Revista Astral
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
TV Assembleia gaúcha já transmite em sinal digital REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS TELEVISÕES E RÁDIOS LEGISLATIVAS – MARÇO DE 2013 Rede de TVs legislativas alcança 36 milhões de brasileiros • Paulistanos já tem os quatro canais em SINAL digital • Desafi o agora é dividir o mesmo canal para a região metropolitana TIRA-DÚVIDAS: O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A FAIXA DE 700 MHZ? PRODUÇÃO INDEPENDENTE É SAÍDA PARA O CONTEÚDO COMO 20 EMISSORAS RESOLVEM SUA PROGRAMAÇÃO ASTRAL É DESTAQUE NO MAIOR ENCONTRO PARLAMENTAR DA AMÉRICA MARÇO DE 2013 1 Projetos Integrados Sony Soluções e serviços para sua emissora governamental e instituição pública. ÃÌ>>XKÊUÊÌ>}iÊUÊ/Ài>iÌÊ«iÀ>V> UÊ @iÀ>ÃÊ`iÊiÃÌÖ`ÊiÊiÝÌiÀ>ÊUÊ >ÃÊ`iÊi`XKÊ UÊ-ÃÌi>ÃÊ`iÊÃiÀÛ`ÀiÃÊViÌÀ>â>`ÃÊiÊÌi}À>`à UÊÀ>Û>`ÀiÃÊUÊ>ÌÀâiÃÊUÊÌÀ>XKÊ`iÊÃ>ÃÊ`i ?Õ`ÊiÊÛ`iÊUÊÕ>XKÊUÊ iÌÀ>ÊÌjVV> *ÀiÌÃÊ?ÊÃÌ>>`ÃÊÊ-Õ«iÀÀÊ/ÀLÕ>Ê`iÊÕÃÌX>Ê-/®] @>À>Ê`ÃÊ i«ÕÌ>`ÃÊiÊÕ`>XKÊ/ii`ÕV>XKÊ` i>À?Ê1 / ®]ÊiÌÀiÊÕÌÀð *ÀiÌÃÊiÊ>`>iÌ\Ê-Õ«ÀiÊ/ÀLÕ>Êi`iÀ>Ê-/®]Ê/ÀLÕ>Ê -Õ«iÀÀÊ`Ê/À>L> Ê/-/®]Ê1ÛiÀÃ`>`iÊi`iÀ>Ê`iÊ?ÃÊ1®Ê iÊ1ÛiÀÃ`>`iÊi`iÀ>Ê`iÊ*iÀ>LÕVÊ1* ®° Sony é um Patrocinador Ofi cial da FIFA ÌÀiÊiÊVÌ>ÌÊ«>À>Ê>ÃÊvÀ>XªiÃ\Ê«ÀiÌLÀ>`V>ÃÌJ>°ÃÞ°V EDITORIAL Depois do canal aberto, a preocupação é com o conteúdo Rede Legislativa de TV Digital, um antigas e consolidadas TV Senado, TV Câmara e projeto da Câmara dos Deputados TVs Assembleias como as de Minas Gerais e São que começou em 2006, seis anos de- Paulo, e de outro emissoras recentes, com graus pois já é uma realidade e justifi ca o variados de autonomia editorial e orçamentário. próprioA nome. A história é notável por vários mo- Há uma receita única para a programação dessas tivos. Nesse período o segmento de emissoras pú- entidades tão diferentes? Não há, mas a própria blicas e até mesmo das comerciais ainda patina na experiência desses canais de comunicação que indefi nição, principalmente no que diz respeito não chegam a ter nem 15 anos de existência já ao Operador Único de Rede, entidade que pode indica um rumo. racionalizar os gastos com transmissão e captação A TV Assembleia de Minas Gerais, a pioneira do sinal digital. A Rede Legislativa acabou se tor- do setor no país, produz 13 dos 16 programas que nando, assim, um verdadeiro operador de rede exibe. A equipe responsável é composta por jorna- para as emissoras legislativas, garantindo partilha listas concursados, além de mão-de-obra técnica de custos, racionalidade e expansão do sinal aber- terceirizada. Como na maioria das emissoras le- to de TV Brasil afora. Afi nal, onde o modelo já gislativas, na hora de produzir conteúdos há uma está em operação o cidadão pode assistir no mes- tendência de concentrar os esforços na cobertura mo canal, graças à multiprogramação, a TV Câ- jornalística, o que leva a uma pergunta inevitável: mara (da Câmara dos Deputados), a TV Senado, e o resto da grade? a TV da Assembleia Legislativa estadual e a TV da “A tendência em toda emissora de TV é que Câmara Municipal. o telejornal absorva grande parte dos recursos hu- Bom para o brasileiro, que pode assim par- manos e tecnológicos disponíveis. No nosso caso, ticipar das discussões do Legislativo e fi scalizar as há um esforço concentrado da equipe na prepa- atividades