CLIPPING DEPUTADOS 11/06/2019

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Destaque do Dia

O Governo do Estado segue defendendo a redução do duodécimo e está disposto a enfrentar os demais poderes, para comprovar o seu discurso de que não haverá prejuízo à Assembleia Legislativa, Ministério Público, Judiciário, Tribunal de Contas e à Udesc. Além disso, tem o principal, a questão financeira, já que o Executivo não consegue se enquadrar a Lei de Responsabilidade Fiscal, devido ao gasto com pessoal estar além do permitido, por isso, a proposta é vista na Casa D’Agronômica como mais uma forma de arrecadar.

A Secretaria de Estado da Fazenda fez uma projeção que, mesmo readequando os repasses que está no projeto da LDO, que é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a transferência dos valores no próximo ano ainda será maior do que a realizada em 2018.

15 O Executivo destaca que o seu corte linear de 10% nos repasses, deve garantir num total, R$ 3,62 bilhões aos poderes, sendo semelhante ao praticado no ano passado. Se por um lado é preciso otimizar os gastos públicos, mas, por outro, não é aceitável que se coloque em risco serviços essenciais para a população.

Através de uma nota em conjunto, os poderes em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), com exceção do parlamento, explicaram o posicionamento contrário a redução, situação que poderá gerar impactos considerados catastróficos.

A nota diz ainda que o Executivo pretende modificar o conceito de Receita Líquida Disponível, que é a base do repasse aos poderes, órgãos e municípios catarinenses, permitindo a redução por meio de decreto do governador. Isso deve gerar prejuízo à segurança jurídica e a estabilidade orçamentária de todos os podere, incluindo a desvinculação de receitas tributárias sem registro na fonte do repasse, o que poderá gerar uma perda adicional de até 30% em seus orçamentos.

O fato é que em nome de suas convicções, o governo segue pecando devido à falta de diálogo com os demais poderes. As ações devem ser construídas, não impostas com discurso populista. Se os deputados aprovarem a redução, teremos um Gaeco inviabilizado para realizar o seu importante trabalho de investigação, além do fechamento de comarcas e varas pelo judiciário. O resultado será sentido lá na ponta, que é a população.

Prejuízo aos municípios Todos nós queremos mais dinheiro para a Saúde e Educação, por outro lado, é preciso que se garanta aos demais poderes o seu pleno funcionamento, sem contar os municípios que já estão com as suas contas combalidas. Se o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) está tão preocupado com a Saúde dos catarinenses, que comece por retirar a Adin, que pretende tornar inválida a emenda que destina 10% do Fundo Estadual para os hospitais filantrópicos, ao invés de rivalizar por recursos com os demais poderes.

Leia também » A visita de Moro, Moisés defende Adin dos hospitais, Napoleão se reúne com emedebistas entre outros destaques

A propósito Amanhã eu vou citar pelo menos, 15 projetos de lei com o parecer da Procuradoria Geral do Estado, para que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) os vetassem, devido a vício de origem entre outras irregularidades, mas, que foram sancionados por ele. Isso faz com que caia por terra o argumento de Moisés, que a Adin que tenta derrubar a emenda que garante 10% do Fundo Estadual para os Hospitais Filantrópicos, é meramente técnico. Frente a informação que trarei, me parece que não há nada de técnico na decisão do governador.

16 Governo perdeu o prazo O Governo do Estado deveria ter analisado até o dia 31 de maio, as emendas ao projeto da LDO que tivessem algum problema, ou impedimento, para a devida devolução à Assembleia Legislativa. Quando a análise não foi feita, cabe ao parlamento considerar que todas as emendas estão enquadradas ao orçamento. O que chama a atenção, é que o Executivo não protocolou, perdeu o prazo, mas entregou a análise para o seu líder na Alesc, o deputado Maurício Eskudlark (PL), no caso, para pressionar aos demais parlamentares, ou para tentar negociar. Liguei para Eskudlark, mas ele não atendeu.

Acesso ao Hercílio Luz Conforme a coluna informou, o Governo do Estado perdeu o prazo da renovação da licença ambiental, para as obras do acesso ao novo terminal do aeroporto de Florianópolis. Isso provocou uma correria do secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, que obteve junto ao Instituto do Meio Ambiente a regularização das licenças. Ele me disse que está garantido o cumprimento do prazo de entrega para outubro, de um dos trechos com duas pistas. Já o outro trecho que fará com que o acesso tenha quatro pistas, deve ser concluído na sequência, mas não foi informada uma data.

Disse que fica Questionei o secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, se ele ficará no governo. Informações de bastidores davam conta de que Hassler poderia deixar o cargo. Em resposta, o secretário disse que enquanto for da vontade do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), que ele seguirá a frente da Infraestrutura.

Operação Alcatraz O relatório da Operação Alcatraz, ainda não foi concluído pelo delegado da Polícia Federal, Igor Gervini. A informação é que os depoimentos ainda não foram juntados ao inquérito e, segundo uma fonte, Gervini deve cadastrar tudo de uma vez ao E-PROC. Ele também poderá pedir mais um prazo. O último pedido de prazo tinha sido concedido pelo Ministério Público Federal com 90 dias, mas, em razão das prisões, o prazo passa a ser de 15 dias, prorrogável por mais 15.

