PORTO CALVO

• IBGE - CONSELHO NACIONAL DE ESTATiSTICA

I Fundac;:ao I 8 C E IWSili~7J Bfi!Sil£1RO D£ E;:riSTiCA BIBLIOTECA tJ.(J de Reg._j} ~.Q:::. A.. .

O::ta _ rt_~_::·. .. -~-7: ..• f.~ ...... j····---··- -·--- ·· e+ea !········ . -- ··-·- . ::J ap "N Colefiio de Monografias - N. 87

AlA GO AS

* ASPECTOS FtSICOS -Area: 669 km' ,· al­ titude: 35 m; temperatura media em oc das maximas: 33; das minimas: 25,· com­ pensada: 27; precipitar;iio anual: 5157 mm. * POPULA91W - 27 790 habitantes (Recen­ seamento de 1950); densidade demogra­ fica: 48 habitantes por quil6metro qua­ drado. * BASE ECON6MICA - Produr;iio e expor­ tar;iio de cana-de-ar;ucar, que tambem e aproveitada na industria local. * ESTABELECIMENTOS ECON6MICOS (na sede) - 5 atacadistas, 39 varejistas, 30 de prestar;iio de servir;os; em todo o Mu­ nicipio - 23 estabelecimentos industriais. * TRANSPORTE (numero estimado de vei­ culos em trajego diario na sede munici­ pal) - 22 autom6veis e caminh6es (s6 nas rodovias) . * VElCULOS REGISTRADOS (na Prejeitura Municipal) - 2 autom6veis e 10 cami­ nh6es. * ASPECTOS URBANOS (sede) - 202 liga­ r;6es eletricas, 2 hoteis e 1 cinema. * ASSISTt:NCIA MEDICA (sede) - 1 hospital geral com 24 leitos; 2 medicos no exerci­ cio da projissiio. * ASPECTOS CULTURAIS- 38 unidacles es- • colares de ensino primario fundamental comum. * OR9AMENTO MUNICIPAL PARA 1955 - (milhares de cruzeiros) - receita total: 1 721; receita tributaria: 912; despesa: 1 721 .

* REPRESENTA91W POLlTICA 9 verea- dores em exercicio. ASPECTOS HISTORICOS

o PRrnciPro de nossa colonizac;ao, os por­ N tugueses vindos de Pernambuco, em de­ manda das povoac;oes de Lagoa do Sul e do Rio Sao Francisco, encontraram em Porto Calvo o ponto intermediario para as explora­ c;oes da terra. Ali foram fixando residencia e conquistando palmo a palmo o territ6rio aos indigenas, primitivos habitantes da regiao. Assim, pelos ultimos decenios do seculo XVI, Porto Calvo ja era um pequeno povoado, ten­ do sido a primeira freguesia do Estado de Alagoas, ja existindo em 1617 . Segundo a tradic;ao, Porto Calvo foi fun­ dado por Crist6vao Lins, de origem italiana, casado com D. Adriana de Holanda. Con tam as cronicas que D. Adriana morreu depois do ano de 1647, com mais de 110 anos, deixando o casal numerosissima descendencia. Crist6- vao Lins levantou ali sete engenhos de ac;u­ car e mandou construir uma igreja consagra­ da ao culto da Virgem. Porto Calvo teve papel importante na his­ t6ria do Nordeste, durante o periodo holan­ des (1624/1654) . Tendo sido a capitania de Pernambuco o ponto principal de conquista neerlandesa, os flamengos marchavam para a povoac;ao de "Santo Antonio dos Quatro Rios" - hoje cidade de Porto Calvo. Foi quando o mulato Fernandes Calabar, que ocupava modesto posto no exercito coman­ dado por Matias de Albuquerque, passou-se para as forc;as inimigas. Renhidos foram os encontros guerreiros guiados por Matias de Albuquerque, registran­ do-se o primeiro embate no territ6rio alagoa­ no, a 21 de abril de 1631 . Depois de varios anos de luta, as forc;as portuguesas no dia 12 de julho de 1635 tentaram um assalto a pra­ c;a, sen do bern sucedidos. Capituladas as forc;as inimigas, Calabar foi preso e, a 22 de julho de 1635, enforcado e esquartejado, la se encontrando seu t1lmulo. Foi tambem na guerra holandesa que se destacou o nome de Felipe Camarao, pelo seu heroismo e bravura militar, e sua esposa D.

