Março 2016 sineperj.org.br

EXPEDIENTE DIRETORIA Cláudia Costa NESTA EDIÇÃO Luiz Henrique Mansur Barbosa Jorge Teixeira de Queiroz Anna Lydia Collares EDITORIAL Marcela Bittencourt 03 Gustavo Paranhos Gestão em novo tempo POR: Profa. Cláudia Costa SUPLENTES Maria Aparecida Sabadin Leonor Maria Barros Peixoto 04 ESPORTE Bruno Cortez Coelho 05 Além da Educação Física

CONSELHO FISCAL Elicea Da Silveira Antonio Claudio Cavalcante Da Silva 06 ACONTECE NO SINEPE RJ Inês De Oliveira Leite 07 SINEPE RJ no CEE

SUPLENTES ATUALIZE-SE Rita De Cássia Jannotti Miranda Novidades na Legislação Bernardo Santa Rosa Nogueira Silvano José Martin 08 ACONTECE NO SINEPE RJ CONSELHO CONSULTIVO 09 Cláudia Costa SINEPE RJ elege nova Luiz Henrique Mansur Barbosa diretoria Anna Lydia Collares

JURÍDICO Textos: Camille Siston e J ulia Sinder 10 Diagramação: Julia Sinder 11 Cyberbullying: saber evitar Revisão: Maria Auxiliadora Gozzi Penna é preciso

12 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS Economia em sala de aula

13 Técnicas para manter um bom atendimento 14 Educação ambiental e alfabeti- zação ecológica nas escolas

15 POLÍTICA POR: Comte Bittencourt Universalização da educação básica

2 SINEPE RJ Março 2016 sineperj.org.br

EDITORIAL GESTÃO EM NOVO TEMPO PROFa. cláudia costa fala sobre A nova gestão e os desafios atuais POR: Profa. Cláudia Costa POR : PROFa. CLÁUDIA COSTA

Neste novo tempo frente à Presi- cular para a rede pública. a serem continuadas e aprofundadas dência do SINEPE RJ, teremos diferen- Desta forma, precisamos estar mais por esta Diretoria. tes e inusitados desafios. unidos, atuantes, trocando informa- Finalizo com versos de uma poesia O cenário político-econômico atual ções e promovendo formações, alimen- de Cecília Meireles que nos traz boa re- traz imensas dificuldades, com a infla- tando-nos com ações consistentes, cria- flexão e força para o ano de 2016... ção crescente e em alta, o desemprego tivas e firmes, tornando menos duro o “Aprendi com as primaveras a dei- com índices assustadores e a crise ética, que se descortina também no cenário xar-me cortar e a voltar sempre inteira.” que se revela com corrupção transbor- educacional nestes próximos anos. dante invadindo nosso cotidiano pelos Contudo, gostaríamos de registrar diversos meios de comunicação. que, para o SINEPE RJ, os bons aconte- Cláudia Costa é Presidente Entre os fatores que geram enorme cimentos estão presentes neste início do SINEPE RJ recuo nos indicadores mundiais, desta- de gestão! camos alguns que permeiam e afetam Nosso primeiro vice-presidente, significativamente a estrutura da escola Prof. Luiz Henrique Mansur Barbosa, particular no Brasil da atualidade: está eleito presidente do Conselho Es- - as recentes legislações referentes à tadual de Educação do , Inclusão Escolar que retiram da escola fazendo jus ao brilhante caminho per- particular direito concedido de recebi- corrido neste egrégio Conselho duran- mento de taxa para aluno deficiente, te os anos anteriores, sempre atuando a ainda garantido à escola pública, provo- favor da educação particular em nosso cando enorme retrocesso no processo estado. trilhado neste campo pela escola parti- As novas lideranças que emergem cular Básica e Superior; em nossa base territorial, os projetos de - a retirada de programas de go- captação de associados que geram o for- verno destinados ao Ensino Superior, talecimento da educação particular no trazendo grande instabilidade para as Estado do Rio de Janeiro, os avanços le- Instituições de Ensino Superior e estu- gislativos, pedagógicos e educacionais dantes de todo o país; consequentes das ações desenvolvidas - a evasão escolar em função da crise pelas assessorias e departamentos do econômica que assola todos nós e que SINEPE RJ, em parceria com as escolas gera a migração de alunos da rede parti- associadas, são algumas das conquistas POR: Comte Bittencourt "Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira." Cecília Meireles

SINEPE RJ 3 Março 2016 sineperj.org.br

ESPORTE ALÉM DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Alunos durante o torneio de Xadrez

“Entende-se a Educação Física Escolar como uma disciplina que introduz e integra o alu- no na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida”. Esta frase foi citada pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) em sua revista institucional.

