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Ano 02 - Edição 05 - Agosto 2013 www.sommaior.com.br

Perfil Conheça a história de Joe Atkins, o presidente da Bowers & Wilkins CARROS HI-FI Parcerias de luxo: B&W com a Maserati e Meridian com as marcas Jaguar, Land Rover e McLaren

SALAS DE ESPETÁCULOS Dois locais que você deve conhecer quando for à Europa A volta dos LPs Ed Motta fala com a Som Maior e conta sobre sua paixão pelo vinil BEM-VINDO AO UNIVERSO DA ALTA PERFORMANCE.

editorial

Razão e emoção

É possível dizer que vivemos em um mundo digital. dos LPs: a sensação física da posse de um bem material, Mas também vivemos em um mundo analógico. Na de sentir a mídia em suas mãos, de ver o girando tecnologia do áudio e vídeo esta dicotomia está presente no toca- enquanto a agulha percorre os sulcos e o tempo todo. Enquanto o que vemos e ouvimos – aquilo se ouve o som... Tudo isso foi sendo perdido ao longo que desperta as nossas sensações e emoções – são ondas do tempo com os arquivos digitais, e vimos que muitas analógicas, a maior parte das mídias onde o áudio e pessoas ou sentiram falta disso ou quiseram experimentar o vídeo são gravados é digital, como por exemplo, essas sensações pela primeira vez, daí o retorno ao LP. o CD, o DVD, o Blu-Ray, além é claro dos arquivos que são simplesmente gravados nos discos rígidos dos A reportagem de capa desta 5ª edição da Revista computadores e iPods. Som Maior nos traz mais informações a respeito do ressurgimento do vinil por meio de entrevistas com Entretanto, a mídia analógica, principalmente o LP profissionais do ramo: uma entrevista com o cantor e (Long Play), ainda existe e está crescendo bastante nos compositor Ed Motta, um dos maiores colecionadores e últimos anos. Países onde as estatísticas de vendas dos entusiastas de LPs do Brasil, além de uma conversa com LPs são confiáveis, como os EUA e a Alemanha, mostram João Augusto, proprietário da Polysom, reaberta em 2009 que a curva de crescimento das vendas é exponencial. Na e atualmente a única fábrica de LPs da América Latina, na Alemanha, foram vendidos quase 5 milhões de LPs em 2012, cidade de Belford Roxo, . Os depoimentos um crescimento de 400% sobre as vendas de 1 milhão de dos entrevistados possuem uma mesma linha mestra: eles LPs em 2007. A marca austríaca Pro-Ject, uma das mais nos mostram que o mundo analógico aproxima o ouvinte renomadas fabricantes mundiais de toca-discos, vende do músico, criando um laço emocional muito mais forte atualmente cerca de 8.000 toca-discos por mês! do que é possível quando se ouve um arquivo digital.

Podemos citar algumas razões para o renascimento É bom frisar que não se trata aqui de menosprezar dos LPs: a qualidade sonora incomparável com relação o mundo digital, pois os seus benefícios para a música ao CD e ao MP3, o design magnífico dos modernos toca- (e para a humanidade) são evidentes. Exemplos desses discos (que evoluíram muito em relação aos modelos benefícios no mundo do áudio e vídeo, bem como no dia das décadas de 70 e 80) e uma tendência mundial de a dia das pessoas, não faltam. O objetivo aqui é valorizar valorização de modelos de eletrodomésticos retrô. Ter o mundo analógico, ajudando a mostrar que tanto o um toca-discos moderno hoje em sua sala de estar é cool! digital quanto o analógico são indispensáveis para o bem-estar atual do ser humano. E falamos de bem-estar Entretanto, uma razão mais profunda, de cunho mais de forma integral, holística por assim dizer. emocional, também é fundamental para o renascimento

6 Revista Som Maior Enquanto o mundo digital está relacionado à mente, o mundo analógico está ligado ao coração.

Razão e emoção. Indissociáveis.

Uma excelente leitura! Kahlil Elias Assib Zattar.

Revista Som Maior 7 nesta edição

Agosto 2013

inovação 08 JL AUDIO

Roteiro Salas de Espetáculos na europa 16

Carros de Luxo B&W e Meridian apostam em projetos de áudio 52 automotivo high end

Perfil Joe Atkins presidente da b&W 66 Vinil A alma que o digital não tem30 Ano 02 - Edição 05 - Agosto 2013

Conselho Editorial Kahlil Zattar 14 Golden Ears Luis Assib Zattar João Carlos Jansen Wambier Álbuns que exploram a máxima qualidade Giovani Roberto de Souza do sistema Paulo A. Egerland

Coordenação Geral Paulo A. Egerland 18 CAIXAS ACÚSTICAS - PARTE II [email protected] Por Luis Assib Zattar Textos e Edição Taísa Rodrigues [email protected]

Projeto Gráfico e Direção de Arte 22 revenda diamante Fabio Scalabrini [email protected] Conheça a InterCine Revisão Simone Cassol [email protected] Taísa Rodrigues 26 lançamentoS [email protected] As novidades do mercado mundial de áudio e vídeo Colaboradores Fernanda Lange Nestor Natividade

Comercial – Publicidade Kahlil Zattar 45 revenda diamante [email protected] Conheça a Miami Home Vídeo Impressão Impressul

Tiragem 6 mil exemplares

48 A Arte de Ouvir Circulação Por Nestor Natividade Nacional

A Revista Som Maior é uma publicação da Som Maior Áudio e Vídeo High End. Rua João Pessoa, 1.381, bairro América CEP 89.204-440 – Joinville (SC). Para 72 diário anunciar ligue (47) 3472-2666 ou envie um e-mail Convenção Internacional da Som Maior para [email protected]. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização. As informações técnicas são de responsabilidade dos respectivos autores. Os artigos 80 crônica assinados não refletem, necessariamente, a opinião desta revista. Esta publicação não se responsabiliza Por Fernanda Lange pelo conteúdo dos anúncios publicitários.

Opiniões, críticas ou sugestões de pauta entre em contato pelo e-mail [email protected]. 82 onde encontrar Lista de revendas e parceiros

www.sommaior.com.br inovação

Alto-falantes da linha marítima.

JL Audio: inovação e qualidade Empresa procura surpreender e participar de todas as etapas da vida do consumidor

uando se fala em inovação, logo se pensa em uma empresa que busca Q a qualidade e a diferenciação no mercado. A JL Audio é um exemplo de empreendimento que sempre surpreende e encanta os clientes quando o assunto é alto-falantes de qualidade para casas, carros e embarcações. George Jenkins, o vice-presidente da JL Audio, gosta de dizer que a empresa é fantástica. “A JL Audio preza muito a qualidade geral dos produtos, com especial ênfase no desempenho sonoro. Trata-se de uma companhia direcionada para área de engenharia.”

10 Revista Som Maior George Jenkins, vice-presidente da JL Audio, visitando a Som Maior.

divisões: a divisão de produtos automotivos, a residencial e, por fim, a marítima. A divisão de produtos automotivos foi a primeira, início das atividades da JL Audio. Por causa Fotos Divulgação disso, os clientes estão distribuídos em uma faixa etária bastante ampla. Por exemplo, no mercado automotivo o consumidor é bastante jovem, nos EUA a faixa etária varia dos 18 aos 20 anos, na Europa, dos 20 aos 21. São clientes que procuram a empresa para colocar alto- falantes nos carros. Mais tarde, estes clientes procuram alto-falantes para suas residências. E se a pessoa tiver muito sucesso, ela vai comprar um barco e precisará de alto-falantes marítimos. “Ou seja, em todos os momentos da vida a JL Subwoofer da linha Fathom. Audio estará presente. Então, nossos consumidores são muito diversificados em função disso. Para você se tornar desejável por essa grande diversidade de consumidores, Criada em 1975 por Jim Birch e Lucio Proni – Jim precisa sempre ter produtos inovadores. Tanto do ponto para o J e Lucio para L –, a JL Audio é uma empresa de vista técnico quanto do ponto de vista de estilo. Nós privada e sem muitos acionistas. “Nós temos o luxo de temos que ser desejados por uma grande variedade de ter o controle do nosso destino. Quando nós criamos um pessoas. Há paixão e conhecimento em todos os lugares. produto é porque Jim e Lucio acreditam que é o produto Colocamos design em cada produto que desenvolvemos e certo”, completa George em uma entrevista que deu para ainda testamos cada caixa de som antes de dizer que ela a Som Maior na última visita ao Brasil. está realmente pronta para ir ao mercado. Tudo isso para O vice-presidente explica que a empresa tem três garantirmos qualidade e inovação”, diz.

Revista Som Maior 11 Sede da empresa em Miramar, Flórida, EUA.

Linha de montagem dos subwoofers residenciais.

12 Revista Som Maior Atualmente, a JL Audio tem duas unidades nos Estados Unidos: uma perto de Miami, na Flórida, que é a sede, onde trabalham cerca de 200 pessoas, e a outra fica em Fênix, no Arizona. Lá está toda a equipe de engenheiros e designers, sendo cerca de 20 pessoas. “De Miami até Fênix são mais ou menos 3.600 quilômetros e nosso departamento de informação de tecnologia tem um grande desafio porque eles têm de manter conectadas essas duas unidades que são tão distantes geograficamente, para que todos nós possamos trabalhar em total sintonia, mas eles são muito bons nisso”, completa George. Além de trabalhar e se adaptar com a distância, ele conta que grandes mudanças ocorreram provenientes dos computadores, ou seja, a indústria dos computadores está entrando no mercado e isso tem mudado o cenário econômico fortemente. “O fato de você poder acessar música em formatos diferentes, mudou duas coisas básicas: a maneira como as pessoas escutam música e as características demográficas dos nossos ouvintes. Hoje o consumidor é mais ‘computer oriented’, mas eu tenho encontrado também consumidores que provavelmente foram influenciados por seus pais a possuírem um bom sistema de áudio, então eles ainda acessam a música pelo computador, mas querem escutar a música em um sistema bom. Enquanto as pessoas gostarem de música, vai ter um mercado bom para nós. Música é arte, é emoção e traz memórias. Todo mundo tem essa música e é isso que nós temos que trabalhar.” Sempre envolvido em negócios internacionais, George viaja o mundo e percebe bem as mudanças e como as empresas parceiras trabalham. No caso da Som Maior George é enfático ao dizer que não poderia existir uma parceria melhor. “Posso dizer que uma organização como a Som Maior é única. Não só pelo showroom que eles têm, pelas salas de demonstração, mas pelo profissionalismo e pelo apoio que eles dão aos fabricantes. É simplesmente Fotos Divulgação incrível. Som Maior para mim não é um distribuidor. Eu posso confirmar que eles são uma extensão da JL Audio no Brasil. Portanto, eles são nossos parceiros e nós somos muito honrados em estar com eles.” Subwoofer in Wall.

Revista Som Maior 13

Ears por Luis Assib Zattar

Esta sessão vai abordar os álbuns que têm uma gravação excepcional, que lhe proporcionem o máximo de realismo e explorem os limites do seu sistema

The Symphonic Sound Stage Vários artistas e intérpretes (Delos D/CD 3502) Fotos Divulgação Este CD não pode faltar em nenhuma prateleira de um verdadeiro amante da música! Mesmo se a música clássica não é exatamente sua primeira escolha, este disco, com uma seleção maravilhosa de pequenas peças e vários compositores vai colocar seu sistema em cheque e lhe mostrar tudo o que ele pode (e não pode) fazer.

Graves subterrâneos, contrastes dinâmicos espetaculares, posicionamento dos instrumentos extremamente realísticos e um palco sonoro que se extende para além das paredes da sua sala. Recomendadíssimo!

Tchaikovsky: 1812 Overture etc Fritz Reiner/ Chicago Symphony Orchestra (JVC XRCD) Este CD excepcional, relançado pela JVC há alguns anos com sua tecnologia de gravação XRCD elevou o já excelente nível de qualidade original RCA Victor a novos patamares. A estrela do álbum é a gravação da Abertura 1812 de Tchaikovsky, mas há outras preciosidades como o Mephisto Waltz de Liszt e Carnival Overture de Dvoràk. Todos excepcionalmente bem gravados, com um som poderoso sob a batuta do grande Fritz Reiner, mostram o que se conseguia fazer com 3 microfones e um engenheiro competente em 1955!

Uma obra-prima de gravação orquestral.

Keith Jarrett The Köln Concert (ECM LP/CD) O mestre da improvisação no piano em seu melhor momento. Gravado em Köln, Alemanha, em 1975, mostra o pianista no seu auge, como compositor e músico. Todas as faixas são improvisadas, mas com uma conexão melódica excepcional, sem nenhuma nota exagerada ou fora do lugar. Embora seja uma gravação ao vivo, não se percebe um ruído ou suspiro sequer na plateia, hipnotizada pelas melodias inebriantes e sedutoras.

Gravação padrão ECM, muito clara e aberta, com uma dinâmica e timbres excepcionais.

The Latin Touch Laura Fygi (Mercury CD) Disco de música latina de grande equilíbrio sonoro, a voz da cantora soa suave e aveludada, amparada por uma orquestra competente e muito bem gravada. Os arranjos tradicionais são executados com emoção e virtuosismo, especialmente do guitarrista Leonardo Amuedo. Um disco para ouvir e curtir a delicadeza sonora que o seu sistema deve ser capaz de lhe proporcionar.

Abra um vinho, escolha bem a companhia e se deixe levar...

16 Revista Som Maior

roteiro Salas de Espetáculos

Conheça o Olympia Hall e o The Royal Albert Hall – duas casas de sucesso

asas de ópera, salas de concertos ou casas de shows. Não importa. Quando vamos a uma sala de espetáculos, procuramos o melhor – em música, acústica e, claro, arquitetura. Prédios imponentes encantam e devem fazer parte Cdo roteiro de quem viaja e aprecia uma boa música. Na primeira parte da série “Salas de Espetáculos” você irá conferir duas casas da Europa que estão na lista das melhores do mundo: Olympia Hall, em Paris e The Royal Albert Hall, em Londres.

