e 15 salários mínimos e 33,3% possuem superior completo. Quanto à origem dos turistas, 10,6% são estrangeiros, e destes, 23,8% de Portugal, 21,4% da Itália, 17,8% da França e 11,9% da Alemanha. Se a origem é o Brasil, 48,5% são da região sudeste (15,5% de São Paulo). Do total de turistas que tem sua origem no próprio estado, 90,3% são de São Luís. A grande maioria dos turistas veio a Barreirinhas por lazer (79,7%) e apenas 9,7% pelos atrativos naturais. 38,6% teve como fonte de informação os amigos e parentes, 16,9% por agências, 14,9% pela TV e 12,6% pela Internet. Dos turistas 55% tiveram a sua viagem organizada pelo próprio e 40,6% por agências. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 57

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A viagem foi realizada na sua maioria por ônibus (38,1%), carro próprio (26,1%) e van (23,3%). Um grande problema apresentado pela pesquisa refere-se ao tempo de permanência dos turistas, onde 56,9% ficaram no máximo 2 dias e informaram que o motivo está relacionado com o preço alto dos serviços ofertados (29,1%) e 18,5% pela baixa qualidade dos serviços. Quanto ao meio de hospedagem utilizado 84,6% utilizaram hotéis, pousadas e flats, e 11,7% em casa de amigos e parentes. Apesar de reclamarem dos serviços os turistas entrevistados disseram que retornariam à Barreirinhas (68,1%) e 92,8% recomendariam a viagem para amigos e parentes. Sujeira urbana e infraestrutura foram os aspectos que menos os turistas gostaram (Quadro 1).

Quadro 1 - Aspectos negativos apontados pelos turistas que visitam Barreirinhas

Fonte: Barreirinhas (2009)

5.4.6 Atrativos turísticos

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado por meio do Decreto nº 86.060, de 02 de junho de 1981 e possui superfície total de 155.000 hectares, com um perímetro de 270 km, abrange os Municípios de Primeira Cruz, ocupando cerca de 6,89% da área da UC, Santo

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Amaro, com 42,15% e Barreirinhas, com 44,86%. Possui como principais biomas e ecossistemas o mangue, cerrado, restinga e campos de dunas (PARQUE NACIONAL DOS LENCÓIS MARANHENSES, 2011). A área dos Lençóis é também conhecida pelo termo morraria, denominação muito utilizada pelas populações tradicionais da região, sendo também chamadas de campos de dunas. O termo morraria se deve ao fato dos nativos viverem em um relevo de planícies, consideram as dunas como referências das maiores altitudes topográficas em relação ao nível do mar, como se fossem , servindo inclusive como observatórios que permitem ver a longa distância, georreferenciando assim, a cada topo de duna, a rota traçada e o rumo desejado, estratégia utilizada pelos turistas, guias e comunidade. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses possui imensa potencialidade turística, com possibilidade de exploração de diversos tipos de turismo, destacadamente o ecoturismo, o turismo de aventura, de lazer e científico, dentre outros. Suas características físicas o hierarquizam como atrativo turístico capaz de atrair demanda nacional e internacional. Dentre os Municípios que compõem o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Barreirinhas se destaca como o portão de entrada do Parque, devido, principalmente, ao seu nível de desenvolvimento turístico, por possuir uma estrutura regular de equipamentos e serviços turísticos. A grande pedida é descer o Rio Preguiças, que margeia o Parque dos Lençóis até desembocar no Oceano Atlântico. A viagem pode ser em barco de linha, barco fretado ou em “voadeiras”. No trajeto, são obrigatórias as paradas para aproveitar tudo o que o lugar tem a oferecer: dunas, lagoas e paisagens de tirar o fôlego. Grandes atrações do percurso são as comunidades de Caburé, Atins e Mandacaru, com destaque, nesta última, para o farol, de onde se tem uma visão inigualável do Parque. Caburé e Atins contam com chalés onde é possível hospedar-se com comodidade. Visitas às lagoas Azul e Bonita devem estar incluídas no roteiro. Para a Lagoa Azul o transporte é carro de tração, percorrendo trilhas, passando por povoado e enfrentando desafios. A viagem de ida e volta leva duas horas, e a recompensa é garantida. O lugar é lindo e o banho pra lá de refrescante. A Lagoa Bonita fica um pouco mais longe, cerca de 30 quilômetros por trilhas. Sugere-se levar água e lanche para os passeios demorados. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 59

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Circuito dos Lagos: esse roteiro é praticado a partir do mês de abril. É formado pelos lagos Santo Amaro, Guapiriba e Travosa. Constitui-se num dos mais belos passeios dos Lençóis Maranhenses, onde o visitante tem a oportunidade de contemplar toda a riqueza da flora e fauna aquáticas da região e, ainda manter contato com as Comunidades de Bebedouro, Boa Vista, São Francisco e Ponta Verde. Circuito das Aves: é o passeio perfeito para os observadores de aves. A região conhecida como murici, concentra o maior ninhal de aves do Parque. Nele o visitante terá contato com a maior lagoa dos Grandes Lençóis, a lagoa das cabras. Para quem gosta de caminhadas é o mais importante passeio para o interior do Parque. Circuito Oásis do Parque: é formado pelas Comunidades de Queimada dos Britos e Queimada dos Paulos. A região foi considerada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) como Zona Primitiva. Acredita-se terem sido os primeiros moradores do Parque. As maiores e mais belas dunas estão nesta região localizada no interior do Parque. Este passeio é realizado a pé, a cavalo ou mesmo de bicicleta. Circuito Águas do Rio Alegre: neste passeio o visitante tem a oportunidade de conhecer o rio Alegre e algumas Comunidades ribeirinhas do Parque. Após baixar o nível das águas, formam-se inúmeras praias fluviais entre Santo Amaro e Espigão. São diversos os locais de banho, como Barreira das Pacas, Pagão, Almoçador, Igarapé da Roça, Mosquitos, Mulundus e Ponta do Espigão. Suas águas transparentes proporcionam um banho gostoso e seguro para adultos e crianças. Circuito Costa Leste: é um passeio realizado pelas maiores dunas do Parque, partindo- se da Ponta do lago Santo Amaro chega-se até as Praias dos grandes Lençóis, como a praia dos Carutos, praia da Salsa entre outras. São 70 quilômetros de praias desertas e semi-desertas. As mais belas lagoas do Parque estão nesse roteiro. Circuito Litoral: nesse passeio o visitante além de contemplar as belezas naturais da região, terá a oportunidade de conhecer uma das mais belas Comunidades do Parque que é o Povoado de Travosa e ainda conhecer o início do Parque na Barra da Baleia. A paisagem é formada por dunas, lagoas, mangues e matas de restinga.

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Circuito do Cajueiro/Gaivota: é o mais rápido passeio aos atrativos do Parque. Integra as lagoas do Taquiri, da Serra, e Gaivota. Juntas formam o principal cartão de visitas dos Lençóis Maranhenses. Já serviu de cenário para filmes e comerciais. Circuito Comunidades do Parque: São Francisco, Ponta Verde, Travosa e Betânia. Na Comunidade de Betânia é possível experimentar os tradicionais doces da Culinária Santo Amarense, como o doce de caju, murici e buriti. Praia do Caburé: sujeita a ação dos ventos fortes e a constante movimentação da areia a Praia do Caburé vem sofrendo com uma intensa erosão marinha nos últimos anos, devido ao fato de sofrer a pressão das ondas do oceano Atlântico de frente, sem proteção de uma baia. O espaço compreendido entre o Rio e o mar que já foi de aproximadamente 1.500 metros nos meados da década de 1980 diminuiu bastante, chegando hoje nas grandes marés a cotas inferiores a duzentos metros. A região onde se encontra a Praia do Caburé denominada de Pequenos Lençóis é composta pelas localidades de Moitas, Morro do Boi, Espadarte, Alazão, Vassouras e Caburé, que são habitadas por pescadores. Caburé é utilizada como área de lazer para a comunidade de Barreirinhas e para os turistas e como ponto de apoio do roteiro turístico do Circuito do Rio Preguiças. As pousadas possuem uma demanda média anual considerada pequena, pois Caburé é ofertada pela maioria das operadoras e agências como um local para fazer o passeio de um dia e como ponto de parada para alimentação do roteiro do Rio Preguiças, fazendo com que a demanda dos restaurantes seja maior. Atins é o maior povoado litorâneo do Município e um lugar privilegiado, pois é onde se inicia a Praia dos Grandes Lençóis e se avista a foz do Rio Preguiças, na sua margem esquerda. Iniciam-se em Atins os campos de dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses de onde partem os aventureiros que praticam trekking com a travessia parcial ou total dos Lençóis Maranhenses. Em Atins não há ainda um fluxo turístico diário como o que acontece na Praia do Caburé, recebendo uma demanda anual considerada pequena com o perfil mais de ecoturistas e de turistas de aventura que acessam a região pelos vinte e cinco quilômetros de trilhas, utilizando carros traçados nas quatro rodas, ou pelo Rio, através dos barcos de linha de passageiros e de lanchas voadeiras fretadas. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 61

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O Rio Preguiças é considerado o mais importante da região dos Lençóis, devido sua historicidade, por ser o maior rio, ser navegável, pela sua beleza de contrastes de paisagens e por servir de acesso ao mar. A ocupação do homem nas terras do Município se deu e se sustentou através dos recursos agrícolas, pesqueiros e pastoris produzidos na bacia hidrográfica do Rio Preguiças. O Rio apresenta possibilidade de banho em suas águas em todo o seu curso, porém os trechos mais utilizados para esse fim estão nas comunidades ribeirinhas e na sede de Barreirinhas. Outro Rio que se destaca na área de Barreirinhas é o Rio Negro, divisor natural e político entre o Município e Santo Amaro do Maranhão. É o formador do maior represamento de rio pelas dunas dos Lençóis Maranhenses, situado no limite do campo de dunas móveis com as fixas, formando uma represa natural conhecida como Lagoa da Esperança. O Rio Negro é responsável por alimentar a maior rede de drenagem d´água que migra para o interior dos campos de dunas, sendo, portanto, responsável direto pela formação do maior número de lagoas interdunares do Município e do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. O Negro é o único Rio que consegue transpor o extenso campo de dunas livres durante as cheias, o que o caracteriza como um Rio de escoamento fluvial do tipo drenagem exorréica10. Ao longo do seu percurso é abastecido por pequenos córregos que juntos passam a ser responsáveis pela considerável vazão do período chuvoso, bem como pelo padrão de drenagem do tipo dendrítico 11. Circuito da Lagoa Azul: é possível observar diversas lagoas, destacando-se: a Lagoa da Preguiça, rasa, transparente e circular; a Lagoa Azul, distante alguns metros na direção oeste, possuindo forma de uma grande gota, com a extremidade mais fina direcionada para o sentido da rede de drenagem; a Lagoa da Lua separada da Lagoa Azul por cerca de trinta minutos de caminhada na direção nordeste; e a Lagoa do Peixe localizada no sentido noroeste da Lagoa da Lua. Ainda na região do Circuito Lagoa Azul existem no mesmo sentido da drenagem inúmeras lagoas anônimas, tão belas quanto as lagoas ofertadas nos roteiros.

6 INFRAESTRUTURA

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Como instrumento de planejamento territorial este município dispõe de Plano Diretor, no entanto, sofre com o crescimento desenfreado da população. Barreirinhas declarou, em 2008, não haver loteamentos irregulares, mas existir a ocorrência de favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados. Com isso, no período entre 2008 e 2010, houve um processo de regularização fundiária e urbanização desses assentamentos (Gráfico 14).

Gráfico 14 - Proporção de moradores a condição de ocupação nos anos de 1991 e 2010

Proporção de moradores segundo a condição de ocupação 120%

100%

80%

60% 1991 2010 96% 92% 40%

20%

1% 3% 3% 5% 0% 0% 0% Próprio Alugado Cedido Outro

Fonte: Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a)

De acordo com o levantamento feito pelo Censo 2010, não havia mais moradores urbanos vivendo em aglomerados subnormais (favelas e similares) (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a). Para ser considerado proprietário, o residente deve possuir documentação de acordo com as normas legais que garantem esse direito, se ela de propriedade ou de aluguel. A

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proporção de moradores, em 2010, com acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada) atingem 94,8%. Neste município em 2010, 26,3% dos moradores tinham acesso à rede de água geral com canalização em pelo menos um cômodo e 15,7% possuíam formas de esgotamento sanitárias consideradas adequadas (Gráfico 15).

Gráfico 15 - Percentual de moradores com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado nos anos de 1991 e 2010

Percentual de moradores com acesso a água e rede de esgoto sanitário 30

25

20

15 1991 26,3 2010 10 15,7 5 7,8 7,9

0 Acesso a água Esgoto adequado

Fonte: Construído com base em dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 1991-2010

O despejo frequente de efluentes in natura no rio Preguiças, devido à infraestrutura precária do esgotamento sanitário do município, resulta em um impacto negativo significativo de suas águas. No Estado do Maranhão, em 2010, o percentual de moradores urbanos com acesso à rede geral de abastecimento, com canalização em pelo menos um cômodo, era de 67,4%. Com acesso à rede de esgoto adequada (rede geral ou fossa séptica) eram 35,5%.

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Em 2010, 82,2% dos moradores urbanos contavam com o serviço de coleta de resíduos e 91,9% tinham energia elétrica distribuída pela companhia responsável (uso exclusivo). A Frota de Barreirinhas conta com uma diversidade de meios de transporte, com destaque para os automóveis e motocicletas (Gráfico 16).

Gráfico 16 - Frota de Barreirinhas em 2010

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014e)

A Energia elétrica, provida pela Companhia Energética do Maranhão (CEMAR), é oriunda da Hidrelétrica de Tucuruí, com alta tensão de 13,8kv e baixa tensão de 220 volt’s. De acordo com as informações do seu escritório local, a CEMAR atende hoje cerca de 15 mil unidades consumidoras no Município de Barreirinhas. Os dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a) indicam que 92,7 % dos domicílios já possuem energia elétrica. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição é a igreja católica Matriz da cidade (Figura 22). A sua fundação data do século XVIII, sendo uma das mais antigas do Estado do Maranhão. Inaugurada em 08 de dezembro de 1948 passando no decorrer dos anos por várias reformas. Seu interior abriga uma pintura a óleo “O Batismo” datada de 1922, retratando o batismo de ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 65

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Jesus, em tamanho natural, da artista plástica Ruth Machado da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro – filha do Estadista Maranhense Francisco da Cunha Machado.

Figura 22 - Igreja Católica Matriz de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

A imagem da Padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição, talhada em madeira de lei (jacarandá), por artista desconhecido e procedente de Portugal no início de século XIX. O sino, que pertenceu a Fazenda Santa Cruz, foi fundido em Braga (Portugal). As Figuras 23 a 27 mostram fotos de algumas das infraestruturas do município.

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Figura 23 - Quadra Poliesportiva de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

Figura 24 - Casa da Justiça em Barreirinhas – MA

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

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Figura 25 - Agência bancária em Barreirinhas – MA

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

Figura 26 - Rodovia asfaltada MA-225 e entrada do município de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

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Figura 27 – Câmara Municipal de Barreirinhas

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

6.1 Acesso

O Município possui uma pista de pouso pavimentada, localizada no Bairro do Aeroporto, para a qual o Poder Público Municipal conseguiu a sua homologação junto ao órgão competente, onde operam aeronaves de pequeno porte (monomotores e bimotores) de propriedade das empresas de táxi aéreo (Figura 28).

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Figura 28 - Aeroporto de Barreirinhas – MA

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

Outra pista de pouso, nas proximidades da anterior, foi construída e o governo aguarda recursos para a construção do terminal de passageiros o que possibilitará o pouso de grandes aeronaves de voos comerciais nacionais. A partir de São Luís, pela MA 402, a Translitorânea, chega-se a Barreirinhas em 3h30min de viagem. Ônibus partem diariamente do Terminal Rodoviário de São Luís. É possível chegar de carro a Barreirinhas partindo de qualquer ponto do país. As condições das estradas federais, que ligam o Maranhão a outros estados, são precárias, asfalto esburacado, falta sinalização e segurança de tráfego. Barreirinhas não dispõe de uma estação rodoviária, a empresa Cisne Branco, única no município, possui um espaço para venda de passagens e é o local de encontro para embarque. O acesso a alguns povoados e aos pontos turísticos de Mandacaru, Caburé e Atins é feito por via fluvial – Rio Preguiças, através de “voadeiras” (pequenas lanchas de alumínio, com motor e cobertura) A importância desse tipo de transporte está diretamente ligada à circulação interna no município. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 70

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A Beira Rio dispõe de deck que permite o acesso às “voadeiras”, além disso, as pousadas e ao longo do rio, na área urbana de Barreirinhas, existem rampas simples de acesso ao rio onde os barqueiros promovem o acesso de turistas e da população ao rio (Figura 29).

Figura 29 - Balsa de Barreirinhas – MA

Fonte: Portal Barreirinhas (2014)

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7 TRADIÇÃO, COSTUMES E CULTURA

Barreirinhas congrega uma população com capacidade de empoderamento representativa, verificando-se a participação e mobilização social nos espações de decisões estratégicas para a inclusão social de minorias, construção de infraestrutura básica para o desenvolvimento sustentável, especialmente na questão transversal do meio ambiente, pelas suas características geográficas e culturais, como município de suporte às relações decorrentes das peculiaridades condensadas no Parque dos Lençóis Maranhenses. Os segmentos de educação e saúde têm recebido investimentos públicos municipais representativos nos últimos dois anos, além das ações relevantes dos agentes de saúde que desenvolvem medidas de educação em hábitos de higiene e saúde preventivas às populações residentes em áreas mais remotas do meio rural. Os fóruns de discussão e participação no processo decisório quanto às políticas públicas demonstram receberem incentivos do poder público municipal, o demonstra grupos organizados sob forma de associações, sindicatos e lideranças rurais e urbanas,, além de colônias de pescadores, sendo relevante destacar a alta mobilidade social obtida pela estrutura do poder municipal para mobilização social com vistas à construção do Plano Municipal de Saneamento Básico, que tem se engajado de forma ativa nas equipes de pesquisas em campos e nas discussões e contribuições das informações obtidas. As manifestações mais tradicionais e populares de Barreirinhas são a vaquejada regional, o bumba meu boi e a festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição. Elas ocorrem anualmente, por iniciativa privada e do Poder Público Municipal, estando registradas no Calendário de Eventos da Secretaria de Turismo e Cultura do Município. O artesanato é bastante desenvolvido, sendo um do mais rico do Estado do Maranhão e de grande importância para o município, com grande exportação para outros estados brasileiros. Os bens utilitários fabricados e os variados acessórios são constituídos por: Palha – redes, cintos, sacolas, esteiras; Barro – tigelas, bilhas, alguidares, vasos; Madeira – alguidares, talhas, móveis rústicos. Couro – bermudas, coletes para vaqueiros, bolsas, chapéus; ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 72

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Coco – anéis, porta-retratos, xícaras, pires, pulseiras; Linhas – rendas e redes. A base da culinária local está sustentada nos frutos do mar, com destaque para a caldeirada de camarão, moqueca de peixe, peixe frito no leite de coco babaçu, peixe cozido, ova de camurim e mariscos. Preparam-se também pratos típicos, como leitoa ao molho pardo e galinha caipira. O Patrimônio Histórico de Barreirinhas é formado por um conjunto de edificações composto por casas, igreja e capela distribuídas nas zonas urbana e rural do Município, além de peças de arte de alto valor artístico e histórico. O casario colonial presente na zona urbana de Barreirinhas é datado dos Séculos XIX e XX, sendo construído a partir da prosperidade obtida com os ciclos do gado, agrícola e extrativista pelos quais o Município passou durante a sua evolução sócio-econômica. A casa grande da Fazenda Santa Cruz possui pé direito alto e fachada formada por várias portas e janelas. A frente da casa foi construída de frente para a margem do Rio Preguiças, local onde ficava o porto da fazenda. O piso original da casa é de ladrilho de cerâmica artesanal quadrado. Possui diversos cômodos espaçosos, divididos entre ambientes residenciais, como salas e quartos, e ambientes comerciais, como depósitos e comércio propriamente dito, funcionando como importante entreposto comercial. Outra importante construção colonial presente na Fazenda é a capela mortuária que foi recentemente restaurada, chamando a atenção pelas lápides de pedra de cantaria distribuídas pelo seu interior, destacando-se os seus detalhes em baixo e alto relevo. A capela abriga os restos mortais da família Godinho, proprietária da fazenda e uma das mais importantes da aristocracia rural açucareira de Barreirinhas da época. A culinária local é basicamente constituída por frutos do mar, com destaque para a caldeirada de camarão, camarão frito, camarão assado, moqueca de peixe (peixada), peixe assado, peixe frito no azeite de coco, ova de camurupim, mariscos e tortas de camarão e caranguejo. Existem também pratos típicos como leitoa ao molho pardo, peixe com caju, bode no leite de coco, arroz de pequi e galinha caipira. Alguns estão disponíveis nos cardápios dos restaurantes da cidade. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 73

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O artesanato de Barreirinhas é bastante desenvolvido, configurando-se como um dos mais ricos do Estado do Maranhão e de grande importância sócio-econômica para o Município, sendo produzido desde o período de sua colonização, como resultado da herança cultural dos índios da região que produziam artesanatos com fins utilitários. A tipologia do artesanato é bem diversificada, variando entre os bairros e comunidades. As comunidades de Manoelzinho, Marcelino, Sobradinho e da própria sede, dentre outras, utilizam-se destas técnicas para produzirem vários objetos, dentre os quais se destacam: redes, chapéus, esteiras, bolsas, tapetes, toalhas e jogos americanos. Atualmente em Barreirinhas há manufaturas de artesanato em praticamente todos os seus povoados. Na sede existem trinta e três pontos de venda distribuídos em trinta lojas, dois pontos de vendas das Cooperativas de Artesãos e nove barracas do Centro de Artesanato de Barreirinhas. Alguns pontos de venda se especializaram na comercialização de doces caseiros, outros em produtos feitos de sementes enquanto que a grande maioria se dedica à venda de peças fabricadas com o linho do buriti. A atividade artesanal tem-se alterado com a sofisticação da linha de artigos e com as novas técnicas propostas pelas lojas e ações de capacitação desenvolvidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), buscando atender aos desejos de uma nova demanda. Essa sofisticação, aliada à substituição da fabricação de bens utilitários por peças decorativas, promoveu transformações na atividade: enquanto o artesanato utilitário era confeccionado por homens e mulheres, hoje ele é uma prática mais feminina, restringindo-se a participação masculina à coleta da matéria-prima. O artesanato ocupa o segundo lugar como produto gerador de renda para as famílias do Município, o primeiro lugar ainda é ocupado pela agricultura. É exportado para outros Estados brasileiros e, além disso, devido ao escasso mercado de trabalho em Barreirinhas, destaca-se como alternativa econômica para melhorar a qualidade de vida da comunidade e vem também garantindo o sustento econômico de diversas famílias que moram nos bairros periféricos de Barreirinhas (MARQUES, 2012). 8 PRÁTICAS DE SAÚDE E SANEAMENTO

