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Hollywood - Cal f. Uma inesperada Greer Garson surge no novo filme da Metro- de Júlia" Vi- Goldwyn-Mayer—"Travessuras"maillot" va, glamourosa, alegre, em de teatro, ela é o "outro lado" da artista que conhece- mos em "Adeus, Mr. Chips". Com Greer Garson contracenam Walter Pidgeon, Peter Lawford, Elizabetb Taylor e César Romero.

Hollywood, com seus artistas mundialmente famo- sos, sugere elegância, bom gesto e requinte. E é part cularmente com bom gosto e i equinte que es- ses artistas escolhem os seus cigarros, sempre ei- garkos capazes de ag adar acs mais exigentes, onde >f0 ¦'¦¦ entra a mesma alta qualidade de tabaco encontrada W .' A. no Brasil, nos cigarros Hol.ywood. Exija também • ' alta os cigarros Hollywood. m ¦ MS qualidade, prefira JÈÈ?- ¦ .'y'y;m¦ - . íyfeAk*

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N? 16 19-4-49 A ETERNA FARRA CENSURA *maa~ M São Paulo um crítico me perguntou se a cen- Sumário: sura cinematográfica havia / } abandonado un o seu A eterna V^^r pouco eterno critério super-policial e farra da censura, por Luiz Alipio de super-reacionário. O jornalista paulista queria Barros 3 -saber de detalhes sobre o assunto, e achei que o mais conveniente Cine-repórter 4 para ele, que desejava fazer um Tonia Carrero trabalho sobre as atividades do Serviço de Censura de 5 Diversões Públicas, era aparecer aqui pelo Rio e ver Daisy Lucidig com seus olhos próprios e escutar com seus próprios ouvidos tudo que existe de absurdo e confuso. Falando com Walt Disney 7 Confusa, absurda, inconstante, inepta, ilógica, a nossa Tarzan gosta de esquiar 8 censura cinematográfica vem, através dos anos, come- tendo os mais incríveis enganos e atingindo os nossos Michael Curtiz, por Moniz Viana (cont.) 10 foros de democratas. Constituída por indivíduos geral- mente reacionários Pequeno mundo antigo (romance) 10 e sempre destituídos de bom gosto e conhecimento da arte cinematográfica, os censores cos- Melodias para você, por F. Corrêa da Silva 11 tumam controlar as películas de acordo com fórmulas O homem eu amo absurdas e também seguindo o critério da sua opinião que (cine-romance) 15 pessoal. Se algum censor acha o beijo é que imoral, Hamlet pela primeira vez no cinema sonoro, por corte-se as cenas de beijos; se outro acha que determi- Leon Eliachar nada película não é conveniente para a sua esposa ou jg filha, suprima-se a película; se aquele outro' censor con- Música sidera 23 que um filme aborda um tema que pode influir em Swing-fan, populações menos esclarecidas, mesmo se a película por Sylvio Túlio Cardoso26 é realizada dentro de um bom nível artístico, interdite-se Rádio, por Max Gold 28 a película. Os defensores da formação espiritual das nossas massas incultas encontram a fórmula salvadora Prêmios da A.B.C.C31 na interdição essencialmente policial. Há casos Caras e caretas, por Pery Ribas32 na censura que chegam muito bem para um tratado completo de insensatez e de medievalismo Teatro34 espiritual. O próprio chefe de Polícia, homem de idéias . amplas, muitas vezes já foi convocado, a pedido dos prejudicados, a intervir com a sua autoridade, em absurdos cometidos responsáveis "A pelos pela censura cinemato- gráfica em nossa terra. O caso de morta viva" foi frisante. Interditada ficou a película durante mais de quatro anos, até o dia em que os cronistas especializados, atendendo a que o filme possuía um nível artístico interessante, visto que a melhor crítica de outros países assim o havia considerado, recorreram à boa vontade e ao espírito brilhante do general Lima Câmara, no sentido de que o filme, merecendo uma revisão de censura, fosse liberado. O se sabe que é que o general não encontrou no filme inconveniências que levassem a censura a interditá-lo, e :om sua influência conseguiu que os censores dessem livre curso à sua exibição. E os comuns cortes de cenas inteiras ou frases? Por falar em frase, existe uma que de maneira alguma pode apa- recer em "Religião, películas, mesmo em filmes de propaganda anti-comunista: a terrível ópio dos povos". Basta um filme trazer uma frase desta para ser inapelavelmente mutilado. O pavor dos extremismos políticos e da ascendência religiosa faz com que os nossos censores, por comodismo ou incapacidade, cometam as maiores loucuras e absurdos. NOSSA CAPA Jane Wyman, "estrela" Enquanto houver censura policial da maneira como é feita no Brasil, a arte de "Belinda", detentora estará à do "Oscar" de 1948 mercê de irresponsáveis e atravan- (Foto Warner) 1 cadores do bom gosto e da cultura. LUIZ ALIPIO DE BARROS

Fundada em 1921 Propriedade da COMPANHIA EDITORA AMERICANA Diretor-presidente: Gratuliano Brito. Endereço: Rua Visconde de Maranguape, 15 — Rio de Janeiro — Brasil. Telefones: Secretaria. 22-4447: Administração, 22-2650; Publicidade, 22-9570; Portaria, 22-5602. Endereço telegráfico líSfeg?*5U» "Revista". Número avulso para todo o território brasileiro, Cr$ 3,00. Assinatura: Anual (52 números), CrS 140,00; Semestral (26 números) Cr$ 70,00. Registrada: Anual, Cr$ 170.00; Semestral, Cr$ 85,00. Estrangeiro: Anual, Cr$ 270,00; Semestral. Cr$ 140,00. Número atrasado CrS 3 50 A Redação não se responsabiliza pelos artigos assinados. Distribuidor de A CENA MUDA em São Paulo: Agência feimbardino Rua Canitão Salomão, 67; telefone 4-1569. Representante em São Paulo para publicidade: Severino Lopes Guimarães, Rua Alvares enteado 150 fio andar sala 502; telefone 3-2649. Agentes em todas as capitais e principais cidades do Brasil. Representantes — Estados Unidos da América Mendonça, 19, West 44th Street, New York City, N. Y. Em Portugal: Helena A. Lima, Avenida Fontes Pereira do Vrta- Aw ar D. Spanos, Caixa Postal 434, Lourenço de Melo 34 2o nistri to Lisboa África Oriental Portuguesa:"Inter-Prensa'\ Marques. Uruguai: Moratorio & Cia.. Consti- tuyente1746 Montevidéu Sucursal na Argentina: Florida, 229, Buenos Aires. Toda correspondência deve ser enviada ao diretor ^^pm^p^mi^ ¦.¦¦¦¦ me -m mY

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yymmmS^ii^mSm^^^^^^M^Um. ¦ '9k imWÊÊÊWm "A Uni- --'^>mmâ Sacha Guitry continua a ser Sa- mosa Marselheza", da ^BBmwBk; mi- ^^B^VMsMfâ&yWS\ estrila- cha Guitry, apesar de tudo o que versai, e... os franceses B^^iPJJffiremrSOBfcifl tem acontecido desde que o seu ram... nome glorioso foi envolvido pelo flj^aBB^áBBM»9r»^AJMBB V^«H^l nazismo... O Orson Welles fran- ^^Bflr^NBSH ^P^B^^fl^g^BBBflgBBB^BEli ^ cês (cenarista, diretor, produtor e vai Linda Christian, a adorável es- Massimo Girotti, numa intérprete principal) produzir JUVENTUDE PERDIDA — Carla Del Poggio e "Ty", "Juventude da Lux um novo filme (que já deve estar posa, novinha em folha, de cena do filme italiano perdida" (Gioventu perduta", em filmagem quando esta nota for tem um contrato com Sol Lesser, A CENA) apenas fez aquele derra- "PAISA" "EM lida pelos leitores de do qual A Suíça, que já deu aos fãs o E QUALQUER Tarzan de Weiss- EUROPA" rodado simultaneamente em quatro deiro filme de "Filmlexicon", de C. Reinert, um LUGAR DA países — Bélgica, Suíça, Espanha muller, e voltará a cumpri-lo, in- "dicionários" de ei- dos melhores o carioca está lem- — "Quadrille" Ao seu uma nova versão de Todo público e Portugal . terpretando respeitável seção de nema (com do filme da Eu- Grey, Gaby "Aphrodite", filmado outrora brado primeiro lado estão Gcorges já "Who's Who", em que figuram América Filme, lançado Max. no cinema alemão. Que linda ropa Sul Morlay e Jean todos os artistas, diretores, "O quase nesta capital: Idiota", pelí- Aphrodite será a Linda! Sem tro- "cameramen", etc, de produtores, um su- cadilho. Entretanto — aqui entre cuia francesa que marcou todos os tempos), editou outro li- nós — "Aphrodite" americana, cesso de crítica e bilheteria. vro cinematográfico que parece ser escolheu Van com o Johnson Office... ? Procurando premiar o público Alfred Hitchcock valor — "Die vollstandige obra de filmes de um dos intérpretes com um bom número de Johnson para Schmallfilm Prexis" — de Fremy. "I artística, a Eu- seu novo filme Confess" — grande qualidade de Os livros de cinema editados na "cenário" fran- ropa Sul América Filmes acaba com do teatrólogo do mundo, além maior democracia fil- Diz o Viveca Lindfors interpretará uma de adquirir na Europa quatro cês Louis Vernéuil. grande os mais baratos que "Eurydice", de tudo, são Van Johnson é um adaptação de a céle-„ mes muito bem recebidos pelos diretor que existem. Tomem nota para pro- talento, Hollywood bre peça de Jean Anouilh. críticos europeus e norte-america- ator de que curá-lo, chegar até nós o quando _ "o de Pabst, não soube aproveitar... Será nos processo", ainda novo volume. "Ladrões de bicicletas", de Vitorio que o gorducho Alfred está com "Paisa", de Roberto a razão...? de Sicca, "Em Outra "história de cinema" es- Rosselini, e qualquer parte crita recentemente na Espanha: pda Europa", um filme húngaro. "Historia dei cine", de Cuenca. Acreditem ou não: o verdadeiro Destes quatro filmes, o público recita "La Mar- "Paisa" Ginger Rogers 437 páginas, ilustrado, natural- nome' de Império Argentina é Mag- conhecerá inicialmente e no "Em seillaise", numa cena passada mente por preço quase inacessível dalena Niles dei Rio. E apesar qualquer parte da Europa". Paris, no filme "Paisa", Çonservatoire de à maioria... de ter ganhado fama no cinema es- A fama de que na sua nos mostrará no- da Metro que panhol, nasceu em Buenos Aires... apresentação no Brasil levará o e Fred vãmente reunidos Ginger título original, corre mundo. O — "The of Broad- §» Astaire Barkléys lançamento do filme em vários pai- francês?... — é o caso Walt Disney tem outra way". Em glori- ses europeus foi qualquer coisa de Já uma vez ficação no livro inglês de Field de perguntarmos... incomum, e quando da apresenta- "The Mexi- Hollywood fez John Boles cantar Art of Walt Disney", edi- O Banco Cinematográfico ção da película nos Estados Uni- depois do dia hino em inglês, na fa- tado em Londres. cano anunciou que o gaulês dos, jamais a América do Norte 1"? de maio somente emprestará viu um filme do continente euro- dinheiro para a produção de fil- peu ter uma divulgação mais im- ¦'¦¦.¦æx ¦¦'¦.'. ¦¦,';¦.. XX, ¦¦•¦¦..¦ ¦ ..'..•... x. x. x ..¦¦..¦¦¦¦:¦:.'¦¦¦-: X .' ; x x .;,:.. VXX! mes quando estes não empregarem pressionante. WjÈ xy"*fflfl|i&^^iilflH mais de 20 por cento de pessoal SPfflfifnfMflsW * yWS Para exemplificar a boa acolhida estrangeiro. do filme na terra de Tio Sam, '"mm Andrés Serra Rojas, gerente do BPi:^P»»-zmw famosa revista ofereceu até filmes têm empregado 80 por bre o filme uma farta reportagem cento de pessoal estrangeiro. Acres- ilustrada. "Não centou: estamos fazendo dis- Sobre "Em qualquer parte da criminação contra os estrangeiros, Europa" podemos adiantar que se t&yt Jr£' V^HFl iw ¦-, .;« «III mas os mexicanos devem ter algu- trata de um filme húngaro, dirigi- Bjl^BTP\:( /A,, Y-¦¦¦¦'¦mí. "meteur-en-sce- ma proteção e alguma preferência do por um jovem ne" de nome Geza Radvanyi. O em seu próprio país". ^B^Sr.pívví^^^^^^Sypp• xfe:'-^**%& £constituído há 2 Europa de '-*. sionantes problemas da ^mÊÊÊmY' ifi 3BHr^^^T?Ç?A;tBB Ks^BHBEI SmMeBWm»; * £ IffMKeJ,^ anos, com parte de fundos do go- após-guerra: a delinqüência infan- vêrno, e se destina a emprestar til. A película foi lançada em Pa- CARLA DEL POGGIO NO TEATRO — A estréia da última atriz íta- liana no teatro foi brilhante. Na foto acima, vemos a esposa do dire- dinheiro para a produção de filmes ris com um sucesso sem preceden- Silvieri, na "The importance tor Alberto Lattuada com Adriana peça tes na capital francesa. of being ear nest", de Oscar Wild, no Teatro Quirino, em Roma cinematográficos.

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$B> e talentosa, Tonia Carrero iniciou-se no ei- "Querida 1 O I nema nacional em Suzana". Agora, ter- N A BELA "Caminhos minou do Sul" e vai começar "Quando outro filme: a noite acaba", também dirigido por ^ARRERO Fernando de Barros. Tonia é uma das mais atraentes "estrelas" e promissoras do nosso cinema.

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No cast da Rádio Globo, Daisy Lucidi aparece como uma das mais perfeitas ra- DA sy dio-atrizes. A sra. Luis Mendes é senhora de grande prestagio perante os rádio-ou- vintes. í LUC D (Foto de Halfeld)

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HHgnMMHMgHHMH| em que há mais representação de artistas do que desenhos animados — e alguém perguntou se êle ia ANDO continuar a fazer fitas desse gênero GO "Canção Wi e do gênero de NE do Sul". — "Não desejamos limitar a nossa produção aos Por LUIS GONZAGA Ihões de fãs brasileiros? Disse-lhe desenhos animados", disse Disney. "Esta- que, quando mos sempre (Especial para A CENA) cheguei aos Estados Unidos, há alguns anos, procurando novas experiências, para exprimir novos tinha tido a idéia de lhe chamar a atenção temas. Lembram-se dos filmes Nova York — fizemos, "Bomb- Foi num dos modernos escrito- para o folclore e paras coisas típicas que durante a guerra? Como do Brasil, Sight" "Air-Power"? rios da RKO-Radio, cujas altas janelas olham mas que êle afinal fora à América e Estamos, entre outras- do Sul e lá coisas, para os arredores de Radio City, perdidos lá descobrira, entre outras maravilhas, pensando realizar uma série de filmes o Zé Ca- relacionados em baixo numa confusão distante, como um rioca... com a técnica moderna, com as mar inquieto descobertas da que se quebra nos alicerces de um Vocês não podem imaginar como Walt Disney ciência, inclusive a desintegra- farol. Havia uns vinte ção atômica..." correspondentes de im- é simples, dessa simplicidade que irradia uma estrangeiros O desenho animado prensa na sala, e reinava no ara- tremenda personalidade. Tem os . olhos meio é um meio único para um a apresentação biente borborinho cosmopolita, como uma achinesados quando nos escuta, com os lábios de temas instrutivos, e Disney torre de Babel, pequena em que predominava, entreabertos, atentamente; e é geralmente com naturalmente, a tonalidade americana um (Continua na pág. i4) da língua sorriso, que sublima uma ob- de Shakespeare... servação de bom IJumor, que sua Mr. Prince, o infatigável dínamo fisionomia que dirige se abre, para respon- a publicidade para o estrangeiro, e é uma der das as perguntas que a gente faz. mais amáveis pessoas deste mundo, havia me E podem crer que desde logo senti pedido que aparecesse lá, naquela manhã, para que seria sempre um amigo leal uma entrevista, mas não tinha dito de quem daquele homem de gênio, se se tratava. Qual não foi minha surpresa, que uma veste com singeleza e -tem um í'm agradabilíssima surpresa, quando distingui, Mfflf W jun- mundo de imagens e de maravi- ::WÊk to de Mr. Prince, cortado claramente contra o lhosas fantasias a pesar-lhe sobre mWÊÊÊ''mÊÊm m retângulo iluminado da janela, o familiar _H_x perfil as pálpebras sémi-cerradas. Con- de Walt Disney, que nunca tinha visto antes fesso que me tratou com uma Wm'-mm PI em pessoa, apesar da minha longa estada (longa grande simpatia durante toda a- de mais para a minha saudade do Brasil) nos entrevista, e isso, estou certo, devo Estados Unidos. Abrindo caminho naquela mui- aos ^^Êf^ÊKBB^^^ÊMSimHm:mh^^^^^v _!___ x meus caros patrícios, que o m^^&my;m^y''yy^^^^^ tidão de jornalistas, cheguei afinal à simpática trataram no Brasil, durante a sua presença do autor de Mickey Mouse e fui apre- visita, com um carinho e uma tüb ifp ^^ m',ju sentado ad- WÊ&m-'^ MkyWÊÈÈÈm/H™ ao grande artista Mr. Prince, B__#^j£*'#sfi£w_^_B__k por que miração que c impressionaram in- a essa hora já' devia estar fatigado de apresen- delevelmente. A prova é tar tanta de que está gente nome estranho... Apertamos louco para voltar... as mãos. E Walt Disney, ao saber eu «BBwÈk que era Como sabem, a próxima produ- da terra do samba, recebeu-me logo l___H_P^_^_^^n__S i_H___ com um Ção de Disney de importância a sorriso em que cabia a Baía de '^^^ Guanabara, ser distribuída pela RKO-Radio no , dizendo-me que tinha imensamente "So gostado dó Brasil será Dear To My Brasil e estava WÈÈÊÈÈÊm que pensando em lá voltar... Heart", na tradução de "Tão Não é uma agradável "do perspectiva para seus mi- perco coração". E' um filme

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'iNMr. A CBNA MUDA 1S-4-4Í ? _* BSh»h-™2*? seíMM-M cxrtór»^^^^pemnte ES OU ²"Esquiar. . . Aliás já esquiei . New York — Como os leitores LEX BARKER FALA DE SEUS SONHOS E PLA- em várias partes do mundo..." sabem, e em particular as leito- — ENGENHEIRO — ALEXANDER ²"Como assim? ras, o famoso de Ed- NOS QUASE ²"Meu era engenheiro, e personagem"TARZAN" NOME pai gard Burroughs tem CRICHLOW BARKER, SEU PRIMEIRO viajei quase por todo o mundo..." agora um novo intérprete, que _ COM 0 MAIS RECENTE Achei que era hora de meter é o simpático e jovem artista Lex CONVERSA o nosso Brasil na conversa. Barker. Tivemos a oportunidade TARZAN ²"Esteve então no Brasil?" de entrevistá-lo em New York. ²"Não, infelizmente não... O fato é que Rex Barker é um Reportagem de ROBERTO MAYA Mas espero ir lá, em tempos de belo espécime do sexo masculino A CENA férias". mais (Especial para o se- e pessoalmente impressiona ²"Sabe que no Brasil na tela. Tem mais de um nhor é um herpi natural, de do que — "Nunca havia que ²"Acho que é uma história metro e 80 de altura, ombros lar- pensado simbó- acordo cem certas idéias super- ser o novo Tarzan", dis- interessante, com fundo bem proporcionado, olhos pudesse com ficiais sobre o meu país?" gos, se o ator, embora sempre úvesse lico, em que se relaciona claros, face bem desenhada, esmo "Ponte ²"Porque?" tido um bom recorde atlético... uma nova de Juventas"... de um deus grego, e um sor- ²"Porque é um país que tem a de fato fui escolhido entre Então, alguém se lembrou: fácil, mais do que simpáti- Mas Ju- muito mato, ainda. . .'•'.' riso de mil candidatos o ²"Por falar em Fonte de Espero as minhas pa- mais para ²"Lex riu-se. — Mas não é co... que o mais me agradou ventas, como o senhor consegue dessa descrição... papel. E que a avaliar pelas ío- trícias gostem criador de Tarzan, manter-se em boas condições fí- o que parece, principal- foi o próprio tenho visto das A entrevista girou Edgard Burroughs, sicas?" tografias que em torno da nova película o escritor do Rio de Janeiro..." mente do e me ²"Simplesmente mantendo a praias "Tarzan's Magic Fountain", que participou julgamento Uma de óculos per- achou indicado ser o intér- mesa o mais afastado possível... jornalista exibida no Brasil sob o ti- para "Quantas palavras será do seu herói..." Dieta, nada mais. Além disso, guntou-lhe: tulo "TARZAN E A MONTANHA prete regular- na nova fita de Tar- — "Que lhe parece a fita de como é natural, pratico pronuncia SECRETA". Perguntaram a Rex "Tarzan zan?"V o Tarzan, e a Montanha mente alguns esportes... como foi que êle se tornou ²"Qual é o seu favorito?" ²"Muito poucas", replicou novo Tarzan. Secreta?"