PSL em Chapecó O jovem Milton Muniz, que disputou no ano passado a eleição a deputado estadual pelo PSL, obtendo 1.252 votos, visitou a vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL). Segundo ele, durante a conversa foi informado das ações que o governo pretende realizar em Chapecó, mas, o principal assunto foi a organização dos pesselistas pensando na eleição do próximo ano. Muniz relatou que durante o encontro, recebeu o apoio de Daniela para

17 ser o candidato do PSL a prefeito, vice ou a vereador. “Recebi com verdadeira alegria esse apoio, porém, ainda não sei se irei participar das próximas eleições”, disse Muniz.

Leia também » Moisés quer tirar dinheiro dos hospitais filantrópicos, Sérgio Moro em Chapecó, as discussões sobre a redução do duodécimo entre outros destaques

Lembrando No final de semana o vereador de Joinville, Fábio Dalonso (PSD), participou da Festa do Aipim na Sociedade Dona Francisca no Distrito de Pirabeiraba. Dalonso aproveitou para lembrar da época em que era militar, ao participar de uma competição de tiro ao alvo. Bem de perto, o prefeito Udo Döhler (MDB) ficou observando o desempenho do pessedista.

Redução de vereadores Seguindo a estratégia de não votar o projeto de lei que estabelece a redução do número de vereadores de Chapecó, de 21 para 17, ontem foi a vez de Orides Antunes (PSD) pedir vistas de três dias. Tem quem defenda que a matéria poderá ir a votação na próxima sexta-feira (14), porém, informações de bastidores é de que mais um vereador pedirá vistas. A proposta que tem sido defendida pelas entidades empresariais, é de autoria de Neuri Mantelli (PRB), que estima uma economia de R$ 1 milhão por ano.

Trabalho infantil A Prefeitura de Florianópolis por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realiza hoje, das 10h30 às 15h, mais uma etapa da campanha de prevenção e combate ao trabalho infantil. A ação irá conscientizar a população para a garantia de direitos das crianças e adolescentes, com a entrega de flyers, calendários e outros itens alusivos a campanha. A ação será realizada na Avenida Paulo Fontes, em frente ao Ticen.

Para refletir Será que a justiça pela qual bradamos ela é seletiva? Fiquei por uns bons minutos refletindo sobre isso na tarde de ontem, ao pensar no caso “Intercept”, do vazamento de supostos diálogos entre o juiz Sérgio Moro, e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de outras conversas envolvendo procuradores. Antes de tudo, vale afirmar que de forma criminosa os aparelhos telefônicos foram hackeados e, isso deve ser apurado por ser um caso de segurança nacional. Além disso, vale destacar que não há valor jurídico para esse tipo de vazamento.

18 Mas voltando à pergunta inicial, é importante lembrar que segundo Aristóteles, justiça e virtude devem ser vinculadas, pois, ambas são uma “disposição de caráter”, sendo assim, a pessoa justa deve exercer a sua virtude não só em relação a si mesmo, como também em relação ao próximo.

Quem acompanha o meu trabalho, sabe dos meus posicionamentos em relação aos acontecimentos na política nacional. As pessoas podem gostar, ou não, mas ninguém pode me acusar de fazer média, ou de não ter uma relação clara e honesta com o meu público, que são os senhores e as senhoras que me acompanham. Mas antes das minhas convicções, está o certo.

Leia também » Caso Intercept: OAB pede o afastamento de Moro e Dallagnol

Quando o ex-presidente Lula (PT) começou a ser denunciado, a esquerda brasileira se levantou para afirmar que tudo não passava de um plano arquitetado pela elite contra os pobres e, negaram todas as evidências de corrupção. Somente esqueceram de lembrar, que sempre foram os principais acusadores dos demais partidos e políticos adversários, sempre pedindo a apuração das denúncias, seja contra quem fosse, mas no caso de Lula, não foi bem assim.

Além disso, tentaram por diversas vezes pedir o impeachment de Fernando Henrique Cardoso, sim, contra um presidente eleito legitimamente pelas urnas. Lembro disso, como mais um exemplo da seletividade petista que esqueceu disso, quando defendeu (PT) afirmando que ela sofreu um golpe, o que não é verdade.

Por outro lado, muita gente que criticava os petistas por esse posicionamento, cai no mesmo erro agora, ao se manifestar contra qualquer denúncia contra o atual governo, como se fosse algo armado para derrubá-lo, sem ao menos parar e analisar o que está sendo apresentado para saber se, há evidências, ou não. Pesquisem sobre a “teoria da ferradura”, pois ela explica perfeitamente como a esquerda e a direita se tornam tão próximas.

O que vejo atualmente é uma defesa incessante de lideranças e partidos políticos, como se fosse uma disputa de convicções. Todos querem provar que estão certos, enquanto os que pensam diferente estão errados. É um maniqueísmo que em nada contribui, somente empobrece o debate e nos desvia da nossa obrigação que é de vigiar e cobrar quem está no poder, seja de qual partido ou ideologia que for.

Somente quando acordarmos para a realidade e percebermos o quanto prejudicamos a nós mesmos como nação, com esse tipo de comportamento, é que começaremos a realmente construir um novo Brasil.

Um país se constrói com união, não com guerra, mesmo que as armas sejam a das narrativas e incriminações. Por isso, peço a todos um momento de reflexão, que entendamos que é preciso bom senso e que não podemos esquecer da ética, ao ponto de acharmos que os fins justificam os meios quando atinge o outro. Sinceramente, eu tenho

19 a convicção de que o ex-presidente Lula (PT) se aproveitou do cargo em benefício próprio e dos seus, tanto, que são 10 processos contra ele e com provas contundentes. Agora, nos que faltarem provas concretas, não terão a minha defesa, pois, hoje pode ser com ele, mas amanhã poderá ser contra qualquer cidadão.

