OS FANTASMAS DA FOTOGRAFIA E DO CINEMA PHOTOGRAPHY, CINEMA, and the GHOSTLY Processo De Revisão N

Home , Kharij, Masayuki Ochiai, Supernatural horror film, White Lady

ISSN 2183-7198 ISSN 2020 Fall/Winter Outono/Inverno

RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 1 53

José Bértolo José Medeiros Margarida (Eds.)

E DO CINEMA GHOSTLY THE AND CINEMA, PHOTOGRAPHY, OS FANTASMAS DA FOTOGRAFIA FOTOGRAFIA DA OS FANTASMAS FICHA TÉCNICA EDITORIAL INFORMATION

Revista de Comunicação Frequência Frequency e Linguagens Semestral bi-annual Journal of Communication Publicação em acesso livre and Languages Publication in open access — OS FANTASMAS DA FOTOGRAFIA E DO CINEMA PHOTOGRAPHY, CINEMA, AND THE GHOSTLY Processo de revisão N. 53 Review process Revisão cega por pares double blind peer review Direcção Editors-in-Chief ISSN Margarida Medeiros 2183-7198 ICNOVA e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade DOI Nova de Lisboa https://doi.org/10.34619/55s6-rw65 [email protected]

Teresa Mendes Flores Endereço da Redação ICNOVA e Faculdade de Ciências Journal address Sociais e Humanas da Universidade Nova Instituto de Comunicação da NOVA de Lisboa e Universidade Lusófona Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [email protected] Universidade Nova de Lisboa Avenida de Berna, 26-C | 1069-061 Lisboa E-mail: [email protected] Editores deste número URL: www.icnova.fcsh.unl.pt This issue Editors

José Bértolo Design Universidade de Lisboa, Tomás Gouveia Faculdade de Letras Centro de Estudos Comparatistas Capa Cover [email protected] Fotografia de Staveley Bulford, 1921

Margarida Medeiros Universidade Nova de Lisboa, Faculdade Revista de Comunicação e Linguagens de Ciências Sociais e Humanas. Journal of Communication and Languages Instituto de Comunicação da NOVA www.fcsh.unl.pt/rcl/index.php/rcl/index [email protected]

Edições anteriores a 2017 Last issues www.icnova.fcsh.unl.pt/revista-de- comunicacao-e-linguagens/

Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

This work is licensed under the Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License. To view a copy of this license, visit http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Ana Lúcia Mandelli de Marsillac (Federal University of Santa Catarina) — Portugal António Fernando Cascais (Universidade Nova de Lisboa, Faculty of Social and Human Sciences) — Portugal Carlos Smaniotto Costa (Lusophone University of Humanities and Technologies) — Portugal Christoph Breser (Institute of Urban and Architectural History, Graz University of Technology, Graz) — Áustria Gail Day (University of Leeds) — Reino Unido Geoffrey Batchen (University of Oxford) — Reino Unido Jeremy Stolow (University of Concordia, Montreal) — Canadá João Borges da Cunha (Lusophone University of Humanities and Technologies) — Portugal John Tagg (University of Bighampton) — EUA Jorge Ribalta (Independent researcher) — Spain José Bragança de Miranda (Universidade Nova de Lisboa, Faculty of Social and Human Sciences) — Portugal José Gomez-Isla (University of Salamanca) — Espanha José Pinheiro Neves (University of Minho, Institute of Social Sciences) — Portugal Luis Deltell Escolar (Complutense University of Madrid Michelle Henning (University of Liverpool) — Reino Unido Maria Augusta Babo (Universidade Nova de Lisboa, Faculty of Social and Human Sciences) — Portugal Maria Lucília Marcos (Universidade Nova de Lisboa, Faculty of Social and Human Sciences) — Portugal Maria Teresa Cruz (Universidade Nova de Lisboa, Faculty of Social and Human Sciences) — Portugal Michiel de Lange (Media and Cultural Studies, Utrecht University, Utrecht) — Holanda Michelle Henning (Universidade de Liverpool) — Reino Unido Philippe Dubois (Sorbonne Nouvelle University, Paris III) — França Steve Edwards (Birbeck College, University of London) — Reino Unido Teresa Castro (Sorbonne Nouvelle University, Paris III) — França Tom Gunning (University of Chicago) — EUA Ulrich Baer (New York University) — EUA Victor del Río Garcia (University of Salamanca) — Espanha

CONSELHO CONSULTIVO — N.53 ISSUE 53 — ADVISORY BOARD

Amândio Reis (CEC/Universidade de Lisboa) — Portugal André Silveira (Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Cecilia Mello (Universidade de São Paulo) — Brasil Clara Rowland (Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Daniel Ribas (Universidade Católica do Porto) — Portugal Ehler Voss (Universidade de Bremen) — Alemanha Elisabete Marques (ILCML/Universidade do Porto) — Portugal Geoffrey Batchen (Universidade de Oxford) — Reino Unido Guillaume Bourgois (Universidade de Grenoble) — França Humberto Brito (Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Jean-Pierre Montier (Universidade de Rennes) — França Jeffrey Childs (Universidade Aberta) — Portugal Jeremy Stolow (Universidade de Concordia/Montréal) — Canadá Jimmy McRoy (Universidade de Wisconsin) — EUA João Luz (Instituto Politécnico de Tomar) — Portugal Júlia Garraio (Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra) — Portugal Luis Mendonça (ICNOVA/Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Maria Irene Aparício (Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Maria Lucília Marcos (Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Michelle Henning (Universidade de Liverpool) — Reino Unido Murray Leeder (Universidade de Manitoba) — Canadá Neil Matheson (Universidade de Westminster) — Reino Unido Nélio Conceição (IFILNOVA/Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Nelson Araújo (Escola Superior Artística do Porto) — Portugal Paulo Cunha (Universidade da Beira Interior) — Portugal Raquel Schefer (CEC/Universidade de Lisboa) — Portugal Rita Novas Miranda (Universidade de Nanterre) — França Rosana Monteiro (Universidade de Goiás) — Brasil Sandra Vieira Jürgens (IHA/Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Sérgio Dias Branco (Universidade de Coimbra) — Portugal Stefanie Baumann (IFILNOVA/Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Susana Lourenço Marques (Universidade do Porto) — Portugal Susana Martins (IHA/Universidade Nova de Lisboa) — Portugal Temenuga Trifonova (Universidade de Nova Iorque) — EUA Teresa Castro (Sorbonne Nouvelle — Universidade de Paris III) — França Teresa Mendes Flores (Universidade Nova de Lisboa/Universidade Lusófona) — Portugal Victor Flores (Universidade Lusófona) — Portugal Victor Fan (King’s College) — Reino Unido

Coordenação electrónica A Revista de Comunicação e Linguagens Technical staff (ISSN: 2183-7198) está incluída nos catálogos Patrícia Contreiras LATINDEX e ProQuest / CSA (Cambridge Scientific Abstracts). ICNOVA — Instituto de Comunicação da NOVA, Portugal The Journal of Communication and Languages [email protected] (ISSN: 2183-7198) is index in LATINDEX and ProQuest/CSA (Cambridge Scientific Abstracts). ÍNDICE INDEX

José Bértolo & Margarida Medeiros 7 Os Fantasmas da Fotografia e do Cinema: uma breve introdução 15 Photography, Cinema, and the Ghostly: a short introduction

ARTIGOS ARTICLES

23 Anthony Winslow Enns Preserving the Dead: Postmortem Photographs and Funeral Practices in 19th-Century America

39 Mei Gao Between Ontology and Hauntology: Magic Realism in Contemporary Chinese Cinema

57 Murray Leeder The Scene of Haunting in Silent Adaptations of A Christmas Carol

73 Robert George White Ghosts beneath the Surface: Remnants and Revenants of Palestine in the Cinema of the Interior

93 Fernando Guerreiro “O Fantasma é o Futuro do Homem” — Da Espectralidade das Imagens no Cinema de Kiyoshi Kurosawa: Kairo (2001)

109 Dulce da Rocha Gonçalves De Geest van Maju: The Ghost Lecture in the Netherlands

132 Sara Castelo Branco A Lanterna Mágica nas Obras de Renato Ferrão e Francisco Tropa: Da Reprodução à Apresentação

150 Gianmarco Bocchi Photographic Encounters with (In)visible Mothers in Roland Barthes’ Camera Lucida, W. G. Sebald’s Austerlitz and Erri de Luca’s Non ora, Non qui

168 Benjamim Picado O Fantasma da Teoria: O que Significa “Ver-através” de Fotografias?

188 Josh Grant-Young “To Look at Oneself and All the While See Nothing”: Haunting, Testimony and Mediated Memory in I Am the Pretty Thing That Lives in the House

206 Ricardo Vieira Lisboa Bostofrio: A Recusa Fotográfica como Evocação 220 Marisa Mourinha Haunted Tapes, Killer Copies: Cinematic Ghosts in Ringu and The Ring

237 Pedro Florêncio Caindo no Real: Notas sobre Welfare, de Frederick Wiseman

254 Luciana Martinez Fantasmas à Deriva: Travessias da Escravidão rumo ao Brasil Contemporâneo

RECENSÕES BOOK REVIEWS

272 Pierre Jailloux Zernik, Clélia et Eric Zernik. 2019. L’Attrait des fantômes. Crisnée: Yellow Now.

275 Diogo Ferreira Leeder, Murray. 2017. The Modern Supernatural and the Beginnings of Cinema. London: Palgrave Macmillan.

281 Elisabete Marques Guerreiro, Fernando e José Bértolo (ed.). 2019. Morte e Espectralidade nas Artes e na Literatura. V.N. Famalicão: Húmus.

284 Madalena Miranda Peraica, Ana. 2019. The Age of Total Images: Disappearance of a Subjective Viewpoint in Post-Digital Photography. Amsterdam: Institute of Network Cultures. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 7 (numa altura em altura (numa o da NOVA o da ç do cinema possui uma matriz fotográfica. No seu célebre artigo sobre artigo sobre No célebre seu fotográfica. cinema possui do uma matriz , e o lugar que ele ocupa nesta história foi investigado e caracterizado por e caracterizado investigado foi ocupa história nesta que ele , e o lugar Menos de um ano após a primeira projecção pública de filmes dos irmãos Lumière, Lumière, dos irmãos filmes de pública projecção um ano apósde a primeira Menos do cinema,do século na história tornar-se-iarecorrente O fantasma uma figura JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA Le Grand art de la lumière et de l’ombre: archéo et l’ombre: de la lumière art de Grand no seu seminal, ensaio Le Mannoni Laurent cineasta tornado um ilusionista Méliès, 1895,em Dezembro de Georges ção, o medium ção, (2002,13)co essencial” “objectividade Bazin discute a André a “imagem fotográfica”, o cinema fotográfico essesubstrato a Contudo, fotografia. artesàs da e cinema mum do aproximando-se espectáculo que de o tempo uma ideia e o movimento, de acrescenta e a Fantasma Mágica a Lanterna tais como mais antigos, a meios e formas remonta media dos história numa determinante, assim, forma O cinema inscreve-se, de goria. assombrados antecedentes dos escavação e convincente por uma detalhada meio de cinéma, logie du 1999). cinema (Mannoni do espectrais cinematográfica), serde associadas prática à longe estavam ainda autoria de queideias meio novo neste que encontra e oníricas mágicas potencialidades as a explorar começa situações e de fantástica, povoados temática de filmes concebendo representação, de desde revela-se, fantasma o fabulosos, seres de galeria Desta sobrenaturais. criaturas du Manoir se as quais Le contam entre marcantes em obras notórias, mais uma das logo, (1897). hanté (1896)diable Château Le e Com algumas excepções que complexificam a regra, entre as quais os filmes de anima de filmes os quais as entre regra, a que complexificam excepções algumas Com [email protected] [email protected] MEDEIROS MARGARIDA Sociais encias Ci de Faculdade Lisboa, de Nova Universidade Comunica de Instituto e Humanas. JOSÉ BÉRTOLO JOSÉ Letras, de Faculdade Lisboa, de Universidade Comparatistas Estudos de Centro Os Fantasmas da Fotografia e do do e Fotografia da Fantasmas Os introdução breve uma Cinema: RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------8 , de , de . Por um um . Por , de Leslie Leslie , de , de Kenji Mizoguchi, Kenji , de e num problema e num , de Kamal Amrohi, 1949) à japo 1949) Amrohi, Kamal , de , de Victor Sjöström, 1921) Victor , de à Netflix , de David Lean, 1945), a animação David , de de Robert Siodmak (1944), no western de baixo orçamento Un Robertde orçamento Siodmak baixo de (1944), no western de Émile Cohl, 1908), o drama histórico (Ugetsu histórico o drama 1908), Cohl, Émile de , de Masaki Kobayashi, 1965). Contudo, o fantasma também 1965). assombra Contudo, o fantasma Kobayashi, Masaki , de noir , um noir , de João Moreira Salles (2007). (2007). Salles Moreira João , de Schalcken the Painter the 1982) (Schalcken autor cinema de ao Hooper, Tobe , de Kwaidan Na verdade, o cinema desenvolveu desde cedo uma associação primordial com a com uma associação cedo primordial desde cinema desenvolveu o verdade, Na Porém, à semelhança do que acontece com a fotografia, ao falarmos de fantasmas de falarmos ao a fotografia, com que do acontece à semelhança Porém, num publicou 1896, em quando, Górki Máximo conta deu espectral natureza Dessa , de Abel Gance, 1919 (Odete e 1938), Gance, o melodrama Abel , de 1953), (J’Accuse de guerra o filme vezes e outras explícita forma por de vezes outros, Rodrigues, entre 2005), Pedro João em como obras, das conceptual no horizonte residindo subtil, uma presença exercendo Phantom Lady vasta tradição literária que se edificou entre meados do séc. XIX e o primeiro quarteldo do XIX e o primeiro séc. que meados se entre edificou literária tradição vasta ins questionamento um formular para séc.espectro quee XX, do se baseou figura na no cinema não nos reportamos somente a uma figura ou a um tópico. A espectralidade espectralidade A no cinema não nos reportamostópico. ou a um somente a uma figura própria a sua com e relaciona-se temático o nível antecede representação de meio deste tema num simultaneamente, consiste, O espectro ontologia. a que curtas de irmãos Lumière dos programa um de impressões acerca jornal as suas e Méliès, Lumière entre se estabelece que habitualmente oposição operativa Na assistira. passoao que estaria o segundo realismo, do dir-se-ia lado do estariam que primeiros os - ineren espectralidade a identificou,logo, desde Górki Porém, espectralidade. da lado do “rea ou base a todo o cinema de “fotográfica” consequentemente, — e, aos primeiros te nesa ( (Blithe a comédia Spirit géneros: outros cedo desde (Fantasmagorie, documen - filmes de miríade ou numa (1947), Archainbaud George Guest , de expected (1984), Rocha Paulo , de Moraes de A Ilha significativos que constituemtais, de exemplos ou Santiago Quer humano. por conhecimento do limites e dos verdade da real, do em torno tigante do na história bem são indirecta, visíveis, quer por inspiração de via adaptação, da via Fiódor Dos Poe, Allan Edgar Dickens, Charles como autores de cinema, os fantasmas H.G. Lovecraft, H.P. James, Henry Maupassant, de Guy Rodenbach, Georges toiévski, outros. muitos entre Wells, interior o para convocando infância, sua a desde cinema o povoam fantasmas os lado, o cinema lado, Por outro da figuração. por via espectralidade da domínio o filmes dos os de arte independentemente enquanto espectral, conceptualizado repetidamente foi filmes. nos ou figurados serem, convocados ou não, fantasmas de “reino como um Lumière dos nos filmes apresentado o mundo —, ao descrever lista” que então, nas Górki, com Foi 48). (2008, vida” de mas aparência a vida, “não sombras”: de não passa no ecrã que que de tudo se aquilo vê 2013, 99) (Cholodenko o “clichê” ceu JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA Megahey, 1979), da cinematografia indiana (Mahal indiana cinematografia da 1979), Megahey, XIX aos nossosXIX faz-seum pouco dias e presença - sentir sua A por sobretu o mundo. todo período do mudo (Körkarlen horror, de no cinema do , de Osgood Perkins, 2016), Perkins, Osgood mainstream, de do House the in Lives That Thing Pretty the (I Am (Poltergeist RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------9 (2010), de de (2010), ) do cinema.) do Ainda no âmbito das das no âmbito Ainda , onde propõem,, onde a partir de , intitulada justamente “Le cinéma et justamente “Le cinéma et , intitulada - Spi Victorian Entertainments: Supernatural dedicada aos media dedicada . “The Ghost in the Machine: Spectral Media” é justamente a é justamente Media” Spectral . “The in the Machine: Ghost , Canary the and Cat The tão distintas como obras sobre textos , e que coligiu Tendo em conta a sua natureza, até certo ponto, comum, a fotografia e o cinema certo ponto, comum, a fotografia até natureza, a sua em conta Tendo Mas que características ou qualidades próprias do cinema nos têm permitido permitido nos têm cinema do próprias ou qualidades que características Mas Nas últimas décadas, assistiu-se à emergência do “spectral turn” (descrito e ques e (descrito turn” “spectral do assistiu-se emergência à últimas décadas, Nas Depois de Górki, e até aos dias de hoje, a metáfora do fantasma ressurgiria com com ressurgiria fantasma do a metáfora hoje, dias de aos e até Depois Górki, de JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA - seu do desaparecimen além para muito imagem, sob de a forma os vivos nência entre num falando, artes modo, as duas posicionam-se,bio-físico. Deste esteticamente to e morte. as noções vida entre de ligação de privilegiado plano possuem a faculdade de possibilitar a todos os seres a sua preservação, a sua perma a sua preservação, a sua possibilitar os seres a todos de possuem a faculdade (re)conceptualizá-lo enquanto arte enquanto espectral? (re)conceptualizá-lo um ensaio de Tom Gunning, que o cinema reflecte sobre “a sua própria história — uma — história sua própria “a sobre Gunning, que reflecte o cinema Tom de um ensaio e o invisível” visível o ambígua entre dialéctica da persistência e da visão da história em recentes, anos em Também (2013,202). - a cor (2016) investiga , Simone Natale Culture Media Modern of Rise the and ritualism de dimensões nas suas produto espectáculo e de de espiritismo, oitocentista do rente cinema. do Em informa surgimento o universo este como e o modo decisivo consumo, enquadra Leeder (2017) , Murray Cinema of Beginnings the and Supernatural Modern The que engloba, também, história o cinema numa à partida fenómenos alheios tais como, também E foi Leeder quem, em 2015, havia e os raios-x. o mesmerismo por exemplo, em aos fantasmas dedicada exclusivamente ensaios de colecção a primeira organizado the to Cinema Silent from Spectrality and Haunting Ghosts: Cinematic cinema, intitulada Digital Era Passadas Vidas Suas das seque Lembra Boonmee e O Tio Leni (1927) Paul de Weerasethakul. Apichatpong aparições, fantasmas, sombras, espectros. E este é um “clichê” que foi, na verdade, perse que foi, na verdade, é um “clichê” E este espectros. sombras, fantasmas, aparições, guido com uma seriedade e um comprometimento intelectual assinaláveis por diversos assinaláveis intelectual comprometimento e um seriedade uma com guido (ibid. a “ur-figura” como o fantasma que reconheceram pensadores reconhece Balázs Béla de 20, década na o cinema. Ainda sobre em reflexões frequência o e o demoníaco o fantasmagórico, que expresse oral ou escrita literatura há que“não entrevis na marcante Já 59). (2010, o cinema” quanto tão adequadamente sobrenatural Cinéma du aos Cahiers ta que concedeu em 2001 imagem a que atravessa espectral a “estrutura sublinha Derrida Jacques ses fantômes”, queescreveu — Morin como Edgar e Derrida, pensadores (2001, 77). cinematográfica” desempenha, e eflorescência, sim, não é uma mera um pa que cinema, “no o fantasma assim, que singular —, defendem, o cinema é, na sua (1956, 59) e estrutural” pel genético uma arteespectral. ontológica, indefinição o cinema foi qual do 21 no âmbito e seguintes), Leeder em 2017, portionado Murray uma his de e abrangente mais amplo ângulos no quadro a partirobservado novos de media dos tória espectrais apresentação de texto usam no e Esther Peeren Blanco Pilar del que María formulação Reader Spectralities parteseu da The do RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 10 . Na entrevista antes mencionada, mencionada, antes entrevista . Na um filme ver (2001, 77) atendendo à sua polissemia, à sua termo já que este atendendo (2001, 77) . Por detrás da sua fotografia intitulada “Auto-retrato afogado” afogado” “Auto-retrato intitulada fotografia sua da detrás . Por post mortem A ideia (e prática) da fotografia como registo de espectros vai tão longe quanto quanto longe vai tão espectros de registo como fotografia da prática) (e A ideia É ao aprofundar esta visão de conjunto que constatamos, então, que a relação da da que então, a relação que constatamos, conjunto de visão esta É ao aprofundar - ao eviden espectro de o conceito resumidamente Assim, podemos circunscrever JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA 1840, quando Hippolyte Bayard, frustrado pelo facto de Daguerre ter sido ouvido en- ouvido sido ter Daguerre de facto pelo frustrado Hippolyte1840, Bayard, quando su- auto-retrato faz um menosprezado, era ele enquanto fotografia, da inventor quanto postamente se desgraçado’ ‘o por que, desespero, contando Hippolyte jaz Bayard…”, “Aqui escrevia: que as pessoas a cheirar estar se porque já devia afastassem e sugerindo tinha afogado de Ed- texto do contemporânea mundo’, do outro ‘já pois,mal… Esta é, uma fotografia (1844), um episódio narra passado o autor no qual Revelation” “Mesmeric Poe Allan gar ‘outro morto, ou fisicamente depoisjá seja,de do falado que teria moribundo um com fotografia com uma dimensão espectral acontece desde o início da sua invenção, tal invenção, sua da início o desde acontece espectral dimensão uma com fotografia que quer figura como dispositivo, do a ontologia no cinema,como quer atravessando muito formas e sob história sua da momentos diversos em fotográfica prática a invade arte da ou da religião, mágica, da crença da no contexto surge consoante diferentes, filosófica.especulação características que o cinema herda da fotografia, destaca-se o seu carácter de “pseudo carácter o destaca-se seu fotografia, da que herda o cinema características instigante e adequada especialmente possibilita abordagem uma ele como forma a ciar os seus o cinema desde - primór povoa só o espectro Não estudos fílmicos. dos no âmbito dos limiares: ser de uma figura fundamental a característica partilhadios, como ele com e material do presente, e do passado do inanimado, e do morte, animado do e da vida da visão. e da invisível pertencendo do aos domínios em simultâneo intangível, do -presença” (Sontag 2005, 12), que o materializa como duplo de um original perdido. Ou perdido. um original de duplo como (Sontag 12), que 2005, o materializa -presença” do e ícone do âmbito no trabalhando que, seja, representação é um meio de o cinema paroxísticos e descoincidências diferimentos inscrevendo simultaneamente, e, índice, débito de relação numa se desenvolve espacial, nível a quanto temporal a nível tanto e da fenomenologia da e na esfera lugar, Em terceiro aos seus referentes. inescapável — distanciando-se o cinema de facto o funda ressalve-se imagens, das materialidade de projecção. situação na existir efectivamente — a só passar fotografia da mentalmente tempode em espaço o cumpre-se o cinema durante fotografia, da Ou seja, ao contrário que formas podem E, assim ser vistas, mas não tacteadas. tela que numa a luz imprime à mate também cinema torna-se do análoga e elusiva precária sendo, a materialidade - destacar deve aspecto, consequência fim,terceiro como do e Por espectro. do rialidade de acto ao inerente -sea espectralidade E “ser e nos atinge. no espaço — refracta luz e cuja — a luz que feitos no ecrã, de são dos “ser assombrado”. de significados aliás, um dos é, coberto sombras” de Derrida usa a palavra séance usa a palavra Derrida como “participar pode tanto de uma a um filme” significar “ir ao cinema assistir francês do — pon- de cinema implica sala numa filme a um assistir Com efeito, sessão espírita”. projecta fantasmas pelos — ser assombrado mas também material vista psíquico, de to RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------11 , que definiria a , que definiria garante a realidade do representado: os conhecidos os conhecidos representado: do a realidade garante

que , de que falou Freud, independentemente do conteúdo real real conteúdo do independentemente Freud, que de falou no sentido de “porque esta palavra conserva, na sua raiz, uma conserva, raiz, na sua palavra no sentido “porque esta de espectro , Barthes fala-nos da dimensão de “espectro” “espectro” de dimensão da , Barthes fala-nos Claire Chambre La de no início Logo tambémtermos figura em na fotografia fantasmas dos uma história há toda Mas Ma Photography, Spirit Manifestations: Modern and Images artigo “Phantom No Diferentemente do cinema, que se relaciona teoricamente com o espectral a partir o espectral com teoricamente cinema, do que se relaciona Diferentemente : e o spectrum JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA mundo’. Balzac foi também uma das figuras célebres que desconfiava dos ocul que- poderes desconfiava célebres figuras também foi das uma Balzac mundo’. várias compostode que o era humano ser considerando fotografia, ) da ocultistas (ou tos cama parte uma dessas disparo, cada em extrairia, e a fotografia espectros, de camadas , o specta o operator fotográfica: da operação vectores apontaquando três fotografia, da das (Nadar 1899, 14). 1899, (Nadar das tor - binómio vida/mor o convoca a fotografia “sombras”, das movimento e do projecção da a quefotografia a afirmar na Kracauer tempo, o que do levou a partirte paralisação da de “como se camada uma sob sob fotografia a sua uma pessoa de enterrada está história foto paralisação pela proposta realidade da A duplicação 207). 1927, (Kracauer neve” o Unheimlich convoca gráfica Philippe Duboisde uma tanatografia (1984) mesmo fotografia. fala da espécie uma seria com a morte; fotografia a fotografia intrínseca e essencial da relação estase, em o movimento de transformar que tudomáquina petrifica, uma Medusa de em imobilização. mortos, dos ocupa específico: um período revisitação o muito da prova Enquanto tivos. Unidos nos Estados sobretudo espiritismo pelo dominado fase, período, primeira numa 1863 entre o qual, e 1880, durante o que se se produziram e em Inglaterra, América da et altri, 2005;(Chéroux fantasmas de ou espírita fotografia de chamar convencionou (Hippolyte auras e fluidos por de teorias dominada fase, segunda Numa 1997). Fischer abstracta torna-se a representação outros), entre Ochorowicz, e David, Luys Baraduc, imagens como teorias dessas função em interpretada sendo figurativa, sóe vagamente fotográ placas nas inscrito directamente sujeito, do interior mundo do representativas - carác de toda uma produção também época nessa desenvolve se Paralelamente, ficas. de entretenimento forma enquanto ‘fantasmas’ de jocoso,ter que aposta na fotografia em 1856, no seu Brewster, já por no século David XIX e preconizadas (ainda e diversão de literatura, na também como acontece história), a sua e o estereoscópio sobre livro Canterville Ghost Importa The que a rela Wilde. Oscar de que realçar é exemplo (1887), apodíctico de carácter o ser facto no reside ‘espíritos’ com os fotografia da produtiva ção documental desta, o seu valor questãode notar o faziam ‘fluidos’ e de ‘imagens espíritas’ que realizaram fotógrafos , ou seja, uma remetendo-as para prova de mas simplesmente não estético’, seu ‘carácter a indexicalidade. fotografia: da fundamental característica uma estabelece Gunning Tom Uncanny”, Films, and Photography’s Trick Theater, gic relação com o espectáculo”, mas também porque toda a fotografia é uma espécie “de “de espécie é uma mas também a fotografia porque toda o espectáculo”, com relação (Barthes 1980, 22-23). morto” do regresso RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------12 . Mais tarde, a partir dos tarde, . Mais na imagem fixa — para sugerir di- sugerir para — fixa imagem na reúne textos de natureza marcada natureza de textos reúne . , ou sugestivos de outras realidades menos sensí- realidades outras de , ou sugestivos fantasmagóricos os efeitos Mas fotogra da espectralidade da a questão ontológica toda digital, do Com o advento o presente fundo, pano de como questões e problemas de leque este Mantendo JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA - espectácu os Méliès, de truques fantasmas e de cinema o mágicos entre estreita ligação dos espírita por Robert França em introduzidos e a fotografia Houdin branca magia de los é essesimultâneo poder em apodíctico fotografia, da autor, este séc.anos 60 do XIX. Para imagens de produção de a possibilidade tanto que assegura duplo, de o seu carácter com se por um Porque, assombração. enquanto recepção a sua como credíveis fantasmagóricas e evidência, de por outro positividade como instrumento recebida foi a fotografia lado minar a identida que parecia e inquietante, estranho fenómeno como experienciada “foi - menos directamen direcções, outras tomar de nunca deixaram não na fotografia, veis ocultistas pensamento: a sistemas ou de no surrealismo, religiosas crenças a ligadas te que desfocado, o retrato, ou com Ray, Man de e "rayogramas" as "solarizações" com de fotografias das e estética cultural na recepção Casati; de Marquesa produziu da este “fotodinâmicas” fotografias nas séculodo XX; décadas as primeiras durante raios-x, es movimento o quais nas 1910, anos nos feitas Bragaglia, Giulio Antonio futurista do Revista da de Comunicaçãonúmero e Linguagens de única dos objectos, criando um mundo paralelo de duplos fantasmagóricos a par com fantasmagóricos duplos de paralelo mundo um criando objectos, dos única de 1995,(Gunning 18). positivismo” pelo sentidos verificado dos concreto o mundo assombrados efeitos e cria arrastamentos provoca troboscópico Sigmar Polke, Meatyard, Ralph Eugene Woodman, artistasanos 1960, Francesca como produzindo, — também a fotografia usaram Blume, Anna e Bernhard Castro, Lourdes total ou parcial desfocagem de efeitos outros, entre incertezae numa introduzir ‘desordem’ para ou palpáveis, mensõesdirectamente não duvidosa. que consideravam racionalidade apocalípticas as ameaças lado, Por um do dia. estar na ordem a voltou do cinema fia e re a uma intensa levaram e ‘morte fotografia’ da supostas ‘morte das cinema’ do acerca já por um nostálgico; pendor marcada essa reflexão suas propriedades, as sobre flexão a partir projectadas imagens, das desmaterializada a aparência porque por dada outro, — sem- computador suporte num celu do ou guardadas electrónico, um dispositivo de tempo ao mesmo computador, de uma tecla por de acção a desaparecer sujeitas lóide, fantas dimensão essa adquirem fotografias e filmes —, frágeis mais e duradoras mais tactilmente. palpáveis mas não são corpo, e não têm têm existem magórica: aporias de que todo um conjunto de conta dar de o objectivo com heterogénea, mente fantasma. e espectro de com as ideias relação em o cinema e a fotografia colocam e pendor de mais analítico, vezes e outras por mais históricas vezes Com abordagens cinematográficos, fotográficos, — objectos de centrando-se diversificada rede numa a dis para substancialmente contribuir visam reunidos aqui —, os ensaios e outros do fantasma no âmbito pensamento do potência reflexiva da cussão em curso acerca media e os as artessobre (audio)visuais RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 13 . Haunting and Spectrality Spectrality and , Haunting , 566 (April), 74-85. , 566 (April), . New York, London, New Delhi, Sydney: Bloomsbury. Delhi, London, New York, . New . Pennsylvania: Pennsylvania State University Press. University State Pennsylvania . Pennsylvania: . New York, London, New Delhi, Sydney: Bloomsbury. Delhi, London, New York, . New Les Éditions de Minuit.Les Éditions de Cotovia. Lisboa: 13-20. por Dias, Inês Culture Theory Cultural Contemporary Rodney Livingstone. New York and Oxford: Berghahn Books. Berghahn and Oxford: York New Rodney Livingstone. Seuil. Gallimard/ 9-17. Cerf. LesÉditions du Murray. . London: John Education to and Arts Useful and Fine of Art. Museum Metropolitan 99-113. https://doi.org/10.5130/csr.v10i2.3474. Cinéma du Cahiers Therry Jousse), Cantz. Ostfildern-Ruit: 48-52. Moure, and José Banda Flammarion. Daniel by edited Paris: Ghosts In Cinematic Uncanny”. Films, and Photography’s Trick Theater, Academic. 17-38. Bloomsbury Leeder, Murray by edited Era, Digital the to Cinema Silent from http://dx.doi.org/10.5040/9781501304729.ch-002. 203-218. Documenta. Conceição, Lisboa: por Nélio tradução Medeiros, Margarida Macmillan. Era JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA . Paris: Nathan. . Paris: cinéma du archéologie et l’ombre: de la lumière art de Grand Laurent. 1999. Le Mannoni, . Paris: d’anthropologie Essai imaginaire. ou l’Homme Cinéma 1956. Le Edgar. Morin, , tradução Fotógrafo eu Era In Quando e o daguerreótipo”. “Balzac 1899 2017. Félix. Nadar, Media Modern of Rise the and Spiritualism Victorian Entertainments: Supernatural 2016. Simone. Natale, in Haunting and Ghosts Reader: Spectralities 2013. The eds. e Esther Peeren, Maria Blanco, Pilar del Books. Rosetta York: New , 1-19. In On Photography Cave”. Sontag, Susan. “In Plato’s 2005. — Bibliografia by of Film. The Spirit Translated and Man Visible Theory: Film Early 2010. Béla. Balázs, Cinéma/ du Cahiers . Paris: sur la photographie Note Claire. Chambre La 1980. Barthes, Roland. Paris: cinéma? que le Qu’est-ce photographique”. l’image de 2002. “Ontologie Bazin, André. the to Application Its with Construction, and Theory, History, Its Stereoscope: 1856. The David. Brewster, The York: . New occult the and Photography Medium: Perfect The 2005. altri. et Chéroux, Clément 2: nr. Studies 10, Cultural Review 2013. Alan. “The crypt,Cholodenko, housethe haunted of cinema”. of interview Baecque’s de (Antoine ses Le fantômes” cinéma et 2001. “Derrida: Jacques. Derrida, 1895-1920, art, d’un naissance [1896]. cinéma: In Le ombres…” des royaume “Au 2008. Maxime. Gorki, Magic Photography, Spirit Manifestations: and Modern 1995. Images “Phantom Gunning, Tom. by edited a Fotografia, sobre Ensaios In Fotogramas. “Fotografia”. 2016. 1927. Siegfried. Kracauer, . London: Palgrave Cinema of Beginnings the and Supernatural Modern The 2017. Murray. Leeder, Digital the to Cinema Silent from Spectrality and Haunting Ghosts: ed. 2015. Cinematic Murray, Leeder, Tradução por Edmundo Cordeiro. Lisboa: Vega. Lisboa: por Cordeiro. Edmundo Tradução Fotográfico. 1982.Dubois, Philippe. O Acto Unsichtbaren des Fotografie der Phantome. Im Reich Loers, 1997. eds. A.& V. Andreas Fischer, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 14 (2010), (2010), Fotografia Fotografia (2000), MARGARIDA MEDEIROS MARGARIDA — biográfica Nota FCSH, doutorada NOVA da Auxiliar Professora e investigadora Comunicação da em Ciências NOVA. da Comunicação de Instituto do — Narcisismo e Fotografia livros dos É autora Contemporâneo o Auto-Retrato — História Uma dee Fantasmas Verdade . Ficção de uma — Fotografia Imagem A Última — ensaios Fotogramas a colectânea Organizou (2016) e co-editou e editou a Fotografia sobre Augusto os quais entre livros, outros vários (2014)., 1896 Lecciona — Fotoradiografias Bobone Comunicação no departamento Ciências da de Fotografia Visual e de Cultura da na área e Cinema. — iD ORCID 0000-0002-0765-6892 — CV 181D-95F0-1EF6 — address Institutional Ciencias Sociais de e Humanas Faculdade Lisboa. de Nova Universidade Berna, 26-C | 1069-061Avenidade Lisboa. https://doi.org/10.34619/kmyn-g317 — DOI BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA JOSÉ BÉRTOLO JOSÉ — biográfica Nota e investigador (2019) ULisboa pela Doutorado da EstudosComparatistas de Centro do Publicou Lisboa. de Letras de Faculdade Fantasmas Os Fuga: em Imagens os volumes (2016), Sobreimpressões: Truffaut François de Cinema: do Espectros e (2019) Filmes de Leituras Rodrigues Pedro e João Oliveira de Manoel e e co-organizou,(2020), Morte outros, entre (2019). e na Literatura Artes nas Espectralidade — iD ORCID 0000-0003-0445-0909 — CV F11D-6FEF-C30C — address Institutional Faculdade Estudos Comparatistas, de Centro Universidade da Alameda Letras, de 1600 — 214 Portugal. Lisboa RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

, - - th 15 (Poltergeist Le Grand art de la art de Grand Le o da NOVA o da ç I Am the Pretty Thing Thing Pretty the 1921) Victor Sjöström, , by (I Am Netflix to and the place it occupies in this history was was history this in occupies it place the and media, haunted Less than a year after the first public film screening by the Lumière brothers, in De brothers, Lumière by the film public screening after the first Less than a year of cinema, the in the history from 19 figure become a recurring The ghost would century to today and across the globe. Its presence is felt mainly in the horror film genre, genre, film horror the in mainly felt is presence Its globe. the across and today to century (Körkarlen era the silent from 2016), cinema Perkins, mainstream Osgood , by from House the in Lives That JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA ma falls within a history of history a within falls ma his seminalin book, discussedand Mannoni Laurent by researched - and convinc out a detailed he carries where cinéma, du archéologie et l’ombre: de lumière 1999). (Mannoni antecedents spectral of cinema’s ing excavation when a time (at became a film director who an illusionist Méliès, cember 1895, Georges explore to begins being from associated film practice), to still far were of authorship ideas di- representation, mode new this in of finds he potential that oneiric and magical the From situations. and creatures supernatural by inhabited are that films fantasy recting appearing the ghost is one of the most notorious, in such beings, of fabulous this gallery (1897). hanté (1896) Château diable and Le du Manoir as Le works remarkable As a medium, cinema possesses a photographic nature. In his important article on the nature. As a medium, cinema possesses a photographic objectivity” discusses Bazin (2002, the “essential André 13) image”, “photographic and movement time adds cinema However, both by cinema and photography. shared back dates that of spectacle an idea to it closer moving substrate, photographic that to Thus, cine Phantasmagoria. and Lantern as the Magic such media and forms, older to [email protected] [email protected] MEDEIROS MARGARIDA Sociais encias Ci de Faculdade Lisboa, de Nova Universidade Comunica de Instituto e Humanas. JOSÉ BÉRTOLO JOSÉ Letras, de Faculdade Lisboa, de Universidade Comparatistas Estudos de Centro Photography, Cinema, and the the and Cinema, Photography, introduction a short Ghostly: RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 16 , by , by - centu th , by Leslie Megahey, Megahey, Leslie by , .). , by João Pedro Rodrigues, Pedro João , by , by Kenji Mizoguchi, 1953), Kenji , by film war century and the first quarter first the and 20 the of century , by David Lean, 1945), (Fantasmago animation David , by th , by Kamal Amrohi, 1949) to Japanese cinematography cinematography Japanese to 1949) Amrohi, Kamal , by Schalcken the Painter the (Schalcken d’auteur film , a film noir by Robert Siodmak (1944), the low-budget western Unexpectwestern Robert by , a film noir Siodmak (1944),low-budget the , by Masaki Kobayashi, 1965). But ghosts also haunted, and still haunt,1965). also ghosts haunted, other But Kobayashi, Masaki , by In fact, cinema quickly developed an association with the vast literary tradition tradition literary an associationwith the vast developed cinema quickly In fact, After Gorky and to this day, the metaphor of the ghost would resurface frequently frequently resurface of would the ghost the metaphor this day, and to After Gorky Maxim Gorky realized that spectral nature when, in 1896, he published his im- he published when, in 1896, nature spectral that realized Gorky Maxim However, and similarly to what happens in photography, when we speak ofspeak ghosts we when happens photography, in what to similarly and However, by Émile Cohl, 1908), historical drama (Ugetsu drama historical 1908), Cohl, Émile by that was shaped between the mid-19the shaped between was that rie, 1919Odete ( 1938), Gance, and melodrama Abel , by (J’Accuse and on other occasions explicit ghost has been the times rather At among others. 2005), horizon ofas in the films, hiding in the conceptual presence, a subtle it has exercised Phantom Lady ofwhich documentary films, of or in a myriad (1947), Archainbaud Guest George , by ed (1984), Rocha Paulo or Santiago, by Moraes de A Ilha include examples some notable (2007). Salles Moreira João in reflections on cinema. In the 1920s, Béla Balázs argues that “there is no written or is no written that “there argues on cinema.Balázs In the in reflections 1920s, Béla JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA by Tobe Hooper, 1982) to Hooper, Tobe by 1979), and from Indian (Mahal Indian and from 1979), (Kwaidan (Blithe as: comedy such Spirit genres pressions in a newspaper regarding a presentation of short films he had watched by the by of short watched presentation a had he films regarding newspaper a in pressions the between opposition is usually established that In the operative brothers. Lumière be of would realism, the former on the side that say would one Méliès, and Lumières spec the - identified Gorky However, be of spectrality. would on the side latter the while - all of to cinema with a “photograph — and, consequently, the former to inherent trality seen in the the world of shadows” base as a “kingdom describing —, by ic” or “realist” Gorky 48). (2008, of life” but the appearance “not life, Lumières: by the films directed see on screen we that everything in which 2013, 99) (Cholodenko the “cliché” invented was, that this is a “cliché” And spectres. ghosts, shadows, is nothing but apparitions, by commitment several intellectual with seriousness pursued and a significant in fact, (ibid “ur figure” the ghost as cinema’s recognized that scholars in cinema we are not only referring to a figure or a topic. The spectrality of this form of of this spectrality The topic. or a a figure to not only referring are we in cinema ontology. its own to is related and level thematic the precedes representation (artistic) ghosts inhabit On the one hand, problem. is bothThe spectre and a theoretical a theme through domain spectrality the films the of into summoning days, its early cinema since conceptualized as a was insistently cinema But then again, representation. figurative in films. or figured art, summoned spectral were or not ghosts of independently whether ry, and that made use of the spectre to question reality, truth and the limits of human oflimits the and truth human use made reality, question to of that and spectre the ry, the ghosts of authors inspiration, or indirect adaptation through Whether knowledge. Rodenbach, Georges Dostoevsky, Fyodor Poe, Allan Edgar Dickens, as Charles such others, among many Wells, Lovecraft, H.G. H.P. James, Henry Maupassant, de Guy of cinema. the history haunt RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , ------17 , in its . Based Victori

Haunting and Spectrality from Silent Cinema Cinema Silent from Spectrality and Haunting

. “The Ghost in the Machine: Spectral Media” Media” Spectral . “The in the Machine: Ghost , Canary the and Cat as The works different on such texts and collecting In recent decades, we have witnessed the emergence of the “spectral turn” (de turn” of the “spectral witnessed emergence the have we decades, In recent Taking into account their nature, which to some extent is common, photography is common, some photography to extent which their nature, account into Taking - to (re)conceptu us specificto cinema allow or qualities characteristics which But JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA oral literature that expresses the ghostly, the demonic or the supernatural as adequately as adequately the supernatural or the demonic ghostly, the expresses that literature oral Cinéma du Cahiers important In the to in 2001 given 59). interview (2010, as cinema” and fittingly titled “Le cinéma et ses fantômes”, Jacques Derrida stresses the “spectral “spectral the stresses Derrida Jacques fantômes”, et “Le titled and fittingly ses cinéma (77). thinkers and Derrida, image” cinematographic the passes through that structure “in efflores that cinema, not a simple the ghost is wrote — who Morin as Edgar such is cinema that —, defend (1956, 59) role” and structural a genetic plays It cence. art. a spectral vagueness, ontological singular has cinema con- been which in 21ff.), Leeder 2017, in Murray by scribedchallenged and comprehensive and more in a broader and contextualized angles new under sidered of of spectral the history framework media Reader Spectralities in their The media to of the sectionductory text dedicated — a history on very Gunning, they propose cinema reflects “its that Tom by on an essay and of the ambiguous the visible between of and the persistence dialectic history vision Entertainments: in Supernatural years, Also in recent (2013, 202). the invisible” is the exact formulation used by María Pilar del Blanco and Esther Peeren in the intro Peeren and Esther Blanco del Pilar used María by formulation exact is the and cinema possess the capacity to enable all beings to be preserved, to stay among the stay to be to preserved, all beings and cinema possess enable to the capacity Thus, the two disappearance. their physical beyond far of living in the form an image, artsStill point the within speaking, death. and of meeting a connect, life at aesthetically its “pseudo-pres photography, from cinema inherits that scope of the characteristics alize it as spectral art?alize it as spectral , Simone Natale (2016) researches , Simone Natale Culture Media Modern of Rise the and Spiritualism an product, also a consumer and ana while spectacle as a spiritualism, century nineteenth Supernat Modern of cinema. In The the emergence to contribution its decisive lysing cinema within a histo places Leeder (2017) , Murray Cinema of Beginnings the and ural was It and x-rays. as mesmerism such phenomena also encompasses unrelated ry that dedicated exclusively essays of collection first the in 2015,also organised Leeder who, Ghosts: ghosts in cinema,to Cinematic titled Digital Era to the pong Weerasethakul. and in the Thirdly, original. of a lost it as a double (Sontag 12) 2005, materializes ence” cin- it should be that stressed of images, the materiality and ofphenomenology sphere it is pro when existence into — only comes photography ema — distancing itself from the period cinema is fulfilledover of time in photography, unlike say, is to That jected. the Therefore, be tangible. not seen may are but that forms screen a on prints light which the materiality to of cinema also becomes analogous materiality and elusive precarious aspect, and as a consequence of the third it is worth highlighting Finally, of the spectre. (2010), by Apichat by (2010), Lives Past His Recall Can Who Boonmee and Uncle Leni (1927) Paul by RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 18 ) powers of pho ) powers “because this word conserves, in its root, “because conserves, a this word (session) (2001, 77) given its polysemy, as the its polysemy, given 77) (2001, (session) spectre - projec the through ghostly the with connected theoretically is cinema, which Unlike , Barthes speaks of photography’s spec - , Barthes speaks of photography’s Claire Chambre beginning of La the very At It is by enhancing this overall vision that we ascertain that the relationship be ascertainwe the relationship that that vision enhancing this overall is by It Thus, we can briefly circumscribe the concept of spectre by emphasising the way way the emphasising by spectre concept of circumscribe the briefly can Thus, we back as far goes of spectres as the recording of photography practice) (and The idea : the spectrum and , the spectator tion and movement of “shadows”, photography summons the life/death binomial through binomial through the life/death summons photography of “shadows”, tion and movement relationship with performance”, but also because all photography allows for the “return the “return for allows also but because all photography performance”, with relationship (Barthes 1980. 22-23).of the dead” - the oper operation: of the photographic vectors he points three to when dimension tral ator tography. The French author thought that the human being composed the human was of that thought several author The French tography. shot,- one of with each those extract, lay would photography and that of spectres, layers 14). 1899, (Nadar ers JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA the spectrality that is inherent to the act of the act seeing to mentioned a film. inherent is previously In the that spectrality the séance uses the word Derrida interview, within the scope approach and instigating a particularly appropriate it enables in which very beginning, its but it since cinema spectre inhabit does Not only the of film studies. life of: at the threshold of being a figure characteristic with it a fundamental also shares and the past and the present, material the and the inanimate, the animate and death, and the invisible. of the domains vision to simultaneously belonging the intangible, had been- con Daguerre that with the fact frustrated as 1840, Hippolyte Bayard, when . post mortem is allegedly that a self-portrait takes of photography, the inventor sidered Hippolyte lies “Here he wrote: self-portrait” “Drowned titled of his photo On the back that and suggesting out of despair, drowned had ‘the disgraced’ that stating Bayard...”, a pho This is therefore be because decaying.... aside should already people step he term in French has a dual meaning, “going to the cinema to see a film” as well as “par- well as see to the cinema film” a to meaning, dual a has “going in French term a — from the cinema implies at seeing Indeed, a film session”. in a spiritualist ticipating point the ghosts projected by being of — view also but haunted material psychological and in space of made — refracts they are on the screen, light — the light that and whose of is actually one the meanings in shadows” us. “being Furthermore, covered reaches of “being haunted”. cinema, like is much It its beginnings. since occurs and spectrality photography tween photo the invades that or as a figure of the device, the ontology through going whether dependforms, - different moments of and in very its history in diverse practice graphic art religion, in magic, belief philo or of one’s context within the emerges it on how ing sophical speculation. Revelation” “Mesmeric Poe’s Allan Edgar to contemporary the other world’, ‘from to episodethat an man dying a with past the from (1844),narrates author the which in Balzac world’. ‘another from in other words, dead, after beinghad spoken physically (or occultistsuspiciouswas of the occult that figure another famous was RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , ------19 . Given . Given (1887) being (1887) an example. century and already advocated by David David by advocated and already century th - character a fundamental them to referring , i.e. value, that guarantees the reality of the represented: the well-known photogra the well-known of the represented: the reality guarantees that value, In the article “Phantom Images and Modern Manifestations: Spirit Photogra Spirit Manifestations: and Modern Images In the article “Phantom less are that realities of other or those effects, suggestive phantasmagoric the But It is important to emphasise that the productive relationship of the photograph of the photograph is important relationship It the productive that emphasise to But there is a whole history of ghosts in photography in figurative terms as well. well. as terms in figurative of in photography history ghosts is a whole there But sensitive in photography, have never ceased in taking other directions that are less di- less are that ceased in taking other directions never have in photography, sensitive with of in surrealism, thought: beliefs or occult systems religious to connected rectly mental “non-aesthetic their on highlighting insisted images and ‘fluid’ ‘spirit’ made that phers seeing as proof them simply character”, indexicality. istic of photography: estab Gunning Tom Uncanny”, Films, and Photography’s Trick Theater, Magic phy, and ghosts, the cinema of magic tricks Méliès’s between connection a close lishes Robert by pho and spirit Houdin magic introduced in France performances of white is the apodictic that of strength the 1860s. from this author, to According tography both the possibility of ensures the which character its double alongside photography, as haunting and their reception images phantasmagoric production of credible also was it ofinstrument an as positivity evidence, and received was photography that uniquethe seemed identities undermine to phenomenon, which one uncanny “an the concrete alongside doubles of phantasmatic world a parallel of creating objects, (Gunning 1995, 18). by of positivism” senses as verified world with the ‘spirits’ resides in the fact that it is the apodictic nature of the former, its docu it is the apodictic of the former, that nature in the fact resides with the ‘spirits’ JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA a standstill of time, which led Kracauer to affirm that in photography a person’s history history is a person’s photography in that affirm to Kracauer led which of time, a standstill The 207). of 1927, snow” (Kracauer a layer if under “as photograph his/her under buried Unheimlich Freud’s echoes standstill proposed the photographic by of reality duplication phase, specificat an initial period: a very occupies of the dead of the revisiting Evidence and in Eng of America States mainly in the United spiritism by it is a period dominated independently of the actual contents of the photograph. Philippe Dubois (1984) of the photograph. ofindependently the actual contents speaks of pho between relationship essential and the intrinsic define would , which thanatography everything, petrifies that be would a kind of Medusa the photograph and death; tography immobilization. stasis, into movement transforms that a machine spirit called 1863 between has beenland, conventionally what and 1880. This is when of- flu theories by dominated a second phase, produced. At was or ghost photography photo others), among Ochorowicz, and David, Luys (Hippolyte Baraduc, and auras ids the images and figurative, only vaguely and abstract becomes representation graphic in- is ‘directly’ which world, interior of the subject’s the depiction as understood are period, ap playful that a more and during Furthermore, plates. scribed in photographic of as a form of ‘ghosts’ focused It on the photography the ghostly emerged. to proach and entertainment in the 19 (still recreation Brewster, in 1856, in his book about the history of the stereoscope), which was also the was 1856, in which in his book of stereoscope), about the history the Brewster, Canterville Ghost The Wilde’s Oscar case in literature, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 20 century; in the “photodynamic” photographs of- Futur century; in the “photodynamic” photographs th effects. Later, from 1960 onwards, artists such as Francesca artists Francesca as such 1960 from onwards, Later, effects. haunting With the advent of the digital, the ontological question of spectrality in photogra ofquestion spectrality of ontological the digital, the Withadvent the issue this new of the as a backdrop, of questions and problems With this range gathers a set of articles ofofa set heteroge a highly articles gathers Languages and Communication of Journal Woodman, Ralph Eugene Meatyard, Sigmar Polke, Lourdes Castro, Anna and Bernhard Anna and Bernhard Castro, Lourdes Polke, Sigmar Meatyard, Ralph Eugene Woodman, producing, — partialof effects others, among com- also or usedphotography Blume, palpable, directly not were that dimensions suggest to — images of fixed blurring plete dubious. considered they that uncertaintyand rationality a in ‘disorder’ introduce to or one thing, the apocalyptic For again. fears once forefront the to and cinema came phy an in- to led of photography” and “death of cinema” the supposedconcerning “death by a nostal- marked is already that on their properties,tense meditation a reflection projected of the images, appearance the dematerialized given gic mood; nevertheless, support, celluloid — without on a computer subject or saved device an electronic from dura time more the same being at keyboard, a computer pressing disappearing by to and have they ghostly dimension: that acquire photographs —, films and and fragile ble palpable. not but are , they exist a body have don’t cinema and pho of place a set aporias for that with the aim of accounting neous nature, of and ghost. spectre with the ideas With relationship in a highly productive tography and focus analytical, more and other times historical more times at are that approaches —, this films, and others photographs, — objects of media network ing on a diversified - poten the reflexive discussion concerning the ongoing to contribute aims to collection artstial of and other media.ghost within the study the of (audio)visual ist Antonio Giulio Bragaglia, made in 1910, where the stroboscopic movement causes causes movement the stroboscopic 1910, where in made Giulio Bragaglia, ist Antonio creates and drag JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA Man Ray’s “solarizations” and “rayographs”, or with the blurred portrait of made he blurred the with or “rayographs”, and “solarizations” Ray’s Man during photographs of x-ray reception and aesthetic cultural in the Casati; Marquise of the 20 decades two the first RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 21 . Haunting and Spectrality Spectrality and , Haunting , 566 (April), 74-85. , 566 (April), . New York, London, New Delhi, Sydney: Bloomsbury. Delhi, London, New York, . New . Pennsylvania: Pennsylvania State University Press. University State Pennsylvania . Pennsylvania: . New York, London, New Delhi, Sydney: Bloomsbury. Delhi, London, New York, . New Les Éditions de Minuit.Les Éditions de Cotovia. Lisboa: 13-20. por Dias, Inês Culture Theory Cultural Contemporary Rodney Livingstone. New York and Oxford: Berghahn Books. Berghahn and Oxford: York New Rodney Livingstone. Seuil. Gallimard/ 9-17. Cerf. LesÉditions du Murray. . London: John Education to and Arts Useful and Fine of Art. Museum Metropolitan 99-113. https://doi.org/10.5130/csr.v10i2.3474. Cinéma du Cahiers Therry Jousse), Cantz. Ostfildern-Ruit: 48-52. Moure, and José Banda Flammarion. Daniel by edited Paris: Ghosts In Cinematic Uncanny”. Films, and Photography’s Trick Theater, Academic. 17-38. Bloomsbury Leeder, Murray by edited Era, Digital the to Cinema Silent from http://dx.doi.org/10.5040/9781501304729.ch-002. 203-218. Documenta. Conceição, Lisboa: por Nélio tradução Medeiros, Margarida Macmillan. Era JOSÉ BÉRTOLO BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA . Paris: Nathan. . Paris: cinéma du archéologie et l’ombre: de la lumière art de Grand Laurent. 1999. Le Mannoni, . Paris: d’anthropologie Essai imaginaire. ou l’Homme Cinéma 1956. Le Edgar. Morin, , tradução Fotógrafo eu Era In Quando e o daguerreótipo”. “Balzac 1899 2017. Félix. Nadar, Media Modern of Rise the and Spiritualism Victorian Entertainments: Supernatural 2016. Simone. Natale, in Haunting and Ghosts Reader: Spectralities 2013. The eds. e Esther Peeren, Maria Blanco, Pilar del Books. Rosetta York: New , 1-19. In On Photography Cave”. Sontag, Susan. “In Plato’s 2005. — Bibliography by of Film. The Spirit Translated and Man Visible Theory: Film Early 2010. Béla. Balázs, Cinéma/ du Cahiers . Paris: sur la photographie Note Claire. Chambre La 1980. Barthes, Roland. Paris: cinéma? que le Qu’est-ce photographique”. l’image de 2002. “Ontologie Bazin, André. the to Application Its with Construction, and Theory, History, Its Stereoscope: 1856. The David. Brewster, The York: . New occult the and Photography Medium: Perfect The 2005. altri. et Chéroux, Clément 2: nr. Studies 10, Cultural Review 2013. Alan. “The crypt,Cholodenko, housethe haunted of cinema”. of interview Baecque’s de (Antoine ses Le fantômes” cinéma et 2001. “Derrida: Jacques. Derrida, 1895-1920, art, d’un naissance [1896]. cinéma: In Le ombres…” des royaume “Au 2008. Maxime. Gorki, Magic Photography, Spirit Manifestations: and Modern 1995. Images “Phantom Gunning, Tom. by edited a Fotografia, sobre Ensaios In Fotogramas. “Fotografia”. 2016. 1927. Siegfried. Kracauer, . London: Palgrave Cinema of Beginnings the and Supernatural Modern The 2017. Murray. Leeder, Digital the to Cinema Silent from Spectrality and Haunting Ghosts: ed. 2015. Cinematic Murray, Leeder, Tradução por Edmundo Cordeiro. Lisboa: Vega. Lisboa: por Cordeiro. Edmundo Tradução Fotográfico. 1982.Dubois, Philippe. O Acto Unsichtbaren des Fotografie der Phantome. Im Reich Loers, 1997. eds. A.& V. Andreas Fischer, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 22 A Última Imagem — Imagem A Última (2010), MARGARIDA MEDEIROS MARGARIDA — note Biographical FCSH with a PhD NOVA Professor at Assistant She is researcher Sicences. in Communication of the books and author Fotografia ICNOVA at Contemporâneo — o Auto-Retrato e Narcisismo História Uma — Verdade e Fotografia (2000), de Fantasmas the . She organized Ficção de uma Fotografia a Fotografia sobre — ensaios Fotogramas book (2014) or co-edited and edited book several , 1896 — Fotoradiografias Bobone as Augusto such Science Communication at (2014). She teaches and Department Culture of visual in the areas and Cinema. Photography — iD ORCID 0000-0002-0765-6892 — CV 181D-95F0-1EF6 — address Institutional Ciencias Sociais de e Humanas Faculdade Lisboa. de Nova Universidade Berna, 26-C | 1069-061Avenidade Lisboa. https://doi.org/10.34619/kmyn-g317 — DOI BÉRTOLO JOSÉ MEDEIROS & MARGARIDA JOSÉ BÉRTOLO JOSÉ — note Biographical the at is a researcher 2019) U.Lisbon, (PhD Comparative for Centre of Lisbon University Fuga: em ofStudies. Imagens is the author He (Images Truffaut François de Fantasmas Os Truffaut, of The Ghosts François on the Run: Filmes de Leituras 2016), Sobreimpressões: and 2019) (Superimpositions: Film Readings, e João Oliveira de Manoel Cinema: do Espectros of Cinema: Manoel (Specters Rodrigues Pedro Rodrigues, 2020), Pedro and João Oliveira de e and he co-edited, Morte others, among (Death e na Literatura Artes nas Espectralidade 2019). in Artand Spectrality and Literature, — iD ORCID 0000-0003-0445-0909 — CV F11D-6FEF-C30C — address Institutional Faculdade Estudos Comparatistas, de Centro Universidade da Alameda Letras, de 1600 — 214 Portugal. Lisboa RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 23

tographers, who similarly sought to give bodies a lifelike bodies a lifelike sought give to similarly who tographers, can photography Postmortem burial. to prior appearance modthe - toward stage bethus transitional a as understood has not en- this practice yet of death, ern disappearance still used are as postmortem photographs away, gone tirely of the illusion presence creating by the dead preserve to a Through absence. reality of confirming than the rather postmortem between of the parallels examination closer this article will explore practices, and funeral photographs the mediate to continues photography in which the ways and mourning. of death experience | mourning | embalming | funerals | death Photography The rise of the modern funeral industry in 19th-centuryThe rise of the modern funeral were that of display forms visual new introduced America - and these prac of bodily signs decay, eliminate to designed those to of postmortem similar pho remarkably were tices — Keywords — Abstract ANTHONY ENNS ANTHONY Dalhousie University in Halifax, Nova Scotia Nova in Halifax, University Dalhousie [email protected] ANTHONY ENNS ENNS ANTHONY Preservando os Mortos: Fotografias Post Post Fotografias os Mortos: Preservando na Funerárias e Práticas Mortem Séc. XIX do América Preserving the Dead: the Preserving Photographs Postmortem and Funeral Practices Funeraland Practices America in 19th-Century RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 24 ainda são são ainda post mortem , na qual os corpos eram transformados corpos os transformados qual na , posteram mortem A ascensão da moderna indústria funerária na América na América funerária moderna indústria da A ascensão - cor dos exibição de formas séc.do XIX introduziu novas Estas decomposição. de sinais eliminar pos que visavam fotogra às da semelhantes notoriamente eram práticas fia a câmara depois, perante dispostos e, cosmeticamente vida. A fotografia de uma aparência a obterem forma de um estágio pode, como post assim, ser entendida mortem da a moderna desaparição para no caminho intermédio - aban completamente não foi prática esta morte. Porém, que fotografias as dado donada, os mortos, da a ilusão criando preservar para realizadas ausência.da realidade confirmara de ao invés presença medeia a fotografia os modos como artigo explora Este entre um paralelismo morte da a experiência explorando . post mortem e fotografias funerárias práticas | morteluto | | funeral | fotografia Embalsamamento Postmortem photographs adopted many of the conventions of mourning portraits. of the conventions many adopted Postmortem photographs mously described photographs as indexical rather than iconic signifiers because they signifiers than iconic rather indexical as describedmously photographs connection: physical of a real the traces register Unlike paintings, however, photographs were often understood as direct transcriptions transcriptions often as direct understood were photographs however, paintings, Unlike (1998, 5-6) Peirce Sanders Charles fa philosopher American example, For of the real. In the early 19th-century it was a common practice among upper-class 19th-century to Americans practice In the early a common it was the invention Following one. of a loved a mourning portraitcommission after the death portraits commission of to also able of the daguerreotype, middle-class people were as “postmortemknown that became time — a practice the first for ones loved their lost and the number of popular was in all parts practice of This the country, photography.” periods of During during conflict increase and crisis. to tended produced photographs - and the num the country through swept epidemic a cholera the 1840s, example, for the times ber reportedly than three of produced was postmortem more photographs commission people to for particularly common was It photographs. number of wedding the age before died of 40% children roughly as of children, postmortemphotographs sitters of the ever taken and only often the first portraits were and these images of five, 1981, 39). (Darrah — Palavras-chave — Resumo ANTHONY ENNS ANTHONY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - ” 25 Postmortem photographs provide perhaps the most obvious illustration of this illustration the most obvious perhaps provide Postmortem photographs This definition has been foundational for the field of photography studies, as Amer- photography of for the field has foundational This definition been Photographs […] are in certain respects exactly like the objects they represent. But this this they represent.But objects the like in certainexactly are respects […] Photographs circumstances been such under produced having photographs the due is to resemblance aspect, In that point point by nature. to correspond to forced physically were they that connection. those of physical signs, by the secondthen, class to belong they ” This tradition also informs the more recent work of American critic Robert critic of American Pogue work recent also informs the more ” This tradition connection between photography and death, as these images not only represented the represented only not theseas images death, and photography between connection - exam For presence. of their material traces as physical also conceived but were dead and pins, rings, in mourning lockets, often included were postmortemple, photographs - of Water Company other sorts The Scovil Manufacturing paraphernalia. of memorial York Daguerreotype of New Case Company Mausoleum and the Connecticut bury, “sepulchral houseto designed specifically were that cases alsoproduced velvet-lined these (Rinhartdaguerreotypes” in other words, 80-81). and Rinhart caskets, Like 1967, them customary for and it was of the dead, the remains contain to designed cases were a funer- of a piece ribbon, a letter, of hair, as a lock such traces, other physical include to further the notion of reinforced which postmortem photo plate, or a coffin al notice, and that “to take a photograph is to participate in another person’s […] mortality.” French French mortality.” […] participate in another person’s is to a photograph “to take and that “the represents photograph” “every that argued Barthes similarly (1981, Roland critic 9) (1985, Metz Christian 84) described critic photogra even and French of the dead,” return because of being as as a form “thanatography” the memory of it “maintains the dead phy dead. ances its essential to links retains “the photograph that argues 148),(2003, Harrison who his or her survive to likeness a person’s because it allows […] mask in the death origins tral “photography that claims similarly who Prosser 1-2), (2005, Jay critic British and demise,” itself.” of death of the fact “evidence mori” is a memento because it provides […] forced postmortem as memento that argue mori. to photographs thus tend graphs Critics American example, For itself. of death the reality and contemplate confront to viewers re inescapable are of death “pictures that argues (1995, Ruby 174) Jay anthropologist argues 541) (2005, similarly Scott Eberle historian and American of the loss,” minders forthright of individ- “a acceptance and dignified reflect postmortemthat photographs that also 104) argue (2016, and Silvia Iorio Marta Licata, Borgo, Melania ual mortality.” immortality” of life nature “to serve challenge the transient exposing these by images of death. reality and the harsh ican photographer Allan Sekula (1983, 218) described photographs as “physical traces of traces Sekula (1983, Allan as “physical photographer 218)ican described photographs (1984, art Krauss American and Rosalind critic described 112) similarly their objects,” - con to critics also has encouraged This idea itself.” kind of deposit of the real them as “a - trac physical they are as mortality, of human as reminders images of photographic ceive example, For of time. passage of the inexorable an awareness evoke of the past that es memento mori are photographs “all that 14) claimed Susan Sontag critic (1977, American ANTHONY ENNS ANTHONY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------26 is problematic for the same for is problematic The idea that photographs represent indexical traces of the real remains some remains of the real traces indexical represent photographs that idea The The idea of postmortem photographs as memento of postmortem moriThe idea photographs While a photographic portrait clearly points the person to in other it depicts, portrait clearly a photographic While The index as trace implies a material connection between sign and object as well as an as well and object sign between connection a material implies as trace The index temporality—theinsistent of not evapo a past moment. does reproducibility The trace

rate in the moment of its production, but remains as the witness of an anteriority. Hence, Hence, in the moment ofof its production, an anteriority. as the witness remains but rate has been” the “that aligns it with historicity, necessarily of index the this understanding hand, on the other The second definition of the index, image. photographic of Barthes’s deixis—the as the first. to The index often seems harbor a resistance to pointing finger, of language—doesthe “this” and is in the moment of itself its implementation exhaust and object, sign between and touch a gap is always There presence. to linked ineluctably is only figurative. here what problematic, however, as they are always constructed in particular ways in order in order particular constructed in ways always as they are however, problematic, what 136) points out, example, for (2007, Ann Doane Mary particular meanings. convey to of the index: definitions contradictory two provided Peirce that of impression the direct involve not necessarily function does this referential words, photo the between gap a is always there contrary, the On presence. physical sitter’s the whose is alsocoded a image photograph as every it signifies, and the object sign graphic properties of of the medium, the is shaped the technical the manipulations meaning by and consumed. circulated, it is produced, and the social in which context photographer, technical when becomes particularly evident images of such The constructed nature - en are that social or imbue rituals them with meanings practices, fraudulent accidents, event. pre-photographic real any to unrelated tirely ANTHONY ENNS ANTHONY terial evidence of a loved one’s absence, these images were thus designed to convey the convey to thus designed were these images absence, one’s of a loved evidence terial of death. the reality than revealing rather concealing by of continued presence illusion point out, (2003, 567) H. Reilly Catherine and Nygard David sociologistsAmerican Paul a remained the deceased that […] a reminder “as served these images that example, for 335) (2006, Linkman - Audrey similar historian British of the living.” in the world presence livingthe encourage to “was designed not postmortem that emphasizes ly photography but rather of existence” mortality human their own and the transience contemplate to histo British of being.” state familiar more a gentler, invoking by […] a palliative “as acted [the that “to feel helped viewers these images that also notes 9) (2009, Brown Nicola rian among the liv- still there way, in a significant them, they were, to not lost for were dead] seem support would to postmortem Aus photographs in this way, When interpreted ing.” (2010, 126)pho assertion take primarily that “we Batchen’s art Geoffrey tralian historian and us with it.” time in its tracks stop the possibility to of death, deny to in order tographs reason, as postmortem photographers often sought to represent the dead in a natural, in a natural, the dead often represent sought to reason, postmortem as photographers ma of providing Instead decay. or of death signs visible any removing by manner lifelike RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 27 - examin by juncture this historical light on new article will shed The following The desire to create the illusion of continued presence also- informedof new the presence continued illusion the create to desire The

- prac funeral and postmortem between photographs similarities ing the fundamental the photogra been a non-commercial mourning had previously While activity, tices. ing presence of lives halted at a set moment in their duration […] for photography […] […] photography for […] a setmoment in their duration at halted of lives ing presence to is similar Photography its proper corruption.” from it simply rescuing embalms time, objects because bodiesembalming, material they both into transform in other words, a appear would provide to Postmortem photography time. over be can preserved that pre actually it is important this practice that note yet to of this parallel, vivid illustration many borrowed directors funeral industry and that the rise of the modern funeral dated postmortem from the dead photogra and presenting preparing for of their techniques of embalming, thus it would continuation as a photography of describing Instead phers. of postmor- or continuation describe extension to embalming as an be accurate more the dead transform to designed similarly as it was other means, by photography tem that representation visual arranged an artificiallyinto constructed and aesthetically of presence. continued the illusion creating by of death the reality “soften” to served capitalize enterprises sought to on that commercial were industries and funeral phy While for the bereaved. commercial services of range a wide offering by grief people’s these rituals, had not mourning essentialcomponentbeen an beautification earlier of and photographers professional occupations—namely, new introduced two industries the reality focused “softening” by directors—that on comforting were funeral survivors - view of While the deceased. and presentation the skillful preparation through of death these industries homes, or private in chapels place taken had previously of the dead ings institutional facilities— to the dead of moving mourning by also sites introduced new homes—that studios and funeral as functioned simultaneously photography namely, of and the embalming of photographs the developing (for laboratories both commercial also containers These introduced new industries staging areas. bodies) and theatrical caskets—that were cases and cloth-lined photograph velvet-lined the dead—namely, for further as emphasized the notion of the dead which boxes, both on jewelry modeled to help These parallels and cherished. could be preserved of that objects value material 19th in the late shifted gradually of postmortem the practice photography why explain straightforward to the more images the artificialreconstruction from century of lifelike represented this shift often that argue historians While displays. of funeral recording the signaled it merely that I will argue of death, the reality or deny avoid to an attempt ly emerging practice of embalming, which sought not only to preserve the body of preserve sought the not only to of embalming, which practice ly emerging of thus embalming practice The appearance. its external but also enhance to deceased of the the preservation as photography—namely, goal fundamental the same shared an as of photography description famous 8) (1960, Bazin’s André inspired dead—which and phantomlike “Those sepiaor time”: shadows, grey “embalms that artisticpractice the disturb portraits but rather family traditional longer no are almost undecipherable, ANTHONY ENNS ANTHONY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 28 As mentioned earlier, the practice of postmortem photography was based on was of postmortem the practice photography earlier, As mentioned American photographer Nathan Burgess (1855, of also “the emphasized necessity 80) Burgess Nathan photographer American rene and happy look of childhood. Even the eyes, incredible as it may seem, not expres as it may are incredible the eyes, of look and happy Even childhood. rene imagine it could be no one would a post that mortem but so execution. natural sionless, It has not the slightest expression of suffering, and nothing of that ghastliness and rigity and of ghastliness suffering, and nothing of that expression has not the slightest It death or after in sickness taken likenesses render usually which of outline and feature, [sic] hand it has all On the other undesirable. them decidedly make as to so painfully revolting a living original—thecomposure—the from of a picture and vivacity sweet sethe freshness

tographer John L. Gihon (1871, 350) similarly claimed that a postmortem photograph was a L. was (1871, a postmortem Gihon that John photograph claimed 350)tographer similarly of destroyer.” the grim of the ghastly suggestions because “devoid it was of source “solace” procuring those more than life-like remembrances of our friends, ere it is too late—ere ere of our friends, remembrances those than life-like theprocuring more pho and American on earth,” those prize so we dearly away has snatched hand of death ANTHONY ENNS ANTHONY posthumous mourning portraits, which typically depicted the dead as if they were still as if they were the dead typicallyposthumous depicted mourning portraits, which as such in these paintings, of symbols death artists While included occasionally alive. did of them many time, passing of the signify to clocks or flowers, wilted trees, willow deceased. was or not the subject whether indicate would that signs any not contain postmortemproduce to to began also asked portraits, were they photographers When still alive—especiallyif they were as the dead depicted that no images when capture or a on a chair upright seated living portrait were had been subjects Sometimes taken. appear to but made as lying down photographed were subjects couch, and sometimes E. Orr (1873, Charlie photographer American example, For standing up. if they were the instructions taking postmortem “Place for 200-201) the following images: provided life as in as near shoulders and head the dress friends the or sofa,body have a lounge on a for a background using position, a sitting firmly, it to and bolster raise […] as possible, Orr (1873, 201) etc.” the position, to suited circumstance, or some material shawl drab of the opening by the eyes also the importance emphasized of death signs of eliminating teaspoon; the handle of a lower by using put the handily effect can corpse: you “[T]his they so up, enough that but the upper will stay; they down, lids must be lids far pushed and place, its proper to around width, turn the eyeball open about the natural to will stay of a photograph description The following as life.” as natural nearly the face have you 1855, emphasized (Anonymous 224) Barnard similarly N. George by boyof taken a dead of life: the illusion convey to ability the photographer’s replacement of postmortem photographs with funeral displays and the replacement replacement and the displays funeral with of postmortem photographs replacement suc- more ultimately were who directors, with funeral photographers of professional how show thus will article following The images. as fixed the dead preserving at cessful influenced—and into—modern incorporated postmortemwas gradually photography of the process in stage be it can as a transitional understood and how practices funeral in 19th-century America. of death” describe as the “dying historians what RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 29 Postmortem photographs had to be produced quickly, as the dead were usually were the dead as be had to produced quickly, Postmortem photographs In most cases, subjects were made to look as if they were sleeping, which was was sleeping, which were as if they look to made were subjects cases, In most

- adver that (1995, they died. Ruby 52) example, that for notes, day on the same buried to “prepared they were that studiostisements often 19th-century stated for photography also process collodion The wet notice.” person of a deceased on one hour’s pictures take typically used so photographers sensitize the plates, room to and process a dark required were In somedead cases, the cellar. or closet as a small such a room within the home, advertisement the Southworth for and example, studios. For photography to also brought studios, their private at or deceased home at the of the photographs to take offered Hawes (1871,and Gihon his at 351) arrived processions funeral when occasions described several - the buri to they continued before the deceased photograph to studio asked and he was from fluids also remove had to poses, produce life-like to photographers In order al site. Pho and positioning the National to the body it. presented dressing before In a speech tographer James Van Der Zee (1978, 23) recounted several occasions when he was asked asked he was when occasions Der Zee several (1978, 23) recounted Van James tographer he was in which sitting one sleeping, including bodies dead look as if they were make to the wanted pose to “[H]is family in his hand: a corpseasked with a newspaper in a chair it appear and had justpaper dozed had been make he off.” in his hand to put reading the particularly In 1846, popular was example, in the case for of children. This practice advertisement in the Bos the following studio ran photography Southworth and Hawes of Persons Deceased Miniatures have pains to great take “We directory: business ton sleep” in a deep seem as to […] often so they are and natural and satisfactory, agreeable in Rinhart- this tech (qtd. (1855, that and Rinhart also explained 80) 1981, Burgess 299). still alive, was the subject that the impression convey to designed explicitly nique was It of “the infant.” sleeping often appears on the face as “the of smile innocence” playful or dead was subject photographed the whether to discern thus difficult for viewers was the point. precisely was which asleep, Albert Southworth (1873, S. photographer American Association, example, for tographic the mouth corpseof a from fluid none removing that so for describedprocedure the 279) just they were as though turn them over “[C]arefully the sitting: during will be “ejected” every and minute, single one than less this in do can You ofan emetic. operation the under and handle face, off the wipe thing will pass out, can the mouth and wash single and you the make alsoto describedhow He persons.” well were they as though them just as well just as they position […] and easy the body so natural that be can posedjoints pliable in “a any also conceal sought to Photographers you.” if standing up before look in life would of of the lips or the yellowing as the darkening such deterioration, of physical evidence this goal Some accomplished plates. on photographic black often looked the skin, which also a common pose in mourning portraits. As American anthropologist Kenneth Ames Ames posealso common a Kenneth portraits. in mourning anthropologist As American half of(1981, the century: latter the 654) dominated points as sleep out, of death the idea did People occur. did not really death century, nineteenth of the late ideology “In the pho American example, For their labors.” from rested They sleep. to went They not die. ANTHONY ENNS ANTHONY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------30 The removal of fluids and the application of cosmetic treatments clearly links the links clearly treatments cosmetic of and the application of fluids The removal Americans encouraged “countenance” of Lincoln’s appearance The lifelike

ANTHONY ENNS ANTHONY by applying a red tint to the skin in order to restore the appearance of life. In 1865, of life. the appearance ex for restore to in order the skin to tint red a applying by em- of embalming. the history various to While of postmortempractice photography - modern embalming tech in ancient civilizations, developed were balming techniques physician when American War, Civil the American during introduced first niques were test fluid. In embalming famously safe the first 1861Holmes developed Thomas Holmes Richard anthropologists as American technique, this new adopt to the country across dead still mourning its war nation (1991, 213) “A Metcalf explain: and Peter Huntington In face. upon of something written Lincoln’s the peace in their funerals capture to tried of embalming techniques the new accept to ready made were attitudes public this way argues 163) (1996, similarly Laderman Gary historian American then being perfected.” ample, American photographer Frederick Gutekunst (qtd. in Borgo et al. 2016, 108) pho 108) al. 2016, et in Borgo (qtd. Gutekunst Frederick photographer American ample, to possible it was that show to in order days several for had been dead who a girl tographed cosmetic applying by this goal accomplished Others of putrefaction. the process conceal (1871, Gihon example, 351) For photogra itself. encouraged the photograph to treatments convey painting in the eyes, by an artist so that afterwards can head] [the “place to phers - “proper retouch that Orr claimed and position,” of or natural a possible the appearance “the face will render which of eye,” the and stare expression the blank ing will remove thus 1873, was of bodies (Orr and images 201). The treatment as life” as natural nearly would that appearance lifelike natural a produce to was which goal, same the by driven of death. the reality conceal officer the first Elmer Ellsworth, was who on the body Colonel ed his technique of Union who Lincoln, Abraham of also President friend a was Ellsworth ofline the in die duty. to body Holmes he commissioned that of Ellsworth’s so the appearance by was impressed so they could be embalm the bodies transported burial soldiers that to home for of Union them to also embalming allowed time, bodies preserving over By 2002,(Hickman 102). Brown Charles periods. physicians In 1865, American longer for be viewed example, for dif in twelve funerals body a series of twelve for embalmed Lincoln’s Cattell and Harry from reportedly his million bodypeople viewed as it travelled Twenty-five cities. ferent press and most of the was finally buried, it where Illinois, Springfield, DC to Washington, a example, For focused method of the dead. new preserving on this astonishing coverage his as after days eighteen 1865, Lincoln viewed journalist (Anonymous 4) who Chicago ex his “countenance and that of no signs decay body his that showed claimed sassination slumbering, as if calmly than more appearance, and life-like natural an extremely hibited that claimed 364) (1899, similarly Page Charles Journalist of death.” embrace in the cold all who to one familiar expression, natural a very bears president of the dead face “[t]he These and the look of “the benediction.” hint of a smile, as it conveyed him often,” saw de similarly were those echoed which of postmortem photographs, clearly descriptions appearance. a lifelike produce to signed RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 31 Laderman (1996, 154) also notes that public acceptance of this practice led to to led of this practice acceptance public 154) (1996, that Laderman also notes enhance to ways new also sought develop to directors funeral photographers, Like

ANTHONY ENNS ANTHONY that Lincoln’s funerals “served as a site where the nation could be figuratively restored restored be could figuratively the nation where as a site “served funerals Lincoln’s that even that of embalming demonstrated because primarily the procedure and redeemed ma the overcome could social the like body, body, the president’s of death in the grips corpsethe rise the of im- specialists “whofor the public in effect, could, domesticate 1856 Between and its disposal.” for responsibilities managerial and assume agination in embalm- improvements for granted were major patents eleven 1869, example, for in and in 1878, available finallyembalming fluid ing. produced became Commercially workshops embalming teaching began Clark Henry Joseph 1880physician American pro the first 4). In 1882 1900, also established (Dodge the country Clark throughout advertisement embalming for early an example, For of presence. continued illusion the “Bodies Embalmed by that claimed directory DC business services in a Washington, so ofadmit contemplation to as […] appearance and color natural their retain […] Us and in Habenstein (qtd. ofof one asleep the person countenance Embalmed, with the 183), of (1896, the Lewis Barnes president Carl physician American 217). 1996, Lamers that emphasizing by this practice promoted of Embalming, similarly College Chicago and as it so the body that entire, will remain of the corruption the grave, it “prevents terial, physical violence enacted upon it.” The preservation of Lincoln’s body a had thus of Lincoln’s preservation The upon enacted it.” violence physical terial, itself, of the nation symbolized as it the preservation significance, deeper metaphorical because precisely of embalming socially the practice acceptable make to and it helped of advertising mass form a as also served It possible. meaning this metaphorical made it of embalming the efficacy demonstrating by industry funeral emerging the newly for country. of the its benefits across word and spreading became the Cincinnati later which school of Ohio, embalming in Cincinnati, fessional embalming of American of Embalming, thus known as “the and he was father College same that Association also established was Directors’ Funeral The National schools.” of “undertaker” the profession profession with the new and it sought replace to year, constructed coffins but someone not only to who referred which director,” of “funeral embalming, (2011, Linkman the entire viewing, process. 68) and burial also oversaw in a or ‘parlours’ ‘homes’ “their to facilities’ referred directors funeral that also notes careful reverent, the same receive would the remains that suggest to attempt deliberate home.” in the family relatives from receive as they would on their premises treatment this and the country, across homes funeral 5,000 than more were there this time By poli - of in the number an increase of insurance life result a direct was increase sudden forms and expensive lavish more ever develop to directors funeral allowed which cies, of the viewing the dead therefore, the turn of the 20th century, By display. of funeral home and the responsibilities the funeral the home to from almost entirely had shifted di- funeral to photographers from almost entirely had shifted associated with the dead of the body. and presentation all aspects of handled preparation the who rectors, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 32 Funeral directors also employed many of the same techniques to achieve this this achieve to techniques of the same many also employed directors Funeral

ANTHONY ENNS ANTHONY were asleep in its bed.” American funeral director William Peter Hohenschuh (1900, (1900, Hohenschuh WilliamPeter director funeral American bed.” in its asleep were Association, a guide also published Directors’ Funeral ofthe National 88), president ofbodythe interior the pre and evacuating for responsible primarily they were as goal, book that included the following advice: “One idea should always be kept in mind and in mind be kept always should idea “One advice: the following bookincluded that possible.” as of death body out the be will suggestion as little there so lay that to is, that was director of funeral the goal the that (2015,Schwartz 17-18) concludes thus Margaret as “both pre mediations of the postmortem as that essentially same the photographer, “not was dead goal the of preserving and the such,” as of the flesh the appearance serve also but sensein the symbolic, decomposition) corpse the (stopping that literal merely modernfuner- words, other in postmortemLike photography, sleep.” peaceful signifies whose preparation the body image a fixed into transform to designed were al practices of death. the reality than reveal rather conceal to served and presentation of and the task washing, dressing, They also assumed appearance. serving its exterior positioning any the body viewing, conceal for to and they used enhancements cosmetic bodies enhanced in newly these cosmetically They then placed of or decay. signs illness as Thom- boxes, jewelry women’s resemble to designed were which “caskets,” designed (1991, hu- plain wooden, “The roughly 291)as Schlereth previously a coffin, explains: described whose meaning original term a ‘casket,’ a as redefined man-shapedwas box the body also staged in professional directors Funeral objects.” precious for a container bed- resemble to designed explicitly were rooms”—that studios—known as “slumber (1905, 33) the Greene emphasized Nelson Joseph director funeral rooms. American the in of casket the “the placement that noting by importance ofdisplays these visual artisti- curtain, flowers against and banked an attractive by canopied room, gracefully of some the scene of of its death so beautiful a picture relieve forms as to arranged, cally between connection a direct was there that show clearly These similarities awfulness.” and fu- as photographers 19th century, in the late practices and funeral photographic by dead the and presenting preparing for both responsibility assumed directors neral and could observe consumers that of value objects bodies material into transforming not the end of post thus represented industry The modern funeral time. over preserve directors as funeral other means, by its continuation but rather mortem photography and funer- been had previously performed photographers that by the duties assumed been performed had previously photography the functions that by assumed al homes ad- 25) also embalming had a “competitive points out that (2007, Troyer studios. John exist as a as “the body dead indefinitely could postmortem over photography, vantage” three-dimensional loca with the possibility from of object being moved well-preserved illusion the created not only thus directors Funeral forces.” external by location tion to body of sight a dead - the disturbing with the com replacing by of continued presence but alsotransformed postmortem like photographers, body, offorting a lifelike image other industrially like circulation could into enter that the body image a fixed itself into RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 33 Passing: The Vision of The Passing: (Stannard 1975) (Stannard and Death in America in Death The modern funeral industry has also been condemned as a symptom of what of what industry has also as a symptom beenThe modern condemned funeral

The new practice of funeral photography was thus somewhat different from that that from different thus somewhat was photography of funeral practice The new In the last two decades of the nineteenth century […] it was common for a certain for common kind of it was […] century of the nineteenth decades two In the last died. A profes recently had who people be for to memorial as a produced card cabinet sional photographer would be hired as part of the funeral ceremonies to shoot a collodion shoot a collodion to be as part would ceremonies hired of funeral the photographer sional at displayed arrangements flower comprised of the various of […] a still life negative glass in the times many then be would reproduced photograph The resulting itself. the funeral and sent had been all those to who at card a cabinet onto pasted of print form an albumen but not been otherwise present. had sent those to flowers who or even the funeral, Funeral practices also transformed photographic practices, as postmortem photogra practices, photographic also transformed practices Funeral Australian critic Joseph Jacobs (1899, 264) described as the “dying of death” in the late in the late of death” 264) (1899, described as the “dying Jacobs Joseph critic Australian “The with the dead: involvement direct any the living from as it distanced 19th century, of the thought disappearance of is the practical note the modern spirit most distinctive anthologies The ofdeath.” - direc on the funeral entirely relied photographer as the of postmortem photography, did the body and present photographs viewing.for In addition, funeral prepare to tor of Instead enhanced. cosmetically body as the already retouching, was not require designed thus were photographs funeral of photographer, the skill the demonstrating that of the family as the wealth well (as director of the skill the funeral demonstrate to at the turn The introductionphotography of snapshot displays). lavish such could afford fu- their own take to mourners individual for it possible of also the 20th century made be can seen and that most since has continued ever that photographs—aneral practice et al. 2015; (Meese “caskies” or selfies” the popular in of “funeral phenomenon recently al. 2015). et Gibbs (Jackson 1977) similarly traced how attitudes toward death changed changed death toward attitudes how traced similarly 1977) (Jackson America in Death pro trained to families from of the dying shifted as the care 19th century, in the late (1969) Kübler-Ross Elisabeth psychologist Swiss-American like and critics fessionals, historian French of denial death. in a widespread resulted described this trend how 557-558) (1974, Philippe of Aries the denial death between connection a direct also drew of personthe death the down “to play served of embalming, which practice the and with “intertwined closely was […] which of illusion a living being,” the create and to embalming that concluded similarly (1996,175) Laderman and concerns,” commercial ANTHONY ENNS ANTHONY produced commodities. What changed, in other words, was how the dead were seen, as were dead the how was other words, in changed, What commodities. produced period of a corpse the media time without extended an view to it became possible over tion of the photographic apparatus. tion of the photographic some In displays. own their of creating instead displays funeral photograph to began phers was as this directors, funeral by directly commissioned even were cases photographers 109-110) (2010, explains: as Batchen the bereaved, for another serviceprovided they yet RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------34 because they force viewers to confront the confront to viewers becauseforce they A non-profit organization in Denver, Colorado Colorado in Denver, organization A non-profit memento mori While contemporary critics often describe critics the effects of postmortem contemporary While photogra - prac funeral new by supplanted gradually was postmortemWhile photography

reality of death, so too do sociologists and social workers argue that these contempo that argue so of death, too sociologists do and socialreality workers (Riches death of a child’s the reality accept to parents grieving help photographs rary 1998, 121-140;and Dawson 2014, and Cacciatore Blood 224-233). Proponents thus argue viewers confronting by of death” of the “dying a rejection represents this practice that or avoid. deny them to industry encourages the modern funeral that with a reality importantis it note to opposed directly as those industry, to of phy modernthe funeral of or continue the practice sought extend originally to practices modern funeral that this perspective, From of continued presence. the illusion creating by death “softening” ANTHONY ENNS ANTHONY tices in the late 19th century, there was a resurgence of interest in this practice in the in this practice of interest a resurgence was there 19th century, in the late tices contempo however, industry, of the modern critics funeral Unlike 20th century. late made the denial of death “a fundamental dimension of life and death in American cul- American in death and of life dimension fundamental “a of death the denial made - com industry as a the modern funeral condemned repeatedly thus have Critics ture.” of avoidance from, a pathological and profited to, enterprise contributed mercial that society. American in contemporary death rary critics more often celebrate the return of postmortem photography by arguing that that arguing by of postmortem the return photography often celebrate more critics rary American example, For its acceptance. and encourages of death it exposes reality the - the prac promote explicitly (1981, Kirk Schwiebert 17) and Paul Pat counselors grief are oftice postmortem which in the case of stillborn photography—particularly babies, images—and sonogram recommend typically only through they even seen parents by par- many that they acknowledge While procedure. hospital it become a routine that pro can picture “a that insist they babies, their dead photograph to reluctant ents are a part indeed was child—thatof he or she your your this was that evidence tangible vide In you.” inside if only while gave, you in the love other children your to and equal life Hospital and the Sparrow Colorado in Denver, Hospital 1980sthe early the Children’s with postmortem parents grieving photo provide to also began in Lansing, Michigan 1995, Corporation—a (see Ruby of 180), and the Centering their stillborn babies graphs for per- death on workshops conducts that Nebraska in Omaha, organization non-profit to as they helped parents images, produce such to all hospitals caregivers—urged inatal al. et 1985, (Johnson death” non-profit A and life 12). baby’s their of reality the “confirm also Sharing advised hos Through Resolve Wisconsin called in La Crosse, organization produce these images—evento pitals refuse—because parents when often they “decide come opportunity will never pictures and “[t]he take to them,” want they do that later 1986, (Limbo and Wheeler 96). again” with the sole purpose also created of was producing Sleep to Down Me I Lay Now called employs currently and this organization of stillbornpostmortem babies, photographs world the around countries in 40 different working photographers 1,500 approximately describe early and Eberle Burns, And just as Ruby, (www.nowilaymedowntosleep.org). as postmortem photographs RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 35 . . . Translated by Richard Richard by . Translated , May 2, 4., May 26, no. 5 (December): 536-560. 5 (December): no. 26, https://doi.org/10.2307/2711889 Howard. New York: Farrar, Straus, and Giroux. Straus, Farrar, York: New Howard. Culture 14, 641-656. 4 (Spring): no. Culture https://doi.org/10.1111/j.0022-3840.1981.00641.x Periodical Company. Periodical American Quarterly American Societies”. ANTHONY ENNS ANTHONY — Bibliography Popular of Journal Gravestones”. in Victorian L. in Stone: 1981. Meanings Kenneth Ames, “Ideologies postmortem photographs can be better understood as initiating a general program of program a general beinitiating as understood can better postmortem photographs industry. of the modern funeral became the foundation later that avoidance and denial above mentioned the organizations that seems example, particularlyIt significant, for bodies after the the importance have ofall stress the deceased of photographs taking as the importance as well embalmed of in manner positioning these bodies a lifelike in parents of forcing Instead and asleep. alive they are that the impression create to order the same employ thus these photographs therefore, of their loss, the reality confront to were which the 19th in century, postmortem by photographers developed techniques the celebra While of death. the reality than reveal rather conceal to designed explicitly tion of these contemporary photographs clearly reflects a certain degree of nostalgia for certain nostalgia of a degree reflects clearly photographs oftion these contemporary seen were Americans when time is associated with an earlier that medium an optical of black-and- prevalence of (the life cycles the natural to connected spiritually as more clearly this nostalgia regard), seems in this particularly significant photography white well as originally served these images that function the of misunderstanding a reflects in- of the modern funeral in the development they played as the importance that role of practice contemporary the Indeed, resisting. seen now defiantly as are which dustry, the body a fixed transform into to a desire by is still motivated postmortem photography this practice celebrating and by of death, the reality “soften” to is designed that image detached already always are the bodies that they represent the fact oftencritics ignore of postmortem significance ofpho the cultural an understanding Such reality. that from not because of the subject abandoned eventually was this practice that shows tography - devel because the techniques but rather became taboo, often claim, as critics death by further and adopted developed gradually were oped postmortem by photographers same the satisfying by enormousprofits generate to continued who directors, funeral intimate a more enabling as perceived now are If these images social and desires. needs simply then this may of mortality, acceptance or a healthier with the dead relationship from further been now has even pushed away of death reality the that befact the due to experience. of everyday the realm . Chicago: Trade Trade . Chicago: Operative and Descriptive Embalming: of Science and Art L. The 1896. Carl Barnes, Photography on Reflections Lucida: 1981.Barthes, Roland. Camera Aries, Philippe. 1974. “The Reversal of Death: Changes in Attitudes Toward Death in Western in Western Death Toward in Attitudes Changes of Death: “The Reversal 1974. Philippe. Aries, 8, no. 7 (July): 224. 7 (July): no. 8, Journal Art Fine and Photographic The 1855.Anonymous. the Dead”. from “Life Chicago 1865.Anonymous. Daily Tribune “The Funeral.” RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 36 . . . 8, . . . Chicago: . Chicago: 72: 264-269. 72: . . . . Boston: A. J. Dodge. . Boston: A. J. 30, no. 4 (Winter): 309-347. https://doi.org/10.1080/03087298.2006.10443484 309-347. 4 (Winter): no. 30, . https://doi.org/10.2307/1210183 4-9. 13, 4 (Summer): no. . Cambridge: Cambridge University Press. University Cambridge . Cambridge: Trade Periodical Company. Periodical Trade Ritual Omaha: Centering Corporation. Omaha: Centering Picture. MA: MIT Press. Cambridge, Macmillan. York: New and Their Own Families. Clergy Press. University Yale CT: Haven, New Sharing. Through Resolve WI: La Crosse, Helping. and Photography 5, no. 2 (July): 103-115. 2 (July): no. 5, Studies Social and Human Death”. Meets -2016-00016 https://doi.org/10.1515/hssr 14, 2: 8-24. no. Studies https://openjournals.library. Victorian of Journal Australasian Children”. sydney.edu.au/index.php/AJVS/article/view/9415/9314 Quarterly 224-233. 4 (April): 38, no. Studies Death and Context”. Culture, Meaning, Narrative, https://doi.org/10.1080/07481187.2013.788584 Association. Directors Funeral National MN: Milwaukee, no. 3 (March): 80. 3 (March): no. C. Darrah. W. PA: 128-152. 18, 1 (March): no. Studies https://doi.org/10.1215/10407391-2006-025 Cultural Feminist of no. 95 (November): 349-352. 95no. (November): and Embalming Science of 535-557.(July-August): https://doi.org/10.1080/07481180590962686 Communication and Information, Society Vernacular”. Social Death, and Platform Instagram: Media, 255-268.18, 3 (March): https://doi.org/10.1080/1369118X.2014.987152 no. Celebrations of Death: The Anthropology of Mortuary Mortuary of Anthropology The Death: of 1991. Celebrations Metcalf. and Peter Richard, Huntington, Press. Greenwood Westport, CT: in America. Vision Death of The Passing: ed. 1977. O., Charles Jackson, Review Fortnightly “The 1899. Dying of Joseph. Death”. Jacobs, A Most Important 1985. Important A Most Weinfeld. H. Cunningham, and Irwin J. James Johnson, Marvin S. Joy, Johnson, Myths. Modernist Other and Avant-Garde the 1984. Rosalind. of Krauss, Originality The Nurses, Doctors, Teach to the Dying Have : What Dying and On 1969. Elisabeth. Death Kübler-Ross, 1799-1883. Death, Toward Attitudes American Remains: Sacred The 1996. Laderman, Gary. Healing for A Handbook a Baby Dies: 1986. When RanaLimbo, K., Rich Wheeler. and Sara History 1860-1910”. in Britain Portraiture Post-Mortem Life: from of “Taken 2006. Linkman, Audrey. ANTHONY ENNS ANTHONY Borgo, Melania, Marta Licata, and Silvia Iorio. 2016. “Post-mortem Photography: The Edge Where Life Life Where The Edge Photography: “Post-mortem 2016. and Silvia Iorio. Marta Licata, Melania, Borgo, of Photographs Portrait Post-mortem and Precious Pictures: “Empty Hands 2009. Nicola. Brown, Shizuoka: Nohara. Shizuoka: Life—Photography—Death. Time: Suspending 2010. Geoffrey. Batchen, Film Gray. Hugh by Translated Image”. of “The the Photographic 1960. Ontology André. Bazin, Photography: Mori 2014. and Memento Grief Cacciatore. “Parental Joanne and Cybele, Blood, Press. of Chicago University Dead. Chicago: the Dominion of Harrison, The Robert 2003. Pogue. Press. . London: Ebury Guide User’s A 2002. Death: Tom. Hickman, Management Its Funeral: Modern The 1900. William P. Hohenschuh, 8, Journal Fine-Art and Photographic The Death”. After Portraits 1855. G. “Taking Nathan Burgess, Gettysburg, Photography. Century Nineteenth in William Visite C. de 1981.Darrah, Cartes Journal A differences: Specificity”. of Medium and the Concept “The Indexical Ann. 2007. Mary Doane, . London: Reaktion Books.. London: Reaktion Death and ---. 2011. Photography Cincinnati: Jennings and Graham Jennings Cincinnati: Proprieties. and Conduct Its Funeral: 1905. The Nelson. Joseph Greene, Directing Funeral History The 1996. American and William of M. Lamers. RobertHabenstein, W., Art on A the Embalmer: Common-Sense Practical The Treatise 1900. A. Johnson. Dodge, 6 no. 29, Studies Death History”. An Exhibit and Mourning: “Memory 2005. Scott G. Eberle, and 2015. “#Funeral Carter. and Marcus Nansen, Bjorn Arnold, Michael Meese, Martin, James Gibbs, The Philadelphia Photographer Philadelphia The Experiences”. L. 1871. Photographic Gihon, John “Curious RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 37 . . Philadelphia . Minneapolis: . Minneapolis: . New York: Clarkson N. Potter. N. Clarkson York: . New 34 (Autumn): 81-90. 34 (Autumn): 10, Photographer Philadelphia . 12, no. 1 (February): 22-47. 22-47. 12, 1 (February): no. . . Philadelphia, PA: University of Pennsylvania Press. of Pennsylvania University PA: . Philadelphia, . 10, no. 117 no. 277-280. (September): 10, Dobbs Ferry, NY: Morgan and Morgan. Morgan NY: Ferry, Dobbs https://doi.org/10.1080/13576270601088525 University of Minnesota Press. of Minnesota University Loss. OR: Portland, Perinatal Birth. After Shortly or at Birth Birth, Before , Breton Cape Bay, Glace Studio, Shedden of Archives Negative the from A Selection 1948-1968: Pictures and Robert Scotia 193-268.Wilkie, Buchloh of the Nova Press Benjamin Halifax: D. H. by edited Press. of Cape Breton College of Art and the University and Design College Photographer New York: HarperCollins. York: New no. 115no. 200-201. (July): IN: Bloomington, Edition Project, 4-10. the Peirce by , edited 2 (1893-1913) Volume Press. Indiana University Press. of Minnesota University 22, 2 (March/April): no. Studies Death Parent”. among Bereaved and Adjustment in Processes of Grief 121-140. https://doi.org/10.1080/074811898201632 , Death to Response 2: The Dying, and Volume Death of Handbook In 20th Century”. Prior the to Publications. Sage CA: Park, 567-574. Bryant, Newbury Clifton D. by edited International Journal of of Journal International and Mourning Platforms”. on Presencing Media Social at Funerals: “Selfies 1: 1818-1831. no. Communication9, https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/3154/1402 https://doi.org/10.2307/778490 . Dead the Book of Harlem 1978. The Dodson, Owen Billops. and Camille Der Zee, James, Van When Hello Means Goodbye: A Guide for Parents Whose Child Dies Dies Child Whose Parents for A Guide Goodbye: Means Hello 1981.Schwiebert, Kirk. When Paul and Pat, Other and Photographs In Mining Labour and Capital”. Between Sekula, Allan. 1983. “Photography and Giroux. Straus, Farrar, York: New On Photography. Sontag, Susan. 1977. The Association”. Photographic the National to Address Southworth, Albert 1873. S. “An Troyer, John. 2007. “Embalmed Vision”. Mortality “Embalmed Vision”. 2007. John. Troyer, Death in America E., ed. 1975. Death Stannard, David Dead Matter: The Meaning of Iconic Corpses Iconic of Meaning The Matter: 2015. Dead Schwartz, Margaret. Rinhart, American Daguerreian Rinhart. and Marion Art Floyd, 1967. Press. of Georgia University Athens: Daguerreotype. ---. 1981. American The MA: MIT Press. . Cambridge, America in Photography and Death Shadow: the 1995. Secure Jay. Ruby, 1876-1915 Life, in Everyday Transformations 1991. America: Victorian Thomas J. Schlereth, Letters of a War Correspondent. Boston: L. C. Page. Correspondent. a War of A. Letters 1899. Charles Page, Philosophical Writings, Selected Essential 1998. Peirce: The a Sign?” In “What Sanders. Is Charles Peirce, . Minneapolis: Loss and Photography Room: Dark the in Light 2005. Jay. Prosser, of Photographs The Role 1998. Memories: “Lost Living Dawson. Children, and Pamela Gordon, Riches, ANTHONY ENNS ANTHONY Nygard, Paul David, and Catherine H. Reilly. 2003. “The American Family and the Processing of Death of Death and the Processing “The Family 2003. American H. Reilly. and Catherine David, Paul Nygard, The E. 1873. Charlie Photography”. “Post-mortem Orr, Meese, James, Martin Gibbs, Marcus Carter, Michael Arnold, Bjorn Nansen, and Tamara Kohn. 2015. Kohn. and Tamara Nansen, Bjorn Arnold, Michael Carter, Marcus Martin Gibbs, James, Meese, Metz, Christian. 1985. “Photography and Fetish”. October and Fetish”. Christian. 1985.Metz, “Photography RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 38 Aceite: 2020-06-14 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0002-1819-6836 — address Institutional Department University, of English, Dalhousie Room 1186, Nova Halifax, 6135 Ave. University Scotia, B3H 4R2. Canada Vibratory (2006), Vibratory in 2008. in 2008. Recebido: 2020-05-07 Recebido: Photography and Other Other and (2013), and Photography https://doi.org/10.34619/71p6-n941 — Received — DOI ENNS ANTHONY — note Biographical an Associate Enns is Professor Anthony Studies Dalhousie at and Media in English Scotia. Nova Halifax, in University has of photography history on the His work Picturing America: in the anthologies appeared in Identity and Politics, Realism, Trauma, Visual Culture American Modernism (2018). His essay Century Nineteenth the in Media and Hawthorne” Photography, “Mesmerism, also in Revista appeared de Comunicação e Linguagens RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 39