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Lex, achando graça na ²"Mas *'E' pergun- o senhor estudou para ta. uma grande diferença, é engenheiro, não?" claro, para quem interpretou ²Lex já riu-se ¦¦¦ ¦.¦";•.;.."• ¦.: ' mais uma vez xx yy\ ¦ papéis do teatro de Shakes- — . : -yiy.yyyyyyyyyiyyyyyyy^\y yyyyy e, francamente, dá gosto vê-lo peare..." rir. ²"Mas o senhor "Estudei já estreiou dois anos engenha- no cinema, não?" ria, antes da — ²"Sim, apareci guerra quando em pequenos não estava futebol, em "Dollface" "Two jogando ou papéis, e em fazendo atletismo.. ." Guyes from Milwaukee".. . De- Lex, que nasceu em Rye, no pois tive um melhor em "The papel Estado de New York (Rye é um Farmer's Daughter"... agradável ²"E balneário), estudou em foi contratado pela RKO Princetcn. E' de ilustre Rádio?" família, sendo um descendente direto do ²"Sim, fiz quando o teste fundador de Providênce, no Es- a referida fita. para Meu con- tado de Rh de Island, e de um trato é sete anos". por dos Governadores Gerais de Bar- Uma das coisas simpáticas a bados... Seu verdadeiro nome respeito de é Lex Barker é que Alexander Crichlow Barker. realmente tímido, e, ademais, é ²"Gosta, então, do •de fato um herói gênero da guerra, ten- de fitas que está fazendo?" do da participado campanha na ²"Imensamente, de fato. Europa e recebido ferimentos Francamente, é um trabalho o invalidaram di- que para a ativi- vertido, embora, às vezes, um dade militar. Ao dar baixa das pouco arriscado..." forças armadas, tinha o posto de ²"Não pode usar substi- major. Desta vez decidiu conti- tutos?" nuar a carreira teatral, aceitan- ²"Não... Mas não sou eu do o contrato que lhe foi oíere- quem sofre os maiores perigos". cido pela Fox, coisa tinha re- ²"Foi que difícil, a produção da cusado antes da guerra. 'não sua película", Tarzan e as Se- ²"Então quis ser enge- reias?" nheiro, como seu pai?", alguém ²"Bastante. Duas indagou, com malícia. perderam a vida, durante a filmagem, e eu ²"Tive um ano de experiên- mesmo alguns momentos cia, na passei profissão de meu pai", re- apertados... Mas há detalhes Lex, sorrindo, pilcou um pouco muito engraçados, às vezes. embaraçado... . . Isso foi antes da Por exemplo, Cheta, a macaca, O oferecimento guerra. da Fox, numa certa cena, tinha uma quando dei baixa, foi satisfató- rio, e eu decidi aceitar". (Continua na pág. 30)

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LEX BARKER sem ser Tarzan, (em cima), e em baixo, um treino com ar co e flecha. Quem estiver na frente que «e acautele O liome brinquedos, é Tarzan, o filho das selvas m não é para

A A' CENA MUDA - 19-4-49 — Pág. 3 M1CHAEL CURTIZ Por MONIZ VIANNA

(Conclusão do número anterior) "Stolen Fran- »The Walking Dead" (Boris Karloff), Holiday" (Kay "Mountain Justice" (Josephine Hutchinson, Ge- eis e Claude Rains), "The com e uma comédia divertida Perfect Speeimen" orge Brent) ao redor de Flvnn e Joan Blondell situam-se, cronologicamente, Errol "Kid No concernente a "The Charge of Light Brigade" e Galahad". e extrínsecos, todavia, nada os aproxima seus valores intrínsecos dos 1938. Michael Curtis faz cinco filmes, o melhor Estamos em ^old "Angels with Dirty Faces" (Anjos de Cara Suja). Com auaes é oeste ame. Where find It", vêmo-lo às voltas com o histórico is you e ao amda ricano ao qual já o haviam levado algumas películas qual "Four Baughters" é o primeiro e o melhor da serie de voltaria. — Four MO- filmes realizados pela Warner apenas o ultimo, auatro William Keignley thers" não teve a direção de Curtiz, substituindo-o Claude Rams, as _ versando todos sobre uma família fictícia, com e May Robson. Do Irmãs Lane Rosemary. Lola), Gale Page (Priscilla, de Havilland, mesmo ano são »Four's a Crowd" (Errol Flynn, Olívia "The Hood", este um dos Rosalind Russell) e Adventures of Robin de com melhores espetáculos do gênero, que Curtiz dirigiu parceria e Erroll Flynn, William Keignley. Erich Wolfgang Korngold o musicou entre outros lo- Olívia de Havilland, Claude Rains e Basil Rathbone, ram os intérpretes., . e 1940, Michael Curtiz é principalmente Durante os anos de 1939 "Santa "Dodge City", "Virginia City", Fé Trail", um épico. Realiza "The "Private Lives of Elizabeth and Essex", Sea Hawk". Entre estes "Four Daugh- dramas históricos, insinua dois filmes apenas àquele "Daughters "Four, Wives" sem ters", continuando-o: Courageous" e já simplici- sabor de novidade, mera repetição, embora com a mesma dade, com o mesmo ar de poesia burguesa. Ann Sbe. "Dodge City" (Uma Cidade que Surge) com Errol Flynn, "Virginia Míriam ridan Olivia de Havilland e City", com Errol Flynn, de colo- Hopkins, Randolph Scott, Humphrey Bogart), como drama minto nizacão, têm suas qualidades, porque Curtiz sabe desenvolver um es- bem'um assunto movimentado, dando-lhe um dinamismo de -Santa Fe Trail' tílo, de uma personalidade. Melhor que ambos, e Santa narra a história da estrada de ferro construída entre Kansas abolicionista e fanática de John Brown (magní- Pé e focaliza a figura "Santa ficamente vivida por Raymond Massey). De Fe Trail" guarda- uma se, sobretudo, a lembrança do enforcamento de John Brown, de extraordinária beleza pietórica. grande sequêrypia 'Canção inesquecível' (Continua na pág. 23) (Night and day)

cia-se, desanimava ou então reco e, Ao teatro ia o udinense gra- "PEQUENO M meçava a prova; e sempre con. um ças a êle, uma vez^ ou outra, igual conseqüência < Fosse lá como de carona. Quase sem- MUNDO ANTIGO dos demais, fosse, achava sua mulher es- ou que pre cpmédia: ou no Rossini, tava errada; disso não duvidava então no Gerbino. Para Franco (PICCOLO MONDO ANTICO) um só momento; logo, num dia ter que passar diante dos anúncios ou noutro de mais facilidade in- e dos ou- (Cont. do número anterior) de espetáculos do Régio telectual lho haveria de demons- era um tros teatros de música, trar. Urgia estudar o caso, prepa- ter suplício muito maior do que rar. Mas o Como? Aconse- as suas quê? que engraxar êle próprio — lhou-se com um a quem se cinco centí- ROMANCE DE ANTÔNIO FOGAZARO TRADUÇÃO DE padre botinas ou almoçar confessara depois da sua fritada boa JOSÉ GERALDO VIEIRA pouco metros quadrados de chegada a Turim. Esse padre, um as manchas POR ESPECIAL CONCESSÃO DA apenas para observar (PUBLICADO velhinho têso, vivo e de muita viera a se LIVRARIA MARTINS EDITORA, DE S. PAULO) do sol. Infelizmente cultura, o convidou a ir à sua um tal C, vê- Continuamos, aqui, a publicação de um dos mais extraor- tornar amigo de A his- casa, na Paesana, deu em na Secretaria dinários e populares folhetins da literatura italiana. praça neto, que trabalhava tória serviu de entrecho a um filme, que será apresentado ajudá-lo com entusiasmo, sugeriu- Obras Públicas seguintes do Ministério de no Brasil pela Europa Sul-América Filmes. São os lhe uma de livros, à família de intérpretes e realizador; quantidade e que o apresentou os seus os lesse êle, major médico do parte para que parte um distintíssimo • os lesse Luísa. Forte vêneto. Nessa para que exército, também INTÉRPRETES: e tomista, sen- e a freqüenta- orientalista grande casa havia piano \LIDA VALLI — MASSIMO SERATO — ADA DONDIN1 tindo uma simpatia vivíssima por de noite, alguns ami- — — ENZO vam sempre, — MARILU PASCOLI ANNIBALE BETRONE Franco, atribuindo-lhe uma inteli- faltando um café exce- BILIOTTI — RENATO CIALENTE gos, não e uma cultura talvez su- lente, talvez único naqueles tem- Direção de MARIO SOLDATI gência os sete Apresentação da EUROPA SUL-AMÉRICA FILMES LTDA. periores às que de fato possuía, pos em Turim. Quando a es- ou outro por pouco não o aconselhou sabichões por um por de= hão a J tudar o hebraico, forçando-o motivo qualquer passavam Chegou Franco ia à resi- pois a ler São Tomás. noite juntos, lhe um esboço de carta C. na Milão, to- administração piemontesa haverem que se passara entre ambos na- até a dar dência de praça devia de- conversar sobre arte exigido nem mais nem menos, que quela última noite, arriscou uma com os argumentos que car piano, Luísa. Fran- moças da casa, discutir prestasse exames para poder ser alusão. Franco não se deu por senvolver e mandar à com as logo ve- com a dona, uma altiva capitão médico. achado. Isso, aparentemente, pois co entusiasmou-se pelo política além de veneziana de grande in- A correspondência entre Turim a verdade é que muitas vezes se Ihinho viva? que tinha, patriota a e de caráter à antiga e Oria não refletia o verdadeiro sentara a escrever com o propó- tudo, mesmo no. aspecto, pu- , teligência idéias «Pôs-se a estudar afronta heroicamente todas as estado dos ânimos de Franco e sito de anular aquelas da reza dum santo, que desenvol- mulher. Antes de começar a es- São Tomás, com ardor; amarguras e vicissitudes do exí- de Luísa, conquanto se grande disfar- crever se sentia forte, certo de mas logo desistiu. Parecia-lhe es- lio, estimulando o marido cujos vesse natural e afetuosa, ' cui- encontraria facilmente os ar- t.ar metido num mar" sem fim e passos tinham sido bem çando bem, reciprocamente, que primeiros Luísa esperava vitoriosos; vinham-lhe sem começo, onde não se- difíceis e acerbos a ponto de a/ dados e cautelas. gumentos *se podia àquela mesmo à muitos, vários, orientar. O teor esco- êle já era professor repu- que Franco respondesse pena que Huer que lhe válidos e decisivos; ISstico aquela tadíssimo da Universidade de Pá- sua cartinha e entrasse no grande pareciam da matéria tratada, vão mas depois, ao lê-los, logo lhes dua, as inefáveis, benditas cabe- assunto. Tendo esperado em êl

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MÚSICA BRASILEIRA MOSAICO \ W ¦! K-BW*^" ,?^,m^^~__-^^^-*«MM-SBgB——»5VM Br/U ^^«rmiii» TlGP^í^y,^ Samba de Aires Pessoa e Mário Rossi

Rios de café, Campos de algodão, Mentes de cacau, Ouro pelo cháo, Trilhos e aviões, Altas chaminés... Tudo para mim Tu és!

És: — "Caçador de Esmeraldas", CAPITULAÇÃO Menestrel das "Cigarras" Criador de "Aquarelas" Ao "Luar do Sertão". Cantando Que és feliz "Ouvindo "No intuito de enriquecer Estrelas" o seu já vasto radas em Madrid", etc, etc. Revelas repertório, e com Letrista pcs- o propósito de facilitar suidor de uma tremenda Todo o teu coração. ao a aquisição versatilidade, a público de discos gravados êle se deve cinqüenta cento Terra santa maiores e melhores "clássicos" por do êxito que parece pelos conjuntos anieri- de dois da nossa música Ter nascido de uma canos, Gravações Elétricas "As popu- prece... Ltda. (Discos lar: de Noel "Continental") acabam "Carinhoso",pastorinhas", Rosa, e de contratar com de Pixinguinha. "Canta Brasil" das "Promessas" a "Continental Record Ê, além Inc., Ú.S.A.", com disso, o tipo acabado do verdadeiro "papa- Da velha "Bahia de absoluta exclusividade, Todos os Santos", o direito de reedi- concursos carnavalescos". Pois bem, Canta o "Guarani" tar, no Brasil, as foi gravações dessa concei- justamente êsce autor sempre, Na "Voz do Violão" tuada marca americana." que, pro- curou imprimir em suas composições e Que vibra em mim Retiramos as palavras acima do suple- nos negócios de sua fábrica um sentido E me faz chorar de emoção. mento março-abril, agora distribuídos eminentemente brasileiro depois de re- "Continental", pela que, "õ grifando algumas delas. sistir tanto tempo contra a perigosa po- Meu Brasil" das igrejas festivas Como todos sabem, essa fábrica obedece lítica de reeditar ritmos estrangeiros no E cheias de almas fiéis: — à orientação de um dos mais festejados Brasil, acabou capitulando lamentável- Deus, só mesmo Deus poderia criar compositores da música popular brasileira, mente. Este sol, este mar João de Barro, autor de legítimos Este céu tu "Copacabana", sucessos, Deve estar no conhecimento de todos que és! tais como: "Fim de semana "Pirata quantos lêem esta seção, o sentido da cam- em Paquetá", da de "Tem "Chiquitaperna pau", panha por nós empreendida contra a gato na tuba", bacana", "Odeon" "Tem "Corsário", e a RCA-Victor, justamente por marujo no samba", "Tou- essa política seguida por ambas durante FALANDO A MINHA ESTRELA

Fantasia de Pernambuco e Mário Rossi WmWÊÊ ^¦'¦'.yí'-'-* ¦¦''¦'? m Fugitiva da prisão, Envolvida - em luminoso véu, A estrela matinal Tonta de emoção Veio adormecer Em meu coração.

Mostrei a ela um livro escrito Com o pranto que chorei.. . Pobre livro amarrotado Pelas mãos que beijei... A longa estrada de meu sonho, As perdidas ilusões... A velha casa pequenina "¦ '<¦ ':.X~'\ ¦ -XX ¦vxx-x'¦',..•: ''XXXXX'' '¦¦ - æ'' ¦'.¦'¦ XmiXm'X. :-'-X'XXy.*-¦¦¦¦*¦' X- y.y-y: r^XiXyXXXmX:-- '"•":"'y:¦_-.y.:'.yy-\'.y'"¦':¦¦-¦'¦' v Cercada de palmeiras, XX'X¦. x-x-x xx.XX... :¦"'.. ¦¦':".¦ Entre pés de tinhorões... E desfiei aos olhos dela Meu íntimo rosário De recordações.

Tu: — irmã do sol, Noiva do luar, Sempre a mesma luz, Eterna e singular, Em meu coração, Triste e sonhador, Só encontrarás As cinzas do meu amor.

Mas... (Há sempre um mas...) Precisarei despertar Para não fazer Minha estrela chorar .y a mm% ' * ' ' ym.::-;x.' fÊsÊ&Sy '-X X Yl *"• » -' — Para não fazer minha estrela chorar v -A3&SK Uma^''^yyyySzxÊÊÊÈ Acordei! iwoíBis^^K^a-JtBíffSv-fi-.'-:'¦¦ - ¦ v-'x'..-.. .,;, . X?S?-íx XXXa XX x-: ¦-- J:.jk« ÍlÍPlIxxXM>:Wx WÊm 'x-^áiiè^áiíHfeSSlâsl1 ^mmmmfâm O meu sonho acabou... tÊêÊÊL ' mwy^yWmyXy^XyXy ^ **'"*** ¦+'*¦**-'*¦¦-¦"•ftèmimms£ii. *«^-v.:«-g x Xi&aâ8i^KS8*ss ImwwwWm^^tnff^rti' r V-1*' Poi a última vez que sonhei. "(lisc — ABELARDO (Chacrlnha) BARBOSA O jockey" n.» 1 do Brasil

A ftK&A MUDA Í9-4-4.9 W*. 11 MÚSICA NORTE- OS DISCOS MAIS VENDIDOS DA SEMANA (Nacionais) AMERICANA (SEMANA DE 21 A 26/3/1949) ²Vocalistas Tropicais Odeon 1 "Cabelos Brancos" FM LOOKING OVER A FOUR "Aquelas ²Lúcio Alves Continental 2 Palavras" Continental LEAF CLOVER "A Saudade Mata a Gente' ²Dick Farney 3 ²Déo Continental 4 "Segue Teu Caminho" ²Dircinha Batista Odeon ^Woods 5 "Passarinho da Lagoa"- Mort Dixon e Harry ²Pixinguinha - Lacerda Victor Fox de 6 "André de Sapato Novo" ²Francisco Alves Odeon 7' "Caminhemos" ²Orlando Silva Odeon leaf clover 8 "Recordação, Saudades" I'm looking over a four ²Os Continental 9 "Nova Ilusão" Cariocas ²Dick Continental That I over-looked before; 10 "Meu Rio de Janeiro" Farney One leaf is sunshine, the second is rain, Third is the roses that grow in the [lane. No need explaining the one remàining [is somebody I adore, I'm looking over a four leaf clover; That I over-looked before.

THE ECHO OF A WHISPER

Fox de Albert Gamsc e Franz Mittler

Across a tropic sea, Into my memory; The echo of a whisper, mm: Keeps coming back to mo. "I "I'm yours, be mine, sighed, I thrilled when you replied; I learnt in just a whisper love wouldn't [be denied, Perhaps while sambas play in Rio far [away: There comes to you an echo from out Jof ycsterday, ¦im So tell the Rio moon; We'll be united soon; "The echo of a whisper invites a wedding [tune.

I WHAT A DIFF'RENCE A DAY MAÜE nós, sáo KAY KYSER e Senhora — Êle, no rádio nor teamericano e Ari Barroso, aqui entre colégios musicais, onde os alunos aprendem... ganhando Fox de Stanley Adams e Maria Grever professores dos únicos

resumia na importa- outro fato, também, virgem por What a diffrence a day made, tantos anos e que se gravação, ção das célebres matrizes de música po- estes lados. four little hours. "Continental" Twenty pular estrangeira aqui logo depois repro- A mereceu sempre os nos- sun and the flowers, do resultava a inundação de sos aplausos a se tra- Brought the duzidas, que pelo programa "valorizaçãoque concorrentes dos nossos. E' bem desde a sua fundação: Wliere there used to be rain. ritmos cara verdade que aquelas fábricas reduziram do que é nosso: ritmos e artistas". Con- dear, My yesterday was blue, extraordinariamente as suas reproduções seguira, por isso, reunir um grande reper- mes- Today I'm part of you, dear, de matrizes estrangeiras e passaram, tório, onde até as músicas estrangeiras mo, a dispensar um tratamento melhor às vinham sendo gravadas pelos artistas bra- My lonely nights are thru, dear, gravações das nossas canções. E todos sileiros que integram o seu elenco. were mine. os discos Since you said you estão vendo que não são apenas É, assim, com tristeza que tomamos nota agradam ao nosso What a diffrence a day made, reproduzidos os que pú- do conchavo que ela acaba de fazer com blico, tese até então defendida pelos quin- da indús- before me, "Se- uma fábrica de última categoria There's a ralnbow tacolunistas da nossa música popular. Unidos. "Caminhemos", "André tria fonomecânica dos Estados Skies above can't be stormy,.v de sapato ao concluí-lo grêdo", "Vidas "Marina", Evidentemente o seu intuito of bliss, that thril- novo", mal traçadas", não deve ter sido só o de pretender enri- Since that momeht "Infidelidade", "Fim "já de semana em Pa- quecer o seu vasto repertório" de gra- ling kiss, "Saia "Fracasso", isso quetá", do caminho", vações genuinamente nacionais. Por find romance on "Paraquedista", "Copacabana", "Um can- It's heaven when you mesmo, ^ maior ainda essa tristeza quando "A mata a brasileiro se [your menu. tinho e você", saudade gente", vemos um compositor popular "Aquelas etc, constituíram su- armar com o punhal da, traição contra os a diffrence a day made, palavras", da What cessos ruidosos, coisa que há muito tempo legítimos interesses da música popular And the diffrence is you. não se vinha registrando entre nós, sendo sua própria terra. . . que alguns deles tiveram mais de uma E viva o be-bop!.

