RELATÓRIO E CONTAS 2013

ÍNDICE

1. RELATÓRIO DE GESTÃO 3

2. RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 99

3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 241

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 401

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1. RELATÓRIO DE GESTÃO 3

1 Introdução 5 1.1. Mensagem do presidente da . Comissão Executiva 5 1.2. A ZON OPTIMUS 7 1.3. Estratégia 12 1.4. Principais eventos 2013 14 1.5. Os grandes números de 2013 17 1.6. Equipa de gestão 21 2. Convergência: O ano de 2013 24 2.1 Segmento residencial 24 2.2. Segmento particular 31 2.3. Segmento empresarial 34 2.4. Estratégia de distribuição 39 2.5. Estratégia de comunicação 41 2.6. As mais sofisticadas redes de nova geração 47 2.7. Sistemas de informação 54 3. Liderança na satisfação dos Clientes 56 4. Outros negócios 59 4.1. Cinemas 59 4.2. Audiovisuais 61 4.3. ZAP 63 5. Análise dos resultados 2013 65 5.1. Enquadramento macroeconómico 65 5.2. Enquadramento setorial / regulação 68 5.3. Resultados operacionais e financeiros 72 6. Sustentabilidade: O nosso compromisso 92

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1. INTRODUÇÃO

1.1 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

O último ano foi marcado pela transformação da Os nossos resultados de 2013 refletem a nossa Empresa. Concluímos a fusão entre a ZON combinação das duas empresas ao longo dos e a Optimus em agosto, uma fusão de duas últimos quatro meses do ano. Os resultados pró- operações complementares com posições fortes forma demonstram a continuação da resiliência seus mercados-chave, fixo e móvel. Mais do do desempenho operacional dos nossos negócios que a simples soma das duas empresas, a ZON core e refletem uma melhoria na rentabilidade OPTIMUS é uma nova empresa, com um novo devido ao enfoque na eficiência e à disciplina de projeto e uma ambição renovada de crescimento custos em todos os níveis da organização. As e de reforço da sua posição competitiva no receitas de exploração cifraram-se em 1,43 mil mercado doméstico. milhões de euros, e o EBITDA em 536,6 milhões de euros, um decréscimo de apenas 0,9% face Para atingir esse crescimento, iremos alavancar o ao ano anterior apesar do ambiente recessivo em nosso conjunto único de ativos, competências e , representando uma melhoria de 0,9pp recursos provenientes de ambas as empresas e da Margem EBITDA para 37,6%. da estrutura acionista reforçada. Apenas alguns meses após a conclusão da fusão, já integrámos Em termos comerciais, foi atingido um marco totalmente as equipas de gestão e completámos importante no dia 22 de outubro, com o a reorganização do negócio. Está atualmente em lançamento da ZON4i, a nossa primeira oferta curso um número significativo de fluxos de convergente lançada após a fusão. A adesão nos trabalho, em áreas que vão desde os Sistemas de primeiros três meses após o lançamento tem sido Informação e Redes, às funções centrais da muito positiva, sendo que já atingimos os 300 mil Empresa, seguindo um percurso traçado que nos RGUs convergentes, representando um levará a ser uma Empresa completamente crescimento relevante nas subscrições móveis integrada, extraindo sinergias e atingindo uma pós-pagas em pacotes de quadruple play, o que eficiência benchmark. A nova Empresa continuará demonstra o entusiasmo muito forte dos a estar na vanguarda da inovação, oferecendo consumidores por soluções convergentes para as aos seus Clientes os melhores e mais avançados telecomunicações dos seus lares. A oferta ZON4i produtos e serviços com uma experiência de é apenas o primeiro de muitos passos que nos utilização superior. Uma infraestrutura tecnológica permitirão liderar na convergência. de ponta, uma marca líder e uma estratégia orientada para o mercado irão suportar a nossa ambição de crescimento.

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Anunciámos a nossa estratégia ao mercado em fevereiro de 2014, proporcionando visibilidade sobre as nossas ambições estratégicas para os próximos 5 anos. Acreditamos estar numa posição única para atingir um crescimento significativo da quota de mercado nacional de receitas de telecomunicações, de cerca de 4 a 5pp. Atingiremos este crescimento através da implementação de uma estratégia focada na promoção da convergência e da liderança na TV por Subscrição no segmento residencial e do aumento da competitividade no segmento pessoal. Acreditamos ter uma oportunidade muito forte de crescimento de quota de mercado no segmento empresarial ao posicionar a ZON OPTIMUS como uma alternativa credível para as grandes empresas, com um portefólio alargado de produtos e serviços inteiramente convergentes, complementando essa oferta com serviços de ICT, Cloud e gestão de serviços. A nossa ambiciosa estratégia de crescimento será suportada por uma eficiência benchmark que impulsionará o crescimento da margem e da geração de cash flow, mantendo simultaneamente um balanço sólido.

Estamos confiantes que, apesar das condições de mercado desafiantes, o ímpeto da ZON OPTIMUS aumentará rapidamente, e que esta irá começar Miguel Almeida a cumprir as suas ambições de crescimento já em 2014. Presidente da Comissão Executiva

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1.2 A ZON OPTIMUS

A ZON OPTIMUS é a empresa que resulta do A fusão entre a ZON e a Optimus em agosto de processo de fusão entre a ZON e a Optimus, que 2013, veio permitir potenciar os resultados que foi concluído em 27 de agosto de 2013, tendo a ambas as empresas alcançaram per si, nova Equipa de Gestão sido eleita no dia 1 de reforçando a posição conjunta no mercado outubro. doméstico e dando-lhes novo músculo para as suas ambições de crescimento. A estratégia A ZON OPTIMUS é neste momento uma definida é uma de forte crescimento e empresa com uma presença relevante no consolidação da posição competitiva no mercado mercado de telecomunicações Português, com doméstico. Foi definida tendo por base a mais de 1.400 milhões de euros de Receitas de combinação de infraestruturas complementares, Exploração em 2013, mais de 3,2 milhões de o reforço da capacidade de distribuição, dos Clientes móveis, mais de 1,5 milhões de Clientes recursos humanos e dos recursos financeiros, de TV por Subscrição e de Voz Fixa e mais de com forte potencial de captação de sinergias. 900 mil Clientes de Banda Larga Fixa, num total superior a 7,2 milhões de Revenue Generating Em resumo, com a ZON OPTIMUS nasce um Units (RGUs), dos quais mais de 300 mil são já Grupo capaz de investir e promover a sua RGUs convergentes. competitividade e a do setor das comunicações, de gerar valor para os acionistas e de criar novas A ZON e a Optimus desenvolveram, no passado oportunidades para colaboradores, Clientes e recente, estratégias de sucesso que se traduziram fornecedores. Um novo Grupo capaz de promover em resultados reconhecidos pelos mercados uma estratégia de crescimento sustentável, de nacional e internacional. O caminho percorrido foi internacionalização e de gestão eficiente, onde a consequência do apoio comprometido dos partilha de experiência e competências das suas acionistas, do estímulo adicional induzido pela equipas será um fator decisivo e fundamental. maior dimensão dos respetivos concorrentes, e do valor das valências técnicas e de gestão disponíveis nas duas empresas.

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ORGANIGRAMA SIMPLIFICADO

ZON TVCABO OPTIMUS COMUNICAÇÕES

A ZON TVCabo é o operador líder no mercado de Com uma rede própria de última geração e um TV por Subscrição em Portugal e um dos maiores sistema unificado de gestão de Clientes, a Optimus na Europa, com cerca de 1,5 milhões de Clientes. A oferece, em condições únicas, um portefólio ZON TVCabo é líder em velocidade e experiência completo de soluções móveis e fixas, a um universo de navegação na Internet. Colocou Portugal entre de aproximadamente 3,6 milhões de serviços. A os países mais avançados do mundo ao lançar os operar no mercado português desde 1998, a pacotes ZON Fibra com 360 Mbps e 1 Gbps de Optimus aposta estrategicamente na adaptação velocidade. A ZON TVCabo tem estado dos seus produtos e serviços ao perfil de cada um continuamente na vanguarda da inovação, com dos seus Clientes, garantindo que todos uma experiência global de entretenimento, cultura conseguem tirar o máximo partido das novas e comunicação de alta qualidade para os seus tecnologias. Clientes.

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ZON AUDIOVISUAIS sua primeira Sala IMAX (no Colombo, com capacidade para cerca de 400 pessoas) prevê A ZON Audiovisuais opera no mercado de inaugurar pelo menos mais duas Salas em distribuição de obras audiovisuais, tanto em Portugal com esta tecnologia de ponta em termos Portugal como nos PALOP, em especial Angola e de som e imagem. Moçambique. Líder no fornecimento de conteúdos assegura, através da aquisição e gestão de ZON CONTEÚDOS direitos, a distribuição de filmes e séries de produtores independentes e de filmes das majors, A ZON Conteúdos, sob a marca ZON Publicidade, possuindo um extenso catálogo de obras, incluindo opera na comercialização de publicidade em blockbusters internacionais, filmes portugueses e o televisão por subscrição, assumindo a liderança melhor da produção indie. A ZON Audiovisuais dos segmentos dos canais temáticos de filmes, distribui as suas obras para cinema, home séries e infantil. A empresa atua ainda na venda de entertainment (vídeo e digital, tal como VOD, SVOD publicidade em sala de cinema, quer em ecrã, quer e EST) e televisão. fora do ecrã. Assumindo ainda a vertente de Para além da gestão de direitos, a ZON Inovação, a ZON Conteúdos procura disponibilizar Audiovisuais é ainda editora de DVD e Blu-Ray, ao mercado soluções inovadoras com assegurando a sua distribuição grossista em possibilidades de product placement, sponsoring e Portugal e nos PALOP. exposição online complementar, associada aos conteúdos dos meios que comercializa. ZON LUSOMUNDO CINEMAS ZON LUSOMUNDO TV A ZON Lusomundo Cinemas é líder em Portugal na Exibição de Cinema e na Exibição de A ZON Lusomundo TV é um agregador de Conteúdos Alternativos em Salas de Cinema (com programação em modelo linear e não linear transmissões em diferido e ao vivo de Óperas, fornecendo canais e serviços aos diversos Bailados, Teatro, Futebol, Concertos e outros operadores. Atualmente, a empresa detém no seu eventos), tendo sido a primeira Cadeia da Europa e portfólio de canais os TVCines e TVSéries, canais uma das primeiras do mundo a ser totalmente estes que são a referência nas suas temáticas. digitalizada. Líder em tecnologia, exibe em todas Estes canais estão disponíveis quer em Portugal as Salas em formato digital com resolução 2k, em quer nos PALOP. Para além da produção de 2D, tendo ainda a capacidade de exibir conteúdos canais, a ZON Lusomundo TV fornece ainda o em 3D em 86 salas das cerca de 209 Salas de serviço de “subscription VOD” aos diversos Cinema que possui. Tendo inaugurado em 2013 a operadores, serviço esse pioneiro, o qual permite

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acesso a uma extensa oferta de conteúdos de uma do novo canal SPORT.TV LIVE que pode ser determinada temática em modelo “on demand” subscrito de forma autónoma, a SPORT TV oferece por um valor fixo mensal. A ZON Lusomundo TV novos serviços disponíveis para os seus disponibiliza ainda serviços técnicos de encoding e subscritores – o MultiScreen e o MultiRoom. emissão de conteúdos a outros operadores e Atualmente a SPORT TV tem 5 canais nacionais, produtores de canais no mercado nacional e nos todos em alta definição: SPORT.TV1, SPORT.TV2, PALOP. SPORT.TV3, SPORT.TV LIVE, SPORT.TV GOLFE e três internacionais: SPORT.TV ÁFRICA, SPORT.TV BE TOWERING - GESTÃO DE TORRES ÁFRICA2 e SPORT.TV AMÉRICAS. DE TELECOMUNICAÇÕES, S.A. A BE TOWERING dedica-se à implantação, instalação e exploração de Torres e outros sites A joint venture Dreamia - Serviços de Televisão, para colocação de equipamento de S.A., propriedade da ZON OPTIMUS (através da telecomunicações sua subsidiária ZON Audiovisuais) e da Chello Multicanal, é uma parceria estratégica para a BE ARTIS – CONCEPÇÃO, produção de canais infantis e de séries e filmes, CONSTRUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE para o mercado português e mercados africanos COMUNICAÇÕES, S.A COMUNICAÇÕES, de expressão portuguesa. A empresa produz S.A quatro canais:

A BE ARTIS dedica-se à gestão de ativos Lançado a 1 de dezembro de 2009, o tecnológicos relativos à conceção, construção, Biggs está a ser exibido em todos os pacotes gestão e exploração de redes de comunicações digitais, de Cabo e Satélite, comercializados pela eletrónicas e dos respetivos equipamentos e ZON OPTIMUS, Meo, Cabovisão e Vodafone, sendo infraestruturas. o único canal em Portugal especialmente vocacionado para o público pré-adolescente (entre SPORT TV os 8 e os 14 anos). As séries de animação e de “live-action” de reconhecimento internacional, a A SPORT TV é uma estação de televisão com par de uma forte componente de produção conteúdos Premium de desporto que transmite as própria, com reportagens sobre música, desporto e mais variadas e importantes competições a nível últimas tendências são a base da programação do nacional e internacional, em direto e em exclusivo. canal. Desde agosto de 2013, para além do lançamento

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O Canal Panda é um canal temático educativo do termos de número de subscritores, receitas e segmento infantil da televisão por cabo e IPTV, rentabilidade. com programação exclusivamente dedicada às crianças portuguesas. Graças à sua aposta em séries de reconhecida qualidade e êxito, na área de entretenimento infanto-juvenil, e, sobretudo, no desenvolvimento de projetos de produção própria, concebidos especificamente para os mais pequenos, tem vindo a conquistar cada vez mais admiradores. O , produzido pela Dreamia, disponibiliza mensalmente 300 filmes durante 24 horas por dia, exibindo a melhor seleção de filmes de todos os géneros cinematográficos.

O canal MOV iniciou emissões a 1 de dezembro de 2007, e passou a emitir em HD a 1 de junho de 2009. Emite 24 horas por dia e tem vindo a exibir uma programação baseada em filmes e séries de terror, ação e ficção científica capazes de proporcionar as emoções mais fortes.

ZAP

A operação internacional da ZON OPTIMUS em Angola e Moçambique é uma joint venture detida em 30% pela ZON OPTIMUS e em 70% pela SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A. (100% controlada pela Senhora Engª Isabel dos Santos), com o objetivo de desenvolver uma oferta de TV por Subscrição por satélite. A ZAP continua a apresentar um desempenho acima de todas as expetativas em

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1.3 ESTRATÉGIA

O principal enfoque da estratégia da ZON Clientes em áreas cobertas pela nossa rede. Para OPTIMUS é o crescimento da sua posição além disto, iremos fortalecer a proposta de valor competitiva no mercado Português. A convergência das nossas ofertas de DTH, através da será o principal impulsionador da dinâmica do convergência com tecnologias móveis, no sentido mercado no futuro. A posição de mercado muito de oferecer serviços mais competitivos e apelativos. forte que a ZON OPTIMUS detém atualmente, No segmento pessoal móvel, o nosso objetivo é bem como o seu conjunto único de ativos e aumentar a competitividade através da promoção competências, são ideais para alavancar esse de planos tarifários all-net e da exploração das crescimento. A nossa ambição estratégica de oportunidades disruptivas de dados móveis e de crescimento será suportada por uma eficiência redes sociais. best-in-class e por níveis excecionais de execução que impulsionarão o crescimento da margem e da No segmento empresarial, as principais diretivas geração de free cash flow, mantendo para atingir o crescimento da quota de Mercado simultaneamente um balanço consolidado sólido, o são o reforço da nossa posição integrada nos que nos permitirá estar atentos a oportunidades de SoHo e PMEs, e posicionar a ZON OPTIMUS como crescimento internacionais ou incrementar a uma alternativa credível, para as grandes remuneração acionista. empresas. Iremos promover agressivamente a venda cruzada de serviços entre as bases de As alavancas-chave do crescimento no segmento Clientes da ZON e da Optimus, reforçando o de consumo – residencial e pessoal – são a portefólio de produtos e serviços totalmente aceleração e promoção da convergência, a convergentes para os Clientes empresariais, consolidação da liderança na TV por Subscrição e complementando as nossas ofertas com serviços o aumento da competitividade no segmento de ICT, Cloud e gestão de serviços. pessoal. Estenderemos as nossas ofertas convergentes a mais segmentos do mercado fixo e As nossas ambições estratégicas de crescimento continuaremos a desenvolver funcionalidades serão alicerçadas na nossa posição e capacidade inovadoras que fortaleçam a nossa proposta de de execução ímpares. Pretendemos criar uma valor convergente. A nossa liderança na TV por marca única líder, concebida para liderar nas Subscrição será consolidada através da expansão comunicações, entretenimento e produtividade da nossa rede de HFC e FTTH, levando a um para consumidores e empresas. A nossa proposta aumento do mercado endereçável e, por de valor é única, proporcionando os melhores conseguinte, a nossa capacidade de aquisição de serviços de comunicações convergentes,

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entretenimento e produtividade, bem como a melhor experiência de utilização, caracterizada pela simplicidade, disponibilidade, desempenho e qualidade. A superioridade dos produtos através da liderança na inovação, plataformas fixas e móveis de Nova Geração e um registo ímpar no serviço ao Cliente são as capacidades diferenciadores que continuarão a ser reforçadas.

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1.4 PRINCIPAIS EVENTOS 2013

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1.5 OS GRANDES NÚMEROS DE 2013

DESTAQUES OPERACIONAIS (Milhares, Pró-Forma)

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DESTAQUES FINANCEIROS (Milhões de Euros, Pró-Forma)

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1.6 EQUIPA DE GESTÃO

MIGUEL ALMEIDA JOSÉ PEDRO PEREIRA DA COSTA Presidente da Comissão Executiva ZON OPTIMUS Vice-presidente – CFO – ZON OPTIMUS

Habilitações Literárias: Habilitações Literárias: Licenciatura em Engenharia Mecânica pela Licenciatura em Administração e Gestão de Faculdade de Engenharia da Universidade do Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e Porto e MBA pelo INSEAD. MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional: Experiência Profissional: Membro do Conselho de Administração e Administrador executivo – CFO da ZON administrador executivo da Sonaecom, SGPS, S.A.; Multimédia, SGPS; CEO da Optimus - Comunicações, S.A.; Administrador do Grupo Portugal Telecom com o Presidente do Conselho de Administração da Be pelouro financeiro das empresas PT Artis – Concepção, Construção e Gestão de Redes Comunicações, PT.COM e PT Prime; de Comunicações; da Be Towering – Gestão de Vice-presidente executivo da Telesp Celular Torres de Telecomunicações e da Per-Mar, Participações; Sociedade de Construções; Membro da Comissão Executiva do Banco Membro do Conselho de Administração da PCJ – Santander de Negócios Portugal, como Público, Comunicação e jornalismo; do Público – responsável pela área de Corporate Finance; Comunicação Social; da Sonae com – Sistemas de Informação, SGPS, da Optimus, SGPS; da Sontária Iniciou a sua atividade profissional na McKinsey & – Empreendimentos Imobiliários e da WeDo Company em Portugal e Espanha. Consulting – Sistemas de Informação.

Foi também administrador executivo da Optimus com os pelouros de Marketing e Vendas; administrador não-executivo da WeDo e diretor de Marketing da Modelo Continente, SGPS.

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MIGUEL VEIGA MARTINS ANA PAULA MARQUES Vice-presidente – CTO – ZON OPTIMUS Administradora Executiva ZON OPTIMUS

Habilitações Literárias: Habilitações Literárias: Licenciatura em Engenharia Eletrónica e Licenciatura em Economia pela Faculdade de Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico Economia do Porto e MBA pelo INSEAD. (Universidade de Lisboa).

Experiência Profissional: Experiência Profissional: Membro do Conselho de Administração e CEO da Administradora executiva da Optimus – Unitel; Comunicações com os pelouros de Residencial, Administrador executivo da Vodafone Internet Serviço ao Cliente e Operações; Service Group no Reino Unido; Presidente da APRITEL (Associação dos Administrador executivo com pelouro da área Operadores de Comunicações Eletrónicas). Tecnológica da e diretor técnico da Cisco Systems. Foi anteriormente diretora de Marketing e Vendas da Unidade de Negócio Particulares Móvel. Durante o seu percurso na operadora assumiu as funções de diretora de Marca e Comunicação, bem como de diretora da Unidade de Negócio de Dados. Iniciou a sua carreira na área de Marketing da Procter & Gamble.

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ANDRÉ ALMEIDA MANUEL RAMALHO EANES Administrador Executivo ZON OPTIMUS Administrador Executivo ZON OPTIMUS

Habilitações Literárias: Habilitações Literárias: Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Licenciatura em Gestão pela Universidade Católica pelo Instituto Superior Técnico e MBA pelo Portuguesa e MBA pelo INSEAD. INSEAD, Henry Ford II Award.

Experiência Profissional: Experiência Profissional: Administrador executivo da ZON TVCabo, da ZON Administrador executivo da Optimus – Lusomundo Audiovisuais, da ZAP Angola e da Comunicações, SA com os pelouros de Empresas e ZAP Moçambique, responsável por Business Operadores; Development, Negócios Internacionais, Dirigiu na Optimus as áreas de Fixo Residencial, Planeamento e Controlo e Corporate Finance da Marketing Central e Serviços de Dados, Vendas ZON Multimédia; Particulares, PME’s e Business Development. Administrador executivo da ZON TVCabo das áreas de Produto e Marketing; diretor de Gestão e Iniciou a sua carreira na McKinsey & Co. Coordenação de Produto da ZON TVCabo; Diretor de Desenvolvimento de Negócios do Negócio Fixo da PT; Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da PT e chefe de projeto da PT SGPS; Associado da The Boston Consulting Group.

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2. CONVERGÊNCIA: O ANO DE 2013

2.1 SEGMENTO RESIDENCIAL

Na vanguarda da Inovação

Conforme mencionado acima, 2013 foi o ano em Design e com o Best User Interface Award, que a IRIS, a oferta multi-ecrã, multi-plataforma de atribuído pelo TV of Tomorrow Show em São Nova Geração da ZON OPTIMUS se tornou na Francisco. principal oferta de Triple Play da empresa. Este facto levou a um crescimento significativo da base Mantendo o ritmo de inovação que tem total de Clientes IRIS, com mais de 200 mil caracterizado a IRIS desde o seu lançamento, o adições líquidas em 2013, para um total de 437,6 ano de 2013 trouxe a adição de novas mil. funcionalidades. Em setembro, a ZON OPTIMUS lançou a sua oferta de Network-DVR, permitindo A IRIS foi novamente distinguida pelo Mercado em que as set top box sem disco rígido possam 2013, vencendo o prémio “Produto do Ano” em efetuar gravações, Pause Live TV e voltar atrás em Portugal pelo segundo ano consecutivo. A conteúdos em direto. A funcionalidade não se distinção foi atribuída no seguimento do limita a replicar a experiência obtida através da lançamento do serviço Download-to-Own da IRIS, gravação da caixa, mas expande-a ao introduzir a que permite aos utilizadores, através da set top box possibilidade de gravação ilimitada de programas ou de aplicações over the top (OTT), adquirir em paralelo, bem como de partilha de gravações conteúdos premium e consumi-los em qualquer por todas as set top box da casa. O Network-DVR plataforma, ou fazer o seu download para posterior permitirá ainda o acesso às gravações através de visionamento offline. O lançamento deste serviço devices OTT, funcionalidade que estará disponível marca também um grande passo no compromisso durante o ano de 2014. da ZON OPTIMUS na transformação do seu atual negócio de distribuição física de DVDs para o reino Com este serviço, a ZON OPTIMUS tornou-se no digital. primeiro operador de TV por Subscrição a retirar progressivamente as set top box com disco rígido As aplicações OTT da IRIS também mereceram da sua oferta comercial. É agora possível oferecer distinções internacionais, vencendo o prémio “Best uma experiência de utilização superior através de TV On The Move Service” na Conferência TV aparelhos com menor custo e maior fiabilidade Connect em Londres. Em anos anteriores a IRIS (uma vez que não existem componentes tinha também sido distinguida com o Janus mecânicos como o próprio disco rígido e as Design Award, outorgado pelo Institut Français du ventoinhas).

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O lançamento do Network-DVR foi o passo mais de TV por Subscrição, explorando também as recente de uma estratégia tecnológica pluri-anual oportunidades que decorrem do facto de a ZON visando a oferta dos serviços de vídeo mais OPTIMUS ser agora um grande operador integrado avançados a partir da Cloud, alavancando o fixo e móvel. investimento da ZON OPTIMUS em redes de acesso, transporte e entrega de sinal de vídeo de IRIS – desempenho dos melhores Nova Geração. pacotes de serviços 3P e 4P

No início de 2014 as set top box IRIS registaram Até ao início de 2013, o enfoque dos pacotes de mais uma grande atualização de software que serviços de 3P IRIS tinha recaído sobre upsell à introduziu melhorias significativas no seu base de Clientes com produtos em price points desempenho e utilização, bem como um novo mais elevados. browser HTML5, que permitirá o desenvolvimento de uma nova geração de aplicações de TV, Com o intuito de alargar a oferta de pacotes IRIS a incluindo o YouTube Leanback. Entre as melhorias price points inferiores, em janeiro de 2013 foi introduzidas conta-se o ajustamento das lançado um pacote IRIS com um preço de 44,99 velocidades de Fast Forward e Rewind no €, com Banda Larga de 30 Mbps de velocidade e streaming de vídeo, algo particularmente relevante Voz Fixa Ilimitada. As ofertas IRIS tornaram-se nas funcionalidades Restart e Timewarp. A gestão assim na principal oferta de Triple Play da de gravações, ao introduzir a possibilidade de empresa, com uma abrangência que passou a apagar séries por temporada, em alternativa ao abarcar mais price points e consequentemente a método episódio a episódio, também foi alvo de endereçar mais Clientes na disposição de fazer o atualização. upgrade para a oferta de referência da ZON OPTIMUS. A IRIS continua a ser a peça central da nossa estratégia de produto, continuando a ser Os níveis mais elevados de satisfação e fidelização melhorada diariamente, por forma a continuar a dos Clientes proporcionados pela inovadora exceder as expetativas dos nossos utilizadores. interface IRIS, aliada à fiabilidade e velocidades 2014 trará um enfoque particular na extensão e dos serviços de Banda Larga e de Voz Fixa e Móvel interligação da experiência de TV com o (no caso dos pacotes 4P, lançados em maio e ecosistema móvel, redobrando os nossos esforços outubro), levaram a que o upsell de pacotes IRIS na pesquisa e desenvolvimento e no registasse um novo ano de grande sucesso, com a desenvolvimento de software, com o objetivo de penetração total dos subscritores IRIS a atingir os continuar a dar resposta aos desafios do mercado

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54% da base de Clientes de 3P e 4P no final de acontecer apenas no final do verão, permitindo à 2013, com mais de 200 mil adições líquidas. ZON OPTIMUS reforçar substancialmente a oferta móvel associada ao serviço convergente 4P, com Convergência chamadas e SMS ilimitados a par da oferta de dados móveis até 200Mb sobre a rede Optimus, Nos últimos anos, a ZON teve uma estratégia de agora em dois tarifários dentro de uma nova oferta crescimento assente no serviço 3P, muito ZON4i. Estudos de mercado já indicavam que 80% alavancada no lançamento do serviço IRIS em dos lares com serviço 3P tinham pelo menos dois 2011. Este novo serviço, com interface e elementos com telemóveis, e um gasto total em funcionalidades inovadoras a nível mundial, como é Voz Móvel superior a 35 €, pelo que suportava a o caso do Timewarp, permitiu à ZON atingir mais tipologia da nova oferta e reforçava a proposta de de 60% da sua base de Clientes fixa no perfil valor, com desconto implícito atrativo. Com todos Triple Play. A aposta na Voz Móvel sob MVNO, os recursos da ZON OPTIMUS focados em iniciada em 2008, foi feita em formato stand apresentar uma oferta convergente de topo, foi alone, e apresentada como uma Oferta 4P não levado a cabo um segundo lançamento, em 22 de integrada. Nos últimos anos, a estratégia evoluiu outubro de 2013. para a necessidade de convergir serviços Fixos e Móveis, tendo a ZON optado por apresentar um Se a ZON IRIS 4+ mostrou o quanto o mercado serviço móvel pré-pago com desconto em fatura, estava atento e desperto para estas novas ofertas, disponível para os seus Clientes de serviços fixos. o lançamento da ZON4i veio confirmar que os 2013 foi o ano que assinalou o início da Clientes aguardavam pela fusão para aderirem a comercialização da oferta totalmente convergente uma oferta ímpar e com uma fortíssima proposta da ZON OPTIMUS. Num cenário de fortíssima de valor baseada na IRIS e na Voz Móvel all-net agressividade comercial, e ainda antes da fusão praticamente ilimitada. Este lançamento também estar concretizada, foi apresentado o serviço trouxe novidades ao nível da gama, com uma convergente ZON IRIS 4+ em maio, que combinou oferta premium ao nível de dados móveis e número o 3P best in class - interface IRIS, Banda Larga de canais de TV e outra oferta desenhada para com 100 Mbps e Voz Fixa ilimitada – com uma quem quer apenas TV, Voz Fixa e Móvel. Oferta Voz Móvel all-net ilimitada. O mercado respondeu com entusiasmo a este lançamento e A ZON4i é o melhor pacote de entretenimento e foram registados meses consecutivos de recorde comunicações do mercado, combinando numa só de vendas de Voz Móvel. fatura e numa só experiência de Cliente integrada, a melhor oferta de 3P, ancorada na plataforma de A conclusão formal do processo de fusão veio a TV IRIS, com a melhor experiência de 4G com a

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rede Optimus, incluindo chamadas e SMS A melhor oferta de TV – canais e praticamente ilimitados e 200 MB de dados. aplicações

A estratégia privilegia os nossos atuais Clientes, A oferta de canais de TV da ZON OPTIMUS está que responderam muito positivamente ao em contínua evolução, com o intuito de representarem cerca de 90% das adesões á proporcionar aos seus Clientes o leque mais ZON4i em 2013. A gama de serviços convergentes alargado de conteúdos. inclui dois tarifários móveis ilimitados, mas é flexível e ajustável às necessidades específicas dos Assim sendo, em 2013 foram adicionados 15 novos Clientes, permitindo a conjugação com um 3º e 4º canais à oferta, dos quais sete em Alta Definição. cartão, por um valor adicional de 7,50 € cada. Destacamos de seguida alguns dos canais Apenas alguns meses após o seu lançamento, a lançados. ZON OPTIMUS já atingiu a marca dos 300 mil RGUs convergentes, sendo que mais de 85% dos O canal Globo é uma parceria entre a ZON RGUs convergentes móveis são novos para a ZON OPTIMUS e a empresa Brasileira de media Globo, OPTIMUS, com uma média de 2,1 cartões SIM por sendo este canal exclusivo da ZON OPTIMUS, Cliente único. agregando uma programação diversificada como séries, telenovelas e filmes Brasileiros, entre outros No final do ano, foi desenvolvida uma campanha programas de entretenimento generalista. Trata-se de venda de terminais a prestações na adesão à do canal exclusivo de maior audiência em Portugal. oferta convergente, uma vez que os terminais bloqueados a outros operadores constituem um O canal +TVI é produzido pelo Grupo Media obstáculo no momento da adesão. Com uma Capital (detentor do canal líder de acesso livre em gama de smartphones de topo de gama 4G e 3G, Portugal, TVI), sendo dirigido a uma audiência de especialmente selecionada para os Clientes jovens adultos, com um enfoque particular em sofisticados e exigentes que querem o melhor conteúdos nacionais e produzidos pela TVI, serviço fixo e móvel da ZON OPTIMUS, os incluindo diversas funcionalidades interativas. resultados desta campanha superaram as expetativas, ao contribuírem para mais de 50% de O Canal Q foi lançado na plataforma da ZON em vendas de terminais de topo de gama de toda a março, reunindo programas nacionais de empresa, o que se explica quer pela adequação ao entretenimento e comédia, protagonizados pelos target da convergência, quer pelo período natalício. humoristas mais populares em Portugal e servindo também de plataforma de lançamento para novos talentos.

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A Benfica TV foi uma adição relevante à oferta de nível da programação que toca vários géneros canais, na medida em que transmite as 15 partidas televisivos: notícias, reportagens, análise, da Liga Portuguesa que o Benfica disputa em entrevistas, debates, talent shows, ficção, casa, bem como as partidas da Liga Inglesa de documentários, magazines, programas de Futebol em exclusivo. Paralelamente, transmite auditório, talk-shows, grandes eventos e emissões também outros conteúdos desportivos especiais. relacionados com as equipas do Benfica e com as competições onde estas estão inseridas, bem Foram também lançadas algumas aplicações para como informação e programação de caráter mais a plataforma IRIS, no sentido de melhorar a geral, relacionadas com desporto, nomeadamente experiência proporcionada oferecendo aos a Liga Brasileira de Futebol, a Liga Grega de utilizadores funcionalidades complementares e Futebol e a US Major League Soccer. A Benfica TV úteis. está disponível em SD e em HD e é distribuída em regime de não exclusividade como um canal A aplicação Yubuy permite aceder às ofertas da premium de subscrição adicional, de interesse Telepizza, NoMenu e Odisseias, permitindo que à significativo para todos os fãs do desporto e para distância de um clique, através da sua TV, os os adeptos do Benfica em particular. Clientes IRIS possam encomendar a sua refeição ou até marcar umas férias. O 24Kitchen HD, lançado em Portugal pela Fox International Channels (FIC), é um canal dedicado A aplicação MyOut é uma agenda cultural à cozinha, com um alinhamento de programas de incluindo os principais eventos culturais nas alguns dos chefs mais reconhecidos a nível diversas regiões do País, como concertos, nacional e internacional – Anthony Bourdain, exposições ou espetáculos de teatro. Jamie Oliver, Donna Hay, Ljubomir Stanisic e Rodrigo Meneses. Uma aplicação 24Kitchen foi A aplicação Vinho.pt contém toda a informação lançada em simultâneo na App Store e Google sobre esta temática, permitindo conhecer as Play, com receitas diárias para refeições saudáveis, principais castas, saber quais os vinhos adequados tutoriais em vídeo e listas de compras interativas. às diferentes ocasiões, notas de prova e novidades. Trata-se de uma aplicação recheada de O canal SIC Caras foi lançado no mês de informação útil quer para os conhecedores, quer dezembro de 2013, em exclusivo na ZON para os curiosos sobre a matéria. OPTIMUS. A SIC Caras tem um olhar especializado sobre o universo das celebridades O ZON Remote consiste numa aplicação para nacionais e internacionais, tendo uma oferta ao smartphones IoS e Android que permite

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transformá-los no comando de TV, com O wÖw representa simplicidade na instalação, funcionalidades acrescidas, como navegar no guia flexibilidade, transportabilidade e velocidades até de programação ou agendar gravações, sem 100 Mbps numa oferta inovadora em Portugal. interferir com a emissão de TV. No início de 2014 foi eleito “Produto do Ano” na categoria Acesso à Internet, um reconhecimento Quanto ao ZON Share, é uma aplicação para IoS e da excelência e inovação tecnológica dos serviços Android que permite que os Clientes IRIS possam ZON OPTIMUS. partilhar e projetar as fotos que têm em smartphones ou tablets diretamente no ecrã da TV. HOME

2013 foi assim um ano de marcante inovação, O lançamento deste serviço de telefone fixo em tanto a nível tecnológico como a nível dos 2004, utilizando tecnologia GSM, constituiu um conteúdos, aplicações e funcionalidades colocadas marco muito relevante, libertando os Clientes da à disposição dos Clientes IRIS. assinatura mensal imposta pelo Operador Histórico. Segmento Residencial Wireless A flexibilidade na forma de pagamento - podendo wÖw o Cliente escolher o que mais lhe convém: pré- pagamento ou pós-pagamento, e a abolição da 2013 foi o ano de lançamento do wÖw por parte assinatura mensal, foram os principais fatores de da Optimus, uma nova categoria de Internet fixa sucesso deste serviço de telefone fixo. instantânea que pode ser conjugada com voz e está disponível em todo o País. Instantânea, O serviço baseia-se numa oferta simples e porque dispensa qualquer intervenção técnica ou aderente a cada tipo de Cliente e valorizando as trabalhos físicos na instalação. suas necessidades. Atualmente a proposta de valor assenta em três planos: Trata-se de uma oferta que endereça um novo mercado, com base na tecnologia LTE, permitindo • Plano Poupança Fixo: Chamadas grátis e uma experiência de banda larga de alto ilimitadas 24 horas por dia para números desempenho e que pode ser utilizada em até 3 fixos; localizações distintas, oferecendo velocidades de • Plano Poupança Total: saldo para gastar download de até 100 Mbps e que se conjuga com para redes móveis ou fixas de qualquer serviços de voz. país;

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• Planos Internacionais: Chamadas para destinos fixos internacionais, a preços mais vantajosos.

Em 2013, com a continuação da tendência de evolução do mercado para ofertas pacotizadas, o maior desafio em termos de negócio 1P e da estratégia de marketing tem passado pela defesa da sua quota de mercado de Voz através de promoções e ofertas assentes em poupança, para um target cada vez mais sensível ao preço.

Nos resultados de 2013 verifica-se que o consumo médio por Cliente (MoU) aumentou por via das chamadas incluídas, indicando que os Clientes são hoje mais racionais na utilização do telefone e que valorizam planos com chamadas incluídas.

2013 foi um ano de enfoque na satisfação dos Clientes, defendendo os 8,1 obtidos no CET report. (Fonte: 1ª vaga 2013 GfK).

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2.2 SEGMENTO PARTICULAR

Oferta Móvel

Reforçando a oferta de produtos que permitem lançamento da nova marca WTF, com um aos Clientes comunicações despreocupadas para posicionamento irreverente e desafiador. todas as redes, em 2013 foram lançadas duas ofertas. Esta marca está associada a um produto inovador, orientado para as tendências de comunicação O tarifário SMART, é um tarifário pós-pago mais sofisticadas e traduzida numa proposta de direcionado para o segmento de alto valor, que valor que inclui aplicações de comunicação permite ao Cliente realizar comunicações para ilimitadas (Whatsapp, viber, skype,…), dados todas as redes, com uma dotação abundante e abundantes (até 2GB) e um pacote de voz e sms sem as preocupações de recarga inerentes a um para assegurar despreocupação no eixo das tarifário pré-pago. A componente digital está comunicações tradicionais. presente com o pacote de dados de 1 GB incluído em toda a gama SMART, entregando uma óptima Baseia-se, também, no desenvolvimento de uma experiência de utilização em 3G e 4G. relação única com o target através do uso da sua linguagem e do recurso a referências do universo O tarifário Optimus LIGA visa democratizar o online (figuras de elevada popularidade junto do acesso a tarifários com comunicações para todas target e desconhecidas de faixas etárias mais as redes. Por apenas 9,90 € o Optimus LIGA abriu altas). aos Clientes a possibilidade de falarem com os seus contactos de todas as redes nacionais, com Em 2013 merece também realce a aposta na poupança e total controlo de custos, tendo fidelização da importante base de Clientes TAG conduzido a um significativo aumento de Clientes através de campanhas regulares focadas nos pré-pagos de mensalidade fixa. benefícios mais valorizados pelos Clientes (ex: oferta de tráfego off-net; oferta de dados; bónus Oferta: Jovens e TAG de recargas,…), contribuindo para uma maior satisfação e envolvimento dos Clientes com o TAG, Neste segmento do mercado móvel, merece e da modelação do comportamento dos destaque a definição e execução de uma consumidores com vista ao desenho de ações estratégia para o segmento jovem suportada no específicas de retenção.

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Banda Larga Móvel Foi feita uma aposta na massificação de smartphones, com o lançamento de vários O ano de 2013 foi marcado pela otimização produtos abaixo da barreira crítica dos 100 €. contínua da oferta pré e pós-paga no sentido de assegurar a sua competitividade e elevada Também ao nível dos equipamentos foi visível a dinâmica promocional, defendendo a liderança da aposta na massificação dos serviços 4G, categoria de Internet Móvel. nomeadamente através do lançamento de vários smartphones 4G em 2013, incluindo o primeiro A aposta no 4G e na experiência de utilização da equipamento de marca própria com 4G no Internet Móvel foi reforçada, através da renovação mercado português e de campanhas promocionais da gama de equipamentos. O Optimus Kanguru com smartphones 4G, que possibilitaram que um Hotspot 4G foi eleito produto do ano 2013, na maior número de pessoas pudesse aceder a categoria Banda Larga Móvel 4G. equipamentos que proporcionam uma experiência de navegação na Internet única e rápida. Foi também implementado um conjunto de ofertas e campanhas regulares de upgrade para a Valor e Serviços tecnologia 4G na base de Clientes, contribuindo assim para a sua democratização. Tendo em vista a estabilização da receita por Cliente, foram introduzidas múltiplas melhorias na Foi lançado o primeiro tarifário 4G pré-pago do gestão de pricing. mercado, o que permitiu estender a utilização do 4G a usos ocasionais. Foram também desenvolvidas novas competências e ferramentas no desenho, implementação e É ainda digno de registo o lançamento do Turbo avaliação de campanhas junto da base de 4G, um serviço que permite aos Clientes com Clientes, tendo sido desenvolvidas e testadas novas tarifários 3G experimentar todas as vantagens da metodologias de prevenção de churn, com vista à tecnologia 4G, sem compromissos. sua posterior utilização massificada.

Equipamentos e Canais Um dos elementos chave, com impacto positivo na captação e manutenção de Clientes de Internet no Foi levada a cabo uma otimização global da telemóvel passou pela melhoria da experiência de operação, garantindo um elevado nível de utilização do serviço. O número de subscritores de eficiência na gestão de stocks e otimização Internet no telemóvel atingiu assim um patamar contínua da gama de equipamentos. recorde, com mais de 50% dos Clientes a terem

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subscrito um dos serviços de Internet no telemóvel, graças à revisão da oferta e da experiência de produto.

Nos serviços complementares foi otimizada a forma de promoção e melhorada a experiência do Cliente na gestão dos serviços subscritos. Como resultado, o serviço de Calling Rings atingiu também um novo recorde de subscrições em 2013.

Experiência e Fidelização

A Experiência de Cliente constituiu uma aposta forte ao longo de 2013, tendo sido desenvolvido um conjunto alargado de projetos com vista à melhoria estrutural de experiência em diferentes produtos das categorias Móvel e Internet Móvel, com resultados tangíveis na satisfação dos Clientes.

Foi efetuada uma revisão alargada das fontes de recolha de insights de consumidor e estruturado um programa que permite esta recolha em contínuo para que seja tido em conta em todas as ativdades de Marketing. No âmbito do Marketing Relacional, foi efetuada uma otimização global das comunicações com Clientes no âmbito de campanhas e dos produtos mais relevantes.

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2.3 SEGMENTO EMPRESARIAL

Em 2013, com um forte investimento na integração fixas a um preço muito competitivo. dos sistemas, dos processos e das equipas que servem o mercado, a ZON e a Optimus Na vertente da Voz Móvel, o lançamento da implementaram estratégias que asseguraram aos primeira oferta ilimitada permitiu disponibilizar seus Clientes empresariais uma experiência de comunicações ilimitadas de voz e mensagens serviço integrado com soluções específicas para as escritas para todos os colaboradores e acesso necessidades concretas de cada empresa. ilimitado à Internet no telemóvel, permitindo às empresas estarem sempre em contacto e Em simultâneo, a ZON e a Optimus foram aproveitarem todas as oportunidades de negócio, pioneiras no lançamento de várias soluções mesmo com equipas em constante mobilidade ou inovadoras, transformando e revolucionando deslocadas. definitivamente o cenário das telecomunicações em Portugal, nomeadamente no segmento No domínio das comunicações fixas, o portefólio foi empresarial. reforçado com soluções diferenciadoras e uma gama alargada de equipamentos e centrais Num enquadramento de fortes desafios telefónicas que combinam as várias económicos, o ano de 2013 foi, para o segmento funcionalidades de gestão de comunicações. E das PME, sinónimo de soluções integradas e para as empresas que procuram uma solução ilimitadas de comunicações, em linha com as tecnologicamente avançada, foi lançada uma necessidades do mercado. solução de voz e Internet fixa, instalada de imediato e com acesso à Internet de banda larga Com o lançamento da primeira solução integrada até 100Mbps de download, disponibilizando assim de comunicações da Optimus Negócios para a autonomia e a robustez de que os negócios Clientes empresariais, as pequenas e médias necessitam. empresas beneficiam de todos os serviços de comunicação necessários para fazer crescer os No que respeita à marca ZON Empresas, durante seus negócios – voz e Internet móvel, telefone fixo 2013, foram efetuadas alterações nos produtos e e Internet fixa. Esta oferta integrada foi lançada serviços disponíveis no canal Horeca (Hóteis, para satisfazer as atuais exigências do dia-a-dia Restaurantes, Cafés), com introdução do canal das empresas, como a mobilidade das Benfica TV e SPORT TV multiscreen, além do comunicações e o baixo valor dos serviços, lançamento de uma nova oferta destes canais nos disponibilizando comunicações ilimitadas móveis e pacotes empresariais para cafés e restaurantes.

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Com este lançamento, as ofertas ZON Empresas O ano de 2013 foi também marcado pela forte tornaram-se mais competitivas e adequadas às aposta na angariação de novas empresas e no necessidades dos Clientes de pequena e média apoio ao empreendedorismo, nomeadamente com dimensão. a criação de um espaço online com informação relevante para empreendedores e empresários; Com o objetivo de inovar no portefólio de serviços apoio a uma rede de espaços de co-work, empresariais, foi lançado no verão de 2013 um promoção de workshops de empreendedorismo, piloto da aplicação AirMenu que, após a forte promoção e criação de ofertas e descontos recetividade dos Clientes, foi alargada a todos os específicos para novas empresas. Clientes de Hotelaria e Restauração com a disponibilização de uma versão gratuita. Com o No exigente segmento das grandes empresas e AirMenu é possível receber os pedidos e administração pública, o ano de 2013 registou a encomendas dos Clientes através de uma consolidação e forte crescimento na entrega de aplicação web. novas soluções de comunicações geridas de voz baseadas em IP, o que se traduziu num Em dezembro foi ultrapassada a barreira dos crescimento em 5x no número de extensões IP 10.000 utilizadores ativos ZON Office, um produto disponibilizadas e no incremento de 3x na quota Triple Play com central telefónica, sem relativa do tráfego de Voz IP nas comunicações necessidade de investimento inicial em fixas. equipamentos. O desenvolvimento e disponibilização, no âmbito No âmbito de parcerias com entidades de da gama de serviços e soluções de contacto, de referência no mercado, a ZON Empresas lançou uma oferta de IP Contact Center, uma solução uma nova rede de vendas com Parceiros para o integralmente construída sobre as plataformas de segmento das PME sofisticadas, dinamizando IP Centrex da Optimus e dirigida para assim a projeção da marca no mercado. Call/Contact Centers assim como a implementação e disponibilização a Clientes de Em termos operacionais, foi concluído o projeto de uma solução de IPPBXaaS e TPaaS no segmento autonomização de todos os canais empresariais das maiores empresas e suportada numa nova dos segmentos residenciais, o que permitiu dar plataforma de colaboração HCS da Cisco, vem continuidade à criação de equipas, processos e complementar e consolidar a aposta inequívoca ofertas cada vez mais adequadas aos segmentos em ofertas de virtualização de comunicações e empresariais. colaboração que facilitam o acesso de empresas de qualquer dimensão a soluções tecnológicas de

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excelência, sem que tenham a necessidade de Como complemento importante à oferta de efetuar investimentos em infraestruturas próprias. serviços empresariais de Voz Móvel, foram efetuados importantes ajustamentos processuais, Em 2013, destaca-se igualmente a continuação da de contacto, comunicação e reformulação de aposta na entrega com qualidade, robustez e oferta, que visaram abordar de forma mais efetiva desempenho, de soluções complexas de dados e alargada os diferentes stakeholders das nossas fixos assentes em infraestruturas próprias, quer em empresas Clientes, nomeadamente os seus 4G, quer em fibra óptica e HFC. colaboradores e seus familiares, com resultados interessantes, de 16% de crescimento da base ativa Respondendo a necessidades de soluções deste target. tecnológicas integradas e complementares às ofertas tradicionais de comunicações, a Optimus Para o segmento empresarial em geral e para as desenvolveu e disponibilizou ofertas tecnológicas, grandes empresas em particular foram tal como exemplo do serviço de Videovigilância em desenvolvidas ofertas ZON de Vídeo/TV integradas serviço cloud, que integram o leque de soluções em infraestruturas de fibra ótica empresarial multi- essenciais para a atividade das empresas, assim serviço, tornando possível a disponibilização de como outras soluções que visam simplificar soluções agregadas de serviços de voz, dados, algumas atividades, processos de suporte ou Internet e vídeo/TV, com melhorias significativas na procedimentos internos, tais como, por exemplo, qualidade de entrega e gestão de serviços. uma plataforma de gestão integrada de participação em eventos - Events2Biz ou mesmo Para além do reforço de oferta de conteúdos TV uma plataforma de gestão eficiente de transporte globalmente para os vários segmentos de mercado partilhado em viaturas de empresa – Carsharing. com a disponibilidade de mais canais em alta definição e canais Premium, o alargamento e Os serviços móveis foram enriquecidos com padronização de soluções de entrega permitiu a soluções empresariais como o lançamento do comercialização de oferta de conteúdos TV nos muito recente BES 10, que veio integrar o portefólio mais diversos meios de entrega - fibra ótica, cabo da oferta Blackberry, assim como em mecanismos coaxial ou satélite, para redes IP próprias de de controlo e gestão de terminais, materializados Cliente em IPTV, possibilitando deste modo ter no lançamento de um serviço de Mobile Device uma oferta mais diversificada nos meios de Management (gestão centralizada, as a service, de receção e mais versátil na forma de entrega equipamentos móveis) de tecnologia de um estendendo a oferta de conteúdos TV nas redes fabricante líder – Airwatch. internas de Cliente em coaxial ou IP.

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O ano de 2013 assistiu também a um incremento Através de iniciativas sólidas de estruturação do das soluções de segurança disponibilizadas a negócio empresarial – Mass Business e Corporate Clientes Corporate, nos domínios de segurança – foi definido um modelo operacional claro e para sistemas de correio eletrónico e gestão orientador para as diversas equipas envolvidas, eficiente do tráfego de Internet e mitigação de com mapeamento das fases que compõem o ataques distribuídos, de tipo volumétrico ao nível processo de negócio, ao nível de atividades, dos circuitos interligação de Cliente. intervenientes e sistemas envolvidos. As equipas de serviço ao Cliente Corporate foram reforçadas, Também no Wholesale o desempenho da Optimus apostando na personalização e na robustez da foi assinalável – os números operacionais de Voz, linha de atendimento 16939 – uma orientação dados e roaming atingiram volumes recorde e, clara ao aumento da capacidade de resolução em apesar da pressão de preço, os resultados primeira linha e ao alargamento das competências financeiros ultrapassaram as expetativas. das equipas.

As comunicações máquina-máquina (IoT – A melhoria da experiência na utilização do serviço Internet of Things), em franco crescimento, de dados foi também um importante milestone no revelaram uma Optimus como líder nas soluções aumento da satisfação dos Clientes empresariais, de PoS Móvel e com uma dinâmica de por via da diversificação de ferramentas de internacionalização que será reforçada durante o controlo de consumos, que vieram aumentar o ano de 2014. conforto e transparência na utilização de dados, assim como reduzir o nível de reclamações. Em 2013 os Clientes empresariais registaram um caminho consistente de melhoria de experiência, Com um aumento de registos na ferramenta de ao longo das fases iniciais de ciclo de vida, durante web selfcare na ordem dos 60% em relação a a entrega e utilização dos serviços e em situações 2012, a Optimus prosseguiu um caminho de de autosserviço. entrega de mais e melhores funcionalidades de autosserviço, promovendo a autonomia e conforto Com particular enfoque na preparação das na gestão das telecomunicações. equipas comerciais, disponibilização de materiais de suporte à venda, robustas ferramentas de No último trimestre do ano, após a fusão entre os trabalho e simplificação de processos, foi agilizada operadores, a ZON OPTIMUS apresentou-se no a contratação e foram criados novos modelos de mercado e perante os seus Clientes como encaminhamento e resolução de temas e questões o operador com as soluções de comunicações de Clientes. mais completas e ajustadas às necessidades das

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empresas. Fruto desta fusão, as empresas • Prémio mundial de excelência de serviço portuguesas passaram a beneficiar de: A Optimus foi mais uma vez distinguida mundialmente pelo seu serviço ao Cliente, no • a maior e mais robusta rede móvel e fixa do Contact Center World 2013, a maior mercado; associação de profissionais de Contact Center • um portefólio mais completo de soluções de a nível mundial, tendo conseguido o feito comunicações, seja de voz, Internet ou inédito de ser considerada, pelo segundo ano televisão, móvel ou fixa, para todo o tipo de consecutivo, a empresa com o “Melhor necessidades e em novas geografias onde as Serviço ao Cliente do Mundo”. A distinção marcas empresariais da ZON e da Optimus conquistada no Contact Center World 2013 não conseguiam entregar soluções completas colocou a Optimus num patamar de de comunicações; referência mundial no serviço ao Cliente e • soluções pacotizadas, agnósticas à tecnologia vem reconhecer o nosso compromisso diário e que fazem frente às necessidades atuais de proximidade e total orientação para a das empresas Portuguesas e que satisfação do consumidor. representam poupança na sua fatura de telecomunicações. • Optimus Corporate com os Clientes mais satisfeitos Este momento marcou uma nova realidade, com A Optimus é líder na satisfação dos Clientes ofertas e processos mais robustos e com maior Corporate, sendo reconhecida como “Best in capilaridade, assim como equipas capacitadas e Class” na maioria das categorias avaliadas preparadas para uma resposta acima das num estudo nacional que integrou os expetativas dos Clientes empresariais. A forte principais operadores de telecomunicações. redução dos tempos de ativação em ofertas integradas – nomeadamente de voz e Internet fixas Em resumo, o resultado da fusão entre dois dos prontas a usar – revelou igualmente excelentes principais players de telecomunicações nacionais é resultados, num processo inovador. hoje uma empresa ainda mais sólida, responsável, orientada para o futuro, focada na prestação de O reconhecimento do mercado empresarial um serviço de excelência e com recursos traduziu-se num conjunto considerável de necessários para responder às necessidades dos distinções, quer ao nível da oferta quer ao nível do Clientes empresariais. serviço, entre os quais se destacam os seguintes:

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2.4 ESTRATÉGIA DE DISTRIBUIÇÃO

Os canais de distribuição da ZON OPTIMUS – através da implementação de um novo modelo de Venda Porta-a-Porta, Rede de Distribuição, comissões. Esta melhoria, para além de Telemarketing, Web e Fidelização – tiveram como representar a evolução qualitativa de todo o principal objetivo, em 2013, a angariação de novos processo, conduziu igualmente a uma importante Clientes e com serviços de maior valor – pacotes redução no custo por Cliente ativado. IRIS, produtos móveis pós-pagos e mais sofisticados -, alavancando o foco na qualidade Um dos principais canais de distribuição é o da das vendas. venda porta-a-porta, representado por uma força de vendas de mais de 800 comerciais, no caso da O ano de 2013 foi marcado pelo lançamento, em ZON. Em 2013, foram renegociados os contratos maio, dos primeiros produtos convergentes da com prestadores deste serviço onde foram ZON, numa oferta Quadruple Play que combina incluídos mecanismos que reforçam o controlo da serviços móveis com o serviço Triple Play IRIS – qualidade da venda, permitindo maior enfoque na ZON IRIS 4+. A entrada neste novo segmento de metodologia de atuação e no valor angariado mercado implicou uma adaptação de toda a força complementarmente ao volume. comercial: necessidade de revisão de processos, uma nova abordagem comercial a potenciais e a No que diz respeito às lojas da ZON, houve atuais Clientes e o crescimento das equipas. Já também um enfoque ao longo de 2013 no sentido em outubro, após a fusão com a Optimus e de garantir uma maior qualidade do atendimento, utilizando por base a sua rede móvel (em nomeadamente através da revisão dos parceiros detrimento do MVNO), há que registar o de franchising. As lojas tiveram um papel lançamento dos pacotes ZON 4i. Houve ainda um fundamental em alguns dos momentos mais relevante apoio prestado pelos canais de importantes do contacto dos Clientes com a distribuição à migração dos Clientes móveis da empresa, nomeadamente através do importante ZON que anteriormente eram servidos pelo MVNO apoio e proximidade que representaram durante o e passaram a ser servidos pela rede móvel da ZON programa de troca de set top boxes de satélite. O OPTIMUS, após a concretização da fusão. aumento dos pontos de experimentação de tablets e smartphones teve também o intuito de melhor Durante o ano de 2013, foram levadas a cabo dar a conhecer e promover a utilização de serviços várias iniciativas no sentido de melhorar a integrados mais sofisticados e das aplicações da qualidade de venda, promovendo as adesões com ZON OPTIMUS. Adicionalmente, foi dado mais um portabilidade e débito direto, nomeadamente passo no sentido da digitalização das lojas através

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da utilização de cartazes digitais. mantendo assim a boa performance e a aposta na eficiência financeira, dado ser um canal de custo Quanto às lojas Optimus, assistiu-se a um mais reduzido. crescimento focado no retalho, com a mesma orientação que norteou os restantes canais de A área de fidelização da ZON foi alvo de um vendas – enfoque na venda de produtos e serviços processo de transformação que teve como objetivo mais sofisticados e de maior valor. Optou-se por permitir um maior controlo do processo de um modelo de franchising em detrimento do fidelização end-to-end e orientar ao nível da agenciamento, garantindo-se assim uma maior retenção de Clientes, otimizando todas as coesão com as lojas próprias. Este crescimento do interações da retenção/fidelização de um Cliente número de lojas, num modelo mais light, permitiu com a ZON. uma maior presença e consequentemente, maior capacidade de influência da quota de mercado, Neste ano, a ZON manteve a aposta na formação em regiões onde a Optimus não estava presente de toda a Força de Vendas, dando continuidade através de retalho próprio. As lojas passaram aos projetos de desenvolvimento de competências também a ser segmentadas e trabalhadas de uma e gestão de equipas, nomeadamente a forma adequada à sofisticação dos produtos e Certificação de Supervisores dos Canais serviços mais vendidos em cada uma, através de Telefónicos; o projeto “Puxa as tuas Vendas com campanhas e gamas distintas. Eficiência” nas equipas que coordenam e supervisionam os vendedores porta-a-porta. Ainda por parte da Optimus, nos pontos de retalho multi-operador, o enfoque foi colocado no 2013 foi um ano de grande aposta na eficácia e fortalecimento da presença da marca Optimus, eficiência, garantindo a qualidade das vendas, bem como num modelo de abastecimento mais potenciando oportunidades de venda de produtos eficiente na gestão logística desses canais, mais sofisticados e a fidelização de Clientes. Após assegurando-se a presença dos produtos mais a fusão, deu-se de imediato início a várias medidas sofisticados, apelativos e de maior criação de valor. de integração, nomeadamente a uniformização e integração de parceiros através de um interface Em 2013, foi lançado o novo site de selfcare My único. Também as equipas provenientes de cada ZON e foram também introduzidos melhoramentos uma das empresas que deram origem à ZON na loja eletrónica, tendo ainda sido feita uma OPTIMUS foram integradas e até cruzadas, com o aposta clara na dinamização de conteúdos em intuito de criar um único modus operandi ZON todos os sites. As vendas pelo canal web OPTIMUS. representaram cerca de 10% das vendas totais,

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2.5 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO

A fusão entre a ZON e a Optimus teve lugar 1) Assumir a Liderança em funcionalidades de TV apenas no final de agosto de 2013. Tendo isso distintivas em conta, ao longo do ano de 2013, para cada uma das marcas, ZON e Optimus, foi explorada Seguindo o insight criativo da campanha de uma estratégia de comunicação relativamente lançamento e completando uma trilogia de independente e distinta, aqui abordada. campanhas sobre a funcionalidade IRIS com melhores níveis de utilização, satisfação e ZON recomendação de sempre, Timewarp, foi realizada a campanha “Produto do Ano”, que Em 2013 a notoriedade espontânea da marca respondia à questão “O que me faz viajar no ZON atingiu os melhores níveis de sempre, com tempo?”. A melhor experiência de televisão IRIS valores acima dos 96%. Na publicidade em geral, voltou a ser alvo de uma campanha promocional a ZON conseguiu manter elevados níveis de no Regresso às Aulas. branding nas campanhas IRIS na ordem dos Destaca-se ainda o lançamento de mais uma 90%. O Brand Potential Index da marca funcionalidade inédita a nível nacional - o manteve-se elevado, revelando um empate Download to Own - no serviço ZON Videoclube. A técnico com o maior concorrente com 44% campanha “Há uma linha que separa o que se vê, menos de investimento publicitário a preços de do que se quer ver todos os dias” anunciava que tabela. era agora possível comprar os filmes favoritos na IRIS e vê-los na TV ou no PC, reforçando a A comunicação da marca no ano de 2013 proposta de valor de um serviço multi-device. O manteve 3 eixos fundamentais: 1) assumir a mesmo serviço viria a ser reconhecido como liderança em funcionalidades de TV distintivas, 2) Produto do Ano em Inovação Pay TV no ano lançamento de ofertas 4P competitivas e 3) seguinte, reforçando o posicionamento “state of reforço da oferta de conteúdos exclusivos. Para the art” da marca. assegurar os níveis elevados de notoriedade da marca foram ainda mantidas presenças regulares 2) Lançamento de ofertas 4P competitivas em programas (entretenimento e desportivos) de grande audiência e promovidas ativações com Foi lançado em maio a IRIS 4+, que combinava a Naming ZON (em que se destacam o ZON oferta 3P já existente da ZON com o seu serviço NORTH CANYON ou a Liga ZON Sagres). móvel. A campanha confirmava a unicidade da oferta que iria trazer 1) simplicidade (pacote

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integrado), 2) flexibilidade (um a quatro 500.000 visualizações online. Paralelamente, telemóveis) e 3) poupança (preço competitivo) às foram realizados ainda dois spots, nos quais decisões familiares. adeptos do FC Porto e Sporting escondem o comando na sala e garagem para poder ver os Em outubro (já após a fusão com a Optimus) jogos da sua equipa na SPORT TV Live, um novo chegaria finalmente a melhor oferta convergente canal lançado em agosto de 2013. do mercado Português que unia o Produto do Ano em Triple Play (IRIS) com a Escolha do No final do ano, é a vez do canal exclusivo do Consumidor no Móvel. Para sinalizar a primeira Grupo chegar à plataforma ZON oferta convergente da nova empresa foi lançada OPTIMUS no canal 14: a SIC Caras. Uma uma nova linha de comunicação que juntava a campanha multimédia neste Grupo, foi equity da linha IRIS (“Há linhas para tudo e há complementada com exterior, imprensa e online e uma linha que tem tudo”) com a modernidade de teve o claim “Estão todos convidados”, refletindo uma oferta móvel libertadora porque destinada a um olhar especializado sobre o universo das todas as redes. celebridades nacionais e internacionais. Para refletir o glamour do canal, foi mesmo realizada 3) Reforço da oferta de conteúdos exclusivos uma festa de lançamento SIC/ZON com cobertura em direto. Com o intuito de reforçar a sua oferta de canais exclusivos, em janeiro de 2013 foi anunciado o A marca ZON tem procurado reforçar atributos canal +TVI. Para refletir a aposta na produção de como “Juventude”, “Modernidade” e “Inovação” conteúdos nacionais, foi realizada uma na sua publicidade e estratégia de ativação. A campanha sob o mote “quem procura associação ao projeto da Nazaré desde 2011 entretenimento, encontra-o no +TVI.” provou ser uma aposta certeira, tendo tido mais mediatismo que muitas outras iniciativas na Este foi ainda o ano em que a ZON adicionou à temática Surf do mercado. grelha alguns canais anteriormente exclusivos da concorrência – 24Kitchen, Canal Q e Benfica TV - O desafio era aumentar os níveis de notoriedade tendo sido escolhido preferencialmente o meio do naming do patrocínio junto do público. A 28 online (com maior amplitude na segmentação do de janeiro de 2013, Garrett McNamara volta a target alvo), para promover o registo humorístico surfar uma grande onda na Nazaré, proeza que já de um Canal Q ou de uma campanha Benfica TV tinha alcançado em 2011. Esta onda teve um (“Comando? Qual comando?”) que alcançou impacto avassalador nos media nacionais e mesmo mais de internacionais colocando o projeto ZON NORTH

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CANYON e a Nazaré na abertura dos telejornais títulos nomeados para “Melhor Filme”. Para portugueses em horário nobre e nas primeiras relembrar que o cartão pode ser utilizado por páginas nos jornais e na web um pouco por todo toda a família, lançou-se uma campanha com o o mundo. claim “O cinema é uma coisa de família incluindo a sua” em que teve como protagonistas os nomes O spot da campanha lançada nesta altura, foi o das famílias de estrelas de cinema como melhor avaliado de sempre da história da marca, Coppola, Baldwin ou Fonda. com mais de 11 milhões de vizualizações online dos vários conteúdos associados ao projeto. No Entre maio de 2012 e abril de 2013, a ZON foi a início do ano de 2013 a ZON estava no top 8 das marca de telecomunicações com mais menções marcas mais associadas ao mar. No mês nas redes sociais (57.730 de um total de seguinte ao final da campanha subiu para 3º do 240.836), de acordo com a informação do ranking, tudo isto com um valor de investimento serviço Social Media Explorer do Grupo Marktest. por ponto de notoriedade muito inferior ao das Com menções ao patrocínio da Liga ZON Sagres marcas concorrentes. Esta campanha foi Prata a rondar os 50% do total da marca, os restantes nos Prémios de Eficácia da APAN/Grupo depoimentos distribuíram-se entre menções a Consultores na categoria “Comunicação slogans das campanhas e ainda referências à Institucional” e vencedora dos European iniciativa ZON NORTH CANYON. Ainda segundo Excellence Awards na categoria “Corporate um estudo da e.Life, durante o ano de 2013 as Advertising”. menções à fusão com a Optimus geraram sentimentos positivos (62%) assim como o De referir que a marca continuou em 2013 a lançamento de canais exclusivos, como a SIC dedicar-se a um segmento considerado Caras em dezembro (67%). preferencial: o target Kids. A Liga ZON Kids, o torneio oficial de futebol para crianças dos 5 aos No final do ano, a comunicação “IRIS by ZON 12 anos, chegou a um total de 13.800 Fibra – Lançamento da Funcionalidade participantes através de diversas etapas no Timewarp” foi pelo segundo ano novamente Continente e nas ilhas. distinguida com o prémio de Ouro na categoria “Telecomunicações e Media” dos Prémios de A associação do myZONcard ao cinema foi Eficácia da APAN/Grupo de Consultores, uma também reforçada, através de várias ações de distinção que premeia a criatividade e inovação, comunicação, de antestreias e ativações. Em bem como os resultados de marca e de negócio janeiro, celebrou-se a magia dos Óscares, tendo o atingidos. myZONcard oferecido bilhetes duplos para os

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OPTIMUS Na linha da frente do 4G

Em 2013 a Optimus fez progressos muito O 4G é um driver crítico para a liderança da significativos na estratégia definida, trabalhando Optimus no futuro dos dados móveis. Com os consistentemente no reforço dos eixos de marca: investimentos realizados no 4G, a empresa cobre dados móveis, convergência, 4G, inovação e hoje cerca de 90% do território nacional e está experiência de Cliente. preparada para tirar pleno partido desta nova tecnologia. Marcando o ritmo na dinâmica do mercado no que diz respeito à inovação e competindo de Uma das primeiras grandes campanhas do ano igual para igual com os seus concorrentes, a foi a de lançamento do iPhone 5 4G. A Optimus Optimus foi, uma vez mais, responsável pelo foi a primeira operadora a assegurar aos lançamento de soluções pioneiras e disruptivas utilizadores do iPhone 5 uma utilização 4G sem que transformam e revolucionam o cenário das limites, graças à rede completamente preparada telecomunicações em Portugal. para utilização total de telecomunicações móveis de quarta geração. Entre estes lançamentos encontram-se o wÖw e o WTF. Surpreendente e inovador, o wÖw é o Em março a Optimus trouxe de volta João primeiro serviço de Internet fixa com instalação Manzarra, no filme “Queres ser HOT”. Esta forte imediata e que pode ser utilizado em até 3 campanha promocional teve como objetivo localizações distintas, oferecendo velocidades de posicionar o Hotspot 4G Optimus Kanguru como download até 100 Mbps e que pode ainda ser a primeira escolha dos consumidores para a associado a pacotes complementares de voz fixa. partilha de Internet. Recorde-se que este equipamento foi também eleito “Produto do Ano” O WTF é um produto que rompe por completo em 2013, destacando-se na categoria “Banda com o paradigma das comunicações tradicionais, Larga Móvel 4G”. que fecham os jovens em formatos há muito ultrapassados e dificultam as suas comunicações Tarifários e Equipamentos fora da própria rede. O WTF oferece a utilização ilimitada das aplicações de comunicação Entre as principais campanhas do ano, que WhatsApp, Viber, Skype, Facebook Messenger, mereceram maior investimento publicitário por Blackberry Messenger, iMessage e Facetime, parte da Optimus, encontram-se o lançamento combinada com tráfego de dados abundante. dos novos tarifários SMART, com início em janeiro e extensão ao longo do primeiro trimestre do ano,

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e do Liga, que teve lugar em junho. Estes dois Música tarifários assumiram-se como marcos importantes na relação da Optimus com os A estratégia da Optimus na área da Música consumidores. O SMART reinventou o conceito assenta numa aposta estruturada, consistente e das ofertas vocacionadas para smartphones, continuada. A Optimus tem uma ligação histórica oferecendo, pela primeira vez em Portugal, à Música – é um território natural para a marca. chamadas de voz e SMS ilimitadas para todas as Trata-se de um investimento crucial, que conta redes nacionais. O LIGA, que se caracteriza por com um retorno crescente: a Optimus é, ser um tarifário livre, simples, sem preocupações, claramente, o operador de telecomunicações que constitui uma poupança efetiva para os mais tem evoluído na relação com a Música, consumidores portugueses que pretendem reduzir destacando-se dos seus concorrentes. Para custos no seu orçamento mensal. Com uma reforçar esta aposta foram mantidos os três mensalidade fixa de 9,90 €, o LIGA permite falar grandes eventos com naming Optimus: Optimus para qualquer rede nacional móvel ou fixa, Primavera Sound, realizado no Porto entre 30 de disponibilizando 100 minutos de conversação, maio e 1 de junho; Optimus Alive, realizado em SMS ou MMS, por mês. Oeiras, nos dias 12, 13 e 14 de julho; e Optimus D’ Bandada, realizado no Porto no dia 14 setembro. Promoções A marca escolhida pelos consumidores

Em 2013 destacam-se duas campanhas com Em 2013 a Optimus foi, uma vez mais, a forte investimento publicitário: a campanha de operadora móvel preferida pelos consumidores verão, em julho, e a campanha de Natal, em portugueses destacando-se pela qualidade dos novembro e dezembro. As duas campanhas seus serviços de Voz, Internet Móvel e Aplicações. comunicaram uma proposta de valor que se tem Esta distinção, que reforça o compromisso da revelado um sucesso na Optimus: a marca com a entrega de produtos e serviços disponibilização de smartphones ao preço mais diferenciadores e que correspondem às reais competitivo do mercado, que podem ser necessidades dos seus Clientes, resulta da adquiridos desbloqueados, sem qualquer custo avaliação “Escolha do Consumidor, o projeto com adicional. maior abrangência de escolhas em Portugal.

A força da marca Optimus ficou também patente

no facto de ter atingido níveis de notoriedade

espontânea como nunca antes vistos,

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com valores acima dos 96%. Também nas redes sociais, os resultados não podiam ter sido melhores. 77% do buzz registado entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2013 foi positivo. Em análise estiveram mais de 25 mil depoimentos.

O melhor serviço ao Cliente do Mundo

A Optimus foi considerada a empresa com o “Melhor Serviço ao Cliente do Mundo”, conseguindo o feito inédito de conquistar este título pelo segundo ano consecutivo, uma proeza que nunca havia sido conseguida por outra empresa a nível internacional. A Optimus revalidou o título conquistado em 2012 enquanto empresa com o Melhor Serviço ao Cliente do Mundo - a mais importante categoria a concurso, naqueles que são consideradas os “óscares” dos Contact Center a nível mundial. Isto depois de ter vencido, em julho último e entre milhares de candidaturas de mais de 50 países diferentes, o primeiro lugar no Melhor Serviço ao Cliente da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África).

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2.6 AS MAIS SOFISTICADAS REDES DE NOVA GERAÇÃO

A rede de transporte da ZON OPTIMUS é Rede de Transmissão atualmente constituída por duas redes em fibra ótica compostas por vários anéis (da qual fazem Os anéis de fibra ótica que suportam a rede de parte uma rede metropolitana que serve Lisboa e transporte são iluminados usando tecnologia áreas circundantes) e que interligam os vários data Dense Wavelength Division Multiplexing (DWDM) centres, Hubs, Head Ends e Base Stations/e-nodeB recorrendo a interfaces de 10G e 100G, os quais onde estão instaladas as plataformas e permitem uma capacidade agregada disponível de equipamentos que suportam a multiplicidade de 3,5Tbit/s. Cada site/hub da ZON OPTIMUS é serviços que constituem a oferta da empresa. Esta servido por circuitos redundantes com uma rede, constituída por ativos e circuitos de fibra ótica capacidade de 2x10Gbit/s a 2x30Gbit/s. provenientes das duas empresas que deram origem à ZON OPTIMUS, irá, durante o ano de Rede IP/MPLS 2014, convergir numa única rede de nível nacional, resultando desta fusão, uma rede única de maior O backbone IP, resultante da interligação dos cobertura, disponibilidade e capacidade, ao backbones herdados das duas empresas que mesmo tempo que se otimiza os custos de deram origem à ZON OPTIMUS, irá igualmente exploração a ela associados. Ao nível da rede de sofrer um processo de fusão, garantindo-se acesso, a ZON OPTIMUS é detentora de uma rede sempre uma infraestrutura de rede própria, fixa e de uma rede móvel, qualquer uma delas de tecnologicamente avançada, de grande última geração e com cobertura nacional. A rede capacidade e com cobertura a nível nacional. fixa utiliza tecnologias P2P, FTTH e HFC. É Manter-se-á o desenho de acordo com as suportada em fibra ótica e coaxial, possui uma melhores práticas, de forma a disponibilizar um elevada capilaridade e capacidade, podendo portfólio de serviços desenhado à medida das suportar tanto Clientes residenciais como necessidades impostas pelos mercados residencial empresariais. A rede móvel, igualmente de última e empresarial, independentemente da rede de geração, utiliza tecnologia 4G/3G e 2G, com acesso utilizada, fixa ou móvel. cobertura nacional. A rede 4G, que permite velocidades de download até 150Mbps, possui uma Estende-se atualmente a um número superior a cobertura outdoor de cerca de 90% da população. quarenta pontos de presença, abrangendo todas as capitais de distrito do País. A granularidade geográfica é ainda estendida a todos os pontos da

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rede de transporte DWDM/MEF que funcionam atualmente uma capacidade mínima redundante como coletores de tráfego. de ligação ao core da rede de 10Gbit/s.

A arquitetura adotada para a infraestrutura de Em termos de interligação com fornecedores de comutação IP/MPLS é constituída por dois níveis tráfego IP internacional (Internet) a rede está distintos, de modo a garantir a flexibilidade estruturada de forma a entregar tráfego em dois requerida aos processos de reforço de capacidade locais com infraestrutura redundante, um em assim como os elevados níveis de proteção e Lisboa e outro no Porto. Desta forma permite-se o redundância exigidos a uma infraestrutura que balanceamento do tráfego, e uma alta garante o transporte da totalidade dos serviços de disponibilidade de serviço, pois estes dois pontos dados, voz e vídeo. O primeiro nível, implementado asseguram a redundância do serviço em caso de de modo distribuído, em hubs primários e falha de um deles. secundários, é responsável pela terminação dos acessos dos Clientes, pela interligação aos centros Existem ainda CDNs (Content Delivery Networks) de dados da ZON OPTIMUS, pelo backhaul móvel de vários fornecedores/agregadores de conteúdos e ainda assegura a interligação com os para que os Clientes da ZON OPTIMUS tenham operadores, nacionais, internacionais e de trânsito um acesso rápido e eficaz aos conteúdos mais IP. O segundo nível, designado por core, garante a populares. interligação, em modo redundante, entre os diversos pontos de presença através de circuitos de A rede da ZON OPTIMUS está já preparada para alto débito e possui uma topologia idêntica á de suportar o protocolo IPv6, e todas estas um cubo. Cada um dos vértices é constituído por interligações já suportam o tráfego IPv6. equipamentos de comutação com características técnicas no limite do permitido pela tecnologia Redes de Acesso existente. A rede de acesso da ZON OPTIMUS permite O valor agregado dos circuitos que suportam a fornecer um leque variado de serviços ao mercado rede de transporte e comutação IP da ZON residencial e empresarial, utilizando os seguintes OPTIMUS importava, no final de 2013, em tipos de tecnologias: aproximadamente 2,5Tbit/s sendo que a capacidade de interligação com outros operadores, • HFC – Rede que cobre mais de 3,2 milhões nacionais e internacionais, para troca de tráfego IP de casas passadas permitindo o totalizava 490Gbit/s. Cada ponto de presença tem fornecimento de serviços de Internet de alta velocidade (através de EuroDOCSIS 3.0),

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telefonia fixa (utilizando voz sobre IP), potencial de expansão que existe nesta televisão (analógica e digital), serviços de rede. Nos centros de dados da ZON vídeo on demand eb nPVR.b Paralelamente OPTIMUS estes serviços estão interligados à permite o fornecimento de serviços de rede IP/MPLS podendo ambas as redes dados para o mercado empresarial através tirar partido das vantagens uma da outra ao da tecnologia Business Services over nível de distribuição de tráfego, cobertura e DOCSIS (BSoD). serviços.

• FTTH – Rede de acesso para a expansão de cobertura usando a tecnologia GPON, cuja Rede de Distribuição de Vídeo capacidade por porto instalado é de 2,5Gbps e de 1,25Gbps para um split de A ZON OPTIMUS dispõe também de uma rede de 1:32, fornecendo os mesmos avançada rede de distribuição de vídeo serviços que a rede HFC. multiplataforma e multi-device capaz de suportar um número crescente de canais e serviços • 4G/3G e 2G – Redes móveis, com inovadores. Em 2013, a oferta linear de TV por cobertura de 90% da população portuguesa cabo digital ocupava já 20 Transport Streams em outdoor, e que permite velocidades de correspondendo a mais de 800Mbit/s de canais download até 150Mbps, sobre a qual são SD, HD e serviços digitais. suportados serviços de Voz Móvel, acesso à Internet e serviços empresariais. Paralelamente, assistiu-se a um crescimento no volume de tráfego gerado pelos serviços de • Ponto-a-ponto – Rede de acesso Metro televisão não linear (nPVR, RestartTV e VoD). Ethernet utilizada para disponibilizar Alguns números ilustram o sucesso destas serviços de voz e dados ao mercado funcionalidades: empresarial com débitos simétricos de/até 10Gbit/s. Através desta arquitetura é • Mais de nove mil portadoras únicas para possível transportar serviços Ethernet sobre serviços on-demand; Devido ao forte DWDM com capacidade para oferecer os crescimento no consumo dos serviços de serviços de rede nível 2 definidos pelo Metro nPVR, Restart TV e VoD, a rede da ZON Ethernet Forum (MEF). Um exemplo, é o OPTIMUS suporta um total de mais de fornecimento de circuitos para mobile 350Gbps de tráfego de TV on-demand, backhauling. Estes serviços são em mais de 70.000 streams em transportados no core DWDM com todo o simultâneo, servidos por um conjunto de

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cerca de 20 CDNs distribuídos pela , recorrendo a qualquer uma das arquiteturas de forma a retirar pressão sobre o anteriormente referenciadas. backbone; Tanto na rede core como nas redes de acesso, • Mais de 1400 Hard-Drives em fixas e móveis, há a preocupação de fornecer aos funcionamento 24 horas por dia, 7 dias Clientes um serviço de qualidade, tanto ao nível da por semana numa arquitetura cloud de transmissão, como da disponibilidade de rede. última geração; Assim, estão implementados na rede mecanismos • Atingidos mais de meio-milhão de de Qualidade de Serviço que se focam pedidos de playout diários no Natal de principalmente nos seguintes fatores: 2013. • Perdas (Loss) – Percentagem de pacotes Em 2013, com o lançamento dos serviços de user perdidos entre um ponto de origem e um recording em cloud (nPVR), foi terminada a de destino; migração para uma nova plataforma/infraestrutura • Atrasos (Delay) – Tempo que um pacote com suporte nativo multi-device, promovendo demora a chegar ao destino, desde que é maior integração de serviços e menores custos de transmitido na origem; networking e storage graças a uma arquitetura • Variação de atrasos (Jitter) – Diferença mais distribuída numa lógica de CDN. Esta entre os atrasos de vários pacotes; plataforma, desenvolvida pela própria ZON • Rendimento (Throughput) – Largura de OPTIMUS e um conjunto de parceiros, garante à banda disponível para o utilizador, entre empresa a liderança na televisão não linear. dois pontos; • Cobertura – avaliação contínua da Qualidade de Serviço qualidade e cobertura da rede móvel, nas várias tecnologias 4G, 3G e 2G, de forma Todas as arquiteturas da rede de acesso partilham a garantir uma superior experiência de em grande parte a mesma infraestrutura de fibra Cliente. ótica instalada a nível nacional, que está hoje fortemente reforçada, com a integração dos ativos Desta forma, sendo o comportamento e provenientes das duas empresas que deram performance da rede previsível, é possível oferecer origem à ZON OPTIMUS. Ambas as empresas, nos Níveis de Serviço (SLAs) agressivos garantindo aos últimos anos, levaram a cabo significativos Clientes empresariais serviços que se pautam pela investimentos em fibra, que combinados, reforçam performance e resiliência. a capacidade e cobertura da empresa, e a partir da qual podem ser construídas soluções de rede

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A ZON OPTIMUS tem também em funcionamento permitam uma maior flexibilidade de provisão e/ou um modelo de supervisão analítico que permite alocação dinâmica de capacidade, quer seja em antecipar problemas de infraestrutura com termos computacionais ou de alojamento, tirando impacto em Clientes, podendo assim reagir em partido do que de mais inovador o mercado de antecipação, corrigindo o mais cedo possível esses tecnologias oferece. problemas. Dados de Tráfego/Rede Data Centre de Nova Geração A rede de acesso HFC utiliza canais de Os serviços que a ZON OPTIMUS presta aos seus radiofrequência (portadoras) permitindo isolar os Clientes estão, cada vez mais, dependentes de múltiplos serviços. Atualmente a ZON OPTIMUS infraestruturas alojadas em Centro de Dados e no utiliza um espectro de frequências que vai dos mercado competitivo e tecnologicamente exigente 5MHz até aos 65MHz (com portadoras de 3,2 e em que a ZON OPTIMUS opera, é fundamental 6,4MHz) para o upstream e dos 110MHz aos garantir-se um elevado nível de eficácia e 750MHz para o downstream (com portadoras de 7 fiabilidade nos meios de suporte aos serviços. e 8 MHz).

Atualmente, a ZON OPTIMUS gere e/ou utiliza um Cada uma das portadoras pode ser configurada conjunto de Centros de Dados que herdou das para um serviço específico (Internet, televisão duas empresas que a constituem. Durante 2014, analógica ou digital, video on demand, etc.) irá proceder-se à consolidação e à otimização permitindo de forma sustentável manter a destes Centros de Dados, sendo objetivo desta capacidade necessária em cada momento em consolidação dotar a ZON OPTIMUS de uma cada ponto da rede. infraestrutura redundante, de elevada disponibilidade e desempenho capaz de suportar No final de 2013 estavam instaladas um total de as plataformas de serviço e rede necessárias à mais de 10 mil portadoras de downstream e mais oferta atual e futura da empresa para todos os de 10 mil portadoras de upstream para os serviços segmentos em que opera. de Internet (DOCSIS). Durante este ano, foram desativadas todas as portadoras legacy, de baixa Dentro deste processo de convergência, será capacidade, libertando-se espectro para o garantida a flexibilidade e capacidade de resposta crescimento da capacidade da rede DOCSIS 3.0, em tempo útil aos requisitos de negócio. Nesta DOCSIS 3.1 ou mesmo capacidade de TV on- vertente, serão garantidas iniciativas que têm como demand. objetivo a implementação de soluções que

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Opções tecnológicas de dados sobre HFC denominado DOCSIS 3.1. Este novo protocolo, também utilizado na rede móvel O desafio de qualquer rede de acesso hoje em dia LTE(4G), traz um conjunto de melhorias técnicas é ter a capacidade disponível onde ela é como a introdução de OFDM (Orthogonal necessária, com o investimento adequado. A rede Frequency Division Multiplexing), altera a correção HFC tem a particularidade de fornecer essa de erros de FEC (Forward Error Correction) para capacidade com as vantagens de: LDPC (Low Density Parity Check), suporta modelações mais agressivas como QAM1024 e • A televisão linear e “on demand” não QAM4096 e permite diferentes níveis de competem pela mesma largura de banda organizações no espetro em termos de frequências – usam portadoras distintas; de downstream e upstream. • A qualidade de serviço do serviço Internet é assegurada de forma independente da Através de algumas alterações na rede, mas utilização da televisão; mantendo a estrutura física, será viável num futuro • Não há compromissos com serviços de de três a cinco anos a ZON OPTIMUS menor capacidade (como por exemplo o disponibilizar capacidades de até 10Gbit/s no ADSL). Um canal de TV HD terá sempre downstream e aproximadamente 2Gbit/s no disponível a capacidade requerida (por upstream na rede de acesso HFC. Este exemplo, durante um jogo de futebol desempenho será possível sem um investimento pode-se atingir um pico de 12Mbit/s – maciço na rede de acesso, uma vez que a insustentável na maior parte das redes de evolução será maioritariamente incremental e acesso legacy). apenas à medida que for sendo necessária.

A gestão de capacidade é efetuada em função da Ao nível da rede móvel, continuou a forte aposta utilização real. Como a rede HFC é também uma da empresa na evolução e desenvolvimento da infraestrutura partilhada, uma maior utilização em rede LTE (4G), tendo sido lançadas ofertas que algumas partes da rede é estatisticamente tiram o maior partido da elevada disponibilidade e compensada por outras, otimizando o investimento desempenho desta rede. Tem-se assistido a um necessário para assegurar um serviço de forte crescimento de tráfego nesta tecnologia, em excelência. linha com o que se verifica em rede idênticas em outros países. Em termos de futuro, a ZON OPTIMUS continua a participar em conjunto com o Cable Europe Labs Ao nível do espectro, a ZON OPTIMUS identificou o no desenvolvimento da nova geração de serviços potencial da banda de 1.800 MHz para a

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implementação do LTE, dadas as suas vantagens de propagação relativamente à banda de 2.600 MHz ao mesmo tempo que permite uma capacidade semelhante. A aquisição dos direitos de utilização da banda de 1.800 MHz implicou o planeamento de frequências e a otimização de toda a rede de rádio, de forma a libertar o espectro na banda de 1800 MHz que vinha sendo utilizado para serviços de voz/dados GSM. A ZON OPTIMUS acredita que esta estratégia é um elemento diferenciador fundamental no que respeita ao desempenho da rede e dos terminais. Prevê-se que a banda de 800 MHz se tornará fundamental para proporcionar uma experiência superior em zonas rurais/suburbanas com menor densidade populacional, onde é necessário cobrir uma área maior.

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2.7 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Os Sistemas de Informação assumem um papel modelo de dados, para suportar o central no enabling da estratégia e na integração roadmap de transformação de ZON OPTIMUS. Sendo a arquitetura e processos, elevando a eficiência a capacidade de execução dos Sistemas de vantagem competitiva; Informação estruturais para a estratégia, a empresa tem um plano consistente de ações em 3) Num terceiro eixo de atuação, os SI cada um dos principais eixos de atuação: serão centrais na entrega de elevados níveis de serviço aos nossos Clientes, 1) Enabling da proposta de valor desenvolvendo aplicações e ferramentas ambicionada e da inovação, que sejam alavancas na melhoria desenvolvendo e suportando de forma contínua da experiência dos nossos sustentada as ofertas e os processos de Clientes em todos os canais de contacto. negócio que garantam a melhor proposta de valor em Portugal; Enabling da proposta de valor ambicionada 2) Num segundo eixo, os Sistemas de Informação assumem um papel crítico Os sistemas de informação são fundamentais na transformação e consolidação para o enabling da proposta de valor internas, garantindo a integração ambicionada e na inovação, por isso, está prevista necessária de sistemas, aplicações e uma implementação faseada e ambiciosa da

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transformação de IT: • Fusão efetiva de processos de negócio, possibilitando a captura de uma parte • Criação de ofertas cada vez mais significativa das sinergias; convergentes (em tarifários e em tecnologia) • Redução dos próprios custos (e complexidade) • Fusão/ consolidação dos canais comerciais, dos sistema de captura de sinergias aumentando a presença multi-produto e o planeadas. cross-selling; • Integração da gestão de Clientes e a criação Garantir elevados níveis de serviço aos de uma experiência de Cliente comum e nossos Clientes coerente; • Processos de suporte à atividade nos É fundamental garantir a melhor experiência de segmentos empresarias integrados; Cliente através de sistemas de elevada • Enabling de novas avenidas de crescimento performance, pensados para os desafios da (ICT, ). convergência e da qualidade:

Papel crítico na transformação e • Disponibilizar aplicações e serviços com consolidação internas elevados níveis de performance e disponibilidade, que permitam os melhores Sendo os Sistemas de Informação centrais na níveis de satisfação aos nossos Clientes; capacidade de elevar a eficiência e a vantagem • Garantir os melhores níveis de usabilidade em competitiva, a ZON OPTIMUS iniciou em 2013 um todos os interfaces e aplicações de Cliente, ambicioso plano de transformação dos seus permitindo uma excelente experiência de Sistemas de Informação: utilização, intuitiva e simples; • Assegurar interfaces integrados para suporte a • Acelerador da integração operacional e Clientes e a ofertas cada vez mais padronização de processos internos (RH, convergentes; Finanças, Procurement, etc.); • Desenvolver sistemas que sejam um enabler • Enabling da transformação na área técnica/ da liderança na satisfação dos Clientes. tecnológica (p. ex. voz fixa ZON no IMs da Optimus);

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3. LIDERANÇA NA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

O nosso objetivo é liderar na qualidade de serviço Simplificação do modelo de para sermos reconhecidos pelos nossos Clientes e atendimento a Clientes parceiros como o melhor Serviço ao Cliente em Portugal. Com base neste objetivo, demos passos O modelo de atendimento foi reformulado pela decisivos na reestruturação do modelo operacional Optimus, com o intuito de melhorar a experiência em termos de equipas, processos e sistemas para de serviço dos Clientes, simplificar o registo de promover a satisfação dos nossos Clientes. Em contactos e reforçar a autonomia dos assistentes 2013, conseguimos o feito inédito de sermos na resolução das suas questões. Para garantir um considerados pela segunda vez consecutiva o serviço alinhado com as expetativas dos Clientes, o Melhor Serviço ao Cliente do Mundo, atribuído pelo tempo de resolução foi reavaliado e as situações Contact Center World. foram priorizadas de modo a alinhar a rapidez de resolução com a criticidade da situação para o Reforço dos processos de recolha e Cliente. Adicionalmente, foi definido um modelo de análise de feedback de Cliente acompanhamento em que informações relevantes são comunicadas proativamente para minimizar a Em 2012, foi implementado pela Optimus um necessidade de contacto por parte do Cliente. O sistema de monitorização integrado que combina novo modelo de atendimento simplifica o registo indicadores operacionais e indicadores do da situação reportada pelo Cliente, facilita a programa de Voz do Cliente. Para melhorar a gestão de tarefas pelos assistentes e a interação qualidade do feedback recolhido de Cliente, em com outras equipas reduzindo o esforço associado 2013, reformulámos os nossos inquéritos de à gestão de contactos. Assim, foi possível reduzir o satisfação: (1) assegurámos que os inquéritos são tempo de resposta ao Cliente através de uma mais realizados mais próximo do momento de contacto, eficiente gestão operacional. para garantir a adequada avaliação da interação; (2) reduzimos e simplificámos as questões para Colocando o enfoque na resolução no momento de reduzir o esforço de resposta aos Clientes e (3) contacto, em 2013 a ZON reforçou a capacidade aumentámos o número de inquéritos realizados de despiste das equipas técnicas de 1ª linha, para termos representatividade no feedback de utilizando ferramentas de business process Cliente para alimentar as ações de melhoria de management que permitiram: (1) otimizar o performance das nossas operações e as ações de processo de diagnóstico de contactos de Clientes, formação de assistentes. integrando a informação proveniente de várias ferramentas, (2) melhorar a qualidade da informação comunicada ao Cliente, assegurando maior consistência na resolução e (3) simplificar o

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processo de resolução para o assistente, tornando ativação e desativação de canais. Foi reforçada a o contacto mais rápido, eficaz e focado no Cliente. presença nas redes sociais, através do Esta iniciativa em articulação com o reforço na desenvolvimento de tutoriais disponíveis no formação da equipa, permitiu transversalizar as YouTube, que permitem de uma forma interativa competências de resolução técnicas em 1ª linha, esclarecer dúvidas e facilitar a utilização dos reforçando a capacidade de resolução no serviços, marcando assim presença em momento de contacto do Cliente plataformas menos tradicionais. independentemente do serviço ou tecnologia. Desenvolvimento de uma cultura de Alargamento dos canais de selfcare serviço orientada para a excelência

O lançamento do novo site por parte da Optimus A orientação para a excelência, através do permitiu dar maior visibilidade e facilitar o acesso à envolvimento dos colaboradores em todos os níveis área de Clientes, melhorando a experiência de da organização, na melhoria da experiência utilização de conteúdos autenticados e não disponibilizada aos Clientes é pilar fundamental da autenticados. Foram reformulados os conteúdos nossa cultura de serviço. Em 2013, a Optimus quer através da revisão de informação quer através reformulou o modelo de acompanhamento de reorganização de layout com o intuito de operacional garantindo maior envolvimento e melhorar a navegabilidade. Na área autenticada, responsabilização dos assistentes. Diariamente, continuamos a incluir novas funcionalidades, como são asseguradas reuniões entre assistentes e a gestão de serviço de Mobile TV, MMS e a chefes de equipa para analisar indicadores-chave simplificar a experiência de utilização, facilitando de satisfação, qualidade e eficiência do dia os processos de adesão e registo no webselfcare, anterior, definir planos de ação para melhoria dos bem como a associação de contas para reforçar a resultados da equipa e identificar oportunidades de gestão autónoma de serviços através do site. melhoria das operações. Este modelo promove não apenas um papel mais ativo dos assistentes nos Em 2013, a ZON alargou a oferta de canais de resultados da sua equipa e da empresa, mas selfcare para os nossos Clientes, com a introdução permite também alimentar os processos de de área de Clientes em televisão e reforço da melhoria contínua das operações através do presença nas redes sociais. Hoje em dia, os nossos contínuo feedback dos assistentes (voice of Clientes podem durante a sua experiência de employee). utilização de televisão consultar não apenas alguma informação da sua conta, mas também realizar algumas operações simples como a

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Reconhecimento da excelência na indústria do serviço ao Cliente

Em 2013, continuámos ativamente envolvidos na área do serviço ao Cliente participando em conferências da especialidade nacionais e internacionais, fóruns e painéis para discutir as melhores práticas, analisar tendências e assegurar o benchmark com outras Organizações. A nível nacional foram obtidos os prémios mais relevantes, nomeadamente, o Melhor Serviço ao Cliente em Telecomunicações, e o Melhor Serviço ao Cliente em Portugal, atribuídos à Optimus pela Associação Portuguesa de Contact Centres (APCC). A nível internacional, a ZON OPTIMUS tem marcado presença na prestigiada conferência de Contact Center World, em que a Optimus conseguiu o feito inédito de ganhar pela segunda vez consecutiva o prémio de Best Customer Service in the World, depois de ter sido considerada pela terceira vez consecutiva o Best Customer Service in EMEA. Adicionalmente, a ZON foi galardoada com o prémio de Best Incentive Schemes em EMEA e de 2nd Best Incentive Schemes in the World que reconhece a qualidade do modelo de gestão e motivação dos assistentes nos contact centres.