A definição do entendimento da disciplina de Educação Física é bastante ampla. Ela repre- senta a importância da prática esportiva na vida das crianças e adolescentes e os resultados que pode causar na vida adulta. É dentro da escola que alunos descobrem qual esporte tem mais afinidade para auxiliar tanto no desenvolvimento psicológico, social e até mesmo profissional.

Algumas escolas apostam tanto no esporte que atravessam o oceano com sua equipe para disputar campeonatos e torneios. O Colégio Plínio Leite, instituição tradicional na cidade de Niterói, valo- riza e estimula a prática esportiva. Ao longo dos 87 anos de prática educacional, a escola aposta tanto no esporte que ultrapassa a barreira das quadras da escola.

4 SINEPE RJ Março 2016 sineperj.org.br

O projeto "Clube de Esportes" , de- melhor à qualidade de vida na socie- Xadrez para as escolas em 2001, pas- senvolvido no Plínio Leite, visa, em dade. Através da tradição esportiva, sando por diversas escolas, públicas aulas oferecidas aos seus alunos no procuramos estimular o exercício do e privadas. O sucesso foi tanto que o contraturno, fomentar o esporte atra- respeito, da afetividade, da disciplina, Colégio São Vicente de Paulo incluiu vés de uma prática inclusiva e desco- da concentração e da solidariedade o Xadrez na grade curricular dos alu- brir destaques e talentos que integra- entre todos os membros da comuni- nos do Ensino Fundamental I (do 1º rão as equipes competitivas. O Judô dade escolar. Acreditamos no esporte ano ao 5º ano) e, hoje, cerca de 900 e a Ginástica Rítmica são os esportes para desenvolver o equilíbrio emo- alunos aprendem as técnicas do es- que mais se destacam no panorama cional, saúde, autodisciplina e inte- porte. Em 2014, o professor quebrou o estadual, nacional e internacional. ração social”, avalia o coordenador. recorde do torneio de Xadrez em Nite- O Judô é oferecido no Colégio Enquanto o Colégio Plínio Lei- rói, contando com 142 participantes. há 31 anos, com participação nos te investe na força física dos jovens Para Fábio, a inserção do Jogo de jogos escolares de Niterói, no cam- atletas, o Colégio São Vicente de Xadrez na escola aumenta as chances peonato Regional da Federação de Paulo puxa duas cadeiras e estimu- Judô do Estado do Rio de Janeiro en- e oportunidades de carreira de um la seus alunos do Ensino Funda- tre outros campeonatos promovidos jovem, além de ser um esporte inclu- mental I a se desafiarem em um pela Federação. A veterana Ginásti- sivo. O professor comenta que possui confronto que acontece através da ca Rítmica está presente no Colégio alunos campeões estaduais, um ex- concentração e da força mental. Adi- Plínio Leite há 36 anos e coleciona -aluno que leciona Xadrez nos Esta- vinhou qual esporte? É o Xadrez! medalhas. Com sucesso nos campe- dos Unidos, se orgulha por ter alunos A escola desenvolve esse projeto onatos estaduais e nacionais, a es- com deficiência auditiva e até uma cola teve suas equipes classificadas há 10 anos e, atualmente, se destaca estudante com hidrocefalia, que ven- para o maior evento de ginástica não nos torneios de Xadrez. Toda essa ceu o preconceito através do Xadrez. competitiva do mundo, a Gymnaes- conquista tem nome: Fábio Barbo- “Como o Xadrez trabalha ha- trada - de Berlim (Alemanha), Gotem- sa da Cunha, 36 anos, responsável burgo (Suécia) e Lisboa (Portugal). pelas aulas no São Vicente de Pau- bilidades cognitivas e desperta o O coordenador de esportes do lo. Bicampeão estadual sub 26, com raciocínio lógico, ele acaba sendo colégio, Wagner Souza , está diversos títulos e com registro na um excelente aliado para os alu- há 17 anos regendo essa grande or- Federação Internacional de Xadrez nos que estão estudando para pres- questra de talentos esportivos. “O (FIDE), da qual faz parte com o ra- tar vestibular e concursos. É um nosso trabalho fundamenta-se na ting de 2134 pontos; por referência, o esporte que contribui para o con- crença no homem e na sua capacida- trole emocional e nas tomadas de de de viver e pensar a realidade e de campeão mundial tem 2860 pontos. construir o seu crescimento, visando Fábio iniciou o projeto que leva o decisão e pensamento organizado.