(2018). This comparative analysis will analysis (2018). This comparative ing with the spectral, and complicating received notions received and complicating ing with the spectral, - reinter and their films adopt and identity, space, of time, personal, explore to of magic realism conventions pret preoc- those beyond and social that spiritual, realities of the the prevalence Noting cupied their predecessors. cinema, this ar- Chinese magic realist ghostly in recent links that approach theoretical a evaluates critically ticle concept Derrida’s with Jacques magic realism cinematic representative of two the analysis through of hauntology The (2016) Blues Kaili and Cai Chengjie’s Gan’s Bi works, Widowed Witch used is realism magic ways distinctive alsohighlight two form as an alternative namely, in Chinese cinema today, for strategy and as a representational realism of critical magic As these films are unpresentable. the previously In the 2010s, Chinese cinema witnessed independent the and Yang Chao, Gan, Bi as such filmmakers rise of young representations sought alternative Cai Chengjie have who best described as practice an aesthetic through of reality ghosts, engag materializing By magic realism. cinematic — Abstract MEI GAO MEI Chinese University of Hong Kong Hong of Chinese University [email protected] MEI GAO MEI Entre a Ontologia e a Assombração: a Assombração: e a Ontologia Entre no Cinema Mágico Realismo Chinês Contemporâneo Between Ontology Ontology Between and Hauntology: Magic Realism Realism Magic Hauntology: and in Contemporary Chinese Cinema RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 40 The Widowed (2016) Gan Widowed Bi de Blues e The Kaili de Cai Chengjie de estudo apontando (2018), este realist in idiosyncratic ways, they not only illustrate the illustrate only they not ways, in idiosyncratic realist mode but of realist the magic and universality versatility of Chinese interests creative divergent the to also attest today. filmmakers cinematic | cinema chinese | magic realism | Spectrality Blues | Kaili Gan | Bi realism ao nas assistiu Chinês Independente Em 2010 o Cinema e Chao Yan Gan, Bi como realizadores jovens de cimento alternativas representações Cai Chengjie que trouxeram que pode ser estética uma prática de através realidade da fantasmas meio de Por mágico. realismo como descrita - e com a espectralidade com envolvidos materializados, - existen e identidade noções tempo, espaço de plicando convenções reinterpretam os seus e adoptam filmes te, sociais, realidades explorarem para mágico realismo do os que preocuparam das e pessoais além espirituais para as da a prevalência Sublinhando seus predecessores. este chinês, mágico realismo no cinema de sombração rea do teórica a aproximação criticamente artigo avalia de assombração de ao conceito cinemático lismo mágico repre obras análise duas de da através Derrida Jacques sentativas, Witch - mas idiossin modos dois diferentes, para comparativo mágico. realismo de cinema chinês pelo usados cráticos | realis | cinema chinês mágico | realismo Espectralidade Blues | Kaili Gan | Bi mo cinemático Introduction When Jia Zhangke spoke at the Berlinale Talents Summit in February 2020, he was asked asked he was 2020, Summit in February Talents the Berlinale at spoke Zhangke When Jia what and of Chinese filmmakers will be there a “Seventh Generation” he believes whether a “Seventh for wish he doesn’t that said Jia style. their cinematic might best characterize by unburdened of individualized expression an age he hopes for instead, Generation”; of memory of the Fifth impactful shaped so the work social deeply that collective events Chi- 1:11:59).years, (2020, recent Chinese in filmmakers Indeed, and Sixth Generation eclectic are whose styles nese independent cinema has seen filmmakers the rise of young — Palavras-chave — Keywords — Resumo MEI GAO MEI RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------41 (Beifangyipian - embodiesof Blues real magic form a Kaili , 2018) have soughtal- , 2018) have yang yizhi (Zhuangsile The Widowed Witch Witch Widowed The , 2016), Cai Chengjie’s explores the interlocking notions of time, memory, and dreams through through and dreams memory, notions of time, the interlocking explores (Changjiang tu 2018), and Pema Tseden’s Jinpa Tseden’s Pema 2018), and Kaili Blues Blues Kaili uses magical elements to construct social allegory, building on the long tradition of tradition on the long building construct social to uses elements allegory, magical seems altogether harder to define and has variously been labeled “poetic cinema,” “poetic cinema,” labeled variously been and has define to harder seems altogether 2016), Yang Chao’s Chao’s (Lubian yecan, Blues 2016), Kaili Yang Gan’s Bi as such works recent Notably, Locating Cinematic Magic Realism Realism Magic Cinematic Locating juxtapositionits sheer seemingly by of- two con The notion of realism,” “magic This article seeks to elaborate on this argument by critically evaluating existing the existing evaluating critically by on this argument elaborate This article seeks to uses materialized spirits to construct a discursive space for the sub the for space construct to a discursive spirits uses materialized Witch Widowed The MEI GAO MEI Crosscurrent - di of Sixth Generation the works from of continuity a certain bearing degree varied, and practices. cinematic previous departures from significant but also marking rectors its first since theoreticians and frustrated fascinated once has at concepts, tradictory paint in 1925 Roh Post-Expressionist Franz by describe the emergent, to conception altern, altern, (see Cao 2016, in Chinese film scholarship realism” or “magic aesthetic,” “plan-séquence the analyzed through be can productively Blues Kaili that I contend ZhouZhao 2017). 2020, works with other magic realist and be conversation of put into magic realism framework Chinese cinema. independent within recent tendencies creative bifurcating reveal to in contrast (1995) Post-Expressionism, Roh that argues Republic. the Weimar in ings by of world the phenomenal objectivity restores and Expressionism, Impressionism to stresses His theory of magic realism memories. and subjective feelings tactile evoking “For undertones, as he states, and their spiritual objects of worldly both the existence exhibits traditional traditional exhibits Witch Widowed The While specter. the articulation of the Derridean American Latin by inspired is director, the to according and, characteristics realist magic of Kaili practice (Cai 2018), the aesthetic fiction and Chinese ghost literature magic realist Blues critical realism in Chinese cinema. By contrast, contrast, Chinesein cinema. By realism critical matic magic realism. By materializing ghosts, merging past and present, emphasiz merging and ghosts, materializing By magic realism. matic the unknown and these films evoke world, undertones of the objective ing the spiritual solidity of of our living present. the perceived In the context underlying unknowable has been mode, is the dominant and still realism Chinese cinema, independent where and the articulation an opportunity of innovation provides stylistic for magic realism and the intangible. the subaltern, the spectral, and Blues Kaili works, representative of two the analysis through of magic realism ories focus, these thematic and films content,in tone, divergent Highly Witch. Widowed The Widowed The cinema today. in Chinese magic realist tendencies distinctive two exemplify Witch as a representational form, using magic realism cinematic to linked is integrally ism that the haunt that presences and spectral connections, cosmic realities, spiritual for strategy depiction of the ghostly: where in the films’ is manifested living present. This difference as cangmang, best described as cine practice an aesthetic through of reality representations ternative RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------42 in the reality of Latin of Latin in the reality Historically, Roh’s notion of magic realism was overshadowed by the artthe by move overshadowed was ofnotion realism magic Roh’s Historically, is an important magic realism that componentContending of postmodernism re the no that notice may one magic realism, of cinematic theories turn to When we MEI GAO MEI the new art, it is a question of representing before our eyes, in an intuitive way, the fact, way, art, intuitive in an new the eyes, our before of question it is a representing spirit foregrounding (23). By original]” [emphasis world the exterior of figure, interior the uality in the depiction of real objects, challenging the ordinary conception of space, and of space, conception the ordinary challenging objects, of real the depiction uality in Post-Expres miniature, the and monumental the between tension the with engaging 1995). (Roh of As realism traditions mimetic the from is freed of reality depiction sionist does not describes Roh objects of painted Guenther (1995) “TheIrene world observes, (35). it” instinct, through but ‘recreates’ nature ‘reproduce’ the 1960s in in- when Objectivity” — and only resurfaced — “New other name ment’s 1995, (Guenther 33). However, renewed was Republic in the art ofterest the Weimar Ale through of literature field the into disseminated was notion of magic realism Roh’s in 1949. real” jo Carpentier of theory “the his own marvelous (1995), formulated who is inherent Roh, Carpentier to the fantastic positsIn contrast that and geography, histories varied and folklore, of mythology due its wealth to America or “willing the reality of altering Instead (100). of Others group and its heterogeneous mar- (85), of doing Carpentier’s realism magic as Carpentier accuses Roh’s marvelous,” America, often of in Latin reality fantastic this already intensify to serves realism velous discourse. of the dominant the hegemony challenges a manner that (1995) ofmagic analysis Faris’s B. Wendy ofwork, the origin of cultural the gardless space, about time, ideas received of complication highlights the mode’s fiction realist - an “irreducible el not only contain texts realist magic Faris, to According and identity. of logic cause but also and effect emphasize the ordinary ement of disrupts magic” that - con details, descriptive extensive employing by of world the phenomenal the presence (167-169). Further- metaphors and materializing history, felt or structing alternative realms, of two or near-merging “the closeness often involve texts realist magical more, (171-172). of events understandings contradictory between doubt and invite worlds” two Jean-Francois fits realism magic questions, ontological with concern its in Therefore, presentations… for new searches definition of which postmodernism as “that Lyotard’s (185). sense impart to of the unpresentable” a stronger in order and formalism between the bifurcation with correspond tions of “magic” and “realism” specificitynear- on cinematic of thought schools contesting two in film theory, realism realist a inherently as viewed is film hand, one On itself. medium film the as old as ly or constructivist formalist hand, the other On nature. its photographic due medium to reor- for capacity of in its power the film medium lies the creative that believe theorists (2012) Skrodzka suggests Aga reality. physical ganizing, distorting falsifying and even the realist between the intersection at precisely is located magic realism cinematic that reality:to relationship of film’s and constructivist conceptions RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 43 ) in Chinese film theory, Victor Fan Victor ) in Chinese film theory, - of el persistence or return the to refers , Marx of Spectres that can drive the spectators towards total reality, without fully reality, total towards the spectators drive can that This potentiality of the cinematic image is central to the mechanism of cinemat the mechanism to is central image This potentiality of the cinematic embodiesIt superim - the figure. realist magic a is specter Derridean the such, As It is true that despite the essentializing tendency within film theory, cinematic il- cinematic within film theory, the essentializing tendency despite is true that It the inevitability of the real — ofreal the inevitability the simultaneously used is represent to realism] magic [Cinematic captured and world experiential of the fabric the material found in firmness the ontological via the me inevitability of dissolution that — and the unceasing image in the photographic dium’s kinetic valence, a feature perfectly suited to explore the perpetual transformation of perpetual the transformation explore perfectly to suited feature a valence, kinetic dium’s (125) original]. [emphasis illusion mere a into existence turns any that, in time, matter position of past and present, life and death, presence and absence. It is worth noting that is worth It noting that position and absence. of past and present, presence and death, life puts it, (1999) “Spec- Jameson As Fredric be to literal. specter does not have Derrida’s even maybe the past (and or that exist ghosts that the conviction not involve does trality within the living work, at and alive much very still is to prophesy) they offer the future and the often literal, are films, ghosts magic realist many in (39).present” However, and embedding it in an otherwise spectrality materializing By alive. much past is very underlying the unknown and unknowable films evokes magic realist aesthetic, realist solidity of present. our living the perceived tions, and each representation “introduces, to didactic or aesthetic ends, more or less less or more ends, or aesthetic “introduces, didactic to representation tions, and each in its entirety” subsist to not permit object do the original which abstractions corrosive - ontol in Williams this aporia 1980, 53). within Bazinian between (cited Seeing a parallel reality” (bizhen ogy and the notion of “approaching be in its imperfect can - under image state “the cinematographic that (2015) suggests stood as a potentiality (4). original]” actualizing it [emphasis the opportunity (2012) Skrodzka characterizes as it provides what ic magic realism, for with Derridean ontology juxtaposition with absence, of “presence as magic realism’s of notion haunting, first beingbecoming” with (126). Derrida’s hauntology, Jacques 1993his in introduced book the past,- ements from in Derri in the manner of as a ghost. experience, The cinematic 2015, 26). and Kamuf Jousse, Baecque, spectrality”(de to thoroughly “belongs view, da’s on screen is is present what image, of the cinematographic mechanism Due the very to - Derri of absence. its trace the contains absent. always alsoalready such, presence As nor perception neither hallucination living nor dead, is neither therefore, specter, da’s - decon it is “a words, (2005) Davis’s In Colin 2015, 27). and Kamuf Jousse, Baucque, (de and making absence, and presence death, and life between hovering figure structive (376).certainties vacillate” established lusion is even deemed by some realist theorists as inescapable. André Bazin’s famous famous Bazin’s André as inescapable. theorists some by realist deemed is even lusion itself” the object is image assertion “the photographic that (Bazin notwithstanding representa different permits several in reality event the same 14), that he allows 1967, MEI GAO MEI RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------44 ) to denote their denote ) to ) (Zhang Y. 2006, 29-30). 2006, Y. ) (Zhang modes of production and circulation of their modes of production and circulation are still concerned with urban subjects and met and subjects urban with concerned still are River Suzhou and tells the story of a pair of female doppelgängers inhabiting parallel uni- parallel inhabiting of doppelgängers the story a pair of female tells [emphasis original]” (Zhang Y. 2006, 26). 2006, This Y. (Zhang original]” ideology [emphasis official of independent LunarEclipse If Urban Generation filmmakers’ innovative approach towards cinematic realism realism cinematic towards approach innovative filmmakers’ Generation Urban Emergence of a Chinese Magic Realist Cinema Realist Magic a Chinese of Emergence mode only became more use the as a representational Although of magic realism , 2000) already started exhibiting a magic realist impulse. started realist a magic exhibiting already , 2000) he Suzhou ( River Suzhou Lunar Eclipse can be seen as a precursor to the emergence of magic realist cinema in China. Towards cinema in China. Towards of magic realist be emergence can the seen to as a precursor and Lou , 1999) Lunar Eclipse (Yueshi Wang Quan’an’s the end of the 1990s, as such films Ye’s story a love set in Shanghai, details River, Suzhou in the city of Beijing,verses whereas into herself after throwing and his kidnap victim, who, a small-time gangster between As Zhang of a lookalike. in the form been reincarnated seems have to the Suzhou River, as as well “induce the trope of twins or multiples our fascination suggests, Zhen (2007b) and identity” (353), of perception, knowledge, with the boundaries uneasiness - a charac 1995, 177). fiction (Faris in magic realist also observes Faris teristic tive forms of cinematic realism can be traced back to the works of- film independent the works to back be can traced realism of forms cinematic tive and opening policy of marketization era’s in the 1990s. with the Reform Along makers of dismantling the state-owned the the 1980s in the gradual studioup, enabled system of cinema in China in the 1990s an independent Z. 11), appearance 2007a, (Zhang with “the to alternative“independent” referring works… Jia and Zhang Ye, Yuan, Ming, Zhang as such Lou Zhang filmmakers cinema includes been la has variously This group Wenguang. as Wu such as documentarists as well ke, (Xinshengdai Generation” and “Newborn as “Sixth Generation” beled from identity born cinematic their and distinguish 1960s) the in of(most were them age 2006, Y. (Zhang Kaige as such Yimou and Chen Zhang filmmakers “Fifth Generation” highlights their the which Generation,” “Urban term 26). Zhang Zhen’s I prefer Here with “the and re-construction destruction preoccupation matic and ur- of social fabrics their prede from away Moving Z. 2). (Zhang 2007a, of post-1989ban identities China” Generation Urban narratives, grand and allegories construct national to desire cessors’ of experiences lived raw, the reveal that realism of breeds new champion filmmakers - incor language Their cinematic change. amid unrelenting subjects urban marginalized settings, natural often for opting and the hyperreal, both the documentary real porates portray re acting to and nonprofessional improvisation plots, or fractured nondramatic as truthful (zhenshi they perceive that alities a paradig 1990s marked in the late of Zhangke Jia the emergence locales, ropolitan his predecessors, Z. 15). Unlike (Zhang 2007a, Generation shift within the Urban matic of elements marginalized and migrants focuses on disfranchised work Zhangke’s Jia still be can seen This focus origins. in the magic on peripherality usually of rural society, prevalent in Chinese the impulse in the 2000s, cinema independent alterna pursue to prevalent MEI GAO MEI RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 45 Sin of A Touch and 2000). However, in Jia’s subsequent in Jia’s However, 2000). ). Portraying this reality does not necessarily necessarily not does reality this Portraying ). conflates magic realism with the film’s aes with the film’s realism magic conflates Zhantai, (Zhantai, , , 2007) haoren (Sanxia Life Still , 2004), - these to overar in addition elements magical 2013), he also incorporated I concur with Bertozzi’s analysis that cinematic practices of filmmakers such as such of filmmakers practices cinematic that analysis Bertozzi’s with concur I In his analysis of magic realism in Chinese of Bertozzi cinema the 2000s, Eddie of magic realism In his analysis While the notion of While post-socialism a frame that is certainly a useful I suggest one, MEI GAO MEI realist works under the current analysis. In surveying Jia’s early works, Jason McGrath McGrath Jason works, early Jia’s In surveying analysis. the current under works realist namely, of realism, sources distinct upon two draws director the that suggests (2007) 1990s long-take aestheticized and the in the early arose the post-socialist that realism art combination This of international cinema (82). in the tradition prominent realism in Platform apparent is especially of style The World (Shijie World as The such works Jia Zhangke has led to “a significant stylistic redefinition of the way filmic realism is way filmic of the redefinition stylistic significant “a to has led Zhangke Jia post-social- China’s (Bertozzi However, 2012, the Chinese in context” conceived 167). in Chinese the discussion cinema, of magic realism complicates in fact ist condition and materialities ofbecause different the coexistence post-socialism implies already the popular hence expression reality, lived within the superimposition of temporalities (mohuan “thereal” the is magical ji xianshi - em to elements magical incorporates which Life, of Still reading a close (2012) provides within the modernizing Chinese perceived Jia unnaturalness the phasize or reinforce in full dressed workers as such elements In the film,number a visual of unusual society. and sky, the a UFO flying across debris, disinfecting the urban gear protective chemical seen near-apocalyptic are in the space into landscape of launching building a futuristic as the construction of in water soon is a southern that be to town submerged Fengjie, Zhangke, as Jia such Bertozzi directors that progresses. argues Dam Gorges the Three privileges that realism cinematic to an approach adopted have Wen and Jiang Lou Ye, the re-tracing and breaking effect in real,” “documentary over ofreal” the “the feeling - Gen of Urban much characterizes ) that (jishizhuyi realism” of the “on-the-spot borders filmmaking (153). of post-social Bertozzieration - In his analysis, uses the framework of the premodern, the modern, and the postmodern the overlapping views ism, which of postmodernityin post-socialist argues in the Chinese context. He China as markers the sense be itself might that and that it is within this condition missing of reality that arise (163).the magic can Tianzhuding, (Tianzhuding, of an important making him development in the figure characteristics, stylistic ching China. cinema in magic realist Ber- this complication, an embodimentimply Overlooking mode. of the magic realist Platform of Zhangke’s Jia analysis tozzi’s theticized portrayal of the post-socialist condition, in which a degree of strangeness is of strangeness of the post-socialist a degree portrayal theticized condition, in which embedded. already for the discus form will productive and film be more aesthetics towards oriented work as Lou such predecessors Whereas analysis. the current under works of sion magic realist of modernity side the uncanny portray to Zhangke use elements and Jia magic realist Ye RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 46 re Blues Kaili ) when she develops powers to prophesy the future and communicate and communicate the future prophesy to powers develops she ) when xiannü Witch Widowed in The Real Magical The sto the tells Witch Widowed North,Set The ofwintry landscape in the rural the In the next sections, I will undertake a comparative reading of Cai Chengjie’s The of Cai Chengjie’s reading sections,In the next I will undertake a comparative MEI GAO MEI and and Witch Widowed The as such films modernization,and magic realist embodimentcoherent of the films’ illustrate to Blues Kaili Gan’s and Bi Witch Widowed theseAs two of spectral. the manifestation mode distinctive their and realist magic the of magic focus,characteristics content, and thematic in tone, highly divergent films are ways. in idiosyncratic also manifested are theorists by noted realism of their illegal in an explosion Dayong husband her third survived Having with the dead. cousin. Af Dayong’s raped by and in taken is Erhao paralyzed a workshop, fireworks - real of spiritual social and contemplation of filmmakers’ generation younger the flect Chi- of the post-socialist in recent the ghostly beyond ities condition. The prevalence of as haunting or spirits of materialized form in the cinema, whether neserealist magic and subaltern, the spectral, with the concern filmmakers’ the past, the younger signals discourse and of within the dominant modernization no place have that other elements and Witch Widowed both The these elements, to ghostly form give to In order progress. cine or “out-of-time” construct non-synchronic, to locales use Blues backwater Kaili mentioned, are and development Modernization discourse. ex-centric for spaces matic the Reform during cities but only in passing. Guangzhou, one of the fastest-developing seek to gone local men have where as a place Witch Widowed in The is mentioned era, going, of seemingly inclination opportunities,better any shows in the film but no one , the impending Blues demolishment has no prospect. that In Kaili in a town complacent but loom of life in the background, ways of old disappearance and gradual of buildings of a new than the advent the sense past rather underscore of a lost to serves this imagery some of the to investigate keen Seemingly these films are time, suspended in future. that locales in existence of human society about questions state the and fundamental both and timeless. are out-of-time “fairy revered a to outcast village the turns from who Erhao, ry ofwidow a three-time goddess” ( Dayong’s with stay to place a for a search on embarks Erhao her mobility, regaining ter an meet we journey, Shitou. Erhao’s brother Through younger deaf-mute underage, town rural of this impoverished realities the grim represent who ensemble of villagers village mayor, village out on his debt, skips a power-tripping who friend — Dayong’s at the in filth Long lives who man Grandpa old a paralyzed bully who the weak, wives When Wei. Xu entrepreneur but self-aggrandizing and a failing of his family, neglect is mysteriously his paralysis him a bath, Long and gives pity on Grandpa takes Erhao a her takes towards attitude the villagers’ has magic powers, Erhao that Believing cured. a lodging, secure to but her magic in order along 180-degree play to decides turn. Erhao She encounters territories. darker taking her into real, and more become more powers RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 47 is at first presented as coincidences, accidents, and a ruse accidents, for coincidences, as presented first is at ), leading to her outcast status. On the other hand, superstition On the other hand, superstition status. her outcast to ), leading The Widowed Witch uses Witch Widowed The the film portrays, reality grim the magic into Weaving su- by presenting of magic portrayal concrete for its increasingly The film up sets magic Erhao’s While MEI GAO MEI is a survival strategy in a village where material well being is impossible to achieve and achieve being to is impossible well material where in a village strategy is a survival superstitious keen on the using is for one, unhelpful. Erhao, scientificlargely thinking is makes mayor village the when example, For advantage. her to ofbeliefs villagers the ill fortune him if he sleeps that might befall the mayor warns she her, towards advances also all the villagers paralysis, Long’s “magically” Grandpa When Erhao cures with her. in solving and begin their own seeking her help as real her magic powers accept readily its popular against “…magic, that observation Skrodza’s corroborates This problems. been focused on prag has always prejudice, of irrational misconception as the realm a father who neglects his young daughters and abuses his wife because she hasn’t given given because his wife abuses and hasn’t she daughters his young neglects who a father suicide committed who Ruirui birth girl a son, the ghost of to a teenage meets and she down tears he life, an honest live to Wei advises Xu When Erhao after being molested. later (which gold discovers and accidentally hills on the village built he villas the tourist de the reclaims forcibly mayor village the greed, by Driven be to turns out brass). only of pa nature exposes the oppressive that construct a social to magic realism allegory - town. On the one hand, supersti this rural of in life reality perstition as an inherent married Erhao social and be can tion of seen backwardness. ignorance symptom a as and settle, would she is where this town that Long predicted because Grandpa Dayong mourn her to of accuse being Erhao “fated wives the village passed away, after Dayong (kefu death” husband’s velopment rights of the hills despite Erhao’s warnings, and he instructs pour people to warnings, Erhao’s of despite rights the hills velopment wit her powers, lost seemingly having her magic. Erhao, away take to on Erhao urine de the Although animals. wild for intended explosives by up being nesses Shitou blown Erhao prophesied, as Erhao be mine turns out to as catastrophic of the gold velopment seems care. to no longer and socially poverty-stricken disadvantaged In an already structures. power triarchal and the elderly, as women, children, such elements the most vulnerable environment, and indul of- sexism, greed, as instances abuse, disempowered multiply are animals en- Erhao characters the all As pervasive. those remain power in from vice in gence in the town the rural specific stand in for stereotypessocial that are problems, counters on builds Witch Widowed such, As The whole. film acts as a microcosm of society as a critical through of or social constructing national tradition allegory Chinese cinema’s As mode. realist magic the incorporating by innovation formal seeking while realism about our ideas received mode questions, distorts,the magic realist and complicates social structures norms and power in this case it is used challenge to existence, worldly in society. entrenched in plays superstition role the central foregrounding (2012,102). By aspects of matic life” to magic. conducive is already that reality a the film presents life, village RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 48 Strange Stories) and Strange - from zhi a Chinese Studio (Liaozhai In these instances, magic forms a discursive space where subaltern elements are are elements subaltern where space discursive a forms magic theseIn instances, The film’s magic as social is further critique the filmwhen portrays enhanced The film’s The film’s use of magic realism revitalizes these tropes for the screen while giving giving while for the revitalizes these screen tropes userealism of magic The film’s MEI GAO MEI able to communicate with each other outside the control of the patriarchal power struc power - of the patriarchal the control other outside with each communicate to able in the film. The most ex and paralyzing poignant as silencing is portrayed which ture, survival in a deeply superstitious town, magic becomes increasingly real as the film the film as be real increasingly becomes magic town, superstitious a deeply in survival realist overall the film’s is aligned with that portrayal and realistic concrete them a more Erhao through, when, turn halfway realist magic decidedly a The film takes aesthetic. Erhao asks The child landscape. the snow-covered amid in white dressed a child meets throws Erhao A flustered fox. be turns out to white a trapped who his mother, help to moments later, in her van reappear but the gears and props, costume out her Shamanic to see and able is Erhao this point magic by in the film. Later, genuine gained having Erhao helps suicide tragic her own despite of with the ghost Ruirui, who communicate Long Grandpa visits when Erhao Finally, death. on her husband’s second closure find dead find his body his house, only to in- him outside talks to she Year, on Chinese New a ghost talking to was she that realize doesn’t Erhao that The fact moments later. side reality. within Erhao’s and death of life of the realms the merging signals of turn- feat Erhao’s social problems. with entrenched confronted when futile largely a boy into is a case-in-point. a girl from of sister-in-law her former ing the unborn child gins to present spirits in material forms. Notably, the tropes of spirits that walk among among walk that of tropes spirits the Notably, forms. in material spirits present gins to In as Search such literature Chinese ghost/fantasy in traditional mortals prevalent are (Soushenji Supernatural the of yi). being her cousin-in- by raped Erhao witnesses a paralyzed the audience is when ample crying Erhao the audience hears While point-of-view. Erhao’s from take in a long law after Even in the scene. unheard go stop him to for her screams out in a voice-over, does not speak of assault, the sexual she - remain and mobility, her voice regains she elements ofsubaltern A community environment. within this oppressive ing voiceless teenage the film, with Shitou, throughout beginning deaf-mute a Erhao around forms Long’s Grandpa Ruirui and child, confidant. only fox spirit of the The is Erhao’s boy who speak. As to they able magic are Erhao’s and only through silenced, similarly ghosts are certain a de and offers subaltern the between solidarity fosters such, magic in this film in child of of the fox the spirit the inclusion Notably, the oppressed. for of catharsis gree characteris a animals, and humans between equality existential the suggests mix this Europe Central cinema in Eastern Skrodza in magic realist (2012) tic that also observes later we (75). that an apple is eating fox seen ofwhite In the opening the film, a image when significance on increased takes This image explosives. to with find out loaded be while his death meets Shitou and when as a child is materialized of the fox the spirit of these the end of two the film. at synonymity The disposetrying to of the explosives so and the animals towards cruelty humankind’s between a parallel establishes deaths the Other. towards cruelty ciety’s RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 49 uses magic realism to offer to usessocialcom- and magic realism political Kaili Blues Blues Kaili uses construct magic to a social allegory, Witch Widowed The The Widowed Witch Witch Widowed The As such, Kaili Blues in Kaili Exist Does Not That Place The Whereas MEI GAO MEI Originally intended as a ruse to stop the sister-in-law’s husband from abusing her, Er- her, abusing from husband as a ruse sister-in-law’s the stop intended to Originally birth a son gives to despite and the sister-in-law seems work, to nevertheless ritual hao’s of instance this is an Although a girl. is the fetus that stating test ultrasonic an earlier consequence of Er- the unintended on intent portraying film is more magic, the real support to order in son.newborn their In daughters their sell couple the — success hao’s sex entrenched impact on the deeply nor science neither magic has any other words, ism in this town. Erhao’s growing magic enables her (and the audience) to witness more more witness to audience) the (and her magic enables growing Erhao’s town. in this ism powerlessness This change. real any make to is powerless but she her, around tragedy in mine” the “gold developing from mayor the village prevent to tries Erhao peaks when real effect of This futility to magic away. taken her magic forcibly have only to the hills, deep-rooted how exactly exposing by message political the film’s to contributes change the obsession and abuse of power, sexism, of as children, neglect such social problems are. development with economic es the filmmaker’s presence and suggests that the magical reality presented in the film presented reality the magical that suggests and presence the filmmaker’s es poignant social critique, and political construction. cinematic a but is Due film’s the to a de and creates censorship around work to strategy as a creative serves magic realism in. In- we live reality the actual of the film from the narrative of between distance gree Witch Widowed The world, existing of the understanding of a different presenting stead expose and criticize the it may where reality constructa parallel to uses magic realism in society. entrenched of power imbalance mentary rather than to portray a different understanding of the existing world. Using Using world. existing of the understanding a different portray than to mentary rather the device, magical key its as Chinesein culture exist already that tropes and beliefs ostensible The exaggerated. familiar and at once is that reality a magical film presents attention alsosocial draw critique, film’s the intensifying from of magic, aside instances stylistic through constructed-ness is heightened This constructed nature. the film’s to emphasiz which cinematography, and black-and-white as mixing colored such choices tells the story of the story an tells Blues in Guizhou, Kaili town Set in Kaili, a subtropical alist mode. his during doctor Chen Sheng, both mother and wife whose passed away ex-convict apartment the left him her old buy money to and having His mother, prison sentence. Face Crazy father Weiwei’s as Weiwei, of nephew his care take to him told clinic, local Chen Sheng against a grudge other hand, holds on the Face, thug. Crazy is an unreliable has a strange Weiwei dying. As young as their mother was because not there he was boss gang former with the brothers’ live him go lets Face Crazy with clocks, obsession because of in the neighboring Zhenyuan shop town repair runs a clock now who Monk, by his creditor, son,his own off had his hand chopped murdered being who before explores the interlocking notions of time, memory, and dreams through the magic re through and dreams memory, of notions time, the interlocking explores RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 50 ) in - Wid The - con a is Blues Kaili ) or magical (mohuan) or magical ramo (1955) áramo as the literary represent actual memories actual memories represent ). …The magic is driven by imag by magic is driven ). …The articulates the specter of the past through memories, dreams, dreams, memories, articulates the specter of the past through Blues Kaili , Unlike their surrealist counterparts, in the film surrealist their dreams Unlike is a film about time. Scattered throughout the film, throughout about is a film time. Scattered Blues and foremost, Kaili First Although Bi Gan never explicitly described his films as magic realist and even re even and realist described his films as magic explicitly never Gan Bi Although rather than irrational, subconscious imagination. Chen Sheng and his elderly female female subconscious imagination. Chen Sheng and his elderly irrational, than rather lost.- When Guangli they have about the people dreams both Guanglian have colleague of dreamed “I says, accident, she about her son died in a traffic who a dream an recounts mum your from collect to he went batik That motorbike. his new riding son. was my He the motif of clocks in its various forms present time as being stopped, going forward or time as being forward present stopped, forms going in its various ofthe motif clocks - This circu question the notion of and irreversible. into time as linear calling in reverse, time linear represent to come which the motif of by trains, time is counterbalanced lar goes of time contemplation the film’s However, the future. towards races inevitably that the past and the beginning, From establishes these of symbols time. the film beyond far Derrida’s as superimposedpresent other in the manner described Jacques by upon each like spirits and ghosts materializing than rather ofnotion haunting. However, backstories. the characters’ together piece gradually as we and objects ination. It’s not like anything is already magical.” This comment emphasizes the film- emphasizes This comment magical.” is already anything not like ination. It’s theory of Roh’s like much of reality, within the portrayal magic in creating role maker’s artistic through instinct. While world phenomenal the “recreates” that realism magic superim - the film’s that of magic, I contend elements no ostensible contains Blues Kaili un- on the spiritual articulation emphasis and position of of the spectral, temporalities, embodiment magic realism. of a coherent cinematic exhibit dertones of the mundane owed Witch MEI GAO MEI - Wei get to Determined watch. a wrist for asking dreams in Monk’s appeared repeatedly soon a journey into turns Zhenyuan, which to on a trip embarks Chen Sheng back, wei the past, where take a 42-minute long in culminating and regrets, memories through Dangmai, Chen In “Dangmai.” called place fictional in a converge future and present on his unreliable be out to turns Weiwei) later (who a teenager with a ride Sheng hitches - pipes. Real Lusheng play who ethnicity of of the Miao musicians in search motorbike of buttons the resortsSheng Chen town, left getting to have musicians the that izing a beautiful Zhenyuan, seamstress meeting to his trip his shirtresuming before mended sees he suddenly As he waits, be guide. to a tour Kaili to return to plans who Yangyang, seem recognize to but doesn’t in Dangmai stylist as a hair Zhanghis wife works Xi, who song children’s a his wife sing to him.Sheng finally fulfills Chen his wish In Dangmai, goodbye. a proper in prison and say he learned sisted the label on some occasions (or the label of “poetic cinema” for that matter) (Bi (Bi matter) that for of “poetic cinema” the label on some (or occasions the label sisted P Pedro novel realist magic Rulfo’s Juan he cites 2016b, 2019), from the comments (Bi Certain 2016b). the most affinity shares his film with which work of realism the into magic incorporating that also imply filmmaker (xianshi is realist of Kaili if the town When asked scious choice. his eyes, Bi (2019) states, “It’s all very normal (xianshi all very “It’s states, (2019) Bi his eyes, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 51 ). The notion of “giving dreams” is itself magic dreams” ). The notion of “giving The past is also embodied by objects that the characters keep, emphasizing the emphasizing keep, The past is also the characters embodied that objects by hand with the superimposition hand in of different goes of identities The mirroring MEI GAO MEI was covered in blood from his hands. If I’d known, I would have told her not to make the make to her not told known, have I would If I’d hands. his in blood from covered was superimposes the film in happenings dreams, through memories presenting By batik.” When in time. moments of disparate them as portraying instead on the present the past - pipesear in an Lusheng playing ethnicity of of the Miao musicians dreams Chen Sheng superimposed visually of sleep Chen Sheng on the shot is even the dream lier scene, Chen Sheng that memento The only physical world. undertones of the objective spiritual the in a home, object As an uncommon his wife. a night out with is a disco ball from keeps Chen Sheng of Although as an object magic. attention the viewer’s disco ball demands the disco ball is symbolic of their past; as such, it is a spec his wife, about - dream doesn’t living present.Guanglian’s in Chen Sheng’s place occupies a significant that presence tral so more than Chen Sheng’s. even perhaps objects, through also manifested are memories see entrusts Sheng with bring Chen Airen, Guanglian not go would she decided Having ing. One not only hears the sound of Lusheng pipes but also sees, albeit vaguely, the the sound pipesing. also of but sees, Lusheng only hears One not albeit vaguely, as disappears reflection The on the headboard. reflected musicians of the Miao shadow the sound ofLusheng he hears where the balcony, to out up and goes Chen Sheng wakes between the boundary this scene blurs Presented this way, below. the streets pipes from In addition,es the film indistinguishable. them practically making and reality, dream Chi- the through present living and the dreams between connection a cosmic tablishes (tuomeng dreams” nese notion of “giving with the still communicate may dead physically are thoserealist, who maintaining that he repeat death, son’s after Monk’s example, For dreams. appearingliving by in one’s open to had has clock a Monk wristwatch. a for asking dreams, Monk’s in appeared edly Airen, lover about her former ease After dreaming to his mind. in Zhenyuan shop repair and wants ill is gravely Airen son, her that telling Airen’s from a call receives Guanglian cosmically he seems have to dead, yet is not Airen Although see time. to her one last her. out to his son before reaches dreams through Guanglian to his message transmitted not only embodyBlues superimposition the of various in Kaili dreams In other words, of the boundaries blurs a juxtaposition that but also represent of realms temporalities, death. and life and non-space, space focuses that film the in onshots Zhenyuan. of one In to few the memorabilia Airen’s ing music tape, — a table on a coffee memorabilia out Airen’s lays carefully Guanglian objects, the spiritual to of and a shirt Airen, attention a photo him. bought calls for she This shot usedto props akin a significance gain later undertones of which these objects, common Chen Sheng puts on where in Dangmai, adventure Chen Sheng’s during in a magic ritual This ges “Goodbye.” called album an tape, music Airen’s wife his shirtgives and Airen’s as a past Airen as well his wife to goodbye as Chen Sheng saying be can interpreted ture and Sheng’s Chen between the synonymy Guanglian, establishing to goodbye saying the notion of identity. and complicating loves their lost for grief Guanglian’s RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 52 The superimposition of past and present and the articulation of spectrality, present superimpositionThe of and the articulation past and present of spectrality, Bazin, most famously, has applauded the strong sense of reality that a long take is take sense a long the strong that has applauded of reality Bazin, most famously, MEI GAO MEI , as can be seen in the sequence of Chen Sheng’s confrontation confrontation be, as can seen Blues sequence in the of Sheng’s Chen in Kaili temporalities and erase tombstone their mother’s change to decision the latter’s over Face with Crazy we once the see where flashback a to cuts film the argue, they As name. Sheng’s Chen house. One can in a Mahjong creditor son’s out Monk’s Sheng seeking Chen hard-boiled that learn present, later as we Chen Sheng’s on heavily weighs this incident surmise that life. of his years nine losing hand, off prison cutting the creditor’s to for Chen Sheng went a where on a table land to pans slowly the camera the creditor, confronts As Chen Sheng poem.a reads voice-over - cam The Sheng’s Chen as there stays and over toppled has glass the present. fighting in Face Sheng and Crazy Chen reveal to panning then continues era conflict,family the present scene of into directly blends of past violence As the flashback physical one in coalescing identities past and present Chen Sheng’s scenethe presents thesignifies present Chen Sheng’s to link this particular to flashback The choice space. is still embodied past as a thug his brother by as Chen Sheng’s of identities, blending film’s Chen Sheng in the present. torment to continues who Face, Crazy - time and con of real the establishment through the audience to of conveying capable - 35-36). charac Chen Sheng encounter 1967, (Bazin watch space As we tinuous physical he before driver truck the alcoholic Weiwei, — a future temporalities various from ters already Chen Sheng’s accident, sonand most importantly, in a traffic Guanglian’s killed — a sense wife deceased the juxtaposition the strong of arises from magic between that encounters and Chen Sheng’s the cinematography by sense conveyed of reality - elimi ostensibly take the long Although proper. in time and space exist cannot simply of cinematic the mechanism exemplifies choreography film editing,elaborate the nates rep inherent Skrodzka (2012) as “cinema’s describes utilizes what that magic realism ed in the form of memories, dreams, and objects, established Chen Sheng’s living present Chen Sheng’s established and objects, dreams, ofed in the form memories, - become the past.as being and shaped synony and remembering by haunted Dreaming as Chen Therefore, indistinguishable. practically present and the waking life mous, dream an take to manages film the Weiwei, reclaim to Zhenyuan to trip his on embarks Sheng As Chen Sheng wakes and tone. aesthetic realistic its turn without losing overtly magical he re death, of his wife’s he left prison and learned of the day a dream-memory up from - Zhenyu has stopped reaching before time, linear represents which train, the alizes that of the train station, the window train of an ordinary is that an.the scenery outside While as Dangmai, to entrance actual the is This shot of prisona cell. bars metal the like looks in one coalesced already have Zhenyuan) to the trip (of the present prison) and the past (of ofMiao a group Following of visuals. combination the unlikely through reality physical Thus begins the film’s Dangmai. to leads that a tunnel into Chen Sheng heads musicians, - Dan around travels Sheng’s Chen follows camera the as take long hand-held 42-minute, reality. in exist doesn’t it although screen on existence objective an on takes gmai,which and transform. preserve to ability dual cinema’s duality”resentational (125), namely, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 53 . These films exemplify major ways ways major exemplify . These films Blues Kaili ’s magic realism builds upon a variety of narrative traditions, traditions, of narrative upon variety a builds realism magic ’s Witch Widowed The presents a form of magic re a form presents Blues Kaili As such, manipulation. formal from stems occurs on the narrative level, magic in Kaili level, on the narrative occurs Witch Widowed magic in The Whereas The long take comes to an end when teenage Weiwei takes Chen Sheng to the to Chen Sheng takes Weiwei teenage an end when to comes take The long Conclusion magic re links cinematic that approach the theoretical has explored This article MEI GAO MEI Blues Blues By blurring the line between existence and illusion, the long-take sequence of Dangmai sequence of Dangmai illusion, and the long-take existence line between the blurring By es the exhibiting aesthetic, beingin a realist rooted while magic indisputable conveys he is Sheng that Chen tells Zhenyuan. Weiwei a boat to take he may where riverbank so of the train, wagon on each clocks drawing by Yangyang time for turn back to going Chen in reverse. going hands will see she passes the clock Dangmai, the train when that him- to murmurs is Weiwei, name the teenager’s that the discovery by Sheng, shaken of quality Chen the dream-like that one might argue Although a dream.” like “It’s self, that suggest realism, I magic with affinity its reduces Dangmai in adventures Sheng’s Dangmai. of reality Searching the reinforce the end of the film towards details several teenage from in Zhenyuan, Chen Sheng uses he got a binocular that Weiwei young for sol- the similarly hints at existence solid, objective The binocular’s in Dangmai. Weiwei son in Zhenyuan, Airen’s When Chen Sheng locates of Dangmai. existence id, objective pupils, Airen’s are Dangmai in for searching was he musicians Miao that alsohe learns is the of Airen the photo this time, By his funeral. at song Airen a last for play to here son, having Airen’s to give to Chen Sheng has left that memorabilia of Guanglian’s last with Chen Sheng drifting The film ends in Dangmai. tape the music his wife to given link of on each drawn clocks by, swooshes As another train again. on the train sleep into of turning image This in reverse. going hands of clock image one moving form the train of the mechanics the film on a but also time not only ends poetic note encapsulates back with the notion of time. relation cinema’s contemplate one to cinema, inviting sential characteristic of realism. magic sential characteristic mem- of time, portrayal form. The film’s cinematic the to linked is intimately alism that illusion, and fully existence the boundary between blurs consistently and dreams ories, half of the film, the first the Throughout utilizing the potentiality image. of the cinematic (2012) Skrodza’s borrow — to up to is building and objects memories, of dreams, portrayal This (127). ‘home’” literal [cinema’s] to dealt transgression “the— figurative again words is in turn captured in Dangmai, adventures embodied Chen Sheng’s by transgression, realism. of degree largest the conveys arguably that device the filmic take, with the long Whereas expanding the of cinema, boundary mechanism in effect upon builds the very Blues Kaili itself. realism of cinematic mag distinctive of two analysis the through of spectrality concept Derrida’s alism to and Witch Widowed The works, ic realist as an alternative namely, is used magic realism in Chinese cinema today, independent RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 54 can give us some give can Blues Kaili , January 2, 2019. http://www.myzaker.com/ 2, 2019. , January The Widowed Witch and Witch Widowed of The analysis The comparative 6, no. 2: 153-172. no. 6, Cinemas Chinese of Journal Style”. Jishizhuyi of the Cinema and the Reconfiguration . https://doi.org/10.1386/jcc.6.2.153_1 Co.. (Beijing) Pictures The Movies Heaven Co., & Media Culture https://movie. 18, 2016. 蜉蝣, July Fuyou by Interview Film]. Because of Only Meaningful My Are . douban.com/review/7996548/ all and Dreams Memory, Time, Where Dangmai, Called the Place Like I Quite Gan: Bi Zaker Moviebase. by Interview Come Back]. article/5c2cb80b77ac644c8639d61d. (Beijing) Co.. . https://www.iqiyi.com/v_19rqykztww.html 00:12:17. Audio-Visual, Construction and Plan-séquence Audiovisual Image: as New Blues of Kaili the Possibility (On http://www.cnki.com.cn/Article/ 8: 25-27. no. 2016, Cinema 当代电影 Contemporary Aesthetics). CJFDTotal-DDDY201608007.htm. MEI GAO MEI — Bibliography Press. of California University 1. Berkeley: Vol. is Cinema?. What 1967. Bazin, André. Chinese in Contemporary Realism Magic(al) Things: of the Wildest Still Life Bertozzi, 2012. Eddie. “A (Beijing) Blackfin Co., Media China: China Film (Shanghai) International Blues. Kaili 2016. Gan. Bi, Awards Festival Gan: with Bi Interview — 2016b. “专访毕赣: 电影节奖项因为我的电影，才有意义” [An with Interview “专访毕赣: 我挺喜欢荡麦那个地方，时间、记忆、梦全都回来” [An — 2019. . China: Beijing Glazed Sky Production,. China: Beijing Glazed Pictures iQiyi Motion Witch Widowed Cai, Chengjie. 2018. The iQiyi, 2018. than Magic]. Magical — 2018b. is more “有时候现实比魔幻更魔幻” [Sometimes Reality “视听情境建构与长镜头美学 ——论《路边野餐》作为新影像的可能” 曹柳莺. 2016. Liuying Cao, In Magical History, Realism: Theory, Real.” 1995. Alejo. “TheCarpentier, the Marvelous and Baroque form of critical realism and as a representational strategy for the previously unpresent the previously for strategy representational and as a realism of critical form - in to back be can cinema traced of a Chinese magic realist the emergence While able. a shown have China in films realist magic 1990s, recent late the from works dependent for the past, the metaphor rich a offers which or ghostly, focus on the spectral stronger present. our living underlying elements the intangible and subaltern, ers a discursive space to explore the hidden, silenced, or incorporeal elements of society or incorporeal elements the hidden, silenced, explore to space a discursive ers is as a style realism magic Although ways. so do in innovative them to but also enables folk with Chinese culture, affinity its organic America, Europe and Latin theorized in first manifestations idiosyncratic to has led world of the spiritual and conception time, cyclic for mode representational the as has realism Chinesein served filmmaking. magic While of post-socialist qualities that modernity 1990s in the the unnatural and 2000s, I suggest can look both Chinese filmmakers which point from vantage a offers today magic realism in the present. as they stand firmly films discussed the past and future As the two to in this lead and it may and evolving, is still developing magic realism cinematic attest, article can yet. expressions of cinematic terrains new to initial insights into this phenomenon — magic realism, a representational mode that has mode that a representational — magic realism, phenomenon this into initial insights Chinese filmmak not only offers applicability, and broad flexibility, its versatility, proven RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , 55 . . Minneapolis: University of University . Minneapolis: 59, no. 3: 373-79. no. 59, , eds. Lois Parkinson Zamora and Wendy B. Faris, 33-74. 33-74. Faris, B. and Wendy Zamora Lois, eds. Parkinson , eds. Lois Parkinson Zamora and Wendy B. Faris, 163-190. Faris, B. and Wendy Zamora Lois, eds. Parkinson , ed. Michael Sprinker, 26-67. London; New York: Verso. York: London; New 26-67. Sprinker, , ed. Michael . China, Hong Kong: Xstream Pictures, Shanghai Film Studios. Pictures, Xstream Kong: . China, Hong , ed. Zhang Zhen, 81-114. Press. Duke University Durham: , eds. Paul G. Pickowicz and Yingjin Zhang, Pickowicz G. 23-45. Paul Lanham,, eds. MD.: Minnesota Press. Minnesota History, CommunityRealism: Theory, Press. University Duke Durham: Magical History, Community Realism: Theory, Press. University Duke Durham: Spectre de Marx Derrida’s , ed. by Lois Parkinson Zamora and Wendy B. Faris, 15-31. Durham: Faris, B. and Wendy Zamora Lois, ed. by Parkinson Community Press. Duke University Press. University Edinburgh Berlin International Film Festival, February 23, Audio-visual, 2020. 1:15:51. February Film Festival, International Berlin https://www.youtube. com/watch?v=K3SHxcU7PNw. GmbH. the of Turn at the Society and Cinema Chinese Generation: Urban In The Aesthetic”. Transnational Twenty-First Century . https://doi.org/10.1093/fs/kni143 1-2: no. 22-39. www.jstor.org/stable/10.13110/ 37, Discourse Derrida”. with Jacques Interview discourse.37.1-2.0022. Paul in Association with the British Film Institute. in Association with the British Paul , eds. Lois Parkinson Zamora and Wendy B. Faris, 89-108. Durham: 89-108. Durham: Faris, B. and Wendy Zamora Lois, eds. Parkinson Community Press. University Duke 2017, no. 3: no. 80-86. 2017, Art 电影艺术 Film and Crosscurrent]. Blues Film: Kaili https://www.cnki.com.cn/Article/CJFDTotal-DYYS201703015.htm. From Underground to Independent: Alternative Film Culture in in Culture Film Alternative Independent: to Underground In From Independent Film and Video.” Contemporary China & Littlefield. Rowman of Turn at the Society and Cinema Chinese Generation: Urban In The (Zhuanxing)”. ‘Transformation’ Press. , ed. Zhang University Duke Zhen, Century Durham: 1-45. Twenty-First the , ed. Zhang Century Twenty-First the of Turn at the Society and Cinema Chinese Generation: Urban Press. University Duke Durham: Zhen, 344-387. 北京社会科学 Social Imagery]. Country Directors’ Generation of the New Path Realism The Magical 1: 64-72. https://doi.org/10.13262/j.bjsshkxy.bjshkx.200107 no. Sciences Beijing of 2020, Jia, Zhangke. 2006. Still Life 2006. Jia, Zhangke. Faris, Wendy B. 1995. “Scheherazade’s Children: Magical Realism and Postmodern Fiction.” In Magical Fiction.” and Postmodern Realism Magical Children: 1995. B. “Scheherazade’s Wendy Faris, In Republic”. and the Arts the Weimar during Objectivity, New 1995. Realism, Irene. “Magic Guenther, Jacques on A Symposium Demarcations: In Ghostly Letter”. Purloined 1999. “Marx’s Fredric. Jameson, Talents Berlinale Cowie. Peter by Interview Cinema”. of Amateur The Age Change: “Collective — 2020. Roh, Franz. 1995. “Magic Realism: Post-Expressionism”. In Magical History, Realism: Theory, Post-Expressionism”. Realism: 1995.Roh, Franz. “Magic . Edinburgh: Europe East Central in Skrodzka, 2012. Cinema Aga. Realist Magic Lunar 1999. Eclipse.China: Beijing Film Studio. Quan’an. Wang, . Germany, China, France: Coproduction Office, Essential Filmproduktion Coproduction Office, China, France: . Germany, River Suzhou 2000. Lou, Ye. a to “The Postsocialist Realism From Zhangke: Cinema of Independent Jia 2007. Jason. McGrath, De Baecque, Antoine, Thierry Jousse, and Peggy Kamuf. 2015. “Cinema and Its Ghosts: An Ghosts: Its and 2015.“Cinema Kamuf. and Peggy Jousse, Thierry Antoine, De Baecque, Theory Chinese Film Reality: Locating Approaching 2015. Cinema Victor. Fan, French Studies French and Phantoms”. Spectres “Hauntology, Colin. 2005. Davis, MEI GAO MEI ” [Towards Chinese Poetic Chinese Poetic “趋向诗意电影的《长江图》与《路边野餐》” [Towards Zhou, Dongying 周冬莹. 2017. Zhang, Yingjin. 2006. “My Camera Doesn’t Lie? Truth, Subjectivity, and Audience in Chinese and Audience Truth, Subjectivity, Lie? Doesn’t Zhang, Camera Yingjin. “My 2006. ofZhang, Cinema in the Era Zhen. Chinese Witness: “Introduction: Urban Bearing 2007a. In The Art Cinema”. of an Emergent and the Identity Sisters, Phantom Dreamscape, “Urban — 2007b. Narrative: “Pain” 痛感’叙事：新生代导演乡土影像的魔幻现实主义路径” [The “‘ 赵轩. 2020. Zhao, Xuan . London: Routledge & Kegan & Kegan . London: Routledge A Reader Cinema: the and ed. 1980. Realism Williams, Christopher, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 56 Aceite: 2020-08-08 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0001-6615-1547 — Acknowledgements ProfessorA special Kristof to thanks of Hong (The Chinese Troost University den Van the during he provided the help all for Kong) research. ofcourse my — address Institutional Independent scholar. Recebido: 2020-07-03 Recebido: https://doi.org/10.34619/jxrf-rh75 — Received — DOI GAO MEI — note Biographical of Master her completed recently Gao Mei in ChineseArts Studies the Chinese at degree graduated Previously Kong. of Hong University with a double University Northwestern from and Philosophy, Radio/Television/Film major in Mainland in film production in worked she the pursuing before years three China for study the graduate of Chinese cinema at her industry experience Informed by level. her research in philosophy, and background and trends with emerging is concerned within Chinese cinema, independent practices of cinematic forms in particular alternative in of the fantastical and manifestations realism settings. contemporary RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 57 , o A Christmas que é expressa pela forma dos filmes. O artigo filmes. dos forma pela que é expressa , in which the ghosts are figures of authorship and authorship of figures the ghosts are , in which medium termina com considerações sobre a adaptação de 2009, de 2009, de a adaptação sobre considerações com termina rical” qualities of Charles Dickens’s classic classic Dickens’s of Charles qualities rical” Carol - further qual the It that articles of images. manipulators film silent-era the story’s into strongly over carry ities 1901, 1910, 1913 and (dated four of which adaptations, ex 1923)sense a for of examined medium awareness are on the remarks with form.It ends film through pressed - 2009 as a digital era-inheri Robert adaptation Zemeckis tendency. this reflexive to tor | medium | adaptation supernatural films | ghosts | Silent | reflexivity awareness “lan- qualidades das em favor artigo, argumenta-se Neste A de Christmas “fantasmagóricas” ou Carol térnicas” fi- são os fantasmas no qual Dickens Charles de clássico - Argumen imagens. de e manipuladores autoria de guras - visivelmen são qualidades ainda, que mesmas estas ta-se, do cinematográficas as adaptações para transportadas te 1901, 1910, (de quais das quatro período cinema mudo, do 1913 e 1923) uma consciência de em função analisadas são do This article argues for the “lanternic” or “phantasmago for argues This article — Resumo — Keywords — Abstract MURRAY LEEDER MURRAY University of Manitoba, Institute for the Humanities for Institute Manitoba, of University [email protected] A Cena da Assombração em Adaptações em Adaptações Assombração da A Cena Carol A Christmas de Mudas LEEDER MURRAY The Scene of Haunting in Silent in Silent SceneThe of Haunting Carol of A Christmas Adaptations RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- 58 - | fan to say nothing of its broader influence nothing of its broader say to 1 It’s a Wonderful Life (2015, 80-114). Life The link between a Wonderful It’s How the Grinch Stole Christmas (1966), Christmas Stole name a just to Grinch the How ’s lasting success has to do with its ability to seamless to ability its with do to has success lasting ’s Robert Zemeckis, entendido como um filme da era digital da era Robert filme um como entendido Zemeckis, reflexiva. tendência desta que é herdeiro medium mudo | consciência | cinema do Adaptação | sobrenatural | reflexividade tasmas and is also, of course, a ghost story, and in that respect is both old- is both respect old- and in that a ghost story, is also, of course, A Christmas Carol , as L. Sandiford’s 2008 biography and its 2017 film adaptation would have it. would have and its 2017 film adaptation 2008 biography , as L. Sandiford’s A Christmas Carol , force de tour technical in an amazing offers, It in the story. ... performs role a dual Fantasy roots his own the miser rediscover to a non-Christian persuades ‘magic’ that Christmas linking this personal same time, at the self-discovery while, and soconversation, a effect Probably the single most popular secular Christmas story, A Christmas most popular the single secular story, Christmas Probably Carol 2 A Christmas Carol and Carol A Christmas the links between Gilbert develops Christmas stories and the supernatural goes far beyond Dickens and significantly predates it (Johnson 2015). To it 2015). predates (Johnson and significantly Dickens beyond far goes and the supernatural stories Christmas Last appear films like in Christmas with conspicuous elements frequency Christmas supernatural (2019); this day, see (2018, 335-94). Rosewarne episode “Tapestry,” nicknamed “A Q Carol” (Altman and Gross and Gross (Altman Q Carol” “A nicknamed (1987-94) Generation episode “Tapestry,” Next The Trek: E.g. the Star 1994, 78).

played a significant role in the Victorian refurbishment of Christmas as an occasion for as an Christmas of occasion refurbishment the in Victorian role a significant played (Golby function religious the holiday’s from unpinned somewhat humanism charitable Invented Who Man and Purdue 1986); as The is anointed Dickens that it is on this basis Christmas unwanted those like in Shakespeare, function rather ghosts Its and new-fashioned. modern- new under as it reflects though and advice, dispense who warnings visitors and the of the supernatural its blurring especially in of the supernatural, standings of Part mind. ly reconcile sacred and secular traditions, while also melding Gothic sensationalism Gothic sensationalism also melding while and secular traditions, sacred ly reconcile of the super - is its deployment this success to Critical sentimentality. and humanist Prickett: S. Writes natural. 2 1 MURRAY LEEDER MURRAY is one of the most adapted pieces of pieces is one ofmost adapted the Carol 1843 A Christmas novella Dickens’s Charles cultur - continual whose it a story call to ventures . One language English fiction in the in a number of on its adaptability depended has centuries two to close for al visibility - continu its and prose than other media to sensestranslation to both— amenability its adaptations dozen “official” The several contexts. of cultural a variety to ing relevance the unofficial ones, by outnumbered vastly are — Palavras-chave underpins later seasonal favourites like like seasonal favourites underpins later Carol A Christmas Surely on other media texts. (1946) Life a Wonderful It’s few. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 59 - chroni circulat- A Christmas , but it does not give much consideration to how how to consideration much , but it does not give 4 A Christmas Carol and Its Adaptations (2006) Adaptations Its and Carol A Christmas , especially, tend to display a kind of medium awareness of a kind of medium awareness display to tend , especially, and more generally of film form, that conveys those but themes conveys form, of film that generally and more 3 or any of the other supernatural Dickens stories like “Gabriel Grub,” “The Haunt Grub,” “Gabriel like stories Dickens of the other supernatural or any To this I would add that its cinematic incarnations permit magic of a third kind: permit kind: of magic a third incarnations cinematic its that add I would this To directly with universal social problems without any kind of divine intermediary that that of kind intermediary divine any without social problems universal with directly 60) 2005, (Prickett choice. might soften the stark Narration and Haunting and Narration has often Dickens claim. novel In some I am not making an especially respects, Its popularity not simply residing in its literary text, A Christmas in its literary residing popularity not simply Its Carol A Christmas Carol, see Chapman (2000). Carol, of A Christmas on adaptations more For The origins of the association between magic and cinematic special effects has been explored by scholars like like by scholars special has explored effects ofbeen The origins the association magic and cinematic between (2008). and North (2002) Pearson

ed Man,” “The Signalman,” etc., in which all of these devices are not only explicitly not only explicitly are all of these devices in which etc., “The Signalman,” ed Man,” cles these iterations near-exhaustively these iterations cles that ofspecial effects, that 3 4 LEEDER MURRAY been described as a highly “cinematic” author, not the least by Sergei Eisenstein in his Sergei by not the least author, been described as a highly “cinematic” ges describes Eisenstein literary Today.” and the Film Griffith “Dickens, 1944 essay - “phantasmagori “lanternic,” extensive the by facilitated are translations media such adapta silent that here I argue “proto-cinematic” or even of the story. cal” qualities tions of A Christmas Carol and in and shadow, substance and between past and present between status cinema’s be to but has tended story the original in present was that so a thread they amplify doing use these adaptations though that argue I familiarity. through overlooked and effaced 36) 2006, uncanny” they also help (Mulvey the “technological evoke that techniques story. of a familiar the invocation through uncanny soothe very that other techniques and scene ups, changes close to seem equivalent that Dickens by tures a sort as practicing of positions Dickens and ultimately repertoire, formal in cinema’s on emphasis no places interestingly Eisenstein montage. literary inchoate Carol ed through public readings by Dickens and others, theatrical productions, music hall productions, music theatrical and others, Dickens by readings public ed through was adapted it where and finally the cinema, shows magic lantern panoramas, sketches, like it, allowed rather familiarity cultural Its alone. era in the silent times than ten more 41), partialin only 2019, staging be (1903)to (Leitch Cabin adapted fashion, Tom’s Uncle of knowledge presumed on the audience’s relying versions, scenes in the earliest key book Guida’s F. story. overall the ly implications. Writes B. Brummett, “At a very simple level, the movie-goers haunt the haunt movie-goers the level, simple a very “At Brummett, B. Writes ly implications. ghosts gather as as well houses.Audiences their respective haunt ghosts like theatre en- movement and restricted of free paradoxes same the and “experience in the dark” does Scrooge. story, (1985, and ghosts” 258). So, in Dickens’s characters by countered also permits a reflexive commentary on the magic of the medium itself, and and ghost of its magic on the commentary medium itself, of the also permitsa reflexive RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 60 Where the the Where 5 (1947) would liken himself to “a blasted lantern lantern blasted “a himself to liken would (1947) in which in which Carol, A Christmas to and so suited it is ideally 6 s; in using this language, I draw on K. J. Heffernan, Heffernan, K. on J. I draw this language, using s; in monstrateur The photographic and then cinematic superimposition or double (or multiple) ex multiple) (or superimposition or double and then cinematic The photographic In addition to being capable of changing scenes with their own theatrical gestures, gestures, theatrical own their scenes with of changing being to capable addition In For more on Dickens’s ghosts, see Wood (2018). ghosts, see Wood on Dickens’s more For For more explorations of the supernatural implications of the superimposition, see Natale 2012, of the superimposition, Leeder 2017. see implications Natale of the supernatural explorations more For

5 6 LEEDER MURRAY supernatural but also are motivated by the agency of supernatural beings. ofsupernatural agency the by motivated but also are supernatural the ghosts combine aspects of all of the above. This aesthetic would in time become would This aesthetic aspectsthe ghosts combine of all of the above. that complain would Bazin André the point 1946, to by of being comical; overfamiliar - imaginary charac world, unreal “Superimposition “Attention: on the screen signals: for or, like, really are or dreams hallucinations what way in any portray it doesn’t ters”; and in 1952 writer-director 74), Curtis- Har look” (1997, a ghost would how matter, that man double-exposedbe so he can looks not so seen “a that through that noted rington In 9). as a man double-exposed” imagine a ghost might, (2000, as we much but rather and convention that in cementing a role played have popularity may fact, the story’s develop photographic new characterizing for a vocabulary certainly provide would ments -- an early X-ray experimenter named Silvanus Thompson prophesied that “we that Thompson prophesied Silvanus named experimenter X-ray early an -- ments through perceive Scrooge made he when fancy Dickens’s realize to be now able shall 2001, 58). Yet (Pamboukian of his coat” on the back buttons body brass two the Marley’s a feature but was with photography did not originate aesthetic this airy transparency slide,” and the idea was a well-established one. a well-established was the idea and slide,” the ghosts themselves have qualities that locate them within traditions from the media from within traditions them locate that qualities have the ghosts themselves ghost, described light. of Marley’s of is the insubstantiality projected The most obvious observing him, Scrooge, so and look that in these “His body terms: transparent; was (1859), say, are attributable to to attributable are (1859), say, Cities Two of in A Tale Eisenstein locates that “dissolves” be to are Carol in A Christmas occurrences equivalent itself, person narration the third author- of figures as internal function ghosts, who of the four as the work understood spectral They are ship. films, narra “the horror in describe how to terminology Gaudreault André adapts who - who accom figure or trickster in a magician is often enacted process storytelling tive’s their origins have audience that the to gestures with elaborate his acts of sorcery panies (2004, 26). magician” of the stage sleight-of-hand distracting If A in the deliberately dynamic a similar Christmas horror, to relationship only a distant Carol seems have to morality) (and of narrative agents as function ghosts the wherein prevails, nonetheless time. the same at spectacles of audiovisual and conjurers He (2003, 58). behind” on his coat buttons could see the two his waistcoat, ing through the original accompanied that Leech John by in the illustrations visualized as such was (Rex Gregg the ghost of Captain John later, A century Chapman & Hall. by publication Muir Ghost Mrs. and in The Harrison) halluci- of ghosts, dreams, depictions for become would conventional aesthetic posure visions, and religious nations RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

------th 61 , to paraphrase Hamlet, the time is well and the time is well Hamlet, paraphrase , to Scholars including Karen Petroski (1997), Grahame Smith (2003). Joss Marsh Marsh Joss (2003). Smith Grahame (1997), Petroski Karen including Scholars difficult-to-visualizeage the famously including themselves, than the spirits Other is its peculiar management of time, space and vision and the rela and vision space is its peculiarof time, management Carol A Christmas (2009) and Florent Christol (2015) have explored the presence of lantern imagery imagery of lantern the presence explored (2015) have Christol and Florent (2009) light in media projected its adaptability to turn led in which work, Dickens’s throughout In the Eisenstein and others. by identified qualities of cinematic the many and supply of the section, “These informs that but shadows Scrooge the spirit Past are Christmas (2003, 55). The Phantas no consciousness of us” been have ... They have that things mas ghost story, “The Haunted Man” (Groth 2017). (Groth Man” “The Haunted story, mas ghost ofthe Ghost including visions, all three through persists metaphor shadow magorical - Tim, “If these shad that Tiny to with reference Present informingChristmas Scrooge, later and Scrooge’s (Ibid., 105), will die” the child the Future, by unaltered remain ows that of the things these the shadows “Are Future, question of of the Ghost Christmas Scrooge’s Though only?” (Ibid., 147). be, May that of things they shadows Will be, or are of emotions andultimate range to a moved he is that convincing sufficiently are visions just that, they remain images. betterment, on some his moral ly to level — the only ghost not of Past is the Ghost Christmas candle-person that genderless less, an adaptor for challenge adaptational — the biggest visualized in the initial illustrations of and bells Clocks centrally. time very involves story Dickens’ three. the between tionship familiar at will come spirits the three that Scrooge tells mentioned throughout. Marley are to-morrow, “Expect the first in adaptations: removed get to tend that in lines intervals, third The hour. the same night at Expect the second One ... on the next tolls the bell when (Ibid., 45-6). vibrate” has ceased to of Twelve stroke the last upon night when the next de own of Scrooge’s inversion is an ironic of the ghostly visitations timeliness The strict Scrooge un- as part of commerce. timelines modern of the rigid order the new to votion each after — nights successive appearwill ghosts the three on that expects derstandably Hence it is still nighttime. surprised find that to and wakes sleep into he collapses vision after being it’s it all in one night” informedhis surprise done that that, “The have Spirits they like. with, “Theyanything do can — he follows boythe street the on by day Christmas (Ibid., 151). inevi- haunting that they can. they can” Of course Of course is a reminder It into our calendars call “Ghosts states, Lim time -- as B.C. of linear the idea troubles tably 149). In Aquestion (2009, Christmas Carol in the past, and times present of places truly a range out of joint. through is swept Scrooge time — and to the entire in his bedchamber he remains on some levels yet and future, happened simultaneously of seem have the visions to two stranger, the experience make it last. experiences Scrooge though even happenedand the third earlier century and spreading widely thereafter, and its theatrical descendent Pepper’s Ghost, Pepper’s descendent and its theatrical thereafter, widely spreading and century Carol A Christmas after years twenty around London the Polytechnic at debuted which Christ a performance of during another Dickens debuting appropriately written, was MURRAY LEEDER MURRAY of the magic lantern shows of the Phantasmagoria, pioneered in France in the late 18 late in the in France pioneered ofthe Phantasmagoria, shows of lantern the magic RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - A 62 (1913, (1922, UK) Scrooge Scrooge century reconfiguring of the human mind human of the reconfiguring century th (1910, Italy), Italy), (1910, Sogno Dell’usuraio Il and 19 th (1910, US), US), (1910, Carol A Christmas Additionally, Scrooge’s supernaturally-facilitated voyage through space and time istime and space through voyage supernaturally-facilitated Scrooge’s Additionally, Throughout the story, Scrooge is granted a kind of special vision that allows him allows of a kind that special vision is granted Scrooge the story, Throughout J. Bowen notes that during Scrooge’s visions, “his position is very akin to that of a that “his akin to visions, position is very Scrooge’s during that notes Bowen J. Scrooges Silent Four least at adapted was Carol A Christmas that such The popularity of was the story Scrooge (1916, Scrooge US), Be Happy to (1914, Right Carol The A Christmas UK), (1923, UK). There are other works clearly influenced by Dickens’ Dickens’ influencedby clearly (1923, other works are There Carol UK). A Christmas Christmas of the Carol18 is reflective also a journey into self — into his past, his future and his true nature. There is nothing in There his past, self — into also and his true into a journey his future nature. hallucination; a is Marley that suspicion early Scrooge’s refutes overtly that the story to peer into the realms of the unseen. A dramatic, seldom visualized example comes at at comes visualized example seldom of unseen. the peer the realms to into A dramatic, look out of his window, to Scrooge bids visit, initial Marley when ofthe end Marley’s thither hither and wandering phantoms, with “The filled that: air was discover only to 46). (2003, as they went” and moaning these tortured haste, that appears It in restless present, just the naked eluding always — are chains” one of them wore — “every beings but alsoother times unseen Scrooge sees not only into worlds the spirits, by Aided eye. of Present Christmas the Ghost when sequence comes The most panoramic and places. tour a fast-paced him on (Ibid., 85) robe!” and takes my “Touch to Scrooge commands residence. the Cratchit at of down setting London before merrymaking MURRAY LEEDER MURRAY modern cinema spectator” and this is especially true 30), (2003, because- he experienc sound-era many However, and immobility. mobility of time and space, disjunctures es inform- while of his position. is to, the uncanniness The tendency mitigate adaptations visualize nevertheless in the visions, with the figures interact to not able he is ing us that three-dimensional share as embodied appearingto space. him and the spirits figures past and ig walk children 1984 Cratchit’s Donner’s adaptation, in Clive example, For Carol A Christmas Ghost (1901, UK), Marley’s or, Scrooge, era: in the silent nine times US), (1908, as a place, and often a haunted one. In her discussion of the spectralization of In her discussion the mind, one. of the spectralization and often a haunted as a place, of display the external and how discusses Castle “Phantasmagoria” the term how Terry now itself, imagination the human to refer to came eventually of shadow and light feats and the hallucinations fantasies, occupied memories, by as an environment understood of the super- in this modern reorganization saturated story, (1995,like 141-3). In Dickens’s become almost inseparable. spaces and supernatural mental spaces natural, - C. Wood Scott) of Present and the Ghost Christmas (Edward Scrooge (George nore pro-cinematica in presence ofone is shared space. impression dominant the but ward) of versions cinematic somewith of earliest the contrast a quite makes it see, shall we As potential. of cinema’s powerful take advantage which tale, Dickens’s UK), and (1913). Most Mars from science fiction film A Message British the early including story, to desire a consistent, almost compulsive reveal of lost, these are survive but those that RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 63 (1898) (1898) It is considered an important is considered early It 7 , was directed by trick film specialist film trick by Ghostdirected was , Marley’s or Scrooge, The 1901 version, 1901The version, The spatial orientation of the next scene is perhaps even more striking. The fa more scene even is perhaps of the next orientation The spatial For more on this and other supernatural scenarios by Paul, see Christie (2018). It should also be noted that this isthis alsoshould be see that It (2018). noted Christie Paul, by scenarios supernatural other and this on more For Claus Santa techniques: G.A. Smith’s film innovative to employ film Christmas supernatural the first not even on the roof. landing of Santa Claus itself, the dream and dreaming ususes a child show a superimposed to image

7 LEEDER MURRAY use the story to explore the possibilities of managing time and space through the new the new through of possibilities the space and time managing use explore to the story or part, whole ofmedium in film. This survive the section will discuss1901, which those 1910 their uses 1913 is possible as of US, superimpo as far 1923 and comparing versions, sition and their various strategies to manage the ghostly disjunctures in time and space space and time in disjunctures ghostly the manage to strategies various their and sition experience. both the viewer and Scrooge that and reality) vision between (and Walter R. Paul. Booth Robert produced by and Walter W. multi-scene adaptation (Christie 2010, 510),to film use 2010, and has been as an early noted (Christie multi-scene adaptation most of the it contains though survives, a fragment Only intertitles 2003, 117). (Elliott title a series of as content. is structured by scenes, introduced It supernatural story’s minutes, six just over to Streamlined story. Dickens’ scenes from key stage which cards, starts (Daniel at version Scrooge This Marley. to duties all haunting the of gives film the Scrooge shows Ghost “Scene Marley’s II: reads A caption his business. leaving Smith) Marley’s After beingspookedby briefly Visions of himself in CHRISTMASES PAST.” and his room, his cap dons Scrooge enters superimposed on his door knocker, face special for a space then provide curtains, which black his thick closes He nightgown. superimposed ghost appears, a Marley’s non-diegetically. and effects both diegetically left to the steps Marley react before to time robes. has barely white Scrooge in figure curtains: the black against images begins conjure to with a gesture and of the frame of him romancing image and an departed of mother, with his dear Scrooge an image the curtains into and back steps and Marley vanish these images In short order, Belle. Zecca’s of Ferdinand is reminiscent The staging of the scene here of haunting vanishes. of the also us uses the dream show superimpositions (1901), to which crime d’un Histoire into decline his showing by backstory character’s and thus fill in the imprisoned burglar film, opens curtains the Scrooge him,for look to and Booth’s In crime. and alcoholism CHRISTMAS OF announcing: “VISIONS card, another title into dissolved the image ‘‘TO MISTER SCROOGE!’’” drink and Fred Cratchit Bob PRESENT: miliar scene of the Cratchits’ impoverished but loving family life (Tiny Tim’s maxim Tim’s (Tiny life family but loving impoverished miliar scene of the Cratchits’ most but a the of fills them) screen above a sign on hangs One” Every Us, Bless “God area, this enter repeatedly actors the Though of frame. the right the at left is area black the blackness there; then materialize Scrooge and Marley it is conspicuously void-like. imperfectly, however convey, the superimposition but also effects helps accommodates we see the briefly, More scene. of this family observers invisible they are the notion that in front materialize Scrooge and Marley where Fred, nephew party Scrooge’s by hosted quickly. away fading before of the left of the frame, a scrim at RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 64 — 1 Image invisibly and Marley Scrooge in Scrooge, the Cratchits observe Ghost (1901). Marley’s or, Domain.Public provides an impressive array of possible array an impressive Ghost provides Marley’s or, Scrooge, In short order, 1910the in somebut Edison retained adaptation, are principles aesthetic Similar could “Visions wealth of present.the miser’s the intertitlean After What declares A title card now announces “SCENE IV: The Christmas that might be. Marley’s might be. Marley’s that The Christmas “SCENE IV: announces now card A title ways of managing space and time in the scene of haunting. In the Christmas Past seg in the scene and time of of Past haunting. managing space In the Christmas ways now of frame, the the back at reappears and the spirit the composition changes do,” of visions the Cratchits’ while the left of the frame This time Scrooge is at hovering. ghost shows Scrooge his own Grave and the death of ‘Tiny Tim.’” In this churchyard In this churchyard of Tim.’” ‘Tiny and the death Grave Scrooge his own ghost shows see past is superimposed. we a man walk Instead neither Scrooge nor Marley scene, Scrooge in from leads of note it, any without making and then Marley grave Scrooge’s The scene then changes with a gesture. tombstone the indicating of the frame, outside about it. be can drawn conclusions many before ends but the fragment the Cratchits’ to - lantern a like much very double-exposed acts figure, a transparent himself ment, Marley, Scrooge views of the past that images ), conjuring (a monstrateur ist or film projectionist both are intangible Present, Christmas and Marley Scrooge For as an audience member. Christmases. In Christmas respective and Fred’s the Cratchits’ superimpositions viewing same the solid have now Marley and Scrooge employed; are special no effects Future, — them, because spectral itself is perhaps around Future the world the as register visual a provides will happen. Carol A Christmas which than that rather be,” “might which that follow. would other filmmakers that effects and trick experimentation formal for venue left the walks out from ghost Marley’s As the of haunting simplified. scene begins, what confirmto out reaches McDermott) a superimposed(Marc of figure; the frame, Scrooge via a substitution and is replaced, gestures Marley later, Moments his insubstantiality. robes edit,wearing with the being as the intertitle identifies Spirit of Christmas”; “The Present. of Christmas Ghost In succes the story’s he resembles of laurel, and a crown of his bedroom; a set of superimposed, visions, the backdrop he conjures against sion the left. ap at The spirit hovers Scrooge while of the frame side on the right they are with his gestures. the visions conjure to pears MURRAY LEEDER MURRAY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 65 — 2 Image Scrooge shows Marley (1913). his past in Scrooge domain Public when when Scrooge beit would as Old known Scrooge; Scrooge; . In this version spaces are collapsed in another way: Scrooge’s workplace and res workplace Scrooge’s in another way: collapsed are spaces . In this version In the intertitle he declares, “As the ghost of Christmas Present I must show you you Present ofghost the show must I Christmas “As intertitlethe In declares, he The 1913 British version was called called was The 1913version British The intertitle now declares, “Visions of the Future. A miser’s death.” Now Scrooge Scrooge Now death.” “Visions A miser’s of the Future. The intertitle declares, now one happy family; that of your poor clerk Cratchit—happy because surrounded by those by because surrounded Cratchit—happy poor of your that clerk one happy family; the screen, superimposed appears Another vision this time more over him.” love who of in the left the frame. isolated MURRAY LEEDER MURRAY is at the right of the frame and a huge superimposed figure in a veil steps forward, dom- forward, veil steps superimposed in a figure a huge and offrame the right the is at then and death, of Scrooge’s image an appears left its To of frame. the centre the inating then the spirit, for who reaches and stands Scrooge of his tombstone. image the familiar of shared, a quality — insubstantiality his emphasizing time, the last for disappears image. the cinematic by course, Christmas dinner appear at the right. In a rarely depicted incident from the novella, novella, the from incident depicted the right. appear dinner Christmas at rarely In a in the literally robe, Miseryspirit’s appearWant and the beneath of the reifications - van They out their superimposed Scrooge. out to hands him,reach and below frame with the spirit.ish, along idence are treated as the same location. Marley is again a superimposed en- is again ghost who Marley location. as the same treated are idence to move They then rouse in an armchair. to Scrooge as he dozes out of frame from ters in frame), longer itself no (the armchair room in the elsewhere composition a different most vision.of the in As floorthe on throughout 1903, cowering remains Scrooge while ges as a lanternist, who much acting very himself, all of conducts hauntings the Marley superimposedyouth, mid-frame. at of Scrooge’s visions produce to tures released in the US in 1926. This version starred veteran stage Scrooge Seymour Hicks, Scrooge Seymour Hicks, stage veteran starred in the US in 1926. This version released of A in 1935 Christmaslength adaptation the role reprise would feature who in the first Carol RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 66 As he lowers his head into his hands, the film cuts without warning back to back warning without film cuts the hands, his into head his lowers he As Scrooge is briefly left alone before the Ghost of Christmas Future arrives. Space Space arrives. Ghost Future the of Christmas left alone Scrooge is briefly before In the 1923 version, Marley (Jack Denton) is again visualized with the now fa visualized now the with is again Denton) (Jack In the 1923 Marley version, to is drawn but soon him out of anger his eyeline at gesticulates Scrooge quickly Finally, Marley supplies visions of the future, again superimposed at centre superimposed centre again at of future, the visions supplies Marley Finally, Scrooge’s bedroom, where he is sitting in his chair. He is in the same position is in the same as in the He in his chair. he is sitting bedroom, where Scrooge’s is managed differently again; Scrooge walks to the back of the frame to opendoor a of the frame to the back walks again; Scrooge differently is managed sees. he sceneThe of angle soon what different a to cuts at fright in away back to only A superimposed, through. walks hoodedthe door of Future and the Ghost Christmas reaching arm only a becoming beckoning ultimately follow, to it bids Scrooge figure, moving transport appears to Scrooge, this is the only ghost who Again, the frame. into is superimposed the spirit is not. and Scrooge where They observe a graveyard him to from shot POV a closeup is provided and after Scrooge which a horizontal gravestone, pleading, the Ghost his knees to falls As Scrooge its name. show to perspective Scrooge’s with the marker. alone Scrooge and leaves away fades of Future Christmas another corner of his room. There, the Ghost of Christmas Present appears, again superof Present Ghost Christmas appears, again the ofanother corner his room. There, as such decorations and wreaths phantasmal hazy by imposedalso surrounded now but in his initially isolated is He room in the story. Scrooge’s transform those magically that to compared a giant he is that Scrooge soon but composition it,own enters making clear no visions. shows Scrooge but this time warnings he offers Interestingly, Scrooge. ample, since Scrooge rises from the floor, as Scrooge first walks to the front of the frame, frame, front of the to the walks first as Scrooge the floor, from Scrooge rises since ample, a better get if to as image, the deeper into and then walks the camera to back turns his starts his image, now occlude to superimposed the which into then walks area look. He “He name and the words also occupied his own space by the as he thrusts a hand into also happens in His subsequent beseeching of Marley friend.” & died without a lived “fore nor “background” terms neither the which to the tombstone, by shared the space Marley and vanishes slowly It of flatness. impression its overall apply due to ground” and swoons He on the floor. collapses Scrooge while out of the frame backward walks the armchair composition with on the original back and then fades out fades the image dis versions than the other him, strongly visited implying, more first Marley where just a dream.” “all was it that cussed here, the beginning of the at nothingness appearing from miliar superimposition aesthetic, of past is also- its end. The Ghost Christmas su at sequence and vanishing visitation of a vision promises He than an end table. just standing taller perimposed but is tiny, - extinguish of the candle a version a cap, past and places (Russell Thorndike) Scrooge’s of a vision later, Moments vanishes. and then describes, on his head, er than Dickens of his room. The spirit superimposed appears the blackness youth against Scrooge’s disappears. the vision after only reappears frame. The first is a vision of Tiny Tim’s death, and then he shows a close-up a of sortsshows then he and death, of Tim’s is a vision of Tiny The first frame. ex this last for is particularly interesting of space The orientation tombstone. Scrooge’s MURRAY LEEDER MURRAY RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 67 . It has the repeat . It , however, are on the are , however, (1951), in the US as A Christmas released Carol (1996) — is one of those with the most developed reflexive tendencies. This is tendencies. (1996) reflexive — is one of those the most developed with - the 1901 ver Carol, of A Christmas adaptation might seem the earliest oddIt that The Ghost of Digital Futures Digital of Ghost The here, adaptations particularthe of silent emphasizing am I Though aesthetics ed motif of an hourglass is a non-diegetic insert to signify shifts in time and place, and is a non-diegetic insert shifts in time and place, ed motif of signify an hourglass to new a to dissolve a usedis motivate to cloak Past’s of of Christmas Ghost the gesture a uses of Pres the Ghost Christmas Donner version the Clive Similarly, time and place. closure, of diegetic conventions the breaching camera, the thrust towards torch ent’s of A ChristmasMost adaptations a transition. affect scene to Carol standard. formally whole MURRAY LEEDER MURRAY sion by Paul, is the most experimental, providing almost a collage of different - possi of different almost a collage providing is the most experimental, Paul, by sion it comes is that of course, The explanation, space. managing supernaturally for bilities cinema, an era rest,early of the to that regime industrial/aesthetic different a very from experimentation because precisely filmmakers avant-garde by beenhas valorized that how as to including ways, in many vary 1992). These versions four the norm (Testa was be to it implied all just is strongly and how Scrooge, they show what ghosts appear, many figures ghosts as monstrateur in using their consistent, all however, They are a dream. superimpositionsdis and use to both superimposition are themselves aesthetics who prior shot, so if it this edit does not quite qualify a graphic match as we generally use the generally we as match shot,prior a graphic qualify so quite does not this edit if it an in using similar conceptually part it is — now different in a is he — term frame of the might other- what through continuity imply to of consistency compositional element wise be spatio-temporal edit. a jarring ges reflexive towards a penchant retain Carol sound-era of A Christmas adaptations play images for Scrooge. All of them consistently retain the setting of Scrooge’s room, setting of the Scrooge’s retain All of them consistently Scrooge. for images play transportinginstantaneously or shifting time in Londonabout less is soimpression the experiencing him. being to The acts of shown seeing,than a set of pictures travelling, is also noteworthy It together. all collapsed are and changing, growing and, critically, stand- fairly formally all are in all ofsequences thesenon-supernatural that films, the Scrooge when as in the 1913 is depicted, experience version subjective when Even ard. maximum for is calculated pattern cutting the dinner, for Cratchits joining the imagines - an essentially continu allow scenes, in contrast, The supernatural comprehensibility. certainty near the audience will not get that provides of which the familiarity ous story, of im- levels the on innovations formal confused,experimental and permits daring that editing and composition. age, most is worth the adaptation lesser extent. It noting that a considerably albeit to tures, Cinematic discussion in the collection warrant — the only one to ghost story as a beloved Hauntings film Scrooge the British RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 68 8 (2004) has received significantly more more significantly has received (2004) . It has been discussed by F. A. Kamm has been discussed. It F. by The film’s thrilling, gliding tracking shots over the topography of Victorian of Lon- Victorian topography the over shots thrilling, tracking gliding film’s The But the digital era has brought perhaps the most uncanny — and perhaps the most — and perhaps the most uncanny perhaps has brought digital era the But notably by J. Aldred (2006). Aldred J. by notably Carol, than A Christmas scholarship The Polar Express Express Polar film The motion capture holiday-themed prior Zemeckis’s

in terms of “the haunted and uncanny nature of the digital body on film” (2019, (2019, of43), and body the digital nature on film” of and uncanny in terms “the haunted interesting. is no less of time and space its management that suggest I would at first seem at events, street-level observe to downward don, swooping occasionally reflexive — Christmas reflexive 2009 motion capture 3-D Carol of them all. Robert Zemeckis’s A Disney’s Christmas officially called version Carol tributable to film narration itself. Later, however, when the Ghost of Christmas Past Ghost of Christmas when the however, Later, itself. film narration to tributable of landscape the childhood, his through (JimScrooge guides (JimCarrey) Carrey) of the ghostly transportation becomes explicitly this vertiginous virtual camerawork sequence the purposes The most striking for alike. Scrooge and the audience of this 8 LEEDER MURRAY The Ghost of Christmas Present triggers Present of triggers Christmas The Ghost torch with his magical a scene transition (1984). Carol © 20th Century in A Christmas Entertainment Home Fox — 3 Image RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 69 4 Image home theatre A magical Carol in A Christmas experience Pictures Disney © Walt (2009). — This sequence then moves into one that is quieter but equally ghostly in a quite dif ghostly in a quite but equally is quieter one that into This sequence then moves Many have remarked upon the digital era’s affinities with the Cinema of Attractions Attractions with the Cinema affinities of upon the digital era’s remarked have Many acts very much like a ride conductor. In a concise example of media convergence, of convergence, media In a concise example conductor. a ride like much acts very -- what L. Mulvey describes as the return of “the phantom-like quality” of “the 36) phantom-like describes as the return L. (2006, Mulvey -- what of early ferent way. We lose sight of Scrooge and the spirit although, so instead of invisibly ob so of although, invisibly lose of instead and the spirit sight Scrooge We way. ferent by largely signified they are and his friends, Fred dinner and later at serving the Cratchits in as it glides, camerawork by model is signified Their gaze camerawork. mobile restless, Scrooge to it cuts back Occasionally character. POV a conventional for impossible patterns virtual often camera’s more but above, space a from him bedroom,his in back watching of The ghostly implications one. into all collapsed are of Scrooge and the viewer that gaze, instead. emphasized are downplay cinema so to that often wants spectatorship MURRAY LEEDER MURRAY essay is where the Ghost of Christmas Present (also Carrey) gives Scrooge a panoramic panoramic a Scrooge gives Carrey) Present of Ghost the (also Christmas is where essay of the a wave robe, the spirit’s London. of Scrooge grasps After his contemporary view resembles it At first of his bedroom floor. surface on the surface a viewing creates torch that but it clear soon level, becomes lower a at lookingdown floor, in Scrooge’s a hole on it, stand directly by too they seem though affected and table solid; a chair it is still dangles Scrooge where view overhead an to switch of We movement. “impression” its him, around of world the view overheard a godlike, to treated abyss, the apparent over he scorns. emphasizes The staging that of the underclass the merriment as he observes about the nervous — he is understandably motion and stability simultaneous Scrooge’s shared an experience — again, but is in no actual danger his feet below chasm yawning this feat accomplishes that mastery and technological The authorship the audience. by his brilliant of moves audio-visual Past, who of the Ghost Christmas to magic is linked of the ghostly monstra this version the vision; and control steady to apparently torch teur teur and the ride theme park a (Disney-style) suggests once sequence at cinematic this very enlightenment, moral it seems, be to is Scrooge’s experience; home theatre ultimate immersion. shock-and-awe by accomplished RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 70 ’. In ’. ed. J. Glavin, Glavin, ed. J. Glavin, 29-38. Glavin, . -Century Culture and the Invention of the Uncanny. New Uncanny. the of Invention the and -Century Culture th A sense of technological uncanny runs through both pe through runs uncanny A sense of technological 9 . 82: https://doi.org/10.4000/cve.2275 n.p. is a fast-paced and kinetic thrill-ride packed with visual stimula with visual packed thrill-ride and kinetic is a fast-paced no doubt had the same appeal in 2009 it Zemeckis had the same for that no doubt Carol A Christmas Christmas Carol 113-121. Cambridge: Cambridge University Press. 113-121. University Cambridge Cambridge: Press. Stanford: Stanford University Christmas at the Movies: Images of Christmas in American, British and European Cinema, ed. M. Cinema, European and British American, in Christmas of Images Movies: at the Christmas Tauris. London: I.B. 9-37. Connelly, 46-58. M. Dahlquist, eds. Bloomington: Form, Physical and Skin, Viscera, Cinema: Press. Indiana University London: Routledge. victoriens & Cahiers édouardiens ed. S. Eisenstein, 195-255.ed. S. Harcourt: San Diego. Cambridge: Cambridge University Press. University Cambridge Cambridge: York: Oxford University Press. University Oxford York: For more on aspects of the digital uncanny, see Ravetto-Biagioli (2019). see Ravetto-Biagioli on aspects of more the digital uncanny, For 1, nº 2: 153-72. 1, nº journal https://doi. interdisciplinary an animation: Blockbuster.” Generated org/10.1177/1746847706065840 Routledge. York: New 73-76. Cardullo, , ed. B. Fifties and Forties the from 2: 247-261. https://doi.org/10.1080/15295038509360084 Communications Mass in Studies

Better Left Unsaid: Victorian Novels, Hays Code Films, and the Benefits of Censorship. Censorship. of Benefits the and Films, Code Hays Novels, Victorian Unsaid: Left Gilbert, 2013. Better N. Corporeality in Early in Early In Corporeality Machinery’. Siècle in Fin de and Their Nationality 2018. Ian. ‘Ghosts Christie, , ed. R. 510-11. Cinema Abel, Early of In Encyclopedia Robert ‘Paul, William.’ 2010. Ian. Christie, 1843): as Completion.’ (Dickens, Adaptation Carol Florent. 2015. ‘Screening A Christmas Christol, New York: Norton. York: New Prose. in Carol Christmas Annotated The 2003. Charles. Dickens, Theory, Film in Essays Form: In Film Today”. and the Film Griffith, Eisenstein, 1949. “Dickens, Sergei. on Screen, In Dickens Words”. and Uncinematic Dickens Elliott, “Cinematic 2003. Kamilla. The Female Thermometer: 18 Thermometer: 1995. Female The Terry. Castle, Chapman, James. 2000. ‘God Bless Us, Every One: Movie Adaptations of A Christmas Adaptations One: Movie Every Carol Us, Bless ‘God 2000. Chapman, James. riods, and just as the Dickens adaptations of the silent era both explored the potential of both explored era of the silent adaptations justriods, and Dickens as the Ze decades. few last the of filmmakers the effects, have so spectral for medium the new meckis’s and themes beats plot familiar same with the story Dickens the same tion, but it also tells of most the to down one of adaptations, the most faithful respects intact.in many is It dialogue. the ma where story, familiar within a culturally play formal to had in 1901 — an invitation itself. the narrative justifiedby is thoroughly of time and space nipulation MURRAY LEEDER MURRAY 9 — Bibliography in the Computer- of Address Change A ‘Playful’ Express: Polar The Aboard “All 2006. Jessica. Aldred, London: Boxtree. Logs Supplemental. 1994. Edward. A, Gross, Captain’s Altman, Mark & Reviews Essays Major at Work: In Bazin of Superimposition.’ ‘The and Death Life 1997. Bazin, André. Critical House Films”. Haunted Living: for as Equipment 1985. Literature “Electric Brummett, Barry. ed. J. on Screen, In Dickens Movies”. Home Copperfield’s “David 2003. Bowen, John. cinema in digital garb. The sensations of strangeness and newness experienced by cine by experienced and newness of strangeness sensations The garb. digital in cinema ma’s first viewers are echoed by the advent of the digital and its unlocking of strange new of strange and its unlocking of the digital advent by the echoed are viewers first ma’s image. ofpotentials the moving RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 71 London: Wallflower. , eds. A. Silver and J. Ursini, Ursini, and J. A. , eds. Silver and Dr. Pepper’s “Ghost”.’ “Ghost”.’ Pepper’s Dr. and . . Oxford: Oxford University Press. University Oxford . Oxford: 5, nº 10 (Autumn): 43-65. 10 (Autumn): https://doi.org/10.2979/VIC.2007.50.1.43. nº 5, 10.1353/vcr.2001.0019 DOI: 56-74. 2: nº. 27, Brewster and L. Thurston, 89-97. London: Routledge. and L. 89-97. Thurston, Brewster S. , eds. 9-19. New York: Limelight Editions. Limelight York: 9-19. New Press. London: Duke University 1953-1968. Macmillan. Palgrave York: New Halloween. for 5: 42-61. Journal http://filmjournal.org/wp- Film Carol”. A Christmas Body in Robert Zemeckis’s content/uploads/2019/11/FILM-JOURNAL-5-Kamm-The-Ghost-of-an-Idea-...-.pdf. Macmillan. Palgrave York: New Press. University 333-46. DOI:10.3366/ nº.3: 6, Studies Critical Comparative Imagination’. Technological Victorian edinburgh/9780748676118.003.0002. 125–45. 10.1080/17460654.2012.664745 DOI: nº.2: 10, Culture Visual Popular Early Victorian Review 71-93. (June): https://doi.org/10.4000/cve.2275. Quarterly nº.2 16, Lanham. MD: Lexington. Crown. York: . New Holiday Our Revived and Career His Rescued Carol Press. Marquee Midnight Ghostthe Story Victorian Studies NC: McFarland Press. Press. McFarland NC: Ghouls, Gimmicks, and Gold: Horror Films and the American Movie Business, Business, Movie American the and Films Horror Gold: and Kevin. 2004. Heffernan, Gimmicks, Ghouls, Horror and Christmas for Ghost Stories Television Seasons: 2015. Haunted Derek. Johnston, Motion-Captured and the Adaptation, Technology, of an Idea”: “’The A. “Ghost 2019. Kamm, Frances . Cinema of Beginnings the and Supernatural Modern The 2017. Murray. Leeder, Bloomsbury. York: New Film. on Literature American of History The Leitch, Thomas. 2019. Duke Durham: Critique. Temporal and Fantastic, the Cinema, Time: Translating Cua. 2009. Lim, Bliss and the Lantern, Story-Telling, Visual The Magic Views”: “Dissolving ‘Dickensian 2009. Joss. Marsh, . London: Reaktion. Image Moving the and Stillness a Second: 24x Death 2006. Laura. Mulvey, Cinema”. Early to Short Photography of Spirit Superimposition: History From 2012. Simone. “A Natale, Actor. Virtual the and Illusions: Effects Special Cinema Performing North, 2008. Dan. Pamboukian, Sylvia. 2001. ‘“Looking Radiant”: Science, Photography and the X-Ray Craze of 1897. of 1897. Craze and the X-Ray Pamboukian, Sylvia. 2001. ‘“Looking Radiant”: Science, Photography Dickens 1842-4’”. of Phantasmagoria, Use Dickens’s 1999. ‘“The of Karen. an Idea’: Ghost Petroski, Press. University Columbia York: New Wonder. of Search in Still Effects: 2002. Special Pierson, Michele. Press. University Baylor TX: Waco, Stephen. Victorian 2005. Prickett, Fantasy. Digital Uncanny The 2019. Kriss. Ravetto-Biagioli, Supernatural. the to Santa Film: in Christmas 2018. Analyzing Lauren. Rosewarne, A Christmas Dickens’s Charles How Christmas: Invented Who Man The 2008. Lee. Sandiford, Press. University Manchester . Manchester: Cinema of Dream the and Dickens 2003. Smith, Grahame. MD: Baltimore, Hauntings. Cinematic 1996. Susan (eds.). and Svehla, J. Gary Svehla, of Art Ontario. Gallery Toronto: Avant-Garde. the and Cinema Early Bart. 1992. Forth: and Testa, Back to Handbook Routledge In The Story.’ and the Ghost Dickens Charles Spirits: 2018. ‘Playful Claire. Wood, Jefferson, Jefferson, Television. and Screen on Story Dickens’s Adaptations: Its and Carol A Christmas 2000. F. Guida, Reader Film In Horror and Ghosties.” “Ghoulies Curtis.Harrington, 2000. MURRAY LEEDER MURRAY . London: B.T. Batsford. . London: B.T. Christmas Modern of Making 1986.Purdue, The and A.W. J M. Golby, Haunted Dickens’s Man Illusions: Victorian ‘Reading 2017. Helen. Groth, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 72 Aceite: 2020-07-31 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0002-3315-5055 — Scopus ID 33467616100 — Acknowledgments made was this article to leading Research the Social from Sciences a grant possibly by Council of Canada Research and Humanities thank Drs. to also like I would (SSHRC). Aldred. and Jessica Holliday Christopher — address Institutional Winnipeg Rd. 3A7. MB R3G 595Valour Recebido: 2020-10-20 Recebido: https://doi.org/10.34619/cvp8-6c31 — Received — DOI LEEDER MURRAY — note Biographical the at Affiliate Leeder a Research is Murray the for Institute of Manitoba’s University Carleton from a Ph.D. holds He Humanities. A Film: of Horror the author He University. Critical Introduction 2018), (Bloomsbury, Beginnings the and Supernatural Modern The and 2017) Macmillan, (Palgrave Cinema of 2014), ofCinematic editor (Auteur, Halloween Silent from Spectrality and Haunting Ghosts: 2015) and (Bloomsbury, Era Digital the to Cinema (Edinburgh Castle William of Films The ReFocus: 2018). Press, University RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 73 (the (the (2013). Drawing (2013). Drawing

ence of Palestinians within Israel in terms of Israel’s being of Israel’s in terms within Israel ofence Palestinians of of the ‘becoming-Palestinian’ the spectre by haunted le This is both a historical to an allusion the Israeli-Arab. 1950 Law Knesset’s (the of absence condition present gal but also articulates—this Property), of Absentee article of cine the claims—anhauntology/ontology emerging argues article in Israel.This ofPalestinian the image matic is Israel in cinema of Palestinians the contemporary that disjoint temporal essentially a cinema of ghosts, where the disturb constantly displacement and spatial edness the haunting from formation; identity of national project Palestinian where Kamal Aljafari, of work in the of Jaffa director of Israeli re-inscribed are the work onto ‘ghosts’ and Arab between the ghostly lacuna to Golan, Menahem Ana Amos Gitai’s haunts which ArabiaJew a alongside notion of ‘the spectral’, Derrida’s on Jacques al-dakhil Said termed Edward of what analysis critical as interiors Palestinian examines the article interior), , the Studies Palestine of with the Journal interview In a 2003 of revenant the spectre the Elia Sulieman evoked director the pres explaining when back) coming by appears (which — Abstract ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT Independent Scholar [email protected] ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT Fantasmas sob a superfície: Os restos e e sob a superfície: Os restos Fantasmas Interior do no Cinema espectros Palestina da Ghosts beneath the surface: beneath surface: the Ghosts and revenants Remnants of Palestine in the Cinema Cinema in the of Palestine of Interior the RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------74 (o haunted sites. The article contends that from within these within from that article contends The sites. haunted refuse tostubbornly remnants cinematic Palestinian sites, has which on the State acting back and be haunting buried, them. repress to attempted | Said | binationalism | Edward Derrida | Jacques Spectre cinema palestinian Palestine of o Journal com 2003 de Em uma entrevista - fan do o espectro Elia Sulieman evocou , o diretor Studies de a presença ao explicar voltando) aparece tasma (que seras Israel de em termos Israel de dentro Palestinos Árabe do Palestino’ ‘devir- do espectro pelo sombrado legal a uma condição uma alusão Isso é tanto -Israelense. - Au Lei Propriedade de (a ausênciade presente histórica 1950), de Knesset sente mas também do articula — afir- emergente / ontologia artigo — uma hauntologia ma este Este Israel. em Palestino do cinematográfica imagem da Pa dos que contemporâneo o cinema artigo argumenta fantas é essencialmente um cinema de em Israel lestinos es e o deslocamento temporal a desconexão mas, onde formação de pacial perturbam o projeto constantemente na Jaffa de assombração a desde nacional; identidade da são Palestinos “fantasmas” onde Aljafari, Kamal de obra Golan, Menahem Israelense diretor do na obra reinscritos que assom- e Judeus Árabes entre espectral a lacuna até o conceito (2013). Usando Gitai Amos de Arabia Ana bra a com em conjunto Derrida, Jacques de espectral” “o de al-dakhil Said chamou que Edward análise do crítica como palestinos os interiores o artigo examina interior), des O artigoquedentro afirma de locais assombrados. tei- Palestinos cinematográficos remanescentes ses sites, e assombrando se a ser enterrados, mosamente recusam reprimi-los. que tentou ao Estado volta de agindo Said | binacionalis | Edward Derrida | Jacques O Espectro mo | cinema palestino — Palavras-chave — Keywords — Resumo ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 75 represents in the represents 2 , claiming of the revenant: “One “One of revenant: the claiming , , the Nazarene director Elia Sulei- director , the Nazarene Specters of Marx , is, I argue, crucial to understanding how the how crucial understanding to , is, I argue, 3 The need for observation, claims Suleiman, stems claims observation, The need for 1 . Introduction Spectres of Partition, spectres of Binationalism: Binationalism: of spectres Partition, of Spectres Interior the of Cinema the Situating it either as cinema of resilience Cinema frames on Palestinian scholarship Existing .” (Derrida 1994, (Derrida 11). .” back because by coming it begins and goings its comings control cannot The Time That That Time film The later of Suleiman’s and the subtitle within Israel of condition Palestinians A historical-legal Remains in temporality disjointed this on insistent is Derrida Jacques Chad Emmet (1995, 64) notes that Nazareth received a lesser classification than Nazareth Illit in an Israeli Israeli Illit in an Nazareth than a lesser classification received (1995, Nazareth Chad Emmet that 64) notes and in both development a disparity industrial to led which investment, capital passed stimulate to Law rates. unemployment

nomically—with the city overlooked by its Jewish neighbour, Nazareth Illit, and both Nazareth neighbour, its Jewish by nomically—with the city overlooked the state. by and neglected watched Divine Intervention Divine about his film interview In a 2003 man describes the oppressive pressure of his home city, Nazareth. As the largest Arab Arab As the largest Nazareth. of city, his home pressure the oppressive man describes with- enclave as an enormous Palestinian essentially the city exists Israel, city within eco and both architecturally reinforced is status enclave-like This state. Israeli the in and struggle for national self-determination (Gertz and Khleifi 2008,135), cine and Khleifi (Gertz a national self-determination national for and struggle - destabi politics, one which articulates a spectral Israel inside cinema of Palestinians to which, as that and Jew the ghost of counterpart Arab back bringing by lises its Israeli (2012, as such, is un- within the other and, Darwish Mahmoud 52), dwells paraphrase about what might go in Israel Palestinians how cinema also This indicates partitionable. the State’s and resisting as “producing to themselves” Said (1986, refers 108) Edward The politics of haunt culture. of in Israeli Arab-ness them and traces erase to attempts of characteristic is which of Palestine-Israel, space cinematic liminal the in work at ing will be the focus of this article. of the Interior’, the ‘Cinema I will term what 2014) or with renewed (Tawil-Souri territory from decoupled ma as a structure of feeling is ofthese lack each What 2018). (Yaqub Revolution focusof on the cinema the Palestinian work at consciousness territorial and spatial of a in the significance engagement a critical of the exception With the notable in Israel. zonein the liminal cinematic of Palestinians and Israel the cinemas of Palestine (2008), Friedman and Yael (2010) Shohat of Ella work 3 1 2 ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT Israeli psyche. Unlike the Occupied Territories, where the dynamics of oppression and dynamics of the oppression where Territories, the Occupied Unlike psyche. Israeli - the “psychologi to refers Suleiman (2003, 70) overt and hyper visible, are resistance a creating Israel, in Palestinians internalised is by that occupation and economic” cal Suleiman leads of this condition pressure The unsustainable ofcondition invisibility. - noun ‘Israeli-Ar within the proper of Palestinian the former the revenant conjure to ‘Arabs’ their that the fear by haunted this. They are knows “Israel he claims when ab’, a coming (Ibid, 71). This notion of revenance, again” become to ‘Palestinians’ going are back being begins coming into by that from the perpetual haunting that the figure the perpetual the present-absentee of the figure from that haunting RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 76 Israel and Palestine.” and Palestine.” Israel visual field (Hochberg 2015) is, I argue, neglect 2015) is, I argue, (Hochberg field visual one by either the omission of omission a sustained discussion either the one by of the speci- , which traces the pathology of partition, of the pathology continued legacy the traces 181 , which Route , where she (2007, 1) highlights a short story by Orly Castel Castel a short 1) highlights Orly by story (2007, she , where Partition of Spite In The question of partition, which Gil Hochberg (2007) engages with in cultural with in cultural engages (2007) Hochberg ofThe question partition, Gil which This issue of in the Israeli haunting - opens Hoch Gil memory which subterranean of this logic haunted, is precisely It Binationalism as a progressive, culturalist approach to moving beyond the cul-de-the beyond moving to approach culturalist a progressive, as Binationalism Palestine-Israel of imagination cultural haunted The ruins—whichby the an underworld and ghosts by haunted trope ofThe a surface terms, refers most explicitly to a historical event, or rather its failure; that is, UN Res UN is, that failure; its event, rather or historical a to explicitly most refers terms, have long been thought in opposition—with little attention paid to cinema in what Shohat Shohat been opposition—with in long thought in what cinema paid to have attention little (2010: 271) “the terms zone liminal between olution 181, the 1947 partition plan which failed to establish two states from Mandate Mandate from states two establish 181, to olution the 1947 failed partition which plan 2004 Sivan’s Eyal and Khleifi The ghost of this partition line informs Michel Palestine. documentary political and cultural attempts to partition Palestine-Israel. It is precisely this continued this continued is precisely It partition to attempts Palestine-Israel. political and cultural Israel. in of Palestinians space the cinematic haunts I argue that legacy berg’s berg’s of the bench a young appears under woman Arabic-speaking an elderly in which Bloom, - the postcoloni runs through which ofsac the two-state solution is a unifying thread Bartand Moore-Gilbert Shohat Ella Said, filmmaking the and of oftheory al Edward - and con Aloni, and Elia Suleiman. The defeats Udi Amos Gitai, Mer-Khamis, Juliano and Likud under government ofIsrael’s intransigence the with along of Oslo, cessions one- an emergent to contributed have Gaza in riseand the of Islam political Netanyahu of the pessimism Between model. nation-state of a Westphalian thinking outside state as being Suleiman (2016) both that uto quo, and the idealism the status acknowledges cinema, beyond repress)—extends least at (or exorcise to politics of tries the present As such, it of Palestine-Israel. imagination cultural the broader throughout recurring some explication. brief requires ed in the Palestinian future. the from haunts tionalism which Moore-Gilbert that (2018) Habiby ofEmile the ‘pessoptomism’ lies pian and necessary is thinking Such state. democratic ofthinking binational, a culturalist his in endorses with activists however, cinema in theory and contemporary a tendency to not limited the endorsing Artema Ahmed Abu (2018) in Gaza to Aviv in Tel (2018) Hafawi Yoav from remains, of stasis Palestine/Israel the political While state. democratic of a single, idea approach points a critical to level, a grassroots activism at its cinema, and increasingly of partition. political project the continued to ficity of place in Palestinian filmmaking in Israel (Gertz & Khleifi 2008, Tawil-Soury (Gertz 2008, & Khleifi Israel in filmmaking Palestinian in ficity place of Israel in filmmaking Palestinian on 2014) focus on production contexts or an explicit of nature the double examining by this gap article will address This 2010). (Friedman past, the from haunts of and of is, the spectre partition bina this haunting; that which ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

4 - - - 77 the ruin is a key feature of feature is a key the ruin 1948. A psychiatric hospital, Kfar Shaul, now lies on the site of the on the site lies Shaul, now Kfar hospital, 1948. A psychiatric th (1974), in which the cave beneath the ruined village of Tanturah lies a family a family lies of Tanturah the ruined village beneath the cave in which (1974), By evoking the ghosts of Deir Yassin, Darwish articulates the inability to lay to rest rest to lay to the inability articulates Darwish of the ghosts Deir Yassin, evoking By We became the ghost of a murdered man who pursues his killer asleep or awake or on the or awake asleep his killer pursues man who became ghost of the a murdered We and of sleeplessness, and complains so he is depressed that the two, between borderline the consciousness occupies of but the ghost expands, (…) yet?’ out, they not dead cries Are 47) 2010, him mad. (Darwish till it drives the killer (2010), one of the final works by Palestinian poet MahmoodDar- Palestinian poet by works one of the final (2010), Presence Absent former village. former Deir Yassin was a Palestinian village near Jerusalem, which was depopulated and the site of a massacre by the by of a massacre and the site depopulated was which Jerusalem, near village a Palestinian was Deir Yassin 9 on April group, a ZionistIrgun, paramilitary

as a metaphorical ghost which haunts the contemporary political project of Zionism, project political the contemporary haunts ghost which as a metaphorical and sleep between in the lacuna dwells of this ghostly memory which writes Darwish be to exorcised: refusing wakefulness, the ghosts of the past which haunt the Israeli imagination. Indeed, a fictionalised ver- a fictionalisedimagination. Indeed, the Israeli haunt the ghosts of the past which Aloni’s is the setting of Udi of Deir Yassin on the grounds hospital of sion the psychiatric 4 Israeli woman, insisting on their kinship, which the young woman denies, doubting the the doubting denies, woman young the which their kinship, on insisting woman, Israeli the defines which and Arabic Hebrew between The slippage of encounter. the reality repressed a as surface the beneath dwells that figure haunting the with along encounter, of partition. topography A key psycho-spatial the traumatic hints at memory, traumatic within The cave trope of this is the subterranean. literary title The forms. in various a series of back by ghosts coming throughout wish, is haunted historical-le This within Israel. of Palestinians condition the juridical to itself alludes The Secret Life of Said the Pes the Said of Life Secret The in Israel, life of Palestinian novel ironic Habiby’s Emile soptomist engaging figuratively more itself is something ofa Macguffin, The treasure treasure. In cinematic within Israel. Palestine of historic the remnant locate to Said with a quest emerges Palestinian of the the figure of where a site mark ruins or caves representation, of this examples consciousness, notable with of memory 1948 repressed as a in Israeli examples two The latter Jacir. and Annemarie Aljafari Aloni, Kamal of Udi in the work will be in this article. analysed 1948, after the 1950 with Proper of Absentee - in the years Law emerged condition gal the 1948 but found during war left their villages who Palestinians This determined ty. ab but legally within the state, as corporeally present state, within the new themselves particu has identified, (2002, 10) - Cohen para. of origin, as Hillel sent their place from the poem evokes Darwish’s the case of Galilee. exclusively—in no means larly—but by past that of a Palestinian and invisibility and visibility presence and of absence interplay because of precisely of logic Zionism, very this in the cultural yet invisible is rendered of Deir Yassin the history evokes which passage be In a long cannot buried. negation, ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 78 - (‘in the exteri (2013). These films in ” This haunting absent presence is particu presence absent ” This haunting - —the interior—will inform my reading of what I term I term —the of what interior—will reading inform my , and thus witnessed the interior vi- witnessed thus and , interior the Sky Last the After , which translates as ‘from the interior’. This interior interior This interior’. the as ‘from translates which , of 1948, according to Gil Hochberg (2015), puts the ghost Hochberg Gil to of 1948, according (the interior)—is required. interior)—is (the min al-dakhil films (the Cinema of the Interior), particularly the ghostly structures that particularly that the ghostly structures Cinema (the of the Interior), films (2006), which tells of the disquiet stemming from repressing the ghosts of the ghosts repressing from stemming of disquiet the (2006), tells which catastrophe) (literally, ‘Interior’ Palestinian haunted the and presence absent Said, Edward Said speaks of Pales , Edward Sky Last the After photo-essay, In his collaborative inte the within inside and outside between distinction any maintaining Said, For en- to unable he was Said, since for particularly pronounced was This exclusion of partition reading the project haunt in a close be will examined The ghosts which al-dakhil Forgiveness of Palestinian the amnesia with them. This cultural than reconciling the past, rather Nakba oftime the writing at Israel ter within this cinema and articulate its politics. the by This politics is conditioned dwell - a contem occasions which presence’, of ‘absent status historical-legal aforementioned of the al-da language in the cinematic visible displacement of ontological trace porary AnaGitai’s and Amos trilogy Arabia ‘Jaffa’ Aljarfari’s of Kamal at the threshold of visibility/invisibility, a haunting presence through its continued ab continued its through presence haunting a of visibility/invisibility, threshold the at (2015, Hochberg “is 38) erased seemingly of writes Nakba 1948, effect of the The sence. field visual Israeli the into way its finds nevertheless and yet eyes, Israeli from or hidden of visible presence as a haunting invisibility. some analysis Therefore, Israel. within in the liminality of Palestinians prevalent larly Said Edward Israel—what within Palestinians of the specificity subjectivity of of the (1986, 51) al-dakhil terms experience tinian to refers sense, it geographical in a tangible Firstly, ways. itself in different manifests changed as Said such those in exile from as viewed status in Israel—whose Palestinians (Said 1986,privileged” “still, different, but 51)— to sense” in a pejorative “different from of those and the status fil-kharij ebbed nationalism ofas the tide Arab a is, sense, that psychological more a in or’)spatial is secondA meaning diminished. ofbeing an experience on the collective, is that interiority linguistic and psychological occupied and in- some to extent “always a space in the interior, dwelling while outside of chapter entire an (Ibid, 53). dedicates Said and Arabs” others—Israelis by terrupted an outsider of this condition being rendered exploring —‘Interiors’—to Sky Last the After within the inside. - but also exclud a perpetual to of insecurity; leads state rior both one is hemmed in by, “the that structure claiming by he articulates which you surrounds which that ed from feeling is an affliction, like that being is a privilege inside that is such situation of your (Ibid, 53) own.” the househemmed in by you affliction’ thinking of the ‘privileged Said’s photographs. Mohr’s Jean through cariously of al-dakhil is the experience that the it. outside and held apparatus within the state both caught directors, khil ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 79 —a technology, in technology, Arab al-dakhil Arab , Derrida (2002, 120), Derrida by bringing back the Palestinian revenants revenants the Palestinian back bringing by Recollection The technology of the cinema, which Aljafari utilises extensively through digi- through utilises extensively Aljafari of the cinema, which The technology (2006) Roof in The Haunting Architectural (2006), complex some of Roof unpacks the subjective The feature, first Aljafari’s Kamal Aljafari’s ‘spectral’ Jaffa: Jaffa: ‘spectral’ Aljafari’s Kamal Politics to Spectral Uncanny Architectural the From (2006), Port Roof of Memory The features, recent most three Aljafari’s Kamal Derrida will evoke the cinematic in a definition of the spectre as that “which one spectre as that “which in a definition of the the cinematic will evoke Derrida , to a spectral politics which ‘ghosts’ the political and aesthetic consciousness of aesthetic and political the ‘ghosts’ politics which spectral a to , tal editing, as an inherently spectral apparatus is developed as an idea extensively by by extensively idea an as is developed apparatus editing,tal spectral inherently an as in both (2002, content spectrality cinema to 2015) connects Derrida Derrida. Jacques he (2015, 26)which a distinction be ‘must insists itself, and the structure of the image but also Cinema as a medium is both haunting a haunted distinguished.’ captured in the margins of the frames of Israeli cinema. of Israeli of the frames in the margins captured - sense. Draw in a Bazinian image, the moving time and ‘embalm’ arrest to its capacity Ogier in Ghost Pascale Dance of watching ing on the experience observing and watching, revenant, of the cinematic gaze’ the ‘dissymmetrical to refers of In Specters the gaze. return is conscious to who of being unable the viewer surveying Marx projects—on 1994, (Derrida see” is nothing to there 125). an imaginary screen where In of light, projection a cinema itself is a through of death an index preserve to its ability of the digital possibilities of in Port will exploit Aljafari an apparatus apparatus, spectral present. the political haunt to Memory and Recollection particularly in a scene to living overseas, Israel from of a Palestinian ities ‘home’ for blend of documen- essayistic the film is an of the film. the middle Structurally, wards in the register and ironic a reflexive employs and memoir that historiography tary, and Ramle, in both homes Jaffa family focus Its is the Aljafari Habiby. of Emile tradition with Al- conversation a telephone During roof. titular the missing providing the latter visits Aljafari living in Beirut—suggests that friend old Nabieh—an which during jafari, This is due to reply. Aljafari’s comes countries” the Arab enter him in Lebanon. “I can’t Israeli with based in Germany filmmaker as a Palestinian status legal complex Aljafari’s comments Adorno’s following himself, In fact, the filmmaker and German citizenship. Zionism Memory in Port of and (2009) and Recollection (2015), make up a haunted triptych of his paternal city, Jaffa. Jaffa. city, of his paternal triptych up a haunted (2015), make and Recollection (2009) but—as Jaffa to ties indicates—has surname his paternal is based in Germany, Aljafari haunting with chartrelationship films shifting a Ramle. The three to ties and maternal in The its inhabitants haunts which a ghostly architecture from his work, throughout Roof figure that haunts the lacuna between both Palestine-Israel and Arab-Jew. and Arab-Jew. Palestine-Israel both lacuna between the haunts that figure particular (but not exclusively), I argue, examine the political ‘spectre’ of partition, as ‘spectre’ the political examine argue, I particular (but exclusively), not the of figure ghostly the project, boththrough cultural and political a ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 80 - and foun privileged Israeli science par excel Israeli privileged turns a nationalist logic of logic archeturns a nationalist here, rather than being archaeological, becomes architectural becomes architectural than being archaeological, rather here, : “My parents live on the first floor,’ states Aljafari, ‘and the past Aljafari, states floor,’ on the first live parents : “My literally , quite Roof The scene in The The scene which follows the Shammas quote is one that employs a spatial logic of logic a spatial employs the Shammas quote is one that follows The scene which Shortly after an establishing opening scene, in which Aljafari and his sister discuss and his sister Aljafari opening in which Shortly scene, after an establishing We are introduced to the eponymous roof by way of a slow, one-minute tracking one-minute tracking of a slow, roof way the eponymous by to introduced are We .” (Ibid, 46). an absorption, Without such presence a haunting these.” ruins remain is a film about the pressing weight of home and the ghosts that dwell with- dwell weight of home and the ghosts that about is a film the pressing Roof The lence - a Palestini Said, therefore, For the State. within remnant the Palestinian awakens that multiple pasts and its multiple heterogeneity: open to must up the land an archaeology peoples. inversion. A camera pans steadily and slowly to the left, to scanning the earth and slowly as stones pans steadily A camera inversion. this over narrates of houses. and remains Aljafari foundations to way give and rubble and origin) father’s (his in Jaffa of a tale dispossession ofscene, 1948place took that they became their homes, pres leave to Forced tale. is a familiar It Ramle (his mother’s). on literature and exile, has referred to cinema as a “homeland” (Aljafari 2010), a place place a 2010), (Aljafari as a “homeland” cinema to referred has and exile, on literature be conversation, can In the same imagined. and futures histories alternative where access, to he is unable sea, a sight/sound Beirut’s hear to longing his evokes Aljafari territorial and just articulates that subjective some of the place fluidity of a denoting a citizen ofIsra is legally one who subject; Palestinian of contemporary the complexity to fades film Kamal Aljafari’s Intifada, the first during of incarceration his experience (2002, Shammas on screen, 1) appears Anton para. and a quote by articulating the black that perfectly know well you “And those of in exile: home for it haunts ghostly weight roof and walls, go, we it behind us wherever drag simply home we leave ever don’t we home without; and that leave don’t thing we the one single — it is probably all. Home follows this quote and what from is clear It in our wake.” the rumbling explain would that it). above accurately, more in (or el, educated in Germany and homesick for the sea in Lebanon, a place which—through which—through the sea in Lebanon, for a place and homesick in Germany educated el, in his imagination. only visit of can law—he force or- The foundations, evidence. the archaeological foregrounds The shot ent absentees. connection architectural) (and This archaeological in the ground. here right igins were narrative belonging. of In the national national claims contested the earthto grounds of“archaeo taxonomy a wider into beto subsumed ruins have of Zionism, Palestinian Freud lecture in his 2003 argues Said Edward which (Said 2003, 47) particulars” logical “ the archaeology made have Non-European the and dations— the connection to the land providing the collective grounding and historical and historical grounding the collective providing the land dations— to the connection claim—on but is some or the earth in the land itself, The past is not buried, its head. buries that thing rather Arche them.” above lives alive buried literally, quite who are, roof its inhabitants as the unfinished looms over the ruins of shows image the (while the film, us, root says don’t it.beneath Foundations and history. of gravity on us with the weight bear down but rather Ramle) Arab ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------81 of 5 as interchange and the blurring of sepaand the blurring from roof to surface allows allows surface roof to from — 1 Image Roof Screenshot. The Courtesy of Kamal [DCP]. Palestine/ Tag/Traum. Aljafari. 63mins 2006. Germany. haunting that permeates the film permeates that haunting (which translates as ‘homely’)as meaning translates (which —gives trans in its English lost an ambiguity Heimlich Heimlich (uncanny or literally ‘unhomely’) or literally (uncanny by Asmahan, a song of love, absence and ghosts. and absence Asmahan, by songa of love, Taala Habibi Ya within the logic of the familiar. The homely is always already unhomely unhomely already is always The homely of within the logic the familiar. then, Freud notes, “applies to everything that was intended to remain se remain to intended was that everything to “applies then, notes, Freud and its antonym unheimlich and its antonym The Arabic title of title the film—alThe Arabic Sateh locates Freud underpins semantic uncanny. Freudian the instability A similar unheimlich unheimlich For Freud, the uncanny is both a psychological and an aesthetic experience, with the latter developed in the secthe in - developed latter the with experience, aesthetic an and bothis psychological a uncanny the Freud, For essay. ond half of Freud’s

ration between the two terms, Freud explicitly frames a discussion of the uncanny in in a discussion of the uncanny frames explicitly Freud terms, the two between ration The semantic shift in al sateh architecture. of terms domestic of the image. the surface to coming repressed a thinking ofas the unhomely ‘home’ for experience an aesthetic in manifests image to architecture from movement a Such both that which is familiar and comfortable and that which is concealed and hidden. and hidden. is concealed which and that and comfortable is familiar both which that Unheimlich in that the familiar is repressed in the form of a secret and the unhomely is “what was was is “what and the unhomely of in the form a secret is repressed the familiar in that of repression” un- is the indicator ‘homey’]. prefix The negative [homely, familiar once (Ibid, 151).the use of Through German Heimlich/unheimlich cret, hidden away, and has come into the open” (Freud 2003, 132). Thus, Freud locates 2003, 132). (Freud locates Thus, Freud the open” into and has come away, cret, hidden the able. This comes from a dual sense dual a from of comes This able. 5 shot, as the camera tracks left with tight framing as the unfinished roof is slowly re roof the unfinished as slowly is left with tight framing tracks shot, as the camera Heimlich Heimlich vealed, along with a number of discarded objects. Accompanying this languid track languid this Accompanying objects. numbera with of along discarded vealed, songthe is shot ing ofroof the unfinished absent presence spectral as the The song seems appropriate, unheimlich or rather an uncanny the Aljarfaris; haunts throughout. slippage a marking surface, and ‘roof’, meaning While flatness lation. also it can convey roof to from in a number of The linguistic slide other scenes. work at and instability a sense of gives concealed. something surface ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 82 The effect of the framing of the scene of the framing The effect 6 This brings the rueful his moth- from This brings response 7 occurs in a scene of occurs domes Roof of The minutes ten in the first , occurring The film’s closing scene appears to echo the anxiety triggered by the foundations foundations by the triggered the anxiety to echo appears closing scene The film’s In this scene, through digital manipulation, Salim, the film’s main character, is character, main manipulation, Salim, digital the film’s through scene, In this Port of Memory (2009) Memory of Port back: come Let ghosts the a non-an- employs Memory Port of (2009) it, before Aljafari’s Roof The to Similarly unheimlich For Freud, disembodied corporeal elements betray a heightened uncanniness. He writes that “Severed limbs, a “Severed that writes He uncanniness. a heightened disembodied Freud, betray corporeal elements For — all Hauff), by tale in a fairy (…) the arm (as by themselves from dance a hand detached that head, feet severed instance, as in the last credited, about them, they are especially when something highly uncanny of these have activity”with independent (Ibid, 150). Aljafari notes in the establishing shot of Ramle that remaining families in Jaffa and Ramle in 1948 were given the the and given in were Ramle 1948 in Jaffa of families shot Ramle remaining that in the establishing notes Aljafari houses of other Palestinians.

