Newsletter da Delegação do PSD do Partido Popular Europeu • Director: Carlos Miguel Coelho • Rue Wiertz • ASP8E158 Bruxelles • Março/Maio de 2016 nº 137

O GEPSD promoveu na Curia a 9ª Universidade da Europa.

A 9ª edição da Universidade da Europa realizou-se nos dias 15, 16 e 17 de Abril na Curia tendo sido encerrada pelo Presidente do PSD, .

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CARLOS COELHO Carlos Coelho condena BREXIT guerra contra hospitais No dia em que fecho esta edição da Carta da Europa (30.Maio) desconheço o que vai suceder e escolas. no referendo de dia 23 de Junho no Reino Pg. 02 Unido.

Creio que o BREXIT vai perder e que a maioria dos eleitores britânicos preferem continuar na União. José Manuel Mas, se for outro o resultado, é importante que Fernandes e se recorde que o Tratado de Lisboa prevê expres- samente a possibilidade de um Estado-Membro sair da UE. Não há pois nenhuma calamidade Cláudia Monteiro institucional, trata-se do exercício de um direito.

E ao contrário da tese das peças de dominó (saí- de Aguiar das que provocam outras saídas), creio que a saída e as suas consequências tornarão mais distinguidos no PE. evidentes as vantagens de se estar dentro e Pg. 6 e 7 reforçarão o sentimento de pertença à UE.

Motivo de preocupação são as cedências que o Conselho fez ao senhor Cameron. A Europa Açorianos não têm em que acredito implica Coesão e Solidarieda- de. Por isso, rejeito uma construção de crescente responsabilidades na geometria variável em que os Estados-Membros decidem em cada caso qual a Europa lhes é mais conveniente. E não aceito cidadãos europeus de crise do Leite, primeira e de segunda. Receio muito que as ce- dências a Cameron criem precedentes que enfraqueçam a União. afirma Sofia Ribeiro. Pg. 09 Carlos Coelho condena ataques a hospitais e escolas em palco de guerra

Parlamento Europeu aprovou, em Bruxelas, uma O Resolução sobre ataques a hospitais e escolas como vio- lações do direito internacional humanitário.

Nos últimos anos, a comunidade internacional tem assistido a uma tendência para ataques a hospitais e escolas em conflitos armados em todo o mundo como os mais recen- tes ataques aos centros de saúde dos Médicos Sem Fronteiras, em Kunduz (Afeganistão), em 3 de Outubro de 2015 e em Razah (Iémen), em 10 de Janeiro de 2016.

Para Carlos Coelho “é urgente que se respeite o Direito Internacional Humanitário tendo o Conselho de Segurança das Nações Unidas um papel claro no respeito do direito in- ternacional e dos trabalhadores hu- manitários” tendo o social-democrata apelado a que o Conselho de Segu- rança das Nações Unidas “utilize todos os instrumentos disponíveis, tais como a utilização de medidas específicas, a criação de missões de informação ou de comissões de inquérito, ou os mecanismos judiciais, como o recurso ao TPI, e que não se recorra ao veto nas decisões do Conselho de Segu- rança sobre questões relacionadas com a acção humanitária e que os actos susceptíveis de constituírem violações destas normas sejam siste- maticamente investigados e que os suspeitos sejam julgados”.

Os ataques brutais contra infra-estru- turas civis, como hospitais e escolas, demonstram uma negligência grave dos princípios fundamentais do di- reito humanitário enquanto espaços Para Carlos Coelho “é urgente que se respeite neutros e protegidos durante situações de conflito armado. Tem de ser asse- o Direito Internacional Humanitário tendo gurada através de investigações trans- o Conselho de Segurança das Nações Unidas um parentes, independentes e imparciais aos ataques brutais ocorridos e através papel claro no respeito do direito internacional de uma verdadeira responsabilização pelos crimes cometidos por todas as e dos trabalhadores humanitários” partes envolvidas. Paulo Rangel participa em debate sobre o papel dos Think Thanks

aulo Rangel, na qualidade de presidente do European Ideas Network (EIN) parti- P cipou num debate sobre o papel dos think-tanks no processo de decisão política europeia. A iniciativa organizada pelo Martens Center contou com a participação de James McGann, director do Think Tanks and civil society program, Hans-Gert Poetering, antigo presidente do Parlamento Europeu e actual presidente da Fundação Konrad Adenauer, Mikulas Dzurinda, antigo primeiro-ministro eslovaco e presidente do Center. No debate Paulo Rangel sublinhou que os think tanks, além do desenvolvimento de conteúdos políticos de grande profundi- dade deviam melhorar a comunicação para que os seus estudos cheguem mais facilmente aos cidadãos.

 Eurodeputado Fernando Ruas em defesa do azeite português na Europa

Deputado Fernando Ruas tária”. Em sede de Comissão de Co- interveio, na sessão plenária mércio Internacional, o Deputado Odo Parlamento Europeu em Europeu já havia expressado as suas Bruxelas, sobre a aprovação de con- preocupações relativamente a este cessões comerciais extraordinárias sector em alguns Estados-Membros à Tunísia (isenções aduaneiras) para - como é o caso de , em que a exportação de azeite, durante os o azeite representa um sector char- próximos dois anos. neira na nossa economia agrícola, que nos coloca mesmo no “Top 5” Na sua tomada de posição, defen- mundial ao nível das exportações. deu que “é naturalmente favorável à solidariedade europeia para com É por isso que o Eurodeputado Por- países alvo de ataques terroristas, tuguês quis deixar bem vincado junto como foi o caso da Tunísia”, tendo dos restantes eurodeputados e demais no entanto manifestado as suas Instituições Europeias que “a solidarie- “reservas quanto à forma como a dade da UE não deve, pois, valer ape- solidariedade neste caso concreto nas para fora da UE, mas também no pretende ser exercida, não só por- seio da UE”, o que equivale a dizer que que pode vir a prejudicar, uma vez deve haver uma maior protecção aos mais, um sector com algumas debi- sectores considerados chave para a lidades,” acrescentando que “é pos- economia agrícola de alguns Estados- sível dispor de outros instrumentos -Membros e alternativas mais justas e existentes, no âmbito das políticas adequadas a apoiar a economia de externa, de vizinhança ou humani- países terceiros.

