Cassiano Francisco Scherner De Oliveira O
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CASSIANO FRANCISCO SCHERNER DE OLIVEIRA O CRITICISMO DO ROCK BRASILEIRO NO JORNALISMO DE REVISTA ESPECIALIZADO EM SOM, MÚSICA E JUVENTUDE: DA ROLLING STONE (1972-1973) À BIZZ (1985-2001) Tese apresentada como requisito para obtenção do grau de Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Francisco Ricardo Rüdiger Porto Alegre 2011 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) O48c Oliveira, Cassiano Francisco Scherner de. O criticismo do rock brasileiro no jornalismo de revista especializado em som, música e juventude: da Rolling Stone (1972- 1973) à Bizz (1985-2001). / Cassiano Francisco Scherner de Oliveira. – Porto Alegre, 2011. 390 f. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Comunicação – Faculdade de Comunicação Social, PUCRS. Orientador: Prof. Dr. Francisco Ricardo Rüdiger 1. Música – Brasil – História e Crítica. 2. Música Popular Brasileira. 3. Rock Brasileiro. 4. Crítica Musical – Imprensa Especializada. I. Rüdiger, Francisco Ricardo. II. Título. CDD 780.981 Bibliotecária Responsável Anamaria Ferreira CRB 10/1494 CASSIANO FRANCISCO SCHERNER DE OLIVEIRA O CRITICISMO DO ROCK BRASILEIRO NO JORNALISMO DE REVISTA ESPECIALIZADO EM SOM, MÚSICA E JUVENTUDE: DA ROLLING STONE (1972-1973) À BIZZ (1985-2001) Tese apresentada como requisito para obtenção do grau de Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Aprovada em _____ de_______________ de 2011. BANCA EXAMINADORA: Prof. Francisco Rüdiguer (Orientador) – PUCRS ________________________________ Prof.ª Simone Sá Pereira – UFF ________________________________ Prof.ª Beatriz Marocco – Unisinos ________________________________ Prof. Charles Monteiro – PUCRS ________________________________ Prof. Carlos Gerbase – PUCRS ________________________________ Aos amigos Gélson, Jeane e Nélson (in memmoriam): muito da cultura musical que adquiri (não só referente ao rock brasileiro, mas a outros gêneros), nos anos 1980, graças à nossa fraternal convivência à troca de informações com vocês, está nesse trabalho. AGRADECIMENTOS Ao orientador professor Francisco Rüdiger, pela orientação balizada na competência e na seriedade, elementos fundamentais que contribuíram para a feitura deste trabalho. À minha família: meus pais Jauner e Mari, pela rica e ampla cultura musical que me propiciaram, a qual não se resume em “it’s only rock’n’roll”; à minha irmã Fabiana e a meu cunhado Édson, pelo incentivo e pela amizade. Aos professores Beatriz Marocco e Antônio Hohlfeldt, componentes da banca de qualificação, pelas importantes observações realizadas e que muito me auxiliaram na concepção final desta tese. À coordenação do PPGCom/Famecos, em especial ao professor Juremir Machado da Silva, pelo apoio institucional no desenvolvimento desta pesquisa. Às professoras Dóris Fagundes Haussen e Ana Carolina Escosteguy, por enriquecer, através de alguns tópicos ministrados em suas respectivas aulas, a temática abordada neste trabalho. Ao Eduardo Portanova Barros que, mais que um colega, revelou-se um amigo sempre solícito e solidário ante as angústias e incertezas de um trabalho desta natureza. A Adriana Langon, Alda Menine, Aldema Menine McKinney, Álvaro Carlini, Ana Stchoncen, César Augusto de Carvalho, César Augusto dos Santos, Denise Cogo, Fernanda Pereira da Cruz, Flávio Guirland, Flávio Zanini, Gabriel Scur, Itamar Pelizzaro, João Carlos Tiburski, José Albertino, Lilian Reichert, Lilian Zaremba, Luana Khodjaian, Luciano Klöckner, Luciano Miranda, Luiz Artur Ferrareto, Luis Carlos Olêa, Márcio Poetsch, Marilda Santanna, Mauro César Silveira, Mônica Kanitz, Nane Albuquerque, Paulo Lidtke, Paulo Schwingel, Raimundo Mattos Leão, Rejane Boeira, Roberto Thiesen, Rodrigo Vizzotto, Rosane Souza Schwingel, Sérgio Endler, Valci Zucoloto e Viviane Mottin, seja pela convivência, seja pelo incentivo, ou por ambos. Destaco que estes elementos foram importantes para a realização desta tese. Aos funcionários da secretaria do PPGCom, e em especial à Lúcia Stasiak, sempre solícitos e prestativos. Dentro destes quesitos, destaco também o ex-funcionário Tiago Soares. Aos funcionários das seguintes instituições, pelo alto grau de profissionalismo no atendimento: Centro de Documentação e Informação Científica Prof. Casemiro dos Reis Filho da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; da Biblioteca Maria Luiza M. da Cunha da Escola de Comunicação/Universidade de São Paulo; Biblioteca Central da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Biblioteca Carlos Barbosa do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em especial a funcionária Susana Piñeiro; funcionários do Setor de Imprensa do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (Porto