Alunos durante o torneio de Xadrez

SINEPE RJ 5 Março 2016 sineperj.org.br

ACONTECE NO SINEPE RJ SINEPE RJ NO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Vice-presidente do SINEPE RJ assume Presidência do Conselho Estadual de Educação.

Formado em Engenharia, Matemática e Pedagogia, sindicalista desde a década de 80, ocupou três mandatos como presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro no período de 1997 a 2005 e, atualmente, é vice-presidente do SINEPE RJ. Durante longos anos representou a Diretoria administrativa da Federa- ção Nacional das Escolas Particulares (FENEP) e é membro do Conselho Municipal de Educação de Niterói e membro do Conselho Estadual de Educação (CEE RJ). Este é um resumo da trajetória do professor Luiz Henrique Mansur Barbosa, também diretor do Centro Moderno de Ensino Alzira Bittencourt, que, desde 16 de fevereiro deste ano, as- sumiu a Presidência do Conselho Estadual de Educação.

Literalmente crescido e criado estado: Uerj (Universidade do Estado tendo autonomia financeira, admi- dentro da escola, o professor Mansur, do Rio de Janeiro), Uenf (Universida- nistrativa, quadro de funcionários como é conhecido tanto nos corre- de Estadual Norte Fluminense Darcy próprio, com a abertura de concur- dores quanto nos gabinetes de Edu- Ribeiro), Uezo (Universidade Estadu- so”, adianta o novo presidente do cação, luta veemente pela melhoria al da Zona Oeste) e Faetec (Fundação Conselho Estadual de Educação. da qualidade de ensino no Estado do de Apoio à Escola Técnica). O deputado estadual Comte Bit- Rio de Janeiro. A nomeação do professor Man- tencourt, presidente da Comissão de Até 2015, o CEE RJ era um órgão sur para substituir o professor Rober- Educação do Estado, esteve presente vinculado à Secretaria de Estado de to Boclin, cujo mandato se encerra à cerimônia de posse e destacou que Educação. Em 2016, o Conselho Es- em setembro deste ano, foi realizada a nomeação do professor Mansur foi tadual de Educação tornou-se um através de uma votação entre os 24 consolidada em um momento mui- órgão de Estado, tendo autonomia conselheiros do CEE RJ e sancionada to oportuno para a Educação: “Nes- para deliberar as normas que esta- pelo governador do estado. Apesar te momento de grande importância belece em todo o sistema estadual. de um curto mandato, o novo presi- no cenário da Educação fluminense, Hoje, o presidente do CEE RJ assina dente ressalta que pretende levar au- quando o Conselho passa a ser reco- as deliberações e as normas educa- tonomia plena ao Conselho. nhecido como um órgão de Estado, cionais válidas em todo o sistema “O Conselho gera muitos proces- é importante contar com a compe- educacional nas esferas públicas e sos; ele tanto é normatizador quan- tência e com o comprometimen- particulares de educação básica e to burocrático. A nossa intenção é to deste educador para as grandes nas escolas superiores do sistema do consolidá-lo como órgão do Estado, transformações que estão por vir

6 SINEPE RJ Março 2016 sineperj.org.br

com o novo papel do CEE na comu- nidade escolar". Prof. Luiz Henrique Mansur com Deputado Comte Bittencourt e Prof a. Cláudia Costa A presidente do SINEPE RJ, pro- fessora Cláudia Costa, ressaltou que a participação do professor Mansur como membro do Conselho Estadual sempre foi muito positiva e trouxe avanços constantes para a educação particular. Para ela, as escolas pri- vadas ganham um aliado mais forte dentro do estado. “A atuação do pro- fessor Mansur será mais imponente nas interlocuções entre as escolas e as legislações estaduais em tramita- ção”, avaliou a professora Cláudia, que comemorou a nomeação do vice- -presidente do SINEPE RJ como uma enorme conquista do setor privado. “Estamos muito felizes com esta po- sição ocupada por um professor tão competente e dedicado à causa da Educação”, finalizou a presidente do SINEPE RJ.