OLYMPIA HALL, PARIS

O prédio antigo e a fachada em vermelho caracterizam a casa de espetáculos mais emblemática de Paris: Olympia Hall. Construída pelo arquiteto Léon Carle e inaugurada em 1893, com a apresentação da dançarina e cantora francesa La Goulue, o espaço recebeu por algum tempo espetáculos musicais, circos, balés e óperas. Mas em função do declínio no número de apresentações e com a tomada da França pela Alemanha na 2ª Guerra Mundial, o Olympia passou a receber apenas as tropas, que após cantarem hinos nacionais apreciavam os famosos shows de cancan. Foi então, em 1954, que o Olympia Bruno Coquatrix – atual nome da casa – foi reinaugurado como sala de espetáculos pelo próprio Bruno Coquatrix. Até hoje há quem diga que o local é mágico, mítico e eclético. Por isso, quem vai se veste para, realmente, curtir algo único, encantador e, ao mesmo tempo, elegante. Vestidas a rigor, as pessoas pedem Champagne no intervalo das atuações e trocam impressões sobre o espetáculo que assistem. O Olympia já recebeu grandes artistas franceses e internacionais, como Edith Piaf, Léo Ferré, Louis Armstrong, Aretha Franklin e os portugueses Amália Rodrigues e Tony Carreira. Ao longo destes anos, diversos concertos de música pop, rock, , hip-hop, jazz, blues e música clássica também foram destaques no palco do Olympia.

Um pouco antes da década de 90, após a

Fotos Divulgação morte de Bruno Coquatrix, o Olympia acabou entrando em declínio. A ideia, naquela época, era demolir o local e transformá-lo em um estacionamento. Porém, em 1993 o então Ministro da Cultura, Jack Lange, ordenou a preservação do espaço. Com mais de 30 milhões de espectadores nos últimos 50 anos, o Olympia transformou- se num music hall lendário, que passou por altos e baixos para continuar sendo um lugar clássico para shows e espetáculos.

18 Revista Som Maior Fotos Divulgação

THE ROYAL ALBERT HALL, LONDRES

Quem vai para a Inglaterra já sabe que não pode deixar de visitar o The Royal Albert Hall, em Londres. Uma verdadeira obra de arte, a casa foi inaugurada em 1871 pela rainha Vitória em memória do seu falecido consorte, Albert de Saxe. jovem, como The Killers, Jay Z, Kaiser Chiefs e Adele – A construção em tons terracota e com uma abóboda cujo álbum Live at the Royal Albert Hall foi ali gravado. de vidro é simplesmente magnífica, cheia de detalhes, Todos os espetáculos sempre estiveram lotados. O cores e, por dentro, claro, um espetáculo. Ela sempre foi plano original era para que o salão acomodasse cerca de concebida como uma casa polivalente por apresentar 30.000 pessoas, mas por razões financeiras ele recebe não só concertos de música, como também exposições, hoje aproximadamente 7.000 espectadores. Isso ocorreu reuniões e cerimônias. porque grande parte do dinheiro destinado para a O Royal Albert Hall foi construído para cumprir o construção havia sido desviado. desejo do príncipe Albert de conceber, em uma região Algo que chama atenção na estrutura são as treliças central, um espaço com a proposta de promover a instaladas no hall, que melhoram a acústica do espaço, valorização das artes. Por isso, ele ficou situado no transformando shows em verdadeiros espetáculos. Vale coração do bairro South Kensington, rodeado por museus ressaltar que o The Royal Albert Hall é uma instituição e lugares de aprendizagem. que não recebe nenhum financiamento do governo Desde quando foi inaugurado esse espaço sempre central ou local. foi movimentado. A lista de artistas que já se apresentou Se quiser conhecer mais, confira a linha do tempo no The Royal Albert Hall não é pequena. Ele já recebeu interativa no endereço http://www.royalalberthall.com/ Led Zeppelin, Frank Sinatra, Liza Minnelli, Jimi Hendrix, about/history-and-archives/timeline-detail.aspx The Beatles, Oscar Peterson, The Who, Eric Clapton, Sting, Elton John e também artistas de uma geração mais

Revista Som Maior 19 artigo por Luis Assib Zattar

Caixas Acústicas (Parte II)

a parte primeira deste artigo abordamos caixa, tornando os graves retumbantes e com som de os tipos de alto-falantes que são “barril”. Todos os sons graves adquirem o mesmo tom, Nutilizados em uma caixa acústica obscurecendo a clareza necessária nos médios e tornando full-range, como os woofers, midranges e tweeters e a a reprodução pesada e cansativa. importância dos gabinetes e materiais. Por isso, mesmo as caixas bookshelf devem ser Nesta sequência, dissertaremos sobre os três tipos posicionadas longe das paredes laterais da sala ou móvel mais comuns entre as caixas acústicas dinâmicas. e o mais à frente possível nele. A situação ideal seria a de uma caixa bookshelf em seu pedestal dedicado, A primeira e muito utilizada em instalações onde posicionada na sala não equidistante das três superfícies o espaço disponível ou o tamanho da sala é limitado, adjacentes (paredes traseira, lateral e piso). são as chamadas bookshelf. De dimensões reduzidas e normalmente com duas vias (woofer e tweeter), têm a A diferença na qualidade sonora obtida por uma vantagem de poderem ser utilizadas com amplificadores caixa bem posicionada contra outra encostada no fundo ou receivers de potência média e serem instaladas em e na lateral do móvel é gritante, ultrapassando quase estantes ou prateleiras, tomando pouco espaço. sempre as diferenças obtidas por outros fatores como uma eletrônica mais sofisticada. Por serem compostas por apenas dois falantes, normalmente apresentam bom equilíbrio e coerência Ou seja, caro leitor, verifique a posição da sua tonal. E como apresentam uma resposta de graves não caixa na estante e experimente movê-la, procurando uma muito extensa sofrem menos influências negativas da posição melhor. Garanto que vale o esforço. A você, proximidade de paredes ou grandes superfícies. instalador ou projetista do móvel onde as bookshelf serão instaladas, leia e releia o aqui exposto. A melhora sonora Cabe uma explicação sobre o exposto no parágrafo obtida pode ser enorme! anterior: os sons graves sofrem muita influência pela proximidade dos woofers das paredes ou do piso. Para cada superfície em que o falante de graves esteja muito próximo, os sons de baixa frequência são amplificados acusticamente em três decibéis (3dB). Ou seja, uma caixa “colada” à parede do fundo tem seus graves aumentados em 3dB, e se estiver em um canto da sala, em 6dB (9dB se também estiver muito próxima ao teto ou do chão).

Ao mesmo tempo em que percebemos uma

reprodução mais “cheia” e com mais graves, estes Caixa em pedestal posicionada muito próxima à parede do fundo. interferem negativamente no equilíbrio tonal da

20 Revista Som Maior O outro tipo são as caixas tipo torre ou de piso. Nestes modelos, que apresentam normalmente três ou mais falantes, sendo ao menos um dedicado aos graves, as possibilidades de posicionamento se ampliam em muito.

Como não estão limitados ao espaço disponível no móvel, podem ser livremente movimentadas na área à frente do ouvinte, procurando-se a posição que melhor proporcione um bom equilíbrio tonal e um bom palco sonoro. Claro que estamos aqui falando de situações Exemplo de caixas torre ideais, hipotéticas, mas que devem ser perseguidas com corretamente posicionadas. rigor. Quanto menos concessões forem feitas no quesito posicionamento de caixas, melhor o desempenho sonoro Estas avaliações devem ser feitas em dois canais e a satisfação do ouvinte. estéreo, sem nenhum efeito surround. O subwoofer também deve estar desativado. Somente depois que você Tenho visto muitas instalações com equipamentos conseguir um som homogêneo, limpo, sem ressonâncias high end ou de qualidade premium com desempenho evidentes nos graves e com um correto palco sonoro é medíocre. Na quase totalidade dos casos, o grande o que os ajustes de corte de crossover (se houver) e a problema é o posicionamento das caixas frontais. inclusão e ajustes do subwoofer serem feitas.

“De todas as variáveis que podem influenciar Sobre o assunto subwoofer, o leitor pode se indagar: o equilíbrio tonal e o palco sonoro, o correto mas este muitas vezes não é colocado justamente nos posicionamento das caixas acústicas é de cantos da sala? longe a mais importante.” Sim, isto é verdade, e a eficiência acústica do mesmo é aumentada nestas circunstâncias, mas, como o sub atua Em inúmeras instalações de sistemas high end, por pouco mais de duas oitavas (20Hz a 80-100Hz) o utilizando caixas do topo-da-gama, dotadas de grandes problema das ressonâncias é mais facilmente contornado woofers, vemos as mesmas “socadas” nos cantos das por um bom ajuste de frequência de corte, fase e ganho. salas, provocando enormes aberrações na resposta tonal e total destruição do palco sonoro.

Subwoofer corretamente Esta situação é absurda e deve ser evitada a todo posicionado. custo! Afinal, se você investe um bom valor em caixas de alta performance, o que você espera é de que elas lhe Fotos Arquivo Pessoal forneçam um som condizente com o investimento.

As caixas devem ser posicionadas na sala de modo que as distâncias do(s) woofer(s) às paredes laterais e ao piso sejam diferentes entre si para que não ocorram reforços e cancelamentos indesejáveis em determinadas frequências baixas.

O correto posicionamento também ajuda muito a construir um palco sonoro sólido e tridimensional, com o som indo além do espaçamento entre elas e com uma correta sensação de profundidade.

Revista Som Maior 21 Caixas em pedestal corretamente posicionadas. Uma dica útil no caso de caixas de embutir para That’s all folks! Em edições futuras abordaremos em mais detalhes os Se a instalação for para um sistema de home theater, Se a instalação for para um sistema de home os canais surround é instalar as caixas um pouco mais a diretamente sobre sofá principal, não distantes do cabeça dos ouvintes. Isto permite uma maior integração do som e uma percepção mais natural dos efeitos sonoros. subwoofers e o casamento caixas/amplificadores. Até lá. existem modelos em que os midranges e tweeters são tweeters e midranges que os em modelos existem instalados angulados dentro do gabinete para uma melhor resposta de frequência no ponto de audição. Caixas de embutir normalmente são utilizadas apenas Depois de dissertarmos tanto sobre o correto o sobre tanto dissertarmos de Depois E temos ainda os alto-falantes (ou caixas) de E temos ainda os alto-falantes (ou Revista Som Maior para som ambiente e como caixas surround, mas hoje existem modelos com woofers de dimensões razoáveis, de duas ou três vias, capazes de desempenho surpreendente em termos de extensão de graves, com médios claros e envolventes aliados a agudos definidos e doces... posicionamento das caixas de pisos, o que falar sobre o posicionamento das caixas de embutir? embutir. Os modelos redondos são os mais indicados redondos são Os modelos embutir. para instalações no teto, e os retangulares para as paredes. Entretanto, aqui no Brasil, devido ao tipo predominante de construção com paredes de tijolos, a grande maioria vai mesmo é para o teto, sejam das caixas de embutir circulares ou retangulares. 22

Fotos Divulgação

revenda diamante

InterCine - Uma história de sucesso Determinação, vontade e trabalho são os ingredientes que marcam a trajetória dessa revenda

história da InterCine, uma das revendas e O pai era muito fã de MPB, mas ao longo dos parceiras da Som Maior, pode ser comparada anos Jefferson foi conhecendo coisas novas, como A com filmes ou documentários de “cases” de Eric Clapton, Roger Waters, Eagles. Tendo um sucesso. Como toda empresa, ela passou por percalços conhecimento e certa apreciação pela música, ele foi no meio do caminho, principalmente quando foi chamado há seis anos para trabalhar na InterCine para inaugurada em 2007 – dentro de uma loja de iluminação atuar como gerente comercial (na verdade, atuava em Vitória, no Espírito Santo. Mas em 2010 muita coisa mais como vendedor). mudou e a InterCine, que nesta época tinha apenas dois Após dois anos, foi convidado a ser sócio funcionários, cresceu e já ganhou destaque conquistando da empresa, onde assumiu inicialmente 5% de em 2013 o título de Revenda Diamante – uma forma participação. “Pra quem tinha a carteira assinada de de reconhecimento da Som Maior para as revendas que gerente e trabalhava como vendedor, 5% já era algo. tiveram um excelente desempenho comercial. O tempo foi passando e as coisas não iam nada bem. Hoje, os irmãos Jefferson Hubner e Uenderson Comecei então a tomar minhas próprias decisões e a Hubner são os proprietários da empresa. Tudo começou tocar o negócio sozinho”, completa. com Jefferson, que descobriu o gosto por boa música e Foi no início de 2010 que Jefferson teve a chance por belos sistemas de áudio quando era criança. “Lembro de comprar a InterCine por completo – uma empresa que da minha infância, nas tardes de domingo, do meu pai estava com sérias dificuldades e ainda sem showroom, ouvindo música em sua sala dedicada com um super (na que acabou sendo levado na negociação. Ou seja, época) estéreo da Gradiente. Era um show! Eu adorava e Jefferson ficou com as dívidas dos fornecedores, do fui criando a minha ligação com a música”, revela. banco e ainda com uma dívida com o ex-sócio. Nesse

24 Revista Som Maior momento, a loja tinha apenas um receiver NAD, Blu- tempo, e foi aí que o irmão Uenderson entrou. Ele já ray Panasonic e caixas M1 da B&W. trabalhava como técnico em eletrônica em uma empresa No trabalho não era diferente. Além de ser o de tecnologia e hoje está se formando em engenharia de dono, ele era o instalador, vendedor e técnico, tendo automação. Atualmente, 90% do seu tempo é dedicado à uma secretária que o ajudava no setor administrativo e parte técnica da empresa. financeiro. “Quando essa virada aconteceu, agarrei-me Outro ponto de destaque da InterCine é justamente a à minha melhor oportunidade: a Som Maior. Foquei em preocupação com a formação dos colaboradores. “Todos produtos top de linha, exclusivos e high end. Comecei a os técnicos são formados em eletricidade ou eletrotécnica. visitar os escritórios dos profissionais de decoração e a Nossa responsável pela área comercial está se formando falar apenas de bons produtos aos clientes, mostrando um em arquitetura, enquanto que a do setor financeiro/ mundo muito melhor e que era desconhecido por eles”, administrativo é formada em administração, ou seja, não conta o empresário. temos nenhum tipo de serviço terceirizado.” A REVIRAVOLTA O TRABALHO