PÁG.03 9ª Universidade da Europa

os dias 15, 16 e 17 de Abril, decorreu PPE e chefe da delegação espanhola do PP em Anadia a 9ª Universidade da no Parlamento Europeu. N Europa. Durante estes três dias 70 se confronta com problemas, como a crise jovens, selecionados de entre os 150 can- Durante os três dias de formação política, es- dos refugiados, e o avanço dos partidos didatos, receberam formação sobre política tiveram em debate temas como: “Como fun- extremistas, esta iniciativa é cada vez mais Europeia. ciona a UE”; “Riscos externos: refugiados ou ter- importante para chamar os jovens para o rorismo”; “Quem Paga a Europa”, “A Europa em projeto Europeu”. A Universidade da Europa deste ano teve crise: doença ou mutação genética”; “combate como professores os Eurodeputados eleitos ao desemprego”, etc. O encerramento da Universidade da Euro- pelo PSD, Paulo Rangel, Fernando Ruas, pa foi feito pelo Presidente do PSD, Pedro Sofia Ribeiro, Carlos Coelho, Claudia Mon- A Universidade foi aberta pelos Director da Passos Coelho. A Universidade da Europa teiro de Aguiar e José Manuel Fernandes. Universidade, o Eurodeputado Carlos Coelho é uma organização conjunta do Grupo Euro- De Espanha veio Esteban Gonzalez Pons, e o Presidente da JSD, Simão Ribeiro. Para Car- peu do PSD, da JSD, do Instituto Francisco Sá Eurodeputado do PPE, Vice-presidente do los Coelho “numa altura em que a Europa carneiro e do Partido Popular Europeu. Mediterrâneo: Estamos a empurrá-los para a morte

arlos Coelho lamentou profunda- de asilo, ou as fronteiras externas – e reclama mente esta tragédia e recordou que algo que a União precisa desesperadamente: C“há precisamente um ano, 700 pes- solidariedade e visão de longo prazo”. O Depu- soas tinham morrido a tentar atravessar tado ao Parlamento Europeu conclui conside- o Mediterrâneo. Também há pouco mais de rando que “a prioridade no mar tem de ser um ano, o Papa Francisco foi infelizmente busca e salvamento, tem de ser salvar vidas. profético nas suas palavras: Não se pode Devemos acolher os refugiados, proceder à sua tolerar que o Mar Mediterrâneo se torne identificação e registo, responder às emergên- um grande cemitério”. cias médicas, proceder a sua triagem, agilizar a relocação solidária de refugiados e promover O Social-democrata considerou que “in- o retorno dos que não cumprem os requisitos dependentemente do conteúdo do acordo para permanecerem”. com a Turquia e das violações que têm vin- do a ser relatadas, o resultado deste acordo está à vista. Estamos a empurrar estas pes- soas para as rotas mais longas e perigosas. Estamos a empurrá-los para a morte”.

Carlos Coelho assinalou ainda que “o Parla- mento Europeu aprovou uma estratégia abrangente, que traça um diagnóstico preci- so, olha criticamente para a resposta de emer- gência, apresenta um conjunto de reformas estruturais – como o sistema europeu comum

Sofia Ribeiro defende redução de impostos sobre o trabalho

Eurodeputada Sofia Ribeiro interveio cia no sector da construção, mas também percebam que “só têm vantagens em na sessão Plenária em Estrasburgo, no noutros serviços como os serviços domésti- declarar o trabalho realizado”. Segun- A debate sobre a proposta da Comissão cos (serviços de limpeza, guarda de crianças do Sofia Ribeiro as medidas devem passar Europeia de criação de uma plataforma de com- e de idosos), os serviços pessoais, a seguran- por “reduzir os impostos sobre o trabalho e bate ao trabalho não declarado. A Eurodeputada ça privada, a limpeza industrial, a agricultura, aumentar os benefícios dos trabalhadores dos Açores começou por referir que este é pescas, hotelaria, restauração e catering. Para e das suas famílias a nível da assistência um flagelo social que tem “raízes profundas e Sofia Ribeiro é essencial que “se combatam social”. complexas, prejudica gravemente o trabalha- abusos sobre o trabalhador”, não apenas dor nos direitos sociais e laborais, e conduz à através das “actividades remuneradas que se A concluir a sua intervenção, Sofia Ribeiro aca- diminuição da receita fiscal e das contribuições tornam ilícitas por não serem devidamente bou mesmo por apelar para que a Comissão para a segurança social”. declaradas às autoridades competentes, mas Europeia incentive os Estados-Membros a diver- também às falsas situações de trabalho por gir “para outras formas de obtenção de receita De facto, o trabalho não declarado, que con- conta própria”. fiscal, através de um investimento na assistência siste numa atividade remunerada de caráter na saúde, nas pensões e no apoio em situação lícito, mas não declarada aos poderes públi- Para combater o flagelo, a Eurodeputada de desemprego. Esta é a melhor forma de limitar cos, pode ser identificado em várias áreas de sugeriu que se criassem “reais incentivos” a tentação de fuga ao fisco através de uma actividade económica, com especial incidên- para que trabalhadores e empregadores relação laboral desregulada”.

PÁG.5 A Eurodeputada Sofia Ribeiro: “precisamos de começar a gerar empregos de qualidade investindo no capital humano”

Eurodeputada Sofia Ribeiro interveio da cooperação no sentido de acompanhar sobre a crise social que afeta a Europa as acções do executivo a nível nacional e A e as necessidades sobre o emprego, europeu. numa reunião que juntou toda a família polí- tica do Partido Popular Europeu (maior grupo Segundo Sofia Ribeiro “o diálogo com os par- político do Parlamento Europeu), no âmbito lamentos nacionais assume uma importância da Semana Interparlamentar Europeia 2016. crucial para apoiar a recuperação económica O encontro decorreu no Parlamento Europeu, através de reformas estruturais, consolidação em Bruxelas, e proporcionou debates conjuntos das finanças públicas e lançamento de inves- entre os eurodeputados e deputados nacionais timentos reprodutivos”, tendo acrescentado de toda a União Europeia. que “apoio uma participação mais intensa dos parceiros sociais a nível das instituições A eurodeputada dos Açores começou por re- europeias, pois se queremos manter o cresci- ferir que “somos confrontados com o desafio mento sustentável a longo prazo na Europa, dos enormes fluxos migratórios e de refugiados precisamos trabalhar com todas as partes en- que vêm para a Europa”, tendo acrescentado volvidas neste processo”. que “se quisermos permanecer no caminho para o crescimento sustentável, precisamos de A finalizar a sua intervenção, Sofia Ribeiro re- começar a gerar empregos de qualidade refor- velou ainda ser fundamental “antecipar a ne- mando as nossas economias e investindo no gociação do Semestre Europeu e manter uma capital humano dos nossos cidadãos, o que re- Sofia Ribeiro e , vice-presi- articulação contínua ao longo de todo o ano, quer uma actualização urgente da legislação dente do PPE, teve como objectivo propor- não apenas na fase da definição das políticas laboral em conformidade com as necessidades cionar o debate em torno das mudanças re- do próprio Semestre, mas também na fase de dos cidadãos e das empresas”. centemente propostas para o processo do implementação, para permitir a avaliação con- Semestre Europeu, o intercâmbio de infor- tinuada e a sua readequação às necessidades Esta reunião do grupo PPE, que contou mações sobre as melhores práticas na exe- dos Estados Membros e da União Europeia, como oradoras principais as Eurodeputadas cução destes ciclos, bem como o reforço quando necessário”.