ATUALIZE-SE LEGISLAÇÕES

Lei Federal No 13.234, de 29 Lei Federal No 13.257, de 8 Lei Estadual No 7.195, de 07 de dezembro de 2015 de março de 2016 de janeiro de 2016 Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Dispõe sobre as políticas públicas para Dispõe sobre a docência em Educação Educação Nacional, para dispor sobre a primeira infância e altera a Lei Nº Física, na educação infantil, no ensino a identificação, o cadastramento e o 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto fundamental e no ensino médio, em atendimento, na educação básica e na da Criança e do Adolescente), o Decreto­ escolas públicas e particulares, no âm- educação superior, de alunos com altas -Lei Nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 bito do Estado Rio de Janeiro. habilidades ou superdotação. (Código de Processo Penal), a Consoli- dação das Leis do Trabalho (CLT), apro- vada pelo Decreto­ Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de DÚVIDAS SOBRE setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de LEGISLAÇÃO? 5 de junho de 2012. entre em contato com nossa assessoria: [email protected]

SINEPE RJ 7 Março 2016 sineperj.org.br

ACONTECE NO SINEPE RJ SINEPE RJ ELEGE NOVA DIRETORIA

A professora Cláudia Regina de para que as instituições possam su- e Docência pela FGV RJ e sócio da Ágil Souza Costa tomou posse como nova perar desafios. Uma das propostas do Comercial –, que orientou os diretores presidente do SINEPE RJ. Em uma Sindicato é ampliar as atividades para escolares sobre como minimizar o im- cerimônia realizada no Restaurante gestores e educadores, com palestras pacto da economia nas escolas particu- Tenore Gourmet, na cidade de Nite- e eventos de capacitação. O SINEPE lares do Estado do Rio de Janeiro. rói, no dia 12 de dezembro de 2015, RJ acredita que é através do conheci- Consultor em Gestão Empresa- o Sindicato dos Estabelecimentos de mento que podemos elaborar ações rial, Luiz Fernando Bastos enumerou Ensino no Estado do Rio de Janeiro diferenciadas para alcançar o sucesso. ações (constantes do quadro a seguir) reuniu diretores das escolas associa- Durante a cerimônia de posse da que podem favorecer o empresário das e representantes de órgãos públi- nova Diretoria (Gestão 2016/2018), os cos e privados no setor da Educação. durante o período de crise econômi- convidados assistiram à palestra do O desafio da nova presidente, ca no país. O SINEPE RJ espera, com economista Luiz Fernando Bastos – ad- também diretora administrativa da a sua nova gestão, realizar um traba- Federação Nacional das Escolas Parti- ministrador de empresas com MBA em lho que realmente faça a diferença na culares (FENEP), consiste, durante a Gestão Empresarial pela FGV RJ, MBA sua gestão, em oferecer ferramentas em Formação de Gestores pela FGV SP Educação do nosso Estado.

Membros da diretoria do SINEPE RJ durante a posse

8 SINEPE RJ O que podemosMarço 2016 fazer? sineperj.org.br Dicas do economista Luiz Fernando Bastos para 2016

Acredite que estamos em crise. O cenário Reveja todos os custos de funcionamento de mais otimista diz que só haverá estabilidade sua empresa, sem perder a qualidade dos 1 em 2016 . Estabilizar não é crescer. 2 serviços que presta.

Faça uma Reengenharia Financeira. Esco- Estude as contas e certifique-se da lucrativi- lha novos parceiros comerciais e bancários. dade do seu negócio. Cobre o preço certo para 3 4 que o negócio tenha sustentabilidade.

Retenha os clientes. Não deixe que alunos migrem para os concorrentes. Desenvolva ações para que os pais 5 se sensibilizem a mantê-los na sua escola. E conquiste novos alunos abrindo as portas da sua escola.

Faça parcerias. Construa alianças estratégi- Enfim, eleja o seu objetivo mínimo para esse 6 cas e negocie com os devedores 7 período. todos os dias .

SINEPE RJ 9 Março 2016 sineperj.org.br

jurídico CYBERBULLYING. É PRECISO SABER EVITAR Conheça melhor o impacto da Lei n o 13.185/2015, que institui o Programa de Combate ao Bullying, na entrevista do Dr. Hélio Borges, assessor jurídico do SINEPE RJ