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4. OUTROS NEGÓCIOS

4.1 CINEMAS

A ZON Lusomundo Cinemas é a empresa líder do fortes, permitindo: ver, ouvir e sentir mais. mercado de exibição em Portugal e é detida em 100% pela ZON OPTIMUS. A inovação e a capacidade de estar permanentemente no topo da tecnologia tem O negócio core da ZON Lusomundo Cinemas é a contribuído para o sucesso e liderança do mercado exibição de filmes, tendo sido um dos primeiros de cinema em Portugal, com uma quota de operadores mundiais a instalar a projeção digital mercado em 2013 (sem abrir novos complexos de em todas as suas salas de cinema, respeitando as cinema) superior a 60% em número de bilhetes especificações DCI (Digital Cinema Initiatives) com vendidos e em receitas de Box Office. resolução 2k. Para além da exibição comercial de filmes, exibe ainda conteúdos alternativos de Com 29 complexos “multiplexes” e 209 salas de desporto, música e bailado ao vivo ou gravados em cinema espalhados geograficamente pelo País, o 2D ou 3D. O som das salas de cinema é de última atual modelo de negócio assenta na integração no geração (Dolby Digital 7.1). Em algumas das suas mix de oferta em centro comercial, sendo uma das salas tem a tecnologia HFR (High Frame Rate) que lojas âncora destes polos comerciais, com uma permite imagens mais imersivas, mais nítidas e imagem exterior e interior muito forte. realísticas através do aumento de número de fotogramas por segundo (de 24 para 48), Em termos tecnológicos a ZON Lusomundo garantindo uma excecional experiência de cinema Cinemas tem vindo a desenvolver inúmeras e a plena satisfação do Cliente. plataformas que permitem um melhor serviço e qualidade de atendimento ao Cliente: Cerca de 40% das salas da ZON Lusomundo são equipadas com projeção digital 3D REAL D. No i) No ponto de venda bilheteira/bar, EPOS primeiro semestre de 2013 a empresa inaugurou (Electronic Point of Sale) com TPA’s no Cinema Colombo a primeira sala IMAX com (Terminais de Pagamento Automático/ tecnologia digital em Portugal. Este lançamento Multibanco); insere-se numa política de estar na vanguarda da ii) Kiosks que permitem levantamento, reservas tecnologia e de diferenciação, sendo que está e compras de bilhetes e produtos de bar a projetada a abertura de mais duas salas IMAX em débito e ou a crédito, desanuviando as Portugal. O IMAX é uma experiência única e tradicionais filas de bilheteira; imersiva de Cinema, um “conceito” de cinema iii) Call Center; envolvente e um sistema que permite emoções iv) MTicketing/bCode (aplicações para

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dispositivos móveis que permitem a compra Indicadores de 2013 (Portugal): de bilhetes, cruzamento e venda de promoções com os respetivos terminais nos • 29 Complexos Multiplex cinemas); • 209 Salas (100% Digitalizadas) v) ZON Cinemas (bilheteira na plataforma IRIS, • 83 Salas 3D que permite além de poder comprar bilhetes, • Cerca de 40.000 Cadeiras conhecer o cartaz com os filmes que estão • 1 Sala IMAX em exibição, ver os respetivos trailers, • 5 Salas com HFR (High Frame Rate), última consultar horários das sessões e os lugares evolução em termos de exibição em cada sala); • 55 Kiosks de venda vi) Site corporativo com loja e a utilização de • Cerca de 8.000.000 Bilhetes Vendidos / Ano redes sociais, entre outros. • Cerca de 370 Filmes exibidos / Ano • Cerca de 336.000 Sessões de Cinema / Ano A nível Internacional a ZON Lusomundo Cinemas • Cerca de 500 Colaboradores está presente em Moçambique através da empresa Lusomundo Moçambique, empresa local de exibição cinematográfica a operar neste mercado há vários anos, tendo concluído em 2012 o processo de reformulação operacional (fecho de salas antigas) e iniciado um novo ciclo de expansão num novo formato, com a abertura de novas salas no Centro Comercial Maputo Shopping (em junho de 2012). Está prevista a inauguração, para o segundo semestre de 2014, de um novo complexo de cinemas na cidade da Matola.

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4.2 AUDIOVISUAIS

O ano de 2013 foi marcado por um decréscimo do Audiovisuais a quebra se situou nos 5%, um mercado da distribuição cinematográfica em desempenho motivado pela utilização de novos Portugal, devido à diminuição em 9,4% do número canais de distribuição quer em Portugal, quer nos de espectadores nos cinemas Portugueses, Países Africanos de Expressão Oficial Portuguesa. relacionada com o atual contexto macroeconómico desafiante. Assim sendo, a receita bruta de No negócio de Gestão de Direitos, a ZON bilheteira do mercado como um todo cifrou-se em OPTIMUS enfrentou um cenário desafiante, 65,4 milhões de euros, menos 11,5% do que em continuando a debater-se com um mercado 2012. Não obstante, a ZON Lusomundo bastante contraído por parte dos seus principais Audiovisuais manteve a sua posição de liderança, compradores, sobretudo em Portugal. registando uma quota de mercado de 61,6% em espectadores e 61,2% em receita, apesar de deixar No negócio de televisão, numa escolha realizada de contar em 2013 com o catálogo de filmes da entre os vários operadores de mercado nas várias Dreamworks Animation. No negócio de distribuição categorias, os consumidores Portugueses para cinema a empresa contou com 7 títulos do reconheceram a excelência e inovação tecnológica Top 10 de receita bruta, incluindo os 5 primeiros dos serviços ZON OPTIMUS ao distingui-la na lugares, realizando 207 estreias em 2013 (vs 148 categoria “Inovação em Pay TV”, com o serviço em 2012), destacando-se o filme “A Gaiola Download to Own, na 10ª edição da seleção do Dourada”, com mais de 756 mil espectadores. É Produto do Ano, no âmbito do Grande Prémio de também de realçar a obtenção pela divisão de Marketing e Inovação. O serviço Download to Own Audiovisuais de 6 dos 10 primeiros lugares da permite comprar filmes do ZON Videoclube através tabela de filmes Portugueses com maior sucesso, da TV ou PC, tratando-se de um serviço pioneiro também incluindo os 5 primeiros, de entre os quais no mercado Português de Televisão por se destacou o filme “7 Pecados Rurais”, o 2º filme Subscrição, através do qual os Clientes passam a português mais visto de sempre. ter disponível a opção de comprar os seus filmes preferidos, para verem sempre e onde quiserem, No negócio de distribuição Home Video, a ZON em qualquer plataforma: TV, PC e brevemente Lusomundo Audiovisuais continuou a reforçar a Tablet ou Smartphone. sua liderança do mercado. De facto, de acordo com estudos da GfK, o mercado apresentou uma Nos canais da Dreamia, merece destaque a quebra ao nível das receitas na ordem dos 15%, liderança obtida pelo canal Hollywood no cabo, ao enquanto que para a ZON Lusomundo longo do ano de 2013, tendo atingido um share

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médio de 2,9% durante o ano. A Dreamia, no agregado dos seus 4 canais, liderou as audiências do cabo no ano 2013 atingindo um total de 91,2 de rating médio mensal e 6,1% de share.

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4.3 ZAP

A ZAP opera nos mercados de Angola e a operação da ZON OPTIMUS em Portugal. Moçambique desde 2010, sendo uma joint venture detida em 30% pela ZON OPTIMUS e em 70% Em termos de produtos, atualmente, a ZAP oferece pela SOCIP – Sociedade de Investimentos e aos seus Clientes nestes mercados três pacotes de Participações, S.A., uma sociedade Angolana. A canais: ZAP Mini, com cerca de 50 canais, ZAP ZAP opera nos mercados de televisão paga de Max, com cerca de 100 canais, e ZAP Premium, Angola e Moçambique, suportada em tecnologia com cerca de 130 canais (dos quais 14 em HD) DTH através do satélite Eutelsat W7. com um preço de, aproximadamente, 15 USD, 30 USD e 60 USD mensais, respetivamente. Em 2013, e à semelhança do que se tem verificado nos últimos anos, Angola e Moçambique foram A ZAP tem procurado reforçar continuamente a mercados de forte crescimento económico. sua oferta de canais. Em 2013, lançou um conjunto Segundo as mais recentes estimativas do FMI (de de canais bastante relevantes para os mercados outubro de 2013), em 2013, o PIB real de Angola e Angolano e Moçambicano, nomeadamente Benfica Moçambique deverá ter crescido 5,6% e 7,0%, TV, A Bola TV, +Novelas, TVI Ficção e Afromusic respetivamente, valores que comparam com 5,2% Angola, refletindo a sua estratégia de e 7,4% em 2012. Este forte crescimento tem-se diferenciação da oferta de canais por via da refletido no desenvolvimento de uma classe média predominância de canais em língua portuguesa e cada vez mais numerosa, com apetência e poder da oferta exclusiva de conteúdos-chave, de que de compra para o consumo de serviços de são exemplo a Liga Portuguesa de Futebol (através televisão paga. dos canais SPORT TV África e Benfica TV) e os canais ZAP Novelas, ZAP Viva e +Novelas O mercado de televisão paga tem naturalmente (produzidos pela ZAP especificamente para estes acompanhado o crescimento das economias mercados). destes países, sendo a ZAP um dos seus principais dinamizadores, mercê de uma oferta de produtos 2013 foi também o ano de consolidação do serviço inovadora e especialmente desenhada para os Pay-Per-View ZAP Cinemas, através do qual os diversos segmentos destes mercados, de uma seus Clientes têm acesso aos melhores e mais comunicação adequada às realidades locais e de recentes filmes, poucos meses depois de estes uma estratégia comercial orientada aos objetivos terem estreado nas salas de cinema. Os Clientes de crescimento da operação, aspetos fortemente têm constantemente à sua disposição uma seleção alicerçados em recursos locais e em sinergias com de quatro filmes, um deles em HD, que

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podem subscrever durante 24h. sido um dos principais pilares para o sucesso do crescimento da operação. Para além dos postos de A forte aposta na comunicação através de trabalho diretos, a ZAP tem contribuído para o campanhas publicitárias na TV, rádio e imprensa desenvolvimento das economias locais escrita permitiu que a ZAP continuasse a ser uma proporcionando a criação de mais de 1.300 postos das marcas com maior índice de recordação no de trabalho indiretos (call centre, vendedores mercado e contribuiu para um maior conhecimento porta-a-porta, etc). do mercado acerca das vantagens da subscrição de um serviço de televisão paga e em concreto das vantagens do produto ZAP.

A partir de novembro de 2013 a ZAP lançou uma nova set top box low cost com capacidades HD, que lhe permitirá, no futuro, ter uma oferta apenas com descodificadores HD, mantendo-se assim na vanguarda tecnológica nos mercados dos serviços de TV por satélite de Angola e Moçambique.

O aumento da abrangência da sua rede comercial continuou a ser uma das prioridades da ZAP durante o ano de 2013. Em Angola , no final de 2013, a rede de distribuição da ZAP contava com um total de 26 lojas próprias (11 em Luanda e 15 nas restantes Províncias), 1.050 agentes Autorizados, 21 lojas móveis e cerca de 200 vendedores porta-a-porta. Em Moçambique, a estrutura da ZAP contava, no final de 2013, com sete lojas próprias (cinco em Maputo, uma na Beira e 1 em Nampula) e cerca de 170 agentes autorizados.

No final de 2013, a equipa da ZAP contava com um total de cerca de 570 colaboradores localizados em Angola e Moçambique, o que tem

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5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 2013

5.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

O ano de 2013 foi marcado pela continuação de despesa (redução do investimento público). Estas um ambiente macroeconómico difícil e incerto, na medidas visam a redução dos desequilíbrios sequência do impacto da crise financeira macroeconómicos existentes, por forma a que internacional que eclodiu em 2007, e da crise da sejam criadas condições para o crescimento dívida soberana na Zona Euro, pese embora a económico futuro, nomeadamente no sentido de melhoria dos indicadores de crescimento da reduzir a necessidade de financiamento externo economia, confiança dos consumidores e da economia. No entanto, no curto prazo, são desemprego, sobretudo no segundo semestre. provocados efeitos recessivos, implicando uma redução significativa do rendimento disponível Na sequência da continuação da implementação das famílias e, a par de condições cada vez mais do Programa de Assistência Económica e restritivas de acesso ao crédito, do consumo Financeira, continuaram a ser aplicadas medidas privado, que continuaram a verificar-se durante o de austeridade, com impacto quer ao nível da ano transato. receita (aumento da carga fiscal), quer da

Fonte: INE

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Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu ao nível do consumo privado, que apresentará um 3,2%, segundo dados publicados pelo Instituto crescimento, ainda que marginal, pela primeira Nacional de Estatística (INE), principalmente vez desde 2010. É esperado que o consumo devido ao efeito de uma queda acentuada da público continue a decrescer. Esta melhoria do procura interna, que contrastou e foi parcialmente desempenho do consumo privado estará ligada a compensada pelo crescimento das exportações uma estabilização do rendimento disponível em ao longo do ano. 2014 face a 2013 e à progressiva normalização das condições de financiamento, com spreads No ano de 2013, segundo dados do INE, o PIB progressivamente mais reduzidos face às taxas contraiu menos do que no ano anterior, com uma de referência do mercado monetário. queda de 1,4%. Persistiram os mesmos efeitos que se verificaram em 2012, embora com As exportações continuarão a ser uma peça evoluções mais positivas, segundo o Banco de fundamental da recuperação económica, Portugal. Por um lado, ainda se registou uma beneficiando de uma aceleração da procura queda da procura interna, que foi no caso do externa, da diversificação dos mercados de consumo privado, menos acentuada que em destino, e dos ganhos de quota de mercado que 2012, quer na componente de bens duradouros, têm vindo a verificar-se nos anos mais recentes, quer na componente de bens não duradouros. O embora estes devam ser progressivamente consumo público continuou a sua trajetória menores no futuro. descendente em 2013. Por outro lado, o crescimento das exportações revelou uma Para 2015, o Banco de Portugal estima uma aceleração em 2013 face a 2012. A combinação aceleração do crescimento do PIB para 1,3%, destes efeitos, e a sua evolução mais positiva, baseado num aumento já um pouco mais sobretudo após o final do 1º trimestre, permitiu significativo do consumo privado, auxiliado por que o decréscimo do PIB em 2013, de 1,4%, fosse uma recuperação moderada do rendimento assim inferior ao que se verificou em 2012, de disponível, de uma redução menos acentuada do 3,2%. consumo público, e da continuação do bom desempenho das exportações. Para o ano de 2014, o Banco de Portugal, no seu Boletim de inverno, estima um crescimento do PIB Segundo dados do INE, em 2013 a inflação na ordem dos 0,8% - o primeiro ano de cifrou-se em 0,3%, face a 2,8% em 2012. Esta crescimento económico desde 2010. O diminuição decorreu, em grande parte, da crescimento do PIB em 2014 estará associado à dissipação do impacto da implementação de recuperação da procura interna, principalmente medidas de consolidação orçamental,

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nomeadamente de alterações na tributação condições ainda desfavoráveis do mercado de indireta, ou o condicionamento de preços por via emprego, levará a que as pressões inflacionistas administrativa, que se tinham verificado em 2012. externas e internas se mantenham relativamente A recuperação pouco significativa da economia baixas nos próximos dois anos. Como tal, a mundial, aliada à continuação da implementação expetativa do Banco de Portugal para a taxa de de medidas no âmbito do processo do inflação é de 0,8% em 2014 e de 1,2% em 2015. ajustamento da economia portuguesa e às

Taxa de Desemprego 2011 - 2013 (%) Índice de Preços no Consumidor 2011-2013 (Δ %) 19% 5

18% 17.7% 16.9% 4 17% 16.4% 4.0 3.6 15.8% 15.6% 3.6 3.2 16% 3 3.4 15.3% 2.9 14.9% 15.0% 15% 2.7 14.0% 2 14% 1.9 13% 12.4% 12.4% 12.1% 1 12% 1.0 0.1 0.5 11% 0 0.2

10% -1 9% jul-11 jul-12 jul-13 fev-11 set-11 jun-11 jan-11 out-11 abr-11 1T11 nov-11 dez-11 set-12 set-13 jun-12 fev-12 fev-13 jun-13 jan-12 jan-13 mai-11 ago-11 out-12 out-13 abr-12 abr-13 2T11 3T11 1T12 1T13 mar-11 nov-12 dez-12 nov-13 dez-13 4T11 ago-12 mai-12 mai-13 ago-13 2T12 3T12 2T13 mar-12 4T12 3T13 4T13 mar-13

Fonte: INE

A taxa de desemprego em 2013 atingiu o seu pico positivos, como a melhoria da taxa de desemprego no final do 1T13, situando-se então nos 17,7%. Nos e a taxa de variação homóloga do PIB nos trimestres que se seguiram, assistiu-se a uma trimestres mais recentes. diminuição progressiva da taxa de desemprego, que se situava assim em 15,3% no final de 2013. O No entanto, a ZON OPTIMUS tem revelado até ao Banco de Portugal estima um crescimento momento uma forte capacidade de resiliência, que moderado de 0,5% no nível de emprego em 2014 provém da natureza dos serviços que disponibiliza e 2015, contribuindo para a recuperação ligeira do aos seus Clientes – formas de entretenimento rendimento disponível e, consequentemente, do relativamente pouco dispendiosas; e serviços de consumo privado, conforme já mencionado. comunicação e acesso à informação, cada vez mais relevantes de um ponto de vista profissional, Em suma, o ambiente macroeconómico que se educativo, ou de lazer; e que por conseguinte verifica permanece desafiante e marcado pela ocupam uma prioridade cada vez mais elevada no incerteza, embora se vislumbrem já alguns sinais orçamento doméstico das famílias Portuguesas.

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5.2 ENQUADRAMENTO SETORIAL / REGULAÇÃO

Em 2013, o mercado de comunicações eletrónicas mesmo ano, sujeita a condições, a operação de nacional ficou indelevelmente marcado por dois concentração que compreendeu a fusão por acontecimentos de cariz regulatório e concorrencial incorporação da Optimus na ZON. Os cujos impactos irão fazer-se sentir ao longo dos compromissos assumidos pelas partes são, próximos anos. Referimo-nos à aprovação da resumidamente, os seguintes: operação de concentração que compreende a fusão entre a Optimus SGPS, S.A. [Optimus] e a 1. Assegurar que a Optimus Comunicações ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e S.A. (“Optimus”) prorroga o prazo de Multimédia, SGPS, S.A. [ZON], da qual resultou a vigência do contrato de partilha recíproca ZON OPTIMUS SGPS S.A. [ZON OPTIMUS], bem de rede entre a Optimus e a Vodafone como à designação da ZON OPTIMUS enquanto Portugal; prestador do serviço universal de serviço de 2. Assegurar que a Optimus modifica o telefone fixo, para a totalidade do território contrato de partilha recíproca de rede nacional e por um período de cinco anos. entre a Optimus e a Vodafone Portugal, no sentido da não aplicação de limitação Estes dois acontecimentos constituem um de responsabilidade em caso de resolução momento de viragem para o mercado nacional das injustificada pela Optimus ou de resolução comunicações eletrónicas com impactos justificada pela Vodafone Portugal por extremamente positivos para o Cliente final os motivo imputável à Optimus; quais, no caso particular da concentração ZON 3. Assegurar que a Optimus não cobrará aos OPTIMUS, já se fizeram sentir em 2013, por via do seus Clientes do serviço Triple Play sobre aparecimento de ofertas quadruple play. tecnologia de FTTH (Fiber-To–The–Home) suportados nas redes objeto do contrato Analisando ao pormenor os acontecimentos de partilha Optimus / Vodafone, os regulatórios ocorridos no mercado nacional, montantes devidos a título de cláusulas de destacam-se os seguintes temas: fidelização, em caso de pedido de desligamento efetuado pelos aludidos Aprovação da Operação de Clientes durante um período de seis Concentração ZON OPTIMUS meses; 4. Assegurar que a Optimus negociará de Notificada à Autoridade da Concorrência a 1 de boa-fé e em termos não-discriminatórios, fevereiro de 2013, foi aprovada a 26 de agosto do

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com terceiros que lho solicitem, um decisão de adjudicação do serviço universal de contrato que permita o acesso grossista à serviço de telefone fixo à ZON OPTIMUS. rede de FTTH da Optimus, objeto do Esta decisão representa o reconhecimento da contrato de partilha Optimus / Vodafone, capacidade tecnológica e comercial da ZON por um período mínimo de cinco anos, OPTIMUS, na prestação de serviços de com níveis de serviço adequados e comunicações eletrónicas a nível nacional, a um condições razoáveis de remuneração e em custo significativamente mais baixo com vantagens que qualquer dissenso entre as partes claras para todos os consumidores, operadores de será submetido a arbitragem. Esta telecomunicações e para o País. obrigação de negociação termina em 31 de outubro de 2015; e Nessa mesma resolução, foi revogado o contrato 5. Assegurar que a Optimus negociará e de concessão à PT Comunicações S.A. (mediante celebrará com a Vodafone Portugal um o pagamento de 33,5 milhões de euros) e a contrato de opção de compra da rede de adjudicação a esse prestador do serviço de postos FTTH da Optimus localizada nas zonas públicos no âmbito do serviço universal. metropolitanas de Lisboa e Porto, que terá como preço de compra o valor Estima-se que a prestação pela ZON OPTIMUS do contabilístico daquela rede, líquido de serviço universal de serviço fixo de telefone se inicie amortizações. ainda no primeiro semestre de 2014.

Esta operação traduz-se na criação de um Redução dos preços de terminação operador com elevada capacidade competitiva em de rede fixa todos os segmentos do mercado nacional das comunicações eletrónicas, e elevada capacidade O regulador setorial procedeu ao processo de de investimento, possuindo a melhor, e de maior revisão do mercado de terminação de chamadas cobertura geográfica, Rede de Nova Geração (fixa na rede fixa, o qual havia sido analisado pela e 4G) do País. última vez em 2004. A análise do regulador seguiu a linha orientadora da Comissão Europeia, tendo ZON OPTIMUS prestadora do Serviço mantido a definição do mercado de produto como Universal a rede individual de cada operador de rede fixa. Por conseguinte, e sem surpresa, manteve a Dando seguimento ao comunicado do Conselho de designação de operador com poder de mercado Ministros de 18 de julho de 2013, a 18 de outubro significativo (PMS) a todos os operadores de rede de 2013 foi publicado em Diário da República a fixa, incluindo a ZON OPTIMUS.

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Em sequência, o regulador procedeu à imposição em particular, na medida em que a Lei das do princípio de orientação para os custos, impondo Comunicações electrónicas (LCE) não prevê a o modelo de custeio BU-LRIC a todos os possibilidade de os custos incorridos por um operadores com PMS. prestador do serviço universal designado fora de um procedimento concorrencial serem financiados Em concreto, e até à definição detalhada do por outros operadores do mercado. modelo de custeio a adoptar pelos operadores, o regulador impôs, a partir de 1 de outubro de 2013, Este entendimento sai reforçado com o resultado um preço alinhado com o benchmark de países do primeiro processo concursal para o Serviço europeus que já adotaram o BU LRIC no âmbito Universal, o qual foi concluído em 2013 com a da terminação fixa. atribuição à ZON OPTIMUS da prestação deste serviço. Em termos médios, o preço reduziu de 0,9 cêntimos por minuto para 0,1114 cêntimos por A proposta da ZON OPTIMUS tem implícito um minuto, ao mesmo tempo que foi eliminada a custo, por ano, que representa 11% do custo médio assimetria de preços de terminação que anual que a PT Comunicações invoca ter incorrido beneficiava os operadores alternativos face ao entre 2007 e 2009. Grupo PT. Ora, tal disparidade demonstra que não poderá ser Custos líquidos do Serviço Universal imposto aos demais operadores que suportem o da PT Comunicações para o período custo da prestação do serviço universal pela PT de 2007 a 2009 Comunicações quando essa prestação não foi sujeita a qualquer incentivo à eficiência. O regulador efetuou várias consultas públicas sobre o apuramento dos custos líquidos do Serviço Obrigações de cobertura de Universal da PT Comunicações para o período de freguesias sem banda larga no 2007 a 2009, das quais resultou o apuramento de âmbito da licença de LTE um custo líquido total para o triénio de 68,7 milhões de euros. Durante o ano de 2013, o regulador procedeu à concretização dos procedimentos atinentes à A ZON OPTIMUS participou ativamente nestas atribuição, aos operadores que adquiriram consultas, tendo mantido o seu entendimento de frequências na banda dos 800 MHz no leilão do que o fundo de financiamento do setor não deve LTE, de 160 freguesias (por operador) identificadas ser constituído para o ressarcimento destes custos como tendencialmente sem cobertura de banda

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larga móvel. pagamento da taxa de atividade.

O cumprimento desta obrigação implica a cobertura de 50% e 100% das freguesias atribuídas, nos prazos máximos de, respetivamente, seis e 12 meses, contados da notificação pela ANACOM do fim das restrições existentes à utilização da faixa dos 800 MHz (associadas à utilização destas frequências, em Espanha, pelo serviço de TDT). A data previsível para o levantamento destas restrições é a de 1 de janeiro de 2015, altura em que já terá sido definida a largura de banda mínima a disponibilizar nestas zonas geográficas.

Consequentemente, em agosto de 2013, as obrigações de cobertura, nos 800 MHz, das 160 freguesias atribuídas à ZON OPTIMUS foram incluídas nos respetivos direitos de utilização de frequências.

Alteração das taxas regulatórias

Em 2013 registou-se um conjunto de alterações à portaria que regula as taxas a pagar ao regulador setorial, quer pela atividade, quer pelos recursos de espectro utilizados pelos operadores, dos quais se destaca: (i) o aumento do valor de referência a ser pago por MHz, passando o mesmo de 60.000 € para 82.000 €, o que representa um acréscimo de 2.983.200 € a pagar pela ZON OPTIMUS em 2014 face a 2013 e (ii) um aumento para 250.000 € do limite de faturação que isenta as empresas de comunicações eletrónicas do

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5.3 RESULTADOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS

Resultados Consolidados de 2013 lançamento da IRIS, uma interface premiada, líder em inovação a nível mundial através das Foi no ano de 2013 que se concretizou a fusão suas funcionalidades avançadas. entre a ZON e a Optimus. O 4T13 foi o primeiro trimestre completo de operações após a Aquando da fusão, a penetração de Triple Play conclusão da fusão no final de agosto e sob a na base de Clientes excedia já os 60%, liderança da nova equipa de gestão, a partir de 1 começando o enfoque a ser colocado nas de outubro. Foi marcado por uma reorganização soluções convergentes móveis e fixas para o lar. interna significativa, refletindo uma nova empresa No final de outubro de 2013, a ZON OPTIMUS integrada e impulsionada por uma estratégia lançou o seu primeiro serviço integrado de convergente e construída em torno de dois comunicações e entretenimento em Portugal – segmentos principais: Consumo e Empresarial. ZON4i.

A ZON OPTIMUS está perante uma oportunidade A ZON4i combina mais e melhor programação de crescimento significativa, em todos os de televisão com 116 canais, Internet fixa com as segmentos de mercado, alavancando um velocidades mais elevadas e a cobertura mais conjunto único de ativos e de conhecimento, num extensa, com 100 Mbps disponíveis em todos os mercado de telecomunicações particularmente 3,2 milhões de casas passadas pela rede de cabo sofisticado e competitivo. Com a implementação de Nova Geração da ZON OPTIMUS; um serviço da nova estrutura, as áreas-chave da de Voz Fixa nacional e internacional ilimitado, que restruturação operacional e de negócio estão em inclui também a utilização gratuita da aplicação marcha e em linha para atingir os objetivos de ZON Phone, permitindo a utilização de um sinergias. número fixo em aparelhos móveis, beneficiando dos tarifários fixos e de faturação integrada; A Convergência está a ditar a acesso gratuito à maior rede de hotspots WiFi dinâmica do mercado com acesso imediato a 600 mil hotspots em Portugal e mais de 12 milhões em todo o mundo; Ao longo dos últimos anos, o crescimento no utilização ilimitada do telemóvel, oferecendo as segmento residencial focou-se no crescimento na melhores soluções 4G disponíveis para até 4 área do Triple Play, com a venda de serviços utilizadores; Internet móvel com 200 Mb por adicionais aos Clientes de TV por Subscrição, cartão SIM, que permite recarregamentos flexíveis uma estratégia que foi reforçada em 2011 com o para quem exceda ocasionalmente o seu limite

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de dados; acesso prioritário à maior rede de No final do ano passado, foi lançada uma cinemas em Portugal através do myZONcard, campanha de telemóveis dirigida a novos Clientes que oferece um bilhete de cinema gratuito na convergentes, com o intuito de reduzir a compra de outro. A ZON4i tem um preço de resistência causada por telemóveis bloqueados a 79,99 € com dois utilizadores móveis, sendo que uma outra rede. A campanha incluiu aparelhos pode ser ajustado para se adequar ao perfil de de topo de gama, vendidos em prestações utilização e às necessidades do Cliente. através da fatura mensal, tendo excedido as expetativas iniciais, sobretudo no período Apenas alguns meses após o seu lançamento, a natalício. ZON OPTIMUS já atingiu a marca dos 300 mil RGUs convergentes, sendo que mais de 85% dos Subscritores Móveis impulsionados RGUs convergentes móveis são novos para a pelas tarifas all-net ZON OPTIMUS, com uma média de 2,1 cartões SIM por Cliente único. A ZON OPTIMUS continua a concentrar os seus esforços de marketing no segmento pessoal em Estes resultados confirmam que os consumidores tarifas que oferecem planos simples e ilimitados, aguardavam pela fusão para poderem beneficiar sem qualquer tipo de restrição de redes. As duas desta forte proposta de valor fixa e móvel que principais famílias de tarifários all-net são o combina a melhor interface de TV do mercado, SMART e o LIGA, ambos lançados em 2013. O IRIS, as velocidades de banda larga mais SMART é direcionado para o segmento de topo elevadas e com a maior cobertura, e serviços do mercado, tratando-se de um plano pós-pago móveis ilimitados para todas as redes. que permite aos subscritores comunicar para todas as redes de forma praticamente ilimitada e O principal enfoque da ZON4i é a venda de sem a desvantagem de ter de efetuar soluções convergentes à base de Clientes fixos já recarregamentos. Todos os tarifários SMART existente, sendo que cerca de 90% dos Clientes incluem pelo menos 1Gb de dados, oferecendo convergentes atuais já eram Clientes fixos da uma excelente experiência 3G e 4G. O LIGA ZON. Destes, cerca de 89% eram Clientes de endereça a necessidade de oferecer um acesso Triple Play e mais de metade eram Clientes IRIS. menos dispendioso a comunicações para todas De momento, as ofertas convergentes da ZON as redes a mais segmentos do mercado, com um OPTIMUS incluem dois utilizadores com tarifários preço muito apelativo de 9,99 € por mês. Esta móveis ilimitados. É ainda possível subscrever dois oferta levou a um aumento significativo da cartões suplementares pela quantia adicional de proporção de Clientes pré-pagos com 7,5 € cada. carregamentos mensais fixos ao longo do ano.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Com a crescente importância das ofertas concursos que estão a decorrer. A ZON OPTIMUS convergentes, a proporção de cartões SIM já endereça o mercado como uma única incluídos nas ofertas residenciais pós-pagas entidade, capaz de oferecer soluções à medida aumentou, contribuindo para compensar a para os maiores Clientes empresariais e do setor redução sazonal nos subscritores móveis no público, e de endereçar às PME e SoHo com último trimestre do ano, bem como o impacto soluções específicas e adaptadas ao seu perfil de não recorrente da perda de alguns Clientes utilização e âmbito geográfico, alavancando a durante o processo de migração do anterior melhor cobertura das suas redes fixa e móvel de MVNO da ZON, para a rede móvel da Optimus, Nova Geração. no 4T13. Comprovando o reforço da sua posição Posição reforçada no segmento de competitiva e o valor das suas soluções Corporate, PME e SoHo integradas, no 4T13 a ZON OPTIMUS ganhou o contrato de serviços de telecomunicações de um O segmento Empresarial é um dos segmentos- dos principais cinco bancos de retalho em chave de crescimento para a ZON OPTIMUS. A Portugal, o que é uma contribuição relevante, não quota de mercado combinada de cerca de 17% apenas por si só, mas também no sentido de para a operação Empresarial tem um potencial consolidar o reconhecimento por parte do de crescimento significativo. Devido à fusão, a mercado dos serviços integrados de dados e ZON OPTIMUS é agora um operador mais forte, comunicações de elevada qualidade, sofisticação, sendo um operador fixo e móvel fiabilidade e competitividade que a ZON tecnologicamente superior e totalmente OPTIMUS disponibiliza no mercado Empresarial. integrado, com capacidade para oferecer ao segmento empresarial em Portugal serviços de telecomunicações e de dados integrados e convergentes, de forma competitiva e relevante. A elevada cobertura, capilaridade e capacidade da rede da ZON OPTIMUS são fatores-chave, e diferenciadores, neste segmento.

Com uma nova equipa integrada já implementada, a ZON OPTIMUS já fez progressos significativos em importantes contas de Grandes Empresas e em processos de

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Indicadores Operacionais Pró-Forma ('000) 2012 2013 2013 / 2012

Telecomunicações (1)

Indicadores Agregados Casas Passadas 3,185.6 3,241.8 1.8% RGUs Totais 7,356.9 7,213.0 (2.0%) Subscritores Móveis 3,305.1 3,243.4 (1.9%) Pré-Pagos 2,408.4 2,251.0 (6.5%) Pós-Pagos 896.7 992.4 10.7% ARPU / Subscritor Móvel (Euros) 10.6 9.6 (9.3%) TV por Subscrição 1,593.6 1,518.0 (4.7%) (2) Acesso Fixo 1,237.5 1,203.8 (2.7%) DTH 356.1 314.2 (11.8%) Voz Fixa 1,557.8 1,514.9 (2.8%)

Banda Larga 887.8 922.1 3.9%

Outros e Dados 12.7 14.6 14.9% Subscritores IRIS 234.8 437.6 86.3% % Subscritores IRIS 3&4P 29.7% 54.3% 24.6pp Adições Líquidas Casas Passadas 90.6 56.3 (37.9%) RGUs Totais 39.3 (143.9) n.a. Subscritores Móveis (26.8) (61.7) 130.4% Pré-Pagos (1.6) (157.4) n.a. Pós-Pagos (25.2) 95.7 n.a. TV por Subscrição 2.3 (75.6) n.a. Acesso Fixo (2) 32.2 (33.7) n.a.

DTH (30.0) (41.9) 39.8%

Voz Fixa 28.7 (42.8) n.a.

Banda Larga 33.4 34.4 2.9% Outros e Dados 1.8 1.9 6.8% Subscritores IRIS 137.8 202.8 47.1% (1) Operações Port uguesas (2) Os Subscritores de Acesso Fixo incluem os clientes servidos pelas redes de HFC, FTTH e ULL.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Nova segmentação operacional

Em resultado da fusão e da reorganização dos seus negócios, o reporte operacional da ZON OPTIMUS foi também adaptado para refletir a nova realidade integrada, afastando-se assim da segmentação anterior, que refletia uma separação entre empresas e era baseada na tecnologia do serviço prestado.

A partir deste trimestre, todos os indicadores operacionais serão apresentados de forma combinada e agregados de acordo com o respetivo segmento. Foi criado um novo indicador – Subscritores Únicos de Acesso Fixo – para refletir o número total de Clientes únicos que subscrevem serviço fixos através de uma infraestrutura fixa, seja a rede HFC ou, em menor escala, FTTH ou ULL. Esta métrica serve de base ao cálculo das receitas médias por lar, sendo o meio mais apropriado para avaliar a evolução das receitas no segmento residencial.

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Indicadores Operacionais Pró-Forma ('000) 2012 2013 2013 / 2012

Telecomunicações (1)

Indicadores por Segmento Consumo Subscritores Únicos de Acesso Fixo (2) 1,229.4 1,183.3 (3.8%) TV por Subscrição 1,528.6 1,455.6 (4.8%) Acesso Fixo 1,187.0 1,154.3 (2.8%) DTH 341.6 301.3 (11.8%) Subscritores IRIS 228.2 426.2 86.8% Banda Larga Fixa 815.9 849.9 4.2%

Voz Fixa 1,368.6 1,324.2 (3.2%)

Subscritores Móveis 2,704.7 2,606.0 (3.6%)

% 1P 19.0% 14.8% (4.2pp)

% 2P 17.4% 18.6% 1.2pp % 3P&4P 63.6% 66.6% 3.0pp ARPU / Subscritor Único de Acesso Fixo (Euros) n.a. 37.4 n.a. Adições Líquidas Subscritores Únicos de Acesso Fixo (2) 7.0 (46.1) n.a. Tv por Subscrição 3.2 (73.0) n.a. Acesso Fixo 29.9 (32.8) n.a. DTH (26.6) (40.3) 51.1% Subscritores IRIS 133.1 198.0 48.8%

Banda Larga Fixa 33.0 34.0 3.1%

Voz Fixa 23.3 (44.4) n.a.

Subscritores Móveis (56.5) (98.7) 74.8% Empresarial Total RGUs 939.1 977.3 4.1% TV por Subscrição 65.0 62.4 (4.0%) Subscritores IRIS 6.6 11.4 71.7% Banda Larga Fixa 84.5 86.8 2.6% Voz Fixa 189.2 190.7 0.8% Subscritores Móveis 600.4 637.4 6.2% ARPU por RGU (Euros) n.a. 26.5 n.a. Adições Líquidas

Total RGUs 36.2 38.2 5.4%

TV por Subscrição (1.0) (2.6) 172.3%

Subscritores IRIS 4.7 4.8 1.1%

Banda Larga Fixa 2.2 2.2 3.2% Voz Fixa 5.3 1.5 (71.0%) Subscritores Móveis 29.7 37.0 24.7% (1) Operações Portuguesas (2) Os Subscritores de Acesso Fixo incluem os clientes servidos pelas redes de HFC, FTTH e ULL.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Impacto não recorrente de medidas efeitos não recorrentes acima descritos. A base regulatórias e da migração de de subscritores fixos esteve ainda sujeita a um Clientes fator adicional de pressão, devido ao decréscimo do número de subscritores do Optimus Home, o Registou-se um decréscimo de 33,7 mil Clientes plano tarifário de Voz Fixa suportado pela rede de TV por Subscrição de Acesso Fixo em 2013, móvel. sendo que a redução mais acentuada se verificou no 4T13, causada sobretudo por efeitos não A base de Clientes de TV por Subscrição por DTH recorrentes específicos do processo de fusão e diminuiu em 41,9 mil subscritores, apresentando integração em curso. Devido aos remédios um nível relativamente estável de desligamentos impostos pela Autoridade da Concorrência ao longo do ano, explicado principalmente pela aquando da aprovação da fusão, a ZON desvantagem relativa de rede em que a ZON OPTIMUS foi forçada a libertar os Clientes de OPTIMUS se encontra, nas áreas onde não está FTTH da Optimus das suas cláusulas de presente com a sua rede HFC. fidelização, estando ainda restringida de os abordar com ofertas comerciais até ao momento O desempenho dos RGUs móveis de Consumo em que a fusão se tornasse efetiva, conheceu uma melhoria relevante no final do ano, proporcionando assim uma oportunidade devido ao forte entusiasmo dos consumidores relevante para que os seus concorrentes pelos pacotes convergentes, impulsionado pelo enderecem estes Clientes. Para além disto, os lançamento, em outubro, da ZON4i, o que Clientes de acesso fixo ULL estão a ser também contribuiu significativamente para o progressivamente migrados para a rede própria aumento líquido de 58,4 mil Clientes móveis pós- de HFC da ZON OPTIMUS. No entanto, em pagos no 4T13. Do crescimento registado em alguns casos, esses Clientes encontram-se fora cartões móveis residenciais, mais de 85% são da cobertura atual da rede, pelo que os níveis de novos RGUs para a ZON OPTIMUS, uma forte desligamentos verificados nesta base de Clientes indicação sobre a oportunidade de crescimento são mais elevados que o normal. Ajustando para convergente. Este aumento mais do que estes dois efeitos, que representaram cerca de 7 compensou o efeito negativo decorrente do mil subscritores, os Clientes de TV por Subscrição processo de migração de Clientes do MVNO da de Acesso Fixo teriam registado adições líquidas ZON para a rede móvel da Optimus nesse negativas de 9 mil Clientes no 4T13, um nível trimestre. Adicionalmente, o ambiente económico próximo do que se verificou nos restantes continuou ao longo de 2013 a ser uma fonte de trimestres do ano. Os Clientes de Voz Fixa e pressão sobre o consumo móvel, em particular no Banda Larga foram igualmente impactados pelos nível de subscrições pré-pagas.

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Alterando a forma como os Clientes decisiva para assegurar a liderança na TV por veem TV – 438 mil subscritores IRIS Subscrição, sendo uma alavanca-chave para reforçar a posição competitiva no mercado Este foi mais um ano de crescimento muito forte residencial. para a nossa oferta de TV de referência, IRIS, com um crescimento líquido de 202,8 mil ARPU Residencial Fixo suportado Clientes, o que compara com adições líquidas de pelo aumento da penetração de 137,8 mil Clientes em 2012. No total, existem serviços convergentes agora 438 mil Clientes IRIS, que já representam 54% da base de Clientes de 3P e 4P, com Foram criadas novas métricas de receitas médias capacidade para aceder a este serviço premiado para melhor representar o desempenho nos lares onde o design de ponta e a usabilidade tornaram convergentes e multi-serviço de acesso fixo. Em o visionamento não linear um fator-chave de 2013, o ARPU residencial fixo ascendeu a 37,4 diferenciação face aos nossos concorrentes. A euros, tendo sido suportado pelo contínuo IRIS está no núcleo da nossa estratégia de aumento da penetração de pacotes IRIS e pelo crescimento convergente como uma âncora peso crescente das ofertas convergentes no final do ano, com ARPUs mais elevados.

Cinemas e Audiovisuais

Indicadores Operacionais ('000) 2012 2013 2013 / 2012

Cinema (1)

Receitas por Espetador (Euros) 4.8 4.7 (2.9%)

Bilhetes Vendidos 7,814.6 7,904.7 1.2%

Salas (Unidades) 210 209 (0.5%) (1) Operações Portuguesas

EM 2013, as vendas de bilhetes da operação mercado como um todo de 9,4% . Os filmes de Portuguesa de Exibição Cinematográfica da ZON maior sucesso exibidos em 2013 foram “A Gaiola OPTIMUS registaram um crescimento de 1,2%, Dourada”, “Velocidade Furiosa 6”, “Frozen – O para 7,905 milhões de bilhetes, o que compara Reino do Gelo”, “Gru – O Mal Disposto 2” e “7 com uma redução nas vendas de bilhetes do Pecados Rurais”. O 4T13 foi o segundo trimestre

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

completo desde a abertura pela ZON OPTIMUS significa que a ZON OPTIMUS mantém a sua da primeira sala IMAX® DMR - Digital 3D em posição de liderança do mercado, com uma Lisboa. Esta experiência premium de cinema tem quota de mercado de 63,9% em 2013 em termos demonstrado ser um grande sucesso, voltando a de receita bruta. registar cerca de 40 mil espectadores neste trimestre, um valor semelhante ao que se havia Em 2013, as receitas da divisão de Audiovisuais verificado no 3T13. apresentaram um crescimento de 0,5% para 60,6 milhões de euros face ao período homólogo. A receita média por bilhete vendido apresentou A ZON OPTIMUS manteve a sua posição de um ligeiro decréscimo anual de 2,9%, diminuindo liderança na distribuição de filmes para Exibição de 4,8 para 4,7 euros. As vendas de bilhetes para Cinematográfica, conteúdos e distribuição para filmes em 3D foram mais reduzidas em 2013, VoD e na venda de conteúdos homevideo em representando cerca de 11% das vendas de Portugal, apesar de em 2013 ter deixado de bilhetes da ZON OPTIMUS, o que compara com contar com os direitos do catálogo de filmes da 16% em 2012, sendo que tinham representado Dreamworks Animation. cerca de 25% em 2011. Isto deve-se ao menor número de filmes em 3D e ao facto de os Clientes A ZON OPTIMUS distribuiu 7 dos 10 filmes de optarem, cada vez mais, pelas alternativas em maior sucesso em 2013 (incluindo os 5 primeiros): 2D, mais acessíveis. “A Gaiola Dourada”, “Velocidade Furiosa 6”, “Frozen – O Reino do Gelo”, “Gru – O Mal As receitas totais de Exibição Cinematográfica Disposto 2”, “7 Pecados Rurais”, “O Hobbit: A registaram um ligeiro acréscimo anual de 0,1% Desolação de Smaug” e “Monstros: A em 2013 para 52,9 milhões de euros, tendo a Universidade”, mantendo a sua forte posição de diminuição ligeira da receita média por bilhete liderança, com uma quota de mercado de 61,2% vendido sido compensada pelo acréscimo no em termos de receita bruta. número de bilhetes vendidos.

No que concerne a receita bruta da venda de bilhetes de Cinema, o desempenho relativo da ZON OPTIMUS foi superior ao do mercado como um todo, registando um decréscimo de 1,7% em 2013 enquanto que a receita bruta total do mercado decresceu 11,5%. Este desempenho

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Demonstração de Resultados Consolidados

A fusão por incorporação da Optimus na ZON participação nas três joint ventures que levou à criação da ZON OPTIMUS ficou nomeadamente, ZAP (30%), SPORT TV (50%) e concluída no dia 27 de agosto de 2013. A partir Dreamia (50%), através do método da deste trimestre, as demonstrações financeiras equivalência patrimonial tendo reexpresso as estatutárias a 31 de dezembro de 2013 refletem a demonstrações financeiras dos períodos consolidação financeira de 12 meses da ZON e 4 anteriores. No sentido de facilitar a comparação meses da Optimus. Principalmente em resultado entre o corrente período de resultados e os da fusão, no 3T13 foi necessário alinhar algumas anteriores, para a nova ZON OPTIMUS, foram políticas, práticas e estimativas contabilísticas. As preparadas as seguintes demonstrações principais alterações às políticas contabilísticas, financeiras consolidadas pró-forma, refletindo com a respetiva reexpressão das contas dos não apenas a reexpressão das demonstrações períodos anteriores, foram a capitalização dos financeiras estatutárias devido às alterações de custos de aquisição de Clientes na ZON, por políticas contabilísticas, mas também a forma a alinhar com a política seguida pela consolidação de 12 meses de resultados da Optimus e também por outros operadores de Optimus. As demonstrações financeiras refletem telecomunicações e a capitalização de o impacto, desde setembro de 2013, nas determinados direitos de filmes na divisão de amortizações e depreciações do cálculo Audiovisuais, de acordo com a IAS 38, tendo sido provisional do justo valor dos ativos e passivo da efetuada a reexpressão desde o 1T12 nas contas Optimus que foi utilizado para efeitos da estatutárias. Para além disto, e em antecipação alocação do preço de compra resultante da da implementação obrigatória da IFRS 11 a partir consolidação da Optimus. A análise financeira do 1T14, segundo a qual as joint ventures já não baseia-se nestas demonstrações financeiras pró- podem ser consolidadas pelo método forma. proporcional, a ZON OPTIMUS refletiu a sua

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Demonstração de Resultados Pró-Forma* 2012 2013 2013 / 2012 (Milhões de Euros)

Receitas de Exploração (1) 1,473.7 1,426.8 (3.2%)

Telecomunicações 1,405.3 1,358.7 (3.3%)

Audiovisuais 60.4 60.6 0.5% Exibição Cinematográfica (2) 52.8 52.9 0.1% Outros e Eliminações (44.8) (45.4) 1.4% Custos Operacionais, Excluindo Amortizações (932.4) (890.3) (4.5%) Custos com Pessoal (101.4) (96.6) (4.7%) Custos Diretos dos Serviços Prestados (412.0) (410.9) (0.3%) (3) Custos Comerciais (113.9) (99.4) (12.8%) Outros Custos Operacionais (305.1) (283.3) (7.1%)

EBITDA (4) 541.4 536.6 (0.9%)

Margem EBITDA 36.7% 37.6% 0.9pp

Telecomunicações 502.3 499.4 (0.6%)

Margem EBITDA 35.7% 36.8% 1.0pp

Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 39.0 37.2 (4.7%) Margem EBITDA 38.4% 36.1% (2.3pp) Amortizações (343.5) (336.2) (2.1%) Resultado Operacional (5) 197.9 200.4 1.3% Outros Custos / (Proveitos) (1.6) (60.9) n.a. EBIT (Res. Antes de Resultados Financeiros e Impostos) 196.3 139.5 (28.9%) (Custos) / Ganhos Financeiros Líquidos (59.0) (66.4) 12.6% (Perdas) / Ganhos em Empresas Participadas, Líquidos (2.1) 3.9 n.a. Resultado Antes de Impostos e Interesses Não Controlados 135.2 76.9 (43.1%) Imposto Sobre o Rendimento (20.1) (13.1) (34.9%)

Resultado das Operações Continuadas 115.1 63.9 (44.5%)

Interesses Não Controlados (0.9) (0.4) (48.4%)

Resultado Consolidado Líquido 114.3 63.4 (44.5%) (1) A contabilização das receitas de serviços especiais prestados a operadores foi alterada no 4T13 para refletir as receitas líquidas. Esta alteração foi reexpressa nos períodos anteriores. (2) Inclui operação em M oçambique. (3) Custos Comerciais incluem Comissões, Marketing e Publicidade e Custos das Mercadorias Vendidas. (4) EB ITDA = Result ado Operacional + Amort izações. (5) Resultado Operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Custos com redução de efetivos ± Imparidade do Goodwill ± Menos/M ais valias na Alienação de

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Receitas de Exploração

As Receitas de Exploração atingiram os 1.426,8 Telecomunicações decresceram em 3,3% para milhões de euros em 2013, um decréscimo anual 1.358,7 milhões de euros, um decréscimo de 3,2% face a 2012. Tendo em conta a causado pelos efeitos não recorrentes já contribuição da participação de 30% na ZAP, as mencionados na anterior secção operacional, por Receitas de Exploração registaram uma quebra um aumento da concorrência baseada no preço e de 2,1% para 1.473,4 milhões de euros. pelo ambiente macroeconómico que teve um impacto negativo nas receitas de canais As receitas combinadas para o segmento de Premium, sobretudo no primeiro semestre.

Receitas de Telecomunicações Pró-Forma 1T132T13 3T13 4T13 2013 (Milhões de Euros)

Telecomunicações 336.6 341.9 342.9 337.3 1,358.7 Receitas de Consumo 222.4 218.6 217.0 212.1 870.1 Receitas Empresariais 92.6 98.0 100.5 97.4 388.6

Vendas de Equipamentos 6.0 8.5 8.9 11.1 34.6

Outros e Eliminações 15.5 16.8 16.5 16.7 65.5

Tal como já mencionado na secção operacional, um ligeiro acréscimo anual de 0,1% para 52,9 a empresa está agora organizada em torno de milhões de euros. Esta melhoria foi impulsionada dois principais segmentos de negócio, Consumo e pelo desempenho superior do número de bilhetes Empresarial, o que se reflete também na vendidos face a 2012, que no entanto foi apresentação da repartição das receitas. As compensado pelo decréscimo anual de 2,9% da Vendas de Equipamento são também isoladas receita média por bilhete vendido. uma vez que são comuns a todos os segmentos. Esta separação das receitas está apenas A participação de 30% da ZON OPTIMUS na disponível numa base trimestral a partir de 2013, ZAP, a sua operação internacional de TV por pelo que as comparações anuais apenas serão Subscrição em Angola e Moçambique, continuou possíveis a partir de 2014. a registar um bom crescimento em termos de receitas. A operação continua a ter um ótimo As receitas do negócio de Audiovisuais cresceram desempenho com o crescimento da base de 0,5% face a 2012 para 60,6 milhões de euros. As Clientes e níveis de ARPU estáveis. A contribuição receitas de Exibição Cinematográfica registaram para as Receitas de Exploração apresentou um

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

crescimento anual de 47% para 46,6 milhões de negócio de Exibição Cinematográfica. Estão em euros em 2013, refletindo o forte ritmo de curso medidas de otimização após a fusão, sendo evolução das operações. que poupanças adicionais materiais nos Custos com Pessoal apenas se farão sentir durante o EBITDA ano de 2014.

O EBITDA Consolidado Pró-Forma decresceu em Os Custos Diretos diminuíram ligeiramente em 0,9% em 2013 em comparação com 2012 para 0,3% para 410,9 milhões de euros. Este 536,6 milhões de euros, gerando uma Margem desempenho deveu-se à combinação de (1) um EBITDA de 37,6%. Incluindo a contribuição da menor nível de custos com capacidade, (2) participação de 30% da ZON OPTIMUS na ZAP, diminuição dos custos com canais premium, o EBITDA teria crescido 0,9% face ao ano devido ao menor número médio de subscritores anterior. O EBITDA de Telecomunicações face ao período homólogo e também devido a diminuiu em 0,6% em 2013 para 499,4 milhões poupanças já obtidas após a fusão, de euros, tendo o EBITDA de Audiovisuais e nomeadamente a integração dos antigos Clientes Exibição Cinematográfica decrescido 4,7% face a de TV por Subscrição e serviço fixo da Optimus 2012 para 37,2 milhões de euros, representando na rede fixa da ZON OPTIMUS, reduzindo assim uma margem EBITDA de 36,1%. o nível de custos de acesso regulados; com (3) o aumento dos custos de tráfego, sobretudo devido Custos Operacionais Consolidados ao nível superior de chamadas em massa. Excluindo Amortizações Os Custos Comerciais registaram um decréscimo Os Custos Operacionais Consolidados diminuíram anual de 12,8% em 2013 para 99,4 milhões de em 4,5% para 890,3 milhões de euros em 2013. euros, embora tenham sido mais elevados no No entanto, esta redução não foi suficiente para 4T13 em comparação com o resto do ano, devido compensar o decréscimo anual das Receitas de ao efeito sazonal, sendo o último trimestre um Exploração. período de forte atividade comercial. A diminuição anual dos Custos Comerciais foi impulsionada por Os Custos com Pessoal caíram 4,7% para 96,6 um esforço de contenção nos custos de milhões de euros no ano de 2013, sobretudo marketing ao longo do ano. devido ao menor número médio de colaboradores na divisão de telecomunicações em comparação Os Outros Custos Operacionais registaram um com o ano anterior, bem como a um ajuste do decréscimo anual de 7,1% para 283,3 milhões de número de colaboradores por complexo no

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euros, com a manutenção de uma forte disciplina como de plataformas que se tornaram obsoletas de custos, impulsionando poupanças em áreas por via do processo de integração. como os serviços de suporte, manutenção e reparações e outras áreas gerais e Os Custos Financeiros Líquidos aumentaram em administrativas. 12,6% em 2013 para 66,4 milhões de euros, o que compara com 59 milhões de euros em 2012. Resultado Líquido Registou-se no 4T13 um decréscimo anual de 20,4%, resultante da combinação do menor nível O Resultado Consolidado Líquido ascendeu a médio de dívida bruta, com o custo médio mais 63,4 milhões de euros em 2013, uma quebra de reduzido da nova dívida contratada no 4T13. Até 44,5% face a 2012, sobretudo devido ao impacto ao 4T13, os Custos Financeiros Líquidos tinham dos Outros Custos não recorrentes, que se apresentado um crescimento devido a um custo cifraram em 60,9 milhões de euros. médio da dívida progressivamente mais elevado à medida que as linhas de financiamento mais Nas Depreciações e Amortizações registou-se um antigas e menos dispendiosas atingiram a decréscimo de 2,1% para 336,2 milhões de euros. maturidade, e também devido à emissão das obrigações de retalho em junho de 2012. Este Os Outros Custos* ascenderam a 60,9 milhões efeito havia também sido parcialmente de euros em 2013, incorporando custos compensado pelo nível médio mais reduzido de resultantes da fusão no montante de cerca de 25 dívida consolidada. milhões de euros, que refletem sobretudo os pagamentos e provisões para custos com Os Ganhos em Empresas Participadas registaram rescisões, sendo que o valor remanescente está uma melhoria muito positiva, com uma relacionado com ajustamentos contabilísticos não contribuição de 3,9 milhões de euros, o que monetários e não recorrentes, tais como o compara com uma perda de 2,1 milhões de euros alinhamento de estimativas entre as duas em 2012, em resultado da continuação do forte empresas, a imparidade de alguns equipamentos crescimento dos resultados operacionais e técnicos e de tecnologias de informação, bem financeiros da ZAP.

* De acordo com a IAS 1, os “Outros Custos” refletem custos A provisão para o Imposto Sobre o Rendimento materiais e não usuais que devem ser reportados separadamente das habituais linhas de custos, no sentido de ascendeu a 13,1 milhões de euros em 2013. evitar uma distorção da informação financeira das operações regulares, nomeadamente custos de restruturação relacionados com a fusão (incluindo custos com rescisões), bem como itens não monetários não recorrentes que resultem do alinhamento de estimativas entre as duas empresas.

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CAPEX

CAPEX Pró-Forma (Milhões de Euros)2012 2013 2013 / 2012

Telecomunicações 267.8 231.4 (13.6%)

Infraestrutura 133.0 98.2 (26.1%) CAPEX Relacionado com Cliente 124.6 124.4 (0.1%) Outro 10.2 8.7 (14.5%) Audiovisuais e Exibição Cinematográfica 29.4 30.0 1.7% CAPEX Recorrente 297.2 261.4 (12.1%) CAPEX Não Recorrente 0.0 8.1 n.a. CAPEX Total 297.2 269.5 (9.3%)

O CAPEX de Telecomunicações ascendeu a O CAPEX de Audiovisuais e Exibição 231,4 milhões de euros em 2013, um decréscimo Cinematográfica ascendeu a 30 milhões de euros anual de 13,6%, representando 17% das Receitas em 2013, um acréscimo anual de 1,7% refletindo de Exploração de Telecomunicações. Este principalmente a capitalização de determinados decréscimo é explicado quase inteiramente pela direitos de filmes na divisão de Audiovisuais. redução do CAPEX relacionado com a rede, devido à menor implementação da rede LTE em O CAPEX Total cifrou-se em 269,5 milhões de comparação com os anos anteriores. O CAPEX euros em 2013, uma queda de 9,3% face a 2012, Relacionado com o Cliente manteve-se estável representando 18,9% das Receitas de Exploração. face ao ano anterior, diminuindo marginalmente em 0,1% para 124,4 milhões de euros.

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Free Cash Flow

Cash Flow Pró-Forma (Milhões de Euros) 2012 2013 2013 / 2012

EBITDA 541.4 536.6 (0.9%) CAPEX Recorrente (297.2) (261.4) (12.1%) EBITDA - CAPEX Recorrente 244.1 275.2 12.7% Itens Não Monetários Incl. no EBITDA-CAPEX Recorrente(1) e (25.3) (29.6) 17.1% Variação no Fundo de Maneio

Cash Flow Operacional Após Investimento 218.9 245.6 12.2% Contratos de Longo Prazo (22.6) (23.7) 4.7% Juros Pagos (Líquidos) e Outros Encargos Financeiros (50.4) (59.2) 17.6% Impostos Sobre o Rendimento (13.4) (18.2) 36.3% Outros Movimentos 0.8 3.2 295.3% Free Cash Flow Recorrente 133.3 147.6 10.7% Pagamentos de LTE (83.0) (28.0) (66.2%) Impostos 0.0 (7.7) n.a.

CAPEX Não Recorrente 0.0 (8.1) n.a.

Pagamentos Cash de Restruturação 0.0 (11.5) n.a.

Free Cash Flow Antes de Dividendos 50.3 92.3 83.5%

Efeito Cambial da Dívida em Moeda Estrangeira 0.1 (0.1) n.a. Dividendos Pagos (149.3) (62.0) (58.5%) Free Cash Flow Total (99.0) 30.3 (130.6%) Variação da Dívida por Acréscimos e Diferimentos e Outros (2) (0.4) 0.7 n.a. Variação da Dívida Financeira Líquida (99.4) 31.0 n.a. (1) Est e it em inclui essencialment e provisões non-cash incluí das no EBITDA. (2) Os Acréscimos de pagament os de juros foram reclassificados para baixo do Free Cash Flow Total no 4T13 sendo que asDemonstrações deFree CashFlow de períodos anterioresforam reexpressas para incluir esta reclassificação.

O Cash Flow Operacional Após Investimento Incluídos no EBITDA – CAPEX Recorrente e aumentou em 12,2% para 245,6 milhões de euros Variação no Fundo de Maneio que se registou em devido ao desempenho positivo EBITDA – CAPEX 2013. Recorrente, que aumentou 12,7% face a 2012, graças ao decréscimo de 12,1% do CAPEX O FCF Recorrente cresceu em 10,7% em 2013 Recorrente, que mais do que compensou o para 147,6 milhões de euros, impulsionado pelo decréscimo marginal do EBITDA em 0,9% e o forte desempenho do Cash Flow Operacional valor mais negativo de Itens Não Monetários Após Investimento.

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No 4T13 foi tomada a decisão de efetuar o pagamento dos montantes remanescentes relativos à licença de LTE, devido às condições financeiras favoráveis oferecidas pelo regulador. Este pagamento ascendeu a 22 milhões de euros.

Foi ainda efetuado um pagamento adiantado de impostos no montante de 7,7 milhões de euros no 4T13, tirando partido de um novo regime fiscal que permite um tratamento mais favorável quanto às discrepâncias em disputa com as autoridades fiscais. Este montante foi parcialmente provisionado no Balanço Consolidado. Este pagamento não altera de forma alguma a posição legal defendida pela ZON OPTIMUS, tendo sido efetuado devido às condições financeiras muito favoráveis oferecidas pelas autoridades fiscais com o intuito de encorajar o pagamento adiantado, permitindo no entanto manter o direito à contestação da base para a tributação.

Por fim, há a assinalar uma saída de caixa adicional de 11,5 milhões de euros em 2013 relacionada com o processo de restruturação/fusão.

No entanto, e apesar destes itens não recorrentes, o Free Cash Flow Antes de Dividendos cifrou-se em 92,3 milhões de euros em 2013, o que compara com um valor de 50,3 milhões de euros em 2012.

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Balanço Pró-Forma Consolidado

Balanço Consolidado Pró-Forma 2012 2013 (Milhões de Euros)

Ativo Corrente 704.3 454.8 Caixa e Equivalentes de Caixa 306.6 74.4 Contas a Receber 326.3 309.6 Existências 43.2 32.6 Impostos a Recuperar 2.7 11.8 Custos Diferidos e Outros Ativos Correntes 25.4 26.4 Ativo não Corrente 2,532.6 2,434.5 Investimentos em Empresas Participadas 36.8 31.6 Ativos Intangíveis 1,121.8 1,111.1 Ativos Tangíveis 1,164.5 1,096.8 Ativos por Impostos Diferidos 162.3 165.4 Outros Ativos não Correntes 47.3 29.5

Total do Ativo 3,236.9 2,889.3

Passivo Corrente 1,005.5 762.2 Dívida de Curto Prazo 424.1 213.4 Contas a Pagar 372.7 367.6 Acréscimos de Custos 166.3 129.9 Proveitos Diferidos 23.2 25.5 Impostos a Pagar 18.8 23.0 Provisões e Outros Passivos Correntes 0.5 2.8 Passivo Não Corrente 1,181.4 1,066.9 Dívida de Médio e Longo Prazo 1,044.4 928.2 Provisões e Outros Passivos não Correntes 137.0 138.6

Total do Passivo 2,186.9 1,829.1

Capital Próprio antes de Interesses Não Controlado 1,040.6 1,050.6 Capital Social 5.2 5.2 Prémio de Emissão 854.2 854.2 Acções Próprias (0.9) (2.0) Reservas e Resultados Transitados 67.9 129.8 Resultado Líquido 114.3 63.4 Interesses Não Controlados 9.4 9.6

Capital Próprio 1,050.0 1,060.2

Total do Passivo e Capital Próprio 3,236.9 2,889.3

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Estrutura de Capital

No final de 2013, a Dívida Financeira Líquida A dívida financeira total no final de 2013 ascendia cifrava-se em 939,7 milhões de euros, a 1.017,7 milhões de euros, sendo compensada representando um decréscimo de 3,2% em por uma posição de caixa e equivalentes de caixa comparação com o final de 2012. no Balanço Consolidado de 78,0 milhões de euros. O custo médio all-in da Dívida Financeira A ZON OPTIMUS encontra-se agora totalmente Líquida da ZON OPTIMUS foi de 5,58% para o financiada até ao 1T15, sendo que a maturidade ano de 2013. média da sua Dívida Financeira Líquida é atualmente de 2 anos. A variação da Dívida Financeira Líquida no montante de 31,0 milhões de euros no ano de O montante total de operações de cobertura de 2013, encontra-se totalmente explicada na taxa de juro em vigor no final de 2013 ascendia a secção de Free Cash Flow desta análise aos 257,5 milhões de euros. Tendo em conta as Resultados Operacionais e Financeiros. obrigações de retalho emitidas em junho de 2012 – 200 milhões de euros, com uma taxa de juro O Rácio de Alavancagem Financeira reduziu-se fixa de 6,85% - a proporção da Dívida Financeira para 47,0% no final de 2013, o que compara com Líquida da ZON OPTIMUS que se encontra 48,0% no final de 2012, sendo que o rácio Dívida protegida contra variações da taxa de juro é de Financeira Líquida / EBITDA (últimos 4 49%. trimestres) se situa agora nas 1,8x.

Dívida Financeira Líquida Pró-Forma 20122013 2013 / 2012 (Milhões de Euros)

Dívida de Curto Prazo 404.6 196.0 (51.6%) Empréstimos Bancários e Outros 395.0 187.5 (52.5%) Locações Financeiras 9.6 8.6 (10.7%) Dívida de Médio e Longo Prazo 927.7 821.7 (11.4%) Empréstimos Bancários e Outros 916.6 811.5 (11.5%) Locações Financeiras 11.1 10.1 (8.4%) Dívida Total 1,332.3 1,017.7 (23.6%) Caixa, Equivalentes de Caixa e Empréstimos Intra-Grupo 361.6 78.0 (78.4%) Dívida Financeira Líquida 970.7 939.7 (3.2%) Rácio de Alavancagem Financeira (1) 48.0% 47.0% (1.1pp) Dívida Financeira Líquida / EBITDA 1.8x 1.8x n.a. (1) Rácio de A lavancagem Financeira = Dí vida Financeira Lí quid a / (Dí vid a Financeira Lí q uida + Cap it al Pró prio)

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Proposta de Aplicação de Resultados

Conforme consta do Balanço e Demonstração de b) Não seja pago, sendo transferido para resultados, o Resultado Líquido das contas resultados transitados, o quantitativo unitário individuais do exercício findo em 31 de dezembro correspondente às ações que, no primeiro dia do de 2013 foi de 21.976.095 euros. Aquele valor período de pagamento acima referido, resulta do facto da sociedade ter, nos termos das pertencerem à própria Sociedade. normas contabilísticas aplicáveis, reconhecido, nas contas do exercício, o valor de 895.000 euros Mais se propõe que se delibere atribuir, a título de como montante afeto a distribuição de lucros pelos participação nos lucros da empresa, aos Administradores da sociedade. Administradores da sociedade, o referido montante de 895.000 euros, de acordo com o critério O Conselho de Administração propõe que a estabelecido pelo Conselho de Administração. totalidade do resultado líquido distribuível nos termos do artigo 32.º do Código das Sociedades Comerciais, no montante de 21.976.095 Euros, seja pago aos acionistas, acrescido de 39.843.273 Euros de Reservas Livres, o que representa um Lisboa, 24 de março de 2013 pagamento global a título de dividendos ordinários relativos ao exercício de 2013 de 61.819.368 Euros (correspondendo a 0,12 Euros por ação, relativamente ao número total de ações emitidas). O Conselho de Administração, Que, não sendo possível determinar com exatidão o número de ações próprias que estarão em carteira à data do pagamento acima referido, a verba global de 61.819.368 Euros prevista no parágrafo anterior, calculada na base de um montante unitário por ação emitida (no caso, 0,12 Euros por ação) seja objeto de distribuição a título de dividendos da seguinte forma: a) A cada ação emitida seja pago o montante unitário de 0,12 Euros que presidiu à elaboração da presente proposta;

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6. SUSTENTABILIDADE: O NOSSO COMPROMISSO

O ano de 2013 ficou marcado pelo aparecimento Gestão da sustentabilidade da ZON OPTIMUS, o Grupo resultante da fusão entre a ZON e a Optimus. Os últimos meses do De forma a darmos resposta a este compromisso ano foram dedicados à integração das equipas, criámos uma equipa através da qual gerimos as estruturas, sistemas e processos. nossas questões de sustentabilidade. Isto inclui a definição e implementação da estratégia, a Ao longo de todo este processo procurou gestão do sistema de gestão integrado, a assegurar-se total alinhamento com o nosso definição e gestão de indicadores de compromisso com as questões ambientais, desempenho de sustentabilidade e a económicas e sociais, focando numa estratégia coordenação de planos de ação específicos e que fomente as bases do desenvolvimento atribuição de responsabilidade internas. Este sustentável – progresso económico, processo é liderado pela Direção de sustentabilidade ambiental e inclusão social – Comunicação Corporativa e Sustentabilidade que potenciando o aumento de valor acrescentado reporta diretamente ao CEO e suportado por uma para todos os nossos stakeholders. rede de interlocutores designados em todas as áreas operacionais da empresa.

Modelo de governação da sustentabilidade

A gestão da sustentabilidade será realizada stakeholders. Com base nas questões através de dois ciclos. Um ciclo trianual, identificadas definimos a estratégia, os objetivos desenvolvido com o objetivo de identificar os de curto, médio e longo prazo que orientam os temas materiais tendo em conta o seu impacto planos de ação e em relação aos quais medimos na empresa e a relevância para os nossos o nosso desempenho.

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Anualmente, desenvolveremos um ciclo de melhoria para alcançar os nossos objetivos e operacional no qual se propõe monitorizar o que implementa um plano de auditorias internas nosso desempenho através de um sistema de e externas. indicadores de sustentabilidade, que define ações

Ciclos estratégico e operacional da sustentabilidade

● Benchmark setorial ● Monitorização de indicadores de sustentabilidade ● Análise materialidade de aspetos para o negócio/ ● Relatório de Sustentabilidade e verificação externa Definição key stakeholders ● Direções: Análise performance anual e definição plano anual ● Consulta stakeholders ● Comissão Executiva: Aprovação plano anual, relatório ● Matriz materialidade questões vs stakeholders desempenho e relatório de sustentabilidade ● Definição de estratégia ● Recolha e análise de informação via mecanismos internos de engajamentos de stakeholders ● Aprovação e implementação estratégia

O sistema de gestão integrado, certificado pelas âmbito, criámos a política e o manual de normas ISO9001 (Qualidade) e ISO14001 sustentabilidade e as bases de um sistema de (Ambiente) encontra-se integrado nos ciclos de gestão da informação suportado numa gestão da sustentabilidade. O âmbito atual da plataforma informática. certificação inclui as empresas Optimus, Be Towering e Be Artis, tendo sido decidido alargar a Desta forma, no início de 2014, daremos início ao certificação a todo o negócio de 1º ciclo estratégico da ZON OPTIMUS que telecomunicações e televisão em Portugal. Neste orientará a nossa ação nos próximos três anos.

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Este processo envolverá um benchmark das sociedade. principais questões do setor, pretendendo compreender quais os temas críticos e que COLABORADORES merecem enfoque pela estratégia da Uma nova equipa organização, um processo de avaliação de riscos e oportunidade e, por último, um processo Uma empresa de excelência, com uma equipa de alargado de consulta aos stakeholders. excelência. A junção da experiência, conhecimento e ambição dos colaboradores, Em 2015 estaremos em condições de publicar o provenientes das duas organizações que 1º relatório de sustentabilidade ZON OPTIMUS, originaram a ZON OPTIMUS, fez emergir uma relativo a 2014, onde apresentaremos a equipa extremamente bem preparada e focada estratégia de sustentabilidade e os resultados na criação de valor futuro. A nossa equipa é alcançados em relação aos objetivos definidos. constituída por 2.729 colaboradores, 27% dos No entanto, existe um conjunto de temas que, quais com idade inferior a 34 anos e 74% com apesar do processo estratégico ainda não estar formação superior. concluído, já foram identificados como fulcrais: colaboradores, ética, ambiente e impacto na

Indicadores no final de 2013

(1) inclui a ZON OPTIMUS, SGPS, Be Artis, Be Towering, Optimus Comunicações, ZON Açores, ZON Madeira e ZON TVCabo (2) inclui a Lusomundo Moçambique (3) inclui a Dreamia (50%), SPORT TV (50%), Upstar (30%), Finstar (30%), Mstar (30%) Nota: Os indicadores de formação, género, idade média e antiguidade média não incluem a área operacional da ZON Lusomundo Cinemas e as Empresas Participadas.

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Integração em tempo recorde Ambicionámos apresentar a melhor oferta de serviços aos nossos Clientes, fazendo-o de forma Desde o anúncio da luz verde para a fusão da ZON continuada, bem como ser uma referência no com a Optimus em agosto pela AdC, iniciámos a panorama empresarial português. Para cumprir tal integração das duas organizações. Este processo demanda, teremos de ser uma organização de tem decorrido com uma celeridade e eficácia excelência, a todos os níveis. notável, atestada pelo lançamento da ZON4i ainda durante o mês de outubro. Um futuro de excelência

Internamente, foi possível concluir o desenho da As pessoas são a principal vantagem competitiva estrutura organizativa que melhor suportará o das empresas a longo prazo. O conhecimento, desígnio de crescimento da nova empresa. experiência e ambição das nossas pessoas são fatores centrais para levar a cabo a estratégia e O passo seguinte na integração das equipas foi a cumprir os objetivos da ZON OPTIMUS. Nesse reorganização dos colaboradores, localizados em sentido, a excelência das práticas de gestão de Portugal continental, pelos vários edifícios da pessoas, nomeadamente no que diz respeito ao empresa aumentando, deste modo, a eficiência desenho de políticas e processos, assim como das rotinas de trabalho das equipas e acelerando a desenvolvimento de plataformas, assumem-se integração dos seus elementos. como um elemento central no futuro da ZON OPTIMUS e serão uma das prioridades para 2014. Esta operação, foi executada num espaço de Pretendemos ser uma organização capaz de atrair tempo excecional tendo em conta a magnitude da e reter talento. Queremos que os potenciais mesma. Num único fim de semana, foram colaboradores nos vejam como somos. Uma realocados cerca de 3.300 postos de trabalho, de organização onde os desafios e aprendizagens são todos os edifícios da empresa, dos quais cerca de constantes, onde o mérito é reconhecido, onde as 1.400 implicaram a mudança para outro edifício. pessoas gostam de trabalhar e onde todos têm a oportunidade de inovar, moldando o seu e o nosso Ao nível processual, as políticas, procedimentos e futuro. tecnologias das organizações que originaram a ZON OPTIMUS têm vindo a convergir Pretendemos que os nossos colaboradores sejam progressivamente. Este processo, transversal a ainda melhores a cada dia. Queremos fazê-lo toda a organização, tem procurado o alinhamento através de uma gestão de carreira pró-ativa, em entre as melhores práticas das anteriores que a empresa e cada colaborador são agentes na organizações e os propósitos da ZON OPTIMUS. identificação e sugestão de oportunidades, bem

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como através de um modelo de conhecimento que Em 2014, a ZON OPTIMUS continuará a afirmar- contribua para que todos aprendam. Teremos, se enquanto organização de excelência. Quer naturalmente, uma oferta formativa direcionada às através da sua oferta de valor para o mercado, necessidades dos nossos colaboradores, mas sem quer das suas melhores práticas internas. E as que esta nunca se substitua ao papel ativo que nossas pessoas serão os agentes centrais dessa cada colaborador deve ter no seu processo de afirmação. aprendizagem. ÉTICA Pretende-se reforçar a meritocracia. A ZON OPTIMUS tem o reconhecimento do esforço e da A ZON OPTIMUS perceciona a ética como um superação dos objetivos no seu ADN. Queremos princípio base em todas as relações internas e que as práticas de gestão de pessoas contribuam externas, tornando-se numa dimensão estratégica para o reforço desta cultura, sendo o modelo de para a organização. Neste sentido, regemos o avaliação de desempenho a ferramenta mais nosso negócio, a nossa atuação no mercado e na relevante na operacionalização da mesma. Através sociedade por um conjunto de valores e princípios da avaliação de desempenho conseguiremos éticos que se reflitam nas ações dos nossos alinhar os objetivos de cada colaborador com os colaboradores, fornecedores, assim como, em objetivos da ZON OPTIMUS, melhorar a eficiência qualquer pessoa ou entidade que nos preste operacional através das aprendizagens que serviços, a título duradouro ou temporário. emergem da análise das atividades passadas, para além de reconhecer o esforço e qualidade do De forma a garantir os níveis mais elevados de trabalho desempenhado pelos colaboradores. boas práticas e comportamentos éticos, desenvolveremos em 2014 um conjunto de Pretendemos que as nossas pessoas foquem toda ferramentas, como uma nova versão de código de a sua atenção em acrescentar valor. Queremos conduta, capazes de regular, formar e incentivar à fazê-lo através da redução ao mínimo de todas as adoção destes princípios, instituindo também tarefas de cariz administrativo relacionadas com as mecanismos de averiguação de irregularidades. práticas de recursos humanos. Iremos simplificar processos e criar sistemas de Employee Self Ambiente Service procurando, desta forma, que cada colaborador se centre nas atividades que A ZON OPTIMUS atua num setor que é, efetivamente ajudam a cumprir os objetivos da simultaneamente, responsável por impactos ZON OPTIMUS. ambientais e gerador de soluções inovadoras que aumentam a produtividade e reduzem o consumo

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de recursos naturais pelos seus Clientes. Impacto na sociedade

No desenvolvimento do nosso negócio, levamos a A ZON OPTIMUS assume o seu papel na cabo as nossas atividades com o objetivo de implementação de um modelo de desenvolvimento aumentar a eficiência e minimizar os impactos sustentável, procurando potenciar oportunidades e ambientais ao longo de toda a cadeia de valor: impactos positivos na sociedade. Ao operar no integrando critérios ambientais e sociais na seleção mercado das telecomunicações, somos de fornecedores de bens e serviços; reduzindo o potenciadores de mudança social através do consumo de energia e as emissões de carbono da desenvolvimento de soluções inovadoras que infraestrutura técnica e atividades de apoio; melhoram a eficiência das organizações e a disponibilizando aos nossos Clientes equipamentos qualidade de vida das pessoas. energeticamente mais eficientes e assegurando uma gestão ambientalmente correta do respetivo Para tal, procuramos criar produtos e serviços fim de vida. capazes de potenciar a todos o acesso às novas tecnologias independentemente da idade, Paralelamente, a ZON OPTIMUS aposta na capacidade, língua, cultura e literacia tecnológica, colocação no mercado de produtos e serviços que através do desenvolvimento de produtos e serviços trazem mais funcionalidades e produtividade aos com elevado valor social e ambiental. nossos Clientes, ao mesmo tempo que reduzem a sua pegada de carbono, desde soluções machine- Nesse sentido, continuaremos a assumir a nossa to-machine de gestão de energia, a tecnologias responsabilidade, trabalhando em parceria com o que suportam novos modelos de colaboração e setor privado, no qual estamos integrados, público teletrabalho. e organizações do terceiro setor, na construção de uma sociedade inclusiva, que promova o Acreditamos que temos um papel importante na desenvolvimento económico e a sustentabilidade sustentabilidade ambiental através do nosso ambiental. desempenho e, indiretamente, dos nossos fornecedores, parceiros e Clientes. Em 2014 desenvolveremos ações que nos permitirão avaliar, reportar e reforçar este papel.

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2. RELATÓRIO DE GOVERNO . DA SOCIEDADE 99 1 Introdução 101 Parte I - Informação obrigatória sobre estrutura acionista, organização e governo da sociedade 103 A. Estrutura Acionista 103 I. Estrutura do capital 103 II. Participações sociais e obrigações detidas 108 B. Órgãos Sociais e Comissões 115 I. Assembleia Geral 115 II. Administração e supervisão 118 III. Fiscalização 163 III. ROC 182 IV. Auditor externo 184 C. Organização interna 188 I. Estatutos 188 II. Comunicação de irregularidades 188 III. Controlo interno e gestão de riscos 190 IV. Apoio ao investidor 204 V. Sítio de Internet 206 D. Remunerações 208 I. Competência para determinação 208 II. Comissão de vencimentos 208 III. Estrutura das remunerações 209 IV. Divulgação das remunerações 216 V. Acordos com implicações remuneratórias 219 VI. Planos de ações e stock options 220 E. Transações com partes relacionadas 227 I. Mecanismos e procedimentos de controlo 227 II. Elementos relativos aos negócios 230 Parte II - Avaliação do governo societário 231

100

1. INTRODUÇÃO

A ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (“ZON OPTIMUS” ou “Sociedade”) é uma sociedade aberta, emitente de valores mobiliários admitidos à negociação no mercado regulamentado da NYSE Euronext Lisbon.

A ZON OPTIMUS tem um firme compromisso no sentido de criar valor de forma sustentada para os seus acionistas e demais stakeholders.

Entendendo o governo das sociedades como expediente de otimização do desempenho das sociedades e, deste modo, como um verdadeiro instrumento de competitividade e de criação de valor, a ZON OPTIMUS pretende ser um modelo de referência, nacional e internacional, no que respeita, não apenas, ao modelo de governação, como também na forma como divulga as informações societárias às partes interessadas, mantendo-se ativa no melhoramento permanente das respetivas práticas.

As práticas de governo societário da ZON OPTIMUS, sendo um compromisso assumido transversalmente por toda a organização, baseiam-se, nomeadamente, nos seguintes princípios: i) compromisso com os acionistas; ii) ética; iii) transparência; iv) independência; v) supervisão; e vi) gestão de risco.

No dia 26 de agosto de 2013, a Autoridade da Concorrência anunciou a sua não oposição ao processo de fusão entre a ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. (“ZON”) e a Optimus – SGPS, S.A. (“Optimus”) e, a 27 de agosto, verificaram-se todos os procedimentos legais e administrativos, concluindo o processo.

A fusão assumiu a forma de fusão por incorporação total – implicando, nestes termos, a transferência global do património da Optimus, na qualidade de sociedade incorporada, para a ZON – ora ZON OPTIMUS – na qualidade de sociedade incorporante.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Na sequência da fusão, teve lugar o aumento do capital social da ZON OPTIMUS, de 3.090.968,28 Euros (três milhões, noventa mil e novecentos e sessenta e oito Euros e vinte e oito cêntimos) para, 5.151.613,80 Euros (cinco milhões, cento e cinquenta e um mil, seiscentos e treze euros e oitenta cêntimos), representado por um número total de 515.161.380 ações ordinárias, com o valor nominal de 0,01 Euros cada (sendo 206.064.552 emitidas no âmbito do referido aumento de capital social). O pedido de admissão à negociação das novas ações no mercado regulamentado Euronext Lisbon foi efetuado no dia 28 de agosto de 2013, tendo a referida admissão tido lugar no dia 9 de setembro de 2013.

Posteriormente, a 1 de outubro de 2013 decorreu a Assembleia Geral extraordinária da ZON OPTIMUS onde, designadamente, se elegeram os novos órgãos sociais para o triénio de 2013/2015.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

PARTE I - INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

A. Estrutura Acionista

I. ESTRUTURA DO CAPITAL

1. CAPITAL SOCIAL, N.º DE AÇÕES, CATEGORIAS, ADMISSÃO OU NÃO À NEGOCIAÇÃO

O capital social da ZON OPTIMUS é de 5.151.613,80 Euros e encontra-se totalmente subscrito e realizado. O capital social está representado por 515.161.380 ações ordinárias.

A totalidade das ações da ZON OPTIMUS está admitida à negociação no mercado regulamentado NYSE Euronext Lisbon.

2. RESTRIÇÕES À TRANSMISSIBILIDADE DE AÇÕES e 6. ACORDOS PARASSOCIAIS E LIMITAÇÕES À TITULARIDADE DE AÇÕES

Estatutariamente, não existem limites ou restrições à transmissibilidade das ações representativas do capital social da ZON OPTIMUS.

Sem prejuízo do referido, nos termos dos Estatutos, os acionistas que exerçam, direta ou indiretamente, atividade concorrente com a atividade desenvolvida pelas sociedades participadas da ZON OPTIMUS, não podem ser titulares, sem prévia autorização da Assembleia Geral, de ações ordinárias representativas de mais de dez por cento do capital social da Sociedade.

A ZON OPTIMUS tem conhecimento da existência de um acordo parassocial entre acionistas da ZOPT, SGPS, S.A., nos termos do comunicado ao mercado, do dia 27 de agosto de 2013.

Como divulgado, a Sonaecom, SGPS, S.A. (“Sonaecom”), a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, B.V. (sendo a Kento e a Unitel Internacional adiante conjuntamente designadas “Grupo KJ”) celebraram, em 14 de dezembro de 2012, um acordo parassocial relativamente à ZOPT, SGPS, S.A., na qual detêm, as seguintes participações (“Acordo Parassocial”):

a) A SONAECOM detém 50% do capital social e direitos de voto da ZOPT, SGPS, S.A.;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 103

RELATÓRIO E CONTAS 2013

b) O Grupo KJ detém 50% do capital social e direitos de voto da ZOPT, SGPS, S.A. encontrando-se 17,35% na titularidade da Kento Holding Limited e 32,65% na titularidade da Unitel International Holdings, B.V. Por sua vez, a ZOPT, SGPS, S.A. - inicialmente detentora de 28,81% do capital social e dos direitos de voto da ZON - passou, em resultado da fusão, a ser titular de mais de 50% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

Em virtude do Acordo Parassocial, esta participação qualificada é imputável, por um lado, à Kento Holding Limited e à Unitel International Holdings, B.V., bem como a Isabel dos Santos, e, por outro, à Sonaecom e a todas as entidades com esta em relação de domínio e a Belmiro Mendes de Azevedo. Tal como divulgado ao mercado, as “Partes celebraram o referido Acordo Parassocial com vista a regular as suas posições jurídicas na qualidade de acionistas da ZOPT, SGPS, S.A., nos termos adiante sumariados:

1. Órgãos Sociais

1.1. O Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A. será composto por número par de membros. A Sonaecom e o Grupo KJ terão cada um o direito de designar metade dos membros do Conselho de Administração, de entre os quais será escolhido o respetivo Presidente por acordo entre as Partes. 1.2. O Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A. pode reunir validamente quando estiver presente, pelo menos, a maioria dos seus membros, sendo as suas deliberações tomadas com o voto favorável da maioria dos Administradores da ZOPT, SGPS, S.A. sempre com o voto favorável de, pelo menos, um dos membros designados por cada uma das Partes. 1.3. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral e o Secretário da ZOPT, SGPS, S.A. serão designados por acordo das Partes. A Assembleia Geral apenas pode reunir, em primeira ou segunda convocação, quando estiverem presentes ou representados mais de cinquenta por cento do capital social da ZOPT, SGPS, S.A.. 1.4. A ZOPT, SGPS, S.A. será fiscalizada por um Conselho Fiscal cujos membros serão designados por acordo das Partes. 1.5. Qualquer membro dos órgãos sociais designados no âmbito do Acordo Parassocial poderá ser destituído ou substituído a qualquer momento, mediante proposta apresentada para esse efeito, pela Parte que o indicou ou, tratando-se de membro designado por acordo, por qualquer das Partes, devendo a outra Parte votar favoravelmente e praticar todos os demais atos necessários a essa destituição ou substituição.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

1.6. O exercício do direito de voto da ZOPT, SGPS, S.A. em relação à designação e eleição de membros dos órgãos sociais de sociedades subsidiárias ou nas quais a ZOPT, SGPS, S.A. tenha participação social, bem como em relação a quaisquer outros temas, será determinado pelo Conselho de Administração.

2. Alienação de ações

2.1. As Partes obrigam-se a não transmitir as ações representativas do capital social da ZOPT, SGPS, S.A. de que são titulares, nem a permitir que sobre estas recaiam quaisquer ónus. 2.2. As Partes obrigam-se a fazer o necessário para que a ZOPT, SGPS, S.A. não transfira a titularidade das ações representativas do capital social da Sociedade de que venha a ser titular e para que sobre as mesmas não recaiam quaisquer ónus, com exceção das ações que excedam a quantidade necessária para que a sua participação não se torne igual ou inferior a metade do capital e direitos de voto na Sociedade. 2.3. As Partes obrigam-se a não adquirir nem deter (diretamente ou por via de pessoas que consigo estejam em qualquer das situações previstas no art. 20.º do CódVM) quaisquer ações representativas do capital social da Sociedade, a não ser por via da ZOPT, SGPS, S.A. e/ou, no caso da Sonaecom, em resultado da Fusão. 2.4. Decorridos dois anos sobre o registo comercial da Fusão, o Grupo KJ terá o direito a adquirir à Sonaecom, ou a quem esta indicar, até metade das ações representativas do capital social da Sociedade de que a Sonaecom e/ou as pessoas que consigo estejam em qualquer das situações previstas no art. 20.º do Cód.VM - com exceção da ZOPT, SGPS, S.A. e das pessoas abrangidas pelo art. 20º, n.º 1, al. d) - sejam titulares, salvo se as Partes acordarem que, findo aquele período, as ações em causa serão adquiridas pela ZOPT, SGPS, S.A..

3. Cessação

3.1. O Acordo Parassocial vigorará por prazo indeterminado, apenas cessando, por caducidade, no caso de extinção da ZOPT, SGPS, S.A. na sequência da sua dissolução e liquidação, ou de uma das Partes adquirir as ações representativas do capital social da ZOPT, SGPS, S.A. pertencentes à outra. 3.2. Em situações de impasse e na falta de uma solução concertada, assim como decorridos 12 meses sobre o registo comercial da Fusão, qualquer das Partes terá o direito de requerer a dissolução da ZOPT, SGPS, S.A..

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 105

RELATÓRIO E CONTAS 2013

3.3. No caso de ocorrer uma situação de impasse, as Partes procurarão uma solução concertada para o assunto, nomeando cada uma das Partes um representante para o efeito, cuja identidade será comunicada à outra Parte no prazo máximo de cinco dias a contar da verificação daquela situação. Se, nos quinze dias seguintes, o impasse não tiver sido resolvido qualquer uma das Partes terá o direito de requerer a dissolução da ZOPT, SGPS, S.A..”

Nos termos dos Estatutos da Sociedade não existem quaisquer regras especiais aplicáveis à sua alteração, regulando-se o processo de alteração dos Estatutos da ZON OPTIMUS pelo regime legal em vigor em cada momento.

Não existem acionistas titulares de direitos especiais nem regras de participação de trabalhadores no capital social da Empresa.

3. AÇÕES PRÓPRIAS

A 31 de dezembro de 2013 a ZON OPTIMUS era titular de 403.382 ações próprias, que correspondiam a 0,08% do capital social e a 0,08% de direitos de voto. Os direitos de voto inerentes às ações próprias estão suspensos.

4. ACORDOS SIGNIFICATIVOS QUE ALTEREM COM MUDANÇA DE CONTROLO

Tanto quanto é do conhecimento do Conselho de Administração da Sociedade, a ZON OPTIMUS não é parte em acordos significativos que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da Sociedade [ou mudança dos membros do Conselho de Administração] na sequência de uma oferta pública de aquisição, exceptuando-se a normal prática de mercado em matéria de emissão de dívida.

5. MEDIDAS DEFENSIVAS

A ZON OPTIMUS não adotou quaisquer medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do Conselho de Administração.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

A Sociedade, isoladamente ou em conjunto com outras empresas do Grupo, celebrou com entidades financeiras contratos de financiamento, nos quais se prevê a possibilidade de resolução se ocorrerem alterações significativas na estrutura acionista da Sociedade e/ou nos respetivos direitos de voto.

Não existem quaisquer outros acordos significativos celebrados pela ZON OPTIMUS ou pelas suas subsidiárias que incluam cláusulas de mudança de controlo (inclusivamente na sequência de uma oferta pública de aquisição), i.e., que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo, bem como os respetivos efeitos.

Não existem acordos entre a Sociedade e os titulares do órgão de administração ou outros dirigentes da ZON OPTIMUS, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Cód.VM, que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade.

Medidas Susceptíveis de Interferir no êxito de Ofertas Públicas de Aquisição

A ZON OPTIMUS não adotou medidas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição que pusessem em causa os interesses da Sociedade e dos seus acionistas.

A ZON OPTIMUS considera que não existem quaisquer cláusulas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão no património da Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS

7. TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS E EVOLUÇÃO DA COTAÇÃO DAS AÇÕES DA ZON OPTIMUS / PSI20

Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento nº 5/2008 da CMVM, presta-se a seguinte informação quanto às participações qualificadas detidas por terceiros no capital social da ZON OPTIMUS comunicadas à Sociedade.

A estrutura de Participações Sociais Qualificadas da ZON OPTIMUS comunicadas à empresa era, em 31 de dezembro de 2013, a seguinte:

% Capital Social e Acionistas - 31-12-2013 Número de Ações Direitos de Voto ZOPT, SGPS, SA (1) 257.632.005 50,01% Sonaecom, SGPS, SA 37.489.324 7,28%

Banco BPI, SA 23.344.798 4,53% Fundação José Berardo e Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, SA(2) 17.999.249 3,49% Espírito Santo Irmãos, SGPS, SA (3) 15.455.000 3,00%

Joaquim Alves Ferreira de Oliveira (4) 14.955.684 2,90% Total Identificado 366.876.060 71,22% (1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM , é imputável uma participação qualificada de 57,29% do capital social e direitosdevotoda Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM , à ZOPT, à Sonaecom e às seguintes entidades: a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado; b. Às entidades em relação dedomínio com a Sonaecom,designadamente, a SONTEL, BV,a Sonae Investments, BV,a SONAE,SGPS, S.A.,a EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. e o Senhor Eng.º Belmiro M endes de Azevedo, igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a. (2) A Fundação José Berardo é titular de 14.013.761ações correspondentes a 2,72%do capital social da Sociedade. Por sua vez, a M etalgest - Sociedade deGestão,SGPS,S.A. é titular de 3.985.488 ações correspondentes a 0,774% do capital social da Sociedade. A posição da Fundação José Berardo é reciprocamente imputada à M etalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A. (3) Os direitos de voto correspondentes à Espírito Santo Irmãos, SGPS, S.A. são sucessivamente imputáveis à Espírito Santo Industrial, S.A. à Espírito Santo Resources Limited, à Espírito Santo Internacional, S.A., e à Espírito Santo Control, SA, sociedades que, por essa ordem, dominam a Espírito Santo Irmãos. (4) São imputados os direitos de voto correspondentes a 2,90%do capital social ao Senhor Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira, uma vez que controla a GRIPCOM, SGPS, S.A., e a Controlinveste International S.à.r.l., que detém respetivamente 1,36% e 1,55% do capital social da ZON OPTIM US.

No quadro seguinte apresenta-se a participação do Banco Português de Investimento, SA (“BPI”) calculada nos termos do nº 1 do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários.

% Capital Social e Acionistas Número de Ações Direitos de Voto Fundo de Pensões do Banco BPI 23,287,499 4.52% BPI Vida - Companhia de Seguros de Vida, SA 57,299 0.01% Total 23,344,798 4.53%

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

No quadro seguinte apresenta-se a participação de Joaquim Alves Ferreira de Oliveira, calculada nos termos do nº 1 do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários.