Por fim, sigo confiando na Lava Jato e, espero que tudo o que está aparecendo tenha explicação, pois a LJ foi uma das melhores coisas que já aconteceram para esse país.

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Mensagens de Moro...

Diversos conceituados juristas condenaram as trocas de mensagens entre o então juiz responsável pela operação “Lava Jato” em Curitiba, o hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, e os procuradores da Lava Jato. De fato, conversas do tipo entre um juiz e representantes do órgão acusador não são o ideal no devido processo legal, mas também estão longe de ser uma exclusividade do processo em questão. O mais importante é que as conversas em nada alteraram o que as investigações comprovaram até aqui, e, portanto, não podem sustentar a narrativa de que Lula é preso político.

Mensagens de Moro... 2 Muito embora para parte da jurisprudência e doutrina as atitudes do juiz e procuradores sejam condenáveis, o que se vê é que a população, ao menos neste caso em específico, vem entendendo que os fins justificam os meios. No entanto, é de se frisar que as conversas não apontem nada que possa colocar em dúvidas as conclusões até então resultantes da operação “Lava Jato”.

Moção O vereador pessedista Douglas Antunes apresentou moção de cumprimentos destinada ao deputado federal Celso Maldader, eleito recentemente o novo presidente do Diretório Estadual do MDB catarinense. A convenção contou com a participação de lideranças emedebistas das mais diversas cidades catarinenses, incluindo Tubarão.

Moção 2 “Com certeza, nós, emedebistas catarinenses, estaremos em boas mãos durante os próximos dois anos, e, desde já, colocamos a bancada do MDB desta Casa Legislativa à disposição do presidente e da Executiva Estadual para ajudar na árdua tarefa de reconectar o partido à sociedade, bem como dar continuidade ao compromisso de seguir trilhando a caminhada com força e foco rumo às eleições municipais de 2020”, diz parte do texto.

Aeroporto Os vereadores de Tubarão receberam na sessão de ontem a visita de André Contazo, diretor comercial da RDL Aeroportos, empresa responsável pela administração do

27 Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi. O administrador falou aos edis sobre as atividades do aeroporto.

Capivari A comissão eleitoral do processo de escolha dos membros para o Conselheiro Tutelar de Capivari de Baixo, gestão 2020-2024, divulgou ontem a relação dos candidatos deferidos e indeferidos, com prazo para interpor recurso. A relação completa de nomes deferidos e indeferidos, com a justificativa, pode ser acessada pelo site oficial www.capivaridebaixo.sc.gov.br.

Prof. Maurício O diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação, prof. Maurício da Silva, participa, na condição de membro da diretoria executiva da Undime, do encontro formativo para o novo currículo da base da educação infantil e fundamental do território catarinense. O evento acontece nesta terça-feira, em Joinville.

Instrução O juiz Paulo da Silva Filho, da Vara da Fazenda da comarca de Tubarão, determinou a realização de audiência de instrução e julgamento na ação civil pública proposta pelo Ministério Público em face do ex-prefeito Olavio Falchetti, do seu vice, Akilson Ruano, e de dois comissionados indicados pela dupla. A ação apura eventuais irregularidades na produção e distribuição de uma revista informativa.

DIZEM, MAS EU NÃO AFIRMO Que foi um mal necessário...

O site e as conversas

O site Brasil, de , amigo pessoal do ex-presidente Lula e companheiro do deputado federal David Miranda (Psol), que assumiu a cadeira pelo Rio de Janeiro após a renúncia de Jean Wyllys, publicou supostas conversas entre o procurador da República Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro. O site tem relevância para a imprensa internacional, goza de certa visibilidade e foi responsável pelo famoso caso emblemático que envolveu o governo americano e o whistleblower Edward Snowden, e que virou marco no mundo da cibersegurança.

28 Site russo

As revelações apresentadas na noite de domingo insinuam que Sérgio Moro e o Ministério Público Federal, em Curitiba, teriam agido em conjunto para prejudicar Lula na Operação Lava Jato. Os diálogos, realizados pelo Telegram, uma rede social russa, e que teriam sido acessados numa ação criminosa de hackers, foram obtidos pelo The Intercept, revelando (segundo o que diz a publicação) que Moro manteve relações controversas e inconvenientes com membros do Ministério Público Federal.

Controvérsia

Alguns especialistas ouvidos dizem que o que foi apresentado não compromete em nada a Lava Jato, e muito menos incrimina as autoridades, pois conversas sobre encaminhamentos, ou resultado de operações, são comuns entre as partes envolvidas. Ainda mais quando elas estão todas do mesmo lado: tentando combater organizações criminosas. Outros já pensam ao contrário. Como o site insinua ter mais material que comprometeria os envolvidos, é preciso esperar para se ter um melhor juízo sobre o que aconteceu. Se é que aconteceu. Vale lembrar que, até agora, o site afirma que tem, mas não mostra.

A quem interessa

A rigor, o caso é bastante emblemático e de consequências inesperadas, todavia não podemos perder de vista uma verdade: o país foi e continua sendo alvo de uma quadrilha poderosíssima, muito bem organizada, com apoio de ditaduras de esquerda, uma ideologia que adora se beneficiar do Estado. Políticos que se locupletam com a corrupção e vão pagar qualquer preço para se verem livres das garras da Justiça. Portanto, se erraram, que paguem os culpados pelos possíveis erros cometidos, seja Moro, Dallagnol ou qualquer um outro. O que não podemos é perder de vista o que está por trás disso tudo. A máquina de trituração moral da esquerda é poderosa. Muito mais poderosa do que se imagina. É o velho ensinamento de Lênin que sempre estará pujante: “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”.