SINEPE RJ: A Lei nº 13.185/2015, que institui o Programa Bullying e, consequentemente, à sua forma virtual. de Combate ao Bullying, na sua opinião, enfrenta satisfatoria- Não raro, nos deparamos com esse questionamento por mente a questão do Cyberbullying? parte dos gestores. Nossa posição é a de que a escola, como Dr. Hélio Borges: AA Lei nº 13.185/2015 constitui-se, ver- forma, inclusive, de prevenir responsabilidades, deve fazer dadeiramente, em um significativo avanço sobre o tema, mas, constar, expressamente, suas normas e regras a despeito da em relação ao Cyberbullying, dada a própria dificuldade de sua realidade. Precisamos lembrar sempre que a Lei, no caso a compreensão, inclusive do legislador sobre o universo digital nº 13.185/2015, é norma geral facultando-se à escola na- e tecnológico, acreditamos que muito ainda se terá que fazer. quilo que com a Lei não se opuser, fixar suas normas e A Lei limitou-se a afirmar que "há intimidação sistemática regras internas. na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se Tão importante quanto é, também, a escola dar publici- usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, dade a essas regras disciplinares e às eventuais sanções, para incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o in- evitar, inclusive, que elas ocorram. tuito de criar meios de constrangimento psicológico e social", Em relação ao Contrato de Prestação de Serviços, fazemos classificando o cyberbullying ou bullying virtual, quando o o mesmo destaque, por ser ele o veículo mais claro de cienti- autor "enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou ficação, às famílias, dessas regras particulares de cada escola. adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento.” No campo do cyberbullying ainda há muito o que SINEPE RJ: Havendo, no Regimento Interno da Escola, se estabelecer e estudar, dada a própria dinâmica das proibição de uso de aparelho eletrônico, em especial celulares e relações virtuais. tablets no interior da escola, qual deve ser a atitude desta quan- Contudo, uma coisa é certa: não há como deixar de regis- do o aluno utiliza indevidamente o mesmo? Como o professor trar que a norma legal editada já representa uma importante deve agir para retirar o celular do aluno? ferramenta na fixação e identificação das condutas que pos- HB: Eis aqui um outro questionamento constante. Mui- sam ser enquadradas como cyberbullying. tos municípios e até estados da federação vêm proibindo o uso de aparelhos celulares e tablets no interior das escolas.N o SINEPE RJ: Há algum tempo, as escolas vem atualizando caso do Estado do Rio de Janeiro, a normatização dirige-se às seus Regimentos Internos, em especial quanto ao Regime Disci- escolas públicas, através da Lei nº 5.222/2008, que estabele- plinar, para coibir o Bullying e o Cyberbullying. Esta normati- ce que “fica proibido o uso de telefones celulares, walkmans, zação escolar, seja o Regimento ou o Contrato , tem valor jurídi- diskmans, Ipods, MP3, MP4, fones de ouvido e/ou bluetooth, co? game boy, agendas eletrônicas e máquinas fotográficas, nas HB: Sim. Importante que todos os gestores de escola es- salas de aulas, salas de bibliotecas e outros espaços de estudos, tejam atentos para o fato de que o RegimentoE scolar, primei- por alunos e professores na rede pública estadual de ensino, ramente, e o Contrato de Prestação de Serviços de Educação salvo com autorização do estabelecimento de ensino, para Escolar, por complemento, constituem ferramentas de nor- fins pedagógicos”. matização no universo escolar. É certo que tanto o celular como o tablet encontram sua Subsidiariamente, o Projeto Político Pedagógico também aplicação no campo educacional e, sinceramente, não deve deve prescrever as práticas pedagógicas de prevenção ao ser diferente.

10 SINEPE RJ Março 2016 sineperj.org.br

Recentemente, uma professora no Estado de São Paulo foi lar. Importante registrar, seja no contrato, seja no Regimento agredida a pontapés por ter tirado o celular de um aluno que, da Escola, mas preferencialmente em ambos: que o meio de insatisfeito, ofendeu fisicamente a docente. Não restam dúvi- divulgação de imagens pela escola se opera ou se realiza pelo das de que, naquele caso, a professora agiu corretamente, pois veículo X (revista ou jornal da escola, agenda, site), que os o celular já havia tocado mais de 04 (quatro) vezes na mesma professores e funcionários não estão autorizados a repas- aula, atrapalhando os demais colegas. sar imagens isoladamente e que a gravação não expressa- Assim, se uma escola proíbe, é lícito ao docente que apli- mente autorizada pela escola não pode ser compartilhada que o Regimento da Escola na forma por ele estabelecida. Daí em redes sociais. Se algum funcionário ou professor des- a necessidade de que constem do Regimento não somente a cumprir a regra da escola, caberá a esta proceder a regular proibição, mas, sobretudo, os instrumentais de aplicação de advertência para evitar a alegação de que a escola não se sanção. posicionou contrariamente ao ato. Normalmente, o caminho que se segue é o de, inicialmen- Se a veiculação partir de pais ou de alunos, e a escola te, solicitar ao aluno que guarde ou desligue o aparelho duran- for cientificada do ocorrido, deve, também nesta oportuni- te a atividade pedagógica (advertência verbal) e, na hipótese dade, se posicionar, advertindo a família ou o aluno de que de reincidência, poderá o aparelho ser retido pelo professor daquela forma não pode ou não deve atuar. até o término de sua atividade. Po- dendo, algumas vezes, dada a mag- nitude do problema ou das conse- quências, ou ainda do número de reincidência, haver a retenção pela própria direção da escola até a en- trega ao responsável que deverá ser prontamente comunicado do ocor- rido. Contudo, cabe a cada escola estabelecer sua regra e sua prática disciplinar.