No Plano Diretor Municipal não há diagnóstico identificando a situação do município no que se refere ao Saneamento. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 74

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A Lei institui a criação do Plano de Saneamento Ambiental que deverá conter Art. 60 [...] abordagens gerais e específicas, de forma a contemplar o levantamento, mapeamento, caracterização, diagnóstico e análise sobre: o solo, vegetação, clima, recursos hídricos, assentamentos humanos, atividades econômicas e culturais, demografia e crescimento populacional, padrões e formas de consumo e indicativos de saúde, como taxa de mortalidade infantil, epidemias e doenças mais freqüentes, bem como apresentar soluções, meios de gestão e instrumentos de controle de abastecimento e utilização d’água potável e coleta, tratamento e destino final de esgoto e resíduos sólidos dos assentamentos humanos, especialmente da sede do município e dos povoados de: Santa Cruz, Santo Antonio, Cantinho, Mandacaru, Atins, Laranjeiras, Vassouras e Caburé (BARREIRINHAS, 2005a, p. 21). São objetivos gerais do Plano de Saneamento Ambiental, de acordo como o Art. 61: Garantir um saneamento saudável e adequado para toda a população município; - Garantir a permanente redução da poluição ambiental; - Propiciar a integração e a compatibilização de ações, programas e iniciativas de saneamento desenvolvidas por diversos órgãos públicos, entidades não governamentais e agentes privados; - Estabelecer normas, índices, critérios, métodos e padrões de saneamento para todo o município e população; - Estimular o desenvolvimento de pesquisas sobre saneamento em todo o município; - Desenvolver sistema e meios de coleta, seleção e destino final do lixo nos principais povoados e ocupações isoladas nas áreas rurais; - Desenvolver sistemas coletivos e individuais, públicos e privados de captação, tratamento e destino final de esgoto; - Desenvolver propostas para captação, reserva, tratamento e distribuição de água para toda a população da sede e dos principais povoados e ocupações isoladas nas áreas rurais; - Propiciar a captação, tratamento e distribuição de água para toda a população da sede e dos principais povoados; - Desenvolver solução para coleta, tratamento e destino final de esgoto e drenagem para toda a população da sede e os principais povoados; - Estimular o uso de desalinizador em casos de alto índice de cloreto de sódio; - Garantir que todo sumidouro fique pelo menos a 30 m (trinta metros) a jusante do poço; - Garantir que todo poço esteja pelo menos a 30 m (trinta metros) a montante da fossa; - Garantir que as estações de tratamento que possuam poços absorventes, sumidouro, vala de filtração ou infiltração tenham a partir ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 75

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do fundo das mesmas uma distância mínima de 2,00m acima do lençol freático; - Propiciar a coleta, o tratamento e o destino final de esgoto para pelo menos 50% da população da sede dos principais povoados; - Criar uma estrutura administrativa colegiada e participativa de gestão, controle e monitoramento ambiental e sanitário no Município de Barreirinhas; - Criar um sistema de controle ambiental e sanitário no município de Barreirinhas de orientação, fiscalização e aplicação das penalidades; e, - Estabelecer critérios e métodos de orientação, fiscalização e aplicação de penalidades ambientais e sanitárias (BARREIRINHAS, 2005a, p. 21-23). A Política de Saneamento Ambiental não faz referência à utilização de instrumentos específicos buscando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ou os instrumentos do Estatuto das Cidades. Também não apresenta definições sobre a titularidade municipal do serviço ou o papel do município na gestão, não há referência à privatização dos mesmos, ou ainda qualquer informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços. O Plano Diretor prevê a ação articulada com os níveis de Governo Estadual, Federal e Municipal, para a criação do Plano de Saneamento Municipal (Art. 59) e do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (Art. 77), ambos a serem regulamentados por lei específica (BARREIRINHAS, 2005a). Não foi previsto a criação de um Fundo de Saneamento Ambiental ou de um Fundo de Desenvolvimento Urbano, assim como não há definição relativa ao Orçamento Municipal, determinação de prioridades de investimentos, definição de obras ou investimentos concretos ou ampliação da rede de serviços de Saneamento Ambiental na expansão urbana. Não foram definidos critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas para a Política de Saneamento Ambiental de Barreirinhas. Quanto ao controle social para a política em questão será garantido através das seguintes diretrizes político-administrativas, incisos VII e VII do Art. 17, respectivamente: A criação de Conselhos de Participação da sociedade civil em todos os setores administrativos em todas as regiões do município e A ampliação do fornecimento de dados, dentro de um processo permanente de informação aos cidadãos, divulgando projetos, ações e programas (BARREIRINHAS, 2005a, p. 9).

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De acordo com o parágrafo 1º do Art. 22, os “Conselhos terão composição parietária entre representantes do Poder Público e da Sociedade e [...] deverão ser regulamentados após a aprovação deste Plano Diretor) (BRASIL, 2005a, p. 10). As diretrizes estabelecidas na Política de Saneamento Ambiental, não são autoaplicáveis, com relação à meta concreta estabelece a criação dos Planos de Saneamento Ambiental e de Gestão de Resíduos Sólidos, que deverão ser regulamentados por lei específica, no entanto não estabeleceu prazos.

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9 RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS E O SANEAMENTO BÁSICO

Anualmente, 8 milhões de crianças morrem em decorrência de enfermidades relacionadas à falta de saneamento no mundo. Isto significa 1 criança a cada 4 segundos. Dentre os fatores que levam a transmissão destas doenças, estão a baixa qualidade ou quantidade de água e a má destinação do lixo. Em Barreirinhas, principalmente na Zona Rural e arredores do núcleo urbano, a ausência de Saneamento é um problema real que agrega riscos a saúde da população, sendo expostas a parasitas, bactérias e vírus. Todas estas doenças podem ocorrer decorrentes de um Saneamento Básico deficitário, mesmo não ocorrendo casos nos últimos anos. Como Barreirinhas é uma cidade que recebe milhares de turistas anualmente, o Saneamento deve abranger o combate ao desenvolvimento de qualquer uma destas doenças, visto que pessoas podem carrear estes agentes oriundos de áreas endêmicas.

9.1 Doenças infecciosas relacionadas com a água

As doenças infecciosas relacionadas com a água podem ser causadas por agentes microbianos e agentes químicos e de acordo com o mecanismo de transmissão destas doenças podem ser classificadas em quatro grupos: 1o. Grupo: Doenças cujos agentes infecciosos são transportados pela água e que são adquiridos pela ingestão de água ou alimentos contaminados por organismos patogênicos, como por exemplo: a) Cólera (agente etimológico: Vibrio choleras) b) Febre tifóide (agente etimológico: Salmonella typhi) c) Disenteria bacilar (agente etmológico: Shigella spp.) d) Hepatite infecciosa (agente etmológico: Vírus) 2o. Grupo: Doenças adquiridas pela escassez de água para a higiene. Estudos realizados em várias comunidades comprovaram que a quantidade de água é mais importante que a qualidade. Quando se aumentou o volume de água utilizado pela comunidade verificou- ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 78

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se uma diminuição na incidência de certas doenças do trato intestinal porém a diminuição não foi significativa quando se melhorou a qualidade. A falta de água afeta diretamente a higiene pessoal e doméstica propiciando principalmente a disseminação de doenças tais como: a) Diarreias, responsáveis por grande parte da mortalidade infantil, b) Infecções de pele e olhos: sarnas, fungos de pele, tracoma (infecção nos olhos), etc. c) Infecções causadas por piolhos, como a febre tifo. 3º Grupo: Doenças adquiridas pelo contato com a água que contém hospedeiros aquáticos. São aqueles em que o patogênico passa parte do seu ciclo de vida na água, em um hospedeiro aquático (caramujo, crustáceo, etc.) Um exemplo clássico é a ESQUISTOSSOMOSE, em que, a água poluída com excretas e que contém caramujos aquáticos, proporciona o desenvolvimento dos vermes de SHISTOSOMA no interior dos caramujos. Depois os vermes são liberados na água na forma infectiva (cercarias). O homem é infectado através da pele, quando entra em contato com a água contaminada. Outras doenças deste grupo são contraídas pela ingestão de peixe mal cozidos e crustáceos contaminados. 4º Grupo: Doenças transmitidas por insetos vetores relacionados com água. São aquelas adquiridas através de picadas de insetos infectados que se reproduzem na água ou vivem próximos a reservatórios de água (mananciais, água estagnadas, córregos, etc.), como por exemplo: a) Malária (vírus) transmitida por mosquitos do gênero Anopheles; b) Febre amarela e dengue (vírus) transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduzem em água limpa como, por exemplo, latas d’água, pneus com água, etc.; c) Doenças do sono (causa sono mortal) que é transmitida pela mosca “tsetse” (Glossino longipennis) que se reproduz e vive nas vegetações das margens de córregos, picando as pessoas que vivem em áreas próximas; d) Oncocercose (causa cegueira), transmitida pela mosca (Simulium) que põe seus ovos em córregos de fluxos rápidos e bem aerados. 9.2 Doenças infecciosas relacionadas com esgoto

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 79

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São aquelas causadas por patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) existentes em excretas humanas, normalmente nas fezes. Muitas doenças relacionadas com as excretas também estão relacionadas a água. Podem ser transmitidas de várias formas como, por exemplo: a) Contato de pessoa a pessoa. Ex.: poliomielite, hepatite A; b) Ingestão de alimento e água contaminada com material fecal. Ex.: salmonelose, cólera, febre tifoide, etc; c) Penetração de alimentos existentes no solo através da sola dos pés. Ex.: Ascaris lumbricoides, ancislotomíase (amarelão), etc.; d) Ingestão de carne de boi e porco contaminada. Ex.: Taeníase; e) Transmissão através de insetos vetores que se reproduzem em locais onde há fezes expostas ou águas altamente poluídas (tanques sépticos, latrinas, etc.) Ex.: filariose, causada por vermes nematóides do gênero Filaria que se desenvolvem no organismo dos mosquitos transmissores que pertencem ao gênero Culex. Estes mosquitos se reproduzem em águas poluídas, lagos e mangues. A presença desses mosquitos está associada a falta de sistemas de drenagem e a carência de disposição adequada dos esgotos.

9.3 Doenças infecciosas relacionadas com o lixo

Os resíduos sólidos (lixo) quando mal dispostos. Proporcionam a proliferação de moscas, as quais são responsáveis pela transmissão de uma infinidade de doenças infecciosas (amebíase, salmonelose, etc.) O lixo serve ainda com o criadouro e esconderijo de ratos que também são transmissores de doenças como: peste bubônica, leptospirose (transmitidas pela urina do rato) e febres (devido a mordida do rato). O lixo também favorece a proliferação de mosquitos que se desenvolvem em água acumulada em latas e outros recipientes abertos comumente encontrados nos monturos. O homem pode ainda contaminar-se pelo contato direto ou indireto através da água por ele contaminada (Chorume). 10 DINÂMICA SOCIAL

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Barreirinhas apresenta um número significativo de associações de moradores e produtores rurais, sendo que 55 dessas associações são ligadas ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Barreirinhas. Somadas a outras entidades, totalizam 166 associações representantes dessa categoria. Os povoados têm como sua maior representatividade as associações de moradores, comandadas pelos seus líderes comunitários. As demais entidades de classe são formadas por: Colônias dos Pescadores, Sindicato dos Arrumadores, Associação comercial de Barreirinhas, Cooperativa de Transportes Alternativos, Cooperativa de Pilotos de Lanchas, Associação de Mães de Lavadeiras, Cooperativa de Artesãos de Barreirinhas, Associação de Amparo e Proteção à Maternidade e à Infância (AMAI), Associação Diocesano (ASDAP), Associação Barreirinhense de Turismo (ASBATUR), Pastoral da Criança e no Campo de Educação, o Sindicato dos Professores. A religiosidade é um aspecto preponderante no município, destacando-se: Igreja Católica – Monsenhor Flávio de Sousa Barros – centro Igreja Evangélica Assembleia de Deus - centro Igreja Testemunho de Jeová – Bairro Botafogo Igreja Universal Reino de Deus (núcleo de orações) Igreja Adventista do Sétimo Dia Levando em consideração estas entidades e representatividades marcantes da sociedade barreirinhense, como condição seminal para o exercício da mobilização social na coleta de dados, construção de diagnóstico, prognósticos e soluções estratégicas para a implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Barreirinhas, nos termos da Lei 11.445/07, duas premissas foram consideradas: Primeiro a divisão territorial do município em 7 setores (Quadro 2) de acordo com critérios de representatividade, social, econômica, geográfica e ambiental, conforme o Plano de Mobilização Social (BARREIRINHAS, 2014).

Quadro 2 - Setorização do Município de Barreirinhas para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico

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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS

Mandacaru Atins Bar da hora Ponta do mangue 1 MANDACARU 2 Caburé Sucurujú Mata fome Santo Inácio Carnaubeira Massangano I, II e III Caboclo I e II Bom passar 2 CARNAUBEIRA 2 Mocambo Tratada de Cima Buritizal Bracinho Sobradinho Andiroba Vigia Cajazal Baixão dos Julios Manoelzinho Baixão dos Paulinos 2 3 SOBRADINHO Jussaral das Canoas Santa Maria Formiga Ponta do Buriti Barreira Velha Palmeira dos Ferreiras Engenho Fazendinha Quadro 2 - Setorização do Município de Barreirinhas para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (cont.)

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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS

Morro Alto Palmeira dos Eduardos Braço Tabocas Jacu 4 VARAS São José dos Sousa Varas 2 Armazém Jabuti Jurubeba Santa Rosa Munim Jussaral dos Canaviera São Jose dos Viúvos Gira mundo Cangote Olho da Água dos Bentos Palmeira dos Bentos 5 MAMEDE Guarimã 2 Vera Cruz Palmeira dos Reis Mamede Andreza Mata Baixinha 6 MATA Lagoas 2 Bosque Cardosa

Quadro 2 - Setorização do Município de Barreirinhas para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (cont.)

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SETOR NOME DO SETOR LOCALIDADES Nº DE EVENTOS

Boa Vista São Domingos Povoados Santa Cruz no entorno Cantinho da Sede Tapuio Laranjeira Cidade Nova Canequinho Cebola Cruzeiro 7 SEDE Boa fé 2 Amapá Riacho Bairros Murici Carnaubal Ladeira Santarém Francelina Aeroporto Vila Anselmo Fonte: Barreirinhas (2005a, 2005b) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010)

A formação, através dos decretos municipais nº 10/2014 e nº 11/2014 dos dois grupos de trabalho, compostos por atores representativos da sociedade civil, associações, sindicatos, líderes comunitários, assim como servidores públicos da estrutura municipal que, juntamente com equipe técnica contratada, operacionalizam o plano de trabalho. Estes servidores municipais estão nominados e classificados por critérios de competências e habilidades, conforme Decretos municipais anexos. Os atores e segmentos sociais estratégicos para a construção do Plano Municipal de Saneamento Básico tem representatividade através das pessoas que integram os grupos de trabalho, corroborando para a construção técnico-participativa dos produtos.

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11 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A participação social é o pilar central para formatação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), pois só a partir da opinião pública os gestores e técnicos podem planejar melhor as ações de saneamento básico. Deste ponto de vista, a mobilização social deve ser de todo o município (zona rural e urbana) e em todas as etapas de elaboração do PMSB. Para nortear e maximizar os resultados da coleta de informações públicas, o Plano de Mobilização Social vem como etapa pioneira no planejamento de todos os procedimentos, estratégias, mecanismos e metodologias que serão aplicados durante a elaboração do PMSB. Com a valorização da opinião e participação pública, o Plano de Mobilização Social ajudará a elaborar um plano adequado a realidade local, tão heterogênea ao longo de todo o território brasileiro e promover melhor qualidade de vida para população. É importante ressaltar que a apresentação em linguagem simples e a facilidade de acesso incentivam o cidadão a se interessar pelo tema e aderir ao processo, legitimando-o. Os meios de comunicação locais são: Rádios, mídia impressa e digital, exposição de faixas e cartazes em locais estratégicos, blogs, portais, propaganda volante e divulgação via agentes e lideranças comunitárias, este último, com destaque na Zona Rural. Estes meios de comunicação também serão utilizados na convocação dos moradores para as palestras, reuniões e oficinas educativas de explanação do que é o PMSB e a importância da opinião pública no processo. É importante destacar que uma outra forma de comunicação e disseminação de informações, tanto na Zona Rural como na Zona Urbana, são as audiências públicas, que funcionam como instrumento de informação, debate e proposição de opiniões. Para cada fase e evento de elaboração do PMSB, foram levantadas as melhores formas para divulgação dos eventos e informações já produzidas. Dentre os meios de divulgação do material produzido e programação dos eventos, podem ser utilizados: a) Folders e cartilhas virtuais e impressas; b) Site da Prefeitura e site próprio do PMSB de Barreirinhas - MA; c) Propaganda em rádios e automotiva; d) Faixas e Cartazes ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 85

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Através de um Sistema de Informações, os produtos gerados em cada fase de elaboração do PMSB ficarão disponíveis para consulta pública na forma digital pela internet através do site da Prefeitura e em site específico para o PMSB e em meio físico em local designado pela Prefeitura de Barreirinhas. Serão disponibilizadas as versões preliminares de cada produto antes da sua aprovação e posteriormente será substituído pela versão final aprovada pelo Comitê de Coordenação.

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12 ECONOMIA

Podemos citar como atividades pioneiras na economia do município a pecuária, o beneficiamento do pescado, do caju, do buriti e de outras espécimes nativas, além de hortifrutigranjeiros, artesanato e apicultura. Em 1959, podemos destacar a fabricação de aguardente de cana e de mandioca e a construção de usinas para beneficiamento de arroz, salga e de pescado, além do estabelecimento da indústria salineira que começava a se desenvolver em pequena escala. No período de 1991 a 1995, a cultura do caju apresentou um significativo crescimento, com destaque para a Cajumar (mini-fábrica de beneficiamento da castanha), que surge como uma perspectiva de crescimento econômico para o município. O que representaria uma maior circulação de capital e arrecadação de impostos para a administração municipal não se efetiva, pois a fábrica nunca foi ativada. Atualmente, a economia da maioria da população é sustentada basicamente por atividades relacionadas à extração vegetal (carnaúba, buriti, coco da baía, lenha, madeira e carvão vegetal), ao artesanato da fibra de buriti, ao cultivo da castanha de caju, além da pesca, da farinha de mandioca, do turismo, do pequeno comércio varejista e da agropecuária de subsistência, sendo que, em alguns casos, vem ocorrendo declínio de produção, como ilustra a Tabela 7, em virtude da falta de aprimoramento técnico, de capital de giro e de capacidade de transporte (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2003). O Censo Agropecuário de 2006 aponta a mandioca, o milho, o feijão e a banana como os principais produtos da agricultura em Barreirinhas (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2006). A partir da década de 90 surgiram iniciativas de marketing e promoção dos Lençóis Maranhenses, além da construção da estrada de acesso ao município. Em decorrência destas iniciativas, o turismo apresentou índices expressivos no crescimento de visitantes. Porém, por outro lado, houve redução na taxa de permanência destes, pois em 1999 foi registrada a presença de 5.290 turistas que permaneceram em média 2,8 dias na cidade, já em 2001, 12.100 turistas visitaram a cidade permanecendo uma média de 1,67 dias (GERÊNCIA DE DENSEVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO ECONÔMICO, 2003). ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 87

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A economia de Barreirinhas está fortemente ligada à pesca artesanal, à agricultura, ao artesanato, ao comércio e ao turismo. Após o incremento da atividade turística no município, as comunidades que sobreviviam da agricultura e pesca, que já viviam um processo de decadência, partem em busca de espaço de trabalho nos setores secundário e terciário, principalmente através do crescimento observado nas atividades relacionadas à construção civil, à confecção de artesanato feito de buriti e a atividade turística. Como característica das comunidades do entorno dos Lençóis Maranhenses, a pesca artesanal, o turismo e a fiação de palhas de buriti, são as principais atividades geradoras de renda. Além destas atividades, Barreirinhas destaca-se também o cultivo de cana de açúcar, milho, banana, laranja, feijão e melancia como atividades secundárias, de menor importância econômica (Tabela 7). O cultivo de mandioca, principal produto agrícola, possibilita a produção da farinha de tapioca (Tabela 8).

Tabela 7 - Produção Agrícola de Barreirinhas no ano de 2004

Produto Área plantada (ha) Produção (t) Mandioca 6.123 21.535 Castanha de Cajú 2.928 1.348 Laranja 45 780 Melancia 280 668 Arroz 920 551 Cana-de-açúcar 8 318 Coco da Bahia 94 263 Milho 1.450 223 Feijão 845 134 Banana 116 87 Total 12.809 25.907 Fonte: Martins (2008)

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Tabela 8 - Produção Agrícola em 2006

PRODUTO PRODUÇÃO (ton) Nº ESTABELECIMENTOS

Mandioca 24.873 885

Milho 70 91

Feijão 7 19

Banana 38 12

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2006)

Outra produção com caráter muito interessante é a de castanha de caju, sendo esta uma cultura permanente, chegando a números elevados e por isso é o único produto agrícola a ser comercializado externamente, vendido principalmente para o estado do Ceará (MARTINS, 2008). A pecuária do município apresenta pouca representatividade econômica, e se desenvolve nas áreas de várzea que surgem próximo às dunas (Tabela 9). O gado é criado solto, e junto com ele existem também criações de suínos e caprinos (CORRÊA, 2004) que também integram os costumes da variada culinária típica local e regional, apreciadas por moradores, migrantes e visitantes. Assim como a pecuária, a extração vegetal e a silvicultura estão presentes no município, mas representam parcelas ínfimas na economia local. Têm se ainda a extração da cera de carnaúba e do fruto do açaí, além da madeira para carvão vegetal (Tabela 10). O buriti integra o rol da economia municipal por ser muito apreciado por turistas, tanto no artesanato como na culinária. Com o fruto do buriti a população local produz doces secos e compotas, e com a palha das folhas é produzida uma infinidade de produtos artesanais que vão de roupas e bonés a toalhas e bolsas.