% Capital Social e Acionistas Número de Ações Direitos de Voto Gripcom, SGPS, SA 6,989,704 1.36% Controlinveste International, S.à.r.l. 7,965,980 1.55% Total 14,955,684 2.90%

A estrutura de Participações Sociais Qualificadas da ZON OPTIMUS comunicadas à empresa é, à data do presente relatório, a seguinte:

% Capital Social Acionistas - 25-02-2014 Número de Ações e Direitos de Voto ZOPT, SGPS, SA (1) 257.632.005 50,01% Banco BPI, SA 23.344.798 4,53% Fundação José Berardo e Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, SA(2) 17.999.249 3,49% (3) Joaquim Alves Ferreira de Oliveira 14.955.684 2,90% Sonaecom, SGPS, SA (4) 11.012.532 2,14% Total Identificado 324.944.268 63,08% (1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM , é imputável uma participação qualificada de 52,15%do capital social e direitos de voto da Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM , à ZOPT, à Sonaecom e às seguintes entidades: a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado; b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom, designadamente, a SONTEL, BV, a Sonae Investments, BV, a SONAE, SGPS, S.A., a EFANOR INVESTIM ENTOS, SGPS, S.A. e o Senhor Eng.º Belmiro M endes de Azevedo, igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a. (2) A Fundação José Berardo é titular de 14.013.761ações correspondentes a 2,72%do capital social da Sociedade. Por sua vez, a M etalgest - Sociedade deGestão,SGPS,S.A. é titular de 3.985.488 ações correspondentes a 0,774% do capital social da Sociedade. A posição da Fundação José Berardo é reciprocamente imputada à M etalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A. (3) São imputados os direitos de voto correspondentes a 2,90%do capital social ao Senhor Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira, uma vez que controla a GRIPCOM, SGPS, S.A., e a Controlinveste International S.à.r.l., que detém respetivamente 1,36% e 1,55% do capital social da ZON OPTIM US. (4) Participação Qualificada de acordo com os resultados da Oferta Pública divulgados pela Sonaecom, SGPS, SA no dia 20 de fevereiro de 2014.

Existe um registo pormenorizado das comunicações de participações qualificadas no website institucional da ZON OPTIMUS, em www.zonoptimus.pt/ir.

Evolução da Cotação das Ações da ZON OPTIMUS / PSI20

A cotação bolsista da ZON OPTIMUS encerrou o ano de 2013 nos 5,40 €, o que representa uma valorização de aproximadamente 81,82% face ao final de 2012.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 109

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A evolução da cotação da ZON OPTIMUS ao longo do ano, bem como o volume de ações transacionado em cada dia, encontram-se ilustrados no seguinte gráfico.

100% €5.40 +81,82% 9,750,000 80% 7,750,000 60% 5,750,000 40% 3,750,000

20% 1,750,000

0% -250,000

-20% -2,250,000 18-11-2013 31-12-2012 16-12-2013 11-02-2013 11-03-2013 21-10-2013 14-01-2013 04-11-2013 17-06-2013 15-07-2013 07-10-2013 01-07-2013 02-12-2013 30-12-2013 28-01-2013 12-08-2013 29-07-2013 23-09-2013 25-02-2013 25-03-2013 26-08-2013 22-04-2013 09-09-2013 06-05-2013 20-05-2013 03-06-2013 08-04-2013

Volume ZON OPTIMUS Cotação ZON OPTIMUS PSI20

A tabela abaixo assinala os principais eventos do ano, como apresentações de resultados, datas relevantes no processo de fusão entre a ZON Multimédia e a Optimus e pagamento de dividendos:

Data Evento 22-01-2013 Divulgação de Resultados de 2012

09-05-2013 Divulgação de Resultados do 1T13 24-05-2013 Pagamento de Dividendos referentes ao exercício de 2012 24-07-2013 Divulgação de Resultados do 1S13 Decisão final de não oposição da Autoridade da Concorrência à 26-08-2013 fusão entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS 27-08-2013 Registo Comercial da Fusão entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS Alteração da Denominação da Sociedade para ZON OPTIMUS, 27-08-2013 SGPS, SA

Alteração do Capital Social, através da emissão de 206.064.552 27-08-2013 novas ações Admissão à negociação das 206.046.552 novas ações no mercado 09-09-2013 regulamentado Euronext Lisbon Aprovação em Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas da 01-10-2013 eleição dos órgãos sociais para o triénio 2013-2015 14-11-2013 Divulgação de Resultados dos 9M13

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Durante 2013, a cotação das ações da ZON OPTIMUS atingiu um valor máximo de 5,52 € e um valor mínimo de 2,959 €.

No total, foram transacionadas 168.547.128 ações da ZON OPTIMUS ao longo do ano de 2013, o que corresponde a um volume médio de 660,969 ações por sessão – ou seja, 0,13% das ações emitidas à data de 31 de dezembro 2013 ou 0,21% das ações que se encontravam emitidas no início do ano.

O principal índice bolsista nacional, PSI20, registou durante 2013 uma subida de 15,98%, sendo que o índice Espanhol, IBEX35, cresceu 21,42% face ao final de 2012. Outros índices internacionais apresentaram durante o ano de 2013 um desempenho positivo, tendo o FTSE100 (Reino Unido), CAC40 (França) e Dax (Alemanha) registado subidas de 14,43%, 17,99%, e 22,80%, respetivamente. O índice Dow Jones EuroStoxx 50 valorizou-se em 17,95% durante o ano de 2013.

No final de 2012, a ZON OPTIMUS detinha diretamente um total de 401.523 ações próprias. Durante o ano de 2013, ocorreram as seguintes transações, resumidas no quadro abaixo apresentado:

Descrição Número de Acções Saldo Inicial 401,523 Plano de Atribuições a Colaboradores - Aquisições 1,005,397 Plano de Atribuições a Colaboradores - Atribuições 1,003,538

Saldo Final 403,382

Assim sendo, no final de 2013 a ZON OPTIMUS detinha diretamente 403.382 ações próprias.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 111

RELATÓRIO E CONTAS 2013

8. AÇÕES E OBRIGAÇÕES DETIDAS PELOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, CONSELHO FISCAL E REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Ações Saldo 31- Obrigações Saldo Nome Cargo Ações - Transações 2013 12-2013 a 31-12-2013 Aquisições Alienações Preço Unitário Data Jorge Manuel de Brito Pereira Presidente do Conselho de Administração - - - - 0 0 Miguel Nuno Santos Almeida Presidente da Comissão Executiva - - - - 0 0 3.187 - 3,152 € 31-01-2013 1.062 - 3,286 € 12-04-2013 1.062 - 3,237 € 15-04-2013 Luís Miguel Gonçalves Lopes Vice-Presidente da Comissão Executiva 40.000 - 3,820 € 08-07-201350.000 0 -25.888*25-07-2013 - 30.000 4,370 € 31-07-2013 - 40.000 4,700 € 03-10-2013 3.187 - 3,152 € 31-01-2013 1.062 - 3,286 € 12-04-2013 1.062 - 3,237 € 15-04-2013 José Pedro Faria Pereira da Costa Vogal Executivo 100.000 40.000 - 3,820 € 08-07-2013 30 - 22.202 * 07-10-2013 - 20.729 4,700 € 08-10-2013 Miguel Veiga Martins Vogal Executivo - - - - 0 0 Manuel Ramalho Eanes Vogal Executivo - - - - 0 0 300 3,152 € 31-01-2013 600 3,286 € 12-04-2013 André Nuno Malheiro dos Santos Almeida Vogal Executivo - 7.700 600 3,237 € 15-04-2013 50 5.000 3,820 € 08-07-2013 Ana Paula Garrido de Pina Marques Vogal Executivo - - - - 0 0 Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério (1) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Sonaecom, SGPS, SA 37.489.324 - - 28-08-2013 37.489.324 89.056.777 - - 27-08-2013 ZOPT, SGPS, SA 257.632.005 168.575.228 - - 28-08-2013 António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier (2) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Sonaecom, SGPS, SA 37.489.324 - - 28-08-2013 37.489.324 António Domingues (3) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Grupo BPI 458.886 542.686 - - 23.344.798 Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Fernando Fortuny Martorell Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Isabel dos Santos (4) Vogal Não Executivo - - - - 89.056.777 - - 27-08-2013 0 ZOPT, SGPS, SA 257.632.005 168.575.228 - - 28-08-2013 Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira (5) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Controlinveste International, Sarl -- --7.965.980 Gripcom, SGPS, SA. -- --6.989.704 Lorena Solange Fernandes da Silva Fernandes Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Maria Cláudia Teixeira de Azevedo (6) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 Sonaecom, SGPS, SA 37.489.324 - - 28-08-2013 37.489.324 89.056.777 - - 27-08-2013 ZOPT, SGPS, SA 257.632.005 168.575.228 - - 28-08-2013 Mário Filipe Moreira Leite da Silva (7) Vogal Não Executivo - - - - 0 0 89.056.777 - - 27-08-2013 ZOPT, SGPS, SA 257.632.005 168.575.228 - - 28-08-2013 5.469 - 3,152 € 31-01-2013 1.823 - 3,286 € 12-04-2013 1.823 - 3,237 € 15-04-2013 Rodrigo Jorge de Araújo Costa Vogal Não Executivo 0 44.625 - 3,820 € 08-07-2013 100 187.681 - 4,530 € 02-10-2013 - 839.141 * 03-10-2013 Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto Presidente do Conselho Fiscal - - - - 0 0 Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira Membro do Conselho Fiscal - - - - 0 0 Nuno Tiago Bandeira de Sousa Pereira Membro do Conselho Fiscal - - - - 0 0 Luís Filipe da Silva Ferreira Membro Suplente do Conselho Fiscal - - - - 0 0 PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda Revisor Oficial de Contas - - - - 0 0 Hermínio António Paulos Afonso Revisor Oficial de Contas - - - - 0 0 Jorge Manuel Santos Costa Revisor Oficial de Contas - - - - 0 0 José Manuel Henriques Bernardo Revisor Oficial de Contas Suplente - - - - 0 0

* Considerando t er exist ido mais de uma t ransação nest a dat a, remet emos a consult a do det alhe do preço unit ário das mesmas para os comunicados divulgados ao mercado para est e ef eit o. (1)Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério évogal do Conselho deAdministração daZOPT, SGPS,SA , sociedadequedetinhaem31deDezembro de2013 umaparticipação correspondentea50,01%do capital social edos direitos devoto daZON OPTIMUS, SGPS,SA evogal do Conselho de A dminist ração e membro da Comissão Execut iva da Sonaecom, SGPS, SA , sociedade que det inha a 31 de Dezembro de 2013 uma part icipação correspondente a 7,28% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS, SGPS, SA. (2) António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier é vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Sonaecom, SGPS, S.A ., sociedade que det inha a 31 de Dezembro de 2013 uma part icipação correspondent e a 7,28% do capital social e dos direitos de votos da ZON (3) António Domingues é administrador de sociedades pertencentes ao Grupo BPI que, em 31 de Dezembro de 2013, possuía 23.344.798 acções da ZON OPTIM US, SGPS, S.A. (4 ) Isab el d os Sant o s é V o g al d o Co nselho d e A d minist ração d a ZOPT, SGPS ,S.A., q ue d et ém uma p art icip ação co rresp o nd ent e a 50 ,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (5) Joaquim Francisco A lves Ferreira de Oliveira det ém indirect ament e mais de met ade do capit al social da Cont rolinvest e Int ernat ional, Sarl, que era det ent ora, à dat a de 31 de Dezembro de 2013, de um t ot al de 7.965.980 acções da ZON M ult imédia. Joaquim Francisco A lves Ferreira de Oliveira detém indirectamente mais de metade o capital social da Gripcom - SGPS, S.A., que era detentora, à data de 31 de Dezembro de 2013, de um lote de 6.989.704 acções da ZON Multimédia. (6) Maria Cláudia Teixeira de Azevedo é vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detinha a 31de Dezembro de 2013uma participação correspondente a50,01%do capital social e dos direitos devoto daZON OPTIMUS,SGPS, S.A.,e vogal do Conselho de A dminist ração e membro da Comissão Execut iva da Sonaecom, SGPS, S.A ., sociedade que det ém uma part icipação correspondent e a 7,28% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (7) Mário Filipe Moreira Leite da Silva é vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., que detinha a 31 de Dezembro de 2013 uma part icipação correspondent e a 50,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

9. PODERES ESPECIAIS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da Sociedade exerce as competências legais e estatutárias que lhe são atribuídas. De acordo com o previsto no artigo 16.º dos Estatutos da Sociedade, compete ao Conselho de Administração, especialmente, gerir os negócios da sociedade e designadamente:

a) A aquisição, alienação, locação e oneração de bens móveis e imóveis, estabelecimentos comerciais, participações sociais e veículos automóveis; b) A celebração de contratos de financiamento e de empréstimo incluindo os de médio e longo prazo, internos ou externos; c) A representação em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem; d) Constituir mandatários com poderes que julgue convenientes, incluindo os de substabelecer; e) Aprovar os planos de atividades e os orçamentos de investimento e exploração; f) Proceder, por cooptação, à substituição dos Administradores que faltem definitivamente; g) Elaborar e submeter à aprovação da Assembleia Geral um regulamento de stock options para os membros do Conselho de Administração, assim como para trabalhadores que ocupem na sociedade lugares de elevada responsabilidade; h) Designar quaisquer outras pessoas, individuais ou coletivas, para o exercício de cargos sociais nas empresas em que a sociedade detenha participação social; i) Deliberar que a sociedade preste apoio técnico e/ou financeiro às sociedades em que detenha participação social; j) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas pela Assembleia Geral.

Os estatutos da Sociedade não preveem quaisquer poderes especiais do Conselho de Administração no que respeita a deliberações de aumento do capital social. Adicionalmente, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º dos Estatutos da Sociedade, pode o Conselho de Administração delegar a gestão corrente da sociedade numa Comissão Executiva.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

10. RELAÇÕES COMERCIAIS SIGNIFICATIVAS COM TITULARES DE PARTICIPAÇÃO QUALIFICADA

A ZON OPTIMUS não realizou qualquer negócio ou operação significativos em termos económicos, para qualquer uma das partes envolvidas, com membros de órgãos de administração ou fiscalização ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, que não tenham sido realizados em condições normais de mercado para operações similares e que não façam parte da atividade corrente da Sociedade.

A ZON OPTIMUS não realizou qualquer negócio ou operação com titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, fora das condições normais de mercado.

A Sociedade celebrou regularmente operações e contratos com diversas entidades dentro do Grupo ZON OPTIMUS. Tais operações foram realizadas nos termos normais de mercado para operações similares, fazendo parte da atividade corrente das sociedades contraentes.

A Sociedade celebra igualmente, com regularidade, operações e contratos de natureza financeira com diversas instituições de crédito que são titulares de participações qualificadas no seu capital, as quais são, porém, realizadas nos termos normais de mercado para operações similares, fazendo parte da atividade corrente das sociedades contraentes.

Nesta matéria, os procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do Conselho Fiscal na tomada de decisão quanto a negócios a realizar com titulares de participação qualificada encontra-se detalhada nos pontos 89, 90 e 91 infra, do presente relatório.

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B. Órgãos Sociais e Comissões

I. ASSEMBLEIA GERAL

11. COMPOSIÇÃO DA MESA

Nos termos do n.º 1 do artigo 12.º dos Estatutos da ZON OPTIMUS, a Mesa da Assembleia Geral da Sociedade é composta por um Presidente e um Secretário.

A Mesa da Assembleia Geral da Sociedade tem a seguinte composição:

• Pedro Canastra de Azevedo Maia (Presidente) • Tiago Antunes da Cunha Ferreira de Lemos (Secretário)

O mandato dos membros da Mesa da Assembleia Geral é de três anos. O atual mandato iniciou-se em 1 de outubro de 2013, com a eleição dos órgãos sociais, em Assembleia Geral extraordinária, para o triénio 2013/2015. Os atuais membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos pela primeira vez.

A Assembleia Geral, constituída pelos acionistas com direito de voto, reúne, pelo menos, uma vez por ano, nos termos do disposto no artigo 376.º do Código das Sociedades Comerciais (“CSC”). Nos termos dos artigos 23.º-A do Cód.VM e 375.º do CSC, a Assembleia Geral reúne também sempre que requerida a sua convocação ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral pelo Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, ou por acionistas que representem pelo menos 2% do capital social, e, bem assim, nos casos especiais previstos na lei, quando convocada pelo Conselho Fiscal.

Nos termos do disposto no artigo 21º-B do Cód.VM, a convocatória para a realização da reunião de assembleias gerais é divulgada com, pelo menos, 21 dias de antecedência no portal do Ministério da Justiça (http://publicacoes.mj.pt). A convocatória é também divulgada no website da Sociedade e no sistema de difusão de informação da CMVM (www.cmvm.pt) e no website da Euronext Lisbon.

À Mesa da Assembleia Geral são disponibilizados todos os recursos necessários para o desempenho das suas funções, nomeadamente, por via da assessoria da Secretaria Geral da Sociedade.

Refira-se que durante o exercício de 2013 e até à referida eleição dos órgãos sociais a 1 de outubro de 2013, em Assembleia Geral extraordinária, a Mesa da Assembleia Geral da Sociedade teve a seguinte composição:

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

• Júlio de Castro Caldas (Presidente) • Maria Fernanda Carqueja Alves de Ribeirinho Beato (Secretária)

No decurso de 2013, os então Presidente e Secretária da Mesa da Assembleia Geral auferiam, a título de honorários referentes a cinco reuniões, respetivamente as remunerações totais de 12.500 Euros e 7.500 Euros.

12. RESTRIÇÕES EM MATÉRIA DE DIREITO DE VOTO

Nos termos dos Estatutos da Sociedade, não existem restrições em matéria de direito de voto. Nos termos do artigo 11.º dos Estatutos da Sociedade, podem estar presentes na Assembleia Geral os acionistas com direito de voto. A cada 100 ações corresponde um voto.

Nos termos legal e estatutariamente previstos, tem direito a participar, discutir e votar em Assembleia Geral o acionista com direito de voto que, na data de registo, correspondente às 0 horas (GMT) do quinto dia de negociação anterior ao da realização da Assembleia, for titular de ações que lhe confiram, segundo a lei e o contrato de sociedade, pelo menos um voto e que cumpra as formalidades legais aplicáveis, nos termos descritos na correspondente convocatória.

As participações sociais, no seu conjunto, não estão sujeitas a limites no respetivo poder de voto, na medida em que inexistem tetos de voto. Adicionalmente, considerando a relação de proporcionalidade, não existe qualquer desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto. Nos termos legais, os acionistas possuidores de um número de ações inferior ao necessário exercício do direito de voto poderão agrupar-se de forma a completarem o número exigido ou um número superior e fazer-se representar em Assembleia Geral por um dos agrupados.

13. PERCENTAGEM MÁXIMA DE VOTOS EXERCIDA POR UM ACIONISTA

Nos termos dos Estatutos da Sociedade, não existe qualquer limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por cada acionista.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Sem prejuízo do referido, nos termos do artigo 9.º dos Estatutos da Sociedade, os acionistas que exerçam, direta ou indiretamente, atividade concorrente com a das sociedades participadas da sociedade, não podem ser titulares, sem prévia autorização da Assembleia Geral, de ações ordinárias representativas de mais de dez por cento do capital social. Para o efeito, entende-se por atividade concorrente a atividade efetivamente exercida no mesmo mercado e nos mesmos serviços prestados pelas sociedades participadas da sociedade. Considera-se que exerce indiretamente atividade concorrente quem, direta ou indiretamente, tiver participação de, pelo menos, dez por cento no capital de sociedade que exerça atividade nos termos do número anterior ou for por ela participada em idêntica percentagem.

14. MATÉRIAS SUJEITAS A QUÓRUM DELIBERATIVO AGRAVADO POR IMPOSIÇÃO ESTATUTÁRIA

Nos termos do artigo 13.º dos Estatutos da Sociedade, sem prejuízo da maioria qualificada nos casos previstos na lei, a Assembleia Geral delibera pela maioria simples dos votos emitidos. A Assembleia Geral pode funcionar em primeira reunião desde que se encontrem presentes ou representados acionistas possuidores de ações que representem mais de cinquenta por cento do capital social.

Nestes termos, os Estatutos da ZON OPTIMUS não fixam qualquer quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

15. IDENTIFICAÇÃO DO MODELO DE GOVERNO

Até 30 de setembro 2013, a Sociedade adotava o modelo de governo “anglo-saxónico”, ou seja, o modelo em que a administração e fiscalização da Sociedade cabem, respetivamente, a um Conselho de Administração e a uma Comissão de Auditoria (composta exclusivamente por Administradores não executivos) e um Revisor Oficial de Contas, tal como previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 278.º do CSC. Por seu turno, o Conselho de Administração da então ZON Multimédia (agora ZON OPTIMUS) delegou numa Comissão Executiva as funções de gestão corrente da Sociedade. Em cumprimento das exigências legais ou regulamentares aplicáveis e com o propósito essencial de poder beneficiar de um conjunto de reflexões, recomendações e sugestões focalizadas e emanadas de uma estrutura especificamente direcionada para sobre elas se debruçar – sempre com funções meramente auxiliares e cabendo as decisões unicamente ao órgão de administração – o Conselho de Administração da então ZON Multimédia (agora ZON OPTIMUS) criou, para além da Comissão Executiva, uma Comissão de Governo Societário e uma Comissão de Nomeações e Avaliações.

Em consequência da concretização da operação de fusão anteriormente referida, considerando-se que seria benéfico adotar uma estrutura de administração e fiscalização que aproximasse os modelos anteriormente seguidos por uma das sociedades objeto da fusão, por forma a facilitar a sua integração e reorganização, a ZON OPTIMUS passou a adotar o modelo de governo “monista”, para o efeito tendo sido alterados os estatutos da Sociedade na Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013. Nos termos da al. a), n.º 1 e n.º 3 do artigo 278.º e da al. b), n.º 1 do artigo 413.º todos do Código das Sociedades Comerciais e do n.º 1 do artigo 10.º dos Estatutos, são órgãos da Sociedade a Assembleia Geral, o Conselho de Administração (a quem compete a administração da sociedade), o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas (a quem compete a fiscalização da sociedade).

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

O Conselho de Administração da ZON OPTIMUS considera que este modelo se encontra plena e eficazmente implementado, não se verificando constrangimentos ao seu funcionamento.

Em acréscimo, o atual modelo de governo revela-se equilibrado e permeável à adoção das melhores práticas nacionais e internacionais em matéria de governo societário.

Entende-se, ainda, que esta estrutura de governo permite o regular funcionamento da Sociedade, viabilizando um diálogo transparente e adequado entre os vários órgãos sociais e, bem assim, entre a Sociedade, os seus acionistas e demais stakeholders.

Nos termos e para os efeitos do artigo 446º-A do CSC e do n.º 2 do artigo 10.º dos Estatutos da Sociedade, o Secretário da Sociedade e o Secretário da Sociedade Suplente são designados pelo Conselho de Administração, dispondo das competências estabelecidas na lei e cessando as suas funções com o termo das funções do Conselho de Administração que os designou.

A 31 de dezembro de 2013, o Secretário da Sociedade e o Secretário da Sociedade Suplente são:

• Secretário da Sociedade – Sandra Martins Esteves Aires • Secretário da Sociedade Suplente – Tiago Jorge Domingues da Mota

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

De notar, por fim, que até à data de 30 de setembro de 2013, a ZON OPTIMUS adotou o modelo de governo “anglo-saxónico”, ou seja, o modelo em que a administração e fiscalização da Sociedade cabiam, respetivamente, a um Conselho de Administração e a uma Comissão de Auditoria (composta exclusivamente por Administradores não executivos) e um Revisor Oficial de Contas, tal como previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 278.º do CSC.

16. REGRAS ESTATUTÁRIAS SOBRE NOMEAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ADMINISTRADORES

Nos termos do artigo 15.º dos Estatutos da Sociedade o Conselho de Administração é composto por um número máximo de vinte e três membros eleitos pela Assembleia Geral que de entre eles designará o Presidente e, se assim o entender, um ou mais Vice-Presidentes. Na falta de designação do Presidente do Conselho de Administração pela Assembleia Geral, será o Conselho de Administração a fazer essa designação. Um dos Administradores da Sociedade pode ser eleito pela Assembleia Geral nos termos do número 1 do artigo 392.º do Código das Sociedades Comerciais.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

A substituição de Administrador, em consequência da cessação das suas funções antes do termo do mandato, será promovida nos termos legais aplicáveis, designadamente, nos termos do artigo 393.º do Código das Sociedades Comerciais. Sem prejuízo do referido, estabelecem os números 2 e 3 do artigo 16.º dos Estatutos da Sociedade que quando o Administrador que falte definitivamente seja o Presidente ou um Vice-Presidente, procede-se à sua substituição por eleição em Assembleia Geral. Para o efeito, considera-se que falta definitivamente o Administrador que, no mesmo mandato, falte a duas reuniões seguidas ou cinco interpoladas, sem justificação aceite pelo Conselho de Administração.

17. COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Nos termos do artigo 15.º dos Estatutos da Sociedade o Conselho de Administração é composto por um número máximo de vinte e três membros eleitos pela Assembleia Geral que de entre eles designará o Presidente e, se assim o entender, um ou mais Vice-Presidentes.

Na falta de designação do Presidente do Conselho de Administração pela Assembleia Geral, será o Conselho de Administração a fazer essa designação.

O número 3 do artigo 10.º dos Estatutos da Sociedade determina que quando a lei ou os estatutos não fixem um número determinado de membros de um órgão social, considera-se esse número estabelecido, em cada caso, pela deliberação de eleição, correspondendo ao número de membros eleitos. Tal não prejudica, nos termos do número 4 do mesmo artigo, a possibilidade de, no decurso do mandato, ser alterado o número de membros do órgão social, até ao limite legal ou estatutário que caiba.

Os membros dos órgãos sociais e demais corpos sociais da ZON OPTIMUS exercem as respetivas funções por períodos de três anos civis renováveis, contando-se como ano completo o ano civil da designação.

O atual Conselho de Administração foi eleito em Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013, para o triénio 2013/2015, sendo à data da eleição composto por 19 administradores e tendo sido designado Presidente do referido Conselho Jorge Manuel de Brito Pereira.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Composição do Conselho de Administração a 31 de dezembro de 2013

Conselho de Comissão Administradores Primeira Nomeação e

Administração Executiva não executivos Termo do Mandato

01/10/2013 Jorge de Brito Pereira Presidente --- X 31/12/2015 01/10/2013 Miguel Almeida Vogal Presidente --- 31/12/2015 21/09/2007 Luís Lopes Vogal Vice-Presidente -- 31/12/2015 José Pedro Pereira da 21/09/2007 Vogal Vogal --- Costa 31/12/2015 01/10/2013 Ana Paula Marques Vogal Vogal --- 31/12/2015 01/10/2013 André Almeida Vogal Vogal --- 31/12/2015 01/10/2013 Manuel Ramalho Eanes Vogal Vogal --- 31/12/2015 27/12/2012 Miguel Veiga Martins Vogal Vogal --- 31/12/2015 01/10/2013 Ângelo Paupério Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 António Lobo Xavier Vogal --- X 31/12/2015 01/09/2004 António Domingues Vogal --- X 31/12/2015 27/11/2012 Catarina Tavira Vogal --- X 31/12/2015 07/11/2008 Fernando Martorell Vogal --- X 31/12/2015 31/01/2008 Isabel dos Santos Vogal --- X 31/12/2015 27/11/2012 Joaquim Oliveira Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 Lorena Fernandes Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 Maria Cláudia Azevedo Vogal --- X 31/12/2015 19/04/2010 Mário Leite da Silva Vogal --- X 31/12/2015 21/09/2007 Rodrigo Costa Vogal --- X 31/12/2015

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Conforme comunicado ao mercado, de 31 de dezembro de 2013, Luís Miguel Gonçalves Lopes, apresentou a sua renúncia, em 30 de dezembro de 2013, ao cargo de vogal do Conselho de Administração e, inerentemente, à Vice-Presidência da Comissão Executiva da ZON OPTIMUS.

Nos termos do número 2 do artigo 404.º do Código das Sociedades Comerciais, não tendo existido designação ou eleição de substituto, a renúncia produziu efeito no dia 31 de janeiro de 2014. Em consequência, a partir de 31 de janeiro de 2014, o Conselho de Administração passou a ser composto por 18 administradores, nos seguintes termos:

Primeira Conselho de Comissão Administradores não Nomeação e Administração Executiva executivos Termo do Mandato 01/10/2013 Jorge de Brito Pereira Presidente --- X 31/12/2015 01/10/2013 Miguel Almeida Vogal Presidente --- 31/12/2015 José Pedro Pereira da 21/09/2007 Vogal Vice-Presidente -- Costa 31/12/2015 27/12/2012 Miguel Veiga Martins Vogal Vice-Presidente -- 31/12/2015 01/10/2013 Ana Paula Marques Vogal Vogal --- 31/12/2015 01/10/2013 André Almeida Vogal Vogal --- 31/12/2015 Manuel Ramalho 01/10/2013 Vogal Vogal --- Eanes 31/12/2015 01/10/2013 Ângelo Paupério Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 António Lobo Xavier Vogal --- X 31/12/2015 01/09/2004 António Domingues Vogal --- X 31/12/2015 27/11/2012 Catarina Tavira Vogal --- X 31/12/2015 07/11/2008 Fernando Martorell Vogal --- X 31/12/2015 31/01/2008 Isabel dos Santos Vogal --- X 31/12/2015 27/11/2012 Joaquim Oliveira Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 Lorena Fernandes Vogal --- X 31/12/2015 01/10/2013 Maria Cláudia Azevedo Vogal --- X 31/12/2015 19/04/2010 Mário Leite da Silva Vogal --- X 31/12/2015 21/09/2007 Rodrigo Costa Vogal --- X 31/12/2015

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 123

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Até 30 de setembro de 2013, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS era composto por 17 membros a seguir identificados:

Conselho de Comissão Administradores não Primeira

Administração Executiva executivos Nomeação e Daniel Proença de 20/06/2007 Presidente --- X Carvalho 31/12/2012 21/09/2007 Rodrigo Costa Vogal Presidente --- 31/12/2012 José Pedro Pereira da 21/09/2007 Vogal Vogal --- Costa 31/12/2012 21/09/2007 Luís Lopes Vogal Vogal --- 31/12/2012 14/05/2003 Duarte Calheiros Vogal Vogal --- 31/12/2012 Fernando Fortuny 07/11/2008 Vogal ------Martorell 31/12/2012 01/09/2004 António Domingues Vogal ------31/12/2012 21/09/2007 László Cebrian Vogal --- X 31/12/2012 20/06/2007 Vítor Gonçalves Vogal --- X 31/12/2012 21/04/2008 Paulo Mota Pinto Vogal --- X 31/12/2012 20/06/2007 Nuno Silvério Marques Vogal --- X 31/12/2012 31/01/2008 Joaquim Oliveira Vogal ------31/12/2012 19/04/2010 Mário Leite da Silva Vogal ------31/12/2012 27/11/2012 Isabel dos Santos Vogal ------31/12/2012 27/11/2012 Catarina da Luz Tavira Vogal ------31/12/2012 27/11/2012 André Palmeiro Ribeiro Vogal ------31/12/2012 27/11/2012 Miguel Veiga Martins Vogal ------31/12/2012

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

18. DISTINÇÃO ENTRE ADMINISTRADORES EXECUTIVOS E NÃO EXECUTIVOS (E INDEPENDENTES)

Ao abrigo do n.º 1 do artigo 17.º dos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, eleito na Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013, de entre os seus 19 membros eleitos, aprovou, na sua reunião do dia 2 de outubro de 2013, a criação de uma Comissão Executiva, composta por 7 vogais.

Com vista a maximizar a prossecução dos interesses da Sociedade, o órgão de administração é constituído por um número de membros não executivos que garante o efetivo acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos membros executivos da ZON OPTIMUS.

Diferentemente do modelo de governo anglo-saxónico, no atual modelo de governo societário adotado pela empresa – modelo “monista” – a fiscalização da sociedade compete a um Conselho Fiscal (composto por três elementos) e a um Revisor Oficial de Contas, sendo os mesmos independentes e não fazendo parte, simultaneamente, do órgão de administração. Assim, ponderando o referido e, tendo ainda em conta a dimensão da Sociedade, a sua estrutura acionista e o respetivo free float, em linha com a Recomendação II.1.7. do Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, de entre os administradores não executivos conta-se um administrador independente, o que, conjugando com o referido no início do parágrafo, se demonstra ser uma proporção adequada.

Refira-se que os Administradores não executivos da Sociedade têm vindo a desenvolver regular e efetivamente as funções que lhes são legalmente atribuídas e que consistem genericamente na supervisão, fiscalização e avaliação da atividade dos membros executivos. No desempenho de tais funções ao longo do exercício de 2013, os Administradores não executivos não se têm deparado com qualquer tipo de constrangimentos.

Nos termos da legislação e regulamentação aplicável, considerando, em particular, o disposto no n.º 8 do artigo 407.º do CSC, os Administradores não executivos da ZON OPTIMUS têm desempenhado as suas funções de modo a cumprir os seus deveres de vigilância face à atuação dos membros da Comissão Executiva. De acordo com a mencionada disposição, os Administradores não executivos devem proceder à “vigilância geral (…) da Comissão Executiva”, sendo responsáveis “pelos prejuízos causados por atos ou omissões destes, quando, tendo conhecimento de tais atos ou omissões ou do propósito de os praticar, não provoquem a intervenção do conselho para tomar as medidas adequadas”.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 125

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Uma vez que o Presidente do Conselho de Administração da ZON OPTIMUS não exerce funções executivas na Sociedade, as funções dos Administradores não executivos estão particularmente facilitadas, uma vez que o Presidente desempenha, assim, uma função tanto de coordenação das atividades dos Administradores não executivos, como de elo de ligação, estreitando e facilitando o diálogo, com a Comissão Executiva.

De referir, também, o esforço de atualização dos Administradores não executivos nas diferentes matérias, em cada momento, em estudo e tratamento no âmbito do Conselho de Administração, e a sua presença assídua e participação ativa nas reuniões daquele órgão, o que, em larga medida, contribui para o bom desempenho das suas funções.

Os Administradores não executivos da ZON OPTIMUS têm também revelado um contributo importante para a Sociedade através do desempenho das suas funções nas comissões especializadas do Conselho de Administração (vide ponto 27).

De molde a melhor garantir o devido e efetivo acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade da Comissão Executiva, conforme determinado pelo Conselho de Administração, as atas das reuniões da referida Comissão são oficiosamente enviadas para o Presidente do Conselho de Administração e, trimestralmente, a Comissão Executiva apresenta ao Conselho de Administração um resumo da sua atividade mais relevante no período em causa. Adicionalmente ao referido, os membros da Comissão Executiva, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, prestam, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

19. QUALIFICAÇÕES DOS ADMINISTRADORES

a. Jorge Brito Pereira: Presidente do Conselho de Administração

Habilitações Literárias:

o Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa; o Mestrado em Ciências Jurídicas, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; o Leading Professional Services Firms – Harvard Business School (2013).

Experiência Profissional:

o Sócio de PLMJ e Docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; o Vogal do Conselho de Administração de PLMJ – Sociedade de Advogados, RL; o Vogal do Conselho de Administração de De Grisogono S.A.; o Vogal do Conselho de Administração da CIMIPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (2006/2007); o Vogal do Conselho de Administração da PARAREDE, SGPS, S.A. (2002-2005); o Vogal da Comissão de Remunerações da Glintt, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SPORT TV, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAPEC, SGPS, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Oxy Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ONETIER Partners SGPS, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CIMINVEST – Sociedade de Investimentos e participações S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SANTORO FINANCE – Prestação de Serviços, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SANTORO FINANCIAL HOLDINGS, SGPS, S.A.; o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da FIDEQUITY – SERVIÇOS DE GESTÃO S.A.; o Secretário da Mesa da Assembleia Geral do Banco BIC Português, S.A..

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 127

RELATÓRIO E CONTAS 2013

b. Miguel Nuno Santos Almeida: Presidente da Comissão Executiva

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração da Finstar – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A. o Membro do Conselho de Administração e administrador executivo da Sonaecom, SGPS, S.A.; o CEO da Optimus - Comunicações, S.A.; o Presidente do Conselho de Administração da Be Artis – Concepção, Construção e Gestão de Redes de Comunicações; Be Towering – Gestão de Torres de Telecomunicações e Per-Mar, Sociedade de Construções; Sontária – empreendimentos imobiliários, S.A. o Membro do Conselho de Administração da PCJ – Público, Comunicação e jornalismo; do Público – Comunicação Social; da Sonaecom – Sistemas de Informação, SGPS, Optimus, SGPS; da Sontária – Empreendimentos Imobiliários e WeDo Consulting – Sistemas de Informação; o Foi também administrador executivo da Optimus com os pelouros de Marketing e Vendas; administrador não-executivo da WeDo e diretor de Marketing da Modelo Continente, SGPS.

c. Luís Miguel Gonçalves Lopes: Vice-Presidente da Comissão Executiva

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e Curso em Gestão Industrial na Universidade de Trondheim na Noruega.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo da ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, SA; o Administrador e vice-presidente da ZON TVCabo com as funções de COO; o Administrador não executivo da ZON TVCabo Açoreana, ZON TVCabo Madeirense e ZON Conteúdos; o Administrador executivo na PT Comunicações e PT.com e administrador não executivo das Páginas Amarelas; o Associate principal na McKinsey & Company (Lisboa e Varsóvia) e co-líder da prática de Banca de Retalho na Europa; o Senior analyst da Procter & Gamble (Lisboa e Londres), investigador no INETI (Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Inovação) e assistente no departamento de Física no Instituto Superior Técnico de Lisboa.

d. Ana Paula Garrido de Pina Marques: Vogal Executivo

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia do Porto e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administradora executiva da Optimus – Comunicações, com os pelouros de Residencial, Serviço ao Cliente, Operações e Gestão de Terminais; o Presidente da APRITEL (Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas); o Foi anteriormente diretora de Marketing e Vendas da Unidade de Negócio Particulares Móvel. Durante o seu percurso na operadora assumiu as funções de diretora de Marca e Comunicação, bem como de diretora da Unidade de Negócio de Dados; o Iniciou a sua carreira na área de Marketing da Procter & Gamble.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 129

RELATÓRIO E CONTAS 2013

e. André Nuno Malheiro dos Santos Almeida: Vogal Executivo

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial pelo Instituto Superior Técnico e MBA pelo INSEAD , Henry Ford II Award.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo ZON TVCabo, ZON Lusomundo Audiovisuais, ZAP Angola e ZAP Moçambique, responsável por Business Development, Negócios Internacionais, Planeamento e Controlo e Corporate Finance da ZON Multimédia; o Administrador executivo ZON TVCabo das áreas de Produto e Marketing; diretor de Gestão e Coordenação de Produto da ZON TVCabo; o Diretor de Desenvolvimento de Negócios do Negócio Fixo da PT; o Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da PT e chefe de projeto da PT SGPS; associado da The Boston Consulting Group.

f. José Pedro Faria Pereira da Costa: Vogal Executivo

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo – CFO da ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS; o Administrador do Grupo Portugal Telecom com o pelouro financeiro das empresas PT Comunicações, PT.COM e PT Prime;

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

o Vice-presidente executivo da Telesp Celular Participações; o Membro da Comissão Executiva do Banco Santander de Negócios Portugal, como responsável pela área de Corporate Finance; o Iniciou a sua atividade profissional na McKinsey & Company em Portugal e Espanha.

g. Manuel António Neto Portugal Ramalho Eanes: Vogal Executivo

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administrador Executivo da Optimus – Comunicações, SA com os pelouros de Empresas e Operadores; o Dirigiu na Optimus as áreas de Fixo Residencial, Marketing Central e Serviços de Dados, Vendas Particulares, PME’s e Business Development. o Iniciou a sua carreira na McKinsey & Co.

h. Miguel Filipe Veiga Martins: Vogal Executivo

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa).

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração e CEO da Unitel; o Administrador executivo da Vodafone Internet Service Group no Reino Unido; o Administrador executivo com pelouro da área Tecnológica da Vodafone Portugal o Diretor Técnico da Cisco Systems Portugal e Espanha

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 131

RELATÓRIO E CONTAS 2013

i. Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e MBA pela Escola de Gestão do Porto-UPBS.

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração das sociedades: o Sonaecom, SGPS, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o Sonae, SGPS, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o Sonae Center Serviços II, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o Sonae Investimentos, SGPS, S.A (Membro do Conselho de Administração) o Sonae MC – Modelo Continente, SGPS, S.A. (Vice Presidente do Conselho de Administração) o Sonae – Specialized Retail, SGPS, S.A. (Vice-Presidente do Conselho de Administração) o Sonaerp – Retail Properties, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o Sonaegest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o Sonae Sierra, SGPS, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o Sonae, RE, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o Sonae Investments, B.V. (Diretor Executivo) o Sontel B.V. (Diretor Executivo) o Sonaecom – Sistemas de Informação, SGPS, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o Sonaecom, Serviços Partilhados, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o WeDo Consulting, Sistemas de Informação, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o Público – Comunicação Social, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o PCJ – Público, Comunicação e Jornalismo, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) o ZOPT, SGPS, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o MDS, SGPS, S.A. (Membro do Conselho de Administração) o MDS AUTO, Mediação de Seguros, S.A. (Presidente do Conselho de Administração)

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

o Enxomil, SGPS, S.A. (Administrador Único) o Enxomil – Sociedade Imobiliária, S.A. (Administrador Único) o Love Letters – Galeria de Arte, S.A. (Membro do Conselho de Administração)

j. António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Direito e Mestrado em Direito Económico pela Universidade de Coimbra.

Experiência Profissional:

o Partner e Membro do Conselho de Administração da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados; o Membro do Conselho de Administração das sociedades: o Sonaecom, SGPS, S.A. (membro executivo); o Sonaecom Sistemas de Informação, SGPS S.A.; o PCJ – Publico, Comunicação e Jornalismo, S.A.; o Público Comunicação, S.A.; o Sonaecom – Serviços Partilhados, S.A. o BPI, SGPS S.A.; o Riopele, S.A. o Mota-Engil, SGPS, S.A. o Vallis Capital Partners o Douro Old Chaps, SGPS, SA ( Presidente do Conselho de Administração) o Textil Manuel Gonçalves SA ( Presidente Mesa Assembleia Geral) o Lemos & Van Zeller, Lda ( Membro do Conselho de Gerência)

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 133

RELATÓRIO E CONTAS 2013

k. António Domingues: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia de Lisboa.

Experiência Profissional:

o Vice-Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI; o Vice-Presidente dos Conselhos de Administração do Banco Português de Investimentos, do Banco Fomento Angola e do BCI Moçambique; o Membro do Conselho de Administração do Banco BPI; o Presidente do Conselho de Administração da BPI Moçambique; o Membro da Administração da UNICRE, da SIBS e da Allianz Portugal; o Direção da BPI-SGPS; o Membro do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS; o Membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da BPI-SGPS; o Vogal do Conselho de Administração da ZON OPTIMUS; o Diretor Central da Direção Financeira do Banco Português de Investimento e membro da Comissão Executiva do Banco Português de Investimento com a responsabilidade das Direções Financeira e Internacional; o Diretor-Geral Adjunto da Sucursal em França do Banco Português do Atlântico; o Técnico Assessor do Departamento de Estrangeiro do Banco de Portugal; o Diretor do Departamento de Estrangeiro do Instituto Emissor de Macau; o Técnico economista no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia.

l. Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Gestão e Organização de Empresas pelo Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresas.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Experiência Profissional:

o Membro não executivo do Conselho de Administração da ZON OPTIMUS; o Membro executivo da equipa de Marketing e Produto que criou, lançou e gere atualmente na ZAP, empresa Distribuidora de canais de TV por satélite em Angola e Moçambique; o Liderou a equipa de Produtos e Serviços da empresa Unitel, operadora de telecomunicações líder em Angola; o Criou a área de novos serviços ao cliente da UNITEL, operadora de telecomunicações líder em Angola; o Iniciou a sua carreira nos Estados Unidos como Gestora Assistente nas empresas Sentis e Coral, parceiros da empresa Shell Oil USA.

m. Fernando Fortuny Martorell: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Economia e Finanças pelo Instituto Superior de Economia (1969).

Experiência Profissional:

o A sua carreira profissional teve início na Companhia de Seguros Bonança, como responsável pela área de Seguros de Vida; o Em 1975, depois da nacionalização da Bonança, ingressou na Santomar, importador português da Honda (Japão), como Diretor Financeiro, sendo mais tarde promovido a Diretor Geral e CEO; o Em 1989 teve um papel ativo nas negociações que deram origem à joint venture com a Honda Automóveis (Honda Motor de Portugal), tornando-se CEO da empresa. Até 1992, conduziu a um crescimento íngreme da empresa tornando-a na filial europeia com maior quota de mercado e maior lucro por carro vendido; o Depois de 1992, Fernando Martorell lançou a Santogal, empresa detida pela família Moniz Galvão Espírito Santo, transformando-a no maior Grupo de retalho Automóvel, distribuidor de 24 diferentes marcas e com a mais elevada penetração de um único

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 135

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Grupo automóvel na Europa. Foi também Presidente da ACAP, Associação Portuguesa Automóvel, de 2001 a 2007; o Ingressou na Espírito Santo Resources, como CEO em 2005. Supervisionou as principais iniciativas, incluindo a implementação do novo modelo de governação e desenvolvimento estratégico, com foco na racionalização e eficiência operacional no portfólio existente. Seguiu-se a expansão da atividade no Brasil, com investimentos em: Turismo (2 unidades hoteleiras em Salvador e São Paulo); Imobiliário (parcerias com conceituados investidores brasileiros na área de São Paulo); e entrada no mercado brasileiro de eletricidade através de uma empresa no estado de Minas Gerais; o Foi nomeado Vice–Presidente da Rioforte em janeiro de 2010.

n. Isabel dos Santos: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Londres (King’s College).

Experiência Profissional:

o Administradora do Banco de Fomento de Angola, S.A. e da Unitel, S.A. o Detém 25% do capital social do Banco BIC e do Banco BIC Português, S.A. o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Nova Cimangola S.A., sociedade que controla através da Ciminvest S.A.. o Vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A. o Detém 25% do capital social da Unitel, S.A.. o Presidente da Cruz Vermelha de Angola

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

o. Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira: Vogal

Experiência Profissional:

o Administrador não executivo da ZON Multimédia o Presidente do Conselho de Administração da Controlinveste, SGPS, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Olivedesportos, SGPS, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da PPTV – Publicidade de Portugal e Televisão, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da SPORT TV Portugal, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Sportinveste Multimédia, SGPS, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Olivedesportos – Publicidade, Televisão e Media, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Controlinveste Media, SGPS, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Controlinveste Conteúdos, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Global Notícias Publicações, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Rádio Notícias – Produções e Publicidade, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Naveprinter – Indústria Gráfica do Norte, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Açormedia – Comunicação Multimedia e Edição de Publicações, S.A. o Presidente do Conselho de Administração da Gripcom, SGPS, S.A.

p. Lorena Solange Fernandes da Silva Fernandes: Vogal

Habilitações Literárias:

Senior Executive Programme, London Business School; Pós-Graduação em Direito do Trabalho e da Segurança Social na Faculdade de Direito de Lisboa;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 137

RELATÓRIO E CONTAS 2013

MBA – Gestão Financeira e Comercial pela Brasilian Business School – Escola Internacional de Negócios; Licenciatura em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia e Gestão na Universidade Lusíadas de Angola.

Experiência Profissional:

o Diretora de Lojas; o Responsável pelos Departamentos de Lojas e Agentes na Unitel, SA.

q. Maria Cláudia Teixeira de Azevedo: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração das sociedades: o Sonae Capital, SGPS, S.A. (CEO); o Sonae Turismo, SGPS, S.A. (CEO); o Sonaecom Sistemas de Informação, SGPS, S.A. (CEO); o Sonaecom, SGPS, S.A. (Membro Executivo); o Cape Technologies Limited (Presidente do CA); o Digitmarket – Sistemas de Informação, S.A. (Presidente do CA); o Efanor Investimentos SGPS, S.A.; o Efanor – Serviços de Apoio à Gestão, S.A. (Presidente do CA); o FC Assert, SGPS, S.A. ; o Fundação Belmiro de Azevedo; o Imparfin, SGPS, S.A. (Presidente do CA); o Infosystems – Sociedade de Sistemas de Informação, S.A.;

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

o Linhacom, SGPS, S.A. (Presidente do CA); o Lugares Virtuais, S.A. (Presidente do CA); o Mainroad – Serviços de Tecnologias de Informação, S.A. (Presidente do CA); o Miauger – Organização e Gestão de Leilões Electrónicos, S.A. (Presidente do CA); o Optimus – Comunicações, S.A.; o PCJ – Público, Comunicação e Jornalismo, S.A.; o Praça Foz – Sociedade Imobiliária, S.A.; o Praesidium Services Limited (Presidente do CA); o Público - Comunicação Social, S.A. ; o Saphety Level – Trusted Services, S.A. (Presidente do CA); o Saphety Level Transaccciones Electronicas, S.A.S.; o Selfrio, S.A.; o Sistavac, S.A.; o SMP, S.A.; o SKK, S.A.; o Sonaecom – Serviços Partilhados, S.A.; o Sonaecom – Sistemas de Información Espana, S.L.; o Sontaria – Empreendimentos Imobiliários, S.A.; o Spread, SGPS, S.A.; o WeDo Consulting, Sistemas de Informação, S.A.; o ZOPT, SGPS, S.A. ; o WeDo Poland Sp. Z.o.o. ; o WeDo Technologies Americas Inc.; o WeDo Technologies Australia PTY Limited (Presidente do CA); o WeDo Technologies Egypt; o WeDo Technologies Mexico, S. De R.L. De C.V.; o WeDo Technologies Panama, S.A. ; o WeDo Technologies (UK) Limited (Presidente do CA).

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 139

RELATÓRIO E CONTAS 2013

r. Mário Filipe Moreira Leite da Silva: Vogal

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia do Porto.

Experiência Profissional:

o Presidente do Conselho de Administração das sociedades: o De Grisogono, S.A.; o Santoro Finance – Prestação de Serviços, S.A.; o Santoro Financial Holding SGPS, S.A.; o Fidequity – Serviços de Gestão, S.A.. o ZOPT, SGPS, S.A. o Vogal do Conselho de Administração das empresas: o ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, S.G.P.S., S.A.; o SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A.; o Finstar – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A.; o Esperaza Holding B.V.; o BFA – Banco de Fomento de Angola, S.A.; o Nova Cimangola, S.A.; o Banco BPI, S.A.; o Kento Holding Limited; o Victoria Holding Limited.

s. Rodrigo Jorge de Araújo Costa: Vogal

Rodrigo Costa é administrador não executivo da ZON OPTIMUS SGPS e consultor em gestão e tecnologia. Entre setembro de 2007 e setembro de 2013 foi Presidente da Comissão Executiva da ZON Multimédia Grupo ZON. Anteriormente (2006-2007) foi Administrador e Vice-Presidente Executivo do Grupo PT e Presidente Executivo da PTC. De 1990 a 2005 foi executivo da Microsoft Corporation, onde ao longo de 15 anos desempenhou várias funções: fundador e Diretor-Geral da Microsoft Portugal, Diretor-Geral da Microsoft no Brasil e, de 2001 a 2005, Vice-Presidente Corporativo na sede da empresa em Seattle.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Entre 1979 e 1990 participou no lançamento de diversas empresas nas áreas de tecnologia e retalho e foi consultor para as áreas de tecnologia em empresas nacionais e internacionais. Em 2006, foi condecorado pelo Presidente da República com a comenda de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

20. RELAÇÃO ENTRE ADMINISTRADORES E ACIONISTAS COM PARTICIPAÇÃO QUALIFICADA SUPERIOR A 2%

• Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério: Vogal do Conselho de Administração É Vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detém uma participação correspondente a 50,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS e vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Sonaecom, SGPS, S.A., sociedade que, à data de 31 de dezembro de 2013, detém uma participação correspondente a 7,28% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

• António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier: Vogal do Conselho de Administração É Vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Sonaecom, SGPS, S.A., sociedade que, à data de 31 de dezembro de 2013, detém uma participação correspondente a 7,28% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

• António Domingues: Vogal do Conselho de Administração É Vice-Presidente da Comissão Executiva e Vogal Conselho de Administração do Banco BPI, S.A., sociedade que detém uma participação correspondente a 4,53% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

• Isabel dos Santos: Vogal do Conselho de Administração É Vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detém uma participação correspondente a 50,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

• Mário Leite da Silva: Vogal do Conselho de Administração É Vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detém uma participação correspondente a 50,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 141

RELATÓRIO E CONTAS 2013

• Maria Cláudia Teixeira de Azevedo: Vogal do Conselho de Administração É Vogal do Conselho de Administração da ZOPT, SGPS, S.A., sociedade que detém uma participação correspondente a 50,01% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS e vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da Sonaecom, SGPS, S.A., sociedade que, à data de 31 de dezembro de 2013, detém uma participação correspondente a 7,28% do capital social e dos direitos de voto da ZON OPTIMUS.

• Joaquim Oliveira: Vogal do Conselho de Administração São-lhe imputados os direitos de voto correspondentes a 2,90% do capital social, uma vez que controla a Gripcom, SGPS, S.A. e a Controlinveste Internacional S.a.r.l, que detêm, respetivamente, 1,36% e 1,55% do capital social da ZON OPTIMUS.

21. ORGANOGRAMAS E MAPAS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como anteriormente referido, a partir de 1 de outubro de 2013, a Sociedade adoptou o modelo de governo “monista”, em que a fiscalização da Sociedade passou a competir a um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.

Adicionalmente, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS é o órgão social responsável pela gestão da atividade da Sociedade, encontrando-se as suas competências definidas nos Estatutos da Sociedade e no respetivo Regulamento.

Considerando os limites estabelecidos e as melhores práticas de governo societário, nos termos dos números 1 e 3 do artigo 17.º dos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS criou e delegou numa Comissão Executiva a administração quotidiana da Sociedade, para o mandato correspondente ao triénio 2013/2015, tendo fixado a respetiva composição, funcionamento e delegação de poderes de gestão. Nesta senda, o Conselho de Administração, mediante proposta do Presidente da Comissão Executiva, definiu a atribuição de responsabilidades específicas ou pelouros a cada um dos membros da Comissão Executiva, tendo em vista a supervisão e coordenação, pela Comissão, das diversas áreas de atuação do Grupo.

142

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Assim e em consequência do referido ponto 17, ou seja, produção de efeito da renúncia, a 31 de janeiro de 2014, de Luís Miguel Gonçalves Lopes, ao cargo de vogal do Conselho de Administração e, inerentemente, à Vice-Presidência da Comissão Executiva da ZON OPTIMUS, tendo inexistido designação ou eleição de substituto, o Conselho de Administração da Sociedade, na sua reunião de 17 de janeiro de 2014, procedeu à reorganização da Comissão Executiva, mediante nova realocação de pelouros.

Com efeito, considerando a referida reorganização da Comissão Executiva, na presente data, a alocação de responsabilidades (pelouros) na Comissão Executiva é a que se apresenta no quadro infra:

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 143

RELATÓRIO E CONTAS 2013

22. REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Na sequência da eleição dos órgãos sociais da ZON OPTIMUS, para o triénio 2013/2015, nomeadamente do respetivo Conselho de Administração, ocorrida na Assembleia Geral extraordinária, no passado dia 1 de outubro de 2013, o referido Conselho, nos termos do número 1 do artigo 18.º dos Estatutos da Sociedade, na sua reunião de 2 de outubro de 2013, aprovou o seu Regulamento de organização e funcionamento, o qual pode ser consultado no sítio da Internet da Sociedade.

Nos termos do artigo 16.º dos Estutos da Sociedade, ao Conselho de Administração compete gerir os negócios da Sociedade e designadamente:

a) A aquisição, alienação, locação e oneração de bens móveis e imóveis, estabelecimentos comerciais, participações sociais e veículos automóveis. b) A celebração de contratos de financiamento e de empréstimo incluindo os de médio e longo prazo, internos ou externos; c) A representação em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem; d) Constituir mandatários com poderes que julgue convenientes, incluindo os de substabelecer; e) Aprovar os planos de atividades e os orçamentos de investimento e exploração; f) Proceder, por cooptação, à substituição dos Administradores que faltem definitivamente; g) Elaborar e submeter à aprovação da Assembleia Geral um regulamento de stock options para os membros do Conselho de Administração, assim como para trabalhadores que ocupem na sociedade lugares de elevada responsabilidade; h) Designar quaisquer outras pessoas, individuais ou coletivas, para o exercício de cargos sociais nas empresas em que a sociedade detenha participação social; e i) Deliberar que a sociedade preste apoio técnico e/ou financeiro às sociedades em que detenha participação social; j) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas pela Assembleia Geral.

Nos termos do artigo 3.º do Regulamento do Conselho de Administração da Sociedade, compete especialmente ao Presidente do Conselho:

144

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

a) Coordenar a atividade do Conselho de Administração; b) Convocar e presidir às reuniões do Conselho de Administração; c) Zelar, em articulação com o Presidente da Comissão Executiva, pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração; d) Assegurar, em articulação com o Presidente da Comissão Executiva, que o Conselho de Administração é informado de todas as ações e decisões relevantes da Comissão Executiva e, bem assim, garantir que todos os esclarecimentos solicitados pelo Conselho de Administração são atempada e adequadamente prestados.

Às reuniões do Conselho de Administração assistirá também o Secretário da Sociedade ou o seu Suplente, cabendo-lhe organizar o expediente das reuniões, em particular assegurando o envio a todos os membros do Conselho de Administração da convocação, agenda de trabalhos e documentos de suporte e redigir as respetivas atas.

23. REUNIÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E ASSIDUIDADE DE CADA MEMBRO

Nos termos do artigo 4.º do Regulamento do Conselho de Administração, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS reúne, no mínimo, seis vezes por ano e sempre que for convocado pelo Presidente, por sua iniciativa ou por dois Administradores.

Nos termos dos Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração não pode funcionar sem a participação da maioria dos seus membros em exercício, podendo o Presidente do Conselho de Administração, em casos de reconhecida urgência, dispensar a participação dessa maioria se esta estiver assegurada através de voto por correspondência ou por procuração.

Os Administradores poderão estar presentes na reunião do Conselho de Administração através de meios telemáticos, devendo a sociedade assegurar a autenticidade das declarações e a segurança das comunicações, procedendo ao registo do seu conteúdo e dos respetivos intervenientes.

É permitido o voto por correspondência e por procuração, não podendo um Administrador representar mais do que um outro Administrador.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 145

RELATÓRIO E CONTAS 2013

As deliberações do Conselho de Administração serão tomadas por maioria dos votos expressos, tendo o Presidente voto de qualidade.

As deliberações tomadas nas reuniões do Conselho de Administração, bem como as declarações de voto, são registadas em ata, elaborada pelo Secretário da Sociedade ou pelo seu Suplente. Durante o exercício de 2013 o atual Conselho de Administração reuniu três vezes.

Assiduidade às Conselho de Comissão Administradores reuniões do Administração Executiva não executivos Conselho de Administração Jorge de Brito Pereira Presidente --- X 3/3 P

Miguel Almeida Vogal Presidente --- 3/3 P Vice- Luís Lopes Vogal Presidente -- 3/3 P José Pedro Pereira da Costa Vogal Vogal --- 3/3 P

Ana Paula Marques Vogal Vogal --- 3/3 P

André Almeida Vogal Vogal --- 3/3 P

Manuel Ramalho Eanes Vogal Vogal --- 3/3 P

Miguel Veiga Martins Vogal Vogal --- 3/3 P

Ângelo Paupério Vogal --- X 3/3 P

António Lobo Xavier Vogal --- X 3/3 P

António Domingues Vogal --- X 3/3 P

Catarina Tavira Vogal --- X 2/3 P e 1/3 PR

Fernando Martorell Vogal --- X 3/3 P

Isabel dos Santos Vogal --- X 1/3 P e 2/3 PR

Joaquim Oliveira Vogal --- X 3/3 P

Lorena Fernandes Vogal --- X 3/3 P

Maria Cláudia Azevedo Vogal --- X 3/3 P

Mário Leite da Silva Vogal --- X 3/3 P

Rodrigo Costa Vogal --- X 3/3 P

P – Presencial; PR – Por representação.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

24. ÓRGÃOS COMPETENTES PARA AVALIAÇÃO DE ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

As avaliações relativamente ao cumprimento dos objetivos por parte de administradores, são da responsabilidade da Comissão de Vencimentos, apoiada por um parecer realizado pela Comissão de Nomeações e Avaliações.

Por deliberação de 2 de outubro de 2013, o Conselho de Administração, no início do novo mandato correspondente ao triénio 2013/2015, na prossecução das melhores práticas de governo societário e em cumprimento das Recomendações da CMVM, relativamente à necessidade do Conselho de Administração criar as comissões que se mostrem necessárias, nomeadamente, para assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes, criou uma Comissão de Nomeações e Avaliações (CNA), composta por um Presidente e três Vogais, a saber:

Presidente: Ângelo Paupério Vogais: Fernando Martorell Mário Leite da Silva Jorge Brito Pereira

A discriminação das competências e funcionamento da CNA são apresentadas no ponto 29 infra.

25. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

As componentes de avaliação dos membros da Comissão Executiva estão totalmente dependentes de critérios mensuráveis e pré-definidos, os quais consideram globalmente o crescimento da sociedade e a riqueza criada, numa prespetiva de médio e longo prazo. A título de exemplo, os agregados considerados para os efeitos supra referidos integram, genericamente, indicadores financeiros e operacionais. Neste âmbito e para maior detalhe remete-se para os elementos apresentados nos pontos 70 e 71 do presente relatório.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 147

RELATÓRIO E CONTAS 2013

26. DISPONIBILIDADE DOS ADMINISTRADORES

Todos os membros do Conselho de Administração da Sociedade encontram-se em condições de exercerem com diligência máxima as suas funções, garantindo uma administração cuidada e de acordo com as melhores práticas, no escrupuloso cumprimento dos seus deveres gerais e fundamentais, nomeadamente: i) o dever de cuidado; ii) o dever de diligência na administração; e iii) o dever de lealdade.

27. COMISSÕES ESPECIALIZADAS

Considerando os limites estabelecidos por lei e as melhores práticas de governo societário, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, na sua reunião de 2 de outubro de 2013, criou e delegou numa Comissão Executiva a administração quotidiana da Sociedade, para o mandato correspondente ao triénio 2013/2015. Em cumprimento das exigências legais ou regulamentares aplicáveis e com o propósito essencial de poder beneficiar de um conjunto de reflexões, recomendações e sugestões focalizadas e emanadas de uma estrutura especificamente direcionada para sobre elas se debruçar – sempre com funções meramente auxiliares e cabendo as decisões unicamente ao órgão de administração – o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, para além da Comissão Executiva, criou:

a. uma Comissão de Governo Societário; b. uma Comissão de Auditoria e Finanças c. uma Comissão de Nomeações e Avaliações;

Adicionalmente, o Conselho de Administração criou uma Comissão de Acompanhamento da Fusão com o objetivo de acompanhar o processo de integração das sociedades participantes na referida operação.

As Comissões de Governo Societário, de Auditoria e Finanças e de Nomeações e Avaliações, dispõem de regulamentos de funcionamento, disponíveis para consulta no sítio da Internet da Sociedade.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

28. COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA

Como referido anteriormente, considerando os limites estabelecidos por lei e as melhores práticas de governo societário, o Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, na sua reunião de 2 de outubro de 2013, criou e delegou numa Comissão Executiva a administração quotidiana da Sociedade, para o mandato correspondente ao triénio 2013/2015. Os membros da Comissão Executiva são escolhidos pelo Conselho de Administração, sendo aquela composta por um número mínimo de três e um número máximo de sete administradores, tal como previsto no n.º 1 do artigo 17.º dos Estatutos da Sociedade.

A 31 de dezembro de 2013, a Comissão Executiva era composta por um Presidente, um Vice-Presidente e cinco Vogais, cujos perfis profissionais asseguram reconhecida idoneidade e competência para o exercício das funções, a saber:

Presidente:

Miguel Nuno Santos Almeida

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração e administrador executivo da Sonaecom, SGPS, S.A.; o CEO da Optimus - Comunicações, S.A.; o Presidente do Conselho de Administração da Be Artis – Concepção, Construção e Gestão de Redes de Comunicações;Be Towering – Gestão de Torres de Telecomunicações e Per- Mar, Sociedade de Construções;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 149

RELATÓRIO E CONTAS 2013

o Membro do Conselho de Administração da PCJ – Público, Comunicação e Jornalismo; do Público – Comunicação Social; da Sonae com – Sistemas de Informação, SGPS, Optimus, SGPS; da Sontária – Empreendimentos Imobiliários e WeDo Consulting – Sistemas de Informação. o Foi também administrador executivo da Optimus com os pelouros de Marketing e Vendas; administrador não-executivo da WeDo e diretor de Marketing da Modelo Continente, SGPS.

Vice-Presidente:

Luís Miguel Gonçalves Lopes

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa; Curso em Gestão Industrial na Universidade de Trondheim na Noruega.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo da ZON Multimédia, SGPS; o Administrador e vice-presidente da ZON TVCabo com as funções de COO; o Administrador não executivo da ZON TVCabo Açoreana, ZON TVCabo Madeirense e ZON Conteúdos; o Administrador executivo na PT Comunicações e PT.com e administrador não executivo das Páginas Amarelas; o Associate principal na McKinsey & Company (Lisboa e Varsóvia) e co-líder da prática de Banca de Retalho na Europa; o Senior analyst da Procter & Gamble (Lisboa e Londres), investigador no INETI (Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Inovação) e assistente no departamento de Física no Instituto Superior Técnico de Lisboa.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Vogais:

Ana Paula Garrido de Pina Marques

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia do Porto e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administradora executiva da Optimus – Comunicações com os pelouros de Residencial, Serviço ao Cliente e Operações; o Presidente da APRITEL (Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas). o Foi anteriormente diretora de Marketing e Vendas da Unidade de Negócio Particulares Móvel. Durante o seu percurso na operadora assumiu as funções de diretora de Marca e Comunicação, bem como de diretora da Unidade de Negócio de Dados. Iniciou a sua carreira na área de Marketing da Procter & Gamble.

André Nuno Malheiros dos Santos Almeida

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial pelo Instituto Superior Técnico e MBA pelo INSEAD, Henry Ford II Award.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo ZON TVCabo, ZON Lusomundo Audiovisuais, ZAP Angola e ZAP Moçambique, responsável por Business Development, Negócios Internacionais, Planeamento e Controlo e Corporate Finance da ZON Multimédia; o Administrador executivo ZON TVCabo das áreas de Produto e Marketing; diretor de Gestão e Coordenação de Produto da ZON TVCabo; o Diretor de Desenvolvimento de Negócios do Negócio Fixo da PT;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 151

RELATÓRIO E CONTAS 2013

o Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da PT e chefe de projeto da PT SGPS; associado da The Boston Consulting Group.

José Pedro Faria Pereira da Costa

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administrador executivo – CFO da ZON Multimédia, SGPS; o Administrador do Grupo Portugal Telecom com o pelouro financeiro das empresas PT Comunicações, PT.COM e PT Prime; o Vice-presidente executivo da Telesp Celular Participações; o Membro da Comissão Executiva do Banco Santander de Negócios Portugal, como responsável pela área de Corporate Finance; o Iniciou a sua atividade profissional na McKinsey & Company em Portugal e Espanha.

Manuel António Neto Portugal Ramalho Eanes

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Gestão pela Universidade Católica Portuguesa e MBA pelo INSEAD.

Experiência Profissional:

o Administrador Executivo da Optimus – Comunicações, SA com os pelouros de Empresas e Operadores; o Dirigiu na Optimus as áreas de Fixo Residencial, Marketing Central e Serviços de Dados, Vendas Particulares, PME’s e Business Development.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

o Iniciou a sua carreira na McKinsey & Co.

Miguel Filipe Veiga Martins

Habilitações Literárias:

Licenciatura em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa).

Experiência Profissional:

o Membro do Conselho de Administração e CEO da Unitel; o Administrador executivo da Vodafone Internet Service Group no Reino Unido; o Administrador executivo com pelouro da área Tecnológica da Vodafone Portugal e diretor técnico da Cisco Systems.

Nota: como referido anteriormente, em consequência da renúncia que Luís Miguel Gonçalves Lopes apresentou ao cargo de vogal do Conselho de Administração e, inerentemente, à Vice-Presidência da Comissão Executiva da ZON OPTIMUS, referida no ponto 17, a partir de 31 de janeiro de 2014, a Comissão Executiva passou a ser composta por 6 vogais, entre os quais o Presidente Miguel Nuno Santos Almeida e os Vice-Presidentes José Pedro Faria Pereira da Costa e Miguel Filipe Veiga Martins.

Adicionalmente, o Conselho de Administração definiu o funcionamento e delegação de poderes de gestão na Comissão Executiva, estando tal documento disponível para consulta no sítio da Internet da Sociedade.

A Comissão Executiva fixa as datas ou a periodicidade das suas reuniões ordinárias e reúne extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente, pelo Vice-Presidente ou por dois Vogais.

A Comissão Executiva não pode funcionar sem a presença da maioria dos seus membros em exercício, podendo o Presidente, em casos de reconhecida urgência, dispensar a presença dessa maioria, se esta estiver representada.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 153

RELATÓRIO E CONTAS 2013

É permitido o voto por correspondência e por procuração, não podendo, contudo, qualquer membro da Comissão Executiva representar mais do que outro membro. É igualmente permitida a participação por videoconferência ou conferência telefónica. As deliberações são tomadas por maioria de votos expressos, tendo o Presidente voto de qualidade. As deliberações tomadas nas reuniões da Comissão Executiva, bem como as declarações de voto, são registadas em ata lavrada pelo Secretário da Sociedade ou pelo Suplente.

O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva os poderes necessários para desenvolver e executar a gestão corrente da Sociedade.

Não sendo objeto de delegação, em particular, as seguintes matérias:

a) Eleição do Presidente do Conselho de Administração; b) Cooptação e, sendo o caso, eleição, de membros dos órgãos sociais da Sociedade e das suas participadas; c) Pedido de convocação de Assembleias Gerais; d) Aprovação dos relatórios e contas anuais, a submeter à aprovação da Assembleia Geral, bem como dos relatórios e contas semestrais e trimestrais e dos resultados a divulgar ao mercado; e) Aprovação dos planos de atividades, orçamentos e planos de investimento anuais da Sociedade, bem como de quaisquer alterações substanciais e com impactos relevantes sobre os mesmos; f) Definição dos objetivos gerais e dos princípios fundamentais das políticas da Sociedade, bem como das opções que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais; g) Prestação de cauções ou garantias reais ou pessoais pela sociedade; h) Extensões ou reduções importantes da atividade ou da organização interna da Sociedade ou do Grupo; i) Mudança de sede da sociedade e aumentos de capital; j) Aprovação de projetos de fusão, de cisão e de transformação da Sociedade ou que envolvam sociedade do Grupo, salvo se, nestes casos, tais operações consubstanciarem meras reestruturações internas enquadradas nos objetivos gerais e princípios fundamentais aprovados; k) Designação do Secretário da Sociedade e respetivo suplente;

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

l) Constituição de sociedades e subscrição, aquisição, oneração e alienação de participações sociais, quando envolvam valores que excedam o montante de 2.500.000 Euros; m) Aquisição, alienação e oneração de direitos, bens móveis e imóveis, incluindo qualquer tipo de valores mobiliários, instrumentos financeiros, quotas e obrigações, quando envolvam valores que excedam o montante de 2.500.000 Euros; n) Celebração de contratos para o prosseguimento do objeto social quando excedam o montante de 10.000.000 Euros; o) Celebração de quaisquer transações, entre a sociedade e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM (Partes Relacionadas), quando excedam o montante individual de 75.000 Euros ou o montante agregado anual por entidade fornecedora de 150.000 Euros (sem prejuízo de as transações terem sido aprovadas em termos gerais ou de enquadramento pelo Conselho de Administração). p) Deliberação, nos termos legais e estatutários, sobre a emissão de obrigações e papel comercial e a contração de empréstimos no mercado financeiro nacional e estrangeiro, por uma ou mais vezes, quando envolvam valores que excedam um montante correspondente à dívida financeira líquida da Sociedade sobre o EBITDA de 2 e até ao limite de 25.000.000 Euros por contrato ou emissão;

A par da gestão corrente da sociedade, compete à Comissão Executiva, em particular e nomeadamente:

a) Propor ao Conselho de Administração a orientação estratégica do Grupo e as políticas fundamentais da Sociedade e suas subsidiárias; b) Colaborar com o Conselho de Administração e suas Comissões no que se afigure necessário para o cumprimento dos respetivos fins; c) Definir as normas internas de organização e funcionamento da Sociedade e suas subsidiárias, designadamente no que respeita a contratação, definição de categorias e condições remuneratórias e outras regalias dos colaboradores; d) Emitir instruções vinculantes às sociedades que estiverem em relação de grupo constituído por domínio total e controlar a implementação pelas mesmas das orientações e políticas definidas nos termos das alíneas anteriores; e) Exercer o poder disciplinar e decidir sobre a aplicação de quaisquer sanções relativamente aos trabalhadores da Sociedade.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 155

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Compete, em especial, ao Presidente da Comissão Executiva:

a) Coordenar a atividade da Comissão Executiva; b) Convocar e dirigir as reuniões da Comissão Executiva; c) Zelar pela correta execução das deliberações do Conselho de Administração; d) Zelar pela correta execução das deliberações da Comissão Executiva; e) Assegurar o cumprimento dos limites da delegação de competências, da estratégia da Sociedade e dos deveres de colaboração perante o Presidente do Conselho de Administração e demais membros do Conselho de Administração e restantes órgãos socais; f) Assegurar que o Conselho de Administração é informado das ações e decisões relevantes da Comissão Executiva, e, bem assim, garantir que todos os esclarecimentos solicitados pelo Conselho de Administração são atempada e adequadamente prestados. g) Assegurar que o Conselho de Administração é informado, numa base trimestral, das transações que, no âmbito da delegação de competências da Comissão Executiva, tenham sido celebradas entre a Sociedade e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM (Partes Relacionadas), quando excedam o montante individual de 10.000 Euros.

Os poderes delegados na Comissão Executiva podem ser subdelegados, no todo ou em parte, em algum ou alguns dos respetivos membros, ou em colaboradores da Sociedade.

Nos termos definidos no Regulamento do Conselho de Administração e no Regulamento do Conselho Fiscal, no exercício dos respetivos deveres e funções, os Administradorese e os membros do Conselho Fiscal obterão informação sobre o curso da atividade da Sociedade, solicitando a informação em cada momento necessária ou conveniente para o bom desempenho do seu cargo e para a melhor prossecução do interesse social.

Considerando as regras internas da Sociedade (designadamente, de acordo com os Regulamentos do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, assim como a delegação de poderes na Comissão Executiva) e a prática por esta seguida, a ZON OPTIMUS tem mecanismos adequados a evitar que possa existir um fosso de informação entre os membros executivos e os membros de outros órgãos sociais.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Os Administradores que, conjunta ou isoladamente, pretendam aceder a informação incluída no âmbito dos poderes delegados na Comissão Executiva poderão solicitá-la diretamente ao Presidente da mesma ou através do Presidente do Conselho de Administração.

Ademais, conforme decorre da regulamentação interna em matéria de funcionamento da Comissão Executiva, compete ao seu Presidente, nomeadamente “assegurar que o Conselho de Administração é informado das ações e decisões relevantes da Comissão Executiva, e, bem assim, garantir que todos os esclarecimentos solicitados pelo Conselho de Administração são atempada e adequadamente prestados”. Nos termos do Regulamento do Conselho Fiscal, este Conselho sempre que entender necessário, solicita ao Presidente do Conselho de Administração: a) As atas das reuniões da Comissão Executiva, bem como os relatórios semestrais das respetivas atividades por esta preparados; e b) As convocatórias, as atas do Conselho de Administração e respetiva documentação de suporte.

29. COMPETÊNCIAS DAS COMISSÕES

Comissão de Governo Societário

Por deliberação de 2 de outubro de 2013, o Conselho de Administração, no início do novo mandato correspondente ao triénio 2013/2015, na prossecução das melhores práticas de governo societário e em cumprimento das Recomendações da CMVM, relativamente à necessidade do Conselho de Administração criar as comissões que se mostrem necessárias, nomeadamente, para refletir sobre o sistema, estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria, criou uma Comissão de Governo Societário (CGS), composta por um Presidente e quatro Vogais, a saber:

Presidente: Rodrigo Costa Vogais: Jorge Brito Pereira António Lobo Xavier Lorena Fernandes Joaquim Oliveira

São poderes da CGS os seguintes:

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 157

RELATÓRIO E CONTAS 2013

a) Estudar, propor e recomendar a adoção pelo Conselho de Administração das políticas, regras e procedimentos necessários ao cumprimento das disposições legais, regulamentares e estatutárias aplicáveis, bem como das recomendações, pareceres e melhores práticas, nacionais e internacionais em matéria de governo societário, regras de conduta e responsabilidade social.

b) Diligenciar pelo integral cumprimento dos requisitos legais e regulamentares, das recomendações e boas práticas, relativos ao modelo de governo da Sociedade e diligenciar a adoção de princípios e práticas de governo pela Sociedade, em matérias como:

(i) A estrutura, competências e funcionamento dos órgãos sociais, comissões internas e respetiva articulação interna; (ii) Os requisitos quanto a qualificações, experiência, incompatibilidades e independência aplicáveis aos membros dos órgãos de administração e fiscalização; (iii) Mecanismos eficientes de desempenho de funções pelos membros não executivos do órgão de administração; (iv) O exercício de direito de voto, representação e tratamento igualitário dos acionistas; (v) Prevenção de conflitos de interesses; (vi) A transparência do governo societário, da informação a divulgar ao mercado e das relações com os investidores e demais stakeholders da sociedade;

c) Manter e supervisionar o cumprimento do Código de Ética da sociedade por parte de todos os órgãos sociais, diretores e colaboradores da Sociedade e suas subsidiárias, cabendo-lhe ainda aperfeiçoar e atualizar o mencionado Código, apresentando ao Conselho de Administração as propostas que entenda convenientes para o efeito; propor ao Conselho de Administração as medidas que se lhe afigurem adequadas ao desenvolvimento de uma cultura de empresa e de ética profissional no seio da Sociedade;

d) Receber, discutir, investigar e avaliar alegadas irregularidades, que lhe sejam reportadas, tal como previsto na política de comunicação de irregularidades da sociedade;

e) Apoiar o Conselho de Administração no desempenho da sua função de supervisão da atividade social em matéria de governo societário, regras de conduta e responsabilidade social.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

A CGS reúne pelo menos uma vez por ano, podendo, adicionalmente, reunir sempre que convocada pelo respetivo presidente, por qualquer dos seus membros ou pelo Presidente da Comissão Executiva.

As deliberações tomadas são registadas em ata assinada por todos os membros desta comissão que participem em cada reunião.

O Regulamento da Comissão de Governo Societário pode ser consultado no sítio da Internet da Sociedade.

Comissão de Auditoria e Finanças

Por deliberação de 2 de outubro de 2013, o Conselho de Administração, no início do novo mandato correspondente ao triénio 2013/2015, na prossecução das melhores práticas de governo societário, criou uma Comissão de Auditoria e Finanças (CAF), composta por um Presidente e quatro Vogais, a saber:

Presidente: António Domingues Vogais: Ângelo Paupério Catarina Tavira Mário Leite da Silva Rodrigo Costa

São poderes da CAF os seguintes:

a) Analisar as demonstrações financeiras anuais, semestrais, trimestrais e similares a divulgar e relatar as suas conclusões ao Conselho de Administração;

b) Aconselhar o Conselho de Administração sobre os seus relatórios para o mercado a serem incluídos nos documentos de divulgação de resultados anual, semestral e trimestral;

c) Aconselhar o Conselho Fiscal, em nome do Conselho de Administração, sobre a nomeação, as atribuições e a remuneração do Auditor Externo;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 159

RELATÓRIO E CONTAS 2013

d) Aconselhar o Conselho de Administração acerca da qualidade e independência da função de Auditoria Interna e a nomeação e exoneração do Diretor de Auditoria Interna;

e) Analisar o âmbito da função de Auditoria Interna e de Gestão de Risco, bem como a sua relação com o trabalho do Auditor Externo;

f) Analisar e discutir com o Auditor Externo, o Auditor Interno e o responsável de gestão de risco sobre os relatórios que forem sendo produzidos no âmbito das suas funções e, consequentemente, aconselhar o Conselho de Administração sobre o que entenderem ser relevante;

g) Analisar, discutir e aconselhar o Conselho de Administração sobre as políticas e práticas contabilísticas adotadas pela sociedade;

h) Analisar as transações entre a Sociedade e acionistas e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM (Partes Relacionadas).

A CAF reúne pelo menos quatro vezes por ano, podendo, adicionalmente, reunir sempre que convocada pelo respetivo Presidente, por qualquer dos seus membros ou pelo Presidente da Comissão Executiva.

As deliberações tomadas são registadas em ata assinada por todos os membros desta comissão que participem em cada reunião.

A CAF deverá articular-se com o Conselho Fiscal em áreas que são de responsabilidade legal e estatutária deste órgão. Adicionalmente, a CAF deve realizar auto-avaliações, e, uma vez por ano, rever e propor eventuais alterações ao seu Regulamento.

O Regulamento da Comissão de Auditoria e Finanças pode ser consultado no sítio da Internet da Sociedade.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Comissão de Nomeações e Avaliações;

Similarmente ao ocorrido com as comissões anteriormente mencionadas, por deliberação de 2 de outubro de 2013, o Conselho de Administração, no início do novo mandato correspondente ao triénio 2013/2015, criou uma Comissão de Nomeações e Avaliações (CNA), composta por um Presidente e três Vogais, designados pelo Conselho de Administração de entre os seus elementos.

Compete à CNA, nomeadamente:

a) Planear a sucessão dos membros do Conselho de Administração;

b) Monitorizar os processos de identificação de potenciais candidatos a cargos de topo e primeira linha de direção;

c) Estabelecer planos de contingência para os gestores de topo;

d) Rever as propostas e políticas de remuneração e outras compensações dos administradores executivos e gestores de topo, conforme apresentada pelo Presidente da Comissão Executiva, e do Presidente da Comissão Executiva ou de administradores não executivos, conforme apresentada pelo Presidente do Conselho de Administração. Esta revisão deve (i) ocorrer sempre uma vez por ano e (ii) o Presidente da Comissão Executiva e/ou outros administradores presentes devem, individualmente, ausentar-se da reunião sempre que a sua própria remuneração esteja a ser analisada. As propostas a apresentar pelo Presidente da Comissão Executiva ou pelo Presidente do Conselho de Administração são elaboradas com base em estudos de mercado e resultar das avaliações individuais e da análise e cumprimento de KPIs; e

e) Conduzir o processo anual de avaliação dos membros da Comissão Executiva e proceder à avaliação global do desempenho do próprio Conselho de Administração e suas Comissões especializadas.

A CNA reúne, pelo menos, duas vezes por ano, podendo, adicionalmente, reunir sempre que convocada pelo respetivo presidente, por qualquer dos seus membros ou pelo Presidente da Comissão Executiva.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 161

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A CNA articula-se, no cumprimento das suas atribuições e sempre que necessário, com a Comissão de Vencimentos da Sociedade. As deliberações tomadas pela CNA são registadas em ata assinada por todos os membros desta comissão que participem em cada reunião.

O Regulamento da Comissão de Nomeações e Avaliações pode ser consultado no sítio da Internet da Sociedade.

162

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

III. FISCALIZAÇÃO

30. IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

Nos termos da al. a), n.º 1 e n.º 3 do artigo 278.º e da al. b), n.º 1 do artigo 413.º, todos do Código das Sociedades Comerciais, do n.º 1 do artigo 10.º e do artigo 21.º ambos dos Estatutos, a fiscalização da Sociedade compete:

a) a um Conselho Fiscal; e b) a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas;

Sendo as suas atribuições as que lhe são atribuídas por lei.

Sem prejuízo do acima exposto, conforme anteriormente referido, até 30 de setembro de 2013, a ZON OPTIMUS adotou o modelo de governo dito “anglo-saxónico”, ou seja, a estrutura de governo societário em que a fiscalização da Sociedade compete a uma Comissão de Auditoria e a um Revisor Oficial de Contas, tal como previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 278.º do CSC.

31. COMPOSIÇÃO DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 a) Conselho Fiscal

Nos termos do número 1 do artigo 22.º dos Estatutos da Sociedade, o Conselho Fiscal é constituído por três membros efetivos e um membro suplente, eleitos em Assembleia Geral, a qual elege igualmente o respetivo Presidente. Nos termos do n.º 6 do artigo 10.º dos Estatutos da Sociedade os membros dos órgãos sociais exercem as respetivas funções por períodos de três anos civis renováveis, contando-se como ano completo o ano civil da designação. Na Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013, foram eleitos, pela primeira vez como membros do Conselho Fiscal, para o triénio 2013/2015 os seguintes membros:

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 163

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Presidente Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto

Vogal Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

Vogal Nuno Tiago Bandeira de Sousa Pereira

Suplente Luís Filipe da Silva Ferreira

Até 30 de setembro de 2013, a fiscalização da Sociedade cabia a uma Comissão de Auditoria, composta pelos seguintes membros:

Presidente: Vitor Fernando da Conceição Gonçalves Vogal: Nuno João Francisco Soares de Oliveira Silvério Marques Vogal: Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto

b) Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Nos termos do número 3 do artigo 22.º dos Estatutos da Sociedade, o Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, efetivo e suplente, é eleito pela Assembleia Geral mediante proposta do Conselho Fiscal. Nos termos do número 6 do artigo 10.º dos Estatutos da Sociedade os membros dos órgãos sociais exercem as respetivas funções por períodos de três anos civis renováveis, contando-se como ano completo o ano civil da designação. Em Assembleia Geral, de 1 de outubro de 2013, foram eleitos como Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente para o triénio 2013/2015:

Efetivo: PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. (ROC n.º 183), representada por (i) Abdul Nasser Abdul Sattar (ROC n.º 958), ou ii) Paulo Alexandre Martins Quintas Paixão (ROC n.º 1427).

Suplente: José Manuel Henriques Bernardo (ROC N.º 903).

No entanto e conforme comunicação ao mercado de 3 de janeiro de 2014, a Sociedade recebeu comunicação, datada de 30 de dezembro de 2013, do seu ROC efetivo - PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. - nos termos da qual esta passou a ser representada por: (i) Hermínio António Paulos Afonso (ROC n.º 712), ou (ii) Jorge Manuel Santos Costa (ROC n.º 847).

164

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

32. IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS INDEPENDENTES

Todos os membros do Conselho Fiscal são independentes à luz dos critérios do número 5 do artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais e possuem as competências adequadas ao exercício das respetivas funções.

Até 30 de setembro de 2013, os membros da Comissão de Auditoria (órgão de fiscalização até essa data) eram igualmente independentes de acordo com os critérios legais, possuindo igualmente as competências adequadas ao exercício das respetivas funções.

33. QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS, DISPONIBILIDADE E OUTROS CARGOS EXERCIDOS PELOS DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL (JUNTOS: 33 E 36)

Todos os membros do Conselho Fiscal são independentes à luz dos critérios do número 5 do artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais.

Ademais, os membros do Conselho Fiscal da Sociedade são reconhecidamente idóneos e possuidores de qualificações e experiência académica e profissional adequadas ao exercício das funções de fiscalização. Os membros do Conselho Fiscal da Sociedade são designados, substituídos ou destituídos nos termos da lei, nomeada e respetivamente, nos termos dos artigos 415.º e 419.º do Código das Sociedades Comerciais.

Descrevem-se as funções desempenhadas pelos membros do Conselho Fiscal, bem como as qualificações académicas e profissionais e atividades profissionais exercidas pelos mesmos nos últimos 5 anos.

Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto

Licenciado em Direito, Mestre e Doutor em Ciências Jurídico-Civilísticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 165

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Iniciou a atividade docente em 1990, sendo Professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde tem lecionado, sobretudo, disciplinas de Teoria Geral do Direito Civil, Contratos Civis e Direito das Coisas. Tem também lecionado disciplinas e proferido conferências no domínio do direito

privado noutras universidades portuguesas e estrangeiras (Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Espanha, Alemanha, etc.).

Membro de vários júris de Mestrado e Doutoramento, sobretudo no âmbito do direito privado, algumas vezes como arguente. Autor de obras científicas (artigos e livros) sobretudo no campo do direito civil e dos direitos fundamentais, e de anteprojetos de diplomas legais (por exemplo sobre o regime da venda de bens de consumo ou a publicidade domiciliária).

Membro correspondente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa, eleito em 2012. Juiz do Tribunal Constitucional, eleito pela Assembleia da República, desde 11 de março de 1998 a 4 de abril de 2007, tendo nessa qualidade sido relator de mais de 550 acórdãos e de mais de 350 decisões sumárias sobre temas variados (quase todas disponíveis em texto integral em www.tribunalconstitucional.pt).

Desde abril de 2007 desempenha atividades de jurisconsulto e de juiz-árbitro. Nesta última qualidade, tem sido presidente ou membro de tribunais arbitrais ad hoc, instalados junto dos Centros de Arbitragem Comercial da Associação Comercial do Porto e da Associação Comercial de Lisboa ou no âmbito da Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional. Consultor jurídico do BPI – Banco Português de Investimento, de 1991 a 1998.

Faz parte do Instituto de Direito Comparado Luso-Brasileiro, da Deutsch-Lusitanische Juristenvereinigung, do European Research Group on Existing EC Private Law (Acquis Group) e do Expert Group nomeado pela Comissão Europeia para rever o Projeto de Quadro Comum de Referência sobre Direito dos Contratos (Draft Common Frame of Reference on Contract Law). Foi membro da Comissão para a Reforma do Direito do Consumo e para o Código do Consumidor. Vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD entre 2008 e 2010, foi o redator do programa eleitoral com que o PSD se apresentou às eleições legislativas de 27 de setembro de 2009 (“Compromisso de Verdade”).

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Deputado à Assembleia da República, foi presidente da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças na XI Legislatura, desde novembro de 2009 a abril de 2011. É atualmente presidente da Comissão de Assuntos Europeus, na XII Legislatura, desde junho de 2011. Em 2011, integrou a Comissão Política da recandidatura do Prof. Cavaco Silva à Presidência da República.

Presidente do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa, eleito pela Assembleia da República, desde março de 2013. Membro da Comissão de Auditoria e administrador não executivo da ZON Multimédia desde início de 2008 até 2013.

Nuno Tiago Bandeira de Sousa Pereira

Formação Académica:

Ph.D. in Applied Microeconomics pela Wharton School da Universidade da Pensylvânia, em 2006, com a tese intitulada “Firm Boundaries, Performance and the Selection of Partners: Evidence from Pharmaceutical and Biotech Alliances”.

Mestrado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto em 2000.

Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto em 1995.

Prémio Fundação Eng.º António de Almeida por ter sido um dos alunos com melhor média de licenciatura.

Atividade Profissional Atual:

Presidente da Direção da Porto Business School

Professor Auxiliar na Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Vogal do Conselho de Administração da Fundação BIAL

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 167

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Membro do Comité Deans Across Frontiers da European Foundation for Management Development (EFMD)

Atividade Profissional exercida nos últimos 5 anos, incluindo funções exercidas noutras empresas ou na própria sociedade:

Diretor-Geral do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças e da Administração Pública.

Representante de Portugal no Conselho de Administração do Banco Europeu de Investimento, em 2008 e 2009, onde pertenceu ao Sub-Comité de Remunerações e Pensões.

Presidiu à representação de Portugal nos Comités de Política Económica da OCDE e da Comissão Europeia de 2007 a 2009.

Representou Portugal no Banco Mundial, no Banco Interamericano de Desenvolvimento, no Banco Africano de Desenvolvimento e no Banco Asiático de Desenvolvimento.

Presidiu à Comissão de Acompanhamento do Acordo Cambial entre Portugal e Cabo Verde, negociou o acordo cambial entre Portugal e São Tomé e Príncipe e a adesão de Portugal à Corporação Andina de Fomento.

Foi Presidente do Conselho Fiscal e Vice-Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Economia da Saúde.

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

Licenciado em Economia na Faculdade de Economia - UP em 1976, tendo ali exercido a docência em 1976/77, na cadeira de Matemática Financeira.

Iniciou a atividade profissional em 1966 numa pequena empresa, onde se manteve até 1977, período que incluiu o cumprimento do Serviço Militar Obrigatório (1971/74).

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Em 1977 ingressou no escritório do Porto da Price Waterhouse (PW), atualmente, PricewaterhouseCoopers (PwC), tendo sido admitido como Partner em 1991. Na PW/PwC integrou o departamento de Auditoria, tendo participado em inúmeras auditorias a empresas e outras entidades, principalmente nas áreas industrial e de serviços. Na maioria dos casos, a extensão das responsabilidades como auditor incluíram o desempenho das funções de membro de Conselho Fiscal ou de Fiscal Único.

Paralelamente, em diferentes momentos desempenhou variadas funções internas, nomeadamente:

• a chefia do escritório do Porto, (1989-1998) • responsabilidade territorial pela função técnica de auditoria e de gestão de riscos ("Technical Partner" e "Risk Management Partner") • responsabilidade pela função administrativa, financeira e informática interna ("Finance & Operations Partner") • responsabilidade pelo Departamento de Auditoria • membro da Comissão Executiva ("Territory Leadership Team")

Em conformidade com as regras sobre reforma dos Partners, cessou a ligação à PwC em 2009, passando a atuar profissionalmente como consultor, em regime livre. É membro da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (membro do Conselho Superior em 2009 - 2011), da Ordem dos Economistas, da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e Sócio do Instituto Português de Corporate Governance

Luís Filipe da Silva Ferreira (Suplente)

Certificado para registo como Consultor Financeiro Autónomo (Certified Financial Adviser) pela CMVM / Euronext Lisboa (2002), Auditor financeiro reconhecido pela OROC - Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (2001), CISA – Certified Information Systems Auditor, pela ISACA – Information Systems Audit and Control Association, Illinois, USA. (1994), TOC – Técnico Oficial de Contas pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (1979) e Certificado como Formador profissional

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 169

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Iniciou a atividade profissional em 1970 na Coopers & Lybrand (atualmente PricewaterhouseCoopers- PwC). Em 1975, depois de cumprido Serviço Militar Obrigatório (1973/75) iniciou a sua carreira como auditor. Em janeiro de 1986 foi cooptado a Partner. Nessa mesma data, deu início à linha de negócios de Consultoria.

Como Partner manteve responsabilidades como gestor de conta (Global Relationship Partner), abrangendo desenvolvimento de projetos das três linhas de negócios – Auditoria, Consultoria e Tax, de grandes clientes da Firma – Grupos EDP, REN, EDA, Generg, Aguas de Portugal, Cimpor, Tabaqueira, Vale de Lobo e de empresas do setor publico – ANA, REFER, Estradas de Portugal, Administração dos Portos de Lisboa e Sines.

Em alguns caso, a extensão das responsabilidades como auditor incluíram o desempenho das funções de Conselho Fiscal.

Desenvolveu funções como Assessor do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no período de 2004 a 2011.

Desempenhou também funções internas da Firma, nomeadamente: foi responsável pelo início das atividades no Algarve, foi o responsável pelo Gabinete Técnico de Auditoria e Contabilidade, pela função administrativa, financeira e informática interna e responsável pelo órgão de Governance e Supervisor Board.

Foi formador interno e externo tendo ministrado cadeiras de Sistemas de Informação, Auditoria Informática, Sistemas e Processos de Consolidação de Contas em cursos de especialização, pós- graduação e mestrado.

Em conformidade com as regras sobre reforma dos Partners, cessou a ligação à PwC em 2012, passando a atuar profissionalmente como consultor, em regime livre.

Nenhum dos membros do Conselho Fiscal da ZON OPTIMUS tem qualquer função em outras sociedades do Grupo ZON OPTIMUS.

170

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Descrevem-se infra as funções desempenhadas pelos membros da Comissão de Auditoria em exercício até 30 de setembro de 2013 (data até à qual vigorou o modelo de governo socitário dito “anglo-saxónico”), bem como as qualificações académicas e profissionais e atividades profissionais:

Membros da Comissão de Auditoria da ZON OPTIMUS, até 30 de setembro de 2013:

Vítor Fernando da Conceição Gonçalves (Presidente)

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISEG -Instituto Superior de Economia e Gestão.

Doutorado em Ciências Empresariais pela FCEE da Universidade de Sevilha.

