CONSELHO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DAS MISSÕES/RS

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REGIONAL

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CONSELHO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DAS MISSÕES

Planejamento Estratégico

COORDENAÇÃO GERAL: COREDE MISSÕES – Presidente Professor Gilberto Pacheco

ORGANIZAÇÃO TÉCNICA: Professor Vilmar Antônio Boff Professor Ben-Hur dos Santos Haupenthal Professora Fátima Regina Zan

2 SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO...... 8

2. APRESENTAÇÃO...... 9

3. ESTRUTURA E GESTÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...... 11

4. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA REGIÃO DAS MISSÕES ...... 13

4.1 Localização dos municípios que compõem a região ...... 13

4.2 Dados municipais ...... 13

4.3 Aspectos da infra-estrutura e logística regional ...... 18

4.4 Aspectos históricos da formação sociocultural ...... 19

4.5 Aspectos físico-naturais ...... 23

4.6 Aspectos demográficos ...... 25

4.7 Gestão estrutural ...... 32

4.7.1 Rede urbana...... 32

4.7.2 Infra-estrutura ...... 34

4.8 Gestão econômica ...... 43

4.8.1 Setor primário ...... 43

4.8.2 Setor secundário ...... 47

4.8.3 Setor terciário ...... 49

4.9 Gestão social ...... 53

4.9.1 Representação política ...... 53

4.9.2 Saúde...... 53

4.9.3 Educação ...... 54

4.9.4 Justiça e segurança ...... 58

4.9.5 Assistência social ...... 58

5. DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO ...... 59

5.1 - MATRIZ FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças)...... 59

5.2 Gestão institucional ...... 60

3 5.2. Gestão econômica ...... 63

5.3. Gestão social ...... 67

5.4. Gestão estrutural ...... 70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 74

4 LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Evolução da precipitação pluviométrica média na área de COTRISA...... 25

Gráfico 2 - Evolução da população regional por sexo...... 27

Gráfico 3 - Evolução da população regional total, urbana e rural...... 28

Gráfico 4 - Densidade demográfica por município...... 29

Gráfico 5 - Densidade demográfica da Região...... 30

Gráfico 6 - Índice de Desenvolvimento Humano/IDH dos municípios...... 31

Gráfico 7 - Evolução do consumo de energia por tipo de consumo...... 36

Gráfico 8 - Evolução do consumo total de energia elétrica...... 37

Gráfico 9 - Estrutura fundiária da Região das Missões...... 43

Gráfico 10 - Estabelecimentos agropecuários...... 44

Gráfico 11 - Atividades econômicas predominantes na agropecuária regional...... 45

Gráfico 12 - Valor adicionado bruto a preços básicos – agropecuária...... 46

Gráfico 13 - Valor adicionado bruto/agropecuária...... 47

Gráfico 14 - Valor adicionado bruto a preços básicos - indústria...... 48

Gráfico 15 - Valor adicionado bruto/indústria RS...... 48

Gráfico 16 - Valor adicionado bruto a preços básicos/serviços...... 49

Gráfico 17 - valor adicionado bruto-serviços – COREDE/RS...... 50

Gráfico 18 - Participação do PIB do COREDE no PIB do RS...... 51

Gráfico 19 - Evolução do PIB per capita do COREDE MISSÕES...... 51

Gráfico 20 – Relação do PIB per capita regional e o PIB per capita do RS...... 52

5 LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura de governança do planejamento estratégico do COREDE MISSÕES ...... 11

Figura 2 - Mapa geográfico da Região das Missões ...... 13

Figura 3 - Pontos turísticos da Região das Missões ...... 22

Figura 4 - Localização dos COREDES no RS ...... 23

Figura 5 - Localização dos Municípios no COREDE Missões ...... 24

Figura 6 - Malha rodoviária do Estado do ...... 34

Figura 7 - Malha ferroviária do Estado do Rio Grande do Sul ...... 35

Figura 8 - Domicílios com acesso à rede geral de água tratada (2000) ...... 38

Figura 9- Condições de saneamento: domicílios com coleta de esgoto ou fossa asséptica (2000) ..... 39

Figura 10 - Taxa de alfabetização nos municípios do COREDE Missões (2000) ...... 57

6 LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Dados por municípios da Região das Missões ...... 14

Quadro 2 - População atual ...... 26

Quadro 3 - Evolução de culturas temporárias - Soja, Milho e Trigo ...... 46

Quadro 4 - Sistematização de dados apresentados na etapa de diagnóstico ...... 59

Quadro 5 - Projetos Estruturantes na Gestão Institucional ...... 60

Quadro 6 - Projetos Estruturantes na Gestão Econômica ...... 63

Quadro 7 - Projetos Estruturantes na Gestão Social ...... 67

7 1. IDENTIFICAÇÃO

REALIZAÇÃO - GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Governadora: Yeda Roratto Crusius Execução: Secretaria das Relações Institucionais

ATOR INSTITUCIONAL INTERVENIENTE - FORUM DOS COREDES RS Presidente: Paulo Afonso Frizzo

EXECUÇÃO - COREDE MISSÕES Presidente: Gilberto Pacheco Vice Presidente: Sonia Bressan Vieira Tesoureiro: Vilmar Kaiser Secretária: Fernanda Schittler

ORGANIZAÇÃO Professor: Vilmar Antônio Boff

APOIO TÉCNICO Anderson Burtzlaff, Antonio Abreu Ribeiro, Antonio Alberto Gomes Toscani, Bernardo Both, Carmen Regina Dorneles Nogueira, Helenice Rodrigues Reis, Mario Sérgio Wolski, Marisa Fernandes de Oliveira Envall, Marlene Bieger, Nádia Regina Bilibio Antonello, Neusa Gonçalves Salla, Regiane Klidzio, Vera Lúcia Linck, Vitor K. Reisdorfer, William Jonny Ortaça Portela.

COMUDES Municípios: , Caibaté, Cerro Largo, , Entre-Ijuís, Eugênio de Castro, Garruchos, Giruá, Guarani das Missões, , Pirapó, , , Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, Santo Antônio das Missões, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo das Missões, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, , Vitória das Missões.

8 2. APRESENTAÇÃO

Com satisfação, apresentamos o Planejamento Estratégico da Região das Missões/RS. Construído pelo conjunto dos atores regionais, a partir dos diversos segmentos representativos da sociedade civil e do poder público, o documento ora apresentado sistematiza o direcionamento estratégico das ações em políticas públicas na promoção do desenvolvimento regional.

Resultante deste Planejamento Estratégico, disponibilizamos a síntese dos esforços de uma esfera público-privada ampliada, provida de interlocução política, tomada de decisões técnicas e colegiadas, bem como de formato metodológico para a operacionalização das ações a serem implementadas de forma pactuada. Este Plano tem um importante papel a cumprir na condição de balizador de ações institucionais capazes de promover desenvolvimento por meio de programas e projetos regionais, a serem executados e monitorados de forma interativa entre a sociedade civil e o poder público, objetivando a melhoria das condições de vida da população regional.

Nas últimas décadas, o cotidiano das pessoas, das organizações e instituições tornou-se alvo de permanente adequação pela existência de um novo pensamento, embasado na percepção sistêmica que interliga ações nos campos social, político, econômico, sociológico, psicológico, condicionando novas configurações na estrutura organizacional das sociedades e no tratamento das diferentes dinâmicas de desenvolvimento regional como: qualidade de vida, aumento da participação social no poder, distribuição de renda, acesso aos serviços públicos e aos benefícios da tecnologia.

O presente Planejamento Estratégico baseia-se na concepção de que o fator determinante no desenvolvimento e na própria competitividade da região está no formato institucional da organização social da própria sociedade, em que a capacidade de integração e articulação das ações entre os diversos atores sociais revertem-se em estratégias competitivas e de facilitação para o processo de incorporação das inovações. Nesse ponto, destacamos a importância que o capital

9 social representa como instrumento catalisador de valores e normas pertencentes a uma coletividade devidamente estruturada.

Em face desse contexto, as mais recentes e bem sucedidas experiências de desenvolvimento regional se baseiam na concepção de que o fator determinante no desenvolvimento e na competitividade de uma região é a capacidade de atuação organizada da própria sociedade local (PIRES, 2001). Esse argumento pode ser validado pela análise do que acontece nas regiões de países desenvolvidos, sejam elas localizadas no Japão, nos Estados Unidos, sejam na França e na Itália, onde a capacidade de integração e ação articulada entre os diversos atores sociais vêm se tornando cada vez maior. Tais fatores são determinantes para explicar em grande parte o sucesso dessas nações.

Salienta-se que os países em desenvolvimento têm estimulado os modelos de crescimento baseados na regionalização dos fatores competitivos (em contraposição à globalização do capital e das megacorporações), caracterizados por redes de pequenas e micros empresas, em resposta às grandes corporações. Esse modelo se mostra mais adequado à realidade da região em desenvolvimento, pois não é intensivo em capital e não pressupõe grandes investimentos estatais em infra- estrutura, sendo, ao mesmo tempo, socialmente mais justo (distribuição de renda e de emprego) e competitivamente mais adequado.

Cordialmente,

Direção, equipe técnica e de apoio do COREDE MISSÕES

10 3. ESTRUTURA E GESTAO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A estrutura de gestão do Planejamento Estratégico Regional definiu-se em reunião colegiada com os representantes de entidades e instituições sociais dos diversos segmentos da comunidade regional, no dia 12 de novembro de 2009, no auditório do prédio 5 da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Santo Ângelo. Nesta reunião formaram-se as comissões por eixos temáticos e constituída a estrutura de governança, conforme a seguir apresentada na Figura 1.

ASSEMBLÉIA REGIONAL GRUPO DE TRABALHO Conselho de Gestão

Comissão de Comissão de Comissão Comissão de Economia Infra-estrutura Infra- Institucional e Física e estrutura de Cidadania Cadeias Territorial Social Cadeias Produtivas e Serviços Industriais Agro-ind. Gestão Energia Educação Metal- Competitiva Grãos Turismo mecânica Capital Têxtil Transportes Cultura Carne Hotelaria Social Vestuário Madeira Esporte e Leite Gastronomia Comunicação Móveis Lazer Doces e Serviços Meio Uva outros profissionais Saúde Ambiente alimentos e financeiros Frutas Assistência Outros Comércio Social Flores Artesanato Confecções Segurança e Ordem Pública Erva- Formação mate Técnica - RH Móveis

Bionergia Tecnologia Calçados Cana de acúcar Eletros

Figura 1 - Estrutura de governança do planejamento estratégico do COREDE MISSÕES Fonte: Construção a partir dos trabalhos em equipe

11 Em seu propósito, a gestão do planejamento visa atingir as estratégias propostas e o monitoramento das ações a serem executadas nos programas e projetos regionais. Esta estrutura está assim composta:

 Associação dos Municípios das Missões – AMM (Presidente);

 Poder Legislativo (2);

 Presidentes das Câmaras de Vereadores dos municípios (25);

 Órgãos dos Poderes Executivos e Judiciários (2);

 COMUDES – Conselhos Municipais de Desenvolvimento (2);

 Associações Comerciais, Clubes de Dirigentes Lojistas (2);

 Sindicatos Patronais (2);

 Sindicatos dos Trabalhadores (2);

 Cooperativas Regionais (2);

 Universidades, Faculdades e Centros de Ensino (2);

 ASCAR/EMATER (2)

Estas comissões atuarão sob a articulação e orientação do COREDE MISSÕES, em Assembléias Regionais deliberativas.

12 4. CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA REGIÃO DAS MISSÕES

4.1 Localização dos municípios que compõem a região

Figura 2 - Mapa geográfico da Região das Missões Fonte: Consórcio B Allen - Rumos 2015 (2005)

4.2 Dados municipais

A seguir, no Quadro 1, são apresentados os dados da população, área geográfica, densidade demográfica, taxa de analfabetismo, expectativa de vida ao nascer, coeficiente de mortalidade infantil e PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos municípios que compõem a Região das Missões.