Em apenas três anos, a InterCine mudou-se para A empresa trabalha atualmente com o conceito Smart um shopping exclusivo de decoração, contando com Home: circuitos de câmeras, cabeamento estruturado, uma sala com dois sistemas montados e dois showrooms, aspiração central, telefonia, automação residencial e sendo o mais refinado equipado com caixas B&W 802 segurança biométrica. Mas o foco é áudio e vídeo. Tanto Diamond, projetor italiano Sim2 Nero 3D, subwoofer JL isso é verdade que, quando assumiu a loja, Jefferson focou Audio e todo o cabeamento da Audioquest, mais outros na Som Maior e, consequentemente, os projetos high end equipamentos e periféricos. “Esta configuração me dá a começaram a aparecer. “Sempre acreditei neste mercado certeza que a InterCine possui o melhor showroom do high end e de luxo”, afirma. Estado”, avalia Jefferson. Com toda essa movimentação e investimento, a A proposta é dar continuidade ao melhoramento da InterCine conquistou em 2013 o título de Revendedor loja e ao atendimento diferenciado aos clientes. Pensando Diamante. Uma conquista muito celebrada pela equipe. nisso, a InterCine mudará para um espaço maior, mas no “Um verdadeiro show. Trabalhamos muito durante três mesmo shopping. Jefferson adianta que serão montadas anos para ganhar esse título. Assim como nosso foco três salas, todas tratadas acusticamente. Essa mudança agora é colocar em nosso showroom as caixas Nautilus. E deverá ocorrer ainda em agosto de 2013. “Vamos oferecer os capixabas podem esperar, pois irão ouvi-las.” algo ainda melhor e bem mais estruturado”, garante. Sempre otimista e muito preocupado em manter a Atualmente, a empresa conta com oito colaboradores. qualidade dos serviços prestados, Jefferson espera manter um O empresário revela que no decorrer destes três anos a crescimento mínimo de 36% ao ano e, claro, surpreender as empresa cresceu muito, cerca de 36% ao ano. Com esse pessoas com o novo espaço, colocando nele, o mais breve crescimento, as instalações começaram a tomar o seu possível, as famosas caixas “caracol” Nautilus. Foto Divulgação

“Nosso foco agora é colocar em nosso showroom as caixas Nautilus. E os capixabas podem esperar, pois irão ouvi-las.” Jefferson Hubner

B&W Nautilus, caixa ícone da marca e próxima integrante do showroom da InterCine. Showroom da InterCine com linha B&W 800 Diamond, eletrônica NAD Master Series e Projetor SIM2 Nero 3D.

OS PROJETOS

Cada projeto é feito de uma maneira, conforme a necessidade dos clientes da InterCine. Jefferson deixa isso bem claro quando dá o exemplo de projetos em um mesmo edifício, com mesmo tamanho de salas, mas com público diferente. “Quando o futuro morador começa as alterações de cada ambiente, o corpo fica diferente. Então estudamos carinhosamente o espaço, seja ele qual for – home theater, varanda, suíte – juntamente com o profissional de decoração para ver as características”, explica. Para isso, o empresário sempre buscou parcerias com arquitetos e designers. “Aliás, temos uma pessoa responsável para atendê-los, visitar os escritórios e ficar à frente de mostras como a Casa Cor.” Este é um dos diferenciais da InterCine. Para finalizar, não se pode esquecer dos detalhes, como tubulação e parte elétrica, posição das caixas e equipamentos e ambientação. Tudo tem de ser perfeito e estar brilhando como um diamante.

Os irmãos e sócios Uenderson e Jefferson Hubner.

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Caixa acústica CM10

A Bowers & Wilkins (B&W) está lançando uma nova integrante da sua prestigiada Série CM – a CM10 – que passa a ser o modelo topo de linha dessa série. Seu principal diferencial em relação aos demais modelos da Série CM está na montagem no topo do gabinete do seu tweeter Nautilus com domo de alumínio e carga por tubo, uma característica herdada da linha imediatamente superior à CM – a 800 Diamond. Esse posicionamento do tweeter resulta em uma reprodução ainda mais fiel da faixa dos agudos e em uma melhor reprodução do palco sonoro, graças à redução dos efeitos de difração. Outro diferencial da CM10 está no desacoplamento do seu midrange FST de 6 polegadas com cone de Kevlar em relação ao gabinete da caixa, o que resulta em uma maior pureza na reprodução das frequências médias. Para uma reprodução potente e precisa dos sons graves a CM10 conta com nada menos do que três woofers de 6,5 plegadas com cone de papel/Kevlar de grande capacidade de excursão.

Amplificador estéreo Direct Digital C-390DD

Com seus 150W de potência por canal e todas pen-drives e uma assíncrona para receber o sinal de um PC ou as suas características inovadoras, o C-390DD é um Mac. Atualmente são disponíveis mais outros dois módulos produto ideal para audiófilos exigentes e que desejam – o DD HDM-1, com três entradas HDMI e uma saída, e o

aproveitar o que de melhor as fontes de áudio digitais ou DD AP-1, para proporcionar ao C-390DD uma entrada para Fotos Divulgação analógicas têm a oferecer. toca-discos de vinil. Esse módulo é realmente inovador, pois Através da sua tecnologia Direct Digital, o amplificador contém um conversor de sinais analógicos para digitais de C-390DD representa um novo conceito em amplificação. 192kHz/24 bits da mais alta qualidade para tornar os circuitos Ele não tem nenhum estágio analógico no caminho do puramente digitais do C-390D compatíveis com os sinais sinal de áudio, mantendo a música no âmbito digital até as recebidos de toca-discos de vinil equipados com cápsulas dos saídas para as caixas acústicas. Todas as suas funções de pré- tipos MM (moving magnet) e MC (moving coil). amplificação são executadas digitalmente, sem as rotações O C-390DD conta ainda com o recurso ROOM EQ, de fase, o ruído e a distorção que são inerentes a todos os especialmente útil para corrigir problemas na reprodução das projetos analógicos, qualquer que seja o seu nível de preço. baixas frequências causados por ondas estacionárias geradas Seu conversor DAC com arquitetura de 35 bits e clock de no ambiente de audição. 108MHz tornam a tecnologia Direct Digital uma das mais precisas entre as disponíveis atualmente. Graças à sua construção dentro do conceito Modular Design Construction (MDC), o C-390DD pode ser continuamente atualizado através da inclusão de módulos para a realização de funções especiais, como o DD USB 1, que serve para fazer a interface com dispositivos USB e que já vem incluído no produto. Através desse módulo o C-390DD oferece três entradas USB, sendo duas para dispositivos como

28 Revista Som Maior Caixa acústica AM-1

A compacta AM-1 da Bowers & Wilkins (B&W) foi projetada para levar som de altíssima qualidade para os mais diversos ambientes. Para começar, ela é uma caixa acústica “à prova de intempéries”, o que a torna uma solução perfeita para ser utilizada em ambientes externos, como jardins, pátios, varandas e laterais de piscinas. Além disso, seu design harmonioso e sua durabilidade também a tornam uma opção perfeita para a sonorização de ambientes públicos, como bares e restaurantes. Seu gabinete selado a protege dos rigores do clima, além de contribuir para uma reprodução profunda e envolvente dos sons graves pelo seu midrange/woofer de 5 polegadas com cone de fibra de vidro, no que é auxiliado pelo uso de um radiador passivo. A impecável reprodução dos agudos é garantida pelo uso de um tweeter com domo de alumínio. Amplificador integrado RA-1570 e CD player RCD-1570 da ROTEL

A Rotel, sempre admirada pela crítica especializada O outro lançamento – o CD player RCD-1570 – tem e pelos audiófilos pelo elevado nível de qualidade e valor como uma de suas garantias de qualidade a longa tradição dos seus produtos está lançando dois novos modelos – o da Rotel no projeto e fabricação de alguns dos melhores amplificador integrado RA-1570 e o CD player RCD-1570 produtos dessa categoria, algo que vem fazendo desde a - projetados para quem deseja formar um sistema de áudio introdução dos primeiros discos CD, em 1982. O RCD-1570 estéreo de alto padrão. possui conversor DAC e filtro digital de alta resolução modelo A proposta de projeto do amplificador RA-1570 é a WM8740 da Wolfson para o processamento de sinais digitais união do que existe de melhor nas tecnologias analógica e de 24 bits e taxas de amostragem de 8kHz a 192kHz, o que digital para obter como resultado uma fiel reprodução de garante uma perfeita reprodução de todos os níveis de sinais todas as fontes conectadas. Seu circuito de amplificação digitais. Por outro lado, os circuitos pós-conversão do RCD- Classe A/B utiliza componentes discretos para garantir uma 1570 são o resultado de décadas de experiência da Rotel no perfeita reprodução de todos os sinais, independentemente projeto do caminho que resulta no melhor som, desde a saída de sua origem e com praticamente quaisquer tipos de caixas do DAC até suas tomadas de saída balanceadas e normais. acústicas, produzindo 120W de potência por canal com Esses circuitos utilizam componentes selecionados após sua carga de 8 ohms e ambos os canais acionados. Sua fonte de contribuição positiva para uma excelente qualidade sonora alimentação está baseada no uso de um transformador toroidal ter sido efetivamente comprovada através de longas seções projetado e fabricado pela própria Rotel e de componentes de audição. com estritos níveis de tolerância, como capacitores T-network.

Amplificador monobloco (mono) 925 da Jeff Rowland

Com potência de 430W a 8 Ohms e 850W a 4 Ohms, resposta de frequências de 5Hz a 50kHz, baixíssima distorção harmônica total de 0,004% e fator de amortecimento maior do que 10000 de 20Ha a 20kHz, o amplificador monobloco 925, o topo de linha da Jeff Rowland, é uma extraordinária peça de engenharia de áudio. Ele veio para substituir com vantagem o modelo 9, um produto mítico e aclamado pela crítica. Usinado com precisão a partir de dois blocos de alumínio aeronáutico não ressonante o amplificador modelo 925 apresenta uma exclusiva arquitetura de circuitos com blocos Classe AB de tensão e ganho de corrente separados e sem realimentação negativa. Apresenta ainda placas de circuitos cerâmicas especificadas para uso militar, barras ônibus de cobre para correntes elevadas e fonte de alimentação com capacitores de quatro polos e fator de correção de potência.

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Um toque de excelência para transformar a sua casa em um grande espetáculo

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Cantor Ed Motta fala da sua coleção de 30 mil discos e revela que a casa onde mora é para eles.

32 Revista Som Maior VINIL A ALMA QUE O DIGITAL NÃO TEM Sumido das prateleiras, ele está voltando de uma forma discreta e começa a ganhar destaque não só nas lojas, mas também nas residências

uidadosamente, você tira ele do encarte, depois do plástico e com o olhar clínico visualiza os dois lados para, em seguida, colocá- C lo no toca-discos, baixar a agulha sobre sua superfície e iniciar a sua reprodução. Sim. Hoje é dia de falar do disco de vinil que, por muito tempo, esteve em um lugar especial da casa. Sumido das prateleiras, ele está voltando de uma forma discreta, mas ao mesmo tempo com força. Cantores e bandas de diversos gêneros apostam nesse formato e acreditam que essa onda retrô vai ajudá-lo a ganhar destaque nas prateleiras não só das lojas, mas também das residências. Foto Divulgação Mas há quem nunca deixou o vinil de lado. O cantor Ed Motta, por exemplo, está sempre ouvindo uma boa música na casa onde mora no Rio de Janeiro. E brinca quando diz que “está por acaso na casa”. Afinal, são 30 mil LPs distribuídos por toda parte. “Eu tenho um sofá e uma televisão. Na verdade, a casa é para os discos e por acaso eu estou lá dentro (risos). Já tapei diversas janelas e só há um pequeno espaço ainda”, revela. A paixão pelo vinil começou cedo, quando ele tinha dez anos. Depois do primeiro adquirido, Ed não parou mais. Tanto é que quando completou a coleção com cem discos ele decidiu fazer uma festa para comemorar. “Cem discos é bastante coisa. Reuni os amigos na casa dos meus pais e fiz uma festa”, completa. E para ouvir com qualidade as músicas de que gosta, Ed não dispensa um bom toca-discos: em casa, ele tem dois aparelhos EMT (alemão) e dois Technics, estes últimos usados para ouvir os discos brasileiros ou jamaicanos, por exemplo. Segundo o cantor, mesmo que se use um equipamento de lavagem, é bastante raro encontrar um disco no Brasil em perfeito estado de conservação, sem contar que são LPs mais finos e seu som tem menos graves e, por isso, ele os ouve nos Technics. “Eles não podem ser tocados em um toca-discos de alta definição como o EMT alemão. Os EMT são toca-discos mais sensíveis, com cápsulas mais sensíveis. Ou seja, o som de um disco importado é diferente do de um produzido no Brasil e por causa disso são tocados em aparelhos diferentes”, explica. E mesmo com tantos discos, o cantor ainda tem os seus “Eu tenho um sofá e uma televisão. Na desejos. Na coleção falta o primeiro LP de Roberto Carlos e um verdade, a casa é para os discos e por acaso disco do cantor brasileiro Arnaldo Medeiros. “São discos raros e caros”, conta. Mas enquanto o colecionador não adquire esses eu estou lá dentro (risos). Já tapei diversas vinis, ele segue se encantando e curtindo os que tem. Segundo janelas e só há um pequeno espaço ainda.” Ed, os discos estão guardados de uma maneira que ele conhece Ed Motta bem. Ele possui uma máquina de lavar os LPs e ainda utiliza plásticos externo e interno em cada um. “Eu mesmo cuido, eu mesmo lavo..... curto muito. Nem tenho mesa de jantar em casa para evitar aglomeração e que mexam nos discos já que cuido de todos de uma maneira especial”, revela. Embora seja apreciador de soul, , rock e trilhas sonoras de filmes, Ed gosta mesmo é de jazz. “Escuto jazz de toda a parte do mundo: América Latina, Europa, Austrália, Nova Zelândia... Gosto de tudo, mas se for ver eu tenho mais discos de jazz.” Sempre que está em casa, o cantor está ouvindo música. Só para na hora de ler ou fazer as refeições. “Eu posso escutar qualquer coisa de manhã ou no fim do dia. Escuto tudo desde que seja música boa. Vinil é muito bom, pois tem um som superior, é mais aberto. Os instrumentos na música, quando se ouve um LP, são beneficiados. Para mim, é o melhor formato inventado até hoje. Fotos Arquivo Pessoal É melhor ouvir um disco do que um concerto ao vivo.” Ed lança neste segundo semestre, em vinil, o álbum “AOR”.