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Tabela 9 - Participação das atividades econômicas no Valor Adicionado da agropecuária, com destaque para Barreirinhas – 2006

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2009)

Tabela 10 - Participação, por tipo de indústria, no Valor Adicionado da indústria, segundo os municípios, com destaque para Barreirinhas – 2006

Fonte: Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográficos (2009)

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Quanto ao equilíbrio entre as receitas e despesas orçamentárias, Barreirinhas, assim como o Maranhão e Brasil, ainda apresenta déficit nesta balança, tendo mais despesas do que receitas (Gráfico 17).

Gráfico 17 - Relação Despesas x Receitas orçamentárias

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014f)

12.1 Emprego e renda

No município de Barreirinhas, entre o período de 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 reduziu em 28,9%; para alcançar a meta de redução de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 39,7%. Para estimar a proporção de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza foi somada a renda de todas as pessoas do domicílio, e o total dividido pelo número de moradores, sendo considerado abaixo da linha da pobreza os que possuem renda per capita até R$ 140,00. No caso da indigência, este valor será inferior a R$ 70,00 (Gráfico 18).

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Gráfico 18 - Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência

Proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência

Acima da linha da pobreza 38,4% 43,5% Entre a linha da indigencia e pobreza Abaixo da linha da indigência

18,1%

Fonte: Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a)

No Estado do Maranhão, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 140,00 passou de 62,9%, em 2000, para 40,8% em 2010. Apesar de uma população de aproximadamente 55.000 habitantes, ainda há o predomínio de empregos informais no município, sendo que a grande maioria desses empregados são colaboradores da Administração Pública de Barreirinhas (Tabela 11 e gráfico 19) e recebem de 1 a 2 salários (Tabela 12 e Figura 30).

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Tabela 11 - Salário médio e estoque de emprego formal, por atividade, segundo os municípios da região dos Lençóis Maranhenses, com destaque para o município de Barreirinhas ‐2006

Fonte: Martins (2008)

Gráfico 19 - Proporção de empregados formais e informais

Proporção de empregos formais e informais

4%

Empregos formais Empregos informais

96%

Fonte: Baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011a) ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 93

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Tabela 12 - Trabalhadores por faixa de rendimento, em salário mínimo no ano de 2006

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais (2014)

Figura 30 - Mapa de pobreza e desigualdades dos municípios do Estado do Maranhão

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010)

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12.2 Produto Interno Bruto – PIB

O município de Barreirinhas possui a maior taxa média de crescimento anual (1,150) na região dos Lençóis Maranhenses (Tabela 13), junto com o município Santo Amaro do Maranhão.

Tabela 13 – Evolução do PIB de Barreirinhas no período entre 2002 e 2006

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011b)

Entre o período de 2002 a 2006, Barreirinhas demonstrou um crescimento de 75,1%. Um dos grandes fatores deste crescimento é o crescente potencial turístico da região, no entanto, ainda existe uma grande disparidade entre as camadas sociais, concentrando a renda para poucas pessoas. Os setores de serviços e agropecuária apresenta a maior participação no PIB (Gráfico 20).

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Gráfico 20 - Produto Interno Bruto por setor em Barreirinhas

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014f)

12.3 Índice de Desenvolvimento Humano – IDH

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Urbano no Brasil, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Barreirinhas no ano 2000 foi de 0,552, um índice baixo se comparado com os índices estadual e nacional (Tabela 14).

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Tabela 14 – IDH de Barreirinhas nos anos de 1991 e 2000

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014g)

Verifica-se que entre os anos de 1991 e 2000 este índice aumentou 0,088 pontos, enquanto o índice nacional aumentou apenas 0,072. Mesmo com esse crescimento, o IDH de Barreirinhas deixa muito a desejar em relação à capital do estado, cujo IDH é de 0,778.

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13 ASPECTOS AMBIENTAIS

13.1 Meio físico

13.1.1 Geologia

A posição intracratônica do Meio-Norte (Maranhão-Piauí) favoreceu a formação de uma estrutura geológica sedimentar, constituindo vasta bacia cuja gênese está ligada às transgressões e regressões marinhas, combinadas com movimentos subsidentes e arqueamentos ocorridos desde o início do Paleozóico ao final do Mesozóico (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1984). Durante os movimentos negativos eram depositados sedimentos marinhos, acumulando-se arenitos, folhedos e calcários, enquanto que durante os movimentos epirogenéticos positivos depositaram-se sedimentos basálticos de origem continental. No período Juro-Cretáceo ocorreram atividades ígneas de certa importância. Durante esse período os movimentos tectônicos provocaram a formação de um “Horst” de direção aproximada leste-oeste, denominada Cerco Ferrer-Urbano Santos, responsável pelos afloramentos de rochas pré-cambrianas, mais importantes na área do Gurupi, e pela fragmentação da grande bacia sedimentar, dando origem às bacias epicontinentais de São Luís e Barreirinhas (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1984). As bacias mesozóicas de São Luís, Ilha Nova e Barreirinhas formam um sistema de grábens profundos, limitados por falhas normais orientadas na direção NW-SE, localizado a norte dos arcos tectônicos, sobre as rochas ígneas e metamórficas do Cráton de São Luís. O prolongamento NE-SW do Arco Ferrer-Rosário-Bacaba corresponde ao limite entre as bacias de São Luís e Barreirinhas. A Bacia de Barreirinhas possui um pacote sedimentar com espessura estimada entre 5.000 e 6.000 metros com um embasamento cristalino constituído por gnaisses, granitos e micas-xistos de idade pré-cambriana (INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 98

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DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, 2003). Acomoda-se sobre o mesmo, uma sequência sedimentar constituída por sete formações e onze membros, que compõem os grupos Canárias (inferior), que corresponde ao pacote sedimentar cretáceo (clástico continentais terrígenos) (FEIJÓ, 1994) e, o grupo Caju (superior) que representa uma transição entre clásticos e carbonatos. Na Bacia Sedimentar de Barreirinhas há uma dominância de sedimentos de origem quaternária da Formação Açuí (SANTOS et al., 2009). Corrêa (1986) afirma ainda que esta corresponde a um “graben”, que está delimitada por falhas normais contemporâneas à sedimentação (Figura 31). Esta bacia tem sua formação relacionada à abertura do Atlântico Equatorial que ocorreu durante a separação dos continentes sul-americano e africano.

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Figura 31 – Seção geológica esquemática entre as cidades de Alcântara e Esperantina

Fonte: Goés, Travassos e Nunes (1993)

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As interferências de subsuperfície foram feitas com base em dados geofísicos, mapas de isópacas e informações de poços disponíveis em Goés et al. (1993) A Bacia de Barreirinhas localiza-se na margem equatorial brasileira, cobrindo parte da costa do Estado do Maranhão e a plataforma continental adjacente. Limita-se a oeste pelo “horst” de Rosário que separa a bacia de São Luís, seu limite sul é o Arco Ferrer-Urbano Santos, estendendo-se em seguida para o oceano. Sua espessura máxima é de 7000m e ocupa uma área de 85.000km2 dos quais 75.000 são submersos. Trata-se de uma depressão limitada, a noroeste, pela Plataforma de Ilha de Santana, e a leste pelo Alto de Tutóia. Sua área total é de aproximadamente 40.000km², sendo 10.000km² de área terrestre e 30.000km² de área marítima. Três megassequências sedimentares são reconhecidas na bacia: pré-rifte, sinrifte e pós- rifte. A primeira engloba rochas sedimentares e ígneas da subjacente Bacia do Parnaíba (Paleozóico) e inclui também os sedimentos neojurássicos e eocretáceos (Formação e Formação Corda), além de rochas ígneas da Formação Sardinha (Neocomiano). A megasseqüência sinrifte, de idade Cretáceo Inferior a Albo-Aptiano, constitui o pacote geneticamente relacionado com a Bacia de Barreirinhas propriamente dita (FEIJÓ, 1994). Teve início com a tectônica extensional que atingiu o clímax no Aptiano sendo representada pelos sedimentos clásticos de um complexo flúvio-deltaico (Grupo Canárias). A megasseqüência pós-rifte ou marinha, como na Bacia Pará – Maranhão, também pode ser subdividida em dois intervalos, conforme discutido anteriormente, englobados no Grupo Caju, representado por clásticos e carbonatos de alta e baixa energia albo-cenomanianos. O Grupo Humberto de Campos, representado por uma seção progradante nerítica e batial (Turoniano–Oligoceno) é coberto por carbonatos de alta energia da Formação Pirabas (Mioceno–Recente) e finalmente ocorre a cobertura de clásticos plio-pleistocênicos da Formação Barreiras (FEIJÓ, 1994). A Figura 32 demonstra uma seção geológica esquemática na Bacia de Barreirinhas, caracterizando notável cinturão de dobramentos na região além do talude, associado à tectônica gravitacional. A bacia é caracterizada por grande espessura sedimentar e presença de feições vulcânicas além da quebra do talude.

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Figura 32 - Seção geosísmica na Bacia de Barreirinhas, mostrando falhas extensionais e compressionais na borda da plataforma, formando cinturão de dobramento em águas profundas

Fonte: Goés, Travassos e Nunes (1993)

13.1.2 Pedologia

O Estado do Maranhão, por sua extensão, apresenta grande variabilidade de solos. As principais ordens de solos identificadas, segundo o mapa pedológico do estado são: argissolos (antigos podzólicos), cambissolos, gleissolos, latossolos, neossolos flúvicos (antigos aluviais), neossolos litólicos (antigos litossolos), neossolos quartzarênicos (antigas areais quartzosas), nitossolos (antigas terras roxas e podzólicos por cerosidade), planossolos, plintossolos, vertissolos e solos indiscriminados de mangues. Os solos predominantes são distróficos, com ocorrências de eutróficos em várias regiões da área de estudo, sendo que a classe dominante é a dos latossolos (VALLADARES et al., 2005). Na região dos Lençóis, o solo pode ser classificado como areno-quartzoso, com duas principais unidades taxionômicas: areias quartzosas marinhas e quartzosas. As areias quartzosas marinhas apresentam solos profundos, com baixo conteúdo de argila, sempre inferior a 15%. A fertilidade natural é muito baixa e apresenta-se excessivamente drenada. O horizonte A é fracamente dissolvido e repousa sobre o C constituído por areias

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quartzosas, cuja origem está ligada à ação dos ventos na orla litorânea. Nele estão incluídas as dunas tanto fixas como moveis e ocorre entre as cidades de Tutóia e Primeira Cruz. São solos não consolidados, de coloração branca e cinzento claro, onde o horizonte se apresenta ligeiramente enriquecido pela matéria orgânica uma vez que a vegetação predominantemente é a litoral de restingas e dunas. As areias quartzosas são solos que apresentam teores em argila inferiores a 15%. Compreende solos arenosos essencialmente quartzosos, muito profundos, excessivamente drenados, forte e fortemente ácidos e de baixa a muito baixa fertilidade natural. Apresenta baixa saturação de bases e alta da média saturação de alumínio trocável. Não dispõem praticamente de nenhuma reserva de nutrientes para as plantas. A sequência dos horizontes é do perfil do tipo A/C, onde A apresenta profundidade variável, com baixos teores de matéria orgânica (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1984). Grande parte dos solos da região litorânea dos Lençóis é considerado sem aptidão agrícola. Nos ecossistemas costeiros sobre solos arenosos, a entrada de nutrientes via atmosfera pode ser significativa. Este fluxo origina-se tanto da lixiviação da atmosfera pela chuva (precipitação úmida), quanto da deposição de partículas de origem marinha (salsugem), provenientes da evaporação de gotículas de água do mar ejetadas na atmosfera pelo rompimento de bolhas na superfície do mar. Já os solos indiscriminados de mangues, segundo Cantanhêde (2005), possuem texturas argilosas e arenosas, com relevo plano e baixa drenagem; portanto estes são considerados como tipo de terreno do que como classe de solo. Sendo assim, os terrenos predominantemente alagados, que ocorrem nas partes baixas do litoral, localizam-se nas proximidades da desembocadura dos rios, e/ou nas reentrâncias da costa e margens das lagoas, com influência das marés. De maneira geral, são baixos os teores de nutrientes totais e dissolvidos determinados na água das lagoas presentes no interior da área de dunas. Moschini-Carlos e Pompêo (2001) determinaram uma composição no sedimento de fundo constituído de areia quartzosa fina com pequeno teor de matéria orgânica. Esses autores verificaram ainda baixíssimas concentrações

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de nitrogênio e carbono total, sugerindo que o sedimento é muito pobre tanto em matéria orgânica quanto em nutrientes. A Figura 33 apresenta o mapa exploratório de reconhecimento de solos do município de Barreirinhas realizado pela Embrapa.

Figura 33 - Mapa Exploratório-Reconhecimento de Solos do município de Paulino Neves, MA

Fonte: Embrapa Solos Uep Recife (2014)

13.1.3 Recursos hídricos

13.1.3.1 Recursos hídricos superficiais

O Maranhão é detentor de uma invejável rede hidrográfica, com, pelo menos, dez bacias perenes, podendo ser individualizadas as seguintes bacias hidrográficas: Gurupi, Turiaçu, Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 104

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Maracaçumé-Tromaí, Uru-Pericumã-Aurá, Mearim, Itapecuru, Tocantins, Parnaíba, Munim e pequenas bacias do norte. A região de Barreirinhas está inserida na Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental que está situada, basicamente, no Maranhão e numa pequena porção oriental do estado do Pará. Sua área é de 254.100km², cerca de 4.3% da área do Brasil, sendo que 9% dessa área pertencem ao Estado do Pará e os restantes 91% ao Estado do Maranhão. A população total na região, em 2000, era de 4.742.431 habitantes, o equivalente a 3% da população brasileira, dos quais 58% vivem em áreas urbanas (GOÉS; TRAVASSOS; NUNES, 1993). A região apresenta uma vazão média de 2.514m³/s, ou seja, 1% do total do País. As sub- bacias dos rios Mearim e Itapecuru são as maiores, com áreas de 101.061 quilômetros quadrados e 54.908 quilômetros quadrados, respectivamente, é onde se concentra a maior demanda por m³/s de água (GOÉS; TRAVASSOS; NUNES, 1993). A principal necessidade da água na bacia é para consumo humano, correspondendo a 64% do total. Em seguida, vêm a demanda animal, com 15% do uso total e a demanda para irrigação, com 17%. A região não enfrenta grandes problemas em relação à qualidade das águas dos rios. Isso se deve, principalmente, às localidades urbanas de pequeno e médio porte e ao parque industrial de pouca expressão. Porém, na região metropolitana de São Luís e em alguns núcleos urbanos ribeirinhos, a contaminação das águas pelo lançamento de esgotos sem tratamento causa perdas e restringe outros usos. Estima-se que a carga orgânica doméstica remanescente na bacia hidrográfica seja de 149 toneladas de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)/dia, cerca de 2,3% do total do País (GOÉS; TRAVASSOS; NUNES, 1993). Na Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental (figura 34), as demandas segundo os diferentes tipos de uso (m3/s) no ano de referência 2006, conforme o trabalho “Irrigação e Demanda de Água no Brasil – Conjuntura de Recursos Hídricos no Brasil 2009” são as seguintes, segundo a tabela 15:

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Figura 34 – Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental (ANA)

Fonte: Agência Nacional de Águas (2014)

Tabela 15 - Vazão de Retirada por tipo de uso (m²/s)

Animal Industrial Rural Urbano Irrigação Total

4,1 1,6 2,2 8,3 3,4 19,5 Fonte: Goés, Travassos e Nunes (1993) Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 106

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Os dados demonstram que a maior parcela de vazão de retirada da Região Hidrográfica em estudo deve-se ao abastecimento urbano, seguido da dessedentação animal, setor de irrigação, abastecimento rural e com menos expressão, o setor industrial. Barreirinhas encontra-se inserida na região da foz do Rio Preguiças, apresentando ainda os seguintes principais rios: Rio da Fome ou da Formiga e Rio Novo, além de várias lagoas, sendo a principal a da Tábua, e ainda a do Anil, Caetés e Salgadinho. As águas claras e lentas do principal rio da região deixam pistas sobre o seu nome e o ritmo dos que dele tiram sustento. No mais importante rio desde a nascente na Barra da Campineira, no município de até a Foz no Oceano Atlântico, 20 km depois fixam-se temporariamente, famílias inteiras, nômades, que vêm em busca de fartura em forma de serras, robalos, corvinas e pemas. O Rio Preguiças também é o responsável pela divisão das duas partes dos Lençóis, os grandes e pequenos e é utilizado pelos turistas para passeios de barcos rumo à entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e pela própria população para translado para as comunidades ribeirinhas. A origem do seu nome é atribuída por alguns, ao fato de terem existido em suas margens muitos bichos preguiças no período de colonização e por outros, ao fato de suas águas correm preguiçosamente em qualquer período de enchente ou de vazante. Seus principais afluentes são: Rio Palmeiras, Munim, Pacas, Cocal, Fura braço, Massangano e Achuy e destacam-se como principais Lagoas: Lagoa Azul, Bonita, do Peixe e da Esperança, sendo as duas primeiras as mais exploradas pelos polos turísticos. Outras lagoas se concentram nos pequenos Lençóis.

13.1.3.2 Recursos hídricos subterrâneos

O Estado do Maranhão está quase totalmente incluído na Bacia Sedimentar do Parnaíba, considerada uma das mais importantes províncias hidrogeológicas do país. A estrutura tectônica da bacia é em geral simples, devido a atitude monoclinal das camadas, que mergulham suavemente das bordas para o interior. O pacote de sedimentos da bacia alcança uma espessura

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de 3000 metros, dos quais 2550 são de idade paleozóica e os restantes 450 metros, mesozoica (FEIJÓ, 1994). A leste do Golfão Maranhense ocorrem amplos areais com formação de dunas, constituindo os Lençóis Maranhenses, que se estendem até a baía de Tutóia, ocupando uma área de 1500km2, com dunas de até 50m de altura, entremeadas de lagoas. Com as chuvas que caem no início do ano, afloram os lençóis freáticos nas partes mais baixas, formando lagoas de água doce, algumas com mais de 100m de extensão. Na época da estiagem, de julho a dezembro, a maior parte dessas lagoas seca e apenas os rios e lagoas maiores resistem. Com a chegada do novo ciclo de chuvas, as lagoas voltam a ser abundantes, embora, muitas vezes, em lugares e com contornos diferentes, devido à grande movimentação dessas areias, provocada pelo vento (FEIJÓ, 1994). Os sistemas aquíferos de São Luiz e Barreirinhas conquanto sejam separados entre si por um alto estrutural do cristalino, que também separados dois sistemas do sistema do Maranhão. Os dois Sistemas são de origem comum, tendo sido depositados em fossas tectônicas que atingem profundidades de até 10.000m, porém os aquíferos ali explorados são apenas os mais superficiais, até profundidades máximas de 200m. Além dos depósitos recentes de aluviões e dunas, explorados por captações rasas na faixa mais costeira, os aquíferos explorados por poços tubulares mais profundos (média de 100m) são o Barreiras, aqui denominado de Formação Alter do Chão e o Itapecuru. A produtividade desses sistemas aquíferos pode ser considerada como média com vazão específica entre 0,5 e 3m3/h/m e vazões variáveis entre 3,2 e 25m3/h para rebaixamentos de nível d’água de 25m (CORRÊA, 1986).

13.2 Meio Biótico

13.2.1 Fitofisionomia

São marcantes as seguintes formações vegetais na região: Vegetação com Influência Marinha (Restingas), Vegetação com Influência Flúvio Marinha (Manguezal) e Vegetação com Influência Fluvial (Comunidades Aluviais Campestres), apresentando uma heterogeneidade

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que caracteriza a região como de transição entre as formações amazônicas e nordestinas (LABORATÓRIO INTERDISCIPLINAR DE MEIO AMBIENTE, 2007). Na região dos Lençóis Maranhenses ocorre vegetação de dunas e restingas. A vegetação de praias e dunas sofre o efeito contínuo dos ventos marinhos, carregados pelo sol, da areia e aquelas espécies mais próximas ao mar, das águas da maré alta. Devido à ação combinada de vento, areia e água salgada, intimamente variável, de acordo com a maior ou menor distância do mar, a vegetação apresenta um aspecto característico, produzido por variadas formas de adaptação à água salgada, às altas temperaturas da areia, à escassez de água nas dunas, à forte ação do vento e da areia (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1984). Na linha de praia das planícies litorâneas se estabelece uma vegetação adaptada às condições salinas e arenosas sob influência de marés, denominada halófila-psamófila, com espécies herbáceas reptantes, com sistemas radiculares amplos. As formações pioneiras psamófilas são compostas por espécies tolerantes a salinidade, que se encontram constantemente expostas aos fortes ventos e a intensa radiação solar e ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas ou em depressões alagáveis (brejos). Nas zonas de praia, ante-dunas e dunas mais próximas ao mar predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. Nos terraços marinhos é comum a ocorrência de áreas temporariamente inundadas, que suportam florestas de várzea. Entre os cordões há depressão que pode ser permanentemente úmida, sustentando florestas paludosas, com poucas espécies arbóreas adaptadas e muitas bromélias sobre o solo encharcado. Nas bacias de solo orgânico tanto se desenvolve a floresta paludosa quanto os campos monoespecíficos de taboa ou de lírio do brejo. Este conjunto de formações sobre a planície litorânea estabelece um mosaico de granulação variável, ampliando sua diversidade biológica. Estas florestas pluviais associadas ao domínio atlântico têm poucos remanescentes preservados em Unidades de Conservação, principalmente pela ocupação urbana das planícies litorâneas.