A 6ENA MODA - 13^4» — ***> ^ OS DISCOS MAIS VENDiDOS DA SEMANA MÚSICA PAN-AME- i (Estrangeiros) (SEMANA DE 21 A 26/3/1949) RICANA 1 "La vie en rose" ²Ivon Cury 2 "Luna Lunera" ²Continental ²Gregorio Barrloa CHAPULTEPEC "Una Mujer" ²Odeon 3 ²Gregorio Barrios 4 "I'm looking ²Odeon over a leaf clover" ²Blue Barron Corrido de Nanette Norlej» e 5 "Bellerine" ²M-G-M "No ²Buddy Clark ²Victor 6 Mar Negro" ²Georges Tito Gulzar 7 "Pigalle" Boulanger ²Columbia ²Georges Se han escrito tantas cosas tan bonitas 8 "No, Ulmer ²Columbia no y no" ²P. Altauerne A Janitzío y Tehuantepec 9 "Final" ²Odeon "Dos ²Gregorio Barrios ²Odeon Per o en cambio han olvidado en sua 10 Almaa" ²Gregorio Barrios ²Odeon [canclones Algo muy grande qiie es Chapultepec Tiene un lago donde nadie ha re- [sistido Un romance ai primer amor y un cas- NOTAS & COMENTÁRIOS programa, mesmo sem dispor dos índices inso- fismáveis do IBOPE. Ao contrário ftillo Abelardo Barbosa, o simpático animador dos seus Con Ia sangre de los "Cassino do colegas cariocas, alguns dos héroes que ahí da Chacrinha", é o único responsável "Made quais conservam o "I'm rótulo de in U.S.A.", [murieron sembrando valor sucesso de looking over Abelardo (Chacri- pelo a four leaf nha) Barbosa é, sem dúvida clover", no momento, está alguma, o nosso que, se ouvindo nos Disc Jockey" ml, título quatro cantos da cidade. Se os compositores que já tivemos a opor- Bstrlbllho: tunidade de conferir-lhe há muito norte-americanos tiverem notícia desse "caboclo" tempo, muito fato de- embora o cometa falsetas veras estranho, irão ficar muito surpresos, mor- dessa natu- reza, forcando a passagem, em favor Si, sefíor, asl ei mente quando eles sabem que essa melodia de um ritmo estrangeiro quando o nosso brasileiríssimo Ese bosque que nos brnda su eonsuelo passou completamente despercebida, dentro dos Cabelos brancos" aí está realizando uma ex- Si, sefíor, Io hizo Dios seus próprios arraiais. Gosto, porém, não se traordinária "performance" na Estrada do Su- Con Ias flores que bajó dei mismo clelo. discute. Um dos lojistas da cidade, possuía uma ce3so. de discos de "I'm grande pilha looking over a Tanto tanto Dios four leaf clover" recentemente le dió ai capitalino importados e, por • Jorge Veiga, o aplaudido "caricaturista Todo tiene mais interessar do pa' poder gozar que procurasse à sua clientela, samba", acaba de deixar "Continental", Una linda capital não havia de a assi- de oro tan fino jeito conseguir reduzi-la. O di- nando um pacto de exclusividade "Odeon" nada nâmico "Chacrinha" com a Que ai mundo tiene que envidiar. propô-se ajudá-lo a des- onde, certamente, êle fazer-se do encalhe e, logo depois poderá gravar melodias • do Carnaval, capazes de restabelecer o Y si alguno no lo lançou-se à ofensiva. grande prestígio que cree que me des- grande O sucesso dessa sempre desfrutou entre a melodia vetf» confirmar a grande massa de dia- [mienta grande classe do seu cófilos e rádio-ouvintes... Que reproche ml desfachatez Pero que antes de decir que venga y [sienta Lo que es siente em Chapultepeo.

Estrlbilho:

Si, sefíor, así es...

Si Ias bancas con sonrlsas maliciosas Nos contaram toda Ia emoción De los tórtolos que en noches caden- [ciosas Le prenden fuego a su coraasóu. xx'-xV.tf Si los árboles contaran Ias cositas Que ellos miran desde su altivez Cuantas de esas que presumen d« ¦4iÉI flsantítas Ya se olvidaron de Chapultepec.

üüüil LOS MAGUEYES

Ranchera de Fldel A. Vista

Le pido ai cielo que se sequen los ma- [gueyes Porque esos magueyes son causa de ml [ desgracia Soy muy borracho y nada me cai en [grada Porque no me ama Ia mujer que tanto mmmm [amé Si me emborracho a naiden le importa [nada xlIBv;.-íBbIí WÉmà Si echo mis pulques es con ml pura Wmmí [fíerrada Echo mis tragos para ver si no me (acuerdo Ay de esa ingrata ' * 1 fl liv I "PidoQue es Ia que yo tanto amé m'-'mmmSL\ Bfx ;-MMÍÊÊmrM una copa Ia tomo con apetlto "'jflflaH^flBx^aBJÉSEBg.- ¦<« Luego ÉflK-tftf|BBfÍI|f pido otra :Bjflk Ce me hace poça y repito salgo a Ia [calle xx Y luego les echo " un grito porque no ¦ . X. x . ¦ ilWi [me ama ^^™"®^™"BmÊKMBe1.:SB ¦ -s«_... .vm*'. Mwá2fc£sâ.Mi&Íá jtfíAeíj..*** ^-âiUírti2^Eí£«i.íJií*i^àt-'.-í*fci-^<—»SWlwx3tf._*^3 La mujer que tanto amé. MBERTAD LAMARQUE — alma nostálgica "dei tango". Artista exclusiva da RCA-Víetor

M\ íprwHJft jm JWVvFA ..,.-..JHfl*Bf^BB* 18 mm WmmmmwWÊ^mWÊWWWtW^^MBHI^G^^^ÍS^™^

"iímm ***** ** am**. &¦*"'* e a de Deus. Quaa- músiea; * que v«nfcade que teve eausa própria o do »e fixou de vez na Opinione dé correr até Luísa, tocar-lhe de for- a ela oran- e regulou suas despesas divino andante, unir-se uma remessa paro- ma a poder fazer do assim num inenarrável sua mulher lhe espírito! Nem lhe veio mensal à família, xismo do tal remessa'era de- Luísa, que aliásrsen- escreveu que à mente que alta em proporção com tia a música bem meno3 do que masiado êle ordenado dele. Saber que êle, tenderia antes a dar^ ao an- o liras vivia em Turim com sessenta dante o sentido do doloroso con- co- • mês lhe tornava amarga a flito entre o seu próprio afeto por o mida. Então êle respondeu, que as suaa próprias idéias. exata, que, entregou-lhe aliás não era verdade l^riHHHhV 1 %mm mtÊ Voltou ao padre, ^1fm\ _^S™^ a antes de mais nada, não passava São Tomás, confessou-lhe toda mes-. 1» tão absolutamente fome; e que, "Enchantment" sua insuficiência com palavras caso tal ** (Goldwyn- o velho mo assim, se sentiria feliz *• "Criss Cross" (Universal- ¦rtto 1Q49^ — Comédia roman- humildes e comovidas que sentia — de silên- hipótese se desse porque International-1949) apaixo-Pr^«\a tica? história de três gerações padre, após um momento de mudar violento de um guarda família londrina, cobrin- o per- uma vontade intensa esposa de um crimi- de úma "curto de 99 cio carrancudo e inquieto, os ócios an- nado pela numa do um período" •__ bem — de vida, de expiar noso. Este tenta envolvê-lo o elenco: David doou. Está bem, está de tempo o rapaz livra-se na anos. Encabeçam carac. volta, re- tigos, inclusive a perda cilada, mas do Niven (outro prodígio de disse êle recebendo de de recobrar hora precisa. Há momentos Teresa Wright Eve- vo- com flores e música, e tiroteios e, final- teSção), Jay- signadamente, o seu primeiro agir, tensão, lutas mo- lvn Keyes, Farley Granger, — de se re- as passadas oportunidades, mente o eterno principio de e uma menina que lume da Suma trate em re- "O crime não compensa . ríe Meadows no e esperemos atuar, nunca mais pensar ral- bem promete, Gigi Perreau, papel comendar ao Senhor •feições ordem nem em Burt Lancaster é o rapaz Wright era criança. A de primeira Yvone de Cario a de Miss su- que Êle aja! Acrescentou que intencionado Duryea, interpretação é visivelmente os estudos teo- vinhos escolhidos. 'essa tal fulaninha, e Dan a história, que conta as Assim acabaram a Deus por seu esposo. Ainda,boas pontas de perio? de um de Franco. já pedira perdão Percy Helton e recordações nostálgicas lógicos e que achava que Itephen McNally, velho e seus efeitos no presente de tanto meditar nas idéias vida passada Miller. Esy Morales e sua bons são os Mas também a ela. A tal Joan a musica. romântico. Muito mulher em oposição às suas devia pedir orquestra fornecem de transição empregados de sua o a quem es- shots Reis, com o àquele conselho do ponto que paduano, pelo diretor Irving e submetê-las grande amizade, *** "Mr. Perrin and Mf- do saudoso cmegrafista "trate de se recomendar tava ligado por auxílio em W- professor, ler, como confirmação Trail" (Rank. Eagle Lion-1948) Gregg Toland, e usados "ílash- chegou a uma conclu- ao ouvi-lo Walpole, trans. dos convencionais ao Senhor" anteriores, esse tre- A novela de Hugh gar Luísa não estava errada de confissões formada num fi^e satisfatório backs". são: que carta, lhe disse: — Arre! David Farrar O que mais o ofendera cho de protagonizado por "Whispering de todo. oração de Manasses, rei (no professor público e Marius * Smith" (Pa- aquilo fora o haver ela Parece a velho mestre .-v Western em em tudo &ring ótimo no ramount-19&) ia não levar uma vida de de Judá. ilsiste em désposar a. enfer- tecnicolor, com Alan Ladd acusado de quV Greta Gynt). o fiscal de estradas de com a que a sua fé exigia. Luísa não deixava de escrever meira da escola zendo os assai- acordo me- Bom e inteligente dialogo ferro e lutando contra um impulso generoso o le- ¦ muito afetuosamente, mas com gosto coisa e amor de Brenda Agora fazem deste filme qualquer tantes peloP(!). Preston, ao extremo oposto, a julgar-se nos efusâo. O silêncio de Franco de diferente, de interessantissi- Marshall Robert vou dá-nos uma das sempre, é o marido e Do- severamente, a considerar-se erra- a respeito do assunto doloroso mo EI Goring como Faylen, os entre caracterizações nald Crisp e Frank do, a exagerar as próprias culpas da última conversa travada melhores britânico.Í^EÍ?" Aos de assun- ela sentadas pelo cinema vilões. que gostam Ladd, espiritual, de mau gênio ambos a desgostava. Voltar tos ferroviários e de Alan de tibieza -a mesmo de gula, ter-se na ao assunto, ante um silêncio tão • "Words & Music" (MGM- deve interessar. e até dos responsável pelas aberra- não lhe pareceu ter pro- 19491 — Biografia colorida » "Mexican Hayride" (Uni- conta de obstinado, B^hard — o intelectuais de Luísa. E sen- compositores populares versal-International-1949) ções pósito. if Drake) e Lorenz incontida de con- Rodgers (Tom A nisto- musical que fez tanto sucesso _na tiu uma vontade no número) Hart (Mickey Rooney). não podia ficar sem isso, de humilhar-se (Cont. próximo foi mais uma vez alte- Broadway fessar-lhe ria real mas, mes. Uma versãozinha hollywoodeana. íada pelos cenaristas tem Abbot & Costello, Vir- o filme torna-se vazio Esta e o ner- So aslim, nao apre- einia Grey, Luba Malma e cansativo, quando com Cozinho Fritz Field, no elenco, senta os números musicais touros, enchilladas e, Perry Como Lena corridas de a June Allyson, Kel- ocasionalmente, boas piadas, Home, Judy Garland, coisa é a lição de] ora- Ellen, Ann geneSothern e melhor ly & Vera tória que Fleld dá em Costello... Mel Tormê.

¥ua~ superfície léxica lhe enxota- antigo ram em três dias toda a boa von- mundo 0mm w HHr Bn I B WM ' (m . H Requeno ~~ ~ BHHHHMHHMHlPM1*—^^m^^^^mm » i æT^Tmm \ ¦ -iKsrlxKxs' -S5' " :- y. fade. Mesmo aqueles argumentos Bam BLW \ 1 ^M HHYhI 10) (Continuação, da, pág. do esboço da carta, não os enten- a não ser em um ou outro na maneira de argu- deu uniformidade trechos mínimos. Fez perguntas ou contra, aquêlle gé- mentar pró ao padre, levando-lhe outra vez a lido latim denso na sua profundi- explicou, Franco e incolor na carta; o velhinho dade de pensamento entendeu um pouco mais, agrade- ceu, foi para casa disposto a des- cer à arena armado com toda * ^B CABELOS BRANCOS... aquela - fortaleza, mas se sentiu m^^í/m59^^^^m^mT^mW Envelhecem mais atrapalhado do que Davi den- tro da armadura de Saul. Aquilo era pesado, tolhia-lhe os movimen- «iwmmira tos; viu que não tinha jeito para AtfMWÉ \ ALEXANDRE tal e que nem teria jamais. Não, [BELEZA1 êle não podia se apresentar pe- nem •VIGOR' Faz desaparecer e rante a mulher com o barrete burel do professor G., em- [cabelqJ com o EVITA-OS SEM TINGIR punhando uma lança de teologia e cobrindo-se com um escudo de metafísica. Teve que reconhecer que de modo algum nascera para filosofar: faltava-lhe até mesmo capacidade para um raciocínio ló- o gico, pois a verdade era que HEMORRtilDAS seu coração ardoroso, rico de ter- nuras e de ressentimentos, queria EVARIZES* se intrometer também êle, a fa- vor ou contra, segundo a própria paixão. Tocando, uma noite em casa de C., todo fremente e com os olhos abrasados, o andante da sonata op. 28 de Beethoven, não se con- *•*? — agora VI teve e disse: Agora sim, IíTWKT» Sim! — Nenhum Santo Padre, pen- sou, nenhum Doutor da Igreja, O l O C A L E POMA DAN era capaz de comunicar o senti- O LÍQUIDO BEBA AO MESMO TEMPO mento religioso como Beethoven.

— — Pâff- U A #»íA MUDA 19-4-4Í

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Capítulo I — muito antes do Mas que pensava. não en- que cumprir com o seu dever pelo menos centrou as coisas da maneira agradaria Jim Fairways era um que em memória de Susan. homem livre, um a Susan. O pequeno Davey corria homem andava todos peles cor- que por os caminhos, e redores da casa, sem nada o refreasse, de caçar. Tinha que Capítulo II que gostava cócegas nos í:em estudar, e com as roupas num tal estado e andava sempre com a espingarda pés, prcn- que nenhuma boa esposa teria E ta, e seu destino ser o permitido. Quando Jim regressou outra vez, foi direta. parecia de matar a Big Davey continuava triste e silencioso. E mente caça que ia servir de repasto a outro à povoação, que tinha a sua palissada homem. certamente Susan não teria gostado daquilo. Isso foi o que êle disse a si mesmo, protetora, com quatro postos de vigia, cons- quando Jim colheu algumas truidas com troncos Susan se casou com Devey Harvey, em lugar flores silvestres, visitou de árvores, uma ferraria, de se casar cem êle. Assim, a tumba de Susan, recolhendo-se em pensa- uma igreja, um armazém de mercadorias, e partiu para o mentos de uma saudade uma dúzia de casas — norte, onde pretendia viver da caça e inconsolável, e na- e tal era aquele núcleo dos mesma noite diminuto de civilização negócios que pudesse fazer com os índios. quela falou a Big Davey o que naquelas rústicas pa- Mas agora voltava novamente ihe ia na mente sobre a situação que lá en- ragens. Jim não gostava das cidades, mas não para sua ca- contrára. se importava bana, onde era também um forasteiro. Disse-lhe que Susan não aprovaria com a presença de uma centena Gos- nada de à tava realmente de Susan, mas a do que estava acontecendo. Um homem pessoas sua volta, quando cantava can- jovem gos- não criar ções, e escutava depois tava do homem com tinha casado, podia um menino, como um me- as notícias do povoado. quem e nino ser Desta vez, o ouviu acontecia que esse homem era seu amigo. precisa criado. O pequeno Davey es- que o satisfez. Comprou tava crescendo como um selvagem, e se tor- uns doces para o pequeno Davey. Isso durou coisa de um ano, e Jim se orgu- naria um como perdido, êle próprio, Jim... O que Jim soube foi Big Davey tinha, lhava do fato de que o marido de Susan o Susan não teria que gostado. . . Big Davey tinha finalmente, tomado uma decisão. Big Davey,' saudasse cordialmente e de que êle pudesse apertar-lhe as mãos sem inveja. E se orgu- 'ís lhava um pouquinho mais fato yy.y" < , ' ‡' de - pelo que ::¦¦.¦.»'.-:¦¦-•;-•:¦¦¦¦¦¦ \-yyy-yy-y Susan o recebia com alegria, sem que ambos se sentissem a contragosto, todas as vezes que :fiy:lll|lpíí descia a colina, cantando, a caminho da sua Upí^mí^mmW> BÜSBIhsh cabana. E, por cima de tudo, ainda mais se É orgulhava pelo contentamento que o — pequeno Davey o filho de Susan — revelava quando á'mWÊmmmV 1111 o encontrava. Tudo isso, porque Jim era um homem que se sentia livre, que talhava o des- 0li ,jf^8mWw tino a seu góstoe que tinha o coração sempre sequioso de novas caminhadas... :*&-: :':;::tô$wKS^^2BI RHk WwWmmwm-^-^^^^-íyff^^ZWWíy ¦"^^^^^y/^^^BSSMMMSBÍ *•< ¦^\,v«y-'j»8SP™?S. VJ»'¦5c*yy- ;¦y:ysss; ^ ' • * ' '''¦'.?< ' yyy Mas chegou uma vez em que, vindo pela r í < S% &-¦ <'""r- yyy?y$#Ss8sSR$M|[iK-íy-yyyyíyyíaKMHIH&3§§8£§8^C'raÉi$83£SSK^ colina abaixo, cantando como de costume, em direção à cabana, com o violão pendurado às costas, viu o de Davey ' ''íííl!^ que gado ainda estava ^^^^¦'¦í^^^^^^.^r^w KS&:.:. :.-'.-;:- íÍBBkHíÍKíxÍ'^ A¦*a-ww» <<« ífósSSS^flWs&yymMm\Wyyy'^SÊBLBEi«fiS^<^B 3E ¦''.' ¦' ¦¦ ¦¦ '¦'¦ '¦¦'¦ ¦¦<-':¦¦•..,:¦¦¦¦*¦'-•'''?^:¦¦::&:Í;'Ví«Í©^^mHIM^^H^E-:^HWÊF.y>y:-xSmm no curral, e não havia fumaça saindo da cha- I?¦•'-¦ ::SrafcK^^*^ífi»ra88?%m. I % Wm '-'->'¦¦<¦¦¦«nfflfo-fgiÉfit„ y&yfâ&s/¦ ~ - -< , 13WÊmmwM I^í9HHHh WÊÊsfâBÊm mine da cabana. O pequeno Davey, que já tinha dez anos, estava sentado, triste, à en- ll§:PP#PWy^H m^^M^SmmmãéÊm^myM^M Wymmm mlmÊÊSmWmmM Ww!ÈÊÊ-! ,, Hmm-- tracla da casa, e não havia sinal de Davey em parte alguma. O garoto contou o que havia acontecido. Jim Fairways, em lugar de cantar, tomou outra estrada, por que ia dar a um sítio muito 'hfÉÊ querido de Susan, e ali encontrou Big Davey, í?l^ WL tÉIIIIIlV \ f MÊS^ímÊ&' lÈÈêmmmVllàWL MamWÊÊÊwWà'-WÊÈ .. ¦mmmmmrrrmmH^tf^' junto a uma cruz recém-colocada. Nos olhos W&x.y^^mm^^y'^^ml^m: \¦¦¦»*mJgsrír do amigo não se via uma lágrima, mas uma dor surda e desesperada. Jim tinha ~~: ~~ gostado »II^v^^^^^^^É^^^^^í«sss^^^ —~-* -«¦«- ^m ¦¦:^T^^»i^^^^PPiWÊzÊÈÈÈÊÊÊÊmÊk de Susan — e ainda gostava — mas era um mm$MW*WmmWÈm&, ^^ms^mSSÊÊ B^SHimm^Ê^^m^^m estranho. Susan o havia recebido sempre ^^^^^'^^W^mWWjmmWW^B^ii^^^^^S m:ímmà§mÊÊmmmMmmWmm^ ^F ¦ym$MmMmÊrW$ÊkWÈÈÈÊÊ?mem com alegria, mas jamais havia pensado nele X^^^^m^^^WWma^WWWWMm^^^Êà^Km^^.TttEymÊmmmW como provável esposo. De modo que não ficava bem manifestar o que realmente sentia. E, WyS.Ms^^^^^Wy^^Mkm^m^^Mí^àÊS^^yyW^míWfáffM.íÊWíWÈÈy' em lugar de pensar em Susan, Jim disse e fez ^^^;:í^^;y B^^TyÊm æ>'^9P';~3?kw8s§ y ms. ¥ W WilffDlilllimWr$BBâxEÊklÈÈÊ}&m'¦'- ¦¦¦•¦•ym&í&fâSx» o que Susan gostaria que êle fizesse naquele ifâ&la3&£§''77¦'"".' 'SWÍ^ÍSS8''WmWiX&fift."i triste momento. Jim não permaneceu ali muito tempo, mas :ez Big Davey compreender que Susan não gostaria de vê-lo abatido. Ela havia tido or- gulho dele como marido, e devia con- querer ^^p^ÉMy^j«Í^^^l^ffiÉÉiiJKLav..,¦ wZ^l^^^u^^^^^^ffiBffiy^^^S^^HK^^^^^^^^fl^^^MHa^^^^r tinuar ': 'vffitf&v&k a ter esse orgulho, de medo que Big B^Sraa^<«^'v$y'>y^Íig^^i$^^^^^BBBpwHmæ-rJiffwft'¦'y^MBmmm mmKmWskj&ÊL -::: ; Davey devia reconstituir o lar enlutado, ::^f^1'^f^^fflliWfflB pelo HH|y: : -':¦:'"•'-"y<<«-1 oem do filho e dele próprio. E Jim tornou a Sffl8s^^^2^JiâSMfc.y"--y'^l%i^yyy^^.í^«yJjJlWJBÍ: vj g^^iBJ: >ercorrer as estradas, com o coração livre '*í^^B| desejoso de aventuras. Dava dinheiro, nego- n^PS^^H^S^f^^*^^^^^SHB^BMf lBB: M li^ ciar com os índios, e Jim tinha um prazer es- ccial em competir com eles em ardis e agu- iezas, conservando, no fim, as suas merca- IH«? -^ ri/íiiííy:;- jorias e '•' ' -:% o seu couro cabeludo. Tinha o co- æy ação livre, é verdade, mas só aparentemente, ¦•^Bàm >orque de fato tinha ficado, como sempre e ¦ara BPvly^ sempre, com Susan. Mas vivia preocupa- ío com Big  '"'-y..„ 11 Davey. Um homem só é uma m-- ¦ •..¦-¦¦: ¦¦íÍkísSBI 'obre :--¦'.‡. ..‡' criatura, sobretudo quando a dor é a . y rr.¦ ua única companhia. Jim se sentia descia- °- porque perdera também Susan, mas real- ^-ente ¦-¦« a ¦ ¦¦¦¦¦ *yr'y-V:"'' perdera muito antes, quando se ca- .:.. :¦ . °u, e a sua morte não mudara fundamen- ' v':'y' cimente ' ¦ ¦ a sua situação. . . Assim, Jim não tardou muito em regressar HHflB