Neste semestre, Ed Motta lança em vinil o álbum “AOR”. Ao lado (direito), cantor com sua coleção de LPs na casa onde mora no RJ.

Revista Som Maior 35 Foto Divulgação

Patrícia Marx também lança em vinil o seu álbum “Trinta”. A cantora Patrícia Marx também é exemplo de quem curte disso, havia dívidas com órgãos públicos, com fornecedores de vinil. Com um pouco mais de duzentos discos, ela conta que antes energia, enfim. O que fizemos foi regularizar toda a situação, os vinis estavam encaixotados e empoeirados, mas agora todos manter a antiga equipe, contratar uma ampla obra civil para recebem um carinho especial. “Eu sempre gostei de ouvir. Tenho melhorar as instalações e investir fortemente na recuperação dos vários guardados desde quando eu era pequena. Arrecadei alguns equipamentos”, conta João. Como resultado, ele afirma que a dos meus pais e do meu marido, que é DJ”, completa Patrícia. Polysom é uma fábrica com qualidade comparável a qualquer Segundo a cantora, os LPs fazem parte da sua história, tanto uma de países como Estados Unidos e Alemanha, onde estão as é que ela tem alguns discos da própria carreira guardados. No melhores, lembrando que no mundo existem cerca de 40 fábricas segundo semestre deste ano, ela adianta que o seu último trabalho de vinis em funcionamento. “Trinta” vai ser lançado também em vinil. O 15º disco marca os Mas com uma fábrica de alta qualidade, como fazer para 30 anos de carreira de Patrícia.“O engraçado é que já foi lançado reavivar o vinil, sucesso até a década de 90? Bem, ainda não é uma um compacto em vinil com duas músicas minhas no Japão. Tem tarefa fácil, não só pela presença dos CDs e DVDs, mas também gente que está comprando lá e trazendo para o Brasil”, revela. pelo formato MP3 e outras formas de baixar música pela Internet. Mesmo se surpreendendo com essa reação de alguns Mas João acredita que foi justamente a era digital que causou a fãs, Patrícia diz que, se pudesse, também compraria diversos volta desse interesse pelo vinil. “O digital é uma radicalização discos, na verdade, compraria tudo. Mas agora a prioridade é um muito grande dos formatos de se reproduzir música e algumas toca-discos. Na última semana de junho ela fez aniversário e o pessoas ou sentiram saudades de lidar com o disco físico e a presente que ela escolheu foi um toca-discos. “Eu estava sem e capa, no caso do mais velhos, ou se interessaram por conhecer queria voltar a ouvir. O som do vinil é uma curtição e o ruído que como eram aqueles “old times”, no caso dos consumidores mais ele tem é maravilhoso.” novos”, explica. Ou seja, ainda há quem goste de colocá-los no toca-discos, “O disco é a alma que o digital não tem observar magníficas artes estampadas em 31x31cm (contra os não, ou seja, ele conta uma história.” 12cm do CD), ler o encarte e a contracapa, trocar de lado e ainda ouvir um som que tem vantagens cientificamente comprovadas Patricia Marx sobre qualquer som digital. Tudo isso faz com que o vinil seja encarado como um objeto de desejo. “Eu arrisco dizer que a Por isso, ela acredita que daqui para frente será diferente. qualidade do som, a beleza da capa e a deliciosa experiência de Ela garante que vai cuidar mais dos discos, adquirir outros e, se colocar um disco no prato e a agulha para tocá-lo é que fazem com o toca-discos em casa, vai ouvir muito mais. Patrícia sempre a diferença”, completa João. foi de escutar música boa e para ela o jazz tem algo especial. Para ele, assim como para vários colecionadores, o vinil “Até meu filho, de 14 anos, estuda ouvindo jazz”, completa. E nunca deixou de ser importante. “Agora, a sensação é de que o não é à toa. A cultura musical vem de casa e Patrícia concorda formato acordou de repente. Todo mundo fala em vinil e, ao que quando este é o assunto. A mãe dela, professora de balé clássico, tudo indica, todo mundo quer vinil.” O contraponto nesta história sempre ouviu música erudita e o pai gostava de jazz e música é que mesmo todos querendo o bom e velho disco, os custos de popular brasileira (MPB). “Cresci ouvindo isso e são estilos de que produção são muito altos, sem contar os impostos do Brasil, e gosto muito. A MPB antiga, como a música de Tom Jobim, João isso acaba deixando o produto final, de certa forma, caro – para Gilberto e Elis Regina me encanta.” o consumidor e para o artista. Mas no ponto de vista do consultor E encanta tanto que, para Patrícia, o vinil é como uma João Augusto, o valor do produto não é alto. fotografia: “ele sintetiza o momento da música muito mais que A fabricação envolve várias etapas, que começam no corte um CD. O disco é a alma que o digital não tem não, ou seja, ele de acetato, que apesar de técnico, tem um forte aspecto artístico, conta uma história”, finaliza Patrícia. e termina com a prensagem propriamente dita. No caminho entre VINIL – DA FÁBRICA ATÉ A SUA CASA um e outro, existem a galvanoplastia (que transforma o acetato em matrizes niqueladas), a caldeira, os compressores, tudo operado A única fábrica de vinil da América Latina fica no Brasil, com custos altíssimos. “Some-se a isso a enorme carga tributária mais precisamente no Rio de Janeiro. Há cerca de quatro anos, a que vigora hoje no Brasil. Desse ponto de vista, definitivamente história da Polysom foi retomada depois de estar fechada por um não é caro o vinil. O que faz o vinil brasileiro ser tão caro é uma período por causa das baixas vendas, cancelamento dos pedidos das mais selvagens malhas de impostos do mundo. De qualquer e a falta de perspectiva. Mas depois de saber do crescimento da forma, conseguimos vender mais barato do que o importado, mas venda de vinis nos Estados Unidos e na Europa, os proprietários bem mais caro do que gostaríamos. O custo para o consumidor da Deckdisc decidiram adquirir a Polysom. Conforme o consultor final é prerrogativa do produtor fonográfico e dos pontos de e proprietário, João Augusto, foram sete meses de trabalho para venda, mas estamos trabalhando arduamente para baixar o custo colocar a casa em ordem. de fabricação e assim criar uma corrente de preços mais em “Quando compramos, a fábrica estava desativada e os conta”, esclarece João Augusto. equipamentos em processo acelerado de sucateamento. Além

Revista Som Maior 37 A PRODUÇÃO

João Augusto, consultor e proprietário da Polysom.

A PRODUÇÃO

A Polysom, desde que reabriu, estabeleceu uma para o triplo sem perder qualidade. Esse número é considerado

quantidade mínima de fabricação. Isso quer dizer que cada alto já que, em média, leva-se cerca de duas semanas para Foto Divulgação artista ou músico independente tem de solicitar, pelo menos, produzir um LP. “Por ser um trabalho bem artesanal, a 300 unidades. Esse é o número mínimo que justifica a elaboração fabricação do vinil exige testes seguidos, que fazem o processo de todo o set up necessário para colocar a engrenagem ser um pouco mais demorado do que a fabricação de um CD em funcionamento. Por ser uma empresa completamente – que é toda automatizada.” independente, a fábrica foi reativada justamente para atender Falando em fabricação, está nos planos da Polysom a qualquer artista, gravadora ou produtor que deseja fabricar produzir discos coloridos e picture discs. Além disso, depois vinil. A lista inclui gravadoras majors e independentes, de várias análises quanto à tributação e transportes, a empresa produtores, artistas e agências. Mas os proprietários acreditam decidiu ampliar a prestação de serviços – como capa, adesivos, que os independentes estarão muito atuantes. plásticos de embalagem etc. Embora os discos sejam um formato Depois de aberta, os quatro primeiros títulos escolhidos antigo, muitas coisas têm sido adaptadas aos novos tempos, desde para serem lançados foram da Pitty, Nação Zumbi, Fernanda as próprias instalações da fábrica até a forma de fazer esses discos Takai e Cachorro Grande. A proposta foi deixar bem claro chegarem ao público. “Se não tivermos lucro, não poderemos que a Polysom pode lançar LPs dos trabalhos mais recentes reinvestir. Ninguém empreende um negócio para perder e não de artistas atuais, como ocorre no exterior. “Lá, artistas de pop podemos nos dar a esse luxo”, esclarece João Augusto sobre rock lançam simultaneamente os CDs e os LPs, sempre com um todos os investimentos já feitos na fábrica. bônus digital. É um caminho que iremos seguir com todos os Mesmo com alguns entraves, acredita-se que existe mercado nossos lançamentos, mas escolhemos os artistas citados por um para os bolachões, pois o vinil não voltou para substituir, mas critério próprio que os apontava como os melhores títulos para os para se converter em mais uma opção de se reproduzir música, primeiros lançamentos”, completa João. principalmente para os apaixonados por LPs. A demanda existe Outro fato importante, que já está estabelecida no exterior, não só no Brasil, mas em países como a Argentina e o Chile, onde é a inserção nos discos de um código exclusivo para que o o vinil é idolatrado. consumidor que comprou o vinil acesse o site e faça download João Augusto reforça que muitos artistas e gravadoras da do disco completo. América do Sul querem lançar seus trabalhos no formato antigo. Atualmente, a capacidade instalada na fábrica é de 28 mil A reativação da Polysom é uma contribuição para que a cultura LPs e 12 mil compactos por mês, podendo ser de 140g, 160g e do vinil não esmoreça por falta de oferta. 180 gramas, mas o consultor revela que isso pode ser ampliado

38 Revista Som Maior O PROCESSO DE FABRICAÇÃO

O processo começa com a masterização e segue com o corte É um processo longo, cheio de detalhes, que só pode do acetato, galvanoplastia, prensagem e acabamento. Em todas ser conduzido com o conhecimento dos bravos guerreiros que essas etapas há equipamentos que não são mais fabricados e que foram arregimentados para o projeto, todos egressos de grandes tiveram que ser recuperados do estado em que se encontravam. fábricas brasileiras.

Corte de Acetato Galvanoplastia

Primeiro estágio na produção do vinil, é o processo pelo qual o Processo para se obter as matrizes metálicas que irão para as prensas áudio é transcrito para os sulcos do acetato. É quando a informação hidráulicas. Na galvanoplastia, os acetatos passam por vários magnética (ou elétrica) contida no master é convertida em processos até terem a superfície gravada coberta por um banho de informação mecânica (sulcos do disco). prata (um dos momentos mais bonitos em um fábrica de discos), que cria uma camada metálica muito fina sobre a superfície gravada. Na foto, o operador verifica no microscópio a forma do sulco. Na foto, o operador perfila a matriz.

Prensagem Controle de Qualidade

As prensas são hidráulicas e produzem os discos a partir de misturas Durante todo o processo de prensagem, o controle de qualidade onde o PVC é o principal elemento. Na parte de baixo, fica a pastilha verifica os discos visual e auditivamente. Para o exame visual, onde geralmente se coloca a matriz do lado A do disco. Essa pastilha o operador pode se utilizar de uma lâmpada ultravioleta é uma peça de quase 50 quilos, feita em aço, cujo interior parece um para verificar se a massa está “queimada” e de uma lâmpada labirinto, por onde passam o vapor gerado pela caldeira e a água fria. photoflood ou equivalente para verificação de manchas e homogeneidade da mistura. Nas fotos, a Caldeira ATA 9 que fornece o vapor para as prensas, e rebarba do disco é retirada através do corte da borda. Em termos de audição, estima-se que, ao final de uma produção, um em cada 100 discos é ouvido integralmente. A sua vida pode ser BRAVÍSSIMA.

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AF-An_Som_Maior_41,6x28cm_V2.indd 1-2 07/11/12 10:55 DIA INTERNACIONAL DO VINIL

O Dia Internacional do Vinil foi criado em homenagem à invenção por Thomas Edison da primeira vitrola, em 1877, e 12 representou uma revolução, pois foi o primeiro dispositivo capaz de reproduzir música gravada. A data foi adotada em 2002 por AGO uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo preservar a influência cultural dos discos de vinil.

CLIENTE DA REVENDA LIVEMAX APAIXONADO POR DISCOS

O advogado Guilherme Moreira Rodrigues, 57 anos, de “Para desfrutar amplamente da música, é indispensáel Curitiba, no Paraná, é um apaixonado por discos, possuindo que o aparelho de som seja diferenciado. É fundamental para a cerca de 1.500 LPs. Mesmo ouvindo também CDs e DVDs, nitidez, detalhes, efeito geral de conjunto. Muda da água para Guilherme acredita que o vinil soa melhor, é mais nítido e mais o vinho. Para mim, escutar música em vinil é o mais próximo natural. Apreciador de música clássica e jazz, o advogado gosta possível de ouvir ao vivo. Muito mais vida, nitidez e emoção.” também de MPB, pop, rock e outros gêneros. Foto Arquivo Pessoal

Guilherme Moreira Rodrigues com seu toca-discos Clearaudio. PRO-JECT

A Pro-Ject Audio Systems é uma das principais fornecedoras mundiais de toca-discos de vinil, com uma linha de modelos projetados para atender ao público exigente. Os produtos apresentam desempenho sonoro além de todas as expectativas normalmente associadas com o seu preço. Eles são simples de usar, apresentam uma qualidade sonora surpreendente e funcionam de forma confiável.