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A distribuição da vegetação se dá geralmente de maneira uniforme, mostrando-se contínua em determinadas áreas e aberta em outras. Ocorre uma sucessão primária que se inicia com o estabelecimento de espécies pioneiras como Ipomoea pes-caprae (salsa-de-praia), Remirea marítima (alecrim-da-praia), Paspalum maritimum (capim-gengibre) e Byrsonima crassifolia (murici). Tal vegetação apresenta-se comumente na forma de moitas isoladas e de baixo porte. Além disso, dificilmente alcança o clímax em virtude da constante movimentação de areia devido à ação eólica. Na área estudada, esses ambientes são bastante instáveis, vistos encontrarem-se trechos desprovidos de vegetação e estando constantemente sujeito às ações dos ventos. As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou então em depressões alagáveis, situação em que comumente são denominadas de “brejos” ou “banhados”. Os brejos litorâneos são formações típicas das áreas mais abertas ao longo dos cursos d’água da planície costeira, nas depressões situadas entre os cordões litorâneos ou no entorno das lagunas e lagoas costeiras, onde geralmente espécies herbáceas cespitosas das famílias Cyperaceae e Poaceae são dominantes e responsáveis pelo aspecto mais característico da vegetação. Arbustos e árvores são raros, e normalmente ocorrem somente em áreas transicionais para outras formações. Nas restingas crescem as espécies que não sofrem a ação direta das vagas, mas que ainda estão correlacionadas com a proximidade do oceano. Em certos locais a vegetação das restingas pode se tornar muito densa, constituindo-se em um espesso e emaranhado de plantas lenhosas subarbustivas e até mesmo arbustivas. Por vezes a vegetação de restinga se confunde com a vegetação do cerrado e da caatinga. A restinga se caracteriza por planícies litorâneas cobertas por deposição marinha, resultante do recuo dos níveis de oceanos há cerca de 5 mil anos, durante o Quaternário. Depois do recuo, houve deposições fluvial e lacustre, contendo, em parte, material proveniente das escarpas do Complexo Cristalino, ou do arenito da Formação Barreiras. Essas planícies situam-se sob clima tropical úmido, sem estação seca, com precipitações médias anuais ao redor de 1700-2000mm. A maior quantidade de nutrientes na planície costeira provém de precipitações atmosféricas, estando principalmente fixada na biomassa vegetal.

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No entorno do campo de dunas temos uma vegetação arbórea de porte médio se desenvolvendo em solos pobres, que é aqui denominada de capoeira de terra firme em solo arenoso. Esta paisagem é na realidade um mosaico de padrões de vegetação natural e com interferência humana por agricultura (queimadas) e pecuária extensivas. Nos talvegues que cortam as áreas de paleodunas e capoeiras de terra firme em solo arenoso temos ambientes aquáticos na forma de cursos de água intermitentes ou perenes com vegetação herbácea e arbórea. O primeiro componente é geralmente caracterizado por ciperáceas, e o componente arbóreo é dominado pela palmeira de Buriti (Mauritia flexuosa). As formações de buriti são denominadas de veredas e têm status de APP no novo código florestal brasileiro.

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14 PLANEJAMENTO URBANO E SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

O planejamento urbano pode ser entendido, de maneira generalizada, como a organização pelo poder público do espaço urbano de forma a estabelecer uma ordem satisfatória das intervenções e ocupações humanas sobre o meio. Para essa tarefa, os dirigentes municipais utilizam ferramentas legais de planejamento, sendo o Plano Diretor Participativo e o Zoneamento, uso e ocupação do solo suas principais ferramentas. A instrumentação que compõe o Plano Diretor Participativo de Barreirinhas originalmente é a Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, do mesmo ano de aprovação do Plano. Atualmente o município consta com um aparato legal mais abrangente, como o Código de Obras, o Código Municipal do Meio Ambiente e Código Tributário Municipal (FERREIRA, 2009). O Plano Diretor não define os tipos de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), tipologia habitacional, faixa salarial da população que acessa os projetos habitacionais nessas áreas e não as delimita em mapas. As ZEIS estão demarcadas na Lei nº 531, de 5 de Julho de 2005, que dispõe sobre o Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de Barreirinhas. Art. 100 O Município de Barreirinhas deve conceder, na forma de lei complementar, incentivos para a implantação de programas habitacionais de interesse social, a proprietários de imóveis localizados no âmbito de seu território (BARREIRINHAS, 2005b, não paginado). A maior parte da população de Barreirinhas encontra-se em uma faixa de renda de até dois salários mínimos. Dessa forma é possível constatar necessidade de ZEIS para assegurar áreas adequadas à provisão de habitações de interesse social e outros equipamentos relacionados, como espaços públicos e infraestrutura. As ZEIS e suas funções são melhor detalhadas pela Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Barreirinhas que destina o Capítulo X para tratar exclusivamente do tema. O Art. 4º, da Lei nº 531 dispõe sobre o Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da cidade de Barreirinhas, o território municipal está dividido nas seguintes zonas (BARREIRINHAS, 2005b) (Figura 35): Figura 35 - Zoneamento Urbano de Barreirinhas MA Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 112

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Fonte: Marques (2012)

O Zoneamento estabelece duas ZEIS para o município, a Zona de Interesse Social Amapá (ZEISA) e a Zona de Interesse Social Santa Cruz (ZISSC). A primeira é próxima a duas zonas de proteção, mas também não é distante de outras zonas residenciais, portanto possui proximidade de acesso à infraestrutura existente. A segunda é mais distante e, embora também tenha proximidade com uma zona residencial, entre elas existe a Zona de Proteção Ambiental Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 113

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2 (ZPA2 VG), portanto a comunicação entre elas pode gerar impactos futuros na ZPA. Barreirinhas concentra 60% da população na zona rural e 40% na zona urbana destacando-se dos demais municípios maranhenses por apresentar a área rural quase totalmente distribuída entre a população de lavradores. O direito à posse destas glebas pelas famílias locais faz parte da linha de atuação da atual administração do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), o qual concentrou as ações neste município por adota-lo como modelo, visando maior impacto de resposta na organização fundiária e social da região. Conforme com o Art. 19, Os instrumentos previstos nesta lei formam o conjunto de documentos legais, técnicos, orçamentários, financeiros e administrativos, de forma a integrar os programas, orçamentos e investimentos do Município com as diretrizes do Plano Diretor, viabilizando sua implantação (BARREIRINHAS, 2005a, p. 10). O Plano Diretor institui a aplicação de instrumentos institucionais (Art.21); instrumentos jurídicos (Art.23); instrumentos de caráter Tributário e Financeiro (Art.24) e os instrumentos de caráter Urbanístico, que segundo o Art. 26: “Ocupação do Solo, Código de Obras e Edificações e Código de Posturas, Urbanização Consorciada, Direito de Construir, Remembramento, Edificação, Regularização Fundiária e Reserva de Terras para Utilização Pública” (BARREIRINHAS, 2005a, p. 11). O PD detalha os seguintes instrumentos: Edificação/Parcelamento Compulsórios Como se aplica: Art. 33 O Poder Público, mediante lei específica, para área incluída no Plano Diretor, exigirá do proprietário do solo urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: Parcelamento, Desapropriação ou Edificação Compulsória [...] (BARREIRINHAS, 2005a, p. 13). O instrumento não está vinculado à área de aplicação ou prazos de implantação. Direito de Superfície Como se aplica: §2°, Art. 26

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No Direito de Superfície o proprietário de terreno urbano pode conceder a outrem, de forma gratuita ou onerosa, por tempo determinado ou indeterminado, o direito de construir, ocupar ou plantar, mediante escritura pública, devidamente registrada, no Cartório ou Registro de Imóveis, adquirindo o concessionário a propriedade da construção, ocupação ou plantação. §1º, Art. 31 O imóvel desapropriado, mediante prévia licitação, poderá ser objeto de venda, incorporação, concessão real de uso, locação ou outorga do direito de superfície a quem estiver em condições de dar-lhe a destinação social prevista no Plano Diretor (BARREIRINHAS, 2005a, p. 11-13). O instrumento não está vinculado à área de aplicação ou prazos de implantação. Direito de Preempção Como se aplica: Art. 27 O Município exercerá o Direito de Preempção nos termos da Legislação Federal, para atender: I. Realização de Programas Habitacionais; II. Criação de Áreas Públicas de Lazer; III. Implantação de Equipamentos Urbanos e Comunitários; IV. Constituição de Reserva Urbana de Terras; V. Ordenação e Direcionamento da Expansão Urbana; VI. Constituição de Áreas de Preservação Ecológica e Paisagística; VII. Regularização Fundiária (BARREIRINHAS, 2005a, p. 11). O instrumento não está vinculado à área de aplicação ou prazos de implantação. Urbanização Consorciada Como se aplica: Art. 31 O Município, [...], poderá declarar de interesse social para fins de desapropriação, a quem deve ou pode suprir com nova destinação de uso o imóvel urbano improdutivo, subtilizado, ou que não corresponda às necessidades de habitação, desenvolvimento ou trabalho da população e do município. Art. 32, Parágrafo Único A Urbanização Consorciada poderá ocorrer por iniciativa do Poder ou através de proposta dos interessados, avaliando o interesse público da operação (BARREIRINHAS, 2005a, p. 13). Onde se aplica: Art. 32 Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 115

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[...] será utilizada em empreendimentos conjuntos da iniciativa privada e dos Poderes Públicos Federal, Estadual e Municipal, sob a coordenação deste último, visando a integração e a divisão de competência e recursos para execução de projetos comuns (BARREIRINHAS, 2005a, p. 13). De acordo com §1° do Art. 26, A Desapropriação, a Servidão Administrativa e o Direito Real de Concessão de Uso regem-se pela Legislação que lhes é própria.” O instrumento não está vinculado à área de aplicação ou prazos de implantação da política de planejamento e gestão urbana do município (BARREIRINHAS, 2005a, p. 11).

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15 CARTOGRAFIA

Figura 36 - Bacias Hidrográficas do Maranhão

Fonte: Maranhão (2002a)

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Figura 37 - Geomorfologia do Maranhão

Fonte: Geomorfologia (2011)

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Figura 38 - Cobertura vegetal do Maranhão

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Legenda Descrição Ac Cultura agrícola Ag Agropecuária Água Água Ai Áreas indeterminadas Ab Floresta ombrófila abertas de terras baixas Ap Pastagem cultivada As Floresta ombrófila aberta submontana Da Floresta ombrófila densa aluvial Db Floresta ombrófila densa terras baixas Ds Floresta ombrófila densa submontana Fa Floresta estacional semidecidual aluvial Fb Floresta estacional semidecidual terras baixas Fs Floresta estacional semidecidual submontana Iu Área com influência urbana Pa Áreas de formações pioneiras, vegetação com influência fluvial e/ou lacustre Pf Áreas de formações pioneiras, vegetação com influência fluviomarinha Pm Áreas de formações pioneiras, vegetação com influência marinha (Restinga) R Reflorestamento r Refúgios vegetacionais SN Área de tensão ecológica: Contato Savana / floresta estacional SO Área de tensão ecológica: Contato Savana / floresta ombrófila ST Área de tensão ecológica: Contato savana / savana estépica STN Área de tensão ecológica: Contato savana / savana estépica / floresta estacional Sa Savana arborizada Sd Savana florestada Sg Savana gramíneo-lenhosa Sp Savana parque Ta Savana estépica arborizada Vs Vegetação secundária Fonte: Maranhão (2002b)

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Figura 39 - Geologia do Maranhão

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Legenda Descrição C1po Poti, Grupo Canindé C2pi Piauí, Grupo Balsas D3C1l Longá, Grupo Canindé E13lm Coberturas lateríticas maturas J1_beta_m Mosquito J2pb Pastos Bons J3K1cd Corda K1_beta_s Sardinha K12it Itapecuru K1c Codó K1g Grajaú K2C_cortado_ip Ipixuna K2u Urucuia N12b Barreiras N13li Coberturas lateríticas imaturas N34e Depósitos eólicos continentais antigos N34pb Sedimentos pós-barreiras NP1co Anfibolito Cocal NP1g Gurupi NP1gjr Jaritequara NP1mj Marajupema NPC_cortado_pi Piriá NQc Depósitos colúvio-eluviais P12pf Pedra-de-Fogo, Grupo Balsas P3m Motuca, Grupo Balsas PP2_alfa_di Rio Diamante PP2_alfa_sj Vulcânica - Serra do Jacaré PP2_gamma_cx Microtonalito - Garimpo Caxias PP2_gamma_mo Granito Moça PP2_gamma_ms Granito Maria Suprema PP2_gamma_nv Granito Negra Velha PP2_gamma_pb Granófiro Piaba PP2_gamma_r Rosário PP2_gamma_t Tromaí PP2au Aurizona PP2aum Matará PP2aup Pirocaua PP2aur Ramos PP2ch Chega Tudo PP2chv Chega Tudo - Vulcânica PP2ia Igarapé de Areia PP2iv Itapeva PP2ivx Itapeva Xisto PP32_alfa_ro Vulcânica Rosilha Q1di Depósitos detríticos indiferenciados Q1t Depósitos de terraços Q2a Depósitos aluvionares Q2el Depósitos eólicos litorâneos Q2l Depósitos litorâneos Q2pm Depósitos de pântanos e mangues Qfl Depósitos flúvio-lagunares Ssg Serra Grande Ts Sambaíba, Grupo Balsas Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2013a)

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Figura 40 - Mapa Pedológico do Maranhão

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2006)

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Figura 41 - Relevo do Maranhão

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2000)

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Figura 42 - Disponibilidade Hídrica do Maranhão

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2013b)

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Figura 43 - Precipitação Anual Maranhão

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2009)

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Figura 44 - Biomas do Maranhão

Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2014)

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16 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Objetivando diagnosticar a situação atual do subsistema de esgotamento sanitário na cidade de Barreirinhas/MA, a equipe responsável pelo Plano Municipal de Saneamento Básico recorreu a diversas fontes de informação, a saber: a) Pesquisa de campo em domicílios atendidos; b) Levantamento de informações junto à concessionária de águas e esgoto estadual; c) Vistoria no município. Estão apresentados a seguir, resumidamente, os dados relativos ao Sistema de Esgotos Sanitários de Barreirinhas/MA. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao S.E.S. são as seguintes: a) ano 2014 – início de planejamento; b) ano 2018 – data limite para implantação das obras de curto prazo; c) ano 2022 – data limite para implantação das obras de médio prazo; d) ano 2040 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de planejamento – Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Apresentamos a seguir um resumo da atual situação do esgotamento sanitário no município:

16.1 Características do sistema de esgotamento sanitário

O sistema de esgotamento sanitário do município de Barreirinhas passou por uma ampliação no ano de 2011. Após a implementação do projeto de expansão do sistema de esgotamento com recursos de programa do governo Federal, esperava-se um incremento considerável na cobertura da coleta, fato, contudo, que não se verificou na prática, devido a problemas operacionais no sistema. Embora se contabilize, atualmente, 49.243 m de rede coletora, 2.900 m de emissários e 3.113 ligações domiciliares, o índice de cobertura do esgotamento sanitário em Barreirinhas é de apenas 4,0 % (Tabela 16).

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Tabela 16 - Índice de cobertura de esgotos em Barreirinhas/MA - REF: Dez/2013

TAXA DE OCUPAÇÃO (IBGE) 4,24 Economias Residenciais Atendidas (hab) 243 População Urbana Atendida (hab) 1.030 População Urbana Total (hab) 23.526 ÍNDICE DE COBERTURA 4% Fonte: Caema

A rede coletora do sistema de esgotamento de efluentes sanitários de Barreirinhas está distribuída ao longo de quatro sub-bacias: 1, 2, 2A e 2B, conforme distribuição apresentada na Tabela 17:

Tabela 17 - Distribuição da rede coletora de Barreirinhas por setor

EXTENSÃO PV ITEM BACIA MATERIAL DIÂMETRO (m) (und) PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia – 1 5.183 63 VINIFORT 200 PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia - 2ª 8.220 196 VINIFORT 200 PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia - 2B 15.095 146 VINIFORT 400

Sub-Bacia - 2A PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora 8.300 133 - Bairro Amapa VINIFORT 200

Bacia 1 e Sub- Bacia 2A - PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora 3.500 50 Bairro Centro e VINIFORT 200 Riacho Bacia 1 - Bairro Rede coletora 314 PVC, PBA e JE DN 150 4 Centro Bacia 2 - Bairro Rede coletora 8.631 PVC, PBA e JE DN 150 144 Amapa TOTAL 49.243 736 Fonte: Caema

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Os efluentes transportados pela rede coletora convergem para os pontos baixos da rede onde se localizam as estações elevatórias que estão distribuídas de acordo com a Tabela 18.

Tabela 18 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor

NOME BACIA LOCAL VAZÃO (l/s) POTÊNCIA (cv) EEE-1 Bacia – 1 Bairro Cruzeiro 8,5 2 x 15 EEE- 2A Sub - Bacia - 2ª Bairro Murici 33 2 x 15 Bairro do EEE - 2B2 Sub - Bacia - 2B 2 x12 Aeroporto EEE - 2B Final Sub - Bacia - 2B Bairro Riacho 63 2 x 60 Fonte: Caema

A partir das elevatórias, o esgoto é recalcado ao longo dos emissários correspondentes à cada sub-bacia, conforme identificado na Tabela 19:

Tabela 19 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor

ESTAÇÃO EXTENSÃO NOME MATERIAL DIÂMETRO ELEVATÓRIA (m) EE – 1 EEE – 1 1.014 PVC/DeFoFo DN 100 EE – 2 EEE - 2ª 690 PVC/DeFoFo DN 200 EE – 3 EEE - 2B2 192 PVC/DeFoFo DN 150 EE – 4 EEE - 2B Final 1.004 PVC/DeFoFo DN 300 TOTAL 2.900 Fonte: Caema

Ao longo de todo perímetro urbano estão distribuídos ao longo de diversas sub-bacias tal qual identificado na Tabela 20.

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Tabela 20 - Ligações executadas de esgotos

BACIA QTD LIGAÇÃO MATERIAL Sub-Bacia – 1 400 PVC/PBA JE Vinilfort DN 100 Sub-Bacia - 2ª 560 PVC/PBA JE Vinilfort DN 101 Sub-Bacia - 2B 850 PVC/PBA JE Vinilfort DN 102 Sub-Bacia - 2B Bairro Riacho 200 PVC/PBA JE Vinilfort DN 103 Sub-Bacia - 2 Bairro Amapa 1053 PVC/PBA JE Vinilfort DN 104 Bacia - 1 Bairro Centro 50 PVC/PBA JE Vinilfort DN 105 TOTAL 3.113 Fonte: Caema

Após serem recalcados, os esgotos sanitários do sistema de esgotamento sanitário de Barreirinhas são reunidos na estação de tratamento de esgotos (ETE) do município que após tratamento lança os efluentes por intermédio de emissário por gravidade no Rio Preguiças, conforme esquema apresentado pela Caema. O sistema de esgotamento sanitário do município de Barreirinhas passou por uma ampliação no ano de 2011. A rede coletora de esgoto foi construída em uma primeira etapa para atender 50% da população urbana 23.526hab., porém devido a problemas construtivos, de continuidade de obras, com paralisações demoradas e agravadas intervenções para pavimentação das vias que danificaram PVs e redes. As consequências destes problemas são as razões que justificam o baixo índice de cobertura ora registrado, conforme conceito do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) (Tabela 21).

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Tabela 21 - Índice de cobertura de esgotos em Barreirinhas/MA - REF: Dez/2013

TAXA DE OCUPAÇÃO (IBGE) 4,24 Economias Residenciais Atendidas (hab) 243 População Urbana Atendida (hab) 1.030 População Urbana Total (hab) 23.526 ÍNDICE DE COBERTURA 4% Fonte: Caema A Caema atualmente tem uma empresa contratada para a manutenção e correção de obstruções da rede coletora ocasionadas pelos problemas anteriormente mencionados. Além disso, haverá necessidade intervenções para correções de ordem técnica para o perfeito funcionamento do sistema. Para isso, a Caema está orçando e procurando uma fonte de recursos para contratação de uma firma e assim solucionar tais problemas. O sistema de esgotamento sanitário de Barreirinhas/MA é constituído de 49.243,0m de rede distribuídos em vários setores (Tabela 22). Dispõe de 4 elevatórias (Tabela 23) que recalcam os efluentes ao longo de 2.900,0m de emissários (Tabela 24). O sistema é atendido por 3.113 ligações (Tabela 25). Os esgotos coletados são transportados para a Estação de Tratamento de Esgotos apontada na seção 16.2.

Tabela 22 - Distribuição da rede coletora de Barreirinhas por setor

EXTENSÃO PV ITEM BACIA MATERIAL DIÂMETRO (m) (und) PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia – 1 5.183 63 VINIFORT 200 PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia - 2ª 8.220 196 VINIFORT 200 PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora Sub-bacia - 2B 15.095 146 VINIFORT 400

Sub-Bacia - 2A PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora 8.300 133 - Bairro Amapa VINIFORT 200

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Bacia 1 e Sub- Bacia 2A - PVC, PBA, JE e DN 150 a DN Rede coletora 3.500 50 Bairro Centro e VINIFORT 200 Riacho Bacia 1 - Bairro Rede coletora 314 PVC, PBA e JE DN 150 4 Centro Bacia 2 - Bairro Rede coletora 8.631 PVC, PBA e JE DN 150 144 Amapa TOTAL 49.243 736 Fonte: Caema

Tabela 23 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor

NOME BACIA LOCAL VAZÃO (l/s) POTÊNCIA (cv) EEE-1 Bacia – 1 Bairro Cruzeiro 8,5 2 x 15 EEE- 2ª Sub - Bacia - 2ª Bairro Murici 33 2 x 15 Bairro do EEE - 2B2 Sub - Bacia - 2B 2 x12 Aeroporto EEE - 2B Final Sub - Bacia - 2B Bairro Riacho 63 2 x 60 Fonte: Caema

Tabela 24 - Estações elevatórias em Barreirinhas por setor

ESTAÇÃO EXTENSÃO NOME MATERIAL DIÂMETRO ELEVATÓRIA (m) EE – 1 EEE – 1 1.014 PVC/DeFoFo DN 100 EE – 2 EEE - 2ª 690 PVC/DeFoFo DN 200 EE – 3 EEE - 2B2 192 PVC/DeFoFo DN 150 EE – 4 EEE - 2B Final 1.004 PVC/DeFoFo DN 300 TOTAL 2.900 Fonte: Caema

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Tabela 25 - Ligações executadas de esgotos

BACIA QTD LIGAÇÃO MATERIAL Sub-Bacia – 1 400 PVC/PBA JE Vinilfort DN 100 Sub-Bacia - 2ª 560 PVC/PBA JE Vinilfort DN 101 Sub-Bacia - 2B 850 PVC/PBA JE Vinilfort DN 102 Sub-Bacia - 2B Bairro Riacho 200 PVC/PBA JE Vinilfort DN 103 Sub-Bacia - 2 Bairro Amapa 1053 PVC/PBA JE Vinilfort DN 104 Bacia - 1 Bairro Centro 50 PVC/PBA JE Vinilfort DN 105 TOTAL 3.113 Fonte: Caema

16.2 Estação de tratamento de esgotos

Localizada no Povoado São Domingos, o tipo de tratamento indicado nos Estudos de Concepção foi um conjunto de lagoas de estabilização em série dos tipos: anaeróbia, facultativa e de maturação, motivado pela necessidade de remoção de matéria orgânica e redução do número de microorganismos patogênicos. A estação se encontra no presente em atividade operacional com uma vazão de contribuição das bacias implantadas: bacia 1, elevatória EEE1 no Bairro Cruzeiro, bacia 2a, elevatória EEE2A, no Bairro Murici e bacia 2b, com a EEE2B2 no aeroporto e EEE2B final. Não se pode precisar no presente a vazão de atividade da estação, uma vez que não estão trabalhando a plena carga das bacias citadas. Todavia para alcance de projeto (2021) está previsto atingir a vazão de 102,68L/s, compatível com a projeção populacional urbana de 43.376 habitantes.