PORTO CALVO - 3 Clara Camarao, natural de Porto Calvo, que s6, ou a frente de outras senhoras, se achava sempre nos pontos mais arriscados de com­ bate. 0 Municipio teve destaque, tambem, na destruic;ao do Quilombo de Palmares, por ser o ponto onde se concentravam as forc;as ex­ pedicionarias para dar combate ao reduto dos negros, que tinham seu rei a quem prestavam obediencia. Em fins de novembro de 1657 foi organizada em Porto Calvo a primeira ex­ pedic;ao aos Quilombos, chefiada pelo sargen­ to-mor Manoel Lopes Galvao. Outra expedi­ c;ao saiu do Municipio no dia 21 de setem­ bro de 1677, "invocando 0 auxilio do ceu", co­ mandada pelo capitao-mor Fernao Carrilho. E, ap6s 4 meses de lutas, Carrilho deu Pal­ mares como destruido, tendo sido feita em Porto Calvo, no meio de grandes festas, a distribuigao das presas, depois de deduzido o quinto para a fazenda real. A luta, no entanto, nao terminou. S6 em 1695 e que caiu o ultimo reduto da Republi­ ca dos Negros, ap6s mais 20 anos de lutas.

F ormat;ao administrativo-judiciaria

VILA foi criada em 12 de abril de 1836, A pelo 4.0 Donatario da Capitania de Per­ nambuco, Duarte de Albuquerque Coelho. Se­ gundo a cronica foi criada com o nome de Bom Sucesso, denominac;ao que nao subsls­ tiu. Foi elevada a categoria de cidade pela Resoluc;ao n.0 1115, de 14 de novembro de 1889, e depois pelo Decreto n.0 10, de 1.0 de abril de 1890, uma vez que aquela Resoluc;ao foi revogada pela Junta Governativa. Segundo o quadro administrativo vigen­ te a 31 de dezembro de 1955, o Municipio de Porto Calvo e constituido de 3 distritos: Por­ to Calvo, Jacuitinga e Jundia. A Comarca de Porto Calvo foi criada pe­ la Lei provincial n.o 197, de 28 de junho de 1852, tendo sido instalada a 20 de abril de 1855.

PORTO CALVO -- 4 POPULAf;AO

POPULAQAO de Porto Calvo atingia em 1.0 A de julho de 1950, por ocasiao do ultimo Recenseamento, 27 790 habitantes, sendo 14 542 homens e 13 248 mulheres. or - Em Porto Calvo predominam as pes­ C soas que se declararam de cor parda, num total de 15 030; o grupo dos brancos era o segundo em importancia: 10 586 pessoas. Os pretos atingiam 2 137, e 37 sem declarar;ao. acionalidade - Contaram-se apenas 6 es­ N trangeiros no Municipio. Todo o restan­ te da popular;ao era composto de brasileiros natos. eligitio - Dentre os 27 790 habitantes re­ R censeados, 26 768 declararam-se cat6licos romanos, 963 protestantes, 5 espiritas, 14 sem religiao e 40 nao declararam a religiao que professavam.

Aglomera($oes urbanas

XISTIAM no Municipio, em 1.0-VII-1950, 3 E aglomerar;oes urbanas - o distrito-sede e 2 vilas - com as seguintes popular;oes (qua­ dros urbana e suburbano) : PORTO CALVO • • • • • • • • • • • . • • • • • • • 2 309 Jacu1t1nga • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1121 Jundta •.....•.•••.•••••.•.•••••..• 544

Localiza($ao da popula($iio

E SEUS 27 790 habi­ tantes recenseados Dem 1950, 3 717 locali­ zavam-se no quadro urbana, 257 no quadro suburbano e 23 816 no quadro rural. Como se ve, o Mu­ nicipio e preponderan­ temente rural, com 86% de sua popular;ao QUAORO URBANO - 13% localizada nessa zona. QUADRO SUBURBANO - I % Em todo o Estado de QUAORO RURAL ~ 86% Alagoas, 74% da popu­ laQao localiza-se no quadro rural.