A CENA MUDA 19-4-49 Pág. 15 • I

contente. E Jim observou um vestido de mu- a roupa do lher que corava ao sol. Viu que Pequeno Davey estava bem remendada. E a satisfação Su- por um momento sentiu que san certamente sentiria, vendo como os dois Daveys estavam sendo cuidados. Mas nos olhos de Davey persistia a tris- . teza, e o Pequeno Davey ainda se mostrava rebelde. .. Jim ficou um pouco preocupado. Então, quando se aproximavam da casa, vis- lumbrou um vulto de mulher, e perguntou, ccmo se nada soubesse: ²"Quem é?" "E" Raquel" — replicou, azedado, Big Davey. »E' uma serva!" — acrescentou o Peque- "Papai no Davey. — comprou Raquel aos Green, Ia na povoação". — "Era preciso ter uma mulher aqui" — "#sse comentou Big Davey, desgostado. menino estava ficando completamente selva- gem. . ." ²"Então é uma criada?" — perguntou Jim. Big Davey não sorriu, como Jim esperava. Sacudiu a cabeça, negando. ²"E' uma parente, então?" ²"Não" — respondeu Davey, pesadamente. ²"E' uma serva, então!" — exclamou Jim. ²"Serva ou não" — replicou Big Davey. gravemente — as pessoas decentes não moram juntas, quer dizer.. . um homem e uma mu- lher... sem que estejam casados, e..." ²"Ah, você se casou com ela, Davey?:' — " inquiriu Jim. g m w ?" , —fJiiJ|i«iliS!i Big Davey vacilou e encolheu os ombros. ²"Vamos entrar, Jim. Você precisa des- — ca- nidade do lar para o Pequeno Davey cansar." sou-se com a serva, como era devido, e re- A cabana estava agora limpa e bem arru- ELENCO cabana, nos montes. Quan- gressou para a sua mada por dentro. Jim viu a jovem Raquel, chamava do partiram, Raquel, pois assim se do fogão, estava acendendo, para ¦ ‡LORETA YOUNG junto que Raquel• a ia a pé, caminhando ao lado do ca- A rapariga vol- HOLDEN jovem, começar a preparar o jantar. Big Davey WILLIAM valo em o Pequeno Davey montava, e Big . . ROBERT MITCHUJVt que tou-se para os recém-chegados, com indecisão. Jim Fairways Davey ia do outro lado. Pareceria bonita, se não estivesse tão triste. DaveyCARY GRAY O pequeno Isso se muitas semanas antes de Jim olhou Big Davey, e este fez fria- ..TOM TULLY passou para Padre Jackson Jim Fairways voltasse, e este estava enfim mente a apresentação: Jackson ...SARA HADEN que Sra. contente com a resolução que Big Davey ha- ²"Raquel, este amigo é Jim Fairways, de Green FRANK FERGUSON Sr via tomado. E foi satisfeito, com o coração falei a você." WALTER BALDWIN quem já Cailus tranqüilo, desceu o caminho que levava WALLAOE que Ela procurou sorrir, e Jim estendeu-lhe Sra. Green REGINA Big Davey, cantando: à cabana de a mão. ²"Muito prazer em conhecê-la, Sra. Da- "Em O-He-O-Hi-Ho- vey" — disse Jim galantemente. Há uma jovem que conheço. Película da RKO-Rádio Pictures * Pro- Com o desta vez Raquel sorriu Não penso muito, galanteio, dução de RICHARD II. BERGER * Di- realmente. Mas, quando penso, reção de NORMAN FOSTER. ²"E' a chama desse na jovem que conheço primeira pessoa que penso " .. I em O-He-O-Hi-O-Ho.. . modo." Big Davey foi a um armário e retirou do mesmo uma (Raquel and the Strariger) Quando Jim estava perto, Big Davey o garrafa. saudou com a mão e amarrou a junta de bois ²"Sou amigo de Davey desde longa data" — — "Diga- NOVELIZAÇAO com que estava arando a terra; cruzou o ter- disse Jim, ainda mais amável. reno ir apertar a mão do velho amigo. me. por favor, Davey é o bem marido de "Movie para (Cortesia do Magazine Story") O Pequeno Davey veio correndo, saltando de sempre?" ?!!!! ::iiBl!;!:a!i!i«|HiWi|i«:!il»íii« calmo e sério, e o Pequeno Davey, absoluta- ^i^ifS^^^^lia^H^x^iiXBJ^^M-K^i^ixg^l^^xI mente rebelde, tinham estado na povoação. Davey tinha ido diretamente ver o pároco da comunidade, para informá-lo da morte de Susan, ocorrida meses antes. Depois havia mostrado o Pequeno Davey ao clérigo, para e incivil. que visse como estava mal tratado Dcspenteado, e com as roupas mal remenda- das... enfim, trabalho de homem. E Davey disse bruscamente que precisava de uma es- Tinha lu- posa, que lhe cuidasse o menino. tado contra essa idéia, por causa da memória de Susan, mas estava certo de que sua que- rida morta aprovaria a medida que queria tomar. Então, como contaram a Jim, o pastor e sua mulher disseram a Davey que não havia ne- nhuma jovem livre no povoado, mas lembra- ram da serva que havia sido contratada pela família Green. Foram os três, Big Davey e Green, e Big e pastor e a mulher, à casa dos Davey, de cara fechada, fechou o negócio: a mas tinha jovem não era uma escrava, que trabalhar para alguém até que essa pessoa sozinha, lhe pagasse uma certa dívida, porque saldar pelo seu próprio esforço, jamais poderia tal compromisso. Big Davey pagou 18 dólares à vista, para — realizar a transação. E com tristeza e so- a dig- mente porque era necessário preservar

A epJNA IVfUDA 19-4*49 Pág. Ifi ²"Não tenho razão para queixas" — res- pondeu Raquel, serenamente. Então, o pequeno Davey disse, com ar • de rancor: ²"E' somente uma serva, Jim." ²"Cale-se!" — exclamou Davey. Houve um momento embaraçoso. Raquel ergueu a face, tranqüila. Big Davey se sentiu envergonhado. Não olhou para Jim, Pequeno Davey olhava, com expressão dura, enquanto o pai servia a bebida em copos rústicos. ²"Vá buscar a junta de bois, Davey" disse Big Davey ao filho. — "Está amarrada, juntb da cerca." O/garoto levantou-se e saiu, de cara amar- rada. Raquel, por sua vez, sentindo-se "de "Vou mais" ali, declarou: — buscar lenha, senhor Harvey." Raquel saiu, deixando na sala um silêncio que oprimia. Big Davey, por fim, achou que devia dizer algo. 'O —- pequeno está contra ela. Por causa da mãe... e eu também, não me esqueço de Susan... Não posso mais de ninguém, gostar '•.y '.".-'¦; '¦': ¦::-*' k%x;. m ¦¦-.[, Ak.;; £':Ax&fræ'-' ¦' : \ -xAAAAAy/xv-": ¦¦:¦¦.. y y-\ mas precisava de alguém em casa..." y y.:::;y.'.:-.-.-^ "Xy,í.-'¦:.' -.'.' ¦ A ,¦ ¦ Era talvez uma desculpa obstinada, ou tal- vez uma explicação. . . Jim Fairways limitou- "sim", se a resmungar um terminou a bebi- da, tomou da guitarra que ainda tinha pen- durada às costas. ²"Já ouviu esta toada, Davey? La na vila gostam muito..." Jim deslizou os dedos, ágeis, sobre as cor: das. Soaram alguns acordes. E Jim começou a cantar. ¦¦:¦¦¦¦. .k-";-1....;¦'¦'¦"¦¦'¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦ ¦*:>Ç-^^»W?v;;;;:¦¦•¦¦k533S6S3S32

"Era uma vez um caçador, 11!Mifflii«iiMMIWÉM (como eu. . . ) u; :J Creio que ia caçar, ²"Sim, toco" — respondeu Raquel, ao seria capas de jurar que Davey estava (como eu. . .) mesmo pen- tempo que Big Davey dizia também: sando que Susan estava outra vez naquela Apanhou a espingarda.. . — "Não, ela não toca." sala, em lugar daquela jovem de olhos tristes, 11(como eu. . .) Big Davey ficou a olhar para Raquel, as- que não tinha sido capaz de ocupar o vazio E saiu, de madrugada... sembrado. Raquel sentou-se diante do tecla- deixado pela finada.... As rugas, na face eu. . .) de (como do, e tocou alguns acordes, para experimentar Eig Davey, pareciam mais fundas... o instrumento. Jim, por sua vez, dedilhou A tristeza de Davey se tornou Mas Jim cantava patente. . . sem pensar no que can- a guitarra. E ela disse, suavemente: Raquel cantou, sezinha, uma tava... Pcrque ²"Estamos canção que seu pensamento estava ainda afinados, senhor Fairways." Jim nunca tinha ouvido antes: cem Susan, como seu coração... Com Susan. ²"Raquel" — disse Big Davey, oihando-a "você E Susan não gostaria do que estava havendo fixamente — nunca disse que sabia "A erva fina na ali... primavera Seu marido e seu filho precisavam de tecar." Cresce, mas cs ricos frutos, um lar, ²"Porque e não pode haver um lar onde não nunca me perguntou, senhor os frutos redondos e doces, há felicidade.. — . Por isso Jim cantava auto- Harvey" replicou ela, voltando cs olhos no- só amadurecem no verão. .. màticamente, com o pensamento distante. .. vãmente para Jim. Como a natureza, nos vergéis, Nessa mesma noite, depois do jantar, Jim ²"A toada é assim" — disse Jim. — "Va- o amor floresce "Along na primavera fez um sinal, amável, a Susan, indicande-lhe mes experimentar Carne a Tall Dark E frutif ica no verão..." a espineta que se achava a um canto da sala. Stranger". Era uma espineta que tinha pertencido à mãe A música encheu de vida novamente aquela Big Davey se levantou, e foi de pesadamente, Raquel. Para que pudesse ser transpor- cabana, como tinha sido antes. De fato, Susan para a porta da cabana. Ficou olhando, sem tada até a cabana, Big Davey tinha aberto tinha sempre gostado de música, que con- ver, a luz do luar. Não pensava em Raquel, um caminho, desde a estrada principal. siderava como integrante da vida mas em Susan. Jim viu ²"Vi parte do que seus olhos se como estava escutando as canções" lar. Agora, o lar Susan tinha sonhado voltavam para a senda conduzia ao "Será que que lugar, disse Jim, diriginde-se a Raquel. — para seu marido e seu filho não existia. . . marcado por uma cruz adornada com flores que a senhora toca a espineta?" Big Davey ouvia, de olhos cerrados; e Jim silvestres, onde Susan dormia seu eterno sono... Raquel terminou a canção... Big Davey disse, sem se voltar: —"Tem tido notícias dos índios, ultima, mente, Jim?" ²"Sim, tenho sim" — — "Tem respondeu Jim. havido rumores. Parece que os Shaw- ness estão se preparando para vir para o norte, a qualquer momento." Mas Big Davey não pediu detalhes. Nem se voltou, sequer. Jim viu como R-aquel olha- va para o esposo. Enquanto estava cantando ela se mostrara alegre e animada, mas agora estava novamente desanimada e triste. Ra- quel se mostrava desolada, sempre, como Jim se mostrava sempre amargurado, e Little.Da- vey sempre rebelde. ²"Já está ficando tarde, Davey" — disse Big Davey ao menino. — "E' hora de dormir. Acho que você também devia ir descançar, Raquel" — disse mais, sem se voltar. ²"Sim, senhor Harvey" — replicou Ra- quel. Little Davy se de Dirigiu-se æ-¦' ' ' .'¦-.¦¦.. pôs pá. para i',''"•'¦!','¦'.¦ I seu quarto, dando uma clhadela de triunfo a Raquel. Raquel tomou de uma vela e subiu tranqüilamente as escadas que levavam ao desvão superior. Só então foi que Big Davey se voltou, na porta. Tinha a fisionomia cer- rada.

(Cont. na pá£. «4)

A CRN A MT5DA - 19-4-49 Pée. 17 . i

* ¦ ¦ *-' ",X;.\xx.' x-..:. ¦¦-,- •.'''.¦¦-,-..¦-¦•¦¦¦.-¦—¦¦'' v ¦ ¦. -¦•¦ -¦ ,'.x-- x :¦ ¦.:¦¦¦*«-.= x x .-..'' .;¦'.'*- V .- ,x _ "HamIt", ínglc FINAUVJBank Inos para o ciitema vez que o cl .erra glôví&í 34 anos atra, os os americanas tai recido, nas vier |bb^ jpwÈr^ sem tornar-se vulgar e sem deixar-se prendei elo mmJFfMmMmm I teia cinematográfica?

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'¦ U"('<•.¦?<¦'•' ¦ ¦yy^y.y.y^^yjÊíWsi'«•!-- ¦ Mfl&__H : - HWv_K__9 Sua primeira preocupação foi ã de reduzir tatr. |^^^^____BB Kxma Í^ÍSÍ8':_h8|:^ü__j^HrJ^HVy^HnflH«£MflMB_â^BBeÍE9 um des mais conceituados jovens da escola crít NMIm Hé^. 1 adaptado para uma éra moderna: A simpliíi áo, difícil. Alguns solilóquios foram retirados tros l^||§||_B____" 'J_lí ' I sonagens foram suprimidos (Fortinbras e I aalc a atenção dos espectadores da figura de Ha: it, e meia de duração, a peça ficou reduzida a a) ias A cbra, em si, não sofreu alteração. Talvez imo dssí público de nossos dias. A explicação dessas '¦ Independente da intenção de .pli B_^'->xxx:':x'::::'x^x"¦ ¦ 3 justificável. dificultosas, resolvidas praticamente, com a lissí i'X-X*KiMêyX--™í!___|WÊWÈHü há me ¦Kllllk?'*' - O caráter de Hamlet, não . J&^^^stf^Cæ..¦¦¦.¦¦¦:¦¦¦ próprio não empobrecido, segundo o crítico inglês s I B'í^PSPi ___ifipi-x-x_[¦ Ifl IlHi^Élilwfflfei' mmmmÊÊÈWtmÈÊÈÊÊÈÈi enriquecido pela simpatia humana com qi*ão de há alguns anos cá, a dêr. $%%¦¦'* ^m%£^^amjMY-xx.vx;mmmmu:Ê$* ^ÉffliIBWIIWil1™'^ leso porque, para ___M_K^Knp: i__H____HHni^raHl mesmo. Essa, ao menos, a interpretação ra< nis '¦¦¦ xX; _S_E_|____________&*' )"'' uB ______Olivier dá às platéias uma sólida figura d< me ,-^feíi____F:; '__¦ mas rev< t!d< )r - EI___^_____^__P^___^^__I¦^ü.-B-^^isii^^^^^'^ pelo desgosto e pela angústia, ____fHff _HI _P«S5*^5'BB__h^S5 «_¦^VSfiS9ISHr Mk_es______'™_^tÍíl __^^3___^^^^^WShBb'¦ Homem de violência também seu dex; >e C( m____|3B ___B_____B______ij__*T__''' ¦ ^BMBI-Bl-ilMliliiE^w^ ÍL- TBBt'» ^3SÈS Independente disso, Olivier adotou formt ioc ^SP^/ ^«âÉÉI foram usados da mesma forma que já havií ipr não m< PmmmmW*m9£OÊfc'~iMS&\ é. ouve-se apenas a voz, mas os lábios Éifli i# ,' «BillP Iw^áS^ IBS ^mÊ nólogos reside justamente nesse processo,

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»• Jean Slmmons foi transformada, Shakcspea«-, „+« « riinomismo do i.awrence Olivier seria capaz de levar a cabo nma realização de tal vulto. concebida por WUliam "nmquii«jp Somente -Tlamlet" o melhor filme de 48 serviços de ^dinamismo j*^^^™^^ foi considerado ^f,»i^pwfnj'»wwL.ji iinwyuw**mm*mmmmMmw^mm*i*mm*™^mn*>*wm

h$pE o mundo pode assistir, agora, a versão cinematográfica do st", de Lawrence Olivier, produzida para Two-Citties — J. Arthur n0s estúdios Denham, em Londres. Mas não foi esta a primeira íema focalizou a imortal tragédia de William Shakespeare. Há i os italianos fizeram a versão silenciosa; para não ficar atrás, Em 1920, i também fizeram. os alemães apresentaram algo pa- üo exatamente a versão fiel da obra do grande dramaturgo, com do Príncipe. No entanto, não foi somente Asta ao papel "Hamlet"; a única ;erpretar Sarah Bernhardt havia aparecido, "Hamlet" anterior- ia'do duelo. E vários outros foram filmados, parcial ou üm ou mal — sem que nenhum se tornasse imortal, como imortal bra de Shakespeare. ento do sonoro, não se cogitou mais da filmagem de "Hamlet". are exercia tremenda atração sobre os produtores que arriscavam empreendimentos fantásticos e arriscados. Douglas em "The Fairbanks apareceram em Taming of the Shrew"; Leslie t>rd "Romeo Howard t^er interpretaram and Juliet", e James Cagney distin- [ Midsummer Nighfs Dream". 1944, Lawrence Olivier resolveu dirigir um filme, | "Hamlet" já tinha em j de transpor para a tela. Sua experiência, como di.. [(gráfico, era nula, mas o seu desejo seria realizado. Olivier esco- "Henry — L primeiro filme, V" realizando um trabalho de grande arriscar, logo na estréia, a sua grande ambição, haveria lis "Henry que de mo planejara. V" foi exibido e provocou muita discussão, de de seu trabalho foi unanimemente reconhecida. Sua técnica ntar algo fantástico, onde as cenas se revestiam de uma pompa um realismo extraordinário. Mas, em verdade, Olivier guardava seu talento para a sua grande obra, para o seu grande sonho. "Henry "ensaio" ma, mesmo, que V" não passava de um — e que i a sua grande realização. Mas existe uma grande diferença entre "Hamlet", ação e h eroismo poético, é uma coisa; a tragédia de notivos complexos, e o problema dos tipos psicológicos deveria poucas. Para o cinema desenvolver toda aquela história, ha- pois a tr agédia de um caráter é infinitamente mais dificil. E, •ique V", não see enquadrariam absolutamente na versão de .vier traz er ao público uma obra de tamanha responsabilidade, elo valor mítico e intrínseco da obra teatral, diante de uma pia-

tamanho da obra. Para isso, contratou os serviços de Alan Dent, crítica d ramática. Evidentemente, o "Hamlet de Olivier foi ¦ào, porta nto seria a característica mais importante, senão a mais Itros colo cadso em ordens diversas das do original. Certos "cast"), per- ¦naldo nã o figuram no a fim de que não se dispersasse ift, e pass agens houve que foram suprimidas. De quatro horas e as duas horas e meia de projeção. Contudo, a essência ali está. mo tenh a conseguido mais intensidade, especialmente para o ¦issões, d esse livre -arbítrio em interferir no original do autor, é pliíicar a grande obra, havia o problema de certas seqüências ¦issão da s mesmas. menor d úvida, foi também simplificado. Simplificado, mas Pov/eü . Na performance de Olivier, de fato, seu Hamlet seria ¦ão é freqüente caracterizar Hamlet no teatro contemporâneo. dência é a de dar a Hamlet, um caráter neurótico, freudiano jnista cio personagem de Shakespeare. Todavia, o Hamlet de mem solitário e incompreendido; homem não só atormentado desse calor humano que está na base da sua figura. momentos de extrema bravura. na realização do filme. Os monólogos, por exemplo, "Henrique anteriormente no princípio de seu V", isto Certamente, a grande força de expressão desses ino- Lawrence Olivier, em sua soberba caracterização de "Hamlet" — que lhe conferiu ciemos qualificar de original, mas que, apesar disso, o título de "o melhor ator de 1948