and the burden of seenhome the openingthe in ofburden the and Ramle shots of the weight the and sit his mother and The scene begins of with a shot Kamal of Aljafaris. past on top the creates a cinematically disembodied hand which, until the frame pulls back to reveal reveal to pulls disembodied back the frame until a cinematically hand which, creates of ani- the lack particularly given shock, an uncanny the viewer gives uncle, Aljafari’s Roof of mise-en-scène. the ‘bodies’ of in The many mation ’s ting opposite one another in silence. The shot then cuts to the mother, who asks: ‘do you you ‘do asks: who the mother, then cuts to The shot ting opposite in silence. one another finishing strange know—it’s don’t “I replies Kamal which to house?’ the finish to want us.” to belong doesn’t something that inserted of Zionism, performance an Is the acoustic space into a musical from here thropocentric camera-eye, as walls and the fabric of Jaffa are foregrounded, with human with foregrounded, are of Jaffa and the fabric as walls camera-eye, thropocentric ‘alive’ corporeality The as is itself city the of out and frame. of into wandering often figures the story of Sal- tells it is, that such narrative, within it. film’s dwell The who as the humans of eviction, sense and the wider his house. threat to The of erasure deeds im and the lost the film, as the perpetualpermeates sound constructionpresence of and the of of Jaffa Aviv. Tel by neighbouring swallowed being documents a city increasingly gentrification form utilisesto enact a of digital editing which telling scene, most the film’s However, past. cinema’s of Israeli’s haunting politics, a Palestinian occasions spectral er that “everyone has left. Not just them—left their homes.” Belonging and home have and home have Belonging has left. just them—left Not their homes.” “everyone er that you.with Returning drag you chain and ball a being more Aljafari, for weight heavy a ofthe mantle The based,is he ghosts of the 1948 heavily. where weigh Europe, from - the foun its burden; by overwhelmed appears who ‘home’ is passed Kamal, historic to roof. of spectral the the surface but bury them beneath the family root don’t that dations uncle) by Aljafari’s as Salim match, film. The (played scene with a graphic raeli begins the (his being before neighbourhood) Ajami inserted which from shots wanders into 7 6 the tic ‘normality’ in the Ramle house. After a scene in which the family dine together in tic ‘normality’ dine together the family in the Ramle house. a scene After in which of the sofa. The on the edge a hand to close-up extreme in is a cut there virtual silence, hairy the twitching, (de)frames that photography and shallow-focus closeness extreme sense an aesthetic of the uncanny. hand evokes ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 83 2 Image Screenshot. Memory Port of Courtesy of Kamal [DCP]. France/ Media. Novel Aljafari. 2009. Germany/Palestine. 62mins — (1973). This film manages to layer a fictional a fictional layer to (1973). manages film This , is countered by the staking of the claim that there there that the staking of by the claim , is countered (2008). In the scene in question, Soraya, the film’s Pal- the film’s In the scene in question, Soraya, (2008). A remarkably similar ‘ghosting’ of the cinematic space of Zionism be space of can seen the cinematic in ‘ghosting’ similar A remarkably Salim’s spectral appearance troubles this scene, briefly haunting the frame from from the frame haunting briefly this scene, troubles appearance spectral Salim’s There is a place beyond the sea, beyond is a place There and the port, the street market, the over shines the sun Where the sea... beyond Home estinian-American protagonist, visits the remains of Dawayima with Emad—a- Palestin of Dawayima the remains visits protagonist, estinian-American (in The village home in Jaffa. ancestral Ramallah—whileian from Soraya’s looking for passing are the two which through is in Israel, 1948) before lived family Emad’s which who—startled teacher a by led tour, school a by awoken are They disguisedsettlers. as Anne-Marie Jacir’s Saltof this Sea Jacir’s Anne-Marie . a people simply never in Palestine-Israel, been peoples always have the edges and fracturing and undermining the fictional narrative of the scene’s Mizrahi Mizrahi of the scene’s narrative the fictional and undermining and fracturing the edges song the scene of and longing counters loss a Hebrew re-appropriating By lamentation. of elision complete The unity. fictional its interrupting by space, national hegemonic a al-dakhil or Arab the Palestinian, scenes were taken, an Israeli film Kazablan film Israeli an taken, were scenes cinematic occupation on top of the factual occupation of Jaffa during this during period, as the of Jaffa occupation of the factual on top occupation cinematic and the scene in question Jaffa, living in Jews Mizrahi of oppressed a narrative tells film states, as Aljafari which, a narrative oppression, of Ashkenazi lamentation is the sung - Palestini remaining also but its history, Palestinian Jaffa’s only not elides “completely As the character 2010). virtual,ans, enacting a emptying of the city” cinematic (Aljafari Yesh to the lyrics sings he Jaffa, of an abandoned architecture the crumbling wanders in Morocco: life his song his former to Makom, ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------84

10 highlights the the highlights engages in the spatial pol- in the spatial engages unconsciously were always already the hidden his the hidden already always were (2009), which he fully in Rec realises which (2009), as analogous to the erasure of Palestinian of Palestinian the erasure to as analogous both consciously 9 is one of the most successful ‘Boureka’ films, a musical musical a films, is one of most successful ‘Boureka’ the tells the tale of a Moroccan-Jewish gang leader in love with in love leader gang of the tale a Moroccan-Jewish tells (1973) Kazablan

8 (2015), is to ‘ghost’ cinematic Jaffa to issue a demand, much like Derrida’s reve Derrida’s like much demand, to issue a Jaffa cinematic ‘ghost’ (2015), is to Port of Memory in Port of concern primary Aljafari’s While Aljafari’s use of digital enacts a ‘ghosting’ of Jaffa by its present-absentees, by its present-absentees, of Jaffa use of digital enacts a ‘ghosting’ Aljafari’s While In Hebrew, literally ‘Eastern’ (Shohat 2010, 154) 2010, (Shohat ‘Eastern’ literally In Hebrew, Both Gil Hochberg (2007) and Ella Shohat (2006) Shohat length, and Ella articulating of at the spectre how describe this process (2007) Hochberg Both Gil Euro-Israeli anti-Semiticbe to of hegemonic in re-produced Orientalism form a compels Europe in Orientalism of partitioning trace so any disassociate occurs of as to pathological a form they both argue, Essentially, culture. narrative. the national from ‘Arabness’ This popular entertainment framing, Ella Shohat (2010, 255) has argued, both covers up structural inequalities inequalities up structural 255) both has argued, covers (2010, This popular entertainment Shohat framing, Ella politics. seen nationalist entertainment as apolitical by traditionally as permeated a genre rendering while

tory of Palestinian Jaffa. of tory Palestinian ollection Menhaem (another (1987) the destruction of Force nant: the city witnessed that in Delta a mise-en-abyme as appears production that Golan and of destruction within the film), of the story eviction and dispossession in Kazablan itics of Jaffa’s “cinematic occupation” (Aljafari 2016)(Aljafari but occupation” “cinematic ofitics Jaffa’s Mizrahi of the liminal figure marginalized, a young Ashkenazi woman in the context of a Mizrahi neighbourhood which is being neighbourhood which of a Mizrahi in the context woman Ashkenazi a young Memory with demolition. Port of threatened 8 9 10 the unnamed presence of the Arab-Jew also constructs a complex double haunting in haunting double also constructs a complex of the Arab-Jew the unnamed presence Mena Memory Port of repression. haunts in its own of Arab-Jewishness the figure which by a figure emerging from the cave—assumes Soraya is a Jewish-American tourist and tourist Jewish-American a is cave—assumes the from Soraya emerging a figure by - in these “an is forbidden camping that English) to Hebrew from (switching explains - being a hid of memory figure/place this traumatic The remains.” cient archaeological and thus the teacher, to unlocalizable is within Israel Palestine of historic remnant den space. in ‘Biblical’ tourist of lost a that to must be transferred hem Golan’s Kazablan hem Golan’s managerial cold, as depicted authorities, bureaucratic outwitting uncaring Jews rahi the banner of uni- under a resolution act usually involves The third Jews. Ashkenazi Jewishness. fied genre which often used humour to depict the class politics of Israeli society, with Miz society, politics of Israeli often used the class depict to humour which genre ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT totalizing figure for both Israeli and Palestinian nationalisms; forming an “in-between an forming “in-between nationalisms; Palestinian and for Israeli both figure totalizing - Jew citizenship within the terms in of privileged ‘in’ and outside, inside at once figure, ‘of’ but hardly citizens of Israel, Palestinian the to the hegemonic in contrast state, ish both- orien must be paradoxically that ‘Eastern-ness’ is this very It culture.” national the suppress to movement double in a Paternalistic the State by talizedand assimilated in Europe—thus communities Jewish used other Ashkenazi to ghost of ‘Eastern-ness’ identity. Palestinian to identity bonds Jewish that the ‘Arab-ness’ repressing presence in Jaffa. In doing so, the film highlights a double negation by the hegemonic hegemonic the by negation double doing a highlights film the In so, Jaffa. in presence spectral already always the to oforientalizedthe Arab-Jew marginalisation the State: 266), (2010, Shohat for thus, is de a Mizrahi the of figure The of Palestinian. the space RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 85 (1973) is . (2015). The film opens with a cinematic The film opensa cinematic with 11 , inserted into a wider narrative of loss, are of are loss, , inserted narrative a wider into is quite literally the protagonist of this film. The camera-eye constructs of this film.camera-eye a The protagonist the literally quite is

(2015) Recollection Palestine: of Remnants politics Memory of Port of The spectral Indeed, when Aljafari mentions the character of his film, it is important mentions the character to stress Aljafari when Indeed, At the Palestine and the Moving Image Conference, Aljafari (2013) explained the painstaking process of archiving of archiving the painstaking process (2013) explained Aljafari Conference, Image and the Moving the Palestine At Cinema shot and Hollywood of Israeli in the frames caught and acquaintances) friends (often the Palestinians Jaffa (1986)), lost of a foreground to the figures these spectral bringing Force and how Delta The (notably, in Jaffa become Recollection would feature—which his next constitute would

11 ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT that this character itself is more a phantom, wordless witness documenting a historical witness wordless a phantom, itself is more this character that in so prominently features which of the city of Jaffa, The fabric of a city. record cinematic MemoryPort of Europeans’ of colonial in a subversion oftour the city—arriving the Mediterranean from Jaffa. of a cinematic and squares steps taking in the walls, silently before ofview the city, silent—albeit an eerily not creates protagonists of films’ the original The digital removal for space is make rather, doesdo of Jaffa this digital rendering —city. What empty entirely of entrance with the first relief unseen. stark into went This is brought previously what the film.freezeframes into around A of series 12 minutes the frame, into figures human being the most striking a zoom extras, of the child these unwitting and zooms foreground Kazablan from taken in the scene below, left ofin the top the frame caught Kazablan Kazablan ensemble scene opening from In a striking an entire frame. matic adds preface, methodological this following structure, film’s The away. spirited digitally - topograph makes that of the city in a way of the space reconstruction the spectral to (2016) Aljafari the importance Handal, stresses Nathalie ic sense. with In an interview for an Orientalist only cared from working of films he is the archive of this noting that this from comes and who knows someone “For they imposed quality on Jaffa: aesthetic in character the was importantIt to have sense. make do not thesefor me films place, to lead that sensewalk and make as it is, streets film of all of it,place my the and project as they are.” other streets preface, as its methodology is revealed. The characters of Israeli films shot in Jaffa are Jaffa shot in films of Israeli characters The is revealed. as its methodology preface, and its inhabitants— the city for space clear to frozen, beingbefore removed, digitally ofthe cine of the margins foregrounding this by is revealed presence whose spectral - con to altogether narrative abandons which (2015), a film fully in Recollection realised remnants the cinematic of excavation with an along of the city of Jaffa, struct an archive with Alja footage, found composedof film is The entirely city. of that revenants) (and American and numberIsraeli of huge a from sourced composing a portrait of Jaffa fari the city from 1960sto the in the films made 1990s. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 86 - ampli gives — 3 and 4 Image Courtesy [DCP]. Recollection Screenshots. France/Germany/Palestine. Aljafari. of Kamal 2015. 70mins Imitation of Life (1958). of the opening ‘boardwalk’ In an analysis scene in which Life of Imitation The close-up here highlights a dual spectrality in both spectrality its production and reception. highlights a dual here The close-up For the latter, the boy is both the ghostly temporal “punctum” which Roland Barthes Roland which the boy “punctum” is both the ghostly temporal the latter, For in a still im- stake at (Ibid.) (1993, future” 96) of the “anterior highlights in his analysis into This sense extends death. before of ‘loss come’ to of preserved a life capturing age’s the scene’s reception, Regarding and development. demolition of to a city lost the images possibility to own highlights cinema’s of the margin use of digital foregrounding technical on analogue film exist forthbring didn’t the ghosts of the past—a simply possibility which 156) (2006, of Mulvey Douglas a second, highlights in her analysis as Laura 24 frames at Sirk’s when the film appear that “it is only so of the frame fleetingly the edges at extras black (Ibid.) visible.” becomes bedetails can scanned these significant and the frame is halted digital- possible is made extras of the spectral the becoming-visible analysis, In Mulvey’s film,technology the of digital possibilities mode of viewing. In Aljafari’s a delayed ly by the In inverting than reception. in post-production, ghosts lies to rather the stage give to digitally removing by in Israel, Palestinians elides which politics of visibility/invisibility us, Recollection at gaze them to them and allowing has concealed which that fied presence to Jaffa’s ‘present-absentees’ and also, sense, right in a Derridean and “the of ‘present-absentees’ Jaffa’s to presence fied 2002, 121). (Derrida is further by theinspection” intensified This amplification absolute in city the of fabric the to weight corporeal gives The design. design sound sound film’s the ghosts back and bringing of life, the city to the walls bringing manner, a remarkable ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 87 Specters of of Specters Aljafari describes the pioneering and spectral use and spectral of the pioneering describes Aljafari 12 (1980)—was banned by Israeli television and tells the and tells television (1980)—was Israeli banned by (1994) and “Spectographies” (2002). The idea of the ghost keeps open the space open of the space ghost keeps the The idea (2002). (1994) and “Spectographies” The haunting hyphen: hyphen: haunting The (2013) Arabia Ana Gitai’s in Amos Jew and Arab Between saw the with State relationship critical his but filmmaker, Israeli an is Gitai Amos This ethical demand of the ghost is a question Derrida returns to in bothin to returns of Derrida question a is ghost the demand ethical This There is both a poignancy and political force to Aljafari’s words here; the former as the former here; words Aljafari’s to is bothpoignancyThere a force and political While recording we used special microphones that could record the sound inside the wall. wall. sound the the inside record could that used we special microphones recording While beneath, important inside buried life the sound was to of listen It walls, the me to for (…) They Jaffa. destroyed Aviv of the municipality Tel and government the sea. The Israeli the sea when in the winter, year, the sea. every into But they destroyed homes the threw 2016) (Aljafari part the shore. on to of back theserises, it throws homes The second segment of the film documents al-Manshiyya—a neighbourhood that was occupied by the Irgun was by the Irgun The second neighbourhood segment occupied documents of the film that al-Manshiyya—a and Egypt, sea Gaza by to with some leave to population being forced of the Arab in 1948, with much and razed 2014) neighbourhood. the Ajami (Zochrot into moving

story of Palestinian exile through a house in West Jerusalem. This explicit concern for for concern This explicit Jerusalem. a house in West through exile of story Palestinian of the ‘yet-to-come’ (how Derrida frames the deferred promise of justice). The reve promise of justice). the deferred of frames the ‘yet-to-come’ (how Derrida his training, by An architect in France. in exile nineties him spend and early the eighties (Beit) documentary— first House Marx as it in “Spectographies”, Derrida warns be back, come permitted to nant must always soon as one calls quo: disrupts the status “As open which ofkeeps the promise a future constitutes thing that of oneself the very of ghosts, one deprives the disappearance for ‘mes I call what the appeal justice, to say, is to that itself, movement the revolutionary sianicity’” 2002, of 128). (Derrida forth this bringing is and revenants It of the remnants shift in Al- the function the in of haunting constitutes which I argue, Jaffa, Palestinian har - to Roof, in The uncanny architectural documenting a haunted trilogy; from jafari’s the possibility potential open to to up the present spectral digital technology’s nessing of otherwise. imagining the political - the fam that reveals with his grandmother , a conversation Roof The feature in his first the into them back forced and too strong were in waves 1948 as the in Jaffa ily stayed port.- The notion of the sound-image of in the Agambi these ruins acting as a remnant act the of division resists 52)which an (2005, sense—an figure irreducible irrepressible, the it inoperable—both personally partition) and reinforces and renders (as resonates demand ghost, the of ethical the in or reiterates it politics of crucially, film; the spectral justice.” (2016) “cinematic for words, Aljafari’s sound design in the film, worthlength: in the film,at sound quoting design here 12 WHITE GEORGE ROBERT of its demolished neighbourhoods. of its demolished RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 88 ; its inhabitants cast out cast ; its inhabitants are being threatened with being are threatened is os is Arabia Ana Arabia. Ana thus plays out this thus plays Arabia Ana Sara, the Jewish woman who was was who woman the Jewish Sara, 14 , yet shares a number of striking similarities with a number similarities of striking shares , yet , but also carries, in a religious sense, the meaning in a religious , but also carries, The location is an important element of the film’s is an important The location of the film’s element 13 Port of Memory and Salim in Port of - ‘architec both directors’ alongside one, , a ‘Palestinian’ contains within it a semantic ambiguity. It is both It ‘the exte within it a semantic contains ambiguity. both outside of, and caught within al-dakhil and caught both of, outside is primarily a film about the haunted/haunting spaces between Arab/ spaces between about the haunted/haunting a film is primarily Arabia Ana that which is outside of al-dakhil is outside which that ) was born Jewish, converted to Islam and declared herself an Arab. However, it was it was However, an Arab. herself and declared Islam to converted born) was Jewish, (2002), a vertical history of Russia and Europe. of a vertical Russia history (2002), Ark Russian Sokurov’s is Alexander forebear clearest The film’s Yussuf confesses that ‘in the 50s and 60s, “friends” of Hannah would threaten to kill him. Hannah fled her family her kill him. fled to Hannah threaten would ofHannah ‘in confesses that the 50s and 60s, “friends” Yussuf escaping again. before occasion on the first the police by being returned beto with Yussuf,

Jew and Palestinian/Israeli. The film unfolds in real time, as the main character Yael, Yael, character as the main time, real in The film unfolds and Palestinian/Israeli. Jew Islam to converted who survivor, holocaust of the story a Jewish a journalist, explores consisting the film is almost without precedent, Technically, a Palestinian. and married 81 lasting minutes. shot of a single tensibly an ‘Israeli’ film about al-dakhil film an ‘Israeli’ tensibly Memory Port of Aljafari’s Kamal of mise-en-scène. framing tural’ In this sense,place’ could to the films ‘take be argued within Both dwell films State. the by abandoned and both threatened space liminal a in between in an enclave entirely place taking film with Gitai’s Aviv, of Tel the shadow as in urban politics, films, the main both spatial a Yam.share They also Bat and Jaffa in Ana Yusuf Arabiacharacters, and and Hebrew Arabic between both move Linguistically, the municipality. eviction by is, both that its present-ab others; repressed of Israel’s hauntings occupied the by are Arab-Jews. marginalized and its sentee Palestinians 13 14 ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT - subconscious the with of along cinema Arab-Jew spectre in Israeli memory Palestinian co-production, 2013his French/Israeli conditions ishness, married to Jihad (one of Yussuf and Siam’s sons), was also subject to ostracism from the from ostracism to also subject was sons), and Siam’s of Yussuf (one Jihad to married became marriage own an ultimatum. Jihad Her gave who sons marriage, of his previous a suggests Nablus in death Jihad’s in ended that madness and violent,violence the and of secular co-existence. message professed Gitai’s line beneath fault religious complex al-kharij the term In Arabic rior’, of a religious and political order, yet still contained (or perhaps abandoned) within the abandoned) perhaps (or still contained yet and political order, of a religious Aviv. of Tel in the shadow enclave a forgotten interior, mise-en-scène, it essentially being a threshold space. It is an enclave that exists as a lim- exists that mise-en-scène, is an enclave It space. it essentially being a threshold the (on cities but outside between it sits geographically, in a number ofinal space ways; this enclave of this liminality is that significance The and Jaffa). Yam of both Bat edges all have space in this dwelling figures is, the That of outcasts. a community constitutes film,the of structures figure the that absence The community. a from beenexpelled Ana nickname (known her Arabic became by Siam Hassan who Ara Kiblanov, Hannah bia with the mar- the space, her into brings which act of marrying Yussuf the transgressive and family. among friends problems causing riage of leaving or being cast out from an order. This space of This space order. an being or out from cast of leaving tension of al-kharijtension RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 89 The 15 (2009) (2009) is haunted is haunted , which consciously , which against a cultural history of history a cultural against conjures a lost Jaffa as a new as a new Jaffa a lost conjures , as the proper nouns ‘Arab’ and ‘Is nouns ‘Arab’ , as the proper on the space of that cinema and speaks of that on the space back Ana Arabia Arabia Ana binary, ofArab/Jew the In its construction and erasure Arguably, the spectral structure of the film is actually what haunts its form. its In a haunts what of structure is actually the film spectral the Arguably, Conclusion the constitutes structure of which haunting the complex This article has analysed (2006), which traps its occupants beneath the weight of the memory ofnakba the weight the its occupants(2006), beneath traps which acts back Gitai has spoken of this interruption in interviews at the release of the film. In a 2014Nienke the release with at interview of in interviews this interruption has spoken Gitai should not be interrupted. and Arabs Jews between relation I think the a citizen of Israel, “as he states: Huitenga, to interrupt.” want ofsyntax film,of cinema,to the don’t I also language own my this to So I translate when

lam’ are often collapsed into indistinction; the film tells of the conversion of a European European of a conversion of the tells indistinction; the film into often collapsed are lam’ to of the narrative) the ‘centre’ at woman the dead (Hannah/Ana/Siam, woman Jewish 208) studies (2006, on postcolonial work Shohat’s Ella marry Yusuf. to in order Islam opposition, in and and Jew of constructing Arab approach has critiqued this Eurocentric and as Western, identity and Christian aligning Jewish has evolved also the binary that as Eastern. Muslim sire for both a different way of consuming images of Israel/Palestine, but also for the for the also but Israel/Palestine, of images consuming of way both for a different sire Jew. and Arab between so ‘interrupt’use relation the to not as take of single the number of interviews given at the release of the film, Amos Gitai has spoken of his de of his spoken ofGitai has film, the Amos the release at given number of interviews 15 WHITE GEORGE ROBERT film’s grammar then is interesting in that it constructs and dissolves a separation be a constructsseparation it and dissolves in that then is interesting grammar film’s relation as a constructed recognises (2003, xxv) Anidjar Gil which and Jew, Arab tween markers—a construct (Jew) and religious (Arab) ethnic ostensibly of enmity between opposed opposed each imagination) both and to ed enemy to Europe the European (in Ana to distinction is of This relevance Arabiaother. Cinema of the Interior of Palestine-Israel. This is an interior characterized by a logic of a logic by characterized is an interior This ofCinema of Palestine-Israel. the Interior is essentially The Cinema of a cin- the Interior depths. and repressed surfaces haunted Theema ofroof ghosts; the ghost of the unfinished of the house in in Aljafari’s Ramle, Roof who ghosts of Jaffa the Palestinian of home/sickness; excess a contemporary and creates productions Memory in Port of Jaffa cinema’s of Israeli of the frame the edges throughout by the figure of Arab Jewishness, a haunting evoked by the title; literally, ‘I literally, by the title; evoked a haunting Jewishness, of Arab the figure by throughout Hannah from in identity movement the show to this is intended In the film am an Arab’. and vice Jew within of Arab dwelling already the always but betrays Ana (Arab) to (Jew) - “ren falsely which ofthe hyphen erasure the political by repressed a dwelling versa; 266). 2010, (Shohat oxymoronic” of ‘Arab-Jew’ the concept dered and Memory in Port of work at haunting is alsothe double There erasure. but unconsciously frame, cinematic the Israeli from of the Palestinian the elision resists them into and folds hyphen) erased (the and Jew re-inscribes bind Arab that the ties and nostalgia. Recollection of loss narrative a Palestinian its Palestinian the 1982 Film Archive), of (echoing loss the Palestinian digital archive RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 90 rather than rather a yearning for Beirut—a for a yearning —haunt their respective —haunt their respective , September http://montrealserai. Online. 28 2010. expresses Aljafari Roof, The (2013) and its attempts to bridge the space between between the space bridge to (2013) and its attempts . London: Vintage. , September https://www.guernicamag.com/kamal-aljafari- 18 Online. 2016. the Arab and Jew, the erased hyphen that Ella Shohat (2006) speaks of, which (2006) which Shohat Ella that of, speaks hyphen the erased and Jew, the Arab A theme common to the Cinema of the Interior is how haunting problematises problematises haunting is how of the Cinema the Interior to A theme common The ‘ghost’ of nostalgia is a topic Ella Shohat (2006) explores in her essay ‘Taboo ‘Taboo (2006) in her essay Shohat Ella is a topic of explores nostalgia The ‘ghost’ The hyphenated identity of the Arab-Jew enacts a haunting of its own, one which of its own, a haunting enacts one which ofArab-Jew identity the The hyphenated Montreal Serai Himada. Montreal Nasrin by Interviewed com/2010/09/28/this-place-they-dried-from-the-sea-an-interview-with-kamal-aljafari/. Montreal Serai Handal. filming-ghosts-and-unfinished-balconies/. ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT Palestine in exile. These complex and subversive intersections ofintersections nostalgia—the Ar- and subversive These complex in exile. Palestine nostal- Palestinian the Israel, beyond place a and before time a for nostalgia ab-Jewish in the nakba lost as the land as much in exile a Palestine gia for pointing a “stubborn to notion of a homeland, a totalising and complicate nationalisms, and the proper nouns Palestine/Israel intimacy” between 2015,historical 8) (Hochberg To of partition project and cultural the political inoperable. renders which Arab/Jew ghostly invocation; own Marx’s one might paraphrase of Derrida, end then in the spirit of binationalism. spectre Palestine-Israel—the is haunting a spectre — Bibliography Aljafari”. with Kamal The Sea: An Interview from They Dried “This Place 2010. Kamal. Aljafari, Aljafari, Kamal. 2016. “Kamal Aljafari: Unfinished Balconies in the Sea”. Interviewed by Nathalie Nathalie by Interviewed in the Sea”. Balconies Unfinished Aljafari: “Kamal 2016. Kamal. Aljafari, . Stanford: Stanford University Press. Stanford. Stanford: University Remains That Time The 2005. Agamben, Giorgio. Press. Stanford. Stanford: University Enemy the of A History Arab: the Jew, The 2003. Gil. Anidjar, Lucida 1993.Barthes, Roland. Camera Citizens, Palestinian Israeli of Israel: in the State 2002. “TheCohen, Hillel. Refugees Internal nostalgia for place grounded in nationalism. That is, nostalgia is for a home is for is, nostalgia That in nationalism. grounded place for nostalgia Israeli ghosts an Jaffa Palestinian a scene for of nostalgia Memory, of . In Port a homeland expressed similarly a taboo nostalgia Morocco, for nostalgia of Arab-Jewish scene film’s 181. In scenes of Route in the closing Memories, Diasporic Visions: Columbus, Palestine and Arab-Jews’, when examining examining when and Arab-Jews’, Palestine Visions: Columbus, Diasporic Memories, Reflecting Israel. in culture Euro-Israeli within world Arab the the taboofor of nostalgia and also to partition partition Zionism Palestine-Israel reinforces that on the East/West an- in their reunited people’ of notion ‘one pervasive “[t]he that writes she Arab-Jew, the memory of life State before affectionate any disauthorizes actively cient homeland (Ibid, 222-3). of Israel” might be termed the spectre ofmight be the impossibility spectre the of termed partition. lacuna is the ghostly It between Ana Amos Gitai’s haunts Arabia dwells. already the Arab-Jew which in space a figures, these two revenants digitally brought back to resist an Israeli cultural hegemony which has erased erased has which hegemony cultural Israeli an resist to back brought digitally revenants frame. the them from RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . 91 , July 17 , July 9, Journal 20, nº 1: 7-40. 1: 7-40. nº 20, . Durham/London: . Durham/London: , 1st ed., Edited by Jacques Jacques by , 1st ed., Edited . . Durham: Duke University Press. University Duke . Durham: . Translated by David McLintock. London: Penguin Books. London: Penguin McLintock. David by . Translated . 2nd ed. London: I.B. Tauris. . 2nd ed. London: I.B. . 9, nº 2. Online. March 03 2017. http://www.pij.org/details. 2017. 03 March 2. Online. nº 9, Journal . New York/Abingdon: Routledge. York/Abingdon: . New nº 2. Online. http://www.pij.org/details.php?id=154. 2. Online. nº . , 32, 2: 63-73. https://doi.org/10.1525/jps.2003.32.2.63 nº Studies http://politicalcritique.org/world/2016/filmmaker- , September 05 [online]. Critique Tkatch. Political suleiman-hope-and-action/. 2: 169-189. nº https://doi.org/10.1163/18739865-00702005 7, Communication and Culture of Journal https://doi.org/10.1080/1369801X.2016.1156555 https://www.zochrot.org/en/village/56077. Duke University Press. Duke University Derrida and Bernd Stiegler, 113-134. Press. MA: Polity and Bernd Stiegler, Malden, Derrida 22–39. nº1–2: https://digitalcommons.wayne. 37, Discourse and Thierry Jousse. Baecque de Antoine edu/discourse/vol37/iss1/2 https://wzzzt.com/2014/07/17/interview-with-amos-gitai/. 2014 [online]. Press. University Princeton Princeton: University of Chicago Press. of Chicago University of Westminster. diss., University PhD Unpublished Press. University Edinburgh Edinburgh: Refugees”. Palestine-Israel Refugees”. php?id=159. https://www.aljazeera.com/indepth/ 25 2020. 17 2012. April February Online. Aljazeera, opinion/2012/04/20124151301368419.html. Limited. Press Hesperus 42, Studies Palestine of Journal Yeshurun. Helit by Interviewed Darwish”. Mahmoud with Interview https://doi.org/doi:10.1525/jps.2012.xlii.1.46. 46-70. nº1: International Taboo memories, voices diasporic Taboo Shohat, 2006. Ella. Israeli Cinema Israeli Shohat, 2010. Ella. Palestine of Journal Lens”. an Absurdist Through Suleiman, Life) Elia. (and “The 2003. Occupation Daniel by Interviewed pessimism”. Suleiman, “Elia Suleiman: Elia. and action despite Hope 2016. East Middle Trap”. Territorial Palestine’s Transgress 2014. to as the Space Helga. “Cinema Tawil-Souri, . London: Reaktion Books.. London: Reaktion Image Moving the and Stillness a Second: 24x Death 2006. Laura. Mulvey, . London: Vintage. Sky Last The 1986. After W. Said, Edward . London: Verso. non-European the and Freud 2003. W. Said, Edward Palestine-Israel Michigan”. The case of Palestine, Shammas, Anton. 2002. “Autocartography: 24 2020. March Accessed Neighborhood”. Zochrot. 2014. “al-Manshiyya Press. of Texas University . Austin: Revolution of Days the in Cinema 2018. Palestinian Nadia. Yaqub, Moore-Gilbert, Bart. 2018. “Palestine, Postcolonialism and Pessoptimism”. Interventions Moore-Gilbert, and Pessoptimism”. Postcolonialism Bart. 2018. “Palestine, “Cinema and Its Ghosts: An Interview with Jacques Derrida”. Interviewed by by Interviewed Derrida”. with Jacques An Interview Ghosts: Its and 2015. “Cinema Jacques. Derrida, . Imagination Separatist of Limits the and Arabs Jews, Partition: of Spite In Z. 2007. Gil Hochberg, Z. 2015. Gil Visual Occupations:Hochberg, and Visibility Violence in a ConflictZone . Chicago: . Chicago: Nazareth in Muslims and Emmett, Christians Chad. 1995. Basilica: Beyond the Uncanny The 2003. Sigmund. Freud, conflicting discourses”. Negotiating Israel: filmmaking in “Palestinian 2010. Friedman, Yael. . Memory and Trauma Landscape, Cinema: Palestinian Khleifi. 2008. and George Gertz, Nurith. wzzzt.com Huitenga. Nienke by Interviewed Gitai, Amos. 2014. with Amos Gitai”. “Interview Echographies of Television of In Echographies 2002. “Spectographies”. Jacques. Derrida, Dabashi, Hamad. 2012. “Elia Suleiman’s cinema as the premonition of the Arab revolutions”. revolutions”. of the Arab premonition cinema as the 2012. Hamad. “Elia Suleiman’s Dabashi, Shaheen. London: Mohammad by Translated Presence. Absent 2010. Mahmoud. Darwish, 1996 A Landmark Land’ the to It Bring I May 2012. So Mahmoud. Is Darwish, Within Strong Me, “Exile New the and Mourning of Work the Debt, the of State The Marx: of 1994. Jacques. Specters Derrida, ROBERT GEORGE WHITE GEORGE ROBERT RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 92 Aceite: 2020-07-18 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0003-2384-4532 — Academia.edu https://kingston.academia.edu/RobertWhite — address Institutional Independent scholar. Recebido: 2020-05-07 Recebido: https://doi.org/10.34619/pzam-yc70 — Received — DOI WHITE GEORGE ROBERT — note Biographical PhD— his completed Robert White G. of A Topology Beyond Partition: entitled: —at the Cinema Post-Palestinian in al-Shatat Theory School, a Critical London Graduate University, Kingston at programme doctoral the explore interests London. research His doctoral His philosophy. of film and intersection to approach utilized a topological research questions of partition the dual examine and in contemporary of the image the resistance has presented cinema. He Palestinian a number of international at his research He Film-Philosophy. including conferences, Critique: is the co-editor and Crisis of of Spaces (Bloomsbury, Beyond Foucault Heterotopias chapter the he contributed which 2018), for body as The carceral the Interior: ‘Spacing Palestinian in contemporary heterotopia has also been published His research cinema’. Criticism. in Film RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 93

tudo nos seus últimos filmes, coloca a questão do “fim da “fim do questãotudo a nos seuscoloca últimos filmes, fim do a noutra, quequestão se desdobra humanidade”, ao analógico do passagem da cinema na era próprio do da problematização da digital, o que introduz um 2.º grau espec- concepção numa e se traduz “fantasma” noçãodo às devido (2001), nomeadamente cinema. do Kairo tral media e os diferentes entre que aí se estabelecem relações real do e “mutação” “fagocitação” de efeito ao constante corposdos flou virtual pelo pixelização (a analógico) (do imagens das não só guerra o ponto da faz nas imagens), a hipótese, o cinema, levanta em que como hoje é dado “homem”. do devir como “fantasma” do mais ousada, | Kairo | plano | internet | fantasma Desaparição posesquestion of the “the work end Kurosawa’s Kiyoshi to related us another, to This question leads of humanity”. by replaced is film being where ofend the age an in cinema O cinema de Kiyoshi Kurosawa, desde sempre, e sobre sempre, desde Kurosawa, Kiyoshi O cinema de — Palavras-chave — Abstract — Resumo FERNANDO GUERREIRO FERNANDO Universidade de Lisboa. Faculdade de Letras. Letras. de Faculdade Lisboa. de Universidade Comparatistas Estudos de Centro [email protected] FERNANDO GUERREIRO FERNANDO “The Ghost is the future of mankind” — — mankind” of is the future “The Ghost “O Fantasma é o futuro do do futuro é o Fantasma “O espectralidade — da homem” das de Kiyoshi cinema no imagens (2001) KAIRO Kurosawa: the spectrality of the cinematographic image: image: the spectrality the cinematographic of (2001) KAIRO Kurosawa’s Kiyoshi RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 94 - circu a looping Kiyoshi Kurosawa Kiyoshi , pelo que, mesmo quando quando mesmo que, , pelo 1 á explodiu “Se o fantasma estiver no ecrã, ele existe” ele no ecrã, estiver “Se o fantasma digital. This framework introduces us to a second degree a second us degree to introduces framework This digital. of“spectre”, the of the concept of the problematization of cinema a conceptualization to linked is closely which - differ between art.as a spectral relations Establishing of effect” the “mutation explores (2001) ent media, Kairo of the “flou” virtuality pixelized into (the reality (analog) on as a comment bodies be This can screen). viewed on also boldly sug century, ofin the XXth cinema the state of mankind. the ghost is the future that gesting | plan | Kairo | internet | Ghost Disappearance [1988]) considerava uma especificidade desta “forma” quando comparada com comparada quando “forma” desta uma especificidade [1988]) considerava É recorrente no cinema de Kiyoshi Kurosawa uma reflexão por imagens sobre o sobre por imagens uma reflexão Kurosawa Kiyoshi no cinema de É recorrente , tanto na sua vertente analógica (a película) como enquanto “projecção lumino “projecção enquanto como película) (a analógica vertente na sua , tanto 1. Esta interrogação, aliás, traz consigo outra: e se o cinema está a morrer, ou já aca e se a morrer, o cinema está outra: consigo aliás, traz Esta interrogação, Mais do que tendo a ver com as ideologias “pós-modernas” do “fim da História”, da História”, “pós-modernas” “fim do as ideologias com a ver que tendo do Mais ja autores outros como cinema, do Kurosawa, prática sua da vista pontoDo de ), vem do Super-8 e do vídeo (nalguns casos mesmo da televisão) para o cinema, e para televisão) Super-8 do casos da mesmo (nalguns ), vem vídeo e do “Essa explosão que há-de vir, inevitável, é como se aquilo que fica esquecido diariamente nos nossos jogos do esquecido nos nossosse que é como fica diariamente jogos aquilo inevitável, que há-de vir, explosão “Essa 1997,18). (Lyotard póstumos, fúteis” já e tornasse esses jogos desde pensamento chegasse

fim da “humanidade”. Trata-se de uma reflexão profunda e articulada ao longo de de toda e longo profunda ao articulada reflexão de uma Trata-se da fim “humanidade”. - Jean de afirmação conhecida da que função em podemos equacionar talvez obra sua a que, de o Sol j em O Inumano Lyotard, -François — Keywords de Adolfo Bioy Casares (1940), não (1940), Casares Bioy Adolfo de Morel de em A Invenção como vivos, estar julgamos filme em algum de imagens nas encerrados “espectros” de passaríamos universo. pelo perdidos, ou asteroide nave numa lar, o cinema de Kurosawa é um cinema feito num tempo discussão num que fim é o da do do feito é um cinema Kurosawa o cinema de cinema bou o que fazer? mesmo, du (Histoire(s) que Godard luzes de — algo e sombras e contrastado cambiante jogo sa”, Cinéma e a Fotografia. a Pintura como “imagem”, e da representação” da “artes outras - J-Hor no chamado nomeadamente os anos 80, desde (activa geração poneses sua da ror uma é-lhes comum formas: no das como temático marca-os no plano tanto esse trajecto suporte um com cinema um de plástico passagem pela marcada Imagem de concepção 1 GUERREIRO FERNANDO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . - - - - - 95 , 23). a um 2 fantasma . 3 de imagem cinematográfica: o cinematográfica: imagem de , ambos de 2017), a questão do a questão do , ambos 2017), de . , 20) “entre vie et mort” vie et (idem “entre , 20) e Foreboding 15) trabalhado por um “vide pathologique relatif relatif por um “vide pathologique 15) trabalhado ), em que o “homem” surge sempre como um “intruum como sempre - surge queem ), “homem” o , 16]), uma espécie de “cadavre en devenir” (ou “fantôme “fantôme en devenir” (ou , 16]), “cadavre uma espécie de idem, (idem, tentaculaire” , 21): a saber, uma “coquille vide” (idem vide” uma “coquille , 21): a saber, Com efeito, o cinema de Kiyoshi Kurosawa coloca, e talvez com cada vez mais vez cada com coloca, e talvez Kurosawa Kiyoshi de o cinema Com efeito, hiper (ou pós-) Em certa hiper uma ghost 16-17). mo de (ou medida, nesse cenário town , pensada de acordo com a tradição nacional de que tudode nacional “inter se numa - passa tradição a com acordo de pensada , de problematização da noção de fan noção de da problematização de um 2.ºgrau autores, destes nos filmes Daí, 2. Daí também a recorrente presença no seu cinema da questão (figura) do (figura) questão seuno da cinema presença também recorrente a Daí A questão do “fantasma”, da sua “percepção” e “(con)figurabilidade”, para lá dolá para e “(con)figurabilidade”, “percepção” sua da “fantasma”, A questão do Tóquio, nesses filmes, apresenta-se como uma cidade desértica, fantasma (“undesértica, fantasma cidade como uma apresenta-se nesses filmes, Tóquio, , filmes sobre feridas e mutações nos corpos,mutações nos de e feridas sobretudo , filmes sobre Hibakusha o sub-género do em conta ter Deve-se ainda 1945. de Agosto de nucleares bombardeamentos depois dos mulheres, de ne-pas- être-au- façon par sa son non-être, par (…) monde le contaminer pas fini par n’a [l’homme] “Est-ce qu’il a logo por Sébastien Jounel, em epígrafe ), citado impossible L’échange (em Baudrillard Jean interroga-se -monde?”, Kairo sobre o seu livro 7). abrir (2009,

Before We Vanish (pense-seinsistência We em Before tasma conflituosamente ou e convivem, coexistem onde — ao “outro-mundo” porosa -zona” “não-humanos”) -, mas também elaborada (os e “mortos” “humanos”) (os “vivos” não, espectral marcadamente concepção uma de em função insta (e a incerteza figura e “imagem” da (ser) ontologia a assim, assume “fantasma”, Kairo disso. estatuto. (2001), pensamos, é um bom seu exemplo novo do bilidade) à la dépression et au deuil” (ibid. deuil” au et dépression la à [idem étranger” (“corps so” artificielle”) “conservation de (ou survie” de “état periclitantee num dado survivant”), (idem, do mesmo talvez (ou humaine la figure de reste qui é ce a ver que nos é dado aquilo derna (idem cinema) às ligada encontra-se “imaginário”, o pano do com a ver que mais propriamente tem espace de mort”, “paysage hanté par sa propre vacuité” [Jounel 2009, 28]), uma “ville 2009, [Jounel vacuité” propre par sa hanté “paysage mort”, de espace non-lieu “ ruine”, 3 2 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO (material), a película, a um cinema “pixelizado”, o digital, caracterizado, simplificando, simplificando, caracterizado, o digital, a película,“pixelizado”, a um cinema (material), clean (definição) e uma projecção flat por uma captação calypse[s] tranquille[s]”, observa Sébastien Jounel [2009, 24]) que já tiveram lugar, ins lugar, que já tiveram 24]) [2009, Sébastien observa Jounel tranquille[s]”, calypse[s] da tradição quevai japonesa Científica Ficção crevendo-se cinema de linha do numa 1954) é de Honda, Hiroshi , de (Godzilla pós-Hiroshima “monstros” cinema de do fim do “humano”: os seus filmes são muitas vezes ficções desterritorializadas e e desen- desterritorializadas ficções vezes muitas os são seus filmes do fim “humano”: Diane Arnaud [2007, afirma sans mémoire”, donc sans passé, fictions (“des raizadas silencieuse[s]”/“apo (“catastrophe[s] catástrofes de os efeitos 106]) que prolongam - si dos fatal dando-nos o destino=“estratégia que, a ver cinema mais contemporâneo dele mas não do só “homem” “fim” o e ficcionaliza (pre)figura (Baudrillard), mulacros” concorre que em (digital) o e cibernético “virtual” financeiro capitalismo do era na nova das antropomórfica e mimética visão) (e uma representação com, e substitui contamina realidade) da e protectora mais defensiva (sempre coisas RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , ------4 96 ) de ) de , 43). (plano virtual) do (numérica/ di- (numérica/ ável formação em acto (“vidéo acto em formação , 71). Ou seja, fantasmiza de (analógica) — “présente par sa statique” statique” par sa — “présente (analógica) vel á , 62]; assim, no que Virilio designa por, 62]; assim, “faux no que designa Virilio (plano do real) a um luminocentrismo (plano real) do laboratorial (experimental) homólogo (como o cinema?) o cinema?) (como homólogo (experimental) laboratorial , a que corresponde agora uma imagem inst agora , a que corresponde , 37]), uma “forme-image synthétique” (in)definida pelo seu pelo (in)definida synthétique” uma “forme-image , 37]), - (“effrac , 51), e desfiguração produzir-se-iam deformação de efeitos , esta questão é figurada pelo motivo (alegoria) dos “pontos luminosos” “pontosdos (alegoria) motivo pelo figurada é questão esta , Kairo Paul Virilio observa que o “efeito de real” na visão na visão real” de que o “efeito Virilio observa Paul la Disparition, de Esthétique imagem est por uma imagem caracterizada Nessa passagem do “analógico” ao “digital”, ir-se-ia também do “real” (como ir-se-ia (como também “real” do ao “digital”, “analógico” do passagem Nessa Em Em “desfocagem”/ de ou “semelhança” de suas propriedades as com — A “figura” na (pós-)modernidade do a entrada sucessão e com (a antropológicos, Em termos “Vagues points blancs”, comparados no romance, da autoria do próprio Kurosawa, a “bactérias” e/ou “asteróides”, “asteróides”, e/ou a “bactérias” Kurosawa, próprio do autoria da no romance, comparados points blancs”, “Vagues 2004, 54). (Kurosawa o “supra-humano” como ou seja, o “infra” tanto

referente, suporte-garantia da imagem) a uma evanescente evanescente uma a imagem) suporte-garantia da referente, “vecteur-vitesse d’effectuation” [idem d’effectuation” “vecteur-vitesse -performant[e]” [idem -performant[e]” por causado na imagem real do “des-realização” de ao efeito devido -jour” electrónico, fenóme dos velocidade própria da “vide vite”) du (o “inércia” de fundo uma espécie de nos luminosos (idem (idem corpos dos e objectos) tion morphologique”) (formas (de imagens-fantasma ou de fantasmas da imagem). da fantasmas ou de imagens-fantasma (de fantasmas de ção=produção habitat habitat num quais, dos através os quando é então dito, (como “comunicação” se a questão da meio humano, coloca do 4 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO (Virilio 1984, da uma estética de na passagem 52), que estéticos, se em termos traduziria, aparição, — a uma es etc) (papel, tela, son de suporte “la argila, persistance madeira, physique” condições de visibilização dos fenómenos luminosos, assim como às suas características, características, suas às como luminosos, assim fenómenos dos visibilização de condições fluxional. (intensidade) densidade luz sua a e da emissão de velocidade a nomeadamente tética do desaparecimento tética […] rétine, la de seulement est celle persistance la dont et fuite par sa “présente gital), (idem immédiate” conscience à notre échappe qui sensibilisation’ ‘temps de ce de “distorção” — depende assim da velocidade com que a luz percorre “meios” (media “meios” que a luz com percorre velocidade da — depende assim “distorção” da Virilio refere-se à passagem modernidade), da eléctrico ao estado electrónico estado heliocentrismo do (óptica) física cisa: “ce qui est donné à voir l’est grâce au truchement de phénomènes d’accélération et et d’accélération phénomènes de truchement au grâce l’est voir à donné est qui “ce cisa: (Virilio 1980, d’éclairement” aux intensités point en tout identifiables décélération de inflectindo-a no caracterização, essa , retoma critique em L’espace Anos mais tarde, 20). et “le com mouvement que relaciona imagem) (da “semelhança” noção de sentidoda “les de dimensions trompeuses”, et momentanées transparences des apparences les (Virilio 1984,conclui 75). apparitions”, que fugitives de elles-mêmes n’étant l’espace passa à sua “resistência” ou menor “transparência”, maior (de “densidade” diferente e circulação. e perturbando condicionando desse modo transmissão a sua gem), (plano da “figuração”) tem a ver com “la promptitude d’une émission lumineuse”, e pre e lumineuse”, émission d’une com promptitude ver “la a tem (plano“figuração”) da RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 97 —, , na , 44). 10 Arnaud 2007, Arnaud 2007, electrónico electrónico . No entanto, entanto, . No 5 bug bug que, em última que, análise, (2017), um filme (2017), Vanish we Before 9 , fazendo-os sair (passar) da “sombra” , fazendo-os “sombra” (passar) sair da 7 , abrindo-se uma “passagem” (virtual: (virtual: , abrindo-se uma “passagem” 8 , no romance de Kurosawa esse espaço (interzona?) é (interzona?) esse espaço Kurosawa de , no romance dos filmes de George Romero regressam porque o regressam Romero George de filmes dos (pelos ecrãs dos computadores) invade, contamina e infes contamina invade, (pelos computadores) dos ecrãs , aumentando a espectralidade geral do universo, funciona universo, do geral a espectralidade , aumentando , aqui a net, aqui 6 de uma “nova espécie” resultante da “reencarnação” do “fantasma”: “ils “fantasma”: do “reencarnação” da resultante espécie” uma “nova de Ter-se-iam assim dois universos paralelos universos dois assim Ter-se-iam - “fan (o e o “morto” “humano”) (o o “vivo” entre só uma “semelhança” existia Não protótipo protótipo Queres encontrar- Queres site ver o para Harue deslocara onde se Kawashima, de casa em pouco no filme, Um mais adiante ter para à internet perguntando-lhe se tópico, se este ligara ele explicitamente aborda , ela fantasma? um com te também as computadores, dos nos ecrãs contrapondo-lhe as “moléculas” tal como os outros, que, com contacto sem se outras relacionarem. das umas ao lado pessoas vivem “Le vide avait envahi la dépouille […] et l’avait gonflée en lui donnant la forme indécise d’un homme”, lê-se no homme”, d’un forme indécisela donnant lui en gonflée l’avait et […] dépouille la envahi “Le avait vide extérieur l’aspect dont fond sans ténèbres dit des aurait “on se referia: já atrás 2004, 87); (Kurosawa romance (idem inconsistante” enveloppe qu’une n’était maintenant qui une dépouille […] homme, d’un forme la avait Virilio observa que, no universo digital, os ”ecrãs ou “inter-faces” não funcionam já como “barreiras”, factores de de factores “barreiras”, não funcionam já como ou “inter-faces” digital, os ”ecrãs no universo que, Virilio observa communcation, devient l’espace de : “la limitation dissimulée[s]” d’accès “voie[s] mas como “descontinuidade”, (1984, precisa 18). constante”, activité d’une transit obligé, passage radicale, séparation la “‘Ils’ avaient vu d’innombrables âmes solitaires, glacées, celles des vivants qui voulaient échapper à leur solitude échapper à leur voulaient qui vivants des celles glacées, solitaires, âmes vu d’innombrables avaient “‘Ils’ même la de absolument étaient eux-mêmes et vivants ces fond qu’au Puis réalisèrent ils où aller. mais ne savaient no cinema 2004, “família” tão japonês, da Compreende-se a ausência 98). motivo, assim do (Kurosawa nature” (apud autor afirma o cinéma”, de à mon idée tout pas du ne correspond “la famille Kurosawa: de de queextraterrestres os primeiros é um dos aliás, “família”, de conceito O 70) “humanos”. dos extraem Kurosawa, posterior de caracterizado em termos semelhantes aos do universo de Romero: “Cependant, depuis qu’ils erraient dans dans erraient qu’ils depuis “Cependant, Romero: de universo aos do semelhantes em termos caracterizado débranchées, machines à des pontos-luminosos, semblables os “imortais”] [esses ils devenus étaient l’éternité, mais qui machines des nature, à la ni non plus à aucune civilisation n’appartenant avenir, sans autonomie, sans peut-être que bien ce nous c’était machines, ces pour pas où évoluaient autant. endroit Cet ne se détérioraient 2004, 160). (Kurosawa l’enfer” appellons Por analogia, talvez, com o “inferno” dos zombies dos o “inferno” com analogia, talvez, Por “Ailleurs, ‘eux’ aussi existaient. Ils foisonnaient, pullulaient dans un univers totalement inconnu de nous de qui inconnu totalement existaient. aussi foisonnaient, Ils un univers pullulaient ‘eux’ dans “Ailleurs, de un état dans autres, uns des les vraiment, mais séparés existaient Ils Terre. la sur présent temps vivions le 2004, 17). (Kurosawa éternité” une léthargique désespoir absolu, dans

aura negativa que se visibiliza=positiva. negativa Como uma aura a luz e o visível. para invisível) (fundo, FERNANDO GUERREIRO FERNANDO 9 10 7 8 6 5 pontos se aproximam demais morrem e quando estão longe aproximam-se) longe estão e quando morrem demais pontos se aproximam como se levanta a hipótese, mais explícita no romance do que no filme, do “homem” ser do que no filme, “homem” do no romance a hipótese, mais explícita secomo levanta um por meio de outro tipo de “pontos”, os “pontos-fantasmas”, “imortais” (pontos eliminados os “pontos-fantasmas”, tipo “pontos”, por de outro meio de abor- “desfocada”), forma de figurados são e que no filme que não desaparecem contudo um de Efeito “virtual”. pelo “real” do e substituição invasão da tema o da-se ou existencial, essas “moléculas” ou “fotões-fantasma” referem a entrada infra-física a entrada referem ou “fotões-fantasma” “moléculas” essas ou existencial, Arnaud, Diane de (nos termos o real que invade espectralidade de um princípio de matéria, - represen l’espace de lisibilité la sur l’image de numérique régime também du “le primat Assim, 150]). se a net [2007, té” tam- global uma realidade de quadro no própria, tambémse a ela contamina ela ta o real, Seos zombies “espectralizada”. bémela inferno cheio está tasma”) — eles partilhariam simulacro=invólucro um mesmo — eles tasma”) real) entre os dois planos pela qual os “fantasmas”, movidos pela “nostalgia” (“une sor- “nostalgia” pela movidos os “fantasmas”, qual pela planos os dois entre real) terre” sur existence leur perdue de douceur la de nostalgie envahit, les nostalgie de te 2004, 161]), regressado. teriam [Kurosawa pode constituir toda a sua “essência”: a experiência da “solidão” na vida e na morte na vida “solidão” da a experiência “essência”: pode a sua toda constituir como um “portal” para o regresso dos “fantasmas” dos o regresso um “portal”como para nous voient, nous, comme des ébauches d’hommes manquant d’expérience, vraiment vraiment d’expérience, manquant d’hommes ébauches nous voient, des nous, comme RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

------98 . Uma . Uma Queres encontrar Queres ]). postos em linha pelo postos em linha pelo , 43) já, —, constitui em certa e, por outro, a da dife a da por outro, e, interface (assim como a da sua “in/visibilida sua a da como (assim como como . 11 constitui, nos termos de Diane Arnaud, uma Diane de constitui, termos nos , 19] , do que no plano medial=cibernético das re das medial=cibernético que, do no plano 12 (1997) — “fantôme moderne” (Mesnildot 2011, 66), (Mesnildot moderne” “machine “fantôme — (1997) ) : sistema em rede dos computadores) e o “real” e o “real” computadores) dos em rede : sistema Kairo , (duração) o próprio objecto (ser) da imagem. Como imagem. da (ser) objecto o próprio (duração) 13 , e isto numa situação de diferimento generalizado da re da generalizado diferimento de situação numa , e isto , a questão do fantasma, a questão do , termo que tem o sentido de “circuito” (“réseau” [Arnaud 2007, 2007, [Arnaud (“réseau” “circuito” o sentido que de tem , termo ] o fantasma? que é feito o que é [e de mais essencial: outra, , lança 14 , talvez ainda (demasiado) “humano”, deste tipo de “seres” (entidades) e “personagens”. (entidades) tipo “seres” de deste “humano”, (demasiado) ainda , talvez (grau/grão de (in)definição) dos diferentes mediados diferentes (in)definição) de (grau/grão ” (Jounel 2009, 86) (excepto quando houver indicação em contrário, os sublinhados são os do texto). os do são os sublinhados em contrário, indicação houver 86)” (Jounel quando 2009, (excepto Trabalhando (ficcionalizando-o Trabalhando do desaparecimento e figurando-o) o motivo sobre qualidade não só entre real e ima não só real entre como interface a interposiçãodo ecrã filme processa-se No Com efeito, em KairoCom efeito, No entanto, Kairo entanto, No Deste modo, a questão colocada a Kawashima pelo computador: computador: pelo Kawashima a colocada questão a modo, Deste 3. “Nous voilà donc de retour […]. C’est bien là, sur cette planète, que nous existions autrefois. Tous ces visages visages ces Tous autrefois. que nous existions planète, cette bien là, sur C’est […]. retour de donc voilà “Nous ici. à faire rien n’ont eux nous-mêmes. ne sont et de Ils pas chez imitation pâle ne sont qu’une vivants plus de de serons-nous Ainsi délivrés pour nous instaler. y immédiatement territoire notre nous reprenons décidé, C’est 2004, 24). (Kurosawa no romance conclui-se l’éternité”, Nos termos do romance de Kurosawa esta questão desdobra-se noutra: “Qu’est-ce qu’on devient après la mort?” la après devient qu’on “Qu’est-ce noutra: questão desdobra-se esta Kurosawa de romance do termos Nos do seu “medusante”, opaca, e o efeito 2004, confrontar-se a reflexividade o que com implica 60), (Kurosawa “anti-regard Cure Cure de o “hipnotizador” Mamiya, (mesmeriano) (idem Kurosawaïen” personnage du 44) (Jounel e “archétype 2009, vide” le à faire medida, o protótipo Dito de outro modo, o motivo da “évaporation de l’humanité”, ao mesmo tempo “évidemment du réel” e réel” du tempo ao mesmo “évidemment l’humanité”, de “évaporation da modo, o motivo outro de Dito 2011, 89). (Mesnildot société” la de ralenti “implosion au

filme (câmaras de captação de imagens, sistemas de videovigilância, computadores, computadores, de videovigilância, sistemas de imagens, captação de (câmaras filme cinema). de dispositivo o próprio TV, de aparelhos entre imagens também mas entre gens o objecto (des-realiza) se “dilui” que, por um lado (modelo) o objecto com a face face lação tempo do ), por faz flou torna outro (o como ecrã próprio ele tal configura-se e enquanto surface” “le fait Virilio, temps observa rente rente de”) equaciona-se em função de uma situação generalizada de intermedialidade de generalizada uma situação de equaciona-se em função de”) que ecrã noção a impõe,de situação porlado, um 151]), coloca claramente estas questões, menos pela “mutação” (por “in - “mutação” “implosão”/ menos pela questões, estas 151]), claramente coloca Cure em (como “humano” do volução”) -te com um fantasma? com -te lações entre o “virtual”=digital (a net o “virtual”=digital entre (a lações analógico). do (plano identitário, mimético, todosrazão porque a sobre filme, do personagens outros como assim interroga-se, (Michi cidade) da desaparecido ter parecem 14 12 13 11 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO puérils et naïfs”, comenta Ryôsuke, o informático do romance (Kurosawa 2004, 196). (Kurosawa romance do informático o Ryôsuke, comenta naïfs”, et puérils éta que pelo “leur domination eux”, comme à devenir bien destinés bel et étions “Nous it déjà accomplie”, conclui o narrador [idem o narrador conclui accomplie”, it déjà “histoire de ‘fantomisation’” [2007, 69] pensada e elaborada no quadro de uma “poética de no quadro e elaborada pensada 69] [2007, ‘fantomisation’” de “histoire (Arnaud “mise à sua en scène” tanto que procede (Virilio) desaparecimento” do [estética] cons e os personagens “fantasmática” têm uma dimensão 14)planos os (no filme, 2007, [Arnaud désolés” eux-mêmes cadres des dans isolés corps fantomatiques tituem“des (já - “la “misedispari en forme” à sua como autora, a 75]) ainda observa como que, 2007, [ibid. filmique” d’être et une manière fictif un devenir fois à la tion y est RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 99 (“Eu , 108) que , 108) , descor (1984, 15). , se prolongava na , se prolongava 15 do “fantasma”, assinalado na imagem na imagem assinalado “fantasma”, do , afecto (2009, 96), (2009, corpo-pulsãoafecto , tal - isto e , 111). dos indivíduos, assim como ao seu estado indivíduos, como dos assim , 107) providos de um “corps mou, sans ossature, sans visage” (idem visage” sans mou, ossature, sans um “corps de providos , 107) des-socialização = - atem dimensão (dessa “duração” da à persistência —, devido (idem Na sua dimensão de “imagem” (imaginária), o “fantasma” seria o “fantasma” (imaginária), “imagem” de dimensão sua Na . net 16 . 17 , da própria “representação”. “representação”. própria , da No entanto, como uma das “aparições” o lembra, estes corpos estes físicos são o lembra, “aparições” uma das como entanto, No Consequência dessa “desrealização” e “desumanização” (pela do implosão perda= e “desumanização” “desrealização” Consequência dessa Assim, enquanto “espectro intermedial” com uma dupla presença (corpo) material material (corpo) presença uma dupla com intermedial” “espectro Assim, enquanto Deste modo, ao “contínuo” de um espaço-tempo sintético (virtual), e à utopia da da à utopia e (virtual), espaço-tempo um de sintético “contínuo” ao modo, Deste , assim, enquanto resultado da contaminação pelo “virtual”, constitui ao mesmo tempo “le ao mesmo avant- constitui signe “virtual”, pelo contaminação da resultado flou, assim, enquanto lembram certas figuras da pintura de Francis Bacon (idemBacon de Francis da pintura certas figuras lembram coureur d’une disparition de l’être de la structure du monde” (Jounel, 106) e um “interface”, lugar de passagem passagem de lugar (Jounel, 106) monde” structure du la de e um “interface”, l’être de disparition d’une coureur (2009, Jounel precisa la présence”, de l’anti-matière l’absence, de e morte:la matière vida donc est “leentre flou êtres-flou assim 112). Teríamos Se não há grandes diferenças entre vida e morte, ou entre real e virtual, as “passagens” entre os dois planos são são planos os dois entre e virtual, real as “passagens” e morte, ou entre vida entre diferenças Se não há grandes morte depois da de Plant Sunny estufa da colegas pelos comentada aliás, é logo “suicídio”, do A facilidade fáceis. fabril, um silo de alto do que salta a mulher vermelho de outros, entre Suicidam-se também em directo, Taguchi. um computador. de no ecrã visto na cabeça, este negro um saco ou o homem com abandonada Harue na fábrica “portais” passagem. um dos mesmo dessa O cinema constituiria Vemo-la assim, num plano, a procurar abraçar — num grande-plano que ocupa e sutura quase por completo a quase por que ocupa completo sutura e grande-plano — num abraçar a procurar plano, assim, num Vemo-la então. exclama só”, estou virtual.o e real o “Não entre intermedial espaço “interzona”, essa “vazio”, o — imagem

O existo verdadeiramente”, afirma essa presença, já no fim, com o seu rosto branco e branco rosto fim, no já presença, o com essa seu afirma verdadeiramente”, existo desfiguração desfiguração de o efeito “humano”), do conteúdo por um efeito de flou por de um efeito FERNANDO GUERREIRO FERNANDO 16 17 15 poral e mais abstracta das imagens) no filme, acaba por ocorrer uma espécie de desdo espéciede uma por acaba ocorrer no filme, imagens) das abstracta e mais poral desrealização por de é produzido um efeito em Kurosawa e virtual, o “fantasma” a chega (que Harue de esperanças apesar das que, um estado (solidão), “isolamento” de outros) pelos pensar que morte “feliz” depois e rodeado da se viveria (mais abstracto) e “suporte” da “inscrição” (e exponenciação) dos outros media outros dos exponenciação) (e “inscrição” da e “suporte” abstracto) (mais sua “transparência” (intermedial) sem resíduo — o “presente”, por dizer assim perma — o “presente”, sem resíduo (intermedial) “transparência” sua da (intemporal), nente (“l’apparence “transparência” sua da “enevoamento” de e espaço do interno bramento observa épaisseur”, épaisseurune sans secrète, transparence une cache surfaces des “modalizador”),Virilio [1984,sua fan(e da no sentido 18]) “filtro” que funciona como tasmização ao e “virtual”queimpede, mesmo, não já permite a passagem porização reconfigurante, re-encarnação. sua uma à des-encarnação devido vez mesmo, como observa S. Jounel, um verdadeiro um verdadeiro Jounel, S. observa como mesmo, mente na sua solidão” na sua mente própria “morte”, podendo esta ser, como referimos, a sua própria substância=essência. própria a sua referimos, como podendoser, esta “morte”, própria já no final, encontra queKawashima fantasma , afirma o eterno é um isolamento A morte de ver imagens e, ao — issofantasma” Harue:confirmando a hipótese “É talvez de ser um O que os distingue que vivos? estão “Julgas continua: ela televisão, de pessoas ecrã num nãofantasmas Os morto.como […] vivo estar faz cabo tanto fim e ao Ao fantasmas? dos fechando-os subrepticia sejam ‘imortais’, que eles para tudohomens, os farão matam RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . - - - 100 do Japão Japão do - fan de (“história de John Carpenter John de , para depois colocar — tendo — tendo depois colocar , para . Deste modo, se o “fantasma” modo, se. Deste o “fantasma” , 117)? 20 21 ]) Cure

). final de “The Fall of the House of Usher”). Daí a observação observação Usher”).Daí a HouseFall of the of de final “The no real e no plano: “la hantise du plan pré “la e no plano: hantise plan du á lá no real de Masayuki Ochiai (um autor desse grupo), é um bom exemplo bom é um desse grupo), exemplo autor (um Ochiai Masayuki de existencial” (Jounel 2009, 97), a questão quequestão a se co 97), (Jounel 2009, existencial” referem-se à importância, para eles, dos programas na TV sobre essa matéria. na TV matéria. essa sobre à importância, programas dos referem-se eles, para kaidan eiga eiga , que pode partir kaidan tradicional do 19 (nessa “linguagem dos mortos” que lembra a do Sr. Valdemar no conto de de no conto Valdemar Sr. a do que mortos” lembra dos “linguagem (nessa - a capaci mesmo têm eles que a referimos), em certas (como e, circunstâncias (fotografia “espírita” e de “espíritos” [vd. “espíritos” de e “espírita” (fotografia 18 Com efeito, uma vez que na tradição japonesa o “real” é poroso em relação ao plano ao plano é poroso em relação japonesa o “real” que na tradição uma vez Com efeito, Assim, se o “fantasma” (electrónico-cibernético) resulta de uma “doença” do do uma “doença” de resulta (electrónico-cibernético) Assim, se o “fantasma” E isto no âmbito de um cinema de “géneros” (ou seja, da “memória”) que Kuro seja, “memória”) da (ou “géneros” de cinema um de âmbito no isto E O que é um fantasma? coloca já, por fantasma? O que é um mais “ontológica” a questão modo, De qualquer - profon les “dans é dado (plano) (ele e no “enquadramento” (real) á lá nas coisas “Cette chose existait bien. […] Avec sa bouche et ses épaules, c’est de la chair qu’elle [Michi] avait touchée, celle celle touchée, avait [Michi] qu’elle chair la de c’est ses bouche épaules, sa et Avec bien. existait […] chose “Cette lê-se (2004, no romance 243-244). composé comme caoutchouc”, de ni froid, corps, de ni chaud drôle d’un dessa tendência. dessa É o caso de Chiaki Konaka, que recorda: “Notre génération a beaucoup regardé à la télé ces émissions truquées émissions ces télé à la a beaucoup regardé génération “Notre que recorda: Chiaki Konaka, É o caso de ces sur chose On ne distinguait pas grande fantômes. des voyait soi-disant où l’on montraient qui images des Mesnildot (apud phénomènes” un peu les plus voyait l’on si intéressant plus dit que serait je me suis ça et images Shutter 2008, de posterior, Embora 2011, 179). refere-se à “peur par (Kurosawa antecipação” de um “fantástico de Encontramo-nos no quadro assim (vd. Poe 14]), o pretendia como [2008, antecipation” proche d’éminemment chose a quelque Denisede Arnaud que de “la mise dévoilement du en péril imminente 109). (2007, à peine dimension sous-jacente visible” du d’une provient danger le car Vários autores ligados ao J-Horror ligados autores Vários “Je commence avec un genre en tête”, “le genre est premier”, afirmou o autor numa entrevista, precisando: “on numa entrevista, precisando: autor afirmou o premier”, est “le genre en tête”, un genre avec commence “Je “quelque réalité”, la vers progressivement fiction,et on déplace la se de l’ordre de est qui genre le avec commence 32). Arnaud (apud 2007, film” le deux,part on trouve les entre

est

cède la vision du fantôme”, observa Stéphane du Mesnildot (2011, 90), enquanto Denise enquanto (2011, 90), Mesnildot Stéphane du observa fantôme”, du vision la cède 115). Kurosawa próprio O 2007, (Arnaud fantomatique” “déjà-là um a Arnaudse refere découvrir comme C’est […]. cadre le dans feuillent spectateurs que les veux “Je precisa: 119) 2008, (Kurosawa une photo” sur caché un fantôme loca é: como o “figurar”, tendo em conta nomeadamente, como refere Denise Arnaud,refere como conta nomeadamente, em tendo o “figurar”, loca é: como (idem d’image” un fantôme est fantôme du que “l’image j a encontrar-se tende este “fantasma”, do em conta a reformulação do Horror proposta pela chamada “teoria Konaka” (de Chiaki Chiaki (de “teoria Konaka” chamada pela proposta Horror do a reformulação em conta no décor “fantasma”) do (e “fantástico” introdução do — a questão da Konaka) ligando “quotidiano”, mas do não “histórico” agora um “fantástico” contemporâneo: que e desertificaçãose cruza, certasocial em espectralidade, de e filme com o medida, shoshimin japonês (o “pessoas comums” eiga “bug de espécie uma imagem, real/ já dispositivo o revela-se cinema o 90]), 2007, [Arnaud cadrage” du recoins les et deurs sawa sempre reivindicou sawa vazio ao forma”=”figura” “dar como cabo, , ao fim e ao figurar? representar, o como si, outra: dade de falar de dade in the Case of Mr Valdemar”]). [“The Poe Facts Allan Edgar 20 21 18 19 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO Halloween em Halloween Myers Michael de a máscara que lembra desfocado [1978]) de Noburo Nakagawa [1959]) e passar pelo pelo [1959]) e passar Nakagawa Noburo de Yotsuya of Ghost na linha de Story tasmas”, nensha RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , . - - - - - 22 101 da imagem imagem da , 210] como , 210] como , por “explosão” ou “implosão”, ou “implosão”, , por “explosão” (melhor, “credibilização”, realização) do do realização) “credibilização”, (melhor, . 25 , 100). , 209], como um “vazio” (“boîte à conserver le le (“boîte à conserver um “vazio” como , 209], , 67]). , 212). , 203]) que aproxima o corpo de um “cadavre agissant” (idem agissant” o corpo um “cadavre que de aproxima , 203]) , 213-215). idem “iconic a sua appearance”[ utilizando o analógico, que evoca essa dança do “corpo obscuro” que é o butô obscuro” “corpo do dança essa que evoca 24 (gradual, contínua), tudo se passa ou “à vista” (ainda que (ainda vista” tudo se ou “à (gradual, passa contínua), , 203]) que corresponde ao “vazio” (“esvaziamento”) da “interioridade” “interioridade” da (“esvaziamento”) ao “vazio” que corresponde , 203]) , mas também porque mudam de posição, se deslocam no se, mas também posição, deslocam porque de mudam 23 , 201]: uma matéria “pesada ”e “opaca” (“la lourdeur absolue et immuable de de immuable et absolue lourdeur (“la “opaca” ”e “pesada matéria uma 201]: , , 91] ) , 91] , 206]), ”muda” (sem língua) e “não-humana” (de acordo com uma lógica de resistência “à la la “à resistência de uma lógica com acordo (de “não-humana” e língua) (sem , 206]), ”muda” (em que é o “real” que se constitui como “fantasma” na sua literalidade) literalidade) sua na que “fantasma” se como constitui que “real” o é (em (“danse du corps obscur”) constitui um tipo de dança criado nos anos 60 do século passado no Japão corps du nos anos 60 século obscur”) do no Japão criado passado um tipo constitui dança de (“danse , 211]). Numa releitura interessante de Bazin, Buckland sublinha como a interacção entre os agentes dos dois dois dos os agentes entre a interacção como sublinha Bazin, Buckland de interessante releitura , 211]). Numa , 209] e que trabalha o corpo, “descentrado” [idem o corpo, “descentrado” e que trabalha , 209] parasita parasita paralelo” “mundo este ) como fantasmauma que de o mais é “tempo”), do cinema, claro, é (um cinema Neste O processo de “revelação” dos “fantasmas”, semelhante ao do “negativo” de uma de “negativo” ao do semelhante “fantasmas”, dos “revelação” de O processo , movimentos de câmera), ajudam a criar um realismo ao mesmo tempo espacial, dramático e psicológico e psicológico dramático tempo espacial, ao mesmo um realismo ajudam a criar câmera), de , movimentos blur butô , saltos na imagem) , saltos jump cuts , em particular, a mulher de negro que ataca Yabé) que ataca negro a mulher de , em particular, “virtual” (e do “fantasma”) no sentido em que Warren Buckland se refere ao efeito de realismo de ao efeito se refere Buckland no sentido em que Warren “fantasma”) do “virtual” (e 213]) via digital technology”screen on é “realized [2010, possible” queem digital só não o “virtual” (“conceptual (ibid. in the actual world” not exist do upon that objects credibility photographic (“conferring cobertura=máscara [idem (profundidade certos como virtual),plano-sequência, campo, assim processos fílmicos de (real/ espaços efeito de (idem alternativos (modos) nesses “universos” Temos aqui o cinema encarado como um dispositivo de visibilização de um dispositivo como o cinema encarado aqui Temos avec bien plus de force que les fragiles êtres humains” (2011, 90). humains” êtres fragiles que les force de bien plus avec Jounel reporta-se a “une choréographie ralentie, indolente et silencieusement plaintive” de um corpo (“forme um corpo de (“forme silencieusement plaintive” et indolente ralentie, reporta-se a “uneJounel choréographie corps du en l’humanité 95) “leur (2009, déconstruire spécifiquedanse de maîtrisent finit mal” “qu’ils humaine”) (idem irrémédiable” son extinction et son intermittence exhibant 203). Assim, a sua “gestualidade” codificada, como a dos “fantasmas” de Kairo “fantasmas” dos como a codificada, “gestualidade” Assim, a sua 203). (idem dar-se-ia um Ideograma como à interpretação vide”) ou um “mineral” [idem “mineral” um ou vide”) [idem pierre” la [idem à l’humanisation” et anthropomorphisation (com Tatsumi Hijikato, Katzuo Ohno), como “réaction violente et effrayante au tragique du temps”, que Patrice Patrice que temps”, du au tragique effrayante et violente “réaction como Ohno), Katzuo Hijikato, Tatsumi (com 0 da por um grau Caracteriza-se 1998, 200). (Pavis Beckett Samuel de “absurdo” do teatro do aproxima Pavis [idem (“expressivité” “expressão” [idem O

(vd. goria objectiva goria esvazia vê se “real” Jounel, se o 36]). 2009, observa Como [Jounel définitive” et tale isso cria o seu acumulando-se como fundo=recalcado, imagens, depois de nelas do ele dessous le du depuis (“une pression plano do subliminar “saturação” de uma situação o “hors por “creuser” acaba imagens dessas o regresso 65]), à qual [2009, devido plan” hors-champ champ, le au mêlant en (“le réalisateur, nas imagens “morte”) (da -champ” tout moment, à de surgir qui diffuse, sein plan, au peut du une menace même induit [idem precisa qui”, n’importe de où et n’importe do que uma metamorfosedo o de - l’invisi cache-cache avec um “jeu de (havendo ou em “contra-campo” míope) difícil, la mort, to la disparition “signifie campo” 115] de em que o “fora 2007, [Arnaud ble” fotografia, pode processar-se de diversos modos: antes de mais, pela de mais, “luz” pela modos: antes (“ilsde diversos pode processar-se fotografia, gra sont d’ombre” coin un éclaire qui lumière de une variation par souvent dévoilés, duellement materialité leur acquièrent esprits (“les plano do “duração” 2011, pela 90]), [Mesnildot [idem durée” la dans Mesnildot afirma: “quand ils sont révélés ils occupent le plan avec une densité et une durée qui chargent l’espace l’espace chargent qui durée et une densité une avec plan ils le occupent révélés ils “quand sont afirma: 23 Mesnildot FERNANDO GUERREIRO FERNANDO 25 22 (veículo) que o levanta e manifesta, o dá a conhecer aos personagens e ao espectador e ao aos personagens a conhecer o dá e manifesta, que o levanta (veículo) 24 plano (caso da mulher de negro que surge a Yabé ou dos vultos que surgem, primeiro a primeiro que vultos surgem, ou dos a Yabé quesurge mulher negro de da (caso plano - fazen jogos), de na loja ou depois a Kawashima Junko, recuperar procura quando Michi avançar do-o parecem (eles descontínuo e desarticulado um movimento por com vezes por RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - - - ), 102 Foreboding , —, procurando —, procurando - (Ar “humano” do ”] inscrit dès le départ le ”] inscrit dès une Cada vez mais, aliás, mais, aliás, vez Cada

. 29 , coloca graficamente (no (no graficamente , coloca devir espectro (fan— ou seja, espectro o devir como o equivalente do “au-delà” “au-delà” do o equivalente como . Uma espécie, afinal, de “matière-om afinal, espécie, . Uma ), replicariam as marcas deixadas pelos corpos incinerados corpos pelos incinerados deixadas as marcas ), replicariam , 30]. Afinal, “ce qui reste de la figure humai- la figure de reste qui “ce Afinal, , 30]. - tem Kurosawa Kiyoshi de cinema o imagem, da [idem referido como “mancha” (deixada pelos corpos pelos no (deixada “mancha” como referido -realidade (pós-figurativa) das coisas. Dir-se-ia coisas. das (pós-figurativa) mes -realidade devir-Ozu , 19]”, constituiria um sucedâneo do espaço (universo) da “morte” (Virilio 1984, “morte” da 19). (universo) espaço do um sucedâneo constituiria , 19]”, , figura de “une vie de l’après-vie, ou une mort de l’après-mort” l’après-mort” mort une ou de l’après-vie, de de vie “une figura , - “coi no das como “humano” do no plano — tanto o que resta 26 . 28 . é, assim, um filme sobre a fantomização assim, um filme é, sobre 27 , 21] , o seu “presente permanente” (eterno) em que a “instantanéité de l’ubiquité aboutit à l’atopie [nirvânica] [nirvânica] aboutit à l’atopie em que a “instantanéité l’ubiquité de (eterno) permanente” , o seu “presente Kairo - inter o registo “ontologia”), sua (da imagem da no plano a que corresponde, , 29], 4. Como se disse atrás, o próprio título do filme, Kairo título filme, do o próprio Como se disse atrás, Assim, sempre dificilmente figurado, o “fantasma” (é mesmo a sua forma- “termi sua a mesmo (é “fantasma” o figurado, Assim, dificilmente sempre ” (Jounel 2009, 119) (Jounel” 2009, “Le petit carré rouge dans le grand carré blanc [com o seu efeito de “mise de o seu efeito en abyme [com blanc carré grand le dans rouge “Le petit carré à partir fiction déploiement la du engendre jeu en Lecircuit images. nouvelles les avec en relation ‘zoneinterdite’ 151). comenta Denise Arnaud (2007, réseau”, en ‘films-écrans’ de e desintegrados pelas bombas de Nagasaki e Hiroshima em Agosto de 1945. “Minéralisation de la chair” como la de 1945. de “Minéralisation em Agosto e Hiroshima bombas Nagasaki pelas de e desintegrados subjectif”, Hiroshima un indivíduos, comenta dos d’ mais por d’Hiroshima, “implosão” probable “résurgence 30). (2009, Jounel ainda , “não produzidas pela mão do homem” (Arnaud 2007, 96), 2007, (Arnaud homem” mão do pela produzidas , “não achiropoïètes imagens enquanto “manchas”, Essas icona (vera verdadeiras “imagens de o seucom estatuto Aproximamo-nos talvez aqui da noção de “horizonte negativo” de Paul Virilio em que, no “faux jour d’une jour d’une no “faux em que, Virilio Paul de “horizonte noçãode da negativo” aqui talvez Aproximamo-nos também de o efeito (daí limites e dos contornos dos átona diluição enquanto a “sombra”, indirecte”, visibilité (1984, “claro-escuro” do 111). e identitária dramática à lógica flou), se substitui Paul Virilio, aliás, observa que, no regime de “aceleração” da (pós-)modernidade, da pode a “morte” tornar-se um “aceleração” de no regime que, aliás, observa Virilio, Paul “separação à — Kurosawa que pode queo — conduzir bem se de filme ao e cinema ao aplica técnico” “acidente mero da espaço-tempo do sintético o “continuum” quadro, Neste 70). (Virilio 1980, banda-imagem” da banda-som da internet [idem unique interface” d’une

-se vindo a caracterizar por um rigor geométrico (e em profundidade) dos enqua dos em profundidade) (e geométrico porrigor um -se a caracterizar vindo ideia da objectivação pensamos, enquanto — a entender, dramentos a hiperdesse modo captar=fixar Before we Vanish we (Before Kurosawa de “catástrofe” últimosnos filmes que, mo ao cinema salvarcabe e que pas é capaz de enquadrar que ele aquilo precisamente “desastre”: — do sas” noção da próximo “fetichização” ou de depois sa por “ritualização” um processo de mediário (e intermedial) da grisaille da intermedial) (e mediário [idem [idem ne” - “vide tran do virtual através que— se (corpo: processa matéria) entidade uma tasma), em sistema de um 67]) [Arnaud 2007, identitaire” um “effacement de (lugar sitionnel” a internet funcionando computadores, ecrã/ de rede 2011, 88) (Mesnildot seguindo uma espécie de de espécie uma seguindo nal”) pode ser ainda indicialmente nal”) chão ou na parede), participando de um melancólico devenir-tacheparticipando um melancólico de ou na parede), chão como no vento, pelo vezes levada por (residual, “cinza” 96).de figura Uma naud 2007, em perda “real” um de própria Junko), casode bre 29 GUERREIRO FERNANDO 28 26 27 - icóni dimensão da através como, não só “rede”=”circuito” a questão da genérico) da noçãode cadre estruturante a função refere dos caracteres, dois seus (figural) ca filme do na “forma” enquadramento) do (grelha, geometria RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

. . - - 31 30 103 , 154). ” da firma ” da , 222) num cenário afinal muito , 222)muito afinal cenário num . Um “portal” agora exterior, ao alto, e não ao alto, exterior, “portal” agora . Um - ecrãs/inter de a multiplicidade , como 33 , 219), compreende-se que para Baudelaire — se tivermos se — tivermos Baudelaire compreende-se, 219), que para , afirma Kurosawa (2008, 24 [sublinhamos]). 24 (2008, Kurosawa , afirma poema “Le Cygne”) —, “l’allégorie s’attache aux ruines” já que ela, já que ela, aux ruines” s’attache poema —, “l’allégorie “Le Cygne”) que le personnage ne meure. Comme si ce dernier, pensait: ‘ça y est, c’est la fin’” (idem fin’” la y est, c’est pensait: ‘ça dernier, ce Comme si ne meure. que personnage le sala de computadores da Faculdade de Harue). Harue). de Faculdade da computadores de sala - visi real do “fantasmas” os do ecrã: grelha pela e fixado , objectivado ário - (“soli também e acentua o “isolamento” que refere 59) ” (Jounel2009, em que Michi e Junko trabalham) e Junko em que Michi como alegoria, teorizada por Walter Benjamin a propósito de Baudelaire de Benjamin propósito a por Walter teorizada alegoria, como constitui, segundo Water Benjamin, “la catastrophe en permanence” (1982, 214), e as “alegorias” “les (1982, en permanence” Benjamin, “la 214), catastrophe e as “alegorias” spleen constitui, segundo Water (ela própria fechada, imbricada sobre si) do filme do si) sobre imbricada fechada, própria (ela boucle en à estrutura Com efeito, Como Denise Arnaud refere, há como que uma “lógica fatal” na noção de “plano” noção “plano” na de que “lógicacomo uma há fatal” Como Denise Arnaud refere, — en- plano do e “fechado” “global” simultaneamente “insular”, o carácter Daí representa nada não representa é, — isto o real com não se “articula” (imagem) Se o “plano” —, um “plano” (“cadre”) sem exterior ou contra-campo, ou seja, ou contra-campo, sem desconectado exterior (“cadre”) —, um “plano” 32 ruína Toda a “estufa” no tecto do edifício (cubo perspectivo que realiza o modelo da “4.ª parede” de Denis Diderot Denis Diderot de parede” “4.ª da o modelo que realiza perspectivo (cubo edifício do no tecto a “estufa” Toda e que envolvem plásticos e os vidro divisóriasde as suas com e à vista), transparente agora Antoine, e André de Curedo final como o “barracão” é filmada as plantas, protegem interior, na cave das casas. das na cave interior, Jounel refere-se à “conception du plan comme entité globale et englobante, comme insularité radicale” (2009, (2009, radicale” insularité comme englobante, et globale entité comme plan du refere-se à “conception Jounel 58). em conta a hecatombe da Modernidade de que é exemplo, para ele, o esventramento do “velho Paris” pela pela Paris” “velho do o esventramento ele, para que de é exemplo, Modernidade da a hecatombe em conta (vd. Haussmann Barão do urbanística raiva l’intéressent, qui choses des “L’une precisa: ainda 1981),, de Hooper Kurosawa (Funhouse Tobe de A propósito dos “mecânica “Fatalidade”: mort” 137). à la (2008, conduit qui mécanique implacable scène en la mettre de c’est “la mort nos personagens: se (desistência) “renoncement” de (sentimento) que produz um efeito dispositivos” juste avantmanifeste stations sur le chemin de croix du mélancolique” (idem mélancolique” du croix de chemin le sur stations enquanto tropo hierático (estático), oferece “l’image de l’agitation fixée” (idem fixée” l’agitation de “l’image oferece (estático), tropo hierático enquanto ghost town em Kairo. ghost enquanto town Tóquio de próximo Se o

- volu (ou superfícies de (xadrez) topografia uma toda corresponde que voltaremos), (a que se justapõem silos) os mas sobrepõem ou encerrada, (acumulam) fábrica a mes: divisões casas (as das “interiores” não se espaços articulam tanto e que compreende gardens ou “rooftop estufa (a e “exteriores” sobretudo) e Harue, Taguchi de Sunny Plant Plant Sunny do autor (ela refere-se mesmo ao “mouvement suicidaire du plan” [2007, 75]) que 75]) cons [2007, plan” du suicidaire ao “mouvement mesmo refere-se (ela autor do por carácter ao alude seu turno, Sébastien Jounel, “prisão”. de espécie uma sempre titui 51), (Jounel 2009, (a movimentos os que tolhe sem “au-delà” “plano”, do “panóptico” géomé (produzindo, personagens dos Arnaud, de uma “emprise nos termos liberdade) ficções das fatal” “Mecânica 10]). [2007, corps” dynamique des la sur cadrage trique du a Vampyr (referindo-se nomeadamente Kurosawa o próprio segundo que, formas e das en se qui mettent choses les “toutes de o movimento com a ver teria [1932], Dreyer), de 52) mécanisme”(2008, le puisse arrêter en mort la à conduisent que l’on sans et marche - ou a televi o computador como dispositivos de o equivalente superfície/ecrã quanto são FERNANDO GUERREIRO FERNANDO 31 32 33 30 de faces do filme (vd. do faces do “real” e do “simbólico” (sem nada para “integrar”, “articular” ou “sintetizar”). Um Um “articular” ou “sintetizar”). “integrar”, para (sem nada “simbólico” e do “real” do “plano-piège dão”) do personagem no ecrã. personagem do dão”) (a não ser o “nada”, essa “falha” da representação ou de comunicação) —, então tudo—, então o comunicação) ou de representação da “falha” essa não ser o “nada”, (a mais é imagin bilizados pelo dispositivo do cinema (não o “real” mas o “hiper-real” a que atrás aludi- a que atrás mas o “hiper-real” cinema (não o “real” do dispositivo pelo bilizados il existe” à l’écran, est fantôme “Si le mos). RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - ” 104

. 35 - ”) e estru - passan , como 36 deles: um ponto s deles: á . 37 , 71],, “cerveaunão já de metal 38 ), em particular a televisão —, mas também detr vista por o ponto de (“oeil en dehors de l’oeil” [idem l’oeil” de dehors en (“oeil 39 olho-3 que funcionam elas próprias como ecrãs (difractando e deformando a deformando e (difractando ecrãs como próprias que elas funcionam 34 (conectados no presente ou em diferido mas sempre com um efeito de re de um efeito com sempre mas ou em diferido no presente (conectados em rede Temos assim um espaço exterior que se desdobra, se dá em representação nos se em representação que se dá desdobra, exterior espaço um assim Temos Não só o deles próprios (de que lugar, estúdio, rede emitem: talvez o “inferno” ou “inferno” o talvez emitem: rede estúdio, que lugar, (de próprios só deles o Não Desde a primeira sequência com Michi em casa de Taguchi que o “espaço” se apre que o “espaço” Taguchi de em casa sequência Michi com a primeira Desde network (“ pólipo enquanto comunicacional seu “encavalgamento”, No (e desencaixotamento de perspectivas) tanto entre si entre tanto perspectivas) de desencaixotamento (e abyme mise en Comenta Jounel: “C’est là la principale modalité de contamination: ouvrir une béance dans le plan, creuser une creuser plan, le dans béance une ouvrir contamination: de modalité principale la là “C’est Jounel: Comenta en-deçà materialisée au-delà, est qui et surface, et profondeur entre communicante une plateforme anti-chambre, 63). (2009, plan” du l’espace dans spectralité la propager a pour de qui fonction et zones interdites par les Jounel refere-se a “sons-fantasma” que “materializam”, “[donnent] une épaisseur , une consistance au vide”; vide”; au une épaisseur , une consistance “[donnent] que “materializam”, refere-se a “sons-fantasma” Jounel 34). ( 2009, por também “sons-fossiles” designa que ele representação, da lá para electrónicos), (ruídos “sons” Caso da cena em que Kawashima vê numa televisão acesa, na rua, notícias sobre diversos desaparecimentos de de desaparecimentos na rua, diversos acesa, notícias sobre televisão numa vê em queCaso cena Kawashima da é distinction”, la faire pouvait ne important, elle même plan, le sur était tout futile, extérieur, pessoas. “Intérieur, 2004, 121). (Kurosawa à televisão face no romance, também por dito Michi, É o caso da sequência já referida com Harue em sua casa em cujo início ela começa a ver imagens de outros outros de imagens a ver começa em cujo início ela casa em sua Harue com sequênciaÉ o caso da já referida saco e vermelha camisa de homem do figura recorrente a surge deles num — computador do quartosecrã no costas, de própria, depois a ela se ver —, para na garganta por um tiro com que se acaba na cabeça suicidar negro divisões casa, mas sempre vista de noutras da , dela seguem-se por jump cuts no ecrã; sempre conectados planos, e no computador. no plano em simultâneo, imagens essas nós vemos como ela Assim, tanto trás. Ter-se-ia assim, para Sébastien Jounel, um “entrelacs de surfaces (in)sensibles dotées d’un regard”: um “écran- regard”: d’un dotées (in)sensibles surfaces de um “entrelacs Sébastien Jounel, assim, para Ter-se-ia du fin la de spectacle au insensiblement assiste “qui un oeil paupière”, sans aveugle, regard, “sans regard”, 73). (2009, monde” Comentando a “multiplicidade de ecrãs” na imagem, Diane Arnaud, referindo-se Diane sequência na imagem, mesma com a essa ecrãs” de a “multiplicidade Comentando participe champ, du à la écran nouvel plastique, par un rideau composition la de “L’encadrement precisa: Michi, jaunâtre” coloration dans une noyées et instables, réfléchissantes surfaces de en autant déconstruction spatiale 150). (2007,

ecrãs dos computadores (se é que desde o início já não nos encontramos nesse espaço nesse espaço o início já não nos encontramos (se é que desde computadores dos ecrãs são próprios, eles que, computadores de mas virtual tudopercebido=visto?), é onde de dados produtibilidade das imagens e da perda da sua “aura”) de acordo com uma lógica (fatal) (fatal) uma lógica com acordo de “aura”) sua da perda e da imagens das produtibilidade de o “outro-mundo”?) ou o da sua conexão interna (em rede) — que implica sempre uma que — implica rede) (em interna conexão sua ou o da o “outro-mundo”?) a que 88), se por o efeito acrescenta vezes 2007, (Arnaud perceptiva” “desestabilização som do “estranheza” de senta dividido por várias cortinas (separadores/conectores) de plástico (mais ou menos ou (mais plástico de cortinas sentapor dividido (separadores/conectores) várias transparente) tura autónoma (ligando-se questão autónoma a colocam tura desligando-see por computadores os si), . corresponde que lhes vista de é o ponto sede qual saber do por outros dispositivos (media dispositivos pordo outros 39 37 38 35 36 34 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO imagem), exponenciando por um lado a imagem (elevando-a a uma potência de “figura a uma potência de (elevando-a imagem a por exponenciando um lado imagem), ”, “seuils constituem verdadeiros lado, por tempo que, ao mesmo outro superior), bilidade” (planos mundos os dois representação) de entre passagem de e lugares fronteiras [nos termos de Jean Epstein] mas “electrónico”) que tanto pode ser o da “casa” ou o da ou o da pode que tanto ser “casa” o da mas “electrónico”) Epstein] Jean de termos [nos que já ocupou e se “fantasma” quedo a filma,como o vigilância) de (sistema câmara assim, (têm-se invasão sua da as últimas escaramuças observando ao real, substituiu de vista exterior, distanciado e clínico, que Jounel descreve como a “vision inhumaine” a “vision como inhumaine” descreve que Jounel e clínico, distanciado vista exterior, de um de 70) (2009, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - . ). 40 105

” (2009, 68).” (2009, (“une instance fictionnelle ubiquitaire” com ubiquitaire” (“une fictionnelle instance avec des grains, qui sont des grains de temps” [32] temps” de — de grains sont qui des grains, des avec ” do barco que viramos no início, Michi ques Michi no início, que viramos barco ” do , acrescentaríamos hoje (sublinhamos). , acrescentaríamos —, em consequência da acção conjugada do ca do conjugada acção consequênciaem —, da 41 sistema o sistema tanto a que pode e alienado corresponder desbobinando-se por “hiper-imagens” (expo de meio ). (corroído, contaminado) pelas imagens-electrónicas (vídeo). imagens-electrónicas pelas contaminado) (corroído, . 42 Retomemos então alguns dos fios relançados, mais do que “resolvidos”, pelo pelo quedo “resolvidos”, mais relançados, fios dos então alguns Retomemos dos computadores como o do cinema o do como computadores dos Mas será essa a última fase (forma) da figuração do “humano” no (e do) cinema? do) (e no do “humano” figuração da (forma) a última fase essa será Mas 5. ao “deckregresso de do filme, no fim Já Um ponto de vista estranhante ponto vista de Um - electróni um “Narciso — talvez sujeito do estado novo do Assim, a “virtualização” Dado nessa “alternance marquée cinéma/vidéo” (ou digital: virtual) (Arnaud virtual) (Arnaud digital: (ou cinéma/vidéo” marquée “alternance nessa Dado “Le fourmillement des points qui forment la trame vidéo pixellise son visage, atomise son corps”, “figurant un “figurant sonatomise corps”, son visage, pixellise vidéo trame points la forment qui “Le des fourmillement devant Moi désagrège se precisando: “le 78), (2009, Jounel comenta défiguration”, décomposition, de de travail (ibid. Gray Dorian tal um novo reflet”, le inda Jounel: “Les vues récurrentes qui surplombent les personnages, souvent en plongée ou derrière un paroi un paroi derrière ou plongée en souvent personnages, surplombentqui les “Lesvues récurrentes Jounel: inda dont ‘omnivoyante’ une puissance incarnent “Elles E precisa: surveillance”. un dispositif de copient vitrée, plans), des frontalité brisent la (elles une cassure comme montage le dans Insérées énigmatique. est l’origine corps, séparée du décollée externe, une vision comme apparaissent elles Jounel: “Le grain de la vidéo donne l’impression que chaque geste est un effort considérable qui érode le corps,le qui érode un effort est considérable geste que chaque l’impression donne vidéo la de “Le grain Jounel: [106]. Lembremo-nos dessous plan” le du et surface la un espace-seuil entre dans dissout, le qui l’englue qui 1986): (em Cinéma du aos Cahiers l’écran” “Lecerveau, c’est sua entrevista na também Deleuze que de afirmava corps, produit pas des il les “Le cinéma ne reproduit diferentes “tempos”, conforme os diferentes media conforme os diferentes “tempos”, diferentes

final (ou ausência de final) do filme (“il n’y a pas de fin dans mes films”, alertava-nos já alertava-nos films”, mes dans de fin n’y a pas do filme (“il ausência(ou de final) final 39]). 2009, Jounel [apud Kurosawa tiona-se se “fugir” (isto é, persistir no “humano”, como sempre insistira Kawashima face face Kawashima insistira sempre como tiona-se no “humano”, se persistir “fugir” é, (isto real: do certa, a escolha seguir de o “devir-fantasma” em vez fora Harue) à mais hesitante se fizéssemos mais felizes sido tivéssemos Talvez sempre por morte chegar. acaba “A ao capitão diz Michi ir sempre mais longe”, continuar, escolhemos Mas os outros. como Cure de o detective e nomeadamente Kurosawa de actor-fetiche Yakusho, (Koji barco do 41 42 40 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO ainda segundo Jounel, “planos-fantasma”, “de ninguém”, “parasitas” [2009, 69,72]) [2009, “parasitas” ninguém”, “de “planos-fantasma”, Jounel, segundo ainda em rede “le pouvoir métafilmique de filmer derrière le dos des personnages” [Arnaud 2007, 88]): [Arnaud 2007, des personnages” dos le derrière de filmer métafilmique “le pouvoir um meta-cinemacabo, e ao ao fim co”, como sugere Jounel (2009, 78) (2009, Jounel sugere como co”, nenciadas) mas fagocitado nenciadas) não só com (gangrena) contamina (=ecrã) imagens-fantasmas das o “vídeo” 88), 2007, corps le un comme filmique dans introduite s’est vidéo o cinema (“l’image o “real” impõe como 108]) o seu 2009, [Jounel contamintaion” la de un agent corps étranger, em curso “entre imagens das da guerra quadro no estruturante=reconfigurante primado pro des mode fictionnel le représentent qui cinématographiques projetées images les fantômes” les visuellement traitent qui numériques e “les images vivants” tagonistes 116). 2007, (Arnaud rácter granular da imagem vídeo e da multiplicação de pontos (pixelização numérica) pontos de (pixelização numérica) multiplicação e da vídeo imagem da granular rácter do unitária (forma) “figura” da à decomposição leva parciais), (e imagens-fantasma de identitário” o seu “apagamento que favorece transicional) meio (vazio num “humano” 67) 2007, (Arnaud RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 106 de que tudo, desde o (inumano?): “L’expression “L’expression (inumano?): (o “devir-fantasma”): “Le néant ou “Le ou néant “devir-fantasma”): (o ” pontuado na imagem pelo efeito do do efeito pelo pontuado” imagem na ou o do fantasmaou o do . - e a conti Michi de costas de imagem ” da 43 ”) de um novo real pós-histórico e real um novo ”) de avant-coureur (“ , 210). ” no “presento eterno” das imagens (Kurosawa: 2008, 2008, (Kurosawa: imagens das eterno” ” no “presento (a morte humana) e a eternidade morte humana) (a recorrente no autor), com o “raccord com no autor), recorrente Será este ponto de vista final o da internet ponto vista final o de Será este Assim, ao ponto de vista do alto do final do filme corresponde uma verdadeira verdadeira uma corresponde do filme final do alto Assim, vista do ao ponto de - à alternati face que tomar posição no romance: se a questão como Ou coloca Ou será antes filme-emiss antes Ou será ário Esta é uma imagem, como o filme, engolida pelo dispositivo de “desaparição” do/ “desaparição” de dispositivo pelo engolida o filme, como Esta é uma imagem, langue”, la dans [creusée] modo, um cinema (“langue étrangère deste Ter-se-ia, Assim, depois da última tirada de Michi (“Estar com o último amigo que me resta que me resta o último amigo com (“Estar Michi de Assim, última depois tirada da No romance, os “fantasmas” estão lá, nas nuvens: “D’épais nuages surgirent dans le ciel […]. Alors, au millieu millieu au Alors, […]. ciel le dans surgirent nuages “D’épais lá, nas nuvens: estão os “fantasmas” romance, No fixait là-haut, de noueux regard, tout le dont fantomatique apparut ondoyaient, visage un qui noirs nuages des d’une se inconnus bousculaient visages l’intérieur à autres D’innombrables moqueur. air d’un gens deux les de chargée effrayante, une froideur Avec aucun d’eux. vie chez de trace moindre la Pas immense baudruche. 2004, 253). (Kurosawa épiaient Michi” ils nostalgie, de désespoir et

l’éternité? Quelle est donc la voie de la délivrance?” (Kurosawa 2004, 133). ainda Dito (Kurosawa délivrance?” la de voie la donc Quelle est l’éternité? ou recomeço (humano) do mundo fim entre modo, outro de humaine race la de fin la signifiait puisqu’elle pas, donc convenait ne monde’ du ‘fin - chan profonds sans d’exister continuerait celle-ci, de Terre la l’extinction qu’après et não humanos” porque os “seres E isto mesmo par rapportgements à maintenant”. mais sous une autre “ils d’exister continueront verdadeiramente, “desapareceriam” idem ( escreve-se no livro forme”, - reen incerto, já que os seus sucessivos (ontológico) um estatuto com terminal imagem “mise de processo num en abymequadramentos, computador. de uma imagem de jump cut a aproximam e no som por clics sucessivos, da do discurso nele filme (marca do que boucle a construção en Algo seriainício, visto? alegoria que do podia parece interior” início, do ser ouvida) o seu “discurso dita/ (agora nuação - l’annéan puis moniteur leur depuis l’histoire regardent fantômes confirmar afinal (“les 165]) Denise observa Arnaud [2007, tissent”, va entre o nada entre va 43 FERNANDO GUERREIRO FERNANDO no real, surgindo o filme como “mémoire futuriste de souvenirs oubliés” (Arnaud 2007, (Arnaud 2007, oubliés” de souvenirs futuriste “mémoire como o filme surgindo no real, o com apresentadas aqui Hiroshima de (manchas) “fantasmas” dos reprise talvez 103), 2011, 92)? (Mesnildot pour une jeunesse amnésique” Hiroshima “[rejouer] de intuito sivos, cada vez mais pequena no fundo até desaparecer, ao mesmo tempo que se ouve tempo que ao mesmo se ouve desaparecer, mais pequena vez até no fundo cada sivos, um computador. de desligar um clic de corpsdu numérique à “recompositon seimagem, procederia pós-humano pela em que, do “(não?)acontecido” afinal não a memória filmando 129), (Jounel 2009, physique” de s’engendrer “en train mas coisas 108 [sublinhamos])? - a felici Encontrei na parede]… mancha pura desintegrado, já evaporado, [Kawashima oceano; do essa minúsculo na imensidão do barco alto, do visto tem-se o plano, dade”), suces depois, torna-se por reenquadramentos negro, fundo num enquadrada imagem, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 107 (2002): (2002): a nova a nova ? 45 . Pertuis: .” (traduzido do francês francês do (traduzido .” radioso futuro já anunciado pela canção (pop) canção Jellyfish de pela já anunciado , Pertuis: Rouge Profond. , Pertuis: Rouge ]. Future Bright [aka Kurosawa, Kiyoshi — 1997, Cure. — 1997, Kiyoshi Kurosawa, — 2001, Kairo Pulse]. Kiyoshi [aka Kurosawa, — 2002, Jellyfish Kiyoshi Kurosawa, vanish. we Before — 2017, Kiyoshi Kurosawa, — 2014, Kiyoshi Foreboding. Kurosawa, — 1959, Yotsuya. of Ghost Story Noburo Nakagawa, Shutter. — 2008, Masayuki Ochiai, Foreboding Foreboding e de , serenado e curado do homem (como nos sete minutos fi- minutos sete nos (como homem do e curado , serenado 44 . Thomas by edited Analysis, Movie to — A Guide Film American Contemporary In Studying )”. Villeneuve 252-266. Villeneuve la scène, de et augmentée. et 4e édition revue images : Voix théâtrale la pratique de Septentrion. du universitaires : Presses d’Ascq [L’Eclisse]. [Halloween]. Rouge Profond. Rouge 195–219. London/ New York: Bloomsbury Academic. Bloomsbury 195–219. York: Buckland, New London/ and Warren Elsaesser World E continua Deleuze: “une oeuvre est toujours la création d’espaces-temps nouveaux […] il faut que les rythmes, rythmes, queles il faut […] nouveaux d’espaces-temps création la Deleuze: “une toujours est E continua oeuvre (1986, 31). personnages” vrais Ou seja, les criem eux-mêmes deviennent espaces-temps les lumières, les realidade da sua forma. sua da realidade “Mesmo se um dia tivermos todos de desaparecer,/como a neve desfeita e imaculada, as nossas emoções e imaculada, as nossas desfeita neve a desaparecer,/como todos de se um dia tivermos “Mesmo no ombro./Apertámo-nos me tocaste um contra quando uma pequena revolução a acumular-se./Foi continuarão as desaparecer,/e de vias em estar parecem hoje de fronteiras as plenitude./Mesmo a fizemose amor./Foi outro o desaparecer./ e depoisexplodir no ar/para elevou-se sabão de bolha de novo./Uma desabrocham da neve flores mil sobre uma só de o céu./Saltando bolhas vez que atinjam novas contudo a fazer/elevar-se Continuaremos o semhoje é limites,/ mundo sóum de fôlego./O juntos noites/viveremos 164, sublinhamos]). Arnaud 2007, [apud Before we Vanish we Before de o cinema cabo, fim e ao Ao

Vers une théorie une théorie Vers In a mal tourné”. qui Grand-Guignol du comme considéré 1998. “Du Butô Patrice. Pavis, Balland. Paris: la Disparition. de Esthétique 1980. Paul. Virilio, Éditeur. Bourgois Christian . Paris: critique 1984. Paul. Virilio, L’Espace — Filmografia — 1962, O Eclipse Antonioni, Michelangelo Mal do — 1978, O Regresso John Carpenter, — 1932, Vampyr T. Carl Dreyer, cinema. du — 1988, Histoire(s) Jean-Luc Godard, — 1954, Hiroshi Honda, Godzilla. — 1981, Funhouse. Tobe Hooper, . Lisboa: Estampa. . Lisboa: o Tempo sobre — Considerações O Inumano 1997. Jean-François. Lyotard, cinéma du japonais 2011. de. Fantômes Stéphane Mesnildot, de Michelangelo Antonioni), em que, como chamas a crepitar nas cin- nas a crepitar chamas como que, em Antonioni), Onais de Eclipse Michelangelo de vida (pulsão) “humano”= do a “paixão” respira) (arde: vibra ainda lume, zas do FERNANDO GUERREIRO FERNANDO nº 380. 380. nº Cinéma du Cahiers l’écran”. 1986. c’est “Le Gilles. cerveau, Deleuze, L’Harmattan. . Paris: solitudes des réseau Le Kurosawa. Kiyoshi de Sébastian. Kairo 2009. Jounel, 233.nº Poche 2004. Kiyoshi. Éditions Philippe Picquier, Kairo Arles: [2001]. Kurosawa, Makoto Shinozaki avec du effroyable cinémaEntretiens histoire Mon — 2008. Kiyoshi. Kurosawa, — Bibliografia Profond. Pertuis: Rouge dispariton. la de — Mémoire Kurosawa Kiyoshi Arnaud, 2007. Denise. Galillée. . Paris: impossible échange L’ 1997. Jean. Baudrillard, Payot. Paris: capitalism. du à l’apogée lyrique poète Un Baudelaire. 1982. Charles Benjamin, Walter. Lost and The Park (Jurassic and digital image in the photographic “Realism 2010. Warren. Buckland, 44 45 como o defendia Deleuze) o defendia como RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 108 Accepted: 2020-10-28 Accepted: Aceite Aceite — CV 161E-47D9-C6B4 — institucional Morada da Alameda Lisboa. de Universidade 1600-214Universidade, Lisboa.