16.2.1 Tratamento preliminar

O tratamento preliminar está constituído de gradeamento e caixa de areia ou desarenador, que se destina a reter areia e outros detritos minerais inertes e pesados que são Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 134

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encontrados nas águas de esgoto. Como a vazão de esgoto sofre variações diárias, o controle da velocidade é feito por meio de um parshall, instalado logo a jusante da caixa de areia.

16.2.2 Tratamento secundário

O tratamento secundário está sendo realizado por um sistema de lagoas anaeróbias, facultativas e de maturação, as quais estão relacionadas e caracterizadas abaixo:

16.2.3 Lagoa anaeróbia

Número de células ------02und Concentração de DBO afluente ------300mg/l Carga orgânica afluente ------1.405,38 kg DBO/dia Tempo de detenção ------2,5 dias Volume total requerido ------11.711,50m³ Profundidade útil ------4,50m Área total requerida ------2.602,55m² Área de cada célula ------1.301,28m² Remoção de DBO ------60% Concentração de DBO afluente ------300mg/l Concentração de DBO efluente ------120 mg/l Dimensões da célula a meia profundidade ------25,50 x 51m

16.2.4 Lagoa facultativa

Número de células ------02und Carga orgânica afluente ------562,15 kg DBO/dia Tempo de detenção ------6,4dias Volume total requerido ------15.000m³ Profundidade útil ------1,50m

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Área total requerida ------20.000m² Área de cada célula ------10.000m² Remoção de DBO ------77% Concentração de DBO efluente ------27,32mg/l Dimensões da célula a meia profundidade ------70,71 x 141m Eficiência do sistema de lagoa anaeróbia/facultativa ------90,89%

16.2.5 Lagoa de maturação

Número de células ------02und Tempo de detenção ------7dias Volume total requerido ------32.792,27m³ Profundidade útil ------1,50m Área total requerida ------21.861,51m² Área de cada célula ------10.930,75m² Concentração de DBO efluente ------5,8mg/l Concentrações de coliformes fecais no efluente ------73,04 CF/ml Eficiência na remoção de coliformes ------99,99% Eficiência global de remoção de DBO ------98,06% Dimensões da célula a meia profundidade ------73,93 x 147,86m

16.3 Resultado da pesquisa de campo

Em levantamento cadastral realizado por amostragem em 500 domicílios, na zona urbana de Barreirinhas/MA, a maioria da população pesquisada (88,) afirma não ser atendida por rede coletora de esgoto, enquanto 11% informa dispor de coleta. Estes números confirmam o baixo índice de cobertura da coleta de esgotos sanitários. Somente 1% não respondeu ao questionamento (Gráfico 21).

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Gráfico 21 - Ligação dos domicílios à rede coletora

Não sabe Sim

Não

Questionados quanto á existência de banheiros em sua residência, 98% das famílias pesquisadas afirmaram dispor desta dependência em sua casa, ao tempo que somente 2% admitem a inexistência de banheiros em seus domicílios (Gráfico 22). A ampla disponibilidade de banheiros, não se reflete, contudo, no incremento na qualidade ambiental do município, considerando-se a destinação dos efluentes gerados nesses banheiros, conforme ilustrados nos Gráficos adiante.

Gráfico 22 - Domicílios que dispõem de banheiros

Não

Sim

Nos domicílios pesquisados, 78% dos moradores pesquisados informaram que os banheiros estão dispostos no interior das residências, enquanto que aproximadamente 15% (14,40) estão locados na área externa dos imóveis pesquisados, em pequenas construções costumeiramente, no interior do Estado do Maranhão, conhecidas como sentinas. Menos de 3% Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 137

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(2,6) não informou e 5% alegaram dispor de dependências sanitárias no interior e na área externa das construções (gráfico 23).

Gráfico 23 - Localização dos banheiros nos imóveis pesquisados

400 350 300 250 200 150 100 50 0 Dentro de casa Fora de casa Dentro e fora Não informou

No que concerne à destinação dos efluentes domiciliares, 89,9% dos moradores informaram destinar os esgotos das suas casas para unidades individuais de tratamento conhecidas como fossas (fossa séptica), 4,8% dos pesquisados, um índice menor que a metade (11%) do percentual informado no questionamento acerca da existência de rede coletora, afirmam destinar os efluentes de suas residências à rede coletora. Uma parcela de aproximadamente 3% (2,60) faz uso de ligação direta à via pública (sarjeta), enquanto alternativas como rio, fossa/sarjeta, sarjeta/rede apresentam percentuais inferiores à 1%. Cerca de 2% (1,80) alegam utilizar outras alternativas (Gráfico 24). Não foi possível identificar tais alternativas ao longo da pesquisa de campo.

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Gráfico 24 - Destino do esgoto dos domicílios

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Fossa Sarjeta Rede Rio Outro Fossa e Sarjeta e séptica coletora sarjeta rede

Outra informação que reflete a ineficiência no índice de cobertura da coleta de efluentes sanitários em Barreirinhas está representada na percepção da população pesquisada, onde 74,6% dos moradores questionados informa perceber o odor de esgotos na rua que habita, sendo 22,4% aqueles que não percebem qualquer cheiro desagradável. Somente 3% não responderam a este item (Gráfico 25).

Gráfico 25 - Percepção da existência de odor de esgoto nas ruas

Não respondeu Não

Sim

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17 RESÍDUOS SÓLIDOS

A prestação dos serviços de coleta, transporte e tratamento dos resíduos é responsabilidade das prefeituras municipais. No município de Barreirinhas (MA) este serviço público é realizado pela própria prefeitura, sendo coletado, transportados e dispostos além dos resíduos comuns, o resultado de podas e resíduos de construção e demolição (RCD). Os resíduos perigosos (hospitalares) são coletados por empresa terceirizada. De acordo com informações coletadas in loco no município, a coleta de resíduos é realizada diariamente, havendo alternância entre os bairros da sede do município por dia e turno, conforme discriminado no Quadro 3.

Quadro 3 - Frequência de coleta por bairro em Barreirinhas/MA

Dias de coleta Veículo Bairros Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado utilizado Cidade nova S 02°46’39,8’’ Tarde Tarde Caçamba W 042°50’29,8’’ Riacho S 02°45’32,5’’ Tarde Tarde Tarde Caçamba W 042°49’12,5’’ Santarém S 42°45’32,3’’ Tarde Tarde Tarde Caçamba W 042°49’12,5’’ Carnaubal S 42°44’53,1’’ Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°49’43,9’’ Murici S 02°45’06,1’’ Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°50’00,0’’ Amapá S 02°45’29,6’’ Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°50’11,1’’ Ladeira S 02°43’48,9’’ Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°46’13,6’’ Mangaba S 02°43’48,9’’ Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°46’13,6’’ Centro S 02°45’00,0’’ Manhã Manhã Manhã Manhã Manhã Manhã Caçamba W 042°49’35,7’’

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A coleta dos resíduos na área urbana do município de Barreirinhas apresenta uma cobertura de aproximadamente 90% da população da sede, sendo realizada exclusivamente no período diurno, embora as áreas centrais apresentem, dadas as características turísticas do município, intensa circulação de pessoas e veículos, o que favorece a adoção de coleta noturna que permite, além de maior produtividade dos veículos de coleta, menor interferência no tráfego (Tabela 26). A zona rural do município não é atendida por coleta, sendo comum a adoção da prática de queima e/ou disposição a céu aberto dos resíduos domiciliares.

Tabela 26 - Máquina e equipamento de coleta

Veículos utilizados para coleta e transporte Resumo Máquinas/Equipamentos Caçamba Toco 04 Caminhão compactador 01 Veiculo compacto com gaiola 02 TOTAL 7

A coleta dos resíduos na sede do município faz uso de 7 veículos (Quadro 3) com diferentes capacidades e agentes de coleta envolvidos que se alternam entre 2 a 4 viagens diárias, quando não estacionários (Quadro 4). As fotos 1 a 4 registram diferentes momentos da coleta.

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Quadro 4 - Viagens e horários de coleta

Nº Capacidade Nº Dias de Descrição Quant. Viagens/di Tipo Coleta Horário m³ Agentes/Veículo Coleta a Caçamba 1 5 3 2 Domiciliar Diário 08:00 às 17:00 Toco Caçamba 1 5 3 2 Domiciliar Diário 08:00 às 17:00 Toco Caçamba 1 5 3 2 Domiciliar Diário 08:00 às 17:00 Toco Caçamba 1 5 3 2 Domiciliar Diário 08:00 às 17:00 Toco Veículo compacto 2 1 2 4 Estacionário Diário 08:00 às 17:00 com gaiola Caminhão 1 4 4 2 Estacionário Diário 08:00 às 17:00 compactador Motorista 7 08:00 às 17:00

Foto 2 - Caminhão coletor inadequado para Foto 1 - Veículo de coleta em trânsito a função – risco de queda dos resíduos

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Foto 3 - Caminhão de coleta com resíduos de poda Foto 4 - Caminhão compactador em coleta

O município de Barreirinhas não possui aterro sanitário. Todos os resíduos coletados são dispostos em terreno sem infraestrutura sanitária adequada denominado lixão e localizado à cerca de 800m da MA – 225 (coordenadas UTM: 0557156 E 9632482 S) e 5km da pista de pouso do aeroporto de Barreirinhas (número 29), dentro do perímetro urbano conforme identificado na figura 45, distante cerca de 1km do Hospital Geral de Barreirinhas e 1,5 km do Campus da IFMA.

Figura 45 - Localização do Lixão em relação ao Hospital Geral e ao Campus da IFMA

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O lançamento dos resíduos coletados em área sem controle ou cuidados ambientais necessários implica na contaminação do ar, do solo, das águas superficiais e subterrâneas, fato agravado pela predominância de solo arenoso em Barreirinhas, com elevado gradiente hidráulico, tendo como consequência maior amplitude de contaminação. A superficialidade do lençol freático, sobretudo nas imediações do Rio Preguiças – principal rio da bacia hidrográfica do município, agrava o problema de contaminação dos recursos hídricos de Barreirinhas. A operação do lixão é realizada pela Prefeitura do município, apresentando problemas desde a chegada dos veículos de coleta no lixão, onde não são registrados os horários de cada entrada, desconhecendo-se assim a natureza, o peso e a procedência dos resíduos coletados. A deposição dos resíduos se dá de forma totalmente desordenada sobre a superfície do terreno sem qualquer tipo de impermeabilização ou preparo para coleta do chorume resultante da decomposição do lixo. Não há recobrimento dos resíduos com terreno natural, compactação do material coletado, nem segregação por natureza dos mesmos, além daquela realizada pelos catadores presentes no perímetro interno do Lixão (Fotos 5 a 8).

Foto 5 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 1 Foto 6 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 2

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Foto 7 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 3 Foto 8 - Lixão em Barreirinhas o – Vista 4

Devido a ausência de qualquer obstáculo ao longo do perímetro do lixão, a população local tem amplo e irrestrito acesso aos resíduos despejados na área. Identificou-se, em todas as vistorias realizadas no lixão, a presença de catadores que segregam os materiais que apresentam algum valor comercial, sobretudo metal e plástico. Os resíduos segregados são acondicionados em grandes sacos plásticos ou ráfia quando embalagens plásticas, latas metálicas ou ainda separados em pilhas, no caso de materiais com maiores volumes (cadeiras plásticas, peças metálicas, etc). Os catadores estão organizados em uma cooperativa com 22 membros, dos quais somente 5 integrantes tem na coleta de recicláveis sua principal fonte de renda. A população de catadores é composta de homens e mulheres de diversas faixas etárias, identificando-se entre os mesmos a presença de crianças e mulheres grávidas. Segundo informações da Prefeitura de Barreirinhas, os catadores que atuam no lixão estão cadastrados na Secretaria do Estado de Meio Ambiente. As fotos 9 a 12 registram os catadores no exercício de suas atividades.

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Foto 9 - Catador de material reciclável no Foto 10 - Equipe de catadores em atividade lixão da cidade no lixão

Foto 11 - Material reciclável segregado no Foto 12 - Material reciclável acondicionado lixão no lixão

Durante a vistoria ao lixão constatou-se que um considerável volume de areia foi retirado de uma vala no interior dos limites do mesmo, conforme registrado nas fotos 13 a 16.

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Foto 13 - Vista parcial de vala em lixão Foto 14 - Vala escavada em lixão

Foto 15 - Vala em lixão – vista geral Foto 16 - Vala em lixão – vista interna

A disposição de parte da areia retirada em montes no interior da vala prontos para serem transportadas indica que o material pode estar sendo destinado à comercialização. A prática implica no incremento do risco de contaminação do lençol freático considerando a natureza arenosa dos solos no local e a diminuição da camada através da qual os líquidos decorrentes da decomposição do lixo, sobretudo orgânico, têm que percorrer até chegar ao nível das águas subterrâneas. Aos serem informados da retirada de areia do interior da área do lixão, os representantes da prefeitura informaram desconhecer tal ocorrência. A coleta de resíduos recicláveis pelos catadores não se dá de maneira continuada, ocorrendo em períodos alternados. São coletados, em média, 12 toneladas de ferro a cada 45 dias e 18 toneladas de plástico por mês. Os resíduos de ferro são comercializados a 0,15 R$/kg Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 147

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enquanto o plástico é vendido a 0,35 R$/kg. Elementos de vidro e papel não são segregados devido à ausência de um comprador para resíduos com estas características no município. Resultado da pesquisa de campo: Em levantamento cadastral realizado por amostragem em 500 domicílios, na zona urbana de Barreirinhas/MA, a maioria da população pesquisada (87,2%) afirma que os resíduos de sua residência são coletados pela prefeitura, enquanto 8,2% informa queimar os resíduos gerados. Uma parcela minoritária (1,4%) da população entrevistada alega enterrar o seu lixo, ao tempo que 1,2% declara enterrar e queimar o seu lixo. Soluções conjuntas como para o lixo como dispor para coleta e enterrar, dispor para coleta e queimar, dispor para coleta e jogar no rio representam 0,2% do total, cada. Menos de 2% (1,4) dos pesquisados não informou a destinação de seu lixo (Gráfico 26)

Gráfico 26 - Destinação do lixo gerado nas residências

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

Coletados pela prefeitura enterrado queimado Não especificado Coletado e enterrado Coletado e queimado Coletado e jogado no rio enterrado e queimado

Contraditoriamente ao alcance da coleta ilustrado no Gráfico 26, somente 47,2% da mesma população pesquisada respondeu afirmativamente quando questionada acerca da limpeza na rua onde se encontra sua residência. A maioria, 51,2%, dos pesquisados alega não verificar a limpeza regular em seu logradouro, enquanto 1,6% soube informar se dispõe de varrição e poda em sua rua (Gráfico 27).

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Gráfico 27 - Ocorrência de limpeza nos logradouros da área urbana de Barreirinhas

Não informou

Sim

Não

Caracterização Gravimétrica dos Resíduos Domésticos e Comerciais A área que foi designada para realizar o processo da gravimetria localiza-se na entrada da cidade de Barreirinhas, num ponto conhecido como “a guarita”, coordenadas S 02°47’05,6’’ W 042°50’43,5’’. Fica a 5,0km do centro da cidade e a 7km do aeroporto principal. Para a correta caracterização gravimétrica dos resíduos coletado em Barreirinhas, adotaram-se os procedimentos apresentados a seguir: Preparo da amostra As amostras iniciais coletadas, com cerca de 3m³ de volume, foram obtidas a partir de lixo não compactado (lixo solto). As amostras foram recolhidas de segunda a quinta-feira e selecionadas de diferentes setores de coleta, a fim de se conseguir resultados que se aproximem o máximo possível da realidade; As amostras iniciais foram colocadas sobre uma lona, em área plana, e misturadas com o auxílio de pás e enxadas, até se obter um único lote homogêneo, rasgando-se os sacos plásticos, caixas de papelão, caixotes e outros materiais utilizados no acondicionamento dos resíduos; Dividiu-se a fração de resíduos homogeneizada em quatro partes, selecionando dois dos quartos resultantes (sempre quartos opostos) que foram novamente misturados e homogeneizados; Repetiu-se o procedimento anterior até que o volume de cada um dos quartos ficasse um pouco mais de 1m³; Separou-se um dos quartos e encheu-se até a borda, aleatoriamente, cinco latões de 200 litros, previamente pesados;

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Retalhou-se com facões, após o enchimento dos latões, a porção do quarto selecionado que sobrou, ao abrigo do tempo (evitando sol, chuva, vento e temperaturas elevadas). Encheu- se um recipiente de dois litros com o material picado e fechou-o o mais hermeticamente possível; Levou-se ao aterro todo o lixo que sobrar desta operação. As Fotos 17 a 20 ilustram os preparativos para determinação da gravimetria dos resíduos domiciliares de Barreirinhas, cujo resultado está apresentado no Quadro 6. As Fotos 17 a 20 registram os procedimentos adotados na caracterização gravimétrica dos resíduos.

Foto 17 - Caminhão coletando amostra para Foto 18 - Tambores metálicos utilizados para caracterização gravimétrica acondicionamento de resíduos

Foto 19 - Caminhão basculante prestes a Foto 20 - Caminhão basculante prestes a descarregar descarregando

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Determinação do peso específico aparente Pesou-se o conteúdo de cada latão cheio, descontando o peso do latão; Somaram-se os pesos obtidos de todos os latões; Foi determinado o peso específico aparente através do valor da soma obtida, expresso em kg/m³. Determinação da composição gravimétrica Escolheu-se, a lista dos componentes que se almejou determinar; Espalhou-se o material dos latões sobre uma lona, sobre uma área plana; O lixo foi separado por cada um dos componentes desejados; Classificou-se como “outros”, qualquer material encontrado que não se enquadrou na listagem de componentes pré-selecionada; Pesou-se cada componente separadamente (Quadro 5);

Quadro 5 - Pesagem durante caracterização gravimétrica dos resíduos por dia

Data Peso Local da coleta 10/06/2014 Tambor 1 - 17kg (Cidade Nova, Ladeira, Mangaba e Centro) Tambor 2 - 32kg, Tambor (Riacho, Santarém, Carnaubal, Murici, 11/06/2014 3 - 35kg Amapá e Centro) 12/06/2014 Tambor4 - 40kg (Cidade Nova, Ladeira, Mangaba e Centro)

Quadro 6 - Caracterização gravimétrica dos resíduos

Matéria Plástico Alumínio Peso Tambores/objetos Vidro (kg) orgânica (kg) (kg) total (kg) (kg) Tambor 1 2,5 7,0 2,5 5 17 Tambor 2 3,0 14,0 3,0 15 32 Tambor 3 2,0 16,0 1,0 16 35 Tambor 4 - 14,0 - 28 40

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O peso foi dividido cada componente pelo peso total da amostra e calculada a composição gravimétrica em termos percentuais (Gráfico 28). Gráfico 28 - Caracterização gravimétrica dos resíduos em Barreirinhas/MA

Lixo de Barreirinhas - Ma

5% 6%

50% 39%

Alumínio Vidro Plástico M.O

Foto 21 - Quarteamento de resíduos – vista 1 Foto 22 - Quarteamento de resíduos – vista 2

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Foto 23 - Quarteamento de resíduos – vista Foto 24 - Pesagem dos tonéis com resíduos 3

Determinação do teor de umidade Pesou-se a amostra de dois litros; O conteúdo foi colocado em um forno (preferencialmente uma estufa) a 105ºC por um dia ou a 75ºC por dois dias consecutivos; Pesou-se o material seco até que os resíduos apresentassem peso constante; Subtraiu-se o peso da amostra úmida do peso do material seco e determinou-se o teor de umidade em termos percentuais. Cálculo da geração per capita Mediu-se o volume de lixo encaminhado ao aterro, ao longo de um dia inteiro de trabalho; Calculou-se o peso total do lixo aterrado, aplicando o valor do peso específico determinado anteriormente; Foi avaliado o percentual da população atendida pelo serviço de coleta; Calculou-se a população atendida, aplicando o percentual avaliado sobre o valor da população urbana do Município; Foi calculada a taxa de geração per capita dividindo-se o peso do lixo pela população atendida.

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Calculou-se a população atendida, aplicando o percentual avaliado sobre o valor da população urbana do Município; Calculou-se a taxa de geração per capita dividindo-se o peso do lixo pela população atendida. Demais características dos resíduos a- Peso específico = 210Kg/m³ b- Geração per capta = 1,52 kg/hab.dia c- Teor de umidade = 53% d- Compressividade ou grau de compactação = 1:3 e 1:4

Caracterização química a- pH (potencial de hidrogênio) = 5,46 b- carbono orgânico total = 26,22 c- nitrogênio total = 1,27 d- relação C/N (carbono/ nitrogênio) = 20,65

Caracterização Biológica: O lixo apresenta, no decorrer do seu processo de decomposição, materiais orgânicos que tem um potencial energético com capacidade de realizar a nutrição mantendo o mecanismo de respiração e as atividades de locomoção dos micro-organismos. Assim, o lixo é fonte de produção para a vida animal e, consequentemente está sujeito a decomposição. Os principais micro-organismos responsáveis por essa deposição são as bactérias e os fungos. O estudo dessa população microbiana, bem como os patogênicos presentes no lixo, juntamente com as características químicas, permite que se estabeleçam métodos de tratamento e disposição final do lixo de forma mais adequada e, consequentemente mais econômica. No estudo das características biológicas do lixo, a pesquisa é indispensável para que se tenha conhecimento da presença e do tempo de permanência de vida desses organismos no ambiente, haja que estes organismos são agentes causadores de doenças graves e letais, como a cólera, o tifo, Poliomelite e Leptospirose e que podem ser transmitidas ao homem por contato direto com o lixo (Quadro 7).