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'"I"'';r estúdios Denham, em Londres, en- Roger Furse desenhou os murais, foram em os (: oiéii., üm grupo de técnicos dos que pintados foM idosos carregou-se da sonorização do filme, uma das mais perfeitas sépia, baseados em desenhos europeus do século XII, e que já realizadas até hoje aparecem nitidamente em qualquer cena adquire mais vigor nos solilóquios de Shake». e vai peare. O espectador ouve as palavras vendo as mutações fisionômicas de seus per- sonagens. E' como se lhes estivesse acompa- nhando o raciocínio, que, súbito, à força da emoção interior, explode numa exclamação e se integra numa frase. em A película começou a ser filmada preto- e-branco. Logo no início houve quem optas, Diversas se pela sua confecção em tecnicolor. reuniões surgiram a fim de se estudar o as- sunto, mas Lawrence deu a última palavra, decidindo que todo o filme obedeceria ao critério das grandes obras de arte. Êle con- cebeu as cenas como verdadeiras gravuras e não como pinturas. Muita cor, muitas tona- lidades, e qualquer concessão às convenções cinematográficas, poderiam destruir a átmòs- Por- fera psicológica impregnada de tragédia. que, o próprio ambiente do filme, o próprio "clima", digamos assim, exigia o uso do cin- zento, do preto e do branco, com muito melho- res resultados do que o emprego das cores. A versão de "Hamlet" de Olivier recebeu um tratamento especial. Não só na confecção da vestiária, na construção de objetos de requereram longos estudos por adorno, que'especialistas, parte de como na construção dos "sets", amplos e espaçosos, próprios para uma grande movimentação da camera. Des- mond Dickinson, um dos mais experientes REI CLAUDIUS — Basil Sydney OSRIC — Peter Cushini técnicos cinematográficos, seria o diretor de fotografia e o iluminador do filme, baseando o seu trabalho em estudos feitos através dos "Cidadão "Os filmes americanos — Kane" e Melhores Anos de Nossa Vida". O processo fotográfico adotado não pode, portanto, ser ¦ considerado novo, mas Dickinson pode orgu- lhar-se de ter aperfeiçoado a técnica, aprimo- rando, de fato, as inovações já usadas em I Hollywood. A decisão sobre o emprego do deplit-of.focus na fotografia foi tomada durante os prepara- tivos da produção, quando das conferências vinham sendo realizadas na Itália, antes que "script". mesmo de estar pronto o Do ponto de vista de Dickinson, este foi um encontro notável, pois raramente um cinematografista é chamado antes da preparação do cenário. o cameraman é convidado para Geralmente, "sets" assistir às conferências quando os já estão sendo armados. As principais características técnicas do "Hamlet" de Olivier residem, especialmente, na iluminação e no movimento de camera. O uso do depht.of-focus tem relevante impor- tância na parte fotográfica. Mas o que vem a ser flcpht-of-focus? Podemos dar uma oxpli- cação simplificada. Trata-se de um processo que permite fotografar o segundo plano de uma cena com a mesma nitidez das figuras colocadas em primeiro plano. Assim, ao ser "close-up", — Morgan filmado, em determinado persona- RAINHA GERTRUDE — Eileen Herlie LAERTES Terence gem, pode-se ver, perfeitamente, os outros per. sonagens que se encontram atrás, até a dis- tância aproximada de 12 jardas, nos mínimos detalhes plásticos e fisionômicos, ao con- trário do que estamos acostumados a ver, cm outros filmes, cujo segundo plano não passa de uma sombra apenas distinguivel. Dickin- son consegue manter o foco no primeiro e segundo planos ao mesmo tempo, graças a esse processo realmente revolucionário. Assim, exemplo, numa cena em que Jean Simons por "close-up", (Ofélia) aparece em Olivier pode ser visto a 20 jardas atrás dela, sendo a sua face fotografada com nitidez, deixando trans- parecer toda a sua expressão fisionômica. Quando Ofélia inicia a sua famosa frase — "Quando en costurava em minha câmara..." Hamlet entra no quarto, a alguns metros atrás dela, mas mantêm-se completamente em foco. A cena é muito importante, porquanto o que se desejava destacar não era a figura de Ofélia, em primeiro plano, mas as modifica, ções que se processam no rosto de Hamlet. Como já ficou dito, Hollywood iisou essa técnica em "Cidadão Kane" e "Os Melhores Anos de Nossa Vida"; entretanto, foram feitas duas cenas, isoladamente — o primeiro e o se- — sendo fundidas depois numa gundo planos "Hamlet" só. O processo de é mais perfeito, porque o deplit-of-focus permite maior profun- didade nas cenas, captando uma realidade es- — pecial que atende à integração subjetiva do HORATIO — Normand Wooland POLONIUS Felix Aylmer — A CENA MUDA — 19-4-49 Páff. 20

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Lawrence Olivier viu três qualidades in- dispensáveis em Jean Simmons, para en- tregar-lhe o dificil papel de Ofélia: beleza, jovialidade e talento. Apesar de não pos- OF suir nenhuma experiência shakespereana, a revelação de "Grandes Esperanças", teve m um desempenho à altura da imortal tra- gédia do escritor inglês.

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 1 æ-¦;''•"¦¦.¦.•¦"¦.¦....¦ ?¦ . ... outra extremidade, o Rei e a Rainha em seus tronos — todos perfeitamente claros,

-tf;'"; . '•¦;':^x->^';>flBJBBtBqH^^B apreendível. hh^v xx [*¦'$¦''«-¦•.;-x::¦:':'¦:¦'¦:¦ x':-.£;xxx: . ,,'¦ jsXí* cada gesto perfeitamente Desmond Dickinson filmou a maior par- te de "Hamlet" com a câmera parada parada numa abertura f8 e, em alguns casos, mesmo toda fechada. Foi usada mais luz do que o normal para filmes I coloridos. Em alguns trechos, especial- mente nos "sets" mais amplos, foi usada dezesseis vezes mais luz nos rostos dos artistas. Nenhuma lente especial foi em- pregada. Apenas a abertura do diafragma variava de cena para cena. Isso não quer dizer, no entanto, que não houvessem surgido problemas durante a filmagem. Apesar do progresso de iluminação ser inteiramente novo e ter dado ótimos re- sultados, o problema da continuidade do foco foi um fator que atrapalhou um "Hamlet" pouco. levou 28 semanas de filmagens, não por -causa da iluminação especial, mas pelo fato de sua duração estar perto de atingir a duas películas normal. de tamanho "Ham- As qualidades excepcionais de let" não se baseiam somente nisso. Oli- vier desejou que o filme tivesse movimen- to, que fosse excitante, que exercesse fas- cínio e atração sobre quem o visse. Em- pregou, por isso mesmo, um processo de movimentação de câmera semelhante àquele em que Welles filmou o seu céle- bre "Citizen Kane". Os monólogos de "Hamlet", inclusive, foram filmados em movimento, obtendo efeitos surpreenden- tes. E isso se deve ao notável trabalho de Dickinson, que vem exercendo a pro- fissão de cameraman há 28 anos. Esta é a. primeira vez, segundo suas próprias pa- A MUSICA v em depois lavras, que se mete em empreendimento tal vulto e responsabilidade. Êle ad- é mantido durante de fenômeno visual. Por esse mesmo processo O uso do depht-of-focus mite volta de 1922, trabalhou filme. Para o "ôlho-não- que, por ver, detalhadamente, todos os objetos todo o desenrolar do "The Prodigal Son", num filme de pode-se talvez seja a da em compõem a decoração do ce- técnico", a melhor ilustração trabalho de "Ham- de adorno que com Ham- 17 rolos e meio, mas o bem como os enfeitam os seqüência da Câmara de Conselho, nário, painéis que enquanto distinguindo.se perfeitamente os iet sentado em sua cadeira, que ambientes, todos os na 30) neles ilustrados tão nítidos quanto atrás dele, em uma longa mesa, com (Cont. pág. desenhos sentados, na nobres e conselheiros, acham-se > IIIIIIIII os personagens que se movimentam em cena. —BBMWI1II m

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Herlie> 1.AITRF/NCE OLIVIER dirige o espetáculo HAMLET (Olivicr) palestra com Gertrude (EUeen - ~ Pásr-22 A CEN^-MUDA 19-4-49 MIC HA EL CURTIZ (Continuação ftft pifcg. 10) O filme sobre Elizabeth de Inglaterra e o Conde de Essex está rigi- damente dirigido por Curtiz, que é, no drama histórico, superior a Música Frank Lloyd e Cecil B. de Mille, todos na conta de especialistas. A reconstituição da época elizabetana, as controvérsias em' torno do fato histórico e a classe dos atores, entre os quais Bette Davis, ofe. TEMPORADA LÍRICA NACIONAL — A Comissão Artística e receram-se a Curtiz como sedutora promessa de um belo filme. Ele Cultural do Teatro Municipal comunica que será inaugurada "O aproveitou-se disto. O drama reviveu, com certa grandeza. No gênero, a 26 do corrente com a ópera de Rossini Barbeiro de Sevi- "Prlvate Lives of Elizabeth and Essex" (Meu Reino por um Amor), lha", a Temporada Lírica Nacional agora e pela primeira vez ser apontado como uma boa realização. em caráter força da lei n. 249 instituiu pode "The permanente, por que E ainda no gênero, o falsificado Sea Hawk" — falsificado por a Temporada de Arte Nacional. em nada se parece , com a obra de Sabatini, em que se baseou E' evidente a importância do empreendimento, quando se que — a versão silenciosa não é coisa que se despreze, ainda pelo cuidado tem em vista que a arte lírica nacional não mais ficará de- em que. foi cercada a filmagem, pela reconstituição precisa do ambi- pendendo de realizações ocasionais ou de improvisações ao sa- •nte, também no reinado de Elizabeth, aqui vivida por Flora Robsun. bor de interesses alheios ao seu livre desenvolvimento. "The Sea Wolf" Lobo do Mar) Com (O Curtiz vai a outro assunto Esta Temporada representa além de um ato decorrente da um filme, em 1941, ano em também dirige "Dive e faz grande que citada lei, uma antecipação dos trabalhos já encaminhados um semi-documentário sobre o serviço aéreo norte-americano, Bomber", a criação de um corpo estável de canto lírico no Teatro ser de lado, como "Captains of the Clouds". Surge de- para que pode posto Sua realização vem de to- "Yankee Doddle Dandy", a biografia de George M. Cohan, a Municipal. precedida providências pois, nela Comissão com o fim de aproveitar o maior número James Cagney dá um extraordinário calor. Apesar de todas madas quem de interessados. Inicialmente foi aberta uma inscrição as suas patriotadas, é um filme em que se sente um diretor e oxalá possível os artistas líricos brasileiros quisessem participar dos fossem como êle tantas outras biografias de compositores. Curtiz para que "Rhapsody trabalhos do teatro lírico nacional Dos que se soube lançar em cena o assunto, como Rapper com in permanente. "Yankee apresentaram, 130 estavam em condições de integrar um ficha- Blue" (um filme melhor que Doodle Dandy", acontue-se> , "Night rio será continuamente ampliado sendo que 105 se subme- Anos depois, ao realizar and Day" (a vida de Cole Porter), o que às audições individuais levadas a efeito. diretor húngaro agiria de maneira diferente, quase se confundindo teram com os responsáveis por tanta biografia desconchavada v* Song to O resultado foi extremamente favorável à vista do grande Remember, Till the Clouds Roll by) . número de aptidões reveladas, o que veio ainda mais justificar e Além de "Casablanca", outro de seus grandes triunfos, Curtiz, em a criação da Escola de ópera tarefa da Comissão Artística "Tfiis 1943, dirige it? the Army", fraquíssima revista de propaganda, Cultural do Teatro Municipal. Irving Berlin, e "Mission to Moscow", baseado no limi- com música de O curto prazo imposto pela lei n. 249, determinou a e "O livro de Joseph Davls, que foi à Rússia se portou, aparentemente," tação do repertório deste ano a quatro óperas: Barbeiro de cego — ou fez.se de cego — só vendo o lhe como um observador que Sevilha", será levada no dia 26 sob a direção do Maestro mais interessados em lhe esconder a verdade. Se chegou que "A Boe- mostravam os Francisco Mignone, principal regente da Temporada; realização cinematográfica — de síntese, "O a ser uma boa pelo poder mia", "Madame Butterfly" e Escravo". Essa limitação im- e rítmico têm muitas de suas emas — não pelo vigor plástico que ainda no número de cantores aproveitados "Mission to Moscow", entretanto, subtrair-se à mais irri- portou pequeno conseguiu imediatamente, os quais vêm trabalhando com assiduidade tante falsidade, aos olhos dos espectadores mais esclarecidos sobre sob as vistas do regente principal e dos seus Maestros Santiago a farsa criminosa foi o julgamento de Moscou, quando Stalin que Guerra e Martinez Grau. sé descartou dos antigos compnaheiros de Lenine. Não ponho em "Mission as mencionadas óperas, cujos dúvida o alheiamento de Curtiz ao lado político de to Mos- Estão previstas 10 recitas com afim de» aproveitar o cow". O livro chegou-lhe às mãos através da adaptação de Howard elencos serão variados nas repetições, lírica nacional. Koch — uma excelente adaptação cinematográfica, se não tivermos maior número possível de valores da cena em conta os desvios político-históricos dos quais não é culpado o ce- narista — e êle só procurou dar-lhe uma feição artística, sem indagar de seu conteúdo. "Mission to Moscow" saiu, assim, um bom filme. teu- Infelizmente. Porque serviu melhor para a propaganda antes TEMPORADA LÍRICA OFICIAL — Está marcada para o dia ingênua de Joseph Davies, ex-embaixador na denciosa que leviana e 7 de maio próximo no Teatro Municipal a estréia da tempo- certo, Mr. Davies Rússia Soviética. Propaganda que, é mais do que rada lírica oficial sob a regência do maestro Willíam Steiberg. então a verdade, se é hoje se apressaria a torcer e talvez contasse Os demais regentes da temporada são os seguintes maestros: todo caso, a culpa é toda de Davies, que a conheceu de perto. Em Wladimir Gotschmanns, Igor Marke Vitek, Francisco Mignône, da direção da Warner Brothers, e Curtiz, Ho- do governo americano, José Siqueira e Vila Lobos. ward Koch e outros foram seus cúmplices, inconscientemente, é bem — Zaremba, Ranzatto, Cúmplices fizeram, de um tema desprezível Solistas Tagliaferro, Magaloff, Szerypg, prováveL preciosos, que Ricci, Kenueth encerrava de falsificação, um bom filme. Landerer, Odnopsoff, Anna Carolina, Ruggero pelo que Bulhões, Alfredo Para Michel Curtiz, se 1944 é o ano de "Passage to Marseille", e Spencer, Olga Maria, Vieira Brandão, Edith Sá Earp, Asdru- também o ano de "Janie", uma comédiazinha doméstica, passível de Mello, Anna Maria Fiúza, Jorge Bailly, Maria "Passage Gloria Maria, Roberto Miranda e outros. ser dirigida por qualquer diretor de quarta classe. to Mar- bal, Lima, Ivy Improta, seille" talvez seja vista -por alguns como seguidor das pegadas de "Casablanca". O "cast" deve ter influído mais do que qualquer outra coisa para que o considere um prolongamento daquele filme tio bem sucedido. Evidentemente, há, em tal fato, vontade de aproxl- — "Passage CURSO DE DIVULGAÇÃO MUSICAL DA A. B. I. Estão mação, de descobrir imitações onde elas não existem. to "Divulgação as inscrições o Curso de Musical da Marseille" e "Casablanca" têm, talvez a mesma finalidade — figurar abertas para Associação Brasileira de Imprensa". a resistência francesa, dentro e fora do país, principalmente fora. "Casa- serão iniciadas na segunda-feira, no Audi- Sste objetivo, muito mais claro em "Passage to Marseille", em As aulas próxima "Passage da casa do jornalista sob a direção Manca" está visível, não chega a ser um objetivo. Em tório Oscar Guanabarlno, pouco "Casablanca", D. Elza Corrêa. to Marseille", não é tão íntegro como Curtiz está da Professora que do edifício da A. B. I. os candidatos en- em outro ambiente, lança mão de meios diferentes. Todo o tr^-.o No décimo andar, um funcionário atender as inscrições. decorrido na Ilha do Diabo, que é um trecho de muito bom cinema, contrarão para não encontra semelhante em "Casablanca", assim como as cenas no barco, que culminam naquele motim, excepcionalmente bem dirigido "Passage to Marseille" é e a luta. subsequente com os aviões alemães. AUDIÇÃO DE OSWALDO DA CUNHA um belo filme. E eu, que linhas atrás o situei no segundo grupo.da obra de tê-lo feito. de Curtiz, estou quase me arrependendo Fez-se ouvir ao microfone da O é "Roughly Speaking" (O Preço da filme preferido do diretor P. R. D. 5 Rádio Roquette Pinto, Felicidade), uma história às vezes original . .¦¦:¦¦... realizado em 1945. Com a 7 do corrente, através do pro- — e, — e uma muitíssimo quando original, deliciosa primeira parte Brasil-Musicai. que aque- bem de Louise, sua mocidade de lutadora, grama dirigida (toda a infância la emissora faz levar ao ar tò- então tendo frente inúmeros seu primeiro casa- pela preconceitos; das às quintas-feiras às 20 ho- mento, cinematogràficamente pitoresco, des com o detalhe pitoresco, ras, o e talentoso pianista discos), na segunda metade, conser- jovem c, embora decaindo'ligeiramente Oswaldo da Cunha, um dos pro- vando-se ágil o inteligentemente condu- sempre em bom nível, missores nomes da moderna çe- «ida, "Roughly boas de Curtiz. Nela, Speaking" está entre as películas ração de intérpretes. Rosalind de sua carreira. E com Russel teve o maior desempenho Esaolhendo excelentes páginas ela épico de tantas fitas, em Curtiz já estava distante do diretor do seu repertório, Oswaldo da em "Mildreci Pearce", plano mais chegado à psicologia feminina, que Cunha executou com aprimorada realizado haveria de dedilhar poucos meses após ."Roughly Speaking", técnica © cuidadosa interpreta- com o auxílio de Joan Crawford. "Mildred ção obras imortais de Liszt, Cho- Pearce" em suplício), com história de James Cain, (Alma da pin, Albeniz e Villa Lobos. uma história forte, realista, que deve ter desafiado a estreiteza (Continua na pág. 30) A GSNA MUBA — 19-4-49 — Pá#. 2S • .:.¦"'. xx

tudo, até dar-lha llçôea, nws «e nâo fa» Aproveitei o cttrso da entrevista para pergun- íawsf caso... Acha Raquel é uma intrusa aqui." tar a Disney se êle pretendia realizar em futuro que "Nunca A BELEZA "Fantasia". Big fez uma breve pausa. — BÉL - HORMON outro filme no gênero de Davey DOS SEIOS próximo se soube ela tocava a espineta. Susan tam- insuficiente ou sem Sorriu, com o sorriso triste do artista que que Quando o busto for a tocava mito bem. São... essas coisas firmeza, use BÉL-HORMON n tino Pinheiro bom ensejo para falar outra vez do Brasil. Big Jim. Disse: Ltda. Rua da — "Está planejando fazer mais fitas com o servação de 33 •— Carioca, Zé Carioca?" "Como podemos ser felizes, eu e Davey, Rio de "Quando de Janeiro Disney sorriu. dispuser de novo ma- sem ela?" — e sua voz tinha um tom pro- terial... Assim, de fato, tenho uma boa des- funda desesperança. -respondeu. Mas no- culpa para ir ao Brasil, embora tenhamos uma Jim, amigo bom, não mz^-y:^^sÉi^^^^^ boa biblioteca de livros e arquivos de informa- tou, uma vez mais, a grande tristeza de Big ções sôlore o Brasil e os outros países lati- Davey, quando este entrou no dormitório, que Soe. Farmacêutica Quintino Pinheiro se o domi- — Reem- nos...". Sorriu mais uma vez, como quem era dele e do filho. O pesar que Ltda. Queiram enviar-me "BÉL-HOR-pelo "Nós "Tico-Tico e a feli- bolso Postal um vidro de recorda. gravamos no fubá", nava era uma barreira à felicidade, MON" n