ársias — (2011) e Cinema Received: 2020-04-22 Received: https://doi.org/10.34619/vhgg-st16 — Recebido — DOI GUERREIRO FERNANDO — biográfica Nota Letras de Professor Associado Faculdade da Centro do e Director Lisboa de Universidade da Para instituição. mesma da Teatro Estudos de de francesas e cultura literatura artigos sobre de lá às Classicismo séculosdos a XIX (do XVII a sobre escrito tem Luzes e ao Romantismo), na pintura, Representação da problemática as cinema (nomeadamente e no na fotografia Pessoa, o grupo de Fernando entre relações os outros, Publicou, entre Orpheu e o cinema). Fontaine, La — Felizes Monstros ensaios de livros O Caminho (2000), Marat Sade, Diderot, (2001), O Canto de M Montanha da (2001), Italian sacrifício do uma poética por do Fantasma Teoria (2005), Shoes (2015). e Modernidade EL DORADO — Cinema RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 109

Pepper’s Ghost at Pepper’s to Paris in post-Revolutionary magoria in the 1860s, rushed the London audiences Polytechnic also known as the ghostly demonstrations, witness to Light as Bernard such scholars Recently, ghost lectures. a re-evalua for argued have Morus Rhys man and Iwan used to which these, as such practices tion ofhistorical spectacular entertainment: mere what be considered in making their of these media experiences the role was and technological industrial the new to audience relate them? This article will focus around on the arrival world Ghost , Pepper’s of all ghost lectures, of the most famous Levie- by Kinsber Netherlands the to brought was which (1823-1886): Maju gen the performances of I will trace on of (The Ghost Maju) Maju van Geest De the re-labelled The and in permanent indoor theaters. fairgrounds Dutch primary mainly from derives gathered I have information advertisements newspaper and historical as such sources infor- the historical I will approach reports. Additionally, the , following of dispositif the concept through mation aspects what Kessler: Frank of historian media proposal And how of the ghost lecture? in the dispositif work at are The ghost-themed optical exhibition was very popular very was exhibition optical The ghost-themed Phantas Robertson’s century: from in the nineteenth — Abstract DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE de fantasmas nos Países Baixos Países nos fantasmas de DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE Netherlands The University, Utrecht [email protected] O Fantasma de Maju: a lição-demonstração a lição-demonstração Maju: de O Fantasma De Geest van Maju: van Geest De in the lecture ghost The Netherlands RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------110 - pós-revolu Robertson de Paris numa da lição-demonstração de fantasmas? E quais os os E quais lição-demonstraçãoda fantasmas? de Phantasmagoria no Politécnico de Londres Londres de no Politécnico Pepper de ao Fantasma cionária entusiasmo com 1860, acorria de o público na década fantasmagóricas, demonstrações estas testemunhar para lição-demonsde sobtambém a designação conhecidas is this approach productive in terms of understanding ofunderstanding in terms productive approach is this - situ as historically Maju Ghost van Geest De and Pepper’s media practices? ated | L. lantern K. | magic Ghost Maju | Pepper’s lecture Ghost | dispositif era fantasmas de a demonstração século dezanove, No popular: muito óptica tecnologia de um tipo espetáculo de Da como historiadores Recentemente, fantasmas. de tração uma defendem Morus Rhys e Iwan Lightman Bernard - esta, como anterior históricas práticas de reavaliação entrete de espetáculos meramente consideradas mente de tipo experiências de deste o papel nimento: Qual era uma rela de media no estabelecimento dos tecnologias indus mundo novo a audiência e o emergente entre ção mais da a chegada artigo aborda Este e tecnológico? trial de lição-demonstração o Fantasma fantasmas, famosa de por Levie Baixos Kins , importado os Países para Pepper (1823-1886). Maju bergen um roteiro Será apresentado (o Maju van Geest De rebaptizado performances do das A in- holandeses. e teatros feiras nas Maju) de Fantasma - maior parte, fon na sua de provém, recolhida formação em e notícias publicadas anúncios como primárias tes disso, informação a além Para contemporâneos. jornais , dispositif de conceito do através analisada será histórica Kes media Frank dos historiador seguindo a proposta do do dis parte configuração fazem da Que elementos sler. positif específicos? históricos tos Pepper de | Fantasma Lição-demonstração fantasmas de | L. mágica K.| lanterna | dispositif Maju conhecimentos que podem ser produzidos através desta desta que podemconhecimentos seratravés produzidos Pepper de o Fantasma considerando investigação, linha de em contex situadas práticas como Maju de e o Fantasma — Palavras-chave — Resumo — Keywords DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 111 1833) 1833) Far 1833) Far Algemeen Handelsblad (Algemeen acquaintance whom you have not seen in the last eight days. not seen in the last have you whom acquaintance “Have you already seen the ghosts?” is at the moment here in the city, the city, in here the moment seen is at the ghosts?” already you “Have a question that immediately follows the common “How are you?” when you meet an meet you when you?” are “How the common follows immediately that a question In the early days of October 1833, in Amsterdam. the talk of the town days ghosts were In the early The Ghosts at the Oude-Schans the at Ghosts The

They could reportedly be seen on the non-residential side ofThey could reportedly the Oude-Schans, side be seen on the non-residential a wide on the the warehouses along “they as hovered square, of justNieuwmarkt east canal Handelsblad (Algemeen a swamp.” Oude-Schans lights over wandering like - con city dwellers a prospect, such Amsterdam being of witnessing from frightened the sight. enjoy to - on the Oude-Schans Ac numbers in order in great after dark verged themselves revealed the ghosts only experience, of the account a first-hand to cording particular a very schedule: to according — DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE 1 Image Oude-Schans, op de lithography De Geestverschijningen Cornelis from a drawing from Hilverdink, Johannes by print Courtesy (c) Rijksmuseum, Kruyffde | Amsterdam. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 112 1833) were geestver 1869, 354) of amusing physics of physics amusing , writes the illustrator the illustrator , writes space was the natural the natural was space 1 Feuille d’Affiches, Annonces et Avis Divers Divers Avis Annonces et d’Affiches, 1811a; Feuille Pepper was one of the most famous pop ofone famous most the was Pepper 2 1805; Courrier d’Amsterdam . And they knew very well what to expect. The Dutch were in fact in fact were expect. to The Dutch what well very . And they knew Middelburgsche 1818; Middelburgsche Limbourg de Province La de Journal 1817; Staatscourant 1812; Nederlandsche - an open-air the Oude-Schans ver as if attending . The audience at behaved It is not clear, however, if this open-air ghost projection ever actually took place: actually took place: this open-air if ever ghost projection however, is not clear, It Ghost projections were among the most popular visual media experiences for for among the most popular media experiences visual were projections Ghost While the writer of this account waited for the sought-after sight among his fellow among his fellow sight sought-after the for waited of account this the writer While The ghosts ofThe the Oude-Schans type. of not a common the un- not appear are do They at before even sometimes hour of has fallen, Soon midnight.pleasant No! darkness after - the Mon on the clock and when appearance, lit, ethereal their are they show the streets of good. they disappear the Oude-Schans The habitués for twelve, strikes tower talbans and promptly leave they has faded, stroke after the twelfth and barely know this, already of fall the after show of theater a spectators as see, to left nothing is there that assuredly, Handelsblad the curtain, (Algemeen of the program. last piece after the final act of the de Groningue 1831). Courant See, for instance, (Weeden 2008; Morus 2007; Lightman 2009; Secord 2002; During 2002; Lachapelle 2015). 2009; Secord 2002; 2002; During Lachapelle Lightman 2007; 2008; Morus (Weeden See, instance, for Amsterdamse Courant (Amsterdamse See, instance, for

for one, the first-hand testimony mentioned above seems to point to this conclusion. conclusion. to to this seems above point mentioned testimony the first-hand one, for ex assembled there really an audience seems be that to the idea dependable more But pecting see to something vernacular, the in or, shows, used of projections phantasmagoria in aware well schijningen op de Oude-Schans Geestverschijningen ofsion one of these shows: 1805, fantasmagories since least 1). At scene (Image ofas a caption the depicted of piece séances as the last usually advertised in the Netherlands, the country. across and on fairgrounds performed in theaters ular scientific lecturers of the Victorian age for whom the lecturefor age of the Victorian ular scientificlecturers in the arrived 121) ghost lecture Pepper’s his ghost. for 2007, (Lightman environment nineteenth century audiences. Arguably, one of the most famous examples is Pepper’s is Pepper’s examples one of the most famous Arguably, audiences. century nineteenth the for presented was in London that Polytechnic Ghost, the Royal at the ghost illusion 193) After be Pepper Christmas of during Henry 1862. John 2007, by time (Brooker first es with a magic lantern as the culprits (De of Oudethe situation. with a magic lantern Tijd es - schol recent a numbering dismissed for of entertainment years, as sheer academia by Ghost,proposed and a Pepper’s and of Pepper, relevance the has emphasized arship - scientifictechnologi and of in negotiating magic and illusion of the role reevaluation century. nineteenth the in developments cal “spectators” assembled at the embankment, and eventually returned home without the embankment, returned assembled at and eventually “spectators” sufficient generated seems have to this ghostly occurrence spotted the ghosts, having reports, but also newspaper crowds, draw not only to in order interest contemporary a song,1), the in in Image place a and presented one as the (such illustrations several 1871, Gouw confirmation,(ter one of of Amsterdam. 664) lacking While folktales urban imag of students projecting a group to refers explanations accepted the most generally 2 1 DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

4 ------113 , al- In addition to this digital archive, Dutch historical publica historical Dutch this digital archive, to In addition 3 Previous Dutch scholarship has examined optical and projection-based media projection-based and optical examined has scholarship PreviousDutch num- large to a access improved benefited from have historians years, In the last as the most popular ghost show to feature in the Amsterdam fairground. However, However, fairground. Amsterdam in the feature to as the most popular show ghost www.archieven.nl be can at accessed This online resource www.delpher.nl be at engine can accessed The research

tions and documents can also be accessed through an online resource which aggregates aggregates which an online resource tions and documents also can be through accessed also digitized. are some of and collections, which archives municipal from information 3 4 DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE Netherlands during the month of May of 1864, via and of month the May during the Polytechnic from directly Netherlands (1823-1886). Maju be ghost Levie Kinsbergen showman Pepper’s Dutch Eventually, Wagenaar-Fis Duller and Margreet Annet Albert Willem experiences. Wagenaar, In the digitalization. of archival process documentsberdue the ongoing to ofhistorical Delpher Library, Royal the Dutch by engine developed search a robust Netherlands, . In this article I trace its article I trace . In this Maju van geest as de the Netherlands known in popularly came - con its relocation how also examining while the country, across and exhibition arrival audiences. of historical media experience the to tributed as well production in the Netherlands, focused and slide (2014) on lantern cher have the mostly during illumination, and festive as peepshows such forerunners as optical Tietjens-Schuurman has Vera century. twentieth early and eighteenth seventeenth, the beginning of the nine around took place upon that an importantremarked change itin- by had been often delivered shows projection this time, up to century:teenth while of Luik region the from came many since also Luikerwallen as known lanternists, erant of a search and in act their announcing streets the wandered who in Wallonia, (Liège) the where sites the seek would 1800sthe after that audience the audience, was it paying - transi 17–18) slow the line with in is (1979, place. development This take would show the construction to of as tents, such entertainment sites, itinerant temporary tion from the nineteenth during as indoor theaters, such permanent specialized and more venues - com 26) was this transition before But 2007, al. et (Logger in the Netherlands. century audience could at the Dutch where environment a leading was the fairground plete, the nine in fairground of the Amsterdam survey Keyser’s In Marja shows. optical tend mechanikers “physikers, by presented acts frequent were shows optical century, teenth included shows these optical and magicians): (physicians, mechanics en goochelaars” cyclo cosmoramas, dioramas, panoramas, but also dissolving views, phantasmagorias, 54–66) 26, (1976, theaters. and optical van ramas Geest mentions De also briefly Keyser Maju another member to of of the Kinsbergen the identity Maju attributes mistakenly Keyser as being concedes herself she that a statement Kinsbergen, Hermanus Roelof family, 27–28) 1976, possibly incorrect. (Keyser periodicals and books, from newspapers, millions of to historical online access free lows number a of from scientific and heritage to the present,gathered century the fifteenth institutions and libraries. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 114 ) and the and ) focuseson De Geest van Maju in Maju van Geest De characteristics of the ghost characteristics

5 ). ). https://www.britishnewspaperarchive.co.uk/ However, a long tradition exists of connecting ghost visions to scientific to - of ghost visions princi connecting exists tradition a long However, A long tradition of projecting and explaining ghosts explaining and projecting of tradition A long - gen the of Currently, projection. history the to connected intrinsically are Ghosts Art historian Noam Elcott recently formulated the concept of the phantasmagoric of phantasmagoric the the concept formulated recently Elcott Art Noam historian ), however the British Newspaper Newspaper the British ), however ( www.belgicapress.be online archive the Belgian to is also available access Free ( fee a membership requires Archive

(AD 77) there have been efforts to explain phantoms phantoms beenexplain effortsto have there 77) (AD History Natural Pliny’s Since ples. (Hecht mirrors. and concave using plane of projection and apparitions as the result (1602-1680), Kircher for Athanasius German Jesuit 1984, century, In the seventeenth 2) used of the magic lantern, of- dev the projection as the inventor time credited a long the existence if he did not deny (even phenomena natural explain apparitions to ilish - projec has described Kircher’s Vermeir Koen worldview). of in his theological demons symbol vis “magical a as defines he which demonstration, of analogical form a as tions erally accepted evidence for dating and attributing the invention of the magic lantern is of magic lantern the the invention and attributing dating for evidence accepted erally scientist Christiaan Dutch by positionsdrawn several in skeleton of a dancing a sketch of means by representations (1629-1695) “For read: caption Huygens in 1659. Huygens’ the that believe did not Huygens But 38) 2000, (Mannoni in a lantern”. glasses convex - consid rather he communication; or could be scientific for an object practice lantern 41) of the evening’”.(2000, instrument of entertainment the ‘pleasure for it “an ered in order to understand media experiences in which images, such as ghost im- such images, in which media experiences understand to in order dispositif continuum space-time a screen, or share frame classical a visible outside projected ages use ofthe notion of dispositif 56) 2016, (Elcott Elcott’s with the spectator. to differentiate in order configuration of the phantasmagoric characteristics the stable I will use. In this article a dispositifs and domestic the cinematic he terms what it from of the features the stable to : in addition of dispositif concept to the approach different also I will focus on the unstable as a device, ghost lecture media situated as historically Maju Ghost van Geest the to Pepper’s in comparing lecture proposed by approach pragmatic the historical this, I will be following For practices. 2011) (Kessler Kessler. Frank media historian 156) 2005, Musser Charles in nature.”(Vermeir processes and hidden ualizing invisible 5 GONÇALVES ROCHA DA DULCE - cover geographic significant a provides resources online of these two combination The I will these Based on sources, local publications. also, importantly, but of national age performancethe of regarding insights detailed and new present the Netherlands, as well as its largely overlooked Dutch showman, L. K. Dutch Maju, and his overlooked largely as its as well the Netherlands, interna Maju’s investigate to In order particularLondon the Polytechnic. to connection with information digital sources the Dutch also complemented have I tional contacts, (BelgicaPress counterparts, Belgium from international namely from gathered (British Archive Newspaper Kingdom United RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 115 Rotterdamse Cou Rotterdamse as they clarify in the as they clarify 1811b; 1805) In 1811, a Mr. Bienvenu, pro 1805) Bienvenu, In 1811, a Mr. Courrier d’Amsterdam 1811a; Amsterdamse Courant (Amsterdamse 6 on the Phantasmagoria, a science that studies all the physical means that that means studies all the physical a science that on the Phantasmagoria, The first mention of Fantasmagorie (or Geestenverschyning Fantasmagorie mention of The first His attempts to make his show resemble a class in scientificexperimentphilosophi- or a a class resemble show his make to His attempts to went in vain. Parisians completely were of prejudice’, of the ‘empire denunciation cal to - enter be Phantasmagoria] his for venue first [Robertson’s l’Échiquier de Pavillon the 151) be not to instructed. (2000, thrills, experience tained, to In the eighteenth century, the projection of ghosts became a famous type of became ghosts a famous the projection of en- century, In the eighteenth 1811) 1830s, In the early the father K. Kinsbergen, name of Meijer Maju, the stage The similarities between the name M. Mayu and the father of Levie Kinsbergen Maju, (Meijer) K. Maju, may suggest K. suggest Maju, may Maju, (Meijer) of Levie Kinsbergen and the father the name M. Mayu between The similarities L. D. in the newspapers, published quarrel this is not the case: in an elucidative person. the same However, they were 1823). Courant Overĳsselsche the name of Mayu.( as appropriating accuses K.Bamberg Maju, Meijer,

fessor of experimental physics, delivered his “amusing and instructive” experimental experimental and instructive” his “amusing delivered physics, fessor of experimental the highlight of optical was the Fantasmagorie of which theaters, in several lectures (Courrier d’Amsterdam illusions. rant 6 GONÇALVES ROCHA DA DULCE considers Kircher’s ghost explanations a defining moment in the relationship between between relationship the in moment a defining explanations ghost Kircher’s considers (ex practitioners “urged Kircher that writes He observer. the and image projected the “incorporated [Kircher’s] Gunning, these shows Tom to According tertainment show. to claimed that spectacles lantern magic elaborate their into process demystification 108) 2007, (Gunning public.” a paying to or absent” of the dead “phantasms present Robertson of Étienne-Gaspard (1763— 1837) the Fantasmagorie 1789, in Presented Paris his per- considered Robertson, ghost shows. one of most well-known however, the was his sessions he considered be than entertainment: to more words, in his own formances as “lectures been people of used the resurrection persuade to have nation all time and in every for successful ghost very Robertson’s 397). 1996, (Mannoni and re-apparition of the dead.” by nor audience, by the neither true scientific endeavors, not considered were lectures Mannoni, to Laurent According scientificcommunity. the contemporary - clear would so these spectators audiences that to actual process the explain to hibitors) not a optics), and reflection art (involving a catoptric was show the that ly understand moment, this the that moment the considers Musser 17) 1990, (Musser one.” magical and agency human of to apparitions ghostly existence the attribute to able is spectator as the starting- point forces, of of screen prac the history or supernatural magical not to constitut “the into historically is transformed the observer which the moment in tices, 18) 1990, (Musser the spectator.” call now we ed subject same advertisement), that can be found in the digital newspaper archive of the Royal of the Royal archive advertisement), besame can in the digital newspaper found that the fantasmagorie that announces & Comp. 1805: from M. Mayu dates Library Dutch the coffeehouse at and mechanics of physics the exhibition will close of a ghost-ballet in Amsterdam. Keyzerlyke, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 116 (A mere Phantom 1874, 94) 1874, Phantom mere (A — 2 Image in the Ghost Pepper’s edition of the Dutch frontispiece buy how to lantern: Magic of The also how to use it, how to and a ghost: tooverlantaarn. De raise en samenstelling De van wijze kunst de een om alsmede gebruik, . Amsterdam: wekken op te geest C. L. Spook (Een Brinkman. domain Public 1873) | (c) 1844). This mixture of amusing physics, conjuring and conjuring 1844). of physics, amusing mixture This 1833) In the following years, Fantasmagories were advertised in diverse advertised in diverse were Fantasmagories 1833)years, In the following Rotterdamsche Courant Rotterdamsche The days of witchcraft and sorcery are happily past; and when in this nineteenth century century nineteenth in this happily past; when and are sorcery and of witchcraft days The ex ear, gains the public fiction of romantic of the inventions savouring phenomenon any forthcom - immediately of are science, based principles on known suggestions, planatory is soon solved. ing, and the mystery at which casethe in “the of popularthe Ghost,” called illusion illustrated well was This ago. years Institution a few the Polytechnic at attention so much tracted at the Royal Polytechnic Institution in London Institution Polytechnic Royal the at Ghost Pepper’s DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE of Levie Kinbergen Maju, toured the fairgrounds across the Netherlands with his pro with his Netherlands the across fairgrounds the Maju, toured of Levie Kinbergen gram of mechanical automata, pantomime and Fantasmagorie: his production seems and Fantasmagorie: pantomime automata, of mechanical gram that experiments performances on amusing than focused on theatrical more have to 1831; Leeu Courant (Middelburgsche their programs. in featured exhibitors other ghost Courant warder Haye La de (Journal acrobatics. and even shows as conjuring such programs fairground 1840; that during happening was in other countries line with what in was ghost projections, also per Robin - Henri as performers such 2015, International 18) period.(Lachapelle period, that with his popular during scientificspectacu and - in the Netherlands formed Robin’s 2017a, 154) and Wynants However, (Vanhoutte of physics. amusing program lar - regard Ghost Pepper’s involving controversy a public to led ghost illusion, which own he that part of the program not yet was of the device, the true was inventor ing who 2017a, 154; 2015, and Wynants 31) Lachapelle (Vanhoutte in the Netherlands. presented RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - 117 - watch Knight and The Letter Love the of reading The The Magic lantern: how to how to lantern: Magic The the popular lanternists guidebook for later, Some years was “an apparatus for producing ‘spectral optical illusions’ by the by illusions’ optical producing for ‘spectral apparatus Ghost “an was Pepper’s The name giver of the Polytechnic Ghost, John Henry Pepper (1821 Pepper Henry Ghost, John started 1900), — of the Polytechnic name giver The , studio Artist’s The first), very (the Dircks of Henry 195) An invention 2007, (Brooker , among others. Armour his over ing accusations misappropriation ofobject several the was the device perfected Pepper, by Pep which procedures, infringement and patent example) Robin, for Henri (involving besides the direct allusion made in the made allusion the direct a ghost, besides raise also how use to it, how to and buy operate to on how guidelines to of the book, not only a sectionsubtitle devoted included Rais 2). (Image in the frontispiece Ghost of Pepper’s but also an illustration the device, flecting glass positioned at a particular angle in which the projected image of a hidden of a hidden image the projected at a particularwhich in glass positioned angle flecting with the would be then seen in amalgamation the reflection could beactor displayed: - the Pol at delivered were that The ghost lectures 2). (Image on the stage living actors 1862 Lecture between Strange as The ytechnic such and 1863scenes different featured Ghost all and the of History true The of 1890, per discusses in his publication length at successful per- an extremely was Ghost Pepper’s 1890) . (Pepper about Metempsychosis exhibition the patented for licenses with granting the money earned besides formance: the fifteen-month run of the for admissions ticket that of the Ghost, Pepper remarks As thousand (1890, pounds. 12) to twelve amounted Polytechnic, at the Ghost scene first intent, and instructive with its scientific aspiration the Polytechnic, observes, Brooker 203) (2007, of all ghosts.” “the most famous had created lanternist, but with what fearless any by be now could by attempted Ghost ing Pepper’s matter. different a totally was of success degree use of mirrors in conjunction with living actors.” (Altick 1978, 505) It was based was on a re It 1978, 505) (Altick living actors.” with use in conjunction of mirrors lecturing at the Polytechnic in 1847 of the Director the position the Polytechnic of to rose and Resident at lecturing - in 1854.Institution the Poly transformed with having is credited 140) He (Smith 2005, entertainment the boundaries as it pushed rational of Victorian the epitome into technic 116) - enter Rational 2007, (Lightman recreations. of scientific instruction theatrical and articulated the moral and pacified which an idea was Altick, Richard tainment, explains instruction and the “in through - self-improvement towards the path between challenge 1978, (Altick 227) benefit.” lasting of any irrespective oneself, enjoy to desire human nate Jeremy to According this designation. of under performancesbe could included A myriad from of encounters range wide permitted “a which a venue was the Polytechnic Brooker, and subjects ‘serious’ on popular to lectures blowing of glass small-scaledemonstrations entertain- in the name of ‘rational entertainments, together burlesque loosely brought 2 last would the Polytechnic at program evening A common 189) 2007, (Brooker ment’.” - on mineral one lecture on astronomy, sections: a lecture and be three into hours divided 2013, 69) (Brooker instance. for ogy and one section dissolving views, for DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 118 stated that “Maju! “Maju! that stated Exploiting his nationality as an exotic feature, he per- feature, as an exotic his nationality Exploiting 7 1856)Gravenhage Howev ’s En Zuidholland van Dagblad 1853; 1864a) 1863) After the Colosseum closed, in January 1864, in London 1863) in January closed, stayed Colosseum After the Maju Groninger Courant Groninger man is really amusing. He plays tricks with mice and birds, and disguises them in false false them in disguises and and birds, mice with tricks plays amusing. He man is really of development. theories Darwin’s all Dr. begin believe to you until and feathers, skins quartera small with aim of deliberate the mouse takes the canary or however, Presently, charm is snapt. The The mouseHe fires. mouse.canary or the at the field-piece an ounce and Professor Pepper Maju becomes a mouse, and Herr and the canary becomes a canary 1864) Newspaper Weekly (Lloyd’s happily everafter. live During this period Maju secured a license for Pepper’s patented device (which he (which device patented Pepper’s a license this period secured for During Maju (…) and then, a séance by Herr Maju, the celebrated Dutch prestidigitateur. This gentle prestidigitateur. Dutch Maju, the celebrated and then, Herr a séance by (…) Levie Kinsbergen Maju was not an unknown name to the Dutch public. Since the Since public. the Dutch name to not an unknown was Maju Levie Kinsbergen : The Ghost arrives in the Netherlands in the arrives Ghost : The Maju van De Geest 1864,In April Handelsblad in Algemeen a pre-announcement I have published elsewhere an interactive map displaying the range of Maju’s performances, as well as their performances, as well of Maju’s the range map displaying an interactive elsewhere published I have via access the 1850s between distribution 2020b), and spatial temporal and the 1880s. Gonçalves Rocha See (da . https://sagepus.blogspot.com/2020/10/on-trail-of-19th-century-science.html

later said had cost him two hundred pounds), about which he expounded in the first in the first he expounded about which pounds), hundred him two had cost said later of A. not an invention it was no, newspapers: in the Dutch advertisements he placed dis he profession”; by portraita is and “who shop small a has photographer Sylvester, misses the claims that an attempt at this performance the Portuguese had been at at made an attempt that misses the claims “the had show device, Robin’s with Henry Court the controversy and also addresses been performed Court, the English only for Court, the French and possibly because 1000 pounds to had payed Temple, du of the Boulevard the theater Robin, from Mr. - on fair experiments” 1850s mechanical he had performed acts and “fantastic conjuring the name under of L. Netherlands the houses and coffee across and in theaters grounds Courant Zwolsche En Overĳsselsche K. (Provinciale Maju, Professor of Sleight-of-Hand. 1850; Member of the Royal Polytechnic and the Royal Colosseum” would be would ar- imminently Colosseum” the Royal and Polytechnic of the Royal Member Dircks, of instruments Professor (and Pepper London patented with the from riving be in these advertisements) present not always would name inventor’s the although in the cities in the biggest performto Illusion” and wonderful Ghost the “inimitable Hague. of The fairground at the place would take performances the first Netherlands; Handelsblad (Algemeen er, by the summer of 1863, Maju had become a regular feature of the program of the of the program of 1863, the summer by feature had become a regular Maju er, in London. Colosseum Royal 7 GONÇALVES ROCHA DA DULCE formed under the title L. Kinsbergen-Maju, Professor of Magic to the King of Holland. the King of to Holland. Professor of Magic L. the title under Kinsbergen-Maju, formed Globe (The a mention in a humorous earning and became of part the Polytechnic, of the program of the institution: procedures of the daily account RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 119 1864c) 1864b); Maju ex 1864b); Maju 1864) the During authorized exhibitor; exhibitor; authorized only in the Théâtre des Variétés (Salle van van (Salle Variétés des in the Théâtre 1865); and the shapes of the ghost were subject to change, as reported 1865); change, to subject of the shapes and the ghost were In the summer of 1865, Maju toured the Dutch fairgrounds again: between May May between again: fairgrounds of In the summer 1865, the Dutch toured Maju Between May and September 1864, I have been able to trace Maju’s Ghost perfor Ghost - September and Maju’s 1864, May trace to Between beenable have I The Ghost was well received in the Netherlands. The reports were favorable, and The reports favorable, were in the Netherlands. received well was The Ghost Since a few days, the sight of many inhabitants has been arrested by seven letters in doors in doors letters seven by has been arrested inhabitants of the sight many days, a few Since and red one is which from letters, seven corners, and street and in squares and passages mean? these words do What Ghost]. [The “De Geest.” the words: they form black; are six is the ghost What our streets? be there a ghost circling Would they mean? ghost do Which these to the answer give can we these questions a lot. One hears Now here? do to coming 1864a) Gravenhage ’s En Zuidholland van questions. (Dagblad Besides the newspaper announcements payed by Maju, there is evidence of other is evidence Maju, there by payed announcements the newspaper Besides - Rotter Zwolle, Leeuwarden, in Assen, the Ghost he presented Deventer, and August variations, several this point, included Arnhem. and At he seems have to dam, Haarlem and the ghost, speaks with the “the spectators spectator between as the interaction such mances on the fairgrounds of Dordrecht, Den Helder, Leiden and Amsterdam, and in and Leiden Amsterdam, and Helder, Den of Dordrecht, fairgrounds the on mances Courant: Rotterdamsche (Nieuwe and Breda. in Amsterdam permanent indoor theaters 1864; Courant Bredasche Advertentieblad En Nieuws- Handels-, Staats-, 1864-65 November months. By a few for season, Belgium to winter took the Ghost Maju Antwerpen van (1864a) Handelsblad and Het Bruxelles de Journal newspapers the Belgian of Illusion the Ghost patent Pepper’s (1864) be would exploiting Maju that announced of Polytechnic in the country: most of of the Royal for the month, Maju “Professeur of Fantôme Le presentations daily held London” 1864b) Bruxelles de (Journal in Brussels. Dyck) a visit was highly recommended. Many descriptions were published of Maju’s perfor- of Maju’s published were descriptions Many highly recommended. was a visit as the ghost and people — such real with ghosts interacted the “cloud-like” mance: Handelsblad (Algemeen chair in the same sit to the person attempting the to in Amsterdam, in the Botermarkt tent the fairground from move on the show’s Handelsblad (Algemeen city. Odeon, in the same permanent indoor theater - the spir audience that the reassured produced and was the ghost illusion how plained (Rotter harmless in fact were of darkness, near atmosphere in a mysterious its, visible damsche Courant DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE promotion material that was circulated at least in The Hague in May 1864 his in May in The Hague before least at circulated was that material promotion - Nether month, same the in performance first the in that fairground local the at arrival report strategy: newspaper the suspenseful describes An elucidating marketing lands. that he had assisted Pepper in performing the Ghost to the British royal family, and that and that family, royal Pepper in performing the British to he had assisted the Ghost that “without any it in the Netherlands, show he would that way same beit would the exact 1864b) Gravenhage ’s En Zuidholland van (Dagblad quackery.” Professor Pepper, concerning only the patent rights for Paris”; that he had secured a six a six secured he had that Paris”; for rights the patent only concerning Professor Pepper, the was he which for Netherlands the for agreement month RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 120 The diversity The diversity 8 1866) After this, Maju 1865) the to Coming back from the Polytechnic: this time, however, the however, this time, the Polytechnic: from 1865); a performance or advertised as “how people can For the lovers of natural science, Maju offered, by means of his [microscope] device, much much device, [microscope] by means of his offered, Maju science, of natural the lovers For that an extent such to their interest raised that animal kingdom, the from see, mostly to During the winter season the winter During of 1865-1866 acts to with his conjuring returned Maju See also my article “Science between the fairground and the academy: The case of Dutch science popularizer The case of L. and the academy: Dutch See “Science the fairground article between also my K. (1823–1886),” Maju 2020a). Gonçalves Rocha (da

8 GONÇALVES ROCHA DA DULCE - (Provin of clothes” or color questions about expressions correctly ghost and he answers Asser Courant En ciale Drentsche see their own ghost”, which seems to imply that the illusion device was set-up in such a in such set-up was device the illusion seems that imply to which see ghost”, their own — this particularwould be projected spectator of a performance the reflection that way (Nieuwe hours. consecutive than six more for hour, advertisedwas as running every Rot — 3 Image zien te kermis de of Wat Detail Nederlandsche Nieuwe geeft/ Kinderprenten, paper George by published print 1865Lodewijk Funke, — 1875 Courtesy Rijksmuseum,| (c) Amsterdam. (London program. Evening Standard the London Polytechnic 1865) Advertentieblad En Nieuws- Handels-, Staats-, Courant: terdamsche - cabi and imported the operation 1866, the latest he repeated in May again Netherlands SphinxThe and Proteus illusions net-based voor in the Paleis directly delivered and was circuit performance skipped the fairground Handelsblad (Algemeen Palace”. “Crystal the Dutch Volksvlijt, activities: of his professional feature type as a central of lecture the Polytechnic kept and projections microscopic dissolving of illusions, views, optical a range he presented acts. or four three usually featuring in a program novelties, technological of the program catered to the different interests of the audience, but for some a Maju for but some a audience, of the interests the different to catered of the program of reporterthe Ghost, appearance an still meant remarked: one contemporary as lecture RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 121 , for , for De geest geest De as the system of relations between between of relations as the system Baudry’s approach singles out the work out the work singles approach Baudry’s 9 has been used in academia in many different frameworks. frameworks. different has been usedin many in academia of the mobile phone transforms human beings into mobile phone phone mobile into beings human transforms phone of the mobile dispositif dispositif - phi found I think I have ! Here the Logos par excellence, . Look it, at ‘the word’ lived on in the Netherlands as a popular expression. Leo Boudewijns explains LeoBoudewijns as a popularexplains expression. on in the Netherlands lived There is There losophy’s best, most solid, and only foundation. It’s no use with someone reasoning who best, It’s most solid, and only foundation. losophy’s ofa ghost Maju through as him through walk assumption.this can One accept not does ]. (1879) Maju van [geest as Dispositif Lecture Ghost The of concept The # Maju’s ghost performance seems to have been term the so performanceghost that successful seems have to Maju’s he didn’t disappoint them, together with the clear explanations given by Mr. Maju.- Anoth Mr. by given explanations clear with the disappoint them, together he didn’t seascapes, landscapes, the statuettes, with pleased er section more of was the audience There everyone. something for was screen, on the so there projected that were which etc. Maju disappointed, because totally Mr. that had imagined they also felt thosewho were “the However, see to “the ghost.” and wanted mirrors with his optical bewould working (Opregte been available. have would money more much unless could not come ghost” 1871) Courant Steenwijker It has been remarked that the concept first emerged in the work of Jean-Louis Baudry connected to film studies,to Baudryconnected Jean-Louis of work in the emerged first the concept that has beenIt remarked www. 2007, November on Dispositif,” “Notes See Kessler, Frank work. Foucault’s in Michel and only later ). frankkessler.nl/wp-content/uploads/2010/05/Dispositif-Notes.pdf

van Maju as such phenomena named as the culprit of “unexplained” was Maju’ van geest ‘de that attic: in the noisescoming from doors or strange wooden floors, self-closing creaking But, possibly, 5) blame!(2001, to the one readily was ghost of the Maju situation, a such alluding the unsub to while Maju’ van geest “de use of the expression the most notable Dutch of renowned stantial apparitions of be his performances in the work can found his pen under known better Dekker, Douwes Eduard contemporary and Maju’s writer writes: , Multatuli 175 nr. of In the footnote name Multatuli. his Idea of dispositif described the concept Foucault Michel - of archi institutions, discourses, ensemble consisting heterogeneous thoroughly “a — in short, as the un- as much (…) the said laws decisions, regulatory forms, tectural study to the power a framework create 194) he aimed to With this approach, said.”(1980, , dispositifs strategic through and the population the state articulated between relations also follows Agamben 195). 1980, Giorgio (Foucault as imprisonment instance. for such and he highlights the subjectification relations, power regarding perspective Foucault’s subjects into beings human transform dispositifs that : the idea action of the dispositif the dispositif instance has Baudry Jean-Louis 14) 2009, of media scholarship, In terms visual users. (Agamben : dispositif proposed of cinematic the concept 9 GONÇALVES ROCHA DA DULCE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------122 approach approach adapted to to adapted - en “heterogeneous Foucault’s arranging suggests Kessler 10 - that, char as Elcott , is the fact as a dispositif of premise the ghost lecture A central dispositif of dispositif the concept for proposes another framework Kessler Frank See also (Kessler 2020; Vogl-Bienek n.d.). 2020; Vogl-Bienek See also (Kessler

acterizes it, the spectators’ bodies share the same time-space continuum with seemingly time-space continuum bodies the same share it,acterizes the spectators’ this me experience, this visual disembodied of importantly, ghosts. But, more images semble” of elements, in terms of visual media experiences, into a triangular configura a triangular into experiences, media of visual in terms of elements, semble” and the pole, the textual pole, techno-pragmatic the poles: constitutive three with tion el- different the 2018, 56). between (Kessler user-spectatorpole. relations the such, As The techno-prag of poles. these three the perspective from beements can approached the from ranging and affordances and social constraints physical pole includes matic present, as magic lanterns such of the room, the technology to size and arrangement - institution. The tech main purpose) of organizing the (or and screens, or the ideology of the media transmission the for space a communication no-pragmatic pole enables be to informed, instance a particular for to goal, and also the spectators commits text and images not only the projected pole includes entertained, textual The persuaded. a voice of or sound music but also the effects, as performedsounds such or recorded these to in relation The user-spectator pole is situated instance. for or lecturer presenter of basis certain on the as a expectations role the assigned accepts two: the spectator a particular being in response to in turn, addressed text, is mode the media which, by (Kes space. the communication by enabled possibilities the rhetoric by available made 2018, 55–56)sler of dimension, the dispositif in terms its analytical Therefore, of inter-dependent system as a ele the media experience us understand to enables ? as a dispositif lecture the ghost happens one considers when ments. Thus, what operation and the flawless meticulous showmanship only by possible dia text, is made appa the technological rendering only by works the illusion device: of the technological the success accept to the audience for In other words, the spectators. to “invisible” ratus As Iwan eclipsed. be to needed convincingly of these the technology ghostly apparitions, - set of tech seeing “were a multi-layered of audiences a ghost lecture says, Morus Rhys (2012, reveal.” as to as much conceal to designed were and performances that nologies as well of the stage, positioned front in surface the screen, the glass As an example, 47) audience the to remain must “invisible” reflection, ghost the provides that actor the as the to repercussions have nature 2 and 3). These of issues a techno-pragmatic (Image 10 GONÇALVES ROCHA DA DULCE - com by spectatorship, of cinematic the experience to connection in Freud and of Plato ob beings human the chained where cave, Plato’s to venue movie darkened the paring served an impression of reality which they mistook for reality itself, while at the same the same at while itself, reality for they mistook which of reality impression an served the with connection describe as a metapsychological would Freud what time forging 107) 1976, (Baudry image. projected research. media historical RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 123 - mutabili highlights the approach aspects of a techno-pragmatic nature grounded in the grounded nature aspects of a techno-pragmatic (Image 3 and 4) paints the picture of an exhibition context very different from from different very context of an exhibition picture paints the and 4) 3 (Image approach as a historical tool is that it is that tool Another important as a historical approach aspect of the dispositif Geest of De so far illustration the only recovered of In terms performance spaces, , while Kessler critiques this ahistorical perspective.(2018, 54) For the current discus current the 54) For perspective.(2018, this ahistorical critiques Kessler , while DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE : the successful handling of the technological appara of handling successful : the technological the of this dispositif dimension textual detached as a media experience purely the ghost lecture understanding beyond goes the dispositif elements: particularfrom conjunctural Maju van and the animal trainers the jugglers, dancers, the cord Polytechnic: Pepper’s the one at as the neighboring acts of in the depicted the Ghost are of the fairground the carousels center” of a “science as opposed and experiences the edifying lectures to Netherlands, the ob was 116) the fairground this time, At 2007, (Lightman as the Polytechnic. such tus becomes part of the media text by implicitly addressing the audience with the very very with the the audience tus addressing part becomes implicitly by of the media text refused example, for audiences, particular Robertson’s question “how work”? this does their for a lecture, it as understand refused to instructive, his phantasmagoria consider to 151) 2000, (Mannoni The “be to thrills.” entertained were experience to and expectations else: something on the other hand, expected lecture, ghost audience ofVictorian Pepper’s posed it audience the to virtue in the challenges lay “theGhost’s Morus, by as indicated strategy, of rhetorical terms In 362) (2007, production.” its behind trick the ofdeciphering for particular of paradoxically, very a kind: lecture demonstration a is lecture ghost the remain must demonstrate to it claims technology the very succeed, to the ghost lecture this was century the mid-nineteenth as magic. In thus, must work Technology, invisible. important, type a wholesome to ofmagic: the ghost lec because technology it connected Reportedly, 362) 2007, (Morus magical.” of rational the making means a “provided ture or awake they were whether “wondered the Polytechnic at Ghost of Pepper’s spectators - 2002, “con science (During to 143) enabled of the ghost lecture The format dreaming.” 2017a, 165) and Wynants (Vanhoutte ghosts.” jure ex different intentions, different situations, viewing different across ty of media texts inte the 2011,By encouraging 23) moments. (Kessler historical different at pectations of a range this reveals practice, situated a historically within oftext the media gration as opposedexperiences, to otherwise something factual historical perceived different approach, Elcott’s history. outside media object,as a monolithic functioning, as it were, of the disposi- characteristics universal focus proposal, on the stable, as Baudry’s as well tif main unstable two are sion, there and the characteristics particularities be to of need this case addressed: historical that - in London and in the Nether performance spaces the diverse to discourses connected became whose names permanently attached showmen front-stage the two and lands; and Maju. Pepper the performance, to or fairground the “kermiskwestie”, ject of discussions impassioned in the Netherlands, of the nineteenth the middle by of topic controversy, not a new if it was question: even fairground the movement, so-calledthe offensive” following and “civilizing century, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 124 I have, through many monetary sacrifices, managed to produce something for the audiencefor the to produce something managed sacrifices, monetary many through I have, seen, never becauseand of unadornedthe have they of which likes the Netherlands the in lecturing, of or the omission all so-called fairground to not be it can compared quackery Even if never explicitly mentioned in his advertisements, which is comprehensible is comprehensible in his advertisements, mentioned explicitly which if never Even DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE since he probably did not want to hinder his position towards either side of discus the either side position his towards hinder to not want did probably he since his he presented for issue, of this polarizing aware been well seems have sion, to Maju acts. In the introduction of among other fairground as exceptional “unadorned lecture” his performance comprised in the ghost scenes that described the three the booklet that of summer 1865, writes: Maju - enter and vulgar drinking “excessive mainly regarding of the object complaints was 193; 1996, 1995, Rooy de (Dekker 12) tainment.” — 4 Image Nieuwe zien geeft/ te kermis de Wat Kinderprenten, paper print Nederlandsche 1865-1875 Lodewijk Funke, George by published Courtesy Rijksmuseum,| (c) Amsterdam. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------125 1864c; 1865) His as a fairground as a fairground So if Pepper seems 11 Nederlandsche 1878; Nederlandsche Courant : Kleine from the Polytechnic in the summer in the summer the Polytechnic from (an illusion which would be exploited extensively extensively be would exploited which illusion (an Metempsychosis about Metempsychosis 200); 2007, see (Brooker the Polytechnic at 1864) This is relevant because besides inferring the reach of the ghost because 1864) the reach inferring besides This is relevant was considered an ex considered was Maju van Geest if De efforts, it is unclear of Maju’s Regardless entertainment, since it deserves a top ranking in the field of true art. (“Tekst-Boekje van trueof art.field the in ranking entertainment,top a (“Tekst-Boekje deserves it since 1879) Illusie” Nieuwe Geheel Geest, Menschen, Professor Peppers of Ontastbare Pepper, appointed professor of chemistry by the board of the Polytechnic, was was of the board the Polytechnic, by appointed of professor chemistry Pepper, About the illusion Metempsychosis the illusion About attraction see (Jonckheere and Vanhoutte 2019, 275); about Maju’s phonograph lectures in the Netherlands see, in the Netherlands lectures phonograph about Maju’s 275); 2019, see and Vanhoutte (Jonckheere attraction Dag Den van reports newspaper Nieuws in (Het the contemporary instance, for 2020a). Gonçalves Rocha 1878), and also (da Staatscourant

as a fairground attraction), Maju was presenting Edison’s phonograph, not only to the the not only to phonograph, Edison’s presenting was Maju attraction), as a fairground of Sciences. Academy Dutch but also the Royal to public general to have transitioned from a background of science and technology towards producing producing towards of science and technology a background from transitioned have to magic, realigned in stage was spectacular performances, Maju, whose background novelties. technological and scientificdemonstrations his performances towards considered to be too theatrical for a popular science lecturer, a trait of which the staging the staging of which a trait a popular for science lecturer, be to too theatrical considered theatrical self-fashioned “a Pepper was example: of might be the Ghost ultimate the Maju 122–23; 140) Smith 2005, Conversely, 2007, (Lightman par excellence.” lecturer and technological lecturing towards background conjuring a bridged seemshave to his despite Pepper still had scientific credentials while the Polytechnic, exhibition. At “theand acts astonishing most performed penchant,prestidigitation Maju theatrical (London Evening Standard magic and legerdemain.” in natural experiments ample of acceptable rational entertainment for those who asked for the abolition of the abolition the for entertainment those asked for who rational of acceptable ample be navigate seamlessly to able apparently was Maju Nevertheless, fairground. Dutch as such in permanentand indoor theaters fairground the at the Ghost presenting tween Handelsblad (Algemeen of Breda. and the Schouwburg in Amsterdam the Odeon Bredasche Courant it seems that Besides, settings. physical different to apparatus the technological ly adapt privileged a as fairground temporary the from transition of ongoing the aware was Maju entertainment, for in site sites modern, refined permanent the more possibly more and to 1995, (Klöters 83) the city. describes as magic assemblage, Simon During what fit in with activities professional a ca for skill as a “threshold considered was of hand and conjuring sleight which for a number of para-magical of, in, and the presentation investment involved which reer the mag places Simon During genres, Among these para-magical (2002, 69). genres” After (2002, 69) “magical.” could be that considered technologies and new ic lantern Sphinx The illusion importing the cabinet-based - lec and lantern technologies with new involved of 1866, and more became more Maju and present the Polytechnic to returned the end of Pepper the 1870s, when By tures. Metempsychosis illusion ed the new lecture towards more diversified audiences, it also reveals that Maju was able to swiftto able was Maju that reveals it alsoaudiences, diversified more towards lecture DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE 11 RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - - - 126 1867) approach allows for understanding these understanding for allows approach 1865) common:in something had Maju Pepper and case, any In as historically situated media situated as historically Maju Ghost van Geest and De Pepper’s , Maju never claimed to be the inventor of nor advertised the Ghost it un- be to the inventor claimed never , Maju of Maju Postscript: A ghost in Dam Square in Dam A ghost Postscript: ofthe world: our knowledge the ghost has been used centuries challenge to For There is a big distinction to be made in terms of presenting a technological appa technological a of be presenting terms in to distinction big a is made There Considering Considering from Kircher’s demystification efforts to Pepper’s exaltation of technological expertise, technological of exaltation Pepper’s efforts to demystification Kircher’s from of as the workings as well of nature the workings the ghost has been used explain to not-here- the shifting and elusive, remarked, and Wynants As Vanhoutte technology. the limbo it the perfectto understand of the ghost make figure nature and-not-there - Gun (2017b, 165)of science successfully combining and magic on a stage. And Tom between “the mediates mediator: phantasm ning describes the ghost as the ultimate approach brings to the fore directly influenceshape and directly the the fore to brings approach the dispositif ments which 1860s, in the early As discussed audiences. the fairground of historical above, experience Londonin Institution negotiated Polytechnic Royal the and Netherlands the in circuit as such particular nature social of a contradictory discourses, some and cultural even and chemistry, professor of Pepper, efforts. their position of popular in terms edification upon figures a without doubt, magic, commanded, different ofMaju, natural professor they as narrators, role: they both same the assumed the ghost lecture if during even stage, 2012,(Morus 48; ghostly apparitions and “how the effects.” the see to through explained Courant Rotterdamsche appa technological command and of the showmanship flawless they both demonstrated the “superla for feature no lesser And this was success. a public Ghost the make to ratus 366) 2007, (Morus the ghost lecture. was that of stagecraft” piece tive device) but also, importantly, in terms of their distinctive features. The diversity of ele The diversity features. of in terms their distinctive importantly, but also, device) dispositif of the dispositif the framework under practices based patented in the same in fact were (they ofperformances in terms their similarities ratus as its inventor, or only as its exhibitor. As (co)-inventor of the technological device, device, of the technological As (co)-inventor as its exhibitor. or only as its inventor, ratus success it Ghost, a the became before even over had the benefitPepper authority of the that the fact case Maju. not the Despite for was ful something which performance, the to changed expression and its context, dropped Dutch in the name was Pepper’s Ghost advertised with Ghost repeatedly the he contrary, On the designations. different der also in later lose opportunity, and he would no name, the Polytechnic’s and Pepper’s Handelsblad (Algemeen himself as a “member of the Polytechnic.” brand to years, legitimization of providing functioned as a way seems have to strategy This branding him placed his performance: the London with to Polytechnic the alliance and authority expertise and scientific of technological entertainment.to the in the context signaled It - Maju, con the towards benot should directed expectations their that audience Dutch the 1850s, Maju, member from they might recognize of the Royal that juror but towards in London. Polytechnic DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 127 of September 29, 1874, a short of September 1874, reported article 29, on a . 1833. “De Spoken.,” October 17, 1833. http://resolver.kb.nl/ 17, October . 1833. “De Spoken.,” . 1805. “Advertentie M. Mayu En Comp.,” January 12, 1805. http://resolver.kb.nl/ January En Comp.,” M. Mayu . 1805. “Advertentie The Dutch of the nineteenth century seemed to have been quite fond of the ghost fond been quite seemedhave century to of nineteenth the The Dutch London: Houlston and Sons. and London: Houlston Press. Stanford Stanford, University California: Pedatella. Stefan resolve?urn=ddd:010069219:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:010139158:mpeg21:p006. resolve?urn=ddd:010139344:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:010139353:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:010140703:mpeg21:p003. resolve?urn=ddd:010138571:mpeg21:p006. resolve?urn=ddd:010104093:mpeg21:p002. Press. University of Harvard Belknap Press resolve?urn=ddd:010719753:mpeg21:p004. DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE — Bibliography a Ghost. Raise to How Also It, Use to How and Buy to How Lantern: Magic The 1874. Phantom. A mere and Kishick David by . Translated Essays Other And Apparatus?” an “What Is 2009. Agamben, Giorgio. Handelsblad Algemeen . 1864a. “Advertentie De Geest van London,” April 23, April 1864. London,” van De Geest http://resolver.kb.nl/ ———. 1864a. “Advertentie September 1864. 19, http://resolver.kb.nl/ ———. 1864b. En Tooneelnieuws,” “Concert September 1864. 26, Maju,” http://resolver.kb.nl/ ———. 1864c. En Tooneelnieuws “Concert 14, May 1866. http://resolver.kb.nl/ Proteus,” En De Sphinx Maju ———. 1866. “Voorstelling http://resolver.kb.nl/ 1867. 9, February Polytechnic,” Maju “Advertentie ———. 1867. http://resolver.kb.nl/ September 1874. 29, “Een Spook Op Den Dam.,” ———. 1874. The London, England: Massachusetts . Cambridge, London of Shows 1978. The Daniel. Richard Altick, Courant Amsterdamse Algemeen Handelsblad In the Algemeen device. - in Amster Square, Dam of at people of hundreds gathering evening impromptu recent debunked immediately was this idea ghost,” “a mentioned of the text the title dam. While the beenhad for reason the illusion” of optical a “phenomenon that explanation the by in the dome lady of a white the ghostly appearance Furthermore, of the crowd. interest had re been clock tower the fact that justified with the had been tentatively of the tower presence and absence, possession and loss, reality and sign, opening up a realm not and sign, opening possessionrealm up a reality and loss, and absence, presence 120) (2007, and artistry.” only ofaction but also symbolic mourning and of play cently restored and a possible new reflection could have created the image. This theory the image. created could have reflection new and a possible restored cently the, climbed Club in the Groote were men that “some the test: put to had been quickly But avail. to no was it Alas, (1874) reflection.” roof inspect remarkable the cause to of such the curious onlookers, for the actual cause of a mystery these apparitions remained while as the one at Square, Dam The audience at not afraid. certain:one thing was were they as things no such were there that well the Oude-Schans knew very before, some decades as the they were, explanation, of its rational the roof in search climbing ghosts. And, by being somehow was that the question answer trying to of the ghost lecture, spectators the ghost? explain we can How it work? posed does them: How to RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 128 26:, no. 94–127. 20, n. 3: 192–204. 20, https://webdoc. . . Haarlem: Erven F. Bohn. F. Erven . Haarlem: 62: 42–71. https://doi.org/10.1162/GREY_a_00187. 1811a. “Advertentie Monsieur Bienvenu,” April 10, 1811. 10, April http://resolver.kb.nl/ Bienvenu,” Monsieur 1811a. “Advertentie . 1853. “Advertentie Maju Concertzaal,” April 5, 1853. 5, April http://resolver.kb.nl/ Concertzaal,” Maju . 1853. “Advertentie https://www.jstor.org/stable/20442752. 2–6. 3, nº1: Journal http://www.magiclantern.org.uk/new-magic-lantern-journal/ Lantern Magic pdfs/4008584a.pdf. kb.nl/resolve?urn=ddd:010061617:mpeg21:p002. 3–4: nº 261–78. https://doi.org/10.1080/17460 17, Culture Visual Popular Early ofGhost.” a Migration 654.2019.1667645. London, 1837-1901. Society. Lantern London: The Magic resolve?urn=ddd:010244952:mpeg21:p003. resolve?urn=ddd:010244966:mpeg21:p003. http://resolver.kb.nl/resolve?urn=ddd:000011450:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:000022001:mpeg21:p002. resolve?urn=ddd:000022005:mpeg21:p004. Eeuw De Negentiende Oranjevereniging”. Tot Volksverheffing Van 1, n. 1: 104–26. Studies Media and Culture, Feminism, Obscura: https://doi.org/10.1215/02705346-1-1_1-104. De Prom. Baarn: resolve?urn=ddd:010155546:mpeg21:p004. https://doi.org/10.1080/17460650701433517 ubn.ru.nl/tijd/n/negeee/vol20_1996/veretovev.pdf. Press. University Harvard C. L. Brinkman. . Amsterdam: Wekken Op Te Geest Room Grey Time and Space”. September 1812. 25, http://resolver.kb.nl/resolve?urn=ddd:010172810:mpeg21:p007. Books. Vintage York: New Gordon. Colin resolve?urn=ddd:010772974:mpeg21:p005. Hecht, Hermann. 1984. “The History of Projecting Phantoms, Ghosts and Apparitions: Part 1”. New Hermann. 1984.Hecht, 1”. Part and Apparitions: Ghosts “The of Projecting Phantoms, History 4, November 1864. Antwerpen. van 1864. https://uurl.kbr.be/1095501. Handelsblad “Binnenland,” Het 1878. http://resolver. 17, October Nieuws”. Courant. 1878. : Kleine Den Dag “Gemengd van Nieuws Het The on the Fairground: as Attraction “Métempsycose 2019. Vanhoutte. and Kurt Evelien, Jonckheere, 1, 1864. November https://uurl.kbr.be/1340571. Lettres,” Sciences et . 1864a. Bruxelles “Arts, de Journal 11, 1864. November https://uurl.kbr.be/1340580. Concerts,” ———. 1864b. et “Spectacles DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE ———. 2013. The Temple of Minerva: Magic and the Magic Lantern at the Royal Polytechnic Institution, Polytechnic the Royal at Lantern Magic and the Magic of Minerva: ———. 2013. The Temple Courrier d’Amsterdam. 24, April 1811. http://resolver.kb.nl/ ———. 1811b. Bienvenu,” Allemand “Théatre 1856. 10, May 1856,” Kermis Maju 1856. “Advertentie Gravenhage. En ’s Zuidholland van Dagblad 3, 1864. May http://resolver.kb.nl/ ———. 1864a. Residentie-Nieuws,” “Binnenland 1864. 8, May http://resolver.kb.nl/ De Geest,” ———. 1864b. “Advertentie De Oude Tijd. 1869. Kruseman. A.C. https://resolver.kb.nl/resolve?urn=MMSFUBA02:000050800. 1871-1910. Amsterdam, Te Volksvermaak Het van Veredeling Tot “De Vereeniging 1996. Betty. Dekker, Camera Camera and Bertrand Augst. Andrews Jean by Translated “The 1976. Apparatus.” Jean-Louis. Baudry, en CD-wereld. platen- uit de anekdotes muziekverhalen, Maju: van Boudewijns, Leo. De geest 2001. 12, June 1864. Courant. 1864. http://resolver.kb.nl/ Bredasche Breda,” “Maju n. 5, 2: 189–206. Culture Visual Popular Early Ghost”. “The Polytechnic 2007. Jeremy. Brooker, Mass: . Cambridge, Magic Secular of Power Cultural The Enchantments: During, Simon. 2002. Modern Om Een Kunst de Alsmede Gebruik, En Samenstelling van Wijze De Een Spook. 1873. Tooverlantaarn. De in Real An Assembly of Bodies and Images Dispositif: “The M. 2016. Phantasmagoric Elcott, Noam Feuille d’Affiches, Annonces et Avis Divers de Groningue. 1812. “Advertentie Verhagen & Co.,” Co.,” & Verhagen “Advertentie Groningue. de 1812. Divers Avis et Annonces d’Affiches, Feuille 1972 — 1977 by . Edited Writings Other and Interviews Selected 1980. Power/Knowledge: Michel. Foucault, 1871. De ter. Volksvermaken Jan Gouw, Courant Groninger Grey Room Grey Vision”. of Mediated Scan The Ontology a Ghost: “To 2007. Gunning, Tom. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 129 , edited by by , edited . New York, N.Y.: N.Y.: York, . New , edited by Aileen Fyfe 97–132. Lightman, Aileen and Bernard by , edited , edited by Sarah Dellmann and Frank Kessler. New Barnet: John Libbey. John Barnet: New Kessler. and Frank Dellmann Sarah by , edited . 1865. “Advertisement Royal Polytechnic,” December 26, 1865. December 26, https://www. Polytechnic,” Royal . 1865. “Advertisement . Amsterdam: G. L. Funke. G. . Amsterdam: Charles Scribner’s Sons,. Scribner’s Charles resolve?urn=ddd:010052062:mpeg21:p004. http://resolver.kb.nl/resolve?urn=MMKB08:000146802:mpeg21:p002. 24, 1864. May http://resolver.kb.nl/resolve?urn=ddd:010111234:mpeg21:p004. Dordrecht,” resolve?urn=ddd:010111612:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:010093036:mpeg21:p004. kb.nl/resolve?urn=ddd:010041988:mpeg21:p004. 31: 15–32. sémiotiques https://doi.org/10.7202/1027438ar. Recherches 29 51. (1): https://doi.org/10.7202/1071098ar. the History of Learning Press. of Chicago University States: IL, United Chicago, Press. of Chicago University States: britishnewspaperarchive.co.uk/viewer/bl/0000079/18640515/035/0008. Instituut Nederland. Theater . Amsterdam: eeuw zeventiende de sinds Nederland in Theaters 2007. britishnewspaperarchive.co.uk/viewer/bl/0000609/18651226/011/0001. Press. of Exeter Univ. Exeter: Studies in Film History. Exeter Crangle. resolve?urn=ddd:010270194:mpeg21:p002. and Nineteenth-Century Experiences Marketplace: Sites in the In Science Demonstration”. Press. of Chicago University Fyfe 336–70. Lightman, Aileen States: and Bernard IL, United Chicago, 37–50.10 , nº1: https://doi.org/10.1080/17460654.2012.638806. Amsterdam: B. M. Israel. B. Amsterdam: Berg, 83–116. Hetty and Groeneboer Joost by , edited 1840-1940 Amusement, Amsterdamse Het in Museum. Historisch Joods Waanders; Uitgeverij Zwolle: https://doi.org/10.1057/9781137492975. France. Modern resolve?urn=ddd:010582071:mpeg21:p004. and Experiences Nineteenth-Century Sites . 1817. “Advertentie Mr. Comte,” September 27, 1817. http://resolver.kb.nl/ 1817. September 27, Comte,” Mr. “Advertentie . 1817. Staatscourant Nederlandsche 31, October 1878. Wetenschappen.,” van Akademie . 1878. “Koninklijke Staatscourant Nederlandsche . 1864. “Advertentie Advertentieblad En Nieuws- Handels-, : Staats-, Courant Rotterdamsche Nieuwe 1865. 10, August http://resolver.kb.nl/ Rotterdam,” Geest ———. 1865. “Advertentie DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE . 1840. “Advertentie D. L. Bamberg,” May 9, 1840. http://resolver.kb.nl/ 9, May L. Bamberg,” D. . 1840. “Advertentie Haye La de Journal 13, 1818. May http://resolver. Hoestenberghe,” . 1818. “Advertentie Limbourg de Province La de Journal dispositif cinématographique.” du historique pour une pragmatique 2011. “Recadrages: Frank. Kessler, cinématographiques d’études Revue Cinémas: Cinema.” of (Early) Dispositifs ———. 2018. “The Multiple in Slides Lantern Magic Pictures: In A Million Dispositif.” Lantern “The Magic Educational ———. 2020. IL, United . Chicago, Audiences New for Nature Designing Science: of Popularizers Victorian ———. 2009. 15, 1864. May . 1864. https://www. Institution,” Newspaper “Polytechnic Weekly Lloyd’s eds. Wevers, Carpentier Menso Krogt, der and Nathalie van Alting, Nico Alexander, Eric Bob, Logger, London Evening Standard 390–415. 8 (4): History Film “The Laurent. 1996. Mannoni, Phantasmagoria.” Richard by . Translated Cinema the of Archaeology Shadow: and Light of Art Great The ———. 2000. 1831. 30, July http://resolver.kb.nl/ K. Middelburg,” Maju . 1831. “Advertentie Courant Middelburgsche of The Philosophy Natural”: than Anything the Aspect of Magic “`More 2007. Rhys. Iwan Morus, Culture Visual Popular Early Art Victorian the of Seeing Things”. ———. 2012. or, Illusions, “Illuminating 1879.Multatuli. Ideën I to 1907 Screen American The Cinema: of Emergence The 1990. Charles. Musser, Keyser, Marja. 1976. Komt Dat Zien! De Amsterdamse Kermis in de Negentiende Eeuw. Eeuw. Negentiende in de Kermis Zien! De Amsterdamse Dat Komt Marja. 1976. Keyser, Joden 100 Jaar Man...: Kleine de Is In ...... Dat Olim.” van Dagen in de 1995. “Amusement Jacques. Klöters, Sofie. 2015. Conjuring of A History Science: Magic in Lachapelle, EntertainmentScientific and Stage 12, July 1833. http://resolver.kb.nl/ K. Leeuwarden,” Maju . 1833. “Advertentie Courant Leeuwarder Marketplace: In Science in the of Science.” Economy “Lecturing in the Spatial 2007. Lightman, Bernard. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 130 297, 297, . 29, nº 8: 881–91. nº 29, 38 , nº. 2: 127–59. 38 , nº. 10.18146/2213-7653.2017.330 . 1865. “Assen, 26 Mei,” May 27, 1865. http://resolver.kb.nl/ 27, May 26 Mei,” . 1865. “Assen, (blog). 21, October https://sagepus.blogspot.com/2020/10/on-trail-of- 2020. . 1844. “Advertentie Boesnach,” August 10, 1844. 10, August http://resolver.kb.nl/ Boesnach,” . 1844. “Advertentie 1865. http://resolver.kb.nl/ 17, August . 1865. “De Geest.,” . 2002. “Portraits of Science: Quick and Magical Shaper of Science”. Science Shaper of Science”. of. 2002. and Magical Science: “Portraits Quick . 1811. “Théatre Rotterdam Bienvenu,” May 25, 1811. May http://resolver.kb.nl/ Bienvenu,” . 1811. Rotterdam “Théatre . 1863. “Advertisement Royal Colosseum,” June 1, 1863. June https://www.britishnewspaperarchive. Colosseum,” Royal . 1863. “Advertisement resolve?urn=ddd:010123732:mpeg21:p003. resolve?urn=ddd:010394694:mpeg21:p004. resolve?urn=ddd:010975799:mpeg21:p002. resolve?urn=ddd:010775753:mpeg21:p003. http://resolver.kb.nl/resolve?urn=ddd:010121509:mpeg21:p002. L. Science Popularizer K.Dutch (1823–1886)”. Maju Science of Public Understanding https://doi.org/10.1177/0963662520965093. Science of Understanding 19th-century-science.html. Berg, 9–23. Groeneboer and Hetty Joost by , edited 1840-1940 Amusement, Amsterdamse Het in Joden Museum. Historisch Joods Waanders; Uitgeverij Zwolle: 5587: 1648–49. https://doi.org/10.1126/science.297.5587.1648. nº. to 17th the from Lantern Magic the of Perceptions and Uses Light: of In Realms Institution”. Polytechnic 21st, 138–45. Century the Ripon: Society. Lantern Magic stukken en andere en aanplakbiljetten strooi- Programma’s, Breugel. van Philippe Charles Gaspard ’wonderen en andere reuzen,van dwergen voorbeelden veel (met kermis Haarlemse de betreffende Archief. natuur’),der 1870-1874, 1879. Noord-Hollands co.uk/viewer/bl/0001652/18630601/011/0001. Museum. Bonnet Peter Early Century Paris”. in Nineteenth Astronomy Performing Robin, in Time: Henri Moment Brief 15, n.º 2: 152–74. https://doi.org/10.1080/17460654.2017.1318520. Culture Visual Popular 2: 30–53. nº. 20, History DOI: Media for Journal Landen”. Lage https://doi.org/10.1017/S0007087405006709. Art Historical E-Laterna Art of the Historical of Projection.” ResearchDispositif Interdisciplinary http://tcdh01.uni-trier.de:9191/en/sections/fundamentals/ 2020. 20, of April Projection. Accessed copy_of_magic-lantern/the-dispositif-of-the-historical-art-of-projection.-heuristic-concept-for- interdisciplinary-research-new-version. The British Journal for the History British Journal the for The Science of of the Invisible.” and the Visualization resolve?urn=MMGASL01:000361032:mpeg21:p00004. resolve?urn=ddd:010118339:mpeg21:p002. Limited. & Company, Cassel and Melbourne: York New Andrew Secord, James Rotterdamsche Courant Rotterdamsche Courant Rotterdamse . 1850. “Advertentie Maju Koffijhuis,” February 26,February 1850. Koffijhuis,” Maju . 1850. “Advertentie Courant Zwolsche En Overĳsselsche Provinciale The Case of and the Academy: Dulce da. 2020a. Fairground the “Science between Gonçalves, Rocha of Sage The Case 19th Public of Century Science the Trail L. Performers: K.———. 2020b. “On Maju.” 100 Jaar Man...: Kleine de Is In ...... Dat Geworden.” Uithuizig Zijn Mannen de 1995. Piet de. “Toen Rooy, Courant Rotterdamsche “Entertainment 2005. and Amusement, the Royal and Instruction:Smith, at Lectures Lectures Lester. 1879. Illusie.” Nieuwe Geheel Geest, Menschen, Professor Peppers of van Ontastbare “Tekst-Boekje Globe The Stichting Friesland: . Rottevalle, Kinematograaf Tot Toverlantaarn Van 1979. Tietjens-Schuurman, Vera. a Rather through of the Theatre of a Man the Passage 2017a. “On Wynants. Kurt, and Nele Vanhoutte, in de Robin Henri eeuw: negentiende de van spektakelcultuur in de en wetenschap ———. 2017b. “Magie Art Ludwig. “The for of n.d. Concept the Historical of Dispositif Projection. Heuristic Vogl-Bienek, Vermeir, Koen. 2005. “The Magic of the Magic Lantern (1660–1700): On Analogical Demonstration (1660–1700): Lantern of “The Koen. the Magic 2005. Demonstration Magic On Analogical Vermeir, DULCE DA ROCHA GONÇALVES ROCHA DA DULCE . 1871. “Steenwijk, 3 Februarij,” February 6, 1871. 6, http://resolver.kb.nl/ February . 1871. 3 Februarij,” “Steenwijk, Courant Steenwijker Opregte 1, 1823. August http://resolver.kb.nl/ L. Bamberg,” D. . 1823. “Advertentie Courant Overĳsselsche . London, Paris, Metempsychosis About Ghost All and the of History True The 1890. Henry. John Pepper, Asser Courant En Drentsche Provinciale RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 131 Aceite: 2020-10-05 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0002-5467-7610 — funding and Acknowledgements program is part of the research This work Lantern — The Magic “Projecting Knowledge Science Communication Mediated for as a Tool 1880-1940” with project in the Netherlands, / 6214, is financed which number VC.GW17.079 Council (NWO).. Research the Dutch by — institucional Morada 2-2a, 3512Muntstraat Utrecht, EV The Netherlands. London: Magic Lantern Society. Lantern London: Magic Recebido: 2020-05-09 Recebido: https://doi.org/10.34619/rss7-d797 The History of the University of Westminster 1. London: Granta Edition. 1. London: Granta of Westminster ofthe University The History Perspectives: 350 Years of Visual Entertainment Based on the Research of Willem Albert Wagenaar and and Wagenaar Albert Willem of Research the on Based Entertainment Visual of 350 Years Perspectives: Duller. Annet — Received — DOI GONÇALVES ROCHA DA DULCE — note Biographical has a background Gonçalves Rocha Dulce da arts, cinema. and in visual obtained She design Directing and in Dramaturgy MA her first the National Project) from (Cinematographic and Cinema, In in Lisbon. School of Theatre degree her second master’s 2018, received she Studies in Film and Photographic laude) (cum in the Netherlands. Leiden University, from and focused thesis on media archaeology Her candidate is a PhD she Currently the archive. in Utrecht Inquiry Cultural for the Institute at Knowledge ‘Projecting in the project University Mediated for as a Tool Lantern — The Magic in the Netherlands, Science Communication 1880-1940’. The Education of the Eye: History of the Royal Polytechnic Institution; 1838 — 1881. Institution; Polytechnic Royal the History of Eye: the of Education The 2008. Brenda. Weeden, Wagenaar, Willem Albert, Annet Duller, Margreet Fischer-Wagenaar, and Wim Tigges. 2014.and Wim Tigges. Dutch Fischer-Wagenaar, Margreet Albert, Willem Duller, Annet Wagenaar, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 132

(2011) Francisco de nea, este artigo procura reflectir acerca de determinadas determinadas de acerca reflectir artigo procura nea, este projecção da performativas dimensões e ópticas técnicas, artistas dos no trabalho presentes mágica lanterna e da Tro 1975) e Francisco (Braga, portugueses Ferrão Renato frequentemente 1968),recriam (Lisboa, pa obra que na sua mágicas, a partir lanternas das dispositivos princípios dos fantasmagóricos motivos diferentes de acerca reflectindo de arte. Através de nas instalações e virtuais inteligíveis Em Trabalho as obras e onírico, fantasmagórico um devir e Scenario Ferrão Renato (2016-2017) de - na con a imagem pensamento sobre num radicam Tropa de acerca mais amplamente, e, técnica temporaneidade a re a obsolescência, a aura, a projecção, como elementos a materia instalação, da a topologia imagem, da produção e a apresentação. a representação a imaterialidade, e lidade portuguesa | re Arte contemporânea Mágica | Lanterna arte de | fantasmagoria | Instalação imagem produção da Partindo de uma abordagem ao fantasmático enquanto enquanto ao fantasmático uma abordagem de Partindo na arte percepção e experiência de contemporâ elemento — Palavras-chave — Resumo SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociais Ciências de / Faculdade Lisboa de Nova Universidade — ICNOVA NOVA da Comunicação de / Instituto e Humanas [email protected] SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA The Magic Lantern in the works of Renato Renato of in the works Lantern The Magic reproduction from Tropa: and Francisco Ferrão presentation to A Lanterna Mágica nas obras obras nas Mágica Lanterna A e Francisco Ferrão deRenato reproduçãoda Tropa: à apresentação RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 133 (2016-2017) by (2016-2017) by (2011) by Francisco Tropa are are Tropa (2011) Francisco by Starting from an approach to the phantasmatic as an ele phantasmatic the to Starting approach an from art,in contemporary perception and ment of experience and optical technical, on the reflect seeks to this article magic and the of projection dimensions performative of Portuguese Ferrão artists in the work Renato lantern 1968),(Lisbon, Tropa 1975) who and Francisco (Braga, of magic based on the principles devices often recreate and phantasmagorical on different reflecting lanterns, and il- a ghostly virtual in art From subjects installations. lusory Em becoming, Trabalho the works - in the techni the image about in a thought established about elements broadly, and, more contemporaneity cal - reproduc image aura, as projection, obsolescence, such and immateriality, materiality topology, tion, installation and presentation. representation or, re art | image Portuguese Lantern contemporary | Magic production | art | phantasmagoria installation Renato Ferrão and Scenario and Ferrão Renato Na metrópole parisiense oitocentista, os instrumentos ópticos pareciam portanto pareciam parisiense oitocentista, ópticos os instrumentos metrópole Na as novas formas de vida e as novas criações de base económica e técnica que devemos ao que devemos base e técnica de criações económica e as novas vida de formas as novas sofrem uma tal criações Essas uma fantasmagoria. de universo no século entram passado mas também ideológica, por não apenas uma transposição modo de teórico, ‘iluminação’, fantasmagorias manifestam-se enquanto Elas sensível. presença da na imediaticidade 123).(Benjamin 2019, Introdução traduzir um imaginário apoiado em fenómenos de projecção e de aparição, onde nessa nessa onde aparição, de e projecção de apoiado fenómenos em imaginário um traduzir que mundo e o religiosa cultural estrutura a desaparecer que fizeram revoluções de “era (1939), Walter Benjamin afirmava que espec os - Benjamin afirmava XIX (1939), Walter Século do Capital Paris, texto No na medular um elemento de o advento enunciar pareciam táculos Fantasmagoria de a comunicabilidade: da nas formas moderna, uma transição de advindo comunicação um outro com co-presença de em comunicação uma comunicação de transformação - comu da o declínio simultaneamente indiciava fantasmagoria Esta noção de ausente. informação: da indústria da crescente um predomínio para narrativa nicação — Keywords — Abstract SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------134 . (...) O paradoxo das imagens reside no facto de no facto reside imagens das O paradoxo . (...) que influenciam as experiências espectatoriais, topológicas e tem- e topológicas que influenciamexperiênciasespectatoriais, as Esta renovação do fantasmático enquanto elemento de imaginário cultural está está cultural imaginário de elemento enquanto fantasmático do Esta renovação De acordo com Tom Gunning, a proliferação tecnológica de imagens virtuais a imagens leva de tecnológica Gunning, a proliferação Tom com De acordo Por outro lado, se todas as imagens se presentificam através de uma transmissão me de uma transmissão através se presentificam se as imagens todas lado, outro Por presença e ausência encontram-se enredadas de modo indissolúvel. Ela está presente no presente está Ela modo de indissolúvel. e ausência enredadas encontram-se presença refere-se a uma ausência, no entanto, e, modo não poderíamos outro vê-la) seu (de meio se que em ela meio, num imagem da e agora’ Lemos é uma imagem. o ‘aqui ela qual da 2014, aos nossos (Belting apresenta olhos 43). Dando sucessão a estes enunciados, Hans Belting sugere que a tecnologia desem- quetecnologia a sugere Belting Hans enunciados, a estes sucessão Dando representação e representação presente na forma como diversos artistas trabalham uma experiência de visualidade visualidade de uma experiência artistas diversos trabalham como na forma presente histó linearidade da distantes atávicos traços activando — fantasmagórica e espectral que o conceito de fantasma adquira na contemporaneidade uma nova valência enquanto valência uma nova na contemporaneidade adquira fantasma de que o conceito nos metáfora uma poderosa como emergiu O fantasma cultural. imaginário do elemento - exami política. Uma na teoria e até cultural na história estudos literários, mais recentes - recém-emergen visuais dispositivos os incluindo representação, sua da história da nação 2013, 211). (Gunning metáforas estas podetes, aguçar e renovar rica: “a ênfase está a mudar para um tratamento da história enquanto construção em enquanto história da um tratamento para a mudar ênfase está “a rica: Tendo por 221). (Huhtamo 1997, relações” de dinâmico fluxo num camadas, múltiplas na arte mágica - con lanterna e da uso do projecção da acerca base uma problematização (Bra artistas dos portugueses o trabalho Ferrão aborda Renato texto este temporânea, lanternas das 1968), o imaginário (Lisboa, Tropa 1975) ga, e Francisco que convocam nas inteligíveis fantasmagóricos princípios diferentes sobre reflectirem para mágicas a obsoles convocando o primeiro, arte de projectada: instalações que utilizam imagem a partir e cópia, original tensões imagem entre das da a reprodução e técnico do cência apresenta entre as relações interpelando o segundo, e, e imaterialidade; materialidade ção capacidade à Recorrendo instalação. da fantasmático e intermédio espaço do porais e o o objectivo entre jogo actuam num obras estas imagem, da e encantatória mediúnica através e representação apresentação presença, de valores os problematizando subjectivo, mágica. lanterna da ancestrais sistemas dos SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA dial que lhes dá visibilidade, podemosxamânica queconcepção afirmar esta potencialmente visibilidade, dial que dá lhes à inerente contradição justamente a convoca tecnológicos dispositivos dos ou mediúnica deuma presença ausência em ser “a imagem é em parte ausênciade uma paradoxo — e a presença semelhante serem ou significarem elas 2014, e meio (Belting imagem entre 15-16). diferenciar de capacidade nossa da um resultado a precedeu, os aparelhos ópticos respondem ao fantasma social e histórico de fazer apa fazer social de e histórico ao fantasma respondem ópticos aparelhos os a precedeu, espa entre quee o é estranho, lhe o humano entre intermediária penhade uma função recer o ausente” (Vohoang 2011, 38). (Vohoang o ausente” recer onde imagem enigma da o próprio que constitui — algo e imaginários reais ços RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

------135 a lanterna mágica manteve manteve mágica a lanterna

- exibi — Tropa Francisco de , em 2017, numa curadoria de de curadoria numa , em 2017, . Partindo justamente da utili- da justamente Partindo . 1 (2016-2017) de Renato Renato (2016-2017)de Trabalho Em de Athanasius Kircher, Athanasius de ), convocando assim questões relacionadas com a obsolescência, a reprodução obsolescência,a reprodução a com relacionadas questões assim convocando ), Estas obras de Francisco Tropa e Renato Ferrão reproduzem dispositivos de pro de reproduzem dispositivos Ferrão e Renato Tropa Francisco de Estas obras Lanterna(s) Mágica(s): entre o Objectivo e o Subjectivo o Objectivo entre Mágica(s): Lanterna(s) ao junto armazém situado um antigo de sala grande da interior no Apresentada ploter A lanterna mágica “é uma caixa óptica, de chapa, cobre ou papelão, de formato cúbico, redondo ou cilíndrico, ou cilíndrico, redondo cúbico, formato de ou papelão, cobre chapa, óptica, de uma caixa “é mágica A lanterna uma imagem superfície numa branca projecta convergente luz uma lente de e de uma fonte de que através 2012, & Moure 62, livre). (Banda tradução vidro” de prato num e pintada ampliada transparente, Ars Magna Lucis et Umbrae (1671) et Umbrae Lucis Magna Ars

ou no técnico. ou a aura imagética jecto de onde as imagens eram originadas: uma ampulheta, o filamento incandescente incandescente uma ampulheta, o filamento originadas: eram as imagens onde de jecto uma mosca morta, de uma lâmpada, de em que gotas situações seca, uma folha várias lado Ao garrafa. de uma ou de uma de vidro um fio, pequena taça de através água caem árvo de troncos como objectos vários dispostos ainda estavam ecrãs destes alguns de instalação a Já cavaletes. e madeira de tábuas res, or Us! Them colectiva na exposição — apresentada Ferrão interacção partia Porto — da do identicamente Municipal a Galeria para Mendes Paulo dispoluz. cinco de Estes e jogos mecânicos com dispositivos projectada fotografia da imagens espectralmente projectavam expositivo, espaço do pousados no chão sitivos, offset serigráfica, impressão de maquinaria (como técnica reprodução de máquinas de lanternas antigas das seguem funcionamento de o princípio geral, forma de que, jecção contra colectivas, a projecções destinado aparelhos primeiros um dos foi Este mágicas. que se olhasse determinava cuja utilização ópticos ou instrumentos às caixas riamente 1659em por Inventada prismas. ou Chris espelhos lentes, de através individualmente em vez primeira pela e documentada precisa mais forma de e descrita tiann Huygens, Scenarioindividual exposição a veneziano, Canal Grande da na 54.ª Bienal de Veneza, em 2011, com curadoria de Sérgio Mah —, era composta —, era Mah Sérgio de em 2011, curadoria com na 54.ª Veneza, da de Bienal - as projec Todas mágicas. às lanternas semelhantes projecção de por dispositivos sete composta estava que onde um por era pedestal configuração, mesma a repetiam ções em ecrãs imagens que projectavam latão de e uma caixa circular a máquina, lente uma ob o encontrava-se projector base cada de Na madeira. estuque de painéis de sobre praticamente os mesmos princípios, embora com pequenas variações, desde o século desde pequenas com embora variações, princípios, mesmos os praticamente 2012) Moure e século do início ao (Banda XVIII até XVII zação da lanterna mágica, Étienne-Gaspard Robert, mágica, Étienne-Gaspard lanterna da zação ou Robertson, o espec- apresentou mecanismo em 1798, num que assentava francesa na capital táculo Fantasmagoria de e e judaico greco-latina mitologia da imagens que expunha por Fantascope designado que tinham “uma célebres -cristã, personagens de aparecer legião igualmente fazendo (...) fumo ou uma retroprojecção, de um ecrã sobre projectados recentemente, falecido astúcia com os corpos e os corpos os corposmisturando projectados pintados, reais 135-136). e Campagnoni 2009, (Laurent actores” de reais 1 l’ SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 136 de Francisco Tropa, 54.ª Francisco de (2017) de Renato Ferrão, Ferrão, Renato de (2017) ScenarioExposição em 2011, curadoria com Veneza, de Bienal Tropa. e Pedro Santos Teresa (c) Sérgio Mah| de — 2 Imagem — 1 Imagem Em Trabalho Obra US!, um THEM OR exposição na apresentada científica ficção social e de política, projecto por Paulo exposição-instalação comissariada 2017 Porto, | do Municipal Galeria Mendes, Studio Pinheiro. / Rui Archive Mendes Paulo (c) SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 137 actos de anacronismo criativo, mas também tratando a obsolescência tecnológica como como tecnológica a obsolescência mas também tratando criativo, anacronismo de actos apenas não pela incerto, provocado futuro um de agitado mar ao lançada âncora, uma museológica. (El- arte prática da e da digital, mas também globalização do episteme pela 111)saesser 2016, de Renato Ferrão: Ferrão: Renato de Em Trabalho e (I)Materialidade Reprodução Obsolescência, em si, a material e não do valor do destruição de uma ordem Circunscrevendo Assim, a Fantasmagoria pertence a essas “técnicas modernas — electricidade, pertence modernas “técnicas — electricidade, essas a Assim, a Fantasmagoria Tais demonstrações apresentaram a ciência como uma sucessão de maravilhas e surpre maravilhas de sucessão uma como a ciência apresentaram demonstrações Tais Ao vacilar entre a crença e a descrença, a Fantasmagoria detinha um aspecto desmis um aspecto detinha a Fantasmagoria e a descrença, a crença entre vacilar Ao sas, enquanto os vários dispositivos ópticos e acústicos espalhados por toda a sala foram foram por sala a toda espalhados e acústicos ópticos dispositivos vários os enquanto sas, sen - insegurança a os sentidos, demonstrando confundir transformar e para desenhados o que era viam e ouviam realmente se o que em perceberem eles humanos seres pelos tida 2004, 3) (Gunning ser. parecia obsolescência resiste numa forma latente, tal como as imagens fantasmagóricas que que fantasmagóricas as imagens tal como latente, forma numa resiste obsolescência num coisa da a persistência “É precisamente que voltam: imagens inerentemente são obsolescên - a que define e não o seu ou silencioso, desaparecimento, papel restrito 2016). queexistem afirma Thomas Elsaesser propósito Peters A este (Durham cia” (“poetics of obsolescence”) “poéticas obsolescência” de determinadas actualmente não ape e o futuro, o presente o passado, distinta entre uma relação que estabelecem tamorfose” (Morin 1970, 255). Além do parentesco técnico e operativo com a lanterna lanterna a com operativo e técnico parentesco 255). do Além 1970, (Morin tamorfose” uma afinidade também e Tropa estabelecem por Ferrão criados mágica, os dispositivos - um carác que reanimam evanescentes imagens em criar aparelho deste a aptidão com o etéreo, e o o material entre simultâneos em planos habitando e heurístico, onírico ter - e a téc o imaginário ligam instalações sentido, as duas Neste e o subjectivo. objectivo - que articulam mútuas sobreimpressões como aqui nica,paradoxal que seencontram e fantástico. ao projectivo e concreto o real mente de nas através - univer o prática maneira duma que— reconstituem avião fonógrafo, telefone, rádio, a me presença-ausência, a à distância, a ubiquidade, a acção reinam so onde mágico tificador, embora conseguisse produzir uma experiência sensorial e imersiva fantástica: conseguisse experiência embora produzir uma sensorial e imersiva tificador, SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 138 . ali- 3 lanterna mági- lanterna

convoca a presença de três três de a presença convoca - . É a partir latên mesma uma de , a luz atravessa uma imagem fo uma imagem , a luz atravessa 2 , aquela que decorre dos raios que raios dos que decorre , aquela um que se relaciona com o próprio dispositivo óptico e o seu parentesco à o seu e parentesco óptico dispositivo o próprio com queum serelaciona - máqui de e difusas fantasmagóricas imagens projectam Ferrão de dispositivos Os que constituem Em dispositivos Trabalho Nos A criação dos dispositivos de projecção que constituem a obra Em que constituem Trabalho a obra projecção de dispositivos dos A criação e no modocomo das máquinas ditas propriamente nas fotografias queca, existe e outro 2020) (Ferrão atribuídos que são lhes movimentos ponto vista dos do de tratadas são revertendo o seu fluxo, a obsolescência pode ser um momento de reavaliação e de reno de e obsolescência reavaliação a pode o seude fluxo, um momento ser revertendo A obsolescência surge nesta prática museológica contemporânea associada a uma contemporânea museológica prática nesta surge A obsolescência vação (…) a obsolescência implica uma relação especial do passado com o presente que o presente com passado especial do relação uma implica a obsolescência (…) vação um loop, onde de a forma mas toma e efeito, causa da directa não segue mais a linearidade do aspectos o poder moldar de atribui ao qual um certo passado, redescobre o presente 113). 2016, (Elsaesser o nosso são presente que agora futuro Entrevista com artista realizada em Abril de 2020. de em Abril artista com Entrevista realizada Interact: Revista Interact: da mediação”. a arte contrafluxo como e inoperatividade: 2011. Leal, Miguel. “Obsolescência Ver: 18. http://interact.com.pt/18/obsolescencia-e-inoperatividade/ , nº e Tecnologia Cultura Arte, de Online

cia fantasmagórica — e da sua consequente capacidade potencial de reaparecimento reaparecimento potencial de consequente capacidade sua — e da cia fantasmagórica do nos sistemas circular qualidade uma de a existência sobre incide —, que Elsaesser em que o tempo ao suspender na medida obsoleto, nas que têm como função efectuarem reproduções. Além de uma inversão daquilo que daquilo uma inversão de Além reproduções. efectuarem função nas que como têm instalação esta que e não a máquina a produz), imagem, (a mostrado é habitualmente de a função que têm maciças máquinas de a representação propõeuma antinomia entre numa inversa apresentação e a sua elemento, determinado materialmente reproduzirem Em Trabalho lado, outro Por e imaterial. evanescente forma cerçou-se precisamente num imaginário alusivo à obsolescência do técnico. Segundo técnico. do à obsolescência alusivo imaginário num precisamente cerçou-se distintos: graus dois de através o artista, assoma obra obsolescência nesta a questão da fo dessas e a projecção máquinas dessas as fotografias as máquinas, distintos: elementos então reminiscente, sendo - por efei e multiplicado que dobrado, — um original é tografias outro. como mesmo do sempre o acontecer ao apresentar fantasmagórica imagem uma to ex que lente a projecta e a esta imagem Entre e em transparência. invertida tográfica a um espelho movimento que e um motor confere lentes outras existem teriormente, - especular se na direc processe imagem modo da posicionado de a que o movimento de exterior o plano para projecção o artista, com da De acordo desejada. trata-se ção a imagem real fotografia: mesma da imagens duas media a partir de um questionamento das suas funções e de e de funções suas partir os media a das um questionamento para de olhar de tentativa operatividades suas das diferente um alinhamento 2 3 SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------139 virtualob dos . Paris: Éditions Galilée. . Paris: desaparecimento desaparecimento , o carácter industrial, pesado e compacto e compacto pesado industrial, , o carácter , que decorre dos raios que atravessam a fotografia, mas que antes de che de quemas antes a fotografia, queatravessam raios dos , quedecorre — como o cinema, a televisão, a fotografia, a internet ou as imagens digitais ou as imagens a internet a fotografia, o cinema, — como a televisão, 4 - con da uma desmaterialização comprometa digital a técnica embora entanto, No - há uma contradi e o ausente, o presente entre paradoxal tensão esta Retomando ‘momento de inscrição’ — o evento tendo lugar — com uma extraordinária ‘proximidade’ ‘proximidade’ extraordinária uma com — lugar tendo — o evento inscrição’ de ‘momento en- até e amplificação uma aceleração com e o distante o próximo então, Reunindo, (...). estrutural a especificidade têm contemporâneas as tele-tecnologias tão desconhecidas, especifica, Derrida como vivo’, um ‘presente — embora vivo’ o presente ‘restituírem de inscrita em qualquer em que a morte na medida estruturalmente está morto’, que está ‘do 166) 2009, (1996: (Burchill 48) reprodução. meio de - contem (“télé-technologies”) que afirmou as Derrida “tele-tecnologias” Jacques Échographies de la télévision Échographies 1996. Bernard. Stiegler, Jacques, Derrida, Ver:

sistência física e palpável dos elementos, o interior desses dispositivos tecnológicos tecnológicos dispositivos desses o interior elementos, dos e palpável física sistência cate enquanto matéria de a acepção histórica com acordo “de a sercontinua material jectos coincidir com a sua própria propagação proliferada (Bogalheiro 2016). (Bogalheiro Segundo proliferada propagação própria a sua com coincidir jectos fotografia “da electrónica e mecânica reprodução de as tecnologias Ann Doane, Mary à imaterialida em direcção assintoticamente mover-se aos media digitais, parecem até 131). (Doane 2006, luz e electricidade” da através imagens gerando de, matéria ausência de de Assim, absoluta a hipótese um estado de ou palpável. dura goria existe” ainda dura quepoder-se-á de a matéria a constatação por com começar refutar Em 51). Trabalho obra 2016, (Bogalheiro Na configuração uma com assim contrasta maquinaria desta imaginário o queacompanha contrapõe má e virtuais: obra esta diáfanos na luz e em movimentos imaterializada sua uma virtualização com da material forma de reproduzem elementos que quinas ainda é igualmente projectada a imagem lado, Por outro fisicalidade. própria sua ção contemporânea que ocorre do facto do processo de de processo do facto do que ocorre contemporânea ção 4 atravessam a fotografia e a ampliam e exteriorizaram através da lente de vidro; e, a imae, de vidro; lente da através exteriorizaram e e a ampliam fotografia a atravessam porâneas gem virtual em movimento o espelho amplia, e encontram que a exterioriza vidro de à lente garem no simultaneamente “coexistem imagens duas estas sentido, Neste que direcciona. os vai- de espécie uma fotográfica, imagem da um duplo de e produzem balançar o plano 2020). (Ferrão duplicação” nessa vém SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA — estão envolvidas numa “lógica da espectralidade”, que é orientada por uma evolução por evolução uma que orientada é espectralidade”, “lógica da numa envolvidas estão — - e o virtual, tele-tec Estas o ausente. e que o real confunde o presente e técnica estética o distinguem-senologias em reproduzirem portanto capacidade sua pela RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 140 e a sua virtuali sua a e - (Dubois 1992, que a imagem 88), sublinhando

concebe uma igual reflexão acerca do confronto entre entre confronto do acerca igual reflexão uma concebe . (...) O que define a originalidade da fotografia é o facto de, no preciso momento no de, facto o é fotografia da originalidade a queO define (...) . em que o secularismo triunfa por completo na longa e cada vez mais secular história da da secularmais história vez cada e longa na por queem completo secularismoo triunfa que se ao assemelha — algo seculares absolutamente — em termos reviver fazer pintura, (Sontag 2012, imagens. das 151) primitivo estatuto ima desdobramento cujo Ferrão, Renato de obra nesta convocada é Esta fissura ma energia ou espírito. A isso se deve a suposta eficácia das imagens para propiciar e propiciar para das imagens a suposta A isso eficácia se deve ou espírito. ma energia presentes estavam presenças Esses essas poderes, poder. grande de presenças controlar nelas cliva de uma opõefotografia a necessidade a real, com o uma identificação de À ilusão o com imagem da perturbar relação uma distância que de vem a própria constitutiva, gem (Dubois 1992, outro. um e com com 88) relação a nossa consequentemente, e, seu objecto Embora a fotografia seja “literalmente uma emanação do referente” (Barthes referente” do emanação uma seja a fotografia “literalmente Embora Segundo Roland Barthes, a fotografia tem uma natureza tautológica, trazendo trazendo tautológica, natureza uma tem Barthes, fotografia a SegundoRoland não imagem e a sua a coisa primitivas, nas sociedades E. H. Gombrich; observou como mes da seja, ou distintas, fisicamente diferentes, manifestações queduas do mais eram Neste sentido, Em sentido, Trabalho Neste uma imagem-máquina como existe uma imagem-vitral, uma imagem que pode não uma imagem ser imagem-vitral, uma existe como imagem-máquina uma projectada a imagem (...) impressa imagem da sem contrário a máquina. Ao reproduzida 174). 1997, (Païni técnica complexidade uma pesada de depende fotográfica, enquanto índice, por mais próxima que esteja do objecto que representa e querepresenta objecto do que esteja por mais próxima índice, enquanto fotográfica, ele: a emana, mais unida qual não fica do 2013, 91) detendo uma força referencial pela conexão física e material com o elemento, o elemento, com e material física conexão pela referencial uma força 2013, 91) detendo espácio-temporal, “fissura uma uma separação nela Philippeexiste queDubois afirma e o referente” o signo entre irredutível “sempre consigo o seu referente (...): eles estão colados um ao outro, membro a mem- membro ao outro, um colados estão eles (...): o seu referente consigo “sempre (Barthes 2013, em certos suplícios” cadáver a um acorrentado o condenado como bro, em na medida reprodução, de uma imagem é por natureza fotográfica 13). A imagem única, não é mas, resultante pelo que é a imagem fotografia da princípio próprio que “o 2013, Susan No entanto, Sontag (Berger 318). reprodutível” infinitamente contrário, - (“ori representada coisa e a (“cópia”) a imagem entre contraste queafirma simples um porque à fotografia não seadequa ginal”) materialização que vem a caracterizar o século XXI. a caracterizar que vem materialização referente o articular entre simbólico parece distanciamento um gético criar o artista, projectiva. e Segundo posteriormente interessava-lhe fotográfica, zação produtor ser um aparelho desta facto pelo mágica à lanterna semelhante um dispositivo o peso e o gigantismo que caracterizou o século e o consequente XX, queo peso discurso caracterizou des de e o gigantismo SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 141 - Fran de : o carácter : o carácter e não uma imagem e não uma imagem a cópia pelo contrário contrário pelo a cópia , o valor de culto é substituído pelo valor de de valor pelo culto é substituído de , o valor 5 . Com a introdução das técnicas mecanizadas mecanizadas técnicas . Com a introdução das culto de e valor A este propósito, Benjamin avança com o conceito de aura de o conceito com Benjamin avança propósito, A este

, topológica e posição fixa unicidade à sua devido autenticidade (como sucede numa convencional projecção fotográfica ou fílmica)” (Mah (Mah fílmica)” ou fotográfica projecção convencional numa sucede (como Se os sistemas computacionais permitem uma reprodução infinita, e permitem Sereprodução uma computacionais múltipla sistemas os Desta forma, mesmo que empregando métodos e técnicas distintas, as obras de de distintas, as obras técnicas e métodos forma, queDesta mesmo empregando objecto fundido é o resultado de um transporte, a transmutação de uma coisa para outra outra para uma coisa de a transmutação um transporte, de é o resultado fundido objecto - Fran quando que reacendido é alquímico processo este É outro. a um estado de coisa, que se permitindo-lhe histórica à fundição, uma linhagem sublinhar recorre cisco Tropa magia, união entre arte e ciência, e fecunda mas que longínqua as sociesedimentou pela dades modernas gradualmente diluíram (Mah 2011, 19). 2011, 19). (Mah diluíram modernas gradualmente dades Trata-se do halo de singularidade e de originalidade irrepetível que a envolve e que envolve a irrepetível originalidade de e singularidade de halo do Trata-se De acordo com Benjamin, a obra de arte sempre foi reprodutível, o que se alterou foi a sua reprodução através através reprodução a sua foi o que se alterou arte de reprodutível, Benjamin, sempre foi com a obra De acordo que impondo, se vai novo de arte de é algo obra da técnica reprodução “a e técnicos: meios mecanizados de intensidade” crescente com mas outras, das umas distanciadas muito fases em história, na intermitentemente (Benjamin 2012, 63).

exposição, e a obra passa a ser cada vez mais exibível, passando de um valor de uso de para um valor de passando mais exibível, vez a ser passa cada e a obra exposição, troca. de um valor circulatória, com a “desmaterialização do objeto cultural, o conceito de cópia (e, por (e, cópia de o conceito cultural, objeto do a “desmaterialização com circulatória, está ainda cópia A seu significado. de destituído torna-se reprodução) de o extensão, - que visto não se à exi que único não é mais o original, destina a um objeto aprisionada Benjamin, a re Walter de teoria a conhecida com 2001, 18). De acordo (Machado bição” Ferrão e Tropa parecem coincidir numa reflexão acerca das complexidades tensionadas tensionadas complexidades das acerca reflexão numa coincidir parecem e Tropa Ferrão (re)apresentação. e a sua o objecto entre da obra, o seu et obra, da nunc de hic chama queautor o arte o de sacrifica uma obra produção de , e agora aqui arte de obra da produção e reprodução de que marca uma distância definitiva quanto ao sujeito (Benjamin 2012). Mas (Benjamin o original sujeito 2012).se ao quanto uma distância definitiva que marca uma auratem singular, original e com contexto espacial fixo da obra. obra. da fixo espacial contexto e com original singular, SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA 5 de imagens projectadas, e não reprodutor: não há lugar para a gravação. Desta forma, Desta a gravação. para há lugar não reprodutor: e não projectadas, imagens de fo a imagem que define paradoxal determinação mesma a uma apelar parece Ferrão tográfica enquanto articulação complexa entre regimes de presença-ausência, mostra de presença-ausência, regimes entre articulaçãocomplexa enquanto tográfica ção-ocultação, Scenario a instalação modo, De outro remissões e alteridades. permitindoespectador ao e o objecto, a imagem espaço unia no mesmo cisco Tropa original o “objecto com o seu referente, com a imagem confrontar intermédia ima da captação a entre existente temporal o diferimento quebrar de Além 2011, 19). concebendo-se apresentação, e a sua portanto- gem tempo de direc experiência numa bronze a passado origem sua da objecto do e representação da paralela a observação to, 2011, (Mah remissiva” condição a mesma ontológica, “uma marcação mesma originava o a imagem, tal como Porquanto, 19). RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------142

Mais ainda, que embora que ainda, embora Mais Desta forma, os componentes de uma instalação são originais devido à sua ins à sua devido originais são uma instalação forma, de Desta os componentes A instalação extrai uma cópia do suposto espaço aberto e sem marcas da circulação circulação aberto da e sem suposto espaço do marcas uma cópia extrai A instalação estável fixo, no contexto — que — mesmo apenas temporariamente anónima e a coloca significa que todos Isto bem definido. topologicamente e agora’ um ‘aqui de e fechado — ou precisamente quando mesmo originais, são instalação dispostos numa os objectos 4). 2009, (Groys instalação da fora cópias como — circulam quando Partindo identicamente desta convocação da exibição museológica, Boris Groys museológica, Groys Boris exibição da convocação desta identicamente Partindo Benjamin pensava que uma fotografia, sendo um objecto reproduzido mecanicamente, mecanicamente, reproduzido objecto um sendo que uma fotografia, Benjamin pensava - si que contudo, a própria Poder-se-ianão podia genuína. uma presença ter argumentar, re galerias, museus em exibição e sua a fotográfico, o gosto que hoje determina tuação A fotografia e, sobretudo, o cinema servem a Walter Benjamin como exemplo de umade exemplo como Benjamin Walter a cinema o servem e, sobretudo, fotografia A não tem lugar e, portanto, é ahistórica, sendo desde o seu início uma multiplicidade po portanto, e, o seu sendo multiplicidade uma início desde é ahistórica, lugar tem não tencial. A reprodução (...) transporta a obra de arte para redes de circulação topologica circulação de redes arte de para transporta a obra (...) A reprodução tencial. — é apenas e a cópia topológica o original entre se a diferença Mas indeterminadas. mente e um marcado, fixo, fechado, aurático contexto um entre seuma diferença apenas existe não se — então trata massiva anónima circulação de aberto, e profano semespaço marcas mas também original, do e desterritorialização deslocação de apenas uma operação de 3). 2009, (Groys cópia da e reterritorialização realocação de uma operação autenticidade. espéciede possuem uma que as fotografias velou há uma o é que no sempre, em seja um original uma pintura sentido fotografia nenhuma e gerações (....) a que originais podemos aquilo chamar entre qualitativa diferença grande (Sontag 2012, fotografia mesma da subsequentes 138). afirma que a instalação de arte contemporânea opera justamente como um reverso da reverso como um justamente opera de arte contemporânea que afirma a instalação reprodução: crição topológica, na medida em que é necessário que o visitante aceda espacialmente espacialmente aceda que o visitante em que é necessário topológica, na medida crição e mé elementos possa por ser esta vários e embora formada os ver, para à instalação mate é instalação “A espaço: o próprio sempre é que constitui a matéria-prima a diuns, de ser material” definição é a melhor pois Estar no espaço é espacial. porrial excelência, instalação da forma, característica Desta a principal livre). tradução 6, 2009, (Groys convertendo-o obra da espaço, do em parte integrante transformante acção numa está espaço” de é uma criadora em si; um espaço como é apenas constituída arte:de “Não uma vez atributo, deste paradigmática é assim 2014,(Bruno Trabalho Em 101). A obra e que se o visitante, que envolve uma espacialidade mobiliza instalação, enquanto que, - auten e de presença Sontag, Susan de para entanto, as qualidades No arte aurática. não da arte: espaços nos fotografia da relocalização uma de também através existem ticidade SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 143 de Francisco Tropa, 54.ª Francisco de (2017) de Renato Ferrão, Ferrão, Renato de (2017) ScenarioExposição em 2011, curadoria com Veneza, de Bienal Tropa. e Pedro Santos Teresa | (c) Sérgio Mah de BRANCO CASTELO SARA — 4 Imagem — 3 Imagem Em Trabalho Obra US!, THEM OR exposição na apresentada científica ficção social e de política, um projecto por Paulo exposição-instalação comissariada 2017 Porto, | do Municipal Galeria Mendes, Studio Pinheiro. / Rui Archive Mendes Paulo (c) RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------144 Sce a formação de um espaço que um espaço de a formação , ” (Mah 2011, 26). Na instalação criada por Tropa, a espacialidade assoma por 2011, a espacialidade Tropa, criada 26).” (Mah instalação Na No entanto, se estes visitantes realizam trajectórias virtualmente indefinidas, essa essa virtualmente indefinidas, trajectórias realizam visitantes se estes entanto, No - desenrolan e perdido, é inaugurado movimento, a cada que, olhar de intermitente prática heterogénea que relação uma permitem do-seespectador ao imprevisíveis encontros em 2001, 166) (Parfait múltiplas. e trajectórias vectores segundo as imagens com Com base nesta espacialidade singular, a instalação concebida por Francisco Tro por Francisco concebida a instalação singular, baseCom espacialidade nesta A instalação de arte cria uma situação na qual o espectador entra fisicamente, e insiste em e insiste fisicamente, entra o espectador arte na qual de uma situação cria A instalação media arte dos de difere A instalação singular. uma totalidade como ela que se para olhe - uma presen como directamente o observador em que aborda na medida (…) tradicionais 2011, 6). (Bishop no espaço literal ça Apresentação e Instalação Tropa: Francisco de Scenario de apresentação simples da que difere espaço de forma uma gera instalação A desponta como figura que dá sentido ao dispositivo, pois a este cabe “completar o “completar cabe este pois a dá que ao dispositivo, sentido figura como desponta premeditada envolve um percurso expositivo que propícia vários pontos de vista “em profundidade profundidade vista “em pontos de vários que propícia expositivo um percurso envolve que visões possíveis e significações de um jogo e à direita, como à esquerda e em altura, espec- do olhar e do andar do na duração no tempo e no movimento, se revelando vão só Parfait,torna se uma projecção afirma Françoise como 2011,tador” 24). Tal (Mah de o “sentido quando dispositivo, pelo em jogo é colocado o espaço quando instalação uma sensa gera (...) “a instalação artistas: pelos e reflectido em conta é levado espaço” ção de espaço no espectador (...). Este sentimento não nasce sobre o lugar, mas durante mas durante sentimento não nasce o lugar, Este sobre (...). no espectador espaço de ção tra 2001, 166, (Parfait experimenta” que o visitante e durações nas relações o percurso, em visitante o exposição, da curador o com acordo de sentido, Neste livre). dução nario es do experiência a modo, Deste expor. de ciclo o exactamente, mais ou expor, de acto progressiva espacial, necessariamente uma aproximação mediante pectador realiza-se e que colo forma nesta se da projecção, na configuração representada intrinsecamente simultaneamente entidade numa o visitante transformando em jogo, espaço do cação numa forma que se desta implica e receptora, dinamizadora indeterminação pode também ser submetida a diferentes etapas pensadas pelo artista, pelo pensadas etapas pode a diferentes tambémindeterminação ser submetida que dado Scenario denominação, sua na justamente pa convoca SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA uma escultura, na medida em que não se trata apenas de um objecto, mas de uma espa mas de apenas um objecto, de que em não seuma escultura, na medida trata vê redobrada pela experiência da projecção das imagens que, de forma intrínseca, - forma con de que, imagens das projecção da experiência pela redobrada vê sensação espacial. ambiência de uma cebe cialidade feita para os visitantes entrarem e explorarem: e explorarem: entrarem os visitantes para feita cialidade RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 : , - - - 6 145 - . De acor proscénio — o espaço da visão — condiciona a estrutura a estrutura — condiciona visão da — o espaço é a denominação dada ao libreto de uma ópera ou ou uma ópera de ao libreto dada é a denominação , o espaço do princípio, o espaço que antecede a noção que antecede espaço o princípio, do , o espaço á convocado nesta exposição de Tropa alude a um espaço espaço alude a um Tropa de exposição nesta convocado de, mas à sua própria realização. (Michaud 2016, 22) 22) 2016, (Michaud realização. própria mas à sua de, proscénio ao ligada linhagem se numa inscrevam o cinema e o teatro Embora relação e enquanto no palco representado espaço como entendido o espaço, teatro, No cinema, por lado, No outro estático. é resolutamente espetáculo, ao o espectador que liga casocomo nenhum em e físico, apenas é plano no fixo seocupa espectador o lugar um medida na em movimento, constantemente está Ele estética. uma experiência de sujeito projectiva da representação que dá à cena uma profundidade aparente e, portanto, e, abre-a aparente uma profundidade à cena que dá representação da projectiva - de procedi gama toda uma de por meio figuras de movimento e ao ao desdobramento 19) 2016, (Michaud ilusionistas. mentos - frequen tipológicos décors dos estilizados, gestos dos frontalidade, da a anulação com ou seja, pintadas, cénicos todos os procedimentos telas compostos portemente simples teatralida da a uma rejeição tempos, não correspondiam primeiros usuais no cinema dos Segundo Philippe-Alain Michaud, as primeiras experiências de cinema, de experiências baseadas as primeiras Michaud, Segundo Philippe-Alain o estabelecimento de uma barreira intransitável, ainda que invisível e imaterial, entre o entre e imaterial, que invisível ainda intransitável, barreira uma de o estabelecimento — e a cavae acção de — o espaço proscénio Em termos históricos, scenario históricos, Em termos essa cenografia, quando existe, implica o estabelecimento de um percurso queespecta de um o percurso estabelecimento o implica existe, quando cenografia, essa dor, na sua mobilidade, deve procurar seguir se quiser apreender o sentido e a totalidade seguir o sentido se e a totalidade quiser procurar apreender deve mobilidade, sua na dor, 2012) (Zabunyan a percorrer. que está exposição da No antigo teatro grego e romano, o proscénio designa a zona do palco entre a cena e a orquestra, e no teatro e no teatro e a orquestra, a cena entre a zona palco do designa o proscénio e romano, grego teatro antigo No orquestra. ao fosso da a boca desde até que cena se de à ribalta estende junto palco do moderno a frente denomina

nesta profundidade fictícia, irão integrar justamente o modelo da teatralidade no no seu teatralidade da modelo o justamente integrar fictícia, irão profundidade nesta dispositivo: Erwin Panofsky afirma que a diferença entre os dois se deve sobretudo às condições às sobretudo dois deve os se entre que afirma a diferença Panofsky Erwin ocupa que e à posição este nele: sujeito pelo espaço do apreensão de formais uma breve descrição preparatória das acções dos actores da commedia da dell’arte actores dos acções das preparatória descrição uma breve o scenario Mah, Sérgio com do em suspenso “onde algo se passar de lugar. (...) a construção deste Scenario foi então pensada como uma alegoria do es do uma alegoria como então pensada Scenario foi a construção deste (...) lugar. de paço fundador, a partir do qual o homem desperta e olha com espanto para a natureza” natureza” a para a partir o homem desperta espanto qual com do e olha fundador, paço baseiam-se pictórica, do a cena tal como na unificação 2011, teatral, 22). A cena (Mah que é superfície real da além imaginária profundidade numa representação, da espaço pelo definido visão da lugar e o acção da por o lugar um corte entre realizada 6 SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 146 aqui e : e a representação instalação de arte, Margaret arte, Margaret de instalação (“the space-in-between”) que (“the space-in-between”) (“liveness”) que se iniciou na década de que se na década iniciou (“liveness”) body art ou earth, performance, arte body conceptual, (“plane of presentation”) num num of presentation”) (“plane apresentação de plano , há uma contaminação entre o espaço do espectador e o espaço virtual ima e o espaço espectador da do o espaço entre , há uma contaminação nela para um outro mundo. (...) Outras técnicas [foram] desenvolvidas para suprimir o suprimir para desenvolvidas [foram] técnicas Outras (...) mundo. um outro para nela por exemplo, como, representações as recebemos queem inevitavelmente agora e aqui do ou enquadramento do por proscénio, recepção meio do da domínio do na separação 1991, 156-157) (Morse ecrã. O elemento crucial de uma instalação está porém ausente de qualquer construção qualquer porém ausente está de crucial uma instalação de O elemento A arte no plano da apresentação pode ser contrastada com a arte como representação, a arte com representação, pode como apresentação serA arte da contrastada plano no artísticao Renasci desde - exploração o foco da ausências de que foram uma evocação uma ja como à parte a linguagem usando coisas nós, de invoca A representação mento. Segundo Morse, a instalação pode ser compreendida como parte como podeuma mudança de ser a instalação compreendida Segundo Morse, Tendo este enquadramento por base e prolongando-o enquadramento este à Tendo campo do a ser- con separado é cuidadosamente o espectador (...) artes proscénio do Nas assim mais idílica, a quarta parede, expressão na sua teatro, do O proscénio (...). templado de uma insta O visitante (...) espectador. do o agora e o aqui filme dividem do o ecrã como em que o seu olho se identifica com a lente da câmara que muda sem parar de lugar e de de e lugar de quemuda parar sem câmara da lente a com em que se o seu olho identifica 25) 2016, (Michaud direcção. lação, por outro lado, é cercado por um espaço aqui e agora, encerrado dentro de uma cons de dentro encerrado e agora, aqui por um espaço é cercado lado, por outro lação, 1991, 156) (Morse actual (não ilusionista). no espaço trução que é fundada