13 Quadro 1 - Dados por municípios da Região das Missões Município: Bossoroca - População Total (2005): 7.459 habitantes - Área (2005): 1.596,2 km² - Densidade Demográfica (2005): 4,7 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 10,92 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 75,18 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 28,17 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 15.519

Município: Caibaté - População Total (2005): 4.690 habitantes - Área (2005): 258,9 km² - Densidade Demográfica (2005): 18,1 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 8,08 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,94 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 11.336

Município: Cerro Largo - População Total (2005): 11.934 habitantes - Área (2005): 177,7 km² - Densidade Demográfica (2005): 67,2 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 5,46 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,94 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 10.708

Município: Dezesseis de Novembro - População Total (2005): 3.009 habitantes - Área (2005): 216,8 km² - Densidade Demográfica (2005): 13,9 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 14,98 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,75 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 5.893

Município: Entre-ijuís - População Total (2005): 8.859 habitantes - Área (2005): 552,5 km² - Densidade Demográfica (2005): 16,0 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 8,51 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,03 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 17,70 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 12.190

Município: Eugênio de Castro - População Total (2005): 3.011 habitantes

14 - Área (2005): 419,4 km² - Densidade Demográfica (2005): 7,2 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 7,25 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,75 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 25,00 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 18.912

Município: Garruchos - População Total (2005): 3.612 habitantes - Área (2005): 799,8 km² - Densidade Demográfica (2005): 4,5 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 14,83 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 67,96 anos - coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 0,00 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 89.727

Município: Giruá - População Total (2005): 17.540 habitantes - Área (2005): 855,9 km² - Densidade Demográfica (2005): 20,5 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 8,35 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,75 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 26,32 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 15.302

Município: Guarani das Missões - População Total (2005): 7.886 habitantes - Área (2005): 290,5 km² - Densidade Demográfica (2005): 27,1 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 5,90 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 71,12 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 12,50 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 12.674

Município: Mato Queimado - População Total (2005): 1.675 habitantes - Área (2005): 114,6 km² - Densidade Demográfica (2005): 14,6 hab/km² - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 13.158

Município: Pirapó - População Total (2005): 2.764 habitantes - Área (2005): 291,7 km² - Densidade Demográfica (2005): 9,5 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 15,60 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,79 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível

15 - PIB per capita (2003): R$ 8.072

Município: Porto Xavier - População Total (2005): 10.791 habitantes - Área (2005): 280,5 km² - Densidade Demográfica (2005): 38,5 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 13,71 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 71,12 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 14,60 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 5.929

Município: Rolador - População Total (2005): 2.764 habitantes - Área (2005): 293,5 km² - Densidade Demográfica (2005): 9,4 hab/km² - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 18.190

Município: Roque Gonzáles - População Total (2005): 6.871 habitantes - Área (2005): 346,6 km² - Densidade Demográfica (2005): 19,8 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 10,17 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,40 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 36,59 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 9.907

Município: Salvador das Missões - População Total (2005): 2.403 habitantes - Área (2005): 94,0 km² - Densidade Demográfica (2005): 25,6 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 2,23 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 74,45 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 52,63 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 20.297

Município: Santo Ângelo - População Total (2005): 76.236 habitantes - Área (2005): 680,5 km² - Densidade Demográfica (2005): 112,0 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 6,15 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,37 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 11,21 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 7.152

Município: Santo Antônio das Missões - População Total (2005): 11.998 habitantes - Área (2005): 1.714,2 km²

16 - Densidade Demográfica (2005): 7,0 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 12,71 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 70,77 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 13,42 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 10.786

Município: São Luiz Gonzaga - População Total (2005): 35.091 habitantes - Área (2005): 1.297,9 km² - Densidade Demográfica (2005): 27,0 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 9,78 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 73,36 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 17,54 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 9.136

Município: São Miguel das Missões - População Total (2005): 7.717 habitantes - Área (2005): 1.229,8 km² - Densidade Demográfica (2005): 6,3 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 11,74 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 70,30 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 18,18 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 18.417

Município: São Nicolau - População Total (2005): 5.832 habitantes - Área (2005): 485,3 km² - Densidade Demográfica (2005): 12,0 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 19,94 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 69,79 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 27,03 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 6.774

Município: São Paulo das Missões - População Total (2005): 6.312 habitantes - Área (2005): 223,9 km² - Densidade Demográfica (2005): 28,2 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 6,04 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 74,47 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): 15,63 por mil nascidos vivos - PIB per capita (2003): R$ 8.035

Município: São Pedro do Butiá - População Total (2005): 2.635 habitantes - Área (2005): 107,6 km² - Densidade Demográfica (2005): 24,5 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 3,82 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,94 anos

17 - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 14.900

Município: Sete de Setembro - População Total (2005): 2.059 habitantes - Área (2005): 130,0 km² - Densidade Demográfica (2005): 15,8 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 5,99 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 72,94 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 12.923

Município: Ubiretama - População Total (2005): 2.389 habitantes - Área (2005): 126,7 km² - Densidade Demográfica (2005): 18,9 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 6,29 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 74,77 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 9.689

Município: Vitória das Missões - População Total (2005): 3.596 habitantes - Área (2005): 259,6 km² - Densidade Demográfica (2005): 13,9 hab/km² - Taxa de analfabetismo (2000): 11,64 % - Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 75,18 anos - Coeficiente de Mortalidade Infantil (2005): não disponível - PIB per capita (2003): R$ 10.381

Fonte: Fundação de Economia e Estatística - FEE

4.3 Aspectos da infra-estrutura e logística regional

De acordo com os dados do Projeto Rumos 2015, na parte que trata da Logística de Transportes (2005), a Região das Missões possui densidade rodoviária e acessibilidade acima da média dos Coredes, sendo que dos 25 municípios, 18 têm ligações de acesso asfáltico. As principais vias terrestres de acesso à região são: a BR 285, interligando os municípios da região no sentido leste-oeste e a BR 392 conectando municípios na direção norte-sul. As ligações intermunicipais são feitas por meio de rodovias estaduais.

18 Um dos principais movimentos envolvendo todos os segmentos da sociedade regional está sendo desenvolvido pelo Projeto Rota Missões. Essa Iniciativa, sob a coordenação do Sebrae/RS e com a participação de todos os 25 municípios da região, por meio de representantes das principais entidades da sociedade civil e do governo, busca o desenvolvimento social e econômico da região. A ótica de desenvolvimento proposto visa o fortalecimento da cadeia do turismo regional como fator estruturante para alavancar todos os demais setores da economia local e regional.

Tendo em vista o potencial turístico existente: arqueológico, arquitetônico e antropológico, o projeto atua na mobilização da comunidade de diversas formas, como por exemplo no engajamento das escolas na divulgação e valorização do turismo da região, na qualificação de profissionais, nas ações para desenvolvimento do espírito empreendedor, na produção de guias, sites, informes, calendário de eventos, roteiros e trilhas e no aperfeiçoamento dos serviços gerais e da infra- estrutura turística.

Conforme informações do Projeto Rota Missões, estão cadastradas e são parceiras nos trabalhos do referido projeto cerca de 1900 empresas, com uma rede de 63 hotéis e 105 restaurantes1. Esses estabelecimentos trabalham numa perspectiva de desenvolvimento de marketing compartilhado, de forma que os turistas visitantes são incentivados a adquirir pacotes turísticos que envolvem diversas empresas e segmentos diferenciados.

4.4 Aspectos históricos da formação sociocultural

Nesse item, analisam-se os aspectos históricos de formação dos diversos grupos sociais e os reflexos estabelecidos na organização, do trabalho e da convivência social, com influência nas questões relacionadas com padrões de desenvolvimento estabelecidos na Região das Missões. Como ponto de partida, importa destacar as colocações apresentadas por Rota (1999), quando escreve que

1 Dados do relatório de diagnóstico e potencialidades no âmbito do Projeto Rota Missões.

19 “a formação da sociedade regional é analisada como produto da inter-relação entre os atores sociais que a construíram a partir das suas condições concretas de existência: seus sonhos, suas aspirações, sua concepção de poder, etc.” (p. 17).

Segundo Zarth (1997), os conflitos entre Portugal e Espanha pela delimitação de suas fronteiras coloniais transformaram a Região das Missões em objeto de luta pela apropriação de suas terras, sua gente e suas riquezas. Com o fim das reduções jesuíticas e do domínio dos portugueses sobre as Missões, formou-se, na região um centro de atração de novos estancieiros que recebiam terras de autoridades locais.

Conforme Martini (1993), na análise da população que dá origem à organização social que se estrutura na Região das Missões do Rio Grande do Sul, durante o século XIX, pode-se destacar que:

elos de uma corrente de relacionamentos ligando núcleos de pequenos proprietários, estáveis em suas datas, ao caboclo itinerante e fugidio, do mato público, nossa outra convicção é de que os sem terras descendentes dos açorianos de „número‟ e dos mestiços de sangue puro, constituiriam um caboclo e um camponês sui-gêneris. Caboclo porque também internava-se nas florestas, vivia andejo, grande parte do tempo, participando das expedições ervateiras e da descoberta das minas, isto é, de novos ervais; camponês, economicamente, porque ligado a pequena propriedade familiar que produzia gêneros de subsistência; politicamente porque envolver-se-ia em relação social de oposição, encabeçando alianças com os mais humildes caboclos, os itinerantes, os bugres, contra um adversário comum, o militar-estancieiro, sesmeiro, que visava anexar os ervais, impedindo a passagem dos ervateiros para chegar às florestas reservadas, em suas terras ou adjacências (p. 152-3).

Assim formou-se nas Missões uma sociedade onde conviviam dois modelos diferenciados: o das estâncias e o da atividade extrativa, que, segundo Zarth (1997, p.68) “por vezes complementavam-se, tensionavam-se ou ainda estavam em oposição frontal”. A partir do controle político e institucional exercido pelos estancieiros, somaram-se fatores externos que resultaram, de acordo com Rota (1999), numa redefinição da sociedade regional, a partir do final do século XIX.

Esse contexto contribuiu para que viessem a predominar, na macrorregião de fronteira do Brasil com a Argentina e o Uruguai, especialmente nas Missões/RS, as médias e grandes propriedades, que exploraram a pecuária de corte, o cultivo do arroz e atualmente o da soja.

20 Associado às diferenças quanto à estrutura fundiária, esse fato contribuiu para definir um contraste marcante dessa região com as demais do Estado, nas quais predominou, desde o início, a colonização européia. Em grande parte, os entraves principais estão associados às características da base econômica, ligadas a atividades pouco dinâmicas e de pequeno potencial para a criação de empregos diretos e indiretos, como é o caso da pecuária extensiva.

Segundo Becker (2002, p. 68), “o latifúndio caracteriza-se como limitador às ações entre atores políticos, econômicos e sociais, e se manifesta pela falta de uma maior cooperação interinstitucional”. Assim, as características históricas da formação sociocultural da Região das Missões foram marcadas, nos primeiros tempos, por um quadro heterogêneo em que predominou uma cultura identificada por disputas de ocupação das terras devolutas. Num momento posterior a outras regiões do Estado, a Região das Missões passou por uma transformação sociocultural com a chegada dos primeiros imigrantes europeus.

Com relação ao assunto em questão, Rota (1999) assim escreve:

o conflito mais intenso ocorreu no „modelo caboclo‟, presente entre os descendentes „nacionais‟ que eram posseiros de terras devolutas. Para os caboclos, a preocupação com a reprodução da vida, a preservação dos laços da família ampliada e uma relação harmônica com a natureza ocupava o lugar central. O trabalho aparecia apenas como uma dimensão da reprodução da vida, a qual comandava também o uso do tempo, e não como determinante fundamental. (...) O modelo adotado com a colonização [européia], baseado na economia familiar, agrícola, industrial e comercial, convivia numa tensa relação com o modelo das estâncias e com o modelo caboclo. A família, a comunidade, a religião, a educação formal, o respeito à tradição e a ajuda mútua eram valores estruturantes das relações sociais entre os imigrantes europeus (p. 136).

Portanto, essas transformações trouxeram consigo uma redefinição da própria concepção de sociedade e do papel representado pelo trabalho na estruturação das relações sociais. Dada à relevância do tema, a presente pesquisa ocupa-se do aprofundamento dessas questões.

Na Figura 3 apresentam-se imagens fotográficas de atrativos turísticos e de tradicionais eventos realizados na Região.

21

Catedral Angelopolitana Artesanato missioneiro Índios Guaranis remanescentes

Monumento Coluna Prestes Ruínas de São Miguel Santuário do Caaró

Espetáculo som e luz

Caminhada mística Fundição indígena Escultura de madeira policromada

Reduções Jesuíticas

Figura 3 - Pontos turísticos da Região das Missões Fonte: www.rotamissoes.com.br

22 4.5 Aspectos físico-naturais

O COREDE Missões localiza-se na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, limitando se ao norte com o COREDE- Fronteira Noroeste, ao leste com o COREDE Noroeste Colonial, ao sul com o COREDE Vale do , a sudoeste com o COREDE Fronteira Oeste e no extremo oeste com a República da Argentina.

Figura 4 - Localização dos COREDES no RS Fonte: FEE/RS

O COREDE/Missões é constituído de 25 municípios: Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Entre-Ijuís, Eugênio de Castro, Garruchos, Giruá, Guarani das Missões, Mato Queimado, Pirapó, Porto Xavier, Rolador, Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, Santo Antônio das Missões, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo das Missões, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama, Vitória das Missões

23

Figura 5 - Localização dos Municípios no COREDE Missões Fonte: FEE/RS

A área total da Região das Missões corresponde a 4,6% do território do Estado do Rio Grande do Sul. Suas altitudes variam de 0 a 360 m distribuídos predominantemente na unidade geomorfológica do Planalto Meridional. Seus Municípios inserem-se na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai e pertencem aos biomas Pampa e Mata Atlântica.

Em relação a fauna de acordo com a classificação faunística WALLACE o COREDE Missões, localiza-se na região neotropical cujos animais característicos são constituídos originalmente por uma variedade grande de aves, répteis, anfíbios, mamíferos e insetos, dentre os quais pode se citar marreco, tatu, capivara, lebre, lobo-guará entre outros.

Em relação a precipitação média anual a região apresenta indices que variam de de 1500 a 1700 mm ao ano. Estes indices estão abaixo da média em relação ao Estado que é de 2000 mm em algumas regiões.