do seu deputado federal, senador, de- ração e na execução de tarefas relacionadas à co- putado estadual e vereador. bertura jornalística, especialmente para o Repórter Mas ter o canal e transmitir o sinal aberto é Assembleia, de 30 minutos de duração”, explica o apenas o primeiro passo. O conteúdo dessas emis- diretor de Rádio e Televisão, Rodrigo Lucena. soras é uma grande preocupação para os profi s- “Quando percebemos a desproporção deste esfor- sionais que fazem a programação. Afi nal, ela tem ço em relação à grade de 24 horas, já havia uma que ser ao mesmo tempo barata, ter qualidade cultura de supervalorização do jornal, que de fato técnica, ser acessível e atraente para um públi- é muito importante. Por isso, não foi nada fácil co que não é acostumado culturalmente a ver a redirecionar as equipes de reportagem para aten- política com olhos cidadãos e foi treinado pelas dimento das demandas dos programas”. emissoras comerciais a assistir TV apenas para seu A TV Assembleia de MG fez uma opção cla- entretenimento. ra pela produção própria. E a preocupação é ex- Mas o mundo das cerca de cem emissoras le- plorar novos formatos que tragam mais qualidade gislativas em operação no Brasil é um mundo de para a grade, sem necessariamente exigir grandes diversidade e realidades muito distintas. Há emis- investimentos. soras em vários estágios de implantação e de ama- Essa é a tendência das emissoras legislativas, durecimento no que diz respeito ao tratamento a que fazem parte do braço de comunicação do po- ser dado às questões do Legislativo e em relação der mais fi scalizado e cobrado em relação a de- ao orçamento e estruturas. Há de um lado as mais sempenho, transparência e gastos. Programação EDITORIAL própria que não conta com superproduções, mas dos no Saúde em Pauta são defi nidos em conjunto que tem qualidade sufi ciente para não ser rejeitada com a TV, que também fornece imagens das ati- pelo telespectador brasileiro, habituado à estética vidades da Comissão de Saúde do Legislativo. A das emissoras comerciais. Captação de produção fi nalização do programa fi ca por conta do Canal independente, por meio de concursos e seleções Minas Saúde, subordinado à Secretaria. como pitching (tema abordado em artigo nesta re- A TV Assembleia do Espírito Santo (TV vista) também é um bom modelo, adotado já com ALES) a grade é ocupada basicamente com pro- sucesso pela TV Câmara. Ou parcerias e até mesmo gramas próprios (90%). O restante é produzido exibição de programas de terceiros – opções ainda integralmente por parceiros: organismos gover- não debatidas a fundo pelo segmento. namentais e não governamentais. O Espaço Par- ceria engloba 15 instituições, entre as quais fun- PARCERIAS COM dações, institutos, tribunais, Ministério Público, ÓRGÃOS PÚBLICOS Defensoria Pública, Senado e câmaras municipal e federal, que produzem programas com o obje- Exibir conteúdos produzidos por outros tivo de informar, alertar e esclarecer o cidadão. órgãos, até mesmo outros poderes (Judiciário e No total, além da cobertura dos eventos parla- Executivo) é uma prática bastante comum nas mentares, a emissora exibe 27 produtos, entre pro- TVs legislativas. Em alguns casos o programa é to- gramas, séries e pílulas para intervalo com conteú- talmente feito pelos parceiros. Em