. Essas artes exploram o artes Essas . exploram (“here and now”), (“here relacionando-se tensões a apresentação com entre se realiza na “construção real de uma passagem para os corpos ou figuras no espaço e os corposespaço no para ou figuras uma passagem de real na “construção se realiza 1991, (Morse 153). não é uma arte proscénio” Assim, do Em a instalação no tempo. (...) Scenario bidimensional, sendo construída como um espaço-a-meio como sendo bidimensional, construída maior nas formas da arte em direcção a algoao arte vivo da em direcção maior nas formas happenings campo que num incluía 1960, works mesma essa mágica, que convoca lanterna da lumínica projecção da acção pela gem entra espectador “o que na base instalação: está da fantasmagórica “entre” dimensão qual no conjunto numnum papel um completo espaço-a-meioitinerário, um assumindo , 1991, 153). (Morse ontológicos” A pró níveis diferentes de através se movem as imagens determinando-se intrínseca forma intermediário, de é um espaço luz pria projectada de percurso no espaço um de é sempre o movimento uma projecção “entre”: lugar neste superfície. numa e se materializa lumínico no feixe que seuma imagem, desmaterializa SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA Morse sustenta que tentar compreender o porquê de uma instalação ser teatral ou fílmica ou fílmica ser teatral instalação porquê uma o de compreender que tentar sustenta Morse artes o que mais ilusionistas: a distingue maior sobre outras de a uma elucidação leva agora RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------147 , que po localizável (visível ou não). ou não). (visível localizável inscreve esse mesmo carácter esse carácter mesmo inscreve , inscrevem-se portanto, inscrevem-se que naquilo pela relação que a exposição estabelece entre o espaço, o o espaço, entre estabelece que a exposição relação pela , tal como as de Em as de como , tal Trabalho directa da projecção, que também parece ecoar no mesmo interesse de de interesse no mesmo que ecoar também parece projecção, da directa As obras de Ferrão e Tropa abordam estas características definidas Gunning,por definidas características estas abordam e Tropa Ferrão de As obras a natureza da percepção, as bases materiais das obras de arte, o papel da ilusão, o estímulo ilusão, arte, o papel da de obras das as bases materiais percepção, da a natureza co questões tão claramente — estas e fantasia realismo entre sentidos,dos a convergência epistemologia essenciaisquestões da apenasnão representam Fantasmagoria, pela locadas moderna, mas também fre arte questões queartistas de crescente questionam com e obras 2004, no século 5) (Gunning XXI. que quência avançamos à medida Conclusão afir- Gunning Tom fantasmagoria, da as dimensões contemporâneas convocar Ao Este pensamento em tempo que advém da dimensão temporal da luz emerge luz emerge da temporal dimensão da pensamento em tempoqueEste advém se só estivessem ‘de passagem’, e como se tivessem uma fonte se e como tivessem passagem’, se ‘de só estivessem A imagem-luz, a imagem feita de luz, é recebida pelo seu espectador, não só mais como seu pelo espectador, luz, de feita é recebida a imagem A imagem-luz, porque a luz não é nem mais uma fantasia, que é evidentemente (o que a outra imaterial se mas como fosse in- matéria), aspecto da que outro do qualquer nem menos material porque é quase simplesmente — muito temporal uma dimensão de dotada trinsecamente mas um processo). luz pensar não é um estado, tempo a luz no (a sem pensá-la impossível 2011, 83) (Aumont apresentação demos tocar e que resultam da sua colocação num suporte num que se de colocação insepará sua tornam da e que tocar resultam demos superfície, luz uma uma sobre de fugitiva presença da emergem As imagens-luz veis. como transitórias, como pensadas que sempre são sendo imagens ampliando-as a uma reflexão sobre a mobilização do espaço virtualde arte espaço do na instalação a mobilização ampliando-assobre a uma reflexão no que age passado do uma realidade de desdobramento enquanto fantasmagoria — e da técnica na contemporaneidade a imagem pensamento sobre num —, radicando presente ma que particularidades como como ma que particularidades Scenario em identicamente pos que noçãoa projecção a de assim interpela obra A objectos. dos temposombra a e não apenascomo duracional, e “um temporal desse fluxo uma experimentação sibilita pode nos fazer projecção de Esse espaço (…) mas também interno. externo, fenómeno de passagem uma que tempo, basicamente é do fundamental mais passagem à retornar insta desta espacial a disposição lado, outro Por luz” livre). tradução 2014, (Bruno 117, suscita uma aos dispositivos, corporal visitante do uma aproximação que propicia lação forma,Scenario. Desta agora e aqui de igual experiência de projecção. da e não reprodutora produtora natureza pela Ferrão Renato SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA , em contraponto às imagens-opacas, em contraponto por denomina imagens-luz Aumont Jacques As imagens de Scenario de As imagens RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 148 18, nº 1: 18, nº . . Paris: Éditions Galilée. . Paris: . . Lisboa: Assírio & Alvim. Assírio . Lisboa: , 164-178. Thinkers Key : The Philosophy and Theory In Film, . Lisboa: Edições 70. Edições . Lisboa: . 3: 221-24 nº 30, . https://doi.org/10.2307/1576453 Benjamin acreditava que, aquando do nascimento de uma dada forma social forma ou processo uma dada nascimento de do aquando que, Benjamin acreditava no mo disso, além é precisamente e, presente estava utópica a dimensão tecnológico, mento da obsolescência dessa tecnologia que ela mais uma vez liberta mais uma vez dimensão, que ela essa tecnologia dessa obsolescência da mento 41). 1999, (Krauss moribunda uma estrela de o últimocomo brilho Nota autor. do responsabilidade da são no original consultados textos de as tradução Todas Partindo de um estado em potência fantasmagórica que existe entre o virtual entre e o que existe em potência fantasmagórica um estado de Partindo Londres, Nova Iorque: Routledge. Iorque: Nova Londres, Press. Chicago 128–152. https://doi.org/10.1215/10407391-2006-025 Ciências Socias de e Humanas, Faculdade doutoramento, de Tese técnica”. a objectualidade http://hdl.handle.net/10362/20608 Lisboa. de NOVA Universidade debordements.fr/Du-cinema-au-cinema-expose-un-detour-par-la-television Press. University Amsterdam Leonardo Media”. digitalvideodesign.weebly.com/uploads/1/1/7/2/11722228/_phantasmagoria-tom_gunning.pdf Lisboa: Edições Texto & Grafia. & Grafia. Texto Edições Lisboa: Presença. Matéria, 2014.umont, — Olhar, Jacques. A Imagem SARA CASTELO BRANCO CASTELO SARA Doane, Mary Ann. 2007. “The Indexical and the Concept of Medium Specificity”. Differences Specificity”. of Medium and the Concept “The Indexical Ann. 2007. Mary Doane, . Chicago: The University of The University . Chicago: Media and Materiality Aesthetics, of Matters Giuliana. 2014.Bruno, Surface: de la télévision Échographies 1996. Stiegler. e Bernard Jacques Derrida, . Lisboa: KKYM+EAUM. . Lisboa: Imagem da uma Ciência — Para Imagem da 2014.Belting, Hans. Antropologia Passagens de As 2019. Paris Benjamin, Walter. D’Água. Relógio . Lisboa: e Política Linguagem Técnica, Arte, 2012. Sobre Benjamin, Walter. ”. Derrida “Jacques Louise. 2009. Burchill, — Bibliografia A Armand Colin. . Paris: et l’image l’œil cinéma, le 2012. Avant Moure. e José Daniel Banda, Clara 2013. A Câmara Barthes, Roland. actual, as duas instalações propõem uma visão empírica que se desdobra numa visão visão numa que se propõem empírica desdobra uma visão instalações as duas actual, desse e imaginárias às consequências técnicas abordagem numa que onírica, se realiza um de uma imagem transporte luminoso de de “fenómeno enquanto projecção da acto - tem outros de tecnológicos princípios os convocarem Ao 1997). (Païni outro” para lugar acerca afirmou Krauss o que com Rosalind igualmente relacionam-se pos, obras estas artistas dos em libertarem capacidade da uma um potencial adoptam oculto quando antiga: tecnologia e, mais amplamente, acerca de elementos como a projecção, a obsolescência, a aura, a a obsolescência, a aura, a projecção, como elementos de acerca mais amplamente, e, e a apresentação. a representação e a imaterialidade, a materialidade reprodução, sobre Investigação e Tecnicidade: “Materialidade 2016. Rocha. Bogalheiro Luís Manuel Fernandes, ”. https://www. Télévision 2012. par la Dork. Détour Cinéma Exposé: “Du Cinéma au Un Zabunyan, . Amsterdam: Cinema Digital Tracking Archaeology: Media as History Film Thomas. 2016. Elsaesser, of the an Archaeology toward Notes Cybernerd: to Kaleidoscomaniac “From 1997. Erkki. Huhtamo, https:// and its Specters”. The Phantasmagoria 2004. and Future: Past “Illusions Gunning, Tom. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 149 26: 94-127. Accepted: 2020-07-06 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0001-9930-7472 — CV FA19-514A-1E45 — institucional Morada Negreiros. Almada — Colégio ICNOVA 348. Gab. Campolide, Campus de — postal Morada Berna, de 26 C. 1069-061 Portugal. Lisboa, Av. . Lisboa: Edições Moraes. Edições . Lisboa: rio . São Paulo: EDUSUP. . São Paulo: . ário . e áquina e Imagin . Received: 2020-05-05 Received: . Paris: La Martinière, La Cinémathèque Française. La Cinémathèque Martinière, La . Paris: https://doi.org/10.34619/r2jv-r902 arte-contemporc3a1neo.pdf cinéma and Hudson.Thames Artes / de Bienal Veneza Aperture/BAVC. York: New , 153-167. Art Video to Guide Essential — The Video Illuminating cosmologicsmagazine.com/john-durham-peters-obsolescence-in-the-digital-era/ — AFAA. — Le Fresnoy Hazan 165. Paris: https:// Québec du à Montréal. diss., Université PhD Cinématographique” Vampire et Hanté archipel.uqam.ca/4243/1/M12155.pdf https://doi.org/10.1162/grey.2007.1.26.94 Groys, Boris. 2011. “La topología del arte contemporáneo”. (blogue), 22 de (blogue), arte Boris. 2011. contemporáneo”. del “La topología Groys, https://historiacritica843.files.wordpress.com/2011/09/groys-b-la-topologc3ada-del- 2020. de abril de magiqueans 400 etpeint, film Lanterne Laurent, Pesenti. 2009. Campagnoni,Manoni, Donata . London: Condition Post-Medium the of Age the in Art Sea: North the on A Voyage 1999. Rosalind. Krauss, 2001. M Arlindo. Machado, . Paris: Éditions Macula. . Paris: Film le Sur 2016. Philippe-Alain. Michaud, á Imagin ou o Homem O Cinema 1970. Edgar. Morin, Lisboa: Ministério da Cultura — Direcção-Geral das — Direcção-Geral das Cultura da Ministério Lisboa: Tropa. Francisco ed. 2011. Sérgio, Mah, Scenario: In and the Space-in-Between”. the image, 1999. “Video Art: installation The Body, Margaret. Morse, Regard. Éditions du . Paris: Contemporain un Art Vidéo: 2001. Françoise. Parfait, http:// 2020. de 11 abril de Era”. in the Digital “Obsolescence 2016. Durham. John Peters, , 163- l’image de transports : les In Projections Projection”. la en Finir Avec “Faut-Il 1997. Dominique. Païni, Quetzal. . Lisboa: Fotografia sobre Sontag, Susan. 2015.Ensaios Orfeu Negro. . Lisboa: Krauss a Niépce de Fotografia sobre Alan, ed. 2013. Ensaios Trachtenberg, Tems Spectacle, Image Cinéma: du 2011. La Fantasmagorie et “Le 19e Nam. Siècle Fabrice Vohoang, — biográfica Nota et Sciences d’Art em Arts Doutoranda Université pela Comunicação Ciências da e na Sorbonne (Paris) 1 — Panthéon Paris enquanto Lisboa, de Nova FCSH-Universidade a Ciência para FCT — Fundação da bolseira Instituto do É membro a Tecnologia. e para — (ICNOVA). NOVA da Comunicação de as sobre uma investigação Desenvolve arte entre e cinema no contexto relações portuguesa. arteda contemporânea Tem de artistas filmes de e cinema ciclos programado (Arsenal Nature o Out Off como experimental, — Berlim, — Institut für Film und Videokunst de Municipais (Galerias Ground the Under 2019), — (Cripta747 Sessions Ecologicity 2020), Lisboa, Turim, 2021), outros. entre — Recebido — DOI BRANCO CASTELO SARA Grey Room Grey Vision”. of Mediated Scan Ontology The a Ghost: “To 2007. Gunning, Tom. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 150

tion to the image of the mother. Yet, the ways in which in which the ways Yet, of the mother. the image tion to - mother-son with the photograph negotiates author each in Barthes the photograph while diverse: are ic encounter ofone the woman, another by ofis substituted mother his is physically in Sebald the photograph mother, Nadar’s within the literary and interspersed on the page printed depicted is Lucaphotograph the in De finally, narration; seems be to On the one hand, photography only verbally. - of recol the process use for medium to the right in order be to lection fulfilled; on the other hand, its employment In- characteristics. some of the medium’s problematizes the act that and the relationship materiality, dexicality, the self and the other, between of establishes viewing becomes “the image instance, for encounters, as in such This article deals with three literary texts by Roland Roland by texts literary with three deals This article each with De Luca, and Erri linked Sebald G. Barthes, W. rela in of photography employment the to thanks other — Abstract GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO [email protected] qui de Erri de Luca de Erri de qui BOCCHI GIANMARCO Literature Comparative for Centre Toronto, of University Encontros Fotográficos entre as Mães (In) Mães as entre Fotográficos Encontros Barthes, Roland de Camera Lucida em visíveis ora, non e Non G. Sebald W. de Austerlitz Photographic Encounters Encounters Photographic with (In)visible Mothers in Roland Roland in Mothers (In)visible with G. W. Lucida, Camera Barthes’ de Erri and Austerlitz Sebald’s qui ora, Non Non Luca’s RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------151 a subject and the subject becomes an image” (Cadava (Cadava an image” becomes subject and the a subject distance The scrutiny. put under indeed are 9), 2009, is not uniquely mothers and their narrators the between who than the latter, older always are former (the temporal of their deprived thus girls, as young mainly framed are of the moment the narra at motherhood, and deceased and its Photography, but also spatial. recollection) tors’ a separa in fact creates narrations, within verbal usage tion—both the space and material—between ideological In sum,- the compar of the viewed. and that of the viewer of the a reconsideration promotes ison these among texts medium, in particular of of the photographic its ontology always is photograph as “a dichotomy, presence/absence (Barthesre-contextualization a 18), and 1980, invisible” units, among other issues. of the space/time | mother-son | memory | temporality | absence Photography Barthes, W. Roland de literários textos com artigoEste lida ao uso graças si entre De Luca, conectados Sebald e Erri G. comformas As da mãe. a imagem relação em fotografia da mãeentre fotográfico o encontro negocia autor que cada da Barthes em fotografia a enquanto são diversas: e filho a mãe de mulher, por outra uma de mãe é substituída sua impressa está fisicamente em Sebald, a fotografia Nadar, final- literário; corpoo com texto do intercalada página na - verbal representada só é em De Luca, a fotografia mente, correto ser o meio parece a fotografia um lado, Por mente. o por lado, outro recordação; o processo de completar para medium. do características algumas seu uso problematiza o ato na qual e a relação materialidade Indexicalidade, encontros, nestes outro, e o o eu entre se constrói ver de see o sujeito torna sesujeito um torna imagem cujos “a sob es colocados facto de são 9), (Cadava, uma imagem” não mães e suas os narradores A distância entre crutínio. que mais velhos sempre são (eles temporal é unicamente raparigas, jovens como apresentadas normalmente elas, e mortas no mo maternidade sua da destarte desprovidas mas também espa narradores), dos recordação da mento criam,verbais e o usoseu em narrativas cial. A Fotografia mate como portanto, ideológica — tanto uma separação e o que é visualizado. visualizador do o espaço — entre rial — Keywords — Resumo GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 152 2001 photography stands for for stands photography 3 ) or figuratively describedby ) or figuratively affirms De Luca’s narrator in narrator Luca’s affirms De 1 (1980) and the other two texts (Austerlitz texts (1980) and the other two Em suma, a comparação entre esses textos promove uma promove textos esses entre suma,Em a comparação par- em fotográfico, meio do ontologia da reconsideração uma vez presença/ausência, de dicotomia sua da ticular (Barthes, e a uma 18) invisível” é sempre fotografia que “a entre espaço/tempo, de unidades das recontextualização questões. outras | mãe-filho temporalidade | ausência | | memória Fotografia - De Lu Erri by non qui ora, Non and the aforementioned Introduction 15) (1989, age,” not have do mothers that is said “It 2003) does not exceed twenty years. Also, it seems both that Sebald years. twenty does not exceed 2003) non qui ora, Non , W.G. Sebald’s Austerlitz Sebald’s , W.G. What these works have in common, apart from the centrality of the mother, is the of mother, the in common, apart the centrality from have these works What 2 Barthes integrates his mother’s portrait with a photograph by Nadar depicting a woman. The photograph provided provided a woman. The photograph depicting Nadar by portrait with a photograph his mother’s Barthes integrates Haustein, to Barthes, according choice With this deliberate wife).’ mother (or ‘The saying, with a caption artist’s (2012, 137). eroticism” melancholic, fine, the portrait’s “enhances Far from being the only ones that employ the photograph of the mother as a trope, these texs have been as chosen have these of texs the mother as a trope, the photograph employ being that the only ones from Far out. stands topic such where examples three “Si dice che le mamme non abbiano età”. Due to the absence of official English translations, all the in-text all the in-text translations, Due of the absence official English to età”. mamme non abbiano le che “Si dice in Italian the original me whereas by English to Italian from will be non qui translated ora, Non from quotations in the footnotes. will be provided

and crucial involvement of photography in such encounters that also pre-empts that - criti encounters any in such of photography crucial involvement of this re selection, thus on the validity and of these texts’ cism on the arbitrariness search. Whether formally embedded in the text (Austerlitzin the text embedded formally Whether search. replaced but formally prominent thematically ), or even qui non ora, (Non the narrator snapshot, case ofNadar’s as in Barthes’ with another image — Palavras-chave 3 BOCCHI GIANMARCO 1 2 an umbilical cord that connects and also separates the mothers and their sons. and their More the mothers and also separates connects that cord an umbilical German (French, traditions of cultural in terms distance their apparent despite over, as the one another, to close been very written have works these authors’ and Italian) Lucida Camera between span temporal ) whilst looking at a photograph of his mother. When of his mother. a photograph looking at not now) whilst here, (Not qui non ora, Non cinematic photographic, (i.e., forms and representational in its biological considered structure of openstime and the linear up the mother-son bond complicates or literary), and death, 2012), life (Marder absence and presence confusion in discerning between this With memory. guide processes that the determining with a difficulty in together - con some ofthese theoretical this paper problematize and highlight to seeks premise, Lu Camera Barthes’ with the mother in Roland encounters focusing by on three cerns cida ca. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 153 together with other spec- together is the last book by Roland Barthes, published during his lifetime his lifetime during Barthes, published book is the last Roland by : Searching for Henriette Barthes Henriette for : Searching Lucida Barthes’ Camera Roland Lucida Camera GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO and De Luca read and were influenced by Barthes: the former’s works have been fre have works Barthes: influencedformer’s by the were and read De Luca and quently compared to Barthes’, as they notably engage with some of the French critic’s critic’s some with of the French engage notably as they Barthes’, to quently compared Word,’ (‘Contrary Contraria La short the Parola pamphlet published latter the theories; Writing Barthes’ to link critics Degree which Zeroin English), its focus for on semantics for the anxiety pursue I will paper, this opposed Throughout on linguistics. Barthes’ to find the narrators and how when questioning by image mother’s with the the encounter - the exclu for of their discoveries and the implications of their mothers the photographs the that reality in-between the and how in the narrative of photography or inclusion sion More conceived. absence are and presence which in way the affects creates photograph elements I will examine of the texts, reading and comparative both the close in over, descriptions Do the written others): (among questions the following to will respond that at As the mothers of the image? our understanding or hinder help of the photographs than the younger always taken, are in question were their photographs the time when and the itself the encounter about does this display sons the portraits, as they view what that image with the maternal the connection Is of schema the bookstemporal suggest? fulfilling? always achieve to the son struggled about pho work a theoretical is considered It death). of the author’s year the (in 1980, and punctum as studium such concepts includes as it tography, Barthes medium. them with pictures combines photographic on the reflections ulative un- by and two ones, and Kertész, non-famous as Nadar such photographers famous by coming on a photograph also a personal it contains excursus Yet known photographers. also complicates which Photograph, Garden Winter he names that life his private from could grasp that a photograph a quest for follows The image categorization. the work’s in Camera mother—or as displayed being true the essence of the writer’s his mother’s mem- tactile him. begins only for a journey through He matter would and that Lucida— softnessrumpled the Chine and of de her crêpe in myself waken “I can and smells, ories perfumethe trulya it powder” multi-sensorial of (Barthes rice her makes 65)1980, that Barthes- under that is important of recollection It this process that note experience. to the writer’s marked unforgettably that an event death, his mother’s to posterior is takes some through going I was death, mother’s shortly my after evening November “one life: a was write ‘to […] wanted I what No, […] I had no hope of ‘finding’ her. photographs. myself” just for about her, compilation little Barthes is looking for (Ibid, 63). Although - read the gives he and one old an picking up ends he of mother, his photograph recent a - chil two show to just managed the photograph of it: description “[…] the following ers in a glassed-in conservatory, the end of wooden bridge a little at standing together dren at the time (1898), five was mother My in those days. a Winter Garden called was what Barthes that certaintyof ages/dates the (unexpected) The 67). (Ibid, seven” brother her RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 154

(Roland Barthes 1980, 68). (Roland — 1 Image Mother The Artist’s Nadar: Lucida Camera 1890 | (c) wife), (or - inter photograph of Garden description the Winter verbal , Barthes’ The addition of the photograph of Nadar’s mother is very interesting: on the one interesting: mother is very of Nadar’s of the photograph The addition Camera Lucida Camera GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO tographed and the photograph, which proves that what is photographed has been there. beenhas there. photographed is what that proves which the photograph, and tographed In is what which writer, than the becauseand substitution mother is younger the tographic mingled with Nadar’s photograph not only displays the lack of an indexical referent, referent, ofindexical an lack the only displays not photograph with Nadar’s mingled be aims to overcome) better, (or has been absence overcome such how but it also shows Because of this pho photograph. mother’s Nadar’s of referent, a new with the creation hand, it reveals Barthes’s need of somehow filling a psychological and material void by void and material need of filling a psychological somehow Barthes’s hand, it reveals of the a mother; on the other hand, it further the photograph complicates materializing the pho between relationship the quasi-haptic of photography, of indexicality concept provides is surely meaningful: as these details can only be retrieved through a physical physical a through only becan retrieved as these meaningful: details is surely provides in it, been on written probably must have information (that the photograph to proximity possession both of Barthes’ the pho prove aims to their addition, therefore, the back), tographic document and, more importantly, its existence. However, the photograph in the photograph However, its existence. importantly, document and, more tographic description, in fact, Barthes de its large the book. in is not printed question Alongside mother, of consciously—to someone else’s yet a photograph add cides—provocatively 1). (Image Nadar’s i.e. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - 155 Apart from Apart from ), by making by ), 4 Image, Music, Text. Music, Image, , specifically in relation to relation , specifically in of any physical elements. elements. physical of any 5 Camera Lucida (Barthes 73). 1980, Lucida in Camera as he claims 6 - read as we, Certainly, indefiniteness. its in lies importanceThe of photograph this the encounter with the mother please see J. Derrida, “The Deaths of Roland Barthes” in Hugh J. Silverman Silverman J. in Hugh Barthes” “The of Derrida, Roland Deaths see with the mother please J. the encounter . Merleau-Ponty Since Non-Philosophy and Philosophy (ed.), Camera Lucida Camera Barthes’ aspect about the utopic of Roland information more For From now on, for the sake of readability, I will abbreviate Winter Garden Photograph as WGP. as WGP. Photograph Garden Winter I will abbreviate of readability, on, the sake now for From This idea comes back from a previous theorization of the writer on the connotative and denotative nature of nature and denotative on the connotative of the writer theorization a previous from back comes This idea Someon in Stills” Eisenstein Notes Research “Thein Meaning: contained Third photography

tography actualizes it in its own physical identity” (Taminiaux 2009, 134). Moreover, not 134). Moreover, 2009, identity” (Taminiaux actualizes physical it in its own tography there (haspast the in someone been exist did that prove photography does only “alive are thosemaking by who situation the issubverts it but ), till (s back coming dead the Lucida 125). 2009, and Cortés-Rocca Camera (Cadava without being dead” dead always ers, are not able to see it (and its verbal description does not help us to visualize us the pic- to not help does description its verbal see to it (and not able are ers, is the text, which of interpreting nature challenging the demonstrates but the WGP ture); absence). its (or of the image as the relevance it talks about, that as well the image missing a is WGP The itself. process the photographic fore the to brings evocation its Ultimately, to linked but still profoundly one in this case, an invisible clearly barthesian punctum, yet the rule between , breaks as punctum This photograph, sphere. most intimate the author’s “in a mother) (Barthes’ its subject as it locates and reality, representation and death, life past.because buried nor a neither a present is pho reality vivid a still is past The that time Throughout his book one gets to know some details about Barthes’ relationship with relationship about Barthes’ know some to details his bookThroughout one gets can that information is little but there communication, as their limited such his mother, portrait. Barthes’ behind the writer’s lies In sum, what Henriette reconstruct to help a personal element? such to pages so many devote to choice the utopian nature, which is easily intelligible and stems from the temporal impossibil- the temporal from stems and intelligible is easily which nature, the utopian of pho trajectory the in play into both as come past and present ofity encounter, the to-viewing, Barthes is description vague because is also of very the meeting the faded her lineaments: his mother are recognize Barthes to allows giving us. only thing that The picture really as readers (Ibid, 65). we Can in fragments” her except recognized “I never some this: on the one hand, claim debated have Critics Photograph? the Winter Garden and its im- attributes both its physical in detail, “Barthes the photograph describes that hand, others—like on the other 13), Elkins—argue while 2009, “If I that (Batchen age” it, around I then see crowded things the at look instead and face, off that eyes my take A bit of railing imagine. to me anything give almost nothing, because Barthes doesn’t often children in the other hand, as his mother ‘holding one finger on a wooden bridge; support, to of want these (2011, positions we 91). Whichever I would or two” do; a plant the WGP it seems Barthes that as though deprives argue 5 6 BOCCHI GIANMARCO 4 prevented him from recognizing her, as she is a girl that he never knew, it is likely appro likely is it knew, he never that girl is a as she her, recognizing from him prevented priate to define the encounter between the writer and his mother as utopic. and his mother the writer between the encounter define to priate What he is showing (though only verbally) is a common picture of a young girl, whose whose girl, of a young picture is a common only verbally) (though he is showing What sense him, makes only for relevance RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 156 The Rings of Saturn Saturn of Rings The , The Emigrants The is probably the most well-known book the German by the most well-known is probably , this too is dominated by a photographic bricolage that illustrates the verbal the verbal illustrates that bricolage a photographic by , this too is dominated by W. G. Sebald: The Partial Retrieval of the Mother’s Image Image Mother’s the of Partial Retrieval The Sebald: G. W. by Austerlitz in 2011,Published Austerlitz Vertigo GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO is dominated, with the insertion with the is dominated, of WGP—or the a representation—by its verbal least at aboutphoto the told are we of timeframes: overlap an from derives which fluctuation, graph of the mother when she was five years old, which has been recovered in the present in recovered has been which old, years five was she of when the mother graph In Camera with her” in time back (Barthes 67). 1980, mov(es) “gradually her sonby who mo of the last the reconstructions by is anticipated encounter the photographic Lucida becoming a kind Barthes, of her, her son, when taking care life was ments of Henriette’s mother-son bond, the conventional this, it subverts doing By the woman. for of parent with that the fact Despite role. is typically the former appointed with a privileged where the the attention struck what be traced, of undoubtedly positions can a switch the WGP inchild as a depicted of the mother with the figure of cycle the life most is the closure in the present, instances: becausemultiple in the past, of her illness; because of age. her as the writer of the time the future, includes encounter photographic Furthermore, such death” future this imperious of contains sign my “always his death: is almost envisioning the that once than the book mentions more throughout the writer though Even (Ibid, 97). now “From death, own his towards a final preparation with his mother triggers encounter not does WGP the (Ibid, 72), death” undialectical total, my than await on I could no more be it will - effec (although neither Barthes’s of death, as a foreshadow function primarily in the photo is depicted as she mother’s, nor Barthes’ his death) before work his last tively - seems over to which the two, a link between it underlines On the contrary, girl. as a young ex nostalgic avoids text “Barthes’s Haustein: by as stated in time, and persist death come beenhas lost that something recover to seeking past.the into passionately While cursion this movement (2012, the present” to 141).attached Undoubtedly, strangely it remains of re-experi Barthes is undertaking, is the process a way - represents which in time, back in over, her twice losing was then I course, “Of death, and suffering encing his mother’s (Barthes last” the me for 1980, it but 71), is photograph, first her in and fatigue final her her the most, not though approximate to is able writer the also this moment that thanks to in photograph substitution. The becauseas a being of nor as an image the photograph’s mother and the dead because it resurrects as Janus-faced bequestion can characterized sonher re makes anguish, restoration her as sonthe see provokes and makes again, her WGP as andboth monster “Barthes the posits death: ‘first’ his mother’s pain for the live 144). 2007, (Mavor his Ariadne” as such texts other the as much As Sebald. W.G. author and Photo of memory. objects the set of the protagonist’s also and constitutes narration is also an amateur who Austerlitz, character, the main in which a way represent graphs by partially memories, obliterated out of his wavering order make to tries photographer, sense him to led of a condition which and political circumstances, personal, historical RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------157 Auster ) we do see, in de see, do ) we is travelling towards Cologne. It is during the journey that the memory of the journey that is during It Cologne. towards is travelling Austerlitz Time implicates the concept of memory, which constitutes a cornerstone of cornerstone a constitutes which of memory, concept the implicates Time . As displayed in the book, memories are latently present, but always hidden, which be hidden, which present, but always latently in the book, are memories . As displayed tail, the places where tens of thousands were tortured and murdered” (Zilkosky 2006, 2006, (Zilkosky tortured murdered” and were of tens thousands where tail, the places other the on chronologically, moving is main narration hand the on one While 794). and the Austerlitz between Meetings linearity. disrupts this of the text hand, “thestyle (Boese chronology” in particular of temporal outside appear be to narrator taking place at is not linear point of view, Austerlitz’s following 110). This is because by 2016, time, and typical of of view time, the XVII century, a classic shifts from all. The protagonist room in in the observation of it, conception Austerlitz said as “time, a subjective fosters He 100). 2001, (Sebald artificialthe most far our inventions” all of by was Greenwich, spaces various “only trace exist, further time not does goes can but one affirming that by the which between of the rules of a higher form stereometrics, to according interlocking (Ibid, 185). and forth seen they like” back as As previously move can living and the dead as mul- with photography, dealing when stake of time is at with Barthes, the conception instances which in ways the differently form, informtransform and temporalities tiple surprise not to it ought processed. Therefore, are or anticipation as remembrance such be case would this crucial. also in Sebald’s that litz sooner in Prague myself “no than I found had I arrived all been forgotten: have they lieve been had expunged of which trace childhood, every early of the scenes among my back be only need to Memories (Ibid, 150). as I could recollect” as long for memory my from something or someone by whose connection triggered happens they are It when evoked. thinks about them, one as the moment when out or simply come them to for is relevant visualizes himself in of London Liverpool station Austerlitz street, the railway when, at his to closer permits get him to of which Prague, station of room the railways the waiting opinion,- the con in my where, the passage his past. to extension, childhood and, by Yet, comes its pinnacle of memory reaches theorization of the aforementioned cretization when facts); as even (not dream a as represented almost first back, of comes past the places the ma to is able it, through the narrator of travelling experience then, the physical thanks to real: as if they were them emerge and make terialize these ‘dreams’ GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO displacement from an early age. He lives with a foster family who adopted him after his his him after adopted who family a foster with lives He age. early an from displacement school. private a to of twelve deported age the sends are at him who and parents natural of most the but pervades spatial, remains not only the sense of displacement However, of real his he became aware life—for when example, everyday aspects of Austerlitz’s been us one he had always Elias, the of Dafyold (instead Austerlitz Jacques i.e. name, ing). The feeling of displacement reaches its acme only after many years when he suf he when years acme only after many its reaches of displacement ing). The feeling - iden his recover to time in begin back a journey to decides and a serious breakdown fers on a past.embark will He family’s of biological his and his an exploration tity through him and abandon to had his parents why discover him to bring will eventually quest that (he killed, mother was Austerlitz’s how exactly not learn do if we “even RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , ------158 features of Austerlitz’s mother), be mother), of Austerlitz’s features too the protagonist is only able to uncoil uncoil to only able is too the protagonist depict buildings, therefore inanimate landscapes. This is probably probably This is landscapes. inanimate therefore buildings, depict The concept of memory is linked together with that of representation, and thus of representation, with that together of memory is linked The concept Austerlitz is not only aware of the presence of memories and of the processes that that and of processes of the memories of presence the is not only aware Austerlitz As I gazed out, a distant memory came to me of a dream I often out,both had gazed As I of me manse in the a dream to came memory a distant by overgrown and entirely borders without land of a nameless dream a and later, Bala at upon it dawned going, and was I where idea without any cross had to I which forests, dark of the the original was the train outside past going saw I now what that Austerlitz, said me, (Ibid, 224) years. so me for many had haunted that images photography. Both memory and photography, for instance, “share a common lack of lack common a “share instance, for Both photography, and memory photography. is asserted and again lack again this apparent or remembered; the thing represented of absence ‘presence’ of the insistent the force to testify that and in images in writing the displays photography 211). memory, as for As much 2007, (Sears works” in Sebald’s the that the space from gone, is now which is in a photograph, of the thing that removal - Undoubted occupies—as instance. for viewer in the case with Barthes and his mother, only is the pro Not of recovery. an important in this attempt role plays photography ly, ments, some of the blind spots that the temporal amnesia left behind: “I know beyond “I know beyond left behind: amnesia ments, some the temporal spots ofblind that the 141). (Ibid, partlife” own ofof were memory Simi- my thesefragments that doubt any pull to together tries the writer where Lucida, happensCamera in Barthes’ what to larly in Austerlitz of of his mother, memories pieces of fragments. the reconstruction of his past through arrangement the rhizomatic out with often goes who mentioned, as previously photographer, an amateur tagonist importantly, but more he takes, that the images develop to how and knows his camera counterpart ob the visual memory: constitute whether of his fragmented photographs Elias, the protago Emyr to belonged the one that (like album family jects, outdoors, or at the of the narration), beginning is leafing Austerlitz whose pages father, nist foster in corollary has no accurate that image “an mother’s, Austerlitz’s like phantoms hunted part the latter motivates that of an object desire still constitutes but which his memory, it is important most of the photo highlight that to (Ibid, 212). However, of his narrative” in Austerlitzgraphs implies it surely but as an architect, works who of protagonist, the the profession due to family of lack but the by buildings, triggered memory firstly only is that Not more. much pho precisely a It is recovery. familiar the difficultyof the portraits also underline may the occupies which retrieve, to tries Austerlitz that Agáta, mother, of the natural tograph (nomen omen Vera nanny, second part old his contacted of the book. The protagonist the true recognize can is the only one who as she for sometimes, that seesnothing, except protagonist) “he (the conveys as Darby cause, however, sense which, impressions, he does recollect of a second, he believes, a fraction - con as I was far them,“as against sets a barrier them forth,bring but he voluntarily looking century” by only is It nineteenth 139). (Ibid, late the in ended world the cerned of frag restoration the through fill up, to bewould he able that past the and facing back GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 159 (W. G. Sebald Sebald G. (W. — 2 Image movie a German from Footage Austerlitz| (c) 2001, 251) Both hypotheses are dismissed by Vera. The footage especially strikes the narra the strikes especially The footage Both hypotheses dismissed Vera. by are GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO disappear when he attempts to capture them” (2013, 173). By following Vera’s descrip Vera’s following (2013, 173). By them” capture to he attempts disappear when tions of his mother, Austerlitz begins a quest for the photograph that almost follows the follows almost that photograph the begins for quest a Austerlitz oftions mother, his The protag accomplished. always but based on obstacles story, of a legendary patterns he his discovery but before onist,of his mother, the true in fact, does find photograph of an actress a photograph as his mother’s: he misinterprets that images spots other two where 2) of (Image a German movie and footage then), back occupation (his mother’s be to his mother. assumes he wrongly that a woman he traces uses of apparatus. it as a point who the visual ofdeparture discuss to the veracity tor, show to a documentary for used Germans as propaganda taken by were The images the images, decipher to Unable of village. Bohemian a representation almost idyllic an a glimpse of his catch to down, hoping in this way has “the segment slowed Austerlitz re the medium of film into something transform to In a sense, he attempts mother. (Kempinski still shots” isolated into frames the moving slowing sembling photography, be distinction the on Barthes his works and alsohe this, echoes doing 465). By 2007, be turns out to effective attempt Only the third time. and photographic cinematic tween as Agáta “recognize(s) she archives, the in finds Vera that becausephotograph the in - provid are as readers, we, that (Sebald 2001, 253). the fact had then been” she Despite time on it; does not spend much 3), Austerlitz (Image of Agáta ed with the photograph (Ibid, 253). actress” As is an “anonymous that girl a young depicts the image moreover, be turns out to an face of his mother’s “The discovery ultimate Masschelein, by stated his father this, the quest turns to After his journey. does not put an end to It anticlimax. recuper- one hand the on the While 377). (2007, Verneuil” de Marie beloved, the lost and - photograph such of the mother has been fulfilled, on the other, of the photograph ation his mother, recognize to unable not only was who Austerlitz, moved barely ic encounter his accomplish to order in (Vera’s) assistance someoneseek also to had else’s who but RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 160 (W. G. G. (W. — 3 Image mother, Austerlitz’s Austerlitz | (c) Agáta Sebald 2001, 253) , a site of incapacitating difference in which Austerlitz ap Austerlitz which in difference of incapacitating , a site Non ora, non qui ora, in Non Photography of Incommunicability The De Luca: Luca,Italian jour- in De an 1989by Erri published work is the first qui non ora, Non , is focused on a maternal photograph (its description in Barthes, its recollection in in Barthes, its recollection (its description , is focused photograph a maternal on proximates himself to the past without being able to make meaning out of what he sees” sees” he ofout what meaning make to beingwithout past the to himself able proximates (2018, 139-140). nalist, poet, translator and writer born in 1950 in Naples. The book an impor- represents bornnalist, 1950 and writer in poet, in Naples. translator doesNot only the narratives. fictional tant starting De Luca’s point considering when production, as such the writer’s be can throughout found that themes encapsulate text dialogue a II, but it also establishes War unhappiness and misery after World loneliness, pho mother’s of the narrator’s The discovery arts,with visual in particular photography. tograph is what awakens the protagonist’s memory, as “the visual element triggers the triggers as “the element visual memory, the protagonist’s awakens is what tograph reality between the boundaries collapses which of Sunday, memory of winter the smell GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO goal. A considerable portion Lu of this book,the second part as for A considerable Camera goal. of Barthes’ cida a certain the end. disappointment at it seems and again, convey as if bothSebald), texts its truthfulness, doubts as the it because Is Austerlitz this choice? explain we can How because it Is fully he does not trust representations? ‘false’ were photographs other two medium, by both the photographic by discouraged he is think that to his memory? I tend with its (together the medium that space the in-between by add, and, I would memory, “in- Austerlitz’s affirms that who Fry, Katherine by as endorsed act of viewing) creates, of fusion past and present the messianic achieving from far with photography, teraction heterotopia a produces […], RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 161 (Ibid, 8 (De Luca 1989, 1989, (De Luca 7 (Ibid 1989, 14). (Ibid 1989, Staring at 10 ) physical transformations in order to demonstrate the others” demonstrate to in order transformations ) physical - ver in the depiction the mother’s how notice to is interesting It 20). (Ibid, 9 The character of the mother appears promptly in the text when the narrator is re is narrator the when text the in of promptly appears mother the character The The narrator comes across a photograph depicting a scene of everyday life, which which life, a scene of depicting everyday a photograph across comes The narrator “Una volta, per esasperazione verso il mio difetto mi accusasti di balbettare ad arte”. di balbettare mi accusasti il mio difetto verso per esasperazione volta, “Una “la sua voce governava il mio respiro e lo fermava appena alzava anche di poco il tono”. anche appena alzava fermava e lo il mio respiro governava “la voce sua “Guardo la fotografia. Non mi stupisco di come si vada ingrandendo e dei particolari che riesco a cogliere”. riesco a che dei particolari e ingrandendo vada si come Non mi stupisco di fotografia. la “Guardo “Non mi parlavi più, non mi dicevi le cose che succedevano [...] Dicevi che ero cambiato, te lo sentivo ripetere ripetere sentivo lo te cambiato, ero che Dicevi [...] più, succedevano cose le che non mi dicevi mi parlavi “Non le altre”. anche per dimostrare fisiche trasformazioni le a papà nominando anche

9). Additionally, by following the narrator’s recount of past events, the existence of a the existence of past events, recount the narrator’s following by Additionally, 9). evident, more both because grows of their the two between relationship problematic me what not telling were you me, speaking to no longer were “You incommunicability, by dad this to telling I remember you I changed, that used say to You on [...] going was (my enumerating the photograph and posing his attention on its details, he eventually recognizes the face the face recognizes he eventually on its details, and posing his attention the photograph 9 10 BOCCHI GIANMARCO 7 8 and fiction” (Spunta 2001, 393). The story is set in Naples and it is built around two dif two around built is it and Naples 2001, (Spunta 393). in is story The set fiction” and ferent temporalities: the present of the narrator, already in his sixties, who is looking at at looking is who sixties, his in already of narrator, the present the temporalities: ferent of one those by pictures past, and his evoked ago, years his father by taken photographs and Sebald’s Barthes’ for As child. seven-year-old a young, he was when (his mother’s), - photograph this the time when at deceased are analyzed, the mothers cases, previously of is certain the age about in Barthes, happens; the narrator like plus, ic remembrance this is so.on how The account any give but he does not subject(s), the photographed Second World living in a humble, was the family informed that though, are readers, and bad smells, starvation, by profusely pervaded neighbourhood Naples, in War-era stuttering. from suffering was the protagonist/narrator and that dialects, working-class disjointed the mirrors well of composition text,the which of fragmentary the spite In truth- be out to turns clear-headed, remembrance the narrator’s structure of memory, snapshot, a section a clear presents “each instance for organized, ful and thoroughly and the previous to time is linked the same at which picture, and coherent complete a kind of building coherence, and structural thematic strong one through the following (Ibid, 387). album” photographic im- The first with in his childhood. he used play that ball to of a yellow the story calling “her of ofone is mother his description submission: narrator’s the from get we pression it as soon and stop rose” as her tone breath my used govern to voice 75), and tension, “once, as exasperation for my deficiency you accused me of stuttering deficiency my for as exasperation and tension, “once, 75), on purpose” acquires a personal value when he zooms in, through a quasi-cinematic procedure, on he zooms a personal when a quasi-cinematic value in, procedure, through acquires surprisednot am I photograph. the at look “I passing-by: of were those who faces the grasp” I can that and of the details it is enlarging about how - encoun photographic by the up the one brought from differs substantially bal narration the pain caused by heal to attempt the narrator’s seems reveal to conversely, which ter, past. rewriting—albeitthe mother by melancholically—the RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - 14 162 to make possible): possible): make to (De Luca 1989, 51-52). 1989, (De Luca 13 (Ibid, 16), whereas the narrator is in his sixties. sixties. is in his (Ibid, 16), the narrator whereas (De Luca 1989, 18). De Luca is playing with the is playing 18). De Luca 1989, (De Luca 12 15 (Ibid, 15). The peculiarity of the narrator’s mother is her age, as age, mother is her (Ibid, 15). The peculiarity of the narrator’s 11 The scene is pervaded by a dynamism typical of the cinematic medium made pos typical a dynamism medium made The scene by of is pervaded the cinematic Now in the photograph that stops us I would get off at this stop. I would meet you by cros you would meet I at this stop. off us get stops I would that the photograph in Now sing the street. It would be possible to have a continuation. I would come to give you my my you give to come I would a continuation. have be to would possible It the street. sing other arm in arm with each walking By comprehend. would We do? we arm. would What had not weaken that see would it in the separations We all our life. comprehend would we it either” did not strengthen that returns the affection, in the “Perlustro con occhi i visi dei passanti, tra essi vedo il tuo, mamma”. vedo essi passanti, tra dei i visi occhi con “Perlustro Blow up by Julio Cortázar establishes a very dynamic relationship between the photographer and the photograph. and the photograph. the photographer between dynamic relationship a very Cortázar Julio up by establishes Blow close- photographic he took, thanks to home and starts the photograph comes looking at When the photographer it.taking was he The when him to hidden were aspects that seems be revealing and to moving image the ups, it tries least at (or his understanding possible makes of the photograph movement cinematic […]; head his […] The kid had ducked by finger. finger hand beginning stir slowly, to the woman’s I saw when “[…] and her hand opened his ear, talking into was the woman Now […]. of his overcoat he had turned up the collar (Cortázar 1995, 209). his cheekbone” itself against lay to again “che seguono lo spettatore ovunque esso si sposti. È così per me adesso: tu guardi e io ho l’impressione di essere di essere ovunque esso sposti. per si me adesso: e io ho l’impressione È così seguono tu guardi spettatore lo “che guardato”. “Quanti anni hai in questo inverno? Forse la metà dei miei di adesso, sei miei di adesso, nei trenta”. dei metà la Forse inverno? anni hai in questo “Quanti la strada. attraverso incontro verrei questafermata. Ti a io ferma che ci potrei scendere fotografia nella “Ora Sottobraccio capiremmo. Noi faremmo? Cosa a dartibraccio. il Verrei un seguito. avere ancora Potremmo ritorni nei l’affetto, non ci hanno indebolito che separazioni nelle vita. La vedremmo nostra tutta la capiremmo rinsaldato”. l’hanno non ce che

rial “that follow[s] the spectator anywhere s/he is moving. This is for me now: you look you me now: is moving. is for This s/he anywhere spectator the follow[s] “that rial be to seen” the impression and I have However, the gaze of the mother, corresponded to by the son’s, is compared to the picto to is compared the son’s, by to corresponded of the mother, gaze the However, sible by the verbal narration, and it problematizes the static nature of photography as of photography nature static the and it problematizes narration, the verbal by sible Cortázar. Julio by Up) (Blow Diablo’ del in ‘Las Babas as it happens, instance, much for 15 14 11 12 13 GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO of one woman that he identifies as his mother, “I examine with my eyes people’s faces, faces, people’s eyes my with examine “I mother, his as identifies he that ofwoman one them yours” among The shift of the mother and son’s age not only “allows a reversal of roles, which puts the puts the which of roles, a reversal not only “allows age ofThe shift and son’s the mother by as stated (2001, 389), son one” position in a speaking in a listening and the mother change, epistemological but also, it highlights an displacement,” balanced in “A Spunta as of time and position of of consequences in terms the linearity power, brings which the composition of his following section. in the upcoming last and By I will underline almost becoming is part of himself it: narrator the he imagines photograph, mother’s up a hypotheti- in the snapshot, is present of a bus, makes and he that inside catapulted happen would in the case he could get thinking about what by narrative and parallel cal his mother: bus and meet off that static and dynamic nature of both media by integrating them in the verbal narration. narration. them in the verbal of both integrating media by and dynamic nature static a match by and his mother is marked the narrator between encounter The epiphanic the introduction of thanks to the light is mystic a scene that creates which of gazes, she is stuck in time at the age of thirty, “how old are you in this winter? Presumably half Presumably winter? in this you are “how old of thirty, the age time at in is stuck she thirties” in your are as I am,as old you RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 163 (Ibid, 18 (Ibid, 90). (Ibid, 90). 17 (Ibid, 41).The 19 probably for the first time the first for probably , “light, though impalpable, is here is here , “light, impalpable, though (Ibid, 17) 16 , as he sees her many times throughout the recollection of his memories: “I know of his memories: the recollection throughout times , as he sees her many The only element that impedes the encounter to be to the of fulfilled presence the is encounter the impedes that element only The I look at your face: you look. It is strange that on the street you are laying your eyes on so eyes your laying are you on the street that is strange look. It you face: your I look at mething. You are looking at the bus. You moved from the sidewalk, but you keep your feet feet your keep but you the sidewalk, from moved the bus. You looking at are mething. You are stopped. suddenly There were seems as if you It cross. trying to not are you together, high densecome from and might bright — it coming. An intense light is filtering not cars clouds. we find a continuous spatial and temporal fluctuation between the fluctuationbetween temporal and continuous find a spatial we qui non ora, Non “C’è un vetro e non mi puoi ascoltare neppure se grido. C’è un vetro a proteggerti, c’è un vetro nella morte di nella un vetro c’è a proteggerti, un vetro C’è se neppure puoi grido. e non mi ascoltare un vetro “C’è ciascuno”. “Guardo la tua faccia: tu guardi. Strano che in strada tu posi lo sguardo su qualcosa. Stai fissando l’autobus. Sei già l’autobus. Stai qualcosa. fissando su sguardo tu posi lo in strada che Strano tu guardi. tua faccia: la “Guardo di colpo. fermata ti sia Sembra che di attraversare. ma tieni i piedi uniti, non stai cercando marciapiede, dal scesa alte”. nuvole da forse densa, e bianca luce forte filtra Una in arrivo. ci sono vetture Non “Siamo fermi nella fotografia, ma tu sai quello che sta per accadere perché tu hai proseguito oltre. Io invece so chi so Io invece oltre. tu hai proseguito perché che sta per accadere quello sai ma tu fotografia, nella “Siamo fermi . condizione” È questa una strana tu sei, conosci. so il mio destino. il tuo tu sai Io ma non il seguito che nome, “Non mi riconosci”. “Non

ingly see his mother. The mirror sets the limit between the time of the narrator and that that and oftime the narrator the limit between the sets mirror The seeingly mother. his other each reach to seek that temporalities two it defines and therefore of the mother, if I scream. me not even hear can’t you and “There is a window collide: cannot but that death” in everyone’s is a window you, there protects that is a window There bus window, which acts as separation between the two yet enables the narrator to fleet to narrator the enables yet two the between as separation acts which buswindow, 18 19 BOCCHI GIANMARCO 16 17 (possibly the flash of the camera). The addition of this particular interestingly recalls recalls this particularof The addition (possibly interestingly camera). of the the flash Lucida of light in Camera acknowledgment Barthes’ a carnal medium, a skin I share with anyone who has been photographed” (1980, 81); (1980, beenhas photographed” who anyone with medium, share I carnal a a skin works: the two among comparison an additional it sets therefore, In following on by independently carry that the one of and the mother, time of narrator the hap to going is what you know but stoppedphotograph, a in are flow: “We natural their that after but not the are, you who I know Otherwise, forward. pen moved because you condition” a strange This is destiny. my know you name, I know your know. you 44). Nevertheless, there is the addition of the crystallized time of the photograph, which which time of of the photograph, addition the crystallized is the there 44). Nevertheless, the oth- allows that it is something in between narrator’s; nor the is neither the mother’s mother between In sum, the (photographic) encounter closer. get to temporalities er two finally communicate to and son able is only partial: are the two - its real not allow does that of photograph the happens world It in the idyllic after years. of both the meeting, the space which circumscribes ization because that of the window impedes which span, temporal and of the different the two, between the distance keeps me” recognize don’t them: “You between recognition physical a even narrator’s approximation to his mother (or at least to her image) can be can seen as a memen her image) to least at his mother (or to approximation narrator’s tomori recognizing, without mother coming their me saw before coming. is Others death my that RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 164 : while : while (Ibid, 45). 20 As affirmed by affirmed As Austerlitz 21 , as the former “is, as the former noth- “continually juxtaposed by metadiegetic juxtaposed metadiegetic by “continually , photography “preserves the living person “preserves , photography Non ora, non qui, qui, non ora, Non personal memory mingles with a collective one: in with a collective personal memory mingles non qui ora, Non and “who looks as though he were about to distance himself from something which he is staring at. […] His at. he is staring […] something which from himself distance about to “who he were looks as though Conclusion in much this paper have throughout account books into I took The three that Not only do the three texts depict stories of displacement in time (and space), but space), in time (and of displacement stories depict texts the three only do Not Austerlitz Angelus of Klee the Angelus Paul by the image Benjamin employing by Walter by explained has been well idea This same Novus the into him irresistibly drives […] but a storm […] the past. catastrophe, sees one single He is turned towards face 257-258) (1999, is turned” his back . which to future, “So che mi sta accadendo di morire. Altri prima di me videro la loro madre venire senza riconoscerli, la senza la riconoscerli, venire madre loro la di me videro prima Altri di morire. “So mi sta accadendo che il verso venivi come di me, verso di questo: verrai avvisi Mi [...] un vetro. c’era per ma forse nome, chiamarono luce”. la a spegnermi lettino

common. Apart from the evident elements of time and distance, they share issues of they share of time and distance, elements common. evident the Apart from at force the driving is obviously movement. Memory and cinematic silence memory, in the case that notice to it is interesting Moreover, ofthe base these recoveries. of any of GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO 20 21 they called her name, but maybe there was a window. […] You warn me of this: you will will of me this: you warn You […] window. a was there but maybe her name, called they bed off turn the light” to my used towards come you to like me, towards come Camera Lucida Camera Barthes’ to referring Hughes If of the photograph. the will-have-been anterior, in the future is captured whose death This 197). (2009, the living, entomb life” to then, they also the dead bring photographs attracted might have that characteristic is the instances temporal different between leap of memories, their recollections books of moved the three and that the main characters of narrator the for are, which they also play with the idea of movement back and forth in time of the photographic me and forth in time of back the photographic of movement with the idea they also play Camera Lucida with Camera qui non ora, Non connects pect of silence in though of a son mother (even with his of communication than a research ing rather he Barthes affirms that 1994, way, same In the 48). (Fabris time and space)” the wrong supposed, her; for we without in her presence, ‘discoursed’ never her, to “‘spoke’ never is the other” The photograph (Barthes of each 1980, 72). the kind to anything saying Moreover, them. contact between silenced that voice to it is finally possible where place and qui non ora, links Non that of image the moving is the element there cinematic quasi a (through to be enlarged photograph the needs of the first the narrator of by the second is misled protagonist the its details, distinguish to in order process) of movie. a German footage and chronology notions of linearity, Newtonian this, they challenge doing dium and by time is Photographic of memory. dynamic organization of a more sequentiality in favor bothtied moment frozen a is it non-time: present, a to future. and past Sebald the protagonist is the emblem of “the catastrophe of modern European history, history, of modern European of “the emblem is the catastrophe Sebald the protagonist is the the Holocaust and destruction, displacement, of which violence, ofa history war, is likewise the narrator 352); 2008, (Brockmeier in De Luca’s, manifestation” ultimate The as one of the most difficult moments history. Italian of hisrecalling personal and RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 165 Camera Camera “reveals the mother in “reveals ), which are proof of closeness, and the power position of and the power proof of are closeness, ), which ” (2007, 377). Hence, in the last two cases, the readers readers the cases, two last the in Hence, 377). (2007, ” clair-obscur the encounter is represented as an epiphany, in Austerlitz as an epiphany, is represented the encounter non qui ora, Non and The time deferral is the common starting the common is books, pointthe three in deferral The time way the but As photography is the tool that these authors use to recreate the mother-son rela use these recreate authors to is the tool that As photography GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO the encounters have been depicted and accomplished is different. While in De Luca the De in is different. While and accomplished been depicted have the encounters in Sebald and to, alluded in Barthes rapidly it is only detailed, well is very photograph Austerlitz Masschelein: by all, as claimed it is not described at - flash and introducing of a series tense, flashbacks future and even in present passages allows which […] time, the initial to returns In thesemoments the narrator forwards. his mother” 2001, (Spunta address to 388). finally and the past”, ‘see’ him to a kind of ghostlike ofkind a ghostlike while however, found; both have that the photograph mentally envision to not able are - materi to readers the Barthes allow not does insertedSebald of mother, the image the in embed to not text.the in it Whereas decided seeally writer it, French the as Lucida does Austerlitz as actualization, not find does encounter the precedes that climax the of his in search away moves and immediately on the photograph not focus his attention their of photograph the find protagonists the where albums past. family The father’s Austerlitz (excluding mothers be can than the sons) younger always are mothers the (as of the protagonists the age and, conse encounters the maternal that argue I would However, seen as advantages. failed intentions, burgeoning of protagonists’ the past,the despite recovery the quently, this argument, support I would these of following looking at the idea be By to attained. 172). 1997, (Hirsch of son-mother’s with the self instead as a confrontation encounters the son the mother or perhaps himself? of is the object these encounters, What The ex and not yet young they were when of their mothers photographs of recovering act idea also reveals feasible, been very not have them would recognizing thus, when ‘mothers,’ of a failure. a suspicion puts the medium that is probably scrutinize to it:it is necessary photography tionship, by adopted it was why the reason us with the past the most, in contact and this is surely Barthes “for instance, For the mother-son for as a device encounters. writers the three in think about his mother; to extension, and, by only as a way exists the photograph as the pas things opportunities on such are meditate to photographs account Barthes’s can 175). Yet 2009, (Elkins pain” and loss, of of memory, modulations the and time sage pseudo-presence both and they are “a away, They slip photographs? on lean really we 16). analyz the encounters at (Sontag When looking back 1977, of absence” and a token cannot. it seems of we visibility the mothers, dubious the ed in this paper and at RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 166 . , edited by Lise Patt Lise Patt by , edited . , vol. 2, no. 2, 2, 47-51. no. pp. , vol. , edited by Geoffrey Geoffrey by , edited ed., Hannah Arendt. ed., Hannah , edited by Geoffrey Batchen, Batchen, Geoffrey by , edited . Translated by Richard Howard. New New Howard. Richard by . Translated . https://muse.jhu.edu/article/631552 , edited by Lise Patt and Christel Dillbohner. The Dillbohner. and Christel Lise Patt by , edited Dillbohner. and Christel Lise Patt by , edited . New York: Random House. York: . New Searching for Sebald: Photography after W. G. Sebald for Sebald: In Searching Photography after W. .’ Press. , edited by Geoffrey Batchen, Cambridge and London: The MIT Press. and MIT The London: Press. Cambridge Batchen, Geoffrey by , edited , edited by J. Baxter, V. Henitiuk and B. Hutchinson, Manchester University Press. Press. University Manchester Hutchinson, B. and Henitiuk V. Baxter, J. by , edited . Cambridge: Legenda. Legenda. . Cambridge: , edited by Hugh J. Silverman. Routledge. Silverman. J. Hugh by , edited 6, no. 2: 347-367. http://doi.org/10.1353/pan.0.0016 2: 347-367. no. 6, , edited by Geoffrey Batchen, Cambridge and London: The Mit and Press. The London: Cambridge Batchen, Geoffrey by , edited . https://doi.org/10.11606/issn.2238-8281.v2i2p47-51 51, journal 1: 125-141. no. critical muse.jhu.edu/article/688067 interdisciplinary Press. and London: The Mit Cambridge Batchen, G. Sebald W. after Photography Sebald: for Inquiry. of Cultural Institute University Fordham Inquiry. of Cultural The Institute Dillbohner, and Christel Press. and London: Duke University . Durham Winnicott W. D. and G. Sebald W. after Photography Sebald: Inquiry. of Cultural The Institute W.G. Sebald’s Austerlitz Sebald’s W.G. Cambridge and London: The MIT Press. and London: The MIT Press. Cambridge Barthes Press. University Harvard Trans. Harry Zorn. Harry London:Trans. Pimlico. 4: no. 104-121. 39, Literature Modern of Journal Ideas Degree Zero — 1980’s. 1880’s M. Rabb, Jane restitution Ponty York, NY: Hill and Wang. NY: York, Press. and London: Fontana Hammersmith Heath. Stephen by Zero Mosaic: an an Mosaic: Austerlitz” Sebald’s G. in W. Image 2018. “Lost Time and the Heterotopic Katie. Fry, In Searching of the Mother-Image.’ Sebald, Barthes, and the Pursuit roman! ‘Quel 2007. Avi. Kempinski, York: . New Reproduction Mechanical of Age the in Mother Elissa. 2012. The Marder, Proust, Marcel Lartigue, Henri Jacques Barrie, M. J. Barthes, Roland Boyishly. Reading 2007. Carol. Mavor, for In Searching Prose.’ in Sebald’s of Literature and the Space Images, ‘Photographs, 2007. Sears, John. Sebald, Winfried 2001. Austerlitz Georg. Nadja and Nadja Breton’s in André Indexicality Negative in Glove: ‘Hand 2007. Anneleen. Masschelein, Picador. NY: York, . New On Photography Sontag, Susan.1977. by Erri de Luca. de Italianistica Erri by non qui, ora, ofMariarosa.1994. Non Review Fabris, Regarding Lost Time: Photography, Identity, and Affect in Proust, Benjamin, and Benjamin, in Proust, Affect and Identity, Photography, Lost Time: 2012. Katja. Haustein, Regarding Mass: Cambridge, Postmemory. and Narrative, Photography, Frames: Family 1997. Marianne. Hirsch, In Photography 1980.’ Degree circa Lucida, Zero ‘Camera 2009. Gordon. Hughes, Boese, Stefanie. 2016. “Forever Just Occurring: Postwar Belatedness in W. G. Sebald’s Austerlitz.” Austerlitz.” Sebald’s G. in W. Belatedness Postwar Occurring: Just “Forever 2016. Boese, Stefanie. History of the and Literature of Journal Answers: Partial Memory.” “Austerlitz’s 2008. Jens. Brockmeier, In Photography and Photography.’ on Love ‘Notes 2009. Paola. and Cortés-Rocca Eduardo Cadava, by , edited Photography and Short Story In The Backburn. Paul Trans. 1995. Julio. ‘Blow-Up’ Cortázar, of In A literature Austerlitz.’ Sebald’s G. in W. worlds rooms and false 2013. dark ‘Stations, David. Darby, Feltrinelli. . Milano: qui Non ora, De Luca, Non Erri. 1989. Merleau- Since Philosophy Non and In Philosophy 1988. Barthes.’ of ‘The Roland Deaths Jacques. Derrida, and London: Routledge. York . New Is Photography 2011. What Elkins, James. Photography be?” to picture want we “What do — 2009. Degree Zero Benjamin, Walter. 1999. ‘Theses on the Philosophy of History.’ In Illuminations, of History.’ ‘Theses 1999. on the Philosophy Benjamin, Walter. Translated Translated Text. Music, Image, on Some Stills”. Eisenstein Notes Research “The Meaning: Third — 1977. Degree Photography Zero”. Degree Photography to An introduction “Palinode: 2009. Geoffrey. Batchen, GIANMARCO BOCCHI GIANMARCO — Bibliography Photography on Reflections Lucida: Camera 1980. Barthes, Roland. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 167 . Luca’s Non Non Luca’s Aceite: 2020-07-06 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0002-0325-0166 — institucional Morada 93 Charles Floor, 3rd Theatre, Bader Isabel (Canada). Toronto M5S 1K9, West, Street . 121,3: 679-698. no. https://www.jstor.org/stable/3840763 Recebido: 2020-05-31 Recebido: 35, 2: 383-402. no. https://doi.org/10.1177/001458580103500206 Italicum Forum non qui”. https://doi.org/10.34619/jrh1-r457 ora, ora, ‘Austerlitz’”. MLN ‘Austerlitz’”. — Received — DOI BOCCHI GIANMARCO Spunta, Marina. 2001. “A balanced displacement: images of vision and silence in Erri De De in Erri silence and of vision images displacement: balanced 2001. “A Spunta,Marina. . Amsterdam and New York: Rodopi. York: and New . Amsterdam Photography of Paradox The 2009. Pierre. Taminiaux, in Sebald’s Melodrama and Holocaust Nostalgia, Disorientation, “Lost and Found: 2006. John. Zilcosky, — note Biographical the at candidate is a PhD Bocchi Gianmarco University Literature, Comparative for Centre intermedia encompass His interests of Toronto. its and photography studies, specifically narrations. in verbal employment focuses project theories on research His PhD in particular and narratology, of photography and (photographic) on issues of spatiality ekphrasis. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 168 , nas

persistente na história dessas dessas na história persistente gráfica, no quadro dos costumes das teorias da fotografia fotografia da teorias das costumes dos quadro no gráfica, - “indexicali da o aspecto imagens suas para em estatuir signifi- de esta como modalidade última definida dade”: “causalidade uma pura de no suposto enraizada cações uma como idéias essas caracterizo natural”, mundo do conceitual fantasmagoria estratégias ilustrar tento propósito, Com este teorias. corre da através teóricos, esses espectros exorcizar para certase instâncias fotográfica significação a entre lação — com perceptiva experiência da conceitual mediação de a noção imaginaçãoespecial foco sobre de ficcional da a experiência que caracterizam ver de modalidades como autores em especial), em a fotográfica, (e imagem Walton. Kendall | ver-através | | indexicalidade | transparência Fotografia Walton Kendall “trans of photographic the problem examine to I intend in photogra of ways customary the context in parency”, the aspect of of “indexicality” stating theories its phy for modality being as a meaning defined the latter images: Pretendo examinar o problema da “transparência” foto “transparência” da o problema examinar Pretendo — Palavras-chave — Abstract — Resumo BENJAMIM PICADO BENJAMIM [email protected] BENJAMIM PICADO BENJAMIM Departamento Fluminense, Federal Universidade e Mídia Culturais Estudos de The Ghost of Theory: what does it mean does it mean Theory: what of The Ghost photographs? “seeing-through” O Fantasma da Teoria: Teoria: da Fantasma O o que significa “ver-através” “ver-através” significa o que defotografias? RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

1 - - - - 169 desde sua origem origem sua desde of these theories. For this pur- this For of these theories. - of seeing, in the modalities charac da mediação perceptiva, orientando padrões simbólicos de de simbólicos padrões orientando perceptiva, mediação da das teorias da fotografia — cujos efeitos — cujos efeitos se fizeram fotografia da teorias das rooted in the assumption about pure “natural causality of causality “natural pure about in the assumption rooted as a persisting ideas such characterize I worlds”, natural conceptual phantasmagoria these theoretical exorcising for strategies pose, I illustrate sig photographic between correlations through spectra, of mediation per- conceptual of and instances nificance specialwith — focus experience of notion the on ceptual fictionalimagination - the photograph (and of the image the experience terizing Walton. Kendall like authors by in particular), ic one, | seeing-through | indexicality | transparency Photography Walton | Kendall propiciada pelas manifestações dessa infra-estrutura material material infra-estrutura dessa manifestações pelas propiciada fantasmagoria conceitual fantasmagoria Essa Essa das teorias da fotografia? da teorias a priori das um de espectros os índices Serão No uso que faço do termo “filogênese”, refiro-o às abordagens de certos ramos da psicologia e da pedagogia do da e pedagogia psicologia da refiro-o ramos certos de abordagens às “filogênese”, termo do uso que faço No como definidas criatura da características as designando Vigotsky), e (por em Piaget desenvolvimento exemplo, que a participação implicam do indivíduo nas dinâmicas àquelas contrapostas espécie (filogenéticas), da herança a sobre o debate para transpostas vez Uma (ontogenéticas). social conduta e condicionamento da reforço de se feitura sua de natureza da derivadas como imagens dessas significação uma quereforçam teses as fotografia, — ao passooriginária que inscrevem aquelas que fisicalidade sua natural de como aspecto associam à filogênese, gestalticas às dinâmicas visual realismo do tal valor ontogênese. da social ordem seriam da circulação e cultural, sua

(Bazin 1945;(Bazin Scruton 1981): Barthes 1961; da Arnheim 1974; tais admissões decorrem - cinema — se do tempo, tambémmenos por ao consubstan nas teorias algum sentir, ou “indexicalidade” da a tais como qualidades de na alegação cia fundamentalmente (Dubois 1983; significação sua Walton de 1984), 1986; Schaeffer “transparência” da filogênese sua de “imediaticidade” ou da “automatismo” do caráter pelo propiciadas tória de reflexões acerca do fenômeno da fotografia, fantasmando-afotografia, da fenômeno do acerca reflexões de tória qua outros de através tematizá-la quase vezes impossível muitas tornar — a ponto de - condi teorias que destas muitas partindo enquadramentos dos pressupostos: de dros nas artes visual, reprodução da tecnologias pensar das particularidade a para cionaram excepcional de experiência uma esses discursos alegam modernidade, da e na cultura perceptiva transitividade sociais a circulação que — sejadefinem nas práticas modernidade da visual produção da realis o particularde que determinam efeito de crenças sistemas ou nos fotografia da mesmas. das mo que obtemos projetando-se sobre a extensa his projetando-seextensa a sobre discursiva sombra espécie de esta Proponho abordar — Keywords 1 BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------170 : se — designando os designando — arché Na estrutura de minha argumentação, organizo esta exposição da seguinte manei- seguinte da exposição esta organizo minha argumentação, de estrutura Na Pois bem, numa linha diversa daquela que sugere a tópica desse dossiê (o tema tema (o dossiê desse a tópica que sugere daquela bem, diversa linha Pois numa uma de ser de obra não deixa Cabe-nos, questionar se então, um tal suposto (que - boa exer como parte teorias, desejo demonstrar dessas momento, primeiro Neste noção pela a amplitude alcançada recobro parte segunda argumento, meu de Na ra: em primeiro lugar, identifico a “tenaz persistência” do tema da indexicalidade que da indexicalidade tema do a “tenaz identifico persistência” lugar, em primeiro ra: (Elkins 2009), fotográfica imagem da própria uma natureza sobre permeia os debates àque contraste — por natural” “significação de uma restituindo-a filosófico ao espectro supostamente necessária clivagem entre diferentes gêneros de produção visual, por visual, produção seu de gêneros diferentes entre clivagem necessária supostamente sua de “causalidade” ou “intencionalidade” pela pautados turno - “causali alegada da em razão possivelmente perceptivo, dado como fantasmagoria da razão pela a sobre perguntar interessa me imagens), dessas gênese a que define dade” ver coisas nos simplesmente, permitem,mui que fotografias diretamente cremos qual campocomo de sério fotografia da que a teoria escritos consolidou de tradição longa — nos espectralidade de um tipo mesmo, mais profundo não constitui, em si pesquisas) em uma nativa crença nossa de fundamentos os reais sobre a perguntar assim levando cultu seu - experiência modo legitimar-se e de como de imagens dessas “transparência” de um vindi- conceituais e reais em suma, os significados sobre é, modernidade: da ral artigo. neste falar quedesejo fotografias de “ver-através” cado filosofias fenômenos, e doutrinas, de arco e heterogêneo a partircitadas um largo de fotográfica, imagem da “existencial” tal qualidade em uma tese que estrutura resulta des gênese e informacionais da químicos físicos, aparatos dos em razão estritamente além para fotografia, da à teoria aplicações possíveis suas e de semiótica “índice” do partir a — ca um de fotográfica” imagem da “ontologia mera uma a assimilação sua da lugares culturais e axiológicos para a fruição e avaliação da pintura e do desenho, de um um de desenho, do e pintura da e avaliação a fruição para e axiológicos culturais lugares do cinema,de outro. e fotografia e da lado, e espíritos espectros, fantasmas, como entidades de ordens de admitimos a existência (semque discutamos artifí- fotográfica instanciação sua de mesma na medida outros, supos há no tais que possibilidades), intencionais viabilizam estados e cios fotográficos perceptivas, inclinações nossas em embutido “realismo” de atributo um crença desta to geral. em fotográficas, imagens de em face ca tema conversação, da convencionais regras de sentidoo derivado que caracteriza la visita — e estranhamente que da linguagem filosofia da certas de correntes racterístico vezes mediação. na maior partedevida das sem a fotografia, da as teorias as supostas e sobre-determinações analogias entre aí inclusive implicando ses ícones, 1975) e Allen — e que alhures (Snyder percepção da naturais estruturas e óticos aparatos das dispositivo” do um “argumento em seu constituindo passei todo como a designar 2017). (Picado fotografia da clássicas teorias a fo sobre discussão teórica da por menos freqüentes minho indicado certas tradições fenômeno instanciam um fotográficas partindoqueda noçãode as imagens tografia: BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 171 , da ordem de um jogo de “faz-de de um jogo de ordem , da natural) que comanda esse processo, e sim uma esse e sim processo, que comanda natural) originária de sua elaboração por um sujeito que por conduz um sujeito elaboração sua de originária , no âmbito de sua fruição e apreciação estéticas — uma estéticas apreciação e fruição sua de , no âmbito - con as matrizes jogo a este que percepção comum, oferecem da Na perspectiva em que ataca este problema, Roger Scruton não hesita em dar à dar em Scruton hesita não Roger problema, este queem ataca perspectiva Na que está ‘compreensão’ de discutirmos conceito o para espaço haja não Embora Podem signos “naturais” representar alguma coisa? alguma representar “naturais” signos Podem possam ser ou não Que fotográficas que se de imagens na idéia pense, saída, de Desejo argumentar que a noção do “ver-através” se constitui, menos em auto ao que a noção “ver-através” do Desejo argumentar dinâmicas gestalticas dinâmicas - concei rigor do função em justamente negativa, liminarmente resposta uma questão assim sen- fotográficas: imagens para “representação” de conceito do emprego do tual atributo ao apropriado desenhos algo e de pinturas faz que significativa a ligação do, “pensamento como designa que constitui-se ele basena representações daquilo das que pinturas em Falar visuais. formas dessas mesma origem na operando intencional”, estipular significa um evento) uma paisagem, indivíduo, (um coisa alguma representam que se daquilo casos, nesses uma decorrência é, imagem discurso de da que o universo a pensarpode leve supor que ela envolve uma pintura o seguinte ponto: mencionar é válido compreender envolvido, aqui em certo são, sentido, comunicados pensamentos pensamentos. Tais de a compreensão tempo ao mesmo em que informam pintor, do a intenção sustentam Eles pintura. pela ho a percepção do pensamentos determinam Tais o quadro. nosso enxergar modo de -conta” (Walton, 1990) — a impressão de um contato instantâneo com os objetos repre os objetos com instantâneo contato um de — a impressão 1990) (Walton, -conta” fotográfica” imagem da “ontologia vez a é não mais, Uma sentadosfotograficamente. sua archépor conferida (na significação e causal, sua naturalidade com fotográfico, o fenômeno entre relações das pragmática as seus de cultural nos modos a circulação vigência, como sua de esse status mesmo grafia na atestação jornalísticas, atualidades de títulos (na ilustração opera,a variados ícones jurídico-policial e outras)? social,documentação e científica,dentre histórica na intenção uma a ela conferida vez o artista. a saber, — origem sua apreensão nossa de em termos sendo parcialmente compreende, enquanto mem que vê (Scruton na imagem. 1981, o que vemos 581) descrever que pensamentos devemos dos concebidas como “representações”: a se considerar o rigor desse conceito, especial- conceito, desse rigor o a se considerar “representações”: como concebidas em “representações freqüentemente falarmos de o fato que concerne naquilo mente foto à por que não concederíamos por e no desenho, exemplo), (na pintura pictóricas” ceituais de seu funcionamento na experiência visual. na experiência seu funcionamento de ceituais de significação de “transparência” hipótese a uma modalidade de daria qual se (pelo de “transparência” significação de temas tradicionais recobrar pareceriam certos autores fotografias), de “ver-através” do — fotografia a sobre reflexão da associados teorias, sotaque ao dessas mais “metafísico” apreensão. de um equívoco constitui entender, modo de em meu que, algo res como Kendall Walton, como a matriz conseqüente de uma consideração sobre como como sobre uma consideração conseqüente de a matriz como Walton, Kendall como res uma ficção de perceptiva — em contextos elaboramos BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 172 dos signos visuais e visuais signos dos em suas imagens — uma vez — uma vez imagens em suas

2 — estas formas visuais derivam necessariamente de de necessariamente derivam visuais formas — estas propriamente fotográfica que constitui o objeto espectral de espectral queobjeto constitui o fotográfica propriamente vras, se uma fotografia é a fotografia de um objeto, segue-se daí que o objeto existe, e se x existe, segue-se objeto, de um daí objeto que o fotografia é a seuma fotografia vras, de um homem, (...). há um homem particularquemde fotografia x é uma é uma fotografia também não é tão interessante ideal produz mas a aparência uma aparência, A fotografia se apresenta. real objeto o como de registro um quanto intenção uma de realização como (Scruton 1981, 579) A fotografia ideal também está em certa relação com seu assunto: uma fotografia é uma com fotografia assunto: uma seu tambémcertaestá em ideal relação A fotografia pala Em outras e não intencional. causal é aqui relação a Mas coisa. de alguma fotografia A argumentação de Scruton — filósofo e esteta sabidamente situado nas nas situado sendas sabidamente Scruton de — filósofoesteta e A argumentação Na medida em que pouco me interessam as implicações conceituais mais remotas remotas mais conceituais as implicações queem pouco medida me interessam Na Exatamente por esta razão, o que me interessa em argumentos como o de Scru de o como - em argumentos o que me interessa por razão, esta Exatamente o cânone da pedagogia das teorias da fotografia, poderíamos enumerar os vários exemplos dos autores que, autores dos exemplos vários os poderíamos enumerar fotografia, da teorias das pedagogia da o cânone que preside a gênese dessas imagens é algo que se transfere imediatamente para o para imediatamente que se transfere é algo imagens dessas a gênese que preside N menos para fotografia, da “mecânica” qualidade mesma essa a partir evocaram século início do do passado, acentuar Scruton), e mais para faz (como que “representação” ser no aspecto de mais “registro” depreciá-la importantesqueBasta campoda arte da cultura. de transformações no e sintoma de adventícia significação sua Susan como epígonos Bazin, (e e André Benjamin, Kracauer Siegfried pensemos Walter os de em casos tais como nesse campo. teorias das matriz dessa a fonte se exaurir não desejarmos Berger) Sontag e John

pectos da teorização da fotografia que constituíram a moeda através da qual fez,da se por através a moeda que constituíram fotografia da teorização pectos da “automatismo”, “causalidade”, como tais justa sua apoteose: qualidades lado, outro a sobre a teorização quais das através daquelas tantas são e símiles “involuntariedade” dessas a de modolegitimar posição a mínimo, estipulou fenomênico seu solo fotografia modernidade. da uma cultura de no contexto imagens, do pensamento conservador — conflui de modo sintomático para muitos daqueles as daqueles muitos para de modosintomático — conflui pensamento conservador do de uma tal definição de “representação”, contento-me aqui em avaliar o ponto através do através o ponto avaliar contento-me em aqui “representação”, de definição tal uma de as — queextrairei partir pois é a dele fotografia o caso da para esse status é rejeitado qual a sobre na reflexão teoria”, da “fantasma como que designo daquilo implicações maiores emde localização seus produtos da opiniões acerca as diferentes obstante não fotografia, documentação e que tais). informação, (arte, variados culturais circuitos ton é aquilo que é mais freqüente nos debates sobre a fotografia, quando se necessita quando se necessita a fotografia, sobre nos debates que é mais freqüente é aquilo ton tipo excepcionalidade a algum de constitucional apelo fazer da no surgimento ou deletério adventício algo de tratar-se de mais, independentemente o tipode conexãoteorias, existen nessas em nosso horizonte cultural: fotografia própria cial significação sua de perceptiva plano implicação mais, é a costumeira vez Uma visualização. de automático um dispositivo a existencialidade faz entre fotografia da teorias das que a tradição uma arché de a suposição de trata-se Scruton, de por argumento exemplo, No teorias. mesmas dessas preferência processo não de razão seu pode em fotográfica ser intencional, que definir a imagem origem: de causal 2 BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 : ------3 173 geral).” geral).” impressão impressão representacio status (que se definem apenas por uma relação se apenas definem relação (que por uma física do mundo visual para a superfície da imagem que fascina o pensa que fascina imagem a superfície da para visual mundo do física (que, como as palavras da língua, definem seu objeto convenção língua,por uma objeto da definem seu as palavras como símbolos (que, ) e dos regida pelas leis da física e da química. Em primeiro lugar, o traço, a marca, o depósito (...). Em termos Em termos (...). o depósito a marca, o traço, lugar, química. Em primeiro e da física da leis pelas regida Em linguajar pré ou extra-semiótico, as teorias da fotografia ainda transpiram essa transpiram ainda fotografia da as teorias ou extra-semiótico, Em linguajar pré A câmera, então, é usada não para representar alguma coisa, mas para apontar para ela. ela. apontar para para mas coisa, alguma representar para não usada é então, câmera, A in- processo em um especial e seu próprio papel cumpre localizado, vez uma assunto, O indica não é essencial no processo: um gesto A câmera representação. de dependente Aspecto ainda mais interessante desse suposto é o modo como as teses de Scruton de as teses é o modo suposto desse como interessante mais ainda Aspecto dor do dedo poderia ter servido igualmente. Se o exemplo mostra que fotografias podem que fotografias mostra Se poderia servido ter igualmente. o exemplo dedo do dor o dedo. com indicador que é o mesmo o gesto mostra então o que ela ser representações, (Scruton 1981, 589) semelhança transferência “O ponto de partida é portanto a natureza técnica do processo fotográfico, o princípio elementar da elementar o princípio partida ponto processo fotográfico, de do é portanto técnica a natureza “O luminosa em que encontramos ‘signos’, de categorias com a aparenta-se que fotografia issotipológicos, a significa a ferimento) um de (marca cicatriz a presença), uma de (indício sombra a fogo), de (indício fumaça a igualmente em têm esses sinais Todos passos, de etc. a marca uma doença), de (sinal ali), o sintoma que do havia ruína (traço de ‘uma ele com relação manter de 2.248), (Peirce, por seu objeto’ afetados serem realmente ‘de o fato comum (3.361). ícones dos radicalmente Nisso, diferenciam-se física’ conexão de (Dubois 1998, 50)

- for outra esta sugere assim Scrutonsemiótico, ainda jargão tal um em semformulá-la fotografia da teorias das dominantes dispositivo” as “teses do com proximidade ma de fotográfica, imagem da “indicadora” uma qualidade menciona desse período, quando seu de rejeição da item um mais imagem, da dêitica função como que imita um outro um sujeito representa a imagem no qual nal — a partir exemplo do à câmera: em frente personagem, atuando espécie de passivo, nem sempre argumentado com suficiência (e (e issopor vigo mesmo suficiência com argumentado sempre nem passivo, de espécie ), da idéia quase idílica de uma modalidade “natural” da sig da “natural” uma modalidade quase de idéia idílica ), da espectral a priori como rando que buscam menos umafotografia a sobre argumentos consideram quando se nificação: “feno mais de uma aproximação lugar em estéticas, suas pretensões de desqualificação idéia essa é ainda modernidade, da no horizonte cultural aparição sua de menológica” de de extensão de em que o instante uma modalidade se — como mento testemunhássemos do características das quase a integralidade fisicamente pudesse percepção nossa reter bre nos reporta Bazin que — em seu André célebre, É assim, visual. pormundo exemplo, situado mais talvez tipo“realismo”, de de um outro e influente — aos encantos ensaio ve - narrati estilos dos que na história do arte fílmicas da e técnica material na infra-estrutura fotográfica: materialidade portanto, sua de — e, sobre-determinada no plano vos assimilam as funções mais genuínas daquilo que ele designa como fotografia “ideal” às “ideal” fotografia como designa que ele daquilo mais genuínas as funções assimilam época, mesma da Philippe - Dubois por identi quais, volta pelas características mesmas precisa sua “indexicalidade” saber, a fotográfico”, “ato do semiótico corolário o ficara 3 BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 174 da significação que o ar- motiva significação da

4 nico da realidade, a sua primeira mensagem é, de alguma forma, plena de sua substância substância sua de forma, plena alguma de é, mensagem primeira a sua realidade, da nico - (Bar mensagem. uma segunda de o desenvolvimento para espaço mesma, não deixando 1961,thes 129) E mesmo na língua filosófica mais familiar às posições de Scruton (a da filosofia da (a de familiar às posições Scruton na língua filosófica mais E mesmo Ora, em princípio, para a fotografia, não há nada disto, pelo menos para fotografia de im- fotografia menos para disto, pelo não há nada a fotografia, para em princípio, Ora, mecâ como análogo dando se fotografia A ‘artística’. é uma fotografia queprensa, nunca Finalmente, nesse outro texto clássico, atribuído como originário das vertentes vertentes das originário como atribuído clássico, texto nesse outro Finalmente, A originalidade da fotografia em relação à pintura reside, pois, na sua objetividade essen - objetividade sua na pois, reside, à pintura relação em fotografia da A originalidade ao substituição em fotográfico o olho que constitui lentes de que é o conjunto cial. Tanto ini- o objeto entre vez, primeira Pela ‘objetiva’. precisamente denomina-se humano, olho vez, primeira sePela interpõe, nada ser objeto. a não representação cial e a sua um outro criadora sem a intervenção se forma, automaticamente, exterior mundo do uma imagem em entra fotógrafo do A personalidade determinismo. homem,do segundo um rigoroso fenômeno; por do mais visível pedagogia pela orientação, escolha, pela somente pela jogo 1983, (Bazin do pintor. 125). como a nela já não figura acabada, que seja na obra , de 1980), mesmo que deslocando o centro das atenções para certos efeitos de recepção recepção certos de efeitos para atenções das o centro 1980), que, de mesmo deslocando Claire Chambre La Reporto-me aqui, evidentemente, à fase “semiológica” do pensamento de Barthes sobre a fotografia — tomada tomada — Barthes a fotografia pensamento de sobre do Reporto-me “semiológica” à fase aqui, evidentemente, assim, o Ainda estruturalista”. seu como período “embriaguez de já designou autor por que o próprio aquilo parte na primeira (especialmente a fotografia Barthes sobre últimas de teses das mais “fenomenológico” acento de características em desses efeitos situa a possibilidade ainda imagem, da experiência da visual na significação a referente”, do “emanação da em então, como a noções preservando — fotográfico fenômeno do específicas significação. processos sua de os para sua filogênese aportade sempre fotográfica algo que de a imagem idéia exatamente Barthesdefinida em é ali fotográfico a noção “referente” do decerto involuntária, Em tempo, ironia dos “volta da espetáculo do a semântica com assonância seuem — ” proximidade e pela caso, “Spectrum como artigo, ao meu anônimos de mortos” (Barthes 1980, 22,23). avaliadores a um dos última observação essa Devo oportunamentequal agradeço.

analítica), já se identificara o advento da fotografia com modalidades “naturais” de “naturais” com modalidades fotografia da o advento já se identificara analítica), sucedâneos de ao status fotográficas das imagens a inclusão desafiando — significação sinais conferindo mesmo particular debates, de desse fenômeno: nessa visuais região pre fotografias, para “representação” de Scrutonde ao status rejeição a com trocados des da analogia visual em termos dos efeitos de significação das imagens que decorrem que decorrem das imagens significação de efeitos dos em termos visual analogia da des segundo convenções. compreensão sua de horizontes para aparição modo sua do de tecnologicamente derivado mais, é o caráter vez Uma experiência instituem quenoção a estas de da particular uma ainda qualidade valece “semiológicas” dessas teorias, ilustra-se o esforço em traduzir a questão das modalida a questão das em traduzir o esforço ilustra-se teorias, dessas “semiológicas” 4 BENJAMIM PICADO BENJAMIM gumento sobre o valor de significação próprio das imagens fotográficas — aspecto — que fotográficas das imagens próprio significação de o valor sobre gumento da analógica particularidade a sobre consideração na particularmentefica acentuado, do acontecimento discursiva da produção vasto mais contexto no fotográfica, imagem jornalístico: RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------175 com seus objetos — aqui cifrada como um tipo significa como de cifrada — aqui seus com objetos nhum sentido (por exemplo, certos gestos); enquanto algumas coisas que significam na que significam coisas algumas enquanto sentidonhum (por certos gestos); exemplo, 379) 1957, (Grice significam. que elas daquilo não signos turalmente aqueles situa Grice portanto, “significar”, de sentidoo “natural” que respeita No Pois algumas coisas podem ‘significar’ (em um sentido não-natural), não um (em não-natural), sendo sentido por isso podem coisas ‘significar’ algumas Pois em ne convencionais são não e outras não o são), (porsignos mesmo palavras exemplo, É precisamente em tal contexto que o próprio Grice aporta um exemplo das dife das aporta Grice exemplo um que próprio o contexto tal em precisamente É Ademais, estas outras vertentes da tese sobre a particularidade da representação representação da particularidade a tese sobre da vertentes outras estas Ademais, signifi- de a partir idéia dessa definido, teria que Grice aquilo então, Consideremos, fenômenos que definem seu próprio conceito sobre a função e a natureza mesmas de mesmas e a natureza a função conceito sobre que fenômenos definem próprio seu acima, o autor logo na citação que, de fato pelo modo, sugeridas algum (de um “signo” ou seja: que sejam quaisquer toma eventos estatuto), um tal às palavras rejeitar parece dos na sua relação de implicação “natural” com respeito a seu sentido. Ainda assim, na a seu Ainda sentido. respeito com “natural” implicação de relação sua na dos fixar de mesmo o é Grice de propósito o significados, sobre maior parte reflexão sua de as especialmente naquele expressões — de significado do “não-natural” a dimensão comunicação. de intersubjetiva uma situação instâncias de como pecto em que sirvam ao partir a fotografia: casoda do “não-naturais”, e “naturais” significações entre renças visual, genericamente classificada como sendo da ordem da “transparência” — ou ou — seja, da “transparência” ordem da como sendo classificada genericamente visual, a seus ob perceptivo” um “acesso que propiciariam visual representação de formas são de situar a modo “natural”, significação de uma como a fazem a idéias apelo fotográfica as como atribui lhes visão sua de que a experiência daquilo no âmbito imagens essas eventos, sobre falamos sentidos os quais de com variedade da em face “naturais”: cados coisa,duas idéias alguma que “significam” ou contextos indivíduos, acontecimentos com empreguemos que talvez aquela lugar, associadas: em primeiro aí comumente são in- lingüística expressão de uma derivado é significação da maior freqüência, o atributo como “significar” se esse de embora uso possa intenção muito interpretar da tencional; “arbitrário”, significado cunhou como que estrutural a lingüística daquilo um correlato mais aspectos cobriria em advertir que a “não-naturalidade” se apressa Grice o próprio “convencionalidade”. por estrita sua designados que aqueles do fenômeno do jetos, praticamente sem a mediação de uma “intenção” (já uma “intenção” sem de a mediação nature pela que instituídos praticamente jetos, origem). sua de processo mecânico do za mesma conexãopecto existencial da ou seja, determinada causalmente contrafactual”, “dependência pela estruturada ção instancia. mesma idéia A que imagem a representação da objetos dos existência pela con- pragmática da oriunda é fotográfica significação da “natural” uma modalidade de mas apenas aspecto não por notado comentadores, Grice, Herbert de Paul versacional fe o sobre nesse campo que refletem autores dos por muitos assumido expressamente Meskin 2013, e Cohen 2012,Atencia-Liñares Alward 2005, (Abell nômeno fotográfico 2004, 2017). Slugan BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 176 , procuro situar-me em face de um de seus um de de casos mais em face situar-me , procuro 5 Ora, é precisamente esse passivo não-tematizado das teorias de Grice sobre o sig sobre Grice de não-tematizado teorias das esse passivo é precisamente Ora, que ex (o extensão devida em sua questões essas abordar de impossibilidade Na Claramente que, no caso (...), o reconhecimento de fazê-lo crer que há alguma similarida que há alguma crer fazê-lo de o reconhecimento no caso (...), que, Claramente de entre o Sr. X e Madame X é (mais ou menos) irrelevante, com respeito a este efeito da da efeito a este respeito com irrelevante, X é (mais ou menos) X e Madame o Sr. entre de de a suspeitar mesma tratava que se fotografia X pela poderia levado ser O Sr. fotografia. deixado a houvesse eu a ele, a imagem mostrado haver de X, se, ao invés mesmo Madame do ciente não ficaria o portador fotografia) em seu quarto dessa (como e eu por acidente; 383) 1957, (Grice fato. Dou apenas notícia de um grupo de autores contemporâneos, todos situados no campo da filosofia no campo da analítica, todos situados contemporâneos, Dou apenas um grupo autores notícia de de qual cifram da — a propósito fotografia” da teoria “nova como que designam algo de em torno congregados à luz estéticas, teorias e das conhecimento do linguagem, da teorias das ramos a diferentes relativos problemas teóricas posições dessas Exemplares fotográfica. imagem da funcionamento de regimes os vários sobre exame do apanhado 2018). Um (Lopes Costello 2016, Costello Dominic Lopes de e Diarmuid nas obras encontram-se 2013. em Atencia-Liñares, encontra-se vertentes novas dessas e problemas autores dos compreensivo

nificado (a saber, a noção mesma de uma modalidade “natural” de sua ocorrência) que sua de ocorrência) “natural” de uma modalidade a noção mesma saber, (a nificado fotográfico o fenômeno a tomar pensadores de um sem-número inspirado haver parece Scruton, de ensaio desse fenômeno: a partir provocativo do preferencial exemplo como invariavelmente fotográfica, imagem pela um interesse de a emergência presenciamos - signifi da universos acesso a interessantes nos forneceria que ela de na admissão situado supostas a ins o recurso quase por dispensado que completo teriam referência e da cação que aqui mesmo, casual, isto por não é e significação; da origem de tâncias intencionais - “ver e do “transparência” da 1999), (Currie “traço” do aquelas como imagens ressurjam a clivagem rejuvenescer 1984, de privilegiadas maneiras como 2008), (Walton -através” grupos de representações experiência de e da compreensão da axiológicos espaços entre desenho. e o à pintura relação em fotografia da afastamento o assim reforçando — visuais ensaio) desse o limite cederia BENJAMIM PICADO BENJAMIM 5 incluir a situação em que exibo a alguém uma fotografia de uma uma de quepessoa queem assemese fotografia uma alguém a exibo a situação incluir lha à sua esposa, a percepção dessa semelhança não decorreria, segundo Grice, de mi- de Grice, segundo não decorreria, semelhança esposa, dessa a percepção lha à sua que a de fato alguém, em do mas sim em induzir tal crença “não-natural” nha intenção atestação de físico do processo resultar por esta função, cumpriria já mesma fotografia deseja que autor o daquilo exemplo mero como usada semelhança: de relação dessa reproduz fotográfica a imagem e “intenção”, “significado” entre a relação sobre estatuir imagem da “natural” a transitividade qual do através conceitual o quadro exatamente na tradição autores de punhado considerável por um a seguir, pensada será fotográfica fotografia. da teorias das analítica notáveis, a saber, o das idéias de Gregory Currie sobre a representação fotográfica: fotográfica: a representação sobre Currie Gregory de idéias o das a saber, notáveis, fenômeno como Scruton fotografia de a posição — o caso da — contra considerando uma de admissão mantém-se da contudo no limite autor este visual, representação de RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

------177 , ape, da radicalidade transitiva da sig da transitiva radicalidade da a objetos da percepção: - obstan não da objetos a acessoprivilegiado — dadas as relações de sua filogênese visual em contigüidade com seus objetos: com objetos: seus contigüidade em visual filogênese sua de as relações — dadas rentes tipos de coisas, sem chegarmos ao extremo de dizer que fotografias nos conferem conferem nos dizerde que fotografias ao extremo sem tiposchegarmos coisas, de rentes são que fotografias ao invés, dizer, Poderemos seus com objetos. perceptivo um contato 1991: (Currie 25,26) intencionais. são e pinturas naturais representações Mais tarde, ao considerar as qualidades aparentemente inatas de “documenta de inatas aparentemente qualidades as considerar ao tarde, Mais fotográfica a imagem para visual “traço” de aspecto do tal requisição ver, A meu Tão logo façamos a distinção dentro da classe das representações entre o natural e o in- o natural entre representações das classe da dentro a distinção façamos logo Tão são dife e pinturas podemos a nosso quetencional, justiça de fotografias fazer intuito uma pintu- que se compare e testemunho, traço entre o contraste compreender Para Como tratarei das questões da percepção de fotografias mais adiante, permito-me mais adiante, fotografias de percepção questões da das Como tratarei ra e uma fotografia. O pintor poderia construir uma semelhança com seu objeto tão vivi- com objeto O pintor construir uma seu poderia semelhança fotografia. e uma ra fotografia Mas a uma fotografia. como que poderia alguém tomá-la e detalhadamente da é a fotografia e barato; modo de mais rápido pinturas não é apenas fazer um artifício para 1999, 286) (Currie é um testemunho. a pintura enquanto seu objeto, de um traço ção” da fotografia (em contextos diversos de sua aplicação, especialmente no casoespecialmente no do sua aplicação, de diversos contextos (em fotografia da ção” pensamento clássico do desse costume sintomaticamente se Currie aproxima cinema), aspecto de significaçãoalgum exis com produtos seus em identificar a fotografia sobre tencial partir(a autores em outros freqüente resto noção, de a que emerge aqui precisamente é - reforçan inclusive visual”, como “traço fotográfica imagem da designações) outras de em apartarrespeito com fotografia seus produtos da nas teorias o ditame freqüente do (ca gênese mesma artística a mediação dessa ou intencional que caracterizam àqueles ordem seria da e objeto imagem entre a relação nos quais desenho, e do sos pintura da “testemunho”). do BENJAMIM PICADO BENJAMIM fundamental diferença entre modos de acessarmos a informação perceptiva oriunda oriunda perceptiva a informação acessarmos modos de entre diferença fundamental que de tenha o suposto rejeita ele De saída, imagem. de modalidades diferentes de mos, através de fotografias, um fotografias, de através mos, Scruton), aquilo que se requisita das imagens fotográficas é menos relativo aos “estados “estados aos relativo é menos fotográficas imagens das que seScruton), aquilo requisita - que transitivi de sua — ou, o fato — e sim exprime indica ao menos, que ela intencionais” para — se, visuais as representações para concebível modalidade é apenas uma outra dade que interdita se pensesuas imagens processo fotográfico sobre do Scruton, a causalidade como a priori diferença essa permanece qualificando Currie representações, como nificação fotográfica: pensada primeiramente enquanto representação enquanto (portanto,primeiramente contra pensada fotográfica: nificação representacional: sua dimensão essa fotografias das nas sem subtrair ficar restrito às admissões de Currie sobre o que é “específico” de fotografias — já que é fotografias de “específico” que o às admissões é de Currie sobre restrito ficar fantasmagoria mesma esta exercitar queaqui o vemos te, ainda há o que se fazer com respeito ao tipo de relação que mantemos com estas estas com que mantemos ao tipo relação de respeito há o que com se ainda fazer te, tipos outros de a relação com que manifestam inconfundível na propriedade imagens, visual. representação RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------178 6 espectral. , ao conjunto de aspectos significativos que fazem da pintura e do de do e fazemda pintura que aspectos significativos de , ao conjunto , conferida pelas relações de “causalidade” — especialmente daquela espécie daquela — especialmente “causalidade” de relações pelas , conferida Em suma, persistem em Currie aquelas mesmas admissões o pensa mesmas que instituíram aquelas em Currie Em suma, persistem (algo dos “traços” representacional e assim, significativo aspecto o Preservando, signifiquem? índices que com fazem que naturais” “causas Seriam apenas - concor das eventuais independentemente fotografia, da teorias das história Na arché Sem desconhecer as devidas particularidades de muitas dessas teses sobre a significação mais existencial existencial mais a significação sobre teses dessas muitas de particularidades Sem as devidas desconhecer das e tradições autores entre quede tais diferenças argumento em meu insisto ainda fotográfica, imagem da aqui de pensamento deescolas léxicos dos especificidades mais as muito refletem fotografia da clássicas teorias afastamento real do que um filosofia ou da analítica) pragmática da semiológico, estruturalismo (do exercitadas da razão em sempre fotográfica, a “naturalidade” sobre saída de a diagnósticos em relação destas uma cada de de de origem. processo seu “fisicalidade”