24 600

500

400 Janeiro 300 Fevereiro Abril 200 Maio Junho 100 Julho Agosto Setembro 0 Outubro 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Novembro Dezembro Anos

Médias da Precipitação Pluviométrica Precipitaçãoda Médias

Gráfico 1 - Evolução da Precipitação Pluviométrica (2002 - 2009) Fonte: Cotrisa - Santo Ângelo - 2009

O Gráfico 1 mostra a evolução da precipitação pluviométrica média na área de ação da COTRISA no período de 2002 a maio de 2009. Observando esse Gráfico pode-se afirmar que o mês de fevereiro apresenta os menores índices pluviométricos médios, enquanto que o mês de outubro apresenta os maiores índices pluviométricos médios para esse período. Analisando os índices pluviométricos por ano têm-se os seguintes resultados: o ano de 2004 apresentou o menor índice pluviométrico médio e o ano de 2002 teve o maior índice pluviométrico mo período analisado.

O relevo varia de 0 a 300 m de altitude, sendo 0 m nos municipios que localizam-se nas margens do Rio Uruguai.

4.6 Aspectos demográficos

Os dados obtidos indicam a população dos municípios da Região das Missões, de acordo com dados estimados, fornecidos pela FEE - Fundação e de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul e o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dados levantados no censo realizado em 2000.

25 Quadro 2 - População atual Taxa de Densidade Município População Homens Mulheres Urbana Rural Urbanização (%) Demográfica Bossoroca 7.758 4.058 3.700 4.283 3.475 55,20 4,9 Caibaté 5.238 2.613 2.625 2.929 2.309 55,91 20,2 Cerro Largo 12.636 6.215 6.421 9.992 2.644 79,07 71,1 Dezesseis de Novembro 3.097 1.580 1.517 731 2.366 23,60 14,3 Entre-Ijuís 9.258 4.583 4.675 4.996 4.262 53,96 16,8 Eugênio de Castro 3.100 1.544 1.556 1.232 1.868 39,74 7,4 Garruchos 3.522 1.849 1.673 1.248 2.274 35,43 4,4 Giruá 17.459 8.491 8.968 13.267 4.192 75,98 20,4 Guarani das Missões 8.511 4.191 4.320 5.331 3.180 62,63 29,3 Mato Queimado 1.968 1.001 967 500 1.468 25,40 17,2 Pirapó 3.078 1.560 1.518 835 2.243 27,12 10,6 Porto Xavier 10.998 5.505 5.493 5.880 5.118 53,46 39,2 Rolador 2.830 1.468 1.362 350 2.480 12,36 9,6 Roque Gonzales 7.439 3.760 3.679 3.052 4.387 41,02 21,5 Salvador das Missões 2.673 1.364 1.309 1.142 1.531 42,72 28,4 Santo Ângelo 74.893 35.951 38.942 65.173 9.720 87,02 110,1 Santo Antônio das Missões 12.116 6.026 6.090 7.460 4.656 61,57 7,1 São Luiz Gonzaga 35.235 17.223 18.012 31.488 3.747 89,36 27,1 São Miguel das Missões 7.546 3.916 3.630 3.899 3.647 51,66 6,1 São Nicolau 6.014 3.078 2.936 4.079 1.935 67,82 12,4 São Paulo das Missões 6.817 3.435 3.382 2.382 4.435 34,94 30,4 São Pedro do Butiá 2.782 1.416 1.366 1.155 1.627 41,51 25,8 Sete de Setembro 2.189 1.114 1.075 567 1.622 25,90 16,8 Ubiretama 2.526 1.290 1.236 557 1.969 22,05 19,9 Vitória das Missões 3.724 1.938 1.786 708 3.016 19,01 14,3 COREDE Missões 253.407 125.169 128.238 173.236 80.171

Fonte: FEE/RS 2008

O Gráfico 2 apresenta a evolução da população anual por sexo na região do COREDE Missões no período de 2000 a 2008. Observando esse Gráfico constata- se que a população anual masculina é inferior a população anula feminina. Tanto a população feminina como a masculina apresentaram uma tendência decrescente a partir de 2002 até 2006 e de 2006 a 2008 a população anual teve um leve crescimento para ambos os sexos.

26 136.000 134.000 132.000 130.000 128.000 126.000 Homens 124.000 Mulheres 122.000 120.000

População Anual População 118.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008 Anos

Gráfico 2 - Evolução da população regional por sexo (2000 – 2008) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

A composição por sexo acompanha a tendência brasileira de concentração de mulheres nas áreas urbanas de maior porte, Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga apresentam o maior percentual seguidos por Giruá, Cerro Largo, Entre-Ijuís e Eugênio de Castro, com menor proporção. Os demais municípios de pequeno porte, com população predominantemente rural, têm maioria masculina.

O Gráfico 3 mostra a evolução da população anual nos aspectos de: população total, população urbana e população rural. Analisando o Gráfico percebe- se que a população total apresentou uma leve tendência crescente no ano de 2002, de 2002 a 2004 a população total anual teve uma leve diminuição e de 2005 a 2008 a população total anual manteve-se estável; a população urbana manteve-se estável ao longo do período analisado com um leve crescimento no ano de 2008 e a população rural manteve-se estável em grande parte do período analisado e no ano de 2008 a população rural teve uma leve diminuição em sua população.

27 300.000

250.000

200.000 Total 150.000 Urbana

100.000 Rural População anual População 50.000

0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008

Anos

Gráfico 3 - Evolução da população regional total, urbana e rural (2000 - 2008) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

A população está distribuída em 25 municípios em uma área de 12.844,10 km² possui uma densidade demográfica média de 23,40 hab./km², inferior a gaúcha que é de 38,1 hab/km². Este fato reflete a presença de médias e grandes propriedades, onde predominam a rarefação populacional, com baixas densidades. Estes municípios estão localizados ao sul da região, como Garruchos com apenas 4,4 hab/km², Bossoroca com 4,9 hab/km², São Miguel das Missões com 6,1 hab/km², Santo Antônio das Missões com 7,1 hab/km² e Entre-Ijuís com 16,8 hab/km². Os municípios mais densamente povoados são Santo Ângelo com 110,1 hab/km², Cerro Largo com 71,1 hab/km², e Porto Xavier com 39,2 hab/km², que estão muito acima das médias regional, gaúcha e brasileira.

28 120 100 80 60 40 20

0

ijuís

-

Densidade Demográfica Densidade

Giruá

Pirapó

Caibaté

Rolador

Entre

Bossoroca

Garruchos

Ubiretama

Cerro Largo Cerro

São Nicolau São

Porto Xavier Porto

Santo Ângelo Santo

Roque Gonzales Roque

Corede Missões Missões Corede

Mato Queimado Mato

São Luiz Gonzaga Luiz São

Sete de Setembro de Sete

Eugênio de Castro de Eugênio

São Pedro do Butiá do Pedro São

Vitória das Missões das Vitória

Guarani das Missões das Guarani

Salvador das Missões das Salvador

São Paulo das Missões das Paulo São

São Miguel das Missões das Miguel São Dezesseis de Novembro de Dezesseis

Municípios Missões das Antônio Santo

Gráfico 4 – Densidade demográfica por município (2008) Fonte:FEE – Fundação de Economia e Estatística

Analisando o Gráfico 4, se observa as diferenças existentes na densidade demográfica dos municípios pertencentes ao COREDE Missões. O município de Santo Ângelo teve a densidade demográfica mais elevada perante os outros municípios do COREDE Missões. Evidencia-se também que há municípios com densidades demográficas inferiores ao índice do Estado, entre eles: Bossoroca, Dezesseis de Novembro, Entre-ijuis, Eugênio de Castro, Garruchos, Mato Queimado, Pirapó, Rolador, Santo Antônio das Missões, São Miguel das Missões, São Nicolau, Sete de Setembro e Vitória das Missões.

Em Santo Ângelo está concentrada 29,55% da população da região. Nos cinco municípios entre 10 e 50 mil habitantes estão 34,9%, enquanto 35,55% ocupam os pequenos municípios com menos de 10.000 habitantes.

29 69 68 67 66 65 64 63 62

Taxa de Urbanizaçãode Taxa 61 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008 Anos

Gráfico 5 - Taxa de urbanização da região (2000 - 2008) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 5 mostra a evolução da taxa de urbanização na região do COREDE Missões no período de 2000 a 2008. A maioria dos municípios é de pequeno porte e de perfil predominantemente rural com baixas taxas de urbanização. Rolador, Ubiretama e Vitória das Missões possuem taxas de urbanização inferiores a 20%.

Analisando as taxas de crescimento dos municípios, constata-se que a partir da década de 70 ocorre um declínio, aparecendo valores negativos em Porto Xavier e Roque Gonzales e baixas taxas nos demais municípios. Nos anos 80 se acentua bastante esta tendência onde onze municípios aparecem com valores negativos. Nos anos 90 a região continuou se caracterizando pela perda de população, quando apenas cinco municípios apresentaram taxas positivas, e destes, apenas Garruchos cresceu 1,69%, taxa superior à média estadual de 1,21%. São Paulo das Missões com -1,89%, Dezesseis de Novembro com -1,60%, Pirapó com -1,46%, Roque Gonzales com -1,36%, Sete de Setembro com -1,26% e Vitória das Missões com - 1,14% são os que apresentaram as maiores perdas no contingente populacional. em comparação ao levantamento populacional realizado pelo Censo do IBGE me 2009, com a estimativa apresentada pela FEE em 2008, a Região das Missões teve um decréscimo populacional de 5,29%, pois possuía 267.567 habitantes para 253.407 habitantes em 2008.

A estrutura etária da população da região está acompanhando a tendência do

30 Estado de diminuição do contingente nas faixas mais jovens, motivada pela redução acentuada da fecundidade em todos os municípios da região. Segundo Censo 2000/IBGE verificou-se um crescimento da população acima de 65 anos devido ao aumento da expectativa de vida, também uma tendência gaúcha e brasileira. Esta faixa atinge um percentual de 6,88%a população, superior a média estadual de 5,56%. A de 15 a 65 anos, porém, é inferior a estadual, tendo alcançado 65,32% enquanto no Estado atinge 66,75%, podendo indicar um movimento migratório da população em idade produtiva. A diminuição da população reforça a tendência de envelhecimento face à permanência dos mais idosos que não migram na mesma proporção das outras faixas etárias.

Dos habitantes da região 68,37% vivem nas áreas urbanas. Entre os municípios destacam-se Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga com 87,02% e 89,4% respectivamente, taxas superiores à média estadual que é de 85%. Seguem-se Cerro Largo com 73,75%, Giruá com 76,0%, São Nicolau com 62,60%, Santo Antônio das Missões com 61,6% e Bossoroca com 55,2%. A maioria dos municípios é de pequeno porte e de perfil predominantemente rural com baixas taxas de urbanização. Rolador e Vitória das Missões possuem taxas de urbanização inferiores a 20%.

0,84 0,82 0,8 0,78 0,76 0,74 IDH 0,72 0,7 0,68 0,66

0,64

ijuís

-

Giruá

Pirapó

Caibaté

Entre

Bossoroca

Garruchos

Ubiretama

Cerro LargoCerro

São NicolauSão

PortoXavier

Dezesseis de Dezesseis

Santo Ângelo Santo

São Miguel das das MiguelSão

Roque GonzalesRoque

São Luiz Gonzaga LuizSão

Sete de Setembro de Sete

Eugênio de Castro de Eugênio

Santo Antônio das das Antônio Santo

São Pedro do Butiá do PedroSão

Vitória das Missões das Vitória

Guarani das Missões das Guarani

Salvador das Missões das Salvador São Paulo das Missões das PauloSão

Municípios

Gráfico 6 - Índice de Desenvolvimento Humano/IDH dos municípios (2000) Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

31 A média do IDH para o ano 2000 foi 0,767. Os municípios que superaram essa média para a região do COREDE Missões foram: Giruá, Guarani das Missões, São Paulo das Missões, Bossoroca, Ubiretama, Caibaté, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo, São Pedro do Butiá, Salvador das Missões e Santo Ângelo. Entre esses municípios Santo Ângelo foi o que apresentou maior IDH igual a 0,821.

4.7 Gestão estrutural

4.7.1 Rede urbana

A rede urbana das Missões apresenta uma hierarquia verticalizada, possuindo um pólo- Santo Ângelo, que é a maior cidade. O município concentra 29,55% da população regional e exerce centralidade e influência concentrada principalmente nas atividades ligadas ao setor terciário. Polariza as atividades comerciais (atacadista e varejista) e os serviços (educacionais, médicos, financeiros, contábeis, jurídicos e tecnológicos). Santo Ângelo faz parte de um eixo de desenvolvimento que ultrapassa a região e se desenvolve entre a cidade de e . Nesse sistema, a cidade de São Luiz Gonzaga também se sobressai, seguidas de Giruá e Cerro Largo. Os demais municípios são de pequeno porte, e a maioria possui um perfil populacional rural.

Os municípios de Ijui e Santa Rosa, que fazem parte do COREDE Noroeste Colonial e Fronteira Noroeste respectivamente, exercem centralidade sobre algumas das cidades das Missões, pois essas estabelecem relações de complementaridade e/ou de dependência com a mesma, quer seja na área comercial ou da saúde.

