Astronomia E Astrofísica Na Plataforma Scimago Confirma Essa Tendência De Estabilização Da Quantidade De Artigo, Após Um Período De Alta Mais Intenso
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM LABORATÓRIO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM JORNALISMO GIULIANA MARIA MIRANDA SANTOS DO “ASTRONOMÊS” PARA O PORTUGUÊS: a comunicação entre astrônomos e jornalistas no Brasil CAMPINAS 2015 GIULIANA MARIA MIRANDA SANTOS DO “ASTRONOMÊS” PARA O PORTUGUÊS: a comunicação entre astrônomos e jornalistas no Brasil Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título de mestra em Divulgação Científica e Cultural, na área de Divulgação Científica e Cultural Orientador: Prof. Dr. Marcelo Knobel Este exemplar corresponde à versão final da dissertação defendida pela aluna. CAMPINAS 2015 Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): Não se aplica. Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas Biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem Crisllene Queiroz Custódio - CRB 8/8624 Miranda, Giuliana, 1987- M672d MirDo 'astronomês' para o português : a comunicação entre astrônomos e jornalistas no Brasil / Giuliana Maria Miranda Santos. – Campinas, SP : [s.n.], 2015. MirOrientador: Marcelo Knobel. MirDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. Mir1. Astronomia na comunicação de massa. 2. Comunicação de massa e linguagem. 3. Jornalismo - Brasil. 4. Divulgação científica - Brasil. 5. Pesquisadores - Brasil. 6. Jornalistas - Brasil. 7. Assessores de imprensa - Brasil. I. Knobel, Marcelo,1968-. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem. III. Título. Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: From 'astronomese' to Portuguese : the communication between astronomers and journalists in Brazil Palavras-chave em inglês: Astronomy in mass media Mass media and language Journalism - Brazil Scientific divulgation - Brazil Research teams - Brazil Journalists - Brazil Press agents - Brazil Área de concentração: Divulgação Científica e Cultural Titulação: Mestra em Divulgação Científica e Cultural Banca examinadora: Marcelo Knobel [Orientador] Germana Fernandes Barata Jorge Luís Melendez Moreno Data de defesa: 28-08-2015 Programa de Pós-Graduação: Divulgação Científica e Cultural Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) À Maria de Fátima Gomes de Oliveira, mãe que incentiva incansavelmente todos os sonhos de uma filha criativa, e ao João Ferreira dos Santos, um médico que mergulhou no Universo do jornalismo e da astronomia. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, professor Marcelo Knobel, por ter sido absolutamente impecável durante todo o processo de elaboração desse trabalho, inclusive exercitando uma longa dose de paciência com meu ritmo de escrita. Ao repórter especial da Folha de S.Paulo Marcelo Leite e à professora do Labjor Graça Caldas, que deram valiosas contribuições para esta pesquisa no exame de qualificação. Aos colegas de jornada nas disciplinas do Labjor, especialmente às queridas Giselle Soares e Carolina Mendes, que me ajudaram a construir novos olhares a respeito da minha pesquisa. Ao jornal Folha de S.Paulo, que me abriu as portas para o jornalismo científico e à cobertura de astronomia e tem sido minha casa por quase seis anos. Agradeço especialmente à ex-editora de Ciência e Saúde, Débora Mismetti, que além de ter concedido uma importante entrevista para este trabalho, também foi absolutamente compreensiva com as minhas atividades acadêmicas, permitindo que eu pudesse me dedicar, simultaneamente, ao trabalho na redação e à elaboração desta dissertação. Aos experientes jornalistas de ciência Salvador Nogueira, Herton Escobar e Cesar Baima, que de forma absolutamente prestativa expuseram características de suas rotinas de trabalho e experiências pessoais. Aos jornalistas Roberta Jansen e William Castanho, que abordaram pontos cruciais sobre o processo de edição das reportagens de astronomia e espaço e de ciência em geral. Aos assessores de imprensa Ana Costa, Luciane Silveira, Ubirajara Junior e Marjorie Xavier, que separaram um precioso tempo em suas atribuladas agendas para explicar os pormenores do trabalho desses departamentos, além de forneceremos os mais diversos tipos de informações suplementares. À Agência Espacial Brasileira, ao IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP, ao Observatório Nacional e ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) pela colaboração institucional, em especial para aos profissionais entrevistados, cujo relato foi imprescindível para este trabalho: José Raimundo Braga Coelho, José Monserrat Filho, Beatriz Barbuy, João Steiner, Laerte Sodré, Josina Nascimento, Jailson Souza, Leonel Perondi e Oswaldo Miranda. À Alessandra Carnauskas e à Marivane Vitti, secretárias do Labjor, pela ajuda