Toca-discos Walker Audio Proscenium Black Diamond, considerado um dos melhores do mundo atualmente. Fotos Divulgação

WALKER AUDIO

A curiosidade em saber a diferença entre dois tipos de toca-discos, em 1976, fez com que Lloyd Walker, hoje presidente Linha Pro-Ject Debut III. da Walker Audio, iniciasse sua paixão por áudio e vídeo e, consequentemente, pelo high end. A empresa, especializada em componentes de áudio high end e acessórios, cresce e já se tornou referência no mercado. “Nossos produtos melhoram a experiência de audição e visualização para os clientes com todos os níveis de sistemas: analógicos, digitais e de vídeo”, explica o presidente. Todos os produtos são feitos à mão, mas Lloyd deixa claro que só usam peças de alta qualidade, que são testadas para determinar a melhor sonoridade. “Uma lição primordial que aprendemos é que você não pode tomar nada como certo. Você deve experimentá-lo e ouvir, ouvir, ouvir. E você deve saber ouvir criticamente um sistema”, completa Lloyd Walker. CLEARAUDIO, EXCELÊNCIA EM TOCA-DISCOS

Robert Suchy é uma pessoa de sorte. Ele faz parte de um negócio familiar que neste ano completa 35 anos e foi fundado pelo pai, Peter Suchy (que ainda está na empresa), na cidade de Erlangen, na Alemanha. Robert está na Clearaudio, uma referência mundial quando o assunto é toca-discos, há 20 anos. O irmão se juntou a ele há 15 anos e a irmã há sete. Hoje, Robert é responsável pela área de exportação e de marketing dos produtos como toca-discos, cápsulas (onde a agulha está instalada) e acessórios. Segundo ele, sua história com a empresa começou por acaso. “Meu pai nunca planejou nem me obrigou a

ingressar na empresa. Isso, realmente, aconteceu por acaso”, garante. Fotos Divulgação Depois de terminar os estudos ele foi para os Estados Unidos e, como a empresa tinha alguns assuntos de distribuição dos produtos da Clearaudio nos EUA, Robert começou a auxiliar. “Eu resolvia os problemas com certa rapidez e, em seguida, já estava estruturando um novo sistema de distribuição. Voltei para a Alemanha e disse a meu pai que tinha gostado muito disso”, completa Robert. Na Clearaudio, Robert tem o cargo de vice-presidente, mas é também responsável por vendas e marketing internacional. “Meu trabalho não é simples, pois tenho que satisfazer 91 distribuidores ao redor do mundo. Preciso viajar muito todos os anos, como vir ao Brasil. Isso é muito prazeroso porque você conhece os distribuidores, troca informações e os auxilia e orienta a respeito de tratamentos especiais para os clientes.”

Os consumidores Os consumidores da Clearaudio buscam qualidade. “E é isso que nós temos conquistado em termos de tecnologia e design e que nos dá bastante prazer porque, realmente, preenche os nossos

44 Revista Som Maior corações. Mais de 90% dos nossos clientes estão felizes e satisfeitos com nosssos produtos. Isso é algo bastante único.”

O futuro da indústria Robert conta que é possível perceber que nos últimos dez anos algumas empresas estão muito focadas em distribuição, clientes e consumidores. “Elas estão sempre lançando novos produtos, nunca estão paradas, e nós somos uma dessas empresas, pois estamos sempre avançando. Se você olhar ao redor do mundo essas empresas têm muito sucesso.” O futuro do mercado analógico, segundo Robert, é diferente do futuro do mercado digital. “O digital é voltado para um volume maior de consumidores e o mercado analógico é de nicho. Este tem uma grande vantagem porque sempre existe, ou seja, ele é algo especial. O toca-discos, por exemplo, você pega, você sente, você tem várias emoções quando toca um disco mais antigo, Clearaudio e Som Maior relembra várias coisas, situações especiais e isso é algo que você É uma parceria e uma amizade. “Acredito que quando não tem com a mídia digital. Não é tão tocante”, diz. Por causa existe um entendimento e um respeito pelo ser humano, isso disso, ele acredita que nos próximos cem anos os toca-discos ainda acaba sendo uma chave para o sucesso. É muito mais prazeroso estarão no mercado. trabalhar desta forma.”

Robert Suchy na Som Maior em 2013.

Revista Som Maior 45

revenda diamante

Miami Home Vídeo: referência em Goiânia Aberta de domingo a domingo, empresa aumenta lista de clientes

uem vai para Goiânia encontra uma nossos produtos, seja de um cabo a um sistema, para revenda da Som Maior rica em showrooms fazerem uma audição em nossas salas. O legal é que Qe equipamentos de última geração. É na elas trazem os amigos e têm todo o tempo para curtir o Miami Home Vídeo que Eduardo Fleury e Fernanda Fleury espaço”, garante. tocam um trabalho que começou em 1992 por influência Não é à toa que esse laço criado com o cliente fez familiar e hoje é considerado referência no Estado. com que a loja completasse 21 anos no mercado unindo Tudo começou com o pai de Eduardo, pioneiro na duas empresas – a Miami Home e Miami Vídeo – atraindo produção de comerciais para TV no Centro-Oeste. Além sempre um público diferenciado, desde locação de vídeos disso, ele tocava violino e cantava ópera. “Isso influenciou VHS e Blu-Ray, até os equipamentos high end. muito o meu gosto por áudio e vídeo”, completa Eduardo. Por causa disso, ele pesquisou sobre o tema e, ao O TRABALHO mesmo tempo, buscou a possibilidade de conseguir uma representação que fosse ao encontro dos seus objetivos – Antes de montar qualquer projeto high end, o abrir uma loja especializada em áudio e vídeo. ponto de partida é saber qual o interesse do cliente. Foi aí que nasceu a Miami Home Vídeo. O Depois a escolha dos equipamentos de acordo com o boca a boca, acredita Eduardo, ajudou a fazer da loja seu investimento desejado. A partir daí, a sala começa uma referência no Estado. Outro fator que ele considera a ser projetada. Mas os técnicos da Miami Home Vídeo diferencial é o fato da revenda ficar aberta de domingo a cuidam sempre da acústica e do posicionamento correto domingo. “Sempre convidamos as pessoas que adquirem dos equipamentos. “Existe toda uma diferença de uma

Showroom da Miami Home Vídeo conta com uma ampla linha de caixas acústicas high end da B&W, incluindo a Signature Diamond.

Revista Som Maior 47 A Sala 800 é um espaço de 120 m² que foi transformado em um moderno showroom, dividido em três ambientes conjugados: home theater, boate e bar. Na sala principal com B&W 801D, eletrônica Classé, cabeamento Audioquest e projetor SIM2 Nero 3D.

AS SALAS

sala viva e sem planejamento para uma que é projetada”, Eduardo conta que a loja toda é um showroom. Mas afirma Eduardo, que já fez inúmeros projetos, sem contar essa preocupação nos detalhes e no design da revenda os upgrades. começou quando se iniciou a parceria com a Som Maior, Segundo Eduardo, a Miami tem departamentos de há seis anos. Foi aí que surgiram os pedidos de projetos projetos, vendas e instalações. Todos os ambientes, desde high end. “Mas antes de sermos revenda já havíamos uma simples sala até outra com um cuidadoso tratamento montado a nossa sala com produtos B&W e Rotel, e acústico são estudados e planejados para a obtenção dos notamos a diferença em relação a outros produtos”, melhores resultados possíveis, tanto em termos de som explica Eduardo. quanto de imagem. Atualmente, a Miami Home Vídeo conta com duas “Nossa ideia é desenvolver soluções que atendam salas especializadas. A primeira é a Nautilus - uma sala às necessidades de nossos clientes, primando sempre pela para amantes do áudio, onde todas as nuances musicais qualidade e criando uma relação de confiança.” são reveladas nos mínimos detalhes. “A beleza estética e Com tantos anos no mercado, os proprietários a extraordinária qualidade de áudio das caixas Nautilus esperam crescer ainda mais. “Nossa estimativa é de e dos equipamentos eletrônicos associados, de marcas crescermos 10% ao longo de cada ano”, espera Eduardo. como Jeff Rowland, Clearaudio, Meridian, Shunyata, Audioquest e Classé, são complementados pela ótima

48 Revista Som Maior Sala high end estéreo com B&W Nautilus, eletrônica Jeff Rowland e Meridian e toca-discos Clearaudio Innovation. acústica da sala, tornando-a um espaço privilegiado no Centro-Oeste. A Sala 800 é um espaço de 120m² que foi transformado em um moderno showroom, dividido em três ambientes conjugados: home theater, boate e bar. A ideia, conforme Eduardo, é que o ambiente simule uma área de entretenimento de uma residência. O espaço do home theater teve mais cuidados em relação ao tratamento acústico para receber um sistema high end de áudio e vídeo. Na boate, foram instaladas duas TVs e um sistema que, quando iluminado, forma um belo efeito, realçando de áudio com quatro caixas acústicas. Com o desafio ainda mais os equipamentos instalados em racks laterais, de manter o equilíbrio acústico sem limitações físicas, juntamente com as caixas de surround do sistema 7.1. a parte frontal da sala recebeu painéis de absorção tipo “Cada um dos elementos de tratamento acústico foi Broadband, com acabamento em tecido, responsável pela criteriosamente dimensionado para promover o equilíbrio absorção de frequências médias e altas. O fundo da sala final da resposta de frequências e das relações de tempo recebeu um difusor bidimensional em madeira maciça do sistema de áudio instalado”, finaliza Eduardo.

Revista Som Maior 49 artigo por Nestor Natividade Master Classes - A Arte de Ouvir ou “Não Me Irrite, Meus Ouvidos Não São Penicos!”

stamos em Londres, em uma mansão vitoriana conhecida como Little Menlo, residência do ECoronel George Edward Gouraud, herói da Guerra Civil estadunidense. Em agosto desse mesmo ano de 1888 ele introduzira oficialmente à imprensa da capital do ”Império Onde O Sol Nunca Se Põe” uma das “invenções” aperfeiçoadas de Edison, o “Phonógrapho”. Agora, em outubro, ele o faria novamente, mas de maneira informal, à pessoas escolhidas a dedo dentro da alta-sociedade londrina, os tais formadores de opinião. Rigorosamente falando, a invenção do registro sonoro sempre coube a um francês, um certo Mr. Edouard-Leon Scott, na França e 17 anos antes do feito usaniano em além-mar! Coube a Edison tornar audível o registro sonoro e, lá na Little Menlo, em outubro de 1888, isso novamente seria uma façanha e tanto. Entre os convidados presentes ao jantar estava um certo cavalheiro chamado Arthur Seymour Sullivan. Sir Arthur Sullivan, um self-made man, era parceiro comercial e artístico de um outro gênio na arte de entreter as pessoas em larga escala: William Schwenck Gilbert. Na verdade muita gente conhece, e muito bem, ambos através de “... posso apenas dizer que estou estupefato e um suas muitas operetas de sucesso que fazem parte da pouco aterrorizado com os resultados dos experimentos história mas, principalmente, o musical The Mikado, desta noite: estupefato com o poder maravilhoso de Gilbert-Sullivan, ainda hoje encenado com sucesso desenvolvido por você, e aterrorizado ao pensar que espantoso nos teatros amadores e universitários! tantas músicas abomináveis e de má qualidade poderão ficar gravadas para sempre. Mesmo assim, penso que foi Após o jantar, já nos licores, o Cel. Gouraud a coisa mais maravilhosa de que já tive experiência, e reproduziu naquele ambiente descontraído um dos o congratulo de todo meu coração por essa descoberta cilindros de Edison com o registro sonoro de uma pequena maravilhosa ...” canção (The Lost Chord) pertencente a uma das operetas ~Sir Arthur Sullivan, Oct 05, 1888 da dupla Gilbert-Sullivan (evidentemente gravada in loco e, provavelmente, sem o conhecimento de seus autores). Batata! Não deu outra coisa! Tanto o rádio como The Lost Chord foi a primeira canção comercial registrada o cilindro (ou disco) começaram dentro de altos pelo homem. Apesar do primitivismo da traquitana, o propósitos no afã de elevar o nível da arte oferecida áudio ouvido causou um impacto devastador em Sir à sociedade como um todo e ainda baratear os custos Sullivan. Sabemos disto porque o Cel. Gouraud pediu que envolvidos no processo. Desde esse início promissor até os bailes funk cariocas e o “Pancadão da Cachorra” ele gravasse um fonograma (carta falada) para Edison em de hoje passaram-se pouco mais de cem anos ... sempre um cilindro com comentários sobre aquilo que acabara de descendo ladeira abaixo! presenciar e ouvir. Parte daquilo que disse está transcrito Neste artigo híbrido, quase sem texto, tentarei no texto que se segue: conduzir pela mão aqueles que estiverem dispostos a sair

50 Revista Som Maior da opressão do mainstream para o local de onde jamais De fato, não somente à percepção, à emoção e deveríamos ter saído. a outros “ãos”, a adrenalina também está associada De início, apesar da irritação expressa no subtítulo, ao prazer de se ouvir muito alto determinadas e bem você nunca escuta com os ouvidos. Você escuta com o específicas faixas de frequências, assim como outras cérebro (!!), sempre banhado por vagas sucessivas de faixas (de maneira combinada ou isoladamente) estão hormônios amplamente fornecidos pelo nosso próprio ligadas ao prazer, ao terror, à urgência, à necessidade de organismo. Os ouvidos (melhor seria dizer “sistema fuga imediata do local em que se está, e por aí vai. Não auditivo”) são simples sensores orgânicos e não podem é totalmente ilógico que no “pancadão da cachorra” se ser educados, treinados ou melhorados. Isso, claro, usem doses obscenas de graves e de um volume sonoro dentro do atual estado-da-arte. O pior é que, natural maior que 110 dB(A) na pista de dança. O bípede ou artificialmente, eles se degradam desde o momento apreciador do “pancadão” sempre estará “viajando”, mas exato do nosso nascimento. Isso quando nascemos não na música. O termo “música” foi muito gentilmente com eles perfeitos. aqui colocado de maneira a não ampliar ainda mais a Mas com o cérebro a situação é muito diferente. De animosidade entre os apreciadores dessa barbárie e eu. fato, ele pode ser treinado e capacitado para um nível de Logo adiante você encontrará um único link que o percepção capaz de detectar imprecisões ou perturbações levará a uma página da web com dezenas de outros links dentro de uma “janela” ainda bem menor que 1/24 de uma correspondentes a dezenas e dezenas de horas de instrução única oitava de frequências em determinadas faixas da para educar o seu cérebro na arte de ouvir música e não audição percebidas por um adulto sadio. equipamentos. (Quanto a “equipamentos”, toda uma série Em contraponto, exemplificando quão pouco de artigos híbridos está em desenvolvimento, todos eles sabemos sobre ele, até menos de uma década atrás exclusivamente destinados a ensinar a treinar o cérebro era habitual se encontrar textos impressos onde se lia a ouvir a imperfeição manifestada, e não a música em si). que ‘’seria muito difícil encontrar um adulto capaz Para ensinar a ouvir e apreciar música, outros já de, repetidamente, discernir ou apontar perturbações suavizaram o caminho das pedras para você. Será possível dentro de janelas inferiores a 1/3 de oitava’’, isto é, intervalos maiores que oito vezes o acima mencionado. Outrossim, lá no meu passado bem passado, escrevendo certa vez um artigo para a hoje extinta SomTrês, recebi do Maurício Kubrusly, meu editor à época, a observação de que seria muito melhor não mencionar essa tal de “adrenalina”. Entre temeroso e cuidadoso, ele me disse:

- Você sabe ... isso é novo ... não está bem provado ... é melhor não falar.