Nos municípios da Região Missões estão instaladas 20 representações estaduais, sendo que dessas unidades organizacionais estão localizados em Santo Ângelo: 7º Procuradoria Geral Estado, 13 ª Delegacia Regional da Policia Civil, 10º Batalhão da Brigada Militar, 7º Regimento de Policia Montada, DML/DI, 3ª SUSEPE, 10º STCAS, 9º SEFA, 14ª Coordenadoria Regional De Educação, 14º SOPS, 12ª SSMA, UR DETRAN, Agencia Regional do IPERGS, Superintendência do BANRISUL- Noroeste, CORSAN Missões, UR PROCERGS e 12ª DPE; e três em

32 São Luiz Gonzaga: 27º Delegacia Regional Polícia Civil, CR SAA e 32ª Coordenadoria Regional de Educação, o que demonstra a hierarquia da rede urbana.

As áreas urbanas das Missões apresentam vários problemas como a deposição irregular de lixo, lançamento in natura de esgotos nos rios e arroios, erosão e assoreamento dos cursos d‟água, contaminação por agrotóxicos, pouca valorização pelo patrimônio arquitetônico, histórico e cultural, precariedade de infra- estrutura, de serviços e de espaços comuns que propiciem o encontro e a socialização da população. Outro problema urbano que se apresenta com intensidade é a carência de moradia, principalmente para a população de baixa renda. Esse problema é resultante das poucas alternativas de trabalho e renda para a população, da falta de políticas públicas e da ação do mercado imobiliário privado, que é excludente e restrito a poucos.

Pela Constituição Federal de 1988, os municípios com mais de 20.000 habitantes são obrigados a elaborarem um Plano Diretor Municipal Participativo. Pelo Estatuto da Cidade2 deverá englobar as áreas urbanas e rurais. Nas Missões é o caso de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga que possuem o seu Plano Diretor. Santo Ângelo cujo plano foi elaborado em 2008, e São Luiz Gonzaga que teve seu plano aprovado em 2002. O Estatuto prevê também a obrigatoriedade de Planos Diretores para municípios de especial interesse turístico, característica presente na região, assim também foi elaborado o Plano Diretor para o município de São Miguel das Missões. Os demais municípios devem incorporar as diretrizes gerais de ocupação do território de acordo com a constituição, além de considerar os instrumentos contidos no Estatuto, ao elaborarem suas legislações específicas.

No processo que visa promover o desenvolvimento de uma região, o urbano deverá ser visto como parte integrante, ou seja, é preciso ter uma visão que interligue centro e periferia, urbano e rural, capital e interior, levando em conta também as variáveis sociais, ambientais, econômicas, políticas, demográficas,

2 Lei 10.257 de 10 de julho de 2001 estabelece as diretrizes gerais da política urbana, tendo como objetivo principalmente o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade, a garantia ao direito a cidades sustentáveis, visando com isso preservar o bem coletivo da população.

33 culturais e tecnológicas, contando permanentemente com a participação da sociedade.

4.7.2 Infra-estrutura

4.7.2.1 Vias de transporte Na região localizam-se importantes rotas rodoviárias: BR 285, BR 392, RS 168, RS 561, RS 165, RS 536, RS 344 e RS 472 num total de 342,57 km de rodovias estaduais, das quais 250,97 km são pavimentadas, confome demonstrado na Figura 3. Destacam-se ainda as ligações rodoviárias com o território argentino. Mas ainda a região possui quatro municípios sem acessos asfaltados, que são Eugênio de Castro, Garruchos, Rolador e Ubiretama, tendo uma necessidade 140 km para complementar os acessos asfálticos assim interligando todos os municípios, e mais um trecho entre Catuípe e Santo Ângelo.

Figura 6 - Malha rodoviária do Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Ministério dos Transportes, 2009

34 A região possui ainda dois aeroportos, um em Santo Ângelo, com pista de asfalto de 1.685m de extensão e vôos regulares e outro em São Luiz Gonzaga com pista de saibro de 1.070m de extensão.

A Rede ferroviária conforme Figura 4, atravessa a região o sentido sul/norte passando por São Luiz Gonzaga e no sentido oeste/leste que vai de Cerro Largo até Santo Ângelo, que funciona precariamente e em alguns trechos encontra-se desativada.

Figura 7 - Malha ferroviária do Estado do Rio Grande do Sul Fonte: Ministério dos Transportes, 2009

35 4.7.2.2 Energia

Em relação à infra-estrutura de energia elétrica, a região das Missões faz parte da rede básica de transmissão de responsabilidade da CEEE e é servida pelas distribuidoras RGE e AES Sul, usinas hidrelétricas que estão em operação desde a década de 50: e a do Ijuizinho, com 1MW de potência. Ambas estão localizadas no município de Entre-Ijuís, no Rio Ijuizinho. Localiza-se no município de Garruchos, um complexo formado por duas conversoras de energia, Garabi I e Garabi II, cerca de 5 km distante da Fronteira do Brasil com a Argentina, e ocupa uma área de 600.000 m². As duas conversoras são divididas em quatro blocos de 550MW cada uma, sendo que operam na freqüência de 50HZ e duas na de 60HZ.

120.000

100.000 80.000

60.000 40.000

20.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Anos

Consumo comercial Consumo industrial Outros tipos de consumo Consumo residencial Consumo rural Consumo do setor público

Gráfico 7 - Evolução do consumo de energia elétrica (2000 - 2008) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 7 apresenta a evolução do consumo de energia elétrica no COREDE Missões no período de 2000 a 2008. Observando esse Gráfico pode-se fazer as seguintes afirmações: o consumo comercial manteve-se estável até 2005 e teve um leve aumento a partir de 2006; o consumo industrial teve um aumento até 2003, manteve-se estável até 2006, caindo em 2007 e aumentando novamente em 2008; o consumo residencial manteve-se estável até 2006 e teve um leve aumento a

36 partir de 2007; o consumo rural apresentou uma tendência crescente até 2005, manteve-se estável até 2007 e aumentou em 2008; o consumo do setor público manteve-se estável ao longo do período e os outros tipos de consumo também manteve-se estável.

400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000

Consumo (MWh) Consumo 100.000 50.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Anos

Gráfico 8 - Evolução do consumo total de energia elétrica (2000 - 2008) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 8 mostra a evolução do consumo de energia elétrica total no COREDE Missões no período de 2000 a 2008. Observando esse Gráfico pode-se afirmar que o consumo total de energia elétrica teve uma leve tendência crescente até 2005, de 2006 a 2007 o consumo de energia elétrica teve uma leve diminuição e em 2008 aumentou consideravelmente.

4.7.2.3 Condições de saneamento

Analisando as condições de saneamento das Missões, verifica-se que, quanto ao abastecimento de água, a região apresenta um percentual de 81,20% dos domicílios ligados a rede geral, percentual superior ao do Estado que é de 79,66%. Os municípios com maiores taxas de atendimento deste serviço são: Salvador das Missões com 97,36%, São Pedro do Butiá com 95,95% e Cerro Largo com 95,18%.

37 As taxas mais baixas estão em Garruchos com 31,93%, Ubiretama com 51,48% e Bossoroca com 58,31%. Nestes municípios, portanto, é elevado o número de domicílios cujo abastecimento de água é feito através de poço ou nascente ou outras formas canalizadas ou não.

Per centu al de d om i cíli os lig ado s à red e ge ral % 0 - 3 2 32 - 70 70 - 90 Po rt o Xa vie r Sa o Paulo d as Miss oe s

90 - 97. 36 Giru á Ubir eta m a

Pir ap ó Roq ue Go nza les Sa lva do r d as Mis soe s Cer ro La rg o Sa o Pedr o do Butiá Se te de Set em br o 10 0 10 20 Km Gua ra ni das M isso es N Deze sse is d e N ove mb ro Sa o Nico lau Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Sa nt o An ge lo Elaboração: SCP/DDRU Gar ru ch os

Caib até Sa o Lu iz Go nza ga

En tr e- Ijuí s Vit ór ia d as Mis soe s

Sa nt o An tôn io das M isso es

Eu gê nio de Ca str o

Bo sso ro ca Sa o Mig ue l da s M isso es

Figura 8 - Domicílios com acesso à rede geral de água tratada (2000) Fonte: Fonte Rede de Cidades, 2000

Quanto às condições de esgotamento domiciliar na região, mais de 97% dos domicílios dispões de banheiro ou sanitário, porém somente 19,46% destes se encontram ligados à rede ou fossa séptica, ficando muito abaixo da média estadual que é de 70,09%. As taxas mais altas estão em Pirapó com 47,07%, Cerro Largo com 33,61%, São Luiz Gonzaga com 31,59% e Santo Ângelo com 30,71%. Os índices mais baixos estão nos municípios de Dezesseis de Novembro com 0,22%, Ubiretama com 0,84%, Giruá com 1,27% e Sete de Setembro com 1,84%. Nestes municípios, portanto, praticamente 100% dos domicílios encontram-se ligados à fossa rudimentar ou se servem de escoadouros como vala, rio, lago ou outros. Cabe ainda ressaltar que 16 dos 23 municípios da região para os quais há dados disponíveis, contam com menos de 10% dos domicílios ligados à rede ou fossa séptica.

38 Per centu al de d om i cíli os com ba nh eiro ou san itári o lig ado à red e ge ral o u fossa sép tica

% 0.2 2 - 5 Porto Xavier 5 - 1 5 Sao P aulo das Missoes Giruá 15 - 25 Ubiretama Roque Gonzales 25 - 47. 07 Pirapó Cerro Largo Sete de S etem bro Sao P edro do B uti á 10 0 10 20 Km Guarani das Mi ssoes N Dezesseis de Novem bro Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Sao Nicolau Santo Angelo Elaboração: SCP/DDRU Garruchos

Caibaté Sao Lui z Gonzaga

Vitóri a das M issoes Entre-Ijuís

Santo Antônio das M issoes Eugênio de Castro

Bossoroca Sao M iguel das Missoes

Figura 9- Condições de saneamento: domicílios com coleta de esgoto ou fossa asséptica (2000) Fonte: Fonte Rede de Cidades, 2000

Quanto à coleta de lixo, a taxa de atendimento da região é de 64,34%, bem inferior a do Estado que é de 84,09%. Os maiores percentuais de atendimento deste serviço estão nos municípios de Santo Ângelo com 87,59%, Cerro Largo com 81,43% e São Luiz Gonzaga com 73,10%. Os menores estão nos municípios de Vitória das Missões com 13,96%, Ubiretama com 14,96% e Sete de Setembro com 15,52%. Na região, 15 dos 23 municípios para os quais há dados disponíveis, contam com menos de 50% do lixo coletado, tendo estes outros destinos tais como queimado ou enterrado na propriedade ou jogado em terreno baldio, logradouro, rio, lago ou outros.

39 Per centu al de d om i cíli os servi dos pela cole ta d e lixo % 13. 96 - 20 20 - 40 Porto Xavier Sao P aulo das Missoes 40 - 60 Giruá Ubiretama 60 - 87. 59 Pirapó Roque Gonzales Cerro Largo Sete de S etem bro Sao P edro do B uti á 10 0 10 20 Km Guarani das Mi ssoes N Dezesseis de Novem bro Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Sao Nicolau Santo Angelo Elaboração: SCP/DDRU Garruchos

Caibaté Sao Lui z Gonzaga

Entre-Ijuís Vitóri a das M issoes

Santo Antônio das M issoes Eugênio de Castro

Bossoroca Sao M iguel das Missoes

Figura 7 - Domicílios com coleta de lixo (2000) Fonte: Fonte Rede de Cidades, 2000

4.7.2.4 Aspectos ambientais

Quanto aos aspectos ambientais, a área abrangida pelos 25 municípios faz parte da bacia do Uruguai e se distribui entre as sub-bacias dos rios Ijuí, e Buricá-Santa Rosa-Comandaí.

O uso do solo na região é baseado principalmente no cultivo de soja, milho, trigo, mandioca, cana-de-açúcar e na criação de bovinos e suínos. Assim, pela utilização de insumos químicos e agrotóxicos e de mecanização, sobremaneira nas culturas de soja e trigo, a área apresenta problemas ambientais relacionados a contaminação do solo e da água, perda de camadas de solo fértil por erosão e desmatamento das margens dos rios, promovendo o seu assoreamento. Há ainda a destacar a ocorrência de contaminação hídrica pelos dejetos provenientes das atividades suinocultoras tanto das criações quanto da indústria a ela relacionada, principalmente nos municípios que margeiam o rio Ijuí, assim como contaminação por esgotos domésticos. A região tem registrado também eventos de cheias periódicas nas áreas próximas ao rio Uruguai e Ijuí e ocorrência de períodos de estiagem prolongada.

40 Cerca de 68,37% da população total da região vive nas áreas urbanas, sendo que mais de 50% encontra-se concentrada nos municípios de Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga e Giruá, onde ocorrem também as maiores taxas de urbanização (87%, 89% e 76%, respectivamente). Estes também são os municípios que sediam o maior número de indústrias. Portanto, são nestes municípios que são gerados os maiores volumes de resíduos sólidos urbanos e industriais, e de efluentes líquidos industriais e domésticos.

Em 19963 havia cerca de 308 unidades industriais em Santo Ângelo, 134 em Giruá e 100 unidades em São Luiz Gonzaga. Destas, 106 unidades em Santo Ângelo, 42 em Giruá e 37 unidades em São Luiz Gonzaga eram geradoras de resíduos sólidos. Santo Ângelo era o município que produzia o maior volume de resíduos sólidos industriais classe I (resíduos perigosos), os quais originados quase integralmente pela indústria coureiro-calçadista e metal-mecânica4. O município também produzia o maior volume de resíduos sólidos industriais classe II (resíduos não inertes), seguido por Giruá, Santo Antônio das Missões e São Luiz Gonzaga5.