na resolução de todo o tipo de problema, desde o momento da matrícula até a publicação desta dissertação. RESUMO Este trabalho tem o objetivo de fazer um “raio-x” das reportagens brasileiras sobre astronomia, astronáutica e áreas correlatas da exploração espacial a partir da ação dos três principais atores deste processo: pesquisadores, jornalistas e assessores de imprensa. Investigar o processo de produção e identificar as características subjacentes à cobertura desta temática tem particular relevância em um momento que o país está prestes a fazer investimentos bilionários para participar de grandes cooperações internacionais da disciplina, com destaque para a entrada no consórcio do ESO (Observatório Europeu do Sul) e a construção do supertelescópio GMT (Giant Magellan Telescope). Pesquisadores e imprensa do Brasil às vezes parecem falar idiomas distintos, e temas com grande impacto entre a comunidade científica têm pouco destaque ou são completamente ignorados pela mídia. Para tentar desvendar o ciclo de produção das reportagens, foram analisadas quatro instituições de importância estratégia na área: IAG-USP, Observatório Nacional, INPE e Agência Espacial Brasileira. A realização de entrevistas aprofundadas com os profissionais envolvidos teve um caráter estruturante. Optou-se por ouvir o diretor e pelo menos outro cientista de seus quadros como uma tentativa de que as respostas reflitam com mais equilíbrio a visão institucional e a realidade nos ambientes avaliados. Para completar o diagnóstico da interação, foram entrevistados também os assessores de imprensa dos institutos, que em são, pelo menos no papel, responsáveis pela mediação e a elaboração de pautas para os jornalistas. Embora a leitura dos diários impressos tenha caído nos últimos anos, eles ainda são considerados pelo público em geral como a fonte de informação mais confiável, conforme atesta a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015. Devido à influência e ao potencial de reverberação em outros meios, a pesquisa contemplou a produção de notícias sobre astronomia e áreas afins nos três maiores jornais do país: Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo, apresentando ainda uma breve revisão do atual cenário do jornalismo científico no país, onde o noticiário sobre ciência está sendo progressivamente incorporado a editorias de abrangência mais geral. Foram entrevistados o repórter e o responsável pela edição dos três periódicos. Para uma melhor compreensão dos resultados apresentados, a dissertação está dividida em capítulos dedicados a cada um desses atores. O sexto capítulo discute as questões consideradas relevantes, comparando posicionando as situações em um contexto mais amplo e de outras pesquisas. A investigação mostrou que, embora os cientistas afirmem que o contato com os jornalistas seja importante, a maioria não toma medidas pró-ativas para manter esse contato. Com poucos funcionários e atribuições que extrapolam suas competências, as assessorias não dão conta de fomentar essa interação. Segundo os próprios jornalistas, o noticiário acaba sobretudo calcado nas relações que eles mesmos criam com os pesquisadores, além de haver uma dependência das grandes missões estrangeiras e das revistas científicas. Palavras-chaves: Divulgação Científica. Astronomia. Jornalismo. Comunicação. Assessoria de imprensa. ABSTRACT This research aims to present a broad perspective of the Brazilian press coverage on astronomy, astronautics and areas related to space exploration through the investigation of the three main actors in this process: researchers, journalists and press officers. Investigating the process of production and identifying the underlying features of the coverage of this issue has particular relevance at a time when the country is about to make huge investments to participate in major international cooperation in this field, especially by joining the ESO (European Southern Observatory) consortium and the partnership to build the GMT (Giant Magellan Telescope). Researchers and the press in Brazil sometimes seem to speak different languages, and issues with great impact in the scientific community have little attention or are completely ignored by the media. To try to unravel the stories of the production cycle, we analyzed four institutions considered to be strategic in the area: IAG-USP, National Observatory, INPE and the Brazilian Space Agency. Conducting in-depth interviews with professionals involved had a structural nature in this work. We chose to hear the director and at least one other scientist of the institution as an attempt to make the responses reflect a more balanced vision between the institutional view and the reality in the evaluated environments. To complete the diagnosis, we also interviewed the press officers of the institutes,