SINEPE RJ: Existem professo- res, pais e alunos que, em eventos ou situações do cotidiano no interior da escola, promovem a gravação de imagens sem qualquer ingerên- cia da administração, as quais, em seguida, são colocadas nas redes sociais. Qual deve ser a posição das escolas neste caso? HB: Aqui se trata de um assunto importante que as es- colas devem, continuamente, trabalhar com sua comunidade. É claro que vivemos num mundo globalizado e em cons- "Não há como deixar de regis- tante mutação eletrônica. Torna-se hercúleo, para não dizer trar que a norma legal edita- impossível, o controle de tais situações de gravação de ima- gens e sons. Neste caso, a orientação é a de que a escola deve, da já representa uma impor- reiteradamente, esclarecer a todos que não se responsabiliza pela gravação pessoal de cada membro da comunidade esco- tante ferramenta."

SINEPE RJ 11 Março 2016 sineperj.org.br

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS ECONOMIA EM SALA DE AULA A importância da EDUCAÇÃO financeira em sala de aula

POR : ALINE

A cada dia que passa, mais a econo- to e principalmente com os erros dos mia muda, e são os nossos bolsos e o fu- outros. E não há lugar melhor para se “Precisamos, mais turo das gerações que sentem o impacto iniciar esse assunto do que a própria do que nunca, viver real no dia a dia. A realidade econômica escola, ou seja, na aula de Matemática, vem se modificando, e, com isto, torna- História, Geografia, Português, Inglês, o hoje e planejar -se cada dia mais importante a compre- entre outras disciplinas. Falar mais ensão sobre o poder dos juros e sobre as sobre o dinheiro e, principalmente, financeiramente o formas assertivas de direcionar correta- mostrar aos jovens o quanto o dinheiro amanhã, para que mente o recurso financeiro. não é apenas números e sim atitudes A geração do “vamos viver o hoje” e comportamentos, e como o conheci- possamos construir já não pode mais ser tão presente. Preci- mento pode trazer benefícios e pontos samos, mais do que nunca, viver o hoje positivos aos planos e projetos futuros famílias financei- e planejar financeiramente o amanhã, tornam-se ações indispensáveis para o para que possamos construir famílias futuro econômico. ramente estáveis financeiramente estáveis e prósperas e Muitos de nossos jovens ainda es- e prósperas e tirar tirar planos e projetos do papel. colhem a profissão pela possibilidade Falar sobre o dinheiro ainda é um de retorno financeiro e quanto mais planos e projetos do tabu na grande maioria das residências compreenderem que o conhecimen- e rodas de amigos, mas assim como to, a habilidade e as competências que papel." conversamos sobre compras e viagens, eles possuem e podem desenvolver são o assunto “dinheiro” deve estar cada mais importantes do que o salário, te- vez mais presente para que as pessoas remos profissionais mais produtivos e Aline Rodrigues é graduada em ad- possam aprender mais sobre o assun- felizes com o que fazem. ministração de empresa, coaching financeira e instrutora de bolsa de valores, finanças e investimentos.