Embora a adrenalina houvesse sido descoberta na mesma época da demonstração perpetrada na Little Menlo, suas interações com as emoções ainda estavam sendo estudadas no terço final do século passado. Porém, a interação hormonal - mesmo sem se saber que os hormônios existiam - já era claramente sabida lá naquele passado ainda mais distante, quando da época embrionária do cantochão (século XIII), o cântico monofônico (em oposição àquele ainda futuro - o polifônico) entoado pelos monges. Se dizia então: o cantochão deve ser cantado ou apreciado com uma alegria contida! Isto é, a emoção ao entoá-lo não deveria se sobrepor ao ato religioso que ele acompanhava.

Revista Som Maior 51 aprender de maneira estruturada ou aleatória (i.e, aos pedaços), por exemplo, exatamente o que seria a ‘’Fuga’’, termo que de-vez-em-quando-em-sempre você encontra nas obras do mestre Bach. Todo esse conhecimento é gratuito e está em “brasileiro”. Não existem textos para serem posteriormente preenchidos, não há exames e certificados e o melhor de tudo: distante de você apenas um click! Simplesmente baixe os arquivos para o seu computador (conteúdo musical absolutamente vasto e legal) e os organize para posterior apreciação da maneira que melhor entender. nas guitarras, de pagodeiros, de forró, de funk, de rap, Você até pode gostar de metal, com muita distorção de hip-hop, da Eguinha Pocotó ... mas saiba que a vida é realmente curta e você poderá gastá-la inteira antes de perceber que o Universo é maior que o mercado de massa. De fato, seus ouvidos não são penicos!

Abraços Nestor Natividade http://www.somperfeito.com

52 Revista Som Maior Sala Metropolitan - Espaço Som Maior

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B&W E MERIDIAN APOSTAM EM CARROS DE LUXO Reproduções fiéis, potentes e envolventes para todos os ocupantes do veículo

assou o tempo em que motor potente, design diferenciado e direção hidráulica eram tudo que se esperava de um bom carro. Hoje, os acessórios são muito Pimportantes, pois conferem ao carro mais conforto e segurança e transformam em prazer o tempo em que neles passamos, que é cada vez maior devido às dificuldades do trânsito nas grandes cidades. E um dos itens de conforto mais valorizados em um automóvel é o seu sistema de som, já que a música é um excelente meio de relaxar a tensão. É por esse motivo que a B&W e a Meridian, por exemplo, estão apostando em parcerias para a sonorização de carros de luxo incorporando muita tecnologia e inovação. O objetivo é equipar esses carros com sistemas de som de última geração, com o que existe de melhor ao alcance das atuais tecnologias relativas a projetos eletrônicos e de acústica. Resultado: um som limpo, potente e envolvente, não só para quem está nos bancos da frente, mas para todos os ocupantes do carro. Conheça as parcerias e encante-se.

B&W e Maserati Quattroporte: espetáculo de som e de carro

Um trabalho minucioso, dedicado e inovador. Essas são algumas palavras que podem definir o projeto realizado pela Bowers & Wilkins, fabricante britânica de produtos de áudio high end, para a Maserati, mundialmente famosa devido aos seus icônicos carros esportivos, e um verdadeiro motivo de orgulho para a Itália. E um desses carros é o modelo Quattroporte. “O lançamento do novo Maserati Quattroporte certamente foi um grande acontecimento. Ambas as marcas têm um bom nível de DNA em comum com relação à excelência de engenharia e de produtos dentro de suas respectivas áreas de atuação. Além disso, a Maserati desejava oferecer um desempenho de áudio realmente excepcional nos seus veículos para aumentar ainda mais a experiência “grand tour” ao dirigir pela qual ela é renomada. Com quase 50 anos de excelência em áudio, a Bowers & Wilkins era uma escolha óbvia como colaboradora”, diz David Shenn, 47 anos, diretor de estratégia e planejamento de produtos da B&W. Para sonorizar o Quattroporte a B&W convocou seus melhores especialistas nas áreas de amplificação, processamento digital de sinais e acústica para produzir um som digno de um audiófilo, especialmente projetado para as condições acústicas da cabine desse sedã de luxo. Para que isso resultasse em uma experiência de áudio realista, impactante e envolvente para todos os ocupantes do carro foram utilizados quinze alto-falantes, estrategicamente posicionados para garantir a melhor acústica dentro do veículo. Ou seja, não importa onde você esteja, sempre terá a impressão de que a banda ou orquestra está situada à sua frente, como em um auditório. Cada detalhe do sistema premium de surround da Bowers & Wilkins foi projetado e acusticamente otimizado para o interior do Maserati Quattroporte. Tudo começou com a Foto Divulgação localização ideal, em termos técnicos, dos alto-falantes. É essa precisa localização que permite que os ouvintes sintam-se imersos no som.

54 Revista Som Maior

CONHEÇA OS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO PROJETO

O sistema premium de surround do Maserati Quattroporte é composto por 15 alto-falantes distribuídos pelo painel, portas e painel traseiro. Ele é alimentado por um amplificador Classe D de 1.280W de alta eficiência, o que resulta na experiência de audição de elevada pureza exigida

Fotos Divulgação pela B&W e pela Maserati. Os instrumentos musicais, vozes e reflexões dos ambientes onde foram feitas as gravações são separados e processados para fornecer um som envolvente, cristalino e com a melhor definição possível. ALTO-FALANTES UTILIZADOS: • 5 tweeters de 1 polegada com domo de alumínio (parte esquerda, central e direita do painel e portas traseiras).

• 5 midranges de 4 polegadas com cone de Kevlar (portas frontais, centro do painel, esquerda e direita do painel traseiro).

• 2 woofers de 6,5 polegadas com cones de fibra de carbono/Rohacell (portas frontais).

• 2 woofers/midranges de 6,5 polegadas com cone de Kevlar (portas traseiras).

• Subwoofer de 12,6 x 8 polegadas (painel traseiro). O desenvolvimento do produto, conforme David, seguiu então para o desempenho do sistema de áudio. “Com a utilização do processamento digital de sinais (DSP) e de medições de última geração, nossos engenheiros personalizaram esse desempenho de áudio através de retardos (delays), direcionamento das ondas sonoras e equalização PROJETO SEVEN NOTES para obter o melhor resultado possível dentro do espaço da cabine. Por isso, é seguro afirmar que da parte da Maserati e da Bowers & Wilkins todos os aspectos foram levados em Pense no som do motor de um Maserati. Agora consideração no sentido de proporcionar um sistema de áudio imagine um som que agrada aos ouvidos e toca a alma. de tirar o fôlego para complementar uma luxuosa experiência Para finalizar reúna os dois. O resultado é uma sintonia ao dirigir”, completa. perfeita sendo executada como uma orquestra. Sim, o Com tanta tecnologia, design e conforto presentes em som do motor do Quattroporte foi transformado em notas um Maserati, David deixa claro que, além de dirigir um ótimo musicais. Mas, afinal de contas, como isso foi conseguido? carro, o motorista e todos os passageiros ouvirão o que existe de Segundo David, “a parceria entre a Bowers & Wilkins melhor em som. “Na Bowers & Wilkins nós nos orgulhamos do e a Maserati deveria ir além da simples construção de conceito do Som de Verdade. Nosso fundador, John Bowers, sistemas de áudio para carros. Tendo em vista que os carros acreditava que uma caixa acústica deveria fazer em relação da Maserati são amplamente considerados como os que ao som o mesmo que um vidro em relação à luz: permitir uma têm os motores com o melhor som, resolvemos que gravar perfeita transferência das informações. Acreditamos que esse o som de um motor V8 da Maserati e fazer música a partir deve ser o caso com todos os nossos alto-falantes e caixas dele era uma boa forma de nos unirmos.” acústicas, quer eles estejam nos Estúdios Abbey Road, em A Bowers & Wilkins mantém relacionamento com sua casa ou no interior de um automóvel. O sistema premium muitos músicos e artistas, como Howie B, conhecido de surround da Bowers & Wilkins instalado no Quattroporte músico e produtor musical, que ficou interessado em atinge esse objetivo. Ele permite realmente que o ouvinte, participar do projeto e assumir o desafio nada fácil de fazer seja ele o motorista ou um passageiro, ouça o som de uma música a partir do motor de um carro. “Além disso, nossa gravação da forma como foi originalmente pretendido pelo longa parceria com os Estúdios Abbey Road nos permitiu artista, o que é uma experiência muito incrível.” realizar lá a gravação das músicas. As faixas resultantes mostraram realmente que o som de um motor Maserati pode ser musical.” Todo esse trabalho faz parte de um projeto chamado Seven Notes. As faixas, escritas e arranjadas por Howie B, resultaram em duas peças originais de música, cada uma delas com as notas produzidas por um motor Maserati. “Em cada projeto, seja com Björk ou U2, o meu papel como produtor é extrair o melhor dos artistas com quem trabalho. Embora este projeto não seja como nada que eu tenha feito antes, o desafio para mim é o mesmo: extrair música, “É seguro afirmar que da parte da mesmo do som de um carro”, diz Howie B. Maserati e da Bowers & Wilkins O projeto Seven Notes envolveu três diferentes ambientes de estúdio e meses de meticuloso planejamento, todos os aspectos foram levados testes e gravações. No site sevennotes.com é possível assistir em consideração no sentido de ao filme para entender como foi feito esse trabalho. O sucesso proporcionar um sistema de áudio de foi tanto que o Seven Notes chegou a fazer uma turnê por oito tirar o fôlego para complementar uma locais do mundo. luxuosa experiência ao dirigir.” David Shenn

58 Revista Som Maior Foto Divulgação O CARRO

O Quattroporte é um carro extraordinário e elegante. Em termos de segurança passiva, o novo Quattroporte Última criação da Maserati, é um digno sucessor de é equipado com seis airbags: dois frontais de duplo estágio suas obras-primas, mantendo um olhar simplificado, para o motorista e passageiro dianteiro, dois laterais Fotos Divulgação absolutamente dinâmico. integrados aos bancos dianteiros para proteger os quadris O carro está equipado com os mais recentes sistemas e o peito dos ocupantes e mais dois laterais adicionais, de segurança. Os faróis dianteiros Bi-Xenon têm uma função instalados no teto, para proteger as cabeças dos ocupantes de rotação que ilumina a estrada e o acostamento, reforçando dos bancos frontais e traseiros. a segurança nas curvas durante a noite.

NOVIDADE

A B&W se prepara para lançar mais um projeto em O primeiro carro executivo de quatro portas da Maserati parceria com a Maserati. Trata-se do Maserati Ghibli, que também é o mais acessível e, assim como o primeiro, conta contará com um novo sistema de áudio de alto desempenho com opção diesel. Ele chega a uma velocidade máxima de até da Bowers & Wilkins. Projetado e acusticamente otimizado 285 km/h e de 0 a 100 km/h em apenas 4,8 segundos. especificamente para o Ghibli, o sistema de som com surround A Bowers & Wilkins prosseguirá com sua parceria com a de alta qualidade proporciona resultados extraordinários. Maserati em vários lançamentos de alto nível ao longo de 2013. C

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62 Revista Som Maior Meridian: qualidade e tecnologia em som automotivo Parceria com Jaguar, Land Rover e McLaren rendem frutos desde 2009

A Meridian, uma das marcas de áudio mais reverenciadas no mundo, segue fazendo um trabalho caracterizado pela altíssima qualidade e nível de inovação dos seus produtos. Preocupada em levar não só o melhor em som para sua casa ou escritório, ela quer mais: que você ouça o melhor onde quer que esteja. Pensando nisso, desde 2009 a marca vem conquistando parceiros automotivos que também se destacam quando o assunto é qualidade, design e tecnologia.