Claúdia Monteiro de Aguiar galardoada em Bruxelas

láudia Monteiro de Aguiar eurodepu- listas designados pela publicação, pelos Aguiar distinguiu-se em 2015 pelo seu tra- C tada do PSD, foi galardoada em Bruxe- restantes deputados europeus. balho no relatório “Novos Desafios e con- las com o prémio de melhor deputada ao ceitos para a promoção do Turismo na Parlamento Europeu em 2015, na categoria Para Cláudia Monteiro de Aguiar “é Europa”, no Pacote de Vistos na Comissão de Turismo. com enorme satisfação que vejo, através Transportes e Turismo: “Reformulação do da atribuição deste prémio, o reconheci- código de vistos” e a criação de um “Visto Os “MEP Awards 2016”, organizados pela mento do trabalho que tenho vindo a de- de Circulação”. Organizou ainda em Lisboa, “The Parliament Magazine”, visam distin- senvolver na área do turismo. A garantia a 1ª Conferência Internacional, de um ci- guir os melhores eurodeputados do que fica é a continuidade no empenho e clo de Palestras, Trends & Dynamics: Europe ano em 20 diferentes categorias, sendo no desempenho das minhas funções.” A Brand, que contou com mais de 200 agentes os vencedores escolhidos, entre três fina- Social democrata, Cláudia Monteiro de do sector e oradores internacionais. José Manuel Fernandes eleito deputado europeu do ano nos ‘Assuntos Económicos e Monetários’

Eurodeputado José Manuel Fernan- apoios à promoção do emprego e dina- des foi distinguido como “Deputado mização da economia, com particular inci- O Europeu do Ano’, vencendo a eleição dência nos domínios do conhecimento e da para os ‘MEP Awards 2016’ na categoria de investigação. Deste orçamento sobressaiu o ‘Assuntos Económicos e Monetários’. facto de ter feito valer o compromisso para a prioridade dos “3E’s - emprego, empresas, Na gala dos ‘MEP Awards 2016’, que teve lu- empreendedorismo”. gar em Bruxelas, José Manuel Fernandes agra- deceu a distinção e salientou a importância No orçamento deste ano da União Europeia do trabalho no Parlamento Europeu “para foi possível mesmo reforçar o financiamento uma União Europeia mais forte e mais de programas como o Horizonte 2020 (pro- coesa, em favor da qualidade de vida dos grama para a ciência, investigação e inovação, cidadãos e do papel da Europa como líder com mais 31,8 milhões de euros), o Cosme mundial na promoção dos valores sociais (programa para financiar as PME, ampliado e humanistas”. em 14,2 milhões de euros) e o Erasmus + (programa de apoio à juventude, reforçado Num ano marcado pelo trabalho mais intenso em 6,6 milhões de euros). e exigente na comissão dos orçamentos, onde assume as funções de coordenador do Para além do reforço da capacidade de soli- PPE, José Manuel Fernandes destacou-se em dariedade interna, José Manuel Fernandes 2015 nas negociações de dossiês importan- tem-se batido pela capacidade da União Eu- tes na área económica e financeira. ropeia ao nível da solidariedade externa, com particular atenção no reforço de dota- Enquanto relator do Fundo Europeu para ções orçamentais para apoios aos refugiados Investimentos Estratégicos (FEIE), tam- e resposta à crise das migrações. bém conhecido por “Plano Juncker”, o Euro- deputado do PSD revelou um papel prepon- Eleito pela primeira vez um membro da “O Parlamento Europeu tem excelentes derante na definição do funcionamento e dos comissão dos orçamentos. deputados de todas as nacionalidades. Os regulamentos deste novo instrumento de portugueses fazem um excelente trabalho financiamento e investimento, assegurando Nesta 12ª edição dos ‘MEP Awards’, foi pela que tem sido reconhecido pelos seus pa- mecanismos reforçados a favor das PME primeira vez eleito um membro da comissão res”, afirmou o Eurodeputado do PSD, agra- e da coesão social e territorial. dos orçamentos, destacando-se pelo impacto decendo a escolha dos colegas europeus. do seu trabalho na esfera económica. Com o objetivo de mobilizar 315 mil milhões José Manuel Fernandes – que também já ha- de euros – 240 mil milhões em investimento Os ‘MEP Awards’ são atribuídos pela revista via sido escolhido pelos eurodeputados para público e 75 mil milhões em investimentos “The Parliament Magazine” e visam distinguir coordenador do PPE na comissão dos orça- privados – para promover o crescimento os melhores eurodeputados do ano em 20 mentos – reconheceu que a eleição e o pré- económico, o Plano Juncker salvaguarda diferentes categorias – mas das quais não faz mio “representam simultaneamente um como fatores de seleção a coesão territorial parte o domínio orçamental. Os nomeados refundado estímulo e redobrada respon- e a criação de emprego. para os MEP Awards surgem de propostas sabilidade para o trabalho no Parlamento da sociedade civil, cabendo à publicação a Europeu”. Além disso, por proposta de José Manuel Fer- designação dos três finalistas. Os vencedo- nandes e em defesa de estados-membros res resultam de uma votação pelos restan- A organização refere que este prémio visa dis- em maiores dificuldades, o FEIE não pode tes deputados europeus. tinguir “um deputado que tem feito grandes ter uma concentração geográfica ou temática progressos no sentido de ajudar a UE a sair e deve colmatar as falhas de mercado. Na cerimónia de entrega dos ‘MEP Awards’, da crise e aumentar a estabilidade econó- José Manuel Fernandes destacou a iniciativa mica”, apontando os Assuntos Económicos e José Manuel Fernandes foi ainda o relator e pela “oportunidade de suscitar mais um Monetários como “uma área política crucial responsável pelo Parlamento Europeu na ne- espaço escrutínio e avaliação do trabalho para a promoção do crescimento e a estabili- gociação do “Orçamento Geral da União de qualidade desenvolvido pelo Parla- zação das economias da Europa, na sequência Europeia para 2016”, onde valorizou os mento Europeu e pelos seus deputados”. da crise económica e da zona euro”.

PÁG.7 Fernando Ruas participa em Conferência de Imprensa com Jornalistas da imprensa regional

Eurodeputado Fernando Ruas reuniu- -se com jornalistas da imprensa re- O gional portuguesa que se deslocaram a Bruxelas, numa organização da Representação Portuguesa do Parlamento Europeu em Lisboa para abordar as Políticas de desenvolvimento regional europeias e nacionais.