Contra o aborto

Em termos de comportamento, o país pode estar evoluindo, e a sociedade, adaptando-se à visões mais progressistas. Certas coisas, porém, não mudam, e o respeito à vida, ou aos conceitos religiosos – como queiram –, é uma delas. Recente levantamento do Paraná Pesquisa sobre a legalização do aborto mostra que 75,4% dos brasileiros se dizem “contrários em qualquer situação”; 18,8% são a favor; e 5,8% preferiram não responder. Entre as mulheres, o índice contrário é de 70,7%, mais de dez pontos a menos que os 80,6% de homens contra o aborto.

29 Por todo o Brasil

O instituto ouviu 2.071 brasileiros entre 4 e 6 de junho, em 162 cidades. Apesar da alta rejeição, 35,5% dos entrevistados admitem conhecer alguém que já fez aborto. O maior índice de apoio ao aborto está entre as pessoas com ensino superior completo, principalmente das regiões Sul e Sudeste, universo no qual 28,1% dos entrevistados são a favor. A maior rejeição está na soma de entrevistados das regiões Norte e Nordeste, onde 82,3% se dizem contra. Entre os mais jovens, o apoio à legalização do aborto é maior, mas ainda assim 69,6% dos entrevistados entre 16 e 24 anos são contra.

Em Joinville

O presidente da Fundação Municipal de Educação de Tubarão, Maurício da Silva, participará, na condição de membro da diretoria executiva da Undime, do Encontro Formativo para o novo Currículo da Base da Educação Infantil e Fundamental do Território Catarinense. O evento ocorrerá nesta terça-feira, em Joinville.

Voltando atrás

O atual governo de Santa Catarina entrou neste ano no Supremo Tribunal Federal com três ações diretas de inconstitucionalidade: uma, para reduzir os recursos da saúde de 14% para 12% da receita líquida; outra, para cancelar a obrigação de repassar os 12% ao setor até o dia 15 de cada mês; e agora, a Adin, para anular a emenda que dará sobrevida aos hospitais filantrópicos. Depois de notas oficiais das partes interessadas endereçadas à imprensa, o governador Carlos Moisés resolveu marcar uma reunião para amanhã com os dirigentes dos hospitais filantrópicos. Ele promete uma nova proposta que irá garantir cerca de R$ 180 milhões do Fundo Estadual de Saúde. A bandeira da parte do governador foi içada depois de fortes reações dos dirigentes de hospitais e da péssima repercussão da Adin para anular a emenda dos 10% da Saúde. Ditado antigo diz que só não volta atrás em uma opinião quem opinião não tem.

Entrelinhas

Diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação, professor Maurício da Silva, participará, na condição de membro da diretoria executiva da Undime, do Encontro Formativo para o novo Currículo da Base da Educação Infantil e Fundamental do território catarinense, que ocorrerá hoje, na cidade de Joinville.

30 O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou visita ao Estado nos dias 16 e 17 próximos. A agenda foi definida durante uma audiência com o coordenador da bancada catarinense em Brasília, deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB), e com a deputada Caroline De Toni (PSL). O ministro visitará Florianópolis e Itajaí.

A Unionco estará realizando no sábado próximo, das 8h às 18h, o seu tradicional Bazar Beneficente, com toda a renda sendo revertida em prol dos pacientes oncológicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição. O bazar será realizado no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro Humaitá, e todos os itens serão comercializados, como sempre, com preços bastante acessíveis.

A Comissão de Assuntos Técnicos do Sindicont de Tubarão e Região esteve reunida recentemente para tratar da mesa-redonda sobre rotinas de escritórios contábeis. A atividade foi conduzida pelo presidente da Comissão, José Otávio Gonçalves de Souza, que ficou muito satisfeito com o resultado do encontro.

A nona edição do CDL na Escola-Liga Sustentável 2019 foi apresentada ontem pelo presidente da entidade, Harrison Marcon Cachoeira, e pelo diretor executivo, Felipe Nascimento, ao presidente da Fundação Municipal de Educação, Maurício da Silva. A edição deste ano terá muitas novidades para os alunos do ensino fundamental.

A divulgação de uma conversa entre o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e o procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, gerou uma grande polêmica nos meios político e jurídico. O material divulgado pelo site Intercept Brasil no domingo mostra uma troca de colaborações entre eles, quando Moro era juiz e atuava na operação Lava Jato. O problema é que a Constituição proíbe este tipo de conversa.

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Moisés abandona a vice; Barozzi torna-se vice em Chapecó; Reinehr incomodada; O gabinete no Inferno Bolero do inferno

55 As exposições do site The Intercept Brasil, que jogou apenas um mínimo do todo que diz ter em seu poder sobre Lava Jato de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, tremeu todas as instituições. Os instrumentos foram todos desafinados. É verdade que o país precisa ser passado a limpo e que todos, sem exceção, devem ir para a cadeia. Isso, inclusive, nas investigações que estão no calcanhar de Flávio Bolsonaro. Se Queiroz ainda é o fantasminha camarada, o terror de fato são as revelações que podem mofar, se forem comprovadas as declarações do agora ministro da Justiça e o membro do MPF sobre a guerra eleitoral do ano passado. Se os principais veículos do mundo, seja dos EUA ou Europa, dão capa às notícias, pedidos da OAB para afastamentos do ex-juiz do cargo Executivo e também do procurador da Lava Jato, colocando em xeque a programação das Reformas em andamento no Congresso, é a sinfonia do caos que precisava entrar no palco. E, sabe-se, não foram espirradas tudo o que o Chefe de Redação do site diz ter entre áudios e vídeos. A República parece ter entrado, de vez, no liquidificador. O governo federal, por tudo o que tem vivido, dá a impressão de que tem o gabinete no inferno. E por tudo o que tem feito contra si, até o diabo já abandonou o próprio reino.

