Inv Nelson De Senna.Pdf
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
.00 ' 141i4 4%d& 1,711/i/Dt, U4 V arb-,,tk " i A t4L,i11t0,_ 1/1/U- . Latta Gt._. Ut T6-144,4-- fs, /3CR, VI ir747,r''i 4- ,arl'' ievfrete4 - el rytet.)14 ' à4L&4 cta- (4/V1 O. aotelit-t (,•) etc, =Al) CL:i 016 0) Cet. loAtit'AA Ciairt 114v - • tatkit. (cif: át , Ft 01..1i4 t,J,.i L ci 44: (L./4SO • '&4'6 ske NCS 3.4(16) Inventário do Arquivo Pessoal nelson Coelho Senna ARQUIVO PIMLICO OA CIDADE Belo Horizonte OE BELO HORIZONTE 2000 Rua Itambé 221 CEP 30150-150 • B ol o Horizonte• MO Prefeito Célio de Castro Secretária Municipal de Cultura Mariza Rezende Afonso Diretora do Arquivo Publico da Cidade de Belo Horizonte Maria do Carmo Andrade Gomes Coordenadora do Projeto Nelson de Senna Clotildes Avelar Teixeira A772 Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (MG) Inventário do arquivo pessoal Nelson Coelho de Senna (1876-1952). - Belo Horizonte: APCBH, 2000 100p. : il. 1. Senna, Nelson C. de, 1876-1952 - Arquivos. 2. Arquivos privados - Inventário. I. Título CDD: 025.1714 Coordenação Editorial Clotildes Avelar Teixeira Consultoria Arquivística Marta Eloísa Melgaço Neves Equipe Técnica Leandro Araújo Nunes Ana Maria Leão Estagiários Daniel Wanderson Ferreira Raquel Chaves Mascarenhas Sara Villas Revisão de Texto Eliane Márcia Jesuíno Digitação Cláudio Santos Cendon Projeto Gráfico IMAGO Design crp ... O-' : s. de., ...tat v(0.1-/{L:WI. , o ,,.J Laser/ z.A.f g.V 411111 ^ - 7}>! ^ i 3.—,^y-Q,.yevf,-:eu r ..0 á-e. ¡f, s . < .t ^r ► .. / . Jc ri;. t^n.Js L =•^G.....'J[f,(^i., 2.. ,^ 4 <. ^r.F i Lc , .- /_ _ ^^^,,° - f• 6w^a. •""" ^^.^e.^..^..:i^^^. 3., .4' 14-,-.44:0 {ó we r_.a }, ac ?,,44.4,..,..,.0...e : ..,; x NCS.7(4) 1253 O TPr o/elo O Projeto Nelson de Senna, realizado em parceria com o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte e patrocinado pelo Banco Itaú através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura pro- moveu o tratamento especializado que foi dispensado ao conjunto de documentos do Arquivo Pessoal Nelson Coelho de Senna. Como resultado, além da publicação deste instrumento de pesquisa, foi realizada a descrição analítica da série "Correspondências", que se encontra disponível na sala de consultas do APCBH e uma exposição com pa rte dos documentos do ace rvo acompanhada de uma ca rtilha pedagógi- ca a ser distribuída aos alunos visitantes. Um dos primeiros arquivos pa rticulares a ser recolhido por essa instituição, o Arquivo Pessoal Nelson Coelho de Senna, agora disponível para a consulta pública, vem ce rtamente contribuir para elevar o volume de trabalhos sobre a história da cidade, do estado e do país. Projeto Nelson de Senna 07 ^presenlav¢o O Arquivo Pessoal Nelson de Senna foi doado ao Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte pela sua família, na pessoa de sua neta Eliana Ahouagi, em abril de 1999. Produto de suas inúmeras atividades, reúne parte significativa do legado intelectual e político do titular, no qual destacamos os manuscritos de seus trabalhos sobre a toponímia indígena e africana, entre outros estudos sobre as heranças Iingúísticas em Minas Gerais. A iniciativa de disponibilizar o ace rvo aos pesquisadores e público em geral neste ano em que se completam os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil partiu da convicção de que as "comemorações" deveriam traduzir-se em oportunidades concretas de reflexão e produção de trabalhos que enriqueçam o conhecimento sobre o tema e seus desdobramentos. Nesse sentido o arquivo apoiou efetivamente o projeto de preservação, organização e acesso ao ace rvo, coordenado pela historiadora Clotildes Avelar Teixeira e aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Banco Itaú. O inventário aqui apresentado resultou do rigoroso tratamento arquivístico dispensado à documentação, sob a orientação técnica de Marta Melgaço Neves, Leandro Araújo Nunes e Ana Maria Carneiro Leão. O instrumento agora publicado dá plenas condições de acesso e pesquisa ao rico ace rvo de Nelson de Senna. Com a doação desse arquivo pessoal e a realização do projeto de sua organização, o APCBH inaugura um novo momento na relação com seu público consulente e com a sociedade belori- zontina em geral. Ao fazer valer a abertura de sua linha de ace rvo, já prevista em sua legislação original, e promover parcerias que assegurem sua organização e acesso, o Arquivo da Cidade apresenta-se como instituição capacitada a desenvolver uma política para a preservação dos ace rvos privados de interesse para a história da cidade de Belo Horizonte. Maria do Carmo Andrade Gomes Diretora do APCBH Apresentação 09 Cscreueno6 a kslórid "Passamos o tempo a arquivar nossas vidas: arrumamos, desarrumamos, reclassificamos. Por meio dessas práticas minúsculas, construímos uma imagem para nós mesmos e às vezes para os outros". PHILIPPE ARTIÈRES, 1998 A escrita da história, pautada por abordagens que privilegiam a experiência de homens e mulheres em seu tempo e lugar, trabalha hoje com novas fontes e objetos, renovando, a cada dia, as práticas historiográficas e o trato com os documentos para a