Em 1996, também em relação aos resíduos sólidos urbanos, os municípios que geravam os maiores volumes eram igualmente Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga e Giruá. A região produzia cerca de 40.556 ton/ano, sendo que deste total, Santo Ângelo contribuía com 12.954ton/ano ou 35,5t/dia, São Luiz Gonzaga com 6.902ton/ano ou 18,9ton/dia e Giruá com 3.427ton/ano ou 9,4ton/dia.

Com respeito ao tratamento e destinação dos resíduos sólidos urbanos, alguns municípios como Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Giruá e Porto Xavier, vem desenvolvendo atividades de coleta seletiva e contam com unidades de triagem de resíduos ou usinas de reciclagem. Alguns destes municípios também registram a

Diagnóstico Preliminar da Geração e Destinação Final de Resíduos Sólidos Industriais no Estado do Rio Grande do Sul. FEPAM, 1996. 125p 4 (FEPAM,1996) Volume de resíduos sólidos industriais classe I em Santo Ângelo: 1413m³/ano, dos quais 1302m³/ano originados pela indústria coureiro-calçadista (que é a maior geradora de resíduos classe I no Estado e inclui curtumes, unidades de acabamento de couros, fáb. de calçados, fáb. de artefatos de couros e peles e similares) e 99m³/ano pela indústria metal-mecânica. (o município maior gerador deste resíduo no RS é com 62631m³/ano). 5 (FEPAM,1996) Volume de resíduos sólidos industriais classe II: 92110t/ano em Santo Ângelo; 84016t/ano em Giruá; 50918t/ano em Santo Antônio das Missões e 46219t/ano em São Luiz Gonzaga (o município maior gerador de resíduo classe II no RS é com 1050815t/ano, sendo as indústrias alimentares, de madeira e engenhos de arroz as maiores geradoras deste tipo de resíduo) .

41 presença de trabalhadores organizados na forma de cooperativas e/ou associações de catadores e/ou recicladores. Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Mato Queimado e Vitória das Missões realizam coleta de lixo no meio rural. Mais recentemente os municípios de São Nicolau, Dezesseis de Novembro, Pirapó e Porto Xavier; São Miguel das Missões, Caibaté, Mato Queimado e Vitória das Missões; Cerro Largo, Ubiretama e Rolador vem se organizando na forma de consórcios para tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos.

Quanto ao licenciamento das atividades junto a FEPAM, oito dos 25 municípios da região contam com licença de operação (LO) para destinação final: Santo Ângelo, Cerro Largo, Garruchos, Roque Gonzales, Salvador das Missões, São Miguel das Missões, São Paulo das Missões e São Pedro do Butiá, sendo que Santo Ângelo e Guarani das Missões contam com LO e LI (Licença de Implantação) respectivamente para funcionamento de central de triagem e compostagem com aterro.

Em relação à poluição hídrica, os municípios que possuem o maior número de indústrias potencialmente poluidoras e que geram os maiores volumes de efluentes líquidos industriais e domésticos da região eram Santo Ângelo, Giruá, Cerro Largo e São Luiz Gonzaga. Além disso, do total de efluentes gerados, mais de 90% eram de origem doméstica. E, tanto em relação aos efluentes líquidos industriais quanto aos domésticos, destacava-se o volume de cargas orgânicas.

Quanto às contribuições de cargas poluentes dos municípios por bacia hidrográfica6, pode-se constatar que seis municípios da região que fazem parte da bacia do rio Piratini geravam cerca de 97% dos efluentes industriais e domésticos da mesma; 10, da bacia do rio Ijuí geravam 44% dos efluentes industriais e domésticos da mesma, e 5, da bacia dos rios Buricá-Santa Rosa-Comandaí geravam aproximadamente 20% dos efluentes industriais e domésticos.

A região encontra-se ainda exposta a poluição acidental devido ao transporte de cargas tóxicas e potencialmente perigosas, principalmente ao longo do eixo da BR 285 e BR 392.

42 A mesma não conta com parques federais ou estaduais ou outras unidades de conservação, porém há importantes atividades turísticas organizadas em torno de atrativos histórico-culturais e arqueológicos relacionados aos Sete Povos das Missões, o que resulta em fator de estímulo à preservação ambiental.

4.8 Gestão econômica

4.8.1 Setor primário Na estrutura fundiária da região das Missões (Gráfico 9), predominam em número de estabelecimentos, as pequenas propriedades (84,73% do total dos estabelecimentos) que abrangem 25% da área da região. Já as propriedades entre 50 e 500 hectares, representam 13,8% do número de estabelecimentos, ocupando uma área significativa (42,84%). As propriedades com mais de 500 hectares, em pequeno número (1,36%), ocupam uma área de 32,13% da área utilizada pela agropecuária na região.

90 80 70 60 50 % 40 Até 50 hectares 30 De 50 a 500 hectares 20 Mais de 500 hectares 10 0 1 2 Estabelecimentos

Gráfico 9 - Estrutura fundiária da região das Missões (2006) Fonte: Censo Agropecuário 2006

Com relação à distribuição territorial da propriedade da terra, deve-se destacar que a região pode ser dividida em duas áreas distintas, que refletem sua formação histórica e suas características fisiográficas. Uma área situada mais ao sul,

43 compreendendo os municípios de Garruchos, Santo Antônio das Missões, Bossoroca, São Luiz Gonzaga e São Miguel das Missões, que possuem maior concentração de terras, apresentando entre 30 e 44% da sua área ocupada com propriedades maiores de 500 hectares. A estes municípios pode-se agregar também São Nicolau, Entre-Ijuís e Eugênio de Castro, que possuem entre 20 e 30% de sua área ocupada por propriedades com estas características.

Outra área distinta localizada mais ao norte, com grande presença de pequenas unidades de produção (menores que 50 hectares), destacando-se os municípios de Porto Xavier, São Paulo das Missões, São Pedro do Butiá, Salvador das Missões, Cerro Largo e Guarani das Missões, com mais de 60% de sua área ocupada por este tipo de propriedade. Neste grupo ainda pode-se acrescentar os municípios de Roque Gonzales, Dezesseis de Novembro, Caibaté, Vitória das Missões e Santo Ângelo, todos com de 40 a 60% de sua área ocupada por propriedades abaixo de 50 hectares.

Os municípios de São Nicolau, Caibaté, São Miguel das Missões, Pirapó, Eugênio de Castro, Bossoroca, Garruchos e Giruá, destacam-se por apresentarem mais de 47% de sua área ocupada por médias propriedades, entre 50 e 500 hectares.

25.000 20.000 15.000 10.000 5.000

0

Própria

Ocupadas

Arrendadas

Em parceria Em

Número de Estabelecimentosde Número

por Órgãos Órgãos por

Terras concedidas concedidas Terras

titulação definitiva titulação Fundiários ainda sem ainda Fundiários Condição legal da terra

Gráfico 10 - Estabelecimentos agropecuários: condição legal da terra (2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

44 O Gráfico 10 apresenta o número de estabelecimentos agropecuários sob o aspecto condição legal da terra do produtor em 2006 nos municípios do COREDE Missões. Pode-se afirmar que a maior parte dos estabelecimentos agropecuários, pouco mais de 20000 dos 25000 totais, são próprios. A segunda condição mais freqüente é o arrendamento, seguido das ocupações, parcerias e terras concedidas por órgãos fundiários.

16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000

0

- -

Pesca

Aquicultura

vegetal

florestas nativasflorestas

outros animaisoutros

florestas plantadas florestas

Produção Produção florestal Produção florestal

Lavoura temporária Lavoura

Número de Estabelecimentosde Número

Lavoura Permanente Lavoura

Pecuária e criaçãoe Pecuária de

formas de formas propagação de

Horticultura e fruticultura Sementes, Sementes, mudas e outras Grupos de atividade econômica

Gráfico 11 - Atividades econômicas predominantes na agropecuária regional (2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

As principais atividades econômicas presentes na região do COREDE Missões, conforme pode-se visualizar no Gráfico 11, são as lavouras temporárias, sobretudo de milho e soja, com cerca de 14000 estabelecimentos focados nesse tipo de uso. Outro destaque cabe para as atividades criatórias, principalmente de bovinos, presente em cerca de 11000 estabelecimentos, localizados predominantemente naquela sub-região mais ao sul referida no Gráfico acima.

Apresenta-se no Quadro 3, uma evolução das principais culturas temporárias respectivamente nessa ordem, soja, milho e trigo.

45 Quadro 3 - Evolução de culturas temporárias - Soja, Milho e Trigo Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Soja Corede 370.868 785.016 497.428 1.066.820 361.635 152.939 574.434 1.037.754 700.598 Missões Soja 4.783.895 6.951.830 5.610.518 9.579.297 5.541.714 2.444.540 7.559.291 9.929.005 7.679.939 RS Milho Corede 113.604 308.296 147.804 228.808 124.979 110.181 220.504 332.445 261.920 Missões Milho 3.936.202 6.134.207 3.901.171 5.426.124 3.376.862 1.485.040 4.528.143 5.969.118 5.231.885 RS Trigo Corede 130.051 122.380 115.479 276.132 227.151 227.151 148.245 37.171 212.092 Missões Trigo 884.507 1.075.897 1.126.524 2.395.557 2.061.410 1.389.731 823.062 1.723.007 2.198.902 RS Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 Valor 300.000 200.000 100.000 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 12 - Valor adicionado bruto a preços básicos - agropecuária (R$ mil) (2000 - 2006)

Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 12 mostra a evolução do valor adicionado bruto da agropecuária nos municípios do COREDE Missões de 2000 a 2006. Nesse sentido, duas coisas claramente se destacam: não há uma tendência evidenciada de crescimento no período e existe uma forte flutuação no indicador ano a ano. Conforme já foi referido anteriormente, a principal ocupação das terras é com lavouras temporárias e criação de gado, as quais ressentiram-se com secas severas e freqüentes nesse período. Se somarmos a isso a condição majoritária de pequenos produtores, explica-se o comportamento do valor adicionado.

46 6,00% 5,00% 4,00%

3,00% Valor 2,00% 1,00% 0,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 13 - Valor adicionado bruto/agropecuária: participação do COREDE no RS (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

Mesmo sendo uma região eminentemente voltada às atividades primárias, as Missões são pouco relevantes no quadro estadual, contribuindo apenas com cerca de 4,5% a 5% do valor adicionado do Rio Grande do Sul (Gráfico 13). Aqui também não é possível indicar uma tendência de crescimento relativo da região no estado e percebe-se as oscilações a que se sujeita o setor.

4.8.2 Setor secundário Os segmentos industriais que mais se destacam, em termos do número de estabelecimentos instalados na região, são, em ordem decrescente: Produtos Alimentares, Vestuário, Calçados e Artefatos de Couro, Madeira, Metalurgia e Minerais Não Metálicos.

Quanto ao tamanho dos estabelecimentos, em grande parte são de pequeno porte. Segundo dados da RAIS, cerca de 55% dos trabalhadores industriais estão vinculados a um estabelecimento considerado pequeno, ao passo que 17% da mão- de-obra está ligada a uma empresa de médio porte (entre 50 e 249 trabalhadores). Os estabelecimentos de grande porte (250 trabalhadores ou mais) empregam 28% do total.É importante ressaltar que tais empresas estão fortemente concentradas nos principais municípios da região: Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo e Guarani das Missões.

47 600.000

500.000

400.000

300.000 Valor 200.000 100.000

- 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 14 - Valor Adicionado Bruto a Preços Básicos - Indústria (R$ mil) (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 14 apresenta a evolução do valor adicionado bruto pela indústria nos municípios do COREDE Missões de 2000 a 2006. Assim como na agropecuária, não tem-se uma tendência de crescimento claramente definida, ainda mais se considerarmos que são valores correntes, aos quais está incorporada a inflação. Nesse caso, o setor paga o preço por estar estreitamente vinculado à agropecuária, a qual teve desempenho sofrível no período analisado.

1,60% 1,40% 1,20% 1,00% 0,80% Valor 0,60% 0,40% 0,20% 0,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 15 - Valor adicionado bruto/indústria: participação do COREDE no RS (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

48 Outra similaridade entre agropecuária e indústria é sua pequena participação na economia estadual (Gráfico 15). Na verdade, as atividades industriais do COREDE Missões são ainda menos relevantes que as primeiras. A contribuição gira em torno de 1% do total estadual, novamente sem indicação de ganho de importância relativa.

4.8.3 Setor terciário 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000

Valor 200.000 150.000 100.000 50.000 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 16 - Valor Adicionado Bruto a Preços Básicos - Serviços (R$ mil) (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

O Gráfico 16 apresenta a evolução do valor adicionado do setor de serviços nos municípios do COREDE Missões de 2000 a 2006. Comparado aos setores: agropecuário e industrial, os serviços tiveram um desempenho relativamente superior. Pode-se, em parte, atribuir tal diferença à maior diversificação do setor e pela menor dependência dos sucessos ou fracassos na área agrícola. Em algumas cidades, especialmente as maiores, os órgãos públicos são geradores importantes de renda, as quais não estão estritamente atreladas ao desempenho econômico local.