Agregado em Gestão pela Universidade Técnica de Lisboa.

Professor Catedrático de Gestão no ISEG (1994 - ).

Membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP-Energias de Portugal SA. Presidente e Vice- Presidente da Comissão de Matérias Financeiras/Comissão de Auditoria. (2006 - ) .

Presidente do Conselho Fiscal da Fundação EDP (2007 - ).

Membro do Conselho Económico e Social (2007- ).

Presidente da Direção do GAPTEC / UTL (2007- ).

Diretor do programa de formação avançada “Competitividade e Estratégia para o Desenvolvimento das Empresas”. Harvard Business School/ISEG (2013- )

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 171

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Administrador não-executivo da ZON Multimédia SA. Presidente da Comissão de Auditoria. Membro da Comissão de Governo Societário e da Comissão de Avaliações e Remunerações. (2007-2013)

Vice-Reitor e Pró-Reitor da Universidade Técnica de Lisboa (2007-2013).

Presidente do Conselho Diretivo do ISEG (2003-2006).

Presidente do Departamento de Gestão do ISEG (1992 - 2000).

Diretor do Programa de Doutoramento em Gestão do ISEG (2001-2005).

Diretor de vários programas de pós-graduação e de formação avançada para executivos.

Professor Convidado em várias Universidades portuguesas e estrangeiras.

Administrador não-executivo da Promindústria - Sociedade de Investimento SA (1993-1995)

Consultor do IPE-Investimentos e Participações Empresariais (1987-1992).

Membro da Comissão de Avaliação das candidaturas a Doutoramento, Pós-Doutoramento e Cientistas convidados da Fundação para a Ciência e Tecnologia (1997- ).

Presidente da Comissão de Avaliação das licenciaturas em Gestão e Administração das Universidades Portuguesas (2001/2002).

Membro da Direção do Conselho da Especialidade de Economia e Gestão Empresarial da Ordem dos Economistas (1999-2001) e membro do Conselho da Profissão.

Presidente do IDEFE- Instituto para o Desenvolvimento e Estudos Económicos Financeiros e Empresariais (2003-2007).

Em 2001/2002 foi o presidente do grupo de “ peritos de alto nível “ da Comissão Europeia que fez a avaliação do programa sobre a competitividade europeia - European Research Area.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Autor de dezenas de trabalhos sobre temas de gestão em revistas académicas internacionais de referência e outras publicações, nacionais e internacionais.

Paulo Cardoso Correia Mota Pinto

Remete-se para a informação do ponto 33, tratando-se do atual Presidente do Conselho Fiscal.

Nuno João Francisco Soares de Oliveira Silvério Marques

Licenciado em Gestão de Empresas (1980) e com MBA pela Universidade Católica Portuguesa (2002)

É desde 2012 sócio gerente da Nimble Portal – Consultoria de Gestão, Lda. responsável pela área financeira e desde 2004, Vice–Presidente do Conselho de Administração da Cidot II – Estúdio de Comunicação SA, responsável também pela área financeira; em 2013 foi eleito Vice-Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting Clube de Portugal.

De 2006 a 2013 foi membro da Comissão de Auditoria e administrador não executivo da ZON Multimédia.

De 2006 a 2010 foi Diretor da Agille – Consultoria de Gestão, Lda. tendo em 2009 assumido a posição de Presidente do Conselho de Administração.

De 2011 a 2012, foi Administrador não-executivo e membro da Comissão de Auditoria da TIM W.E.,SGPS, S.A. De 2009 até 2011, foi membro do Conselho Fiscal do Banco Privado Atlântico - Europa, S.A..

De 2003 a 2006, foi Administrador não executivo do Conselho de Administração da Portugal Telecom SGPS e membro da respetiva Comissão de Auditoria.

De 2000 a 2003 foi sócio gerente da Fundamentis, Lda., projeto na área financeira, com elevada componente tecnológica.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 173

RELATÓRIO E CONTAS 2013

De 1992 a 2000, exerceu as funções de Vice-Presidente e CFO da Telecel / Vodafone, SA. sendo responsável pelas áreas administrativas e financeiras.

Em 1994 e 1995 foi também Administrador não executivo da Telechamada, SA, operador de paging detido pela Telecel.

De 1988 de 1991, foi vogal do Conselho de Administração da Quimigal, Química de Portugal, SA. sendo responsável pela implementação do projeto de reestruturação empresarial e pelo desenvolvimento do processo de reprivatização. Durante este período exerceu funções de administrador não executivo em várias empresas do Grupo.

De 1981 a 1988 foi Diretor Financeiro da Quimibro, Lda. empresa detida pela Quimigal. Iniciou a sua atividade em 1980 como analista no Departamento de Marketing de Metais da Divisão de Química Inorgânica e Metais da Quimigal, EP.

34. REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

Nos termos dos Estatutos da Sociedade e do Regulamento do Conselho Fiscal, este Conselho desempenha as competências e cumpre os deveres previstos nos artigos 420.º, 420.º-A e 422.º, todos do Código das Sociedades Comerciais.

No desempenho das funções, estatutária e legalmente atribuídas, compete, designadamente, ao Conselho Fiscal:

a) Fiscalizar a administração da Sociedade; b) Vigiar pela observância da lei e do contrato de Sociedade; c) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; d) Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a extensão da caixa e as existências de qualquer espécie dos bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela recebidos em garantia, depósito ou outro título; e) Verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas;

174

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

f) Verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adotados pela sociedade conduzem a uma correta avaliação do património e dos resultados; g) Elaborar anualmente relatório sobre a sua ação fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentados pela administração, no qual deve exprimir a sua concordância ou não com o relatório anual de gestão, com as contas do exercício e com a certificação legal de contas ou declaração de impossibilidade de certificação. h) Convocar a Assembleia Geral, quando o presidente da respetiva mesa o não faça, devendo fazê- lo; i) Fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira; j) Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da sociedade; k) Contratar a prestação de serviços de peritos que coadjuvem um ou vários dos seus membros no exercício das suas funções, devendo a contratação e a remuneração dos peritos ter em conta a importância dos assuntos a eles cometidos e a situação económica da sociedade; l) Avaliar as condições de funcionamento do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna e fiscalizar a eficácia dos mesmos, propor os ajustamentos que se revelem necessários, bem como ser destinatário dos respetivos relatórios; m) Receber as comunicações de irregularidades (“whistleblowing”) apresentadas por acionistas, colaboradores da Sociedade ou outros, devendo informar a entidade da Sociedade responsável pelo tratamento da irregularidade comunicada; n) Ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços. o) Avaliar anualmente o auditor externo, e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito; p) Propor à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas; q) Fiscalizar a independência do Revisor Oficial de Contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais; r) Aprovar a contratação ao auditor externo, ou a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, de serviços diversos dos serviços de auditoria, pela Sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio. Eventuais contratações devem ser explicitadas no Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade e não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade;

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 175

RELATÓRIO E CONTAS 2013

s) Emitir parecer prévio sobre os negócios de relevância significativa com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do CVM; t) Atestar se o relatório sobre a estrutura e práticas de governo societário divulgado inclui os elementos referidos no artigo 245.º- A do CVM; u) Cumprir as demais atribuições constantes da lei ou do contrato de Sociedade.

Em especial, o Conselho Fiscal deve:

a) Fiscalizar e dar parecer sobre a informação financeira anual, semestral e trimestral da Sociedade, incluindo, designadamente, o âmbito, o processo de elaboração e divulgação bem como a exatidão dos documentos de prestação de contas; b) Pronunciar-se, antecipada e atempadamente, e dar parecer prévio, no âmbito das suas competências e deveres legais e estatutários e sempre que entenda necessário ao cumprimento das suas responsabilidades e funções previstas no presente Regulamento, sobre quaisquer relatórios, documentação ou informação de carácter financeiro, que sejam apreciados pelo Conselho de Administração e a divulgar ao mercado, ou a submeter pela Sociedade perante qualquer autoridade de supervisão competente.

Para o desempenho das suas funções, pode qualquer membro do conselho fiscal, conjunta ou separadamente:

a) Obter da administração a apresentação, para exame e verificação, dos livros, registos e documentos da sociedade, bem como verificar as existências de qualquer classe de valores, designadamente dinheiro, títulos e mercadorias; b) Obter da administração ou de qualquer dos administradores informações ou esclarecimentos sobre o curso das operações ou atividades da sociedade ou sobre qualquer dos seus negócios; c) Obter de terceiros, nos termos do n.º 2 do art. 421.º CSC, que tenham realizado operações por conta da sociedade as informações de que careçam para o conveniente esclarecimento de tais operações; d) Assistir às reuniões da administração, sempre que o entendam conveniente.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Adicionalmente, aos deveres gerais e particulares decorrentes do seu dever de vigilância, os membros do Conselho Fiscal têm:

a) O dever de exercer uma fiscalização conscienciosa e imparcial, não retirando qualquer proveito próprio da informação a que têm acesso por via das suas funções; b) O dever de participar nas reuniões do Conselho de Administração para que Presidente deste os convoque, participar nas reuniões da Comissão Executiva e do Conselho de Administração em que se apreciem as contas trimestrais, semestrais e anuais e assistir às Assembleias Gerais; c) O dever de guardar segredo sobre os factos e informações de que tenham conhecimento em razão da sua atividade fiscalizadora, o qual, todavia, deverá ceder perante o dever de participar atividades delituosas às competentes autoridades e o de comunicar à primeira Assembleia Geral que se realize, todas as irregularidades e inexatidões verificadas e esclarecimentos para o efeito solicitados e obtidos; d) O dever de comunicar à Sociedade com razoável antecipação, ou, se imprevisível, de imediato, sobre qualquer circunstância que afete a sua independência e isenção ou que determine uma incompatibilidade legal para o exercício do cargo; e) O dever de comunicar à Sociedade, no prazo de três dias, qualquer aquisição ou alienação de ações ou obrigações emitidas pela Sociedade ou suas dominadas, efetuada por si ou pelas pessoas ou entidades determinadas pela lei em vigor, nomeadamente as elencadas nos artigos 20.º e 248.º-B, ambos do Código dos Valores Mobiliários, e no artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais.

A articulação entre o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração será assegurada pelo Presidente do Conselho Fiscal e pelo Presidente do Conselho de Administração ou pelo Administrador que o Conselho de Administração designar para o efeito.

O Conselho Fiscal obtém da Administração, nomeadamente através da Comissão de Auditoria e Finanças do Conselho de Administração, informações necessárias ao exercício da sua atividade, designadamente informação relativa à evolução operacional e financeira da empresa, às alterações de composição do seu portfólio, aos termos das operações realizadas e ao conteúdo das deliberações tomadas.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 177

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O Conselho Fiscal, sempre que o considere necessário, poderá solicitar aos responsáveis pelas diversas Direções, as informações que entenda necessárias ao desempenho das suas funções, em regra dando conhecimento prévio da Comissão Executiva.

O Conselho Fiscal, sempre que entender necessário, solicita ao Presidente do Conselho de Administração:

a) As atas das reuniões da Comissão Executiva, bem como os relatórios semestrais das respetivas atividades por esta preparados; e b) As convocatórias, as atas do Conselho de Administração e respetiva documentação de suporte.

O Conselho Fiscal obtém anualmente do auditor interno informação sobre o plano de auditoria interna a executar e um sumário, periódico, das principais conclusões da auditoria interna, sem prejuízo de ser também destinatário dos relatórios da auditoria interna.

O Conselho Fiscal regista por escrito as comunicações de irregularidades que lhe forem endereçadas, promovendo, conforme for adequado, as necessárias diligências junto da Administração, da auditoria interna e/ou externa, e sobre as mesmas elabora o seu relatório.

O Regulamento do Conselho Fiscal pode ser consultado no sítio da Internet da Sociedade.

35. REUNIÕES DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E ASSIDUIDADE DE CADA MEMBRO

O Conselho Fiscal reúne, pelo menos, trimestralmente, reunindo extraordinariamente por iniciativa do seu presidente ou a solicitação de qualquer dos seus membros, que deverão propor data e ordem de trabalhos para o efeito.

De cada reunião é lavrada ata, que deve ser sujeita a deliberação de aprovação formal em reunião seguinte e assinada por todos os membros que nela tenham participado.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria, tendo o presidente voto de qualidade. Os membros que com as deliberações não concordarem devem fazer constar da ata os motivos da sua discordância.

Durante o exercício de 2013 o Conselho Fiscal reuniu três vezes.

Assiduidade às reuniões do Conselho Fiscal

Paulo Cardoso Correia da Mota Pinto 3/3 P Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira 3/3 P Nuno Tiago Bandeira de Sousa Pereira 3/3 P

P – Presencial.

37. INTERVENÇÃO NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ADICIONAIS AO AUDITOR EXTERNO

De forma a salvaguardar a independência dos auditores externos, o Conselho Fiscal, nos termos do seu Regulamento, desempenha as seguintes competências e funções relativamente à auditoria externa:

• Aprova a contratação ao auditor externo, ou a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, de serviços diversos dos serviços de auditoria, pela Sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio. Eventuais contratações devem ser explicitadas no Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade e não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade; • É o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços; e • Avalia anualmente o auditor externo, e propõe ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 179

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Complementarmente, ainda no âmbito do modelo de governo anglo-saxónico, vigente na Sociedade até 30 de setembro de 2013, a Comissão de Auditoria aprovou um regulamento para prestação de serviços por Auditores Externos, que define o regime aplicável aos serviços que não de auditoria (“Non Audit”) ou relacionados com auditoria (“Audit Related”) prestados pelo Auditor Externo à então ZON Multimédia (agora ZON OPTIMUS) e empresas suas participadas incluídas no respetivo perímetro de consolidação. Este regulamento é aplicável aos serviços prestados pelo Auditor Externo e empresas com este relacionadas. Nos termos do referido regulamento, a contratação de serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria deve ser encarada numa base de exceção ou de complementaridade, respetivamente, e de acordo com as regras estabelecidas no mesmo Regulamento.

A avaliação da admissibilidade da prestação de serviços dependia da apreciação pela Comissão de Auditoria, dependendo agora do Conselho Fiscal, desde 1 de outubro de 2013, a qual atenderá aos seguintes princípios: (i) um auditor não pode auditar o seu próprio trabalho; (ii) um auditor não pode exercer uma função ou efetuar um trabalho que seja da responsabilidade da gestão; (iii) um auditor não pode atuar direta ou indiretamente em representação do seu cliente. Adicionalmente, nos termos do mesmo regulamento, os honorários anuais dos serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria não podem globalmente exceder o valor correspondente a 30% do total dos honorários com serviços de auditoria. A prestação dos serviços pelo Auditor Externo requer a aprovação e autorização do Conselho Fiscal.

38. OUTRAS FUNÇÕES

Nos termos dos Estatutos da Sociedade e do respetivo regulamento, salienta-se que o Conselho Fiscal:

• Avalia as condições de funcionamento do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna e fiscaliza a eficácia dos mesmos, propõe os ajustamentos que se revelem necessários, bem como ser destinatário dos respetivos relatórios;

• Recebe as comunicações de irregularidades (“whistleblowing”) apresentadas por acionistas, colaboradores da sociedade ou outros, devendo informar a entidade da Sociedade responsável pelo tratamento da irregularidade comunicada;

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

• Emite parecer prévio sobre os negócios de relevância significativa com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do CVM;

• Fiscaliza e dá parecer sobre a informação financeira anual, semestral e trimestral da Sociedade, incluindo, designadamente, o âmbito, o processo de elaboração e divulgação bem como a exatidão dos documentos de prestação de contas; e

• Pronuncia-se, antecipada e atempadamente, e dá parecer prévio sobre quaisquer relatórios, documentação ou informação de carácter financeiro, que sejam apreciados pelo Conselho de Administração e a divulgar ao mercado, ou a submeter pela Sociedade perante qualquer autoridade de supervisão competente.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 181

RELATÓRIO E CONTAS 2013

III. ROC

39. IDENTIFICAÇÃO DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Nos termos do número 3 do artigo 22.º dos Estatutos da Sociedade, o Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, efetivo e suplente, é eleito pela Assembleia Geral mediante proposta do Conselho Fiscal. Em Assembleia Geral, de 1 de outubro de 2013, foram eleitos como Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente para o triénio 2013/2015:

Efetivo: PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. (ROC n.º 183), representada por (i) Abdul Nasser Abdul Sattar (ROC n.º 958), ou (ii) Paulo Alexandre Martins Quintas Paixão (ROC n.º 1427);

Suplente: José Manuel Henriques Bernardo (ROC N.º 903).

No entanto, como referido anteriormente e conforme comunicação ao mercado de 3 de janeiro de 2014, a Sociedade recebeu comunicação, datada de 30 de dezembro de 2014, do seu ROC efetivo - PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. - nos termos da qual esta passou a ser representada por: (i) Hermínio António Paulos Afonso (ROC n.º 712), ou (ii) Jorge Manuel Santos Costa (ROC n.º 847).

40. NÚMERO DE ANOS A EXERCER FUNÇÕES JUNTO DA SOCIEDADE

Em Assembleia Geral de 19 de abril de 2010, foram eleitos o Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente da Sociedade, para o triénio 2010/2012, a saber:

Efectivo: Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda., representada por José Vieira dos Reis (ROC nº 359);

Suplente: Fernando Marques Oliveira (ROC nº 207),

Mantendo-se os mesmos em funções até 1 de outubro de 2013, data da nova designação em Assembleia Geral extraordinária, no dia 1 de outubro de 2013.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Na referida Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013, foram eleitos os novos Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente, referidos no ponto anterior (ponto 39).

Deste modo, 2013 é o ano em que os atuais Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente iniciaram as suas funções junto da Sociedade.

41. DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS PRESTADOS

A 31 de dezembro de 2013, a firma PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. é também o Auditor Externo da Sociedade.

Neste âmbito, saliente-se que a 19 de dezembro de 2013, a Sociedade deu início a concurso para a seleção de novo Auditor Externo, sendo que a decisão final será tomada durante o primeiro trimestre do ano de 2014.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

IV. AUDITOR EXTERNO

42. IDENTIFICAÇÃO DO AUDITOR EXTERNO E SÓCIO

Os auditores externos da ZON OPTIMUS são entidades independentes e internacionalmente reputadas, sendo a sua ação estreitamente acompanhada e supervisionada pelo Conselho Fiscal da Sociedade. A ZON OPTIMUS não concede aos auditores externos qualquer proteção indemnizatória.

Ao auditor externo cabe, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remuneração dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaiquer deficiências ou oportunidades de melhoria eventualmente identificadas ao Conselho Fiscal, em pleno cumprimento da recomendação IV.1 do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013).

Como referido, a 31 de dezembro de 2013, o Auditor Externo da ZON OPTIMUS é a firma PriceWaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda., representada pelo sócio (i) Hermínio António Paulos Afonso ou (ii) Jorge Manuel Santos Costa.

43. NÚMERO DE ANOS A EXERCER FUNÇÕES JUNTO DA SOCIEDADE

A então ZON Multimédia, atual ZON OPTIMUS, mudou de empresa de auditoria para o exercício de 2008, pelo que o atual Auditor Externo da Sociedade exerce as suas funções desde há seis anos, estando dentro do terceiro mandato previsto como limite pela recomendação IV.3. da CMVM.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

44. ROTAÇÃO DO AUDITOR EXTERNO E SÓCIO

Nos termos do Regulamento da Comissão de Auditoria e Finanças, esta Comissão aconselha o Conselho Fiscal, em nome do Conselho de Administração, sobre a nomeação, as atribuições e a remuneração do Auditor Externo.

Conforme previsto no Regulamento do Conselho Fiscal, este Conselho avalia anualmente o auditor externo, e propõe ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.

45. ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO DO AUDITOR EXTERNO E PERIODICIDADE

De acordo com o referido supra, em cumprimento da Recomendação II.2.3. do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013) e nos termos da alínea o) do número 1 do artigo 3.º do Regulamento do Conselho Fiscal, este Conselho avalia anualmente o auditor externo, e propõe ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.

46. IDENTIFICAÇÃO DE TRABALHOS DISTINTOS DOS DE AUDITORIA

Em 2010, o Órgão de Fiscalização da Sociedade, então Comissão de Auditoria, aprovou um regulamento para prestação de serviços por Auditores Externos, que define o regime aplicável aos serviços que não de auditoria (“Non Audit”) ou relacionados com auditoria (“Audit Related”) prestados pelo Auditor Externo à ZON OPTIMUS e empresas suas participadas incluídas no respetivo perímetro de consolidação. Este regulamento é aplicável aos serviços prestados pelo Auditor Externo e empresas com este relacionadas. Nos termos do referido regulamento, a contratação de serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria deve ser encarada numa base de exceção ou de complementaridade, respetivamente, e de acordo com as regras estabelecidas no mesmo Regulamento. A avaliação da admissibilidade da prestação de serviços depende de apreciação pelo Órgão de Fiscalização (hoje Conselho Fiscal), o qual atenderá aos seguintes princípios: (i) um auditor não pode auditar o seu próprio trabalho; (ii) um auditor não pode exercer uma função ou efetuar um trabalho que seja da responsabilidade da gestão; (iii) um auditor não pode atuar

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

direta ou indiretamente em representação do seu cliente.

Os serviços diversos dos de auditoria incluíram, em 2013: (i) serviços de Due Dilligence prestados no âmbito da operação de fusão da ZON com a Optimus; e (ii) serviços de consultoria fiscal prestados à ZON OPTIMUS e à subsidiária Optimus – Comunicações, S.A..

Os serviços adicionais aos serviços de auditoria foram contratados ao Auditor Externo de acordo com a política previamente definida, tendo sido reconhecido, pelo Conselho Fiscal, que a contratação dos mesmos não afetava a independência do Auditor Externo.

Como se pode verificar de seguida, os serviços adicionais não representaram, no conjunto dos serviços prestados, um peso superior a 30%.

47. REMUNERAÇÃO PAGA AO AUDITOR E RESPETIVA REDE

Em 2013, o Grupo ZON OPTIMUS (a Sociedade e as sociedades em relação de domínio ou de grupo) pagou, a título de honorários ao ROC e auditor externo da ZON OPTIMUS, PricewaterhouseCoopers (PwC), e à sua rede de empresas, os seguintes montantes:

Sociedades incluídas no ZON OPTIMUS Total grupo

Valor % Valor % Valor %

SERVIÇOS DE REVISÃO LEGAL DE CONTAS E 107.814 35% 223.640 91% 331.454 60% AUDITORIA

OUTROS SERVIÇOS DE 74.790 24% 7.750 3% 82.540 15% GARANTIA DE FIABILIDADE

Serviços de auditoria 182.604 60% 231.390 95% 413.994 75%

SERVIÇOS DE 1.490 0% 9.492 4% 10.982 2% CONSULTADORIA FISCAL

OUTROS SERVIÇOS 121.675 40% 3.618 1% 125.293 23%

ZON OPTIMUS 305.769 100% 244.500 100% 550.269 100%

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

A política de gestão de risco da ZON OPTIMUS, supervisionada pelo Conselho Fiscal em coordenação com a Comissão de Auditoria e Finanças, acompanha e controla os serviços solicitados aos Auditores Externos e rede de empresas, de forma a não ser comprometida a sua independência. Os honorários pagos pelo Grupo ZON OPTIMUS ao Grupo PwC representam menos de 1% do total da faturação anual da PwC, em Portugal. Adicionalmente, todos os anos é preparada uma “Carta de independência”, na qual a PwC garante o cumprimento com as orientações internacionais em matéria de independência do auditor.

Nos termos do regulamento aprovado pelo Conselho Fiscal, os honorários anuais dos serviços que não de auditoria ou relacionados com auditoria não podem globalmente exceder o valor correspondente a 30% do total dos honorários com serviços de auditoria. No exercício de 2013, os serviços de auditoria representaram 75% dos honorários totais. Trimestralmente, o Conselho Fiscal recebe e analisa a informação acerca dos honorários e serviços prestados pelo Auditor Externo.

O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efetua anualmente uma avaliação global do desempenho do auditor externo e, bem assim, da sua independência. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da atividade da Sociedade ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do auditor externo ao exercício das suas funções. Neste contexto, a ZON OPTIMUS mudou de empresa de auditoria para o exercício de 2008, pelo que o atual auditor externo da Sociedade exerce as suas funções desde há seis anos, não tendo, deste modo, ultrapassado o patamar de três mandatos previsto na Recomendação IV.3. do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013).

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA

I. ESTATUTOS

48. REGRAS SOBRE ALTERAÇÃO DE ESTATUTOS

Nos termos da lei e dos estatutos da Sociedade (alínea d) do número 4 do artigo 12.º), as modificações dos estatutos, incluindo as relativas a aumentos de capital, dependem sempre de deliberações dos acionistas. Tais deliberações são tomadas por uma maioria de dois terços dos votos emitidos, correspondente à maioria legalmente prevista, não se aplicando, portanto, qualquer quórum constitutivo ou deliberativo agravados.

Assim: - Para que a Assembleia Geral possa deliberar, em primeira convocação, sobre a alteração dos estatutos, devem estar presentes ou representados acionistas que detenham, pelo menos, ações correspondentes a um terço do capital social. Em segunda convocação, a Assembleia pode deliberar seja qual for o número de acionistas presentes ou representados e o capital por eles representado (números 2 e 3 do artigo 383º do Código das Sociedades Comerciais);

- As deliberações respeitantes à alteração dos estatutos têm de ser aprovadas por um mínimo de dois terços dos votos emitidos, quer a Assembleia Geral reúna em primeira quer em segunda convocação, a menos que, neste último caso, estejam presentes ou representados acionistas detentores de, pelo menos, metade do capital social, podendo então tais deliberações ser tomadas pela maioria dos votos expressos (número 3 do artigo 386º do Código das Sociedades Comerciais).

II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

49. RESPETIVOS MEIOS E POLÍTICA

A ZON OPTIMUS dispõe de uma política de comunicação de irregularidades ocorridas no seio da Sociedade, e dispõe de um Regulamento sobre Procedimentos a Adotar em Matéria de Comunicação de Irregularidades (“Whistleblowing”), aprovado em 2007.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

No âmbito deste Regulamento, consideram-se “irregularidades” todos os atos ou omissões, dolosos ou negligentes, ocorridos no âmbito da atividade do Grupo, contrários às disposições legais ou regulamentares, às disposições estatutárias ou às regras ou princípios éticos da ZON OPTIMUS e imputáveis a membros dos órgãos sociais ou demais dirigentes, diretores, quadros e restantes trabalhadores e colaboradores do Grupo ZON OPTIMUS (independentemente da sua posição hierárquica ou do seu vínculo). Nestas irregularidades incluem-se, entre outras, a inobservância das regras e princípios éticos vertidos no Código de Ética da ZON OPTIMUS, em particular violações relacionadas com a integridade da informação financeira e as práticas contabilísticas, as regras de conflitos de interesses, o sistema de controlo interno ou as políticas em matéria de concorrência.

A existência deste Regulamento foi publicitada na intranet da ZON OPTIMUS e no sítio da Internet da Sociedade.

Qualquer irregularidade poderá ser comunicada através dos procedimentos e mecanismos previstos naquele Regulamento. A comunicação de quaisquer indícios de irregularidades deverá ser feita por escrito com a indicação de “confidencial”, dirigida ao Conselho Fiscal, através de carta dirigida ao endereço de correio postal [Apartado 14026 EC, 5 de Outubro, 1064-001 Lisboa], contratado para este exclusivo efeito, ou para o endereço de correio electrónico [email protected], também criado exclusivamente para efeitos de comunicação de irregularidades.

As comunicações de irregularidades são recebidas e tratadas pelo Conselho Fiscal, que é coadjuvado, ao longo das diversas fases deste processo, pela Secretaria Geral e pela Direção de Auditoria e Gestão de Risco. O Conselho Fiscal é competente para tomar as decisões necessárias, dando conhecimento destas ao Presidente da Comissão Executiva e ao Administrador com o Pelouro Financeiro da ZON OPTIMUS, bem como a outras entidades, internas ou externas, cujo envolvimento se imponha ou justifique. Em qualquer caso, a identidade dos autores das comunicações de irregularidades é mantida confidencial (quando for conhecida), a menos que os próprios inequivocamente pretendam e declarem o contrário. Em caso algum é tolerada qualquer represália ou retaliação contra quem realize as referidas comunicações.

O Conselho Fiscal, no âmbito das suas competências, monitoriza a adequação do procedimento estabelecido pelo referido Regulamento.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS

50. RESPONSÁVEIS PELA AUDITORIA INTERNA E GESTÃO DE RISCO

O sistema de controlo interno e de gestão de riscos da ZON OPTIMUS é composto por diversos interveninentes chave, com as seguintes responsabilidades e objetivos:

• Comissão Executiva - A responsabilidade pela criação e funcionamento do sistema de controlo interno e de gestão de riscos da Sociedade cabe à Comissão Executiva, no uso dos poderes de gestão corrente delegados pelo Conselho de Administração. É também responsável por fixar os objetivos em matéria de assunção de risco, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.

• Áreas de negócio – Cada departamento funcional das unidades de negócio da ZON OPTIMUS é, como parte da sua responsabilidade nos processos corporativos ou funcionais, responsável pela implementação de controlos internos e pela gestão dos respetivos riscos específicos. Para além disto, para o desenvolvimento de determinados programas de gestão do risco, podem ser formadas equipas específicas de gestão de risco, tais como comités de risco ou equipas de trabalho. Estes incluem, habitualmente, um responsável ao nível executivo, uma comissão de diretores e uma equipa de pivots representando as unidades de negócio.

• Gestão de Risco – As áreas de gestão de risco promovem a consciencialização, a medição e a gestão dos riscos de negócio que interferem na concretização dos objetivos e na criação de valor da organização. Contribuem com ferramentas, metodologias, suporte e know-how para as áreas de negócio. Também promovem e monitorizam a implementação de programas, projetos e ações destinadas a aproximar os níveis de risco aos limites aceitáveis estabelecidos pela gestão.

• Auditoria Interna – Avalia a exposição ao risco e verifica a eficácia da gestão dos riscos e dos controlos internos dos processos do negócio e dos sistemas de informação e de telecomunicações. Propõe medidas para melhorar os controlos internos, visando uma gestão mais eficaz dos riscos de negócio e tecnológicos. Monitoriza a evolução da exposição ao risco associada aos principais findings e não conformidades identificados nas auditorias.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

• Auditor Externo – Verifica a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reporta deficiências identificadas ao órgão de fiscalização da Sociedade. É responsável pela verificação das contas e pela emissão de uma certificação legal de contas e de um relatório de auditoria.

Como parte integrante do Sistema de Controlo Interno e de Gestão de Riscos, a Sociedade possui uma direção corporativa especializada em matérias de risco - a Direção de Auditoria Interna e Gestão de Risco - cuja missão é contribuir para a gestão eficaz dos riscos de negócio da ZON OPTIMUS. Estas equipas de Auditoria Interna e de Gestão de Risco apoiam a Sociedade na concretização dos seus objetivos, acrescentando valor e melhorando as operações da empresa, através de uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e ajudar a melhorar a eficácia da gestão de risco, do controlo interno e dos processos de governo da Sociedade.

A área de Gestão de Risco engloba as equipas de Programas de Gestão de Risco e de Monitorização Contínua do Risco. Faz parte do seu âmbito a manutenção de um sistema integrado que considera as seguintes atividades: a gestão do Enterprise Risk Management, a gestão do Manual de Controlo Interno, a gestão do programa de Business Continuity Management, a gestão do programa de Information Security Management e da respetiva certificação na Norma ISO27001 – Information security management systems, bem como a monitorização contínua dos riscos, através de indicadores chave e acompanhamento de ações. Estas equipas efetuam análises de risco, propõem políticas de gestão de risco para a empresa e coordenam programas ou projetos transversais para implementar processos de gestão de risco ou controlo interno, assegurando a revisão, avaliação e adequação dos manuais de controlo interno implementados nos principais negócios da ZON OPTIMUS. Existem também funções de gestão de risco em algumas das áreas de negócio, nomeadamente quando a existência de pivots (interlocutores) específicos é relevante para determinadas especialidades da gestão de risco, como é o caso da Gestão da Continuidade de Negócio, da Gestão da Segurança da Informação e da Gestão do Manual de Controlo Interno.

A área de Auditoria Interna engloba as equipas de Auditoria de Processos de Negócio e de Auditoria de Sistemas. Fazem parte do seu âmbito as seguintes atividades: auditorias de verificação (assurance) aos processos e sistemas, auditorias de conformidade (compliance) ao Manual de Controlo Interno e à certificação na Norma ISO27001, auditorias de aupuramento de inicidentes ou de denúncias, bem como a realização de alguns trabalhos de consultoria independente e objetiva. A definição da atividade das equipas de Auditoria Interna está feita ao abrigo da Carta de Auditoria Interna. A atividade da Auditoria Interna rege-se pelas orientações do Institute of Internal Auditors (IIA), incluindo a

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

definição de auditoria interna, o Código de Ética e as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (IIA Standards). O plano anual de Auditoria Interna é desenvolvido e baseado no Plano de Ações e Recursos anual da Sociedade e numa prioritização do trabalho de auditoria, utilizando uma metodologia baseada no risco que integra os resultados do Enterprise Risk Management e considera o roadmap de cobertura dos processos de negócio, das plataformas de telecomunicações e das obrigações legais. O plano de auditoria interna também considera os contributos da Comissão Executiva, de outros membros da gestão de topo, da Comissão de Auditoria e Finanças e, em separado, do Conselho Fiscal que tem a competência legal e estatutária de se pronunciar sobre o plano de trabalhos e os recursos afetos aos serviços de Auditoria Interna.

De acordo com as boas práticas internacionais, as equipas de Auditoria Interna e de Gestão de Risco possuem 28 certificações em normas de auditoria e em programas de gestão de risco. Estas incluem o Certified Internal Auditor (CIA), o Certified in Control Self Assessment (CCSA), o Certified Information System Auditor (CISA), o ISO 27001 Lead Auditor, o Certified Fraud Examiner (CFE), o Management of Risk Foundation and Practitioner (MoR), o Associated Business Continuity Professional (ABCP), o Certified Continuity Manager (CCM), o Certified Information System Security Manager (CISM), o Certified Information System Security Professional (CISSP), o ISO 27001 Lead Implementer, o Certified in Risk and Information Systems Control (CRISC), o Cisco Certified Network Associate (CCNA), o Project Management Professional (PMP) e o Certified Project Management Associate (CPMA).

51. RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA PERANTE OUTROS ÓRGÃOS OU COMISSÕES

As relações de dependência hierárquica e funcional são as que de seguida se indicam:

• A Auditoria Interna reporta hierarquicamente à Comissão Executiva da ZON OPTIMUS, nomeadamente ao CFO (Chief Financial Officer).

• A Auditoria Interna reporta funcionalmente ao Conselho Fiscal da ZON OPTIMUS, enquanto órgão de fiscalização com responsabilidade legal e estatutária por avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, ser destinatário dos respetivos relatórios, e pronunciar-se sobre o plano de trabalhos e os recursos afetos aos serviços de Auditoria Interna.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

• A Auditoria Interna reporta ainda funcionalmente à Comissão de Auditoria e Finanças da ZON OPTIMUS, enquanto comissão especializada que aconselha o Conselho de Administração em determinadas matérias, incluindo as relativas às funções de Auditoria e Gestão de Risco, reforçando assim, de forma complementar, a supervisão dessas matérias que já é efetuada pelo Conselho Fiscal.

• Na ZON OPTIMUS, a Gestão de Risco tem linhas de reporte semelhantes às descritas para a Auditoria Interna.

As restantes responsabilidades pela criação, funcionamento e avaliação periódica do sistema de controlo interno e gestão de risco estão definidas nos Regulamentos dos respetivos órgãos ou comissões.

52. OUTRAS ÁREAS COMPETENTES NO CONTROLO DE RISCOS

Para além das áreas mencionadas nos pontos anteriores, a Sociedade possui outras áreas funcionais com competência nos controlos internos e na gestão de riscos, contribuindo decisivamente para a manutenção e melhoria do ambiente de controlo. Neste contexto, destacámos as seguintes áreas e processos de negócio:

• As áreas de Planeamento e Controlo, em articulação com os respetivos pivots existentes nas áreas de negócio, são responsáveis por elaborar e monitorizar a execução dos planos de ação e recursos anuais e os orçamentos e previsões, nas componentes financeira e operacional.

• As diversas áreas de negócio e os colaboradores individualmente estão obrigados a cumprir os procedimentos estabelecidos no Manual de Controlo Interno, assegurando que todos os atos ou negócios praticados são idónea e devidamente documentados.

• As diversas áreas de negócio possuem processos e indicadores para monitorizar as operações e os KPIs (Key Performance Indicators);

• Existem áreas dedicadas a monitorizar riscos específicos do negócio e gerar alertas, como, por exemplo, as equipas de Revenue Assurance, de Fraude e Segurança de Serviço, e de Supervisão de Rede e Serviços, no negócio das telecomunicações.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 193

RELATÓRIO E CONTAS 2013

• As áreas técnicas, incluindo as áreas de Redes e de IT/IS, possuem indicadores e alertas para a interrupção de serviço e incidentes de segurança, ao nível operacional.

• As diversas áreas de negócio possuem controlos internos que permitem assegurar, não só, o compromisso das áreas no ambiente de gestão de risco e de controlo interno, mas também a permanente monitorização do desenho da efetividade e adequação desses mesmos controlos.

53. PRINCIPAIS TIPOS DE RISCO

A Sociedade está exposta a riscos económicos, financeiros e jurídicos que são inerentes às atividades de negócio que executa.

No âmbito do ERM - Enterprise Risk Management -, a ZON OPTIMUS executa ciclos de gestão de risco, com periodicidade mínima bianual. Nestes ciclos procede-se à revisão e prioritização dos principais riscos, atualizando-os e submetendo-os a um processo de votação pela Comissão Executiva que visa classificá-los de acordo com a sua probabilidade de ocorrência e com o seu impacto. Para os riscos mais críticos pode, adicionalmente, ser efetuada uma análise de causas (drivers de risco) e de causas elementares (triggers de risco), complementada com a identificação de controlos já existentes e de novas ações para a gestão desses riscos. A Sociedade tem vindo a proceder à implementação de atividades que permitem mitigar os riscos para os níveis de aceitação pretendidos e estabelecidos pela Comissão Executiva.

A ZON OPTIMUS classifica e agrupa os tipos de riscos através de um BRM - Business Risk Model. Este BRM incorpora um Dicionário de Riscos que permite identificar, de um modo sistemático, os riscos que afetam a empresa (linguagem comum), permite definir e agrupar os riscos em categorias, bem como facilita a identificação das suas principais causas (drivers de risco).

De seguida identificam-se e descrevem-se os principais tipos de riscos, apurados nos últimos ciclos de gestão de risco efetuados, e as respetivas estratégias que têm sido adotadas para a sua gestão.

Riscos económicos

• Influências Económicas - A empresa está exposta ao ambiente económico adverso que se vive

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

• atualmente em Portugal e, consequentemente, à redução geral de consumo. Neste contexto, existe o risco de a receita média por cliente continuar a ser afetada devido à taxa de desemprego elevada

• e à redução do consumo privado e público. A ZON OPTIMUS tem monitorizado atentamente este risco e adotado estratégias que permitem a sua mitigação, bem como a identificação de oportunidades, em articulação com as estratégias de resposta aos riscos de concorrência e de inovação tecnológica que se descrevem nos pontos seguintes.

• Concorrência – Este risco está relacionado com a potencial redução de preços de produtos e serviços, redução de quota de mercado, perda de clientes, crescente dificuldade na retenção e obtenção de clientes. A gestão do risco de concorrência tem passado por uma estratégia de aposta na melhoria constante da qualidade e da inovação dos produtos e serviços prestados, bem como na diversificação da oferta e constante monitorização das preferências e/ou necessidades dos clientes. Adicionalmente, o processo de integração operacional dos negócios da ZON e da Optimus constitui um fator estruturante para mitigar o risco de concorrência.

• Inovação Tecnológica – Este risco está associado à necessidade de investimentos em negócios cada vez mais concorrenciais (serviços multimédia, Internet fixa e móvel, e voz fixa e móvel) e sujeitos a mudanças de tecnologia aceleradas e por vezes imprevisíveis. A ZON OPTIMUS entende que possuir uma infraestrutura tecnológica otimizada é um fator crítico de sucesso que ajuda a reduzir potenciais falhas na alavancagem das evoluções tecnológicas. A Sociedade tem gerido este risco com o objetivo de garantir que as tecnologias e negócios em que está a investir são acompanhados de uma evolução, no mesmo sentido, por parte da procura e, consequentemente, de um aumento da utilização dos novos serviços por parte dos Clientes.

• Interrupção de Negócio e Perdas Catastróficas (Gestão da Continuidade de Negócio) - Uma vez que os negócios da ZON OPTIMUS assentam, sobretudo, na utilização de tecnologia, as potenciais falhas dos recursos técnico-operacionais (infraestruturas de rede, aplicações dos sistemas de informação, servidores, etc.) podem causar um risco significativo de interrupção do negócio, se não forem bem geridas. Este facto pode acarretar outros riscos para a Sociedade, tais como impactos adversos na reputação, na marca, na integridade das receitas, na satisfação dos clientes e na qualidade do serviço, que podem levar à perda de clientes. No setor das comunicações eletrónicas, a interrupção de negócio e outros riscos associados podem ser agravados porque os serviços são em tempo real (voz, dados/Internet e TV), e os Clientes têm tipicamente uma baixa tolerância a

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

interrupções. No âmbito do programa BCM - Business Continuity Management, a ZON OPTIMUS tem implementados processos de gestão da Contiuidade de Negócio que abrangem as instalações, as infraestruturas de rede e as atividades mais críticas que suportam os serviços de comunicações, para os quais desenvolve estratégias de resiliência, planos e ações de continuidade, e procedimentos de gestão de incidentes/crise. Os processos de continuidade podem estar periodicamente sujeitos a análises de impacto e de risco, bem como a auditorias, testes e simulações.

• Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (Gestão da Segurança da Informação) - Tendo presente que a ZON OPTIMUS integra um Grupo empresarial de comunicações, de audivisuais e de exibição cinematográfica, os seus negócios utilizam intensivamente a informação e as tecnologias de informação e comunicação que estão tipicamente sujeitas a riscos de disponibilidade, integridade, confidencialidade e privacidade. No âmbito do programa ISM - Information Security Management, a ZON OPTIMUS constituiu o Comité de Segurança da Informação (Comité GRC – Governance Risk and Compliance) que está mandatado pela Comissão Executiva para, entre outras responsabilidades, monitorizar os riscos associados à segurança e privacidade, propor normas e promover ações de sensibilização. As diversas unidades de negócio, sob supervisão do Comité, desenvolvem um plano de ações internas, com o objetivo de consolidar os processos e controlos de gestão de segurança da informação. Para as questões específicas relacionadas com a confidencialidade e privacidade dos dados pessoais, a empresa possui um Chief of Personal Data Protection Officer (CPDPO) que tem a responsabilidade da conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis ao processamento de dados, atua em nome da empresa na interação com a autoridade reguladora nacional para a proteção de dados (CNPD - Comissão Nacional de Proteção de Dados) e promove a adoção dos princípios de proteção de dados, em linha com as normas internacionais e as melhores práticas. Os colaboradores e parceiros assumem obrigações de confidencialidade, de sigilo e de proteção de dados pessoais, não podendo transmitir a quaisquer terceiros os dados a que tenham acesso no decurso e em resultado das suas funções. Adicionalmente, a empresa possui alguns segmentos e processos de negócio relacionados com a gestão de cliente (assistir, faturar e cobrar), certificados no âmbito da Norma ISO27001 - Sistemas de Gestão da Segurança da Informação.

• Fraude de Serviço (Gestão de Fraude de Telecomunicações) - A fraude de clientes ou terceiros é um risco comum no setor das telecomunicações. Os praticantes de fraude podem tirar partido das potenciais vulnerabilidades do processo da rede ou do serviço de comunicações. Considerando esta

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

realidade, a ZON OPTIMUS possui uma equipa dedicada à Gestão de Fraude e Segurança de Serviço. Com o objetivo de promover uma utilização segura dos serviços de comunicações, tem vindo a desenvolver diversas iniciativas e implementação de controlos, entre as quais a disponibilização de uma plataforma interna com informação sobre os riscos de segurança e fraude de serviço, bem como a contínua melhoria dos processos de monitorização e mitigação destes riscos. Estão implementados controlos de fraude de forma a evitar situações anómalas de consumos fraudulentos ou situações de uso indevido (pirataria) com impacto direto nas receitas. A ZON OPTIMUS também adere às iniciativas promovidas pela associação internacional de operadores (GSMA), nomeadamente ao Fórum de Fraude (GSMA Fraud Forum) e ao Grupo de Segurança (GSMA Security Group).

• Garantia de Receitas e Custos (Enterprise Business Assurance) - Os negócios de telecomunicações estão sujeitos aos riscos operacionais inerentes relacionados com a garantia e monitorização das receitas e dos custos de clientes, numa ótica de fluxos de receita e integridade de plataformas. Os processos de Billing executam controlos de receita, no que concerne à qualidade de faturação. A ZON OPTIMUS conta também com uma área de Revenue Assurance que aplica processos de controlo de perda de receita (subfaturação) e de controlo de custos com o objetivo de apresentar uma cadeia de receitas e custos coerente, desde o momento de entrada do cliente nos nossos sistemas de aprovisionamento, passando pela prestação do serviço de comunicações, até ao momento de faturação e cobrança.

Riscos financeiros

• Fiscalidade – A Sociedade está exposta à evolução de legislação fiscal e eventuais interpretações da aplicação da regulamentação fiscal e parafiscal de formas diversas. A gestão deste risco conta com a Direção Administrativa e Financeira que acompanha toda a regulamentação fiscal e procura garantir a máxima eficiência fiscal. Este departamento poderá ser apoiado por consultoria fiscal sempre que os temas em análise possam ser mais críticos e, por isso, careçam de uma interpretação por parte de uma entidade independente.

• Crédito e Cobranças – Estes riscos estão associados à redução de recebimentos de clientes pelo eventual funcionamento ineficaz ou deficiente da régua de cobranças e/ou alterações à legislação que regula a prestação de serviços essenciais e que tenham impacto na recuperação de dívidas de clientes. O atual ambiente económico adverso também contribui significativamente para o

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

agravamento destes riscos. A sua mitigação é efetuada através da definição de um plano mensal de ações de cobrança, do seu acompanhamento e validação e da avaliação de resultados. Sempre que se justifique a régua e os timings das ações são ajustados de forma a garantir o recebimento das dívidas de clientes. O objetivo é garantir que os valores em dívida são efetivamente cobrados dentro dos períodos negociados sem afetar a saúde financeira da empresa. Adicionalmente, a ZON OPTIMUS subscreve seguros de crédito e tem áreas específicas para Controlo de Crédito, Cobranças e Gestão de Contencioso.

Riscos jurídicos

• Legal e Regulatório – As questões regulatórias são relevantes no negócio de telecomunicações, sujeito a regras específicas, definidas, sobretudo, pelo regulador do setor ICP – Autoridade Nacional de Comunicações (ICP–ANACOM). De modo semelhante, a ZON OPTIMUS tem de cumprir os quadros regulamentares definidos a nível europeu que tenham um efeito direto em Portugal. Para além das regras específicas relacionadas com o setor das telecomunicações, a ZON OPTIMUS está também sujeita a legislação horizontal, incluindo a lei da concorrência. A gestão destes riscos conta com a Direção Jurídica e de Regulação que acompanha a evolução das leis e regulamentos aplicáveis, atendendo às ameaças e oportunidades que representam para a posição competitiva da ZON OPTIMUS nos setores de negócio em que está inserida.

54. GESTÃO DE RISCOS

Os processos de gestão de riscos e de controlo interno da ZON OPTIMUS, incluindo as metodologias pelas quais os riscos são identificados, avaliados e acompanhados, encontram-se descritos no presente ponto.

Os processos de gestão de risco e de controlo interno são suportados por uma metodologia consistente e sistemática, baseados na norma internacional Enterprise Risk Management - Integrated Framework, emitida pelo COSO (Committee of Sponsoring Organisations of the Treadway Commission). Adicionalmente, para a gestão dos riscos relacionados com a Segurança da Informação e a Continuidade de Negócio, foram consideradas também metodologias específicas alinhadas com as Normas da série ISO2700x - Information Security Management e com a Norma ISO22301 - Business Continuity Management, bem como os requisitos legais e regulamentares sobre segurança e integridade das redes (supervisionados pelo ICP- ANACOM) e sobre a privacidade dos dados pessoais (supervisionados pela CNPD).

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As metodologias adotadas para o sistema de controlo interno tomaram ainda em consideração as referências fornecidas pelos organismos responsáveis por promover a existência de mecanismos de controlo nos mercados, incluindo as recomendações do Código de Governo das Sociedades da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e do IPCG (Instituto Português de Corporate Governance), bem como o Código das Sociedades Comerciais. Adicionalmente, para as vertentes de controlo interno relacionadas com TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) foi considerado o framework COBIT (Control Objectives for Information and related Technology).

O diagrama abaixo ilustra as principais fases incluídas no ciclo de gestão de risco da ZON OPTIMUS, que podem ser aplicadas ao nível das entidades ou dos processos de negócios das suas principais subsidiárias.

Ciclo de Gestão de Risco (ERM - Enterprise Risk Management)

Em linha com esta metodologia geral, a gestão e o controlo dos riscos são conseguidos através das principais abordagens e dos métodos de seguida apresentados:

Gestão dos Riscos Corporativos (ERM – Enterprise Risk Management)

Abordagem: Pretende alinhar o ciclo de gestão do risco com o ciclo de planeamento estratégico da empresa. Permite que os negócios da ZON OPTIMUS atribuam prioridades e identifiquem os riscos críticos que possam comprometer o seu desempenho e os seus objetivos, e adotar ações para gerir esses riscos, dentro dos níveis predefinidos de aceitação. Isto é conseguido através da monitorização constante dos riscos e da implementação de determinadas medidas corretivas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Método: 1. Identificar riscos do negócio >> 2. Averiguar causas >> 3. Medir triggers >> 4. Gerir riscos >> 5. Monitorizar riscos

Gestão da Continuidade de Negócio (BCM – Business Continuity Management)

Abordagem: Pretende mitigar o risco de interrupção de atividades críticas de negócio, que possam decorrer de situações de catástrofe, falhas técnico-operacionais ou falhas de recursos humanos. O âmbito deste processo inclui também a avaliação e a gestão dos riscos de segurança física nas instalações críticas da empresa. Método: 1. Compreender o negócio >> 2. Definir estratégias de resiliência >> 3. Desenvolver e implementar planos de continuidade e de gestão de crise >> 4. Testar, manter e auditar os planos e processos BCM

Gestão da Segurança da Informação (ISM – Information Security Management)

Abordagem: Pretende gerir os riscos associados à disponibilidade, integridade, confidencialidade e privacidade da informação. Tem como objetivos desenvolver e manter a Política de Segurança da Informação, verificar a conformidade dos procedimentos com a política, desenvolver programas de formação e consciencialização e estabelecer e monitorizar KPIs de Segurança da Informação. Método: 1. Identificar informação crítica >> 2. Detalhar plataformas / recursos críticos de suporte à informação >> 3. Avaliar o nível de risco de segurança >> 4. Definir e implementar indicadores >> 5. Gerir e monitorizar ações de mitigação dos riscos

Monitorização Contínua dos Riscos e Controlos (CM - Continuous Monitoring)

Abordagem: Permite rever, continuamente, os processos de negócio, assegurando de forma preventiva, pró-ativa e dinâmica a manutenção de um nível aceitável de risco e controlo. O Manual de Controlo Interno sistematiza e referencia os controlos, facilitando a sua divulgação e promovendo o seu cumprimento pelos diversos intervenientes na organização. Método: 1. Definir processos, business cycles e estrutura de dados >> 2. Estabelecer desenho dos controlos >> 3. Implementar, divulgar e assegurar a efetividade dos controlos >> 4. Analisar e reportar métricas de status de implementação dos controlos >> 5. Acompanhar os action plans e atualizar os controlos.

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55. PRINCIPAIS ELEMENTOS DOS SISTEMAS DE CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS RELATIVOS À DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

A ZON OPTIMUS reconhece que, tal como sucede com outras empresas cotadas com atividades semelhantes, está potencialmente exposta a riscos relacionados com os processos de reporte financeiro e de contabilidade. Assim, a Sociedade está empenhada em manter um ambiente de controlo interno eficaz, especialmente nestes processos. Pretende assegurar a qualidade e a melhoria dos processos mais relevantes de preparação e divulgação das demonstrações financeiras, de acordo com os princípios contabilísticos adotados e tendo presente os objetivos da transparência, da consistência, da simplicidade e da materialidade. Neste contexto, a atitude da Sociedade em relação à gestão de riscos financeiros tem sido conservadora e prudente.

As responsabilidades funcionais pelas demonstrações financeiras ao nível corporativo da ZON OPTIMUS e ao nível das empresas subsidiárias do Grupo estão distribuídas do seguinte modo:

• Os controlos ao nível da entidade (Entity Level Controls) são definidos em termos corporativos, incluindo a ZON OPTIMUS, sendo aplicáveis a todas as empresas do Grupo, e visam estabelecer linhas orientadoras de controlo interno para as subsidiárias da ZON OPTIMUS;

• Os controlos processuais (Process Level Controls) e os controlos dos sistemas de informação (IS/IT Controls) são definidos corporativamente, sendo aplicados nas subsidiárias da ZON OPTIMUS, ajustados às suas especificidades, organização e responsabilidade pelos processos. Atendendo a esta repartição, os controlos relacionados com a recolha da informação que servirá de base para a preparação das demonstrações financeiras encontram-se nas empresas subsidiárias; diferentemente, os controlos relacionados com o processamento, registo e arquivo contabilístico dessa informação encontram-se a nível corporativo na Direção Administrativa e Financeira.

O sistema de controlo interno e de gestão de riscos associado às demonstrações financeiras inclui os controlos-chave de seguida indicados:

• O processo de divulgação de informação financeira está institucionalizado, os critérios para a preparação e divulgação foram devidamente aprovados, estão plenamente estabelecidos e são revistos periodicamente.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

• A utilização de princípios contabilísticos, explicados ao longo das notas às demonstrações financeiras, constitui um dos pilares fundamentais do sistema de controlo.

• Os controlos encontram-se agregados pelos ciclos de negócio (business cycles) que dão origem às demonstrações financeiras, e pelas respetivas classes e subclasses de transação.

• É mantida uma indexação entre os riscos e as rubricas das demonstrações financeiras, de modo a avaliar o impacto nas mesmas em resultado de oscilações nos níveis de risco, e a geração de relatórios de análise diversos.

• É mantida uma indexação entre os riscos, os controlos definidos no Manual de Controlo Interno e as quatro asserções financeiras comummente aceites:

• Completeness: pretende assegurar que todas as transações são registadas, que são capturadas para processamento todas as transações válidas e que não existem registos em duplicado;

• Accuracy: orientado para assegurar que as transações são registadas de modo correto incluindo a contabilização no período correto em que ocorreram, existindo uma adequada especialização dos exercícios;

• Validity: significa que todas as transações são válidas, obedecendo a dois critérios fundamentais: (i) são adequadamente aprovadas em conformidade com as delegações de competências e (ii) estão relacionadas com a normal atividade da empresa, isto é, são lícitas;

• Restricted Access: pretende assegurar que existe uma adequada restrição de acessos à informação, em suporte eletrónico ou qualquer outro meio de salvaguarda dos ativos.

De forma a garantir o know-how de todos os intervenientes no processo de reporte financeiro relativamente às operações da empresa, ao normativo aplicável e aos conhecimentos técnicos necessários para cumprirem as suas responsabilidades, a Direção Administrativa e Financeira preparou, fez aprovar, divulgou e utiliza o “Manual de Políticas e Procedimentos Contabilísticos do Grupo ZON OPTIMUS”. Este Manual descreve, entre outros, as políticas e procedimentos implementados e o seu enquadramento nos IFRS (International

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Financial Reporting Standards), bem como aborda potenciais causas de risco que podem afetar materialmente o reporte contabilístico e financeiro.

Entre essas potenciais causas de risco, evidenciamos as seguintes:

• Estimativas contabilísticas e provisões – As estimativas contabilísticas mais significativas são descritas nas notas às demonstrações financeiras. As estimativas foram baseadas na melhor informação disponível durante a preparação das demonstrações financeiras, e no melhor conhecimento e na melhor experiência de eventos passados e/ou presentes.

• Saldos e transações com partes relacionadas – Os saldos e as transações mais significativos com partes relacionadas são divulgados nas notas das demonstrações financeiras.

A ZON OPTIMUS adota várias ações que permitem gerir os riscos e manter um ambiente de controlo interno robusto, nomeadamente iniciativas do tipo:

• Análises de conformidade – Incluem-se aqui as ações periódicas de auto-avaliação de conformidade (Control Self-Assessment) do sistema de controlo interno e a consequente revisão do Manual de Controlo Interno, assegurando a sua permanente atualização. Incluem-se igualmente as ações corretivas sobre os procedimentos de controlo considerados como não conformes, em resultado dos trabalhos de avaliação de conformidade desenvolvidos pela Auditoria Interna e pelo Auditor Externo.

• A melhoria da documentação sobre controlos – Incluem-se aqui as ações de implementação e revisão de procedimentos de controlo associados a processos ou áreas ainda não cobertos pelo Manual de Controlo Interno. Incluem-se igualmente as ações de identificação dos riscos iniciais (risco inerente), a identificação dos processos com maior materialidade, a melhoria da documentação de controlos, e a análise do estado atual do risco (risco residual).

Para além dos riscos financeiros referidos na secção dos principais tipos de riscos e que têm impacto no negócio, a Sociedade está potencialmente exposta a outros riscos financeiros que podem ter impacto nas demonstrações financeiras, tais como o risco de crédito (relacionado com saldos a receber de Clientes), o risco de liquidez (relacionado com a adequação das disponibilidades às responsabilidades), o risco de mercado (relacionado com as variações da taxa de câmbio e da taxa de juro) e o risco de capital

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

(relacionado com empréstimos financeiros e remuneração de acionistas). Ao longo das notas às demonstrações financeiras, poder-se-á obter informação mais específica sobre as políticas de gestão dos riscos financeiros, bem como sobre a forma como os riscos associados às demonstrações financeiras são geridos e controlados.

IV. APOIO AO INVESTIDOR

56. SERVIÇO RESPONSÁVEL PELO APOIO AO INVESTIDOR

Desde a constituição da Sociedade que foi criada a Direção de Relação com Investidores, com o objetivo de assegurar o adequado relacionamento com os acionistas, investidores e analistas em plena conformidade com o princípio do tratamento igualitário, bem como com os mercados financeiros em geral e, em particular, com o mercado regulamentado onde se encontram admitidas à negociação as ações representativas do capital social da ZON OPTIMUS – a saber, a NYSE Euronext Lisbon - e com a respetiva entidade reguladora, a CMVM.

A Direção de Relação com Investidores publica anualmente o relatório de gestão e contas divulgando também a informação anual, semestral e trimestral, em conformidade com a lei societária e as leis de mercado de capitais nacionais. A Sociedade divulga informação privilegiada em relação à sua atividade ou dos valores mobiliários por si emitidos de forma imediata e pública, podendo os acionistas aceder à mesma através do website da Sociedade (www.zonoptimus.pt/ir). Toda a informação é disponibilizada no website da Sociedade em Português e Inglês. A atividade desenvolvida pela Direção de Relação com Investidores assegura igualmente a informação constante e atualizada à comunidade financeira acerca da atividade da ZON OPTIMUS através da elaboração regular de press releases, apresentações e comunicados sobre os resultados trimestrais, semestrais e anuais, bem como sobre quaisquer factos relevantes que ocorram. Presta, igualmente, todo e qualquer tipo de esclarecimentos à comunidade financeira em geral – acionistas, investidores (institucionais e particulares) e analistas, assistindo e apoiando também os acionistas no exercício dos seus direitos. A Direção de Relações com Investidores promove encontros regulares da equipa de gestão executiva com a comunidade financeira através da participação em conferências especializadas, da realização de roadshows quer em Portugal, quer nas principais praças financeiras internacionais e reúne

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

frequentemente com investidores que visitam Portugal. Em 2013, os principiais eventos de Relações com Investidores foram:

As funções, composição e contactos da Direção de Relação com Investidores encontram-se divulgados no website da Sociedade.

Data Formato Local

23 Janeiro Lisboa

28 / 29 Janeiro Londres

Boston 30 Janeiro Roadshow Princeton 31 Janeiro NY 01 Fevereiro 27 Fevereiro Paris

09 Maio Lisboa

14 Maio Frankfurt Roadshow 16 Maio Paris

23 / 24 Maio Londres

3, 4, 5 Junho Pan European Days NY

12 Junho Goldman Sachs European Cable Conference Londres

20 Junho XX Santander Global Banking & Markets TMT Conference Madrid

26 Junho UBS Pan European Small & Midcap Conference Londres

02 Setembro Barclays Select European Media & Telecom Forum Londres

03 Setem bro DB European TMT Conference Londres

04 Setembro Roadshow Londres

11 Setembro BBVA Iberian Conference Londres

13 Setembro X BPI Iberian Conference Porto

17 Setembro CSFB European Telecoms Conference Londres

19 Setembro BES 5th Annual Cable & Pay TV Conference Londres

25 Setem bro Roadshow Milão

20 / 21 Novembro XIII Annual Morgan Stanley TMT Conference Barcelona

25 / 26 Novembro Roadshow NY

10 Dezem bro 21st ESN European Conference Londres

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

57. REPRESENTANTE PARA RELAÇÕES COM O MERCADO

Maria João Carrapato é a Representante para as Relações com o Mercado da ZON OPTIMUS.

Qualquer interessado pode solicitar informações à Direção de Relação com Investidores, através dos seguintes contactos:

Rua Ator António Silva, nº 9 1600 - 203 Lisboa (Portugal) Tel. +(351) 21 782 47 25 Fax: +(351) 21 782 47 35 E-mail: [email protected]

58. PEDIDOS DE INFORMAÇÃO

Existe, na Sociedade, um registo de todos os pedidos de informação e respetivo tratamento dado, tendo os mesmos sido, devida e atempadamente, endereçados.

Ressalte-se que, à data de 31 de dezembro de 2013, não se encontrava nenhum pedido de informação pendente de resposta.

V. SÍTIO DE INTERNET

59. ENDEREÇOS

A ZON OPTIMUS disponibiliza, através do seu sítio na Internet (http://www.zonoptimus.pt/institucional/PT/Paginas/Home.aspx), em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.

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60 a 65. Local de disponibilização de: (i) informação sobre a sociedade; (ii) estatutos e regulamentos; (iii) informação sobre titulares de órgãos e outras estruturas; (iv) documentos de prestação de contas e outros documentos de índole financeira; (v) convocatória e informação preparatória e subsequente; e (vi) acervo histórico de deliberações

Em linha com Recomendação VI.1 do Código de Governo das Sociedades da CMVM, a Sociedade disponibiliza no seu website (http://www.zonoptimus.pt/institucional/PT/Investidores/Paginas/default.aspx) a seguinte informação e / ou documentação, em português e inglês:

- Firma, a sua qualidade de sociedade aberta, local onde se encontra a sua sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais; - Estatutos e regulamentos de funcionamento dos órgãos e comissões internas (em particular, da Comissão Executiva); - Identidade dos titulares dos órgãos sociais e da representante para as relações com o mercado; - Direção de Relação com Investidores, composição, funções e contactos; - Documentos de prestação de contas dos últimos cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da Assembleia Geral, divulgação de contas anuais, semestrais e trimestrais. - Convocatórias da Assembleia Geral, propostas apresentadas e extratos de ata; - O acervo histórico com as deliberações tomadas pela Assembleia Geral da Sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, pelo menos, dos últimos três anos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

D. Remunerações

I. COMPETÊNCIA PARA DETERMINAÇÃO

66. RESPETIVA IDENTIFICAÇÃO

Nos termos do artigo 399.º do Código das Sociedades Comerciais e do artigo 14.º dos Estatutos da Sociedade, compete à Assembleia Geral de acionistas ou a uma comissão por aquela nomeada fixar as remunerações dos membros dos órgão sociais e demais corpos sociais, tendo em conta as funções desempenhadas e a situação económica da sociedade. Quando exista Comissão de Vencimentos a mesma será constituída por dois ou mais membros, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral (número 2 do artigo14.º dos Estatutos da Sociedade).

II. COMISSÃO DE VENCIMENTOS

67. COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE VENCIMENTOS

Em Assembleia Geral extraordinária, de 1 de outubro de 2013, foi nomeada uma Comissão de Vencimentos, para o triénio de 2013/2015.

A Comissão de Vencimentos é composta por dois elementos com reconhecida experiência, nomeadamente no campo empresarial, que dispõem do conhecimento necessário para tratar e decidir sobre todas as matérias da competência da Comissão de Vencimentos, incluindo sobre política remuneratória.

Com vista à determinação da política remuneratória, a Comissão de Vencimentos acompanha e avalia, numa base constante e com o apoio da Comissão de Nomeações e Avaliações, o desempenho dos Administradores, verificando em que medida foram atingidos os objetivos propostos, e reúne sempre que for necessário.

A composição da Comissão de Vencimentos em 31 de dezembro de 2013 era a seguinte: Presidente: Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério Vogal: Mário Filipe Moreira Leite da Silva

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Ambos os membros da Comissão são independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração.

A Sociedade proporciona aos membros da Comissão de Vencimentos permanente acesso, a expensas da Sociedade, a consultores externos especializados em diversas áreas, sempre que aquela comissão o necessite. A Comissão de Vencimentos não procedeu, durante o ano 2013, a qualquer contratação de serviços para apoio ao cumprimento da sua missão.

A Comissão de Vencimentos reuniu 2 vezes em 2013, tendo deliberado sobre matérias de avaliação, remuneração e definição de objetivos da Comissão Executiva.

68. CONHECIMENTO E EXPERIÊNCIA DOS MEMBROS

Os membros da Comissão de Vencimentos apresentam uma vasta e reconhecida experiência de Gestão empresarial, designadamente em sociedades cotadas, remetendo-se aqui para a informação anteriormente apresentada no ponto 19 do presente relatório.

III. ESTRUTURA DAS REMUNERAÇÕES

69. DESCRIÇÃO DA POLÍTICA REMUNERATÓRIA

Na reunião da Assembleia Geral da ZON OPTIMUS de 24 de abril de 2013, foi submetida à apreciação dos acionistas da Sociedade uma declaração da Comissão de Vencimentos sobre a política de remuneração dos órgãos de administração e fiscalização da ZON OPTIMUS, em cumprimento do disposto no artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, cujas linhas gerais a seguir se detalham.

Os sistemas de recompensa constituem um elemento estratégico na capacidade de uma organização atrair, reter e motivar os melhores profissionais do mercado.

As boas práticas dos sistemas de remuneração, ao nível de empresas cotadas, aconselham modelos

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

integrando diferentes componentes: uma componente fixa, funcionando como remuneração “base”, e outra variável, que poderá passar pela atribuição de um bónus anual, pela componente de participação nos resultados e/ou pela implementação de planos de atribuição de ações.

No âmbito das componentes do sistema de compensação da ZON OPTIMUS para os membros executivos da Administração, refira-se que este sistema está alinhado com o praticado por outras empresas comparáveis, de acordo com o respetivo benchmarking efetuado relativamente aos valores de mercado destas compensações. Neste capítulo, como peer groups tidos como comparação, foram considerados estudos independentes, que promovem uma análise do: i) benchmark PSI 20 e PSI 10; ii) benchmark Telecom – Tier 1 e Tier 2; iii) benchmark – Virgin, Telenet e Liberty Global.

A remuneração variável associada ao cumprimento de objetivos de gestão é exercida através das seguintes componentes: o Bónus anual, Participação nos resultados e o Plano de Atribuição de Ações.

O Bónus anual, assegurando o alinhamento com os resultados, procura também garantir a maximização do desempenho de longo prazo da Sociedade.

A Participação nos Resultados pode ser proposta aos acionistas, pelo Conselho de Administração, após aprovação da Comissão de Nomeações e Avaliações. Após avaliação do montante total a ser distribuído, o valor a ser recebido por cada membro dependerá, também, do alinhamento com os resultados.

Os Planos de Ações e Opções, aprovados em Assembleia Geral, visam garantir o alinhamento dos interesses individuais com os objetivos empresariais e os interesses dos acionistas da ZON OPTIMUS, premiando o cumprimento de objetivos, que pressupõem criação de valor de uma forma sustentada.

Os membros não executivos do Conselho de Administração, pelo facto de não terem responsabilidades na operacionalização das estratégias definidas, dispõem de um sistema de compensação que não prevê nenhuma das componentes da remuneração variável, incluindo apenas uma componente fixa.

Política de remuneração dos membros dos órgãos de fiscalização

Os membros do Conselho Fiscal, à semelhança dos demais Administradores não executivos, apenas auferem uma remuneração fixa.

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O Revisor Oficial de Contas é remunerado de acordo com as condições contratualmente fixadas, nos termos legais.

Em face do supra exposto, a ZON OPTIMUS considera que o seu modelo de remuneração apresenta uma arquitetura adequada, uma vez que: i) define uma potencial remuneração máxima total; ii) premeia a performance, mediante uma remuneração fixa com um peso relativamente mais baixo face à remuneração total potencial, como mecanismo de defesa dos interesses dos stakeholders; iii) desincentiva a adoção excessiva de riscos, uma vez que cinquenta por cento das componentes de remuneração variável – Bónus Anual e Plano de Atribuição de Ações – são diferidas no tempo, ao longo de três anos; iv) garante ativamente a adoção de políticas sustentáveis no tempo, designadamente, através da definição de objetivos de negócio previamente definidos e em virtude do efetivo pagamento das componentes variáveis de remuneração diferidas estarem condicionadas ao cumprimento de condições objetivas, associadas à solidez económica da Sociedade; v) permite a obtenção e retenção de talentos; e vi) está em linha com o benchmarking comparável.

70. ESTRUTURA DA REMUNERAÇÃO E ALINHAMENTO DE INTERESSES

O sistema de compensação supra referido tem também por finalidade assegurar o alinhamento dos interesses dos membros do Conselho de Administração com os objetivos empresariais de longo prazo. Para o sucesso desta estratégia é fundamental que o alinhamento seja realizado através de objetivos claros e coerentes com a estratégia, métricas rigorosas para a avaliação da performance individual, para além de incentivos corretos à performance que simultaneamente potenciem princípios éticos, desincentivando a assunção excessiva de riscos.

Para a criação de valor é, por conseguinte, necessário para além de excelentes profissionais, um quadro de incentivos adequados à dimensão e complexidade dos desafios.

Anualmente a Comissão de Vencimentos, em articulação com a Comissão de Nomeações e Avaliações, define as grandes variáveis sujeitas a avaliação e os respetivos valores objetivos para as mesmas.

A determinação da remuneração variável foi efetuada com base na performance da ZON OPTIMUS medida através de indicadores de negócio previamente definidos. No ano de 2013, foram tidos em consideração os

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

agregados Receitas, EBITDA (“Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”), Cash-Flow Operacional, Resultado Líquido e RGU’s (“Revenue Generating Unit”).

Por sua vez, a componente associada ao Plano de Atribuição de Ações tem por intenção, para além do cumprimento dos objetivos já mencionados para o bónus anual, garantir igualmente o alinhamento com a criação de valor acionista e do fortalecimento de mecanismos de fidelização. A ZON OPTIMUS tem em vigor três Planos (um denominado por Executivo Sénior, outro por Standard e um Plano de Poupança em Ações, sendo este último, um plano destinado, exclusivamente, a fomentar a poupança dos colaboradores e o seu alinhamento com a empresa.). No processo de fusão com a Optimus, o Grupo ZON OPTIMUS assumiu as obrigações decorrentes dos Planos de ações dos colaboradores destas empresas, designados de Planos Optimus.

71. COMPONENTE VARIÁVEL E DESEMPENHO

A Remuneração variável, através das componentes acima referidas, procura consolidar uma correta política de fixação de objetivos com sistemas que premeiem devidamente a capacidade de execução e de obtenção de performances ambiciosas, que desincentivem políticas de curto prazo, fomentando antes o desenvolvimento de políticas sustentáveis de médio e longo prazo. Refira-se que os Planos de Atribuição de Ações, aprovados na Assembleia Geral de 19 de abril de 2010 impõem um período de diferimento de 3 anos para os Planos Executivo Sénior, em conformidade com as disposições legais e regulamentares em vigor em matéria de diferimento da remuneração variável, e de 5 anos para o Plano Standard. Os Planos Optimus transferidos para a ZON OPTIMUS por via da fusão, baseavam-se em ações Sonaecom (anterior acionista da Optimus) e foram convertidos para ações ZON OPTIMUS no âmbito da fusão. Estes Planos tinham sido aprovados em Assembleia Geral da Sonaecom e impõem um período de diferimento de 3 anos.

Sublinhe-se ainda que, apesar de os atuais Planos de Ações serem diferidos no tempo, a Comissão de Vencimentos condicionou a transformação dos direitos, atribuídos no âmbito do Plano de Ações Executivo Sénior, em ações, no final do respetivo período de 3 anos, à verificação de resultados positivos da Sociedade, o que pressupõe o cumprimento da seguinte condição adicional:

A situação líquida consolidada nos anos n+1 ou n+2 ou n+3, consoante o ano em análise, excluídos quaisquer movimentos extraordinários ocorridos após o termo do ano n, e abatida, para cada exercício, de

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um valor correspondente a um pay out de 40% sobre o lucro líquido apurado nas contas consolidadas de cada exercício do período de diferimento (independentemente do pay out efetivo) deve ser superior à apurada no termo do exercício n. Consideram-se movimentos extraordinários, no período que medeia entre o ano n e n+3, nomeadamente os encaixes de aumento de capital, compra ou venda de ações próprias, entrega extraordinária de dividendos, pay out anual diferente de 40% do resultado consolidado do respetivo exercício ou outros movimentos que afetando a situação líquida não derivem dos resultados operacionais da Sociedade. A situação líquida do ano n+1, n+2 e n+3 deve ser apurada com base nas regras contabilísticas aplicadas no exercício n, para garantir a comparabilidade. Nos Planos Optimus, o vencimento dos mesmos depende do sucesso global da empresa, durante o período de 3 anos, estimado de acordo com os objetivos definidos pela Comissão de Vencimentos, para cada período de 3 anos.

A atribuição de ações, no âmbito dos Planos aprovados, estando totalmente dependente da performance do Grupo e individual, visa primordialmente assegurar a maximização da criação de valor numa perspetiva de médio e longo prazo, incentivando por conseguinte a prossecução de políticas sustentáveis ao longo do tempo.

Estes planos encontram-se melhor descritos no número 86 do Capítulo VI infra.

Os objetivos avaliados correspondem genericamente a variáveis de rentabilidade e crescimento que asseguram o desenvolvimento da empresa e, por conseguinte, indiretamente também, da economia nacional e da globalidade dos seus stakeholders.

Limites máximos da remuneração variável

O valor das componentes variáveis (incluindo os Planos de Ações), no momento da data da deliberação de atribuição pela Comissão de Vencimentos, está limitado a um valor máximo relativamente à retribuição fixa, conforme as boas práticas de governo societário vigentes nesta matéria.

Garantia de remunerações variáveis mínimas

Não existem quaisquer contratos garantindo mínimos para a remuneração variável, independentes da performance da Sociedade, nem contratos visando mitigar o risco inerente à remuneração variável.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 213

RELATÓRIO E CONTAS 2013

72. DIFERIMENTO DO PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

Metade da compensação variável atribuída, isto é, as componentes de bónus e ações atribuídas no âmbito dos respetivos planos, foi diferida ao longo de três anos ficando o seu pagamento dependente de desempenho positivo futuro. A definição desta condição de acesso futuro, à remuneração variável, foi já explicitada no ponto anterior.

73. ATRIBUIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM AÇÕES

Em Assembleia Geral foi aprovado o Plano de Atribuição de Ações ou Opções, que autorizou a implementação na ZON OPTIMUS de dois Planos, um denominado por Executivo Sénior e outro por Standard. Alguns Membros Executivos do Conselho de Administração integram mais do que um dos Planos. [Adicionalmente, na sequência da fusão por incorporação da Optimus SGPS, S.A. na Sociedade, os planos de ações Sonaecom, foram convertidos em planos de ações ZON OPTIMUS (“Plano Optimus”), na data da fusão].

Neste âmbito, de referir que não existem contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, relativamente a um valor pré-definido da remuneração total anual dos administradores executivos. Deste modo e em consequência, não se mitiga o risco inerente à respetiva variabilidade da remuneração.

74. ATRIBUIÇÃO DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM OBRIGAÇÕES

Não estão implementadas remunerações em opções para os Administradores.

75. PRÉMIOS ANUAIS E OUTROS BENEFÍCIOS NÃO PECUNIÁRIOS

Para além dos prémios indicados no número IV do Capítulo 77 infra, foi ainda atribuído um valor extraordinário global, não recorrente, de 1.325.000, com a seguinte distribuição: Rodrigo Costa (700.000 €), José Pedro Pereira da Costa (250.000 €), Luís Lopes (250.000 €) e Duarte Calheiros (125.000 €).

214

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

76. REGIMES COMPLEMENTARES DE PENSÕES OU REFORMA

Não existem quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os Administradores.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 215

RELATÓRIO E CONTAS 2013

IV. DIVULGAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES

77. REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS ADMINISTRADORES

Em 2013, as remunerações dos membros do Conselho de Administração foram as seguintes:

PARTICIPAÇÃO REMUNERAÇÃO DE PLANOS DE TOTAL FIXA RESULTADOS/ AÇÕES PRÉMIO ADMINISTRADORES EXECUTIVOS Miguel Almeida (1) 364.743 240.000 240.000 844.743 Luis Lopes (2) (6) 419.379 200.000 - 619.379 Ana Paula Marques (1) 203.567 140.000 140.000 483.567 André Almeida (1) 224.024 140.000 140.000 504.024 José Pedro Pereira da Costa 405.006 200.000 200.000 805.006

Manuel Ramalho Eanes (1) 218.900 140.000 140.000 498.900 Miguel Veiga Martins (5) 101.250 35.000 35.000 171.250 Rodrigo Costa (3) (7) 516.338 202.500 276.254 995.092 Duarte Calheiros (4) (7) 259.633 67.500 72.547 399.680 ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Jorge Brito Pereira (1) 47.355 47.355 Ângelo Paupério (1) 25.454 25.454 António Domingues 33.152 33.152 António Lobo Xavier (1) 17.758 17.758 Catarina Tavira 36.175 36.175 Cláudia Azevedo (1) 17.758 17.758

Fernando Martorell 33.152 33.152 Isabel dos Santos 36.175 36.175 Joaquim Oliveira 31.098 31.098 Lorena Fernandes (1) 17.755 17.755 Mário Leite da Silva 38.955 38.955 Rodrigo Costa (3) 18.751 18.751 Daniel Proença Carvalho (4) 184.198 184.198 André Ribeiro (4) 20.851 20.851 Lazlo Cebrian (4) 31.547 31.547 Miguel Veiga Martins (5) 17.693 17.693 Nuno Marques (4) 81.047 81.047

Paulo Mota Pinto (4) 67.441 67.441 Vitor Gonçalves (4) 88.415 88.415 3.557.571 1.365.000 1.243.800 6.166.372

(1) Administradores nomeados em 1 de outubro de 2013. (2) Administrador renunciou em 31 de dezembro de 2013. (3) Administrador executivo nomeado como administrador não executivo em 1 de outubro de 2013. (4) Administradores que cessaram funções em 30 de setembro de 2013. (5) Administrador não executivo nomeado como administrador executivo em 1 de outubro de 2013. (6) A remuneração variável de curto prazo será efetuada como pagamento de prémio e não como participação de resultados. (7) A remuneração variável de curto prazo dos administradores Rodrigo Costa e Duarte Calheiros foi paga em 2013, sob a forma de prémio.

216

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Os montantes apresentados no quadro foram calculados numa base de acréscimo para as Remunerações e Prémios (remunerações de curto prazo). O valor relativo aos Planos de Ações corresponde à estimativa do valor a atribuir em 2014 referente ao exercício de 2013. No caso do Administrador Miguel Veiga Martins, a remuneração apresentada no quadro acima corresponde ao valor relativo aos três meses, após a nomeação, uma vez que não auferia qualquer remuneração nas empresas que se fundiram no Grupo ZON OPTIMUS, até à data da nomeação.

O valor relativo ao Plano de ações será convertido em ações e atribuído em 2014. O período de empossamento das ações é de três anos, estando ainda condicionado ao desempenho futuro positivo da Sociedade nos termos referidos no 71.

78. MONTANTES PAGOS POR OUTRAS SOCIEDADES DO “GRUPO”

Os Administradores executivos da ZON OPTIMUS que exercem também funções noutras empresas do Grupo ZON OPTIMUS não recebem qualquer remuneração adicional ou outros montantes a qualquer título.

79. PARTICIPAÇÃO EM LUCROS OU PAGAMENTO DE PRÉMIOS

Durante o exercício de 2013 não houve lugar a remuneração paga sob a forma de participação nos lucros da Sociedade.

As remunerações variáveis a pagar com base na performance de 2013 encontram-se descritas no número IV do Capítulo 77.

80. INDEMNIZAÇÕES A EX-ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

Em consequência da operação de fusão, no exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Sociedade pagou a ex-administradores executivos, a título de cessação das suas funções e garantia de não concorrência, cerca de 2,7 milhões de euros.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 217

RELATÓRIO E CONTAS 2013

81. REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal, durante o exercício de 2013, foi a seguinte:

REMUNERAÇÃO FIXA CONSELHO FISCAL

Paulo Mota Pinto 15.000 Eugenio Ferreira 7.500 Nuno Sousa Pereira 7.500

30.000

Os membros do Conselho Fiscal não recebem qualquer remuneração variável, nem participam nos planos de ações ZON OPTIMUS. As remunerações auferidas correspondem ao período de 3 meses (a partir de 1 de outubro de 2013) desde a data da sua nomeação.

82. REMUNERAÇÃO DO PRESIDENTE DA MESA DA AG

Como referido no ponto 11 do presente relatório, durante o exercício de 2013 e até à eleição dos órgãos sociais a 1 de outubro de 2013, em Assembleia Geral extraordinária, a Mesa da Assembleia Geral da Sociedade teve a seguinte composição:

• Júlio de Castro Caldas (Presidente) • Maria Fernanda Carqueja Alves de Ribeirinho Beato (Secretária)

No decurso de 2013, os então Presidente e Secretária da Mesa da Assembleia Geral auferiam, a título de honorários referentes a cinco reuniões, respetivamente as remunerações totais de 12.500 Euros e 7.500 Euros.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

V. ACORDOS COM IMPLICAÇÕES REMUNERATÓRIAS

83. LIMITES A COMPENSAÇÕES POR DESTITUIÇÃO SEM JUSTA CAUSA

Os Administradores da ZON OPTIMUS em caso de destituição sem justa causa têm direito a indemnização pelos danos sofridos nos termos legais e/ou contratualmente aplicáveis.

84. INDEMNIZAÇÕES EM CASO DE DEMISSÃO, DESPEDIMENTO SEM JUSTA CAUSA OU CESSAÇÃO POR MUDANÇA DE CONTROLO (ADMINISTRADORES E DIRIGENTES)

Em caso de cessação antecipada do termo do mandato dos Administradores, genericamente, não existem condições compensatórias adicionais às legalmente estabelecidas, exceto no caso de existência de contrato de administração que, nesta matéria, estipule condições particulares.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 219

RELATÓRIO E CONTAS 2013

VI. PLANOS DE AÇÕES E STOCK OPTIONS

85. PLANOS E DESTINATÁRIOS

O Plano de Atribuição de Ações ou Opções em vigor no Grupo ZON OPTIMUS, submetido e aprovado na Assembleia Geral de 19 de abril de 2010, com menção de todos os elementos necessários à sua apreciação (incluindo o respetivo regulamento), tem como objetivos:

• A fidelização dos colaboradores das diversas sociedades integrantes do Grupo; • O estímulo à capacidade criativa e produtiva dos mesmos, fomentando dessa forma os resultados empresariais; • A criação de condições favoráveis de recrutamento de quadros dirigentes e trabalhadores de elevado valor estratégico; • O alinhamento dos interesses dos colaboradores com os objetivos empresariais e os interesses dos acionistas da ZON OPTIMUS, premiando o seu desempenho em função da criação de valor para os acionistas da ZON OPTIMUS, refletida na valorização em Bolsa das suas ações.

Este Plano, aplicável à generalidade dos colaboradores (incluindo Administradores Executivos), é um dos pilares para fazer da ZON OPTIMUS uma empresa de referência em matéria de desenvolvimento profissional e pessoal e estimular o desenvolvimento e a mobilização dos colaboradores em torno de um projeto comum.

O Regulamento do Plano de Atribuição de Ações ou Opções da ZON OPTIMUS, aprovado na Assembleia Geral de 19 de abril de 2010, encontra-se disponível para consulta no website da Sociedade.

A ZON OPTIMUS definiu três tipos de planos, que a seguir se detalham, no âmbito dos quais será atribuído um número máximo de ações. Este número é aprovado, anualmente, pelo Conselho de Administração e está dependente exclusivamente do cumprimento dos objetivos estabelecidos para a ZON OPTIMUS e da avaliação de desempenho individual.

Esta filosofia de compensação, integrando os programas de ações abaixo referidos, além de permitir alinhar os colaboradores com a criação de valor acionista, constitui um importante mecanismo de fidelização e um incentivo à poupança, para além de reforçar a cultura de performance do Grupo ZON, uma vez que a sua atribuição está dependente do cumprimento dos respetivos objetivos.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Fazer da ZON OPTIMUS uma referência em termos de práticas internacionais de remuneração, adotando os melhores modelos das empresas líderes de mercado, é o grande objetivo destes Planos que visam três grandes vetores: alinhamento com estratégias ganhadoras e sustentáveis, motivação dos colaboradores e partilha de valor criado.

Adicionalmente, na sequência da fusão por incorporação da Optimus SGPS, S.A. na Empresa, a ZON OPTIMUS assumiu a responsabilidade pelos Planos de ações das empresas do Grupo Optimus, os quais são também descritos abaixo.

86. CARACTERIZAÇÃO DO PLANO

Plano de Ações “Standard”

Plano de atribuição de ações dirigido aos colaboradores, independentemente das funções que os mesmos desempenhem, que sejam selecionados pela Comissão Executiva (ou pela Comissão de Vencimentos, sob proposta do Presidente do Conselho de Administração, se o beneficiário for membro da Comissão Executiva da ZON OPTIMUS).

O período de empossamento das ações deste Plano estende-se por cinco anos, ocorrendo o primeiro destes empossamentos 12 meses decorridos sobre o período a que se refere a respetiva atribuição, a uma taxa de 20% por ano.

Plano de Ações “Executivos Seniores”

Plano de atribuição de ações e/ou opções dirigido aos colaboradores, qualificados como Executivos Seniores, que sejam selecionados pela Comissão Executiva (ou pela Comissão de Vencimentos sob Proposta do Presidente do Conselho de Administração, se o beneficiário for membro da Comissão Executiva da ZON OPTIMUS).

Neste Plano, o período de empossamento das ações é de três anos, contados da data da atribuição, ou seja, a sua efetiva entrega, e a consequente disponibilidade, apenas ocorrerá decorridos 3 anos sobre a respetiva atribuição.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 221

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O empossamento das ações atribuídas, aos dirigentes da ZON, no âmbito deste Plano, além do diferimento de 3 anos, está condicionado ao desempenho futuro positivo da Sociedade nos termos referidos no ponto 8 do Capítulo 2.

Plano de Poupança em Ações

Plano de Investimento em Ações dirigido à generalidade dos colaboradores do Grupo, independentemente das funções exercidas pelos mesmos, ao qual os mesmos poderão aderir sem necessidade de qualquer avaliação prévia.

Os colaboradores, cumprindo os requisitos internos definidos, podem investir no Plano de Poupança em “Ações” até 10% do seu salário anual, num máximo de 7.500 Euros por ano, sendo as ações adquiridas com um desconto de 10%.

Plano Optimus

O Plano Optimus é um plano de benefícios atribuído de forma discricionária, sendo diferido por um período de três anos, entre a data de atribuição e a data de vencimento. A atribuição é efetuada em março de cada ano, em relação ao desempenho do ano anterior. Os valores atribuídos resultam do valor resultante da aplicação dos critérios descritos na remuneração variável de curto prazo para o ano a que este se refere. Historicamente, os valores são atribuídos em março. As datas de exercício para todos os planos também são ajustadas em conformidade. No caso dos membros da Comissão Executiva, a entrega do plano na data de atribuição depende do sucesso global da sociedade durante este período, estimado em conformidade com os objetivos definidos pela Comissão de Vencimentos para cada período de três anos.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

87. PLANO DE AÇÕES STOCK OPTIONS A FAVOR DE TRABALHADORES E COLABORADORES

Condições de atribuição e Determinação do número de ações a atribuir aos beneficiários

Compete ao Conselho de Administração aprovar casuisticamente o número de ações e/ou opções que podem ser atribuídas em cada Plano previsto no respetivo Regulamento, tendo como critério a avaliação anual de performance da ZON OPTIMUS.

Compete à Comissão Executiva selecionar os beneficiários de cada Plano e deliberar casuisticamente sobre a atribuição de ações aos colaboradores elegíveis. No que diz respeito aos membros da Comissão Executiva, esta competência pertence à Comissão de Vencimentos.

A atribuição de ações aos respetivos beneficiários está totalmente dependente de critérios de performance, quer de Grupo quer individual.

O número de ações a atribuir é estabelecido com base em valores fixados por referência a percentagens de remuneração auferida pelos beneficiários tendo em conta a avaliação dos objetivos anuais da ZON OPTIMUS bem como da avaliação de desempenho individual.

Para os Planos Optimus, o objetivo associado ao Plano é atribuído no início de cada ano, representando normalmente, 100% do objetivo da remuneração variável para esse ano. Em março do ano seguinte, com base na percentagem de cumprimento dos KPIs utilizados para o bónus e com base no valor criado para o acionista no médio prazo, o valor alvo aumenta ou reduz, e o valor resultante é convertido em ações, dividindo pela média da cotação bolsista nas últimas 30 sessões. Estas ações, ou o montante equivalente em dinheiro, são entregues após um período de diferimento de 3 anos. Esta entrega depende do sucesso global da empresa durante este período, estimado de acordo com os objetivos estabelecidos pela Comissão de Vencimentos para cada período de três anos. No entanto, se houver distribuição de dividendos, o valor nominal das ações ou o capital social for alterado durante o período de diferimento, o número inicial de ações no âmbito do Plano será alterado para refletir os efeitos das alterações acima descritas, para que o plano esteja alinhado com o retorno total alcançado. Com o processo de fusão da Optimus na ZON, os Planos de ações Sonaecom foram convertidos em ações ZON OPTIMUS, tendo por base o rácio de troca da operação de fusão.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 223

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Atribuição de Opções

A atribuição de opções, exclusiva do Plano para Executivos Seniores, consiste no direito de comprar um determinado número de Ações da ZON OPTIMUS, por um preço fixado previamente, dentro ou no final de um certo período de tempo. Aos beneficiários do Plano para Executivos Seniores é-lhes permitido selecionar a composição do Plano entre ações e opções, de forma a adaptá-lo ao seu perfil de risco. Neste Plano, poder-se-á optar pelas seguintes composições: (i) 50% de ações e 50% de opções (ii) 75% de ações e 25% de opções e (iii) 100% de ações. As opções podem ser exercidas após o seu empossamento e durante um período de 3 anos.

O valor económico das opções corresponde ao preço de mercado da dita opção ou, na sua inexistência, ao valor determinado pelo modelo matemático da Black-Scholes.

O preço de exercício das opções corresponde à média ponderada das cotações de fecho das ações da ZON OPTIMUS nos 15 dias úteis anteriores à data da respetiva atribuição.

Por deliberação do Conselho de Administração, ainda não foi decidido considerar a possibilidade de atribuição nem de exercício de opções ao abrigo do Plano para Executivos Seniores, até à presente data.

Em 31 de dezembro de 2013, os planos em aberto são os seguintes:

NÚMERO DE AÇÕES PLANO SÉNIOR Plano 2011 201.000 Plano 2012 191.000 Plano 2013 191.000 PLANO STANDARD Plano 2009 53.733 Plano 2010 122.606 Plano 2011 191.505 Plano 2012 247.214 Plano 2013 306.801 PLANO OPTIMUS Plano 2010 1.395.587 Plano 2011 1.493.519 Plano 2012 1.152.759

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos ocorridos ao abrigo dos Planos, detalham-se do seguinte modo:

PLANO PLANO PLANO SÉNIOR STANDARD OPTIMUS

SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012: 918.000 1.057.648 - MOVIMENTOS DO ANO: Entrada de empresas - - 4.496.518 Atribuídas 356.375 332.634 - Exercidas (Empossadas) (645.875) (373.641) (100.005) Canceladas/Extintas/Corrigidas (45.500) (94.782) (354.648) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013: 583.000 921.859 4.041.8 65

Os custos dos planos de ações são reconhecidos ao longo do exercício que medeia a atribuição e o exercício das mesmas. A responsabilidade dos planos é calculada com base na cotação à data de atribuição de cada plano, sendo que para os Planos Optimus, a data de atribuição corresponde à data da fusão (momento da conversão dos planos de ações Sonaecom em ações ZON OPTIMUS). A 31 de dezembro de 2013, a responsabilidade em aberto relativa a estes planos é de 14.297 milhares euros, e está registada em Reservas.

Refira-se ainda que a ZON OPTIMUS operacionalizou no primeiro semestre de 2013, o Plano de Poupança em Ações, previsto também no Regulamento aprovado em Assembleia Geral. Este plano é dirigido à generalidade dos colaboradores, que cumprindo os requisitos internos definidos, podem investir neste plano até 10% do seu salário anual, num máximo de 7.500 euros por ano, beneficiando da aquisição das ações com um desconto de 10%.

No Plano de Poupança em Ações lançado em 2013 os colaboradores da ZON OPTIMUS adquiriram 28.298 ações.

88. CONTROLO DE PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NO CAPITAL

Restrições à transmissão das ações

Os direitos a ações atribuídos só podem ser alienados após o respetivo empossamento, cujo período difere de acordo com o Plano de Ações, sendo de 3 anos no Plano para Executivos Seniores e para os Planos de ações das empresas Optimus e de 5 anos no Plano Standard (com empossamentos anuais de 20%), de

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 225

RELATÓRIO E CONTAS 2013

acordo com as condições acima explicitadas. No caso dos dirigentes beneficiários dos Planos de Ações a transmissão está ainda dependente de uma condição extra relacionada com a existência de resultados futuros positivos da Sociedade, igualmente descrita acima.

Competência do órgão de administração para modificação dos Planos

A competência para alterar os Planos de Ações é da Assembleia Geral, sem prejuízo desta ter autorizado o Conselho de Administração a introduzir os ajustamentos ao respetivo Regulamento que se revelem necessários ou convenientes à sua boa interpretação, integração ou aplicação, desde que tais ajustamentos não afetem as condições essenciais nele previstas. Contudo, até ao presente não foram efetuadas quaisquer alterações.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

I. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLO

89. MECANISMOS DE CONTROLO DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

A ZON OPTIMUS tem instituídos mecanismos e procedimentos de controlo de negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários (“CVM”). Nos termos da alínea o) do número 3.1 do artigo 3.º da delegação de poderes de gestão do Conselho de Administração na Comissão Executiva, não foram objeto de delegação a celebração de quaisquer transações, entre a sociedade e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM (Partes Relacionadas), quando excedam o montante individual de 75.000 Euros ou o montante agregado anual por entidade fornecedora de 150.000 Euros (sem prejuízo de as transações terem sido aprovadas em termos gerais ou de enquadramento pelo Conselho de Administração). Por sua vez, a alínea g) do número 2.9 do artigo 2, também da delegação de poderes de gestão do Conselho de Administração na Comissão Executiva, determina que compete em especial ao Presidente da Comissão Executiva assegurar que o Conselho de Administração é informado, numa base trimestral, das transações que, no âmbito da delegação de competências da Comissão Executiva, tenham sido celebradas entre a Sociedade e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM (Partes Relacionadas), quando excedam o montante individual de 10.000 Euros. Também a Comissão de Auditoria e Finanças, enquanto comissão especializada do Conselho de Administração, escrutina estas matérias, determinando a alínea h) do artigo 4.º do seu regulamento que, são poderes desta, nomeadamente, analisar as transações entre a Sociedade e acionistas e acionistas titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto (Participantes Qualificados) e/ou entidades que com eles estejam em qualquer relação nos termos do artigo 20º do CVM. Adicionalmente, em conformidade com a recomendação V.2 do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013), nos termos da alíena s) do número 1 do artigo 3.º do Regulamento do Conselho Fiscal, compete a este órgão, designadamente, emitir parecer prévio sobre os negócios de relevância significativa com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do CVM;

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

Saliente-se que, em 2010, a Sociedade aprovou, pelo seu órgão de Fiscalização - Comissão de Auditoria - um Regulamento sobre Transações com Titulares de Participações Qualificadas e partes relacionadas, no qual se estabelecem, designadamente, os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio do órgão de fiscalização.