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Quadro 7 - Organismos presentes no lixo e seu tempo

Micro-organismos Tempo de sobrevivência (dias) Ascaris Lumbricóides 2.000 a 2.500 Bacilo tuberculose 160 a 180 Entamoeba coli 10 a 15 Entamoebaestolítica 6 a 12 Larvas de vermes 30 a 40 Leptospirainterregans 15 a 45 Poli Virus 20 a 160 SolmanelleTyphi 30 a 70

17.1 Varrição, manutenção de áreas verdes e terrenos

A varrição é atividade de coleta de resíduos lançados diretamente em logradouros públicos (vias públicas, praças, praias, parques, entre outros) e pode ser realizada manual ou mecanicamente. Tem como objetivo minimizar os riscos à saúde pública, manter a cidade limpa e prevenir enchentes e assoreamento de rios. A limpeza de vias públicas geralmente é feita pela varrição manual e envolve despesas significativas. Normalmente, sua frequência é determinada em função do fluxo de pessoas e as características locais, por exemplo: a presença de feiras, parques, paradas de ônibus e praias, onde costumeiramente acumulam maiores quantidades de lixo. Além da varrição, há também a realização da capina nas guias de canteiros e calçadas das vias públicas e para tal pode ser utilizado processos manuais, com uso de enxadas, roçadeiras e carrinhos de mão.

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No município de Barreirinhas existem equipes específicas de varrição realizando as mesmas as ações de capina e raspagem. Em virtude do seu maior grau de urbanização, é no centro da cidade que há maior poluição das vias e logradouros públicos, ocorrendo continuamente a prestação deste serviço, sendo que nas outras áreas do município é realizado eventualmente. A Secretaria de Infraestrutura é responsável pelo acompanhamento e fiscalização do serviço, executado pela Prefeitura. A mão de obra no serviço de limpeza das vias públicas, que segundo dados levantados junto a secretaria não se trata de varrição, mas sim denominado como raspagem, é realizada por 6 agentes de limpeza, 2 roçadores, 1 fiscal de limpeza, 1 encarregado de turma e 1 motorista. Neste serviço especificamente, não foi visualizado o uso de equipamentos de proteção individuais (EPIs) pelos funcionários. A manutenção de áreas verdes somente é efetuada sob demanda através do serviço de poda e limpeza de terrenos baldios, embora existam muitas áreas verdes no município, poucas são objeto de manutenção pela Prefeitura, restringindo-se a serviço de poda a algumas áreas de praças e campos de futebol. Para a atividades de varrição e manutenção das áreas verdes são utilizados pela equipe os seguintes materiais: Carro de Mão, Pá, Enxada, Gadanho e Vassourão, mais uma Caçamba Tôco que faz a retirada do material produzido. Os resíduos de varrição e poda são transportados para outro local, distinto do lixão. Esta área é particular, alugada à Prefeitura para deposição do entulho, que segundo proprietário, são úteis para o futuro nivelamento do terreno, de topografia severamente acidentada. Terrenos Baldios Existem vários terrenos baldios, na cidade cuja limpeza é toda de responsabilidade da Prefeitura, arcando com os serviços de varrição e manutenção de áreas verdes e terrenos baldios, segundo informações da Secretaria.

17.2 Gerenciamento de outros resíduos

Resíduos hospitalares

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Os resíduos hospitalares são coletados nos estabelecimentos de saúde do município pela empresa Litucera Limpeza e Engenharia Ltda, contratada pela Prefeitura. Alegando ausência de equipamentos adequados de tratamento de resíduos de saúde esta empresa despeja-o no lixão em uma área diversa daquela onde é despejado o resíduo comum. Os resíduos despejados no lixão são incinerados sem que sejam tomados cuidados específicos para a Classe em que os resíduos hospitalares se enquadram (Classe I – Perigosos – NBR 10.004/04). Convém ressaltar que além do risco de contaminação do lençol freático nas outras áreas do lixão, o despejo e tratamento incorreto dos resíduos do serviço de saúde implica no risco à saúde da população do município seja pela dispersão de patógenos na área de despejo, seja na contaminação atmosférica decorrente de sua incineração inadequada. Resíduos da construção civil Os resíduos de construção civil são coletados pela Prefeitura, sendo transportados para o lixão A destinação do entulho fica a cargo da geradora que destina para a deposição a que ele escolher melhor ou doa para populares. Resíduos Especiais Pilhas e baterias O município não realiza coleta seletiva deste tipo de resíduo. Estes resíduos são destinados ao lixão da cidade junto com os resíduos domiciliares, pois se encontram dispostos junto com os resíduos domésticos. Lâmpadas fluorescentes O município não realiza coleta seletiva deste tipo de resíduo. Estes resíduos são destinados ao lixão da cidade junto com os resíduos domésticos que se encontram dispostos com estes. Óleos e graxas O óleo, oriundos de postos de combustíveis na troca de óleo e/ou lavagem de veículos, no estado liquido é armazenados em tambores por empresa que os compra para comercialização tendo como destino final a reciclagem em empresas especializadas. Pneus

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O município não realiza coleta seletiva deste tipo de resíduo. Estes resíduos são destinados ao lixão da cidade junto com os resíduos domésticos pois são dispostos juntos com estes. Embalagens de Agrotóxicos Não há programa específico para o gerenciamento de embalagens de agrotóxicos. Resíduos Industriais O município não realiza coleta seletiva deste tipo de resíduo. Segundo a Secretaria Municipal, estes resíduos são segregados pelas indústrias que os gerem para posterior destinação adequada. 18 DRENAGEM URBANA

Objetivando diagnosticar a situação atual do subsistema de drenagem urbana da cidade de Barreirinhas/MA, a equipe responsável pelo Plano Municipal de Saneamento Básico recorreu a diversas fontes de informação, a saber: a) Pesquisa de campo em domicílios atendidos; b) Levantamento de informações junto à concessionária de águas e esgoto estadual; c) Vistoria no município. Estão apresentados a seguir, resumidamente, os dados relativos ao Sistema de Drenagem de Barreirinhas/MA. Deve-se ressaltar que as datas de referência relativas ao Sistema de Drenagem Urbana (SDR) são as seguintes: a) ano 2014 – início de planejamento; b) ano 2018 – data limite para implantação das obras de curto prazo; c) ano 2022 – data limite para implantação das obras de médio prazo; d) ano 2040 – data limite para implantação das obras de longo prazo e horizonte de planejamento – PMSB. Apresentamos a seguir um resumo da atual situação da drenagem urbana no município:

18.1 Características do sistema de drenagem urbana

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O sistema de drenagem urbana pode ser dividido em dois subsistemas distintos e complementares: microdrenagem e macrodrenagem. Segundo informações verificadas em campo, a rede de galeria de águas pluviais está presente de forma distribuída em pequenos trechos ao longo da área urbana (sobretudo na área central de Barreirinhas). Entretanto, partes do sistema de microdrenagem existente apresentam deficiências quanto ao estado de conservação e necessitam de redimensionamento para suportar o volume excedente de água proveniente do escoamento superficial. Conforme informações da Prefeitura, não há cadastro do sistema de microdrenagem quanto ao número de bocas de lobo, extensão da rede de galerias, diâmetro, declividade e estado de conservação. Quanto à conservação do sistema, não há programas regulares de limpeza e manutenção das estruturas de drenagem (bocas de lobo, grelhas, tampas, limpeza das sarjetas etc.). As limpezas e manutenções nos elementos do subsistema de drenagem, quando ocorrem, são executadas por operários ligados à Secretaria de obras do da Prefeitura Municipal de Barreirinhas. Porém, a execução dos serviços não tem sido suficiente para evitar a obstrução de alguns elementos da microdrenagem. Em relação ao sistema de macrodrenagem o principal curso d’água que passa pela área urbana é o Rio Preguiças. As principais estruturas e/ou restrições que influenciam no sistema de macrodrenagem são as travessias em pontes e em bueiro, ocupação urbana muito próxima às margens dos cursos d’água e estrangulamento natural de curso d’água em diversos locais do município. Algumas dessas restrições e/ou estruturas já potencializam os problemas acerca da capacidade de escoamento fluvial.

18.2 Sistema de microdrenagem

A microdrenagem corresponde à drenagem de pavimento, isto é, estruturas hidráulicas tais como galerias de águas pluviais, bocas de lobo, sarjetas, grelhas, poços de visita, canais de pequenas dimensões, condutos forçados e estações de bombeamento (quando não se dispõe de escoamento das águas pela ação da gravidade). No que se refere ao ponto de criticidade da microdrenagem foi verificado pela equipe responsável pelo presente diagnóstico, deficiência em partes dos elementos constituintes dos microdrenos, como estruturas subdimensionadas, mau estado de conservação, ausência de Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 159

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manutenção de estruturas hidráulicas em alguns locais da cidade, vias parcialmente pavimentadas e algumas bocas de lobo entupidas. Efetuou-se um levantamento com a identificação dos principais pontos de alagamento na sede do município, conforme identificação das Fotos 25 a 38.

Foto 25 - R. S. Sebastião, Aeroporto, S02 Foto 26 - R. Sta. Luzia, Aeroporto, S02 45` 45`22.1`` W042 49` 03,4`` 24,9`` W042 48` 57.4`` Elevação: Elevação: 3m 3m

Foto 27 - R. S. Gonçalino, Santarem, S02 Foto 28 - R. Grajaú, Santarém, S02 45` 45` 32.7`` W042 48`53.6`` 35.6`` W042 49` 06.4`` Elevação: 3m Elevação: 3m

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Foto 29 - R. Buriti, Riacho, S02 45` 35.6`` S042 49` 06.4`` Elevação: 3m Foto 30 - R. Indianápolis, Riacho, S02 45` 25.9`` W042 49` 07.9`` Elevação: 3m

Foto 31 - R. projetado, Boa Fé, S02 Foto 32 - Campo de futebol, S02 45`35.8`` 45`31.2`` W042 49`09.4`` W042 49`2.6`` Elevação: 3m Elevação: 5m

Foto 33 - Av. Ribeirão, Cidade Nova, S02 Foto 34 - Av. Elizeu, Cidade Nova, S02 46`30.6`` W042 50`16.0`` 46`36.3`` W042 50`18.8`` Elevação: 3m Elevação: 3m

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Foto 35 - R. Bom Jesus, Cidade Nova, S02 Foto 36 - R. Bom Jesus, Cidade Nova, S02 46`36.3`` W042 50`18.9`` 46`36.4`` W042 50`19.9`` Elevação: 3m Elevação: 3m

Foto 37 - Av. Domingos Dutra, Cidade Foto 38 - Av. 23 de fevereiro, Cidade Nova, Nova, S02 46`44.6`` W042 S02 45`50.8`` W 042 50`08.3`` 50`31.5`` Elevação 3m Elevação: 3m

18.3 Sistema de macrodrenagem

A macrodrenagem corresponde aos drenos de maior porte, naturais e artificiais, geralmente compostos pelos córregos, ribeirões e rios. Conforme informações verificadas no local, o município de Barreirinhas não apresenta problemas graves de inundações. Porém, são identificadas áreas com maior risco de alagamento, especialmente regiões mais baixas da cidade próximas ao Rio Preguiças.

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18.4 Resultado da pesquisa de campo

Em levantamento cadastral realizado por amostragem em 500 domicílios, na zona urbana de Barreirinhas/MA, 35% da população pesquisada afirma que a ocorrência de chuvas resulta no alagamento das vias, 10,2% informa implica no arraste de lixo acumulado nas ruas. Problemas como danos ao pavimento e transbordamento de bueiros são citados por 3,4% e 2,% do total de pesquisados, respectivamente. Merece destaque o fato de 32% dos entrevistados relatarem a ocorrência de dois ou mais problemas enquanto 17,4% não souberam identificar quais as consequências da chuvas nos logradouros de suas casas (Gráfico 29). Gráfico 29 - Problemas nas ruas provenientes das chuvas

180 160 140 120 100 80 60 40 20 0

Arraste de lixo Alagamentos Transbordamento do bueiro Danos ao pavimento Não soube informar Um ou mais problemas

O elevado índice de pessoas que afirmaram desconhecer os problemas decorrentes das chuvas indica a necessidade de maior esclarecimento da população entrevistada em particular e do município como um todo da relação entre a incidência de chuvas e necessidade da existência e do bom funcionamento de elementos de captação, transporte e destinação final das águas decorrentes das precipitações pluviométricas.

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19 DIAGNÓSTICO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

19.1 Histórico

O diagnóstico do sistema de abastecimento de água foi descrito com as informações disponibilizadas pela Caema e em visitas técnicas realizadas no município, associadas aos levantamentos efetuados com a população. O Município de Barreirinhas está situado às margens do rio Preguiças, afluente do rio Parnaíba o mais importando na região. O rio Preguiça é responsável pelo fornecimento de água para o abastecimento no município de Barreirinhas. Além disso, as águas do rio Preguiça são utilizadas pela população para uso na pesca, lazer e transporte.

19.2 Características do sistema de abastecimento de água

A Estação de Tratamento de Água (ETA) teve início de suas operações em 1976, através da captação no rio Preguiça. O município de Barreirinhas conta atualmente com uma ETA operada pela Caema, é a responsável por abastecer a zona urbana. A zona rural dispõe de outros sistemas de abastecimento como poços tubulares, cisternas ou até mesmo captação direta no rio Preguiça ou em seu afluente sem sistema de tratamento público. O Sistema de Abastecimento de Água tem como objetivo disponibilizar água potável aos consumidores, atendendo requisitos recomendados, com garantia de quantidade e qualidade. Assim, o sistema público de abastecimento de água é constituído por uma captação de água superficial, tubulações, estação de tratamento, reservatórios, equipamentos e demais instalações destinadas ao fornecimento de água potável. Barreirinhas dispõe de um Plano Diretor de Abastecimento de Água que direciona implantações e melhorias na distribuição de água tratada para o município. O sistema de abastecimento é constituído por um ponto de captação de água situada na margem esquerda do Rio Preguiça, uma ETA e dois reservatórios (Reservatório 1 e Reservatório 2) (Quadro 8).

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Quadro 8 - Sistema de abastecimento de água

LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Estação de Tratamento de Água – ETA Reservatório 1 Reservatório 2 Ponto de Captação no rio Preguiça ETE Fonte: Caema

No mapa anexo (ANEXO A), é possível verificar a localização do sistema que realiza o abastecimento de água no município de Barreirinhas. A Caema não informou se utiliza de poços tubulares no sistema de abastecimento urbano, portanto está sendo considerada apenas a captação no rio Preguiça. Captação O ponto de captação da água bruta é realizado no rio Preguiça a montante da área urbana, considerada de boa qualidade, não necessita de grandes operações e quantidades de produtos para o posterior tratamento. O sistema de captação é feito por uma bomba instalada no rio, onde envia a água captada por uma tubulação até a ETA. Estação de Tratamento de Água O Sistema de Tratamento de Água de Barreirinhas capta em média 191.108,3m3/mês do rio Preguiça e produz um volume médio de 83lL/s de água tratada. O sistema de distribuição liga ponto de captação até a ETA e da ETA para ponto de consumo no município constituído por 46.404 m de tubulação. A unidade de tratamento de água é feita através de procedimento convencional, sendo empregados os seguintes processos: mistura rápida, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação, cloração, conforme Figura 46:

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Figura 46 - Modelo de estação de tratamento de água simplificado usado pela Caema

Fonte: Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (2014)

As etapas da estação de tratamento de água de Barreirinhas são descritas de maneira simplificada a seguir: a) Mistura rápida A mistura rápida tem a finalidade de dispersar os coagulantes rápida e uniformemente na massa líquida, de tal maneira que cada litro de água a tratar receba aproximadamente a mesma quantidade de reagente no menor tempo possível, já que o coagulante se hidrolisa e começa a se polimerizar em fração de segundo após o seu lançamento na água. Essa dispersão pode ser feita por meios hidráulicos ou mecânicos. b) Floculação Nesta primeira etapa adiciona-se o produto coagulante, com o objetivo de formar flocos. O produto usado em cerca de 90% das comunidades é o sulfato de alumínio. Para que se

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processe uma boa coagulação, necessita-se de uma mistura intensa, conseguida através de uma agitação adequada que tem função de produzir turbulência. Esta mistura intensa é que assegura uma distribuição uniforme do coagulante na água. O sulfato de alumínio em contato com a alcalinidade natural da água bruta forma o hidróxido de alumínio, responsável pela formação do floco, mais o ácido sulfúrico e gás carbônico, responsáveis pelo caráter ácido da água. A floculação consiste na obtenção de um agrupamento e compactação das partículas em suspensão e no estado coloidal, em grandes conjuntos denominados flocos, o que se consegue através de uma agitação lenta para evitar o rompimento dos flocos adensados já formados. Com a mistura (coagulação), a floculação influi na preparação da decantação e indiretamente em uma boa filtração. Os flocos formados quanto mais densos, pesados, melhor decantação. Esta etapa tem como objetivo a clarificação da água, com a retirada das partículas em suspensão e dissolvida na água, através da absorção pelos flocos. c) Decantação É o processo de sedimentação dos flocos já formados, acumulando-se no fundo dos tanques que levam o nome de decantadores, que em geral tem a forma retangular, permiti a saída da água límpida pela parte superior para os filtros. d) Filtração O leito filtrante consiste em diversas camadas de areia com granulometria diferentes. Tem como finalidade a retirada dos flocos que passa dos decantadores para os filtros e também a retenção dos microrganismos Os produtos mais usados são: gás cloro, hipoclorito de cálcio, etc. A cloração é utilizada para a desinfecção, mas também para a oxidação do ferro e manganês. A fluoretação é usada para prevenir cárie dentária, feita através dos produtos químicos como: fluorsilicato de sódio, fluorita, etc. e) Desinfecção A desinfecção é o processo de purificação, cuja finalidade é destruir bactérias patogênicas que podem infectar o homem. As doenças causadas pela água são: cólera, febre tifoide, hepatite, amebíase, febre paratifoide, salmoneloses, etc.

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19.3 População atendida

Conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2014, é possível visualizar o índice de atendimento total com abastecimento de água público distribuídos por número de habitantes atendidos entre 2002 a 2012. De acordo com a SNIS, a CAEMA atende mais da metade da população total de Barreirinhas, sendo a outra parcela utiliza de outros sistemas de abastecimento (Gráfico 30). Gráfico 30 - Abastecimento público de água

ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA (hab.)

17,015 15,904 14,796 14,470 15,001 13,631 12,860 13,101 10,858 10,571 11,128

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

População atendida

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2013)

Foi verificado também informações da Caema que confirma o número de pessoas atendidas pelo ETA. O Quadro 9 mostra a cobertura do sistema de abastecimento da Caema.

Quadro 9 - Cobertura dos serviços da CAEMA Taxa de Ocupação (IBGE) 4,24 Economias residenciais atendidas (hab) 3.775 População urbana atendida (hab) 16.006 População urbana total (hab) 23.526 Índice de cobertura 68% Fonte: Caema Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 168

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Além de verificar dados fornecidos pela Caema e SNIS, foi realizado um levantamento in loco, no qual foi possível comprovar que o município é abastecido principalmente pela rede pública gerenciada pela empresa CAEMA, que representa, mais da metade da população. Quanto às demais fontes de abastecimento do município, o poço artesiano representa 11%, o item outros com 27%, sendo este item quando especificado pela população representa os poços comuns. As outras formas de abastecimento não foram relatadas pela população, tais como cisterna, cacimba e caminhão pipa (Gráfico 31).

Gráfico 31 - Tipos de abastecimento de água existente em município

Tipos de Abastecimento de Água

Rede Pública 27% Poço Artesiano Cisterna 11% 62% Cacimba Caminhão Pipa Outros

Com aumento da população do município foi observado um crescimento na utilização de poços individuais identificado no Gráfico 31. Desta forma, existe no município de Barreirinhas, a utilização de fontes alternativas de abastecimento que não são operadas pela CAEMA. Com isso deverá atender os requisitos da Portaria MS no 2914. O artigo 5º da Portaria do Ministério da Saúde no 2.914 estabelece as seguintes definições: VI – sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição; VII – solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano: modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com ou

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sem canalização e sem rede de distribuição (BRASIL, 2011, não paginado). Portanto, fica claro pelo texto que as fontes alternativas de abastecimento de água para consumo humano não são providas de rede de distribuição. Ressalto que de acordo a Portaria Ministério da Saúde nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, é dever e obrigação das secretarias municipais de saúde, a avaliação sistemática e permanente, de risco à saúde humana do sistema de abastecimento de água ou solução alternativa, considerando diversas informações especificadas nessa portaria.

19.4 Situação do abastecimento de água de Barreirinhas

19.4.1 Índice de hidrometração

O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação numérica entre o número de ligações com hidrômetros sobre o total de ligações existentes no dado momento de avaliação. De acordo com o Quadro 10, a quantidade de ligações com hidrômetros em Barreirinhas é de 30,97%, considerado baixo e que traz problemas na arrecadação e no controle e manutenção das ligações.

Quadro 10 - Índice de hidrometração

DESCRIÇÃO QTD/% Qtd ligação de ativa (a) 4.171 Qtd ligação ativa com hidrômetro (b) 1.291 Índice de hidrômetração = b/a 30,95% Fonte: Caema

A partir da aplicação dos questionários junto à população, pode-se observar uma confirmação com os dados fornecidos pela Caema, variando de 30,95% para 28%, conforme Gráfico 32.

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Gráfico 32 - Sistema utilizado para aferição de água consumida

Sistema de aferição de Água

28% 28% Hidrômetro

8% Torneira Central 36% Nenhum Não Responderam

19.5 Previsão de investimentos

As fontes de financiamento se caracterizam por ser um recurso oneroso, o qual exige retorno (pagamento) e estão vinculados a operações de crédito ou financiamentos. A obtenção de recursos onerosos pode ser feita através de convênios ou contratos, apresentar-se como uma das alternativas mais comuns para viabilizar os investimentos em saneamento. De acordo com informações repassadas pela Caema, em 2013, estão previstos investimento para ampliação do sistema de abastecimento de água e a rede de distribuição para regiões onde atualmente não dispõe deste serviço, segundo Quadro 11.