Nesta entrevista (conjunta com a Deputada - S&D, PT), Fernando Ruas procedeu ao enquadramento das Politicas de Desenvolvimento Regional em termos his- tóricos (desde a fundação da então CEE em 1957) acrescentando ainda a importância do desenvolvimento de políticas especificas para os territórios de baixa densidade, onde se desenvolvem economias de baixa densidade que desempenham um papel ful- cral na fixação de pessoas nestes territórios, proporcionando ainda qualidade de vida e salários competitivos. putados do PSD) sobre esta matéria e que Fernando Ruas concluiu, falando ainda um basicamente se resume a: Não redução dos pouco sobre a revisão da Estratégia Europa Para além disso, o Deputado Europeu refe- envelopes nacionais (aliás, conforme previs- 2020 e da Politica de Coesão – no âmbito do renciou ainda a revisão do Quadro Finan- to no Regulamento); Importância de se pro- relatório que teve a oportunidade de desen- ceiro Plurianual 2014-2020 cuja discussão mover a simplificação processual no acesso volver e viu ser aprovado por 80% dos seus “formal” foi iniciada recentemente em sede aos Fundos Estruturais e a absoluta necessi- colegas no Parlamento Europeu em finais do de Comissão do Desenvolvimento Regional, dade de se evitarem atrasos nos pagamen- ano passado. No final da sessão, Fernando tendo Fernando Ruas defendido a posição tos (ou seja a resolução do backlog – dife- Ruas teve ainda a oportunidade de responder apresentada no Congresso do PSD de Espi- rencial entre os compromissos assumidos e a algumas questões mais específicas coloca- nho (juntamente com os restantes eurode- os pagamentos). das pelos jornalistas presentes.

Portugueses têm de ser protegidos contra o racismo na Polónia Deputado Carlos Coelho exigiu res- preocupantes. Quando vistos à luz do Neste sentido, Carlos Coelho perguntou à postas à Comissão Europeia sobre estado de sítio constitucional que assola Comissão se: “Está a monitorar estes acon- Oos casos de racismo e xenofobia a Polónia, estes ataques podem ser sin- tecimentos na Polónia? Considera que estes contra Portugueses que se encontram na tomáticos de falhas graves, sistémicas constituem uma violação da Directiva sobre Polónia ao abrigo do programa Erasmus+, e inadmissíveis num Estado-Membro a igualdade racial e está disposta a activar noticiados pela imprensa Portuguesa. da União Europeia”. O Social-Democrata os mecanismos à sua disposição, nomeada- sublinhou, porém, que “num primeiro mente o procedimento por infracção?”. No O Deputado ao Parlamento Europeu con- momento, tem de ficar claro que protec- âmbito comunitário, que meios têm - ou siderou que “independentemente das ção oferece a União Europeia a estes deveriam ter - à disposição as vítimas des- motivações destes ataques, são relatos Portugueses!”. tes ataques? Sofia Ribeiro afirma que “a responsabilidade dos Açorianos na crise do leite é nula”

ofia Ribeiro interveio, na Sessão Plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Ssobre a crise que afeta o setor da agri- cultura na Europa, e em especial nos Açores, onde defendeu algumas medidas para aliviar a crise no setor e que contou com a presença do Comissário Europeu da Agricultura, Phil Hogan.

A eurodeputada do PSD começou por lem- brar na sua intervenção que “a situação do setor do leite é dramática nos Açores, levan- do ao desespero milhares de famílias e uma Região ao desastre. Isto não é aceitável, espe- cialmente porque a contribuição destes pro- dutores para a situação de crise que atraves- samos é nula. Já há muito tempo que pagam para trabalhar, endividando-se ainda mais”.

Os Açores passam neste momento a maior crise de sempre no setor da agricultura onde 60% das explorações estão em falência técni- ca, afetando cerca de dois mil produtores de leite dos Açores. “Apesar de algumas medi- das paliativas que podem ser tomadas pelos Estados-membros, a solução terá de ser eu- ropeia para evitar o abuso do poder negocial das indústrias e da distribuição”, defendeu a eurodeputada. “Em Portugal, aplicam-se penalizações pelo aumento de produção e solicitam-se cauções aos produtores, preju- dicando-os ainda mais, numa versão rasca de quotas leiteiras que apenas funciona pela negativa e internamente, provocando ainda mais assimetrias. Castiga-se os que menos produzem, deixando outros produzir sem Sofia Ribeiro afirmou:“a situação do setor do leite é limites”. dramática nos Açores, levando ao desespero milhares Em setembro, a Comissão Europeia já tinha de famílias e uma Região ao desastre. Isto não é anunciado um pacote de ajudas ao sector do leite no montante de 420 milhões de euros aceitável, especialmente porque a contribuição destes para todos os Estados-Membros, mas a Euro- produtores para a situação de crise que atravessamos deputada açoriana voltou a apelar à promo- é nula. Já há muito tempo que pagam para trabalhar, ção de “uma ambiciosa campanha europeia de informação e de incentivo ao consumo endividando-se ainda mais”. do leite que está a ser atacado sem a devida resposta, esclarecendo os mitos associados e promovendo os seus benefícios” tendo pros- Sofia Ribeiro terminou a sua intervenção vendo o desenvolvimento sustentável do centro seguido defendendo “regras claras na indi- questionando o comissário presente na reu- e da periferia da Europa, das regiões e territórios cação da origem e apoio na certificação da nião: “queremos um sector competitivo a nível mais remotos da união? Não podemos tornar sua composição (no caso dos Açores falamos mundial beneficiando poucos e privilegiados a europa competitiva apenas à custa do fim da presença de Ómega3, CLA´s, iodo, entre membros de um clube selectivo de produtores da actividade dos mais vulneráveis, dos mais outros).” europeus, ou queremos ser competitivos promo- distantes dos grandes mercados”.

PÁG.09 Cláudia Monteiro de Aguiar vê aprovado relatório das Pescas

votação realizada, em Estrasburgo, determinou um apoio expressivo à A proposta de criação de um regime complementar de apoio à pesca costeira nas regiões ultraperiféricas, semelhante ao modelo do POSEI agrícola. A criação de etique- tas ou rótulos que garantam a qualidade dos produtos da pesca local, o aumento das quotas para os pescadores artesanais e a promoção da aquicultura como actividade complementar à pesca foram também aprovadas em plenário, num relatório em que a deputada madeirense foi relatora em nome do PPE.