A ZON OPTIMUS não realizou qualquer negócio ou operação significativos em termos económicos para qualquer uma das partes envolvidas com membros de órgãos de administração ou fiscalização ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, que não tenham sido realizados em condições normais de mercado para operações similares e que não façam parte da atividade corrente da Sociedade.

90. TRANSAÇÕES SUJEITAS A CONTROLO E 91. INTERVENÇÃO DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO PARA AVALIAÇÃO PRÉVIA DESTES NEGÓCIOS

O referido Regulamento sobre Transações com Titulares de Participações Qualificadas e/ou entidades que com eles estejam nalguma das situações previstas no artigo 20.º do Cód.VM (entidades relacionadas), estabelece os procedimentos internos de controlo de transações com titulares de participações qualificadas, considerados adequados à transparência do processo decisório, definindo os termos de intervenção do Conselho Fiscal neste processo.

Assim, sem prejuízo de adicionais obrigações, de acordo com este Regulamento, até ao final do mês subsequente ao termo de cada trimestre, a Comissão Executiva dá conhecimento ao Conselho Fiscal do conjunto das transações realizadas no trimestre anterior com cada titular de participação qualificada e/ou entidade relacionada.

A realização de transações com titulares de participação qualificada e/ou entidades relacionadas carece de parecer prévio do Conselho Fiscal nos seguintes casos: (i) transações cujo valor por transação exceda determinado patamar fixado no Regulamento e descrito na tabela infra; (ii) transações com um impacto significativo na atividade da ZON OPTIMUS e/ou das suas subsidiárias em função da sua natureza ou

228

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

importância estratégica, independentemente do respetivo valor; (iii) transações realizadas, excecionalmente, fora das condições normais de mercado, independentemente do respetivo valor.

Tipos e valores das transações a considerar para efeitos do disposto no ponto (i) supra:

Tipo Valor

Transações – Vendas, Prestações de serviços, Superior a 1.000.000 Euros Compras e Serviços obtidos

Empréstimos e outros financiamentos recebidos e Superior a 10.000.000 Euros concedidos

Aplicações e investimentos financeiros Superior a 10.000.000 Euros

O parecer prévio do Conselho Fiscal exigido para as transações referidas nos pontos (i) e (ii) supra não será necessário quando estejam em causa: (i) operações de cobertura de taxa de juro e/ou cambial promovidos em sala de mercados ou em regime de leilão e (ii) aplicações e investimentos financeiros promovidos em sala de mercados ou em regime de leilão.

Sem prejuízo doutras transações sujeitas a aprovação do Conselho de Administração nos termos da lei e dos estatutos da Sociedade, compete a este órgão autorizar a realização de transações com titulares de participação qualificada e/ou entidades relacionadas quando o parecer do Conselho Fiscal referido no número anterior não for em sentido favorável.

Para efeitos da apreciação da transação em causa e emissão do parecer pelo Conselho Fiscal, a Comissão Executiva deve facultar àquele órgão a informação necessária e uma justificação fundamentada.

A avaliação a realizar no âmbito dos procedimentos de autorização e parecer prévio aplicáveis a transações com titulares de participação qualificada e/ou entidades relacionadas deve ter em conta, entre outros aspetos relevantes em função do caso concreto, o princípio do igual tratamento dos acionistas e demais stakeholders, a prossecução do interesse da Sociedade e, bem assim, o impacto, materialidade, natureza e justificação de cada transação.

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE 229

RELATÓRIO E CONTAS 2013

II. ELEMENTOS RELATIVOS AOS NEGÓCIOS

91. LOCAL DE DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE NEGÓCIOS COM PARTES RELACIONADAS

Os documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, encontram-se à disposição na sede da Sociedade e no website da mesma. (http://www.zonoptimus.pt/institucional/PT/Investidores/informacao-financeira/Paginas/reportes- financeiros.aspx)

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

PARTE II - AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Identificação do Código de Governo das Sociedades adotado

Em conformidade com o disposto no número 1 do artigo 2.º do Regulamento da CMVM n.º 4/2013, em matéria de governo das sociedades, a ZON OPTIMUS adota as Recomendações constantes do “Código do Governo das Sociedades” da CMVM, na versão publicada em julho de 2013 (disponível através do link: http://www.cmvm.pt/CMVM/Recomendacao/Recomendacoes/Documents/Código%20de%20Governo%20d as%20Sociedades%202013.pdf).

2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

O presente relatório visa cumprir a obrigação de divulgação anual de um relatório detalhado sobre a estrutura e práticas de governo societário, nos termos do artigo 245.º-A do Código dos Valores Mobiliários (“Cód.VM”), aplicável aos emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal.

Adicionalmente, visa o presente relatório divulgar a estrutura e as práticas de governo societário adotadas pela Sociedade, no sentido de cumprir o disposto nas Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades, na versão publicada em julho de 2013, bem como com as melhores práticas internacionais de governo societário, tendo sido elaborado de acordo com o disposto no artigo 7.º do Cód.VM e no artigo 1.º do Regulamento da CMVM n.º 4/2013.

A tabela seguinte apresenta: i) um resumo das Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades, na versão publicada em 2013; ii) respetivo nível de cumprimento por parte da ZON OPTIMUS, a 31 de dezembro de 2013; e, ainda iii) os Capítulos do presente Relatório de Governo da Sociedade onde se descrevem as medidas tomadas pela Sociedade para o cumprimento das referidas Recomendações da CMVM.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

INDICAÇÃO SOBRE A ADOÇÃO RECOMENDAÇÃO DA CMVM DA OBSERVAÇÕES RELATÓRIO RECOMENDAÇÃO I - ASSEMBLEIA GERAL

I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas Assembleias Adotada Ponto 12 Gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica.

I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos Adotada Ponto 14 seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o Ponto 12 desfasamento entre o direito ao recebimento de Adotada dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas.

I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser Não aplicável Não aplicável detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de Adotada Pontos 2 e 4 controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

II.1. SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração deve Adotada Pontos 21 e delegar a administração quotidiana da Sociedade, 28 devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a Sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no Adotada Ponto 21 e que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas 22 gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do Grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão Não aplicável Não aplicável estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da Sociedade, a definição da estrutura empresarial do Grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da Sociedade. II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da Sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para:

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores Adotada Pontos 24, executivos e do seu próprio desempenho global, 27 e 29 bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor Adotada Pontos 27 e aos órgãos competentes as medidas a executar 29 tendo em vista a sua melhoria.

II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de Adotada Pontos 50 e assunção de riscos e criar sistemas para o seu 55 controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.

II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que Adotada Ponto 18 garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração. II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de Adotada Ponto 18 independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na Sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: a. Ter sido colaborador da Sociedade ou de Sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos; b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a Sociedade ou com Sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;

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c. Ser beneficiário de remuneração paga pela Sociedade ou por Sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador; d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada; e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas. II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros Adotada Ponto 18 membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da Comissão Executiva deve remeter, Adotada Pontos 18 e conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de 28 Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este Não aplicável Não aplicável órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.

II.2. FISCALIZAÇÃO II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou Adotada Pontos 18 e da Comissão para as Matérias Financeiras deve 32 ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o Adotada Ponto 34 primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão Adotada Ponto 34 competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito. II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e Adotada Ponto 34 de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários. II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem Adotada Ponto 34 pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades.

II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser Adotada Ponto 67 independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das Adotada Ponto 67 suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da Sociedade ou que tenha relação atual com a Sociedade ou com consultora da Sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços. II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e Adotada fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais;

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b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de Adotada atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano.

II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema Adotada de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.

III. REMUNERAÇÕES III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no Adotada desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir Adotada nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor. III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à Adotada componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes. III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não Adotada inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a Sociedade, Adotada quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela Sociedade.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da Sociedade a que tenham acedido por força de Adotada esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.

III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de Adotada exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem Adotada da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível.

IV. AUDITORIA IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e Adotada Ponto 42 sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da Sociedade. IV.2. A Sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não Adotada Pontos 37 e devem contratar ao auditor externo, nem a 47 quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à Sociedade.

IV.3. As Sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme Adotada Ponto 47 sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS V.1. Os negócios da Sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com Adotada Pontos 10, entidades que com eles estejam em qualquer 89, 90 e 91 relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios Adotada Pontos 89, necessários para a definição do nível relevante de 90 e 91 significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.

VI. INFORMAÇÃO VI.1. As Sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, Adotada Pontos 59 e acesso a informações que permitam o 60 a 65 conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. VI.2. As Sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de Adotada Pontos 56, contacto permanente com o mercado, que 57 e 58 responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.

Avaliação global do grau de adoção das Recomendações do Código de Governo das Sociedades

A ZON OPTIMUS adota a totalidade das recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades, com exceção das Recomendações 1.4, II.1.3 e II.1.10 do mencionado código, as quais entende que não lhe são aplicáveis.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 REEXPRESSO (Montantes expressos em milhares de euros)

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 NOTAS REPORTADO REEXPRESSO REEXPRESSO 12M 13 REPORTADO (a) (a) (a) (a) RÉDITOS: Prestação de serviços 203.560 818.713 188.466 757.587 333.736 945.469 Vendas 8.722 33.373 6.365 24.805 15.721 35.646 Outras receitas 2.416 6.514 1.778 4.741 4.450 9.144 7 214.698 858.600 196.609 787.133 353.907 990.259 CUSTOS, PERDAS E GANHOS: Custos com o pessoal 8 15.496 59.783 14.114 54.398 25.165 66.193 Custos diretos 9 63.380 243.401 57.007 224.551 102.668 285.784 Custo das mercadorias vendidas 10 3.327 16.066 919 6.415 13.479 20.339 Marketing e publicidade 7.097 24.176 6.334 21.296 13.696 27.310 Serviços de suporte 11 15.597 60.430 14.844 59.019 23.617 65.755 Fornecimentos e serviços externos 11 31.346 126.351 25.333 101.271 48.742 128.033 Outros custos/(ganhos) operacionais 12 383 1.127 428 767 (31) 391 Impostos indiretos 704 5.426 537 4.838 2.448 7.179 Provisões e ajustamentos 13 2.703 8.941 2.601 8.839 5.858 13.078 Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 31 e 32 54.505 214.580 51.944 204.119 83.625 243.070 Custos de reestruturação 38 333 1.310 333 1.310 9.054 25.187 Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos, líquidas 111 (517) 60 (566) (1.505) (2.172) Outros custos / (ganhos) não recorrentes 12 (1) 211 4 165 19.209 35.484 194.982 761.287 174.458 686.422 346.025 915.631 RESULTADOS ANTES DE RESULTADOS 19.716 97.313 22.151 100.710 7.8 82 74.628 FINANCEIROS E IMPOSTOS Custos de financiamento 14 7.323 27.427 6.047 22.106 9.437 31.700 Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas 12 (289) 85 (90) 169 262 Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas 15 10 638 10 638 10 1.340 Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas 16 19 217 1.088 2.062 (1.540) (3.875) Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos 14 4.179 14.455 4.288 16.328 3.923 17.509 11.543 42.448 11.518 41.044 11.999 46.936 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 8.173 54.865 10.633 59.666 (4.117) 27.692 Imposto sobre o rendimento 17 1.775 17.978 2.468 19.303 9.098 16.433 RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 6.397 36.888 8.165 40.363 (13.215) 11.259 ATRÍBUÍVEL A: Interesses não controlados 18 9 869 9 869 (121) 449 ACIONISTAS DO GRUPO ZON OPTIMUS 6.388 36.018 8.156 39.494 (13.094) 10.810 RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO Básico - euros 19 0,02 0,11 0,03 0,13 (0,03) 0,03 Diluído - euros 19 0,02 0,11 0,03 0,13 (0,03) 0,03

(a) Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores trimestrais não foram auditados de forma autónoma. Os valores reexpressos não foram também auditados de forma autónoma.

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral consolidado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

242 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 REEXPRESSO (Montantes expressos em milhares de euros)

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 NOTAS REPORTADO REEXPRESSO REEXPRESSO 12M 13 REPORTADO (a) (a) (a) (a) RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO DO 6.397 36.888 8.165 40.363 (13.215) 11.259 EXERCÍCIO OUTROS RENDIMENTOS ITENS QUE RECLASSIFICAM POR RESULTADOS:

Contabilização do método de equivalência patrimonial 28 - - (646) (646) 288 288 Justo valor do swap taxa de juro 40 258 (3.474) 258 (3.474) 2.033 3.369 Imposto diferido - swap taxa de juro 40 (69) 920 (69) 920 (592) (946) Justo valor dos forwards taxa de câmbio 40 (49) (577) (49) (577) - (87) Imposto diferido - forward taxa de câmbio 40 14 167 14 167 (2) 23 Variação da reserva de conversão cambial - (271) 646 375 (89) (5) RENDIMENTO RECONHECIDO DIRETAMENTE NO 154 (3.234) 154 (3.235) 1.638 2.642 CAPITAL TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO 6.551 33.654 8.319 37.129 (11.577) 13.901 EXERCÍCIO ATRIBUÍVEL A: Acionistas do Grupo Zon Optimus 6.542 32.785 8.310 36.260 (11.456) 13.452 Interesses não controlados 9 869 9 869 (121) 449 6.551 33.654 8.319 37.129 (11.577) 13.901

(a) Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores trimestrais não foram auditados de forma autónoma. Os valores reexpressos não foram também auditados de forma autónoma.

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral consolidado do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 REEXPRESSO (Montantes expressos em milhares de euros)

01-01-2012 31-12-2012 31-12-2012 NOTAS 31-12-2013 REEXPRESSO REPORTADO REEXPRESSO ATIVO ATIVO CORRENTE: Caixa e equivalentes de caixa 22 406.237 308 .251 273.179 74.38 0 Contas a receber - clientes 23 114.501 130.522 119.147 276.630 Contas a receber - outros 24 29.003 41.901 38.826 32.999 Inventários 25 38.362 44.317 31.581 32.579 Impostos a recuperar 26 3.298 4.669 2.556 11.830 Ativos não correntes detidos para venda 876 678 678 678 Pagamentos antecipados 27 9.611 11.930 9.886 25.546 Outros ativos correntes 40 357 - 242 199 Instrumentos financeiros derivados 532 - - - TOTAL DO ATIVO CORRENTE 602.776 542.269 476.094 454.841 ATIVO NÃO CORRENTE: Contas a receber - outros 24 21.999 25.455 1.700 5.173 Impostos a recuperar 26 16 - 1 4.226 Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 28 35.024 222 35.079 31.614 Investimentos detidos até à maturidade 29 20.489 22.187 22.187 - Ativos financeiros disponíveis para venda 30 21.823 20.629 20.629 19.329 Ativos intangíveis 31 315.675 319.155 323.621 1.111.107 Ativos tangíveis 32 638.602 632.047 618.238 1.096.823 Propriedades de investimento 8 8 4 8 42 8 42 8 01 Ativos por impostos diferidos 17 54.801 48.146 52.193 165.416 TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 1.109.313 1.068.685 1.074.490 2.434.489 TOTAL DO ATIVO 1.712.089 1.610.953 1.550.584 2.8 89.330 PASSIVO PASSIVO CORRENTE: Empréstimos obtidos 33 449.768 363.254 295.328 213.431 Contas a pagar - fornecedores 34 155.303 157.052 158.133 296.823 Contas a pagar - outros 35 51.461 57.076 52.350 70.748 Acréscimos de custos 36 55.735 51.628 50.274 129.902 Proveitos diferidos 37 2.498 9.514 5.232 25.518 Impostos a pagar 26 15.993 12.800 12.525 22.992 Provisões correntes 38 3.628 420 420 - Instrumentos financeiros derivados 40 350 45 45 2.814 TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 734.736 651.788 574.307 762.228 PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obtidos 33 710.210 721.219 711.994 928.239 Contas a pagar - outros 35 - 90 - - Acréscimos de custos 36 - - - 28.705 Proveitos diferidos 37 1.882 1.385 1.385 2.060 Provisões não correntes 38 23.536 8.411 29.951 92.429 Passivos por impostos diferidos 17 7.785 2.776 7.488 15.456 Instrumentos financeiros derivados 40 2.227 6.051 6.051 - TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 745.640 739.931 756.869 1.066.889 TOTAL DO PASSIVO 1.48 0.376 1.391.719 1.331.175 1.829.117 CAPITAL PRÓPRIO Capital social 39.1 3.091 3.091 3.091 5.152 Prémio de emissão de ações 39.2 - - - 8 54.219 Ações próprias 39.3 (554) (914) (914) (2.003) Reserva legal 39.4 3.556 3.556 3.556 3.556 Outras reservas 39.4 162.919 164.381 164.381 174.639 Resultados acumulados 52.718 39.723 39.898 15.035 CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES NÃO 221.730 209.838 210.013 1.050.598 CONTROLADOS Interesses não controlados 18 9.984 9.396 9.396 9.615 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 231.713 219.234 219.409 1.060.213 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.712.089 1.610.953 1.550.584 2.8 89.330

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira consolidada do exercício findo em 31 de dezembro de 2013. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

244 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 REEXPRESSO (Montantes expressos em milhares de euros)

TOTAL AÇÕES NOTAS OUTRAS PRÉMIOS RESERVAS PRÉMIO DE DE PRÉMIO EMISSÃO DE RESULTADOS DESCONTOS E E DESCONTOS ACUMULADOS CONTROLADOS RESERVA LEGAL CAPITAL SOCIAL INTERESSES NÃO AÇÕES PRÓPRIAS AÇÕES PRÓPRIAS, PRÓPRIAS, AÇÕES SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2012 3.091 - (552) (3) 3.556 162.919 56.019 9.984 235.013 (REPORTADO) Efeito da alteração de políticas contabilísticas ------(3.302)- (3.302) SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2012 3.091 - (552) (3) 3.556 162.919 52.717 9.984 231.713 (REEXPRESSO) Dividendos pagos 20 ----- (14.730) (34.708) (1.457) (50.895) Lucros não atribuídos de empresas associadas -----18.016 (18.016)-- Aquisição de ações próprias 39.3 -- (902) (4)---- (906) Distribuição de ações próprias 39.3 --5443- (547)--- Plano de ações 39.3 -----1.642410-2.052 Rendimento integral do exercício ----- (3.234)39.49486937.129 Outros -----314--314 SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 3.091 - (910) (4) 3.556 164.381 39.898 9.396 219.409 (REEXPRESSO) SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2013 3.091 - (910) (4) 3.556 164.381 39.898 9.396 219.409 (REEXPRESSO) Dividendos pagos 20----- (1.371) (35.673) (229) (37.273) Aumento de capital por incorporação da 2.061854.344------856.405 Optimus SGPS na Zon 39.2 Custos relacionados com o aumento de capital39.2- (125)------(125) Aquisição de ações próprias39.3-- (4.395) (10)---- (4.405) Distribuição de ações próprias 39.3 - - 3.306 10 - (3.316) - - - Plano de ações 45-----3.753--3.753 Plano de ações - Entrada de empresas5 e 45-----9.613--9.613 Rendimento integral do exercício -----2.64210.81044913.901 Outros ----- (1.063)-- (1.063)

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 5.152 854.219 (1.999) (4) 3.556 174.639 15.035 9.615 1.060.213

a) Como prática recorrente, apenas as contas anuais são auditadas, sendo que os valores trimestrais não foram auditados de forma autónoma. Os valores reexpressos não foram também auditados de forma autónoma.

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alterações no capital próprio em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

245

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 REEXPRESSO (Montantes expressos em milhares de euros)

12M 12 12M 12 NOTAS 12M 13 REPORTADO REEXPRESSO ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes 1.053.226 973.965 1.152.436 Pagamentos a fornecedores (608.329) (545.718) (637.985) Pagamentos ao pessoal (60.439) (55.000) (79.057) Pagamentos relacionados com o imposto sobre o rendimento (16.953) (16.347) (15.556) Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional (95.701) (84.275) (90.585)

FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1) 271.805 272.625 329.253 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE Investimentos financeiros --35 Ativos tangíveis 765 761 5.925 Emprestimos concedidos 42 15.715 22.450 30.295 --24.343 Aplicações financeiras Juros e proveitos similares 15.589 13.402 5.066 Outros --3 32.069 36.613 65.667 PAGAMENTOS RESPEITANTES A (6) (6) - Investimentos financeiros Ativos tangíveis (95.615) (91.945) (99.284) Ativos intangíveis (3.646) (50.990) (80.071) Empréstimos concedidos 42 (6.313) (9.018 ) - (105.580) (151.959) (179.355) FLUXOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) (73.511) (115.346) (113.688) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE Empréstimos obtidos 2.436.822 2.390.000 1.639.952 Subsídios --120 2.436.822 2.390.000 1.640.072 PAGAMENTOS RESPEITANTES A (2.581.895) (2.539.804) (1.964.817) Empréstimos obtidos Amortizações de contratos de locação financeira (33.681) (23.377) (22.908) Juros e custos similares (69.270) (65.394) (46.269) Dividendos/distribuição de resultados 42.3 (50.895) (50.895) (37.273) Aquisição de ações próprias 39.3 (906) (906) (4.405) Outras atividades de financiamento (20) (20) (949) (2.736.667) (2.680.396) (2.076.621) FLUXOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) (299.845) (290.396) (436.549) Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (101.550) (133.117) (220.984) Efeito das diferenças de câmbio 59 59 (62) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 407.362 406.237 273.179 Alterações de perimetro 5 2.380 - 17.987 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 308.251 273.179 70.120

Caixa e equivalentes de caixa 22 308 .251 273.179 7438 0 Descobertos bancários 33 - - (4.260) CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 308.251 273.179 70.120

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

246 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

3. DEMONSTRAÇÕES 2.24. Eventos subsequentes 286 FINANCEIRAS 3. Julgamentos e estimativas 287 CONSOLIDADAS 241 3.1. Estimativas contabilísticas relevantes 287 1. Nota introdutória 249 3.2. Erros, estimativas e alterações de 2. Políticas contabilísticas 252 políticas contabilísticas 290 2.1. Bases de apresentação 252 4. Políticas de gestão de risco 290 2.2. Bases de consolidação 262 4.1. Gestão do risco financeiro 290 2.3. Relatos por segmentos 265 4.2. Gestão do risco do capital 300 2.4. Classificação da demonstração da 5. Alteração de perímetro 303 posição financeira e da demonstração 6. Relato por segmentos 309 do rendimento integral 266 7. Receitas operacionais 313 2.5. Ativos tangíveis 266 8. Custos com o pessoal 314 2.6. Ativos intangíveis 268 9. Custos diretos 315 2.7. Imparidade de ativos não correntes, 10. Custos das mercadorias vendidas 315 excluindo goodwill 270 11. serviços de suporte e fornecimento e 2.8. Ativos financeiros 271 serviços externos 316 2.9. Passivos financeiros e instrumentos de 12. Outros custos / (ganhos) 317 capital 273 13. Provisões e ajustamentos 317 2.10. Imparidade de ativos financeiros 274 14. Custos de financiamento e outros 2.11. Instrumentos financeiros derivados 275 custos 14./ (proveitos) financeiros 2.12. inventários 277 líquidos 318 2.13. Subsídios 278 15. Perdas / (ganhos) em ativos 2.14. Provisões e passivos 278 financeiros 319 2.15. Locações 279 16. Perdas / (ganhos) em empresas 2.16. Imposto sobre o rendimento 280 participadas 319 2.17. Pagamento baseado em ações 281 17. Impostos e taxas 320 2.18. Rédito 282 18. Interesses não controlados 326 2.19. Especialização dos exercícios 283 19. Resultado líquido por ação 327 2.20. Ativos, passivos e transações em 20. Dividendos 328 moeda estrangeira 283 21. Ativos e passivos financeiros 2.21. Encargos financeiros com classificados de acordo com as empréstimos 285 categorias da ias 39 – instrumentos 2.22. Propriedades de investimento 285 financeiros: reconhecimento e 2.23. Demonstração de fluxos de caixa 285 mensuração 329

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

22. Caixa e seus equivalentes 331 41. Garantias e compromissos financeiros 371 23. Contas a receber – clientes 332 assumidos 24. Contas a receber – outros 333 41.1. Garantias 371 25. Inventários 334 41.2. Locações operacionais 372 26. Impostos a pagar e a recuperar 335 41.3 Outros compromissos 373 27. Pagamentos antecipados 336 42. Notas explicativas à demonstração 28. Investimentos em empreendimentos dos fluxos de caixa 375 conjuntos e associadas 338 42.1 Recebimentos provenientes de 29. Investimentos detidos até à empréstimos concedidos 375 maturidade 340 42.2. Pagamentos respeitantes a 30. Ativos financeiros disponíveis para empréstimos concedidos 375 venda 341 42.3. Dividendos / distribuição de resultados 376 31. Ativos intangíveis 342 43. Partes relacionadas 377 32. Ativos tangíveis 346 43.1. Listagem resumo das partes 33. Empréstimos obtidos 349 relacionadas 377 33.1. Empréstimos obrigacionistas 349 43.2. Saldos e transações entre entidades 33.2. Papel comercial 350 relacionadas 382 33.3. Empréstimos externos 350 44. Processos judiciais em curso, ativos 33.4. Locações financeiras 351 contingentes e passivos contingentes 387 34. Contas a pagar – fornecedores 354 44.1. Processos TMDP 387 35. Contas a pagar outros 355 44.2. Processos com entidades reguladoras 388 36. Acréscimos de custos 356 44.3. Administração fiscal 389 37. Proveitos diferidos 358 44.4. Ações da PT contra a ZON TV Vabo 38. Provisões 359 Madeirense e ZON TV Cabo Açoreana 390 39. Capital próprio 364 44.5. Ação contra ZON TV Cabo 391 39.1. Capital social 364 44.6. Lei do cinema 391 39.2. Prémio de emissão de ações 365 44.7. Ações contra a Sport TV 391 39.3. Ações próprias 366 44.8. Penalidades contratuais 392 39.4. Reservas 367 44.9. Tarifas de interligação 392 40. Instrumentos financeiros derivados 368 45. Plano de atribuição de ações ou 393 40.1. Derivados de taxa de câmbio 368 opções 45.sobre ações 40.2. Derivados de taxa de juro 368 46. Eventos subsequentes 396 47. Mapas anexos 397

248 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

1. NOTA INTRODUTÓRIA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

A ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (“ZON OPTIMUS” ou “Empresa”), anteriormente designada de ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A., atualmente com sede social na Rua Actor António Silva, nº9, Campo Grande, foi constituída pela Portugal Telecom, SGPS, S.A. (“Portugal Telecom”) em 15 de julho de 1999 com o objetivo de, através dela, desenvolver a sua estratégia para o negócio de multimédia.

Durante o exercício de 2007, a Portugal Telecom realizou o spin-off da ZON, com a atribuição da sua participação nesta Sociedade aos seus acionistas, a qual passou a ser totalmente independente da Portugal Telecom.

Durante o exercício de 2013, a ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. (“ZON”) e a Optimus, SGPS, S.A. (“Optimus SGPS”) concretizaram uma operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, tendo a Empresa adotado a atual designação de ZON OPTIMUS, SGPS, S.A..

Os negócios explorados pela ZON OPTIMUS e pelas suas empresas participadas que integram o seu universo empresarial (“Grupo” ou “Grupo ZON OPTIMUS”) incluem serviços de televisão por cabo e satélite, serviços de voz e acesso à Internet, a edição e venda de videogramas, publicidade em canais de TV por subscrição, a exploração de salas de cinemas, a distribuição de filmes e a produção de canais para televisão por subscrição.

As ações representativas do capital da ZON OPTIMUS encontram-se cotadas na bolsa de valores Euronext – Lisboa. A estrutura acionista do Grupo em 31 de dezembro de 2013 é evidenciada na Nota 39.

O serviço de televisão por cabo e satélite em Portugal é predominantemente fornecido pela ZON TV Cabo Portugal, S.A. (“ZON TV Cabo”) e pelas suas participadas, a ZON TV Cabo Açoreana, S.A. (“ZON TV Cabo Açoreana”) e a ZON TV Cabo Madeirense, S.A. (“ZON TV Cabo Madeirense”). A atividade destas empresas compreende: a) a distribuição do sinal de televisão por cabo e satélite; b) a exploração de serviços de comunicações eletrónicas, no que se inclui serviços de comunicação de dados e multimédia em geral; c) serviços de voz por IP (“VOIP” – Voz por Internet); d) operador móvel virtual (MVNO); e e) a prestação de serviços de assessoria, consultoria e afins, direta ou indiretamente relacionados com as atividades e serviços acima referidos. A atividade da ZON TV Cabo, da ZON TV Cabo Açoreana e a ZON TV Cabo Madeirense é

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

regulada pela Lei n.º 5/2004 (Lei das Comunicações Eletrónicas), que estabelece o regime aplicável às redes e serviços de comunicações eletrónicas.

A ZON Conteúdos – Atividade de Televisão e de Produção de Conteúdos, S.A. (“ZON Conteúdos”) e a ZON Lusomundo TV, Lda. (“ZON Lusomundo TV”) exercem a atividade de televisão e de produção de conteúdos, produzindo atualmente canais de cinema e séries, os quais são distribuídos, entre outros operadores, pela ZON TV Cabo e suas participadas. A ZON Conteúdos efetua ainda a gestão do espaço publicitário de canais de televisão por subscrição e das salas de cinema da ZON Lusomundo Cinemas, S.A. (“ZON LM Cinemas”).

A ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. (“ZON LM Audiovisuais”) e a ZON LM Cinemas, bem como as suas empresas participadas, desenvolvem a sua atividade na área dos audiovisuais, que integra a edição e venda de videogramas, a distribuição de filmes, a exploração de salas de cinema e a aquisição/negociação de direitos para televisão por subscrição e VOD (video-on-demand).

Em 27 de agosto de 2013, a Empresa concretizou uma operação de fusão por incorporação na ZON da Optimus SGPS, empresa mãe de um grupo de empresas no qual se inclui a Optimus – Comunicações S.A. que explora uma rede de comunicações móveis de última geração GSM/UMTS/LTE, com uma ampla cobertura do território nacional, bem como uma rede de nova geração de comunicações fixas, que inclui uma componente de transmissão e backbone e uma outra componente de acesso local em fibra. Em resultado da fusão, foram incluídas no perímetro de consolidação as empresas subsidiárias da Optimus SGPS: Be Artis – Concepção, Construção e Gestão de Redes de Comunicação, S.A. (“Be Artis”), que exerce como atividade principal a conceção, construção, gestão e exploração de redes de comunicações eletrónicas e dos respetivos equipamentos e infraestruturas, gestão de ativos tecnológicos próprios ou de terceiros e prestação de serviços conexos, no âmbito das telecomunicações; Be Towering – Gestão de Torres de Telecomunicações, S.A. (“Be Towering”), que exerce como atividade principal a implantação, instalação e exploração de torres e outros sites para colocação de equipamentos de telecomunicações; Optimus – Comunicações, S.A. (“Optimus”), que exerce como atividade principal a implementação, operação, exploração e oferta de redes e prestação de serviços de comunicações eletrónicas, bem como quaisquer recursos conexos e, ainda, fornecimento e comercialização de produtos e equipamentos de comunicações eletrónicas; Per-mar – Sociedade de Construções, S.A. (“Per-mar”) que exerce como atividade principal a compra e venda, arrendamento e exploração de bens imóveis e estabelecimentos comerciais; e Sontária – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (“Sontária”), que exerce como atividade principal a realização de

250 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

urbanizações e construções de edifícios, planeamento, gestão urbanística, realização de estudos, construção e gestão de imóveis, compra e venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim.

As Notas deste anexo seguem a ordem pela qual os itens são apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas.

As demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas a serem emitidas em 24 de março de 2014.

Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da empresa, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa.

251

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação em contrário.

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em euros por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas localizadas no estrangeiro foram convertidas para euros de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2.20.

As demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor a 1 de janeiro de 2013.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Anexo I) e seguindo a convenção dos custos históricos, modificada, quando aplicável, pela valorização de ativos e passivos financeiros (incluindo derivados) ao justo valor.

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com as IFRS, o Conselho de Administração recorreu ao uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos com impacto no valor de ativos e passivos e no reconhecimento de rendimentos e gastos de cada período de reporte. Apesar de estas estimativas terem por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem maior grau de julgamento e estimativas são apresentadas na Nota 3.

O Grupo ZON OPTIMUS, na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, declara estar em cumprimento, de forma explícita e sem reservas, com as normas IAS/IFRS e suas interpretações SIC/IFRIC, aprovadas pela União Europeia.

252 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E DIVULGAÇÕES

As normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2013 são os seguintes:

• IFRS 1 (alteração), “Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do governo” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração visa esclarecer como é que as entidades que adotam as IFRS pela primeira vez devem contabilizar um empréstimo do governo com uma taxa de juro inferior à taxa de mercado. Também introduz uma isenção à aplicação retrospetiva, semelhante à atribuída às entidades que já reportavam em IFRS, em 2009. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• IFRS 7 (alteração), “Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB e introduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

• IAS 1 (alteração), “Apresentação de demonstrações financeiras” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2012). Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos. Esta alteração tem impacto ao nível da apresentação das demonstrações financeiras do Grupo.

• IAS 19 (revisão 2011), “Benefícios aos empregados” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios atuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais” (não é permitido o método do corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

• IFRS 13 (novo) – “Justo valor: mensuração e divulgação” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição de justo valor e constituir a única base dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal a todas as IFRS’s. Esta norma implicou divulgações adicionais sobre os ativos e passivos mensurados ao justo valor que se encontram descritas nas notas anexas às demonstrações financeiras do Grupo.

• IFRIC 20 (novo), “Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta interpretação refere-se ao registo dos custos de remoção de resíduos na fase inicial de uma mina a céu aberto, como um ativo, considerando que a remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extração imediata de recursos minerais e a abertura de acesso a quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro. Esta norma não é aplicável ao Grupo.

• Alteração às IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – “Regime de transição” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração clarifica que, quando da aplicação da IFRS 10 resulte um tratamento contabilístico de um investimento financeiro diferente do seguido anteriormente, de acordo com a IAS 27/SIC 12, os comparativos têm de ser reexpressos mas apenas para o período comparativo anterior e as diferenças apuradas, à data de início do período comparativo, são reconhecidas no capital próprio. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. Estas alterações não produziram impactos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo.

• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2009-2011) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Estas normas envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente IFRS 1 (aplicação repetida da norma), IAS 1 (informação comparativa), IAS 16 (equipamento de serviço), IAS 32 (efeito fiscal da distribuição de instrumentos de capital próprio) e IAS 34 (informação de segmentos). Estas alterações não produziram impactos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo, para além da clarificação à IAS 1 quanto à informação comparativa a divulgar quando há lugar à alteração de políticas contabilísticas.

As normas e interpretações com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, mas cuja adoção antecipada foi efetuada em 2013, pelo Grupo, são os seguintes:

254 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

• IFRS 10 (novo), “Demonstrações financeiras consolidadas” (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. Esta norma não produziu impactos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo.

• IFRS 11 (novo), “Acordos conjuntos” (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações associados aos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida na mensuração de Entidades conjuntamente controladas. A aplicação antecipada desta norma resultou na alteração da contabilização das empresas controladas conjuntamente, anteriormente consolidadas proporcionalmente, passando a estar registadas de acordo com o método de equivalência patrimonial (“MEP”). As empresas controladas conjuntamente encontram-se divulgadas nos mapas anexos.

• IFRS 12 (novo) – “Divulgação de interesses em outras entidades” (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da entidade. Esta norma implicou divulgações adicionais sobre os interesses detidos em outras entidades (Mapa Anexo).

• IAS 27 (revisão 2011) “Demonstrações financeiras separadas” (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta revisão não tem impactos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo.

• IAS 28 (revisão 2011) “Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos” (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 passando a incluir no seu âmbito o tratamento contabilístico dos investimentos em

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

associadas e empreendimentos conjuntos, estabelecendo os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. A aplicação antecipada desta norma resultou numa alteração da contabilização das empresas controladas conjuntamente, anteriormente consolidadas proporcionalmente, passando a estar registadas de acordo com o método de equivalência patrimonial (“MEP”). As empresas controladas conjuntamente encontram-se divulgadas nos mapas anexos.

Os impactos da adoção antecipada destas normas são apresentados no final desta secção. As normas e interpretações com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros e já adotadas (“endorsed”) pela União Europeia, são os seguintes:

• Alteração às IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – “Entidades de investimento” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração inclui a definição de Entidade gestora de participações financeiras e introduz o regime de exceção à obrigação de consolidar, para as Entidades gestoras de participações financeiras que qualifiquem como tal, uma vez que todos os investimentos serão mensurados ao justo valor. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. Esta norma não é aplicável ao Grupo.

• IAS 32 (alteração) “Compensação de ativos e passivos financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB a qual clarifica a expressão “deter atualmente o direito legal de compensação” e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O Grupo está a apurar o impacto resultante desta alteração e aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

• IAS 36 (alteração), “Divulgação sobre a quantia recuperável de ativos não financeiros” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com goodwill ou intangíveis com vida útil indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os ativos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sido determinada com base no justo valor menos custos para vender. O Grupo está a apurar o impacto resultante desta alteração e aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

256 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

• IAS 39 (alteração), “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Novação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura)” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração vem permitir a continuação da contabilidade de cobertura quando um derivado designado como instrumento de cobertura é, por imposição legal, sujeito à novação da contraparte do contrato, para uma Entidade compensação (“clearing house”). A adoção desta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

O Grupo não procedeu à adoção antecipada de qualquer destas normas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, não sendo estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da sua adoção.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

• IFRS 9 (novo), “Instrumentos financeiros – classificação e mensuração” (a aplicar em data a designar). Trata-se da primeira fase da IFRS 9, na qual se prevê a existência de duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a empresa o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros são valorizados ao justo valor por via de resultados.

• IFRS 7 e 9 (alteração), “Instrumentos Financeiros” (a aplicar em data a designar). A emenda à IFRS 9 insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os requisitos para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. A IFRS 7 foi igualmente revista em resultado desta emenda.

• IAS 19 (alteração), “Benefícios dos empregados” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração vem clarificar em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo. Esta norma não é aplicável ao Grupo.

• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012 e ciclo 2011-2013) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

• IFRIC 21 (novo), “Pagamentos ao Estado” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta interpretação vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens os serviços especificados. O Grupo está a apurar o impacto resultante destas alterações e aplicará estas normas no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

Para além da adoção antecipada da IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12, IAS 27 e IAS 28, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo, alinhado com as melhores práticas de mercado e, nomeadamente, tendo em conta a necessária uniformização de políticas com as empresas do Grupo Optimus, alterou a política de contabilização dos encargos suportados com a angariação de contratos de fidelização de clientes, os quais eram, até à data, registados como custo no exercício em que eram incorridos.

ALTERAÇÕES VOLUNTÁRIAS DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

A partir de 1 de janeiro de 2013, os encargos suportados com a angariação de contratos de fidelização de clientes, os quais incluem cláusulas de indemnização em caso de rescisão antecipada, são capitalizados na rubrica “Ativos intangíveis” e amortizados de acordo com o período dos respetivos contratos, uma vez que é possível efetuar, de forma fidedigna, a alocação dos custos aos respetivos contratos, bem como a identificação de qual a receita gerada pelos clientes associados a cada contrato, cumprindo assim o critério para a sua capitalização, conforme exigido pela IAS 38 – Ativos intangíveis. Quando um contrato é rescindido, o valor líquido do ativo intangível associado a esse contrato é de imediato reconhecido como custo na demonstração do rendimento integral consolidado. Esta política contabilística permite que as demonstrações financeiras revelem de forma mais fiável e relevante a sua posição e desempenho financeiro, uma vez que permite alinhar os encargos suportados com a angariação de contratos de fidelização de clientes, com a receita por si gerada.

Adicionalmente, à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado, são efetuados testes de imparidade a este ativo intangível de forma a garantir que o valor atual da receita que se estima gerar com cada contrato de fidelização de clientes é superior ao encargo que se encontra capitalizado relativo a esse contrato.

258 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Ainda, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 o Grupo alterou a política de reconhecimento dos direitos futuros de utilização de filmes e séries, os quais eram, até à data, registados como custo no exercício em que eram incorridos. Os valores são capitalizados na rubrica de Ativos intangíveis uma vez que é possível mensurar, de forma fidedigna, os valores associados a cada contrato, bem como a identificação de qual a receita gerada, cumprindo assim o critério para a sua capitalização, conforme exigido pela IAS 38 – Ativos intangíveis. Adicionalmente, foi ajustado o modelo de amortização e imparidade dos referidos direitos, refletindo de forma mais fidedigna o negócio e o modelo de utilização dos referidos direitos.

Adicionalmente, à data de cada demonstração de posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado, são efetuados testes de imparidade a este ativo intangível de forma a garantir que o valor atual da receita que se estima gerar com cada filme ou série é superior ao encargo que se encontra capitalizado relativo a esse contrato.

Conforme previsto pela IAS 8 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, estas alterações foram aplicadas retrospetivamente e, consequentemente, foram efetuadas alterações às demonstrações da posição financeira consolidada a 1 de janeiro de 2012 e a 31 de dezembro de 2012, nas demonstrações do rendimento integral consolidado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e às demonstrações de fluxos de caixa consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012.

Os efeitos resultantes da adoção antecipada das novas normas e adendas, e das alterações de políticas contabilísticas nas demonstrações da posição financeira consolidadas são apresentados nos quadros abaixo.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

A 1 DE JANEIRO DE 2012

1 DE JANEIRO DE 2012 CUSTOS COM EMPREENDIMENTOS DIREITOS SOBRE REPORTADO ANGARIAÇÃO DE REEXPRESSO CONJUNTOS FILMES E SÉRIES CLIENTES ATIVO Caixa e equivalentes de caixa 407.362 (1.125) - - 406.237 Inventários 46.741 (6.034) - (2.345) 38.362 Contas a receber e outros ativos 319.349 (62.680) - (33.281) 223.388 Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 470 34.554 - - 35.024 Ativos intangíveis 314.666 (29.848) 12.338 18.518 315.675 Ativos tangíveis 647.126 (8.524) - - 638.602 Ativos por impostos diferidos 49.895 (141) - 5.047 54.801 TOTAL DO ATIVO 1.785.611 (73.799) 12.338 (12.061) 1.712.089 PASSIVO Empréstimos obtidos 1.229.385 (69.407) - - 1.159.978 Contas a pagar e outros passivos 289.766 (4.316) - - 285.450 Provisões 27.240 (76) - - 27.164 Passivos por impostos diferidos 4.207 - 3.578 - 7.785 TOTAL DO PASSIVO 1.550.597 (73.799) 3.578 - 1.480.376 CAPITAL PRÓPRIO Capital próprio excluindo interesses não controlados 225.030 - 8.760 (12.061) 221.730 Interesses não controlados 9.984 - - - 9.984 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 235.014 - 8.760 (12.061) 231.713 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.785.611 (73.799) 12.338 (12.061) 1.712.089

IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

31 DE DEZEMBRO DE 2012 CUSTOS COM EMPREENDIMENTOS DIREITOS SOBRE REPORTADO ANGARIAÇÃO DE REEXPRESSO CONJUNTOS FILMES E SÉRIES CLIENTES ATIVO Caixa e equivalentes de caixa 308.251 (35.072) - - 273.179 Inventários 44.317 (10.154) - (2.582) 31.581 Contas a receber e outros ativos 258.815 (7.807) - (34.315) 216.693 Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 222 34.857 - - 35.079 Ativos intangíveis 319.155 (32.564) 16.249 20.781 323.621 Ativos tangíveis 632.047 (13.809) - - 618.238 Ativos por impostos diferidos 48.146 (706) - 4.753 52.193 TOTAL DO ATIVO 1.610.953 (65.256) 16.249 (11.363) 1.550.584 PASSIVO Empréstimos obtidos 1.084.473 (77.151) - - 1.007.322 Contas a pagar e outros passivos 295.639 (9.645) - - 285.994 Provisões 8.831 21.540 - - 30.371 Passivos por impostos diferidos 2.776 - 4.712 - 7.488 TOTAL DO PASSIVO 1.391.719 (65.256) 4.712 - 1.331.175 CAPITAL PRÓPRIO Capital próprio excluindo interesses não controlados 209.838 - 11.537 (11.363) 210.013 Interesses não controlados 9.396 - - - 9.396 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 219.234 - 11.537 (11.363) 219.409 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.610.953 (65.256) 16.249 (11.363) 1.550.584

Os efeitos destas alterações nas demonstrações de rendimento integral consolidadas são apresentados no quadro abaixo.

260 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

DURANTE O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

31 DE DEZEMBRO DE 2012 CUSTOS COM EMPREENDIMENTOS DIREITOS SOBRE REPORTADO ANGARIAÇÃO DE REEXPRESSO CONJUNTOS FILMES E SÉRIES CLIENTES RÉDITOS Vendas e prestação de serviços 852.086 (69.694) - - 782.392 Outras receitas 6.514 (194) - (1.579) 4.741 858.600 (69.888) - (1.579) 787.133 CUSTOS, PERDAS E GANHOS: Custos com o pessoal 59.783 (5.385) - - 54.398 Custos diretos 243.401 7.993 - (26.843) 224.551 Fornecimentos e serviços externos 126.351 (4.054) (21.026) - 101.271 Provisões e ajustamentos 8.941 (102) - - 8.839 Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 214.580 (51.850) 17.116 24.273 204.119 Outros custos / (ganhos) 108.231 (14.986) - - 93.245 761.287 (68.384) (3.910) (2.570) 686.422 RESULTADOS ANTES DE RESULTADOS 97.313 (1.504) 3.910 991 100.710 FINANCEIROS E IMPOSTOS Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas 217 1.845 - - 2.062 Outros resultados financeiros 42.231 (3.249) - - 38.982 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 54.865 (102) 3.911 991 59.666 Imposto sobre o rendimento 17.978 (102) 1.134 293 19.303 RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 36.887 - 2.777 698 40.363 ATRÍBUÍVEL A: Interesses não controlados 869 - - - 869 ACIONISTAS DO GRUPO ZON OPTIMUS 36.018 - 2.777 698 39.494

Destas alterações não resultaram quaisquer efeitos nos rendimentos reconhecidos diretamente em capital na demonstração do rendimento integral consolidado.

Os efeitos destas alterações na demonstração de fluxos de caixa consolidada são apresentadas nos quadros abaixo.

IMPACTOS DAS ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

DURANTE O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

31 DE DEZEMBRO DE 2013 CUSTOS COM EMPREENDIMENTOS DIREITOS SOBRE REPORTADO ANGARIAÇÃO DE REEXPRESSO CONJUNTOS FILMES E SÉRIES CLIENTES DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Atividades operacionais 271.805 (46.741) 21.026 26.535 272.625 Atividades de investimento (73.511) 5.726 (21.026) (26.535) (115.346) Atividades de financiamento (299.845) 9.449 - - (290.396) VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (101.550) (31.566) - - (133.117) Efeito das diferenças de câmbio 59 - - - 59 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 407.362 (1.125) - - 406.237 Alteração de perímetro 2.380 (2.380) - - - CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 308.251 (35.071) - - 273.179

Para além do referido acima, as políticas contabilísticas adotadas, incluindo as políticas de gestão do risco financeiro, são consistentes com as seguidas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo a 31 de dezembro de 2012.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

2.2. BASES DE CONSOLIDAÇÃO

EMPRESAS CONTROLADAS

As empresas controladas foram consolidadas pelo método de consolidação integral. Considera-se existir controlo sobre uma entidade quando o Grupo está exposto e ou tem direito, em resultado do seu envolvimento, ao retorno variável das atividades da entidade, e tem capacidade de afetar esse retorno através do poder exercido sobre a entidade. Nomeadamente, quando a Empresa detém direta ou indiretamente a maioria dos direitos de voto em Assembleia Geral ou tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais. Nas situações em que a Empresa detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital diretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. As entidades nessas situações encontram-se indicadas no Anexo I.a).

A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido daquelas empresas é apresentada separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração do rendimento integral consolidado, respetivamente, na rubrica de “Interesses Não Controlados” (Nota 18).

Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos ativos e passivos identificáveis adquiridos é registado como Goodwill. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração do rendimento integral do período em que ocorre a aquisição.

Os interesses não controlados são inicialmente reconhecidos pela respetiva proporção do justo valor dos ativos e passivos identificados.

Na aquisição de parcelas adicionais de capital em sociedades já controladas pelo Grupo, o diferencial apurado entre a percentagem de capitais adquiridos e o respetivo valor de aquisição é registado diretamente em capitais próprios.

262 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa associada resulte a aquisição de controlo, passando esta a integrar as demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral, os justos valores das percentagens anteriormente detidas, é considerado como parte do preço de compra, sendo o diferencial entre o valor contabilístico da participação na associada e o justo valor, registada em resultados.

Os custos de transação diretamente atribuíveis são imediatamente reconhecidos em resultados.

Os resultados das empresas adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação, respetivamente.

As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas controladas tendo em vista a uniformização das respetivas políticas contabilísticas com as do Grupo.

EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo conjunto. As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial (Anexo I.c)). De acordo com este método, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas controladas conjuntamente, por contrapartida da rubrica de “Perdas/(ganhos) em empresas participadas” na demonstração do rendimento integral. Variações diretas no capital próprio pós-aquisição das empresas controladas conjuntamente são reconhecidas no valor da participação por contrapartida da rubrica de reservas, no capital próprio.

Adicionalmente, as participações financeiras poderão ainda ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Qualquer excesso de custo de aquisição sobre o justo valor dos ativos e passivos líquidos identificáveis (goodwill) é registado como parte do investimento financeiro em Empresas controladas conjuntamente, havendo lugar a teste de imparidade ao investimento quando existam indicadores de perda de valor . Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração do rendimento integral do período em que ocorre a aquisição.

As perdas em empresas controladas conjuntamente que excedam o investimento efetuado nessas entidades não são reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada.

Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

EMPRESAS ASSOCIADAS

Uma associada é uma entidade na qual o Grupo exerce influência significativa, através da participação nas decisões relativas às suas políticas financeiras e operacionais, mas não detém controlo ou controlo conjunto.

Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre o justo valor dos ativos líquidos identificáveis é registado como goodwill, sendo adicionado ao valor do respetivo investimento financeiro e a sua recuperação é analisada no âmbito do investimento financeiro na associada sempre que existam indícios de eventual perda de valor. Nos casos em que o custo de aquisição seja inferior ao justo valor dos ativos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração do rendimento integral do período em que ocorre a aquisição.

Os investimentos financeiros na generalidade das empresas associadas (Anexo I.b)) encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações financeiras são ajustadas periodicamente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas, por contrapartida da rubrica de “Perdas/(ganhos) em empresas participadas” na demonstração do rendimento integral. Variações diretas no capital próprio pós-aquisição das associadas são reconhecidas no valor da participação por contrapartida da rubrica de reservas, no capital próprio. Adicionalmente, as participações financeiras poderão ainda ser ajustadas pelo reconhecimento de perdas por imparidade.

264 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

As perdas em associadas que excedam o investimento efetuado nessas entidades não são reconhecidas, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com essa associada. Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

CONVERSÃO PARA EUROS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM MOEDA ESTRANGEIRA

Ver política contabilística 2.20.

SALDOS E TRANSAÇÕES ENTRE EMPRESAS DO GRUPO

Os saldos e as transações, bem como os ganhos não realizados, entre empresas do Grupo e entre estas e a empresa-mãe são anulados na consolidação. Ganhos não realizados decorrentes de transações com empresas associadas ou empresas conjuntamente controladas são anulados na consolidação na parte atribuível ao Grupo. As perdas não realizadas são da mesma forma eliminadas, salvo se proporcionarem prova de imparidade do ativo transferido.

2.3. RELATOS POR SEGMENTOS

Tal como preconizado na IFRS 8, o Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente.

De facto, os segmentos operacionais são reportados de forma consistente com o modelo interno de informação de gestão providenciado ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais do Grupo, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu desempenho, assim como pela tomada de decisões estratégicas.

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2.4. CLASSIFICAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA E DA DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a menos de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, no ativo e no passivo correntes.

De acordo com a IAS 1, os “Custos de reestruturação”, “Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos” e “Outros custos / (ganhos) não recorrentes” refletem custos não usuais que devem ser reportados separadamente das habituais linhas de custos, no sentido de evitar uma distorção da informação financeira das operações regulares.

2.5. ATIVOS TANGÍVEIS

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. O custo de aquisição inclui, para além do preço de compra do ativo: (i) as despesas diretamente imputáveis à compra; e (ii) a estimativa dos custos de desmantelamento, remoção dos ativos e requalificação do local, que no Grupo é aplicável ao negócio de exploração de cinemas, torres de telecomunicações e escritórios. (Notas 2.14 e 38).

As perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, são reconhecidas como uma dedução ao ativo respetivo por contrapartida de resultados do exercício. Os encargos com manutenção e reparações de natureza corrente são registados como custo quando incorridos. Os custos significativos incorridos com renovações ou melhorias do ativo são capitalizados e depreciados no correspondente período estimado de recuperação desses investimentos, quando seja provável a existência de benefícios económicos futuros associados ao ativo e quando os mesmos possam ser mensurados de uma forma fiável.

ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Os ativos não correntes (ou operações descontinuadas) são classificados como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma transação de venda ao invés de ser através do seu uso continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é muito provável e o ativo

266 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

está disponível para venda imediata nas suas atuais condições; (ii) o Grupo assumiu um compromisso de vender; e (iii) é expectável que a venda se concretize num período de 12 meses. Neste caso, os ativos não correntes são mensurados pelo menor do valor contabilístico ou do respetivo justo valor deduzido dos custos de venda. A partir do momento que determinados bens de ativos tangíveis passam a ser considerados como sendo “detidos para venda” cessa a depreciação inerente a esses bens passando a ser classificados como ativos não correntes detidos para venda. Os ganhos e perdas nas alienações de ativos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respetivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na rubrica “Perdas/(ganhos) com a alienação de ativos”.

DEPRECIAÇÕES

Os ativos tangíveis são depreciados a partir do momento em que estejam em estado de serem usados. A depreciação destes ativos, deduzidos do seu valor residual, é realizada de acordo com o método das quotas constantes, por duodécimos a partir do mês em que se encontram disponíveis para utilização, em conformidade com a vida útil dos ativos, definida em função da utilidade esperada.

As taxas de depreciação praticadas traduzem-se nas seguintes vidas úteis estimadas:

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO

VIDAS ÚTEIS ESTIMADAS

2012 2013 ANOS ANOS Edifícios e outras construções 3 a 50 2 a 50 Equipamento básico: Rede de cliente e equipamento de rede 7 a 30 7 a 40 Equipamento terminal 3 a 8 3 a 8 Outros equipamentos de telecomunicações 3 a 10 3 a 10 Outro equipamento básico 3 a 8 1 a 16 Equipamento de transporte 3 a 4 3 a 4 Equipamento administrativo 3 a 10 1 a 10 Outras imobilizações corpóreas 4 a 8 4 a 8

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2.6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo e quando os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade.

Os ativos intangíveis são constituídos essencialmente por goodwill, direitos de utilização de capacidade em satélites e em redes de distribuição, carteira de clientes, encargos suportados com a angariação dos contratos de fidelização de clientes, licenças de telecomunicações e software, direitos de utilização de conteúdos e outros direitos contratuais.

GOODWILL

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor líquido de ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis de uma subsidiária, entidade controlada conjuntamente ou associada, na respetiva data de aquisição, em conformidade com o estabelecido na IFRS 3.

O goodwill é registado como ativo e incluído nas rubricas de “Ativos intangíveis” (Nota 31) no caso de uma empresa controlada e de “Investimentos em empresas participadas” (Nota 28) no caso de uma entidade conjuntamente controlada ou empresa associada. O goodwill não é amortizado, sendo sujeito a testes de imparidade pelo menos uma vez por ano, em data determinada, e sempre que existam à data da demonstração da posição financeira alterações aos pressupostos subjacentes ao teste efetuado, que resultem em eventual perda de valor. Qualquer perda por imparidade é registada de imediato, na demonstração do rendimento integral do exercício, na rubrica de “Perdas por imparidade” e não é suscetível de reversão posterior.

Para efeitos de realização de testes de imparidade, o goodwill é atribuído às unidades geradoras de caixa com as quais se encontra relacionado (Nota 31), podendo estas corresponder aos segmentos de negócio em que o Grupo opera ou a um nível mais baixo.

268 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

INTANGÍVEIS DESENVOLVIDOS INTERNAMENTE

Os ativos intangíveis desenvolvidos internamente, nomeadamente as despesas com investigação, são registados como custo quando incorridos. As despesas de desenvolvimento apenas são reconhecidas como ativo na medida em que se demonstre a capacidade técnica para completar o ativo intangível e que este está disponível para uso ou comercialização.

PROPRIEDADE INDUSTRIAL E OUTROS DIREITOS

Os ativos classificados nesta rubrica referem-se a direitos e licenças adquiridos contratualmente pelo Grupo a terceiros e utilizados no desenvolvimento das atividades do Grupo, e incluem:

• Direitos de utilização de capacidade em satélites; • Direitos de utilização de redes de distribuição; • Licenças de telecomunicações; • Licenças de software; • Carteiras de clientes; • Encargos suportados com a angariação dos contratos de fidelização de Clientes; • Direitos de utilização de conteúdos; • Outros direitos contratuais.

AMORTIZAÇÕES

Estes ativos são amortizados pelo método das quotas constantes, por duodécimos, a partir do início do mês em que se encontram disponíveis para utilização. As taxas de amortização praticadas traduzem-se nas seguintes vidas úteis estimadas:

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TAXAS DE DEPRECIAÇÃO

VIDAS ÚTEIS ESTIMADAS

2012 2013 ANOS ANOS Direitos de utilização de capacidade Período contratual Período contratual Licenças de telecomunicações -30 Licenças de software 3 a 8 1 a 8 Carteira de clientes 65 e 6 Encargos suportados com a angariação dos contratos de fidelização de clientes Período de fidelização Período de fidelização Direitos de utilização de conteúdos Período contratual Período contratual Outros 1 a 8 1 a 8

2.7. IMPARIDADE DE ATIVOS NÃO CORRENTES, EXCLUINDO GOODWILL

As empresas do Grupo efetuam periodicamente uma avaliação de imparidade dos ativos não correntes. Esta avaliação de imparidade é igualmente efetuada sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de tais indícios, o Grupo procede à determinação do valor recuperável do ativo, de modo a determinar a existência e extensão da perda por imparidade.

O valor recuperável é estimado para cada ativo individualmente ou, no caso de tal não ser possível, os ativos são agrupados para os níveis mais baixos para os quais existem fluxos de caixa identificáveis para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence. Cada negócio do Grupo constitui uma unidade geradora de caixa, exceto para os ativos afetos à exibição cinematográfica os quais são agrupados por unidades geradoras de caixa regionais. O valor recuperável é determinado pelo valor mais alto entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados decorrentes do uso continuado do ativo ou da unidade geradora de caixa. Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado seja superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que essas perdas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração do rendimento integral no exercício em que ocorre. Contudo, a reversão da perda por imparidade só pode ser efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de

270 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

2.8. ATIVOS FINANCEIROS

Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira do Grupo na data de negociação ou contratação, que é a data em que o Grupo se compromete a adquirir ou alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção; ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Grupo tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, o Grupo tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido.

O Grupo classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: investimentos financeiros ao justo valor através de resultados, ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos detidos até à maturidade e empréstimos concedidos e contas a receber. A sua classificação depende da intenção da gestão na sua aquisição.

ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

São classificados nesta categoria os ativos financeiros não derivados adquiridos com o objetivo de vender no curto prazo. Nesta categoria integram-se também os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor através de resultados são reconhecidos em resultados do exercício em que ocorrem na respetiva rubrica de “Perdas/(ganhos) em ativos financeiros”, onde se incluem os montantes de rendimentos de juros e dividendos.

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ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (ii) não se enquadram nas restantes categorias de ativos financeiros referidos. São reconhecidos como ativos não correntes exceto se houver intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data da demonstração da posição financeira.

As partes de capital detida que não sejam participações em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente ou associadas, são classificadas como investimentos financeiros disponíveis para venda e reconhecidas na demonstração da posição financeira como ativos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição. Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelo seu justo valor por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Nas situações em que os investimentos sejam instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, os mesmos são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente em reservas até que o investimento financeiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado anteriormente reconhecido no capital próprio é incluído no resultado integral do exercício. Os dividendos de instrumentos de capital classificado como disponíveis para venda são reconhecidos em resultados do exercício na rubrica de “Perdas/ (ganhos) em ativos financeiros”, quando o direito de receber o pagamento é estabelecido.

INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida e para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

272 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS E CONTAS A RECEBER

Os ativos classificados nesta categoria são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo. As contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade, se aplicável. As perdas por imparidade dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstração do rendimento integral, em “Provisões e ajustamentos”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou deixem de existir.

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, com maturidade inferior a três meses e que possam ser imediatamente mobilizáveis com um risco de alteração de valor insignificante.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de ”Empréstimos obtidos” (se aplicável).

2.9. PASSIVOS FINANCEIROS E INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da sua forma legal. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos do Grupo após dedução dos passivos. Os instrumentos de capital próprio emitido pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os empréstimos são registados inicialmente ao justo valor (valor nominal recebido líquido de despesas com a emissão desses empréstimos). Os encargos financeiros, calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, incluindo prémios a pagar, são contabilizados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

CONTAS A PAGAR

As contas a pagar são reconhecidas inicialmente ao justo valor e subsequentemente ao custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver prevista a sua liquidação nos 12 meses seguintes à data da demonstração da posição financeira.

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Ver política contabilística 2.11.

2.10. IMPARIDADE DE ATIVOS FINANCEIROS

O Grupo analisa a cada data da demonstração da posição financeira se existe evidência objetiva que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros se encontra em imparidade.

ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

No caso de ativos financeiros classificados como disponíveis para venda, um declínio prolongado ou significativo no justo valor do instrumento abaixo do seu custo é considerado como um indicador que os instrumentos se encontram em imparidade. Se alguma evidência semelhante existir para ativos financeiros classificados como disponíveis para venda, a perda acumulada – mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, menos qualquer perda de imparidade do ativo financeiro que já tenha sido reconhecida em resultados – é removida de capitais próprios e reconhecida na demonstração de resultados.

274 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Perdas de imparidade de instrumentos de capital reconhecida em resultados não são revertidas através da demonstração de resultados.

CLIENTES, OUTROS DEVEDORES E OUTROS ATIVOS FINANCEIROS

São registados ajustamentos para perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos de que o Grupo não irá receber todos os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores, tais como: a) Análise de incumprimento; b) Incumprimento há mais de 6 meses; c) Dificuldades financeiras do devedor; d) Probabilidade de falência do devedor.

O ajustamento para perdas de imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor da demonstração da posição financeira do ativo financeiro e é registado por contrapartida de resultados do exercício. O valor da demonstração da posição financeira destes ativos é reduzido para o valor recuperável através da utilização de uma conta de ajustamentos. Quando um montante a receber de clientes e outros devedores é considerado irrecuperável, é abatido por utilização da conta de ajustamentos para perdas de imparidade. As recuperações subsequentes de montantes que tenham sido abatidos são registadas em resultados.

Quando existem valores a receber de clientes ou outros devedores que se encontrem vencidos, e estes são objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

2.11. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

O Grupo tem como política recorrer à contratação de instrumentos financeiros derivados com o objetivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, decorrentes de variações nas taxas de câmbio e taxas de juro. Neste sentido, o Grupo não recorre à contratação de instrumentos financeiros

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

derivados com objetivos especulativos, sendo que o recurso a este tipo de instrumentos financeiros obedece às políticas internas definidas pela Administração.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objetivo de efetuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não cumpram todas as disposições da IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração no que respeita à qualificação como contabilidade de cobertura ou que não foram especificamente assignados a uma relação de cobertura contabilística, as respetivas variações no justo valor são registadas nas demonstrações de resultados do período em que ocorrem.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade date”), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente em resultados do período, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

CONTABILIDADE DE COBERTURA

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições: a) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efetividade da cobertura; b) Existe a expetativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da transação e ao longo da vida da operação; c) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao longo da vida da operação; d) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

276 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

RISCO DE TAXA DE CÂMBIO E TAXA DE JURO

Sempre que as expetativas de evolução de taxas de câmbio e juro justifiquem, o Grupo procura contratar operações de proteção contra movimentos adversos, através de instrumentos financeiros derivados. As operações que qualifiquem como instrumentos de cobertura em relação de cobertura de fluxo de caixa são registadas na demonstração da posição financeira pelo seu justo valor e, na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor dos instrumentos são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e, posteriormente, reclassificadas para a rubrica de custos financeiros.

Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada diretamente em resultados. Desta forma, e em termos líquidos, os fluxos associados às operações cobertas são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afeta resultados.

2.12. INVENTÁRIOS

Os inventários, que incluem essencialmente telemóveis, equipamento terminal de cliente, DVDs e direitos, encontram-se valorizados pelo mais baixo de entre o respetivo valor de custo e valor realizável líquido.

O custo de aquisição inclui o preço da fatura, despesas de transporte e seguro, utilizando-se o “Custo Médio Ponderado”, como método de custeio das saídas.

Os inventários são ajustados por motivo de obsolescência tecnológica, bem como pela diferença entre o custo de aquisição e o valor de realização, caso este seja inferior, sendo essa redução reconhecida diretamente na demonstração do rendimento integral do exercício.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar a produção e dos custos de comercialização.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

As diferenças entre o custo e o respetivo valor realizável líquido dos inventários, no caso deste ser inferior ao custo, são registadas como custos operacionais na rubrica de “Custo das mercadorias vendidas”.

Os inventários em trânsito, por não se encontrarem disponíveis para consumo ou venda, encontram-se segregados das restantes existências e são valorizadas ao custo de aquisição específico.

2.13. SUBSÍDIOS

Os subsídios são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que as empresas do Grupo irão cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral a abater aos correspondentes custos incorridos.

Os subsídios ao investimento são apresentados na demonstração da posição financeira como um rendimento diferido.

Se o subsídio é considerado como rendimento diferido, este é reconhecido como rendimento numa base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.

2.14. PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES

As provisões são reconhecidas quando: (i) existe uma obrigação presente resultante de eventos passados, sendo provável que na liquidação dessa obrigação seja necessário um dispêndio de recursos internos; e (ii) o montante ou valor da referida obrigação seja razoavelmente estimável. Quando uma das condições antes descritas não é preenchida, o Grupo procede à divulgação dos eventos como passivo contingente, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos decorrente dessa contingência seja remota, caso em que os mesmos não são objeto de divulgação.

As provisões, para processos judiciais em curso intentados contra o Grupo, são constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas pelo Grupo e pelos seus consultores legais, baseadas em taxas de sucesso.

278 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

As provisões para reestruturação apenas são reconhecidas quando o Grupo tem um plano detalhado e formalizado identificando as principais características do programa e após terem sido comunicados esses factos às entidades envolvidas.

As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de ativos e restauração do local, são reconhecidas quando os bens são instalados, de acordo com as melhores estimativas a essa data (Nota 38).

O montante do passivo constituído reflete os efeitos da passagem do tempo, sendo a correspondente atualização financeira reconhecida em resultados como custo financeiro.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Empresa é parte integrante das disposições de um contrato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios económicos derivados do mesmo.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, salvo exceção prevista na IFRS 3 no âmbito da concentração de atividades empresariais, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

As provisões são revistas e atualizadas na data da demonstração da posição financeira, de modo a refletir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.

2.15. LOCAÇÕES

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes; ou como (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, sendo os ativos, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação registadas de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível e intangível são reconhecidos como custos na demonstração do rendimento integral do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração do rendimento integral, durante o período do contrato de locação.

2.16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A ZON Optimus encontra-se abrangida pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, que abrange todas as empresas em que participa, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que, simultaneamente, sejam residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), exceto as empresas fusionadas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto aplicáveis.

O imposto sobre o rendimento é registado de acordo com o preconizado pela IAS 12. Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento do período, para além do imposto corrente é ainda considerado o efeito do imposto diferido, calculado com base no método do passivo, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras consolidadas, bem como os prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira. Os ativos e passivos por impostos diferidos foram calculados com base na legislação fiscal atualmente em vigor, ou em legislação já publicada para aplicação futura.

280 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Tal como estabelecido na referida norma, são reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando exista razoável segurança de que estes poderão vir a ser utilizados na redução do resultado tributável futuro, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. No final de cada período é efetuada uma avaliação desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função da sua expetativa de utilização futura.

O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido, que resulta de transações ou eventos reconhecidos em rubricas do capital próprio, é registado diretamente nestas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

2.17. PAGAMENTO BASEADO EM AÇÕES

Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de Planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre ações são registados de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.

De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a serem liquidados com base em ações próprias (instrumentos de capital próprio), são reconhecidos pelo justo valor na data de atribuição.

Dado que não é possível estimar com fiabilidade o justo valor dos serviços recebidos dos empregados, o seu valor é mensurado por referência ao justo valor dos instrumentos de capital próprio, de acordo com a sua cotação à data de concessão.

O justo valor determinado na data da atribuição do benefício é reconhecido como custo de forma linear ao longo do período em que o mesmo é adquirido pelos beneficiários, decorrente de prestação de serviços, com o correspondente aumento no capital próprio.

Por sua vez, os benefícios concedidos com base em ações, mas liquidados em dinheiro, conduzem ao reconhecimento de um passivo valorizado pelo justo valor na data da demonstração da posição financeira.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

2.18. RÉDITO

As principais naturezas de rédito das empresas participadas pela ZON Optimus são as seguintes: i) Receitas dos Serviços de Telecomunicações: Televisão por cabo, banda larga fixa e voz fixa: As receitas decorrentes dos serviços prestados sobre a rede de fibra e cabo resultam de: (a) subscrição de pacotes de canais base que podem ser comercializados em bundle com os serviços de banda larga fixa e/ou voz fixa; (b) subscrição de pacotes de canais premium e S-VOD; (c) aluguer de equipamento terminal; (d) consumo de conteúdos (VOD); (e) tráfego e terminação voz; (f) ativação do serviço; (g) venda de equipamento; e (h) outros serviços adicionais (ex: firewall, antivírus).

Televisão por satélite: As receitas decorrentes do serviço de televisão por satélite resultam essencialmente de: (a) subscrição de pacotes de canais base e premium; (b) aluguer de equipamento; (c) consumo de conteúdos (VOD); (d) ativação do serviço; e (e) venda de equipamento.

Banda larga e voz móveis: As receitas provenientes dos serviços de acesso à Internet de banda larga móvel e de serviços de voz móvel, resultam fundamentalmente da assinatura mensal e/ou da utilização do serviço de Internet e voz para além do tráfego associada à modalidade escolhida pelo cliente.

O rédito dos serviços de telecomunicações é reconhecido no período em que os serviços são prestados. Os valores não faturados são registados com base em estimativas. As diferenças entre os valores estimados e os reais, que normalmente não são significativas, são registadas no período subsequente.

Os rendimentos decorrentes da venda de equipamentos são reconhecidos quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos bens são transferidos para o comprador e o valor dos benefícios possa ser razoavelmente quantificado.

O rédito das penalidades, face às incertezas inerentes, apenas é reconhecido no momento do recebimento, sendo o valor divulgado como ativo contingente (Nota 44.8). ii) Receitas de Publicidade: As receitas de publicidade englobam essencialmente a angariação de publicidade para os canais de televisão por subscrição para os quais o Grupo detém os direitos de

282 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

exploração e salas de cinema. Estas receitas são reconhecidas no período da sua inserção, deduzidas dos descontos concedidos iii) Distribuição e Exibição Cinematográfica: As receitas relativas à distribuição referem-se à distribuição de filmes para exibidores cinematográficos não detidos pelo Grupo, as quais são reconhecidas no período de exibição dos filmes, enquanto as receitas de exibição cinematográfica decorrem maioritariamente da venda de bilhetes de cinema e das vendas de produtos nos bares, as quais são reconhecidas como receita no período de exibição dos filmes dos bilhetes vendidos e de venda dos produtos nos bares, respetivamente. iv) Receitas de Produção e Distribuição de Conteúdos e Canais: As receitas da produção e distribuição incluem fundamentalmente a venda de DVDs, venda de conteúdos e a distribuição de canais de televisão por subscrição a terceiros e são reconhecidas no período em que são vendidos, exibidos e disponibilizados para distribuição aos operadores de telecomunicações, respetivamente.

2.19. ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

As receitas e as despesas das diversas empresas do Grupo são reconhecidas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas ou incorridas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.

2.20. ATIVOS, PASSIVOS E TRANSAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio da data da transação. A cada data de fecho é efetuada a atualização cambial de saldos (itens monetários) em aberto, aplicando a taxa de câmbio em vigor a essa data. As diferenças cambiais decorrentes desta atualização são reconhecidas na demonstração do rendimento integral do exercício em que foram determinadas. As variações cambiais geradas em itens monetários que constituam extensão do investimento denominado na moeda funcional do Grupo ou da participada em questão são reconhecidos no capital próprio. As diferenças de câmbio em itens não monetários são classificadas em “Outras reservas” no capital próprio.

A conversão de demonstrações financeiras de empresas participadas denominadas em moeda estrangeira é

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

efetuada considerando as seguintes taxas de câmbio:

• Taxa de câmbio vigente à data da demonstração da posição financeira para a conversão dos ativos e passivos; • Taxa de câmbio média do período para a conversão das rubricas da demonstração do rendimento integral; • Taxa de câmbio média do período para a conversão dos fluxos de caixa (nos casos em que essa taxa de câmbio se aproxime da taxa real, sendo que para os restantes fluxos de caixa é utilizada a taxa de câmbio da data das operações); • Taxa de câmbio histórica para a conversão das rubricas do capital próprio.

As diferenças de câmbio originadas na conversão para euros de demonstrações financeiras de empresas participadas denominadas em moeda estrangeira são incluídas no capital próprio, na rubrica "Outras reservas".

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao Euro, divulgadas pelo Banco de Portugal:

TAXAS DE CÂMBIO

TAXA FINAL

31-12-2012 31-12-2013 Dólar Americano 1,3194 1,3791 Libra Esterlina 0,8161 0,8337 Metical Moçambicano 39,2400 41,2000 Dólar Canadiano 1,3137 1,4671 Franco Suíço 1,2072 1,2276 Real 2,7036 3,2576

Nos exercícios de 2012 e 2013 as demonstrações de resultados das empresas participadas expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros com base nas taxas de câmbio médias das moedas dos respetivos países de origem relativamente ao Euro, que são as seguintes:

TAXAS DE CÂMBIO

TAXA MÉDIA

12M 12 12M 13 Metical Moçambicano 36,4892 39,6678 Dólar Americano 1,28 41 1,3303

284 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

2.21. ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, exceto nos casos de empréstimos incorridos (quer sejam genéricas ou específicas) na aquisição, construção ou produção de um ativo que demore um período substancial de tempo (mais de um ano) para se encontrar na condição pretendida, os quais são capitalizados no custo de aquisição do referido bem.

2.22. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, edifícios detidos para a obtenção de rendas e não para o uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para fins administrativos ou para venda no decurso ordinário dos negócios. Estas são mensuradas inicialmente pelo seu custo.

Posteriormente, o Grupo considera o método do custo na mensuração das propriedades de investimento, considerando que da adoção do modelo do justo valor não resultariam diferenças relevantes.

Uma propriedade de investimento deve ser eliminada da demonstração da posição financeira na alienação, ou quando a propriedade de investimento for permanentemente retirada de uso e nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua alienação.

2.23. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. O Grupo classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de “Empréstimos obtidos”.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e a outros relacionados com a atividade operacional.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e as alienações de investimentos em empresas participadas e os recebimentos e os pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis, entre outras.

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e os recebimentos referentes a empréstimos obtidos, pagamento de juros e custos similares, contratos de locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.

2.24. EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam a essa data são considerados na preparação das demonstrações financeiras do período.

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após essa data são divulgados nas notas às demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes.

286 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

3. JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

3.1. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS RELEVANTES

A preparação de demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo efetue julgamentos e estimativas que afetam a demonstração da posição financeira e os resultados reportados. Estas estimativas são baseadas na melhor informação e conhecimento de eventos passados e/ou presentes e nas ações que a Empresa considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os resultados das mesmas poderão ser diferentes destas estimativas.

As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pela IAS 8 – “Politicas contabilísticas, alterações em estimativas contabilísticas e erros”.

As estimativas e os pressupostos que apresentam um maior risco de originar um ajustamento material nos ativos e passivo são apresentados abaixo:

IMPARIDADE DOS ATIVOS NÃO CORRENTES, EXCLUINDO GOODWILL

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, tais como a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital ou quaisquer outras alterações de efeito adverso no ambiente tecnológico, de mercado, económico e legal, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo.

A identificação e avaliação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do valor recuperável dos ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte da Administração.

IMPARIDADE DO GOODWILL

O goodwill é sujeito a testes de imparidade anuais ou sempre que existam indícios de uma eventual perda de valor, de acordo com os critérios indicados na Nota 31. Os valores recuperáveis das unidades geradoras

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

de caixa, às quais o goodwill é atribuído, são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas por parte da gestão.

ATIVOS INTANGÍVEIS E TANGÍVEIS

A vida útil de um ativo é o período durante o qual o Grupo espera que um ativo esteja disponível para uso e esta deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico.

A determinação das vidas úteis dos ativos, do método de amortização/depreciação a aplicar e das perdas estimadas decorrentes da substituição destes antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica e/ou outros é essencial para determinar o montante das amortizações/depreciações a reconhecer na demonstração do rendimento integral consolidado de cada exercício.

Estes três parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas dos setores em que o Grupo opera.

Os custos capitalizados associados aos direitos de distribuição de conteúdos audiovisuais adquiridos para comercialização nas diversas janelas de exibição são amortizados pelo prazo máximo de exploração constante dos respetivos contratos. Adicionalmente, estes ativos são sujeitos a testes de imparidade sempre que existam indícios de alterações no padrão de geração do rédito futuro subjacente a cada contrato.

PROVISÕES

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

288 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

São reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias ou quando existam impostos diferidos passivos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os impostos diferidos ativos sejam revertidos. A avaliação dos ativos por impostos diferidos é efetuada pela gestão no final de cada período tendo em atenção a expetativa de performance do Grupo no futuro.

IMPARIDADE DAS CONTAS A RECEBER

O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de reporte, tendo em conta a informação histórica do cliente e o seu perfil de risco. As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada pela gestão dos riscos estimados de cobrança existentes à data da demonstração da posição financeira, os quais poderão divergir do risco efetivo a incorrer.

JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, com mercado ativo, é aplicado o respetivo preço de mercado. No caso de não existir um mercado ativo, o que se verifica para alguns dos ativos e passivos financeiros do Grupo, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado.

O Grupo aplica técnicas de valorização para instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos disponíveis para venda. Os modelos de valorização utilizados com maior frequência são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de opções, que incorporam, por exemplo, curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado.

Para alguns tipos de derivados mais complexos são utilizados modelos de valorização mais avançados, contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais o Grupo utiliza estimativas e pressupostos internos.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

3.2. ERROS, ESTIMATIVAS E ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013 não foram reconhecidos erros materiais relativos a exercícios anteriores. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 ocorreram alterações de políticas contabilísticas descritas na nota 2.1..

4. POLÍTICAS DE GESTÃO DE RISCO

4.1. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado.

O Conselho de Administração do Grupo assume a responsabilidade por definir os princípios para a gestão dos riscos e as políticas que cobrem áreas específicas como: o risco de taxa de câmbio, o risco de taxa de juro, o risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez.

A) RISCO DE CRÉDITO

O risco de crédito está, essencialmente, relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para o Grupo. O Grupo está sujeito ao risco de crédito nas suas atividades operacionais e de tesouraria.

O risco de crédito relacionado com operações está, essencialmente, relacionado com créditos de serviços prestados a clientes (Notas 23 e 24). Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objetivo da gestão é: i) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimentos de cada cliente; ii) monitorizar a evolução do nível de crédito concedido; e iii) realizar análises de imparidade aos valores a receber numa base regular.

290 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O Grupo não apresenta nenhum risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes referentes a diversos negócios.

Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente residencial ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente. Dada a dispersão de clientes não é necessário considerar um ajustamento adicional de risco de crédito, para além da imparidade já registada nas contas a receber – clientes e contas a receber - outras.

A seguinte tabela representa a exposição máxima do Grupo a risco de crédito a 31 de dezembro de 2012 e 2013, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos na demonstração da posição financeira, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face da demonstração da posição financeira.

EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Caixa e equivalentes de caixa i) 271 749 73.295 Investimentos detidos até à maturidade (Nota 29) 22 187 - Contas a receber clientes - correntes ii) 111 277 216.600 Contas a receber outros - correntes (Nota 24) 35 830 26.415 TOTAL DE ATIVOS FINANCEIROS 441 043 316.310

i) A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, associada a este tipo de ativos (Caixa e Equivalentes conforme Nota 22, com exceção do valor de caixa), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

QUALIDADE DE RISCO DE CRÉDITO

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO

DISPONIBILIDADES EM DISPONIBILIDADES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

AA- 6 - A+ 3 464 2 263 A- - 36 BBB- 12 12 BB 35 482 14 375 BB- 181 674 49 351 B+ 45 431 - B - 1 298 sem rating 5 680 5 960 TOTAL 271.749 73.295

A informação dos ratings foi retirada da Reuters, com base nas notações atribuídas pelas três principais agências de ratings (Standard & Poor's, Moody’s e Fitch). ii) Contas a receber Clientes.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os saldos a receber de clientes (conforme Nota 23, com exceção dos valores a faturar) repartiam-se, da seguinte forma, por tipo de negócio:

CLIENTES POR SEGMENTO

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO AUDIO AUDIO TELCO TOTAL TELCO TOTAL VISUAIS VISUAIS Clientes 225.438 17.602 243.040 378.863 18.120 396.983 Imparidade (129.467) (2.296) (131.763) (173.528) (6.855) (180.383) TOTAL 95.971 15.306 111.277 205.335 11.265 216.600

Pela análise da informação acima verifica-se que o segmento Telco representa cerca de 95% do total do valor líquido de clientes. A nível de cada negócio as empresas com maior relevância a nível de risco de

292 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

crédito, no segmento Telco são a Optimus e a TV Cabo (as quais, em conjunto, representam cerca de 93% do total do segmento) e no segmento Audiovisuais a ZON LM Audiovisuais (a qual representa 91% do total do segmento), conforme evidenciado no quadro abaixo. Assim sendo, toda a análise, abaixo, de risco de crédito está efetuada tendo em consideração apenas estas empresas.

PESO EM CADA SEGMENTO DAS PRINCIPAIS EMPRESAS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO TELCO: Clientes - 143.998 Imparidades -(29.915) OPTIMUS - 114.083 Clientes 204 075 212.527 Imparidades (123.681) (136.456) TV CABO 80.394 76.071 Clientes 21 363 22.338 Imparidades (5.786) (7.157) OUTROS 15.577 15.181 TOTAL 95.971 205.335 AUDIOVISUAIS: Clientes 16 232 17.083 Imparidades (2.223) (6.778) LUSOMUNDO AUDIOVISUAIS 14.009 10.305 Clientes 1 370 1.037 Imparidades (73) (77) OUTROS 1.297 960 TOTAL 15.306 11.265

Na Optimus Comunicações as contas a receber de clientes correspondem predominantemente a mensalidades de serviços de comunicações. De acordo com o histórico de recebimentos, 41,2% dos clientes pagam nos primeiros 30 dias, 82,8% nos primeiros 60 dias sendo que o histórico do não cobrado ronda os 4%.

Parte significativa das contas a receber de clientes da empresa ZON TVCabo refere-se a subscritores de serviços de TV por subscrição, banda larga e voz. Os subscritores ativos têm um prazo médio de recebimento excluindo os saldos em imparidade de 23 dias (2012: 20 dias).

Na Lusomundo Audiovisuais, as contas a receber de clientes estão relacionadas com o negócio de distribuição de filmes para operadores cinematográficos e venda de DVD´s a grandes superfícies.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, os saldos a receber de clientes apresentava a seguinte estrutura de antiguidade:

SALDOS A RECEBER DE CLIENTES – ESTRUTURA DE ANTIGUIDADE 2012

NÃO 0-90 DIAS >90 DIAS TOTAL VENCIDA TV CABO Subscritores 13.774 20.692 129.799 164.265 Clientes ativos 13.774 19.469 5.565 38.808 Clientes Desligados - 1.223 124.234 125.457 Outros clientes 18.527 4.828 16.455 39.810 Imparidade - (1.223) (122.459) (123.681) 32.301 24.297 23.795 80.394 LUSOMUNDO AUDIOVISUAIS Clientes 5.106 5.757 5.369 16.232 Imparidade - - (2.223) (2.223) 5.106 5.757 3.146 14.009 TOTAL ANALISADO 37.407 30.054 26.941 94.402

SALDOS A RECEBER DE CLIENTES – ESTRUTURA DE ANTIGUIDADE 2013

NÃO 0-90 DIAS >90 DIAS TOTAL VENCIDA OPTIMUS Clientes sem imparidade 42.794 20.702 37.545 101.041 Clientes com imparidade 2.753 3.437 36.767 42.957 Imparidade - (2.568) (27.347) (29.915) 45.547 21.571 46.965 114.083 TV CABO

Subscritores 29.388 15.508 133.006 177.902 Clientes ativos 29.388 14.456 948 44.792 Clientes Desligados - 1.052 132.058 133.110

Outros clientes 14.760 4.810 15.055 34.625 Imparidade - (1.052) (135.404) (136.456) 44.148 19.266 12.657 76.071

LUSOMUNDO AUDIOVISUAIS Clientes 3.581 4.089 9.413 17.083 Imparidade - - (6.778) (6.778)

3.581 4.089 2.635 10.305 TOTAL ANALISADO 93.276 44.926 62.257 200.459

294 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Em 31 de dezembro de 2013, o valor da imparidade das contas a receber com imparidade da Optimus, encontra-se líquido dos montantes de IVA que o Grupo espera e desenvolve esforços concretos para recuperar.

O montante vencido de clientes sem imparidade da Optimus refere-se predominantemente ao valor dos diferendos com operadores nacionais para os quais existem também contas a pagar (Nota 44.9).

Analisando a estrutura de antiguidade dos ativos financeiros vencidos e sem imparidade, incluindo o montante colateral associado, temos:

ATIVOS FINANCEIROS VENCIDOS E SEM IMPARIDADE – ESTRUTURA DE ANTIGUIDADE

PERÍODO 31-12-2012 31-12-2013 1 a 90 dias 30.054 44.926 mais de 90 dias 26.941 62.257 56.995 107.18 2 JUSTO VALOR COLATERAL - -

Os ativos renegociados, que de outra forma estariam vencidos ou em imparidade totalizam 10.476 milhares de euros em 31 de dezembro de 2013 (31 de dezembro de 2012: 8.204 milhares de euros). As atividades de renegociação incluem a extensão de acordos de pagamento, adiamento de pagamentos ou outros programas de reestruturação. Após a renegociação, um cliente anteriormente considerado em incumprimento é considerado normalizado e recomeça a ser gerido como os outros clientes. As práticas e políticas de renegociação são baseadas em indicadores e critérios definidos e revistos com regularidade pela Gestão.

B) RISCO DE LIQUIDEZ

Uma gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção de um nível adequado de caixa e equivalentes de caixa para fazer face às responsabilidades assumidas, associado à negociação de linhas de crédito com instituições financeiras. No âmbito do modelo adotado, o Grupo tem:

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

b.1) Dez programas de Papel Comercial negociados com nove entidades bancárias (Banco Santander, Caixa BI, CGD, BIC, BPI, BCP, BESI, BES e Montepio Geral) com um montante máximo de 655 milhões de euros, dos quais encontram-se utilizados cerca de 395 milhões de euros. b.2) Obrigações por oferta particular e direta no valor de 297 milhões euros. b.3) Obrigações por oferta Pública de Subscrição, denominada “Obrigações ZON Multimédia 2012-2015”, no montante de 200 milhões de euros. b.4) Contrato de Financiamento do Projeto Next Generation Network no montante de 100 milhões euros com o Banco Europeu de Investimento.

Com base nos cashflows estimados, e tendo em consideração o compliance de eventuais covenants normalmente existentes em empréstimos a pagar, a gestão monitoriza com regularidade as previsões da reserva de liquidez do Grupo, incluindo os montantes das linhas de crédito não utilizadas, os montantes de caixa e equivalentes de caixa.

Dos empréstimos obtidos (excluindo locações financeiras), para além de estarem sujeitos ao cumprimento pelo Grupo das suas obrigações (operacionais, legais e fiscais) 85% dos mesmos encontram-se sujeitos a cláusulas de “Cross default”, 94,7% encontram-se sujeitos a cláusulas de “Pari Passu”, 53,3% encontram-se sujeitos a cláusulas “Ownership” e 63,1% encontram-se sujeitos a cláusulas de “Negative Pledge”.

Adicionalmente, cerca de 43,7% do total dos empréstimos obtidos exigem que a divida financeira líquida consolidada não exceda até 3 vezes o EBITDA consolidado e cerca de 9,3% exigem que a divida financeira líquida consolidada não exceda até 4 vezes o EBITDA consolidado.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais, não descontados a pagar no futuro e incluindo os juros a que estão a ser remunerados estes passivos.

296 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

RESPONSABILIDADES

31-12-2012 31-12-2013

MENOS ENTRE 1 E MAIS DE MENOS ENTRE 1 E MAIS DE TOTAL TOTAL DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS

Empréstimos obtidos: - Empréstimos obrigacionistas (1.607) 353.579 - 351.972 155.052 338.929 - 493.981 - Papel comercial 271.502 149.537 - 421.039 16.159 373.678 - 389.837 - Empréstimos externos (78) 98.312 - 98.234 (220) 98.932 - 98.712 - Empréstimos nacionais----12.202--12.202 - Descobertos bancários ----4.260--4.260 - Locações financeiras 25.512 47.202 63.363 136.077 25.978 50.322 66.378 142.678 Contas a pagar - fornecedores 158.133 - - 158.133 296.823 - - 296.823 Contas a pagar - outros 52.350 - - 52.350 70.748 - - 70.748 Instrumentos financeiros derivados 45 6.051 - 6.096 2.814 - - 2.814 Locações operacionais 27.425 79.284 63.832 170.541 65.491 147.507 59.647 272.645 TOTAL 533.282 733.965 127.195 1.394.442 649.307 1.009.368 126.025 1.784.700

C) RISCO DE MERCADO

RISCO DE TAXA DE CÂMBIO

O risco de taxa de câmbio está, essencialmente, relacionado com a exposição decorrente de pagamentos efetuados a fornecedores de equipamento terminal e produtores de conteúdos audiovisuais para os negócios da TV por subscrição e audiovisuais, respetivamente. As transações comerciais entre o Grupo e estes fornecedores encontram-se denominadas, maioritariamente, em Dólares americanos.

Considerando o saldo de contas a pagar resultante de transações denominadas em moeda diferente da moeda funcional do Grupo, o Grupo contrata ou pode contratar instrumentos financeiros, nomeadamente forwards cambiais de curto-prazo de forma a cobrir o risco associado a estes saldos (ver Nota 40).

O Grupo possui investimentos em entidades estrangeiras cujos ativos e passivos estão expostos a variações cambiais (o Grupo possui duas filiais em Moçambique, a Lusomundo Moçambique e a Mstar, cuja moeda funcional são os Meticais e duas em Angola, a Finstar e ZAP Media, cuja moeda funcional é o Dólar). O Grupo não adotou qualquer política de cobertura dos riscos de variação da taxa de câmbio destas empresas nos cashflows do Grupo em moeda estrangeira, por os mesmos serem pouco significativos no contexto do Grupo.

297

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

A tabela seguinte apresenta a exposição do Grupo ao risco da taxa de câmbio a 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, com base nos valores da demonstração da posição financeira dos ativos e passivos financeiros do Grupo (valores expressos em moeda local):

EXPOSIÇÃO À TAXA DE CÂMBIO

31 DE DEZEMBRO DE 2012 DÓLAR LIBRA AMERICANO ESTERLINA METICAL REAL ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa 4.990 - 25.520 - Contas a receber - Clientes 1.341 - 151 - Contas a receber - Outros 297 27 542 - TOTAL DE ATIVOS FINANCEIROS 6.627 27 26.213 - PASSIVOS Contas a pagar - Fornecedores (5.433) (39) (20.027) (8 ) Contas a pagar - Outros (108) (1) 891 - Impostos a pagar --(457)- TOTAL DE PASSIVOS FINANCEIROS (5.541) (40) (19.593) (8) POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA EM BALANÇO 1.087 (12) 6.620 (8)

31 DE DEZEMBRO DE 2013 DÓLAR LIBRA AMERICANO ESTERLINA METICAL REAL ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa 3.8 74 - 69.8 42 - Contas a receber - Clientes 5.324 - 1.590 - Contas a receber - Outros 906 - 344 - Impostos a recuperar --522- TOTAL DE ATIVOS FINANCEIROS 10.104 - 72.299 - PASSIVOS Contas a pagar - Fornecedores (7.276) (59) (53.422) - Contas a pagar - Outros (111) (13) (33.616) - Impostos a pagar --(1.298)- TOTAL DE PASSIVOS FINANCEIROS (7.387) (72) (88.336) - POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA EM BALANÇO 2.717 (72) (16.037) -

A ZON OPTIMUS utiliza uma técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de reforço ou enfraquecimento do Euro face às outras moedas, das taxas aplicadas a 31 de dezembro de 2013 para cada classe de instrumentos financeiro com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de câmbio raramente se alteram isoladamente.

298 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A análise de sensibilidade foi efetuada considerando um fortalecimento ou enfraquecimento do Euro em 10% face a todas as taxas de câmbio. Assim, os lucros antes de impostos teriam aumentado 136 milhares de euros (2012: 89 milhares de euros) ou diminuído em 166 milhares de euros (2012: 108 milhares de euros), respetivamente.

RISCO DA TAXA DE JURO

O risco de flutuação da taxa de juro pode-se traduzir num risco de fluxo de caixa ou num risco de justo valor, consoante se tenham negociado taxas de juro variáveis ou fixas.

Os empréstimos obtidos pelo Grupo, com exceção das obrigações, têm taxas de juro variáveis, o que expõe o Grupo ao risco dos fluxos de caixa das taxas de juro. O Grupo adota uma política de cobertura de risco, através da contratação de “swaps” de taxa de juro para cobertura dos pagamentos futuros de juros de empréstimos obrigacionistas e outros empréstimos (ver Nota 40).

O Grupo ZON OPTIMUS utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede os impactos estimados nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata de 0,25% (25 basis points) nas taxas de juro de mercado, face às taxas aplicadas à data da demonstração da posição financeira para cada classe de instrumento financeiro, mantendo todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

• Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;

• Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

• Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;

299

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

• Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Sob estes pressupostos, um aumento ou diminuição de 0,25% nas taxas de juro de mercado para empréstimos não cobertos ou com taxa variável, a 31 de dezembro de 2013, resultaria num aumento ou diminuição do lucro anual antes de impostos de, aproximadamente, 1,3 milhões de euros (2012: 1,4 milhões de euros).