BENJAMIM PICADO BENJAMIM 6 possui a vantagem de permitir a Currie garantir que sua discussão se mantenha no arco discussão que sua seno arco mantenha permitir garantir de a Currie possui a vantagem - de que, preser Scruton reflexão da — tópico visuais representações de variedades das o status suas imagens de subtraía mundo, e fotografia entre “natural” a relação vando padrão costumeiro do se assim, interior no Currie mantém Ainda “representações”. de necessitam imagens de suas suposto que no que persiste fotografia a sobre reflexão de quaisquer — de aspectos que a vinculem, para natureza sua de plano — do segregar-se arché sua de além mais re versões dessas Scruton, decerto de um ganho às teses representa face que, partira uma “natureza” seu de objeto semodos aos de endereçar respeito com dâncias de imagens às mesmas restituídos somos invariavelmente definidoras, ou “essência” sua senho iguais modalidades de significação. de senho modalidades iguais quede compreensão na resultando fotografia, da visuais modalidades essas sobre mento seja, deriva causalmente (ou “naturais” signos como — funcionando visuais “índices” — somente a fotografia, podem sobre ao pensamento ser seus restituídos de dos objetos) distintas fundamentalmente significação de relações exprimirem de mesma na condição imagem. semióticos da regimes dos pregressas modalidades que caracterizam daquelas fantasma pelo assombradas ainda permaneceriam fotografia da as teorias centes), somente que pode de o “índice” — ou seja,conceitual ser tipo de existencial um signo - ou inter quaisquer mediações conceituais sem um ponto envolver de a outro, “natural” nos que sinais talvez a seguir alguns oferecer Pretendo intencionais. estados de venção — ao menos teoria da apriorísticos esses espectros permitam — se exorcismar não tanto desorientador. de encanto reféns seu excessivamente não nos permitir a ficarmos ou sua por conferida é “indexicalidade”, fotografia da visual se a significação “natural”: ima dessas pela “transparência” definese fotografias de se o modo “ver-através” de fo contas, a imagem de afinal é porque, contrafactual”, por ou “dependência sua gens os discursosda queatravessou — aspecto causal de um processo resultado o é tográfica um a como priori desse meio, teoria e da história RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------179 : assim sendo, a foto : assim da indexicalidade, é decerto indexicalidade, da fotográfica, resultando con- resultando por fotográfica, ” (Schaeffer ” (Schaeffer 1986),que até a sobre perguntar levado sou da imagem — ou seja, com os aspectos supostamente “naturais” do dispositivo dispositivo do — ou seja, “naturais” os aspectos supostamente imagem com da Ora, esta qualidade exibida pela imagem fotográfica de ser “contígua” a ob seus “contígua” de ser fotográfica imagem pela exibida qualidade esta Ora, Na história de sua reflexão, o processo fotográfico — mais do que sua imagem — do sua imagem — mais que fotográfico o processo reflexão, sua de história Na da imagem sentido, em certa fazer que medida, a significação que parece É assim “trans sobre teses das oportunidades que o problema em diversas argumentei Já foi comparado a um sem-número de fenômenos nos quais supõe-se nos quais fenômenos de a um sem-número que a atribuição comparado foi — ou, filosoficamente em linguagem natural mundo do é uma operação significação de fenômenos causaisentre relações das é um resultado mais própria, teorias dessas recentes versões mais — ao menos nas assimilada sido tenha fotográfica a assimilação tal Mas aqui. vimos já como Grice, em natural significação da idéia à — restritivas cláusulas sem as devidas sentido não poderia do se dar, “naturais” padrões - que “fí pede que aquela não se a origem confunda tantas outras, mediação: de dentre como matriz atribuímos que efetivamente com aquilo processos fotográficos dos sica” foi francamente exigência uma tal experiência na perceptiva; das imagens, significativa a que correlacionaram teoria todos os discursos dessa por praticamente negligenciada arché da natural a “causalidade” com “transparência” jetos — contigüidade que, mesmo que sendo não mesmo sinônimo que, — contigüidade jetos - bem fran falar para — é, referente” do “emanação ou semiótico dessa lógico corolário dos (ou imagens estas sobre que suposições fazemos das uma característica camente, o modo refletindo como nós), para significativas são elas quais dos através aspectos desse ou, produzidas; somos modo são como do menos, acerca informados como pelo - (Mi imagens dessas a significação sobre crenças nossas constituímos — quando fato fotografia que da a experiência que alguém diz, Quando leio por exemplo, 2002). chaud arché sua de é a “tematização que da imagem um aspecto realmente é fotográfico processo do ponto o conhecimento e imagem entre contigüidade — ou,percebo da por se acerca informação outra, esta que é a única posso em vista ter modo de quase “natural”) conferida (decerto realidade fotografia. da na experiência sombras de na sol pele, manchas no solo, pegadas cata-ventos, a comparada foi já grafia à noção que de a imagem assimiladas ordens estas todas superfície, numa projetadas em que tais na medida do ou “índice”, faz dojus à noção “traço” aí perfilada fotográfica como as causação, pela originadas relações de dependem significação da modalidades natural. mundo do pecto estruturante com os enquanto “índice”, da imagem, significativo propriamente fundir o estatuto que designa tenho (aquilo mecânica origem sua que caracterizam processos materiais “delinea “impressão”, “impregnação”, “projeção”, ), tais como filogênese sua como do outros. dentre mento”, quede admissão na tanto não se encontra fotográficas ou “indexicalidade” parência” rea e imagem entre contigüidade uma tal na fotografia visualmente experimentemos com a filogênese identificada seja que experiência imediatamente a de esta mas lidade, mecânica BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 180 quanto na quanto ficos de visões de - acer á , reconhecendo um , reconhecendo meu bisavô mas não o vejo bisavô meu da origem da ima da origem da como é se o status fotografia, caso da No 7 que aí se instalam. De saída, o autor sequer que aí se o autor se De saída, instalam. preocupa em es É precisamente num tal contexto que as idéias de Kendall Walton sobre uma mo sobre Walton Kendall de que as idéias tal contexto num É precisamente que um termo se de simulta aplique maneira, qualquer de precisa, teoria Nossa a dominância sobre aqui até ao que presenciamos espectralEm face regimes perceptivos regimes Exemplo dessa persistência de uma concepção “ontológica” da indexicalidade: por volta de 2015, de na ocasião de por volta indexicalidade: da “ontológica” uma concepção de persistência dessa Exemplo da com Dominic Lopes, a propósito argumentei em Londres, fotografia”, da teorias as “novas sobre um evento que correlacionariam a dos efeitos na direção fotografia, da nas teorias “índice” a noção do expandir de necessidade Em resposta, Lopes gênero. de pintura é o caso — como da visual instante do narrativas potencialidades com se nela como modo ao precisamente restringir se deveria fotografia, advertiame casono noção, que da esta quando (mesmo fotográfica imagem da origem processos de dos natural” “agência da dimensão essa inscreve artistas-fotógrafos). de ao trabalho próprios estilística, singularização possível sua de os aspectos considerados

dos dos gem fosse predeterminante em nossos modos de qualificá-la significativamente, em significativamente, em nossos modos qualificá-la de fosse predeterminante gem etc.). narrativos, intencionais, estéticos, quaisquer seusde (documentais, aspectos reves se como “ver-através”) (designada fotografias experimentar de própria dalidade esse mecanismo uma cunha sobre permitir importância que de façamos para te central - físi origem sua preside que causalidade da através fotografia a significar de costumeiro é apenascolateralmente fotográfica a “transparência” sobre o argumento saída, de ca: dispositivos processos ou dos intrínseca uma discussão de a natureza sobre derivado fator como Walton, — de aspecto que o este se é sequer pensamento visite fotográficos a particularidade mais importante, é configurar aqui a idéia maneira de preponderante; propicia, sobretudo experiênciaqueela ao tipode respeito com fotográfica, imagem da ver”. nos “modos de que instaura singularidade da no plano pai ver meu e meu fotografia sua para olho quando ‘ver’ a meu bisavô meu neamente mim. de O que diante - é importante o tenho uma comuni quando é que reconheçamos ambos ao qual perten simples - casos, os dois um tipo natural entre fundamental dade dizer percebo cem. que eu Poderíamos que — de da visão se a idéia distinto (‘ver-através-de-fotografias’) modo percepção de Ou poder-se-ia a sério. é tomada ponto esse mesmo de fazer bisavô meu percebo eu fotografias de espectador o mais ousada: formulação a prefiro Eu maneira. uma outra 1984, 252) (Walton que fotografada. a cena foi literalmente, vê, (em virtudeda fotografias ver de na experiência natural” “contrafactualidade da ca por trazida perspectiva a imagens), dessas origem de processo ao inerente causalidade fotogr dispositivos dos na natureza tanto centrar-se não parece Walton modo ao devida partir a satisfação da fotografia, da “representacional” vocação a tatuir viés pelo o problema abordar de invés ao por exemplo: renegado, Scruton como havia a a pintura (abordando em geral representacionais formas das negativa uma ontologia de BENJAMIM PICADO BENJAMIM 7 - clássi teorias as concepção, de linha nessa ao prosseguirem 2017): (Picado fotográfico reduzemsignifi- a “novas”) versões mais suas das algumas mesmo (e fotografia da cas sem eventos, entre contrafactual causalidade de subscrição pura a uma indexical cação que intencional um estado de mesmo ou conceitual mediação qualquer de o concurso seu agenciamento. oriente RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 181 , mas o ponto 8 fotográfica (implicando fac- (implicando fotográfica . (Walton 1984, 255). (Walton A diferença essencial entre pinturas e fotografias é a diferença na maneira pelas na maneira é a diferença e fotografias pinturas essencial entre A diferença No fundamento da abordagem da experiência visual da fotografia, segundo Wal- segundo fotografia, da visual experiência da abordagem da fundamento No É neste ponto que emerge a afirmação mais forte de uma diferença entre fotogra entre forte mais uma diferença de a afirmação ponto queemerge É neste Ver diretamente e ver com o auxílio da fotografia são diferentes modosde per- são diferentes fotografia o auxílio com da e ver diretamente Ver (Schaeffer (Schaeffer 1986) Précaire de ao fim seu L’Image Schaeffer, que com Jean-Marie que o aspecto faz é inclusive Este — manifestando seu de livro provas das descoberta entrega notícia da nos dê da que desse artigo, quando fez a seu próprio coligadas supondo-as integralmente como inclusive Walton, de teses as com concordância integral fotográfico. dispositivo do elogio

quais elas, e não as crenças daqueles que as vêem, são baseadas nas crenças de seus de - au nas crenças baseadas que são as vêem, daqueles não as crenças e elas, quais mesmo asse fotografada cena da dependentes contrafactualmente são Fotografias tores. que se fixas. mantêm Pinturas fotógrafo do proposicionais) atitudes outras (ou crenças (e as crenças quando perdem-na pintada cena da contrafactual uma dependência têm experiências e as crenças As se fixas. pintor mantêm do proposicionais) atitudes outras de Walton interessa mais por suas conseqüências do que por supostos acerca da origem origem mais por da conseqüências que suas por do acerca supostos interessa Walton de fotográfico. processo do causal BENJAMIM PICADO BENJAMIM 8 ton, o elemento essencial é que as fotografias são de uma “natural dependênciacon- “natural de uma são essencial é que as fotografias ton, o elemento de impor disposição nossa fotografia, vermos uma que, ao significa isto trafactual”: que da os aspectos daquilo sempre dependente será imagem da à veracidade dúvidas externo ou colateral dado não — e qualquer visualizar por permitem fotografia mesma ex da aspecto decisivo Este (por mesma o discurso fotógrafo). à imagem do exemplo, como o “outro” da fotografia), Walton prefere acessar o caráter distintivo da última, distintivo caráter o acessar prefere Walton fotografia), da o “outro” como do as condições muito em o que melhora percepção, de a partir modalidades suas de para fotografia da material infra-estrutura da deslocamos pois nos finalmente debate, imagem. da concreta uma experiência modos nos dois sejam ver que de as experiências esperar para há razão Não cepção. ou distorcido, um espelho de ou através um microscópio, de através algo Ver similares. coisas essas é bemnão ver como sobágua,a iluminação, peculiares de condições em ou em que ver negar para não há razão normais — mas ou em circunstâncias diretamente é ver maneiras outras essas todas fia e pintura, residente no caráter peculiar dos “modos de ver” que lhes são próprios ver” de quesão próprios “modospeculiar dos lhes caráter no residente fia e pintura, assim sendo, do “ver-através”: nas modalidades consistindo fotografia, — no caso da famo de subtítulo o seu (constituindo provêm fotográficas que as imagens o realismo a se um tipo “auxílio” como de constitui as “imagens transparentes”) so sobre ensaio ocorre — tal como coisa alguma dizer nossos de um de que modos vemos habituais cada ou então espelho, num reflexo do através ou nós mesmos alguém examinamos quando nes telescópio; ou microscópio um de nu, a olho sejaatravés inacessível um fenômeno uma a fotografia, sobre questão da no centro estabelece, Walton inclusive, termos, tes de modoseu peculiar ao significado de quanto permitir “ver”. maior clareza a arché com teria, decerto, relações imagem periência da um particular de dispositivo) resulta que a noção de a imagem tualmente RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 182 é par- ”) em dinâmicas do do ”) em dinâmicas props (“ no qual “imaginamos ver” aquilo que a representação “imaginamos no qual que ver” a representação aquilo Uma imagem de uma tartaruga é um adereço em jogos nos quais espectadores espectadores nos quais em jogos uma tartaruga é um adereço de imagem Uma - independentemen ver, do ordem suscita uma outra toda fotografias o caso das Ora, Pois bem, aqui convergem devidamente os aspectos da reflexão sobre a particu sobre - reflexão os aspectos da devidamente bem, convergem Pois aqui e imaginação ver de modos ficcional entre a convergência E nesse contexto, Walton a justo título, “representações” são postular fotográficas Ao que imagens BENJAMIM PICADO BENJAMIM imaginam ver uma tartaruga, e imaginam suas experiências visuais reais da imagem imagem da reais visuais uma tartaruga, experiências e imaginam suas imaginam ver que a tartaruga do jogo, mundo no uma tartaruga. É uma ficção, sendo ver como a de pictórica representação da visões. suas de A maior parteseja abordagens um objeto das “faz-de-conta”, sendo que fotografias cumpririam aí o mesmo tipo de finalidade — com — tipo aí o mesmo de finalidade cumpririam sendo que fotografias “faz-de-conta”, oportunidades de Em diversas “transparentes”. como percebidas serem de a ressalva experiência a restitui Walton do “ver-através”, o significado sobre argumentação sua — ou representações seja,das conceitual matriz sua mesma àquela fotografia da visual partescomo um jogo de ficcional nos propõe evento. como te dos regimes aos quais a imagem fotográfica está submetida: para Walton, o Walton, “ver-atra para submetida: está fotográfica a imagem aos quais regimes dos te visuais que os espectadores derivam de uma imagem são dependentes das crenças de seu de crenças das dependentes são imagem uma de derivam que espectadores os visuais 1984, 264) (Walton se manifeste. que em que a imagem seja qualquer a maneira autor, abordagem a uma respeito com faz que na implicação fotográfica, imagem da laridade os de enquanto representações: enquanto imagens, das experiência nossa de genérica mais particondição sua em que- as definem as características implica primeiramente no qual geral o contexto sem excetuar contudo “imagens transparentes”), cular (como certos representa de instrumentos tipos no caso das funcionam como experiência: de vés” se define como um tipo de experiência própria à fotografia, pela qual (mesmo emseu (mesmo qual pela fotografia, à experiência própria tipocomo um sede define vés” suscita um certo existencial face tipo ela imersão de documental ou jornalístico) caráter própria visão da a estrutura o que caracteriza Em termos, propostos. visuais aos motivos que origem na certo assumimos um com crença a qual modo no relaciona se fotografias às valorizá-la. mesmo, até nossos e, a orientar percebê-la modos passa de imagem da causal próprias das fantasmagoria pela contaminados seu pareçam de ensaio em torno bates que vezes, tendo (na maior parte relações se acertardas com as fotografia da teorias as fotográfico), do processo e a “fisicalidade” imagens das a “existencialidade” entre expres mais vez modo de cada seus acentuam de críticos a muitos Walton de réplicas mais quadro e o “ver-através” e de so a articulação noções as “transparência” de entre noção na — particularmente ficcional centrada a experiência sobre teoria sua de amplo 1990). “faz-de-conta” de (Walton jogos de em não apenas fotografia da clássicas teorias das defeitos dos ilustrativa ticularmente mas sua origem, de “causalidade” e a fotográfica imagem da a “naturalidade” implicar significação sua de contexto outro qualquer de visual qualidade também esta isolar de foto se — como a “transparência” imagem da perceptiva propriamente na experiência processo fotográfico. do da fisicalidade resultante exclusivamente fosse gráfica suportescomo as define ou adereços Walton ções pictóricas, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 183 dos objetos repre objetos dos um contato perceptivo dos objetos representados. Mais do que isto, é o fato de de é o fato que isto, do Mais representados. objetos dos perceptivo um contato Um dos maiores objetivos de ‘Transparent pictures’ era o de mostrar que a obtenção de de que obtenção a mostrar de o era pictures’ ‘Transparent de objetivos maiores dos Um por interesse vezes importante Temos a única percepção. da informação não era função à parte as mesmas, com quaisquer de perceptivo em contato em estarmos coisas, em ver porque nos ajuda a explicar interesse Este elas. sobre algo aprendermos de expectativas de estrela de uma (ou de nossos amados fotografias de e cuidados mostramos às vezes muito fotografia, e mal revelada uma obscura mesmo pessoal), ou herói cinema ou atleta que importante informação qualquer ou interessante extraído tempo depois havermos de realista a uma pintura uma tal fotografia e porque preferimos às vezes pudesse conter, ela nossos ver de a experiência Valorizamos informação. de carregado queou desenho venha com perceptivo em contato estarmos de a experiência indiretamente), (mesmo amados (Walton conhecimento. modo adquirir conta, e não como de por própria ou ela, sua ele 2008: 131,132) Ao abordar a fotografia nesse quadro conceitual, seria absurdo supor que Walton Walton suporque absurdo conceitual, seria quadro nesse a fotografia abordar Ao Se a fotografia faz alguma dobra, no âmbito das representações visuais visuais representações das no âmbito (pordobra, seu faz alguma Se a fotografia a tais atender que ainda possa fotografia, da perfilo representacional Walton, Para BENJAMIM PICADO BENJAMIM atribuísse à qualidade da “transparência” uma admissão que separasse a imagem foto que separasse uma admissão a imagem “transparência” da à qualidade atribuísse reconhecem apenas o mundo da imagem, e mantêm o espectador do lado de fora desse fora de lado do o espectador mantêm e imagem, da apenas o mundo reconhecem 74) 2008, observando-o.mundo, (Walton na percepção contrafactual” “dependência uma implicar significado que em aspectos a imagem naqueles afirmado é mais pronunciadamente demandas, imaginar e — em última ficcio de instancia — capacidades nossas de auxilia a ativação - saí de quando, — geral em visuais, representações funcionam qual na estrutura da gráfica decorrer no provocara que clássico seu questionamentos ensaio vários os replicar ao da, seusde funcionar para caráter o fotográfica na imagem reconheceu sempre anos, ele dos se que fotografias ainda uma “representação”: sendo rigorosamente como espectadores que exibem implique num aquilo apreciar ou que de a experiência jam “transparentes”, ver de o modo quecaracteriza a mediação negligenciar significa disto nada “ver-através”, “faz-de-conta”. de jogos de que resulta — um “imaginar-ver”, representações essa instauram desenhos e pinturas qual na estrutura da separa a não isto sentados), artista vicariamente do intenções e assumida pelas , mediada uma visão de imaginação teses das questionamentos pelos debatidos mais aspectos dos Um espectadores. pelos epis o“valor como implicando fotográfico realismo do significação o da era Walton de - se o modo causal como originam dado que, de ou seja: o fato imagens, dessas têmico” certas- atribuir carac para recursos mais eficazes seriam fotográficas as imagens mente, a seus objetos. terísticas nalizar genuína faculdade uma verdade, é, em fotografia pela induzida que possibilidade esta destaque: devido faz o autor o qual para aspecto ordinária, percepção da RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------184 acontecimen “natural”. e não um acontecimento em que signos funcionam necessariamente — aspecto de uma de — aspecto em que funcionam necessariamente signos apenas aparentemente lógico — quando, no mais das vezes, é apenasé vezes, um das mais no quando, — lógico apenas aparentemente apriori Considerações Finais: de como exorcizar fantasmas teóricos teóricos fantasmas exorcizar como de Finais: Considerações que assombram perplexidades sobre percurso desse sea lições extrair variadas Há Do mesmo modo que, no caso de Walton, a noção de “transparência” das imagens imagens das a noção “transparência” de modo no caso Walton, Do mesmo que, de As ordens de experiência que obtemos da percepção de fotografias (informativas, (informativas, fotografias percepção de da que obtemos experiência de As ordens Nesta última passagem, inclusive, pressente-se que uma comunidade entre o o entre pressente-se quecomunidade uma inclusive, últimapassagem, Nesta as teorias da fotografia, praticamente desde seu nascedouro: se ainda hoje, necessita desde hoje, nascedouro: seu ainda se praticamente fotografia, da as teorias fotográficas — e, mais precisamente a da modalidade do “ver-através” — não pode ser do “ver-através” da modalidade a e, mais precisamente — fotográficas às es assimiladas são em que representações condições das separada rentavelmente “fantasma da teoria”. da “fantasma mos nos perguntar sobre, afinal de contas, o que se quer dizer com a “indexicalidade” quecontas, o de afinal querse dizercom a sobre, mos nos perguntar “indexicalidade” supõe é se ainda porque seja,ela que em instân- última fotográficas, imagens às própria em meu fotografia; da visualização de dispositivos dos às operações cia, ligado assunto funcionando fotografia, da base teorias de das é uma relação esta modo entender, de como que ainda autores àqueles lembrar instrutivo é igualmente “faz-de-conta”, do truturas fo significação da lógico correlato como “indexicalidade” hoje hipotecam a noção da dos ser igualmente separada deve não semiótica categoria que esta mesma tográfica, inferenciais paradigmas 2006, arte da (Baxandall por historiadores por exemplo, notado, pictórica heurística 1985).per- parecem que esse tipo nobilitam significação Ginzburg de Se os exemplos (pegadas, natureza rastros, da fenômenos dos à esfera quase integralmente tencer afetivas, plásticas, narrativas, dentre tantas) não são conferidas pelo mero mero pelo conferidas são não tantas) dentre narrativas, plásticas, afetivas, fica que herdamos do final do século XVIII, com a noção do “desinteresse” que preside preside que “desinteresse” dodo final do com a século XVIII, noção que herdamos fica importante,- a arte. contu Mais e com a natureza com sensível certos tipos relação de visual significação da “naturalidade” também a noção que de a alegada adquirimos do, sua aparição de fisicalidade da pura debitada não pode simplesmente ser fotografia da não há “in sensibilidade: - e de compreensão de fenômeno como nos ocorre — pois ela que- concei e daquilo pensemosquedependa não perceptiva fotográfica dexicalidade” de natural ocorrência pura nenhuma eventos; entre a “contigüidade” sobre tualmente se antes capazes não formos “transparência”, da percepção essa produzirá causalidade que percebemos. nas imagens conceitualmente articulá-la de sem a media luminoso uma superfície sobre sensível: mundo do físico impressão to da qualidades mesmas que instanciam essas e intencionais conceituais estruturas das ção a ou estético lógico sentido humano, nenhum na experiência, não haverá perceptivas con- queelas aquilo fotografias de partir possamos dizer qual do que “vemos-através” sim- mui é, fotográfica aqui, a indexicalidade até não entendeu quem ainda têm. Para um fenômeno deplesmente, significação “ver-através” de fotografias e a “gratuidade” da experiência estética da imagem en- da imagem estética experiência da “gratuidade” e a fotografias de “ver-através” filosó estética da arcanas idéias modo que — num reflete visual representação quanto BENJAMIM PICADO BENJAMIM RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 185 do vento vento do 1 (setembro): 149-161. 1 (setembro): https:// , 4: 127-138. https://www.persee. . - que con tipo o do fantasma mas sim de imagem), pela . das sombras acusam formas de reconhecimento da causalidade que são que são causalidade da reconhecimento de formas acusam sombras das entre signos e objetos: se examinarmos a ortodoxia classifica se semiótica da examinarmos e objetos: signos entre Nesse aspecto, inclusive, poderíamos especular sobre uma co-naturalidade entre entre poderíamos uma co-naturalidade sobre especular inclusive, aspecto, Nesse ficção perda imaginárias as dinâmicas sobre Seja um exame por de intermédio fr/docAsPDF/comm_0588-8018_1961_num_1_1_921.pdf PhD diss., Faculty of Arts & Humanities, University College London. College of University Arts & Humanities, diss., Faculty PhD www.jstor.org/stable/1342924 55-66. https://doi.org/10.1111/j.0021-8529.2005.00181.x. 9-18. https://doi.org/10.1111/j.1540- (fevereiro): no.1 70, Criticism Art and Aesthetics of 6245.2011.01494.x. Atencia-Liñares, Paloma. 2013. “Arts and Facts: fiction, non-fiction, and the photographic medium”. medium”. fiction, photographic non-fiction, and the and Facts: 2013. “Arts Paloma. Atencia-Liñares, Communications photographique”. 1961.Barthes, Roland. “La message BENJAMIM PICADO BENJAMIM — Bibliografia (janeiro): 63, no.1 Criticism Art and Aesthetics of Journal implicature”. “Pictorial 2005. Catherine. Abell, Journal and the art of casting”. photography 2012. Representation: “Transparent Peter. Alward, Critical Inquiry of photographs”. the nature “On 1974. Arnheim, Rudolf. - signi que dessa há aspectos bom é sempre recordar e que tais), sombras movimentos, — pois a direção natural” “causalidade de uma pura quedecorrem não ficação re numa (resultando uma significação “indexical” de reconhecimento o modo o como a a contemplar que nos força Peirce zu ou por último zurück este Walton, com ceptiva, - signifi da uma tipologia de estratos os diferentes entre inferencial mediação necessária nos estipular permite fotografia da clássicas as teorias sobre o que visual, o debate cação - — os fan e racionais — por críticos instrumentais que de afugentemos é a necessidade especialmente na estas imagens, sobre a reflexão em assombrar tasmas que insistem sua por literalmente definidas significação de modalidades sobre quesuposição fazem ao que pensamos, sentimos- percebemos, e qualifi respeito com independência radical no sugeri como então, Pensemos físico. no mundo eventos entre relações sobre camos não tanto seria fotografia da teorias danoso das se mais início desse ensaio, o sintoma que podemos (algo fotográficas em imagens fantasmas” “vermos de possibilidade o da “faz-de-conta” de que waltoniano jogo ou num perceptiva fantasia numa contemplar sendo como causadaatribuímos ou os contornos físicos. eventos quepuros do conceituais constructos antes a proximidade com ajustes de depende eventos) dois entre natural contigüidade de lação morfológica própria a contigüidade entre a implicação notaremos em Peirce, tipos signos, dos de ção observado — aspecto aos “ícones” semelhança, própria de e as relações aos “índices” teo das muitas de rigor de que perscrutam justamente falta a comentadores porvários contramão na fotográfica a em identificar “indexicalidade” fotografia da clássicas rias Picado 2020). 2009, Lefèbvre 2010, (Elkins pictórica “iconicidade” da fotografias. de através diretamente natureza a própria em pensar que vejamos siste RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . 186 2, 1 no. 25, no. 2 25, no. . . . 3 (primavera): 577-503. 3 (primavera): https:// no.36 (setembro-dezembro): 59-71. no.36 áxia . 66, no.3 (julho): no.3 66, 377-388. http://dx.doi. 11, no.1 (junho): 11, no.1 63-82. http://dx.doi. . . Cambridge: Harvard University Press. University Harvard . Cambridge: . . São Paulo: Companhia das Letras. das Companhia Paulo: . São . Campinas: Papirus. fico á . . . , 220-244. London: Routledge. 11, no. 2 (dezembro): 246-277. https://www.jstor.org/stable/1342806 246-277. 11, 2 (dezembro): no. (outono): 143-169. www.jstor.org/stable/1342806 (outono): Inquiry org/10.3167/proj.2017.110105 (julho-dezembro): 9-26. http://dx.doi.org/10.35168/1980-5276.UTP.interin.2020.Vol25.N2.pp9-26 www.jstor.org/stable/1343119 62, no.2 (primavera): 197-210.https://doi.org/10.1111/j.1540- 62, (primavera): no.2 Criticism Art and Aesthetics of 594X.2004.00152.x. 23-29. http://dx.doi.org/10.2307/431646 (inverno): no.1 49, http://dx.doi.org/10.2307/432195 285-297. 3 (verão): no. 57, Criticism Art and Aesthetics http://dx.doi.org/10.1590/1982-2554233808 44, no.1 (November): 5-22. https://doi.org/10.1080/1473578032000110440 44, (November): Critique no.1 org/10.2307/2182440 Photography Theory Photography . http://journals.openedition.org/etudesphotographiques/321 Critical Critical realism”. 1984. of Kendall. the photographic on the nature Pictures: “Transparent Walton, Mimesis 1990. and Make-Believe Kendall. Walton, Press. University Oxford , Oxford: Pictures Marvellous 2008. Kendall. Walton, Snyder, Joel, Neil Walsh Allen. 1975. “Photography, vision and representation”. Critical Inquiry and representation”. vision Allen. 1975. “Photography, Walsh Neil Joel, Snyder, Slugan, Mario. 2017. “Taking Bazin seriously”. Projections seriously”. Bazin “Taking 2017. Mario. Slugan, . Paris: Gallimard. . Paris: Claire Chambre La 1980. Barthes, Roland. da Intenção Padrões 2006. Michael. Baxandall, ?, 9-17, Cinéma que le Qu’est-ce In photographique”. l’image de 1945. “Ontologie Bazin, André. Du Cerf. Éditions 1. Paris: vol. Journal of photographs”. value the epistemic 2004. Meskin. “On and Aaron Cohen, Jonathan . London: Routledge. inquiry a philosophical 2018. On Photography: Diarmuid. Costello, Criticism Art and Aesthetics of Journal and perception”. painting 1991. “Photography, Gregory. Currie, of Journal of photographs”. documentary contents and the “Visible 1999. Traces: Gregory. Currie, Picado, José Benjamim. 2020. “(Des) Aventuras do índice nas teorias da fotografia”. Interin fotografia”. da nas teorias índice do Aventuras Benjamim. “(Des) 2020. José Picado, . Paris: Seuil. . Paris: Précaire 1986. L’Image Jean-Marie. Schaeffer, Critical Inquiry and representation”. 1981. “Photography Scruton, Roger. BENJAMIM PICADO BENJAMIM O Ato Fotogr 1998.Dubois, Philippe. O Ato and Theory Culture, Art to History?”. say has to theory sign “What Peirce’s 2003. does Elkins, James. Lefèbvre, Martin. 2007. “The Art of Pointing: on Peirce, indexicality and photographic pictures”. In pictures”. and photographic indexicality “The Art on Peirce, of Pointing: Martin. 2007. Lefèbvre, . Oxford: Blackwell. . Oxford: philosophy in essay an Photography: of Arts Lopes, Four Dominic. 2016. 110-125. no.12 (novembro): Photographiques Études Crédulité”. la de 2002. “Critiques Yves. Michaud, Press. Belknap . Cambridge: Peirce Sanders Charles of Papers Collected 1939. The Sanders. Charles Peirce, Gal teoria, interrompida?”. “Fotografia: Benjamin.Picado, 2017. . São Paulo: Companhia das Letras. Companhia das . São Paulo: e Sinais 1985. Emblemas Carlo. Mitos, Ginzburg, Philosophical Review “Meaning”. 1957. Herbert Paul. Grice, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 187 Accepted: 2020-06-08 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0002-8982-9231 — Scopus ID 57164762800 — institucional Morada Visual, Artes de e Comunicação Instituto Lara Fluminense — Rua Federal Universidade 126 RJ Vilela, Niterói, — São Domingos, — CEP: 24210-590 — Brasil. (Rio de Janeiro: (Rio Janeiro: de Received: 2020-05-09 Received: https://doi.org/10.34619/sjpe-gn58 — Recebido — DOI PICADO BENJAMIM — biográfica Nota e Semiótica pela em Comunicação Doutor São Paulo. de Católica Universidade Pontifícia É Professor AssociadoDepartamento do de Universidade da e Mídia Estudos Culturais Rio Janeiro, em Niterói, de Fluminense, Federal de Programa permanente do e docente Brasil na mesma em Comunicação Pós-Graduação em Pesquisa de o Grupo liderando instituição, Visuais Narrativas das e Fotografia Análise da Rede de uma além (GRAFO/NAVI), e Gráficas Fotografia da em Teoria Pesquisa de Integrada do Suspenso O Olho de É autor (RedeGrafo). visual e discursividade plasticidade Novecento: do fotojornalismo moderno Azougue, 2014). RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 188

- vari speakto might each how ing the film,considering correspond which in the film themes ous hauntological of role the indeterminacy, (temporal with their accounts and the nature and the past, trauma testimony memory, of the film, concern A secondary of ghosts/phantoms). This article explores the topic of mediated memory as of mediated the topic explores This article in Lives That Thing Pretty the in the film I Am expressed (2016),challenge House with the concerned the chiefly position. a spectral As memory from of communicating the audiences through to related is narrative the film’s it seems crucial to Saylor, of the ghost of Lily testimony - phan with ghosts (or one might commune how establish the compare I In the first section of the article, toms). of hauntology as imparted mined conception by richly re-examined precursor and the recently Derrida Jacques expressed tradition, in the psychoanalytic his thought to - a com Following Török. and Mária Abraham Nicolas by interpret up both for as methods I take analysis, parative — Abstract JOSH GRANT-YOUNG JOSH vê nada”: Memória Assombrada e Mediada em em e Mediada Assombrada Memória nada”: vê Casa na Vive Que a Coisa Sou GRANT-YOUNG JOSH — Canada Guelph of University [email protected] “Olhar para si mesmo e o tempo todo não tempo e o mesmo todo si não para “Olhar “To Look the All and Oneself at “To Haunting, While See Nothing”: Memory Mediated and Testimony Thing That the Pretty in I Am the House in Lives RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 189 Finally, I consider the question of what is to be to is ofquestion the what consider I Finally,

explored through a feminist reading of the film, is the role ofrole film, the the is reading a feminist through explored the within silencing their confinement and and of women domestic. rativa, acho duas formas para interpretando o filme, con- o filme, interpretando para formas duas acho rativa, os temas para podem métodos falar dos qual siderando contas com as que no filme corresponde espectrologia de e memória de a função temporal, (indeterminação delas temos Afinal, também fantasmas). dos trauma o passado, al- deve filme: no espectros os com que será de questão a para por Derrida criada segueguma coisa ética a injunção ou também para uma coisa o espectral, para espaço criar nas vidas espectral do a influência malevolente extrair transge trauma de recorrente o ciclo e quebrando nossas que nos atormenta? racional | Sou | memória espectrologia testemunho| Mediunidade| That Thing Pretty the [I Am na Casa Vive Que Gata a Coisa ] (2016) House the in Lives done with the specters in the film: should one follow Der- shouldfollow one in the film: the specters with done or the spectral, for space make to injunction ethical rida’s influence the potentially malevolent one exorcize ought cycle recurring the break and lives our on ofspectral the us with? it haunts that trauma of transgenerational Am the memory| I hauntology| testimony| Mediation| in the House Lives Thing That Pretty e a mediada memória de o tópico artigoEste se explora Gata filme “Sou no a Coisa expressou este como perceção in the Lives Thing That [I Am the Pretty Que na Casa Vive o desafio com interessado principalmente House](2016)”, Como uma posição espectral. desde saudade da falando com a audiên- relacionado filme ficando do o narrativo Saylor Lily da fantasma do porcia testemunho do meio os estabelecer crucial para (personagem parece no filme), meios por estes com quem poderia em comunhão estar pu- a no extraído artigo, seção do primeira Na fantasmas. em (hauntology espectrologia que de se chama ramente por é uma noção que nomeado foi Espectrologia inglês). novamente examinado e recentemente Derrida Jacques por- Ni expressado psicanalítica, de chamada doutrina da a análise Após compa Török. and Mária Abraham cholas JOSH GRANT-YOUNG JOSH — Palavras-chave — Resumo — Keywords RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 190 Two lenses are applied within the article to allow for a greater depth in interpreta depth a greater for allow within the article to applied lenses are Two - as a driv testimony spectral Lily’s seriously (considering I take Within this article, and questions of testimony the preceding are accounts these two unites What within the The second portion found the traumas of explicit the paper make will Introduction ing force of the film’s narrative structure) a series of ethical and epistemic questions and epistemic ethical a of series structure) narrative of the film’s ing force what and spectres with doescommune one how . Chiefly, Thing Pretty the related to I Am to owe we do obligations ethical what their position? Further, from glean we truth may - be trau to open we their memories, to are of the spectre: and testimony the memories the (recognizing to we or are of their alterity), and truths (regardless recounting matic them? exorcise to obliged repetition) of trauma’s potential dangers Nicolas and psychoanalysts Derrida of Jacques accounts as the hauntological ethics, ofthe analyzing the testimony positions for two provide Török and Mária Abraham assess properly to audience) (and the ability of them within the film and the spectres - past.the to Denied clari ofact this looking-back through given is which testimony the frame on these hauntological rely audiences and Lily, Polly by given ty in the accounts is atmosphere a house psychic whose occupy, and Iris Polly, Lily, House that Braintree ) is a tale told by a ghost. Lily Saylor, recently recently a ghost. by Saylor, Lily told ) is a tale Thing Pretty the I Am expediency, for ter, ofhome the within die and celebrated live to came she how relates calmly deceased, personal stay-at- Blum’s as the elderly had been hired Lilly Blum. Iris novelist horror - the still-liv observe we As viewers, Waxcap. Mr. lawyer the estate’s by home caretaker in a specific part growing mould unexpectedly occurrences: strange experience ing Lily repeatedly and Blum’s hallucinations, apparent presences, of the house, unexplained , Walls the in Lady book The famous of Blum’s a copy discovers Lilly “Polly”. Lilly calling - real begins to Lily Slowly, named Polly. newlywed of a young of the murder tells which tookplace that event real fact a been but in fictional, not have might ize the murder that of Polly’s the secret uncover to bought it.within the house eager Though Blum before of- the supernatu the implications by frightened also becomes increasingly Lilly death, fully, to grasp, able quite the film,Lilly is never Throughout her. surrounding events ral point,vantage their de from Can the viewer, herself. finds she in which the situation is occurring? duce what and absence, of presence problems tion: the use of interrogating hauntology as a tool for and the theme of looking and the film’s of the spectral, and the testimony temporality, own im- from one’s come confinement via the that — chiefly of clarity denial epistemic the establish is used to sight. account primarily proper or occluded the former While the plot,sets latter the the film’s within themes spectral of various purchase theoretical discussions. feminist later for tone - with the testi engaging for the best practice determine looking to own in their works of the spectral. mony I Am the Pretty Thing That Lives in the House (hereaf House the in Lives That Thing Pretty the I Am film horror The 2016 supernatural JOSH GRANT-YOUNG JOSH RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 191 rep ontology, ontology, and haunting of haunting against women (Spivak 2005; Dotson (Spivak 2011). women against 1 Another concern of the article is the role of women and their entrapment with- and their entrapment of women of is the role the article concern Another . Through these two conceptions of hauntology, I explore three pertinent three themes I explore of hauntology, conceptions these two . Through Hauntology: A Matter of Specters and Haunting and Specters of A Matter Hauntology: portmanteau of hauntology, a Derridean The concept , beyond the specter of communism (the (the the specter of communism , beyond Marx of in Spectres concern chief Derrida’s might be read as a feminist critique of critique as a feminist might be read Thing Pretty the I Am that In sum, I submit

For Spivak, epistemic violence refers broadly to ways in which persons or groups are disqualified as ‘legitimate disqualified as are persons or groups ‘legitimate in which ways to broadly refers violence epistemic Spivak, For because In a colonial or processes. of certain institutional practices level) the structural at (often knowers’ of being are ways and knowledges practices, what for often agenda the sets power colonial the where context, of beingbeingpeople of colonized and ways knowledges practices, various in resulting legitimate, considered of as a form silencing, enacted often are Dotsondiscounted as such. practices further structural such posits that being. their very testimony, speak or give to an inability by certain denied, ensuring are persons or groups

, offer- Thing Pretty the of I Am analysis point this article’s for entrance a primary resents intersect which matters and ethical epistemic, ethereal, parse various to ing the means primary two the film through explore I Within this paper, narrative. within the film’s Spectres Derrida’s popularized Derrida, through of Jacques that of hauntology: accounts (1994), and International New the and Mourning of Work the Debt, the of State The Marx: of — Török and Mária Abraham of Nicolas in the work found precursor its psychoanalytic the and Shell and The A Cryptonymy Word: Magic Wolfman’s co-authored the The chiefly Kernel the theme looking),of (Derrida’s (through time absence and within the film: presence - Fish Mark of of ‘time the modified hauntology out of — with aid from joint’ exploration Derrida’s (contrasting and testimony Török), and in Abraham repetition traumatic er v. and Török’s with Abraham testimony spectral of to listening on the ethics insistence testimony). of such or credulity the veracity regarding suspicions JOSH GRANT-YOUNG JOSH 1 home and the horrors of the haunted house specific to the context of women. Further, women. of Further, house ofcontext the haunted to the specific home and the horrors - position on listen Derrida’s adapt one to requires justice of testimonial the problem — testimony their and honors the spectral ‘hears’ one properly ensure to specters ing to epistemic than committing violence rather in the Braintree House. Traumatic testimony, the gaze, aesthetic images of beauty and images aesthetic the gaze, testimony, Traumatic House. in the Braintree of inform the terror much the domestic to relation and looking, and women’s death on Gothic commentary a feminist , warranting Thing Pretty the I Am underscores which women within the onto subjectivity itself as inscribingterrifying and the film a horror of either men to ability the privileged house. Further, haunted of the unhomely place (rather pleasure their at go and come to or House, Braintree the within women entrap will confined within) be interrogated. than remain inundated with manifestations of visual and heard, and unseen and unspoken traumas. traumas. unseen and and unspoken and heard, of visual with manifestations inundated - house, in the var and death of murder the history named: explicitly are These traumas tragic the and of Polly), (principally betrayal men, iousby ofacts alsobut betrayal Iris’ House. Braintree within the of these women entrapment RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , - 192 (Derrida 1994). (Derrida in the present, as the spectral insistence of a memory, but is not entirely gone is not entirely but of a memory, in the present, insistence as the spectral Rather than the Derridean haunting of indeterminacy and the privileging of being, and the privileging of haunting indeterminacy Rather than the Derridean What do we owe the ghosts of our world? Derrida’s ethics, reaching beyond the the beyond reaching ethics, Derrida’s the ghosts of our world? owe we do What But what do we owe the grave, or for that matter, to the future? For Derrida, the Derrida, For the future? to matter, that or for the grave, owe we do what But Derrida’s hauntology posits the present or explicit is constituted by absence (what (what absence by is constituted posits or explicit the present hauntology Derrida’s here here JOSH GRANT-YOUNG JOSH Abraham and Török’s hauntology points to a type of transgenerational communication communication points typea to hauntology of transgenerational Török’s and Abraham or is one often ancestor understood as a deceased in their work the phantom of trauma: present and taking seriously the question of agency among those who are absent from from absent are thoseamong seriouslytaking and who ofquestion the present agency ghosts as a type offers Oth- of deliberation, Levinasian modes ofour frequent ethical with- is not comprehensible which intrusion in our world, irrecuperable wholly “a er, for responsible are we but whose otherness frameworks, intellectual in our available be from to banished or a trauma uncover, to The ghost is not a secret preserving”. usas an to it calls meaning. Rather, some to of form clean reduce a thing to our lives, “addressed duty, of ethical conceptions our present beyond meaning openness new to possibilities of formulated of the past or the not yet the living, to the voices directly by 2005). (Davis the future” ghost presents an ethical question about a radical form of alterity via absence. Much of Much via absence. of alterity form question about a radical an ethical ghost presents philosoph- in the living, and the effable the present often privilege concerns our ethical of those to-be-born, corporeally but what left the world discourse, ical those have who In thinking of our discourse. political our contemporary of the living, from absent or are writes Derrida or memories, their deaths the absent, to their lives, duties either to ethical those are who justice concerning for this respect and this responsibility “..without that tomorrow?’ ‘where sense be the question, ask there to ‘where?’ would what not there, ignored, are conditions whose of the oppressed past and present the Invoking ‘whither?’”. or our will- of their futures and the absence Holocaust) (the genocide by marked a world suggests our present, Derrida marks of past which the testimony the to listen to ingness it, to the foreclosure absent and listening it mean dignifying the for lest responsible are we 1994). come (Derrida to or affirm futures opportunityof any past wrongs right to continued insistence of Marxism despite its purported its of history’ despite of Marxism demise ‘end and the insistence continued following Europe haunt to continues which theory) liberal and Fukuyama per Francis metaphysical philosophy’s to positing is of a challenge Union, the Soviet the collapse fig on the considerably bears — a discourse which absence over ofpresence privileging of the absent, of indeterminacy. some measure it) this acknowledgement haunts and, in rightly we may issue:though metaphysical this exploring for an apt figure are Ghosts they that in a virtual is such sense nature spectral their in actuality, dead they are say of the living. within the world spaces inhabiting the grave, beyond from act and haunt also absent, of indeterminacy) state this (in ghost the fully completely or present Never to cannot said The ghost be be in its figure. and potentialities temporalities conflates fully ure of the specter (Derrida 1994). of (Derrida specter the ure in the here remains as it spectrally RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 193 2 aims to right right aims to is apt example: it is the setting for the for setting the is it example: apt is Thing Pretty the Am I .” Put simply, rather than a trauma which exists exists which than a trauma rather Put simply, .” body foreign a bizarre , but rather If much of Derrida’s invocation of the spectral in Specters of the spectral invocation of Marx of Derrida’s If much - contem the of invoke I ghosts, exploration section,this In Derrida’s on build to Hauntology: Disjointed Temporalities and Haunting and Temporalities Disjointed Hauntology: (a of a site in the context often occurs of the ghost story, Haunting, in the context Unsurprisingly, with a narrative which involves secrets, hidden traumas of- mur traumas hidden secrets, involves which with a narrative Unsurprisingly, Following Colin Davis (2005), I maintain a distinction between the conceptual terminologies of these two of these two terminologies the conceptual I maintain a distinction between (2005), Davis Colin Following I specifically In sections where ‘phantom’. and Török’s and Abraham ‘ghost’ of Derrida’s hauntology: conceptions I thosein and ghosts, as where spectres to refer will I methodology, hauntological Derridean or Derrida invoke are both or when accounts I will use discussion a direct of phantom. Absent either, and Török, Abraham reference of them. and considerations of the dead spirits denote to or ‘spectrality’ ‘spectral’ present, I will use ‘specter’,

JOSH GRANT-YOUNG JOSH 2 porary modification of Derrida’s hauntology via the work of the late Mark Fisher (2012; Fisher Mark late of the work via the hauntology of Derrida’s modification porary mu- and programs television films, various through hauntology said 2014), explores who offers some meas (which of hauntology reappraisal pertinent Fisher’s Further, to sic. place, a home, a building) which has been marked by “broken time” (Fisher 2012) (Fisher — time” “broken by has been marked a building) which a home, place, “time- is out of (Der phrase joint” on Hamlet’s meditation frequent Derrida’s echoing house in 1994). rida, Blum’s problems epistemic various to contributes (which narrative of film’s the time’ ‘broken and Gothic, and it is suffused with the virtual remote, it is foreboding the viewer), for of spectres. agency forebearer whose presence (held and preserved within a living subject’s Ego) aims to to aims Ego) subject’s living within a and preserved (held presence whose forebearer posit and Török being exposed. Abraham secret’s some shameful or traumatizing deny a familiar called Freud of repression the content as “not is understood the phantom that stranger - of trau transmission the house, and the transgenerational into built and betrayal der The past, in this account, is of Thing. Pretty the is pertinentma, an account such I Am to on impinge frequently and shame horrors secrets, of repressed the return as primacy, & Török (Abraham of the course the narrative through the present, learn as audiences 1994;. 2005) solely within oneself, the phantom is the haunting of “the gap produced in us by the the in us produced ofby “the haunting is the gap the phantom oneself, within solely of the or absence is not the presence It life”. of some object’s partconcealment of a love one or aspect or taboo of a loved away some secreted us, haunts but rather which dead life. our psychological into intrudes which ancestor in Fredric I also draw work), and Török’s and Abraham Derrida between of a bridge ure this, I offer Following mode’. on postmodernism and his ‘nostalgic writings Jameson’s aspects of Freudian (invoking temporalities on traumatic work and Török’s Abraham the tempo explicit make to compulsion’) — particularly the ‘repetition psychoanalysis . Thing Pretty the informs I Am which of phantoms the concept into built repetition ral re time, aspectsof accounts who unites of these two as a figure Fisher Last, to I return hauntology. to of accounts both ties strong my assessment of the film’s flecting RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , - - - - - ” 194 , Jameson notes that what we might understand as anachronistic in ghost stories in ghost stories as anachronistic might understand we what that notes , Jameson . On one hand, the Thing Pretty the in I Am work mode is at nostalgic This same For Fisher, this ‘cancellation’ brings with it, hauntologically, by compulsively re compulsively by it, with hauntologically, brings this ‘cancellation’ Fisher, For 1980s are products, but instance) for (its cares ] objects Heat’s [Body … Technically, is not, temporality Jameson, for and their disjointed settings on such The insistence purposes, house, all expressed for The haunted is a type our to of anachronism JOSH GRANT-YOUNG JOSH very untimeliness of the film itself is apparent to the viewer. Though the film is hypo is film the Though viewer. the to of apparent is itself the film untimeliness very and, in place of physical dependence and constitutive is their “peculiarly contingent - concern essay an in Fisher, (Jameson 2009). house such” as material the on particular, a against it placing by claim this contextualizes hauntology, Derridean his qualified ing the wrongs of the past and preserve the future through the figure of the ghost, Fisher’s of the ghost, figure the Fisher’s through future the of and preserve the past wrongs the of the cancellation the ‘slow to attention close pays (2012; on hauntology 2014) work Ratherend of than the Berardi). ‘Bifo’ of Franco work the from drawn term (a future’ tied of is the end certain means expectations cultural Berardi what of time, all direction the purported with in keeping of Marxism, death example, potentiality (for a future to de on the horizon), of communism” of totality be the new would “founding no there reference contemporary immediate that blur to conspires in the film things everyday set in some — as a narrative work this too as nostalgia receive to it possible and make 2009) (Jameson history… beyond past, eternal nostalgic 1930s, an say, indefinitely prob the is of structure story ghost the formal the very into built Rather, coincidental. The concerning repeat. to In his essay desire on such insists that world contemporary Shining nied any psychological possibility (Berardi 2011). possibility (Berardi psychological nied any - con modes ofproducing the past — a strange cultural and trends, the ideas, peating in his mode’ of notion a ‘nostalgic of out ofception time joint. Jameson’s In presenting cinema, (in music, and the arts) the odd notes em- Fisher “What is Hauntology”, essay mode high- 2012). This nostalgic (Fisher nostalgia alongside of anachronism ployment the to belong which or techniques forms of cultural or insistence lights the replication this mode: (1981) illustrate to Heat uses the film Body past. Jameson of antiquated the mixture in the 2000’s), is, set (that contemporary to close thetically in objects aged the vehicles, old-fashioned the Waxcap, and.Mr. Lily by worn clothes 1960s decor), interior overall an and televisions telephones, old as house (such Blum’s in time, all that Gothic milieu American of the house, general and the the remoteness Shining film The of Stanley Kubrick’s Hotel the Overlook Like of joint”. is “out this story, the past (1863) present scenes which but in so thereby doing overlays narrative Lily’s past and present. between the boundaries also blur — embodied of lem historicism house the medium of in the haunted to film. and proper of (dis)pos “quality a by marked one is contends, of Fisher historicism, problem This itself” of us repeat using to the past “has a way where in an effort back to bring session”, to the no longer “now belongs that lost time’ a type of modernism‘recover in film or 2012). (Fisher RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 195 , which he terms ‘the terms he which us, at

3 Recurrence is also a factor, whether one considers the frequent refrain of the Irving refrain the frequent one considers whether is also a factor, Recurrence Looking and Derrida Panes: Glass and Of Visors past, in present sight, clarity all denied one’s by be to bound like it is place in What speaks of issue a perceptual of look Derrida Within his discussion of spectrality, In terms of time out of joint, the film commences with the understanding (via the (via of ofout time terms In joint, understanding the with commences film the ‘Non-places’ refer to a theoretical concept employed by Marc Augé, describing spaces like airports, like spaces describing shopping Augé, Marc by employed concept a theoretical to refer ‘Non-places’ the than they resemble one another more “resemble writes) (Fisher which — spaces stores chain or large malls, of capitalist spread of an “endemic indicative are sites such Fisher, For located”. they are particular where spaces globalization”.

Berlin’s “You Keep Coming Back Like a Song”, with emphasis on the last stanzas: “From stanzas: “From on the last with emphasis a Song”, Like Coming Back Keep “You Berlin’s a song” like (Ber back - coming keep belong. You things out of the past, forgotten where the captures On one hand, it lyrically song, is an apt choice. I suggest, lin, 1946). Berlin’s be discussed House (to separate a in Braintree the within of trauma presence spectral in Spec writes As Derrida bear the past to on the future. from returning section), always the moments to look back one may and death, life between state In a spectral and future? and be no offered refused or unreachable potential or to futures death, one’s preceding the in Lives that Thing Pretty the opening monologue in I Am Lily’s sense of clear either. distortion, appeals blurring visual to sets the epis , juxtaposedHouse with the scene’s ment of her death and events which proceeded it and unable to see the futures which which see to the futures it and unable proceeded which and events ment of her death spends Lily the time shifts between points film, within the various narrative could be. At of of her visions the ghosts of the past, incursion spectral the the in- Iris, for care-taking deferral and the very of the house itself, decay accelerated and occasionally termittent imprisonment. narra notion of her spectral linear to Any in reference future of Lily’s tion, it seems, is denied. both the song’s — echoing come” to it is always , “the specter is the future, Marx of tres senses an impending Lily always which with anxiety general final sentiment and the mode of the film, nostalgic a it participates in the general 1994). (Derrida, Further, event paired when use of Shining’s Stars “Midnight, the and You”) The like (much which refrain to furtherof the film. the timeliness unsettle of the past,with other signifiers proves and memory. spectral perception interruption of the film — the traumatic for tone temic - con of and temporal tropes epistemic narrative in an appeal Gothic literature’s to Lily, thing the pretty observe fusion, a disembodied viewers speaks from while perspective is to seeing admits to nothing of Lily what in death, Even her death. to prior was she has passed. little sensewhat can make of on her life, reflecting and come, looks which see to that inability the — haunting to related ing mediation of Lily’s narration) that Lily is, in fact, a ghostly presence confined within the a ghostly presence is, in fact, Lily that narration) of Lily’s mediation ‘looking’imprisoned is house. own her upon by As such, she the mo fixed her gaze — JOSH GRANT-YOUNG JOSH 3 general problem of historicity found in postmodernism — chiefly the “disappearance of “disappearance the postmodernism in found of — chiefly historicity problem general of the rise time , and of that ‘non-places’. alongside space” RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- 196 : We : We : Much of the periphery of the film is unseen by audiences inhabiting the gaze the of of the periphery of the film is unseenaudiences inhabiting by Much First: if the spectral (Lily and Polly in the state of death and temporal indetermina temporal and of death state the in Polly and (Lily spectral the if First: both and Polly, Lily , where Thing Pretty the seemsSuch be to the case with I Am While this visor worn by Hamlet’s father provides a privileged vantage in some vantage a privileged provides father Hamlet’s by this visorWhile worn refers, Lily which to ‘visorthe might windows How the as be effect’ perceptual This thing meanwhile looks at us and sees us not see it even when it is there. A A there. it is ussees and when us looks at see not it even meanwhile This thing , 2016). I suggest one might consider the visor, 2016). House one might consider the I suggest in Lives That Thing Pretty the

Lily, requiring them to make one of two choices: to accept the testimony of a ghost as it the testimony accept to choices: one of two make them to requiring Lily, - togeth details the piece to (in the manner of an exorcism) work to them, to or, is related the expunge to House in order the Braintree is haunting what explicit make er and to and the subordination betrayal House of — its history murder, of the Braintree traumas ofand destruction women. visor effect for viewers. for viewers. visor effect ghosts, admit to a lack of spectral clairvoyance (clear seeing) regarding their life and their life seeing) regarding (clear clairvoyance of spectral a lack ghosts, admit to through delivered is plot of the film’s much While in-between. and the spaces death of some measure providing her demise, of the moments proceeding recollection Lily’s This and thus, so is partially we. too Lily are it is also that in the dark, apparent clarity, an alternative provide to serves and aesthetically) of (both vision asymmetry narratively respects, we might rethink this problem within the scope Thing. of I Am the Pretty this problem might rethink we respects, looking (I in one’s of oneself vantage a clean gain to and impossible rain” by “smeared Am one’s upon helmet, or as fixed an armored some other which portal through (whether of those the visor the vantage Rather from than considering in reverse. is obscured) face were if the narrative them (as watches which that perceive it to see cannot through who in sight gaps what Lily), the narrator, of by sight us details deny to framed purposively and a visor, such wears of the perception one who in inhabiting lie pitfalls or epistemic not would a view such One could imagine that see properly? cannot condition their own either. be particularly clear spectral asymmetry interrupts here all specularity…We will call this the visor this will call effect all specularity…We here interrupts asymmetry spectral that himself…, like looks King the his ghost in though us. Even at looks seenot do who he armour very the beingwithout looking was seen from him (“Such prevent not does 1994) (Derrida had on”). about might this say what without being another of at seen looking proper, is capable cy) itself (albeit, Thing’ another form, in looks at that the ‘Pretty the spectre a case where the film is a ghost before begins, audience understands the who Lily, in life). Lily was - indetermi itself is audience the with share can she of recollection the much that admits abound. mysteries — questions, confusions and unanswered nate JOSH GRANT-YOUNG JOSH , Derrida considers this notion by invoking Hamlet’s Hamlet’s invoking by this notion considers , Derrida Marx of In Spectres visor effect’. Hamlet in William Shakespeare’s of father his vision ghostly RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 197 (1920) — particularly in “Remembering, and Work Repeating The Seen and Unseeable: Establishing Trauma Establishing Unseeable: Seen and The both in dia communicated, film is in the trauma which through sign The principle Within the film, it is understood from its first scene that Lily is dead, merely look dead, merely Lily is scene that Within its first the film, from it is understood But what is the trauma that this rot marks, and why does it infect- house, manu and why marks, this rot that is the trauma what But Beyond in his work compulsion of repetition the on his conception built Freud No doubt, for Polly, this is also the case — if we take seriously Lily’s contention contention seriously Lily’s take this is also the case — if we doubt, Polly, for No , in which dreams connected to certain traumatic neuro certain to traumatic connected dreams , in which Principle Pleasure Beyond the scripts and bodily appendages in the Braintree house? The initial trauma which can be can which The initial trauma house? scripts and bodily in the Braintree appendages has per- one which her husband, by of Polly murder is the violent sensibly pointed to of psyches House and the very bodies, the structure of the Braintree literary meated of a return of the recurring example The rot, sense,its inhabitants. in this is a material lie hidden which texts saturating event, taking root in the home, traumatic repressed within the house body and contorting the very of Lily. the Pleasure Principle logue visually, is that of decay or rot. As Lily toils in the Braintree House, she notes clear clear notes she House, the Braintree in or rot. toils As Lily of decay that is logue visually, spots of the house, In various most notably but and within her. around of decay signs struc- very begin seep the house’s to mould into rot and main hall, black in the a wall and, as the form spectral Polly’s glimpse first of with the audience’s (corresponding ture is Mould corpse walled-in). was Polly’s the house in where place the audience learns, Lily , where Walls the in Lady of The drafts rough well-hidden holding on the boxes found Fi- Polly. with relationship failed Iris’ and fate unfortunate Polly’s of learn to begins first body her very decay, begin to hallucinates Lily scene, particularly in a disturbing nally, with mould spots. and saturated engorged as her arms becomes this knows, audience the all For her demise. to up led moments which the at back ing at walking backwards Polly audiencedone As the she has so. time sees is not the first arrival, Lilly’s to points phenomenon prior in the film, a mentions Iris such and seeing occupant. new how But with each of commences haunting intuit somewe infernal cycle trauma? to does this relate that spectral perception is one of constantly looking at one’s own death. But what of what But death. own one’s at is one of looking perception constantly spectral that of despair is in a state Iris or personal of trauma, Rather repetition Iris? than a matter testimony. her ending from a satisfactory extract to and the failure of the loss Polly over ing Through” (1914). discusses despite Freud In this article, the case who, ing Through” of a patient them repeats he has repressed, which and events of behaviour no recollection having seems nonethe its murkiness), her past (despite recollecting by 1953-73).(Freud, Lily, her precipitated which at the events of looking — chiefly a cycle to be to chained less discusses Freud that compulsion This is in line with another kind of demise. repetition in from images pleasant than presenting rather event a traumatic to the patient ses return one that suggested later Freud while (1920). be would Yet, healthier which past their is altogether Lily trauma, original the exorcise to attempt to behaviour in such engages it. by is subsumed so, of and instead doing incapable JOSH GRANT-YOUNG JOSH RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 198 Iris, when speaking to Lily, cannot bring herself to speak truthfully about the way speak truthfully to herself about the way bring cannot Lily, speaking to when Iris, with this certain (particularly topics avoids of her relationship Lilly the matter The Heard and Unspeakable: A Matter of Secrets and Betrayal and Secrets of A Matter Unspeakable: and Heard The Early House. Braintree the haunt also traumatically unspeakable and the Absence , Lily’s Walls the in Lady The through as told death, and life Polly’s alongside Placed JOSH GRANT-YOUNG JOSH she and Polly ceased their communication. Iris appears remorseful but does not prop appears remorseful but does not Iris communication. ceased their and Polly she peculiar to distant and solemn, (seeming in her tone in contrast and is altogether man) self) and playful inquisitive her previously end conversation to (seeking and demeanour of her the topic suggests behaviour discussion). shifting Her abruptly by on the matter secret, a or perhaps there Is and unspeakable. is uncomfortable relationship fractured this peculiarphone underlies which supposed beyond infidelity, knowledge terrible more to love a discussion from of failed transition hurried Lily’s given Certainly, call? re the strained given Further, this is the case. suggests tasks of topic domestic positive Like Abraham and Török, Iris sees fit to make explicit, in her writing, the trauma which which explicit, writing, in her to make sees the trauma fit Iris and Török, Abraham Like The film story. whole the this is not quite I claim yet House, the Braintree has marked to attempt Iris’ by not simply precipitated was Iris departure from Polly’s that suggests con- of it. from a profit Such betrayal of materially house, the but to expose the trauma left she the ending off her of contention, that more sense book than Iris’ makes fidence so suddenly Polly would why true, were account Iris’ If wishes. Polly’s with keeping in presence? depart Blum’s from such on a to take motivation partcall that Lily’s phone a of through learn in the film,we in- romantically previously was she House is that Braintree in the isolated labor lonely the is that aspect a curious of this conversation with a man. this is audible, While volved eerie the other end of person occupies the wholly the silent who hear to audience is unable section). in the next to I will attend matter them (a between conversation and unbalanced as a Polly In scenes depicting opaque. becomes less in the narrative and its role trauma as her has been prepared which House, Braintree the floors of the walks she newlywed, - linger seeand we her husband as a blindfold, ribbon a black wears Polly home. new them, Polly a confused only between from glance exchanged are words No ing behind. at husband of her anger the smouldering and witnesses blindfold off the takes as she ofaudience the film the by unseen unheard and death, Her ofmoment the death. her erly name the transgression by which their relationship was broken. I contend Iris’ ac- Iris’ contend I broken. was relationship their which by transgression the name erly is Iris is duplicitous: Walls the in Lady The to in the foreword ofcount their relationship When speak wishes. Polly’s to about her ‘faithfulness’ her readers not being to honest a re bit. like a little missedread this might her even While if Polly asks Iris Lily, ing to reflection later of the object their affection, Iris speaking to lover) morseful (or friend her for Polly towards resentment a lingering suggests things of pretty on the ‘rotting’ her. satisfy would the ending which Blum to give to inability continuity a thematic mark this would and Iris, Polly between lationship RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - ? 199 Here, we anticipate a response from Abraham and Török. While Iris’ betrayal betrayal Iris’ While and Török. Abraham a response from anticipate we Here, Consider the theme of betrayal that echoes in both of their lives : For Lily, she is she Lily, : For in both of echoes their lives that theme of the betrayal Consider Yet Abraham and Török would suggest, in this case, the continued cycle of trans cycle the continued in this case, suggest, would and Török Abraham Yet Women of Silencing and Entrapment Traumatic The the hauntological express to either effort has far, been, thus of this article’s Much JOSH GRANT-YOUNG JOSH might very well fit the mould for unethical behaviour on Derrida’s hauntological ac- hauntological on Derrida’s behaviour fit the mouldfor unethical well might very film,this in traumatic the to respond would Derrida how clear abundantly count,isn’t it giv- if, what But Polly. and of Lily the testimony to listen we that the prescription beyond be- be to du to forthcoming outright (if not its tendency unwillingness en the specters’ if the Or what be to reliable? of phantom said trust cannot the testimony we plicitous), Shining — as in The set of or intentions space a particularly malevolent specter is tied to haunted by the loss of her potential husband, who (hinted at through the telephone the telephone through (hinted at who of her potential the loss husband, by haunted cut was their engagement and unforgivable, was act which an committed conversation) - Pol ofspeak it. even to not For prefers she that so damaging was short.act, This Lily, for Braintree the walk to left and blindfolded sinister: more far is betrayal husband’s her ly, with his surprise is not to bride intention his new see cannot her husband’s she House, the spot her to lure to but rather come, to together as the promise of a life handywork her. he will murder where beyond a scream, becomes a secret: we are not privileged to know the motive for her her for motive the know to privileged not are we a scream, a secret: becomes beyond of reading Lily’s and words Iris’ through mediated novel, the in narration Her murder. within event this traumatic precipitated what to regard any clues in no the text, offers short ofher husband. hands the by cut tragically was life Polly’s the house, only that occur- traumatic name the various , or to Thing Pretty the of I Am and content themes Yet, a murder. and betrayal chiefly, narrative: the film’s preceding) (or during rences discus requires concerns, preceding all colours — one which reality further traumatic Derrida seems to have little to offer as a reply for these questions. Nor is it abundantly abundantly it is Nor questions. thesefor reply a as offer to little seems have to Derrida either (how does the spectral for space make to wishes directly Derrida how obvious the ‘spaceless’?). for ‘space’ one make sim- that,to such are Lilly and Polly of the figures through spoken trauma generational befallen has which the transmission to one prey leaves analyze) than (rather listen ply that, interrogate house within the not to such remains The trauma House. the Braintree occupants — with those in future its recurrence ensure well may trauma, said and expel looking. ofown prisoners their house occupy the who forever and Lilly) (Polly phantoms might suggest and Török justice and listening, Abraham testimonial to counter Further, or lies, is imbued with half-truths nature, by in phantoms, of testimony the content that of or Iris some suspicion. Lily Polly, from testimony of any the credulity rendering sion.section,film In this the within of women silencing and discuss I entrapment the the guiding question of the article. adapting of the narrative, concern as an underlying testimony? or confined in their silenced are with those who communicate we can How RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 200 ) its female occupants the chance to confront and confront to occupants the chance ) its female The matter of entrapment is, at first perhaps, difficult to see. Lily, in her discus Lily, difficult tosee. first perhaps, is, at of entrapment The matter The position of the Gothic home and the women within said space is a contested is a contested space said within positionThe of the women and home the Gothic does not Thing Pretty the I Am possibility, is a fascinating thesis Ng’s while However, Last, in terms of tele-technological apparatuses (phones, televisions), no signals signals no (phones, apparatuses televisions), Last,of tele-technological terms in A gendered spatiality also defines the house the also defines — terms effects binding its of spatiality in both gendered A one. On one hand, the domestic space is frequently one of entrapment, where women women of one entrapment, is frequently where space hand, the domestic On one one. physical and of all manner psychological to subject and bound frequently in place are and Domestic in Space Women Soon Hock Ng’s Andrew Yet, and horror. terror violence, possi- (2015) posits an alternative Subject as House The Narratives: Gothic Contemporary through. be has the potential to worked trauma house in the bility found — one where that suggest to diligently works Ng examples, film and literary Citing contemporary example, (for allows which home the and women between potentiala is dialectic there Beloved Morrison’s in the case of Toni Ng There posits. which space domestic of the troubling contemporary of fit this model women, in for allows which film within said arc or productive no redemptive is, I claim, — it explicitly name or to either see to the capacity it properly their trauma, confronting of the audience. in the ears mute truncated) how (no matter their testimony rendering work through their traumas — suggesting a productive relationship. productive a — suggesting their traumas through work are ever capable of permeating the house or being transmitted outside of it. of the house outside permeating Lily or being While transmitted capable ever are on the other end is heard no voice in the movie, be to early on the phone is depicted hap What Hello? of ‘Lily… no cries still hear we her hands, from it is yanked and, when and the mobility of men through space. Mr. Waxcap, as noted prior, is the sole visitor is the sole visitor prior, as noted Waxcap, Mr. space. ofand the mobility men through their remove workers ambulance male two when the demise and Iris, of Lily (until of capable it seems, the only individuals Men, are House). bodies the Braintree from nor Polly Iris, it — neither Lily, House and subsequently leaving the Braintree traversing , that Thing Pretty the the bounds of seems, the house. outside Am It in I depicted ever are the house, to but it these binds women not only trauma that awareness is an acute there in the history the house. Further, exiting to barrier as psychic as well a physical creates — and murder violence on domestic is predicated leave to inability of the house, Polly’s permitted to of the house, never her body and walls boards entombed within the very burial. a proper for even leave, sions with Mr. Waxcap, notes that the Braintree House receives no visitors — for Iris Iris — for visitors no House receives Braintree the that notes Waxcap, with Mr. sions the house, perhaps leave to capacity about Lily’s what But Waxcap. Mr. save or herself, Though need? every Iris’ to tending from respite a brief get or even groceries fetch to it is house the errands, outside for venture might indeed Lily that it seems plausible ventured ever have to her arrival) (following depicted is never she crucial that note to seems in fact, (per Waxcap) her discussions Lily, House. with Mr. the Braintree outside required. is constantly sake, Iris’ in the house, for her presence that aware acutely the eerie from respite any than providing room, rather in Lily’s The television pened?’. structure seems the very It operated. when of only static the house, sends silence back JOSH GRANT-YOUNG JOSH RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 201 In terms of rebirth, tied to one’s death, Lily’s eternal eternal Lily’s death, of In terms rebirth, one’s tied to 4 I suggest that this inability for tele-technologies to function effectively, paired with with paired effectively, function to tele-technologies for inability this that I suggest - sym to and funerals) of weddings (in the context often considered are lilies White Further aesthetic subtext colours the film’s narrative, offering subtle hints to the hints subtle offering narrative, the film’s colours Further subtext aesthetic Flowers, in general in the film, have an interesting metaphorical position. While metaphorical an interesting in the film, have in general Flowers, Irises, comparatively, invoke faith, truth and trust, faith, and respect. as has been Iris, invoke Irises, comparatively, One also wonders whether the insistence on purity might, in some way, relate to the unspoken trauma which Lily Lily which trauma the unspoken to relate might, on purity the insistence in some way, whether One also wonders raise it only I will space, of consideration in and, easily, determine to difficult is it But discussestelephone. the on of the film. accounts future question for as a speculative

4 GRANT-YOUNG JOSH - infidel violence, ofthe house, within domestic the history of communication the failure of a narrative house,the reflect all leave to women for inability the and murder, and ity in place, Held House. of the Braintree the women by shared abuse trauma and domestic them (out befalls that terror or the violence articulate or understand properly to unable of lilies as the colour choose white I deliberately bolize or rebirth. either purity Here, in the midst of (even white colour the wearing Lily discussing how meet first as we here, — death or illness by be touched” “cannot she that them assure can of clients) death the when that clear abundantly it is Lily, for of Yet, ailments. the face in purity maintaining and wardrobe out of daily her clothing her white cycles the house slowly enters (and she — be — in fact can she that House) of signs the Braintree with the traumatic interacts effects. its damaging by corrupted of the house itself denies any potential communication outside of it,- outside communi though potential communication of the house any denies itself parties within between seems difficult. equally cation within the film: as role a considerable play curiously of women. Flowers entrapment the for as metaphors describe and their conditions, which ofsymbolic names characters within the home. of women containment side of the house, or to each other), and (for Polly and Lily) are forever doomed to repeat doomed repeat to forever are and Lily) Polly and (for other), of each the house, or to side of the stakes. their ignorance perpetuated they it through mourn that it, case) Iris’ or (in will occupy the house women future discussion with Lily), (per Waxcap’s that Given Mr. lay horrors as part occupants — what is grim future for of grant, a writing the prospects of the end film? the at depicted and her family woman the next for in store flowers are grown outdoors, one might rightly say their beauty is tied to their life-cycle their is tied beauty say rightly might one outdoors, grown are flowers previously discussed, is a character notable for her outward contention that she kept kept she that contention outward her for notable discussed, previously a character is and purports have to Walls the in Lady omit the ending of to The wishes with Polly’s faith provided this account Yet, absence. in Polly’s her memory — even faithful to remained question –the into of irises within her name seems is called (nar- Iris employment to by - the oppositions of these represents charac Iris — that be so done as oxymoron ratively) trust, and disrespect). broken lies, (unfaithfulness, teristics gressively blurring condition denying any epistemic clarity. epistemic any denying condition blurring gressively return seems less a positive rebirth by which she receives greater insight into her own her own into insight greater receives she which rebirth by seems a positive less return a position ofto a pro but instead confinement within the house,subject and life, death RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 202 - and Derri A challenge then, is the silencing behaviour which is perpetuated throughout the perpetuatedis throughout which behaviour then, silencing the is challenge A Spivak, in her exploration of epistemic violence, argues that what should change change should what that argues of violence, epistemic in her exploration Spivak,

But is there another way the women of this story are bound — not merely by space, space, by bound are — not merely of story this the women another way is there But in culvarious injustices - acts as a stand-infor ghost effectively Derrida’s Being that that of the house, it is notable asymmetry the gendered to Last, return in a brief JOSH GRANT-YOUNG JOSH house. Iris, in taking up Polly’s story, aims to frame it as one of her novels rather than rather it as one of her novels frame aims to story, house. in taking up Polly’s Iris, account, on this and Spivak, Derrida mournful testimony. of Polly’s the content to listen con- the profitable extracts simply Iris way certainlywould the exploitative admonish fo — likely the side to implications frightening the more leaving and tale of tent Polly’s but by the epistemic incapacity to fully articulate their truths and conditions? Here, fully Here, to articulate incapacity their truths and conditions? the epistemic but by of the women the by experienced of oppression form secondary as a silence to I turn of epistemicviolence language on the conceptual drawing House, Braintree listen to desire of any foreclosure very with the memory — concerned and historical tural constituting often and people left out, memories (those but paradoxically the ‘absent’ to of the the testimony silencing avoid to ways determine we — warranting is ‘present’) what 1994). with the ghost (Derrida and together to speak ghost. to is both It necessary — blooming healthily outside and growing properly within the cycle of- the seasons. How cycle the within properly and growing outside healthily — blooming of be gazethe to jar a within subject the house,a placed into brought and cut when ever, terminal in their marked are these flowers say occupants, rightly one might of a house’s will things pretty Lily, to intimates been Iris as and growth, offcut from They have nature. the is bound rot. second the Iris floor to While eventually of the house navigates Lily and the house. They are, leave to be able of be properly the house, neither can to interior said - disin to, names gives with one afternoon even and converses Lily who the flowers like their death. for — waiting place of their roots, and bound a single to robbed terred, or one makes-meaning which by apparatus is the structural than the individual, (rather her in concert one might read Here, 2005). ofanother (Spivak recognition the excludes the change to ought we and testimony: on the spectral comments own with Derrida’s the ghost. to with and listen commune we way concerns Lily’s to actively neither listens character, the sole speaking male Waxcap, Mr. un- and severely the best interest), of feigning times, (at health or assessments of Iris’ subsumed be her to entirely of (assuming Iris and health the potential agency dercuts of the and partially alive aware much than very rather death, to and close in dementia of the plot). events da’s discussion of presence and absence as it relates to the ghost. to as it relates discussion and absence of presence da’s the read either to her unwillingness Lily, As for Iris. toward resentment menting Polly’s with Polly’s in faith or communicate Walls the in Lady in The provided testimony entire and herself between the similarities than recognizing rather citing fear, memory (often (to of Polly the fate that ensures Other) dialogue for with the radically as grounds Polly via haunting)be too. will be bound hers in place RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 203 is a film which takes seriously takes which film a is House the in Lives That Thing Pretty the Am I In sum,In However, I suggest, in keeping with Derrida, Doston and Spivak, there is an effort there and Spivak, Doston with Derrida, in keeping suggest, I However, Admittedly, a primary impulse of readers might be to take up Abraham and Török’s and Török’s up Abraham might be take to impulse primary a of readers Admittedly, You Keep Coming Back Like A Song: Closing Considerations Song: A Closing Like Back Coming Keep You Braintree found in the bodies are ofLily and Iris’ the film, minutes In the closing which precedes this call for the silencing of trauma within the Braintree House:- the will within the Braintree of trauma the silencing for this call precedes which in If, this space. haunt who presences of the spectral the testimony to listen to ingness of the women the by and binding experienced silencing the gendered or their absence articulate properly to unable rendered House are ofhouse, the Braintree the specters travel to deserve audience) (as we perhaps remain, they which in mournfulthe ways in and terror of past violence reliving their traumatic through trips with them on various interest Derrida’s to question tied with the deeper metaphysical reckon better to order be the that well very may On one hand, it the ghost? to not listen we do in ghosts: why explicit on the need for operate of testimony forms and various canon philosophical perhaps other, but on the or otherwise), (ethically be to considered in order presence understand if we — even to not know how because do listen we yet cannot we (like Lily) and violence. of silencing the conditions to suggest — in all its opacity — to the possibility of articulating epistemology spectral to so do attempt is to To with the spectral. communicate might better we how audiences come which horrors and deeds seeminglythe words, absent consider we how reorient articulatetheir absence) (in easily cannot we of traumas — the remainder with haunting epistemic, easy a position lacking speak of us to them to (from inability and the spectral con- determine the to it difficult find may we Though clarity). or testimonial temporal, ghosts owe we audience, watching and listening actively as see, or hear we of what tent and actors. might be listeners better we them, ails that what hear to duty the ethical imperative to confront, expose and expunge any traumatic elements from the Braintree Braintree the from elements traumatic any confront,to expose expunge and imperative be to deserves exists which the trauma it appears as though level, On the surface House. the house some of security to for semblance return to in order named and vanquished on. linger past trauma repeat to the compulsion occupants — lest future cipitated it. Now, in the wake of her death, audiences — through a dual hauntological hauntological a dual — through audiences of her death, in the wake it.cipitated Now, question. ethical an presented — are themes various of the film’s appraisal and feminist a there Is their testimony? receive properly we do how the spectral, with In communing some produce to imperatives provided accounts these parse various to which by means ? Thing Pretty the in I Am the spectral rest to or putting with and respecting engaging for dead? the to owe we do justice testimonial succinctly: what More House, audiences only moments earlier having witnessed the death of Lily at the bottom at of Lily witnessed the death having earlier only moments audiences House, of film, the audience much has the been guided For door. the front near of staircase the pre which and the events of her death see nature than her the to hoping better Lily, by JOSH GRANT-YOUNG JOSH RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 204 26, nº nº 26, . 59, nº 3 (July): 373- 3 (July): nº 59, . . Chicago: University of Chicago Press. of Chicago University . Chicago: 66, nº1: 16-24. nº1: 66, https://doi.org/10.1525/ . Oakland: AK Press. AK Press. . Oakland: . . New York: Routledge. York: . New fq.2012.66.1.16 Zero Books. Press. London: Hogarth Strachey. James by and translated Edited vols. Books. Verso nº4: 475-486. 8, https://doi.org/10.1080/13688790500375132 Studies Postcolonial 2016. 87 minutes. 2016. Decca, UK, 2 mins, 50 secs. 1946, 2(Spring): 236-257. https://doi.org/10.1111/j.1527-2001.2011.01177.x 2(Spring): 236-257. . 379. https://doi.org/10.1093/fs/kni143 International Minnesota University Press. University Minnesota . Hampshire: . Hampshire: Lost Futures and Hauntology Depression, on Writings Life: 2014. My Mark. of Ghosts Fisher, . 24 Freud Sigmund of Works Psychological Complete the of Edition 1953-73. Sigmund. Freud, Standard The . London: 1983-1998 Postmodern, the on Writings Selected Turn: Cultural The 2009. Fredric. Jameson, and the Popular”. the Subaltern on Speculation “Scattered 2005. Chakravorty. Gayatri Spivak, Fisher, Mark. 2012. “What is Hauntology?”. Film Quarterly 2012. “What Mark. is Hauntology?”. Fisher, — media & other Filmography 1981. Pictures, Bros. 113 minutes. USA, Warner H Kline, Richard Dir. Heat. Body Netflix, USA/Canada, Perkins, Osgood Dir. House. the in Lives That Thing Pretty the I Am 1980. 144 Pictures, Bros. minutes. Films, Warner USA, Hawk Stanley Kubrick, Dir. Shining. The and His Orchestra. Scott Trotter John Crosby, Bing Perf. A Song’ Skies. Like Blue Coming Back Keep ‘You Spectres of Marx: The State of the Debt, the Work of Mourning and the New New the and Mourning of Work the Debt, the of State The Marx: of 1994. Jacques. Spectres Derrida, Hypatia of Silencing”. Practices Tracking Violence, Dotson, Epistemic 2011. “Tracking Kristie. JOSH GRANT-YOUNG JOSH — Bibliography 1994. Kernel and the Shell The Török. and Maria Nicolas Abraham, . Minneapolis: . Minneapolis: A Cryptonymy Word: Magic Man’s Wolf The 2005. Török. and Maria Nicolas Abraham, Future the 2011. After Bifo. Franco Berardi, Studies French Phantoms”. and Spectres Présent: Hauntology, At Colin. “Ét Davis, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 205 Aceite: 2020-07-08 Aceite: Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0001-8501-9015 — Edu Academia https://uoguelph.academia.edu/ JoshuaGrantYoung — Acknowledgments Sheridan, Patricia thank Dr. to like I would Trenbeth Gordon Novak, Abuhsan, Kyle Nour their helpful for Valliere and Richard of writing the process during comments this article. — address Institutional — Department of Guelph of University Ontario, E, Guelph, 50 Stone Road Philosophy. N1G2W1. Canada, Recebido: 2020-05-10 Recebido: https://doi.org/10.34619/e1qd-4s05 — note Biographical the at Candidate is a PhD Grant-Young Josh primary His in Canada. of Guelph University film, epistemology, horror are fields research His cursory theory. and affect mental health and in digital humanities are interests comic films, enjoys someoneaesthetics.As who surprising that it isn’t books, literature, and interesting philosophically I mine these for In the department, and questions. themes I run Philosophy series, a film-watching/discussion (to together students get where Dark, the in discuss to horror studies) from a break take lenses. In the past,philosophical film through co-organized on A.N. group I’ve reading a brief Wittgenstein. and Ludwig Whitehead — DOI GRANT-YOUNG JOSH — Received RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 206 de Paulo Carneiro, a sua a sua Carneiro, Paulo de , Paulo Carneiro’s first fea first Carneiro’s , Paulo - about direc a documentary, This film, premiered. ture in the of the memory of his grandfather, in search tor is part he lived, of a line of in which eponynous village landscapeabout and the the films “rural-fantasistic” In it, of Trás-os-Montes. experiences the photographic alsobut necessity narrative a from emerges dimension its importance emphasizing point a formal of from view, lidade | gótico | lidade In 2018, the film Bostofrio Em 2018 o filme Bostofrio estreou um sobre documentário, Este longa-metragem. primeira na homóni- seu do avô, história em busca da realizador viveu, insere-se em que este ma aldeia linhagem numa e as vi- a paisagem sobre “ruralo-fantasistas” filmes de sur- fotográfica a dimensão Nele transmontanas. vências mas também formal, narrativo ponto vista um de de ge acentuando-se importância a sua ausência uma de pela ensaio Neste incógnito”. “avô do o retrato chave: imagem ausência, que essa de forma juntamente analisar procuro e de “primitivistas” fílmicas uma série estratégias com de ausente numa a figura converte gótica, forte correlação espectral. presença Documentário | cinema portuguêsespectra | | fotografia — Abstract — Palavras-chave — Resumo RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO Programador de Cinema de Programador [email protected] Bostofrio: photographic refusal as evocation as refusal photographic Bostofrio: LISBOA VIEIRA RICARDO Bostofrio: a recusa fotográfica fotográfica a recusa Bostofrio: evocaçãocomo RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 207 by the absence of a key image: the portrait of image: the “incog ofa key absence the by this how explain to try I essay this In grandfather”. nito filmic strat of with a series “primitive” together absence, the absent convert Gothic correlation, with a strong egies presence. spectral a into figure | spec- Documentary | Portuguese | photography cinema | gothic trality (Trad. Helena Cardoso), Quetzal 2013, 28. Cardoso), Helena (Trad. Vida da Níveis Os Barnes, Julian Nadar [o fotógrafo] recordava que Balzac tinha uma teoria do eu, do a essênciauma teoria segundo a qual tinha que Balzac recordava fotógrafo] [o Nadar porespectrais sobrepostas, uma série formada quase uma pessoa infinitacamadas de de era Daguerre”, operação “a durante que, ainda acreditava O romancista as outras. umas sobre não lembrava Nadar se mágico. instrumento pelo e fixada retirada era camadas uma dessas (…). regeneração ou se sempre poderia para se haver perderia camada essa se, supostamente, Se esta dupla consciência do olhar como espaço de constante modelação tecnoló modelação constante de espaço como consciência olhar do Se dupla esta O filme no é uma aldeia, Bostofrio estudo. de objeto do então a natureza Esclareça-se — Keywords RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO Concelho de Boticas, distrito de Vila Real na sub-região do Alto Tâmega, província de de província Tâmega, na sub-região Alto do Real Vila de distrito Boticas, de Concelho realizador do a investigação que decorrerá aldeia É nesta Douro. Alto e Trás-os-Montes ante terre” la rejoint ciel le “où em francês, O subtítulo, documentário homónimo. do ção improvável destes dois meios de percecionar o mundo: a fotografia aerográfica. O pri- O aerográfica. o mundo: a fotografia percecionar meios de dois destes improvável ção se deposita.tudo e o que nela a paisagem pássaros ponto vista dos do de permite ver meiro fotografia a Logo, e transmiti-lo. fixá-lo outro, vista do o ponto de O segundo permite ver de uma (imagens dos pássaros transmitir o de vista ponto e fixar permitirá aerográfica celeste). perspetiva uma de diferente e não-humana não muito coisas, alada das visão lu- já não trouxesse fotográfica) impressão da e a mecânica balonismo do técnica (a gica Carneiro, Paulo de (2018), la terre rejoint ciel où le Bostofrio, iluminar para zes suficientes do em redor realizador do que do é a empresa que muito recortei cristaliza a passagem por oposição aos modelos fotográfica imagem da fantasmático) logo poder (e memorial fotografia. própria da ontologia discussão de da tradicionais de Teixeira onde cita se aforística, súmula de jeito em filme, o cartãoo cipa que encerra - no século Bar experimental, balonismo XIX, do Julian o escritor as desventuras entre Por sobre Vida, da Níveis Os recortei a epígrafe, de onde memorialista romance no reflete, nes combina da desse e século) invenções das novas (outra fotografia da o prodígio mágico RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------208 como pro como Estéticada . Neste artigo procurar-se-á explicitar a natureza a natureza artigo procurar-se-á explicitar . Neste integra-se neste paradigma estético dominante da produção produção da dominante estético paradigma neste integra-se O realizador subdivide o filme (que tem pouco mais que uma hora de duração) duração) de (quetem quepouco mais uma hora o filme subdivide O realizador De qualquer modo, convirá referir que o filme se pode integrar na corrente de re de corrente que o filme na se referir pode integrar modo, convirá De qualquer Esta descrição da poesia de Pascoaes aplica-se, com improvável adequação, à prática à prática adequação, improvável com aplica-se, poesia Pascoaes de da Esta descrição - subjecti poesia: a sua mundo do a fusão inconfundível que tornariam características [as] esse que os fantasmas além as sombras, coisas, das o sentimento religioso e objectivo; vo enig e pelo mistério pelo o fascínio simultaneamente; e revelam escondem e os espectros ma de tudo o que o rodeia; a vocação mítica que tudo transforma, até a terra natal, ago natal, a terra até que mítica tudo transforma, tudoma de o que a vocação o rodeia; o infinito; o para sentido escada autêntica Universo, do microcosmo como entendida ra a uma mas ainda não apenas ou ao futuro, ausência, ao passado da ligada transcendente Sá 1992, da 35) (Moreira autêntica. realidade da ideal forma Bostofrio será, portanto, o espaço do território português des será,Bostofrio território portanto, o realizador do no qual o espaço curarei explicitar adiante, eleva esta ideia de desconstrução das tramas da ruralidade, ruralidade, da tramas desconstrução das de ideia esta eleva adiante, explicitar curarei forense). (quase conceptual a um nível articulaçãona sua a fotografia, com tratos da “pós-ruralidade”, como a identifica Tiago Carvalho da Silva na dissertaçãoda Silva A Carvalho Tiago a identifica como “pós-ruralidade”, da tratos de conceito do “distanciamento que afirma o , quando português no cinema etnopaisagem a com pode aceção relacionado estar romantizada e até tradicional na sua ruralidade segundo uma perspe rural universo noção de a própria se de reconstruir necessidade desses a vários comum pessoal — e acrescentaria, e íntima (veia contemporânea” tiva que consolidam fílmicos “os imaginários queentão conclui da Silva Carvalho filmes). concomitantemente a partir debater-se rural século vão do mundo XXI de uma ideia habitua estávamos à qual ruralidade de ideia desconstrução da um processo de com 112). (2016, Bostofrio dos” mas, que rural, mundo portuguesa filmou o contemporânea cinematográfica RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO mente, por que documentário memorial. o típico um esquemamais rígido mente, formal quérito em inquérito, procurando saber quem foi o seu avô (Domingos Espada) que ele nunca que ele Espada) (Domingos quem o seu saber foi avô procurando em inquérito, quérito os desenterrar quefamiliar procura de investigação assim, um filme é, Este a conhecer. chegou o porquê da sobre ocultas,não-ditos em particular, tramas nas suas encerrada uma aldeia de opta, isso, inesperada Carneiro Para avô. respetivo não-perfilhação pelo realizador do do pai documental de Paulo Carneiro em Bostofrio Carneiro documental Paulo de um é que este uma vez o passado, compreender para realizador do estratégias das dúplice in de transmontana, paisagem pela documentarista envereda um jovem documentário onde Pascoaes: “Deus e o Demónio são incompatíveis em toda a parte, exceto em Portugal.” em Portugal.” a parte,exceto em toda incompatíveis são e o Demónio “Deus Pascoaes: cobre o “encontro entre o céu e a terra”, isto é, entre o divino e o profano. Este subtítulo subtítulo Este o divino e o profano. entre é, isto e a terra”, o céu entre o “encontro cobre a fantasmáticos propósitos inocente nos todo, de pascoalina é, não citação e respetiva um foi que Pascoaes poeta sempre de Teixeira que filme o queRecorde-se propõe. se a mitologia ser por do português exemplo, a natureza renovando, investigar procurou Sá, de em Moreira Graças das Maria Citando sebastianismo. do espectral Pascoaes, de Teixeira em Saudade RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 209 Como que tomado pela escala da visão aérea (o referido balão de ar quente), Car- ar quente), de balão referido (o aérea visão da escala pela Como que tomado Paulo Carneiro compõe um filme de múltiplos relatos que evita afirmativamente que evita afirmativamente relatos compõemúltiplos Carneiro de um filme Paulo modo o rea como referido pelo passa o anterior, com que se aspeto, prende Outro O fotográfico entrevistados um dos cada e apresenta o trabalho encara o realizador como A forma RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO neiro filma então com uma enorme distância, dando novas dimensões à escala do pla dimensõesdo escala novas à dando distância,com uma enorme filma então neiro em doze capítulos, sendo a quase integralidade deles dedicada a uma conversa entre o entre a uma conversa dedicada deles dozeem sendocapítulos, a quaseintegralidade um por identificado é capítulo Cada aldeia. da habitantes um,e três ou dois realizador do exceção (com entrevistado do nome próprio pelo e acompanhado cartão, numerado lon- em filmada é tipicamente entrevista cada e epílogo), não nomeado, do, e prólogo vezes os entrevistados (muitas exterior de Por norma, as entrevistas fixos. planos gos suas as interrompem e não silvicultura ou agricultura de atividades a desenvolver estão um primeiro, subdividem-se planos: em dois realizador) o com falarem para tarefas um seguido de à personagem; realizador do em que se a aproximação encena distante, entrevistas As o depoimento. se onde aprofunda próximo, e mais eixo noutro segundo, forna da diante a acontecer tendem entrevistados) dos nas casas (sempre em interiores uma em cada física presença impondo a sua falantes” “cabeças das a solução televisiva a montagem Em segundo lugar, peso idêntico com que o entrevistado. entrevistas das - e subli apresenta Carneiro) Paulo e Moreira Francisco Almeida, Valentim André (de (tanto recusando filme e do as poucas expondo costuras descontinuidades, nha as suas corte de que permitam o discurso planos re-apresentar de a utilização possível) quanto que daqueles diferentes e um ritmo uma estrutura uma ordem, com entrevistados dos documental. recolha os da foram aqui,até apenas que, (ainda fotográfica filme à dimensão vínculo do o primeiro evidencia mas também, um retrato. e especialmente, capítulo é uma conversa, Cada metafórica). lha ou da lareira e são rodadas num único plano fixo que enquadra em equilíbrio (frente (frente em equilíbrio que enquadra fixo plano único num rodadas e são lareira lha ou da são, por fixos planos longos Estes e o entrevistado. o realizador a lado) ou lado a frente de a ideia — enfatizando por entrecortados a inscrição “[…]” vezes, cartões com negros citação. de forma como uma montagem transmontanos trilhos encontramo-lo passeando pelos capítulo, no aberto. cada Entre os entrevis sobre uma distância ética preserva A câmara no seu carreiro. formiga como sequência e cada segue, quase (primeirotados só a introdução, depois a aproximação) aberto. abertíssimo e o plano o plano entre esse modelo, sempre, câmara a entrevista, cada durante ou Quase antes sempre, o trabalho. encara lizador - Lu um regueiro, que cava uma pessoa e acompanha jorna: Casimira na sua descobre uma que passeiam e preparam o cão e Salvador Rosa vides, que colhem cília e Octávio apro de Esta forma Saúl que as ervas. que roça alimenta as galinhas, queimada, Maria o como formas das outra revela personagens, uma das a cada trabalho, pelo ximação, a realidade. enquadra realizador do olhar RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 210 (tanto o filme (tanto aparelho giratório em giratório aparelho . Se a pergunta por “alguma fotografia dele” dele” fotografia . Se por a pergunta “alguma , acrescenta, , acrescenta, , defende que “[o] que cativa é a forma como (…) o filme vai construindo construindo vai o filme (…) como é a forma que cativa que “[o] , defende Expresso Essa personagem ‘ausente’, o avô, nunca se materializa — não é um filme ‘sobre o avô’, avô’, o ‘sobre — não é um filme se nunca materializa o avô, ‘ausente’, personagem Essa - literal (imagem, avô o seu para de uma imagem um homem à procura é um filme sobre (2018). comprova) que acaba sem mostrar, o filme fotografias, a questão das como mente, O terceiro vínculo, decisivo, relaciona-se com a procura por uma imagem do avô, avô, do por uma imagem a procura com relaciona-se decisivo, vínculo, O terceiro O segundo vínculo resulta das fotografias que, por vezes, o realizador apresenta apresenta realizador vezes, que, o por fotografias das vínculo O segundo resulta des as (dadas e semi-mitológica desconhecida ausente, Há, portanto, uma figura Primeiramente, através da acumulação de relatos que permitem compor um re relatos de acumulação da através Primeiramente, sobre que escreveram daqueles por utilizado vários é esse fundo o argumento No que Paulo Carneiro usa como Macguffin usa como Carneiro que Paulo aos entrevistados (fotografias do seu pai enquanto criança) a que só eles (entrevistador (entrevistador que a eles só criança) do pai enquanto seu (fotografias aos entrevistados não per- câmara a distância da e largo — o enquadramento acesso têm e entrevistados) querepetirá. estratégia imagens, dessas ao conteúdo aceder espectador ao mitem só surge no sexto capítulo do filme (aos 29 minutos), a resposta surge logo pronta, “No “No pronta, logo surge resposta a (aos 29 minutos), filme capítulo do no sexto só surge do fotografia por uma a procura Daí em diante, dele.” uma fotografia tens cemitério E aldeãos. dos réplicas idênticas com vezes, mais algumas ressurge avô desconhecido da cemitério no capítulo, entrando décimo no segundo o filme, termina Carneiro Paulo se lá encontra. que provavelmente a imagem revelar nos aldeia, mas sem nunca , refere a canção que inicia a canção , refere Cineuropa revista internacional a para Vieira, Teresa o filme. “ Priberam, (segundo o dicionário “Dobadoura” o filme, e encerra crições dos vários habitantes da aldeia), que nunca encontra sequer (foto forma uma encontra que nunca aldeia), da habitantes vários dos crições Bostofrio assombra sua imaterialidade, na Espada, Domingos gráfica). a, (dar-nos) dar-lhe ao recusar dimensão essa reforça Carneiro e Paulo a aldeia) como fantasmas, os todos Só com como que, disponível. dele imagem única provavelmente, se (ou semi-presença sua pela caracterizam-se e os espectros nem tudo é o que parece Paulo Carneiro, está, de afinal, no filme Espada Domingos de A imagem mi-ausência). espectralidade. a sua — o que reforça e dissimulada só indireta forma que de que motivos dos esse quem foi homem (e de coerente) nem sempre (e complexo trato esserespeito A com Profetina). nem perfilharque teve a não casar as crianças levaram acrescenta conto Cada Carneiro. Paulo de construção narrativa atente-se na inteligente familiar sempre um — e um só que investigação ponto — memorial é esta à tapeçaria incógnito. avô — desconhecido um — afinal não tão sobre que seque enfia quer“linha a linha, a meada se dobar”) capítulo, capítulo explicando, a realizador do o avô sobre em falta elementos dos alguns somos preencher capazes de um de desaparecida imagem uma completa: imagem uma criar de tentativa numa (…) do cinema de crítico Marques, Baptista Vasco Também (…)”(2019). desaparecido pai jornal Carneiro tal como um espaço-tempo de imagens, não dispomos de qual a imagem do - Olivei Miguel Luís E (2019). avô” ao não dispõe que figura lhe permita uma foto dar de jornal Público cinema do de crítico ra, RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------211 - inu e vários são fotográfica prestidigitação de efeitos os , conclui que o realizador “adopta o inquérito como figura de de figura como o inquérito “adopta que o realizador , conclui [1963]). (2018). Segundamente, e como já anunciava na anterior citação, a relação entre fotogra entre relação a citação, na anterior anunciava já e como Segundamente, a nature homem com do a relação sobre propõe assombrada uma visão Carneiro em Bostofrio entanto, No E, por fim, o júri que atribuiu o prémio de Melhor Filme Português no Festival Fil- Festival Português Filme no Melhor de porE, prémio o atribuiu que fim, júri o mentário de uma aldeia e dos seus fantasmas” (Andrade 2018). (Andrade seus e dos fantasmas” uma aldeia de mentário de desse mecanismo através exatamente no filme está presente fantasmagoria fia e fragmentação. câ a perante a natureza se como forma reencena pela passa evidente, delas, za. Uma sequência atravessa em particular em quemara, uma série vacas de os animais. Numa foto na ficar “querem animais, os com para que comenta conduz as pastora a plano, o à ordenando semelhante, comenta algo Max cão sequência,do Noutra dona a grafia”. além fotografar, filmar e entre coincidência Esta que pose a “fotografia”. para criatura entre dos técnico popular desconhecimento e do expressão de uma força de resultar de Paulo Carneiro. de retratista) (de certo de modo, o desejo fotográfico traduz, vistados, mes do Homem a Bostofrio a Homem do mes estilo onde o mais importante não são as respostas, antes a criação de um retrato frag um retrato de criação a importante o mais onde antes estilo as respostas, são não RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO grafias vitorianas de fantasmas ou os truques do mágico Georges Méliès (e, no entanto, no entanto, (e, Méliès fantasmas ou os truques Georges do mágico de vitorianas grafias a dimensão reforçando território, daquele tão poderosos que o naturalismo desacertam “Doba canção a facto, de A saber: filme ouve-se, (1) no início do história). da espectral atribuindo-se-lhe uma evocação de ao revés, a conotação só assim que cantada doura”, (sempre a presença que como chamando cemitério, num mais feita para mística, ainda tempo do ao revés; e impondo uma conceção a trama morto toda do que centra ausente) ao en- transmontana, a paisagem filme, do encadeado fundido no único mais tarde, (2) inespera que surge celestial por coro um assistida funde-se rosado, céu num tardecer, som; de (3) nuvens na banda de noturnas, queimadas os fumos de damente são vários que vales os que preenchem matinais nevoeiros e de cheias) a luas (frente passageiras - Mar Baptista escreve — como isolando-a fantasia Bostofrio, de mundo num cerceiam documentalde um cinema na linha nobre [português] inscreve-se (…) filme (…) ques, “o em que o vul paisagem, - da recorrentes planos dos num –; (4) (2019) ‘ruralo-fantasista’.” literalmente figura sua a se rurais, passeia minúsculo caminhos to pelos realizador do (5) — no prado; — fantasmaticamente gemente um cantar o somevapora-se de distante (6) cai; e a noite paisagem o fumo se pela enquanto dissipa uma queimada acompanha uma revela e Rosa de testemunho o que interrompe estrondo um de entrada súbita a se como o chamas, de fundo um sobre calmamente pastando plano, primeiro em vaca, de formas estas como justifica soluções Oliveira Miguel Luís — bovino ardesse próprio o abanam como insólitas, tão maneira na coisas de lembra-se Carneiro cinéfila, citação do nada vindo ruído (aquele Oliveira de viu Manoel ele que bem o seu filme, do registo do ‘apocalípticos’ os planos lembrar faz na planície incêndio do os planos que precede daActo Primavera sitados, resultantes de gestos de manipulação tão simples como os usados pelas foto pelas os usados como simples tão manipulação de gestos de resultantes sitados, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 212 — 1 Imagem a partir doze de Colagem doze cartões dos fotogramas capítulos um dos cada de filme Bostofrio. do os supracitados cartões que marcam supracitados os Ao longo da hora e dez minutos de Bostofrio, de minutos e dez hora da longo Ao A fotografia documentário do fotográfica perturbação realidade de da efeitos Se os referidos Death 24x a Se 24x a em Death Mulvey, Laura de espectro-fetichista Seguindo as sugestões são simples e evidentes, o mais invisível deles é, também (e por isso mesmo), o mais por isso também(e mesmo), é, deles mais invisível o e evidentes, simples são o filme). todo e silenciosamente completa (porqueperfurante o atravessa RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO - uma cali segundo inscrições feitas as respetivas com capítulos surgem um dos cada negro, totalmente não é isto o fundo porque ardósia, sobre de giz branco manual grafia cartão Em cada esse cinzento escuro. de por série nuances uma de marmoreado antes quaseque, Até abstratas. nebulosamente em matizes modifica-sefundo ligeiramente a assemelhar-secomeçam formas a texturadas e granulosas manchas essas no final, olhos grandes em particular ostensivamente, últimas as duas que são, reconhecíveis, ampliados. em preto-e-branco, muito humanos — “A tecnologia digital permite ao espectador congelar um filme de uma maneira de uma maneira um filme congelar digital permite ao espectador tecnologia — “A cond 26) (2006, o filme, individual” —, revi fotograma do fantasmática a presença que evoca “VII. inscrição da por nariz, um baixo de Manuel de a notar uma enorme asa e comecei de dobra a ainda, ou “VI. de porcamisa, baixo de de Saúl”, um colarinho ou Espada” por “III. Maria”. encimada uma orelha RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

2 - - 213 (2018). 1 Leonardo Goi, tenha afirmado, sobre Goi, sobre afirmado, Leonardo tenha Cinema, of Senses ] o retrato de um homem que ele nunca conheceu, e só nunca um homem que de ele ] o retrato : a procura por uma imagem impossível de conseguir e as lacunas que uma conseguir e as lacunas de impossível por imagem uma : a procura Se André Bazin defende, na relação entre fotografia e morte, o poder memorialis fotografia entre na relação defende, Se Bazin André Espalhando a imagem do avô por todo o filme, o realizador impõe-no,realizador o por igualmente, o filme, todo avô do a imagem Espalhando - pormenorobjeti neste quase o processo e o oculto seu literaliza, filme, do Carneiro Recolhidos os “fotogramas individuais” correspondentes aos doze aos cartões dos correspondentes individuais” “fotogramas os Recolhidos Tradução do autor. do Tradução Tradução do autor. do Tradução

(Baer 2002,16). A investigação de Carneiro funciona, então, como sessão de psicotera funciona, sessão de como Carneiro então, de 2002,16).(Baer A investigação pia de grupo, sendo que a cada entrevista o trauma vai emergindo das águas cheias de de cheias águas das emergindo vai o trauma grupo, entrevista pia de sendo que a cada ta de uma imagem e a possibilidade de, através da recoleção, evitar uma “segunda mor- evitar uma “segunda recoleção, da através de, e a possibilidade uma imagem ta de Esta Paulo Carneiro. de sugestão a de é, todo, não 2015, essa 28), (Ruffles espiritual” te aproxima-se todo de o filme, longo ao retalhada, quere-aparece, “invisível” fotografia foi usada, câmara A fotográfica. câmara como trauma do freudiana metáfora mais da onde um “espaço como o inconsciente descrever para Freud, de escritos nos primeiros im- como em que revelados, ao momento são até arquivados são memórias de pedaços consciência.” pela acessíveis em memórias pressões a preto-e-branco um negativo, de - espectrali Essa presente. constantemente ausentee, no entanto, sempre figura como sobre em epígrafe, Balzac, essencialista de — a tal teoria real próprio do resulta dade memória pela ora é fixado, esse como real forma as multi-camadas — e da identitárias dos de fixação excelência — o mecanismo por fotografia pela ora entrevistados), (dos da que crítico o Daí fantasmas. vo de Bostofrio de vo o (ou, simplesmente, depoimentos sempre carrega de na recolha baseada reconstrução Soma-se a uma história). História/contar e o fazer factos de a coletânea entre intervalo - descreven rosto pelo cronologicamente queisso se a sequência organiza fragmentos, de e dobra exterior pelo a face que toda se testa, contorna inicia na espiral uma espécie de do Creta). de labirinto deste minotauro (o no olhar terminando o centro, na boca para que e na - fantasmas” “lon de à procura por “personagens povoado era que este o filme, fantasma]. [o argumentista-realizador do avô o é Carneiro de estreia de ga-metragem together cose [patches Carneiro que o filme concluindo que o conheceram,” daqueles histórias das através o ressuscita morto” o parente ressuscitar desejo de “do resulta doze capítulos do filme comecei a vislumbrar um rosto. Com ajuda de um programa de um programa ajuda Com rosto. um a vislumbrar comecei filme dozecapítulos do olhos os onde 1], [Imagem montagem à seguinte chega-se imagem de edição de básico que superior lábio ao liga-se esta nariz, do cana a e anunciam outro um no seencaixam o queatravessa camisa da gola se pela e alinha no sorrisofunde a bochecha que curva curta testa uma de o recorte e e de desfocado uma orelha e pescoçoqueixo e descobre - e fragmen é lacunar que o rosto pelo São apenas doze imagens, negríssimo. um cabelo amendoados, os olhos com personalidade, de há um vislumbre assim — mas ainda tário alta. séria e a orelha a gola o sorriso malandro, 1 2 LISBOA VIEIRA RICARDO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 214 (2009, 119). (2009, 3 é reunir os pedaços da “fotografia rasgada,” e como tal garantir que o avô (semi-) avô que o garantir como tal e rasgada,” “fotografia da os pedaços é reunir A fotografia retalhada era — paradoxalmente — a prova de vida e de e bem-estarde vida re do — a prova — paradoxalmente era retalhada A fotografia O gótico novela qualquer uma de trama da recordar-se poderá leitor o descrição, Lendoesta Há uma segunda dimensão, mais sociológica, associada a esta utilização da fotografia mais sociológica, fotografia dimensão, associada da uma segunda utilização a esta Há Como afirmou o realizador em várias entrevistas, o seu pai (a quem dedi- (a o filme é o pai entrevistas, seu várias em realizador o Como afirmou é por isso que os processos fotográficos produziré por efeitos podem isso para em cinema ser que usados fotográficos os processos de imagem a verdadeira expressando personagens, de a verdade — revelando dramáticos carregam cinema, as fotografias No (…). uma personagem de ou cristalização uma revelação oculta é uma sombra (…). um negativo, como que, uma latência consigo sempre Tradução do autor. do Tradução

gótica, em que a assombração só é encerrada quando os dados do caso particular do es os dados do quando só em que é encerrada a assombração gótica, retalhada e escondida do avô, que não convirá descurar. Como se explica, eloquentemente, eloquentemente, Como se explica, descurar. que não convirá avô, do e escondida retalhada - os emigran para comum, prática Rasgada era (2002), A Fotografia Neves José de no filme às bidonvilles, em direção a salto, portugueses a fronteira que clandestinos passavam tes com a outra o passador, com Uma ficava duas metades. sua em uma fotografia rasgarem enviavam emigrantes os pretendido, ao destino chegavam Quando emigrante. o próprio Portugal, em família,que ficara à garantir modode a fotografia da metade sua a porcorreio passador. ao seria paga a última tranche metades, as duas Encaixando boaa sua saúde. demorada. quede uma distância esperava se garantia a pictórica e a reunificação tratado Trás-os de na província teve França, para nomeadamente queRecorde-se a imigração, filme, do social, impacto “protagonista” que o próprio um grande Douro e Alto -Montes o seu Ma irmão, explica (como em França emigrante mesmo, foi, Espada, ele Domingos Bostofrio para de migrou Carneiro que Paulo o pai de ainda e capítulo), no oitavo nuel, interior do pobres pré-adolescentes os para comum era 12aos (como Lisboa idade de anos encontra fotográfica fragmentação da antropológica modo, a dimensão Deste país). do Bos Fazer assombração. da encerramento a questão do com ligação uma redobrada aqui tofrio se lá demorará). (e e salvo são ao seu destino, chegou incógnito terminar É aí que pretendo compósito. retrato num e organizados recolhidos pectro são cado) nunca lhe falou muito — aliás, quase nada — do seu avô. Sempre fora um tabu, um Sempre fora seu — do avô. — aliás, quase nada muito lhe falou nunca cado) vertentetem,famí- catártica, O filme por isso,essa à permitindo tratado. nunca trauma revelação e fotográfica revelação entre libertar-selia quea relação Daí um fantasma. de Bostofrio. de e formal narrativa se estrutura na evidencie traumática 3 RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO reagentes químicos, como uma imagem latente, a caminho de uma catarse comunitária comunitária catarse uma de caminho a latente, imagem uma como químicos, reagentes Memory, and Cinema Sutton, em Photography, Damian o explica Assim e individual. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 215 e as , um outro título e, um outro (1977)], Manuel Costa Manuel (1977)], o universo gótico gótico o universo (1976)], e [Colónia Brito Leonel (1976, de António Reis e Margarida e Margarida Reis António de (1976, áscaras s-os-Montes á das casas assombradas. O advento da assombração assombração da O advento assombradas. casas das (1979) de Ricardo Costa. Nesse mesmo artigo, o filósofo resume assim o que o assim resume filósofoo artigo, mesmo Costa. Ricardo Nesse de (1979) . 4 (2005, Manoel de Oliveira). Não é, naturalmente, nesta linha em linha em nesta naturalmente, é, Não Oliveira). de ágico Manoel (2005, se enquadra, mas a sua abordagem ao mistério gótico faz-se segundo uma gótico ao mistério abordagem se mas a sua enquadra, (1978, Luís Noronha da Costa) ou,- Costa) mais recentemen da Noronha (1978, Luís Anjos de O Construtor O estilo gótico domina a mise domina en scène gótico O estilo e os revivalistas elaborados, cuidadosamente ornamentos com fundir estruturas era tico luz de e sombra o jogo particularmente com encantados século do XIX estavam góticos sucesso com uma sensação de combinou que o gótico Parece (...) góticas. nas fachadas 79) (op.cit, necrófila. e uma qualidade estranha regeneração é acompanhado por uma regressão a um imaginário século XIX e à sua própria ‘recriação’ ‘recriação’ século a um imaginário própria XIX e à sua poré acompanhado uma regressão para um antídoto como surge gótico do apelo do Parte misterioso. gótico um passado de gó do A natureza (...). clássica tradição da e lisas bemas superfícies frias, proporcionadas - com parecem e os casarões assombrados os castelos Hollywood, Se, cinema de no Segundo o investigador Barry Curtis, Barry Dark Places no seu livro Segundo o investigador Bostofrio O Espelho M Eduardo Prado Coelho, a propósito do mítico e mitológico Tr e mitológico mítico do a propósito Coelho, Prado Eduardo do cinema da português a das linhas mais produtivas sido portem que afirmar “Uma começava Cordeiro), Depois de desaparecimento.” em vias de rural descoberta, uma realidade de pesquisa de antropológica, em termos Camposde António do trabalho interesse” “enorme do fala-nos cinematográfica, vertente poesia da desta um elogio [M Delgado Noémia outros, entre menção, ainda “merecem e acrescenta: [Argozelo Silva Matos Fernando (1977)], Vilarica de — A História Norte do Gente e (1977) Vilões nesse acrescentaria, et E eu cetera etc…” (1977)], Parada de Grijó em e Pão Trabalho [Festa, e Silva , Castrorealizador outro um Laboreiro deste que por arranca “começa ser um projecto português: “antropológico” ou o cinema “etnográfico” caracteriza mais fundo leva Novalis, de o ensinamento cinema português. à letra do tomando Mas, antropológico’ ‘movimento existir, de existiu, quenunca impossível existe, que já não realidade uma ‘retrata’ este ficcional: abstracção a e longe (1983, fidelidades” 69-72). das a mais implacável com mas retrata-a

4 RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO este artigo, na articulação entre o projeto investigativo de Paulo Carneiro em Bostofrio Carneiro Paulo de investigativo na articulação artigo, o projeto este entre (Curtis e Georgiana Vitoriana, Elizabethiana medieval, arquitetura da registos binar os português nos poucos gótico casos do as influências essencial 77), ser - parecem 2008, português gótico dito tardio) mas também (o manuelinas românicas, e medievais mente 2013, 26). (Afonso dissoSão carregados mais pormenores exemplo apenas alguns em Virgínia), Bárbara (1946, Deus sem Dias gótico-ruralistas portuguesesfilmes como Três (1964, Manuel Velha Aldeia de O Crime (1954, Garcia), Fernando Enforcados dos O Cerro Guimarães), te, formas do gótico como tradição narrativa e, primeiramente, arquitetónica (na sua relação relação (na sua arquitetónica primeiramente, e, narrativa tradição como gótico do formas histórias). essas tempos, habitaram sempre dos ao longo que, os fantasmas com arquitetónico é feito da recriação de um passado através de uma perspetiva romântica, romântica, uma perspetiva de através um passado de recriação da é feito arquitetónico é sempre um palimpesto quese gótico estilo épocas, e de “o no cruzamento estilos de ultimamente são que essencialmente uma confusão cujas fontes são a origens refere 76) (op.cit, e acrescenta: indetetáveis.” que vertente documental, combinando assim a natureza rural da abordagem gótica das fic- das gótica abordagem da rural a natureza assim documental, combinando vertente rodado documentário do etnográfica a tradição com ções portuguesas acima referidas em Trás-os-Montes RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------216 quando pro quando lateraliza isto quando a sua chave fo chave sua a quando isto lateraliza ), ou seja, a preo tendem os personagens (op. cit, 86-87). (op. 5 ” (op. cit) e acrescenta que os personagens devem procurar procurar que devem cit) os personagens e acrescenta ” (op. a estrutura de multicamadas da fotografia espectral de Nadar? de espectral fotografia da multicamadas de a estrutura -memorialize ” e “re Curtis trata o processo narrativo do filme de casa assombrada em moldes muito muito em moldes assombrada casa de filme do o processo narrativo Curtis trata Este processo reflete algo essencial na natureza do gótico — a sua génese documentalgénese — a sua — a gótico do essencial na natureza algo reflete processo Este A histó um passado. de versão que sempre numa está origem sua de construída natureza na forma a autenticidade com preocupação sua pela é caracterizada (...) fantasmas de ria O curioso do universo da casa assombrada e da arquitetura gótica no cinema,no gótica arquitetura da e assombrada casa da universo curiosoO do é Gothic, Female and Noir Film in Women Heroines: Hanson, em Hollywood Helen Existe uma qualidade cinematográfica na forma como os arquitetos góticos pensaram os e seus monumentos góticos pensaram como os arquitetos forma na cinematográfica uma qualidade Existe a uma destaque enorme que dão proporções das que se no jogo essa manifesta Qualidade decorações. respetivas de feitos sido ter parecem edifícios os tambémmas como forma na outras, minguar depoise parecem divisão por isso, a (revelando, por casas essas que passaram gerações várias pelas sucessivos e acrescentos remendos multicamadas de — a estrutura e decoração) estrutura na próprias e seus edifício habitantes do história própria vs. palimpsesto do

Bostofrio, em Bostofrio, Carneiro de o processo que descrevem àqueles semelhantes cupar-se com o passado e com eventos a que não puderam assistir (ou que tendo assis que tendo (ou assistir a que puderam não eventos e com cupar-se o passado com modo de freudiana) — a câmara inconsciente do nas profundezas enterrados estão tido a assom- presentes, as situações possam resolver passado desse na compreensão que, também os inverso, caminho este se efetuam os personagens Mas etc. o trauma, bração, que caminho, fazer que idêntico têm filmes dos e os espectadores romances dos leitores (já com progride repente se de como ao passado faz trás que o regresso para setanto faz — Bostofrio presente o compreender de intenção a do injetiva a função quequebra ativo espectador de forma numa é acessível só tográfica Hanson Esta ideia, explicita-a cinema em sala). do a experiência tempo que comanda cultu- incorpora as ansiedades que o gótico retrospetiva narração desta “É dentro com 35), mas também Curtis e é isso social” (2007, que seu crítica rais, mobiliza potencial de é oque o disruptivo assombradas poder casas de dos filmes chave tema “o queafirma 84). (2008, o presente.” sobre tem passado como termos usa investigador O aldeãos. dos testemunhos diferentes dos recolha cede “resurrect testemunhas vivas dos traumas que iniciaram o assombramento (o que pode ser (o lido o assombramento que iniciaram traumas dos vivas testemunhas ou vasculhar morto) nos ar- agora o avô com que conviveram vivas testemunhas como, - testemu (!) e outros em busca peças documentários, fotografias de jornalísticas, quivos Curtis: E acrescenta passado. nhos do cidade de ligar tempo e condensar narrativas históricas de formas que intensificam e que intensificam formas de históricas narrativas tempo e condensar ligar de cidade espaciais” as perceções distorcem nomeadamente norte-americano, é que este parece mimetizar inconscientemente os inconscientemente mimetizar norte-americano, parece é que este nomeadamente imagem da ontologia a própria como assim documentarista investigação da processos partilham góticos capa uma com o cinema edifícios “os Curtis afirma fotográfica. que rápida em afirmar que a narrativa do filme gótico tende a estabelecer-se da frente para para frente da estabelecer-se a tende gótico filme do que afirmar em narrativa a rápida Bostofrio que abre ao revés a canção (como trás RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO 5 RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 217 - ). Curtis resu (op. cit, 122) (op. 7 (op. cit) (op. 6 procura compreender um objeto que constantemente que constantemente um objeto compreender procura Aqui as expressões a reter são, guardar informação, manipular o espaço, ser mutá manipular o espaço, informação, guardar são, a reter as expressões Aqui Como o ‘gótico’ de meados do século XVIII, sempre necromanticamente enamorado com com enamorado século do meados XVIII, sempre necromanticamente de Como o ‘gótico’ da indissociável é ainda fantasmas com o fascínio recuperado, foi queum original nunca - lon ao sofrer mutações armazenar espaço, o manipular informação, para capacidade sua à compreensão. tempo e resistir do go Uma conclusão imagem dessa versões que permanece as múltiplas em todas há algo assim Ainda O investigador de fantasmas do gótico e o documentarista familiar contempo familiar o documentarista e gótico do fantasmas de O investigador de descrições precisas de lugares e de ambientes e circunstâncias plausíveis dentro das das dentro plausíveis e circunstâncias ambientes e de lugares de precisas descrições de se manifesta. o sobrenatural quais Não por acaso- também, independentemen que todo o fantasma, CurtisNão ressalva Tradução do autor. do Tradução Tradução do autor. do Tradução

do avô, esse algo é a capacidade da(quela) imagem fotográfica ter testemunhado o pas testemunhado ter fotográfica imagem da(quela) é a capacidade esse algo avô, do vel com o tempo e resistir à compreensão. Pois bem, estas são expressões que bem, se expressões são podem Pois estas à compreensão. o tempo e resistir com vel - figu da diante Carneiro Paulo de ao empreendimento quase nem pôr, sem tirar aplicar, Bostofrio seu ausente avô. do ra uma imagem Encontrar a ser compreendido. resiste lhe escapa e que constantemente (impermanen- imagem dessa mutante natureza da pressupõe a aceitação o seu avô para processo de historificação e o definitiva (fotográfica) uma imagem já que não existe te), - encontran iria filme o entrevista nova cada que com vez — uma interminável é familiar mais (ir)reconhecível. qual cada o avô, para formas novas do retalhado. um farrapo dele conservar e conseguido sado te da sua natureza, sempre se manifesta através do uso- do nossos comuni dos meios de através sempre se natureza, manifesta sua da te em estática a fotografia, numa ectoplasmática a manifestação nomeadamente cação, atuais, terror de filmes alguns de vírus cibernéticos os troianos um televisor, de redor um exercício como surge-nos humana comunicação da fantasmática Esta infeção etc. (no caso da enviar que se desejava a mensagem que era que já aquela palimpsesto, de re-escrita e (e é rasurada assombração (porpela agora cima) surge retrato) o fotografia, Bostofriode capítulos inscrições as dos com isso que acontece exatamente râneo são duas figuras não muito distantes, já que ambos procuram compreender as as compreender que já ambos distantes, procuram muito não figuras duas são râneo de através totalmente que não compreendem passado um de presentes manifestações e pesquisa tão plausível querem-na essa E passado. mesmo desse documentos e traços porque a assombração. só se assim curar poderá possível, quanto precisa modo: seguinte do ideia me esta 6 7 LISBOA VIEIRA RICARDO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 218 . Essa . Essa 5 de 5 de (junho, n. 87). , 9 de novembro de de novembro , 9 de Cambridge, Londres: The MIT Press. Londres: . Cambridge, À pala de Walsh de . À pala mio Jean Loup Passek em Melgaço”. Público, em Melgaço”. Loup Passek émio Jean (157). Deste modo, as aparições fantasmáticas fantasmáticas modo, as aparições Deste (157). 8 “do mesmo modo que ectoplasmas são extrusões são e modo que mesmo ectoplasmas “do »: a fotografia negada” »: a fotografia 9 de novembro de 2019. 2019. de novembro E, 9 de — Revista Expresso passado”. do “Vestígios . 2019. o vence Pr ão vence . “Filme alem Spectral Evidence: The Photography of Trauma of Evidence: Photography The . 2002. Spectral rgio C. 2018érgio O que Paulo Carneiro esconde, acaba por dar, e o que nos dá, cedo tira. Ficam, no tira. e o que dá, cedo nos por dar, acaba esconde, Carneiro O que Paulo Tudo isto foi, naturalmente, mais bem analisado e explorado por Roland Barthes por Roland e explorado bem mais analisado foi,Tudo naturalmente, isto , (2007) Spirit and Photography https://www.apaladewalsh.com/2019/11/bostofrio-ou-le-ciel-rejoint-la-terre-a- 2019. fotografia-retalhada/. https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2454/html/revista-e/culturas/cinema/vestigios-do- passado. http://sensesofcinema.com/2018/festival-reports/conjuring-ghosts-the-15th-indielisboa/. . Ltd. & Co. Taurius J.B. agosto de 2018. https://www.publico.pt/2018/08/05/culturaipsilon/noticia/filme-alemao-vence- de agosto premio-jean-loup-passek-em-melgaco-1840186. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Ministério da Educação. da Portuguesa, Ministério e Língua Cultura de Instituto Tradução do autor. do Tradução