Segundo Cláudia Monteiro de Aguiar “é nosso dever, sobretudo quando conhecemos bem a realidade, salvaguardar os interesses e defender as especificidades das regiões que sofrem de alguns constrangimentos como é o caso das Ultraperiferias. É necessá- rio um tratamento diferenciado para tratar aquilo que é distinto e no caso das pescas e das actividades piscatórias ou ligadas ao mar, precisamos encontrar soluções distin- tas. A aprovação deste relatório defende a pequena pesca costeira e valoriza as profis- Cláudia Monteiro de Aguiar “é nosso dever, sões ligadas à actividade marítima ou seja todos quantos tem na pesca a sua fonte de sobretudo quando conhecemos bem a realidade, rendimento”. salvaguardar os interesses e defender as

O relatório “Inovação e diversificação da pesca especificidades das regiões que sofrem de alguns costeira artesanal nas regiões dependentes da constrangimentos como é o caso das Ultraperiferias. pesca” de que Cláudia Monteiro de Aguiar É necessário um tratamento diferenciado para foi responsável no Partido Popular Europeu, pretende adaptar a definição da pequena tratar aquilo que é distinto e no caso das pescas pesca costeira e da pesca tradicional em fun- e das actividades piscatórias ou ligadas ao mar, ção das características socioeconómicas e especificidades das diferentes regiões e não precisamos encontrar soluções distintas...” exclusivamente em função da dimensão ou capacidade dos barcos de pesca, como até aqui tem sido regra. de novas tipologias de apoio, enquadradas (artes de pesca, técnicas, documentos histó- nos financiamentos europeus já existentes, ricos, etc.). Este documento conta ainda com a aposta para que mais e novas áreas possam merecer em novas cadeias de comercialização que financiamento” defendeu a Eurodeputada do Ainda nesta área é solicitada uma maior fle- beneficiem os pescadores, na introdução de PSD, em Estrasburgo. xibilidade para os navios com menos de 12 novas tecnologias quer na promoção quer metros relativamente ao diário de bordo, no na venda de produtos e serviços relaciona- No que respeita aos barcos de pesca, o Par- que diz respeito, por exemplo, à obrigatorie- dos com a pesca, mas foca também a impor- lamento entende que se deve analisar a pos- dade de enviar os documentos no prazo de tância no desenvolvimento do segmento sibilidade de permitir a exploração mista dos 48 horas. turístico e cultural das pescas. navios que exercem actividades de captura para que possam participar noutros tipos de O relatório aprovado pelo Parlamento Euro- “Conseguimos que as Regiões Ultraperiféricas actividades associadas aos sectores do turis- peu será agora enviado à Comissão Europeia tenham, no futuro da pesca europeia, um tra- mo e do lazer, promovendo-se as tradições, que se deverá pronunciar sobre as propostas tamento diferenciado. Insiste-se na criação a história e o património de pesca em geral aprovadas pelos Eurodeputados. « Paulo Rangel preside a Grupo de Trabalho do Grupo PPE sobre o Futuro da Europa

aulo Rangel foi encarregue pela presidência P do Grupo PPE de redigir um documento sobre o Futuro da Europa. O Documento será discutido na reunião da direcção do Grupo político que decorrera no próximo mês de Junho em Nice.

Nos últimos meses o Vice-presidente do Grupo Parla- mentar do PPE e chefe da delegação Portuguesa do PSD tem vindo a recolher diversos contributos dos seus colegas deputados em matérias que vão desde a política externa, passando pela política de defesa e segurança até às questões sociais e económicas.

Fernando Ruas intervém com vista à certificação europeia do “Folar de  Valpaços” Solução é fazer gastronomia, além de ser parte da cultura e iden- A tidade de um povo possui um valor económico (multiplicativo) intrínseco não despiciendo. A União Outsourcing Europeia sabe-o bem e reconhece a excelência, a genuinidade e a singularidade de alguns produtos gastronómicos europeus. à Turquia? Em Portugal e a par de outros produtos tradicionais, o Folar de Valpaços é um exemplo da expressão mate- rial que a gastronomia e a preservação de costumes e Parlamento Europeu debateu o acordo sobre a cimeira UE-Turquia de 7 tradições firmam no presente e pretendem assegurar de Março e a cimeira de 17-18 Março. Carlos Coelho afirma ironicamente no futuro. Enquanto produto gastronómico de ex- O que “no dia 7 de Março os Chefes de Estado acordaram que na próxima celência reconhecida, o Folar de Valpaços é desde há semana decidirão algo de concreto e que irão acelerar a implementação do muito um símbolo da Região Norte Interior de Portu- acordo firmado com a Turquia...em Novembro”. No entanto, “olhando para as gal. Tendo o pedido de registo de Indicação Geográfica linhas gerais anunciadas, promete-se mais, em troca de mais, sem que até aqui os Protegida para o “Folar de Valpaços” sido submetido Estados-Membros tenham cumprido com o menos”. em finais de Setembro do ano passado pelo Minis- tério da Agricultura português e considerando que o O Deputado sublinha que “o acordo assenta essencialmente em dois pilares: mais prazo para a conclusão da sua análise terminaria a 23 dinheiro e a chamada reinstalação (algo semelhante ao mecanismo de recoloca- de Abril passado, o Deputado ao Parlamento Europeu ção, mas com a Turquia). Uma vez mais, os Chefes de Estado prometeram a um Fernando Ruas, questionou o Comissário Europeu Estado Terceiro o que não conseguem cumprir entre si. Cresce a sensação que Phil Hogan (Agricultura e Desenvolvimento Rural), fácil mesmo é optar pelo outsourcing. Parece ser mais fácil prometer dinheiro sobre qual o ponto da situação deste dossier. O Gabi- a quem afirma poder realizar o que não estamos a conseguir fazer”. nete do Comissário Hogan remeteu uma resposta ao Deputado Fernando Ruas afirmando que o“ pedido de Carlos Coelho conclui que “mais grave, porém, é que segundo o Eurojust, a registo do ‘Folar de Valpaços’ como Indicação Geográfi- Comissão Europeia, e diversas ONGs, são as muitas dúvidas que recaem ca Protegida (IGP) está neste momento, a ser analisado sobre a Turquia no respeito pelo Estado de Direito, os Direitos Funda- pelos serviços da Comissão”, acrescentando que “uma mentais e até mesmo as normas de asilo. A realidade defende soluções carta sugerindo pequenas alterações de redacção e concretas, e não ideais inconsequentes. Mas deve-nos preocupar que, pe- solicitando esclarecimentos ligeiros foi enviado ao Es- rante uma crise existencial, a Europa decida ignorar justamente o que lhe tado-membro em causa em 2016/04/05”. deu origem: os valores”.