Reação Quase uma centena de Câmaras de Vereadores vão manifestar a partir de hoje a investida, fulminante, que o governador deu nos hospitais filantrópicos de SC. As manifestações são em favor das entidades. Moisés perdendo espaço.

Sensibilidade Desde o início do ano que a direção dos hospitais e da filantropia buscavam um encontro com Carlos Moisés, sem sinalização positiva. Depois da reação da sociedade, inclusive com vereadores e deputados unindo forças, encurralou a indiferença.

Então Carlos Moisés tem tudo para dar certo no meridiano do diálogo. Mostrando-se sereno, pode dar ouvidos aos concursados dos bombeiros, escutar os Praças na questão de pilotos de helicópteros e aviões, filantropia, prefeitos, vereadores. Ser governador.

Cena Daniela Reinehr sabe que os apertos de mãos e tapinhas nas costas que seu chefe tem dado em encontros públicos não passa de teatro. A vice já alimentou, inclusive, sair do PSL. Sentindo-se inútil, está cansando ela e todos.

Vazia A vida pobre da vice-governadora tem tirado seu sono na longa semana sem fazer absolutamente nada em favor das pessoas. Gastando em segurança pessoal e nas idas e voltas para lugar nenhum. Ela mesma, dentro do partido, não se percebe mais.

56 Volta João Paulo Kleinübing, depois do tombo coletivo na eleição do ano passado, já ensaia o retorno aos debates. Ao seu lado, em geografias diferentes, Napoleão Bernardes e Décio Lima já desenham 2020. Todos ex-prefeitos de Blumenau.

Engajado Napoleão Bernardes vai declarar apoio pleno à reeleição de Mário Hildebrandt e será, junto às forças municipais, voz para este alcance. O ex-tucano precisa, muito, vencer o pleito que segue para olhar o desempenho de 2022.

Mergulhou O presidente da Acic de Chapecó é porta-voz de Carlos Moisés. Ele foi contra Gelson Merisio e ignorou a representação do Oeste naquela eleição. E tem sido ele que, pelas movimentações, tem dado rasteira em Daniela Reinehr. A vice sabe.

Posicionamento Carlos Moisés utilizou o contato direto com Cidnei Barozzi para atropelar a vice Daniela Reinehr na questão da redução do duodécimo às entidades democráticas. O presidente da Acic ignora a presença viva da vice pela inocência demonstrada.

Amigo Cidnei Barozzi deveria chamar os presidentes do Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual para, antes de fazer conluio na defesa dos interesses do governador, entender a teia de cada célula. Isso é democracia.

Diminuto Quando Barozzi busca só jogar nos interesses do governador, sem escutar os presidentes do TC, TJ, Alesc e MPE, por exemplo, fica na versão fácil. Não é possível que todos os Poderes estejam errados e Cidnei certo. O empresário, nada imparcial, está muito WhatsApp.

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LDO vira objeto de pressão entre poderes

Sempre foi tabu mexer no repasse aos poderes (Legislativo e Judiciário) e aos órgãos com autonomia financeira (Ministério Público, Tribunal de Contas e Universidade do Estado de Santa Catarina) e a proposta encaminhada pelo governo de Carlos Moisés da Silva, em diminuir de 21,88% para 19,69% da Receita Líquida Disponível, já se sabia, não evitaria o embate e as investidas que vieram.

Este é mais do que o pano de fundo contido na emenda apresentada pelo presidente da Comissão de Finanças e relator da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), deputado Marcos Vieira (foto), do PSDB, que assegura ter seguido critérios técnicos, dentro da constitucionalidade, para manter o índice do duodécimo como está, o que promete lances imprevisíveis esta semana, na reunião extraordinária da comissão, marcada para esta terça (11).

Há pressões de toda ordem, principalmente do Judiciário, que agiu até fisicamente com a presença de no mínimo 10 desembargadores do Tribunal de Justiça durante a leitura

75 do relatório de Vieira, na Sala das Comissões da Assembleia, enquanto se busca uma solução consensuada sobre o assunto.

Além disso, o MP e o TCE respaldam a tese de inconstitucionalidade da medida, que valeria para o ano que vem, um claro embate com o Executivo. O conceito que deve prevalecer é o de que o Estado são todos os seus integrantes.

Argumento duvidoso

Para se defender dos ataques, há um grupo de deputados que concorda com a decisão de Vieira e alega, inclusive, que, por trás de toda a crítica, há o desconforto do parlamento com a quebra de acordo costurado com o governo para a aprovação da reforma administrativa, por unanimidade, que estaria prestes a ser quebrado pela apresentação de vetos por Moisés.

De longe, esta é a pior das justificativas, já que avaliar pontos da reforma constitui-se na relação da legalidade entre os poderes, sem esquecer que apenas Assembleia e TCE têm devolvido as sobras de orçamento anualmente.

De todos os lados

As associações empresairiais de maior peso no Estado, Acij, Acib e a entidade que as congrega, a Facisc, já se declararam favorável à medida, que, de acordo com o governo do Estado, visa economizar R$ 400 milhões, em 2020, que seriam repassados à Saúde.