construção da memória social e cultural. Os arquivos pessoais constituem-se, em grande parte, nessas novas fontes e necessitam ser prese rvados como bens culturais, principalmente se guardados por instituições públicas, que devem garantir o acesso qualificado aos documentos. O desafio reside, como adve rte Angela de Castro Gomes, em não "cair nas malhas do feitiço". Quando discute o encantamento dos documentos pessoais como a "ilusão da verdade", a autora denomina como feitiço do arquivo a crença de que "uma documentação pessoal, produzida com a marca da personalidade e não destinada explicitamente ao espaço público, revela seu produtor de forma verdadeira'' . Assim, é ingenuidade acreditar que os arquivos não sofrem a interferên- cia do acumulador na seleção dos documentos, seja ele o produtor ou não. Muitas vezes, quan- do no trabalho com os arquivos privados manifesta-se a intimidade e a cumplicidade, estabelece- se uma relação de proximidade com o autor, na medida em que se busca seguir, passo a passo, a sua trajetória. Tem-se sempre a impressão de conviver com informações confidenciais que apontam para uma imagem "verdadeira". Nos documentos pessoais, os "nossos 'atores' aparecem de forma fantasticamente 'real' e sem disfarces" 2. O historiador sente-se, então, inserido naquele contexto, ' GOMES, Angela de Castro. Nas malhas do feitiço. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.I 1, n.21 ,1998,p.125. GOMES, Angela de Castro. Nas malhas do feitiço. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.I I, n.21,1998,p.126. Escrevendo a histt, 1 1 participante e confidente, numa relação profunda e virtualmente próxima do autor. Porém, os atores constroem sempre as suas personagens. E se toda personagem é construção, é represen- tação, também o processo de acumulação de informações pessoais - inclusive aquele que diz respeito a nós mesmos - sofre a interferência da seleção. Trata-se da construção de uma imagem daquilo que acreditamos ser ou queremos que acreditem que somos. Mesmo um diário íntimo sofre de censura quando se imagina a possibilidade de leitura por outra pessoa, qualquer que seja ela. Guardam-se apenas os registros daquilo que merece ser lembrado. Qualquer coleção de objetos, principalmente aquelas que acompanham grandes períodos da vida de seus colecionadores, sofre periodicamente um processo de organização, chamado de "limpeza', onde passam pela eliminação daquilo que, naquele momento, julga-se pertinente não lembrar, que não deve ser visto, simplesmente porque deixou de ser importante, ou porque se quer esquecer. "O que guardamos registro ou arquivamos é sem- pre em função de um leitor, autorizado ou não (nós mesmos, nossa família, nossos amigos ou ainda nossos colegas)." 3 Neste sentido trabalhar arquivos pessoais constitui-se sim num desafio, tanto para o arquivista, que arranja e descreve a documentação, como para o historiador, que se utiliza das fontes para escrever a história. Assim, como o documento apresenta-se ao historiador repleto de significados que devem ser entendidos a partir do questionamento sobre o que ele fala e sobre o que ele cala, os arquivos pessoais repetem, em certa medida, o mesmo movimento. A partir da seleção feita durante o processo acumulativo, elegendo os registros que "merecem" ser guardados, o autor constrói a sua versão. O professor, pesquisador e político Nelson Coelho de Senna, ao que parece, preocupou-se em guardar principalmente os registros de sua trajetória intelectual. Encontram-se em seu arquivo pessoal vários estudos sobre o mesmo tema, o que indica várias elaborações do mesmo trabalho. Como é que ele escrevia tanto? Em entrevista gravada pela equipe do Projeto Nelson de Senna, Eliana Nelson Silviano Brandão Ahouagi trouxe à cena algumas lembranças do "Vovô Nelson", em especial a imagem do homem sentado atrás da mesa do seu escritório/ biblioteca, cercado de livros, escrevendo, escrevendo, escrevendo... Contudo, apesar de privilegiar os trabalhos de pesquisa e a experiência de vida, o Arquivo Pessoal Nelson de Senna retrata ainda, através de correspondências, sua trajetória de homem público no exercício da advocacia, do magistério e na vida política. Mas a grande massa de documentos diz respeito às pesquisas para publicação. Estudos linguísticos, geográficos e históricos das popu- lações, mais precisamente sobre índios e negros em Minas Gerais, constituem-se nos seus ARTIERES, Philippe. Arquivar a própria vida. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vil, n.21,1998, p.10 2 Escrevendo historia. principais trabalhos. Foi essa massa de documentos que chamou minha atenção quando, em meados de 1997, envolvida num trabalho de pesquisa sobre a ilistória da cidade, conheci a biblioteca dos Ahouagi e suas prateleiras repletas de envelopes contendo manuscritos, reco rtes de jornais e vários cadernos. O projeto foi elaborado, após muitas visitas acompanhadas de agradáveis e dive rtidas conversas, em função da eminente necessidade de se promover o tratamento especializado da documentação, para garantir a sua integridade e, ainda, possibilitar o acesso público aos documentos.