Alegre-RS), em especial ao coordenador Carlos Roberto Saraiva da Costa Leite; por fim, à bibliotecária Mônica Aliseris, responsável pela Biblioteca Jenny Klabin Segall – Museu Lasar Segal (São Paulo-SP) e o corpo de funcionários da referida instituição. À CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –, pelo auxílio financeiro na produção desta tese. Por fim, a todos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram a viabilizar esta tese. “Vou dar trabalho à crítica Já que ela depende de mim É um jeito de sair do buraco que é fundo E acaba-se o mundo por falta de imaginação.” (Departamento de criação) Composição: Rita Lee; Luis Sérgio; Lee Marcucci. Intérprete: Rita Lee. Gravada originariamente no LP Entradas e Bandeiras (Som Livre, 1976). RESUMO No final do século XVII, surgiram os primeiros periódicos que veiculavam críticas e detalhes dos acontecimentos que envolviam a música e o seu público. Nesse contexto, apareceu a profissão do crítico, conhecido na época como “árbitro das artes”. Desde então, a crítica musical se faz presente no mundo impresso como um gênero jornalístico que processa a mediação entre o artista e o público. Em suma, essa é a essência da crítica musical. A proposta desta tese é realizar uma análise a respeito da crítica musical referentes aos grupos brasileiros que representaram o gênero rock do início da década de 1970 até o princípio dos anos 2000. A documentação escolhida para esta pesquisa foram as revistas. Rolling Stone (edição brasileira, editada entre 1972 a 1973); Pop (editada entre 1972 a 1979); Música (editada entre 1976 a 1983); Somtrês (editada entre 1979 a 1989); Pipoca Moderna (editada entre 1982 a 1983) e Bizz (editada entre 1985 e 2001). Nesta análise, percebe-se que a crítica musical era muito incipiente e limitada, principalmente nas primeiras publicações, Rolling Stone e Pop. A partir da segunda metade dos anos 70, com o surgimento das revistas Música e Somtrês, a crítica musical começou a se desenvolver e se profissionalizar. Porém o rock brasileiro daquela época era visto com desconfiança por parte dos críticos. Na década seguinte, o gênero passou ser valorizado graças ao alcance mercadológico e também de prestígio. Contudo tal valorização não se sustentou por muito tempo, tanto em mercado e prestígio quanto na crítica musical: não existia unanimidade dos críticos em relação ao rock brasileiro. Por outro lado, grupos que postulavam como undergrounds conquistaram a simpatia da imprensa musical. Após sucumbir a uma perda de espaço na mídia, entre o final dos anos 1980 e o ínicio da década de 1990, houve um abrandamento no tom da crítica especializada nesse gênero. Em suma, tratava-se da figura do crítico atuando como mediador entre os músicos e um público consumidor que o próprio crítico julgava ideal. Palavras-chave: crítica musical na imprensa de massa especializada; música popular brasileira; rock brasileiro. ABSTRACT In the late seventeenth century, appeared the first journals that published reviews and details of events involving music and its audience. In this context, the profession of critics emerged, being known then as “arts referee”. Since then, the music criticism is present in print world as a journalistic genre that mediates artist and audience. In short, this is the essence of music criticism. The purpose of this thesis is to analyze the music criticism about Brazilian groups that represented Brazilian rock from the 1970s until the early 2000s. The documents chosen for this study were representative magazines about this genre. They are: Rolling Stone (Brazilian edition, from 1972 to 1973); Pop (from 1972 to 1979); Música (from 1976 to 1983); Somtrês (from 1979 to 1989); Pipoca Moderna (from 1982 to 1983) and Bizz (from 1985 to 2001). In this analysis, it is realized that music criticism was very weak and limited, especially in early publications, like Rolling Stone and Pop. From the late 1970s on, with the advent of the magazines Música e Somtrês, music criticism began to develop and professionalize. But Brazilian rock was then looked with suspicion by critics. In the following decade, that genre has come to be valued through the market power and prestige as well. But that recovery was not sustained for long, in market, prestige and music criticism: there wasn’t unanimity among critics about Brazilian rock. Moreover, groups that postulated as underground gained the sympathy of the music press. After succumbing to a loss of space in the media, between the late 1980s and the early 1990s, there was a slowdown in critics’ tone specialized in this genre. In short, this was the music critic figure acting as mediator between the musicians and a consuming public that the very critic thought ideal. Keywords: music criticism