49 2,55% 2,50% 2,45% 2,40%

Valor 2,35% 2,30% 2,25% 2,20% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 17 - Valor adicionado bruto - serviços/ participação do COREDE no RS (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

Muito embora o setor de serviços tenha apresentado o melhor desempenho relativo de todos, sua participação na economia estadual declinou ao longo do período (Gráfico 17). De uma participação de cerca de 2,55% em 2000, para pouco mais de 2,30% em 2006. Uma contribuição pequena, reduziu-se ainda mais. Aqui cabe salientar que tal fato não aconteceu por acentuado declínio regional, mas simplesmente por um maior crescimento do resto do Estado, especialmente das regiões mais dinâmicas.

Por tudo que foi salientado até aqui, não deve causar surpresa o fato da região do COREDE Missões possuir pequena relevância econômica no contexto estadual. Tomando-se como indicador a relação entre o PIB local e o do Rio Grande do Sul (Gráfico 18) não é difícil notar o quanto a região é economicamente frágil se considerarmos o estado como um todo, sequer chega a atingir um ponto percentual. E o que talvez seja pior, não há uma tendência de reversão, de ganho relativo frente às outras regiões.

50 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5

Valor 0,4 0,3 0,2 0,1 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 18 - Participação do PIB do COREDE no PIB do RS (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

Acompanhar o desempenho do PIB per capita do COREDE Missões também ajuda a compreender a situação sócio-econômica regional e sua evolução. Como demonstra o Gráfico 19, o PIB per capita tem evoluído até significativamente se formos considerar apenas o valor em si, separado de seu contexto explicativo. Ocorre que ele ainda é baixo comparado ao que se observa nas regiões mais dinâmicas, onde chega próximo de R$ 20.000,00/ano ou até mais. Outra informação que não transparece à primeira vista e que turva um pouco esse desempenho é o fato da região perder população sistematicamente ao longo dos anos, especialmente jovens. Isso “melhora” as estatísticas, mas pelo lado negativo.

12.000 10.000 8.000

6.000 Valor 4.000 2.000 - 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 19 - Evolução do PIB per capita do COREDE Missões(R$) (2000 - 2006) Fonte: FEE - Fundação de Economia e Estatística

51 Ainda que a perda populacional ajude o PIB per capita a aumentar, ele ainda é baixo se o compararmos à média do Rio Grande do Sul. O Gráfico 20 apresenta um comparativo entre o PIB per capita do COREDE e o do Estado. Aqui podemos repetir algo já dito antes, a região é economicamente fraca no conjunto estadual e não tem avançado para reduzir essa diferença. Ao longo de todo o período, o PIB per capita local manteve-se em 70% do PIB per capita do Estado em média.

1 0,8 0,6

Valor 0,4 0,2 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos

Gráfico 20 - Relação entre o PIB per capita regional e o PIB per capita do RS (2000 - 2006) Fonte: FEE – Fundação de Economia e Estatística

Em razão do mostrado até aqui, o efeito esperado pode ser de pessimismo em relação ao futuro econômico da região missioneira. Contudo, nos últimos anos percebe-se uma clara reativação do crescimento, com investimentos importantes, tanto públicos como privados, alavancando a economia local. É claro que não é algo uniforme e nem na escala necessária para reduzir rapidamente nosso quadro de disparidade em relação à outras regiões. Mas é um passo em direção à quebra da estagnação em que boa parte do COREDE se encontrava. Infelizmente, os dados mais recentes ainda não estão disponíveis para ratificar e quantificar essa tendência, a qual por enquanto é uma percepção.

52 4.9 Gestão social

4.9.1 Representação política

Na Região das Missões, o Colégio Eleitoral está representado, segundo dados da FEE/RS em 2008, por 196.668 eleitores, um percentual de 2,49% do eleitorado do Estado do Rio Grande do Sul. Sendo que destes 51,22% são mulheres e 48,79% são homens, acompanhando a média do Estado. Os eleitores analfabetos representam 4,69% do eleitorado, acima da média do Estado que é de 3,24%.

Em relação à representação política, 11 prefeitos dos 25 municípios da Região são filiados ao PP- Partido Progressista, 6 pelo PMDB- Partido do Movimento Democrático Brasileiro, 5 pelo PDT- Partido Democrático Trabalhista, 2 pelo PSDB- e 1 pelo PSB- Partido Socialista Brasileiro.

4.9.2 Saúde

A mortalidade infantil na região, dados referentes a 2007, apresentou um coeficiente de mortalidade infantil de 13,46% óbitos de crianças menores de um ano para cada mil nascidos vivos, pouco acima da média do Rio Grande do Sul que é de 13,20. Na região, dez municípios apresentam mortalidade infantil superior à média do Estado. O município de Roque Gonzáles apresenta a maior taxa de mortalidade infantil na região (30,77). Outros oito municípios possuem mortalidade infantil acima da média do Estado, porém todos eles abaixo de 20 óbitos por mil nascidos vivos. Outro índice relevante que diz respeito a saúde é a expectativa de vida, que está em torno de 71,72 anos, abaixo da média anual do Estado que em 2007 é de 75 anos.

A proporção de jovens na faixa de 0 a 14 anos e adultos com mais de 60 anos, que utilizam os serviços de saúde com mais freqüência, apresenta-se semelhante à média do Estado: a faixa etária até 14 anos corresponde a 29,1% do total da população e a faixa etária de mais de 60 anos corresponde a 10,1% do total. No Estado a média desses percentuais é de, 27,8 e 9,6%, respectivamente. Deve-se destacar que na região, assim como no Estado o número de pessoas em idade avançada vem aumentando, o que ocasiona uma mudança no perfil de doenças com

53 aumento das doenças crônico-degenerativas, características das idades mais avançadas. Estes dados são relativos ao Censo do IBGE em 2000.

Com relação a disponibilização de serviços de saúde, a região possui hospitais em 48% dos municípios, com uma média de 2,8 leitos para cada mil habitantes, superior a do Estado, cuja média é de 1,7 leitos por mil habitantes. Dos 12 hospitais, 9 são considerados municipais e três hospitais regionais, localizados nos municípios de Giruá, Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga, totalizando 719 leitos. No ano de 2008 foram realizadas 15.694 internações hospitalares, sendo que destas ocorreram 642 óbitos.

4.9.3 Educação

A maioria dos indicadores da educação das Missões está acima da média estadual. Entre os itens analisados apenas o analfabetismo e as taxas de evasão escolar no ensino médio estão com índices desfavoráveis. Alguns municípios, porém, apresentam um fraco desempenho, na maioria dos itens considerados.

A rede escolar da região, em 2006, totalizava 254 escolas de Educação Infantil, 352 estabelecimentos de Ensino Fundamental, 50 de Ensino Médio e três Instituições de Ensino Superior.

Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental predominam as escolas municipais, enquanto que no Ensino Médio a maioria das escolas é de âmbito estadual. No Ensino Superior há duas instituições particulares e uma estadual. A região possui também atendimento nas modalidades Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial.

Em 2006 a Educação Infantil recebeu 6.962 matrículas para uma população de 30.720 crianças na faixa etária de 0 a 6 anos, correspondendo a 17,29% de atendimento.

Nesta faixa o Estado ainda apresenta percentual baixo de atendimento, atingindo 16,74% das crianças. Entre os municípios, São Pedro do Butiá com 25,62%, Porto Xavier com 25,46% e São Nicolau com 24,64%, são os que estão em melhor situação, enquanto Garruchos com 3,49% e Ubiretama com 10,04%, são os

54 que estão mais desassistidos. Em todo o Estado a carência de oferta de matrículas na Educação Infantil é uma realidade, tendo em vista que a cada dia aumenta o número de mulheres trabalhadoras que necessitam de local adequado para deixar seus filhos.

No Ensino Fundamental, em 2006, foram realizadas 39.721 matrículas, para um total de 39.445 habitantes na faixa etária de 7 a 14 anos. O número excedente de matrículas é de jovens das faixas etárias acima de 14 anos que não conseguiram concluir o Ensino Fundamental na faixa correspondente.

As taxas de reprovação e evasão encontram-se em boa posição, com 12,08% e 3,92%, em relação às médias do Estado de 14,37% e 4,21%, respectivamente. Dentre os municípios, no entanto, há grande variação, estando alguns em ótima posição, como Salvador das Missões, Ubiretama e Vitória das Missões, com baixas taxas de Reprovação e Guarani das Missões, Salvador das Missões, São Paulo das Missões, Sete de Setembro e Ubiretama com baixas taxas de evasão. Outros apresentam índices bastante altos de reprovação, muito acima da média regional e estadual, como Roque Gonzales com 21,9%, Caibaté com 18,6% e São Miguel das Missões com 16,81%. Com acentuada evasão, estão os municípios de São Nicolau com 9,56%, seguido de Dezesseis de Novembro com 5,16% e São Luiz Gonzaga com 5,13 %.

O Ensino Médio, em 2006, recebeu 12.214 matrículas. A população regional da faixa de idade correspondente a este nível, de 15 a 17 anos, é de 15.677 habitantes. Esta diferença, para menos no número de matriculas, pode ser explicado pelo grande contingente de jovens que estão fora da escola e por aqueles que ainda freqüentam o Ensino fundamental. Salienta-se, porém, que neste nível encontramos muitos alunos com idade que ultrapassam esta faixa.

A taxa de reprovação apresenta-se alta, bem acima da média regional de 11,33%, nos municípios de Roque Gonzales, Santo Antônio das Missões, Bossoroca, e Cerro Largo com 18,87%, 23,49%, 16,56% e 15,96%, respectivamente. Destacam-se pela baixa reprovação os municípios de Entre-Ijuís com ausência de reprovados, Salvador das Missões com 1,80% e Vitória das Missões com 1,85%.

55 A evasão no Ensino Médio é um dos indicadores educacionais mais preocupantes da região, pois está acima do índice estadual. Além disto cinco municípios apresentam taxas, bem superiores à média regional: Bossoroca com 23,73%, Cerro Largo com 19,79%, Giruá com 17,22%, Entre Ijuís com 16,76% e Santo Ângelo com 16,46%. São Pedro do Butiá com 0,67% e Ubiretama com 3,43% estão bem situados com as mais baixas taxas da região, muito inferiores às médias regional e estadual.

A região das Missões conta com três Instituições de Ensino Superior. A Universidade Regional Integrada D – URI com sede em possui três campi localizados em Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga e Cerro Largo; a Instituição Superior de Santo Ângelo – IESA, em Santo Ângelo e a Universidade do Estadual do Rio Grande do Sul em São Luiz Gonzaga. Estas três Instituições somam 5.864 alunos matriculados na graduação e 204 na pós-graduação, em 2002.

O Ensino Profissional possui 22 escolas nos municípios de Caibaté, Cerro Largo, Entre-Ijuís, Guarani das Missões, Porto Xavier, Roque Gonzales, Santo Ângelo com 26 cursos. Onze destes cursos são oferecidos por escolas da rede pública estadual e 15 por estabelecimentos particulares.

A rede de ensino do Estado oferece educação para Jovens e Adultos- EJA- que atende a demanda fora da faixa de ensino regular. Nas Missões este ensino é oferecido em 12 municípios, totalizando 3.320 alunos que freqüentam classes de Ensino Fundamental e Médio.

A Educação Especial atende a clientela que apresenta especificidades que interferem na aprendizagem, exigindo um tipo diferenciado de atendimento que tanto pode ser em escolas especialmente dotadas ou em classes regulares com atendimento orientado para este tipo de alunado. Esta rede de estabelecimentos, em 2001 tinha 769 alunos matriculados em nove municípios

A região conta com uma escola indígena na Reserva de Terra Indígena Inhacapetum Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Igineo Romeu Ko’enju - no município de São Miguel das Missões, atendendo 45 alunos em regime multisseriado.

56 Ao analisar os dados sobre a alfabetização no ano 2000, conforme a Figura 8, observa-se que 81,97% da população regional é alfabetizada, situando-se abaixo da média estadual de 83,01%. Ao verificarmos a mesma taxa por faixas etárias, constata-se que entre os mais jovens – 15 a 19 anos - a taxa de analfabetos é de 1,51%, muito próxima da média estadual de 1,46%. No Brasil este índice situa-se em 5%. Na faixa de mais de 19 anos a taxa de analfabetos é de 9,78%, enquanto no Rio Grande do Sul é 7,42% e no Brasil 15,16%.

Entre os municípios da região a taxa de alfabetização varia de 89,38% em Salvador das Missões a 71,71% em São Nicolau que apresenta a menor taxa da região, abaixo da média estadual e brasileira. Além disso, treze municípios da região apresentam taxas inferiores a média estadual. Em quinze municípios da região, no grupo acima de 19 anos, as taxas são também bastante baixas.

Taxa de Alf abetização 2000 % 77.13 - 85 85.00 - 90

90.00 - 92 Po rt o Xa vie r Sa o Paulo d as Miss oe s 92.00 - 97.56 Giru á Ubir eta m a Roq ue Go nza les 10 0 10 20 Km Pir ap ó N Cer ro La rg o Se te de Set em br o Sa o Pedr o do Butiá Gua ra ni das M isso es Fonte: A nuário Estatístico FE E, 2001 Deze sse is d e N ove mb ro Elaboração: S CP/DDRU Sa o Nico lau Sa nt o An ge lo Gar ru ch os

Caib até Sa o Lu iz Go nza ga

Vit ór ia d as Mis soe s

Sa nt o An tôn io das M isso es Eu gê nio de Ca str o En tr e- Ijuí s

Bo sso ro ca Sa o Mig ue l da s M isso es

Figura 10 - Taxa de alfabetização nos municípios do COREDE Missões (2000) FONTE: Programa Rede de Cidades das Missões/2000

57 4.9.4 Justiça e segurança

A região conta com dois presídios considerados regionais e que possuem maior capacidade, localizados em São Luiz Gonzaga e de Santo Ângelo, não sendo considerados de Segurança Máxima.