Quadro 11 - Investimentos previstos

DESCRIÇÃO ANO TIPO VALOR FONTE

Projeto de implantação de sistema de água e esgoto em áreas onde não dispõe destas infra estruturas 2014 A 903.294,10 PAC

Projeto de ampliação de sistema de água e esgoto 2014 A 762.998,20 BNDES

Fonte: Caema

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19.6 Análise financeira

Segundo informações da Caema, em 2013, verifica-se que as arrecadações representam 90,59% dos valores que são faturados, ou seja, o município tem um percentual relativamente baixo de inadimplência dos serviços prestados pela Caema. É possível observar que as receitas líquidas provenientes da indústria são os menores em 2013, foram pouco mais de três mil reais de arrecadação e apresentam 0% de inadimplência. As maiores receitas provêm do grupo residencial, cujo valor ultrapassou um milhão de reais. Foram utilizados para análise financeira os dados de arrecadação referentes ao ano de 2013 (Tabela 27).

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Tabela 27 - Faturamento da CAEMA

FATURAMENTO (R$/ANO) ARRECADAÇÃO (R$/ANO) Fat MUNICÍPIO CATEGORIA Fat Valor de Fat Valor Faturamento Faturamento Valor de Valor de Outros Arrecadação ADIMPLÊNCIA Outros Cancelamento Água de Esgoto Bruto Líquido Água Esgoto Valores Líquida Serviços BARREIRINHAS COM 391.193,92 104.532,63 25.874,98 521.601,53 6.653,87 514.947,66 351.269,86 82.649,85 27.327,75 466.067,15 90,51% BARREIRINHAS IND 633,3 2.533,20 164,85 3.331,35 - 3.331,35 - - - - 0,00% BARREIRINHAS PUB 247.688,73 54.286,54 7.898,03 309.873,30 - 309.709,31 238.329,22 52.568,94 47.594,23 348.949,75 112,70% BARREIRINHAS RES 1.389.073,67 80.498,20 71.109,64 1.540.681,51 17.159,67 1.523.521,84 1.185.692,88 57.368,58 67.486,63 1.315.227,58 86,30% TOTAL 2.028.589,62 241.850,57 105.047,50 2.375.487,69 23.813,54 2.351.510,16 1.775.291,96 192.587,37 142.408,61 2.130.244,48 90,60% Fonte: Caema

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19.7 Avaliação dos índices de perdas no sistema de abastecimento de água

A determinação do índice de perdas do sistema de abastecimento de água na sede do município de Barreirinhas foi realizada através da análise de dados fornecidos pela Caema, referentes ao consumo total de água faturado no período de um ano (2013), ou seja, o volume de água micromedido durante o período de um ano e dados sobre as vazões produzidas pelo sistema, que se referem à produção da ETA existentes.

Tabela 28 - Perdas no sistema de abastecimento de água

VOLUME VOLUME CONSUMO PERDAS RETIRADAS ANUAL ANUAL DE (REAL + VAZAMENTO PESSOAL MUNICÍPIOS PRODUZIDO FATURADO ENERGIA APARENTE) ANUAL (2013) (2013) ANUAL

X 1.000 m³ X 1.000 m³ % KWh EFETIVO TERCERIZADO Barreirinhas 2.086 774 62,91% 719.431 17 11 3 TOTAL 2.086 774 62,91% 719.431 17 11 3 Fonte: Caema

Segundo a Caema, o abastecimento de água tem uma perda de 62,91% no sistema, que pode ter como causas principais vazamentos em tubulações e quantidade de residências não contabilizadas seja por falta de hidrômetro ou por ligações que não são controladas pela Caema.

19.8 Problemas no abastecimento de água

Durante o processo de levantamento de informações junto à população foi constatou que 66% dos entrevistados consideram o sistema de abastecimento de água da sede do município adequado. Outros 13% relataram existir problemas no abastecimento de água, tais como: ocorre interrupção frequente no fornecimento de água, alterações na cor e cheiro da água, pouca pressão de água nas torneiras, demora na resolução de problemas no abastecimento da cidade, conforme Gráfico 33 e 34.

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Gráfico 33 - Relatos de problema no abastecimento de água

Problemas com Abastecimento de Água

21%

13% Não Existem 66% Existem Não Responderam

Gráfico 34 - Disponibilidade no abastecimento de água

Chega Água em sua Residência todos os dias

33% 48% Sim Não

19% Não Responderam

19.9 Outras verificações

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Durante o levantamento de informações com a população foram abordados assuntos sobre as propriedades físicas dos sistemas de abastecimento de água. De acordo com informações obtidas observou-se que 79% dos entrevistados responderam que a água fornecida em Barreirinhas não apresenta cheiro, outros 21% relataram que a água apresenta odor geralmente de cloro. Segundo a Caema, a qualidade da água tratada na Estação de Tratamento está dentro dos padrões estabelecidos, conforme Gráfico 35.

Gráfico 35 - Características da água

A água com presença de odor

21% Sim Não 79%

Além do odor, a cor da água também foi item de pesquisa para elaboração do estudo da qualidade da água em Barreirinhas. O questionário identificou que 11% da população a água chega às residências turva, segundo Gráfico 36. Existem, portanto, dois padrões distintos em termos de turbidez da água bruta captada: um característico do período de estiagem, com menores valores médios de turbidez e outro característico do período chuvoso com valores médios de turbidez maiores. Tais variações são bastante significativas da turbidez da água bruta captada certamente causam grande impacto na rotina operacional do sistema de tratamento, principalmente nos momentos de picos, conforme relatado pelos operadores.

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Gráfico 36 - Características da água

Presença de cor as água

30% Cristalina Turva 59% Não responderam 11%

19.10 Parâmetro legal

O sistema de abastecimento de água para população deve seguir diretrizes de acordo a Portaria do Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. A Portaria do MS no 2.914 de 2011 classifica a solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano, toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema público de abastecimento, incluindo fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontais e verticais, dentre outras (BRASIL, 2011). A portaria estabelece padrões de potabilidade da água do sistema de fornecimento, determina número mínimo coletas a serem realizadas as análises físicas, químicas, microbiológicas, radioatividade. Além disso, a portaria trás detalhamento para o padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano, conforme Quadros 12 e 13.

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Quadro 12 - Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano

Fonte: Brasil (2011)

Quadro 13 - Apresentação quantitativa das análises exigidas pela Portaria nº 2.914

Fonte: Brasil (2011)

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A portaria também, traz recomendações e orientações para os seguintes tópicos (BRASIL, 2011): a) Nos sistemas de fornecimento, em 20% das amostras mensais, para análise de coliformes totais, deve ser feita a contagem de bactérias heterotróficas e, quando excedidas 500 Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por ml, devem-se providenciar imediatas recoleta e inspeção local, sendo tomadas providências cabíveis, no caso de constatação de irregularidade. b) Para turbidez, após filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) ou simples desinfecção (tratamento da água subterrânea), a norma estabelece o limite de 1UT (Unidade de Turbidez) em 95% das amostras. Entre os 5% dos valores permitidos de turbidez superiores ao valor máximo permitido citado, o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5UT. Para isso, o atendimento ao percentual de aceitação do limite de turbidez deve ser verificado, mensalmente, com base em amostras, no mínimo, diárias para desinfecção ou filtração lenta e, a cada quatro horas, para filtração rápida, preferivelmente, no efluente individual de cada unidade de filtração. c) A água deve ter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5mg/L, após a desinfecção, mantendo, no mínimo, 0,2mg/L, em qualquer ponto da rede de distribuição, sendo recomendado que a cloração seja realizada em pH inferior a 8 e o tempo de contato mínimo seja de 30 minutos. d) O teor máximo de cloro residual livre recomendado é de 2,0mg/L. e) Garantir pH da água na faixa de 6,0 a 9,5 no sistema de distribuição. f) A água potável deve atender o padrão de potabilidade, para substâncias químicas que representam risco à saúde, conforme relação apresentada na Portaria MS nº. 2.914 de 2011. g) Parâmetros radioativos devem estar dentro do padrão estabelecido, porém, a investigação destes, apenas, é obrigatória, quando existir evidência de causas de radiação natural ou artificial.

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h) Monitoramento de cianotoxinas e cianobactérias deve ser realizado, seguindo as orientações de amostragem, para manancial de água superficial e padrões e recomendações estabelecidos na norma. i) A água potável, também, deve estar em conformidade com o padrão de aceitação de consumo humano, o qual está determinado na norma, sendo destacados, na Tabela 84, os valores para os parâmetros mais comumente analisados. O quadro 14 destaca os padrões aceitáveis para o consumo humano.

Quadro 14 - Lista parcial de parâmetros do padrão de aceitação para consumo humano

Fonte: Brasil (2011)

Dentro do contexto apresentado, as seguintes definições são consideradas (BRASIL, 2011): a) Cianobactérias: microrganismos procarióticos autotróficos, também denominados cianofíceas ou algas azuis, que podem ocorrer em qualquer manancial superficial, especialmente nos com elevados níveis de nutrientes, podendo produzir toxinas com efeitos adversos à saúde. b) Cianotoxinas: toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos adversos à saúde por ingestão oral, incluindo microcistinas, cilindrospermopsina e saxitoxinas. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 181

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c) Cloreto: presente nas águas naturais em maior ou menor escala, contém íons da dissolução de minerais. Em determinadas concentrações, confere sabor salgado à água. Ele pode ser de origem natural (dissolução de sais e presença de águas salinas) ou de origem antrópica (despejos domésticos, industriais e águas utilizadas em irrigação). d) Cloro residual livre: deve permanecer na água tratada até a sua utilização final. No tratamento, o cloro é utilizado como oxidante de matéria orgânica e para destruir micro-organismos. Quando aplicado, parte dele é consumido nas reações de oxidação e, quando as reações se completam, o excesso que permanece é denominado cloro residual. Teores positivos são desejáveis, pois é garantia de um processo de desinfecção eficiente. e) Coliformes totais: bactérias do grupo coliforme, bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5ºC em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ß -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo, podendo existir bactérias que fermentam a lactose e podem ser encontradas tanto nas fezes como no meio ambiente (águas ricas em nutrientes, solos, materiais vegetais em decomposição). Nas águas tratadas, não devem ser detectadas bactérias coliformes, pois, se isso ocorre, o tratamento pode ter sido insuficiente, ocorreu contaminação posterior ou a quantidade de nutrientes é excessiva. Espécies dos gêneros Enterobacter, Citrobactere Klebsiella podem persistir, por longos períodos e se multiplicarem em ambientes não fecais. f) Coliformes termotolerantes:a definição é a mesma de coliformes, porém, restringem- se às bactérias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2ºC em 24 horas; tendo, como principal representante, a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 182

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g) Contagem de bactérias heterotróficas: determinação da densidade de bactérias capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições pré- estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5ºC, por 48 horas. h) Cor: resulta da existência de substâncias dissolvidas, provenientes de matéria orgânica (principalmente da decomposição de vegetais – ácidos húmicos e fúlvicos), metais como ferro e manganês, resíduos industriais coloridos e esgotos domésticos. No valor da cor aparente, pode estar incluída uma parcela, devido à turbidez da água, sendo esta removida, obtém-se a cor verdadeira. i) Dureza: resultante da presença de sais presentes, com exceção de sódio e potássio. Nas águas naturais, a dureza é predominantemente, dada a presença de sais de cálcio e magnésio; no entanto, sais de ferro, manganês e outros, também, contribuem para a dureza das águas. A dureza elevada causa extinção de espuma do sabão, sabor desagradável e produz incrustações nas tubulações e caldeiras. j) Escherichia coli (E.Coli): é a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas (CONAMA nº 357/2005). k) pH: abreviação de potencial hidrogeniônico, que é usado para medir acidez ou alcalinidade de soluções, através da medida de concentração do íon hidrogênio (logaritmo negativo da concentração na solução). O pH 7 é considerado neutro, sendo, abaixo de 7, ácido, e, acima, alcalino. É um parâmetro importante, por influenciar diversos equilíbrios químicos que ocorrem, naturalmente, na água ou em unidades de tratamento de água. l) Turbidez: medida da capacidade de uma amostra de água em impedir a passagem de luz. Grau de atenuação de intensidade que, um feixe de luz sofre, ao atravessá-la, devido à presença de sólidos em suspensão, tais como partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos orgânicos, algas e bactérias.

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20 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO PREGIÇA

O termo qualidade da água é usado para descrever as características químicas, físicas e biológicas da água. É através da análise destas características que é verificado se a qualidade da água é adequada ao uso para o qual foi designada, de acordo com o estabelecido pela legislação pertinente. Em uma bacia hidrográfica, a qualidade da água é influenciada pelas atividades antrópicas, uso do solo e da água; e por fatores naturais, como o clima e a geologia. A qualidade da água é, portanto um indicador da qualidade ambiental da bacia. O monitoramento da qualidade das águas é composto de amostragem, análises físico- químicas e bacteriológicas (dependendo da sua utilização) e avaliação dos resultados obtidos, para que se possa acompanhar / avaliar o comportamento de determinados parâmetros, e assim proteger o Meio Ambiente de possíveis contaminações. Neste contexto, os objetivos do estudo da qualidade das águas são: a) Diagnosticar a qualidade da água do Rio Preguiça no trecho em que banha a cidade de Barreirinhas/MA e avaliar se está de acordo com o uso designado pela legislação; b) Identificar pelos pontos escolhidos para coletas atividades antrópicas (comerciais), principalmente o setor hoteleiro que podem estar contribuindo para alteração da qualidade água deste corpo receptor; c) Prognosticar, com base no diagnóstico, as alterações na qualidade da água advindas das atividades antrópicas; d) Subsidiar, com base no diagnóstico e prognósticos, a elaboração de futuros programas de monitoramento da qualidade da água. A avaliação da qualidade da água do Rio Preguiça a montante e jusante da cidade, a montante e a jusante de atividade(s) ou conjunto de atividade hoteleira / lazer / porto, foi realizada no dia 05 de agosto de 2014 (coleta) e entre 6 e 15/08/2014 investigação laboratorial, no intuito de conhecer as características das águas deste corpo hídrico nesta bacia hidrográfica, para servir de base na análise do Diagnóstico e Prognóstico do estudo denominado de Plano de Saneamento Básico do município de Barreirinhas/MA.

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De acordo com o quadro 15, os principais parâmetros padronizados pela RC 357/05 escolhidos para avaliação nesta fase foram:

Quadro 15 - Parâmetros para Água Superficial

Alumínio dissolvido Manganês total Cloreto Total Materiais flutuantes Cloro residual (combinado + livre) Nitrato Coliformes termotolerantes Nitrito Cor verdadeira Oxigênio dissolvido

DBO Óleos e Graxas Ferro dissolvido Sulfato total Fósforo total Turbidez

Estes parâmetros foram selecionados previamente com base na legislação vigente e também procurou-se escolher prováveis parâmetros gerados pelas atividades ribeirinhas. a) Requisitos Legais e Referências A Resolução Conama nº. 357/05 estabelece a classificação das águas doces, salobras e salinas segundo seu uso preponderante. Esta classificação é realizada considerando, principalmente, que o enquadramento dos corpos de águas deve estar baseado não necessariamente no seu estado atual, mas nos níveis de qualidade que deveriam possuir para atender às necessidades da comunidade, a saúde e o bem-estar humano e o equilíbrio ecológico aquático. Nesta Resolução, são classificadas, segundo seu uso preponderante, as águas doces, salobras e salinas. Para águas doces, tipos de água analisados neste estudo, existem cinco classificações conforme indica o quadro 16. Para cada classe de água, a resolução estabelece limites/condições máximas para os parâmetros físicos, químicos e biológicos.

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Quadro 16 - Classificação das Águas de Acordo com o Uso Preponderante, segundo a Resolução Conama nº. 357/05 CLASSIFICAÇÃO USO PREPONDERANTE

Águas destinadas: Classe especial ao abastecimento doméstico sem prévio tratamento ou simples desinfecção. à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas

Águas destinadas: ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho); Classe I à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas sem remoção de película; à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. Águas destinadas: ao abastecimento doméstico, após o tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; Classe II à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); à irrigação de hortaliças e plantas frutífera; à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas a alimentação humana. Águas destinadas: ao abastecimento doméstico após o tratamento convencional; Classe III à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; à dessedentação de animais. Águas destinadas: à navegação; Classe IV à harmonia paisagística; aos usos menos exigentes. Fonte: Conama (2005) De acordo com o que determina a Resolução Conama nº. 357/05, o Rio Preguiça classifica-se como corpos hídricos de Classe II.

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b) Características Físico-Químicas do Corpo Hídrico As águas superficiais estão sujeitas à descarga de poluentes devido a enxurradas, ou seja, materiais depositados no solo, tais como adubos orgânicos e minerais, inseticidas, estercos, lixos e excreções humanas, levados pelas águas de rolamento. Outras formas como resíduos industriais e infiltração de águas servidas também merecem cuidados e observação. As características físico-químicas e microbiológicas do Rio Preguiça são: Cloro Total sempre alto (todos os pontos), Ferro e Manganês alto em alguns pontos, DBO e Nitrato alto em apenas um ponto e pH alto em todos os pontos coletados. Quanto a Coliformes Termotolerantes, apareceu com valor superior ao permitido em apenas 2 pontos coletados, a montante e a jusante de um empreendimento hoteleiro, indicando que a contribuição não é do mesmo por já apresentar o mesmo valor a montante deste. O Rio é utilizado principalmente para abastecimento público e ainda para lazer (esporte náutico) transporte aquático de passageiros e turistas, irrigação, etc. Este levantamento foi realizado na primeira quinzena de agosto de 2014 numa única campanha, apenas para diagnosticar o atual status da qualidade da água do Rio Preguiça que comporá o Plano de Saneamento Básico em processo de elaboração. A investigação realizada, indica, como pode ser visto mais adiante, alterações apenas em alguns parâmetros, conforme mostrado no parágrafo anterior embora a coleta tenha sido realizada em dia de semana onde o fluxo de pessoas é menor que nos finais de semana. O processo de drenagem natural do município, com o arraste do solo (lixiviação) principalmente na zona urbana do município, e o descarte de esgoto in natura de alguns estabelecimentos comerciais/hoteleiros segundo relato de moradores, deveria contribuir para a alteração na qualidade do rio o que não se observou, a não ser aquele ponto onde apareceu um valor superior para coliformes termotolerantes. Um aspecto importante a ser considerado é a concentração de oxigênio dissolvido (OD), que se mostrou praticamente uniforme em todos os pontos analisados, com valores sempre bem superiores a 5mg/L. As características físicas da água com relação à Cor, Turbidez, pH e Cloretos, devem ser objetos de análise diária em se tratando do consumo humano se bem que a Cor e a Turbidez apresentaram valores bem inferiores ao padrão estabelecido pela Legislação. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br 187

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A Caema realiza captação no Rio Preguiça para abastecimento da cidade depois de tratar numa ETE para tal fim. O município não tem um acompanhamento sistemático de investigação laboratorial da água deste rio antes de ser levada a tratamento pela Caema. A Caema por sua vez, analisa a água depois de tratada, até porque há uma exigência do Ministério da Saúde para que conste na conta de água de cada consumidor o resultado das análises realizadas. A Prefeitura deveria manter um programa de acompanhamento / monitoramento do rio permanente, uma vez que a água é utilizada para consumo humano (população não coberta) e outros usos essenciais. Para esta campanha, selecionou-se no corpo receptor, 15 pontos distribuídos ao longo da margem direita do rio, sendo o primeiro, na entrada cidade e último depois da cidade e os demais distribuídos em pontos estratégicos com acentuado processo de urbanização, especialmente onde as atividades antrópicas são mais intensas. O Mapa em anexo, ao final apresentado, mostra os pontos onde foram coletadas as amostras. A tabela 29 apresenta os parâmetros e os pontos analisados.