Revista Som Maior 63 Fotos Divulgação Cada carro tem o seu projeto, onde cada detalhe faz projetos exigiram um “pool” de projetistas e engenheiros com que o veículo se torne realmente exclusivo – não só mecânicos, de eletricidade e de processamento digital de em relação ao modelo, mas principalmente quando se sinais (DSP)”, explica o gerente de marketing automotivo fala em som, sendo necessárias no mínimo 2000 horas da Meridian, Marco Scialanga, de 33 anos. para desenvolver cada sistema de áudio. Porém, no Esse cuidado com o projeto mostra a preocupação Meridian Signature Reference System, o primeiro sistema que a Meridian tem com os ouvintes, ou seja, todas as de surround 3D do mundo para automóveis (disponível tecnologias são especialmente voltadas para eles quando no Range Rover e no Range Rover Sport), foi preciso estão no interior do veículo. Para garantir isso, são levados um tempo a mais para fazer sua sintonia fina devido ao em consideração fatores críticos como o espaço da cabine, número de alto-falantes empregados (29), suas posições no os materiais em seu interior, os passageiros e as posições interior da cabine – quatro alto-falantes estão embutidos dos alto-falantes. “Isso permite que tenhamos um claro no teto – e a forma como é processada a música por meio entendimento das oportunidades oferecidas pela cabine da tecnologia Meridian Trifield 3D. para então aplicarmos nossas tecnologias Meridian, “Todo o pessoal de pesquisa e desenvolvimento proporcionando uma experiência musical autêntica e esteve até agora envolvido no fluxo de projeto. Esses consistente para todos os passageiros.” Segundo o gerente, tudo começou com a Jaguar, PRESENTE PARA OS OUVIDOS quando colaboraram no projeto do McLaren-12C, seguido do 12C Spider. “Estamos atualmente trabalhando Com tanta tecnologia não tem como os ocupantes do no P1”, conta. carro não se encantarem. Scialanga garante que os clientes A partir daí, tudo começou a se encaminhar de irão redescobrir e ter um envolvimento com suas músicas uma forma que as parcerias só aumentaram, fazendo como jamais experimentaram antes. Os detalhes ficarão parte dessa lista nada mais nada menos que a Land Rover claros e emocionantemente autênticos. “Eles serão capazes e a McLaren. Desde que entrou na empresa, em 2011, de ouvir claramente e sem esforço cada nota. Ao selecionar Scialanga está a cargo das relações de marketing com a o Meridian Sound System ou o Signature Reference System, Jaguar, Land Rover e com a McLaren, tendo acompanhado os clientes perceberão a música como se viesse diretamente de perto os lançamentos de todos os “veículos Meridian”. da sua frente, exatamente como aconteceria durante uma Aliás, foi neste mesmo ano que se tornou pública a audição ao vivo”, revela. E Marco vai além: “eles perceberão parceria com a Land Rover, quando foi lançado o Range uma imagem sonora estável e consistente onde quer que Rover Evoque. “A parceria com a Jaguar foi anunciada estejam sentados, realçando não apenas a experiência por ocasião do lançamento do XJ Ultimate, na feira musical, mas também a sensação de espaço no interior da de automóveis de Pequim, em 2012. Desde então já cabine. Por último, graças à sua tecnologia DSP os sistemas lançamos oito “veículos Meridian” com a Jaguar/Land Meridian são isentos de distorção, o que é especialmente Rover: Evoque, Freelander, Range Rover, Range Rover importante quando os clientes ouvirem música durante longos Sport, Jaguar XF, Jaguar XF Sportbrake, Jaguar XJ e Jaguar períodos. Todos poderão perceber a diferença”, finaliza. F-TYPE”, completa Marco. TECNOLOGIA TRIFIELD 3D

Encontrada exclusivamente no Range Rover e no Range Rover Sport, a tecnologia Trifield 3D acrescenta uma outra dimensão para quem está no carro. De acordo com o gerente de marketing automotivo da Meridian, Marco Scialanga, todos os sistemas de surround disponíveis no mercado reproduzem música em duas dimensões. O resultado, porém,

Foto Divulgação mesmo que bastante realista, não inclui a dimensão vertical, afetando a autenticidade do som. A tecnologia MeridianTrifield 3D eleva o som com surround para um nível superior, acrescentando canais correspondentes à altura através de quatro alto-falantes adicionais colocados no revestimento do teto da cabine. Essa tecnologia foi desenvolvida para criar uma experiência sonora verdadeiramente holográfica a partir de músicas gravadas em estéreo e reproduzidas por qualquer fonte compatível. A tecnologia Trifield 3D amplia os comprovados conceitos da tecnologia Trifield para proporcionar sinais adicionais para os alto-falantes colocados no alto. Além disso, ela também proporciona um maior controle sobre o conteúdo dos canais de surround laterais e traseiros. Cada alto-falante recebe então seu sinal 3D precisamente calculado para finalmente controlar a altura e a profundidade do campo sonoro no interior do veículo. “Os passageiros perceberão a música agora em todas as suas dimensões. A profundidade, a largura e a altura do campo sonoro são reproduzidas à frente de cada banco do veículo. Isso significa que cada pessoa se beneficiará de uma Gerente de marketing automotivo da Meridian, Marco Scialanga. performance sonora pessoal, autêntica, mas não intrusiva. O sistema 3D realça também a sensação de espaço no interior da cabine.” eurobike.com.br

PELA FRENTE, NOVOS CAMINHOS. PELO RETROVISOR, LINDAS HISTÓRIAS.

Ousadia é reinventar novos caminhos. Direção certa é olhar para trás e perceber que fez parte de grandes histórias. É por motivos assim que a rede de concessionárias Eurobike foi eleita como empresa de Visão de Futuro no Guia Época Negócios 360°.

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Alphaville | Bauru | Campinas | Ribeirão Preto | São José do Rio Preto | São Paulo | Caxias do Sul | Porto Alegre | Uberlândia Perfil

Joe Atkins ao lado da Nautilus, um dos ícones da B&W.

68 Revista Som Maior Joe Atkins O presidente da Bowers & Wilkins fala um pouco sobre sua vida, sua empresa, como vê o futuro, o mercado brasileiro e a parceria com a Som Maior

m sua última visita ao Brasil, o canadense Joe Atkins, presidente da Bowers & Wilkins, concedeu uma interessante entrevista para a revista Som Maior onde contou um pouco sobre sua vida, sua empresa, como vê o futuro, o mercado brasileiro e a parceria com a Som EMaior. Mesmo não sendo um audiófilo, Joe se encantou pelo mundo do áudio high end devido à paixão que as pessoas que trabalham no mercado de áudio têm pela sua empresa e seus produtos. Nesse sentido, ele afirma que o que o atraiu na empresa e que o tem deixado mais satisfeito é a ‘família internacional’ – o fato de poder vir ao Brasil ou ir para a Rússia, a China ou o Egito e encontrar distribuidores locais muito apaixonados e que ajudaram a construir a marca. “Nesse aspecto, considero a Bowers & Wilkins muito diferenciada.” Confira como foi o bate-papo.

No começo, era apenas um investimento. E agora? O Fale-nos sobre o senhor, sobre sua vida, sua família. senhor se apaixonou por essa indústria?

Bem, sou canadense e moro em Toronto. Sou contador Creio que sim. Estou envolvido com outros negócios, e não sou um audiófilo. Na verdade, a primeira vez em que como o automotivo. Porém, não se fica apaixonado. Podemos ouvi falar a respeito da Bowers & Wilkins foi como investidor, ter muito sucesso com negócios, mas não se fica apaixonado em 1986, e nunca havia estado em uma loja de produtos ou entusiasmado com isso. Penso que, no meu caso, o que de áudio nem havia colecionado discos. Portanto foi uma mais me deixa satisfeito é ver como todas as pessoas que introdução interessante à indústria do áudio. Antes disso, fizeram suas carreiras no negócio do áudio, inclusive os trabalhei em uma empresa internacional de contabilidade distribuidores, têm orgulho pelo fato da marca ter adquirido a e meu trabalho era controlar, para bancos, empresas que se reputação que alcançou. Portanto, minha maior satisfação é encontravam em dificuldades financeiras. que as pessoas que trabalham para mim, que passaram todas Quando surgiu a oportunidade com a Bowers & Wilkins, as suas carreiras ajudando a construir a Bowers & Wilkins, e, ela se deu por meio de um amigo que me apresentou ao em menor escala, a Classé e a Rotel, podem visitar feiras e dono, que desejava aposentar-se. Comprei então o negócio conferências e fazer parte da família Bowers & Wilkins. Elas da distribuição na América do Norte, de forma semelhante têm muito orgulho disso e penso que para mim isso se torna ao que faz a Som Maior. No mesmo ano, cerca de seis o verdadeiro objetivo: garantir que consigamos continuar meses após ter assumido os negócios na América do Norte, construindo essa reputação. John Bowers, o fundador, faleceu repentinamente vítima de câncer. Naquela época, a B&W ainda era uma empresa Sua equipe tem ótimos profissionais... relativamente pequena. Como eu havia acabado de investir Exatamente, temos pessoas excelentes. Um dos nossos muito nela, fiquei preocupado no sentido de que a situação desafios agora é a transição da liderança para outra geração. precisava ser estabilizada. Comecei a viajar regularmente para Assim como o Luis está passando as responsabilidades para o Reino Unido e dentro de poucos anos acabei comprando a o Kahlil, o que é muito importante que seja feito, temos parte principal da Bowers & Wilkins e a estou dirigindo desde muitas pessoas, incluindo eu mesmo, que estamos naquela então. Isso me proporcionou muita satisfação. idade quando é chegada a hora de começar a deixar entrar A empresa tem crescido consideravelmente nos últimos pessoas mais jovens, de dar-lhes mais responsabilidades, e 25 anos. Nos seus 47 anos ela é muito singular em termos este é o tipo de fase em que a Bowers & Wilkins se encontra daquele sentido de família que me é muito agradável, pois agora. A B&W tem 47 anos e logo completaremos 50. Isso gosto de viajar. Já estive em quase todas as partes do mundo. é muito tempo, não apenas para a sobrevivência de uma Foi assim, então, que o lado dos negócios se formou. O marca, mas na verdade para continuar melhorando. Este é trabalho é grande... o nosso grande desafio e estou bastante confiante em que continuaremos a fazer isso, mas é necessário conseguir que as pessoas compreendam realmente aquilo que chamamos de DNA. Sabe os testes de DNA? São os seus genes. Uma marca precisa ter isso e a Bowers & Wilkins tem um DNA muito forte, mas leva tempo para que as pessoas entendam de fato o que isso significa. E quanto ao futuro? Para o senhor, ele será bom? Outro ícone é a 800 Diamond, uma excelente caixa acústica. Ela é a referência em alguns dos mais Penso que sim! Penso que nossa indústria está sendo importantes estúdios de gravação, como o Abbey Road, muito desafiada. Há duas coisas que mudaram o mundo de Decca e DGG (Deutsche Grammophon). forma dramática nos últimos dez anos – uma é a Internet e o número crescente de pessoas fazendo compras por meio Alguns produtos de áudio, como as caixas acústicas, dela. É um grande desafio porque não se podem vender têm sua sintonia fina feita artificialmente e de acordo com o produtos como os nossos pela Internet. As pessoas precisam gosto do engenheiro projetista ou de cada país em particular. experimentá-los. Outro grande desafio é a fabricação na Na verdade, esses engenheiros “sintonizam” o som de uma China. O que isso fez foi tornar muito fácil para quase qualquer caixa acústica para que tenha um som como eles acreditam um entrar nesse negócio e começar a fabricar produtos. Antes que deve ser o som de uma gravação. O que John Bowers era difícil. Era preciso construir uma fábrica, ter engenharia, acreditava, e ele tinha isso como religião, é que uma caixa era preciso fazer um bom nível de investimento para criar acústica deveria reproduzir o mais fielmente possível o uma marca de alto-falantes ou de eletrônicos. Hoje você som da gravação em si. Portanto, se o cantor for ruim (riso), vai à China e existem dezenas e dezenas de fabricantes sob você vai ter uma gravação ruim. Obviamente, a Série 800 contrato que farão um alto-falante e você poderá colocar foi sempre projetada para ser a mais reveladora possível nele a marca que quiser e entrar no negócio. Realmente, o e, certamente, tendo em vista sua reputação, a Bowers & mercado mudou e isso significa que você precisa ser muito Wilkins conseguiu isso melhor do que ninguém jamais bom naquilo que faz para poder sobreviver nesse ambiente. conseguiu fazer. Portanto, o motivo pelo qual os engenheiros de estúdios utilizam as caixas acústicas Bowers & Wilkins é E quanto ao Brasil? O que o senhor acha do mercado brasileiro, da parceria com a Som Maior?

Obviamente, temos uma tremenda parceria com o Luis e agora com o Kahlil. O Brasil é um grande desafio, quer dizer, é o único mercado de sucesso na América do Sul. Eu creio que ele ainda está lutando porque o sistema de tributos e impostos é muito complicado.

“Espero que a Bowers & Wilkins e a Som Maior sejam ainda a marca de áudio e a empresa de áudio número um no Brasil até onde possamos vislumbrar.”

Vamos falar sobre a Nautilus, um grande produto.

Ela tem 20 anos. É um produto icônico e nunca modificamos o seu projeto. Cada peça dela é exatamente igual ao que era por ocasião do seu lançamento. Continuamos vendendo cerca de 50 pares por ano. Ela é muito grandiosa. Em muitos casos, é claro, seus compradores são pessoas que desejam um exemplar de cada grande produto, como o sultão de Brunei (Bill Gates tem um par das Nautilus), xeiques sauditas etc. Penso que Putin possui um par, mas não tenho certeza. Muitos líderes políticos e de negócios possuem a Nautilus. Sim, ela é uma incrível peça de engenharia e não temos planos de descontinuá-la. Ela tem muitas tecnologias Foto Divulgação interessantes. O pessoal que fabrica o gabinete é o mesmo que produz as carrocerias dos carros da Fórmula 1. Os carros que estão na Fórmula 1 são de fibra de carbono e produzidos exatamente na mesma fábrica que o nosso gabinete.

70 Revista Som Maior que quando você está gravando, quando vai para o estúdio e grava uma música, você e o engenheiro desejam saber como ela ficou, se alguma coisa saiu errado, se você desafinou - você quer realmente perceber esses problemas e consertá-los. A ideia da Nautilus surgiu na Uma banda leva muito tempo para gravar um álbum, pois precisa fazer várias repetições. É porque a Série 800 Diamond praia. Um engenheiro e sua namorada basicamente reproduz aquilo que um artista gravou. Eles não estavam pensando em maneiras querem que ela faça uma filtragem de acordo com o gosto diferentes de tratar da engenharia musical de um algum engenheiro. É por isso que os estúdios adotaram a Bowers & Wilkins e continuam a fazê-lo. e do tratamento acústico e viram uma pequena concha, e foi aí que Laurence Dickie disse “Ei, tive uma “Sabe os testes de DNA? São os seus ótima ideia”. genes. Uma marca precisa ter isso e a Bowers & Wilkins tem um DNA muito forte, mas leva tempo para que as pessoas entendam de fato o que isso significa.” Para concluirmos, fale-nos sobre sua parceria com a Som Maior - da B&W com a Som Maior.