Em contraponto, as associações de municípios têm agido no sentido de manter os percentuais atuais com receio de perder no repasse às prefeituras, o que transforma o debate em um amplo mosaico de interesses, contrário a todo o movimento da sociedade em direção ao enxugamento do tamanho da estrutura estatal.

Vem barulho

Parte mais fraca no processo, mesmo que tenha ficado com R$ 25 milhões em seus cofres, em 2018, uma economia do duodécimo, a Udesc promete uma grande mobilização com estudantes, professores e servidores, na reunião da Finanças nesta terça (11).

O Centro Administrativo garante que não faltarão recursos para a universidade pública manter seus atuais patamares de gastos para custeio e investimento, o que não parece ter sido suficiente para convencer quem já prepara manifestações ruidosas, até porque a deputada Luciane Carminatti (PT) apresentou uma emenda que mantém os índices somente à Udesc.

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FÁBIO QUEIROZ/AGÊNCIA ALESC

MAIS PRESSÃO

Lembram daquele estudo de auditores do TCE que mostra que 105 prefeituras do Estado, com menos de 5 mil habitantes, seriam inviáveis financeiramente, pois na sequência de audiências públicas promovida pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia, desta vez foram os vereadores e prefeitos do Meio-Oeste catarinense, reunidos em Capinzal, que defenderam a manutenção do atual modelo e cobraram a revisão dos critérios para repasse de recursos para as prefeituras. Eram representantes de 40 municípios, mas o foco deles deveria estará mais longe, em Brasília, onde o debate que realmente merece atenção é o da revisão do Pacto Federativo. Aquele debate em que o ministro Paulo Guedes (Economia) promete inverter a pirâmide e deixar a União com apenas 30% do bolo arrecadado e distribuir o restante entre estados e municípios, discurso que tem assegurado apoio à Reforma da Previdência.

Em ascensão e influentes

Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta os 100 deputados federais e senadores mais influentes e os 50 em ascensão no Congresso Nacional.

Entre os integrantes da bancada catarinense, o senador Esperidião Amin (PP) e a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) aparecem entre os mais influentes, enquanto a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) figura entre os parlamentares que estão em ascensão na lista de Os cabeças do Congresso, que adota critérios qualitativos e quantitativos, que incluem aspectos institucionais, de reputação e de decisão, a partir de postos ocupados, capacidade de negociação e liderança.

77 JAMES TAVARES/SECOM

MORO NO CENTRO DA POLÊMICA

Os últimos dias do ministro Sérgio Moro (Justiça) poderiam ter sido tão bons quanto a visita dele à Penitenciária Agrícola de Chapecó (foto), onde conheceu os produtos feitos pelos detentos em um grande trabalho de reinserção social, que virou modelo para o país. Mas longe disso, Moro enfrentou a clonagem de seu aparelho telefônico por um hacker. Depois, a dura declaração revelada pela Folha de S.Paulo de autoria um ministro do Supremo que teria dito ao ministro Paulo Guedes (Economia), que o governo poderia comemorar, mesmo se acabasse agora, o fato de ter retirado Moro da magistratura. E ainda, a publicação do site Intercept Brasil, também publicada em inglês, que mostra discussões internas e o que os repórteres qualificam de “atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa” da Lava Jato, entre o procurador da república Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, e o então juiz federal. Moro minimiza, afirma que não nada de ilegal no material divulgado pelos jornalistas Glenn Grennwald, Betsy Reed e Leandro Demori, embora repudie a publicação, enquanto Dallangnol declara que houve invasão da privacidade funcional dos integrantes do Ministério Público Federal. São muitas gravações e arquivos em todas as mídias enviados por uma fonte anônima. A reportagem se apega à defesa de Lula, preso em Curitiba depois de uma condenação em segundo grau.

Atentos

Muitos operadores de direito, procuradores do MP e magistrados, em todas as instâncias, têm lá suas reservas quanto a algumas atitudes tomadas pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que consideram arbitrárias e que afrontam às garantias fundamentais do indivíduo.

O mais grave nos diálogos entre Moro e Dallagnol parece mesmo ser a conotação de que um membro do Judiciário direcionou o trabalho do autor da ação penal, o Ministério Público, o que contaria a lei, e, se comprovado, compromete o grande trabalho contra a corrupção desenvolvido ao longo dos últimos seis anos.

78 Vale lembrar

Que o ministro Sérgio Moro, há muito, é alvo de quem não quer vê-lo como favorito a algum grande cargo público no país, ou como ministro do Supremo Tribunal Federal ou até pré-candidato a um posto eletivo, fala-se em governador do Paraná ou presidente da República.

Daí tanta vontade de por um freio em suas ações, notadamente no momento em que encampa uma forte trabalho contra o crime organizado e o narcotráfico, que inclui ações nos países que fazem fronteira com o Brasil.

Moisés anuncia obras na área de infraestrutura

O governador Carlos Moisés anunciou nesta segunda (11), na sede da Associação Empresarial da Grande Florianópolis, um pacote de obras. Uma delas a revitalização da SC-401, que liga o Centro às praias do Norte da Ilha de Santa Catarina.

O ato, com assinatura digital, sem papel, assistido por um auditório lotado, foi feito ao lado do prefeito Capital, Gean Loureiro (sem partido), mais de R$ 32 milhões.

As outras quatro obras (Planalto Norte, Oeste. Meio-Oeste e Ato Vale - cinco regiões e seis obras), em torno de R$ 200 milhões, devem ser anunciadas em visita nas regiões que serão efetivadas.

