Universidade Estadual De Campinas Instituto De Filosofia E Ciências

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Universidade Estadual De Campinas Instituto De Filosofia E Ciências i Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas CAIO MARTINS BUGIATO A POLÍTICA DE FINANCIAMENTO DO BNDES E A BURGUESIA BRASILEIRA CAMPINAS 2016 i ii iii Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas A Comissão Julgadora dos trabalhos de defesa de Tese de Doutorado composta pelos Professores Doutores a seguir descritos, em sessão pública realizada em 24/02/2016, considerou o candidato Caio Martins Bugiato aprovado. Prof. Dr. Amando Boito Junior Prof. Dr. Reginaldo Carmello Correa de Moaraes Prof. Dr. Pedro Paulo Zahluth Bastos Profa. Dra. Cristina Soreanu Pecequilo Prof. Dr. Jose Marcos Naime Novelli A ata de defesa, assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica do aluno. iv Agradecimentos Agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) que me concedeu uma bolsa de estudos por 28 meses para a execução desta pesquisa. Aos funcionários e professores do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Aos colegas e amigos do grupo de pesquisa Política e classes sociais no capitalismo neoliberal e do Centro de Estudos Marxistas da Unicamp: Andreia Galvão, Danilo Martuscelli, Ellen Gallerani, Julia Gomes, Maíra Bichir, Patrícia Lemos, Paula Marcelino, Rafael Toitio, Sabrina Areco e, em especial, a Tatiana Berringer, que sempre foi uma interlocutora disposta, incentivadora, atenciosa e crítica deste trabalho. Aos colegas e amigos que participaram da minha formação acadêmica – dentro e fora da universidade – desde a graduação, contribuindo com ensinamentos, discussões, debates e conversas de botequim: Bráulio Loureiro (Neto), Daniel Bottura, Eduardo Padilha, Guilherme Barana, Hermes Moreira Junior, Humberto Meza, Lucas Carames, Matheus Hernandez, Pedro Cícero, Rafael Del’Omo, Rafael Gumiero, Renato Cesar Fernandes, Thiago Trindade, Vinicius Freitas e Vitor Sandes. Aos funcionários do BNDES, que generosamente me receberam em minhas visitas à instituição. Em particular ao Marcelo Miterhof, que me recebeu na sede do banco e me explicou o funcionamento do BNDES. Ao ex-presidente do banco, Carlos Lessa, e ao presidente Luciano Coutinho, que gentilmente me atenderam em sua casa e seu gabinete, respectivamente. A Karen Costa, que me auxiliou com a bibliografia sobre o BNDES. E ao ex-Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que, num almoço após o lançamento de seu livro em Santos-SP, dispôs-se a dialogar comigo sobre questões do governo Lula, numa conversa esclarecedora. Aos colegas de trabalho da Universidade Católica de Santos (Unisantos): Cesar Agenor, Fabiano Menezes, Renata Barrocas e Rodrigo Christofoletti , que escutaram minhas lamentações e respeitaram meu tempo e meu espaço para o desenvolvimento desta tese. Aos professores que fizeram parte da qualificação da tese, com contribuições valiosas para o rumo da pesquisa: Sávio Cavalcanti e Valeriano Costa. E aos professores componentes v da banca de defesa: Cristina Pecequilo, Marcos Novelli, Pedro Paulo Bastos, Pedro Rossi, Reginaldo Moraes e Sebastião Velasco e Cruz. Aos meus pais, Maria Angélica Martins Bugiato e Edijalma Bugiato, que sempre me apoiaram e me incentivaram incondicionalmente nos meus estudos e nas minhas escolhas. A Lala, que nunca deixou de me incentivar e com seu carinho esteve ao meu lado nas vitórias e nas derrotas. Em especial, ao meu orientador Armando Boito Junior. Armando, no mestrado e no doutorado, foi e é um exemplo de dedicação à docência. Agradeço a paciência, o rigor e a aplicação à produção deste trabalho, pois assim me beneficiei de sua sabedoria e de seu conhecimento. vi A chuva que irriga os centros de poder imperialista afoga os vastos subúrbios do sistema. Do mesmo modo, e simetricamente, o bem-estar de nossas classes dominantes – dominantes para dentro, dominadas para fora – é a maldição de nossas multidões, condenadas a uma vida de bestas de carga. Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina. vii Resumo Esta tese de doutorado tem como objeto de estudo a política econômica do Estado brasileiro de financiamento às grandes empresas nacionais, executada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a política externa brasileira, da qual o Banco é participante ativo por meio de investimentos em tais empresas com finalidade de ampliar seus negócios no exterior. Nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) o governo atendeu os interesses de uma fração da burguesia brasileira - a burguesia interna -, ao executar na formação social brasileira uma política neodesenvolvimentista, que ampliou as atividades e protegeu os negócios destra fração em disputa com o capital internacional. Em suas relações exteriores o governo Lula implementou uma política