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Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Mariana Mont’Alverne Barreto Lima As Majors da Música e o Mercado Fonográfico Nacional Dezembro/2009 1 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP Bibliotecária: Cecília Maria Jorge Nicolau CRB nº 3387 Lima, Mariana Mont’Alverne Barreto L628m As majors da música e o mercado fonográfico nacional / Mariana Mont’Alverne Barreto Lima. - - Campinas, SP : [s. n.], 2009. Orientador: Renato Ortiz. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Fonografia. 2. Registros sonoros. 3. Indústria cultural. 4. Empresas multinacionais – Brasil - Séc. XXI. 5. Executivos I. Ortiz, Renato, 1947- II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Título. Título em inglês: The music majors and the national phonographic market Phonography Palavras chaves em inglês (keywords) : Sound recordings Cultural industry Multinational companies – Brazil – 21 st century Executives Área de Concentração: Sociologia cultural Titulação: Doutor em Sociologia Banca examinadora: Renato Ortiz, Maria Celeste Mira, Márcia Tosta Dias, Eduardo Vicente, José Roberto Zan Data da defesa: 02-12-2009 Programa de Pós-Graduação: Sociologia 2 RESUMO Esta pesquisa analisa o funcionamento das quatro gravadoras de discos transnacionais que operam no mercado fonográfico brasileiro, a partir do estabelecimento do disco compacto como suporte padrão para a reprodução e comercialização de música gravada. Partindo da hipótese de que em tempos de globalização da economia e mundialização da cultura, este mercado se comporta e se transforma de modo diverso, investiga-se quais são as características estruturais de tais transformações e como agem os diferentes agentes sociais que disputam este espaço. Para isso, considerando a configuração destas gravadoras enquanto majors , ou seja, companhias que dominam a produção e distribuição de música gravada no mundo, a posição que passam a ocupar daí em diante, explora-se como se organizam frente aos desafios impostos pela economia global – seus pertencimentos a corporações transnacionais, os usos das tecnologias digitais em seus processos produtivos, o incremento da concorrência em escala mundial, etc. –, e, de que forma, conservam, ou não, os mecanismos de reprodução deste campo, no qual elas mesmas são fundadoras dos seus princípios de construção. Por meio de uma pesquisa empírica qualitativa realizada nas quatro majors – entrevistas, depoimentos pessoais, fontes estatísticas, relatórios técnicos ou ainda, publicações especializadas –, buscou-se captar a lógica de funcionamento deste universo particular das indústrias culturais, a partir do modo como aqueles que se encontram em posições dominantes se engajam, justificam e dão sentido às suas práticas e ações. ABSTRACT This research analyzes the operation of four transnational record labels that operate in the Brazilian phonographic market, as of the establishment of the compact disc as a support pattern for the reproduction and sale of recorded music. Assuming that in times of economic and cultural globalization, this market behaves and becomes so diverse, we investigate what the structural features of such changes are and how the different actors competing for this space act. Thus, considering the configuration of those labels as majors, that is, companies that dominate the production and distribution of recorded music around the world, and the position they start to occupy thereafter, we explore how they organize themselves against the challenges imposed by the global economy – their attachments to transnational corporations, the uses of digital technologies in their production processes, the increase of worldwide competition, etc. – and, how, they save the reproduction mechanisms of this field or not, in which they are founders of their own construction principles. Through a qualitative empirical research carried out within the four majors – interviews, personal accounts, statistical sources, technical reports or even publications – we have sought to capture the operational logic of this particular universe of cultural industries, as of the way those who are in dominant positions engage, justify, and give meaning to their practices and actions. 4 SUMÁRIO Agradecimentos ..............................................................................................................07 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................09 CAPÍTULO I A grande indústria produtora de música no mundo 1. As majors do disco: convergências e estratégias industriais .....................................16 1.1. O controle sobre a distribuição: quando uma gravadora vira major ....................38 1.2. Outras posições no espaço de produção: agentes/empresários (de artistas), promoções e divulgação dos produtos ............................................................................45 2. A “crise” da grande indústria do disco: diagnósticos e opiniões num momento de transição ..........................................................................................................................59 CAPÍTULO II As majors no Brasil 1. A consolidação de um mercado fonográfico no Brasil ...............................................77 1.1. Fita cassete: início da fobia da “pirataria” ............................................................98 1.2. A equação (quase) ideal do compact disc : reprodução de alta qualidade + baixo custo ..............................................................................................................................107 1.3. Produção musical acessível: atividades informais e novos ambientes produtores no cenário musical brasileiro .............................................................................................115 - Música digital: combinatório de forças em competição ...........................................125 1.4. Fôlego às independentes ......................................................................................143 CAPÍTULO III Da criação à comercialização de música gravada em uma major no Brasil: as etapas de produção, os agentes e suas práticas 1. Como funcionam as majors no Brasil ......................................................................162 2. A produção de música gravada e as possibilidades apresentadas pelos usos dos recursos digitais (um espaço disputado por competidores em posições desiguais) .....175 2.1. Novos modelos de distribuição implicam em novas formas de comercialização .......................................................................................................................................176 5 2.2. Promoção dos produtos – Um atributo de distinção para uma major ................183 2.3. A Produção e fabricação de um disco ................................................................190 2.4. A criação artística: o início do negócio da reprodução industrial de música gravada ..........................................................................................................................206 CONCLUSÃO ..............................................................................................................223 BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................227 Entrevistas realizadas ................................................................................................233 Anexos .......................................................................................................................235 ************** ÍNDICE DE QUADROS E GRÁFICOS Quadro I – Faturamento das majors , 2008 .....................................................................22 Gráfico I – Renda das Companhias de cinema, 2006 .....................................................45 Quadro II – LPs mais vendidos, 1977 ............................................................................92 Gráfico II – Vendas de CDs e LPs em milhões de discos ............................................105 Quadro III – Unidades totais vendidas (CDs e DVDs), 2002 – 2008 ..........................109 Gráfico III – DVDs mais vendidos (distribuição entre as majors ), 2005 .....................110 Gráfico IV – CDs mais vendidos (distribuição entre as majors ), 2005 ........................110 Quadro IV – Álbuns mais vendidos (distribuição entre as majors ), 2009 ...................111 Gráfico V – Produção ilegal, 1997 – 2002 ...................................................................117 Gráfico VI – Vendas de música por suporte .................................................................126 Quadro V – Algumas plataformas digitais na França ...................................................126 Quadro VI – Principais plataformas digitais internacionais .........................................127 Quadro VII – Etapas para oferta legal de música on-line .............................................128 Quadro VIII – Total das Vendas Digitais no Brasil – 2007 .........................................129 Gráficos VII – Venda de música gravada (setor e formato), 2009 ...............................130 Quadro IX – Decomposição do preço de um CD (em euro) ........................................133 Quadro X – Decomposição do preço de uma faixa musical digital (em dólar) ............133 Quadro XI – Sony Corporation/Rendimento Anual, 2006 ...........................................134 Quadro