79 Troca de gentilezas

O anúncio foi feito na sede da Asssociação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e o governador agradeceu publicamente à entidade pelo apoio à reforma administrativa e, mais recentemente, à redução do repasse do duodécimo aos poderes e órgãos com autonomia financeira (MP, TCE e Udesc).

Ao final do evento, a direção da entidade, comandanda por Rodrigo Estrázulas Rossoni, afirmava o contrário: "Foi uma deferência do governador que nos honrou".

Moisés age para garantir a redução do duodécimo

Antes de seguir para Brasília, onde participará nesta quarta (11) da reunião do Fórum de Governadores, Carlos Moisés da Silva dedicou-se integralmente, desde cedo, nesta segunda (10), no processo de convencimento de deputados, poderes e órgãos com autonomia financeira para a aprovar a redução do duodécimo, a partir do ano que vem, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O assunto foi tratado por uma força tarefa, onde atuaram, ao lado de Moisés, os secretários Paulo Eli (Fazenda) e Douglas Borba (Casa Civil), que não revelam a estratégia, embora a coluna tenha apurado que telefonemas foram disparados para os parlamentares.

A primeira ação efetiva foi garantir ao reitor da Udesc, Marcus Tomasi (foto), na Casa d’Agronômica, que a previsão de incremento na arrecadação do Estado, superior a 10%, este ano, fará diluir a redução de 2,49% para 2,24%.

80

Estudantes, professores e servidores da universidade prometem fazer muito barulho na reunião de Comissão de Finanças, a partir das 13h30min, que decidirá sobre a emenda do deputado Marcos Vieira (PSDB), relator da LDO, que mantém os atuais percentuais sob o argumento de que a redução de 21,88% para 19,69% é inconstitucional.

MP reage

O Ministério Público agiu com rapidez para mostrar à sociedade que a redução no repasse do duodécimo trará prejuízos ao atendimento à sociedade catarinense (assista ao vídeo do procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, em https://bit.ly/2XKBZ2R).

Pelas contas do MP, em um dos cenários, apenas com a redução de 3,98% para 3,58%, haveria um decréscimo de R$ 700 milhões por ano para R$ 624,9 milhões, o suficiente para extinguir o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e a diminuição de 375 para 312 promotorias de Justiça, entre outros serviços. É esta pressão que foi exercida sobre os deputados.

O GOVERNO CONTESTA

Com direito à arte com um deslize na palavra "deficit" - um anglicismo que foi alterado com a reforma ortográfica - para mostrar a evolução do duodécimo (em 2008, 2012 e

81 2018) para os poderes e órgãos de controle, o Executivo comprova que o comprometimento da Receita Líquida Disponível diminuiu, porém o repasse de valores aumentou e não interferiu no funcionamento das instituições.

Em compensação, fiquem atentos ao crescimento do deficit previdenciário, aposentadorias e pensões, maior do que o repasse à TJ, Alesc, MP, TCE e Udesc, no ano passado.

Contraponto

O clima na Comissão de Finanças será de embate e servirá também para estabelecer quem está de fato com Moisés e não apenas aderiu para votar a reforma administrativa.

A presença de integrantes do TJ, MP, TCE e Udesc na Assembleia, que também terá reduzido o repasse de recursos pela proposta do Centro Administrativo, garantirá a ação externa que sempre melindra os parlamentares.

ROBERTO AZEVEDO

FELIZ, COM MAIS CABELO!

Ao lado do governador Carlos Moisés da Silva, em uma plateia onde estavam o vice- prefeito João Batista Nunes (PSDB) e o secretário Valter Gallina (Infraestrutura), o prefeito Gean Loureiro (sem partido) não escondia a euforia na assinatura da ordem de serviço para a revitalização da SC-401, em 12 quilômetros, no valor de R$ 32 milhões. Gean batalhou pelo pedido e, com muito bom humor, afirmava que ele era o único paciente que confirmava que tinha feito o transplante de cabelo, já com os efeitos da cirurgia visíveis e sem o inseparável boné que o acompanhava nos últimos. A explicação: a calvice é hereditária, por parte de pai, na parte de trás da cabeça, estilo capuchinho, e, pela família da mãe, na parte da frente, com entradas profundas. Resolveu os dois. O cabelo demora a crescer um pouco.

82 Em Brasília

Na reunião do Fórum dos Governadores, Moisés e os de mais chefes do Executivo receberão as informações, em primeira mão, sobre o relatório da Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência na Câmara.

O apoio deles à reforma enviada pelo Planalto ao Congresso tornou-se fundamental para o presidente Jair Bolsonaro, até porque esta história de retirar estados e municípios do texto, sob o pretexto de que virará desgaste na base de quem quer ser prefeito, tem nome: é golpe.

Maior estrela

O presidente Jair Bolsonaro não transpareceu o incômodo que o Planalto sente com os vazamentos que envolvem a figura de uma das principais estrelas do governo, o ministro Sérgio Moro, ex-juiz federal que ganhou notoriedade justamente pelo trabalho na Operação Lava Jato pela condenação de empresários e políticos de peso, entre eles o ex-presidente Lula (PT).

Bolsonaro, que emitiu uma declaração concisa de total apoio a Moro, em função do vazamento de diálogos entre o agora assessor, então juiz federal, e o procurador da república Deltan Dallagnol, pelo site Intercept, irá se encontrar com o ministro, nesta terça (11), pessoalmente para tratar do assunto delicado.

Pelo afastamento

Conselho Federal e o Colégio de Presidentes das seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil decidiram que, diante dos fatos narrados pelo site Intercept, o que já está sendo chamado de Moroleaks, o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da Força Tarefa da Operação Lava Jato, deveriam ser afastados dos cargos que ocupam.