A nossa parceria com a Som Maior e com nossos principais distribuidores vem de longa data. Como você sabe, logo estaremos celebrando o 30º aniversário dessa parceria, quando então será o 37º aniversário da Som Maior. Basicamente, isso começa com uma amizade além dos negócios e o Luis tem ido há muitos anos para a Inglaterra e conhece nosso pessoal. Negócios são negócios, mas se você não tem uma amizade e um relacionamento honesto por detrás disso, não irá sobreviver por muito tempo. Esse relacionamento é semelhante na Itália e na Austrália. São pessoas que o Luis conhece bem e que o Kahlil também virá a conhecer. E temos nossas conferências, onde as pessoas se reúnem e compartilham suas experiências. Trata-se de honestidade, trabalho intenso, de todas as coisas que você precisa ter. Este é um relacionamento importante. Nossa marca no Brasil é tão boa quanto a forma como ela é representada por uma empresa local. Portanto, se ela não está fazendo certo o seu trabalho, se não compartilhar da nossa paixão e da nossa visão sobre como a Bowers & Wilkins, a Classé e a Rotel devem ser distribuídas, então precisaremos fazer uma mudança, como em um casamento. Se você toma uma boa decisão quando se casa, não precisa se divorciar. Portanto, tomamos algumas boas decisões, o que significa que não precisamos nos divorciar na maioria dos mercados importantes, o que é bom. Espero que a Bowers & Wilkins e a Som Maior sejam ainda a marca de áudio e a empresa de áudio número um no Brasil até onde possamos vislumbrar. Nós apreciamos isso e ele também. É por esse motivo que tenho prazer em estar aqui para ajudar a celebrar o 30º aniversário. Foi um caminho longo, mas estou honrado em estar presente.

Revista Som Maior 71

30 ANOS Convenção Internacional Som Maior 30 Anos Construindo uma marca de confiança Por Ivete Maisa Werner

om Maior, 30/04/2013, chegou o Foram convidadas todas as Revendas Som Maior e grande dia, todos voltados para todos os nossos fornecedores internacionais. Para nossa S os últimos preparativos da nossa satisfação, tivemos praticamente 100% de confirmação. Convenção Internacional. Cada um sabe o que O jantar de recepção foi no Hotel Bourbon, em deve ser feito e tem que estar perfeito, cada Joinville. Era possível sentir no ar a emoção do reencontro. detalhe deve mostrar o quanto nossos parceiros, Aos poucos foram chegando fornecedores de vários países fornecedores e revendedores, são importantes e revendedores de várias cidades do Brasil que, juntos com no nosso dia a dia. Se eu fosse relatar desde o a Som Maior, desenvolveram uma parceria e um respeito começo, agora viria a frase: quatro meses antes... no relacionamento comercial, e anualmente se unem para porque é com este prazo que começamos a uma troca de experiências e para alinhar o objetivo único: organizar os eventos anuais em nossa empresa. oferecer o que há de melhor no mundo do Áudio e Vídeo Esta é a sétima Convenção Internacional para todos os seus clientes, buscando alcançar um mundo realizada no Espaço Som Maior. Neste ano, além das de magia e encantamento. palestras e premiações, comuns no evento, o destaque para os 30 anos de existência de nossa empresa.

74 Revista Som Maior JANTAR DE RECEPÇÃO 30/04/2013

Catia (Som Maior), George Jenkins e Carl Kennedy (JL Audio - EUA) e Niro (Som Maior), Glauco, Gustavo e Glauber (G3 Fantoni- Novo Robert Suchy (ClearAudio - Alemanha) Hamburgo), Janice e Elaine (Som Maior) e Roberto (AudioExcellence - RJ)

Thiago (Som Maior), Ricky e Bryan (Integra – Japão e EUA) e Natalia e Alisson (Solução Técnica) e Roger (Som Maior) Junior (Som Maior)

José Antonio (Amplitude - Campinas), Kahlil Zattar (Som Maior), Luis Zattar (Som Maior) e Robert Suchy (ClearAudio - Alemanha) Regina (Amplitude – Campinas) e Ivete (Som Maior)

Roberto (Som Maior), Natália e Alisson (Solução Técnica – Cuiabá) Rodrigo (NexttHouse - São Paulo), Tim Ireland, John Bartkowiak e Martin McCue (Meridian - Inglaterra) e Inácio (Som Maior)

Revista Som Maior 75 INÍCIO DOS TRABALHOS A programação era extensa, iniciou no dia 1º de maio com o Luis contando como a empresa teve início, os desafios enfrentados e a importância da fé, verdade, integridade e excelência nos serviços, valores que fazem parte do nosso dia a dia e que ajudaram a construir a marca Som Maior.

apresentações 01/05/2013

O dia foi dedicado à apresentação das empresas Existe muita expectativa em relação fornecedoras pelos seus representantes, a forma como cada a palestra comercial. É o momento empresa se preocupa com a qualidade de seus produtos e de traçar estratégias, alinhar e definir por que cada uma delas é destaque no seu segmento. ações, lançar desafios e conhecer À noite, jantar na Sociedade Harmonia Lyra ao som novos acordos comerciais. do saxofonista Tadeu Santos.

Passeio de barco 02/05/2013

Luis e Cátia levaram nossos fornecedores para um passeio de barco que terminou com um almoço no Baiti Marine Restaurante, em Itapoá. Os Revendedores continuaram conosco e participaram de uma dinâmica de grupo, aplicada por Silvio Bugelli, Diretor da Metanoia, que pelo segundo ano consecutivo participa do nosso evento, ajudando os Revendedores a pensar a estratégia da empresa, estratégia esta que vem ao encontro da filosofia de nosso negócio, que é levar ao nosso cliente um mundo de magia e encantamento. No final do dia, jantamos no V12 Eventos, ao som da Banda de Jazz “Quarteto Dedo de Proza”.

último dia 03/05/2013

Todos estavam cansados, porém eram unânimes em afirmar que apesar de cansativo, é muito bom podermos compartilhar destes momentos todos os anos.

Encerramos com uma Confraria do Vinho, realizada no Espaço Som Maior. Em alusão aos anos 80, assistimos a apresentação de um casal dançando músicas dos “Embalos de Sábado à Noite”! Em seguida, como em toda festa em família, tivemos algumas brincadeiras, como os painéis para fotos também relacionados com o filme que encantou e mobilizou os participantes.

O painel de fotos dos anos 80 foi um atrativo durante o evento. À esquerda, bailarinos ao som dos Embalos de Sábado à Noite.

78 Revista Som Maior PREMIAÇÃO DAS REVENDAS DIAMANTE SOM MAIOR

O momento de premiação das Revendas que alcançaram ou mantiveram a categoria Diamante foi um momento emocionante. Quando a emoção aflora, muitas verdades vem à tona, e nós, colaboradores da Som Maior, nos sentimos orgulhosos com declarações recebidas por nossos parceiros e fornecedores pela forma com que a empresa foi conduzida nestes 30 anos.

Fernanda e Eduardo Carol e Denilson Uenderson e Jeferson Carlos Miami Imports BR Intercine HiFi Club Goiânia São Paulo Vitória Belo Horizonte

Guilherme Dagson Fernanda Duarte Regina e José Antonio Aria Home Theater Dag Brasil Duartes Amplitude Porto Alegre São Paulo São Paulo Campinas

Thiago Maria Amélia e Luciano Carlos Eugenio Alisson Home Som Luciano Julião Versão Brasileira Solução Técnica Salvador São Paulo Belo Horizonte Cuiabá

Parabéns A todas as Revendas Som Maior.

Felipe e Marcos Alexandre Caroline e Marcos Xtron Livemax EuroAudio São Paulo Curitiba Curitiba

Revista Som Maior 79 Foi possível perceber que ali não estavam reunidos OS COLABORADORES FORAM CHAMADOS AO apenas parceiros, mas sim uma grande família espalhada MEZANINO ONDE TIVERAM A OPORTUNIDADE em várias cidades, de vários países. Uma família que DE DIZER ALGUMAS PALAVRAS. facilmente deixa transparecer a confiança e o respeito mútuos existentes entre seus membros.

Giulianna (Som Maior), Fernanda (Miami - Joe Atkins com Eduardo e Fernanda Eduardo (Miami - Goiânia), Kahlil (Som Goiânia), Cíntia (Home Digital - Maceió) e (Miami - Goiânia) Maior) e Zé Antonio (Amplitude - Campinas) Regina (Amplitude - Campinas)

Kahlil Zattar, Robert Suchy e Joe Atkins Guilherme com Roberto Suchy Ivete (Som Maior) com Zé Antonio e Regina (Amplitude - Campinas)

80 Revista Som Maior Parabéns À toda família Som Maior e aos seus idealizadores

muitos anos de sucesso!

Revista Som Maior 81 crônica

Por Fernanda Lange Sim, elas existem!

azia, creio, uns dois anos que eu não entrava ele, a concorrência do bairro atrapalhava mais do que em uma videolocadora. Tinha esquecido a pirataria. “Porém, nenhuma comprava lançamentos, Fcomo gostava de percorrer as prateleiras com e o que o povo quer é lançamento” lembra, deixando os olhos e ficar horas (sim, horas) olhando, olhando... claro que o sucesso vem da busca pelo diferencial. Para Se ninguém me chamasse, eu podia ficar lá, sem zona alavancar o espaço, que estava meio mal administrado à fixa, em silêncio, apreciando a diversidade assustadora época, começou a resgatar clientes investindo em filmes de obras a serem degustadas. (Li uma matéria na Mundo novos. Incrementou o local com atrativos como serviço Estranho contabilizando 19.328 filmes que teriam sido de cópias e bomboniere. Acreditou. lançados no mundo somente em 2006, conforme dados Ele não concorda em jogar a culpa das vacas do Internet Movie Database – Imdb.) magras na pirataria de DVD. Internet e TV a cabo Examinava as capas, descobrindo uma também estariam no páreo no quesito vilania. “Mas tem pérola em cada gênero (as classificações têm se mercado pra todo mundo”, defende, citando os Estados mostrado questionáveis com o passar do tempo pela Unidos como exemplo, onde as locadoras sobrevivem ao transversalidade, mas de alguma forma é necessário lado do grande acesso à TV a cabo. Hoje, Jean observa agrupar fisicamente a multiplicidade de títulos – ou não? que metade do lucro de seu empreendimento vem das (Revelava, também o Imdb, que o gênero mais frequente locações de Blu-ray e games. Segundo ele, as que não das produções nos registros do site eram, após os curtas- investiram nessas tecnologias na região naufragaram. metragens e por ordem decrescente: roteiro dramático, O boom do HDTV chega para dar um gás assim documentários, comédias, filmes adultos, thrillers, como o cinema 3D. O home theater seduz. A qualidade horror, ação, romance e animação.) é importante. Aí vem o embate contra a pirataria: terra Bom, os lançamentos nunca foram meu alvo das incertezas. Enquanto, de um lado, uns defendem principal. Sou bem eclética, na verdade. Do terror o democrático acesso às informações, do outro, falam às biografias, do cinema cult à comédia romântica em respeito aos direitos autorais, em legalidade. A americana. Os franceses! Ah, os franceses. Sem tanta oportunidade de baixar filmes parece a “Terra do Nunca”, propriedade assim, por ser uma cinéfila controlada, mas nem tudo é tão glorioso. Legendas dessincronizadas, tenho uma opinião bem reta sobre as criações vindas da imagens de péssima qualidade. Tem que dar sorte, terra de Joanna D’arc: ótimas produções, com roteiros porque a frustração é grande quando você se joga no interessantes e atores profundos. sofá, com coberta e pipoca, apaga a luz, e puft, lá vem Mas não foi para falar especificamente de filmes aquela bela descoberta – e você com equipamentos de que sentei para escrever. Foi para recordar a magia das alta definição. videolocadoras. Sim, elas ainda existem e continuam belas Frente a tudo isso, o que podemos desejar é e formosas! Nasceram perto dos anos 80, impulsionadas que a evolução tecnológica seja sempre bem-vinda e pelo surgimento do videocassete, trazendo a sedutora que as videolocadoras possibilidade de levar para casa o sabor do cinema. Um aguentem firme para que recanto, habitado por universos de gostos díspares, onde possamos ir lá para ficar monstros, gangsters e espíritos se encontram. olhando, olhando... A fantasia, porém, que dá vida a esse tipo de negócio, estaria sendo assombrada por uma crise já algum tempo, apontam diagnósticos jornalísticos. Será que elas estão se extinguindo? Que o recanto corre o risco de perder o encanto, assim como falam da morte do jornal impresso e dos computadores de mesa? Em vez de pesquisar dados sobre fechamentos de empresas deste setor nos últimos anos, optei por falar com quem tem Fernanda Lange é jornalista, o local como rotina: um proprietário. Jean comprou a em Joinville. videolocadora há quatro anos – tempo em que, segundo [email protected]

82 Revista Som Maior © 2009© Twentieth Century Fox Film Corporation and Dune Entertainment LLC. All Rights © 2010Reserved. Twentieth Century Fox Home Entertainment LLC. All Rights Reserved

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Dr. Carlos de Carvalho, 695 – Batel [email protected] ARNALDO MENIUK Marília/SP - Tel: (14) 3454-2274 Curitiba/PR - Tel: (41) 3333-1003 R. Uruguaiana, 10 Sala 1909 – Centro [email protected] [email protected] HOME SOM Rio de Janeiro/RJ - Tel: (21) 2507-5885 R. Anísio Teixeira, 161 Shopping [email protected] HI STORE EURO BIKE Boulevard, Loja 15-16 - Itaigara Rua Padre Almeida, 450 – Cambuí Av. dos Bandeirantes, 1729 – Salvador/BA - Tel: (71) 3347-1988 AUDIO EXCELLENCE Campinas/SP - Tel: (19) 2121-2323 Vila Olímpia [email protected] Estr. da Barra da Tijuca, 1636 – Bloco E [email protected] São Paulo/SP - Tel: (11) 3627-3082 Loja D [email protected] CEARÁ Rio de Janeiro/RJ - Tel: (21) 2429-9010 HOME SYSTEMS HOME SOUND [email protected] R. Generosa Bastos, 3485 Loja 1 - HIFI CLUB Av. Washington Soares, 909 Lj 96 B Salinas Redentora Pe. 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84 Revista Som Maior

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