CENA MUDA 19-4-40 Páff. 26

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nos a visita foi cócegas pés, deveras prolon% Capítulo IV gada... Não ajudava nos afazeres do campo,* mas caçava regularmente. Raquel ficou a olhar ambos, ainda trê- __ "Nasci conseguir a carne para para que se mula de raiva. O Pequeno Davey, nunca TRATE CIENTIFICAMENTE OS serve na mesa de outrem" — disse que Jim uma suspeitara Raquel de uma tal firmeza, olhava com ar crítico, ao Pequeno Davey. vez, para os três, altérnadamente. Estavam fora m E Jim trouxe lenha Raquel, CABELOS! para foi buscar de casa, e Raquel entrou na cabana. Minutos água lavar roupa. A noite, Por V. S. para cantava, in- depois, tornou a sair. Estava vestida como no que sistindo com Raquel o acompanhasse, para que dia èm que Big Davey a havia ido buscar na deve usar o espineta. E falava com rodeios, na coisa que vila. E não levava nenhum embrulho, ou saco. não fazia antes. Disse ao Pequeno ÓLEO Davey que Caminhou rapidamente e, chegando ao fim da Raquel era bem e BIR parecida, que poucas mu- clareira, entrou na mata, desaparecendo de lheres cuidariam tão bem da sua casa. vista. Jim Fairv/ays disse: ²"Pois acho que mamãe fazia muito ²"Estive — atento, enquanto caçava, e vi si- melhor" declarou o garoto. nais perigosos dos índios Shawnees". ²"Estou de acordo", disse Jim. Somente ²"Mas você não me disse nada", respon- Susan era melhor Raquel, entretanto. que Já deu Davey; com ar preocupado. bastante. Estou certo é de que sua mãe está ²"Você não perguntou". vendo satisfeita, que vocês estão tão bem tra- ²"Tenho que ir buscá-la", disse Davey, tados". ' com os punhos cerrados. E dirigiu-se para a Isso era algo novo para o pequeno Davey. cabana. Com Big Davey, Jim se comportava de ma- ²"Com os Shawnees na vizinhança, duas neira diversa. Começou a elogiar a maneira de espingardas valem mais do que uma, disse cozinhar de Raquel, bem como os encantos que Jim, oferecendo sua ajuda. ela possuía. De uma feita, como por acaso, Big Davey rilhou os dentes. Mas era verda- quando estava junto de Big Davey, Jirri viu de. Quando partiram, atrás de Raquel, Jim Raquel de cabelos soltos, e elogiou mais uma Fairways ia montado numa dos animais que O ÓLEO MAC BTR devolve aus ^- •; vez os encantos da jovem. Com Raquel, Jim. puxavam o arado, .e o Pequeno Davey ia na belos brancos ou grisalhos a sua côr era sumamente respeitoso. Como o Pequeno garupa da montada do pai. Quando a alcan- natural, sendo completamente inofen- tivesse um foi inutilmente sivo. NÃO CONTÉM ENXOFRE NEM Davey dia dito que Raquel não çaram, que eles lhe dirigiram SAIS DE PRATA. Elimina a caspa sabia atirar com o mosquete, e que sua mãe a palavra. Ela continuou a ignorá-los, e a è detém a queda dos cabelos. Não é podia acertar num esquilo, Jim começou a caminhar. Big Davey se resignou a segui-la, tintura. Preço no Rio: Cr$ 20,00. dar lições de tiro a Raquel. como guarda de proteção, e Jim ia começar A VENDA NAS BOAS FARMÁCIAS, Raquel fazia tudo muito bem, mas Big Da- a tocar a guitarra, quando se lembrou dos DROGARIAS E PERFUMARIAS vey parecia cada vez mais inquieto. E uma índios, que poderiam ouvir... E o Pequeno Atendemos pelo Reembolso Postal Davey, subitamente, Um vidro Cr$ 30,00 — 3 vidros manhã, casualmente, mencionou o fato de que começou a sentir que as Cr$ 80,00 — 6 vidros Cr$ 110,00 estava coisas, na cabana, tinham melhorado muitís- a começar a época de traficar com os Pedidos à índios. simo, desde que Raquel havia chegado... Caixa Postal - - Enfim, caiu a noite, e tiveram 4.272 Rio D.F. ²"Não sei se continuarei a negociar que parar. com Raquel fez fogo. Tinha a fisionomia serena os índios, Davey", disse o outro com ar me- e decidida. Aqueceu-se ao fogo e depois ditabundo... "Tenho em me esta- junto pensado fez uma cama dom ramas, dormir. A fi- belecer de uma vez e uma esposa". para procurar ardeu durante longo tempo, e final- vila, mas sentia que era preciso também fa- O Pequeno Davey fitou Jim, gueira assombrado. mente apagou-se. Mas Jim e Davey, esta- zer alguma coisa. Os índios deviam estar com Adorava Jim, a mais que quem queria do que nin- vam despertos, viram no céu clarão outra a atenção concentrada na cabana. Se ela che- depois de seu o de guém, pai, e o assunto de casa- fogueira. gasse até a beira do descampado, e galopasse mento era motivo se para que pusesse de mal —- "Pode ser um incêndio na floresta", pela clareira. .. humor. dis- se Big Davey. Pode ser a cabana vizinha da Foi o que fez. Atirou o cavalo em direção à ²"Sim?", comentou Big 'quilômetros... Davey". Mas as minha, a uns seis Ou ser cabana, vendo que o telhado da mesma estava esposas não pode caem do céu, por descuido. Pelo a minha cabana..." já ardendo... Inclinou-se tanto quanto pôde, menos, nessas bandas". sobre o cavalo, ao mesmo Jim concordou. A desavença, que os em- tempo que rezava, Era uma velada indicação de Susan con- entre soluços de angústia. que polgara por um momento, se desvanecia agora, tinuava no do amigo. Jim com- Raquel ouviu um pensamento diante do perigo. Jim ajudou Davey a encilhar grande alarido. E figuras preendeu. E foi franco. humanas que procuravam interceptar-lhe o ²"E' os animais, rapidamente. verdade, mas eu poderia conseguir... Big Davey despertou o Pequeno Davey e caminho. Virou o cavalo, esquivarido-se de um Como você não se importa com Raquel, podia- montou-o num dos cavalos. E chamou Raquel, índio. Sem compaixão, passou por cima de mos entrar num acordo. Você pagou dezoito outro. Levantou o cavalo pelas rédeas, com firmeza. "tomahawk",quan- dólares por ela, ademais dos quatro de sinal. ²"Raquel ! Há um incêndio,, e sinais dos do um selvagem ia atirar-lhe o Eu daria trinta dólares, em prata. E seria Shawnees. Monte esse cavalo. Davey vai ucom- ao que se seguiu um clarão na janela, e oíndio bom, o Pequeno Davey ficaria mais tombou... Mais alaridos, e flexas porque panhá-la até a vila. E anuncie lá o que há. que passa- contente e silvando... Raquel finalmente quieto". Nós vamos voltar, para defender a cabana!" yam, chegou à cabana, saltando do cavalo Houve um silêncio de relâmpago. E então Big Davey fez com que Raquel montasse o cegamente... E entrou de rastos Big- Davey golpeou Jim. Tinham sido amigos animal. E incitou o cavalo, batendo-lhe forte- pela porta, que Big Davey lhe abriu, num abrir durante anos sem conta, mas. Big Davey ata- mente na anca. O cavalo saiu a galope, e o e fechar d'olhos. cou Jim como uma fera. Jim tombou, e Big Pequeno Davey acompahhou-o. Os dois ami- Com a proeza de Raquel, muitos índios sur- Davey foi-lhe em cima. Lutaram como ficaram sós. giram no descampado, tornando-se fáceis ai- pante- gos vos Jim. Big Davey ras, rugiram como brutos... O Pequeno Da- O cavalo de Raquel, incitado pela palmada, para voltou a atirar, apro. veitando a oportunidade. Mas vey ficou estupefato de ver que seu pai a que não estava habituado, tomou freio nos perguntou, estava com o nariz sangrando. E foi, desespe- dentes. Os ramos dos arbustos fustigavam a aflito:j ²"E Davey, ramente, à de Raquel. Contou-lhe, en- face de Raquel... Quando conseguiu, afinal, onde está?" procura ²"Foi à vila, buscar tre soluços, o estava acontecendo. Raquel deter o cavalo, Raquel gritou ao Pequeno Da- ajuda", murmurou que Raquel. "Eu. correu o local da luta. Não di- vey também .. tinha que vir". para precisou que parasse. Jim zer nada. Seus olhos fuzilavam. Os dois ho- ²"Você será capaz de ir sozinho até a deu um assobio, dizendo depois: ²"O teto está rnens a viram, e ficaram envergonhados. Le- vila?" em chamas. Temos que ir o Lá estaremos mais vantaram-se. ²"Acho que sim", respondeu o garoto. para porão. seguros. Davey construiu a ²"Então", disse Raquel, com voz trêmula, "Mas vamos, temos conseguir au- cabana, para isso. Vamos". "então que que acham e xílio !" que eu posso ser comprada Capítulo V vendida à vontade dos senhores, como um ob- ²"Não, Davey! Você vai, então. Eu tenho "Porque jeto de uso!" E dirigindo-se a Jim:' que voltar... tenho que voltar!" Jim levantou a tampa do alçapão. Levaram êle me comprou, acha o senhor que também Davey obedeceu, e seguiu sozinho. Raquel, as armas, a munição, e um pouco de água pode fazer o mesmo, até que queira-outra, e dando volta ao cavalo, procurou encontrar Big para beber. Havia ranhuras nas fortes pare- então me poderá vender a outro! Pois está Davey e Jim, mas estava muito escuro. Se- des do porão, por onde se podia atirar, e Jim muito enganado!" guiu então, pelo caminho mais curto, para a abriu fogo logo contra os selvagens, mal o ai- Big Davey disse, ressentido: cabana. Perdeu-se no caminho, mas, guiando- capão se fechou* sobre eles. Jim viu que Ra- ²"Era o que eu estava tratando de de- se pela lua, achou novamente a direção da quel também estava atirando, e que o seu dis- monstrar". cabana. Não se atreveu a chamar em voz alta, paro causou uni grito mortal... Os atacam ²"E o senhor", acrescentou Raquel, fitan- com receio dos índios. Estava a um quilôme- tes recuaram. do Davey com amargura, "o senhor não queria tro de distância da cabana, quando ouviu o Jim se manteve vigilante. Big Davey fitou Raquel perder o bom negócio que fez! Pois também primeiro tiro. E os gritos dos índios. Raquel... E Jim ouviu a voz atormentada e perdeu! Vou voltar a vila! E se acha que levou a mão à garganta, angustiada. Continua- envergonhada de Big Davey: para ²"Porque o trabalho fiz o senhor, o seu ram os tiros. Qualquer mulher que vivesse você voltou, Raquel?" que para para ²"Porque filho e para esse caçador inútil, não vale os naquela região compreenderia a situação. Jim este é o meu posto!", replicou à cabana antes dos ela, esposa, se- dezoito dólares que pagou por mim, pode man- e Davey tinham chegado arrogante. Qual é o lugar da dar até viesse ajuda da há processar-me quando fôr à vila! Mas será índios, e resistiriam que não ao lado do marido, quando perigo?" ° também se refugiar na na 30) senhor que irá para a prisão!" yija, Raquel poderia (Contínua pág.

A CENA MUDA 19-4-49 — Pág. 2o ^m\jmmmmjg/0//B0mm^mmmm^mti8s^m^mBmMMm^mmim^^*mÊm*^m~m~m

. ²æ; | HALL OF FAME DISCOGRAFIA DA SEMANA vem de conduzir, através ae York, 1945): Walter George Hoefer, jazz-critic de Chicago, COZY" COLE ANI) HIS ALL STARS (New «aiot "Down Beat", um concurso para a saxes; Hamc sua seSo Box" na revista Foots Thomas, Don Byas, Coleman Hawkihs, todos os tempos. Como resul- Tiny Grimes, escolha dos maiores músicos de jazz de D'Amico, clarinete: Charlie Shavers, trumpete; absolutamente inédita, Vou apre- Clyde Hart, piano; Cozy tado apresenta uma heterogeneidade guitar.; Slam Stewart, baixo; sentá-lo a vocês: Cole, drums: Gillespie, 3* Miles Davis Trumpetc - 1» Louis Armstrong, 2* Dizzy Ventura, 3* Flip Philips Continental 50008 lll Tenov -1* Coloman Hawkins, 2* Charlie "Memories of you"/"Comes the Don" Parker, 3* Benny Carter Sax Alto - 1* Johnny Hodges. 2» Charlie Dodds, 3» Jimmie Noone Clarinete - i* Benny Goodman, 2* Johnny AND HIS ORCHESTRA (Chicago, 1942): Mar- Ory,. 3" Jack Teagarden JOE MARSALA Trombone - 1' Bill Harris, 2Art Tatum ge Bruniers (tromb.), Eddie Piano _ i. Jelly Roll Morton, 2-? , Zutty Singleton (drums): 3* Jimmie Blanton (baij-o), Dick Carey (piano). Baixo — 1» Pops Foster, 2» Eddie Safranski, Dave Tough Drums — 1* , 2* Baby Dodds, 3* Vibrafono — 1» , 2-? "Lazzy the Dog* Odeon 283.791 - Frank Trumbauer Daddy"/"Walkin' Sax Soprano - Sidney Bechet; C-Melody Sax — St. Cyr. Sax baixo — Adrian Rollini; Banjo Johnny York, 1945): Shaw — AND HIS ORCHESTRA (New Cantor — Louis Armstrong; Violino Joe Venuti altos);. John Scott Les Clarke, Tommy Mace (sax — 1* Charlie Christian, 2p Django Reinhardt, 3" Bud (clarinete); Guitarra Walton, Herb Steward (tenores); Chuck Gentry (barítono); Arranjador — 1-» Ralph Burns, 2* Pete Rugolo Schwartz, trum- Tony Fase, Roy Eldridge, Ray Linn, George Cantora -- 1" Bessie Smith, 2<> Billie Holiday Skipp Morr, Harry petes)- Ray Connif, Pat Mc Naughton, os elementos Marmarosa (piano); Barney Se fosse outro e não George Hoefer quem selecionasse Rodgers (trombones); Dodo homem dirige Hayman e Lou Fromm acima, eu não daria maior importância. Mas êle, o que Kessel (guitarra); Morey (baixo) nos apresentar um uma das melhores seções especializadas do país, (drums): Como muitos resultado como este, é por todos os títulos surpreendente. "Hot de jazz, leitores de sua Box", a seção dedicada aos colecionadores 201638 dos três maiores "S never toe the Same" Victor eu fiquei pasmado com a sua escolha, por exemplo, Wonderful"/"I'H um trumpetistas de todos os tempos. Vá lá que êle selecionasse grande Ladnier, Bill Cole- (New York, moderno. Mas Miles Davis! E onde ficaram Tommy MUGGSY SPANIER AND HIS ORCHESTRA Shavers, George • Irving Fazola, Benny man, Joe Smith, Muggsy Spanier, Rex Stewart, Charlie 2-1-1942) Muggsy, trumpete; Joe Herde, Flip Philips Ralph Muz- Mitchell? Não é possível. Outras dicordâhcias: por que Goodman, Nick Caiazza, John Smith, palhetas; Higginbotham, Vernon Brown, e não Chu Berry? Por que Jack Teagarden e não J. C. zilo Red Schwartz, Frank Bruno, trumpetes; Fats Waller? Ken Broad- Dickie Wells ou Trick Sam? Por que Jelly Roll e não Bud Smith, trombones; Dave Bowman, piano, Duke Ellingtoiv Don Carter, drums. E finalmente por que Pete Rugolo e Ralph Burns e não hurst, guitarra; Jack Kelleher, baixo; Infelizmente ou Fletcher-Henderson, ou Benny Carter ou Sy Oliver? foi' bastante incoerente na sua escolha. Talvez ficasse mais justo Hoefer "modernistas" "tradicionais", 'Chicago"/"Littlé David Play Your Harp" Odeon 283 se êle os dividisse em duas categorias, e revelou o seu espirito por exemplo. Assim como fez, misturando tudo, um tanto indeciso e uma alarmante fragilidade em suas convicções. "¦'.^^M •*-,-SgK'V ''-.XXxX;.:X-x:::::;:x:::xx:::x:::x-X:::;:Sx>xx;x,x,i.:x::x;:;x:Xxí;::x:x: ymmmymmymymmyyyym:mmmyyyyMyyymyyymym: xTfiv' ¦ '."¦ . Wm . §XXyyXy¦xxxxx.:; ".jx :XX::X.::X:x:: XX íxxxxx.X :XXXX xX;:X : ¦:-^x..x-¦;.^x;:¦.:.:;^;.¦.:,í.:,,x.:Ã^xx:¦:x.^::x^^:x;x;:XX;x;i.;íx::XxXi: s§liiÍiÍÍiiiÍi

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Red Norvo, Bill Harris, Woody Herman, Pete Cordoli e FHp Philips

- 86 A ©ENA MUDA —' 19-4-4» Pá*. '¦¦¦'', '.x "-':..y'..yy..y'¦ ' æ' -¦jSmmmmitt&vvBmmmm Hiff''ij CONTA ¦ -'.' . ¦¦¦ ¦ ¦: ¦ ¦¦¦ Av ¦.-'..":¦. -. . . ‡' ..¦¦.¦¦. ¦ .'...' -: ¦'.'.'•.•¦'¦ y. :. y - ..." ¦. ¦ GOTAS .

