Revista Acadêmica Da Escola Naval Revista De
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VillegagnonRevista de ISSN 1981-3589 Revista Acadêmica da Escola Naval Ano IX Número 9 - 2014 Revista de Villegagnon 2014 Caro Leitor, Pelo nono ano consecutivo, estamos de volta para apresentar mais um número da nossa Revista, fruto da dedicação e do entusiasmo do Corpo Docente e Discente da Escola Naval. O prestígio alcançado dentro e fora da Marinha proporcionou, nesta edição, o dobro da tiragem alcançada na primeira. Além disso, para que todos tenham acesso à Revista de Villegagnon, as versões on-line de todas as edições encontram-se no site oficial do Comando da Marinha (www.marinha.mil.br) e no site da Escola Naval (www.en.mar.mil.br). Contamos, também, com o apoio do Clube Naval, do Centro de Comu- nicação Social da Marinha (CCSM) e da Secretaria Escolar da Escola Naval, para enviar a Revista em meio digital à maioria das Turmas for- madas na Ilha de Villegagnon. Ressalta-se que, por meio do Departamento do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) e da biblioteca da Escola Naval, cadastramos a Revista na Rede de Bibliotecas Integradas da Marinha (Rede BIM), que passou a estar disponível para consultas junto aos acervos dos demais Comandos Militares, consolidando a nossa Revista à Rede de Bibliotecas Integradas do Ministério da Defesa (REBIMD). Atualmente, esta Rede reúne 87 bibliotecas, sendo 46 da Marinha, 28 do Exército, 12 da Aeronáutica e uma do Ministério da Defesa, cuja divulgação é realizada pela Indexação Compartilhada de Artigos Periódicos (ICAP). A ICAP consiste em um serviço cujo objetivo é facilitar o acesso aos artigos de periódicos editados pelas instituições cooperantes, por meio de uma indexação compartilhada. Os artigos da Revista de Villegagnon, desde a 1a edição, estarão à disposição on-line, para as instituições de pesquisa e ensino superior que fazem parte da Rede Pergamum. Em outubro deste ano, a ICAP já reunia periódicos de 37 instituições. Neste ano, iniciou-se uma importante disciplina na formação acadêmica dos nossos futuros Oficiais, a Metodologia de Pesquisa, que, ao final, contempla a elaboração de um trabalho monográfico de autoria dos Aspirantes do último ano. Os ensaios que forem recomendados pelos docentes-orientadores comporão um banco de artigos, à disposição do Conselho Editorial da Revista de Villegagnon, para publicação em suas próximas edições. Nesta edição, teremos pela primeira vez a revista em inglês, que será divulgada pelo Navio-Escola “Brasil” e pelo Navio-Veleiro “Cisne Branco”, quando em viagens de representação, e pelo serviço de relações públicas do Gabinete do Comando da Escola Naval, por ocasião das visitas de marinhas amigas. Esperamos, novamente, contar com a sua aprovação e o seu estímulo ao nosso esforço, que visa sempre ao crescente aprimoramento da forma e do conteúdo da Revista. Assim, agradeço aos nossos fiéis patrocinadores, pelo carinho, atenção e apoio, bem como a todos os que contribuíram para o sucesso de mais uma edição. Desejo a todos uma Boa Leitura. REVISTA DE VILLEGAGNON . 2013 1 SUMÁRIO REVISTA DE VILLEGAGNON ANO IX – NÚMERO 9 – 2014 Aos Aspirantes ................................................................................................. 3 ISSN 1981-3589 As primeiras Aspirantes na Escola Naval: inclusão, trajetórias Revista de Villegagnon é uma publica- iniciais e boas-vindas às novas “sentinelas dos mares” ............................. 6 ção anual, produzida e editada pela Es- Sealand – breve aplicação do Direito Internacional ................................. 16 cola Naval. Henry Tandey, V.C., D.C.M., M.M. – da honra ao infortúnio ................. 21 Comandante C. Alte Marcelo Francisco Campos Vulnerabilidades da navegação por satélites . ........................................... 24 Os navios capitais e a Grande Guerra ........................................................ 32 Superintendente de Ensino C. Alte (RM1) Dilermando Ribeiro Lima Formação da mentalidade marítima do povo brasileiro ......................... 40 A Marinha na Ilha da Madeira: um resgate histórico .............................. 46 Editor CMG (RM1) Ricardo Tavares Verdolin Armamentistas de escol ............................................................................... 55 Conselho Editorial Contribuição do Corpo de Fuzileiros Navais CMG (RM1) Pedro G. dos Santos Filho para a formação do Estado brasileiro .......................................................... 60 CMG (RM1-EN) João Batista L. Vieira Prof. Lourival José Passos Moreira Vencendo o desafio da expressão oral ........................................................ 69 Profª. Drª. Ana Paula Araujo Silva O Bóson de Higgs: uma fantástica aventura ............................................. 