Delimitação De Áreas De Reabilitação Urbana De Amora, Arrentela, Aldeia De Paio Pires E Seixal Memória Descritiva E Justificativa
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Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal memória descritiva e justificativa Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO DE ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DA BAIA DO SEIXAL AO ABRIGO DO DECRETO-LEI Nº307/2009, DE 23 DE OUTUBRO ALTERADO PELA LEI Nº32/2012, DE 14 DE AGOSTO. CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL | Gabinete Valorização da Baia do Seixal | 08_2013 # 2 Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal INDICE: INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 ENQUADRAMENTO JURIDICO .............................................................................................. 6 Ficha por ARU | fontes: Estudo Risco Sísmico / Minha Terra co(m a)rroios, Lima, Manuel A.S., Plátano Editora, 2001 ........................................................................................ 9 ARU de Amora ....................................................................................................................... 9 ARU de Arrentela ................................................................................................................. 10 ARU de Aldeia de Paio Pires ............................................................................................... 11 ARU do Seixal ...................................................................................................................... 12 QUADRO DOS BENEFICIOS FISCAIS E FINANCEIROS................................................ 20 CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL | Gabinete Valorização da Baia do Seixal | 08_2013 # 3 Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal INTRODUÇÃO “A reabilitação urbana assume-se hoje como uma componente indispensável da política das cidades e da política de habitação, na medida em que nela convergem os objetivos de requalificação e revitalização das cidades, em particular das suas áreas mais degradadas, e de qualificação do parque habitacional, procurando-se um funcionamento globalmente mais harmonioso e sustentável das cidades e a garantia, para todos, de uma habitação condigna.” Esta referência é expressa no Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de Outubro, agora alterado pela Lei nº 32/2012 que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana e que conjugado com o novo Regime de Arrendamento Urbano, se espera que venha a introduzir a motivação necessária para a implementação de medidas com vista a agilização e dinamização da reabilitação urbana, promovendo o investimento dos particulares tendo como um dos objetivos principais a qualificação do tecido urbano consolidado. Desafio que exigem um compromisso por parte de todos os agentes implicados, públicos e privados, que permita canalizar as forças e os recursos numa direção comum de reabilitação efetiva dos seus núcleos urbanos antigos, por via de estratégias de reabilitação centradas nas áreas verdadeiramente necessitadas e segundo uma flexibilização e simplificação dos procedimentos da reabilitação urbana. A aposta na consolidação, reabilitação e valorização dos tecidos já existentes é premente. A regeneração urbana dos núcleos históricos do Município do Seixal é incontornável, contribuindo a recuperação do parque edificado para a diversificação de usos; revitalização do comércio tradicional; aumento de capacidade de captação de novas atividades económicas; instalação de equipamentos sociais e culturais e rejuvenescimento económico. “Por área de reabilitação urbana, (ARU), designa-se a área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência, degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, justifique uma intervenção integrada, através de uma operação de reabilitação urbana aprovada em instrumento próprio.” CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL | Gabinete Valorização da Baia do Seixal | 08_2013 # 4 Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal A proposta de ARU’s surge como um incentivo aos proprietários, no sentido destes reabilitarem os seus imóveis, contribuindo assim para a revitalização dos núcleos urbanos antigos e consequentemente toda a frente ribeirinha. Estas ações devem assim contribuir, de forma articulada, para a prossecução dos principais objetivos gerais: a. Reabilitar tecidos urbanos em degradação; b. Promover a reabilitação dos edifícios que se encontram degradados ou funcionalmente inadequados, bem como melhorar as suas condições de habitabilidade, podendo promover a eficiência energética; c. Qualificar e integrar as áreas urbanas, promovendo