l'ORTO CALVO - 5 PRINCIPAL ATIVIDADE ECONOMICA

PRINCIPAL atividade economica dos habi­ tantes do Municipio pode ficar bern ca­ racterizadaA na tabela a seguir, na qual se po­ de observar a predominancia do ramo "agri­ cultura, pecuaria e silvicultura" (dados do Recenseamento Geral de 1950) :

PESSOAS PRESENTES RAMOS DE ATIVIDADE DE 10 ANOS E MAIS Total Homens Mult.res ------Agricultura, pecuaria e silvicultura ...... 8 410 7 942 468 Industrias extrativas ...... 21 21 Industriaa de transfonllaj;Ao ...... 385 362 23 Com~rcio de mercadorias ...... 274 262 12 Comercio de im6veis e valores mobiliarios, ere- dito, seguros e capitalizacAo ...... Prestacao de servicos ...... 359 138 221 Transportes, comunicaclles e armazenagem ... 19 17 2 Profisslles liberais ...... 2 Atividades sociais ...... 56 22 34 Administracao publica, Legislativo, Justica ... 33 28 5 Defesa nacional e Seguranca publica ...... Atividades domesticas nAo remuneradss e ati- vidsdes escolares discentes ...... 7 690 295 7 395 Atividsdes niio compreendidas nos demais ra- mos, atividades mal definidas ou niio decla- radas ...... 10 Condiclles inativas ...... 1 703 920 783

TOTAL...... 18 970 10 026 8944

Por motives 6bvios, do total de 18 970 pes­ seas e conveniente que sejam subtraidos os dados relatives aos tres ultimos ramos (ao todo, 9 403 pessoas) . Resultam 9 567. As 8 410 pessoas ativas no ramo "agricultura, pecuaria e silvicultura" representam 88% sobre esse ultimo total. .

Agricultura, pecuaria e silvicultura

oMo foi visto, a "agricultura, pecuaria e C silvicultura" e o ramo principal da ati­ vidade economica de Porto Calvo. Os 171 estabelecimentos agropecuarios en­ tao existentes no Municipio abrangiam uma area total de 64 802 hectares, distribuidos se-

PORTO CALVO - 6 gundo a utilizagao das terras, da maneira a seguir:

Lavouras 9 498 Pastagens ...... • ...... 10 255 Matas • ...... • • . • • . . • . . . . • ...... 21406 Terras !ncultas • ...... • ...... • . . . . . • . • • 21 527 Terras !mprodut!vas ...... • ...... 2 116

:t!:sses mesmos estabelecimentos possuiam as seguintes maquinas e instrumentos agri­ colas:

Tratores 1 Arados ...... • •...... •.• . •••• 100 Grades ...... •. .• ...... 45 Rolos ... ••...... •...... •.••. . . 12 Semeade!ras 40 Ainda de acordo com o Recenseamento e segundo as classes de area, os estabeleci­ mentos agropecuarios de Porto Calvo apre­ sentavam-se da seguinte maneira:

ESTABELECIMENTOS CLASSES DE AREA (ha) Area NCimero (ha)

Menos de 1...... De 1 a menos de 10 ...... 36 218 De 10 a menos de 20 ...... 26 302 De 20 a menos de 50 ...... 18 560 De 50 a menos de 100...... 5 338 De 100 a menos de 200 ...... 23 3 201 De 200 a me nos ue 500 ...... 19 5 435 De 500 a menos de 1 000 ...... 26 19 431 De 1 000 e mais ...... 18 35 317

Em relagao a condigao do responsavel, os dados registrados a seguir revelam que 64% dos estabelecimentos eram dirigidos pelos proprietarios:

ESTABELECIMENTOS CONDICAO DO RESPONSAVEL Area NCimero ------1------(ha)--- Proprietlnio ...... 110 28 964 Arrendatario ...... 14 3 361 Ocupante ...... Administrador ...... 47 32 477

As principals despesas realizadas em 1949 por 161 estabelecimentos que apresentaram