outros há uma do informativo, em formatos de até 30 segundos. parceria na produção. A TV Assembleia de Mato Grosso, com 11 Dos 16 programas da TV Assembleia de Mi- anos de fundação, também tem parte da grade nas, três são elaborados com entidades parceiras. ocupada por produtos de terceiros – órgãos pú- O Via Justiça é um dos mais antigos em exibição blicos ou produtores independentes. O espaço na emissora (no ar desde 2002), fruto de convê- aberto pela TVAL-MT incentiva a produção de nio com a Associação dos Magistrados de Minas documentários no estado. Gerais (Amagis). O programa reúne juristas e Além da transmissão das atividades dos de- parlamentares para debater direitos do cidadão e putados estaduais e dos programas próprios, a analisar as recentes decisões na área. A produção programação da emissora abre espaço para pro- e a reportagem fi cam a cargo da entidade. A dire- dutos e serviços elaborados por outros poderes ção de conteúdo e as gravações em estúdio são de locais. Exemplo é a veiculação do TV.Jus, progra- responsabilidade da emissora mineira. O produto ma diário que retrata o dia-a-dia do Tribunal de acabado é exibido também na TV Justiça. Justiça de Mato Grosso, e o telejornal TCE Noticias, Recém incorporados à grade, os programas também diário, produzido pelo Tribunal de Con- Estado de Direito e Saúde em Pauta também são pro- tas do Estado – que tem suas sessões semanais tam- duzidos com parceiros. O primeiro inclui o Mi- bém transmitidas ao vivo pela emissora do legisla- nistério Público Estadual, a Associação Mineira do tivo Estadual. A programação da TVAL garante Ministério Público, o Tribunal de Contas do Esta- ainda a veiculação de telejornais produzidos por do, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Defenso- entidades como a Associação Mato-grossense dos ria Pública. Cada entidade produz um programa Municípios (AMM). de 30 minutos, que é veiculado em horários alter- O modelo se repete naturalmente Brasil afo- nados entre os parceiros. ra. A TV Assembleia do Espírito Santo exibe 25 O convênio com a Secretaria de Estado de programas – além da transmissão ao vivo das ativi- Saúde já é diferente: os assuntos a serem discuti- dades parlamentares. Doze deles são de produção “Ter o canal e transmitir o sinal aberto é apenas o primeiro passo. O conteúdo dessas emissoras é uma grande preocupação. Afi nal, ela tem que ser ao mesmo tempo barata, ter qualidade técnica, ser acessível e atraente para um público que não é acostumado culturalmente a ver a política com olhos cidadãos” 4 MARÇO DE 2013 “Essa é a tendência das emissoras legislativas, que fazem parte do braço de comunicação do poder mais fi scalizado e cobrado: programação própria que não conta com superproduções, mas que tem qualidade sufi ciente para não ser rejeitada pelo telespectador brasileiro; captação de produção independente, por meio de concursos e seleções; ou parcerias e até mesmo exibição de programas de terceiros” própria: Ação Parlamentar, Assembleia do Campo, de do Norte, por exemplo, produz 23 programas Biografi a, ES em Debate, Municípios capixabas, Opi- próprios, entre jornalísticos, legislativos e cul- nião, Personalidades, Reportagem Especial, Sabor ES, turais, sem contar as transmissões de plenárias, Som da Terra, Um Dedo de Prosa e MP com Você.