PÁG.11 Delegação do Parlamento Europeu visita campo de refugiados na Turquia

elegação do Parlamento Europeu vi- mais de 900 quilómetros de fronteira com euros para alimentação que podem adqui- sita campo de refugiados na Turquia: a Síria, estando obviamente exposta ao rir no supermercado do campo e 11 euros D“Emergência humanitária agrava-se fluxo de refugiados sírios. A Turquia conta para outras despesas, recebendo duas car- todos os dias e exige urgência na solução já com mais de 2,6 milhões de refugiados tas bancárias para esse objectivo (85 libras do problema”. sírios. Face aos recentes bombardeamen- turcas). tos russos, o drama e o número de refugia- José Manuel Fernandes: “visitar um dos na Turquia tem tendência a aumentar. O eurodeputado deixa o testemunho campo de refugiados é perturbador. Em Neste momento, estão mais de 50 mil re- pessoal da visita ao campo de refugia- cada um deles via os meus filhos, a minha fugiados sírios à porta da Turquia, à espera dos: “Estive numa dessas tendas com uma mulher, a minha família!” de entrar. família. Um casal jovem com uma filha convidou-me a entrar. Ele veterinário, ela Gaziantep (Turquia), 11-02-2016 “É provável que tudo se precipite: há professora. Insistiram para que entrasse. Uma delegação da comissão dos orça- mais de 11 milhões de pessoas na Sí- Descalcei-me. Ofereceram-me café. Estão mentos do Parlamento Europeu esteve ria a viver na penúria, fartos de fugir à ali desde 2012, mas têm esperança em em Fevereiro nos campos de refugiados da guerra e predispostos a tudo fazer para voltar a casa. Aliás, querem todos vol- Turquia, onde sentiu a dimensão do drama saírem do país”, alerta, José Manuel Fer- tar para a Síria, logo que haja condições humano e civilizacional provocado pela nandes, relator do orçamento da UE para mínimas de segurança. Não percebem a guerra na Síria e na iminência de se agravar. 2016, sublinhando a preocupação com a razão da guerra e a postura dos vários dimensão desta crise humanitária. Apenas “actores”. Agradecem-nos a ajuda. Nas “A gravidade da situação implica que se 10% dos refugiados estão em campos de escolas para crianças sírias, só encon- actue com rapidez. Estamos a agir sobre acolhimento e mais de metade dos refu- trei mulheres a leccionar. Desde 2012, já as consequências de uma guerra. É uma giados são jovens. Os restantes 90% estão nasceram 907 crianças e morreram 146 obrigação que convoca toda a humanida- em comunidades locais, em que em mui- pessoas neste campo. Na Turquia, desde de. Mas temos de ir à origem e causa do tas delas estão em maior número do que o início, do conflito já nasceram mais de problema. Há que acabar com a guerra a população local. Esta situação cria pro- 150 mil crianças sírias.” na Síria! Essa é a única solução”, aponta o blemas em termos de infra-estruturas e de Eurodeputado José Manuel Fernandes, no pobreza. “Visitar um campo de refugiados é pertur- balanço da visita que hoje termina. bador. Em cada um deles via os meus fi- A Turquia afirma que já investiu cerca de 9 lhos, a minha mulher, a minha família! Foi Para o social democrata e coordenador do mil milhões de euros desde o início do con- um ensinamento. Ensinou-me a dar valor PPE na comissão dos orçamentos, “a emer- flito para ajudar os refugiados e que rece- à paz, a perceber que, de repente, tudo gência humanitária agrava-se todos os beu pouco mais de 500 milhões de euros. muda. Falei com vários refugiados que dias exige e exige urgência na solução do A União Europeia acordou uma ajuda de ainda há pouco tempo tinham tudo, hoje problema”, para além da necessidade de, 3.000 milhões para 2016 e 2017. não têm nada. Há as crianças que viram em simultâneo, se garantir “transparência os pais e mais familiares morrerem… En- e que os recursos financeiros chegam aos José Manuel Fernandes constatou o esfor- fim… Estamos a agir sobre as consequên- refugiados”. ço da Turquia e o trabalho notável que as cias de uma guerra. É uma obrigação que instituições humanitárias e ONG fazem no convoca toda a humanidade. Mas temos Nesta visita da delegação do Parlamento terreno. Na região de Gaziantep, o Eurode- de ir à origem e causa do problema. Há Europeu, o principal objectivo é procurar putado visitou o campo de refugiados de que acabar com a guerra na Síria!”. coordenar as ações de apoio aos refugiados Osmaniye, em que o Governador e as insti- face às várias fontes de financiamento e às tuições locais tratam estes refugiados como Nota: A Turquia quer aderir à UE. Desde 2001, inúmeras entidades presentes no terreno. os “convidados”. Afirmam que foram envia- tem recebido apoio da UE no âmbito do ins- dos por Deus. No campo de Osmaniye, es- trumento de Pré-adesão (até 2020 cerca de O programa inclui reuniões com vários tão 9.500 refugiados distribuídos por 2.000 10 mil milhões de euros). O Banco Europeu membros do governo turco, embaixado- tendas. Há água, 15 pequenas lojas, médi- de Investimento empresta por ano cerca de res, as principais ONG na Turquia e visita a co, farmácia, escola, espaço para lazer. Cada 2 mil milhões de euros. Mas a prioridade são um campo de refugiados. A Turquia tem refugiado tem mensalmente cerca de 16 os refugiados sírios. Cláudia Monteiro de Aguiar propõe criação de plataforma para mobilidade no sector do Turismo Deputada Madeirense oradora na Confe- rência “Atrair Investimento para o Turismo”. A A Conferência de Alto Nível “Atrair Investi- mento para o Turismo“, em Bruxelas, contou com a participação de três Comissárias Europeias, Elzibieta Bienkowska, responsável pelo Turismo, Marianne Thyssen, com a pasta do Emprego, Assuntos So- ciais, Mobilidade Laboral e Competências, e Corina Cretu, responsável pelo Desenvolvimento Regional, e dos Ministros do Turismo de Malta e da Bulgária.

A Deputada Cláudia Monteiro de Aguiar mar- cou também presença, como uma das oradoras no Painel sobre as “Oportunidades de Financia- mento para investir no capital Humano” onde destacou “que o Destino Europa só será distinto dos seus concorrentes se oferecer serviços de qualidade”. A Deputada acredita que para isso é que é necessário uma “Aliança entre os diferentes hábitos e cultura, horários.” Quanto ao financia- preciso juntar forças e apela “à Indústria que crie agentes, nomeadamente as Universidades, os mento existente, Cláudia Monteiro de Aguiar, dá um Erasmus para o Turismo para os emprega- Politécnicos e a Indústria” afirma a Eurodeputada. o exemplo do Garantia Jovem, do Fundo Social dos, mas também os empregadores, que com- Europeu, mas também dos Fundos Estruturais bata em, simultâneo, a precariedade no sector, Cláudia Monteiro de Aguiar afirma que é urgen- que “podem e devem ser usados para criar em- muito ligada à sazonalidade do mesmo.” te “fazer uma aposta clara na formação de base pregos de qualidade no Turismo, numa altura e vocacional no sector do Turismo” destacando em que o desemprego jovem é flagrante e o cres- Para a Deputada Madeirense esta não é uma “que o Turismo é das Indústrias que mais requer cimento do Turismo em Portugal atinge núme- ideia nova “até porque as grandes cadeias ho- um Curriculum Vitae diversificado, abrangente e ros recordes.” A Deputada acredita que “é um dos teleiras já o fazem,“ mas acredita que “a criação evolutivo. Competências nas novas tecnologias sectores da Economia com enorme potencial de desta plataforma irá criar oportunidades de da informação e comunicação, no conhecimen- desenvolvimento e criação de emprego, e que os mobilidade para as PME que representam 90% to de idiomas, mas também nas relações inter- programas existentes de formação devem ser do tecido empresarial da União”. Sublinha ainda pessoais como saber a gastronomia adequada, adaptados a esta realidade.”