PORTO CALVO - 7 informa~toes assim se distribuiram, em milha­ res de cruzeiros: salarios - 8 065; adubos e fertilizantes - 601; e impastos - 396. E digno de nota o fato de as despesas com adubos e fertilizantes representarem cer­ ca de 66% das realizadas com o pagamento de impastos. - A cana-de-a~tlicar e seus produtos indus­ trializados representam a maior fonte de ri­ queza do Municipio. Cultivada em larga es­ cala niio s6 e consumida pelas industrias lo­ cais como e exportada para usinas localiza­ das no Estado de Pernambuco. Contam-se no Municipio varios engenhos bangiies, alem de uma usina para fabrica~tiio de a~tlicar cristal. Em 1954, segundo estimativa do Servi~to de Estatistica da Produ~tiio, Porto Calvo pro­ duziu 274 000 toneladas de cana-de-a~tlicar, no valor de 37 264 milhares de cruzeiros. No mes­ mo ano, o valor total da produ~tiio agricola foi da ordem de 46 083 milhares de cruzeiros. Os principals produtos agricolas foram os se­ guintes (dados preliminares):

VALOR DA PRODUCAO

PRODIITOS AGRICOLAS N6meros absolutos % sllbre o (Cr$ 1 000) total

rana-de-acnear ... --- -.-.- -.--.- .... . --. 37 264 80,86 Mandioca (manoa e brava) ...... 3 710 8,05 Arroz em casca ...... 2 780 6,03 Banana ...... 658 1,43 FeijAo . ••••••• ••• •••• . •••• ••••..••. •.. • 297 0,65 Milho ...... 277 0,60 Outros ...... 1 097 2,38 TOTAL ...... 46 083 100,00

0 valor da produ~tiio da cana-de-a~tlicar representa 81% do valor da produ~iio agrico­ la do Municipio. Os demais produtos tem, re­ lativamente, pequena importancia na econo­ mia local. A produ~tiio da cana-de-a(fucar teve o se­ guinte desenvolvimento no periodo 1950/54, segundo dados do SEP:

ANOS Quantldade Valor (I) (Cr$ 1 000)

1950 ...... -..... -...... 160 240 15 383 1951 ...... 160 200 15 379 1952 ...... -.... -...... -.. . 185 610 18 561 1953 ...... •...... -. . . . 195 600 20 559 1954 ...... -...... -.. -.. 274 000 37 264

PORTO CALVO - 8 Pecuaria

POPULA!;;AO pecuaria do Municipio e mo~ desta. 0 gado bovlno e exportado em pequenaA .escala para o Estado de Pernambuco. Em 1950 contava o Municipio com 76 950 cabectas (no valor total de 56 489 mllhares de cruzeiros), assim discrimlnadas:

Bovlnos ...... • . . • ...... • • . . • • . • • • • • • 12 400 Eqillnos . . • . • ...... • • . • • • . • • • . • . • • • • • • 3 400 Aslnlnos • • • • • • • . . . • . • • • • . • • • • • • • • • • • • • • 150 Muares . • • ...... • • • • . . . • • . . . . • • • • . . . • 1 200 Sulnos ...... • ...... • • • . • . . . . • • 30 200 Ovlnos • • • • • . . • . • • • • • • • . • • . • • • • • • • • • • • • • 12 300 Caprlnos • . . • .. • ...... • ...... '1300 lnditstrias de transforma~iio

PRonuc.Ao industrial de Porto Calvo re­ duz-se praticamente as lndustrias de transformactiioA de bebidas. Em 1950, eram 23 os estabelecime:ntos in­ dustrials, dos quais 21 de industrlas de trans­ formactiio (dados do Servicto Nacional de Re­ censeamento) . Em 1949, segundo a mesma fonte, o va­ lor da productiio industrial foi de 5 673 milha­ res de cruzeiros, cabendo 5 608 aquelas indUs­ trias, como se observa na tabela abaixo:

Numero OperArlos INDUSTRIAS DE de ocupados Valor da TRANSFORMACAO estabele- em 1949 produ~o clmentos (m6dla (Cr$ 1 000) 1.•-1-1960 ---mensa!) Bebidae ...... 7 111 4 224 Produtos alimcntares ...... •...... 11 56 1 341 Transformacllo de minerai& nAo meta- licos ...... 5 43

TOTAL ...... 21 172 5608

Em 1953, segundo o Reglstro Industrial, a productiio industrial atingiu 13 909 milhares de cruzeiros. As despesas com pessoal empre­ gado atingiram 971 milhares de cruzeiros e as com materias-primas, combustiveis, lubri­ ficantes e energia eletrica pouco menos de 9 milhares de cruzeiros. Trabalharam nos 16 estabelecimentos industrials 119 pessoas, das quais 108 operarios.

PORTO CALVO -- 9 MEIOS DE TRANSPORTE

ORTO Calvo comunica-se com os Munici­ pios vizinhos e com as capitals Estadual e PFederal pelos seguintes meios de transporte: Colonia Leopoldina- Rodoviario: 72 km. - Rodoviario: 36 km. - Rodoviario: 35 km. - 1) Rodoviario: 24 km; 2) Fluvial: 40 km. Agua Preta, SE - Rodoviario: 54 km.

PERNAMBUCO

Capital Estadual - Rodoviario: 125 km. Capital Federal - Via Macei6 ja descrita. Dai ao DF: 1) Maritima: 1866 km; 2) Aereo: 1 725 km; 3) Rodoviario, via Feira de Santa­ na, BA: 2 275 km.

Transporte fluvial

A MARGEM esquerda do rio Manguaba esta N localizado o porto fluvial do Varadouro, que nao e organizado. A navega((ao fluvial em Porto Calvo teve seu inicio em epocas remotas. Come((ou pelo emprego de jangadas, que serviam de trans­ porte para pequenas distancias e pescarias. Veio depois o emprego de canoas ainda hoje usado, e por fim as barca((as. Sao estas bar­ ca((as que transportam a((ucar para Macei6.

PORTO CALVO - 10 COMERCIO LOCAL

s RESULTADOS do Censo Comercial realizado O em 1950 foram os seguintes:

Comerclo Comercio ESPECIFICACAO atacadista varejlsta

N umero de estabelecimentos ...... 2 149 Pessoal...... 9 245 Administracao ...... 1 140 Empregados ...... 8 105 Membros da familia ...... 1 28

Valor das vendas (Cr$ 1 000) ...... 2 245 10 297

Comparem-se esses dados com os corres­ pondentes a Macei6 e ao Estado:

VALOR DAS VENDAS EM 1949

ESPECIFICACAO Dos estabeleclmentos T~tal IAtacadlstas I .Varejlstas Ntimeros absolutos (CrS 1 000) Estado de Alagoas ...... -~ ll 311 1431 [ 697 6571 613 486 Muaicipio de Macei6...... 888 792 , 597 613 291 179 Municipio de Porto Calvo...... 12 542 )J • 2 245 10 297 % de Porto Calvo Silbre o Estado de Alagoas .. ... I 0,96 r o.32 1 1,68 Sobre o M uaicipio de Macei6 . . 1,41 0,38 3,54

Os dados percentuais precisam a posigao de Porto Calvo como praga comercial no E.s­ tado de JUagoas .

INSTRUl;AO PUBLICA

s RESULTADos do Recenseamento de 1950 O revelam a posigao de Porto Calvo quan­ to ao nivel de instrugao geral (pessoas pre­ sentes de 10 anos e mais) :

PESSOAS PRESENTES DE 10 ANOS E MAIS ESPECIFICACAO % sObre o N6mero total

Sabem ler e escrever ...... 2 519 13,28 N ~o sabem ler e escrever ...... 16 423 86,57 Sem declarscao ...... 28 0,15

TOTAL ...... 18 970 100,00

P6RTO CALVO - 11 Como se ve, apenas 13% das pessoas pre­ sentes de 10 anos e mais eram alfabetizadas. A percentagem correspondente para o Estado de Alagoas atinge 32%.