Marques, Vasco Baptista Vasco Marques, ed. Londres: 1.ª ed. Londres: Film. Gothic Female and Noir Film in Women Heroines: Hollywood 2007. Hanson, Helen. Books. Reaktion . Londres: Spirit and Photography 2007. John. Harvey, “«Bostofrio Vieira. 2019. Ricardo Lisboa, Baer, Ulrich Baer, . Lisboa: Biblioteca Breve, Breve, Biblioteca . Lisboa: (1962–1982) português Cinema de Anos 1983 Prado. . Vinte Eduardo Coelho, Books. Reaktion . Londres: Film in House Haunted The Places: Dark 2008. Curtis, Barry. Senses Cinema of The 15th Ghosts: IndieLisboa”. 2018.Goi, “Conjuring Leonardo. final, as questões fundamentais, questões sobre a ausência e o que ela pode revelar: é pos ausência questões a revelar: queela pode e o questões fundamentais, sobre final, as em fotografias são tão provas do sobrenatural como a linguagem o é. Daí queDaí a impor- é. o como a linguagem do sobrenatural são tão provas em fotografias um significado se de atribuir lhes capacidade a com se prende uma imagem tância de Ao por fazer. acaba Carneiro cit). É isso pessoal que Paulo (op. “idioleto” do através que esta não impõe-lhe ele espectralidade uma avô do a fotografia diretamente recusar fantasmática. uma presença convoca ele partida.tinha de negá-la Ao Para o real? compreender é possível os factos, sabendo Mesmo o passado? conhecer sível E o que iluminar? O que pode ela investigação? nesse de processo que uma imagem serve deixa,de tudo, inquietações. mas acima respostas, suas dá as O filme esconder? pode ela grafia, morte e melancolia (Harvey 2007, 156). A evocação fantasmática de Barthes de 156).fantasmática evocação A 2007, (Harvey mortegrafia, melancolia e (à encarando-afantasma,de um morto antes o não seu na fotografia ao ver triunfou Harvey, John explica Como fantasma presente. como um objetual) fotografia própria em existência” de e a prova referente do ção formações dos mortos, também a fotografia [segundo Barthes] é literalmente a emana é literalmente Barthes] [segundo mortos, dos formações também a fotografia Camera Lucida lutuoso o mãe, Camera falecida sua da a fotografia sobre ensaio no famoso análise lançou as bases para uma reflexão mais alargada sobre as relações entre foto entre relações as sobre mais alargada uma reflexão as bases para análise lançou RICARDO VIEIRA LISBOA VIEIRA RICARDO 8 — Bibliografia Porto. Lusófona do . Porto: Universidade Arquitetura da — História Português 2013. O Gótico Afonso, Luís. S Andrade, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 219 26 Accepted: 2020-07-19 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0003-0026-6477 — institucional Morada independente. Investigador m em comum é nada terem em comum”. Público, em comum”. terem é nada êm em comum . Jefferson, Carolina do Norte e do Londres: Carolina . Jefferson, Afterlife the of . 2004. Ghost Cinema Images: Received: 2020-05-31 Received: https://doi.org/10.34619/zg1r-5f02 de abril de 2018. https://www.publico.pt/2018/04/26/culturaipsilon/noticia/da-bosnia-a-tras-os- de abril de montes-a-competicao-nacional-no-indielisboa-1811329. McFarland & Company, Ins., Publishers. & Company, McFarland Ciências de Instituto Dissertação Mestrado, de um conceito”. de e desconstrução consolidação . http://hdl.handle.net/1822/40993 Minho. do Sociais, Universidade Press. of Minnesota University en/newsdetail/381124. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa — Ministério da Educação. da — Ministério Portuguesa e Língua Cultura de Instituto Ruffles, Tom Ruffles, — Filmografia Carneiro). (2018, Paulo la terre rejoint ciel où le Bostofrio, Neves). (2002, José clandestine émigration d’une chronique Déchirée, Photo La Silva, Tiago Jorge Campos Vieira Carvalho da. 2016. “A etnopaisagem no cinema português: etnopaisagem “A 2016. da. Carvalho Campos Vieira Jorge Silva, Tiago Londres: . Minneapolis, Time of Image Crystal The Memory: Cinema, Photography, 2009. Sutton, Damian. https://cineuropa.org/ 2019. de , 12 novembro de Cineuropa Bostofrio.” “Review: 2019. Vieira, Teresa. — Recebido — DOI LISBOA VIEIRA RICARDO — biográfica Nota (pelo IST) e em em Matemática Formou-se cinema de Cinema (pela É programador ESTC). e no Oliveira de Cinema Manoel do na Casa e Walsh, de À pala sítio É crítico IndieLisboa. e artigos nas áreas comunicações produzido tem cinema. de Realizou restauro e do história da e vídeo-ensaios.curtas-metragens . 1.ª ed. Lisboa: Lisboa: . 1.ª ed. Pascoaes de Teixeira em Saudade 1992. da Graças. Estética das Sá, de Maria Moreira Books. Reaktion . Londres: Image Moving the and Stillness 24x a Second: Death 2006. Laura. Mulvey, t filmes queestes 2018. “O Miguel. Luís Oliveira, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 220 . The

was released, under the name of under The released, was Ring . While avoiding to dwell excessively excessively dwell to avoiding . While and bunraku Ringu and its curse, we are facing an innovative and an innovative facing are we onryō and its curse, matic specters in these two cases relates to tradition and, tradition to cases relates in these two specters matic the tape haunts is ghost who the killer how particularly, — not only in film, but also tradition in Japanese rooted like theatre, of forms Japanese traditional and in folklore kabuki argue we matrix, a psychoanalytical by on inputs marked culture the ambiguity of the ghostly in the Japanese that are these representations feeling the uncanny enhances of infused nature filmic and viral due the with, to and that this of the ghostly. enticing version In 2002, Gore Verbinski’s remake of Hideo Nakata’s 1998 of Nakata’s Hideo remake Verbinski’s In 2002, Gore film about a ghost Japanese novel film is basedsuccessful on a tape. a cursed video watch to dare all those kills who that both a films struck as aesthetically, as well Narratively, extremely and were audiences, with their intended chord also of movie the Asian remake successful. The western fueled in addition started which a trend, seems have to set out to In this paper we horror. in Japanese an interest ghosts. respective with their analyzedeal these films how ofOur focus the cine will be the management on how — Abstract MARISA MOURINHA MARISA [email protected] MARISA MOURINHA MARISA Studies Comparative for Lisbon, of Centre University Cassetes assombradas, cópias assassinas assassinas cópias assombradas, Cassetes Haunted tapes, killer copies Haunted — cinematic ghosts in Ringu in Ringu ghosts — cinematic The Ringand em cinematográficos — fantasmas Ring e The Ringu RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . - - - - 221 de , o remake , o que veio a alimentara queo , veio . Evitando re . Evitando e o bunraku ocidental do filme asiático parece também parece filme asiático ocidental do - mui e que, representações estas que habita | The Ring | terror | onryō | fantasma | The Ring| onryō | horror | ghost unheimlich correr demasiadamente a contributos marcados por umamarcados a contributos demasiadamente correr queambiguidade a argumentamos psicoanalítica, matriz potenciajaponesa sensaçãoa cultura na fantasmático do de onryō e da deste e viral fílmica natureza da em função to - e estimu uma inovadora perante estamos maldição, sua fantasmático. do versão lante Ringu Ringu em 2002, nome The o com lançado Foi Ring RinguNakata, de filme 1998 do de Hideo Verbinski Gore um japonês romance num O filme é baseado sobre popular ver a que se atreverem aqueles todos que mata fantasma - Ambosobti assombrada. os filmes vídeo de uma cassete - su muito audiências, suas e tiveram das junto favor veram cesso. O remake remakes de uma vaga começado ter um que cada artigo o tratamento analisamos Neste nês. foco fantasmas. O será respectivos dos faz filmes destes cinemato espectros dos gestão a como forma na colocado es e, a tradição com casosdois relaciona se nestes gráficos que assombra a fantasma assassino como o pecificamente, japonesa — não sóno na tradição raízes as suas tem cassete tradicionais e em formas cinema, mas também no folclore, o kabuki japonês, como teatro de um interesse por parte do público no filme de terror japoterror de por no filme parteum interesse público do Introduction Over the last two decades, a specter has been a specter the production cinema haunting of horror decades, two the last Over of Japanese spirit of the onryō specter is the figure , or the avenging That the globe. around 2015, 199) (McRoy folklore. — Palavras-chave — Keywords — Resumo If cinema started out as a chemical pinning down of moving images onto a strip of a strip film, onto of images moving pinning down If cinema started out as a chemical first, alchemical, be, less to ghosts in a tin can, it has grown encapsulate to thus allowing and then, flammable, less and the films stable more the emulsions made as research MARISA MOURINHA MARISA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - in was was 222 Rasen (1998) came in its home video in its home video Ringu (Ring: Kanzenban . 1 (Hideo Nakata, 1998), but while the latter latter the 1998), while but Nakata, (Hideo (Cf. Phillips and Stringer 2008, 299). 2008, and Stringer Phillips (Cf. film made it travel the world, namely in namely world, the it travel film made the material they had been and the result given, the material Rasen was a box office and critical success. Such was its success, was its success, Such critical success. a box office and was The Ring The and (1998) is a Japanese film directed by Hideo Nakata. Based on the Nakata. 1991- nov by Hideo directed film (1998)is a Japanese The success of Nakata’s 1999 Ringu of Nakata’s The success Back in the days in which analog was still a thing, while VHS was preparing its slow its slow preparing was VHS thing, still a was while analog which in in the days Back - How chance. to much owes particularthis role that fulfilledhas this movie fact The Ringu Ringu release), released in Japan in 1995. In 1999, the Japanese television showed a 12 showed episode series named Ring: television in 1995. the Japanese In 1999, in Japan released Therelease), the films or the to way in any not connected some it is apparently for time, in preparation ; arguably Chapter Final of miniseries 13 episodes titled and sequela television year, same That adaptation. television previous also made. The first adaption of Suzuki’s novel was actually a television film, Ringutelevision was actually a novel of Suzuki’s adaption The first

bootleg VHS tapes. Legend has it (Lacefield 2010, 2010, in Gore landed one of thesebootleg has it (Lacefield 6) that VHS tapes. Legend 1 less material, as film gave way to the digital. If cinema is, as Derrida puts it, puts Derrida is, as cinema If to the digital. art“the way of gave as film material, less Ghost McMullen, 1983), Dance (Ken back” come to ghosts de the summoning allowing the up to its way creeping but decisively arduously was and DVD exit stage but steady depended that of one the genres over come to was change a curious market, home video a few were there of the slasher, tear and the wear After horror. market: the most on that - a fran and footage, found experiments with pretense air; these included of fresh whiffs loop soon that a metafictional in self-awareness, from derived with a kind of irony chise ofneed in twist,a indeed scene was horror when The becameweary. pends more and more on zeros and ones, and less on physical support. physical on words, In other and less and ones, on zeros and more pends more itself. or the machine machine, either in the is, increasingly, the ghost ever, the storyline has some very powerful elements which were dealt with effectively with effectively dealt were powerful which has some very elements the storyline ever, of the remake: director the American of and the original director both the Japanese by skillfully translated way in their own each along. This movie about a haunted video tape ended up contaminating the way horror horror the way tape up contaminating video ended a haunted about along. This movie the genre rethink to and concepts the tools provide and helped as a genre, operating was the turning of the millennium. at translation to refer to chose both for We of their audiences. suitable extremely proved of remake a facing an American are we find it particularly fitting, as we since this case, is, in turn, which an — tradition folklore rootedown film and in their each film — Japanese it and entangled, sometimes The quite knot is of a novel. one) not the first (and adaptation is original to pinpoint what becomes difficult - basical while in the plot details a few Suzuki, Kôji of name by the same it changes el re was It tradition. has solid roots in the Japanese which material, ly using the same leased simultaneously with its sequelits with simultaneously leased was quickly dismissed, Ringu quickly was Kim Dong-bin, by directed remake a South was Korean there year, in the following that and a TV (1999), series, more Virus Ring the name of became known under The which in Japan aired was based on the novel, closely MARISA MOURINHA MARISA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - ), 223 series , there , there Kairo (David (David Honogurai Honogurai , several Japa , several - Ameri , three , it also purchased , it also purchased and TheRing (based on TheRing / (a remake of remake Pulse(a ), (Alexandre Aja 2008) and The 2008) Aja (Alexandre Dark Water novels have had three new volumes, volumes, new three had have novels (1995) (1998). and Loop Chakushin ari (1991), Spiral Ju-On with the the 2016, including crossover (based on 3 — this last case is particularly interesting, since Takashi Takashi case since is particularly — this last interesting, , it has given origin to at least six manga six least at to origin , it has given 2 ; it did not stop with Japan (or with horror, even in this case even with horror, (or with Japan not stop ; it did 4 , is released, after a suitable marketing campaign, and is met with campaign, met and is marketing a suitable after , is released, One Missed Call gave way to Grudge The The Eye films, and The of South Korean remakes are 2009) Brothers (Guard Much has been written on this craze of remakes (Wee 2014), the alleged drift to 2014), the alleged (Wee of remakes has been on this craze written Much Not only has it caused these follow-ups, but it also set a trend, by triggering a number triggering by but it alsotrend, set a it caused only has these follow-ups, Not Phantom children and vengeful tapes vengeful and children Phantom meaning, of in its most common the pres that “ghost” the word Let us consider Ju-On The remake is set in Japan as well, but many of the characters were changed so be they would Americans. changed were of the characters but many as well, is set in Japan The remake And here we leave out the Korean version we have mentioned before, as well as a few Chinese productions. a few as as well mentioned before, have we version out the Korean leave we And here It had started out as a trilogy, including Ring including had startedIt out as a trilogy,

Uninvited production. is based on a 2002 2008) Hong-Kong-Singaporean Palud and Xavier Moreau and 2018; Martin 2015) and the differences (Balanzategui aesthetics an Asian wards Specifically on Ringu poles. perceived the two between similarities we are limiting our analysis to this genre), since Mirrors since this genre), to limiting our analysis are we 2 3 4 MOURINHA MARISA very positive reviews. The success of the film quickly built up to a small cult, a to up built by aided quickly of film the The success reviews. positive very Ringu to rights bought remake the “when DreamWorks that the fact Verbinski’s hands; the poor quality of the copy made its mystique all the more powerful all the more the poor mystique its hands; made of copy the quality Verbinski’s - Verbin 2002, in October began: adventure 2010, overseas the hence 6). And (Lacefield The remake, Ringski’s of Ringu the example after of movies: Asian remakes of Western its distribution rights for the U.S. theatrical and video markets” (Herbert 2010, 167). 167). (Herbert 2010, markets” and video theatrical the U.S. for rights its distribution in a pe heads public’s the into had gotten which ghost story Japanese a And this is how abouta cursed videotape film A feature the mainstream. by appropriated was culiar way being after advertised on TV, the world, to there and from the U.S., to Japan from travels circuit. Along DVD the to its way it makes until websites, ofand via a series promotional the Ring born. write, was As we a franchise the way, three the original to in addition Shiraishi. Kōji by , directed Kayako vs Sadako including success, relative with remade were nese films ), no soko kara mizu and both versions Shimizu directed can films and seven Japanese ones films and can seven are countless studies comparing both movies’ intake on horror, gender, and the ghost gender, on horror, intake both studies comparing movies’ countless are ly, with different strategies and outcomes (Wee 2011; Benson-Allott 2013; Walker 2017;Walker 2011; 2013; Benson-Allott (Wee and outcomes strategies with different ly, of ghosts and images, to analyzewant their treatment we In this paper, 2010). Lacefield tradition. to relate these ghosts and images focussing on the way as it embodies of insofar ence something absent, the of with a quality juncture, hence In a exclusive. mutually their nature, by are, which worlds between threshold very of in the otherwise sense smooth surface the glitch in sense, the ghost is the impossible, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 224 ; they 5 (vengeful spirit) spirit) onryō(vengeful : an The Ring and Ringu (Derrida 1993, 32), something which was no longer there there 1993, longer no was (Derrida 32), which something ) has found the way to get into your world — first, through — first, through world your into get to the way ) has found revenant And this is precisely what we find in we what precisely this is And The opening scene of both movies may be summarized as follows: it starts it openingThe out be scenefollows: as summarized of may both movies Ghosts and the uncanny the and Ghosts What of the tape the content the viewer. is unknown to So is the premise. far, That The reference to the American tradition of slasher films has been noted, for instance by Benson-Allott (2013, 105). by Benson-Allott instance for has films noted, been of slasher tradition American the to reference The

5 MOURINHA MARISA and then came back, an entity that travels between dimensions. between travels an entity that back, and then came a given system of meaning. Whatever the context, the “ghost” depends on a bending on a depends of “ghost” the context, the of meaning. Whatever system a given - an un to refer to image” “ghost say in question: we rule the environment that the laws the in be or genuine, to original considered is which of image another duplicate wanted - perceiv real, very describes a limb pain” “phantom of device; a malfunctioning context phantom, ghost or the specter body part. removed way, afflicts a Either pain which able it, puts Derrida as is, a folklore brushing up on contemporary while giggling friends teenage with two which inhabits a cursed tape but, as the viewer will find out in what is arguably the crux is arguably a cursed tapewhat but, inhabits will find out in as the viewer which - Fred Craven’s Wes While out of world. the TVof the real the plot, into move set and can asleep, were you while , 1984) you only get could Street Elm on (A Nightmare dy Krueger in The Samara (or RingSadako magnetic the leaving somehow later, days a film in a VHS tape and then, precisely seven superof - version “an upgraded be: you may wherever of the tapefield and materializing 24). 2007, (Ancuta of the digital age” with the requirements compatible malice, natural mention an urban legend about a cursed tape, which kills all those who watch it with- all those watch kills who which about a cursed tape, legend mention an urban she how confesses remake), in the American (Katie, One of them, Tomoko in a week. her TV it is left alone, turns on by she when before; a week has seen the tape, exactly anxious; and the incident, but is perceivably downplay to and tries turns it off, she self; we Literally: out of her. the life does not see, scares the viewer then something, which had she whom with the friends as are is dead, Tomoko/Katie scene that in the next learn their hearts that only tell The autopsies the tape; all of them died inexplicably. watched rest. the explain faces in their looksfear stopped;of contorted, the disfigured unseen.- remained commen And this became for fodder and Katie Tomoko killed ever or of the unseen terror, infuses the seen on how versus feelings fueling the debate tary, Daniel the two. between the difference on musings extensive by accompanied horror, existing crit compiling while and, matter profusely on the Martin (2015, reflects 22-40) is “Waller soand — we: would Waller Gregory with sides subject,the on icism takes he of on the restrained of the writing tone much uncomfortable with the adversarial clearly mis is two the oppositionthe between that claims he and modernand horror, tradition simplistic: is, among other things, 2015, 25). It leading” (Martin RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------), 225 (2002) taps into taps into (2002) (1999) and The (1999) Ring and other B-movies are partB-moviesand other are they ofreason the Ringu deal with doubles and gazes, and are films in which the eye has a very very has a the eye which films in and are and gazes, with doubles deal In other words, when in these films one is faced with the impossible, one is already one is already with the impossible, faced in these films one is when In other words, Freud’s essay deals with a E.T.A. Hoffmann tale (“Der Sandmann”, 1816) in (“Der Sandmann”, tale Hoffmann a E.T.A. with deals essay Freud’s as a result of the uncanny hand is this idea at the analysis for is productive What Aesthetic and narrative issues aside, this discussion seems to overlook the fact the fact this discussion seemsoverlook issues aside, to and narrative Aesthetic This approach to the genre unjustly serves the past as well as the present. We would do do would present. as the We as well the past unjustly serves genre the to approach This con- between relationship the that prove which . . . films to attention pay I think, to better, between the distinction simply than more much involves horror age and golden temporary Martin 2015, apud 25) (Waller suggestive. the atmospherically and direct the graphically willing to embrace it as not only possible but as starkly real. Right the beginning from real. but as starkly it as not only possible embrace willing to themselves reassure to they try uneasiness: by the girls’ of the film,obvious this is made that kind of psychological material, long forgotten, with which the viewer is faced and is faced the viewer with which forgotten, long material, kind of psychological that they explore about when writing are escape these cannot authors the kind of uneasiness or taking to Freud, according revived, complex repressed the of the uncanny: the field of in this tale ghosts and gaz stake is at is what terms, in lacanian home, the unhomely shutters. and wells copies, films and es, which the theme of eyes, and that of doubles are of particular are importance. of doubles Rin and that Since the theme of eyes, which In it, resort to symbolism, piece. this undertakes an to Freud strong it seemed suitable attrib He story. Hoffmann’s reading one experiences feeling of the uncanny analysis but still relatable, foreign, with something uncomfortably of familiar; an encounter para a as of double the idea the Also, way. unexplainable or unexplained an in though rely on atmosphere rather than special effects: the choice between “graphic” and “sug and “graphic” choice between than special the effects: rather on atmosphere rely see them. of is but one This kind as some dualism often is readings not as free gestive” on the heart the essay hand. Also, at of every at the analysis over lurk that of the risks by on the subject made the considerations of circumventing the danger ghostly lies 1919his in Freud, “The 1953); (Freud Uncanny” text om- less a not and hazard, another into his categories of and forcing hyperbolizing their functionalities, is that inous one, Sorting such out categories. fit the to the analysis forcing worse, even — or, the analysis task. is no easy trials gu and The Ring Within the material. infantile of repressed the return to of this feeling the arising utes of castration; the fear with eyes one’s of losing the fear he equates of the story, context (doppelganger double of the Sandman is that ofbut another leitmotiv Hoffmann’s thus, this ex terms, In freudian of the child. narcissism is the primary whose source in our of forgotten something long return the from stems periencing of the uncanny at the uncanny placing (2014) further, Lacan it one step takes history. psychosexual of his theory of anxiety. the core node. densea psychic represents it as us, insofar to interesting is ofdigm uncanny the behind Ringu the storyline that suggest to want We that the budgetary constraints of constraints budgetary the that MARISA MOURINHA MARISA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 226 ) has (ghost story) tra (ghost story) (and its western doppelganger its western (and repertoire, but it was not, at least until the late 1990s, not, until the late but it was least repertoire, at a ghost, in this case it works the other way around. Even if one does not know it if Even around. other way a ghost, the in this case it works The Japanese film’s storyline and aesthetics are set in such a way as to create anx to create as way a such in are set aesthetics and storyline film’s The Japanese ghosts Japanese - to the psy contributes the film strongly to relates the spectator way the Therefore One of the reasons behind the success of Ringu success One of behind the the reasons The relief the two girls feel when they learn the caller’s identity does not entirely reassure reassure does not entirely identity the caller’s they learn when feel girls the two The relief game the Is web. media claustrophobic a in caught feel because already we viewer, the of cursed video the the legend Is mother attends? one Tomoko’s the same on television tape told by Masami the same one experienced by Tomoko? Can the phone that carries carries that Can the phone Tomoko? by one experienced the same Masami by tape told case a technological In each of the power the curse? also carry voice mother’s Tomoko’s while experience promise shared the of offers telephone) videotape, medium (television, and infection. 2015, of (Lowenstein suffocation 82) the threat conveying simultaneously see chological effect of the narrative: you may call it terror or horror, or evoke the category category the evoke or horror, or terror it call may you narrative: the of effect chological this is that stands that weight, but one fact with all its psychoanalytical of the uncanny, as they may sensibilities, disparate the viewers’ speak to which has a set of story details and one an innovation sense,forth is indeed bringing be. In that the of the onryō folklore of it is a leitmotif the kaidan culture: of Japanese the mark bears which to do with this revisiting of extremely and often effectively repressed terrors and, most terrors repressed and often effectively of extremely with this revisiting do to nor par- puts us a ghost — and this is not new, before The plot it is done. with the way ly, they one afraid makes the orthodoxy of stories while haunting disturbing. But ticularly will be is to feared. that gaze own the start,at it is the ghost’s as it is with its own tinted remake, and its American in the viewer, and uneasiness iety has been who it is the ghost of a child that the fact on that. by This is aided tics, builds trust dependand of to upon that, top on those beshould — by she able (and, wronged sadly and and this is one); in the American father film, the the mother in the Japanese peo have we victims, the point of from of view the ghost’s moreover, relatable; utterly a ofrunning into perspective the a bootleg (unlike again, — and, watched have who ple burying a sacred a house building over or accidentally maniac, brandishing chainsaw happen it could you. like to feel it does ground) ofdition, the kabuki and a staple MARISA MOURINHA MARISA (one states the story of the cursed tape is but a rumor, the other claims she was joking joking was she claims the other of tape the cursed story the rumor, but a is states (one For phone. ringing of the by the terrified are but they tape), seen a strange about having movie, that, in a horror the agreement from stems obviously the anxiety the viewer, will happen. not as innocent seem, as they are uncanny something As and that things mentions Lowenstein RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - 227 ), or the ), or the Godzilla film is very dif very is film Ringu , which gave us gave which , 6 as the zombie make-up has aesthetics, whose roots can whose roots can aesthetics, (1999), whose influencewhose can (1999), be , and reflects this tradition: pale pale this tradition: , and reflects (Takashi Shimizu 2002). A whole whole A 2002). Shimizu (Takashi kaijū eiga kaijū repertoire. The depictions of The depictions ghosts repertoire. — and long black unruly hair. In unruly hair. black onryō — and long

Ju-On , 2001), or M. Night Shyamalan’s ghosts ghosts Shyamalan’s Night M. or 2001), , , in which a young woman has a love af has a love woman a young , in which 7 Audition , Yurionna (a vengeful spirit) kills Mosaku Mosaku kills spirit) vengeful (a Yurionna , franchise. (Shin’ya Tsukamoto 1989), you still do not have have not do still you 1989), Tsukamoto (Shin’ya dead, they may not even know they are dead, dead, are they know even not may they dead, look play in the kabuki play — and, later, in later, and, — Tetsuo Ugetsu mo Ugetsu spirits): and onryō (vengeful ghosts), (female as well, owe much to the kabuki to much owe as well, Ringu and the Saw (1965). These bear features which are very close to the kabuki to close very are which (1965). These bear features means “strange creature”. “strange means onryōin , 1999): they do not do they 1999): , is the story of a potter who is seduced by the spirit of a noble woman; Kwaidan woman; of is seduced a noble of the spirit is the story a potter who by is “film” and kaiju is “film” Compared to western representations, these ghosts are more like Alejandro Alejandro like more theseare ghosts representations, western to Compared The characterization of the ghost of Sadako in the Japanese Japanese the in of of ghost the Sadako characterization The For that purpose, one would have to go back to the 1950’s and 60’s, and to films films and to and 60’s, the 1950’s to back go to purpose, that have one would For (1939). Chrysanthemum Last the of Story The Miziguchi’s to unrelated is entirely It Eiga

tradition of stories about yurei of stories tradition in the marry the living — like even They may people”. regular like “they around walk Spirit” of tale “Themedieval Chrysanthemum The Others (The children her and Grace Amenábar’s nogatari stories. ghost period’s the Edo to back be traced Sense Sixth (The is an adaptation of what is of what is an adaptation kaidan Yotsuya is a portmanteau and Tōkaidō of ghost stories; the most popular onryō probably in these films, and in Ringu Lady Wakasa seducespotter; the in Kwaidan Wakasa Lady she later years because him handsome; finds she much so so that Minokichi, but spares with years for live one can lore, In Japanese children. his marry him and have on to goes tradition. as it is in the western it. is not so radical a ghost without realizing The alterity fair with the spirit of a flower, until it is plucked and killed (McCormick 2013); in Ugetsu,(McCormick and killed plucked until it is of a flower, with the spirit fair The in the American of Samara that from Ringferent look in kabuki a ghost hair is as classical black and long face vary, theatre Japanese in classical ghost characters for Masks be to in the West. grown who, female wronged as an onryō : the lonely recognizable is immediately but Sadako — the Earth upon others end, roams unleashing and violent her untimely met having In both revenge. for thirst — her often unquenchable tales usually men, in traditional of — reminiscent the attire is seen white in a long the ghost of Sadako/Samara movies, kabuki by kimono worn burial white traditionally their bearer’s signaled hairdos important very hair is as a symbol — traditionally, Japan, - con right; in its own a genre be 1954) considered may and Honda and the like, (Ishirō 1977 (Hausu House Obayashi’s of Nobuhiko hallucinations the psychedelic sider films, like recent more recall if you Even Ishii. Teruo by directed fantasies exploitation cyberpunkthe body-horror of the like anything Miike’s Takashi product, is well, different as seen in movies like Hostel like seen in movies (1959), kaidan Yotsuya Tōkaidō (1953), Nakagawa’s monogatari Ugetsu Mizoguchi’s like Kwaidan or Kobayashi’s 6 7 MOURINHA MARISA a regular feature of Japanese horror. Just think of think the Just horror. of Japanese feature regular a RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 228 , for , for 8 ’s) cursed ’s) ’s horror depends depends horror ’s ’s Oiwa, Oiwa, ’s Kaidan Yotsuya ’s (and The (and Ring’s ’s fist story, “Kurokami”, the “Kurokami”, fist story, ’s ) is thrown into by her lover (or (or her lover by into ) is thrown fans expect to see; expect to also as a consequence fans , what you do see is a young female journalist (in the book, female see do is a young you , what and The Ring Ringu However, in spite of the very quotational apparitions of Sadako in the Japanese Japanese in the apparitions of quotational Sadako of the very in spite However, get you what see is not do you What In Hair is also a very relevant and recognizable feature of feature recognizable and relevant is also a very Hair , 1978. Passion of Empire In English

the journalist is a man), Reiko/Rachel, investigating into the story of the haunted tape. of the story the haunted into investigating Reiko/Rachel, the journalist is a man), the beginning of died at the film,she is who personally Being of the aunt the teenager her to allows had taken and her friends her niece A set of photographs as well. involved woods in the in which the cabin to steps their start retraces the quest, quickly and she becomes thus and too, it seenhad watches She tape. the friends her and Tomoko/Katie of her ex-husband this point, enlist the help to At decides she die within a week. to fated al- of it. copy him a Further investigations tapehim the leaves and shows Ryuji/Nathan, of tapethe the and “author” the of Sadako/Samara, story the together piece to them low had gotten their son Yoichi/Aidan it. through Meanwhile, haunts that spirit avenging movie, they are not what makes it so weary — this dialogue with a folklore and cine — this dialogue with a folklore it so weary makes not what they are movie, that matter). It is also worth mentioning how, in Kwaidan is also worth It how, mentioning matter). that hair. black long his ex-wife’s by is killed swordsman the mood, but Ringucreate to contributes no doubt tradition matic (it the story tell help that footholds on the visual than not shown, are you on what more than know more they what fear characters version): soAmerican less in the is arguably short they see, because, the very film other than they tape, of the cursed what they fear — nor does the viewer. not seedo much 8 MOURINHA MARISA social (even marital) status and the grooming of one’s hair has always been very strong been very always hair has of grooming and the one’s status marital) social (even ly associated with one’s social and moral position: “People with loose loose hair had social position: “People and moral ly associated one’s with - (Hiltebei M. Nelson Sarah writes of things”, order the proper outside and were morals 1998,Korea. influence 111) and Miller in tel Japanese on her piece in tape, or not to see a clear mention of Oiwa’s in Sadako’s distorted eye. As it is hard not to not to As it is hard distorted eye. in Sadako’s mention of Oiwa’s seetape, or not to a clear (the Okiku which into of the well as an echo is thrown Sadako which into the well recall Banchō called play Sarayashiki a bunraku from character Bōrei no Ai Ōshima’s body in Nagisa is thrown the husband’s which into the well of the poisoning, her hair starts to fall off in one famous scene in which she combs her she of the poisoning,which famous in scene off starts in one her hair fall to confronted when mind to these bring images not to is hard It of a mirror. hair in front in Ringu the mirror her hair before combing with the woman probably the best-known Kabuki ghost. Oiwa is depicted with the usual white burial ki- burial usual white with the ghost. is depicted Kabuki the best-known Oiwa probably nature. her spectral signals that and blue face and the white hair, ragged the long mono, drooping injured, been has a severely she poisoned having her husband, by Moreover, kabuki of the kind horror matches which eye, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 229 . In the first first the In . 9 , Sadako’s face is face , Sadako’s ; after one has seen; after : Samara’s father commits suicide by electrocuting himself. electrocuting by suicide commits father : Samara’s tradition with just that hint of technology: Sadako does Sadako hint of with just technology: that tradition Only at the climax, near the very end of end the film, plot sudden twist of the with the very the near the climax, Only at In that first scene of Tomoko’s/Katies’s death, and this is truedeath, for ren- both filmic Tomoko’s/Katies’s first scene of In that spirit, Being a vengeful a shutter. like works eye kino-eye, Sadako’s Vertov’s Like Actually, there is one more death in The death is one more there RingActually,

9 MOURINHA MARISA hold of the tape and watched it too, so they have extra motivation to lift the curse. They They lift curse. the to motivation extra sotoo, it have they of tapethe hold watched and with and, expire days seven Reiko’s/Rachel’s right remains before her find to manage time happens: then something Ryuji’s/Nathan’s when But safe. that, are they think they of annals the into his TV way its is up, earned in a sequence and, itself on by turns that ofout TV the room, living his ap — him climbs into set kills and Sadako/Samara horror, com- — or the first death see to the first get we the curse), they had lifted thought (they begin- very the at of the movie: storyline the die in people Five sequence. death plete Ryuji/Nathan end, very the by and, friends; her and ning,Tomoko/Katie parently, he dies out of sheer terror, as she lays eye(s) on him. eye(s) lays she as terror, out of sheer he dies parently, ditions of the story, we do not see the ghost nor the actual death (while in the book the (while not see do the ghost nor the actual death we ditions of the story, in the Japanese which, of mask horror frozen that Just of is described). dying process there and — film negative a in if as inverted, shot,still a becomes colors its with version, - her appari drives that embodies her gaze out of the rage life her subjects; drains she the kaidantions, and updates case, we see little of Tomoko’s/Katie’s death and nothing of her friends’; we merely merely we of and nothing her friends’; death see of Tomoko’s/Katie’s we little case, while see behavior only victim; we her nervous is not the she that her funeral at learn discussing and her up as they are the subject building her anxiety her friend, talking to in the kitchen is left alone she when see running out; we her uneasiness are days seven peculiarnothing and happening,is TVthe when on.itself turns alarm her We then and with a look reacts she the camera face turns to she when then see behind, and her from wound. no pain, no visible is it: no gore, And that of utmost fear. in volumes: effect, naïve but it speaks rather be a This may difference. a telling in lies technology was not on made much comment being the specificcaseso a movie, of this as such, but on the act, the meaning, of In Ringu and the power gazing. point, that and, at what Ryuji claims she scene in which until the climax revealed never unkempt pitch-black, between gaping distorted eye, the one, seewe of her is just an eye, is given film effect negative the same his body, abandons life of hair — and when bangs terror-contorted of his fear-ridden, the still shot face. to a film with her message impress to you, manages not just haunt she “seven Rachel tells a voice version, (in the American call a phone they receive the tape, seem echo to noises which mysterious hears simply Reiko one, in the Japanese days”; victim, as to her intended gets finally Sadako And when the tape has just she watched). — and this is them. And, with that does is look at she what death, Ryuji’s from learn we the victim seeof twist it all — not only does she them, captures as she the supernatural RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 , - - - - 230 Ringu have that kind that have movie. (William Friedkin, 1973), and so does her: “the machine that reveals the world to you you to world the reveals her: that “the machine , is presented as pale and long-haired, in a long white night white a long in long-haired, and pale as presented , is the ghost of Sadako is. the ghost of Sadako (Cf. Ball 2006, 21). But regarding the visual choices made, it is striking it is striking made, choices the visual 21). regarding But 2006, Ball (Cf. , on the other hand, shows you an absurdly decayed body in the flashback of body in the flashback decayed an absurdly you , on the other hand, shows This is not quite the take of the American version. The negative-image effect is ab is effect The negative-image version. of the American the take quite This is not Samara, in The Samara, Ring Comparing ghosts Comparing tra in Japanese is solidly rooted of the depiction Sadako mentioned how have We sent and the general treatment of the ghost is different. Sarah McKay Ball is one Ball of the McKay of is different. the ghost Sarah treatment sent and the general the ghost towards both films adopt of approach the on the disparity dwells who authors but the story and, thus, vengeful; as wronged is portrayed Sadako and their behavior: de dangerously as in life, while characterized, she is different, and is very of Samara little and American has been be to very noted which and — with a manichaeism ranged — evil Japanese neutral more much how the into this translates of the ghostly; the way representations and ditions of folklore and in a pale although Sadako: natural-looking us presenting with a very is by movie - val shock the same is not corpse-like, not carry she and her apparitions do attire, white in corpses, matter: actual do Nor that for film. Verbinski’s in do ueSamara’s as body Tomoko’s revealing and a flashback remains, of Sadako’s see the retrieving you but, is contorted in horror face her; her mother found Tomoko’s a closet, where inside a sense, for had been as she dead makes (which that, looks almost alive from she aside - than a skel more is little Sadako her corpse most); when Reiko, at by is found hours few as a ghost. of her image all-encompassing a staple in that is such hair that covered eton The Ring resortingfor the special effects scene of to and does not resist the closet, inside Katie her pulls mortal Rachel her out of the water, when remains: of Samara’s the reclaiming body is corpse-like our eyes, — and then it decomposes before incorrupt but basically in- is not so a description much as “corpse-like” to refer here we within seconds. What bodies one; dead in The as it is a cinematic Ring rigor, forensic with vested Exorcist popular made The by was of make-up that the ghost of Samara. and her expression and angry: see do her face, we ragged, is also but she dirty, gown, we in her see — face ghost’s the see ever hardly we film, Japanese the In threatening. is in her ghostly persona, girl; a normal little like looks she more and of her life, flashbacks not do hair; (we her skin black long by framed than a distorted more eye little shows she or bruised, but not torn is pale her partly are visible) but her arms and legs see her face, both on of signs decay, ghost, on the other hand, displays intact. are Samara’s clothes seems be to rotting cuts and bruises, and what with visible and on her clothes, herself nightgown. by her dirtyragged and covered not she is wherever flesh, MARISA MOURINHA MARISA with her photographic eye, but they see but eye, her photographic with as only the machine can see it” (Vertov 1923, 62). The fact that the transit is carried out carried is 1923, transit the that fact The 62). see (Vertov can it” machine the only as Ringu the by conveyed of the uneasiness the core is at both ways RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 231 (1983)” (Rojas ) first out of the television, gets up up gets out television, of the ) first . Lowenstein notes how notes . Lowenstein - us scene had been in this to as she through on the other hand, is presented Samara, Sadako’s ghost, which becomes more and more corporeal as the film unfolds, moves in moves corporeal as the film unfolds, and more becomes more ghost, which Sadako’s body made the grotesque movements evoke unmistakably that spasms erratic twisted, form dance Japanese an avant-garde of darkness), utter (dance butoh ankoku by famous trained an actress cast Nakata Indeed, Kazuo. and Ohno Tatsumi with Hijikata originating 2015, 98) (Lowenstein Sadako. play to form in this dance For this scene, both Nakata and Verbinski filmed the actress playing the ghost playing the actress filmed and Verbinski both this scene, Nakata For The ghosts also move differently: in that harrowing scene in which the ghost in the which in scene harrowing in that differently: The ghosts also move One of the differences between the American film and the Japanese the in- one is and the film the American between ofOne differences the out the whole movie: with a very strong halo of wrongness and wrongdoing, and ink and wrongdoing, of halo wrongness strong with a very movie: out the whole walking backwards toward the television, and then played the film backwards, in order order in backwards, film the played then and television, the toward backwards walking the of their apparitions. But is distinctive that of movements awkwardness that get to pre if you or neutral, natural, is more Sadako else, As in everything here. ends parallel on her feet, and walks toward her victim. It is interesting to note that “[t]his scene was scene was “[t]his that note to her victim. is interesting It toward on her feet, and walks inspired he was that acknowledges and Nakata novel, original in Suzuki’s not present sci-fi film Videodrome classic Cronenberg’s scene in David a similar by both to is common powerful which a trait, and a very one, therefore 2014, have 422). We the Japanese how This illustrates the novel. by suggested not if it was even renditions, well. as tradition filmic a western to is indebted movie real both is out in the she onscreen and once hesitantly, slowly, very very, fer: moves she this and, all in all, the impression out of after coming the well even her hair is dry, world; physical it is very is that you ghost gives of her is both an omen and a token all around sheds she The water of her nature. lings we have face and the angry flesh the decaying from Aside character. her supernatural aggres more is visibly out of the television climbs that mentioned, the Samara already more and much slowly less but far as well, jerkily moves she Sadako; than Nakata’s sive the the artifice to playing less of owes of quality her presence The unnatural resolutely. tape begins emerging from the well and then out of the TV set, the well if both from tape directors even begins emerging and Samara, Sadako moving unnaturally an show to in order used technique same the not are of“monster” depicting, other detail is that, their choices as in every the fact TV turns itself on, seeof the the figure we When Ryuji’s/Nathan’s the same. exactly still well, out climbing of the and eerily slowly first gown, ghost in the white long-haired hair (actually, head crawls she onscreen; shortly after, clusion of lines of dialogue for Samara: in Verbinski’s film, the ghost’s story is pieced is pieced story film, ghost’s the in Verbinski’s of of Samara: dialogue lines for clusion not Samara which in flashbacks it includes and set of details, with a whole together - com is more the mystery Sadako, Nakata’s Regarding but also voice. a a face, only has never but we see her face, not only never we that the fact by it is underlined and plete, either. her voice hear MARISA MOURINHA MARISA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 232 : once you you : once , encloses the encloses , Ringu and a revealing montage in montage and a revealing ), which is the fact that the curse is — or becomes — personal that is the fact ), which — that she had made a copy, and had shown it to someone. She concludes that, concludes She someone. to it shown had and copy, a made had she that — of the curse: it is its viral nature that makes it so effective — and and — disturbing. so soit effective makes that nature of viral its is it curse: the The ghost goes viral goes ghost The of the ghost the presence from so does not stem much story, in this the terror, But When Reiko/Rachel finds out that Ryuji/Nathan has died, even though they though both has died, even Ryuji/Nathan out that finds When Reiko/Rachel in alsobut implied formulated question,This explicitly not . The haunted house refers to a space of recollection charged with affect: alternately alternately with affect: charged of recollection a space to house. The haunted refers MARISA MOURINHA MARISA as such. The bootleg vehicle of the haunting hints at that. is most disturbing, both hints at What of the haunting The bootlegas such. vehicle which quality (a quality the filmic of this ghost is the viewer, and for the characters for - inter in either rendition): seen,the case in of Verbinski’s have as we visually, translates medium, that on tape and, through herself get can who spirit it is a vengeful pretation, of VHS tapes and their bootleg copies the pervasiveness her victims (and not only reach the horror to an innovation but kill them. brings This possibility), it a frightening make “In ghost films, space space: its own remem to belongs the haunting Typically, tradition. film in reverse, than to the choice of including visual effects which give away her ear- her away give which effects visual including of choice the to than reverse, in film in her bodylanguage, hesitations Noah with no down hunts She nature. filmic nestly only describe as a can we and what outbursts static by is disrupted movement but her be out of but the tape, may She jump-cut her prey. towards editing, is progressing as she film. still is she would they had though — which remains Sadako’s/Samara’s and recovered found have has she why question and to life their son’s for begins fear — she to her closure bring — did. She then realizes her ex’s out before had ran days after all, her seven been spared; tape in Ringu the haunted from of a flashback with the help bers the be to inside 206). 2009, have (Lim would thrilling, or tragic” you Once fearsome, case: in this once Not reach. ghost’s be killer the to under house/castle/dream haunted in hor- certain like frames you will haunt and Samara seen their tape, Sadako have you kill you, and and they will do down you — but they will also do hunt to tend movies ror will see we or wit. This ghost has a peculiarity virtue, (which so of your courage, in spite on, in Ju-Onlater and is self-referential a difference makes The only thing that of the genre. ditional ways your brain. to tie a knot in enough metafictional The Ring then She had been the curse going, she exempted. keep to because had contributed she she is learn film,we In the Japanese copy. his own make Yoichi/Aidan help to proceeds is more film the American her father; his grandfather, it to him show make to planning will happen know what to wants question: Aidan with the unanswered and ends vague, it off. the tape; shrugs Rachel will watch whoever to meaning run into its space, it sticks with you. You do not have to somehow aggravate the spirit in the spirit aggravate somehow to have not do you. with You it sticks its space, run into with it will be the contact enough. under into Once coming its wrath: unleash to order least, at not in the tra escape cannot it. pass it on, can you but Or, you ofspell its curse, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 233 , toying with its its with toying , 10

. 11 , on the other hand, explores in more detail the physical physical the detail in more , on the other hand, explores is, in fact, very much present in the novel, and also in the film sequel, whose plot is based on an attempt to and alsowhose is basedattempt in the film plot on an sequel, in the novel, present much is, in fact, very Verbinski’s version, on the other hand, downplays this relentlessness of the curse, of the curse, this relentlessness the other hand, downplays on version, Verbinski’s - behav for the ghost’s explanation or no little film, providing the Japanese In a way, In point of fact, a control track (or time code) really just informs a VCR how fast to scan the to fast how just informsVCR a really code) time (or track pointIn of control a fact, actually tells technology ofvideo anthropomorphic mischaracterization but Noah’s tape, tapeeither has no or- Samara’s Noah, For its videotape. The Ring how the spectator reads The latter of obscuring its origins. or is capable does not exist) recorded, never igins (was agency the viewer’s because spectator and the it reduces Noah is particularly unsettling to its technology to the spectator subjects the VCR that suggests It apparatus. within the video 2013, (Benson-Allott 116) subject technology.” of its than affirming her as the rather find out how the curse’s contagion actually takes place. contagion actually takes the curse’s find out how The title of the original novel is a Japanese transliteration of the English word “ring”; this kind of use of word of loan the English transliteration is a Japanese novel ofThe title the original and one of be symbols, them is to of sets writing uses several Japanese in Japan: practice common is a very words with society open contact to is more Japanese restoration, after the Meiji words; foreign write to used exclusively influence. American to II, particularly prone War World and, after the outside Virality

both by the way it presents Samara as a troubled child — thus providing an explanation explanation an — thus providing child as a troubled Samara it presents both the way by qual- the viral, than on the filmic, more insistence movie’s the — and by her behavior for discussed, is a telling already there have we ity of the features the ghost. from Aside tape the cursed the into takes film,which Rachel in the American in the in scene detail infor- access to means booth. reproduction video With has the technological this, she timer dis track’s the master that notices “she otherwise viewer: the mation unknown to study to the copy Noah gives When Rachel (…) gibberish but random not numbers, plays 2013, (Benson-Allott him” unsettle immediately digital blots these tiny lab, in his video it should a tape be (in his view, such would impossible is that interpretation 115). Noah’s is more his explanation but track), control it has no proper since images, any not have as it is, his being it to born Inaccurate fingerprints. without he compares metaphorical: puts it: Benson-Allott As Cætlin the message. deliver to helps explanation ior, underscores its viral nature, its irrational need to be reproduced and its relentless and its relentless be need to reproduced its irrational nature, its viral underscores ior, contagion. for Thepressing Ring MARISA MOURINHA MARISA 11 10 Suzuki (Ball 2006, 40) recalls how he got the idea of “Ring” idea the title the got he for how recalls 40) Suzuki2006, (Ball double meaning of form and sound — the ring corresponded to the rim of light Sadako/ the rim to and sound of corresponded form meaning — the ring double its lid, but also to by covered was into had been she thrown the well when saw Samara also of the ring the idea But tape. the after watching got one call of the phone the tone : since operandi modus the curse’s to applies which of circularity reverberation has the end. This is particularly poignant pass it on, escape in the Jap never to to it can entails anese version, which underlines the need to pass on the curse with Reiko’s determina on the curse with Reiko’s pass the need to underlines which anese version, is sense, the emphasis in that ofthe tape father; her own copy to her son’s show tion to process of the whole nature on the viral RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- of 234 the content of the the content Second Takes Takes In Second Intertext”. , through that effect which evokes a negative still of a negative evokes which effect that , through Book X. Edited by Jacques-Alain-Miller. Book Jacques-Alain-Miller. X. by Edited Lacan. Jacques of Seminar The . Amsterdam: Amsterdam University Press. University Amsterdam . Amsterdam: . MA Thesis. North Carolina State University. State North Carolina . MA Thesis. . Berkeley and Los Angeles: University of California Press. of California University and Los Angeles: . Berkeley Wee (2014) has a very interesting and rather detailed analysis of the contents of of the contents analysis detailed and rather (2014) interesting has a very Wee Note as a PhD research of an ongoing This paper within the context has been written , edited by Carolyn Jess-cooke and Constantine Verevis, 153- and Constantine Verevis, Jess-cooke Carolyn by , edited Sequel Film the to Approaches — Critical Press. York of New University State York: New 170. Press. York of New University State Cambridge: Polity Press. Polity Cambridge: Sharing 219-252. Press. XVII. London: The Hogarth Strachey, Vol James by Translated Freud. Sigmund Gore Verbinski’s Ring Verbinski’s Gore 1, nº1: 23–42. 1, nº1: Society and http://www. Culture Literature, of Journal Asian of Chaos”. Technology aulibrary.au.edu/multim1/ABAC_Pub/Asian-Journal-of-Literature-Culture-and-Society/v1-n1-2.pdf. the Twenty-first Century Albany: Albany: Cultures. Asian in Meaning and Power Its 1998. eds. Hair: Miller, D. Alf and Barbara Hiltebeitel, 2014.Lacan, Jacques. Anxiety. MARISA MOURINHA MARISA . Edinburgh: Edinburgh University Press. University Edinburgh . Edinburgh: Film Horror Japanese to Introduction 2009. Balmain, Colette. File VHS to From Spectatorship Video Screens. Shattered and Tapes Benson-Allott, Cætlin. 2013. Killer Galilée. . Paris: Marx de 1993. Spectres Jacques. Derrida, Complete Psychological The of of Edition works Standard 1953. In The Sigmund. Freud, “The Uncanny”. in The and Discourse Ring Technology “Circulations: Herbert, 2010. Daniel. The Uncanny in Japanese and American Horror Film: Hideo Nakata’s Ringu and and Ringu Nakata’s Hideo Film: Horror American and Japanese in Uncanny The 2006. McKay. Sarah Ball, — Bibliography and the Horror Japanese Contemporary of Horror: “Ringu and the Vortex 2007. Ancuta, Katarzyna. of Turn at the Futurity of Ghosts Cinema. Transnational in Child Uncanny 2018. The Jessica. Balanzategui, the cursed tape is an unavoidable requirement of the film version: it would be harder in would it be harder version: of the film requirement the cursed tape is an unavoidable about tape a cursed countdown tension an embedded with sustain narrative to the film - of metafiction the degree time, the same at its content; without revealing extinction to helps you the tape, shows the film that the fact by attained ality and self-referentialness the sto root of the premise for the very is at of ambiguity which the impression build to presence of the tape itself, and of its material existence. Both renditions play with our with our play Both renditions existence. and of its material of tape the presence itself, translations distinct us slightly present with but they distrust of technology, natural and described. An understandable the tape is never novel both tapes. cursed In Suzuki’s seeing the medium. token, same But, the by considering choice, adequate very probably PD/BD/135207/2017. with the FCT grant candidate, the ghost. We would say that Ringu that say would the ghost. We - lacan more invites thus (and of the gaze on the power claim has a stronger the victims, 2013, 119) Benson-Allott Cf. ian readings: you see though fact that, even ry; is confirmedby the ambiguity such not cursed. are tape, you RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 235 1, AFDF, Japan and Japan AFDF, . . Dir. Eric Valette. Warner Bros., USA, Bros., Warner Valette. Eric . Dir. . Dir. M. Night Shyamalan. Buena Vista Buena Shyamalan. M. Night . Dir. . Dir. Lewis Allen. Paramount, USA, Lewis Allen. Paramount, . Dir. Dir. David Cronenberg. Canadian Film Cronenberg. David Dir. . Dir. Alejandro Amenabar. Dimension, Amenabar. Alejandro . Dir. . . Dir. Gore Verbinski. Dreamworks SKG, USA, SKG, Dreamworks Verbinski. Gore . Dir. [Audition]. Dir. Takashi Miike. Toho, Japan, Japan, Toho, Miike. Takashi Dir. [Audition]. [Tetsuo: The Iron Man]. Dir. Shin’ya Shin’ya Dir. Man]. The Iron [Tetsuo: . Dir. Hideo Nakata. Toho, Japan, 1998, 98 min. Japan, Toho, Nakata. Hideo . Dir. . Dir. Hideo Nakata. Toho, Japan, 1998, 95 Japan, min. Toho, Nakata. Hideo . Dir. USA, 2001, 104 min.USA, 2001, 104 min. 2002, 115 min. 108 min. 1999, South Korea, min. USA, 107 1999, Pictures, 67 1989, min. Kaijyu, Japan, Tsukamoto. 1959, 76 min. Japan, Shintoho, Nakagawa. Nabuo 1944, 87 min. 1953, Japan, Mizoguchi. Daiei, 94 min. Corporation, Canada,1983,Development. min.89 1999, 1131999, min. 872008, min. . Dir. Jim Sonzero. Dimension, USA, 2006, 86 Sonzero. USA, Jim 2006, Dimension, Pulse. Dir. Rasen Ringu The Ring . Kim Dong-bin Dir. Virus. Ring The Sense Sixth The Tetsuo Dir. Story of Yotsuya]. [Ghost kaidan yotsuya Tokaido Uninvited The Kenji Dir. of Ugetsu]. [Tales monogatari Ugetsu Videodrome. One Missed Call Others The Ōdishon . The Oxford Handbook of Japanese Japanese of Handbook Oxford In The Intertext”.

Dir. Ken McMullen, Channel 4 Films, Channel McMullen, Ken Dir. . Dir. William Friedkin. Warner Bros., Bros., William Friedkin. Warner . Dir. , 416-437. Oxford and New York: Oxford University Press. University Oxford York: and New , 416-437. Oxford . Dir. Walter Salles. Touchstone, USA, Touchstone, Salles. Walter . Dir. . New York and London: Routledge. York . New . Dir. Takashi Shimizu. Pictures, Columbia Takashi . Dir. . Dir. Masaki Kobayashi. Toho, Japan, 1964, Japan, Toho, Kobayashi. Masaki . Dir. . Dir. David Moreau and Xavier Palud. Palud. Xavier and Moreau David . Dir. . Dir. Alexandre Aja. 20th Century Fox, USA, Aja. 20th Century Fox, Alexandre . Dir. [House]. Dir. Nobuhiko Obayashi. Toho, Japan, Japan, Toho, Obayashi. Nobuhiko Dir. [House]. [Godzilla]. Dir. Ishiro Honda. Toho, Japan, Japan, Toho, Honda. Ishiro Dir. [Godzilla]. . Dir. Takashi Shimizu. Nikkatsu, Japan, 2002, Shimizu. Japan, Nikkatsu, Takashi . Dir. Culture nº2: 151-165.nº2: https://doi.org/10.1080/14680777.2010.521624 Cinema Press. University London: Routledge. USA, 1984, 91 min. 2008, 1112008, min. 182 min. 70 min. 70 1977, 88 min. 1977, USA, 2004, 91 min. 1954, 96 min. UK, 1983, 100 min. USA, 1973, 121 min. 98 USA, min. 2008, Lionsgate, 2005, 105 min.2005, Oshima. Argos Films, Japan, 1978, 108 min. Films, Japan, Argos Oshima. London: Duke University Press. London: University Duke Press. University Columbia York: New Press. University Perikansha. , 164-243.Tokyo: monogatari-e wattata ni In Amerika Spirit”. the to Cinema Silent From Spectrality and — Haunting Ghosts In Cinematic Cinema”. Horror Japanese Academic. Bloomsbury 199–218. Leeder, York/London: Murray New by edited Era, Digital http://dx.doi.org/10.5040/9781501304729.ch-012 Japanese Horror Films and their American Remakes. Translating Fear, Adapting Adapting Fear, Translating Remakes. American their and Films Horror 2014.Japanese Valerie. Wee, . Amsterdam: Amsterdam Amsterdam . Amsterdam: Beneath Lies What Ghost Melodramas: Modern 2017. Michael. Walker, Studies Media Feminist Feminine”. of the Monstrous and the Horror 2011. “Patriarchy Valerie. Wee, Rojas, Carlos. 2014. Carlos. Rojas, “Viral Contagion in the Ringu . Dir. Wes Craven. New Line, Line, New Craven. Wes Dir. . Street Elm on A Nightmare Mirrors Kwaidan Ju-On Hausu Hausu MOURINHA MARISA The Grudge The Gojira Gojira The Eye The Ghost Dance. Dark Water Exorcist The — Filmography Nagisa Dir. of Passion]. [Empire no borei Ai Japanese Cinema: Texts and Contexts Texts Cinema: Japanese 2008. eds. Stringer, and Julian Alastair Phillips, The Ring. Farnham: Ashgate. Ring.The in Farnham: Anxiety Media Screen: Scary The 2010. Kristen. Lacefield, and . Durham Critique Temporal and Fantastic, the Cinema, Time. Translating Cua. 2009. Bliss Lim, . Media Digital of Age the and Surrealism, Spectatorship, Cinema. of 2015. Dreaming Adam. Lowenstein, Edinburgh East . Edinburgh: Far the from Cinema Cult of Rise — The Asia 2015. Extreme Martin, Daniel. in The Chrysanthemum Regeneration and Imperial Personification 2013. “Flower Melissa. McCormick, in of the Onryō (Re)iterations Hauntings: and Transcultural Remainders 2015. “Spectral Jay. McRoy, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 236 Aceite 2020-09-02 Aceite Accepted Accepted — iD ORCID 0000-0002-5484-268X — address Institutional Comparative for Centre of Lisbon, University Universidade, da Studies. Alameda 1600-214 Portugal. Lisboa, Recebido: 2020-05-31 Recebido: https://doi.org/10.34619/717f-0y17 — Received — DOI MOURINHA MARISA — note Biographical is a member for of the Centre Mourinha Marisa Studies and a part of their research Comparative Narratives Bodies: Circulations, “Moving project and a PhD in Translation”, and Archives the School of Arts at and Humanities Candidate of Lisbon. of University the RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 237 - se engen em que elas

mente, devido à possibilidade que a arte tem de albergar que a arte albergar à possibilidade de tem devido mente, os dias, todos de mundo aos do semelhantes movimentos corpo) à esta corporalizar(dar forma dessa conseguindo mes em si que se vida na experimenta extática bilidade justacinema o entender procuraremos artigo, ma.Neste a imagem opostos, na qual de uma unidade como mente particular Dessa mundos. se entre situam e o observador se na qual esbatem relacional, uma condição brota tensão o mundo entre e o imaterial, o material entre as fronteiras o corpóreo e o fantasmático. entre representação, e a sua o de diz respeito, e o real o olhar entre que à relação No pelo e o cinema se pautaram sempre senho, a fotografia - resgatan movimento, o espacializar desejo de mesmo estas entre do-o correlatividade tempo. A imemorial do que as assemelha enquanto ou aquilo do visível, grafias à disposição subtrai-se real, do aproximação de gestos Não animamos simplesmente as imagens com o olhar; com as imagens animamos simplesmente Não - e somos nós os fan que vivas estão por elas são vezes, o teatro para tasmas convocados afectiva uma ligação de é tanto não caso, Nesse dram. uma de sim mas quese trata, a imagem e olhar o entre numa estão imagem a e olhar o relacional: condição nova produz-se, condição rara muito Tal recíproca. relação — Resumo PEDRO FLORÊNCIO PEDRO de Ciências Sociais Ciências e Humanas de Universidade Nova de Lisboa, Faculdade Faculdade Lisboa, de Nova Universidade [email protected] , on Welfare — notes in real Falling Wiseman Frederick by FLORÊNCIO PEDRO Caindo no real — notas sobre sobre notas — Caindo real no Wiseman , de Frederick Welfare RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 238 | cinema | relação | | cinema | relação que nos propomos aqui a tratar. a tratar. que aqui nos propomos — ou, mais exactamente, dos primeiros primeiros dos — ou, mais exactamente, ) e passa a ser um fantasma presente no es presente a ser) e passa um fantasma (1975) (ghostfala queDe ). tipo observação de shell the in Welfare Welfare - No en fotográfica. imagem da técnica essencialmente institucional relação a conta em não ter seria pobre tanto, corpo enquanto suporte, ou que fotografia, a es permite no seu que ‘aprisiona’ vida da as imagens com tabelecer Wiseman serve de Frederick filmado’ O ‘teatro interior. que relacional tensão rara pensar essa para mote -nos de total a instituição com o cinema consegue estabelecer inaugurado representação de espaço que É do é a vida. em — filme do minutos dois que nessede filme foi Wiseman o cinema efeito, Com se Sur- ‘pele’. segunda uma com vez primeira pela revestiu não-dito, pelo corpo pelo um interesse pelo invisível, ge não-ser ser de deixa O observador imagem. qualquer em outros dos vida da distanciado contemplador um mero wall the (fly on paço um certo de tipo corpo, de que cai falamos mos, quando realidade? como a própria real um filme tão de no interior que É a produção desse corpo e fantasmático observante abordaremos. aqui Wiseman| Welfare Frederick transparência alive they are sometimes images; just look at don’t We which in theater the to ghosts summoned like are we and connec- it is not an affective In this case, created. they are It stake. it is at that the look and the image tion between are the look and the image condition: relational is a new (very occurs a condition Such relationship. in a reciprocal art possibility the due to that accommodate has to rarely) thus world, those to of the everyday similar movements is the embodiment that achieving stability of the ecstatic un- will try to we In this paper, itself. in life experienced ofunit a as which in opposites, precisely cinema derstand This worlds. stand between and the observer the images the bound- in which of images, in a theater unity sprouts the world and the immaterial, the material between aries the corporeal and the fantastical and its representation, - and real gaze between as the relation As far obscured. are have cinema and photography drawing, concerned, is ity — Abstract — Palavras-chave PEDRO FLORÊNCIO PEDRO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------239 ) and be — Sob a pele. | cinema | relational | | cinema | relational (1975) — or, more precisely, precisely, more (1975) — or, Sara António Matos & Rui Chafes (in Chafes, 2015) (in Chafes, Chafes & Rui Matos António Sara always been drawn by the same desire to spatialize move spatialize to desire the same by been drawn always - correl immemorial The time. ment, it from rescuing by re or what of the visible, these spellings between ativity is the real, to of approximation as gestures them sembles ofdisposition photographic the technical the from freed be it would account poor into take to not However, image. as a body photography, that relationship the institutional of that life with the images or support, establish to allows ‘filmed Wiseman’s Frederick ‘imprisoned’ inside. keeps rela about this rare think to motto as a theater’ serves with the establish to manages cinema that tional tension of representa space is the It life. is institution that total in Welfare tion conceived propose we to — that film the of minutes two first the in Wiseman’s in this film that it was Indeed, here. analyse is a There ‘skin’. with a itself second covered cinema first the non-being the unsaid, body, the invisible into switch be observer to ceases a mere The spectator image. in any wall the (fly on of others the lives from distanced kind ). What shell (ghost the presence in an invisible comes speak of a certain we speak of when we do of observation it reality as within a film real so falls type which of body, self? is the production and phantas of observant this It here. will address body we matic that Wiseman | Welfare Frederick transparency — Como se o observador estivesse a entrar dentro de um corpo, dentro da pele? da dentro um corpo, de dentro a entrar estivesse se o observador — Como Prelúdio (1987), de Wim Wenders, conta a história de um anjo invisível um anjo invisível de a história conta Wim de Wenders, (1987), Desejo do Asas O filme As final, o Berlim. Perto do de na cidade que escuta movimentos pensamentos e observa humana. Esta vida mortalidade da pela fantasmática condição a sua trocar anjo decide esse homem, em diante, Daí intencional. uma queda de através dá-se transformação — Keywords PEDRO FLORÊNCIO PEDRO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 240 de que ne de tenho , passa a poder, passa - experi em que se nunca como intensificou, , a partir da qual os humanos passaram a experimentar um “estado “estado um experimentar a passaram partir, a humanos os qual da - técni imagens as contemplar ao vemos FlusserVilém , diz-nos que “que o , encontra um “Particular absoluto” na indexicalidade do referente fotográfico, fotográfico, referente do na indexicalidade um “Particular absoluto” , encontra - subsi que ainda fotográfica à herança face posição a nossa artigo, deste longo Ao imagem da e antropológico técnico simultaneamente entendimento a este Útil queda queda da os contornos ainda Desconhecemos imagens de 1. Teatros filosofia futura uma para Nos seus Ensaios a fotografia. era cinema), (do princípio No dia o cinema situa-se algures a meio caminho. Fazendo equilíbrio entre as posições de entre equilíbrio Fazendo a meio caminho. dia o cinema situa-se algures opostos, cuja de uma unidade Flusser como o cinema justamente e Barthes, entendemos a Se, por lado, um ‘mundos’. entre a situa uma imagem de encenação de possibilidade códigos e históricas de circunstâncias conjunto de um depende ora fotográfica imagem confi de - e formas técnicos mecanismos de ora exteriormente, que a envolvem culturais a vida com uma relação engendra ela por outro, que internamente, condicionam guração fo é, a isto real, do ou sedimentação fixação possível desejo de qualquer que extrapola poder usou um definir para possível Bataille a proposta que Georges talvez, poderá ser, Nascimento da Arte mais um mundo de a exigência o desejo, comanda “que um estado transgressão”, de (Ba sagrado” um mundo de a exigência palavra e prodigioso, numa mais rico profundo, cessidade ao corpo que vejo” (Barthes 1989, 13). Mais do que documentar, esse estatuto esse estatuto que do documentar, 13). (Barthes Mais 1989, ao corpo que vejo” cessidade fotográfica. imagem ao “isso-foi” da privilegiada afectiva [ça-a-été] uma ligação estimula particularque Dessa a anime. de algures, olhar vindo de um sempre necessita tografia e o material entre as fronteiras se no qual esboroam imagens, de um teatro resulta tensão o corpóreo entre e o fantasmático. representação, e a sua o mundo entre o imaterial, para de “transgressão” momento 2015, taille 56). o primeiro identificou se Bataille Mas Lascaux de na caverna gravadas a que as imagens (“sagrado”) alternativo um mundo que já estava apaixonado por uma mulher antes de cair por de nouma mulher antes apaixonado real que já estava da fotografia mentar os factos a que só os seres humanos têm direito. a que têm só humanos os seres os factos mentar Momento vida. da mundo o com que estabelece cinema o relacional condição a antes, apa do contingências as diz respeito, imagem no queesse da à particularidade qual, no todosas particularidades de os dias e mundo do movimentos os cinematográfico, relho mortalmente. se humano reconfiguraram olhar do - au da a despeito ao mundo, relativos conceitos mas determinados mundo’, não é ‘o cas (Flusser 1985, imagem” 10). a superfície da sobre mundo do impressão da tomaticidade de uma era o deflagrar autor, do no entender representa, técnicas imagens das A origem capacida da perda se pela pauta as imagens com pós-industrial relação em que a nossa função da nos separava anteriormente, que, consciência a distância tomar sobre de de - A Câma Barthes, última na sua obra Roland vez, sua Por mesmas. das representacional ra Clara um à imagem que confere assim uma vez”, ocorreu que “só do ontológica uma evidência o corpus “reduz sempre corpóreo — a fotografia estatuto excepcional PEDRO FLORÊNCIO PEDRO RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . - - - - - ). 241 (palcos, suportes, material, suporte, suporte, Belting,de material, - Ima das Antropologia para o mundo da vida (Lebenswelt vida da o mundo para aparição/ aparição/ de espaço num imagem da , a encenação ). (…) Por outras palavras, o meio palavras, outras Por ). (…) valor é sempre um valor cénico Esse espaço cinema). de museu, e sala ecrã hoje como ontem, precisamos de as entender como um dos elementos da tríade imagem- tríade da elementos um dos como as entender de ontem, hoje como precisamos Assim, a fotografia simboliza sempre “a nossa percepção e a nossa re e a nossa “a nossa percepção simboliza sempre Assim, a fotografia 2 à aparição/reaparição da imagem, valha ele o que valer. É nesse espaço cénico material e multiforme multiforme e material cénico nesseÉ espaço queo valer. ele valha imagem, da aparição/reaparição à etc., é porventura e sobretudo a mis e sobretudo en scène é porventura etc., (na sua formulação, imagem-meio-corpo formulação, (na sua O balizamento histórico dessa “transgressão”, para ‘lá’ e para ‘cá’, tem sido expe sido tem ‘cá’, e para ‘lá’ para “transgressão”, dessa histórico O balizamento Hans Belting apontou-nos esse mesmo caminho na sua sua na apontou-nos caminho esse mesmo Belting Hans , lembrando que somos nós, observadores, quem de facto anima qualquer ima anima qualquer facto quem de que somos nós, observadores, , lembrando 1 No capítulo “A Transparência do Meio”, dedicado à especificidade da fotografia, Belting começa por argumentar começa por Belting fotografia, da à especificidade dedicado Meio”, do Transparência “A capítulo No a fotografia, tese sobre a elaborar a partir para em que, momento do próprio, Barthes a si se refuta Roland como conduzir “os de vontade uma inadvertidamente, assim, talvez Barthes revelava afectivas. imagens a recorreu 2014, (Belting de Flusser, da imagem” 268).exegese à Quanto geral contexto ao fotografia mediais da limites fotográfica, da imagem antropológicas de particularidades identificação a correcta reconhecendo embora particulartecnológica” da estatuto “imagem entre decretou checo que o filósofo questiona a distinção Belting e não consubstanciais que tais campos correlativos são argumentado “imagem mágica”, da e um tempo próprio 2014,(Belting 267). João Maria Mendes sintetiza desta forma a tese geral delineada nos diversos ensaios deste livro de Belting: “Diz “Diz Belting: de livro deste ensaios nos diversos delineada a tese geral forma desta sintetiza Mendes Maria João sermos que se para imagens nos deparam, das e as características a extensão apreciarmos para que, Belting aparição à sua sensíveis mei-mente dispositivo, dispositivo, que a torna visível, variando esse espaço cénico de época em época (templo ou palácio, ou palácio, época de cénico em época esse (templo espaço variando que visível, a torna mostração instalação/ ou square, praça ou privado, público espaço acrescentado a o seu sentido — se determina preservar e tenta puder; encenação ocupa e essa que o seu a imagem lugar 2018, 80). (Mendes recepção” a sua temos, percepção que dela

rimentado entre as mais distantes e mais consubstanciais das grafias do real. No queNo à real. do grafias das mais consubstanciais e as mais distantes entre rimentado e o cinema fotografia a o desenho, diz respeito, natural e o mundo olhar o entre relação resgatando-o do o movimento, espacializar de desejo mesmo pelo sempre se pautaram “embalsa procura câmara a possíveis, aproximação de graus tempo. Com diferentes por re-criarquedesenho do esforça a mão se da vida fluxo o mesmo mar” 2005a) (Bazin concre do cinema tempo, a grafia pelo estruturadas cinema são do as imagens Porque si- formas suas Das desenho. do e fotografia da original’ o ‘pecado tiza tecnicamente e o quefotografia a material substância uma brota fluidas e concretas multaneamente estas entre correlatividade A imemorial encenar. procurar de deixaram desenho nunca real) do de aproximação gestos que as assemelha enquanto (ou aquilo do visível grafias No entanto, fotográfica. imagem da maquinal essencialmente à disposição subtrai-se corpo quesendo a fotografia, cénica supor ou a dimensão - em conta seria não ter pobre no seu interior. que ‘aprisiona’ vida da as imagens com consegue estabelecer te, gens gem, sem gem, que isso suporteou meio do dissociá-la implique que existir possibilitou as materialmente. cordação do mundo, apesar das evoluções internas que sofreu desde a sua invenção” invenção” que a sua sofreu desde internas evoluções apesar das mundo, do cordação imagens de teatros de em boa verdade, 2014,(Belting Falamos, 269). que as possamos o animar com para real do as imagens abrigando que vão etc.) telas, sendo que foram que históricos meios os “vagueiam entre imagens de olhar;trata-se meio novo em cada que tenda armam a sua “nómadas e que como são inventados” 2014, (Belting 268). o próximo” para se de dirigirem história, antes da ao longo criado é-nos estudo necessária no seu esclarecido resolver procurou que Belting A equação 2 1 PEDRO FLORÊNCIO PEDRO permitiram pela primeira vez aceder, aqui falaremos de uma passagem inversa que, porque, inversa uma passagem de falaremos aqui aceder, vez primeira pela permitiram novo de —, nos traz — o cinema caverna outra via de RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 . - - - em 242 entre o olhar olhar o entre animista com um outro tipo de um outro com — dirigir os olhos com calma, com os olhos — dirigir reagir imediatamente a um estímulo, a um estímulo, imediatamente reagir (Han 2014, 39), a qual, por sua vez, remete 2014, (Han visão remete por vez, a qual, da sua 39), pedagogia escola da espiritualidade: não espiritualidade: da escola nos ‘insufla’, para reingressarmos no mundo de todosde mundo no reingressarmos para nos ‘insufla’, 3 : no cinema, não animamos simplesmente as imagens; por imagens; as cinema,: no simplesmente animamos não de Frederick Wiseman serve-nos de mote para pensar essa rara rara pensar essa Wiseman para mote serve-nos de Frederick de 4 mais importante dos últimos cinquenta anos tem vindo a desenvolver importantemais desenvolver a últimos vindo cinquenta dos tem anos 2. Um singular desejo de real de desejo singular 2. Um pensar uma particular para Wiseman potência é motivo Frederick O cinema de O ‘teatro filmado’ O ‘teatro Tal condição advém, muito raramente, da possibilidade que o cinema tem de alde que tem o cinema possibilidade da raramente, muito advém, condição Tal Reformulamos uma das famosas expressões de Manoel de Oliveira (“O cinema é o registo audiovisual do teatro”), teatro”), do audiovisual cinema é o registo (“O Oliveira de Manoel de expressões famosas uma das Reformulamos visual. representação da do o seu sentido nos limites circunscrevendo Jogamos aqui com a expressão de Byung-Chul Han Han Byung-Chul de a expressão com aqui Jogamos para uma célebre proposta de Friedrich Nietzsche em torno de “Aprender a ver “Aprender de em torno Nietzsche Friedrich proposta de uma célebre para o caso a particular o juízo, rodear diferir e aprender as coisas; por vir a si paciência, os lados todos com deixar a primeira Eis totalidade. na sua compreender 67). s.d., (Nietzsche e excludentes” obstrutivos os instintos mas controlar

possibilidade relacional que o cinema consegue estabelecer com o mundo da vida. A da o mundo com que o cinema consegue estabelecer relacional possibilidade cinemato-grafia do de encenação uma possibilidade Há nele cinematográfica. imagem da relacional Grosso da vida. cinematográfica apreensão de uma forma de que é indestrinçável real à ve que figural se rítmica wisemaniana uma assemelha apresenta modo, a filmografia esta particular forma de encenação da imagem em movimento, densificando aquela aquela densificando em movimento, imagem da particularesta encenação de forma corporal o com relação sua cinema e da do história da capital a questão talvez, que é, de Wiseman perto em de que filmografia olhar co se da Aqui, vamos momento o real. tipo particular imagem. forma de de um novo a conceber meçou todos de concreta que na vida nos rodeiam e situações conversas gestos, dos locidade naturalismo um redutor de além bem que, para ver um modo de de os dias. Falamos sensível. realidade de húmus num se molda representacional, os dias, “como se de uma espécie de transfusão de sangue se tratasse, por dizer” assim sangue de se tratasse, transfusão se de uma espécie de os dias, “como 2012,(Kracauer 456). 4 FLORÊNCIO PEDRO 3 automaticamente automaticamente revestem-se cinema do ses casos, as imagens mas a imagem, para palco nós, que não é mero somente perante que não se depara pele, que nos reanimam mas imagens animadas, — imagens que nos envolve potencialmente a percebemos, tal como corporalizar de a vida a capacidade tendo palavras: outras Por os visitamos onde imagens de teatro por mais que um simples vezes, o cinema pode ser, e no qual corpos, invisíveis, de pode queseus testemunhamos, ser fantasmas; um teatro visão” da uma vital “pedagogia bergar movimentos semelhantes aos do mundo de todos os dias, conseguindo dessa dessa todos os dias, conseguindo de mundo aos do semelhantes movimentos bergar mesma. em si Nes que se na vida experimenta extática corpo dar forma à estabilidade e a imagem que se trata, mas, sim, de uma condição relacional. O olhar e a imagem imagem e a O olhar relacional. condição sim, uma mas, que de se trata, e a imagem recíproca. relação numa estão para explicitar outro credo outro explicitar para vezes, são elas que estão vivas, e somos nós os “nómadas” convocados para o teatro para convocados e somos nós os “nómadas” vivas, que estão elas são vezes, ligação uma de tanto é não caso, se movimentam. Nesse queelas RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 243 convoca o convoca ao real do que é dado a ver já não depende so já não depende a ver que do é dado uma certa ligação de forma humano a conhece, se traduz em formas cinemato em formas se traduz a conhece, humano Por outras palavras, falamos de uma certa forma de ligação uma certa ligação de de forma falamos palavras, outras Por 5 é a pedra de toque na qual o ritmo da toque da o ritmo de Esse na qual é a pedra como se’ ‘ pudéssemoscomo se estar. lá No entanto, para o próprio realizador, mais ainda do que seus os do filmes ainda mais apre se realizador, o próprio para entanto, No cinematográfico nos rostos dese rostos nos já pudéssemos cinematográfico esse antecipar ‘como se’ Talvez Wiseman, Frederick cinema de No “When my technique works, the audience becomes involved because they are placed in the middle of sequences in the middle because placed they are becomes involved the audience works, “When technique my 1998). seeing they are and hearing” (in Peary, what to relationship their own think through to asked and are sentarem perante o espectador como simulações de uma realidade sensível, importa sensível, uma realidade de simulações como o espectador perante sentarem para é, isto pensável, necessariamente uma realidade de produtos que como funcionem visível. que do é tornado lá 5 FLORÊNCIO PEDRO ao real em que, como na mais profunda arte, “nunca é o que se vê” que está em causa: causa: que em está é o que se arte, vê” “nunca na mais profunda como em que, ao real 2015, 124). vemos (Chafes Quando quedo se além vê” para que o se vê sobretudo, “é, quevê” do além se de um filme Wiseman,ver “para que almejar não há nada possamos senão o sensorium como física, realidade do visível. a ir além que nos instigam gráficas - nos cor Cézanne, de a cor pornas modulações pintadas Rembrandt, a carvão nhados corpos de esculpidos ou nos fragmentos em sequência por por Marey pos fotografados re-criação de instantâneo, formas um momento de Rodin, diferentes nessas já que, que passa que se do além vê” para “ver de acto o para convocatória mesma uma ocorre possibilidade de as condições recriam Elas um corpo de a pele com ‘real’. contacto pelo que Mais fisicamente. fundidos que em estamos o mundo com que temos relacionais a re-presentificação representação, uma simples que em suportam momento do formato mas antes ou do a imagem, aparato do mente O presente. no puro acto se enquanto seu constituir do meio para se desprende que ela que a olha. também, daquele o olhar a ser, passa suporte imagem da espectador para um outro nível relacional. Do estilo cinematográfico em causa foi sendo causa em cinematográfico Do estilo relacional. nível um outro para espectador que a liberta imagem - da parcial um modo compreensão de mais constituinte vez cada tempo quedo ao mesmo o nosso meio, seu contingências e especificidades das mente Mas e especificidades. contingências mesmas a ser por passa essas olhar condicionado que é preciso sentir, se faça apercebida vida uma sensação da de quese’ o ‘como para filme do fisicalidade a seu corpo do sentir verdadeiramente prescinda para observador com fantasmática particularuma para relação convocatória Assim, nesta quealberga. o parte-se um de real, do sem princípios: a corporalidade seguintes a pressuposição dos sem um olhar se tratasse, vez se primeira como da que o mundo olhar se com espanta na ima representado o mundo posição carnal, sua suspensão da da consciente humano que seria, guardamos objecto espécie de gem só e apenas, disposição, à nossa um índice por Se um última pressupõe, esta asserção semno bolso reciprocidade. — um encontro às quase Wiseman por de cinema do completo se fulcral subtrai que vitalidade a lado, - “docu documental”, “cinema várias, (entre ser em que costuma colocado categorias histórico-estética “fly designação de ou a famosa observacional” “cinema mentário”, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 244 , 1972; Juvenile , School , 1967; High , 1971; Essene . Kracauer desejava que pu- desejava . Kracauer O seu ‘pecado original’ estava estava O seu ‘pecado original’ 6 , 1970; Basic, 1970; , 1969; Hospital Training , 1974) partilham já uma metodologia ímpar, em torno quer de quer de torno em ímpar, partilham metodologia uma já 1974) , Primate por outro, ela constata a primazia dada às novas condições de percepção percepção de condições às novas dada primazia a constata ela por outro, Law and Order Titicut Follies de Wiseman filmes (Titicut os primeiros Com efeito, Welfare (1975) Welfare de ‘pele’ 3. A segunda da querer aproximar-se Wiseman pareceram de Frederick os filmes Desde cedo, Naquela constatação, vislumbra-se um desejo de inversão do “estado de trans de “estado do inversão um desejo de vislumbra-se constatação, Naquela - uma participação pressupõe e desin a um tempo intensa concreto’ ‘facto A percepção do ser percep deve o facto concreta, natureza a sua manifestar para nesse facto; teressada - e na produ às que por desempenhamcionado vias semelhantes um papel na apreciação arte. (p. da ção 456) De que tipo de produção falamos, quando falamos de um certo de tipo observação de falamos quando De que tipo falamos, produção de Historicamente, podemos situar o aparecimento do cinema directo junto do estabelecimento hegemónico hegemónico estabelecimento do junto cinema directo do podemos o aparecimento situar Historicamente, apud 2014, Belting (Derrida 31) vivo” do “imagens vivas de em que a sobreprodução fase numa televisão, da global. audiovisual paisagem a compor uma nova começaram

forma quintessencial da imagem cinematográfica — a qual, segundo Tomás Maia, dá “a Maia,dá Tomás qual, — a segundo cinematográfica imagem da quintessencial forma é inteiramente temporalidade cuja da vida cinematográfica “estrutura de uma grafia” não filmografia vasta inicial dessa 22). O trajecto 2016, (Maia cinema” pelo realizada concreto. ao mundo uma aproximação ir acentuando de deixou gressão” que Bataille identificou em O Nascimento identificou que da Bataille Arte gressão” cinema —, mas apenas mais tarde, — o do para, “sagrado” um mundo déssemos habitar todos os de mundo o mundos: dos ao mais sagrado um corpo com renovado voltarmos plena concretizar a viria que a filmografia conhecido ter no entanto, dias. Faltou-lhe, essemente desejo. 6 FLORÊNCIO PEDRO daquele que se relaciona com as imagens geradas no interior do corpo (filme). É da pro É corpo do interior no (filme). geradas as imagens com que se relaciona daquele on the wall”), on the quereal fazer um filme de tão forma quer de se no interior sentir lugar que tem — essa ao tal possibilidade com (2012) sonhava Kracauer Siegfried realidade? a própria como que sócinema poderia o física realidade da particular da factos sobre percepção falar reproduzir: dução desse corpo observante e fantasmático de que falaremos em diante. que de falaremos corpodução desse e fantasmático observante 1968; Court1973,, e um peculiar quer observação de de efeito produção) de (fase atenção” da uma “ética coadunam-se- ain eles 101ss. e 185ss.) Todavia, 2019, (Florêncio pós-produção) de (fase tecnoló contingências das que sintomática é visível do dominação de forma a com da cinema directo. do histórico advento do e culturais gicas RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

, 7 - - - - - 245 mundo ambíguo dos mundo põe a (in) em evidência — ou, mais exactamente, — ou, mais exactamente, principium individuationis individuationis principium O (1975). almeja ainda estatuto do verdadeiro do estatuto ainda almeja . Mas, uma tomada de consciência discursiva, conso consciência discursiva, de uma tomada . Mas, mundo. Através da reelaboração de um específico estilo de mon- estilo um específico de reelaboração da Através mundo. que este cinema se revestiu com uma segunda ‘pele’. Por um lado, um lado, Por ‘pele’. uma segunda com cinema seque este revestiu como actor presente no espaço, ainda que de forma ‘invisível’ e sem ‘invisível’ que forma de ainda espaço, no presente actor como , alteraram profundamente os paradigmas culturais. O fascínio pela imagem de um tempoum de imagem pela fascínio O culturais. paradigmas os profundamente alteraram , media aparecia agora como mais que um conteúdo testemunhado. Para Jean Baudrillard, esse fascínio devia-se esse fascínio Baudrillard, Jean Para testemunhado. mais que como um conteúdo agora aparecia que nos propomos aqui a tratar. À superfície, este filme este À superfície, a tratar. que aqui nos propomos Nesses primeiros filmes de de Wiseman, filmes o visível primeiros Nesses Perceber como essa curva se dobrou é essencial para identificar a “transfusão de a identificar “transfusão é essencial para se curva dobrou essa como Perceber cinematográfica libertação imagem da 4. A dupla em Welfare inaugurado representacional mundo É do ) e passa a ser um fantasma presente no espaço (arriscando uma possível definição: possível uma (arriscando espaço no presente a ser ) e passa um fantasma O ‘vulcão’ de acontecimentos políticos e sociais dos anos 60 e 70, a par das redefinições discursivas e linguísticas e linguísticas discursivas redefinições a par das políticos e sociais anos 60 acontecimentos dos e 70, de O ‘vulcão’ novos nos directo directo dizer: era ‘Eles realizador triunfo do “O imagem: da utópico tipo entendimento de um novo de forma à própria utópica. O nem falsa: — nem verdadeira, paradoxal absurda, Fórmula se não estivéssemos’. como nós lá viveram paradoxo, utopia, este essa Foi estivesse’. lá se você ao ‘como sendo equivalente se não estivéssemos’ nós lá ‘como uma intimidade. violar de mais que ‘perverso’ o prazer muito milhões telespectadores, os vinte de que fascinou ou de real, do arrepio uma espécie de mas de ‘verdade’, na experiência perversão nem de segredo de se trata Não de ampliação e distanciação de arrepio vertiginosa e falsificada, exactidão de arrepio hiper-real, do uma estética 1991, 40-41). (Baudrillard As origens excessiva” uma transparência escala, de de distorção tempo, de ao mesmo por uma cinematográfico tipo o mesmo fascínio com de Wiseman inegavelmente cinema de do relacionam-se ‘banal’. mundanidade

ser lembrado desse facto; a sua interferência com o plano dramático dos filmes baseia filmes dos dramático o plano com interferência a sua desse facto; ser lembrado imediato como evidênciapor imediato via do um para fuga a linha de estabeleceria conceptual, desvio a partirum primeiro lidada de do complexa A imagem cinematográfica. tipo experiência outro de da de apreciação em fundamento gradualmente, foi-se convertendo, filmes primeiros no e compreensão vida 191-203), 2019, o cinema wisemaniano Florêncio permitiu que espectador o (cf. tagem passasse a figurar O filme em sentido. produção de e de activa percepção de modelo num -se, então, desde Welfare se foi mudança deu e fulcral que subtil esta Difícil era, pois, abdicarem do fascínio por uma nova visibilidade excessiva, que nunca que nunca excessiva, visibilidade pornova uma fascínio do pois, era, abdicarem Difícil cinematográfica. a imagem para curiosidade de ser de fonte deixou PEDRO FLORÊNCIO PEDRO 7 ancorado nos preceitos fulgurantes de uma recém-chegada “estética do hiper-real”. do “estética recém-chegada uma de fulgurantes nos preceitos ancorado sangue” que esta longa filmografia tem vindo proporcionar aos seus espectadores. Com espectadores. proporcionar aosseus tem vindo filmografia que longa esta sangue” em Welfare foi efeito, via, Indiana (2019). Indiana via, à emergente uma peculiar resistência apresentaria de forma revestimento esse novo no por outro, imagens; de repleto mais vez cada mundo num visível do industrialização Quando esta tipo observador. de um novo engendrar-se-ia a produção de seu interior ob O nós. somos presente fantasma de Wiseman, filme um de único o pele” a “sob mos the on (fly outros dos vida da distanciado ser contemplador de um mero deixa servador wall ). shell ghost the in - essencialde inver a um momento que levarão nos filme, do minutos dois primeiros dos — são do cinema de Wiseman, aí reinventado, manteve-se intacto até ao mais recente Monro ao mais recente manteve-se até intacto Wiseman, cinema de do aí reinventado, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------246 de in- de (enquanto símbolo da identidade individual individual identidade da símbolo (enquanto representa o cúmulo da condição maquinal que maquinal condição da o cúmulo representa scara áscara . No jogo simbólico do poder, este se e se (p. dilui este desumaniza. poder, 17) do simbólico jogo . No é um local burocrático, no qual se procurará reduzir qualquer pessoa qualquer reduzir à condição se no qual procurará é um local burocrático, As teses de Agamben e Flusser encontram na “Grande Máquina” e na “Caixa Ne e na “Caixa Máquina” na “Grande e Flusser Agamben encontram de As teses Trata-se, porém, de jogo hierarquicamente estruturado. O fotógrafo exerce poder sobre exerce O fotógrafo estruturado. hierarquicamente porém, jogo de Trata-se, po exerce fotográfico aparelho O receptores. os programando fotografias, suas quemvê adassim E o aparelho. poder sobre exerce fotográfica A indústria o fotógrafo. sobre der infinitum O filme ‘abre’ com uma sequência de oito retratos protocolares de cidadãos com com de cidadãos protocolares retratos com uma de oito sequência ‘abre’ O filme Giorgio Agamben diria sobre esta sequência que, a par da metáfora da conforma da sequência metáfora esta a par da sobre que, diria Agamben Giorgio Welfare de Máquina’ A ‘Grande gra” os pressupostos de uma nova forma de gestão maquinal dos seres humanos. No No humanos. seres dos maquinal gestão de forma uma nova de os pressupostos gra” PEDRO FLORÊNCIO PEDRO idades e etnias diversificadas, realizados numa loja de assistência de assistência social.contra loja Em numa realizados diversificadas, e etnias idades capacidade humana de agirmos nos limites de um espaço institucional.- profundi Em espaço um de nos limites agirmos de humana capacidade de cena na simbólica progressão à subtil atenção tomarmos é preciso no entanto, dade, a também quem está que agrilhoado somos perceber espectadores, nós, abertura para fotográfica. imagem da arquivística tipo instituição: a herança de outro -campo a estes retratos vai surgindo uma máquina fotográfica, acompanhada pela voz pela acompanhada fotográfica, uma máquina surgindo vai -campo retratos a estes do objectificação da os indivíduos. É a metáfora que e identifica instrui comando de transformando-se em série, files em assim sujeito: as pessoas fotografadas são pedido é a um homem quando último retrato, No e processável. cumulativa formação que constatamos condecorado, militar como que o identifica chapéu o que retire negro Welfare corpos transformar de assenta funcionamento na necessidade de lei A sua numérica. em casos sociais.reais m de a perda civilizacional com ção por sermos uma de reconhecidos ágil e quase insolente, o prazer, “acresce e particular), - reconhecimen do que inseparáveis são afectivas implicações das máquina, sem o fardo quanto filósofo, este Para 69). 2010, (Agamben ser por um outro humano” operado to que se está e pertença ao mundo real identidade qualquer de mais nos desprendemos - Máqui “Grande pela reconhecidos torna se sermos gratificante” “mais nós, de parado uma de em prol os outros, com intimidade em que de se ideia a perde relação numa na”, ou, menos, me reconhece pelo se a Máquina “Existo relacionais: valores dos inversão me vê nosso). ” (ibid., itálico esse Flusser, Para Negras”. “Caixas das tardomoderno mundo no humano o envolve pro Ao automaticamente ser fotográfica. máquina da a invenção com começou mundo huma da inteligência conceptualmente prescinde a fotografia porduzida um aparelho, é fotográfica] máquina [a aspecto, — “Neste imagem enquanto ser fabricada na para (Flusser 1985, automação 16). esta inteligente” um instrumento segundo Flusser, Ainda de forma “jogo uma nova fotografia, da o advento desde pensamento representaria, do homens e aparelhos: entre em desenvolvimento simbólico” RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------247 Logo depois, Logo 9 Vemos filas de filas Vemos 8 . ). dos eventos dramáticos a serem decididos na serem decididos a dramáticos eventos dos in loco loco in de acordo com a sua escala e função, segundo a tradição da da segundo a tradição e função, escala a sua com acordo de opera um outro tipo de ‘violência’. À semelhança da da À semelhança tipo ‘violência’. de um outro opera http://www.zipporah.com/films/26 10 , a dimensão biopolítica está tão presente como na demais cinemato na demais como tão presente está biopolítica , a dimensão apesar da fachada do edifício principal da acção ser mostrada num só plano geral do exterior, optamos exterior, do geral só num plano ser acção mostrada da principal edifício do fachada apesar da Welfare tematizam essas tensões entre os humanos e os seus mundos institucionais. No institucionais. seusos e humanos os No tensões mundos entre essas tematizam Welfare, Welfare, Em A seguir à série de retratos fotográficos que simbolizam certamente uma relação de quecertamente simbolizamrelação uma fotográficos A seguir retratos à série de A propósito deste filme, eis as palavras de James R. Dumpson, Comissário do New York City DepartmentYork of Social James New de R. Dumpson, do Comissário eis as palavras filme, deste A propósito been made and politicians, could seecould this film.It have as all legislators as well all the public, “I wish Welfare: ( States…” in the United area urban in any Em local de do apresentação de canónico a sequência em análise toda ao modelo introdutória poraqui equiparar establishing shots, três de além para cena, nunca cada 1987). Bordwell (cf. Hollywood no cinema de narrativa economia Ainda que os filmes de Wiseman só sejam verdadeiramente ‘escritos’ na fase montagem, as suas narrativas fasesuas narrativas as montagem, na ‘escritos’ de que Wiseman os filmes Ainda verdadeiramente só sejam das antes ainda começa cuja concepção americano, cinema clássico do seguem montagem de o princípio espácio-temporais cena, sem rupturas continuidades cada por em dão-se ver, a narrativas Tais filmagens. é montagem esta tal, Como espaço. mesmo do distintos planos entre ligações nas ‘estranhezas’ ou perceptivas ‘continuidade’ da lógica a rodagem. Sobre a própria que antecede planificação por uma elaborada antecipada é um planificação de que a lógica considerar-se o seguinte: “Pode observa Amiel Vincent cinema clássico, do de cerrada rede numa e a continuidade a unidade Preserva cinema clássico. do mais característicos aspetos dos 20). 2007, (Amiel mundo.” do a representação se onde oferece rígida teia que uma espécie de formam referências em e “continuidade” “unidade” da sentido Wiseman, queÉ neste o cinema de sempre a preservação procurando na montagem explorado cena,de que também cada se‘invisibilidade’ o efeito possibilita apoia na planificação antecipação da questão A Hollywood. de cinema clássico do montagem é assim esclarecida pelo próprio Wiseman: “Most of the time, I pick out what’s going to be to shot, going and I out what’s I pick of the time, Wiseman: próprio “Most pelo esclarecida é assim montagem I’ll need in the editing. in the editing room tearing conscious When I sit betry to in the shooting very about what And I try to time. kind of the next shot that get a shot, remember to to I tend have hair because I don’t out my 1998). positions frequently” camera (in Peary, change

no interior do espaço, os sons rotineiros, as posturas conformadas e os pequenos gestos e os pequenos conformadas gestos as posturas os sons rotineiros, espaço, do no interior que pessoas, estas crer a que podiam levam-nos ensonadosou impacientes ser cansados, to de numa encenação dramáticas figuras são dia qualquer, noutro semelhantes outras e rela introdutórios planos dezassete social. espaço Nesses naquele lugar os dias a ter dos ‘ferida’ eis uma primeira duração), 2 segundos de uma média de (com rápidos tivamente conduzido embora quetambém nosso o invisível, olhar Wisemanquese revela-nos abre: continuidade, de montagem pela pessoas que aguardam no exterior, ao frio, a hora de abertura daquilo que poderia ser abertura de daquilo uma a hora ao frio, pessoas no exterior, que aguardam 1975. de à data E.U.A, dos urbana social assistência área de loja em qualquer PEDRO FLORÊNCIO PEDRO 10 8 9 interior destes aparelhos, o sujeito movimenta-se agrilhoado a outros corpos,- a outros pri qual agrilhoado movimenta-se o sujeito aparelhos, destes interior Platão. de caverna da na alegoria alienado sioneiro grafia de Wiseman. Três grandes tensões modernas são aqui relevadas: 1) a tensão en- tensão a 1) relevadas: tensões aqui são modernas de Wiseman. grandes grafia Três a institucionais; 2) reconhecimento processos de dos através e Pessoa, Identidade tre somá dado enquanto o Outro com relação de processos dos os contornos entre tensão suma, de (em ou produção consumo conhecimento, de ou seja, objecto tico, enquanto vita de e as possibilidades Mesmo, do activadominação) moderno (Arendt, no mundo media etc., e palco, corpo indivíduo actor e sistema, entre e espaço, 2001); 3); a tensão de fotográficos retratos poder os primeiros de À superfície, por e linguagem. jogos da Welfare mais. que se seguem a sequência a pensar lhes planos algo dezassete entanto, dá de Flusser, diria como aparelhos”, de total a “automação e humanos” “agentes entre sigual establishingespaço social no shots de tradicionais situa-nos por via o filme máquina fotográfica que ‘rouba’ as almas de quem está prestes a entrar naquele ‘inferno’, naquele ‘inferno’, a entrar quemde está prestes as almas que ‘rouba’ fotográfica máquina RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------248 aqueles cor , surge a imagem de um ra de a imagem , surge 11 liberta os corpos ‘adestrados’ do mundo institucional, mundo por do - liberta os corpos ‘adestrados’ O cinema de Wiseman exprimia já aí, pela primeira vez, uma subtil alusão à do alusão uma subtil vez, primeira já aí, Wiseman de O cinema pela exprimia Logo após os já referidos dezassete establishing dezassete shots apósLogo já referidos os O segredo contido neste prólogo dá uma resposta à ‘violência’ do acto de filmar. filmar. de acto do à ‘violência’ uma resposta dá prólogo neste contido O segredo visão da pedagogia uma Por 5. Welfare de O prólogo Para sustentar esta ‘extracção’, lembremos que a fotografia foi durante muito tempo entendida não tempocomo só muito entendida durante foi que fotografia a lembremos ‘extracção’, esta sustentar Para sentido semelhante num 2014). (Belting Foi mundo’ ao que se ‘arrebatou vestígio um como mas ‘vestígio’, mero (apud é uma violência” fotografar, de dizer, quero de filmar… acto “O próprio afirmou: Oliveira de que Manoel menos inconsciente talvez fotografar, filmar e os verbos entre Oliveira de A hesitação 2015, 380). Guerreiro de e a cinematográficos sequência esta planos entre de analogia a corrobora pareça, leitura quedo à primeira que lhe precede. fotográficos retratos

minação do olhar cinematográfico sobre a vida quotidiana. Mas seria só num terceiro quotidiana. Mas terceiro num seria a vida só sobre cinematográfico olhar do minação que uma irreversível últimos planos, já nos dois e último prólogo, passo essencial deste se efectuaria. olhares dos simbólico jogo neste inversão que produz um olhar fantasmático que sem se mesmo os poder pode por eles apaixonar que produz fantasmático um olhar Wiseman. de Tal na filmo-grafia relacional a condição seria esta em diante, Daí tocar. mais por se relacionar artena sera esse como passa cinema desenho, caracterizado do Sincronizando a maquinal “grafia de um movimento [que] não é visível a olho nu” (Maia (Maia nu” olho a é visível não [que] de um movimento “grafia a maquinal Sincronizando Wiseman desenho, do liberta, humano só num demasiado tempo, o gesto com 22) 2016, os corpos e quem os olha, condicionando-os si. Liberta entre os corposde do filmados paz que desenha esboços de retratos daquilo que o rodeia, como se de um plano em que se o rodeia, como um plano de daquilo retratos de paz que esboços desenha no desenho esboços Aos se tratasse. anteriores planos dezassete contra-campo dos a dadas que nos são segue-sedramáticas situações rapaz, muitas de deste a primeira reconfigura primeira uma assim, Estamos, filme. perante deste no resto testemunhar do A figura retratos. de desenhador do angular figura através que se faz olhar, do ção Wiseman de o cinema em diante, daqui que, do metáfora seriadesenhador a primeira cinematográfico, aparelho ser: do libertaçãoprocuraria por contingências um lado, das por documental; outro, imagem pela Outro do subjugação de à necessidade fuga numa desenho, a que do fugacidade só a na grafia figurado humano, um olhar de convocatória forma. dá gesto do instável quedesde o que assombrou o cinema nascimento — e nunca seu fotográfico terminismo que consciência tempo um observador que de —, ao mesmo dota assombrar de deixou quees condiciona do visível grafia contingente mesma se sob da estar a pele apercebe (Berkeley). “Ser é ser liberdade, percebido” de relacional ses concepção corpos. Nesta bem mas são mais que que o tempo podem pouco tanto, da Dois minutos parecer para anjo que um vivos. se de dos querda juntar ao mundo PEDRO FLORÊNCIO PEDRO 11 um outro discurso meta-cinematográfico e implícito nestas imagens diz-nosque imagens nestas também e implícito discurso meta-cinematográfico um outro maquinalmente a olhar tendemos Máquina”, “Grande da nós, à semelhança pos, extraindo-lhes violentamente as ‘almas’. pos, violentamente extraindo-lhes RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------249 sobre o Outro o Outro sobre . , o cinema de Frederick Wiseman aproxima-se da velocidade do de do velocidade Wiseman da aproxima-se Frederick , o cinema de Welfare restitui a corporalidade original àqueles que a imagem fo que imagem a àqueles original corporalidade a desenho restitui do cinema Ainda que os lugares institucionais- sejamo ponto partida Wiseman vei de de que para os lugares Ainda 6. A transparência do cinema do A transparência 6. Com O paradoxo formal após esta curvatura na filmografia de repeti- Wiseman é, — na filmografia que após curvatura formal esta O paradoxo O No confronto entre o retrato e o retratado procuramos o que é constante, o que é a marca o que marca é a o que é constante, procuramos e o retratado o retrato entre confronto No tempo. como ou vida, como movimento seja da própria permanência queda no fluir se dá é uma média ou uma constante, o retrato um tempo vivido, de desenho é o registo O (...) que do se (p. que mas do se expôs não é um conjunto expondo. foi 457) cular temas e assuntos recorrentes na sua filmografia, passa a as passa ser o de filmografia, na sua perceber modo recorrentes e assuntos cular temas cine que as imagens aquilo poder de os corpos lugares desses entre interior no relações — está — está visão da pedagogia Cinema enquanto do História para capital mos, um momento e conteúdos), contexto (temas, assuntos em constituir-se sobre nesse ‘imperfeito’ olhar um hospital, esquadra, escola, uma (uma sociais espaços que em específicos ocorrem sensí - a uma viagem que corresponde um olhar zoológico, etc.), um jardim um tribunal, mais que no-los muito os espaços, percepção sobre a nossa radicalmente que muda vel, por fim, Falemos, mundo. o próprio melhor a ver Aprendemos imagens. em meras dar que particular torna olhar. desse a sensibilidade daquilo matográficas wisemanianas elaboram. E isso é feito em ‘traço fino’, como na só sucede fino’, em isso E feito ‘traço é elaboram. wisemanianas matográficas homem, o indivíduo di- enquanto “distinguir que desenho, procura do relacional ética uma coisa, conferindo-lhe ou de moral” um objecto por de o valor conseguinte ferente - subju estão queos e instituições as ela a entre relações das trás 425). (RamosPor 2010, da vida. mundo do variação de Wiseman filme como uma apresenta-se cada gados, os minutos Mas em devir. instante esse eterno , que captar visa loco in senho retrato de tográfica violentou.modo O demasiado imperfeitoolhar de um tográfica humano da por desenho que, não seàs “imposições sujeitar regras estética das da aproxima-se a sobre que se interroga e desinteressado mais livre um “carácter assume aparência”, de como o cinematográficas, 424). (Ramos imagens Essas 2010, que do vê” existência das uma atrofia implicam senho real, do que não consegue o movimento acompanhar má pela do visível fixação que associadas formais estão a uma privilegiada técnicas re desenho, o cinema assim,de pode, esboço do Próximo filmar/fotografar. de quina 2015, (Chafes totalidade” na mas não se vê a aparecer estar que “parece algo presentar ‘imperfeito’, o tipo retrato maquinal, de 123). a um tipo representação de contraste Por pelos que um olhar é reanimado a simbolizar formalmente passa e fugaz circunstancial social Welfare no espaço de que secorpos encontram daqueles PEDRO FLORÊNCIO PEDRO com a “capacidade de olhar” que propriamente com a “capacidade de desenhar” de (Cha “capacidade a com olhar” de que propriamente “capacidade a com fes 2015, 123). Como Artur Ramos (2010) nos diz acerca da ética do desenho de retrato: 2015, 123).fes retrato: desenho de do ética Artur Como da Ramos acerca nos diz (2010) RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------250 ) de ) de fan , em resposta resposta em , , que irá rees , queirá leveza móvel do móvel leveza Lumière Reading Lumière na a percepção dos corpos a percepção dos filma das cenas. das ) que compõem um mundo de “factos concre ) que “factos compõem de um mundo preocupa-se em desviar 12 . O observador deixa de ser um mero contemplador distanciado distanciado contemplador ser de um mero deixa . O observador surge um interesse pelo corpo invisível, o não-dito, corpo pelo interesse um invisível, o não-sersurge - em qual , passa a fazer-se sentir, passa atra filmar de câmara da estatuto o com coincidindo Welfare, Welfare, . No que respeita à acção interna dos planos, não é por acaso que, salvo situações situações não é por acaso salvo planos, que, dos interna à acção que respeita . No A ‘escrita’ wisemaniana A ‘escrita’ Em continuida de ao ângulo morto uma montagem É no recurso de que as técnicas Sobre a analogia com o acto de escrita, registe-se que, em entrevista cedida à cedida escrita, de entrevista em registe-se acto o que, com analogia a Sobre à questão “You’ve compared your filmmaking process to writing a novel. Is the editing a kind of assembly of a novel. to writing filmmaking process your compared à questão “You’ve quite think it’s I do “Yeah, palavras: estas Wiseman com responde together?”, putting the words language, my In the in advance. write script you filmmaking, filmmaking.feature In opposite the of feature It’s analogous. of writing” (in to the problems similar very are problems and the to study the material you have kind of film, 2014). Gnanalingam

tos” que só o olhar do observador pode construir e dotar de sentido. Tanto o método de de o método sentido. Tanto pode de que e dotar só observador construir do o olhar tos” passa vezespor entrevistas, em por diversas refere realizador como o (que, filmagem da da presença ‘esqueçam’ que até as se personagens espaço no tempo estar suficiente do (que produz uma invisibilidade de montagem como o método filmagem), de equipa teste simultaneamente observação à concomitantes são cinematográfico) dispositivo no desenho (activa) (passiva)munhal e ‘interferente’ PEDRO FLORÊNCIO PEDRO 12 iniciais deste filme marcam ainda a passagem para um nível que vai além das formas de de formas das além quevai nível um para a passagem ainda marcam filme deste iniciais transparência de forma nova uma para passagem a estético: do apreensão a partir o qual do morto’, ‘ângulo certo um e omnipresente Querquerimagem. dizer, observador, truturar a poética de cada obra do realizador a partir de 1974. a partir 1974. de realizador do obra cada a poética de truturar leveza sua da vés móvel quem se É ele torna no espaço. presente a ser e passa um fantasma outros dos vida da também des desenho, o olhar do fugaz gesto do À semelhança fugaz. “aparição” numa que concretos” “factos dos movimento imparável o acompanhar tentará seobservador lhe escapam eternamente. necessidade essencial, forma uma outra de permitemde que se sentir, passe a fazer do voyeur perceptiva a imobilidade transformar a de profunda: tasma por parte pessoas à câmara das dirigidos olhares não há inevitáveis, excepcionalmente consciência (awareness de demonstrem Wiseman,que nos filmes olhares filmadas não de desejo ao que deve omissão tal se alega realizador O sera queestão filmadas. tal, a Para representada. situação da a continuidade quebrem quequerer esses olhares essencial. é Afirma Wise filmagens) e observação de fases nas (que ocorre planificação condense a sequence to in the editing. I in order cutaways collecting always man: “I’m 1998). the look” (in Peary cover to cutaways, or three two or maybe use a cutaway, may os fragmentos são mais profunda: conceptual uma dimensão omite Esta opção ‘técnica’ (cutaways realizador pelo coleccionados dos sobre uma câmara invisível que está presente, mas da qual o observador tem (deve (deve tem observador o qual da mas presente, que está invisível câmara uma sobre dos o espec- manter de deve-se menos a uma vontade desvio perfeita consciência. Tal ter) da leveza da e mais a uma afirmação distanciada contemplação de estado num tador RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 251 o filme , engendra-se uma , engendra-se 13 sobre certas sobre personagens mais do que uma forma de realismo, engendra-se um desejo engendra-se realismo, que de mais do uma forma ; Neste gesto co-criativo — lembremos que o realizador e o espectador fazem e o espectador co-criativo que o realizador — lembremos gesto Neste Atingimos, aqui, o último passo do nosso argumento: a omissão de olhares para a para aqui, olhares o último de passo a omissão nosso do Atingimos, argumento: Remetemos para a célebre expressão de André Bazin (2005b), na qual se advoga a favor de soluções e de técnicas a favor se na qual advoga (2005b), Bazin André de expressão a célebre para Remetemos com a de acordo mais cinematográfica uma representação é, isto a um cinema mais realista, propensas estéticas realidade. da e visual) (óptica percepção humana

13 FLORÊNCIO PEDRO sua condição fantasmática e imersiva. A ausência de olhares conscientes para a câmara câmara a para conscientes A ausência olhares de e imersiva. fantasmática condição sua inclinando-se relação: de desejo cumulativo um para contribui - um anjo invisí como — já que, melhor pode por quem escutá-las se apaixona), (aquelas observador-fantasma do olhar o valores: todos os de Inversão podelhes não tocar. vel, vida. da imagens pelas animado é antes sópode animar porque câmara, a par de uma montagem que trabalha uma presença invisível da mesma, é uma da invisível uma presença que trabalha uma montagem a par de câmara, — somosanjos filmes espectador nestes do específica presença da reiteração de forma melhor . Na humanos os seres escutar e que conseguem mundo do o movimento que observam queda. Dese outra “transgressão”, cinema ansiosos por hipóteses, do saímos outra das de real. de transparência do cinema transparência no real. corpo, a ter caindo jamos voltar a par- morto um ângulo de através mediação, de forma mera enquanto apaga-se nal; e ambígua imediata forma na sua só existem representadas as personagens qual tir do que tecnologia qualquer próxima mais desenho está do mediação que de a forma (de da transparência quedo um cinema Mais fotográfica). captação de a partir do mesmo ponto de observação, mas não necessariamente através da mesma mesma da através mas não necessariamente a partir ponto observação, mesmo de do relacio por uma ontologia reconfigurada é cinematográfica —, a imagem perspectiva RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 252 Vol. I. Vol. Vol. I. Vol. Vol. 1. Lisboa: Instituto Instituto 1. Lisboa: Vol. culo, á . Lisboa: Relógio D’Água. Relógio . Lisboa: . Lisboa: Sistema Solar. Sistema . Lisboa: . Lisboa: Edições Texto & Grafia. Texto Edições . Lisboa: . Lisboa: Edições 70. Edições . Lisboa: fico e à Sociedade do Espect do e à Sociedade fico á Berkley/ Los Angeles/ London: University of California Press. Press. of California London: University Los Angeles/ Berkley/ Press. of California London: University Los Angeles/ Berkley/ (Documenta). Solar Sistema Pomar/ Edições Húmus. HUCITEC. Editora New leading by Documentaries Film Criticism, Arts and Digital Reader Journalism, The Lumière with interview (July and Filmmakers 23). http://lumiere.net.nz/index.php/an Site: Zealand Writers wiseman/ frederick Colibri. Lisboa: Lisboa. de Politécnico http://www.geraldpeary.com/interviews/ . Boston, Phoenix, March. Miscellany & Sundry Essays . wxyz/wiseman.html Kelly Benoudis Basílio e Felipe Cammaert, 455-475. V. N. Famalicão: Edições Húmus. Famalicão: N. Cammaert, e Felipe Benoudis 455-475. Basílio Kelly by V. orgs. Documenta. Cinematogr ao Animismo Lascaux de PEDRO FLORÊNCIO PEDRO — Bibliografia D’Água. Relógio . Lisboa: Nudez (2010). Agamben, Giorgio. Estética da Montagem Vincent.Amiel, (2007). 41-52 Cinema?, Is In What “The Virtues of (2005b). Montage”. and Limitations Bazin, André. + EAUM. KKYM . Lisboa: Imagem da uma Ciência — Para Imagem da (2014).Belting, Hans. Antropologia . London: Routledge. Film Fiction the in Narration (1987). David. Bordwell, Júlio Atelier-Museu Maia: . Vermoim, Matos António Sara com — Conversas (2015). Sob a Pele Rui Chafes, Famalicão: N. . V. Wiseman Frederick de — O Cinema o Espaço Esculpindo (2019). Pedro. Florêncio, . São Paulo: fotografia da filosofia uma futura para Ensaios Preta: Caixa da Vilém. (1985).Flusser, Filosofia Wiseman”. (2014).“The with Frederick Documentarian:Interview An Brannavan. Gnanalingam, . e Modernidade — Cinema Dorado El (2015). Cinema Fernando. Guerreiro, (2014).Han, Byung-Chul. A Sociedade do Cansaço 70. Edições . Lisboa: o Martelo com como se Filosofa — Ou Ídolos dos Crepúsculo (s.d). Friedrich. Nietzsche, Interviews, Reviews, — Film, Peary In Gerald Wiseman”. Frederick (1998). “Interviews: Gerald Peary, Comunicação. Campo da . Lisboa: Presença da — O Desenho Retrato (2010). Ramos, Artur. “(Website)”. http://www.zipporah.com/films/26 Welfare. . Lisboa: Relógio D’Água. Relógio . Lisboa: Humana Arendt, A Condição (2001). Hannah. Clara A Câmara (1989). Barthes, Roland. (2015). O Nascimento Georges. da Arte Bataille, D’Água. Relógio . Lisboa: e Simulação (1991). Jean. Simulacros Baudrillard, 9-16. Cinema?, Is In What Image”. of “The the Photographic (2005a). Ontology Bazin, André. Antunes, a Lobo Lucrécio De Naturalismos. In matéria”. e a sua experiência (2012). “A Siegfried. Kracauer, . Lisboa: Beckett Samuel de Filme, de seguido e o Cinema, (2016). Beckett — Divino O Olho Tomás. Maia, Magia Da Narrativa. Simulacro, Imagem, Cinema, figurados: (2018). Sentidos Maria. João Mendes, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 253 Accepted: 2020-09-20 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0003-1328-4084 — CV 4C12-17AE-EBE0 — institucional Morada Berna, de Av. Lisboa, de Nova Universidade 26-C 069-061, — Lisboa Portugal. de de (Edições Húmus), Received: 2020-05-11 Received: Wiseman https://doi.org/10.34619/m4ve-qs60 — Recebido — DOI FLORÊNCIO PEDRO — biográfica Nota Faculdade da Convidado É Assistente Sociais Ciências de da e Humanas, História lecciona (onde Nova Universidade — Escola na ETIC É docente Cinema). do e Criação Inovação Tecnologias de e Portugal, Documentário), lecciona (onde Almada Jean Piaget, Profissional na Escola É Espacial). Representação lecciona (onde O cinema o Espaço. Esculpindo livro do autor de Frederick artigos publicados e de livros, capítulos de 12 como Recebeu prémios dispersamente. e argumentista. realizador RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 254