Laurindo de Almeida, juntamente com outros três ex-kentonites, Buddy Childers, Art Pepper e Harry Forbes, acaba de ser contratado para a orques- tra de Earl Spencer. ir Aos. 47 anos, yy morre em New York, Jack Kapp, fun- dador e da presidente '¦"'¦' "' ''"'''"'''¦'' '-¦'¦-¦'¦' ¦;rt!?jp.y-¦¦ 5^^sEèSÈK^S^^^""'vS ""' ¦''- 榦¦¦¦.¦':¦¦¦! SmMfgffifjX^^y j jHs Inc. -k Lionel Hampton vende os di- reitos de filmagem da história de sua vida a um produtor cinematográfico. Divorcia-se em Hollywood o maestro Al Donahue. ir No concurso de George Hoefer foram também votados os me- lhores discos de todos os tempos. l.°) "Body and soul", Coleman Hawkins; "West 2°) end blues", Louis Armstrong; "Dr. 3.°) Jazz", Jelly Roll Morton e 4.° "I can't get Started", Bunny Berigan. O primeiro disco da marca Circle gra- vado após o término da greve, reuniu Sidney Bechet (soprano), Buster Bai- ley (clarinete), Albert Snaer (trump), JOSH WHITE Wilbur de Paris (tromb.), James P. técnica aprimorada, grande velocidade e estar Johnson (pf), Walter Page (baixo) e CO RRESPONDÊNCIA inibido de qualquer outro estilo. Não, as gra- George Wettling (drums). ir Mark Mc "ainda João Antônio (Carangola) — Não vá se in- vações de Woody de 45 e 46, não eram Cormick, disc jockey de Houston, Texas, "... Aguarde a biografia de Herman na fluenciar por Clyde McCoy, João.' O que êle "Enciclopédia". está compilando uma discografia com- executa não passa de pséudo-jazz. Procure E para v. ter uma idéia do que é realmente be-bop, compre discos como "Night pleta de Harry James (inclusive V Discs orientar suas compras de discos com discerni- "Oop 'sh "Shaw mento. Ao invés do "Sugar Blues" de McCoy, in Tunísia", bop bam", Nuff", e Transcriptions) e não consegue en- "Manteca", ¦ de Dizzy; "Stuffy, de Coleman por que não compra o de Buck Clayton como "Ornithology", "Ko "Dona contrar o número de matriz de um Hawkins; Ko", Lee" dos (Columbia) ? Aliás, esta é uma das "Bird discos mais raros da orquestra: "Out melhores versões do clássico de Clarence Wil- e Lore, de . Thafs be-bop! liams. Charlie Shavers são "outros Esmeraldo S. Tarquínio de Campos Filho of Mood", gravado para a Varsity em já quinhen- — tos mil réis". E' um dos maiores trumpetistas (Santos) Muito oportuna e deveras interes- 1938. Alguém o Duke Elling- possui? * de todos os tempos. A propósito, saiu este mês sante a sua entrevista com Kenton. Êle disse ton, cuja orquestra encontrà-se atuan- um disco muito interessante do Cozy Cole (Co- a v. quase as mesmas coisas que a nós, aqui no Rio. A mim, êle disse conside- do no War Memorial Opera House de mes the Don e Memories of You), no qual o en- porém, que rava o Vido Musso o maior tenorista. melhor San Francisco, numa série de concertos, contramos em ótima forma. E- continue dis- João. dúvida, não faca ceri- que o Hawk e o Ventura. Na certa deve ter fez as seguintes pondo, Qualquer declarações comentan- mônia. esquecido... O que êle disse acerca do be-bop "Bem, é o eu E' um estilo do a música moderna: na ver- — a justamente que penso. que Ana Maria Fonseca (Rio) Não* prometo ainda está se a si Por mim, dade não há nada de novo — harmonia de todas as fotos. As de Roy, Norvo, procurando próprio. publicação acho que o estilo vai sofrer várias outras mu- moderna Woody e James, estão sendo é usada desde há cem anos. porém, próyidèn- danças e que, daqui a alguns anos, será qual- ciadas. A coisa mais desesperadamente "unmo- quer coisa de absolutamente diferente do que Milton Lacerda (RioX — Todos os discos que dern" neste mundo é a repetição de se ouve hoje em dia. Que acha você? ótima v. menciona já foram comentados na minha se- um a apreciação dele sobre os baixistas. E eu estou acorde. O que acontece com a nos- cão "Discos populares", que aparece diária- "Diário com êle, quanto a Pettiford. Uma coisa: aqui sa música é que ela é escrita para os mente na edição final do da Noite". no Rio, Mrs. Kenton dizia maravilhas da cidade; elementos que vão executá-la. Por William Marcelo Jarrold (S. Paulo) — Eis as já aí sua opinião mudou completamente. Esses respostas às suas indagações: 1) Atualmente, turistas... sempre os mesmos! Tomara que a exemplo: se há um velho número que Woody Herman está se dirigindo para visita de Nat Cole se concretize, como ela meu- nós desejamos ressucitar e vemos pode. que o be-bop a passos largos. A orquestra de Dizzy, cionou. Um talento, o menino. O que me sur- há alguém na orquestra adequado 2) mais foi a resolução de Kenton era para porém, é obviamente a n

A CENA MUDA 19-4-4P VAg. 2"J ' •fl: __;_" N Ò V i D A D É S

Depois de uma longa ausência, voltou a se apresentar ao microfone da estação que o p^- "o de Souza. pularizou amigo velho" Xavier Como é sabido Xavier é dos pioneiros da Gua- «l nabara do Ar... . ,'¦>.;¦ ' • ¦ ‡xX MAX GOLD1 Encontra^se em excursão artística pelo norte Maria da Luz, os recor- ___¦__¦_——_^———l~—¦—1 do país a cantora lusa A recebemos dizem que com muito êxito... D U 6N O T A S tes que de ser, representa o ponto a^to _ música reeional brasileira, como não podia deixar "broadcastlng" brasileiro. É que se especializa.- A nlcaieTra de alguns artistas do mais eurioso existe, dai toda uma "¦ «es reunir o que de recorte recebemos de Curitiba lemos So noTênero Procuraram sabor de nossas plagas.. Num que e executadas, com aquele a seguinte *S_ de melodias«interpretadas dedicou-se ao que um locutor daquela cidade soltou rmão dPo nosso veihe conhecido Luis Gonzaga, gênero José G0^«aGon^'d™*° ande deste nosso "O do Ângelo dei Bimbi adotou publico ouvinte as bonitas cantigas batata: piloto de suas apresentações^ A notícia era BrasTArtTaexclusivo da" Râdo^lobo, onde participa duas crianças assassinadas"... de cantor ás de exímio acordeonista, fstúdto Jof Gonzaga que reúne âs qualidades "fquarela sobre crianças abandonadas.. . O-nome do au- através de Sertaneja', pro- ser ouvido na o„l de 1.180 quilociclos, Wçmderley Dias que o cronista ;°ode Lopes. tor da gaííe é trás a assinatura de Raimundo "Dia" grama que do de Curitiba anuncia como candidato à uma vaga na B. B. C. de Londrina. . . figuras no Teresa Costa e Graziela Ramalho, são três, importantes Daisv Lucide a elas muito devem os n«?ne Li^nino'da PRE-3. Rádio-atriz de mérito indiscutível, férias em capítulos, considerando-se a ™™«\J*™^™J,°Z pr?dutor™T são confiadas. Presentemente, é possível ouvi-la que vivem as personagens que lhes A Rádio Iracema de Ceará, encaminhou ao ¦¦Estrela vai ao ar todas as segundas, quartas e sextas, em da Manhf", novela que veemente protesto centra ás 21 horas. Senado e a Câmara feiras, das 20 horas e 30 minutos rercear o governo desse estado, acusando-o de a liberdade de comércio dessa empresa.: desde à que proibiu irradiar matéria paga relativa 'ÍjsJksí&v____3B_H_Bi_fl______BB8_38S protestos íormulados pelos estudantes cearen- /

æm^^inlnnnft Almirante, é um exemplo -de perseverança e força de vontade. O seu sucesso .ieve-se ao -:^3^___fl__KP seu espírito inquebrantável. Em sua rnocidade, Almirante exerceu as mais humildes profissões, inclusive a de lavador de vitrines... A maior seu HIÉÉ__feí^l___i patente do rádio, não se envergonha deste L____ÍÉÍÍfiÍi_ül'$$Mi princípio de vida modesto, pelo contrário. . .

s ¦¦ WÊmmWSkíÊ^^m^^WHl Um programa que tem agradado cem por cen- WÊÊmWmmWm. II' to (com licença do IBOPE) é o do organista Fritz WÊ%K&%&mHS_'íP^ípi Tamoio, mWÉÉ^mÊÊmB^__pP^fl^ffp^*5''', Barth, que é irradiado pela onda da __§ll_^i^.lili^^^xl.W&Ww/MZMéyWmm E' um HraB^Hini'*N_K___&'--'-- __HP__sPB:ÉÉÉP^íJB*w^K?|: ás 3.° feiras, das 20 ás 20,30 horas. _____%-Tvy?29s&s»SG&^;fl^«6«íí*3í^-'-^s-> ' **^x-.xvx¦.•>;-'¦/,¦ ...¦¦..¦¦';/»»ra9Hw''^Sw»™* __^;í?^8______S_PxÉ___P^l_ffi@âHHH_PÍÍpM^ espetáculo. .. ^^^^^^__l^_il;H>^^ i. M,\W9ÊÊÊ 8>*w™^'¦máMÊÊmMr \wwMÊmB'úMÊÊ^mymWÊÊÊmÊMmÊi hu- %áÈÈÈ">^HmWÊÊÊÊWZ®*!*mWÊÊêmmM^' __¦_K_^^PP Fala-se que José Vasconcellos, o pcpular _i___H^^^^^S morista e imitador, aparecerá no-teatro de re- vai despontando. A interessante vista em junho numa peça de Max Nunes, no ,»4r>T»pv% -'«mo

—. A CENA MUDA — 19-4-49 Pág. 28;. '

V

t&Bi&^^^mxMwãwMWMUMwaMmwmam ããwm^^^^^miy m': mmmmWÈt., UM TELEGRAMA DA Wmammk^ * A . B . R . ______ÉVx|XXX:X;x.xX-X mwmW^WÊÊÈ- ______^_ÍÍf_w8IBHHfómÉ& mmmmmmmm, Foi endereçado ao presidente da República, pela Associação Brasileira da Rádio, o seguinte telegrama: • WmWmw WÈ0> "Exmo. — Jmwm Sr. General Eurico Gaspar Dutra D.D. Presidente da República — Paiácio. ! [__p$xx do Catete — Rio — Tomando conhecimento pelo noticiário dos* jornais, do convite diri- gido ao presidente da Associação Brasileira de Imprensa e mais dez representantes WÊmm dos jornais para acompanhar a viagem com a devida vehia venho, como presidencial, presi- mmmmM*S*******fsÈÊÊê dente da Associação Brasileira de Rádio, órgão técnico e consultivo do Estado, lamentar mmmÊÊÊÉw$^mKmWÈÊmlÊa& mwÊÊÊÉ o injustificável esquecimento da radioionia que é hoje o mais eficiente e mais rápido ?xxxxx: xxxx x Px meio de difusão de notícias e idéias oficialmente1 utilizado todos os inclu- por governos, m mmWaW sive o Vaticano e que tão assinalados serviços vem prestando ao governo de V. Ex. ¦ xv ¦,¦¦¦¦¦¦¦¦ raPxx|______P^, Reitero em nome dos radialistas do Brasil a mais irrestrita solidariedade a V. Ex. (a) PjmwÊÊÊÊÊ*WÊÊflBm2ZWm-. \ ,mÊÊ-:m^ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÈÊÊÈÊSÊA Si-t Victor Costa, presidente da Associação Brasileira de Rádio". mmWmmmmmÊ^mmÊÊÊÊÊÊÊ'wk Wm\WamaEÈm^amwSmm m " "da X æ* . mW.' A viagem a que refere o telegrama é a recentemente anunciada do chefe nação wmW^^W;WÊ$w-^^m^ÊkWmm% aòs Estados Unidos.

1HJHM HiP*x'^iiiisliv-4 m ARNALDO' DE CASTRO E I R A ;

RNALDO ¦ NOGUEIRA, esse brilhante lo- da Rádio Tupi, como rádio-ator e locutor. Sua "Cacique A cutor brasileiro que por 2 anos atuou ao primeira temporada no do Ar", foi microfone da BBC de Londres, onde teve de 1945, a 1946, tendo seguido em princípios oportunidade de aprimorar seus conhecimentos de 1947 para a Inglaterra. De volta ao Brasil, radiofônicos, é um dos elementos de valor com rio início deste ano, passou a fazer parte no- que conta atualmente a PRG-3. vãmente do elenco da Tupi, formando com Car- Antes de ingressar no rádio Carioca, Arnal- los Frias e Oswaldo Luís o trio principal de "Emissora esteve em diversas emis- locutores da Lider Associada". Além do de* Castro Nogueira W m.<^^^°"^ soras do interior de São Paulo e de Minas Ge- das suas funções nessa emissora, Arnaldo de rais, entre as quais, Franca, sua cidade natal, Castro Nogueira a partir do mês de abril tam- "Agência Poços de Caldas, Araguarí, etc. Embora sendo bém vem atuando como locutor da Na- ALZIRO ZARUR (que aparece na foto'acima) destacada na e Eugênio de Figueiredo são as mais recentes paulista, nunca atuou em nenhuma peérre da cional", com atuação diária e aquisições da estação do sr. Roberto Marinho. "Hora O "Hora capital do estado de São Paulo, pois, quando do Brasil". Elemento de cultura sólida, primeiro, responde pela aceitação de da Boa Vontade", programa destinado aos que trabalhava em Poços de Caldas, foi convidado por certo conseguirá uma posição privilegiada curtem as agruras de uma enfermidade "cast" a Eugênio Figueiredo, cabe-lhe a fei- fazer do entre os sintonizadores brasileiros. Quanto' "Grajjdes por Ovídio Grotera para parte tura de Concertos Tortdy", programa de música erudita, de que participa a Orques- tra Sinfônica do Rio de Janeiro, regida pelo maestro José Siqueira

A TELEVISÃO NA FEIRA -¦ XX DAS INDÚSTRIAS BRITÂNICAS

: 'yy XX.X;:XX:y: XXXXXXXX. ] ¦ XV X-: X ..'.--¦\'-:'-,y-yyy.-;¦'<¦•¦'¦ :'.¦•'<,¦æ_H_k;:::::c>>::.':S?:* ¦ ¦¦ HWfi^^^^^Sí^X____BPW^1*' l fflfcví; Londres (B. N. S.) — Este ano haverá ¦:^1P«Í»>WmwmmÊÊ__Pf mm ymMumk.•¦ :ii^^plililii^i_§^xmm ___£T JãÊUmi .\f JBB_____E______>x'Aíx£fiH?Ç&&? na Feira das Indústrias Britânicas de- monstrações -públicas do funcionamento Sal^^_l89ra«HHranSmllllÍ8fl___BiP'-:::*$Í____BüiÍ_ÍÉÍ__t^111IIIIÉÍ1P HIÉaiHHBH__a_í___j««SHl __B^:>::';______{HHH—Ht^^^'' ¦'-'¦'>1p1»»» ¦ de uma estação de televisão. A estação WÈÈmmmÈÊmmwmWÈBÈÊÊmmwmmmlmWk Mi_H transmissora será instalada em Birming- mWMÊMmmsÊB' xxxiaMk1__K_PU_____HI>í^üü '¦iflliMB8|^^^^H____|WÈÊk ham, onde também serão expostos alguns f8SH| ______B___S8___^___H_B___„S^^^^^^^^fll^^Ew\H s Is materiais usados na transmissão de pro- gramas de um centro a outro, con» cabos coaxiais, bem como antenas para todas ¦ as condições de recepção. Os receptores WBB^^^BLm. serão instalados em Londres; os progra- mas de Birmingham serão transmitidos pela sistema de 625 linhas, recomendado BP^_B____Iilfe pelas firmas britânicas e holandesas para o continente europeu, sendo que na Grã- • - -••.-.¦;-.T'--y ';;•¦¦'¦'V-,;.."•¦:.•'¦•'• ' Bretanha prevalece c sistema de 405 li- x y mmBBS&ifSsMmmW^sl__HH£&3£$

A CENA MUDA — 19-4-49 — Pág. 29 I '¦''¦-¦.-" m-y-,¦%.-'y'''¦\

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', —'- »- '- ¦ -—¦¦' r~- ! Jéán Simmons, atriz de inegável talento, ô HOMEM QUE EU AMO! era a figura indicada para o papel de Ofé* (Cont. da pág. 25) R fu* lia. Apesar de nunca antes têf trabalhado de Shakespeare, Olivier tinha fé — "Mas não temos casa. Estamos num numa peça já SAÚDE 5EGURA capacidade artística. O seu tipo era debaixo de um incêndio", disse Davey, em sua porão, representar a infeliz com tom humilde". E eu deixava ;que você o ideal para pequena trancada no castelo,, cantando e fa- dormisse num desvão! Não era o lugar SÓ COM i p. VELAS què vivia que sozinha. Dizem os a viram, competia a você, Raquel. Mas não tornará lando que que |" magnífica. A cena de seu afogamento, a acontecer". está é das melhores do filme. Jim Fairways disparou contra algo não no final, que aos outros, Felix Aylmer, Terence era exatamente um alvo definido, mas tinha Quanto Morgan e Norman Wooland, estão perfeita, expressar a sua alegria de qualquer ma- que mente enquadrados nos tipos representados. neira. De um modo ou de outro, o seu plano tinha dado resultado... • Assim como Orson Welles revolucionou o Quando o pessoal da vila chegou, não ha- "Ci- via muito que fazer. Houve um pequeno ti- cinema moderno com a apresentação de roteio, nada mais. E a cabana não tinha ficado dadão Kane" e Alfred Hitchcock fez experi- "Rope", inteiramente destruída incêndio. O* teto ências com criando o método da pelo "ação queimara todo e as paredes tinham ficado contínua", Lawrence Olivier marca uma Mas a espineta tinha resistido va- nova etapa na éra do cinema, com o seu danificadas. "Hamlet". e "Henrique V" e, especialmente, Foi lentemente às chamas, soou belamente, quan- "Britain do Jim tratou de tocar, para ver. Evelyn Hall que afirmou, no To-Day", •;yy "Lawrence A P'" Naquele mesmo dia, Jim Fairways partiu. que Olivier é, definitivamente, o íAA'.' Sua missão estava terminada, não precisavam homem novo do Teatro e do Cinema Inglês. mais dele, a não ser como um amigo, que Êle veio disposto a fazer ressurgir nossa ver- vai e vem... Big Davey tinha esquecido o inci- dadeira tradição, e reacendeu a chama com dente com Jim, embora a atitude deste lhe a qual construímos esta ilha. Êde está nos o centro da arte, parecesse sumamente estranha. Não compre- fABRICADAS ajudando a ser novamente hendia, mas eram amigos de novo. Jim não da ciência e do mundo moderno". E a defi- PROCESSO SENUN nada deprimido... Davey sabia que ,PELO nição de Pirandello pôde ser aqui repetida: parecia "O Jim era um homem errante, que tinha coce- Moderno é o Eterno visto nos termos de nos e atribuiu ao coração ligeiro do E não poderia ter sido melhor a sua escolha. nosso dias". gas pés, "Hamlet", amigo o seu interesse passageiro pôr Raquel. Assim, Hamlet seria interpretado por êle pró- A versão de portanto, nada é Raquel, com a intuição de todas as mulhe- prio; a Rainha Gertrudes, por Eileen Herlie; além do Eterno, adaptado aos nossos dias res, tinha, porém, entendido. Leu perfeita- o Rei Cláudio, por Basil Sydney; Ofélia, por através da linguagem do cinema, a forma de mente o que havia no coração bondoso de Jean Simmons; Polônio, por Felix Aylmer; expressão artística mais moderna. E o ci- Jim. Quando Jim se despediu, foi contente, Laertes, por Terence Morgan, e Horácio, por nema de Olivier é algo que honra o próprio porque viu que Big Davey o receberia caloro- Norman Wooland. Nem todos têm experiên- cinema, pois suas inovações, apresentadas samente, quando voltasse e que Raquel lhe cia shakespereana, e alguns mesmo, trabalham dentro de uma obra que, por si mesma, difi- daria as boas vindas com alegria, como ver- no cinema pela primeira vez. Mas Olivier sa- cilmente tem sido compreendida por todos, dadeiro amigo. O Pequeno Davey também bia o que estava fazendo. E não se arrependeu. são dignas dos elogios vem recebendo. gos- que "Ham- taria de vê-lo, como sempre. Eileen Herlie, por exemplo, é tida como uma Shakespeare é um dramaturgo. O seu Assim, Jim Fairways partiu, como de costu- das principais trágicas do teatro moderno, e let" tem sido encenado desde 1603, tanto na "Águia me, para uma longa jornada, a caçar e a, tra- muitos consideram a sua atuação em Inglaterra como em todas as partes do mundo. ficar com os peles-vermelhas. Big Daver era de Duas Cabeças", de Cocteau, que permane- O cinema silencioso não resistiu à tentação de como um irmão o Pequeno Davey quase um ceu dois anos nos teatros londrinos, uma in- levá-lo ao écran, como várias outras peças do filho... Estava agora certo de Susan fica- terpretação clássica no moderno teatro inglês. imortal escritor inglês. Contudo, teatro é tea- que "Hamlet" ria contente, porque o marido e o filho ti- Seu papel em é dos mais difíceis tro e cinema é cinema. Adaptá-lo ao cinema nham quem cuidasse deles. E Jim subiu a de toda a peça. Ela possui, porém, todos os falado seria obra arriscada. Fugir à caracte- colina, cantando... requisitos para êle. Tem encanto físico Aa rística de peça teatral, seria um empreendi- aparência nobre, e a sugestão de ocultos ar- mento delicado da mais alta expressão cine- H AM LET canos de emoção que êle pede. Em 42, pouco matográfica, debaixo do mais elevado senso depois de chegar a Londres, ela representou o artístico. Seria um "Hamlet" adaptado aos (Cont. da pág. 22) mesmo papel numa peça teatral. E Olivier. nossos dias, feito com o progresso de nossos let" foi mais exaustivo e de muito maior assistiu ao seu trabalho. Eileen tem 27 anos dias, para o público de nossos dias. Olivier A* responsabilidade: um filme de duas horas e de idade, com 5 de experiência teatral pro- não deturpou a essência do original; ao con- meia, para um público acostumado aos pro- fissional.P'--P- trário, manteve-se fiel à toda obra, porque o "Hamlet" -, gressos- da moderna cinematografia. A expe- Basil Sydney é, talvez, o ator mais expe- > que êle queria era realmente o e riência de Dickinson e os cargos que exerceu riente da Inglaterra para representar o papel não uma improvisação baseada na obra de -¦ -. durante sua longa carreira, bem valem como do Rei. A primeira vez que o interpretou Shakespeare. A peça .é a mesma; apenas va- um atestado do seu trabalho. De resto, a foi em 1914, quando contava apenas 17' anos rioú os métodos de realizá-la, sob uma con- opinião da crítica e do público que já assistiu de idade; a última vez, antes de seu papel. cepção mais moderna, como é a concepção do ao filme, confirmam suas próprias palavras. nesse filme, foi em 1944, no New Theatre de cinema moderno. Com longa- experiência tea- Londres, e que até hoje ainda é recordado trai, e dotado de uma capacidade extraordi- Lawrence Olivier foi muito meticuloso na pelo público londrino. Considerando as inú- nária de produzir, Lawrence Olivier sabia per- escolha dos artistas. Talvez influenciado pelos meras performances que se intercalaram a feitamente discernir uma ""«coisa da outra — hábitos norte-americanos, pelos longos anos essas duas, ninguém pode negar que Sydney não deixando que o teatro destruísse o cinema que esteve nos Estados Unidos não hesitou seja o mais completo ator de todos os tempos e o "the cinema destruísse o teatro. Êle faria de em colocar right man in the ri th place*\ para esse difícil papel. "Hamlet" um clássico do cinema. E fez.