Ensino primario

TABELA a seguir permite verificar que, tan­ A to no Estado de Alagoas como no Mu­ nicipio de Porto Calvo, o numero de crian~as matriculadas nas respectivas unidades esco­ lares constitui pequena fra~ao da popula~ao -presente de 7 a 14 anos, recenseada em 1950.

Eatado Municipio ESPECIFICAQAO da de Alagoaa POrto Calvo

Pessoas presentea de 7 a 14 anos, recenseadaa em 1•-VII-1950 ...... 234 161 5 790 Unidades escolares de ensino primario fundamen- tal comum (1950) ...... 938 14 Matricula geral do ensino primario fundamental comum (1950) ...... 57 979 840

Assim a quota de pessoas em idade esco­ lar matriculadas atinge 15% em Porto Calvo e 25% no Estado de Alagoas (% da matricula geral sobre pessoas de 7 a 14 anos) .

FINAN<;AS PUBLICAS

ARA 0 periodo 1950/54, SaO OS seguintes OS P dados disponiveis sobre as finan~as do Municipio (Inspetoria Regional de Estatistl­ ca Municipal) :

FINANQAS (Cr$ 1 000)

ANOS Receita arrecadada Saldo ou Deaposa "deficit" Total Trlbutaria reallzada do baian;o

1950 ...... •. . 630 337 467 + 163 1951...... 803 455 616 + 187 1952 ...... • ..•. . 1 201 723 1 157 + 44 1953 ...... •.. 1585 862 I 424 + 161 1954 ...... 1453 772 1 337 + 116

PORTO CALVO - 12 Segundo o Conselho Tecnico de Economia e Finan~as, a receita total do Municipio, pa­ ra 1955, foi or~ada em 1 721 milhares de cru­ zeiros. As principals parcelas dessa receita estao assim discriminadas (dados em milha­ res de cruzeiros) .

Tributaria • ...... • • • • • • • • • • ...... • . 912

Impastos ...... • . . . 870

Predial ...... 35 Territorial urbano ...... Indlistrias e protlss6es . . . • . . . • . • . 600 Licen\)a • ...... • . • • • • • 230 Outros ...... • . •• •• . . . 5

Taxas •• • ...... 42

Expediente ...... • . • • . . . . 1 Llmpeza publica • • • • .. • • • • • . • • • • 8 Outras ...... 1 Fiscaliza\)ll.o e Servi\)OS Diversos . . 32

A despesa total or~ada para o mesmo ano foi, tambem de 1721 milhares de cruzeiros. A arrecada~ao das receitas federal, es­ tadual e municipal apresenta os seguintes da­ dos para o periodo 1950/54, segundo a mes­ ma fonte:

RECEITA ARRECADADA (Cr$ 1 000) ANOS Federal Estadual Municipal

1950 ...... 334 2 159 599 1951 ...... 254 1146 741 1952 ...... 633 2 688 1 183 1953 ...... 545 4 521 1559 1954 ...... 497 3 617 1 441

DIVERSOS ASPECTOS DA VIDA MUNICIPAL

MUNICiPIO de Porto Calvo fica situado na denominada "zona da Mata". :E banha­ do0 por varios rios, o Comandatuba, Tapamon­ de, Manguaba e outros. :t!::ste ultimo forma as quedas d'agua Duas Bocas, Piabas e. Risco. No distrito de Porto Calvo fica localizado o a~ude denominado Joao Dantas.

PORTO CALVO - 13 Do is sao os campos de pouso: um cons­ truido pelo Governo Municipal e outro d.e propriedade particular. Funciona na sede municipal uma agencla postal-telegrafica. No plano cultural, conta com 38 unida­ des escolares de ensino primario fundamen­ tal comum. Quanto a assistencla medlco-hospitalar, ha 2 medicos em exercicio e 1 hospital ge­ ral, que disp6e de 24 leitos, alem de Pes­ to de Higiene, mantido pelo Estado. Dois sao os hotels, alem de 1 pensao e 1 cinema. Ponto de atragao para o visitante da cl­ dade e a Igreja de Nossa Senhora da Apre­ sentagao, construida em 1606, por Crist6vao Lins de Vasconcelos. Festejo tradlcional: o dla de Nossa Se­ nhora da Apresentagao. Instalada na cidade encontra-se a Agen­ cia Municipal de Estatistica, 6rgao lntegran­ te do sistema estatistico brasileiro.