4.9.5 Assistência social

A Região possui cadastradas 31.562 famílias no Programa Bolsa Família do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, sendo que destas 18.374(58,21% dos cadastros validos) famílias são beneficiarias do referido programa. Em 2008 foram repassados recursos no valor de R$ 16.830.443,00 para toda a região.

De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Previdência Social, a Região no ano de 2008 apresentou entre um total de 58.187 beneficiários, representado em termos percentuais 22,96% em relação a população da região e 41,97% da população rural e 14,l6% da população urbana. Foram repassados o valor de R$ 344.267.996,00 em benefícios e a arrecadação regional foi de R$ 95.211.786,00 refletindo assim um déficit de 27,65%.

58 5. DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO

5.1 - MATRIZ FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças).

Considerada como uma metodologia adequada para o processo de Planejamento Regional, a matriz FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) consiste em diagnosticar os problemas e potencialidades do setor produtivo e da dinâmica social da região, bem como apresentar de forma sintética e objetiva as dificuldades e as facilidades existentes, dando ênfase às questões cruciais para a mobilização produtiva do território.

Na Região das Missões a Matriz FOFA foi elaborada pelo conjunto dos participantes durante as oficinas de direcionamento estratégico que, de forma sistematizada, apresentou o detalhamento de ações a seguir demonstradas no Quadro 4.

Quadro 4 - Sistematização de dados apresentados na etapa de diagnóstico Fortalezas (fatores internos) Oportunidades (fatores externos)

 DISPONIBILIDADE ENERGÉTICA  CRESCIMENTO DE INTEGRAÇÃO COM CAPACIDADE PARA GLOBAL DAS REDES TECNOLÓGICAS; AMPLIAÇÃO DE PLANTAS  EXISTÊNCIA DE FINANCIAMENTOS INDUSTRIAIS; GOVERNAMENTAIS PARA  EXISTÊNCIA DE RODOVIAS PROGRAMAS E PROJETOS DE ASFALTADAS LIGANDO A REGIÃO EMPREENDEDORISMO E COM OUTRAS REGIÕES NO RS E CAPACITAÇÃO EMPRESARIAL; MERCOSUL;  EXPANSÃO DOS MERCADOS  BOA OFERTA PARA INGRESSO AO CONTINENTAIS/MERCOSUL; ENSINO SUPERIOR;  ESTAR INCLUSA NO PROGRAMA  PROXIMIDADE AOS MERCADOS DO FEDERAL DAS MESORREGIÕES; MERCOSUL;  AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL PELA  EXISTÊNCIA DE PATRIMÔNIO DENSIDADE DA ORGANIZAÇÃO HISTÓRICO E CULTURAL SOCIAL; RECONHECIDO PELA UNESCO;  INVESTIMENTOS EM PLANTAS  DISPONIBILIDADE DE MÃO-DE- INDUSTRIAIS AGRÍCOLAS PARA A OBRA QUALIFICADA, TRANSFORMAÇÃO DE GRÃOS, ESPECIALMENTE NOS SETORES ESPECIALMENTE DE SOJA, TRIGO E DE SERVIÇOS E COMÉRCIO; MILHO;  ALTA PRODUÇÃO NA CADEIA DO  AUMENTO DOS RECURSOS FEDERAIS LEITE; DE FINANCEIROS À MODERNIZAÇÃO  TERRAS FÉRTEIS FACILITANDO À AGRÍCOLA (PROGRAMA MAIS DIVERSIFICAÇÃO AGRÍCOLA; ALIMENTOS);

59  POSIÇÃO GEOGRÁFICA COM ALTA  FINANCIAMENTO DE ESTRUTURAS DENSIDADE PARA O PARA A CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS SOLAR E DOS VENTOS; PLUVIAIS;  EXISTÊNCIA DE UNIVERSIDADES,  REVITALIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA PÓLOS TECNOLÓGICOS, ESCOLAS MALHA FERROVIÁRIA EXISTENTE NA TÉCNICAS E CENTROS DE ENSINO; REGIÃO;  SIGNIFICATIVO NÚMERO DE  EXISTÊNCIA DE PROGRAMAS PARA A PROPRIEDADES DA AGRICULTURA MELHORIA NO ATENDIMENTO À FAMILIAR. SAÚDE EM TODOS OS NÍVEIS.

Fraquezas (fatores internos) Ameaças (fatores externos)

 DEFICIENTE INFRA-ESTRUTURA  FALTA DE POLÍTICAS NA MAIORIA DAS PROPRIEDADES GOVERNAMENTAIS ESPECÍFICAS AGRÍCOLAS PARA SUPORTAR PARA AS REGIÕES COM BAIXO PIB,  PERÍODOS DE ESTIAGENS/SECAS; PRINCIPALMENTE EM PESQUISAS  ELEVADO CUSTO DOS TECNOLÓGICAS; TRANSPORTES PARA O MERCADO  HISTÓRICAMENTE A REGIÃO EXTERNO EM RAZÃO DA APRESENTA PERÍODOS COM DISTÂNCIA DOS PORTOS DE INSTABILIDADES CLIMÁTICAS E EXPORTAÇÃO; FRUSTRAÇÕES DE SAFRAS;  BAIXA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS  CONDICIONAMENTOS IMPOSTOS À E DERIVADOS DE AGRO- DIVERSIFICAÇÃO AGRÍCOLA E INDUSTRIALIZAÇÃO; MANUTENÇÃO DA MONOCULTURA DE  INEXISTÊNCIA DE UM BANCO DE GRÃOS; PROJETOS ESTRUTURANTES AO  FORTE DEPENDÊNCIA DA COMPRA DESENVOLVIMENTO REGIONAL; EXTERNA DE INSUMOS  BASE ECONÔMICA EM MODELO NECESSÁRIOS À PRODUÇÃO AGRÍCOLA EXPORTADOR DE AGRÍCOLA; PRODUÇÃO PRIMÁRIA (GRÃOS),  CONTAMINAÇÃO DO SOLO E DAS SEM AGREGAÇÃO DE VALOR NA ÁGUAS FLUVIAIS PELA FALTA DE CADEIA DE TRANSFORMAÇÃO E CUIDADOS PREVENTIVOS NO USO DE COMERCIALIZAÇÃO; AGROTÓXICOS;  BAIXOS INVESTIMENTOS EM  MIGRAÇÃO DE JOVENS PESQUISA PARA AS ENERGIAS QUALIFICADOS, ESPECIALMENTE LIMPAS E RENOVÁVEIS. TÉCNICOS DE ENSINO MÉDIO E NÍVEL SUPERIOR COMPLETO, PARA OUTRA REGIÕES COM MAIOR OFERTA DE TRABALHO. Fonte: Dados diagnosticados nas oficinas regionais.

5.2 Gestão institucional Quadro 5 - Projetos Estruturantes na Gestão Institucional Projeto Estruturante INST 1 Inventário do Patrimônio cultural e natural da Região das Missões do Rio Grande do Sul.

Projeto Estruturante INST 2 Divulgação cultural e construção da Agenda Regional.

Projeto Estruturante INST 3 Aumento da participação pela articulação de projetos institucionais na Região.

60

Projeto Estruturante INST 4 Programa de capacitação continuada de gestores públicos, líderes comunitários e técnicos municipais.

Projeto Estruturante INST 5 Difusão tecnológica e educação patrimonial para docentes da rede de ensino fundamental, médio e superior.

Projeto Estruturante INST 6 Ecoturismo sustentável.

Fonte: Sistematização de projetos priorizados nas oficinas.

Continuação do Quadro 5 Área Objetivo geral Título do Metas Instituições projeto parceiras Gestão Desenvolver Inventário do - Realização de COREDE institucional estratégias Patrimônio um inventário MISSÕES, competitivas de cultural e sobre recursos UNIVERSIDADES e organização social natural da culturais e FUNMISSÕES. em instituições Região das naturais existentes públicas, privadas e Missões do no período de um da sociedade civil, Rio Grande do ano; na perspectivas de Sul. - Criação de viabilizar banco de imagens empreendimentos dos recursos socioeconômicos da culturais e Região das Missões naturais regionais RS. a serem disponibilizados em site; - Elaboração de documento com resultado dos levantamentos propostos, o qual deve ser atualizado a cada dois anos.

Gestão Desenvolver Divulgação -Criação de um COREDE institucional estratégias cultural e site (ou utilização MISSÕES, competitivas de construção da do site do UNIVERSIDADES e organização social Agenda COREDE - FUNMISSÕES. em instituições Regional. MISSÕES) públicas, privadas e referente aos bens da sociedade civil, culturais e na perspectivas de potenciais viabilizar turísticos empreendimentos regionais;

61 socioeconômicos da -Criação de Região das cartilha (impressa) Missões/RS. com informações sobre a região, no período de dois anos, com base no inventário a ser realizado; - Realização de uma matéria jornalística (mídia falada e escrita) pelo menos uma vez por mês, ao longo de quatro anos.

Gestão Desenvolver Aumento da -Realização de um Governo do Estado institucional estratégias participação diagnóstico sobre do RS, competitivas de pela projetos na região COMUDEs, organização social articulação de em um ano; AMM, em instituições projetos - Elaboração de Universidades, públicas, privadas e institucionais um projeto para a Governo da sociedade civil, na Região. região por ano, Federal/Ministérios. nas perspectivas de contemplando-se, viabilizar no mínimo, uma empreendimentos microrregião socioeconômicos da distinta a cada Região das ano ao longo de Missões/RS. três anos.

Gestão Desenvolver Programa de -Realização de um AMM, COMUDEs, institucional estratégias capacitação curso de extensão Universidades. competitivas de continuada de em gestão pública organização social gestores para gestores em instituições públicos, públicos públicas, privadas e líderes municipais a cada da sociedade civil, comunitários e dois anos; nas perspectivas de técnicos -Realização de um viabilizar municipais. curso anual para empreendimentos técnicos socioeconômicos da municipais em Região das gestão pública; Missões/RS. - Realização de 2 oficinas por mês (de forma descentralizada) para lideranças comunitárias nos municípios e zonas rurais no período de um ano.

62 Gestão Desenvolver Difusão -Realização de um Governo do Estado institucional estratégias tecnológica e curso por ano, no do RS, competitivas de educação período de 4 anos. COMUDEs, organização social patrimonial AMM, em instituições para docentes Universidades. públicas, privadas e da rede de da sociedade civil, ensino nas perspectivas de fundamental, viabilizar médio e empreendimentos superior. socioeconômicos da Região das Missões/RS.

Gestão Desenvolver Ecoturismo - Criar um Governo do Estado institucional estratégias sustentável. programa regional RS, competitivas de com equipe Universidades. organização social capacitada para em instituições atender demandas públicas, privadas e por projetos de da sociedade civil, ecoturismo; nas perspectivas de - Um projeto por viabilizar ano, via consulta empreendimentos popular, para socioeconômicos da capacitação de Região das equipe municipal e Missões/RS. população em projetos de ecoturismo; - Elaboração de um mapa regional de potenciais turísticos; - Projeto de sinalização turística com base no mapa regional de potencialidades.

5.2. Gestão econômica

Quadro 6 - Projetos Estruturantes na Gestão Econômica Projeto Estruturante EC 1 Criação de uma Agência de Desenvolvimento Regional.

Projeto Estruturante EC 2.1 Programa de alternativas econômicas aos produtos agrícolas tradicionais.

Projeto Estruturante EC 2.2 Apoio à agroindustrialização e à agricultura familiar.

63 Projeto Estruturante EC 3 Promoção da implantação de novas indústrias nos setores moveleiro, vestuário e reciclagem de resíduos sólidos.

Projeto Estruturante EC 4 Fomento ao empreendedorismo.

Projeto Estruturante EC 5 Suporte à comercialização de produtos regionais.

Projeto Estruturante EC 6 Planos Municipais de Turismo.

Projeto estruturante EC 7 Estruturação turística.

Fonte: Sistematização de projetos priorizados nas oficinas.

Continuação do Quadro 6 Área Objetivo geral Título do Metas Instituições projeto parceiras Gestão Promover a Criação de uma Implantação da Associações de econômica diversificação Agência de Agência de Municípios, econômica, a partir Desenvolvimento Desenvolvimento ACIs, das Regional. em 2 anos; COMUDEs, potencialidades Um programa de Órgãos regionais na desenvolvimento Estaduais. agroindústria e no econômico em até turismo regional, 2 anos. estimulando a fixação da população no meio rural, bem como o desenvolvimento de novos investimentos. Gestão Promover a Programa de - Realização no Organização econômica diversificação alternativas primeiro ano de das econômica, a partir econômicas aos vigência do plano cooperativas do das produtos agrícolas estratégico de uma estado do Rio potencialidades tradicionais. pesquisa sobre Grande do Sul regionais na interesses relativos (OCERGS), agroindústria e no a alternativas e Sindicatos dos turismo regional, sugestões de Trabalhadores estimulando a produção dos Rurais, fixação da produtores de Sindicatos população no meio renda familiar à rurais, SENAC, rural, bem como o monocultura; SENAR, desenvolvimento - Um seminário SENAI, etc. de novos anual sobre investimentos. alternativas à

64 monocultura com técnicos especializados; - Realização de pelo menos um seminário por ano de empreendedorismo para produtores de renda familiar ao longo de quatro anos; Realização de cursos de capacitação econômica e empresarial – um por ano; - Cursos de qualificação para agricultura familiar (um por ano). - Um projeto por ano voltado a cadeias produtivas, sendo que em cada ano uma microrregião distinta deve ser beneficiada, ao longo de três anos.