- Rugen Moritz Johann , de centes dos tempos em que o tráfico negreiro esteve ati- esteve negreiro tempos dos em que o tráfico centes analisarei especificamente, Mais no país e no mundo. vo e discursos permanências que e apontemimagens para tal, Para atual. no Brasil escravidão da vestígios abriguem Negreiro Navio parto gravura da (1803-1858),das representações uma das possivelmente - Atlân o que cruzaram embarcações das difundidas mais para os séculos africanos entre XIX, XVI e tico, levando é observar O objetivo nas Américas. serem escravizados a sociedade assombram escravidão da fantasmas como de imagens, a partir outras análise e de da desta brasileira po música da canções de e letras discursivas formações um a é (1995), Trouillot escravidão a Para brasileira. pular - que retor passado Um viva. só e presença tempo passado e di- repetição cópia, mas como não como na ao presente podem por vez, sua ser entendidos Fantasmas, ferença. que o que pa que as assombrações nos lembram como en- que parece aquilo resolvido, pacificado, sido ter rece muitas e seus retornos vivo tempo, está outro em cerrado - articular deter pretendo imagem, a sobre ensaio Neste certa com sobre concepção noção fantasma de minada ou ressurgências, pensar retornos sobre para a imagem remanes e práticas ideias de contemporâneo, no Brasil — Resumo LUCIANA MARTINEZ LUCIANA LUCIANA MARTINEZ LUCIANA Coimbra de SociaisUniversidade da Estudos de Centro [email protected] Wandering ghosts: images of slavery slavery of images ghosts: Wandering Fantasmas à deriva: travessias travessias à deriva: Fantasmas ao rumo Brasil escravidão da contemporâneo in contemporary Brazil RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 255 centuries, taking Africans taking Africans centuries, th and 19 th century slave ships have left in the present? have ships slave century th to be enslaved in the Americas. The goal is to observe, observe, is to The goal in the Americas. beto enslaved forma as discursive as well and other images this through of ghosts popular slavery how songs, Brazilian and tions (1995), Trouillot slavery For society. Brazilian still haunt A past that a passed once presence. time and a living is at - differ but as copy, a simple not as present the to returns in turn, Ghosts, be and repetition. can ence understood as seemed be to pacified what us that remind that hauntings happen sometimes and its returns is alive and overcome in With that 2008). Gordon (Pile 2005, ways in intangible the can of or discourses today images in what mind, I ask: tangi- less or more traces, What persist? print Rugendas’ the 19 ble, Atlantic crossings | ghosts | slavery | image | Brazil | image | ghosts | slavery crossings Atlantic vezes se dão de maneira intangível (Pile 2005, Gordon Gordon (Pile 2005, intangível maneira de se vezes dão ou em quepergunto: imagens em mente, isto Com 2008). pode Rugendas de discursos nossos dos dias a gravura os na tangíveis, mais ou menos Que rastros, persistir? rá no presente? deixado século do terão XIX vios negreiros | Brasil | imagem | escravidão | fantasma Travessias articulate a certain to I intend notion of In this paper, in order of image conception ghost with a determinate in contempo or recurrences, returns think about the to slave of the time when and practices of ideas Brazil, rary I specifically, More permitted country. in the was trade - point conti to that and discourses will analyze images To in actual Brazil. of slavery traces gather or that nuities a slave of cellar the in so, Negros I departdo the print from (1803-1858), Rugendas one of the Moritz Johann , by boat crossed the of that the ships most popular representation 16 between Atlantic, — Keywords — Palavras-chave — Abstract LUCIANA MARTINEZ LUCIANA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 256 Vou baixar no seu terreiro baixar Vou ele, uma vez que nenhuma uma vez ele, Do ventre escuro de um porão de escuro Do ventre Prelúdio: Do rio se chega ao mar ao mar sePrelúdio: Do rio chega Quem me ouviu foi o vento no vazio o vento foi ouviu me Quem Quem me pariu foi o ventre de um navio um de o ventre foi pariu me Quem com e com fantasma Yáyá Massemba, Roberto Mendes e Capinam Massemba, Roberto Mendes Yáyá fantasma, até mesmo ao mesmo até fantasma, , quer já estejam mortos, nascido, quer não tenham (1994, já estejam quer ainda 11, originais). grifos Ghosts […] represent something that returns from the past or the realm of the dead of dead the realm the or past the from returns that something represent […] Ghosts , sem reconhecer em seu princípio o respeito por o respeito em seu princípio , sem e justa reconhecer pensável possível, parece [...] ética aí, não estão que mais ou por presentemente que não estão ainda esses outros esses outros vivos 1997, (Bell e cidades fantasmas vínculo do entre que tratam os autores ainda Há É preciso falar do falar É preciso Segundo Michel-Rolph Trouillot (1995), a escravidão nos Estados Unidos é a um só Unidos nos Estados (1995), Trouillot a escravidão Segundo Michel-Rolph

tening interruption to the present. Something that is deemed to have been overcome been overcome have the present. to to is deemed interruption Somethingtening that to be addressed. needs some announce that unfinished to business reappears and gone of its own will. This return is the symptom of a deep crisis; it is felt as a violent and threa and a violent as is felt it crisis; of deep a symptom the is This return will. ofown its Pile 2005, Benjamin 2019). Este ensaio, por outro lado, se debruça sobre os fantasmas a os fantasmas se sobre debruça por lado, ensaio, outro Este Pile Benjamin 2005, 2019). no agora, outrora um de irrupção crítica de é, isto assombração, de partir seucaráter de para àqueles próximos — em termos outro um tempo sobre de perturbadora dobra ou de 6): Assmann (2007, Aleida a atenção nos chama os quais tempo passado e presença viva. O mesmo se pode dizer no caso do Brasil. Mas há várias há várias se Mas viva. O mesmo pode e presença tempo dizer passado no caso Brasil. do marcas como fantasmas vê por exemplo, Marx, Karl pensar de o fantasmagórico. formas impossibilida - fala Derrida Jacques Já reacionárias. sentido, figuras neste e, tradição da uma para que o caminho e argumenta presente do completamente expurgá-los de dade ela: com e lidar presença sua reconhecer mais justa política seria,ética ao contrário, do para assombrar lugares (ou pessoas) envolvidos no sofrimento que experimentaram no sofrimento que experimentaram pessoas) envolvidos (ou lugares assombrar para do Os mortos dos vivos. e o dos o mundo entre um entre-lugar viviam; habitam enquanto associados não estão a um es no entanto, ensaio, neste tratar que pretendo fantasmas uma cemitério, casa, um antigo de uma o como estático, topográfico, específico, paço os séculos durante Atlântico Oceano do associados à travessia São fantasmas cidade. XVI e XIX. à deriva. portanto, São, fantasmas Duas características são comumente atribuídas aos fantasmas: (1) são figuras que figuras per- (1) são aos fantasmas: atribuídas comumente são Duas características e (2) e ao presente; pertencem a noção tempo, passado ao de turbam simultaneamente mortesua de de o ou normalmente específico, um espaço vínculos com estabelecem passa do portanto, que retornam seriam aqueles seu sofrimentoFantasmas, em vida. LUCIANA MARTINEZ LUCIANA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 257 Retomemos, então, a pergunta de Trouillot (1995): como falar da escravidão na escravidão da (1995): Trouillot falar de como a pergunta então, Retomemos, Ghosts [...] haunt the places where cities are out of joint — out of are both joint in of cities terms where the places haunt [...] Ghosts cal- are there sometimes the fissures, through They join the living world time and space. full are of them. cities 164) (Pile 2005, “ruins”: sometimes “anachronisms”, led Por outro lado, fantasmas são figuras de deslocamento, deslocam o tempo, o im- deslocam deslocamento, de figuras são fantasmas lado, outro Por Benjamin Walter retoma (2005) Pile Steve de cidades, especificamente tratar Ao Assombrações, portanto, nos obrigam a lidar com o fato de que o que parece ter sido sido ter que o que de parece fato o com a lidar portanto,Assombrações, nos obrigam história quando esta é a um só tempo passado e presença? Talvez, a partir de Walter a partir Walter de Talvez, é a um só e presença? esta tempo passado quando história - vestí com o agora marcando ou melhor, passado, do rastros de o presente pregnando a repressed which in state animated “an são (2008), Gordon Avery Para outrora. gios do someti- directly, social known, itself making is very sometimes violence unresolved or - uma violên de portanto, Guardam, a noção lembranças de obliquely” more mes (XVI). escra caso da No no presente. passado do contas prestar para que retorna cia passada Assombração estão as assombrações. da modernidade que centro no reafirmar para ou existem na história que permanecem invisíveis daqueles vencidos, dos barbárie, da perturbações, são — pode-se mas sentido, fantasmas Neste dizer apenas rastros. como o autor: perturbados. mesmos, Escreve eles a lugares, — só retornariam - lembran A açúcar. de cana e café de fazendas ou senzalas antigas como — correntemente força à deslocados e origens suas de arrancados crianças e mulheres homens, destes ça sociedade da em todos os lugares está mundo do lado outro do serem escravizados para - em diferen irrompem à deriva, base. Como vestígios própria em sua inclusive brasileira, - repeti como mas escravocrata, exploração da cópia mera país, não como do presentes tes conserva pregresso, embora muito que, um evento de diferencial retorno e diferença, ção deletéria. continuamente originária, força sua a produtiva, eficácia terrível a sua ainda historicamente (1995),retratar em Trouillot poré então a dificuldade para acaso que, Não falar sobre como Afinal, fantasmagórico. justamente em seu caráter reside a escravidão ser? de deixou não que Ou que e ainda é e também foi não é? algo destes da aparição a persistência entender é possível especificamente, no Brasil, vidão - e or violências estas reconhecer de país do incapacidade a partir notável da fantasmas que no Bra se As violências repetem a elas. reparação que mínima) uma (ainda ganizar novo) que (de ainda racismo, e do escravocrata exploração da os vestígios carregam sil os fantasmas retorno, A cada metamorfoseadas. cópia,não como mas transmutadas, e futuro presente passado, entre perturbam e divisão as ilusórias noções linearidade de uma das uma tal disrupção temporal, promover de aí, capacidade em sua resida e talvez temidas. tão sejam quais figuras razões pelas pacificado, resolvido, aquilo que parece encerrado em outro tempo, está vivo — ainda que ainda — vivo está tempo, outro em encerrado que parece aquilo resolvido, pacificado, os escravidão, caso da No menos tangível. mais, ora modo se ora de deem seus retornos mais re simbolizado a tenham que porventura aos espaços não se restringem fantasmas LUCIANA MARTINEZ LUCIANA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - - - 258 ...” (ibid., 29, (ibid., 29, ...” diz respeito à “intensa sendiz respeito -

) . (2013), Georges Didi-Huberman se debruça sobre a obra a obra sobre se debruça Didi-Huberman (2013), Georges sobrevivente A imagem Ato 1: Embarque, a vida após a vida após a vida 1: Embarque, Ato Em Assim é que talvez faça sentido que miremos os fantasmas da escravidão no Bra escravidão da os fantasmas sentido que miremos faça é queAssim talvez ” (ibid., 46, grifos originais). A palavra Nachleben A palavra originais). grifos ” (ibid., 46, passados múltiplos de se tece o presente LUCIANA MARTINEZ LUCIANA de Aby Warburg, em cujas veredas trata do tema da “sobrevivência” nas imagens. Segun- nas imagens. “sobrevivência” da tema do trata veredas em cujas Warburg, Aby de (Nachleben sobrevivência de o conceito Didi-Huberman, do Benjamin, possamos encontrar um caminho possível por onde responder a tal indagação. indagação. a tal por responder onde possível um caminho Benjamin, possamos encontrar que “O cronista Benjamin (1994a, história: de 223) conceito o teses suas sobre afirma em a conta em e os pequenos, leva os grandes sem entre distinguir os acontecimentos, narra histó para perdido pode ser queum dia aconteceu do considerado que nada de verdade ria”. A história, tal qual Benjamin a concebeu, pretende menos conhecer o passado como o passado conhecer menos Benjamin a concebeu, tal qual A história, pretende ria”. científica, e mais pretensão factual, suposta exatidão em sua menos apreendê-lo um fato, um pe de no momento relampeja ela tal como reminiscência uma [sua] de “apropriar-se no irrompe o futuro, para tensionado o passado, 224). (ibid., Como um relâmpago, rigo” poderoso um no turbilhão provocar de mas capaz evanescente, em um instante presente o por vez sua que em o historiador presente do encontro ao vai tempo. O passado do rio que se encostem mutuamente, visa, quem o quer que como se recuperar: reconheçam que adventícias possibilidades das a realização depende disto — momento por um breve isso é que não há Por transcorrido. vez alguma instante se hoje em cada aninham ainda se a, disposto propõe está quando história, a como Walter para perdido acontecimento não há ba vencidos, os definitivamente não existem contrapelo”: “a Benjamin, escová-la não há tempos que quando perdidas, não possam ser redimidos talhas inelutavelmente vencidos dos memória lampejos da que dos mínimos, ainda os resquícios, reconhecemos hoje no presente. os tempos ainda e irrompem que atravessam é, isto anacrônicos, intrinsecamente mesmos eles objetos assombram eles tal como sil compósita, múlti- complexa, a uma temporalidade natureza, por própria sua voltados, que se escravocrata um passado de que os rastros sejam nelas Talvez as imagens. pla: de antes Mas, mais tangíveis. se mais claros, tornam brasileiro o presente sobre dobra a nós, será lançar de não cessam que as imagens aos olhares corresponder procurarmos sobrevivência o de conceito: preciso pensar em outro — de consequências em suas metodológicas em si, menos óbvia porém — evidente sação que urgência, própria a torna-se memória nossa em seu retorno momento, dado Num viver. ou intempestivo inatual de chamou que do Nietzsche anacrônica a urgência o que sobrevive (...) ser considerada “deveria por lado, A imagem, outro originais). grifos fantasmas população de Uma ” (ibid., 35, originais). grifos fantasmas de uma população de artísticos estilos ou — cabelo, de penteados de detalhes que em vestimentas, podem viver freudiano falho ato quase como que surgem à astrologia — nas referências por exemplo apontou. anos mais tarde Warburg como Lutero, de Reforma da no texto tem o sentido do “pós-viver”, ou seja, fala de “um ser do passado que não para de sobre “um de de que ou seja, não para ser passado do fala o sentido “pós-viver”, tem do RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 259 E no que imagens e fantasmas se aproximam ou sobrepõem? Mais ainda: em que sobrepõem? ainda: ou se Mais aproximam e fantasmas E no que imagens de noção warburguiana sob da o signo a imagem perspectiva, considerar Nesta Como um ato falho ou a própria memória, fantasmas se intrometem e invadem invadem e se intrometem memória, fantasmas ou a própria falho um ato Como medida poderiam comungar aquilo mesmo que os definiria como tais? Talvez no - Talvez seguin como tais? que mesmo os definiria aquilo poderiam comungar medida as imagens anacrônicas, intrinsecamente entidades são os fantasmas como assim te: montagens tempos de heterogêneos, tempos, de blocos emaranhados tambémsão elas de nós inextricáveis modo dizer: são de Outro as imagens complexas. temporalmente cada já que “[E]m históricos, privilegiadamente isso, lugares são e tempo. Por espaço ou então fundem-se uns em colisão , entram se encontram os tempos todos objeto histórico, 45, (2017, Didi-Huberman afirma ou enredam-se”, bifurcam plasticamente, nos outros vez — uma relaciona-se histórica temporalidade da plasticidade Esta originais). grifos jus ao sugerir passado do exatidão a pretensa a memória,mais — com porque afasta do nas imagens que cintila futuro do a latência a ela é também atribuir “sobrevivência” — se que o realizasse quisermos colocar reconhecimento do se como à espera passado, soluçãouma para Benjamin. Talvez Walter de aos próximos mais termos em coisas as escravidão da problemático ao estatuto responder como – o de Trouillot de o problema pelas precisamente é — possa passar ainda que e todavia foi acontecimento enquanto uma perspectiva com comensurável parece anacrônica natureza cuja própria imagens, aca o e a continuidade, a interrupção queoscila entre do conta dispostadar a histórica vivência, afirma Didi-Huberman (2013), seria a própria ideia de eterno retorno, no qual no retorno, eterno de ideia (2013), a própria seria Didi-Huberman afirma vivência, portanto, é, uma metamorfose O que sobrevive na diferença. sempre se dá a repetição - su encontrasse seComo seu tempoum renascimento. pregresso passado, outro um de tempo um tempo que em outro lhe é próprio. bitamente tempo. Como o do camadas diferentes de e o entrelaçamento a manipulação tamente e passa presente uma imagem, de Diante é impuro. imagens memória, o tempo das da ela pouco importacontemporânea ou quão antiga se de reconfigurar, cessam nunca do tempo, do sempre diante é estar a uma imagem Estar face 2017). seja (Didi-Huberman de repetidamente e futuros que articula presentes passados, tempoum heterogêneo, fissuras as compreende Warburg de “sobrevivência” a sentido, Neste diversa. maneira menos se as me e onde espera, que irrompem quando falhos os atos durações, e longas se sempre permitem escavar. enterradas, por que, mais quemórias se pretendam forma, uma desta é, imagens das A história e o agora. o outrora e o contínuo, bado espaços sem que percebamos ou sem aval prévio. Eles irrompem e, abruptamente, nos abruptamente, e, irrompem Eles prévio. semou sem aval quepercebamos espaços - Como lembran seus retornos. prever ou presença sua controlar assustam. É impossível — estejamos cabeça nossa em mais tarde anos que surgem perdidas como dadas ças palavras como — ou madalenas de um prato e de chá de uma xícara de diante ou não o sentido de delas perturbam tirando frases, sem nossas o motivo, as que, sabermos ser portanto, partira pensadas devem sobrevivências, As investi-las. quepretendíamos entretanto, vestígios, Rastros nos perseguem. que nos encontram, seusde rastros. Tais A sobre alterações. provoca lhes tempono espaço e no deslocamento O fixos. não são LUCIANA MARTINEZ LUCIANA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - , de , de 260 , é uma das representações mais conhecidas das das mais conhecidas representações , é uma das 1 , de Rugendas, e, com ela, alguns dos muitos traços da escravidão escravidão da traços muitos dos alguns ela, com e, Rugendas, , de . Seu relato faz parte da imagem que muitos brasileiros têm desta época (Schwarcz época desta (Schwarcz têm brasileiros que muitos parte imagem da faz . Seu relato Brasil pelo pitoresca Viagem Relatos sobre os navios negreiros são raros. Quando existem, expressam quase expressam existem, Quando raros. são negreiros os navios sobre Relatos Ato 2: Travessia, agonias de um oceano feito cemitério feito oceano um de agonias 2:Ato Travessia, nus ou semi- negros e crianças mulheres homens, de cheio um navio de O porão Sob uma tal descarga elétrica, atravessemos o próximo item, em que nos aguarda item, em que nos aguarda o próximo atravessemos elétrica, Sob descarga uma tal : é a história mais inquieta — e mais in- — e mais mais inquieta história : é a passado o que sobrevive em vive, que em “história qual o historiador da e metamórfica sobrevivente, força: é uma Seu objeto (...). quietante - (Didi-Hu o choque em si.” se não o contato, choque, de a onda experimentará fatalmente berman 2013, originais) 146-147, grifos Ao lado de Jean-Baptiste Debret, Rugendas é um dos artistas mais reproduzidos em livros didáticos, artigos artistas didáticos, é um dos em livros mais reproduzidos Rugendas Debret, Jean-Baptiste de lado Ao von Heinrich Georg barão do na missão o Brasil visitou Rugendas Baviera, da Original e jornais brasileiros. anos no país, entre 1822 apenas Ficou três e naturalista. como pintor Langsdorff e o 1825, escreveu qual período no livro 2017). e Gomes

sempre o ponto de vista da tripulação e de viajantes, seus narradores mais frequentes. frequentes. mais seus narradores viajantes, de e tripulação da vista pontoo sempre de os que no inferno estão não como inferno. Mas, de um pedaço havia barco “Naquele es purgatório”, do a nau dizendo que era me contentaria eu saída, de esperança têm embarcações escravistas que cruzaram o Atlântico em direção às Américas entre 1550 entre às Américas em direção que o Atlântico cruzaram escravistas embarcações aberturauma de luzA quase vem sem ambiente um iluminação. mostra 1860.e tela A algo quem mão — serve um homem — de pouco onde da podemos além ver no teto, em tra homens brancos três vemos direito, lado No escravos. um dos para tigela numa de lampião do morto. Vem o corpo um escravo de carregando europeus tipicamente jes corpoo ilumina Ele mortohomem do os e gravura. luz pontosegundo o da de deles um de fecho pelo traçada diagonal Se pela olhar o caminharmos que o carregam. brancos No tela. da direito lado do escravos podemos dos as feições luz lampião, observar do se como - a mão, qui com gesto um e uma mulher faz o rosto um homem esconde chão, madeira, de estrutura da cima de andar No medo. de semblantes São algo. sesseafastar o vemos dele, Atrás ao peito. em direção os braços joelhos recolhe de um homem nu Quem é esse Por homem? não nos é revelado. um segundo homem, de dorso cujo rosto O caso o víssemos? Como seria o que seu rosto? veríamos, Ou antes: que não o vemos? a isso. Voltarei que o seu olhar? nos diria travessias uma das acompanhar depois Giuseppe de capuchino Monari o frade creveu no porão. estão os escravos e relatos, imagens Em quase todas 289). 2019, Gomes (apud Johann Moritz Rugendas (1803-1858) Rugendas Moritz Johann - uma estru laterais, Nas amontoados. estão outros os pés têm acorrentados, nus. Alguns e em cima de sentados embaixo os escravos divisões, duas cria vemos madeira de tura Negreiro Navio baixa, não permite que se A gravura Muito levantem. uma delas. cada Navio Negreiro a tela Navio contemporâneo. no Brasil que sobrevivem LUCIANA MARTINEZ LUCIANA 1 RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 261 . Os que morriam ou adoeciam que em mar morriam . Os 2 (1830) | © Coleção (2007) com a história a história com (2007) History A Human Ship: Slave The o livro abre Rediker Marcus Números retirados do Trans-Atlantic Slave Trade Database, banco de dados online organizado por David Eltis Eltis por David online organizado dados de banco Database, Trade Slave Trans-Atlantic do retirados Números os séculos entre XVI e XIX. escravos de comércio sobre informação reúne Richarson. A plataforma e David pessoais cerca sobre e detalhes 35 mais de sobre negreiras dados contém mil viagens atualizado, Periodicamente cativos. feitos 90 mil africanos de

cravos, os navios criaram também a raça (Rediker 2007, 19). 19). 2007, (Rediker também a raça criaram os navios cravos, eram jogados na água. Os corpos atirados no oceano teriam alterado o comportamento o de alterado no oceano teriam corposna água. Os atirados jogados eram em busca comida de negreiros navios dos o trajeto a acompanhar que passaram tubarões, contemporânea, historiografia pela estudada é amplamente A escravidão 2019). (Gomes navios aos especificamente dedicados há mas ainda poucos trabalhos Rediker, afirma - desenvol no peça central são escravistas embarcações as historiador, o Para negreiros. de máquina entre uma combinação como Atuam capitalismo. e do comércio do vimento cujo os escravos, no caso, eram no mar, O bem fabricado e fábrica. móvel guerra, prisão E, ao produzir os es Atlântico. do lado ao outro a chegada com dobrava econômico valor LUCIANA MARTINEZ LUCIANA 2 de uma mulher africana capturada em algum lugar no interior do continente e levada de levada e continente do interior no lugar algum em capturada mulheruma africana de a mulher negreiro, navio do vindo os barulhos a costa. ouvir e sentir Ao o cheiro até canoa areia, mas foi de um banco e alcançar na água.se um tubarão Conseguiu de escapar jogou em direção que cruzariaAtlântico o embarcação grande da no porão jogada e recapturada seriam vendidos ela, como que, africanos de centenas) dezenas (ou outras com a América vezes muitas se mulher cujo nome não sabemos repetiu desta A história escravos. como da séculos. levados Estima-se que quase 12,5 quatro foram africanos milhões durante de an- 1501 entre menos 1,8 e 1875. milhão morreram pelos as Américas, Destes, para África na travessia final, ainda ao destino chegar de tes De acordo com Laurentino Gomes (ibid.), no entanto, o tráfico negreiro brasileiro tinha brasileiro negreiro o tráfico no entanto, (ibid.), Gomes Laurentino com De acordo como a tripulação, entre particular: escravos muitos de a presença uma característica aos reservada estritamente porém, era função, Uma e cozinheiros. pilotos canoeiros, escravos. vigiar os outros a de brancos: — 1 Imagem Navio Rugendas, Moritz Johann Negreiro Itaú Cultural. Cultural. Itaú RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - 262 , decretou o então governador do Rio de Janeiro, Rio do Janeiro, de o então governador , decretou 3 , após uma operação policial deter dezenas de adolescentes — em — dezenas adolescentes de policial após, deter operação uma 4 o mar não tem cabelos onde a gente possa agarrar possa a gente onde cabelos o mar não tem ou 3:Ato Entreposto, às praias” não chegarão “Eles Luiz Fernando Pezão se tornou governador do Rio de Janeiro em abril de 2014 pelo Partido do Movimento 2014 Movimento de do Partido pelo em abril Rio do Janeiro de se governador Pezão tornou Fernando Luiz partido mesmo do quem político de era Sérgio Cabral, de após a renúncia (PMDB), Brasileiro Democrático 2018, de no anos. Em novembro mais quatro de mandato um para reeleito foi ano, mesmo No vice-governador. a 33de fim mandato. dias do seu cargo do corrupção e afastado de acusado preso foi Pezão entanto, Ver em: “‘Não chegarão’, diz Pezão sobre menores responsáveis por tumultos em ônibus que vão às praias”. R7. R7. por em ônibus às praias”. tumultos que vão responsáveis menores sobre diz Pezão chegarão’, em: “‘Não Ver em: https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/nao-chegarao-diz-pezao- Disponível 23/09/2015. RioJaneiro, de sobre-menores-reponsaveis-por-tumultos-em-onibus-que-vao-as-praias-23092015

sua maioria negros — moradores das zonas mais pobres da capital do estado. Seu crime? Seu crime? estado. do capital zonas da das mais pobres — moradores negros maioria sua - escaldan calor de carioca, de fim um em marítima semana orla à chegar de tentativa A Rio do de nas praias e quase sempre negros meninos pobres daqueles A presença te. associada aos cha estado, do política autoridade a maior com acordo estaria, de Janeiro mados “arrastões”: investidas de grupos que, em intensa correria, furtam e aterrorizam furtam correria, grupos e aterrorizam de em intensa que, investidas “arrastões”: mados LUCIANA MARTINEZ LUCIANA 3 4 Luiz Fernando Pezão Fernando Luiz Adolescentes em um ônibus que saía Adolescentes Zona da Sul, às praias Zona em direção da Norte 2014 |© Roberto Barrucho. Riodo Janeiro, de — 2 Imagem RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 263 (2017). Vejamos Vejamos (2017). A letra narra o trajeto de adolescentes da periferia do Rio do periferia Sua estra rumo à praia. da adolescentes de o trajeto narra A letra [...] os miolos sol torrar de Um Quando pinta em Copacabana Chatuba da Caxangá, do Arará, do A caravana Irajá do A caravana Penha O comboio da que retenha há barreira Não Esses estranhos tipo muçulmanosSuburbanos Jacarezinho do Alah de Jardim do A caminho é a charanga é o buchicho, É o bicho, [...] Chico Buarque de Holanda se refere ao episódio Caravanas se em As refere Holanda de Buarque Chico tégia é precisamente a de compará-lo às travessias dos navios negreiros. Chico ironiza ironiza Chico negreiros. navios dos às travessias compará-lo a de é precisamente tégia e que seusmalocam “Diz meninos: facões estes parte população como vê forma a da enormes/ picas têm É, diz que eles disformes/ e calções estufadas Em sungas adagas/ assis época, comum era Na Maré”. da quebradas Lá das granadas/ E seus são sacos ôni- desses que vídeos a população enviasse jornalistas pedindo para tir na televisão, janelas, arrancavam selvagens) bichos, como pessoas nos quais bus lotados, (descritas LUCIANA MARTINEZ LUCIANA quem encontram pela frente, nas areias. Para a Polícia Militar do Rio de Janeiro, era era Rio do Janeiro, de Militar a Polícia Para areias. nas frente, pela quem encontram à de proceder passo o de foi O primeiro praia. meninos à dos impedirpreciso chegada a tenção dos adolescentes que não levassem consigo algum dinheiro ou que não portas dinheiro algum consigo que não levassem adolescentes dos tenção de ônibus. em linhas específicas trafegavam enquanto semidentidade, documento de ao cidade, Zonada Norte Jacaré, do bairro o que liga a 474, foi mais visadas das Uma Em Rio do Leblon, na Zona Janeiro. do de mais rica Sul, no bairro Alah, de região Jardim forjarde ou justificativas criar de o trabalho pouco os policiais tempo, já não se davam eram os meninos conduta: à sua plausibilidade de ares dar que pretendessem critérios cida periferias das por moradores — sendopobres, detidos vezes muitas e abordados pú- embora muito a que, um espaço a chegar — tentarem e quase negros sempre dade Rio do Janeiro, de o governador com acordo de direito, não teriam simplesmente blico, meninos aqueles fluminenses, instituições as Para Militar. Polícia a quema responde a elas. poderem chegar de mesmo antes praias nas criminosos que atuavam eram um trecho da canção: da um trecho RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 264

) https://acervo.oglobo.globo.com/ . [...] Esses adolescentes não chegarão à chegarão não Esses adolescentes . [...] 7 . “Ataque a passageiros”, “intimidação” e “intimidação” a passageiros”, . “Ataque 6 . Em matéria de janeiro de 2015, um repórter de janeiro rela de matéria . Em 5 Há, no Brasil, uma expressão popular que fala sobre “nadar e morrer na praia”. Diz na praia”. e morrer “nadar sobre popular que fala uma expressão Há, no Brasil, “São menores que pulam a catraca, não pagam passagem. Nós monitoramos esses monitoramos Nós passagem. não pagam que a catraca, pulam “São menores Por exemplo: “Imagens mostram jovens se arriscando em cima de ônibus no Rio”. G1 Rio. Rio de Janeiro, G1 Rio. Rio Janeiro, de ônibus se em cima de no Rio”. arriscando jovens mostram “Imagens exemplo: Por em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/09/imagens-mostram-jovens-se- Disponível 21/09/2015. arriscando-em-cima-de-onibus-no-rio.html Neto, Adalberto. “Insegurança em viagem do ônibus 474”. O Globo. Rio de Janeiro, 19/01/2015. Consultado pela pela Consultado 19/01/2015. Rio O Globo. Janeiro, de ônibus do 474”. em viagem Adalberto. “Insegurança Neto, jornal ( Online do Acervo pelo 2020, de janeiro em 9 de última vez As chamadas Unidades da Polícia Pacificadora (UPPs) surgiram em 2008, logo após a invasão — por parteda tropa após a invasão logo em 2008, surgiram (UPPs) Pacificadora Polícia da Unidades As chamadas de o controle retomar era governo do O objetivo Alemão. do Rio do Complexo Militar — do Polícia da elite de e proibição recolher toques de Incluiu criticada. muito porém, é A iniciativa, narcotráfico. pelo dominadas áreas social uma contrapartida de também se nunca concretizou. A promessa funks, por exemplo. bailes de

tava a viagem a bordo da temida linha 474 linha temida da a bordo a viagem tava LUCIANA MARTINEZ LUCIANA 5 6 7 surfavam no teto e faziam arruaças e faziam no teto surfavam pecífico da história da escravidão, aqueles que não chegavam à praia eram justamente eram à praia chegavam que não aqueles escravidão, da da história pecífico e eram mercadoria de os que em alto-mar perdiam seu morriam doentes valor ou muito e africanas africanos de milhares de o destino foi O mar aos tubarões. vivos ainda jogados Sharpe Christina (2016) os séculos escravidão. da ao descobrir durante a surpresa conta no mar pessoas destas desovadas que os átomos bióloga uma amiga com em conversa 90 e 95% Entre oceano. do por estão maté ali, lugar das ainda em algum bichos como oe sendo “recicladas” acabam mar pelo e por aquáticos seres consumidas orgânicas rias - 250 mais de de milhões anos, contou de um “temposangue tem humano residência” de a time in which time of the wake, in the residence exist [...] people “Black -lhe a amiga. respeito àqueles que — apesar de todos os esforços — terminam por falhar. No caso es No por — terminam falhar. que todos os esforços — apesar de àqueles respeito praia. Essa foi minha ordem desde quando começamos a Operação Verão”, reafirmou reafirmou Verão”, a Operação começamos quando desde minha ordem foi Essa praia. periferia. O da vindos os veículos às incursões policiaiscríticas contra depois de Pezão os passados Como podem nos revelar? Rio do Janeiro de governador do que as palavras de também é carregada Pezão de a frase nas imagens, que sobrevivem fantasmagóricos ao fim, não a invadidas sejam serem as imagens só Talvez, discursivos. ressurgimentos - Buar Chico de que a música Sendo — como assim, passado. sugiro do por relâmpagos - escravi tempo da do atlânticas travessias às relação em quepensemos— palavras estas à praia”. não chegarão “Eles dão. ônibus desde que saem das [áreas de] UPPs de] [áreas das que ônibusdesde saem “invasão de adolescente sem pagar” são algumas das expressões usadas para descrever descrever para usadas expressões das sem algumas pagar” são adolescente de “invasão - o ônibus e pren pararam policiaismilitares quando Copacabana, até Jacaré do o trajeto seu roubar tentou repórterO meninos. dos passageiros que dos um conta alguns deram de perguntado tinha passageiro mesmo o seufurtá-lo bolso.de Antes, tentando celular, A última percurso. li- naquele seu rosto estranhando possivelmente o homem era, onde 14 de um menino anos. “Com era assaltante que o temido reportagem nos revela nha da e virtuosa / Pra que ordeira apela / A gente polvorosa em nus deixam torsos negros Guiné”, Benguela, ou pra / Ou pra favela pra / O populacho volta de polícia despachar Chico. segue de canção a RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 265 (1993), canta Paulinho da Viola, em Timoneiro em Viola, da Paulinho canta (2016), Abdias do Nascimento denuncia a falá (2016), denuncia Nascimento do Abdias brasileiro negro do O genocídio Ato 4: Do mar se chega ao Rio ao 4:Ato se chega Do mar Em Quem são então os tubarões aos quais o governador atira corpos negros? A polícia, corpos negros? atira o governador quais Quem aos então os tubarões são Canta o poeta em Haiti Veloso. Caetano de Lembremos então uma letra “Eles não chegarão às praias”. Os que não chegavam à praia durante a travessia a travessia durante à praia que não chegavam Os às praias”. não chegarão “Eles [s]obreviver podia ser motivo de festa na chegada ao outro lado do oceano. Não por acaso, Não oceano. do lado outro ao podia na chegada festa de ser motivo [s]obreviver Rio e do Ja Recife de do escravos de os mercados ao visitarem [...], estrangeiros viajantes neiro, registraram a alegria demonstrada por homens e mulheres em péssimas condições condições péssimas em por mulheres e homens demonstrada alegria a registraram neiro, 363) (Rodrigues 2017, cruzar depois de o Atlântico”. físicas Muitos africanos acreditavam que brancos eram canibais e que seriam comidos e que seriam canibais comidos eram que brancos acreditavam africanos Muitos claramente, é um deles. Sobreviventes da travessia atlântica, os africanos se tornavam se os africanos tornavam atlântica, travessia da Sobreviventes é um deles. claramente, Brasil No forçado. trabalho de ano primeiro no morriam muitos e Brasil no escravos também morrem. à praia também os que chegam é assim: contemporâneo atlântica eram justamente os mortos, os que terminavam devorados pelo oceano. “Olha, “Olha, oceano. pelo devorados os mortos, justamente os que eram terminavam atlântica , possa agarrar” que a gente cabelos o mar não tem que mais do que revela falho em um ato como (1996), samba. do Sem perceber, clássico fanos reconfigurar de que não para em uma imagem ou como ser de revelado, gostaria ressurgir faz Rio do Janeiro de então governador do que a frase sugiro tasmas que invoca, parte população periférica da grande de a morte antepassados no presente possíveis de vez mortos. os dizer Ou morte a outra fosse como matar preciso É fluminense. capital da à época que era aquela se, para é como ainda: Mais vivos. dos presente na vida pregressa aqueles fosse preciso condenar Rio do Janeiro, estado de política do a maior autoridade eles. como deles, à morte antes a morte quem — a morrer de morreu jovens Nascimento, era afirma A tal “democracia”, brasileira. racial democracia da mito cia do so no tecido e enraizadas institucionalizadas racismo de a partir práticas de garantida - Segundo Nascimen negros. dos embranquecimento um processo de e de cial brasileiro dos é a aniquilação no Brasil instaurada (2016), to privilégios sociedade de da o objetivo e cultural. física entidade como negros composição sua e de Gilberto e de Gil: sua composição LUCIANA MARTINEZ LUCIANA por eles uma vez que entrassem no navio negreiro. Por isso, o embarque era motivo de de motivo era isso, embarque o Por negreiro. navio no que entrassem vez uma poreles vin- os gritos ao ouvir que, Rediker de mulher no livro da a história ilustra como pânico, sem se importar que nau, o tubarão ao mar, com se e se lança grande desespera da dos isso, Por embarcação. da as redondezas mar do abutre um como já rondava ‘everything is now. It is all now’ (Morrison 1987, 198)”(Sharpe 36), 2016, autora. a 1987, now’all is It conclui (Morrison now. is ‘everything RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 266 8 Câmara Criminal do Tribunal de de Tribunal do Criminal Câmara a Foi também uma vingança que motivou a Chacina de Vigário Geral, no dia 29no de Geral, Vigário de a Chacina que motivou também uma vingança Foi vemos abertos túmulos 18 corpos com fotografia, mortos homens de - ensan Na Episódios de violência policial são parte da rotina do Rio de Janeiro há algumas há algumas Rio do Janeiro parteEpisódios policial rotina de são violência da de Pouco depois, o refrão repete: “O Haiti é aqui / O Haiti não é aqui”. O Haiti que Haiti O não é aqui”. / O Haiti é aqui Haiti “O repete: depois, o refrão Pouco E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo São de sorridente silêncio o ouvir E ao chacina da Diante quase pretos todos são presos mas onze e indefesos, presos cento pobres tão de quase pretos ou quase brancos Ou quase pretos, os pretos se como podrestratam e todos sabem como são E pobres Justiça de São Paulo decidiu anular as condenações e determinou a abertura de um novo julgamento (ainda não (ainda julgamento a abertura um novo de e determinou as condenações anular decidiu São Paulo de Justiça legítima em corretamente, agiu Militar Polícia a julgamento, o que anularam desembargadores os Para ocorrido). ao massacre, que levou operação da o comandante Já a rebelião. reprimir para necessária” em uma “ação defesa, em 2001 a 632 apósmas também entrar absolvido condenado foi foi prisão, anos de Guimarães, Ubiratan coronel usando após por o massacre, estadual São Paulo deputado vezes três a ser eleito chegou Guimarães recurso. com em 111, mortos de no Carandiru. ao número um que uma alusão terminava votação de número como inclusive casa. de dentro executado foi Em 2006, Neste trecho, Caetano Veloso faz alusão ao massacre do Carandiru, de outubro de 1992, de Carandiru, outubro policiais do de militares quando ao massacre alusão faz Veloso Caetano trecho, Neste e assassinaram uma rebelião com acabar para São Paulo de Detenção de a Casa invadiram São Paulo de estado do nenhum ocasião, Na Brasil. do pessoas de história sob da a maior chacina custódia Estado do 111 Foi detentos. 2013 e 2014, 20 anos depois, entre de 74 Mais condenaram júris cinco graves. ferimentos a ter policial chegou 46dos e 624 por entre prisão participação anos de nos assassinatos a penas quepoliciais variavam militares a 4 no entanto, no país. Em 2016, já realizado o maior julgamento Foi presos.

agosto de 1993. A seleção de futebol do Brasil tinha vencido a da Bolívia, por 6 a 0, nas Eli- Bolívia, por a da 6 a 0, tinha vencido Brasil do 1993. de futebol de A seleção agosto em comemoravam Geral Vigário de Favela da Moradores Mundo. Copa do da minatórias atirando a comunidade que 36 então, homens encapuzados invadiram um bar local. Foi, quem cruzasse executa Vinte e uma pessoas contra seu caminho. foram aleatoriamente seus de corpos, olham os quais ao redor se para reúnem região da guentados. Moradores gais em favelas reportadas como “ações de apreensão de drogas” e “combate ao narco e “combate drogas” de apreensão de reportadas “ações como em favelas gais mortecolegas de vingar para comunidades contra Militar Polícia da Ataques tráfico”. uma vingança por 2019, exemplo, de Em dezembro também comuns. são trabalho de - Parai paulista de funk na favela um baile a uma invasão de origem na tipo estaria deste negros. jovens De novo, jovens. à mortesópolis nove de que levou - por trafican policiais emboscada dos a uma organizada uma resposta foi O massacre das. 21 chacina, Das vítimas da no dia anterior. PMs quatro matado e que no local havido tes a inva chegou O grupo de drogas. tipo tinha qualquer vínculo o tráfico nenhuma de com poupando apenas crianças. pessoas família, cinco oito mesma e matar da dir uma casa décadas. Assassinatos narrados como “acidentes” ou “balas perdidas” e operações ile e operações ou “balas perdidas” “acidentes” como narrados Assassinatos décadas. existe no Brasil da canção de Caetano e Gil é o Haiti da miséria, dos terremotos, do do miséria,terremotos, da dos Haiti é o e Gil Caetano de canção da no Brasil existe (1791-1804). Haitiana Este Revolução da no desenrolar França imposto pela embargo como se sabem todos onde no Brasil, não é o que vive este Revolução, o da Haiti, mesmo E nenhum / no feto espírito tanto quevê [diz] cardeal “venerável e um os pretos tratam (ibid.). no marginal” LUCIANA MARTINEZ LUCIANA 8 RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 267 do meu próprio futuro futuro próprio meu do quando uma perda a suporta [...], e desse ponto suporta a uma perda quando [...], vel á Os personagens da fotografia, dizia, miram fixamente os túmulos, comopreocu os túmulos, se - fixamente dizia, miram fotografia, da personagens Os nos olha, nos concerne, nos persegue”, diz Didi-Huberman (1998, 32, diz Didi-Huberman original). grifo nos persegue”, nos olha, nos concerne, morte da os signos em ge ou como cadáveres, túmulos e a dos a dos como Imagens pados em produzir a diferença entre os corpos entre mortos vivem, em produzir que a diferença pados e os seus ainda próprios há, o que pulsa e o que no jaz. entre Mas semelhança aterradora pela seou como afetados volta, de olha nos Ele diverso. algo quehomem um faz imagem, da direito inferior canto ral, são as que mais certamente nos encaram de volta: um “túmulo, quando o vejo, me o vejo, um “túmulo, quando volta: de as que mais certamente são nos encaram ral, [...] impossível “a imagem porque me mostra o âmago”, até olha menos ou mais volume num desaparecerá e jazerá se corpo de esvaziará, que breve em morte, presença, em sua da Ou seja: as imagens originais). (ibid., 38, grifos parecido” morteconfrontando-nos futura, própria ines nossa nossa de com diante colocam nos destino: o nossosempre inevitável lembram e túmulo nos Cadáveres finitude. capável 3), (imagem Geral Vigário a de como uma imagem nos dizem. de Diante “morrerás”, nossa. e da portanto, morteestamos, deles da — da diante LUCIANA MARTINEZ LUCIANA fixamente. Não é uma imagem qualquer a que se apresenta a eles – e tampoucoqueeles qualquer a a nós: a se apresenta Não é uma imagem fixamente. inelut torna-se [...] a ver coisa “cada — 3 Imagem em Geral Vigário de chacina da Vítimas de em agosto túmulos abertos na comunidade, O Globo. Foletto/Acervo 1993© Márcia | RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 268 na fotografia é inicialmente apreendê-la segundo apreendê-la é inicialmente na fotografia warburguiana. Neste sentido, perceber a aura de uma imagem é se abrir ao é se abrir uma imagem de a aura perceber sentido, Neste warburguiana. Mas a dotação da faculdade do olhar aquilo que olhamos fornece apenas fornece uma das que olhamos aquilo olhar do faculdade da a dotação Mas A elaboração crítica para a qual nos dirige esta imagem talvez seja a do passado es seja passado do a talvez imagem esta dirige nos qual a para crítica elaboração A entre a visão e o significado e, como tal, elos entre a cisão particularque a cisão entre introduzida elos pelo como tal, e, e o significado a visão entre que- inau na confusão temporal que, São também imagens que vemos. naquilo nos visa lançarem nos ao que, [Imagens] crítica. por meio da elaboração sua convocam guram, além e para mesmas em si tomá-las a nos obrigam a elas, que dirigimos o olhar volta de longe infinitamente mais de mais perto sempre de sermos mirados para a olhá-las delas, 12). 2017, e Melchior (Velasco [...] Nachleben definições benjaminianas da noção de “aura”. Convoquemos uma outra, bastante céle bastante uma outra, Convoquemos “aura”. da noçãode definições benjaminianas e no no presente passado do o retorno que garante à confusão temporal seu anacronismo, a presente maisque e passado de reconfigurar e configurar contínuo ao Abrir-se futuro. (2017). diz Didi-Huberman como nos permite, a imagem objeto que qualquer do cravocrata do Brasil. O instante que se destaca do rio homogêneo do tempo e transforma tempo e transforma do homogêneo rio que do O instante se destaca Brasil. do cravocrata que a um futuro que em direção se passado do inclina história, o relâmpago da o turbilhão se em que nossos cruzam no instante olhares com fugaz, em um presente reconhecemos é o todode em particular, como um e um seus personagens a fotografia o que nos dirige também Está ali, no olhar brasileira. a população negra séculos contra dos violência de quecom o pode possível reencontro de um mais evidente expressão de um homem, a fixo tecnicamente da imagem excelência forma — por fotografia na aurático de ainda haver É exposição. de seu de valor em favor culto, de seu valor declinar que faria reprodutível, (2014, Lissovsky 23), Mauricio na sequência,que argumenta — como de mais uma vez, a aura Benjamin — “reencontrar Walter palavras às próprias recorrendo diz Lissovsky Pois, perceptibilidade”. da radical a visada le olhado ou se julga é olhado “quem Baudelaire, em temas alguns Benjamin de em Sobre olhar” de (ibid.). capacidade da é dotá-la uma coisa de a aura Perceber os olhos. vanta tempos, “uma de emaranhado um estranho designaria segundo Benjamin,bre: a aura umade única aparição a temporais: e espaciais elementos composta de singular, figura portanto, aura, de des A ideia (1994b, 170). por mais perto distante, esteja” coisa que ela conceito o que ao inaugura certocomparável mecanismo, certa lógica, ou deflagra creve benjaminiana é também aura o da o anacronismo Warburg: em Aby “sobrevivência” de da LUCIANA MARTINEZ LUCIANA nos encara diretamente, nos devolve o olhar que dirigimos a imagem em que ele seen- em que ele a imagem que dirigimos olhar o nos devolve diretamente, encara nos reitera, sublinha, quemou sabe abriga, que endereçado é nos olhar que este Sugiro contra. dialéticas, São imagens questão. em fotográfica imagem da dialético o caráter escancara, que Benjamin, um momento em aquelas Walter de na esteira Didi-Huberman, segundo uma súbita de ao reconhecimento graças e futuro, presente passado, condensam único que se o futuro em seu aninha abriga, os tempos que a imagem entre correspondência pontes são dialéticas isso, as imagens quem de a olha. Por e o presente passado RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

, - - - 269 Último ato: o dorso nu recupera seu rosto rosto seu nu recupera o dorso ato: Último Quem sem um dorso rosto. vemos porão, do no fundo Rugendas, de gravura Na É nesta infinita distância convocada por uma imagem infinitamente presente presente que infinitamente imagem por uma infinitaconvocada É nesta distância nos Quer imagens é? dizer: das justamente, que que, será o anacronismo Ou será de Rugendas, que reaparece na fotografia dos anos 1990. O olhar do homem em em homem do Vigá olhar O anos dos 1990. fotografia na que reaparece Rugendas, de espaço-tempo,de em sua onda me transporta 3) estranha em uma (imagem Geral rio da olhar pelo recuperado passado instante É este negreira. nau da o porão para aura, depois escravizado, primeiro o sofrimento um povo de a ver que me obriga jovem quele a obriga nos homem na fotografia do O olhar Brasil. pelo massacrado repetidamente de gravura da E, ao contrário ser de presente. que não cessa passado este reconhecer so olha.nele, E nos E, rosto. ganha um o homem — enfim — na fotografia Rugendas, no no mar, negreiro, no navio se reencontram Alguns volta. de a nos ver mos obrigados dessas chegada observar a costa a na firme, em terra retornam outros oceano, do fundo naus-purgatórios. é este homem?, interroguei no início do Ato 2. Para encerrar este ensaio, quero sugerir sugerir quero ensaio, este encerrar 2. Para Ato do início no homem?, interroguei este é - cor dos diante que nos encara homem é o jovem mim, este para uma possibilidade: Negreiro Navio no não vemos cujo rosto escravo do É o fantasma Geral. pos Vigário de julgo poder ver uma imagem da escravidão estampada no olhar deste homem que homem me deste no olhar estampada escravidão da uma imagem poder ver julgo - olhos encon Quando anos nos seus 1990. Geral, de Vigário a fotografia desde encara - anos que 500 incomen se são cruzam resumo um em meus os dele, os e os meus, tram à mi- coloca-se Rugendas de gravura da outrora o salto, um em qual, o com surável, Negreiro o Navio imagem, outra em em que instante a reconheço No agora. nha frente, dos no porão As pessoas que morreram história? expõe da também ao anacronismo em E as pessoas por assassinadas destino serem negras. este tiveram negreiros navios quaseou brancos pretos, ou “quase pornegras serem também morreram Geral Vigário que é isso Parece-me Veloso. Caetano de diz a letra como tão pobres”, de quase pretos - diz.nos fan o É issoÉ imagem. que nesta ela elaborar e encarar a quesomos chamados homem. daquele o olhar desde a nós, brasileiros, que nos assombra escravidão tasma da - com formais, semelhanças — não porque existam no homem que me mira sobrevive que em minha imagens as entre contundentes especialmente posicionais materiais ou não é como secabeça sobrepõem, Também e em todo casose relacionam. misturam se inserissem Geral mortos e dos num em Vigário negreiro navio um de se as imagens as uniria. que assim histórico, contexto mesmo LUCIANA MARTINEZ LUCIANA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 270 . . São Paulo: . São Paulo: . Rio de Janeiro: Mauad. . Rio Janeiro: de . 11, 21: nº 1-15. http://dx.doi. 17, nº 34: nº 5-19. 17, rio da Escravidão e Liberdade rio da Escravidão á organizado por Lilia por Lilia organizado e Liberdade, rio da Escravidão á . Traduzido por Luís Lima. Lisboa: Orfeu Negro. Orfeu Negro. Lisboa: por Lima. Luís . Traduzido . Traduzido por João Barrento. Lisboa: Assírio & Alvim. & Assírio Lisboa: Barrento. por João . Traduzido . 59-60: 228-248. https://doi.org/10.1086/RESvn1ms23647792 . Traduzido por Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Editora Contraponto e Museu de Arte de Rio. e Museu do Contraponto Editora Ribeiro. Rio Janeiro: de por Vera . Traduzido Companhia das Letras. Companhia das Press. Duke University Press. Beacon Maaravi Arquivo Europa”. da Assassinados Judeus dos no Monumento org/10.17851/1982-3053.11.21.54-69 Último acesso em: 09/01/2020. Último em: 09/01/2020. acesso http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/09/imagens-mostram-jovens- 21/09/2015. Janeiro, se-arriscando-em-cima-de-onibus-no-rio.html em: 09/01/2020. acesso .Último . Rio de Janeiro, 23/09/2015. https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/nao-chegarao- 23/09/2015. R7. Rio Janeiro, de às praias”. vão diz-pezao-sobre-menores-reponsaveis-por-tumultos-em-onibus-que-vao-as-praias-23092015 222-232. cultura, da e história Traduzido literatura sobre Ensaios e política: arte e técnica, 1: Magia — vol. Brasiliense. Editora Rouanet. São Paulo: Sergio Paulo da e história literatura sobre Ensaios e política: arte e técnica, 1: — vol. Magia escolhidas Benjamin, Obras Brasiliense. Editora Rouanet. São Paulo: 165-196. Sergio Paulo Traduzido cultura, Relume-Dumará. Rio Janeiro: de por Skinner. Anamaria Traduzido M. Schwarcz e Flávio Gomes. São Paulo: Companhia das Letras. Letras. Companhia das São Paulo: Gomes. e Flávio M. Schwarcz Warburg 34. Editora São Paulo: Press. of Minnesota London: University Livros. Globo . Rio Janeiro: de Palmares dos aesthetics Publications. Sage . Rio de Janeiro, 19/01/2015. 19/01/2015. . Rio O Globo Janeiro, de ônibus do 474”. em viagem 2015. Adalberto. “Insegurança to, . Durham and London: . Durham Being and On Blackness Wake: the Sharpe, In Christina. 2016. . Boston: History of Production the and Power Past: the 1995. Silencing Trouillot, Michel-Rolph. e narração memória estética, lápides: em mar de “Tormenta 2017. Melchior. e Laila Fernando, Velasco, LUCIANA MARTINEZ LUCIANA . Rio de G1 Rio ônibus se no Rio”. em cima de arriscando jovens mostram 2015. “Imagens Sem autor. — jornais e artigos de Notícias Ne por em ônibus que tumultos responsáveis menores sobre diz Pezão chegarão’, 2015. “‘Não Sem autor. — Bibliografia Pragensia, Litteraria of Past”. the “Ghosts Assmann, 2007. Aleida. As passagens de Paris As 2019. Benjamin, Walter. Obras escolhidas escolhidas Benjamin, Obras Em Walter história”. de o conceito sobre 1994a. “Teses Benjamin, Walter. EmWalter técnica.” reprodutibilidade sua de arte de na era obra 1994b. “A Benjamin, Walter. . Internacional e a nova luto do o trabalho dívida, da o estado 1994. Marx: de Jacques. Espectros Derrida, Diante do tempo 2017. Georges. Didi-Huberman, Schwarcz, Lilia M., e Flávio Gomes (orgs.). 2017. Dicion 2017. (orgs.). Gomes M., e Flávio Lilia Schwarcz, A imagem sobrevivente: História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Aby segundo fantasmas dos e tempo arte da História sobrevivente: 2013. A imagem Georges. Didi-Huberman, Neves. por Paulo o que nos 1998.. Traduzido olha O que vemos, Georges. Didi-Huberman, and . Minneapolis Imaginations Sociological the and Haunting Matters: Ghostly 2008. F. Avery Gordon, Zumbi de a morte até Portugal em cativos leilão de 1: Do vol. primeiro Escravidão 2019. Laurentino. Gomes, 2014. do Mauricio. Destino: arte Pausas e históriaLissovsky, Teoria, da fotografia and Anthropology Res: Art”. in Italian on Pseudoscript Notes 2011. “Twenty-Five Alexander. Nagel, . London: Life City of Phantasmagorias the and Space Modernity, Cities: Real 2005. Steve. Pile, . London: History Viking. A Human Ship: Slave The 2007. Marcus. Rediker, Em Dicion negreiro”. “Navio 2017. Rodrigues, Jaime. RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 271 Accepted: 2020-08-08 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0002-6671-4351 — institucional Morada Estudos Sociais, de Centro Colégio 3000-995 Apartado 3087. Jerónimo S. de Portugal. Coimbra, Received: 2020-05-27 Received: https://doi.org/10.34619/x53e-tp73 — Recebido — DOI MARTINEZ LUCIANA — biográfica Nota em Doutoramento de Programa do Doutoranda Global, e Cidadania Pós-Colonialismo Estudos de Sociais Centro Universidade do da pesquisado últimos anos, tem Nos Coimbra. de português colonialismo do memória sobre a partir análise atuais da e no Brasil em Portugal culturais. objetos de — dados de Banco https://www.slavevoyages.org/ Voyages: Slave RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 272 . des fantômes L’attrait ” (p. 7). En cela, il est éminemment cinématographique. il est En cela, ” (p. 7). (Henri-Georges Clouzot, 1955). Les auteurs, s’affranchissant de Clouzot, (Henri-Georges 1955). s’affranchissant Diaboliques Les auteurs, Les Dès lors, il s’agit d’étudier, à travers quelques exemples triés sur le volet, ce qui qui ce volet, le sur triés exemples quelques à travers d’étudier, il s’agit lors, Dès PIERRE JAILLOUX PIERRE Que le cinéma soit une terre d’asile pour les âmes en peine, ce n’est plus un secret pour un secret plus n’est en peine, ce pour âmes les Que d’asile cinéma soit le terre une cinématographe du revenait Gorki Maxime quand personne moins 1896, au depuis la dans tour à leur En se lançant ombres”. des “royaume le exploré avait s’il comme paradoxe du plat le dans pieds les Zernik Eric et remettent Clélia auxchasse esprits, aux commune l’aporie de vie”), la de l’ombre vie mais la russe (“Pas par l’écrivain relevé que on peut “le dire d’apparition lieu l’autre, de comme cinéma. au De l’un et spectres où il “jamais là “transgenre”, est qu’il (p. autre” 7), ni un espace espace, ni notre n’est (p. corps” sans 13). constitue un “corps Balloté (p. qu’il est” ou encore est, qu’il 8), ni ce fantôme commun,le le et l’invisible l’“irreconnaissable” (p. 22), et l’“infilmable” entre “frontière” la distinguerde de soin prennent auteurs queles “seuil”, du une figure est se tient où l’apparition exemples deux sur s’ouvre pas pour l’essai (p. si rien 51). Ce n’est , puis métaphysiques Descartes Méditations le des : chez une fenêtre derrière lisière, à la dans judicieusementévacuent suscités questionnements philosophique, les tropisme leur repré de d’enjeux profit au ? etc.), réalité la est-il que nous voyons (ce phénomène par le [email protected] PIERRE JAILLOUX PIERRE Alpes Grenoble Université Zernik, Clélia et Eric Zernik. Zernik. Clélia Zernik, Eric et 2019. Crisnée: Yellow Now. Yellow Crisnée: silhouette une de Clouzot, film du révèle qui (le cliché d’esthétique donc sentation, et d’une est celui pas ; son est statut n’ : “le fantôme figuration) à mal la met indistincte, apparition condi- sa de contradictions les dans empêtré filmique, spectre du singularité la fait japofantôme le par revêtues formes différentes les caractériser Pour tion errante. - ten aurait qui occidental, spectre le avec comparaison une éclairante nais (dans mise en l’impossible de conséquentpar seà auxéchapper et affres dissimuler dance en passer mots composés Zernik corps Eric par les : le y est et doivent Clélia scène), fuit,l’esprit visible, Même (p. 11-17). “souffle”… “méduse”, “reptile”, “flottant”, ainsi RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 273 - (Phi , Kiyoshi Kurosawa, Kurosawa, , Kiyoshi (Federico Fellini, 1963) et Fellini, (Federico (Stanley Kubrick, 1980) travaille l’inversion l’inversion 1980) travaille (Stanley Kubrick, . , va jusqu’à répondre à l’appel des vivants, et irrésistiblement irrésistiblement et vivants, des à l’appel répondre jusqu’à , va - son oxy dès titre et 1958) en avant ainsi met Hitchcock, (Alfred en atteste, et son absence de revenant labellisé), la réflexion s’achemine dans s’achemine réflexion la labellisé), son revenant de et absence en atteste, : le cinéma s’accomplit “lorsqu’il joue contre joue contre “lorsqu’il s’accomplit cinéma reprises : le plusieurs à l’affirme L’essai La Frontière de l’aube à La Frontière Vertigo Vertigo morique “la chair du fantôme” (p. 24), les “formes” de Judy étant indissociables de de indissociables étant Judy de (p. “formes” 24), les fantôme” du “lamorique chair (p. 33) Madeleine de ; Shining “forme” la (p. de l’aube 36-50) ; La Frontière l’autre même et répétition, le que autant la tout attrait (notre) susciter leur insaisissable, hors de portée. Les films choisis déplient l’ambivalence constitutive constitutive l’ambivalence déplient portée. choisis de Les hors films insaisissable, chapitre Le compte. rendre pour en stratégies différentes les et à l’écran, fantôme du à Vertigo consacré (p. langue” la (p. “jouer 53). langue contre lui-même” fait la il quand film Quand 103), le réa malédiction sa et mimétique son audio-visuelle, vocation évidence sa se contre bat lippe Garrel, 2008) explore les espaces de passage et d’indécision (aube et hôtel, fe hôtel, et (aube d’indécision et passage de espaces les explore 2008) lippe Garrel, 51-61) — p. blanc noir et Kaïro de spectres photographie, ; les et balcon, miroir et nêtre 2001) se (la jeunesse errante), présent situent du croisement au Kurosawa, (Kiyoshi la et pixellisation (la l’avenir de et Bombe), la par provoquée passé du (l’atomisation technologies). nouvelles par les entraînées délocalisation La zone grise esquissée d’ombres. peuplée projection sa de duplicité la assume et liste, penser seuil de permet par le - prin ou le “le contradiction, dépassement principe de du (p.cipe tiers-exclu” du 51),là.qui ne sont pas et présences sele cinéma ses dont défie s’intéressaient (qui fantômes” de “images des avant en mis avoir pourquoi, après C’est arpentant la parler, à proprement “fantôme” qu’au “fantomatique” au davantage déjà : l’exemple surnaturelles figures que les plutôt temporalités lieux ou des des spectralité de au- une mais authentifié, fantôme de Plus (p. 74). “fabrique” leur vers secondun temps Antonioni, (Michelangelo Up de Blow exemples les du cinéma, à travers toréflexivité Lynch, (David (p. Drive visible” 85), du Mulholland 1966) “envers comme ses photos et mort” la hollywoodien de (p. son2001) et “royaume ½ ; 8 94) le sur butter de loin Mais vie. sa de apparitions-projections par les hanté son cinéaste avant en mettent auteurs les du spectre, l’artifice et filmique l’image de réalité peude En un ultime retourne fantôme. du nécessité la et monde ce de choses des fugacité la ce de est appelé virtuel, qu’il lourd d’être mériterait qui réel le bien plutôt ment, “c’est fois” fan- la à (p. le et disparition quand apparition 85), jamais offrir, sans promet qu’il du vivant, négatif”, son complémentaire comme revers couleur sa “le ou s’affirme tôme rive soi (p. l’autre malgré vision s’impose à la qui 22, à partir Vers de auto véritablement vie une a soipar et “existe qui donc, ordinaire”, “corps 2015).Un nos de voile le déchirant fracture la de anxiogène, (p. nome” 21). Loin l’anomalie de im- partie environnement notre fait de et nos vies accompagne certitudes, fantôme le son et réel le apparaître laisse l’écran comme face, l’autre médiat, il manifesterait dont reste et gommé peutne être été a qui que ce simplement tout nousIl rappelle double. Ver de spectre, que le ses de paradoxes moindre pas le Ce n’est partquelque l’air. dans tigo PIERRE JAILLOUX PIERRE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 274 Aceite: 2020-10-27 Aceite: J’accepte J’accepte — institutionnelle Adresse Centrale, Alpes, 621 Grenoble Avenue Université 38400 Saint-Martin-d’Hères. , by , by by Sofia by Coppola Recebido: 2020-05-14 Recebido: Cahiers du cinéma, du the author and he is or Cahiers https://doi.org/10.34619/4nbz-zx13 — DOI — Reçu of book a on Virgin Suicides he 2018). Currently, Vendémiaire, (ed. montagne on Passe an essay is writing Stévenin. Jean-François — biographique Note researcher and is a professor Pierre Jailloux Alpes. Grenoble Université at in film studies of Film Cinema and History mainly teaches He as such journals in French writes He Analysis. Trafic PIERRE JAILLOUX PIERRE RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 275

, o terror depende de de depende terror o ,

para ter efeito ter para da imagem, a sua insubordina sua a imagem, da espectral a produção do descontínuo, ou se quisermos, a des-ligação ou se descontínuo, quisermos, do a produção a des-ligação como efeito á Este problema, sabemo-lo, não é recente. Não pode sequer ser classificado como pode sequer ser classificado Não sabemo-lo, não é recente. problema, Este uma interpenetração, uma continuidade intensiva entre o espectador e o filme, e o filme, por ou- espectador o entre intensiva uma continuidade uma interpenetração, ter ele lado, tro na coexistência entre o humano e a máquina: somos levados a fechar os olhos, a sair a sair os olhos, a fechar somos e a máquina: o humano levados entre na coexistência um ser de que, nos defendermos a página, para ou a fechar canal de a mudar sala, da à vida. Somos,pois, proximidade intolerável uma subitamente ganha vivo, não estando potênciaa com confrontados constantemente FERREIRA DIOGO gráfica hoje surge como condição inalienável do próprio pensamento, é preciso todavia todavia preciso é pensamento, do próprio inalienável condição como surge hoje gráfica a ser assimilado que resiste algo irredutível, permanece uma estranheza notar que nela ser o cine com do por humano essência O campo composição ou natureza. de qualquer sabemos, como que, heterogeneidades não resolve técnicas) máquinas as demais ma (e impede de o homem Sem absoluta. comportam algo dúvida, ruptura o risco da sempre por será acaso que Não habitam. que nele espectros a estes inteiramente se habituar idade sua à regressos inesperados mais os — inventar de pára não — inventa cinema o de nós um cada em descobrir de capaz um filme De temposprimitiva. a tempos estreia pés a sete fugido terá que (alegadamente) impressionável, animalesco, esse espectador a ima com relação nossa da problemática a dimensão Ora, comboio Lumière. do dos choque, enquanto terror experiênciado esta por reconstituída é cinematográfica gem Se, esquemaum narrativo. que excede afecção pura Se, após um século de existência “institucional”, a fantasmagoria da imagem cinemato imagem da a fantasmagoria Se, após “institucional”, um século existência de Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Ciências de Faculdade Lisboa, de Nova Universidade [email protected] DIOGO FERREIRA DIOGO Leeder, Murray. 2017. 2017. Murray. Leeder, - fan as propriedades sobre inaugural um pensamento a Platão se atribuirmos “moderno”, primeiras das ao longo notado, têm autores muitos como Porém, imagético. do tasmáticas The ModernThe Supernatural and . of Beginnings the Cinema Macmillan. Londres: Palgrave Ser. do determinações e a rigorosas à ontologia face ção RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------276 um fascínio da produção académica académica produção da - cinema, do contrabalan cliché cliché - for dessa (p. assombrados” que e são 3), desvendando assombram , que a irá reencenar obstinadamente. De repente, nos filmes, multipli- filmes, nos De repente, obstinadamente. reencenar , quea irá Esta análise desdobra-se em sete secções, das quais importa quais secções, em sete das um bre Esta análisefornecer desdobra-se contemporânea: a tentativa de superação de oposições metafísicas — a começar pelo pelo — a começar oposições metafísicas de superação de a tentativa contemporânea: Esta abor- espectral. e do intersticial do motivos dos — através par presença/ausência culminar na ontologização pode, paradoxalmente, abstracta mais natureza de dagem , a apropriação film vícios dos studies muitos entre o que explica, fantasma, próprio do o escritor Nele, 1896. de que data Gorki Máximo de texto um de e enviesada insistente dos curtas-metragens a algumas assistido ao cinema, terá onde uma ida russo recorda por “espíritos povoado sombras” das um cinzento “reino que lhe mostraram Lumière, ter pessimista parece algo relato este investigadores, por diversos Retomado infernais”. na génese e o espectral o fantástico inscrever de a vantagem — la justamente a imagem criticar Leeder Ora, irá ao realismo. pretensão a sua çando tente a esta apropriação textual — de um campo de recepção primitivo “edénico e ino “edénico primitivo recepção um campo de — de textual apropriação a esta tente mais próximos e os públicos os cineastas com graça, de estado num existindo cente, DIOGO FERREIRA DIOGO décadas da história do cinema (na transição entre os séculos XIX e XX), a questão da es da questão a séculos os entre XX), XIX e transição (na cinema do história da décadas pectralidade adquire uma nova pertinência, ao ser reconfigurada pela especificidade de pertinência,especificidade uma nova pela adquire ao ser reconfigurada pectralidade medium um novo ina queobjectos flutuam, esqueletos há e os duplos; sombras as cam-se os fantasmas, do que se A “infância” mulheres evaporam… que deslocações, sofremnimados mágicas da o descontrolo para generalizada uma disposição com assim, coincidir cinema parece, que fotográfico, do seria, mais independente no realismo vez que cada seimagem, mostra referente. de um existência da (Dubois, indicial a afirmação p. é, a prova 1998, isto 52), do digital, e simulacro a total queser o o virá curiosamente, prefigura, Esta autonomia quais razões pelas é apenas uma das trans-histórica extrapolação desta a conveniência do medium primórdios nos , que identifica um certo discurso film dos studies com coextensiva a tornar de essencializar, a de sempre o risco corre espectralidade, pela Leeder pretende bem, cinema. Pois o que que o próprio Murray constitui a “novidade” mis esta é desfazer (2017) Cinema of Beginnings the and Supernatural Modern em The fazer a respondeu um da arte cinematográfica que até a invenção ponto mostrando tificação, Longe sobrenatural. pelo curiosidade a que social, favorecia e técnico cultural contexto numa inseri-lo Leeder procura uma irrupção pensar a-histórica, o cinema como querer de media“linhagem de as possíveis que tornaram “condições de um conjunto contingências, de ma uma cadeia (p. 10). cinema primitivo” do associações sobrenaturais (pp. momento primeiro 21-44), Num a discussão Leeder situa no me resumo. víssimo seus dos alguns , questionando nos film studies desenvolvimentos recentes dos tatexto cinema do “fantasmagóricas” as releituras por integrar começa O autor pressupostos. Jac- por encabeçada espectral”, de uma “viragem vasto mais filosoficamente no plano manifes uma síntese Leeder faz (1999). Marx de Espectros obra a sua com ques Derrida mas adiante), mais ele a (voltaremos derridiano argumento do insatisfatória tamente um apenas talvez queo será sinalizar interessa-lhe aqui RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------277 nos do nos gicas á m É isso que Leeder fará nos capítulos seguintes. Em “Light and Lies: Screen Practice Lies: and Em “Light seguintes. capítulos nos É isso que Leeder fará Esta é uma das secções do livro que teria talvez beneficiado de uma leitura mais leitura uma de beneficiado talvez que teria livro secções do das uma é Esta ambí- figura é outra cinema britânico, do precursor Albert Smith,George célebre DIOGO FERREIRA DIOGO and (Super-)Natural Magic” (pp. Magic” 45-66),and (Super-)Natural uma sequência dispositivos de revisita o autor espectáculosos e mágica particularmente,— cinema o lanterna a que antecedem ópticos partilham queeles não apenas uma predilecção Veremos derivam. que dela projecção de fundamental. É como tambémcontradição uma aterradoras, e porsobrenaturais figuras pedagó pretensamente uma função espectáculos reivindicam estes seque, por um lado, da verdadeira natureza do cinema” (p. 35).- os conheci cinema” do assinalar Será, natureza pois, necessário verdadeira da as determinavam original, supostamente já nesse momento que, os hábitos e mentos espectadores. querdos realizadores quer dos expectativas uma Há capítulo. primeiro no passagem de referido derridiano ensaio do compreensiva - inver e, o sobrenatural clarificar para vitoriana predisposição na compulsiva dinâmica descrita - por Derri surge ela científico; o que mágico seria tornar meramente samente, excluir Sem (…). exorcizar também significa : “conjurar conjuração de sob o conceito da re em consiste exorcismo o argumentativo, raciocínio o e analítico procedimento o (…) Leeder pretenderá charlatanice. a e génio o entre algures histórica, narrativa nesta gua com o do cinema sobre o entrelaçamento homem “reflecte deste a vida como mostrar gica (um projecto iluminista, o de “dar a ver” as ilusões aos espectadores para depois as para a ver” as ilusõesaos espectadores iluminista, “dar o de projecto (um gica não desvendar de à tentação frequentemente cedem os seus por autores outro, desfazer), casoum respeito, este A possíveis. espectrais aparições essas que torna técnico artefacto o Pepper (1821-1900) Henry e a apresentação John cientista britânico é o do paradigmático que fa 1862, projecção, de de aparelho um novo de Natal de na véspera conduzida, por ele Segundo Lee Dickens. de um conto de teatral na representação o fantasma zia aparecer o ter-se-á Pepper a explicar recusado público”, do extática a reacção testemunhar “ao der, ciência e ilusionismo. entre a ligação — e assim, estreitava-se seu dispositivo morto” que o homem mortopetir no modo um encantamento verdadeiramente de está Pepper Henry seria, O proto-cinemanesse John sentido, 59). p. de mistificante (2006, científico fracasso não um simples (porsim oportunismo mas do cientista-ilusionista), - uma comuni iluminista. Temos epistemológico um complexo de produto o derradeiro irracional, (do do Outro Razão certificaóbito homens da o de que obsessivamente dade se mesma instalou que nela a alteridade ou dissimulando ignorando supersticioso), do possibilidades aberto, modernaciência a ter de precisamente, facto (o sensível). mínios do a dedicadas páginas Nas “profissional” como “pessoal” (p. 69). a nível tanto natural”, de lógico como ponto biográfica surge (pp. de cineasta 67-95), excursão essa carreira a hipno como Smith. seu o de passado Primeiro extravagante o percurso para chegada (pseudo-)científica institucional na investigação tista,de e depois o seu envolvimento uma sensibilidade de o cultivo para contribuído ter parecem paranormais, fenómenos Observando produção cinematográfica. a sua que a caracterizar viria “fantasmagórica”, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------278 - co-registra para “representar “representar para (aqui num sentido num (aqui medium - recur desses alguns V (pp.O capítulo mais aprofundadamente 97-134) analisará mais inesperados os objectos Seguem-se abordam capítulos que dois porventura que ocupa conceptuais o capítulo VII (pp. desestabilizações É uma dessas 173- ], que de acordo com Leeder se define pela representação simultânea de diferentes de diferentes simultânea representação Leeder secom define pela acordo que], de DIOGO FERREIRA DIOGO de perto algumas curtas-metragens de Smith, Leeder fala-nos de um cinema inovador inovador um cinema de Smith, de perto Leederde fala-nos curtas-metragens algumas do recursos usopleno dos faz que reflexivo, alcance um com of co-inscrição” [aesthetics de subsumindo-ossos técnicos, “estética numa O capítulo VI (pp. conjunto. dodeste 135-172) uma erótica gótico no romantismo observa mais ou menos formas de que, consequências. Veremos diversas retira e dela esqueleto, reifi- representação a codificando cinema primitivo, pelo continuada será esta explícitas, estra uma século do Se, imaginário no porXIX, haver começa corpodo mulher. cante da um de aí trata-se especificamente, Mais “fora”. pelo “dentro” do substituição a 190): estados alterados de consciência e de realidade” (p. 82). realidade” consciência e de de alterados estados tion recorrente bastante um efeito (p. só num plano 97), e espacialidades temporalidades AlbertMais uma Smith). de George nos filmes (nomeadamente, no cinema primitivo numa genealógica série inserir a arte procura-se vez, cinematográfica técnicas e com práticas afinidades as suas revelando que “foucaultiano”), mais vulgar caso, Leeder elege Neste uma “época”. de cultural o ambiente queópticas delimitam de fabricação a para (indispensável na fotografia exposição dupla da a popularização rele esteticamente eventos dois como e a descoberta raios-x dos espectrais) imagens fotográfico. no texto presentes informação” de níveis “os ambos multiplicam vantes: cinemato figurações posta primeiras foi ao serviço das exposição dupla da A técnica dos mortos mundo e o o uma imanência entre simulando fantasmagórico, do gráficas a possibilitando tão ou mais espantosas, misturas introduziram já os raios-x vivos; dos — o corpo — e e o seu interior espacialidades duas de co-inscrição, plano, mesmo num utili- da A propósito morte). (a e o esqueleto vida) — o indivíduo (a temporalidades duas de uma curta-metragem últimos cinema, exemplo pelo como Leeder toma destes zação a propensão mais uma vez que comprova (1897), Fiend Albert X-Ray Smith,George The seu do tempo. visual a cultura criticamente sintetizar para britânico autor do por se (p. auto último acabará e o esqueleto este o espectro 147), entre nha contiguidade no feminino. sexualizada corpórea, uma substância frequentemente nomizar e adquirir na que encontra passividade da a uma estética A mulher vê-se modo desse submetida de Escamotage d’une caso o incontornável lembra Aqui Leeder o necrofilia paroxismo. seu que, por (1896), Méliès realizado cinema) de truque magia (e de Robert-Houdin chez dame dita como amante, — e assistente a sua D’Alcy, Jehanne desaparecer faz câmara, da diante na arte (p. ilusionismo do tradição 135).uma longa curta para da O choque quando, dá-se esque um no lugar seu surge reaparecer, Jehanne de antes Méliès, de (fingida) surpresa a sobre tela feminino:do uma grande mulhere, extensão, da por enfim, Eis, Ideia a leto. a necessida tempo, desse metafísica a inquietação histericamente, projectada, será qual e morto,corpóreo o o vivo e o incorpóreo… o invisível, e o visível redefinir de de RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - - 279 do cineas do (p. 61). Como ” dos novos media novos dos (2016), online um projecto não apenas atesta o infinito não apenasdepoder atesta contém os seus fantasmas estruturais, cristalizando ma cristalizando estruturais, os seuscontém fantasmas - compu do utilizador “ao (2001): Media New of Language The (as referências de Leeder tanto incluem contos de terror como como terror de contos incluem Leeder de tanto referências (as de acção, que retém qualidades fantasmáticas, e que extravasa quee extravasa fantasmáticas, qualidades que retém acção, de que este meio artístico mantém consigo mesmo — atravessa-o, pois, uma — atravessa-o, mesmo meio artístico que este consigo mantém que Leeder actualiza, pelo menos de forma mais evidente, o objecto da sua in- sua da o objecto que mais evidente, Leeder forma actualiza, menos de pelo The Modern Supernatural and the Beginnings of of Beginnings the and Supernatural Modern The de é na conclusão Em bom rigor, Cinema pas de pensamento com os quais o utilizador deverá identificar-se de modo a efectuar de modo identificar-se a efectuar deverá o utilizador os quais pensamento com pas de competente. uma interacção ao so ligados e os saberes as práticas com cinema do quea relação Veremos vestigação. se vêem históricas as narrativas onde digital, era na sofre uma reformulação brenatural conserva. A que quanto esquece tanto perpétuo pelo um arquivo de presente eclipsadas Séances Leeder apresenta-nos título demonstrativo, - (com “perdidos” filmes de combinatória Espécie máquina de Maddin. Guy ta canadiano Séances por Maddin), reinterpretados ou pletados ou (tão efémera uma temporalidade introduz Internet, nele como da descontextualização após vídeos destes a destruição ao programar que a imortalidade), mais fantasmagórica que a derradeira sugerir Leeder parece último exemplo, Com este o seu visionamento. filmes, de o peso virtualidade, a sua milhares dos será cinema primitivo do assombração para se forma perderam nós, que alguma de até que não chegaram guiões, e rostos nomes - contradi uma aparente de é bem-sucedido no esclarecimento livro Assim, este sempre. cinema, do conectando-o a uma “ruptura” a absoluta tempo que mesmo recusa Ao ção. de vista a relação de Leeder não perde situada, historicamente espectralidade de cultura descontinuidade o irrecuperável, podendo recuperar ausência, Não constitutiva. profunda uma amnésia o invisível: proeza fotografar de a difícil no entanto, cumpre, Supernatural… Modern The “oficial”, fílmica teoria da exorcizada vezes cinema. do Tantas fantasmas os múltiplos DIOGO FERREIRA DIOGO feito há muito prometido pela ciência moderna, e repetidas vezes ficcionado através através ficcionado vezes moderna, ciência pela repetidas e prometido muito há feito media mais variados dos de é, isto o pensamento, exteriorizar de a possibilidade fotográficas): fraudes infames sua a concre perfeita encontra Não promessa esta por acaso, fisicamente. o apreender tização nos dispositivos de projecção cinematográfica. Desta vez, a casa assombrada assombrada vez,casa a Desta cinematográfica. projecção de dispositivos nos tização que a ha cinema no seu há uma consciência devir-cérebro: de fílmica sala é a própria — os filmes projecção de fenómenos dos contágio Tal sebita, “desenrola”. e que nela pensadores primeiros pelos sem registo — não passará na mente as imagens no ecrã, (1863- Münsterberg Hugo psicólogo pelo feita síntese cinema.do Note-se a exemplar É, 1916), que Leeder (p. cita age”. imaginação como a nossa pode agir filme] 183): “[um certoum tipotodavia, de restrições compreensíveis Por cinematográfica. indústria da humildes os começos mas presente; do invocações nas suas Leeder de é comedido e escala, o trabalho tema — e somos por com assombrados seria hoje lidamos importante que ainda reconhecer que Lev realidade esta para É reificado. pensamento o que mobilizam dispositivos — despertanos em Manovich designer mental do o trajecto siga é pedido quetador ele o cinema, também software o RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 280 Accepted: 2020-11-17 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0002-7998-2160 — CV AD19-8625-ABAF — institucional Morada Berna, de 26-C / 1069-061Avenida Portugal. Lisboa, com com

São Paulo: Papirus. São Paulo: fico. á Received: 2020-05-20 Received: https://doi.org/10.34619/tfmx-zs08 “Apichatpong Weerasethakul: Recordar o Recordar Weerasethakul: “Apichatpong Nova Iorque: Routledge. Iorque: Nova — Recebido — Bibliografia International. New the and Mourning of Work the Debt, the of State The Marx: of (2006). Specters J. Derrida, fotogr (1998). O acto Dubois, P. The MIT Press. Massachussetts: Cambridge, Media. New of Language L. The (2001). Manovich, — DOI FERREIRA DIOGO Fanged Noumena: Collected Collected Noumena: Fanged à obra uma recensão textos de (2012), compilação 1987-2007 Writings Land. Nick de — biográfica Nota em e licenciado é mestre Ferreira Diogo de Faculdade pela Comunicação Ciências da Universidade Ciências Sociais da e Humanas Produziu Lisboa. de uma dissertação Nova a o Sujeito, Captura: da Teorias intitulada Ciberespaço do Político e o Projecto Social Rede na Conferência orador Em 2018, foi (2020). / Documento / Arquivo “Memória Internacional o apresentou onde — Artes e Arquitectura”, paper o número para contribuiu Em 2019, presente”. 51 Revista da de Comunicação e Linguagens - inven estranhos e amantes esqueletos, hipnotistas, cientistas, de espectral família esta residência. propícia bastante e Leeder nova de uma livro no encontrou tos, RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 281

Não sendo sinónimas, morte e espectralidade são palavras que amiúde partilham palavras são sendo morte sinónimas, e espectralidade Não - cator nos queo se joga precisão com poderemosnão descrever Naturalmente, mais tematicamente secção cinema”, no e morte espectáculo da literatura na “O ELISABETE MARQUES ELISABETE um mesmo campo semântico e sofrem mútuas interferências. Aparecem, pois, no como Aparecem, campo semânticoum mesmo interferências. e sofrem mútuas distintos. problemáticas por e, conseguinte, objectos abordando todos eles ze textos, impõe-se e coeso obra, da a um só tempo, plural uma expor o carácter, Contudo, para a mencionar apressa então obrigados Vemo-nos conteúdos. dos sumária apresentação gem Fotográfica” (2018), ambos decorridos na Faculdade de Letras da Universidade de Universidade da de Letras Faculdade na ambos (2018), decorridos Fotográfica” gem di- encontra-se sendo, o livro nos informa Assim conforme a nota introdutória. Lisboa, fotogra e “A e no cinema” morte espectáculo da na literatura partes, em duas “O vidido que artigos, sucedem sete exactamente se com delas uma cada espectros”, fia e outros abordados. neles objectos dos segundo a cronologia deliberada A escolha destrinçá-las. sendo quase impossível e transversais, ções operativas que assim, justificada do mais é, volume mesmo num conjuntos dois os coincidir fazer de em exame. tópicos dois e consequente dos mais completa abordagem numa e resulta nota pela as pistas lançadas com pontos, por convergindo alguns vezes, e toscamente da nela. questões não assinaladas realçando momentos, noutros e, livro do introdutória - por e editado Fernan organizado (2019), e na Literatura Artes nas e Espectralidade Morte em dois apresentados textos dos à reunião Bértolo, corresponde e José Guerreiro do na Literatura Morte Espectáculo o da Cera: de “Máscaras na jornada distintos, eventos Ima da Espectral Realismo semináriono e “O nas Artese Séculos (2017) dos e XX” XIX [email protected] ELISABETE MARQUES ELISABETE Literatura de Instituto Letras. de Faculdade Porto, do Universidade Losa Margarida Comparada Guerreiro, Fernando Fernando Guerreiro, e José Bértolo (ed.). 2019. 2019. (ed.). Bértolo e José e Espectralidade Morte . V.N. Literatura e na Artes nas Húmus. Famalicão: RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198

- - - - - 282 Six Feet Feet Six A Ilha de Mo de Ilha A - in fazendo Louis, de Aragon, (1982) e Amores dos Ilha A (1914), de Azevedo Neves, para isso para (1914), Neves, Azevedo de d’Expressão Cabeças Actor: d’um scara á , exibida já no século XXI, problematizando-se nele questões ligadas à comercia questões ligadas já no século problematizando-se nele XXI, , exibida A segunda parte, dedicada à fotografia, inicia-se com um texto de Margarida Me Margarida de texto inicia-secom um à fotografia, parte,A segunda dedicada e consequente. é pensada volume do a organização Conforme podemos observar, , de Maurice Blanchot, averiguando o modo como a figura da imagem mortuária,da imagem o modo a figura como averiguando Blanchot, Maurice , de (1984), analisando a forma como eles retomam e trabalham cinematograficamente cinematograficamente e trabalham retomam (1984), eles como a forma analisando ELISABETE MARQUES ELISABETE (1945). O último artigo, da autoria de José Duarte, recai sobre a série televisiva sériea televisiva sobre Duarte, recai José de (1945).autoria últimoO da artigo, Under abrangente do que a segunda, já que integra mais práticas artísticas e motivos teóricos, teóricos, artísticas e motivos mais práticas que a segunda, do já que integra abrangente as encenações examinar se qual no procura Guerreiro Fernando de um texto com abre de dispositivos, de a emergência isso apreciando morte, para da e a espectacularização no século século início do XIX e vários, um seguida, XX. De objectos lemos e de práticas contos mortos) nos dos (incluindo reanimação da o motivo sobre Amândio Reis de texto afinal, a uma autor,corresponde, do no entender que, um tópico Maupassant, de Guy de Aurélien aborda Basílio Kelly ficção. sobre reflexão subtil - ilumi um texto de que a leitura cronológico encadeamento construção e do da É através que aquilo esclarecem os posteriores como assim seguintes, dos na e fortalece a leitura L’Inconnue L’Inconnue de a efígie no romance, que aparece elementos análise dos cindir a sua num la de Soares Martins L’Arrêt lê Patrícia simbólicas. potencialidades , e suas Seine la de Mort simulacro. o e imagem a questões sobre levanta seuno metarreflexivo, potencial teor Rocha Paulo de os filmes Bértolo considera José raes artística que prática a sua a saber, Moraes, de poéticas Wenscelau ideias de uma das Ana Campos a analisa seu texto, No produzir fantasmas. de e é um modo invocar de Inêsmorteda Barros de de no filme tópico de Leitão do Castro e a fixação tematização morte. da e espectacularização maquiagem lização, fotográfica imagem da técnica e indicial natureza a como se qual no mostra deiros, sobrenatural, do a existência testemunhar para aproveitada invenção, sua foi, a desde no século XIX. vigente ao positivismo Filipecientífico analisa Figueiredo reacção numa A M a obra - Witkin,desenvolven Joel-Peter de fotográfica a obra criticamente aborda na Anghel e o fragmentário. monstruoso,como o abjecto temas tais o sobre reflexões algumas do Cindy , de film stills série Untitled da trata Medeiros Margarida de texto segundo Um a (aquilo e a máscara a fotografia entre uma correspondência Sherman, encontrando fo da o aproveitamento examina Mendonça Luís Já a imagem-simulacro). que chama Na associadaterror. intrinsecamente à morte,de no cinema imagem enquanto tografia, , Le Kurosawa Kiyoshi de filme o analisa Guerreiro Fernando precedente, texto do senda (2016). no confronto Marques, Lourenço Susana noire Finalmente, chambre la de Secret transmutação a como observa Muralha, da Fotografia de Colecção da itens alguns com e a dissipação considerar a obriga e o apagamento) degradação (a fotografia da material que aponta para significativo, encerramento de texto Um imagens. a morte próprias das imagem). (da aparição da desaparição a possível recorrendo a diferentes estudos sobre a expressão das emoções. No seu texto, Golgo seu texto, emoções. No das expressão a sobre estudos a diferentes recorrendo RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - 283 Accepted: 2020-10-30 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0002-2995-5295 — CV C514-8979-B5A5 — institucional Morada Universidade da Letras de Faculdade Cardoso Edgar Via Panorâmica Porto. do . 4150-564 Porto. s/n Received: 2020-05-30 Received: - e na Litera Artes nas e Espectralidade Morte última esta observação, obstante Não Contudo, o título do livro não está totalmente de acordo com o conteúdo. As artes conteúdo. o com acordo de totalmente não está livro títuloo Contudo, do https://doi.org/10.34619/dxrh-xm08 é seguramente, no panorama português, uma obra incontornável sobre as figura sobre português, incontornável no panorama uma obra é seguramente, — Recebido — DOI MARQUES ELISABETE — biográfica Nota no Instituto é investigadora Marques Elisabete Losa Margarida Comparada Literatura de Porto) do Universidade da Letras de (Faculdade pesquisa de um projecto a desenvolver e está FCT (SFRH/BPD/115342/2016) financiado pela Literatura entre foco nas relações com e Cinema em Portugal. tura os precedia. O leitor consegue descobrir, mais do que uma progressão, uma possível ge possível uma que progressão, uma do mais consegue descobrir, leitor O precedia. os - e, tangencial ao cinema, à fotografia no corpo volume, do restringem-se, evocadas nele Campos Ana Filipe de e de Guerreiro, Fernando de por textos via dos ao teatro, mente, morte da e temáticas das privilegiada a relação se embora entenda Muito Figueiredo. mui- em reiterada essa relação e o filme, fotográficas as imagens com espectralidade da por temática a quecom explorado de pena não ficamos tenha se contributos, dos tos artes. outras de apenas exemplos dois dar para ou a pintura, a música com relação nealogia para as noções e questões teóricas ali lançadas, ao mesmo tempo que assiste a tempo que ao mesmo assiste ali lançadas, as noções teóricas e questões para nealogia Nesse sentido, delas. a operatividade que evidente tornam reflexivos, desdobramentos a suspeita qual pela exibe uma contiguidade o livro e multifacetado, plurivocal embora é anulada. si entre dispersos sem de relação reunião simples uma de sede tratar o e não decepcionará artísticas diversas em práticas morte espectralidade ções da e da análogas. e suas temáticas nessas interessado leitor RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 284

Neste livro, Ana Peraica parte de uma deambulação investigativa por várias porvárias investigativa parte uma deambulação de Ana Peraica livro, Neste Os seus argumentos dividem-se em diferentes capítulos, orientados por uma orientados capítulos, dividem-se seus em diferentes Os argumentos - Photogra Post-Digital in Viewpoint a Subjective of Disappearance Images: Total of Age (2019), Ana Peraica procura desenvolver argumentos sobre a perda de uma certa de a perda sobre argumentos desenvolver procura Ana Peraica (2019), MADALENA MIRANDA MADALENA de contribuíram para a percepção que temos do planeta. Também através de algumas algumas de através Também planeta. que do a percepção temos para contribuíram de do na pintura, perspectiva o caso como da características, suas e das ópticas técnicas aparente num ou aérea ortofotografia, fotografia da e cartografia da desenvolvimento o enquadra perspectiva, focando de e contingência potencial técnico entre equilíbrio ou Como contrapontos consequente sua subjectividade. e da humano olhar do mento produzidas por dro aéreas as imagens colocar nos perante para reflexão de elementos automática. fotográfica captação de aparelhos ou outros ou satélites, nes problematização abundante desde as noções de perspectiva ou a evolução das teorias teorias das ou a evolução as noções perspectiva desde de abundante problematização e uma análise do histórico por um levantamento às heliocêntricas, até geocêntricas visualida sua da os mapas e os globos, que como através objectos, de aparecimento Em phy de na produção especificamente imagens, na produção de humano olhar soberania do a hipótese visual pós-digital.da imagem problematiza autora A contexto no fotografias a onde um filme, de uma personagem si, como de fora Terra planeta do uma imagem de Foca-se diversas. formas de aparecem planeta do imagens várias das experiência nossa de o fluxo perante planeta, do conhecimento na análise consequências próprio do das pós-digitais. as tais imagens não humanas, proveniências de automatizadas, imagens Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais Ciências de Faculdade Lisboa, de Nova Universidade Contemporânea História de Instituto e Humanas. [email protected] MADALENA MIRANDA MADALENA The Age Age The 2019. Ana. Peraica, of Total Images: Disappearance Images: of Total Viewpoint of a Subjective . Photography in Post-Digital of Institute Amsterdam: Cultures. Network RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - 285 , projecto , projecto 3 , ainda sem, ainda publicação. , desde 1934., desde escrita na sua Há 2 . 4 com uma bibliografia muito quemuito conseguida,desperta, actualizada, bem bibliografia uma com - jun 1 Há dois pontos que revelam, ainda, algo sobre os modos de produção deste livro. livro. deste produção modosos de sobre algo ainda, pontos que dois revelam, Há No entanto, este argumento, apresentado como uma consequência da profusão profusão consequência uma como da apresentado argumento, este entanto, No Ana Peraica organiza o seu texto, e os diferentes capítulos, a partir do exemplo capítulos, a partir exemplo do e os diferentes o seu texto, organiza Ana Peraica O texto, e começando com o seu argumento central, a produção de imagem ac- imagem a produção de central, o seu com argumento e começando O texto, A autora considera que este livro é um diálogo com outra obra sua, Post obra Digital outra com é um diálogo livro que Arcadia este considera A autora https://networkcultures.org/publications/#tod http://www.atelierperajica.com/about.html https://networkcultures.org/blog/publication/culture-of-the-selfie/

Em primeiro lugar, refira-se o facto de a autora ter também, no seu trajecto, a experiên- a ter também, no trajecto, autora seu de a facto o refira-se lugar, Em primeiro Split em fotografia de possuir um estúdiocia de familiar tamente com o paratexto das notas, uma rede temática de investigação vibrante, que vibrante, investigação de temática uma rede notas, das o paratexto com tamente campo um próprio. reflete 2 3 4 MIRANDA MADALENA 1 frentes, como as teorias do Antropoceno, inteligência artificial, Cartografia, História inteligência Antropoceno, do teorias as como frentes, e em recente uma pesquisa entre equilíbrio um que reflecte é um texto Arte. Este da processo dirigido por Geert Lovink, com a missão de criar rede entre “urgent publishing, alterna “urgent entre pordirigido Geert rede criar de a missão Lovink, com O and more”. and making, culture digital counter design critical models, revenue tive Self-Repre Selfie: the of por grupo editado esta Cultures foi Ana Peraica de livro primeiro , (2017) Culture Visual Contemporary in sentation e na sua investigação académica vestígios deste labor numa visão de proximidade, onde onde proximidade, de visão numa labor deste vestígios académica investigação e na sua - o disposi com vontade um à e fotográficas técnicas das temporais os arcos seincluem da acrescente-se o carácter a partir pequenostivo de lugar, Em segundo pormenores. Cultures of Network Institute do em acesso aberto, através livro, deste edição de imagens, pode ser testado perante uma perspectiva também histórica, uma vez também uma vez uma perspectiva pode histórica, perante ser imagens, de testado “imagens das representações as para variadas e muitas teorias queexistiram sempre no primeiro capítulo e coloca-nos perante a possibilidade de de a possibilidade perante capítulo e coloca-nos no primeiro earthers flat dos extremo cientificamente evidente, física sua e da a partirnos confrontarmos, planeta mesmo do ou imaginam como percepções vêem e visões que com o projetam, mundo do provada, no no seu que, argumento, mediação, de é um problema este Segundo a autora, plano. - subjetivi media pós-digitais, e da dos perspectiva da contexto à erradicação conduziu na fotografia. humana dade tituição de outras imagens e visões do próprio planeta Terra. Segundo a autora, a perda a perda Segundo a autora, Terra. planeta e visões próprio imagens do outras de tituição imagens de deve-se à profusão seu e do lugar imagem da produtor do subjetividade da sem constituindo-se autoria, grande de visual banco automatizadas, num actualmente uma ou de captação, da tecnológica uma aparelhagem de apenas decorrente circulação, e drones. satélites de sistemas os como privilégio, de posição física tual, constitui-se a partir da diferença entre uma noção de ontologia, de epistemologia epistemologia de ontologia, uma noçãode entre tual, constitui-se a partir diferença da definida que a imagem, erro de e o espectro mediação, como entendida percepção, e de pós-digital como aqui uma justaposição e não humana, como produz ao ser constituída que e podem em subs aparecer “imagem total”, de condição sua na imagens, várias de RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 286 No segundo capítulo, “View From Above”, é abordada uma história do “bird-eye do uma história é abordada “View segundo capítulo, Above”, From No Os capítulos seguintes apresentam, porém, um conhecimento aprofundado de de apresentam, aprofundado porém, seguintes capítulos um conhecimento Os que ligações revelam Earth”, “Flat capítulo, no primeiro apresentados objectos Os tipo neste de um todo é o que subjacente percepção de está de A necessidade MADALENA MIRANDA MADALENA view” ou da perspectiva panorâmica, que em diferentes momentos da história, desde o história, desde da momentos que em diferentes view” panorâmica, perspectiva ou da pre esteve partir a ou aérea, vista uma de ponto um a concepção elevado, de neolítico, mundo” em causa, num conflito com as descobertas científicas e com a sua decorrente descobertas decorrente as com sua conflito com a num em causa, e científicas mundo” dis a medievalismo” “novo como conceptualizar de autora da A tentativa visualidade. objectos dos próprios ou aéreas das imagens da evolução fotografia, da uma história terrestres. mapas e globos uma pequena dos com história planeta, o que representam planeta no comum existência da objetificada uma exteriorização globo como de A ideia por feita globo, Eudo como planeta do representação a primeira desde é-nos contada en- próprios” “nós de ex-machina visão desta uma compreensão hoje cruciaissão para diferentes dos quecapítulo quea evolução foca num habitam, o seres e planeta quanto - séc. con ocidental do as suas cristão XVI, com o mundo desde tipos representações, de por e digital cartografia uma atravessado Hoje, celestial. ou terrestre globo cepçõesde do uma representação de a hegemonia com globo confronta-se multimédia, o objecto e totalizante, quase forma automática de por écrans, e mediada bidimensional planeta, 2018) ou Riedl e Pethes (Nitzke a Krewani referências nas suas a autora sublinha como (p.38). consequente problematização e a sua (2007) order — “In heideggeriana “imagem mundo” de a ideia reclamando representações, ” one. total or absolute the of idea an have to has a culture space, objective an imagine to (p.44).- uma descri com capítulo se do desenrola, E é a partir que ideia o resto desta de imagens captação de tentativas várias com as aérea, fotografia da história da ção 1860 de (p.47). Black, Uma Wallace a “View por como James cidades, of Boston” das tipo imagens neste de campo relação de e a sua profundidade é a da questão central que estas vistas e a potencial distorção ou as chamadas as cidades, os objectos, com das fotográficas técnicas das uma evolução capítulo organiza contêm. Este imagens - satéli drones, de contemporâneo visual aparelhamento do génese aéreas, imagens enquanto mundo” essa “imagem que reconfiguram geolocalização, de sistemas e tes automatizada. computacional composição ou outras comunidades negacionistas, agora agre agora negacionistas, comunidades ou outras earthers grupos flat de de paridade vista subjetivo, um ponto de de perda uma de sintoma como online, facilmente gadas pós-digitaiscen- imagens das vai condição uma perdendo humanas, e não que reflete dificilmente se traduz, era em cada irracional dispersão A livro. do longo ao tralidade histórico. momento a cada mediação de tecnologias das apenas parte, em através Soli de (p.38).poema num Aratus de referida xus Cnidus, de uma percepção contemporânea, tecnologia e ciência na presença sua da Apesar sente. autores em presente mais alargada, cultural história uma acompanha exterioridade de Velho”. “o ou Plínio, Plutarco Eliodoro, Hesíodo, como RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------287 O terceiro capítulo, “Image of the Globe” versa sobre a imagem e metáfora do glo do metáfora e imagem a sobre versa of Globe” the “Image capítulo, terceiro O O quarto capítulo, “Landscapes and Maps” foca a diferença entre o conceito de de o conceito entre foca a diferença O quarto “Landscapes and Maps” capítulo, re de formas duas destas digital na versão o foco centra-se capítulo, quinto No paisagem e o de mapa e como estes têm tomado caminhos diferentes, numa perspecti- numa diferentes, caminhos tomado têm estes mapa e como e o de paisagem o é Este ponto aérea. fotografia na principalmente tambémmas histórica, coexistido, va , objectos hyper estes autora, Para e lugar. espaço como pensar partida conceitos de para com material não estrutura Morton, complexa uma são Timothy de o conceito usando os mapas e (p.65). queaproxima vidas nas nossas impacto É a bidimensionalidade real Ana Peraica onde disciplinares áreas desenho de num paisagem, da as representações É, no entanto, do desenho. cartografia,da mas também fotografia a a topografia separa a partir se rela elucida da que relação esta (1987) a Deleuze e Guattari referência numa bo e o processo de formação desta imagem como um todo. A sua imagem actual, através através actual, imagem A sua todo. um como imagem desta bo formação de e o processo Eu- de Marble” “Blue como icónicas de imagens decorrente planeta, do fotografias das seuno Schmitt, Harrison e 1972 de Evans Cernan, problematizada é (p.59), Ronald gene e a “globalização” global” mundo “o como conceitos entre discursivo condicionamento - con é a ideia consequência desta Outra global. existência dessa custo ambiental e o sistemas de satélites, de trama e a decorrente conectividade da ubiquidade temporânea o que visuais envolveram representações de e geográfica localização de informação, de no foco incide um destes, Dentro “globo digital”. e quecomo o se hoje definem planeta Google onde forms” Earth, se representation (p.64), definindo-oof mixture “a como digital, globo num movimentarmos-nos ao possível alienação a para atenção a chama real. viajarmos no planeta de em vez as opposed the tracing, which to entryways, map has multiple o espectador: com “A ção (p.66). “to the same” back as noções toca capítulo comes do de A continuação always de Bourdieu, Pierre como Michel autores e na Sociologia,espaço e por exemplo, lugar habitado. e espaço vivido espaço como e concepções Lefebvre, Certeau ou Henri os mapas digitais e a sínte paisagem, digitais da as reproduções visual, presentação coexis onde Geografia, da datificação a lado, um Por duas. destas secontemporânea CIA, outros pela com por exemplo, dirigidos, territorial computação de projectos tem (pp.80-81). MIT do Map mais artísticos, o Aspen Movie como dos gigantes dos Outro (Geogra GIS sistema digital é o na Geografia hoje presente computação de sistemas nas Humanidades por exemplo, utilizado, que é actualmente System), Information phic uma liga cria a autora Aqui em particular espaço. questões do Digitais, no estudo das Situa Internacional da dentro o e momento seu a psicogeografia com interessante ção a entanto, No urbanos. os ambientes compreender e explorar de cionista,forma como em novas desdobra-se capitalismo, do situacionista da crítica digital, distante geografia - que exem de são colaborativa, forma de comentadas paisagens as como metodologias, objectos são Este ou Flickr. o Google como Maps aplicações de as hiper imagens plos em Hayles Katherine de segundo o conceito aqui interpretados código”, um “duplo de “Print Code is Flat, is Deep: The Importance analysis”(2004). of Media-specific MADALENA MIRANDA MADALENA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 - - - - 288 cor A conquista visão do mundo, mundo, do visão , conceito edificado no meio situacionista, no meio cujas edificado , conceito ficado capitalismodigital á Destacam-se três linhas onde este livro nos posiciona.nos livro uma A este onde linhas Destacam-setrês . Earthers Flat inicial dos ao questionamento e regressa o ciclo fecha A conclusão , ou um olho , ou um olho polyopticon de uma espécie sobre discorre a autora capítulo, oitavo No No sétimo capítulo, “Perspectival Losses”, é feita uma proposta de reflexão sobre reflexão de uma proposta é feita Losses”, “Perspectival sétimo capítulo, No O sexto capítulo, “Computing Photographs and Maps”, incide na formação digital digital formação na incide and Maps”, Photographs “Computing capítulo, O sexto Analisado pela autora, o aparelhamento tecnológico contemporâneo que oscila entre que entre oscila contemporâneo tecnológico o aparelhamento autora, pela Analisado com uma do livro fim ao realmente chega amadores, militar e os hobbies a estratégia e que “visões mundo” que nos sobrevoam” “olhos estes sobre premente interrogação elas. a compor com estamos de Ciclope digital, pronto a devorar o mundo, ou a devolvê-lo inteiro, mas sintético. As mas sintético. inteiro, devolvê-lo ou a o mundo, a devorar digital, pronto Ciclope de também as a Google como abriram digital um gigante de visualidade da tecnologias - lu este computacionalmente, Replicado automatizada. vigilância a uma possibilidades que do se observa, sem lugar do aproxima-se imagens de ou produtor observador do gar sob um campo total. visual mediação, gens como as que o artista Clement Valla recupera do Google Earth do (p.103). recupera A evolução as que artista o como Valla gens Clement tese à sua até linear perspectiva medieval, a perspectiva desde noções perspectiva de das não ape autora, da na argumentação no entanto, acentuam medievalismo”, um “novo de mundo. do mas também compreensão de representação, de visual nas uma forma conceptual. debate política e visual, história uma e conceitos respondem psicogeogr exte mundo no tanto quee percorremos nos condicionam consequênciasconcretas , emerge sem costuras imagem como uma total virtual.cartografia na como rior A imagem limites. e dos margens das alteração de justaposição, de processos sintéticos de através espacial, se um problema como apresenta síntese, de Processos aparência a sua onde as diferentes possibilidades de perda de perspectiva. Segundo a autora, o conjunto destas destas o conjunto perspectiva. de Segundo a autora, perda de possibilidades as diferentes e digitais, automatizadas justapostashiper fotografias ou compostas muitas imagens, de um um ângulo ou de de vista, uma perda ponto como de de assim uma perda acarreta - subjecti uma visão de é a perda Consequentemente em causa o que está visão. campo de onde computação, de erros dos em branco o espaço acrescenta-se argumento, va. A este artificial, manipulação pela ima podem criar, uma imagem digital de as zonas sutura de das fotografias e dos mapas computacionais, através das actuais técnicas utilizadas, que utilizadas, técnicas das actuais através computacionais, dos mapas e fotografias das através todo, do reconfiguração da percepção numa noção “datascape”, a de desde vão origem sua na técnicas dessas algumas contextualizando montagem, de técnicas das uma que tiveram panorâmica, ou a fotografia a fotomontagem, ótica, nomeadamente - desenvol no um papel cumprem queatualmente e enorme influência visual na cultura de dentro funciona aérea fotografia uma a ortofotografia, onde como áreas de vimento como conceitos apresentados são aqui mapa. de Também métrica lógica uma rigorosa exposições várias com fotografia mega uma espécie de photo”, hiper ou “deep mapas ultrapassar para que podesuperuma sobrepostas,resolução com ser depois trabalhada humano. ao olho o que é visível MADALENA MIRANDA MADALENA RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 ------289 A(s) imagem(/ns) total(/is) pós-digital(/is) que Ana Peraica aborda neste texto texto neste aborda pós-digital(/is) que Ana Peraica total(/is) imagem(/ns) A(s) de quo” um “status de exaustivos os diagnósticos onde um itinerário no texto Há MADALENA MIRANDA MADALENA mas também temporal. Uma aparência sem cortes e sem costuras é uma aparência sem sem aparência é uma cortes aparência e sem costuras Uma tambémmas temporal. A nova porque atemporal. total, e nesse sentidoredobradamente semHistória, rastos, subs Terra, ao Planeta e colou que se biónico clonou um fato como sintética, imagem, intencio o trajecto se um onde descobre leitura, de momentos em dois desdobram-se de condutor fio como apresentada é conceitos dos e objetos dos certauma arqueologia contempo objectos dos actualidade de que seum conhecimento opõe a uma retórica titui-o não apenas numa aparência nova, mas numa suspensão da sua própria vida, da da vida, própria titui-o sua da suspensão mas numa nova, apenas não aparência numa consequente e sobrevivência. vulnerabilidade sua pro e os contemporaneidade da e tecnológica óptica a aparelhagem sobre autora nal da em disciplinas como visual, o conhecimento aparelhar de históricas cessos e técnicas de um objectos e conceitos os e onde Óptica Pintura, Fotografia, Arte, da de a História os globos, a cartografia, os mapas, as proposto, percurso deste coordenadas são fazer mas também Ocidental, a fo Pintura da pictórica evolução na sua várias, perspectivas Siste digital, os numa análise da mediação Por outro, a ortofotografia. aérea, tografia potenciais aparelhos e outros satélites por feita visual drones, e a prospecção mas GIS, no que acontece atenção da e o uso militar a vigilância expropriador que oscilam entre digital. capitalismo do contexto real, uma imagem digital” contrapõe a uma “imagem total usada A estratégia râneos. ima essas existem onde Mas autenticidade. de uma ideia a rondar outra, uma imagem tecnologicamente? mediados singulares de pluralidade uma de além para reais, gens da é a deformação total imagem da conceptual túnel uma questão neste entanto, No sofde leitura, de sistemas de formatos, de convergência, pela dada mundo imagem Cada mesmos. dos e programática programada uma obsolescência como assim twares, diferentemente, ver de menos opções ver, temos de observadores enquanto mais, vez as imagens convergindo lugares, pontos vista, diferentes de ou de diferentes de ver de no écran. pós-digitais pixel do a hegemonia para RCL — Revista de Comunicação e Linguagens Journal of Communication and Languages N.53 (2020) ISSN 2183-7198 290 Accepted: 2020-10-29 Accepted: Aceite Aceite — iD ORCID 0000-0003-0066-0781 — CV 3319-7960-1378 — institucional Morada — FCSH-UNL, História de IHC Instituto Berna, de 26 C, 1069-061. Av. Contemporânea, . Amsterdam. Institute of Network Cultures. of Institute Network . Amsterdam. Received: 2020-05-11 Received: https://doi.org/10.34619/bnd7-pz59 University of Minnesota Press. of Minnesota University 67-90. https://doi.org/10.1215/03335372-25-1-67. 25, nº1: Today Poetics , Planet Home Our of Constructions Cultural in Wholeness of Earth:Concepts In Imagining Perspective”. Verlag. Transcript 45-60. Bielefeld. Pages Pethes, e Nicholas Solvejg Nitzke, by edited Photography Cultures. of Network Institute — Recebido — DOI MIRANDA MADALENA — Bibliografia . Minneapolis: Schizophrenia and Plateaus:Capitalism Thousand 1987. Guattari. e Felix Gilles Deleuze, The 2004. “Print Code Flat, is is Deep: Katherine. The Importance Analysis”. of Media-specific Hayles, of Divine the and the Appropriation Images Earth: Satellite “Google Angela.2017. Krewani, Post-Digital in Viewpoint Subjective a of Disappearance Images: Total of Age The Ana. 2019. Peraica, . Amsterdam: Culture Visual Contemporary in Representation Self Selfie, the of Culture Ana. 2017. Peraica, Editora. Local publicação: de livro. Título do Ano. Autor(es). Livro: — biográfica Nota em Lisboa. nasceu e vive Miranda Madalena — Comunicação em Ciências da Licenciada em Mestre (FCSH-UNL), Cinema e Audiovisual e Identidades — Multiculturalismo Antropologia em Media Doutoramento (ISCTE-IUL). e Audiovisuais Conteúdos de — Criação Digitais a dissertação com Images, “Protest Interactivos, Portraits”. Collective