A Trajetória Política De Juca Chaves Entre a Sátira Musical E O Show Solo De Humor (1960 - 1979)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MATHEUS ALVES SILVA GONÇALVES O MENESTREL MALDITO NO CAMINHO DA CENSURA: A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JUCA CHAVES ENTRE A SÁTIRA MUSICAL E O SHOW SOLO DE HUMOR (1960 - 1979) GOIÂNIA 2020 MATHEUS ALVES SILVA GONÇALVES O MENESTREL MALDITO NO CAMINHO DA CENSURA: A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JUCA CHAVES ENTRE A SÁTIRA MUSICAL E O SHOW SOLO DE HUMOR (1960 - 1979) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás (UFG) para a obtenção do título de Mestre em História. Linha de Pesquisa: História, Memória e Imaginários Sociais. Orientador: Prof. Dr. Jiani Fernando Langaro. GOIÂNIA 2020 Invoco o riso daqueles que perceberam o ridículo da seriedade. O riso é o lado de trás e de baixo, escondido, vergonha das máscaras sérias: nádegas desnudas de faces solenes. É só por isso que ele tem uma função filosófica e moral. O riso obriga o corpo à honestidade. Rimo sem querer, contra a vontade. Ele nos possui e faz o corpo inteiro sacudir de honestidade, como demônio brincalhão, Exu… Rubem Alves, 1981. Cada dia eu vou conquistando novos inimigos. Mas eu sou um menestrel do povo. E o que importa pra mim é a amizade dos que me compreendem: a gente do povo. Juca Chaves, 1963. AGRADECIMENTOS A insubordinada ansiedade pela qual fui acometido durante momentos da escrita desta dissertação, levou-me a imaginar por diversas vezes como se daria a redação dos agradecimentos do trabalho e, ulteriormente, a possível celebração do fechamento dessa etapa da vida acadêmica. Acredito eu que isso ocorra por serem essas as horas em que é objetivamente possível externalizar e deixar gravado aos que estão à minha volta, a importância que eles têm no cumprimento de uma árdua jornada. A gratidão, palavra substancial que tem sido banalizada nessa vida de artificialismos, segue como combustível ímpar para construir as relações e o mundo em que acredito. Todas as pessoas a seguir contribuíram de algum modo para que hoje eu estivesse aqui, vencida a ansiedade e os temores, gravando em documento uma peça sincera de gratidão. Eu não estive sozinho e por isso consegui. À minha avó Carmem Alves Silva, por ser o meu grande exemplo de vida, a pessoa mais importante no incentivo à leitura, no estímulo à escrita, no inicial desenvolvimento de muitas ideias, na escuta, nas conversas sobre muitos aspectos da vida humana - entre eles, os risíveis. Agradeço. Ainda que as minhas palavras nunca consigam expressar o quanto devo a ela, pois é de fato a grande responsável por tudo, agradeço. À minha mãe Mara Rubya Alves Silva pelo cuidado, pelo carinho, pela preocupação, pela presença, pela dedicação e o apoio incondicional de toda uma vida. Sem ela, sem a sua participação direta, um mestrado nunca teria acontecido. Ao meu irmão Moisés Alves, pelas conversas sobre o riso, o humor, os processos reconstrutivos da arte, a Campanha da Legalidade, e muitos outros temas que me fizeram refletir enquanto este trabalho era gestado. Aqui aproveito para agradecer também à Olímpia, a nossa cadelinha irmã que por ser parte desse núcleo familiar, se fez presente em meu itinerário com os seus latidos, as suas fugas e o seu carinho diário. À minha companheira Thalita Santana, a pessoa que mais ouviu sobre esta dissertação, dia após dia, a cada descoberta, a cada decepção, a cada reviravolta. Aguentou bravamente, trouxe luz em dias nebulosos, propôs ideias e me ajudou a continuar a despeito dos problemas. Compartilhar esses anos ao seu lado tornou a dinâmica mais suportável. Foi ela quem colaborou com a transcrição de boa parte das piadas analisadas no trabalho. Ouviu-me rindo madrugadas adentro, enquanto eu examinava os discos e teve que me escutar reproduzir, por conta própria, muitas dessas piadas. Foi uma guerreira. Sou muito feliz e grato por tê-la ao meu lado e espero que ela não vá embora, tendo em vista que agora devo parar de falar tanto do Juca Chaves. Aos meus sogros Rosana e Roberto, por terem acompanhado com muita generosidade a reta final desse percurso e me proporcionado ótimas conversas que ajudaram a espairecer. Ao meu orientador, o Prof. dr. Jiani Fernando Langaro, que acreditou neste trabalho quando no horizonte só havia incerteza. Sou grato pela dedicação nas orientações, pelos conselhos, pelas referências, pela paciência e pela disponibilidade. Não à toa, durante os anos de mestrado me senti privilegiado por ter como orientador alguém tão competente e admirável que, por conseguinte, só me trouxe lições importantes. Ao meu amigo e colega Dianari pelas conversas acolhedoras e proveitosas, que sempre mostravam a importância de também utilizar a pós-graduação como terreno de cultivo para grandes amizades. Dividir com o Dianari muitas angústias desse