12 SINEPE RJ Março 2016 sineperj.org.br

TÉCNICAS PARA MANTER UM BOM ATENDIMENTO

Quando se pensa em Escola, a pri- o bom relacionamento entre os mem- recém-inaugurada, que funciona do 7º meira imagem que vem à mente é o pro- bros da equipe é fundamental para a ano do Ensino Fundamental ao Ensino fessor e a sala de aula. Afinal de contas, a empatia com o público. Médio. finalidade é estudar. Mas até chegar este “Quando a escola foi criada, eu Carla Moraes está há três anos no momento, muitas etapas acontecem mesma fazia o atendimento. Mais tar- atendimento do Instituto Aquarela. dentro da instituição de ensino, e o pri- de, houve a necessidade de contratar Para ela, essa experiência com o público meiro passo é: o atendimento. alguém para esse setor. Então procurei envolve paciência, agilidade e discrição. Como diz o ditado, a primeira im- uma pessoa que tivesse o perfil que A funcionária avalia ser necessário ter pressão é a que fica. E é nesse setor tão considerava importante para o setor. uma boa comunicação entre todos os movimentado que a escola espera que o Contratei essa pessoa, que se aposen- setores da escola, com responsabilidade profissional que ali atua tenha carisma, tou no final do ano de 2015, e passei a e companheirismo. competência, eloquência, paciência e ela as informações e conhecimentos “Lidamos como pessoas e cada um é profissionalismo . que tinha sobre atendimento. Mais diferente do outro. Portanto, em alguns O SINEPE RJ conversou com a espe- tarde, houve necessidade de outras ad- momentos, passamos por dificuldades cialista em Gestão de Recursos Huma- missões. Sempre orientando no sentido com alguns clientes que não querem nos Paula Alexandrisky para falar sobre do bom atendimento, da gentileza, da respeitar as normas e regras da institui- treinamento em equipe, capacitação e presteza e de muito respeito ao cliente”, ção”, ressalta Carla Moraes. cuidados que um funcionário da secre- relatou a diretora do Instituto de Edu- taria deve ter no dia a dia. A especialista cação Aquarela. em RH ressaltou a importância de ha- A escola possui atualmente seis Paula Alexandrisky é diretora da ver alinhamento e organização dentro funcionárias na secretaria, sendo qua- Conexão Talento, especialista em da equipe, bem como treinamento, tro no prédio que atende da Educação Orientação Profissional e Coaching para garantir que todos os funcionários Infantil ao 6º ano do Ensino Fun- de carreiras pelo Grupo Orientando da secretaria estejam preparados para damental e duas secretárias na sede responder todas as dúvidas que possam surgir por parte dos responsáveis pelo aluno. “É importante conhecer bem o perfil do público a ser atendido e aten- der com sorriso e cordialidade”, ressal- tou Paula Alexandrisky. O Instituto de Educação Aquarela, localizado no município de Paracambi, é um bom exemplo a ser seguido. Em seus 28 anos de atuação, a instituição cresceu de forma sólida. Na época da fundação, a diretora Maria Aparecida Sabadin também assumia a função de atendente. Após longos anos, Maria Aparecida considera que o respeito e a transpa- rência são pontos importantes para o sucesso da gestão empresarial. Para ela, SINEPE RJ 13 Março 2016 sineperj.org.br

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Educação ambiental e alfabetização ecológica POR : Prof. MARCELO MOCARZEL

Vivemos diante de uma crise sem indivíduo integrado à teia da vida. Por semanas. precedentes na história da humanida- sua vez, a alfabetização ecológica ou Na situação crítica em que o plane- de, e ela não é econômica. Um colapso ecoalfabetização é uma ferramenta de ta se encontra hoje, isto é muito pouco. ambiental se anuncia em decorrência apresentação da questão ambiental aos Capra afirma que “não é exagero dizer da relação do ser humano com os recur- indivíduos que ainda não se sentem que a sobrevivência da humanidade sos da natureza. A sociedade de consu- responsáveis por ela. É o desenvolvi- vai depender da nossa capacidade, nas mo, que se estabeleceu nos países de- mento do mecanismo de análise e ação próximas décadas, de entender correta- senvolvidos e em desenvolvimento nos ecológica, assim como a alfabetização é mente esses princípios da ecologia e da séculos XIX e XX, começou vida”. Portanto, é preciso que a ser questionada por pesso- a educação ambiental seja as, países e instituições, e a mais que um conteúdo, mas Conferência Rio+20 e mo- que assuma o papel de prota- vimentos posteriores nos gonista dentro do projeto po- mostram isso. lítico-pedagógico das escolas. Fritjof Capra define Os gestores e professo- comunidade sustentável res precisam buscar vencer como aquela capaz de satis- as limitações – sabemos que fazer as suas necessidades há pouquíssimo apoio dos e aspirações sem diminuir governos à questão – e im- as chances das gerações fu- plementar no cotidiano a turas. Ou seja, precisamos sustentabilidade, partindo da transformar as gerações con- ecoalfabetização para aqueles temporâneas e preparar as que desconhecem a questão, próximas para a sustenta- com programas contínuos de bilidade. Isto se chama al- a apropriação do método da escrita e da reciclagem, alimentação sus- fabetização ecológica. leitura. tentável, economia de recursos naturais Hoje, não se pode falar em educa- Para que a educação ambiental etc. Assim, a escola se torna uma trans- ção sem falar em educação ambiental. É torne-se de fato um componente curri- formadora de hábitos, que irradiam para imprescindível que qualquer processo cular com a relevância dos tradicionais as casas, empresas e outras esferas. Uma educativo passe pelo conceito de que o (Matemática, Língua Portuguesa, His- pequena escola pode impactar toda homem é parte integrante do mundo tória etc.) é preciso que haja um planeja- uma comunidade e fazê-la repensar sua natural, e preservá-lo significa preser- mento de suas etapas de aplicabilidade. maneira de lidar com o ambiente. var sua própria existência. Normalmente, as escolas abordam esta Os processos de educação ambien- questão de duas formas: ou transversal- tal e alfabetização ecológica são com- mente, como parte do conteúdo de dis- Marcelo Mocarzel é doutorando plementares, mas também distintos. A ciplinas como Geografia ou Ciências, em Comunicação (PUC-Rio) e mes- educação ambiental é um mecanismo quando se fala em efeito estufa, aque- tre em Educação (UFF), diretor pe- contínuo, que precisa permear todas as cimento global e outros; ou através dagógico do Instituto Maia Vinagre etapas da vida do sujeito. É para ser cons- de projetos, em que se aproveita o dia e professor do curso de Pedagogia do tante e ininterruptamente vivenciada da água ou o mote da extinção de al- Unilasalle-RJ. como possibilidade de uma formação guma espécie animal, e a escola gira contínua da sociedade sustentável, do em torno do tema por uma ou duas