Gestão Promover a Apoio à - Realização de Municípios, econômica diversificação agroindustrialização dois cursos por Secretaria econômica, a partir e à agricultura ano de Estadual de das familiar. aperfeiçoamento e Agricultura, potencialidades qualificação para ONGs. regionais na agricultores e agroindústria e no agricultoras; turismo regional, - Oficinas em estimulando a algumas fixação da propriedades nas população no meio microrregiões rural, bem como o (experiências desenvolvimento práticas) e de novos municípios da investimentos. região. Gestão Promover a Promoção da Abertura de linhas Municípios, econômica diversificação implantação de de incentivo a tais ACIs. econômica, a partir novas indústrias setores; das nos setores Captação de potencialidades moveleiro, fundos do regionais na vestuário e programa de agroindústria e no reciclagem de Redução das turismo regional, resíduos sólidos. Desigualdades estimulando a Regionais para fixação da aplicação nesses população no meio segmentos.

65 rural, bem como o desenvolvimento de novos investimentos.

Gestão Promover a Fomento ao Estruturação de Governo do econômica diversificação empreendedorismo. um banco de Estado, econômica, a partir dados como Universidades, das suporte a projetos Cooperativas potencialidades de investimento; locais. regionais na Criação de agroindústria e no incubadoras turismo regional, empresariais e estimulando a tecnológicas; fixação da Realização de população no meio cursos para rural, bem como o capacitação de desenvolvimento empreendedores; de novos Realização de investimentos. cursos de incentivo ao cooperativismo e associativismo.

Gestão Promover a Suporte à - Quatro anos para COMUDEs, econômica diversificação comercialização de obtenção de Associações de econômica, a partir produtos regionais. certificação de Municípios, das produtos agrícolas ACI. potencialidades regionais; regionais na - Construção em agroindústria e no cada microrregião, turismo regional, em 2 anos, uma estimulando a Central de fixação da Atendimento de população no meio Negócios para rural, bem como o comercialização. desenvolvimento de novos investimentos.

Gestão Promover a Planos Municipais Elaboração dos Secretaria de econômica diversificação de Turismo. planos. Turismo/RS, econômica, a partir Universidades, das IPHAN. potencialidades regionais na agroindústria e no turismo regional, estimulando a fixação da população no meio rural, bem como o desenvolvimento de novos investimentos.

66 Gestão Promover a Estruturação - Pavimentação Secretaria de econômica diversificação turística. dos acessos; Turismo/RS, econômica, a partir - Realização de URI, das cursos de IPHAN. potencialidades capacitação para regionais na os agentes de agroindústria e no turismo; turismo regional, - Elaboração dos estimulando a guias para fixação da divulgação. população no meio rural, bem como o desenvolvimento de novos investimentos.

5.3. Gestão social

Quadro 7 - Projetos Estruturantes na Gestão Social Projeto Estruturante SOC 1 Incentivo à atuação das Escolas Técnicas Regionais.

Projeto Estruturante SOC 2 Educação combinada (básica e profissional) para jovens no meio rural.

Projeto Estruturante SOC 3 Redução do Analfabetismo.

Projeto Estruturante SOC 4 Consolidação de Programas de Saúde Preventiva na Região.

Projeto Estruturante SOC 5 Melhoria no Atendimento de Média e Alta Complexidade na Saúde Pública da Região.

Projeto Estruturante SOC 6 Programa de Prevenção à Drogadição (Dependência química e Alcoolismo).

Projeto Estruturante SOC 7 Centro de Referência Regional de Assistência Social.

Projeto Estruturante SOC 8 Qualificação das Organizações de Segurança Pública (Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil).

67 Projeto Estruturante SOC 9 Programa de Ressocialização de Detentos.

Fonte: Sistematização de projetos priorizados nas oficinas

Continuação do Quadro 7 Área Objetivo geral Título do Metas Instituições projeto parceiras Gestão social Incentivar o Aprimoramento - Criação de um Ministério da desenvolvimento e criação de curso (com Educação, Ministério de ações sociais Escolas de bolsas ou do Trabalho e em parceria entre o tempo integral e gratuito) em cada Emprego, poder público e técnicas. município da Secretaria Estadual sociedade civil da Região; de Educação, Região das - Implantação de Secretaria Estadual Missões RS, um Instituto de Justiça e buscando a Federal de Desenvolvimento melhoria da Educação (IFET) Social, qualidade de vida. no município de Coordenadoria Santo Regional de Ângelo/RS. Educação, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (Programa SINE).

Gestão social Incentivar o Educação - Implantar e/ou Ministério da desenvolvimento combinada implementar um Educação, de ações sociais (básica e curso Ministério do em parceria entre o profissional) permanente de Trabalho, poder público e para jovens no educação Secretaria Estadual sociedade civil da meio rural. combinada de Educação. Região das (básica e Missões RS, profissional) em buscando a cada melhoria da microrregião qualidade de vida. (São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e Cerro Largo).

Gestão social Incentivar o Redução do - Em três anos, Governo do Estado, desenvolvimento analfabetismo. diminuir em 60% Ministério da de ações sociais o número de Educação, em parceria entre o analfabetos na Universidades. poder público e Região. sociedade civil da Região das Missões RS, buscando a melhoria da qualidade de vida.

68 Gestão social Incentivar o Consolidação - Curso de Ministério da Saúde, desenvolvimento de Programas capacitação para Secretaria Estadual de ações sociais de Saúde todos os da Saúde, em parceria entre o Preventiva na profissionais da Universidades. poder público e Região. área da saúde; sociedade civil da - Implantação em Região das cada município Missões RS, da região de um buscando a projeto de saúde melhoria da preventiva, além qualidade de vida. dos já existentes, buscando atender novas áreas ainda não desenvolvidas.

Gestão social Incentivar o Melhoria no - Implantação de Ministério da Saúde, desenvolvimento atendimento de Centros de Secretaria Estadual de ações sociais Média e Alta Referência de da Saúde. em parceria entre o Complexidade Média poder público e na Saúde Complexidade (1 sociedade civil da Pública da por Região das Região. microrregião); Missões RS, - Implantação do buscando a Pólo Regional de melhoria da Média e alta qualidade de vida. Complexidade.

Gestão social Incentivar o Programa de - Desenvolver Secretarias desenvolvimento Prevenção e três projetos Estaduais de Saúde, de ações sociais Tratamento à microrregionais: Assistência Social e em parceria entre o Drogadição Sto. Ângelo, Educação, poder público e (Dependência Cerro Largo e Universidades, sociedade civil da química e São Luiz Organizações não Região das alcoolismo). Gonzaga. Governamentais, Missões RS, Brigada Militar. buscando a melhoria da qualidade de vida.

Gestão social Incentivar o Centro de - Estruturação de Secretaria Estadual desenvolvimento Referência uma Casa de de Justiça e de ações sociais Regional de passagem e Desenvolvimento em parceria entre o Assistência assistência Social, poder público e Social. Regional. Secretaria Estadual sociedade civil da da Saúde, Região das Universidades, Missões RS, Ministério de buscando a Desenvolvimento melhoria da Social. qualidade de vida.

Gestão social Incentivar o Qualificação - Cursos Secretaria Estadual desenvolvimento das Instituições permanentes de da Justiça, de ações sociais de Segurança Qualificação; Ministério da Justiça, em parceria entre o Pública (Corpo - Projetos de Organizações não poder público e de Bombeiros, Criação de Governamentais e sociedade civil da Polícia Militar e Casas Universidades.

69 Região das Polícia Civil). Funcionais para Missões RS, Policiais; buscando a - Busca de melhoria da recursos para qualidade de vida. melhoria na infra- estrutura das Organizações de Segurança Pública; - Programa de Assistência psicológica e à saúde do efetivo policial.

Gestão social Incentivar o Programa de - Três turmas de Ministério da Justiça desenvolvimento Ressocialização educação básica e Ministério da de ações sociais de Detentos. e profissional Educação (Governo em parceria entre o (presídios de Federal), poder público e São Luiz Governo Estadual, sociedade civil da Gonzaga, Sto. Universidades, Região das Ângelo e Cerro ILANUD (Instituto Missões RS, Largo); Latino-americano das buscando a - Assistência às Nações Unidas para melhoria da famílias de 50% a prevenção do delito qualidade de vida. dos apenados; e tratamento do - Três delinqüente). projetos/ações de Ressocialização (um em cada microrregião).

5.4. Gestão estrutural

Quadro 6 - Projetos Estruturantes na Gestão Estrutural Projeto Estruturante EST 1 Ponte Internacional em Porto Xavier.

Projeto Estruturante EST 2 Modernização do aeroporto regional de Santo Ângelo.

Projeto Estruturante EST 3 Instalação de Porto Seco.

Projeto Estruturante EST 4 Ponte entre Guarani das Missões e Mato Queimado.

70

Projeto Estruturante EST 5 Acesso asfáltico aos os municípios de Eugênio de Castro, Garruchos, Ubiretama, Rolador e Pirapó.

Projeto Estruturante EST 6.1 Elaboração dos planos de saneamento básico.

Projeto Estruturante EST 6.2 Elaboração do Zoneamento Econômico-Ecológico para a região (ZEE).

Projeto Estruturante EST 7 Melhorias na rede internet.

Fonte: Sistematização de projetos priorizados nas oficinas.

Continuação do Quadro 6 Área Objetivo geral Título do Metas Instituições projeto parceiras Gestão Qualificar a Ponte Construção da Governo do estrutural infraestrutura da Internacional ponte em um Estado do Rio região, considerando em Porto prazo de 5 anos. Grande do Sul; aspectos viários Xavier. Ministério da intermunicipais e Integração saneamento, Nacional, visando dar suporte Ministério dos ao desenvolvimento Transportes. de outras atividades e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Modernização - Conclusão da Governo do estrutural infraestrutura da do aeroporto pista em 4 anos; Estado/RS, região, considerando regional de - Instalação dos Governo Federal. aspectos viários Santo Ângelo. equipamentos em intermunicipais e 2 anos. saneamento, visando dar suporte ao desenvolvimento de outras atividades e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Instalação de - Instalação do Governo do estrutural infraestrutura da Porto Seco na porto em 4 anos. Estado RS, região, considerando Região das Prefeituras. aspectos viários Missões/RS. intermunicipais e

71 saneamento, visando dar suporte ao desenvolvimento de outras atividades e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Ponte entre - Conclusão da COREDE estrutural infraestrutura da Guarani das ponte em 4 anos. MISSÕES, DAER. região, considerando Missões e Mato aspectos viários Queimado. intermunicipais e saneamento, visando dar suporte ao desenvolvimento de outras atividades e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Acesso - 100% dos COREDE estrutural infraestrutura da asfáltico aos acessos MISSÕES, DAER. região, considerando municípios de finalizados em aspectos viários Eugênio de quatro anos. intermunicipais e Castro, saneamento, Garruchos, visando dar suporte Ubiretama, ao desenvolvimento Rolador e de outras atividades Pirapó. e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Elaboração dos - Em dezembro de Órgãos Estaduais estrutural infraestrutura da planos de 2011 todos os e Universidades. região, considerando saneamento municípios do aspectos viários básico. COREDE com intermunicipais e Plano Municipal saneamento, de Saneamento visando dar suporte Básico, conforme ao desenvolvimento Lei Federal nº de outras atividades 11.445/07; e dinâmicas - Em 4 anos todos regionais. os municípios do COREDE com planos setoriais específicos de abastecimento de água, de esgotos sanitários, de drenagem urbana e manejos de águas pluviais e de resíduos sólidos; - Contratação de funcionários municipais especializados, no mínimo 2 por

72 município, para o processo de gestão municipal do Plano de Saneamento Básico, até 2012.

Gestão Qualificar a Zoneamento - Estudos Universidades; estrutural infraestrutura da Econômico realizados para a Municípios, região, considerando Ecológico para ZEE em 2 anos; Órgãos Estaduais, aspectos viários a Região. - Estabelecimento ONGs e intermunicipais e de ZEE em 3 Entidades saneamento, anos. Regionais. visando dar suporte ao desenvolvimento de outras atividades e dinâmicas regionais.

Gestão Qualificar a Melhorias na - 100% da região Prefeituras estrutural infraestrutura da rede da com atendimento municipais, região, considerando INTERNET em de serviços com Governo Estadual, aspectos viários todos os banda larga, em 3 Federal e intermunicipais e municípios da anos; empresas da saneamento, Região. - Promoção anual região. visando dar suporte de curso de ao desenvolvimento capacitação da de outras atividades população que e dinâmicas viabilize a regionais. inclusão digital.

73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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