PORTO CALVO -- 14 I. . G. t:... -,,

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TA publica~ii.o faz parte da serie de mo­ E nografias municipais organizada pela Di­ retoria de Documenta~iio e Divulga~iio do Conselho Nacional de Estatistica. A nota intro­ dut6ria, sabre aspectos da evolu~iio hist6rica do Municipio, corresponde a uma tentativa no sentido de sintetizar, com adequada siste­ matiza~iio, elementos esparsos em diferentes documentos. Ocorrem, em alguns casos, di­ vergencias de opiniii.o, comuns em assuntos dessa natureza, niio sendo raros os equivocos e erros nas pr6prias fontes de pesquisa. Por ' isso, o CNE acolheria com o maior interesse qualquer colabora~iio, especialmente de his­ toriadores e ge6grafos, a fim de que se possa divulgm· de futuro, sem receio de controver­ sias, 0 escor~o hist6rico e geogrdfico dos mu­ nicipios brasileiros. mGE - CONSELHO NA.CIONAL DE ESTATISTICA

1 - llheus. 2 - Itabuna. 3 - Terrlt6rlo do Guapore. 4 - Territ6rlo do Rio Branco. 5 - Pelotas. 6 - Cam­ pos. 7 - Sorocaba. 8 - Nova Iguac;u. 9 - Camplnas. 10 - Camplna Grande. 11 - Marilla. 12 - Rlbeirao Preto. 13 - Botucatu. 14 - Cachoelro de Itapemlrlm. 15 - Aracaju. 16 - Bento Gonc;alves. 11 - Sao Gon­ c;alo. 18 - Alagoinhas. 19 - Mace16 . 20 - Paranagu:i. 21 - Jaguarao. 22 - Baje. 23 - Dlamantina. 24 - Vit6ria da Conquista. 25 - Itaporanga. 26 - Itajaf. 27 - Ca~apava . 28 - Petropolis. 29 - Nova Frlburgo. 30 - Pao de Ac;ucar. 31 - Lajes. 32 - Parnaiba. 33 - Passo Fundo. 34 - Murlae. 35_- Territorlo do Amapa. 36 - Piraclcaba. 37 - Jequie. 38 - Porta­ Iegre. 39 - Maracana. 40 - Montes Claros. 41 - Londrlna. 42 - . 43 - Ponta Grossa. 44 - Ba­ talha 45. - Manaus. 46 - Carolina. 47 - Aracati. 48 - Uberl.iindia. 49 - Salvador. 50 - Chapec6. 51 - Ceara-Mirim. 52 - Picos. 53 - ·Laguna. 54. - Abae­ tetuba. 55 - Sao Miguel do Tapuio. 56 - Bauru. 57 - Sao Jose do Calc;ado . 58 - Itabalana (PB). 59 - Santo Angelo. 60 - Blumenau. 61 - Anapolis. 62 - Julz de Fora. 63 - Qulpapa. 64 - Campo Grande 65 - Florlan6polls. 66 - Mutuipe. 67 - Guarapari. 68 - lpira . . 69 - Afonso Claudio. 70 - Sao Jose dos Pinhais. 71 - Camet!. 72 - Araras. 73 - Sao Bernardo do Campo. 74 - Aquldauana. 75 - Guimar~es. 76 - Lagarto. 77 - Cataliio. 78 - Colatina. - 79 - Franca. 80 - Anadia. 81 - Lorena. 82 - Uberaba. 83 - Mococa. 84 - Baturite. 85 - Pesqueira. 86 - Sao Caetano do Sui. 87 - Porto Calvo. 88 - Itabalana (SE). 89 - Alegrete. 90 - Feira de Santana. 91 - Resende. 92 - erato. 93 - Cabaceiras. 94 - Angra dos Rels. 95 - Siio Luis. 96 - Barbacena. 97 - Cachoeira. 98 - Quixada.

Acabuu-sc de imprimir no Servi am vintc e sete dias do mes de j nove- centos e cinqiienta e seis.