Prémio Carlos Magno 2016 - Carlos Coelho felicita BEST Porto

euniu em Estrasburgo o Júri nacio- Engineering Competition - Final O vencedor nacional integra o conjunto nal do Prémio Carlos Magno que Round 2015 que ocorreu na Universi- dos 28 projectos (um por cada Estado- R além do Deputado Carlos Coelho dade de Porto de 2 a 11 de Agosto de -Membro) que será apreciado pelo Júri foi integrado também pelos Deputados 2015. europeu a quem caberá escolher o ven- Liliana Rodrigues (PS) e José Inácio cedor até 7 de Abril de 2016 e atribuir Faria (MPT). No evento participaram 120 estudan- prémios aos 3 melhores classificados. tes de diferentes países num programa Carlos Coelho felicitou o proponente Entre os diferentes concorrentes, o Juri rico em actividades de natureza técnica Tiago Filipe Sousa Pinto e sublinhou a nacional decidiu por unanimidade mas também de trabalho em grupo e de qualidade do relatório assinado por Fe- atribuir o 1º lugar ao European BEST comunicação. lipe Afonso Vieira e Joana Silva.

PÁG.13 Empresários desafiados a postura mais competitiva e concorrencial no acesso a apoios europeus

s recursos europeus para apoiar as empresas e o crescimento económi- O co “são imensos”. Mas “o fundamental é sabermos o que queremos e organizarmo-nos para nos candidatarmos a fundos e programas europeus que vão ajudar a acrescentar valor e produzir riqueza sustentável, que crie emprego”. A ideia foi enfatizada pelo Eurodeputado José Manuel Fernandes no debate “DISH 2020 - Va- mos conversar sobre oportunidades?” em Braga.

Perante duas centenas de pessoas – sobre- tudo empresários –, José Manuel Fernandes abriu o evento elencando diversos programas europeus que podem ajudar as empresas na Para além do ‘Portugal 2020’ O ‘Plano Juncker’ concretização de novos projetos para criar Nesta lógica mais concorrencial de acesso aos A grande diversidade de apoios europeus emprego e mais valor. Uma abrangência re- recursos europeus disponíveis, o Eurodeputa- veio ser fortemente intensificada pelo ‘Plano forçada agora pelo Fundo Europeu para In- do desafiou os empresários a “irem para além Juncker’, que permite garantir financiamento vestimentos Estratégicos (FEIE), conhecido da espécie de ‘rendimento mínimo garantido’ para qualquer projeto sustentável que não dis- também como ‘Plano Juncker’ e que prevê que constituem os fundos e programas nacio- ponha de um programa específico de apoio mobilizar 315 mil milhões de euros em inves- nais do Portugal 2020”, candidatando-se aos e não consiga obter financiamento viável na timentos nos próximos anos. programas geridos centralmente pela Comis- banca. são Europeia. Como explicou o eurodeputado, “há imensos Este Fundo Europeu para Investimentos Es- fundos e programas europeus” que permitem Nesse sentido, apontou os programas Cosme tratégicos – que ainda permite apoiar finan- apoiar qualquer tipo de novo investimento. (constituído à base de instrumentos financei- ciamento de áreas não cobertas num projeto Haverá sempre forma de encontrar apoios e ros dedicados especificamente às PME), o Life apoiado por outro programa comunitário recursos, necessariamente no pressuposto de 2014-2020 (direcionado para promover uma – prevê a mobilização de 240 mil milhões de contribuir para uma estratégia de crescimen- economia eficiente e a proteção da Natureza) euros para investimentos e 75 mil milhões de to inteligente, sustentável e também inclusi- e o EaSi (programa para o Emprego e a Ino- euros para as empresas, com particular enfo- vo, que traga mais emprego. vação Social, assente em três eixos, Progress, que nas PME. EURES e o Instrumento de Microfinanciamen- Por isso, realçou o alerta que “fundamental é to Progress, virado para o emprego e o em- José Manuel Fernandes, que foi o relator do saber bem o que nos pode ajudar a criar va- preendedorismo social). Parlamento Europeu para o ‘Plano Juncker’, lor e a ser mais competitivos, seja no território aproveitou para deixar o desafio à criação ou no domínio público, seja nas empresas ou O Horizonte 2020, gerido pelo comissário de plataformas de investimento, que podem numa instituição social”. Uma mensagem cor- português Carlos Moedas, merece uma ser de âmbito regional ou temáticas, seja no roborada por Carlos Oliveira, presidente con- atenção especial, sendo o maior programa campo das infraestruturas sociais, da saúde, selho de administração da InvestBraga, Carlos do mundo para a investigação e a inovação, da eficiência energética ou até mesmo da Neves, vice-presidente da CCDRN, e Fernando com mais de 80 mil milhões de euros. Des- inovação ou do conhecimento. Martins, diretor executivo da estrutura de ges- te programa destaca-se o SME Instrument, tão do Plano Nacional de Ação para a Eficiên- exclusivamente dedicado a pequenas e mé- Aos empresários, o eurodeputado deixou ainda cia Energética (PNAEE). dias empresas e permanentemente aberto a uma referência especial para a criação de uma candidaturas, permitindo acesso facilitado a estrutura europeia de aconselhamento ao inves- Sustentando as razões do apelo a uma pos- financiamentos que podem chegar aos 2,5 timento (PEAI), que já está em funcionamento tura mais competitiva dos empresários, José milhões de euros por projeto. Até ao final de e cujos serviços são gratuitos para as entidades Manuel Fernandes revelou que “o futuro dos 2015, Portugal contabilizava 145 candidatu- públicas e com um custo reduzido a um terço apoios europeus assenta numa lógica de ras aprovadas no SME Instrument, sendo do valor real para as PME. Nesta estrutura ou funcionamento cada vez mais como instru- que Itália, com 887 candidaturas aprovadas, “plataforma de aconselhamento”, o empresário mentos financeiros para acesso facilitado ao lidera este ranking, seguida da Espanha – pode receber informação especializada sobre a crédito”, e não no modelo tradicional de “sub- conforme adiantou o Eurodeputado José viabilidade e a melhor forma de obter financia- sídios ou a fundo perdido”. Manuel Fernandes. mento e apoio aos seus projetos. Para Sofia Ribeiro: “Portugal não pode desperdiçar os esforços dos portugueses”