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POLÍTICA Universalização da Educação Básica: O avanço que não se comprova na prática

POR : COMTE BITTENCOURT

O ano de 2016 deveria ser lembrado, além da reali- zação das Olimpíadas, como a data em que saltamos a "A efetividade de um progra- duração da escolaridade obrigatória no Brasil de nove ma de educação tem que estar para 14 anos. Porém, os baixos investimentos no ensino público, agravados pela atual crise nacional, não per- sob a responsabilidade mitirão que todos os sistemas de ensino se adaptem aos parâmetros estipulados pela Lei de Diretrizes e Bases da de todos." Educação Nacional (LDB) para oferecer "Educação Bási- ca obrigatória e gratuita dos quatro aos 17 anos, assegu- que os municípios consigam se adequar à nova lei. rada sua oferta a todos os que a ela não tiveram acesso O desafio se agrava em função da parceria precária na idade própria". entre o estado e os municípios, que se deve à dinâmica A Lei Federal 12.796/13 torna obrigatória a matrícu- equivocada definida pelo Pacto Federativo. Atualmente, la de todas as crianças a partir de quatro anos de idade temos uma Federação que comporta a União, os estados na educação básica até o próximo ano letivo, que se ini- e os municípios, e que, na distribuição da riqueza públi- cia em fevereiro. Desde a aprovação da legislação que ca, os municípios detêm apenas 5%, ficando 25% com os ajusta a LDO, se mostrou urgente e necessário que as estados e 70% com a União. Para evitar tais distorções, é redes municipais e estaduais ampliassem a oferta do imprescindível compreender que as pessoas não moram ensino gradativamente, passando a acolher esses alu- nem no estado nem na União. Os indivíduos residem nas nos em suas redes, além de lhes fornecer transporte, ali- cidades, e o serviço público tem que se dar neste âmbito. mentação e material didático nas três etapas É necessário rever a distribuição dos recursos. da educação. A efetividade de um programa de educação Apesar do cenário desfavorável, não tem que estar sob a responsabilidade de todos. há como negar o avanço que tivemos nas Os estados são os entes que detêm mais recur- últimas décadas. Para isso, é só recordar- sos, mais capacidade técnica e mais experiência mos que, até 1971, o ensino obrigatório e precisam fazer, portanto, o equilíbrio da pró- e gratuito era de apenas quatro anos e pria riqueza, para que municípios mais pobres que, em 2010, passou a ser de nove, com tenham as mesmas condições de ofertar uma a decisão de iniciar o Ensino Fundamen- política pública de educação que as cidades tal aos seis anos de idade. A atual legisla- mais ricas possuem. Para este ano, restou apenas ção é tão avançada que ultrapassa a a constatação de que o país não fez o seu dever de muitos países da Europa, de casa. Lamentavelmente, as crian- onde o Estado assegura ças de 4 e 5 anos não estarão todas cerca de 11 anos de na escola. Faltaram planejamen- ensino público. Em to e investimento adequados contrapartida, em para o avanço da oferta do en- nosso país, a divisão sino em todo o país. A “ Pátria da riqueza nacional Educadora” falha mais uma não contribui para vez.

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