A posição, por unanimidade, reflete o pensamento de muitos operadores de direito, que evitam pré-julgar Moro e Deltan, mas entendem que eles não podem permanecer nas atuais funções para darem isenção às eventuais apurações, pelo menos uma originada pelo corregedor do nacional do Ministério Público, Orlando Rachadel, que instaurou processo disciplinar contra o procurador.

E o quinto

Já no quintal de casa, em Santa Catarina, a OAB parece ter aprendido a lição e criou um canal online, o e-mail [email protected], para ouvir os advogados, até esta quarta (12), sobre mudanças no regulamento para a escolha do Quinto Constitucional para

83 qualquer cargo de desembargador (Tribunal de Justiça, TRF4 ou TST) pela escolha da lista sêxtupla.

O presidente Rafael Horn fala dar transparência ao processo e escolha, o que garantirá a participação de profissionais de todas as regiões do Estado pelo critério técnico, mas um dos focos está mesmo na redução da influência política e econômica na definição dos nomes, o que sobrou e gerou a crise, em 2017, que só terminou agora com a escolha de Osmar Nunes Júnior para desembargador do TJ.

Prestação de contas

A defensora pública-geral do Estado, Ana Carolina Dihl Cavalin, fará a prestação de contas da instituição que comanda no dia 26 deste mês, na Assembleia.

A DPE foi instalada há seis anos e acumula números importantes, como os 138 mil atos no primeiro trimestre deste ano e fechou com mais de 365, em 2018, desenvolvidos pelos 24 núcleos.

Modos operandi

Os gastos exorbitantes em euros, em viagens ao exterior, e na compra de motos aquáticas no plural e outros bens, atribuídos pela Polícia Federal ao ex-secretário adjunto estadual de Administração, Nelson castello Branco Nappi Júnior, na investigação da Operação Alcatraz, são muito semelhantes a de outros que caíram nas malhas contra a corrupção.

Dá para comparar com o que fizeram Sérgio Cabral Filho, ex-governador do Rio de Janeiro, e o ex-deputado federal , que um dia presidiu a Câmara dos Deputados.

Roberto Azevedo Jornalista e-mail: [email protected]

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PODER Governo não deve ceder na proposta de redução do duodécimo

'O governo acredita que nós vamos ter esse apoio dos deputados para avançar', disse Moisés

Segundo o líder de governo na Alesc, deputado Mauricio Eskudlark (PL), parlamentares da base aliada estão trabalhando pela aprovação da nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Com o fim do debate sobre a reforma administrativa, essa é a matéria mais importante para o Executivo que tramita na Casa.

"Nós trabalhamos nesse primeiro momento na reforma e, agora, temos a questão da redução do duodécimo dos poderes, também um assunto importante. Acho que o mais polêmico é a votação do PPA [Plano Plurianual] da LDO", disse o deputado.

A meta agora é buscar apoio dos parlamentares. "Nós temos os deputados do bloco que dão sustentação ao governo dentro da comissão. Cada um tem feito o debate para depois, quando chegar ao plenário, a situação já estar encaminhada."

Por lei, a LDO deve ser votada antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 17 de julho. A expectativa é de que a matéria vá a plenário no limite do prazo.

85 Conforme a proposta, a Alesc receberia um repasse de 3,91%, em vez dos 4,34% atuais. O TCE passaria de 1,66% para 1,49%; a Udesc, de 2,49% para 2,24%; o MP, de 3,98% para 3,58%; e o Judiciário, de 9,41% para 8,47%.

"Nós vemos que há sim uma preocupação dos deputados com a justificativa apresentada pelos poderes. Mas nós entendemos que ante o momento de dificuldade que a estrutura brasileira toda passa, o país, o Estado, os municípios, todos têm que dar uma cota de participação", disse Eskudlark.

O governo se defende e diz que o aumento da arrecadação vai compensar a redução percentual. Apesar disso, a projeção do próprio governo é de crescimento no orçamento de apenas 2,53% para 2020.

Eskudlark espera apoio pela "importância que esses valores representam para recuperar a infraestrutura e colocar a saúde em dia". Ele também descarta que o governo recue em algum ponto. "Não [devemos ceder], nessa questão o governo aguardou até o último dia a proposta dos poderes. Como não houve, o governo tomou a posição de fazer esse enxugamento, que é pouco dentro da arrecadação".

Do Executivo

Na manhã desta segunda-feira (10), em evento para o lançamento de recursos para a infraestrutura, o governador Carlos Moisés da Silva bateu de novo na tecla da redução do percentual de repasse. "Nós temos vários deputados que já estão convencidos de que essa mudança é necessária. O governo acredita que nós vamos ter esse apoio dos deputados para avançar, uma vez que o próprio tesouro vai desmitificar um pouco o que foi falado na inviabilidade de ações que de fato não vão ser afetados. A continuidade de todos os trabalhos é possível sim. O que a gente está querendo é que esses recursos fiquem no Executivo para que eles possam ser investidos", disse.

Na última semana, o projeto recebeu uma proposta de emenda na Comissão de Finanças e Tributação do relator deputado Marcos Vieira (PSDB) pela manutenção dos valores atuais. "Penso que os deputados devem rechaçar essa medida do deputado Marcos Vieira. Isso é o que nós contamos, nós contamos com essa hipótese. Claro que a Assembleia é autônoma, é independente, mas o nosso apelo aos deputados é exatamente esse", disse Moisés.

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