externa que privilegiou as relações com formações sociais de países latino-americanos e africanos, cujas economias atraíram vultuosos investimentos brasileiros capitaneados igualmente por tal fração. O BNDES é parte significativa deste processo, em que a burguesia interna brasileira é força dirigente. Sua política de financiamento favoreceu e apoiou a diversificação das participações de tais empresas em vários setores da economia e permitiu a elas, tanto no Brasil como no exterior, realizar maiores investimentos, extrair maiores receita e aumentar seus ativos, fazendo delas grandes empresas de capital predominantemente nacional, líderes de mercado em seus segmentos, internacionalizadas e com altos índices de receita e patrimônio. Assim, este trabalho traz à tona nossa investigação sobre a política de financiamento do BNDES para as empresas brasileiras e suas implicações no Brasil e no exterior. Palavras-chave : BNDES. Governo Lula. Burguesia interna. Neodesenvolvimentismo. Política econômica. Política externa. viii Abstract This doctoral thesis studies the Brazilian State’s economic policy of financing large domestic corporations, a policy that is implemented by the Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, National Bank for Economic and Social Development), and the Brazilian foreign policy in which the bank is vigorous participant by the aid of investments in such corporations in order to increase its business abroad. During the two presidential terms of Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) the government, by executing in the Brazilian social formation a “neodevelopment” policy, helped to increase the activities and to protect the businesses of the inner Brazilian bourgeoisie from the competition of international capital. In its foreign relations Lula´s government implemented a foreign policy that privileged the relationship with Latin-Americans and Africans countries, which economy attracted voluminous Brazilian investments led by such fraction of the bourgeoisie. The BNDES is significant part of this process, in which the inner bourgeoisie is leading force. Its financing policy favored and supported the diversification of stakes held by such corporations in a variety of sectors of the economy, and enabled them, both at home and abroad, to realize higher investments, boost their incomes and expand their assets, turning them into mostly- national-capital great corporations, leaders of market in its sectors, transnationals and high- rated in income and wealth. Therefore, this work brings out our research about the financing policy of BNDES for Brazilians companies and its entailments in Brazil and abroad. Keywords: BNDES. Lula´s government. Inner bourgeoisie. Neodevelopment. Economic policy. Foreign policy. ix Resumo Esta tese doctoral tiene como objeto de estudio la política económica del Estado brasileño para las gran empresas nacionales, ejecutada por el Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social), y la política externa brasileña, de la cual el banco es participante activo por medio de investimentos en tales empresas con la finalidad de ampliar sus negocios no exterior. En los mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) el gobierno atendió los intereses de una fracción de la burguesía brasileña – la burguesía interna –, ejecutando en la formación social brasileña una política neodesarrollista, que amplió las actividades y protegió los negocios de esta fracción en disputa con el capital internacional. En sus relaciones exteriores el gobierno Lula implementó una política externa que privilegió relaciones con formaciones sociales de Latinoamérica e África, cuyas economías atrajeron vultuosos investimentos capitaneados por tal fracción. El BNDES es parte significativa de este proceso, en lo cual la burguesía interna brasileña es fuerza dirigente. Su política de financiamiento favoreció y apoió la diversificación de las participaciones de tales empresas en varios sectores de la economía y permitió a ellas, tanto en Brasil como en el exterior, realizar mayores investimentos, extraer mayores ingresos y aumentar sus activos, haciendo de ellas gran empresas de capital predominantemente nacional, líderes de mercado en sus ramos, internacionalizadas y con altos índices de ingreso y patrimonio. Así que, este trabajo presenta nuestra pesquisa sobre la política de financiamiento del BNDES para las empresas brasileñas y sus implicaciones en Brasil y en el exterior. Palabras-clave : BNDES. Gobierno Lula. Burguesía interna. Neodesarollismo. Política económica. Política externa. x Lista de quadros, gráficos e tabelas. Tabela 1 - Evolução da colaboração financeira do sistema BNDES aprovada em benefício dos setores público e privado - 1952/79……………................................……………………..…65
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