a coesão social e a coesão territorial, bem como a sustentabilidade em as suas vertentes, nomeadamente ambiental e económica; d. Assegurar a salvaguarda do património cultural e edificado; Ao promover a delimitação das áreas de reabilitação urbana o Município compromete-se com o objetivo de valorizar o património urbano existente. CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL | Gabinete Valorização da Baia do Seixal | 08_2013 # 5 Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal ENQUADRAMENTO JURIDICO Regime Jurídico de Reabilitação Urbana. O Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro, considera como objetivo central a implementação de um regime que proceda ao enquadramento normativo da reabilitação urbana ao nível programático, procedimental e de execução, delimitando as áreas de intervenção e a definição, pelo município, dos objetivos da reabilitação urbana destas áreas e os meios adequados para a sua prossecução. Parte-se assim de um conceito amplo de reabilitação urbana e confere-se especial relevo não apenas à vertente imobiliária ou patrimonial da reabilitação mas à integração e coordenação da intervenção, salientando-se a necessidade de atingir soluções coerentes entre os aspetos funcionais, económicos, sociais, culturais e ambientais das áreas a reabilitar. A Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto procede à primeira alteração deste diploma, e cujo objeto, tal como referido no seu artigo primeiro visou aprovar “medidas destinadas a agilizar e a dinamizar a reabilitação urbana”. Sendo exemplo disso a simplificação e flexibilização da aprovação da delimitação de áreas de reabilitação urbana, esta aprovação pode ser feita sem ser em simultâneo com a aprovação da operação de reabilitação urbana, impondo, no entanto, um prazo de caducidade de 3 anos se não for aprovada a correspondente operação de reabilitação. A delimitação de uma área de reabilitação urbana tem como efeitos a obrigatoriedade de definição dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais sobre o património, designadamente o imposto municipal sobre imóveis (IMI) e o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT) e confere aos proprietários e titulares de outros direitos, ónus e encargos sobre os edifícios ou frações nela compreendidos o direito de acesso aos apoios e incentivos fiscais e financeiros à reabilitação urbana, sem prejuízo de outros benefícios e incentivos relativos ao património cultural. CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL | Gabinete Valorização da Baia do Seixal | 08_2013 # 6 Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal A delimitação da ARU em instrumento próprio é uma prerrogativa da Assembleia Municipal sob proposta da Câmara Municipal, nos termos do art.º 13º do Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro, na redação que lhe foi dada pela Lei nº 32/2012, de 14 de agosto. A cada ARU, corresponde uma operação de reabilitação urbana, enquadrada pelo respetivo instrumento de programação. Delimitação e Fundamentação das ARU’s. A proposta de delimitação das ARU’s correspondem na sua génese aos quatro núcleos urbanos antigos do Município do Seixal, pelo que se consideraram os mesmos critérios urbanísticos (escala dos aglomerados, coerência morfológica, sedes de freguesia) subjacentes à delimitação destes com ligeiras adaptações ao cadastro rústico, bem como a disseminação e interdependência das ações programadas para estas áreas, carentes de melhoria e revitalização urbana de infraestruturas. As ARU’s de Amora, Arrentela e Seixal têm como elemento agregador a Baía devido à sua localização geográfica, sendo o núcleo de Aldeia de Paio Pires mais distante e isolado. É espectável que as ações a realizar em cada ARU contribuam para reforçar a identidade de cada um dos núcleos antigos e simultaneamente sejam potenciadores da criação de uma imagem da Baía do Seixal. Esta delimitação resulta em quatro áreas de reabilitação urbana: Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal com vista a posterior aprovação das respetivas operações de reabilitação urbana. Pretende-se que a dinâmica da reabilitação do edificado em conjunto com a regeneração do espaço público, crie uma dinâmica de motivação geradora de iniciativa e confluência de interesses, na renovação do edificado, na renovação do comércio local e serviços de proximidade, na atração de novas atividades económicas e de novos residentes. A aprovação destas ARU’s criará para o Município, enquanto entidade gestora, o compromisso da sua execução. Ao mesmo tempo criará expectativas da parte dos proprietários face à participação e de direito a apoios e incentivos fiscais e financeiros e também acesso fácil e desburocratizado