No que se refere aos Swaps de taxa de juro contratados, a análise de sensibilidade que mede os impactos estimados de um aumento ou diminuição imediata de 0,25% (25 basis points) nas taxas de juro de mercado, resulta em variações face ao atual justo valor dos instrumentos de mais 124,6 milhares de euros (2012: mais 656 milhares de euros) e menos 124,9 milhares de euros (2012: menos 1.305 milhares de euros), à data de 31 de dezembro de 2013.

4.2. GESTÃO DO RISCO DO CAPITAL

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo, com uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados.

A política do Grupo é contratar empréstimos com entidades financeiras, maioritariamente ao nível da empresa-mãe, a ZON OPTIMUS, que por sua vez concede empréstimos às suas subsidiárias e associadas. No caso das joint-ventures, as quais contratam em nome próprio os financiamentos, a ZON OPTIMUS intervém na contratação e é parte da garantia de cumprimento do financiamento. Esta política visa a otimização da estrutura de capital com vista a uma maior eficiência fiscal e redução do custo médio de capital.

De forma a manter ou a ajustar a estrutura de capital, o Grupo poderá ajustar os montantes de dividendos a distribuir aos acionistas, emitir novas ações, alienar ativos para a redução dos passivos ou lançar programas de recompra de ações.

Tal como aplicado por outras entidades que atuam no mercado em que as operações do Grupo se inserem, o Grupo faz a gestão do capital com base no rácio dívida financeira líquida/EBITDA. A dívida financeira

300 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

líquida é calculada como o total dos empréstimos correntes e não correntes, excluindo as locações financeiras relacionadas com contratos de aquisição de direitos de utilização de capacidade e conteúdos, deduzido dos montantes de caixa, equivalentes de caixa e empréstimos intra-grupo. O rácio interno fixado como objetivo é um nível de endividamento entre 2,5 a 3 vezes o EBITDA.

RISCO DE CAPITAL

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Dívida bruta total 886.844 1.017.684 Caixa, equivalentes de caixa e empréstimos intra-grupo (328.101) (78.010) DÍVIDA LÍQUIDA TOTAL 558.743 939.674 EBITDA 305.738 376.197 Dívida financeira líquida/EBITDA 1,8 3 2,50

ESTIMATIVA DE JUSTO VALOR

Na tabela abaixo apresentam-se os ativos e passivos financeiros do Grupo valorizados a justo valor a 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, conforme os níveis da hierarquia do justo valor:

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS VALORIZADOS A JUSTO VALOR

2012 NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 TOTAL ATIVOS Ativos disponíveis para Venda (Nota 30) - - 20.629 20.629 Derivados - forwards de taxa de câmbio (ver Nota 40) ------20.629 20.629 PASSIVOS Derivados - forwards de taxa de câmbio (ver Nota 40) - 45 - 45 Derivados - swap taxa de juros (ver Nota 40) - 6.051 - 6.051 -6.096-6.096

~

301

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS VALORIZADOS A JUSTO VALOR

2013 NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 TOTAL ATIVOS Ativos disponíveis para Venda (Nota 30) - - 19.329 19.329 Derivados - forwards de taxa de câmbio (ver Nota 40) ------19.329 19.329 PASSIVOS Derivados - forwards de taxa de câmbio (ver Nota 40) - 132 - 132 Derivados - swap taxa de juros (ver Nota 40) - 2.682 - 2.682 -2.814-2.814

Os ativos disponíveis para venda foram valorizados pelo método dos fluxos de caixa descontados (nível 3). Os movimentos ocorridos no período e pressupostos utilizados encontram-se descritos na nota 30.

O cálculo do justo valor dos derivados de swaps de taxa de juro baseou-se na estimativa dos cashflows futuros descontados, tendo por base a curva de taxa de juro de mercado esperada apurada pelas entidades com quem foram contratados os swaps (nível 2).

O cálculo do justo valor dos derivados de forwards de taxa de câmbio é efetuado tendo por base a taxa de câmbio spot (nível 2).

302 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

5. ALTERAÇÃO DE PERÍMETRO

A 27 de agosto de 2013 ocorreu a operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, mediante a transferência global do património da sociedade Optimus SGPS para a sociedade ZON, nos termos do disposto na alínea a) do número 4 do artigo 97º do Código das Sociedades Comerciais, com efeitos a partir da data da fusão.

No seguimento da fusão, a Empresa efetuou uma avaliação preliminar do justo valor dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos através desta operação, pelo que a alocação do preço de compra está ainda sujeita a alterações até à conclusão do período de um ano a contar desde a data do controlo, conforme permitido pela IFRS 3 – Concentrações Empresariais. Não obstante, a Empresa não estima alterações materiais em resultado de eventuais alterações à alocação realizada.

O detalhe dos ativos líquidos do Grupo Optimus e do Goodwill apurado no âmbito desta transação é como segue:

AFETAÇÃO DO JUSTO VALOR

AJUSTAMENTOS VALOR PARA O JUSTO JUSTO VALOR CONTABILÍSTICO VALOR ATIVOS ADQUIRIDOS Caixa e equivalentes de caixa 17.987 - 17.987 Inventários 19.125 (1.384) 17.741 Contas a receber e outros ativos 224.165 - 224.165 Ativos intangíveis 353.331 45.480 398.811 Ativos tangíveis 569.441 (62.616) 506.825 Ativos por impostos diferidos 100.976 27.626 128.602 1.285.025 9.106 1.294.131 PASSIVOS ADQUIRIDOS Empréstimos obtidos 452.362 - 452.362 Contas a pagar e outros passivos 287.368 15.326 302.694 Provisões 35.224 30.091 65.315 Passivos por impostos diferidos 1.142 10.997 12.139 Planos de ações 6.469 3.144 9.613 782.565 59.558 842.123 TOTAL DOS ATIVOS LÍQUIDOS ADQUIRIDOS 502.460 (50.452) 452.008 GOODWILL (NOTA 31) 404.396 PREÇO DE AQUISIÇÃO (NOTA 39) 856.404

303

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

O justo valor dos ativos líquidos adquiridos foi determinado através de diversas metodologias de valorização para cada tipo de ativo ou passivo, com base na melhor informação disponível. Os principais ajustamentos ao justo valor efetuados no âmbito deste processo foram: (i) carteira de clientes (23,4 milhões de euros), a qual será amortizada linearmente com base no prazo médio estimado de retenção dos clientes; (ii) licenças de telecomunicações (12,7 milhões de euros), as quais serão amortizadas pelo período de vida remanescente das mesmas; (iii) custos de reconstrução de infraestruturas e reposição de equipamentos e outros ajustamentos de equipamento básico no montante de 22,7 milhões de euros; (iv) ajustamento de 27,7 milhões de euros ao valor contabilístico dos ativos abrangidos pelos compromissos assumidos com a Autoridade da Concorrência, no âmbito da operação de fusão, nomeadamente, o acordo para a existência de uma opção de compra da rede de fibra da Optimus; (v) passivos contingentes relativos a obrigações presentes no montante de 30,0 milhões de euros, conforme permitido pela IFRS 3; e (vi) obrigações contratuais no montante de 15,3 milhões de euros referentes a contratos de longa duração cujos preços praticados são distintos dos preços de mercado.

As metodologias utilizadas nos principais ajustamentos ao justo valor foram:

METODOLOGIAS DE VALORIZAÇÃO E HIERARQUIA DE JUSTO VALOR

HIERARQUIA DO METODOLOGIA UTILIZADA JUSTO VALOR Carteira de clientes Cash flows descontados Nível 3 Licenças de telecomunicações Cash flows descontados Nível 3 Edifícios Cash flows descontados Nível 3 Torres de telecomunicações Custos de reconstrução atual Nível 2 Equipamento básico Custos de reposição Nível 2 Obrigações contratuais Comparação com custos atuais praticados Nível 2

No processo de identificação do justo valor dos ativos e passivos adquiridos o Conselho de Administração recorreu ao uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos, tais como: (i) o período de permanência médio dos clientes Optimus utilizado na valorização da carteira de clientes; (ii) o tempo médio de utilização das atuais tecnologias 2G/3G e LTE e evolução das receitas em resultado do surgimento de outras novas tecnologias, na valorização das licenças de telecomunicações; entre outras. Apesar destas estimativas terem por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas.

Foram contemplados diversos cenários nas várias avaliações e efetuadas análises de sensibilidade dos quais não conduziram a variações significativas na afetação do justo valor dos ativos e passivos.

304 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Para os restantes ativos e passivos não foram identificadas diferenças significativas entre o justo valor e o respetivo valor contabilístico.

Como habitualmente acontece nas concentrações de atividades empresariais, também nesta operação, não foi possível atribuir, em termos contabilísticos, ao justo valor de ativos identificados e de passivos assumidos, uma parte do custo de aquisição, sendo essa componente reconhecida como Goodwill e registada na rubrica de Ativos intangíveis. Este Goodwill está relacionado com diversos elementos, que não podem ser isolados e quantificados de forma fiável e incluem, entre outros, sinergias, força de trabalho qualificada e capacidades tecnológicas.

A contribuição das empresas do Grupo Optimus para o resultado líquido do período, findo em 31 de dezembro de 2013, foi positivo em 5.407 milhares de euros, correspondente ao período de quatro meses (desde a data de controlo de 27 de agosto de 2013). Esta contribuição diverge do resultado líquido constante das demonstrações financeiras preparadas por essa entidade, essencialmente pelo impacto da amortização dos ajustamentos a valor de mercado e pela uniformização de algumas políticas contabilísticas.

O detalhe da referida contribuição, após anulação das transações com partes relacionadas do Grupo ZON OPTIMUS, é como segue:

CONTRIBUTOS DE 4 MESES DO GRUPO OPTIMUS

PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

VALOR

RÉDITOS: Vendas e prestação de serviços 214.762 Outras receitas 3.067 217.829 CUSTOS, PERDAS E GANHOS: Custos com o pessoal 16.301 Custos diretos 65.653 Fornecimentos e serviços externos 32.000 Provisões e ajustamentos (38) Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 40.188 Outros custos / (ganhos) 47.793 201.897 RESULTADOS ANTES DE RESULTADOS FINANCEIROS E IMPOSTOS 15.932 Resultados financeiros (2.040) RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 17.972 Imposto sobre o rendimento 12.565 RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 5.407

305

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Caso as empresas fusionadas tivessem sido consolidadas desde 1 de janeiro de 2013, os valores das receitas operacionais consolidadas e do resultado líquido antes de interesses sem controlo, após anulação das transações com partes relacionadas do Grupo ZON OPTIMUS, para o período findo em 31 de dezembro de 2013, seriam como segue:

CONTRIBUTOS DE 12 MESES DO GRUPO OPTIMUS

PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

VALOR

RÉDITOS: Prestação de serviços 656.083 Outras receitas 10.771 666.854 CUSTOS, PERDAS E GANHOS: Custos com o pessoal 47.032 Custos diretos 195.166 Fornecimentos e serviços externos 97.080 Provisões e ajustamentos (6.012) Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 133.304 Outros custos / (ganhos) 112.783 579.353 RESULTADOS ANTES DE RESULTADOS FINANCEIROS E IMPOSTOS 87.501 Resultados financeiros 22.706 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 64.795 Imposto sobre o rendimento 9.210 RESULTADO CONSOLIDADO LÍQUIDO 55.585

A contribuição das empresas fusionadas na demonstração da posição financeira consolidada da ZON OPTIMUS em 31 de dezembro de 2013, após anulação dos saldos com partes relacionadas do Grupo ZON OPTIMUS e excluindo o goodwill gerado em resultado da operação de fusão, é como segue:

306 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

CONTRIBUTOS DO GRUPO OPTIMUS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

VALOR

ATIVOS Ativos intangíveis 395.574 Ativos tangíveis 524.093 Ativos por impostos diferidos 109.8 95 Inventários 14.474 Contas a receber e outros ativos 183.132 Caixa e equivalentes de caixa 3.542 TOTAL DO ATIVO 1.230.710 PASSIVOS Empréstimos obtidos 24.813 Contas a pagar e outros passivos 229.296 Provisões 63.327 Passivos por impostos diferidos 14.042 Planos de ações 10.919 TOTAL DO PASSIVO 342.397 TOTAL DOS ATIVOS E PASSIVOS 888.313

A contribuição das empresas fusionadas na demonstração de fluxos de caixa da ZON OPTIMUS em 31 de dezembro de 2013, após anulação das transações com partes relacionadas do Grupo ZON OPTIMUS, é como segue:

CONTRIBUTOS DE 4 MESES DO GRUPO OPTIMUS

PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

VALOR DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Recebimento de Clientes 208.265 Pagamentos a fornecedores (112.227) Pagamentos ao Pessoal (19.499) Pagamento/recebimento imposto s/rendimento (647) Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional (14.632) Atividades operacionais 61.260 Atividades de investimento (44.182) Atividades de financiamento (8.439) VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 8.639

A variação de caixa e seus equivalentes difere da variação entre o valor de entrada de caixa e seus equivalentes do Grupo Optimus e do valor dos contributos de caixa e seus equivalentes a 31 de dezembro de 2013 em resultado das eliminações das transações efetuadas com as empresas do Grupo ZON OPTIMUS.

307

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

As principais variações ocorridas nas diversas rúbricas das demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS, em resultado dos contributos acima referidos, resultam predominantemente da entrada no perímetro de consolidação das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 1).

A 31 de outubro de 2012, a ZON OPTIMUS efetuou a liquidação da Grafilme – Sociedade impressora de legendas, Lda. (“Grafilme”). O impacto na demonstração da posição financeira e na demonstração do rendimento integral da alteração no perímetro de consolidação não é relevante.

308 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

6. RELATO POR SEGMENTOS

Os segmentos de negócio são os seguintes:

• Telco - prestação de serviços de TV, Internet (fixa e móvel) e voz (fixa e móvel) e inclui as seguintes entidades: Be Artis, Be Towering, Optimus, Per-mar, Sontária, ZON OPTIMUS, ZON Televisão por Cabo, SGPS, S.A. (“ZON Televisão por Cabo”), ZON TV Cabo, ZON TV Cabo Açoreana, ZON TV Cabo Madeirense, ZON Conteúdos, ZON Lusomundo TV, ZON Finance B.V., Teliz Holding B.V..

• Audiovisuais - prestação de serviços de edição e venda de videogramas, distribuição de filmes, exploração de salas de cinemas e aquisição/negociação de direitos para televisão por subscrição e VOD (vídeo-on-demand) e inclui as seguintes entidades: ZON Audiovisuais, SGPS, S.A., ZON Cinemas, SGPS, S.A., ZON LM Audiovisuais, ZON LM Cinemas, Lusomundo Moçambique, Lda. (“Lusomundo Moçambique”), Lusomundo España, SL (“Lusomundo España”), Lusomundo Imobiliária 2, S.A. (“Lusomundo Imobiliária 2“), Lusomundo Sociedade de Investimentos Imobiliários, SGPS, S.A. (“Lusomundo SII), Empracine – Empresa Promotora de Atividades Cinematográficas, Lda. (“Empracine”).

Os resultados por segmento para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2012 e 2013, são como se segue:

RESULTADO POR SEGMENTO

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

TELCO AUDIOVISUAIS GRUPO 4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 12 12M 12 Total de rédito 179.111 720.569 26.546 101.542 205.657 822.111 Rédito inter-segmentos (4.439) (17.406) (4.609) (17.572) (9.048) (34.978) RÉDITO 174.672 703.163 21.936 83.970 196.608 787.133 RESULTADO OPERACIONAL 18.523 93.563 3.628 7.147 22.151 100.710 Custos de financiamento e outros 9.600 36.732 820 1.612 10.420 38.344 Perdas / (Ganhos) em ativos financeiros - 1.200 10 (562) 10 638 Perdas / (Ganhos) em empresas participadas 1.023 3.148 65 (1.08 6) 1.08 8 2.062 RESULTADOS ANTES DO IMPOSTO 7.902 52.483 2.731 7.183 10.633 59.666 Imposto sobre o rendimento do período 1.710 17.717 758 1.586 2.468 19.303 RESULTADO LÍQUIDO 6.192 34.766 1.973 5.597 8.165 40.363 OUTROS CUSTOS: Depreciações, amortizações e imparidade 45.255 174.636 6.68 9 29.48 3 51.944 204.119 Provisões e ajustamentos 3.827 10.335 (1.226) (1.496) 2.601 8.839 Custos/ (proveitos) não recorrentes 409 808 (12) 101 397 909

309

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

RESULTADO POR SEGMENTO

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

TELCO AUDIOVISUAIS GRUPO 4º TRIM 13 12M 13 4º TRIM 13 12M 13 4º TRIM 13 12M 13 Total de rédito 335.820 924.781 27.617 102.441 363.437 1.027.222 Rédito inter-segmentos (5.100) (19.261) (4.430) (17.702) (9.530) (36.963) RÉDITO 330.720 905.520 23.187 84.739 353.907 990.259 RESULTADO OPERACIONAL 5.123 69.446 2.759 5.182 7.882 74.628 Custos de financiamento e outros 12.397 46.186 1.132 3.285 13.529 49.471 Perdas / (Ganhos) em ativos financeiros - 1.300 10 40 10 1.340 Perdas / (Ganhos) em empresas participadas (1.864) (4.169) 324 294 (1.540) (3.875) RESULTADOS ANTES DO IMPOSTO (5.409) 26.129 1.293 1.563 (4.116) 27.692 Imposto sobre o rendimento do período 8.405 15.147 693 1.286 9.098 16.433 RESULTADO LÍQUIDO (13.815) 10.982 600 277 (13.215) 11.259 OUTROS CUSTOS: Depreciações, amortizações e imparidade 74.531 212.465 9.094 30.605 83.625 243.070 Provisões e ajustamentos 5.830 10.176 28 2.902 5.858 13.078 Custos/ (proveitos) não recorrentes 28.911 59.843 (2.153) (1.344) 26.758 58.499

Decorrente das alterações de políticas descritas na nota 2.1 os resultados das empresas controladas conjuntamente encontram-se refletidas na rúbrica de “Perdas / (Ganhos) em empresas participadas”, sendo os resultados da Dreamia – Serviços de Televisão, S.A. e Dreamia Holding B.V. incluídos no segmento de “Audiovisuais” e os resultados da SPORT TV Portugal, S.A., MSTAR, S.A., Upstar Comunicações S.A. e FINSTAR – Sociedade de investimentos e Participações, S.A. incluídos no segmento “Telco”.

As transações inter-segmentos são efetuadas a condições e termos de mercado, equiparáveis às transações efetuadas com entidades terceiras.

Os ativos e passivos por segmento, bem como os investimentos em ativos fixos tangíveis e intangíveis a 31 de dezembro de 2012, decorrente das alterações de políticas descritas na Nota 1, são como segue:

310 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ATIVOS E PASSIVOS POR SEGMENTO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

AUDIO NÃO TELCO ELIMINAÇÕES GRUPO VISUAIS ALOCADOS Ativos 1.430.017 124.949 (136.059) 96.599 1.515.505 Investimento em empresas participadas 33.146 1.933 - - 35.079 TOTAL DE ATIVOS 1.463.163 126.882 (136.059) 96.599 1.550.584 PASSIVOS 334.760 116.746 (136.059) 1.015.728 1.331.176 INVESTIMENTO EM ATIVOS TANGÍVEIS 115.071 2.806 - - 117.8 77 INVESTIMENTO EM ATIVOS INTANGÍVEIS 52.477 26.536 - - 79.013

A 31 de dezembro de 2012, os ativos e passivos reexpressos não alocados aos segmentos detalham-se da seguinte forma:

ATIVOS E PASSIVOS NÃO ALOCADOS AO SEGMENTO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

ATIVOS PASSIVOS NÃO ALOCADOS: Impostos diferidos (Nota 17) 52.193 7.488 Imposto corrente (Nota 26) 70 918 Empréstimos - correntes (Nota 33) -295.328 Empréstimos - não correntes (Nota 33) - 711.994 Ativos financeiros disponíveis para venda (Nota 30) 20.629 - Ativos não correntes detidos para venda 678 - Investimento detidos até à maturidade (Nota 29) 22.187 - Propriedades de investimento 842 - 96.599 1.015.728

Os ativos e passivos por segmento, bem como os investimentos em ativos fixos tangíveis e intangíveis a 31 de dezembro de 2013, são como segue:

311

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ATIVOS E PASSIVOS POR SEGMENTO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

AUDIO NÃO TELCO ELIMINAÇÕES GRUPO VISUAIS ALOCADOS Ativos 2.680.341 126.137 (144.051) 195.289 2.857.716 Investimento em empresas participadas 29.927 1.687 - - 31.614 TOTAL DE ATIVOS 2.710.268 127.824 (144.051) 195.289 2.889.330 PASSIVOS 695.360 120.682 (144.051) 1.157.126 1.829.117 INVESTIMENTO EM ATIVOS TANGÍVEIS 143.684 3.067 - - 146.751 INVESTIMENTO EM ATIVOS INTANGÍVEIS 38.955 26.617 - - 65.572

A 31 de dezembro de 2013, os ativos e passivos não alocados aos segmentos detalham-se da seguinte forma:

ATIVOS E PASSIVOS NÃO ALOCADOS AO SEGMENTO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

ATIVOS PASSIVOS NÃO ALOCADOS: Impostos diferidos (Nota 17) 165.416 15.456 Imposto corrente (Nota 26) 9.065 - Empréstimos - correntes (Nota 33) -213.431 Empréstimos - não correntes (Nota 33) - 928.239 Ativos financeiros disponíveis para venda (Nota 30) 19.329 - Ativos não correntes detidos para venda 678 - Investimento detidos até à maturidade (Nota 29) - - Propriedades de investimento 801 - 195.289 1.157.126

As variações ocorridas nas rubricas de ativos e passivos do segmento “Telco”, devem-se predominantemente à inclusão neste segmento dos contributos das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

312 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

7. RECEITAS OPERACIONAIS

As receitas operacionais consolidadas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 repartem- se da seguinte forma:

RECEITAS OPERACIONAIS CONSOLIDADAS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS: Telco i) 172.386 694.125 317.714 882.443 Audiovisuais e exibição cinematográfica ii) 16.080 63.462 16.022 63.026 188.466 757.587 333.736 945.469 VENDAS: Telco iii) 670 4.794 10.332 16.235 Audiovisuais e exibição cinematográfica iv) 5.695 20.011 5.389 19.411 6.365 24.805 15.721 35.646 OUTRAS RECEITAS: Telco 1.615 4.243 2.676 6.843 Audiovisuais e exibição cinematográfica 163 498 1.774 2.301 1.778 4.741 4.450 9.144 196.609 787.133 353.907 990.259

Estas receitas operacionais encontram-se líquidas de eliminações intercompanhias. i) Esta rubrica inclui essencialmente receitas relativas: (a) subscrição de pacotes de canais base que podem ser comercializados em bundle com os serviços de banda larga fixa e/ou voz fixa; (b) subscrição de pacotes de canais premium e S-VOD; (c) aluguer de equipamento terminal; (d) consumo de conteúdos (VOD); (e) tráfego e terminação voz móvel e fixa; (f) ativação do serviço; (g) acesso à Internet de banda larga móvel e (h) outros serviços adicionais (ex: firewall, antivírus). ii) Esta rubrica inclui essencialmente: a. receitas de bilheteira e publicidade nos cinemas da ZON LM Cinemas. b. receitas relativas à distribuição de filmes a outros exibidores cinematográficos em Portugal e à produção e comercialização de conteúdos audiovisuais. iii) Esta rubrica inclui essencialmente receitas relativas à venda de equipamento terminal, telefones e telemóveis. iv) Esta rubrica inclui essencialmente a venda de produtos de bar da ZON LM Cinemas e DVDs.

313

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

As variações positivas ocorridas nas rúbricas de receitas operacionais, devem-se predominantemente às receitas das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

8. CUSTOS COM O PESSOAL

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

CUSTOS COM PESSOAL

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO Remunerações 11.603 44.841 18.896 52.117 Encargos sociais 2.013 8.069 4.300 11.068 Benefícios sociais 283 865 380 1.039 Outros 215 623 1.589 1.969 14.114 54.398 25.165 66.193

Nos exercícios de 2012 e 2013, o número médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi de 1.467 e 1.798 empregados, respetivamente.

No final do exercício de 2013, o número de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação ascendia a 2.494 empregados.

A variação ocorrida na rúbrica de custos com o pessoal, deve-se predominantemente aos custos com o pessoal das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

314 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

9. CUSTOS DIRETOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

CUSTOS DIRETOS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO Custos de conteúdos 40.554 163.955 41.372 159.706 Custos de telecomunicações 11.861 45.566 55.681 110.216 Repartição de receitas de publicidade 3.429 11.131 3.968 10.985 Outros 1.163 3.8 99 1.647 4.8 77 57.007 224.551 102.668 285.784

A variação ocorrida na rúbrica de Custos de telecomunicações, deve-se predominantemente aos custos de telecomunicações das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

10. CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO Custo das mercadorias vendidas 1.026 6.441 13.607 21.051 Aumentos/(diminuições) da imparidade para inventários (Nota 25) (107) (26) (128) (712) 919 6.415 13.479 20.339

A variação ocorrida na rúbrica de custos das mercadorias vendidas, deve-se predominantemente aos custos das vendas de equipamentos (predominantemente telemóveis) das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

315

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

11. SERVIÇOS DE SUPORTE E FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

SERVIÇOS DE SUPORTE E FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO SERVIÇOS DE SUPORTE: Call centers e apoio a cliente 5.653 23.320 9.104 24.360 Sistemas de informação 4.581 17.129 6.316 18.558 Suporte administrativo e outros 4.610 18.570 8.197 22.837 14.844 59.019 23.617 65.755 FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS: Comissões 1.222 4.186 6.041 10.156 Manutenção e reparação 6.344 26.995 11.263 36.192 Rendas e alugueres 4.941 21.574 10.807 28.478 Trabalhos especializados 4.099 15.372 7.429 14.682 Comunicação 1.806 7.066 2.160 6.983 Instalação e montagem de equipamento terminal 1.355 5.142 2.225 5.669 Outros fornecimentos e serviços externos 5.567 20.936 8.817 25.873 25.333 101.271 48.742 128.033

As variações positivas ocorridas nas rúbricas de Fornecimento e serviços externos, devem-se predominantemente aos custos das empresas fusionadas em 27 de agosto de 2013 (Nota 5).

316 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

12. OUTROS CUSTOS / (GANHOS)

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

OUTROS CUSTOS / (GANHOS)

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO OUTROS CUSTOS / (GANHOS) OPERACIONAIS: Quotizações 145 420 195 481 Outros (ganhos) e custos líquidos 283 347 (226) (90) 428 767 (31) 391 OUTROS CUSTOS / (GANHOS) NÃO RECORRENTES: Aumento da imparidade de clientes de cobrança duvidosa --7604.311 (Nota 23) Aumento da imparidade de inventários (Nota 25) ---4.550 Aumento da imparidade de ativos tangíveis (Nota 32) - - 5.587 5.587 Aumento das provisões (Nota 38) --(788)7.269 Outros (ganhos) e custos líquidos 4 165 13.650 13.767 4 165 19.209 35.484

A variação positiva ocorrida na rubrica de outros custos não recorrentes está relacionado com um aumento de provisões resultantes do alinhamento de estimativas entre as empresas do Grupo em resultado das alterações no perímetro de consolidação (Nota 5), não sendo expectável que os mesmos se repitam nos períodos posteriores.

13. PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO Provisões (Nota 38) 391 291 (1.417) (5.594) Imparidade de Contas a receber - clientes (Nota 23) 2.212 8.556 7.010 18.323 Imparidade de Contas a receber - outros (Nota 24) - - 268 357 Recuperação de dívidas (2) (8) (3) (8) 2.601 8.839 5.858 13.078

317

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

14. CUSTOS DE FINANCIAMENTO E OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os custos de financiamento e outros custos financeiros líquidos têm a seguinte composição:

CUSTOS DE FINANCIAMENTO E OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO CUSTOS DE FINANCIMENTO: JUROS SUPORTADOS: Empréstimos obtidos 7.665 34.377 9.056 30.651 Equity swap e derivados 690 1.855 892 3.547 Locações financeiras 1.206 4.312 1.597 6.099 Outros 56 249 177 275 9.617 40.793 11.722 40.572 JUROS OBTIDOS (3.570) (18.687) (2.285) (8.872) 6.047 22.106 9.437 31.700 OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS: Comissões e Garantias 3.234 11.968 3.065 14.200 Outros 1.054 4.360 8 58 3.309 4.288 16.328 3.923 17.509

A redução dos juros obtidos de depósitos a prazo, em consequência quer do decréscimo do valor médio das aplicações financeiras quer pela redução das taxas de juro das aplicações.

318 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

15. PERDAS / (GANHOS) EM ATIVOS FINANCEIROS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

PERDAS / (GANHOS) EM ATIVOS FINANCEIROS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO Perdas por Imparidade do FICA (Nota 30) - 1.200 - 1.300 Outros 10 (562) 10 40 10 638 10 1.340

16. PERDAS / (GANHOS) EM EMPRESAS PARTICIPADAS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

PERDAS / (GANHOS) EM EMPRESAS PARTICIPADAS

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (NOTA 28) Sport TV 167 1.157 277 2.904 Dreamia 54 (1.303) 306 52 Finstar 918 1.796 (2.122) (6.731) Mstar (51) 204 (16) (327) Upstar (19) (9) (3) (15) Outros 19 217 18 242 1.088 2.062 (1.540) (3.875)

319

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

17. IMPOSTOS E TAXAS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS e as suas empresas participadas são tributadas em sede de IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas à taxa de 25% (17,5% no caso da ZON TV Cabo Açoreana), acrescida de Derrama à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma uma taxa agregada de cerca de 26,5%. Nas medidas de austeridade previstas pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para 2013, esta taxa é elevada em 3% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 1,5 milhões de euros e inferior a 7,5 milhões de euros, e é elevada em 5% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 7,5 milhões de euros. No apuramento da matéria coletável, à qual são aplicadas as referidas taxas de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente.

Nas medidas que aprovam a Reforma do IRC, publicadas pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, a taxa de IRC foi alterada para 23% e adicionado um escalão à derrama estadual em que a taxa é elevada em 7% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 35 milhões de euros. O Grupo efetuou a correção dos ativos e passivos por impostos diferidos registados. A correção implicou uma variação no montante de aproximadamente 10,9 milhões de euros dos impostos diferidos.

A ZON OPTIMUS é tributada de acordo com o regime especial de tributação dos grupos de sociedades (RETGS), do qual fazem parte as empresas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 90% do seu capital e cumprem os requisitos previstos no artigo 69º do Código do IRC, com exceção das empresas incorporadas durante o exercício de 2013 (Nota 1) que se detalham conforme segue:

• Be Artis • Be Toweing • Optimus • Per-mar • Sontária

As empresas que fazem parte do RETGS em 2013 são as seguintes:

• ZON OPTIMUS • ZON Lusomundo TV • Empracine

320 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

• Lusomundo SII • ZON Cinemas SGPS • ZON Audiovisuais SGPS • ZON TV Cabo • ZON Televisão por Cabo SGPS • Lusomundo Imobiliária 2 • ZON LM Audiovisuais • ZON LM Cinemas • ZON Conteúdos

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção, por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais (cujo prazo é de cinco ou seis anos), tenham sido obtidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, sobre estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.

O Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, suportado nas informações dos seus consultores fiscais, entende que eventuais revisões e correções dessas declarações fiscais, bem como outras contingências de natureza fiscal, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de dezembro de 2013.

A) IMPOSTOS DIFERIDOS

A ZON OPTIMUS e as suas empresas participadas registaram impostos diferidos relacionados com as diferenças temporárias entre a base fiscal e a contabilística dos ativos e passivos, bem como com os prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira.

O movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 foi conforme segue:

321

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

MOVIMENTO DOS ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

IMPOSTOS DIFERIDOS DO ALTERAÇÕES EXERCÍCIO 31-12-2011 31-12-2012 DE CAPITAL REEXPRESSO RESULTADO REEXPRESSO PERÍMETRO PRÓPRIO (NOTA B) (NOTA 39) ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Créditos de cobrança duvidosa 4.942 - 400 - 5.342 Inventários 1.508 - (18) - 1.490 Outras provisões e ajustamentos 28.645 - (781) - 27.864 Mais-valias intragrupo 18.205 - (2.324) - 15.881 Derivados 683 - - 933 1.616 Prejuízos fiscais reportáveis 818 - (818) - - 54.801 - (3.541) 933 52.193 PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Reavaliação de ativos fixos tangíveis 4.052 - (1.276) - 2.776 Capitalização de custos de angariação de clientes 3.579 - 1.133 - 4.712 Derivados 154 - - (154) - 7.785 - (143) (154) 7.488 TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS LÍQUIDOS 47.016 - (3.398) 1.087 44.705

MOVIMENTO DOS ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

IMPOSTOS DIFERIDOS DO ALTERAÇÕES EXERCÍCIO 31-12-2012 DE CAPITAL 31-12-2013 REEXPRESSO RESULTADO PERÍMETRO PRÓPRIO (NOTA B) (NOTA 39) ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Créditos de cobrança duvidosa 5.342 11.163 (432) - 16.073 Inventários 1.490 678 1.048 - 3.216 Outras provisões e ajustamentos 27.864 68.625 (14.620) - 81.869 Mais-valias intragrupo 15.881 18.241 (6.246) - 27.876 Passivos registados no âmbito da alocação do justo valor aos passivos adquiridos na operação de fusão - 13.526 (2.522) - 11.004 (Nota 5) Derivados 1.616 - - (923) 693 Incentivos fiscais - 11.867 2.526 - 14.393 Prejuízos fiscais reportáveis - 4.502 5.790 - 10.292 52.193 128 .602 (14.456) (923) 165.416 PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS Reavaliação de ativos fixos tangíveis 2.776 - (1.361) - 1.415 Capitalização de custos de angariação de clientes 4.712 - (4.712) - - Revalorizações de ativos no âmbito da alocação do justo valor aos ativos adquiridos na operação de - 10.997 2.137 - 13.134 fusão (Nota 5) Outras provisões e ajustamentos - 1.142 (235) - 907 7.488 12.139 (4.171) - 15.456 TOTAL DE IMPOSTOS DIFERIDOS LÍQUIDOS 44.705 116.463 (10.285) (923) 149.960

322 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A 31 de dezembro de 2013, os ativos por imposto diferido referentes a outras provisões e ajustamentos referem-se predominantemente a: i) imparidades, acelerações de amortizações para além das amortizações fiscalmente aceites e outros ajustamentos em ativos fixos tangíveis e intangíveis no montante de 59,1 milhões de euros; ii) diferenças temporárias geradas com os ajustamentos de conversão para IAS/IFRS à data de 31 de dezembro de 2009, no montante de 7,2 milhões de euros; e iii) provisões diversas no montante de 15,6 milhões de euros. A 31 de dezembro de 2013, o passivo por imposto diferido referente à revalorização de ativos no âmbito da alocação do justo valor aos ativos adquiridos na operação de fusão refere-se à valorização da carteira de clientes, licenças de telecomunicações e outros ativos das empresas do Grupo Optimus.

A 31 de dezembro de 2013 encontravam-se por registar ativos por impostos diferidos no montante de 6.860 milhares de euros correspondentes a: i) prejuízos fiscais, predominantemente do exercício de 2009, no montante de 2.530 milhares de euros; ii) incentivos fiscais no montante de 1.136 milhares de euros; e iii) diferenças temporárias no montante de 449 milhares de euros.

Os ativos por impostos diferidos foram reconhecidos na medida em que é provável que ocorram lucros tributáveis no futuro que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos planos de negócios das empresas do Grupo, periodicamente revistos e atualizados.

Em 31 de dezembro de 2013, a taxa de imposto utilizada, para o apuramento dos impostos diferidos ativos relativos a prejuízos fiscais foi de 23%. No caso das diferenças temporárias, a taxa utilizada foi de 24,5% elevada até um máximo de 3,8% de derrama estadual quando se entendeu como provável a tributação das diferenças temporárias no período estimado de aplicação da referida taxa. Os benefícios fiscais, por se tratarem de deduções à coleta, são considerados a 100%, sendo que em alguns casos, a sua integral aceitação encontra-se dependente da aprovação das autoridades concedentes de tais benefícios fiscais.

Nos termos da legislação em vigor em Portugal os prejuízos fiscais gerados até 2009, de 2010 a 2011, e a partir de 2012 são reportáveis durante um período de seis anos, quatro anos e cinco anos, respetivamente, após a sua ocorrência e suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período, até ao limite de 75% do lucro tributável, em 2013, e 70% do lucro tributável nos exercícios seguintes.

323

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

B) RECONCILIAÇÃO DA TAXA EFETIVA DE IMPOSTO

Nos exercícios findos em 31 dezembro de 2012 e 2013, a reconciliação entre as taxas nominal e efetiva de imposto, é como segue:

RECONCILIAÇÃO ENTRE AS TAXAS NOMINAL E EFETIVA DE IMPOSTO

12M 12 12M 13 REEXPRESSO

Resultado antes de impostos 59.666 27.692 Taxa nominal de imposto 26,5% 26,5% IMPOSTO ESPERADO 15.811 7.338 Diferenças permanentes i) 1.776 1.521 Diferenças de taxa nominal de imposto entre empresas do Grupo (102) (40) Insuficiência /(excesso) de imposto 1.047 537 Benefícios fiscais ii) (1.427) (5.496) Derrama estadual 1.538 790 Impacto da correção dos impostos diferidos em resultado da alteração da -10.864 taxa de IRC para 23% a partir de 2014 Tributação autónoma 756 1.203 Outros (97) (284) IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 19.303 16.433 Taxa efetiva de imposto 32,4% 59,3% Imposto corrente (Nota 26) 15.905 6.148 Imposto diferido 3.398 10.285 19.303 16.433

i) Em 31 de dezembro de 2012 e 2013 as diferenças permanentes têm a seguinte composição:

324 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DIFERENÇAS PERMANENTES

12M 12 12M 13 REEXPRESSO

Provisões -7.433 Amortizações e perdas por imparidade não aceites fiscalmente 3.115 1.814 Efeito de aplicação da equivalência patrimonial (Nota 16) 2.062 (3.875) Outros 1.523 367 6.700 5.739 26,50% 26,50% 1.776 1.521

ii) Registo de impostos diferidos pelo Grupo do benefício fiscal - SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial) - previsto na Lei n.º 40/2005, de 3 de agosto, do RFAI (Regime Fiscal de Apoio ao Investimento) – previsto na Lei n.º 10/2009, de 10 de março e CFEI (Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento) – previsto na Lei n.º 49/2013, de 16 de julho. Nos termos do Código do IRC, o imposto liquidado não pode ser inferior a 90% do montante que seria apurado se a Empresa não usufruísse de benefícios fiscais. Deste modo, este montante corresponde à referida diferença, considerando que o valor é apurado na sociedade dominante do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades e os benefícios fiscais apurados nas sociedades dominadas.

325

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

18. INTERESSES NÃO CONTROLADOS

Os movimentos dos interesses não controlados ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 e os resultados atribuíveis a interesses não controlados no exercício são como segue:

INTERESSES MINORITÁRIOS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

DIVIDENDOS RESULTADO 31-12-2011 ATRIBUÍDOS 31-12-2012 ATRIBUÍDO (NOTA 20) Zon TV Cabo Madeirense 6.222 573 (329) 6.466 Zon TV Cabo Açoreana 2.768 118 - 2.886 Grafilme 951 177 (1.128) - Lusomundo SII 6--6 Empracine 1--1 Lusomundo Imobiliária 2, SA 36 1 - 37 9.983 869 (1.457) 9.396

INTERESSES MINORITÁRIOS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

DIVIDENDOS RESULTADO 31-12-2012 ATRIBUÍDOS 31-12-2013 ATRIBUÍDO (NOTA 20) Zon TV Cabo Madeirense 6.466 485 (229) 6.722 Zon TV Cabo Açoreana 2.886 (37) - 2.849 Lusomundo SII 6--6 Empracine 1--1 Lusomundo Imobiliária 2, SA 37 - - 37 9.396 449 (229) 9.615

326 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

19. RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Os resultados por ação nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 foram calculados como segue:

RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

4º TRIM 12 12M 12 4º TRIM 13 12M 13 REEXPRESSO REEXPRESSO

Resultado líquido consolidado, atribuível a acionistas 8.156 39.494 (13.094) 10.810 Nº de ações ordinárias em circulação no período 308.694.536 308.824.977 514.758.989 379.906.817 (média ponderada) Resultado básico por ação - euros 0,03 0,13 (0,03) 0,03 Resultado diluído por ação - euros 0,03 0,13 (0,03) 0,03

Nos períodos apresentados não existiram quaisquer efeitos diluitivos com impacto no resultado líquido por ação, pelo que este é igual ao resultado básico por ação.

327

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

20. DIVIDENDOS

Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 24 de abril de 2013, a proposta do Conselho de Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,12 euros, no montante de 37.093 milhares de euros, referente ao resultado líquido reportado apurado no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 de 35.720 milhares de euros acrescido de reservas livres no montante de 1.371 milhares de euros. O valor do dividendo atribuível a ações próprias foi transferido para resultados acumulados, o qual ascendeu a 48 milhares de euros.

DIVIDENDOS 2013

Dividendos atribuídos 37.093 Dividendos atribuídos ações próprias (48) 37.045

No primeiro semestre de 2013 foram pagos dividendos no montante de 229 milhares de euros aos acionistas minoritários da empresa ZON TV Cabo Madeirense.

Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 27 de abril de 2012, a proposta do Conselho de Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,16 euros, no montante de 49.455 milhares de euros, referente ao resultado líquido reportado apurado no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de 34.726 milhares de euros acrescido de reservas livres no montante de 14.730 milhares de euros. O valor do dividendo atribuível a ações próprias foi transferido para resultados acumulados, o qual ascendeu a 17 milhares de euros.

DIVIDENDOS 2012

Dividendos atribuídos 49.455 Dividendos atribuídos ações próprias (17) 49.438

No primeiro semestre de 2012 foram pagos dividendos no montante de 329 milhares de euros aos acionistas minoritários da empresa ZON TV Cabo Madeirense. No segundo semestre com a liquidação da Grafilme foram pagos dividendos aos acionistas minoritários no montante de 1.128 milhares de euros.

328 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

21. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DA IAS 39 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS: RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

As políticas contabilísticas previstas na IAS 39 para os instrumentos financeiros foram aplicadas aos seguintes itens:

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DO IAS 39

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

ATIVOS EMPRÉSTIMOS INVESTIMENTOS DERIVADOS FINANCEIROS E VALORES A DETIDOS ATÉ À DE DISPONÍVEIS RECEBER MATURIDADE COBERTURA PARA VENDA ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 22) 273.179 - - - Contas a receber - clientes (Nota 23) 119.147 - - - Contas a receber - outros (Nota 24) 37.836 - - - Ativos disponíveis para venda (Nota 30) -20.629- - Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) -- -- Investimentos detidos até à maturidade (Nota 29) - - 22.187 - TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 430.162 20.629 22.187 - PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 33) -- -- Contas a pagar - fornecedores (Nota 34) -- -- Contas a pagar - outros (Nota 35) -- -- Acréscimos de custos (Nota 36) -- -- Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) - - - 6.096 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS -- -6.096

OUTROS TOTAL ATIVOS ATIVOS/ PASSIVOS / PASSIVOS PASSIVOS NÃO TOTAL FINANCEIROS FINANCEIROS FINANCEIROS

ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 22) - 273.179 - 273.179 Contas a receber - clientes (Nota 23) - 119.147 - 119.147 Contas a receber - outros (Nota 24) -37.8362.69040.526 Ativos disponíveis para venda (Nota 30) - 20.629 - 20.629 Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) ---- Investimentos detidos até à maturidade (Nota 29) - 22.187 - 22.187 TOTAL ATIVOS FINANCEIROS - 472.978 2.690 475.668 PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 33) 1.007.322 1.007.322 - 1.007.322 Contas a pagar - fornecedores (Nota 34) 157.551 157.551 582 158.133 Contas a pagar - outros (Nota 35) 52.350 52.350 - 52.350 Acréscimos de custos (Nota 36) 50.274 50.274 - 50.274 Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) - 6.096 - 6.096 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS 1.267.497 1.273.593 582 1.274.175

329

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DO IAS 39

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

ATIVOS EMPRÉSTIMOS INVESTIMENTOS DERIVADOS FINANCEIROS E VALORES A DETIDOS ATÉ À DE DISPONÍVEIS RECEBER MATURIDADE COBERTURA PARA VENDA ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 22) 74.380 - - - Contas a receber - clientes (Nota 23) 276.630 - - - Contas a receber - outros (Nota 24) 33.235 - - - Ativos disponíveis para venda (Nota 30) -19.329- - Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) -- -- Investimentos detidos até à maturidade (Nota 29) - - - - TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 384.245 19.329 - - PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 33) -- -- Contas a pagar - fornecedores (Nota 34) -- -- Contas a pagar - outros (Nota 35) -- -- Acréscimos de custos (Nota 36) -- -- Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) - - - 2.814 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS -- -2.814

OUTROS TOTAL ATIVOS ATIVOS/ PASSIVOS / PASSIVOS PASSIVOS NÃO TOTAL FINANCEIROS FINANCEIROS FINANCEIROS

ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 22) -74.380-74.380 Contas a receber - clientes (Nota 23) -276.630-276.630 Contas a receber - outros (Nota 24) - 33.235 4.937 38.172 Ativos disponíveis para venda (Nota 30) - 19.329 - 19.329 Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) ---- Investimentos detidos até à maturidade (Nota 29) - - - - TOTAL ATIVOS FINANCEIROS - 403.573 4.937 408.511 PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 33) 1.141.670 1.141.670 - 1.141.670 Contas a pagar - fornecedores (Nota 34) 296.715 296.715 108 296.823 Contas a pagar - outros (Nota 35) 70.748 70.748 - 70.748 Acréscimos de custos (Nota 36) 129.902 129.902 - 129.902 Instrumentos financeiros derivados (Nota 40) - 2.814 - 2.814 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS 1.639.035 1.641.849 108 1.641.957

330 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os saldos de impostos a recuperar e impostos a pagar, dada a sua natureza, foram considerados como instrumentos financeiros não abrangidos pela IFRS 7. De igual forma, as rubricas de pagamentos antecipados e proveitos diferidos não foram consideradas nesta desagregação por serem constituídas por saldos não abrangidos no âmbito da IFRS 7.

É entendimento do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor das classes de instrumentos financeiros registados ao custo amortizado e dos registados ao valor presente dos pagamentos não difere de forma significativa do seu valor contabilístico, atendendo às condições contratuais de cada um desses instrumentos financeiros.

22. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Caixa 1.430 1.085 Depósitos à ordem 4.663 13.093 Depósitos a prazo i) 267.086 60.202 273.179 74.380

i) Em 31 de dezembro de 2013, os depósitos a prazo têm maturidades de curto prazo e vencem juros a taxas de mercado.

331

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

23. CONTAS A RECEBER – CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

CONTAS A RECEBER - CLIENTES

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Contas a receber de clientes 107.361 216.374 Contas a receber de clientes de cobrança duvidosa 135.679 180.609 Valores a faturar 7.870 60.030 250.910 457.013 Imparidade de contas a receber de clientes (131.763) (180.383) 119.147 276.630

IMPARIDADE DAS CONTAS A RECEBER

O resumo dos movimentos ocorridos nos ajustamentos por imparidade foram os seguintes:

IMPARIDADE DAS CONTAS A RECEBER

12M 12 12M 13 REEXPRESSO SALDOS EM 1 DE JANEIRO 123.677 131.763 Alteração de perimetro (Nota 5) -28.469 Aumentos e reduções (Nota 13) 8.556 18.323 Utilizações / Outros (470) (2.483) Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Nota 12) -4.311 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 131.763 180.383

O aumento significativo nas rúbricas de contas a receber de clientes e valores a faturar, resulta predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5).

332 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

24. CONTAS A RECEBER - OUTROS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

CONTAS A RECEBER – OUTROS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Adiantamentos a fornecedores 2.690 - 4.937 - Contas a receber i) 33.346 1.672 10.730 4.660 Valores a faturar 306 - 1.647 - Sociedade de informação (Nota 36) ii) - - 10.501 - Outros 2.581 28 5.891 513 38.923 1.700 33.706 5.173 Imparidade de outras contas a receber (97) - (707) - 38.826 1.700 32.999 5.173

i) A rubrica “Contas a receber” diz respeito sobretudo à concessão de suprimentos à Upstar e Dreamia os quais venceram juros a uma taxa de aproximadamente 5,7%, e um montante a receber da Sonaecom predominantemente respeitante aos contratos de cobertura relativos aos planos de ações. (Nota 43). ii) Em 31 de dezembro de 2013, a posição líquida do Grupo com a “Fundação para as Comunicações Móveis”, no âmbito do programa “Iniciativas E”, corresponde a um valor a receber no montante de 10.501 milhares de euros.

IMPARIDADE DAS CONTAS A RECEBER - OUTROS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO SALDOS EM 1 DE JANEIRO 347 97 Alteração de perimetro (Nota 5) -649 Aumentos (Nota 13) -357 Utilizações (250) (396) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 97 707

333

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

25. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

INVENTÁRIOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO INVENTÁRIOS Telco 33.235 41.645 Audiovisuais 3.823 3.108 37.058 44.753 IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS Telco (3.722) (10.449) Audiovisuais (1.755) (1.725) (5.477) (12.174) 31.581 32.579

Em 31 de dezembro de 2013, cerca de 3.276 milhares de euros do valor registado em inventários do negócio Telco encontra-se à consignação, essencialmente, em agentes diretos (4.049 milhares de euros em 31 de dezembro de 2012) e 3.144 milhares de euros em poder de terceiros (782 milhares de euros em 31 de dezembro de 2012).

IMPARIDADE DE INVENTÁRIOS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO SALDO EM 1 DE JANEIRO 4.883 5.477 Alteração de perimetro (Nota 5) -2.304 Aumentos e reduções - Custos mercadorias vendidas (Nota 10) (26) (712) Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Nota 12) - 4.550 Transferências e outros 620 555 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO 5.477 12.174

334 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

26. IMPOSTOS A PAGAR E A RECUPERAR

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

IMPOSTO A PAGAR E RECUPERAR

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO

DEVEDOR CREDOR DEVEDOR CREDOR CORRENTE Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.057 9.597 2.337 17.954 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas 70 918 9.065 - Segurança Social - 943 - 1.957 Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - 943 - 2.107 Outros 430 124 428 974 2.557 12.525 11.830 22.992 NÃO CORRENTE Administração fiscal (Nota 44.3) - - 7.705 - Provisão (Nota 38) - - (3.479) - --4.226- 2.557 12.525 16.056 22.992

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os montantes a receber e a pagar relativos a IRC têm a seguinte composição:

IMPOSTO A PAGAR E RECUPERAR - IRC

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Estimativa do imposto corrente sobre o rendimento i) (15.814) (7.365) Pagamentos por conta 10.499 12.838 Retenções efetuadas a/por terceiros 4.397 2.856 Outros 70 736 (848) 9.065 Imposto a recuperar 70 9.065 Imposto a pagar (918) - (848) 9.065

335

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

i) o montante relativo à estimativa do imposto corrente sobre o rendimento foi registado por contrapartida das seguintes rubricas:

IMPOSTO CORRENTE SOBRE O RENDIMENTO

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Imposto corrente (Nota 17) (15.905) (6.148) Alteração de perímetro (Nota 5) - (1.500) Outros 91 283 (15.814) (7.365)

27. PAGAMENTOS ANTECIPADOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

PAGAMENTOS ANTECIPADOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Custos da atividade de contencioso i) -13.696 Rendas e alugueres 2.309 3.535 Custos de programação 1.458 2.048 Seguros 375 1.577 Conservação e reparação 1.381 803 Patrocínios ii) 1.134 700 Licenças Software 1.300 524 Outros 1.929 2.663 9.886 25.546

i) O valor dos custos da atividade de contencioso corresponde ao montante pago pela entrada de processos em tribunal de Clientes em contencioso e à estimativa da responsabilidade total do processo na via judicial, montante este que é reconhecido linearmente em resultados à medida do desenrolar do processo.

336 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ii) Em julho de 2010, a ZON TV Cabo assinou um contrato com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, tendo assegurado o copatrocínio com a Sociedade Central de Cervejas. O valor do patrocínio para a época 2013/2014 está a ser reconhecido linearmente em resultados pelo decorrer da época desportiva.

337

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

28. INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO PARTES DE CAPITAL - EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Sport tv 32.803 29.769 Dreamia 1.815 1.68 7 Finstar (20.672) (13.466) Mstar (665) (321) Upstar 35 53 Distodo 103 (125) Canal 20 TV, S.A. 55 ZON II 50 50 ZON III 50 50 Big Picture 2 Films 15 - 13.539 17.702 ATIVO 35.079 31.614 PASSIVO (NOTA 38) (21.540) (13.912)

A rubrica de Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas registou a seguinte evolução em 2012 e 2013:

INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS

MOVIMENTOS NOS EXERCÍCIOS DE 2012 E 2013

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO SALDO EM 1 DE JANEIRO 16.247 13.539 Ganhos/ (perdas) do exercício (Nota 16) (2.062) 3.875 Variações em capital próprio i) (646) 288 SALDO EM 31 DE DEZEMBRO 13.539 17.702

i) Montantes relativos às variações patrimoniais das empresas registadas pelo método de equivalência patrimonial que dizem respeito predominantemente aos impactos cambiais dos investimentos em moeda diferente do euro.

338 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O interesse do Grupo nos resultados e nos ativos e passivos das empresas controladas conjuntamente e associadas, relativos aos exercícios de 2012 e 2013, é o seguinte:

INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS – 2012

VALORES EM MILHARES DE EUROS

GANHOS / RESULTADO (PERDAS) ENTIDADE ATIVOS PASSIVOS RÉDITOS % DETIDA LÍQUIDO ATRIBUÍDAS AO GRUPO Sport TV 179.747 113.986 143.504 (2.313) 50,00% (1.156) Dreamia 10.936 7.305 18.973 2.606 50,00% 1.303 Finstar 60.725 129.630 107.541 (5.987) 30,00% (1.796) Mstar 2.890 5.107 5.766 (681) 30,00% (204) Upstar 84.473 84.355 43.458 29 30,00% 9 Distodo 476 271 834 (472) 50,00% (236) Canal 20 TV, S.A. 66 57 - - 50,00% - ZON II 50 - - - 100,00% - ZON III 50 - - - 100,00% - Big Picture 2 Films 492 418 4.326 94 20,00% 19

INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOCIADAS – 2013

VALORES EM MILHARES DE EUROS

GANHOS / RESULTADO (PERDAS) ENTIDADE ATIVOS PASSIVOS RÉDITOS % DETIDA LÍQUIDO ATRIBUÍDAS AO GRUPO Sport TV 119.279 59.496 123.967 (5.807) 50,00% (2.904) Dreamia 10.743 7.215 2.083 (103) 50,00% (52) Finstar 46.070 90.749 143.896 22.436 30,00% 6.731 Mstar 4.721 5.865 9.960 1.091 30,00% 327 Upstar 42.861 42.684 50.149 51 30,00% 15 Distodo 283 532 742 (455) 50,00% (227) Canal 20 TV, S.A. 66 57 - - 50,00% - ZON II 50 - - - 100,00% - ZON III 50 - - - 100,00% - Big Picture 2 Films 681 683 3.874 (76) 20,00% (15)

339

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

29. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Obrigações de Tesouro 20.174 - Juros 2.013 - 22.187 -

As Obrigações adquiridas pelo Grupo em novembro de 2011 venceram-se em setembro de 2013.

340 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

30. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a rubrica de ativos financeiros disponíveis para venda tem a seguinte composição:

ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Fundo de investimento para o cinema e audiovisual ("FICA") 20.546 19.246 Outros 83 83 20.629 19.329

O saldo reconhecido nesta rubrica refere-se essencialmente ao Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual constituído em 2007, dando cumprimento ao previsto no artigo 67º do DL nº 227/2006, de 15 de novembro. Este fundo tem por objeto o investimento em obras cinematográficas, audiovisuais e multiplataforma, com vista a aumentar e melhorar a oferta e o valor potencial dessas produções. A ZON OPTIMUS subscreveu 30,12% das unidades de participação deste fundo conjuntamente com outras empresas do meio audiovisual. Na rubrica de “Contas a pagar - outras” (ver nota 35) encontra-se registado o valor da obrigação assumida de contribuir para o fundo, no montante de 17.500 milhares de euros, que corresponde ao valor presente das prestações em dívida.

Com base nas últimas contas divulgadas do fundo e nas estimativas do valor de recuperação dos ativos (Nota 15), foi registado uma perda por imparidade de 1.300 milhares de euros (1.200 milhares de euros em 2012).

341

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

31. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos ocorridos nos valores de custo de aquisição e amortizações acumuladas desta rubrica foram como segue:

ATIVOS FIXOS INTANGÍVEIS

2012

31-12-2011 ALTERAÇÃO AJUSTAMENTOS TRANFERÊNCIAS 31-12-2012 AUMENTOS REEXPRESSO DE PERÍMETRO CAMBIAIS ABATES E OUTROS REEXPRESSO CUSTO DE AQUISIÇÃO Propriedade industrial e outros direitos 453.077 - 77.412 (4) (23.351) 507.134 Goodwill 175.497 - - - - 175.497 Outros ativos intangíveis 9.175 - 1.327 - - 10.502 Ativos intangíveis em curso 59 - 274 - - 333 637.808 - 79.013 (4) (23.351) 693.466 AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS Propriedade industrial e outros direitos 315.671 - 65.185 (4) (19.326) 361.526 Outros ativos intangíveis 6.462 - 1.857 - - 8.319 322.133 - 67.042 (4) (19.326) 369.845 315.675 - 11.971 - (4.025) 323.621

ATIVOS FIXOS INTANGÍVEIS

2013

31-12-2012 ALTERAÇÃO AJUSTAMENTO TRANFERÊNCIAS AUMENTOS 31-12-2013 REEXPRESSO DE PERÍMETRO CAMBIAL ABATES E OUTROS CUSTO DE AQUISIÇÃO Propriedade industrial e outros direitos 507.134 778.557 59.172 - 2.073 1.346.936 Goodwill 175.497 404.396 - - - 579.894 Outros ativos intangíveis 10.502 - 1.410 - 30 11.942 Ativos intangíveis em curso 333 24.154 4.990 - (5.466) 24.011 693.466 1.207.107 65.572 - (3.362) 1.962.783 AMORTIZAÇÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS Propriedade industrial e outros direitos 361.526 403.895 80.192 - (3.862) 841.751 Outros ativos intangíveis 8.319 5 1.723 - (122) 9.925 369.845 403.900 81.915 - (3.984) 851.676 323.621 803.207 (16.343) - 622 1.111.107

Os aumentos significativos nas rúbricas de ativos intangíveis, resultam predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5) assim como do Goodwill reconhecido no âmbito da fusão entre a ZON e a Optimus.

342 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Em 31 de dezembro de 2013, a rubrica “Propriedade industrial e outros direitos” inclui, essencialmente:

(1) um montante líquido de 73.552 milhares de euros (2012: 74.995 milhares euros) relativo ao contrato de aquisição exclusiva de capacidade em satélites celebrado pela ZON TV Cabo com a Hispasat, o qual foi registado como locação financeira;

(2) um montante líquido de 170.422 milhares de euros, correspondentes sobretudo ao investimento, líquido de amortizações, realizado no desenvolvimento da rede UMTS pela Optimus, nos quais se incluem: (i) 51.005 milhares de euros relativos à licença, (ii) 17.043 milhares de euros relativos ao contrato celebrado em 2002 entre a Oni Way e os restantes três operadores de telecomunicações móveis a operar em Portugal, (iii) 5.234 milhares de euros relativos à contribuição, estabelecida em 2007, para o Capital Social da Fundação para as Comunicações Móveis no âmbito do acordo celebrado entre o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e os três operadores de telecomunicações a operar em Portugal e (iv) 83.955 milhares de euros relativos ao programa Iniciativas E; e ao montante líquido de 8.827 milhares de euros correspondente à valorização da licença no âmbito da alocação do justo valor decorrente da operação de fusão (Nota 5);

(3) um montante líquido de 104.514 milhares de euros correspondente à aquisição dos direitos de utilização de frequências (espectro) nas bandas dos 800 MHz, 1800 MHz e 2600 MHz, utilizadas para desenvolvimento de serviços de 4ª geração (LTE – Long Term Evolution) e um montante líquido de 3.656 milhares de euros correspondente à valorização da licença no âmbito da alocação do justo valor decorrente da operação de fusão (Nota 5). No final do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e considerando a disponibilização da tecnologia LTE, embora sujeita a restrições em algumas zonas do país, uma parcela do valor de aquisição dos direitos de utilização de frequências (espectro) de serviços de 4ª geração (LTE – Long Term Evolution), no montante de 16.550 milhares de euros, encontra-se ainda registada em Ativos intangíveis em curso;

(4) um montante líquido de aproximadamente 33.993 milhares de euros correspondentes à valorização da carteira de clientes da Optimus no âmbito do processo de alocação do justo valor decorrente da operação de fusão (Nota 5);

(5) montantes líquidos capitalizados de aproximadamente 15.505 milhares de euros e 22.579 milhares de euros correspondentes aos encargos com angariação de clientes e direitos futuros de utilização de filmes e séries, respetivamente (Nota 1).

343

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

TESTE DE IMPARIDADE AO GOODWILL

O Goodwill foi alocado às unidades geradoras de fluxos de caixa de cada segmento reportável, conforme segue:

GOODWILL POR SEGMENTO

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Telco 98.897 503.293 Audiovisuais 76.601 76.601 175.497 579.894

A variação ocorrida na rubrica Goodwill corresponde ao valor não atribuído aos ativos identificados e passivos assumidos valorizados ao justo valor no âmbito da operação de concentração descrita na Nota 5.

Em 2013, foram efetuados testes de imparidade com base em avaliações do valor em uso e de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, as quais sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada do Goodwill. Os valores destas avaliações são suportados pelas performances históricas e pelas expetativas de desenvolvimento dos negócios e dos respetivos mercados, consubstanciadas em planos de médio/longo prazo aprovados pela Administração.

Nestas estimativas consideraram-se os seguintes pressupostos:

IMPARIDADE AO GOODWILL

SEGMENTO AUDIOVISUAIS SEGMENTO ZON LM ZON LM TELCO AUDIOVISUAIS CINEMAS Taxa de desconto (antes de impostos) 9,0% 9,0% 9,0% Período de avaliação 5 anos 5 anos 3 anos Crescimento EBITDA* 5,2% -3,7% 1,8% Taxa de crescimento na perpetuidade 2,0% 2,0% 2,0%

* EBITDA = Resultado operacional + Depreciações e amortizações (CAGR)

344 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A taxa de crescimento negativa para o período de 5 anos da ZON LM Audiovisuais deve-se à queda prevista nos preços para o exercício de 2014, com impacto significativo em EBITDA, não compensado pelo crescimento EBITDA estimado para os restantes anos do período explícito.

O número de anos explícitos adotados nos testes de imparidade resulta do grau de maturidade dos respetivos negócios e mercado, tendo sido determinados com base no considerado mais apropriado para a valorização de cada unidade geradora de fluxos caixa.

Foram efetuadas análises de sensibilidade às variações das taxas de desconto em aproximadamente 10% das quais não resultaram quaisquer imparidades.

Foram ainda efetuadas análise de sensibilidade para uma taxa de crescimento na perpetuidade de 0% das quais não resultaram igualmente quaisquer imparidades.

345

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

32. ATIVOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos ocorridos nos valores de custo de aquisição e depreciações acumuladas desta rubrica foram como segue:

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

2012

ALTERAÇÃO 31-12-2011AJUSTAMENTOS TRANFERÊNCIAS 31-12-2012 DE AUMENTOS CAMBIAIS REEXPRESSOPERÍMETRO ABATES E OUTROS REEXPRESSO CUSTO DE AQUISIÇÃO Terrenos e recursos naturais 388 - - - - 388 Edifícios e outras construções 49.037 - 389 (51) 5 49.380 Equipamento básico 1.318.695 - 95.502 (40) (9.314) 1.404.843 Equipamento de transporte 12.086 - 2.133 (1) (2.223) 11.995 Ferramentas e utensílios 343 - - - (3) 340 Equipamento administrativo 144.012 - 3.100 (9) (1.398) 145.705 Outros ativos tangíveis 30.756 - 1.472 - 88 32.316 Ativos tangíveis em curso 17.984 - 15.281 - (3.370) 29.895 1.573.301 - 117.8 77 (101) (16.215) 1.674.862 DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADA Edifícios e outras construções 29.835 - 4.137 (12) - 33.960 Equipamento básico 761.355 - 114.120 (5) (11.718) 863.752 Equipamento de transporte 6.632 - 1.530 (1) (2.168) 5.993 Ferramentas e utensílios 338 - 4 - (3) 339 Equipamento administrativo 108.215 - 15.337 (8) (1.273) 122.271 Outros ativos tangíveis 28.324 - 1.949 - 35 30.308 934.699 - 137.077 (26) (15.127) 1.056.623 638.602 - (19.200) (75) (1.088) 618.239

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

2013

ALTERAÇÃO 31-12-2012AJUSTAMENTOS TRANFERÊNCIAS DE AUMENTOS 31-12-2013 CAMBIAIS REEXPRESSOPERÍMETRO ABATES E OUTROS CUSTO DE AQUISIÇÃO Terrenos e recursos naturais 388 856 - - - 1.244 Edifícios e outras construções 49.380 252.496 1.661 (8) (13.959) 289.570 Equipamento básico 1.404.843 676.954 117.710 (25) (54.114) 2.145.368 Equipamento de transporte 11.995 80 2.247 - (3.474) 10.848 Ferramentas e utensílios 340 8 8 2 - - 4 1.226 Equipamento administrativo 145.705 140.283 10.577 (2) (6.750) 289.813 Outros ativos tangíveis 32.316 5.518 1.736 - 316 39.886 Ativos tangíveis em curso 29.895 9.700 12.820 (3) (23.219) 29.193 1.674.862 1.086.769 146.751 (38) (101.196) 2.807.148 DEPRECIAÇÃO E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADA Edifícios e outras construções 33.960 107.415 5.738 (2) (16.284) 130.827 Equipamento básico 863.752 330.075 136.719 (4) (58.971) 1.271.571 Equipamento de transporte 5.993 77 1.203 - (3.045) 4.228 Ferramentas e utensílios 339 8 60 (168 ) - 173 1.204 Equipamento administrativo 122.271 136.450 15.619 (2) (9.521) 264.817 Outros ativos tangíveis 30.308 5.067 2.045 - 258 37.678 1.056.623 579.944 161.156 (8) (87.390) 1.710.325 618.239 506.825 (14.405) (30) (13.806) 1.096.823

346 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os aumentos significativos nas rúbricas de ativos tangíveis, resultam predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5). Destacam-se os seguintes ativos tangíveis incorporados: i) edifícios e toda a componente estrutural das towers e rooftops onde são instalados as antenas de telecomunicações, registado na rúbrica de Edifícios e outras construções cujo montante líquido ascende a 145 milhões de euros; e ii) toda a rede e infraestruturas de telecomunicações (rede de fibra ótica e cablagens, equipamentos de rede, e outros equipamentos), incluídos na rúbrica de Equipamento básico cujo montante líquido ascende a 347 milhões de euros.

O montante líquido das transferências durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 corresponde predominantemente: i) à redução do valor presente dos custos estimados de desmantelamento por contrapartida da provisão (Nota 38), no montante de 4.937 milhares de euros, em resultado da atualização financeira destes custos à taxa do custo média da dívida do Grupo ZON OPTIMUS; ii) ao reforço de imparidades, no montante de 5.587 milhares de euros, registado por contrapartida de “Outros custos / (ganhos) não recorrentes” (Nota 12), resultantes do abandono de ativos, no âmbito das sinergias identificadas resultantes da fusão e do alinhamento de estimativas e procedimentos de registo de imparidades entre as empresas do Grupo em resultado das alterações no perímetro de consolidação (Nota 5).

Em 31 de dezembro de 2013 as adições do exercício, incluem cerca de 9,8 milhões de euros de capitalizações de custos com pessoal referentes a trabalhos para a própria empresa (cerca de 1,2 milhões de euros em 31 de dezembro de 2012).

O custo de aquisição dos “Ativos fixos tangíveis” e “Ativos Intangíveis” detidos pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, ascendia a 167,3 milhões de euros e a 127,1 milhões de euros, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessas datas, de 113,4 milhões de euros e 108,3 milhões de euros, respetivamente.

347

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis incluem juros suportados e outros encargos financeiros incorridos, diretamente relacionados com a construção de determinados ativos fixos tangíveis ou intangíveis em curso.

Em 31 de dezembro de 2013, o total do valor líquido destes custos ascende a 12,6 milhões de euros. Os valores capitalizados no exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foram de 410 milhares de euros.

Em 31 de dezembro de 2013, o valor dos compromissos assumidos perante terceiros respeitantes a investimentos a efetuar era como segue:

31-12-2013 Investimentos da área técnica 4.013 Investimentos em sistemas de informação 2.245 6.258

TESTES DE IMPARIDADE DOS ATIVOS FIXOS AFETOS À EXIBIÇÃO CINEMATOGRÁFICA

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a Empresa procedeu à análise da imparidade (ver pressupostos na Nota 31) dos ativos fixos afetos à exibição cinematográfica, os quais, a esta data, apresentavam um valor líquido de 11.770 milhares de euros (13.415 milhares de euros em 2012). Atendendo ao raio de influência de cada complexo, os cinemas foram agrupados como unidades geradoras de caixa numa base regional para efeitos de teste de imparidade. As unidades geradoras de caixa regionais são Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Viseu e os cinemas dispersos pelas restantes regiões do país são consideradas unidades geradoras de caixa individuais. Desta análise não resultou qualquer ajuste de imparidade.

348 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

33. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, o detalhe de empréstimos obtidos é como segue:

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE EMPRÉSTIMOS - VALOR NOMINAL 275.000 605.843 184.969 813.945 Empréstimos obrigacionistas - 357.500 157.100 340.000 Papel comercial 275.000 150.000 20.000 375.000 Empréstimos externos - 98.343 - 98.945 Empréstimos nacionais - - 3.609 - Descobertos bancários - - 4.260 - EMPRÉSTIMOS - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS (5.183) (4.414) 2.484 (2.406) LOCAÇÕES FINANCEIRAS - VALOR NOMINAL 24.737 110.565 24.570 116.700 Contratos de longa duração 17.600 102.878 17.426 106.559 Outros 7.137 7.68 7 7.144 10.141 LOCAÇÕES FINANCEIRAS - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 775 - 1.408 - 295.328 711.994 213.431 928.239

O custo médio de financiamento das linhas utilizadas durante o exercício findo a 31 de dezembro de 2013 foi de aproximadamente 5,07% (4,75% em 2012).

33.1. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS

A Empresa tem obrigações emitidas, através de três instituições bancárias, no montante global de 157,1 milhões de euros, com maturidade em 2014 e com pagamento de juros semestrais e reembolso ao par no final do contrato.

Em junho de 2012, a ZON OPTIMUS lançou uma Oferta Pública de Subscrição de Obrigações, destinada ao público em geral, denominada “Obrigações ZON Multimédia 2012-2015”, através da qual emitiu 200 milhões de euros com uma maturidade de 3 anos e pagamento de juros semestrais a taxa fixa.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, e na sequência da operação de fusão (Nota 5), foi cedido à ZON OPTIMUS o empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros contratado pela Sonaecom em março de 2010. O empréstimo vence juros a taxas variáveis, indexados à taxa Euribor e pagos

349

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

semestralmente. Esta emissão foi organizada e montada, respetivamente, pelo Banco Espírito Santo de Investimento e pela Caixa – Banco de Investimento.

Ainda na sequência da operação de fusão foi ainda cedido à ZON OPTIMUS o empréstimo obrigacionista de 100 milhões de euros contratado pela Sonaecom em setembro de 2011. O empréstimo vence juro a taxas variáveis, indexados à taxa Euribor e pagos semestralmente. Esta emissão foi organizada e montada pelo BNP Paribas, ING Belgium SA/NV e Portigon AG (anteriormente conhecido como WestLB AG). Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, Portigon AG transferiu toda sua participação de 33,3 milhões de euros no empréstimo obrigacionista para Erste Abwicklungsanstalt (“EAA”), uma entidade estatal alemã.

Ao valor destes financiamentos foi deduzido o montante líquido de 3.119 milhares de euros, correspondente aos respetivos juros e comissões e registados na rúbrica Empréstimos - acréscimos e diferimentos.

33.2. PAPEL COMERCIAL

A Empresa tem uma dívida de 395 milhões de euros, sob a forma de papel comercial, contratada com seis instituições bancárias, correspondendo a seis programas, vencendo juros a taxas de mercado. Estão classificados como não correntes os programas agrupados de papel comercial com maturidade superior a 1 ano no valor de 375 milhões de euros, uma vez que a Empresa tem capacidade de renovação unilateral das emissões atuais até à maturidade dos programas e os mesmos têm subscrição garantida pelo organizador. Desta forma, o valor em questão, apesar de ter vencimento corrente, foi classificado como sendo não corrente para efeitos de apresentação na demonstração da posição financeira. Os restantes programas, face à liquidação prevista, foram classificados como correntes.

Ao valor deste financiamento foi deduzido o montante líquido de 5.163 milhares de euros, correspondente aos juros e comissões e registados na rúbrica Empréstimos - acréscimos e diferimentos.

33.3. EMPRÉSTIMOS EXTERNOS

A ZON OPTIMUS e a ZON TV Cabo assinaram com o Banco Europeu de Investimento, em setembro de 2009, um Contrato de Financiamento do Projeto Next Generation Network no montante de 100 milhões de

350 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

euros. Este contrato tem vencimento em setembro de 2015 e destina-se à realização de investimentos relativos à implementação da rede de nova geração. Ao valor deste financiamento foi deduzido o montante de 1.055 milhares de euros, correspondendo ao benefício associado ao facto do financiamento apresentar uma taxa bonificada.

Adicionalmente, em novembro de 2013, a ZON OPTIMUS assinou um Contrato de Financiamento com o Banco Europeu de Investimento no montante de 110 milhões de euros para apoio ao desenvolvimento da rede de banda larga móvel em Portugal. Este contrato tem vencimento até um período máximo de 8 anos a contar da utilização do montante acordado, facto que não ocorreu findo o exercício de 2013.

33.4. LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2012, a rubrica contratos de longa duração respeita predominantemente aos contratos celebrados pela ZON TV Cabo de aquisição exclusiva de capacidade em satélites e referente à aquisição de direitos de utilização de capacidade de rede de distribuição e ao contrato celebrado pela ZON LM Cinemas referente a aquisição de equipamento digital para os cinemas.

Em 31 de dezembro de 2013, a rubrica contratos de longa duração respeita predominantemente aos contratos celebrados pela ZON TV Cabo de aquisição exclusiva de capacidade em satélites, aos contratos celebrados pela ZON TV Cabo e Be Artis referentes à aquisição de direitos de utilização de capacidade de rede de distribuição e ao contrato celebrado pela ZON LM Cinemas referente a aquisição de equipamento digital para os cinemas.

Estes acordos de médio e longo prazo em que o Grupo tem o direito de utilizar um ativo específico são registados como locação financeira de acordo com a IAS 17 - Locações e com a IFRIC 4 – “Determinar se um acordo contém uma locação”.

351

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

LOCAÇÕES FINANCEIRAS – PAGAMENTOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Até 1 ano 30.851 28.123 Entre 1 e 5 anos 63.957 67.506 Mais de 5 anos 76.754 78.907 171.562 174.536 Custos financeiros futuros (locação) (35.485) (31.858) VALOR ATUAL DAS LOCAÇÕES FINANCEIRAS 136.077 142.678

LOCAÇÕES FINANCEIRAS – VALOR ATUAL

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Até 1 ano 25.512 25.978 Entre 1 e 5 anos 47.202 50.322 Mais de 5 anos 63.363 66.378 136.077 142.678

Todos os empréstimos bancários obtidos (com exceção das obrigações ZON Multimédia 2012-2015) e locações financeiras contratadas, estão negociados a taxas de juro variáveis no curto prazo, pelo que o seu valor contabilístico se aproxima do seu justo valor.

352 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A maturidade dos empréstimos obtidos contratados é a seguinte:

MATURIDADE DOS EMPRÉSTIMOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO

MENOS ENTRE 1 E MAIS DE MENOS ENTRE 1 E MAIS DE DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS

Empréstimos obrigacionistas (1.607) 353.579 - 155.052 338.929 - Papel comercial 271.502 149.537 - 16.159 373.678 - Empréstimos externos (78) 98.312 - (220) 98.932 - Empréstimos nacionais ---12.202-- Descobertos bancários - - - 4.260 - - Locações financeiras 25.512 47.202 63.363 25.978 50.322 66.378 295.328 648.631 63.363 213.431 861.861 66.378

Na rúbrica de acréscimos e diferimentos – empréstimos nacionais, encontram-se ainda incluídos no montante de 8.593 milhares de euros de juros e comissões a liquidar referentes aos suprimentos detidos pela Optimus SGPS antes da concretização da operação de fusão.

353

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

34. CONTAS A PAGAR – FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, as contas a pagar a fornecedores e outras entidades têm a seguinte composição:

CONTAS A PAGAR - FORNECEDORES

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Fornecedores conta corrente 157.550 296.715 Adiantamentos de clientes 582 108 158 .133 296.823

O aumento significativo na rúbrica de Fornecedores conta corrente, resulta predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5).

354 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

35. CONTAS A PAGAR OUTROS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, as contas a pagar – outros têm a seguinte composição:

CONTAS A PAGAR – OUTROS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Fornecedores de ativos fixos tangíveis 31.961 - 48 .103 - Fundo de investimento para o cinema e 17.500 - 17.500 - audiovisual - valor a realizar i) (Nota 30) Outros 2.889 - 5.145 - 52.350 - 70.748 -

i) Este saldo refere-se à responsabilidade assumida de realizar as unidades de participação subscritas no Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual, tal como referido na Nota 30.

355

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

36. ACRÉSCIMOS DE CUSTOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

ACRÉSCIMOS DE CUSTOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO NÃO CORRENTE Sociedade de informação i) -14.599 Obrigações contratuais ii) -14.106 -28.705 CORRENTE Faturação a emitir por operadores iii) 2.216 27.252 Férias, subsídio de férias e outros custos com o pessoal 11.166 26.859 Serviços de programação 13.294 14.376 Publicidade 2.249 10.194 Serviços de suporte e comissões 6.856 13.497 Custos da atividade de contencioso -3.199 Outros fornecimentos e serviços externos 10.751 20.360 Outros acréscimos de custos 3.742 14.165 50.274 129.902

i) No âmbito da atribuição da licença UMTS, a Optimus – Comunicações S.A. assumiu compromissos na área da promoção da Sociedade de Informação no montante total de cerca de 274 milhões de euros, os quais terão de ser cumpridos até ao final de 2015. Em conformidade com o Acordo estabelecido em 5 de junho de 2007 com o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (“MOPTC”), uma parte desses compromissos, até 159 milhões de euros, tinha de ser realizado através de projetos próprios qualificáveis como contributos para a Sociedade de Informação e incorridos no âmbito da normal atividade da Optimus - Comunicações S.A. (investimentos em rede e tecnologia que não derivem da necessidade de cumprimento das obrigações inerentes à atribuição da licença UMTS e atividades de pesquisa, desenvolvimento e promoção de serviços, conteúdos e aplicações), os quais terão de ser reconhecidos pelo MOPTC e por entidades especialmente constituídas para o efeito. A totalidade do valor já foi realizado e validado por aquelas entidades, pelo que relativamente a estes compromissos não existem à data responsabilidades adicionais. Estes encargos foram registados nas demonstrações financeiras à medida que os respetivos projetos foram sendo realizados e os custos estimados conhecidos.

356 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os restantes compromissos, até ao montante de cerca de 116 milhões de euros, têm vindo a ser realizados nos termos acordados entre a Optimus - Comunicações S.A. e o MOPTC, através de contribuições para o projeto “Iniciativas E” (oferta de modems, descontos nas tarifas, contribuições monetárias, entre outras, afetas à generalização da utilização da Internet de banda larga para alunos e professores), contribuições essas efetuadas através do Fundo para a Sociedade de Informação, atualmente designado por Fundação para as Comunicações Móveis, constituído pelos três operadores móveis a desenvolver a sua atividade em Portugal. A responsabilidade total foi reconhecida como um encargo adicional da licença UMTS, por contrapartida das rubricas de acréscimos de custos.

A rubrica “Sociedade de Informação” refere-se à parcela de médio e longo prazo ainda não realizada da estimativa associada aos compromissos assumidos pela empresa no âmbito do programa “Iniciativas E” (Notas 32). ii) no âmbito do processo de afetação do justo valor aos ativos e passivos do Grupo Optimus foram identificadas obrigações contratuais referentes a contratos de longa duração cujos preços praticados são distintos dos preços de mercado. Este montante corresponde à parcela de médio e longo prazo da atualização para o justo valor desses contratos (Nota 5). iii) montantes relativos a faturação a emitir predominantemente de operadores internacionais relativamente aos custos de interligação por trafego internacional e pela utilização de serviços de roaming.

O aumento significativo nestas rúbricas, resultam predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5).

357

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

37. PROVEITOS DIFERIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

PROVEITOS DIFERIDOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Faturação antecipada 4.382 - 24.996 - Outros proveitos diferidos 352 - 187 1.010 Subsídio ao investimento i) 498 1.385 335 1.050 5.232 1.385 25.518 2.060

i) Relativo ao subsídio ao investimento para a implementação da rede de nova geração (Nota 33).

358 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

38. PROVISÕES

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a classificação das provisões entre corrente e não correntes é a seguinte:

PROVISÕES CORRENTES E NÃO CORRENTES

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO PROVISÕES CORRENTES Processos judiciais em curso e outros 420 - 420 - PROVISÕES NÃO CORRENTES Processos judiciais em curso e outros - i) 3.500 16.530 Investimentos financeiros - ii) 21.540 13.912 Desmantelamento e remoção de ativos - iii) 4.910 14.509 Passivos contingentes - iv) -25.591 Contingências diversas - v) -21.887 29.951 92.429 30.371 92.429

i) O montante apresentado na rubrica “Processos judiciais em curso e outros” corresponde a provisões para fazer face a processos legais e fiscais em curso dos quais se destacam: a. Processo de contraordenação no valor de cerca de 4,5 milhões de euros, instaurado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) contra a subsidiária Optimus, por alegada violação de normas relacionadas com a proteção legal de dados. Durante a fase de projeto de decisão, a Optimus alegou, por um lado, um conjunto de vícios processuais e, por outro, um conjunto de argumentos de facto e de direito que o Conselho de Administração entendia imporem uma decisão final de arquivamento do processo contraordenacional. No entanto, no dia 16 de janeiro de 2014, a Optimus recebeu a Nota de Liquidação referente à coima aplicada pela CNPD, em relação à qual irá recorrer para os tribunais judiciais, sendo convicção do Conselho de Administração a obtenção de uma decisão favorável; b. Processo que a PT intentou contra a ZON TV Cabo Madeirense no valor de cerca de 1,6 milhões de euros relativo a alegada utilização de condutas, prestação de MID, prestação de serviço Vídeo/Áudio, despesas de operação, manutenção e gestão de cabo submarino Madeira/Porto Santo e utilização de dois troços de fibra ótica (Nota 44.4);

359

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ii) O montante apresentado na rubrica “Investimentos financeiros” corresponde às responsabilidades assumidas, para além do investimento efetuado, pelo Grupo perante as entidades associadas e entidades conjuntamente controladas (Nota 28); iii) O montante apresentado na rubrica “Desmantelamento e remoção de ativos” refere-se aos encargos estimados futuros, descontados para o valor presente, de acordo com o termo da utilização dos espaços onde se encontram as torres de telecomunicações e cinemas. O aumento significativo nesta rubrica, resulta predominantemente da integração dos encargos com desmantelamento dos espaços onde se encontram as torres de telecomunicações das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5); iv) O montante apresentado na rubrica “Passivos contingentes” refere-se a diversas provisões criadas para obrigações presentes não prováveis, no âmbito do processo de fusão por incorporação da Optimus SGPS (Nota 5), dos quais se destacam, no montante de 23,8 milhões de euros: a. Cedência de créditos futuros: no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a Optimus foi notificada do Relatório da Inspeção Tributária, onde se considera que é indevido o acréscimo, no apuramento do lucro tributável do exercício de 2008, do montante de 100 milhões de euros, respeitante ao preço inicial dos créditos futuros cedidos para titularização. Atendendo ao princípio da periodização do lucro tributável, a Optimus foi posteriormente, notificada da dedução indevida do montante de 20 milhões de euros, no apuramento do lucro tributável dos exercícios de 2009 (Relatório da Inspeção Tributária e nota de liquidação rececionados em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, respetivamente), 2010 (Relatório da Inspeção Tributária e nota de liquidação rececionados em janeiro de 2013 e maio de 2013, respetivamente) e 2011 (Relatório da Inspeção Tributária rececionado em janeiro de 2014). Dado que o acréscimo efetuado em 2008, não foi aceite por não cumprir o disposto no artigo 18º do CIRC, também nos exercícios seguintes a dedução correspondente aos créditos gerados nesse ano para cumprimento da amortização anual contratada no âmbito da operação (20 milhões por ano durante 5 anos) serão de eliminar no apuramento do lucro tributável. A Optimus impugnou as decisões referentes aos exercícios de 2008, 2009 e 2010 e impugnará em seu devido tempo a decisão referente ao exercício de 2011;

360 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

b. Outros processos fiscais, em relação aos quais o Conselho de Administração entende ser provável a obtenção de sentença favorável à Optimus, mas que considera corresponderem a um Passivo contingente no âmbito do apuramento do justo valor dos passivos assumidos no processo de fusão; c. processo de contraordenação relativo ao alegado incumprimento, pela Optimus, de uma deliberação da Anacom em 26 de outubro de 2005, relativa ao tarifário de terminação de chamadas na rede fixa e que originou a aplicação de uma coima no valor de cerca de 6,5 milhões de euros, aplicada à Optimus, por deliberação do Conselho de Administração da Anacom, em abril de 2012; v) O montante apresentado na rubrica “Contingências diversas” refere-se a provisões para fazer face a riscos relacionados com eventos/diferendos de natureza diversa das quais da sua resolução poderão resultar exfluxos de caixa, e outros passivos prováveis resultantes de transações diversas efetuadas em exercícios anteriores e cuja saída de fundos é provável, nomeadamente, custos imputados ao período corrente ou a períodos passados, em relação aos quais não é possível estimar com grande fiabilidade o momento da concretização da despesa. O aumento significativo nesta rubrica, resulta predominantemente da inclusão no perímetro de consolidação das empresas subsidiárias da Optimus SGPS fusionada em 27 de agosto de 2013 na Empresa (Nota 5).

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos registados nas rubricas de provisões são os seguintes:

PROVISÕES CORRENTES E NÃO CORRENTES – MOVIMENTOS

2012

31-12-2011 ALTERAÇÃO 31-12-2012 DE REFORÇO REDUÇÃO OUTROS REEXPRESSO PERÍMETRO REEXPRESSO Processos judiciais em curso e outros 3.628 - 400 (108) - 3.920 Investimentos financeiros 18.778 - 2.762 - - 21.540 Outros riscos e encargos Desmantelamento e remoção de ativos 4.758 - 152 - - 4.910 27.164 - 3.314 (108) - 30.371

361

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

PROVISÕES CORRENTES E NÃO CORRENTES – MOVIMENTOS

2013

ALTERAÇÃO 31-12-2012 DE REFORÇO REDUÇÃO OUTROS 31-12-2013 REEXPRESSO PERÍMETRO Processos judiciais em curso e outros 3.920 6.380 3.549 (1.819) 4.500 16.530 Investimentos financeiros 21.540 - - (7.628) - 13.912 Outros riscos e encargos Desmantelamento e remoção de ativos 4.910 14.261 275 - (4.937) 14.509 Passivos contingentes - 30.091 - - (4.500) 25.591 Contingências diversas - 14.583 10.016 (4.212) 1.500 21.887 30.371 65.315 13.840 (13.659) (3.437) 92.429

O valor registado em “Outros” no montante de 4.937 milhares de euros na rubrica “Desmantelamento e remoção de ativos”, e registado por contrapartida de “Ativos tangíveis”, resulta da atualização financeira destes custos à taxa do custo média da dívida do Grupo ZON OPTIMUS (Nota 32). A taxa usada foi de aproximadamente 4,8%.

O valor registado em “Outros” no montante de 1.500 milhares de euros na rubrica Contingências diversas corresponde à: i) transferência de 4.979 milhares de euros de estimativas de custos passados com antiguidade elevada, em relação aos quais não é possível estimar com grande fiabilidade o momento da concretização da despesa; e ii) à transferência para a rubrica “Impostos a recuperar” (Nota 26) de provisão constituída no montante de 3.479 milhares de euros.

Os movimentos líquidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, refletidos na demonstração do rendimento integral, na rubrica de Provisões decompõem-se da seguinte forma:

362 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

PROVISÕES CORRENTES E NÃO CORRENTES – MOVIMENTOS LÍQUIDOS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO Provisões (Nota 13) 291 (5.594) Juros suportados - Desmantelamento de ativos 152 275 Investimentos financeiros (Nota 16) 2.762 (7.628) Custos de reestruturação - i) -3.844 Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Nota 12) - 9.260 Outros -24 PROVISÕES E AJUSTAMENTOS 3.206 181

i) os custos de restruturação correspondem predominantemente a provisões para custos com rescisões resultantes da operação de fusão. O valor global destes encargos findo o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 ascendia a cerca de 25 milhões de euros.

363

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

39. CAPITAL PRÓPRIO

39.1. CAPITAL SOCIAL

Em 31 de dezembro de 2013 o capital social da ZON OPTIMUS ascende a 5.151.613,80 euros e está representado por 515.161.380 ações nominativas, sob forma escritural, com o valor nominal de 1 cêntimo de Euro cada.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS, anteriormente designada de ZON Multimédia, concretizou uma operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, do qual resultou a emissão de 206.064.552 ações nominativas para entrega aos anteriores acionistas da Optimus SGPS, correspondendo a um aumento do capital social no valor de 2.060.646 euros.

Os principais acionistas em 31 dezembro de 2012 e 2013, são:

PRINCIPAIS ACIONISTAS

31-12-2012 31-12-2013 NÚMERO DE % CAPITAL NÚMERO DE % CAPITAL AÇÕES SOCIAL AÇÕES SOCIAL ZOPT, SGPS, SA (1) - - 257.632.005 50,01% Sonaecom, SGPS, SA - - 37.489.324 7,28% Banco BPI, SA 23.344.798 7,55% 23.344.798 4,53% Fundação José Berardo e Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, SA (2) 13.408.982 4,34% 17.999.249 3,49% Espírito Santo Irmãos, SGPS, SA (3) 15.455.000 5,00% 15.455.000 3,00% Joaquim Alves Ferreira de Oliveira (4) 14.955.684 4,84% 14.955.684 2,90% Unitel International Holdings, B.V. 58.147.094 18,81% - 0,00% Kento Holding Limited 30.909.683 10,00% - 0,00% TOTAL 156.221.241 50,54% 366.876.060 71,22%

(1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM, é imputável uma participação qualificada de 57,29% do capital social e direitos de voto da Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, à ZOPT, à Sonaecom e às seguintes entidades: a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, BV,

364 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado; b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom, designadamente, a SONTEL, BV, a Sonae Investments, BV, a SONAE, SGPS, S.A., a EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. e o Senhor Eng.º Belmiro Mendes de Azevedo, igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a.

(2) A Fundação José Berardo é titular de 14.013.761 ações correspondentes a 2,72% do capital social da Sociedade. Por sua vez, a Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A. é titular de 3.985.488 ações correspondentes a 0,774% do capital social da Sociedade. A posição da Fundação José Berardo é reciprocamente imputada à Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A.

(3) Os direitos de voto correspondentes à Espírito Santo Irmãos, SGPS, S.A. são imputáveis à Espírito Santo Industrial, S.A. à Espírito Santo Resources Limited, e à Espírito Santo Internacional, S.A., sociedades que dominam por essa ordem a Espírito Santo Irmãos.

(4) São imputados os direitos de voto correspondentes a 2,90% do capital social ao Senhor Eng.º Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira, uma vez que controla a GRIPCOM, SGPS, S.A., e a Controlinveste International S.à.r.l., que detêm respetivamente 1,36% e 1,55% do capital social da ZON OPTIMUS.

39.2. PRÉMIO DE EMISSÃO DE AÇÕES

Em 27 de agosto de 2013, e na sequência da concretização da operação de fusão entre a ZON e a Optimus SGPS, o capital da Empresa foi aumentado em 856.404.278 euros, correspondendo ao total das ações emitidas (Nota 39.1), com base na cotação bolsista de fecho do dia 27 de agosto. O aumento de capital detalha-se da seguinte forma: i) capital social no montante de 2.060.646 euros; ii) prémios por emissão de ações no montante de 854.343.632 euros.

365

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Adicionalmente, foram deduzidos aos prémios de emissão de ações um montante de 125 mil euros relativos a encargos com o respetivo aumento de capital.

O prémio de emissão de ações, está sujeito ao regime aplicável às reservas legais só podendo ser utilizado:

a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela utilização de outras reservas; b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas; c) Para incorporação no capital.

39.3. AÇÕES PRÓPRIAS

A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva não distribuível de montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas ações permanecerem na posse da sociedade. Adicionalmente, as regras contabilísticas aplicáveis determinam que os ganhos ou perdas na alienação de ações próprias sejam registados em reservas.

Em 31 de dezembro de 2013, existiam 403.382 ações próprias, representativas de 0,0783% do capital social (31 de dezembro de 2012: 401.523 ações próprias, representativas de 0,1299% do capital social).

Os movimentos ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 foram como segue:

AÇÕES PRÓPRIAS

QUANTIDADE VALOR SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2012 265.612 554 Aquisição de ações próprias 392.317 906 Distribuição de ações próprias (256.406) (547) SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 401.523 914 SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2013 401.523 914 Aquisição de ações próprias 1.003.127 4.405 Distribuição de ações próprias (1.001.268) (3.316) SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 403.382 2.003

366 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

39.4. RESERVAS

RESERVA LEGAL

A legislação comercial e os estatutos da ZON OPTIMUS estabelecem que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital.

OUTRAS RESERVAS

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da empresa, apresentadas de acordo com as IAS/IFRS. Assim, em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS, dispunha de reservas que, pela sua natureza, são consideradas distribuíveis no montante de cerca de 242,5 milhões de euros.

367

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

40. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

40.1. DERIVADOS DE TAXA DE CÂMBIO

O risco de taxa de câmbio está essencialmente relacionado com a exposição decorrente de pagamentos efetuados a determinados produtores de conteúdos audiovisuais e fornecedores de equipamentos para o negócio da TV por subscrição, banda larga e voz. As transações comerciais entre o Grupo e estas entidades encontram-se denominadas maioritariamente em Dólares americanos.

Considerando o saldo de contas a pagar resultante de transações denominadas em moeda diferente da moeda funcional do Grupo, o Grupo ZON OPTIMUS contrata ou pode contratar instrumentos financeiros, nomeadamente forwards cambiais de curto-prazo, de forma a cobrir o risco associado a estes saldos. Na data de fecho da demonstração da posição financeira existem forwards cambiais em aberto de 7.550 milhares de Dólares (31 de dezembro de 2012: 2.288 milhares de Dólares), cujo justo valor ascende a um montante negativo de cerca de 132 milhares de euros (31 de dezembro de 2012: montante negativo de 45 milhares de euros) o qual foi registado no passivo por contrapartida de capitais próprios.

40.2. DERIVADOS DE TAXA DE JURO

Em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS tem contratados três “swaps” de taxa de juro os quais ascendem a um total de 257.500 milhares de euros (31 de dezembro de 2012: 257.500 milhares de euros), cujas maturidades expiram num período de dois anos a partir da data de referência. O justo valor dos swaps de taxa de juro, no montante negativo de 2.682 milhares de euros (31 de dezembro de 2012: montante negativo de 6.051 milhares de euros) foi registado em passivo tendo a contrapartida deste montante sido registada em capitais próprios.