processo, me fez mais forte. O mesmo eu devo ao meu grande amigo Gustavo Oliveira, com quem entrei junto no mestrado. As profundas conversas e as três demoradas partidas de sinuca na lanchonete do DCE (temos que admitir logo que a sinuca não é a nossa área) serviram, cada uma a sua maneira, para aliviar a tensão e partilhar as experiências na pós-graduação de um modo que o fardo ficasse mais leve. A divisão desse fardo também teve a participação fundamental do meu amigo e colega Vinícius Gade, outro com quem estive desde o início do processo seletivo. Os nossos diálogos desesperados, a nossa apreensão com a vida acadêmica, com a conjuntura política… Eu também guardarei com muita estima. À minha grande amiga Sabrina Costa Braga, quem nunca deixou de me ajudar quando aventadas as dificuldades do universo da pós-graduação, seja corrigindo texto, sugerindo referências ou me aconselhando de um modo geral. Prometo a ela que em breve darei mais atenção a um certo texto do Freud. Ao meu amigo de todas as horas, Marcos Dourado, pelo apoio com as contendas do mundo digital, pelas conversas sobre o humor e pela amizade de muitos anos. Ao professor Sebastião Carlúcio, da Faculdade de Letras, que ainda quando eu cursava História na UFG de Jataí, me ouviu falar da vontade de trabalhar com humor e apresentou-me Bakhtin, teórico que ainda hoje integra este trabalho. Aos amigos do prédio do Alice Barbosa, que me possibilitaram passar por grande parte dessa fase com muita diversão, acolhimento e companheirismo: Leidiane, Eder, Erica, Ailton, Jordana, Rodrigo, Beatriz, Eldair e Micaelly. À Sckarleth Martins e Augusto Cechin, amigos que muito admiro e que, além do constante incentivo, me explicaram pela primeira vez a dinâmica de funcionamento de uma pós-graduação na UFG. Com eles dividi também momentos de muita alegria em encontros no Alice Barbosa e no Itatiaia, sempre com boas e importantes doses de violão. Ao João Pedro Aguiar e ao Marcos Cardoso, pelo companheirismo, pelas indicações de artistas, pelas conversas sobre (e com) música e pelo apoio permanente. Às minhas amigas e colegas Marcela Faria e Allinny Raphaelle, pelas muitas vezes em que juntamos nossas forças para respirar em meio aos percalços cotidianos. Ao José Wagner, grande artista, o mais talentoso imitador que já conheci e de quem me aproximei, justamente, através do interesse em comum pela comédia. Espero que um dia ele seja descoberto por algum projeto melhor que a Roda OS!. Ao Tiago Araújo, parceiro de composição e construção musical, criador de grandes arranjos e que, além de tudo, me ajudou na análise de algumas das sátiras aqui apresentadas. Ao Thiago William, amigo e parceiro de música, que acompanhou muito dos meus estudos e processos de escrita. À tia Maysa Rosário, que, ao me levar em saraus ainda pequeno, tornou-se uma das maiores responsáveis pelo meu apreço por temáticas artísticas. Tia Maysa foi uma das pessoas que mais comemorou o meu ingresso no mestrado, mas partiu antes de me ver concluí-lo. Esse trabalho é também em sua homenagem. Ao meu falecido tio Maurílio Alves, pelo enorme apoio quando me mudei para Goiânia e por ter passado a me presentear com DVD’s de humoristas assim que soube do meu interesse por comédia na pré-adolescência. Ao tio Wanderson Silva, que também partiu enquanto eu trilhava este caminho. Tio Wanderson me apoiou como pôde quando me mudei para Goiânia. À professora Luciana Miranda, que nos deixou no ano passado. A professora foi de suma importância para este trabalho, haja vista suas ponderações em simpósios temáticos e conversas pelos corredores da Faculdade de História. Houve momentos em que as suas palavras me ajudaram a recobrar as energias para seguir pesquisando. Ao amigo cuiabano Rodivaldo Ribeiro, que faleceu neste ano terrível, um dos mais geniais e engraçados seres humanos que já tive o prazer de conhecer. Rodivaldo foi uma das primeiras pessoas com quem pude conversar sobre o stand-up comedy e a cena humorística do Brasil entre 2009 e 2010. Nossos diálogos ressoam também nesta dissertação. Às primas Márcia Eglê Benevides e Cláudia Santana, que desde a minha chegada em Goiânia me acolheram e me apoiaram em diversos momentos. Ao Danilo Cohen, pelas muitas conversas sobre arte e humor e ao nosso antigo DefecacÊ, a experiência de programa de esquetes virtuais - realizada em Jataí entre 2012 e 2013 -, que marcou profundamente o meu vínculo com a comédia. A todos os integrantes do Coletivo CUPIN (Cultural Popular e Independente) que esteve ativo na UFG em anos anteriores e se empenhou para ocupar os espaços do campus Samambaia mesclando arte e política. Ao seu Mário, trabalhador terceirizado da UFG, que, com o seu conhecimento, me ensinou muito sobre a vida na Universidade. Se não houvesse o seu Mário e muitos outros trabalhadores “invisíveis”, não haveria UFG apta a receber estudantes e outros trabalhadores.