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Tabela 29 - Tabela resumo dos parâmetros analisados e pontos de coleta d’água do monitoramento do Rio Preguiças – Município de Barreirinhas, Maranhão

Ensaio Unidade Limite P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 Alumínio (Al) mg/L 0,1 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Solúvel Cloretos mg/L 250 8,23 10,5 9,26 15,4 10,5 12,28 10,50 17,4 16,4 12,3 15,4 14,4 10,5 9,26 9,26 Cloro total mg/L 0,01 0,08 0,30 0,29 0,34 0,52 0,35 0,29 0,33 0,41 0,58 0,35 0,41 0,28 0,39 0,58 Coliformes NMP/100mL 1000 11 34 7 33 27 1600 1600 <2 <2 6 <2 8 <2 <2 <2 termotolerantes Cor real mg/L Pt-Co 75 21,4 22,5 25,5 27,5 27,3 28,0 27,3 29,5 29,5 29 30,5 30,5 31,2 31,4 28,6 DBO mg/L O2 5,0 2,53 2,95 3,55 2,08 4,63 3,63 4,24 4,69 3,82 4,42 4,66 6,19 2,87 3,28 1,42 Ferro (Fe) mg/L 0,3 0,257 0,256 0,273 0,272 0,236 0,343 0,310 0,440 0,236 0,322 0,389 0,085 0,009 0,396 0,06 Solúvel 0,05 Vide Fósforo total mg/L Legenda 0,01 0,02 0,05 0,03 0,01 0,04 0,02 0,06 0,04 0,02 0,04 0,04 0,03 0,03 0,54 (FT2) Manganês mg/L 0,1 <0,1 0,1 0,1 <0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,3 <0,1 0,1 (Mn) Total Materiais Virtualmente Flutuantes -- AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE ausentes (campo) Nitrogênio mg/L N- 10 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 1,3 <0,1 <0,1 0,5 1,8 18,3 <0,1 <0,1 <0,1 Nitrato NO3 Nitrogênio mg/L N- 1 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 < 0,01 <0,01 0,01 0,01 <0,01 Nitrito NO2 Oxigênio mg/L O2 > 5 6,9 7,2 7,1 7,0 6,8 6,8 6,9 7,2 7,6 7,6 7,5 7,6 7,2 7,7 7,5 dissolvido pH -- 6,0 a 9,0 5,9 5,6 5,4 5,1 4,9 4,9 4,8 5,3 5,1 5,3 5,2 5,2 5,2 5,2 5,4 Sulfatos mg/L 250 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 Turbidez UNT 100 4,74 6,76 5,41 3,90 3,40 4,37 5,02 4,83 4,57 3,68 4,11 3,70 5,2 4,42 4,06 Óleos e Graxas Totais mg/L -- AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE (Soxhlet) Fonte: Gestão Ambiental (2014)

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c) Análise Crítica da Qualidade da Água A avaliação dos resultados obtidos na água superficial na primeira quinzena de agosto de 2014 para o monitoramento, comparada com os padrões estabelecidos pela Resolução Conama 357 de 17/03/05 mostrou que o pH foi único parâmetro que apresentou resultados fora do Padrão em todas as amostras, podendo-se inferir que a acidez é característica natural do rio, pois os resultados encontrados ficaram entre 5,90 (máximo) e 4,9 (mínimo), inferior ao estabelecido pela legislação que é de 6,0 a 9,0. Outra constatação surpreendente foi para o parâmetro Coliformes Termotolerantes que apareceu em quase todos os pontos, valores bem inferiores ao permitido pela Legislação (11,0; 34,0;7,0;33;27;<2;<2;6;<2;8;<2;<2;<2 NMP/100ml). Apenas nos Pontos P6 e P7 os valores encontrados extrapolaram o valor permitido pela legislação (1600NMP/100ml). Convém ressaltar que este valor foi encontrado a montante e a jusante de um empreendimento hoteleiro, mostrando que a contribuição não é dele. A seguir apresenta-se os comentários sobre os parâmetros pH, Cloro Total, Ferro Solúvel, Coliformes Termotolerantes, Manganês, DBO e Nitrato padronizados pela RC 357/05 e análise crítica dos resultados analíticos obtidos. Os demais parâmetros se mantiveram dentro dos padrões estabelecidos por esta Resolução. d) pH O pH das águas naturais é geralmente governado pelo equilíbrio de dióxido de carbono – bicarbonato e varia de 6 a 9. Os resultados de pH podem ser afetados por substâncias húmicas ou alteração no equilíbrio de carbonato devido à bioatividade das plantas, e em alguns casos por sais hidrolisáveis. Os resultados de pH medidos no Rio, estão abaixo do limite estabelecido pela Resolução Conama 357/05.

e) D.B.O5 A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5), nas águas é de grande importância, pois determina o grau de poluição dos esgotos e dos resíduos industriais. É utilizada como uma medida aproximada da quantidade de oxigênio que é consumido na oxidação bioquímica da ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS matéria orgânica. Em ambientes aquáticos geralmente apresentam valores de DBO5 entre 1-10 mg/L de 02. O resultado obtido de DBO5 em apenas 1 ponto, ficou acima do padrão RC 357/05. f) CLORO RESIDUAL A cloração de água de abastecimento e águas poluídas serve primeiramente, para destruir ou desativar microrganismos patogênicos; um segundo benefício advindo ao uso do cloro, é a melhora de características físicas, químicas e organolépticas da água, devido a reação do cloro com amônia, ferro, manganês, sulfeto, e outras substâncias orgânicas presentes. O cloro livre reage com amônia e certos compostos nitrogenados formando o chamado cloro combinado, constituído por monocloroaminas, dicloroaminas e tricloreto de nitrogênio; a presença e a concentração dessas espécies é função direta da condição de temperatura, pH do meio e da relação inicial de cloro-nitrogênio. A cloração pode produzir efeitos indesejáveis, como o aparecimento de sub-produtos na forma de THM (trihalometanos) – com alto potencial carcinogênico, ou da liberação de gosto e odor, sobretudo, quando da presença de compostos fenólicos, devido a formação do cloro- fenol (cheiro de peixe podre). O cloro aplicado, quer na sua forma elementar, quer na forma de hipoclorito (OCl-) reage com água sofrendo hidrólise com produção de cloro livre (Cl2), ácido hipocloroso (HOCl) e íon hipoclorito (OCl-); a produção dessas diversas formas de cloro depende exclusivamente do pH. g) Manganês Pode ocorrer na forma solúvel ou em suspensão, algumas vezes em conjunto com sais de ferro. A ocorrência de Manganês no estado reduzido (Mn++) é mais frequente nas águas subterrâneas do que nas águas superficiais. Nas amostras coletadas para este estudo, em apenas 2 pontos os resultados obtidos para manganês apresentaram valores ligeiramente superiores ao estabelecido na RC 357/05. h) Nitrato/ Nitrito O nitrogênio em recursos hídricos pode se apresentar de diversas formas, como: nitrato (NO3), nitrito (NO2), amônia (NH3), nitrogênio molecular (N2) e nitrogênio orgânico.

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É um elemento indispensável para o crescimento de algas, quando em grande quantidade também pode levar a um processo de eutrofização de lagos e represas. No tratamento de esgotos sua presença também é indispensável para o crescimento de micro- organismos. Nas amostras coletadas para este estudo, em apenas 1 ponto o resultado obtido para nitrato apresentou valor acima do permitido pela RC nº 357/05. i) Ferro Dissolvido Nas águas naturais ocorre em concentrações diversas, pois depende da acidez a solubilização dos sais de ferro. Pode estar presente na água na forma dissolvido ou estado coloidal associado à matéria orgânica, algumas vezes acompanhada de manganês. A presença de ferro em excesso permite ainda o desenvolvimento de ferro-bactérias que sob certas circunstâncias podem transmitir à água odores fétidos e cores avermelhadas. j) Cloro Residual A cloração de água de abastecimento e águas poluídas serve primeiramente, para destruir ou desativar microrganismos patogênicos; um segundo benefício advindo ao uso do cloro, é a melhora de características físicas, químicas e organolépticas da água, devido à reação do cloro com amônia, ferro, manganês, sulfeto, e outras substâncias orgânicas presentes. O cloro livre reage com amônia e certos compostos nitrogenados formando o chamado cloro combinado, constituído por monocloroaminas, dicloroaminas e tricloreto de nitrogênio; a presença e a concentração dessas espécies é função direta da condição de temperatura, pH do meio e da relação inicial de cloro-nitrogênio. A cloração pode produzir efeitos indesejáveis, como o aparecimento de subprodutos na forma de THM (trihalometanos) – com alto potencial carcinogênico, ou da liberação de gosto e odor, sobretudo, quando da presença de compostos fenólicos, devido a formação do cloro- fenol (cheiro de peixe podre). O cloro aplicado, quer na sua forma elementar, quer na forma de hipoclorito (OCl -) reage com água sofrendo hidrólise com produção de cloro livre (Cl2), ácido hipocloroso (HOCl) e íon hipoclorito (OCl -); a produção dessas diversas formas de cloro depende exclusivamente do pH. ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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k) Coliforme As bactérias do grupo coliforme constituem o indicador de contaminação mais utilizado em todo o mundo, sendo empregado como parâmetro bacteriológico básico na definição de padrões para monitoramento da qualidade das águas destinadas ao consumo humano, bem como para caracterização e avaliação da qualidade das águas em geral. Os coliformes são definidos como bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, que fermentam a lactose com produção de ácido e gás em 48 horas a 35ºC. Neste grupo estão incluídos os gêneros: Citrobacter, Enterobacter, Klebsiella,Escherichia, etc., sendo que as bactérias do gênero Escherichia são exclusivamente de origem fecal e os demais membros do grupo coliforme podem ocorrer às vezes com relativa abundância no solo e mesmo em plantas. Uma grande vantagem da utilização dos coliformes como indicador de contaminação, é o fato de serem facilmente isolados da água e identificados. As técnicas bacteriológicas para a sua detecção são simples, além de rápidas e econômicas, o que pode permitir a sua aplicação em exames rotineiros para a avaliação da qualidade bacteriológica da água. l) Conclusão da Qualidade da Água A avaliação dos laudos de monitoramento em Anexo, demonstra que os que o rio apresenta boa qualidade com relação aos parâmetros analisados considerando as pequenas variações com referência a Legislação. O pH baixo é característica da água deste corpo hídrico. Os parâmetros que apresentaram valores fora do permitido foram em pontos distintos não caracterizando uma constante. A maioria dos parâmetros apresentaram valores bem abaixo do permitido pela legislação e o parâmetro Coliformes Termotolerante com valor superior ao permitido apareceu em apenas dois pontos não podendo ser considerado uma vez que foi realizada apenas uma coleta ao invés de 5 como determina a legislação. A nossa recomendação é para que a Prefeitura implante um programa de monitoramento permanente e assim possa manter o controle sobre a qualidade do rio Preguiças.

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21 VISÃO INTEGRADA DO PLANO MUNICIPAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS

O PMSB deve ser coerente com os princípios básicos da gestão de resíduos contemporânea que seriam: a) Real integração das políticas de saneamento básico na coleta e tratamento de efluentes líquidos e resíduos sólidos; b) Visão holística das externalidades associadas à gestão de resíduos e efluentes e elaboração de planos de monitoramento mais eficientes e realistas de corpos de água receptores; c) Gestão integrada com visões de médio e longo prazo, incorporando tanto a vida útil do projeto de aterro sanitário, rede de coleta de esgotos e estações de tratamento, quanto planos de monitoramento pós-operação; d) Incorporação das etapas de Redução - Reciclagem - Geração de Energia - Deposição em Aterro Sanitário. Esta sequência pode ser considerada como uma hierarquia a ser seguida; e) Elaboração de cenários mais aperfeiçoados sobre a dinâmica de uso e ocupação do solo do entorno, considerando que essa dinâmica é fundamental no estabelecimento na tipologia e volume de resíduos sólidos e efluentes líquidos.

21.1 Ações preventivas e corretivas a serem praticadas

a) Estudos de viabilidade econômica, b) Integração do PMSB na legislação de uso e ocupação do solo, c) Integração do PMSB nas políticas de sustentabilidade ambiental municipais e metropolitanas, d) Integração com os planos e políticas de governo em todos os níveis.

21.2 Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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a) Elaborar programas integrados com o poder municipal, empresas para redução de volume de resíduos, b) Determinar que tipos de resíduos devem ser levados ao aterro sanitário, c) Estabelecer ações de reaproveitamento - exemplo é o beneficiamento de resíduos da construção civil, que seriam reaproveitados e não encaminhados ao aterro sanitário, d) Estabelecer programa de compostagem de material vegetal oriundo de poda, que seria encaminhado para locais específicos e não ao aterro sanitário

21.3 Princípios norteadores para elaboração de Projeto de Destinação Final de Resíduos e Instalação de Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos

21.3.1 Aspectos gerais

A incorporação dos conceitos de gestão integrada reduziu o número de aterros sanitários nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), por exemplo, apesar do aumento no volume de resíduos. Como resultado, o número de aterros sanitários caiu de 8.000, em 1988, para 1.650 em 2005. Além da redução do número de aterros foi também reduzida a porcentagem do volume total de resíduos sendo levada para os aterros, que atingiu, em 2005, apenas 54% do total de resíduos gerados pela sociedade americana. No caso dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos a integração é fundamental para evitar a criação de redes isoladas atendendo bairros específicos ou áreas de baixa densidade populacional. Essa fragmentação do sistema elimina os ganhos decorrentes de uma economia de escala e dificulta a sua gestão e manutenção.

21.3.2 Identificação das áreas favoráveis para a disposição

A escolha dos sítios de aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto depende da tecnologia a ser utilizada e da necessidade do PMSB. Será afetada também pelo perfil dos

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS resíduos e efluentes, e percepções dos grupos de interesse envolvidos e da sociedade civil organizada.

21.3.2.1 Aspecto político

A importância de conquistar a confiança do cidadão na classe política, governo, e tecnologias a serem utilizadas. Dificilmente aspectos políticos impedem a execução do projeto, mas são capazes de fazer com que seu licenciamento e outorgas entrem em litígio sem fim.

21.3.2.2 Aspecto econômico

Aplicar com visão crítica as análises de custo e benefício, pois os benefícios são geralmente mais amplos (atingem uma maior parcela da população), mas os custos geralmente ocorrerão em escalas populacional e espacial mais restritas.

21.3.2.3 Aspecto ético

Garantir o monitoramento do processo de elaboração e implantação do PMSB quanto a necessidade de considerar se os ônus do mesmo não estão sendo distribuídos de forma desigual (unilateral) e prejudicando classes sociais mais desfavorecidas. Por exemplo, instalação do Centro de Tratamentos de Resíduos (CTR) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) em bairros pobres da periferia.

21.3.2.4 Aspecto técnico

A análise técnica e elaboração de cenários de demanda e adequabilidade de sítios implantação de CTR e ETE devem obedecer uma análise técnica que contemple também análises de risco e impacto ambiental potencial , e que proponha programas de mitigação,

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS monitoramento e manejo. Ter consciência de que a abordagem técnica não será necessariamente objetiva e imparcial.

21.3.3 Seleção de sítio para instalação de unidade de tratamento e disposição final de resíduos e efluentes

A seleção de sítios deverá levar em conta as seguintes variáveis, indicadores e instrumentos: a) Modelo conceitual de gestão de resíduos e efluentes proposto, b) Diagnósticos e banco de dados atuais, c) Participação do poder público na elaboração e discussão dos objetivos e metodologias do PMSB, d) Topografia de sítio adequada para o modelo de CTR e ETE adotado, e) Natureza do financiamento do projetos técnicos, f) Dimensões de poligonal, g) Propriedade de poligonal, h) Natureza dos resíduos e efluentes (se industriais ou domésticos), i) Volume diário previsto de resíduos e efluentes, j) Apresentação e discussão dos projetos técnicos com população, k) Distância de transporte do resíduo e extensão de rede de coleta, - Viabilidade de acesso rodoviário para CTR, - Viabilidade de acesso ferroviário para CTR, - Proximidade de corredores de infraestrutura (energia e recursos hídricos para CTR), - Plano de controle de chorume, com especificação de localização de ETE, - Plano de controle de emissão de gases para CTR e ETE, - Plano de controle de drenagem de entrada e saída para CTR, - Plano de monitoramento de contaminação hídrica potencial para CTR e ETE,, - Plano de mitigação e recuperação ambiental, - Projeto de educação ambiental e relações públicas com comunidade, ______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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21.4 Modelo conceitual da dinâmica urbana de Barreirinhas

A dinâmica urbana é aqui conceituada como as características espaciais e temporais das áreas de maior concentração de população, infraestrutura e serviços. A premissa é de que cada cidade apresenta peculiaridades em função de suas características geográficas e socioeconômicas. Dessa maneira a elaboração de um modelo conceitual de referência é parte fundamental para o entendimento de como as estas peculiaridades afetam a produção e gestão de resíduos sólidos e saneamento ambiental de uma forma geral. Importante esclarecer que existe uma característica em comum entre a maioria das cidades brasileiras, que é o seu alto grau de informalidade, representada pelo planejamento precário de vias, áreas de lazer e de uso comunitário, e a um alto nível de descumprimento de normas urbanísticas de edificação e de uso e ocupação do solo. O IBGE distingue áreas formais de informais apenas pela ocorrência de titularidade de imóvel e existência de saneamento básico. Por esse critério, áreas metropolitanas, como a cidade de São Luís apresentariam apenas 20% de informalidade. Contudo, se consideramos critérios como condições de trafegabilidade e disponibilidade de áreas públicas e de lazer, e padronização de lotes e áreas edificadas, esta porcentagem vai acima de 60%. Outra característica geral, dessa vez para áreas urbanas de quase todo o mundo, é a de que as áreas próximas dos sítios de maior importância logística ou econômicas serão aquelas que apresentarão(ou apresentaram) as melhores condições urbanísticas e de saneamento básico. Obedecendo a essas características gerais temos a área urbana formal da cidade restrita à região nobre do Beira Rio e adjacências, refletindo as condições de logística e acesso do porto original da cidade. O restante da área urbana e entorno caracteriza-se pela urbanização informal ao longo da principal rodovia de acesso, e ao longo de trilhas não pavimentadas.

21.4.1 Especificidades Municipais para Aperfeiçoamento de Modelo Conceitual da Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo de Barreirinhas

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Dois aspectos específicos essenciais do município de Barreirinhas foram identificados na atual fase de diagnóstico. São eles: (i) a densidade populacional diretamente correlacionada com as unidades de paisagem municipais dominantes e, (ii) a característica de várzea de marés do rio Preguiças.

21.4.1.1 A concentração populacional na porção central do município

A maior densidade populacional, considerando a localização da sede e maior número de povoados, do município é observada em sua porção central. A explicação para o fato está que a região litorânea é praticamente ocupada por campos de dunas móveis, com o agravante de serem unidades de conservação de uso direto proibido (no caso do Parque Nacional dos Lençóis) e uso restrito (no caso da Área de Proteção Ambiental dos Pequenos Lençóis). A região sul, caracterizada por tabuleiros (chapadas) e vales estreitos e profundos, tem a sua população praticamente toda restrita aos talvegues dos dois cursos de água principais que são o Rio Preguiças e o rio Cocal. O topo das chapadas, em função da sua deficiência em recursos hídricos de superfície é praticamente desabitada. A importância desse padrão geográfico para a estruturação do PMSB está no fato de que a região central é a de maior potencial de geração de resíduos e efluentes líquidos, e consequentemente aquela com o maior potencial de geração de impactos ambientais negativos e comprometimento da qualidade de vida da população.

21.4.1.2 O status hidrodinâmico de Várzea de Marés

Outro fator estratégico de importância fundamental para a questão do saneamento básico é o status hidrodinâmico do rio Preguiças, que tem às suas margens a sede municipal e os principais povoados de Sobradinho, Laranjeiras, São Domingos, Mandacaru e Atins. Nesse trecho do rio Preguiças apresenta o fenômeno das marés dinâmicas, caracterizado pela existência de preamares e baixamares em decorrência do represamento da descarga fluvial pelas águas oceânicas. Esse ambiente é comum na região norte brasileira e é denominado de

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRINHAS várzea de marés, para distingui-lo dos estuários salinos (as regiões expostas ao fenômeno da maré dinâmica não tem salinização de suas águas). A importância do status de várzea de marés o saneamento básico municipal decorre do fato de que além da ocorrência de preamares e baixamares em ciclos de aproximadamente e seis horas, ocorre também a inversão no sentido de fluxo de jusante para montante nas marés de enchente e de montante para jusante nas marés de vazante. A inversão de fluxo, portanto, compromete a clássica disposição fluvial de situar os pontos de lançamento de efluentes à jusante dos pontos de captação de água para abastecimento público, pois as posições de jusante e montante se invertem ao longo do ciclo de marés. Desconhece-se o nível de comprometimento da qualidade de água do sistema de abastecimento público e a capacidade de diluição dos efluentes líquidos do rio Preguiças em decorrência do fenômeno de inversão de fluxo. Para tanto está sendo desenvolvido no presente PMSB um sistema de monitoramento de águas superficiais que permita avaliar a significância desse comprometimento.

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22 DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA GESTÃO INTEGRADA DE PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO EM BARREIRINHAS

Os desafios de gestão de saneamento básico Barreirinhas podem ser classificados em diferentes escalas. A seguir identificaremos os principais desafios em grande, média e micro escala. Na escala macro temos os problemas de execução de políticas públicas de saneamento básico e resíduos sólidos. Um sofisticado sistema de leis e normas fundamenta as políticas públicas brasileiras de programas de saneamento básico, que incluem a gestão de resíduos líquidos e sólidos. A implementação dessas políticas é comprometida, contudo, pelas deficiências das administrações federal, estaduais e municipais em recursos financeiros e humanos. Na escala média temos como principal problema o alto índice de área urbana informal da maioria das cidades brasileiras, caracterizada por baixa padronização de infraestrutura viária, de saneamento básico, serviços e lazer. Considerando que a eficiência de serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos e líquidos das fontes geradoras até aterros sanitários e estações de tratamento de esgotos é diretamente afetada pela urbanização informal, cidades que apresentam altas porcentagens de urbanização informal enfrentarão problemas maiores de execução de seus programas de saneamento básico. Na escala micro temos como principal desafio o baixo nível de informação da população local em relação ao correto destino de resíduos sólidos e sobre a importância de prevenção da poluição de corpos hídricos de superfície e subterrâneos. Na maioria das cidades do interior maranhense o lixo é depositado ao longo das principais rodovias de acesso às cidades, logo na sua entrada principal; e os esgotos são lançados n natura nos cursos de água. Padrão semelhante pode ser observado na maioria da área urbana de Barreirinhas.

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SANTOS, J. H. S. et al. Monitoramento do campo de dunas dos Lençóis Maranhenses – MA. In: ENCONTRO DE GEÓGRAFOS DA AMÉRICA LATINA, 12., 2009, Montevideo. Anais... Montevideo, 2009.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO. Diagnóstico dos serviços de água e esgotos. 2013. Disponível em:

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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. Acesso em: 10 jul. 2014.

UNIVERSIDADE ESATADUAL DO MARANHÃO. Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos do Maranhão. Chuvas no Maranhão. Boletim Meteorológico, São Luís, jul. 2004. Disponível em: . Acesso em: 19 jun. 2014.

VALLADARES, C. C. et al. Aptidão agrícola do Maranhão. Campinas: Embrapa, 2005.

VIANELLO, R. L.; ALVES, A. R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: Imprensa Universitária, 1991.

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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ANEXO

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ANEXO A - Mapas

Figura 1 - Vista aérea com a localização dos pontos de coleta d´água – Ponto 1 (padrão – montante da cidade) ponto a montante da cidade

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Figura 2 - Vista aérea com a localização dos pontos de coleta d´água. Demais pontos até o ponto a jusante da cidade

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Pontos Coordenadas Padrão – montante da cidade X 732929.00 Y 9683711.00 Padrão 2 X 737445.65 Y 9693510.42 Pousada Murici - montante X 740725.24 Y 9695552.44 Pousada Murici - jusante X 740694.23 Y 9695659.19 Resort Porto Preguiça - montante X 740371.37 Y 9696998.80 Resort Porto Preguiça - jusante X 740205.24 Y 9697377.25 Curva do Rio X 743658.59 Y 9697903.41 Píer X 742103.20 Y 9696339.55 Beira Rio X 741701.84 Y 9695684.90 Resort Murard X 743673.23 Y 9696347.55 Flat Franere X 744116.06 Y 9696660.74 Restaurante Bambauê X 744579.31 Y 9696967.22 Pousada X 746704.70 Y 9697796.17 Ponto – jusante da cidade X 748370.00 Y 9698435.00

______Rua Maria Pandu 08 Olho de Porço – Raposa/MA CEP 65.138-000 (Escritorio): Rua dos Angelins, Quadra J, N. 04A-1 - Renascença I - Săo Luís / MA, CEP: 65.076-030 (+55 98) 3083-5449 / 3088 0093 - E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br

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EQUIPE TÉCNICA

José Renato Marques Borralho Junior - Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental - CREA: 8917D/MA

José Pereira de Alencar Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria CRQ 11200021 – 11ª REGIÃO

Anderson Pires Ferreira Biólogo - CRBio 77596/05D

Telma Costa Thome Administradora, Especialista em Gestão Pública e Planejamento Estratégico

Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos Biólogo, PhD em Ciências Ambientais

Valéria Galdino Silva e Silva Engenheira Ambiental

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Marcelo H. B. Costa de Alencar Engenheiro Civil, Mestre em Saúde e Ambiente

Yury Maciel Couto Engenheiro Ambiental

Samme Sraya Oliveira Santos Produtora de Eventos

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