368 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

31-12-2012 ATIVO PASSIVO NOCIONAL NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Swaps de taxa de juro 257.500 - - - 6.051 Forwards de taxa de Câmbio 1.734 - - 45 - 259.234 - - 45 6.051

DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

31-12-2013 ATIVO PASSIVO NOCIONAL NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Swaps de taxa de juro 257.500 - - 2.682 - Forwards de taxa de Câmbio 5.474 - - 132 - 262.974 - - 2.814 -

Os movimentos ocorridos no exercício findo a 31 de dezembro de 2012 e 2013 são como seguem:

DERIVADOS – MOVIMENTOS

2012

31-12-2011 RESULTADO CAPITAL 31-12-2012 Justo valor do swap taxa de juro (2.577) - (3.474) (6.051) Justo valor dos forwards taxa de câmbio 532 - (577) (45) DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA (2.045) - (4.050) (6.095) Imposto diferido passivo (154) - 154 - Imposto diferido ativo 683 - 933 1.616 IMPOSTO DIFERIDO 529 - 1.08 7 1.616 (1.516) - (2.963) (4.479)

369

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

DERIVADOS – MOVIMENTOS

2013

31-12-2012 RESULTADO CAPITAL 31-12-2013 Justo valor do swap taxa de juro (6.051) - 3.369 (2.682) Justo valor dos forwards taxa de câmbio (45) - (87) (132) DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE (6.095) - 3.282 (2.814) FLUXOS DE CAIXA Imposto diferido ativo 1.616 - (923) 693 IMPOSTO DIFERIDO 1.616 - (923) 693 (4.479) - 2.359 (2.121)

370 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

41. GARANTIAS E COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS

41.1. GARANTIAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, o Grupo apresenta garantias a favor de terceiros correspondentes às seguintes situações:

GARANTIAS E COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO Instituições bancárias i) 100.164 100.193 Administração fiscal ii) 23.779 31.219 Anacom iii) -24.000 Outros iv) 21.546 19.660 145.489 175.072

i) Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, este montante refere-se a garantias prestadas pela Optimus relativo ao empréstimo do BEI (Nota 33). ii) Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, este montante refere-se a garantias exigidas pela Administração Fiscal no âmbito de processos fiscais contestados pela Empresa e suas participadas (Nota 44). iii) Em 31 de dezembro de 2013, este montante refere-se a uma garantia prestada pela Optimus relativa à aquisição do espectro para a 4ª geração. Esta garantia foi cancelada no dia 10 de janeiro de 2014 na sequência da antecipação do plano de pagamento da aquisição do espectro para a 4ª geração. iv) Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, este montante refere-se, essencialmente, a garantias prestadas no âmbito dos processos de Taxas Municipais de Direitos de Passagem, a garantias prestadas a locadores de salas de cinema e a garantias bancárias prestadas às empresas que prestam o serviço de aluguer de capacidade de satélite (Nota 44).

371

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

Em 31 de dezembro de 2013, no âmbito do financiamento obtido pela Upstar junto do BES no montante total de 20 milhões de euros, a ZON OPTIMUS assinou uma Livrança no montante total do financiamento. Adicionalmente, a ZON OPTIMUS assinou uma Livrança, com responsabilidade até 30%, do financiamento da Finstar junto do BFA, no montante de total de 1.500 milhões de AKZ.

No âmbito do financiamento obtido pela Finstar junto do Banco Caixa Totta, Banco BIC, Banco BNI, Banco Finibanco, BFA e BMA, no montante total de 1.430 milhões de AKZ, 20 milhões de USD, 980 milhões de AKZ, 1.000 milhões de AKZ, 1.500 milhões de AKZ e 950 milhões de AKZ, respetivamente, a ZON OPTIMUS assinou seis Cartas conforto, ficando responsável até 30% do valor total do financiamento. A Carta conforto pelo Banco Caixa Totta também cobre 30% de 7,5 milhões de USD de cartas de crédito documentário para a importação de mercadorias.

No âmbito do financiamento obtido pela SPORT TV, no montante total de 15 milhões de euros, foram prestadas as seguintes garantias: penhor financeiro sobre as ações e novas ações detidas pela ZON OPTIMUS e Sportinveste, SGPS, S.A., hipoteca sobre o edifício da SPORT TV, penhor de direitos resultantes dos contratos SPORT TV, 5 livranças e cessão de créditos com escopo de garantias.

Para além das garantias exigidas pela Administração Fiscal, foram constituídas fianças relativas a processos fiscais em curso. A Sonaecom SGPS constituiu-se fiadora da Optimus, até ao montante de 10.529.619 euros e a ZON OPTIMUS constituiu-se fiadora da Optimus, até ao montante de 1.212.933 euros.

41.2. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

As rendas vincendas das locações operacionais apresentam a seguinte maturidade:

LOCAÇÕES OPERACIONAIS

31-12-2012 31-12-2013 REEXPRESSO

RENOVAÇÃO MENOS ENTRE 1 E MAIS DE RENOVAÇÃO MENOS ENTRE 1 E MAIS DE AUTOMÁTICA DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS AUTOMÁTICA DE 1 ANO 5 ANOS 5 ANOS Lojas, cinemas e outros edificios 2.369 25.004 79.167 63.832 4.453 44.380 127.850 46.080 Torres de telecomunicações - - - - 8.240 5.920 15.207 13.511 Equipamentos - - 82 - - 101 249 56 Viaturas - 51 35 - - 2.397 4.201 - 2.369 25.056 79.284 63.832 12.693 52.798 147.507 59.647

372 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

41.3. OUTROS COMPROMISSOS

Em julho de 2010, a ZON TV Cabo Portugal assinou um contrato com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, tendo assegurado o copatrocínio com a Sociedade Central de Cervejas, por quatro épocas desportivas (2010/2011 a 2013/2014), das competições principal e secundária, denominadas a partir deste contrato como “LIGA ZON SAGRES” (antiga “LIGA SAGRES”) e “Segunda LIGA” (antiga “LIGA VITALIS”).

A Autoridade da Concorrência aprovou, a 21 de novembro de 2008, a aquisição por parte da ZON TV Cabo, do controlo exclusivo da TVTel, Bragatel, Pluricanal Leiria e Pluricanal Santarém, mediante um conjunto de compromissos, dos quais se destacam: a) Compromisso de desocupação de espaço em infraestruturas das redes secundária e terciária através da remoção ou alienação de cabos integrados em células de rede que não se encontra abrangido pelo compromisso anterior, ou que não foram alienados no âmbito do compromisso anterior; b) Compromisso de disponibilização de uma oferta grossista de televisão por satélite de âmbito nacional, através do qual qualquer terceiro possa oferecer, via plataformas de satélite, serviços de televisão por subscrição em todo o território nacional, sem necessidade de infraestruturas de rede.

Os compromissos assumidos com a Autoridade da Concorrência mantiveram-se válidos até ao final do exercício de 2013, tendo terminado no final do exercício.

O Empréstimo do BEI, no montante de 100 milhões de euros, com uma maturidade de 5 anos, é destinado exclusivamente ao financiamento do projeto de investimento na rede nova geração, montante este que não poderá, em caso algum, exceder 50% do total do custo do projeto.

COMPROMISSOS ASSUMIDOS NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO DE FUSÃO ENTRE A ZON E A OPTIMUS SGPS

Na sequência da decisão final da Autoridade da Concorrência de não oposição à operação de fusão entre a ZON e a Optimus SGPS foram assumidos os seguintes compromissos:

373

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

a) Assegurar que a Optimus prorroga o prazo de vigência do contrato de partilha recíproca de rede entre a Optimus S.A. e a Vodafone Portugal (“Vodafone”); b) Assegurar que a Optimus modifica o contrato de partilha recíproca de rede entre a Optimus S.A. e a Vodafone no sentido da não aplicação de limitação de responsabilidade em caso de resolução injustificada ou de resolução justificada por motivo que lhe seja imputável; c) Assegurar que a Optimus, durante um determinado período de tempo, não cobrará aos seus clientes de fibra do serviço triple play o pagamento de montantes devidos por cláusulas de fidelização em vigor, em caso de pedido de desligamento; d) Assegurar que a Optimus estará aberta a negociar, durante um período de tempo, com um terceiro que lho solicite, um contrato que permita o acesso grossista à sua rede de fibra; e) Assegurar que a Optimus apresentará e negociará com a Vodafone, durante um determinado período de tempo, um contrato de opção de compra da sua rede de fibra.

374 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

42. NOTAS EXPLICATIVAS À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A Demonstração dos fluxos de caixa foi elaborada tendo em consideração o disposto na IAS n.º 7, havendo os seguintes aspetos a salientar:

42.1. RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

A rubrica Recebimentos provenientes de empréstimos concedidos tem a seguinte composição:

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO Empréstimo Upstar 22.450 30.095 Empréstimo Mstar -200 22.450 30.295

42.2. PAGAMENTOS RESPEITANTES A EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

A rubrica Pagamentos respeitantes a empréstimos concedidos tem a seguinte composição:

PAGAMENTOS RESPEITANTES A EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO Empréstimo Upstar 9.018 - 9.018 -

375

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

42.3. DIVIDENDOS / DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS

A rubrica Dividendos tem a seguinte composição:

DIVIDENDOS

12M 12 12M 13 REEXPRESSO ZON Optimus 49.438 37.044 ZON TV Cabo Madeirense 329 229 Grafilme 1.128 - 50.895 37.273

376 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

43. PARTES RELACIONADAS

43.1. LISTAGEM RESUMO DAS PARTES RELACIONADAS

O resumo detalhado das entidades relacionadas em 31 de dezembro de 2013 é como se segue:

ENTIDADES RELACIONADAS

ENTIDADES RELACIONADAS 3DO Holding GmbH Caixanet – Telecomunicações e Telemática, SA 3shoppings – Holding,SGPS, S.A. Canal 20 TV 8ª Avenida Centro Comercial, SA Canasta – Empreendimentos Imobiliários, S.A. ADD Avaliações Engenharia de Avaliações e Perícias Ltda Cape Technologies Limited Adlands B.V. Casa Agrícola de Ambrães, S.A. Aegean Park, S.A. Casa da Ribeira – Hotelaria e Turismo, S.A. Agepan Eiweiler Management GmbH Cascaishopping – Centro Comercial, S.A. Agepan Flooring Products, S.A.RL Cascaishopping Holding I, SGPS, S.A. Agloma Investimentos, Sgps, S.A. CCCB Caldas da Rainha - Centro Comercial,SA Águas Furtadas Sociedade Agrícola, SA Centro Colombo – Centro Comercial, S.A. Airone – Shopping Center, Srl Centro Residencial da Maia,Urban., S.A. ALBCC Albufeirashopping C.Comercial SA Centro Vasco da Gama – Centro Comercial, S.A. ALEXA Administration GmbH Change, SGPS, S.A. ALEXA Asset GmbH & Co KG Chão Verde – Soc.Gestora Imobiliária, S.A. ALEXA Holding GmbH Cinclus Imobiliária, S.A. ALEXA Shopping Centre GmbH Cinveste, SGPS, SA Algarveshopping – Centro Comercial, S.A. Citorres – Sociedade Imobiliária, S.A. Alpêssego – Soc. Agrícola, S.A Coimbrashopping – Centro Comercial, S.A. Andar – Sociedade Imobiliária, S.A. Colombo Towers Holding, BV Apor - Agência para a Modernização do Porto Companhia de Pesca e Comércio de Angola (Cosal), SARL Aqualuz – Turismo e Lazer, Lda Contacto Concessões, SGPS, S.A. Arat inmebles, S.A. Contibomba – Comérc.Distr.Combustiveis, S.A. ARP Alverca Retail Park,SA Contimobe – Imobil.Castelo Paiva, S.A. Arrábidashopping – Centro Comercial, S.A. Continente Hipermercados, S.A. Aserraderos de Cuellar, S.A. Contry Club da Maia-Imobiliaria, S.A. Atlantic Ferries – Tráf.Loc,Flu.e Marít, S.A. Cooper Gay Swett & Crawford Lt Avenida M – 40 B.V. Craiova Mall BV Avenida M – 40, S.A. Cronosaúde – Gestão Hospitalar, S.A. Azulino Imobiliária, S.A. Cumulativa – Sociedade Imobiliária, S.A. BA Business Angels, SGPS, SA Darbo S.A.S BA Capital, SGPS, SA Deutsche Industrieholz GmbH Banco BPI, SA Digitmarket – Sistemas de Informação, S.A. Banco Espírito Santo, SA Discovery Sports, SA BB Food Service, S.A. Distodo - Distribuição e Logística, Lda. Beralands BV Dortmund Tower GmbH Bertimóvel – Sociedade Imobiliária, S.A. Dos Mares – Shopping Centre B.V. BES Vida - Companhia de Seguros, S. A. Dos Mares – Shopping Centre, S.A. BHW Beeskow Holzwerkstoffe Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. Big Picture 2 Films, SA Dreamia Holding B.V. Blackrock, Inc. Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. Bloco Q – Sociedade Imobiliária, S.A. Ecociclo II Bloco W – Sociedade Imobiliária, S.A. Efanor Investimentos, SGPS, S.A. Boavista Shopping Centre BV Efanor Serviços de Apoio à Gestão, S.A. BOM MOMENTO – Comércio Retalhista, SA El Rosal Shopping, S.A. Caixa Geral de Depósitos, SA Emfísico Boavista

377

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ENTIDADES RELACIONADAS Empreend.Imob.Quinta da Azenha, S.A. Imoplamac Gestão de Imóveis, S.A. Equador & Mendes, Lda Imoponte – Soc.Imobiliaria, S.A. ESAF - Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, SA Imoresort – Sociedade Imobiliária, S.A. Espimaia – Sociedade Imobiliária, S.A. Imoresultado – Soc.Imobiliaria, S.A. Espírito Santo Irmãos, SGPS, SA Imosedas – Imobiliária e Seviços, S.A. Estação Viana – Centro Comercial, S.A. Imosistema – Sociedade Imobiliária, S.A. Estêvão Neves - SGPS, SA Imosonae II Euroresinas – Indústrias Quimicas, S.A. Impaper Europe GmbH & Co. KG Farmácia Selecção, S.A. Implantação – Imobiliária, S.A. Fashion Division Canárias, SL Infofield – Informática, S.A. Fashion Division, S.A. Infosystems-Sociedade de Sistemas de Informação,S.A. Filmes Mundáfrica, SARL Infratroia, EM FINSTAR - Sociedade de Investimentos e Participações, SA Inparsa – Gestão Galeria Comercial, S.A. Fozimo – Sociedade Imobiliária, S.A. Inparvi SGPS, S.A. Fozmassimo – Sociedade Imobiliária, S.A. Integrum - Energia, SA Freccia Rossa – Shopping Centre S.r.l. Integrum Colombo Energia, S.A. Frieengineering International Ltda Integrum Martim Longo - Energia, S.A. Fundação José Berardo Interlog – SGPS, S.A. Fundo de Invest. Imobiliário Imosede Invesaude - Gestão Hospitalar S.A. Fundo I.I. Parque Dom Pedro Shop.Center Ioannina Development of Shopping Centres, SA Fundo Invest.Imob.Shopp. Parque D.Pedro Isoroy SAS Fundo Investimento para Cinema e Audiovisual Joaquim Alves Ferreira de Oliveira Gaiashopping I – Centro Comercial, S.A. Kento Holding Limited Gaiashopping II – Centro Comercial, S.A. La Farga – Shopping Center, SL Gesgráfica - Projectos Gráficos, Lda Laminate Park GmbH Co. KG GHP Gmbh Land Retail B.V. Gli Orsi Shopping Centre 1 Srl Larim Corretora de Resseguros Ltda Glunz AG Larissa Develop. Of Shopping Centers, S.A. Glunz Service GmbH Lazam – MDS Corretora e Administradora de Seguros, S.A. Glunz UK Holdings Ltd LCC LeiriaShopping Centro Comercial SA Glunz Uka Gmbh Le Terrazze - Shopping Centre 1 Srl GMET, ACE Libra Serviços, Lda. Golf Time – Golfe e Invest. Turísticos, S.A. Lidergraf – Artes Gráficas, Lda. Grafilme - Sociedade Impressora de Legendas, Lda. Loop5 Shopping Centre GmbH Grupo Visabeira, SGPS, SA Loureshopping – Centro Comercial, S.A. Guimarãeshopping – Centro Comercial, S.A. Lugares Virtuais, S.A. Harvey Dos Iberica, S.L. Lusitânia - Companhia de Seguros, SA Herco Consultoria de Riscos e Corretora de Seguros Ltda Lusitânia Vida - Companhia de Seguros, SA HighDome PCC Limited Luz del Tajo – Centro Comercial S.A. Iberian Assets, S.A. Luz del Tajo B.V. Igimo – Sociedade Imobiliária, S.A. Madeirashopping – Centro Comercial, S.A. Iginha – Sociedade Imobiliária, S.A. Maiashopping – Centro Comercial, S.A. Imoareia – Invest. Turísticos, SGPS, S.A. Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. Imobiliária da Cacela, S.A. Mainroad – Serviços em Tecnologias de Informação, S.A. Imoclub – Serviços Imobilários, S.A. Marcas do Mundo – Viag. e Turismo Unip, Lda Imoconti – Soc.Imobiliária, S.A. Marcas MC, ZRT Imodivor – Sociedade Imobiliária, S.A. Marina de Tróia S.A. Imoestrutura – Soc.Imobiliária, S.A. Marinamagic – Expl.Cent.Lúdicos Marít, Lda Imoferro – Soc.Imobiliária, S.A. Marmagno – Expl.Hoteleira Imob., S.A. Imohotel – Emp.Turist.Imobiliários, S.A. Martimope – Sociedade Imobiliária, S.A. Imomuro – Sociedade Imobiliária, S.A. Marvero – Expl.Hoteleira Imob., S.A. Imopenínsula – Sociedade Imobiliária, S.A. MDS Affinity - Sociedade de Mediação, Lda

378 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ENTIDADES RELACIONADAS MDS Africa SGPS, S.A. PJP – Equipamento de Refrigeração, Lda MDS Consultores, S.A. Plaza Éboli B.V. MDS Corretor de Seguros, S.A. Plaza Éboli – Centro Comercial S.A. MDS Malta Holding Limited Plaza Mayor Holding, SGPS, SA MDS SGPS, SA Plaza Mayor Parque de Ócio BV MDSAUTO - Mediação de Seguros, SA Plaza Mayor Parque de Ocio, SA Megantic BV Plaza Mayor Shopping BV Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, SA Plaza Mayor Shopping, SA Miauger – Organização e Gestão de Leilões Electrónicos., S.A. Ploi Mall BV MJLF – Empreendimentos Imobiliários, S.A. Plysorol, BV Mlearning - Mds Knowledge Centre, Unip, Lda Poliface North America Modalfa – Comércio e Serviços, S.A. PORTCC - Portimãoshopping Centro Comercial, SA MODALLOOP – Vestuário e Calçado, S.A. Porturbe – Edificios e Urbanizações, S.A. Modelo – Dist.de Mat. de Construção, S.A. Praedium – Serviços, S.A. Modelo Continente Hipermercados, S.A. Praedium II – Imobiliária, S.A. Modelo Continente Intenational Trade, SA Praedium SGPS, S.A. Modelo Hiper Imobiliária, S.A. Praesidium Services Limited Modelo.com – Vendas p/Correspond., S.A. Predicomercial – Promoção Imobiliária, S.A. Movelpartes – Comp.para Ind.Mobiliária, S.A. Prédios Privados Imobiliária, S.A. Movimento Viagens – Viag. e Turismo U.Lda Predisedas – Predial das Sedas, S.A. Mstar, SA Pridelease Investments, Ltd Mundo Vip – Operadores Turisticos, S.A. Proj. Sierra Germany 4 (four) – Sh.C.GmbH Munster Arkaden, BV Proj.Sierra Germany 2 (two) – Sh.C.GmbH Norges Bank Proj.Sierra Italy 1 – Shop.Centre Srl Norscut – Concessionária de Scut Interior Norte, S.A. Proj.Sierra Italy 3 – Shop. Centre Srl Norteshopping – Centro Comercial, S.A. Proj.Sierra Italy 5 – Dev. Of Sh.C.Srl Norteshopping Retail and Leisure Centre, BV Project SC 1 BV Nova Equador Internacional,Ag.Viag.T, Ld Project SC 2 BV Nova Equador P.C.O. e Eventos Project Sierra 2 B.V. Ongoing Strategy Investments, SGPS, SA Project Sierra 6 BV Operscut – Operação e Manutenção de Auto-estradas, S.A. Project Sierra 7 BV OSB Deustchland Gmbh Project Sierra 8 BV PantheonPlaza BV Project Sierra 9 BV Paracentro – Gest.de Galerias Com., S.A. Project Sierra Brazil 1 B.V. Pareuro, BV Project Sierra Charagionis 1 S.A. Park Avenue Develop. of Shop. Centers S.A. Project Sierra Four, SA Parque Atlântico Shopping – C.C., S.A. Project Sierra Germany Shop. Center 1 BV Parque D. Pedro 1 B.V. Project Sierra Germany Shop. Center 2 BV Parque D. Pedro 2 B.V. Project Sierra Spain 1 B.V. Parque de Famalicão – Empr. Imob., S.A. Project Sierra Spain 2 – Centro Comer. S.A. Parque Principado SL Project Sierra Spain 2 B.V. Pátio Boavista Shopping Ltda. Project Sierra Spain 3 – Centro Comer. S.A. Pátio Campinas Shopping Ltda Project Sierra Spain 3 B.V. Pátio Goiânia Shopping Ltda Project Sierra Spain 6 B.V. Pátio Londrina Empreend. e Particip. Ltda Project Sierra Spain 7 B.V. Pátio Penha Shopping Ltda. Project Sierra Three Srl Pátio São Bernardo Shopping Ltda Project Sierra Two Srl Pátio Sertório Shopping Ltda Promessa Sociedade Imobiliária, S.A. Pátio Uberlândia Shopping Ltda Prosa – Produtos e serviços agrícolas, S.A. PCJ - Público, Comunicação e Jornalismo, S.A. Público – Comunicação Social, S.A. Pharmaconcept – Actividades em Saúde, S.A. Puravida – Viagens e Turismo, S.A. PHARMACONTINENTE – Saúde e Higiene, S.A. Racionaliz. y Manufact.Florestales, S.A.

379

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

ENTIDADES RELACIONADAS RASO - Viagens e Turismo, S.A. Sierra Investments (Holland) 1 B.V. RASO, SGPS, S.A. Sierra Investments (Holland) 2 B.V. Rio Sul – Centro Comercial, S.A. Sierra Investments Holding B.V. River Plaza Mall, Srl Sierra Investments SGPS, S.A. River Plaza, BV Sierra Italy Holding B.V. Rochester Real Estate, Limited Sierra Management Germany GmbH RSI Corretora de Seguros Ltda Sierra Management Italy S.r.l. S.C. Microcom Doi Srl Sierra Management Romania, Srl Saphety – Transacciones Electronicas SAS Sierra Management Spain – Gestión C.Com.S.A. Saphety Brasil Transações Eletrônicas Ltda. Sierra Management, SGPS, S.A. Saphety Level – Trusted Services, S.A. Sierra Portugal, S.A. Saúde Atlântica – Gestão Hospitalar, S.A. SII – Soberana Invest. Imobiliários, S.A. SC – Consultadoria, S.A. SIRS – Sociedade Independente de Radiodifusão Sonora, S.A. SC – Eng. e promoção imobiliária,SGPS, S.A. SISTAVAC, S.A. SC Aegean B.V. SKK – Central de Distr., S.A. SC Assets SGPS, S.A. SKK SRL SC Finance BV SKKFOR – Ser. For. e Desen. de Recursos SC Mediterraneum Cosmos B.V. Sociedade de Construções do Chile, S.A. SC, SGPS, SA Société de Tranchage Isoroy S.A.S. SCS Beheer, BV Socijofra – Sociedade Imobiliária, S.A. SDSR - Sports Division 2, S.A. Sociloures – Soc.Imobiliária, S.A. Selfrio,SGPS, S.A. Soconstrução BV Selifa – Empreendimentos Imobiliários, S.A. Sodesa, S.A. Sempre à Mão – Sociedade Imobiliária, S.A. Soflorin, BV Sempre a Postos – Produtos Alimentares e Utilidades, Lda Soira – Soc.Imobiliária de Ramalde, S.A. Serra Shopping – Centro Comercial, S.A. Solinca - Eventos e Catering, SA Sesagest – Proj.Gestão Imobiliária, S.A. Solinca - Health and Fitness, SA Sete e Meio – Invest. Consultadoria, S.A. Solinca – Investimentos Turísticos, S.A. Sete e Meio Herdades – Inv. Agr. e Tur., S.A. Solinfitness – Club Malaga, S.L. SGC, SGPS, SA Solingen Shopping Center GmbH Shopping Centre Parque Principado B.V. SOLSWIM-Gestão e Expl.Equip.Aquáticos,SA Shopping Penha B.V. Soltroia – Imob.de Urb.Turismo de Tróia, S.A. Siaf – Soc.Iniciat.Aprov.Florestais - Energia, S.A. Somit Imobiliária SIAL Participações Ltda SONAE - Specialized Retail, SGPS, SA Sierra Asia Limited Sonae Capital Brasil, Lda Sierra Asset Management – Gest. Activos, S.A. Sonae Capital,SGPS, S.A. Sierra Berlin Holding BV Sonae Center II S.A. Sierra Central S.A.S Sonae Center Serviços, S.A. Sierra Charagionis Develop.Sh. Centre S.A. Sonae com – Sistemas Informação, SGPS, S.A. Sierra Charagionis Propert.Management S.A. Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira, S.A. Sierra Corporate Services Holland, BV Sonae Indústria – SGPS, S.A. Sierra Development Greece, S.A. Sonae Industria de Revestimentos, S.A. Sierra Developments Germany GmbH Sonae Indústria Manag. Serv, SA Sierra Developments Holding B.V. Sonae Investimentos, SGPS, SA Sierra Developments Italy S.r.l. Sonae Novobord (PTY) Ltd Sierra Developments Romania, Srl Sonae RE, S.A. Sierra Developments Spain – Prom.C.Com.SL Sonae Retalho Espana – Servicios Gen., S.A. Sierra Developments, SGPS, S.A. Sonae SGPS, S.A. Sierra Enplanta Ltda Sonae Sierra Brasil S.A. Sierra European R.R.E. Assets Hold. B.V. Sonae Sierra Brazil B.V. Sierra GP Limited Sonae Sierra, SGPS, S.A. Sierra Investimentos Brasil Ltda Sonae Tafibra Benelux, BV

380 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ENTIDADES RELACIONADAS Sonae Turismo – SGPS, S.A. Torre Ocidente Imobiliária, S.A. Sonae UK, Ltd. Torre São Gabriel – Imobiliária, S.A. Sonaecom - Serviços Partilhados, S.A. TP – Sociedade Térmica, S.A. Sonaecom – Sistemas de Información España, S.L. Troia Market, S.A. Sonaecom BV Tróia Natura, S.A. Sonaecom, SGPS, S.A. Troiaresort – Investimentos Turísticos, S.A. Sonaegest – Soc.Gest.Fundos Investimentos Troiaverde – Expl.Hoteleira Imob., S.A. SONAEMC - Modelo Continente, SGPS, S.A. Tulipamar – Expl.Hoteleira Imob., S.A. Sonaetelecom BV Turismo da Samba (Tusal), SARL Sondis Imobiliária, S.A. Unipress – Centro Gráfico, Lda Sontel BV Unishopping Administradora Ltda. Sontur BV Unishopping Consultoria Imob. Ltda. Sonvecap BV Unitel International Holdings, B.V. Sopair, S.A. Upstar Comunicações SA Sotáqua – Soc. de Empreendimentos Turist Urbisedas – Imobiliária das Sedas, S.A. Spanboard Products, Ltd Valecenter Srl SPF – Sierra Portugal Real Estate, Sarl Valor N, S.A. Spinarq - Engenharia, Energia e Ambiente, SA Vastgoed One – Sociedade Imobiliária, S.A. Spinveste – Gestão Imobiliária SGII, S.A. Vastgoed Sun – Sociedade Imobiliária, S.A. Spinveste – Promoção Imobiliária, S.A. Via Catarina – Centro Comercial, S.A. Sport Retalho España – Servicios Gen., S.A. Viajens y Turismo de Geotur España, S.L. Sport TV Portugal, S.A. Vistas do Freixo, SA Sport Zone – Comércio Art.Desporto, S.A. Vuelta Omega, S.L. Sport Zone – Turquia We Do Technologies Panamá S.A. Sport Zone Canárias, SL We Do Technologies Singapore PTE. LTD. Sport Zone España-Com.Art.de Deporte,SA WeDo Consulting – Sistemas de Informação, S.A. Spred, SGPS, SA WeDo do Brasil – Soluções Informáticas, Ltda SSI Angola, S.A. WeDo Poland Sp. Z.o.o. Stinnes Holz GmbH WeDo Technologies (UK) Limited Tableros Tradema, S.L. WeDo Technologies Americas, Inc. Tafiber,Tableros de Fibras Ibéricas, SL WeDo Technologies Australia PTY Limited Tafibra Polska Sp.z.o.o. WeDo Technologies BV Tafibra South Africa WeDo Technologies BV – Sucursal Malaysia Tafibra Suisse, SA WeDo Technologies Egypt LLC Tafisa – Tableros de Fibras, S.A. WeDo Technologies Mexico, S de R.L. Tafisa Canadá Societé en Commandite Weiterstadt Shopping BV Tafisa France, S.A. World Trade Center Porto, S.A. Tafisa UK, Ltd Worten – Equipamento para o Lar, S.A. Taiber,Tableros Aglomerados Ibéricos, SL Worten Canárias, SL Tarkett Agepan Laminate Flooring SCS Worten España, S.A. Tecmasa Reciclados de Andalucia, SL ZIPPY - Comércio e Distribuição, SA Tecnológica Telecomunicações LTDA. ZIPPY - Comercio y Distribución, S.A. Telefónica, SA Zippy Turquia Têxtil do Marco, S.A. ZON II - Serviços de Televisão SA TLANTIC B.V. ZON III - Comunicações electrónicas S.A. Tlantic Portugal – Sist. de Informação, S.A. ZOPT, SGPS, S.A. Tlantic Sistemas de Informação Ltdª Zubiarte Inversiones Inmobiliarias, S.A. Tool Gmbh ZYEVOLUTION-Invest.Desenv.,SA.

381

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

43.2. SALDOS E TRANSAÇÕES ENTRE ENTIDADES RELACIONADAS a) As transações e saldos entre a ZON OPTIMUS e empresas do Grupo ZON OPTIMUS foram eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente Nota.

Os saldos a 31 de dezembro de 2012 e 2013 e as transações ocorridas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 entre o Grupo ZON OPTIMUS e as empresas associadas, joint-ventures e outras partes relacionadas, são como segue:

TRANSAÇÕES

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

VENDAS E FORNECIMENTO RENDIMENTOS E PROVEITOS PRESTAÇÕES DE DE SERVIÇOS (GASTOS) SUPLEMENTARES SERVIÇOS EXTERNOS FINANCEIROS ACIONISTAS Banco BPI 2 23 (6.991) - Caixa geral de depósitos 23 - (3.786) - EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE E ASSOCIADAS Big Picture 2 Films 16 2.422 - - Distodo 2 697 - - Dreamia Holding BV 408 - 188 - Dreamia SA 4.380 1.480 - - Finstar 683 - - - Fundo Investimento para Cinema e Audiovisual - - (21) - Sport TV 144 64.740 - - Upstar 9.483 - 2.720 - OUTRAS PARTES RELACIONADAS Banco Espirito Santo - 34 (8.318) - 15.141 69.362 (7.890) -

382 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

SALDOS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

CONTAS A CONTAS A CONTAS A CONTAS A ACRÉSCIMOS E ACRÉSCIMOS E RECEBER - RECEBER - PAGAR - PAGAR - DIFERIMENTOS DIFERIMENTOS CLIENTES OUTROS FORNECEDORES OUTROS ATIVOS PASSIVOS EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE E ASSOCIADAS Big Picture 2 Films 2 - 7 - - 164 Canal 20 TV -- 1--- Distodo 1- ---- Dreamia Holding BV 9421.856---- Dreamia SA 1.898 1.506 2.148 - - 192 Finstar 6.457- ---- Fundo Investimento para Cinema e Audiovisual - - - 17.500 - - Mstar 111790---- Sport TV 52 (298) 26.480 - 30 3.258 Upstar 4.113 31.156 640 - - 1.8 11 13.576 35.010 29.276 17.500 30 5.425

EMPRÉSTIMOS APLICAÇÕES DERIVADOS DERIVADOS LOCAÇÃO OBTIDOS FINANCEIRAS ATIVOS PASSIVOS FINANCEIRA Banco BPI 95.482 - - 994 78 Banco Espírito Santo 267.830 203.387 - - 3.185 363.312 203.387 - 994 3.263

383

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

TRANSAÇÕES

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

VENDAS E FORNECIMENTO RENDIMENTOS E PROVEITOS PRESTAÇÕES DE DE SERVIÇOS (GASTOS) SUPLEMENTARES SERVIÇOS EXTERNOS FINANCEIROS ACIONISTAS Banco BPI 2 23 (7.124) - Sonaecom 27 754 (1.468) 97 EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE E ASSOCIADAS Big Picture 2 Films 15 2.436 - 1 Distodo - 663 - 2 Dreamia Holding BV 336 - 212 - Dreamia SA 3.863 91 - 727 Finstar 663 - - - Sport TV 197 55.192 - - Upstar 6.711 - 970 619 OUTRAS PARTES RELACIONADAS Banco Espirito Santo - 95 (8.692) - Mainroad 163 881 - 29 Modelo Continente Hipermercados 1.288 379 - 53 Sierra Portugal 488 1.663 - - Sonae Center Serviços II 358 75 - - We Do Consulting 237 1.158 - 137 Worten 2.208 659 - - Outras partes relacionadas 1.617 1.632 - 93 18.173 65.701 (16.102) 1.758

A Empresa celebra regularmente operações e contratos com diversas entidades dentro do Grupo ZON OPTIMUS. Tais operações foram realizadas nos termos normais de mercado para operações similares, fazendo parte da atividade corrente das sociedades contraentes.

A Empresa celebra igualmente, com regularidade, operações e contratos de natureza financeira com diversas instituições de crédito que são titulares de participações qualificadas no seu capital, as quais são, porém, realizadas nos termos normais de mercado para operações similares, fazendo parte da atividade corrente das sociedades contraentes.

Em 31 de dezembro de 2013, em resultado do número elevado de entidades relacionadas com saldos e transações de baixo valor, foi agrupado na linha de “Outras partes relacionadas” os montantes referentes a saldos e transações com as entidades cujos montantes são inferiores a 200 mil euros. b) As remunerações auferidas pelos administradores e outros membros chave da gerência da ZON OPTIMUS (Dirigentes) nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, foram as seguintes:

384 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

SALDOS

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

CONTAS A CONTAS A CONTAS A CONTAS A ACRÉSCIMOS E ACRÉSCIMOS E RECEBER - RECEBER - PAGAR - PAGAR - DIFERIMENTOS DIFERIMENTOS CLIENTES OUTROS FORNECEDORES OUTROS ATIVOS PASSIVOS ACIONISTAS Sonaecom (6) 5.715 3.640 - 1.946 8.756 EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE E ASSOCIADAS Big Picture 2 Films - - 222 - - 111 Canal 20 TV -- 1--- Distodo 246105--- Dreamia Holding BV 1952.366---- Dreamia SA 3.596 4.266 4.205 - - 201 Finstar 6.387693---- Fundo Investimento para Cinema e Audiovisual - - - 17.500 - - Mstar 11 ---- Sport TV 612 45 21.202 - - 3.363 Upstar 2.657 2.226 214 - - - OUTRAS PARTES RELACIONADAS Mainroad 802 6 938 - 32 - Modelo Continente Hipermercados 601 3 16 1 299 405 Sierra Portugal 171 9 221 2 1.469 - We Do Consulting 115 - 952 - 295 56 Worten 4.234 53 362 - 89 969 Outras partes relacionadas 805 14 578 9 794 63 20.172 15.443 32.656 17.512 4.924 13.924

EMPRÉSTIMOS APLICAÇÕES DERIVADOS DERIVADOS LOCAÇÃO OBTIDOS FINANCEIRAS ATIVOS PASSIVOS FINANCEIRA

Banco BPI 96.447 - - 384 - Banco Espírito Santo 146.659 41.933 - 131 1.142 243.106 41.933 - 515 1.142

385

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS MEMBROS CHAVE DA GERÊNCIA DA ZON OPTIMUS

12M 12 12M 13 Remunerações 2.604 3.558 Participação de resultados / Prémios 810 1.365 Plano de ações e poupança ações 618 1.244 4.031 6.166

Os montantes apresentados no quadro foram calculados numa base de acréscimo para as Remunerações e Participações de resultados / Prémios (remunerações de curto prazo). O valor relativo aos Planos de Ações e aos Planos Poupança Ações correspondem ao valor a atribuir em 2014, relativo à performance de 2013 (e atribuído em 2013, relativo à performance em 2012, para os 12M12). O número médio de membros chave da gerência em 2013 é de 18 (15 em 2012). O Relatório de Governo das Sociedades inclui informação mais detalhada sobre a política de remunerações da ZON OPTIMUS.

Em 2013, a Empresa considerou como Dirigentes os membros do Conselho de Administração, enquanto, em 2012, para além destes, reportados na tabela cima, haviam sido considerados, adicionalmente, 21 outros membros chave da gerência, aos quais correspondia uma remuneração, em 2012, de 3,7 milhões de euros.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo ZON OPTIMUS pagou a membros chave da gerência, a título de cessação de emprego, o valor de 2,7 milhões de Euros.

386 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

44. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO, ATIVOS CONTINGENTES E PASSIVOS CONTINGENTES

44.1. PROCESSOS TMDP

Em fevereiro de 2004, a Lei n.º 5/2004 de 10 de fevereiro (Lei das Comunicações Eletrónicas), no seu artigo 106º, criou, ao abrigo do artigo 13º da Diretiva-Autorização (Diretiva 2002/20/CE, de 7 de junho), a Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP), como contrapartida dos “direitos e encargos relativos à implantação, passagem e atravessamento em local fixo, dos domínios público e privado municipal” por sistemas, equipamentos e demais recursos de empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público.

A base da incidência da TMDP é, por seu turno, constituída por “cada fatura emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do correspondente município”, sendo a TMDP determinada com base num percentual máximo de 0,25% sobre o valor dessas faturas. Alguns municípios, apesar da aprovação da TMDP, têm mantido a cobrança das denominadas Taxas de Ocupação, tendo outros optado pela manutenção destas últimas taxas em detrimento da aprovação da TMDP.

O Grupo, com base em pareceres jurídicos sobre esta matéria, entende que a TMDP é a única taxa que pode ser cobrada como contrapartida dos direitos acima referidos, designadamente o direito de instalação, razão pela qual tem impugnado as Taxas de Ocupação de via pública que lhe são cobradas pelos municípios, por entender que as mesmas são ilegais. Salienta-se que, em sede de reclamação graciosa, houve já decisão por parte de alguns municípios, que ou subscreveram o entendimento do Grupo ou entenderam poderem apenas optar entre uma ou outra das taxas, entendendo que não é possível a sobreposição da TMDP e das Taxas de Ocupação de via pública.

Entretanto já foram proferidas várias decisões judiciais, incluindo do Supremo Tribunal Administrativo sobre a questão de fundo que têm vindo a dar provimento à posição e entendimento da ZON TV Cabo, pelo que existem boas perspetivas de que esta questão venha a ser definitivamente resolvida na generalidade da Câmaras em favor da ZON TV Cabo. Foram interpostos dois recursos para o Tribunal Constitucional em dois processos pela Câmara Municipal de Lisboa, que não tiveram provimento.

Com a entrada em vigor do Decreto-lei 123/2009 esta questão ficou definitivamente ultrapassada, para o futuro. Este diploma veio dispor claramente (em linha com o que o Grupo entendia já decorrer da legislação anterior) que, pela utilização e aproveitamento dos bens do domínio público e privado municipal que se traduza na construção ou instalação, por parte de empresas que ofereçam redes e serviços de

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

comunicações eletrónicas acessíveis ao público, de infraestruturas aptas ao alojamento de comunicações eletrónicas é devida a TMDP, nos termos da Lei das Comunicações Eletrónicas e que não são devidas quaisquer outras taxas, encargos ou remunerações.

44.2. PROCESSOS COM ENTIDADES REGULADORAS

• Em 8 de julho de 2009, a ZON TV Cabo foi notificada pela AdC, no âmbito de um processo de contraordenação sobre a oferta triple play da ZON, solicitando que a ZON TV Cabo se pronunciasse sobre o teor da mesma, o que esta já fez em tempo. O processo encontra-se ainda em fase de inquérito na AdC, tendo sido solicitadas informações a que a ZON tem vindo a responder. Caso se venha a concluir pela existência de uma infração, poderá haver lugar a aplicação de uma coima que não poderá exceder os 10% do seu volume de negócios do último ano da infração.

• O ICP-ANACOM instaurou processos de contraordenação contra empresas do Grupo, tal como contra a generalidade dos operadores de comunicações eletrónicas nacionais, por violação das regras de portabilidade. A ZON TV Cabo, ZON TV Cabo Açoreana e a ZON TV Cabo Madeirense impugnaram judicialmente as decisões da Anacom, de condenação no pagamento de coimas, no âmbito desses processos. Em 2014 foram proferidas decisões judiciais de três processos que confirmaram sanções aplicadas à ZON TV Cabo, ZON TV Cabo Açoreana e a ZON TV Cabo Madeirense nos montantes de 36 milhares de euros, 7,5 milhares de euros e 8,5 milhares de euros, respetivamente. Encontram-se ainda pendentes de decisão 3 processos de 2013.

• A ZON TV Cabo, a ZON TV Cabo Açoreana e a ZON TV Cabo Madeirense têm vindo a impugnar judicialmente os atos do ICP-ANACOM de liquidação da Taxa Anual (anos de 2009, 2010, 2011 e 2012) pela atividade de Fornecedor de Redes de Serviços de Comunicações Eletrónicas nos valores (i) de 1.087 milhares de euros, 2.325 milhares de euros, 3.580 milhares de euros e 3.447 milhares de euros; (ii) 42 milhares de euros, 79 milhares de euros, 123 milhares de euros e 113 milhares de euros e (iii) 55 milhares de euros, 109 milhares de euros, 169 milhares de euros e 156 milhares de euros, respetivamente, tendo sido peticionada a restituição das quantias entretanto pagas no âmbito da execução dos referidos atos de liquidação. Esta taxa é uma percentagem definida anualmente pela ANACOM (em 2009 foi de 0,5826%) sobre as receitas de comunicações eletrónicas dos operadores; o regime entra gradualmente em vigor: 1/3 no 1º. ano, 2/3 no 2º. ano e 100% no 3º. ano. As empresas ZON TV Cabo, ZON TV Cabo

388 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Açoreana e ZON TV Cabo Madeirense argumentam, nomeadamente, além de vícios de inconstitucionalidade e ilegalidade, que apenas as receitas relativas à atividade de comunicações eletrónicas propriamente dita, sujeita à regulação da Anacom podem ser consideradas para efeitos de aplicação da percentagem e cálculo da taxa a pagar, não devendo ser consideradas receitas de conteúdos televisivos.

Em 18 de dezembro de 2012 foi proferida sentença no processo instaurado pela ZON TV Cabo Portugal referente a 2009, a qual julgou procedente a impugnação, tendo apenas apreciado o vício da falta de audiência prévia, condenando, ainda, o ICP-ANACOM a pagar juros, decisão contra a qual o ICP-Anacom apresentou recurso, ao qual, por decisão de julho de 2013, não foi dado provimento.

Os demais processos encontram-se a aguardar julgamento e decisão.

• A ZON OPTIMUS candidatou-se ao concurso público para o licenciamento de um serviço de programas de âmbito nacional, generalista, de acesso não condicionado livre, a emitir por via hertziana terrestre. Por decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social de 23 de março de 2009, a candidatura da ZON OPTIMUS, tal como a outra candidatura concorrente foi excluída do concurso, decisão da qual a ZON OPTIMUS recorreu judicialmente, aguardando-se o desenvolvimento do processo e que seja proferida sentença pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.

44.3. ADMINISTRAÇÃO FISCAL

No decurso dos exercícios de 2003 a 2013, algumas empresas do Grupo ZON OPTIMUS foram objeto de Inspeção Tributária aos exercícios de 2001 a 2011. Na sequência destas inspeções, a ZON OPTIMUS, enquanto sociedade dominante do Grupo Fiscal, e as empresas não abrangidas pelo Grupo Fiscal, foram notificadas das correções efetuadas pelos Serviços de Inspeção Tributária ao prejuízo fiscal do Grupo e correções em sede de IVA e Imposto de selo e para fazer pagamentos correspondentes às correções aos exercícios acima referidos. O valor total das notificações ascende a 30,7 milhões de euros. De salientar que o Grupo entendeu que as correções efetuadas não tinham fundamento, tendo contestado as referidas correções e montantes. O Grupo prestou garantias bancárias exigidas pela Administração Fiscal, no âmbito destes processos, conforme referido na Nota 41.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

No final do exercício de 2013 e aproveitando o regime extraordinário de regularização de dívidas fiscais, a empresa liquidou 7,7 milhões de euros (correspondendo a notificações no montante de 18 milhões de euros deduzido de juros de mora). Este montante ficou registado como “Imposto a recuperar” não corrente deduzido de provisão constituída no montante de 3,5 milhões de euros (Nota 26).

Conforme convicção do Conselho de Administração do Grupo corroborada pelos nossos advogados e consultores fiscais, o risco de perda destes processos não é provável e o desfecho dos mesmos não afetará de forma material a posição consolidada.

44.4. AÇÕES DA PT CONTRA A ZON TV CABO MADEIRENSE E ZON TV CABO AÇOREANA

• A PT intentou no Tribunal Judicial do Funchal uma ação ordinária contra a ZON TV Cabo Madeirense, pedindo o pagamento de 1.608 milhares de euros, acrescido de juros, até integral pagamento pela alegada utilização de condutas, prestação de serviço MID, prestação de serviço de vias Vídeo/Áudio, despesas de operação, manutenção e gestão de cabo submarino Madeira/Porto Santo e utilização de dois troços de fibra ótica.

A empresa contestou a ação, nomeadamente quanto aos preços em causa, aos serviços e à legitimidade da PT quanto às condutas.

Foi proferida sentença em final de julho de 2013, que foi largamente favorável à ZON TV Cabo Madeirense, da qual, entretanto, a PT recorreu, estando o processo a aguardar normal desenvolvimento.

• Em abril de 2012 e na sequência de decisão judicial em anterior processo em que, por decisão de 19 de julho de 2011, a ZON TV Cabo Açoreana foi absolvida da instância, a PT veio a apresentar duas novas ações contra a ZON TV Cabo Açoreana, uma respeitante à prestação de serviço MID e outra à prestação de serviço de vias Vídeo/Áudio, peticionando o pagamento de 222 milhares de euros e de 316 milhares de euros, respetivamente, acrescidos de juros, estando a aguardar julgamento e decisão. Foi proferida sentença que, sem prejuízo dos juros, reduz o valor a pagar pela ZON TV Cabo Açoreana para cerca de 97 mil euros.

390 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

44.5. AÇÃO CONTRA ZON TV CABO

Já em 2014, foi intentada ação judicial cível contra ZON TV Cabo Portugal por uma empresa prestadora de serviços de comercialização de serviços ZON, a qual pede a condenação desta no pagamento de cerca de 1.243.000 euros, por, nomeadamente, alegada rescisão antecipada de contrato e a título de indemnização de clientela. É convicção do Conselho de Administração que os argumentos utilizados não são corretos, pelo que do desfecho do processo não resultarão impactos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo.

44.6. LEI DO CINEMA

Foi pulicada no dia 6 de setembro de 2012 a Lei n.º 55/2012, que estabelece os princípios de ação do Estado no quadro do fomento, do desenvolvimento e proteção da arte do cinema e das atividades cinematográficas e audiovisuais em Portugal. A referida Lei foi regulamentada já em 2013 (DL 9/2013) apenas no que respeita à liquidação e cobrança da taxa de exibição de publicidade e da taxa devida pelos operadores de distribuição de televisão.

Entretanto, está em fase de aprovação na Assembleia da República uma alteração à Lei do Cinema que reduz o valor das taxas em causa a partir de 2014 e que mereceu o acordo em geral dos operadores.

Durante o exercício de 2013, procedeu-se ao pagamento das taxas relativas a 2013, conforme Notas de Liquidação que tinham sido notificadas pelo Instituto do Cinema e Audiovisual.

44.7. AÇÕES CONTRA A SPORT TV

A SPORT TV Portugal, SA foi condenada pela Autoridade da Concorrência ao pagamento de uma coima no valor de 3.730 milhares de euros pela alegada prática da infração de abuso de posição dominante no mercado nacional de canais de acesso condicionado com conteúdos desportivos premium.

A SPORT TV não concorda com a decisão e por isso decidiu recorrer da mesma para as instâncias judiciais competentes, encontrando-se o processo a aguardar desenvolvimento.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

44.8. PENALIDADES CONTRATUAIS

As condições gerais que regulam a vigência e cessação da relação contratual entre a ZON OPTIMUS e os seus clientes, estabelecem que em caso de desativação dos produtos e serviços por iniciativa do cliente antes de decorrido o período de fidelização, o cliente fica obrigado ao pagamento imediato de uma indemnização. Até dezembro de 2013, foram faturadas pela ZON TV Cabo e Optimus indemnizações no montante total de 21.337 e 172.331 milhares de euros, respetivamente, dos quais foram recebidas e reconhecidas em resultados no período de doze e quatro meses, respetivamente, os montantes de 953 e 2.053 milhares de euros, respetivamente.

44.9. TARIFAS DE INTERLIGAÇÃO

Em 31 de dezembro de 2013, existem saldos em aberto com operadores nacionais, registados nas rubricas de clientes e fornecedores, no montante de 37.139.253 euros e 29.913.608 euros, respetivamente, que resultam de um diferendo mantido, entre a subsidiária, Optimus – Comunicações, S.A. e essencialmente, a TMN-Telecomunicações Móveis, S.A. relativo à indefinição dos preços de interligação do ano de 2001, tendo os respetivos custos e proveitos sido registados nesse ano. Em Primeira Instância a sentença foi totalmente favorável à Optimus. O Tribunal da Relação, em sede de recurso, julgou novamente improcedentes os intentos da TMN. Contudo, a TMN voltou a recorrer desta decisão, agora para o Supremo Tribunal de Justiça, o qual confirmou a decisão do Tribunal da Relação, por sentença já transitada em julgado, julgando improcedentes os intentos da TMN, concluindo assim que os preços de interligação do ano de 2001 não estavam definidos. A regularização dos valores em aberto vai depender do preço que vier a ser estabelecido.

392 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

45. PLANO DE ATRIBUIÇÃO DE AÇÕES OU OPÇÕES SOBRE AÇÕES

Os Planos de Atribuição de Ações aprovados nas Assembleias Gerais de 27 de abril de 2008 e 19 de abril de 2010, com os objetivos de fidelizar os colaboradores, alinhar o interesse destes com os objetivos empresariais para além de criar condições mais favoráveis ao recrutamento de quadros com elevado valor estratégico, têm vindo a ser operacionalizados de acordo com os princípios então acordados.

Estes planos de incentivos integram nomeadamente o Plano Standard e o Plano Executivo Sénior. O Plano Standard destina-se aos membros elegíveis, selecionados pelos órgãos competentes, independentemente das funções que os mesmos desempenhem, e neste plano o empossamento das ações atribuídas estende- se por cinco anos, iniciando-se doze meses decorrido sobre o período a que se refere a respetiva atribuição, a uma taxa de 20% por ano. O Plano Executivo Sénior, por sua vez, é dirigido aos membros elegíveis, qualificados como Executivos Seniores, e selecionados também pelos respetivos órgãos competentes. O Plano Executivo Sénior, implementado após aprovação da Assembleia Geral realizada em abril de 2010, prevê um diferimento do empossamento das ações de 3 anos, após a respetiva atribuição.

O número máximo de ações a afetar em cada ano a estes planos é aprovado pelo Conselho de Administração e está dependente exclusivamente do cumprimento dos objetivos de performance estabelecidos para a ZON OPTIMUS s e da avaliação do desempenho individual.

As empresas do Grupo Optimus tinham implementado, desde 2000, um sistema de incentivos em ações a colaboradores acima de determinado nível de função, sob a forma de ações da Sonaecom, que foram, durante o exercício de 2013, convertidos em ações ZON OPTIMUS. O exercício dos direitos ocorre três anos após a sua atribuição, desde que o colaborador se mantenha na empresa durante esse período.

Em 31 de dezembro de 2013, os planos em aberto são os seguintes:

393

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

NÚMERO DE AÇÕES PLANO SÉNIOR Plano 2011 201.000 Plano 2012 191.000 Plano 2013 191.000 PLANO STANDARD Plano 2009 53.733 Plano 2010 122.606 Plano 2011 191.505 Plano 2012 247.214 Plano 2013 306.801 PLANO OPTIMUS Plano 2010 1.395.587 Plano 2011 1.493.519 Plano 2012 1.152.759

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos ocorridos ao abrigo dos Planos, detalham-se do seguinte modo:

PLANO PLANO PLANO SÉNIOR STANDARD OPTIMUS SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012: 918.000 1.057.648 - MOVIMENTOS DO ANO: Entrada de empresas - - 4.496.518 Atribuídas 356.375 332.634 - Exercidas (Empossadas) (645.875) (373.641) (100.005) Canceladas/Extintas/Corrigidas (45.500) (94.782) (354.648) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013: 583.000 921.859 4.041.8 65

Os custos dos planos de ações são reconhecidos ao longo do exercício que medeia a atribuição e o exercício das mesmas. A responsabilidade dos planos é calculada com base na cotação à data de atribuição de cada plano, sendo que para os Planos Optimus, a data de atribuição corresponde à data da fusão (momento da conversão dos planos de ações Sonaecom em ações ZON OPTIMUS). A 31 de dezembro de 2013, a responsabilidade em aberto relativa a estes planos é de 14.297 milhares euros, e está registada em Reservas.

394 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os custos reconhecidos ao longo dos exercícios anteriores e no exercício, e a respetiva responsabilidade, são como segue:

ZON OPTIMUS TOTAL Custos reconhecidos em exercícios anteriores* 8.858 26.921 35.778 Custos reconhecidos no exercício 2.446 1.306 3.753 Custos de planos já exercidos (7.926) (17.308) (25.234) TOTAL DOS CUSTOS DOS PLANOS 3.378 10.919 14.297 REGISTADO EM RESERVAS 3.378 10.919 14.297 * Inclui valor reconhecido pela Optimus, até à data da fusão.

Refira-se ainda que a ZON OPTIMUS operacionalizou no primeiro semestre de 2013, o Plano de Poupança em Ações, previsto também no Regulamento aprovado em Assembleia Geral. Este plano é dirigido à generalidade dos colaboradores, que cumprindo os requisitos internos definidos, podem investir neste plano até 10% do seu salário anual, num máximo de 7.500 euros por ano, beneficiando da aquisição das ações com um desconto de 10%.

No Plano de Poupança em Ações lançado em 2013 os colaboradores da ZON OPTIMUS adquiriram 28.298 ações.

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ZON OPTIMUS, SGPS, SA

46. EVENTOS SUBSEQUENTES

Em fevereiro de 2014 foi divulgado o projeto de fusão entre a Optimus – Comunicações, S.A. e ZON TV Cabo Portugal S.A..

Adicionalmente, durante o mês de fevereiro, e após quase 5 anos decorridos da interposição da ação, a ZON OPTIMUS desistiu do processo que corria em tribunal relacionado com o concurso público para o licenciamento de um quinto canal aberto em sinal digital (Nota 44.2)

396 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

47. MAPAS ANEXOS

A) EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO INTEGRAL

PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO DETENTOR DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPAL EFETIVA DIRETA EFETIVA DO CAPITAL 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2013 ZON Optimus, SGPS, S.A. (a) Lisboa Gestão de participações sociais - 0% 0% 0% Conceção, construção, gestão e exploração de redes de Be Artis – Concepção, Construção e Gestão de comunicações eletrónicas e dos respetivos equipamentos e infra- Redes de Comunicações, S.A. ('Artis') (b) Maia ZON Optimus 0% 100% 100% estruturas, gestão de ativos tecnológicos próprios ou de terceiros e prestação de serviços conexos Be Towering – Gestão de Torres de Implantação, instalação e exploração de torres e outros sites para Maia ZON Optimus 0% 100% 100% Telecomunicações, S.A. (‘Be Towering’) (b) colocação de equipamentos de telecomunicações Empracine - Empresa Promotora de Atividades Lusomundo Lisboa Exibição cinematográfica 100% 100% 100% Cinematográficas, Lda. SII Grafilme - Sociedade Impressora de Legendas, ZON LM Lisboa Prestação de serviços de legendagem audiovisual 56% 0% 0% Lda. (c) Audiovisuais Lusomundo - Sociedade de investimentos Lisboa Exploração de ativos imobiliários ZON Optimus 100% 100% 100% imobiliários SGPS, SA Gestão de participações sociais, no âmbito de investimentos em Lusomundo España, SL Madrid ZON Optimus 100% 100% 100% Espanha Lusomundo Lusomundo Imobiliária 2, S.A. Lisboa Exploração de ativos imobiliários 100% 100% 100% SII Exibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos ZON LM Lusomundo Moçambique, Lda. Maputo 100% 100% 100% públicos Cinemas Implementação, operação, exploração e oferta de redes e prestação Optimus - Comunicações, S.A. ('Optimus') (b) de serviços de comunicações eletrónicas, bem como quaisquer Maia ZON Optimus 0% 100% 100% recursos conexos e, ainda, fornecimento e comercialização de produtos e equipamentos de comunicações eletrónicas Per-Mar – Sociedade de Construções, S.A. ('Per- Compra e venda, arrendamento e exploração de bens imóveis e Mar') (b) Maia ZON Optimus 0% 100% 100% estabelecimentos comerciais Realização de urbanizações e construções de edifícios, planeamento, Sontária - Empreendimentos Imobiliários, S.A. gestão urbanística, realização de estudos, construção e gestão de ('Sontária') (b) Maia ZON Optimus 0% 100% 100% imóveis, compra e venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim Teliz Holding B.V. Amstelveen Gestão de participações sociais ZON Optimus 100% 100% 100% ZON LM ZON Audiovisuais, SGPS S.A. Lisboa Gestão de participações sociais 100% 100% 100% Audiovisuais ZON LM ZON Cinemas, SGPS S.A. Lisboa Gestão de participações sociais 100% 100% 100% Cinemas ZON Conteúdos - Actividade de Televisão e de ZON Televisão Lisboa Comercialização de conteúdos para televisão por cabo 100% 100% 100% Produção de Conteúdos, S.A. por Cabo ZON TV Cabo ZON FINANCE B.V. Amesterdão Gestão de actividades de financiamento do Grupo / ZON 100% 50% / 50% 100% Optimus Importação, distribuição, exploração, comercialização e produção de ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. Lisboa ZON Optimus 100% 100% 100% produtos audiovisuais Exibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos ZON Lusomundo Cinemas , S.A. Lisboa ZON Optimus 100% 100% 100% públicos ZON Distribuição de filmes cinematográficos, edição, distribuição e venda ZON Lusomundo TV, Lda. Lisboa Audiovisuais 100% 100% 100% de produtos audiovisuais SGPS S.A. ZON Televisão por Cabo, SGPS, S.A. Lisboa Gestão de participações sociais ZON TV Cabo 100% 100% 100% Distribuição de sinal de televisão por cabo e satélite, exploração e Ponta ZON TV Cabo Açoreana, S.A. prestação de serviços de telecomunicações na Região Autónoma ZON TV Cabo 84% 84% 84% Delgada dos Açores Distribuição de sinal de televisão por cabo e satélite, exploração e ZON TV Cabo Madeirense, S.A. Funchal prestação de serviços de telecomunicações na Região Autónoma da ZON TV Cabo 78% 78% 78% Madeira Distribuição de sinal de televisão por cabo e satélite, exploração e ZON TV Cabo Portugal, S.A. Lisboa ZON Optimus 100% 100% 100% prestação de serviços de telecomunicações

a) Empresa alterou a sua designação de ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. para

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

(b) Empresas subsidiárias da Optimus SGPS, que foi fusionada na ZON OPTIMUS em 27 de agosto de 2013

(c) Empresa liquidada em outubro de 2012

397

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

B) EMPRESAS ASSOCIADAS

PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO DETENTOR DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPAL EFETIVA DIRETA EFETIVA DO CAPITAL 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2013 Distodo - Distribuição e Logística, Lda. ZON LM Lisboa Armazenamento, distribuição e venda de fonogramas e videogramas 50,00% 50,00% 50,00% ("Distodo") Audiovisuais

Canal 20 TV, S.A. Madrid Produção e Distribuição de direitos de produtos televisivos ZON Optimus 50,00% 50,00% 50,00% Conceção, produção, realização e comercialização de conteudos ZON II - Serviços de Televisão S.A. (a) Lisboa audiovisuais, exploração de publicidade, prestação de serviços de ZON Optimus 100,00% 100,00% 100,00% acessoria Importação, distribuição, exploração, comércio e produção de filmes ZON Big Picture 2 Films, S.A. Oeiras cinematográficos, videogramas, fonogramas e outros produtos de Audiovisuais 20,00% 20,00% 20,00% natureza audiovisual SGPS S.A. ZON III - Comunicações electrónicas S.A. Operador de rede e de prestador de serviços de comunicações Lisboa ZON Optimus 100,00% 100,00% 100,00% (a) electrónicas

a) Empresas sem atividade

C) EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO DETENTOR DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPAL EFETIVA DIRETA EFETIVA DO CAPITAL 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2013 Conceção, produção, realização e comercialização de programas desportivos para teledifusão, aquisição e revenda de direitos de Sport TV Portugal, S.A. Lisboa ZON Optimus 50,00% 50,00% 50,00% transmissão televisiva de programas desportivos, e exploração de publicidade Conceção, produção, realização e comercialização de conteúdos Dreamia Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. Lisboa audiovisuais, exploração de publicidade, prestação de serviços de 50,00% 100,00% 50,00% Holding BV acessoria ZON Dreamia Holding B.V. Amesterdão Gestão de participações sociais Audiovisuais 50,00% 50,00% 50,00% SGPS S.A. Distribuição de sinal de televisão por satélite, exploração e prestação MSTAR, SA Maputo ZON Optimus 30,00% 30,00% 30,00% de serviços de telecomunicações

Vendas Serviços de comunicações eletrónicas , produção, comercialização, Upstar Comunicações S.A. ZON Optimus 30,00% 30,00% 30,00% Novas transmissão e distribuição de conteúdos audiovisuais e consultoria

Desenvolvimento de projectos e de actividades nas áreas de entretenimento, telecomunicações e de tecnologias afins, a produção ZAP Media S.A. (a) Luanda FINSTAR 0,00% 100,00% 30,00% e distribuição dos respectivos conteúdos e o projecto, execução e exploração de infra-estruturas e instalações relacionadas FINSTAR - Sociedade de Investimentos e Distribuição de sinal de televisão por satélite, exploração e prestação Teliz Holding Luanda 30,00% 30,00% 30,00% Participações, S.A. de serviços de telecomunicações B.V.

a) Empresa constituída durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013

Os investimentos financeiros cuja participação é inferior a 50% foram considerados como empreendimentos conjuntos em virtude de acordos parassociais que lhe conferem o controlo partilhado.

398 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

D) EMPRESAS REGISTADAS AO CUSTO

PERCENTAGEM DE CAPITAL DETIDO DETENTOR DENOMINAÇÃO SEDE ATIVIDADE PRINCIPAL EFETIVA DIRETA EFETIVA DO CAPITAL 31-12-2012 31-12-2013 31-12-2013 Turismo da Samba (Tusal), SARL (a) Luanda n/d ZON Optimus 30,00% 30,00% 30,00% Exibição cinematográfica, organização e exploração de espetáculos Filmes Mundáfrica, SARL (a) Luanda ZON Optimus 23,91% 23,91% 23,91% públicos. Companhia de Pesca e Comércio de Luanda n/d ZON Optimus 15,76% 15,76% 15,76% Angola (Cosal), SARL (a) Caixanet – Telecomunicações e Telemática, Lisboa Prestação de serviços de telemática e comunicações ZON Optimus 5,00% 5,00% 5,00% S.A. Apor - Agência para a Modernização do Desenvolvimento de estudos e projetos relativos à modernização da Porto ZON Optimus 3,98% 3,98% 3,98% Porto base económica do Porto, incluindo a modernização urbana Lusitânia Vida - Companhia de Seguros, Lisboa Atividade Seguradora ZON Optimus 0,03% 0,03% 0,03% S.A ("Lusitânia Vida") Lusitânia - Companhia de Seguros, S.A Lisboa Atividade Seguradora ZON Optimus 0,04% 0,04% 0,04% ("Lusitânia Seguros") a) Investimentos totalmente provisionados

399

ZON OPTIMUS, SGPS, SA

400 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2012 2013 RÉDITO Prestação de serviços 4 14.330.040 13.269.953 Outras receitas 5 699.219 681.295 15.029.259 13.951.248 CUSTOS, PERDAS E GANHOS Gastos com o pessoal 6 10.572.226 11.705.847 Marketing e publicidade 124.509 9.8 65 Serviços de suporte 11.497 11.187 Fornecimentos e serviços externos 7 2.653.489 3.721.178 Outros custos / (ganhos) operacionais 8 123.285 116.620 Impostos indiretos (483.474) (232.863) Provisões e ajustamentos 26 399.929 (400.000) Custos de reestruturação 26 5.000 8.446.061 Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos, líquidas (138.714) (222.585) Outros custos / (ganhos) não recorrentes 9 70.763 4.422.972 RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E 1.690.749 (13.627.034) IMPOSTOS Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 20 e 21 2.219.811 1.175.545 RESULTADOS OPERACIONAIS (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E (529.062) (14.802.579) IMPOSTOS) Custos / (ganhos) de financiamento 10 (8.039.412) (12.407.774) Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas 5.255 5.283 Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas 19 1.199.588 1.299.550 Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas 11 (18.179.271) (33.200.000) Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos 10 7.335.392 10.130.614 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 17.149.386 19.369.748 Imposto sobre o rendimento do exercício 12 3.625.780 (2.606.347) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIO 13.523.606 21.976.095 RESULTADO POR AÇÃO Básico - euros 28 0,04 0,06 Diluído - euros 28 0,04 0,06

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

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402 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

NOTAS 12M 12 12M 13 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 13.523.606 21.976.095 OUTROS RENDIMENTOS ITENS QUE RECLASSIFICAM POR RESULTADOS: Justo valor de investimentos financeiros derivados 27 (2.665.770) 2.422.263 Atualização cambial dos investimentos em moeda estrangeira 18 (710.041) (281.269) RENDIMENTO RECONHECIDO DIRETAMENTE NO CAPITAL (3.375.811) 2.140.994 TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 10.147.796 24.117.089

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

403

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

NOTAS 2011 2012 2013 ATIVO CORRENTE: Caixa e depósitos bancários 14 391.731.474 266.900.892 84.390.085 Contas a receber 15 821.400.841 760.351.248 701.805.459 Imposto a recuperar 16 38.296 482.527 8.246.257 Pagamentos antecipados 17 96.748 107.175 166.006 TOTAL DO ATIVO CORRENTE 1.213.267.359 1.027.841.842 794.607.807 ATIVO NÃO CORRENTE: Contas a receber 15 47.714.560 47.509.560 491.259.396 Imposto a recuperar 16 - - 780.300 Participações financeiras - Investimentos em empresas do grupo 18 429.954.539 429.531.498 867.096.421 Ativos disponíveis para venda 19 21.823.212 20.629.212 19.329.212 Ativos intangíveis 20 2.772.715 922.585 404.397.097 Ativos fixos tangíveis 21 945.652 975.797 963.285 Ativos por impostos diferidos 12 1.872.042 2.999.314 2.043.058 TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 505.082.720 502.567.966 1.785.868.769 TOTAL DO ATIVO 1.718.350.079 1.530.409.808 2.580.476.576 PASSIVO: PASSIVO CORRENTE: Empréstimos obtidos 22 424.675.632 272.084.367 172.283.734 Contas a pagar 23 306.559.155 316.510.399 414.117.102 Acréscimos de custos 24 4.239.520 2.772.470 3.892.303 Proveitos diferidos 25 531.490 498.454 335.462 Imposto a pagar 16 1.609.722 553.886 930.416 Instrumentos financeiros derivados 27 333.112 - 2.682.069 TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 737.948.631 592.419.576 594.241.086 PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obtidos 22 479.929.557 471.835.346 682.099.301 Proveitos diferidos 25 1.882.302 1.385.072 1.049.609 Provisões 26 - 400.000 3.373.986 Instrumentos financeiros derivados 27 2.226.692 6.050.646 - TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 484.038.551 479.671.064 686.522.896 TOTAL DO PASSIVO 1.221.987.182 1.072.090.640 1.280.763.982 CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado 28 3.090.968 3.090.968 5.151.614 Ações próprias 28 (554.401) (913.504) (2.002.613) Prémios de emissão 28 - - 8 54.218 .633 Reservas legais 28 3.556.300 3.556.300 3.556.300 Outras reservas e resultados transitados 28 455.544.481 439.061.798 416.812.565 461.637.348 444.795.562 1.277.736.499 Resultado líquido do exercício 34.725.549 13.523.606 21.976.095 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 496.362.897 458.319.168 1.299.712.594 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.718.350.079 1.530.409.808 2.580.476.576

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2013.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

404 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

OUTRAS RESULTADO CAPITAL AÇÕES PRÉMIOS DE RESERVAS RESERVAS E NOTA LIQUIDO DOS TOTAL REALIZADO PRÓPRIAS EMISSÃO LEGAIS RESULTADOS EXERCÍCIOS TRANSITADOS SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2012 (SNC) 3.090.968 (554.401) - 3.556.300 184.886.906 34.725.549 225.705.322 Efeito da alteração para IAS/IFRS2.3----270.657.575-270.657.575 SALDO EM 1 DE JANEIRO DE 2012 (IAS/IFRS) 3.090.968 (554.401) - 3.556.300 455.544.481 34.725.549 496.362.897 Reconhecimento de plano de atribuição de ações 28 ----2.052.572-2.052.572 Resultado integral do exercício ---- (3.375.811)13.523.60610.147.795 Aquisição de ações próprias 28 - (906.116) - -- - (906.116) Entrega de ações próprias no âmbito dos planos de 28 - 547.013 - - (547.013) - - ações Distribuição de resultados 28 - --- (14.712.441) (34.725.549) (49.437.990) Outros ----100.010-100.010 A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 3.090.968 (913.504) - 3.556.300 439.061.798 13.523.606 458.319.168 A 1 DE JANEIRO DE 2013 3.090.968 (913.504) - 3.556.300 439.061.798 13.523.606 458.319.168 Reconhecimento de plano de atribuição de ações 28 ----2.446.237 - 2.446.237 Resultado integral do exercício ----2.140.99421.976.09524.117.089 Aquisição de ações próprias 28 - (4.405.479) - - - - (4.405.479) Aumento de capital por incorporação da Optimus 2.060.646 - 854.343.633 - - - 856.404.279 SGPS na Zon 28 Custos relacionados com o aumento de capital - - (125.000) - - - (125.000) Entrega de ações próprias no âmbito dos planos de 28 - 3.316.370 - - (3.316.370) - - ações Distribuição de resultados 28 - - - - (23.520.096) (13.523.606) (37.043.702) Outros ----2 -2 A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 5.151.614 (2.002.613) 854.218.633 3.556.300 416.812.565 21.976.095 1.299.712.594

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

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405

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2013 (MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

NOTAS2012 2013

ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes e empresas do grupo 19.562.956 16.566.662 Pagamentos a fornecedores e empresas do grupo (11.963.968) (5.100.138) Pagamentos ao pessoal (6.128.154) (14.218.416) Pagamentos relacionados com o imposto sobre o rendimento (5.518.331) (2.511.240) Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional 6.453.160 (4.457.246) FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1) 2.405.662 (9.720.378) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: Investimentos financeiros -35.000 Ativos tangíveis 23.825 9.664 Emprestimos concedidos 84.561.111 237.022.654 Juros e proveitos similares 29.424.941 39.870.258 Dividendos 18.179.684 33.200.450 Outros recebimentos 3.621.088 38.328 135.810.650 310.176.354 PAGAMENTOS RESPEITANTES A: Investimentos financeiros (88.000) (137.500) Ativos tangíveis (27.545) (33.958) Ativos intangíveis (641) (516) Emprestimos concedidos (19.805.926) (362.196.490) (19.922.112) (362.368.464) FLUXOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) 115.8 8 8.538 (52.192.110) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: Empréstimos obtidos 1.985.367.689 1.394.017.734 1.985.367.689 1.394.017.734 PAGAMENTOS RESPEITANTES A: Empréstimos obtidos (2.122.031.394) (1.431.623.691) Amortizações de contratos de locação financeira (204.395) (159.685) Juros e custos similares (55.908.980) (40.997.322) Dividendos/distribuição de resultados (49.437.988) (37.043.702) Aquisição de ações próprias (906.117) (4.405.479) Outras atividades de financiamento - (372.210) (2.228.488.873) (1.514.602.089) FLUXOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) (243.121.185) (120.584.355) Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (124.826.984) (182.496.843) Efeito das diferenças de câmbio (3.598) (13.964) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 391.731.474 266.900.892 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 14 266.900.892 84.390.085

O anexo faz parte integrante da demonstração de fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

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406 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

4. DEMONSTRAÇÕES 3.16. Rédito 438 FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 401 3.17. Especialização dos exercícios 439 1. Nota introdutória 409 3.18 Encargos financeiros com 2. Referencial contabilístico de empréstimos 439 preparação das demonstrações 3.19. Demonstração de fluxos de caixa 439 financeiras Estrutura Acionista 412 3.20. Eventos subsequentes 440 2.1. Bases de preparação 412 3.21. Gestão do risco 440 2.2. Comparabilidade das demonstrações 3.21.1. Fatores de risco financeiro 440 financeiras 413 3.21.2. Risco cambial 441 2.3. Adoção pela primeira vez das 3.21.3. Risco de taxa de juro 441 IAS/IFRS 413 3.21.4. Risco de crédito 443 2.4. Alterações nas políticas contabilísticas 3.21.5. Risco de liquidez 443 e divulgações 418 3.22. Principais estimativas e julgamentos 3. Principais políticas contabilísticas 424 apresentados 444 3.1. Transações e saldos em moeda 3.22.1. Provisões 444 estrangeira 424 3.22.2. Ativos tangíveis e intangíveis 445 3.2. Ativos fixos tangíveis 425 3.22.3. Imparidade de ativos excluindo 3.3. Ativos intangíveis 426 goodwill 445 3.4. Goodwill 426 3.22.4. Imparidade do goodwill 445 3.5. Imparidade de ativos fixos tangíveis e 3.22.5. Justo valor de ativos e passivos intangíveis, excluindo goodwill 427 financeiros 446 3.6. Participações financeiras – 3.23. Erros, estimativas e alterações de investimentos em empresas do Grupo 428 políticas contabilísticas 446 3.7. Ativos financeiros 429 4. Prestação de serviços 447 3.8. Passivos financeiros 431 5. Outras receitas 448 3.9. Imparidade de ativos financeiros 432 6. Gastos com o pessoal 449 3.10. Instrumentos financeiros derivados 433 7. Fornecimentos e serviços externos 450 3.11. Subsídios 435 8. Outros custos / (ganhos) operacionais 451 3.12. Provisões, passivos contingentes e 9. Outros custos / (ganhos) não ativos contingentes 436 recorrentes 452 3.13. Locações 436 10. Custos / (ganhos) de financiamento e 3.14. Imposto sobre o rendimento 437 outros custos / (proveitos) financeiros 3.15. Pagamento baseado em ações 438 líquidos 453

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

11. Perdas / (ganhos) em empresas 28.6. Resultado por ação 486 participadas 454 29. Garantias e compromissos financeiros 12. Impostos e taxas 455 assumidos 487 13. Ativos e passivos financeiros 29.1. Garantias 487 classificados de acordo com as 29.2. Locações operacionais 488 categorias da ias 39 – instrumentos 29.3. Outros compromissos 488 financeiros: reconhecimento e 30. Partes relacionadas 490 mensuração 460 31. Processos judiciais em curso 494 14. Caixa e seus equivalentes 462 31.1. Processos com entidades reguladoras 494 15. Contas a receber 463 32. Remunerações auferidas pelos 16. Impostos a pagar e a recuperar 464 administradores 495 17. Pagamentos antecipados 466 33. Plano de ações 496 18. Participações financeiras 467 34. Divulgações exigidas por diplomas 19. Ativos financeiros disponíveis para legais 498 venda 469 35. Eventos subsequentes 499 20. Ativos intangíveis 470 21. Ativos tangíveis 472 22. Empréstimos obtidos 473 22.1. Empréstimos obrigacionistas 473 22.2. Papel comercial 474 22.3. Empréstimos externos 474 . 22.4 Locações financeiras 475 23. Contas a pagar 476 24. Acréscimos de custos 477 25. Proveitos diferidos 478 26. Provisões 479 27. Instrumentos financeiros derivados 480 28. Capital próprio 481 28.1. Capital realizado 481 28.2. Prémio de emissão de ações 482 28.3. Ações próprias 483 28.4. Reservas 484 28.5. Dividendos 485

408 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

1. NOTA INTRODUTÓRIA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

A ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (“ZON OPTIMUS” ou “Empresa”), anteriormente designada de ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A., com sede social na Rua Actor António Silva, nº9, Campo Grande, foi constituída pela Portugal Telecom, SGPS, S.A. (“Portugal Telecom”) em 15 de julho de 1999 com o objetivo de, através dela, desenvolver a sua estratégia para o negócio de multimédia.

Durante o exercício de 2007, a Portugal Telecom realizou o spin-off da ZON, com a atribuição da sua participação nesta sociedade aos seus acionistas, a qual passou a ser totalmente independente da Portugal Telecom.

Durante o exercício de 2013, a ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. (“ZON”) e a Optimus, SGPS, S.A. (“Optimus SGPS”) concretizaram uma operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, tendo a Empresa adotado a atual designação de ZON OPTIMUS, SGPS, S.A..

Os negócios explorados pela ZON OPTIMUS e pelas suas empresas participadas que integram o seu universo empresarial (“Grupo” ou “Grupo ZON OPTIMUS”) incluem serviços de televisão por cabo e satélite, serviços de voz e acesso à Internet, a edição e venda de videogramas, publicidade em canais de TV por subscrição, a exploração de salas de cinemas, a distribuição de filmes e a produção de canais para televisão por subscrição.

As ações representativas do capital da ZON OPTIMUS encontram-se cotadas na bolsa de valores Euronext – Lisboa. A estrutura acionista do Grupo em 31 de dezembro de 2013 é evidenciada na Nota 28.

O serviço de televisão por cabo e satélite em Portugal é predominantemente fornecido pela ZON TV Cabo Portugal, S.A. (“ZON TV Cabo”) e pelas suas participadas, a ZON TV Cabo Açoreana, S.A. (“ZON TV Cabo Açoreana”) e a ZON TV Cabo Madeirense, S.A. (“ZON TV Cabo Madeirense”). A atividade destas empresas compreende: a) a distribuição do sinal de televisão por cabo e satélite; b) a exploração de serviços de comunicações eletrónicas, no que se inclui serviços de comunicação de dados e multimédia em geral; c) serviços de voz por IP (“VOIP” – Voz por Internet); d) operador móvel virtual (MVNO); e e) a prestação de serviços de assessoria, consultoria e afins, direta ou indiretamente relacionados com as atividades e serviços acima referidos. A atividade da ZON TV Cabo, da ZON TV Cabo Açoreana e a ZON TV Cabo Madeirense é

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

regulada pela Lei n.º 5/2004 (Lei das Comunicações Eletrónicas), que estabelece o regime aplicável às redes e serviços de comunicações eletrónicas.

A ZON Conteúdos – Atividade de Televisão e de Produção de Conteúdos, S.A. (“ZON Conteúdos”) e a ZON Lusomundo TV, Lda. (“ZON Lusomundo TV”) exercem a atividade de televisão e de produção de conteúdos, produzindo atualmente canais de cinema e séries, os quais são distribuídos, entre outros operadores, pela ZON TV Cabo e suas participadas. A ZON Conteúdos efetua ainda a gestão do espaço publicitário de canais de televisão por subscrição e das salas de cinema da ZON Lusomundo Cinemas, S.A. (“ZON LM Cinemas”).

A ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. (“ZON LM Audiovisuais”) e a ZON LM Cinemas, bem como as suas empresas participadas, desenvolvem a sua atividade na área dos audiovisuais, que integra a edição e venda de videogramas, a distribuição de filmes, a exploração de salas de cinemas e a aquisição/negociação de direitos para televisão por subscrição e VOD (video-on-demand).

Em 27 de agosto de 2013, a Empresa concretizou uma operação de fusão por incorporação na ZON da Optimus SGPS, empresa mãe de um Grupo de empresas no qual se inclui a Optimus – Comunicações S.A. que explora uma rede de comunicações móveis de última geração GSM/UMTS/LTE, com uma ampla cobertura do território nacional, bem como uma rede de nova geração de comunicações fixas, que inclui uma componente de transmissão e backbone e uma outra componente de acesso local em fibra. Em resultado da fusão, foram incluídas no perímetro de consolidação as empresas subsidiárias da Optimus SGPS: Be Artis – Concepção, Construção e Gestão de Redes de Comunicação, S.A. (“Be Artis”), que exerce como atividade principal a conceção, construção, gestão e exploração de redes de comunicações eletrónicas e dos respetivos equipamentos e infraestruturas, gestão de ativos tecnológicos próprios ou de terceiros e prestação de serviços conexos, no âmbito das telecomunicações; Be Towering – Gestão de Torres de Telecomunicações, S.A. (“Be Towering”), que exerce como atividade principal a implantação, instalação e exploração de torres e outros sites para colocação de equipamentos de telecomunicações; Optimus – Comunicações, S.A. (“Optimus”), que exerce como atividade principal a implementação, operação, exploração e oferta de redes e prestação de serviços de comunicações eletrónicas, bem como quaisquer recursos conexos e, ainda, fornecimento e comercialização de produtos e equipamentos de comunicações eletrónicas; Per-mar – Sociedade de Construções, S.A. (“Per-mar”) que exerce como atividade principal a compra e venda, arrendamento e exploração de bens imóveis e estabelecimentos comerciais; e Sontária – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (“Sontária”), que exerce como atividade principal a realização de

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

urbanizações e construções de edifícios, planeamento, gestão urbanística, realização de estudos, construção e gestão de imóveis, compra e venda de bens imóveis e revenda dos adquiridos para esse fim.

As Notas deste anexo seguem a ordem pela qual os itens são apresentados nas demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras anexas referem-se à Empresa em termos individuais e não consolidados e foram preparadas para publicação nos termos da legislação comercial em vigor.

Conforme previsto nas IFRS, os investimentos financeiros foram registados ao custo. Consequentemente, as demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da consolidação de ativos, passivos, rendimentos e gastos, o que será efetuado nas demonstrações consolidadas a aprovar e publicar em separado. O efeito desta consolidação consiste em aumentar o ativo, em 308.853 milhares de euros e reduzir o capital próprio e o resultado líquido do exercício em 239.500 milhares de euros e 11.166 milhares de euros, respetivamente.

As demonstrações financeiras anexas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 são apresentadas em euros e foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas a serem emitidas em 24 de março de 2014.

Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, desempenho financeiro e fluxos de caixa.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação em contrário.

2.1. BASES DE PREPARAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor a 1 de janeiro de 2013.

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa e seguindo a convenção dos custos históricos, modificada, quando aplicável, pela valorização de ativos e passivos financeiros (incluindo derivados) ao justo valor.

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração recorreu ao uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adotar pela Empresa, com impactos significativos no valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte.

Apesar destas estimativas terem por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento, complexidade ou em que os pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras são apresentadas na nota 3.22.

A ZON OPTIMUS, na elaboração e apresentação das demonstrações financeiras, declara estar em cumprimento, de forma explícita e sem reservas com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) e normas interpretativas.

412 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

2.2. COMPARABILIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os elementos constantes nas presentes demonstrações financeiras, não são na sua totalidade, comparáveis com as do exercício anterior dado: i) alteração do normativo aplicado e ii) fusão por incorporação da Optimus SGPS, S.A. na Empresa.

2.3. ADOÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS IAS/IFRS

A ZON OPTIMUS adotou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS/IFRS”) pela primeira vez em 2013, aplicando, para o efeito, a IFRS 1 – Adoção pela Primeira Vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“IFRS”). As IFRS foram aplicadas retrospetivamente para todos os períodos apresentados. A data de transição é 1 de janeiro de 2012, e a ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. preparou o seu balanço de abertura a essa data, considerando as isenções e exclusões a outras normas existentes, permitidas pela IFRS 1.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas, de acordo com os IAS/IFRS, foram adotados princípios e políticas contabilísticas que, nalguns casos, divergem dos adotados nas demonstrações financeiras elaboradas de acordo com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), nomeadamente, a não aplicação do método de equivalência patrimonial na contabilização dos investimentos em subsidiárias e associadas nas demonstrações financeiras separadas.

O efeito dos ajustamentos, reportados a 1 de janeiro de 2012, relacionados com a adoção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com os IAS/IFRS, no montante positivo de 271 milhões de euros, foram registados nos capitais próprios na rubrica de reservas "Outras reservas".

Na Demonstração das alterações no capital próprio é apresentada a reconciliação entre o capital próprio em 1 de janeiro de 2012 obtido de acordo com o SNC e o capital próprio em 1 de janeiro de 2012 obtido de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade, a qual é explicada em detalhe de seguida.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

a) Investimentos financeiros – de acordo com o SNC os investimentos financeiros são registados pelo método de equivalência patrimonial nas contas separadas, enquanto de acordo com as IAS/IFRS os investimentos são contabilizados ao custo de aquisição ou ao justo valor de acordo com a IAS 39. A Empresa optou pela mensuração das participações financeiras ao custo, pelo que desta forma, conforme permitido pela IFRS 1, as participações financeiras da Teliz e Mstar, as quais foram avaliadas ao justo valor implicando um incremento no valor de 94.515.951 euros e 7.081.902 euros, respetivamente, totalizando um montante de 101.597.853 euros. As restantes participações foram mensuradas ao valor contabilístico do anterior normativo (SNC). As avaliações dos investimentos tiveram por base a média de avaliações de analistas externos através do uso de modelos de fluxos de caixa descontados (Nível 3 da hierarquia do justo valor).

Os ajustamentos acima referidos resumem-se como segue:

INVESTIMENTO AUMENTO JUSTO VALOR 01-01-2012 Teliz (18.155.951) 94.515.951 76.360.000 Mstar (572.090) 7.081.902 6.509.812 (18.728.041) 101.597.853 82.869.812

Adicionalmente os resultados e capitais próprios durante o exercício de 2012 foram alterados em virtude da eliminação do registo do método de equivalência patrimonial e registo dos recebimentos dos dividendos em resultados. b) Mais-valias diferidas – as mais e menos valias de transações de participações financeiras entre empresas sob controlo comum estavam diferidas. Com a anulação do método de equivalência patrimonial, as mesmas foram anuladas e reconhecidas em capitais próprios, uma vez que as tinham sido geradas em exercícios anteriores a 2012.

Os efeitos resultantes da adoção das IAS/IFRS são apresentados nos quadros abaixo.

414 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

IMPACTOS DA ADOÇÃO DAS IAS/IFRS DURANTE O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

2012 INVESTIMENTOS 2012 RENDIMENTOS E GASTOS RECLASIFICAÇÕES SNC FINANCEIROS IFRS RÉDITOS Prestação de serviços 14.330.040 - - 14.330.040 Outras receitas - - 699.219 699.219 14.330.040 - 699.219 15.029.259 CUSTOS, PERDAS E GANHOS Gastos com o pessoal 10.577.226 - (5.000) 10.572.226 Marketing e publicidade --124.509124.509 Serviços de suporte - - 11.497 11.497 Fornecimentos e serviços externos 2.789.495 - (136.006) 2.653.489 Outros custos / (ganhos) operacionais 1.104.266 - (980.981) 123.285 Impostos indiretos - - (483.474) (483.474) Provisões e ajustamentos - - 399.929 399.929 Imparidade de dívidas a receber (perdas) / reversões (71) - 71 - Provisões (aumentos) / reduções 400.000 - (400.000) - Custos de reestruturação - - 5.000 5.000 Perdas / (ganhos) com a alienação de ativos, líquidas - - (138.714) (138.714) Outros custos / (ganhos) não recorrentes - - 70.763 70.763 Outros rendimentos e ganhos (1.410.568) - 1.410.568 - RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, 869.692 - 821.057 1.690.749 GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS Depreciações, amortizações e perdas por imparidade 2.219.8 11 - - 2.219.8 11 RESULTADO OPERACIONAIS (ANTES DE (1.350.119) - 821.057 (529.062) GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS) Custos de financiamento - - (8.039.412) (8.039.412) Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas - - 5.255 5.255 Perdas / (ganhos) em ativos financeiros, líquidas - - 1.199.588 1.199.588 Perdas / (ganhos) em empresas participadas, líquidas (40.376.975) 22.197.704 - (18.179.271) Outros custos / (proveitos) financeiros, líquidos - - 7.335.392 7.335.392 Imparidade de investimentos não depreciáveis / 1.200.000 - (1.200.000) - amortizáveis (perdas / reversões) Juros e rendimentos similares obtidos (53.641.474) - 53.641.474 - Juros e gastos similares suportados 52.121.240 - (52.121.240) - RESULTADOS ANTES DO IMPOSTO 39.347.090 (22.197.704) - 17.149.386 Imposto sobre o rendimento do exercício 3.625.78 0 - - 3.625.78 0 RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO 35.721.310 (22.197.704) - 13.523.606

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

IMPACTOS DA ADOÇÃO DAS IAS/IFRS EM 1 DE JANEIRO DE 2012

01-01-2012 INVESTIMENTOS MAIS VALIAS 01-01-2012 RECLASSIFICAÇÕES SNC FINANCEIROS DIFERIDAS IFRS ATIVO ATIVO CORRENTE: Caixa e depósitos bancários 391.731.474 - - - 391.731.474 Adiantamentos a fornecedores 248 .239 - - (248 .239) - Contas a receber 827.394.284 - - (5.993.443) 821.400.841 Impostos a recuperar 38.296 - - - 38.296 Pagamentos antecipados 96.748 - - - 96.748 TOTAL DO ATIVO CORRENTE 1.219.509.041 - - (6.241.682) 1.213.267.359 ATIVO NÃO CORRENTE: Contas a receber 48.751.587 - - (1.037.027) 47.714.560 Goodwill 76.608.005 (76.608.005) - - - Participações financeiras - método da 307.174.663 (307.174.663) - - - equivalência patrimonial Participações financeiras - Investimentos em - 429.954.539 - - 429.954.539 empresas do grupo Participações financeiras - outros métodos 76.727 - - (76.727) - Ativos disponíveis para venda - - - 21.823.212 21.823.212 Ativos intangíveis 2.772.715 - - - 2.772.715 Ativos fixos tangíveis 945.652 - - - 945.652 Outros ativos financeiros 21.746.485 - - (21.746.485) - Ativos por impostos diferidos 1.872.042 - - - 1.872.042 TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 459.947.876 46.171.871 - (1.037.027) 505.082.720 TOTAL DO ATIVO 1.679.456.917 46.171.871 - (7.278.709) 1.718.350.079 PASSIVO PASSIVO CORRENTE: Empréstimos obtidos 424.675.632 - - - 424.675.632 Contas a pagar 308.432.343 - - (1.873.188) 306.559.155 Fornecedores 2.366.332 - - (2.366.332) - Acréscimos de custos - - - 4.239.520 4.239.520 Proveitos diferidos 169.059.729 - (169.059.722) 531.483 531.490 Impostos a pagar 1.609.722 - - - 1.609.722 Instrumentos financeiros derivados 333.112 - - - 333.112 TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 906.476.870 - (169.059.722) 531.483 737.948.631 PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obtidos 482.343.342 - - (2.413.785) 479.929.557 Proveitos diferidos - - - 1.882.302 1.882.302 Provisões 62.704.691 (55.425.982) - (7.278.709) - Instrumentos financeiros derivados 2.226.692 - - - 2.226.692 TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 547.274.725 (55.425.982) - (7.810.192) 484.038.551 TOTAL DO PASSIVO 1.453.751.595 (55.425.982) (169.059.722) (7.278.709) 1.221.987.182 CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado 3.090.968 - - - 3.090.968 Ações próprias (554.401) - - - (554.401) Reservas legais 3.556.300 - - - 3.556.300 Outras reservas e resultados transitados 184.886.906 101.597.853 169.059.722 - 455.544.481 190.979.773 101.597.853 169.059.722 - 461.637.348 Resultado líquido do exercício 34.725.549 - - - 34.725.549 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 225.705.322 101.597.853 169.059.722 - 496.362.897 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.679.456.917 46.171.871 - (7.278.709) 1.718.350.079

416 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

IMPACTOS DA ADOÇÃO DAS IAS/IFRS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

31-12-2012 INVESTIMENTOS MAIS VALIAS 31-12-2012 RECLASSIFICAÇÕES SNC FINANCEIROS DIFERIDAS IFRS ATIVO ATIVO CORRENTE: Caixa e depósitos bancários 266.900.892 - - - 266.900.892 Adiantamentos a fornecedores 18 7.747 - - (18 7.747) - Contas a receber 766.405.183 - - (6.053.935) 760.351.248 Imposto a recuperar 482.527 - - - 482.527 Pagamentos antecipados 107.175 - - - 107.175 TOTAL DO ATIVO CORRENTE 1.034.083.524 - - (6.241.682) 1.027.841.842 ATIVO NÃO CORRENTE: Contas a receber 48.546.587 - - (1.037.027) 47.509.560 Goodwill 76.608.005 (76.608.005) - - - Participações financeiras - método da 331.621.175 (331.621.175) - - - equivalência patrimonial Participações financeiras - Investimentos em - 429.531.498 - - 429.531.498 empresas do grupo Participações financeiras - outros métodos 82.727 - - (82.727) - Ativos disponíveis para venda - - - 20.629.212 20.629.212 Ativos intangíveis 922.585 - - - 922.585 Ativos fixos tangíveis 975.797 - - - 975.797 Outros ativos financeiros 20.546.485 - - (20.546.485) - Ativos por impostos diferidos 2.999.314 - - - 2.999.314 TOTAL DO ATIVO NÃO CORRENTE 482.302.675 21.302.318 - (1.037.027) 502.567.966 TOTAL DO ATIVO 1.516.386.199 21.302.318 - (7.278.709) 1.530.409.808 PASSIVO PASSIVO CORRENTE: Empréstimos obtidos 272.084.367 - - - 272.084.367 Contas a pagar 317.202.062 - - (691.663) 316.510.399 Fornecedores 2.08 0.8 07 - - (2.08 0.8 07) - Acréscimos de custos - - - 2.772.470 2.772.470 Proveitos diferidos 169.059.722 - (169.059.722) 498.454 498.454 Imposto a pagar 553.886 - - - 553.886 Provisões correntes 400.000 - - (400.000) - TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 761.380.844 - (169.059.722) 98.454 592.419.576 PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos obtidos 473.718.872 - - (1.883.526) 471.835.346 Proveitos diferidos - - - 1.385.072 1.385.072 Provisões 65.774.138 (58.495.429) - (6.878.709) 400.000 Instrumentos financeiros derivados 6.050.646 - - - 6.050.646 TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 545.543.656 (58.495.429) - (7.377.163) 479.671.064 TOTAL DO PASSIVO 1.306.924.500 (58.495.429) (169.059.722) (7.278.709) 1.072.090.640 CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado 3.090.968 - - - 3.090.968 Ações próprias (913.504) - - - (913.504) Reservas legais 3.556.300 - - - 3.556.300 Outras reservas e resutlados transitados 168.006.625 101.995.451 169.059.722 - 439.061.798 173.740.389 101.995.451 169.059.722 - 444.795.562 Resultado líquido do exercício 35.721.310 (22.197.704) - - 13.523.606 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 209.461.699 79.797.747 169.059.722 - 458.319.168 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1.516.386.199 21.302.318 - (7.278.709) 1.530.409.808

Destas alterações não resultaram quaisquer efeitos nos rendimentos reconhecidos diretamente em capital, na demonstração do rendimento integral consolidado e na demonstração de fluxos de caixa.