74 Revisão: Um gesto de humanidade ............................................................................ 81 CMG (RM1) Pedro G. dos Santos Filho Os desafios da formação de Oficiais de Marinha diante Profª. Drª. Ana Paula Araujo Silva das constantes inovações tecnológicas ........................................................ 84 Diagramação e Arte final: Alunos lusófonos e estrangeiros em instituição Felipe dos Santos Motta de ensino superior militar no Brasil ........................................................... 90 ([email protected]) Brasil, Japão e as relações internacionais: a conferência Impressão: internacional de cadetes como conectivo entre as partes ....................... 100 WalPrint Gráfica e Editora O curso de inglês on-line na Marinha: uma iniciativa de sucesso ......... 106 Agradecimentos: A Primeira Guerra Mundial no mar: 1º Ten (RM2-T) Juliana Póvoa, 1o Ten uma breve análise de seus protagonistas ................................................. 112 (RM2-T) Dayse Pita, 1º Ten (T) Daniel Neurofeedback: uma opção não medicamentosa Azevedo, Prof.ª Marcia Malta, Asp para o tratamento do TDAH ...................................................................... 120 Teixeira, Diego, 3º SG (OR) Marcio, FC Francisco, FC Baeta e Fotógrafo Eduardo A contribuição do projeto do submarino nuclear brasileiro De Vito. para a ciência e tecnologia .......................................................................... 126 Contato: Um instante de reflexão sobre o conhecimento ....................................... 133 [email protected] M/S “Wilhelm Gustloff”: da joia do império alemão às profundezas do Báltico ....................................................................................141 Os artigos enviados estão sujeitos a cortes e modificações em sua forma, obe- Equipe de canoagem oceânica da Escola Naval ...................................... 148 decendo a critérios de nosso estilo edito- Notícias de Villegagnon .............................................................................. 154 rial. Também estão sujeitos às correções gramaticais, feitas pelos revisores da re- vista. As informações e opiniões emitidas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Não exprimem, necessariamente, informações, opiniões ou pontos de vista oficiais da Marinha do Brasil. Nossa Capa: Vista aérea da Escola Naval tendo DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ao fundo a entrada da Baía de Guanabara e o Pão de Açucar. AOS ASPIRANTES1 1 Palavras dirigidas aos Aspirantes em 6 de novembro de 2013, na Escola Naval. Capitão-de-Mar-e-Guerra (Ref-EN) Antonio Didier Vianna2 Este não é um discurso. É um depoimento que Vo- po extraordinário que foi muito reforçado na 2ª Grande cês devem conhecer. Guerra. O navio é um só. O risco é de todos. Essa con- Meus colegas de Marinha, estou chamando Vocês de dição faz o cérebro de toda a guarnição comandar as colegas. Para mim são, embora já esteja com 90 anos e, ações ajudando uns aos outros. No caso da guerra, não quando me desliguei do serviço ativo, Vocês ainda não podia haver erros, atrasos, falta de atenção. Tudo tinha tinham nascido. Nossa Marinha tem um espírito de cor- de ser executado para garantir o cumprimento das or- dens de operações, a segurança dos navios e de suas pró- 2 O Comandante Didier é Capitão-de-Mar-e-Guerra Engenheiro prias tripulações. O nível de preparo para essas ações Naval (EN 1940 – 1944). Participou da 2ª Guerra Mundial ser- era tal que ninguém precisava dar ordens. Tudo era fei- vindo embarcado em navio incorporado à Força Naval do Nor- to automaticamente no subconsciente. Todos sabiam o deste (1944 e 1945). Pelos serviços prestados em operações de que fazer. Graduação, títulos, nada representava. Os 24 guerra, recebeu a Medalha de Guerra com duas estrelas. Durante os 25 anos de serviço na MB, obteve o título de Master of Science a bordo eram todos solidários. Para mim, repito, Vocês (Mestrado) em Engenharia Elétrica, diplomou-se em Engenharia são colegas. A Marinha é uma só. E nossa guarnição Nuclear e fez Doutorado (PhD) em Engenharia, todos os cursos também se comportava como uma coisa só. realizados nos EUA. Após ir para a Reserva, em 1962, conti- A Guerra se alastrava em 1942, e a Escola resolveu nuou trabalhando na iniciativa privada, participando da criação e exercendo cargos importantes em diversas empresas de ponta, operar continuamente para ganhar tempo. Acabaram as até aposentar-se da vida industrial ativa em 2009, com 85 anos férias. Em agosto de 1942, foram afundados seis na- de idade. vios e morreram mais de 600 brasileiros. O Brasil de- REVISTA DE VILLEGAGNON . 2014 3 clarou guerra. O Brasil e os EUA fizeram um acordo dormir em casa. Água doce refrigerava os motores em de cooperação de vigência imediata. O Brasil permitiria circuito fechado com trocador de calor. Era estratégica. instalações de