Eurodeputada Sofia Ribeiro apresentou europeus”. “Este é um passo que nos permite dar limitado a reverter todas as políticas implemen- no plenário de Estrasburgo o relatório uma resposta direta e justa para os nossos con- tadas nos últimos quatro anos, esquecendo que A sobre as questões do emprego e as- cidadãos, tendo em conta as suas expectativas, em 2011 tivemos de recorrer à ajuda externa petos sociais do Semestre Europeu, do qual preocupações e necessidades”, explicou. porque nos encontrávamos numa situação de é relatora do Parlamento Europeu. pré-bancarrota, que nos conduziria a uma si- O relatório foca-se também na necessidade de tuação em que não poderíamos assegurar as Sofia Ribeiro iniciou a sua intervenção dizen- consolidar as finanças públicas e os sistemas mais básicas funções sociais do Estado. Quan- do que o relatório elaborado “transforma a fiscais, tendo em conta a frágil situação econó- do recorremos a essas ajudas, tivemos de nos União Europeia numa Europa Social moderna e mica de muitos Estados-Membros. Para Sofia sujeitar às imposições dos credores, cujo impac- salienta as medidas concretas que é necessário Ribeiro, “Como temos visto nos últimos anos, to social foi devastador. Não obstante, foi feito implementar para impulsionar um desenvolvi- a resiliência dos Estados-Membros à crise um enorme esforço nacional para conseguir mento social sustentável”. Depois de intensas financeira está ligada à capacitação das recuperar a confiança e a credibilidade do negociações, o relatório alcançou o consenso respectivas finanças públicas, e os que têm País, com vista ao desenvolvimento económico dos maiores grupos políticos, na Comissão do os piores resultados são aqueles com econo- e social, que não podemos desbaratar se quere- Emprego e Assuntos Sociais e foi aprovado em mias mais instáveis e com défices maiores”. mos evitar situações semelhantes no futuro.” Plenário pela esmagadora maioria dos Eurode- putados. Desde que foi anunciada como rela- Questionada sobre os efeitos no crescimen- Recorde-se que o Semestre Europeu de 2016 foi tora, Sofia Ribeiro bateu-se pela introdução de to do processo do Semestre Europeu, Sofia lançado com a publicação da Análise Anual medidas potenciadoras do emprego, colo- Ribeiro declarou que “cabe aos governos dos do Crescimento documento que confirma a cando a tónica na formação. Pela primeira vez, Estados Membros alcançar a confiança dos in- estratégia da Comissão em matéria de cres- este relatório insere os indicadores sociais vestidores e dos cidadãos, pelo que não pode- cimento e emprego, e que assenta em três de taxa de atividade, desemprego jovem e mos fazer tábua-rasa de todas as políticas de- pilares fundamentais: relançar o investimento, desemprego de longa duração na análise da senvolvidas até aqui, nem desperdiçar o esforço prosseguir as reformas estruturais para moder- situação dos Estados-Membros, o que faz com dos cidadãos. Preocupa-me ver isto no caso de nizar as nossas economias e conduzir políticas que o relatório se “aproxime da vida real dos Portugal, pois o actual governo apenas se tem orçamentais responsáveis.

PÁG.15 Não somos reféns da Turquia

Parlamento Europeu debateu a decisão quanto respondemos ao de curto prazo”. de prolongar até 2 anos os contro- Olos nas fronteiras entre Estados- Relativamente ao processo de liberalização de -Membros, bem como a isenção de visto vistos com a Turquia, o Deputado ao Parlamen- à Turquia. to Europeu considerou que “somos confronta- dos com as contrapartidas deste acordo. Aqui Carlos Coelho considerou que a proposta o Parlamento tem uma palavra decisiva: não da Comissão de prolongar os controlos nas haverá isenção de vistos, se não forem cum- fronteiras da Alemanha, Áustria, Dinamarca, pridos todos os requisitos - como qualquer ou- Suécia e Noruega até dois anos é previsível tro país terceiro. Mas esse não é o problema es- mas “não deve servir para justificar as ir- sencial”. Carlos Coelho reiterou que “este acordo racionalidades e os egoísmos nacionais pode até reduzir o número de pessoas que che- que temos visto”. No entanto, alerta que gam às nossas fronteiras, mas permanece um tem “dúvidas sobre se o código de frontei- acordo contrário aos nossos valores”, e subli- ras Schengen estará a ser respeitado, mas nha que “não somos reféns da Turquia. Hoje estou certo que - neste momento - já não te- parecemos reféns do nosso próprio desnorte, mos alternativa. Este é o sintoma de um mal mas há sempre uma boa alternativa: actuarmos maior. Temos que atacar a doença: temos de em conjunto enfrentando este problema com a resolver os problemas de longo prazo en- dimensão europeia que tem”.

Cláudia Monteiro de Aguiar protege os Portos da Madeira e dos Açores Luz Verde do Parlamento Europeu para salvaguardar Portos das Regiões Ultraperiféricas

láudia Monteiro de Aguiar viu aprova- da União e Portos de Países terceiros, que se Para isso apresenta medidas que reforçam o da, no Parlamento Europeu, uma proposta encontram nas fronteiras externas da União. princípio da autonomia das autoridades por- C que salvaguarda as Regiões que depen- Para Portugal poderá ser importante atrair tuárias no estabelecimento de taxas portuá- dem dos Portos Marítimos como é o caso da mais operadores que normalmente operam rias, assim como a possibilidade de atrair no- Região Autónoma da Madeira. A Eurodeputada no Norte de África e em Espanha”. No entan- vos operadores, com critérios de limitação da pretende assim proteger os portos das regiões to, Cláudia Monteiro de Aguiar destaca que “a obrigação de serviço público e maior clareza insulares que, por serem de menor dimensão abertura imposta no acesso ao mercado dos no que respeita a ajudas de estado. e maior afastamento da Europa continental, serviços portuários poderá também ter efeitos não devem estar sujeitos às mesmas regras de negativos nos portos de menor dimensão e ul- No compromisso aceite por todos os Grupos funcionamento que os portos do continente. traperiféricos como é o caso da Madeira”. Políticos e aprovado hoje no Parlamento Eu- ropeu, a Deputada Madeirense congratula-se A Eurodeputada acredita que este regula- O novo regulamento pretende aplicar um mo- com a aprovação desta derrogação, salientando mento trará maior concorrência aos Portos da delo único europeu para o acesso ao mercado que “a aplicação ou não deste regulamento, nos União “permitindo um aumento da concorrên- dos serviços portuários, respeitando os mode- Portos da Madeira e dos Açores, fica a cargo das cia entre Portos no mesmo País, e entre Portos los de gestão estabelecidos a nível nacional. autoridades nacionais”.

Os Nossos Deputados:

Paulo Rangel Fernando Ruas Sofia Ribeiro [email protected] [email protected] [email protected] www.sofiaribeiro.eu

Carlos Coelho Claudia Monteiro de Aguiar José Manuel Fernandes www.psdeuropa.eu [email protected] [email protected] [email protected] www.carloscoelho.eu www.josemanuelfernandes.eu

Boletim Informativo do Grupo da Delegação do PSD do Partido Popular Europeu Director: Carlos Coelho Redacção: Pedro Paulos e Cruz, Fernando Vaz das Neves Imagem: Julio Pisa