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2.4. ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E DIVULGAÇÕES

As normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2013 são os seguintes:

• IFRS 1 (alteração), ‘Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração visa esclarecer como é que as entidades que adotam as IFRS pela primeira vez devem contabilizar um empréstimo do governo com uma taxa de juro inferior à taxa de mercado. Também introduz uma isenção à aplicação retrospetiva, semelhante à atribuída às entidades que já reportavam em IFRS, em 2009. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IFRS 7 (alteração), ‘Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB e introduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2012). Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos. Esta alteração teve impacto ao nível da apresentação das demonstrações financeiras da Empresa.

• IAS 19 (revisão 2011), ’Benefícios aos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios atuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. Esta alteração não teve impacto nas demonstrações financeiras da Empresa.

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• IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição de justo valor e constituir a única base dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal a todas as IFRS’s. Esta norma implicou divulgações adicionais sobre os ativos e passivos mensurados ao justo valor que se encontram descritas nas notas anexas às demonstrações financeiras da Empresa.

• IFRIC 20 (novo), ’Custos de descoberta na fase de produção de uma mina a céu aberto’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta interpretação refere-se ao registo dos custos de remoção de resíduos na fase inicial de uma mina a céu aberto, como um ativo, considerando que a remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extração imediata de recursos minerais e a abertura de acesso a quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro. Esta norma não é aplicável à Empresa.

• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2009-2011) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Estas normas envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente IFRS 1 (aplicação repetida da norma), IAS 1 (informação comparativa), IAS 16 (equipamento de serviço), IAS 32 (efeito fiscal da distribuição de instrumentos de capital próprio) e IAS 34 (informação de segmentos). Estas alterações não produziram impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

As normas e interpretações com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, mas cuja adoção antecipada foi efetuada em 2013, pela Empresa, são os seguintes:

• IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade única mantém-se inalterado. Esta norma não produziu impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações associados aos acordos

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conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida na mensuração de Entidades conjuntamente controladas. Esta norma não produziu impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da entidade. Esta norma teve impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IAS 27 (revisão 2011) ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta norma não produziu impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

• IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar na UE nos exercícios que se iniciem o mais tardar em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 passando a incluir no seu âmbito o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, estabelecendo os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. Estas alterações não produziram impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

• Alteração às IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – ‘Regime de transição’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2013). Esta alteração clarifica que, quando da aplicação da IFRS 10 resulte um tratamento contabilístico de um investimento financeiro diferente do seguido anteriormente, de acordo com a IAS 27/SIC 12, os comparativos têm de ser reexpressos mas apenas para o período comparativo anterior e as diferenças apuradas, à data de início do período comparativo, são reconhecidas no capital próprio. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. Estas alterações não produziram impactos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa.

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As normas e interpretações com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros e já adotadas (“endorsed”) pela União Europeia, são os seguintes:

• Alteração às IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – “Entidades de investimento” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração inclui a definição de Entidade gestora de participações financeiras e introduz o regime de exceção à obrigação de consolidar, para as Entidades gestoras de participações financeiras que qualifiquem como tal, uma vez que todos os investimentos serão mensurados ao justo valor. Divulgações específicas são exigidas pela IFRS 12. Esta norma não é aplicável à Empresa.

• IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB a qual clarifica a expressão “deter atualmente o direito legal de compensação” e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. A Empresa está a apurar o impacto resultante desta alteração e aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

• IAS 36 (alteração), ‘Divulgação sobre a quantia recuperável de ativos não financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com goodwill ou intangíveis com vida útil indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os ativos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor menos custos para vender. A Empresa está a apurar o impacto resultante desta alteração e aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva.

• IAS 39 (alteração), ‘Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (Novação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração vem permitir, a continuação da contabilidade de cobertura quando um derivado designado como instrumento de cobertura é por imposição legal, sujeito à novação da contraparte do contrato, para uma Entidade compensação (“clearing house”). A adoção desta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

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A Empresa não procedeu à adoção antecipada de qualquer destas normas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, não sendo estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da sua adoção.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas (“endorsed”) pela União Europeia:

• IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar em data a designar). Trata-se da primeira fase da IFRS 9, na qual se prevê a existência de duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a empresa o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros são valorizados ao justo valor por via de resultados.

• IFRS 7 e 9 (alteração), ‘Instrumentos Financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015). Estas emendas estão ainda sujeitas ao processo de adoção pela UE. A emenda à IFRS 9 insere-se no projeto de revisão da IAS 39 e estabelece os requisitos para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. A IFRS 7 foi igualmente revista em resultado desta emenda.

• IAS 19 (alteração), ‘Benefícios dos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração vem clarificar em que circunstâncias as contribuições dos empregados para planos de benefícios pós-emprego constituem uma redução do custo com benefícios de curto prazo. Esta norma não é aplicável à Empresa.

• Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012 e ciclo 2011-2013) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas.

• IFRIC 21 (novo), ‘Pagamentos ao Estado’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta interpretação vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens os serviços especificados.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

A Empresa está a apurar o impacto resultante destas alterações e aplicará estas normas no exercício em que a mesma se tornar efetiva, não se esperando impactos significativas nas demonstrações financeiras.

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3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as descritas abaixo. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação em contrário.

3.1. TRANSAÇÕES E SALDOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

As transações em moeda estrangeira são registadas às taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. Os itens não monetários registados ao justo valor denominado em moeda estrangeira são atualizados às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As variações cambiais geradas em itens monetários que constituam extensão do investimento denominado na moeda funcional da Empresa ou da participada em questão são reconhecidos tal como a variação cambial sobre o investimento, no capital próprio. As diferenças de câmbio em itens não monetários são classificadas em “Outras reservas”.

As diferenças de câmbio apuradas na data de recebimento ou pagamento das transações em moeda estrangeira e as resultantes das atualizações atrás referidas são reconhecidas na demonstração dos resultados, nas rubricas de “Perdas / (ganhos) em variações cambiais, líquidas”, para todos os outros saldos ou transações.

Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013, os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao Euro, divulgadas pelo Banco de Portugal:

TAXAS DE CÂMBIO TAXA FINAL

MOEDA 2012 2013 Dólares Americanos 1,3194 1,3791 Metical Moçambicano 39,2400 41,2000 Real 2,7036 3,2576

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3.2. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas de imparidade. O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para que se encontre na sua condição de utilização. Os gastos incorridos com empréstimos obtidos para construção de ativos tangíveis são reconhecidos como parte do custo de construção do ativo, sempre que o período de construção/preparação seja superior a um ano.

Os custos subsequentes incorridos com renovações e grandes reparações, que façam aumentar a vida útil, ou a capacidade produtiva dos ativos são reconhecidos no custo do ativo.

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do exercício em que são incorridos.

Os gastos estimados a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos serão considerados como parte do custo inicial.

As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha reta, por duodécimos, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As vidas úteis estimadas para os ativos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue:

CLASSE DE BENS ANOS Edifícios e outras construções 10 Equipamento básico 3 a 4 Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 3 a 10 Outros ativos fixos tangiveis 5 a 8

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospetivamente na demonstração dos resultados.

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.5).

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Os ganhos ou perdas resultantes da alienação ou abate de um ativo fixo tangível são determinados pela diferença entre o valor de realização da transação e a quantia escriturada do ativo líquido de depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade e são reconhecidos na demonstração dos resultados no exercício em que ocorre o abate ou a alienação.

3.3. ATIVOS INTANGÍVEIS

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável.

Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando sejam identificáveis, deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa e quando os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade.

As amortizações de ativos intangíveis são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis.

As vidas úteis estimadas para os ativos intangíveis mais significativos são conforme segue:

CLASSE DE BENS ANOS Programas de computador 3 Propriedade industrial e outros direitos 3

As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospetivamente.

3.4. GOODWILL

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor líquido de ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis de um negócio, uma subsidiária, uma entidade controlada conjuntamente ou associada, na respetiva data de aquisição, em conformidade com o estabelecido na IFRS 3. O goodwill é apresentado como um elemento do custo de aquisição das participações financeiras, nas contas separadas da ZON OPTIMUS, quando o negócio esteja corporizado numa entidade.

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Face à política seguida pela Empresa no reconhecimento e mensuração dos investimentos financeiros, o goodwill é registado como ativo e incluído nas rubricas de “Goodwill” no caso do excesso do custo ter origem numa aquisição por fusão e de “Investimentos em empresas do Grupo” no caso de uma entidade controlada, conjuntamente controlada ou empresa associada. O goodwill não é amortizado, sendo sujeito a testes de imparidade pelo menos uma vez por ano, em data determinada, e sempre que existam à data da demonstração da posição financeira alterações aos pressupostos subjacentes ao teste efetuado, que resultem em eventual perda de valor. Qualquer perda por imparidade é registada de imediato, na demonstração do rendimento integral do exercício, na rubrica de “Perdas por imparidade” e não é suscetível de reversão posterior.

Para efeitos de realização de testes de imparidade, o goodwill é atribuído às unidades geradoras de caixa com as quais se encontra relacionado, podendo estas corresponder aos segmentos de negócio em que a Empresa opera ou a um nível mais baixo.

Na alienação de uma empresa controlada, associada ou entidade controlada conjuntamente, o correspondente goodwill é incluído na determinação da correspondente mais ou menos valia realizada.

3.5. IMPARIDADE DE ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS, EXCLUINDO GOODWILL

Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.

A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expetativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

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Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de “Depreciações, amortizações e perdas por imparidade”, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nas rubricas referidas no parágrafo anterior. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda por imparidade anterior não tivesse sido registada.

3.6. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – INVESTIMENTOS EM EMPRESAS DO GRUPO

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas do Grupo (empresas nas quais a empresa detenha direta ou indiretamente o controlo, considerando-se existir controlo sobre uma entidade quando o Grupo está exposto e ou tem direito, em resultado do seu envolvimento, ao retorno variável das atividades da entidade, e tem a capacidade de afetar esse retorno através do poder exercido sobre a entidade), são registados na rubrica ‘Investimentos em empresas do Grupo’, ao custo de aquisição, de acordo com as disposições previstas na IAS 27, em virtude da Empresa apresentar em separado, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IAS/IFRS.

Nesta rubrica são também registados, ao valor nominal, as prestações acessórias concedidas às empresas participadas.

É efetuada uma avaliação dos investimentos a empresas do Grupo quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade ou quando as perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir.

As perdas de imparidade detetadas no valor de realização dos investimentos financeiros em empresas do Grupo são registadas no ano em que se estimam, por contrapartida da rubrica “Perdas / (ganhos) em empresas participadas” da demonstração do rendimento integral.

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Os encargos incorridos com a compra de investimentos financeiros em empresas do Grupo são registados como custo no momento em que são incorridos.

3.7. ATIVOS FINANCEIROS

Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira da Empresa na data de negociação ou contratação, que é a data em que a Empresa se compromete a adquirir ou alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da Empresa ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) a Empresa tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção; ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Empresa tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, a Empresa tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido.

A Empresa classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: investimentos financeiros ao justo valor através de resultados, ativos financeiros disponíveis para venda e empréstimos concedidos e contas a receber. A sua classificação depende da intenção da gestão na sua aquisição.

ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

São classificados nesta categoria os ativos financeiros não derivados adquiridos com o objetivo de vender no curto prazo. Nesta categoria integram-se também os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor através de resultados são reconhecidos em resultados do exercício em que ocorrem na respetiva rubrica de “Perdas/(ganhos) em ativos financeiros”, onde se incluem os montantes de rendimentos de juros e dividendos.

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ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (ii) não se enquadram nas restantes categorias de ativos financeiros referidos. São reconhecidos como ativos não correntes exceto se houver intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data da demonstração da posição financeira.

As partes de capital detida que não sejam participações em empresas do Grupo, empresas controladas conjuntamente ou associadas, são classificadas como investimentos financeiros disponíveis para venda e reconhecidas na demonstração da posição financeira como ativos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição. Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelo seu justo valor por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Nas situações em que os investimentos sejam instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, os mesmos são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente em reservas até que o investimento financeiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado anteriormente reconhecido no capital próprio é incluído no resultado integral do exercício. Os dividendos de instrumentos de capital classificado como disponíveis para venda são reconhecidos em resultados do exercício na rubrica de “Perdas/ (ganhos) em ativos financeiros”, quando o direito de receber o pagamento é estabelecido.

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS E CONTAS A RECEBER

Os ativos classificados nesta categoria são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo.

As contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade, se aplicável. As perdas por imparidade dos

430 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstração do rendimento integral, em “Provisões e ajustamentos”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou deixem de existir.

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, com maturidade inferior a três meses e que possam ser imediatamente mobilizáveis com um risco de alteração de valor insignificante.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de ”Empréstimos obtidos” (se aplicável).

3.8. PASSIVOS FINANCEIROS

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independentemente da sua forma legal. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos da Empresa após dedução dos passivos. Os instrumentos de capital próprio emitido pela Empresa são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros, calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, incluindo prémios a pagar, são contabilizados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

CONTAS A PAGAR

As contas a pagar são reconhecidas inicialmente ao justo valor e subsequentemente ao custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efetiva. As contas a pagar são reconhecidas como passivos correntes exceto se estiver prevista a sua liquidação nos 12 meses seguintes à data da demonstração da posição financeira.

3.9. IMPARIDADE DE ATIVOS FINANCEIROS

A Empresa analisa a cada data da demonstração da posição financeira se existe evidência objetiva que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros se encontra em imparidade.

ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

No caso de ativos financeiros classificados como disponíveis para venda, um declínio prolongado ou significativo no justo valor do instrumento abaixo do seu custo é considerado como um indicador que os instrumentos se encontram em imparidade. Se alguma evidência semelhante existir para ativos financeiros classificados como disponíveis para venda, a perda acumulada – mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, menos qualquer perda de imparidade do ativo financeiro que já tenha sido reconhecida em resultados – é removida de capitais próprios e reconhecida na demonstração de resultados. Perdas de imparidade de instrumentos de capital reconhecida em resultados não são revertidas através da demonstração de resultados.

432 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

CLIENTES, OUTROS DEVEDORES E OUTROS ATIVOS FINANCEIROS

São registados ajustamentos para perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos de que a Empresa não irá receber todos os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores, tais como:

a) Análise de incumprimento; b) Incumprimento há mais de 6 meses; c) Dificuldades financeiras do devedor; d) Probabilidade de falência do devedor.

O ajustamento para perdas de imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor da demonstração da posição financeira do ativo financeiro e é registado por contrapartida de resultados do exercício. O valor da demonstração da posição financeira destes ativos é reduzido para o valor recuperável através da utilização de uma conta de ajustamentos. Quando um montante a receber de clientes e outros devedores é considerado irrecuperável, é abatido por utilização da conta de ajustamentos para perdas de imparidade. As recuperações subsequentes de montantes que tenham sido abatidos são registadas em resultados.

Quando existem valores a receber de clientes ou outros devedores que se encontrem vencidos, e estes são objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

3.10. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

A Empresa tem como política recorrer à contratação de instrumentos financeiros derivados com o objetivo de efetuar cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposto, decorrentes de variações nas taxas de câmbio e taxas de juro. Neste sentido, a Empresa não recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com objetivos especulativos, sendo que o recurso a este tipo de instrumentos financeiros obedece às políticas internas definidas pela Administração.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objetivo de efetuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco da Empresa, não cumpram todas as disposições da IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração no que respeita à qualificação como contabilidade de cobertura ou que não foram especificamente assignados a uma relação de cobertura contabilística, as respetivas variações no justo valor são registadas nas demonstrações de resultados do período em que ocorrem.

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade date”), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados diretamente em resultados do período, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

CONTABILIDADE DE COBERTURA

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

a) À data de início da transação a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efetividade da cobertura; b) Existe a expetativa de que a relação de cobertura seja altamente efetiva, à data de início da transação e ao longo da vida da operação; c) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transação e ao longo da vida da operação; d) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

As operações que qualifiquem como instrumentos de cobertura em relação de cobertura de fluxo de caixa são registadas na demonstração da posição financeira pelo seu justo valor e, na medida em que sejam

434 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

consideradas coberturas eficazes, as variações no justo valor dos instrumentos são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e, posteriormente, reclassificadas para a rubrica de custos financeiros.

Se as operações de cobertura apresentarem ineficácia, esta é registada diretamente em resultados. Desta forma, e em termos líquidos, os fluxos associados às operações cobertas são periodificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afeta resultados.

3.11. SUBSÍDIOS

Os subsídios são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral a abater aos correspondentes custos incorridos.

Os subsídios ao investimento são apresentados na demonstração da posição financeira como um rendimento diferido, sendo reconhecido como rendimento numa base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.

Se o subsídio é considerado como rendimento diferido, este é reconhecido como rendimento numa base sistemática e racional durante a vida útil do ativo.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

3.12. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES

As provisões são reconhecidas quando a Empresa tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é provável que seja necessário um dispêndio de recursos internos para pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, a Empresa divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota. O montante das provisões registadas consiste na melhor estimativa, na data de relato, dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa, revista em cada data de relato, é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados a cada obrigação.

As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.13. LOCAÇÕES

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos correspondentes; ou como (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse desses ativos.

A classificação das locações como financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

436 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, sendo os ativos, as amortizações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação registadas de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amortizações do ativo fixo tangível e intangível são reconhecidos como custos na demonstração do rendimento integral do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração do rendimento integral, durante o período do contrato de locação.

3.14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A ZON Optimus encontra-se abrangida pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, que abrange todas as empresas em que participa, direta ou indiretamente, em pelo menos 90% do respetivo capital social e que, simultaneamente, sejam residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), exceto as empresas fusionadas durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e nas taxas de imposto aplicáveis.

O imposto sobre o rendimento é registado de acordo com o preconizado pela IAS 12. Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento do período, para além do imposto corrente é ainda considerado o efeito do imposto diferido, calculado com base no método do passivo, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras consolidadas, bem como os prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira. Os ativos e passivos por impostos diferidos foram calculados com base na legislação fiscal atualmente em vigor, ou em legislação já publicada para aplicação futura.

Tal como estabelecido na referida norma, são reconhecidos ativos por impostos diferidos apenas quando exista razoável segurança de que estes poderão vir a ser utilizados na redução do resultado tributável futuro, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

os ativos por impostos diferidos sejam revertidos. No final de cada período é efetuada uma avaliação desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função da sua expetativa de utilização futura.

O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido, que resulta de transações ou eventos reconhecidos em rubricas do capital próprio, é registado diretamente nestas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

3.15. PAGAMENTO BASEADO EM AÇÕES

Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de Planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre ações são registados de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.

De acordo com a IFRS 2, os benefícios concedidos a serem liquidados com base em ações próprias (instrumentos de capital próprio), são reconhecidos pelo justo valor na data de atribuição.

Dado que não é possível estimar com fiabilidade o justo valor dos serviços recebidos dos empregados, o seu valor é mensurado por referência ao justo valor dos instrumentos de capital próprio, de acordo com a sua cotação à data de concessão.

O justo valor determinado na data da atribuição do benefício é reconhecido como custo de forma linear ao longo do período em que o mesmo é adquirido pelos beneficiários, decorrente de prestação de serviços, com o correspondente aumento no capital próprio.

Por sua vez, os benefícios concedidos com base em ações, mas liquidados em dinheiro, conduzem ao reconhecimento de um passivo valorizado pelo justo valor na data da demonstração da posição financeira.

3.16. RÉDITO

O rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo à prestação de serviços no decurso normal da atividade da Empresa. O rédito é registado líquido de quaisquer impostos, descontos comerciais atribuídos.

438 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O rédito da prestação de serviços é reconhecido de acordo com a percentagem de acabamento ou com base no período do contrato quando a prestação de serviços não esteja associada à execução de atividades específicas, mas à prestação contínua do serviço.

3.17. ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

As receitas e as despesas da empresa são reconhecidas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas ou incorridas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.

3.18. ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, exceto nos casos de empréstimos incorridos (quer sejam genéricas ou específicas) na aquisição, construção ou produção de um ativo que demore um período substancial de tempo (mais de um ano) para se encontrar na condição pretendida, os quais são capitalizados no custo de aquisição do referido bem.

3.19. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica de “Empréstimos obtidos”.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e a outros relacionados com a atividade operacional.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e as alienações de investimentos em empresas participadas e os recebimentos e os pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis, entre outras.

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e os recebimentos referentes a empréstimos obtidos, pagamento de juros e custos similares, contratos de locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.

3.20. EVENTOS SUBSEQUENTES

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam a essa data são considerados na preparação das demonstrações financeiras do período.

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após essa data são divulgados nas notas às demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes.

3.21. GESTÃO DO RISCO

3.21.1 FATORES DE RISCO FINANCEIRO

A ZON OPTIMUS enquanto sociedade gestora de participações sociais (SGPS) desenvolve direta e indiretamente atividades de gestão sobre as suas participadas. Deste modo, o cumprimento das obrigações por si assumidas depende dos cash flows gerados por estas. A Empresa depende assim da eventual distribuição de dividendos por parte das suas subsidiárias, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades.

A capacidade das subsidiárias da ZON OPTIMUS disponibilizarem fundos à holding dependerá, em parte, da sua capacidade de geração de cash flows positivos e, por outro lado, está dependente dos respetivos resultados, reservas disponíveis e estrutura financeira.

440 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

A ZON OPTIMUS tem um programa de gestão de risco que concentra a sua análise nos mercados financeiros com vista a minimizar os potenciais efeitos adversos na sua performance financeira. A gestão do risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com a política aprovada pela Administração. Existe ainda junto da ZON OPTIMUS uma Comissão de Controlo Interno com funções específicas na área do controlo de riscos da atividade da sociedade.

3.21.2 RISCO CAMBIAL

O risco de taxa de câmbio está essencialmente relacionado com a exposição decorrente de pagamentos efetuados a fornecedores de equipamento terminal e produtores de conteúdos audiovisuais para os negócios da TV por subscrição e audiovisuais. As transações comerciais entre as subsidiárias da ZON OPTIMUS e estes produtores encontram-se denominadas maioritariamente em Dólares americanos.

Considerando o saldo de contas a pagar resultante de transações denominadas em moeda diferente da moeda funcional do Grupo, as subsidiárias da ZON OPTIMUS contratam ou podem contratar instrumentos financeiros, nomeadamente forwards cambiais de curto-prazo de forma a cobrir o risco associado a estes saldos.

A ZON OPTIMUS possui investimentos em entidades estrangeiras cujos ativos e passivos estão expostos a variações cambiais. A ZON OPTIMUS não adotou qualquer política de cobertura dos riscos de variação da taxa de câmbio nos cash flows das subsidiárias da ZON OPTIMUS em moeda estrangeira, por os mesmos serem pouco significativos no contexto das suas demonstrações financeiras.

São efetuadas divulgações complementares nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS.

3.21.3 RISCO DE TAXA DE JURO

O risco de flutuação da taxa de juro pode-se traduzir num risco de fluxo de caixa ou num risco de justo valor, consoante se tenham negociado taxas de juro variáveis ou fixas.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

A ZON OPTIMUS segue uma política de cobertura de risco, através da contratação de “swaps” de taxa de juros para cobertura dos pagamentos futuros de juros de emissões de papel comercial e empréstimos.

A ZON OPTIMUS utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede os impactos estimados nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata de 0,25% (25 basis points) nas taxas de juro de mercado, face às taxas aplicadas à data da demonstração do balanço para cada classe de instrumento financeiro, mantendo todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

• Alterações nas taxas de juro do mercado afetam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;

• Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

• Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;

• Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Sob estes pressupostos, um aumento ou diminuição de 0,25% nas taxas de juro de mercado para empréstimos não cobertos ou com taxa variável, a 31 de dezembro de 2013, resultaria num aumento ou diminuição do lucro anual antes de impostos de, aproximadamente, 885 milhares de euros (2012: 1.161 milhares de euros).

No que se refere aos Swaps de taxa de juro contratados, a análise de sensibilidade que mede os impactos estimados de um aumento ou diminuição imediata de 0,25% (25 basis points) nas taxas de juro de mercado, resulta em variações face ao atual justo valor dos instrumentos de mais 124,6 milhares de euros

442 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

(2012: mais 656 milhares de euros) e menos 124,9 milhares de euros (2012: menos 1.305 milhares de euros), à data de 31 de dezembro de 2013.

São efetuadas divulgações complementares nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS.

3.21.4 RISCO DE CRÉDITO

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para as subsidiárias da ZON OPTIMUS. As subsidiárias da ZON OPTIMUS estão sujeitas ao risco de crédito nas suas atividades operacionais e de tesouraria.

Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objetivo da gestão é: i) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimentos de cada cliente; ii) monitorizar a evolução do nível de crédito concedido; e iii) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular.

As subsidiárias da ZON OPTIMUS não apresentam nenhum risco de crédito significativo com um cliente em particular, na medida em que as contas a receber derivam de um elevado número de clientes, espalhados por diversos negócios e as subsidiárias obtêm garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o exija.

São efetuadas divulgações complementares nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS.

3.21.5 RISCO DE LIQUIDEZ

A ZON OPTIMUS gere o risco de liquidez por duas vias:

(i) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características das indústrias onde as suas subsidiárias exercem a sua atividade; e

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

(ii) através da contratação com instituições financeiras de facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada.

Com base nos cash flows estimados, e tendo em consideração o compliance de eventuais covenants normalmente existentes em empréstimos a pagar, a gestão monitoriza com regularidade as previsões da reserva de liquidez das subsidiárias da ZON OPTIMUS, incluindo os montantes das linhas de crédito não utilizadas, os montantes de caixa e equivalentes de caixa.

São efetuadas divulgações complementares nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS.

3.22. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS APRESENTADOS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da Empresa são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expetativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:

ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS RELEVANTES

3.22.1 PROVISÕES

A Empresa analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

3.22.2 ATIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS

A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de amortização / depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das amortizações / depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada exercício. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do setor ao nível internacional.

3.22.3 IMPARIDADE DE ATIVOS EXCLUINDO GOODWILL

A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da Empresa, tais como: a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, à Empresa.

A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.

3.22.4 IMPARIDADE DO GOODWILL

O goodwill é sujeito a testes de imparidade anuais ou sempre que existam indícios de uma eventual perda de valor. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa, às quais o goodwill é atribuído, são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas por parte da gestão.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

3.22.5 JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, o preço de mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns dos ativos e passivos financeiros da Empresa, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado.

A Empresa aplica técnicas de valorização para instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados. Os modelos de valorização utilizados com maior frequência são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de opções, que incorporam, por exemplo, curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado.

Para alguns tipos de derivados mais complexos são utilizados modelos de valorização mais avançados, contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a Empresa utiliza estimativas e pressupostos internos.

3.23. ERROS, ESTIMATIVAS E ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2013 não foram reconhecidos erros materiais relativos a exercícios anteriores. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 ocorreram alterações do normativo contabilístico aplicável estando os impactos descritos na nota 2.

446 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

4. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica corresponde a serviços de gestão prestados a empresas do Grupo ZON OPTIMUS (Nota 30).

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

5. OUTRAS RECEITAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 Subsídio ao investimento i) 531.106 498.576 Subsídio à exploração -8.678 Serviços administrativos ii) 168.113 171.341 Outros -2.700 699.219 681.295

i) Reconhecimento do subsídio ao investimento no âmbito do financiamento obtido junto do BEI (Nota 22). ii) Os serviços administrativos são todos prestados a empresas do Grupo ZON OPTIMUS (Nota 30).

448 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

6. GASTOS COM O PESSOAL

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 esta rubrica tem a seguinte composição:

12M 12 12M 13 Remunerações 8.971.023 10.091.517 Encargos sociais 1.142.352 1.261.577 Benefícios sociais 179.394 164.103 Outros 279.457 188.650 10.572.226 11.705.847

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 o nº de pessoal ao serviço da empresa foi de 120 e 117, respetivamente.

No final do exercício de 2013, o número de pessoal ao serviço da empresa ascendia a 115.

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7. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 Trabalhos especializados 737.825 1.780.568 Rendas e alugueres 742.469 676.811 Honorários 296.416 264.395 Seguros 129.563 242.700 Deslocações e estadas 297.365 218.810 Comunicação 83.354 80.602 Combustiveis 65.509 75.950 Eletricidade 140.8 54 74.683 Vigilância e segurança 38.919 32.202 Limpeza, higiene e conforto 46.345 29.8 8 2 Contencioso e notariado 35.297 5.628 Ofertas 446 100 Outros fornecimentos e serviços externos 39.127 238 .8 47 2.653.489 3.721.178

A rubrica de trabalhos especializados variou positivamente, predominantemente, em resultado de um aumento dos serviços jurídicos.

450 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

8. OUTROS CUSTOS / (GANHOS) OPERACIONAIS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 Quotizações 118 .266 113.275 Outros 5.019 3.345 123.285 116.620

451

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

9. OUTROS CUSTOS / (GANHOS) NÃO RECORRENTES

A decomposição desta rubrica nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 é conforme se segue:

2012 2013 Custos diversos i) (Nota 26) -2.354.671 Donativos 69.250 32.012 Multas e penalidades 1.513 6.158 Outros i) - 2.030.131 70.763 4.422.972

i) A variação positiva ocorrida na rubrica está relacionada com custos diversos resultantes do alinhamento de estimativas entre a empresa ZON OPTIMUS e as empresas fusionadas, não sendo expectável que os mesmos se repitam nos períodos posteriores.

452 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

10. CUSTOS / (GANHOS) DE FINANCIAMENTO E OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os custos de financiamento e outros custos financeiros líquidos têm a seguinte composição:

2012 2013 CUSTOS DE FINANCIMENTO: JUROS SUPORTADOS: Empréstimos obrigacionistas 16.200.308 20.586.691 Papel comercial 13.075.107 5.437.623 Partes relacionadas (Nota 30) i) 12.598.158 9.614.051 Equity swaps e derivados 1.855.130 3.546.965 Financiamentos bancários 1.873.229 1.310.455 Outros 130 2.786 45.602.062 40.498.571 JUROS OBTIDOS Depósitos em instituições bancárias (12.125.817) (2.508.626) Partes relacionadas (Nota 30) i) (41.515.657) (50.397.719) (53.641.474) (52.906.345) (8.039.412) (12.407.774) OUTROS CUSTOS / (PROVEITOS) FINANCEIROS LÍQUIDOS: Comissões sobre financiamentos bancários 1.329.898 1.293.003 Comissões sobre financiamentos obrigacionistas 1.778.464 3.077.974 Comissões sobre papel comercial 3.855.399 5.364.063 Serviços bancários 270.095 282.414 Outros 101.536 113.160 7.335.392 10.130.614 i) Juros obtidos e suportados relativos aos empréstimos obtidos e concedidos com partes relacionadas.

453

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

11. PERDAS / (GANHOS) EM EMPRESAS PARTICIPADAS

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica corresponde aos valores de dividendos recebidos das seguintes empresas do Grupo:

2012 2013 ZON LM Audiovisuais 9.093.037 4.800.000 ZON TV Cabo Portugal 9.086.234 28.400.000 18.179.271 33.200.000

454 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

12. IMPOSTOS E TAXAS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS e as suas empresas participadas são tributadas em sede de IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas à taxa de 25% (17,5% no caso da ZON TV Cabo Açoreana), acrescida de Derrama à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma uma taxa agregada de cerca de 26,5%. Nas medidas de austeridade previstas pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento de Estado para 2013, esta taxa é elevada em 3% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 1.500 milhares de euros e inferior a 7.500 milhares de Euros, e é elevada em 5% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 7.500 milhares de euros. No apuramento da matéria coletável, à qual são aplicadas as referidas taxas de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza temporária ou permanente.

Nas medidas que aprovam a Reforma do IRC, publicadas pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, a taxa de IRC foi alterada para 23% e adicionado um escalão à derrama estadual em que a taxa é elevada em 7% sobre a parte do lucro tributável de cada empresa que seja superior a 35 milhões de euros. O Grupo efetuou a correção dos ativos e passivos por impostos diferidos registados. A correção implicou uma variação no montante de aproximadamente 113 milhares de euros dos impostos diferidos.

A ZON OPTIMUS é tributada de acordo com o regime especial de tributação dos grupos de sociedades (RETGS), do qual fazem parte as empresas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 90% do seu capital e cumprem os requisitos previstos no artigo 69º do Código do IRC, com exceção das empresas incorporadas durante o exercício de 2013 que se detalham conforme segue:

• Be Artis • Be Towering • Optimus • Per-mar • Sontária

As empresas que fazem parte do RETGS em 2013 são as seguintes:

• ZON OPTIMUS • ZON Lusomundo TV • Empracine

455

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

• Lusomundo SII • ZON Cinemas SGPS • ZON Audiovisuais SGPS • ZON TV Cabo • ZON Televisão por Cabo SGPS • Lusomundo Imobiliária 2 • ZON LM Audiovisuais • ZON LM Cinemas • ZON Conteúdos

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção, por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais (cujo prazo é de cinco ou seis anos), tenham sido obtidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, sobre estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos.

O Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, suportado nas informações dos seus consultores fiscais, entende que eventuais revisões e correções dessas declarações fiscais, bem como outras contingências de natureza fiscal, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2013, exceto para as situações que foram objeto de registo de provisões.

Nos termos do artigo 88.º do CIRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência para os exercícios até 2009, e de quatro anos para os exercícios de 2010 e 2011 e 5 anos a partir de 2012, sendo suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. A dedução dos prejuízos fiscais apurados em períodos de tributação anteriores, relativamente aos lucros tributáveis apurados em períodos de tributação que sejam iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012, não pode exceder o montante correspondente a 75% do lucro tributável que seja apurado em cada período de tributação.

456 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a rubrica de Imposto sobre o rendimento do exercício apresenta o seguinte detalhe:

2012 2013 Imposto corrente 3.827.980 (2.616.288) Imposto diferido (202.200) 9.941 3.625.780 (2.606.347)

A) IMPOSTOS DIFERIDOS

A ZON OPTIMUS e as suas empresas participadas registaram impostos diferidos relacionados com as diferenças temporárias entre a base fiscal e a contabilística dos ativos e passivos, bem como com os prejuízos fiscais reportáveis existentes à data da demonstração da posição financeira.

O movimento dos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 foi conforme segue:

MOVIMENTO DOS ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

2012 RESULTADO CAPITAL SALDO INICIAL LIQUIDO DO SALDO FINAL PRÓPRIO EXERCÍCIO ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS: Derivados 678.349 - (925.072) 1.603.421 Planos de Ações 223.927 (144.501) - 368.428 Donativos à Fundação PT 787.500 - - 787.500 Ajustamentos transição 182.266 48.301 - 133.966 Outras provisões e ajustamentos - (106.000) - 106.000 1.872.042 (202.200) (925.072) 2.999.314

457

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

MOVIMENTO DOS ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PARA O EXERCÍCIO FINDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

2013 RESULTADO CAPITAL SALDO INICIAL LIQUIDO DO SALDO FINAL PRÓPRIO EXERCÍCIO ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS: Derivados 1.603.421 - 946.314 657.107 Planos de Ações 368.428 242.269 - 126.159 Donativos à Fundação PT 787.500 59.434 - 728.066 Ajustamentos transição 133.966 52.239 - 81.727 Outras provisões e ajustamentos 106.000 (344.000) - 450.000 2.999.314 9.941 946.314 2.043.058

B) RECONCILIAÇÃO DA TAXA EFETIVA DE IMPOSTO

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a reconciliação entre as taxas nominal e efetiva de imposto, é como segue:

2012 2013 Resultado antes de impostos 17.149.386 19.369.748 Taxa nominal de imposto 26,5% 26,5% Imposto esperado 4.544.587 5.132.983 Diferenças permanentes (i) (3.922.830) (7.725.750) Resultado da liquidação (ii) 1.864.845 - Insuficiência/(excesso) de estimativa de imposto 991.595 (266.501) Prejuízo Fiscal utilizado no âmbito do RETGS (2.836) (25.781) Tributação autónoma 102.141 152.719 Derrama Estadual 48.278 - Impacto da correção dos impostos diferidos em resultado da alteração da taxa de - 113.139 IRC para 23% a partir de 2014 Outros ajustamentos - 12.844 IMPOSTO SOBE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO 3.625.780 (2.606.347) Taxa efetiva de imposto 21,1% (13,5%) Imposto corrente 3.827.980 (2.616.288) Imposto diferido (202.200) 9.941 3.625.780 (2.606.347)

(i) Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, as diferenças permanentes tinham a seguinte composição:

458 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

2012 2013 Provisões não aceites fiscalmente - 2.354.671 Amortizações, depreciações e perdas por imparidade não aceites fiscalmente 3.114.781 2.248.245 Dividendos recebidos (18.179.271) (33.200.000) Outros 261.357 (556.688) (14.803.133) (29.153.772) 26,5% 26,5% (3.922.830) (7.725.750)

(ii) Nos termos do Código do IRC, o imposto liquidado não pode ser inferior a 90% do montante que seria apurado se a Empresa não usufruísse de benefícios fiscais. Deste modo, este montante corresponde à referida diferença, considerando que o valor é apurado na sociedade dominante do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades, e os benefícios fiscais apurados nas sociedades dominadas.

459

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

13. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DA IAS 39 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS: RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

As políticas contabilísticas previstas na IAS 39 para os instrumentos financeiros foram aplicadas aos seguintes itens:

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DO IAS 39

A 31 DE DEZEMBRO DE 2012

ATIVOS ATIVOS/ EMPRÉSTIMOS DERIVADOS OUTROS TOTAL ATIVOS FINANCEIROS PASSIVOS E VALORES A DE PASSIVOS / PASSIVOS TOTAL DISPONÍVEIS NÃO RECEBER COBERTURA FINANCEIROS FINANCEIROS PARA VENDA FINANCEIROS ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 14) 266.900.892 - - - 266.900.892 - 266.900.892 Contas a receber - corrente (Nota 15) 760.163.501 - - - 760.163.501 187.747 760.351.248 Contas a receber - não corrente (Nota 15) 47.509.560 - - - 47.509.560 - 47.509.560 Ativos disponíveis para venda (Nota 19) - 20.629.212 - - 20.629.212 - 20.629.212 TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 1.074.573.953 20.629.212 - - 1.095.203.164 187.747 1.095.390.912 PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 22) - - - 743.919.713 743.919.713 - 743.919.713 Contas a pagar (Nota 23) - - - 316.510.399 316.510.399 - 316.510.400 Acréscimos de custos (Nota 24) - - - 2.772.470 2.772.470 - 2.772.470 Instrumentos financeiros derivados (Nota 27) - - 6.050.646 - 6.050.646 - 6.050.646 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS - - 6.050.646 1.063.202.582 1.069.253.228 - 1.069.253.229

ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM AS CATEGORIAS DO IAS 39

A 31 DE DEZEMBRO DE 2013

ATIVOS ATIVOS/ EMPRÉSTIMOS DERIVADOS OUTROS TOTAL ATIVOS FINANCEIROS PASSIVOS E VALORES A DE PASSIVOS / PASSIVOS TOTAL DISPONÍVEIS NÃO RECEBER COBERTURA FINANCEIROS FINANCEIROS PARA VENDA FINANCEIROS ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa (Nota 14) 84.390.085 - - - 84.390.085 - 84.390.085 Contas a receber - corrente (Nota 15) 701.738.917 - - - 701.738.917 66.542 701.805.459 Contas a receber - não corrente (Nota 15) 491.259.396 - - - 491.259.396 - 491.259.396 Ativos disponíveis para venda (Nota 19) - 19.329.212 - - 19.329.212 - 19.329.212 TOTAL ATIVOS FINANCEIROS 1.277.388.398 19.329.212 - - 1.296.717.610 66.542 1.296.784.152 PASSIVOS Empréstimos obtidos (Nota 22) - - - 854.383.035 854.383.035 - 854.383.035 Contas a pagar (Nota 23) - - - 414.117.102 414.117.102 - 414.117.102 Acréscimos de custos (Nota 24) - - - 3.892.303 3.892.303 - 3.892.303 Instrumentos financeiros derivados (Nota 27) - - 2.682.069 - 2.682.069 - 2.682.069 TOTAL PASSIVOS FINANCEIROS - - 2.682.069 1.272.392.440 1.275.074.509 - 1.275.074.509

460 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

Os saldos de impostos a recuperar e impostos a pagar, dada a sua natureza, foram considerados como instrumentos financeiros não abrangidos pela IFRS 7 / IAS 39. De igual forma, as rubricas de pagamentos antecipados e proveitos diferidos não foram consideradas nesta desagregação por serem constituídas por saldos não abrangidos no âmbito da IFRS 7 / IAS 39.

É entendimento do Conselho de Administração da Empresa que o justo valor das classes de instrumentos financeiros registados ao custo amortizado e dos registados ao valor presente dos pagamentos não difere de forma significativa do seu valor contabilístico, atendendo às condições contratuais de cada um desses instrumentos financeiros.

461

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

14. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica decompõe-se da seguinte forma:

2012 2013 Caixa 6.000 2.500 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 318.804 3.819.257 Depósitos a prazo (i) 266.576.088 80.568.328 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 266.900.892 84.390.085 i) Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo têm maturidades de curto prazo e vencem juros a taxas de mercado.

462 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

15. CONTAS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 CORRENTE NÃO CORRENTE CORRENTE NÃO CORRENTE Adiantamento a fornecedores 187.747 - 66.542 - Acréscimo rendimentos Juros a receber partes relacionadas i) 5.499.155 - 9.033.972 - Partes relacionadas i) 754.518.168 47.509.560 692.612.878 491.259.396 Outros 146.178 - 92.067 - 760.351.248 47.509.560 701.805.459 491.259.396 i) Os valores a receber de partes relacionadas correspondem predominantemente a empréstimos concedidos de curto prazo, suprimentos de médio e longo prazo e juros a empresas do Grupo (Nota 30). No final do exercício de 2013 estes empréstimos venciam juros à taxa de 5,8% + indexante Euribor.

463

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

16. IMPOSTOS A PAGAR E A RECUPERAR

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, estas rubricas têm a seguinte composição:

2012 2013 SALDOS SALDOS SALDOS SALDOS DEVEDORES CREDORES DEVEDORES CREDORES CORRENTE: Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas - 40.036 7.685.498 - Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares - 143.679 - 791.379 Imposto sobre o valor acrescentado 482.527 260.448 560.759 - Contribuições para a Segurança Social - 109.723 - 139.037 482.527 553.886 8.246.257 930.416 NÃO CORRENTE: Administração fiscal i) - - 780.300 - --780.300- 482.527 553.886 9.026.557 930.416

i) No decurso dos exercícios de 2003 a 2013, algumas empresas do Grupo ZON OPTIMUS foram objeto de Inspeção Tributária aos exercícios de 2001 a 2011. Na sequência destas inspeções, a ZON OPTIMUS, enquanto sociedade dominante do Grupo Fiscal, foi notificada das correções efetuadas pelos Serviços de Inspeção Tributária ao prejuízo fiscal do Grupo e para fazer pagamentos correspondentes às correções aos exercícios acima referidos. O valor total das notificações ascende a 1,3 milhões de euros. De salientar que o Grupo entendeu que as correções efetuadas não tinham fundamento, tendo contestado as referidas correções e montantes. O Grupo prestou garantias bancárias exigidas pela Administração Fiscal, no âmbito destes processos, conforme referido na Nota 29.

No final do exercício de 2013 e aproveitando o regime extraordinário de regularização de dívidas fiscais, a empresa liquidou 780 milhares de euros (correspondendo à totalidade das notificações no montante de 1,3 milhões de euros deduzido de juros de mora). Este montante ficou registado como “Imposto a recuperar” não corrente.

Conforme convicção do Conselho de Administração do Grupo corroborada pelos nossos advogados e consultores fiscais, o risco de perda destes processos não é provável e o desfecho dos mesmos não afetará de forma material a posição consolidada.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os montantes a receber e a pagar relativos a IRC têm a seguinte composição:

2012 2013 Estimativa do imposto corrente sobre o rendimento ii) (13.574.442) (5.322.531) Pagamentos por Conta 9.207.760 9.724.446 Retenções efetuadas a/por terceiros 4.308.702 2.685.431 Imposto a recuperar 17.944 598.152 IMPOSTO A (PAGAR)/RECUPERAR (40.036) 7.685.498

464 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

ii) O montante relativo à estimativa do imposto corrente sobre o rendimento foi registado por contrapartida das seguintes rubricas:

2012 2013 Imposto corrente (Nota 12) (3.827.980) 2.616.288 Outros iii) (9.746.462) (7.938.819) (13.574.442) (5.322.531)

iii) Montante relativo aos impostos imputados às subsidiárias que integram o RETGS registados por contrapartida de contas a receber ou a pagar das empresas, ao abrigo deste regime.

465

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

17. PAGAMENTOS ANTECIPADOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 Seguros 90.735 150.828 Pessoal 2.440 1.599 Rendas e alugueres 342 73 Conservação e reparação 1.8 46 - Outros custos diferidos 11.8 12 13.506 107.175 166.006

466 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

18. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

INVESTIMENTOS EM EMPRESAS DO GRUPO

PRESTAÇÕES PRESTAÇÕES INVESTIMENTOS 2012 INVESTIMENTOS 2013 ACESSÓRIAS ACESSÓRIAS Optimus - - - - 367.719.167 367.719.167 ZON TVC Portugal - 193.852.040 193.852.040 - 193.852.040 193.852.040 Teliz 275.000 76.360.000 76.635.000 325.000 76.360.000 76.685.000 Sport Tv 46.213.937 (12.044.959) 34.168.978 46.213.937 (12.044.959) 34.168.978 ZON LM Audiovisuais 4.200.000 69.271.165 73.471.165 9.200.000 69.271.165 78.471.165 Be Artis - - - 50.945.811 (18.598.820) 32.346.991 ZON LM Cinemas 29.300.000 (209.316) 29.090.684 29.300.000 (209.316) 29.090.684 Be Towering - - - 26.121.692 2.094.838 28.216.530 ZON Lusomundo SII - 16.368.058 16.368.058 - 16.368.058 16.368.058 Mstar - 5.799.771 5.799.771 - 5.518.502 5.518.502 Sontária - - - 50.000 2.676.028 2.726.028 Per Mar - - - 1.209.178 540.798 1.749.976 ZON II - 50.000 50.000 - 50.000 50.000 ZON III - 50.000 50.000 - 50.000 50.000 Upstar - 26.528 26.528 - 26.528 26.528 Canal 20 TV - 4.882 4.882 - 4.882 4.882 ZON Finance BV 12.000 2.392 14.392 49.500 2.392 51.892 Lusomundo España------80.000.937 349.530.561 429.531.498 163.415.118 703.681.303 867.096.421

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, o movimento ocorrido nas “Participações Financeiras” da ZON OPTIMUS foi o seguinte:

PRESTAÇÕES INVESTIMENTOS TOTAL ACESSÓRIAS SALDO A 1 DE JANEIRO DE 2012 79.713.937 350.240.602 429.954.539 Aumentos 287.000 - 287.000 Atualização cambial - (710.041) (710.041) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 80.000.937 349.530.561 429.531.498 SALDO A 1 JANEIRO DE 2013 80.000.937 349.530.561 429.531.498 Aumentos 5.137.501 - 5.137.501 Entrada de empresas (Nota 17) 78.276.680 354.432.011 432.708.691 Atualização cambial - (281.269) (281.269) SALDO A 1 DE DEZEMBRO DE 2013 163.415.118 703.681.303 867.096.421

467

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Os ativos, passivos e capital próprio, rendimentos e resultados estatutários das empresas do Grupo, em 31 de dezembro de 2013, são como segue:

CAPITAL TOTAL DE TOTAL DE RESULTADO % ATIVO PASSIVO PRÓPRIO RENDIMENTOS GASTOS LÍQUIDO DETIDA Optimus 793.552.112 354.656.750 438.895.362 715.887.771 (718.472.615) (2.584.844) 100% ZON TVC Portugal 1.257.646.609 1.081.210.765 176.435.844 656.930.938 (666.195.856) (9.264.918) 100% Teliz 22.054 13.471.501 (13.449.447) 6.726.065 (60.518) 6.665.547 100% Sport TV 119.278.926 59.496.161 59.782.765 123.967.329 (129.774.761) (5.807.432) 50% ZON LM Audiovisuais 81.576.075 78.735.860 2.840.215 61.109.348 (63.546.574) (2.437.226) 100% Be Artis 447.489.306 417.242.283 30.247.023 181.121.549 (201.880.337) (20.758.788) 100% ZON LM Cinemas 45.993.119 37.680.825 8.312.294 54.387.483 (51.942.358) 2.445.125 100% Be Towering 154.384.933 127.726.083 26.658.850 33.435.142 (32.957.983) 477.159 100% ZON Lusomundo SII 17.141.736 116.316 17.025.420 296.553 (81.277) 215.276 100% Mstar 4.721.821 5.865.397 (1.143.576) 9.960.210 (8.869.601) 1.090.609 29% Sontária 3.524.332 3.481.733 42.599 608.804 (666.043) (57.239) 100% Per Mar 1.683.374 432.630 1.250.744 275.352 (292.644) (17.291) 100% ZON II 50.000 - 50.000 - - - 100% ZON III 50.000 - 50.000 - - - 100% UPSTAR 42.860.825 42.683.918 176.907 50.148.817 (50.097.566) 51.251 30% Canal 20 TV 66.359 56.596 9.763 - - 5.411 50% ZON Finance BV 15.768 12.874 2.894 100.735 (45.708) (55.027) 50% Lusomundo España 4.439 7.683.537 (7.679.098) - (62.442) (62.442) 100%

A aferição da existência, ou não, de imparidade para os principais investimentos em empresas do Grupo registados nas demonstrações financeiras anexas é efetuada tendo em conta as unidades geradoras de caixa, com base nos últimos planos de negócio aprovados pelos respetivos Conselhos de Administração, os quais são preparados recorrendo à utilização de fluxos de caixa descontados para períodos de 5 anos. As taxas de desconto utilizadas foram de 9%. Na perpetuidade, foram consideradas taxas de crescimento de 2%.

468 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

19. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a rubrica de ativos financeiros disponíveis para venda tem a seguinte composição:

2012 2013 Fundo de investimento para o cinema e audiovisual ("FICA") 20.546.485 19.246.485 Outros 82.727 82.727 20.629.212 19.329.212

O saldo reconhecido nesta rubrica refere-se essencialmente ao Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual constituído em 2007, dando cumprimento ao previsto no artigo 67º do DL nº 227/2006, de 15 de novembro. Este fundo tem por objeto o investimento em obras cinematográficas, audiovisuais e multiplataforma, com vista a aumentar e melhorar a oferta e o valor potencial dessas produções. A ZON OPTIMUS subscreveu 30,12% das unidades de participação deste fundo conjuntamente com outras empresas do meio audiovisual. Na rubrica de “Contas a pagar” (ver nota 23) encontra-se registado o valor da obrigação assumida de contribuir para o fundo, no montante de 17.500.000 euros, que corresponde ao valor presente das prestações em dívida.

Com base nas últimas contas divulgadas do fundo e nas estimativas do valor de recuperação dos ativos, foi registado uma perda por imparidade de 1.300 milhares de euros (1.200 milhares de euros em 2012).

Adicionalmente, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foram recebidos dividendos do investimento na empresa Lusitânia Vida - Comp. de Seguros, S.A. no montante de 450 euros (412 euros em 2012) (Nota 30).

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

20. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos ocorridos nos valores de custo de aquisição e amortizações acumuladas e perdas por imparidade desta rubrica foram como segue:

PROPRIEDADE PROGRAMAS DE GOODWILL INDUSTRIAL E TOTAL COMPUTADOR OUTROS DIREITOS ATIVOS SALDO A 1 DE JANEIRO DE 2012 - 460.828 5.531.664 5.992.492 Aquisições -- -- SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 - 460.828 5.531.664 5.992.492 Aquisições 404.396.425 517 - 404.396.942 SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 404.396.425 461.345 5.531.664 410.389.434 AMORT. ACUMULADAS E PERDAS POR IMPARIDADE SALDO A 1 DE JANEIRO DE 2012 - (453.946) (2.765.831) (3.219.777) Amortizações - (6.242) (1.843.888) (1.850.130) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 - (460.188) (4.609.719) (5.069.907) Amortizações - (485) (921.945) (922.430) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - (460.673) (5.531.664) (5.992.337) ATIVOS LÍQUIDOS VALOR LIQUIDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 -640921.945922.585 VALOR LIQUIDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 404.396.425 672 - 404.397.097

GOODWILL

Em 31 de dezembro de 2013, o valor de goodwill resulta da operação de fusão ocorrida em 27 de agosto de 2013, por incorporação da Optimus SGPS na ZON, mediante a transferência global do património da sociedade Optimus SGPS para a sociedade ZON, nos termos do disposto na alínea a) do número 4 do artigo 97º do Código das Sociedades Comerciais, com efeitos a partir da data da fusão.

O detalhe dos ativos líquidos do Grupo Optimus e do Goodwill apurado no âmbito desta transação é como segue:

JUSTO VALOR DOS ATIVOS E PASSIVOS ADQUIRIDOS

JUSTO VALOR Valor líquido dos ativos e passivos da Optimus SGPS incorporados na ZON Optimus (excluindo Participações financeiras) 19.299.162 Justo valor das participações financeiras Optimus 367.719.167 Be Artis 32.346.991 Be Towering 28.216.530 Permar 1.749.976 Sontária 2.676.028 TOTAL DOS ATIVOS LÍQUIDOS ADQUIRIDOS 452.007.8 54 GOODWILL 404.396.425 PREÇO DE AQUISIÇÃO (NOTA 28) 856.404.279

470 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

São efetuadas divulgações complementares nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON OPTIMUS.

TESTE DE IMPARIDADE AO GOODWILL

Em 2013, foi efetuado o teste de imparidade com base em avaliações do valor em uso e de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, as quais sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada do Goodwill. Os valores destas avaliações são suportados pelas performances históricas e pelas expetativas de desenvolvimento dos negócios e dos respetivos mercados, consubstanciadas em planos de médio/longo prazo aprovados pela Administração.

Nestas estimativas consideraram-se os seguintes pressupostos:

Taxa de desconto (antes de impostos) 9,0% Periodo de avaliação 5 anos Crescimento EBITDA* 5,2% Taxa de crescimento na perpetuidade 2,0%

* EBITDA = Resultado operacional + Depreciações e amortizações

O número de anos explícitos adotados no teste de imparidade resulta do grau de maturidade do negócio e mercado das telecomunicações, tendo sido determinado com base no considerado mais apropriado para a valorização da unidade geradora de fluxos caixa.

Foram efetuadas análises de sensibilidade às variações das taxas de desconto em aproximadamente 10%, das quais não resultaram quaisquer imparidades.

Foram ainda efetuadas análises de sensibilidade para uma taxa de crescimento na perpetuidade de 0%, das quais não resultaram igualmente quaisquer imparidades.

471

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

21. ATIVOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos ocorridos nos valores de custo de aquisição e depreciações acumuladas e perdas por imparidade desta rubrica foram como segue:

EDIFÍCIOS E EQUIPAMENTO OUTROS EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO OUTRAS DE ATIVOS FIXOS TOTAL BÁSICO ADMINISTRATIVO CONSTRUÇÕES TRANSPORTE TANGIVEIS ATIVOS SALDO A 31 DE JANEIRO DE 2012 253.332 226.972 1.753.905 2.251.768 450.149 4.936.125 Aquisições - - 385.112 22.160 - 407.272 Alienações - - (365.398) (11.027) - (376.425) Regularizações, transferências e abates - - (30.000) - - (30.000) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 253.332 226.972 1.743.618 2.262.901 450.149 4.936.972 Aquisições - - 251.022 29.853 - 280.875 Alienações - - (490.229) (11.451) - (501.680) Regularizações, transferências e abates - - (308.356) - - (308.356) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 253.332 226.972 1.196.055 2.281.303 450.149 4.407.811 DEPREC. ACUMULADAS E PERDAS POR IMPARIDADE SALDO A 31 DE JANEIRO DE 2012 (228.362) (205.867) (1.184.713) (2.122.562) (248.969) (3.990.473) Depreciações e perdas por imparidade (24.970) (19.772) (232.675) (76.419) (15.846) (369.681) Alienações - - 358.397 10.582 - 368.979 Regularizações, transferências e abates - - 30.000 - - 30.000 SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (253.332) (225.639) (1.028.991) (2.188.399) (264.815) (3.961.175) Depreciações e perdas por imparidade - (1.333) (180.358) (56.620) (14.804) (253.115) Alienações - - 450.931 11.451 - 462.382 Regularizações, transferências e abates - - 307.38 2 - - 307.382 SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (253.332) (226.972) (451.036) (2.233.568) (279.619) (3.444.526) ATIVOS LIQUIDOS: VALOR LIQUIDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 - 1.333 714.628 74.502 185.334 975.797 VALOR LIQUIDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - - 745.019 47.735 170.530 963.285

472 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

22. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, o detalhe de empréstimos obtidos é como segue:

2012 2013 CORRENTE NÃO CORRENTE CORRENTE NÃO CORRENTE Empréstimos - Valor nominal Empréstimos externos - 98.342.881 - 98.945.471 Papel Comercial 275.000.000 20.000.000 20.000.000 245.000.000 Empréstimos obrigacionistas - 357.500.000 157.100.000 340.000.000 Empréstimos - Acréscimos e diferimentos (3.456.123) (4.487.611) (5.102.249) (2.406.539) Locações Financeiras - Valor nominal 540.490 480.076 285.983 560.369 272.084.367 471.835.346 172.283.734 682.099.301

O custo médio de financiamento das linhas utilizadas durante o exercício findo a 31 de dezembro de 2013 foi de aproximadamente 5,09% (4,46% em 2012).

22.1. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS

A Empresa tem obrigações emitidas, através de três instituições bancárias, no montante global de 157 milhões de euros, com maturidade em 2014 e com pagamento de juros semestrais e reembolso ao par no final do contrato.

Em junho de 2012, a ZON OPTIMUS lançou uma Oferta Pública de Subscrição de Obrigações, destinada ao público em geral, denominada “Obrigações ZON Multimédia 2012-2015”, através da qual emitiu 200 milhões de euros com uma maturidade de 3 anos e pagamento de juros semestrais a taxa fixa.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, e na sequência da operação de fusão (Nota 1), foi cedido à ZON OPTIMUS o empréstimo obrigacionista de 40 milhões de euros contratado pela Sonaecom em março de 2010. O empréstimo vence juros a taxas variáveis, indexados à taxa Euribor e pagos semestralmente. Esta emissão foi organizada e montada, respetivamente, pelo Banco Espírito Santo de Investimento e pela Caixa – Banco de Investimento.

Ainda na sequência da operação de fusão foi ainda cedido à ZON OPTIMUS o empréstimo obrigacionista de 100 milhões de euros contratado pela Sonaecom em setembro de 2011. O empréstimo vence juro a taxas variáveis, indexados à taxa Euribor e pagos semestralmente. Esta emissão foi organizada e montada pelo BNP Paribas, ING Belgium SA/NV e Portigon AG (anteriormente conhecido como WestLB AG). Durante o período findo em 31 de dezembro de 2013, Portigon AG transferiu toda sua participação de 33,3 milhões euros no empréstimo obrigacionista para Erste Abwicklungsanstalt (‘EAA’), uma entidade estatal alemã.

473

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

22.2. PAPEL COMERCIAL

A Empresa tem uma dívida de 265 milhões de euros, sob a forma de papel comercial, contratada com seis instituições bancárias, correspondendo a seis programas, vencendo juros a taxas de mercado. Estão classificados como não correntes os programas agrupados de papel comercial com maturidade superior a 1 ano no valor de 245 milhões de euros, uma vez que a Empresa tem capacidade de renovação unilateral das emissões atuais até à maturidade dos programas e os mesmos têm subscrição garantida pelo organizador. Desta forma, o valor em questão, apesar de ter vencimento corrente, foi classificado como sendo não corrente para efeitos de apresentação na demonstração da posição financeira. Os restantes programas, face à liquidação prevista, foram classificados como correntes.

22.3. EMPRÉSTIMOS EXTERNOS

A ZON OPTIMUS e a ZON TV Cabo assinaram com o Banco Europeu de Investimento, em setembro de 2009, um Contrato de Financiamento do Projeto Next Generation Network no montante de 100 milhões de euros. Este contrato tem vencimento em setembro de 2015 e destina-se à realização de investimentos relativos à implementação da rede de nova geração. Ao valor deste financiamento foi deduzido o montante de 1.055 milhares de euros, correspondendo ao benefício associado ao facto do financiamento apresentar uma taxa bonificada.

Adicionalmente, em novembro de 2013, a ZON OPTIMUS assinou um Contrato de Financiamento com o Banco Europeu de Investimento no montante de 110 milhões de euros para apoio ao desenvolvimento da rede de banda larga móvel em Portugal. Este contrato tem vencimento até um período máximo de 8 anos a contar da utilização do montante acordado, facto que não ocorreu findo o exercício de 2013.

474 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

22.4. LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a Empresa mantinha responsabilidades, como locatária, relativas a rendas vincendas em contratos de locação financeira de 1.133.172 euros e 938.401 euros, respetivamente, os quais apresentam os seguintes prazos de vencimento:

2012 CAPITAL JUROS CURTO MÉDIO/LONGO CURTO MÉDIO/LONGO TOTAL PRAZO PRAZO PRAZO PRAZO 2013 540.490 - 60.215 - 600.705 2014 - 149.749 - 24.246 173.994 2015 - 134.059 - 21.101 155.160 2016 - 196.268 - 7.045 203.313 540.490 480.076 60.215 52.392 1.133.172

2013 CAPITAL JUROS CURTO MÉDIO/LONGO CURTO MÉDIO/LONGO TOTAL PRAZO PRAZO PRAZO PRAZO 2014 285.983 - 35.806 - 321.789 2015 - 182.708 - 32.661 215.369 2016 - 224.269 - 17.029 241.298 2017 - 153.392 - 6.553 159.945 285.983 560.369 35.806 56.243 938.401

Dos empréstimos obtidos (excluindo locações financeiras), para além de estarem sujeitos ao cumprimento pelo Empresa das suas obrigações (operacionais, legais e fiscais) encontram-se sujeitos a cláusulas de “Cross default”, “Pari Passu”, “Ownership” e “Negative Pledge”.

Adicionalmente, alguns empréstimos obtidos exigem que a divida financeira líquida consolidada não exceda até 3 ou 4 vezes o EBITDA consolidado.

Todos os empréstimos obtidos de médio e longo prazo têm uma maturidade entre 1 e 5 anos.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

23. CONTAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, as contas a pagar a fornecedores e outras entidades têm a seguinte composição:

2012 2013 Fornecedores 2.080.807 4.399.408 Partes relacionadas (Nota 30) i) 296.610.297 391.904.247 Fundo de investimento para o cinema e audiovisuais ii) (Nota 19 e 30) 17.500.000 17.500.000 Fornecedores de ativos fixos tangíveis 11.720 10.907 Outros 307.575 302.540 316.510.399 414.117.102 i) Os valores a pagar de partes relacionadas correspondem predominantemente a empréstimos obtidos e juros a empresas do Grupo (Nota 30). ii) Este saldo refere-se à responsabilidade assumida de realizar as unidades de participação subscritas no Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual, tal como referido na Nota 19. O passivo reconhecido está valorizado ao valor presente da responsabilidade total, registando-se o correspondente custo financeiro.

476 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

24. ACRÉSCIMOS DE CUSTOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 Gastos com o pessoal 2.648.766 2.705.879 Fornecimentos e serviços externos 103.457 1.18 6.424 Outros 20.247 - 2.772.470 3.892.303

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

25. PROVEITOS DIFERIDOS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2013 NÃO NÃO CORRENTE CORRENTE CORRENTE CORRENTE Subsídio ao investimento i) 498.454 1.385.072 335.462 1.049.609 498.454 1.385.072 335.462 1.049.609

i) Relativo ao subsídio ao investimento para a implementação da rede de nova geração (ver Nota 22).

478 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

26. PROVISÕES

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os movimentos registados nas rubricas de provisões são os seguintes:

MOVIMENTOS 2012

31-12-2011 REFORÇO REDUÇÃO 31-12-2012 Outros riscos e encargos Contingências diversas - 400.000 - 400.000 - 400.000 - 400.000

MOVIMENTOS 2013

31-12-2012 REFORÇO REDUÇÃO 31-12-2013 Outros riscos e encargos Contingências diversas 400.000 5.404.117 (2.430.131) 3.373.986 400.000 5.404.117 (2.430.131) 3.373.986

Os movimentos líquidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, refletidos na demonstração do rendimento integral, na rubrica de Provisões decompõem-se da seguinte forma:

REFORÇOS E REDUÇÕES DE PROVISÕES – VALOR LÍQUIDO

2012 2013 Provisões e ajustamentos - i) 400.000 (400.000) Custos de reestruturação - ii) - 1.016.458 Outros custos / (ganhos) não recorrentes (Nota 9) - 2.354.671 Outros -2.857 REFORÇOS E REDUÇÕES 400.000 2.973.986 i) Adicionalmente na rubrica provisões e ajustamentos, findo o exercício em 31 de dezembro de 2012, foram consideradas reversões de perdas por imparidade de contas a receber no montante de 71 euros; ii) Os custos de restruturação correspondem predominantemente a provisões para custos com rescisões resultantes da operação de fusão. O valor global destes encargos findo o exercício em 31 de dezembro de 2013 ascendia a cerca de 8 milhões de euros, estando por liquidar no final do exercício 1 milhão de euros.

479

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS tem contratados três “swaps” de taxa de juro os quais ascendem a um total de 257,5 milhões de euros (31 de dezembro de 2012: 257,5 milhões de euros), cujas maturidades expiram num período de um ano a partir da data de referência. O justo valor dos swaps da taxa de juro, no montante negativo de 2,7 milhões de euros (31 de dezembro de 2012: montante negativo de 6,1 milhões de euros) foi registado em passivo tendo a contrapartida deste montante sido registada em capitais próprios.

2012 PASSIVO NOCIONAL NÃO CORRENTE CORRENTE DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA Swaps de taxa de juro 257.500.000 - 6.050.646 257.500.000 - 6.050.646

2013 PASSIVO NOCIONAL NÃO CORRENTE CORRENTE DERIVADOS DESIGNADOS COMO COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA Swaps de taxa de juro 257.500.000 2.682.069 - 257.500.000 2.682.069 -

480 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

28. CAPITAL PRÓPRIO

28.1. CAPITAL REALIZADO

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Empresa ascende a 5.151.613,80 euros e está representado por 515.161.380 ações nominativas, sob forma escritural, com o valor nominal de 1 cêntimo de euro cada.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS, anteriormente designada de ZON Multimédia, concretizou uma operação de fusão por incorporação da Optimus SGPS na ZON, da qual resultou a emissão de 206.064.552 ações nominativas para entrega aos anteriores acionistas da Optimus SGPS, correspondendo a um aumento do capital social no valor de 2.060.646 euros.

Os principais acionistas em 31 dezembro de 2012 e 2013, são:

PRINCIPAIS ACIONISTAS

31-12-2012 31-12-2013 NÚMERO DE % CAPITAL NÚMERO DE % CAPITAL AÇÕES SOCIAL AÇÕES SOCIAL ZOPT, SGPS, SA (1) - - 257.632.005 50,01% Sonaecom, SGPS, SA - - 37.489.324 7,28% Banco BPI, SA 23.344.798 7,55% 23.344.798 4,53% Fundação José Berardo e Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, SA (2) 13.408.982 4,34% 17.999.249 3,49% Espírito Santo Irmãos, SGPS, SA (3) 15.455.000 5,00% 15.455.000 3,00% Joaquim Alves Ferreira de Oliveira (4) 14.955.684 4,84% 14.955.684 2,90% Unitel International Holdings, B.V. 58.147.094 18,81% - 0,00% Kento Holding Limited 30.909.683 10,00% - 0,00% TOTAL 156.221.241 50,54% 366.876.060 71,22%

(1) De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do Artigo 20.º e Artigo 21.º do Cód.VM, é imputável uma participação qualificada de 57,29% do capital social e direitos de voto da Sociedade, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, à ZOPT, à Sonaecom e às seguintes entidades:

a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado;

481

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom, designadamente, a SONTEL, BV, a Sonae Investments, BV, a SONAE, SGPS, S.A., a EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. e o Senhor Eng.º Belmiro Mendes de Azevedo, igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a.

(2) A Fundação José Berardo é titular de 14.013.761 ações correspondentes a 2,72% do capital social da Sociedade. Por sua vez, a Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A. é titular de 3.985.488 ações correspondentes a 0,774% do capital social da Sociedade. A posição da Fundação José Berardo é reciprocamente imputada à Metalgest - Sociedade de Gestão, SGPS, S.A.

(3) Os direitos de voto correspondentes à Espírito Santo Irmãos, SGPS, S.A. são imputáveis à Espírito Santo Industrial, S.A. à Espírito Santo Resources Limited, e à Espírito Santo Internacional, S.A., sociedades que dominam por essa ordem a Espírito Santo Irmãos.

(4) São imputados os direitos de voto correspondentes a 2,90% do capital social ao Senhor Eng.º Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira, uma vez que controla a GRIPCOM, SGPS, S.A., e a Controlinveste International S.à.r.l., que detêm respetivamente 1,36% e 1,55% do capital social da ZON Optimus.

28.2. PRÉMIO DE EMISSÃO DE AÇÕES

Em 27 de agosto de 2013, e na sequência da concretização da operação de fusão entre a ZON e a Optimus SGPS, o capital da Empresa foi aumentado em 856.404.279 euros, correspondendo ao total das ações emitidas (Nota 28.1), com base na cotação bolsista de fecho do dia 27 de agosto. O aumento de capital detalha-se da seguinte forma:

i) capital social no montante de 2.060.646 euros;

ii) prémios por emissão de ações no montante de 854.343.633 euros.

Adicionalmente foram deduzidos aos prémios de emissão de ações um montante de 125 mil euros relativos a encargos com o respetivo aumento de capital.

482 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

O prémio de emissão de ações, está sujeito ao regime aplicável às reservas legais só podendo ser utilizado: a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela utilização de outras reservas; b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas; c) Para incorporação no capital.

28.3. AÇÕES PRÓPRIAS

A legislação comercial relativa a ações próprias obriga à existência de uma reserva não distribuível de montante igual ao preço de aquisição dessas ações, a qual se torna indisponível enquanto essas ações não forem alienadas. Adicionalmente, as regras contabilísticas aplicáveis determinam que os ganhos ou perdas na alienação de ações próprias sejam registados em reservas.

Em 31 de dezembro de 2013, existiam 403.382 ações próprias, representativas de 0,0783% do capital social (31 de dezembro de 2012: 401.523 ações próprias, representativas de 0,1299% do capital social).

Os movimentos ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013 foram como segue:

QUANTIDADE VALOR SALDO A 1 JANEIRO DE 2012 265.612 554.401 Aquisição de ações próprias 392.317 906.116 Entrega de ações próprias no âmbito dos Planos de ações (256.406) (547.013) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012 401.523 913.504 SALDO A 1 JANEIRO DE 2013 401.523 913.504 Aquisição de ações próprias 1.003.127 4.405.479 Entrega de ações próprias no âmbito dos Planos de ações (1.001.268) (3.316.370) SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 403.382 2.002.613

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

28.4. RESERVAS

RESERVAS LEGAIS

A legislação comercial estabelecem que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital.

OUTRAS RESERVAS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 foi reconhecido na rubrica “Outras reservas” o montante 2.410.400 Euros relativamente ao plano de ações (inclui 35.837 Euros dos Planos de ações de 2008 a 2012), e 3.316.370 Euros de entrega de ações próprias no âmbito dos planos de ações.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da empresa, apresentadas de acordo com as IAS/IFRS. Assim, em 31 de dezembro de 2013, a ZON OPTIMUS, dispunha de reservas que, pela sua natureza, são consideradas distribuíveis no montante de cerca de 242,5 milhões de euros.

484 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

28.5. DIVIDENDOS

Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 24 de abril de 2013, a proposta do Conselho de Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,12 euros, no montante de 37.092 milhares de euros, referente ao resultado líquido reportado apurado no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 de 35.720 milhares de euros acrescido de reservas livres no montante de 1.371 milhares de euros. O valor do dividendo atribuível a ações próprias foi transferido para resultados acumulados, o qual ascendeu a 48 milhares de euros.

DIVIDENDOS 2013

Dividendos atribuídos 37.091.619 Dividendos atribuídos a ações próprias (47.917) 37.043.702

Foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 27 de abril de 2012, a proposta do Conselho de Administração de pagamento de um dividendo ordinário por ação de 0,16 euros, no montante de 49.455 milhares de euros, referente ao resultado líquido reportado apurado no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 de 34.726 milhares de euros acrescido de reservas livres no montante de 14.730 milhares de euros. O valor do dividendo atribuível a ações próprias foi transferido para resultados acumulados, o qual ascendeu a 17 milhares de euros.

DIVIDENDOS 2012

Dividendos atribuídos 49.455.493 Dividendos atribuídos a ações próprias (17.503) 49.437.990

Os resultados distribuídos acima referidos, foram apurados com base no anterior normativo.

485

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

28.6. RESULTADO POR AÇÃO

Os resultados por ação, básicos e diluídos, são calculados dividindo o resultado líquido do exercício (21.976.095 euros em 2013 e 13.523.606 euros em 2012) pelo número médio de ações existente durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 deduzidas das ações próprias (379.906.817 em 2013 e 308.824.977 em 2012).

486 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

29. GARANTIAS E COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS

29.1. GARANTIAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, a Empresa apresenta garantias a favor de terceiros correspondentes às seguintes situações:

2012 2013 GARANTIAS PRESTADAS A FAVOR DE: Instituições bancárias (i) 100.163.778 100.193.122 Fornecedores 1.575.000 1.575.000 Administração fiscal 2.686.107 3.860.326 Entidades reguladoras 750.000 750.000 Outros 561.290 561.290 105.736.175 106.939.738

(i) Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, este montante refere-se a garantias prestadas pela ZON OPTIMUS relativo ao empréstimo do BEI (Nota 22).

OUTRAS GARANTIAS: i) Em 31 de dezembro de 2013, no âmbito do financiamento obtido pela Upstar junto do BES no montante total de 20 milhões de euros, a ZON OPTIMUS assinou uma Livrança no montante total do financiamento. Adicionalmente, a ZON OPTIMUS assinou uma Livrança, com responsabilidade até 30%, do financiamento da Finstar junto do BFA, no montante de total de 1.500 milhões de AKZ. ii) No âmbito do financiamento obtido pela Finstar junto do Banco Caixa Totta, Banco BIC, Banco BNI, Banco Finibanco, BFA e BMA, no montante total de 2.430 milhões de AKZ, 1.849 milhões de AKZ, 980 milhões de AKZ, 1.000 milhões de AKZ, 1.500 milhões de AKZ e 950 milhões de AKZ, respetivamente, a ZON OPTIMUS assinou seis Cartas conforto, ficando responsável até 30% do valor total do financiamento. A Carta conforto pelo Banco Caixa Totta também cobre 30% de 7,5 milhões de USD de cartas de crédito documentário para a importação de mercadorias. iii) No âmbito do financiamento obtido pela SPORT TV, no montante total de 15 milhões de euros, foram prestadas as seguintes garantias: penhor financeiro sobre as ações e novas ações detidas pela ZON OPTIMUS e Sportinveste, SGPS, S.A., hipoteca sobre o edifício da SPORT TV, penhor de

487

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

direitos resultantes dos contratos SPORT TV, 5 livranças e cessão de créditos com escopo de garantias.

29.2. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

As rendas vincendas das locações operacionais apresentam a seguinte maturidade

2012 2013 Menos de 1 Entre 1 e 5 Menos de 1 Entre 1 e 5 ano anos ano anos

Equipamento 4.100 4.100 2.392 1.367 4.100 4.100 2.392 1.367

29.3. OUTROS COMPROMISSOS

O Empréstimo do BEI, no montante de 100 milhões de euros, com uma maturidade de 5 anos, é destinado exclusivamente ao financiamento do projeto de investimento na rede nova geração, montante este que não poderá exceder 50% do total do custo do projeto.

COMPROMISSOS ASSUMIDOS NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO DE FUSÃO ENTRE A ZON E A OPTIMUS SGPS

Na sequência da decisão final da Autoridade da Concorrência de não oposição à operação de fusão entre a ZON e a Optimus SGPS foram assumidos os seguintes compromissos: a) Assegurar que a Optimus prorroga o prazo de vigência do contrato de partilha recíproca de rede entre a Optimus S.A. e a Vodafone Portugal (“Vodafone”); b) Assegurar que a Optimus modifica o contrato de partilha recíproca de rede entre a Optimus S.A. e a Vodafone no sentido da não aplicação de limitação de responsabilidade em caso de resolução injustificada ou de resolução justificada por motivo que lhe seja imputável;

488 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

c) Assegurar que a Optimus, durante um determinado período de tempo, não cobrará aos seus clientes de fibra do serviço triple play o pagamento de montantes devidos por cláusulas de fidelização em vigor, em caso de pedido de desligamento; d) Assegurar que a Optimus estará aberta a negociar, durante um período de tempo, com um terceiro que lho solicite, um contrato que permita o acesso grossista à sua rede de fibra; e) Assegurar que a Optimus apresentará e negociará com a Vodafone, durante um determinado período de tempo, um contrato de opção de compra da sua rede de fibra.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

30. PARTES RELACIONADAS

Em 31 de dezembro de 2012 e 2013, os saldos com empresas do Grupo ZON OPTIMUS são os seguintes:

SALDOS COM PARTES RELACIONADAS 2012

CONTAS A CONTAS A RECEBER - CONTAS A ACRÉSCIMOS PRESTAÇÕES RECEBER - NÃO PAGAR DE CUSTOS ACESSÓRIAS CORRENTE CORRENTE SUBSIDIÁRIAS Lusomundo Espanhã, S.L. 349.608 - - - - Lusomundo-Soc.Inv.Imob, SGPS, S.A. 461.288 - 469 - - Sport-TV Portugal, S.A. - - - - 46.213.937 Teliz Holding B.V. - - 1.792 - 275.000 ZON Finance BV 76 - - - 12.000 ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. 18.299.031 28.415.166 423.928 - 4.200.000 ZON Lusomundo Cinemas, S.A. 1.019.588 18.894.394 21.035.343 (24.800) 29.300.000 ZON TV Cabo Portugal, S.A. 610.012.233 - 273.688 (12.000) - ASSOCIADAS MSTAR, S.A. 666 200.000 - - - UPSTAR Comunicações, S.A. 30.823.699 - - - - OUTRAS PARTES RELACIONADAS Dreamia Holding B.V. - - 1.020 - - Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. 94.368 - - - - Empracine-E.Pro.Act.Cinem, Lda - - 488.665 - - FICA 17.500.000 - - FINSTAR - Soc.Inv.Part., S.A. 2.607 - - - - Lusomundo Imobiliária 2, S.A. 93.548 - 15.143.232 - - Lusomundo Moçambique, Lda 602 - - - - ZON Conteúdos, S.A. 1.172.719 - 246.917.469 (1.400) - ZON Lusomundo Audiovisuais, SGPS 1.330.710 - 2.562 - - ZON Lusomundo Cinemas SGPS 308 - 45.649 - - ZON Lusomundo TV, S.A. 66.202.685 - 7.548 - - ZON Televisão por Cabo, SGPS 30.069.713 - - - - ZON TV Cabo Açoreana, S.A. 22.063 - 3.638.138 (1.200) - ZON TV Cabo Madeirense, S.A. 61.811 - 8.630.794 (2.000) - 760.017.323 47.509.560 314.110.297 (41.400) 80.000.937

490 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

SALDOS COM PARTES RELACIONADAS 2013

CONTAS A CONTAS A RECEBER - CONTAS A ACRÉSCIMOS PRESTAÇÕES RECEBER - NÃO PAGAR DE CUSTOS ACESSÓRIAS CORRENTE CORRENTE ACIONISTAS Sonaecom SGPS, S.A. 1.943.340 - 11.632.951 - - SUBSIDIÁRIAS Be Artis -C.C.G.R.C., S.A. 14.010.425 337.764.000 13.374 - 50.945.811 Be Towering - G.T.T., S.A. 3.853.960 107.582.199 - - 26.121.692 Lusomundo Espanhã, S.L. 405.952 - - - - Lusomundo-Soc.Inv.Imob, SGPS, S.A. 108.312 - - - - Optimus - Comunicações, S.A. 1.175.452 - 54.270.687 6.956 - Per-mar - Soc. de Construção, S.A. 14.462 388.000 30.568 - 1.209.178 Sontária -Emp. Imobiliário, S.A. 117.054 3.215.637 - - 50.000 Sport-TV Portugal, S.A. - - - - 46.213.937 Teliz Holding B.V. (2.040) - - - 325.000 ZON Finance BV 74 - - - 49.500 ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. 26.479.674 23.415.166 138.422 - 9.200.000 ZON Lusomundo Cinemas, S.A. 1.114.132 18.894.394 25.347.826 29.300.000 ZON TV Cabo Portugal, S.A. 562.618.260 - 336.098 - - ASSOCIADAS MSTAR, S.A. 666 - - - UPSTAR Comunicações, S.A. 1.702.777 - - - OUTRAS PARTES RELACIONADAS Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. 203.539 - - - - Dreamia Holding B.V. (1.020) - - - - Empracine-E.Pro.Act.Cinem, Lda - - 475.375 - - FICA - - 17.500.000 - FINSTAR - Soc.Inv.Part., S.A. 2.607 - - - Lusomundo Imobiliária 2, S.A. 4.920 - 14.959.692 - - Lusomundo Moçambique, Lda 602 - - - - ZON Conteúdos, S.A. 1.223.658 - 262.307.583 - - ZON Lusomundo Audiovisuais, SGPS 1.721.333 - - - - ZON Lusomundo Cinemas SGPS 108 - 43.365 - - ZON Lusomundo TV, S.A. 56.329.286 - - - - ZON Televisão por Cabo, SGPS 28.587.332 - - - - ZON TV Cabo Açoreana, S.A. 21.992 - 5.916.433 - - ZON TV Cabo Madeirense, S.A. 9.993 - 16.431.873 - - 701.646.850 491.259.396 409.404.247 6.956 163.415.118

491

ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, as transações efetuadas com empresas do Grupo ZON OPTIMUS foram as seguintes:

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 2012

PERDAS / PRESTAÇÃO OUTRAS GASTOS COM FORNECIMENTO CUSTOS DE (GANHOS) EM DE SERVIÇOS RECEITAS PESSOAL DE SERVIÇOS FINANCIAMENTO ATIVOS FINANCEIROS SUBSIDIÁRIAS Lusomundo Espanhã, S.L. - - - - 49.668 - Lusomundo-Soc.Inv.Imob, SGPS, S.A. - - - - 13.463 - Sport-TV Portugal, S.A. ------Teliz Holding B.V. - - - - 4.753 - ZON Finance BV ------ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. 1.224.390 - (397.069) 44 1.935.373 - ZON Lusomundo Cinemas, S.A. 894.320 - 5.470 367 83.711 - ZON TV Cabo Portugal, S.A. 11.118.220 - 738.598 - 31.132.401 - ASSOCIADAS UPSTAR Comunicações, S.A. - - (6.975) 2.720.497 OUTRAS PARTES RELACIONADAS Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. - 168.113 4.583 - - - Empracine-E.Pro.Act.Cinem, Lda - - - - (21.374) - FICA - - - - (20.873) 1.200.000 Lusitânia Vida - Comp. de Seguros, S.A. - - - - - (412) Lusomundo Imobiliária 2, S.A. - - - - (633.718) - ZON Conteúdos, S.A. 498.930 - 83.121 - (10.590.459) - ZON Lusomundo Audiovisuais, SGPS - - - - 42.314 - ZON Lusomundo Cinemas SGPS - - - - 52 - ZON Lusomundo TV, S.A.594.180---3.129.628- ZON Televisão por Cabo, SGPS - - - - 1.438.050 - ZON TV Cabo Açoreana, S.A. - - 1.200 - 73.369 - ZON TV Cabo Madeirense, S.A. - - 2.000 - (439.356) - 14.330.040 168.113 430.928 411 28.917.499 1.199.588

492 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

RELATÓRIO E CONTAS 2013

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 2013

PERDAS / PRESTAÇÃO OUTRAS GASTOS COM FORNECIMENTO CUSTOS DE (GANHOS) EM DE SERVIÇOS RECEITAS PESSOAL DE SERVIÇOS FINANCIAMENTO ATIVOS FINANCEIROS ACIONISTAS Sonaecom SGPS, S.A. - - 7 8.385 1.467.571 - SUBSIDIÁRIAS Be Artis -C.C.G.R.C., S.A. 246.840 - - - (7.281.822) - Be Towering - G.T.T., S.A. 151.902 - - - (2.207.711) - Lusomundo Espanhã, S.L. - - - - (56.345) - Lusomundo-Soc.Inv.Imob, SGPS, S.A. - - - - (8.283) - Optimus - Comunicações, S.A. 601.277 - - 18.137 454.925 - Per-mar - Soc. de Construção, S.A. - - - - (7.649) - Sontária -Emp. Imobiliário, S.A. - - - - (66.377) - ZON Lusomundo Audiovisuais, S.A. 852.723 - (398.185) - (2.548.039) - ZON Lusomundo Cinemas, S.A. 1.699.870 - (48.796) 353 (450.560) - ZON TV Cabo Portugal, S.A. 8.906.685 - 845.797 2.012 (31.447.091) - ASSOCIADAS UPSTAR Comunicações, S.A. - - (2.475) - (970.013) - OUTRAS PARTES RELACIONADAS Dreamia - Serviços de Televisão, S.A. - 171.341 851 - - - Empracine-E.Pro.Act.Cinem, Lda - - - - 12.177 - FICA - - - - 4.511 1.300.000 Lusitânia Vida - Comp. de Seguros, S.A. - - - - - (450) Lusomundo Imobiliária 2, S.A. - - - - 381.540 - ZON Conteúdos, S.A. 565.307 - 114.413 - 6.286.571 - ZON Lusomundo Audiovisuais, SGPS - - - - (77.018) - ZON Lusomundo Cinemas SGPS - - - - (351) - ZON Lusomundo TV, S.A. 245.349 - 10.470 - (3.170.959) - ZON Televisão por Cabo, SGPS - - - - (1.480.975) - ZON TV Cabo Açoreana, S.A. - - (3.217) - 124.643 - Modelo e Continente Hipermercados - - 47.600 - - - ZON TV Cabo Madeirense, S.A. - - (7.837) - 257.587 - 13.269.953 171.341 558.621 28.887 (40.783.668) 1.299.550

Adicionalmente durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, foram reconhecidos juros em “Custos de financiamento” com o acionista BPI e entidade relacionada BES no montante de 4.239.052 euros e (29.046) euros, respetivamente e comissões em “Outros custos / (proveitos) financeiros no montante de 2.887.272 euros e 1.730.636 euros, respetivamente.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

31. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO

31.1 PROCESSOS COM ENTIDADES REGULADORAS

A ZON OPTIMUS candidatou-se ao concurso público para o licenciamento de um serviço de programas de âmbito nacional, generalista, de acesso não condicionado livre, a emitir por via hertziana terrestre. Por decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social de 23 de março de 2009, a candidatura da ZON OPTIMUS, tal como a outra candidatura concorrente foi excluída do concurso, decisão da qual a ZON OPTIMUS recorreu judicialmente, aguardando-se o desenvolvimento do processo e que seja proferida sentença pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2013

32. REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS ADMINISTRADORES

As remunerações auferidas pelos administradores da ZON OPTIMUS, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2013, foram as seguintes:

12M 12 12M 13 Remunerações 2.603.504 3.557.571 Participação de resultados / Prémios 810.000 1.365.000 Plano de ações e poupança ações 617.677 1.243.800 4.031.181 6.166.372

Os montantes apresentados no quadro foram calculados numa base de acréscimo para as Remunerações e Participação de resultados / Prémios (remunerações de curto prazo). O valor relativo aos Planos de Ações e aos Planos Poupança Ações correspondem ao valor a atribuir em 2014, relativo à performance de 2013 (e atribuído em 2013, relativo à performance em 2012, para os 12M12). O número médio de membros chave da gerência em 2013 é de 18 (15 em 2012). O Relatório de Governo das Sociedades inclui informação mais detalhada sobre a política de remunerações da ZON OPTIMUS.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, o Grupo ZON OPTIMUS pagou a administradores, a título de cessação de emprego, o valor de 2,7 milhões de euros.

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

33. PLANO DE AÇÕES

Os Planos de Atribuição de Ações aprovados nas Assembleias Gerais de 27 de abril de 2008 e 19 de abril de 2010, com os objetivos de fidelizar os colaboradores, alinhar o interesse destes com os objetivos empresariais para além de criar condições mais favoráveis ao recrutamento de quadros com elevado valor estratégico, têm vindo a ser operacionalizados de acordo com os princípios então acordados.

Estes planos de incentivos integram nomeadamente o Plano Standard e o Plano Executivo Sénior. O Plano Standard destina-se aos membros elegíveis, selecionados pelos órgãos competentes, independentemente das funções que os mesmos desempenhem, e neste plano o empossamento das ações atribuídas estende- se por cinco anos, iniciando-se doze meses decorrido sobre o período a que se refere a respetiva atribuição, a uma taxa de 20% por ano. O Plano Executivo Sénior, por sua vez, é dirigido aos membros elegíveis, qualificados como Executivos Seniores, e selecionados também pelos respetivos órgãos competentes. O Plano Executivo Sénior, implementado após aprovação da Assembleia Geral realizada em abril de 2010, prevê um diferimento do empossamento das ações de 3 anos, após a respetiva atribuição.

O número máximo de ações a afetar em cada ano a estes planos é aprovado pelo Conselho de Administração e está dependente exclusivamente do cumprimento dos objetivos de performance estabelecidos para a ZON OPTIMUS e da avaliação do desempenho individual.

As empresas do Grupo Optimus tinham implementado, desde 2000, um sistema de incentivos em ações a colaboradores acima de determinado nível de função, sob a forma de ações da Sonaecom, que foram, durante o exercício de 2013, convertidos em ações ZON OPTIMUS. O exercício dos direitos ocorre três anos após a sua atribuição, desde que o colaborador se mantenha na empresa durante esse período.

Em 31 de dezembro de 2013, os planos em aberto são os seguintes:

NÚMERO DE AÇÕES Plano Sénior Plano 2011 201.000 Plano 2012 191.000 Plano 2013 191.000 Plano Standard Plano 2009 53.733 Plano 2010 122.606 Plano 2011 191.505

Plano 2012 247.214 Plano 2013 306.801 Plano Optimus Plano 2011 102.683 Plano 2012 141.8 53 Plano 2013 108.966

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Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos ocorridos ao abrigo dos Planos, detalham-se do seguinte modo:

PLANO PLANO PLANO SÉNIOR STANDARD OPTIMUS SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2012: 918.000 1.057.648 - MOVIMENTOS DO ANO: Entrada de empresas --- Atribuídas 356.375 332.634 - Exercidas (Empossadas) (645.875) (373.641) - Canceladas/Extintas/Corrigidas/Transferidas (45.500) (94.782) 353.502 SALDO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013: 583.000 921.859 353.502

Os custos dos planos de ações são reconhecidos ao longo do exercício que medeia a atribuição e o exercício das mesmas. A responsabilidade dos planos é calculada com base na cotação à data de atribuição de cada plano, sendo que para os Planos Optimus, a data de atribuição corresponde à data da fusão (momento da conversão dos planos de ações Sonaecom em ações ZON OPTIMUS). A 31 de dezembro de 2013, a responsabilidade em aberto relativa a estes planos é de 3.378 milhares euros, e está registada em Reservas.

Os custos reconhecidos ao longo dos exercícios anteriores e no exercício, e a respetiva responsabilidade, são como segue:

TOTAL Custos reconhecidos em exercícios anteriores 8.857.426 Custos reconhecidos no exercício Custos reconhecidos pela ZON Optimus 1.809.436 Custos redebitados a subsidiárias da ZON Optimus 636.801 Custos de planos já exercidos (7.925.938) TOTAL DOS CUSTOS DOS PLANOS 3.377.725 REGISTADO EM RESERVAS 3.377.725

Refira-se ainda que a ZON OPTIMUS operacionalizou no primeiro semestre de 2013, o Plano de Poupança em Ações, previsto também no Regulamento aprovado em Assembleia Geral. Este plano é dirigido à generalidade dos colaboradores, que cumprindo os requisitos internos definidos, podem investir neste plano até 10% do seu salário anual, num máximo de 7.500 euros por ano, beneficiando da aquisição das ações com um desconto de 10%.

No Plano de Poupança em Ações lançado em 2013 os colaboradores da ZON OPTIMUS adquiriram 28.298 ações.

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34. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

HONORÁRIOS FATURADOS PELO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Os honorários faturados no exercício findo em 31 de dezembro de 2013 pelo Revisor Oficial de Contas detalham-se como segue:

VALOR Revisão legal de contas e auditoria 107.814 Outros serviços de garantia de fiabilidade 74.790 SERVIÇOS DE AUDITORIA 182.604 Consultadoria fiscal 1.490 Outros serviços 121.675 OUTROS 123.165 TOTAL 305.769

498 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS RELATÓRIO E CONTAS 2013

35. EVENTOS SUBSEQUENTES

Durante o exercício de 2014 foi divulgado o projeto de fusão entre a Optimus – Comunicações, S.A. e ZON TV Cabo Portugal S.A..

Adicionalmente, durante o mês de fevereiro, e após quase 5 anos decorridos da interposição da ação, a ZON OPTIMUS desistiu do processo que corria em tribunal relacionado com o concurso público para o licenciamento de um quinto canal aberto em sinal digital (Nota 31)

499 ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

500 RELATÓRIO E CONTAS 2013

501 ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

502 RELATÓRIO E CONTAS 2013

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA

503 ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

504

RELATÓRIO E CONTAS 2013

DECLARAÇÃO EMITIDA PARA EFEITOS DA ALÍNEA C) DO Nº 1 DO ARTIGO 245º DO CÓDIGO VM

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da ZON OPTIMUS, SGPS, S.A., cuja identificação e funções se indicam infra, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento:

a) O relatório de gestão, as contas anuais individuais e consolidadas, a certificação legal de contas e demais documentos de prestação de contas, exigidos por lei ou regulamento, todos relativos ao exercício findo a 31 de dezembro de 2013, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Sociedade e das sociedades incluídas no perímetro da consolidação;

b) O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Sociedade e das

Sociedades incluídas no perímetro da consolidação e, quando aplicável, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

Lisboa, 24 de março de 2014

O Conselho de Administração

Jorge Brito Pereira

(Presidente do Conselho de Administração) Manuel Ramalho Eanes

(Administrador Executivo)

Miguel Nuno Santos Almeida

(Presidente da Comissão Executiva) André Nuno Malheiro dos Santos Almeida

(Administrador Executivo)

José Pedro Faria Pereira da Costa

(Administrador Executivo) Ana Paula Garrido de Pina Marques

(Administradora Executiva)

Miguel Veiga Martins

(Administrador Executivo) Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério

(Vogal do Conselho de Administração)

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ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.

António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Joaquim Francisco Alves Ferreira de Oliveira

(Vogal do Conselho de Administração) (Vogal do Conselho de Administração)

António Domingues Lorena Solange Fernandes da Silva Fernandes

(Vogal do Conselho de Administração) (Vogal do Conselho de Administração)

Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira Maria Cláudia Teixeira de Azevedo

(Vogal do Conselho de Administração) (Vogal do Conselho de Administração)

Fernando Fortuny Martorell Mário Filipe Moreira Leite da Silva

(Vogal do Conselho de Administração) (Vogal do Conselho de Administração)

Isabel dos Santos Rodrigo Jorge de Araújo Costa

(Vogal do Conselho de Administração) (Vogal do Conselho de Administração)

506