"Sim, — é fato. Chama-se Lin- % Tarzan gosta coln. . . E até me deu vários con- MICHAEL CURTIZ selhos bons.. ." (Cont. da pág 9) da 23) A entrevista estava terminan- (Cont. pág. cara tão indiferente, que tive- do. Tivemos a impressão de que censura, teve-de. Curtiz um tratamento seguro. Usou o diretor uma mos repetir a mesma, e, Lex Baxter, fala francês que que cor- linguagem cinematográfica — Monte ela ia entende por vezes ótima no início, com quando pensávamos que rentamente, e italiano e "abat.jour" se comportar melhor na segunda espanhol, fará uma bela carreira (Zachary Scott), tropeçando no e caindo, aos tiros que x" ¦.•»¦¦- seqüência, mostrou-se ainda cinematográfica, em papéis dife- alguém lhe disparava — sem fazer, é evidente, um grande filme, mas Albert Deck disse — pior... que rentes dos de Tarzan quer pela uma obra bem estruturada, vivendo muitas vezes dentro dos carac- Cheta era a nossa melhor críti- sua aparência como pelo seu ¦jx teres criados autor ''The Twice". ca..." Lex fez uma pausa, como treino teatral. Como suplemen- pelo de Postman Always Rings *í', "Houve, "Mildred "metteur-en-scène", :, que a se recordar.. . to de sua educação, Lex Bárker Com Pearce", Michael Curtiz é o que nesta última fita, outra coisa é ainda um excelente artista, de pesa todos os detalhes e sabe dispô-los, sem se esquecer de que o ci- engraçada. .. Eu tinha que des- a óleo e de aquarelas... pintura nema não repousa no diálogo, e que valer-se do diálogo sem. dar cer uma .escarpa, e o Diretor que- Levantamos a sessão... A por- ao filme um ar teatral — cansativo e pobre — é a primeira coisa ria que eu fizesse depressa, para ta estava coalhada de garotas, em deve atentar um diretor. "Mildred f.uas dar melhor a idéia do perigo... que queriam autógrafos, e ti- que Assim, Pearce", com Mas acabei fazendo a descida nhamos que dar lugar ao- astro cenas, excelentes e seus defeitos — raro é o filme de Curtiz que não tão depressa ficou que parecen- das matas cinematográficas. São possui umas e outros, às vezes paradoxalmente, encadeados — torna- do fácil.. ." os ossos do oficio — mas não se uma das realizações mais afastadas de esquemas, o que não obsta — "Consta o Tar- dos piores, a julgar pelas caça- que primeiro. se tenha transformado, rea. zan aparece na sua última fita, doras de autógrafos que vimos, que ela própria, em esquema de outras é verdade?" ao sair... lizações.

A CENA MUDA 19-4-49 — Pág. 30 .xxxvxvxx-

- ÉiiiÉiiíLMiiin f¦¦¦¦-^.mffig^ ' miæ,ittÉÉ nii ii ""' i xxx-xV';;ix-; PRÊMIOS ANUAIS DA O.Cl y-myyy¦¦¦'¦¦-m mvs.mçÊSm OS WÊBk ¦yyy ¦ ¦ vsMmm myyijS&BÊtk

:^t?::x3ffliwSBHl¦'X'^'£I§««Hh8i "Monsieur Verdoux", o melhor do ano ^r Car- ¦H '^^I^Hh^h^^^^s litos, Pierre Fresnay, Michelle Morgan, respecti- WmÊÊmr:;:^K^^^^mWSm^ÊÊmm ÊÊÊÊmm® % *'WàÊmy$m' mÈÊm**é^^WÈÊw&k*4* vãmente, o melhor diretor, o melhor ator e a 4fWÊÊ JWmÊÈi*^ÊmmWmm^mWmWmm "Obrigado, S»S2íS8k&-' x . y.-yy/y.:,:-:;¦;¦,:¦'¦¦:x ¦ ¦ :.-x.x:. -¦ y .y-\y y ,¦ ..yAffit-.q$w

nelon, Carmen Santos e Rodolfo Mayer, os

melhores do cinema nacional y

faz anualmente., a Associação Brasileira de Cronistas Ci- "melhores" nematográficos conferiu os prêmios aos nacionais e COMOestrangeiros na temporada O resultado foi o sequinte: passada."MONSIEUR "OBRIGADO DOUTOR", considerado o melhor nacional da ESTRANGEIROS — 1.° — VERDOUX", COM 45, CENA DE FILMES "Sinfonia "O temporada de 1948. O filme deu também a melhor direção a VOTOS. Em 2.°, pastoral", com 18; em 3.°, Idiota",'com 16. Moacyr Fenelon.f ATORES ESTRANGEIROS — 1.° — PIERRE FRESNAY, COM 33 VQ- TOS. Em 2.°, Charles Chaplin, com 28; em 3.°, Gerard Philipe, com IS;'••• em 4.°, Aldo Fabrizzi, com 14; em 5t°, Michel Simon, còm 9. ATRIZES ESTRANGEIRAS — 1.°, MICHELLE MORGAN, COM 37 VO- TOS. Em 2.°, Anna Magnani. com 29; em 3.°, Viviane Romance, com 17; em 4.°, Irene Dunne, com 15; em 5.°, Edwiges Feuillere, com 13 x DIRETORES ESTRANGEIROS — 1.°, CHARLES CHAPLIN, COM 40 VOTOS. Em 2.°, Georges Lampin, com 14; em 3.°, Jean Delannoy, com 13; em 4.°, Alberto Lattuada, com 10; em 5.°, Georges Clouzot, com 8. — 1.°, "OBRIGADO DOUTOR", COM 35 VOTOS; FILMES BRASILEIROS "Inconfidência "Falta alguém no manicômio", com 17; em 3.°, Em 2.°, "Poeira "Mãe", mineira", com 13; em 4.°, de Estrelas", com 12 e em 5.°, com 9 votos. ATORES BRASILEIROS — 1.°, RODOLFO, MAYER, COM 35 VOTOS. Em 2.°, Oscarito, com 20; em 3.°, Modesto de Souza, com 19; em 4.°, com 11, em 5.°, Grande Otelo, com 3. - yy. Paulo Porto, I ATRIZES BRASILEIRAS — 1.°, CARMEN SANTOS, COM 30 VOTOSl Em 2.°, Alma Flora, com 24; em 3.°, Vera Nunes, com 16; em 4.°, Lourdinha Bittencourt, com 13; em 5.°, Mary Gonçalves, com 5. DIRETORES BRASILEIROS — 1.°, MOACIR FENELON, COM 35 VO- Carmen Santos, com TOS. Em 2.°, José Carlos Burule,. com 20; em '.3.°/ 14; em 4.°, Teófilo de Barros, com 6.. "Monsieur Os prêmios a Verdoux" e ao seu diretor, Charlie Chaplin, foram mais do que merecidos, pois não se pode discutir a importância do Morgan receberam as filme e de seu realizador. Pierre Fresnay e Michelle "Mom honras de melhor ator e melhor atriz pelos trabalhos, êle, em "Sinfonia sieur Vincent", ela, em Pastoral". "Obrigado No cinema brasileiro, doutor" e seu diretor Moacir Fe-, nelon receberam as honras de melhor filme e melhor meteur-en-scene "Carlitos", em "Monsieur Verdoux". Carlitos Rodolfo Mayer e Carmen Santos foram considerados o melhor alor è, CHARLIE CHAPLIN, o "Verdoux" "Inconfidência foi considerado o melhor diretor, e o melhor filme a melhor atriz pelos seus trabalhos em Mineira". ,,,,—..,MMIM^IM,.«/-.-W«BBB " £"<ís§5^n-HHHJHBHiHHHHfWr

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"Sin. melhor ator em "Monsieur «Inconf.- WJMK^ "triz em PIERRE FRESNAY, CUMEM SANTOS, memor atr.z «m MICHELLE Vincent" ciência Mineira" A CENA MUDA — 19-4-49 — Pág. 31 "A "Ò do^ísuspiros", ^iilha do corsário verde", "O .cqyaleiro negro", canto -da Primavera", e "Donizetti, o Cavalheiro do Sonho". Entre os "Kean" "Os L| fc5r ^BHbbbb1H=MbbbbbBbbbbM ^"MI ipéditQs' figuram: e piratas de Ca- pri'', -Vste com os galas americanos Louis Hay- :ward\ke Alan Curtis (que veremos apresentados "I "Fari "Squa- * pela Art), mariti", nella nebbia", St "Quelli "TJn bianca", delia montagna", w BBV j[f\\ I I / ^HBBBBBW-. BBL- _^H ¦A^.i B^^^^Hs&__I WH...BBL^tllmliBf* Vlwfl_~^BBBBBB* \\ll / ^H driglia "Malacarne", "Arreverdeci giorría mella vita", "I "I P^l JWbbbtT^peryribas ^aSM^I Ib^bbI papa", fratelli Karamazoff", lupi delia fo- '¦•-,''--¦ "II ifíx^-¦-¦•¦¦ ¦ »v~  —'• yy . 'X:x- ¦ ¦«,;** resta" e Guarany", a biografia de Carlos r . . . Gomes, para a filmagem de cujas cenas brasi- ;; "Passeggiata MAJJIELLA LOTTI, a encantadora Nicoletta, de de curta metragem -^-í: alio Zoo" leiras Mariella esteve há pouco tempo entre "Sublime recordação", nasceu em Busto, Ar- — ao lado de outra figura que ficaria famosa nós, com Antônio- Villar, Gianna Maria Canale sizip/;»no dia 27 de Dezembro de 1921, e co- no cinema peninéular ;— Massirno Girotti. Já. e a equipe técnica, conquistando quantos a co- I "A meçou sua carreira cinematográfica num filme a vimos, além da película citada, .em ponte nheceram por sua simpatia e encanto pessoal.

A CENA MUDA — 19-4-49 - Fág. 32 flBflBBBflJflJflpi^ - - x-.- ;, ^WB^flgflttMttaaMMflMM I^^^^^^^^^^H

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X.; . P9||b$

VIVIANE ROMANCE, a mais intérprete de Carmen, no filme perfeita CHARLES BICKFORD, o grande"Belinda", ator que vimos há pouco no papfêr' de Christian Jaque com Jean Marais, que depois da guerra, ainda não do pai de Jane Wyman em nasceu em Cambridge, Massa- teve, além do mesmo celulóide, uma película do tipo daquelas lhe muitos engenheiros de Hollywood trocaram^ — "Camaradas", "O que"Peca- chusetts. E' um dos "astro" que ' deram fama outrora ídolo das mulheres", sua profissão pela carreira de da tela. Isto é — antes de entrar Túnis", "Mulheres "O homem doras"Prisão de perdidas", que vivia duas vidas", para o cinema trabalhou dez anos no teatro. Estreou no cinema com de mulheres"... — vem aí outra vez como Viviane Romance Cecil B. De Mille, em "Bonecas de lama", o primeiro filme falado de;-, na aventureira Jeanne de La Motte, "O "O mesmo, de colar da rainha", Cecil, que o apresentou em outros "Thegrandes filmes seus, como"A exi- de Dumas, no filme de L'Herbier com Marion Dorian, Maurice Escande, lado" (terceira versão do famoso Squaw Man"), juventude e Pierre Dux, da "Jornadas "Vendaval Jacques Dacqmine Art-Films, rodado no ano "Carrefourda liber- manda", heróicas" e "Anna de paixões"."O Outros grandes tação da França. Depois desta, Viviane fez, entre outros: filmes que interpretou foram: Christie", vale dos gigantes", "La Dieux", "La "Carícia "A "Anjo ou "Bru- de"Panique" Passions", Colère"thriller" des Maison sous Ia mer" e fatal", canção: de Bernadette",. demônio?", (o famoso de Duvivier). Durante a guerra, com talidade" e "Mulher desejada". Recordaremos, também, o seu trabalho, "Carthacalha", feito Paris, "Aventureiro Cary Grant. Charles Bick- exceção"zona de em filmou"Les sempre na chamada interessante em de sorte", de "Os não ocupada". Seu filme mais recente é Enchainés", com ford apareceu ainda na primeira versão falada de três padrinhos", seu.marido Clément Duhour. Pretende visitar a América do Sul breve... que John Ford acaba de refilmar.

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"colored" vimos ao lado de , MANTAN MORELAND é hoje um dos atore3 mais populares GUSTAV DIESSL, "Mulhero grande ator vienense"Brumas que ü*-í cinema inseparável do Viveca Lindfors em pecado" e sobre o amor , rpi americano mercê de seu papel de companheiro intérprete ¦•tective que maior número de crimes misteriosos tem desvendado em \im dos mais populares artistas do cinema"A silencioso alemão, "Crise_ de filmes — o infatigável Charlie Chan, criado pelo falecido d*e dois filmes antológicos de Pabst — caixa de Pandora" e j^^ ^umehtos Brigitte Heim em apareceu o conhecida»»» Earl Derr Biggers. Mantan comegou com o segundo Charlie Chan — a admirável película de que "O pioney apre- tenor Mareei Klass. No cinema falado, o cineasta de processo ( Toler — e continua firme ao lado de Roland Winters,"veículos" na outro de seus bons celulóideB — o grande filme -de. :J ciada' série Monogram, cujos títulos são: apresentou-o"Guerra, em O produzida "Crimepela "O "Charlie guerra. flagelo de Deus", título com que Generoso FonQgp' rádio da morte", por alfabeto", Olho de ouro", "Os de seus filmes modernos* nan e o tesouro "O Mantan começou sua batizou o célebre 4 de infantaria". Outros "Moscou-Shanga^, carreira azteca" ,e vóo da morte". (ou melhor, de depois do advento do som) foram: ; em 1938,, tendo aparecido em vários filmes da RKO-Radio, com Pola Negri, e os celulóides-gêmeos "Mistérios da índia _e'% Sf*"*^ Universal, 20th Century-Fox e Metro, praticamente desper- indiano", com Fritz Van Dongen, o Valentino holandês, que cebido passando Chan pulcro n^ em todos. Quando entrou para as aventuras de Charlie depois se tornou Philip Dorn em Hollywood. Apareceu"Die também üescobriu uma "mina de ouro", tornando-se logo intérprete obrigatório famoso filme de montanha da dupla Pabst-Fank, weisse HOipF* "chauífeur" "O de Veneza , da mesma no' papel de Birmingham. o do detective. Fora von Pitz". Gustav reaparecerá breve em espadachím «o cinema ainda faz sucesso nos "night-clübs". com Rossano Brazzi.

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NOTÍCIAS "Inaugurou-se Oomunicam-nos: ante-ontem, os esp«~ com verdadeiro sucesso de público, "Teatro ópera" táculos do Experimental de Paschoal do Teatro do Estudante, dirigido por Carlos Magno, no Teatro República. "La Puccini, A ópera encenada Boheme", de e vocal. Os teve grande desempenho cênico Cecilia Mota em lovens cantores: soprano "Rodolfo", "Mimi", tenor Edgar Veloso, no "Museta". e Luiz soprano Hilda Magalhães, em "Colini", aplausos Nascimento em alcançaram "LES inteiramente DES CHAMPS ELYSÉES' de todo o teatro, que se achava BALLETS se notavam lotado. Regeu a orquestra, onde do Teatro numerosos professores da Orquestra Municipal, o maestro José Torre. recita Democraticamente, compareceu a essa os íéeguto* comentários de Mo- ^PuS!Tand\Te?SfdíâededeUI?dé1Pae=S^o^Ò^Smin^ de estréia o General Prefeito Mendes "Revue Ia Danse", de Paris:iluminação- na bilheteria. da de êle é contra o princípio de rais, que comprou sua poltrona ¦^^^^^V^^^^^^^^^^^ ^ • a segV dando- Foi no intervalo do primeiro para o segundo Barreto ato, saudado do palco pelo deputado a construção Qú^a a iniciativa do Teatro do branco para a côr lunar por .exemplo ) e detécnico, que Pinto, que enalteceu ' "décor" de Wakeuich (L» icjine « la,xn^|^PJrar oot . Assii/ó Berard ^^^ ae^miucom pont^ Estudante, trabalha muito para;o cinema; os corações sua transpa- agra- com sua* construídas^ atenda resposta, Paschoal Carlos Magno de Jouvence" partes ef^fmriam Je ^^rai^ ^coentendia, Em de rência, permitiram a Kochno projetar, dís^ôSs qSe se quer (o Picasso do deceu aos artistas do Teatro Experimentar os "decors" brancos que «» ™^Je^eS Sr. Prefeito, "Tricorne")Se êle prefere "décor" "13 Danças .Mnas que êle resolveu ao e a presença do se o plano ^as e construídas, ópera, público, interesse se, o "Bal des , ^fl^^J^fcancaacom su^ Ium oue disse considerar raro exemplo de magistralmente; ^çhisseuses dia % cultu- S$S»S£2B^!W^sS$& &» * «™* de-- m. de um homem público pelas atividades Mi.M rais da juventude. conti- ^^úe concerne á habilidade &>&**£» Io^IÊPÍ^ lâtSÈ? uSK./g?- O "Teatro Experimental de ópera" absoluta. A qualidade de ™ e1^^^com ele- às 20,45 horas e em teatrosf equipadoside apareinra Pp nuará seus espetáculos hoje, ticularmente trabalhar ^ cidades me. horas, a "Bohe- tricistas que não tinham o senso da .llum^a£!;°; " amanhã, em vesperal, às 16 êle se deparou com algumas^..X:' revelaçõesrevelações. Edgar Veloso, nores, com meios rudimentares mia" na voz de Cecilia Mota, Luiz Nasci- Tarquinio Lopes, Raul Gonçalves, Caparelli. mento, Hilda Magalhães e Nestor "T.E.O." "Soror An- A seguir o apresentará "Serva e outras '' "• '• '' "Traviata", Padrona" 'xíV"''/'--W'*~' \ - gélica", ,'< x:xXxX'.:-:.\xx .¦iXXX: óperas. y>''W'W, ' espetáculos .;, '"» Prestigie com sua presença os ;x':x:::::";-;x?:-:0:::->:::::v::::X:':-Xv:v:r::x no Repu- do "Teatro Experimental de ópera", blica, cantando a preços populares. :'.-X': 111 x." -':-í Í ¦ ¦ y-yWyyi y-' I «.'.'•< |p, WmWwãWmmÊw mw-mwwmmwmy o seu mmm

Seguiu, ontem, com destino a Los Angeles, em avião da Força Aérea Brasileira, à sennorita Liuba Vatnik, jovem atriz brasileira que.^peia "Inês , na sua destacada criação de de Castro Teatro Fenis, peça desse nome, apresentada no foi distipguida pelo Sr. Ministro ano passado, Na- da Educação, por intermédio do Serviço estuaoo cional de Teatro, com uma bolsa de de arte dramática em universidade norte-amje- Vatnik escolheu a Universidade ricana. Liuba ae um dos centros da Califórnia, principais eie- educação em todoi o mundo, e vai, agora, o curso, espaço de um ano. " tuar por -¦ a epesar O embarque da artista foi concorrido, revista voltou auspiciosamente ao várias bra- A tire A PAIVA A bonita atriz do nosso teatro"cast" de palco da hora matinal, tendo recebido "Passo da Girafa", revista que traz em seu elementos de grande projeção. Áurea, enf corpo magnífico. Tipo de concurso de beleza çadas de flores. que é dotada des grande beleza, possui um

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